Guia de Estudos – CSNU 2015 (III SiGi)
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Guia de Estudos – CSNU 2015 (III SiGi)
GUIA DE ESTUDOS Conselho de Segurança das Nações Unidas ___________________________ Crise da Ucrânia: Tropas Russas Manoel Tranin Tuler Neto Diretor Idelson Gadioli dos Santos Filho Diretor Danilo Scarpatti Diretor Assistente Geandria França Scarabelli Ferreira Diretora Assistente 1 SUMÁRIO 1. A EQUIPE .......................................................................................................................... 3 2. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4 3. APRESENTAÇÃO DO ÓRGÃO SIMULADO ................................................................ 4 4.CRISE UCRANIANA ......................................................................................................... 7 4.1 Apresentação da Crise .................................................................................................. 7 4.2 Contexto Histórico........................................................................................................ 8 4.2.1 Ucrânia pós-URSS................................................................................................. 8 4.2.1 Revolução Laranja ................................................................................................. 9 4.2.2 Crise de 2008 ......................................................................................................... 9 4.2.3 Euromaiden .......................................................................................................... 11 4.2.4 Crise da Criméia .................................................................................................. 12 4.2.5 Situação Atual ..................................................................................................... 13 5. TRATADOS E ORGANIZAÇÕES RELEVANTES PARA O COMITE....................... 17 5.1 PEV (Politica Europeia de Vizinhança) ..................................................................... 17 5.2 Acordo ........................................................................ 18 5.3 Comunidade Dos Estados Independentes (CEI)......................................................... 18 5.4 União Econômica Da Eurásia ..................................................................................... 19 5.5 OTAN ......................................................................................................................... 19 5.6 Formato Normandia .................................................................................................... 20 5.7 Grupo De Contato Trilateral Sobre A Ucrânia ........................................................... 20 6. POSIÇÃO DOS PRINCIPAIS ATORES ......................................................................... 21 6.1 União Européia (UE) .................................................................................................. 21 6.2 Alemanha .................................................................................................................... 22 6.3 França ......................................................................................................................... 22 6.4 Rússia ......................................................................................................................... 23 6.5 Ucrânia........................................................................................................................ 26 6.6 Estados Unidos da América........................................................................................ 27 7. QUESTÕES RELEVANTES PARA O COMITÊ ........................................................... 27 8. TABELA DE DEMANDA ............................................................................................... 28 9. REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 30 10. ANEXOS ........................................................................................................................ 32 2 1. A EQUIPE Prezados delegados, sejam muito bem vindos ao CSNU 2015. O comitê será realizada na 3ª SiGI e terá como tema a crise da Ucrânia. A mesa diretora será composta pelos diretores: Manoel Tranin Tuler Neto, Danilo Scarpatti, Idelson Gadioli e Geandria Scarabelli. Segue abaixo um breve apresentação de cada diretor. Saudações senhores delegados, é com imenso prazer que me apresento como diretor do deste comitê. Chamo-me Manoel Tranin Tuler Neto e curso o 3º ano de química no IFES - Campus Aracruz. Participei pela primeira vez de uma simulação geopolítica em 2013, tratava-de de uma pequena simulação a ser simulada internamente no campus. Desde então, participei de várias outras do tipo, representei o Reino Unido na Conferência de Berlim (1ª SiGI), Somália na OIT 2020 (14º MINIONU), sendo congratulado com menção honrosa, Estados Unidos da América no CPONU (15º MINIONU) e fui diretor geral do CDH 2015 (2ª SiGI). Desejo uma ótima simulação a todos e espero que assim como eu, os senhores desfrutem de muitas experiências prazeirosas e enriquecedoras com simulações.” “É com grande prazer que faço parte da organização da SiGI como diretor assistente. Chamo-me Danilo Scarpatti, estou no 2º ano do curso Técnico em mecânica integrado ao ensino médio do IFES Campus Aracruz. É o segundo ano que tenho contato com a dinâmica de simulação, mas é a primeira vez que integro a mesa diretora de um comitê. No ano de 2014, participei de várias simulações menores dentro do IFES Campus Aracruz e participei também do 15º MINIONU (PUC MINAS) no comitê AGNU 2020 – Mídia e Terrorismo , e desde então, quis aprender mais sobre estas práticas, dessa forma, tive o interesse de fazer parte da equipe da III SiGI, no qual fui selecionado como diretor assistente deste comitê (CSNU 2015 – Crise da Ucrânia).” Saudações senhores, chamo-me Idelson Gadioli dos Santos Filho, estou no 4° Ano de Química do IFES, serei diretor de vocês. Participei da minha primeira 3 simulação geopolítica em 2012 e desde então acumulei algumas dezenas de simulações dentro e fora do estado. Apesar de seguir carreira acadêmica na área de exatas possuo minha paixão pela geopolítica. Se você lê esse guia provavelmente fará parte de nosso comitê, portanto, é uma honra me apresentar a você e espero de nós o melhor desempenho possível, e para isso, muito estudo, é claro. Saudações senhores delegados! É com imensa satisfação que me apresento como diretora assistente no comitê CSNU - Crise da Ucrânia. Meu nome é Geandria França Scarabelli Ferreira, curso o 2º ano do técnico em química integrado ao ensino médio do IFES campus Aracruz. Participei da 15ª edição do MINIONU, onde tive a oportunidade de vivenciar uma experiência que me trouxe grande crescimento pessoal. Espero que os senhores assim como eu, possam desfrutar ao máximo deste projeto e que ele possa lhes agregar muitas descobertas e aprendizados. 