Convenção de Pequenos Grupos

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Convenção de Pequenos Grupos
Convenção de Pequenos Grupos
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índice
EXPEDIENTE
ADMINISTRAÇÃO UNeB:
Moisés Silva – Presidente
Jadson Rocha – Secretário
Flávio André Santos – Tesoureiro
COORDENAÇÃO: Pr. Carlos Augusto
ARTE E DIAGRAMAÇÃO: Neide Lima
CAPA: Divisão Sul-Americana
03 Editorial
04 Uma vida de pastoreio
06 Princípios para a multiplicação
08 Sou Coordenador de PG, e agora?
12 Os Pequenos Grupos e as ações de compaixão
16 Invista no líder associado
18 PG My Style - Um Novo Jeito de Viver em Comunidade
22 Integração Unidade de Ação e Pequenos Grupos
26 Planejamento e atividades dos PG’s
28 Projeto Líderes de Esperança
26 O gerenciamento eficaz
Editorial
“Alguns Líderes creem que, se encherem
uma vez os baldes de visão das pessoas até o
topo, eles permanecerão cheios para sempre.
Mas a verdade é que os baldes têm buracos
em seus fundos. E, como consequência, a
visão vaza.” Bill Hybels
Líderes de Esperança da União Nordeste Brasileira!
Pr. Carlos Augusto
Min. Pessoal – UNeB
C
omo líder de um pequeno grupo, quantas pessoas você acredita
que pode efetivamente liderar, pastorear e discipular? Oito? Dez?
Vinte? Deixe-me fazer essa pergunta de outra forma: Se você deseja dar frutos, frutos que permaneçam... se você deseja ver transformação real na vida das pessoas... se você deseja ver pessoas se tornando
líderes de forma que você possa multiplicar seu ministério... em quantas
pessoas você consegue investir a sua vida?
O melhor líder de pequeno grupo de todos os tempos formou uma
pequena equipe que por fim mudaria o mundo. Mas, primeiro Jesus chamou dois grupos de irmãos para caminharem com Ele: Simão Pedro e
André, Tiago e João. Três destes homens (Pedro, Tiago e João) tornaram-se o círculo íntimo de Jesus. Jesus derramou sua vida nestes três
homens, investindo neles e servindo de exemplo de uma vida rendida ao
Pai. Ele levou estes três consigo para orar e curar, eles estavam com Ele
quando foi transfigurado. Ao mesmo tempo em que Jesus não ignorava
os outros apóstolos ou seguidores, ele dedicou tempo e atenção extra a
esses três. Ele intencionalmente os discipulou e transformou em líderes.
Esta revista foi preparada para que você possa ter uma visão de que
formar lideres é indispensável para a manutenção e ampliação do Reino
de Deus em nosso território. Sendo assim, você encontrará nela diversos
artigos que o ajudarão a manter este foco.
Convenção de Pequenos Grupos
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UMA VIDA DE
PASTOREIO
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Convenção de Pequenos Grupos
Q
uem nunca enterneceu o seu
coração com alguma ilustração
ou desenho que exalte a Cristo como Pastor? Essa imagem geralmente extraída de João no capítulo 10
onde Ele descreve a Si mesmo como
Pastor sem dúvida é impactante em
especial pela sensação de segurança
que ela transmite. Aliás, a imagem do
pastor relacionada a Deus não é uma
novidade do Novo Testamento. Não é
por acaso que o Salmo 23, onde Deus
é descrito como pastor, “O SENHOR é
o meu pastor, nada me faltará. ” Salmo
23:1 é um dos mais apreciados e lidos
dentro e fora do cristianismo. Não estaria essas predileções ligadas a algo
da necessidade humana de pastoreio?
Jesus e Sua vida de pastoreio
Em geral definimos a vida de um
pastor de ovelhas da seguinte maneira: “O pastor é aquele que cuida,
apascenta, alimenta, protege, disciplina, consola e restaura” Hernandes Dias
Lopes, entre outras coisas. Ao examinarmos os evangelhos não é preciso
ir muito longe para encontrarmos representados em Cristo e em grande
escala cada aspecto da vida pastoral.
Não importa se na coletividade ou no
auditório de uma só pessoa, a compaixão inerente de Cristo levava-O a cuidar de todo coração machucado pelos
reveses da vida. Parece que para Cristo a imagem da ausência de cuidado
pastoral, descrevia bem a dor humana
“Vendo ele as multidões, compadeceuse delas, porque andavam desgarradas e errantes, como ovelhas que não
têm pastor. ” Mateus 9:36. Ele era a
própria resposta a todos os anseios
humanos e Sua vida foi de intenso e
integral pastoreio.
Na descrição de E. G. W “Jesus é o
Bom Pastor. Cuida de Suas ovelhas fracas, enfermas e desgarradas. Conhece-as todas pelo nome. Toca-Lhe o coração cheio de compassivo amor a aflição
de toda ovelha e todo cordeiro de Seu
rebanho, e chega-Lhe ao ouvido o brado de socorro. ” Testemunhos seletos II,
115. Por isso era natural as multidões
o acompanharem (Mateus 8:1) porque
além do poder manifestado na Sua vida,
Ele era um amparo incansável para suas
dores. Ele nunca estava cansado o suficiente para negligenciar a dor de alguém até mesmo na cruz Ele encontrou
tempo para isso (João 19:25-27).
O pastoreio também é uma Comissão de Cristo
A cena de Jesus e Pedro descrita em
João 21 é comovente, mas não quero
analisar o extravasamento da graça
contido nesse texto, mas algo que Jesus
ordena a Pedro “...Disse-lhe: Apascenta
os meus cordeiros. ” 21:15 Jesus sabia
quanta dor encontrou residindo no coração humano e que essa dor não seria
extraída na Sua primeira vinda, então de
forma pedagógica Jesus ensina aos que
O representariam que o pastoreio vivenciado por eles deveria ser reproduzido
no rebanho posteriormente acrescido. O
pastoreio tem alguns aspectos básicos,
entre eles eu destacaria cinco:
1. Proximidade - não há pastoreio sem proximidade (nem sempre
geográfica) devemos fisicamente ou
“Jesus é o Bom Pastor.
Cuida de Suas ovelhas
fracas, enfermas e
desgarradas. Conheceas todas pelo nome.
Toca-Lhe o coração
cheio de compassivo
amor a aflição de toda
ovelha e todo cordeiro
de Seu rebanho, e
chega-Lhe ao ouvido
o brado de socorro. ”
Testemunhos seletos
II, 115.
por meio das tecnologias (que as vezes
mais afastam que aproxima) nos manter próximos das pessoas.
2. Atenção - nem sempre poderemos suprir questões externas ou materiais dos que nos rodeiam, mas ser atencioso não nos onera em quase nada.
3. Direcionamento - com as ferramentas certas (dependência de Deus
e a bússola infalível que é a Palavra de
Deus) podemos redirecionar através do
pastoreio a vida de alguém e nem sempre será no aspecto espiritual.
4. Ação - não fique só no discurso,
seu pastoreio será eficiente com demonstrações reais, palavras ajudam, mas há
momentos que elas não serão suficientes,
então experimente estender o braço.
5. Tempo - dedique uma fatia do
seu tempo, isso tem peso de ouro na
vida daqueles que você se propôs a
pastorear.
Jesus nos desafiou em muitos aspectos e sem dúvida A Grande Comissão
(Mateus 28:18-20) merece destaque,
mas a ordem de pastorear dada a Pedro
não seria de alguma forma um lembrete
que nós não deveríamos ganhar pessoas e após elas entrarem nas estatísticas as abandonarmos? Jesus deseja um
serviço completo e o pastoreio faz parte
dele, pois o sonho de Cristo vai além dos
frutos “...para que vades e deis fruto, e
o vosso fruto permaneça...” João 15:16
pastoreio é sem dúvida um elemento fundamental para permanência das
pessoas ao lado de cristo.
Esse apelo feito a Pedro sem dúvida nenhuma é estendido a nós, e
o ambiente de Pequenos Grupos é
uma oportunidade de exercemos isso.
O mundo não cabe em nosso braço
(nem Deus nos pediu isso), mas se
dois ou três, ou um pouco mais, for
nos confiado a cuidar, façamos com
esmero. Não podemos recolher os
cacos do mundo, mas um Pequeno
(mundo) Grupo perto de nós, que tal o
tornarmos melhor? Avance! Você não
estará sozinho nessa obra.
Pr. Paulo Fernando
MIPES - APe
Convenção de Pequenos Grupos
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PRINCÍPIOS PARA A
MULTIPLICAÇÃO
O Pequeno Grupo é um organismo vivo; e como tal, precisa reproduzir-se
ou multiplicar-se para dar sentido à existência.
O
desejo de Deus é que a sua
igreja esteja em contínuo
processo de crescimento.
A igreja primitiva viveu esse princípio
e percebeu que “crescia a palavra de
Deus, e em Jerusalém se multiplicava o
número de discípulos” (Atos 6:7).
Satanás teme que a família de Deus
aumente. Ele fica feliz ao ver-nos “esquentando os bancos” da igreja, olhando uns para os outros, porém, quando
desenvolvemos estratégias e compartilhamos a meta de implantar um “farol”
do evangelismo na rua de cada bairro
das cidades, o inimigo se treme. Jesus
estabeleceu sua igreja para derrubar as
portas do inferno (Mat. 16:18) e todas
as vezes que multiplicamos pequenos
grupos através da evangelização e discipulado na igreja estamos avançando
contra as forças do mal.
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O Pastor Joel Comiskey, um estudioso do crescimento de igreja em
células em todo o mundo disse que
se você quiser saber como as igrejas crescem, estude igrejas em crescimento. Ele estudou 8 igrejas que
vivem em celulas e que crescem em
todo o mundo, em cada igreja ele
passou 8 dias e intrevistou mais de
700 líderes preenchendo um questionário de 29 perguntas. As perguntas eram destinadas a saber o
porque de alguns líderes conseguirem multiplicar os seus pequenos
grupos atraves da evangelização e
outros não. Algumas das conclusões
deste estudo são bem interessantes
e gostaria de compartilhar. Vejamos
aqui alguns fatores que determinam
a multiplicação saudável dos pequenos grupos:
1. O tempo devocional do líder
Os líderes que investem 90 minutos
ou mais em devoção diária, multiplicam
os seus grupos duas vezes mais do que
aqueles que investem menos do que 30
minutos por dia.
“O que ensina a Palavra precisa, ele
próprio, viver em consciente e contínua
comunhão com Deus pela oração e estudo de Sua Palavra; pois nela está a fonte da fortaleza. A comunhão com Deus
comunicará aos esforços do pastor um
poder maior que a influência de sua pregação.” EGW, Atos dos Apostolos, p. 362
A relação entre multiplicação e o
tempo que o líder investe com Deus é
clara. É no poder da presença de Deus
que os grandes milagres acontecem. O
Senhor é que dá o crescimento, não os
nossos métodos, planejamentos, temos
que manter comunhão com Deus para
ele nos revelar os seus planos de cresimento. “O Coração do homem pode
fazer planos mas a resposta certa dos
lábios do Senhor vem.”(Prov. 16:1)
2. A intercessão do líder do
grupo pelos membros do grupo
O líder que tira tempo para orar diariamente pelos membros do seu pequeno grupo tem maior probabilidade de
vivenciar a multiplicação.
“A oração é ordenada pelo Céu como
meio de alcançar êxito no conflito com
o pecado e no desenvolvimento do caráter cristão. As influências divinas que
vêm em resposta à oração da fé produzirão na alma do suplicante tudo o que
ele pleiteia.” EGW, AA, p. 564
Dos muitos fatores estudados, o que
tem o maior efeito sobre a multiplicação do pequeno grupo é quanto tempo
o líder gasta orando por seus membros.
3. Estabelecimento de Alvos
O líder deve fixar alvos com seus liderados e repeti-los constantemente de
modo que cada membro recorde.
Fixar alvos claros aumenta em 75%
as chances de multiplicação.
Alvos de oração intercessoria, pelos membros e pelos amigos a serem
visitados ,pelos estudos bíblicos, alvo
de batismo. Pode ser feito um banner
com os alvos do PG e toda reuniao o
líde pode usar este banner para fixar na
mente dos membros seus alvos.
4. Estabelecer a data da multiplicação
Líderes de pequenos grupos que estabelecem datas específicas para trazer à vida
um novo pequeno grupo tem multiplicado
com mais frequência do que os sem alvos.
