bovinos de corte - Certified Humane

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bovinos de corte - Certified Humane
Padrões de Cuidados com os Animais
Janeiro de 2014
BOVINOS DE CORTE
Este referencial constitui uma tradução livre adaptada do referencial privado Humane Farm Animal Care para
“Bovinos de Corte”, de janeiro de 2014. A versão original em inglês, disponível na página
www.certifiedhumane.org deve prevalecer em caso de dúvida.
Direitos Autorais 2014 por Humane Farm Animal Care.
Todos os direitos reservados. P.O. Box 727, Herndon VA 20172
BOVINOS DE CORTE
Humane Farm Animal Care
Padrões do HFAC para a Produção de Bovinos de Corte: Janeiro 2014
HUMANE FARM ANIMAL CARE
O Humane Farm Animal Care é uma fundação nacional sem fins lucrativos que tem como
missão melhorar o bem-estar dos animais de produção, estabelecendo padrões viáveis e
confiáveis, adequadamente monitorados para a produção humanitária de alimentos e
garantindo aos consumidores que produtos certificados atendam a esses padrões.
O Humane Farm Animal Care é apoiado por um conjunto de Organizações de Proteção aos
Animais. Nós recebemos fundos de doações individuais, projetos e fundações.
Os Padrões do Humane Farm Animal Care foram desenvolvidos como os únicos padrões
aprovados para criação e manejo de Bovinos de Corte para serem usados no programa
Certified Humane®. Esses padrões incorporam pesquisa científica, recomendações de
veterinários, e experiências práticas dos produtores. Os padrões foram originalmente
baseados nas diretrizes do Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals (RSPCA),
e no presente refletem informações científicas atuais e outros padrões e diretrizes práticas
reconhecidas para o cuidado apropriado dos animais.
Os receptores da certificação Certified Humane® têm demonstrado comprometimento com o
cuidado de seus animais, permitindo que os bovinos e bezerros realizem comportamentos
naturais e instintivos necessários para manter a sua saúde e bem-estar. Os produtores
criadores desses animais tomam medidas para assegurar a interação social, o conforto e o
bem-estar físico e geral dos bovinos.
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Os membros do Comitê Científico do Humane Farm Animal Care que desenvolveram esses
padrões são:
Kenneth Anderson, PhD
Michael Appleby, PhD
Brittany Bock, PhD
Brenda Coe, PhD
Hans Coetzee, PhD
Anne Fanatico, PhD
Trent Gilbery, MS
Alan Goldberg, PhD
Temple Grandin, PhD
Thomas Hartsock, PhD
Patricia Hester, PhD
Pam Hullinger, DVM, MPVM
Joy Mench, PhD
Suzanne Millman, PhD
Ruth Newberry, PhD
Ed Pajor, PhD
Jose Peralta, PhD, DVM
Rosangela Poletto, PhD, DVM
Martin Potter, PhD
Mohan Raj, PhD
Jean-Loup Rault, PhD
Carolyn Stull, PhD
J. K. Shearer, DMV, MS
Marilyn M. Simunich, DVM
Janice Swanson, PhD
William VanDresser, DVM
Julia Wrathall, PhD
Adroaldo Zanella, PhD
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Especialista em Extensão, North Carolina State University
Consultor Científico Chefe, World Society for the Protection
of Animals
Professora Associada, Fort Hays State University, Kansas
Professora Assistente Adjunto, Pennsylvania State University
Professor Associado, Iowa State University
Professora Assistente, Sustainable Development, Appalachian
State University, NC
Gerente de Instalações, Beef Research Complex, North
Dakota State University
Professor, The Johns Hopkins University
Professora, Colorado State University
Professor Associado Emérito, Dpt. Animal and Avian
Sciences, University of Maryland
Professora, Purdue University, West Lafayette, IN
Professora Associada de Clínica, University of California,
Davis
Professora, University of California, Davis
Professora Associada de Bem-Estar Animal, Iowa State
University, College of Veterinary Medicine
Norwegian University of Live Sciences, Aas, Noruega
Professor de Bem-Estar Animal, Faculty of Veterinary
Medicine, University of Calgary, Canadá
College of Veterinary Medicine, Western University of Health
Sciences
Professora Adjunta, Federal Institute of Rio Grande do Sul,
Brasil
Consultor em Bem-estar de animais, Membro do FAWC,
Reino Unido e Membro consultor do EIG
Membro Sênior de Pesquisas, Bristol University, Reino Unido
Pesquisador, University of Melbourne, Austrália
Presidente de Comitê Científico e Especialista de extensão,
Escola de Medicina Veterinária, University of California,
Davis
Professor e Veterinário Extensionista, Iowa State University
Diretora, Animal Health Laboratory, Division of Animal
Industries, Idaho State Department of Agriculture
Professora e Diretora de Bem-estar Animal, Michigan State
University
Veterinário Extensionista aposentado
Diretora, Departamento de Animais de Fazenda, RSPCA,
West Sussex, Reino Unido
Professor, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil
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ÍNDICE
PARTE 1: INTRODUÇÃO ................................................................................................ 1
A. O selo Certified Humane® ........................................................................................... 1
B. Guia para o uso dos Padrões de Cuidados com os Animais ........................................ 1
PARTE 2: NUTRIÇÃO – ALIMENTO E ÁGUA ............................................................. 2
A. Alimento ...................................................................................................................... 2
FW 1: Alimentos saudáveis e nutritivos ...................................................................... 2
FW 2: Acesso fácil ao alimento ................................................................................... 2
FW 3: Registros da alimentação .................................................................................. 2
FW 4: Substâncias proibidas na alimentação .............................................................. 2
FW 5: Condição corporal............................................................................................. 2
FW 6: Evitando alterações no alimento ....................................................................... 3
FW 7: Suprimento de fibras ......................................................................................... 3
FW 8: Disponibilidade de alimentos ........................................................................... 3
FW 9: Fornecimento de nutrientes adequados............................................................. 3
FW 10: Limpeza dos equipamentos de alimentação ................................................... 4
FW 11: Minimizando a contaminação da água por alimentos .................................... 4
FW 12: Evitando alimentos inadequados .................................................................... 4
B. Alimentos: Provisões específicas para bezerros .......................................................... 4
FW 13: Exigências da dieta dos bezerros .................................................................... 4
FW 14: Colostro .......................................................................................................... 4
FW 15: Primeiros alimentos ........................................................................................ 5
FW 16: Desmame ........................................................................................................ 5
C. Água ............................................................................................................................. 5
FW 17: Fornecimento de água ..................................................................................... 5
FW 18: Água para o gado em estábulo ........................................................................ 6
FW 19: Equipamentos de fornecimento de água ......................................................... 6
FW 20: Água para bovinos no pasto............................................................................ 6
FW 21: Fornecimento emergencial de água ................................................................ 6
PARTE 3: AMBIENTE ...................................................................................................... 7
A. Instalações ................................................................................................................... 7
E 1. Ambiente para o Gado.......................................................................................... 7
E 2: Registros das Instalações...................................................................................... 7