2. INTRODUÇÃO O Guia de Estudos do Conselho de Segurança das Nações Unidas (2015) – Crise da Ucrânia tem como objetivo proporcionar compreensão do tema e direcionar os estudos a ele relacionados, possuirá portanto as seguintes seções: um histórico do conflito, indo desde o fim da Guerra Fria até o a crise ucraniana, apresentação do tema do comitê, a apresentação do órgão simulado, ou seja, do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a posição dos principais países e, por fim, as questões relevantes para a discussão. 3. APRESENTAÇÃO DO ÓRGÃO SIMULADO Conselho de Segurança das Nações Unidas. 4 Mandato: A Carta das Nações Unidas estabeleceu seis principais órgãos das Nações Unidas, incluindo o Conselho de Segurança. Ela dá a responsabilidade primária pela manutenção da paz e segurança internacional ao Conselho de Segurança, que pode se reunir sempre que a paz está ameaçada. De acordo com a Carta, a Organização das Nações Unidas tem quatro objetivos: - Manter a paz ea segurança internacionais; - Desenvolver relações amistosas entre as nações; - Cooperar na resolução de problemas internacionais e na promoção do respeito aos direitos humanos; - Ser um centro destinado a harmonizar as ações das nações. Todos os membros das Nações Unidas concordam em aceitar e aplicar as decisões do Conselho de Segurança. Enquanto outros órgãos das Nações Unidas fazem recomendações aos Estados membros, apenas o Conselho de Segurança tem o poder de tomar decisões que os Estados membros são então obrigados a implementar no âmbito da Carta. Manutenção da paz e segurança: Quando uma queixa relativa a uma ameaça para a paz lhe é submetida, a primeira ação do Conselho é, geralmente, para recomendar que as partes tentam chegar a um acordo por meios pacíficos. O Conselho pode: - Estabelecer os princípios para um acordo desse tipo; - Realizar investigação e mediação, em alguns casos; - Enviar uma missão; - Nomear enviados especiais; - Solicitar ao Secretário-Geral que empregue seus bons ofícios para conseguir uma solução pacífica do conflito. 5 - Quando uma disputa leva a hostilidades, a principal preocupação do Conselho é trazê-los ao fim o mais rápido possível. Nesse caso, o Conselho pode: - Aplicar diretivas sobre cessar-fogo que podem ajudar a evitar uma escalada do conflito; - Enviar observadores militares ou de uma força de paz para ajudar a reduzir as tensões, forças opostas separadas e estabelecer uma calma em que pode ser pedida acordos pacíficos. - Além disso, o Conselho poderá optar por medidas de execução, incluindo: - Sanções econômicas, embargos de armas, sanções e restrições financeiras e proibições de viagem; - Rompimento das relações diplomáticas; - Bloqueio ou até mesmo ação militar coletiva. A principal preocupação é fazer incidir a acção sobre os responsáveis pelas políticas ou práticas condenadas pela comunidade internacional, enquanto minimiza o impacto das medidas tomadas em outras partes da população e da economia. Organização: O Conselho de Segurança realizou a sua primeira sessão em 17 de janeiro, 1946 em Church House, Westminster, em Londres. Desde a sua primeira reunião, o Conselho de Segurança tem tomado residência permanente na sede das Nações Unidas, em Nova York. Ele também viajou para muitas cidades, a realização de sessões em Adis Abeba, Etiópia, em 1972, na Cidade do Panamá, Panamá e em Genebra, Suíça, em 1990. O Órgão é constituído por quinze membros no total, sendo cinco países como membros permanentes e dez como rotativos. Os membros permanentes possuem direito ao veto, são: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos da América. Os membros rotativos são eleitos na Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), por maioria qualificada, ara mandato de dois anos. Para que sejam eleitos, os candidatos devem obedecer a dois critérios, que são: (i) que 6 os candidatos a membro contribuem de alguma forma para a paz e a segurança internacional, (ii) deverá estar assegurada uma representação geográfica de forma equilibrada, equitativa. (PATRIOTA, 1998) De acordo com o Artigo 23 da Carta, e a ordem destacada por ele, os membros permanentes do Conselho de Segurança são, a República da China, a França, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, sucedida pela Federação Russa, o Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda do Norte e os Estados Unidos da América. O processo de adoção de resolução pelo Conselho ocorre somente com a aprovação deste pelos cincos membros permanentes, portanto, sem manifestar seu poder de veto, e ao menos mais quatros nações entre os membros não permanentes no Conselho de Segurança. Dessa maneira, todos os membros permanentes devem acordar com o que tange a resolução em votação, caso contrário, será configurado como veto e a resolução não será aprovada. No entanto, a abstenção de um membro permanente ou seu voto negativo não dá o direito a veto, podendo ser, a resolução, aprovada nessas circunstâncias. Em suma, uma resolução só será inviabilizada caso não consiga os noves votos afirmativos ou pelo uso do veto de pelo menos um dos membros permanentes do Conselho de Segurança (MARQUES, 2005). ] 4.CRISE UCRANIANA 4.1 Apresentação da Crise O Conselho de Segurança consiste em um órgão permanente das Nações Unidas, convocado pela Organização dia 30 de junho em Varsóvia -Polônia- para discutir a respeito de um assunto previamente determinado. No caso do comitê será discutida a questão da crise da Ucrânia, focando nas tropas russas em território ucraniano. Ademais, o objetivo principal desta reunião é discutir a 7 legitimidade das tropas russas e a anexação da Crimeia, além de formular a ajuda humanitária, em síntese, amenizar a crise. As resoluções aprovadas na reunião terão caráter mandatário já que o CSNU possui esse atributo. 