guia ceres - Sistema FIEC

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guia ceres - Sistema FIEC
Modelo de Consórcio Empresarial
de Responsabilidade Socioambiental
Metodologia para Sustentabilidade
Sociotecnológica Industrial
2ª Edição Revisada
GUIA CERES
MODELO DE CONSÓRCIO EMPRESARIAL DE
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL - METODOLOGIA
PARA SUSTENTABILIDADE
SOCIOTECNOLÓGICA INDUSTRIAL
2a Edição Revisada
SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA - DEPARTAMENTO REGIONAL DO ESTADO DO CEARÁ (SESI/DR-CE)
CONSELHO REGIONAL - 2011-2013
PRESIDENTE
Roberto Proença de Macêdo
DELEGADOS DAS ATIVIDADES INDUSTRIAIS
Efetivos
Marcos Silva Montenegro
Alexandre Pereira Silva
Carlos Roberto Carvalho Fujita
Cláudio Sidrim Targino
Suplentes
Pedro Jacson Gonçalves de Figueiredo
Marcus Venicius Coutinho Rodrigues
Ricardo Nóbrega Teixeira
Vicente de Paulo Vale Mota
REPRESENTANTES DO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO
Efetivo
Júlio Brizzi Neto
REPRESENTANTES DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
Efetivo
Denilson Albano Portácio
Suplente
Paulo Venício Braga de Paula
REPRESENTANTES DA CATEGORIA ECONÔMICA DA PESCA NO ESTADO DO CEARÁ
Efetivo
Elisa Maria Gradvohl Bezerra
GUIA CERES
MODELO DE CONSÓRCIO EMPRESARIAL DE
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL - METODOLOGIA
PARA SUSTENTABILIDADE
SOCIOTECNOLÓGICA INDUSTRIAL
2a Edição Revisada
Suplente
Eduardo Camarço Filho
REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES DA INDÚSTRIA NO ESTADO DO CEARÁ
Efetivo
Pedro Valmir Couto
Suplente
Raimundo Lopes Júnior
FORTALEZA - SESI
2013
SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA - DEPARTAMENTO REGIONAL DO ESTADO DO CEARÁ (SESI/DR-CE)
SUPERINTENDENTE
Francisco das Chagas Magalhães
Sumário
NÚCLEO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL
Cybelle Borges de Souza
COORDENAÇÃO E ELABORAÇÃO
Cybelle Borges de Souza
Apresentação
ASSESSORIA TÉCNICA
Andrea César da Silveira, Aroldo Montenegro Duarte Paraguassu,
Cleber José Cunha Dutra, Francisco Antônio Barbosa Vidal,
Naglya de Oliveira Frederico Prata e Raphael de Jesus Campos de Andrade
1 Introdução
APOIO TÉCNICO
SESI - Núcleo de Responsabilidade Social Empresarial
REVISÃO VERNACULAR
Maria do Céu Vieira - CE 00567 JP
COORDENAÇÃO EDITORIAL
Maria de Lourdes Lima (SISTEMA FIEC/CEDIP - Gerência)
NORMALIZAÇÃO
Paula Pinheiro da Nóbrega (SISTEMA FIEC/CEDIP - Unidade de Biblioteca)
DIAGRAMAÇÃO
Marly Rodrigues Maia (SISTEMA FIEC/CEDIP - Unidade de Editoração)
CAPA
Ruan Pablo Moro Glória (SISTEMA FIEC/CEDIP - Unidade de Editoração)
S491g Serviço Social da Indústria. Departamento Regional do Estado do Ceará.
Guia CERES : modelo de consórcio empresarial de responsabilidade socioambiental - metodologia para sustentabilidade sociotecnológica / Serviço Social da Indústria, Departamento Regional do Estado do Ceará. - Fortaleza: Departamento Regional do Estado do Ceará, 2013.
104 p. : il. collor. – (Edições Sistema FIEC)
1. Responsabilidade Social. 2. Sustentabilidade. 3. Responsabilidade Socioambiental. I. Título.
CDU: 005.35
SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA - DEPARTAMENTO REGIONAL DO ESTADO DO CEARÁ (SESI/DR-CE)
Núcleo de Responsabilidade Social Empresarial (NRSE)
www.sfiec.org.br
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2 Metodologia CERES
2.1 Etapa I: Sensibilização
2.2 Etapa II: Diagnóstico
2.3 Etapa III: Planejamento
2.4 Etapa IV: Implementação
2.5 Etapa V: Estrutura Organizacional da Rede CERES
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22
26
29
52
56
3 Aspectos Gerais do Projeto Piloto
3.1 Objetivos do Projeto Piloto
3.1.1 Objetivo Geral
3.1.2 Objetivos Específicos
3.2 Metodologia
3.3 Estrutura de Gestão do Projeto Piloto
3.3.1 Atribuições das Instâncias de Gestão
3.4 Produtos e Resultados Gerados
3.4.1 Gestão da Responsabilidade Corporativa (GRC)
3.4.2 Produção Mais Limpa (P+L)
65
67
67
67
68
69
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73
77
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Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
3.4.3 Investimento Social Privado (ISP)
3.4.4 Gestão de Projetos de Desenvolvimento (GPD)
3.5 Referencial Teórico da Modelagem Metodológica
3.5.1 Objetivo Geral
3.5.2 Objetivos Específicos
3.6 Recomendações
80
83
84
85
85
88
Referências
89
Glossário
91
Anexos
95
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
Apresentação
O
Sistema “S” brasileiro atende milhões de pessoas por ano, entre trabalhadores, familiares e a comunidade em geral. É a maior rede de
assistência social do Brasil e o Serviço Social da Indústria (SESI), com
mais de 65 anos de contribuição no desenvolvimento de tecnologias sociais,
é ente legítimo para propor uma estratégia de atendimento em escala, com
qualidade e grande impacto social, como este Guia, voltado para a formação
de Consórcios Empresariais de Responsabilidade Socioambiental (CERES).
Somente em parceria com uma das mais notáveis universidades privadas do Norte e Nordeste, a Universidade de Fortaleza (UNIFOR), reconhecida
pela área de pesquisa em vários segmentos e pela vasta rede de intercâmbio
científico internacional, foi possível dar este passo importante. A UNIFOR,
como parceiro acadêmico, contribuiu com a modelagem do Consórcio Empresarial de Responsabilidade Socioambiental, facilitando sua multiplicação
no cenário brasileiro.
Além da UNIFOR, a experiência de criação da metodologia CERES possibilitou o encontro de diversos outros parceiros igualmente fundamentais para
a concretização dos resultados, como: Management de Projetos e Processos
(MPP), referência nacional em gerenciamento de projetos de desenvolvimento; ORP Consultoria, mentora da tecnologia social Teia da Vida que embasou a formação da rede de agentes de responsabilidade social; Conselho
de Responsabilidade Social (CORES) da Confederação Nacional da Indústria
(CNI); Instituto FIEC de Responsabilidade Social (FIRESO); Companhia Energética do Ceará (COELCE); entre outras instituições, como o Serviço Nacional
de Aprendizagem Industrial (SENAI), aliado natural do SESI, principalmente
quando se trata de inovação.
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
O SESI-CE, portanto, sente-se honrado e agradecido ao SESI-Departamento Nacional (DN), às empresas participantes do projeto piloto: IRACEMA Indústria e Comércio de Castanhas de Caju Ltda., CEMEC Construções Eletromecânicas S/A, Companhia Brasileira de Resinas (RESIBRAS) e RECAMONDE
Artefatos de Couro S/A, aos parceiros institucionais e à equipe local pela
ousadia, crença e constância de propósitos na busca de soluções sociais propícias à consolidação de uma Nação próspera.
Francisco das Chagas Magalhães
Superintendente do SESI/DR-CE
1
Introdução
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
E
ste Guia descreve as etapas metodológicas de implantação do Consórcio Empresarial de Responsabilidade Socioambiental. Os conhecimentos sistematizados neste documento são fruto de um projeto realizado
em parceria institucional entre o Serviço Social da Indústria – Ceará, Management de Projetos e Processos Rio e Universidade de Fortaleza, decorrente
do Edital SENAI-SESI de Inovação de 2010.
O conceito de Responsabilidade Social utilizado neste documento tem
como referência a Norma Internacional ISO 26000, compreendida como a
responsabilidade de uma organização pelos impactos de suas
decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente por
meio de um comportamento ético e transparente que contribua
para o desenvolvimento sustentável, leve em consideração as
expectativas das partes interessadas, esteja em conformidade
com a legislação aplicável, seja consistente com as normas internacionais de comportamento, esteja integrada em toda a organização e seja praticada em suas relações. (ABNT, 2010, p. 4).
11
O SESI propõe esta metodologia por compreender a formação de consórcios como estratégia viável para otimizar recursos e ampliar os impactos sociais, considerando que o atual cenário é caracterizado por:
&&Impacto Modesto – muitos projetos de Responsabilidade Social Empresarial (RSE) são relativamente pequenos diante dos desafios;
&&Assistencialismo – geralmente enfoca mais na entrega de melhorias
do que nas mudanças que garantem a sustentabilidade;
&&Desalinhamento e Conflitos – as intervenções tendem a ser isoladas e
muitas vezes sobrepostas, sem integração com instituições governamentais
e não governamentais;
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Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
&&Superficialidade da Responsabilidade Social Empresarial – ausência
de relação com o core business e a vocação das empresas;
&&Baixo Nível de Consciência dos Indivíduos e Grupos – lideranças comunitárias sem capacitação para busca de soluções autogestoras e sustentáveis; e
&&Falta de Capacitação dos Interlocutores nas Empresas – técnicos de
empresas sem capacitação para se relacionar com comunidades, Organizações não Governamentais (ONGs) e governo.
12
No Ceará este projeto foi antecedido por uma experiência que também
contou com o apoio do Departamento Nacional do SESI, em 2009, o qual
consistiu na formação de uma rede de Agentes de Responsabilidade Social
(ARS) (SESI, 2012), no total de 140 (cento e quarenta) indústrias participantes, conforme a localização das empresas com ARS demonstrada pelo
Mapa 1 a seguir.
13
Mapa 1 - Localização das Empresas com ARS na Região Metropolitana de
Fortaleza
Fonte: SESI (2012).
Legenda: Empresa com Agente de Responsabilidade Social.
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Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
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Na maioria das vezes, os agentes são gerentes e/ou técnicos da área de
recursos humanos das indústrias que após a capacitação atuam em rede sob a
coordenação do SESI, o qual desenvolve diversas ações tanto de forma individualizada como de forma coletiva.
A formação de consórcios evidenciou-se como proposição eficaz para a
rede de agentes que demandam soluções na área social, quer seja voltada
para o público interno (colaboradores e acionistas) quer seja para o público
externo (comunidades, governo, fornecedores, clientes, entre outros).
Especificamente para o público interno e dependentes, as soluções do SESI
nas áreas de educação e qualidade de vida são todas potencialmente de interesse das empresas consorciadas, neste caso, têm a vantagem adicional de se
desenvolver um processo de gestão compartilhada entre o SESI e as empresas,
garantindo um alinhamento maior entre demanda (das empresas) e oferta (do
SESI) de soluções sociais. Nas instâncias criadas com o Comitê Técnico e o Conselho Gestor constituído por representantes técnicos e da alta direção das empresas, respectivamente, o SESI pode apresentar suas mais diversas soluções.
