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Portugiesische Übersetzung dês IMG 4 Skriptes, Teil A,
SS 2004
Sistemas de Informação
em Organizações e na Sociedade Global
Parte A:
O Modelo da Micropólis “Conhecimento orientacional” para a sociedade de
informação
Arno Rolf
Introdução........................................................................................... 6
Conhecimento técnico sem orientação - O dilema das ciências exatas ......................... 6
Causas da falta de orientação .......................................................................................... 7
Educação orientacional sem modismos ou mitos............................................................ 8
Sobre a dramatologia do texto ......................................................................................... 9
Kai Zuse: Problema de geração
A. O Modelo da Micropólis Diretrizes ..........................................................................11
I.
Orientação através da educação teórica Ou: O
que é „o cerne da informática”? .................................. 19
Perspectiva dos „antecessores“ da informática............................................................. 19
Die amerikanische Selbstverständnisdiskussion ........................................................... 20
Die deutsche Diskussion ................................................................................................ 21
II.
O Modelo da Micropólis - ..................................................... 21
1. A Microperspectiva: O que é „o cerne da informática”? .................. 23
1.1 Modelação de informação ........................................................................................ 23
1.2 Descontextualização e Recontextualização............................................................. 25
1.3 Conclusões: Destrução e Construção...................................................................... 26
Kai Zuse e o estudo da informática
2. A Mesoperspectiva: O processo de destruição e
construção em organizações e sistemas de informação ..................... 26
2.1 O Modelo de Atores
Atores e Arena .................................................................................................... 27
Modelos e Metáforas........................................................................................... 28
Ação e Estrutura.................................................................................................. 28
O campo de atuação da informática nas organizações:
Suporte da execução ou automatização da estrutura........................................ 29
Avaliação intermediária...........................................................................................
2.2 Der Prozess der Destruktion und Konstruktion in Modellen der
Softwaretechnik und Sistemas de informação
Bases da técnica de software
Der Ansatz der Sistemas de informação
"O controle da variabilidade na técnica de software e informáticaaplicada”
Kai Zuse e a Sociedade de informação
3. A Microperspectiva: O processo de destruição e
construção na sociedade global ................................................ 30
2
3.1
Inovações e desenvolvimento técnico ...........................................................31
Associação estrutural de sistemas de informação e organizações ................... 31
Inovação através de ferramentas, "Sociabilização de selvagens“,
Open Source e milieus de inovação................................................................... 34
Der Techniknutzungspfad ................................................................................... 36
3.2
„Embedded Systems in Society“ ....................................................................36
Habermas e Luhmann: A influência da sociedade............................................. 37
Institutionenökonomie versus teoria neoliberal .................................................. 38
3.3
A cooperação entre economia global e informatização...................................
As vias da globalização econômica
Keynes e a economia de mercado social
A primazia do mercado (global) ou: „A vitória dos Chicago-Boys“ ........................
A primazia do mercado ..........................................................................................
Reunificação e a expansão da UE
Primazia do mercado versus primazia da política..................................................
Globalização, Informatização e Redes
Interconecção de organizações .............................................................................
Balanço: O Modelo MICROPÓLIS como ligação de Verfügungs- e
Conhecimento orientacional ...................................................................................
3.4
O ponto de vista da direção econômica .................................................
Kai Zuse: Apresentação com o Power
Bibliografia............................................................................................. 51
3
B.
Trabalho e Vida na rede econômica global–
a realidade
I.
Avaliação das consequências da informatização e
globalização através da análise de diagramas de
técnica
1.
O desmonte das organizações através de sistemas d
informação e da economia
2.
De filiais ao Callcenter – mudanças do trabalho em
escritório
3.
O Wunschpunsch computador-ecológico
II.
“Se manter ativo“
1.
O futuro do knowledge worker e os mau qualificados
2.
Mercado de trabalho e ocupação
C.
Trabalho e lazer – desenvolvimentos
futuros
Criação tecnológica interdisciplinar,
Invervenções, Opções –
Bases de uma disciplina criativa
- Em preparação -
4
Introdução:
As sociedades de informação e conhecimento não se deixam mais limitar-se por
fronteiras nacionais. Em declarações políticas e na mídia ouve-se pouca coisa
concreta, mas muitas ameaças veladas: „Nos temos todos que nos contentar com
salários mais baixos e jornadas de trabalho mais longas.” Em todo lugar domina a
falta de orientação. O que o futuro trará? Quais profissões tem uma perspectiva? O
que é razoavelmente confiável? O que tem fundamento?
Nós prevemos que muitos trabalhos e ocupações serão, por causa da
globalização, transferidos para países baixo custo de mão-de-obra ou substituídos
por computadores. Nós assumimos, que acima de tudo a globalização e os sistemas
de informação são as forças motrizes da mudança.
Sob sistemas de informação entenda-se tanto entidades científicas, e.g.
universidades e institutos de pesquisa, como fabricantes de hardware e software.
Conhecimento técnico sem orientação - O dilema das ciências exatas
Profissionais de informática serão depois do estudo, em sua maioria „knowledge
workers“ para organizações. Eles tem na faculdade a chance de aprender os
métodos, técnicas e teorias que são a base para uma boa formação técnica. Em um
mundo de rápidas mudanças e complexidade progressiva nos empreendimentos
globais são estes conhecimentos suficientes?
Durante seu estudo, via de regra, tem-se experenciado pouco da contribuição
da informática ou técnica de informação para as mudanças globais da economia e
sociedade. Com a incorporação de métodos e técnicas de infomática na sociedade e
a interrelação global, vocês estão presumivelmente abandonados. Nas
universidades e escolas técnicas são raramente oferecidas disciplinas que formam
sobre este tipo de conhecimento. Os estudantes tem que se orientar por jornais,
noticiáriso e Sabine Christiansen 1 . Um processo bem aleatório.
Com isto insinuamos sobre o que vai ser discutido nesta apostila. Deseja -se
complementar o conhecimento técnico de profissionais de informática, bem como
dos trabalhadores intelectuais de organizações, através do Conhecimento
orientacional sobre o uso e incorporação de técnicas de informação em
organizações, economia e sociedade. O conhecimento técnico deve ser integrado ao
conhecimento orientacional. O grande número de pedras que compõe o mosaico
do conhecimento técnico deve ser incorporado ao mundo prático. Apenas
raramente esta tarefa não trivial está incluída ao plano de estudo
Algumas ressalvas para se diferenciar o conhecimento aplicado e o
conhecimento orientacional: O conhecimento aplicado aumenta o controle do
homem sobre o ambiente. É um conhecimento sobre as causas, efeitos e meios que
ingloba conhecimento concreto ou teórico sobre técnicas e métodos. O
conhecimento aplicado constrói essencialmente o mundo moderno na forma de
uma cultura técnica e racional. Ele nos diz o que podemos fazer, mas não o que
devemos fazer. Esta tarefa é tomada pelo conhecimento orientacional. Em
informática, informática-aplicada ou economia e administração trata-se a priori do
compartilhamento do Conhecimento aplicado. Para o estudante este conhecimento
é importante, para que ele tenha um lugar no mercado de trabalho (Mittelstrass, p.
20).
Conhecimento orientacional, ao contrário incorpora ao conhecimento uma
orientação apropriada e fundamentada. É um conhecimento em torno de objetivos
e princípios. Sem Conhecimento orientacional o poder não teria um sentido.
Ambos se complementam. Conhecimento orientacional mostra caminhos que serão
relevantes para o Conhecimento aplicado. Ele possibilita um julgamento imparcial
e a capacidade de ordenar seus próprias ações específicas em um contexto histórico,
1
Sabine Christiansen é moderadora de Talk-Show na TV alemã
5
social e científico. Conhecimento orientacional pode dar uma visão geral e
segurança na avaliação do desfecho de novos desenvolvimentos.
Conhecimento orientacional e aplicado não são disciplinarmente estáticos, algo
de acordo com o princípio: Conhecimento aplicado está relacionado às ciências
técnicas e exatas, enquanto que as ciências sociais e humanas estão relacionadas ao
Conhecimento orientacional. MITTELSTRASS exige que as ciências assumam de
novo seu papel de fator orientacional paralelo ao seu papel de fator de produção
na cultura moderna (p. 21). Modismos e mitos se propagam rapidamente, quando
frutos apenas do Conhecimento aplicado, sem o Conhecimento orientacional.
Figura 1: A figura à esquerda mostra o ideal: Conhecimento aplicado e
Conhecimento orientacional complementam-se, enquanto que na figura à
direita domina o desenvolvimento de modismos e mitos devido a ausência
do Conhecimento orientacional.
Nem sempre cientistas encontram seus temas de pesquisa através de um processo
racional. Para o contínuo desenvolvimento de organizações como as ciências, existe
um ciclo de modismos e mitos produzidos pela mídia, firmas de consultoria, etc.
Com seus altos e baixos os quais não está associado nenhum ganho de
conhecimento. Conhecimento orientacional pode em primeiro lugar proteger que
modis mos e mitos dêem o tom, produzindo então muita pesquisa inútil. Acima de
tudo, motivos econômicos, que parecem ser razoáveis, que são considerados pelo
Conhecimento orientacional na informática. Ao mesmo tempo a educação deve ser,
como sempre foi, uma tarefa da univeridade, por fim um sinônimo pra
Conhecimento orientacional.
Causas da falta de orientação
Organizações e disciplinas científicas se desenvolvem e se organizam em subsistemas altamente especializados. Esta divisão de trabalho e a diferenciação
contribuiram substancialmente para a prosperidade da sociedade moderna. Por
causa desta especialização, os cientistas estão sempre dispostos a "ir à fundo" com
o desenvolvimento científico de suas disciplinas. Linguagem técnica, métodos e
modelos se desenvolven atra´ves destes processos de diferenciação (Grunwald
2002, p. 265, Ropohl 2001, p. 26). Com esta diferenciação aumenta-se também,
paralelamente com o desenvolvimento econômico e científico de uma sociedade, a
sua complexidade. O resultado são especialistas e experts.
Em contraposição ao aumento da diferenciação, especialistas e experts em
empresas ou institutos de pesquisa perdem a capacidade de comunicação e
orientação. Seus problemas, métodos e resultados não podem ser compartilhados
com experts de outras áreas. Com o aumento do conhecimento por parte dos
experts aumenta também a ignorância, associada a um processo de reflexão entre
especialistas e usuários potenciais destes desenvolvimentos.
É cada vez mais difícil, não apenas para especialistas, prever as consequências
da pesquisa altamente especializada na economia e na sociedade.
6
Os desenvolvedores, também raramente, não ponderam sobre como o seu
trabalho e atividades podem ser utilizados e quais consequências teriam para o
mercado de trabalho ou o desenvolvimento de qualificações. O filósofo
MITTELSTRASS descreve este desenvolvimento como vida em um mundo
fragmentado e particularizado, no qual o limite entre as profissões se torna o limite
do mundo de todos: “Saber em um campo se torna a ignorância em outro campo.
Nós sabemos cada vez mais sobre cada vez menos”. (Mittelstrass, S. 7).
Como se melhorar, em face deste dilema, a competência orientacional do
indivíduo e o conhecimento e sua inserção social? Um apelo ao retorno do modelo
de trabalho anterior seria inútil e até contraprodutivo para a economia. Isto tem
mais a ver com a melhora do entendimento dentro de cada disciplina, entre
disciplinas e entre a prática e a ciência. Uma sociedade democrática baseada em
crescimento não pode renunciar por longo tempo a compreensão e o entendimento
sobre o caminho do desenvolvimento coletivo.
Nos interessa acima de tudo: como pareceria um modelo, que complementaria a
perspectiva dominante de especialistas altamente especializados, i.e. conhecimento
aplicado, de forma que os atores de informática e informática-aplicada na teoria e
na prática sejam apoiados em suas relações de comunicação e cooperação? Este
projeto tenta mostrar dentro da informática, em uma tentativa exemplar, o
desenvolvimento de uma estrutura orientacional para a pesquisa técnica
interdisciplinar tendo como exemplo a informática
Educação orientacional sem modismos ou mitos
Conciliar o conhecimento orientacional e aplicado é uma tarefa difícil. Conhecido
era o ceticismo de NIKLAS LUHMANN, se uma comunicação interdisciplinar
poderia dar certo: Os sistemas parciais tem cada qual seus códigos específicos. A
política, por exemplo, basea-se no sequinte questionamento: “somos o governo ou
não?”, a economia reage à pergunta: “solvente ou não zahlungsfähig”. Sistemas
parciais diferenciados não conseguem entender o que não o que não é especificado
em seu código binário e formulado em sua língua. Na informática este código
poderia ser: formalizável e modelável ou não?
A saída deste dilema é tão fácil quanto difícil: mostrar ressonância! Ressonância
é, neste caso, usar os requerimentos orientacionais do próprio ramo, mas com
cuidado em relação à linguagem, de modo que possa ser entendido por muitos.
Peritos como especialistas tem, compreensivelmente, pouca disposição em
aprender uma linguagem técnica e métodos de outras áreas. Cientistas técnicos
usam modelos de explicação “lógicos” plausíveis, que representem seus hábitos de
pensamento. A disposição em participar de discussões especializadas de outras
áreas é limitada.
Modelos, expertise técnico que são entendidos de forma geral, são geralmente
pouco formais e nada específicos. Orientações são raramente logicamente
deriváveis. Sistema de valores e diferentes perspectivas tem uma grande influência.
Esta trincheira metodológica faz necessário ir por caminhos inovadores, para
poder alcançar os informatas e cientistas técnicos.
Educação orientacional, diz ODO MARQUARDT, se dá acima de tudo através
de histórias e ilustrações. “Quanto mais racionalizamos, mais precisamos contar.
Quanto mais moderno o mundo moderno se torna, tanto mais necessário é narrar:
Narrare necesse est” (Marquard 2000,p.63). Nós trataremos desta idéia
posteriormente. Não existem modelos, por isto vale a pena a tentativa.
Histórias e ilustrações podem apenas retratar de forma insatisfatória o
momento atual. O desenvolvimento tem uma história, uma trajetória, só assim
pode ficar transparente o porque de algo se tornar o que hoje é.
A trajetória histórica não faz disponível apenas um pool de histórias e
ilustrações, mas podem também trazer segurança para negociações futuras. Por
isto o historiador inglês HOBSBAWM diz “a história será cada vez mais
7
importante, quanto mais nos defrontemos com novos desenvolvimentos, como
uma ajuda para nos orientarmos, sobre como o futuro será. Pois paradoxalmente
resta o passado como ferramenta analítica para a compreensão das mudanças
constantes... no descobrimento da história como um processo de mudanças
direcionadas, i.e. evolução “ (Hobsbawm 1998, p. 35).
Nos livros didáticos, via de regra, não se “contam histórias”: eles apresentam os
métodos atuais e a situação do conhecimento de suas respectivas disciplinas, de
modo que seja encontrada uma forma adequada meios que possam encontrar
soluções para os problemas técnicos. Mas isto é apenas uma parte de uma
educação aceitável. Relatos e análises através de exemplos devem ser parte disto.
Histórias só podem ser contadas, quando uma disciplina é tratada como uma
forma de lidar com processos de desenvolvimento de novos termos, quando são
relatados os caminhos errados, os conflitos e os sucessos. No texto que segue
tentaremos discorrer sobre estas idéias.
Sobre a dramatologia do texto
Na parte A desenvolveremos o Modelo-MIKROPOLIS, ele compreende as
perspectivas micro, meso e macro. É uma tentativa de definir as bases necessárias
do Conhecimento orientacional da informática e descrevê-lo de forma consistente.
Ao mesmo tempo é uma possível resposta à pergunta que por anos tem sido
discutida de forma veemente sobre qual deveria ser o cerne na informática.
Inicialmente a micro-perspectiva se pergunta o que é o cerne do computador e
procura dar uma resposta baseada no social, evitando esclarecimentos técnicos. A
perspectiva mostra como, que através do uso de computadores e software,
tradições e práticas são destruidos (destruição) e paralelamente algo novo é
estabelecido (construção). A meso-perspectiva se questiona sobre as condições e
contexto nas organizações no qual o soft- hardware é introduzido. E se interessa
pelos sistemas de informação da pesquisa e dos fabricantes e o segundo plano e
lógica do desenvolvimento de inovação. Por fim a macro-perspectiva examina a
interrelação, de um lado, dos sistemas de informação e as organizações que se
utilizam dela, e os relaciona com o meio social no qual esta inserido, de forma a ter
um modelo compreensível, de como é produzida inovação na sociedade e como o
desenvolvimento técnico funciona. Tudo isto são pré-requisitos pra se entender os
sistemas de informações atuais como “embedded systems in a global society”. Por
fim uma descrição abrangente da relação entre a globalização e a informatização.
A parte B trata das possíveis consequências da globalização, informatização em
organizações, trabalho , atividades e meio-ambiente. Com o método de análise de
uso da técnica, entre outros, mostraremos o desenvolvimento histórico do
escritório computadorizado bem como métodos organizatórios. Isto diz respeito a
quem vai ser e quem não vai ser necessário no mercado de trabalho futuro.
O capítulo C deixa o meio analítico e trata do desenvolvimento de invenções:
Quais as opções disponíveis , pra que a relação entre globalização e informatização
se desenvolvam de forma positiva? Nós não vamos agora proceder pelas opções
técnicas que são típicas para a modelação da informática. Pelo contrário,
sondaremos primeiramente as opções políticas e econômicas. Além disto é
relevante a pergunta de qual rumo da inovação seria desejável. Só então
passaremos para design de opções para knowledge-workers em organizações.