O líder deve deixar os membros sientes de que está é razão de ser do seu
pequeno grupo. No planejamento anjual
deve ser contemplado uma data para
mltiplicação de preferencia no último
trimestre do ano, com uma linda festa
previamente planejada com os membros.
5. Preparo de Novos Líderes
em mente que para multiplicar ele deve
preparar um novo líder.
O líder associado é a pessoa chave,
ele deve ser treinado pelo líder de PG de
modo a ter consciencia que irá assumir
em breve o novo PG que irá surgir.
Todas as reuniões de treinamento ele
deve estar, todo encontro – deve ser a
sombra do Líder, para aprender com seu
exemplo a vida em comunidade e ser
motivado a liderar o novo pequeno grupo.
6. Estímulo no PG para convidar amigos
Os membros do pequeno grupo devem ser constantemente estimulados a
trazer seus amigos para as reuniões.
“Deus espera um serviço pessoal da
parte de todo aquele a quem confiou o
conhecimento da verdade para este tempo. Nem todos podem ir como missionários para terras estrangeiras, mas todos
podem, na própria pátria, ser missionários
na família e entre os vizinhos” S.C. Pg 09.
Para multiplicar, o grupo tem que ter
em mente o princípio da evangelização.
O número reduzido de visitas num
pequeno grupo é um indicativo de que
algo urgente deve ser feito, se não esse
grupo terá grande dificuldade para se
multiplicar e logo, de sobreviver.
7. Encontros sociais
O pequeno grupo que promove seis
ou mais encontros sociais por mês, tem
mais probabilidade de se multiplicar.
Algumas idéias de encontros sociais:
} Jantar de amizade;
} Almoço no sábado;
} Planeje um piquenique com seu
grupo;
} Visitar alguns membro com o grupo todo;
} Fazer o pôr-do-sol juntos;
} Realizar comemorações dos aniversariantes do mês...
8. Cuidado Pastoral
Visitação regular do líder aos membros ajuda a consolidar seu grupo.
O líder deve visitar todos os membros
pelo menos uma vez por semestre. Lembrado que está visita deve ser puramente
espiritual. O assunto deve ser cristão, nada
de falar de futebol, da vida dos outros irmão ou de assuntos triviais da vida. Você
é o pastor deste irmão e deve orar por ele,
e mostrar interesse por seus problemas.
Conclusão:
São oito princípios : 1. O tempo devocional do líder, 2. A intercessão do
líder do grupo pelos membros do grupo,
3. Estabelecimento de Alvos, 4. Estabelecer a data da multiplicação, 5. Preparo de Novos Líderes, 6. Estímulo no PG
para convidar amigos, 7. Encontros sociais, 8. Cuidado Pastoral.
Mas Lembrem-se:
} Se o grupo não permanece pequeno, ele perde sua eficácia e sua habilidade de cuidar das necessidades de
cada membro.
} Do ponto de vista prático, o pequeno grupo deve se multiplicar para
manter sua eficácia na evangelização.
} Um grupo saudável deve se multiplicar pelo menos uma vez por ano. Mas,
vale salientar que o grupo
pode se multiplicar quantas vezes for necessário,
dependendo da saúde do
grupo e não do seu número de membros.
Pr. Nilton Lima
MIPES MPI
Adapatado do Livro Crescimento Explosivo da Igreja em
Células de Joel Comiskey.
O líder de pequeno grupo deve ter
Convenção de Pequenos Grupos
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SOU
COORDENADOR DE PG,
E AGORA?
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Convenção de Pequenos Grupos
E
spero que você ao receber esse
convite tenha feito essa pergunta. Por que é importante fazê-la?
Simplesmente porque ela revela interesse e desejo de cumprir esta função.
Cada coordenador deve ter a convicção
de que foi Deus quem o chamou para
esta nobre e relevante tarefa. Na estrutura de pastoreio e capacitação aos
líderes de Pequenos grupos, o coordenador se destaca como um agente essencial. O acompanhamento dos novos
líderes deve ser uma tarefa contínua e
efetiva. O coordenador deve oferecer
esse atendimento e provisão ao líder,
e neste ciclo do discipulado, ele deve
ensinar acompanhando, pastoreando e
capacitando os seus respectivos lideres
dos pequenos grupos.
Muitas vezes há um exaustivo investimento na implantação, e terrível negligência no acompanhamento, gerando
fracasso no processo. Lembre-se que
a comunidade não acontece automaticamente. O líder será o reflexo da ação
do seu coordenador, com raras exceções. O que queremos ressaltar é que
o líder só irá entender a importância
desse cuidado pelos seus membros do
PG, caso ele receba esta mesma ação
do coordenador. A partir daí nascerá a
paixão por essa maravilhosa estrutura
de atendimento pastoral orientada por
Deus. O Foco do coordenador deve ser
o líder. Para que esse foco seja mantido, sugere-se que uma igreja que possui
uma boa quantidade de pequenos grupos poderá distribuí-los por mais de um
coordenador, nasce desse pensamento
uma nova nomenclatura, a do supervisor, que deve cuidar de até 4 lideres e
deve exercer o mesmo papel do coordenador, e nesse caso excepcional de
uma igreja nesta característica, o termo
coordenador irá para o principal responsável do projeto após o pastor.
Entendendo que o estabelecimento
do protótipo é um dos mais eficazes
métodos na formação dos novos líderes,
os membros desse protótipo precisarão
sempre de conselhos, exemplo, orientações e pastoreio do seu líder do pequeno grupo protótipo, que a partir desse
momento deve assumir a função de seu
coordenador. O primeiro passo a ser
seguido é continuar com as reuniões do
protótipo, que passarão a ser chamadas
de encontro de líderes, ressaltando que
nessas reuniões contínuas só devem
participar os líderes que passarão a liderar um pequeno grupo.
A Origem Bíblica da Função do
Coordenador
Somos sempre levados a pensar
que, porque há um projeto ou visão
desenvolvida promovida pela igreja, a
origem vem da ação da própria igreja.
Rejeitamos o elementar, o básico e o
obvio, quando pensamos assim, porque
rejeitamos toda fundamentação bíblica
que respalda essa visão. Com a função
do coordenador na estrutura e rede de
Pequenos grupos não é diferente. Essa
visão, cuja função do coordenador está
inserida, tem como fonte a palavra de
Deus. E não deve haver maior motivação, do que esse entendimento.
A Base do nascimento dessa visão
vem da narrativa de Êxodo 18:13-27, vindo do conselho de Deus por intermédio
de Jetro, sogro de Moisés. Nele podemos
ver naturalmente, a necessidade de encontrar “homens dentre o povo, homens
capazes, tementes a Deus, homens de
verdade, que aborreçam a avareza, põenos sobre eles chefes... “ vejam caros coordenadores, quem vocês são e de onde
vieram. Desse exemplo bíblico podemos
vislumbrar todas as esferas da liderança
que guiaria o povo para Canaã.
Esse modelo perdura em Israel com
Moisés, Josué até o período da monarquia,
regime que substitui a Teocracia, pela permissão de Deus que não condizia com a
sua vontade. Cristo resgata essa estrutura de liderança devolvendo o modelo do
protótipo dos 12. Berckham ressalta que
no ministério de Jesus, ele estabeleceu
e escolheu intencionalmente líderes que
cuidariam de outros líderes. A conclusão
de Berckham pode ser vista abaixo:
}Dois eram inovadores;
}Três formaram seu círculo íntimo;
}12 foram seus líderes –chaves;
}70 compreendiam sua rede de apoio;
“Paulo pregou às
multidões, nas
sinagogas, nas praças
públicas, em qualquer
lugar onde podia
alcança-las; não foram
as multidões, mas
foram os pequenos
grupos de pessoas na
Galácia, em Filipos,
em Corinto, com
quem Paulo vivia e
trabalhava por vários
meses consecutivos,
que se tornaram
o fundamento das
igrejas mediterrâneas”
(Raines, New Life in
the Church, p. 78).
Convenção de Pequenos Grupos
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}120 tornaram-se sua primeira
congregação-base;
}3.000 e 5.000 foram os convertidos.
Seguindo na época das epístolas,
é visível que Jesus edificou sua igreja
da mesma maneira que ele a edificou
nos evangelhos. Jesus derramou sua
vida e tempo nesses líderes-chaves.
Eles formavam sua comunidade básica por meio da qual ele prepararia
futuros líderes”. (Beckham, William, A
Segunda Reforma, p. 175). Robert Raines afirma que Paulo segue o mesmo
modelo e estratégia ao comparar com
o que Jesus fez. Raines afirma: Jesus
não pregava às multidões, mas a esse
grupo de homens que se tornaram o
fundamento da igreja primitiva. Paulo
pregou às multidões, nas sinagogas,
nas praças públicas, em qualquer lugar onde podia alcança-las; não foram
as multidões, mas foram os pequenos
grupos de pessoas na Galácia, em Filipos, em Corinto, com quem Paulo vivia
e trabalhava por vários meses consecutivos, que se tornaram o fundamento das igrejas mediterrâneas” (Raines,
New Life in the Church, p. 78).
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Convenção de Pequenos Grupos
O Coordenador e suas Funções Essenciais
Queremos destacar de forma prática seis principais ações ou atividades
que compõem a responsabilidade do
coordenador. Segue:
1. Estabelecer encontros sistemáticos e pontuais com os seus líderesEsses encontros não podem ser opcionais. Antes deles algumas atividades
se destacam na ação do coordenador,
dentre elas: Orar pelos seus líderes, e visitá-los em suas residências. Nesse encontro, deve ser comunicado que você,
caro coordenador, tem orado por eles.
Diga para eles, que assim como você
tem feito, eles devem fazer o mesmo
com os membros de seu pequeno grupo. No dia do encontro marcado, deve o
coordenador ligar para cada um deles,
confirmando presença e incentivando o
comparecimento.
2) Seja um provedor dos materiais
e eventuais necessidades para que cada
pequeno grupo funcione bem- Isso implica em se preocupar com cada aspecto da reunião, não esqueça de falar do
obvio. Averigue se há lições para todos,
se o DVD de música está com eles, e se
cada detalhe que fará do encontro um
maravilhoso momento, está preparado.
3. Averiguar e capacitar a dinâmica e execução das partes da reuniãoNesse ponto deve ser salvaguardado a
essência da comunidade. A reunião do
pequeno grupo não pode ser um miniculto congregacional, mas um ambiente
de comunidade, onde vidas se entrelaçam baseadas em um vínculo de total
confiança. O momento do estudo, não
pode ser suprimido, mas não pode ser
engessado e radicalmente conduzido.
4. Orientar cada líder a planejar as
atividades de Cada Pequeno grupo baseado nas necessidades- É imperante proteger essa ação, para que cada Pequeno
grupo tenha sua identidade e estabeleça
atividades relevantes para cada membro
do pequeno grupo. (Para melhor compreender esse item sugiro o artigo: Como
planejar as atividades do PG que está no
seguinte endereço eletrônico:
http://dowloads.adventistas.org/pt/
ministerio-pessoal/manuais-e-guias/.
Boletim-de-gerenciamento-de-pg-feve-
reiro2016/. Nele há orientações detalhadas para essa importante tarefa.
5. Definir e planejar com os líderes o cronograma das reuniões dos
PGS e dos encontros de líderes- É importante nortear e proteger as datas,
o local e horário desses dois cruciais
encontros que sustentará a estrutura.
Essa rede é um organismo vivo, que
precisa ser cuidada e mantida, e para
tal, os encontros são essenciais para
esse propósito. O coordenador da igreja local (ou supervisores) devem ter um
encontro semanal (ou quinzenal) com
seus lideres de PGS para: Oração, estudo de um livro (questões espirituais
ou sobre a funcionalidade dos PGS)
atividades sociais, troca de experiências e etc. Há uma interessante pesquisa com 517 líderes, supervisores e
coordenadores relatada pelo Pr Edmar
Sena que respalda essa ação. “Nela se
descobriu que os líderes que participaram da reunião regular da liderança
que aconteciam semanal, quinzenal ou
mensal se multiplicam 74,4% mais rápido do que aqueles que não se reuniram ou se reuniam esporadicamente”
(Edmar Sena, Jeito Fácil, p.69).
6. Demonstrar Apoio Incondicional e Total interesse no Líder- Cada líder
deve ver em seu coordenador um esteio,
um apoio e um ombro amigo. Isso não
tem formula. Essa ação é exercida pelo
coração e fraterno amor cristão. Cada
líder deve ver que o interesse do coordenador não está no resultado da estrutura, mas nele e em cada membro do seu
pequeno grupo. Somente dessa forma a
estrutura será salvaguardada, e a confiança desenvolvida.