Quanto à estrutura deste Guia, o conteúdo será dividido em: I Parte –
Metodologia CERES; e II Parte – Aspectos Gerais do Projeto Piloto.
O projeto piloto inspirou a elaboração da metodologia CERES, porém foram necessárias, no processo de modelagem, adaptações com vistas a suprimir ou adequar processos experienciados. Ademais, optou-se por não citar
na metodologia os nomes dos fornecedores que prestaram serviços no projeto piloto, mas levar em conta seus fundamentos e considerações.
Este documento também foi elaborado tendo como público-alvo as equipes de Responsabilidade Social Empresarial (RSE) do SESI nos Estados, focado especialmente nas áreas de mobilização e consultoria.
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Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
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2
Metodologia
CERES
A
metodologia de implantação de um Consórcio Empresarial de Responsabilidade Socioambiental contempla dois fluxos básicos de consultoria: 1) Consultoria Coletiva; e 2) Consultoria Individual.
Este processo é conduzido pelos profissionais do SESI, mais especificamente os consultores de Responsabilidade Social Empresarial, incluindo
consultores parceiros quando se fizer necessário.
A consultoria coletiva é caracterizada pela mobilização do grupo de empresas consorciadas e facilitação dos encontros realizados para planejamento e monitoramento de todo o processo.
Já a consultoria individual é voltada para o desenvolvimento de capacidades internas em cada empresa participante no tocante à gestão da responsabilidade corporativa, eficiência de recursos, gestão de projetos de desenvolvimento e investimento social privado.
Os dois fluxos seguem um processo comum no referente às 5 (cinco) macroetapas, conforme exposto:
De forma comparativa tem-se, então, o seguinte fluxo (Fluxo 1).
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GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
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CONSULTORIA
INDIVIDUAL
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CONSULTORIA
COLETIVA
SENSIBILIZAÇÃO
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Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
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Formação do
consórcio
Alinhamento
estratégico
DIAGNÓSTICO
Diagnóstico
externo
Diagnóstico
interno
PLANEJAMENTO
Elaboração do
Plano de Ação do
consórcio
Elaboração do
Plano de Ação da
empresa
IMPLEMENTAÇÃO
Gestão Coletiva dos
Investimentos
Formação da
Rede de
Sustentabilidade
MONITORAMENTO
Comunicação e
retroalimentação
através do
Comitê Técnico e
Conselho Gestor
Comunicação
interna - Comitê de
Sustentabilidade
e Relatório de
Sustentabilidade e/ou
Balanço Social
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Fluxo 1 - Sensibilização –
Diagnóstico – Planejamento –
Implementação – Monitoramento
Fonte: Dados do projeto.
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Nos próximos itens deste Guia, para cada etapa apresentada, se descreverão os dois tipos de consultoria, denominadas simplesmente coletiva e
individual, conforme fluxos que seguem.
Responsabilidade
Responsabilidade
Corporativa
Corporativa
ETAPA
ETAPA 55 ––
MONITORAMENTO
MONITORAMENTO
Comunicação
Comunicação Interna
Interna
ETAPA
ETAPA 11 ––
SENSIBILIZAÇÃO
SENSIBILIZAÇÃO
Alinhamento
Alinhamento Estratégico
Estratégico
FLUXO DA
CONSULTORIA
INDIVIDUAL
20
ETAPA
ETAPA 44 ––
IMPLEMENTAÇÃO
IMPLEMENTAÇÃO
Formação
Formação da
da Rede
Rede
de
de Sustentabilidade
Sustentabilidade
21
ETAPA
ETAPA 22 ––
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
Diagnóstico
Diagnóstico Interno
Interno
ETAPA
ETAPA 33 ––
PLANEJAMENTO
PLANEJAMENTO
Elaboração
Elaboração do
doPlano
Plano
de
de Ação
Ação da
da Empresa
Empresa
Fluxo 2 - Consultoria Coletiva
Fonte: Dados do projeto.
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Fluxo 3 - Consultoria Individual
Fonte: Dados do projeto.
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2.1 Etapa I: Sensibilização
22
&&Consultoria Coletiva
Nesta etapa, inicia-se o processo de mobilização das empresas localizadas
em determinada região geográfica, definida segundo a estratégia de atuação
do SESI, sendo recomendado que se priorizem os locais onde as unidades do
SESI/SENAI estão instaladas.
Sugere-se um primeiro evento de ampla divulgação sobre o tema da
Responsabilidade Social Empresarial, momento em que é apresentada a
proposta de formação do consórcio (ver Anexo A – Proposta de Consórcio
Empresarial de Responsabilidade Socioambiental). Neste evento as empresas interessadas recebem um Termo de Adesão (ver Anexo B – Termos de
Adesão), o qual pode ser assinado no mesmo momento ou entregue após a
assinatura do representante da empresa.
Após o evento, a equipe do SESI deve selecionar um conjunto de empresas para visitar e colher assinaturas das empresas presentes ou não no primeiro evento. É importante ressaltar que a referida seleção deve considerar
as estratégias de marketing seguidas pelas células de mercado. As visitas devem ser feitas com a apresentação da Proposta de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental (Anexo A) pelo coordenador de RSE/SESI
ou equipe mobilizada, o que pode durar cerca de 1 (um) ou 2 (dois) meses
ou até que o grupo final seja formado.
A meta inicial para constituição do consórcio é de 10 (dez) empresas, podendo
ser formada com um mínimo definido pelo SESI local. No caso do Departamento
Regional (DR) que já tenha implantado a rede de Agentes de Responsabilidade
Social (ver Anexo C – Portfolio do Programa ARS), a mobilização é facilitada por
já haver um elo estabelecido com as empresas locais.
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Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
Em sintonia com a proposta apresentada pelo SESI no primeiro encontro
de sensibilização, a equipe deve disponibilizar o serviço de consultoria em
Gestão da Responsabilidade Corporativa (GRC) em cada empresa consorciada, bem como formar e facilitar as reuniões, que podem ter frequência trimestral, tanto do Comitê Técnico como do Conselho Gestor.
Formado o consórcio, definem-se os nomes de cada representante que
comporá o Comitê Técnico. Este, juntamente com a equipe do SESI, será responsável pelo acompanhamento das atividades de cada etapa descrita neste
Guia.
PASSOS
ETAPAS
23
2º
Visitas a empresas potenciais
3º
Reunião com empresas que aderiram e/ou com potencial
4º
Reunião para formalização dos Termos de Adesão e divulgação do
consórcio formado, bem como da composição do Comitê Técnico
Quadro 1 - Principais Passos para a Sensibilização na Consultoria Coletiva
Fonte: Dados do projeto.
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
FUNÇÕES DO COMITÊ TÉCNICO
Representar a alta direção da empresa;
Acompanhar as etapas de implantação do consórcio; e
Mobilizar os colaboradores em parceria com o RH da empresa.
Quadro 2 - Funções do Comitê Técnico
Fonte: Dados do projeto.
24
FUNÇÕES DO CONSELHO GESTOR
Definir os representantes de cada empresa para o Comitê Técnico;
Aconselhar a equipe gerencial sobre as linhas gerais do projeto;
Garantir o apoio nas suas respectivas organizações para implementação das
ações do projeto ; e
&&Consultoria Individual
A equipe do SESI inicia o contato e o agendamento individual com cada
empresa que aderiu ao consórcio no intuito de detalhar as etapas de consultoria em responsabilidade socioambiental, a qual inclui fundamentalmente
os insumos da ferramenta Gestão da Responsabilidade Corporativa.
Como primeira atividade de sensibilização interna e com as principais informações sobre a atuação da empresa no campo da responsabilidade corporativa, agenda-se um encontro interno envolvendo a alta direção, a média gerência e os demais colaboradores para o lançamento do projeto, com
vistas ao alinhamento conceitual e apresentação das estratégias de ação do
consórcio no âmbito da gestão da empresa.
Como forma de orientar melhor a empresa sobre este momento amplo
de divulgação interna, a equipe do SESI se disponibiliza a promover uma
reunião com a diretoria desta para esclarecer os objetivos e estabelecer as
orientações da empresa para o projeto.
A expectativa é se criar, em cada empresa, um amplo processo de engajamento de todos os colaboradores em atividades socioambientais. Também
pode ser criada uma sistemática de relacionamento com o público interno
de modo que o diagnóstico, o planejamento e a realização das atividades sejam feitas de forma participativa e com ações permanentes e de longo prazo,
a serem delineadas no processo de Gestão da Responsabilidade Corporativa (ver Anexo D – Etapas da Consultoria em Gestão da Responsabilidade
Corporativa).
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Articular parceiros externos quando for necessário.
Quadro 3 - Funções do Conselho Gestor
Fonte: Dados do projeto.
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Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
PASSOS
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ETAPAS
1º
Visita para detalhamento da proposta de consultoria com
representante da empresa no Comitê Técnico do consórcio
2º
Reunião com a diretoria da empresa para detalhamento e
orientações estratégicas sobre o projeto
3º
Evento para divulgação ampla do projeto internamente, envolvendo
a diretoria, gerências e colaboradores
4º
Criação de um sistema amplo de comunicação interna para
engajamento de todos nas atividades do projeto
Quadro 4 - Principais Etapas para a Sensibilização na Consultoria
Individual
Fonte: Dados do projeto.
2.2 Etapa II: Diagnóstico
O segundo momento da consultoria consiste na realização de diagnósticos sobre a realidade externa, definida antecipadamente pelo Comitê Técnico, sobre o escopo geográfico do entorno e sobre a realidade interna, no
tocante à gestão e visão dos colaboradores sobre sustentabilidade.
Os diagnósticos realizados servirão de base para as etapas de planejamento e implementação, mas também cumprem um papel de sensibilização do corpo diretivo, gerencial e operacional da empresa para os processos
que serão desenvolvidos posteriormente (ver Quadro 5, Tipos e Funções dos
Diagnósticos, no final desta etapa).
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
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&&Consultoria Coletiva
Para efetuar o diagnóstico externo e no intuito de levantar dados socioeconômicos sobre a região do consórcio, sugere-se o Guia de Indicadores
Sociais SESI/RS, o qual indica sites e fontes de pesquisa (ver Anexo E – Guia
de Indicadores Sociais SESI/RS).
Com o levantamento dos dados secundários é necessário gerar um relatório analítico e com comparações sobre a realidade socioeconômica da região
geográfica escolhida para o consórcio,o qual pode ser produzido pela equipe
do SESI ou por uma instituição de pesquisa indicada pelo Comitê Técnico.
Este relatório com dados secundários deve ser complementado com os
diagnósticos gerados na consultoria individual que coletará dados primários
junto a colaboradores, familiares e comunidade, bem como dados referentes à gestão da empresa.
&&Consultoria Individual
O diagnóstico, por empresa, possui dois aspectos: diagnóstico de gestão;
e diagnóstico com colaboradores.
O diagnóstico de gestão tem como objetivo identificar a realidade atual
da empresa em relação à Responsabilidade Corporativa, à eficiência de recursos e impactos socioambientais, incluindo, de preferência, a análise de
práticas e performance.
Para o diagnóstico da Responsabilidade Corporativa podem ser utilizadas
ferramentas como o Modelo SESI de Sustentabilidade no Trabalho (ver Anexo F – Diagnóstico Modelo SESI de Sustentabilidade no Trabalho) e/ou Indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial1.
27
1 Informação disponível em: <www.ethos.org.br>.
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Ressalta-se a importância da aplicação das duas ferramentas de diagnose
na empresa, Modelo SESI e Indicadores Ethos, uma vez que ambas adotam
de forma complementar um processo de autoavaliação voltado para os âmbitos da gestão e do nível operacional, com atenção distinta aos diversos
stakeholders.
