Como funciona a lavagem cerebral

Transcrição

Como funciona a lavagem cerebral
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Como funciona a lavagem cerebral
por Julia Layton - traduzido por HowStuffWorks Brasil
1. Introdução
2. Técnicas de lavagem cerebral
3. A lavagem cerebral ontem e hoje
4. Mais informações
5. Veja todos os artigos sobre Cultura
Introdução
Durante a Guerra da Coréia, coreanos e chineses faziam
lavagem cerebral nos prisioneiros de guerra americanos
mantidos
nos
campos
de
concentração.
Muitos tiveram mudanças de comportamento radical e pelo
menos 21 soldados se recusaram a voltar para os Estados
Unidos quando foram libertados. Isso parece
impressionante e nos leva a perguntar: a lavagem cerebral
realmente funciona?
Na psicologia, o estudo da lavagem cerebral, geralmente
referido como reforma do pensamento, caiu na esfera da influência social. A influência
social acontece a cada minuto todos os dias. É o conjunto das maneiras nas quais as pessoas
podem mudar atitudes, crenças e comportamentos de outras pessoas.
O método de submissão pretende produzir mudanças no comportamento da pessoa não
se preocupando com suas atitudes ou crenças. Essa abordagem induz ao "Apenas Faça". O
método da persuasão, ao contrário, pretende mudar a atitude e induz ao "Faça porque isso
vai fazer você se sentir bem/feliz/saudável/bem-sucedido". Por último, o método de
educação (chamado de "método de propaganda" quando não se acredita no que está sendo
ensinado) está no topo da influência social e tenta afetar uma mudança nas crenças da
pessoa, induzindo a ações do tipo "Faça porque você sabe que é a coisa certa a ser feita".
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A lavagem cerebral é um forma séria de influência social que combina todas as abordagens
para causar mudanças no modo de pensar de alguém sem que a pessoa consinta.
Como a lavagem cerebral é uma forma invasiva de influência, ela requer o completo
isolamento e dependência do indivíduo e essa é a razão pela qual você quase sempre ouve
que a lavagem cerebral ocorre em campos de concentração ou em cultos extremistas. O
agente (pessoa que vai executar a lavagem cerebral) deve ter completo controle sobre o
alvo (a pessoa que vai sofrer a lavagem cerebral) para que os padrões do dormir, comer,
usar o banheiro e outras necessidades básicas do ser humano dependam da vontade do
agente.
Enquanto a maioria dos psicólogos acredita que a lavagem cerebral é possível sob as
condições certas, alguns vêem como improváveis ou pelo menos não tão séria como a
mídia demonstra. Alguns dizem que é necessário haver presença da ameaça física então, de
acordo com esse pensamento, os cultos mais extremistas não praticariam a verdadeira
lavagem cerebral, já que não abusam fisicamente dos seguidores. Outros mencionam o
"controle e a coerção não física" como um meio eficaz de assegurar a influência.
Independentemente dessas idéias, muitos peritos acreditam que, mesmo sob condições
ideais de lavagem cerebral, os efeitos do processo são mais freqüentes em curto prazo. A
antiga identidade das vítimas da lavagem cerebral não é erradicada de fato pelo processo,
mas escondida. Uma vez que a "nova identidade" pára de ser forçada, as antigas atitudes e
crenças da pessoa começarão a voltar.
Há psicólogos que dizem que a aparente conversão dos prisioneiros de guerra americanos
durante a Guerra da Coréia foi resultado de tortura, não de lavagem cerebral. De fato, a
maioria dos prisioneiros de guerra não foi convertida ao comunismo, o que leva à seguinte
questão: a lavagem cerebral é um sistema que produz resultados similares em todas as
culturas e personalidades ou depende principalmente da suscetibilidade do alvo à
influência? Na próxima seção, vamos examinar a descrição que um perito fez a respeito do
processo da lavagem cerebral e descobrir o que faz com que um alvo seja suscetível.