O Coordenador e sua principal
Função: Pastorear
O coordenador equipa, capacita,
mas principalmente pastoreia o líder
do pequeno grupo. Quando ele cuida
do líder, ele alcança os membros do
pequeno grupo. Sua ação é refletida
na ação do líder. Os seus encontros
com os líderes devem ser constantes
e efetivos. Esses encontros devem ser
formais e informais.
O encontro formal com o líder ocorre
no último sábado de cada mês, e o coordenador vai munido para o seu encontro
mensal com o pastor no primeiro sábado do mês, proporcionando o necessário
gerenciamento.
Assim como o encontro formal; o
informal é sumamente importante, porque nele a confiança e a amizade entre
o coordenador e o líder são desenvolvidas. Devemos lembrar que nesse encontro informal, o coordenador e o líder
que comem juntos e podem participar
de algum lazer, também devem investir
na oração e estreitarem juntos a comunhão com Deus.
Há em toda a Bíblia e principalmente no Novo Testamento exemplos claros
do papel do coordenador como pastor.
No velho testamento destacamos Elias
coordenando e preparando Eliseu e no
Novo dentre os vários exemplos, destaca-se o de Paulo e sua relação com
Timóteo. (Vejamos II Timóteo 1:3)
A palavra pastor é um substantivo
masculino que significa: guardador de
gado 1. No Novo Testamento, esta palavra vem do grego poimen, que traz
o sentido de: guardião ou mentor espiritual do rebanho de Cristo. “O dom
de pastorear é a especial habilidade
dada a algumas pessoas mais do que
a outras, dentro do corpo de Cristo,
para assumirem a responsabilidade
pessoal pelo bem-estar espiritual de
um grupo de crentes”.
Caso contrário, o líder nunca sentirá o
que propõem dar: o cuidado pastoral ao
seu pequeno rebanho.
Conclusão
Caro coordenador, tenha a consciência que você foi chamado por Deus.
Ele te dotou de qualidades únicas para
ser líder de lideres, pastorear os pastores dos pequenos rebanhos. Sua função
é bíblica, e suas tarefas essenciais não
devem sobrepor-se a principal tarefa: Pastorear com o coração. A paixão
deve aquecer o seu coração e incendiar
a sua alma, porque você faz parte de
um projeto de Deus. Não se pode deixar de salientar que você deve pagar
um preço por essa função. Mas quem
ama e quer, dá um jeito, e quem não
quer, apresenta uma desculpa para não
fazer. Veja o que Osvald Sanders diz:
“Quando Deus descobre um homem
que se conforma com suas exigências
espirituais, disposto a pagar o preço
integral do discipulado, Deus o usa
no limite máximo, a despeito de suas
falhas. Moisés, Gideão, Davi, Marlinho
Lutero, João Weslwy, Adoniran Hudson,
William Carey e muitos outros foram
homens desse tipo”. (J. Osvald Sanders, Liderança espiritual, p. 12). Acredito piamente coordenador, que você é
esse homem. Eu me reporto a pergunta
desse artigo: Sou Coordenador de PGS
e agora? A resposta é ‘mãos a obra”.
Agora você já sabe como ser. O Senhor
está contigo!!!
Pr José Orlando Silva
MIPES MISAL
Diante das tarefas do coordenador
para com o líder de equipar e capacitar, não devemos esquecer que o pastoreio deve ser prioridade, caso contrario
o propósito de Deus ao estabelecer tal
estrutura, não será alcançado.
Caro coordenador, que a sua tarefa
principal seja exercida, e que cada líder
receba a capacitação, e sejam equipados, mas que acima de tudo, sejam
cuidados, amados e enfim pastoreados.
Convenção de Pequenos Grupos
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OS PEQUENOS GRUPOS
E AS AÇÕES DE
COMPAIXÃO
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Convenção de Pequenos Grupos
Ellen White diz que “O método de Cristo é o único que trará verdadeiro
êxito em alcançar o povo. O Salvador misturava-se com as pessoas como
alguém que desejava o bem delas. Mostrava simpatia por elas, ministrava
às suas necessidades e ganhava sua confiança. Então dizia: “Siga-me”.
WHITE (2009, p. 143)
É
inegável que os Pequenos Grupos
têm dado uma contribuição valiosíssima para o crescimento da
igreja em todo o mundo. Essa estrutura
favorece a participação de um pequeno
núcleo de pessoas, que se interconectam
em relacionamentos saudáveis. Nela, as
pessoas tendem a ser mais dispostas a
desenvolver as competências necessárias para tornar o próximo mais feliz.
Além disso, nessa estrutura, as pessoas geralmente abraçam o desejo de
cumprir a grande comissão dada por
Cristo, que tem, em sua essência, a conquista de novos discípulos para o reino
de Deus. Segundo Sjogren (2003), o Senhor gosta de ministrar onde há um pequeno grupo de pessoas (Mateus 18:20).
Quando esses discípulos decidem abençoar a comunidade, o local onde estão
reunidos se torna um espaço de luz.
Em Seu ministério terrestre, Jesus
treinou um grupo de doze homens. A
despeito de suas personalidades diferentes, esses homens foram usados
pelo Espírito Santo para realizar muitas
coisas para Deus. Devemos concordar
que Jesus criou a igreja a partir de um
pequeno grupo de pessoas humildes.
Quando as pessoas de um grupo pequeno não trabalham juntas, geralmente o
grupo perde a motivação e acaba. As pessoas acabam consumidas pelos problemas
interpessoais. Porém, quando existe um programa organizado de serviço à comunidade,
a motivação volta. Nesse caso, surge um
novo momento da agenda do grupo, em que
se destina tempo para os testemunhos do
trabalho realizado e de seu efeito benéfico.
Isso traz alegria contagiante, o que resulta
em satisfação geral (SJOGREN, 2003).
Princípios para o PG servir a
comunidade.
Ellen White diz que “O método de
Cristo é o único que trará verdadeiro êxito em alcançar o povo. O Salvador misturava-se com as pessoas como alguém
que desejava o bem delas. Mostrava simpatia por elas, ministrava às suas necessidades e ganhava sua confiança. Então
dizia: “Siga-me”. WHITE (2009, p. 143)
Na parábola do bom samaritano,
apresentada por Jesus em (Lucas 10:2535), podemos visualizar na prática a
declaração de Ellen White e sua aplicabilidade para as ações dos PG’s diante
da comunidade. O samaritano tomou
várias atitudes importantes.
Primeiro, ele viu o sofredor, atitude
que foi passada por alto com o sacerdote e o levita. Uma de nossas preces ao
Senhor é pedir que Ele nos dê uma visão
clara de quem precisa da nossa ajuda.
Segundo, ele deixou que a compaixão o movesse à ação. Por isso, resolveu também sofrer com ele. Não hesitou quanto aos perigos e perdas que
poderia enfrentar para realizar a sua
ação de bondade.
Terceiro, resolveu se associar com o
moribundo. Tocou-o e lhe sentiu a temperatura. Dedicou-lhe amor como ao
próprio filho.
Quarto, ungiu-o com óleo, que era
utilizado nos tempos bíblicos como
emoliente para os ferimentos, tendo
na esfera espiritual, uma relação nítida com a pessoa do Espírito Santo. De
fato, precisamos do Espírito para ungir
os sofredores desse mundo.
Quinto, derramou vinho nas feridas.
O produto da vide tem propriedades an-
tissépticas capazes de purificar partes
do corpo contra a ação de bactérias e
organismos estranhos. Na Bíblia, o vinho aponta para o sangue de Cristo (I
Coríntios 11:25-26), o qual pode nos
purificar dos pecados. Somos o vaso
que leva o sangue purificador de Cristo
àqueles que necessitam de ajuda
Sexto, o samaritano transformou
reflexão em ação, salvando o pobre homem, que é uma representação da humanidade sofredora. Dando continuidade ao seu ato inicial, pegou-o nos braços
e o levou para um local seguro. O melhor
lugar para qualquer pessoa que sofre é
perto de Deus, e do corpo de Cristo, que é
a igreja, que por extensão é o próprio PG.
Sétimo, finalmente, entregou dois
dinheiros para o hospedeiro, o que representa a provisão para os gastos que
a recuperação do sofredor iria demandar. Uma coisa precisamos entender: as
boas novas do evangelho são de graça,
mas o evangelismo é pago, e necessita
de recursos para ser realizado.
O Senhor quer que participemos do
plano da salvação, e convida a todos
para que, de forma voluntária, façamos
provisão para a salvação do nosso próximo através da doação de recursos financeiros, de tempo, dons, talentos e, se
necessário, da própria vida.
Podemos conjecturar que o homem
sofredor, alvo da ação de compaixão
do bom samaritano, ficou grandemente agradecido com o gesto de amor
que o salvou, e esse sentimento o faria
atender qualquer pedido feito pelo seu
benfeitor. No caso em questão, não tem
espaço para dúvidas de que as ações de
compaixão abrem as portas do coração
Convenção de Pequenos Grupos
13
para as verdades eternas que trazem
salvação, é o convite, vem e Segue-me
que precisa ser atendido por milhões a
nossa volta e que deve ser proclamado
por cada PG desejoso de salvar pessoas
do pecado para o reino de Deus.
A partir dessa assertiva, as palavras
de João da Cruz, um frade do décimo sexto século, venerado como santo pelos católicos, de que “Missão é levar amor onde
não tem amor” é uma grande verdade a
ser seguida na ação dos pequenos grupos. (Priddy, M. & Roxburgh, A. 2010)
Podemos realizar várias ações de
bondade, como fazer doações em dinheiro, doar alimentos, ser voluntário em
projetos de caridade, falar que estamos
como um pequeno grupo atendendo as
necessidades das pessoas, mas isto não
significa que estamos amando. Amar é
estar em relacionamento com os outros
que não tem esse amor que a missão
proclama, e esta ação pode exigir de
nós mais do que imaginamos, é levar em
nossos sentimentos aqueles a quem servimos com os atos de bondade, o que nos
fará clamar ao senhor para ter a presença física dessas pessoas ao nosso lado,
no círculo relacional do pequeno grupo.
Levar amor onde não tem amor é
mais do que convencer os homens a receberem uma oração, ou convidá-los a virem
para a reunião do pequeno grupo, e sim
estar disponível para eles nos momentos
mais difíceis de suas vidas; este conceito
14
Convenção de Pequenos Grupos
é definido nas palavras de Francisco de
Assis, “pregue o evangelho a todo tempo,
e se possível use palavras”. É claro que
a missão exige a proclamação do nascimento, morte, ressurreição, e a segunda
vinda de Cristo e as exigências da lei de
Deus, contudo, para que a missão consiga
o seu objetivo final, é necessário que vivamos na prática o que pregamos.
A execução do programa Meu
Talento, Meu Ministério através
dos Pequenos Grupos
Já imaginou uma comunidade de
crentes que aceitaram o sacrifício de
Cristo e foram beneficiados com dons
e talentos outorgados pelo Espírito, dedicando de bom grado, esses dons espirituais para o bem da comunidade? Já
pensou se o médico, o enfermeiro, o mecânico, o professor, o padeiro, o odontólogo ou qualquer discípulo de Cristo que
tenha algum talento, decidisse dedicar
algumas horas durante a semana para
fazer alguém da comunidade feliz? Faríamos mais contatos amistosos, conquistaríamos a confiança de mais pessoas e
inúmeras portas seriam abertas para que
nossos amigos conhecessem o reino de
Deus. Ellen White confirma isso, ao dizer:
“pode haver cristãos advogados, cristãos
médicos, cristãos comerciantes. Cristo
pode ser representado em toda profissão
legítima (WHITE, 2004, p. 111).
De fato, cada pessoa pode desem-
penhar o seu sacerdócio, participando
da proclamação do evangelho eterno
com a porção de talentos que recebeu do Senhor. Quando Moisés estava
diante do mar Vermelho, com o exército egípcio às costas, perseguindo o
povo hebreu, o Senhor pediu que o líder de Israel usasse o seu cajado para
abrir as impetuosas águas daquele mar
e, pela fé, um dos maiores milagres de
que essa terra foi palco aconteceu.
Da mesma forma, hoje o Deus Todo-Poderoso convoca os súditos de Seu
reino para dedicarem o que receberam
do Senhor, para abrirem o mar das incertezas e dos medos, e para operarem a
libertação da escravidão dos vícios e das
algemas do pecado, que fazem homens
e mulheres sucumbirem sem esperança.
