Apresentações Livres 7 – Atores e Instituições de Saúde

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Apresentações Livres 7 – Atores e Instituições de Saúde
AL7- Atores e instituições de saúde
AFA
Camila Pereira - Capacitação de professores de escolas públicas para implantação de atividades
lúdicas na profilaxia de doenças parasitárias
João Gregório, LV Lapão - Uso de cenários estratégicos para planeamento de recursos humanos
em saúde: o cado dos farmacêuticos comunitários em Portugal, 2010-2020
Jose da Rosa - Proposta de programa nacional de rastreio do cancro do colo do útero, Cabo
Maria da Luz Mendonça, Paulo Ferrinho - Controlo de doentes diabéticos na Cidade da Praia
em Cabo Verde. Estudo de caso
Miriam Delgado - Transição epidemiológica / perfil de mortalidade da população de São
Vicente, Cabo Verde, no ano de 2010
Rosilane de Lima Brito Magalhães, Renata Karina Reis, Lilian Andrea Fleck Reinato, Ana
Karysa Resende, Elucir Gir - Perfil sociodemográfico e condições de saúde de mulheres
profissionais do sexo do município de Teresina-PI
Sílvia Machaqueiro, LV Lapão - O desafio da gestão nos cuidados de saúde primários: estudo
dos modelos e das competências de gestão
Capacitação de professores de escolas públicas para implantação de atividades lúdicas
na profilaxia de doenças parasitárias
Camila Pereira
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB
Endereço eletrónico: [email protected]
Palavras-chave: prevenção; parasitoses; escolares; atividades lúdicas
INTRODUÇÃO
As atividades lúdicas caracterizam-se como um ótimo recurso didático ou estratégico de
ensino para os educadores, além de configurarem um rico instrumento para estimular a
criatividade, a imaginação, aprofunda para a criança, a compreensão da realidade. Esse
recurso pode ser fortemente utilizado na abordagem pedagógica da profilaxia de doenças
parasitárias, visto a negligência característica deste tipo de infecção. Os indivíduos
permanecem parasitados de forma silenciosa por longos anos, o que causa sérios problemas
principalmente nas crianças, nas quais a evolução da infecção pode determinar desde quadros
assintomáticos até falta de apetite, emagrecimento, diarréias e em alguns casos até óbitos se
não for tratada (Uchôa, 2009). A falta de conhecimentos ou a forma como a informação
chega à população é um dos fatores relacionados à persistência de doenças infecciosas no
Brasil (Ribeiro, 2004). As parasitoses intestinais são mais prevalentes em populações de nível
socioeconômico mais baixo e com condições precárias de saneamento básico e
principalmente a falta de informação sobre a prevenção, sendo as crianças em idade escolar
as mais acometidas (Pinheiro, 2007). Considerando que crianças e adolescentes geralmente
frequentam alguma escola de ensino fundamental, e sabe-se que existe uma lacuna de
informação sistemática adequada sobre as parasitoses, apenas no sétimo ano do ensino
fundamental é incluído o ensino de doenças parasitárias. Portanto, não se leva em conta as
faixas etárias menores (6 aos 12 anos) que estão vulneráveis à contrair tais doenças, devido as
1
condições socioeconômicas precárias e faltam-lhes informações adequadas. Outro agravante
é a falta de atenção específica para o ensino sobre doenças que são endêmicas na
circunvizinhança das escolas públicas de periferia. Este trabalho tem como objetivo geral a
prevenção de doenças parasitárias em escolas públicas da Bahia, Brasil.
Os objetivos específicos são:
- Promover a formação de professores do ensino fundamental e básico de escolas públicas da
Bahia-Brasil para que eles possam ser multiplicadores na prevenção das parasitoses usando
métodos lúdicos.
- Colocar em prática os conhecimentos que os discentes do curso de enfermagem da UESB
adquirem na disciplina: Parasitologia Humana promovendo oficinas educativas e palestras
nas escolas públicas.
- Ensinar sobre os parasitas e mostrar as formas de prevenção aos familiares dos escolares.
- Coletar amostras fecais para exames parasitológicos
- Determinar a frequência das enteroparasitoses dos escolares
- Encaminhar os parasitados ao tratamento específico.