E 3: Prevenindo ferimentos decorrentes do ambiente ................................................. 7
E 5: Manutenção dos corredores.................................................................................. 8
E 6: Limite do uso de substâncias tóxicas nas instalações .......................................... 8
E 7: Instalações elétricas .............................................................................................. 8
E 8: Projeto das passagens ........................................................................................... 8
B. Ambiente térmico e Ventilação ................................................................................... 8
E 9: Condições térmicas .............................................................................................. 8
E 10: Movimento do ar ................................................................................................ 9
E 11: Ventilação .......................................................................................................... 9
E 12: Qualidade do ar .................................................................................................. 9
E 13: Proporção do gado em alojamento interno....................................................... 10
E 14: Abrigos parcialmente cobertos ......................................................................... 10
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C. Sebes – Toldos – Aspersão ........................................................................................ 10
E 15: Termorregulação .............................................................................................. 10
E 16: Sebes ................................................................................................................ 10
E 17: Sombra ............................................................................................................. 10
E 18: Confinamentos ................................................................................................. 11
D. Área de repouso/Espaço disponível ........................................................................... 11
E 19: Área de repouso................................................................................................ 11
E 20: Pisos compactos ............................................................................................... 11
E 21: Confinamentos ................................................................................................. 12
E 22: Qualidade do ar no confinamento - VER E 11 ................................................ 12
E 23: Disponibilidade de espaço................................................................................ 12
E 24: Áreas especiais de permanência ....................................................................... 12
E 25: Liberdade de movimento.................................................................................. 12
E 26: Aprisionamento é proibido ............................................................................... 12
E. Iluminação .................................................................................................................. 13
E 27: Luz suficiente nas instalações .......................................................................... 13
F. Ambiente do Parto ...................................................................................................... 13
E 28: Área do parto .................................................................................................... 13
E 29: Projeto das baias internas de parto ................................................................... 13
E 30: Condições do ambiente .................................................................................... 13
E 31: Superfícies que permitem a limpeza ................................................................ 13
E 32: Monitoramento ................................................................................................. 13
G. Alojamento para Touros ............................................................................................ 14
E 33: Gerenciamento dos alojamentos para touros.................................................... 14
E 34: Projeto do curral dos touros ............................................................................. 14
H. Instalações de Manejo ............................................................................................... 14
E 35: Passagens.......................................................................................................... 14
E 36: Manutenção do equipamento de contenção ..................................................... 14
E 37: Equipamentos com laterais sólidas .................................................................. 15
E 38: Instalações para embarque ............................................................................... 15
I. Provisões Específicas para Bezerros ........................................................................... 15
E 39: Instalações para bezerros estressados............................................................... 15
E 40: Bezerros em quarentena ................................................................................... 15
E 41: Espaço para bezerros ........................................................................................ 15
J. Cercas .......................................................................................................................... 16
E 42: Projeto e manutenção de cercas ....................................................................... 16
PARTE 4: GERENCIAMENTO ...................................................................................... 17
A. Gerentes ..................................................................................................................... 17
M 1: Planejamento na Fazenda .................................................................................. 17
M 2: Conhecimento sobre os Padrões ....................................................................... 17
M 3: Atividades de gerenciamento e de registros ...................................................... 17
M 4: Atenuando problemas ....................................................................................... 18
M 5: Conhecimento das implicações das práticas de gerenciamento no bem-estar .. 18
M 6: Treinamento ...................................................................................................... 18
M 7: Tratamento compassivo .................................................................................... 19
M 8: Reclamações aos produtores ............................................................................. 19
B. Manejo ....................................................................................................................... 19
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M 9: Manejo com tranquilidade ................................................................................ 19
M 10: Antecipando fatores estressores para os bovinos ............................................ 20
M 11: Manejo em corredores ..................................................................................... 20
M 12: Manejo racional............................................................................................... 20
M 13: Equipamentos .................................................................................................. 20
M 14: Ajuda no parto ................................................................................................. 20
M 15: Diagnóstico e tratamento rápidos .................................................................... 21
M 16: Animais incapazes de caminhar ...................................................................... 21
C. Gerenciando animais de reposição ............................................................................ 21
M 17: Bezerros de origem externa............................................................................. 21
D. Identificação .............................................................................................................. 21
M 18: Equipamento de identificação ......................................................................... 21
