Proposta de apresentação de Trabalho Técnico para CIGRÉ XI ERIAC
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Proposta de apresentação de Trabalho Técnico para CIGRÉ XI ERIAC
Décimo Quinto Encontro Regional Ibero-americano do CIGRÉ Foz do Iguaçu-PR, Brasil 19 a 23 de maio de 2013 COMPENSAÇÃO DA DINÂMICA DE TRANSFORMADORES DE POTENCIAL CAPACITIVOS EM DISPOSITIVO DIGITAL DE SINAL (DSP) PARA ESTUDOS ELÉTRICOS NA USINA HIDRELÉTRICA DE ITAIPU R. G. Bainy* R. B.Otto*** J. F. de Souza* F. V. Lopes** J. R. Pesente * C. A. Silva** *Itaipu Binacional **Universidade Federal de Campina Grande – UFCG ***Parque Tecnológico Itaipu – PTI RESUMO Os transformadores de potencial capacitivos (TPC) são dispositivos redutores de medida muito utilizados em redes de alta tensão e onde existam demandas de Power Line Carrier (PLC). Sua topologia interna é formada por uma combinação de capacitores e bobinas, os quais geram uma dinâmica intrínseca ao dispositivo que, por sua vez, inviabiliza a reprodução perfeita do sinal de tensão primária em seus terminais secundários durante a ocorrência de transitórios eletromagnéticos. A planta do TPC empregado pela usina hidrelétrica (UHE) de Itaipu teve seus parâmetros levantados a partir de ensaios específicos em cada um dos componentes internos, permitindo a representação do comportamento do TPC nas faixas de frequência entre 10 Hz e 1 kHz. O estudo de sua função de transferência permitiu a proposição de um filtro digital recursivo capaz de suprimir a dinâmica indesejada desta unidade de TPC. Na Usina Hidrelétrica de Itaipu os estudos elétricos de transitórios são realizados a partir de dados do secundário dos TPC devidamente oscilografados de forma que a compensação desse sinal pode melhorar o reconhecimento do transitório que a linha de transmissão sofreu, facilitando os estudos dos engenheiros responsáveis pela análise das ocorrências. Este trabalho trata de um estudo sobre modelagem do TPC empregado na Itaipu, da compensação de seu efeito transitório e de estudos envolvendo o Digital Signal Processor (DSP). Este dispositivo pode ser usado em simulações em tempo real através do Real Time Digital Simulator (RTDS™) ou na compensação em tempo real de sinais recebidos no painel registrador de faltas da UHE de Itaipu. PALAVRAS-CHAVE Estudos Elétricos, Divisor Capacitivo de Potencial, Transitórios, Compensação, DSP, Tempo Real, Transformador de Potencial Capacitivo, RTDS™, Modelagem, Filtro Digital. 1/8 Décimo Quinto Encontro Regional Ibero-americano do CIGRÉ Foz do Iguaçu-PR, Brasil 19 a 23 de maio de 2013 1. INTRODUÇÃO As perdas do Sistema Interligado Nacional (SIN) é minimizada de forma simplista através da transmissão de energia sob altos níveis de tensão. O processo de aferição desses sinais é uma dificuldade resolvida através de transformadores de potencial capacitivo (TPC). Da literatura, sabe-se que o comportamento dos TPCs em regime permanente se aproxima do ideal, não apresentando desvios relevantes. No entanto, a resposta transitória e a medição de harmônicos ainda demandam uma análise minuciosa, complexa e individual de cada modelo de TPC. Instituições nacionais e internacionais ligadas ao setor elétrico reportam problemas com TPC. Dentre eles, destaca-se a Empresa Transmissora de Energia Elétrica do Sul do Brasil S.A. (ELETROSUL) que estudou a causa do estabelecimento de sobretensões sustentadas de baixa frequência, típicas de ferroressonância, nos circuitos secundários de TPC, quando realizada a desenergização de reatores em subestações de 230 kV [3]. No sistema elétrico da Malásia, foram verificadas intempéries com unidades de TPCs que há poucos anos falharam e explodiram sem razão aparente [1]. Nesses casos a falta de um modelo preciso do TPC dificulta a determinação de uma solução efetiva para esses problemas. Essa situação é exemplificada em [2] onde foi verificada a relevância da representação detalhada do TPC no estudo da falsa atuação de relés digitais durante o chaveamento da compensação série de capacitores em uma linha de transmissão (LT) entre as cidades de Winnipeg e Twin Cities nos Estados Unidos. A fim de se melhorar a resposta transitória do TPC e determinar soluções para falhas e comportamentos inesperados são necessários estudos a cerca de sua topologia interna. O levantamento de dados visando a concepção de um modelo matemático pode ser feito de diversas formas. Uma delas seria a partir da modelagem chamada white-box pelo levantamento de cada elemento interno. Outra maneira seria por meio de métodos indiretos com dados de resposta em frequência (black-box). A UHE de Itaipu utiliza TPCs fabricados pela MICAFIL Ltd. do modelo WE 550 F2, o qual é foco dos estudos realizados neste trabalho. Este modelo de TPC é representado no software de simulação em tempo real Real Time Digital Simulator (RTDS™), permitindo a realização de estudos acerca de um filtro digital, modelado através do Cbuilder (ferramenta do RTDS para a construção de blocos funcionais) ou através de um equipamento periférico como o DSP, para correção da resposta transitória do TPC sob estudo. 2. TEORIA E MODELAGEM O transformador de potencial capacitivo (TPC) é um redutor de medida usualmente empregado em redes elétricas com tensão a partir de 138 kV e é amplamente utilizado principalmente por três motivos: possuir o módulo de comunicação via Carrier para teleproteção, ser substancialmente mais barato que outros dispositivos utilizados na medição de altas tensões e por ocupar menos espaço que um transformador de potencial (TP) equivalente. Um TPC comum é constituído por duas colunas capacitivas, um reator de compensação, um transformador de potencial intermediário (TPI), um circuito supressor de ferroressonância (CSF), unidades de proteção e elementos relacionados ao PLC. Estes elementos são comuns em todos os TPCs, contudo cada fabricante possui projetos distintos e sugere-se que cada TPC seja analisado individualmente. Idealmente um TPC deveria reproduzir sempre em seu secundário uma réplica da onda primária de tensão. Contudo durante transitórios eletromagnéticos ou operando fora da frequência nominal uma 2/8 Décimo Quinto Encontro Regional Ibero-americano do CIGRÉ Foz do Iguaçu-PR, Brasil 19 a 23 de maio de 2013 unidade real possui sinal secundário com desvios devido à dinâmica própria do TPC [3]. A seção 2.1 trata do procedimento de modelagem do modelo do TPC em estudo. 2.1 Modelagem do TPC para Estudos de Transitórios Eletromagnéticos A representação de um modelo válido para frequência de 10 até 10.000 Hz fomenta a representação das capacitâncias parasitas de enrolamentos entre si e entre o terra. Infelizmente a obtenção de dados específicos através do fabricante muitas vezes não corresponde às necessidades, para tanto propõe-se uma modelagem white-box cujos parâmetros podem ser obtidos através do estudo das ligações internas do TPC. Através do almoxarifado da usina hidrelétrica de Itaipu, foram obtidos três TPC WE 550 F2 da MICAFIL Ltd. que foram descartados por apresentarem defeitos. Estas unidades foram usadas no levantamento de parâmetros para obtenção do modelo matemático do equipamento. A metodologia se baseou em ensaios individuais de cada uma das partes do TPC mostradas na Figura 1. Figura 1 – Detalhe das ligações internas do TPC WE 550 F2. Na Figura 1 nota-se a presença das principais partes do TPC, o divisor capacitivo, o