Um ministério cheio de poder está à disposição de todo aquele que atender ao
chamado do mestre. “Homens não chamados ao ministério evangélico devem
ser animados a trabalhar para o Mestre segundo suas diferentes habilidades
(WHITE, 2004, p. 109).
Entretanto, para colocar em prática o
sonho do Senhor, terão que se levantar
crianças, jovens, adultos, idosos, homens
e mulheres corajosos, que não amem
a vida mais do que a salvação dos que
estão perecendo nas garras do pecado,
levando o fardo de suas consequências.
O Senhor Jesus chama os seus discípulos a carregarem sua cruz, a negarem
a si mesmos (Mateus 16:24), e esse chamado também pode se aplicar à renúncia que, muitas vezes, teremos que fazer
para espalhar as novas de salvação entre
os amigos da nossa comunidade. Segundo Ellen White, “se aqueles cujo trabalho
lhes toma a maior parte do tempo, exceto os domingos e feriados, em vez de
despender esse tempo em seu próprio
prazer, usassem-no como uma bênção
para outros, estariam a serviço da causa
de Deus. Vosso exemplo ajudará outros a
fazer alguma coisa que redunde em glória para Deus” (WHITE 2004, p. 76).
Para uma geração de discípulos que
vivem em um século em que a sobrevivência exige uma correria desenfreada,
seria quase que impossível obedecer
aos apelos do Senhor, mas é exatamente nessas condições que será revelado
quem está disposto a renunciar a seu
fim de semana, a um feriado ou talvez
a uma folga do trabalho para servir as
pessoas da comunidade.
Passos a serem seguidos na
execução das ações de compaixão realizadas pelo PG.
E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e
vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai. João 1:14
O curto periodo de tempo que Jesus
viveu entre os homens, traz revelações
poderosas de como deve ser a forma no
empreender esforços, na tentativa de ministrar aos que estão longe de Deus e
precisam do nosso toque de compaixão.
Entre os vários nomes que o Filho de
Deus recebeu, Emanuel, Deus Conosco,
tem um significado único para a prática da
evangelização. Esse título evoca proximidade, empatia, cumplicidade, ele é relacional;
por amor à humanidade, o Salvador encarnou, vestiu a roupa humana e sentiu as
dores e os dilemas que todos nós enfrentamos, pois Ele queria de fato ser um de nós.
Jesus veio à terra para salvar todo mundo (João 3:16), mas ele iniciou a sua obra
em um local específico do planeta, a galileia. Lá, ele dedicou tempo e energia para
abençoar a todos que estavam desejosos
de entregar-lhes o coração. Curou, ensinou,
alimentou, ressuscitou e abençoou a todos
os sofredores que estavam a sua volta.
A ação dos pequenos grupos também
precisa ser seguir o mesmo princípio,
um local deve ser selecionado para que
o amor possa ser derramado nos seus
moradores, através de relacionamentos
transformadores. Os vizinhos necessitam
ser impactados com os atos de compaixão e a presença desinteressada daqueles que foram salvos pelo mestre.
Podemos dizer que o estilo de vida de
um PG necessita ser missional, ou seja, todos os seus integrantes precisam perseguir
o senso de missão que se expressará através de atidudes relacionais e intencionais.
Existem pequenos grupos que visam
atender um grupo especial de pessoas,
e são denominados pequenos grupos de
ajuda. Eles atendem aos mais diversos
tipos de grupos especiais, tipo: dependentes químicos, mães e pais solteiros,
divorciados, grávidas, etc. Caso o seu
PG não seja formato para atender a um
tipo especial de necessidade, segue alguns passos para a realização de ações
de compaixão em prol da comunidade.
1. Para que as ações do pequeno
grupo sejam realizadas de forma satisfatória, envolvente e motivadora, se faz
necessário compreender quais são as
principais necessidades das pessoas que
residem na geografia onde o PG atua.
Verificar os índices de desemprego, moradia, saúde, educação, segurança, lazer,
ou outros aspectos que são importantes
para uma determinada região, como a
cultura, costumes, etc. são fundamentais
para a elaboração de um plano de ação
para as ações do pequeno grupo.
2. Descubra quais os projetos que
mais se identificam com a maioria dos
componentes do grupo;
3. Não espere da igreja os recursos
para a aquisição dos materiais necessários
ao projeto que se quer realizar. O ideal é
que os valores para a execução sejam divididos e desembolsados pelo próprio grupo.
4. Não canse os componentes do
pequeno grupo com projetos demorados. O ideal é que as ações demorem de
duas a duas horas e meia, no máximo.
5. É importante que, a cada quatro
ou seis semanas, o grupo realize alguma
ação em prol da comunidade.
6. Se você é o líder, não se preocupe
com os possíveis erros na execução do
projeto. Se ocorrerem erros, isso é sinal
de que alguma coisa está sendo feita. A
prática trará os acertos.
7. Também é importante que todos
tenham a oportunidade de ministrar à
comunidade sozinhos. Não é necessário
que o pequeno grupo tenha uma agenda
a cumprir, pois cada seguidor de Cristo
deve exercer o seu próprio sacerdócio.
8. Quando o território de uma igreja é
dividido pelos pequenos grupos que dela
fazem parte, haverá mais possibilidades de
que os componentes atuem perto de casa.
Para isto, é necessário, entretanto, que a
distribuição das tarefas siga o critério geográfico. No entanto, pode-se fazer essa
distribuição com base no critério da afinidade. Mesmo assim, a atmosfera de evangelismo acontecerá toda vez em que os
membros trabalharem juntos pelo próximo.
Sugestão de projetos de
compaixão que podem ser realizados pelos PG’s
} Entrega de frutas, pães integrais
ou suco de uva na vizinhança
} Água fria –Visite locais onde há
pessoas sedentas (locais de caminhada,
etc.) e ofereça copos d’água fria.
} Visitação aos hospitais
} Entrega de enxovais para grávidas
} Call Center da Esperança: Enviar
mensagens telefônicas para os amigos
do bairro;
} Distribuição de abraços nos principais pontos de fluxo de pessoas (Entregar um convite para a semana santa)
}Contar histórias para crianças
carentes (montar uma tenda com livros
para leitura)
} Entrega de alimentos para famílias carentes, ou moradores de rua
} Lavagem gratuita de carro
} Visita a pessoas nos presídios
} Visita a asilos ou orfanatos
} Distribuição de sopa para famílias
carentes
} Arrecadação de brinquedos para
crianças carentes
} Distribuição de limonada gelada
ou chá quente nas estações de ônibus/
metrô, nos períodos de calor e frio respectivamente
Jair Miranda
Dep. ASA, Saúde/Min. Especiais-APL
Referências Bibliográficas:
Mark Priddy and Al Roxburgh, “Series Preface,” in
Missional Small Groups: Becoming a Community That
Makes a Difference in the World (Allelon Missional Series;
Grand Rapids, MI: Baker Books, 2010), 34.
SIDER, R. J.; OLSON, P.N; UNRUH, H. R. Churches that
make a diference: reaching your community with good
news and good works. Grand Rapids: Baker Books, 2002.
SJOGREN, S. Conspiracy of kindness: a unique aproach
to sharing the love of Jesus. 3 ed. Ventura, CA: Regal, 2003.
WHITE, E. G. Beneficência social. Tatuí-SP: Casa Publicadora Brasileira, 2004.
______. A ciência do bom viver. Tatuí-SP: Casa Publicadora Brasileira, 2009.
Convenção de Pequenos Grupos
15
INVISTA NO
LÍDER ASSOCIADO
16
Convenção de Pequenos Grupos
“Q
uanto aos melhores líderes,
as pessoas não percebem
sua existência.” Lao Tsu
É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas. Se um
cair, o amigo pode ajuda-lo a levantar-se.
Mas pobre do homem que cai e não tem
quem o ajude a levantar-se! (Ec. 4.9 e 10)
O tipo de líder necessário
Um determinado tipo de líder é necessário para compartilhar a liderança
do grupo com seu líder associado. Tornar-se esse líder começa por ser a pessoa certa, e isso parte do coração. Para
compartilhar a liderança é necessário
ser um líder-servo. O melhor líder de
pequeno grupo do mundo de todos os
tempos disse: “Pois nem mesmo o Filho
do Homem veio para ser servido, mas
para servir...” (Mc. 10:45). Jesus também
disse: “Mas entre vocês não pode ser
assim. Pelo contrário, o mais importante
deve ser como o menos importante; e o
que manda deve ser como o que é mandado” (Lc. 22. 26). Se sua abordagem
for como servo, vai construir parcerias
e compartilhar a liderança. A liderança
nunca pode ser vista como um jogo de
poder ou exaltação do ego.
No livro Liderando Com a Bíblia, os
autores afirmam: Para ser um líder-servo
você não pode ter um ego grande. Eles
definem ego com um acróstico em inglês
usando as primeiras letras das seguintes
palavras, Edging God Out, que significa, deixando Deus de fora, ou excluindo
Deus. Eles explicam, um ego grande não
pode coexistir com um coração de servo porque coloca a preocupação consigo
mesmo à frente do serviço ao próximo e
da vontade de agradar a Deus. Os líderes
não pensam menos de si mesmo, eles
pensam menos em si mesmos.
Jim Collins descreve essa dualidade da
liderança no “Nível 5”, o que significa: Liderança modesta, mas mesmo assim intencional; humilde, mas ainda assim, destemida. Segundo a hierarquia de liderança
de Collins, o líder “Nível 5” representa o nível mais elevado de liderança. Trata-se de
alguém que, em termos bíblicos, consegue
Trabalhar bem com
seu líder associado –
discipular, pastorear, e
capacitá-lo – vai prevenir
você do esgotamento
e vai levar seu grupo
pequeno a grandes
resultados. Lembre-se
que seu papel principal
como líder-servo é
pastoreá-lo.
combinar a humildade de Cristo com a
paixão de Cristo pelo Reino de Deus.
Uma das primeiras coisas que você
pode fazer como líder é conversar com
seu líder associado sobre o porquê da
existência do grupo. Os participantes
do pequeno grupo, geralmente, chegam
com expectativas e desejos pessoais. À
medida que você se reúne para orar e
planejar, certifique-se de que seu líder
associado sabe o que significa liderança compartilhada e o que você deseja
que alcancem juntos. Continue sendo o
líder-servo do grupo, mostrando a ele
como agir sem querer controlar as pessoas. Além das expectativas, qualquer
novo líder precisa ter uma compreensão
de propósito, assim como certa clareza
sobre os valores e objetivos do grupo,
papéis individuais, normas e procedimentos de tomadas de decisão.
Cuidados com os comportamentos disfuncionais:
}
Falta de confiança – Quando um
líder admite suas fraquezas está convidando outros para participarem da liderança, preenchendo as lacunas do que
ele não conseguia fazer. Ninguém consegue fazer tudo, e esse tipo de vulnerabilidade permite que todos no grupo
contribuam significativamente de alguma forma. Passar tempo juntos e falar
sobre fraquezas gera confiança.
}Medo de conflitos – Se você evita
conflitos, nunca será relacionalmente forte.
O conflito é uma fase natural em qualquer
parceria, grupo ou equipe. Enfrente-o tendo
a Bíblia como base (veja Mateus 18:15-20).
}
Falta de Compromisso – A falta de conflitos saudáveis leva à terceira
disfunção: a incapacidade de comprometer-se. Quando os membros do grupo não
expõem suas opiniões em debates acalorados e abertos raramente se comprometem com as decisões, apesar de fingirem
concordar durante as reuniões. Separe
tempo para avaliar opiniões e dialogar.
}
Evitar a prestação de contas – A
prestação de contas é necessária numa
comunidade e liderança autêntica. Por
isso ela deveria ser acordada e cobrada
por cada um dos membros do grupo.
}
Falta de atenção para com
os resultados – Acontece quando os
membros do grupo colocam suas necessidades pessoais (como ego, ou as
expectativas) acima dos objetivos coletivos. Sabemos que os resultados não
dependem apenas de nós. Mas isso não
nos isenta de nossa responsabilidade.
Capacite-o para prosseguir
Trabalhar bem com seu líder associado – discipular, pastorear, e capacitá-lo
– vai prevenir você do esgotamento e vai
levar seu grupo pequeno a grandes resultados. Lembre-se que seu papel principal
como líder-servo é pastoreá-lo. E para
fazer isso de forma mais eficiente, você
precisa ir ao encontro dele no nível em
que ele está, não onde você gostaria que
estivesse ou pensa que deveria estar. Há
uma grande diferença nisso. Invista nele,
Ken Blanchard afirma: “Não há nada tão
desigual quanto a igualdade de tratamento entre os desiguais.”