M 19: Marcação ......................................................................................................... 22
M 20: Marcação temporária....................................................................................... 22
E. Equipamentos ............................................................................................................. 22
M 21: Uso dos equipamentos .................................................................................... 22
M 22: Equipamentos automáticos ............................................................................. 22
F. Inspeção ...................................................................................................................... 22
G. Cães no Manejo ......................................................................................................... 23
M 24: Controlando cães pastores ............................................................................... 23
PARTE 5: SAÚDE DO REBANHO ................................................................................ 24
A. Práticas de Cuidado com a Saúde .............................................................................. 24
H 1: Planejamento sanitário dos animais ................................................................... 24
H 2: Atenuando problemas de saúde ......................................................................... 24
H 3: Monitoramento da saúde.................................................................................... 24
H 4: Currais de segregação ........................................................................................ 25
H 5: Gerenciamento de animais de origens externas ................................................. 25
H 6: Agrupamento do gado........................................................................................ 25
H 7: Atenuando problemas de comportamento ......................................................... 26
H 8: Controle de parasitas e predadores .................................................................... 26
H 9: Cuidado com os cascos ...................................................................................... 27
H 10: Alterações físicas ............................................................................................. 27
H 12: Indução do parto .............................................................................................. 29
H 13: Ultrassom para detecção de prenhez ................................................................ 29
B. Incidentes com Animais............................................................................................. 29
H 15: Eutanásia .......................................................................................................... 29
H 16: Descarte da carcaça.......................................................................................... 29
PARTE 6: TRANSPORTE ............................................................................................... 30
A. Condições do Transporte ........................................................................................... 30
T 1: Instalações para embarque ................................................................................. 30
T 2: Projeto das passagens ......................................................................................... 30
T 3: Funcionários responsáveis pelo transporte......................................................... 30
T 4: Manejo nos corredores ....................................................................................... 31
T 5: Manejo racional .................................................................................................. 31
T 6: Alimento e água pré-transporte .......................................................................... 31
T 7: Tempo de transporte ........................................................................................... 31
T 8: Registros do transporte ....................................................................................... 31
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T 9: Casualidades durante o transporte dos animais .................................................. 32
PARTE 7: ABATE ........................................................................................................... 32
A: Procedimentos de abate ............................................................................................. 32
S 1: Sistemas de abate................................................................................................ 32
PARTE 8: ANEXOS......................................................................................................... 33
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 47
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PARTE 1: INTRODUÇÃO
A. O selo Certified Humane®
O programa Certified Humane® foi desenvolvido para certificar produtos de animais
oriundos de propriedades que aderem a esses padrões. Após completar a aplicação e
inspeção satisfatoriamente, os produtores serão certificados e poderão usar o selo Certified
Humane Raised and Handled®. Os participantes do programa são inspecionados e
monitorados anualmente pelo Humane Farm Animal Care. As taxas coletadas visam cobrir
os custos de inspeções e do programa, os quais incluem material informativo que ajuda a
promover os produtos dos produtores que são Certified Humane®.
B. Guia para o uso dos Padrões de Cuidados com os Animais





Os objetivos principais do padrão são descritos no início de cada seção.
As exigências numeradas são todos os padrões que devem ser atendidos.
Esses padrões são descritos para incluir propriedades em distintas regiões
geográficas, com temperaturas variadas e em propriedades que utilizam sistemas
alternativos. Portanto, nem todos os padrões das seções irão ser aplicáveis a todas
as instalações.
As seções nas caixas de texto fornecem informações adicionais ou destacam áreas
nas quais os padrões serão revisados no futuro.
Os produtores também devem atender a todas as recomendações locais, estaduais
ou federais relativas à produção de bovinos de corte que afetem o meio ambiente
ou a segurança do seu produto, bem como às Leis de Práticas Veterinárias do seu
estado.
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PARTE 2: NUTRIÇÃO – ALIMENTO E ÁGUA
OBJETIVOS: Os animais devem ter acesso à água fresca e a uma dieta formulada ou
avaliada para manter a saúde plena e promover um estado positivo de bem-estar. A
alimentação e a água devem ser distribuídas de forma que os animais possam comer e
beber sem competição desnecessária.
A. Alimento
FW 1: Alimentos saudáveis e nutritivos
Os bovinos devem ser alimentados com uma dieta saudável que seja:
1. Adequada à idade e à espécie;
2. Fornecida em quantidade suficiente para mantê-los saudáveis; e
3. Formulada ou avaliada para satisfazer as suas necessidades nutricionais conforme
estabelecido pelo manual de Requerimentos Nutricionais para Bovinos de Corte
(Nutriente Requirements of Beef Cattle) do Conselho Nacional de Pesquisa
(National Research Council - NRC) e conforme recomendado para a área
geográfica.
FW 2: Acesso fácil ao alimento
O gado deve ter acesso fácil a alimentos nutritivos todos os dias, exceto quando for
determinado de outra maneira pelo veterinário responsável.
FW 3: Registros da alimentação
a. Os produtores devem manter registros por escritos e/ou os rótulos da ração, com os
componentes e suas concentrações, assim como os registros dos suplementos
alimentares, incluindo os registros do moinho ou do fornecedor; e
b. Devem estar disponíveis ao inspetor do Humane Farm Animal Care durante a inspeção
e em outras ocasiões, quando solicitados.
FW 4: Substâncias proibidas na alimentação
a. Nenhum alimento que contenha proteína derivada de mamíferos ou aves é permitido,
exceto leite e produtos derivados do leite.
b. Não deve ser implantado nenhum promotor de crescimento no gado.
c. Os bovinos não devem ser alimentados com antibióticos, incluindo ionóforos,
coccidiostáticos, ou outra substância para deliberadamente promover o crescimento ou a
eficiência alimentar.
d. Antibióticos apenas podem ser administrados individualmente a um animal por razões
terapêuticas (tratamento de doenças) e somente com a orientação de um veterinário.
FW 5: Condição corporal
a. O gado deve ser alimentado para que mantenha plena saúde e capacidade de reprodução
normal durante toda a sua vida produtiva.
