PPP versão preliminar - COLÉGIO ESTADUAL PROFª AGALVIRA

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PPP versão preliminar - COLÉGIO ESTADUAL PROFª AGALVIRA
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
ARAUCÁRIA
2010.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO......................................................................................................04
MARCO SITUACIONAL
MARCO CONCEITUAL
MARCO OPERACIONAL
IDENTIFICAÇÃO
DO
ESTABELECIMENTO
DE
ENSINO...........................................06
1. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR.........................................................07
1.1 Modalidade de Ensino, Número de Salas, Número de Turmas e de Alunos...07
1.2 Número professores, Pedagogos, Funcionários e Direção.............................08
1.3 Relação de professores – 2010.....................................................................09
1.4 Relação de Funcionários- 2010.....................................................................11
1.5 Turno de Funcionamento...............................................................................12
1.6 Relação das salas e equipamentos...............................................................13
1.7 Caracterização da Comunidade Escolar........................................................16
1.8 Histórico da Instituição.................................................................................19
1.9 Organização da Hora-Atividade: Problemas e Possibilidades........................20
1.10 Problemas e Necessidades da Escola no Atual Contexto Social..................21
1.11 Caracterização do Município.......................................................................23
2.
FILOSOFIA
DO
ESTABELECIMENTO
DE
ENSINO................................................25
3. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO...........................................................................28
4.
PRINCÍPIOS
NORTEADORES
DA
EDUCAÇÃO ...................................................32
5. OBJETIVO DO COLEGIO...................................................................................36
6. TECNOLOGIA..................................................................................................38
7. CONCEPÇÃO CURRICULAR..............................................................................39
7.1 Organização Curricular.................................................................................40
7.2 Grades Curriculares......................................................................................43
8.
PROPOSTA
DE
FORMAÇÃO
CONTINUADA........................................................47
9. PROPOSTA DE INCLUSÃO................................................................................49
10. AVALIAÇÃO....................................................................................................51
10.1 Processo de Recuperação de Estudos.........................................................54
11. INSTÂNCIAS COLEGIADAS.............................................................................56
11.1 Conselho Escolar.........................................................................................56
11.2 Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF)....................................57
11.3 Conselho de Classe.....................................................................................58
12.
AVALIAÇÃO
INSTITUCIONAL
DO
PROJETO
POLÍTICO
PEDAGÓGICO................59
13. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................60
PROPOSTA PEDAGÓGICA ................................................................................... 62
•Ensino Fundamental..................................................................................63
•Ensino Médio ..........................................................................................157
ANEXOS............................................................................................................272
PROJETOS.........................................................................................................274
ATIVIDADES EXTRA – CURRICULARES...............................................................318
INTRODUÇÃO
Este projeto pretende apresentar uma proposta de organização escolar que venha
ao encontro das necessidades pedagógicas mais imediatas da população. Tal proposta
passa necessariamente pela crítica da situação do processo ensino-aprendizagem em
nossa sociedade, tendo em vista que esta apresenta altos índices de reprovação, e
conseqüente evasão dos alunos das diversas séries. Nesse sentido, em função das
questões sociais, políticas e econômicas, os índices de aproveitamento escolar têm se
alterado muito pouco e, como conseqüência, a reprovação torna-se bastante significativa.
Outra questão diz respeito ao fato de que de modo geral, os nossos alunos são
desestimulados a continuar o processo de escolarização, tendo em vista os critérios de
escolha dos conteúdos, que não apresentaram uma relação muito próxima ao contexto
sócio-econômico e cultural em que o aluno está inserido.
Os estudos e observações realizadas demonstram de forma clara a urgência de
solução para o problema da evasão e da repetência que ainda persiste em nossa escola.
Frente a esta dificuldade, exige-se uma tomada de posição e muita vontade política no
sentido de encaminhar propostas de organização escolar que apontem para uma solução
que venha ao encontro do alargamento das possibilidades de sucesso escolar do aluno.
Tal proposta traduz-se como diretriz político-educacional a ser assumida por todos os
agentes que trabalham na escola, dando um tratamento adequado às necessidades de
aprendizagem e, diminuindo assim, a distância existente com relação à reprovação e ao
sucesso dos alunos e, como conseqüência, combatendo o fracasso e garantindo a todos
um nível de escolaridade a que todos têm direito.
A escola representa um processo contínuo de aprendizagem, onde o homem
necessita compreender o conjunto das relações sociais. Esse conjunto de relações sociais
obedece ainda a uma determinada ideologia, a qual acaba por determinar o processo
social. Nesse sentido, as finalidades da escola sofrem modificações de acordo com o tipo
de homem que se deseja formar. Esse processo ideológico tem uma relação direta com o
objeto da escola, o qual diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais
que precisam ser assimilados pelos indivíduos, , para que dessa forma o aluno possa
transformar a sua prática social e, em decorrência, a do grupo em que está inserido, sendo
crítico e assim superando alguns mecanismos deste modelo social vigente para que dessa
forma não possam ser excluídos.
Partindo-se do princípio de que toda relação pedagógica tem, na prática social, o
seu ponto de partida e o seu ponto de chegada, tem-se que o caráter da educação baseiase, fundamentalmente, na prática social. Essa prática social, somada a uma relação
pedagógica coerente, tem como conseqüência maior grau de democratização social.
As crises políticas que ocorrem na sociedade dão-se em virtude das transformações
radicais que a sociedade brasileira vem passando, nas mais diversas atividades humanas,
nos mais diversos campos do conhecimento. Em virtude, também, dos desmandos das
elites na promoção dos direitos humanos, gerando conflito de valores, movimentos das
classes populares e desequilíbrios.
As políticas governamentais vêm se mostrando insuficiente para embasar uma
prática consciente dialética do homem na sociedade, qual resulta em prejuízos e crises
sociais.
MARCO SITUACIONAL
Atualmente, observa-se neste estabelecimento de ensino, no decorrer do processo
de ensino aprendizagem, que infelizmente ainda são muitas as dificuldades que os
docentes encontram em seu trabalho na sala de aula com os alunos. Nota-se que os
professores que apresentam maiores dificuldades são exatamente aqueles que, ou opõemse a uma nova proposta educacional ou enfrentam grande medo de superar desafios que
surgem constantemente em meio a prática pedagógica no ambiente escolar.
Os discentes sentem maior prazer em conhecer novas informações que estejam
diretamente ligadas com o avanço tecnológico que nossa sociedade proporciona a cada
dia.
As artimanhas que captam a atenção de nossos alunos, resumem-se em atividades
que destacam o foco visual e a movimentação do seu físico contemplando, desta forma,
uma rápida assimilação das inúmeras informações que chegam a todo momento em meio
ao mundo globalizado em que vivemos.
Os tempos de invasão tecnológica que estão sendo oferecidos através da televisão,
videogame, Internet, etc, estão “roubando” em muitas situações a atenção dos nossos
alunos, que priorizam tais tecnologias desinteressando-se pelos conhecimentos científicos
necessários para sua formação intelectual e profissional.
Frente a estas questões, percebe-se que alguns professores necessitam
urgentemente de uma mudança em sua prática de trabalho e adotar novas metodologias
para conseguir competir com um mundo recheado de atrativos tecnológicos, que acabam
por ganhar a atenção do aluno e consequentemente causar o desinteresse pelos estudos.
Basicamente sua metodologia deve contemplar as diversas formas que possibilitam
o aprendizado do ser humano, sendo que a maioria das pessoas não aprendem de forma
sistemática, apresentando a necessidade de proporcionar aulas que chamem a atenção de
variadas formas e estilos, tanto para atender as necessidades dos alunos de aprender com
maior facilidade de forma visual ou auditiva, quanto para os alunos que aprendem de forma
sinestésica, pois o ser humano não é único, e também não aprende de uma única forma as
informações que lhes são repassadas pela escola e pelo mundo. Cada indivíduo é
diferente do outro, sendo assim o trabalho pedagógico, que permeia essas diferenças,
deve apresentar-se de maneira atrativa, pois trabalhar com pessoas implica adquirir
inúmeras formas de se relacionar com o próximo, implica momentos que devemos ser
flexíveis em determinadas situações e momentos que devemos mostrar certa autoridade
para encaminhar determinadas questões que venham a surgir no decorrer do trabalho
escolar.
Acreditamos que a chave para o sucesso educacional, além do amor pela profissão,
é o esforço pela mudança de comportamento do profissional da educação, possibilitando,
desta maneira, que o ambiente escolar torne-se prazeroso para a busca de conhecimento
e que o aluno sinta-se acolhido, observando que o professor tem trabalhado para uma
constante melhoria e não para uma acomodação profissional que impede o processo
educacional.
MARCO CONCEITUAL
“ Um extraterrestre, recém chegado a terra – examinando o que em geral apresentamos
às nossas crianças na televisão, no rádio, no cinema, nos jornais, nas revistas, nas
histórias em quadrinhos e em muitos livros –, poderia facilmente concluir que fazemos
questão de lhes ensinar assassinatos, estupros, crueldades, superstições, credibilidade
e consumismo. Continuamos a seguir este padrão e, pelas constantes repetições,
muitas das crianças acabam aprendendo essas coisas. Que tipo de sociedade nós
poderíamos criar se, em vez disso, lhes incutíssemos a ciência e um sentimento de
esperança”?
SAGAN, Carl, 1996
O homem atual vive sob uma situação paradoxal: na mesma medida em que é
convidado a pensar, agir e sentir por si mesmo explode em múltiplas formas de
reivindicações egocêntricas e, encontra-se cada vez mais submetido às forças do
conformismo. Na proporção em que o enriquece com informações e lhe facilita o controle
técnico ao seu redor, a ciência exige desse homem a renúncia ao mundo auto-fantasiado
e à história pessoalmente vivida, pois sua identidade se torna cada vez mais orientado por
um fundamento subjetivo do conhecimento: o sujeito está morto e o que mantém o
conhecimento são os sistemas auto-referenciais.
O mundo emergente aposta para a necessidade de que a ciência aceite o desafio
de produzir conhecimentos adequados à realidade atual, entendendo que é impossível à
ciência permanecer anestesiada, sem pesquisas significativas e que hoje estão nas mãos
de empresas transnacionais. Isso significa que os principais envolvidos no sistema
educacional estão se omitindo ou sendo levados a se omitir, da tarefa de adequar a
educação ao atual contexto.
A grande resolução tecnológica atingiu totalmente a educação, exigindo que a
mesma se interesse como uma base ampla de conhecimento, para promover e resgatar a
cidadania, isto é, promover uma revolução científica e cultural.
A exigência da pós-modernidade em relação às estruturas de ensino é que elas
assinam o papel organizador de espaços culturais e científicos interativas, configurando
um novo espaço para o efetivo conhecimento.
Para tanto, é necessário inverter a dinâmica da educação, fazendo a voltar-se para
a gestão do conhecimento. É necessário repensar a forma de domínio do conhecimento,
pois ninguém pode aprender tudo.
As tecnologias do conhecimento persistem hoje revolucionar sua estocagem,
transformando-o numa imensa rede de comunicação cientifica e cultural, numa mesma
conectividade universal jamais prevista, possibilitando a formação de bancos de dados e o
manejo de sistemas. Dessa forma, enquanto o século XX ficou como sendo o da produção
industrial dos bens da informação e da sociedade do conhecimento.
Nessa trajetória de mudança da estrutura educacional e de produção do
conhecimento. Faz-se necessário repensar a educação formal como organizadora de
espaços científicos e culturais que fomentem a ampliação do conhecimento, redefinindo as
possibilidades que permitam ao cidadão ser realmente habilitado para a sociedade do
conhecimento.
Importante é a percepção de que a crise é global, afetando a vida humana em sua
essência e em todas as dimensões, sendo por isso, a maior crise ocorrida desde o
renascimento, pois, diferentemente de outras que antecederam, a crise da modernidade
assume uma abrangência muito mais ampla e profunda, na medida em que coloca sob
suspeita não somente toda a cultura surgida sob a égide da razão iluminista, mas também
a potencialidade de razão em fundamentar e orientar um projeto histórico. A especificidade
da crise civilizatória atual pode ser resumida como a da duvida no potencial emancipador
da razão; relaciona-se a questão da significação da vida humana e do problema do poder
de intervenção da humanidade sobre a realidade pelo envolvimento através da sua
racionalidade. Ele envolve, portanto, o sentido da cultura moderna e a possibilidade de
sobrevivência gerada pelo iluminismo.
A educação, como sinônimo de emancipação social e individual dissolve-se numa
educação orientada pela utilidade e pela pratica da administração dos interesses
econômicos e das posses individuais. Em vez da universal e voltada para a formação
predominantemente voltada para a produtividade econômica e à eficiência administrativa
do Estado. No lugar de um recurso de oposição e transformação social, transforma-se em
recurso de estabilização funcional.
Em comparação com outros campos de atividade, a ação educativa envolve um
conjunto de questões que torna bastante complexa. No entanto, os educadores constituem
um dos segmentos profissionais com maiores dificuldades para definir ou identificar os
supostos básicos a partir dos quais entendem-se e justificam suas ações individuais e
coletivas.
Assim, para o exercício de sua profissão espera-se que o educador possua
capacitação que abranja o domínio de conhecimentos científicos como os das chamadas
“ciências da educação”, as definições normativas de caráter político-ideologico, os saberes
curriculares e os das disciplinas, bem como os de sua própria experiências pedagógicas
que embase ações que visem o bem coletivo, isto é, que tenha por objetivo a criação de
possibilidades de vida a todos, incluindo as gerações futuras.
É necessário a construção coletiva previa de Projeto Político próprio e específico
da Escola, capaz de, para citar Demo(1993) 1, desenhar a competência principal esperada
do educador e sua situação na escola; de consolidar a escola como o lugar central da
educação básica, numa visão descentralizada do sistema, de indicar as reais funções dos
envolvidos no processo educativo, entre outras garantias.
A construção de um Projeto Pedagógico próprio ensina menos uma produto
demonstrativo, do que fazer e refazer incessante da capacidade cientifica dos professores
motivando-os a trabalharem coletivamente, a revisarem sempre sua formação, a buscarem
atualização constante, a realizarem a escola como obra comunitária de todos, sob a
liderança competente do grupo de professores.
Pensar educação é ir além da garantia de fragmentos de conhecimentos ou
conhecimentos mal requentados, como se referia Pedro Demo (1997) 2 mas sim a
possibilidade de gerar elementos suficientemente fundamentos para a dinâmica do sujeito
capaz de participar e produzir de ver o todo e deduzir logicamente, de planejar e intervir.
Como processo dinâmico que é, a educação nunca terá condições de dar-se por
completa, mas sempre estará por ser redimensionada, readequada ao modo mais
coerrente de perceber e vivenciar a realidade. E, caberá sempre ao educador formado ou
em formação ser partícula viva e latente dentro do sistema.
Habermas (1987)3 acredita que uma reformulação real no currículo educacional só
será possível quando houver um exame aprofundado sobre a mediação entre a teoria e
prática, ou melhor, no restabelecimento da ligação entre o saber teórico e a atividade
humana, ao mesmo tempo em que se entenda o nexo entre o avanço da racionalidade
teórica e o mundo da vida, ou seja: entre conhecimento científico e práxis social.
A escola hoje, encontra-se envolvida com uma serie de recomendações de
sugestões técnicas e praticas oriundas da visão positivistas de ciência, de sociedade e de
pedagogia, que pouco ajudem no desenvolvimento de um a consciência crítica dos
problemas vivenciados e das práticas desenvolvidas no contexto escolar.
1
Demo, Pedro. Desafios Modernos da Educação. 2ª Ed. Petrópolis-RJ: Vozs, 1993.
_________ Pesquisa e construção de conhecximento: metodologia cienteifica no caminho de Habermas, Rio de Janeiro:
tempo Brasileiro, 1997.
3 HABERMAS, Jungem. Teorias de la acción comunicativa. Madrid: Taurus, 1987.
2
Em decorrência dessa visão positivista, ainda predominantemente na escola, a
educação acaba deixando para o segundo plano de formação do indivíduo, não se
preocupando com a construção de uma sociedade menos violenta e igualitária, reduzindo
a cultura a um conjunto de informação desconexas, exclusivamente técnicas, de dados
isolados ou de fórmulas vazios de significação.
É preciso considerar, portanto, que a educação deve contribuir para a formação
de uma visão global e concreta da realidade socio cultural, ajudando na identificação de
suas patologias e na restauração de uma fundamentação normativa para o agir social.
Somente uma educação capaz de evidenciar a sensibilidade para com os problemas da
não verdade, da injustiça, da falta de autonomia da falta de liberdade e disposta a
contribuir para re-estabelecer uma fundamentação normativa para a sociedade realmente
comunicativa e libertadora.
Segundo a contribuição de estudiosos como Giroux (1997) 4 tal possibilidade so
encontrará eco através da revisão dos pressupostos utilizados na formação dos novos
educadores, bem como no suprimento da falta de uma teoria social adequada que deverá
fornecer a base para repensar-se a natureza política da atividade docente.
O professor precisa portar-se como intelectual transformador, entendendo-se como
intelectual em educação aquele que dentro ou fora da escola é capaz de ser mediador,
legitimador e produtor de idéias e práticas sociais que demonstrem o cumprimento de sua
função eminentemente política.
O entendimento da educação como processo social indica que a teoria que
estrutura os pensamentos e as práticas dos professores e os procedimentos dos alunos
não é criada fundamentalmente por conta deles mesmos, mas decorre das relações
sociais e das rotinas que se desenvolvem na escola e no contexto social em que vivem. A
superação das limitações, das incongruências e das contradições inerentes ao processo
pedagógico está à mercê da reconstrução coletiva dessas formas preordenadas de pensar
e de agir, o que, contudo, não dispensa a contribuição individual de cada participante.
Enfim, propõe-se uma ação educativa interdisciplinar na escola, tendo como base
um processo de interação comunicativa, em que os professores busquem conjuntamente
coordenar e justificar ações pedagógicas, a partir da troca de conhecimentos e enfoques,
inerentes a cada disciplina, partilhando e planejando experiências integradas.
4
GIROUX, Henri A. Os professores como intelectuais: ruma a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Trad. Daniel
Bueno – Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
Assim, uma ação educativa de cunho interdisciplinar que se constitua no esforço
conjunto de professores de uma série do currículo escolar no sentido que se estabeleça
diálogo na busca de um eixo de articulação entre suas disciplinas, de modo a que se
possibilite aos educadores experiências em que eles possam integrar os diferentes
enfoques disciplinares, enriquecendo sua compreensão da realidade concreta.
MARCO OPERACIONAL
Linha de ação
Frente aos problemas encontrados em nossa prática pedagógica nesta
instituição de ensino e após debates e discussões, nos momentos de estrutura dos
planejamentos e os dias referentes a capacitação dos docentes e técnicos
administrativos, juntamente com funcionários dos serviços gerais, observou-se a
necessidade de adotarmos uma linha de ação mais efetiva ao trabalho educacional,
visto que, mesmo trabalhando-se em uma concepção de educação única, percebe-se
a necessidade de flexibilizar as atitudes da ação pedagógica em momentos
oportunos, pois na educação não existe formas únicas ou receitas prontas para o
desenvolvimentos intelectual e a formação cultural dos alunos e sim concepções
referenciais ao trabalho educativo, sendo que, da concepção do ensino tradicional a
concepção histórico crítica, muitas dessas tendências podem ser utilizadas quando
nos
deparamos
com
uma
diversidade
cultural
no
interior
da
escola.
Aprofundando esta análise observa-se na afirmação de Kuenzer:
“ A escola, no entanto, não pode continuar assumindo a função de distribuir desigualmente o saber em face
da divisão entre atividades intelectuais e manuais, tal como ocorria, e ainda ocorre, na sociedade que não
superou o paradigma taylorista-fordista. Ao contrário ela deve projetar-se para o futuro, preparando os
jovens para enfrentar a exclusão e ao mesmo tempo, através da organização coletiva, superá-la” (Kuenzer,
Acacia. Ensino Médio, Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho, 2005, p. 58).
Mediante esta afirmação percebe-se que a escola infelizmente ainda esta muito ligada na
reprodução sem significado do conteúdo cientifico, mas também observa-se que, frente as novas
propostas, que aos poucos estão sendo infiltradas em meio ao processo educacional, alguns
professores já estão “acordando” do seu estágio de “paralisia intelectual” e arriscando em novas
metodologias em sala de aula, sendo que automaticamente, tais docente, recebem o satisfatório
resultado de seus alunos quase que de imediato. Isto acontece, obviamente, como consequência de
uma tentativa, como conseqüência de uma superação do medo de mudança, muito prazeroso quando
observa-se que a inédita experiência se concretizou em sucesso. Com certeza que também, o
resultado em determinadas ocasiões pode até não ser tão satisfatório, mas a tentativa é muito válida,
pois como lidamos com seres humanos, diferentes uns dos outros, algumas experiências poderão
ocasionar frustrações para um grupo, sendo que a mesma experiência pode arcar em sucesso com um
outro grupo diferenciado do anterior. É de extrema importância observar que o processo educativo é
muito amplo na sua forma metodológica, devido a isto é necessário sempre estar modificando e
atualizando as atividades propostas pelo profissional de ensino.
Com relação as diversas concepções de ensino pode-se observar que, segundo a
citação de Saviani no interior do artigo de Libâneo:
“Os professores tem na cabeça o movimento e os princípios da escola nova. A realidade, porém, não
oferece aos professores as condições para instaurar-se a escola nova, porque a realidade em que atuam é
tradicional. (...) Mas o drama do professor não termina ai. A essa contradição se acrescenta uma outra: além
de constatar que as condições concretas não correspondem à sua crença, o professor se vê pressionado pela
pedagogia oficial, que prega a racionalidade e a produtividade do sistema e do seu trabalho, isto é, ênfase
nos meios (tecnicismo). (...) Ai esta o quadro contraditório em que se encontra o professor: sua cabeça é
escolanovista, a realidade é tradicional; (...) rejeita o tecnicismo porque sente-se violentado”
(LIBÂNEO, J.C. Tendências Pedagógicas na prática escolar da ANDE, SP, n. 6, p. 11, 1983)
Após esta reflexão nota-se que a concepção da pedagogia nova é muito bem vinda no processo
de mudança do qual estamos enfrentando, mas como Saviani aponta muito bem, a questão por ele
colocada é exatamente o que nos deparamos quando levamos novas proposta de trabalho aos
professores no interior da escola. As idéias novas de diferenciação do método tradicional de ensino,
por alguns são muito bem vindas, mas geralmente algumas ações deste novo esbarram em limites de
estrutura física, humana e material sendo que por determinado momento torna-se difícil seguirmos
uma linha de ação visto as contradições que nos deparamos em meio ao processo educacional.
Perante esta questão resta-nos a tentativa de buscarmos maneiras para transformação educacional
utilizando-se de novas técnicas metodológicas de adaptação a realidade sem nos conformação a ela,
buscamos inovações para a educação de forma que nos é possível e a partir dessas possibilidades
tentarmos uma transformação não somente no processo educacional como também e
consequentemente na nossa sociedade.
IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
Colégio: Colégio Estadual Prof.ª Agalvira B. Pinto – Ensino Fundamental e Médio.
Código: 00431.
E-mail: [email protected].
Município: Araucária
Código do Município: 180
Dependência Administrativa: Estadual.
Núcleo: Núcleo Regional de Educação Área Metropolitana Sul.
Código do NRE: 003.
Entidade Mantenedora: - Governo do Estado do Paraná.
Ato de Autorização do Colégio:
- Resolução n.º 873/82 de 30/03/1990.
Ato de Reconhecimento do Colégio:
- Resolução n.º 665/90 de 30/03/90.
Renovação do Reconhecimento do Estabelecimento de Ensino:
- Resolução 422/02 de 26/03/02.
Parecer do NRE de aprovação do Regimento Escolar:
- Parecer n.º 39/01 de 10/01/01.
Distancia do Colégio ao NRE: 26 km.
Local: Urbano.
1.ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
1.1Modalidade de Ensino, Número de salas de aula, Número de Turmas e de Alunos.
O Colégio Estadual Prof.ª Agalvira B. Pinto oferta o Ensino Fundamental (5ª a 8ª
Séries) e o Médio, assim distribuída:
CURSO
PERÍODO
SERIES
TOTAL DE ALUNOS
TURMAS
5ª
65
2
6ª
86
3
7ª
64
2
ENSINO
8ª
62
2
FUNDAM
5ª
70
2
ENTAL
6ª
62
2
7ª
75
3
8ª
61
2
8ª
37
1
1ª
115
3
2ª
95
3
3ª
82
2
MANHÃ
TARDE
NOITE
ENSINO
MÉDIO
NOITE
1.2 Número de Professores, Pedagogos, Funcionários e Direção.
Para atendimento dos objetivos propostos, este colégio é composto de:
•44 professores;
•5 pedagogas;
•19 funcionários;
•1 diretora;
•1 diretor – auxiliar, conforme quadro abaixo:
1.1 Relação de Professores – 2010
NOME
RG
Alrimeires Lopes Cardoso
12997225-4
Novaes
Anilceia de Araújo Sousa
4895881-8
CH
TURNO
VINCULO
Filosofia
16
Noite
PSS
L. Portuguesa
Matemática
Matemática
16
20
12
04
Tarde
Tarde
Noite
QPM
Quimica
16
Noite
Pedagoga
Pedagoga
História
Matemática
Matemática
Ciências
20
20
15
16
01
15
12
15
Manha
Manha
Manhã
Noite
Noite
Manha
Noite
Manha
QPM
PSS
QPM
QPM
SC02
QPM
SC02
PSS
3500518-8
Matemática
16
Manhã
QPM
Gilberto Severino
6188728-8
História
Ens. Religioso
História
História
Gislene S. Bush Jorge
9527817-5
Diretora
8233059-3
Ciências
Biologia
09
04
03
16
20
20
12
04
03
12
03
16
Tarde
Tarde
Noite
Noite
Manha
Tarde
Tarde
Noite
Manhã
Tarde
Noite
Noite
SC02
SC02
SC02
QPM
QPM
QPM
PSS
PSS
16
02
14
16
02
14
02
15
12
16
02
08
16
16
07
02
09
20
20
08
Manhã
Manhã
Noite
Noite
Noite
QPM
SC02
SC02
QPM
SC02
Tarde
Tarde
Manhã
Tarde
Tarde
Manhã
Noite
Noite
Manhã
Manhã
Manhã
Tarde
Manhã
Tarde
Tarde
QPM
SC02
SCO2
QPM
QPM
SCO2
PSS
QPM
QPM
QPM
SC02
QPM
QPM
QPM
SC02
Carlos Eduardo Riter
1914172-1
Claudia Maria Michelotto de
OliveiraPrescilla Dalarosa
Deyse
Edivane
de
Almeida
Felisberto
Elenice Pierre
Elis
Regina
Bertoncello
Fabiana Gonçalves
Fernando
Jose
Tavares
Pierre
Lopes
Henrique de Toledo Bettega
6338928-5
8248499-0
6753167-1
6068635-1
5438983-3
DISCIPLINA
L. Inglesa
Irene Santos de Almeida
6951292-5
Janete Schmitt
1222061-8
Janete Kosmala Z. da Silva
4242409-9
Jeize Gomes de Souza
4037371-3
Jeremias Nunes
4148733-0
Ciências
Ciências
Ciências
Biologia
L. Inglesa
Artes
Artes
Física
Jester Luiz Furtado
7572592-2
Artes
João Marcelo M. Alfaro
5036053-9
História
Jocimara Ferreira da Silva
4976395-6
Ed. Física
Josira Gonçalves
3555660-5
L. Inglesa
Juliana Maria Pannek
Lílian da Silva Rocha
Lúcia Regina Nishimura
9384854-3
7401980-3
5254774-1
Sociologia
Física
Matemática
Luciano Magalhães Gotfrid
5077896-7
Geografia
Luiz Gustavo Iung
8767005-8
Madalena Porto Bosa
6458042-6
Ed. Física
Diretor Auxiliar
Matemática
QPM
PSS
SC02
SC02
QPM
02
Noite
SC02
Marcela Nastaniec
4816651-2
Sociologia
08
Noite
PSS
Maria Aparecida Ferreira
7339483-0
Ciências
06
Manhã
PSS
Maria Elisabete S. Panassol
Maria Leniza de Souza
10524376-6
4303708-0
Pedagoga
L. Portuguesa
20
16
Tarde
Tarde
QPM
QPM
12
Manhã
SCO2
12
04
04
16
02
16
15
04
02
09
16
02
12
04
08
01
16
14
01
20
08
16
16
02
03
04
12
15
20
20
tarde
Manhã
tarde
Manhã
Manhã
Noite
Tarde
Manhã
Noite
Tarde
Tarde
Tarde
Manhã
Manhã
Noite
Noite
Tarde
Tarde
Tarde
Noite
Manhã
Noite
Tarde
Tarde
Noite
Noite
Noite
Manhã
Tarde
Noite
QPM
QPM
SCO2
QPM
SC02
QPM
QPM
L. Portuguesa
Maria Luiza Arantes Soek
3784919-4
Apoio
Maria Madalena dos Santos
6156038-6
Geografia
Marta Terezinha M. Moro
Marize do Rocio Martans
3652229-1
4084433-3
Pablo Antunis Fernandes
7026550-8
Roberta Kelem da S. Moreira
12977355-3
Ed. Física
Ciências
Matemática
Física
Ciências
Roberta G. Bussemeyer Lise
7688404-8
Arte
Rosane Cordeiro
3396630-0
História
Ens. Religioso
Rose Mari M. Gomes
1126754-8
L. Portuguesa
Rosemiro da Silva
6341602-9
Matemática
Sandra Mara Siqueira
3593656-4
Ciências
Sirley Jesus Roduniski
Sueli Maria Grendel
Valdirene do Nascimento
4110833-9
4303708-0
7517167-6
Pedagoga
L. Portuguesa
Geografia
Vandersi Rocha de Abreu
3138036-7
Geografia
Vania Eragus de Mello
3762080-7
L. Portuguesa
Viviane Andréia S. Cano
5661689-6
Ciências
Zenilde Augusta dos S. Silva
3585657-9
Pedagoga
PSS
PSS
QPM
SC02
QPM
QPM
QPM
SC02
QPM
QPM
SC02
PSS
QPM
QPM
QPM
SC02
SC02
QPM
QPM
SCO2
PSS
1.4 Relação de Funcionários- 2010
NOME
RG
Belonice Pereira dos
4095969-6
Santos
Claudio Caetano da
6806627-1
Silva
Djuliane Furtado
7978211-4
FUNÇÃO
Serviços Gerais
Técnico Administrativo
Técnico Administrativo
Elaine Cadena
Técnico Administrativo
Eliandra
Vanessa
6431075-5
Bertoli Gonçalves
Serviços Gerais
Gilvana Apª Gonçalves
Técnico Administrativo
4068742-4
Hilda
Pelozato
de
8371816-1
Moraes
Ivanir da Conceição
5579901-6
Kais Wolff
Joana C. L. dos Santos
12757311-5
Serviços Gerais
Serviços Gerais
Serviços Gerais
Lucimar de Fátima do
3998765-1
Amaral
Secretária
Lucimara Gawlik Farias
7707755-3
Técnico Administrativo
Márcia
Jussara
de
FreitasApª Colaço
Maria
Maria
Onete
Alves
Moraes
Monica Jeseli P. da
Silva
5212107-8
493301-7
Técnico Administrativo
Técnico Administrativo
Serviços
Gerais
5244682-1
Serviços Gerais
396932-2
Técnico Administrativo
Nilva Cardozo da Costa
3998765-1
Serviços Gerais
Ordalice dos S. Silva
7705610-6
Serviços Gerais
Rosemere Vardenski
Sara Godai
Viviane Furtado
6207676-7
10078583-8
6998389-8
Serviços Gerais
Serviços Gerais
Técnico Administrativo
CH
20
20
20
20
20
20
20
20
TURNO
Tarde
Noite
Tarde
Noite
Manhã
Tarde
Noite
Manhã
20
Noite
20
Tarde
20
Noite
Manhã
Tarde
Manhã
Tarde
Manhã
Tarde
Manhã
Tarde
Manhã
Noite
Manhã
Tarde
Manhã
Tarde
Manhã
Tarde
Tarde
Noite
Manhã
Noite
Manhã
Manhã
Manhã
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
VINCULO
QFEB
QPPE
QFEB
PSS
QFEB
QFEB
PEAD
QFEB
PSS
QFEB
QFEB
QFEB
PSS
QFEB
PSS
QFEB
PSS
QFEB
PSS
QFEB
1.5 Turno de Funcionamento
O Colégio Estadual Prof.ª Agalvira B. Pinto – Ensino Fundamental e Médio tem
como funcionamento os três períodos (manhã, tarde e noite), assim distribuídos.
TURMAS
TURNO
MODALIDADE DE ENSINO
MANHÃ
ENSINO FUNDAMENTAL
TARDE
ENSINO FUNDAMENTAL
8ª E
NOITE
ENSINO FUNDAMENTAL
1.º A, B e C;
2.º A, B e C;
3º A e B.
NOITE
ENSINO MÉDIO.
5ª A, B
6ª A , B e C
7ª A e B;
8ª A e B.
5ª C e D;
6ª D e E
7ª C , D e E
8ª C, D
1.6 Relação das Salas e Equipamentos.
O Colégio Estadual Prof.ª Agalvira B. Pinto – Ensino Fundamental e Médio dispõe
de:
09 - salas de aulas, medindo 42 m2;
01 - sala de recursos e apoio, 9 m2;
01 - sala de direção, 9 m2;
01 - sala para a secretaria, 9 m2;
01 – sala de professores, medindo 30 m 2, sendo que a mesma é dividida com a
Equipe Pedagógica, sendo 10 m2 para esta;
01 – cozinha, medindo 9 m2,
01 – Sala para a Biblioteca e informática, medindo 42 m 2 , sendo que 38 m2 estão
sendo utilizado para o laboratório de informática.
01 – Sala para armazenamento de merenda, medindo 12m 2,
01 – Banheiro para os professores;
01 – Banheiro masculino para os alunos, medindo 12m 2,
01 – Banheiro Feminino para as alunas, medindo 12m 2,
Observação:
•A equipe pedagógica não tem sala, sendo adaptada, com a dos professores, dificultando
muito o trabalho pedagógico, principalmente no tocante às conversas com pais, alunos e
professores;
•A sala de informática é dividida com a Biblioteca;
•Não há um local apropriado para o arquivo morto e nem o ativo, sendo que a secretaria
está ocupando uma boa parte da Sala de Direção, pois não há espaço físico para
armazenar armários, dificultando o trabalho da mesma, bem como o trabalho da Direção.
O Estado geral do colégio é precário, e necessita urgentemente de reformas,
consertos, reparos e ampliação.
Para o trabalho Pedagógico, este colégio dispõe, ainda de:
- 03 rádios com CD´s;
- 03 televisores 20’;
- 02 vídeos cassetes;
- 02 retro-projetores;
- 06 computadores na secretaria;
- 01 computador na biblioteca;
- 02 mimeógrafos a álcool;
- 01 mimeógrafo a tinta (doação recebida);
- 01 Mural pedagógico, Mapas (Físico – político, Político do Brasil, turístico regional
e rodoviário do Paraná, Etc.).
- 20 computadores no laboratório de informática com a biblioteca.
Observação:
A prática de educação física é ministrada na quadra de esportes coberta, um
espaço exposto à comunidade, pois não há portões. É comum alunos e professores
ficarem expostos à presença de pessoas estranhas (sem segurança).
Não possuímos um lugar apropriado para as aulas de artes, química,
biologia e física, apesar de já solicitado à SEED, dificultando, assim, o aprendizado
dos alunos.
O colégio é composto de dois pátios e uma área coberta a qual é o único
espaço das crianças para o recreio.
1.7 Caracterização da Comunidade Escolar
O Colégio Estadual Profª. Agalvira B. Pinto atende uma comunidade na qual os
pais são oriundos de um contexto sócio-econômico baixo, com trabalhadores como:
pedreiros, motoristas, caminhoneiros, autônomos, vigilantes, carpinteiros, segurança,
trabalho informal, entre outros. Sendo um município com varias indústrias, temos também
trabalhadores nesta área, bem como, pais aposentados, além dos desempregados.
Também temos trabalhadores voltados para a prestação de serviços, indústria e comércio.
Com relação às mães dos alunos, trabalha na prestação de serviços tais como: doméstica,
artesã, copeira, costureira, cozinheira, babá, manicura, vendedora, industrial, funcionárias
públicas entre outras. Temos também uma grande parte que não trabalha fora, exercendo
a função do lar. Há também pais falecidos, e a família recebe pensão.
No que diz respeito aos alunos que trabalham ou fazem estágio, poucos no
período diurno, porém no ensino noturno praticamente todos os alunos trabalham ou fazem
estágio, sendo poucos os que não exercem nenhuma atividade.
O Colégio vem observando a preocupação de pais e alunos com o mercado de
trabalho e procura de cursos profissionalizantes por parte dos alunos, que possuem idade
para entrar formalmente no mercado de trabalho ou como Menor Aprendiz.
Temos alunos oriundos de famílias “desestruturadas”, um problema que se tornou
comum atualmente em nossa sociedade, os mesmos moram com avos, tios, apenas com a
mãe ou pai (com companheiro dos mesmos ou não), alguns que moram com “mãe social”,
além de alguns alunos já casados ou amasiados (sendo que muitos são menores de
idade).
Podemos observar também que é cada vez maior o número de adolescentes
grávidas neste Colégio, mesmo recebendo orientações de educação sexual por
profissionais competentes.
São raros os casos de alunos que vieram transferidos de escolas particulares.
Observa-se que grande parte dos alunos opta por estudar no Colégio devido à
proximidade de sua residência.
Quando realizadas reuniões com a comunidade escolar pode-se perceber que
todos esperam com ansiedade pela ampliação e melhoria do colégio, devido ao pequeno
número de turmas em relação ao número de crianças e adolescentes que vivem no bairro.
Quando questionados os pais apresentaram suas expectativas em relação ao
Colégio:
•Maior comprometimento da família em ajudar os alunos com a questão da convivência
social;
•Educação de qualidade;
•Preparação para o mercado de trabalho;
•Maior segurança para toda comunidade escolar;
•Preparação para o vestibular;
•Nortear sua educação pelos princípios éticos, estéticos e políticos.
•Evitar a falta de professores, acabando com as aulas vagas;
•Melhoria da infra-estrutura e recursos materiais;
•Maior união entre Governo Federal, Estadual e Municipal, pois são muitas as
necessidades físicas do Colégio;
•Construção urgente de mais salas de aula;
•Construção urgente de laboratórios, para as disciplinas básicas do Ensino Médio ( Física,
Química e Biologia).
•Construção urgente de uma Biblioteca melhor equipada e com espaço maior para a
realização de pesquisa;
•Construção urgente de um muro para isolar a quadra de esporte da escola evitando que
outras pessoas que não são alunos da escola permaneçam no local no horário das aulas
de Ed. Física
Quanto ao acompanhamento escolar dos alunos é necessário que os pais estejam
sempre no colégio, independente de reuniões escolares. Cada pai deve saber de sua
responsabilidade, ou seja, acompanhar frequentemente seu filho, incentivando-o a
respeitar os professores e funcionários do colégio, conversando com o mesmo sobre suas
dificuldades.
Atualmente
o
colégio
está
desenvolvendo
com
acompanhamento dos pais os seguintes projetos:
•FERA;
•JOCOP’S;
•COM CIÊNCIA;
•Projeto Horta na Escola;
•Projeto JÓIA (Jogos Internos do Colégio Agalvira)
•Palestra sobre Saúde junto ao posto
•Expedições Científicas
•Semana da feira Cultural
o
conhecimento
e
1.8 Histórico da Instituição
O nome do estabelecimento é Colégio Estadual Prof.ª Agalvira Bittencourt Pinto Ensino Fundamental e Médio, localizado à Rua Andorinhas, 640 no bairro Jardim
Industrial, na cidade de Araucária - PR CEP 83.706-130, fone (41) 3643-1361, email:[email protected].
O Colégio Estadual Professora Agalvira Bittencourt Pinto – Ensino Fundamental e
Médio, localizado no Jardim Industrial, Município de Araucária - PR, foi criado no dia 18 de
fevereiro de 1.981, pelo Decreto nº. 2.598/81. É um estabelecimento de ensino civil,
mantido pelo Governo do Estado do Paraná, e tem por finalidade proporcionar ao
educando a formação necessária ao desenvolvimento de suas capacidades e
potencialidades, como elemento de auto-realização, variando em conteúdos e métodos,
segundo as fases de desenvolvimento dos alunos.
Os diretores do Colégio Estadual Prof.ª Agalvira B. Pinto – Ensino Fundamental e Médio
foram: ( após a Estadualização)
Ano de Gestão
Diretores (Gestores)
Mirian Zanette de Liz Senzi,
1998 a 2001
Carlos Alberto de Carvalho
Carlos Alberto de Carvalho
2002
Ricardo Manoel Koenig Veiga
Laiz Silveira de Morais
2003
Creide Aparecida Cavalari Policarpo
Creide Aparecida Cavalari Policarpo
2004 a 2005
Elenice Pierre Borri
Anilcéia Araújo de Sousa
2006 a 2008
Gislene Seledes Busch Jorge
2009 a 2011
Gislene Seledes Busch Jorge
Luiz Gustavo Yung
1.9 Organização da Hora-atividade: Problemas e Possibilidades
A hora-atividade é o tempo utilizado pelo corpo docente para estudos, planejamento,
avaliação do trabalho didático, reunião, articulação com a comunidade e outras atividades
de caráter pedagógico.
Este também é o espaço em que o pedagogo contribui para o aperfeiçoamento do
processo pedagógico desenvolvido pelo professor em sala de aula, através do
acompanhamento, estudo e orientação.
Salienta-se que são muitas as atividades a serem realizadas, sendo que o tempo é
reduzido, mas na medida do possível procura-se fazer um trabalho sistemático com todos
os professores coletando os dados de cada turma e buscando soluções conjuntas. Desta
forma busca-se maior conhecimento sobre a situação do aluno e tomada de decisões
conjuntas.
1.10 Problemas e Necessidades da Escola no Atual Contexto Social
O Brasil nas últimas décadas vem ampliando suas relações econômicas, culturais e
políticas com o restante do mundo, inserindo-se mais profundamente no contexto da
globalização e do capitalismo financeiro.
Apesar dessa maior integração, nosso país continua sendo classificado como
emergente (dependendo do autor também utiliza-se os termos NIC’S ou subdesenvolvido
industrializado). Apresenta gravíssimos problemas sociais e econômicos que são grandes
empecilhos para o nosso desenvolvimento. Possui uma sociedade caracterizada por uma
elevada concentração de renda (índice GINI / 2004 – 10º pior / maior desigualdade social
do mundo), pesada carga tributária (o Brasil tem carga tributária de país desenvolvido, mas
os serviços públicos prestados são de baixa qualidade), juros elevadíssimos (maior juro
real do mundo), elevado grau de corrupção, grande endividamento interno e externo
(dívida interna – um trilhão de reais / 2005 e dívida externa – 181 bilhões de dólares /
agosto – 2005) e pífio crescimento econômico nos últimos anos (bem abaixo dos países
emergentes e da média mundial. Brasil = 2,3% - 2005, média dos países emergentes =
6,4% - 2005 e mundo = 4,3% - FMI 2005) e ainda sem citar os gargalos na infra-estrutura
como um todo.
O estado do Paraná insere-se nesse contexto sócio-econômico nacional com
algumas especificidades, destacando-se como um grande produtor agrícola (agronegócios,
etc.) e também a partir dos anos noventa, instalou-se um considerável pólo automobilístico
na Região Metropolitana de Curitiba ampliando e diversificando seu Parque Industrial.
O município de Araucária, já beneficiado por sediar a Refinaria Presidente Getúlio
Vargas desde a década de setenta, (cuja ampliação da mesma nos próximos anos
impulsionará ainda mais a economia local) e suas indústrias satélites beneficiou-se dessa
ampliação do Parque Industrial da Região Metropolitana de Curitiba, tornado-se o segundo
município em arrecadação do estado.
Dentro desse contexto sócio econômico brevemente citado acima, insere-se o
Colégio Estadual Agalvira B. Pinto. Apesar deste estabelecimento de ensino estar
localizado num município “rico”, a instituição mantenedora é o Governo estadual, e
portanto, os benefícios da riqueza municipal são praticamente irrelevantes.
A maioria das escolas estaduais apresentam problemas gravíssimos, tais como:
•Estrutura precária (telhas quebradas, banheiros mal conservados, quadra aberta, onde
qualquer pessoa pode ter acesso, entre outros);
•Recursos didáticos precários, além da necessidade urgente de maior
O momento histórico caracterizado pela sociedade do conhecimento exige uma
educação pública de qualidade que possibilite uma transformação social, no sentido mais
amplo da palavra (cidadania plena, emancipação, etc.).
Diante disso, sabe-se que a escola pública, via de regra, não consegue preparar os
alunos para enfrentar os desafios do século XXI. A esperança de uma educação
transformadora para a população desprivilegiada do Brasil é algo que encontra-se no
campo da utopia (as pesquisas provam que foi ampliado o acesso a escola, porém a
qualidade é bastante questionável... Será que ocorreu uma verdadeira democratização do
ensino no Brasil?). Vivendo as políticas neoliberais adotadas pelo país após a década de
noventa, percebe-se que os investimentos urgentes no campo social como um todo não
estão sendo realizados. O Brasil está cumprindo a sua receita ortodoxa econômica /
financeira, mas as mudanças estruturais que possibilitarão um desenvolvimento pleno
ainda estão por vir. Nós estamos tentando construir uma escola de qualidade, tentando
superar os percalços do dia a dia e formar cidadãos críticos para o mundo.
1.11 Caracterização do Município
Integrado à Região Metropolitana de Curitiba, no primeiro Planalto paranaense,
ocupa uma área de 460,85 km², situa-se a 857 metros do nível do mar. O Município de
Araucária, faz parte do centro mais ativo e desenvolvido do Estado, com área de influência
em crescente expansão e destaque na Região Sul do País.