O trabalho será tanto metodicamente quanto crítico, sobre como se dá o
desenvolvimento de conhecimento técnico em informática. Não lidaremos com
suposições, especulações ou divagações, mas com experimentação sistemática dos
conhecimento científico da teoria organizacional, ciências social e econômica e unilos transdisciplinarmente com a informática. Com isto é claro que o informático
tem que se acostumar com métodos e modelos que via de regra não são tão formais,
por isto outros critérios são necessários, quanto os métodos aos quais o informático
estão acostumados.
8
Nesta apostila trata-se acima de tudo de reconhecer os meios e encorajar o
pensamento e a ação independente. O conteúdo geralmente não é de fácil
entendimento, mesmo quando superficialmente pareçam ser (“não existe uma
formalização matemática”) . Para descontrair teremos em algumas seções o
“informático Kai Zuse” . Logicamente este autor é responsável pelo que ele (Kai
Zuse) tem a dizer. Damos agora a oportunidade de ver seu ponto de vista sobre o
assunto.
9
Kai Zuse: Problema de geração
Os pais de Kai Zuse são orgulhosos do
filho deles. Ele estuda agora no quarto
semestre de informática, um curso que
em breve deve abrir-lhe todas as portas.
Eles ficam impressionados sobre o
domínio que ele tem com o computador e
internet e com que facilidade ele se
desloca em um mundo que lhes é
estranho.
Quando o pai de Kai senta-se em frente
do computador doméstico e vê um
“feature” inesperado do programa, ele
pode perguntar a Kai. Stranhamente
estas
conversas
são
sempre
insatisfatórias para ambos. Geralmente
Kai encontra o problema rapidamente,
faz alguns cliques com o mouse, que o
pai dele não consegue acompanhar, usa
algumas termos técnicos em inglês, e
com algum macete faz com que este erro
não se repita. Toda vez o pai de Kai
resmunga que Kai poderia se dar um
pouco mais de trabalho pra se fazer
entender. Kai ao contrário pensa que
independente da forma que ele explique
como as coisas funcionam, seu pai não
vai entender o que acontece.
Kai se pergunta frequentemente, porque
a geração mais velha tem tanta
dificuldade em lidar com o computador e
a internet. Não é que eles apenas não
conseguem entender o sistema. Eles tem
medo , quando algo não funciona de
forma esperada, e que eles façam
alguma coisa que de fato quebre o
computador.
De alguma forma, se percebe que eles
cresceram em um mundo mecânico, no
qual peças metálicas entram em contato
e que se fazendo algo errado pode-se
quebrá-lo. Kai não tem este medo. Ao
contrário de seu pai, que pensa que ele
tem culpa por qualquer evento
inesperado no computador, Kai fica
furioso por causa de algum programador
idiota que fez o software. Onde seu pai,
por humildade perante a técnica desiste,
Kai vai em frente com sua estratégia de
tentativa e erro: de algum jeito ele acha o
caminho de trazer um sentido pras
coisas. E se de fato alguma coisa quebra,
então pode-se comprar um novo, não
custa tão caro. Ocasionalmente ele acha
que os pais não conseguem se adaptar a
este conceito, é uma outra cultura, eles
se incomodam com princípios inflexíveis
de questionamento e implementação.
O pai de Kai, ao contrário, sente-se
embaraçado, quando ele não sabe mais
o que fazer com o seu PC. Ele teme
parecer incopetente. Ele sente a
10
impaciência de Kai e as vezes ele nota
um pouco de irritação. De vez em
quando ele parece ter prazer em seu
senso de superioridade. Irrita-lhe o
jargão incompreensível. O pai de Kai
acha que o computador deveria ser uma
ferramenta, com o qual seu trabalho
diário seja facilidado, mas que ele não
tenha que se preocupar com problemas
técnicos, além de se preocupar sobre o
trabalho em si ou que ele tenha que
passar raiva por causa de algum
software que não seja user-friendly.
Kai tenta convencer seu pai de que com
qualquer ferramenta, mesmo um martelo
ou uma furadeira, é necessário aprender
como se utiliza até que ele possa utilizálos. Porque com o computador ou
internet seria diferente? Um pouco mais
de tempo e paciência tem que ser
investido. E finalmente isto não deveria
custar às gerações mais velhas tanto
trabalho e auto-estima, para aprender
como a internet ou o computador podem
ser úteis para as tarefas cotidianas.
Isto é para o pai de Kai uma abrupta
troca de papéis: algum tempo atrás era
exatamente o contrário, era ele quem,
com sua experiência de vida explicava a
Kai como funcionava o mundo a sua
volta. Não acontece apenas que em
algum assunto ele tenha perdido a
primazia
em
relação
a
Kai.
Computadores e internet crescem como
hera em todos os campos e mudam a
sociedade de forma fundamental. O pai
de Kai chegou ao ponto crítico, no qual
ele tem que acreditar no que políticos,
mídia e Kai dizem a ele. Isto o torna
inseguro. Kai vê isto com naturalidade,
no qual ninguém sabe tudo, e surpresas
fazem da vida, a princípio, algo
interessant, no qual se apresentam
novas chances, que estão abertas pra
sua geração.
Em situações assim pergunta-se o pai de
Kai, se as coisas entre ele e seu pai
também se passaram desta forma.
Houve esta separação entre gerações?
Houve desenvolvimentos técnicos como
o computador e a internet que se dirigiam
para os jovens e que alteravam de forma
tão drástica o dia-a-dia? Talvez fosse a
energia atômica, algo que causasse um
conflito
de
gerações.
Mas
era
politicamente muito carregado. Não
existe diferença política entre Kai e seu
pai, mas também nenhuma discussão.
O pai de Kai se lembra, que seu pai
estava em idade avançada quando ele
lhe passou as rédeas. As vezes o pai de
Kai tem a impressão que Kai e a
sociedade de informação o estão
enviando um pouco cedo demais para o
escanteio. Mas ele deve poder fazer
A.
algo que impeça isto.
O Modelo-MICROPOLIS – Uma estrutura
orientacional
I.
Orientação através
da Teoria? –
Ou:
Qual é o cerne da
informática?
O avanço técnico-econômico seria sem
a ciência impensável, pois as inovações
tecnológicas tem sua base na pesquisa
científica, cujos resultados encontram
uso nos processos econômicos. Isto é
especialmente claro na informática, em
face das profundas repercussões
econômicas, sociais e politicas, que
através da informatização afetam
praticamente todos os campos da
atividade humana. Por isto se pergunta,
qual o papel que a informática
enquanto ciência deve assumir.
Informátas na Alemanha, e nos
países anglo-saxões e escandinavos se
preocupam desde a fundação de suas
disciplinas com o desenvolvimento de
uma identidade comum, a partir do
qual possa se construir os objetivos e as
formas de uso da informática. É a
tentativa de se obter uma orientação da
teoria da informática. É o que Dirk
Siefkes já havia dito: a procura de um
sentido no trabalho científico. Ela deve
trazer segurança e certeza sobre o que
está sendo feito, deve apontar caminhos
e ser aberto a questionamentos que
abrem novos caminhos. Uma teoria que
reforça e analisa a identificação da
informática (Siefkes 2002, p. 5).
Perspectiva dos „antecessores“ da
informática
Pode a formação teórica criar
orientação? Certamente ela forma, de
forma semelhante a um modelo, age e
influência o desenvolvimento de
métodos e modelos.
Olhando para a discussão da
identidade da informática desde seu
princípio, então existe uma pergunta
que foi sempre o alvo das atenções:
Deve a informática concentrar-se à
diferenciação de suas bases teóricas,
modelos, métodos e produtos e deixar o
conhecimento orientacional para as
ciências
sociais,
humanas
e
administrativas, ou ela deveria também
entender como processo de criação os
seus resultados que exercem grande
influência no desenvolvimento de
organizações, economia e sociedade?
Já no começo dos anos 70 se discutia
a respeito deste entendimento. Por isto
tentava o austríaco Adolf Adam definir
a informática como uma disciplina
geradora de “sistemas de informação
integrados, procurando que tanto a
sociedade quanto o ambiente e o
mundo simbólico possam ser descritos,
explicados e criados de forma conjunta”
(Adam 1971, p.9). Carl Adam Petri, o
informático
que
ganhou
reconhecimento mundial por ter
inventado a rede de Petri, via o papel
do computador não como um autômato
de cálculo, mas como um meio de
comunicação entre pessoas (Petri 1983).
Uma observação bem perspicaz que
hoje se comprova.
A
Identidade
Informática
no
começo
da
C.A. Petri (1983): Computadores enquanto
meio detre pessoas:
“Meu conselho é que não devemos
mais perseguir o fantasma do homem
artificial, mas o desejo criativo por um
papel complementar, um papel que não
11
possa substituir os homens, mas que os
aproxime mais, um papel de meio entre
as pessoas”.
Adolf Adam (1970): A informática como
ponte entre as ciências humanas e exatas
“A informática é a disciplina dos
sistemas de informação integrados, que
procura descrever, explicar e criar de
forma unificada tanto o social quanto o
ambiente e o meio simbólico”.
„Debate
on
Teaching
Computing“ (ACM 1989):
Dijkstra: A ciência da computação está,
no “mapa-mundi das disciplinas
intelectuais” entre a matemática e a
lógica aplicada (VLSA: Very large Scale
Application of Logic).
Exigindo uma separação entre os
problemas
de
Pleasantness
e
Correctness!
Winograd: Os computadores estão
integrados no mundo das atividades
humanas! Os estudantes não devem ser
privados da dura escola da Praxis!
Denning: A fonte de toda a
complexidade não é a estrutura interna
do software, mas o entendimento do
cerne da ação humana.
Coy: Centro da informática: A
reorganização do trabalho.
A
Discussão
americana
da
identidade
Um ponto alto na discussão da
identidade ocorreu no “Task Force on
the Core of Computer Science”
indicado pelo ACM no final dos anos
80. Ela trouxe os diferentes pontos de
vista a um concensso sobre a discussão
da
identidade
que
influenciou
fortemente
a
Alemanha
(veja
Communication 1989).
Dijkstra
foi
um
prominente
representante
deste
“Debate
on
Teaching Computing Science”.
Ele
defendia a idéia de que programas são
apenas fórmulas bem grandes e que
programar nada mais é do que provar
algo (veja Dijkstra 1989). Ele defendia a
criação de um “Muro”, que separasse o
problema de Pleasantness do problema
de Correctness: informatas não deveriam
se ocupar em prover as especificações
formais, i.e. as demandas das práticas
12
de uso, mas apenas com o uso eficiente
de métodos formais. A tarefa principal
era provar formalmente que o
desenvolvimento do programa seguia
especificações formais (veja figura 3). O
desafio estava, segundo Dijkstra, na
gigantesca
complexidade
que
o
informata, por meio de sua única
ferramenta, a programação, tinha que
dominar (Dijkstra 1989).
Uma série de informátas americanos
e alemães se levantaram contra esta
posição. Como Denning (1989) e
Winograd (1989), que tinham por sem
sentido a manipulação simbólica sendo
o único meio para um fim, focando ist e
deixando de ver que o computador está
integrado à atividade humana. Denning
via a real causa da complexidade não
na estrutura interna do software, mas
na dificuldade de se entender o cerne
do
trabalho
humano.
Para
o
desenvolvimento
de
modelos
e
métodos
eficientes,
precisamos
primeiramente uma clareza que a
prática diária não é explicitamente
manifestada através de regras e
princípios. A pesquisa da informática
não é um fim em si mesmo. Ela é feita
visando
a
operação,
uso
e
implementação.
De acordo com a interpretação do
que seja o „cerne da informática”
vamos interpretar a diferentemente a
metáfora do sistema de informação:
Pelo ponto de vista do “muro”, os
sistemas de informação são compostos
por hardware e programas, no qual a
ênfase é dada em construir programas
de forma orientada e corretos. Um
segundo ponto de vista vê os sistemas
de informática através de um sistema
de relações: o seu contexto de uso.
Neste caso a ênfase é dada aos efeitos
das mudanças dos sistemas de
informação dentro de um contexto.
A discussão alemã
As discussões que aconteceram na
Alemanha durante a década de 90
foram fortemente influenciadas pelo
debate americano. O cerne da
informática, segundo Coy, está em
dividir os mundos heterogêneos dos
modelos formais e sua realidade, na
mediação entre corretismo e pertinência.
A contribuição foi em sua maior parte
um apelo pra se entender que não se
deve „esconder-se“ na informática
formal, mas, passar por sobre o
„muro“ – levando em consideração
applicações e contexto de uso: „A
informática apenas pode existir quando
o seu cerne se tornar uma disciplina
marginal” (Coy 1992).
Coy e Nake fundaram a tése de que
o objeto da informática seria a
Reorganisation (Coy 1992, p. 17) ou
mecanização do trabalho (Nake 1992, p.
181). Volpert (1992, p. 171) e Rolf (1992,
p. 33) definiram a informática como
uma disciplina criativa: A informática
deve olhar também para o contexto da
aplicação e se perguntar sobre o que
pode ser formalizado e o que não pode.
É a etapa do Construir (ação formal)
para o Criar – definido como entender o
contexto e estabelecer a forma, onde
ambas as ações estão ciclicamente
conectadas.
O que desde 2001 ficou conhecido
como “Círculo de trabalho teórico de
Hersfeld” em suas discussões sobre
identidade que eram periodicamente
realizadas, mostram que o diálogo
interdisciplinar se tornou neste meio
tempo para muitos informatas algo
natural (Nake/Rolf/Siefkes 2001). O
que se quer é desenvolver uma teoria
de informática no qual a informática
seja uma ciência de atuação social, com
implicações no trabalho, vida e no
ambiente. É uma velha preocupação de
uma minoria, os informatas que
querem pelo menos poder passar pelo
“muro”.
Figura 3: Dijkstras „Muro da
Informática“
13
Kai Zuse e o estudo da informática
Kai Zuse estuda no quarto semestre de
informática. Ele já havia se decidido por
esta profissão, desde quando ele estava na
escola e passava seu tempo livre à frente
de um computador. Todavia ele havia
imaginado o estudo de forma um pouco
diferente. Nada de muita matemática ou
bases teóricas e técnicas. Também as
perguntas sobre proteção de informação,
que são tratadas nos seminários, parecem
mais com resquícios da velha geração de
68. De forma geral muita teoria entediante e
pouca conexão com as coisas que lhe
interessam, ou com as coisas que a mídia,
no momento, mostram como sendo
importantes.
Ele leu ontem no mural vários cartazes de
firmas de software e mídia. Eles pagam
bem por estudantes que possam programar
páginas de internet. Programar web-sites
em HTML é uma coisa que ele já sabia dos
tempos de escola. A maioria dos seus
colegas tem um bico. A maioria deles pode
viver bem com este dinheiro e não precisam
de ajuda financeira dos pais, e eles podem
financiar um carro, que é indispensável pra
se manter flexível com o pouco tempo
disponível que se tem, indo da universidade
pro emprego e pra casa.
Vários colegas já largaram o curso, eles
dizem que temporariamente. Eles vão
passar os próximos anos camelando, talvez
até montando sua própria firma. O estudo
pode ficar pra depois, isto não interfere nas
coisas.
Kai Zuse está nervoso. Ele fica dividido
entre seus interesses, as expectativas de
seus pais, que estudaram em uma outra
época e que esperam que termine de forma
disciplinada e com sucesso o que tenha
começado. Um professor discutiu com ele
há pouco sobre o assunto em um seminário.
Ele acredita que emuma época de rápidas
inovações como acontece hoje com a
informática, pode-se apenas, no longo
prazo, manter-se atualizado quando se
14
aprende e domina o cerne de uma disciplina
de forma metódica e teórica. Em cima desta
fundamentação pode-se construir novos
desenvolvimentos, e.g. fica relativamente
fácil poder avaliar um novo software. Quem
entendeu as bases teóricas pode aprender
uma nova linguagem de programação
sozinho. Ele se pergunta que talvez hoje, os
progrmadores de 45 anos que estão
desempregados não tenham aprendido isto.
E em uma economia que se baseia em
redes e computadores, não existe espaço
pra informatas diletantes semi-educados
pra lidar com aspectos de segurança e
estabilidade.
Um colega defendeu no seminário a idéia
de que a universidade não deveria acabar
com as pessoas, de modo que ela se torne
em um centro de formação profissional. Ela
deveria ser o lugar onde se aprenda as
bases e o senso crítico, sem que tenha que
se manter sempre em vista a usabilidade e
necessidades de imediatas da qualificação
profissional.
Isto não deve ser totalmente correto, pensa
Kai Zuse, mas aprender teoria e métodos é
um processo longo e trabalhoso. Ele não
tem tanto tempo, mas estas pérolas do
conhecimento de professores e colegas não
deixam ele em paz. Talvez o ensino de
profissões inovadoras em universidades
públicas
seja
um
anacronismo.
Recentemente ele leu que em Hamburgo
seria fundada uma Academia Internet
privada que deverá educar as lideranças da
Internet. Os patrocinadores acham “a curta
duração do programa de educação”
especialmente atrativos.
É isso aí, pensa Kai Zuse, um “Fast estudo”.
Se fastfood no McDonalds é “in”, porque
não seria também o estudo? Pelo menos
ele teria a chance de ter tudo em um
mesmo lugar. Ou, no longo prazo, será que
não? As pessoas tem que discutir isto no
seminário da universidade com mais calma.
II.
O Modelo da Micropólis -
Em um capítulo introdutório foi formulado um ponto central: É um modelo pra se
desenvolver, em que a perspectiva dominante de conhecimentos especializados e
aplicados altamente especializados complementa, no qual informatas sejam
apoiados em suas orientações na prática e na ciência. É uma tentativa através da
informática de se criar um modelo interdisciplinar para a pesquisa técnica.