A formação de professores do ensino fundamental e médio foi realizada nas escolas públicas
com o intuito de formá-los para que estes se tornem multiplicadores na prevenção das
parasitoses, colocando em prática o aprendizado e implantando as metodologias lúdicas nas
respectivas escolas em que trabalham. Escolas públicas de periferia foram escolhidas para a
realização das oficinas educativas, ministradas por discentes do curso de enfermagem da
UESB, devido ao fato de atenderem uma clientela de baixa renda. O público alvo foi
composto de 1.698 escolares de faixa etária entre 6 a 12 anos matriculados nos anos de 2003
a 2012. Os encontros foram semanais com duração de uma hora durante um semestre, e os
assuntos enfocados foram: higiene corporal, bucal, cuidados com a água, alimentos,
preservação do meio ambiente, e prevenção das doenças parasitárias, enfocando as endêmicas
nos municípios de Jequié, Vitória da Conquista e região do estado da Bahia – Brasil. Para
prestar esclarecimentos aos pais das crianças sobre a prevenção das parasitoses foram
realizadas palestras nas escolas com exibição de vídeos-documentários, visitas domiciliares e
distribuição de folhetos ilustrativos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O ensino interativo através de várias atividades didáticas pedagógicas de caráter lúdico
desenvolvidas nos encontros semanais foi de grande aproveitamento. Após um semestre de
trabalho, podemos notar através da avaliação das atividades aplicadas que a grande maioria
dos escolares aprendeu corretamente a prevenção das parasitoses. Pode-se evidenciar que os
escolares assimilaram o conteúdo e têm-se a expectativa de que com esse aprendizado eles
possam melhorar sua condição de vida quando formarem suas respectivas famílias. A
formação de professores aconteceu em escolas municipais e na Secretaria de Educação.
Alguns professores iniciaram o projeto nas escolas em que lecionam.
Das 626 amostras analisadas utilizando o método de sedimentação espontânea (Hoffman,
1934), 58,5% apresentaram algum tipo de parasito intestinal. Destaca-se que 57,3% dos
escolares parasitados apresentaram poliparasitismo. Dentre os parasitos, o Schistosoma
masnsoni apresentou o maior índice com 22%, seguido da ascaridíase 14,7%, trichuríase
11,8%, entre outros. Nos protozoários, o índice encontrado foi de 10,2% para amebíase e
8,0% para giardíase. Os escolares que apresentaram resultados positivos para um ou mais
parasitas foram encaminhados ao pediatra da própria escola.
2
CONCLUSÕES
A implementação de infra-estrutura sanitária é fundamental para redução da prevalência dos
enteroparasitos, mas o resultado não é eficaz se não houver juntamente com essas medidas
mudanças comportamentais, sendo que estas se adquirem por meio da informação. Assim
práticas educacionais levam os escolares e familiares a adquirirem conhecimento e este é
fundamental na prevenção de doenças. Este trabalho está levando informação e
esclarecimento a respeito das parasitoses aos escolares e familiares; formando professores do
ensino básico e fundamental de escolas públicas; proporcionando realização de exames
coprológicos e encaminhamento ao tratamento dos parasitados. Portanto, esse estudo torna-se
de grande valia para a sociedade, principalmente em regiões onde existe uma grande parcela
da população que vive em péssimas condições de habitações e sem formação educacional.
BIBLIOGRAFIA
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modelo de abordagem metodológica. Revista Saúde Pública; v.38 (3), p.415-420. (2004).
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em crianças e funcionários de creches comunitárias na cidade de Niterói-RJ, Brasil. Revista de Patologia
Tropical, v. 38(4), p. 267-278. (2009).