Quanto ao diagnóstico com colaboradores, sugere-se uma metodologia
participativa que possibilite o levantamento de dados do entorno pelos próprios colaboradores, onde sejam realizadas visitas domiciliares em suas próprias comunidades com vistas à pesquisa de qualidade de vida, bem como
levantamento de dados primários com lideranças comunitárias (ver Anexo
G – Pesquisa de Dados Primários).
Esse processo participativo já facilita o envolvimento dos colaboradores
na busca de soluções futuras. Portanto, o diagnóstico externo deve obter
tanto dados secundários, disponíveis em fontes oficiais sobre renda, educação, saúde, entre outros, em determinada região, como dados primários, a
partir da pesquisa direta com moradores e/ou representantes de instituições
socais dedicadas àquela área geográfica.
No referente ao diagnóstico de eficiência de recursos e impactos ambientais, sugere-se a metodologia Produção Mais Limpa (P+L), que contempla
as dimensões econômica, ambiental e tecnológica e induz à inovação nos
processos produtivos das empresas.
Apresentam-se nesta etapa os resultados por meio de relatórios e proposições de melhorias, os quais servirão de subsídios tanto para a definição
da Política de Sustentabilidade de cada empresa como para a elaboração do
Plano de Ação.
O diagnóstico de gestão, portanto, deve contemplar minimamente os aspectos do Triple Botton Line, de forma que se verifique o nível da gestão
quanto aos aspectos econômicos, sociais e ambientais.
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Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
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TIPO
FUNÇÃO
Diagnóstico de Gestão
Envolver os principais gerentes na análise da
situação socioambiental da empresa
Diagnóstico Interno
Coletar dados junto aos colaboradores sobre a
situação socioambiental da empresa
Diagnóstico Externo –
dados secundários
Analisar os dados oficiais sobre as questões
socioeconômicas e ambientais do entorno das
empresas
Diagnóstico Externo –
dados primários
Coletar dados primários sobre as questões
socioeconômicas e ambientais, envolvendo os
colaboradores, suas famílias e comunidades
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Quadro 5 - Tipos e Funções dos Diagnósticos
Fonte: Dados do projeto.
2.3 Etapa III: Planejamento
A fase de planejamento baseia-se na identificação das oportunidades e
pontos a transformar levantados nos diagnósticos para, a partir de então, iniciar o processo de análise das informações e elaboração de um Plano de Ação.
Cabe à equipe do SESI facilitar a análise das informações e elaboração do
Plano de Ação, em conjunto com as empresas, conforme modelo em anexo,
que consiste em uma matriz envolvendo os aspectos econômico, ambiental
e social.
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Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
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&&Consultoria Coletiva
Os dados obtidos na pesquisa de indicadores externos, coletados com
base nos dados oficiais e nos dados primários, devem gerar relatório específico que expresse a realidade territorial do consórcio, no intuito de obter
uma visão mais sistêmica envolvendo o entorno das empresas.
Após esta ação, o próximo passo é a apresentação dessas informações
ao Comitê Técnico para conhecimento do contexto onde estão inseridas as
empresas e a definição de um Plano de Ação que será, posteriormente, apresentado ao Conselho Gestor do consórcio (ver Quadro 6 – Matriz para Elaboração do Plano de Ação Coletivo, e planilha no Anexo H – Matrizes para
Elaboração do Plano de Ação Individual e Coletivo).
Uma reunião deve ser promovida com o Conselho Gestor do consórcio
formado por representantes da alta direção das empresas consorciadas para
assinatura do Termo de Constituição do Conselho Gestor (ver Anexo I – Termo de Constituição do Conselho Gestor) e apresentação do que foi produzido no planejamento pelo Comitê Técnico.
Ressalta-se que durante a reunião do Comitê Técnico a equipe do SESI
deve ser um agente facilitador, no sentido de coordenar e alinhar os objetivos do consórcio com as soluções oferecidas pelo SESI nas suas áreas de
atuação. Neste âmbito, podem ser oferecidos projetos como o SESI Atleta do
Futuro (SAF) ou outro como “projeto âncora” do consórcio, configurando-se
como investimento social coletivo das empresas.
A equipe do SESI facilita as reuniões com o Comitê Técnico e posteriormente com o Conselho Gestor para aprovação do Plano de Ação do consórcio, que contribuirá com a fase de implementação, a qual pressupõe um
conjunto de ações internas de cada empresa, envolvendo os públicos que
formam a denominada Rede de Sustentabilidade: alta direção, gerências, colaboradores e famílias e comunidades.
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
Neste contexto, é necessário focar nos pilares da sustentabilidade por
meio de programas que compreendam linhas de atuação tanto no âmbito
comunitário como no âmbito corporativo, por meio de um programa de Gestão da Responsabilidade Corporativa, com vistas a um relacionamento ético
e transparente com todas as partes interessadas.
No ambiente comunitário as ações devem possibilitar ampliação do capital social e empreendedorismo socioambiental das comunidades que vivem
no entorno das empresas, mediante a Gestão do Investimento Social Privado
Coletivo, de preferência, envolvendo a comunidade interna e suas famílias,
conforme sugerido na etapa de implementação a seguir.
Podem também ser trabalhados por meio da implementação de Programas de Produção Mais Limpa, ampliando assim a vantagem competitiva das
empresas e as possibilidades de investimento das ações sociais a partir da
redução de custos oriundos da eficiência de recursos.
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GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
ECONÔMICO
EIXOS
SOCIAL
32
AÇÃO (EXEMPLOS)
Intercâmbio entre as empresas
industriais partícipes nos
âmbitos da Gestão, Tecnologia,
Inovação e Sustentabilidade
Desenvolvimento de ação
consorciada de implementação
da Norma ISO 26000
Desenvolvimento de soluções
integradas de combate às
perdas e ao desperdício na
indústria
Criação de um centro de
treinamento profissionalizante
compartilhado para
trabalhadores e comunidade
Delineamento de política de
gestão de investimento social
compartilhado (projetos
voltados para qualidade de vida
de comunidades em situação
de vulnerabilidade social)
COMO (MÉTODO)
Promoção de workshops,
fóruns de discussão e criação
de instância deliberativa
envolvendo a alta direção das
empresas
STAKEHOLDERS
ENVOLVIDOS
PRAZO
Início
Mês/Ano
Fim
Mês/Ano
STATUS
Concluído
Em Andamento
Pendente
Empresas
33
Mapeamento das principais
necessidades de qualificação
de mão de obra da região.
Delineamento de estratégias de
inserção dessa mão de obra no
mercado de trabalho
Comunidade do
entorno e poder público
Apoio a iniciativas e soluções
sociais advindas da comunidade
do entorno através de ISP e
estímulo ao voluntariado
Continua
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
EIXOS
AÇÃO (EXEMPLOS)
SOCIAL
Articulação de parcerias com
poder público e sociedade civil
para a execução de programas
socioambientais
Criação de instâncias de
diálogo e relacionamento
ético e transparente com a
comunidade e identificação
dos seus principais dilemas e
potencialidades
Ações coligadas de gestão e
destinação dos resíduos sólidos
industriais
Participação em comitês/
conselhos locais ou regionais
para discutir a questão
ambiental com o governo e
a comunidade. Definição de
estratégias de reutilização
e compensação ambiental
que abranjam todo o sistema
produtivo
AMBIENTAL
34
Ações de educação ambiental
compartilhadas para o público
interno e comunidade do
entorno
Busca de soluções integradas
de eficiência energética na
indústria
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
COMO (MÉTODO)
Participação em projetos
educacionais em parceria
com ONGs e ambientalistas,
exercendo liderança social em
favor dessa causa
Mapeamento e análise sistêmica
para a melhoria da qualidade
ambiental
STAKEHOLDERS
ENVOLVIDOS
PRAZO
Início
Mês/Ano
Fim
Mês/Ano
STATUS
Concluído
Em Andamento
Pendente
Comunidade do
entorno e poder público
35
Comunidade do
entorno, poder público,
terceiro setor, meio
ambiente e público
interno
Quadro 6 - Matriz para
Elaboração
de Plano de Ação Coletivo
Fonte: Dados do projeto.
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
36
&&Consultoria Individual
No ambiente corporativo, os aspectos econômicos e socioambientais devem ser contemplados em uma matriz que abranja os públicos alta
direção, média gerência e colaboradores, de acordo com o Quadro 7, a seguir, e Anexo H - Matrizes para Elaboração do Plano de Ação Individual e
Coletivo.
Esta etapa é iniciada com base nos dados organizados a partir dos diagnósticos internos de gestão e colaboradores, executados separadamente. Com
fundamento nos dados obtidos na fase de diagnóstico, por meio do Modelo
SESI de Sustentabilidade no Trabalho e/ou Indicadores Ethos, pode ser produzido um gráfico geral considerando a média dos resultados gerados em cada
empresa. No caso de aplicação dos dois instrumentos de diagnose, é importante elaborar um gráfico geral de cada ferramenta, considerando também as
médias obtidas em cada empresa, já que os indicadores são diferentes.
Esta etapa se configura como um processo amplo de capacitação envolvendo toda a empresa: da alta direção, média gerência e colaboradores em
geral. O objetivo é levar o tema da Sustentabilidade e da Responsabilidade
Socioambiental de modo que todos se envolvam de forma efetiva.
Neste prisma, o Plano de Ação precisa estar alinhado com as necessidades
identificadas nos diagnósticos (interno e externo), contemplando medidas de
mitigação, de compensação e de monitoramento (denominadas medidas de
controle), bem como ações potencializadoras, dando base para a formação de
programas que compreendam as dimensões social e ambiental e que poderão
ser implementados nas empresas paralela ou posteriormente.
Dessa forma, a sistematização das medidas permite organizá-las com a
configuração de programas contendo: eixo, ação proposta, método, stakeholders e cronograma.
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
Cada programa deverá contar com indicadores e metas que auxiliem no
monitoramento do processo e com base nesses indicadores será possível
avaliar o andamento dos programas e implementar ações de ajuste caso estes mostrem falhas na execução ou na obtenção dos resultados esperados.
Ver sugestão de indicadores na seção 2.5, etapa V: Monitoramento, deste
Guia.