reator de compensação de fase, o transformador de potencial intermediário (TPI), circuito supressor de ferroressonância ativo (CSFA), pararraios de proteção e os elementos como a bobina de drenagem e a de bloqueio correspondentes ao PLC. Usualmente os procedimentos de modelagem exigem que simplificações sejam feitas. Neste caso optou-se pela supressão dos elementos de proteção, dos elementos relacionados ao PLC e a capacitância parasita entre enrolamentos do reator de compensação de fase. Conforme [4] elementos de baixa representatividade no modelo do TPC, como a capacitância parasita entre primário e secundário e entre secundário e terra do TPI também foram ignorados. Na Figura 2 é apresentado o modelo proposto para representar o TPC em estudo. Uma característica marcante deste TPC é CSFA denominado pela MICAFIL de Fast-Damping-Device (FDD) que possui cinco estágios de amortecimento ativados a partir de um sinal de trigger gerados por uma unidade lógica do FDD. Conforme a Figura 2, o CSFA foi modelado através de um circuito ressonante passivo proposto por [5]. Esta representação sofreu adaptações na resistência de 3/8 Décimo Quinto Encontro Regional Ibero-americano do CIGRÉ Foz do Iguaçu-PR, Brasil 19 a 23 de maio de 2013 amortecimento Rf para que apenas o valor do primeiro estágio seja contemplado. É importante ressaltar a representação deste FDD poderia ser enriquecida através de outras topologias ou de estudos mais aprofundados a cerca deste dispositivo. Figura 2 – Modelo proposto para o TPC WE 550 F2. Os ensaios foram realizados no laboratório de alta e baixa tensão, de acordo com os níveis de isolamento e tensão requisitados, ambos localizados na divisão de laboratórios SMIL.DT da Itaipu Binacional. Combinando os dados coletados nos ensaios com análises físicas, matemáticas e a cerca de oscilografias de unidades reais obtiveram-se os parâmetros dispostos na Tabela 1. Tabela 1 – Dados propostos para o TPC WE 550 F2 C1 C2 LR RR 5.190 pF RP 5.190 pF 328,9 mH 0,070 Ω 28,4 nH 119.100 pF LP 55,75 H RS 7.807 Ω LS CP LF RLF CF 582 pF 54,3 mH 1,23 Ω 165,3 µH RCF RF RB LB 0,08 Ω 1,95 Ω 284,7 Ω 1.233,7 mH No subitem 2.2 serão apresentados estudos a cerca da função de resposta em frequência (FRF) e função de transferência (FT) desta unidade. 2.2 Estudo na Frequência O estudo na frequência proporciona diversas análises fundamentais a cerca do desempenho de FTs além de servir como base para o desenvolvimento de um método capaz de corrigir comportamentos indesejados do TPC durante transitórios. De forma analítica obteve-se a FT de sexta ordem do TPC, apresentada em (1), cujos coeficientes estão dispostos na Tabela 2. 3 2 V s s + A .s A . s X 1 X 3 2 1 H s K . (1) TPC TPC 6 5 4 3 2 V s s + B .s + B .s + B .s + B .s B .s + B ALTA 5 4 3 2 1 o Tabela 2 – Coeficientes da FT do TPC KTPC A1 A2 1,171x1012 B0 1,745x1005 B1 3,004x1003 B2 4,332x1019 B3 2,659 x1017 B4 4,229 x1015 B5 1,726 x1012 2,845 x1009 4,087 x1004 4/8 Décimo Quinto Encontro Regional Ibero-americano do CIGRÉ Foz do Iguaçu-PR, Brasil 19 a 23 de maio de 2013 Uma investigação da FRF da expressão (1) na faixa de 10 Hz até 10 kHz gera o diagrama mostrado na Figura 3. Nele observa-se que ganho e defasagem são nulos na frequência de operação de 60 Hz, enquanto que no restante da banda analisada o comportamento indesejado do TPC é mais evidente. Figura 3 – Resposta em frequência calculada para o TPC em estudo. O CSFA do TPC possui maior predominância em torno da frequência fundamental [4]. Já em faixas de frequência superiores os elementos de maior representatividade são as capacitâncias, visto que passam a apresentar reatâncias baixíssimas. O comportamento evidenciado na FRF deste TPC