Estrategicamente localizado em relação ao Mercosul, o centro industrial de
Araucária – CIAR, com 46.137.500,00 m² de área destinada ao pólo industrial, sediando as
indústrias já instaladas e reservadas as novas implantações, conta com matéria prima
local, disponível para atender, principalmente a agroindústria e a petroquímica.
Situada às margens do Rio Iguaçu, é cortada pela BR 476-rodovia do Xisto, via de
interligação da região Sudoeste do País. Está a 27 km do centro de Curitiba.
Nasceu de uma concentração de Imigrantes Eslavos, voltados inicialmente para a
agricultura pelas condições propícias do clima e o solo o cultivo de culturas como o trigo,
milho, batata, hortaliças, fruticultura e avicultura.
Com a implantação da Refinaria Presidente Getulio Vargas – REPAR, na década de
70, a cidade começou a sofrer influências do desenvolvimento industrial, servindo de sede
a novas indústrias, com geração de empregos e deslocamento de trabalhadores da área
rural para a urbana.
Adaptou-se ao processo de industrialização mantendo suas características agrícolas
o que a tornou um importante pólo agroindustrial.
A população é de 94.258 habitantes (segundo o senso de 2000), formada por
descentes dos primeiros habitantes da região (luso brasileiros, índios e negros) por
descendentes de imigrantes poloneses, italianos, ucranianos, sírios, alemães, japoneses e
por migrantes vindos de outras regiões, atraídos pela industrialização, a partir da década
de 1970.
São adotadas como cores oficiais representativas do município: O branco, o verde e
o azul.
As atividades turísticas do município apresentam atrativos como:
- Teatro da Praça;
- Casa do Cavalo Baio;
- Aldeia da Solidariedade;
- Igreja de São Miguel;
- Parque Romão Wachowicz;
- Casa da Cultura;
- Igreja Matriz Nossa Senhora dos Remédios;
- Parque Cachoeira;
- Museu Tindiqüera;
- Pinheiro de Proveta;
- Ponte do Rio Iguaçu;
- Museu Zinmbábwe;
- Portal Polonês;
- Horto Florestal municipal de Guajuvira;
- Roteiro de Turismo Rural, entre outros.
2. FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS
O homem é um ser natural que nas inter-relações produz sua existência enquanto
espécie e sujeito singular.
Essa evolução é constante e nunca retorna ao ponto de partida. O homem interage
com os outros homens através do uso da linguagem, necessitando manter contatos
sociais, ou seja, estar vivendo e aprendendo dentro de um contexto chamado sociedade.
Assim, transforma a sociedade, por meio do trabalho e produz idéias que expressam o
desenvolvimento das relações e atividades reais.
O homem, só é plenamente homem se for cidadão, pois cidadania é
uma
qualificação do exercício da própria condição humana, ou seja, nossos direitos civis,
políticos e sociais.
As formas de pensar, sentir e exercer, sua cidadania refletem na sociedade em
que vive em diferentes momentos históricos. Neste Estabelecimento de Ensino, busca-se
vivenciar a condição de cidadão com atividades que desenvolvam o espírito patriótico e
manifestações de conscientização social para que haja efetivamente um plano de ação
que reflita efetivamente na sua condição de cidadão.
Cabe ressaltar que os homens estabelecem relações entre si de desigualdade e
podemos concluir com isso que a cidadania não é um dado pronto e acabado, mas uma
condição a ser conquistada historicamente para que todos possam a exercê-la de forma
significativa. A sociedade é constituída também dentro de uma concepção histórica, sendo
necessário compreender o que está posto hoje e como for esta em outros tempos. Então,
para cada sociedade, surge novos homens também dispostos
pensar e repensar a
sociedade em que esta inserido.
Faz-se necessário entender que a educação enquanto atividade humana, também
é permeada e marcada pelas contradições inerente ao processo de existência material e
cultural do coletivo de homens.
Nesta
perspectiva,
o
processo
ensino-aprendizagem
compreendido enquanto processo amplo, contínuo e dinâmico.
deste
Colégio
é
Amplo, porque ocorre em todas as relações que os indivíduos possam estabelecer
uns com os outros e com a natureza;
Dinâmico e contínuo, pois se estabelece a partir da luta pela sobrevivência, que
se realiza cotidianamente, através do trabalho, ação intencional e planejada dos homens,
através do qual a humanidade produz saberes, valores, normas, culturas, símbolos,
linguagens, enfim, conhecimentos e ainda, a própria existência.
Diante disso, o processo educativo no interior do estabelecimento deverá buscar
elementos que estabeleçam relações com a realidade do aluno, fazendo-o atuar como
sujeito principal no processo educativo e os conhecimentos científicos repassados no
cotidiano escolar. Desta forma, deve-se valorizar os diversos níveis de conhecimentos
trazidos por eles nas mais diferentes formas de relações sociais. Cabe ressaltar que a
educação é fundamental para a socialização, pois é através dela que ocorre a troca de
conhecimentos e sua formação humana, compartilhando conhecimentos que foram
adquiridos pelo homem ao longo da história.
Portanto, pode-se situar que a linha Filosófica deste Estabelecimento é
Progressista – Interacionista, pois traz em sua essência a abordagem do Teórico Vigotski.
Este contribui com suas concepções na construção social e cognitiva do ser humano.
Diante disso, o Colégio Agalvira identifica-se com esta linha, porque visa o
desenvolvimento, o progresso, o crescimento de toda comunidade escolar e a construção
de um projeto de vida.
No que diz respeito ao “Projeto de vida”, Piaget afirma que a personalidade
começa a se formar no final da infância, entre 8 e 12 anos, com a organização autônoma
de regras, dos valores, a afirmação da vontade.
Esses aspectos subordinam-se num sistema único e pessoal e vão se exteriorizar
na construção de um projeto de vida (BOCK, 202, p.106).
Esse projeto é que vai nortear o indivíduo em sua adaptação ativa à realidade que
ocorre através de sua inserção no mundo do trabalho ou na preparação para ele através
de um plano de ação.
No que diz respeito ao interacionismo, o Colégio possui ação marcante em seu
cotidiano.
É a ação entre sujeitos, o auxílio mútuo, a cooperação coletiva em prol de um
único objetivo que é o aluno.
Também é necessário propiciar o exercício da cidadania, respeitando as
diversidades culturais, étnicas e religiosas reveladas na comunidade.
Este é um desafio a ser conquistado nas ações cotidianas, através do estímulo, a
participação das aulas, utilização das dinâmicas e na medida do possível, na
contextualização dos conteúdos curriculares.
Dessa forma os trabalhos são construídos de forma a assegurar que os
encaminhamentos relativos à transformação que ocorrerá no âmbito escolar sejam
coerentes com a proposta de auto – conhecimento, conhecimento de outros indivíduos e
da realidade social.
Aos profissionais de educação compete proporcionar o acesso do educando ao
conhecimento científico-filosófico, sistematizado, articulado com os interesses de classe do
aluno de Escola Publica e uma concepção de mundo claro em que professor e aluno são
sujeitos sociais. Para isso, é preciso um projeto educativo que resgate a importância de
idealizar a transformação social através da realidade completa.
3. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
A educação é uma questão muito abrangente, nesse sentido faz-se necessário
abordá-la sobre dois aspectos: a visão filosófica e visão pedagógica.
Visão Filosófica de Educação - A opção sustentada é pela linha marxista, onde
pensar em educação implica em resgatar a história do Homem enquanto sujeito histórico,
pois ela tem suas origens nesse processo.
Desde os mais remotos tempos, o homem esteve interagindo com a natureza pelo
trabalho, modificando-a e satisfazendo suas necessidades. Nestas relações com a
natureza e também com os outros homens, o ser humano permanece em constante
construção, no espaço social e no tempo histórico, produzindo conhecimento, de forma
intencional, pois a capacidade de planejar é o que define a essência humana.
O homem acumulou conhecimentos e como garantia de sobrevivência, transmitiu
aos descendentes a sua cultura. Com a produção em escalas o homem precisou dividir as
tarefas, incumbindo alguém para o trabalho de transmitir conhecimentos. Neste momento,
formaliza-se a educação, fenômeno próprio do ser humano, como exigência do e para o
processo de trabalho.
Segundo SEVERINO, a educação é “a mediação universal da existência
histórica dos homens através da qual as novas gerações se introduzem no universo
das práticas que viabilizam a existência.” Tais práticas consistem na prática produtiva o trabalho; na prática social - a participação política e na prática simbólica - a produção e
fruição da cultura simbólica.
A educação, enquanto prática simbólica exige uma reflexão sobre o seu papel como
processo social de trabalho na construção da cidadania.
O papel da educação deve ser de colocar-se a serviço da nova formação social em
gestação no seio da velha formação até então dominante. Daí o porquê de a educação ser
encarada como instrumento de luta.
“O
trabalho
educativo
é
o
ato
de
produzir,
direta
e
intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é
produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens. Assim,
o objeto da educação diz respeito, de um lado a identificação dos
elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da
espécie humana para que eles se tornem humanos e, de outro lado,
concomitantemente, à descoberta das formas mais adequadas para
atingir esse objetivo. A identificação dos elementos culturais que os
indivíduos da espécie humana necessitam assimilar, diz respeito a
distinguir entre o essencial e o acidental, o principal e o secundário; o
fundamental como essencial, e o acessório. Aquilo que se firmou como
fundamental, como essencial é o clássico. Pode, pois se constituir num
critério útil para a seleção dos conteúdos do trabalho pedagógico”.
(SAVIANI, Dermeval 1984, p. 27).
Para que cada aluno tome conhecimento, da cultura produzida historicamente, é
preciso fazer a descoberta de formas adequadas de desenvolvimento de trabalho
pedagógico e da organização dos meios que inclui os conteúdos significativos e
contextualizados, tempo, espaço e procedimentos.
Visão Pedagógica de Educação - A institucionalização do pedagógico através da
escola, coloca - a numa situação privilegiada, a partir da qual podemos detectar a
dimensão pedagógica que subsiste no interior da prática social global. Sendo assim, o
papel da escola consiste na socialização do saber sistematizado, elaborado com base em
dados científicos, metódico, não fragmentado. Entretanto cabe à escola organizar-se com
o espaço de construção do saber- experiências, pesquisas, resolução de problemas e
desafios.
Numa perspectiva crítica de educação, pretende-se um ensino de qualidade,
acessível a todos, que promova a apropriação dos conhecimentos historicamente
acumulados pela humanidade e que contribua para a superação das relações sociais
desiguais e injustas na nossa sociedade.
São muitas as transformações ocorridas a partir da década de 80 e que determinam
o redimensionamento da ação educativa. Apesar das dificuldades a escola procura
acompanhar os avanços teóricos decorrentes das mudanças que atuam no âmbito do
discurso educacional e da própria conjuntura econômica.
“O homem não se faz homem naturalmente, ele não nasce
sabendo ser homem, vale dizer, ele não nasce sabendo sentir, pensar,
avaliar, agir. Para saber pensar e sentir, para saber querer, agir ou
avaliar é preciso aprender o que implica o trabalho educativo. Assim, o
saber que diretamente interessa à Educação é aquele que emerge
como resultado do processo de aprendizagem, como resultado do
trabalho educativo”. SAVIANI Dermeval (1984 ,p.14).
Os profissionais da educação, de forma ansiosa, buscam uma formação continuada
mais crítica tendo como objetivo a formação de um cidadão mais participativo responsável
e criativo, sintonizado com as exigências da atualidade nos vários setores, principalmente
o educacional.
A formação de nossos alunos envolve a incorporação de uma nova pedagogia
fundamentada numa concepção mais crítica das relações existentes entre educação,
sociedade e trabalho.
Compreender e analisar a educação sugere reconhecê-la como uma prática inscrita
e determinada pela sociedade, implica entender que, embora condicionada, a educação
pode contribuir para transformar as relações sociais e suas múltiplas determinações; na
medida em que conseguir afirmar a todos um ensino de qualidade, comprometido com a
formação de cidadãos conscientes de seu papel em uma sociedade democrática, justa e
igualitária. Conforme afirma Luckesi “É importante o resgate da essencialidade da escola,
que segundo a contribuição da pedagogia Histórico-Crítica, passa pela democratização do
acesso à educação escolar” .
Nosso Estabelecimento de Ensino busca ser uma instituição transformadora,
autônoma e emancipadora visando a preparação de nossos alunos para uma inserção
crítica e criativa no mundo.
Fundamentado nessa concepção, o trabalho docente propõe mudanças que
garantam a qualidade pretendida pelo ensino e, coerente com esse pressuposto, procura
garantir ao aluno o acesso ao conhecimento sistematizado, socialmente acumulado.
Compreendemos a aquisição do conhecimento como decorrência das trocas que o aluno
estabelece na interação com o meio natural, social e cultural. O professor exerce a
mediação desse processo e realiza a articulação, tendo em vista a assimilação crítica e
ativa de conteúdos significativos, atualizados e contextualizados.
Os métodos de ensino passam a
fundamentar-se nos princípios da psicologia
cognitiva, que privilegia a atividade e iniciativa dos alunos; procuram favorecer a autonomia
e transferência da aprendizagem, visando não apenas o aprender a fazer, mas sobretudo,
construindo o seu próprio conhecimento.
Segundo Saviani a concepção pressuposta nesta visão da Pedagogia Histórico –
Crítica é o materialismo histórico, ou seja, a compreensão da história a partir do
desenvolvimento material. “Pedagogia Histórico – Crítica” é o empenho em compreender a
questão educacional a partir do desenvolvimento Histórico.
Para auxiliar os processos de ensino aprendizagem, se faz necessário, por causa do
apelo visual e da quantidade de informações presentes na vida dos alunos, a utilização de
materiais e recursos de apoio.
O colégio possui como recurso de tecnologia e informação, aparelho de televisão,
vídeo cassete, DVD e rádios com Cd Player, que são utilizados como meios que possam
favorecer, juntamente com a mediação do professor, o aprendizado dos conteúdos
sistematizados, além da racionalização de conhecimentos do seu cotidiano.
Em nosso Estabelecimento de Ensino está prevista a instalação de uma sala de
informática e construção de um laboratório de química/biologia com a finalidade de
proporcionar estratégias mais adequadas para favorecer a aprendizagem, não se tratando
da informatização de ensino, que reduz as tecnologias a meros instrumentos de instrução
dos alunos, mas sim de incorporação das tecnologia na escola, lidando com a diversidade,
a abrangência e a rapidez de acesso às informações e propiciando novas possibilidades
de comunicação e interação.
Portanto, a organização do trabalho escolar assume um caráter cooperativo e
participativo, buscando assegurar ao corpo docente a autonomia. O papel da Equipe
Pedagógica é de dinamizar os processos necessários à implementação da proposta
educativa junto aos professores.
Uma formação sólida no Ensino Fundamental e Médio provoca alteração qualitativa
na compreensão da prática social e cria possibilidades de intervenção na realidade.
Podemos então concluir que a educação contribui para a modificação das relações que
permeiam o mundo no qual o aluno está inserido.
É necessário que os educadores sejam comprometidos para que juntos possamos
cumprir nossa função de formadores de pessoas críticas prontas para exercer sua
cidadania com excelência.
4. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 expressando o princípio
constitucional de Gestão Democrática do ensino publico, atribui como uma das primeiras
incumbências da escola, a responsabilidade de elaborar e executar a Proposta Pedagógica
estabelecendo, como princípio da gestão democrática, a autonomia e participação.
A construção da gestão democrática exige o reconhecimento de que é pôr meio da
prática pedagógica cotidiana das escolas que se expressa a política educacional, deve ser
resultante da participação da comunidade escolar nas discussões que subsidiam a sua
elaboração
pelo fato de que a escola existe para a comunidade, é a garantia da
participação de todos os segmentos nas decisões e encaminhamentos, em que a escola
deve ser sensível às demandas e anseios da comunidade. Para isso, deve buscar meios
de participação, em que cada grupo possa expressar suas idéias e necessidades, sendo
um espaço público de construção e vivência da cidadania. Portanto a escola é o espaço
onde se tem a democracia como estilo de trabalho no âmbito de todos os contextos da
vida escolar, assumindo-se a escola como uma comunidade onde se observam os
princípios de igualdade, justiça, participação. Sendo assim a Gestão Democrática é um
processo político através de decisões tomadas no dia a dia da escola, encaminhamentos
são definidos, ações são executadas, acompanhadas e avaliadas de maneira coletiva,
contando com todas as pessoas que participam da vida escolar. É de suma importância a
participação efetiva do maior número possível de pessoas de todos os segmentos da
comunidade escolar; o respeito e a garantia de implementação da vontade da maioria;
garantia do pleno acesso as informações a todas as pessoas da escola (professores,
funcionários, alunos e familiares). Por esta razão AZANHA afirma “a existência de uma
Proposta Pedagógica produzida coletivamente e assumida como a diretriz que pauta
as atividades desenvolvidas por todos os segmentos da escola pode-se dizer que é
condição básica para a autonomia escolar.”
Queremos uma sociedade mais humana, igualitária, em que haja distribuição de
renda mais digna, com acesso à educação, saúde, lazer e moradia. A gestão democrática
é o melhor caminho para se articular o trabalho realizado no Colégio com o processo de
democratização da sociedade, só se efetivará se houver compromisso de todos, que
norteiam o sucesso educativo. Concluem os professores, como também concordam nas
discussões da reelaboração do Projeto Político Pedagógico, que a escola deve ser espaço
não só de participação, mas também de formação da comunidade escolar, e para isso, é
necessário assessoria sistemática, garantida pela mantenedora (SEED), a qual deve
garantir espaços físicos, recursos humanos, materiais e manutenção do colégio, para que
se garanta uma participação efetiva de todos.
Para que se efetive a pedagogia da qualidade e de acordo com os princípios
estéticos, políticos e éticos da LDB, sistematizados anteriormente, as escolas de Ensino
Fundamental e Médio observam, na gestão, na organização curricular e na prática
pedagógica e didática as seguintes diretrizes que são os Princípios Pedagógicos:
identidade, diversidade e autonomia.
A produção da existência humana realiza-se também pela via da objetividade e da
especificidade na apropriação dos elementos culturais que se materializam nos
conhecimentos científicos. Esta especificidade é garantida pela escola enquanto instituição
social, responsável pela socialização dos conhecimentos científicos, historicamente
construídos. Para que possamos oferecer aos nossos jovens uma prática em sala de aula
a qual garanta uma pedagogia com qualidade, nosso Colégio se articula no processo
educacional, para desenvolver com a participação dos professores
e da comunidade,
alternativas próprias, visando, sobre tudo ofertar uma qualidade de ensino, cuja forma
metodológica será dentro do possível a interdisciplinariedade visando uma educação de
qualidade, um aluno crítico, participativo.
A identidade supõe uma inserção no meio social que leva à definição de vocações
próprias, que se diversificam ao incorporar as necessidades locais e as características dos
alunos e a participação dos professores e das famílias no desenho institucional
considerado adequado para cada escola. É necessário que as escolas tenham identidade
como instituições de educação de jovens e que essa identidade seja diversificada em
função das características do meio social e da clientela.
A diversificação deverá se efetivar por um sistema de avaliação que permita o
acompanhamento dos resultados, tomando como referência às competências básicas a
serem alcançadas pelos alunos, conforme a LDB e algumas diretrizes.
A diversidade reconhece que para alcançar a igualdade, não bastam oportunidades
iguais. É necessário também tratamento diferenciado. Dessa forma, a diversidade é
necessária para contemplar as desigualdades nos pontos de partida dos alunos, que
requer diferenças de tratamento como forma mais eficaz de garantir a todos um patamar
comum nos pontos de chegada.
O presente Projeto Político Pedagógico é também a forma pelo qual a autonomia se
exerce. Os educadores deste estabelecimento concordam que a sua eficácia depende de
conseguir
pôr em prática um processo
permanente
de mobilização
para alcançar
objetivos compartilhados. Mas a autonomia também depende da qualificação permanente
dos educadores e também dos funcionários como um todo.
A interdisciplinariedade está se manifestando nesse momento como contínua
busca de novas idéias de novos conceitos que servem como impulso para nossas ações,
mesmo não sendo recente está se manifestando neste momento histórico, pela tomada de
consciência de que, cada vez mais, se percebe a fragmentação dos conteúdos em todas
as escolas do país. Encontramo-nos despreparados para enfrentar os problemas globais
que envolvem o processo ensino - aprendizagem. A proposta de interdisciplinariedade
exige uma postura criativa e ousada, é uma concepção baseada na interdependência entre
as diversas áreas do conhecimento, é necessário que a especificidade de cada conteúdo
seja garantida e, ao mesmo tempo, integrará num todo harmonioso, significativo e
contextualizado. É necessário garantir que a visão do todo não se perca, quanto mais se
avança em relação à apropriação do conhecimento mais se deve ter uma visão
globalizada.
É necessário que o profissional da educação adote uma atitude interdisciplinar, para
isto é preciso ver o todo, ao se estabelecer relações é possível analisar, entender e
explicar fenômenos passados e presentes.
A interdisciplinariedade
pode ser também compreendida se considerarmos a
relação entre o pensamento e a linguagem, descoberta pelo estudo sócio-interacionista do
desenvolvimento e da aprendizagem, fica mais compreensível quando se considera que
todo o conhecimento mantém um diálogo permanente com outros conhecimentos, que
pode ser de questionamento, de confirmação, de complementação, de negação, de
ampliação, de iluminação de aspectos não distinguidos. Portanto é importante para que os
alunos aprendam a olhar o mesmo objeto sob perspectivas diferentes isto é de forma
interdisciplinar.
Para que se efetive a construção do conhecimento e a relação entre aprendizagem
e desenvolvimento pela comunidade escolar, tanto do professor quanto do aluno,
funcionário e pais diante de uma atitude interdisciplinar, viabilizada pela “curiosidade
cientifica”, de forma: dinâmica; criativa; crítica; espontânea; comprometida; autônoma,
contextualizada; investigativa; prazerosa; desafiadora; original e lúdica, é que se dá a
apropriação do conhecimento.
A
contextualização
é
uma
estratégia
fundamental
para
construção
de
significações. Contextualizar o ensino significa incorporar vivências concretas e
diversificadas, incorporar o aprendizado em novas vivências vinculadas à realidade, leva-lo
à compreender a relevância e aplicar o conhecimento para entender os fatos, tendências,
fenômenos, processos que o cercam. O conteúdo que se quer aprender, significará
assumir que todo conhecimento envolve uma relação entre o sujeito e o objeto, enfocando
o contexto do trabalho, da cidadania, etc.
Um novo perfil de sociedade e de profissionais está se delineando como
conseqüência do impacto da tecnologia da informação que atingiu a todos nós.
Temos consciência que é preciso entrar na era do conhecimento e da digitalidade
para poder acompanhar o mundo moderno. É preciso reconhecer a informática como
ferramenta para novas estratégias de aprendizagem, capaz de contribuir de forma
significativa para o processo de construção do conhecimento, nas diversas áreas. A
perspectiva é de uma aprendizagem permanente, de formação continuada, considerando
como elemento central dessa formação a construção da cidadania em função dos
processos sociais que se modificam.
Portanto é necessário rever a nossa prática educacional, resignificar os conteúdos,
estratégias, a organização da sala de aula, da escola, a relevância dos temas abordados,
os recursos didáticos adotados, esta é a grande tarefa de todos nós educadores em
desenvolver tais qualidades estratégicas para que a apropriação dos conteúdos se efetive
pelo aluno.
Concluímos coletivamente, após estudos e discussões o Projeto Político
Pedagógico que é a própria escola que exerce a sua autonomia em busca do saber,
transformando-o em matéria-prima e adequando-o às condições reais de seus alunos.
Contribuindo assim para a formação dos alunos. Portanto quanto mais se avança em
relação à apropriação do conhecimento mais se tem uma visão globalizada.
5. OBJETIVO DO COLÉGIO
O desenvolvimento do trabalho escolar é o aprimoramento do educando como
pessoa humana é o objetivo principal deste Estabelecimento.
Diante disso, inclui-se a formação ética, o desenvolvimento da autonomia intelectual
do pensamento crítico, lugar privilegiado no sentido de proporcionar uma formação para a
democracia, bem como a preparação básica para que o aluno seja capaz de adaptar-se
com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores.
No ensino fundamental o principal objetivo é desenvolver a capacidade de aprender,
tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, escrita e do cálculo, além de
desenvolver a capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimento
de atitudes e valores. Sendo assim o objetivo da educação básica é promover o
desenvolvimento pessoal do aluno tornando-o capaz de tomar decisões e intervir
socialmente ao longo de sua vida, resultando assim em um sujeito crítico, capaz de
solucionar problemas e tomar decisões.
Garantir às classes populares o acesso ao saber sistematizado, dando-lhes
condições de apropriar-se dos conhecimentos científicos, mediados pela realidade,
podendo impulsionar ações e organizações que permitam a busca por uma sociedade
mais igualitária, sendo que os valores básicos que norteiam a gestão, a prática pedagógica
e didática, a organização curricular do nosso Colégio, conforme o parecer 15/98, da
Resolução 03/98-CEB/CNE e a Resolução n.º 3492/98, são: sensibilidade, igualdade e
identidade.
A estética da sensibilidade: estimula a criatividade, o espírito inventivo, a
curiosidade pelo inusitado, a afetividade, valorizando a leveza, a delicadeza e a sutileza,
pelo reconhecimento e valorização da diversidade da cultura brasileira. A estética da
sensibilidade educa pessoas para saberem transformar o uso do tempo livre num exercício
produtivo. À valorização da qualidade e a busca do aprimoramento permanente, a estética
associa-se ao prazer de fazer bem feito e a insatisfação com o razoável. A estética da
sensibilidade, é uma atitude diante de todas as formas de expressão, não excluindo outras
estéticas.
Política da igualdade: é o reconhecimento dos direitos humanos e o exercício dos
direitos e deveres da cidadania, “direito à saúde, educação, emprego e outros benefícios e
no combate a todas as formas de preconceito e discriminação. A política da igualdade, se
traduz pela compreensão e respeito ao estado de direito e seus princípios constitutivos na
Constituição, fortalecendo uma forma contemporânea de lidar com o público e o privado. O
respeito ao bem comum com protagonismo, se constitui uma das finalidades mais
importantes da política da igualdade e se expressa por condutas de participação e
solidariedade, respeito e senso de responsabilidade, pelo outro e pelo público. A política da
igualdade deve ser praticada na garantia de igualdade de oportunidades e de diversidade
de tratamentos dos alunos e dos professores para aprender a aprender a ensinar os
conteúdos curriculares”.
A ética da identidade: essa ética se constitui, educar é reconhecer a identidade
própria e do outro, é um processo de construção de ambas as identidades.
Também se pretende resgatar a intencionalidade da ação educativa, superando o
caráter fragmentado das práticas no interior do colégio, fortalecendo toda a comunidade
escolar para enfrentar conflitos e contradições, gerando assim esperança, solidariedade e
parceria.
Portanto, os objetivos de formação no nível do Ensino Médio priorizam a formação
ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico. O que se
deseja é que os alunos desenvolvam objetivos básicos que lhes permitam desenvolver a
capacidade de continuar aprendendo para o exercício de sua cidadania. Conforme cita
Angel Pino que “a apropriação do conhecimento, por ser constitutiva da condição
humana, é um direito humano fundamental e, por isso mesmo, uma exigência da
cidadania.”
6. TECNOLOGIA
O Colégio Estadual Prof.ª Agalvira B. Pinto – Ensino Fundamental e Médio
ofertará, a partir deste ano letivo, a inclusão digital, pois com a construção do Laboratório
de Informática, através do Projeto Paraná Digital, teremos à disposição de alunos e
comunidade escolar 20 computadores.
Estes equipamentos terão por objetivo enriquecer as aulas dos professores e
conseqüentemente, os alunos, bem como toda a comunidade escolar.
7. CONCEPÇÃO CURRICULAR
Na acepção mais clássica o currículo é o programa das atividades planejadas,
devidamente seqüenciadas, ordenadas metodologicamente com vistas a resultados
pretendidos de aprendizagem.
Trata-se de um guia útil para orientar a prática pedagógica, proporcionando
informações concretas sobre o que ensinar e como e quando avaliar. Dentro de uma
perspectiva mais atual, o currículo proporciona também valores para que os alunos
melhorem a sociedade em que vivem.
Em discussões mais aprofundadas considerou-se superada a noção de currículo
que resume-se a objetivos, conteúdos, métodos e avaliação para o desenvolvimento de
saberes escolares. Esta é uma concepção reducionista de currículo, que contradiz a
pretensão de formação de um aluno crítico e transformador da realidade social. É
fundamental pensar o currículo de maneira mais ampla, refletindo sobre a seleção que não
é neutra dos conteúdos, métodos e objetivos, buscando a construção de uma identidade
própria do Estabelecimento de Ensino. Desta forma, o currículo deve levar em conta as
reais condições nas quais vai se concretizar: as condições do professor, dos alunos, do
ambiente escolar, da comunidade e das características materiais didáticos disponíveis.
Cabe ressaltar que na composição daquilo que é fundamental com relação ao
domínio de conhecimento pelos alunos, é importante a formação mais ampla, portanto
além do conhecimento científico é imprescindível a incorporação de saberes culturais e
sociais.
Neste sentido o currículo escolar abordará o conhecimento científico, de arte,
filosófico e sociológico.
No passado a abordagem curricular predominava o conhecimento científico com
vistas ao ingresso no mundo do trabalho. Percebe-se que há necessidade de uma
formação cultural humana mais ampla, portanto é indispensável uma reflexão e uma
abordagem histórica do conhecimento, bem como a Arte enquanto necessária à formação
de um sujeito criativo, visto que a mesma represente aspectos da totalidade da realidade
social.
7.1 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
A estrutura curricular proposta é a disciplinar, dando ênfase a base histórica das
disciplinas, ou seja, como foram constituídos os saberes, que interesses serviram ou ainda
servem no contexto histórico de sua constituição e de sua resignificação.
A interdisciplinariedade é construída a partir das disciplinas, da articulação dos
conceitos e metodologias que possibilitarão o processo investigativo de
determinado
conteúdo escolar.
“Importa, entretanto, que não se percam os referenciais das
ciências básicas, de modo que os conceitos possam ser relacionados
interdisciplinarmente, mas também no interior de cada disciplina. O
estudo das ciências humanas sociais em articulação com as ciências
da Natureza e Matemática, e das Linguagens podem contribuir para a
compreensão do processo histórico – social da reprodução do
conhecimento.” (FRIGOTTO, GAUDÊNCIO. Ano 2005 p. 121).
Outro aspecto a ressaltar é com relação a contextualização, pois a relação teoria e
prática contribui na construção do conhecimento, porém o professor deve ter cuidado para
não empobrecer esta construção limitada somente a vivência do aluno.
De acordo com o artigo 26 da lei n.º 9 394/96, “os currículos do ensino fundamental
e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada em cada sistema de
ensino e estabelecimento escolar por uma parte diversificada, exigida pelas características
regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela”.
No parágrafo 1º do artigo 26, a lei estabelece que “os currículos (...) devem
abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa, o conhecimento do mundo
físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil”.
Tal dispositivo, na prática, sugere como base nacional comum as disciplinas
tradicionalmente consideradas como necessárias e obrigatórias para a formação geral do
cidadão. São elas:
-Língua Portuguesa, incluindo literatura;
-Matemática;
-Ciências físicas, químicas e biológicas;
-História;
-Geografia.
Cumpre ressaltar que as duas últimas se destinam, conforme a Lei, ao
conhecimento da realidade social e política. Portanto, tanto a História quanto a Geografia
devem priorizar os aspectos sociais e políticos da sociedade, especialmente da sociedade
brasileira.
A Lei dedica um parágrafo especial (art. 26, § 4º) ao ensino da História do
Brasil, que deverá “levar em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias
para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e
européia”.
Entretanto, a base nacional comum vai além das disciplinas citadas, incluindo
mais quatro:
- O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos
níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento
cultural dos alunos.
- A educação física é componente curricular da educação básica, ajustando-se
às faixas etárias e às condições da escola.
- O ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários
normais da escola de ensino fundamental.
Quanto a parte diversificada a matriz curricular deste estabelecimento
apresenta as seguintes disciplinas:
-Língua estrangeira moderna (inglês), obrigatória, a partir da quinta série, e
ofertada dentro das possibilidades da instituição.
O mais indicado seria a oferta de diversas línguas estrangeiras modernas, para que
cada aluno pudesse optar pelo estudo daquela que fosse mais do seu agrado ou atender
mais aos seus interesses. Porém não tem-se estrutura para tal proposta.
A presença da Filosofia no Currículo do Ensino Médio é indispensável à elaboração
de referências que permitem a articulação entre os conhecimentos, a cultura, as
linguagens e a experiência dos alunos.
Cabe a esta disciplina esclarecer e contribuir na formação do aluno.
Seu ensino possibilita o pensamento crítico, o desenvolvimento da capacidade dos
alunos em formular questões e objeções de maneira organizada.
Sem dúvida, a prática de intrigar os alunos, provocá-los a discussões são mecanismos
que influenciam na produção do saber. Na exposição das aulas, a teoria e a prática é
sempre um procedimento necessário para reflexões e aprofundamento do saber.
Neste sentido, o ensino de Filosofia do Colégio Estadual Fazenda Velha possui
grande valor formativo na vivência educativa do aluno.
Já o ensino de sociologia é uma das formas de pensamento moderno que visa
contextualizar fatos históricos, econômicos, políticos e culturais.
Esta disciplina possibilita aos alunos compreender as diferentes forma de
organização social percebendo assim, seus valores, regras e normas, tornando seu meio
mais integrado e de maneira mais formal.
Quanto aos profissionais desta área, buscam ministrar suas aulas, vinculando temas
como: a cultura, o trabalho, entre outros que mostram os processos históricos, avanços e
formas sociais que se manifestam nos diferentes contextos.
Também
discussões,
debates,
leituras
de
textos
e
levantamento
de
questionamentos nas aulas, são mecanismos fundamentais à formação crítica dos alunos.
Neste sentido, o Colégio entende que, em linhas gerais, a aplicação de temas
sociológicos contribuem significativamente na formação de conceitos, na busca da
consolidação de direitos, de questionamentos sobre a vida política e de possibilidades de
mudanças no meio social em que os alunos estão inseridos.
7.2 GRADES CURRICULARES
O Colégio Estadual Prof.ª Agalvira B. Pinto – Ensino Fundamental e Médio segue
as seguintes Diretrizes Curriculares (Grade Curricular):
8. PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA
O Plano de formação continuada tem por objetivo aprimorar constantemente o
educador por meio de cursos oferecidos pela instituição mantenedora.
A avaliação da escola em seu conjunto se dá em reuniões realizadas em conjunto
com Direção, Vice Direção, Supervisão e Orientação Escolar juntamente com o Corpo
Docente, onde são avaliadas as atividades realizadas no período antecedente às reuniões
e, onde também são definidas quais atividades devem ser desenvolvidas no decorrer do
próximo período.
Para caracterizarmos melhor a avaliação do trabalho docente desenvolvemos
questionários de avaliação docente que são aplicados nas reuniões pedagógicas, pois
através dos levantamentos realizados é possível melhor analisar os pontos que denotam
maior cuidado e atenção e que interferem no bom andamento da escola.
Nota-se uma profunda dificuldade, ao trabalhar com os professores, a relação
teórico-prática existente no contexto educacional. Atualmente encontra-se um acumulo de
"acomodações" no âmbito do trabalho educativo realizado por este profissional, que
muitas vezes, trava a sua criatividade desenvolvendo a mesma prática educativa durante
anos, repetindo sua metodologia sem reanalisar possíveis mudanças, que em muitos
casos, seriam o segredo até mesmo para amenizar ou acabar com a polêmica questão da
indisciplina ocasionada em sala de aula, ponto este, tão discutido entre estes profissionais
de ensino. Tanta discussão para tentar sanar tal problema, sendo que a maior parte,
necessária para superação desta questão, encontra-se na mudança de métodos do
professor em sala de aula e é a partir deste ponto que a teoria entra em ação, pois é
através de leituras e releituras, que nada mais são do que escritas de uma prática positiva
reproduzidas nos livros, que podem estar auxiliando o profissional para uma significativa
melhora no contexto da sua prática no processo educacional.
Partindo destas questões podemos analisar a afirmação de Veiga:
“O desafio de colocarmo-nos diante do instrumental da
pesquisa e da educação, numa atitude prática-reflexiva,
criando e recriando instrumentos que viabilizem a
convergência entre o refletir e o agir conscientes. E de
fazer do espaço educativo um lugar privilegiado de
aprendizagem. Lugar este que possibilite aos sujeitos
da educação uma nova relação com o conhecimento.
Relação em que a busca de aprender transforma-se
numa atitude prático reflexiva, que leva, portanto, a
construir o conhecimento. "
VEIGA, Vilma Passos A. Projeto Político Pedagógico da Escola –
Uma Construção Possível, 2005, pg 132.
Observa-se que tal afirmação também abrange, não somente a questão da
aplicação da teoria na prática educativa, como também a necessária reflexão desta prática,
obtendo desta forma, pontos de partida para as mudanças no trabalho, originando-se a
construção de uma efetiva relação de aprendizagem concretizando o objetivo principal que
é a assimilação do conhecimento cientifico pelo educando no processo de aprendizagem.
9. PROPOSTA DE INCLUSÃO
O professor do Ensino Básico é a principal figura na sociedade inclusiva, porém o impacto que a
inclusão causa no interior da escola regular é de amedrontamento.
Isto ocorre porque não há clareza do que é um processo inclusivo, esta falha começa nos cursos de
licenciatura plena, onde não são abordadas as problemáticas envolvidas na educação dos alunos com
necessidades educativas especiais.
Poucos educadores interessam-se por esta modalidade de educação, e os poucos interessados
procuram aperfeiçoar-se em cursos de pós-graduação, sendo que a formação de educadores na área
de educação especial, não é suficiente para atender a ordem de 15 milhões de pessoas deficientes,
segundo dados da ONU – Organização das Nações Unidas, existentes no Brasil.
Alguns educadores se sentem esvaziados no momento que deparam-se com uma classe inclusiva,
pois estão inaptos para reconhecer as diferenças físicas, sociolingüísticas e culturais de um educando
portador de cuidados educativos especiais.
A inclusão é um dos primeiros passos para se trabalhar a cidadania na escola.
A inclusão deve ser uma relação interacionista das diversidades, sejam elas de ordem intelectual,
cultural ou física, ao privarmos as crianças normais da convivência com seus pares deficientes
tiramos de todos a chance de se exercitarem na construção de sua cidadania.
Para a efetivação de um contexto escolar inclusivo são necessárias condições mínimas de
funcionamento como: capacitação de docentes, aquisição de materiais didáticos e equipamentos,
reformulação dos espaços estruturais da escola (banheiros, salas, canchas...) e sala de recursos para
atendimento individualizado durante uma parte do tempo escolar.
A política de inclusão de alunos que apresentam necessidades educacionais
especiais na rede regular de ensino não consiste apenas na permanência física desses
alunos junto aos demais educandos, mas representa a ousadia de rever concepções e
paradigmas, bem como desenvolver o potencial dessas pessoas, respeitando suas
diferenças e atendendo suas necessidades.
A modalidade de Educação Especial no Ensino Regular Básico, está prevista na Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB 9394/96 - e encontra-se assegurada no
Capítulo V, da Educação Especial.
10. AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser vista, como um elemento de mediação do conhecimento
apreendido, e também como um eixo norteador dos conteúdos para a construção do saber
escolar.
A avaliação deve acompanhar todo o processo de ensino com a finalidade de
diagnosticar o que está acontecendo no processo de ensino-aprendizagem e orientar as
intervenções necessárias.
Nesse sentido, a avaliação deve dar ênfase as seguintes finalidades, a fim de poder
redimensionar os percursos que se fizerem necessários:
a)Caracterizar-se com um processo contínuo e sistemático de obter informações
sobre o progresso dos alunos, suas capacidades e habilidades;
b)Oportunizar o avanço dos alunos com recuperações paralelas no final da cada
conteúdo;
c)Definir encaminhamentos conforme a realidade dos educandos, visando uma
aprendizagem significativa.
d)Empenhar-se na busca de forma mais adequada para auxiliar o aluno no
crescimento da sua autonomia e competência.
Os critérios desse modelo deverão decorrer de forma pela qual o aluno aprende e
age sobre
a realidade, mediatizada por um conjunto de símbolos assimilados pela
inteligência humana e social, mediada também, pelo conhecimento científico e filosófico
adequado ao nível do aluno. Os critérios são, portanto, os próprios conteúdos na sua
função social, ou seja, não se trata de qualquer conteúdo, mas daquele cuja relevância
seja fundamental para compor a re-elaboração da realidade em que professor e alunos
estão inseridos.
As estratégias avaliativas bem como os critérios de avaliação terão como objetivo
principal a facilitação do processo do conhecimento, procurando garantir o conhecimento
social
dos
conteúdos,
superando
o
tecnicismo,
a
mera
memorização,
e
o
comportamentalismo. Nesse contexto, privilegiar-se-á o aprender e o avaliar. Nesse
sentido, podemos dizer que a avaliação é contínua, cumulativa, diagnóstica, mediadora e
interativa do professor e do ensino-aprendizagem.
Contínua por que deve evitar-se o máximo que haja um momento especial para
sua realização e que ela seja vista como um momento de aprendizagem. Todo momento é
hora de se avaliar, diagnosticar, e mudar a aquisição do conhecimento.
Cumulativa por que a cada passo da aprendizagem exige-se que o aluno mobilize o
que é essencial de seu conhecimento anterior, tais como, informações indispensáveis para
a construção do conhecimento, bem como, os conceitos básicos a respeito de cada
disciplina e de mundo.
Se a avaliação tem caráter de continuidade do processo por ser ela que
possibilitará o ver, o julgar e a tomada de decisões acerca do processo de ensinoaprendizagem, terá que visar um acompanhamento de estudos ou recuperação que será
processual e contínua, porque não seria conveniente perceber a deficiência do aluno num
dado momento e deixar para atendê-lo depois do processo acabado, isto é, no final do
semestre ou ano letivo.
A recuperação deve estar para o processo contínuo da aprendizagem e não ao
contrário. Ela deverá auxiliar e solucionar eventuais problemas que aparecerão no trato do
conteúdo para que, gradualmente, o aluno aprenda a lidar com o objetivo do
conhecimento. E para que desse modo vá estruturando o seu pensamento como um todo e
não um conjunto desarticulado de idéias.
Levar o acompanhamento de aprendizagem e entregá-los no processo de
planejamento e atividades diárias é premissa básica e indispensável para que possamos
alcançar qualidade de produção de nossos alunos e dessa forma, também se reduzir o
quadro de reprovação, porém sem perdermos em qualidade e profundidades exigidas.
Os registros periódicos, de acordo com a deliberação 033/87-C.E.E., considerando
ainda a sua validade mesmo com aprovação da Lei 9394/96, dão à avaliação um caráter
cumulativo, cujo objetivo é demonstrar o domínio progressivo dos conhecimentos
utilizando-se de instrumentos variados, tais como: provas escritas, testes orais, resenhas,
argumentações, debates, exercícios, histórias em quadrinhos, pesquisas, apresentações
de trabalhos, dramatizações, entrevistas, atuação nas relações pessoais como grupo de
convívio, palestras, seminários, atividades extra-classe, entre outros que proporcionem
recursos para torná-los agentes ativos e participativos do processo de aprendizagem.
Lembramos ainda que os instrumentos de avaliação a serem utilizados, deverão
partir da escolha do professor, em comum acordo com os alunos e ainda, de acordo com
as características do conteúdo e da disciplina trabalhados. Nesse sentido, o processo de
avaliação deve estar voltado ao desempenho do aluno, dando ênfase também, ao
desempenho do professor, bem como à adequação do plano curricular da escola.
Todo esse processo requer o registro sistemático por parte do professor e,
principalmente pelo aluno, para que ambos possam reavaliar sua prática com base em
dados concretos, devidamente registrados.
Para que a avaliação aconteça como proposta deste documento, deve haver uma
interdisciplinaridade com as metodologias do próprio curso como também uma reflexão
profunda no desenrolar do mesmo.
A média mínima para aprovação a ser atingida 6,0 (seis) – sendo que as notas do
aluno poderão variar de 0.0 (zero) a 10.0 (dez), estando o ano letivo dividido em 03 (três)
trimestres, sendo que a avaliação se dá através dos conceitos de nota, seguindo a fórmula
a seguir:
M..A.(média Anual)= 1ºtrimestre + 2º trimestre+3º trimestre ≥ 6,0
3
Para aprovação, exige-se média igual ou superior a 6,0 e freqüência superior a 75%.
Cabe ao Conselho de Classe o acompanhamento do processo de avaliação da
série, devendo debater e analisar todos intervenientes na aprendizagem, que deverá ser
composto, obrigatoriamente, pelos professores, pelo diretor(a), pelos profissionais de
supervisão e orientação educacional.
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e
fiscal, com o objetivo de estabelecer, o Projeto Político Pedagógico do Colégio, critérios
relativos à sua ação, organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade,
nos limites da legislação em vigor e compatíveis com as diretrizes e política educacional
traçadas pela Secretária de Estado da Educação.
O Conselho Escolar tem por finalidade promover a articulação entre os vários
segmentos organizados da sociedade e os setores do Colégio, a fim de garantir a
eficiência e a qualidade do seu funcionamento.
10.1 PROCESSO DE RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
Toda aprendizagem para que seja realmente significativa para o educando, traduzse em envolvê-lo como pessoa, como um todo (idéias, sentimentos, cultura, sociedade).
Isto exige que a aprendizagem:
- Relacione com o seu universo de conhecimentos, experiências e vivências;
- Permita formular problemas e questões que de algum modo desperte-lhe
interesse;
- Possibilite entrar em confronto experimental com problemas práticos de natureza
social, ética e cultural;
- Propicie a participação com responsabilidade do processo de aprendizagem;
- Permita e o ajude a transferir o que aprendeu na escola para outras circunstâncias
e situações de sua vida;
- Suscite modificações no comportamento e até mesmo na personalidade do
educando,
Para que a aprendizagem efetive-se de modo a assegurar ao aluno a apreensão de
todo o processo de conhecimento de forma harmoniosa.
Neste processo a recuperação de estudos, é um dos aspectos da aprendizagem
que visa desenvolver a aprendizagem dos alunos, com déficit de aproveitamento dos
conteúdos básicos.