Uso de cenários estratégicos para planeamento de recursos humanos em saúde: o caso dos
farmacêuticos comunitários em Portugal, 2010-2020
João Gregório, LV Lapão
Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde sobre políticas e planeamento dos recursos humanos
para a Saúde, Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Universidade Nova de Lisboa
Endereço eletrónico: [email protected] (João Gregório)
Palavras-chave: recursos humanos da saúde; farmacêutico comunitário; análise de cenários; inovação de
serviços farmacêuticos; Portugal
INTRODUÇÃO
O planeamento de Recursos Humanos em Saúde assume especial importância numa
envolvente económica e política de grande incerteza como a actual.1 Para os farmacêuticos
comunitários, o ambiente actual com crescente inovação tecnológica, maior capacitação dos
3
cidadãos em questões de saúde, bem como a falta de médicos e o processo de reforma dos
Cuidados de Saúde Primários (CSP), pode apresentar uma oportunidade para que estes
profissionais alarguem o seu papel no Sistema de Saúde, permitindo que a sua participação
mais activa na gestão da terapêutica aumente os ganhos em saúde.2,3
Em 2007, nova legislação concede ao farmacêutico comunitário português a possibilidade de
prestar novos serviços, para além da dispensa de medicamentos. A actual aposta e
investimento nos cuidados de saúde centrados no doente, conjuntamente com a inovação
tecnológica e com a reforma dos cuidados de saúde primários, abre uma oportunidade para
aperfeiçoar o papel que o farmacêutico comunitário pode ter no sistema de saúde português,
É objectivo deste estudo demonstrar o potencial da utilização de cenários estratégicos para
apoiar o planeamento de recursos humanos, permitindo quer uma reflexão sobre a forma
como pode o farmacêutico comunitário contribuir para o sistema de saúde, assim como pode
contribuir para a redefinição das competências destes. Este instrumento pode ser utilizado
para qualquer profissional de saúde, permitindo que vários actores (stakeholders) contribuam
e beneficiem do exercício. Como ferramenta de pensamento estratégico, a análise de cenários
prospectivos permite analisar, em ambiente de incerteza, o futuro do farmacêutico
comunitário ou outros profissionais observando várias alternativas.4,5
A construção dos cenários decorreu em 3 fases, as duas primeiras em workshops de
cenarização, onde se utilizou como técnica de recolha de informação a técnica de
brainstorming, e uma fase final, onde se fez evoluir os cenários temáticos destes workshops
para cenários de decisão, com base na informação recolhida e na literatura científica sobre o
papel do farmacêutico comunitário e factores que o influenciam. Convidou-se vários
profissionais conhecedores de várias perspectivas do contexto para a realização dos 2
workshops de cenarização. Após se identificarem as principais incertezas que determinarão o
futuro do farmacêutico comunitário, construíram-se 3 cenários plausíveis representando, cada
um deles, 3 futuros alternativos e realistas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Esta análise permitiu identificar como principais incertezas críticas, isto é, as que incertezas
que terão maior influência no futuro do farmacêutico comunitário português: o “Ambiente
Legislativo”, reflectindo a maior ou menor tendência para a liberalização do mercado das
farmácias e do próprio sistema de saúde; e a “Capacidade de Inovação de Serviços”,
reflectindo as diferenças em inovação e desenvolvimento de serviços entre farmácias.
Resolvendo estas incertezas numa matriz 2x2, construíram-se três cenários que se
denominaram respectivamente “Pharmacy-Mall”, “e-Pharmacist”, e “Reorganize or die”. No
cenário “Pharmacy-Mall”, o papel do Farmacêutico Comunitário será o de supervisionar a
dispensa de medicamentos na farmácia, podendo ter severas implicações no emprego dos
farmacêuticos comunitários. No cenário “e-Pharmacist”, o farmacêutico comunitário estará
mais dedicado à prestação de serviços para o sistema de saúde, podendo exercer fora do
contexto da farmácia. No cenário “Reorganize or die”, o farmacêutico comunitário será
levado a desenvolver e vender novos serviços para assim aumentar os lucros da farmácia.
CONCLUSÕES
A utilização desta metodologia e as conclusões deste estudo podem ser úteis para os decisores
políticos nos sistemas de saúde lusófonos de duas formas:
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• Chamar a atenção para o potencial da ferramenta de “desenvolvimento de cenários” no
planeamento de recursos humanos da saúde, sobretudo em tempo de incerteza;
• Ilustrar, com o exemplo dos farmacêuticos, o impacto dos novos desafios para os
profissionais de saúde e a necessidade de obter novas competências para enfrentar esses
desafios.
Independentemente de qualquer dos cenários, pode-se ainda apontar que será benéfico para o
farmacêutico comunitário procurar obter novas competências em áreas que tradicionalmente
não são do âmbito do farmacêutico. Neste exercício de cenários fica evidente que a
necessidade de farmacêuticos comunitários no futuro estará dependente da prestação de
serviços farmacêuticos para lá do processo corrente de dispensa de medicamentos. Os futuros
farmacêuticos beneficiarão assim de obter mais competências em áreas tradicionalmente fora
do seu âmbito, como competências de gestão, liderança, marketing, tecnologias de
informação, aptidões específicas para o trabalho em equipa e técnicas comportamentais e
comunicacionais.