Lavagem cerebral fictícia
Livros e filmes fantasiam à vontade em
relação à lavagem cerebral e chegam a
especular se ela pode mudar a natureza
humana - é possível reduzir as
pessoas a fantoche?
•
O protagonista de "1984", de
George Orwell, passa por um clássico caso de lavagem cerebral que
termina com a famosa concessão a seus torturadores: "dois mais dois
igual a cinco".
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•
•
•
Em "O Candidato da Manchúria", de 1962, a lavagem cerebral
produz um assassino incapaz de ignorar os comandos de controle
programados nele.
"Laranja Mecânica" (1971) posiciona a lavagem cerebral institucional
como uma opção para os condenados violentos frearem seus impulsos
destrutivos.
Em "Teoria da Conspiração", de 1997, um homem mentalmente
instável, em quem o governo fez lavagem cerebral, procura provar
que pessoas poderosas têm intercedido na sua mente.
Técnicas de lavagem
cerebral
No final dos anos 50, o psicólogo Robert Jay Lifton
estudou ex-prisioneiros dos campos das guerras da Coréia
e China. O psicólogo chegou à conclusão que eles tinham
passado por um processo múltiplo que começava com
ataques contra a identidade do prisioneiro e terminava com
o que parecia ser uma mudança nas crenças do indivíduo.
Lifton definiu um conjunto de etapas envolvidas nos casos
de lavagem cerebral que estudou:
1.
2.
3.
4.
5.
ataque contra a identidade
culpa
autotraição
ponto de colapso
clemência
Foto
cedida
Exército
Americano
Prisioneiros de guerra americanos
na Guerra da Coréia
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6. compulsão para confissão
7. canalização da culpa
8. liberação da culpa
9. progresso e harmonia
10. confissão final e renascimento
Cada um desses estágios acontece em um ambiente de isolamento. Todos os pontos de
referência social considerados normais estão indisponíveis e técnicas como a privação de
sono e desnutrição são partes comuns do processo. Há ameaças físicas freqüentes, o que
aumenta a dificuldade do alvo em pensar de maneira independente e crítica.
O processo que Lifton identificou pode ser dividido em três estágios: ponto de colapso do
eu, apresentação da possibilidade da salvação e reconstrução do eu.
Ponto de colapso do eu
•
•
•
•
Ataque contra a identidade: você não é quem pensa que é.
É um ataque sistemático à identidade (ego) do alvo e a seu principal sistema de
crença. O agente nega tudo o que faz do alvo ser quem é (por exemplo: "você não é
um soldado", "você não está defendendo a liberdade"). O alvo fica sob ataque
constante por dias, semanas ou meses, até o ponto em que fica exausto, confuso e
desorientado. Nesse estado, suas crenças parecem menos sólidas.
Culpa:
você
é
ruim.
Enquanto a crise de identidade está se instalando, simultaneamente o agente está
criando uma irresistível sensação de culpa no alvo. Ele ataca o alvo
repetidamente sobre qualquer deslize que tenha cometido (seja grande ou
pequeno). O alvo começa a sentir uma sensação geral de vergonha, de que tudo
que faz está errado.
Autotraição:
concorda
comigo
que
você
é
ruim?
Uma vez que o paciente está desorientado e se martirizando pela culpa, o agente o
força (com ataques físicos e mentais) a denunciar família, amigos e parceiros que
compartilham das mesmas idéias "erradas" que ele. Essa traição com relação
às suas crenças e às pessoas com as quais tem lealdade é para aumentar a vergonha
e a perda da identidade que o alvo já está experimentando.
Ponto de colapso: quem sou eu, onde estou e o que tenho de fazer?
Com sua identidade em crise, passando por uma profunda vergonha e tendo traído o
que sempre acreditou, o alvo pode passar pelo que na comunidade leiga é conhecido
como um colapso nervoso. Na psicologia, o colapso nervoso é um conjunto de
graves sintomas que podem indicar distúrbios psicológicos. Isso pode envolver um
soluço descontrolado, uma profunda depressão e desorientação geral. O alvo pode
ter perdido a compreensão da realidade e ter a sensação de estar completamente sem
rumo e sozinho.