A Recuperação de Estudos será planejada e deverá constituir-se num conjunto
integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos.
A Recuperação de Estudos está amparada pelos seguintes aspectos:
A Recuperação de Estudos será efetivada por meio de trabalhos extra-classes,
correções coletivas de provas, trabalhos, exercícios, tarefas e reestruturações de textos;
I-Os resultados da recuperação devem incorporar-se aos das avaliações efetuadas
durante o ano letivo, constituindo-se em mais um componente do
aproveitamento escolar;
II-A recuperação de estudos realizada durante o ano letivo é considerada para efeito
de documentação escolar e devem estar anotadas no livro diário de professor
para qualquer eventualidade;
III-Após a apuração dos resultados finais de aproveitamento e freqüência, serão
definidas as situações de aprovação ou reprovação dos alunos;
As avaliações e a carga presencial não será diferenciada em sala de aula, sendo
que o aluno deverá alcançar a média mínima para aprovação 6,0 (seis) – sendo que as
notas do aluno poderão variar de 0.0 (zero) a 10.0 (dez), nos 03 (três) trimestres.
11. INSTÂNCIAS COLEGIADAS
11.1 Conselho Escolar
A gestão democrática da educação pública
implica ampla participação da
comunidade desde a escola até as políticas públicas educacionais.
Quanto à gestão escolar, após a promulgação da Constituição Federal,
Constituições do Estados e Leis Orgânica dos Municípios, interpretando-se o princípio da
gestão democrática, intensificaram-se, nas escolas públicas experiências de processos
democráticos através da escolha de diretores e instituição de órgãos colegiados.
Por sua vez, a LDB (art.14,II) inclui entre os princípios da gestão democrática a
participação da comunidade escolar e local em conselhos escolares.
O Conselho garante decisões coletivas, mas a sua mera instalação não garante
decisões democráticas. É
preciso considerar que a entrada dos pais na escola, a qual
antes acontecia apenas para tratar de dificuldades de rendimento, do mau comportamento
dos filhos, ou para pedidos de contribuição, passa ter agora uma nova finalidade: a de
participar da gestão da escola, via conselho.
O Conselho Escolar é um colegiado formado por
representantes dos diversos
segmentos da comunidade escolar. É uma instituição de caráter permanente, portanto não
deve ser acionado apenas para solucionar problemas graves ou para respaldar decisões.
Seu funcionamento exige competência técnica e política da equipe gestora para
administrar colegiadamente a instituição escolar, portanto o conselho não é só um canal
de participação, mas um instrumento de gestão da própria escola.
As funções, atribuições, composição e funcionamento do conselho escolar são
previstos no Estatuto do mesmo.
11.2 Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF)
É uma instância colegiada para auxiliar e colaborar no aprimoramento da educação,
na assistência ao educando e na integração família – escola – comunidade.
A APMF exerce sua função de sustentadora jurídica das verbas públicas recebidas
e aplicadas pela escola, com a participação dos pais, professores e funcionários no seu
cotidiano em cumplicidade com a administração escolar.
Percebe-se que a finalidade para qual a APMF mais dedica-se diz respeito a
mobilização de recursos materiais e financeiros da comunidade para auxiliar a escola,
sendo que a Entidade Mantenedora deveria incumbir-se da manutenção do prédio escolar,
mas na maioria das vezes os recursos recolhidos pela APMF são utilizados para a
manutenção e conservação do prédio escolar, dos equipamentos e das instalações
escolares, sendo que pouco sobra para a melhoria do ensino.
11.3 Conselho de Classe
O Conselho de Classe é um órgão colegiado e é realizado conforme consta no
Regimento Escolar do Colégio.
Com relação à retenção ou promoção dos alunos, pensamos que devemos observar
o desenvolvimento global dos mesmos sobre a visão específica de cada componente
curricular, sendo que a decisão deverá ser tomada pelo coletivo no Conselho de Classe.
12. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A avaliação e o acompanhamento do Projeto Político Pedagógico será realizada por
toda a comunidade respaldada pelo Conselho Escolar.
Ressalta-se que o processo democrático exige que as decisões sejam tomadas
coletivamente, pois é indispensável que todos compartilhem dos mesmos objetivos,
posturas para que as ações sejam integradas e não fragmentadas. Também salienta-se
que o Projeto apresenta flexibilidade, pois ocorrem transformações na conjuntura social,
econômica e política de nossa sociedade constantemente.
Quanto as estratégias a serem utilizadas na avaliação do Projeto Político
Pedagógico, destacam-se as reuniões com cada um dos segmentos da comunidade
escolar, pois este é um espaço propício para discussão das ações que estão sendo
realizadas no colégio e a tomada de decisões acerca do processo administrativo, político e
pedagógico.
Outras estratégias são: contatos com os professores em hora-atividade, o
atendimento de pais pelos pedagogos no dia-a-dia da escola, as reuniões com os
representantes de turma/professores conselheiros e com funcionários em geral.
Sendo a avaliação processual/contínua, sabe-se que em todos os momentos em
que as ações planejadas são executadas, deveria ocorrer ume reflexão acerca das
mesmas, verificando o que precisa ser retomado, desta forma a avaliação teria o papel de
diagnosticar as falhas e buscar novos procedimentos para saná-las.
13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMANAQUE ABRIL. Ed. Abril. Edição Mundo. 2006.
ALMANAQUE ABRIL. Ed. Abril. Edição Brasil. 2006.
AZANHA, José Mario Pires. PROPOSTA PEDAGÓGICA e Autonomia da Escola. SÃO
PAULO. 1997.
CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO. Deliberação N.º 14/99. Indicação N.º 004/99 de
08 de outubro de 1999. Curitiba.1999
DIRETRIIZES E BASE DA EDUCAÇÃO NACIONAL, Lei Nº. 9394/96, 20 de dezembro de
1996.
EYNG, Ana Maria. Planejamento e Gestão Educacional numa perspectiva assistêmica.
Ed. Universitária Champagnat. Ctba-pr. 2002.
FEIGES, Maria Madselva Ferreira. A Construção coletiva do Projeto Político Pedagógico.
Curitiba, 2004
FRANCO, Maria Laura P. Barbosa. Pressupostos epistemológicos da avaliação
educacional. In Caderno De Pesquisa Nº. 74.São Paulo 1990.
FRIGOTTO, Gaudêncio . A interdisciplinaridade como necessidade e como problema nas
ciências sociais. Porto Alegre.
KRAMER, Sonia. O que é Básico na Escola Básica? Contribuições para o Debate sobre o
Papel da Escola na Vida Social e na Cultura. São Paulo, 1998.
MELLO, Guiomar Namo de. Proposta Pedagógica e Autonomia da Escola.
MOREIRA, Antonio F. Barbosa. Currículo: Político e Prática. Ed. Papirus.
NARANJO, Claudio. Mudar a Educação para mudar o mundo. São Paulo, 2005.
OLIVEIRA, Marta Kohl . Aprendizado e desenvolvimento, um processo Sócio - Histórico.
1993.
PILETTI, Nelson. Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental. Ed. Ática. São
Paulo, 1998.
PIMENTA, Selma Garrido. A organização do Trabalho na Escola. 1986.
PINO, Angel. Escola e cidadania: apropriação do conhecimento. Campinas. São Paulo.
1992.
PRAIS, Maria de Lourdes. Teorias da Relação escola - sociedade de classe o princípio da
Contradição. Campinas. 1990.
RADESPIEL, Maria. Folclore Projeto das Regiões do Brasil, São Paulo, 1999.
SACRISTAN ,J. Gimeno. As Condições Institucionais da Aprendizagem Motivada Pelo
Currículo. Porto Alegre. 1998.
SALVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. São Paulo. 1983.
SEVERINO, Antônio Joaquim. A escola e a construção da cidadania. São Paulo. 1992.
VASCONCELOS, Iolani. A Metodologia enquanto ato político da prática educativa.
Petrópolis. 1990.
VEIGA, Ilma Passo A. Projeto Político Pedagógico Da Escola: Uma
Possível.1998.
construção
PROPOSTA CURRICULAR
ENSINO FUNDAMENTAL
FUNDAMENTAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL
O Ensino Fundamental compõe, juntamente com a Educação Infantil e Ensino
Médio, o que a Lei Federal 9394/96 – LDB, nomeia com Educação Básica e tem por
finalidade “desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação indispensável para o
exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos
posteriores”.
De acordo com a LDB, o Ensino Fundamental tem por objetivo a formação básica do
cidadão mediante:
I-desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio
da leitura, da escrita e do cálculo;
II-a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia das artes
e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III-desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimento e habilidade e a formação de atitudes e valores;
IV-fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Um novo perfil de sociedade está se delineando. Isto ocorre com tal velocidade
que nos deixa perplexos e ao mesmo tempo nos obriga a rever nossos valores e a nos
reposicionarmos como profissionais e como cidadãos do mundo.
Dada ao Estabelecimento a liberdade e a responsabilidade para elaborar a
proposta pedagógica incluindo currículo e organização escolar e aos docentes a
incumbência de zelar pela aprendizagem dos alunos, esta proposta visa a aprendizagem
como aquisição de competências básicas e essenciais ao indivíduo para sua inserção na
sociedade de forma mais justa e igualitária.
A contextualização dos conteúdos, relacionamento teoria e prática – vinculação do
conhecimento com a vida real, o tratamento dos temas transversais – questões sociais
atuais que permeiam a prática educativa, como ética, meio ambiente, saúde, pluralidade
cultural,
sexualidade,
trabalho
e
consumo
entre
outros
a
interdisciplinaridade
(conhecimento não fragmentado) propicia neste sentido, o compromisso da Educação
Básica com a formação para a cidadania e busca a mesma finalidade: possibilitar aos
alunos a construção de significados e a necessária aprendizagem de participação social.
ARTES
1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Arte é uma das manifestações mais antigas da humanidade. Estudando registros
deixados pelos povos antigos, percebemos que ela nos conta o modo de vida, as crenças
e os ideais dos povos, portanto, arte é cultura. Por meio das manifestações artísticas de
um povo e de suas relações sócio-culturais, tomamos conhecimento da sua cultura.
A palavra cultura abrange um estudo para uma formação ampla do educando das
diversidades existentes em nossa sociedade
Partindo do princípio de que o conhecimento é o maior bem que o homem pode ter,
a arte é sua grande aliada, pois sugere um processo de formação integral, proporcionando
uma visão crítica que amplia sua visão de mundo, Essa visão crítica e a compreensão da
realidade formarão cidadãos com capacidade de analisar, transformar e construir um
mundo melhor.
Propõe-se criar nos indivíduos uma consciência exigente e ativa em relação ao
panorama e a qualidade de vida cotidiana desses indivíduos, pois a arte busca no
educando, não aptidões artísticas específicas, mas sim, um desenvolvimento global da
personalidade, através das mais variadas e complementares atividades expressivas,
criativas e sensibilizadoras. É necessário uma “alfabetização estética” (artes visuais, teatro,
dança e música), sem a qual toda a expressão permanece impotente e toda criação é
ilusória. É preciso permitir a democratização do acesso ao universo artístico erudito e
popular, oferecendo para isso, o instrumental mínimo necessário quanto a informação
histórica e noções de técnica.
2- OBJETIVO
Construir o conhecimento estético básico, permitindo o aluno a leitura e
interpretação das produções/ manifestações artísticas, abrangendo aspectos históricos,
sociais, poéticos e econômicos.
3- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS
A disciplina de Artes, no Ensino Fundamental, contempla as seguintes áreas: Artes
Visuais, Dança, Música e Teatro.
Os elementos básicos a serem trabalhados dentro de cada uma dessas áreas são
os seguintes:
ARTES VISUAIS
•Imagem, forma, espaço (ponto, linha, figura-fundo, semelhanças, contrastes e simetria),
texturas (tátil e gráfica), movimento (ritmo e equilíbrio), luz, sombra, cor (tons e
matizes);
•Figurativa, Abstrata, Bidimensional, Tridimensional, Gêneros e Técnicas;
•Conceitos de arte abstrata e o geometrismo utilizado na pintura Africana e sua
importância na tradição africana;
•Paranismo e tropeirismo – referencias em artistas paranaenses, histórias e tradições do
Paraná;
•Educação Ambiental – estudos e analises de obras de arte que trazem em suas
composições a temática ambiental, esculturas feitas com material reciclável,
texturas da natureza.
DANÇA
•Movimento (ação corporal), espaço (pessoal, níveis, planos, tensões, projeções e
progressões), ações (saltar, deslocar, encolher, expandir, girar, inclinar, cair,
gesticular), dinâmicas e ritmo (peso, espaço, tempo, fluência), relacionamentos
(relações de proximidade, afastamento, superposição);
•Ponto de apoio, Salto e queda, Rotação, Formação, Deslocamento, Trilha Sonora,
Coreografia, Gêneros e Técnicas;
•A dança africana e os mitos que a envolvem;
•Coreografias com ritmos africanos;
•Danças que entraram no Paraná, através da imigração européia;
•Danças circulares – métodos de antigas civilizações. Conexão de ser humano com a
natureza;
•Manifestações populares brasileiras com presença de elementos da cultura africana.
MÚSICA
•Som (melodia, ritmo, harmonia, intensidade, duração, altura, timbre, densidade,
linguagem / forma musical);
•Intervalo melódico, Intervalo harmônico, Tonal, Modal, Improvisação, Gêneros e Técnicas;
•Percussão e ritmos africanos;
•Contribuição da cultura africana na formação da musica popular brasileira;
•Educação ambiental – observação de sons da natureza, seus ritmos e composições,
parodias sobre o meio ambiente.
TEATRO
•Personagem (perfil físico e psicológico), caracterização da personagem, expressão
corporal, expressão gestual, expressão vocal, expressão facial, espaço cênico
(cenografia, iluminação, trilha sonora), ação cênica (enredo, roteiro, texto
dramático);
•Jogos teatrais, Gêneros e Técnicas;
•Contos africanos através de encenações teatrais, tradições africanas, mitos e
a religião;
•Teatro e literatura paranaense;
•Encenações –conscientização de direitos e deveres com relação ao meio
ambiente.
4- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Na metodologia do Ensino da Arte, devemos abordar três momentos importantes
para a ação em sala de aula: o sentir e perceber, que são as formas de apreciação e
apropriação do aluno, o fazer artístico, que é a prática criativa, e o conhecimento, que
fundamenta e possibilita ao aluno um sentir / perceber e um trabalho artístico mais
sistematizado, de modo a direcionar o aluno à formação de conceitos artísticos.
O professor deve intervir orientando o educando em seus trabalhos para percepção,
análise e soluções das questões estéticas e artísticas. A produção das atividades pode ser
individual ou grupal onde as questões serão referentes a arte e estará interferindo
positivamente no processo criador dos alunos.
O educando ao apreciar obras de arte busca desenvolver a surpresa, o humor o
mistério, o divertimento, a incerteza, a curiosidade, a qualidade lúdica, o olhar crítico,
enfim, a refletir sobre o que existe e o que poderá ser construído pelas diferentes culturas.
O educador como mediador do conhecimento, realizará um trabalho de modo que o
educando possa receber informações sobre diferentes formas de se produzir arte
identificando-as e relacionando diferentes períodos históricos.
É fundamental que o professor assegure ao aluno a visão de totalidade de cada
estrutura artística para que ele possa utilizar desse meio também para se relacionar com o
mundo, percebendo a realidade de novas maneiras, a partir de cada estrutura, de como foi
organizada, explorando ao máximo as possibilidades que lhe são oferecidas.
Numa prática criadora, o aluno deverá observar, analisar e acrescentar novos
elementos nas suas representações, que são o resultado de sua relação com o mundo e
com o conhecimento elaborado.
Para que o aluno construa suas representações através das estruturas artísticas, é
preciso instrumentalizá-los com informações necessárias para seu progressivo domínio
dos elementos que constituem cada estrutura e consumo, bem como garantir a
apropriação do conhecimento historicamente acumulado.
Igualmente importante, promover o contato com obras que rompem com as formas
convencionais, com o objetivo de mostrar que existem muitas formas para representar uma
realidade.
Assim, a análise e leitura de uma obra de arte implicam numa recriação da obra,
reelaboração da mesma a partir dos referenciais do sujeito, compartilhando da proposta do
autor, ou dando-lhe uma nova significação.
Para que a experiência estética se efetive, o professor não pode apenas transmitir o
conhecimento de uma obra produzida numa determinada época, devem expor outras e
proporcionar aos alunos, subsídios para que, por meio de discussões e associações,
analisem cada obras buscando as semelhanças e os contrastes adequados e coerentes ao
contexto cultural do qual é proveniente.
A familiarização estética se efetiva no contato com a produção cultural e artística, ou
seja, com acesso a teatros, museus, obras ou reproduções, filmes, gravações, cartazes,
etc, enfim, todos os meios possíveis e disponíveis.
Mas, é através de exercícios de reelaboração, envolvendo a improvisação e a
problematização que o aluno vai realizar realmente uma experiência criativa, traduzindo
seu pensamento em obra.
É fundamental destacar que as práticas metodológicas no ensino de Artes – leitura,,
análise e experiência estética – não devem ser tomadas como etapas isoladas ou
subseqüentes, mas sim, em seu conjunto e de forma integrada.
5- AVALIAÇÃO
No caso da disciplina de Artes, avaliar não é classificar, atribuir notas, aprovar ou
reprovar. É acima de tudo, OBSERVAR,. Se o professor tiver em mente que a avaliação
está estreitamente vinculado aos objetivos de ensino, facilmente compreenderá que não
pode se guiar por critérios de avaliação rígidos e tradicionais. Alguns pontos básicos:
•Se o objetivo em Artes é não formar artistas, o aluno não poderá ser avaliado pela
“qualidade” de seu trabalho.
•Se não pretende que o aluno memorize informações como nome de artistas, datas,
características dos movimentos artísticos e nomes de obras, isso não poderá ser
cobrado numa prova.
Acreditamos que existem sim, critérios para a observação do aproveitamento do
aluno. Exemplo:
•Observar os percursos do aluno ao longo doa no, ou seja, sua própria trajetória;
•O posicionamento do aluno em relação à produção artística em geral, o respeito ao gosto;
•A capacidade de analisar produções artísticas com senso crítico, percebendo as
referências elementares entre épocas e grupos sociais.
Sendo assim, a avaliação será contínua, com discussões e trabalhos produzidos
individualmente ou em grupo, a participação dos alunos nas aulas, e também as provas
individuais, são elementos importantes no processo da avaliação da aprendizagem do
educando.
PLANEJAMENTO DA DISCIPLINA
5ª SÉRIE
Arte Primitiva, Egípcia, Grega, Brasileira, Oriental, Africana e Contemporânea.
Artes Visuais:
Cor, linha, superfície, volume.
Dança:
Movimento, espaço, ações, dinâmica e ritmo, consciência corporal.
Música:
Som, altura, timbre, duração e intensidade.
Teatro:
Representação: personagem, espaço cênico, texto e elementos sonoros.
6ª SÉRIE
Arte
na
Idade
Média,
Renascimento,
Rococó,
Arte
Brasileira,
Romantismo, Realismo, Arte Brasileira e Arte Contemporânea.
Artes Visuais:
Cor, linha, superfície, volume.
Dança:
Movimento, espaço, ações, dinâmica e ritmo, consciência corporal.
Música:
Som, altura, timbre, duração e intensidade.
Teatro:
Representação: personagem, espaço cênico, texto e elementos sonoros.
Contemporânea,
7ª SÉRIE
Impressionismo,
Expressionismo,
Fauvismo,
Cubismo,
Arte
Brasileira
Contemporânea.
Artes Visuais:
Cor, linha, superfície, volume.
Dança:
Movimento, espaço, ações, dinâmica e ritmo, consciência corporal.
Música:
Som, altura, timbre, duração e intensidade.
Teatro:
Representação: personagem, espaço cênico, texto e elementos sonoros.
e
Arte
8ª SÉRIE
Futurismo, Dadaísmo, Abstracionismo, Surrealismo, Pop Art, Op Art, Grafitti, Interferência,
Arte Brasileira e arte Contemporânea.
Artes Visuais:
Cor, linha, superfície, volume.
Dança:
Movimento, espaço, ações, dinâmica e ritmo, consciência corporal.
Música:
Som, altura, timbre, duração e intensidade.
Teatro:
Representação: personagem, espaço cênico, texto e elementos sonoros.
5- REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICOS
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a Arte. Ática; São Paulo – SP / 1991.
BRASIL, Leis, Decretos, etc; LDB – Lei de Diretrizes e Bases – LEI 9394/96. Brasília – DF /
1996.
FISCHER, Ernest. A necessidade da Arte. Zahar, Rio de janeiro – RJ/1979
LOWENFELD, V; BRITTAIN, L. W. Desenvolvimento da capacidade criadora. Mestre
Jou; São Paulo – SP/1997.
OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. Vozes; Petrópolis – RJ /
1987.
VYGOTSKI, Lev Semenovitch. Psicologia da Arte. M. Fontes; São Paulo – SP / 1999.
ASSINTEC/SEED/PR, Currículo Básico para a Escola Púbica do Estado do Paraná,
1992.
BASTOS, J. B. Gestão democrática. Ed. DP&A, RJ, 2000.
BENTO, Ana Maria. MULLER, Beatriz. PETRONZELLI, Carlos. Currículo Básico para a
escola Pública do Paraná. Imprensa Oficial do Estado do Paraná, Curitiba, 1990.
BOFF, L. Saber Cuidar. Vozes, Petrópolis, 1998
BRANDÃO, D, e Crema, R. Visão Holística em Psicologia e Educação. Summus, São
Paulo, S/D.
BUBER, Martin. Eu e Tu. São Paulo, Cortez, 1979.
LEI n° 10639/03 inserção dos conteúdos de história e cultura afro brasileira nos
currículos escolares.
DCE da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná SEED 2006
CIÊNCIAS
1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Novas teorias de ensino, mesmo as que possam ser amplamente debatidas entre
educadores especialistas e pesquisadores, continuam longe de ser uma presença efetiva
em grande parte de nossa educação fundamental.
As diferentes propostas reconhecem hoje que os mais variados valores humanos
não são aprendizado científico e que a ciência deve ser aprendida em suas relações com
a tecnologia e com demais questões sociais e ambientais.
As propostas para a renovação do ensino de ciência orienta-se pela necessidade
em responder ao avanço do conhecimento denominado escola nova, cuja tendência
deslocou o eixo da questão pedagógica dos aspectos puramente lógicos para aspectos
psicológicos, valorizando a participação ativa do estudante no processo de aprendizagem.
Em meio a esta retomada no ensino de ciências, analisando as questões
científicas de uma forma mais abrangente do que a pura lógica até então colocada na
ministração das aulas, apresenta-se ao educando um novo método de estudo.
A disciplina de ciências apresenta uma nova visão aplicando-se de maneira a
repassar o conhecimento ao aluno de maneira ampla efetivando grande ênfase na rotina
diária do uso de toda a informação repassada ao educando nas aulas.
2. OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Conhecer e saber empregar os conceitos básicos científicos associados aos
conhecimentos empregados em cada fase do ensino de ciências estipulado nas referentes
séries, estabelecendo relações com as situações do cotidiano do educando
3- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
5ª SÉRIE
Astronomia, Astronáutica e Atmosfera.
•Físicos:
- Conceitos Históricos;
- Tipos de astros;
- descrição de planetas;
- Movimentos dos Planetas (rotação e translação);
- Exploração do Espaço;
- Sistema Solar;
- Via Láctea;
- Planeta Terra;
- Atmosfera (conceito);
- Provas da existência;
- Propriedades do ar;
- Pressão;
•Química;
- Composição do ar;
- aquecimento global;
- Camada de Ozônio;
- Fonte de energia;
- Previsão e estações meteorológicas;
- Doenças relacionadas à atmosfera;
- Poluição.
•Físicos:
- Hidrosfera ( Estados Físicos, força de atração e repulsão, pressão, temperatura,
água como recurso energético);
•Biológicos:
- Água e vida;
- Água e saúde;
- Ciclo da água;
- habitat aquático;
- Tratamento da água
- Causas e conseqüências da Poluição.
•Químicos:
-Repulsão e composição;
- Tratamento da água.
•Biológicos:
- Agentes da transformação;
- Desmatamento, queimada e desequilíbrio ecológicos conseqüentes;
- Combate à erosão, mata ciliar, doenças, profilaxias e tratamentos;
- Rotação de Cultura.
•Químicos:
- Litosfera: O solo para o cultivo (agricultura);
- Tipos de solos;
- agentes de transformação;
- Adubação, Correção de Ph.
•Físicos:
- Ecologia: - Os tipos de poluição;
- Fontes de alternativas de energia;
•Biológicos:
- Fenômenos causados pela poluição;
- Equilíbrio ecológico;
- Ecossistemas, cadeia alimentar, conservação de áreas;
•Químicos:
- Gases tóxicos e sua influencia no equilíbrio ecológico.
6ª SÉRIE
Biodiversidade: classificação e adaptações morfofisiológicas.
•Físicos:
- Fototropismo;
- Geotropismo;
- Movimento e locomoção.
•Biológicos:
- Modos de agrupamento dos seres vivos;
- Critério de classificação;
- Cinco reinos dos seres vivos;
- Biosfera: Adaptações dos seres vivos (animais e vegetais) nos ambientes
terrestres e aquáticos;
- Biotecnologia na utilização industrial;
- Organismos geneticamente modificados;
- Reprodução e hereditariedade
- locomoção, coordenação, relação com o ambiente;
- Osmose;
- Absorção;
- fotossíntese;
•Químicos:
- Respiração;
- Transformação;
- Fermentação, decomposição e hibridação.
•Físicos:
- Energia:
a) condutores: tipos, fontes, aplicações
b) transformações: segurança e prevenção;
c) Magnetismo: segurança e prevenção.
•Biológicos;
- Cadeia alimentar (produtores e consumidores);
- transferência de energia;
- Nutrientes (tipos e funções);
- Relações de interdependência (seres vivos e ambientes)
- Energia na célula (produção, transferência, fontes, armazenamento, utilização)
- Nutrientes (tipos e funções).
•Químicos:
- Fotosssíntese (fermentação, combustão, decomposição e respiração).
Biológicos:
- Doenças: infecções, intoxicações e defesa do organismo;
- Diagnósticos: exames clínicos por imagem, tratamentos por radiologia,
intoxicações por agentes físicos, elementos radiotivos, bactérias, etc.
- Soros, vacinas, medicamentos, exames clínicos,
- Intoxicações por agentes químicos, inseticidas e metais pesados.
- Doenças causadas por animais: parasitose, zoonoses e verminosses;
Doenças causadas por microorganismos: parasitoses, infecções bactericidas,
viroses, protozonoses, micoses;
•Físicos:
- População: Taxas de natalidade e mortalidade, densidade demográfica e fatores
que influenciam.
•Biológicos:
- Intoxicações causadas por plantas tóxicas;
- Diagnósticos: exames clínicos;
- Prevenção e tratamento: alopatia, homeopatia, fita terapia, dentre outros;
- Efeitos das intoxicações causadas por agentes físicos e químicos no organismo;
- Sistema imunológico: imunidade, glóbulos brancos (fagocitose), anticorpos;
- Seres vivos – ambientes
- Biosfera – ecossistema – comunidade-população.
7ª SÉRIE
•Biológicos:
- Níveis de organização dos seres vivos;
- Célula: aspectos morfofisiológicos e alimentação.
-Corpo Humano e saúde.
•Biológicos:
- Sistema digestivo;
-Sistema respiratório
- Sistema Circulatório;
- Sistema Excretor.
- Disfunções dos Sistemas
- Prevenção e tratamentos
- Sistema endócrino;
- Sistema Reprodutor;
- Genética.
•Biológicos::
- Sistema ósseo muscular;
- sistema sensorial;
- sistema nervoso;
•Biológicos:
- Biotecnologias (células tronco; Clonagem, etc);
8ª SÉRIE
Formação da matéria:
•Físicos:
- Influencia de fatores físicos (temperatura e pressão) na alteração das
propriedades da matéria;
-Fusão e fissão nuclear e seu uso;
- Ambiente, matéria, energia e tecnologia
•Biológicos:
- Características das matérias nos organismos, ciclo da água, água e os seres
vivos.
- A estrutura dos organismos vivos e sua formação por átomos, a importância dos
elementos químicos para os organismos para os organismos intoxicação (metais
pesados e agrotóxicos);
•Químicos:
- Estudo da matéria;
Propriedades químicas (gerais e específicas) estudos físicos, mudanças dos
estados;
- átomos: primeiras teorias, modelo atômico, massa atômica, distribuição
eletrônica;
- Elemento químico: tabela periódica, isóbaro, isotópica, isotônica.
Transformação da matéria
•Físicos:
- Radioterapia
- tratamento de água através de processos físicos (decantação);
- Obtenção de substâncias a partir de processos de separação de mistura;
•Biológicos:
- A formação de substancias (remédios, substâncias do organismo, gases da
atmosfera);
- A produção de produtos químicos (remédios, produtos de higiene e agrotóxicos);
- Medicina, aplicação da radioterapia;
- Meio ambiente: chuva ácida, aspectos da indústria no ambiente;
•Químicos:
- Ligações químicas: iônicas, covalentes, misturas químicas, definição básica,
homogênea, heterogênea, separação física.
- Funções químicas: ácidos, bases, sais e óxidos;
- Reação química, fórmula químicas, síntese, decomposição, simples troca, dupla
troca, balanceamento, energia nuclear.
Movimento e energia
•Físicos:
- Movimentos: trajetória, velocidade, aceleração, queda livre.
- Força: trabalho, potencia, atrito, gravidade, centrípeta, máquinas simples.
- Termologia: definição básica, calor e temperatura, transmissão de calor, dilatação
dos corpos, fontes alternativas.
•Biológicos:
- Movimentos dos organismos, tempo de reação e refluxo comparado entre
organismo que não ingerir drogas (álcool) e um embriagado.
- Controle de temperatura no ambiente.
•Químicos;
- Teor alcoólico das bebidas e suas conseqüências no trânsito;
- Reações químicas ocasionadas pela mudança de temperatura.
Transformação da energia
•Físicos:
- Acústica: definição básica, elementos do som (ondas, freqüência, períodos,
velocidade, intensidade);
- Óptica: Tipos de luz, propriedades da luz, espelhos e lentes, desenho de
imagens.
- Eletricidade: corrente elétrica, condutores.
- Magnetismo: imãs e bússolas.
•Biológicas;
- Audição: som e audição, efeitos da poluição sonora;
- Visão: efeitos da poluição visual, raios ultravioletas e visão.
- Difusão da visão, miopia, astigmatismo.
- Efeitos da eletricidade no organismo e prevenção de acidentes.
- Organismo e eletricidade;
- Efeitos do magnetismo na vida do planeta.
•Químicos;
- O uso indevido de substâncias químicas prejudiciais a visão e audição.
- Fotossíntese.
4- ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O aluno irá desenvolver os objetivos propostos pelo professor através de aula
teórica, expositiva, dialogada, com debates, pesquisas e exercícios.
Também será oportunizada aos alunos: - aulas práticas de confecções de cartazes,
atividades extra-classes, vídeo, jornais, com objetivo de aproximar os assuntos abordados
na teoria em sala de aula com a vida que levam em sociedade.
“ Assim, a construção de significados pelo estudante é o resultado de uma
complexa
rede de interações composta por no mínimo três elementos: o estudante, os
conteúdos
científicos escolares e o professor de Ciências como mediador do processo de ensinoaprendizagem. O estudante é o responsável final pela aprendizagem ao atribuir
sentido e
significado aos conteúdos científicos escolares. O professor é quem determina as
estratégias que possibilitam maior ou menor grau de generalização e especificidade
dos
significados construídos. É do professor, também, a responsabilidade por orientar e
direcionar tal processo de construção. ”
(DCE da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná SEED 2006)
Dentro da metodologia aplicada ao educando será proposto que ocorra
constantemente uma interação com o conhecimento científico proposto na sua
aprendizagem e a aplicação desta aprendizagem no cotidiano de vida, compreendendo
que os conhecimentos adquiridos não irão ficar somente relacionados com uma teoria
repassada pelo educador mas a importância de tudo o que o aluno aprende refletido
naquilo em que ele vive.
5- AVALIAÇÃO
Processo amplo e complexo, não cabendo avaliar o aluno apenas pelo que ele
produz em cima dos conteúdos específicos dado, mas, também um contexto geral, desde
a assimilação do conteúdo, à resolução de problemas, dinâmicas no grupo, elaboração de
idéias e questionamentos, análises e interpretações, valorizando os conhecimentos
adquiridos tantos quanto os que já trouxeram do seu cotidiano.
Os critérios de avaliação serão usados de formas diversas, com trabalhos escritos
ou apresentações orais de cartazes e ou maquetes; provas escritas e orais, participação
em sala, etc.
6- REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICOS
BRASIL. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
terceiro e quarto ciclo do Ensino Fundamental: Ciência. Brasília: MEC/SEF, 1998.
SÃO PAULO. Projeto Araribá – Ciências; Editora Moderna 1º Edição, 2006.
CURITIBA. Coleção Cecília Valle – Ciências. Terra e Universo. Editora Positivo 1º Edição,
2004
SÃO PAULO. Ciências Escola Moderna – Seres Vivos Ecologia e Saúde, Botânica e
Zoologia Instituto Brasileiro de Edições e Pedagogia Volume 2
BARROS, Carlos; Paulino R. Wilson, Física e Química – 8ª série. Editora Ática, 1ª Edição,
São Paulo, 2002
GEWANDSZNAJDER, Fernando,Ciências Nosso Corpo Humano, Editora Ática, São Paulo,
2007
SÃO PAULO. Biologia Césa e Cézar, Volume único, Editora Saraiva 3ª Edição
Reformulada, 2005
DCE da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná SEED 2006
EDUCAÇÃO FÍSICA
1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Educação Física no Brasil começou dentro de uma escola Militar, com propósitos
de adestramento e preparação para a defesa da pátria, hoje procura ocupar seu lugar
dentro das ciências, com identidade própria visando a compreensão£o do ser humano
enquanto produtor de cultura. Desta forma, a Educação Física tem como uma das suas
orientações centrais a educação o para a saúde, contribuindo assim, para uma vida
produtiva e com qualidade, deverão ser voltada também para o bem estar físico e mental
do aluno, levando desta forma a prática social, estimulando suas potencialidades e
contribuindo para a formação do
cidadão .Verificou-se, portanto, uma desvalorização da teoria, em nome de questões
imediatistas e abstratas, presentes na pedagogia das competências.
A disciplina entende o movimento humano como expressão da identidade corporal
como pratica social e como uma forma do homem se relacionar com o mundo, apontando
a produção histórica e cultural dos povos, relativos a ginástica, a dança, aos desportos,
aos jogos, bem como as atividades que correspondam as características regionais, porque
eles trazem múltiplas experiências relativas ao conhecimento sistematizado. Enquanto o
aluno do Ensino Fundamental começa a desenvolver de modo mais evidente sua
consciência corporal e suas diferentes possibilidades de expressão.
Os principais objetivos da disciplina são:
A
ampliação do campo de intervenção da Educação Física para além das abordagens
centradas na motricidade superando o caráter da educação física como mera atividade de
“pratica pela prática”.
Propiciar
ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual estão inserido.
Desenvolver
os conteúdos entroncados no currículo de maneira que sejam relevantes e
estejam de acordo com a capacidade cognitiva do aluno.
Construir
Orientar
uma consciência critica no aluno através das praticas corporais.
os alunos, através de aulas teóricas e práticas, sobre os benefícios da pratica de
uma atividade física adequada.
2- CONTEUDOS ESTRUTURANTES
5ª Série
1- Introdução a Educação Física
1.1 História da Educação Física
1.2 Importância da Educação Física
1.3 Higiene e Saúde
2. Atletismo
2.1 Noções gerais
2.2 Corridas simples adaptadas
2.3 Salto em distancia
2.4 Arremesso de peso
3. Ginástica
3.1 Histórico
3.Noções gerais
4. Esportes Olímpicos
4.1 Historia dos Jogos Panamericano.
4.2 Curiosidades e modalidades dos esportes
5. Handebol
5.1 Histórico
5.2 Noções gerais
5.3 Fundamentos
5.Regras do Handebol
6. Jogos de salão
6.1 Regras
6.2 Manuseio
7. Jogos Indígenas
7.1 Histórico
7.2 Modalidades desportivas indígenas
7.3 Confecções de materiais
7.Jogos
8. Futebol
8.1 Histórico
8.2 Fundamentos
8.3 Fundamentos
8.4 Regras
9. Dança
9.1 Tipos de danças
9.2 Expressão£o corporal e ritmo
9.3 Festival de dança
6ª Série
1. Atletismo
1.1 Corrida de 50 m e 100 m
1.2 Corrida com barreira
1.3 corrida com revezamento
1.4 Salto triplo
1.5 Salto em altura
1.6 Arremesso de peso e disco
1.7 Lançamento de dardo
2. Volei
2.1 Histórico
2.2 Jogos pré-desportivos
2.3 Fundamentos
2.Regras básicas
3. Esportes Olímpicos
3.1 Historia dos Jogos Americano.
3.2 Curiosidades e modalidades dos esportes
4. Handebol
4.1 Jogos pré-desportivo
4.2 Deslocamentos com bola e sem bola
4.3 Controle de bola
4.4 Passe e recepção
4.5 Arremesso e finta
4.Mini-jogo
5. Basquete
5.1 Histórico
5.2 Noções gerais
5.3 Jogos pré-desportivos
5.4 Fundamentos
5.5 Regras básicas
6. Jogos de Salão£o
6.Históricos e confecção de jogos
7. Futebol
7.1 Jogos pré-desportivos
7.2 Posicionamento em quadra
7.3 Defesas do goleiro
7.4 Mini-jogo
8. Jogos Cooperativos
8.1 Conceito
8.2 Cooperar x competir
8.3 Mudanças de regras
8.4 Apresentação
7° SÉRIE
1.Voleibol
1.1 Jogos pré-desportivos
1.2 Saque tipo tênis
1.3 Toque, manchete, cortadas e bloqueios
1.4 Táticas de jogo
1.5 Mini-competição
2.Cultura do Circo
2.1 Historia do circo
2.2 Confecção de mala bares
2.Vivências das práticas circenses
3. Esportes Olímpicos
3.1 Historia dos Jogos Panamericanos.
3.Curiosidades e modalidades dos esportes
4.. Basquete
4.1 Jogos pré-desportivos
4.2 Deslocamento
4.3 Drible
4.4 Passes e arremessos
4.5 Marcação
4.4.6 Posicionamento em quadra
5.7Mini-jogo
5. Danças folclóricas e regionais (polonês)
5.1 Histórico
5.2 Produção coreográfica
5.3 Apresentação
6. Jogos, Brinquedos e Brincadeiras
6.1 Resgate cultural
6.2 Diferença entre jogo e esporte
6.Oficina de jogos e brincadeiras
7. Tênis de Mesa
7.1 Histórico
7.2 Fundamentos
7.3 Conhecimento de materiais (mesa, rede e raquetes)
7.4 Regras
7.Jogo
8.Danças
9.Tipos de Danças
10.Elaboração de coreografia
11.Apresentção das coreografias
8 ° SERIE
1. Voleibol
1.1 Sistemas de jogo (6x0, 4x2, 5x1)
1.2 Jogos mistos
1.3 Mini-campeonato
2. Qualidade de Vida
2.1 Introdução da relação entre atividade física e qualidade de vida
2.2 Alongamento e flexibilidade
2.A influência da mídia no padrão de beleza, anorexia e bulimia
3. Esportes Olímpicos
3.1 Historia dos Jogos Panamericanos.
3.2 Curiosidades e modalidades dos esportes
4. Basquete
4.1 Sistemas de jogo (1x2x2 e 2x1x2)
4.2 Jogos mistos
4.Mini-campeonato
5. Danças de salão
5.1 Variedade e origem da dança
5.2 Elaboração de coreografia
5.3 Apresentação das coreografias
6. Futsal
6.1 Sistemas de jogo
6.2 Jogos mistos
6.3Mini-campeonato
7. Capoeira
7.1 Histórico e origem da capoeira
7.2 Capoeira
7.3 Prática
8. Handebol
8.1 Sistemas de jogo
8.2 Jogos mistos
8.Mini-campeonato
3- ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O metodologia se realizará através dos seguintes procedimentos:
-leitura e interpretação de textos.
-trabalhos em grupos e individuais.
-aulas com vídeos.
-uso de jornais, revistas e internet.
-execução de movimentos práticos dos exercícios.
-exercícios aulas expositivas, quadro negro e desenhos.
4- AVALIAÇÃO
As avaliações deverão ser feitas através de forma continua, visual com diferentes
instrumentos, como produção de textos, interpretação, provas práticas, provas escritas,
provas orais, pesquisas e apresentações de trabalhos em grupo ou individuais, e ainda a
participação em aula seja ela teórica e prática.
REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO
RESENDE, Lúcia Maria Gonçalves de.; VEIGA, Ilma Passos A .( orgs.).
Escola: espaço do Projeto Político-Pedagógico. Campinas: Papirus, 1998.
RIOS, Terezinha A. Significados e Pressupostos do projeto pedagógico.
In: Série Idéias nº 15, São Paulo: FDE, 1993.
SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia: Polêmicas do nosso tempo.
Campinas: Autores Associados, 1994.
ENSINO RELIGIOSO
1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Ensino Religioso “pretende contribuir para o reconhecimento e
respeito às diferentes expressões religiosas advindas da elaboração cultural dos povos e
possibilitar o acesso às diferentes fontes de cultura sobre o fenômeno religioso. Contribui
também para superar a desigualdade étnico-religiosa a garantir o direito constitucional de
liberdade de crença e expressão” (DCE pg 20).
As relações de convivência entre grupos diferentes, muitas vezes, são marcadas
pelo preconceito e supera-lo é um dos grandes desafios do colégio que pretende oferecer
seu espaço para a discussão do sagrado.
2 -OBJETIVO GERAL:
•Proporcionar ao aluno a compreensão das diferentes culturas religiosas, aprendendo,
desta forma, a respeita-las contribuindo na formação de uma sociedade menos violenta.
OBJETIVOS ESPECIFICOS:
•Proporcionar o conhecimento e a compreensão do fenômeno religioso, a partir da
realidade sócio – cultural do aluno;
•Analisar o papel das tradições religiosas na reestruturação e manutenção das diferentes
culturas;
•Contribuir para a formação da cidadania e o convívio social com base na alteridade e
respeito às diferenças;
•Promover por meio da informação, reflexão e vivencia de valores éticos, o diálogo inter –
religioso e conseqüentemente, a superação de preconceitos;
•Promover a educação para a paz desenvolvendo atitudes éticas que qualifiquem as
relações do saber humano consigo mesmo, com outro e com a natureza.
3- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
5ª Série:
•O Ensino Religioso na Escola Pública;
-As origens legais;
-Os objetivos;
-As principais diferenças entre aulas de Religião e Ensino Religioso como disciplina
Escolar.
•Respeito à diversidade religiosa;
-Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à
Liberdade religiosa;
-Direito a professar a fé e liberdade de opinião e expressão;
-Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas;
-Direitos humanos e sua vinculação com o sagrado.
•Lugares sagrados.
-Lugares de peregrinação;
-Lugares de referencia;
-Lugares de culto;
-Lugares de identidade.
•Textos sagrados orais e escritos.
-Ensinamentos sagrados;
-Literatura oral e escrita (poemas, cantos, narrativas, orações, etc.).
-Vedas (hinduismo), escrituras bahá is, fé Bahá I, tradições orais africanas, afro-brasileiras
e ameríndias, alcorão (islamismo), etc...
•Organizações religiosas.
-Budismos (Sidarta Gautama);
-Cristianismo (Jesus Cristo);
-Espiritismo (Alan Kardec);
-Taoísmo (Lao Tse);
Fundadores e/ou líderes religiosos e as estruturas hierárquicas.
6ª Série
•Universo simbólico religioso.
(significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos, Arquitetura religiosa,
mantras, objetos, etc.).
•Ritos:
-Ritos de passagem;
-Mortuários;
-Propiciatórios;
(Danças do Dente Sagrado (budista), Ramada (islâmica), Kuarup (indígena),
Festa de Iemanjá (afro-brasileira), Pessach (judaica), Natal (cristã).
•Vida e morte:
-O sentido da vida nas tradições religiosas;
-A reencarnação;
-A ressurreição – ação de voltar à vida;
-Além da morte: ancestralidade, vida dos antepassados, espíritos dos antepassados que
se tornam presentes, e outras.
•Paisagem religiosa;
•o símbolo;
•o texto sagrado.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
5ª SÉRIE
Respeito
a diversidade religiosa:
- Declaração Universal dos direitos humanos e constituição brasileira: respeito a
liberdade religiosa;
- Direito a professar a fé e liberdade de opinião e expressão;
- Direito a liberdade de reunião e associação pacificas;
- Direitos humanos e sua vinculação com o sagrado.
Lugares
sagrados:
- Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc;
- Lugares construídos: templos, cidades sagradas, etc
Textos
Sagrados orais e escritos
- Cantos
- Narrativas
- Poemas
- Orações
- Vedas (hinduismo), escrituras bahá'is, fé Baha'I, tradições orais, afro brasileiras e
Ameríndias alcorão (islamismo), etc
Organizações
religiosas
- Os fundadores e/ou lideres religiosos
- As estruturas hierarquicas
6ª SÉRIE
Universo
simbólico religioso (significados simbólicos de gestos, sons, formas, cores e
textos).
- dos ritos
- dos mitos
- do cotidiano
Ritos
- os ritos de passagem
- os mortuários
- os propiciatórios, entre outros (a dança (xire), o camdomblé, o kiki (kaingang, ritual
fúnebre), a via sacra, o festejo indigena de colheita, etc.
Festas
religiosas
- perigrinações
- festas familiares
- festas nos templos
- datas comemorativas (festa do dente sagrado (budista), Ramadã (islâmica),
Kuarup (indigena), festa de Iemanjá (afro brasileira), Pessach (judaica), natal
(cristã).
A
vida e morte
- o sentido da vida nas tradições e manifestações religiosas;
- a reencarnação
- a ressureição, ação de voltar a vida
- além da morte: ancestralidade, vida dos antepassados, espiritos dos antepassados
que se tornam presentes, e outras.
4- ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
O Ensino será realizado por meio de trabalhos individuais e em grupos com meios de
comunicação, textos, imagens e filmes.
Desenvolver
atividades com diferentes fontes de informações (livros, jornais, revistas,
filmes, fotografia, etc.) confrontando dados e abordagens, trabalhando com essas
referências acerca dos assuntos religiosos
Promover
estudos e reflexões sobre a diversidade religiosa na nossa comunidade
enfatizando os valores.
Discutir
por intermédio de debates que levem a ampliar a compreensão sobre a
construção e consolidação da formação cidadã.
Analizar
leituras de diferentes imagens (fotos, mapas, cartazes) verificando o papel das
ações humanas nas transformações dos espaços diante da evolução das relações
humanas.
Realizar
a participação e a discussão de debates que levem a ampliar a compreensão
sobre a construção e consolidação da formação cidadã.
5- AVALIAÇÃO
A avaliação será feita de forma diagnóstica e continua através de diferentes instrumentos:
-produção de textos individuais e em grupo,
-montagens de painéis,
-apresentação de pesquisas individual e em grupo,
-participação das aulas,
-pesquisas,
-apresentação de trabalhos
Respeitando suas idéias, pensamentos e posicionamentos em relação aos assuntos e
temas desenvolvidos em sala.
Dessa forma a avaliação se torna um instrumento importante para a verificação do
desenvolvimento das atividades pedagógicas aplicadas pelo professor.
5- REFEREN CIAL BIBLIOGRÁFICO:
CURITIBA. Secretaria Municipal de Educação, Educação religiosa na RME: Uma nova
abordagem. 2000.
FIGUEIREDO. A. de P., O ensino religioso: Perspectivas, tendências e desafios. Petrópolis
–RJ: Vozes, 1996.
FONAPER. Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Religioso. São Paulo-SP: Ave
Maria, 1998.
DCE. Ensino Religioso Curitiba 2006.
GEOGRAFIA
1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das estratégias
de sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas de organização. Pois
observando a natureza, permitia que as sociedades se relacionassem com a natureza
modificando-a em benefício próprio.
Na Antigüidade clássica avançou-se nos saberes geográficos, ampliaram-se os
conhecimentos em relação sociedade – natureza, extensão, características físicas e
humanas sobre os territórios imperiais (DCE, 2007 pg 15). Com as descrições, elaboraramse mapas, discussões a respeito da forma e do tamanho da terra, distribuição de águas,
surgiu à tese da esfericidade, cálculos do diâmetro, latitude e definições climáticas.
Na idade média as questões cartográficas, a forma do planeta, voltaram a ser
discutidas, pois os mercadores precisavam representar com detalhes para registrar as
rotas marítimas, a localização e distância dos continentes. A partir do século XVI, as
expedições terrestres passaram a descrever e representar detalhadamente o espaço - rios,
lagos, montanhas, desertos – e também as relações homem/natureza em sociedades
distintas, com levantamento de dados sobre os territórios coloniais, suas riquezas naturais
e aspectos humanos. Temas como o comércio, formas de poder, organização de estado,
produtividade natural do solo, recursos minerais, crescimento populacional, representação
dos territórios, extensão, preocupação dos grandes impérios coloniais.
No imperialismo do século XIX, foram criadas sociedades geográficas que tinham
apoio dos estados colonizadores (DCE, 2007, pg 16). Sociedades que organizavam
expedições científicas, procurando conhecer as riquezas naturais, catalogando e
inventariando tudo o que acabou servindo aos interesses das classes dominantes.
A escola alemã representada por Ratzel, dizia que a relação sociedade/natureza
influenciava as conquistas cultas de um povo, as condições naturais do meio estabeleciam
uma relação direta com o seu nível de vida, domínio técnico, forma de organização social.
Quanto mais culto, maior domínio, melhores condições.
Na
escola
francesa,
representada
por
Vidal
de
La
Blache,
a
relação
sociedade/natureza, criava um gênero de vida próprio de uma sociedade. O contato entre
diferentes gêneros de vida seria um elemento fundamental para o progresso humano, pois
esse contato oportunizava oficinas de civilização.
As duas escolas justificavam a colonização de povos simples da Ásia, África e
América, como missão civilizadora européia.
As idéias geográficas no Brasil foram incluídos no currículo no século XIX, e
apareciam no ensino médio no colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Tinha como objetivo
enfatizar a descrição do território, sua dimensão e belezas naturais.
A partir da década de 1930, as pesquisas buscavam compreender e descrever o
ambiente físico nacional com o objetivo de servir aos interesses políticos do estado na
perspectiva do nacionalismo econômico. Exploração mineral, desenvolvimento da indústria da
base, necessitava de informações detalhadas sobre os recursos naturais do país.
A
geografia
tradicional
do
século
XX
caracterizava-se
pelo
caráter
decorativo/enciclopedista, focado na descrição do espaço, formação e fortalecimento do
nacionalismo, principalmente nos períodos dos governos autoritários.
As transformações históricas relacionadas aos modos de produção, após a segunda
guerra mundial, trouxeram mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais na ordem
mundial. Transformações estas que originaram novos enfoques para análise do espaço
geográfico.
Do ponto de vista econômico e político, a internacionalização da economia, a
instalação de multinacionais alteraram as relações de produção e consumo, criando
discussões sobre: degradação da natureza em relação à intensa exploração dos recursos
naturais e o desequilíbrio ambiental do planeta. As desigualdades e injustiças da produção,
o modo capitalista, o socialismo e a realidade do mundo bipolarizado.
Com o golpe militar de 1964houve um retorcesso no âmbito educacional brtasileiro
de uma forma geral a geografia neste ponto, foi afetada pelas novas idéias impostas para
seu desenvolvimento. No primeiro grau, criou-se os Estudos Sociais, que envolvia as
matérias de História e Geografia, e no segundo grau, criou-se o OSPB, organização social
e política no Brasil e EMC, educação moral e cívica, baseada na lei 5692/71
No fim da segunda guerra mundial, o pensamento da geografia crítica chegou com
força total, deu novas interpretações aos conceitos geográficos e ao objetivo de estudo da
geografia, trazendo as questões econômicas, sociais e políticas como fundamentais para a
compreensão do espaço geográfico.
No Paraná, na década de 80, foi proposta a geografia que compreendia o espaço
geográfico como social, produzido e reproduzido pela sociedade humana. A seleção de
conteúdos enfatizava a dimensão econômica da produção do espaço geográfico com
destaque para as atividades industriais e agrárias, além das questões relativas à urbanização.
A geografia tradicional, aliada à geografia crítica, leva o conhecimento de tudo o que
ocorre no mundo de maneira clara e concisa, contempla a geografia cultural, e a geografia
sócio-ambiental.
1-OBJETIVOS GERAIS
•Reconhecer que a sociedade e a natureza possuem princípios e leis próprias e que o
espaço geográfico resulta das interações entre eles.
•Reconhecer a importância da cartografia como uma forma de linguagem para trabalhar
em diferentes escalas espaciais as representações locais e globais do espaço geográfico.
•Ampliar o domínio da leitura e interpretação cartográfica, analisando um mapa esquemático.
•Desenvolver os procedimentos referentes a utilização dos elementos da cartografia.
•Distinguir as grandes unidades de paisagens em seus diferentes graus de humanização
da natureza, inclusive a dinâmica de suas fronteiras, sejam elas naturais ou históricas.
•Interpretar as representações gráficas, identificando relações e processos de
interesses geográfico.
•Compreender que os conhecimentos geográficos que adquirem ao longo da escolaridade
são partes da construção de sua cidadania.
•Reconhecer no seu cotidiano as referências espaciais de localização, orientação e
distância, de modo que se desloque com autonomia e represente os lugares onde
vivem e se relacionam.
•Conhecer as etapas do crescimento populacional e da ocupação do planeta.
•Problematizar o mundo contemporâneo, considerando a diversidade de contextos entre os
diferentes blocos econômicos.
•Utilizar corretamente as pesquisas geográficas para compreende o espaço, paisagens e
problemas sócios culturais dentro de uma sociedade.
•Desenvolver o espírito de pesquisa, fundamental a compreensão da natureza
territorial, paisagens, lugares, utilizando-se de documentos históricos, conhecimentos
adquiridos no seu cotidiano.
•Analisar os aspectos culturais que marcam o tempo histórico de cada geração
Fundamentação Teórica
O ensino de Geografia fundamenta-se nos principais avanços que ocorrem no
interior desta disciplina. Com o suprimento de novas correntes teóricas do pensamento
geográfico, como a Geografia Humanista e a Geografia da percepção, sem deixar de lado
a geografia tradicional positivista. A Geografia crítica, alicerçada no pensamento marxista
que nos permitem trabalhar as dimensões subjetivas do espaço geográfico e as
representações simbólicas que os alunos fazem dele.
Torna-se importante que os alunos possam perceber-se como construtores de
paisagens e lugares, que compreendam que essas paisagens e lugares resultam de
múltiplas interações entre o trabalho social e a natureza.
O papel da Geografia é de buscar explicar e compreender o espaço geográfico não
somente como produto de forças econômicas ou de formas de adaptação entre o homem e
a natureza, mas também dos fatores culturais.
Ganha a importância então o papel da cultura, da tradição, da etnia, da religião, do
imaginário coletivo, no estudo dos processos histórico-sociais de reprodução da existência
e, portanto do espaço geográfico.
Valorizando assim suas experiências e aos outros, e ao mesmo tempo estarão
aprendendo a valorizar não apenas o seu lugar, mas transcendendo a dimensão local na
procura do mundo.
Ao docente cabe criar situações que os alunos não percam de vista a dimensão
espacial da sociedade e a compreensão de que os elementos dos espaços naturais,
sociais e culturais só são separados para fins de análise e estudo, na verdade, eles estão
em permanente interação no âmbito de três esferas interpenetrantes: dinâmica da
natureza, dinâmica da sociedade, dinâmica cultural.
No ensino fundamental, o papel da geografia é levar o aluno espacialmente em suas
diversas escalas e configurações, dando-lhe capacitação para manipular noções de
paisagem, espaço.
Realidade Local.
Neste âmbito escolar a relação sociedade local inserida no processo educacional
geográfico. A natureza cultura e sociedade pode-se ser trabalhado a questão de poluição
industrial, desmatamento, urbanização, migrações e diferentes classes sociais. Já que a
realidade local esta inserida em uma área industrialmente desenvolvida e a população
vive com uma defasagem educacional.
No ensino fundamental a Geografia deve contribuir para e conflitos de toda ordem
implícitas e explícitas no espaço geográfico, revelando as causas e efeitos, a intensidade, a
heterogeneidade e o contexto espacial. Deve orientar a formação de um cidadão para aprender a
ser. Deve buscar um modo de transformar sujeitos em pleno exercício de cidadania, cujo saberes
se revelem competências cognitivas, sócio-afetivas e psicomotoras e nos valores de sensibilidade
e solidariedade necessária ao aprimoramento da vida nesta comunidade, país, planeta.
3- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
5ª SÉRIE
ASTRONOMIA
•Cartografia; Coordenadas Geográficas
•Fuso horário;
•Escala;
•Sistemas de Informação Geográficas;
•Natureza (relevo, clima, vegetais, hidrografia, solos, Geologia...);
•Ecossistema e biodiversidade;
•Fragilidade da paisagem;
•Socioeconomia (atividades econômicas: agricultura, indústria, serviços, comércio)
território, lugar, tempo, temporalidade, espaço como totalidade;
•Biosegurança;
•Geografia do Paraná (ocupação e características naturais e humanas);
•Nosso espaço no Brasil;
•Limites territoriais;
•Nossas paisagens naturais;
•O relevo paranaense;
•As águas do Estado do Paraná (hidrografia);
•O clima paranaense;
•A vegetação paranaense;
•Os primeiros donos da terra;
•A ocupação das terras paranaense (Portugal e Espanha);
•A ocupação portuguesa;
•As Capitanias Hereditárias e o Governo Geral;
•A ocupação espanhola;
•As reduções jesuíticas;
•Entradas e Bandeiras.
6ª SÉRIE
•Regionalização;
•Natureza (relevo, clima, hidrografia, solo, vegetação, geologia);
•Urbanização e cidades;
•Globalização e geopolítica;
•Cultura;
•População, densidade demográfica e movimentos sociais;
•e urbana (PR);
•Turismo e ética; Ocupação;
•Atividades econômicas e potencialidades;
•Agricultura (transgênicos);
•Brasil político;
•Limites;
•Pontos extremos;
•Aspectos físicos;
•Perfil do Estado do Paraná;
•Relevo paranaense;
•Hidrografia paranaense;
•Clima paranaense;
•Vegetação paranaense;
•Aspectos humanos: ocupação inicial, ocupação efetiva, migração;
•Aspectos urbanos: região metropolitana;
•Aspectos econômicos: indústria e transporte.
7ª SÉRIE
•Espaço geográfico (social e natural ) – América;
•Geografia dos continentes (aspectos físicos);
•Aspectos humanos;
•População: Aspectos sociais (migrações, movimentos sociais, questões raciais, trabalho e
meios de produção, capitalismo e socialismo)
•Economia e recursos naturais;
•Questão ambiental;
•Geoprocessamento (informática).
8ª SÉRIE
•Aspectos naturais e Geografia dos continentes;
•África, Ásia, Europa, Oceania (regionalização); Globalização;
•População ( movimentos migratórios e sociais, questões raciais);
•Temas: sociais contemporâneos, recursos naturais;
•Aspectos fiscos de cada Continente;
•Questão ambiental;
•Geoprocessamento;
•Capitalismo;
•Blocos econômicos;
Indústrias (evolução técnica-científica, trabalho e meios de produção).
4- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Assim como as de mais ciências humanas, o estudo da Geografia tem o
compromisso de formar cidadãos participantes dos movimentos dentro da sociedade e do
mundo em que vivemos.
Cabe o professor fazer uma reflexão conjunta com seus alunos para que possa
buscar soluções de seus problemas do cotidiano dentro da sociedade.
A maior parte do acervo da disciplina de Geografia constitui o que se costuma
chamar de Geografia tradicional positivista.
No curso de um processo de ensino-aprendizagem bem conduzido, o centro das
atividades pode alternar-se ora o professor exerce diretamente a gerência do
processo( formulação de questões desafiadoras, coordenação dos debates, explicações) ora os
alunos operam com autonomia( estudo dirigido, trabalho em dupla e em equipe, discussões
coletivas).
O educando aprende a partir de sua individualidade, o professor não deve polarizar
em si toda a relação pedagógica. Ao contrário, sempre que possível deve propor ou
estimular a participação ativa dos alunos, mediante a aplicação de variadas técnicas ou
estratégias disponíveis, seja do ensino individualizado, seja do ensino socializado.
É essencial que o aluno desenvolva senso crítico, a partir dos questionamentos,
leitura (gráfico, mapas) comparar, justificar, explicar, indispensáveis para que esteja em
contínua reconstrução do seu conhecimento. Para que possam compreender conceitos
como: migração e suas conseqüências, no âmbito regional e mundial, influencias culturais
na construção do espaço, conflitos originados por formações religiosas, consumismo e
influenciados pelos meios de comunicação. Freqüentemente é aconselhável a produção
individual, ou em pequenos grupos, de textos, mapas, relatórios ou qualquer forma de
trabalhar os conteúdos.
5- AVALIAÇÃO
A avaliação tem sido um dos assuntos mais debatidos entre os educadores.
Acompanhados de dúvidas e incerteza os debates sobre a avaliação da aprendizagem
vem avançando a medida em que muitos professores não acreditam mais nas tradicionais
formas de atribuir notas e classificar alunos. Entendemos que se trata de um processo de
ensino-aprendizagem e deve ter caráter diagnóstico e contínuo.
A avaliação não deve resumir-se aos momentos pré-determinados (provas), mas sim de
maneira contínua envolvendo diferentes momentos e estratégias em sala de aula.
Avaliação tem o caráter investigativo e processual. Para o professor transforma-se num
recurso precioso de diagnóstico.
Para que a avaliação tenha um caráter diagnóstico e contínuo, é preciso tomar alguns
cuidados.
Acompanhar as atividades que os alunos realizam, analisando seus avanços e dificuldades
apresentadas.
A avaliação assim, tem de adequar-se a natureza da aprendizagem, levando em conta não
só os resultados das tarefas realizadas, mas sim o que ocorreu no processo avaliativo.
Avaliações serão utilizadas de várias formas: pesquisas, prova, trabalho em grupo,
debates, participação de projetos em sala, atividades, exposições de trabalhos, relatórios
e vídeos.
A avaliação subsidia decisões a respeito da aprendizagem dos educandos, tendo em vista
garantir a qualidade do resultado que estamos construindo.
6- REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICOS
KRAJEWSKI, 121ngela Correa e Outros. Geografia, Pesquisa e Ação. Volume único.
Editora Moderna 2 ª ed.
PITTE, Jean Robert. A natureza humanizada. Volume único. Editora FTD.
LUCCI, Elian Alabi. O Homem e espaço global, editora Saraiva.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço. Editora Universidade de São Paulo.
CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos e outros. Geografia em sala de aula. Editora
Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
____________ Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Fundamental versão
preliminar. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Julho 2006.
__________ Educação Africanidades no Brasil. Centro de Educação A Distância CEAD.
Brasília – DF.
SITES
www.ibama.gov.br
www.ibge.gov.br
www.trabalhoescolar.hpg.ig.com.br
FILMES
CARROS – Disney, Pixar, 2006, 116 min.
AMAZÔNIA COUSTEAU –A EXPEDIÇÃO DO SÉCULO, EUA, França, 1984, Jacques e
Jean Michael Cousteau, Pégaus.
AS FORÇAS DA TERRA, EUA, 1983, NGS, Vídeo Arte.
FORÇAS DA MATUREZA: FILHOS DE GAIS, Nosso Universo, GNT.
A TERRA INQUIETA, Telecurso 2000, 1º grau, aula 03, FRM.
HISTÓRIA
1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A História como ciência, nos permite conhecer os vários segmentos das sociedades ao
longo do tempo, nos mostrando que o ensino da mesma não pode ser estático. Deve ser
sempre norteado por problemáticas do presente para orientar e dar significação às
questões do passado.
O ensino da História nos possibilita o conhecimento dos "fatos históricos", pois eles
remetem para as ações realizadas por indivíduos e pelas coletividades, envolvendo
eventos políticos, sociais, econômicos e culturais.
Assim, o ensino de História, ao mesmo tempo em que apresenta e discute temas
relevantes para a compreensão do mundo atual, também enfatiza a formação do
pensamento histórico.
Portanto, para a História é importante estudar as questões locais, regionais, nacionais e
mundiais, apontando as diferenças e semelhanças entre culturas e observando as
mudanças e permanências do modo de viver, de pensar, de fazer e de dar heranças
ligadas por gerações.
Desde que foi incorporado ao currículo escolar, a História ensinada tem mantido uma
interlocução com o conhecimento histórico. Nas últimas décadas, por diferentes razões,
nota-se uma crescente preocupação dos professores do ensino fundamental em
acompanhar e participar do debate historiográfico, criando aproximações entre o
conhecimento histórico e o saber histórico escolar. Reconhece-se que o conhecimento
científico tem seus objetivos sociais e é re-elaborado de diversas maneiras, para o
conjunto da sociedade.
O saber histórico, tem desse modo, possibilitado e fundamentado alternativas para
métodos de ensino e recursos didáticos, principalmente para valorizar o aluno como sujeito
ativo no processo de aprendizagem. Por outro lado, ao constatarem que os conteúdos
escolares não explicam as problemáticas sociais contemporâneas nem as transformações
históricas a elas relacionadas, professores e educadores buscam outros modos de
compreender a relação procurando manter relações e compromissos mais estreitos com a
realidade social.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais para a área de História, o aluno pode
apreender a realidade na sua diversidade e nas múltiplas dimensões temporais,
destacando-se o compromisso e as atitudes dos indivíduos, dos grupos e dos povos na
construção e na reconstrução das sociedades propondo estudos das questões locais,
regionais, nacionais e mundiais das diferenças e semelhanças ligadas por gerações.
Procuramos valorizar o intercâmbio e idéias, propondo a análise e interpretação de
diferentes linguagens - imagens, textos, objetos, músicas, etc. - permitindo a comparação
entre informações e o debate a cerca de explicações diferentes para um mesmo
acontecimento. Incentivamos desse modo o desenvolvimento pelo diálogo, pela troca, na
formulação de perguntas, na construção de relações entre o presente e o passado. Assim,
a História é um processo dinâmico de construção, que se constitui a partir de múltiplas
dimensões e análise das transformações, mudanças e permanências de determinadas
sociedades em diferentes tempos.
O estudo das relações humanas em diferentes tempos e espaços, deve entender o espaço
como culturalmente construindo o espaço histórico onde os homens se organizam,
produzem sua existência e transformam a sociedade.
Partindo dessas premissas, a História é entendida a partir de três de transformações
fundamentais: como prática social, enquanto conhecimento e, ainda, como área de ensino.
Ao viver em sociedade, o homem constrói sua história, num processo dinâmico de
transformação (prática social). Nessa construção produzem instrumentos, valores, crenças,
formas e organização que se constituem em conhecimento histórico que, junto com outras
formas de conhecimento, possibilita o entendimento das condições da realidade.
Dessa forma, fazer História como conhecimento e como vivência é recuperar a ação dos
diferentes grupos que nela atuam, procurando entender por que o processo tomou um
rumo e não outro: significa resgatar as injunções que permitiram a concretização de uma
possibilidade e não de outras.
A compreensão do processo histórico implica analisá-lo à luz do presente, o que não
significa negar o passado mas que "(...) o historiador parte do presente (...) a sua atuação
é de início, recorrente. Vai do presente ao passado. Daí volta ao presente, que é então
melhor analisado e conhecido e já não oferece à análise uma totalidade confusa."
(LEFÉBVRE).
A integração da História com as ciências humanas e suas tecnologias nos permite sedimentar e
aprofundar temas abordados, redimensionando aspectos da vida em sociedade e o papel do indivíduo
nas transformações do processo histórico, completando a compreensão das relações entre a liberdade
e a necessidade.
A história social e cultural tem se imposto de maneira a rearticular a história econômica e a
política, possibilitando o surgimento de vozes de grupos e de classes sociais antes silenciados.
Na transposição do conhecimento histórico é de fundamental importância o desenvolvimento
de competências ligadas à leitura, análise, contextualização e interpretação das diversas fontes e
testemunhos das épocas passadas – e também do presente.
Devendo-se levar em conta os diferentes agentes sociais envolvidos na produção dos
testemunhos, as motivações explícitas ou implícitas e a especialidade das diferentes linguagens e
suportes através dos quais se expressam.
Nessa perspectiva, a História possui condições de ampliar conceitos contribuindo
substantivamente para a construção dos laços de identidade e consolidar a formação da cidadania.
O Ensino de história pode desempenhar um papel importante na configuração da identidade,
ao incorporar a reflexão sobre a atuação do indivíduo nas relações pessoais com o grupo de convívio,
suas afetividades, sua participação coletiva e suas atitudes de compromisso com classes, grupos
sociais, culturais, valores e com gerações do passado e do futuro.
Ao repensar o tempo histórico tendo como referência as relações homem-natureza, pode-se
ainda avançar na compreensão das diversas temporalidades vividas pela sociedade e nas formulações
das periodizações e marcos de rupturas.
A apreensão das noções de tempo histórico em suas diversidades e complexidades pode
favorecer a formação do estudante como cidadão, aprendendo a discernir os limites e possibilidades
de sua atuação, na permanência ou na transformação da realidade histórica em que vivem.
Nos dias atuais, a cultura capitalista fornece uma valorização das mudanças no moderno
cotidiano tecnológico e uma ampla difusão de informações sempre apresentadas como novas e com
explicações simplificadas que as reduzam aos acontecimentos imediatos. Um compromisso
fundamental da História encontra-se em relação com a Memória, livrando as novas gerações da
“amnésia social” que compromete a constituição de suas identidades individuais e coletivas.
Dentro de todo esse contexto histórico pretendemos destacar a importância dos povos
africanos no desenvolvimento histórico da humanidade e do Brasil, assim como o papel
desempenhado pelo Paraná, desde a sua ocupação até os dias atuais, no crescimento e
desenvolvimento de nossa história.
2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
5ª SÉRIE
Das Origens do homem Século XVI
A produção do conhecimento histórico.
- O que é historia
- Concepção de história
- O tempo histórico : tempo linear, tempo sagrado, tempo profano.
- Como se escreve a história.
- Fontes históricas.
- A historiográfica
A origem do homem: Evolução ou criação?
As primeiras civilizações na América
° Maias, Incas e Astecas
° Ameríndios da América do Norte.
° Ameríndios do território brasileiro.
° Ameríndios no Paraná.
As primeiras Civilizações na África, Europa e Ásia.
° Egito, Núbia, Gana e Mali
°Hebreus, Medieval (Político,econômico,sociedade,cultura).
chegada dos europeus na América.
° Encontros entre culturas
° Resistência e dominação
° Escravização
° Catequização
Península Ibérica nos séculos XIV e XV
° Reconquista do território
° Religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo
Comércio (África,Ásia, América e Europa)
A formação da sociedade brasileira e americana.
°Americana portuguesa
América espanhola
América franco-inglesa
Organização político-administrativa (Capitanias Hereditárias)
Escravização indígena e africana
Economia (pau-brasil, cana-de-açúcar e minérios)
Os reinos e sociedades africanas e os contatos com a Europa
Songai, Benin, Ifé, Congo, Zimbabwe e outros.
6ª SÉRIE
Das Contestações a ordem colonial ao Processo de Independência do Brasil - Século
XVII ao XIX
Expansão e consolidação do Território
Missões
Bandeiras
Invasões estrangeiras
Consolidação dos estados nacionais europeus
Absolutismo
Renascimento
Reforma e Contra-Reforma
Revolução Inglesa
Iluminismo
Colonização do território "paranaense"
Movimentos de Contestação
Quilombos (Brasil e Paraná)
Irmandades: Manifestações religiosas/sincretismo
Revoltas Nativistas e Nacionalistas
- Inconfidência Mineira
- Conjuração Baiana
- Revolta da Cachaça
- Revolta do Maneta
- Guerra dos Mascates
Independência das Treze Colônias inglesas da América do Norte
De Colônias a Reino Unido
Missões artístico-científicas
Biblioteca Nacional
Banco do Brasil
Urbanização na Capital
Impressão Régia
Invasões Napoleônicas na Península Ibérica e o Processo de Independência do Brasil
Governo de D. Pedro I
Constituição de 1924
Unidade Nacional
Manutenção da Estrutura Social
Confederação do Equador
Província cisplatina
Haitianismo
Revoltas Regenciais:
- Malês
- Sabinada
- Balaiada
- Cabanagem
- Farroupilha
O Processo de Independência das Américas
Haiti
Colônias Espanholas
7ª SÉRIE
Pensando a Nacionalidade: do século XIX ao XX
A Construção da Nação
Governo de D. Pedro II
Criação do IHGB
Lei de Terras, Lei Euzébio de Queiroz
Início da Imigração Européia
Definição do Território
Movimento Abolicionista e Emancipacionista
Revolução Industrial e Relações de Trabalho
Ludismo
Socialismo
Anarquismo
Emancipação Política do Paraná (1853)
Economia
Organização social
Manifestações culturais
Organização político-administrativo
Migrações: internas (escravizados, libertos e homens livres pobres) e externas (europeus)
Os povos indígenas e a Política de Terras
A Guerra do Paraguai
Processo de Abolição da Escravidão
Legislação
Resistência e negociação
Discursos: Abolição, imigração (branqueamento e miscigenação)
Colonização da África e Ásia
Guerra Civil e Imperialismo estadunidense
Os primeiros anos da República
Idéias positivistas
Imigração asiática
Oligarquia, Coronelismo e Clientelismo
Movimentos de Contestação: Campo e Cidade
Movimentos messiânicos
Revolta da vacina e urbanização do Rio de Janeiro
Movimento operário: anarquismo e comunismo
Paraná
Guerra do Contestado
Greve de 1917 - Curitiba
Paranismo: Movimento regionalista - Romário Martins, Zaco Paraná, Langue de Morretes,
João Turim
Questão Agrária na América Latina
Revolução Mexicana
Primeira Guerra mundial
Revolução Russa
8ª SÉRIE
Repensando a nacionalidade brasileira:do século XX ao XXI
A Semana de 22 e o repensar da nacionalidade
Economia
Organização Social
Organização Político-Administrativa
Manifestações Culturais
Coluna Prestes
Crise de 29
A "Revolução de 30" e o período Vargas (1930 -1945)
Segunda Guerra Mundial
Populismo no Brasil e na América Latina
Córdenas-México
Perón-Argentina
Vargas, JK, Jânio Quadros, e João Goulart- Brasil
Independência das colônias afro-asiáticas
Guerra Fria
Construção do Paraná Moderno
Governos de Manoel Ribas, Moysés Lupion, Bento Munhoz da Rocha Neto e Ney Braga
Frentes de colonização do Estado,criação da estrutura administrativa
Copel, Banestado, Sanepar, Codepar...
Movimentos Culturais
Movimentos sociais no campo e na cidade
Os Xetás
O Regime Militar no Paraná e no Brasil
Repressão e censura, uso ideológico dos meios de comunicação
O uso ideológico do futebol na década de 70
Cinema Novo
Teatro
Itaipu, Sete Quedas e a questão da terra
Guerra Fria e os Regimes Militares na América Latina
Política de boa vizinhança
Revolução Cubana
11 de setenbro no Chile e a deposição de Salvador Allende
Censura aos meios de comunicação
Movimentos de contestação no Brasil
Resistência armada
Tropicalismo
Jovem Guarda
Novo Sindicalismo
Movimento Estudantil
Movimentos de Contestação no Mundo
Maio de 68-França
Movimento Negro
Movimento Hippie
Movimento Homossexual
Movimento Feminista
Movimento Punk
Movimento Ambiental
Movimento no contexto atual
Redemocratização
Constituição de 1988
Movimentos populares rurais e urbanos: MST (Movimento Sem ,Terra), MNLM (Movimento
Nacional de Luto pela Moradia), CUT (Central Único dos Trabalhadores), Marcha Zumbi
dos Palmares, etc.
Mercosul
ALCA
Fim da bipolarização Mundial
Desintegração do bloco socialista
Neoliberalismo
Globalização
11 de setembro nos EUA
África e América Latina no contexto atual
A comemoração dos "500 anos do Brasil": análise e reflexão
3- ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICOS:
O ensino de História será realizado através de trabalhos com documentos como mapas,
meios de comunicação, textos, imagens filmes.
Serão realizados estudos como consultas em fontes bibliográficas, organização das
informações de documentos e figuras.
Promover trabalhos interdisciplinares possibilitando a interação e envolvimento com os
conteúdos de outras disciplinas.
Desenvolver
atividades
com
diferentes
fontes
de
informações
(livros,jornais,revistas,filmes,fotografias,etc) e confrontar dados e abordagens.
Serão realizadas leituras em mapas; ver como a população de uma região está distribuída
comparando as informações obtidas e formular hipóteses variadas sobre suas relações e
chegando a sínteses por meio dessas informações, sendo esta uma forma de se aproximar
e compreender os procedimentos pelos quais esses campos de conhecimentos se
constituem.
Promover estudos e reflexões sobre a presença na atualidade de elementos materiais e
metais de outros tempos e incentivar reflexões sobre as relações entre presente e
passado, entre espaços locais, regionais, nacionais e mundiais. E sobre a diversidade de
modos de vida e de costumes que convivem na mesma localidade.
4- AVALIAÇÃO
Avaliação será feita através de:
- Questionamentos orais
- Prova escritas sobre o tema trabalhado
- Trabalhos em grupos com montagem de maquetes, painéis informativos, cartazes sobre
os temas trabalhados
- Produção de textos a partir de um tema sugerido pelo professor
Sendo assim, a avaliação não será feita só individual, mas também coletiva, visto que as
turmas apresentam uma complexidade muito grande.
A avaliação será processual, somatória, sendo feita a partir de critérios que são
decorrentes da forma pela qual o ser humano apreende a realidade e de como age sobre
ela.
O critério de avaliação é o conteúdo, no seu papel de mediato entre o sujeito que aprende
e a realidade. Não se trata, porém de qualquer conteúdo, mas daqueles cuja relevância é
fundamental para compreensão da prática social.
5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
terceiro e quarto ciclo do Ensino Fundamental: História. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino
médio. Brasília: MEC/SEF, 2002
CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (orgs). Domínios da História. Campinas:
Campos, 1997
CHARTIER, Roger. A História Cultural: entre práticas e reprovações. Rio de Janeiro:
Bertrand, Brasil, 1987
ELIAS, Norbert. O Processo Civilizador: A Formação do Estado e da Civilização. São
Paulo: Zahar. Volume I, Volume II, 1993
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Petrópolis, Vozes 2001
THOMPSON, Edward P. Senhores e Caçadores: a origem da lei negra. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1987.
LÍNGUA PORTUGUESA
1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:
A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar passou a integrar os currículos
escolares brasileiros somente nas ultimas décadas do século XIX, com a chegada dos
conquistadores europeus.
Nos primeiros tempos da colônia, não havia uma educação em moldes institucionais
e sim a partir de práticas restritas à alfabetização. Depois de institucionalizada como
disciplina, as primeiras práticas de ensino moldavam-se ao ensino do latim, para os poucos
que tinham acesso a uma escolarização mais prolongada.
Em meados do século XVIII, o estudo da Língua Portuguesa, foi incluído no
currículo sob as formas das disciplinas Gramática, Retórica e Poética, tornando-se
obrigatório o uso da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Somente no século XIX, o
conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português, mantendo a sua característica
elitista até meados do século XX, quando se iniciou um processo de “democratização” do
ensino com o fim dos testes de admissão, havendo ampliação de vagas e surgindo, com
isso, a necessidade de novas propostas pedagógicas.
Nesse contexto, se intensificou o processo de desvalorização do profissional
docente, houve a necessidade de recrutamento, mais amplo e menos seletivo de
professores, conduzindo ao rebaixamento salarial, a precárias condições de trabalho,
surgindo o livro didático, um facilitador da atividade docente.
Com o processo de industrialização, surge uma educação voltada para o trabalho
sob uma concepção tecnicista. A partir da década de 70, com a Lei 5692/71, a disciplina de
Português passou a denominar-se, no primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas
quatro primeiras séries) e Comunicação em Língua Portuguesa (nas quatro últimas séries)
do primeiro grau.
O ensino da Literatura tinha por finalidade transmitir a norma culta da língua,
constituindo base para exercícios gramaticais e estratégias para incutir valores religiosos,
morais e cívicos. A partir dos anos 70, o ensino da mesma restringiu-se ao então segundo
grau com abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário, sem nenhum
estímulo à reflexão crítica. Atualmente, há a busca da superação do ensino normativo e
historiográfico que só recentemente tem alcançado os estudos curriculares.
A partir dos anos 80, no Brasil, com o início dos estudos sociológicos da linguagem
sociointeracionista de Bakhtin, a língua configura um espaço de interação entre sujeitos
que se constituem pelo seu uso.
A linguagem interação (forma de ação entre pessoas), no qual a mesma passa a ser
considerada em sua relação com os sujeitos que a utilizam, levando-se em conta a
enunciação, ou seja, o contexto de produção do enunciado ou do discurso. Segundo
Bakhtin, o enunciado é uma frase ou uma seqüência de frases – é a unidade de base da
língua, é o próprio discurso que se constrói.
O discurso é a prática discursiva no texto. A partir desse entendimento sobre a
teoria bakhtiniana, a leitura e comentários foram insuficientes. Maiores informações
teóricas só podem ser conseguidas por meio de muita leitura, estudo e reflexão de textos
que tratem do assunto se houver muito empenho do professor em aprofundar seus
conhecimentos.
Os estudos lingüísticos mobilizaram os professores para a discussão e o repensar
sobre o ensino da língua materna e para a reflexão sobre os trabalhos realizados nas salas
de aula. No Paraná, essas reflexões fizeram-se presentes nos programas de
reestruturação do ensino do 2º grau.
Na década de 90, com a proposta do Currículo Básico do Paraná, fundamentou-se
em pressupostos coerentes com a concepção dialógica e social da linguagem, para fazer
frente ao ensino tradicional. Pretendia-se uma prática pedagógica que enfrentasse o
normativismo e o estruturalismo e, na Literatura, uma perspectiva de análise mais
aprofundada dos textos, bem como a proposição de textos significativos e com menos
ênfase na conotação moralista.
Com o surgimento dos Parâmetros Curriculares Nacionais, no final da década de 90,
fundamentou-se a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas concepções
interacionistas ou discursivas, propondo uma reflexão a cerca dos usos da linguagem oral
e escrita, e apresentando assim, a leitura de forma utilitarista.
Assim, os fundamentos teóricos que embasam a discussão e a reflexão sobre o
ensino de Língua e Literatura requerem novos posicionamentos em relação às práticas de
ensino, seja pela discussão crítica dessas práticas ou pelo envolvimento direto dos
professores na construção de alternativas.
2- OBJETIVOS
A disciplina de Língua portuguesa tem por objetivo instrumentalizar o aluno para que
desenvolva sua capacidade de:
•Expressar-se verbalmente e por escrito, utilizando o padrão culto da língua portuguesa,
com clareza, coerência e coesão;
•Interpretar textos com competência;
•Realizar leituras informativas e literárias;
•Identificar e valorizar as variedades lingüísticas;
•Compreender
o
funcionamento
da
língua
por
meio
de
estudos
gramaticais
contextualizados.
3- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva nas diferentes
instâncias sociais, acorda-se que o objeto de estudo da disciplina é a Língua, e o Conteúdo
Estruturante da Língua Portuguesa e Literatura é o discurso, concebido como prática social
contemplando nossas origens únicas (indígenas e africanas) e os diferentes gêneros
desdobrados em três práticas: leitura, escrita e oralidade.
Se a definição de conteúdo estruturante a identifica com os campos de estudo de
uma disciplina escolar, entende-se, conforme mencionado nas diretrizes, o campo da
disciplina de Língua Portuguesa/Literatura como um campo, antes de tudo de ação, onde
se concretizam práticas de uso real da língua materna contrapondo-se à tradicional que,
conforme já se sabe, determinava os estudos de regras gramáticas como centro e o
objetivo maior do trabalho com a língua.
5ª SÉRIE
•Leitura: textos relacionados ao cotidiano, comunicação humana e as
linguagens;
•Produção de texto conforme o contexto;
•Análise lingüística: significado de palavras, uso do dicionário e sua
importância;
•Palavras com vários sentidos (próprio e figurado), compreensão de texto;
•Prática da oralidade;
•Diálogo (criação empregando a pontuação correta);
•Gramática: alfabeto, letra, dígrafo, encontro consonantal;
•Ortografia:
oUso dos porquês;
oSinais de pontuação;
oAcentuação nas oxítonas;
oParônimos;
oPor/pôr, pára/para, sob/sobre, trás/traz, pêlo/pelo;
•Classes gramaticais;
•Substantivo primitivo e derivado;
•Gênero, número e grau do substantivo;
•Adjetivo, locução adjetiva e grau do adjetivo;
•Elementos da comunicação: emissor, mensagem, destinatário e código
(palavra falada, palavra escrita, sinal);
•Uso do acento circunflexo;
•Uso de onde, aonde, sob, sobre, mas, más e mais;
•Alfabeto – fonema – letra – dígrafo - encontro consonantal – fonemas e
letras;
•Emprego de letra maiúscula;
•Separação em sílabas;
•Plural e singular;
•Sílaba: divisão, tonicidade, ditongo, tritongo e hiato;
•Sinônimos;
•Linguagem popular e linguagem culta;
•Modo Imperativo;
•Numeral;
•Emprego de Há/a, Esta/está;
•Aprendendo a preencher um cheque;
•Pronomes
pessoais,
demonstrativos,
interrogativos e relativos;
•Verbo (conjugação, tempo e modo);
•Ditado de palavras;
•Prefixo in e seus variantes: im, ir, i;
•Crase;
•Advérbios;
•Crônica;
•Preposição;
•Interjeição;
possessivos,
indefinidos,
•Acentuação de proparoxítonas.
6ª SÉRIE
•Leitura: textos relacionados ao cotidiano, comunicação humana e as
linguagens;
•Produção de texto conforme o contexto;
•Análise lingüística: significado de palavras, uso do dicionário e sua
importância;
•Prática da oralidade;
•Revisão de classes de palavras e categorias gramaticais;
•Funções das palavras (sujeito, tipos de sujeito);
•Ortografia:
oDitongos abertos;
oSede/cede, para/pára;
oParônimos;
oSinônimos;
oMal/mau;
oUso da vírgula;
•Verbo haver;
•Predicado: verbal e nominal;
•Plural e singular;
•Verbo: transitivo e intransitivo;
•Objeto: direto e indireto;
•Poesia;
•Polissemia (sentido próprio e figurado);
•Adjunto adverbial e adnominal;
•Narração;
•Grau diminutivo;
•Aposto e vocativo;
•Fábula;
•Voz ativa, passiva, reflexiva – agente da passiva;
•Verbos irregulares.
7ª SÉRIE
•Leitura: textos relacionados ao cotidiano, comunicação humana e as
linguagens;
•Produção de texto conforme o contexto;
•Análise lingüística: significado de palavras, uso do dicionário e sua
importância;
•Prática da oralidade;
•Revisão das funções sintáticas;
•Sujeito;
•Predicado;
•Verbo: transitivo e intransitivo;
•Complemento nominal;
•Vozes do verbo;
•Concordância: nominal e verbal;
•Estrutura de palavras;
•Processo de formação das palavras;
•Modos verbais e verbos irregulares;
•Ortografia:
ouso do g/j/ - ch/x/s;
oUso do concerto/conserto;
oEmprego de letras maiúsculas;
oUso de abreviaturas e siglas;
oSufixos – vogal temática;
8ª SÉRIE
•Leitura e interpretação;
•Produção de texto;
•Análise lingüística;
•Acentuação gráfica;
•Classes de palavras;
•Substantivo;
•Verbo;
•Frase, oração e período;
•Tipos de predicado: verbal e nominal;
•Acento diferencial;
•Verbo transitivo direto e indireto;
•Adjunto adnominal;
•Termos da oração: aposto e vocativo;
•Conjunções coordenativas e subordinativas;
Orações subordinadas.
4- ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
É importante que o aluno tenha consciência da necessidade de construir seu próprio
discurso para demarcar sua individualidade, para isso é necessário que o conjunto de
atividades organizadas esteja voltado a garantir que o aluno esteja apto a utilizar a
linguagem
para
atender
os
diferentes
propósitos
comunicativos
e
expressivos,
considerando as diferentes condições de produção do discurso, interpretando a realidade
dos diferentes pontos de vista, bem como as entrelinhas nos textos, identificando os
valores sócio-ideológicos de caráter preconceituoso ou não e conhecendo as variações
lingüísticas regionais respeitando cada uma delas, reafirmar sua identidade social.
Para que este processo se efetive é necessário que o educador faça uso de dois
eixos básicos: o uso da língua oral e escrita, e a reflexão sobre a língua e a linguagem.
A fim de concretizar sua prática o educador deve nortear os conteúdos elaborados
através do seguinte eixo:
USO
Prática de
escrita e leitura
de texto
Prática de
→
produção de
textos orais e
escritos
→
Prática de
análise
lingüística.
O professor deverá levar em conta no processo ensino-aprendizagem, as
características individuais de cada aluno, respeitando o conhecimento socialmente
adquirido por ele através da sua realidade social, pontuando a este, que a sua maneira de
falar ou escrever não está incorreta, mas que há um padrão lingüístico socialmente
estabelecido, e que deve ser seguido conforme o contexto de interlocução no qual o sujeito
estará submetido.
Desta maneira evita-se que dentro do contexto escolar se despreze, mesmo que
inconscientemente, as variações lingüísticas regionais, explicitando ao aluno que ele ao
falar adequadamente também aprenderá a escrever desta forma, passando dessa maneira
a conotar a linguagem do ponto de vista não somente prático, mas cultural, podendo o
educador realizar um rico trabalho em sala sobre as grandes diversidades lingüísticas
existentes e que contribuirão para que o aluno compreenda de uma maneira menos
desgastante a importância do uso da linguagem.
É fundamental que o trabalho metodológico envolva o domínio da língua oral, da
leitura e da escrita.
A Língua Portuguesa oferece ao aluno condições básicas para que ele se torne um
usuário eficiente da língua materna, habilitando-o, como leitor ouvinte e como produtor de
textos orais/ escritos, a interpretar o meio sócio-cultural e atuar sobre ele.
Entretanto, para que o discente apresente um bom desempenho nesta disciplina
(especificamente na leitura e escrita) é necessário fornecer-lhe instrumentos para isso. E o
bom desempenho corresponde não apenas à correção da leitura e da escrita, mas também
à satisfação pessoal que o ato de ler e escrever pode proporcionar. Portanto, de nosso
ponto de vista, o domínio da Língua Portuguesa é importante na medida em que nos abre
um universo de conhecimentos e emoções.
Cultura Afro-Brasileira e Africana
Realizar com os alunos estudos e pesquisas de países que falam a língua
portuguesa. O que os une? Quais as razões? Atualmente como estão estes países? Qual
a composição étnica? Apurar diferenças do português falado e escrito entre eles.
Exemplos:
- na alimentação: vatapá, acarajé, caruru, canjica, etc.
- na música: os instrumentos musicais como o maracá, cuíca, atabaque, reco-reco, agogô,
etc.
- na religião: umbanda e candomblé.
Após debates sobre textos propostos aos alunos, solicitar que produzam textos
sobre temas como:
- o racismo no Brasil;
- a presença do negro na mídia;
- políticas afirmativas, cotas;
- mercado de trabalho.
Analisar implicações da carga pejorativa atribuída ao termo negro e outras
expressões do vocabulário.
Realizar com os alunos estudos de obras literárias de escritores negros como Cruz
e Souza, Lima Barreto, Machado de Assis, Solano Trindade, etc., destacando a
contribuição do povo negro à cultura nacional.
