a magia como ciência universal - ABRAGNOSE

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a magia como ciência universal - ABRAGNOSE
ABRAGNOSE - ACADEMIA BRASILEIRA DE GNOSE
PODCAST ABRAGNOSE
Academia Brasileira de Gnose
Curitiba/PR e São Paulo/SP – Brasil – Ano LIII da Era de Aquário
Helen Sarto de Mello – Presidente da Academia Brasileira de Gnose
Karl Bunn – Presidente da Igreja Gnóstica do Brasil
Ricardo Bianca de Mello – Coordenador de Instrução
© Direitos autorais desta edição: Academia Brasileira de Gnose (ABRAGNOSE):
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ABRAGNOSE - ACADEMIA BRASILEIRA DE GNOSE
A MAGIA COMO CIÊNCIA UNIVERSAL
28.08.2014
Por Karl Bunn
  
Bem-vindos ao nosso terceiro Podcast sobre Magia.
Hoje abordaremos a MAGIA COMO CIÊNCIA UNIVERSAL.
Considera-se que a Magia teve origem no antigo Egito, com Hermes Trismegisto.
No entanto, isso não quer dizer que só os egípcios conheciam a MAGIA. Afinal, não só os
egípcios, mas também outros povos da antiguidade descendiam dos Atlantes – esses sim, os
legítimos criadores, detentores e possuidores de todos os segredos da Magia.
Para quem não sabe ou nunca se interessou pelo tema, temos a dizer que HERMES
TRISMEGISTO foi (ou é) o boddhisattwa do DEUS MERCÚRIO.
Os escritos de Hermes chegaram até os dias atuais. Basta mencionar a famosa Tábua de
Esmeralda com sua inscrição conhecida em todas as partes, que diz: Quæ superius sicut
quæ inferius, et quæ inferius sicut quæ superius ad perpetranda miracula rei unius. Ou seja:
“O que é superior é como o que é inferior e o que está em baixo é como o que está em cima
para formar as maravilhas da coisa única”.
No passado, reis e sacerdotes formaram grandes Adeptos em suas Escolas e Templos
Iniciáticos. Como exemplo, citamos José, um escravo hebreu, que alcançou a posição de
Primeiro Ministro do Egito, depois de haver passado pelas Iniciações.
Durante seu governo, o Egito talvez tenha conhecido a maior abundância e prosperidade
de toda sua história.
José chegou onde chegou porque soube interpretar um sonho do faraó, algo que os grandes
magos e adivinhos da corte do faraó fracassaram.
Acontece que José sabia que, durante o sono normal, a alma sai do corpo, vai a diferentes
lugares e regiões. A alma, nessas condições, entra em contato com o mundo das idéias
arquetípicas e simbólicas, tornando possível desvendar os mais bem guardados segredos
dos homens e da natureza.
Portanto, um mago verdadeiro precisa dominar os processos do desdobramento
consciente.
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Samael Aun Weor é enfático nesse ponto: “Todo aquele que quer tornar-se Mago deve
aprender a sair em corpo astral e interpretar corretamente os sonhos”.
Quando a Magia começou a se degenerar no Egito, apareceu, como sempre, a idolatria. O
povo, com o tempo, acaba tomando como realidades vivas as formas hieroglíficas ou
simbólicas.
Por causa dessa idolatria, Osíris tornou-se um boi. Hermes, um cão. Hórus, um falcão.
Anúbis, um chacal.
Devido a essa mesma idolatria, daqui a 4 mil anos, os historiadores e teólogos da época
dirão que os antigos cristãos adoravam um velho barbudo, uma ovelha e uma pomba,
referindo-se ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
A idolatria foi, exatamente, a verdadeira causa da saída de Moisés do Egito. Moisés recebeu
a incumbência divina de selecionar e criar uma nova nação, que fosse se desenvolver longe
dos ídolos egípcios. A esse povo escolhido, foi proibida a idolatria e o culto às imagens.
Conta a tradição bíblica que, mesmo isolado no deserto, saudosos de seus antigos ídolos, os
escolhidos construíram um bezerro de ouro enquanto Moisés recebia, no monte Sinai ou
Horeb, as tábuas da lei.