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Quando o alvo atinge o ponto de colapso, seu senso do eu está muito confuso. Ele
não tem um entendimento claro de quem é ou do que está acontecendo com ele.
Nesse ponto, o agente mostra a possibilidade de o alvo se converter para outro
sistema de crença que o libertará de sua sutuação atual.
Apresentação da possibilidade da salvação
•
•
•
•
Clemência:
eu
posso
ajudar
você.
Com o alvo em estado de crise, o agente oferece algumas pequenas gentilezas. Ele
pode, por exemplo, oferecer ao alvo um copo d'água ou perguntar do que ele sente
saudade em casa. Em estado de colapso resultante de um ataque psicológico
constante, a pequena gentileza parece enorme e o alvo pode experimentar sensação
de alívio e gratidão completamente fora da proporção daquilo que foi oferecido,
como se o agente estivesse salvando sua vida.
Compulsão
para
confissão:
você
pode
se
ajudar.
Pela primeira vez no processo, o alvo encara o contraste entre a culpa e a dor do
ataque contra a identidade e o alívio repentino da clemência. O alvo pode sentir um
desejo de retribuir a gentileza oferecida a ele e, nesse ponto, o agente pode
apresentar a possibilidade da confissão como um meio de aliviar a culpa e a dor.
Canalização da culpa: esta é a razão pela qual você está sofrendo.
Após semanas ou meses de ataque, o alvo não tem certeza do que fez de errado,
sabe apenas que está errado. Isso cria algo como lacunas e que prontamente podem
ser preenchidas pelo agente: ele pode acrescentar culpa para qualquer coisa que
quiser. O agente transfere a culpa para sistema de crenças que está tentando
substituir. O contraste entre o velho e o novo foi estabelecido: o antigo sistema de
crença é associado com a agonia psicológica (e geralmente física) e o novo sistema
de crença é associado com a possibilidade de fugir dessa situação.
Liberação
da
culpa:
não
sou
eu,
são
minhas
crenças.
O alvo preparado está aliviado para aprender que existe uma causa externa para
estar errado, que não é ele que é inevitavelmente mau, o que significa que pode
escapar do sentimento de erro. Tudo o que precisa fazer é denunciar as pessoas e
instituições associadas ao seu sistema de crença e todo o sofrimento acabará. O alvo
tem o poder de se liberar do que está errado, confessando os atos associados com
seu antigo sistema de crença.
Com sua total confissão, o alvo completou a rejeição psicológica de sua antiga
identidade. Agora cabe ao agente oferecer ao alvo uma nova identidade.
Reconstrução do eu
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•
•
Progresso e harmonia: se quiser, pode escolher o melhor para você.
O agente apresenta um novo sistema de crença como o caminho para o "bem".
Nesse estágio, o agente pára com os ataques, oferecendo ao alvo conforto
psicológico e alívio mental. O alvo é levado a sentir que a escolha entre o velho e o
novo é dele. A sensação que sente é que tem seu destino nas mãos. A essa altura, já
denunciou seu antigo sistema de crença em resposta à clemência e tormento. Fazer
uma "escolha consciente" em favor do novo sistema de crença ajuda a ampliar o
alívio: se ele realmente acredita, então não traiu ninguém. A escolha passa a não
ser algo difícil pois a nova identidade é "segura" e atraente porque não se parece
com a que o levou ao colapso.
Confissão
final
e
renascimento:
eu
escolho
o
bem.
Contrastando a agonia do velho sistema de crença com a paz do novo, o alvo
escolhe a nova identidade, apegando-se a ela para preservar sua vida. No estágio
final, com freqüência, há rituais ou cerimônias para introduzir o alvo convertido na
sua nova comunidade. Esse estágio foi descrito por algumas vítimas de lavagem
cerebral como um sentimento de "renascimento".