Incluir nos conteúdos de Literatura o estudo do teatro experimental de negros,
iniciado no Rio de Janeiro em 1944, e a pesquisa sobre a imprensa negra brasileira no
início da década de 20.
4- AVALIAÇÃO
A avaliação será realizada de forma contínua e diagnóstica, em uma prática
reflexiva e contextualizada, priorizando a qualidade e o processo de aprendizagem diária.
Como a língua se manifesta em todos os seus aspectos, seja através da leitura, da escrita,
da oralidade, serão considerados o desempenho e o ritmo da aprendizagem do aluno,
possibilitando que o mesmo participe e interaja na construção e reconstrução do
conhecimento, unificando a aprendizagem e o ensino.
A avaliação deverá possibilitar a identificação de deficiências no aprendizado dos
alunos, a fim de que sejam elaboradas novas estratégias de ensino.
Pode ser realizada por meio de: debates, análises de textos variados, interpretações
e produções de textos (verbais e não verbais), trabalhos, pesquisas.
5- REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO
BASTOS, J. B, Gestão Democrática. Editora DP& A, Rio de Janeiro, 2000.
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS, 2006.
FREIRE, Paulo – Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1988.
MATEMÁTICA
1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Matemática, assim como as demais ciências, segue uma história de onde advêm
estruturas fundamentadas em diferentes pensamentos para a formação de uma variedade
de conhecimentos, os quais foram socialmente elaborados e partilhados, estruturando-se
em eixos culturais, ideologias formalizadas, pesquisas e experiências.
Hoje devemos ter como meta da educação a formação de um indivíduo ético, criativo e
crítico, preparado para viver participativamente na sociedade e consciente de sua
cidadania, por isso o conjunto de parâmetros para a organização do ensino de Matemática
deverá completar a necessidade de sua adequação para o desenvolvimento e promoção
de alunos, com diferentes motivações, interesses e capacidades, criando condições para a
formação de um aluno crítico e capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais.
O Ensino Fundamental pode ser visto como uma etapa intermediária da formação básica
do aluno, visando introduzir o aluno no mundo do conhecimento. Para isto é prioritário
inserir idéias sobre a natureza Matemática para terem a oportunidade de discutir o
significado do saber matemático e sua real importância, então diante destas disposições a
Matemática deverá:
-Ser um conhecimento hierarquicamente organizado e sistematizado de
modo a permitir o desenvolvimento do pensamento crítico construtivo;
-Estar articulada a um universo de conteúdos diversificados para
interpretação e criação de significados como meio na melhoria da
qualidade de vida.
-Desenvolver a formação da autonomia;
-Ampliar a percepção da dinâmica social para nela intervir;
-Ser vista no processo do conhecimento matemático como incentivo para a
capacidade de observar, interpretar, investigar e tomar decisões;
A história da Matemática é um elemento orientador na elaboração de atividades, na
criação das situações problemas, na busca de referências para compreender melhor os
conceitos matemáticos, possibilitando ao aluno analisar e discutir razões para aceitação de
determinados fatos, raciocínios e procedimentos entendendo que o conhecimento
matemático é construído historicamente. Portanto, cabe ao ensino da Matemática garantir
que o aluno adquira flexibilidades para lidar com diversos conceitos em diferentes
momentos e que, neste sentido, através de variadas situações problemas o aluno possa
ajustar seus conhecimentos através de modelos interpretativos da realidade, preparandose melhor para sua inserção no mundo do conhecimento e do trabalho.
2-CONTEÚDOS ESRUTURANTES.
5ª SÉRIE
Números, Operações e
Álgebra
Medidas
Geometria
Tratamento da
Informação
Números Naturais
Sistema
Monetário
Ponto, reta e plano
Cálculo de porcentagem
Números Racionais
Sistema métrico
decimal
- Reta
em diversas situações
- Forma decimal
- Comprimento
- Ângulos
(na forma decimal e
- Forma fracionária
- Volume
- Polígonos
fracionária)
Operações
- Superfície
- Triângulos
- Levantamento de dados
- Adição
- Massa
- Quadriláteros
- Tabelas
- Subtração
- Capacidade
- Multiplicação
- Divisão
- Construção de gráficos
colunas e barras
6ª SÉRIE
Números, Operações e
Álgebra
Medidas
Geometria
Tratamento da
Informação
Números Inteiros
Medidas
Medida de
ângulos
Gráficos e tabelas
- Reta Numérica
- Transformação de
unidades
- Elementos do
ângulo
- Módulo
- Adição
- Grau
- Subtração
- Retas
Perpendiculares
- Multiplicação
- Ângulos
consecutivos
Subtração
- Divisão
- Ângulos
adjacentes
- Expressões
Áreas de figuras
geométricas
- Bissetriz do
ângulo
- Adição
- Propriedades da
adição
- Potenciação
- Unidade para medir
- Ângulos
superfície
Complementares
- Radical
- Área do quadrado
- Ângulos
Suplementares
Números racionais
relativos
- Área do retângulo
- Ângulos
Opostos
- Reta numérica
racional
- Área do triângulo
- Elementos de
um triângulo
- Adição
Ângulos
Posições
Relativas entre
reta
- Multiplicação
Circunferência
e circunferência
- Divisão
Posições relativas
entre duas
- Potência
circunferências
- Expressões
Equações
Inequações
Razão e proporção
- Taxa percentual
- Regra de três
7ª SÉRIE
Números, Operações e
Álgebra.
Medidas
Geometria
Tratamento da
Informação
Números Reais
Perímetro e área de
polígonos
Reta
Representação
gráfica
- Radicais
- Ângulos de um
polígono
- Posição relativa
entre duas retas
Gráficos e tabelas
Números Racionais e
Irracionais
Convexo
- Semi-reta
- Cálculo algébrico
Triângulos
- Segmento de
reta
- Expressões literais
- Altura, mediana e
bissetriz.
- Ponto médio
- Valor numérico
Congruência de
triângulos
- Circunferência
Polinômios
Capacidade
- Monômios
Volume
- Grau
- Monômios
semelhantes
- Redução de termos
- Multiplicação
- Divisão
- Potência
Produtos Notáveis
Fatoração
Frações Algébricas
Sistemas de equações
do 1º grau
8ª SÉRIE
Números, Operações e
Álgebra
Medidas
Geometria
Tratamento da
Informação
Números Irracionais
Área dos Polígonos
Relações
métricas no
triângulo
Noções de
estatística
Números Reais
- Retângulo
retângulo
Análise de gráficos e
tabelas
- Potenciação
- Quadrado
Teorema de Tales
Médias
- Radiciação
- Triângulo
Teorema de
Pitágoras
- Losango
Relações
métricas na
circunferência
Sistemas de equação
- Trapézio
Polígonos
semelhantes
Função
- Polígonos regulares
- Função polinomial do
1º Grau
- Região circular
Equação do 2º Grau
- Função polinomial do
2º Grau
3- ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Devem-se propiciar ao aluno momentos de criação e soluções interessantes para que ele
seja motivado a solucionar um problema pela curiosidade criada pela situação em si ou
pelo próprio desafio do problema, por isso o aluno deve vivenciar situações de
investigação, exploração e descobrimento. Para isso devemos colocá-lo como centro do
processo educacional, vendo-o como um ser ativo no processo de construção de seu
próprio conhecimento e inseri-lo numa gama de informações matemáticas que expressam
articulações entre os conteúdos específicos do mesmo conteúdo estruturante ou de
diferentes conteúdos estruturantes, de forma que suas significações sejam reforçadas,
redefinidas e intercomunicadas.
Na prática docente, o professor pode contar com diferentes tendências metodológicas que
compõem o campo de estudo da educação matemática: sendo elas: Modelagem
matemática, mídias tecnológicas e resolução de problemas. Essas tendências têm grau de
importância similar entre si e complementar umas as outras.
As ações pedagógicas de nosso colégio estão baseadas na história da matemática e na
Resolução de problemas.
•Modelagem matemática: consiste na arte de transformar problemas reais em problemas
matemáticos e resolve-los, interpretando suas soluções na linguagem do mundo real. Não
são explícitos e nem previstos claramente os conteúdos matemáticos envolvidos quando a
proposta é utilizar a modelagem matemática: eles surgem com as decisões tomadas e com
as simplificações realizadas em busca de soluções.
Num trabalho de modelagem, o professor pode trabalhar com procedimentos
a fim de familiarizar o educando, que na sociedade atual deve estar preparado para
se adaptar ás mais variadas situações e poder exercer suas atividades com
sucesso. São esses procedimentos:
oA coleta e a organização de dados;
oA formulação de hipóteses;
oA obtenção do modelo matemático;
oA discussão sobre sua validade.
Por meio da modelagem matemática, fenômenos diários sejam eles, físicos,
biológicos e sociais constituem elementos para analises criticas e compreensões
diversas de mundo.
•Etnomatemática: tem como papel reconhecer e registrar questões de relevância social
que produzem o conhecimento matemático. Essa tendência leva em consideração que não
existe um único, mas vários e diferentes conhecimentos, sendo que nenhum é menos
importante que outro, por isso devemos valorizar os conceitos informais construídos pelos
alunos através de suas experiências fora do contexto escolar utilizando-os como ponto de
partida para o ensino formal.
As diferenças culturais podem ser significativas até para alunos de mesma idade e
classe social. O professor precisa conhecer o grupo cultural ao qual os alunos
pertencem e preparar os conteúdos aproveitando o máximo possível o saber extra –
escolar, por exemplo, elaborando problemas que partam da vivencia do
educando.trabalhando desta forma, a aprendizagem será mais facilmente
cocretizada.
•História da Matemática: estudar a construção histórica do conhecimento matemático para
uma maior compreensão da evolução dos conceitos, destacando as dificuldades dos
conhecimentos inerentes ao conceito que está sendo trabalhado.
O professor pode começar um conteúdo falando da sua história. Exemplos, discutir
como
os
antigos
egípcios
resolviam
equações;
discutir
e
conhecer
o
desenvolvimento histórico do sistema decimal; e discutir o desenvolvimento histórico
de algoritmos de algumas operações fundamentais. A abordagem histórica é de
grande importância, pois a história constitui um fator de motivação nas aulas de
matemática e contribui para a melhoria da qualidade das aulas e ainda, estudos
recentes indicam que a utilização da história na sala de aula contribui para facilitar a
aprendizagem da matemática, uma vez que a história pode esclarecer sobras as
origens e aplicações da matemática e revelar o conhecimento matemático como
resultado de um processo evolutivo.
•Mídias tecnológicas: a presença de novas tecnologias, em suas diferentes formas e usos,
constitui em um dos principais agentes de transformação da sociedade. Devido à sua
utilização na indústria, na agricultura, na área de saúde, no comércio em quase todos os
ramos e atividades, tem influenciado muito a forma de viver do individuo.
Os recursos tecnológicos sejam eles o software, a televisão, os aplicativos da
internet, as calculadoras, entre outros, tem favorecido as experimentações
matemática e potencializando formas de resolução de problemas.
Considerando a utilização de tecnologias como uma realidade incontestável na vida
das pessoas, julgamos ser importante incorporar o uso de calculadoras na sala de
aula, mostrando ao aluno novas formas de calculo. Cabe ao professor explorar por
si as calculadoras e as atividades a elas associadas, propondo aos alunos situações
didáticas que os preparem verdadeiramente para enfrentar problemas reais.
A utilização desses recursos possibilita motivar o aprendizado, aplicar e exercitar o
que aprendem investigar, fazer descobertas e etc., além disso, em uma sociedade
que se torna cada vez mais complexa, a escola precisa preparar indivíduos que
sejam capazes de utilizar diferentes tecnologias.
•Resolução de Problemas: a resolução de problemas, uma das tendências da Educação
Matemática, é um excelente caminho para alcançarmos o objetivo de tornarmos a
matemática útil e prazerosa.
A resolução de problemas deve ser o ponto central de atenção do professor de
matemática e os problemas devem ser o ponto chave para o desenvolvimento dos
conteúdos curriculares. Por meio dos problemas, os estudantes podem:
oInvestigar e compreender os conteúdos matemáticos;
oDesenvolver e aplicar estratégias para a resolução dos mesmos;
oRelacionar a matemática com situações cotidianas;
oVer a matemática de forma atraente e desafiadora.
Pretende-se que os alunos aprendam a valorizar a matemática, sentindo-se seguros
em fazer matemática e em resolver problemas de todas as categorias. Que estes
alunos possam comunicar-se por meio dessa ciências, aprender a raciocinar
matematicamente, formular hipóteses e argumentar a validez de uma hipótese.
Na proposta de ensinar matemática por meio de resolução de problemas, uma das
questões mais importantes é como apresentar um problema de modo que os
alunos:
oQueiram resolve-lo
oCompreendam e retenham o conteúdo envolvido na sua resolução.
O professor para motivar os alunos pode propor etapas de resolução e fazer
questionamentos ou considerações que ajudem os educandos na resolução de
problemas:
1. Compreender o problema:
a) O que se pede no problema?
b) Quais são os dados e as condições do problema?
2. Elaborar um plano: a) Qual é seu plano para resolver o problema?
b) Que estratégia você tentará?
c) Tente resolver o problema por partes.
3. Executar o plano:
a) Execute o plano elaborado, verificando-o passo a passo.
b) Efetue todos os cálculos indicados no plano.
4. Fazer a verificação:
a) Examine se a solução obtida está correta.
b) Existe outra maneira de resolver o problema?
c) É possível usar o método empregado para resolver problemas semelhantes?
Desse modo, o professor deve fazer o papel de incentivador e moderador das idéias
geradas pelos alunos, acompanhando e fazendo com que os alunos expliquem e
discutam resoluções diferentes promovendo assim aprendizado no trabalho em
equipe. Alunos resolvedores de grande interesse pela matemática.
Além dessas propostas podemos também utilizar as dimensões políticas da educação
matemática (matemática e sociedade), a matemática humanística (matemática e arte), a
utilização da moderna tecnologia no ensino da matemática, entre outras diferentes
alternativas propostas para que possamos trabalhar os conteúdos de um modo criativo,
preocupando-se com a qualidade da prática docente.
4- AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser vista como um instrumento no processo de conquista do
conhecimento, por isso através dela o professor poderá acompanhar toda a aprendizagem,
ao invés de registrá-la apenas em seus momentos finais e modificar o modo de trabalhar
com a aprendizagem de cada aluno, enquanto esta se realiza durante todo o processo de
aprendizagem.
Devemos formar cidadãos autônomos, portanto devemos desfrutar de uma prática de
avaliação que auxilie na identificação e superação de dificuldades no processo de ensino e
aprendizagem tanto do aluno como do professor e para isto o professor deverá ser um
mediador da aprendizagem e com responsabilidade interferir consciente e diretamente na
capacidade de aprender e de pensar de seu aluno.
Tudo o que há em uma sala de aula deve contribuir para a avaliação: dedicação,
participação, envolvimento, desenvolvimento e aprendizagem, portanto o professor poderá
utilizar diferentes instrumentos de avaliações dependendo das situações que o contexto
estará inserido.
A seguir são sugeridos alguns instrumentos de avaliação e encaminhamentos que auxiliam
a formação do aluno como cidadoa atuante numa sociedade que agrega problemas
complexos.
Observação é registro
No decorrer de uma aula o professor faz inúmeras observações que devem ser registradas
seguindo critérios que o professor pode eleger, podemos destacar:
•A compreensão conceitual;
•Interpretação do texto matemático;
•Competência de ligar o saber matemático a contextos reais;
•Comportamento (hesitante, confiante, interessado, entre outros) na resolução de
problemas.
Os dados obtidos devem auxiliar em julgamento e interpretações que ajudem a traçar
rumos e a melhorar a aprendizagem.
Provas e outros trabalhos
As provas escritas quando atendem com precisão aos objetivos dos conteúdos, são meios
adequados para examinar o domínio de procedimentos, verificar interpretação de texto e
compreensão conceitual. As provas não devem se limitar a uma coleção de exercícios a
ser resolvida individualmente. Há outras possibilidades, por exemplo: com consulta, com
auxilio de calculadora, com questões que exijam respostas escritas.
Há uma enorme variedade de trabalhos a ser propostos: pesquisa em internet, em livros,
em jornais e revistas, seminários, tarefas interdisciplinares e trabalho em grupo. O trabalho
em grupo favorece a troca de idéias e o aprendizado mutuo, obtendo-se ótimos resultados.
Claro que o professor nessas ocasiões, deve observar os alunos e se notar falhas na
cooperação e na comunicação orienta-los para que a aprendizagem seja concretizada,
pois a avaliação deve ser vista como um processo favorecedor da aprendizagem.
A Educação Matemática propõe encaminhamentos que abrem espaços à interpretação e à
discussão dos conteúdos trabalhados. Para isso é essencial o diálogo entre professor e
alunos na tomada de decisões, nos critérios avaliativos, na função da avaliação e nas
intervenções necessárias.
5- REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO
EDUCAÇÃO, Secretaria de Estado. DCE – Matemática – SEED/PR.
BIGODE, Antonio José Lopes. Matemática Hoje é Feita Assim – São Paulo: FTD, 2000 –
Coleção.
GIOVANNI, José Ruy./José Ruy Giovanni Jr. - Pensar e Descobrir– São Paulo: FTD, 2002
– 6ª série.
CURRICULARES, Propostas Pedagógicas. – SEED/PR.
LÍNGUA INGLESA
1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Acredita-se que o conhecimento de uma Língua Estrangeira Moderna tem importância
crucial na formação do aluno, pois possibilitará ter mais noção no seu lugar no mundo e
acesso a informação, possibilitando aprimorar-se de várias culturas e conseqüentemente
uma melhor integração no mundo globalizado.
Integrada à área de linguagens e códigos, ela assume a condição de ser parte indissolúvel
do conjunto de conhecimentos, pois possibilita acesso a diferentes formas de pensar, de
criar, de sentir, de agir e de conhecer a realidade propiciando ao indivíduo uma formação
mais abrangente e sólida.
2- CONTEÚDO ESTRUTURANTE.
5ª SÉRIE
•Verbo (TO BE) - afirmativo, negativo, interrogativo
-cumprimentos
-pronomes
-substantivos
-adjetivos
-artigos
-numerais
-preposições
6ª SÉRIE
•Verbo (TO BE) - AFIRM. , NEGAT., INTERROG.,
•PRESENTE CONTÍNUO
•BERBO THERE TO BE
-pronomes
-numerais
-substantivos
-adjetivos
-artigos
-preposições
7ª SÉRIE
•Verbo There To Be
-pronomes
-numerais
-substantivos
-adjetivos
-preposições
-advérbios
•Verbos Regulares/ Irregulares no Passado Simples
•Whe Questions
8ª SÉRIE
•Aprofundamento dos Tempos Verbais no Passado
•Verbos Auxiliares no Futuro
•Grau dos Adjetivos
•Verbos Modais
-substantivos
-adjetivos
-artigos
-preposições
-pronomes
-numerais
3- METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Apresentação de diferentes tipos de textos explorando as possíveis construções de
significado por meio de atitudes problematizadoras e de interação com o texto.
Exploração de recursos orais e visuais a partir do texto trabalhado.
Atividades que levam o educando a reflexão a respeito da língua alvo aplicada a partir do
texto.
Para melhor entendimento do texto o aluno será motivado a uma autonomia no
aprendizado da língua com o uso de materiais didáticos disponíveis na escola: livro
didático, dicionários, livros paradidáticos, vídeos, DVDs, fitas de áudio, CD ROMs, Internet,
etc, possibilitando, então, a compreensão dos vários significados que um mesmo vocábulo
pode adquirir dependendo do contexto em que está inserido.
A negociação de sentido do texto será sempre essencial para que o educando seja um
agente no processo pedagógico.
Objetivos
Recepção, conhecimento e desenvolvimento dos sons, de uma nova cultura, prática e
apropriação da linguagem comunicativa, oral, escrita e aquisição do vocabulário.
4- AVALIAÇÃO
Deve ser utilizada para auxiliar o crescimento do educando na sua aprendizagem e não
como um recurso de autoridade. Seu objetivo deve subsidiar discussões a cerca das
dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas produções.
Caberá ao professor observar a participação dos alunos e considerar que o engajamento
discursivo na sala de aula se faça pela interação verbal, a partir dos textos e de diferentes
formas: entre os alunos e o professor;
entre os alunos; na interação com o material
didático; nas conversas em língua materna e língua estrangeira.
O aluno deve ter seu esforço reconhecido por meio de um retorno sobre seu desempenho
e o entendimento do erro como integrante da aprendizagem.
Tanto o professor quanto os alunos
poderão acompanhar o percurso desenvolvido,
identificar dificuldades e propor outros encaminhamentos que busquem superá-las.
Além a avaliação processual, é importante considerar também avaliações de outras
naturezas: diagnóstica e formativa, desde que se articulem com os objetivos específicos e
conteúdos definidos, a partir das concepções e encaminhamentos metodológicos destas
diretrizes, de modo que sejam respeitadas as diferenças individuais e escolares.
Sendo assim, utilizaremos os seguintes recursos avaliativos:
-Testes escritos
-Avaliação oral
-Avaliação com trabalhos (individuais, duplas ou equipes)
-Participação do aluno em sala
5- REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO
CORACINI, M.J.R.F. Leitura: decodificação, processo discursivo. In.CORACINI, M.J.R.F.
(Org.) O jogo discursivo na sala de leitura: Língua materna e língua.
ROCHA, Analuiza Machado. e Zuleica Águeda Ferari. TAKE YOUR TIME. Editora
Moderna.
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE Pública de Educação Básica do Estado do
Paraná. SEED.
ENSINO MÉDIO
FUNDAMENTAÇÃO DO ENSINO MÉDIO
O caráter da Educação Básica no Ensino Médio ganha conteúdo concreto quando,
a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino
Fundamental, possibilitam o prosseguimento dos estudos. O aprimoramento do educando
como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia
intelectual e do pensamento crítico, compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos,
os processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina;
destacar a educação tecnológica básica, a compreensão do significado da Ciência, das
Letras e da Arte, o processo histórico de transformação da sociedade e da cultura, a
Língua Portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e
exercício da cidadania.
A missão fundamental da educação consiste em ajudar cada indivíduo a
desenvolver todo o seu potencial e a tornar-se um ser humano completo, e não um mero
instrumento da economia. A aquisição de conhecimentos e competências devem ser
acompanhados pela educação do caráter, a abertura cultural e o despertar da
responsabilidade social, visando a constituição de pessoas mais aptas a assimilar
mudanças, mais autônomas em suas escolhas, mais solidárias, que acolham e respeitem
as diferenças, pratiquem a solidariedade e superem a segmentação social.
O currículo do Ensino Médio seguirá os seguintes princípios a saber: os
fundamentais ao interesse social, dos direitos e deveres dos cidadãos, do respeito ao bem
comum e à ordem democrática, os que fortaleçam o vínculo de .família, os laços de
solidariedade humana e de tolerância recíproca.
A organização do currículo, as situações de ensino aprendizagem e os
procedimentos de avaliação serão coerentes com os princípios estéticos, políticos e éticos
abrangendo: a Estética da Sensibilidade, que deverá substituir a da repetição e
padronização, estimulando a criatividade, o espírito incentivo, a curiosidade pelo inusitado,
e a afetividade, bem como facilitar a constituição de identidades capazes de suportar a
inquietação, conviver com o incerto e o imprevisível, acolher e conviver com a diversidade,
valorizar a qualidade, a delicadeza, a sutileza, as formas lúdicas e alegóricas de conhecer
o mundo e fazer do lazer, da sexualidade, da imaginação, um exercício da liberdade
responsável; a política da igualdade, tendo como ponto de partida o reconhecimento dos
direitos humanos e dos deveres e direitos da cidadania, visando a constituição de
identidades que busquem e pratiquem a igualdade no acesso aos bens sociais e culturais,
o respeito ao bem comum, o protagonismo e a responsabilidade no âmbito público e
privado, o combate a todas as formas discriminatórias e o respeito aos princípios do
Estado de direito na forma do sistema federativo e do regime democrático e republicano;
No cumprimento das finalidades do Ensino Médio previsto pela Lei, nosso currículo
está organizado de modo a: ter presente que os conteúdos curriculares não são fins em si
mesmos, mas meios básicos para constituir competências cognitivas ou sociais,
priorizando-as sobre informações; ter presente que as linguagens são indispensáveis para
a constituição de conhecimentos e competências; adotar metodologias de ensino
diversificadas, que estimulem a reconstrução do conhecimento e mobilizem o raciocínio, a
experimentação, a solução de problemas e outras competências cognitivas superiores;
reconhecer que as situações de aprendizagem provocam também os sentimentos e
requerem trabalhar a afetividade do aluno.
Os princípios pedagógicos da Identidade, Diversidade e Autonomia, da
Interdisciplinariedade e da Contextualização, serão adotados como estruturas dos
currículos do Ensino Médio.
A Interdisciplinariedade, nas suas mais variadas formas, partirá do princípio que
todo conhecimento mantém um diálogo permanente com outros conhecimentos, que pode
ser de questionamento, de negação, de complementariedade, de ampliação, de iluminação
de aspectos não distinguidos; a aprendizagem é decisiva para o desenvolvimento dos
alunos e por esta razão as disciplinas devem ser didaticamente solidárias para atingir esse
objetivo, de modo que disciplinas diferentes estimulem competências comuns e cada
disciplina contribua para a constituição de diferentes capacidades, sendo indispensável
buscar a complementação entre as disciplinas a fim de facilitar aos alunos um
desenvolvimento intelectual, social e afetivo mais complexo e integrado.
Na situação de ensino aprendizagem, o conhecimento é transposto da situação
em que foi criado, inventado ou produzido e por causa desta transposição didática deve
ser relacionado com a prática ou a experiência do aluno a fim de adquirir significado; a
relação entre teoria e prática requer a concretização dos conteúdos curriculares em
situações mais próximas e familiares do aluno, nas quais se incluem as do trabalho e do
exercício da cidadania; a aplicação de conhecimentos constituídos na escola às
situações da vida cotidiana e da experiência expontânea permite seu entendimento,
crítica e revisão.
Este contexto de organização pedagógica e curricular atende a Lei 9394/96; o
Parecer 15/98 que estabelece na Resolução n° 03 de 26 de junho de 1998 as Diretrizes
Curriculares Nacionais do Ensino Médio - DCNEM.
ARTE
1- APRESENTAÇÃO GERAL
A arte está por toda parte - na cidade, nos cartazes, nas revistas, na televisão,nos
filmes, nas roupas, nos desenhos animados, nas festas populares
nos espaços
convencionais. As obras artísticas exprimem uma visão de mundo e em cada momento
histórico, as transformações da sociedade determinam condições para uma nova atitude
estética e uma consciência da realidade, com isso o Ensino da Arte esta orientada nas
Diretrizes Curriculares do Estado, que definem uma pratica pedagógica voltada para a
cidadania, postura crítica, bem como para o aprofundamento de conhecimentos como
meta para continuar aprendendo e também para o aprimoramento do aluno como pessoa
humana, com formação ética, desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento
crítico com flexibilidade em um mundo novo que se apresenta com suas tecnologias.
No convívio com a arte o ser humano torna-se consciente da sua existência
individual e social e capacita-se a interpretar o mundo e a si mesmo.
2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
PRIMEIRO ANO
1.Pressupostos Teóricos da Arte e Cultura
2. Períodos artísticos
Pré-história
Egito
Grécia
Roma
Neoclássico
Idade Média
Renascimento
3. Arte Brasileira, Paranaense, Africana e Contemporânea.
4. Linguagens artísticas
Artes Visuais: Elementos Básicos, Intelectuais e Vivenciais.
Teatro: Roteiro, Enredo, Gênero.
Música: Ritmo, Melodia, Harmonia e Gêneros Musicais.
Dança: Movimento, Tempo, Espaço e Dança Moderna.
SEGUNDO ANO
1. Arte e Cultura
Períodos Artísticos
Barroco
Rococó
Romantismo
Impressionismo
Cubismo
Fauvismo
3. Arte Paranaense, Brasileira (Folclore), Africana, Oriental e Contemporânea.
4. Linguagens Artísticas
Artes visuais: Leitura de Imagens, Caricatura, Charge, Cartoon.
Música: MPB, Música Eletrônica, Música Alternativa.
Teatro: Teatro Pobre e do Oprimido.
Dança: Movimentos e Coreografia.
5. Estética: Belo e Grotesco
TERCEIRO ANO
1. Arte, Cultura e Estética
2. Períodos Artísticos:
Surrealismo
Dadaísmo
Abstracionismo
Pop-art
Op-art
3. Arte Paranaense e Brasileira
4. Linguagens Artísticas
Artes Visuais: Design e Publicidade, Cinema e Fotografia.
Música: Moderna e Contemporânea
Teatro: Produção e improvisação de texto
Dança: Dança de Salão e Folclóricas
5. Arte Contemporânea: Performance, Instalação, Body-art, Grafitti, Interferência.
3- ENCAMINHAMENTOS METODOLOGICO
O trabalho a ser efetivado em sala de aula deve possibilitar o educando para o
estabelecimento de relações com as liguagens artísticas.
Assim, é importante ressaltar que o processo ensino-aprendizado deve ocorrer de
forma efetiva proporcionando o conhecimento, a sensibilização e a produção artística do
professor através da utilização de recursos didáticos diversos que subsidiem a pesquisa, a
percepção e a condição do objeto artístico.
4- AVALIAÇÃO
A avaliação é diagnostica por ser a referencia do professor para planejar as aulas
e avaliar os alunos e é processual porque o professor está avaliando o aluno de forma
constante, pois leva-se em consideração a criação de uma idéia, a sua forma de
construção, a sua interpretação, a criatividade, exploração de materiais diversos e o
resultado final.
Toda criação deve ser planejada de forma que possibilite o professor e o aluno,
socializar as informações, fazendo levantamento do processo histórico, das formas
artística, dos materiais alternativos, promovendo também a contextualização dos assuntos.
Os mecanismos que podem ser utilizados para a avaliação além do diagnostico
inicial são: acompanhamento do aprendizado no percurso e no final do período letivo, por
meio de trabalhos artísticos propriamente ditos, análises de obras, pesquisas, provas
teóricas e praticas e também o uso da tecnologia.
5- REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
ARTES/ vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006.
BARBOSA, A. M. A Imagem do Ensino da Arte. São Paulo: Cortez, 1993.
FERRAZ, M. ; FUSARI, M. R. metodologia do Ensino. 2ed. São Paulo: Cortez, 1993.
GOMEZ, A. I. P. A Cultura Escolar na Sociedade. São Paulo: Artmed, 2001.
KOUDELA, I. D. Jogos Teatrais. 4ed. São Paulo: Perspectiva, 2001.
MARQUES, I. Dançando na Escola. 2de. São Paulo: Cortez, 2005.
VYGOTSKI, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: M. Fontes, 1987.
BIOLOGIA
1- APRESENTAÇÃO GERAL
A disciplina de biologia tem como objeto de estudo os princípios que regem a vida,
e deve ser apresentada ao aluno envolvendo temas atuais que estimulem a participação
do mesmo processo de aprendizagem, transformando-o em agente ativo.
A proposta pedagógica de um currículo nacional exige adequação dos livros
didáticos adotados.
O currículo determina que se priorizem os conhecimentos gerais, visto que, estes
são elementos que funcionarão como pré-requisitos para a formação de cidadãos críticos,
que serão inseridos em realidades competitivas, como universidades e mercado de
trabalho.
Com a finalidade didática, o conteúdo é fragmentado em capítulos, porém é
importante enfatizar que cada tema abordado será associado aos diversos temas
transversais, de modo que o aluno saiba que o fragmento estudado é parte de um todo e
que a biologia não é uma ciência isolada.
Esta divisão do conteúdo facilita o planejamento do curso e o trabalho do professor
ao selecionar, organizar e problematizar os conteúdos teóricos com as experiências do
cotidiano.
O conhecimento biológico abrange temas como: Ambiente, Biotecnologia, Saúde e
Sexualidade, que são essenciais para o convívio e a integração do indivíduo na sociedade
e no Planeta.
O aluno aprende a desenvolver através dos conhecimentos, pensamentos e
atitudes críticas que poderão colaborara para diversas melhorias no âmbito macro e micro
da Terra.
Entretanto, relacionar a Biologia e a compreensão de conceitos científicos e
sociais, muitas vezes polêmicos, como biotecnologia requer a manipulação e discussão de
conceitos éticos, morais e filosóficos que alteram a concepção do fenômeno vida.
Estas
discussões
contam
com
o
envolvimento
da
comunidade,
conhecimento nas diversas áreas profissionais, visitas investigativas em instituições
de pesquisa, entre outros tópicos que podem agregar o enriquecimento das aulas de
Biologia, para sim criar um ambiente onde o aluno possa sociabilizar-se e aprender
a lidar com novos conceitos científicos, e trabalhar com ferramentas pedagógicas
diversas, como internet, por exemplo.
A Biologia também proporciona o trabalho com conceitos da cultura afro, e
poderá ser abordado transversalmente na Genética e Evolução.
A adoção de textos complementares estimulará e instigará os alunos, que se
tornarão mais participativos, ativos e com um conhecimento amplo na área da
biologia.
2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.
1º ANO
- Histórico da Biologia
- Método Científico
- Origem da Vida
- Reprodução
- Citologia
- Histologia
- Embriologia
- Seres Vivos e Meio Ambientes
2° ANO
- Classificação dos Seres Vivos (Taxionomia)
- Vírus
- Reino Monera
- Reino Protista
- Reino Fungi
- Reino Plantae
- Reino Animalia
- Anatomia e Fisiologia Humanas comparadas.
3° ANO
- Genética
- Leis de Mendel
- Herança Ligada ao Sexo
- Anomalias Genéticas Humanas
- Evolução da Vida
- Ecologia.
3 – ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO
Para melhor atender o propósito do ensino de Biologia é necessária uma
reflexão crítica e coletiva imprescindíveis dos alunos, que devem levantar questões
acerca de fenômenos naturais e tecnologias diversas, além relacionar o conteúdo
desta disciplina, com as demais, o que enriquece as aulas e induzem o aluno a
compreender o todo e notar que a biologia não está isolada, quando trata se da vida,
pois os fenômenos dependem, e muito da química, física, matemática, entre outras
áreas de conhecimento.
Para o ensino da Biologia serão utilizadas aulas expositivas, que serão
sempre associadas às pesquisas bibliográficas, pesquisa em internet, experiências
laboratoriais, visitas técnicas em Universidades, Parques Tecnológicos, empresas
Centros de pesquisa, além do uso de revistas científicas e jornais que abordam os
temas estudados em sala.
Tais recursos propiciam ao estudante a apropriação de conceitos e
procedimentos que contribuirão para o questionamento do que se vê e ouve,
tornando-o críticos.
Um aluno crítico compreende a fundo os fenômenos da vida, do
desenvolvimento das ciências e do Meio Ambiente.
Objetivos
Levar aos alunos a compreensão e valorização dos seres vivos e ao meio
ambiente, buscando conhecimento popular junto com o científico.
Formar sujeitos críticos, reflexivos e atuantes através dos conhecimentos
Biológicos.
Proporciona aos alunos uma visão mais realista e inteligível da ciência,
ensinando ao aluno a pensar e agir com uma visão positivista de ciência.
4- AVALIAÇÃO
Sempre constante, contínua, progressiva e diagnóstica, utilizando diversos
instrumentos, como pesquisas teóricas e práticas, provas, seminários, atividades em
grupo, exposições de trabalhos, debates usando vídeos, cartazes, transparências
dentre outros recursos, além participação durante aulas expositivas capacidade de
relacionar a teoria com o cotidiano de modo organizado, demonstrando
compreensão e conhecimento sobre os assuntos abordados.
Serão realizadas recuperações paralelas, que objetivam a retomada do
conteúdo e se necessário uma avaliação ou trabalho para argüir a assimilação do
assunto estudado.
Assim a Biologia procura contribuir para o desenvolvimento de uma
mentalidade que valoriza, respeita a vida e conseqüentemente, integra cada vez
mais o Ser Humano com a Natureza.
Neste processo o cidadão que assimilou a Biologia no Ensino Médio estará
cada vez mais capacitado para usufruir do Ambiente sem destruí-lo ou degradá-Ia
inconseqüentemente.
5- REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO
Diretrizes Curriculares de Biologia para o Ensino Médio:
preliminar/2006.
PAULO, W.R., Biologia: Novo Ensino Médio. São Paulo. Ed. Ática,2003.
CARVALHO, V., Biologia em Foco. São Paulo. Ed. FTO, 2002 Vol. único.
UNHARES, S., Biologia. São Paulo, ed. Ática, 2000, 1a edição São Paulo.
Versão
EDUCAÇÃO FÍSICA
1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Educação Física Brasileira, especialmente nos últimos 10 anos, encaminhase para um desenvolvimento cada vez mais diferenciado em relação à sua prática.
De um lado persiste o modelo tradicional que pretende preservar objetivos básicos
da disciplina conforme previstos nas próprias legislações oficiais, os quais se
figuram, basicamente, no desenvolvimento das modalidades esportivas e por
intermédio deste a consecução de metas sócio-educacionais como fomento à saúde
e a formação da personalidade. Por outro lado espera-se que os saberes de
Educação Física possam preparar os jovens para uma participação mais efetiva no
que se refere à organização dos espaços e recursos públicos de prática de esporte,
ginástica, dança, luta, jogos populares, entre outros.
A Educação Física no contexto escolar possui uma particularidade em relação
aos demais componentes curriculares. Trata-se de um componente que contribui
para a formação do cidadão com instrumentos e conhecimentos diferenciados
daqueles chamados tradicionais no mundo escolar. O conhecimento da Educação
Física é socializado e apropriado sob manifestação de conjunto de práticas,
produzidas historicamente pela humanidade em suas relações sociais.
2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
1º ANO
GINÁSTICA :
- Práticas Corporais
- Variações
ESPORTES:
- Revisão dos Fundamentos
- Sistemas Táticos
- Interpretação das Regras Oficiais
- Benefícios e Malefícios
DANÇAS:-
- Diversas formas de manifestações corporais
- Variação dos Ritmos
- Benefícios
- Manifestações Culturais – Diversas formas
- Histórico e importância.
LUTA:
- Resgate Histórico
- Influência no Contexto Social.
JOGOS:
- Criação de Jogos com materiais recicláveis
- Jogos Dramáticos, Lúdicos, Intelectivos.
DESENVOLVIMENTO CORPORAL:
CONSTRUÇÃO SAÚDE:
- Qualidade – Estruturas Sociais
- Caminhadas
2º ANO
GINÁSTICA:
- Vivência das Práticas Corporais Diferenciadas
ESPORTES:
- Aplicabilidade das Regras Oficiais (adaptações)
- Prática Esportiva
- Vivência das Práticas de Arbitragem
- Organização de Torneios Pequeno Porte ( Tabela)
- Sistema Táticos (elementos articuladores).
DANÇA:
- Cultura de Rua
- Criação de Coreografias Livres.
- Teatro (expressões corporais)
LUTA:
- Capoeira, movimentos naturais de luta
- Confecção de materiais (berimbau, pandeiro, ganzá)
- Macolele (dança dos facões) “ Regionalização”
JOGOS:
- Intelectivos
- Cooperativos
- Lúdico
DESENVOLVIMENTO CORPORAL/
CONSTRUÇÃO SAÚDE
- Atividade Física e as Estruturas Sociais
- Respeito Mútuo
- Auto Estima
3º ANO
GINÁSTICA:
- Influência da Mídia na Ginástica
- Ginástica Laboral e processo de industrialização
- Relaxamento
- Adereços – Roupas – modismo
ESPORTES:
- Sistemas táticos
- Organização de Torneios
- A Influência da Mídia no Esporte
- Dopping
- Elemento de Inclusão no mercado de trabalho
- Influência tecnológica aplicada no esporte
DANÇA:
- Ritmos variados na dança de salão
- Teatro – Manifestação – expressão corporal
- Danças folclóricas e regionais
- Dança e Inclusão material trabalho
LUTA:
- Influências da Mídia sob aspecto social e finsnceiro
- Elementos de inclusão no mercado de trabalho
JOGOS:
- Intelectivos, dramáticas,
- Jogos derivados dos esportes.
DESENVOLVIMENTO CORPORAL:
- Dopping, anabolizantes
CONSTRUÇÃO SAÚDE:
- Esportes de rendimento e lesões.
3- ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO
Além de trabalhar com os alunos os elementos que compõem seu meio social
e cultural, faz-se necessário possibilitar condições para identificar e transformar o
espaço em que vivem.
Trabalhar através dos pressupostos do movimento expresso na ginástica,
dança, esportes e jogos, historicamente colocados.
Realizar atividades prático-teóricas e coletivas.
Apresentação de vídeos informativos.
Incentivar a pesquisa fazendo uso dos meios de comunicação e recursos
tecnológicos, como por exemplo, a internet.
4- AVALIAÇÃO
A avaliação será continua, levando em conta o interesse e participação do
aluno nas diversas atividades propostas.
Avaliações práticas, teóricas e descritivas, bem como entrega e apresentação
de trabalhos serão considerados.
Enfim a avaliação será permanente valorizando a atuação e desempenho do
aluno.
Sempre que necessário fazer o resgate de todos os conteúdos que por algum
motivo não foi absorvido pelo aluno. (Recuperação Paralela).
FÍSICA
1- APRESENTAÇÃO GERAL
A Física tem por objetivo estudar os fenômenos da natureza, buscando
dentro de sua complexidade o desenvolvimento tecnológico e a compreensão do
Universo.
O conhecimento da Física deve, necessariamente, começar pela pergunta,
pela inquietação, pela existência de problemas e pela curiosidade. Cabe ao
professor, antes de qualquer coisa, ensinar a perguntar. Essa é uma questão
fundamental no processo de ensino aprendizagem. Para que o aluno possa fazer
perguntas, é necessária que o ponto de partida sejam situação concreta da vida e do
cotidiano, como por exemplo, a origem do Universo e sua evolução, os gastos com a
conta de luz, o funcionamento de aparelhos usados no dia a dia.
O educador tem por objetivo despertar este senso crítico no aluno durante
as aulas de forma que ele seja capaz de perceber e aprender as diversas mudanças
proporcionadas pela Física ao longo da história para posteriores intervenções.
Desenvolver atitudes positivas e o gosto pela Física e sua aprendizagem,
bem como o potencial, interesse e auto confiança em realizar atividades vinculadas
a ciência.
Entende-se então que a Física deve educar para a cidadania e contribuir
para o desenvolvimento de um sujeito crítico capaz de admirar a beleza da produção
científica ao longo da história.
Esta interação pode acontecer de forma espontânea pelo professor e alunos,
de acordo com a convivência diária de ambos, onde o professor deve partir de um
pressuposto que o aluno já tem conhecimentos prévios, e necessita aperfeiçoá-Ios.
Compreender conceitos, leis, teorias e modelos mais importantes e gerais da
Física que permitam uma visão global dos processos que ocorrem na natureza.
Proporcionar uma formação científica básica estimulando a observação, a
classificação e organização dos fatos e fenômenos a nossa volta, segundo os
aspectos fisicos.
Nessa visão a prática docente e o entendimento pelos professores do
Ensino Médio devem estar voltados para a formação do sujeito de forma a agregar a
visão da natureza das produções e das relações humanas.
Ressalta-se a importância de um enfoque conceitual para além de uma
equação matemática, sob a pressuposta teoria que afirma que o conhecimento
cientifico uma construção humana com significado histórico social.
2-CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Quanto aos conteúdos estruturantes da Física podemos separá-Ia em 3
eixos que são:
Mecânica,Termologia e Eletrostática, sendo abordados um a cada série,
mas independente disso, eles estão interligados entre si.
Movimento
•Unidade e sistemas de unidades;
•Notação científica;
•Grandezas Físicas
Cinemática
•MRU e MRUV Representação gráfica do movimento retilíneo;
•Equação de Torricelli;
Dinâmica
•Grandezas Físicas;
•Fatos históricos;
•Leis de Newton;
•F orça de atrito;
•Plano inclinado;
•Dinâmica dos movimentos circulares.
Leis de Conservação
•Grandezas Físicas;
•Trabalho de uma força;
•Potência de uma força;
•Energia cinética, potencial e mecânica.
Hidrostática
*Densidade
*Princípio de Pascal
* Empuxo
*Pressão
2° ANO
Termodinâmica
•Termologia;
•Temperatura;
•Escalas termométricas;
•Energia térmica e calor;
•Calor latente e capacidade térmica;
•Calor de combustão;
•Trocas de calor;
•Dilatação térmica;
•Transmissão de calor;
Termodinâmica
•Fases de uma substância e gases;
•Princípios da termodinâmica;
•Trabalho;
•Energia.
Óptica
•Fundamentos da óptica;
•Fundamentos da óptica geométrica;
•Leis de reflexão da luz e estudo dos espelhos;
•Espelhos esféricos;
•Refração da luz;
•Lentes esféricas delgadas;
•Instrumentos ópticos;
•Óptica da visão.
Ondulatória
•Classificação de ondas;
•Propagação, reflexão e refração de ondas.
Acústica
•Fenômenos sonoros Efeito Doppler
. Eletrologia
•Eletrostática;
•Princípios básicos;
•Carga elétrica;
•Eletrização;
•Lei de Coulomb
Eletrostática
•Campo elétrico;
•Energia potencial elétrica;
•Diferença de potencial
Eletrodinâmica
•Corrente elétrica;
•Circuitos elétricos;
•Resistência elétrica;
•Geradores e receptores;
Eletromagnetismo
•Conceitos gerais;
•Campo magnético
3- ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO:
O processo pedagógico, na disciplina de Física, parte do conhecimento
prévio
dos
estudantes,
incluindo
concepções
alternativas
ou
concepções
espontâneas, sobre as quais haja um conhecimento científico.
Nesse processo evidencia-se um diálogo construtivo aprofundando os
conhecimentos já existentes possibilitando a compreensão de outros níveis de
conhecimento, o saber assim adquirido passa a ser instrumento para novas
investigações e conhecimentos, dando margem a \ possibilidade de provocar
mudanças na construção humana do indivíduo.