37
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
NÍVEL ORGANIZACIONAL: ESTRATÉGICO (ALTA DIREÇÃO)
SOCIAL
38
ECONÔMICO
EIXOS
AÇÃO (EXEMPLOS)
COMO (MÉTODO)
STAKEHOLDERS
ENVOLVIDOS
Identificação de riscos
e oportunidades em
sustentabilidade
Matriz SWOT
Acionistas, clientes, área
de planejamento
Delineamento
de política de
relacionamento com
stakeholders
Definição dos stakeholders e reflexão
sobre princípios e valores que nortearão
a relação da empresa com todos os
seus públicos através de diálogo ético e
transparente. Elaboração de Código de
Ética da empresa
Todos as partes
interessadas
Concepção de política
de gestão integrada e
participativa
Aplicação do Método Japonês Gestão
da Performance Total (TPM)
Público interno
Concepção política
de investimento
em educação e
desenvolvimento de
colaboradores
Balizamento das suas estratégias
de educação e desenvolvimento
profissional a partir do perfil
socioeconômico do seu corpo funcional,
definindo metas e recursos específicos
Público interno
Delineamento
de programa de
qualidade de vida
Estabelecimento de diretrizes, ações e
metas de qualidade de vida com foco
em saúde preventiva e bem-estar
Público interno
(colaboradores e
familiares) e comunidade
do entorno
PRAZO
Início
Ano/Mês
Fim
Ano/Mês
STATUS
Concluído
Em Andamento
Pendente
39
Continua
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
EIXOS
AÇÃO (EXEMPLOS)
COMO (MÉTODO)
SOCIAL
NÍVEL ORGANIZACIONAL: ESTRATÉGICO (ALTA DIREÇÃO)
Concepção de política
de Saúde e Segurança
no Trabalho
Estruturação de método capaz de
avaliar e de melhorar comportamentos
relativos à prevenção de acidentes no
local de trabalho, através da gestão
efetiva de riscos no mencionado local
STAKEHOLDERS
ENVOLVIDOS
PRAZO
Início
Ano/Mês
Fim
Ano/Mês
STATUS
Concluído
Em Andamento
Pendente
Público interno
Desenvolvimento
de estratégias
de eficientização
energética
AMBIENTAL
40
Delineamento de
política de gestão
ambiental da empresa
41
Mapeamento de impactos ambientais,
escuta com os stakeholders e
identificação do nível de cumprimento
da legislação ambiental a partir de
Estudos de Impactos Ambientais (EIA)
Meio ambiente
Concepção de
política de Gestão
de Resíduos Sólidos
Industriais (GRSI)
Continua
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NÍVEL ORGANIZACIONAL: TÁTICO (MÉDIA GERÊNCIA)
42
ECONÔMICO
EIXOS
AÇÃO (EXEMPLOS)
COMO (MÉTODO)
STAKEHOLDERS
ENVOLVIDOS
Estruturação
de sistema de
informações internas
e de mercado (SIM)
Aplicação de método SIM com apoio de
Tecnologia de Informação
Acionistas, clientes, área
de planejamento
Realização de
mapeamento de
stakeholders
Implantação
do Sistema de
Gestão Integrada e
Participativa
1) Elaborar um mapa de stakeholders
contemplando as ligações com públicos;
2) Definir tipologia de interesses de
cada stakeholder;
3) Identificar poder de influência de
cada stakeholder; 4) Construir uma
matriz de prioridades em relação a
cada um dos stakeholders; 5) Controlar,
a partir das decisões estratégicas
tomadas, a existência de mudanças nos
circuitos de influência
Criação de instâncias de diálogo
entre as diferentes áreas da empresa
e todos os níveis hierárquicos, bem
como com representantes de todas
as partes interessadas: fornecedores,
clientes, comunidade, governo, entre
outros. Adotar diretrizes e metas que
visem manter a conformidade com
o Plano Estratégico da empresa e
com a legislação vigente nas áreas de
segurança, meio ambiente e saúde
PRAZO
Início
Ano/Mês
Fim
Ano/Mês
STATUS
Concluído
Em Andamento
Pendente
Todos as partes
interessadas
43
Público interno
Continua
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Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
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NÍVEL ORGANIZACIONAL: TÁTICO (MÉDIA GERÊNCIA)
EIXOS
AÇÃO (EXEMPLOS)
Estruturação da
Matriz de Práticas
de Educação e
Desenvolvimento
1) Planejamento e capacitação contínua
em todos os níveis hierárquicos
buscando impacto positivo na
empregabilidade dos funcionários;
2) Promoção da coerência entre os
valores e princípios da organização com
valores e princípios individuais dos seus
funcionários
Implantação do
Programa de
Qualidade de Vida
Realização de campanhas educativas
para trabalhadores e suas famílias:
prevenção a doenças, uso de drogas,
estilo de vida saudável. Criação de
espaços de qualidade de vida nos
setores
Público interno
(colaboradores e
familiares) e comunidade
do entorno
Implementação do
Sistema de Saúde
e Segurança no
Trabalho
Condução de ações orientadas para
prevenção de riscos, considerando
processo de monitoramento e medição
de desempenho, investigação, auditoria
e revisão em busca da melhoria
contínua
Público interno
44
SOCIAL
COMO (MÉTODO)
STAKEHOLDERS
ENVOLVIDOS
PRAZO
Início
Ano/Mês
Fim
Ano/Mês
STATUS
Concluído
Em Andamento
Pendente
Público interno
45
Continua
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
NÍVEL ORGANIZACIONAL: TÁTICO (MÉDIA GERÊNCIA)
EIXOS
AÇÃO (EXEMPLOS)
46
AMBIENTAL
Implementação
de soluções de
eficientização
energética
Implantação do
sistema de gestão
ambiental ISO 14.001
Implementação
do PGRSI na área
produtiva da empresa
COMO (MÉTODO)
Implantação do método SGA
14001/Gestão Eficiente de Energia.
Desenvolvimento do sistema de
monitoramento com metas específicas
para: a) aumento da eficiência
energética; b) redução do consumo de
água; c) redução da geração de resíduos
sólidos; d) redução da emissão de CO² e
outros gases do efeito estufa.
Promoção periódica de campanhas
internas de: a) redução do consumo de
água e energia; b) educação com base
nos 3Rs; c) educação para o consumo
consciente
STAKEHOLDERS
ENVOLVIDOS
PRAZO
Início
Ano/Mês
Fim
Ano/Mês
STATUS
Concluído
Em Andamento
Pendente
47
Meio ambiente
Continua
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Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
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GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
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NÍVEL ORGANIZACIONAL: OPERACIONAL (COLABORADORES)
48
ECONÔMICO
EIXOS
AÇÃO (EXEMPLOS)
COMO (MÉTODO)
STAKEHOLDERS
ENVOLVIDOS
Execução de registros
relacionados à
performance no
trabalho
Aplicação do método dos RQ - Registros
da Qualidade: não conformidades e
sugestões de melhoria
Acionistas, clientes, área
de planejamento
Observância dos
preceitos do Código
de Ética da empresa
nas relações com os
públicos
Participação em reuniões e
treinamentos sistemáticos sobre
os preceitos do Código de Ética da
empresa
Todos as partes
interessadas
Retroalimentação
dos processos de
gestão com sugestões
de melhorias (gestão
participativa)
Participação de reuniões sistemáticas
e contribuição com as instâncias de
diálogo entre as diferentes áreas da
empresa
Público interno
PRAZO
Início
Ano/Mês
Fim
Ano/Mês
STATUS
Concluído
Em Andamento
Pendente
49
Continua
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
NÍVEL ORGANIZACIONAL: OPERACIONAL (COLABORADORES)
SOCIAL
EIXOS
AMBIENTAL
50
AÇÃO (EXEMPLOS)
COMO (MÉTODO)
Elaboração do
plano individual de
desenvolvimento de
competências
Participação nos treinamentos e demais
ações educativas promovidos pela
empresa
Adesão às iniciativas
da empresa referentes
à promoção da
qualidade de vida no
trabalho e estilo de
vida saudável
Participação nas ações de lazer ativo/
ginástica laboral
Participação dos
Diálogos Diários de
Segurança (DDS)
Conhecimento e observância dos
preceitos legais sobre saúde e
segurança do trabalho
STAKEHOLDERS
ENVOLVIDOS
PRAZO
Início
Ano/Mês
Fim
Ano/Mês
STATUS
Concluído
Em Andamento
Pendente
Público interno
51
Participação em
oficinas de educação
ambiental
Observância dos
preceitos da política
do sistema de gestão
ambiental
Realização da
destinação correta de
resíduos
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
Conhecimento, observância e prática
dos preceitos da política integrada de
gestão ambiental da empresa
Público interno
Quadro 7 Matriz para
Elaboração de
Plano de Ação
Individual
Fonte: Dados do
projeto.
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
2.4 Etapa IV: Implementação
52
&&Consultoria Coletiva
A implementação do consórcio ocorre a partir do momento em que um
conjunto de empresas acordam realizar ações conjuntas de investimento social privado coletivo, formalizam a participação no consórcio e colocam em
prática um Plano de Ação.
Entretanto, o que garantirá a eficácia e a efetividade do consórcio serão as
ações de capacitação em ferramentas de gestão empresarial voltadas para
a sustentabilidade, tanto individual como coletivamente, o que justifica o
formato deste Guia, que prevê processos de consultoria que capacitarão os
representantes das empresas e viabilizarão uma estrutura de gestão envolvendo alta direção, média gerência e colaboradores em todas as etapas de
criação do consórcio.
As ações de capacitação podem ser delineadas em níveis diferentes para
cada público: seminários para a alta direção; especialização para a média
gerência e palestras e cursos para colaboradores em geral.
Quanto à especialização, ver Anexo J – MBA como exemplo, pois o curso
pode voltar-se particularmente para os gestores das empresas consorciadas,
de modo que ao receber a capacitação teórica também sejam acompanhados na aplicação das atividades, com foco nas especificidades da região onde
estão localizadas as empresas.
A etapa anterior de planejamento indica as ações a serem realizadas com
os respectivos responsáveis e prazos. Na implementação do consórcio as atividades são efetivamente iniciadas. No caso das ações realizadas em nível
coletivo é imprescindível uma estrutura de comunicação e gestão que garanta o monitoramento, conforme descrito na seção 2.5, etapa V: Monitoramento, deste Guia.
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
Nesta fase, a consultoria do SESI caracteriza-se pela facilitação do grupo na
definição de ações, podendo sugerir uma série de soluções que já compõe o
seu portfolio. Por exemplo, projetos como “SESI Atleta do Futuro”, “Cozinha
Brasil”, entre outros, podem ser oferecidos como projeto de Investimento
Social Privado (ISP) coletivo; ademais, o SESI pode estabelecer uma planilha
de custos com definição de contrapartidas, inclusive para as empresas.
Cabe ressaltar que as reuniões do Comitê Técnico e do Conselho Gestor
são oportunidades de relacionamento estratégico do SESI com as empresas, constituindo-se em espaços de construção das soluções sociais para a
indústria. É importante também enfatizar que nesta perspectiva o perfil dos
profissionais do SESI muda de “prestador de serviço” para “consultor e articulador de soluções sociais para a indústria”.
&&Consultoria Individual
Considera-se a capacitação de cada empresa em ferramentas de gestão para a sustentabilidade como prerrogativa para o sucesso do Consórcio
CERES, porquanto, simplesmente desenvolver ações coletivas para a comunidade do entorno não é suficiente para alcançar os objetivos de um consórcio.
53
vos do
Objeti cio CERES
r
99 Otimizar recursos a partir da atuação consorciada;
Consó
99 Aumentar o impacto social dos projetos;
99 Contribuir para a melhoria dos indicadores sociais; e
99 Fortalecer a Responsabilidade Socioambiental como
ferramenta de gestão e como diferencial competitivo.
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
Em face da própria definição de organização utilizada pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), segundo a qual esta se constitui em um organismo vivo em constante relacionamento com um sistema complexo, não se
pode imaginar que ações do consórcio se deem apenas no “extramuro” das
empresas.
...
mais
Saiba
A Fundação Nacional da Qualidade entende as organizações
como sistemas vivos, integrantes de ecossistemas complexos
com os quais interagem e dos quais dependem, estruturados
na forma de redes dinâmicas e abertas.
FAMÍLIA E
COMUNIDADE
COLABORADORES
MÉDIA GERÊNCIA
(Comitê Técnico)
ALTA DIREÇÃO
(Conselho Gestor)
Figura 1 - Rede de
Sustentabilidade
Fonte: Dados do projeto.
