COMPARAÇÃO DO ÍNDICE DE BODE E QUALIDADE DE VIDA EM

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COMPARAÇÃO DO ÍNDICE DE BODE E QUALIDADE DE VIDA EM
COMPARAÇÃO DO ÍNDICE DE BODE E QUALIDADE DE VIDA EM PORTADORES DE DPOC LEVE, MODERADA e GRAVE
COMPARAÇÃO DO ÍNDICE DE
BODE E QUALIDADE DE VIDA EM
PORTADORES DE DPOC LEVE,
MODERADA e GRAVE
Lyege de Oliveira Borlenghi1
Patricia Obalski Nunes1
Armindo Holler2
Darlene Costa de Bittencourt3
RESUMO
O objetivo desse estudo foi avaliar capacidade funcional, força muscular respiratória, força muscular de membro
superior e inferior, qualidade de vida e índice de BODE, a fim de comparar nos portadores de DPOC leve, moderado
e grave. Estudo transversal, analítico, descritivo, por conveniência. Participaram oito pacientes portadores de
DPOC, encaminhados com espirometria e diagnóstico de DPOC por um pneumologista. Foram submetidos ao
teste de caminhada de seis minutos (TC6min); a avaliações de força muscular respiratória (manovacuometria) e de
bíceps e quadríceps (Teste 1RM), escala Medical Research Council (MRC), Qualidade de Vida modificado (SGRQm)
e calculado o índice de mortalidade de BODE. Observaram-se dois pacientes leves, um moderado e cinco em
estado severo da DPOC, os mesmos caminharam em média 247 metros (62,7% do valor previsto); a média na força
muscular inspiratória foi de 87,5±33,59 CmH2O e força muscular expiratória de 62,75 ±23,03 CmH2O, ou seja,
92,09% e 39,61% abaixo do valor previsto, respectivamente. A média da força muscular de bíceps foi de 3,5Kg e
de quadríceps foi de 3,0 Kg, o índice de BODE foi 05, a qualidade de vida apresentou nos domínios respectivos,
média de 54,55 nos sintomas, 67,98 nas atividades, 43,03 de impacto, somando um total de 52,91. Há redução da
capacidade funcional, da força muscular de MMII, redução da qualidade de vida e o índice de BODE foi classificado
como mediano nos portadores de DPOC leve, moderado e grave. Conclui-se que há um impacto relevante sobre a
qualidade de vida dos portadores de DPOC leve, moderado e grave de nossa amostra.
Palavras chaves: DPOC, Qualidade de vida, Índice de BODE.
ABSTRACT
Objective: To assess functional capacity, respiratory muscle strength, muscle strength of upper limb (UL) and lower
(LL), BODE index and quality of life (QOL) in patients with mild COPD, moderate and severe. Methods: This was a
cross-sectional study, analytical, descriptive, for convenience. Were part of eight patients with COPD, spirometry
and forwarded to diagnosis by a pulmonologist. Were subjected to evaluations of muscle strength of upper limbs
and lower limbs (TEST 1RM), the six-minute walk test (6MWT.); Scale Medical Research Council (MRC). Where was
the mortality rate and QOL modified BODE (SGRQ) calculated. Results: Two patients mild, moderate and severe in
five state, even walked on average 247 meters (62.7% of predicted value); average inspiratory muscle strength was
87.5 cm H2O and expiratory muscle strength 62,75 cm H2O, ie, 92.9% and 39.61% below forecast, respectively. The
mean muscle strength of upper limbs (biceps) was 3.5 kg and 3 kg were lower limbs. But the BODE index was the
result of five QOL domains showed us their average 54.55 in symptoms, 67, in 98 activities, 43.03 impact, adding
the total of 52.91. The reduced functional capacity, muscle strength of the lower limbs, reduced QoL and the BODE
index with this value five in COPD mild, moderate and severe. We conclude that there is a significant impact on the
quality of life in patients with mild COPD, moderate and severe in our sample.
Key words: COPD, quality of life, BODE index.
Egressa do Curso de Fisioterapia - Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo.