Por isso é importante que o ensino de Física não deixe de lado a Filosofia da
Ciência, especialmente aquela baseada na história , pois a filosofia apresenta
elementos para análise que permitem dialogar de forma mais enriquecedora com a
natureza. Ela contribui para o repensar do ensino de Física, o qual impõe uma
reflexão a partir de suas múltiplas faces: os sujeitos (docentes e estudantes), os
livros didáticos, os conteúdos escolares, os processos de transmissão e avaliação, o
contexto escolar, os laboratórios, a sociedade em que vivemos.
Não é objetivo único da escola preparar os estudantes para o mercado de
trabalho, até porque a atual reestruturação dos setores produtivos não é neutra nem
alcança todos os lugares e territórios do planeta.
Oferecer uma formação tão somente ligada ao domínio dos aparatos
tecnológicos em prejuízo da abordagem dos conteúdos científicos e filosóficos não
capacita os estudantes para uma atuação social histórico crítica, sob o horizonte de
transformação de sua vida e do meio que o cerca.
Diante disso, deve-se contribuir para formar sujeitos por meio de conteúdos
que os façam entender o objeto de estudo da Física, ou seja: a compreensão do
universo, sua evolução, suas transformações e as interações que nele se
apresentam.
Sob o pressuposto de que o ensino de Física considera a ciência uma
produção cultural, objeto humano construídoe produzido nas e pelas relações
sociais, entende-se que a experimentação no ensino de Física é importante se
entendida como metodologia de ensino que contribui para relacionar teoria e prática,
por proporcionar melhor interação entre professor e estudantes e entre grupos de
estudantes, o que propicia o desenvolvimento cognitivo e social, no ambiente
escolar.
Evidentemente, essa decisão política implica que o ensino de Física deve
estar voltado para os fenômenos físicos, sob a ênfase qualitativa; porém, sem perda
da consistência teórica . Além disso, propõe-se um tratamento qualitativo dos temas
da Física Moderna, de modo que a Física se apresenta como ciência em processo
de construção.
Ainda, torna-se importante compreender a evolução dos sistemas físicos,
suas aplicações possíveis, suas influências na sociedade, especialmente após a
revolução industrial, e a não neutralidade da produção científica
Tem-se por objetivo que professor e estudantes compartilhem significantes
na busca da aprendizagem que ocorre quando novas informações interagem com o
conhecimento prévio do sujeito e, simultaneamente, adicionam, diferenciam,
integram, modificam e enriquecem o saber já existente, inclusive com a possibilidade
de substituí-Io.
A partir do conhecimento físico, o estudante deve ser capaz de perceber e
aprender, em outras circunstâncias semelhantes às trabalhadas em aula, para
apropriar-se da nova informação e transformá-Ia em conhecimento. Então, qualquer
que seja a metodologia, o professor deve buscar uma avaliação cl!io sentido seja
verificar a apropriação de respectivo conteúdo, para posteriores intervenções.
Estas considerações podem ajudar o estudante a compreender que a busca
do conhecimento físico não foi e não é um caminho de direção única, tampouco
linear, mas repleto de dúvidas, contradições, erros e acertos, muitas vezes motivado
por interesses externos à produção científica.
4- AVALIAÇÃO:
A compreensão do mundo é o principal objetivo dos estudos da Física,
sendo de suma importância os momentos de reflexão, portanto as avaliações devem
ser contínuas priorizando os conhecimentos sistemáticos e verificando a apropriação
dos conhecimentos sistemáticos no decorrer do processo educativo.
Nessa perspectivas de trabalho, a avaliação passa a ter como objetivo
fundamental fornecer informações sobre o processo de ensino - aprendizagem como
um todo, informando não apenas o aluno sobre seu desempenho em Física, mas
também o professor sobre sua prática em sala de aula. Desse modo, a avaliação
deve subsidiar o trabalho pedagógico redirecionando o processo de ensino
aprendizagem, sempre que necessário. A avaliação deve ser essencialmente
formativa, contínua e processual, vista como um instrumento dinâmico de
acompanhamento pedagógico do aluno e do trabalho do professor.
O processo de avaliação do aluno pode ser descrito a partir da observação
contínua de sala de aula, da produção de trabalhões individuais ou em grupos, da
elaboração de relatórios de atividade e experiências vivenciadas em classe ou no
laboratório, ou mesmo em provas e testes que sintetizem um determinado
assunto.Os debates, entrevistas, filmes proporcionarão recursos para que os
educandos sejam agentes vivos e participativos do mundo vivenciado.Nesse
sentido,
podemos
dizer
que
a
avaliação
é
diagnóstico
mediadora
e
interativa,assumindo caráter cumulativo.
Os instrumentos de avaliação utilizados serão : pesquisas bibliográficas, e
na internet, trabalhos em grupos e individuais, comparação e análise de
experimentos em laboratório, apresentação oral de trabalhos, participação nas
atividades desenvolvidas em sala de aula e trabalhos extra classe.
A recuperação para alunos que não alcançaram os objetivos mínimos será
paralela e continuada,com retomada de conteúdos.
A avaliação será sempre um instrumento para intervir no processo de
aprendizagem do estudante cuja finalidade é sempre seu crescimento.
Assim concluímos que a avaliação é um elemento significativo do processo
de ensino aprendizagem.
5- REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO
BONJORNO, Regina Azenha. Física Completa: volume único; ensino médio. 2 a
edição. São Paulo: FTD 2001.
Oliveira, Geraldo Fulgêncio de. Física: uma proposta de ensino: volume único. São
Paulo. FTD, 1997
RAMALHO Júnior. Francisco, Elementos de Física. São Paulo: Editora Moderna,
1986
ANJOS, Ivan Gonçalves. Física - Coleção Horizontes
São Paulo: IBEP,
SILVA, Djalma Nunes – Física. 6a edição. São Paulo: Editora Ática, 2003.
CHAVES, A. Física: Mecânica. Rio de Janeiro: Reichmann e Afonso Editores –
2000.
LOPES, J.L. Uma história da Física no Brasil. São Paulo: Ed. Liv. Física 2004.
UNIVERSIDADE do Estado de São Paulo. Física 1/GREF: Mecânica. São Paulo:
Edusp, 1991.
UNIVERSIDADE do Estado de São Paulo. Física 1/GREF: Física Térmica e Óptica.
São Paulo: Edusp, 1991.
UNIVERSIDADE do Estado de São Paulo. Física 1/GREF: Eletromagnetismo. São
Paulo: Edusp, 1991.
GEOGRAFIA
1- APRESENTAÇÃO GERAL
A Geografia é a ciência a construção do espaço pelos homens a partir da
forma como estão organizados em sociedades e das condições naturais daquele
espaço.
A Geografia como ciência, busca subsidiar o aluno para pensar o espaço
enquanto uma totalidade, na qual se possam todas as relações cotidiana e se
estabelecem as redes sociais nos espaços mundiais e regionais.
O papel da Geografia é tornar o mundo compreensível para os alunos,
capacitando-o para o exercício da cidadania, sendo utilizada como instrumento para
sua participação em uma sociedade igualitária.
O conhecimento do espaço geográfico contribui para o entendimento do
mundo atual, da apropriação dos lugares pelos homens, pois é através da
organização do espaço que o homem lhe dá sentido. Os arranjos econômicos os
valores sociais e culturais são todos construídos historicamente.
É através da Geografia que o aluno compreenderão os arranjos naturais
impostos pela natureza, a sua dinâmica e as conseqüências decorrentes da ação
inescrupulosa do homem sobre a mesma. A Geografia servirá ao aluno como
ferramenta mestra da compreensão da sociedade, dos “porquês” das mudanças
climáticas, urbanos e sociais.
A natureza deve ser vista como um conjunto de elementos naturais que
possuam em sua origem dinâmica própria e que independente de ações humanas,
mas que, na atual fase histórica do capitalismo acabam sendo reduzido apenas o
recurso.
A sociedade é entendida como aquela que produz um intercâmbio com a
natureza, transformando-a em função de seus interesses e ao mesmo tempo
influenciadas por ela, paralelamente assistimos a um processo de fragmentação do
espaço e da sociedade, pois ela busca por novas identidades e a adoção de outros
valores substitui a nação de sociedade de massa.
O olhar geográfico sobre o mundo se fez a partir da organização do espaço
de múltiplas relações. A Geografia
se desenvolveu em meio a um contexto
ideológico, político religioso, e as idéias predominantes em cada época também
marcaram sua transformação, esse movimento adotou o método do materialismo
dialético para os estudos de geografia.
As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das
estratégias de sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas de
organização. Pois observando a natureza, permitia que as sociedades se
relacionassem com a natureza,permitir que as sociedades se relacionassem com a
natureza modificando em beneficio próprio.
As transformações históricas relacionadas ao modos de produção, após a
segunda guerra mundial, trouxeram mudanças políticas, econômicos, sociais e
culturais na ordem mundial, transformações estas que originaram novos enfoques
do espaço geográfico.
Do ponto de vista econômico e político, a internacionalização da economia,
a instalação de multinacionais alteraram as relações de produções e consumo,
criando discussões sobre degradação da natureza em relação à intensa exploração
dos recursos naturais e o desequilíbrio ambiental do planeta.
No Paraná na década de 80 foi proposta a Geografia que compreendia o
espaço geográfico como social, produzido e reproduzido pela sociedade humana. A
seleção de conteúdos enfatizava a dimensão econômica da produção do espaço
geográfico com destaque para as atividades industriais e agrárias, alem das
questões relativas à urbanização.
A Geografia tradicional, aliada a Geografia critica, leva o conhecimento de
tudo o que ocorre no mundo de maneira clara e concisa contempla
a Geografia
cultural, a Geografia ambiental.
A Geografia critica, alicerçada no pensamento marxista que nos permite
trabalhar as dimensões subjetivas do espaço geográfico e as representações
simbólicas que os alunos fazem dele. Também trás as questões econômicas, sociais
e políticas como fundamentais para a compreensão do espaço geográfico.
Torna-se importante que os alunos possam perceber como construtores de
paisagens e lugares, que compreendam que essas paisagens e lugares resultam de
múltiplas interações entre o trabalho social e a natureza.
O papel da Geografia de buscar, explicar e compreender o espaço
geográfico não somente como produto de forças econômicas ou de formas
econômicas ou de formas de adaptação entre o homem e a natureza, mas também
dos fatores culturais.
Somente a Geografia, poderá dar suporte cientifico para unir disciplinas
como Historia, Sociologia, subsidia a língua portuguesa no que tange as confusões
de escrita e localização de diferentes etnias, dar suporte de química que
incansavelmente buscam melhorias para o campo agrícola, pois, a Geografia
reconhece todos os focos de plantio, de industrialização e de modernização do
campo.
Pode ainda a Geografia estender o suporte ao campo das artes pois as
mesmas conseguem desvendar mudanças no comportamento humano através de
analise locais em redutos e comunidades através da Geografia Social.
Enfim, não poderia o aluno desenvolver-se de forma cidadã e humana sem o
apoio da Geografia, cabe ao aluno desvendá-lo cabe ao professor fazer a melhor
orientação possível para que o mesmo encontre caminho a seguir.
2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
1º ano
1.DINAMICA CULTURAL E DEMOGRAFICA
1.1Movimentos sociais e urbanos.
1.2Fatores e tipos de migração imigração e suas influências no espaço
geográfico.
1.3Historias das migrações mundiais.
1.4Estrutura etária.
1.5Consumo e consumismo.
1.6A historia cultura afro-brasileira construção da identidade negra Lei
10639/3
2. A DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
2.1 O ambiente rural e urbana.
2.2 O uso da água no meio urbano.
2.3 Políticas publicas e saneamento básico nas cidades
2.4 Poluição atmosférica nas cidades.
2.5 Desigualdade social e problemas ambientais.
2.6 Ocupação de áreas irregulares
2.7 Os movimentos da terra no universo e suas influências.
2.8 Efeito estufa (aquecimento global).
2.9 Buraco na camada de ozônio/desmatamento, chuva ácida.
2.10 Circulação e poluição atmosférica.
3. DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO ESPAÇO.
3.1 Desigualdades sócio-ecnômicas e espaço urbano.
3.2 Agroindústrias.
3.3 Processos de urbanização.
3.4 Valorização do solo urbano, centro-periferia.
3.5 Processo de industrialização.
3.6 As relações urbano-rural.
4 GEOPOLÍTICA
4.1 As cidades globais.
4.2 Os micros territórios urbanos.
4.3 Os conflitos territoriais urbanos.
4.4 A hierarquia das cidades.
2º ANO
1. GEOPOLÍTICA.
1.1Blocos econômicos.
1.2 Formação dos estados nacionais.
1.3Desigualdade dos países: norte X Sul.
1.4Recursos enegéticos.
1.5Guerra fria.
1.6Políticas ambientais.
1.7Neoliberalismo.
1.8 Biopirataria.
1.9Meio ambiente e desemvolvimento.
1.10Movimentos sociais.
1.11Terrorismo.
1.12Narcotráfico.
2. ADIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL.
2.13Movimentos sócio-ambiental.
2.14O uso da água no meio urbano.
2.15Desigualdades sócio-economicas e ocupação urbana.
2.16Política pública e saneamentos básicos nas cidades.
3. DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA.
3.1 Movimentos sociais urbanos.
3.2 Fatores e tipo de migração e imigração e suas influencias no espaço
geográfico.
3.3 Consumo e consumismo.
3.4 Histórias das migrações mundiais.
4. A DIMENSAO ECONOMICA DA PRODUÇÃO DO ESPAÇO.
4.1Os setores da economia.
4.2Economia e desigualdade social.
4.3Sistemas de produção industrial.
3º ANO
1.A DINÂMICA CULTURAL DEMOGRÁFICA.
1.1Conflitos étnicos e religiosos e raciais.
1.2 Movimentos sociais urbanos.
1.3 Movimentos migratórios e ocupação urbana.
1.4 Estudo dos gêneros ( masculino feminino entre outros).
1.5 Êxodo rural/ urbanização e favelas.
2.DIVISÃO SOCIOAMBIENTAL.
2.1Desigualdade social e problemas ambientais.
2.2O ambiente urbano e rural.
2.3O uso da água no meio urbano.
2.4Poluição dos rios pelos dejetos urbanos.
2.5Rios e bacias hidrográficas.
2.6Ocupação de áreas irregulares.
2.7Sistemas de energias.
3.GEOPOLÍTICA.
3.1Formação dos estados nacionais.
3.2 Recursos energéticos.
3.3 Estado nação e território.
3.4 Os micro-territórios urbanos.
3.5 Globalização.
4. A DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇAO DO ESPAÇO.
4.1 Dependência tecnológica.
4.2 Acordos e blocos econômicos.
4.3 Sistema de produção industrial, circulação de mercadoria, pessoas,
capitais e informações.
3- ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO
O encaminhamento metodológico dos conteúdos devera considerar a
principio os conteúdos estruturantes da disciplina e seus desdobramentos.
Abordar
os
conteúdos
de
maneira
a
articular
os
aspectos
naturais,econômicos, sociais, políticos e culturais, que os compõem transitando nas
diversas escalas geográficas, considerandos as relações entre o nacional, global e o
local e as relações urbano rurais.
Contemplar no estudo dos conteúdos a heterogeneidade, a diversidade, a
desigualdade e a complexidade do mundo atual, analisando a velocidade dos
deslocamentos de indivíduos instituições, informações e capitais da nossa realidade.
O ensino da Geografia desenvolver-se a com base na analise e na critica
das relações sócio-espaciais, nas diversas escalas geográficas, do local ao global,
retornando ao local.
Organizar atividades que permitam o relato de experiências do aluno.
Exposição do conteúdo pelo professor,
Utilização de bússola, mapas, Atlas, leitura e comparação com outras áreas
já conhecidas, utilização de cálculos de escalas,uso de vídeo com projeção de
documentário e filmes,utilização do livro didático com leitura e interpretação de
textos, resolução de exercícios de fixação dos conceitos geográficos, confecção de
gráficos tabelas cartazes maquetes, analises e comparações.
Pesquisas em jornais e revistas sobre os fenômenos atuais relacionados ao
clima hidrografia e vegetação do planeta, debate de pesquisa sobre a preservação
ambiental enfocando como todos devem participar desse processo individual e
coletivamente, envolvimento com órgãos municipais para conhecimento dos alunos
nos programas de reciclagem,
Estimular os alunos a pesquisar na Internet para obtenção de dados atuais
em termos estatísticos,
Visitas laboratórios, planetário, parques, Universidade do Meio ambiente e
outros lugares que tenham relevância com o conteúdo abordado,
Analise e interpretação e ilustrações.
4- AVALIAÇAO
A avaliação deve ser continua e priorizar o processo de aprendizagem, o
desempenho do aluno ao longo do ano letivo, ela não deve resumir-se ao momentos
pré determinados “provas” mais sim de maneira continua envolvendo diferentes
momentos e estratégias em sala de aula. Deve der diagnostica dando ênfase ao
aprender.
Considera-se que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem
diferentes e por ser continua e diagnostica, aponta as dificuldades, possibilitando a
intervenção pedagógica a qualquer tempo.
Avaliação devera ser estruturadas nos conceitos geográficos, o objeto de
estudo as categorias de espaço e tempo, a relação sociedade natureza de poder,
contemplando a escala local global e vice versa.
A avaliação assim tem de adequar-se a natureza de aprendizagem, levando
em conta não só os resultados das tarefas realizadas mais sim o que ocorreu no
processo avaliativo, deve estar clara para os alunos e devem observar-se se os
alunos compreendem e utilizam os conceitos geográficos e as relações espaço
tempo e sociedade para compreensão do espaço nas diversas escalas geográficas.
Em lugar de avaliar por meio de provas o professor deve usar instrumentos
de Avaliação que contemplam varias formas de expressão dos alunos como:
Produção de texto,
Leitura e interpretação de textos,
Pesquisas bibliográficas,
Relatórios de aula de campo,
Apresentação de seminários,
Construção e analise de maquetes
Leitura e interpretação de fotos, imagens tabelas e mapas.
5- REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO:
CASTRO, Giovanni A.C- Geografia em sala de aula, praticas e reflexões. Porto
Alegre; Ed. UFRS, 1999.
LACOSTE
Y. A geografia- Isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra.
Campinas: Papirus, 1988.
SIMIELLI M. E. R- Cartografia no ensino fundamental e médio. A geografia em sala
de aula. São Paulo, Contexto, 1999.
SANTOS M. A natureza do espaço técnico e tempo. Razão e emoção. São Paulo,
USP, 2006.
PITTE J.R.- Geografia, A natureza humanizada. São Paulo FTD, 1998.
KRAJEWSKI A.C.-Guimarães R .B., Ribeiro W.C, Geografia, Pesquisa e ação.
Curitiba Moderna.
GEOGRAFIA-vários autores.- Curitiba: SEED-PR, 2006
HISTÓRIA
1- APRENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O contexto atual, a disciplina de História não pode ser vista como mera
adaptação, simplificada ou imitação dos conhecimentos científicos,é o resultado do
processo de transposição didática.
Esta perspectiva, avalia–se frente às necessidades uma carência de
pesquisas e antes de mais nada é necessário entender o aluno como criança e
jovem, portanto a síntese das reflexões anteriores é importante porque reafirma o
compromisso com a superação das chamadas concepções tradicionais da História.
Em relação aos alunos é necessária uma reflexão sobre a realidade local,
regional e global, pois avalia-se que é preciso pensar o uso público da História em
todos os níveis , visto que ela é muitas vezes utilizada também no ensino para a
manipulação política e ideológica. Assim busca-se o aluno com consciência
histórica, agindo intencionalmente de forma crítica, como sujeito do processo
histórico.
Neste sentido uma metodologia que utiliza diversas formas de documentos e
valoriza opiniões contrárias, dando ênfase às vozes de vários grupos terá grandes
chances de tornar nosso aluno produtor de narrativas e para isso poderão ser
utilizadas na seleção de conteúdos tematizações históricas diferenciadas como:
Cultura Afro brasileira, cotidiano, trabalho, família, poder, movimentos sociais e
outros.
2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
1º ANO
TRABALHO
A produção do conhecimento histórico;
Divisão social do trabalho;
O conceito de trabalho e trabalhador na sociedade medieval e moderna;
PODER
A estrutura e organização do poder nas sociedades antigas;
A estrutura da divisão: posse e uso da terra nas sociedades antigas (quem, onde,
quando e porquê);
As relações da vassalagem;
A inquisição;
A formação dos Estados Nacionais;
O significado da terra na sociedade ocidental cristã;
Feudos;
CULTURA
A origem do ser humano;
Os mitos (gregos, indígenas e outros);
A escrita;
Contribuições culturais
da
sociedade
antiga
para
a
Sociedade
Ocidental
(matemática, astronomia, medicina, arte, monoteísmo);
Religiões,;
Islamismo;
Renascimento Caralingio;
O modo de vida de vida dos reinos “bárbaros”;
Transformações no conhecimento científico (invenções, navegação, imprensa);
2º ANO
TRABALHO
Sistema colonial;
Revolução Industrial;
Expansão da América Portuguesa;
PODER
Absolutismo monárquico;
Construção dos Estados Nacionais;
Revolução francesa;
Era Napoleônica;
Independência do Brasil: Primeiro Reinado e Período Regencial;
Revoluções Liberais;
Unificação da Itália e Alemanha;
Segundo Reinado;
CULTURA
Revoltas Nativistas (movimentos sociais)
Iluminismo;
Movimentos Operários;
3º ANO
TRABALHO
República Velha (inicio do trabalho assalariado no Brasil);
PODER
Imperialismo;
Primeira Guerra Mundial;
Revolução Russa;
Crise de 1929;
Totalitarismo na Europa;
Segunda Guerra Mundial;
Descolonização da África e Ásia;
Era Vargas;
Guerra Fria;
Revoluções na América;
Ditadura Militar no Brasil;
Redemocratização do Brasil;
Crise no mundo socialista;
CULTURA
Transformações nas ciências e artes no século XX;
Indústria cultural norte americana nos anos 40;
Inicio da Radio e TV no Brasil;
Movimentos Culturais no Brasil: Tropicalismo, Bossa Nova, etc..
3- ENCAMINHAMENTO METODOLÒGICO
O ensino será realizado através de trabalhos com documentos Omo mapas,
meios de comunicação, texto, imagens e filmes.
Serão realizados estudos com consultas em fontes bibliográficas, organização
das informações de documentos e figuras;
Desenvolvimento de atividades com diferentes fontes de informações (livros,
jornais, revistas, filmes, fotografias, etc..) para confronto de dados e abordagens.
Promoção de estudos e reflexões sobre a presença na atualidade de
elementos materiais e metais de outros tempos incentivando a reflexão entre
presente e passado, entre espaços locais e regionais, nacionais e mundiais. E sobre
a diversidade de modos de vida e de costumes que convivem na localidade.
Questionamentos que levem o aluno a desenvolver noções de diferença e
semelhança, continuidade e permanência no tempo e no espaço, bem como
relacionar o tempo histórico com o cotidiano.
Objetivo Geral
Visar à formação de cidadãos críticos e conscientes enfatizando o papel do
aluno como sujeito do produto Histórico, tendo como pressuposto a interpretação da
sociedade.
Identificar as transformações no processo histórico, bem como construir a
identidade social e individual.
Fazer com que o educando compreenda que a história não é uma cumulo de
fatos, mas sim um processo de acontecimentos intercalados que influenciaram a
vida das pessoas no passado e continuam a ter conseqüências no presente.
Possibilitar ao aluno a importância da disciplina de História e a compreensão
de que esta se faz presente em todas as nossas ações.
4- AVALIAÇÂO
Leitura e debate de textos direcionados aos conteúdos;
Pesquisas individuais ou em grupos, utilizando a valorização da percepção oral da
historia;
Visitas a museus e outros espaços enfatizando a teoria e prática;
Análise de filmes, documentários, fotografias e objetos que demonstrem o cotidiano
das diferentes sociedades confrontando dados e abordagens;
Trabalhos em grupos com montagens de painéis informativos, cartazes sobre os
temas que estão sendo desenvolvidos na disciplina avaliando seus componentes, a
interação, colaboração e desempenho do tema.
Produção de textos a partir de um tema sugerido pelo professor avaliando sua
criatividade, posicionamento, participação e conhecimento específico sobre o
tema.Números Complexos;
5- REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO
BRASIL. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
terceiro e quarto ciclo do Ensino Fundamental: História. Brasília: MEC/SEF,
1998.
BRASIL. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
ensino médio. Brasília: MEC/SEF, 2002
CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (orgs). Domínios da História.
Campinas: Campos, 1997
CHARTIER, Roger. A História Cultural: entre práticas e reprovações. Rio de Janeiro:
Bertrand, Brasil, 1987
ELIAS, Norbert. O Processo Civilizador: A Formação do Estado e da Civilização.
São Paulo: Zahar. Volume I, Volume II, 1993
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Petrópolis, Vozes 2001
THOMPSON, Edward P. Senhores e Caçadores: a origem da lei negra. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1987
ALBORNOZ, S. O que é trabalho? São Paulo – SP: Brasiliense, 2004;
BURKE, P. O que é História cultural? Rio de Janeiro – RJ;Jorge Zahar Editora, 2005.
FOUCAULT, M. Vigiar e Punir. Petrópolis-RJ:Vozes, 2001.
KARNAL, L. (org.). História na Sala de aula:conceitos, práticas e propostas. São
Paulo-SP:Contexto,2003.
HOBSBAWN, E.J. Sobre a História. São Paulo-SP:Companhia das Letras, 2000.
LEBRUN, G. O que é poder? São Paulo-SP:Brasiliense, 2004.
MEC/SEB – Orientações Curriculares Nacionais do Ensino Médio . Brasília, 2004.
SANTOS, J. L. O que é cultura? São Paulo-SP:Brasiliense, 2004.
SCHMIDT, M A. & CAINELLI, M. Ensinar História. São Paulo-SP: Scipione Editora,
2004.
LÍNGUA PORTUGUESA
1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O Ensino de Língua Portuguesa que propomos está orientado pelos artigos
26 e 27 da lei de Diretrizes e Bases (9374/96), que definem uma ação voltada para a
cidadania postura crítica e para o mundo do trabalho, bem como para o
aprofundamento de conhecimentos como meta para continuar aprendendo e
também para o aprimoramento do aluno como pessoa humana para a formação
ética e desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico com
flexibilidade, em um mundo novo que se apresenta, no qual o caráter da Língua
Portuguesa deve ser basicamente comunicativo.
Um outro ponto de referência é o Parecer 15/98 que aponta a questão da
formação ética, estética e política na língua e pela língua, visto como normadora de
valores sociais e culturais.
Integrada à área de Linguagem, Códigos e suas Tecnologias por sua
natureza transdisciplinar de linguagem entre as linguagens que estrutura e é
estruturada no social e que regula o pensamento para um certo sentido, o estudo da
Língua Portuguesa deve, pela interação verbal, permitir o desenvolvimento das
capacidades cognitivas dos alunos. Apenas, considerando-a como linguagem verbal
e escrita ação em interação, pode atender a comunicabilidade esperada dos alunos.
O processo de ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa no ensino médio
deve pressupor antes uma visão sobre o que é linguagem verbal. Ela se caracteriza
como construção humana e histórica de um sistema lingüístico e comunicativo em
determinados contextos. Assim, na gênese da linguagem verbal, estão presentes os
homens, seus sistemas simbólicos e comunicativos, em um mundo sociocultural.
O processo de ensino-aprendizagem de língua portuguesa aqui proposto
baseia-se em propostas interativas língua / linguagem, consideradas em um
processo discursivo de construção do pensamento simbólico, constitutivo de cada
aluno em particular e da sociedade em geral. Essa concepção destaca a natureza
social e interativa de linguagem em contraposição às concepções tradicionais,
deslocadas do uso social. O trabalho do professor centra-se no objetivo de
desenvolvimento e sistematização da linguagem interiorizada do aluno, incentivando
a verbalização da mesma e o domínio de outras em diferentes esferas sociais. Os
conteúdos tradicionais de ensino de língua (nomenclatura gramatical e história da
literatura) são deslocados para um segundo plano. O estudo da gramática passa a
ser uma estratégia para a compreensão-interpretação-produção de textos e a
literatura integra-se à área da leitura.
Como a linguagem é um fato composto de dois aspectos: o código e
significado, o ensino de linguagem não pode priorizar um ao outro. Sendo que a
aquisição e o domínio da linguagem escrita devem ser alcançados na perspectiva da
significação. Para isso devem-se criar situações de uso da língua com tipos de
textos e temas diversificados de acordo com os eixos propostos.
A interação é que faz com que a linguagem seja comunicativa. Esse princípio
anula qualquer pressuposto que tenta referendar o estudo de uma língua isolada do
ato interlocutivo. Semelhante distorção é responsável pelas dificuldades dos alunos
em compreender estaticamente a gramática da língua que falam no cotidiano.
Esse procedimento de estudo da dimensão dialógica dos textos pressupõe
abertura para a construção de significações e dependência entre aqueles que se
propõem a estudá-los.
As
sistematizações
podem
ser
decorrentes
a
outros
textos
como
classificações da gramática normativa ou das estéticas, produtos intertextuais
reatualizados.
Na prática da avaliação desses produtos podem surgir adesões, contradições
e até novas formas de classificação. É o denominado aprender a aprender ou mais
aprender a escolher, sustentar escolhas, no processo de verbalização em que
processos cognitivos são ativados, no jogo dialógico do “eu” e “do outro”.
Essa postura exige a aceitação por parte de professores e alunos da
capacidade de avaliar-se perante si e o outro de forma menos prepotente. Haverá
sempre o jogo de alteridade manifesto pela linguagem, o poder de manipular o
discurso autoritário de “ eu mando, você faz”, os papéis assumidos pelos
interlocutores que evitam ouvir os subalternos, que por esses não detem no turno
dos diálogos, o poder simbólico / econômico. As figuras mãe-pai-filho-professoraluno, patrão-empregado podem servir de exemplo.
Não aceitar a diversidade de pontos de vista é um desvio comum em uma
relação pouco democrática. A língua serve de faca afiada nessas situações. A
comunicação acaba por sugerir, quando a pressão é grande, atitudes não
verbalizadas como violência simbólica ou física. O enfrentamento verbal ainda é a
melhor saída se não quisermos gerenciar o caos.
Os papéis de interlocutores, a avaliação que faz do outro e a expressão desta
avaliação em contextos comunicativos devem ser pautados por estudos de língua,
desta forma podemos falar em adequação da linguagem às situações de uso.
Disciplinas da área das ciências humanas podem ajudar em muito tal
compreensão. Relacionar os discursos com contexto sócio-histórico, ideologias,
simulacros e pensar os discursos em sua intertextualidade pode revelar a
diversidade do pensamento humano.
2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
No que compete ao ensino de Língua Portuguesa no ensino médio foram
selecionados conteúdos adequados ao número de aulas disponibilizadas. Para
tanto, levou-se em conta a seleção de conteúdos com qualidade os quais julgam que
irão interferir no processo de aprendizagem e conhecimento da vida escolar e
posterior do educando.
Funções da Linguagem
fática, metalingúística; conotativa, emotiva; referencial e poética.
Gêneros Literários
narrativo, dramático, lírico e épico.
Oralidade
O fato de a oralidade ter uma característica fugidia, leva a não se perceber que, ao
contrário do que se pode pensar ou julgar,
ela não é simplória, mas realiza
operações lingüísticas bastante complexas, utilizando-se de meios como a
entonação, por exemplo. Neste sentido, cabe reconhecer as variantes lingüísticas
como legítimas. São expressões de grupos sociais historicamente marginalizados
em relação à centralidade ocupada pela norma padrão, pelo poder da fala culta.
As possibilidades de trabalho com a oralidade são muito ricas e nos apontam
diferentes caminhos: debates, discussões seminários, transmissão de informações,
de troca de opiniões, de defesa de ponto de vista (argumentação), contação de
histórias, declamação de poemas, representação teatral, relatos de experiências,
entrevistas, etc. Além disso, podemos analisar a linguagem em uso em programas
televisivos, como jornais, novelas, propagandas; em programas radiofônicos, no
discurso privado, enfim, nas mais diversas realizações do discurso oral. No que
concerne à literatura oral, cabe considerar a potência dos textos literários como arte
produzindo a necessidade de considerar seus estatutos, sua dimensão estética e
suas forças políticas particulares.
A comparação entre as estratégias específicas da oralidade e da escrita são
componentes da tarefa de ensinar os alunos a sentirem-se bem para expressarem
suas idéias com segurança e fluência, nos diferentes contextos de sua inserção
social. Isto deve resultar no que disse o lingüista Faraco já em 1988, quando
exerceu consultoria na reformulação do ensino de 2° grau: falar com fluência em
situações formais, falar adequando a linguagem às circunstâncias (interlocutores,
assunto, intenções), aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e
principalmente, praticando e aprendendo a convivência democrática, tanto pelo livre
direito à expressão quanto pelo reconhecimento do mesmo direito ao outro.
Leitura
Na concepção de linguagem assumida por estas diretrizes, a leitura é vista
como co-produtora de sentidos. O leitor, nesse contexto, ganha o mesmo status
autor e do texto.
"Tal ótica concebe a leitura como instauradora de
diálogos, propiciando diferentes formas de ver, de avaliar
o mundo e de reconhecer o outro. Considera também, o
ato de ler uma transação entre a competência do leitor e a
competência que o texto postula. (ECO, 1993). Entende,
em decorrência que embora o autor movimente recursos
expressivos na tentativa de interagir com o leitor, a
efetivação da leitura depende de fatores lingüísticos e
não-lingüísticos.
O
texto
é
uma
potencialidade
significativa, mas necessita da mobilização do universo do
conhecimento do outro - o leitor - para ser atualizado”
(PERFEITO, 2005. p.54-55).
A leitura, assim, compreende o contato do aluno com uma ampla, variedade
de textos - discursos produzidos numa igualmente ampla variedade de práticas
sociais. O desenvolvimento de uma atitude crítica de leitura, que leve o aluno, a
perceber o sujeito presente nos textos. O ato de ler é identificado com o de
familiarizarem-se com diferentes crônicas, piadas, poemas, artigos científicos,
ensaios, reportagens, propagandas, informações, charges, romances, contos, etc.
percebendo em cada texto a presença de um sujeito histórico, e de uma intenção
que não é determinante da leitura do texto. A construção dos significados de um
texto é de responsabilidade do leitor. Um leitor pode, inclusive, ler e interpretar um
texto para o qual ele não era o interlocutor originário.
A escola, no processo de leitura, não pode deixar de lado as linguagens não
verbais - a leitura das imagens (fotos, outdoors, propagandas, imagens digitais ,
virtuais e figuras) que povoam, com intensidade crescente, nosso universo cotidiano
- precisa contemplar o multiletramento mencionado na fundamentação teórica
dessas diretrizes e a própria condição da Língua Materna, de suporte e condição)
para todo o conhecimento.
Neste ponto, destaca-se que a perspectiva do multiletramento demanda uma
atenção maior do professor no que diz respeito aos textos midiáticos aos quais, via
emissões televisivas, radiofônicas e virtuais, os alunos têm um maior acesso que
aos textos selecionados
no
próprio
ambiente
escolar.
Essa demanda tem
sido respondida pelos professores com posições que vão da negação do texto
midiático a sua aceitação sem critério ou sem a necessária crítica. Sabe-se das
pressões uniformizadoras, normalmente voltadas para o consumo ou para a nãoreflexão sobre os problemas estéticos ou sociais, exercidas pelas mídias ao
articularem seus textos. Essa pressão deve ser desvelada com atividades de leitura
crítica, que possibilitem ao estudante a análise dos recursos empregados pelos
textos midiáticos.
As atividades de leitura devem considerar a formação do leitor e isso implica
não só considerar diferentes leituras de mundo, diferentes experiências de vida, e,
conseqüentemente, diferentes leituras, mas também o diálogo dos estudantes com o
texto (e não sobre o texto, dirigido pelo professor).
A formação de leitores contará com atividades que contemplem –as linhas
que tecem a leitura, que Yunes (1995) aponta como sendo: memória: ato de ler,
quando pede a atitude responsiva do leitor, suscita memórias que guardam seus
sonhos, suas opiniões, sua visão de mundo. O ato de ler convoca o leitor ao ato de
pensar. E intersubjetividade: o ato de leitura é interação não apenas do leitor com o
texto, mas com as vozes presentes nos textos, marcas do uso e os falantes da
língua, discursos que atravessam os textos e os leitores; e também a interpretação:
a leitura não acontece no vazio. O encontro de subjetividades e memórias resulta na
interpretação. As perguntas de interpretação dos textos, que
tradicionalmente
dirigimos aos alunos buscam desvendar um possível mistério do texto e esquecem
do mistério do leitor. Segundo Eliana Yunes:
"As
memórias
de
leitura
e
intertextualidades, a dubiedade de suas
pelo
de
vida,
as
intenções,
menos, das intenções do autor, as marcas do texto,
a perspectiva
comunicativa
entre
sujeitos,
recuperam a dimensão interativa da ação humana e
colocam
a
interpretação
permanentemente
num
descentralizado.
equivale ao vale-tudo dos "achismos", pois
contextuais integram o
Isso
não
referências
universo do discurso e
são índices que o leitor recolhe ou não, e
segundo
processo
arranja
seus próprios desejos e intenções (1995,
p.193-194).
Fruição: a fruição do ato de ler não se esgota ao final da leitura e das sensações.
Ela permanece e nisso ela difere do prazer que se esgota rapidamente. Ela decorre
de “uma percepção mista de necessidade e prazer”.
Intertextualidade: o ato de ler envolve resposta a muitos textos, em diferentes
linguagens, que antes do ato de leitura permeiam o mundo e criam uma rede de
referências e recriações: palavras, sons, cores, imagens, versos, ritmos, títulos,
gestos, vozes, etc. No ato de ler enquanto conhecimento de mundo, a memória
recupera intertextualidades.
Além disso, o trabalho com a leitura demanda atividades que percebam a
incompletude dos textos, os vazios que eles apresentam – implícitos, pressupostos,
subentendidos - que devem ser preenchidos pelo leitor.
Escrita
O exercício da escrita, da produção textual, deve levar em conta a relação
pragmática entre o uso e o aprendizado da língua, percebendo o texto como elo de
interação social e os gêneros como construções coletivas. O que se sugere,
sobretudo, é a noção de uma escrita formadora de subjetividades. O desvelamento
das relações de poder no discurso, já apontada na prática da leitura, potencializa,
agora na escrita, a possibilidade de resistência aos valores prescritos socialmente.
Esses valores afastam a linguagem escrita do universo de vida dos usuários, como
se ela fosse um processo à parte, externo aos falantes, que, nessa perspectiva, não
constroem a língua, mas apenas aprendem o que os outros criaram, LAJOLO (1982,
p.60) defende que "as atividades que visem à produção de texto sejam (também)
fundadas numa concepção que privilegie não o texto redigido, mas o ato de redigir”.
Escrita é, antes de tudo, ação e experiência.
Na concepção de linguagem destas diretrizes, a prática da escrita constitui
uma ação com a linguagem:
[...] ao produzir um texto, o aluno procura no seu
universo referencial os recursos lingüísticos
e
os
demais recursos necessários para atender à
intenção. Avaliando o
produto ele sabe se pode
manter o universo referencial como at então
constituído´(atualizando-o) ou se deve modificá-lo,
ou
ainda ampliá-lo" (PIVOVAR, 1999, p.54) .
A ação com a língua escrita deve valorizar a experiência lingüística do
estudante em situações especificas, e não a língua ideal. A norma real, aquela
usada socialmente, mesmo se tratando da norma padrão ou da norma culta,
aprende-se lendo e escrevendo e não a partir de conceitos
É nas experiências
concretas de produção de textos que o estudante vai aumentando seu universo
referencial e aprimorando sua competência de escrita. É analisando seu texto
segundo as intenções e as condições de sua produção que ele, vai adquirindo a
necessária autonomia para avaliar seus próprios textos e o universo de textos que o
cercam. É na experiência com a escrita que o aluno vai apreender as exigências
dessa lingüística, o sistema de organização próprio da escrita, diferente da
oralidade, da organização da fala.
Produzir textos argumentativos, descritivos, de noticia, narrativos, cartas ou
memorandos, poemas, abaixo assinados, crônicas ou textos de humor, constituir
resposta a uma intenção e a uma situação, para que o estudante posicione-se como
sujeito daquele texto, daquele discurso, naquela determinada circunstância, naquela
esfera de atuação, e para que ele perceba seu texto como elo de interação, também
pleno de expectativa de atitudes responsivas ativas por parte de seus possíveis
leitores.
Considere-se, aqui, mais uma vez, o que afirma Pivovar, quando ao abordar o
trabalho pedagógico com a linguagem, questiona: "Na escola o que é feito com o
resultado do trabalho do aluno? É transformado em pretexto para a aula de
adequação à norma padrão, ou de argumentação, ou de progressão, eu de uso dos
relatores, etc , perdendo-se de vista, na maioria das vezes, a intenção; que o gerou”.
E, ainda, defende: "Assim, antes de ensinar o discurso e as formas lingüísticas
adequadas, é preciso estimular uma atitude diante dos eventos que é fruto de
experiências que a escola tem negado, substituindo-as pelas experiências do
professor (...). As atividades acabam tendo por finalidade o texto, não uma ação no
mundo" (PIVOVAR, 1999 p. 74). Na perspectiva dessas diretrizes, e como já se
afirmou acima, o texto é uma ação no mundo.
Se não é possível afastar totalmente uma certa artificialidade, é possível que
as atividades com a escrita se realizem como práticas interlocutivas, de adequação
do dizer escrito às circunstâncias de sua produção. Isso implica o produtor do texto
assumir-se como locutor, conforme propõe GERALDI (1991) e dessa forma, ter o
que dizer: razão para dizer; como dizer, interlocutores para quem dizer. É
fundamental, aqui, a compreensão de que a linguagem não acontece em um vácuo
social e que, deste modo os textos orais e escritos não têm sentido em si mesmos,
mas interlocutores que situados no mundo social com seus valores, projetos
políticos, histórias e desejos constroem seus significados [...].Tal teorização tem uma
implicação prática, porque possibilita trabalhar em sala de aula com uma visão de
linguagem que fornece artifícios para os alunos aprenderem, na prática escolar, a
fazer escolhas éticas entre os discursos em que circulam. Isso possibilita aprender a
problematizar o discurso hegemônico da globalização e os significados antiéticos
que desrespeitem a diferença.
Insistindo, ainda, nesta perspectiva a função do professor de Língua
Portuguesa e Literatura, é ajudar seus alunos a ampliarem seu domínio de uso das
linguagens verbais e não verbais através do contato direto com textos dos mais
variados gêneros,
orais ou escritos, engendrados pelas necessidades humanas
enquanto falantes do idioma. É necessário que a inclusão da diversidade textual dê
conta de relacionar os gêneros com as atividades sociais onde se constituem. O fato
de a língua ser o meio e o suporte de outros conhecimentos torna o professor de
Língua Portuguesa um agente eficaz de alavancamento das relações inter e
multidisciplinares.
Também é relevante se lembrar de que o trabalho com a escrita é um
processo e não algo acabado. Dessa forma, fazem-se necessárias atividades que
permitam ao aluno refletir sobre seu texto e reelaborá-lo. O refazer textual pode ser
realizado de forma individual ou em grupo, considerando sempre a intenção e as
circunstâncias da produção e não a mera "higienização" do texto do aluno, para
atender apenas aos recursos exigidos pela gramática.
A reescrita deve valorizar, antes de tudo, o esforço daquele que escreve,
desconfia rasga e reescreve, tantas vezes quantas julga necessárias, até que o texto
lhe pareça bom para entender a intenção, e claro, para o outro que o lerá. O refazer
textual deve ser, portanto, atividade fundamentada na adequação do texto às
exigências circunstanciais de sua produção e, em função disso, deve ser pensada:
".... como um olhar relevante aos problemas
lingüísticos apresentados na produção de textos,
em
relação à ordem do conteúdo temático / contexto de
produção, da
construção composicional (arranjo,
organização interna e coerência), de marcas lingüístico
enunciativas (vocabulário,
aspectos
morfossintáticos). (PERFEITO, p.72
gramaticais:
2005)" '
Literatura
O trabalho pedagógico tradicionalmente realizado com a Literatura no Ensino
Médio, tem deixado de lado a formação do leitor ao não valorizar a experiência real
de leitura de interação do estudante com o texto literário. Aqui, os limites precisam
ser repensados. Esses limites estão dispersos em múltiplos pontos que envolvem,
desde a ausência, no professor, da prática constitutiva da leitura, passando pelo uso
exclusivo dos livros didáticos que substituem a riqueza potencial da literatura pela
mera historiografia literária preocupada com dados biográficos de autores, lista de
obras produzidas por eles, bem como a sua descrição, além da circunscrição da
obra a um contexto histórico desvinculado da realidade do aluno. Isso, sem
mencionar os malfadados resumos que privam o aluno do contato com a integridade
da obra de arte literária.
Uma nova perspectiva de trabalho com o texto literário seria o que
poderíamos chamar de método rizomático. Tal método recebe sua designação a
partir da analogia com o rizoma, espécie de raiz subterrânea que se prolonga
horizontalmente (um exemplo deste tipo de raiz, que pode auxiliar na aproximação,
do sentido, é o gengibre, planta de origem asiática, bastante conhecida). Nos textos
de DELEUZE e GUATARI (1995) o rizoma se contrapõe à arvore que com sua
verticalidade, constitui metáfora da autoridade inquestionável do dogma, da tradição
não reflexiva, reprodutora do mesmo. O rizoma, ao contrário, sugere um movimento
que leva à libertação do pensamento em relação à linha do tempo. Um movimento
mais preocupado em fazer mapas de leituras do que enfeixá-las em gavetas
imobilizadas na história.
"... características aproximativas do rizoma: 1° e 2°
- Princípios de conexão e heterogeneidade:
qualquer
ponto de um rizoma pode ser conectado a qualquer outro
e deve sê-lo. É muito diferente da
árvore ou raiz que
fixam um ponto, uma ordem. (...) Num rizoma (.....) cada
traço não remete
necessariamente
a
um
traço
lingüístico: cadeias semióticas de toda natureza são aí
conectadas a
modos de codificação muito diversos,
cadeias biológicas, políticas, econômicas, etc., colocando
em
jogo não somente regimes de signos diferentes,
mas também estatutos de estados de coisas (DELEUZE,
p. 15, 1995)"
Um professor de Literatura, para operar na perspectiva rizomática será um
contínuo leitor, capaz ele mesmo de selecionar os textos que trabalhará com os
seus alunos. Ele estabelecerá, como critérios para a seleção desses textos, não a
linearidade da historiografia literária, nem a adaptabilidade do texto ou tema à
linguagem dos alunos, subestimando suas capacidades cognitivas nem levará em
conta a facilidade do texto, mas, fundamentado no seu percurso de leitura, levará
aos estudantes textos com maiores possibilidades de relações dentro do rizoma.