O modelo deve ordenar as atividades de informática em um grande apanhado
histórico, social e científico e trazer segurança na avaliação de novos
desenvolvimentos. O modelo toma o que os requerimentos de Mittelstrass
deveriam representar, a partir das ciências – paralelo ao seu papel de fator de
produção – também ao seu papel de fator orientacional na vida da cultura
moderna. MICROPÓLIS é uma metáfora, formada de microeletrônica e polis.
A Macro-perspectiva, a introdução da informática no contexto social e
econômico ou a pergunta sobre como ocorre a inovação, não é normalmente vista
pelos profissionais de informática como sendo parte de suas atribuições. Da
mesma forma que não se discute os resultados da pesquisa da teoria da
organização, que tem por objeto a análise e criação da coexistencia humana em um
contexto de uso e sua influência sobre a modelagem da informática (nível Meso).
Para o desenvolvimento de competência orientacional são necessários três níveis
que devem trabalhar coordenadamente.
A Micro-perspectiva: profissionais de informática com orientação teórica
preferem se concentrar na modelação informática, “trabalham na essência da
informática”, deste lado do muro. A explicação é que apenas com uma grande
especialização pode-se trabalhar com a formação do cerne de uma disciplina
científica. A consideração do contexto de uso cria apenas confusão, aumento das
expectativas e contém sempre o perigo do diletantismo. Acima de tudo, técnicos de
software, software-ergonomista e profissionais de informática vêem de forma
diferente. Eles pleiteam com isto, não apenas tematizar a modelagem informática,
mas também a formalização das atividades humanas e sua trasnferência em
operações e algoritmos, tal qual seu feedback na prática (“decontextualização e
recontextualização”). Aqui o processo criativo da informática é visto como a
interação do “entendimento do context e a produção da Forma ou Construção”.
Figura 4: O Modelo da Micropólis
A Meso-perspectiva: A mesoperspectiva do modelo MICROPÓLIS se pergunta
sobre o que realmente acontece com organizações e seus atores, quando
confrontados com a técnica de informação. Ela se preocupa além disso pelo
comportamento dos atores de um sistema de informática. Para isto são criados
teorias de organização que baseiam e generalizam os sistemas de informática.
Atores e grupos atuam a partir de regras e estruturas que apenas com muito
esforço podem ser modificadas. Junto eles trazem seus valores, intereces e modelos.
Inevitavelmente se formam a partir daí conflitos e alianças entre os atores.
A Macroperspectiva: Na macroperspectiva trata dos efeitos de mudança entre
os sistemas de informação e o desenvolvimento de organizações. Eles serão
descritos como estruturalmente acoplados. Em segundo lugar está a inserção social
das organizações e dos sistemas de informação: no qual são levados em
consideração a criação de valores, cultura específica, valorização economica,
instituições, regulamentação, leis e tradições. De um lado ganham valor e
influência social sobre organizações e o processo de desenvolvimento e uso de
técnicas de informação na regulamentação institucional, por outro lado os
15
processos de inovação criam tensões sociais e acomodação, e.g. através de novos
quesitos de qualificação educacional.
As três perspectivas do modelo-MICROPÓLIS são separados apenas de forma
analítica. Deve ficar claro que a macro-estrutura pode ser o resultado da ação de
estratégias individuais de atores. De forma oposta, a atividade individual de atores
pode ser em maior ou menor grau influenciada por estruturas sociais; de forma
suscinta: atividades e estruturas estão em uma relação recíproca.
O modelo-MICROPÓLIS é um modelo dinâmico, que integra as variadas
perspectivas. Com isto fica claro que a informática é um socially embedded system,
isto é, um projeto cultural, econômico e político. O computador não é apenas uma
ferra menta para o suporte de atividades ou a automatização de processos, mas é
também um dos meios básicos de uma sociedade de informação moderna, bem
como de grandes organizações internacionais interconectadas.
1. A Micro-perspectiva: O que é “o cerne do computador”?
O computador, segundo Joseph Weizenbaum, é uma máquina simples, de fácil
operação que manipula símbolos simples (veja Goettle 2002, p. 11). Símbolos são
em seu nível mais simples zero ou um. Sua enorme capacidade de cálculo resulta
da ‘coleção’ de vários destes elementos simples. Desta forma pode-se trabalhar e
construir modelos mais complicados. O modelo pode ser interpretado como
número ou símbolo, que representa alguma coisa.
1.1 Modelação de informação
Com o desenvolvimento da micro-eletrônica pode-se constantemente aumentar o
número de operações executadas. O computador que pode trabalhar um milhão de
operações por segundo é capaz de trabalhar estruturas simbólicas altamente
complexas. A complexidade se dá através da possibilidade de criar qualquer
combinação destes elementos. Desta forma se produzem por exemplo programas
que aterrisam um avião ou prevêem o comportamento da bolsa. Que é ao mesmo
tempo a raíz da pequena possibilidade, de forma geral, de se escrever um
Dekontextualisierung von
Handlungen & Strukturen
Formalisierungen:
Soziale Welt / Informationen
Operationen
Operationale Form
Formale Welt / Daten
Programm:
Symbolmanipulation
Autooperationale Form
Daten
Soziale Welt / Informationen
programa livre de erros.
16
Daten
Menschliche Interpretation
der operationalen Form:
Rekontextualisierung in
situierte Handlungen &
Strukturen
Figura 5: Contexto da criação da informática
A característica básica dos computadores faz necessária transformações, para que
as atividades humanas possam ser convertidos em símbolos operacionais, com os
quais o computador pode trabalhar.
Fundamentalmente, toda a comunicação e reflexão cultural baseia-se no uso de
símbolos. Desda forma atribuímos ao computador um determinado valor, que era
um símbolo para uma máquina de cálculo. O mesmo vale para as atividades do
programador. Coisas, ações ou procedimentos recebem significado: “Sem que
sejam criados coisas ou processos de forma simbólica, eles não tem significado, de
forma que cognitivamente não podemos trabalhar com eles, sequer podemos
pensar sobre eles” (Brödner u.a. 2002, o.S.). Para isto existe o termo semiotização.
Ele é uma condição necessária, para se poder comunicar e agir de forma prática
neste mundo. Toda cultura tem a partir daí seu ponto de partida.
Para se poder passar ao computador uma representação da realidade através de
símbolos é necessária a descrição das atividades como operações. Enquanto ações
ocorrem apenas uma vez em uma situação única de um determinado contexto
(ação situada), operações descrevem ações repetitivas que se tornaram rotina.
A transferência de ações em operações que é necessária para a computação não
é algo totalmente novo. Toda pessoa possui a capacidade mental e física, para
aprender um repertório de operações ‘disponíveis’ no deurso de seu
desenvolvimento. Operações são adquiridos atraves de aprendizado e experiência,
eles compõe o nosso know-how. Eles podem ser chamados dentro do nosso
cotidiano de forma descomplicada (‘uma criança atravessa a rua, eu freio’). Cultura
e a história pessoal influenciam o processo de aprendizado. Desta forma já se está
preparado há tempos para a transferência de ações em operações, com o propósito
de manipulação de dados no mundo social.
A descrição de operações para o takeover através do computador precisa de um
observador (compare para esta finalidade a introdução da descrição de FloydInformatik-Mensch-Gesellschaft 1, 1998, p. 48 ff) . Desta forma corre
inevitavelmente a perspectiva das pessoas e suas definição de funções. O
observador identifica uma única implementação concreta e o descreve através de
termos, que servem para uma classe de implementações. Ele usa nomenclatura,
definições e descrições. A descrição das operações é simbólica, a descrição em si
mesma é um artefato simólico. As operações que decorrem desta descrição
dividem o fluxo de atividade em partes. A operação, através da descrição, é de
certa forma extraída, formalizada e transferida pela atividade individual do
homem. A descrição através de operações é o primeiro passo para poder substituir
as ações humanas por artefatos de técnica.
O básico pode ser diferenciado da operação associada. Operações básicas são
em uma única instância executados, associados descrevendo complexas conexões.
Geralmente se apresentam na forma de divisão de trabalho, de forma que
diferentes instâncias possam ser executadas e coordenadas.
A execução de operações podem ser delegadsa a artefatos técnicos como
máquinas e computadores. E através destes podem ser criadas novas operações.
Geralmente a execução de operações é feita através de artefatos técnicos
combinados com ações humanas, ela é ‘envolta por atividade humana’.
17
Operationale Form
situiertes
Handeln
Beschreiben
Operationen
Verknüpfen
Operationale Form
Sob uma forma operacional entendemos a associação de operações como um todo.
Ela descreve as possíveis formas de execução. A forma operacional define assim
uma sistema de efeitos das operações. Ela não pode ser comparada com um
algoritmo, mas com um estágio preliminar para um algoritmo.
Com a forma auto -operacional segue a transição do social para o mundo formal
do computador e dos dados. Formas auto-operacionais são programas ou sistema
de programas que são escritos em uma linguagem de programação e devem ser
realizadas em um computador. Através da forma auto-operacional são unidos os
artefatos técnicos e simbólicos. A completa simbolização suplanta o conhecimento
e informação por artefatos simbólicos. O context é separado, e existe em um
mundo artificial. A manipulação simbólica se constrói através de formas autooperacionais que são capazes de se auto-evocarem. Construção é entendida, dentro
da informática, como sendo o desenvolvimento de manipuladores simbólicos
abstratos, ou formas auto-operacionais.
“Um algoritmo é uma descrição das etapas de um processo de solução para o
estabelecimento de uma grandeza, de forma precisa, i.e. escrita em uma linguagem
definida, e finita, no qual cada passo seja um número de ações definidas e seja
também um predicado para a próxima etapa” (Rechenberg/Pomber 1999). Com a
implementação são realizados pelo computador os objetivos e fins definidos pelo
observador. Através do processo de semiotização, formalização e algoritmização
se dá um processo de redução e abstração de uma realidade complexa. A
finalidade pode ser variada: desta forma pode se controlar informações, ações
humanas podem ser automatizadas ou ou ajudadas por ferramentas de software.
Profissionais de informática podem ordenar suas ações e atividades.
1.2 Descontextualização e Recontextualização
Menos claro é saber se os passos acima descritos são uma tarefa da informática, i.e.
se a informática deve lidar com a decontextualização ou recontextualização. O
informático teórico Dirk Siefkes prega a favor. Sua razão: Com o uso do
computador, tarefas rotineiras são substituidas pelo uso de máquinas, que por sua
vez alteram de forma profunda estes processos. Isto é comparável com uma
operação cirúrgica: Uma parte do corpo é removida e substituída por outra
mecânica, que pode ser um processo penoso para o paciente. Enquanto os
18
profissionais de informática se preocuparem apenas com ‘este lado do muro’, eles
vão ignorar
a situação formalizada, tanto quanto a consequência da
maquinarização. Isto não é trivial, porque enquanto um Sistema de TI pode
funcionar de forma correta, ele pode funcionar de forma diferente ao planejado em
uma nova situação. Denning manifestou a suspeita de que a complexidade está
relacionada ao contexto de uso. Segundo Siefkes, um programa bem sucedido
apenas se revela em através de seu uso (Siefkes 2003, p. 2).
Uma atividade é através da descontetualização extraída de seu contexto
individual, e.g. um ambiente de trabalho, e passado ao computador. O modelo
obtido é livre de contexto, de sentido, vazio; o contexto da atividade original é
perdido. Por isto a inserção de técnicas de informática está inexoravelmente
associada à destruição e por isto, evidentemente, desencadeia nos afetados uma
reação de apreensão (veja Sesink 2003, p. 123ff).
Depois da introdução no computador passa-se a recontextualização, i.e.
reintrodução do contexto. Pessoas e organizações precisam associar novamente o
resultado às suas ações; é preciso, de novo, fazer sentido. Na maioria das vezes as
pessoas tem que alinhar suas condutas ao modelo formal, e não o contrário. O
usuário não pode simplesmente chamar as funcionalidades disponíveis, mas ele
precisa repensar as atividades que foram passadas e fazer uma nova estruturação.
Através da decontextualização e recontextualização muda-se a comportamento
e reação das pessoas, que são confrontadas com os sistemas de software, para o
centro. Pois além dos problemas técnicos existe também a pergunta ‘como’: Como
é mudado as ações e contexto de trabalho do usuário em seu relacionamento com
computadores e sofware? O que pode ser facilitado através da sua relação com a
tecnologia de informação? Como são os procedimentos padrão, que levam em
conta estas preopações e conduzem o uso do software ao sucesso?
Do ponto de vista do profissional de informática e do criador do sistema, os
usuários são uma grande incógnita. Para se fazer aplicativos de software de
sucesso, devem se concretizar rapidamente na informática algumas áreas especials,
que tenham como foco a relação computador-homem, e.g. ergonomia de software,
ou pelo menos que leve este specto em consideração, ou de forma geral a técnica
de software. Eles são os que mais claramente assiscam a pular por sobre o muro,
pois sua temática é a decontextualização e recontextualização. Por isto mesmo
devem ser criticados por alguns profissionais de informática, de vez em quando,
como sendo ‘interdisciplinares socialmente orientados’. Erroneamente a inserção
do homem como ‘fator invisível’ significa não apenas uma complexidade
adicional, dentro da lógica de Dennings, mas também a tomada da
responsabilidade pelo sucesso da integração de produtos de informática em um
contexto de uso.
1.3 Conclusões: Destrução e Construção
Aplicação e uso técnico são sempre juntamente associados a destruição e
construção. “O novo, e também o melhor, surge sempre a partir da destruição do
velho. Através da dissolução técnica de certas associações, é criado um novo
espaço “ (Sesink 2003, p. 125).
O par de termos destruição/construção tem sua raíz nas idéias do economista
Joseph Schumpeter, que postulou a destruição criativa, que renova a economia. Na
filosofia, Martin Heidegger refletiu sobre esta ambivalência: “destruição não
significa demolir, mas mesmontar, remover e por de lado... destruição é: abrir
nossos ouvidos, para que possamos encorajar a essência do ser” (Martin Heidegger,
O Ser e o Tempo p.§6). Jacuqes Derrida ao final dos anos 60 subistituiu este par de
termos por deconstrução. Construção e destruição são colocados em uma relação de
igualdade e paralelidade, e aparentemente reunidos em um contraditório processo
19
de montagem e desmontagem. Derrida pretendia anular símbolos, tradições, textos,
termos em sua forma tradicional, recriá-los e vazer seu significado compreensível.
Deconstrução é para ele a experiência de apropriação, que para ele significa abrir
os nossos ouvidos (Jacques Derrida: Política da Amizade, p. 439)
As estuturas são desmontadas, pel uso de computadres, e novos potenciais vêm
à tona, de forma que o que era negativo pode vir a ser positivo, mas isto é apenas
uma esperança, não uma certeza. Acima de tudo é preciso diferenciar: quais são os
atores que são os vencedores e quais são os perdedores, e como se define ganho e
perda. Decisões preliminares já se escondem dentro dos modelos, métodos e
produtos de técnica de software em uso: procedimentos padrão de técnica de
sofware decidem sobre a inclusão e exclusão na construção e criação de
possibilidades potenciais. Desta forma podem pacotes de software ‘prontos’ como
SAP R/3 contribuir para o o processo de incapacitação do usuário em um processo
de destruição e construção e criar um mundo no qual os atores tem que se ajustar a
ele.
Por este entendimento é necessário para o processo de destruição e construção
competências técnicas e interdisciplinares. A informática deve então se perguntar
sobre como esta interdisciplinaridade deve acontecer, se a cooperação com outras
disciplinas faz sentido ou se é possível, e onde devem ser estabelecidos os limites.
O que são o cerne do computador ou informática? Para isto dois comentários
preliminares de Floyd e Brödner:
• O
funcionamento
de
máquinas
simbólicas/manipuladoras
de
símbolos/semióticas são baseadas explicitamente em instruções através da
formalização e servem à organização e coordenação de atividades coletivas.
Enquanto o campo de ação de motores baseia-se natureza e baseia-se no
processo natural de conversão de energia e matéria, o campo de ação de
máquinas semióticas baseia-se inteiramente na interação social humana
(Brödner 2004).
• “Utilizar a informática significa, modelar formas operaçõenais e tornar
disponíveis formas auto-operacionais” (Floyd 1998, p. 49).
FRIEDER NAKE formula da seguinte forma: o trabalho com o computador é
“um trabalho com símbolos, que são convertidos para a máquina em sinais e que
perdem seu significado para o homen. Modelar a ambos, a interpretação e a
calculação, entre sinal e sentido, isto é um das tarefa da informática enquanto
ciência” (Nake 94, p.10).
Que o computador não é apenas uma máquina manipuladora de símbolos,
construtiva ou destrutiva, mas também uma tecnologia de racionalização e
organização, isto será um assunto na discussão das perspectivas meso e macro.
2. A Mesoperspectiva: O processo de destruição
construção em organizações e sistemas de informação
e
A inserção de técnicas de informática em organizações ‚destrói’ contexto de
trabalho e estrutura organizacional e permite que algo novo seja construído. A
cooperação entre atores e grupos de trabalho é reestruturada, o qual apenas
raramente ocorre de forma harmoniosa. Processos de comunicação entre os atores
se faz necessários. Ciências sociais, especialmente teoria organizacional, tem
trabalhado em cima deste tema. Através do modelo de atores pode-se trabalhar os
processos de destruição e construção em organizações de forma transparente.