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b. Alterações nas condições corporais do gado devem ser cuidadosamente planejadas e
mantidas de acordo com o estágio da produção.
c. O escore de condição corporal (ECC) de 4 a 6 (escala de 1 a 9) é considerado o melhor
para a manutenção da produtividade e da saúde. Um ECC de 2 ou inferior exige ação
corretiva imediata. Nenhum animal com ECC menor que 2 deve ser transportado ou deixar
a propriedade a menos que seja para tratamento veterinário.
d. O seguinte sistema de “Escore de Condição Corporal de Bovinos de Corte” ou outro
sistema aprovado pode ser usado para classificar o gado de corte.
Escore
1
2
3
4
Aparência
enfraquecido
insatisfatório
magro
limítrofe
5
6
7
8
9
moderado
bom
muito bom
gordo
obeso
Condição
esquelético
muito magro com protuberâncias ósseas
camada fina de gordura
camada fina de gordura sobre costelas, dianteira e
anca
camada fina de gordura por todas as partes do corpo
camada média de gordura
camada de gordura balanceada sobre os ossos
depósitos de gordura, base de cauda, barbela
depósitos de gordura excessivos, base de cauda, etc.
e. O escore de condição corporal deve ser monitorado regularmente com especial atenção
no desmame, 30 dias depois do desmame, 90 dias antes do parto, no parto e no início
da estação reprodutiva.
FW 6: Evitando alterações no alimento
Devem ser feito esforços para evitar alterações repentinas no tipo e na quantidade dos
alimentos, a menos que essas alterações sejam efetuadas com a orientação de um
veterinário ou nutricionista de bovinos.
FW 7: Suprimento de fibras
a. Os bovinos adultos e os bezerros com mais de 30 dias devem receber alimentos ou
forragem que contenham fibras suficientes para permitir a ruminação.
b. A fibra deve ser de qualidade e tamanho para prevenir acidose.
FW 8: Disponibilidade de alimentos
a. O gado deve ter quantidades de alimentos adequadas disponíveis para evitar a
competição por alimento.
b. Se a alimentação for restrita por um protocolo nutricional, espaço adicional nos
comedouros deve ser providenciado para reduzir a competição por alimentos.
c. As medidas de espaço de comedouro indicadas no Anexo 1 devem ser cumpridas.
FW 9: Fornecimento de nutrientes adequados
a. O gado não deve ser mantido em um ambiente onde provavelmente terá predisposição
à deficiência de nutrientes.
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b. Os gerentes devem ter conhecimento das deficiências e excessos de minerais na
fazenda e corrigirem os níveis quando for apropriado.
c. As diretrizes do NRC - Requerimentos Nutricionais para Bovinos de Corte podem ser
usadas para determinar as exigências nutricionais do gado e a composição dos
nutrientes nos alimentos.
FW 10: Limpeza dos equipamentos de alimentação
a. Comedouros ou cochos devem ser mantidos limpos, e alimentos mofados ou envelhecidos
devem ser removidos.
b. Os equipamentos automáticos de alimentação (p. ex. sistema de fornecimento de grãos em
currais) devem ser mantidos:
1. Limpos;
2. Livres de alimento envelhecido; e
3. Mantidos em boas condições de operação.
FW 11: Minimizando a contaminação da água por alimentos
Os equipamentos para fornecimento de alimentos e de água devem ser projetados,
construídos, posicionados e conservados para que a contaminação dos alimentos e da água
dos animais seja minimizada.
O chão em volta da área de alimentação deve ser mantido livre de lama, e se houver
deve ser no máximo com profundidade na altura da canela dos bovinos.
FW 12: Evitando alimentos inadequados
Práticas de controle devem ser adotadas para minimizar
a. O acesso do gado a plantas venenosas e a alimentos inadequados; e
b. A contaminação por aves ou organismos nocivos dos alimentos armazenados.
B. Alimentos: Provisões específicas para bezerros
FW 13: Exigências da dieta dos bezerros
a. Os bezerros devem ser alimentados com uma dieta saudável, que atenda ou exceda as
exigências do NRC, de acordo com a sua idade, peso, necessidades comportamentais e
fisiológicas.
b. Antibióticos não podem ser usados, exceto terapeuticamente (p. ex. tratamento de
doença) individualmente, e de acordo com a orientação de um veterinário.
c. Todos os bezerros devem ter acesso à água fresca.
FW 14: Colostro
a. Todos os bezerros recém-nascidos devem receber o colostro adequado da sua mãe, de
outra vaca que deu cria recentemente ou de uma fonte de colostro congelado ou em pó,
assim que possível após o nascimento, definitivamente dentro das primeiras 6 horas de
vida.
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Como precaução para prevenir a transmissão da Doença de Johne ou
Paratuberculose, a mistura de colostro de múltiplas vacas, congelado ou fresco, não é
recomendada.
b. Os bezerros devem ser permitidos mamar na vaca durante as primeiras 24 horas após o
nascimento. Quando não mamar na vaca, é permitido colostro em quantidade suficiente
que deve ser fornecido manualmente, com aproximadamente 6 litros de colostro sendo
administrados via sonda gástrica, mamadeira ou balde nas primeiras 24 horas.
c. Nas 48 horas seguintes, os bezerros impossibilitados de mamar devem receber
aproximadamente 6 litros de colostro ou leite integral de vaca fornecido em pelo menos
duas refeições.
FW 15: Primeiros alimentos
a. Todos os bezerros órfãos ou aqueles impossibilitados de mamar devem receber
alimento líquido duas vezes ao dia durante pelo menos as primeiras 5 semanas de vida
e até que eles estejam se alimentando com uma quantidade suficiente de sólidos
adequados, pelo menos 0,7 kg por dia de ração inicial para bezerros.
b. Caso os bezerros sejam alimentados em baldes, cada animal deve ter acesso individual
a um balde.
c. O leite em pó deve ser misturado de acordo com as recomendações do fabricante.
d. Bezerros órfãos devem ter acesso a ração inicial palatável após 8 dias de vida.
e. Quando um bezerro tem mais de 30 dias de vida, ele deve ter acesso diário ao alimento
ou à forragem que contenha quantidade suficiente de fibra digestível para estimular o
desenvolvimento do rúmen.