O professor estimulará
as conexões entre
realizadas pelos alunos e estabelecerá
um
ponto e outro a serem
ele mesmo suas conexões a partir dos
textos apresentados pelos alunos, produzidos por eles ou não. Ao trabalhar com os
textos selecionados por ele mesmo, o professor estimulará as relações dos textos
escolhidos como contexto presente. Terá sempre em vista o presente da leitura – há
quem diga que ler um texto é escrevê-lo, que a escritura de um texto só se
concretiza no instante da leitura - e as múltiplas possibilidades de construção do
significado a partir desse instante que carrega em si alguma magia. Quando o
professor remontar ao contexto histórico de produção do texto será para questionar
os critérios de verdade históricos que hoje dogmatizam e empobrecem a análise
literária.
Se a condição de contínuo leitor permite aos professores selecionarem os
textos da literatura nacional e universal a serem trabalhados com seus alunos os
qualifica também como sujeitos capazes de fazer proliferar o pensamento através da
multiplicidade de relações possíveis. Convém que eles demonstrem a seus alunos o
trabalho literário existente por trás dos textos, contribuindo assim para desfazer o
mito do escritor como alguém superior em relação ao mundo dos homens ditos
normais. A leitura do texto literário será experiência que desvelará ao aluno as
especificidades desse texto na sua criação de mundos, nos recursos de linguagem
presentes em cada obra.
Tal professor, no exercício de sua função, não ficará preso na linha do tempo
da historiografia literária, que é apenas um dos métodos de entrada no texto literário,
talvez o mais antigo, que hoje convive com outros mais interessantes, tais os
estudos filosóficos e sociológicos que enriquecem a análise literária, a estética da
recepção, a lingüística textual, análise do discurso, a psicanálise entre tantas outros.
Detenha-se o olhar no poema "Erro de Português", epígrafe dessas diretrizes
seguir
a linha
do
tempo,
da
historiografia
literária,
significa
apresentar
aos estudantes, geralmente de uma maneira empobrecida, o contexto histórico que
engendrou Oswald de Andrade e o seu poema, o resumo de uma ou outra obra ao
autor do modernismo pátrio, bem como uma lista das demais obras escritas pelo
escritor paulista. Os alunos procurarão no texto apenas um feixe de características
de estilo de época previamente determinadas.
Na sala de aula, numa perspectiva rizomática, o poema em questão
constituirá com os textos do que se chama Literatura de Informação (Quinhentismo:
com o romance “Quarup”, de António Callado (modernismo) e com os textos
informativos extraídos dos jornais cotidiano que, em ano recente, em letras garrafais
– Massacre - noticiaram a morte, pelos índios, de doze garimpeiros que invadiram
sua reserva, um campo textual de reflexão sobre uma história viva que ainda não
acabou de acontecer. Esta reflexão, partindo da realidade cotidiana, permitiria
desvelar as facetas de poder e de hegemonia discursiva, permitindo a um tempo
entender melhor as práticas históricas constitutivas de nossa identidade latinoamericana. Isso constitui um planejamento aberto a um contágio intertextual. E se a
leitura do texto de Oswald possibilita a algum aluno lembrar da Baby Consuelo com
sua música Dia de índio, o professor lhe mostrará, também, O Descobrimento do
Brasil de Villa Lobos, e Madeira que cupim não rói, de Antônio Nóbrega e Wilson
Freire, enveredando o curso da aula para as contribuições da música indígena para
a nossa música popular e erudita. O texto, assim, invoca outros temas, outros
gêneros, hipertextos e virtualidades.
Ao se deter com os alunos na interpretação dos textos selecionados, o
professor saberá que, em literatura, toda interpretação não se reduz a uma questão
de verdade ou falsidade, mas a uma contínua construção de consistência
argumentativa na ordem do discurso - proliferação do pensamento.
Pensadas desta maneira, as aulas de literatura, embora tenham um curso
planejado pelo professor, estarão abertas a mudanças súbitas do seu rumo,
atendendo às reações do alunado, incorporando suas idéias e as relações textuais
por eles estabelecidas. Assim ela partirá do(s) texto(s) selecionados pelo professor
que colocará o aluno em face de textos literários integrais ao invés de resumos ou
sinopses aceitará no seu desenvolvimento os textos sugeridos pelos alunos (a
lembrança de um filme, de uma música, de outras leituras relacionadas, mesmo à
lembrança de fatos vividos ou a produção do próprio aluno) com o ponto de
lançamento para a leitura de outros textos num contínuo texto-puxa-texto que leve o
aluno à reflexão, ao aprimoramento do pensar e a um aperfeiçoamento no manejo
que ele terá de suas habilidades de falante, leitor e escritor. Nesse sentido, convém
que o professor reserve, no espaço de suas aulas, toda semana, um tempo para a
leitura.
Segundo GARCIA (2005), "... a literatura resulta como aquilo que precisa ser
redefinido na escola: a literatura no ensino só pode ser um corpo expansivo, não
orgânico, aberto aos conhecimentos a que os processos de leitura - que tornam o
leitor autor - não cessam de forçá-la. Se não for assim, o que há é o fechamento do
campo da leitura pela via do enquadramento do texto lido a menos esquemas
classificatórios, de natureza estrutural (gramática dos gêneros) ou temporal (estilos
de época). O trabalho com a literatura em sala de aula permite a constituição de um
campo de interação em torno do objeto estético que, mais que o agenciamento de
instâncias de controle, abre-se para o espaço incontrolável da linguagem.
Para o ensino de literatura, estas diretrizes apontam para as possibilidades
que um trabalho composicional suscite. Não indicam, não selecionam obras ou
épocas a serem trabalhadas com os alunos,
respeitando o planejamento a ser
construído pelos professores, na escola. As aulas de literatura requerem, de acordo
com essa concepção, que o repertório de leitura do professor esteja em contínua
ampliação. Então o professor, ao selecionar os textos literários para apresentar aos
seus alunos, além de ter em vista o caráter de literariedade desses textos terá as
oportunidades de relacioná-los através das combinações
suscitadas por seu
percurso de leituras. A leitura será um elemento fixo na composição com outros
elementos móveis que o professor determinará por si e pelas necessidades que
perceber na interação dos alunos com os textos literários. Assim, temos, uma
relação meramente exemplificativa, não exaustiva: Literatura e Arte Literatura e
Biologia; Literatura e...(qualquer das disciplinas com tradição curricular no Ensino
Médio); Literatura e Antropologia; Literatura e Religião; Literatura e Psicanálise;
entre tantas possibilidades.
O trabalho com a Literatura potencializa uma prática diferenciada com os
conteúdos estruturantes elencados acima (oralidade, leitura e escrita) e se constitui
num forte influxo capaz de fazer aprimorar o pensamento trazendo sabor ao saber.
Finalizando, os professores de Língua Portuguesa e Literatura do Ensino Médio
serão capazes de se valer de todos os meios de que dispõe para ao aperfeiçoar a
expressão e a compreensão dos seus alunos nos níveis da oralidade, leitura e
escrita, fazendo a um tempo com que o pensamento prolifere – permitir que os
alunos façam suas próprias escolhas ante as oportunidades que a vida colocar na
sua frente e, assim, caminhem com suas próprias pernas. Um professor ou
professora de Língua Portuguesa e Literatura educa para a criatividade. Um
professor ou professora educa para a liberdade.
Análise Lingüística: Ferramentas para Refletir e Operar Com/Sobre a Linguagem
A análise lingüística (aqui inclui-se, também, o trabalho gramatical) deve estar
presente no ensino de Línguas como ferramenta que perpasse as atividades de
leitura, oralidade e escrita.
A fala, leitura e escrita são, segundo ROJO (2004), atos de interação que
constroem a vida social - e nela são constituídos -, envolvendo a construção de
significados, de conhecimentos, de identidade dos sujeitos. Esta interação é situada
- a linguagem tem as marcas sociais de gênero, sexualidade, classe social, religião,
profissão, etc. e tem as marcas contextuais, sejam elas de natureza sincrônica ou
diacrônica.
Esta reflexão permanente sobre a linguagem abre espaço para os alunos
serem operadores textuais. Ela tanto vai abordar as variações: lingüísticas que
caracterizam a linguagem na manifestação verbal dos diferentes grupos sociais dos
falantes, como possibilitará aos alunos a reflexão sobre a organização estrutural da
linguagem verbal, num caminho que, diferente das
práticas
normativistas
tradicionais, não coloca a gramática como centro do ensino.
O aluno precisa ampliar suas capacidades discursivas em atiyidades de uso
da língua, a partir das quais o professor vai explorar os aspectos textuais e as
exigências específicas de adequação da linguagem (por exemplo operadores
argumentativos, aspectos de coerência, coesão, situacionalidade, intertextualidade,
informatividades, referenciação, concordância, regência, formalidade/informalidade,
entre outros).
Para um bom desempenho das funções delineadas acima e atribuídas ao
professor nesta concepção de linguagem, precisa-se dar um tratamento,
diferenciado ao erro.
Um professor de Língua Portuguesa, além de preocupar-se em mostrar aos
seus alunos uma variada gama textual de gêneros distintos, ressaltando as suas
diferenças estruturais e funcionais, desvelando em cada um o lugar de sua autoria,
bem como o caráter do público a que se destina, fará ver aos seus alunos que
determinados usos lingüísticos válidos para um nível informal do discurso podem
não ser válidos para um outro discurso no nível mais informal.
Fará ver aos seus
alunos as relações de poder existentes atrás de cada texto. O professor propiciara,
para além do contato com diferentes textos , a possibilidade de expressar-se através
dos diferentes gêneros e até mesmo de exercendo a sua criatividade, participar
ativamente da caracterização do próprio gênero. Antes de tudo isso, o nível oral e
escrito, a interpretação que faz proliferar o pensamento, que abre a possibilidade do
aluno jogar, criar, atualizar os gêneros.
Para tal, a incorporação do erro, a sua valorização enquanto tentativa de
acerto que,
através dele,
verificam
hipóteses de expressão
lingüística, e de
extrema importância. São os erros resultantes das atividades dos alunos na
interação
propiciada
viva
pelo sistema lingüístico que permitirão ao professor selecionar seus
conteúdos e orientar sua prática de sala de aula. Desse modo, não faz sentido
engessar o trabalho do professor estruturando grandes seqüências e conteúdos
gramaticais num documento oficial de diretrizes curriculares. Acertam, portanto, os
professores
do
Estado
ao
apresentarem
como
"conteúdos
estruturantes",
não propriamente conteúdos, mas tópicos que indicam manifestações da língua em
uso. Note-se que o que se está afirmando é a impropriedade de se resumir o ensino
de Língua Portuguesa, ou de centrar seu foco, em conteúdos gramaticais, atitude
incompatível com os princípios destas Diretrizes.
Definida a intenção - do estudante, e não apenas do professor - para o
trabalho com a língua, o aluno elabora suas perguntas, levantadas hipóteses,
questiona a atividade a ser realizada e o texto ou textos que devem ser lidos. Na
seqüência, ele avalia o produto de sua experiência, seja de leitura ou de produção
oral ou escrita. Esta avaliação o leva a considerar o produto a partir da intenção
definida e da situação proposta. É a partir da constatação de falhas no processo,
que a língua torna-se objeto de reflexão e de discussão das questões lingüísticas
sem se afastar do contexto inicial de produção, uma vez que na análise lingüística a
reflexão e a discussão estarão a serviço de ajustes necessários na produção do
aluno, naquela a situação especifica de interpretação ou produção.
Os professores, portanto, farão ver aos alunos que a escola é o espaço do
erro, na escola ele pode e deve errar para, a partir da consciência do próprio erro,
dentro de uma dinâmica de tentativas, acertos, erros, indiferenças, comparações,
deduções, construir o aprendizado do fato lingüístico que lhe dará mais desenvoltura
enquanto sujeito ativo nas relações estabelecidas na escola e fora dela. Se na
escola valoriza-se o erro, além dos seus muros, no mundo hostil e competitivo do dia
a dia, ele deve ser evitado sob pena de colocar-se em risco a própria pele de quem
os comete.
1°ANO
Funções da linguagem:
Fática, metalingüística,
Conativa emotiva,
Referencial e poética;
Géneros literários:
Narrativo, dramático;
Lírico e épico;
Textos poéticos;
Fonética;
Letra e fonema;
Classificação dos fonemas;
Encontros vocálicos e consonantais;
Figuras;
Construção;
Pensamento;
Linguagem;
Vícios de linguagem;
Acentuação;
Textos informativos;
Ortografia;
Texto literário e não-literário, Trovadorismo, Humanismo, Classicismo,
Literatura colonial;
Informativa;
Jesuítica;
Barroco no Brasil;
Emprego do hífen.
.
Textos:
Narrativos; Descritivos; Arcadismo no Brasil, Neoclassicismo, Texto publicitário,
Norma culta contextualizada, Morfologia, Pontuação, Vírgula; Ponto e vírgula; Ponto
de exclamação; Ponto de interrogação; Dois pontos.
2° ANO
Poesia romântica;
Classificação das palavras;
Substantivo;
Adjetivo;
Redação;
Narração;
Classificação das palavras;
Artigo;
Numeral;
Pronome;
Romantismo;
Contextualizacão histórica do Romantismo;
Manifestações artísticas do Romantismo;
Teatro de Martins Pena;
Redação;
Dissertação;
Classificação das palavras;
Verbo;
Preposição;
Advérbio;
Realismo;
Naturalismo;
Colocação pronominal;
Parnasianismo Simbolismo.
3a ANO
Modernismo;
Período composto por coordenação;
Período composto por subordinação;
Curriculum Vitae;
Modernismo - 3a fase;
Poesia;
Prosa;
Concordância verbal e nominal;
Resumo;
Redação;
Dissertação;
Tendências Literárias Contemporâneas;
Regência verbal e nominal;
3- ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Para que o objetivo de qualidade seja alcançado no desenvolvimento dos
conteúdos é inerente à disciplina que os alunos detenham a compreensão, leitura e
produção de texto, bem como a coesão e coerência textual. Por isso, no decorrer do
desenvolvimento do
trabalho
com
relação
à
língua
propomos as seguintes
estratégias: exposição oral; trabalho em grupos; leitura de livros,: revistas e jornais;
declamação de poesias; teatro; compreensão de músicas; produção de Hai-Kai e
acrósticos; exposição de trabalhos; passeio a museus.
Como recursos aos procedimentos das estratégias sugeridas acima,
adotaremos os seguintes materiais/elementos de apoio: livros literários e didáticos;
rádio; TV e vídeo; Biblioteca; Quadro; Giz.
4- AVALIAÇÃO
Quando se reconhece a linguagem como um processo dialógico, discursivo, a
avaliação precisa ser analisada sob novos parâmetros, precisa dar ao professor
pistas concretas do caminho que o aluno está trilhando para aprimorar
suas capacidades lingüísticas e discursiva em práticas de oralidade, leitura e escrita.
Nessa concepção, a avaliação formativa, que considera ritmos e processos
de aprendizagens diferentes nos estudantes e, na sua condição de aprendizagens
diferentes nos estudantes e, na sua condição de contínua e diagnóstica, aponta as
dificuldades, possibilita que a intervenção pedagógica aconteça a tempo, informando
os sujeitos do processo (professor e alunos), ajudando-os a refletirem e tomarem
decisões.
Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada, primeiramente em função da
adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Num
Seminário, num debate, numa troca informal de idéias,
numa entrevista, numa
contação de história, as exigências de adequação da fala são diferentes, e isso deve
ser considerado numa análise da produção oral dos estudantes. Mas é necessário
também, que o aluno se posicione como avaliador de textos orais com os quais
convive (noticiários, discursos políticos, programas televisivos, etc. e de suas
próprias falas, mais ou menos formais, tendo em vista o resultado esperado.
A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que os estudantes
empregaram
no decorrer da
leitura,
a compreensão do texto lido, o sentido
construído para o texto, sua reflexão e sua resposta ao texto, considerando as
diferenças de leituras de mundo e repertório de experiências alunos.
Em relação à escrita, o que determina a adequação do texto escrito são as
circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto
escrito será avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais. Tal como na
oralidade, o aluno deve posicionar-se como avaliador tanto dos textos que o rodeiam
quanto de seu próprio texto.
E para tanto, como métodos concretos de avaliação que serão aplicados
dentro do ensino de Língua Portuguesa nesse estabelecimento, concretizaremos as
diversas formas de avaliação da seguinte maneira: testes orais e escritos, produção
de textos, apresentação de trabalhos, provas, leitura e compreensão de livros,
freqüência e participação nas aulas.
Aos alunos que no desenvolvimento do bimestre ainda não obtiverem o
sucesso da conquista da média, a escola propiciará no ensino de Língua Portuguesa
a recuperação paralela que se efetivará com os seguintes métodos: trabalhos de
pesquisa; provas; testes; produção de texto.
5- REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO
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Cultura. 1991.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação VerbaL. São Paulo: Martins Fontes. 1992.
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CIAVATTA, M. Frigotto; G. Ensino Médio: ciência, cultural e trabalho. Brasília:
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proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2002.
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Leitura e Escrita: a captura de um objeto de ensino.
Curitiba:Dissertação (mestrado em linguística), Universidade Federal do
Paraná.
ROJO, Roxane Helena Rodrigues: Linguagens Códigos e suas tecnologias. In
MEC/SEB/Departamento
de
políticas
públicas
do
Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília'2004.
Ensino
Médio.
MATEMATICA
1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
“A História nos ensina a continuidade do desenvolvimento da Ciência.
Sabemos que cada era tem seus próprios problemas, os quais a era seguinte ou
resolve ou coloca de lado como sem interesse e os substitui por novos problemas”
(David Hilbert, 1990).
Numa sociedade globalizada, é importante que a educação se volte para o
desenvolvimento das capacidades de comunicação, de resolver problemas, de
tomar decisões, de fazer inferências, de criar, de aperfeiçoar conhecimentos e
valores, de trabalhar cooperativamente. Em um mundo onde as necessidades
sociais, culturais e profissionais ganham novos contornos, todas as áreas requerem
alguma competência em Matemática e a possibilidade de compreender conceitos e
procedimentos matemáticos é necessária tanto para tirar conclusões e fazer
argumentações, quanto para o cidadão agir como consumidor prudente ou tomar
decisões em sua vida pessoal e profissional.
A Matemática no ensino tem um valor formativo, que ajuda a estruturar o
pensamento e o raciocínio dedutivo, porém também desempenha um papel
instrumental, pois é uma ferramenta que serve para a vida cotidiana e para muitas
tarefas específicas em quase todas as atividades humanas. Contudo, a Matemática
no ensino não possui apenas o caráter formativo ou instrumental, mas também deve
ser vista como ciência, com suas características estruturais específicas. É
importante
que
o
aluno
perceba
que
as
definições,
demonstrações
e
encadeamentos conceituais e lógicos têm a função de construir novos conceitos e
estruturas a partir de outros e que servem para validar intuições e dar sentido às
técnicas aplicadas.
No Ensino Médio a Matemática deve apresentar ao aluno o conhecimento de
novas informações e instrumentos necessários para que seja possível a ele
continuar aprendendo.
A Matemática tem um papel importante na formação dos sujeitos na
sociedade, na medida que se utiliza cada vez mais de conhecimento científico e
tecnológico. Muitos destes conhecimentos matemáticos se desenvolveram a partir
da necessidade de resolver problemas do cotidiano, assim se faz necessário discutir
a História da Matemática que nos revela que por volta do ano 2000 a.C. os
babilônios passaram a registrar os conhecimentos matemáticos obtidos, decorrente
de simples observação. O ensino da Matemática como função formativa do cidadão
surgiu na Grécia, onde a Matemática se distanciava das questões práticas.
As primeiras propostas do ensino da Matemática surgiram no século V a.C.,
popularizando assim a Matemática.
As descobertas matemáticas no século XVI, contribuíra para o progresso
científico e econômico.
A Matemática passou a ser voltada para a atividade prática, com a revolução
industrial no século XVII, passando a ter um caráter técnico no Brasil.
A necessidade de uma educação voltada para a classe de trabalhadores
surgiu no século XX com as instalações de fábricas e indústrias.
As primeiras discussões sobre Educação Matemática surgira num contexto
de mudanças e expansão industrial. O ensino da Matemática sofreu influência do
Movimento Escola Nova e Tecnicista.
A reestruturação do ensino médio propõe uma Matemática voltada para as
aplicações da Matemática na vida prática.
A Matemática surgiu da necessidade do homem usufruir e interagir com o
meio em que vive.
Ao longo da história da evolução humana a Matemática vem acompanhando
a necessidade de cada época tendo como base o que já se conhecia.
A Matemática é uma ciência que acompanha todas as outras ciências
interagindo direta ou indiretamente para a concretização e inovação das mesmas.
A Educação Matemática como preocupação com uma prática escolar vem
caminhando gradativamente e vem inserindo diferentes caminhos que direcionam
para um novo ensino da Matemática valorizando fatores de grande importância no
aprendizado, tais como: a motivação, o entender como o indivíduo aprende
Matemática, a inserção de projetos pessoais de pesquisa associada à prática
docente.
Esses novos segmentos apontam orientações dentro dessa nova realidade,
para que se concretizem as finalidades do Ensino Médio, que levem o aluno a
desenvolver habilidades as quais o ensino da Matemática deve priorizar, a
representação,
compreensão,
comunicação,
investigação
e
também
a
contextualização sócio e cultural.
Os objetivos do ensino da matemática devem levar o aluno a: compreender
conceitos que permitam adquirir uma formação científica geral e avançar em estudos
posteriores.
Ao final do ensino médio espera-se que os alunos saibam a amplitude do
seu conhecimento e, por conseguinte, contribua para o desenvolvimento da
sociedade, sendo possível criticar questões sociais, políticas, econômicas e
históricas.
2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Para o Ensino Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos estruturantes
são: Números e Álgebra, Geometrias, Funções e Tratamento da Informação.
•Conteúdo estruturante Números e Álgebra, encontra-se desdobrado
em:
Conjuntos numéricos, Noções de Números Complexos,
Matrizes, Determinantes, Sistemas Lineares e Polinômios.
•Conteúdo estruturante Funções abrange os conteúdos específicos
Função Afim, Função Quadrática Função Exponencial, Função
Logarítmica, Função Trigonométrica, Função modular, Progressão
Aritmética e Progressão Geométrica.
•Conteúdo
estruturante
Geometrias
encontra-se
desdobrado
em
Geometria Plana, Geometria Espacial, Geometria Analítica.
•Conteúdo
estruturante
Tratamento
da
Informação
encontra-se
desdobrado em Análise Combinatória, Estatística, Probabilidade,
Matemática Financeira.
1a SÉRIE
NÚMEROS E ÁLGEBRA
•Teoria dos Conjuntos:
-Conjuntos Numéricos (Naturais, Inteiros, Racionais, Irracionais e
Reais);
-Intervalos;
•FUNÇÕES
-Estudo de Funções;
-Função do 1o grau;
-Função do 2o grau;
-Função Exponencial;
-Função Logarítmica;
-Seqüências;
-Progressão Aritmética;
-Progressão Geométrica;
•TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
-Matemática Financeira.
2a SÉRIE
•FUNÇÕES
-Trigonometria;
•NÚMEROS E ÁLGEBRA
-Estudo de Matrizes;
-Determinantes;
-Sistemas Lineares;
•TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
-Análise Combinatória;
-
Probabilidade e Estatística;
3a SÉRIE
•GEOMETRIAS
-Geometria Analítica;
-Geometria Espacial;
•NÚMEROS E ÁLGEBRA
-Números Complexos;
-Polinômios;
3- ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO
Ao serem abordados numa prática docente, os conteúdos estruturantes
evocam outros conteúdos estruturantes e específicos, priorizando relações e
interdependências que, consequentemente, enriquecem os processos pelos quais
acontecem aprendizagem em Matemática. A articulação entre os conhecimentos
presente em cada conteúdo estruturante é realizada na medida em que os conceitos
podem ser tratados em diferentes momentos e, quando em situações de
aprendizagem possibilitam, podem ser retomados e aprofundados.
Existem investigações matemáticas que abordam as relações que podem
ocorrer entre os conteúdos matemáticos, por isso se faz necessário uma
organização dos conteúdos curriculares que expresse articulações entre os
conteúdos específicos pertencentes ao mesmo conteúdo estruturante e entre
conteúdos específicos pertencentes a conteúdos estruturantes diferentes, de forma
que as significações sejam reforçadas, refinadas e intercomunicadas, partindo do
enriquecimento e das construções de novas relações.
Para tornar a Matemática significativa deve-se abordar temas atuais como,
afrodescendentes e meio ambiente (agenda 21) entre outros, que trabalhem com a
conscientização e solidariedade dos educandos, utilizando dados estatísticos que
mostrem fatos importantes, a fim de tornar os educandos participativos e agentes da
Transformação Social.
Através de pesquisas relacionadas ao negro e ao mercado de trabalho do
país e do município, realizar análises dos dados, com debates e seminários, de
modo a verificar como as oportunidades estão separadas na sociedade.
Ensinar Matemática está vinculado às reflexões realizadas por educadores
matemáticos que procuram alterar as maneiras pelas quais se ensina Matemática,
destacando-se:
•Resolução de problemas: propor ao aluno situações-problemas
caracterizadas por investigação e exploração de novos conceitos
estimulando assim a curiosidades matemáticas;
•Modelagem Matemática: auxilia o aluno a se conscientizar da utilidade
da matemática para resolver e analisar problemas do dia-a-dia,
através da utilização de conceitos já aprendidos;
•Etnomatemática: valoriza os conceitos informais construídos pelos
alunos através de suas experiências fora do contexto escolar
utilizando-os como ponto de partida para o ensino formal;
•História
da
Matemática:
estudar
a
construção
histórica
do
conhecimento matemático para levar a uma maior compreensão da
evolução dos conceitos destacando as dificuldades do conhecimento
inerentes ao conceito que está sendo trabalhado.
A abordagem dos conteúdos pode transitar por todas as tendências da
Educação Matemática.
Os avanços já conquistados pela Educação Matemática indicam que, para
que o aluno aprenda Matemática com significado, é fundamental trabalhar as idéias,
os conceitos matemáticos intuitivamente, antes da simbologia, antes da linguagem
para que o aluno aprenda por compreensão, estimulando a pensar, criar, raciocinar
e relacionar idéias para ter autonomia de pensamento. Para que o processo de
ensino-aprendizagem da Matemática desenvolva um processo ativo, devemos
utilizar dos jogos, da história da Matemática, atividade prática com material concreto
e com alto nível de envolvimento do aluno na tarefa prático-manipulativa e dos
meios tecnológicos como computadores e calculadoras para alcançar uma atitude
positiva em relação à Matemática.
Considerando ainda que, como nos ensina Paulo Freire, ensinar exige
respeito aos saberes dos educandos, o processo de ensino-aprendizagem em
Matemática deve partir do conhecimento prévio dos alunos respeitando seu contexto
social e suas concepções espontâneas a respeito desta ciência. Deve-se abandonar
o papel de ser apenas um transmissor de conhecimentos e passar a ver, de fato, os
sujeitos como elaboradores do saber matemático, mas que precisam do professor
como mediador.
4- AVALIAÇÃO
A avaliação abrangerá todo o trabalho realizado pelo aluno, não ficando
restrita a um só momento ou a uma única forma de avaliar. Ela é parte integrante do
processo desenvolvido com os alunos, onde os mesmos sertão solicitados
constantemente a participar, questionar e criar.
As formas de avaliar serão realizadas da mesma maneira diversificada,
através de relatórios, produção e interpretação de texto, testes, avaliação formal e
de múltipla escolha, trabalhos em grupo, debates, participação efetiva nas atividades
e projetos realizados em sala ou fora dela, pesquisas de campo, construção de
modelos.
Os resultados expressos pelos instrumentos de avaliação sejam eles provas,
trabalhos, registros dos alunos, fornecerão ao professor, informações sobre as
competências e habilidades de cada aluno em resolver problemas, em utilizar a
linguagem matemática adequadamente para comunicar suas idéias, em desenvolver
raciocínios, análises e em integrar todos esses aspectos no seu conhecimento
matemático.
As formas de avaliar contemplarão também as explicações, justificativas e
argumentações orais, uma vez que estas revelam aspectos de raciocínio que muitas
vezes não ficam evidentes nas avaliações escritas.
Sempre que houver necessidade, os conteúdos serão retomados e nova
avaliação será realizada, proporcionado aos alunos vários momentos de
recuperação paralela no decorrer no ano.
5- REFERÊNCIAL BIBLIOGRAFICO
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Watanabe.
Rio de Janeiro, SBM.
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Michel.
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ciências
da
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uma
abordagem
multireferencial. – Congresso Internacional de Educação Pública, In Livro
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BRASIL – Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação
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– Brasília: MEC, 1999.
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LENOIR, Y. A importância da Interdisciplinaridade na formação de professores
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MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários para a educação do futuro. Rio de
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RANGEL, Carmem Maria. Caleidoscópio in Caderno de Textos. Rio de Janeiro:
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RIO DE JANEIRO. Secretaria de Estado Extraordinária de Programas Especiais.
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SACRISTÁN, J. Gimeno, et alii. Compreender e transformar o ensino. Porto
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QUÍMICA
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Nos últimos anos, um termo muito usado é "Globalização". Não vivemos
mais, somente, numa cidade, num estado ou mesmo em um país e sim, no mundo.
É praticamente impossível alguém ter sucesso profissional se não estiver "conectado
ao planeta". No que diz respeito à formação acadêmica de um indivíduo, não é
diferente. Ele tem que estar atento a tudo que acontece pelo mundo bem como ter
conhecimento (no mínimo, genérico) de cada uma das disciplinas vistas durante os
Ensinos Fundamental e Médio, onde a química está inserida.
É impossível abrir os olhos e não enxergar química. Estamos rodeados de
substâncias químicas. A cada instante contemplamos reações químicas e muitas
vezes nos utilizamos da energia produzida por elas. Portanto, Ao se ensinar
química, procura-se " que o educando tenha uma "visão além do alcance", de tal
forma, que ele possa interpretar, de uma maneira muito mais elaborada
(cientificamente), um determinado fenômeno, compreendendo o mundo que o
envolve e respondendo algumas perguntas, como por exemplo: Por que é prejudicial
comer pizza todos os dias? Por que uma pessoa com febre tem suas funções
metabólicas alteradas? Por que a água não queima?... Enfim, para compreender o
mundo, também é necessário conhecer a química.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
1ª Serie - Matéria e sua Natureza
Estrutura da matéria
-Modelos atômicos
-Átomo moderno
•Partículas atômicas
•Nº Atômico e Nº de massa
•Elementos químicos e seus símbolos
•Íons
•Configuração eletrônica
Classificação Periódica
•Períodos e Famílias
•Metais e Ametais
•Propriedades Periódicas (Raio Atômico e Eletronegatividade)
•Ligação Química
•Teoria do Octeto
•Ligação Iônica
•Ligação Covalente
•Funções Inorgânicas
•Ácidos
•Bases
•Sais
•Óxidos
-Reações Químicas
•Equações Químicas
•Acerto de Coeficientes
•Principais tipos de Reações
2ª Serie - Biogeoquímica
-Grandezas químicas
•Massa atômica
•Massa molecular
•Mol
•Nº de Avogadro
•Soluções
•Classificação
•Coeficiente de Solubilidade
•Concentração: Comum, Mol/L e % em massa
•Termoquímica
•Reações Endo e Exotérmicas
•Variação de Entalpia
•Lei de Hess
•Cinética Química
•Energia de Ativação
•Fatores que influenciam na velocidade da reação
•Equação de velocidade
-Equilíbrio Químico
3ª Serie - Química Sintética
-Química Orgânica
•Histórico
•Propriedades e Classificação dos Carbonos
•Cadeias Carbônicas
•Fórmulas: Estrutural, Molecular e Bond-line
•Funções Orgânicas
•Hidrocarbonetos
•Radicais Orgânicos
•Bases da Nomenclatura dos Compostos Orgânicos
•Funções Orgânicas Oxigenadas
•Álcoois
•Fenóis
•Cetonas
•Aldeídos
•Ácidos Carboxílicos
•Ésteres
•Éteres
•Funções Orgânicas Nitrogenadas
•Aminas
•Amidas
•Nitrocompostos
•Nitrilas
•Isonitrilas
-Isomeria
3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O processo ensino - aprendizagem deverá partir, sempre, do conhecimento
prévio do aluno e sua sistematização será realizada através da colocação de uma
situação problema ou de um fato do cotidiano, para que o educando construa o seu
próprio conhecimento.
Para que o conhecimento científico ocorra, dependendo de cada situação,
poderão ser utilizados os recursos abaixo:
•Livro Didático Público
•Textos Científicos
•Trabalhos de Pesquisa
•Aulas Expositivas
•Resolução de Exercícios
4. AVALIAÇÃO
Para avaliar, não devemos fazer uso de um único "instrumento de avaliação",
a fim de contemplar alunos com características e personalidades bem diferentes.
Dessa forma, poderão ser utilizados:
•Provas Escritas
•Trabalhos de Pesquisa
•Relatórios de Aulas Experimentais
•Participação do Aluno
•Interpretação de Textos Científicos
•Atividades em Grupo
•Assiduidade
A recuperação será paralela, sendo que este processo ocorrerá após cada
avaliação, onde o conteúdo será retomado, através da correção e discussão das
avaliações, além da aplicação de exercícios complementares. No final de cada
bimestre, será realizada uma avaliação complementar, visando recuperar a nota do
aluno.
5.REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
-Química / Vários autores - Curitiba; SEED-PR, 2006.
-DIRETRIZES CURRICULARES DE QUÍMICA PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA
- SEED-PR, 2006.
-SARDELLA, ANTÔNIO - Química - Ed Ática, 5ª edição
-Projeto Político Pedagógico
FILOSOFIA
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A inserção da nobre disciplina no projeto deste estabelecimento de ensino vem
através da luta dos educadores que defendem a formação do aluno crítico ao longo
de sua vida escolar de Ensino Médio.
A LDB de 1996, no art. 36, determina que, ao final do Ensino Médio, o
estudante deverá “dominar os conhecimentos de Filosofia e de Sociologia
necessários ao exercício da cidadania”. O caráter transversal dos conteúdos
filosóficos, que aparece com bastante clareza na resolução 03/98 DCENEM, não
cumpre a exigência da LDB quanto à necessidade de domínio dos conhecimentos
filosóficos, uma vez que joga a Filosofia para a transversalidade, entretanto, o
domínio de conhecimentos só acontece, com a necessária profundidade e
qualidade, no curso da disciplina.
A defesa do ensino com conteúdos filosóficos transversalizados no currículo em
detrimento da disciplina de Filosofia se apresenta, principalmente, por motivos,
constantemente identificáveis no discurso contrário à filosofia como disciplina, entre
os quais a “redução da Filosofia a um discurso puramente pedagógico” o que a
descaracterizaria naquilo que lhe é peculiar. E é falacioso dizer que a filosofia não se
deve deixar reduzir ao âmbito escolar, pois perderia sua característica de
resistência, crítica e criatividade. Entende-se justamente o contrário: é no espaço
escolar que a filosofia pode exercer aquilo que lhe é próprio: o exercício do
pensamento crítico, da resistência, da criação e reelaboração do conhecimento. A
Filosofia torna vivo esse um espaço escolar, povoando-o de sujeitos que exercitam
sua inteligência buscando, no diálogo e no embate entre as diferenças, a sua
convivência e a construção da sua história.
No cenário, mundial e brasileiro, onde se questionam os sentidos dos valores
éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a ocupar e
uma contribuição relevante: enquanto investigação de problemas que têm
recorrência histórica e criação de conceitos que são ressignificados também
historicamente, gera, em seus processos, discussões promissoras e criativas que
podem desencadear ações transformadoras, individuais e coletivas, nos sujeitos do
fazer filosófico.
É por essa razão que os conhecimentos, os processos filosóficos permanecem
válidos e atuais e que o trabalho com estes processos, na disciplina de Filosofia,
adquire relevância no contexto do Ensino Médio. Considerando que um dos sentidos
do Ensino Médio é a formação pluridimensional e democrática, capaz de oferecer
aos estudantes a possibilidade de compreensão das complexidades do mundo
contemporâneo, que se manifesta quase sempre de forma fragmentada, com suas
múltiplas particularidades e especializações, não se pode prescindir de um saber
que opera por questionamentos, conceitos e categorias de pensamento que buscam
articular a totalidade espaço-temporal e sócio-histórica em que se dá o pensamento
e a experiência humana. Neste sentido a disciplina de Filosofia é importante para a
constituição da identidade do Ensino Médio enquanto etapa educacional.
Considere-se que a filosofia, como disciplina na matriz curricular do Ensino
Médio, pode viabilizar interfaces com as outras disciplinas para que o aluno possa
compreender o rico mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e da
arte.
Quando se trata do ensino de filosofia é comum a retomada da clássica
questão a respeito da cisão entre filosofia e filosofar. O que se ensina é Filosofia ou
se ensina a filosofar? Muitos citam Kant, para lembrar que não é possível ensinar
Filosofia e sim a filosofar. Ocorre que, para ele, não é possível separar a filosofia do
filosofar. Kant quer afirmar a autonomia da razão filosofante diante da própria
filosofia. Do mesmo modo para Hegel, não é possível conhecer o conteúdo da
filosofia sem filosofar. A filosofia constitui seu conteúdo na medida em que reflete
sobre ele. Esse é o sentido da frase de Kant “a própria prática da filosofia leva
consigo o seu produto e não é possível fazer filosofia sem filosofar, nem filosofar
sem filosofia, porque a filosofia não é um sistema acabado nem o filosofar apenas a
investigação dos princípios universais propostos pelos filósofos.
A Filosofia apresenta-se como conteúdo filosófico e também como uma
ferramenta que possibilita ao estudante o desenvolvimento de um estilo próprio de
pensamento. Trata-se de priorizar a capacidade de criar, de elaborar e ressignificar
conceitos. O que o ensino de Filosofia tem de próprio é ser um espaço para criação
de conceitos, unindo a filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis, que dão
vida à aula de filosofia e ao próprio espaço escolar, como já se disse.
A aula de filosofia é um espaço para o exercício do pensamento filosófico,
experiência cujos passos incluem a sensibilização e a problematização, onde
professor e estudantes identificam problemas e refletem na busca de possíveis
soluções. Isto se dá por meio do diálogo investigativo, isto é, na interlocução com o
texto filosófico, no sentido de compreender seu conteúdo e seu significado para o
nosso tempo, primeiro passo para possibilitar a experiência filosófica em sala de
aula. Desta forma, a aula de filosofia configura-se como um espaço real de
experiência filosófica, ou seja, da provocação do pensamento, da busca, da
compreensão, da imaginação, da investigação e da criação de conceitos. Esse
diálogo é tomado em sua acepção dialética, como elemento metodológico
constitutivo e inerente ao processo de produção do conhecimento filosófico.
Optou-se por trabalhar a nobre disciplina através de suas subáreas (ética,
estética, epistemologia, lógica, ontologia, filosofia política, etc) tendo como base a
cronologia histórica. Isto é, o trabalho é realizado de forma a cumprir com tal
pressuposto sem perder o essencial que é a seqüência dos acontecimentos, da
atividade humana ao longo do tempo. Desvincular a Filosofia da época histórica
implica em comprometer significativamente os objetivos a serem atingidos.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes encontram-se divididos e devem ser trabalhados
conforme as séries em que a disciplina é ofertada nos estabelecimentos de ensino.
Busca-se a interdisciplinaridade com as outras áreas do saber dentro das ciências
humanas e também nas outras ciências. A seqüência lógica de tais conteúdos
permitirá ao estudante alcançar os objetivos previstos.
Mito e Filosofia
•Definição de filosofia
•Senso Comum e reflexão filosófica
•Consciência crítica e filosofia: alienação, ideologias
•Divisão da filosofia
•A filosofia como produção humana ao longo do tempo
•A passagem do pensamento mítico para o filosófico-científico
•Noções fundamentais do pensamento filosófico-científico
•Áreas de investigação da filosofia
•A separação da filosofia em relação à fé na Renascença
Teoria do Conhecimento
•Introdução à Teoria do Conhecimento
•Lógica como instrumento do pensar
•Os pensadores pré-socráticos e o problema metafísico
•Platonismo
•Teoria do Conhecimento em Aristóteles
•A questão do conhecimento na Idade Média
•O paradigma da modernidade
•Racionalismo cartesiano
•Empirismo inglês
•Criticismo kantiano
•Idealismo
•Materialismo marxista
Ética
•Valores e moral
•Responsabilidade, dever e liberdade
•Construção da identidade moral
•Concepções éticas na Grécia Antiga
•A ética na filosofia Medieval
•Liberdade em Spinoza
•Consciência e liberdade: séculos XVI a XX
•Fenomenologia: a liberdade situada
•Moral em Marx
•Nietzsche e a transvaloração dos valores
•O Existencialismo
Filosofia Política
•Introdução à Política: poder e força; Estado e poder;
•Formas de governo
•A política normativa na Grécia Antiga: sofistas, Platão e Aristóteles
•A vinculação da política à religião na Idade Média
•Formação do Estado Nacional Moderno
•A autonomia da política em relação à ética: Maquiavel
•Teoria do Estado Divino: soberania
•Jusnaturalismo e contratualismo
•Liberalismo Político
•A política no Iluminismo
•Críticas ao Estado burguês: socialismo
Filosofia da Ciência
•Senso Comum e ciência
•O pensamento filosófico-científico nascente: pré-socráticos
•Ciência na Grécia Antiga: Platão e Aristóteles
•A ciência no fim do período antigo
•Ciência Medieval
•A ciência na Modernidade
•A Revolução Científica do século XVII
•Metodologia científica moderna
•Classificação das ciências
•As ciências no período entre os séculos XVII e XX
Estética
•Criatividade
•Arte como forma de pensar
•O naturalismo grego
•Estética Medieval e a Estilização
•Naturalismo renascentista
•A estética normativa do Iluminismo
•O Pós-modernismo
3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Propor problemas, questionamentos, leituras e análises filosóficas de textos,
organizar debates, propor pesquisas, sistematizações e elaborações de conceitos
tendo como fio condutor a linha do tempo, isto é, apresentar os conteúdos de
Filosofia ligados à conjuntura histórica, ao processo histórico.
Objetivo Geral
Convidar o aluno a buscar diferentes maneiras de ver o problema, com as
possíveis soluções que já foram elaboradas e, então, elaborar novos conceitos,
exercitando a argumentação filosófica, através de raciocínios lógicos, coerentes e
críticos. Assim o estudante perceberá o que está por trás das idéias e de como elas
se tornam ideologias e terá condições de construir um pensamento autônomo e
autêntico.
Objetivos Específicos
 Aprender os modos de como o pensamento se constitui historicamente;
 Exercer uma reflexão atuante através da capacidade de análise, abstração,
argumentação e problematização;
 Entender a relação dos conhecimentos de uma sociedade com o seu sistema
econômico e político;
 Identificar uma argumentação falaciosa;
 Enxergar o lado oculto das informações propagadas pelos meios de comunicação
social;
 Perceber como o poder dominante garante a hegemonia para perpetuar o seu
domínio;
 Identificar a presença de elementos filosóficos nas ciências, na arte, na religião, na
política e na sociedade.
 Exercitar a leitura filosófica de textos;
 Identificar e construir conceitos;
 Exercer a argumentação, o questionamento e a problematização.
 Estabelecer relações e conexões entre sistemas filosóficos e científicos.
 Desenvolver a habilidade da reflexão filosófica de forma escrita e oral.
4. AVALIAÇÃO
Para o processo avaliativo serão tomados como procedimentos os seguintes
meios:
Participação durante as aulas;
Elaboração e apresentação de Seminários;
Pesquisas;
Provas escritas;
Produção de textos filosóficos;
Debates.
Recuperação Paralela
A recuperação de estudos será oferecida paralelamente durante o ano letivo,
para os alunos cujo aproveitamento escolar tenha sido inferior a 6,0, através da
retomada dos conteúdos e submetidos à nova avaliação. Nota-se que tal
procedimento ocorrerá conforme as necessidades de cada turma e consistirá em
rever os conteúdos e reavaliar a aprendizagem.
5- REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
COTRIM, G. Fundamentos de Filosofia. História e Grandes Temas. Saraiva. São
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MARCONDES, D. Iniciação à História da Filosofia: Dos pré-socráticos a
Wittgenstein. Jorge Zahar Editor. Rio de Janeiro, 1997.
ARANHA, M; MARTINS, M. Filosofando: Introdução à Filosofia. Moderna. São
Paulo, 2003.
CHALITA, G. Vivendo a Filosofia. Ática. São Paulo, 2004.
REALE, G. ANTISERI, D. História da Filosofia 7 volumes. Paulus, 2003.
SEED. Livro Didático Público de Filosofia.
LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLES
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino de L.E.M. está fundamentado na LDB 9394/96 de 20 de dezembro
de 1996, no seu artigo 36, inciso 111.
A comunidade escolar de Araucária, depois de ouvidas e consultadas todas
as instâncias, optou por Inglês como língua estrangeira moderna em seu currículo.
Tal opção está relacionada à presença da Língua Inglesa em todos os níveis
do setor produtivo, acadêmico e da cultura.
Atualmente, expressões e termos técnicos em inglês são comuns nas casas
das pessoas, no comércio, na indústria, na mídia, nos esportes, na informática e na
cultura em geral.
Isso exige da escola um trabalho especial em relação ao ensino de inglês,
em direção a compreensão de termos, expressões e principalmente da nova
dinâmica de funcionamento do mundo.