20
2.1 O Modelo de Atores
Com a introdução de software em organizaçoes traz se para agenda uma guerra
de trincheiras entre designers de sistemas, direção e usuários desta técnica. A
questão para os atores envolvidos é uma de ganho ou perda, geralmente de
influência através da racionalização e ocasionalmente pela sobrevivência, pois
comparável à ‘viagem para Jerusalem’: depois de tal destruição não se faz mais
necessárias tantas cadeiras!
Os atores participantes agem perceptivelmente ou silenciozamente, sozinhos ou
em grupos ou através de representantes. Certamente a universalidade da técnica
de informação torna disponível um potencial que pode ser utilizado como um
instrumento para praticamente qualquer coisa (veja Sesink 2003, p. 125), todavia
existe ainda neste processo ‘ganhadores e perdedores’, pois se trata de inovação e
melhoria da eficiência. A introdução de técnicas de informática é para a gerência o
meio de cultura ideal para que mudanças básicas possam acontecer, pois pode ser
quebrada a estrutura tradicional através de uma necessidade prática
Der Prozess
der SoftwareEntwicklung
findet in
Arenen bzw.
Projekten statt.
Dabei gibt es
Kooperationen
und Konflikte
zwischen
Akteuren wie
Systementwicklern,
Benutzern,
Betriebsrat,
Management
etc.
IT-Nutzung
IT-Entwicklung
?
Organisationen
Der Prozess
der ITEntwicklung
findet in sog.
Arenen
zwischen
zahlreichen
Akteuren
statt, wie ITHerstellern,
Informatikern,
Verbänden,
Politik, Netz& Dienstebetreibern
proporcionada pela técnica.
Figura 6: O modelo de atores tendo em vista organizações e sistemas de
informática
Atores e Arena
Atores são indivíduos, que tem seus interesse e valores, e que se manifestam de
acordo com as oportunidades. Mas podem também ser grupos ou associações de
pessoas com os mesmos valores e interesses. Eles coordenam suas ações e
constroem alianças ou concorrem com outros atores. Atores, indiferente se
indivíduos ou grupos, tem limites e contatos com outros atores que são
reconhecíveis. Eles se baseiam em um background (cultural) comum e formulam a
partir daí suas orientações estratégicas.
Arenas são então reconhecíveis, quando atores, compartilhando um campo de
atividade, mas de forma totalmente controversa se interrelacionam. Arenas não
podem ser interpretados como unidades fechadas; os atores se comunicam-se entre
si também através de diferentes formas além dos limites de suas arenas. Desta
forma ocorre um permanente feedback dentro e entre arenas.
21
Existem vários tipos de arenas: Até agora existiam em primeira linha atores e
organizações. Nestas arenas os atores, que se dividem localmente em
desenvolvedores de software e aplicações, com seus diferentes pontos de vista,
interesses e valores , acabam por replicá-los através da implementação de sistemas
de software na construção de um contexto de trabalho e organizações. Tomam
parte nestas ações, e.g. a direção, companhias de software, usuários,
desenvolvedores de sistema ou conselhos de trabalho.
Um segundo tipo de arena é reconhecível nos sistemas de informação (veja
figura 6). Aqui concorrem produtores de técnica de informação. Informática nas
universidades e centros de pesquisa também encontram nos sistemas de
informática as suas arenas, no qual eles através de conferências ou revistas técnicas
apresentam, por exemplo os seus novos modelos, métodos e produtos, em
conferências ou revistas técnicas . Na arena de políticas de pesquisa concorrem
institutos por linhas de pesquisa e dinheiro.
As arenas não são normalmente isoladas. De modos que, por exemplo, a
informática orientacional toma algo das organizações e vice-versa. Os atores
comunicam-se de diversas for mas também além dos limites de suas arenas. É bem
possível que atores tenham papéis diferentes em diferentes arenas ao mesmo
tempo. As arenas são um retrato analítico para ser entendido; outras divisões ou
diferenciações, baseados em uma constelação específica também são possíveis.
Arenas são como mercados, que certamente não se orienta sempre apenas em
comprar e vender, mas também com ganhos e perdas na forma de interesses,
reputação, carreira, identidade de grupos, etc.
Modelos e Metáforas
Valores e interesses tem um grange papel para as arenas e os atores. Eles não são
geralmente explicitados, na maioria das vezes se manifestam em modelos e
metáfores. Os modelos facam-se em orientação, valores, sentido como o espírito de
uma época. Modelos trazem associações ou situações complexas ‘para um mesmo
barco’; desta forma é desnecessária, uma desejável detalhada descrição da
mensagem. Esta descrição figurada é ambígua, e por isto mesmo apenas raramente
totalmente falsa. Depende dos modelos o como as pessoas vêem , interpretam,
avaliam ou acessam. Eles não naturalmente aplicáveis como modelos de
construção. Exemplos disto são ‘o escritório sem papel’ e ‘a fábrica sem
empregados’ (veja Rolf 1998).
A criação de técnicas de informática é em boa parte uma luta entre o
estabelecimento de modelos e suas interpretações. Modelos são caminhos, mas
também frequentemente diretivas de organização e trabalho. Eles podem ser meios
e orientações que servem pra reduzir a complexidade e desta forma oferecer um
sentido. Geralmente são apenas usados por força das circunstâncias para a
promoção de aceitação e mediação.
Na informática o termo metáfora é usado como comparação verbal: sistemas
técnicos ou funções são reunidos em associações, que as pessoas, devido ao seu
familiar contato diário, e que de acordo com suas inteções pode ser favorável ou
não (‘computador como ferramenta ou como autômato’). A linguagem da
informática é cheia de metáforas que são máquina ou sistemas orientados, que com
o correr do tempo se tornam uma parte do jargão profissional do designer de
sistema e ocasionalmente também por uma força das circunstâncias em parte do
jargão do usuário: ‘máquina’ – ‘sistema’ – ‘midia’ – ‘partner’ – ‘assistente’ –
‘ferramenta’ – ‘oficina’.
Metáforas e modelos são uma redução da ambiguidade e complexidade.
Modelos e metáforas podem interpretar o ‘mundo’ de uma forma dual. De um
lado existe para a realidade existem diferentes modelos e metáforas. Por outro lado
pode um único modelo (metáfora) ter diversas interpretações.
22
Ação e Estrutura
Atores, de acordo com a teoria discutida, agem através da inserção de técnicas
de informação nas arenas, dirigidas por interesses, modelos e metáforas,
coerentemente e ocasionalmente contraditórios. Apenas que não é normalmente
passível, que os atores possam a qualquer tempo ‘mudar o mundo de hoje para
amanhã’. Pelo contrário, eles agem permanentemente sobre a estrutura, que seus
apoiadores ou concorrentes, incógnitas atuais ou velhas disputas que surgiram
com o passar do tempo. Organizações podem, com o correr do tempo, construir
suas respectivas infra-estruturas, que se formaram a partir de incontáveis ações por
parte dos atores.
A relação entre atividade e estrutura é a terceira pedra fundamental do modelo
de atores. Ela pode ser reconstruída a partir de ANTHONY GIDDENS e sua teoria
da estruturação (Giddens 1984, p. 12).
No centro da teoria de Giddens está o processo, sobre o qual a ação de atores e
estruturas ocorre. Ação é tido como as mudanças parcialmente conscientes e
inconscientes produzidas pela atuação de atores no mundo social. Estruturas são
as instituições, circunstâncias duradoras como regras e recursos, com os quais os
atores são confrontados e dentro dos quais eles se movem e vivem e dos quais tem
que ser separados. Toda a atividade de atores depende de uma estrutura, que
possibilita esta atividade, mas que também impõe certas normas, e através disto
limita a atividade. Os atores se relacionam então nas suas atividades através de
estruturas que produzem ou reproduzem-se novamente. Estruturas são então o
meio e o resultado de uma atividade: “According to the notion of the duality of
structure, the structural properties of social systems are both medium and outcome
of the practices they recursively organize.” (Giddens 1984, p. 25). O duplo-sentido
descrito por Giddens pode então ser descrito como a dualidade da atividade e da
estrutura.
Giddens ilustra o conceito da dualidade por meio de exemplos de estrutura de
uma língua: A estrutura de uma língua, i.e. sua gramática, não existe quando a
língua não é falada. Ao mesmo tempo sem o recurso das regras de uma língua não
é possível se comunicar. Com isto a regra de uma língua limita as possibilidades de
comunicação, mas ao mesmo tempo de uma forma específica. Estruturas
possibilitam de um lado a atividade, de outro serve também como meio limitante
do mesmo.
Sob estruturação, Giddens entende o processo prático de mediação de atividades
e estrutura. Uma estrutura (social) é então dada, mas sua continuidade é
dependente da atividade correspondente de atores; Se acontecer uma mudança na
atividade, então a estrutura também sofrerá uma mudança.
Organizações, entendidas como um sistema organizado de atividades, se
reproduzem através da atividade orientada de atores competentes. Estes atoreas
baseiam-se em suas intereções através de um conjunto de regras e recursos, e.g. best
practices de contabilidade ou aceitação de sistemas de diretivas e confirmação ou
alteração, e.g. estruturas de organização hierárquicas no qual elas são erconhecidas
ou não. Os atores atuam então de forma reflexiva, i.e. se baseiam no passado,
presente , futuro e no comportamento de outros, tal qual outras estruturas
disponíveis e suas atividades. Ao mesmo tempo atuam recursivamente em
estruturas e se atualizam precisamente por cause destas atividades.
O campo de atuação da informática nas organizações: Suporte da
execução ou automatização da estrutura
A excitante pergunta, para os profissionais de informática, que é uma
consequência da teproa de Goddems é: Os designers de sistemas em organizações
devem preferencialmente focar nas estruturas estáveis de uma organização ou
preferencialmente apoiar nas atividades flexíveis e dinâmicas de knownledge-
23
workers. Em outras palavras: é razoável, através da inserção de TI, a perspectiva
das atividades dos atores em organizações, ou faz mais sentido fazer prioridade a
análise e a automatização de boa parte das relativamente estáveis estruturas e
ignorar os atores? Não seria necessário então métodos e procedimentos padrão
diferenciados? E: Seria a estrutura, no qual as atividades individuais ocorrem,
limitadas através de circunstâncias técnicas e sociais, de forma que não existe
muito valor associado a ele? Ou se desenvolve uma sociedade e organizações
baseados em interações e atividades de muitos atores e estão sempre acessíveis, e
que podem ser completadas pelos atores de uma forma ou de outra e seriam
apoiados por software? Seríamos também criados pela sociedade, através de
organizações e técnica, ou seríamos seus criadores?
O retrato da dualidade de ações e estrutura de Giddens é útil para o
reconciliamento das aparentes divergências. Em cada organização existe uma
variedade de tarefas, processos (automatizados), ‘fluxo’ de regras, requisitos
definidos por lei, instruções, formulários, hierarquias, atividades rotineiras, pois
eles sempre podem ser trabalhados como operações. Eles geram a estrutura de
uma organização, devido a sua relativa estabilidade. Eles emergiram através do
correr dos anos através da atividade de vários atores e pela aquisição de sistemas
de software entre outros. Cada organização de trabalho escreveu sua biografia de
regras, recursos, operações que se tornaram atividades e automatização. Ela é
relativamente estável, e ocasionalmente também um tesouro burocrático de cada
organização.
Em cada organização encontra-se ambos os lados: estruturas organizacionais
relativamente estáveis e atividaes flexíveis ou contextos de uso no qual os atores
não agem de forma planejada. O contexto de uso descreve requisitos de espaço e
tempo concretos de uma atividade, sua relação com as atividades de outros, o
background de experiências das ações e muito mais. Por este ponto de vista o
contexto de uso é único. Ele apresenta uma prática ‘lacuna formal’. A sua
automatização seria para a organização contraprodutivo, pois ela se tornaria rígida
e inflexível, e não seria mais capaz de novos desenvolvimentos e de reagir
rapidamente. Isto não significa contanto que toda inserção de TI nesta lacuna
formal seja inadmissível. Pelo contrário: para poder agir no contexto de uso de
forma flexível, o apropriado suporte de TI pode ser muito útil.
Desenvolvimento e inovação são possíveis apenas se baseados em um
background de estrutura estável. E por que organizações tem interesse em
inovação, mudança, ações flexíveis e reação através ded seus atores, eles precisam
ter um interesse em um potencial de ação extensivo e apoiado por software e
manter aberto uma lacuna de formalização.
Existe uma conexão perspectiva em ambos os lados. Ao mesmo tempo pode-se
supor porque algumas vezes a introdução de software conduz a danos: Em seus
esforços de formalização e automatização eles adentram os limites da lacuna
formal e estrangulam o potencial de sucesso de inovação e auto-organização.
Ambas as perspectivas são necessárias e o desafio repousa no balanceamento dos
desafios práticos e científicos.
Avaliação intermediária
O modelo de atores toma emprestado a base micro-política da teoria
organizacional e da teoria estrutural de GIDDENS. Por micropolítica entende-se o
jogo de poder, no qual existem geralmente tortuosos fronts e frontes variáveis sem
harmonia: ‘convergência parcial de interesses, coalisões temporárias, trapaças,
intrigas e guerra de trincheiras, propina, troianos, críticos e resistência, mas
também zelo excessivo, desejos pessoais, medo e necessidade de conscenso fazem
um quadro de uma expressiva desordem” (Ortmann 1988, p. 35). GIDDENS nos
mostra de forma definitiva que todas as ações em estruturas comprovadas estão
nelas incorporadas. Uma constatação importante é decisiva: as atividades de atores
24
precisam de outros conceitos de software diferentes do conceito de estruturas
organizacionais estáveis.
Com o modelo de atores os processos de destruição e construção nas
organizações, como no desenvolvimento de TI em sistemas de informática podem
ser melhor compreendidos.
2.2 Destruição e construção em modelos da técnica de software e
Uni Hamburg
Organisationen
Informatiksystem
z.B. Softwaretechnik
Wirtschaftsinformatik
Hersteller
informática aplicada
Figura 7: Perspectivas da informática prática e aplicada
Quais certezas estão inseridas na informática prática e aplicada no processo de
construção e destruição? Eles se concentram no processo de algoritmização e
maquinarização ou contam também como parte da decontextualização e
recontextualização? Levam em conta atores e areas, interesses e conflitos?
Tomemos como exemplo os ramos da técnica de software e sistemas de
informação. Ambos vêem suas tarefas como sendo o desenvolvimento de produtos,
ferramentas, métodos , procedimentos padrão e conceitos, que são desenvolvidos a
partir da pesquisa desenvolvida pelas ciências, em desenvolvimento de produtos
pelos fabricantes que evoluem ou vão para o canteiro de aplicações, e.g. terminam
em organizações, e são utilizados apenas para uma finalidade útil (veja figura 7).
25
Bases da técnica de software
Na técnica de software se contrapõe duas escolas. Se elas também se
complementam em suas aplicações, isto não pode ser satisfatoriamente
comprovado até agora.
Esta controvérsia começou nos anos 70 com o discurso de dois informatas
famosos NIKLAUS WIRTH (1971, S. 221-227) e PETER NAUR 1992)..
Naur como representante do método processo-orientado (‘to program is to
understand’), ele sugere uma organização experimental, baseado em tentativa-eerro com atores individuais e ações de processos indutivamente orientados. Wirth
ao contrário, vê a solução no construtivo processo-top-down, com especificações
dedutivas que são gradualmente refinadas, e.g. no qual a organização como um
todo é cada vez mais dividida em suas funções e processos. A especificação seria
descrita neste caso independente da atividade de atores e seu contexto.
Ao contrário para Naur: ‘Run over the elements of the problem in rapid
succession several times, until a pattern emerges which encompasses all these
elements simultaneously’. E ele nos previne contra: ‘Suspend judgement. Don’t
jump to conclusions – point to the openness and uncertainty of the problem’
(citação de Naur, segundo Dahlbohm/Mathiassen 1993, p. 102f). As diferentes
perspectivas são consideravelmente significativas, pois a partir deste ponto partem
caminhos de desenvolvimento que são bem diferentes em relação aos seus
métodos, teorias, conceitos de programação, etc. Dentro da técnica de software.
FLOYD (1994, p. 29-37) descreveu o uso implícito de ambas as escolas
considerando as diferenças do ponto de vista da produção (construtiva) e do
processo-orientado (evolucionário): O ponto de vista da produção (construtiva)
entende o software como uma solução bem definida e formalizável de problemas.
Com base na especificação, a inserção de um software em um contexto de uso
métodos formais ao longo de um procedimento padrão linear pode ser feito com
sucesso. Figura 8 mostra que a técnica de software construtiva, como parte de um
sistema de informática, torna possível as organizações, conceitos, métodos,
produtos, etc. Fica reconhecível um modelo de engenharia, que tem em vista
funções e estruturas organizacionais que são formalizáveis. Ao fim temos o usuário,
que ‘aprova ou tolera’ o software. O contexto de uso é incorporado, mas referência
direta aos atores e seus diferentes contextos e interesses. O contexto é retratado de
forma independente das pessoas.
Figura 8: A perspectiva construtiva da técnica de software
O ponto de vista processo-orientado (evolucionário) contrariamente, entende o
desenvolvimento de software como o design de artefatos para o apoio do usuário.
Aqui se encontram processos de aprendizagem entre os desenvolvedores e
usuários que acontecem dentro de um time de desenvolvimento e dentro da
organização do usuário. Como o contexto é destruído pelo software e deve
posteriormente ser novamente estabelecido, então fases cíclicas do projeto e
feedbacks de cálculo precisam ser transportados. Mas projetos de software não
seguem uma série linear de fases que lhes é dado, mas ocorrem ao longo de um
processo de comunicação e aprendizado. Fica claro um método cíclico de koncepção
de desenvolvimento de software: O software roda com a participação do usuário
por vários ciclos, até que se atinja a uma solução satisfatória (veja Figura 9).