FW 16: Desmame
a. Os bezerros não devem ser desmamados de suas mães antes de em média 6 meses de
idade. Derrogações são aceitáveis pelos seguintes motivos: condição de seca,
alagamento, outras condições que requerem um desmame mais precoce.
Um método de desmame de baixo estresse é recomendado. Ver Anexo 2 para métodos
recomendados de desmame.
b. Bezerros órfãos não devem ser desmamados (cessar alimentação com leite ou leite em
pó) antes de 5 semanas de idade, a menos que recomendado por um veterinário. O
desmame nutricional deve ser realizado gradualmente através da diluição do leite em
água ou reduzindo o volume de leite fornecido durante um período de pelo menos 5
dias.
C. Água
FW 17: Fornecimento de água
Todos os bovinos, inclusive os bezerros, devem ter acesso a uma fonte adequada de água
limpa e fresca, exceto quando orientado de outra forma pelo veterinário responsável.
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FW 18: Água para o gado em estábulo
O gado que está em estábulo deve ter acesso contínuo à água, exceto quando for orientado
diferentemente pelo veterinário responsável.
Geralmente, um bovino requer o seguinte volume de água para beber:
4 litros para cada 50 kg de peso vivo por dia.
FW 19: Equipamentos de fornecimento de água
a. Os bebedouros devem ser mantidos limpos.
b. Quando sistemas automáticos são usados, eles devem ser verificados pelo menos
diariamente para garantir o fornecimento de água caso não haja outra fonte de água a
vontade disponível.
c. Os bebedouros não devem molhar ou encharcar as áreas de descanso e o acesso a eles
devem ser de concreto ou outro material antiderrapante, quando possível.
d. No pasto, a área em volta dos bebedouros deve ser monitorada para evitar que fique
excessivamente molhada ou lamacenta, e se necessário, deve ser considerado o uso de
bebedouros sobre anteparos de concreto.
FW 20: Água para bovinos no pasto
a. Quando o gado é mantido extensivamente no pasto, um suprimento de água limpa e
fresca deve estar sempre disponível.
a. Os bovinos no pasto não devem caminhar longas distâncias para ter acesso à água:
menos de 0,8 km em terreno inclinado e montanhoso, e até 3.2 km em terreno plano
sem obstáculos.
b. O uso de fontes naturais de água não é recomendado, mas se utilizado, deve-se ter
cuidado para evitar qualquer risco de doença.
c. A possível contaminação de rios, lagoas ou córregos pelas fezes do gado deve ser
levada em conta.
d. As leis locais, estaduais e federais devem ser seguidas no que diz respeito ao acesso do
gado à recursos de águas correntes ou paradas.
FW 21: Fornecimento emergencial de água
Providências devem ser tomadas no local para garantir um fornecimento emergencial de
água de beber caso as fontes de abastecimento normais falhem, por exemplo, por causa de
congelamento ou por terem secado.
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PARTE 3: AMBIENTE
OBJETIVO: O ambiente no qual o gado é mantido deve ser considerado de acordo com
as suas necessidades de bem-estar e deve ser projetado para protegê-los de desconforto
físico e térmico, medo e diestresse, e deve permitir que o gado desenvolva seu
comportamento natural. NOTA: esses padrões se aplicam para bovinos de corte que são
criados no campo ou a pasto.
A. Instalações
E 1. Ambiente para o Gado
Os bovinos de corte devem ser criados com acesso contínuo a um ambiente externo.
E 2: Registros das Instalações
Para todos os galpões, os pontos críticos relacionados ao bem-estar animal devem estar
registrados no plano da propriedade. Esses incluem:
1. Área total de piso (em m2)
2. Área total de cama (em m2)
3. Capacidade máxima de bovinos em relação à idade, peso, comedouro e bebedouro,
e espaço de cama.
Sendo prático, essa informação deve estar exposta na entrada ou em um local
próximo a cada galpão.
E 3: Prevenindo ferimentos decorrentes do ambiente
a. Não deve haver nenhuma característica física no ambiente que possa causar ferimentos
recorrentes nos bovinos que possam ser prevenidos.
b. Em ambos os ambientes externos e internos, os bovinos não devem apresentar
ferimentos recorrentes que possam ser atribuídos a características do ambiente
(ferimentos são definidos como lesões severas o suficiente para a formação de tecido
granular e até um ponto maior do que se fosse causado por batidas ou arranhões
acidentais).
A ocorrência em excesso das seguintes situações podem ser indicadores de problemas
no ambiente.
Calos no pescoço
Calos/inchaços nos jarretes
Ferimentos nas tetas e úberes
Cascos feridos
Laminite
Cascos moles
Infecções interdigitais
Hematomas
Abscessos
Caudas fraturadas
Cicatrizes crônicas
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E 4: Currais de manejo
a. Atenção especial deve ser dada aos currais de manejo.
1. O piso deve ser de material antiderrapante ou ser mantido de forma a reduzir o
risco de escorregões (areia, borrachões, ou outro material quando necessário).
2. O piso nunca deve ser tão rugoso que cause danos no casco ou tão liso que resulte
em escorregão.
3. Pisos de concreto lisos devem ser providos de ranhuras de aproximadamente 0,75 a
1,3 cm ou coberto com uma camada de material antiderrapante.
E 5: Manutenção dos corredores
As passagens, as entradas e os corredores das instalações devem ser conservados para
evitar danos nos cascos dos animais.
E 6: Limite do uso de substâncias tóxicas nas instalações
Exceto quando defensivos são usado com fins de inseticida ou fungicida, os bovinos e
bezerros não devem ter contato com fumaças tóxicas de superfícies com tintas, produtos de
preservação de madeira ou desinfetantes.