4.2 Contexto Histórico 4.2.1 Ucrânia pós-URSS Após a sua independência em 1991, a Ucrânia, um aliado natural da Rússia, optou por uma política de aproximação ao Ocidente. A assinatura do Acordo de Parceria e Cooperação em 1998 com a UE oficializou a aproximação da Ucrânia aos valores partilhados pela União, e sublinhou a estratégia da UE em promover a estabilização da região e a segurança dos seus projetos econômicos, comerciais, em particular, energéticos (Barata, 2013: 158) Segundo Lutsevych, 2013, esta aproximação manifestou-se com a afirmação da identidade ucraniana e a expectativa da criação de um modelo de Estado assente em estruturas basilares robustas e na economia de mercado, longe do modelo soviético - com independência do poder legislativo face aos outros poderes, executivo e judicial – a promoção do Estado de direito, da liberdade de imprensa, a realização de eleições livres, rumo ao desenvolvimento sustentável. Desta forma, a Rússia viu o seu near abroad1 encolher, numa clara ameaça à manutenção do seu heartland 2 e contribuindo para relações marcadamente tensas entre as partes (Feire, 2011: 92). Segundo Freire, 2008, a ssia s-URSS tenta a todo o custo manter o domínio numa região que lhe possibilite profundidade geográfica estratégica, assim como assegurar-lhe o acesso aos portos de águas quentes. A Ucrânia foi o primeiro dos quinze NEI da ex-URSS a desenvolver uma parceria relevantes com a UE, integrando em 2003 integrou a Politica Europeia de Vizinhança e a partir de 2004 a possui a UE como seu maior parceiro comercial, ultrapassando a Rússia. 1 2 8 4.2.1 Revolução Laranja O ano de 2004 revelou-se um ano de mudança para a nação ucraniana que o período conturbado que se seguiu as eleições alegadamente fraudulentas ficou marcado pela vontade clara de transformação e de legitimação popular, no ue ic u c n eci us c en c m a “ e luç inis r e e - rimeir ci en e a i r anu c aran a”. s eleições useram us ma c m uma clara c m rien aç ea i russ . im lemen aç se pouco eficaz no que diz respeito re i rien aç luç r r - revelou- de reformas (Freire, 2008: 3). Yushchenko venceu, nomeou como Primeiro-ministro Yulia Tymoshenko e apesar a sua iscurs a c nciliaç rien aç en re uma Ucrânia virada a Leste e outra virada a Ocidente, postura ela ins a ili a e en ern eleições ra e ens c en sa e m s en es e c la sa uais ram em se em r an as e l ticas r ela c li aç can us c en - l im , para regozijo de Vladimir Putin, sido nomeado m a en a i a e anu e a as ar . O governoo de Yushchenko ficou marcado l ica e pelas lutas de poder en re as i eren es eli es arlamen ares as Primeiro-ministro. res a man e e-se n l ica externa ucraniana, como que numa postura bipolar e i cil essa mui as e es era anu r -Rússia, a orientação pró- ur us c en s c us c en er c n e iminuir s a s caiu numa n ca eres eleições c m rimeir -minis r e a crise l ica, e Tymoshenko foi l Ucrânia provocou uma reeleita. 4.2.2 Crise de 2008 A chegada em 2008 da crise econômica al r uma queda de 14,8%10 do PIB na frágil economia ucraniana, acompanhada iminuiç e as e r ações e de um aumento da taxa de desemprego para valores superiores a 9% nos rimeir s r s meses de 2009. O re ress l ica. aumen e m s en a ern n si ni ic u a es a ili a e s ressões que a Rússia sujeitou à Ucrânia n mea amen e a ra s reç s e s c r es n rnecimen s na ural n s em risc 9 tica ucraniana abriram caminho para a rutura 3 a se urança ec n mica e ener a resi ncia de Yushchenko, e em fevereiro de 2010 Yanuk resi en e a Ucrânia em n m e em r c r a reali aç in e en aU e iniu c m e i ual s r s rma clar eres ue Ucrânia e uma u ura e imediata c m r -re uisi s ara a assina ura c m a Ucrânia a im lemen aç de eleições li res e ncia i elei a ira em a Ucrânia para Leste. e e ss ciaç c se un sa s es es ss el in e raç mas n mem r es aç a rões – le isla i cum rimen e re rmas es ru urais ci en e e ecu i e a e u icial. ic u r -requisitos aproximaria a significaria a sua a miss europeu (European Union External Action is Service, 2014c)26. O estreitamento nas relações entre a Ucrânia e a UE e ela ssia c m uma ameaça aos seus interesses re i nais in e raç e al uns c m se a cas ue sa em r aa e al uns s s ar ici an es nas es ru uras a Ucrânia u a erce ci na is lamen . n s ela imeira a a U arceir s ia em ssia como uma clara estra arceria r iss im n s c r as ne r a a analisar se s s s non ara a assina ura mercial ilnius r ar e e s ac r anu ia occidental e r cess s ss ciaç e e in e raç e e no Deep and s a e r ia e e ressi nar a ara r -requisitos definidos em dezembro de 2012 s. ic eran e um cen ri uma semana an es c n iç e a iamen in ci a sine qua c r imeira e s r es s r - ci en e inicialmen e ac ic s, sa ram s ruas e na en a i a e e ciações a Ucrânia em cima a mesa. tinham sido assegurados, uma vez que se c ns i uem c m 4 a lân icas - rien al e ilnius reali a a em un a-se a re er a U ra man en ur e r ia - re ira- s a sua es era e in lu ncia Comprehension Free Trade Area Agreement, en re eles l is uma e en ual resi en e ucranian a re ensar a sua ie ecis e assinar o acordo. Contudo, embora hexistante - o Primeiro-ministro Mykola Azarov demitiu-se - Yanukovich resistiu, alin u c m a ssia, e buscando uma vi ria nas eleições presidenciais de 2015. (Sarna, A., Wierzbowska-Miazga, A., 2013). 3 Sinônimo de falha 4 10 4.2.3 Euromaiden s is meses e c n li s cen ra e e enas e m r s as r uas. ess a aa s rmaç resi en e anu a reali aç inis r s s e um ern caç ic e a es e ar i eres ur ucranianas e inis ri a a Ucrânia- eu re rear siç e minis raç lin a ener c . as c m ae c n li a e anu ic r a ns i uiç e r e ar e a s siç e as au ri a es as as armas ile ais a e relações U mar uma num m tnica e el ecis l ica e l ica e is en e en re ur asi ica, e ucranianos (cerca de 77.8%)5 e s ili aç as esi ual a e e a en siç imen siç imaç ue s uc e ica resi en e ucranian me ia i r ela U a s se enc n ra a. eres resi enciais a reali aç a “ ur mai an” em c m a a r assinaram um ac r l ica em crise s rças m meses e c n r n s e uma es a c l car erm re ia a limi aç es e. a alcançar de uma s luç c m r miss c m uma er a eira re rma e e ereir s l eres uan s – es e e seguintes, Viktor Yanukovitch partia para 5 a e uma in es i aç e e se uir e e ser im e i i c rru ç eias. esm arlamen ressi na a a i ersi a e reclama a ins i uições eur ac r el. s s sen i icaria c n eci es ina e Europeia constitui um desafio que ul ra assa as ues ões econômicas e era i a em am n ue ) r -Uni icas mas ue n c m de Interna (BBC, 2014). Nes e riân ul ec n micamen e inc m a r -Uni r im a en re a e in e raç uss s cerca e ns i uiç ern i l ncia ssia a Ucrânia i e in ernamen e uan re ress rma a elas au ri a es a na lac c m reen ia a a c n uç a s e i l ncia por parte uma e ui a ela U e s a en ra a em i e ie decidiram negociar me ia resi en e e eleições resi enciais a nsel ac r e uni a e naci nal e – nunca an es e e em r el siç ci s s ran eir s lem s 2004; a reformulaç c n e s un amen almen e na ca i al se e eleições e a das ruas de Kiev. Contudo, nos dias e li e arlamen ucranian a a Anexo 1 11 a es i uiç c m s seus eres. ar e e um es uema in eresses e r m erceci nan ci en al er a in e raç Kremlin6 us u um as le ue s e en s na sua ara ins aurar um ern i in ança leal a s seus ucraniana nas ins i uições eur -a lân icas, o e ins rumen s ec n mic s e i l m ic s re er er es a si uaç e asse urar a manu enç a Ucrânia na sua es era in lu ncia. s a es ra ia e e na ane aç seu n mais al a ara e rimeia a e març de 2014 “ ussia’s motives in U raine” 2014: ix). 