Veja Como funcionam as seitas para detalhes sobre o processo de reforma do pensamento
que acontece especificamente em cultos destrutivos.
O processo de lavagem cerebral exposto acima não foi testado em um laboratório porque
seria um experimento científico contrário à ética. Lifton criou essa descrição a partir de
narrativas das técnicas usadas pelos captores na Guerra da Coréia e de outros exemplos
relatados ao redor do mundo. Desde que Lifton e outros psicólogos identificaram variações
sobre o que parece ser um conjunto de etapas que guiam ao estado da sugestionabilidade,
uma questão interessante é por que funciona com algumas pessoas e com outras não.
Certos traços de personalidade dos alvos podem determinar a eficácia ou não do processo.
Pessoas que já tiveram grandes dúvidas sobre si mesmas e as que demonstram uma
tendência à culpa são bastante suscetíveis. Já as pessoas com um forte senso de identidade
e de auto-confiança podem ser mais resistentes ao processo. Algumas narrativas mostram
que a fé em um poder superior pode ajudar um alvo a se neutralizar mentalmente do
processo. A neutralização mental é uma técnica de sobrevivência dos prisioneiros de guerra
e agora faz parte de seu treinamento. Os militares também ensinam aos soldados os
métodos usados na lavagem cerebral, porque o conhecimento do processo tende a torná-lo
menos eficaz.
Os estudiosos traçaram as origens da sistemática da reforma do pensamento para os campos
de concentração da Rússia comunista no começo do século XX, quando os prisioneiros
políticos eram rotineiramente "reeducados" para a visão comunista do mundo. Foi quando a
prática se espalhou pela China e os escritos do presidente Mao Tse-tung ("O Pequeno Livro
Vermelho") apareceram, que o mundo começou a conhecer o tema.
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A lavagem cerebral ontem e hoje
Em 1929, Mao Tse-tung, que mais tarde lideraria o Partido Comunista Chinês, usou a frase
ssu-hsiang tou-cheng (traduzida como "batalha do pensamento") para descrever um
processo de lavagem cerebral. Os prisioneiros na China e na Coréia eram normalmente
submetidos às técnicas de conversão comunistas. O conceito moderno e o termo "lavagem
cerebral" foi usado pela primeira vez pelo jornalista Edward Hunter, em 1951, para
descrever o que havia acontecido com os prisioneiros de guerra americanos durante a
Guerra da Coréia. Os norte-americanos entraram em pânico com a idéia de uma
doutrinação comunista em massa através da lavagem cerebral.
Depois das revelações da Guerra da Coréia, o governo dos EUA temia ficar para trás na
corrida das armas, por isso começou suas próprias pesquisas sobre o controle da mente. Em
1953, a CIA começou um programa chamado MKULTRA. Em um estudo, a CIA
supostamente deu LSD (ácido licérgico) aos pacientes para estudar os efeitos das drogas
que alteram a mente e avaliar a eficácia dos psicodélicos na indução a um estado mental de
lavagem cerebral amistosa. Os resultados não foram encorajadores e os pacientes foram
supostamente prejudicados pelos experimentos. As experiências com drogas pela CIA
foram oficialmente canceladas pelo congresso em 1970, embora algumas pessoas afirmem
que isso ainda aconteça por baixo dos panos. O interesse público na lavagem cerebral
acalmou-se um pouco após a Guerra Fria, mas reapareceu entre os anos 60 e 70 com o
surgimento de incontáveis grupos religiosos e políticos secundários durante aquela época.
Os pais que ficavam horrorizados pelas novas crenças e atividades dos filhos tinham
certeza de que eles tinham sofrido lavagem cerebral em cultos. Os suicídios em massa e os
massacres cometidos por uma pequena porcentagem daqueles cultos pareciam validar os
temores de lavagem cerebral.