é indesejável e pode ser minimizado através de diversos métodos, como o filtro recursivo apresentado em [6]. Na seção 3 é apresentada uma metodologia baseada em [6] que visa melhorar a FRF deste TPC nas faixas de 10 Hz a 1 kHz. 3. COMPENSAÇÃO O projeto deste filtro compensador baseará no método de cancelamento de polos e zeros, e atenderá a faixa de 10 Hz a 1 kHz. Como resultado a resposta em frequência combinada do TPC e do compensador deverá ter magnitude unitária e ângulo de fase nulo nessa banda. Dos seis polos da função de transferência da planta apenas quatro serão cancelados pelo filtro. Essa escolha foi feita pelo fato de um dos três pares de polos possuir frequência de canto superior a 1 kHz. O processo de cancelamento de quatro polos e três zeros da FT do TPC cria uma função de transferência racional imprópria com um polo na origem, o que inviabiliza a sua aplicação. Dessa forma, propõe-se o uso da função Ψ(s) (psi), a qual consiste em uma função estabilizadora específica que ditará o comportamento desejado do TPC [6]. A fim de cumprir sua finalidade, Ψ(s) terá dois polos, um zero na origem, apresentando ganho e defasagem nulos na faixa de 10 Hz a 1 kHz. A topologia recém discutida de Ψ(s) é idêntica a de um filtro passa-alta em série com um passabaixa. A fim de atingir o seu objetivo, estes filtros possuem frequências de canto respectivamente de 0, 3 Hz e 160 kHz. Portanto, sendo FCOMP(s) a função compensadora estabilizada por Ψ(s), tem-se: FCOMP s G FILTRO ( s).( s) K TPC . (s z'1 ).(s z'2 ).(s z'3 ).(s z'4 ) (s p'1 ).(s p'2 ).(s p'3 ).(s p'4 ) (2) A digitalização desta função é fundamental para a aplicabilidade real sendo apresentada no subitem 3.1. 5/8 Décimo Quinto Encontro Regional Ibero-americano do CIGRÉ Foz do Iguaçu-PR, Brasil 19 a 23 de maio de 2013 3.1 Processamento Digital Uma função de transferência pode ser implementada computacionalmente por meio de sua equação diferença. O levantamento desta função pode ser realizado através da transformada bilinear Z que mapeia o semiplano esquerdo complexo s no interior do círculo unitário do plano z. Segundo [7] a implementação de filtros de ordens elevadas pode sofrer de mau condicionamento. Sendo assim, baseando-se na metodologia de [6], dividiu-se a expressão (2) antes de sua digitalização em dois subfiltros de segunda ordem arranjados em cascatas e digitalizados para um passo de 50 µs conforme a expressão (3), cujos coeficientes estão dispostos na Tabela 3. 1 2 . z . z M ( z ) 11 12 13 F z D 1 1 2 V ( z ) 11 . z . z In 12 13 1 2 V ( z ) 21 . z . z Out 22 23 F z D 2 1 2 M ( z ) 21 . z . z 22 23 (3) Tabela 3 – Coeficientes dos subfiltros digitais α11 α12 α13 1,07727 β11 2,15125 β 12 1,07400 β 13 1,00000 α21 -1,99694 α22 0,99694 α23 81,1845 β21 -159,955 β 22 79,0627 β 23 1,00000 0,06022 -0,79647 Neste subitem obteve-se uma função compensadora que possui a potencialidade de ser implementada em ambiente computacional, na interface C-builder do Real Time Digital Simulator (RTDS™) ou em um Processador Digital de Sinal (DSP), sendo este último explicado em detalhes no item 3. 4. IMPLEMENTAÇÃO EM HARDWARE Propõe-se neste trabalho a implementação da função compensadora no hardware DSP de modelo TMS320F28335 fabricado pela Texas Instruments™ (TI™). Conforme a Figura 4, o DSP ficou responsável pelo processo de amostragem e digitalização do sinal, fazendo uso, portanto, do seu Conversor Analógico-Digital (ADC) interno, cujo módulo possui um conversor de 12 bits. O DSP também desempenha o processamento da função compensadora e a coordenação da operação de um circuito Digital-Analógico (D/A) periférico. Figura 4 – Diagrama do Processo de Implementação do Compensador. O