4.2.4 Crise da Criméia A região concentra uma grande quantidade de povos ligados à Rússia, utilizando o idioma do país vizinho. Essa população corresponde a 60% dos mais de dois milhões de habitantes da região, que foi cedida à Ucrânia ainda na época da União Soviética pelo líder do Partido Comunista, Nikita Khrushchev. A região possui grande valor estratégico para a Rússia, nela se encontra a cidade de Sebastopol, cidade onde a Rússia instalou atravèz de um acorodo firmada em 2010 uma base militar. Apesar do grande valor da base militar, o principal valor estratégico da Crimeia é, sem dúvida, a sua posição geográfica. A região representa uma saída importante para o Mar Negro, que é o único porto de águas quentes da Rússia. Isso significa que essa zona possui relevância tanto em nível comercial quanto no plano militar para os russos, por facilitar a movimentação de cargas e por garantir o controle do canal que liga esse mar ao Mar de Arzov. Os portos da Crimeia também são responsáveis por boa parte do escoamento da produção agrícola ucraniana que segue em direção à Europa e à própria Rússia, além de ser o ponto onde o país realiza uma considerável parte de suas importações, incluindo o gás russo. A revolução que depôs o presidente ucraniano Viktor Yanukovych, e que foi impulsionada pelo euromaidan, provocaram uma crise política na Crimeia – 58% de russos étnicos – que inicialmente se manifesta na forma de manifestações contra o novo governo interino ucraniano, e em pouco tempo na 6 fortaleza situada no centro da cidade e que serve de sede do governo da Rússia 12 forma de um movimento separatista. Após r s meses e is r i s cen ra ca i al ie en re mani es an es r -U r eç a ulaç e rças e se urança s russa residente r as russas en raram na re e s na e rimeia e em uc s ias c n r laram e i ci s governamentais, bases militares e aeroportos, episódio que se assemelha ao ocorri e r ianas a re eren a ec sia e a em nas re iões autôn mas ss ia do Sul. O resultado foi a reali aç r cerca e s seus a i an es e eran e a in c muni a e in ernaci nal a in e raç da Crimeia à e um cia a ssia. O presidente da Rússia, Vladimir Putin assinou leis sobre o reagrupamento da República da Criméia e da cidade de Sevastopol com a Federação Russa. A cerimônia solene de assinatura ocorreu na sala de recepção Ekaterininsky do Grande Palácio do Kremlin. Além disso, o líder Rússia assinou a lei constitucional federal sobre a adesão da Criméia para a Rússia e para a criação de novas entidades sub-federais - a República da Crimea e cidade de importância federal de Sevastopol. Os nomes das novas entidades - a República da Crimea e cidade de importância federal de Sevastopol - será incluído no artigo da Constituição "On Framework Federativa" (Parte 1, o artigo 65 da Constituição da Federação da Rússia) (KLIMENTYEV, M. 2014) 4.2.5 Situação Atual O espisódio da Crimeia foi o estopim para um movimento separatista em praticamente todo território ucraniano. Um ano após a anexação e após as sanções enconômicas impostas pelos EUA, a Crimeia encontra-se isolada do restante da europa, a fim de reduzir o esse isolamente o president Vladimir Putin prometeu a construção de uma ponte que ligará a Rússia a Crimeia. s ias e e au am-se ela ri ali a e en re a U ss el ue es a aumen e n s r im s an s n ea em eri ssia e em s in e an s e 13 arceria es ra ica existente desde 1994, menosprezando um mercado que representa cerca de quinhent s mil ões e c nsumi u ur r im rar i is em ar ui e ura securi ria re i nal. sc s uma reaç in a ue a ane aç a ines era er na Ucrânia e e eraç a e ue remlin em a s-s sa i ic c m r l n amen a na criaç c m . sc in eresses re i nais assa lan ). ela u ili aç ara asse urar a e eraç e sal a uar ar s seus rimeia e assim ser is a en e a erceci nar a in e en s a ses na sua i in ança r ue r e a a c m um e c n ições que lhe ei ane aç . l ica externa russa tal como vem sendo desenvolvida desde s an s erania dos event s na re i uma an lise c n e ual as relações e ernas a l ic s e e se urança. mili ares i arecem ne li enciar ssia na crise ucraniana er si in eresses ia a e uma ameaça a s ussa es as an lises ue enri uecem a c m reens permi am in er ir n es aç es ra rimeia e erceç ussa m s ram eas a a mu ança e e a res um e c m lemen ari a e e m l an ssam ser in er re a as c m esar a in er enç e en acre i ar ue rças r -russas no leste ucranian in eresses re i nais uma s rie e res a en ue ncia ima c m uma ameaça a s seus m al em esen dos seus recurs s ec n mic s l i uma l ic s e s mesm s se man en am na sua es era in lu ncia (Dias, 2014). Ao sentir s seus in eresses ameaça s, e remlin n esi u em usar as suas an a ens na en nsula da Crimeia para influenciar as ecisões l icas de Kiev. Contudo, o novo governo ucraniano tem resistido a es a mani es aç de poder e exercido políticas contrárias aos interesses russos, posto que as considera mel r ara s rie e re rmas es ru urais n c m a U r s eri a e. às rças separatis as n mili ares nas is a c m s a a es a a uaç es e ecisões ei c r um m , Mosc a Ucrânia nas r n eiriças c m e assim c n ici nar as a s. Neste sentido, iniciou uma a s e assin u em un ue c n inua a ser m res u ur r e es a ili a e e em re rça em c m e ss ciaç o seu apoio as suas ca aci a es e acen uar a ins a ili a e n as l icas de Kiev (Freedman, 2014: 9). No entanto, se daqui resultaram algumas c ncessões ue assam ela re rma 14 c ns i uci nal e a escen rali aç er e ma a e ecis a en a in ernaci nal ucraniana arecem ser limi a es a c n inua a ri ile iar a a r c n rmi a e c m as e i imaç s uma e s e ei s na ue icialmen e s instituições eur -a lân icas em ncias da