Capacitar tem tudo a ver com
transferir, para que outros
possam prosseguir.
Pastoreie seu líder associado
enquanto ele pastoreia os demais
membros do pequeno grupo.
Por Carlos Augusto de Andrade Sobrinho MIPES/UNeB
Adaptado de Michael Mack, Líderes Livre de
Esgotamento
Convenção de Pequenos Grupos
17
18
Convenção de Pequenos Grupos
Visão
Alcançar e discipular a geração pósmoderna por meio de comunhão, relacionamento e missão.
Filosofia
PG My Style é composto por um grupo de pessoas que se encontra semanalmente para ampliar seu grau de comunhão, relacionamento e missão. Esse
grupo também realiza desafios externos
relevantes para a comunidade, através
de atos de compaixão.
À medida que o PG My Style constrói
um relacionamento estável e verdadeiro
e alcança novos amigos, o grupo cresce
porque os líderes são treinados e, consequentemente, o grupo está pronto para
formação de novos líderes e multiplicação.
Logomarca
O
avanço tecnológico revolucionou
o mundo. O surgimento do telefone, TV, luz, videogame, computador, internet, etc., trouxe muitas soluções
e um grande problema para a juventude.
A modernidade diminuiu o grau de relacionamento entre os jovens. Antes, o
relacionamento era mais pessoal; hoje,
está mais virtual, com alta tecnologia e
baixa interação. Literalmente, o estilo de
vida jovem foi alterado.
Existe uma carência muito forte em
nossa juventude chamada: RELACIONAMENTO. Toda “rede social” que é lançada atrai a nossa moçada. Eles também
gostam de grupos, tribos, etc. No fundo,
eles gostam de se relacionar.
Por isso, o Ministério Jovem da União
Nordeste Brasileira oferece uma proposta bem definida, clara, para suprir esta
lacuna e necessidade da juventude, chamada PG MY STYLE. A ideia é que a base
de relacionamento da nossa juventude
(PG) seja o seu estilo de vida.
O símbolo foi desenhado para
ser muito mais do que uma logomarca. O desenho pretende refletir um estilo de vida, de uma geração diferente, apaixonada pela
vida em comunidade.
Esse logo será usado em diversos itens, como camisetas, bonés,
chaveiros, etc.
Nome
O nome reflete um novo jeito de viver em comunidade, tendo por base, o
estilo relacional vivido pela igreja primitiva encontrado em At 2:46.
“Diariamente perseveraram unânimes no templo, partiam pão de casa em
casa e tomavam as suas refeições com
alegria e singeleza de coração”
Os nomes das redes sociais mais
usadas pela juventude são em inglês
(facebook, youtube, twitter, instagram,
tumblr, snapchat, whatsApp, etc.). Por
isso, misturamos o português com o
inglês apenas para dar uma roupagem
jovem e atual.
Segue o significado:
1. PG – Pequeno grupo
2. My Style – Meu estilo
Portanto...
PG My Style é a principal rede de relacionamento
dos jovens adventistas do 7º Dia.
Convenção de Pequenos Grupos
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Dicionário
1. Casa – local onde acontecem encontros semanais com os membros do
PG My Style.
2. Encontro – reuniões do PG My
Style. Podem ser nas casas ou em outros lugares informais.
3. Desafios – ações externas, diferentes, relevantes e inusitadas que o
PG My Style realiza em favor da comunidade. Mensalmente serão postados
nas redes sociais (Face: AdventistasNordeste, etc).
4. Mega Encontro – encontro trimestral de todos os PG My Style de um
distrito (Assembleia).
Encontro do PG My Style
É o momento, INFORMAL, onde os
membros e amigos do PG My Style se
reúnem semanalmente. É um verdadeiro
“encontro de amigos” onde acontece:
1. Louvor – recomendável música
“ao vivo” com uso de instrumentos, como
por exemplo, o violão. Caso contrário,
deve ser usado cd e/ou dvd. O que não
sugerimos é cantar sem uso de um aparelho de som ou instrumentos musicais.
2. Agradecimentos / pedidos / oração – momento do grupo orar uns pelos
outros, compartilhar alegrias, sonhos, etc.
3.Testemunho – a ideia é que a
cada encontro um membro do grupo
expresse como foi o seu encontro com
Cristo, outros podem compartilhar as
bênçãos recebidas, etc.
4. Discussão da Lição – sugerimos
o uso da lição específica do PG My Style produzida pela UNeB. Os temas po-
20
Convenção de Pequenos Grupos
dem ser divulgados semanalmente para
que todos tenham condições de dar uma
olhada em outros materiais para poderem
contribuir com opiniões. A proposta é que
o mediador provoque a participação do
grupo e faça um fechamento no final.
5. Lanche (Esse será o marco do
PG My Style) – baseado em AT 2:46b
- “partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e
singeleza de coração”.
Essa não é uma ordem pré-estabelecida. O grupo pode escolher a sequência.
Nestes encontros também acontecem, constantemente, celebrações como
aniversários, datas especiais, chegadas
de novos membros do PG, etc. O grupo
também pode desenvolver atividades
que despertem o relacionamento interno como passeios, filmes, caminhadas, etc.
O PG My Style é um espaço apropriado para convidar
amigos, por isso, em todas
as reuniões cada jovem
pode e deve convidar os
seus amigos especiais.
É um verdadeiro evangelismo relacional.
Desafios
São ações externas, diferentes, relevantes e inusitadas
que o PG My Style
realiza em favor
da comunidade. Estas ações, lançadas
através das redes sociais, são mensais
e pontuais. Poderão ser comunitárias,
sociais e/ou missionárias. Cada PG My
Style também pode realizar semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente desafios propostos pelo seu próprio
grupo. A ideia é: Um PG intencional e
relevante.
Espaço My Style
É um lugar específico que a juventude do PG MY Style se encontrará, a cada
manhã de sábado, para aprofundarem
mais ainda sua comunhão, seu relacionamento e sua missão. Na verdade, a
Escola Sabatina Jovem receberá uma
nova roupagem chamada de “Espaço
My Style”. Na medida do possível, personalize a sala, faça plotagens, use banners, coloque puffs, use tvs, músicas
“ao vivo”, enfim, deixe o espaço a
cara dos seus jovens.
Na União Nordeste Brasileira, a nossa grande meta é que o seu PG tornese, no sábado pela manhã, a sua Escola
Sabatina Jovem.
Palavras-chave
1. Comunhão
2.Relacionamento
3. Missão
4.Discipulado
5. Compaixão
Aplicativo
O aplicativo PG My Style, está disponível para os celulares com sistema Android, IOS e Windows Phone. Você pode
visualizar os desafios mensais, as lições,
participar do bate papo, ver fotos da galera, ver os vídeos, saber onde tem um
PG My Style próximo de você, etc.
Maranata!
Pr. Rafael Santos
Ministério Jovem - UNeB
Quero implantar o PG
My Style na minha
igreja, e agora?
1. Converse com o pastor e a liderança da igreja sobre o PG My Style;
2. Escolha o local (casa) dos encontros (reuniões). Não aconselhamos
que este local seja nas dependências da igreja. O ideal é ser na casa
de um componente do grupo ou em
um local informal;
3. Faça um marketing pesado sobre o
PG My Style na sua igreja, convoque
os seus jovens (Use os vídeos promocionais, etc.) e faça o lançamento oficial;
4. Crie um grupo do WhatsApp com a
galera;
5. Implante o mentoreamento (Cada
jovem cuidando de um jovem amigo
do próprio grupo);
6. Integrantes com a camiseta oficial do PG My Style;
7. Realize encontros (informais) semanais com lanche (marco do PG
My Style) e encontros externos
(Passeios, filmes, caminhadas, etc.)
para aprimorar o relacionamento
interno do grupo;
8. Implante o “Espaço My Style” na
sua igreja;
9. Cumpra Desafios externos semanais, quinzenais ou mensais... (Poste as fotos dos cumprimentos dos
desafios, nas redes sociais, usando
#PGMyStyle;
10.Participe do Mega Encontro trimestral e do Congresso My Style do
seu Campo no final do ano.
PG MY Style é a base
do Ministério Jovem da
União Nordeste Brasileira.
Faça essa revolução
acontecer na sua igreja
e, certamente, sua
juventude desfrutará de
um novo jeito de viver em
comunidade.
Convenção de Pequenos Grupos
21
INTEGRAÇÃO
UNIDADE
DE AÇÃO E PG
22
Convenção de Pequenos Grupos
N
otoriamente percebe-se, nos
primórdios da igreja adventista,
como foi pontual a presença da
estrutura dos PGs (Pequenos Grupos). A
ES (Escola Sabatina) dividida em classes , o estudo da Bíblia nos lares das
famílias , a formação de grupos de estudo nas reuniões campais e a formação de grupos missionais são alguns
dos exemplos encontrados na história
da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Portanto, o interesse por este tipo de estrutura se justifica nos relatos históricos
que fundamentaram o movimento nas
suas primeiras décadas de existência ,
em especial, na insistência de Ellen White, relatada em seus escritos, de como a
igreja deveria organizar-se para melhor
estudar a Bíblia e, no uso dos dons, envolver-se na missão evangelística. Não
há dúvidas do quanto foi imprescindível essa estrutura para a manutenção
e crescimento da igreja, especialmente
após os anos de 1850.
Silvia Cristina Scholtus, Doutora
em Teologia na Universidade Adventista Del Plata, retrata pelo menos
quatro impactos positivos que os PGs
causaram no movimento: 1. A igreja
presenciou um grande avanço e diferentes departamentos e ministérios
precisaram ser criados como resultado
do forte crescimento interno e evangelização; 2. Tornou-se possível prestar
atendimento mais próximo, especialmente das famílias mais isoladas; 3. As
reuniões fortaleceram o crescimento
espiritual e tornaram mais acessíveis a
preparação das pessoas para a propagação da mensagem profética; e, por
fim, 4. facilitou o evangelismo interno
e externo de acordo com as necessidades e funções a serem realizadas .
Jolivê Chaves também comenta que as
igrejas mais prósperas em crescimento
atualmente têm sido as que se esforçam para viverem e se multiplicarem
em sistema de PGs . Portanto, não é de
surpreender que Ellen White escrevesse de forma incisiva que esse modelo
de organização deveria ser a base de
trabalho ativo tanto interno quanto externo da igreja.
O modelo ideal
Uma reunião com testemunhos pessoais, momentos dedicados à oração,
estudo da Bíblia, a socialização e a ação
missionária são algumas das sugestões
que devem embasar a estrutura de PGs
para a igreja adventista segundo os
relatos de Ellen White. Apesar de não
serem denominadas com o título de
pequenos grupos, claramente percebe-se que a dinâmica das reuniões era
exatamente a mesma sugerida hoje por
alguns campos nos encontros semanais
dos PGs . Claro que, embora existam
modelos e sugestões variadas, pois alguns propõem uma estrutura menos ortodoxa e mais relacional, enquanto que
outros aconselham uma estrutura mais
voltada ao evangelismo, é fundamental
que formatemos o nosso modelo com
base na revelação de Deus expressa na
Bíblia e no Espírito de Profecia.
Para Alberto Tim, diretor associado
do White State, o modelo proposto pela
Bíblia e pelo Espírito de Profecia é o que
unifica as duas ideias contrapostas, ou
seja, os PGs, além de relacionais, precisam também ser ativos no estudo da
Bíblia e na missão evangelística. Entre
tantas explanações, Timm faz menção
da declaração de Ellen White na qual
A unificação da unidade
de ação com os
pequenos grupos pode
ser feita da maneira
que mais se ajusta
à realidade de cada
igreja. A forma como
deve ocorrer não deve
ser engessada e deve
levar em consideração
a geografia, os laços
de amizade existentes
entre os membros e as
suas afinidades.
ela afirma que uma igreja para ser viva
precisa ser ativa . Ele comenta ainda
que há atualmente variados modelos
de PGs com objetivos distintos, mas
argumenta que os PGs terão mais êxito
se houver, em sua estrutura, uma aproximação do ideal deixado por Cristo
no meio apostólico, onde a comunhão,
socialização, ensino, estudo da Bíblia,
capacitação e evangelismo eram as
prerrogativas do grupo.
Problemática
Uma vez que a importância e valor dos pequenos grupos para a igreja
adventista são indiscutíveis, onde reside então a interminável dificuldade de
sua manutenção? Relativamente não é
difícil desenvolver protótipos, preparar e
capacitar líderes e formar pequenos grupos, a dificuldade sempre foi: por quanto
tempo o pequeno grupo, recém-formado, permanecerá ativo até extinguir-se?
