O UFOANAMNESE n 9 2011

O UFOANAMNESE
“Porque tudo o que já foi dito, ainda está lá fora”
Ano 2º - Abril de 2011 nº 9
Editorial
Amigos do UFOANAMNESE, é um prazer
chegar até vocês mais uma vez.
Estamos nessa edição empenhados em
destacar para os nossos leitores alguma coisa
dessa grande “colcha de retalhos”, que é
assim transformada, quando o assunto é a
data: 21 de dezembro de 2012.
O que verdadeiramente tem por trás de tudo
isso que envolve essa data? O que é afinal, e o
que tem pra acontecer em 21 de dezembro de
2012?
A Internet está repleta de provas e de citações
sobre essa data e o fim do mundo! Muitos me
parecem que realmente estão esperando que
isso aconteça. Hollywood logo correu e
produziu seu filme, os religiosos falam sobre
esse assunto, políticos estão de olho em todo
esse frenesi... Exaltação violenta assalta o
mundo,
e
isso
tem
causado
um
arrebatamento, uma inquietação de espírito
de forma alarmente! Ora, por que toda essa
excitação, afinal? Será que isso tem fundo? O
fato é que essa paixão excessiva tem enchido
e muito a caixa preta da Internet, nos últimos
anos. Até a NASA já se pronunciou quanto a
essa data em 2012. Há, sim, ao meu ver, um
delírio sintomático uma inflamação no
cérebro, nas meninges mundiais que parecem
não se aquietar sobre a aproximação desta
data. Já puseram os maias que dormiam
quietinhos... Chamaram o Nibiru pra
reforçar... E ai, você leitor amigo, como tem
visto essa data de 21 de dezembro de 2012?
Qual o seu grau de curiosidade a respeito? É
disso que vamos falar nesse número. Boa
viagem.
Seu editor
NASA desmente
fim do mundo em 2012
Por Tuco Kpax
Em 2009 a Agência Espacial Americana
resolveu esclarecer as dúvidas dos que
viajam na internat e afirmou em seu site
oficial que: “o mundo não acaba com o fim do
calendário Maia”.
Tudo porque esse site, mantido pela NASA, foi
inundado de perguntas desses desesperados
internautas, que desejavam saber mais a
respeito desses dois mistérios... Queriam
insistentemente saber mais sobre esse tal
planeta chamado Nibiru e a sua suposta
ligação com a data de 21 de dezembro de
2012, profetizando o final dos tempos para a
humanidade...
Me parece, que na ocasião, essa página em
questão se chamava “Ask an Astrobiologist”, e
era mesmo sustentada por um Cientista
Sênior do Instituto de Astrobiologia da NASA,
eu acho que fazia parte do seu trabalho como
Cientista Sênior da NASA, responder as
perguntas dos internautas e, se ainda lembro,
essas perguntas, se transformaram em mais
de mil e-mails enviados com essas questões
super apocalípticas.
É impressionante ver a internet se
transformando, aos poucos, numa verdadeira
rede de boatos envolvendo o final do mundo.
Essa colcha de retalhos apocalípticos se
entrelaça numa cabeluda textura de supostas
amostras e provas que conseguem mesmo
enganar muitos desavisados, fazendo-os crer
que o fim dos tempos será mesmo no dia 21
de dezembro de
2012, data que
“coincide” com o
também suposto
fim do calendário
Maia.
Ai você deve estar
se perguntando:
“e o Nibiru?” O
Nibiru é apenas
um tempero nisso
tudo.
Ele
já
apareceu até no
Google Sky e no
Microsoft
Telescope.
Bem, nessa sopa
de letrinha que
vai fervendo até dezembro de 2012, o Nibiru,
ou Planeta X ou Hercolubus - pode escolher o
nome - está “camuflado” nas imediações de
Orion, mais precisamente ao sul. A causa de
toda essa prevista aniquilação é a crença de
que esse corpo celeste descoberto pelos
sumérios insiste num compromisso de
esbarrar em nosso planetinha ou apenas
passar perto dele em 21 de dezembro de
2012, data que termina supostamente o
calendário Maia... Como sempre, o que dizem
por ai é que os governos mundiais estariam
mantendo em segredo tudo isso. Eles têm um
plano... Mas, sabem que infelizmente seu
plano não poderá salvar a todos, e
lamentavelmente só vão salvar aqueles que
eles acham que vale a pena salvar... Não
gosto nem de pensar nisso.