condicionamento dos níveis é necessário a fim de que a entrada de tensão seja compatível com os limites do ADC do DSP. Neste trabalho o sistema elétrico e o TPC em estudo são simulados no RTDS™ de forma que, através de seu cartão GTAO, sinais analógicos secundários do TPC são externados com 6 V pico a pico, e posteriormente condicionados através de um circuito específico para os níveis de 0,5 a 2,5 V dentro dos limites de 0 a 3,3 V nominais do DSP. Os principais resultados são apresentados na seção 5, onde é enfatizado o sistema simulado e a eficácia da função compensadora. 6/8 Décimo Quinto Encontro Regional Ibero-americano do CIGRÉ Foz do Iguaçu-PR, Brasil 19 a 23 de maio de 2013 5. RESULTADOS E ANÁLISES O estudo a cerca do desempenho do filtro compensador é realizado através de sistema referente ao trecho entre a Usina Hidrelétrica (UHE) Itaipu Binacional e a barra Ivaiporã de 765 kV. Na Figura 4 é apresentado o diagrama unifilar simplificado do referido SEP, o qual é composto por: nove máquinas da UHE Itaipu Binacional; dez transformadores elevadores (18/500 kV); quatro LTs paralelas de 500 kV de 8 km de extensão; um conjunto de 4 autotransformadores elevadores (500/765 kV); três LTs paralelas de 765 kV de 330 km de extensão; dois equivalente dos sistemas sul e sudeste com carga pesada. O TPC da MICAFIL encontra-se ligado na barra 1106. Figura 5 – Diagrama Simplificado do Sistema Simulado O desempenho do filtro compensador é avaliado através da comparação entre o formato da onda primária do TPC e a onda externada pelo compensador. Quanto mais parecidos forem estes sinais mais efetivo foi a compensação. De posse desse raciocínio, propõe-se a simulação de uma falta monofásica franca na barra 1106 da Itaipu a fim de avaliar o desempenho dinâmico deste filtro. Figura 6 - Desempenho do Filtro Compensador frente a uma falta monofásica. Figura 7 – Erro Percentual dos Sinais com relação a onda primária. Na Figura 6 fica evidente a eficácia do filtro em compensar o sinal secundário (verde) transformandoo em quase uma réplica do primário (azul). A fim de se potencializar a analise propõe-se a função percentual do erro, apresentada na Figura 7, que demonstra a capacidade do filtro de reportar uma onda mais próxima a do primário do TPC. 7/8 Décimo Quinto Encontro Regional Ibero-americano do CIGRÉ Foz do Iguaçu-PR, Brasil 19 a 23 de maio de 2013 6. CONCLUSÃO Neste trabalho foi concebido um modelo do transformador de potencial capacitivo empregado no monitoramento de tensão das linhas de 500 kV entre a usina hidrelétrica de Itaipu e a Subestação de Furnas em Foz do Iguaçu, através da combinação de parâmetros levantados em ensaios e conceitos referentes ao estado da arte sobre TPC. Conforme os resultados obtidos na validação, concluiu-se que o modelo obtido atende os objetivos da simulação, visto que na comparação as respostas dos ensaios e das simulações foram similares. Ainda assim, tal modelo pode ser melhorado principalmente na representação do CSFA. Foi proposta ainda uma função compensadora implementada em hardware que atingiu as expectativas conforme os resultados apresentados. Dessa forma, a compensação dos sinais secundários de tensão de TPC surge como potencial melhoria para os dados recebidos por sistemas de proteção, controle, operação e registradores de perturbação, evitando erros operacionais devido à resposta transitória dos TPC. BIBLIOGRAFIA [1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] S. Mekhilef, C. Lim, H. Bakar. “Investigation of transient Performance of capacitor voltage transformer (CVT)”, University of Malaya, Kuala Lumpur, 2008. D. A. N. Jacobson, A. V. 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