54
Logo, se requer a constituição de uma Rede de Sustentabilidade, definida como um sistema de comunicação e atividades que interligam os principais componentes da empresa de maneira constante, em busca de soluções
para a sustentabilidade, econômica, social e ambiental, conforme Figura 1
a seguir.
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
55
Os componentes da Rede de Sustentabilidade são, portanto: 1) Alta Direção; 2) Média Gerência; 3) Colaboradores; e 4) Família e Comunidade;
E, para envolver cada parte deste sistema, sugerem-se ações de capacitação, operacionalização e monitoramento, em consonância com as ações do
Plano de Ação do consórcio, elaborado nas etapas anteriores.
A Rede de Sustentabilidade é orientada pelos profissionais do SESI, juntamente com o comitê interno de sustentabilidade formado na etapa de
Sensibilização, o qual também participa do Comitê Técnico do consórcio,
garantindo, assim, a retroalimentação com as ações coletivas do Consórcio
CERES.
As ações de capacitação, operacionalização da Rede de Sustentabilidade e monitoramento são planejadas também com a consultoria do SESI,
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
fundamentalmente com as ferramentas da Gestão da Responsabilidade Corporativa (ver Anexo D - Etapas da Consultoria em Gestão da Responsabilidade Corporativa).
ALTA DIREÇÃO
MÉDIA GERÊNCIA
COLABORADORES
56
FAMÍLIA E
COMUNIDADE
Expressar a visão da sustentabilidade na gestão do
negócio
Criar os meios para que essa visão chegue ao corpo de
colaboradores e familiares; bem como criar as ações que
envolvam colaboradores, família e comunidade
Engajar-se em ações que contribuam para a
sustentabilidade na empresa, na família e na comunidade
Engajar-se em ações voltadas para a sustentabilidade
Quadro 8 - Atribuições dos Componentes da Rede de Sustentabilidade
Fonte: Dados do projeto.
2.5 Etapa V: Estrutura Organizacional da Rede
CERES
&&Rede CERES, referente ao grupo de consórcios existentes no Estado.
Contudo, poderá haver mais de um consórcio por região geográfica, e
competirá ao SESI organizá-lo de maneira que haja a maior sinergia possível
para alcance dos objetivos principais.
A complexidade da estrutura de gestão também será de acordo com o
estabelecido em cada Núcleo CERES e de acordo com o que o SESI local poderá responsabilizar-se. Entretanto, cabe ao SESI capacitar as empresas para
a Gestão da Responsabilidade Corporativa e, na perspectiva do consórcio, a
gestão dos investimentos sociais coletivos poderá ser um futuro serviço a ser
ofertado pelo SESI.
A seguir serão apresentadas duas possibilidades de estrutura organizacional de um Núcleo CERES:
a) com níveis gerenciais mais completos caso haja evolução para a constituição de uma entidade jurídica própria (Organograma 1); e
57
b) com assessoria do SESI na gestão do consórcio através das consultorias
específicas a cada empresa e assessoria na gestão de projetos sociais coletivos
(Organograma 2).
Esta etapa é concretizada mediante o estabelecimento de:
&&Estruturas de gestão; e
&&Indicadores de monitoramento.
As estruturas de gestão dividem-se ainda em:
&&Núcleo CERES, referente ao consórcio formado em determinada
região; e
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
CONSELHO GESTOR
DO NÚCLEO CERES
Dirigentes das
Empresas Consorciadas
CONSELHO GESTOR
DO NÚCLEO CERES
GERÊNCIA DO NÚCLEO
CERES
Comitê Técnico
GERÊNCIA DO NÚCLEO
CERES
ASSESSORIA DO SESI
58
COORDENAÇÃO
ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA
COORDENAÇÃO DE
PLANEJAMENTO E OPERAÇÕES
TESOURARIA
INTELIGÊNCIA
COMUNITÁRIA
RECURSOS
HUMANOS
OFICINA
CERES
59
ASSESSORIA CORPORATIVA
Consultorias
ASSESSORIA A PROJETOS
SOCIAIS COLETIVOS
Organograma 2 - Gestão com Assessoria do SESI
Fonte: Dados do projeto.
INFRAESTRUTURA
DESENVOLVIMENTO
E CERTIFICAÇÃO
DE PROJETOS
Organograma 1 - Gestão com Entidade Jurídica Própria
Fonte: Dados do projeto.
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
CONSELHO DA REDE CERES
FIEC, SESI, SENAI, Dirigentes
dos Núcleos CERES
Quanto à Rede CERES, o modelo que se propõe às Federações de Indústrias, por meio do SESI mais especificamente, é que se cumpra um papel de
agente mobilizador e coordenador da rede de consórcios, devendo preferencialmente envolver o presidente da Federação, na liderança deste processo,
com a assessoria direta da equipe gestora do SESI, designada pelo seu superintendente, sponsor do projeto no SESI, conforme Organograma 3 a seguir.
A Rede CERES também pode ser inserida no âmbito do Conselho de Responsabilidade Social da Confederação Nacional da Indústria, cuja secretaria
executiva é realizada pelo SESI nos Estados.
PARCEIROS
INSTITUCIONAIS
GRUPO GESTOR DA CERES
Sponsors dos Núcleos CERES
ASSESSORIA TÉCNICA
NRSE SESI
60
NÚCLEO CERES
1
NÚCLEO CERES
2
NÚCLEO CERES
3
...
61
NÚCLEO CERES
n
Organograma 3 - Estrutura Organizacional da Rede CERES
Fonte: Dados do projeto.
É importante que estas instâncias de gestão contem com indicadores de
monitoramento e que principalmente os de resultado sejam acompanhados, de modo que a sustentabilidade, como objetivo maior, seja realmente
alcançada.
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
Sugerem-se, pois, os seguintes indicadores:
TIPO DE
INDICADOR
PERSPECTIVA
INDICADORES
TIPO DE
INDICADOR
PERIODICIDADE
62
INDICADORES DE PROCESSO
Coletiva
Anual
Número de
beneficiados
dos projetos do
consórcio
Número de
trabalhadores
capacitados em
sustentabilidade
Individual
Semestral
PERIODICIDADE
Coletiva
Individual
Diminuição
de doenças
infectocontagiosas
nas comunidades
do entorno
Aumento da
satisfação do
trabalhador com
a empresa/clima
organizacional
Anual
63
Anual
Redução dos
afastamentos
Número de ações
de capacitação para
a alta direção
Políticas
estabelecidas
com foco em
sustentabilidade
INDICADORES
Aumento da
renda familiar das
comunidades do
entorno
INDICADORES DE RESULTADO
Número de
empresas
consorciadas
Número de projetos
do consórcio
PERSPECTIVA
Quadro 9 - Indicadores de Monitoramento
Anual
Fonte: Dados do projeto.
Continua
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
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GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
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3
Aspectos Gerais
do Projeto Piloto
O
Projeto Piloto do Consórcio CERES foi realizado em um bairro de Fortaleza, denominado Barra do Ceará, consoante o Edital SENAI - SESI
de Inovação 2010.
O território foi definido com base em um diagnóstico social desenvolvido
previamente pelo SESI, que coloca este bairro como um dos mais populosos
e de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) (ver Anexo K – Perfil
Socioeconômico da Barra do Ceará, Cristo Redentor e Floresta), e da decisão
das empresas quanto aos limites geográficos do consórcio, tendo em vista
os entornos das empresas consorciadas como possibilidade de intervenção
para o projeto.
3.1 Objetivos do Projeto Piloto
67
3.1.1 Objetivo Geral
Tornar o Consórcio Empresarial de Responsabilidade Socioambiental
uma nova forma de intervenção das empresas, possibilitando maior impacto
positivo das ações, tanto no âmbito dos processos de gestão como externamente, contribuindo para a melhoria dos indicadores sociais.
3.1.2 Objetivos Específicos
&&Implantar Projeto Piloto CERES na Barra do Ceará, com a aplicação de
4 (quatro) metodologias que abrangem aspectos de gestão empresarial e
desenvolvimento comunitário: GRC, P+L, ISP e Gestão de Projetos de Desenvolvimento (GPD);
&&Construir metodologicamente o Modelo CERES para replicação; e
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
&&Capacitar a equipe de gestores por meio de um MBA, de modo que os
participantes sejam orientados na implementação das 4 (quatro) metodologias em suas empresas.
Além dos objetivos do projeto piloto, a formação de consórcios alcança
outros objetivos, como:
&&Promover uma gestão compartilhada entre o SESI e as empresas, a
partir da constituição de um conselho gestor de cada consórcio, com a participação das lideranças empresariais envolvidas, e de um comitê técnico formado pelos interlocutores de cada empresa, conforme Estrutura de Gestão
do Projeto Piloto, descrita na seção 3.3;
&&Otimizar recursos com base na atuação consorciada;
68
&&Aumentar o impacto social dos projetos;
&&Implantação nas empresas das 4 (quatro) metodologias com os alunos
do MBA, como atividade do módulo prático, tendo os facilitadores do MBA
o papel de orientação dos gestores/alunos na aplicação das metodologias;
&&Pesquisa para alinhamento das 4 (quatro) metodologias com base em
revisão de literatura e nos resultados obtidos com a aplicação; e
&&Modelagem da metodologia do Guia CERES a partir da experiência do
projeto piloto e da pesquisa de alinhamento das metodologias.
3.3 Estrutura de Gestão do Projeto Piloto
Para a eficácia do projeto, desenvolveu-se com a assessoria da MPP Rio,
responsável pelas atividades de Gestão de Projetos de Desenvolvimento, a
estrutura de gestão que se segue.
69
&&Contribuir para a melhoria dos indicadores sociais; e
&&Fortalecer a Responsabilidade Socioambiental como ferramenta de
gestão e como diferencial competitivo.
3.2 Metodologia
O projeto piloto percorreu as seguintes etapas:
&&Capacitação dos gestores das 4 (quatro) empresas participantes através de um MBA em Gestão de Organizações Sustentáveis, realizado em parceria com a Universidade de Fortaleza (UNIFOR) e o Instituto Euvaldo Lodi
(IEL), para o repasse teórico e prático das 4 (quatro) metodologias escolhidas: GRC, P+L , ISP e GPD.
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
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GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
CONSELHO DO PROJETO
(Representantes das
empresas consorciadas e
instituições envolvidas)
3.3.1 Atribuições das Instâncias de Gestão
A equipe gerencial foi formada por um gerente do SESI/RSE, um professor
doutor do departamento de administração da Universidade de Fortaleza, um
bolsista do CNPq e um especialista em GPD. Este último, representante da
empresa de consultoria MPP Rio, tinha como missão acompanhar e orientar
todo o processo de implantação do projeto piloto e da modelagem CERES,
bem como coordenar as reuniões do Conselho, dos consultores e da equipe
de pesquisa envolvidos.
EQUIPE GERENCIAL
(SESI, UNIFOR, MPP)
Sponsor: Superintendente
do SESI
APOIO GERENCIAL
(Bolsista CNPq)
70
SESI-CE
SENAI-CE
APOIO TÉCNICO
(SESI)
UNIFOR
MPP
TEIA DA VIDA
EMPRESAS
EMPRESA 1
Fonte: Dados do projeto.
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Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
&&Participantes:
99Representantes das instituições parceiras e das empresas
consorciadas.