Dessa história toda sobre o fim do mundo em
2012, o que mais gosto de ceder a minha
atenção é mesmo pro tal do Nibiru, a Dark
Star. Confesso que já li muita coisa a
respeito. Algumas me impressionam como,
por exemplo, essa em particular de que em
maio de 2011, o Planeta X ou Hercolubus,
ficará visível a olho nú por todas os
terráqueos. Outra que eu gosto muito é
aquela notícia de que
em 21 de dezembro
de 2012, o Nibiru não
vai destruir a Terra,
apenas irá passar
pelo
plano
da
eclíptica e será visto
como uma estrela
vermelha brilhante e
irá
parecer
um
segundo
sol,
do
tamanho aproximado
da nossa Lua. Em
troca disso, teremos
muitos terremotos e o
clima ficará muito perturbado... Na verdade,
isso já vem acontecendo.
Porém, o pior deve acontecer mesmo em torno
de 14 de fevereiro de 2013, já li por ai na net,
que a Terra vai passar entre o Nibiru e o Sol.
Agora, meu amigo, a coisa pode mesmo “ficar
preta”, porque essa revolução (tempo que o
planeta demora a descrever uma órbita),
provocará um deslocamento dos pólos e
ocorrerá
simultaneamente
a
chamada
inclinação planetária. Isso sim causará uma
grande mudança na Terra, diria uma
“estrambolhose
múltipla”,
com
megaterremotos e mega-maremotos em escala
global.
Tudo isso porque o tal do Nibiru tem sua
inclinação orbital com cerca de 30 graus com
relação ao nosso plano solar ou da eclíptica.
Então quando essa “Dark Star” atravessar
sistema solar em movimento retrógrado
(sentido oposto) com relação aos demais
planetas,
certamente
pode
causar
o
deslocamento dos planetas, causando uma
perturbação planetária de forma generalizada,
que nem hollywood seria capaz de fazer. Em
outras palavras, vai bagunçar a casa, e a sopa
que estão fazendo na Internet será o nosso
sistema solar em pessoa. Segure-se que a
coisa vai balançar!
2012: “Um Fim de tudo?” Ou
“Um começo do nada?”
Se começarmos a falar um pouquinho sobre
ligar a vida e a obra dos maias em relação ao
fim do mundo, vamos ter a nítida idéia de que
esse povo antigo não tinha muita intenção em
prever em seus textos e sua simbologia que
no ano de 2012 o
mundo entraria em
um colapso ou se
entraria
num
caminho
de
destruição. Li outro
dia na Folha.com –
Ciência
que
Ricardo González,
um investigador da
vida extraterrestre,
afirmou o seguinte:
“Em nenhum momento os maias deixaram
uma advertência de destruição do planeta
porque não está assinalado nem em seus
códices nem em seus símbolos de alto relevo,
nos sítios arqueológicos”, ele fez essa
declaração à agência Efe.
O que gerou – e tem avolumando um número
astronômico de teorias, hipóteses e muita
diversão nos meios de comunicação, e até na
literatura, invadido os sítios na internet e
filmes hollywoodianos como “2012″, (do
diretor Roland Emmerich) – é, na verdade, um
desejo da própria sociedade
em ver onde tudo vai dar. É a
sede do povo da Terra em
saber o que vai acontecer.
Por isso, esse ano 2012 tem
trazido tanto frisson. Isso já
ocorreu em muitas outras épocas da história
da humanidade terrestre.
Os maias viveram, de fato, seus memoriais
diários na astronomia. Essas “efemeridades
astronômicas" sempre foram utilizadas ao
longo da história por magos, astrônomos,
astrólogos e monarcas para anunciar as
ocorrências
de
alguns
acontecimentos
celestiais (eclipse, cometas), bem como para
também escolher a posição dos astros e os
antigos
fazerem
seus tratados e
negócios de acordo
com a posição dos
astros de cada dia.
Esse conjunto de
formas
místicas
nos faz entender
como alguns hoje
podem interpretar
isso como o fim do
mundo.
Mas
também podemos
entender
simplesmente
como
fim
da
civilização
nos
territórios
habitáveis
nos
anos 800 antes e
900
depois
de
Cristo.
Realmente estão atribuindo aos maias que, no
dia 21 de dezembro de 2012, haverá uma
destruição total. Porém, há também aqueles
indivíduos mais ponderados que, de uma
forma mais light, afirmam que o que deve
ocorrer é o fim de ciclo, não só para o nosso
planeta, mas também para seus habitantes.
Esse talvez seja o bom senso, afirmar apenas
que estamos no final de um ciclo, um ciclo
que provavelmente começou no ano 3.113
antes de Cristo... O desesperador é pensar
que também estamos no começo de algo que
nunca experimentamos antes como raça
humana nesse planeta. Talvez isso, sim, é o
que o velho calendário Maia tem para dizer.
Talvez, o pensamento de um início de outro
ciclo, poderia ser mais prosaico para os
habitantes da Terra. Isto daria mais
esperança do que pensar em um fim de tudo.
Então fica essa pergunta: Fim de tudo ou o
começo do nada? No que você prefere pensar?
Abdução?