Mestre em educação nas ciências – área Fisioterapia, especialista em Terapia Manual e Cinesioterapia, Fisioterapia Neurofuncional,
Professor do IESA. E-mail: [email protected]
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Mestre em Ciências Pneumológicas – UFRGS. Professora do IESA. e-mail: [email protected]
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1. INTRODUÇÃO
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é caracterizada
por apresentar limitação do fluxo aéreo, dispneia, hiperinsuflação
dinâmica, aumento do metabolismo glicolítico, acompanhado
de descondicionamento físico, resultantes da inalação de gases
tóxicos e tabagismo, o que leva a limitações durante a realização
de suas atividades cotidianas e de sua capacidade em praticar
exercícios físicos e diários. (RODRIGUES; VIEGAS, 2010).
A DPOC foi reconhecida como a 12a maior causa de morbidade
crônica, de perda de qualidade de vida e de mortalidade, estando
previsto o seu aumento nas próximas décadas, sendo que em
grande parte poderia ser evitada. Estima-se que, em 2020,
ela esteja ocupando o 5° lugar entre as principais causas de
incapacidade e o terceiro como causa de morte (VIEGAS e Col.
2004; CELLI, 2004; WEHRMEISTER et al., 2011).
Considerando que há uma diminuição da capacidade
ventilatória no DPOC se faz necessário a mensuração de alguns
dados para avaliar o estado de saúde dos portadores da doença,
sendo assim o volume expiratório forçado no primeiro segundo
(VEF1) é o parâmetro utilizado para avaliar o estadio da doença,
cuja gravidade é determinada pelo VEF1 medido após uso de
broncodilatador (GOLD, 2006).
A gravidade da DPOC é classificada por GOLD em quatro níveis,
sendo eles: Estadio 0: Sem risco (espirometria normal; sintomas
crônicos como tosse e expectoração); Estadio I: DPOC leve - Leve
limitação do fluxo aéreo (VEF1/CVF 70%; VEF1 ≥80% do previsto)
e geralmente, mas nem sempre, tosse crônica e produção de
expectoração; Estadio II: DPOC moderada – Agravamento (VEF1/
CVF 70%; 50% ≤VEF1 80% do previsto) e, geralmente, progressão
dos sintomas, com falta de ar tipicamente desenvolvida ao esforço;
Estadio III: DPOC grave – Grave limitação do fluxo aéreo (30%
≤VEF1 50% do previsto) ou presença de insuficiência respiratória
ou sinais clínicos de falência ventricular direita. Os pacientes
podem ter DPOC grave (Estadio III) mesmo se o VEF1 > 30% do
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previsto, sempre que estas complicações se façam presentes;
Estadio IV: DPOC muito grave - (VEF1/CVF < 70%; VEF1 < 30% do
previsto) mais insuficiência respiratória ou sinais clínicos de falência
ventricular direita (GOLD, 2006; GOLD, 2013).
As manifestações sistêmicas repercutem de maneira
importante sobre a qualidade de vida e a sobrevida dos pacientes
(CALVALCANTE, BRUIN, 2009). Em 2004, Celliet et al. criaram o
índice de BODE (Body Mass Index, Airflow Obstruction, Dyspnea e
Exercise Capacity), que é um sistema multidimensional composto
por domínios que quantificam o grau de comprometimento da função
pulmonar (VEF1), através dos sinais clínicos e efeitos sistêmicos
da doença abrangendo assim as principais complicações geradas
pelo mesmo. O índice de BODE utiliza o teste de caminhada
de seis minutos, índice de massa corpórea (IMC), capacidade
inspiratória e expiratória máxima para obter dados mais precisos
e posteriormente compará-los (SIMON et al., 2010).
Além de ser um preditor de mortalidade, o índice BODE
está relacionado com a qualidade de vida observando-se uma
associação com todos os domínios do Saint George Respiratory
Questionnaire (SGRQ) nos pacientes com DPOC e VEF1 < 50 %
(ARAÚJO, HOLANDA 2010).
Os sintomas crônicos da DPOC (dispneia, sibilância, tosse,
produção de expectoração e intolerância ao exercício, associados
à ansiedade e à depressão) são os principais responsáveis pela
alteração da relação entre saúde e qualidade de vida, sendo um
importante desfecho clínico na DPOC (MANGUEIRA et. al., 2009;
ARAÚJO; HOLANDA 2010). Além disso, a exaustão emocional,
o transtorno do pânico e, mais comumente a ansiedade e a
depressão são algumas perturbações psiquiátricas que podem
ser vistas em pacientes com DPOC (GOLD, 2013).