26
• Blick auf
Nutzungskontexte und
Design von
Artefakten für Akteure
entwerfen
„push“
nutzen
Entwicklung
evolutionärer
Methoden,
Modelle etc.
Nutzungskontexte
• Rückkopplungen
zwischen
Systemgestaltern
und Akteuren
• zyklische Projektphasen
• Kommunikations& Lernprozesse
Figura 9: A perspectiva evolucionária (processo-orientada) da técnica de
software
O approach construtivo parte geralmente de estruturas organizacionais complexas e
estáveis, que devem ser representadas e formalizadas através do sofware. Eles
querem retratar o estado de organizações e processos de negócios em software,
com o intuito de dedutivamente, poder refinar e formalizar partes cada vez
menores , de forma que possam formalizar cada vez mais a organização como um
todo. O suporte do ator individual não faz parte do foreground.
A perspectiva evolucionária (figura 9) ao contrário do anterior, procura entender
atores e suas ações dentro de seus contextos, e então através de técnicas de
informação apoiá-los. Com isto a estrutura do sistema, i.e. tentar retratar a
organização como um todo complexo não exerce papel importante. A retratação de
estruturas, que é tão valorizada em um approach construtivo, é para a perspectiva
evolucionária algo secundário. Ambos os approaches são exclusivamente
interessados em prover métodos de conhecimento aplicado. Todavia, eles tem
modelos diferentes para a tarefa do software em organizações.
O approach dos Sistemas de informação
Por tornar disponíveis para atores e organizações preocupações, modelos, métodos
ou software que lhes são comuns. A técnica de software e sistemas de informação
tem todavia diferentes ênfases. Enquanto a técnica de software fica centrada na
pesquisa de desenvolvimento de sistemas de informática, e a partir dali, em
ferramentas, métodos e procedimentos padrão, acima de tudo para a aplicação de
software em organizações. Com o sistema de informações a ênfase é, com a ajuda
de métodos, modelos, ferramentas e conceitos de informática, tornar disponíveis
sistemas de informações para as organizações. De forma mais simples: A técnica de
software opera dentro da ‘esfera de informática’. Os sistemas de informação, ao
contrário, utiliza-se dos resultados da informática e de fabricantes da área de TI,
para integrá-los aos seus conceitos de usos e métodos organizacionais ou
comerciais, ela tem seu campo de operação dentro do contexto de uso, acima de
tudo em organizações. O peso do ‘processamento de dados interno’, como foi a
27
princípio denominado pelos sistemas de informação, faz parte dos cursos de
administração: (veja figura 10). Ela se baseia no ‘pull-Handlungen’, para colher os
frutos da informática e da administração, e a partir daí levar para o campo das
aplicações.
Os Sistemas de informação incrementa os métodos e conceitos
organizacionais administrativos, e.g. nos processos de negócios, workflows ou
modelos de referência. Muitas vezes utiliza-se de modelos e metáforas, como
Business-Process-Engineering, Enterprise Resource Planning, Computer Integrated
Manufactoring etc., para a construção de modelos unambíguos. Para isto ela
procura a tecnologia adequada ou prega pelo seu desenvolvimento, ou desenvolve
um conceito de produto. No passado seu interesse esteve focado em alguns
produtos de software standard como o SAP R/3. Software padrão devem ser
instalados e adaptados com o mínimo de dificuldades, onde inevitavelmente e por
vezes propositalmente, levam a reorganizações ou mudanças fundamentais para a
• konstruktive Top-down-Sicht
• Streben nach “sinnhafter
Vollautomatisierung”
• Effizienz durch Standardsoftware
• unternehmensübergreifende
Prozesssicht
Systementwickler
Benutzer
Organisationen
Informatik
Uni Hamburg
“pull”
“push”
Wirtschaftsinformatik
“pull”
Betriebswirtschaftslehre
organização.
Figura 10: A perspectiva dos Sistemas de informação
Muitos Sistemas de informação entendem suas disciplinas como a ciência da
criação e introdução de sistemas de informação para administração baseados em
computadores de forma integrada (veja König 1995; Krcmar 2000).
Uma base importante é que a partir de procedimentos padrão de engenharia de
software que provém da técnica de software pode-se definir uma representação
das estruturas e processos de negócios de uma organização. A análise com bases
evolucionárias do desenvolvimento de software e para os sistemas de informação
algo secundário.
Livros texto sobre os sistemas de informação clássicos (veja por exemplo
Martens u.a. XXX) entendem-se como disciplinas criadoras, que favorecem um
organização totalmente automatizada de forma abrangente. Berndt u.a. criticam a
falta de um conceito teórico que que apóie o desenvolvimento flexível e dinâmico
de TI e organizações(XXX). Em detalhe:
Ação ou estrutura : O sistema de informação clássicorioriza a criação de
estruturas. Ela se utiliza dos meios disponíveis, que a informática proporciona.
28
Técnicas de informática são usadas principalmente para poder regular os processos
e o outflow de forma rápida e econômica.
A consideração de atores, suas interações e atividades concentra-se no apoio de
grupos de trabalho através de groupware.
Consenso ou conflito: A consideração de conflitos também se aplica ao sistema
de informação clássico. É enfatizado que os atores se subordinem à ‘lógica da
técnica’.
Ponto de vista do estado ou do processo: ela não retrata o processo de
desenvolvimento em organizações. Da mesma forma que uma geração de TI é
substituída pela seguinte, os estados também são perdidos, por força das
circunstâncias, para o seguinte.
Modelo: O modelo dos sistemas de informação é tido como ‘Sinnhaft’, no qual
para toda ‘etapa de automatização é aceita após um período de aprendizagem’. O
objetivo é a substituição do fator de produção humano pelo custo-efetivo
computador e software.
O fator humano é visto predominantemente não como uma força produtiva,
mas como um fator de custo que deve ser minimizado. Quanto mais pode ser
passado para um sistema computadorizado, tanto menos do caro fator de
produção humano precisa ser utilizado. O potencial criativo ou aspectos sociais são
são secundários.
"O controle da variabilidade na técnica de software e informática-aplicada”
A pergunta continua em aberto, qual dos pontos de vista da tecnologia de software
no qual os sistemas de informação também se baseiam é o mais apropriado. Quem
tem razão Naur ou Wirth?
A técnica de software evolucionária aponta para as ações de atores individuais,
seu contexto de uso e interações. Os aspectos estruturais da organização como um
todo ficam em segundo plano. Sistemas de informação e técnicas de software
construtivas, ao contrário, interessam-se primariamente pela estrutura da
organização como um todo. Com isto se assume que atribui ao indivíduo as suas
ações. O ator individual, ou usuário de parte do sistema são providos de uma
capacidade de adaptação. A visão evolucionária e a construtiva são até o momento
incompatíveis entre si.
Sistemas de informação e técnicas de software construtivas partem de uma
hierarquia de fins e meios: a direção define os objetivos top-down, os atores na
hierarquia trabalham as tarefas e os objetivos. Na base reside o modelo econômico
ideal de decisão racional dos atores. Correspondentemente o mundo social se
encontra basicamente em um estado natural de harmonia, eventuais desajustes
ocorrem, mas no ‘longo termo’ domina sempre a ordem.
Como dito no começo, Anthony Giddens com sua teoria estruturacional
mostrou um caminho, o do dualismo da atuação de atores de um lado e o das
estruturas do outro que se contrapõe. Apenas para lembar: para ele a figura central
é a dualidade entre ação e estrutura: ‘O caminho para frente, de modo a fechar as
diferenças ‘estrururais’ e ‘ação-orientada’ baseia-se em reconhecer que nós
ativamente criamos e modificamos as estruturas sociais com o correr de nossas
atividades diárias’ (Giddens, Anthony 1999, p. 614-618).
Estruturas são as circunstâncias instutucionais duradouras como regras ou
recursos com os quais os atores são confrontados, vivem, se locomovem dentro
dele e se distinguem dele. Existem dois tipos de influência da estrutura sobre as
atividades:
De um lado as estruturas limitam a possibilidade de atividade dos atores. De
outro lado, as estruturas possibilitam aos atores agir de forma competente. A este
duplo sentido Giddens chama de dualidade da ação e da estrutura: ‘Ações
acontecem dentro do meio das estruturas, é possibilitado e limitado através das
29
estruturas
(estruturação), e tem como resultado uma estrutura (formação
estrutural), que por sua vez o limita e o possibilita’ (Giddens 1988, p. 296).
A figura da dualidade da ação e da estrutura de Gidden é útil para reconciliar a
concorrência que se dá ao approach evolucionário e a técnica de software
construtiva de acordo com um divisão de trabalho significativa.
Em cada organização se encontram ambos os lados: a relativamente estável
organização estrutural e a ação flexível ou contexto de uso, no qual atores não
agem de forma planejada. Previnir isto seria contraprodutivo para a organização.
A partir desta diferença pode-se explicar porque mesmo com a concorrência entre
o approach construtivo e o evolucionário da técnica de software ainda é possível
uma divisão de trabalho construtiva.
O approach construtivo e o sistema de informação baseiam-se na visão top-down da
organisação geral. Sob esta visão o que parece ser mais vantajoso é a estrutura
estável da organização. Ela deve ser eficientemente organisada juntamente com o
conceito de fases da engenharia de software o que geralmente significa que deve
ser automatizada. Com a perspectiva evolucionária, ao contrário, o que se procura é a
a aceitação da insegurança da ação dos atores em um contexto de uso e ações
flexíveis em situações não planejáveis que sejam apoiados através de software,
geralmente com a cooperação do usuário. Seu campo é então a ‘lacuna formal’. Não
se presta atenção à estrutura do sistema ou a sua complexa organisação geral. O
construtivo top-down-approach da técnica de software usa-se da biografia de
operações desenvolvida e das estruturas de uma organização. Ela se interessa pela
regulamentaçãoe recursos e tem por meta, a partir disto estabelecer uma eficiente
arquitetura geral da organização apoiada por software.
O approach construtivo é apropriado para as características da estrutura,
enquanto seja explicitamente claro que esta ação é apensa um lado da medalha. Ao
lado da estabilidade existe também uma incerteza para a organização, e a
necessidade confrontar a competição através de inovação. Este desafio pode ser
balanceado através da ação flexível dos atores. O approach evolucionário se
estabelece de forma racional através de seus atores e ações, que são confrontados
com insegurança e a identificação de potenciais de sucesso. Estes vão ser ao menos
apoiados com os recursos de software apropriados, o que só é possível quando o
seu contexto de uso é entendido. Ele completa a lacuna formal que o approach
construtivo deixou aberto.
Podes-se falar também de uma dualidade de evolução e construção:
desenvolvimento e inovação são possíveis apenas em um ambiente estável. E
porque as organizações tem um interesse em inovações, mudança, ações flexíveis e
reação através de atores, ela precisa ter um interesse amplo no potencial de ações
apoiados por software.
Com isto perguntamo-nos novamente uma pergunta importante da técnica de
software e sistemas de informação: Não se trata mais de um approach construtivo
ou evolucionário, mas sim sobre onde termina o reino da construção e onde
começa o campo da evolução no desenvolvimento de software. Trata-se de um
feedback com perspectiva do pontos de vista da construtividade top-down e
evolucionário.
30
Kai Zuse e a Sociedade de
informação
Kai Zuse tem que se acostumar a dois
novos slogans: sociedade de informação
e administração de conhecimento. A
mídia fala sobre o assunto, os políticos
fizeram disto um tema. Eles querem a
sociedade de informação, acima de tudo
através da educação disponibilização de
pontos de acesso para todos. Muitas
firmas se perguntam sobre elas podem
melhorar
o conhecimento de seus
empregados através da administração de
conhecimento
Kai Zuse quer se lembrar, que até há
pouco a discussão foi sempre a respeito
da sociedade de informação. Por acaso
seria a sociedade de conhecimento
alguma coisa diferente? De qualquer
forma, a partir de agora o conhecimento
e a educação tem prioridade máxima.
Seu avô sempre havia dito que ‘saber é
poder’. A esperança dos políticos e
empresários e chegar ao topo de
eficiência com muitos novos produtos e
serviços. Com os quais eles possam se
expandir na competição internacional e
gerar crescimento. Dentro desta lógica
também são criados empregos para
tarefas simples tarefas cotidianas.
Kai Zuse esta satisfeito que neste
semestre um professor ofereceu um
projeto de seminário com o tema de
administração de conhecimento ‘Como
pode uma empresa aproveitar ao
máximo e administrar o conhecimento de
seus empregados através do computador
e da internet?’ De acordo com o motto
‘Se a Siemens soubesse o que ela sabe’.
É fácil de ver que tranparência é um
grande
ganho
para
a
firma,
especialmente ganho de tempo: Os
engenheiros ainda gastam um terço de
seu tempo à procura de informação. A
princípio o tema do seminário parecia ser
bem fácil e a solução bem próxima. Tudo
que até hoje era guardado em brochuras,
cartões ou registros vai ser no futuro
guardado em banco de dados. Isto vai
ser incrementado com o nome e funções
de todos os trabalhadores , com seus
know-how especial. Todos que tenham
um computador sobre a sua mesa e
acesso vão poder acessar estas ‘páginas
amarelas’ virtual.
O professor chama rapidamente a
atenção para o fato de que boa parte das
formas hoje tem seus segredos em
programas e bancos de dados e não em
cartões. No seu grupo de trabalho houve
discussões calorosas sobre como
alguém pode melhorar estas informações
e torná-los disponíveis aos interessados
de forma sistemática. Os sistemas de
informação chamam isto de Data-Mining.
Mas Kai Zuse se pergunta, se seria isto o
que a sociedade de conhecimento tem
por modelo e com o qual uma companhia
internacional pode se tornar competitiva?
Não estaria o conhecimento que faz a
diferença na cabeça das pessoas. Este
inconsciente que é implicitamente
chamado de conhecimento – novo
alemão: ‘sticky information’ – ele não
pode ser formalizado e armazenado em
um banco de dados. Ele não pode ser
tomado e manipulado rapidamente. Com
isto os computadore e a internet não
podem trabalhar! Kai pensa no seu grupo
de trabalho. Eles conseguiram algo,
porque eles trabalharam juntos e usaram
‘arquivos de conhecimento’ como
revistas especializadas. O conhecimento
na cabeça foi através de conversas
informais ‘elevado’, alcançou a superfície,
passou para o consciente e tornou-se em
conhecimento explicito. Eles resolveram
alguma coisa porque eles trabalharam
juntos
e
utilizaram
‘arquivos -deconhecimento’
como
revistas
especializadas. O conhecimento foi
incutido nas cabeças em conversas
casuais, explicitado e integrado {a nossa
consci“encia. E a partir daí gerando novo
conhecimento.
Desenvolvimento
de
conhecimento também tem muito a ver
com comunicação. E podem ser
apoiados de forma efetiva pelo
computador e pela internet. Pois agora
pode-se
muito
mais
do
que
simplesmente
ter
acesso
ao
conhecimento armazenado em bancos
de dados. Pessoas que vivem distantes
umas das outras tem a possibilidade,
através da internet de cooperarem e
juntas desenvolverem um tema. O Prof.
diz que este tipo de aprendizado e
trabalho conjunto já tem um nome:
‘Communities -of-practice’.
Aparentemente isto vai se tornar um
importante princípio organizacional. Em
várias empresas já existem dessas
‘Internet-Communities’. Kai acrequita que
a internet pode com certeza estimular
este tipo de desenvolvimento. Até o
aprendizado na universidade e nas
escolas pode mudar consideravelmente
em consequência disto. Por outro lado,
Kai acha que a idéia de que
conhecimento transmitido através de
comunicação não é algo tão novo e se
este tema seria mais algo para a alçada
de pedagogos e que para eles esta
discussão que gira agora em torno da
economia, sistemas de informação e
31
prática
32
empresarial
são
velhos
conhecidos.
3. A macro-perspectiva: O processo
construção na sociedade global
de
destruição
e
Existem dois temas que são de interesse da macro-perspectiva:
•
•
3.1
Como funciona de fato o desenvolvimento técnico ou os avanços científicos e
quais são os pré-requisitos para que inovações sejam criadas? Existem várias
opiniões divergentes sobre o tema, algumas delas serão aqui discutidas, que
serão abordadas no modelo de ‘feedback estrutural’.
O outro tema é sobre a integração de software, atores, organizações e sistemas
de informação: de um lado temos os valores, cultura específica, valor
econômico, regras, leis e tradições, bem como regras institucionais e a
influência da sociedade sobre atores, organizações e os processos de
desenvolvimento e uso de técnicas de informação. De outro os processos de
inovação provocam tensões e acomodações, e.g. através de novos requisitos de
qualificação no sistema educacional. Entre as perspectivas micro, meso e macro
existe uma relação íntima: alguns desenvolvimentos crescem ‘para cima’
(bottom-up), outros crescem, geralmente através de esforço ‘para baixo’ (topdown).
Inovações e desenvolvimento técnico
Associação estrutural de sistemas de informação e organizações
Nós tomaremos a seguir a relação entre os sistemas de informação de informação e
as organizações que os usam de uma forma geral, sem perder de vista os atores
individuais ou as influências sociais. Ambos os sistemas se desenvolvem a partir
de várias opções de ação. Desta forma os sistemas de informação, com suas arenas
– pesquisa de informática e fabricantes de TI – oferecem às organizações uma
variedade de novos modelos, métodos e produtos: estes são os potenciais para
organizações. Ainda assim as organizações tem dificuldades em manter-se
atualizadas com as várias novas possibilidades técnicas. Eles procuram atender
suas necessidades ou contexto especial através da observação permanente das
mudanças que ocorrem, e.g. através da visita a feiras, leitura de revistas
especializadas, frequentemente também através do suporte de consultorias e
desenvolvedoras de software.