Assim como há ávidos
pelos acontecimentos
do fim do mundo,
vivem
realmente
querendo que o dia
21 de dezembro de
2012 aconteça, há quem deseje, não somente
um contato de 3º grau, mais um de 4º grau
urgente. Tem gente por ai querendo ser
abduzida. Eu as conheço e as acho radicais
demais para o meu gosto.
Eu acho que, quando falamos de 2012, já
estamos falando de algo muito difícil de
processar. Quando falamos de ÓVNIS,
falamos de um assunto complexo. Porém,
quando falamos de abdução, isso sim é muito
complicado, difícil e complexo. Entrar nessa
questão de abdução é certo encontrar muita
polêmica e confusão.
Alguns dizem que são os sirianos, habitantes
de Sirius, os responsáveis pelas abduções dos
terráqueos. Mas a unanimidade mesmo
aponta os da raça Grey os cinzas. Muitos
acreditam na existência de et’s bons e maus,
independente da raça ou de onde vem. Assim
como
existe
pessoas
respeitosas
e
boas,
também
existe gente ruim
e má.
Outro
dado
importante é que,
aparentemente,
as
abduções
acontecem mais
nos países que
pactuam com os
visitantes
de
outros mundos,
governos
que
permitem que esses extraterrestres façam
suas bases secretas, como o caso dos Estados
Unidos, Japão, Rússia, Brasil. Daí, eles
podem
"controladamente"
abduzir.
Os
Governos
recebem,
em
troca
dessas
abduções,
tecnologia
alienígena.
Aparentemente, essa aliança diplomática com
os greys acontece desde os anos 50. O fato é
que nossa tecnologia e designer mudaram
repentinamente e vem mudando através dos
tempos. Nossa engenharia, arquitetura,
aparelhos domésticos, carros, etc., tudo que
fabricamos tem cada fez mais uma cara
alienígena...
Tudo
tem
sido
aperfeiçoadamente menor e com designer
muito mais avançado. Realmente nos últimos
50
anos
nossa
tecnologia
mudou
radicalmente, praticamente saímos da válvula
para o transistor num piscar de olhos.
Por isso mesmo, alguns também acham que
eles podem nem fazer isso por serem maus,
mas fazem as abduções simplesmente porque
são cientistas e fizeram um acordo.
Outra linha de pensamento quanto a isso é
que os ET’s não são maus, eles não conhecem
as nossas emoções. Eles não entendem a
nossa dor, choro e a saudade que sentimos
com a separação. Eles abduzem e colocam
implantes nos abduzidos para que possam se
comunicar
telepaticamente
a
grandes
distâncias, ou para os localizarem facilmente,
assim como os cientistas terráqueos também
fazem com animais em suas pesquisas de
campo.
Muitos estudiosos estimam que 2 % da
população mundial já foi abduzida.
E você, já foi abduzido?
Na onda da ufologia, jovens
procuram Ovnis no céu
Numa noite escura, em Alpinópolis, no sul de
Minas Gerais, Vinicios e um amigo subiram a
serra para observar o céu e as estrelas.
Estavam dentro do carro quando, de repente,
olhando para trás, viram uma cratera
próxima a uma árvore, com luzes coloridas.
"Abrimos o vidro do carro e ouvimos um
barulho estranho, mas ficamos com medo de
sair porque a gente não sabia bem o que era."
Apesar de já ter interesse por astronomia, o
estudante, na época com 16 anos, se tornou
obcecado pela ufologia após esse contato
imediato assustador. Hoje, aos 20, Vinicios
Batista Dias criou um site sobre o tema, o
UFO
Zone
(www.ufozone.com.br).
Para
manter sua página sempre atualizada, ele
pesquisa arduamente tudo o que encontra
sobre o assunto.
"Procuro investigar um pouco para saber a
opinião dos especialistas em ufologia e depois
tirar minhas conclusões." Entre outras
atividades, ele também monitora satélites, na
esperança de se deparar com algum caso de
avistamento.
Eduardo Gomes de Carvalho, 24 anos, é
moderador do site Vigília, um dos muitos
encontrados na net sobre o tema. Carvalho
afirma ter tido algumas experiências de
avistamento, mas acha que não há uma
resposta concreta para o que viu. "Talvez
fosse um satélite, um balão ou até mesmo um
disco voador", afirma o estudante, natural de
Goiânia.
Eduardo diz que seu interesse surgiu a partir
de filmes de ficção científica, mas, conforme
ele foi crescendo,
achou a maioria das
respostas
que
procurava em livros
de física, química e
biologia.
"Isso,
sim,
me
deixava
muito
curioso. Na maioria
dos casos não havia
nada de anormal ou
paranormal,
só
bastava
ler
e
entender
os
fenômenos naturais
do nosso planeta."
O estudante acredita que o caminho para a
ufologia é manter a seriedade no assunto e
acompanhar o desenvolvimento da ciência.