Percebe-se a necessidade de classificar o grau de
comprometimento dos portadores de DPOC, já que essa doença
gera disfunções as quais afetam diretamente sua qualidade de vida.
O estadiamento da doença é capaz de avaliar o impacto que essa
moléstia causa na qualidade devida dessas pessoas e relacionar
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ao grau de longevidade, no entanto há a necessidade de coletar
outros dados para que os resultados sejam mais precisos como
força muscular respiratória, dos membros superiores (MMSS) e
inferiores (MMII), dentre outros (ARAUJO; HOLANDA, 2010).
Sendo assim, este estudo tem como objetivo comparar
capacidade funcional, força muscular respiratória, força muscular
de MMSS e MMII e qualidade de vida em portadores de DPOC
leve, moderado e grave.
2. MATERIAL E MÉTODO
Esta pesquisa caracterizou-se como um estudo transversal,
analítico, descritivo, sobre a comparação do índice de BODE e
qualidade de vida em portadores de DPOC leve, moderada e
grave. A amostra foi constituída por 08 indivíduos portadores de
DPOC, de ambos os sexos, da terceira idade, provenientes de
um ambulatório de pneumologia do município de Santo Ângelo
onde os mesmos obtiveram o diagnóstico clínico e funcional de
DPOC de graus moderado a grave, realizados por um médico
pneumologista. Os pacientes foram avaliados na Clinica Escola
do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo- IESA.
Estes consentiram em participar do estudo por meio da assinatura
do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Inicialmente foi identificado o estadiamento da DPOC, a
partir da análise da espirometria de cada paciente, encaminhada
pelo pneumologista. Foram incluídos no estudo pacientes com
confirmação espirométrica de DPOC com relação
VEF1/CVF<70 e VEF1 pós broncodilatador <80%. Todos
os pacientes estavam clinicamente estáveis por no mínimo 4
semanas (GOLD, 2007).
Os critérios de inclusão foram à idade entre 60 a 80 anos,
ambos os sexos, que conseguissem se deslocar até a Clinica
Escola do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo192
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IESA e fossem residentes da região noroeste do Rio Grande do
Sul. Foram excluídos os pacientes em exacerbação, que não
pudessem comparecer a clinica e não residissem na região
noroeste do Rio Grande do Sul.
Foi realizado o contato inicial com os pacientes para a
explanação das informações expostas nos objetivos deste estudo.
Para coleta de dados foram utilizados: Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE); Espirometria; Questionário de
caracterização dos Participantes; Teste de força muscular
respiratória; teste de força de membro MMSS e MMII (1RM);
Avaliação da Capacidade funcional - Teste de Caminhada de seis
minutos (TC6m); Avaliação da qualidade de vida - questionário St.
George’ Respiratory modificado (SGRQm); Avaliação da dispneia
pela escala Medical Research Council (MRC), e calculado o índice
de BODE.
3. Avaliações:
Força Muscular Respiratória: A avaliação é feita através
do manovacuômetro onde é realizado uma pressão inspiratória
máxima (PImáx) que é mensurada após solicitar ao paciente uma
insuflação máxima dos pulmões (capacidade pulmonar total),
seguida de uma expiração forçada máxima sustentada por um
segundo. A avaliação da pressão expiratória máxima (PEmáx)
é realizada de modo semelhante, após solicitar ao paciente que
realize uma inspiração máxima (volume residual) seguida de
um esforço expiratório máximo sustentado por um segundo. As
mensurações são realizadas por três vezes e considera-se o
maior valor obtido em cada um dos testes. O calculo para homens:
PImáx: y = −0,80 × idade +155,3 PEmáx: y = −0,81 × idade +
165,3. Para mulheres: PImáx: y = −0,49 × idade + 110,4 PEmáx: y
= −0,61 × idade + 115,6 (COSTA et. al., 2010).
Teste de 1 repetição máxima (1RM): Este teste foi utilizado
com intuito de verificar a força muscular de bíceps e quadríceps.