Organizações, ao contrário dão sinais constantes sob a forma de questionários,
demandas e requisições aos fabricantes, desenvolvedores e cientistas de
informática. Os atores de sistemsa de informática também observam
constantemente para poderem explorar os novos potenciais . A seleção de ambos
os sistemas não acontece de forma necessariamente lógica, mas até um certo ponto
aleatoreamente e a se diferencia a partir de um determinado contexto de uso. Sem
o conhecer o sistema é impossível fazer predições sobre quais as escolhas ou
associações que vão ocorrer e quais não vão ocorrer (veja Figura 7).
33
Globale Gesellschaft
Institutionen
Werte &
Leitbilder
Regelungen
Arena Anwendungen
Organisationen
De- & Re-Kontextualisierung
Nutzungskontexte
Akteure &
Arenen
Arena InformatikForschung & ITHersteller
MakroPerspektive
MesoPerspektive
Informatiksystem
Informatische
Modellierung
MikroPerspektive
Informatiksystem
Figura 7: A macro-perspectiva
Inovações são um feedback. Esta idéia tem que ficar clara: inovações e
desenvolvimentos técnicos são um fenômeno social, técnico e econômico.
Inovações não podem ser explicadas apenas com o ‘empura -empurra’ entre os
sistemas de informações e e organizações. São processos dinâmicos, recursivos
que descrevem a ‘espiral da inovação’. Esta espiral é o meio de cultura para novas
perguntas e desenvolvimentos. Ela é o a força motriz e decisória para os rumos de
desenvolvimento da informática, a partir do qual modelos inovadores, métodos e
opções de criação da informática e dos produtos de TI são gerados.
Gerações de cientistas sociais tentaram explicar de forma plausível o
desenvolvimento técnico e inovações. Hoje existe o consenso de que o
desenvolvimento de técnicas e inovações é um infindável e variado processo de
ganhos discretos de conhecimento e modificação. Apenas as grandes novidades
emergem ao público e raramente o aperfeiçoamento de uma técnica existente.
Tecnologias não cobrem de forma geral, mas frequentemente apenas os
processos de aperfeiçoamento quando ligados a interesses econômicos das
organizações. Uma tecnologia que não se vende são apenas raramente
aperfeiçoadas pelos desenvolvedores de TI . O pesquisador de informática que
trabalha sozinho em sua sala também se tornou raro nas universidades. Ele
também precisa de verbas para a pesquisa, que a princípio, pelo menos no médioprazo tem que mostrar alguma rentabilidade. A marketização parece ser o
princípio que controla tudo. Discutiremos porteriormente sobre o desenvolvimento
Open-Source que não se enquadra neste modelo.
34
Figura 8: Desenvolvimento da inovação como feedback estrutural de
dois sistemas
A dinâmica da espiral de inovação, o ritmo das inovações depende de vários
fatores, e.g. a competitividade do mercado, a infra-estrutura de pesquisa e a
existência de um ambiente inovador. Informática e desenvolvedores de TI fazem a
oferta, os atores em organizações ou empresas escolhem as ofertas de TI e as
implementam. Se um sistema de informática se sobressai, isto depende se os atores
aceitam, compram e operam o sistema, mas também da atividade de marketing e
do poder de marketing do desenvolvedor.
Ao contrário, informátas e
desenvolvedores de TI desenvolvem e oferecem conceitos e potenciais de uso
melhorados sob a forma de uma nova versão ou produto. Eles observam as
necessidades de organizações e atuam através de estruturas organizacionais
existentes e bem como do nível da técnica disponível.
Avanços técnicos significam uma melhora nos processos de produção e serviço
queira com os produtos existentes bem como o desenvolvimento e introdução de
novos produtos e serviços. É necessário diferenciar inovação de processos de
inovação de produtos. Por inovação de processos entende-se uma novidade tanto
técnica quanto social, e.g. uma melhora na gestão organizacional. Via de regra
associada a uma melhora na produtividade.
35
Teoria de Kondratieff de ondas longas
Nikolai D. Kondratieff (1892–1938) foi professor de economia em Moscou. Ele
desenvolveu a ‘Teoria de Ondas Longas’. Uma onda dura entre 40 e 60 anos. Ela
começa com uma inovação básica e parte de uma mudança fundamental na
estrutura econômica e a reestruturação da sociedade a partir dela. Kondratieff
baseia sua teoria na comparação de dados esparsos. Ele teve a disposição as
estatísticas das economias dos alemães, ingleses, franceses e americanos.
Kondratieff 1926: ‘apesar do trabalho estatístico matemático do tema escolhido ser
tão complicado, não se pode achar que os ciclos encontrados são um resultado
casual dos métodos utilizados. Um argumento a favor seria o fato de que esta onda
representa basicamente o mesmo período em todas as pesquisas realizadas.’
‘Renascimento de Kontradieff’ por Nefiodow
Provavelmente Kondratieff seria uma nota de rodapé da economia se não houvesse
sido por Leo A. Nefiodow, colaborador do centro de pesquisa de informação
técnica – GMD em St. Augustin próximo a Bonn. Ele publica em 1996 um livro ‘O
sexto Kondratieff. Caminhos para a produtividade e emprego total na era da
informação’. Seu credo: ‚No próximo, que será o sexto ciclo de Kondratieff, haverá
uma necessidade social voltada para a saúde em um primeiro plano. Isto não será
apenas saúde do corpo, como se entende, mas em um sentido holístico: uma saúde
da alma, ecológica e social.’
Technology Push ou Demand Pull?
Technology Push: acima de tudo no mercado estabelecido e em conjunto com
produtos conhecidos. Apenas desvios insignificantes da prática atual com
pequeno grau de novidades.
Demand Pull: rapidamente aceito pelo mercado (caso não seja necessário um
desenvolvimento de atividade de mercado extensivo). Tem um risco maior que em
Technology Push. Demanda mais da direção e da competência organizacional.
Dirigido pelas mudanças das necessidades do consumidor. Para saber mais veja
também ‘O ponto de vista dos corredores de construção nos sistemas de
informação’ (Rolf 1998, p. 6f).
Inovação através de ferramentas, „Auswilderung von Rohlingen“, Open
Source e milieu de inovações
O desenvolvimento de inovações ganhou uma nova dimenção com a disseminação
de PCs, software e a sua ligação através da Web.
O desenvolvimento de TI encontra-se agora como antes conectado aos centros
de pesquisa e desenvolvimento de empreas ou universidades, mas também de
forma não planejada como nos milieu de inovação.
Os computadores pessoais se tornaram nas mãos de muitos usuários em uma
ferramenta: o chamado ambiente de desenvolvimento, ferramentas de software
adicionais ou ofertas de software são entendidos como caixa de ferramentas, com
os quais se pode experimentar. Falhas e déficits são descobertos, novos aplicativos
e expansões mais confortáveis são criados ou algo totalmente novo pode ser feito.
Ocasionalmente os produtos de fabricantes são concebidos como ‘Rohlinge zum
Auswildern’. Isto economiza o custo da oferta e criatividade bem como acelera a
difusão, que com o passar do tempo evolvem firma comerciais. Através da internet
é fácil oferecer um produto para uma grande comunidade de usuários. A
distribuição rápida mundial não é mais um gargalo. A realidade mostra que no
meio tempo uma multidão de associações se montou, e juntos impulsionam um
projetos mundiais de desenvolvimento técnico, o então chamado desenvolvimento
Open-Source, como o Linux. Neste modelo são postos em dúvida as condiçoes de
uso da economia clássica.
36
Figura 9: Desenvolvimento de inovação através do milieu de inovação,
Auswilderung da técnica de informação e Open-Source
Aparentemente uma cabeça clara e curiosa – os produtos de técnica de informática
e infraestrutura facilitam isto – tem um papel bem maior no desenvolvimento de
inovação do que os livros-text descrevem. Atualmente, inovação tecnológica não é
mais um fato isolado. Geralmente acontecem em redes, que estão voltadas ao
desenvolvimento de novos conhecimentos, produtos e processos. Eles produzem
um efeito sinergético (veja Castells 2001, p. 445):
Inovação ‘é o termo para um certo nível de conhecimento, um certo tipo de
ambiente institucional e industrial, uma certa disponibilidade de habilidades, a
definição e solução de um problema técnico, uma mentalidade econômica,
aplicação de aplicativos lucrativos e uma rede de produtores e usuários que podem
trocar sua experiência acumulada uns cons os outros e que aprendem através do
uso e modificação’ (Castells 2001, p. 39).
Geralmente esta forma de desenvolvimento de inovação não é comercialmente
motivada. Normalmente são hackers e talentos técnicos que melhoram ou
complementam um software existente pela motivação ou reputação que advém
disto. Este tipo de uso é bem difundido no cenário Open -Source.
Uma motivação mais comercial é encontrada nos milieu de inovação. Onde
existe uma concentração de hackers e iluminados, primeiramente na Califórnia,
existem os milieu de inovação. Ele se funda em pequenas empresas. No Vale do
Silício frutificam-se mutuamente através de troca de empregos e novas subsidiárias.
As inovações da técnica de informação tem então em marcha uma espiral que leva
ao desenvolvimento e fortalecimento de milieus de informação. Este processo de
tentativa e erro precisa de que uma concentração espacial de instalações de
pesquisa, universidades e redes de negócio. Este modelo foi, em maior ou menor
grau copiado com sucesso em vários outros lugares.
Os milieus de inovação são essencialmente melting-pots de inovação na era da
informação. Mas isto é apenas um laod da história. O outro lado que tem que ser
introduzido, se constitui de dinheiro governamental investido em programas de
governo estatais, que tanto dos EUA quanto na UE financiou várias universidades
e firmas. Eles foram os iniciadores da revolução e difusão da tecnologia de
informação. Castells acredita que este desenvolvimento das ‘firmas-de-garagem’
poderia ter tido um caráter diferente, menos decentralizado, com aplicativos
tecnicamente flexíveis. ‘O sangue da noava tecnologia de informação é o estado em
que chegamos através da troca entre os grances centros de pesquisa e o grande
mercado estatal de um lado e por outro lado a criativa cultura tecnológica e o
desejo de sucesso rápido que foi por ela estimulada’ (Castells 2001, p. 75).
37
A diagrama do desenvolvimento técnico
Se levarmos em consideração os efeitos da mudança ou o movimento espiral entre
organizações, sistemas de informação, milieus de informação e hackers dentro de
um contexto temporal, então a gente tem a diagrama do desenvolvimento técnico. Ela
tem em vista os estados de desenvolvimento individuais em um contexto histórico
do uso da tecnologia de informação. De forma que pode-se documentar o
desenvolvimento da inovação de forma geral, bem como para as organizações de
forma individual. Ele pode nos ‘contar’ sobre o surgimento de organizações e
modelos técnicos, bem como sobre os ganhadores, perdedores e conflitos que
ocorreram com o passar do tempo; com o diagrama do desenvolvimento técnico
aparecem ‘ações dos vencedores que se tornaram estruturas’. Ao mesmo tempo pode-se
olhar para o perdedor e ver na derrota informações importantes que podem ser
utilizadas para inovações futuras. Nos diagramas de desenvolvimento se refletem
repetidamente as organizações, os modelos, métodos, produtos e ferramentas de
informática que se estabeleceram no mercado.
A metáfora do ‚caminho’ insinua que não está se lidando com algo limitado,
que através das forças das circunstâncias é determinístico como um ‘corredor de
construção’. Isto é muito mais uma ramificação de alternativas e opções que são
possíveis. Determinismo técnico é apenas um dos fatores. A técnica atual é o
resultado das ações humanas no passado, que serviram de estrutura e base para
novos desenvolvimentos tecnicos. Os atores movem-se através de suas ações em
estruturas, que se tornaram um caminho do uso da técnica. Os atores
experimentam e ampliam suas ações que através deste caminho determinam um
campo de ação (Giddens 1999, p. 614). Até aqui é possível utilizar a ‘teoria
estruturacional’ de Giddens.
3.2
„Embedded Systems in Society“
Organizações, sistemas de informação, milieus de inovação, entre outros são um
‘ambiente social’ com valores, uma cultura específica, com valores econômicos e
jurídicos, tradições, um sistema educacional e econômico e muitas outras coisas
incorporadas. Todos tem infuenciam e se deixam influenciar, consciente ou
inconscientemente , o desenvolvimento e o uso da técnica de informação. Em todas
as sociedades, institui-se no corre do tempo uma variedade de regras, que dirigem
e controlam a convivência. Eles são também capazes de dirigir, acelerar ou freiar
as inovações da técnica de informação (veja Figura 10).
38
Werte/Leitbilder
Regulierungen § § §
Lebenswelt
Kultur
Institutionen
Akteure
AnwendungsAnwendungsfelder:
Anwendungsfelder:
Unternehmen,
felder:
Unternehmen,
Organisation,
Unternehmen,
Organisation,
Alltag
Organisationen
etc.
Organisation,
Alltag etc.
Alltag etc.
Technik,
Technik,
IT/Informatik
,
IT/Informatik
Softwaretechnik
Softwaretechnik
Akteure
Governance
“Membran”
Figura 10: „Embedded Systems in Society“
Habermas e Luhmann: A influência da sociedade
Metaforicamente falando, os sistemas de informação e organizações são envoltos
por uma membrana, que está integrado à sociedade. Os sistemas de informação são
neste sentido ‘Embedded systems in Society’. Uma membrana é conhecido por ser
porosa em ambos os sentidos: De um lado eles tomam valores, regras institucionais
da sociedade, influência sobre as organizações e os processos de desenvolvimento
e uso da técnica de informação. De outro lado eles introduzem tensões sociais e
ajustamentos, e.g. através de novas demandas na qualificação e no sistema de
educação. São criados novos empregos, bem como outros são cortados.
Existe uma pergunta central nas ciências sociais, sobre em qual dos lados a
membrana é mais porosa e em que direção as forças são mais fortes. Os dois
representantes de maior expressão de ambos os discursos são Jürgen Habermas e
Niklas Luhmann.
O ponto de vista de JÜRGEN HABERMAS: ele é interpretado da seguinte forma,
as organizações e sistemas de informação são sistemas racionais, que estão
integrados em um ambiente social, definido como Lebenswelt. No Lebenswelt são
discutidos as normas, entendimentos e consentimentos. A ligação entre sistema e
Lebenswelt permite o fenômeno social e o processo dual, de um lado ações
racionais e do outro o Lebenswelt. Sistemas são zonas sociais, no qual predominam
as ações racionais.
Segundo Habermas as ações racionais partem do príncipio que ‘o ator é
orientado em primeira linha compelido a atingir um objetivo de forma adequada,
através de meios que dentro das circunstâncias lhe pareçam adequados e a calcular
outras ações complementares previsíveis que são condições acessórias para o
sucesso. O sucesso é definido como a obtenção de um resultado desejado, que é
obtido através de ações orientadas ou omissões causais. Os efeitos das ações que
entram em vigor deteminam-se através do resultado das ações (pelo tempo que
tais ações estão em vigor), ações consecutivas (que o ator já havia previsto e já
39
havia planejado uma ação) e consequências (que o ator não havia previsto)’
(Habermas, 1988, p. 384f.).
Para Habermas, a força do sistema racional se torna mais forte que a do
Lebenswelt, com o passar do tempo: ‘... o imperativo da independência dos
subsistemas forçam... de fora em direção ao Lebenswelt – como senhores coloniais
em uma sociedade tribal – compelindo a uma assimilação’ (Habermas 1981, Bd. II,
p. 522). A racionalização positiva do Lebenswelt que acontece posteriormente,
devido a diferenciação do sistema, atua novamente sobre o Lebenswelt: ‘... O
Lebenswelt racionalizado permite a criação e o crescimento de subsistemas, cujo
imperativo de independência atua de forma destrutiva sobre si próprio’
(Habermas 1981,Bd.II.p.277).
Agora diferencia Habermas entre as ações racionais e comunicativas. Os
homens não aprendem apenas habilidades, que lhes permitem agir de forma
racional, mas que se incorporam em seu consciente através da palavra , valores e
normas: ‘O Lebenswelt constitui-se de habilidades individuais sobre como se
resolve uma situação, e da prática social, com o qual pode-se confiar em uma
situação, tanto quanto no senso comum’ (Habermas 1989, p. 593). Apenas com o
background do Lebenswelt é possível o entendimento do homem, que incorpora o
conhecimento da Lebenswelt na linguagem. Através da linguagem formam-se
estruturas sociais, que contém, para o funcionamento de uma sociedade, os
parâmetros como hábitos, herança cultural, princípios morais e habilidades
técnicas. O meio da ação comunicativa é a língua.
O ponto de vista de NIKLAS LUHMANN: a argumentação de Luhmanns
mostra as sociedades modernas através de diferenciações funcionais, i.e. as
sociedades tiveram organizadas no correr de seu desenvolvimento suas principais
funções em sub-sistemas altamente especializados. A estes sub-sistemmas
pertencem também as organizações e sistemas de informática com seus centros de
pesquisa, expertise técinico e milieus de inovação. Sociedades seriam então a soma
dos múltiplos sub-sistemas, que possuem cada qual uma identidade específica:
‘Cada sistema-função orienta-se ... em sua própria construção da realidade’
(Luhmann 1988, p. 346). De acordo com Luhmann os sub-sistemas e em certo grau
as organizações e sistemas de informática tem um enorme poder sobre a sociedade:
eles pegam pra si o que eles precisam da sociedade.