Inevitavelmente, é esta a pergunta que
naturalmente surge devido ao grande
número de PGs que nascem e entram
em falência todos os anos. Portanto,
uma vez que os PGs são fundamentais
para a manutenção espiritual e crescimento da igreja, como resolver este real
problema? Se a formação de PGs, segundo Ellen White, foi apresentada por
Aquele que não pode errar , onde, possivelmente, podemos estar desalinhados
em sua estruturação e proposta? Será
que existe um modelo ideal que vingue
os investimentos, trabalhos e estratégias para a manutenção dos PGs?
Conflito e sugestão
Como vimos, não há dúvidas quanto
ao modelo de estrutura que deve reger
o PG especificamente adventista. Também não há nenhum conflito quanto à
elaboração de protótipos, treinamentos, capacitação de líderes, multiplicação e formação de novos PGs. Talvez
a única dificuldade prevista seria se
estes pequenos grupos funcionariam
paralelamente às unidades de ação da
escola sabatina ou se a unificação de
ambos facilitaria o trabalho e a proposta dos mesmos.
Convenção de Pequenos Grupos
23
Todos hão de concordar que a estrutura mais sólida existente na igreja
adventista atualmente é, sem dúvida,
a escola sabatina. Observando atentamente as declarações de Ellen White, especialmente a partir dos anos de
1863, percebemos que as unidades de
ação da escola sabatina, assim como
a divisão em grupo nas campais e os
encontros de estudos da Bíblia nos
lares, estavam, nos tempos dos pioneiros, exatamente fundamentados
no que chamamos hoje de pequenos
grupos. Isto significa que as unidades
de ação foram elaboradas para suprir
a mesma demanda que é exigida pelos PGs de hoje. Com base nisto, podemos inferir que os PGs não deveriam atualmente ser um concorrente
da unidade de ação, mas ela mesma
em uma única unidade.
É possível preceituar, com base sólida, que se as unidades de ação e os
pequenos grupos forem apenas um ao
invés de concorrentes entre si, poderemos sugerir uma solução para o maior
de todos os problemas, o da sua subsistência. Se apoderando da solidez
da escola sabatina, os pequenos gru-
24
Convenção de Pequenos Grupos
pos teriam uma identidade e robustez
mais eficiente e duradoura. Convenhamos, embora os nomes sejam diferentes, na realidade, a unidade de ação é
no mais alto grau um pequeno grupo.
Isto significa que, enquanto permanecerem separados, teremos na prática
e na filosofia dois pequenos grupos
distintos e separados funcionando
paralelamente na igreja. Esta talvez
seja uma das implicações que tem
dificultado a absorção da ideia dos
PGs perante os membros. Creio que
a unificação de ambos ou extinção da
unidade de ação para a inserir em seu
lugar o PG atenderia perfeitamente as
sugestões de Ellen White sobre a elaboração de pequenos grupos na igreja
com o objetivo de haver crescimento
espiritual, oração, estudo da Bíblia,
testemunho e evangelismo, resultando
consequentemente em crescimento e
multiplicação.
Como unificar
A unificação da unidade de ação
com os pequenos grupos pode ser feita
da maneira que mais se ajusta à realidade de cada igreja. A forma como deve
ocorrer não deve ser engessada e deve
levar em consideração a geografia, os
laços de amizade existentes entre os
membros e as suas afinidades. Para as
igrejas maiores localizadas em cidades
grandes, logicamente, onde se projetam as maiores dificuldades em dividir
a igreja em pequenos grupos, pode ser
feito, levando em consideração a geografia. Salvo em casos em que algumas
pessoas estejam dispostas a atravessar
a cidade para fazer parte de um determinado pequeno grupo. A sugestão
para esse tipo de organização segue o
seguinte raciocínio:
1. Previamente reúna os coordenadores e líderes de PGs escolhidos
(Sugestão flexível: diretora da Escola
Sabatina como coordenadora e os professores como os líderes de PG), por um
período mínimo de um mês e no máximo de três meses, com reuniões semanais. Nós chamamos esta reunião de
protótipo. Este é o momento em que o
pastor terá a oportunidade de ajudá-los
a compreender a importância e relevância dos pequenos grupos para a igreja,
além de capacitá-los para o exercício
da liderança. Em seguida, após o período de capacitação no protótipo, escolha
uma data (Um sábado) para efetivar a
divisão da igreja em PGs. Ao chegar a
data escolhida:
2. Anuncie na igreja pelo sábado de
manhã, mesmo que consuma todo horário, que a partir de agora não existirá
mais unidade de ação, mas pequenos
grupos. Observe, não é o fim da escola
sabatina, apenas da unidade de ação.
Aos membros perceberem que não
existe mais unidade de ação e que não
estão mais matriculados, contribuirá
psicologicamente a aderirem à filosofia
de pequenos grupos. O próximo passo
seria:
3. Chame os antigos professores
da escola sabatina, os que passaram
pelo processo de capacitação no protótipo, para frente na igreja e os chame a
partir de agora de líderes de pequenos
grupos. Peça que cada um desses novos
líderes apresente o bairro em que cada
PG funcionará e permita que transite
pela igreja para cadastrar os membros
em um desses pequenos grupos criados a partir deste momento, levando
especialmente em consideração a localização geográfica. Para este fim, os
professores e a diretora de escola sabatina precisarão estar antecipadamente
alinhados com o pastor.
4. Ao passar alguns minutos ou horas, 80% dos membros estarão inscritos
em algum pequeno grupo. Os demais
20%, provavelmente formarão futuramente um novo PG ou, por perceberem
que ficarão deslocados por não fazerem
parte de um PG, em algum momento se
engajarão.
5. Neste momento, chame um PG
por vez na frente, apresente-os a igreja,
peça que já escolham o nome, o verso e
o hino oficial. Na frente da igreja, quando chamar um PG por vez, tire uma foto
de cada PG criado e elabore um cartaz
com as fotos destes PGs para ser fixado
no mural da igreja e apresentado nas
programações perante os membros.
6. Retire as plaquinhas que serviam
de identificação para as unidades de
ação e coloque no lugar placas de iden-
tificação dos pequenos grupos criados.
7. Ao concluir a organização da
igreja em PGs, apresente em um sermão bem elaborado, a necessidade
da estruturação dos pequenos grupos.
Apresente o alicerce teológico, sociológico, escatológico e missiológico. Desta forma, os duvidosos também terão a
oportunidade de sanar a dúvida e de se
tornar um aliado na manutenção dos
pequenos grupos.
8. Elabore uma escala de visitação
aos pequenos grupos em suas reuniões
das sextas-feiras e repasse a todos os
líderes. Desta forma eles perceberão
que o pastor está comprometido com a
filosofia e que precisam estar bem estruturados para receber a sua visita.
9. Crie um grupo do WhatsApp para
se comunicar com estes líderes, além de
solicitar que cada PG também tenha o
seu grupo no WhatsApp, com o objetivo
de viabilizar a comunicação entre eles.
10.Faça com que todas as atividades da igreja funcionem via PGs. Isto
fortalecerá o propósito e unidade dos
grupos.
11.Eleja o(a) diretor(a) da Escola
Sabatina para ser o (a) coordenador (a)
dos pequenos grupos ou escolha alguém
que faça um trabalho conjunto com o
(a) diretor (a) atual. Nas igrejas em que
já exista um (a) coordenador (a) que
não seja diretor (a) da escola sabatina,
pode-se eleger este (a) coordenador (a)
como secretário (a) dos PGs ou coordenador (a) associado (a), com o objetivo
de tentar manter a coordenação com a
direção da ES.
12.Mensalmente deve haver o gerenciamento. Todo primeiro sábado do
mês o pastor deve estar com sua equipe
de coordenadores e líderes de pequenos
grupos para ajudar a manter o foco,
motivar o grupo e capacitá-los para os
trabalhos ativos que promoverá futuramente a multiplicação dos PGs.
Conclusão
A sugestão apresentada foi posta
em prática em uma das maiores igrejas
da Associação Cearense, igreja Central
de Sobral, uma congregação em que a
implantação de pequenos grupos, na
visão de alguns, seria quase que impossível. Todavia, seguindo os passos
apresentados neste artigo, não houve
nenhuma dificuldade para a divisão e
implantação. Hoje a igreja possui 14
pequenos grupos bem ativos com líderes e membros envolvidos. Todas as
atividades da igreja, sejam relacionais,
estudo da Bíblia, oração e missão, são
planejadas levando em consideração a
atuação de cada pequeno grupo.
Conforme revelado por Deus, não
precisamos elaborar um novo projeto
de pequeno grupo. Nós já temos uma
estrutura altamente sólida e que deve
ser a base de sustentação dos pequenos grupos. Desta forma, não teremos
mais as preocupações decorrentes de
grupos que iniciam suas atividades em
plena motivação, porém que se consome ao longo do percurso até extinguirse. O pequeno grupo, com reuniões
semanais na sexta-feira, deve ser exatamente o mesmo reunido no sábado
pela manhã na escola sabatina para
o estudo da Lição. Dessa forma, o PG,
no sábado, sendo uma classe da escola sabatina fará por si o que nenhuma
outra estrutura ou ideia foi capaz de
fazer até o momento para garantir a
sua subsistência. A lógica é que a solidez da escola sabatina tornará sólido
também os pequenos grupos.
Gilberto Theiss – Pastor na Associação Cearense
Bibliografia:
Silvia Cristina Scholtus, Ellen White e os pequenos grupos
[Pequenos grupos, aprofundado a caminhada], p. 92. Ibid
Egil H. Wensell, História da Igreja Adventista y su Desarrollo
Doctrinal, [Libertador San Martín, Entre Ríos: Colégio
Adventista del Plata, 1989], p. 49).
Evangelismo, p. 115
Egil H. Wensell, História da Igreja Adventista y su Desarrollo
Doctrinal, [Libertador San Martín, Entre Ríos: Colégio
Adventista del Plata, 1989], p. 49).
Silvia Cristina Scholtus, Ellen White e os pequenos grupos
[Pequenos grupos, aprofundado a caminhada], p. 97
Jolivê Chaves. Pequenos grupos, teoria e prática, p. 43.
Ellen White, Testemunhos Seletos, v.3, p. 84
Ver Russel Burrill. Recovering na Adventist Approach to the
Life and Mission of the Local Church, p. 219.
Alberto R. Timm, Implicações Eclesiológicas (Pequenos
grupos, aprofundando a caminhada], p. 83. Ver Ellen White,
Serviço Cristão, p. 83.
Apud Cícero Gama, Diferentes modelos de pequenos grupos,
[Pequenos Grupos, aprofundando a caminhada], p. 121.
Ellen White, Testemunhos Seletos, v.3, p. 84.
Convenção de Pequenos Grupos
25
PLANEJAMENTO
E ATIVIDADES DOS PG’s
“Pois qual de vós
pretendendo construir
uma torre, não se
assenta primeiro para
calcular a despesa e
verificar se tem meios
para concluí-la?”
Luc. 14:28
26
Convenção de Pequenos Grupos
E
ste texto se refere ao discipulado
cristão, mas, podemos aplica-lo à
importante necessidade de planejamento de nossas atividades.
O planejamento é indispensável
em qualquer área de ação da vida.
DWIGHT EISENHOWER afirmou: “Antes da batalha, o planejamento é
tudo. Assim que começa o tiroteio,
planos são inúteis.” O líder não terá
sucesso sem planejar.
“O planejamento não diz respeito a
decisões futuras, mas as implicações
das decisões presentes.” Peter Druckes
A serva do senhor afirmou: “A melhor ajuda que os pastores podem prestar aos membros de nossas igrejas não
consiste em pregar – lhe sermões, mas
em PLANEJAR trabalho para que o façam. Dai a cada um algo para fazer em
prol de outros. ” Ts, v.3 pag.323.
Neemias é um grande exemplo disto, ele foi chamado por Deus para realizar uma grande obra. Diante da tarefa,
orou, planejou delegou e executou com
sucesso, pois suas ações foram previamente arquitetadas.
O pastor distrital, junto com os coordenadores e lideres devem se reunir para orar,
traçar as metas, elaborar os planos e projetos que envolverão os membros dos Pequenos Grupos a curto, médio e longo prazo.
O líder do Pequeno Grupo por sua vez
irá se reunir com os membros para montar
a estratégia e realizar as atividades. O sábio Salomão afirmou: “Os planos mediante
os conselhos tem bom êxito”. Pv 20:18.
2. Quem deve participar? Todos os
membros da igreja.