71
&&Atribuições:
99Aconselhamento à equipe gerencial sobre as linhas gerais do
projeto;
EMPRESA 2
99Garantia do apoio nas suas respectivas organizações para
implementação das ações do projeto;
EMPRESA 3
99Participação regular nas reuniões semestrais;
EMPRESA 4
Organograma 4 - Estrutura de Gestão do Projeto Piloto
a) Conselho do Projeto
99Representação do projeto local, nacional e internacionalmente;
99Definição dos representantes de cada empresa para o Comitê
Técnico; e
99Definição do percentual, advindo da Produção Mais Limpa, a ser
investido nos projetos sociais do consórcio.
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
b) Equipe Gerencial
&&Participantes:
99Representantes do SESI, UNIFOR e MPP Rio.
&&Atribuições:
99Coordenação das atividades de aplicação das metodologias;
99Acompanhamento da equipe de consultores;
99Mobilização das empresas;
99Report do sponsor do projeto (no caso, o superintendente do
SESI).
72
c) Apoio Gerencial
&&Participantes:
99Bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq).
&&Atribuições:
99Coordenação das atividades de modelagem do CERES;
99Acompanhamento da equipe de pesquisa (foram envolvidos
cerca de 10 (dez) estudantes de graduação e mestrado da
UNIFOR);
99Registro de pesquisa durante a aplicação das metodologias nas
empresas;
99Grupos focais com consultores envolvidos na aplicação das
metodologias, gestores das empresas e gestores do projeto; e
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
99Desenvolvimento de um modelo de pesquisa para construção
do Modelo de Consórcio CERES.
d) Apoio Técnico
&&Participantes:
99Equipe SESI/Núcleo de Responsabilidade Social Empresarial
(NRSE).
&&Atribuições:
99Mobilização das empresas;
99Logística;
99Produção de relatórios; e
73
99Apoio dos consultores e equipe.
3.4 Produtos e Resultados Gerados
Os resultados alcançados no projeto piloto podem ser percebidos em dois
aspectos:
&&Coletivamente, a partir das metodologias Investimento Social Privado
e Gestão de Projetos de Desenvolvimento; e
&& Individualmente (por empresa), a partir da aplicação de 2 (duas) metodologias implantadas em cada empresa consorciada, quais sejam: Gestão
da Responsabilidade Corporativa e Produção Mais Limpa.
A Figura 2 a seguir demonstra como as metologias atendem aos eixos
corporativo e comunitário:
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
ISP
Eixo
Corporativo
GRC
GPD
P+L
Como estratégia de capacitação e em parceria com a Universidade de
Fortaleza e com o Instituto Euvaldo Lodi, foi possível ofertar um MBA sobre
Gestão de Organizações Sustentáveis para os gestores das empresas participantes, os consultores de cada metodologia, bem como a equipe do SESI
envolvida na gestão do processo, no total de 15 (quinze) pessoas.
Todo o conteúdo do MBA baseou-se na proposta do Projeto CERES contemplando as atividades teóricas e práticas a partir das metodologias GRC,
GPD, P+L, ISP e GPD. Nesse âmbito, os consultores contratados para o projeto tinham a função de facilitadores das disciplinas e monitores das atividades práticas desenvolvidas nas empresas, conforme Anexo J – MBA, deste
Guia, e Quadro 10 a seguir:
MÓDULOS
74
Eixo
Comunitário
Figura 2 - Eixos x Dimensões Metodológicas do Projeto CERES
Fonte: Dados do projeto.
ATIVIDADES
I
Nivelamento Conceitual e Metodologia Científica (EAD)
II
Desenvolvimento de Relações (Teia da Vida)
III
Gestão de Recursos (P+L)
IV
Gestão da Responsabilidade Corporativa (GRC)
V
Gerenciamento de Projetos de Desenvolvimento (GPD)
VI
Aplicação Prática das Dimensões Sustentáveis
(Trabalho de Conclusão)
75
Quadro 10 - Estrutura Modular do MBA em Gestão de Organizações
Sustentáveis
Fonte: Dados do projeto.
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Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
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Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
Como resumo das atividades de aplicação das metodologias, apresentase a tabela a seguir, destacando o total de horas trabalhadas pelo Grupo de
Aplicação de Metodologias (GAM):
Tabela 1 - Atividades Desenvolvidas pelo Grupo de Aplicação de
Metodologias do MBA em Gestão de Organizações Sustentáveis
EMPRESAS
GRUPO DE ATIVIDADES
1
2
3
76
APLICAÇÃO DA METODOLOGIA GPD
(3 Seminários e Facilitação)
12 / 72h
APLICAÇÃO DA METODOLOGIA GRC
(Sensibilização, Diagnóstico Interno, Formação do
Comitê de Sustentabilidade e Discussão do Plano de
Ação)
44 / 199h
APLICAÇÃO DA METODOLOGIA P+L
(Apresentação, Estudo de Fluxo, Levantamento de
Balanço de Massa e Energia)
30 / 136h
APLICAÇÃO DA METODOLOGIA TEIA DA VIDA
(Fóruns e Certificação de Projetos)
34 / 123h
NIVELAMENTO
(Sponsor, Suporte Acadêmico e Logístico,
Planejamento e Coordenação do MBA)
34 / 204h
EVENTOS INSTITUCIONAIS CERES
(SESI DN, Conselho, Parceiros e Comitivas)
TOTAL
Fonte: Dados do projeto.
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
4
Dessas metodologias, como referido, enfocam-se 4 (quatro) e destacamse as principais etapas realizadas.
3.4.1 Gestão da Responsabilidade Corporativa (GRC)
São elementos-chaves da Gestão da Responsabilidade Corporativa: a definição da relação da Responsabilidade Corporativa com as estratégias da
empresa; a formulação de iniciativas estratégicas; a elaboração de uma Política de Responsabilidade Corporativa; o estabelecimento de um Modelo de
Gestão; a formulação de um Comitê Interno de Sustentabilidade e a elaboração de planejamento, além do estabelecimento de indicadores de monitoramento e avaliação da Gestão da Responsabilidade Corporativa.
Com base nas etapas a seguir relacionadas, a GRC tem como resultados
esperados: a identificação do valor da Responsabilidade Corporativa sistematizada (Planejamento, Monitoramento e Avaliação); a capacitação de
profissionais instrumentalizados com os principais conceitos, etapas e ferramentas de gestão da RSE; e o desenvolvimento de fontes de informação para
a tomada e o fortalecimento do posicionamento mercadológico.
77
Etapa 1: Plano de Trabalho
23 / 75h
177 eventos / 809 horas
&&Check list de evidências documentais sobre a atuação da empresa no
campo da Responsabilidade Corporativa; e
&&Nivelamento Estratégico Conceitual sobre Sustentabilidade com a alta
direção e os articuladores internos.
Etapa 2: Análise Interna
&&Análise de ações de Responsabilidade Corporativa desenvolvidas e verificação de evidências documentais;
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
&&Identificação de impactos, riscos e oportunidades no âmbito da sustentabilidade; e
&&Avaliação do nível de relação fiduciária da empresa com stakeholders.
Etapa 3: Autoavaliação
&&Aplicação dos Indicadores Ethos e Modelo SESI de Sustentabilidade no
Trabalho.
78
&&Orientação para implementação de práticas de gestão sustentável, formação de lideranças sustentáveis e implementação de sistemática de monitoramento e avaliação da performance da empresa em sustentabilidade
econômica, social e ambiental.
Equipe envolvida
&&Consultores SESI e articuladores internos da empresa.
Etapa 4: Formação do Comitê Interno de Responsabilidade Corporativa
3.4.2 Produção Mais Limpa (P+L)
&&Sensibilização com principais gestores sobre o tema da Responsabilidade Corporativa;
Esta metodologia é voltada para a gestão da produção com vistas ao uso
eficiente de matérias-primas e insumos por meio da eliminação, minimização e/ou reciclagem dos resíduos oriundos do processo produtivo. Trata-se
de uma estratégia tecnológica e socioambiental que induz inovação dentro
das empresas, beneficiando também seu entorno. Sua implantação requer
o envolvimento da alta administração para promover as mudanças necessárias que permitirão alcançar os resultados esperados.
A metodologia P+L otimiza a utilização dos mais variados recursos da empresa, elevando sua lucratividade, ao mesmo tempo em que minimiza seus
impactos ambientais e sociais, tanto internos quanto externos, no que afeta
às emissões de contaminantes para as comunidades do entorno. Sua implantação percorre as seguintes etapas:
&&Capacitação do comitê de sustentabilidade; e
&&Preparação dos facilitadores internos para realização do diagnóstico
interno.
Etapa 5: Elaboração e Entrega do Relatório
&&Análises dos dados oriundos das etapas anteriores; e
&&Apresentação dos resultados.
Etapa 6: Elaboração da Política de Responsabilidade Corporativa e Agenda
Anual em Sustentabilidade
&&Concepção de política de sustentabilidade da empresa;
&&Elaboração da matriz de planejamento anual em sustentabilidade (definição de temas emergentes e estratégicos); e
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
79
Etapa 1: Comprometimento Gerencial
&&Formação do ecotime; e
&&Estudo da abrangência e identificação de barreiras.
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
Etapa 2: Diagnóstico Ambiental e de Processo
&&Seleção do foco de avaliação.
Etapa 3: Identificação das Opções de Produção Mais Limpa
&&Balanço de material e indicadores; e
&&Identificação das causas de geração de resíduos.
Etapa 4: Seleção de Oportunidades Viáveis
&&Avaliação técnica, econômica e ambiental.
Etapa 5: Plano de Implantação e Monitoramento
&&Plano de continuidade.
80
Equipe envolvida
&&Consultores SENAI e articuladores internos da empresa.
3.4.3 Investimento Social Privado (ISP)
A principal referência para o conceito de Investimento Social Privado utilizado neste Guia refere-se ao Grupo de Institutos e Fundações Empresariais
(GIFE)2. Neste documento o conceito foi ampliado com o adjetivo “coletivo”
para caracterizar ações de ISP do Consórcio CERES.
2
Informação disponível em: <www.gife.com.br>.
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
A metodologia adotada no projeto piloto para viabilizar o Investimento
Social Privado das empresas consorciadas foi a Teia da Vida. Esta metodologia propõe a utilização de ferramentas exclusivas e inovadoras para a criação
de ambientes de aprendizado, possibilitando o autodesenvolvimento pessoal e coletivo, no qual os participantes aprendem a se relacionar de forma harmônica; a diagnosticar coletivamente necessidades e sobretudo a
reconhecer seu potencial e os recursos para a transformação da comunidade; e a criar uma sistemática de monitoramento e avaliação da sustentabilidade do processo.
A mobilização dessas competências é desencadeada por um planejamento participativo, que gera um sistema de comunicação integrado e com condições que serão divulgadas com transparência, para a conquista da credibilidade e geração de recursos para seu desenvolvimento.
Destacam-se, a seguir, as principais etapas desenvolvidas, envolvendo líderes comunitários residentes nas comunidades do entorno das empresas
consorciadas:
81
Etapa 1: Capacitação e Motivação
&&Autoconhecimento;
&&Educação emocional; e
&&Harmonia nos relacionamentos.
Etapa 2: Direção e Viabilidade
&&Diagnóstico;
&&Planejamento; e
&&Visão de futuro.
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
Etapa 3: Qualidade
&&Sistematização;
&&Monitoramento;
&&Avaliação; e
&&Relatórios.
Etapa 4: Legitimidade
&&Comunicação;
&&Captação de recursos; e
&&Transparência.
82
Equipe envolvida
&&Facilitadores da ORP Consultoria e lideranças comunitárias.