sociedade civil, tal como manifestadas pelo movimento “ ur mai an” (Charap, 2014: 89-90). Buscando uma visão al m uma lei ura realis a e es ri amen e rec m estudos com uma ue marca m imen rec n ecerm s a a e nen e e n l ica destes acontecimentos alguns r ic “ ur mai an” m salien a em e im r ância ) s ci ec n mica na Ucrânia assim c m as ções ma as el ras mas am r es s c n ra resi en e ucranian . le aram ara m m e li arcas e a i is as ern . enni er i us ili aç l ic s de um e classes ue se uniram n s au ra a re er ncia ao envolvimento de grupos de extrema-direita nos protestos e a um sentimento nacionalista e acer a am lamen e e l ra el s mei s e c municaç esc ns ru Contudo, estes fatores devem ser in es i aç e enc n rar um es aç i u c rru as ue m arece es ar mui la s. a sua mas an es a na e ssa l rescer e s in eresses ar iculares as classes erna a s. A isi ili a e e ru mais relaci na a c m n ssia c n inuar l icas s e e rema- irei a seu mai r acess a in luenciar as eli es e as man er a as a as e uma l icas ue ss el in e raç ena e e en uais sanções c m re aliaç ssam rimeir -minis r russ r em eri mi r e e rma a mei s e a s cie a e ci il sua real in lu ncia nos protestos que ocorreram nas ruas e ie . lân icas s e ues i na c m ara i amen e a se men s in e en en es r ue a sen i s e escriminaç i social e pelo Kremlin. n e a i en i a e ucraniana sus en a a in e en en emen e ue ue , Jennifer J. Carroll (2014: 12) conclui que esse naci nalism traduz um sen imen c municaç e arr ll discurso anti-Yanukovitch que abriu camin ra al a a enei a e ncia da sociedade civil ucraniana e a sua capacidade de il si uaç l ica e erna a e er c m resistir a estruturas de poder naci nais e re i nais. e en e ue a e r um l icas ucranianas n nas es ru uras do desen ur l imen a sua in lu ncia neste seu near abroad. O e e ei u iss em clar uan n in ci 15 e n em r Azarov e ue as r e er a en Primeiro-ministro ucraniano, Mykola a ili a es e assina ura r ue cas c n r ri rnecimen e a Ucrânia s na ural. i as existentes a a assaria a er ara al m iss m men el c meçasse a r curar inanciamen iss a in e raç c muni a e in ernaci nal incr e eri rar as a irmaç e e da arme a c muni a e in ernaci nal em r e e en ula numa clara e a ar an eci a amen e ssia e i iria rimeia na ra ” e e ercise sical resence ue eram nulas a amen ea icas junto ncia ec n mica russa e ssia a s em ns raç ssia. l s e uma e n uan er u in a ei us c n nu us in luence r c n r l re uires le in e area a issue” ar icular ec n micas e i l m icas as uais a as ue a Ucrânia ara as suas necessi a es ener ensas relações en re a U lin a e ss ciaç ue seria c n enien e da UE (Havlik, 2013). A Ucrânia em uma ara al m c r ci en e res a lan ) n e c m sanções ao momento, parecem ter si in cuas. Meses após as sanções econômicas não terem surtido efeito a resepeito das atitudes russas, as Forças Armadas americanas vêm conduzindo exercícios militares no leste da Europa, ante o papel crescente da Rússia no conflito. As tensões entre Rússia e EUA se intencificaram e o avanço militar de ambos países gerou temores de uma nova corrida armamentista. O que alarma o Ocidente agora é a ênfase da retórica russa em armamentos nucleares em detrimento dos tradicionais. Foi declarado pela Rússia que essa colocará em funcionamento mais de 40 novos mísseis balísticos intercontinentais até o fim do ano. A iniciativa faz parte de um programa de modernização das Forças Armadas do país que segungo Putin, poderiam vencer os sistemas de defesa antimísseis mais avançados tecnicamente isso e ocorre depois que os Estados Unidos propuseram aumentar sua presença militar em Estados da OTAN no Leste Europeu. A OTAN e líderes do Ocidente acusaram a Rússia de enviar soldados e armas pesadas, incluindo tanques e mísseis, aos separatistas pró-Rússia no leste 16 da Ucrânia, todas as acusações foram neadas pelo governo russo, que reforçou o argumento de que os russos que lutam contra o governo ucraniano são "voluntários". O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, afirmou por meio de um comunicado que Putin "estava confirmando a tendência e o comportamento da Rússia; temos visto que a Rússia está investindo mais em defesa, em geral, e em sua capacidade nuclear, em particular". "É injustificável, desestabilizador e perigoso"., Stoltenberg acrescentou que "o que a OTAN faz no leste da Ucrânia é algo comedido, defensivo e totalmente em linha com nossos compromissos internacionais". As três repúblicas bálticas (Estônia, Letônia e Lituânia) e a Polônia também planejam armazenar armas pesadas americanas, afirmaram autoridades. Até 5 mil militares da Otan poderiam ser equipados com armas a serem armazenadas no leste da Europa. Seria uma espécie de brigada de reação rápida que poderia ser empregada a curto prazo. A Casa Branca ainda teria de aprovar o armazenamento das armas pesadas, e nenhuma localização precisa foi determinada. Os Estados Unidos também estão construindo uma base de defesa antimísseis na cidade de Redzikowo, no norte da Polônia, parte de um escudo voltado para proteger países da Otan da ameaça de projéteis de longo alcance vindos da Rússia. 5. TRATADOS E ORGANIZAÇÕES RELEVANTES PARA O COMITE 5.1 PEV (Politica Europeia de Vizinhança) Em marco de 2003, no âmbito do alargamento da UE, foi lançada a Politica Europeia de Vizinhança (European Union External Action Service, 2014), consubstanciando um novo enquadramento para as relações entre a UE alargada e os países vizinhos a Leste (Armênia, Azerbaijão, Bielorrússia, Geórgia, Moldávia e Ucrânia) e a sul (Argélia, Autoridade Palestiniana, Egito, Israel, Jordânia, Líbano, Líbia, Marrocos, Síria e Tunísia), permitindo um grau de integração econômica e 17 de relacionamento político mais profundo. A Rússia, embora seja um país vizinho da UE, não faz par e esen l i as n ua r c n un e uma e a ses arceria arceir s sen s ra as suas relações ica. (Ministério das Finanças, 2010). A Politica Europeia de Vizinhança permitiu a estes novos parceiros, através de cooperação ao nível político, da segurança, econômico e cultural, participar em diversas atividades da UE. Os objetivos desta política estão materializados nos Planos de Ação e nos Acordos Europeus de Vizinhança estabelecidos com cada um dos vizinhos, documentos políticos que estabelecem os objetivos estratégicos da cooperação entre os países vizinhos e a UE e que contém uma lista global de prioridades fixadas de comum acordo por cada um dos países e a UE. A Eurocâmara e o Parlamento ucraniano ratificaram nesta em 16/04/2014 o acordo de associação, um pacto histórico com o qual a União Europeia busca manter Kiev sob sua órbita, para incômodo de Moscou. O acordo é o mesmo que o então presidente ucraniano Viktor Yanukovich renunciou em novembro de 2013, optando por estreitar seus laços com a Rússia. Essa decisão provocou uma onda de protestos que conduziram em fevereiro à destituição do mandatário pelo parlamento, a secessão de Crimeia em março e uma guerra civil entre Kiev e as repúblicas autoproclamadas do leste da Ucrânia. O acordo permite vincular a Ucrânia à UE sem definir uma data de adesão. Segundo o texto "a União Europeia reconhece as aspirações europeias da Ucrânia e saúda sua opção pela Europa, inclusive seu compromisso de construir uma democracia profunda e duradoura, e uma economia de mercado". 