BIBLIOGRAFIA
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planning and the production of health: development of an extended analytical framework for needs-based health
human resources planning. J Public Health Manag Pract 2009, 15(6 Suppl):S56-61
2 - Anderson S: The state of the world's pharmacy: a portrait of the pharmacy profession. J Interprof Care,
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3 - Berenguer B, La Casa C, de la Matta MJ, Martin-Calero MJ: Pharmaceutical care: past, present and future.
Curr Pharm Des 2004, 10(31):3931-3946.
4 - Schoemaker PJH: Multiple scenario development: Its conceptual and behavioral foundation. Strategic
Management Journal 1993, 14(3):193-213
5 - Godet M: The Art of Scenarios and Strategic Planning: Tools and Pitfalls. Technological Forecasting and
Social Change 2000, 65:3-22.
Proposta de programa nacional de rastreio do cancro do colo do útero, Cabo Verde
Jose da Rosa
SUMÁRIO
A incidencia e a mortalidade por cancra do colo do utero (CCU) podem ser reduzidas
substancialmente atraves do rastreio citol6gico organizado em intervalos de 3 a 5
anos,como foi demonstrado nos paises n6rdicos, no Reina Unido, nos paises Baixos e em
outros paises. Apesar das evidencias consistentes de que o rastreio organizado e mais
eficiente que o rastreio nao organizado, muitos paises ainda nao implementaram um rastreio
nacional organizado do cancra do colo do utero.
Cabo Verde faz parte dos paises com altas taxas de incidencia e mortalidade por CCU,25,3 e
5
15,4/100.000 (OMS,2008) respectivamente, ocupando este cancra o primeiro Iugar entre
as causas de morte em mulheres, e um dos principais motivos de evacua ao de doentes
para tratamento no exterior, e constituindo-se num pesado fardo para a economia dopais.
Urn programa de rastreio e custo-efectivo e perfeitamente suportavel tendo em conta os
recursos disponiveis e as despesas globais do sistema de saude,e tambem,as necessarias
parcerias.
Objectivo: redu ao das taxas de incidencia e mortalidade por CCU em 20 %, em 5 anos em
cv. Redu ao do numero de casas evacuados para tratamento no exterior devido ao CCU e
do cancra no geral
Desenho: Programa Nacional de Rastreio do CCU,de base populacional
Cenário: Popula ao-alvo- mulheres de 25 a 64 anos; convite por carta individual para realiza
ao das colheitas para
citologia nos Centros de Saude; forma
ao de
anatomopatologistas,de citotecnicos,de enfermeiros e medicos na colheita de material,e de
ginecologistas na cirurgia oncol6gica. Assegurar qualidade nos diversos nfveis de
implementa ao do programa: o populacional {sensibiliza ao e convite), clinicolaboratorial (rastreio citol6gico, bi6psia, tratamento local e no exterior, cuidados
paliativos) e politico- organizacional (parcerias,financiamento,gestao,monitoriza ao,avalia
ao)
Participantes: gestor do programa,equipa de execu ao,responsaveis das principais unidades
de saude participantes (hospitais,centros de saude,clinicas privadas),medicos de clinica
geral, enfermeiros, ginecologistas, anatomopatologistas, citotecnicos, psicólogos,
responsaveis dos organismos financiadores, nacionais e internacionais, parceiros, e popula
ao (homens e mulheres)
Medidas principais:sensibiliza ao dos responsaveis politicos, seu engajamento e
compromisso,sensibiliza ao/educa ao da popula(;ao,obten ao de financiamento,forma ao
de tecnicos e do pessoal da saude,implementa ao do programa
Resultados: Conhecimento, sabre o CCU, pela popula ao adulta no geral e pelo grupo alva
em particular, e suas formas de transmissao e de preven ao; acesso facilitado e universal
ao rastreio e ao tratamento. Atingir a cifra de 80% da popula ao-alvo rastreada,
aumentar em 30% o numero de casas diagnosticados com lesões pre-malignas (CIN2 e 3)
e CCU e tratar 100% dos casas diagnosticados, nos tres primeiros a nos de implementa
ao do programa.
Conclusões: o Programa Nacional de Rastreio do cancra do colo do utero e necessaria,
realfstico, exequlvel, custo-efectivo e contribui efectiva e significativamente para a
redu!;ao da incidencia e mortalidade por este cancro, diminuindo os gastos com a
saude e o sofrimento das mulheres e famllias cabo-verdianas.