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Patty Hearst foi uma suposta vítima da lavagem cerebral Foto cedida Keystone/Consolidated News
Pictures/Getty
Images
naquela época. Ela era herdeira da fortuna da editora Patty Hearst, filmada por uma
Hearst e quando foi a julgamento por assalto a banco, usou câmera de vigilância durante um
como defesa a lavagem cerebral. Hearst ficou famosa no assalto a banco em São Francisco
início dos anos 70 após ter sido seqüestrada pelo Exército
Simbionês de Libertação (o SLA - Symbionese Liberation Army, que alguns consideram
um "culto político") e acabou se unindo ao grupo. Hearst relatou que foi trancada em um
armário escuro por vários dias após o seqüestro, passou fome, cansaço, foi brutalizada e
temeu por sua vida enquanto membros do Exército Simbionês de Libertação a
bombardeavam com sua ideologia política anticapitalista. Após dois meses de seqüestro,
Patty mudou de nome, emitiu uma declaração na qual se referia de maneira ofensiva à sua
família e apareceu em uma fita de segurança roubando um banco junto com seus
seqüestradores.
Patty Hearst foi julgada por assalto a banco em 1976 e o famoso F. Lee Bailey a defendeu.
A defesa alegou que Hearst tinha sofrido uma lavagem cerebral pelo Exército Simbionês de
Libertação e que, em seu estado mental, ela não distinguia o certo do errado. Hearst foi
considerada culpada e sentenciada a sete anos de prisão, dos quais cumpriu dois. Em 1979,
o presidente Carter comutou sua sentença.
Uma outra defesa de insanidade devido à lavagem cerebral
chegou aos tribunais 30 anos depois, quando Lee Boyd
Malvo foi julgado por sua participação, em 2002, em
ataques de tocaia ao redor de Washington, D.C. Malvo
tinha 17 anos e John Allen Muhammad tinha 42 anos.
Juntos, eles mataram dez pessoas e feriram três em um
massacre. A defesa alegou que o adolescente havia sido
submetido a uma lavagem cerebral para cometer os crimes,
algo que jamais teria feito se não estivesse sob o controle
de Muhammad. De acordo com "A Defesa da Lavagem
Cerebral" na Psicologia Atual:
"Muhammad arrancou Malvo, com 15 anos, de Foto
cedida
Davis
Turner/AFP/
Images
Antígua, uma ilha caribenha, onde sua mãe o havia Getty
Lee Boyd Malvo é escoltado por
abandonado e o trouxe para os EUA em 2001.
delegados na chegada ao tribunal
Veterano do Exército, Muhammad encheu a cabeça para ser identificado por uma
do adolescente com visões de uma iminente guerra testemunha
e o treinou em pontaria certeira. Ele isolou Malvo,
fez com que ele mergulhasse em sua própria marca criminosa idiossincrática do
Islão e impôs ao seu filho 'adotivo' uma rígida dieta e regime de exercícios".
O argumento foi que Malvo passou por uma lavagem cerebral e, por isso, não podia
distinguir o certo do errado. Malvo foi considerado culpado e sentenciado a prisão perpétua
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e sem direito a liberdade condicional (Muhammad foi condenado à morte em um outro
julgamento).
Parece haver um contraste entre o temor da lavagem cerebral na sociedade moderna, como
visto em filmes e literatura contemporâneos, e a aparente crença de que a lavagem cerebral
é algo sem valor. Seja qual for a causa, as pessoas parecem fazer uma distinção entre a
lavagem cerebral de hoje e uma futura.
O futuro da lavagem cerebral envolve muito mais abordagens de alta tecnologia. Os
implantes de cérebro são muito mais assustadores do que os ataques contra a identidade
verbais ou físicos. Mas a maioria dos cientistas concorda que o campo da neurocirurgia está
muito longe deste nível de entendimento do cérebro humano. Além disso, muitos
psicólogos acreditam que a lavagem cerebral em larga escala, via comunicação em massa e
mensagens subliminares, por exemplo, não é possível porque o processo de reforma de
pensamento requer isolamento e absoluta dependência do paciente para que seja eficaz.
Não é tão fácil assim mudar a personalidade e as crenças de uma pessoa.
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