5.3 Comunidade Dos Estados Independentes (CEI) A CEI é composta por Armênia (1992), Azerbaijão (1993), Belarus (1991), Kazaquistão (1991), Quirguistão (1992), Moldávia (1994), Russia (1991), Tajikistão (1991) e Uzbequistão (1992), e tem como participantes, mas não membros oficiais Ucrânia (1991) e Turcomenistão (1991). 18 Embora a CEI tenha poucos poderes supranacionais, tem como objetivo ser mais do que uma organização puramente simbólica, nominalmente possui poderes de coordenação no domínio do comércio, finanças, legislação e segurança. Ela também tem promovido a cooperação em matéria de prevenção da criminalidade transfronteiriça. No entanto, oito dos nove membros da CEI afirmam formar Área de Livre Comércio da CEI, e cinco deles formar a União Económica da Eurásia, uma união aduaneira e mercado comum de mais de 180 milhões de pessoas. Seis dos Estados-Membros participam da Organização do Tratado de Segurança Coletiva, uma aliança de defesa mútua. 5.4 União Econômica Da Eurásia A união econômica da eurásia é uma união econômica fundada pela Bielorrússia, Cazaquistão e Rússia pelo tratado de 29 de maio de 2014. A Armênia assinou o tratado de adesão em 10 de outubro de 2014. Depois de ser aprovada pelos parlamentos de cada Estado, a União entra em vigor em 1 de janeiro de 2015. 5.5 OTAN A finalidade essencial da OTAN é a salvaguarda da liberdade e da segurança dos seus membros através de meios políticos e militares. POLÍTICA - OTAN promove os valores democráticos e incentiva a consulta e cooperação sobre questões de defesa e segurança para construir confiança e, a longo prazo, evitar conflitos. MILITAR - OTAN está empenhada na resolução pacífica de conflitos. Se os esforços diplomáticos falharem, ela tem a capacidade militar necessária à execução de operações de gestão de crises. Estas são realizadas nos termos do artigo 5 do Tratado de Washington - tratado fundador da OTAN - ou ao abrigo de um mandato da ONU , isoladamente ou em cooperação com outros países e organizações internacionais. 19 A OTAN está comprometida com o princípio que um ataque contra um ou vários membros é um ataque contra todos. Este é o princípio da defesa coletiva, consagrado no artigo 5 do Tratado de Washington . Até agora, o artigo 5 foi invocado uma vez - em resposta aos ataques terroristas de 9/11 nos Estados Unidos. 5.6 Formato Normandia Formato de Normandia é um grupo diplomatico formado por altos representantes dos quatro países (Alemanha, Rússia, Ucrânia e França) para resolver a situação no Leste da Ucrânia . O formato Normandia opera principalmente através de chamadas telefônicas entre os presidentes ucraniano, russo e francês, a chanceler alemã e seus respectivos Ministros das Relações Exteriores. O nome vem da reunião dos chefes dos quatro estados, que pela primeira vez foi realizada em 06 de junho de 2014, no Château de Bénouville, Normandia (França), em comemoração ao 70º aniversário da Operação Overlord . A próxima reunião foi realizada em 16-17 de Outubro, em Milão (Itália) como parte do Encontro Ásia-Europa. Ambas as reuniões não são marcadas por quaisquer acordos significativos. A terceira reunião foi realizada em 11-12 fevereiro de 2015, em Minsk (Bielorrússia), quando Minsk II acordo foi assinado. 5.7 Grupo De Contato Trilateral Sobre A Ucrânia O Grupo de Contato Trilateral sobre a Ucrânia é um grupo de representantes da Ucrânia, da Federação Russa e da Organização para a Segurança e Cooperação da Europa, que foi formado como um meio para facilitar uma solução diplomática para a guerra na região de Donbass da Ucrânia. 20 Ele foi criado após a eleição maio 2014 do presidente ucraniano Petro Poroshenko. Antes de sua eleição, a agitação tomou conta das partes do sul e do leste da Ucrânia, na sequência do movimento euromaidan e a revolução ucraniana de 2014. Depois de uma reunião informal dos chefes de Estado na comemoração do septuagésimo aniversário do Dia D na Normandia em 6 de junho de 2014, foi planejado que um grupo deveria ser criado para facilitar o diálogo entre o governo ucraniano e o governo russo. 6. POSIÇÃO DOS PRINCIPAIS ATORES 6.1 União Européia (UE) A UE encara o leste europeu c m uma rea e sua se urança ec n mica e ener r cura c n inuar a c camin a esen a l imen ucas eraç ica e a ra a n el ernaç e el. a as amen sus en s da sua l ic uma re rçan a in lu ncia a l ica e s a er ec n mic e e se urança n ec n mia e merca e a Ucrânia, a instabilidade vivida n ul e a m r si a e as re rmas na a U na re i r uni a e e re rç l ia es a iam a in lu ncia ssia de Putin (Osica, 2013: 47). A política de softpower mostra-se realemente necessária devido ao crescimento das relações encomicas com a Ucrânia – que já é seu o maior representante comercial da Parceria Oriental, representando 58% das exportações e 44% das importações e a forte dependencia energética para com a Rússia – que exporta cerca de 80% de seu gás natural para UE. a s c r es e s na ural a ue ssia su me eu a Ucrânia em 2006 e 2009, alegando incumprimento dos compromissos financeiros assumidos pelos ucranianos e buscando também aumen ar a ar ici aç a e r l era Gazpr m na e r l era ucraniana c m im licações ara al uns s e em l clar li i aç o a ener ia a sa s ur eus c m ulnera ili a e securi ria r ar e a ssia ue i cas a U a a leman a em c m nas receitas ener a a icas uma rma e asse urar a sua es a ili a e ec n mica. 21 6.2 Alemanha Alemanha tornou-se o líder das negociações da União Europeia no sentido de Moscou e Kiev, Berlim será a regra decisiva. A chamada para a Alemanha se tornar um ator-chave na crise tem sido apoiar fortemente pelos Estados Unidos e muitos países