Controlo de doentes diabéticos na Cidade da Praia em Cabo Verde. Estudo de caso
Maria da Luz Mendonça, Paulo Ferrinho
Delegacia de Saúde da Praia – Cabo Verde
Endereço eletrónico: [email protected] (Maria Mendonça)
6
Palavras-chave: diabetes mellitus; controlo glicémico; complicações; comorbilidade; África; Cabo Verde
Transição epidemiológica / perfil de mortalidade da população de São Vicente, Cabo
Verde, no ano de 2010
Miriam Delgado
Endereço eletrónico: [email protected]
INTRODUÇÃO
Descrever as causas de morte segundo sexo e idade e determinar os anos de vida
potencialmente perdidos por causa de morte especifica em São Vicente, Cabo Verde, no ano
de 2010.
MÉTODO
Estudo descritivo que utilizou dados de mortalidade do sistema de estatística do Ministério da
Saude. Fizeram parte do estudo 420 óbitos. Para ordenação das causas de óbito foram usados
indicadores tradicionais de mortalidade, conjuntamente com o indicador anos potenciais de
vida perdidos. Para tal indicador o limite inferior considerado foi de 1 ano e 70 anos para o
limite superior. A comparação das taxas de mortalidade fez-se através do ajustamento para
idade usando o método direto.
RESULTADOS
Em todas as faixas etárias, com exceção da dos 65 anos ou mais, o numero de óbitos foi
superior entre os homens. A maioria dos óbitos ocorreu na faixa etária dos 65 ou mais anos.
Os principais grupos de causa de óbito, utilizando o indicador de mortalidade tradicional
foram as doenças do aparelho circulatório, neoplasias, sintomas clínicos não classificados e
doenças do aparelho respiratório. Quando se utilizou o indicador anos potenciais de vida
perdidos o grupo das lesões e envenenamentos e o grupo das causas externas ocuparam os
primeiros lugares, seguido das doenças do aparelho circulatório e doenças parasitarias e
infeciosas.
CONCLUSÕES
A distribuição dos óbitos por faixa etária e causa indica que CV se encontra em processo de
transição epidemiológica, e que novas abordagens precisam ser incorporadas a fim de dar
resposta a todo esse processo.
7
Perfil sociodemográfico e condições de saúde de mulheres profissionais do sexo do
município de Teresina-PI
Rosilane de Lima Brito Magalhães 1, Renata Karina Reis 1, Lilian Andrea Fleck Reinato 1, Ana Karysa Resende
2
, Elucir Gir 1
1
2
Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP-USP). Ribeirão Preto, SP, Brasil.
Boa Hora-PI, Brasil.
Endereço eletrónico: [email protected] (Rosilane Magalhães)
Palavras chave: profissionais do sexo; mulher; vulnerabilidade
INTRODUÇÃO
Mulheres profissionais do sexo são consideradas populações vulneráveis para diversos
agravos como Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), Hepatite B e pelo Vírus da
Imunodeficiência Adquirida (HIV). Segundo Farinha e Bruns (2006) é considerada prostituta
a mulher que vende ao freguês a ilusão de seu domínio e proporciona a satisfação que ele
solicita. Fazendo um recorte da história da prostituição no Brasil, desde a década de 70
ressalta-se o toque de recolher em uma zona da prostituição denominada “Boca do lixo” na
cidade de São Paulo, em que a partir das 22 horas na rua, a presença dessas mulheres nas
ruas gerava conflitos que resultava em prisão pelos policiais (LEITE, 2009). Diante dessa
situação aconteceram movimentos que permitiu a criação de associações de profissionais do
sexo em diversos estados do Brasil. Associação de Prostitutas do Estado do Piauí-APROSPI
foi criada em 2003, possui uma direção formada por prostitutas e ex-prostitutas, que realizam
atividades educativas e distribuição de preservativos em prostíbulos de Teresina em parceria
com a Coordenação de DST/aids municipal. Conforme dados epidemiológicos no período de