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Primeiramente os pacientes foram informados para sentar em
uma cadeira onde foi explanado como o teste iria transcorrer,
qual grupo muscular seria avaliado bem como sua localização,
posicionamento correto, compensações, e o seu significado. Os
movimentos eram solicitados durante a expiração com freno labial,
a fim de evitar a manobra de valsalva ou aumentar a dispneia,
mascarando a carga máxima real. Durante a realização desses
estavam presentes dois avaliadores treinados para realizar o
procedimento. Todos os pacientes realizaram o movimento de
flexão, extensão de bíceps e quadríceps, através de sua amplitude
especifica com intervalo de cinco minutos a cada tentativa para
monitoração dos sinais vitais (FARIAS et. al., 2012).
Perimetria torácica: A expansibilidade torácica foi mensurada
utilizando uma fita métrica sobre a caixa torácica do paciente nas
regiões axilar, mamilar e xifóide. Cada medida foi obtida após
solicitar ao paciente que realize uma expiração máxima, seguida
de uma inspiração máxima e outra expiração máxima. As medidas
serão repetidas por duas vezes e considera-se a média dos dois
valores obtidos (PAULIN et. al., 2006).
Teste de caminhada de seis minutos (Tc6m): Os pacientes
foram orientados a caminhar o mais rápido possível num corredor
de 30 metros, durante 6 minutos. Neste teste foi dado o incentivo
para o paciente como “você está indo muito bem, continue assim;
faltam “n” minutos para o término do teste”. Se for necessário o
paciente poderia reduzir o passo ou parar, reiniciando a caminhada
tão logo se sentisse em condições (ATS Statement: Guidelines for
6MWT, 2002). Durante o teste foram monitorados a cada minuto
a freqüência cardíaca (FC), e a oximetria de pulso (SpO2). Antes
e após o teste foi verificado a pressão arterial (PA) e a frequência
respiratória (FR). As percepções de dispneia e de fadiga em
membros inferiores foram determinadas através da escala de
BORG (BORG, 1982). Tendo registrado a distância percorrida ao
término do teste. Um aumento na distância caminhada igual ou
superior a 540 metros é considerado clinicamente significativo
(Redemeier et. al., 1997). Foram calculados os valores
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preditivos da caminhada para homens e mulheres. As seguintes
equações determinam o nível de distância caminhada prevista
para cada teste realizado para o paciente: Homens: distância
TC6M (m) = (7,57 x altura cm) – (5,02 x idade) – (1,76 x peso
Kg) – 309m e Mulheres: distância TC6M (m) = (2,11 x altura cm)
– (2,29 x peso Kg) – (5,78 x idade) + 667 (MOREIRA; MORAES;
TANNUS, 200; ENRIGHT E SHERRIL, 2003).
Qualidade de Vida: A qualidade de vida foi avaliada por meio
da utilização do questionário St. George’ Respiratory modificado
(SGRQm) para a avaliação dos três últimos meses. Este
questionário é específico para doenças respiratórias, validado para
uso no Brasil. Consiste de 76 itens divididos em três domínios:
sintomas (problemas causados por sintomas respiratórios),
atividade (restrições da atividade causadas por dispneia) e
impacto psicossocial (impacto sobre o cotidiano causado pela
doença). A pontuação varia de 0 (sem redução da qualidade de
vida) a 100 (máxima redução da qualidade de vida). Foi aplicado
por um entrevistador devidamente treinado, caso o paciente não
compreendesse o enunciado da questão, o entrevistador repetiu
até que o paciente compreendesse (JONES, 2002; CAMELIER,
2006).
Para análise dos dados, foi utilizado o programa Excel,
os dados foram apresentados em média ± desvio padrão e a
frequência das ocorrências (%).
Os indivíduos foram encaminhados pelo pneumologista. Após
o aceite, todos participantes assinaram o termo de consentimento
livre e esclarecido (TCLE), antes de iniciar as avaliações. O
Estudo foi projetado de acordo com as Diretrizes e Normas
Regulamentadoras de Pesquisas Envolvendo Seres Humanos
segundo a Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) nº.
466/2012.
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3.1. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A amostra desse estudo foi composta por 08 portadores de
DPOC, sendo desses 02 leves, 01 moderado e 05 graves, onde
05 são mulheres e os demais homens.