O plano curricular para o ensino de língua inglesa no Ensino Médio deve
fornecer subsídios ao aluno para que, partindo da sua realidade ele seja capaz de
atingir à consciência filosófica, em outras palavras, que o aluno seja capaz de fazer
relações e aplicar o conhecimento cientifico/escolar no seu cotidiano. No caso de
inglês torna-se fundamental que o aluno seja capaz de entender e compreender
textos escritos nas suas mais variadas modalidades.
O conhecimento escolar deverá ajudar o aluno a compreender expressões
nos jogos eletrônicos, aparelhos eletrônicos, propagandas de jornal ou TV, textos
didáticos, músicas e/ou manuais de instrução, máquinas de produção ou aparelhos
de robótica.
Para atingir esses objetivos a escola deve estar em interação constante com
o aluno e com o cotidiano ao qual ele está vinculado. Assim, partindo da cultura
local, do cotidiano e da contextualização de um modo especifico de percepção do
mundo, o aluno será instrumentalizado para perceber as outras visões de mundo,
entendendo e compreendendo os seus porquês.
O ensino de inglês está fundamentado nas teorias que tem como
pressupostos principais a interação. Servem de referência para o ensino de inglês os
seguintes autores: Vigotski, Bakthin, Chomski, Saviani, entre outros.
O ensino de língua estrangeira deve também contemplar o conhecimento e a
compreensão da diversidade cultural, para que o aluno possa comparar e refletir
sobre sua própria cultura, com o intuito de perceber que não existe uma cultura
inferior ou superior à outra, mas diferenças que precisam ser respeitadas, tais como:
raça, religião, orientação sexual, entre outros. A cultura afro-brasileira e africana
será trabalhada de forma mais detalhada na intenção de valorizar e mostrar a
importância desta em nossa sociedade.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Com relação ao ensino da Língua Inglesa no Ensino Médio, foram
selecionados conteúdos adequados ao número de aulas ofertados neste
Estabelecimento de Ensino. E, dessa forma, levou-se em conta o nível de
conhecimento adquirido pelo aluno durante o Ensino Fundamental, no intuito de que
o mesmo aprimore e intensifique o seu conhecimento, relacionando-o ao seu
cotidiano.
Por isso, é essencial que o aluno não restrinja o seu aprendizado apenas à
estrutura formal da língua, mas sim estenda-a ao mundo do trabalho, da tecnologia e
do entretenimento, adquirindo a formação de domínio da língua escrita e falada.
Assim, propomos as seguintes estratégias: Contextualização de estruturas
por meio de assuntos de interesse do aluno; Leitura, análise e compreensão de
textos informativos, narrativos, publicitários e poéticos, levando o aluno a expressar
sua opinião e posicionar-se como cidadão refletindo, argumentando sobre o mundo
ao seu redor; uso de música, caça-palavra, acrósticos, palavras cruzadas para
fixação de estruturas e/ou vocabulário; uso de peças teatrais como instrumento de
aprendizagem; uso de diálogos.
1º ANO
Conteúdo estruturante: uso da língua
Shakespeare and “Ten things I hate about you”.
The influence of English in the Portuguese Language.
People through the music.
Atrelados aos textos serão trabalhados aspectos internos da língua, tais
como: linguagem formal/informal, pratica oral/escrita, variantes lingüísticos, fonética,
aspectos culturais, entre outros.
A partir dos conteúdos estruturantes citados acima serão ampliados os
conteúdos estruturais da língua . Além disso serão trabalhados textos autênticos, ou
seja, aqueles que não foram feitos com finalidades pedagógica tais como: revistas
com artigos na língua estrangeira, jornais, propagandas, material retirado da internet
e livros.
Também serão trabalhados vocabulário relativo às novas tecnologias e ao
cotidiano do aluno.
Finalmente
para
fortalecer
a
competência
trabalharemos os seguintes conteúdos inseridos em textos:
Pronomes pessoais
Verbo ser
Verbo haver
Presente simples
Presente contínuo
Passado simples
Passado contínuo
Advérbios de tempo/freqüência
Adjetivos (ordem da frase)
Preposições
Imperativo
Artigo indefinido
Pronomes interrogativos
Expressões idiomáticas
Pronomes demonstrativos
Numerais
gramatical
dos
alunos
Horas
2º ANO
Conteúdo estruturante: uso da língua.
Writing correspondece: from the papyrus and father to the computer.
Healthy food X junk food.
Sewing the sentences and building bridges.
Atrelados aos textos serão trabalhados aspectos internos da língua, tais
como: linguagem formal/informal, pratica oral/escrita, variantes lingüísticos, fonética,
aspectos culturais, entre outros.
A partir dos conteúdos estruturantes mencionados acima serão ampliados os
conteúdos estruturais da língua . Além disso serão trabalhados textos autênticos, ou
seja, aqueles que não foram adaptados ou criados com finalidades pedagógica tais
como: revistas com artigos na língua estrangeira, jornais, propagandas, material
retirado da internet e livros.
Também serão trabalhados vocabulário relativo às novas tecnologias e ao
cotidiano do aluno.
Finalmente
para
fortalecer
a
competência
gramatical
trabalharemos os seguintes conteúdos inseridos em textos:
Revisão dos tempos verbais (enfatizando o passado simples)
Futuro (will, going to)
Pronomes possessivos, relativos e reflexivos
Verbos modais
Advérbios de quantidade
Pronomes interrogativos
Condicionais (if, would)
dos
alunos
Comparativos
Presente perfeito
Passado perfeito
Expressões idiomáticas
Preposições: lugar e movimento
3º ANO
Conteúdo estruturante: uso da língua.
Tales.
English around the World and Throught The Ages.
Technology and Work.
Atrelados aos textos serão trabalhados aspectos internos da língua, tais
como: linguagem formal/informal, pratica oral/escrita, variantes lingüísticos, fonética,
aspectos culturais, entre outros.
A partir dos conteúdos estruturantes mencionados acima serão ampliados os
conteúdos estruturais da língua . Além disso serão trabalhados textos autênticos, ou
seja, aqueles que não foram adaptados ou criados com finalidade pedagógica tais
como: revistas com artigos na língua estrangeira, jornais, propagandas, material
retirado da internet e outros.
Também serão trabalhados vocabulário relativo às novas tecnologias e ao
cotidiano do aluno.
Finalmente
para
fortalecer
a
competência
trabalharemos os seguintes conteúdos inseridos em textos:
Artigo definido
Revisão do presente perfeito
gramatical
dos
alunos
Voz passiva
Perguntas diretas e indiretas
Cognatos
Expressões idiomáticas
Preposições
Pronomes indefinidos
Adjetivos
Uso do infinitivo
Uso do gerúndio
3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A base de encaminhamento para o desenvolvimento do trabalho de Língua
Inglesa dar-se-á utilizando textos como base para inicio de trabalho.
Esse texto trará uma problematização em relação a um tema. A busca pela
solução desse problema despertará o interesse dos alunos fazendo com que eles
desenvolvam uma prática reflexiva e crítica, ampliem seus conhecimentos
lingüísticos e percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes
em todo o discurso.
Em língua estrangeira, os conhecimentos lingüísticos são fundamentais, pois
eles darão suporte para que o aluno interaja com os textos. É relevante diferenciar o
nível de conhecimento dos alunos, para que seja adequado um trabalho de
continuidade ao conhecimento e não repetição ao que eles já detêm ao longo da sua
aprendizagem.
Muitas vezes, o professor poderá fazer o diagnóstico do nível de seus
alunos, a partir de erros por eles apresentados e que nortearão o encaminhamento
da prática em sala de aula.
Dentro dessa perspectiva, é fundamental auxiliar os alunos a entenderem
que ao interagir com/na língua, estão interagindo com pessoas especificas e que é
preciso levar em conta que para entender um enunciado em particular ter em mente
quem disse o quê, para quem, onde, quando e porquê é imprescindível.
Adquirir conhecimentos sobre novas culturas em constatar que existe uma
diversidade cultural, que uma cultura não é necessariamente melhor nem pior que
outra, mas sim diferente. Conhecer a cultura do outro é reconhecer que as novas
palavras não são simplesmente novos rótulos para os velhos conceitos, a nova
gramática não é simplesmente uma nova maneira de arrumar e ordenar as palavras
e as novas pronúncias não são somente as maneiras diferentes de articular sons,
mas representam um universo sócio-histórico e de outra língua e de outra cultura, o
aluno compreenderá a língua como algo que se constrói e é construído por uma
determinada comunidade - se por um lado, a língua determina a realidade cultural,
por outro, os valores e as crenças culturais criam, em parte, sua realidade
lingüística. Dessa forma, o conhecimento de outra cultura colabora para a
elaboração da consciência da própria identidade, pois, o aluno consegue perceber
se também ele como sujeito histórico e socialmente constituído. Vale lembrar que
nenhuma língua é neutra e pode representar diversas culturais e maneiras de viver;
inclusive, pode passar a ser um espaço de comunicação intercultural, na medida em
que é usada por diversas comunidades, muitas vezes até por falantes que não a têm
como língua materna.
Os gêneros do discurso organizam nossa fala da mesma maneira que
dispõem às formas gramaticais. Aprendemos a moldar nossa fala às formas do
gênero. Se não existissem gêneros e se não os dominássemos, tendo que cria-Ios
pela primeira vez no processo da fala, a comunicação verbal seria quase impossível
(Bakhtin). Portanto, é fundamental que se apresente ao aluno textos em diferentes
gêneros textuais, mas sem categoriza-Ios. O objetivo será o de proporcionar ao
aluno a possibilidade de interagir com a infinita variedade discursiva presente nas
diversas práticas sociais. Apresentar ao aluno textos pertencentes a vários gêneros:
publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc., ressaltando as
suas diferenças estruturais e funcionais, a sua autoria, bem como a caráter do
público a que se destina e, sobretudo, aproveitar o conhecimento que ele já tem das
suas experiências com a língua materna, é imprescindível.
Ler em língua estrangeira pressupõe a familiarização do aluno com os
diferentes gêneros textuais, provenientes das várias práticas sociais de uma
determinada comunidade que utiliza a língua que se está aprendendo - literatura,
publicidade, jornalismo, mídia, etc. Cabe ao professor criar condições para que o
aluno não seja um leitor ingênuo, mas que seja um leitor critico e que reaja aos
diferentes textos com que se depare e entenda que por traz de cada texto há um
sujeito, com uma história, com uma ideologia e com valores particulares e próprios
da comunidade em que está inserido. Além disso, ao interagir com textos
provenientes de diferentes gêneros, o aluno perceberá que as formas lingüísticas
não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado,mas são uso
da língua ocorre. Não se pode esquecer que a leitura se refere também aos textos
não-verbais - estejam eles combinados ou não com o texto verbal. Para que o aluno
compreenda a palavra do outro é preciso que se construa o contexto sócio-histórico
e os valores estilísticos e ideológicos que geraram o texto. O maior objetivo da
leitura é trazer um conhecimento de mundo que permita ao leitor elaborar um novo
modo de ver a realidade. Para que uma leitura em língua estrangeira se transforme
realmente em uma situação de interação é fundamental que o aluno seja subsidiado
com os conhecimentos - lingüísticas, sócio-pragmáticos, culturais e discursivos necessários e dos quais não dispõe para a efetiva compreensão de cada texto
particular com que se deparar.
A estratégia específica da oralidade tem como objetivo expor os alunos a
textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, procurando compreende-Ias em
suas especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas idéias em língua
estrangeira dentro de suas limitações. É necessário que se explicite que, mesmo
oralmente, há uma diversidade de gêneros que qualquer uso da linguagem implica e
que existe a necessidade de adequação da variedade lingüística para as diferentes
situações, tal como ocorre na escrita e em língua materna. Também é importante
que o aluno se familiarize com os sons específicos da língua que está aprendendo.
Com relação à escrita não podemos esquecer que ela deve ser vista como
uma atividade sócio interacional, ou seja, significativa, pois, em situações reais de
uso, escreve-se sempre para alguém, ou um alguém de quem se constrói uma
representação. Sendo assim, é preciso que no contexto escolar esse alguém, seja
definido como um sujeito sócio-ideológico, com quem o aluno vai produzir um
diálogo imaginário - fundamental para a construção do texto e de sua coerência. A
finalidade e o gênero discursivo serão explicitados ao aluno no momento de orientálo para uma produção, assim como, a necessidade de adequação ao gênero,
planejamento, articulação das partes, seleção da variedade lingüística adequada
(formal/informal), etc. Ao realizar escolhas o aluno estará desenvolvendo a sua
identidade e se constituindo como sujeito crítico. Ao propor uma tarefa de escrita, é
essencial que o professor proporcione aos alunos elemento necessário para que
consiga expressar-se e dos quais não dispõe, tais como conhecimentos discursivos,
lingüísticos, sócio-pragmáticos e culturais.
Com relação aos textos de literatura, se acreditamos que a reflexão sobre a
ideologia e a construção da realidade faz parte da produção do conhecimento, e que
esse conhecimento é sempre parcial, complexo e dinâmico, dependente do contexto
e das relações de poder, é preciso ao apresentar textos literários aos alunos, propor
atividades que colaborem para que o aluno reflita sobre os textos e os perceba como
uma pratica social de uma sociedade em um determinado contexto sócio-cultural
particular. Portanto, é necessário prover-lhe de conhecimentos lingüísticos,
discursivos, sócio-pragmáticos e culturais de que não disponha para que tenha
elementos suficientes para interagir com esses textos.
Outro aspecto importante com relação ao ensino de língua estrangeira é que
ele será, necessariamente, articulado com as demais disciplinas do currículo,
objetivando relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa obrigatoriamente
desenvolver projetos envolvendo inúmeras disciplinas, mas fazer com que o aluno
perceba que os conteúdos de disciplinas distintas podem muitas vezes estar
relacionados entre si. Por exemplo: variação lingüística existe tanto na língua
estrangeira como na materna, a literatura está relacionada à história ou os costumes
alimentares ou de vestuário de uma comunidade são influenciados pela sua
localização geográfica.
Todas essas atividades serão desenvolvidas a partir de um texto e
envolverão simultaneamente as práticas e conhecimentos citados anteriormente,
proporcionando ao aluno condições para assumir uma postura crítica e
transformadora com relação aos discursos que se lhe apresentam.
Objetivo Geral
Objetiva-se com relação ao ensino de Língua Inglesa, a formação de um
sujeito critico, capaz de interagir criticamente com o mundo à sua volta. Faz-se,
também, necessário que o educador transforme a aprendizagem com relação às
questões técnicas e instrumentais, em uma aprendizagem de construção de
significados, de interpretação e sentido com relação ao mundo em que está inserido.
Levando em conta o fato de que o aluno ao aprender a Língua Inglesa deve
de forma eficaz envolver o conhecimento cultural, não é possível que se ignore e
deixe de se relacionar a cultura do aluno em relação à cultura estrangeira.
Por isso, o professor será o mediador que despertará o interesse e
proporcionará a solidificação de um trabalho de crescimento e valorização da língua.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e
contribuir para a construção de saberes, e de acordo com a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional a avaliação deve ser contínua e cumulativa
prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Além de ser útil para a verificação da aprendizagem dos alunos, a avaliação
servirá, principalmente para que o professor repense a sua metodologia e planeje as
suas aulas de acordo com as necessidades de seus alunos. Através dela é possível
perceber quais são os conhecimentos - lingüísticos, discursivos, sóciopragmáticos
ou culturais - e as práticas - leitura, escrita ou oralidade – que ainda não foram
suficientemente trabalhados e que precisam ser abordados mais exaustivamente
para garantir a efetiva interação do aluno com os discursos em língua estrangeira.
5. REFERÊCIAS BIBLIOGRAFICAS
BAKHTIN, M.Maxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988.
Estética da Criação verbal. Cidade. 1992.
JORDÃO, Clarissa Menezes. A língua estrangeira na formação do indivíduo.
Curitiba: Mimeo, 2004.
_____________O ensino de línguas estrangeiras em tempos pós-modernos.
Curitiba, UFPR, 2004.
LEFFA, V.J. Metodologias do ensino de língua. In: BOHN. H.I.; VANDRESEN, P.
Tópicos em lingüísticas aplicadas: O ensino de línguas estrangeiras.
Florianópolis: Ed. Da UFSC, 1988, p. 211-236.
MEC/SEB – Orientação Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Brasília, 2004.
PARANÁ. Secretaria de estado da Educação. Superintendência de Educação.
Departamento de Ensino Médio. Diretrizes Curriculares da rede pública de
educação básica do estado do Paraná. Língua Estrangeira Moderna,
Curitiba, 2006.
Paraná. Língua estrangeira moderna: Espanhol e Inglês.
Vários autores. Curtiba: SEED, 2006.
SOCIOLOGIA
1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Desde que a Sociologia foi encarada como ciência no século XIX, procurou-se
compreender as modificações nas relações sociais no sistema capitalista.
Surge o pensamento positivista, de caráter científico, tendo como representante
Augusto Comte, que fez a utilização do termo “Sociologia”.
Durkheim, Max Weber e Karl Marx foram grandes expoentes da difusão e
consolidação da Sociologia, trazem grandes contribuições quanto aos métodos e
construção teórica.
No Brasil, nas três primeiras décadas do século XX, destacam-se Gilberto
Freyre e Fernando Azevedo com estudos voltados a questão da “brasilidade” e
relacionados a sociedade brasileira.
Com a formação da disciplina de Sociologia, desenvolve-se uma nova perspectiva
de como se pensar a sociedade.
Logo, o desenvolvimento do ensino de Sociologia voltado ao Ensino Médio,
não tem como grandes ambições um estudo “acadêmico” da disciplina e suas
grandes teorias mas, sim propor ao aluno um “novo” olhar e formas de
compreensão, no que diz respeito ao estudo da sociedade, sua diversidade, etnia e
cultural afro-brasileira.
Por fim, pretende-se propor ao aluno a sua integração com a disciplina e a
sociedade e minimizar o preconceito presente na atualidade.
2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.
O Processo de Socialização e as Instituições Sociais:
O estudo da sociedade humana
As diferenças entre as ciências naturais e sociais
Histórico, objeto e objetivo das ciências sociais
O surgimento da Sociologia enquanto ciência
Clássicos – Os grandes cientistas sociais: Comte, Marx, Durkheim e Weber
Conceitos básicos para a compreensãoda vida social ( processos de socialização e
agrupamentos sociais)
Instituições sociais
Indústria Cultural
Cultura enquanto conceito antropológico
Indústria Cultural
Identidade nacional: Mobilidade social
Educação e sociedade
Trabalho, produção e classes sociais
Poder, Política e Ideologia.
Sociedade e política
Movimentos sociais
Minorias
Direitos e cidadania
Partidos políticos
3- ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A Sociologia tem como base o conhecimento dos homens sobre sua própria
condição de vida para que este compreenda a sua situação diante da sociedade que
ele integra.
Partindo desse princípio, o aluno deve ter em mente a noção de sociedade e
toda a sua diversidade cultural e social. Logo, a Sociologia deverá ter como base
conceitos e fundamentos teóricos para dar embasamento a esse conhecimento.
Objetivo Geral
O ensino de Sociologia no Ensino Médio tem como objetivo geral fornecer
instrumentos teóricos para que o aluno entenda o processo de socialização do
indivíduo, sempre levando em consideração toda a diversidade cultural e social do
contexto que o envolve.
Partindo dessa perspectiva, a base teórica da doisciplina torna-se um ponto
norteador da organização dos conteúdos e trabalhos de campo a serem
desenvolvidos durante o período letivo.
4- AVALIAÇÃO
As formas de avaliação em Sociologia devem ter como base a reflexão crítica.
As práticas de ensino e aprendizagem da disciplina trazem ao aluno um novo leque
de conhecimentos. Essas práticas devem ser realizadas em filmes com uma leitura
sociológica, em pesquisas de campo e em debates.
Essas são algumas práticas de avaliação que devem ser constantemente
vistas e revistas pelo professor e pelo aluno. Ainda deve-se considerar que a
participação dos alunos nesse processo deverá ter como objetivo a compreensão do
cidadão como sujeito social participativo da sociedade em que ele vive e a sua
grande diversidade cultural.
5- REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO
DAMATA, Roberto. O que faz o brasil. Rio de janeiro: Rocco, 1984.
GUDDENS, A. Sociologia, 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.
LA PLANLINE, F. Aprender antropologia, 12ª ed. São Paulo: Brasiliense, 2000.
MEC/ SEB- Orientações Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Brasília, 2004.
ORTEZ,R. Cultura brasileira e identidade nacional. São Paulo: Brasiliense, 2003.
ADENDO DE INCLUSÃO Nº 01/2010
Este Projeto Político Pedagógico visa a atender a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional n.º 9394/96 e a Resolução Secretarial nº 3904/2008,
regulamentando a oferta de cursos nos Centros de Línguas Modernas – CELEM –
e funcionará no curso de aprimoramento para a língua Espanhola, sendo
complementar ao Projeto Pedagógico deste Colégio Estadual Profª. Agalvira B.
Pinto EFM, ofertando assim esta disciplina.
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Tendo conhecimento da globalização e operacionalidade comercial e
intercâmbios com países vizinhos que fazem fronteira com o Brasil de língua
Espanhola, faz-se necessário enriquecer o currículo escolar, oportunizando o
aprendizado desta Língua e favorecendo oportunamente o conhecimento
específico desta cultura lingüística. Trabalhando aspectos que farão parte do
conhecimento universal da comunidade escolar, facilitando também para
especialização e oferta de mão de obra qualificada ao mercado de trabalho.
JUSTIFICATIVA
A ação educativa faz-se presente nos conteúdos a serem trabalhados
durante as aulas num processo de interação comunicativa, em que não só a
língua espanhola se torne alvo do interesse e aprendizado, mas interagindo com
as demais disciplinas da matriz curricular, em que os professores e equipe
pedagógica
busquem coordenar ações pedagógicas a partir da
interdisciplinaridade, focando inclusive a globalização cultural, étnica, e social de
conhecimento universal. Esta disciplina enriquece o aprendizado intelectual,
melhorando sensivelmente o raciocínio e discernimento entre todas as áreas de
conhecimento necessários para o mundo globalizado de forma a construir a
história e a cultura que está em constante transformação.
OBJETIVOS
No ensino de Língua Espanhola, o objeto de estudo desta disciplina,
contempla as relações com a cultura, a ideologia, o sujeito e a identidade.
As aulas de Língua Espanhola configuram espaços nos quais identidades
são construídas conforme as interações entre professores e alunos pelas
representações e visões de mundo que se revelam no dia-a-dia .
Busca-se, superar a ideia de que o objetivo de ensinar língua estrangeira
na escola é apenas o linguístico, ou ainda, que o modelo de ensino dos Institutos
de Idiomas seja parâmetro para definir seus objetivos de ensino na Educação. Tal
aproximação seria um equívoco, considerando que o ensino da língua estrangeira
na escola de língua não tem necessariamente as mesmas preocupações
educacionais a que a escola pública está voltada. Assim, nos competem os
seguintes objetivos, no que faz referencia a contribuição da disciplina no processo
da escolarização da educação básica, onde o aluno deverá ser capaz de:
Utilizar o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou
informal);
Apresentar ideias com clareza, coerência;
Utilizar adequadamente entonação, pausas, gestos;
Organizar a sequência de sua fala;
Respeitar os turnos de fala;
Explorar a oralidade, em adequação ao gênero proposto;
Expor argumentos;
Compreender os argumentos no discurso do outro;
Participar ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário
em língua materna);
Realizar leitura compreensiva do texto;
Identificar o conteúdo temático;
Identificar a ideia principal dos textos;
Deduzir os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;
Perceber o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;
Compreender as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões
no sentido conotativo e denotativo;
Analisar as intenções do autor;
Identificar e refletir sobre as vozes sociais presentes no texto;
Fazer o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a
referência textual;
Ampliar o léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e
elementos culturais.
Lembrando que, embora a aprendizagem da Língua Espanhola sirva
como meio para progressão no trabalho e estudos posteriores, esse componente
curricular, deve também contribuir para formar alunos críticos e transformadores.
Isso significa desenvolver pedagogicamente maneiras de construção de sentidos,
de relações com os textos, não para extrair deles significados que supostamente
estariam latentes em sua estrutura, mas para comunicar-se com eles, para
conferir-lhes sentidos e travar batalhas pela significação. É oportunizar-lhes
maneiras de perceber a língua como arena de conflitos (Bakhtin, 1992) e o uso da
linguagem como prática social e cultural contextualizada e heterogênea.
CONTEÚDOS
O ensino de Língua Espanhola deve contemplar os discursos sociais que
a compõem, ou seja, aqueles manifestados em forma de textos diversos
efetivados nas práticas discursivas (Bakhtin, 1988). Trata-se assim de fazer da
aula de língua estrangeira um espaço de acesso a diversos gêneros discursivos
que circulam globalmente, para construir outros discursos alternativos que
possam colaborar na luta política contra a hegemonia, pela diversidade, pela
multiplicidade da experiência humana, e ao mesmo tempo, colaborar na inclusão
da grande parte dos brasileiros que estão excluídos dos tipos de discursos para a
vida contemporânea, estando entre eles os conhecimentos em língua espanhola.
Tal proposta de ensino se concretiza no trabalho com textos, que
envolvem análise e crítica das relações entre textos, língua, poder, grupos sociais
e práticas sociais. Refere-se às formas de olhar o texto escrito, visual, oral e
hipertexto para questionar e desafiar as atitudes, os valores e as crenças a ele
subjacentes, e que, a escuta, a fala, a escrita e a leitura deve se vincular às
prática para o aprendizado da língua espanhola.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O 1º ANO
Leitura
Intertextualidade;
Escrita
Tema do texto; Conteúdo temático do gênero; Elementos composicionais do
gênero; Propriedades estilísticas do gênero; Finalidade do texto;
Informatividade
do texto; Situacionalidade do texto;Intertextualidade;
Oralidade
Marcas linguísticas; Adequação da fala ao contexto; Diferenças e
semelhanças entre o discurso oral ou escrito; Papel do locutor e interlocutor.
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O 2º ANO
Leitura
Léxico; Marcas linguísticas;
Escrita
Aceitabilidade do texto; Léxico; Marcas linguísticas; Papel do locutor e
interlocutor;
Conhecimento de mundo;
Temporalidade; Referência textual.
Oralidade
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos; Adequação do
discurso ao gênero;
Entende-se que os conteúdos são legitimados socialmente e, por isso, são
provisórios e processuais e que o discurso da prática social tratará o aprendizado
de forma dinâmica, por meio da leitura, da oralidade e da escrita, como forma de
compreensão. Sob tal pressuposto, o trabalho em aula deve partir de um contexto
em uso, sob a proposta de significados por meio de engajamento discursivo e não
pela mera prática de estrutura linguísticas. Com o foco na abordagem crítica de
leitura, a ênfase do trabalho pedagógico é a interação ativa dos sujeitos com o
discurso, de modo que se tornem capazes de comunicar-se em diferentes formas
discursivas materializadas em diferentes tipos de textos. Entendendo o Discurso
como prática, faz-se necessário a contemplação da Lei 11645/08, que altera a Lei n o
9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei 10.639, de 9 de janeiro de
2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no
currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura
Afro-Brasileira e Indígena”.
METODOLOGIA
A proposta aqui apresentada estabelece a metodologia a ser utilizada, em
comum, no primeiro e segundo ano.
O ensino da Língua Espanhola no programa CELEM, disponibilizado
aos alunos, funcionários e comunidade, possibilitará o conhecimento desta língua
bem como expressões e entendimento de construir significados para uma
sociedade que se torna culturalmente mais rica. é importante trabalhar a partir de
textos de diferentes gêneros, abordando assuntos relevantes presentes na mídia
nacional e internacional ou no mundo editorial, tarefa pertinente entre atribuições
da disciplina de Língua Estrangeira, também como espaço de construção de
significados dependentes da situação de uso, dos propósitos dos interlocutores e
dos recursos linguísticos de que dispõem. Isto significa, entre outras coisas,
pensar que o falante/escritor tem papel ativo na construção do significado na
interação, assim como seu interlocutor. Para tanto, faz-se necessário organizar
as aulas buscando a seguinte metodologia:
Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões
sobre os
diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos
extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas
e outros;
Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade,
como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre
outros.
Desenvolver atividades de leitura em três etapas:
- pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões referentes a
temática, construir hipóteses e antecipar elementos do texto, antes mesmo da
leitura);
- leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente
construídas);
- pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e
escrita objetivando a atribuição e construção de sentidos com o texto).
Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais,
como: gráficos, fotos, imagens, mapas;
Socializar as ideias dos alunos sobre o texto;
Acompanhar a produção do texto;
Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos
(ideias), dos elementos que compõem o gênero;
Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade
temática, à finalidade, adequação da linguagem ao contexto;
Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos.
Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a
referência textual;
Tal proposta depende de uma interação com o texto, na qual pode haver
uma complexa mistura de linguagem escrita, visual e oral, considerando os usos
heterogêneos da língua como prática sociocultural. O trabalho com a gramática,
torna-se importante na medida que permite o entendimento dos significados
possíveis das estruturas apresentadas. Assim criam-se estratégias para que o
aluno perceba a heterogeneidade da língua, cujos sentidos possíveis atribuíveis,
muitas vezes, poderão distanciar-se daqueles permitidos pelo texto e das
condições nas quais foi produzido; procura-se também trabalhar com textos que
apresentem um grande número de palavras transparentes, o que auxilia em
muito, o aluno perceber que é possível ler um texto em língua em espanhola
sem muito conhecimento da língua. No entanto, é necessário conscientizá-lo do
ato de ler e que o texto não é portador de um significado único e fechado em si; o
trabalho de aprender pesquisando palavras no dicionário também propicia uma
aprendizagem notável ao aluno pelo buscar o conhecimento e significados das
palavras, relativa aos múltiplos possíveis sentidos de uma mesma palavra. O que
de fato uma palavra pode produzir sentido conforme determinados contextos.
Sobretudo, essa prática pedagógica evidencia que os sentidos não são únicos
nem unilaterais, mas constituídos na interação verbal.
Os alunos serão encorajados pelo professor a ter uma posição crítica
frente ao textos, como questões acerca das visões de mundo, tendo
conhecimento também de gêneros publicitários, jornalísticos, literários,
informativos, de opinião; que identifique as diferenças estruturais e funcionais, a
sua autoria, o público a que se destina, e que aproveite o conhecimento já
adquirido de experiências com a língua materna. Criada as condições para que o
aluno não seja um leitor ingênuo, mas que seja crítico e reaja aos diversos textos
com que se depare e entenda que por trás deles há um sujeito, uma história, uma
ideologia e valores particulares e próprios da comunidade em que está inserido.
Ao interagir com textos diversos, o aluno perceberá que as formas linguísticas não
são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado, mas são
flexíveis e variam conforme o contexto e a situação em que a prática social de
uso da língua ocorre.
Outro aspecto importante em relação ao ensino da língua espanhola é
que ela será, necessariamente, articulada com as demais disciplinas da grade
curricular, para relacionar vários conhecimentos. Tais atividades serão propostas
a partir de um texto e envolverão simultaneamente práticas e conhecimentos
mencionados, de modo a proporcionar ao aluno condições para assumir uma
atitude crítica e transformadora com relação aos discursos que se lhe
apresentam.
Os conhecimentos linguísticos, tais como artigos, verbos, pronomes e
outros, a ortografia e as realizações sonoras, assim como os conteúdos a serem
abordados, estarão presentes no processo pedagógico a serem trabalhados e em
grau de profundidade de acordo com o conhecimento do aluno.
AVALIAÇÃO.
A avaliação da língua espanhola, no primeiro e segundo ano, deve superar a
concepção de mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos, visto
que se configura como processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões acerca
das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas produções. O envolvimento
dos alunos na construção do significado nas práticas discursivas será a base para o
planejamento das avaliações de aprendizagem.
A participação dos alunos no decorrer da aprendizagem e avaliação, a
negociação sobre o que seria mais representativo no caminho percorrido e a
consciência sobre as etapas vencidas representam ganhos inegáveis ao trabalho
docente. Para tanto, a avaliação se dará da seguinte forma:
Através de produções de textos, exercícios em sala de aula, atividades de
casa, trabalhos individuais/grupos, e atividades lúdicas, considerando os
conhecimentos prévios dos alunos, o professor deverá perceber durante o
processo se o aluno reconhece:
As propriedades dos diferentes gêneros: Temáticas (o que é dito nesses
gêneros);estilísticas (o registro das marcas enunciativas do produtor e os recursos
lingüísticos );composicionais (a organização, as características e a seqüência
tipológica).
Expressa as idéias com clareza;
Elabora e re-elabora textos de acordo com o encaminhamento do professor,
atendendo:
- às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);
-à continuidade temática;
Diferencia o contexto de uso da linguagem formal e informal;
Usa recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc;
Utiliza adequadamente recursos lingüísticos como: pontuação, uso e função
do artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;
Empregua palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em
conformidade com o gênero proposto;
Usa apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos atrelados aos gêneros trabalhados;
Reconhece palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual.
Utiliza expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas
exposições orais, entre outros elementos extralingüísticos.
Emprega palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;
O aluno terá seu trabalho reconhecido por meios de ações de seu
desempenho relacionados a cada pratica avaliativa, e o entendimento do erro como
integrante da aprendizagem. Também as avaliações diagnóstica e formativa serão
trabalhadas, respeitando as diferenças individuais e escolares, para um trabalho
bem sucedido em sala de aula.
bimestralmente.
A média a ser atingida será de 5,0 pontos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
DCE - Língua Estrangeira Moderna Secretaria de Estado de Educação –
SEED – Curitiba,2006.
ANEXOS
PROJETOS
PROJETO EMPREENDEDORISMO – SESI/SENAI
Observação:
ATIVIDADES
Cópia na íntegra do Projeto do
EXTRA-CURRICULARES
Sesi/Senai, em virtude de anexarmos
no PPP – 2007.
As duas empresas têm parceria com o
Colégio Estadual “Agalvira Bittencourt
Pinto” – Ensino Fundamental e Médio.
A Equipe Pedagógica
COLEGIO ESTADUAL “AGALVIRA B. PINTO”.
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ARAUCARIA – PARANÁ
FONE/FAX: 3643-1361
I JOIAC
(Jogos Inter-séries do “Agalvira” e Feira Cultural)
REGULAMENTO GERAL
LEMBRETE
I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1
Este regulamento é o conjunto das disposições que regem as
competições do I JOIAC (Jogos Inter-séries do “Agalvira” e Feira
Cultural).
Art. 2
As equipes que participarem do I JOIAC será considerada
conhecedoras deste Regulamento, no que diz respeito aos seus
direitos.
Art. 3
É de competência da Comissão Organizadora do I JÓIAC fazer cumprir
este Regulamento e Resolver os casos omissos.
II
DOS OBJETIVOS
Art. 4
Contribuir decisivamente para o desenvolvimento da vida estudantil e
oferecer aos estudantes um meio mais propício ao seu aprimoramento
Cultural, Cívico, Moral e Físico.
Art. 5
Assegurar o direito a todos os Estudantes e Comunidade em Geral, de
participação à prática das atividades esportivas.
Art. 6
Promover experiências, vivência, integração com as várias camadas da
Classe Estudantil.
Art. 7
Incentivar os alunos à Prática Esportiva, oferecendo assim uma
integração com sua comunidade escolar e conseqüentemente com a
do seu convívio no dia-a-dia.
Art.8
Trabalhar com os alunos a importância do Esporte, mostrando que a
integração esporte-educação, afastando o mesmo de possíveis vícios
como bebidas, cigarros, drogas em geral.
III
DA COMISSÃO ORGANIZADORA
Art. 9
A Comissão Organizadora será composta por todos os segmentos da
Comunidade Escolar.
COORDENADORAS GERAIS:
COORDENADORES TÉCNICOS:
Gislene Seledes Busch Jorge
Luis Gustavo Iung, Jocimara
Ferreira da Silva Yung
COORDENADORES DE DIVULGAÇÃO
Todos os
Funcionários
COORDENADORES DE ORNAMENTAÇÃO
Roberta G. B. Lise
Professores
e
COORDENADOR DA LOCUÇÃO:
COORDENADOR DE JUSTIÇA E DISCIPLINA:
Maria Elisabete Panassol
Claudia Micheloto de Oliveira e
COORDENADORES DA II FEIRA CULTURAL
Professores responsáveis pela
sua turma.
IV
DO CONGRESSO TÉCNICO
Art. 10
A realização do Congresso Técnico bem como o horário a ser realizado
será determinado pela comissão de organização do Colégio Agalvira,
quando será efetuado o sorteio de grupos e chaves.
§ 1º - Grupos a cima citados serão distribuídos em I, II e III.
Art. 11
O Congresso Técnico será presidido pelos Coordenadores Técnicos
que contará com o assessoramento de uma equipe por ele designada.
Art. 12
É obrigatório a presença de um representante de cada equipe no
Congresso Técnico.
V
DA REALIZAÇÃO
Art. 13
No ano de 2010, o I JOIAC será realizado no período de 02 a 06 de
julho.
Art. 14
As disputas serão realizadas nos locais, dias e horários determinados
pelos Coordenadores Técnicos (de acordo com o congresso Técnico).
VI
OS REQUISITOS PARA A INSCRIÇÃO
Art. 15
Somente poderão tomar parte do I JOIAC, equipes de alunos
devidamente matriculados e com freqüência regular e funcionários do
Colégio Estadual Agalvira B. Pinto.
Art. 16
São condições para inscrições das equipes:
§ 1º
Estar de acordo com o presente Regulamento;
§ 2º Os atletas inscritos no I JOIAC poderão participar em todas as
modalidades dentro do seu grupo.
§ 3º As fichas de Inscrição dos atletas por modalidade deverão ser
entregues até o dia 25 de junho, na Secretaria do Colégio, seguindo o
cronograma acima.
§ 4º Não será cobrada taxa alguma para a participação dos
jogos.
§ 5º Os atletas inscritos só poderão participar dentro de um grupo
obedecendo às faixas etárias estabelecidas neste regulamento.
Art. 17
São condições para inscrição dos atletas.
a)- Ser aluno efetivo deste Estabelecimento de Ensino, com freqüência regularmente
comprovada pela secretaria.
b) - Não estar sofrendo punição escolar (suspensão);
c) - Ter cumprido as obrigações escolares, principalmente no que se
refere a prestação de provas bimestrais, semanais ou finais;
d) - Ter 75% (setenta e cinco por cento) de freqüência às aulas;
e) - Estar em perfeita condição física, de saúde e apto à prática do
desporto.
§ - Único: - Os pedidos de inscrição, que não preencherem todas as
formalidades estabelecidas neste regulamento, serão sumariamente
negados.
Art. 18
São condições de jogo dos atletas:
§ 1º - O atleta deverá estar relacionado nas súmulas das modalidades
coletivas ou nas fichas de inscrições das modalidades individuais,
sendo que não será permitida nenhuma alteração ou troca de atletas.
§ 2º - Deverão ser inscritos o número mínimo de atletas exigido por
modalidade, contido neste regulamento.
Art. 19
São condições para o cadastramento dos Técnicos e Auxiliares
Técnicos.
§ 1º - Cada ficha de inscrição deve constar o nome de um Técnico e
um Auxiliar Técnico, podendo ser professor (a) e pai (mãe) do aluno.
§ 2º - O Técnico e o Auxiliar Técnico serão conhecidos com
COORDENADORES DE EQUIPE, e cabe a eles:
a) Dirigir a equipe nas quadras.
b) Responder pela parte disciplinar de seus atletas dentro ou fora da
quadra.
c) Representar oficialmente sua equipe nos Jogos.
VII
DO DESFILE DE ABERTURA
Art. 20
O I JOIAC será procedido de um desfile de abertura, que no ano de
2007 será levado a efeito às 19h30min horas do dia 02 de julho, na
Quadra de Esportes.
§ 1º - Cada equipe inscrita poderá desfilar com um número máximo de
10 atletas e no mínimo 5.
§ 2º - É obrigatória a participação de todas as equipes inscritas,
devidamente uniformizadas no Desfile de Abertura, juntamente com
os Técnicos (Coordenadores de Equipe).
§ 2º - Será Proibido o uso de calça jeans, sapatos e sandálias.
Art. 21
O Cerimonial de Abertura constará de:
a) Concentração dos atletas, às 19h00min horas em frente à Quadra
de Esportes,
b) Desfile de entrada das equipes;
c) Hasteamento das Bandeiras ao som do Hino Nacional Brasileiro;
d) Entrada do Fogo Simbólico;
e) Acendimento da Pira Olímpica;
f) Declaração de Abertura;
g) Juramento do Atleta;
h) Confraternização dos atletas;
i) Retirada dos atletas
j) Apresentação Artística,
k) Jogos.
VIII
DA PREMIAÇÃO
Art. 22
Nas modalidades coletivas serão ofertadas aos atletas, medalhas ao
Campeão e Vice-Campeão por grupo e sexo.
Art. 23
Nas modalidades individuais serão conferidos medalhas aos primeiros
e segundos lugares por grupo e sexo.
IX
DOS GRUPOS
Art.. 24
Os Jogos Interséries – “Agalvira” (JOIAC) serão disputados em 03
(três) grupos assim formados:
Grupo I
Para alunos da 5ª e 8ª séries do Ensino Fundamental,
devidamente matriculados e freqüentando regularmente.
Grupo II
Para alunos do Ensino Médio, devidamente matriculados e
freqüentando regularmente.
Grupo III
Para Professores, Funcionários e Pais de alunos do Colégio
Agalvira B. Pinto.
X
DAS MODALIDADES
Art. 25
As modalidades ofertadas serão as seguintes, com o respectivo
número de atletas participantes:
a) Modalidades para o Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries)
§ 1º - As séries da 5º ano e 8º ano podem participar das seguintes
modalidades para o Masculino e Feminino:
Esporte de Quadra:
Futsal, Basquete e Voleibol.
Esporte individual:
Xadrez.
b) Modalidades para o Ensino Médio
§ 1º - As séries do Ensino Médio podem participar das seguintes
modalidades para o Masculino e Feminino:
Futsal, voleibol, basquetebol.
Xadrez
C) Modalidades para o grupo dos professores, funcionários e pais.
§ 1º- Em virtude da falta de professores as equipes poderão ser mistas,
podendo conter a participação de pais.
Futsal, voleibol (misto).
§ único - O número de Inscrições de atletas por modalidades:
GRUPOS:
GRUPO I
5ª E 8ª SÉRIES
MODALIDADES
FUTSAL
VOLEIBOL
BASQUETEBOL
MASC.
08
10
08
FEM.
08
10
08
GRUPO II
ENSINO MÉDIO
MASC.
08
10
08
FEM.
08
10
08
GRUPO III
PROFESSORES E
FUNCIONÁRIOS
MASC.
FEM.
08
08
10
10
-
QUADRO DE MEDALHAS
Modalidade
Futsal
Basquetebol
Voleibol
Xadrez
Grupo I
16
16
20
20
16
16
02
02
16
20
16
02
Grupo II
16
20
16
02
Grupo III
16
16
-
16
16
-
XI
DA COMISSÃO DE JUSTIÇA E DISCIPLINA
Art. 26
A fim de apreciar e julgar as ocorrências disciplinares dos Jogos
funcionará o Conselho Disciplinar.
Art. 27
O Conselho Disciplinar poderá suspender ou aplicar outras
penalidades a técnicos, alunos ou equipes, cuja atitude for contraria
ao Espírito Esportivo ou em casos de indisciplina dentro ou fora da
quadra e dependências do Colégio.
Art. 28
O Conselho Disciplinar é um órgão soberano dos Jogos, não cabendo
qualquer recurso de suas decisões.
XII
DAS PENALIDADES E RECURSOS
Art. 30
Serão aplicadas penas disciplinares tais como:
- Advertência, suspensão e eliminação dos Jogos, aos Coordenadores
de Equipes, Técnicos e Auxiliares, atletas e equipe, que tenham
incorrido nas seguintes infrações:
a) Prejudicar o bom andamento das competições;
b) Desrespeitar árbitros, dirigentes e ao público em geral;
c) Promover balbúrdia antes, durante e após as competições, nas
praças esportivas;
d) Qualquer ato considerado anti-desportivo.
Art. 31
Toda e qualquer queixa ou denúncia deverá ser encaminhada ao
Conselho Disciplinar, por escrito, através da súmula do jogo que
ocorreu o ato com a assinatura de ambos os técnicos, e até duas (02)
horas após o término do jogo.
Art. 32
Os casos omissos neste regulamento serão resolvidas pela Comissão
de Justiça e Disciplina.
XIII
DO SISTEMA DE DISPUTA
Art. 33
A forma de disputa será eliminatória simples, com a montagem de
chaves feita por sorteio no Congresso Técnico.
XIV
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 34
Cada equipe deve ser representada por um coordenador de equipe,
que poderá ser o Técnico ou o Auxiliar Técnico.
Art. 35
Não será aceita a equipe que se apresentar sem o Coordenador ou
Técnico, devidamente registrado em súmula.
Art. 36
Haverá tolerância de 15 (quinze) minutos, apenas para a 1ª (primeira)
partida de cada período, não havendo tal para as demais partidas dos
respectivos períodos.
Art. 37
A representação que não comparecer ao local da competição sem
motivo justo, ocasionando o resultado de W x O, além de perder os
pontos em favor do adversário, será passível de punição pela comissão
disciplinar.
Art. 38
O Técnico, Auxiliar Técnico ou Atleta, não poderá participar de uma
partida, enquanto não se levar a efeito o julgamento que estiver
incluso.
Art. 39
Se ambas as equipes se apresentarem com uniformes iguais, uma
delas trocará o uniforme através de sorteio.
Art. 40
Os Coordenadores Gerais e os Coordenadores Técnicos poderão
participar das diversas reuniões do Conselho Disciplinar, a fim de se
inteirarem dos fatos novos surgidos no decorrer dos jogos.
Art. 41
A homologação dos resultados, será divulgada através de boletim
oficial.
Art. 42
Nenhum participante poderá alegar desconhecimento de qualquer
decisão referente aos jogos, desde que tenha sido publicada em edital
do Colégio.
Art. 43
Os casos omissos a este regulamento serão resolvidos pela comissão
organizadora dos jogos.
Araucária, 20 de março de 2010.
ELABORAÇÃO: Equipe Docentes ,Pedagógica e Administrativa
EXECUÇÃO: Comunidade Escolar