europeus. A chanceler Angela Merkel acredita que União Europeia, bem como dos EUA está enfrentando um confronto de longo prazo com a Rússia sobre a Ucrânia. Desde o início, Merkel apoiou sanções mais duras em relação à Rússia. No entanto, a estratégia conduzida em relação à Rússia é a mistura das sanções, com a abertura de negociações em uma tentativa de mostrar aos russos que as suas decisões terão consequências futuras, enquanto, ao mesmo tempo, Berlim mostra-se flexível para uma solução com a Rússia. A Alemanha possui neste caso uma postura mediadora, sendo dentre as potências ocidentais a mais moderada. Contrastando com a postura de alguns países, como Estados Unidos que parece encarar a situação como um conflito dos velhos tempos da Guerra Fria. O governo alemão apesar de apoiar a capacidade da OTAN para defender os seus membros, principalmente às nações que já foram repúblicas soviéticas, não acredita que a aliança militar seja a resposta para à resolução do problema. Tendo em vista que as soluções Alemãs não trouxeram avanço nas negociações, nem cessaram o apoio russo para os rebeldes e que Vladimir Putin é extremamente calculista e não se sentiu intimidado com as punições brandas nem com as ameaças das outras potências ocidentais, o governo alemão está pressionado, apesar de querer evitar quase a qualquer preço, a mudar sua postura, e apoiar portanto apenas um dos lados. Essa mudança, que parece estar prestes a começar, seria o estopim para o acirramento do maior conflito entre a Rússia e o Ocidente desde o fim da guerra fria. 6.3 França A França tem uma opinião direta para a crise ucrâniana. O governo é completamente contrário à invasão russa à Ucrânia, defende firmemente que 22 todas as partes do conflito devem respeitar as leis humanitárias, que a Rússia, perante a visão francesa, não respeita. A estratégia mais considerável é de que Putin deve agir de acordo com um cessar-fogo bilateral, em que o país deveria deixar de incentivar o movimento separatista e respeitar a soberania ucraniana. O governo francês não descarta atitudes austeras a fim de um acordo de paz caso o conflito se intensifique ainda mais. Criticando as atitudes russas, a França juntou-se aos outros países europeus para sancionar a Federação Russa. O Presidente François Hollande interrompeu a entrega de navios de guerra para Moscou, mesmo com o cancelamento do antigo contrato. A França afirma que com a anexação da Criméia pela Rússia, os habitantes da Criméia foram privados de sua liberdade individual pelos soldados e a mídia pelas distorções de Putin. 6.4 Rússia es e inici u sua e im a uerra ria ans ara a icial asea a-se na i im lemen aç re i rea r ica l icas e c n enç e ra e e ans ulaç le i imi a e e inicia i as an a us i ica i a ssia uma e s an s na em cracias . re resen u a manu enç s arran s ins i uci nais ensa an i ci en alism na . c n inen e e en eria a lu am c n ra URSS aplicadas agora ra e crise ec n mica e ela U l ica e ec n mia e merca em cracias n r cess ela a an i a U ese e ue a se urança , tendo em vista que ― i ei a e in lu ncia de re imes c m em cracia a ia na uma ci en e re resen a as ue esse a s s el s ci en ais. lia a a al e clus men u russa, sentimento importante para se en en er a nicas aos interesses ocidentais por parte de seu governo (ARBATOV 1993; LYNCH 2001; MIELNICZUK 2014) m uu r e ain a rimeir -minis r cam an a elei ral ara as eleições resi enciais r ec n mic is a ue ermi isse a s seus s a li erança c m rci l al. la imir s a criaç u in uran e a e um l c s mem r s a in e raç re i nal c m es e c m l c c ns ru ase na 23 e eri ncia adquirida com a Comunidade de Esta muni a e c n mica a ur a a uis e a s n e en en es sia e c m a Uni iel rr ssia u in ) c ma uaneira en re a esi n u c m Uni ssia c n mica ur - si ica. m es a re i nais e l ica a ssia pretende manter o controle so re s merca r alecer a sua siç numa re i ue nunca ei s u e ser a sua rea e in lu ncia. Ucrânia c ns i ui a re cu aç russa ara sucess a Uni asi ica. A sua postura de bipolaridade, dividida entre a admiss ur lân icas e a manu enç a li aç ssia s s as irações e e em nia re i nal r ue im es e s l n n u s em ern s e sc man er a sua resença n ar nas es ru uras i ica c ns i ui um en ra e e sc a arina r an e ase na al russa na en nsula a ur - . m rimeir lu ar ue a Ucrânia rimeia - e as ssui uma l - ue ermi e a e r e a se urança das suas fronteiras a Sul. A im em rimeir r ância a lu ar es ariam a ne rimeia e es a ase na al ara a uan em a ril ciar a ren aç e s is ssia ic u e sa s anunciaram c n ra an s a eria re u i e em c n ra ar i a a Ucrânia s na ural c m r me en -se a ar ir anualmen e ara uaren a mil mil ões e me r s c s na ural russ unci namen ar ins e as ucraniana e a miss l ue do acordo de leasing assinado em 1997 e que terminaria em 2017. O objetivo era a e ens merca l ci a . n e a ssia . al r e es a l rma a uear e a aumen ar ic s35 a sua im ). re en ia r mais in e e cinc r aç e man er em ual uer as iraç na OTAN, uma vez que dificilmente esta aceitaria ter na Aliança um mem r ue in e rasse n seu erri ri uma ase mili ar russa ue al a a ar s ua ra a in e raç a e r . rimeia na porque o mercado ener s a ues ssia em ic ucranian ic u e ini i amen e res l i a c m e març de 2014. Em segundo lugar, re resen a mil ões e enciais 24 c nsumi res e el r e s ener e s sa ac e a Ucrânia se enc n rar na r a e assa em ic s ara a ur s res ei l ic es l s in c ns i ui c m um im as e ) ue fora e ues n r im im e as im ue en r es aç e cerca e a miss a Ucrânia um erç nas ari as em a e ern russ a ssia se rl ra e al e ue es e es aç ur -asi ica re resen a uma re uç s na ural as uais ser s em r s an s e su ser i ncia e da con inuaç i ân eres, 2013). e revistas por Moscovo (leia-se e uin e mil mil ões e eu ers ). ci en e acena c m in eir em r ca e re rmas a r c ue a ic r ações ucranianas n Gazprom) e ua r em ua r meses e um em r s im lares a serem ener a Ucrânia re resen a um s ili ar a Ucrânia Uni l nia re resen u cerca e al as e ssia rânsi r ações ucranianas in es imen r iss c n enien e ue a r a ain a re rçar e ec n mic si ni ica cerca e sen r ra ões is ricas a r an e arceir ec n mic r ações e r ani a i n acumula ). a uma e s e uma u se a en uan ssia erece in eir a r e e en ncia (Sherr, 2013: 4). ssia e c n inuar a ser, um importante parceiro econômic em es ecial n a ue res ei a se urança ener ica. m ra sen ssia c n inue a ressi nar a Ucrânia ara aumen ar s lu es e em r ca re res lias - l ue am e merca ci