Qual a vantagem do planejamento?
Reunião com coordenador e lideres
(O responsável é o coordenador)
1. Canaliza as energias para alcançar os objetivos.
2. O planejamento produz sinergia,
direção e motivação.
3. Dá um senso de “pertencer ao
time”, ou seja, deve envolver quem ira
participar.
“Sem sonhos, a vida não tem brilho.
Sem metas, os sonhos não tem alcances. Sem prioridades os sonhos não se
tornam reais.” Augusto Cury
1. Planejar e delegar. Atividades:
a) Testemunho.
b) Treinamento e Capacitação.
c) Motivação.
d) Avaliação e solução problemas e
necessidade.
e) Protótipo
2.Quem deve participar? Coordenadores, líderes e associados.
3. Esta reunião é semanal ou mais
tardar quinzenal.
Quatro perguntas básicas no
planejamento.
1. Onde estamos?
a) Quantidade de membros
b) Características da localidade
onde funciona o PG.
c) Características dos membros do PG.
d) Qual o nível de crescimento do
PG nos últimos anos?
e) Qual a nossa missão e que estamos fazendo para executa-lo.
2. Aonde queremos chegar?
a) Qual é proposito e missão do PG?
b) Quantas pessoas e famílias vamos alcançar?
3. Como chegaremos?
a) Quem estará envolvido
b) Qual o investimento
c) Delegar responsabilidades
4. Quando chegaremos?
a) Estabelecer uma data para começar e finalizar cada projeto.
A seguir queremos apresentar algumas reuniões que o planejamento deve
contemplar:
Reunião do PG (o responsável é
o líder)
1. Planejar e delegar para um responsável cada um destes itens:
a) Louvor
b) Confraternização
c) Testemunho
d) Estudo do tema
e) Oração
f) Lanche
Reunião do pastor com o coordenador (O pastor é o responsável)
1. Planejar, delegar e avaliar.
Atividades:
a) Treinamento
b) Seminários
c) Gerenciamento das atividades
d) Motivação
e) Testemunhos
2. Quem deve participar? Ancião, liderança e coordenador da igreja.
3. Esta reunião acontece a cada 15 dias
sendo uma delas no 1º sábado de cada mês.
Assembleias distrital e local
(O pastor e os coordenadores são
os responsáveis)
1. Celebrar
Atividades:
a) Testemunhos
b) Louvores
c) Batismos
d) Mensagem
e) Desafios
2. Quem deve participar?
Todos os membros e Pequenos
grupos, com a camisa do PG MY STILE.
3. Esta reunião tanto local como distrital acontecem uma vez por trimestre.
O líder também deve estar atento
para elaborar atividades que alcance o
membro nas áreas do discipulado:
Comunhão:
Incentivar:
a) O estudo diário da bíblia
b) Todos os membros a ter a lição e
estudar diariamente
c) Oração intercessora
d) A fidelidade total
Relacionamento:
Promover:
a) Passeios
b) Aniversários
c) Almoços
d) Serenatas
e) Desafiar todos os membros a
trazer em visitas em todas as reuniões.
Missão:
Desafiar:
a) Os membros para fazerem parte
de uma dupla
b) Visitar os membros e interessados.
c) Evangelismo nos Lares de Esperança.
d) Ter um ministério para atuar na
comunidade.
e) Multiplicar o Pequeno grupo.
Essas ações quando planejadas se
tornam realidade. “Na multidão de conselhos está à vida.” PV 24:6
Através de Sua serva Ellen White o
senhor nos orienta: “Aqueles a cujo cargo se encontram os interesses espirituais da igreja devem formular planos e
meios pelos quais se dê a todos os seus
membros alguma oportunidade de fazer
uma parte na obra de Deus. Nem sempre foi isto feito em tempos passados.
Não foram bem definidos nem executados planos empregar os talentos de
cada um em serviço ativo.” OE, pag. 351
“Todo o céu está em atividade, e os
anjos de Deus estão à espera para cooperar com todos os que queiram ideais
PLANOS por cujo meio as almas por
quem Cristo morreu ouçam as boas novas da salvação.” TS v 3, pag. 67
Prezado líder, alguém disse: “Não
faça planos pequenos, por que estes
planos não tem o poder necessário para
mover as almas dos homens. ”
Sonho grande! Ore! Planeje! Delegue!
Deus, sem duvida irá coroar de êxito
os planos bem organizados.
Pr. Israel Rodrigues
MIPES APeC
Convenção de Pequenos Grupos
27
PROJETO
28
Convenção
de Pequenos
GruposGrupos
Convenção
de Pequenos
O pastor tem sob sua responsabilidade o direcionamento
dos trabalhos da igreja. Por essa razão, precisa conhecer
por si mesmo a importância de uma igreja discipuladora e
formadora de líderes.
Definição:
Movimento de formação de líderes
de pequenos grupos para pastorearem
uma pequena comunidade, promovendo
a comunhão, relacionamento e missão.
Propósito:
Visando a multiplicação e crescimento da igreja.
O projeto consiste na definição de 5
metas de trabalho para a igreja na região Nordeste. São elas:
1. Formar Líderes PGs
2. Capacitar Duplas Missionárias
3. Discipular os Novos Conversos
4. Crescer no número de Doadores Fiéis
5. Plantar Novas Igrejas
Cada meta possui seu próprio programa para que seja alcançável. Dessa forma iremos nos deter na primeira
meta por ser a mais complexa e envolvente. Até porque da primeira meta alcançamos as demais.
Apresentação em 7 etapas:
1. Visão ministerial
Dois exemplos:
Antigo Testamento - Moisés julgava
o povo sozinho. Todas as causas conflitantes eram trazidas a ele. O líder assentava-se e o povo posicionava-se em
pé à sua frente até o entardecer (Êxodo
18: 13-27). Jetro, seu sogro, aconselhou
Moisés a dividir a carga com outros homens de valores, verso 21. Seria a formação de uma rede de liderança, que
Moisés teve que escolher aproximadamente 78.600 líderes.
Novo Testamento - Jesus em seu
ministério, procurou trabalhar o mesmo
princípio: pequeno grupo (Mateus 10:
1- 15). Ele queria alcançar as multidões,
porém sabia que precisava discipular
um grupo pequeno que se reproduzisse
depois de sua partida.
O pastor tem sob sua responsabilidade o direcionamento dos trabalhos da
igreja, por essa razão precisa conhecer
por si mesmo a importância de uma igreja discipuladora e formadora de líderes.
2.Formação do PG protótipo e líderes PGs
O pastor precisa levar a visão discipuladora a todos os membros, mas deve
ter (inicialmente) um grupo que absorva
a proposta e a implemente.
Digamos que ele possua 1 igreja
com 100 membros, ele deve pensar com
quantos líderes a igreja inteira será alcançada. Uns 7 ou 8 líderes para começo (o ideal é em torno de 12 e a medida
que passa disso, o PG deve se preparar para a multiplicação). Esses líderes
podem ser homens, mulheres, jovens,
adolescentes ou juvenis, dependendo da
faixa etária existente na igreja.
O pastor passará 3 meses com reuniões semanais com esse grupo. As reuniões informais serão em casas e terão
as características de um PG real:
Recepção; louvor; como foi a semana? (Interação); oração pelo que
foi exposto e pelo encontro; lição (interação); pedidos de oração e oração
(esse momento é importante para
fortalecer o espírito de comunidade e
que os problemas de um são de todos); evangelismo (o que cada um está
fazendo para salvar pessoas? Quantos
estudos bíblicos; quem vai trazer um
amigo no próximo encontro; quais os
ministérios que o PG está realizando e
como melhorar; alvo do PG, etc.); lanche. Esses módulos são importantes
para assegurar que o PG não é uma
reunião apenas, é uma comunidade
que desenvolve várias atividades e é a
base da mobilização da igreja.
O protótipo também fará ações sociais, visitas a hospitais, confraternização dos aniversariantes e prática de um
ministério, exemplo: aula de espanhol ou
inglês para comunidade; grupo de bike;
reparos de casas, etc. O objetivo é que
escolha-se um ministério e trabalhe visando alcançar pessoas para Cristo.
Depois dos 3 meses vivendo o cristianismo prático e intenso é hora de espalhar a influência com os demais membros
da igreja. Pega-se a lista da secretaria e
cada novo líder seleciona as pessoas que
ele gostaria que fizessem parte do seu
pequeno grupo. Distribuídos os nomes,
agora é hora de convidá-los para as casas. Se tiver alguns membros que não
querem participar da vida em comunidade, não tem problema. São livres.
3. Integração PG x UA
Já que temos um grupo se reunindo
nas casas e outro aos sábados de manhã, não pode ser apenas um? Não facilita a linguagem e funcionalidade? Além
do que se espera (dos grupos), algumas
atividades similares. Exemplos: visitação aos membros e confraternização.
Como fazer para integrar? Simples.
Os PGs em um sábado (planejado pela
Convenção de Pequenos Grupos
29
direção da Escola Sabatina) passam a
sentarem juntos, ou seja, o mesmo grupo das casas passam a ser o mesmo
grupo da igreja e continua com o mesmo nome. Simplificando a linguagem,
teremos na igreja os PGs (nomes) e não
as unidades de ação (números).
E os que não participam dos PGs nas
casas? Formarão um PG na igreja no sábado de manhã. Dessa forma todos os
membros estarão em pequenos grupos.
E os jovens e adolescentes? Mesma
forma. Aos sábados pela manhã irão
para seus PGs jovens e adolescentes.
Pode fazer a integração a partir das
unidades de ação para os PGs? Pode
sim, porém a prática tem mostrado que
as unidades são formadas sem muito
critério (em boa parte das igrejas), ou
seja, as pessoas sentam juntas por causa de um ventilador, para fugir do sol,
porque ali é mais ventilada (ou perto do
ar condicionado), etc.
Por isso quando há o movimento
para as casas os membros se esvaem
porque não levam em consideração
(maioria das vezes) as 2 características
principais do PG: afinidade e/ou geografia (membros morarem próximo).
30
Convenção de Pequenos Grupos
4.Gerenciamento
Há uma máxima em liderança: “O que
não pode ser mensurado não pode ser
melhorado. ” A ideia é o líder avaliar, semanalmente, o crescimento espiritual dos
membros do seu grupo nas atividades da
comunhão, relacionamento e missão. Essas atividades estão contidas no cartão
integrado do PG e Escola Sabatina.
Mensalmente, a igreja terá um
diagnóstico do que está sendo realizado por seus membros. Dessa forma,
todos poderão saber dos 100 membros que a igreja possui quantos fazem culto familiar, leem a bíblia, dão
estudos bíblicos, estão trabalhando
em ministérios, etc.
O ponto principal do gerenciamento
é fornecer dados à comissão da igreja
avaliar onde a igreja está bem e onde ela
precisa avançar. A comissão discute propostas que serão levadas ao plenário da
igreja para que todos conheçam o quadro real e participem juntos no processo
de mudanças onde se faz necessário.
No primeiro sábado do mês, o pastor
receberá tais informações de cada igreja
e se produzirá um diagnostico distrital. O
objetivo é analisar como está o desenvol-
vimento espiritual do seu distrito.
Essa reunião será marcada por 3
blocos: gerenciamento distrital (análise dos dados e apresentação deles à
liderança distrital); testemunhos do que
está acontecendo com os PGs; crescimento na visão (discussão de um tema
sobre liderança PGs ou como melhorar a
atuação dos PGs).
Cada região do campo tem um departamental que atua como coordenador regional. Ele acompanha junto aos
pastores dessa região como estão os
distritos nas propostas de trabalho do
CRM (comunhão, relacionamento e missão). Eles juntos analisam também os
dados da região.
A administração do campo recebe
as informações das regiões e discute
com os departamentais o que fazer
para facilitar o desenvolvimento das
atividades analisadas. Em seguida, as
informações do campo são enviadas
para União Nordeste Brasileira, onde
são discutidas pela administração e
departamentais.
Com essa cadeia de gerenciamento
todos analisam e discutem sobre o mesmo tema, produzindo sinergia e foco.
5. PG Holístico
Para que haja crescimento integral
na igreja e maior mobilização o PG precisa ser a base das ações e participar
de atividades múltiplas. Isso fará com
que o PG seja vivo e relevante para seus
membros e na comunidade.