Se entre os povos da antigüidade proto-histórica — Caldéia, Assíria, Babilônia, incluindo o
Egito — a Magia se manifestou como poder real e sacerdotal, na Grécia plasmou-se como
Arte, Beleza e Estética.
Nas Tradições da Antiga Grécia, encontramos Titãs, Deuses, Gigantes e Heróis.
Homero – isso poucos entendem - descreve o trabalho dos Deuses Solares na edificação ou
construção da Grande Obra. Apresenta os tipos imortais, os valores universais que os
homens jamais deveriam perder. Ali, encontram-se as idéias que levantam ou derrubam
nações, impérios e civilizações.
A Bíblia da Grécia antiga é formada por estas 5 obras ou epopéias: “Prometeu”, “Tosão de
Ouro”, “Tebaida”, “Ilíada” e “Odisséia”.
Cultos e cerimônias religiosas sem Magia, sem deslumbramentos e sem a emoção mística
assemelham-se a cavernas secas e despidas de adornos.
Os fundadores das seitas cristãs não quiseram compreender ou aceitar este requisito
fundamental de toda religião autêntica. A própria Igreja Romana acabou, ao longo do
tempo, despindo seus cultos e templos do esplendor e da magnificência da Magia.
Embora difícil de aceitar — e de compreender — a “ortodoxia” e a “tradição” formam o
caráter absoluto da Magia.
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Em todos os tempos, os cultos públicos foram sempre um pálido reflexo da autêntica
religião contida na Alta Ciência.
No passado, para alguém passar das cerimônias públicas para os ritos internos e reservados
aos sacerdotes, havia o Rito de Iniciação, uma cerimônia que culminava um longo período
de preparação individual no campo das Altas Ciências.
Esses ritos foram, aos poucos, sendo transformados e simplificados, até serem reduzidos
aos “sacramentos” da Igreja Católica. Mas, na Igreja Gnóstica, o rito iniciático continua
sendo praticado até hoje.
A Iniciação é o começo para se galgar a Hierarquia dos Sacerdotes e dos Deuses. Para se
chegar à Alta Iniciação é preciso cumprir primeiro um determinado tempo de intensas
atividades preparatórias, durante o qual é atendida uma série de requisitos.
Nos tempos atuais, é grande o número de pessoas que dizem: “Eu vou acreditar no que
vocês falam quando puderem me provar cientificamente o que afirmam”.
Ora, o que querem essas pessoas é acreditar em algo quando já não existir mais nada para
acreditar. É o mesmo que dizer “acreditarei no infinito quando ele se tornar finito”.
Os que se dizem cristãos, não aceitam a Magia porque lhes foi ensinado que Magia é
superstição e heresia. Desconhecem o fato histórico de que Jesus foi o maior dos magos,
que seus milagres são fenômenos possíveis a todo e qualquer mago.
Lástima que, passados dois mil anos, o cristianismo continue envolto em trevas.
Dentro desse contexto, os ditos livros apócrifos, ironicamente, conservaram sua pureza
original, enquanto os canônicos, foram impiedosamente mutilados para atender aos
interesses temporais e dogmáticos da igreja de Roma. Por isso mesmo, aconselhamos o
estudante sério a estudar os Evangelhos Apócrifos.
A Magia, em si mesma e por si mesma, é a Ciência. A Alquimia é essa mesma ciência em
ação. Ou seja: é a prática concreta daquilo que ensina a Magia.
Dentre os grandes alquimistas que o mundo conheceu encontram-se Raimundo Lullo,
Nicolas Flamel, Basílio Valentin, o Abade Tritemo, Cornélio Agripa, Guilherme Postel e o
maior de todos: Paracelso.
Todos os grandes e autênticos alquimistas não só conheceram a Magia como, mais
importante, compreenderam em profundidade seus princípios, dogmas e enunciados. Os
“sopradores” (os curiosos) não só não compreenderam como até hoje continuam
procurando fora uma “Pedra Filosofal” que está dentro de cada um.
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Outro misterioso personagem, talvez o maior de todos, chamou-se Teofrasto Aurélio
Bombast, conhecido na Alquimia como Paracelso, o grande renovador da Medicina (na
realidade, o fundador da Medicina Oculta).