E 7: Instalações elétricas
Todas as instalações elétricas devem ser:
1. Inacessíveis ao gado;
2. Bem isoladas;
3. Protegidas contra roedores;
4. Aterradas adequadamente;
5. Testadas regularmente; e
6. Estar de acordo com normas locais de engenharia.
E 8: Projeto das passagens
a. As passagens como portões ou corredores, devem ser construídas de acordo com
projeto e ter largura suficiente para que os animais passem livremente (exceto em
bretes ou corredores de serviço).
b. Os bretes e corredores de serviço devem ser projetados para evitar que o gado empaque
e para permitir que se mova tranquilamente pelo sistema em uma única fila.
c. Esforços devem ser feitos para minimizar o número de corredores com pontos cegos, e
idealmente excluí-los das instalações (de angulação que não permitem o animal ver a
frente).
d. Superfícies internas das instalações e baias devem ser construídas de material que seja
fácil limpar, desinfetar, ou facilmente substituído se necessário.
B. Ambiente térmico e Ventilação
E 9: Condições térmicas
O Anexo 3 mostra o Índice de Temperatura e Umidade (ITU), o qual indica os valores
onde os bovinos sofrem o risco de diestresse.
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a. O ambiente térmico nas instalações onde o gado é alojado não deve ser tão quente ou
tão frio que cause diestresse.
b. As condições do pasto ou campo devem permitir que o gado tenha acesso aos recursos
que proporcionem alívio durante variações térmicas intensas.
E 10: Movimento do ar
Deve ser empreendida uma avaliação da temperatura ambiente e do movimento do ar
(corrente de ar) que atinja todo o gado, levando em conta:
1. A robustez da raça;
2. A idade do gado;
3. As condições climáticas previsíveis; e
4. O abrigo ou sombra natural.
E 11: Ventilação
a. Deve-se proporcionar uma ventilação efetiva nas instalações que permita o movimento
do ar em velocidade baixa enquanto impedindo correntes de ar e minimizando a
entrada de chuva e neve.
A principal preocupação com o alojamento no inverno é manter os bovinos protegidos
contra o vento, chuva e neve que reduzam o isolamento térmico.
Ventilação natural adequadamente projetada reduz os riscos associados com falha
mecânica.
b. A ventilação nas instalações deve ter como função manter uma umidade relativa
inferior a 80%, quando as condições ambientais permitirem.
O objetivo é prover um meio com volume de ar elevado e alta taxa de ventilação com
fins de remover a umidade produzida pelos bovinos e reduzir a concentração de
patógenos aéreos transmitidos entre os animais.
Fatores que contribuem para uma boa ventilação incluem um número suficiente de
entradas e saídas que estejam corretamente posicionados e com uma altura
diferencial adequada entre as entradas e saídas de ar.
Orientação profissional deve ser buscada havendo problemas com a ventilação.
E 12: Qualidade do ar
a. Precauções devem ser adotadas para assegurar que, quando o gado estiver no interior
do alojamento, os contaminantes aéreos não atinjam um nível perceptivelmente
desagradável a um observador humano (de acordo com especificações da Agência de
Proteção Ambiental e condições de Segurança e Saúde do Trabalhador).
b. A concentração de amônia não deve exceder 25 ppm, quando as condições climáticas
demandam o alojamento dos bovinos por um período determinado.
A poeira inalável não deve exceder 10mg/m3.
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E 13: Proporção do gado em alojamento interno
O galpão ou curral deve proporcionar espaço adequado e estar de acordo com as
recomendações da área de piso do Anexo 1.
E 14: Abrigos parcialmente cobertos
Quando o gado que é mantido em unidades parcialmente cobertas deve ter acesso à:
1. Abrigo efetivo contra o vento; e
2. Uma área seca e confortável para descanso.
C. Sebes – Toldos – Aspersão
E 15: Termorregulação
a. Todas as instalações usadas pelos bovinos devem facilitar a oportunidade de
termorregulação apropriada.
b. O gado deve ter espaço adequado para realizar ajustes no seu comportamento
importantes para a termorregulação e deve ter acesso à instalações, abrigos ou barreiras
naturais.
Uma estrutura de um ou dois lados com telhado pode fornecer abrigo ao gado
durante os períodos de frio intenso. As estruturas devem ser construídas com as
laterais abertas voltadas para o sul ou leste, dependendo dos ventos predominantes,
para maximizar os efeitos da radiação solar durante o inverno.
E 16: Sebes
As sebes são exigidas para bovinos no pasto ou em confinamento. As sebes podem ser
constituídas de cinturões naturais de árvores, cercas ou estruturas artificiais que são
estrategicamente posicionadas para bloquear os ventos predominantes. Recursos
geográficos naturais, como colinas ou vales, podem ser usados nas pastagens.
As sebes são recomendadas em confinamentos com declive para o sul ao norte dos
EUA. A altura mínima de 3 m é recomendada e pode diminuir a velocidade do vento
pela metade em 46 m a favor do vento, ou uma sebe com 4 m, 61 m a favor do vento.
As sebes podem também servir para conter a neve nos meses de inverno.
E 17: Sombra
a. Recursos de sombra para bovinos no pasto ou em confinamentos são essenciais nas
regiões onde o calor e umidade possa ser extrema. Sombra, natural ou artificial, deve
ser disponibilizada aos bovinos.
b. Nas condições de calor do verão, além de uma área de sombra, os bovinos em
confinamento devem ser providos de sistemas de umidificação (p. ex. aspersores) para
ajudar a refrescá-los.
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Em algumas áreas dos EUA, o gado fica exposto a condições de extremo calor.
Proporcionar anteparos pode ajudar a evitar aflição por calor, especialmente em
animais que não estão condicionados a esses extremos. As sombras no sudoeste dos
EUA devem ter de 3,7 a 4,3 m de altura. As sombras no leste dos EUA precisam ter
apenas 2,1 a 2,7 m de altura. O tamanho e número de cabeças de gado em um grupo
determinarão a quantidade de sombra necessária (tamanho e número de áreas de
sombra). Geralmente, os bovinos jovens precisam de 0,7 a 1,2 m² por animal, e o gado
adulto precisa de 1,9 a 2,5 m² por animal.