Na Tabela 1 foram descritas as características desses
pacientes que mostrou ser uma amostra homogênea quanto aos
dados antropométricos e demográficos, como idade, estatura
e IMC. Ainda, nas avaliações, perceberam-se que no teste de
caminhada os pacientes obtiveram resultados abaixo do previsto,
caminharam em média 247 metros (62,7% do valor previsto).
Evidenciou-se que em todos os pacientes a força muscular
respiratória está comprometida, a média da força muscular
inspiratória foi de 87,5±33,59 CmH2O e a força muscular expiratória
média foi de 62,75 ±23,03 CmH2O, ou seja 92,09% e 39,61%
abaixo do valor previsto, respectivamente. Já a força muscular de
membros superiores é maior em relação aos inferiores, a média da
força muscular de MS (bíceps) foi de 3,5Kg e de MI foi de 3,0 Kg
Já o índice de BODE o resultado foi 05, considerado mediano; a
qualidade de vida apresentou nos domínios respectivos, média
de 54,55 nos sintomas, 67,98 nas atividades, 43,03 de impacto,
somando um total de 52,91.
Tabela 1: Características dos portadores de DPOC leve,
moderado e grave, com as respectivas médias e desvio padrão
obtidos durante a avaliação.
CARACTERÍSTICAS
Gênero (masculino/feminino)
3/5
M±DP
Idade (anos)
77,25 ±3,5
altura (m)
1,66±0,14
peso(kg)
75±20,66
IMC (kg/m2)
21,87±4,45
VEF1/FVC%
16,25±4,24
Ocupação
-
Nenhuma
3
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Aposentado por tempo de serviço
8
Aposentado por motivo de saúde
0
Dona de casa
5
Sedentário
8
Teste Caminhada seis minutos (TC6m)
TC6m previsto
394±41,26
TC6m realizado
274 ±124,28
1RM - Bíceps Kg/f
3,5±1,17
1RM - QuadrícepsKg/f
3 ±1,4
PI máx. (cmH2O)
87,5 ±33,59
PE máx. (cmH2O)
62,75 ±23,03
BODE
5
Os valores apresentados estão expressos como M: masculino; F: feminino; IMC:
índice de massa corporal; VEF1: volume expiratório forçado no primeiro segundo,
M±DP. Tc6m; Teste de caminhada de seis minutos; 1RM: Teste de uma repetição
máxima ;Pimax: Pressão inspiratória máxima e PEmax: Pressão expiratória máxima;
BODE :Body Mass Index, Airflow Obstruction, Dyspnea e Exercise Capacity.
Segundo DOURADO, 2006 na DPOC a função muscular
respiratória está prejudicada e como fator principal temos a
hiperinsuflação pulmonar, pois ela altera a forma geométrica
da parede torácica o que provoca uma diminuição crônica da
zona de aposição do diafragma, com isso há um rebaixamento
e redução no tamanho de suas fibras musculares resultando na
incapacidade do músculo em exercer sua função normal. Devido
essas mudanças anatômicas, essas estruturas trabalham sob
aumento da carga, havendo assim uma limitação ao fluxo aéreo
causando a hiperinsuflação pulmonar.
De acordo com as prováveis complicações, que venham ser
identificadas em uma espirometria, o padrão obstrutivo tem como
anormalidade a expiração do ar, certas variáveis podem apresentar
tamanho grau de obstrução em que o paciente se encontra como CVF,
VF1, e VF1/FVC as quais poderão ser levemente, moderadamente,
ou gravemente reduzidas. A presença de uma obstrução pode ser
analisada pelas variáveis de: índice de Tiffeneau, Peak Flow, FEV
de 25%-75% onde estarão diminuídos, e possivelmente a CV pode
não se alterar (COSTA; JAMANI, 2001).
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No que diz respeito as alterações musculares de membros
inferiores e superiores, conforme a figura 1, é possível observar
que ocorre uma perda natural de massa muscular devido o
quadro da doença e os portadores dessa enfermidade fazem
uma maior sobrecarga nos membros superiores para exercer a
função respiratória habitual e diminuição do uso dos membros
inferiores já que o desenvolvimento da marcha é evitado pelos
pacientes em virtude da sensação de dispneia em predomínio da
atividades de vida diária. Já Trevisan (2010) relata que portadores
de DPOC possuem disfunção musculoesquelética, com perda da
massa muscular tanto de membros inferiores quanto superiores,
o que gera a diminuição da disposição durante a realização das
atividades físicas provocando a queixa de dores e fadiga.