Resultados alcançados
&&12 (doze) Projetos Certificados : 1 (um) Projeto de Saúde Preventiva; 4 (quatro) Projetos de Geração de Renda; 3 (três) Projetos de Educação;
4 (quatro) Projetos de Arte e Cultura;
&&497 (quatrocentas e noventa e sete) pessoas beneficiadas indiretamente pela capacitação;
&&16 (dezesseis) Líderes / Multiplicadores capacitados;
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
&&8 (oito) Fóruns Culturais realizados;
&&Blogs dos projetos3.
3.4.4 Gestão de Projetos de Desenvolvimento (GPD)
O GPD está baseado em três pilares: o método ZOPP - Planejamento de
Projetos Orientado para Objetivos; o PMBOK Guide - Um Guia do Conjunto
de Conhecimento do Gerenciamento de Projetos - e experiências do ProGAU
- Ministério do Meio Ambiente/GTZ.
O GPD sugere, além da utilização de ferramentas consagradas em gerenciamento de projetos, aplicar técnicas participativas de gerenciamento,
destacar a comunicação entre os stakeholders, levar em consideração os aspectos organizacionais e desenvolver competências em gerenciamento de
projetos. Embora o método GPD tenha sido implementado e aplicado originalmente no contexto da cooperação internacional para o desenvolvimento
em projetos públicos, mostrou-se adequado para ser utilizado em projetos
do terceiro setor e de RSE.
83
Equipe envolvida
&&SESI, MPP Rio e empresas.
3 Informação disponível em: < www.projetoreciclarte1.blogspot.com >,
<www.institutolourdesviana.blogspot.com>, <www.mosaicoaprendiz.blogspot.com>,
<www.projetocorsocfutsal.blogspot.com>, <www.projetoreciclandobaiorro.blogspot.
com>, <www.projetoimperiodavila.blogspot.com>
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
Resultados alcançados
&&Definição do modelo de gestão do projeto do consórcio;
&&Mentoração para o engajamento das empresas e equipe;
&&Facilitação para a organização do consórcio – funções e atribuições;
&&Elaboração do Quadro Lógico do projeto (objetivos e resultados); e
&&Criação do Modelo de Negócio do Consórcio CERES.
3.5 Referencial Teórico da Modelagem
Metodológica
84
Por mais de 12 (doze) meses o Grupo de Modelagem Metodológica
(GMM), coordenado pelo bolsista do CNPq contratado pelo projeto, com
participação de estudantes bolsistas da UNIFOR, documentou as observações e a aplicação das 4 (quatro) metodologias e efetuou análises de evidências de otimização no ajuste de integração de suas diversas fases (ver Anexo
L – Modelagem Metodológica).
Como problema de pesquisa, portanto, formulou-se a seguinte questão:
Como a abordagem dialógica pode integrar as metodologias aplicadas ao
Projeto CERES – Consórcio de Responsabilidade Social (ISP Coletivo, GRC,
GPD e P+L) de forma a gerar modelo a ser multiplicado?
Os procedimentos metodológicos utilizados foram a pesquisa exploratória,
lógica indutivo-dedutiva, tendo as seguintes fases principais: Fase I - pesquisa
teórica; revisão bibliográfica/garimpagem de dados e Fase II - estudo de caso
Consórcio Projeto CERES – Barra do Ceará; entrevistas e grupos focais.
Os objetivos da pesquisa foram:
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Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
3.5.1 Objetivo Geral
Propor um modelo no qual as fases de aplicação das metodologias fossem compreendidas segundo sua abordagem dialógica.
3.5.2 Objetivos Específicos
&&Identificar as diversas fases das metodologias aplicadas (ISP Coletivo,
GRC, GPD e P+L), evidências de antagonismos, concorrência e/ou complementaridade;
&&Classificar e descrever as fases através da revisão de literatura disponível, entrevistas com os autores e vivenciando suas aplicações;
&&Descrever e ilustrar um framework, a influência da abordagem dialógica das metodologias sobre a concepção do modelo de consórcio proposto.
85
O referencial teórico foi o princípio dialógico no intuito de compreender
de que forma as metodologias utilizadas no Projeto Piloto como Produção
Mais Limpa (P+L), Gestão de Projetos de Desenvolvimento (GPD), Investimento Social Privado (ISP) e Gestão da Responsabilidade Corporativa (GRC)
se entrelaçam na construção de um modelo de consórcio de responsabilidade social empresarial, o Modelo CERES. Para a análise, trabalhou-se com a
triangulação de dados obtidos nos referenciais teóricos de cada metodologia
e nos resultados empíricos advindos das entrevistas em profundidade, grupos focais e observações de vivências.
Quanto à análise de conteúdo, foi feita com base na triangulação de dados obtidos nas seguintes fontes: transcrições de grupos focais, entrevistas e
relatórios de observação.
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
Com o uso do MANYEYES - Software de Visualização de dados IBM4 se fez
o upload dos arquivos disponíveis para triangulação e foram solicitadas as
Nuvens de Palavras e Expressões a partir das quais se perceberam nos HITS
(palavras e expressões mais usadas) evidências de CATEGORIAS vinculadas
aos grupos do PDCA Genérico: Plain, Do, Check e Act.
Solicitadas as Árvores de Palavras das principais evidências se pôde construir o quadro de agrupamento provável das CATEGORIAS eleitas, conforme
Quadro 11 a seguir.
CATEGORIAS
A
SENSIBILIZAÇÃO
P
DIAGNÓSTICO E
PLANEJAMENTO
86
D
IMPLEMENTAÇÃO
C
MONITORAMENTO
ETAPAS DO PDCA
Alinhamento de Propósitos e Nivelamento Conceitual e
Modelo da Proposta do CERES
Formação do Consórcio/Termo de Adesão (constituição
do Conselho)
Identificação de Parceiros Institucionais
Formação do Comitê Gestor dos Consorciados
Estabelecimento do Sistema de Comunicação e
Documentação do Consórcio
Diagnóstico sobre Eficiência de Recursos/Emissão de
Poluentes e Impacto Ambiental
Evidências de Práticas de Responsabilidade Social
Corporativa (RSC)/Relacionamento/Compartilhamento
Comunitário
Compartilhamento de Demandas/Priorização do ISP
(Comunidade Integral - Empresa e Pessoas)
Levantamento de Indicadores e Evidências Disponíveis
Educação, Elevação do Nível de Consciência Pessoal e
Coletivo
Capacitação Técnica e Consolidação dos Elementos de
Convívio e Compartilhamento de Ações
Priorização das Propostas de Produtos e Definição dos
Canais de Entrega
87
Estabelecimento de Indicadores
Suporte de Integração Rede CERES
Quadro 11 – Agrupamento Provável das Categorias Eleitas
4 Disponível em: <http://www-958.ibm.com/software/data/cognos/manyeyes/>.
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para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
Fonte: Dados do projeto.
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
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3.6 Recomendações
88
Para a replicabilidade do Modelo CERES recomendam-se:
&&Avaliação minuciosa e estratégica de mercado para definição da área
geográfica de implantação do consórcio, considerando a vocação local e os
segmentos prioritários;
&&Definição de uma estrutura de gestão interna com indicação de
sponsor, Comitê Técnico e Conselho Gestor, de modo que minimize a descontinuidade do consórcio e envolva as principais partes interessadas;
&&Registro documental de processos e resultados;
&&Comunicação institucional para ressaltar as ações do consórcio; e
&&A Federação das Indústrias deve ser a liderança maior na coordenação
de todos os consórcios existentes conforme descrito na seção 2.5: Etapa V:
Estrutura Organizacional da Rede CERES.
Referências
ABNT. NBR ISO 26000:2010: diretrizes sobre responsabilidade social. Rio de
Janeiro, 2010.
CNI. Responsabilidade social e cidadania: conceitos e ferramentas. Brasília,
DF, 2008.
_______. Responsabilidade social empresarial. Brasília, DF, 2006.
DUARTE, Geraldo. Dicionário de administração. 2. ed. Fortaleza: Conselho
Regional de Administração do Ceará, 2005. 560 p.
ETHOS INSTITUTO ETHOS DE EMPRESAS E RESPONSABILIDADE SOCIAL.
Indicadores Ethos de responsabilidade social empresarial. São Paulo, 2007.
FNQ. Critérios de avaliação da gestão: avaliação e diagnóstico da gestão
organizacional. 19. ed. São Paulo, 2012.
89
NORÕES, Ana Maria Teles de. A arte de tecer a vida. Fortaleza: [s.n.], 2012.
311 p.
PFEIFFER, Peter. Facilitação de projetos: conceitos e técnicas para alavancar
equipes. Rio de Janeiro: Brasport, 2006.
_______. Gerenciamento de projetos de desenvolvimento: conceitos,
instrumentos e aplicações. Rio de Janeiro: Brasport, 2005.
_______. O quadro lógico: um método para planejar e gerenciar mudanças.
Revista do Serviço Público, Brasília, DF, v. 51, n. 1, p. 81-122, jan./mar. 2000.
Disponível em: <www.mpprio.com.br/downloads.htm>. Acesso em: 2012.
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para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
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Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
SESI. Guia da metodologia de facilitação, relato e análise da aplicação dos
indicadores Ethos de responsabilidade social empresarial. Brasília, DF, 2010.
Glossário
_______. Programa agentes de responsabilidade social. Fortaleza, 2012.
Disponível em: <http://www.sfiec.org.br/ars/v3/home.php?st=inicio>.
Acesso em: 2012.
Ação Social – qualquer atividade executada em caráter não obrigatório para
atender a comunidade. Em geral, não são planejadas nem avaliadas quanto
aos resultados alcançados.
Assistencialismo – doutrina, sistema ou prática que organiza e presta assistência às comunidades excluídas, sem uma política para tirá-las da condição
de necessitadas. É um conceito associado à noção de caridade ou filantropia,
já que não prevê o envolvimento da comunidade nem ambiciona transformações estruturais significativas.
90
Balanço Social – demonstrativo publicado anualmente por uma empresa,
reunindo um conjunto de informações sobre os projetos, benefícios e ações
sociais dirigidas aos empregados, investidores, analistas de mercado, acionistas e à comunidade. É também um instrumento estratégico para avaliar
e multiplicar o exercício da Responsabilidade Social Corporativa. No Balanço
Social a empresa mostra o que faz por seus profissionais, dependentes, colaboradores e comunidade, dando transparência às atividades que buscam
melhorar a qualidade de vida para todos. Ou seja, sua função principal é
tornar pública a Responsabilidade Social Empresarial, construindo maiores
vínculos entre a empresa, a sociedade e o meio ambiente.
91
Capital Social – refere-se à habilidade de empresas ou indivíduos em gerar
valor a partir da rede de relações sociais nas quais estão inseridos.
Desenvolvimento Sustentável – desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as futuras gerações
satisfazerem suas próprias necessidades.
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GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
92
GIFE – o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas reúne organizações de
origem privada que financiam ou executam projetos sociais, ambientais e
culturais de interesse público. Tem como objetivo contribuir para a promoção do desenvolvimento sustentável no Brasil, por meio do fortalecimento
político-institucional e do apoio à atuação estratégica de institutos e fundações de origem empresarial e de outras entidades privadas que realizam investimento social voluntário e sistemático, voltado para o interesse público.
Ibase – o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas é uma organização civil que tem como objetivo a radicalização da democracia e a afirmação de uma cidadania ativa. Para isso, o Ibase acredita ser necessário fortalecer o tecido associativo da sociedade, incidir em políticas públicas e criar
uma nova cultura de direitos.