O resfriamento através de evaporação, com aspersores de água, pulverizadores,
canhões de água ou outros dispositivos adequados, podem ajudar a evitar a aflição
por calor, especialmente em confinamentos, durante os períodos de extremo calor.
E 18: Confinamentos
a. Confinamentos abertos de terra devem ter inclinação que proporcione áreas de repouso
secas para o gado e que atendam aos padrões da Agência de Proteção Ambiental para
controle de poeira.
b. Durante os períodos de umidade prolongados, a lama deve ser controlada para que a
sua profundidade na área de repouso não seja excessiva ou suficiente para causar ao
gado dificuldade para ir e voltar das áreas onde se alimentam ou bebem água. Não deve
ser permitido que a lama exceda a altura da canela por mais do que períodos breves.
D. Área de repouso/Espaço disponível
E 19: Área de repouso
a. O gado deve ter acesso permanente a uma área de descanso que seja:
1. Bem drenada ou conservada seca; e
2. Com tamanho suficiente para acomodar todo o gado deitado junto, na postura
normal de repouso.
b. Durante períodos prolongados de umidade, a lama deve ser mantida para que a sua
profundidade não seja excessiva nas áreas de descanso a ponto de causar ao gado
dificuldade para ir e voltar das áreas onde se alimentam ou bebem água.
c. Lama com profundidade acima do tornozelo não é permitida nos corredores, ou áreas
adjacentes aos comedouros ou bebedouros.
d. A área do piso ou solo deve atender as recomendações no Anexo 1.
E 20: Pisos compactos
a. Os currais com superfície compacta (p. ex. concreto) devem ser construídos de
materiais impermeáveis à água e urina.
b. As superfícies devem ser antiderrapantes com ranhuras ou canaletas, mas não devem
ser abrasivas ao casco dos bovinos. Ranhuras em losango são preferidas, com
profundidade de 1,3 cm x 10 cm.
c. Os currais com superfície compacta usada para repouso, animais doentes, ou partos
devem ter material de cama ou superfície de borracha que absorvam umidade.
d. Sistemas de manejo do esterco devem ser considerados quando projetando alojamentos
com piso compacto, para prevenir escape de esterco ou outro material nocivo ao meio.
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e. Os pisos compactos aceitáveis incluem concreto inacabado ou com ranhuras, vigas de
concreto vazadas, metal expandido coberto por plástico, ou piso de borracha.
E 21: Confinamentos
a. O gado pode ser terminado em confinamentos.
b. O gado criado em alojamentos abertos deve ser agrupado de acordo com o tamanho e a
idade.
c. Os confinamentos abertos devem ser inclinados para proporcionar drenagem adequada
na direção oposta às áreas de repouso/permanência, bebedouro e comedouro e da cerca.
d. O espaço e o declive devem mudar em função de climas mais secos ou úmidos, das
estações do ano e dos tipos de solo. Os confinamentos devem ser construídos de forma
que proporcionem espaço, ambiente social e físico e conforto adequados aos bovinos,
de acordo com as exigências da região geográfica na qual se localizam.
e. Todas as regulamentações ambientais locais, estaduais e federais devem ser seguidas.
E 22: Qualidade do ar no confinamento - VER E 11
E 23: Disponibilidade de espaço
a. A área do piso ou solo deve atender as recomendações no Anexo 1.
A disponibilidade do espaço para o gado alojado em grupos deve ser calculada em
relação ao ambiente como um todo, à idade, ao sexo, ao peso vivo e às necessidades
comportamentais dos animais e considerando-se também a existência ou ausência de
chifres e o tamanho do grupo.
b. Todos os animais devem ter acesso adequado à água, ao alimento e a uma área de
repouso.
c. O gado deve manejado de forma a ser mantido razoavelmente limpo.
E 24: Áreas especiais de permanência
Áreas de permanência especiais ou temporárias devem estar disponíveis para serem usadas
nas estações de parto, especialmente no parto de novilhas ou de vacas que tiveram
problemas de parto.
E 25: Liberdade de movimento
a. Exceto conforme descrito em E 26, todos os bovinos devem permanentemente ter:
1. Liberdade suficiente para movimentos corporais que lhes permitam se lamber
(autogrooming) sem dificuldade;
2. Espaço suficiente para deitar-se e estirar livremente os seus membros; e
3. Espaço suficiente para levantar e se virar.
b. Manter os bovinos amarrados é proibido.
E 26: Aprisionamento é proibido
O gado não deve ser confinado ou aprisionado, estando os animais muito próximos uns dos
outros, exceto nas circunstâncias a seguir, e mesmo assim, apenas pelo menor período de
tempo necessário:
1. Durante qualquer exame, teste de rotina, coleta de sangue, tratamento veterinário;
2. Enquanto for alimentado em qualquer ocasião específica;
3. Com a finalidade de marcá-lo, lavá-lo ou pesá-lo;
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4. Durante a limpeza das acomodações;
5. Durante o procedimento de inseminação artificial; ou
6. Enquanto aguarda o embarque para o transporte.
E. Iluminação
E 27: Luz suficiente nas instalações
Quando o gado é alojado em galpões, uma iluminação adequada, fixa ou móvel, deve estar
disponível para permitir que o gado possa ser perfeitamente inspecionado a qualquer
momento.
F. Ambiente do Parto
E 28: Área do parto
Os currais ou baias para os partos devem ter uma área de repouso provida de cama, com
dimensões e acesso à meios de contenção (p. ex. brete ou portão) para permitir que uma
pessoa cuide das vacas e dos bezerros de forma segura. As dimensões sugeridas para as
áreas de contensão e para os alojamentos são encontradas no Anexo 1. As vacas devem ser
mantidas separadas de outros animais a não ser de outras vacas parindo.