Atividades:
Encontro semanal nas casas; estudo da lição ES aos sábados de manhã;
gerenciamento semanal; confraternização dos aniversariantes; inscrições dos
membros para os congressos da igreja;
assinaturas de lição ES (projeto Maná);
distribuição do livro missionário; duplas
missionárias ((ou classe bíblica) para
estudarem com amigos e interessados;
projetos sociais (sopão, visitas aos hospitais, asilos,etc.); ministérios: bike, moto,
adolescentes grávidas do bairro, aulas de
espanhol/inglês, ensino de uma profissão, aulas de educação física na comunidade, atendimento médico, nutricional,
fisioterápico,etc. A proposta é fazer com
que cada pessoa (diariamente) testemunhe de Cristo onde esteja e no que sabe
fazer e como PG escolham uma forma de
potencializar uma atividade na comunidade, tornando assim um ministério.
6. Multiplicação
O pequeno grupo é um organismo vivo
e saudável, portanto precisa multiplicar. A
principal razão do PG é formar novos líderes e multiplicar sua influência abrindo novos PGs. Assim se expande o reino de Deus.
Uma vez que todos participam da
vida em comunidade (PGs), o foco será
no líder associado do PG. Essa pessoa
tem que entender que ela está ali como
estagiário e em breve sairá para formar
seu próprio grupo. Essa formação precisa ser intencionalmente elaborada e
planejada desde abril e terá o “parto”
em agosto (festa da multiplicação do
distrito, região e campo).
O pastor precisará de 1 encontro
(pode ser 1 sábado completo ou final de
semana) para trabalhar alguns conceitos vitais do PG:
Características de um bom líder;
como ter um dinâmico e vivo encontro
de PG; os módulos do encontro semanal;
gerenciamento; PG Holístico: atividades
e ministérios; Manutenção da rede PGs;
testemunhos; perguntas e respostas, etc.
O pastor marcará uma data em maio
ou junho para esse final de semana.
Obs: Se a igreja tem poucos PGs e
poucos membros envolvidos na proposta o ideal é seguir as orientações
do item 2 (Formação do PG protótipo e
líderes PGs).
Para a multiplicação o pastor tem a
disposição materiais explicativos para o
parto saudável. O desafio anual é que
cada igreja cresça 20% na sua rede de
PGs (desde que todos já façam parte.
Os novos PGs contarão com os novos
batizados e amigos).
7. Manutenção da rede
Todos possuem um preço a pagar no
discipulado e precisam andar unidos e
focados.
Líder do PG: homem/mulher de
oração; contato semanal (telefônico ou
mensagens) com seus membros; conhecer a funcionalidade da estrutura; planejar uma reunião dinâmica e viva (som,
músicas, lição, lanche, interação, etc.);
visitação; acompanhar o crescimento
espiritual dos membros (gerenciamento); formar novos líderes e encontrarse semanalmente (ou quinzenalmente)
com os coordenadores para avaliarem o
trabalho e crescerem na visão.
Coordenador: contato semanal
com seus líderes (telefone ou mensagens); visitação; conhecer a funcionalidade da estrutura; acompanhar o crescimento espiritual dos líderes e o trabalho
da igreja (gerenciamento); formar novos
líderes e encontrarem-se semanalmente (ou quinzenalmente) para avaliarem
o trabalho e crescerem na visão.
Pastor: ter os coordenadores como
seu primeiro rebanho no distrito; contato semanal com eles (telefone ou
mensagens); visitação; conhecer a funcionalidade da estrutura; acompanhar
o crescimento espiritual dos coordenadores e o trabalho da igreja (gerenciamento); formar novos coordenadores e
líderes e encontrarem-se semanalmente (ou quinzenalmente) para avaliarem
o trabalho e crescerem na visão.
Igreja: comissão da igreja se beneficiando do gerenciamento para analisar
a vida espiritual e propor novas rotas de
crescimento.
Distrito: pastor, coordenadores e
líderes se encontrando mensalmente
(primeiro sábado) para avaliarem o desempenho do distrito. 3 blocos: gerenciamento, testemunhos e crescimento
na visão da vida em comunidade.
Região: o departamental precisa pastorear seus pastores através de
contatos telefônicos e mensagens, visitação; estar com eles nos encontros
semanais (ou quinzenais) do PGP (pequeno grupo de pastores); conhecer a
funcionalidade da estrutura; acompanhar o desenvolvimento do trabalho da
região (gerenciamento).
Associação/Missão: administração do campo precisa ter encontros
semanais com os departamentais para
crescerem na visão e comunidade; analisarem e discutirem as informações das
regiões; itinerários dos departamentais
à partir do gerenciamento para observarem qual região precisará mais da presença de cada departamental (de acordo com o desempenho das atividades);
no primeiro sábado, o departamental
irá para sua região para estar com um
distrito; diminuir eventos e programas
do campo; assembleias de premiação
dos melhores PGs (região); cadastro
dos coordenadores e líderes; promover
encontros para ouvir os testemunhos de
pastores, coordenadores, líderes e igrejas de sucesso na estrutura.
União Nordeste Brasileira: encontros semanais entre administração
e departamentais para crescimento
na visão e comunidade; materiais de
apoio : vídeos, revistas e redes sociais
(adventistas nordeste); desafios mensais para a rede (vídeos na Fan Page);
aplicativo; cadastro dos coordenadores
e líderes; programa de trabalho dos departamentais lincados com a estrutura
de trabalho; vídeos-aulas e textos sobre a estrutura (Fan Page: adventistas
nordeste); ouvidoria para tirar dúvidas
(e-mail: WhatsApp:
Convenção de Pequenos Grupos
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O GERENCIAMENTO
EFICAZ
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Convenção de Pequenos Grupos
Não é preciso que
o gerenciamento
tanto no PG quanto
o distrital seja, frio,
metódico, longo e
cansativo. Precisamos
de eficácia. A eficácia
é fazer as coisas
certas para se obter os
melhores resultados.
Em outras palavras,
o gerenciamento não
precisa ser complicado,
mas precisa ter as
atividades certas que
alcancem o objetivo
proposto.
O
gerenciamento não é algo novo,
ao nos voltarmos para as Escrituras Sagradas observamos que
grandes projetos tais como: a construção da Arca de Noé, a construção do
tabernáculo, o projeto de Deus para
Abraão, a saída do povo de Israel do Egito, as conquistas da terra prometida, a
reconstrução de Judá por Neemias e em
outros episódios bíblico, Deus sempre
apresenta aos seres humanos um projeto a ser iniciado, planejado, executado, devidamente controlado e finalizado
para que possamos: crescer, amadurecer, aprender, desenvolver, sermos melhores a cada dia com o propósito de
compartilhar de Suas grandezas e maravilhas em nós (missão), refletirmos a
sua grande majestade através dos nossos atos e devoção (adoração), aprendermos a nos relacionar com a pessoas
que participam e/ou participaram conosco (comunhão), aprendermos e ensinarmos as pessoas a fazerem o que
deve ser feito (discipulado) e exercer
a função apropriada nos projetos que
Ele põe diante de nós (ministério). Em
suma, o gerenciamento é a base para
que um projeto seja bem-sucedido. E o
Plano da Salvação é um plano bem-sucedido, porque foi gerenciado por Deus.
Alguém já disse que “aquilo que não
é medido, não pode ser avaliado. E o
que não é avaliado, não pode ser melhorado”. Medir, avaliar e melhorar. Isso
é gerenciar.
Segundo o dicionário online dicio.
com, gerenciamento é o “ato de gerenciar, administrar, dirigir ou administrar uma organização ou empresa”.
Dentre os sinônimos para esta palavra, podemos destacar as palavras
“manutenção”, “gestão”, “direção”. Naturalmente quando lemos ou ouvimos
essas palavras, a nossa mente evoca
imagens do âmbito empresarial ou
corporativo, porém, gostaria de desafiar você a não se prender aos clichês
sobre estas palavras. O gerenciamento além do aspecto corporativo, pode
muito bem ser observado pelos aspectos eclesiásticos e espirituais do desenvolvido da vida cristã.
O gerenciamento nos PGs é um chamado para administrar, gerir, dirigir o
nosso desenvolvimento espiritual.
Já imaginou? Normalmente deixamos os aspectos metafísicos do nosso
desenvolvimento espiritual à parte de
quaisquer acompanhamentos cognitivos. E qual tem sido o resultado? Uma
vida sem crescimento, sem evolução,
sem desenvolvimento. É isso que acontece com uma organização sem gerenciamento, é isso que acontece com a
vida de um cristão sem administração.
O projeto Líderes de Esperança objetiva formar novos líderes de PGs em todas
as nossas igrejas. Esse movimento é, em
si mesmo, um gigantesco desafio. Graças
ao poder do Espírito Santo esses resultados já estão sendo vistos por todos os lugares em nosso território, porém o efeito
que desejamos é que essa liderança cuide
de cada um dos membros do Rebanho do
Senhor. Pastoreio é o objetivo.
Cuidar daqueles que Cristo comprou com Seu sangue.
Pastoreio é promover crescimento,
é administrar a vida espiritual, é gerir o
desenvolvimento dos principais aspectos da vida cristã: Comunhão Relacionamento e Missão. Em outras palavras,
pastoreio é gerenciamento.
Contudo, a questão central sobre o gerenciamento é: Como fazer um gerenciamento que atinja seu principal objetivo?
Não é preciso que o gerenciamento tanto no PG quanto o distrital seja,
frio, metódico, longo e cansativo. Precisamos de eficácia. A eficácia é fazer as
coisas certas para se obter os melhores
resultados. Em outras palavras, o gerenciamento não precisa ser complicado,
mas precisa ter as atividades certas que
alcancem o objetivo proposto.
Para que o gerenciamento seja
um sucesso, entendemos que ele
precisa ter pelo menos três momentos fundamentais:
Testemunho - Esta é a hora da motivação. É quando a rede é energizada.
O momento em que os líderes de PGs
contam dos milagres acontecidos, as atiConvenção de Pequenos Grupos
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vidades realizadas nas áreas da Comunhão, Relacionamento e Missão. É aquela parte em que podemos visualizar, de
forma vibrante, tudo o que tem acontecido nos PGs e através dos PGs. Esse deve
ser um momento apoteótico da reunião!
Coleta de Dados - Esse é o momento central. A hora em que a rede
é avaliada. Não pode ser uma parte meramente burocrática, por isso
nada de simplesmente recolher os
relatórios. Uma boa ideia que alguns
tem feito é escolher um coordenador como secretário da reunião, e na
chegada de cada coordenador, o relatório ser entregue a este secretário.
Ele irá preparar o relatório do distrito,
e, no momento da coleta dos dados
apresentar um relatório geral do distrito, destacando os pontos positivos
e os desafios de cada igreja e PG.
Quanto a apresentação dos desafios, uma outra ideia interessante
é reunir os coordenadores em grupos
para discutir e sugerir ideias para que
estes sejam superados. Essas ideias
precisam ser aplicadas no âmbito do
PG, Igreja e Distrito.
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Convenção de Pequenos Grupos
Contudo, o mais importante momento de análise de dados não acontece na reunião de gerenciamento.
Acontece na reunião mensal da comissão de cada igreja, onde o pastor e o
coordenador de PGs da igreja apresentam o seu relatório, e ali podem adotar medidas (muitas destas já podem
ser as próprias sugestões da reunião
de gerenciamento ou outras propostas
por membros da comissão da igreja)
para motivar o crescimento espiritual
dos membros da igreja.
Ampliação da Visão - Esta é a parte em que a rede é fortalecida. O pastor, um coordenador ou mesmo um líder
de PG, apresentará um tema que ampliará a visão de liderança em rede de
PGs. Esse seminário pode ser preparado
pelo pasto, pelo coordenador ou utilizar
o material que é provido pela UNeB no
Boletim de Gerenciamento publicado
mensalmente. Neste material sempre
encontraremos bons temas para ampliar a visão dos pastores, coordenadores e líderes de PGs.
Estes três momentos são os prin-
cipais e fundamentais em sua reunião.
Mas, isto não significa que não haverá outros. Podemos adicionar tantos
quantos forem necessários para o
crescimento e fortalecimento da rede
de PGs. Porém, nunca subtrair. Para que
sua reunião de gerenciamento seja eficaz e alcance seu objetivo, ela precisa
ter pelo menos estas três partes. Você
pode, de acordo com as suas necessidades, ter, quem sabe, até dez partes,
porém, nunca apenas duas.
Seguindo estes simples passos teremos um Gerenciamento Eficaz. Uma
liderança comprometida. Uma rede fortalecida. Uma igreja pastoreada!
Que o Senhor te use, meu amado
líder, para que você seja o pastor segundo o coração de Deus, deste pequeno
rebanho que Ele te confiou!
Pr. Cleber Aragão – MIPES / Missão Nordeste

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