Impacto Social – é a transformação da realidade de uma comunidade ou
região a partir de uma ação planejada, monitorada e avaliada. Só é possível
dimensionar o impacto social se a avaliação de resultados detectar que o
projeto efetivamente produziu os resultados que pretendia alcançar e afetou
a característica da realidade que queria transformar.
Indicadores – dados que não devem ser analisados isoladamente e podem
ser usados como insumos para tomada de decisão, análise de tendências e
construção de cenários futuros. Esses dados refletem sistematicamente as
variações da situação num dado momento, para um país, região ou organização, sobre fatores como desempenho de processos e produtos, índices de
preços de produtos, desemprego, salários, importação e exportação etc.
Instituto Ethos – o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social
é uma associação de empresas, sem fins lucrativos, criada com a missão de
mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma
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socialmente responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade sustentável e justa.
Investimento Social Privado – repasse voluntário e planejado de recursos
privados para projetos sociais, ambientais e culturais de interesse público.
Os investidores sociais privados estão preocupados com os resultados obtidos e com o envolvimento da comunidade na ação social.
Partes Interessadas – indivíduo ou grupo de indivíduos com interesse comum no desempenho da organização e no ambiente em que opera. A maioria das organizações apresenta as seguintes partes interessadas: clientes;
colaboradores; acionistas e proprietários; fornecedores; e a sociedade. A
quantidade e a denominação das partes interessadas podem variar em função do perfil da organização.
PDCA – conhecido também como plan-do-check-act, significando planeje-faça-verifique-aja, mostra-se como forma de mudança da qualidade que uma
organização deve aplicar em sua estrutura.
Processo – conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas que
transformam insumos (entradas) em produtos (saídas). Os insumos para
um processo são geralmente produtos de outro processo; e os processos
de uma organização são geralmente planejados e realizados sob condições
controladas para agregar valor.
Responsabilidade Social Empresarial – consiste num conjunto de iniciativas por meio das quais as empresas buscam – voluntariamente – integrar
considerações de natureza ética, social e ambiental às suas interações com
clientes, colaboradores, fornecedores, concorrentes, acionistas, governos e
comunidades – as chamadas “partes interessadas” – visando ao desenvolvimento de negócios sustentáveis.
93
GUIA CERES: Modelo de Consórcio Empresarial de
Responsabilidade Socioambiental - Metodologia
para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
94
Sponsor – pessoa que garante, afiança, ou assegura o cumprimento de responsabilidade e obrigações de outrem, no caso de inadimplência.
Stakeholders – termo em inglês amplamente utilizado para designar as partes interessadas de uma empresa. Representa qualquer indivíduo ou grupo
que possa afetar a empresa por meio de suas opiniões ou ações, ou ser por
ela afetado.
Terceiro Setor – é o conjunto de organizações da sociedade civil de direito
privado e sem fins lucrativos que realizam atividades em prol do bem comum. Integram o terceiro setor instituições como as Organizações não Governamentais (ONGs) e as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs).
Triple Bottom Line – termo em inglês utilizado para refletir os valores, objetivos e processos que uma organização deveria focar com o objetivo de
criar valor econômico, social e ambiental e, mediante esse conjunto, minimizar danos resultantes de sua atuação. De acordo com esse tripé conceitual,
reconhece-se que a sociedade depende da economia e que a economia depende do ecossistema global.
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Anexos
Anexo A - Proposta de Consórcio Empresarial de Responsabilidade
Socioambiental (Arquivo em CD)
Anexo B - Termos de Adesão
TERMO DE ADESÃO (COLETIVO)
Ciente do Programa de Responsabilidade Social do SESI na formação de
consórcios empresariais como estratégia viável para otimizar recursos e ampliar impactos sociais, assino este documento como manifestação do interesse e adesão ao Consórcio Empresarial de Responsabilidade Socioambiental (CERES).
1
2
3
4
5
Empresa:
Nome:
Assinatura:
Empresa:
Nome:
Assinatura:
Empresa:
Nome:
Assinatura:
Empresa:
Nome:
Assinatura:
Empresa:
97
Cargo:
Cargo:
Cargo:
Cargo:
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6
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[cidade
], [dia ] de [mês
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para Sustentabilidade Sociotecnológica Industrial
Cargo:
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] de [ano ].
TERMO DE ADESÃO (INDIVIDUAL)
Atualmente as profundas transformações que acontecem nos mercados
em geral obrigam as empresas a acompanhar essas mudanças com atitudes políticas consonantes com esses desafios e que lhes permitam assumir
ações modernas e de grande efeito modificador de rotinas ou “clichês” que
se mostram superados.
Grandes organizações perdem posições de liderança por não perceberem
fatos como a força de uma plena comunicação e de uma verdadeira integração com o mercado e com a comunidade.
A união de países formando grandes mercados internacionais e parcerias
constituídas por empresas na procura de objetivos comuns obrigam incessantemente os executivos e diretores de empresas a compreender e aderir a
ações em favor do meio ambiente e da qualidade de vida das comunidades
nas quais estão inseridos.
Assim, interagir com governos, terceiro setor, universidades e notadamente com as comunidades, tornou-se uma ferramenta essencial na convivência com seus objetivos mercadológicos e com as exigências sociais e
comunitárias.
O SESI, através do Núcleo de Responsabilidade Social, criou o Programa
Agentes de Responsabilidade Social, caminho pioneiro para transformar o
poder executivo das empresas, formando núcleos de organizações que se
tornem artífices de uma mudança tão imprescindível quanto inteligente.
Assim sendo, estamos propondo a criação e o desenvolvimento de uma
tecnologia social, instituindo uma rede de caráter inovador, onde as empresas participantes irão, atuando conjuntamente, criar uma nova imagem,
uma nova cultura comportamental, provocando novas chances de vida social
e novos horizontes para os habitantes das suas respectivas comunidades.
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Devido à relevância dessa ação, importante pela sua ética e caráter meritocrático, solicitamos a confirmação da adesão da sua empresa à formação
de um Consórcio Empresarial de Responsabilidade Socioambiental (CERES),
criando uma instância permanente de reflexão e prática de Responsabilidade Social Empresarial no intuito de promover a atuação consorciada com as
demais empresas envolvidas e mediada pelo SESI.
[Empresa participante do Núcleo de Responsabilidade]
[Nome do responsável pela assinatura deste documento]
[Cargo do responsável]
100
[Assinatura]
[cidade
], [dia ] de [mês
] de [ano ].
Anexo C - Portfolio do Programa (Arquivo em CD)
Anexo D - Etapas da Consultoria em Gestão da Responsabilidade
Corporatativa (GRC)
Anexo E - Guia de Indicadores Sociais SESI/RS (Arquivo em CD)
Anexo F - Diagnóstico Modelo SESI de Sustentabilidade no Trabalho
(Arquivo em CD)
Anexo G - Pesquisa de Dados Primários (Arquivo em CD)
Anexo H - Matrizes para Elaboração do Plano de Ação Individual e
Coletivo (Arquivo em CD)
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Anexo I - Termo de Constituição do Conselho Gestor
TERMO DE CONSTITUIÇÃO DO CONSELHO GESTOR DO CERES
1) Propósito do Conselho
O Conselho de Responsabilidade Socioambiental Empresarial deliberará
sobre investimentos e ações socioambientais compartilhadas entre as indústrias partícipes do mesmo e promoverá, fomentará projetos compartilhados de Responsabilidade Socioambiental voltados para colaboradores e
suas famílias e comunidade externa mediante parcerias entre o SESI, poder
público municipal, estadual e federal, iniciativa privada e entidades da sociedade civil. O referido Conselho poderá constituir Fundo de Investimentos Socioambientais cuja operacionalidade será decidida em instância deliberativa
através de reunião ordinária.
101
2) Composição
O Conselho será composto por proprietários ou dirigentes das empresas
industriais partícipes e pelo Presidente da Federação das Indústrias. As suplências dos representantes industriais será constituída por membros da alta
direção designados pelos proprietários e a suplência do Presidente da Federação das Indústrias será ocupada pelo Superintendente Regional do SESI.
Os suplentes deverão ser indicados e formalmente comunicados ao Núcleo
de Responsabilidade Social do SESI até 20 (vinte) dias após a assinatura do
presente termo.
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3) Atribuições do Conselho
102
&&Deliberar sobre investimentos e ações socioambientais compartilhadas, bem como sobre a adesão de novas empresas ao consórcio;
&&Promover e disseminar a cultura de uma gestão socioambientalmente
responsável junto às indústrias consorciadas;
&&Articular parcerias com poder público e sociedade civil para a execução de programas socioambientais;
&&Aprovar diretrizes estratégicas voltadas para o compromisso das indústrias partícipes como o desenvolvimento socioeconômico dos territórios
abrangidos pela atuação do Conselho;
&&Propor eventos, ações, reuniões com setores produtivo, público e sociedade civil para identificar demandas socioambientais e mediar questões
relevantes;
&&Deliberar sobre constituição de Fundo Empresarial de Investimentos
Socioambientais;
&&Reunir-se trimestralmente para decidir e acompanhar demandas sociais e econômicas da região em que atua;
&&Promover intercâmbio entre as empresas industriais partícipes nos
âmbitos da Gestão, Tecnologia, Inovação e Sustentabilidade.
4) Atribuições do Presidente do Conselho
&&Mobilizar, dirigir e conduzir pauta das reuniões ordinárias;
&&Envolver conselheiros nos processos decisórios;
&&Representar o Conselho em eventos e instâncias de articulação;
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&& Visitar empresas partícipes, projetos em andamento e articular parcerias;
&&Conduzir votações sobre questões em pauta.
5) Responsabilidades dos Membros do Conselho
&&Participar das reuniões ordinárias;
&&Disseminar cultura da sustentabilidade em suas empresas industriais;
&&Contribuir com pauta e sugestões no âmbito da Sustentabilidade Compartilhada;
&&Propor ideações de programas, projetos e ações de sustentabilidade
compartilhada;
&&Votar sobre questões, temas e propostas de investimento socioambiental compartilhado.
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6) Frequência, Convocação, Quórum e Voto das Reuniões
A presidência do Conselho terá mandato de 1 (um) ano e será eleita por
maioria (50% mais 1) dos membros do Conselho em reunião ordinária. Qualquer membro do Conselho poderá candidatar-se. O Conselho reunir-se-á
ordinariamente trimestralmente. A presidência do Conselho se responsabilizará pela convocatória de reuniões ordinárias e extraordinárias com pauta
pré-acordada. Cada reunião terá um(a) relator(a) que preparará a ata dos
encontros. Recomenda-se processo consensual nas decisões sobre os temas
e propostas. O quórum mínimo de presença para legitimar deliberações das
reuniões é de 50% de seus membros. O voto durante as reuniões será verbal
e aberto e vencerá proposta eleita pela maioria (50% mais 1) dos votantes.
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7) Adesão dos Componentes
NOME
ASSINATURA
EMPRESA/
INSTITUIÇÃO
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[cidade
], [dia ] de [mês
] de [ano ].
Anexo J - MBA (Arquivo em CD)
Anexo K - Perfil Socioeconômico da Barra do Ceará, Cristo Redentor e
Floresta (Arquivo em CD)
Anexo L - Modelagem Metodológica (Arquivo em CD)
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SISTEMA FIEC / CEDIP / EDITORAÇÃO

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