en e ara es e a ssia r m . nu s ura r el ue s c merciais c m ena ic s - n m e e en uais ser e escurar rma e ra ar a eu a criaç a Uni ur e acili ar as li ações c merciais a li re circulaç em resarial en re s seus i in ar ici an es ali ar sc ara as s aça acenando com more for more . im erial c m uma r s mais 7 si ica numa clara in enç e e uei s ec n mic s u c r es ener maU ans e ari as a Ucrânia e carr an s numa s ic nica e e clusi amen e as l ica e c m rci n e ca a um ecisões en re an un amen al ara es e r e ue a s uasi sa s ma as ssia mantenha a 7 25 Ucrânia na sua es era e in lu ncia em ucraniana ara a li aria ur a ue sim a e i ar em e ini i ame- er re i nal ara a numa clara ameaça a s seus in eresses n seu es aç A implemen aç re i nal a Uni in e an s a ur s a m ssia as irar ri i ic e ar ao momento, a sua Realpolitik 8 em es a c nse uir. securi i aç ener ica mas a securi i aç ssia e in lu ncia preferencial. si ica ermi ir ue a uma ira em mili ar n e em nia u ara ireci na a ara a ser de descartar. 6.5 Ucrânia A par com os aspetos econômic s e ulações clima r cess s l ica e a en e in e en ncia enciar a i erenciaç e a ameaças us ram a r i en i a e uma c m e nici a e” e iniç e acer an ei a s le a is ric el s naci nalis as as n as r n eiras im arr r u r la nen e e ara rasean l ica na uil ). au r u se a as c muni a es n erna as em na sua ase r me facilmente pode extravasar fronteiras e a esi na e a e e nias e “ e u an e al li i aç i eren es e es e em a ara a ins a ili a e na re i uirir uma imens a revelam alguma as c nse u ncias ue a s naci nalism s e c n ri uin alam s rnell es a e nici a e em acei am ess as ara u an se re ere s ameaças an e ue s as es ru uras a s cie a e - ra ições c s umes reli iões l n ua hostilidade, em ser sen imen es nica, social e para dificultar a edi icaç se urança s cie al a ual se un ). a i en i a e as outro fator a considerar na moldura securi ria a Ucrânia. eran e e ins a ili a e sa l ic s a ues ir , e que global 8 26 6.6 Estados Unidos da América Os Estados Unidos da América desempenham um importante papel neste conflito. EUA é o principal opositor a Rússia e influenciador ao seu isolamento quando ela ela não responde às solicitações de mudança rumo aos ideais ocidentais. Alega que a Rússia cometeu crimes por invadir o território ucraniano, e não respeitou as leis universais e humanitárias, o que tem obstruído no caminho do objetivo estadunidense. Os EUA tem uma abordagem pró-Ucrânia, e têm declarado que se necessário, tomará parte no conflito com medidas militares para defender os cidadãos ucranianos, porém até o presente momento têm feito uso de softpower. A União Europeia exorta negociações diplomáticas diretas entre os dois países, com o apoio de toda a comunidade internacional. Por outro lado, o governo americano incita todos os países europeus para isolar e iniciar ações de sanção ao governo de Putin a fim de pressionar a evacuação das tropas invasoras. Obama condena a invasão Rússia e a anexação da Criméia, não somente pela suposta injustiça para com os cidadãos da Criméia, mas também por ser o principal confronto entre ocidente e oriente após a Guerra Fria, conflito este provocado devido a interesses de gás e petróleo. O Estados Unidos oferece apoio financeiro para a Ucrânia, e militar quando julga necessário. 7. QUESTÕES RELEVANTES PARA O COMITÊ 1 – Como dimunuir o crescimento de mortos e feridos nos protestos ucranianos? 2 – Pór quem deve ser dada a ajuda humanitária? 3 – Existem ações unilaterais da Rússia na Ucrânia? 27 4 – A Rússia deve sessar a suposta ajuda militar aos manifestantes separatistas? 5 – Qual a validade do referendo que anexou a Criméia a Rússia? 6 – Existe real perigo das tensões que assolam o leste ucraniano avançarem para o resto do país? 7 – A Rússia deve retirar as tropas da Ucrânia? 8. TABELA DE DEMANDA Lembrando a todos que a tabela de demanda é apenas uma ferramenta usada pela mesa diretora para dar melhor andamento ao comitê, e que não significa de forma alguma que uma representação é mais importante que a outra. Essa classificação significa apenas qual a demanda de uma delegação no comitê, não sua importância. A demanda varia de 1 a 3, em que: 1. Representação pontualmente demandada nas discussões; 2. Representação medianamente demandada nas discussões; 3. Representação frequentemente demandada nas discussões. Número Representação 1 Afeganistão 2 África do Sul 3 Alemanha 4 Anistia Internacional Demanda 28 5 Arábia Saudita 6 Índia 7 Austrália 8 Brasil 9 Chade 10 Chile 11 China 12 Polônia 13 Egito 14 EUA 15 Finlândia 16 França 17 Holanda 18 Itália 19 Estônia 20 Lituânia 21 Luxemburgo 22 Letônia 29 23 PNUD 24 Reino Unido 25 Ruanda 26 Rússia 27 Ucrânia 28 Venezuela 29 OTAN 9. REFERÊNCIAS (Cornell, 2011: 40-41). http://www.osce.org/resources/documents/ukraine?page=1&solrsort=score%20des c&rows=10 MARCUS, Jonathan. Avanço militar de Rússia e EUA gera temores de nova corrida armamentista. 2015. Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/06/150616_corrida_armamentista_ russia_eua_lgb>. Acesso em: 16 jun. 2015. PRESSE, France. Conheça o acordo de associação entre União Europeia e Ucrânia. 2014. Disponível em: <http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2014/09/16/interna_mun do,447357/conheca-o-acordo-de-associacao-entre-uniao-europeia-eucrania.shtml>. Acesso em: 16 jun. 2015. 30 BERTONHA, João Fábio. A crise ucraniana e as Estratégias Nacionais de Defesa dos EUA e da Europa: a volta do hard power? 2014. Disponível em: <http://periodicos.unb.br/index.php/MED/article/view/12184>. Acesso em: 6 jun. 2015. SLOBODA, Pedro Muniz Pinto. A anexação da Crimeia pela Rússia: uma análise jurídica. 2014. Disponível em: <http://www.cedin.com.br/wpcontent/uploads/2014/05/Artigo-Pedro-Sloboda.pdf>. Acesso em: 1 mar. 2015. MIELNICZUK, Fabiano. A CRISE UCRANIANA E SUAS IMPLICAÇÕES PARA AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS. 2014. Disponível em: <http://www.seer.ufrgs.br/ConjunturaAustral/article/view/46849/0>. Acesso em: 21 fev. 2014. PRAZERES, Jorge Paulo. O conflito na Ucrânia sob o ponto de vista da segurança e defesa. 2014. Disponível em: <http://database.jornaldefesa.pt/crises_e_conflitos/russia/JDRI 094 240314 ucrania.pdf>. Acesso em: 24 mar. 2014. 31 10. ANEXOS População que se identifica russa e fala russo como lingua nativa: Disponível em: http://www.washingtonpost.com/blogs/worldviews/wp/2014/01/30/9questions-about-ukraine-you-were-too-embarrassed-to-ask/ 32