O TURISMO DENTO DE CASA No momento em que a RioTur dá
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O TURISMO DENTO DE CASA No momento em que a RioTur dá
O TURISMO DENTO DE CASA No momento em que a RioTur dá início ao levantamento de todos os pontos turísticos do município, como uma das etapas do Plano Estratégico de Turismo da Cidade do Rio de Jane iro, nós, moradores da Zona Oeste, temos o dever de apontar os aspectos positivos da região, que é ainda desconhecida até mesmo pela maioria dos seus moradores no que se refere ao potencial turístico. Temos inúmeras opções turísticas que merecem mais atenção das autoridades e dos moradores. É o caso da Floresta do Mendanha, que integra o Maciço Marapicú-Gericinó, juntamente com as serras do Marapicu, de 631 metros, Manuel José e os Morros do Guandu e de Gericinó. O caráter vulcânico da região de Gericinó, sem risco de atividade para os moradores da Zona Oeste, bem que deveria ser mais bem explorado sob o ponto de vista turístico, como, por exemplo, criando-se ali um parque ecológico que privilegiasse os estudos geológicos e botânicos. Não podemos esquecer que ainda contamos com sambaquis preservados na região de Pedra de Guaratiba, já devidamente estudados pelos especialistas do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista e da Fazenda de Santo Antonio da Bica - onde se encontra o sítio do saudoso e famoso paisagista Roberto Burle Marx - e roteiros de caminhadas que nada ficam a dever a outras regiões brasileiras. As apresentações do cravista Roberto de Regina e das centenárias bandas de música Diozílio Pinto e Vinte e Quatro de Fevereiro, os grupos ainda remanescentes de reisado da Pedra de Guaratiba, as vias sacras pelas ruas de Paciência, o belíssimo tapete floral do dia de Corpus Christi (da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, de Santa Cruz), a Festa de São Jorge do Largo do Bodegão, também em Santa Cruz, e tantas outras manifestações de caráter nitidamente popular também devem interessar aos responsáveis pelo Plano Estratégico de Turismo da Cidade do Rio de Janeiro. No que se refere ao patrimônio, podemos citar a histórica Ponte dos Jesuítas, construída em 1752, o Palácio Real e Imperial de Santa Cruz, o hangar do Zeppelin, os marcos históricos, o casario antigo, com destaques para o Palacete Horário Lemos, a Casa do Sal e a Residência do Senador Júlio Cesário de Melo; a Fazenda do Viegas, a Fábrica Bangu, as igrejas de São Salvador do Mundo, de São Pedro, de Nossa Senhora do Desterro e mesmo a Matriz de Santa Cruz, onde ainda encontramos alfaias e imagens que pertenceram à Capela de Santa Bárbara, do tempo dos jesuítas. O Rio de Janeiro precisa valorizar cada vez mais a sua vocação turística e demonstrar que a cidade não possui apenas belas praias e o seu carnaval. E a Zona Oeste também merece destaque e precisa ocupar seu espaço no guia turístico organizado pela RioTur. Sinvaldo do Nascimento Souza Faculdade Machado de Assis Artigo publicado no jornal "O Globo", (Zona Oeste) edição de jornais de bairros