A medicina de Paracelso repousa sobre as propriedades do agente mágico, a luz astral, o
ouro fluídico ou potável. Esse agente criador é o que dá a todas as coisas o movimento, a
luz, a vida, etc.
Essa luz se torna astral nos astros; animalizada nos animais; vegetativa nas plantas. Essa luz
é que dá cor ao sangue, brilho aos metais, vida às sementes e ao ar que respiramos (prana).
Por exemplo, para tratar de um membro ou órgão enfermo, Paracelso fazia uma réplica de
cera e, depois, tratava-o por simpatia. Ou seja: emanava para esse membro toda a energia
contida no “fogo” e no “vitríolo”.
Em Magia Negra, são famosos os bonecos de cera do Haiti, cujos bruxos utilizam para
matar ou infernizar a vida dos desafetos ou daqueles que lhes encomendam trabalhos de
Magia tenebrosa.
Outro personagem misterioso muito conhecido no continente europeu é Cagliostro. Os
equivocados julgam que esse mago e alquimista era dado à práticas de magia negra.
Mas sabe-se que Cagliostro era um poderoso adivinho, fazia curas milagrosas e até era
capaz de fazer ouro. Diz-se também que ele introduziu na maçonaria um ritual novo,
chamado de Rito Egípcio, tentando ressuscitar os cultos a Isis. Ele próprio oficiava à noite
em templos repletos de archotes e hieróglifos. Tinha por sacerdotisas moças denominadas
columbas, a quem exaltava até o êxtase para fazer oráculos. Cagliostro conheceu grande
sucesso. Era dotado de um sistema nervoso excepcionalmente impressionável. A isso unia
altivez e firmeza.
Da mesma forma como tantos outros grandes personagens, após a glória, Cagliostro
conheceu a humilhação, a difamação e a derrota. Não que tivesse sido derrotado de fato.
Pelo contrário! Escapou de tudo e de todos, e, ainda que hoje se acredite que tenha morrido
numa masmorra, o fato é que continua vivendo.
Cagliostro foi, provavelmente, o último grande alquimista europeu conhecido, embora,
depois dele, tenha existido Fulcanelli, ativo durante boa parte do século XX.
Ainda no século XX tivemos em Samael Aun Weor o mais exaltado desses seres misteriosos
que, de tempos em tempos, aparecem sobre o planeta.
Esse bendito e sagrado Ser desencarnou em 24 de dezembro de 1977, na cidade do México,
onde vivia desde que teve que fugir da Colômbia, ainda nos anos 50, em função de
perseguições que sofreu pelas mesmas razões com que sempre os grandes seres são
perseguidos, caluniados e mortos: inveja.
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Para concluir, temos a dizer que a MAGIA continua sendo uma ciência desconhecida. O
povão nada sabe de Magia, e os esclarecidos ou letrados, ainda que creiam saber algo,
ignoram tanto quanto ou mais ainda.
No mundo atual, ainda se consegue plasmar os efeitos e fenômenos mágicos de imediato,
porém, é muito difícil achar alguém que o faça. E os poucos que o fazem, geralmente estão
ligados à MAGIA TENEBROSA, pois dentro da LOJA BRANCA, tais demonstrações
foram proibidas.
Na futura Era de Ouro, sim, novamente a MAGIA BRANCA voltará a ser uma realidade
tão normal quanto qualquer outro fenômeno natural, como chover, ventar, trovejar,
esquentar ou esfriar.
Nos presentes dias todos nós podemos viver a magia em carne e osso, realizando o
GRANDE MILAGRE da nossa própria transformação íntima, eliminando defeitos,
nascendo em virtudes, despertando Kundalini e forjando nossos corpos solares.
Eis aí, então, um resumo do que é e pode realizar a Magia.
Até aqui nossas palavras desta noite.
Voltaremos em 3 minutos para responder as perguntas e comentar as questões que nos
forem apresentadas sobre este tema.
Muito obrigado pela atenção e pela consideração.
PAZ INVERENCIAL
Karl Bunn
Presidente da Igreja Gnóstica do Brasil
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