2007 a 2009 foram notificados um total de 1532 casos de Infecções Sexualmente
transmissíveis (IST), sendo os mais frequentes o corrimento cervical (39,2%) seguido de
condiloma (21,6%) e os demais casos se referem à sífilis (5,3%), corrimento uretral 4,8%,
úlcera genital (3,2%) e herpes (1,8%) (FMS, 2009). Entretanto não há registro sobre esses
agravos em mulheres profissionais do sexo. Dessa forma este estudo teve como objetivo
descrever as características relacionadas aos aspectos sóciodemográficas e a situação de
saúde de mulheres profissionais do sexo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Das 402 mulheres profissionais do sexo que participaram do estudo 20 (4,9%) possuem de 18
a 19 anos de idade, 202 ( 50,2%) 20 a 29, 121( 30,2%) 30 a 39, 37 (8,9%) 40 a 50 e 22
(5,1) tinham acima de 50 anos. Quanto a situação marital 50 (12,4%) informaram ter um
namorado, 28( 7%) tem uma relação afetivo sexual com uma pessoa do sexo oposto, 43
(10,7%) são casadas, 7 ( 1,7%) são viúvas, 78 (19,4%) são separadas e 170 (42,3%) não tem
companheiro e 26 (6,5%) tem uma relação afetiva sexual com pessoas do mesmo sexo. Podese verificar também que 47 (11,7%) não sabem ler, 5 (1,2%) frequentaram alfabetização de
8
adultos, 224 (55,8%) estudaram até o ensino fundamental, 96 (23,9%) possuem o ensino
médio, 7 (1,7%) iniciaram uma graduação e 1(0,2%) possui curso superior e apenas 40
(9,8%) ainda estão estudando. Os dados referentes a ocupação, mostram que além da
prostituição, 101(25,1%) tem outra ocupação, sendo que 23 (5,7%) são gerentes de um bar,
21(5,2%) são domésticas, 1(0,2%) trabalham com horta, 18(4,5%) em salão de beleza,
28(7%) são vendedoras, 5(1,2%) artesãs, 3(0,7%)são dançarinas 1(0,2) são frentistas e
2(0,5%) trabalham como recepcionistas. Em se tratando da saúde a principal estratégia de
acesso tem sido o serviço de urgência ; desse modo 207 (51,5%) informaram já ter
necessitado de algum tipo de ajuda. Desse total 43(10,7%) estavam relacionados com
problemas ginecológicos, 17(4,2%) dores no corpo, 18(4,5%) por acidente de transito, 9
(2,2%) por embriaguez, 18 (4,5%) doenças crônicas (hipertensão arterial e diabetes) e 102
(25,4%) por problemas renais e crise asmática. O fato das mulheres procurarem o serviço de
saúde durante as situações de risco dificulta um acompanhamento sistemático para as doenças
crônicas. Em relação as IST/aids 68(16,9%) informaram que já tiveram alguma infecção
sexualmente transmissíveis. Sendo 12 (3%) sífilis, 8 (2%) HPV, 3 (0,7%) trichomonas,
3(0,7%) gonorreia, 3 (0,7%) herpes, 1(0,2%) já teve sífilis e gonorreia, 1(0,2%) cancro mole
e 32 (8%) não souberam informar o tipo de doença sexual. Um estudo realizado na Índia com
417 mulheres profissionais do sexo revelou prevalência de IST e que o uso do preservativo
variou de 70,1% a 17,5%(DAS et al. 2011). Quando questionadas sobre a situação vacinal
contra hepatite B, 250 (62,2%) informaram não ter recebido vacina, 118 (29,4%) informaram
já ter recebido alguma dose e 34 (8,5%) não sabiam informar. Essa situação apresentada é
presente também em estudo realizado no interior de São Paulo (Brasil), em que de 449
profissionais do sexo que participaram, encontrou-se quase ausência total de vacinação prévia
para Hepatite B (PASSOS et al. 2007). Mesmo diante da disponibilidade da vacina na rede
pública, no Brasil, existe uma baixa cobertura vacinal para hepatite B em diversas populações
(CARVALHO; ARAUJO 2010; ATTILIO et al. 2011). Mak et al. (2003) ao realizarem
estratégia de vacinação para hepatite B com 1096 profissionais do sexo, na Bélgica, mostrou
que 82,8% receberam a primeira dose, 71,5% a segunda dose e somente 47,9% receberam a
terceira dose. Esse estudo mostra também um percentual considerável do uso de drogas.