Por meio do uso de exercícios resistidos para quadríceps,
percebeu-se um melhor desempenho durante a realização de tais
atividades. Todavia deve sempre haver um trabalho global, pois
a diminuição da força de quadríceps é significativamente maior
que a perda de força de peitorais ou de grande dorsal, ou seja,
em um plano de tratamento devem-se priorizar sempre os grupos
musculares que estão em desvantagem e não apenas atividades
para membro superior ou inferior isoladamente (DOURADO, 2004).
Força muscular no gênero feminino por Kg (F); Força muscular no gênero
masculino por Kg (M), sendo divido por grau de estadiamento leve, moderado e
grave.
Figura 1 Média da força muscular de membro superior comparada ao inferior em
portadores de DPOC leve, moderado e grave.
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Durante o teste de caminhada de seis minutos, conforme figura
2, foi possível observar que a maioria dos participantes ficou bem
abaixo do esperado, tendo como média final de caminhada de
274m, sendo que o previsto era de 394 ±41,26. Em meio à realização
do teste foi utilizada a escala de BORG para quantificar o grau de
dispneia dos pacientes, não houveram muitas mudanças quanto a
dispneia, ficando dentro da normalidade, e apenas dois pacientes
apresentaram dispneia intensa, sendo esses classificados como
estadiamento severo. Apenas um participante da amostra obteve
resultado positivo nesse teste alcançando resultados além do
esperado, sendo ele portador de DPOC leve.
Figura 2: Distância percorrida durante o teste de caminhada de seis minutos (Tc6
min.) e o valor previsto divido por sexo com seus respectivos estadiamentos.
Atualmente o teste de caminhada de seis minutos (TC6)
tem sido utilizado como ferramenta principal para mensurar
a capacidade física do DPOC, por conta disso é considerada
como uma atividade submáxima, o mesmo também auxilia na
avaliação da sobrevida desses portadores, no entanto há fatores
que interferem diretamente no resultado do TC6 min. como, por
exemplo, a diminuição da força muscular do quadríceps. Devido a
isso os indivíduos submetidos ao teste apresentam rapidamente
sintomas de fadiga e dor quando comparados a indivíduos
normais. Durante a realização do TC6 min. estudos demonstram
que a frequência cardíaca (FC) e a SPO2 tendem a diminuir ao
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final da caminhada, no entanto no presente estudo percebeu-se
aumento da FC e diminuição da SPO2 (MOREIRA; MORAES;
TANNUS, 2001).
Para análises do índice BODE associa-se quatro variáveis
o IMC, obstrução das vias aéreas, dispneia e capacidade de
exercício, abrangendo assim as principais alterações encontradas
nos portadores da DPOC. Através desse índice é possível averiguar
a mortalidade dessas pessoas e comparar com sua qualidade
de vida. Nesse estudo apresentou-se um índice de BODE com
valor mediano e como resultado percebeu-se que há uma grande
relação com os domínios do protocolo de qualidade de vida SGRQ. Logo, os pacientes da DPOC com VEF1< 50% morrem
mais rápido e apresentam pior qualidade de vida (ARAUJO,
2010). Assim, podemos ajustar o cotidiano desses indivíduos para
que realizem com menor frequência as atividades que causem
muita dispneia, desta forma evitando a progressão da doença
(SANTOS, 2013). Esse achado corrobora com os resultados
de Simon (2009), cuja avaliação de sua amostra mostrou que o
índice médio de BODE ficou próximo a dez, apresentando o pior
prognóstico já que o mesmo é pontuado de zero a dez, sendo
o primeiro o melhor prognóstico e o segundo o pior. Mostraram
também essa correlação dos resultados da distância percorrida no
TC6 min., escala de dispneia MRC e o índice de BODE, ou seja,
quanto mais intolerante ao exercício maior será o índice. Portanto
quanto mais o paciente evitar atividades que causem desgaste
menor será a mortalidade. No entanto, se sabe que um programa
de reabilitação adequado individualmente, pode melhorar a
dispneia a pequenos esforços e consequentemente a sobrevida
dos pacientes, pela melhora no índice de BODE (RODRIGUES,
2011).