"Quem sabe um dia faremos contato com
outras formas de vida."
É isso que esperam Paolla Armani, 23, e
Marcos Cianfa, 25, jornalistas recémformados que realizaram seu trabalho de
conclusão de curso sobre a "cobertura" do
tema pela imprensa. Paolla acha, ainda, que
existe um preconceito forte em relação ao
tema. "Há uma política de desinformação
muito grande e proposital. Alguns casos são
comprovadamente inexplicáveis, existe um
acobertamento. Em Varginha, por exemplo,
muita gente viu os carros do Exército indo e
voltando."
Marcos começou a pesquisar o assunto de
maneira séria apenas recentemente, mas
afirma que seu interesse vem desde criança
quando, acompanhado do pai, teve um
suposto avistamento, aos dez anos, em frente
a sua casa, em Itapevi.
"Vimos um triângulo, mas na verdade eram
três esferas de luz branca, alinhadas como um
triângulo. Elas se abriam e giravam de modo
compassado. Aquilo começou a descer de uma
maneira muito rápida. Eu agarrei no braço do
meu pai e aquilo parou numa altura bem
baixa. Subiu de novo bem rápido, num ângulo
de 90 graus."
Quer ver?
Entre os lugares considerados como os mais
propícios para avistamentos de objetos nãoidentificados no Brasil estão a Chapada dos
Guimarães (MT) e o Morro do Chapéu, na
Bahia; a região de Santa Isabel, no Rio de
Janeiro; e algumas cidades do litoral paulista.
Ufologia no Brasil
Pode-se dizer que o interesse por ufologia no
Brasil começou a partir de uma fraude
jornalística. Em 7 de maio de 1952 a revista
"O Cruzeiro" publicou uma série de fotos de
supostos Ovnis sobrevoando a Barra da
Tijuca, no Rio. A revista estava praticamente
à beira da falência e resolveu fraudar as fotos
com truques de câmera realizados no local e
outros feitos posteriormente, feitos em
laboratório.
Há quem diga que só fizeram isso para
mostrar como era fácil fraudar fotografias e
que iriam revelar a verdade publicamente
depois, mas a revista acabou. O fato é que as
cinco fotos geraram uma intensa especulação
e grande interesse no assunto em todo o
Brasil.
Entre os, até então adolescentes, que
começaram a pesquisar o assunto naquela
época, está Claudeir Covo, hoje com 58 anos,
um dos mais conhecidos ufólogos do país. É
ele quem comanda o INFA (Instituto Nacional
de Investigação de Fenômenos Aeroespaciais),
e mantém um site com vídeos, relatos e
outras informações ligadas à pesquisa e ao
estudo de assuntos relacionados à ufologia.
Como a maioria dos garotos da época,
Claudeir viveu a era das conquistas espaciais,
quando filmes B de ficção científica estavam
em alta e todos acompanhavam ansiosos as
explorações espaciais de russos e americanos.
"Em 1966, um dos astronautas que estava
numa das missões Apollo declarou que a nave
dele havia sido seguida por um objeto
discóide. Isso me deixou muito interessado
pelo assunto, porque era uma pessoa bem
preparada, não era um qualquer", afirma.
Especialista em analisar imagens, fotografias
e filmes de supostos discos voadores, Covo,
que também é engenheiro aposentado, faz
uma pesquisa séria sobre o assunto. Segundo
ele, apenas 2% do material com o qual tem
contato não tem nenhuma explicação
científica.
"Do restante, 83% são enganos com algum
fenômeno físico ou químico, sejam artificiais ou
naturais. Outros 15% são fraudes: coisas como
pratos de pizza ou tampas de panela, calotas
de carro etc. No YouTube, por exemplo, 95%
dos vídeos de ufologia são fabricados", conta.
Com tantos enganos e fraudes, Claudeir diz
que o que o mantém interessado no assunto é
a curiosidade por fenômenos que a ciência
não consegue explicar ou compreender. "Eu
diria que a busca pelo desconhecido atrai a
curiosidade de qualquer ser humano."
Fonte: Daniel Solyszko
Folha de S.Paulo/Folha .com
Rua Buenos Aires, 93/Lj. A Centro – RJ
Frases de Carl Sagan
Queremos buscar a verdade, não
importa aonde ela nos leve. Mas
para encontrá-la, precisaremos
tanto de imaginação quanto de
ceticismo. Não teremos medo de
fazer especulações, mas teremos o
cuidado de distinguir a
especulação do fato.
O UFOANAMNESE
Publicação Mensal da TUCOKPAX-Observação
Remota Lunar.
Editor Chefe: Arthur Órion
Revisor: Wagner Boyler
Revisor Infográfico: Olju
Investigador de Campo:
A. Moreira - CBPDV nº 4024
[email protected]