No caso ideal os discursos sobre o desenvolvimento técnico desejável de uma
sociedade ocorrem antes do seu respectivo desenvolvimento técnico. Estas
discussões devem, caso necessário, ser acompanhadas de uma regulamentação.
Apesar das diferenças gerais entre Habermas e Luhmann, eles tem em comum a
apreciação de que em ambos os sistemas de organização e nas demandas de
informática ao fim exercem um controle sobre a sociedade e o sistema político.
Desta forma eles exercem uma grande influência no desenvolvimento normativo e
cultural da sociedade.
Economia institucional versus teoria neoliberal
Isto tudo contradiz a teoria neoliberal. Pois ela considera sozinha, como oferta e
demanda interagem no mercado e leva a um balanço de preços. Nesta construção
de um mercado perfeito, os atores agem exclusivamente de forma racional, o
Homo oeconomicus trabalha todos os dados imediatamente e sem trabalho. E
quando ele não o faz, então deve-se atuar rapidamente, para que isto seja mudado
de acordo. O papel da justiça não tem influência, são tradições culturais, valores e
modelos. Segurança legal é muito valorizada em uma economia de mercado
funcional. Sua existência cria primeiramente as bases para troca relevante em uma
economia de mercado.
No momento existe nas ciências econômicas uma corrente relevante, que se
baseia no significado das instituições, comportamento e tradições, etc que é
centralizado em uma economia. Os sistemas institucionais ou novos instituos
40
econoômicos abalam o ponto de vista neo-liberal, por afirmar que somente a oferta e
procura, privatização, desregularização para a produção de afluência econômica
são necessários. Normalmente o termo instituição é rapidamente associado a
burocracia e órgãos públicos. Differentemente é a interpretação de instituições
economicas. Por este termo se entendem todas as regras e arranjos que tem
influência sobre as ações humanas: leis, prescrições, tradições, normas sociais,
mentalidade.
Com o sistema de instituições ou economia ficam possível assegurar
cientificamente o nível macro (integração da economia e sociedade) com o nível
micro (administração e técnica de software em um contexto de uso) e a nível meso
(atores e arenas, açoes e estruturas). Não é mais preciso justificar porque não se
pode conciliar o ponto de vista neoliberal da visão do homo oeconomicus racional.
3.3
A cooperação entre economia global e informatização
Já não basta apenas pensar na sociedade com suas instituições, regulamentações
ou tradições culturais dentro de uma perspectiva nacional, pois com a globalização
a complexidade da macro-perspectiva aumentou consideravelmente.
As vias da globalização econômica
Castells fala de duas tendências gerais que ocorrem atualmente no processo de
transformação da economia global. Juntas, estas tendências nos permitem
reconhecer a seguinte fase histórica: Primeiro as tecnologias de comunicação e
informação: tecnologia é ‘apesar de não ser a causa da transformação, ela é de fato
o meio inevitável dela. De fato ela é o que é feito da novidade histórica desta
transformação multidimensional. Segundo , todos os processos (de transformação)
são invocados através de formas organizacionais, que evolvem em redes ou, pra
ser mais preciso em redes de informação’ (Castells 2001, p. 431). Atraés da
associação com o modelo economico dominante do cenário mundial, que se
expressa na desregularização, liberalização e privatização, dissolveram-se as
barreiras, com a ajuda da informatização dos países industriais, para o fluxo
mundial de bens, trabalho e capital. Organizações tem que atuar em um ambiente
volátil de atores e arenas, com grande grau de difusão de tecnologia de informação
e competição liberalizada e desregularizada em um campo de ação cada vez mais
global. A tecnologia é para eles um potencial e uma chance. Ao mesmo tempo é
também uma ameaça, que queira ou não precisa ser utilizada pra que não se torne
dependente em um ambiente de competição global. O que acontece é um processo
de destruição e reconstrução em escala global.
Inserção da transparência „Mapa da globalização
econômica”
Keynes e a economia de mercado social
A história do avanço industrial é marcado pela automatização dos processos
industriais, no qual o curso da força de trabalho humano é apoiado e substituído
por máquinas. Com isto o aumento da produtividade, que proporcionou a
produção em massa por preços baixos, afluência social e crescimento econômico,
foi o seu aspecto positivo. De fato a reorganização da forma de trabalho e
processos de produção tem seu lado sombrio. Com a racionalização alguns campos
de trabalho antigo foram substituídos, seus trabalhadores tiveram que se reorientar.
41
Em especial a República Federal Alemã conseguiu, depois de 1945, compensar
em parte os efeitos sociais indesejáveis do avanço técnico-econômico através do
modelo de mercado social. Seu cerne foi uma política econômica orientada na
demanda, que pode ser traçada de volta ao economista inglês JOHN MAYNARD
KEYNES e que tem influenciado as bases da economia política dos países
ocidentais desde a época da Segunda Grande Guerra. O Keinesianismo se baseia
no fato de que os problemas de ocupação se devem a escassez de demanda do
mercado. A política tem então a tarefa de aumentar a demanda, através de obras
públicas bem como instrumentos finaceiros, dinheiro, instrumentos fiscais. A
instabilidade dos mercados captalistas devem ser compensados através de
condições gerais definidas por leis, no qual o dinheiro que não é investido pelas
empresas deve ser retornado ao circuito econômico e um perfil de ocupação estável
é garantido.
Durante a transição do milênio, praticamente todos os países industriais foram
atingidos por uma recessão econômica, cuja abrangência ainda não pode ser
apreciada. O desemprego estrutural aumentou e a divisão social entre pobres e
ricos se tornou maior, não apenas no mundo como também internamente dentro
das nações desenvolvidas. Muitos países pobres experimentaram nos últimos anos
um colapso econômico. Um de seus ápices ocorreu com a crise asiática do final dos
anos 90, que atingiu vários estados no Pacífico e significou desastre econômico e
social pra eles.
O motivo para tudo isto está no entrelaçamento de várias tendências, que se
reforçaram em uma mistura volátil e que recentemente a nível global se
estabeleceu sob várias formas organizacionais. Estas tendências vão ser esboçadas
a seguir.
A primazia do Mercado – ou: „A vitória dos Chicago-Boys“
O caminho vitorioso da economia de mercado, foi liderada nas últimas quatro
décadas pro alguns professores de economia sob liderança de MILTON
FRIEDMANNS de Chicago. Os então chamados ‘Chicago-Boys’ se baseiam no
clássico da economia: ADAM SMITSH e DAVID RICARDO, e por isto são também
frequentemente chamados de neo-clássicos ou neo-liberais. Esta escola fornece as
bases teóricas para a ordenação dos estados sob o imperativo de uma economia de
mercado global. Sua tese altamente controversa, que prega sem um QUANDO ou
MAS defende veementemente e domina os adversários: Empresas que se orientam
apenas à maximixação de ganho, servem ao mesmo tempo para o bem-comum. E
direção totalmente direcionada ao mercado e total liberdade de ação por si sós são
os mecanismos de coordenação mais eficientes, tanto para um estado quanto para
o mercado global. O estado tem que se manter de fora. A abertura neoliberal foi
apenas possível porque os chefes de estado conservadores dos EUA e Inglaterra,
Reagan e Tatcher, fizeram destes conceitos prioridade em seus países.
Os economistas teóricos neo-liberais demandam uma série de medidas, através
dos quais o papel do estado é reduzido a um mínimo e a economia ganha o maior
espaço de ação possível. Através da de-regulamentação se atinge as ‘amarras
econômicas das forças de mercado’ , que de forma concreta significa a eliminção de
regras legais que regulam os padrões sociais do mercado de trabalho. Além disso, é
necessária a privatização de setores estatais, que foi garantida através do
financiamento público da infraestrutura básica de forma independente do mercado.
Como exemplo temos telecomunicações, correios e distribuição de energia, mas
também infra-estrutura de tráfego ou hospitais. O objetivo final é uma liberalização
do mercado, com livre fluxo de dinheiro e bens, que se auto-regulam e levam ao
emprego total e ao bem comum. Para os seguidores da liberalização, a privatização
das empresas públicas, bem como a deregulamentação de todas as ‘amarras
econômicas das forças de mercado’ defrontam-se com perdas de recursos e
alocação, quando os mecanismos de mercado são destruidos. Porque eles se
42
baseam nos clássicos da economia ADAM SMITSH e DAVID RICARDO, eles são
atualmente chamados de neo-clássicos ou neo-liberais. Eles querem que as
medidas sociais, e.g. redistribuição baseado em conceidos de justiça sejam
abandonados e que ele seja exclusivamente coordenado pelo mercado, não apenas
em um economia, mas que tenha uma abrangência global. Os seus valores são (veja
Scherer 2003):
•
•
•
•
•
Uso eficiente dos meios de produção internos;
Demanda de avanços técnicos;
Prevenção de forças de mercado através de livre acesso de mercado;
Preços flexíveis para compensação entre oferta e demanda;
Melhor adaptação da oferta de bens.
No livre mercado com seus incentivos e sinais, eles vêem a ‚mão invisível’ (Adam
Smith), que ao mesmo tempo proporciona a alocação de recursos optimal, como
uma divisão econômica racional da renda, e está em posição de escolher entre o
melhor caminho para o desenvolvimento econômico. A perspectiva neoliberal
baseia-se em seu cerne na esperança de que através da abertura de mercado
através da competição, não devem ocorrer abusos (veja Scherer 2003, p. 68).
Esta teoria é brilhante, porque corresponde à natureza teórica, e o mundo político,
com sua complexidade, seus interesses, conflitos e brigas de poder ficam de fora.
Mais sobre isto depois. O cientista político ZÜNN descreve-o como a luta contra o
projeto social-democrata de mercado social que começou nos anos 80.
A primazia do mercado
A interpretação neoliberal encontra-se em simbiose com o livre -mercado, acima de
tudo com a ‘Teoria Comparativa de Divisão de Custos’ de DAVID RICARDO,
segundo a qual todos os países deveriam concentrar-se nos seus pontos fortes e
trocar estes recursos e habilidades no mercado mundial. O resultado seria uma
melhora para todos os países.
As consequências: todos os obstáculos ao comércio como aduanas, subvenções,
restrições de importação ou outras regulamentações que protegem o mercado
nacional são removidos. Isto é requerido pelos outros países. De acordo, o mantra
econômico atual é: desmontar as barreiras comerciais e o controle de capital,
privatisar antigos monopólios industriais como correios, tráfego, energia e
telecomunicações. O apoio vem de organizações internacionais como Banco
Mundial, Fundo Monetário Internacional (FMI), Organização Mundial de
Comércio (OMC) e a União Européia (UE).
A metáfora da globalização domina atualmente vários debates políticos. A
globalização significa a renúncia de soberania política dos estados nacionais e suas
legítimas instituições democráticas. Processos de entendimento democrático vem
cada vez mais sendo trocados por processos de troca mercantis. O teatro no qual as
atividades econômicas acontecem, não é mais incluído sob a influência política,
como era originalmente. Isto pode ser avaliado de forma positiva, quando se está
convencido que no final isto leva a uma melhoria da condição.
O filósofo alemão JÜRGEN HABERMAS interpreta esta simbiose do livrecomércio com o neo-iberalismo de forma negativa: ‘O estado que se junta ao
sistema econômico transnacional libera seus cidadãos para a segura liberdade
negativa de uma competição mundial e limita-se essencialmente em prover de
forma comercial a infra-estrutura, que parecem ser atrativos do ponto de vista da
rentabilidade e da atividade empresarial’ (Habermas 2000, p. 160).
Os problemas agora vivenciados são quase todos em estados industriais, como
os estados desenvolvidos pode ser interpretado como uma fase de transição, como
um ‘vale de lágrimas’ que deve ser atravessado, ‘um ato de destruição creativa’, até
43
que o imperativo econômico se imponha mundialmente sobre as ações estatais,
como notou HABERMAS.
Existe uma explicação plausível para o ‘Vale de Lágrimas’: a economia que até
agora atuava internacionalmente, com o qual os estados diferenciavam entre o
mercado interno e as relações internacionais, modificaram-se com o correr da
globalização em uma economia transnacional. Os governos eleitos não são mais os
nós que podem decidir sobre a estrutura e a regulamentação econômica das trocas
de seus estados. O processo de demolição de fronteiras sob a tutela da competição
transnacional limita a liberdade de ação dos governos nacionais para uma
compensação social: ‘Hoje os estados que estão integrados ao mercado, ao invés da
economia estar limitada por fronteiras de estado’ (Habermas 2000, p. 154).
Reunificação e a expansão da UE
Outra causa importante para a rejeição econômica que pode ser observada
agora se deve à unificação alemã ocorrida em 1989. Como se pode escutar
frequentemente, foi o momento mais bele, mas também o mais caro na história do
pós-guerra alemão: 4,5% do PIB alemão ou 83 bilhões de Euros vão todos os anos
para os novos estados, os quais 50% são transferências sociais.
Desde 1º de maio de 2004 os antigos membors do bloco comunista do leste são
membros da União Européia. De um lado isto significa o aumento potencial das
exportações alemãs, mas também o êxodo de postos de trabalho nos países de alto
para os de baixo custo. Além disto há também as transferências da UE para a
construção de uma infra-estrutura nestes países. Ao mesmo tempo atraem
empresas estrangeiras com suas baixas alíquotas tarifárias. Como resultado
encontra-se aqui, em espessial para os vizinhos da alemã um processo de
adaptação doloroso (veja fibura Xxx).
A diferença da globalização, no sentido de uma economia neo-liberal orientada
pela demanda está na visível propósito de não deixar as coisas serem dirijidas
exclusivamente por um mercado anônimo, mas ter em mente uma compensação
social através de regulamentação. Ao menos é isto o que se espera.
44
Mitos da Globalização
A teoria dos custos comparativos é uma teoria infeliz, além de qualquer força
política. Regulamentação é necessário. Por quê?
Um exemplo: siderurgia e construção naval foram tidos por longo tempo como
core-business alemão. Esta vantagem que durou por décadas e que estava
associado ao core-business migrou para outros países que no correr dos anos
também adquiriam estas competências, a um custo de produção menor. A
vantagem, por assim dizer, migrou. Várias indústrias no ocidente foram afetadas
por esta migração dinâmica (e.g. têxtil, agricultura).
A política nacional e internacional está diante de um processo de dificuldade de
adaptação com rejeição social e desemprego. Eles reagem a isto, em parte através
de boicotes, isolamento e subvenções para os produtos nacionais. O balanço do
ajuste em um processo tolerável é a tarefa da política e do governo, que tem que
defender os interesses nacionais e tem que se reeleger.
A realidade é, que as nações industriais poderosas, que até hoje tem se isolado
através de regulamentação, enquanto que, em especial nos países em
desenvolvimento, eles demandam por de-regulamentação, liberalização e
privatização. Os EUA são o melhor exemplo: eles aumentam as tarifas do aço e
produtos agrícolas, protegendo-se assim, da mesma forma que a UE, seus próprios
produtos através de subvenções. Tornando assim impossível, para os países em
desenvolvimento, ter uma vantagem de custo comparativa, e.g. seus produtos
agrícolas. Pelo contrário: Seus produtos não conseguem lugar nem nos seus
próprios países. A teoria dos custos comparativos é uma teoria de livro-texto.
Primazia do mercado versus primazia da política
Quando economistas compartilham um consenso, é a convicção de que o estado,
para o bem do mercado, deve se retrair dele. Infelizmente eles enquadram sempre
apenas os seus interesses particulares. Por isto sua forma de negociar, em qualquer
discussão econômica é sempre: mais privatização, mais de-regulamentação, mais
mercado e menos estado.
Provavelmente seja correta a premissa básica de que o mercado é mais eficiente
que a política e o estado. Uma sociedade democrática não pode, todavia se
organizar no ideal de máxima eficiência de um mercado livre de política. Estados
democráticos são providos de instituições e regulamentos, porque ao mesmo
tempo eles tem que tratar uma série de outros problemas: jurídicos, divisões
políticas, sociais, éticas, comunicativas e outras. Política é uma instituição
necessária da economia: ‘Apenas déspotas podem querer uma economia livre de
intervenção – pois isto significa que o cidadão não tem mais o direito de recorrer’
(Priddat, 2001, p. 21).
Economistas mercado-radicais vivem com seus métodos em isolamento. Eles
reduzem a complexidade social de forma inadmissível. Apenas desta forma
conseguem soluções para os problemas, que podem ser facilmente entendidos
pelas pessoas, mas que geralmente são também simples e superficiais. Eles não
podem explicar a pluralidade do mundo, apesar de acharem que podem. Um
grupo crescente de economistas, neste meio tempo, já percebeu isto e eles
demandam uma teoria econômica que leve em consideração de forma extensiva a
complexidade dos estilos de vida. As instituições econômicas aceitam estas critícas,
que vão ser discutidas com mais profundidade posteriormente (veja parte A III 3.2).
45
Globalização, Informatização e Redes
O que tudo isto tem a ver com informática e tecnologia de informática? Segundo
MANUEL CASTELLS, pode-se apenas falar de uma economia global, quando a
economia possui a capacidade de funcionar como uma unidade em uma esfera
global em tempo real. A economia mundial alcançou no final do século XX esta
capacidade através dos progressos da tecnologia de informação e comunicação
(veja Castells, p. 108).
O ‚projeto de computador’ que desde os anos 60 se espalhou pelo mundo
modificou as organizações de forma fundamental e hoje atinge os domicílios.