TABELA 2: Questionário de qualidade de vida St. George,
conforme os domínios sintomas, atividade e impacto da doença
com seus respectivos estadiamentos.
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Qualidade de vida St. George (%)
ESTADIAMENTO
SINTOMAS
ATIVIDADE
IMPACTO
TOTAL
SEVERO
61,6
85,8
69,5
74,2
MODERADO
56,5
61
26,4
41,5
LEVE
73
80
51,1
65
SEVERO
49
60,4
52
55
SEVERO
86
62
54
61,4
SEVERO
33
60
15,3
33
LEVE
32,3
41,4
10
22,2
SEVERO
45
93,3
66
71
O protocolo de qualidade de vida (SGRQm) aborda aspectos
como sintomas, atividade e impacto psicossociais que a doença
respiratória inflige ao paciente. Os valores acima de 10% refletem na
qualidade de vida, já as alterações iguais ou maiores que 4% após
a intervenção indicam mudanças significativas na QV. A DPOC é a
maior causa de morbidade em idosos o que leva expressivamente
a redução da qualidade de vida dos mesmos. Aspectos como
dispneia, sintomas de ansiedade, depressão, estado nutricional
e baixo IMC estão associados à diminuição da qualidade de vida.
Programas de reabilitação pulmonar resultam na melhora da força
muscular periférica como também respiratória e na realização de
tolerância ao exercício obtendo então melhora na qualidade de
vida desses pacientes (SOUZA, 2000; DOURADO, 2006).
No trabalho de Souza (2000), após a reabilitação, a soma dos
valores para cada sessão do protocolo resultou em sintomas (0,70)
atividades (0,81) impacto (0,67) e no total (0,79). Com relação ao
tempo para resposta do questionário percebeu-se que a média foi
de 10 minutos por paciente e que isso não difere dos relatos de
outras literaturas.
O uso do SGRQm permite compreender a maior queixa
dos portadores de DPOC e sua relação com a sintomatologia
da doença, as restrições que a mesma causa nas atividades do
cotidianas mais corriqueiras até as mais complexas, por exemplo,
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as relacionadas ao trabalho. Estudos recentes relatam que 66,7%
da população estudada possuem outras doenças associadas,
como diabetes, hipertensão arterial sistêmica, doença vascular,
doença arterial coronariana, artrose e fibromialgia, o que acaba
influenciando na hora de responder o questionário de QV. A idade
avançada é outro fator que tem impacto sobre o mesmo, pois
corresponde aos piores escores causando prejuízo na realização
das atividades do dia-a-dia ou de trabalho. Sendo assim analisouse que a principal queixa é com relação aos sintomas gerados pela
doença e o fato de serem incapaz de realizar certas atividades
(KERKOSKI; BORESTEIN; SILVA, 2010).
4. CONCLUSÃO
Por meio desse estudo, com uma amostra de oito portadores
de DPOC, sendo, dois pacientes leves, um moderado e cinco
em estado severo da doença, observou-se que apresentaram
qualidade de vida abaixo da normalidade, porém, se analisados
por estadiamento da doença, não configurou relação, pois houve
paciente com a doença severa que apresentou qualidade de vida
melhor que portador de DPOC moderada. Em média, os portadores
de DPOC de nossa amostra apresentaram e risco de mortalidade
mediano, claramente relacionados a doença respiratória.
Conclui-se que os portadores de DPOC de nossa amostra
estão abaixo dos valores esperados para capacidade funcional,
força muscular inspiratória, expiratória e de força muscular de
membros inferiores, além da qualidade de vida.
O índice de BODE (risco de mortalidade) quando utilizado com
o questionário de St. George (qualidade de vida) nos portadores
de DPOC, é capaz de demonstrar o real quadro clinico do paciente
a ser testado e sua sobrevida, auxiliando então na escolha do
melhor plano de tratamento a ser seguido pelos fisioterapeutas,
possibilitando com a reabilitação, minimizar o impacto da DPOC
na vida desses indivíduos.
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