Sendo que 328 (81,6%) fazem uso do álcool, e somente 8(2,0%) estão em tratamento, 209
(52,0%) são tabagistas, 129 (32,1%) fazem uso de drogas ilícitas sendo que desse total 19
(4,7%) usam maconha, 56 (13,9%) usam o crak, 27 (6,7%) cocaína e 27 ( 6,8%) fazem uso
de mais de um tipo de droga, e somente 5 (1,2%) estão em tratamento. O uso de drogas
contribui para a vulnerabilidade das mulheres. Para Malta et al. (2008) o uso do crack
dificulta a negociação do preservativo. Nappo, sanchez e oliveira (2011) algumas mulheres
utilizam a prostituição para adquirir o crak e o uso dessa substancia contribui para o aumento
da contaminação pelo HIV.
CONCLUSÕES
O estudo mostrou que mulheres profissionais do sexo iniciam suas atividades profissionais
precocemente, possuem baixa escolaridade, o que contribui para aumentar a vulnerabilidade
individual relacionadas ás infecções sexualmente transmissíveis. Profissionais do sexo estão
expostas a outros agravos, como doenças crônicas e acidentes de trânsito. É importante
destacar que a falta de conhecimento em relação a oferta pelos serviços de saúde da rede
pública diminui a oportunidade de orientação e tratamento adequado para os diversos
agravos. Dessa forma é necessário maior envolvimento de profissionais de várias áreas e
apoio dos gestores para que essas mulheres possam ser inclusas nas atividades de atenção
9
básica e possibilitar melhor acesso ao serviço da rede publica, ampliar seus conhecimentos
em relação á prevenção de agravos e melhoria da qualidade de vida.
BIBLIOGRAFIA
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CARVALHO, A.M.C; ARAUJO, T.M.E. Fatores associados à cobertura vacinal em adolescentes. Acta paul.
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FARINHA, M.G.; BRUNS, M. A. T. Adolescentes profissionais do sexo. Campinas-SP: Editora Átomo, 2006.
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O desafio da gestão nos cuidados de saúde primários: estudo dos modelos e das
competências de gestão
Sílvia Machaqueiro, LV Lapão
Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde para as Políticas e Planeamento dos Recursos Humanos.
Instituto de Higiene e Medicina Tropical – Universidade Nova de Lisboa
Endereço eletrónico: [email protected] (Luis Lapão)
Palavras-chave: cuidados de saúde primários; gestão; competências; ACES
INTRODUÇÃO
Partindo do reconhecimento do papel fundamental dos cuidados de saúde primários (CSP)
enquanto primeiro ponto de contacto do cidadão com o sistema de saúde (International
Conference on Primary Health Care, 1978; OMS, 2008), vários países têm vindo a investir
nos CSP. Em Portugal, desde 2005 que se desenvolve uma reforma especifica no sentido de
melhorar a acessibilidade e prestar cuidados de maior proximidade ao cidadão (MS, 2007).
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Nos últimos anos os países africanos de língua portuguesa têm vindo a preocupar-se também
com este paradigma.
A reforma reviu o modelo organizacional dos CSP, dando lugar a uma reestruturação dos
centros de saúde em Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES), atribuindo-lhes autonomia
administrativa e órgãos próprios de gestão. A criação dos ACES implica uma mudança no
paradigma de governação e de gestão, numa óptica de descentralização do poder e de
concentração de recursos para a sua rentabilização (MS, 2011). Pretende-se que a gestão se
torne mais integrada, com maior autonomia e coordenação das equipas, com uma base de
contratualidade interna, fundada na definição de objectivos, com intenção de orientar ao
cidadão e para resultados. Esta mudança inclui a gestão e a avaliação do desempenho dos
profissionais conducente à responsabilização e ao incentivo ao desenvolvimento da
governação clínica (MS, 2008a).