Trabalho e a vida social acontece desde o início do novo milênio dentro da infra estrutura digitalizada. Trabalho rotineiro é automatizado, computadores
controlam processos na produção e serviços, trabalho intelectual nas organizações
utilizam o computador como ferramenta e coordenam através da Internet de forma
mundial seus processos de trabalho. Cidades, estado e a sociedade – que os gregos
chamam de polis – funcionam em boa parte baseados na micro-eletrônica. Por isto a
metáfora MICROPÓLIS.
A base deste desenvolvimento se encontra no enorme incremento de
desempenho dos computadores, paralelo à dramática reduçao de custos, o
desenvolvimento de novos sistemas de software para qualquer aplicatico e
contexto de uso imagináveis, bem como a ligação em rede a nível mundial dos
computadores. Hoje a informatização significa a ligação em rede de postos de
trabalho, empresas, ramos, regiões e usuários privados. Milhões de computadores
e sofware são ligados através da internet em uma infra-estrutura de informação
mundial.
A informatização fez o desenvolvimento econômico dar um salto quântico.
Através deste infra-estrutura foi possível reduzir de forma drástica os custos de
trasações, e em especial aumentar o campo de atuação das multinacionais através
da expansão de suas atividades a nível global de forma não complicada.Ações e
sítios de produção podem ser controlados e dirigidos sem perda de tempo. Reações
flexíveis, como prorrogamentos, são possíveis a todo momento. Sistemas de
transporte computadorizados são a contraparte material da economia global.
Dois caminhos – o caminho do desenvolvimento de TI e o do uso da tecnologia
nas organizações – se desenvolveram dependentes um do outro, de forma que não
é fácil distinguir o joio do trigo. O que é claro é que certos desenvolvimentos de TI
permitem certos usos da tecnologia, com os quais objetivos econômicos distintos
podem ser atingidos. O processo continua e novos desenvolvimentos tecnológicos
levam a novas formas de uso, sem que o velho se torne obsoleto. Um exemplo: o
processamento em série (veja figura XXX) foi usado como um meio de
racionalização e trabalho. O desenvolvimento que se seguiu, transação de
processos expandiu seu potencial de uso: ela permitiu não apenas uma expansão
na racionalização, mas também na aplicação de tecnologia de informação como
tecnologia organizacional.
Como tecnologia organizacional o TI tem a função de integrar vertical e
horizontalmente uma organização. O ponto é a união de funções e a coordenação
da força de trabalho e recursos. Como a tomada das funções de coordenação, as
instruções e controle são mechanizados, coisa que originalmente era realizado por
atores humanos. Atualmente o que ocorre é o estabelecimento de tecnologias de
organização global: a organização individual é apenas um nó interconectado em
um modelo mundial de organização tecnológica. O diagrama de uso da tecnologia
em organizações e escritórios, de seu início até os dias de hoje vai ser discutido de
forma mais profunda na parte B.
O que ficou claro: a primazia do mercado global com a liberalização,
privatização e de-regulamentação da economia global de um lado e a
46
informatização de outro formam um par ideal, pois não apenas o tempo das
transações econômicas se reduziu drasticamente, mas também, acima de tudo
ajudou no breaktrhough da ‘ideologia do controle do mercado mundial’ (Beck: O
que é globalização? Ffm. Suhrkamp 1997, p. 26) . A ‘economia-just-in-time’ global
pode acontecer intependente de restrições de espaço e tempo. A transferência de
capitais mundial baseado em avaliações da situação nacional tomou conta de
governos.
‘O click de mouse de um banqueiro de investimentos em algum centro
financeiro do mundo pode ter mais consequências para a vida de uma pessoa do
que uma comunidade elegendo um parlamento democrático e legítimo’ (Scherer
2003, p.12). A economia neoliberal e sua primazia pelo mercado global apenas
pode atingir o nível atual através do avanço da informatização. A informática
funciona como um reforço à tendência econômica dominante.
Interconecção de organizações
O potencial de governos nacionais, de tomar decisões de forma autônoma, tem
se tornado mais fraco com o desenvolvimento da globalização através da
liberalização e da interconecção através da tecnologia de informação. Eles reagem
ao mercado sem fronteiras e ao fluxo de empregos e capital através do desmonte
de padrões sociais na esperança de que eles possam sobreviver internacionalmente
à competição. As separações entre ricos e pobres, entre assalariados e detentores de
capital se tornam cada vez maiores, devido ao processo paralelo de achatamento
das hierarquias.
O desafio para as organizações está em encontrar as formas organizacionais
adequadas, para poder dominar a tendência mundial de crescente dinâmica,
complexidade e aceleração. A tecnologia organizacional veste uma roupa nova,
para poder confrontar estes desafios. A rede, segundo CASTELLS, se torna o novo
modelo organizacional econômico e social. Parece que a economia interconectada
dos modelos de orientação das nações industrializadas é a marca de nossa época.
As redes se colocam entre a clássica forma de organização hierárquica de um
laod e o mercado, que sozinho regula a competição de outro. A estimativa de
teóricos organizacionais como Rammert (97, p. 411) é que as formas
organizacionais hierárquicas e as de mercado foram através da globalização e
informatização, bem como a corrida de inovações que deles decorreu, gerou uma
nova crise e não conseguem mais atender as novas demandas. Ao invés de troca e
instruções, as redes se baseiam em negociações e flexível auto-organização.
47
Netzwerk
Markt
Hierarchische
Organisation
eindeutig geregelte
Zuständigkeiten &
Verantwortlichkeiten
Konkurrenz
ohne
Kooperation
Leitbild: lose gekoppelt, schnell,
flexibel anpassbar;
Kooperation und Konkurrenz;
nutzbar als interne und externe
Organisationstechnologie
(Markt).
As redes são compostas por um grande número de nós interconectados.
Indivíduos, grupos, empresas ou regiões podem ser nós. Redes baseadas em
tecnologia de informação eliminam a distância entre os nós tanto em tempo quanto
em distância. Redes tem uma estrutura aberta: eles podem ser expandidos de
forma ilimitada e podem incluir novos nós e remover rapidamente os supérfluos.
As redes de corporações multi-nacionais assumem um papel fundamental para a
formação da sociedade.
Neste mundo, em que redes e projetos que funcionam em redes e são
experienciados, vão ter sucesso aqueles que são capazes de trocar de projetos,
formar novas redes, dar novos significados aos nós e são capazes de atravessar
fronteiras nacionais. BOLTANSKI/CHIAPELLO acreditam que em tal mundo,
ligações duradouras são um estorvo. Ao mesmo tempo a falta de conexão de um
ator o leva a uma exclusão. Hierarquias estabelecidas se tornam supérfluas.
Existem apenas aqueles que estão do lado de fora e os que estão do lado de dentro
(veja Boltanski/Chiapello, 2003,p. 736).
O ‘sistema nervoso’ da rede são os fluxos financeiros globais, que dirigem o
comércio internacional, produção transnacional, ciência global e força de trabalho
especializada. Redes computadorizadas são o instrumento da economia que se
baseia em inovação e globalização. Redes são oa mesmo tempo, como CASTELLS
diz, uma metáfora para uma cultura de destruição e reconstrução sem fins. Eles
provém uma organização social que se baseia em deslocamento de áreas,
destruição de tempo e tensões sociais. É um instrumento de poder sobre o qual são
formados drasticamente novas organizações de relações de poder (Castells I, 2003,
p. 528f.).
48
Firuga XXX: O trabalho conjunto da Globalização,
Informatização e topologia de rede
49
Entrevista com CEO da SAP AG Henning Kagermann (DER SPIEGEL 48/2003,
p. 110ff.): „Nós temos o poder “.
Globalização concreta: Quem paga pela globalização e quem ganha com ela? O
exemplo da firma SAP:
SPIEGEL: ... ainda assim o Sr. Quer transferir boa parte do desenvolvimento para a
Índia. O que isto significa para os empregos da SAP na Alemanha?
Kagermann: ... Índia, China e em outros países, eles oferecem uma enorme
vantagem de preços e tem também jovens muito bem educados. Por isto partimos
do pressuposto que uma parte significante do crescimento e dos postos de trabalho
que resultam dele não vão acontecer na Alemanha, mas nos países de baixo custo
salarial... hoje existe um número suficiente de pessoas com bom nível educacional.
Mas também nos países onde o nível salarial é consideravelmente menor... Não se
deve subestimar que a pressão vem dos clientes e dos mercados de capital.
Quando queremos nos manter rentáveis na competição com nossos principais
concorrentes, precisamos manter as margens...
SPIEGEL: O Sr. Já ganha bem: com objetivo de 28% de lucro. Dos quais 23% já
obtidos no ano anterior.
Kagermann: Mas isto não é o suficiente. ... Nossos principais concorrentes tem um
lucro maior: Oracle tem 26%, Microsoft 41%. São nesses números que temos que
nos medir.
Spiegel: Os seus empregados na Alemanha também pensam assim?
Kagermann: Naturalmente existem discussões acirradas. E é compreensível
quando nossos empregados dizem que com 20% de lucro já dá pra se viver bem e
que podemos continuar fazendo como temos feito até agora. Mas isto não está
certo. Pois então o nosso valor na bolsa cairia imediatamente. Hoje SAP tem três
quartos do valor da Oracle. Em algum ponto seremos menos que 50% deste valor.
Então vão se perguntar quando a Oracle vai engolir a SAP.
SPIEGEL: Isto significa que o Sr. é motivado pelo mercado de capitais?
Kagermann: Sim, nós somos por eles motivados.
SPIEGEL: O que se encontra no final desta caça-as-bruxas? Índia vai ser o centro
de serviços e a China o bando de trabalho do mundo?
Kagermann: Isso pode acontecer.
SPIEGEL: O que vai sobrar então para a Alemanha?
Kagermann: Eu espero que ... a gente se recomponha e lute...
SPIEGEL: Menos salário, mais trabalho?
Kagermann: Sim, isto vai servir pra colocar muita coisa de volta no.
Balanço: O Modelo MICROPÓLIS como ligação de entre o Conhecimento
Prático e o Conhecimento orientacional
O assunto é um modelo a se desenvolver, que complemente a perspectiva do
expert altamente especializado ou dos conhecimentos aplicados, que vão apoiar os
informatas e sistemas de informação nas ciências e na prática em suas
competências orientacionais. O modelo deve possibilitar uma ordenação das ações
especializadas de uma sociedade como um todo uma unidade científica. O modelo
pega os requisitos de Mittelstrass segundo o qual as ciências exercem o papel de
fator de produção, bem como fator de orientação na vida da cultura moderna.
Cada perspectiva precisa de uma grande unidade para um apanhado geral e
pequenas unidades como estrutura interna. A micro, meso e macro-perspectiva
apresentam uma proporção constitucional mutável. De um lado entende a
macroestrutura social como o resultado da ação de estratégias individuais que
50
acontecem no nível micro, mas as ações individuais também se deixam influenciar
pela macroestrutura social, então: ações e estrutras se encontram em uma relação
de interdependência.
Pode-se falar também de uma conexão de perspectiva. A dependência entre as
diferentes perspectivas se faz visível. Cada ponto de vista é específico, mas
necessário no ‚sistema de informação em organizaçãoes e na sociedade’.
3.4 O ponto de vista da direção econômica
A integração de sua disciplina no contexto social é para a informática, sistemas de
informação e administração um tema secundário. Ocasionalmente alguns experts
trazem a tona uma estimativa social e macroeconômica superficial sem grande base
científica. Ainda assim existem cursos de administração que utilizam o bem
sucedido livro texto ‘A empresa sem limites’ de Picit/Reichwald/Wigand (2000),
que procuram descrever a integração sem levar em conta o passo do
desenvolvimento ou a constelação de atores.
Globalisierung/
Deregulierung
Wertewandel
Informationstechniken
Folge:
Netzwerkorganisationen
Anpassungszwänge für
Kunden/Mitarbeiter/Management!
daraus resultierend: „Kernaufgaben“ einer
modernen Betriebswirtschaftslehre !
Figura 15: A superestrutura da sociedade segundo Picot/Reichwald/Wigand
Com seu curso de lideranças Picot/Reichwald/Wigand fazem uma oferta para
uma perspectiva econômica, compartilhada por todos do potencial da nova
tecnologia de informação. É uma estimativa das consequências (da globalização e
da tecnologia) estratégica – apesar do vocábulo não ser utilizado – para os
objetivos administrativos. O cerne das mudanças sociais é visto pelos autores em
três fatores:
1.
A mudança da situação da competição através da globalização e dinamização
do mercado, no qual as novas redes de comunicação dão acesso global aos
mercados, coisa que até pouco era difícil de se obter.
51
2.
3.
No potencial de inovação de novas tecnologias de informação, que como
nunca tem um efeito fundamental sobre produtos, formas organizacionais
divisão de trabalho e entre empresas. Desta forma são possíveis novos
potenciais de criação e coordenação.
Na mudança de valores de trabalho e da sociedade. Que exerce pressão de
forma concreta, segundo Picot/Reichwald/Wigand, através de um maior
rejeição de subordinação, engajamento e simples execução de trabalho sem
espaço de manobras próprio.
Como consequência, segundo os autores, são removidos os modelos de orientação
de processos, os princípios funcionais de organização. Um processo é então
definido como ‘um conjunto de tarefas, que tem uma sequência a ser seguida e que
é apoiada por TI’ (Österle 1995). Através desta forma organizacional deve-se obter
uma forma mais eficiente e orientada ao cliente de execução das tarefas ou
produtos para a companhia.
Existe um conceito geral estratégico consistente: influência social que pode ser
descrito através da globalização e inovações de TI e que tem efeito sobre as
empresas. Estes devem ser brabalhados técnico e organizacionalmente pelas
empresas. E existe uma necessidade de adaptação para o cliente, empregados e
direção. A partir disto a disciplina de administração tem derivado suas tarefas
centrais. É um desenvolvimento-Top-down estátido da perspectiva da direção.
Apesar disto, do ponto de vista do modelo MICROPÓLIS existem algumas
observações críticas a serem feitas: Um modelo com uma simples rede de efeitos
linear (‘se>então’) não pode descrever de forma adequada o desenvolvimento
altamente dinâmico com permanente feedback e interação. A complexidade dos
processos sociais e econômicos correntes experiencia através do integração
administrativa um tratamento insatisfatório. Ele acoberta questionamentos
essenciais. Então, por exemplo a análise da problemática da globalização e do
plano de fundo macro-econômico. Ao fundo fica a esperança de que através do
crescimento equilibrado orientado naoferta tudo se conserte por si mesmo. Atores
são então tem que se ajustar, o que necessita apenas de uma simples apreciação
pelas pessoas e do trabalho. Este ponto de vista é aliás típico para o pensamento
dominante para a atual economia.
52
Kai Zuse: „Apresentar com
poder “
Kai Zuse,estudante de informática no
quarto semestre, esteve na semana
anteiror, pela primeira vez em uma
conferência da área. O que ele percebeu
no início foi que praticamente todos os
palestrantes faziam suas apresentações
com um laptop e um beamer! Para os
ignorantes um beamer é como um
projetor de slides incrementado, que
projeta os slides guardados no laptop na
tela.
Já parece coisa do passado, quando o
palestrante utilizava uma transparência
pra fazer sua apresentação, ao invés do
software Powerpoint. Sem falar na época
em que não haviam transparências, no
qual um bom palestrante tinha que
desenvolver sua idéia apenas com
canetas coloridas.
Pra Kai Zuse ficou claro: aquele que na
conferência quer jogar no mesmo time,
tem no seu laptop um arsenal de de
inserções preparados. Gráficos, figuras e
letras que voam na tela, durante a
apresentação ‘dinâmica’ em todas as
direções com um simples clique. O
número
de
projeções
aumentou
consideravelmente com o passar do
tempo. Em apenas uma hora pode-se ver
mais de 50 projeções
Isto ficou bem claro para Kai, que existe
uma
grande
vantagem
para
o
palestrante: Não é mais necessário ficar
trabalhando de forma nervosa com as
transparências. Técnicos podem mostrar
sequencias construticas de forma clara.
Acima de tudo, o palestrante tem a todo
tempo um framework, o perigo de se
perder não existe. Em último caso
apenas se lê o que há havia sido
preparado antes no escritório. Desta
forma pessoas não treinadas ou
palestrantes
regulares
tem
a
possiblilidade de conseguir chamar a
atenção.
Por outro lado, pensa Kai, este padrão
deve cobrar muito do tempo precioso e
caro da administração, pois são eles que
tem que fazer as apresentações. Para a
preparação deve ser investido muito
tempo com design e effeitos.
De experiência própria ele sabe que
fazer uma apresentação Powerpoint
pode custar tempo e pode ser bem
divertido. Ele se esquece do tempo e
sempre consegue produzir alguma coisa.
É quase como nos velhos tempos,
quando com um Lego se construía uma
vila. Infelizmente Kai tem que concordar
que no final as coisas que pareciam
fáceis, apenas raramente eram dignas de
nota. Kai pensa que os palestrantes
deveriam expor sobre os custos de se
fazer uma apresentação deste tipo. Duas
apresentações da conferência ficaram na
memória dele: um grupo de cientistas
japoneses que para sua apresentação de
meia hora utilizaram um aparato de
multimídia com 2 beamers, 1 video e 1
projetor overhead. Parecia mais com um
show da VIVA. Depois veio um
escandinávo, ele cruza os braços e sem
qualquer aparato técnico ele conta uma
história que no correr da próxima meia
hora se aprofunda na mensagem dele.
Vocês podem dar três palpites sobre qual
delas ele ainda se lembra do conteúdo.
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