O modelo de governação dos ACES necessita de novas competências de liderança e de
gestão, traduzidas num conjunto de órgãos de gestão, mas sobretudo personificadas no papel
do Director Executivo (DE). O DE tem um papel de destaque na reforma, na gestão do
ACES, enquanto um dos principais elementos catalisadores da mudança de atitudes e
comportamentos. O Decreto-lei n.º 28/2008 define que o DE, enquanto gestor executivo,
deve desempenhar um papel importante de liderança, assumindo-se como gestor com
preocupação de liderar o processo de reforma e da sua implementação no ACES. Como
gestor, a sua actividade é complexa, devendo pugnar por conciliar o trabalho estratégico e
administrativo, e assegurar o cumprimento dos objectivos operacionais e dos objectivos
clínicos, respondendo assim a múltiplas e diversas exigências, nem sempre conciliáveis (MS,
2012; Lapão & Dussault, 2011; MS, 2008b). O objectivo de caracterizar os modelos de
gestão dos ACES implica estudar como os seus membros actuam e assumem
responsabilidades de gestão na organização, por exemplo, percebendo como distribuem o seu
tempo, que actividades realizam, como tomam decisões e que ferramentas de gestão utilizam
(Hales, 1986; Mintzberg, 1990; Tengblad, 2006). Foi feita uma pesquisa documental e
revisão da literatura para apoiar o desenho de um questionário com vista à caracterização dos
modelos de gestão e das competências do gestor. Numa segunda fase, procedeu-se à recolha
de dados empíricos, através de observação directa estruturada (shadowing) do DE de um
ACES seleccionado, para validação de um quadro de referência relativo aos modelos de
gestão nos ACES. Foram registadas de forma precisa todas as actividades e interacções do
gestor, à semelhança de uma “sombra” (Mintzberg, 1970; McDonald, 2005).
Com base no quadro de referência validado, foi desenvolvido um questionário para
diagnóstico das actividades de gestão nos ACES, procurando observar dimensões como
planeamento, coordenação de equipas, gestão do desempenho e disseminação de
informação. Para validação, o questionário foi aplicado aos elementos identificados com
responsabilidades de gestão a diferentes níveis no ACES. Foi seleccionada uma amostra por
conveniência, tendo sido aplicado presencialmente, através de auto-preenchimento e com
esclarecimento sempre que necessário.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A observação directa de um DE durante um dia (total de 10:27h) resultou no registo de um
total de 121 observações, correspondente a 26 actividades distintas. Verificou-se que as
actividades mais frequentes são a comunicação directa (presencial) (22,3%), a deslocação
durante o dia de trabalho (11,6%) e a realização de chamadas telefónicas (5%). Em termos
de tempo dispensado, as actividades com mais impacto no quotidiano do DE são: deslocação
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durante o dia de trabalho (1:08h); comunicação directa (presencial) (1:03h); realização
(0:30h) e atendimento de chamadas telefónicas (0:20h); reuniões não planeadas (0:14h);
envio de emails (0:13h). No que concerne às competências de gestão, observou-se que o DE
despende mais tempo com o acompanhamento e supervisão de tarefas/actividades (0:36h);
revisão/aprovação do transporte de doentes (0:31h); monitorização e controlo da
assiduidade, pontualidade e cumprimento do período normal de trabalho pelos funcionários
(0:17h); delegação de tarefas (0:16h); e resolução de questões relacionadas com utentes
(0:15h).
Os resultados preliminares do questionário revelam que os elementos com responsabilidades
de gestão no ACES (n=4) têm idades entre 51 e 60 anos, e mais de 15 anos de experiência na
área da Saúde. No que respeita à distribuição percepcionada do tempo diário, as actividades
em que é despendido mais tempo são o envio e recepção de emails (2:26h), a gestão de
RH/equipas (1:11h), a redacção/preenchimento/assinatura de documentos (1:03h), o
acompanhamento/ supervisão de tarefas (≈1:00h), e a gestão de recursos (≈0:41h).
Em termos de tempo percepcionado, apenas um dos quatro elementos parece despender
menos de 8h diariamente, com uma média de 10:37h diárias.
CONCLUSÕES
Os resultados preliminares vão ao encontro da literatura relativamente ao exercício da
actividade e competências de gestão: pese embora as especificidades da gestão em
organizações de saúde (Dussault, 1992), os resultados parecem confirmar que a actividade
dos elementos com responsabilidades de gestão no ACES – em particular o DE – se
caracteriza por uma elevada complexidade e diversidade, e que aparentemente se estende por
mais de 8 horas de trabalho. Em paralelo, os resultados parecem indicar ainda uma
componente burocrática/administrativa significativa no tipo de gestão ao nível dos ACES,
com ênfase em actividades como o envio/recepção de emails e a
redacção/preenchimento/assinatura de documentos. Por outro lado, em termos de
competências de gestão, sobressaem o acompanhamento/supervisão de tarefas e
gestão/coordenação de equipas como elementos nucleares da gestão dos ACES. Este projecto
vai continuar explorando um conjunto mais alargado de ACES e de gestores. Este estudo tem
o financiamento do INSA/Ministério da Saúde.
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