E 29: Projeto das baias internas de parto
Quando as vacas a parir são temporariamente mantidas em um galpão, o seguinte se aplica:
1. Elas devem ser providas de uma área de descanso limpa, com cama, equipada com
meios de contenção e iluminação adequada que permita que uma pessoa cuide das
vacas e dos bezerros de forma segura se necessária;
2. Alimento e água devem ser disponibilizados;
3. Vacas prontas para o parto devem ser mantidas separadas de outras vacas e animais
de outras espécies (baias individuais são preferíveis).
E 30: Condições do ambiente
O isolamento, o aquecimento e a ventilação da instalação devem garantir que a circulação
do ar, o nível de poeira, a temperatura, a umidade relativa do ar e as concentrações de
gases sejam mantidos em limites que não sejam prejudiciais aos bezerros.
E 31: Superfícies que permitem a limpeza
As superfícies internas dos currais de parto e baias-hospital devem ser construídas de
materiais de fácil limpeza e desinfecção.
E 32: Monitoramento
a. As novilhas a parir no pasto ou campo devem ser inspecionadas pelo menos
diariamente e preferencialmente com maior frequência quando apresentando sinais de
parto iminente.
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b. Todas as vacas devem ser examinadas regularmente quanto à problemas de parto. Pelo
menos uma inspeção diária é altamente recomendada, mas a sua frequência deve se
basear no histórico de problemas de parto, paridade, e condições do pasto e do clima.
c. É altamente recomendado que as novilhas prenhas sejam mantidas separadas no pasto
ou campo do rebanho de vacas adultas.
d. As condições climáticas devem ser levadas em consideração na determinação da
frequência do monitoramento durante a estação de parto, com uma maior frequência
durante condições climáticas aversivas.
G. Alojamento para Touros
E 33: Gerenciamento dos alojamentos para touros
a. As baias ou currais dos touros devem ser localizados de forma a possibilitar aos touros,
a visibilidade, o som e o odor do restante do gado e das atividades gerais da fazenda.
b. Os touros devem ser inspecionados pelo menos uma vez por dia pela equipe da
fazenda.
E 34: Projeto do curral dos touros
a. A acomodação individual de um touro adulto de tamanho médio deve incluir uma área
para dormir com cama e uma área de permanência (consulte o Anexo 1 para as
recomendações sobre a área do piso e do solo e o espaço do comedouro).
b. Os currais dos touros devem ser seguros para que os encarregados cuidem deles.
Instalações de contenção adequadas e um caminho de fuga devem ser providenciados.
c. Nas áreas usadas para monta, o piso não deve ser vazado ou escorregadio.
H. Instalações de Manejo
E 35: Passagens
a. Os corredores e portões devem ser projetados e operados para que não impeçam o
movimento do gado.
b. Quando portões e ferrolhos forem usados, todo o esforço deve ser empreendido para
reduzir o ruído excessivo, o que pode causar aflição aos animais.
c. Se o barulho dos equipamentos está causando estresse aos animais, dispositivos de
redução de ruídos devem ser instalados.
E 36: Manutenção do equipamento de contenção
a. Os bretes de contenção hidráulicos ou manuais devem ser ajustados ao tamanho dos
bovinos.
b. A limpeza e a manutenção regular de todas as partes operacionais são obrigatórias para
o funcionamento apropriado do sistema e para a segurança do gado e dos encarregados.
c. Os sistemas hidráulicos de contenção devem ter as suas válvulas de liberação de
pressão ajustadas para evitar que pressão excessiva seja aplicada ao gado durante a
contenção.
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E 37: Equipamentos com laterais sólidas
É altamente recomendado que laterais sólidas sejam usadas nos corredores de serviço, nos
currais de manejo e nas rampas de carregamento para evitar que o gado empaque ou se
distraia.
E 38: Instalações para embarque
a. As instalações para embarque:
1. Devem ter uma rampa com no máximo 20% de inclinação;
2. Devem ser mantidas limpas; e
3. Devem ser bem iluminadas.
b. As rampas para embarque e as aberturas traseiras dos veículos de transporte devem ser
aproximadas para evitar que o gado escorregue e caia.
c. As rampas de embarque devem ser apropriadamente projetadas e com degraus
espaçados para tração.
Deve ser considerado o uso de um compartimento e/ou uma rampa de embarque que
esteja bem iluminada e que permita que os animais caminhem em linha reta para
dentro ou fora do veículo no nível ou com uma pequena inclinação com o mínimo de
sombras ou contrastes.
I. Provisões Específicas para Bezerros
E 39: Instalações para bezerros estressados
a. Embora bezerros saudáveis possam tolerar baixas temperaturas do ar, animais recémnascidos, bezerros que tenham sido transportados ou privados de alimento e doentes,
são particularmente suscetíveis à hipotermia. A hipotermia e o estresse adicional
devem ser minimizados no caso desses bezerros suscetíveis alojando-os em instalações
bem ventiladas, usando cama espessa e seca e evitando correntes de ar ou provendo
aquecimento suplementar.
b. No caso de parto no pasto, as pastagens devem ser selecionadas para proporcionar às
vacas um ambiente seco para o parto e acesso a um abrigo artificial ou natural
conforme as condições climáticas.
E 40: Bezerros em quarentena
Quando houver alto risco de doença infecciosa, deverá ser levada em conta a quarentena
individual dos bezerros no período inicial do seu desenvolvimento. Os produtores devem
consultar profissionais de veterinária locais ou estaduais para determinar a extensão do
período de quarentena, quando o risco da doença é elevado.
E 41: Espaço para bezerros
A área do piso ou solo deve atender as recomendações no Anexo 1.
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J. Cercas
E 42: Projeto e manutenção de cercas
a. Todas as cercas, incluindo portões, devem ser adequadamente inspecionadas e
conservadas de forma regular.
b. Particularmente, as cercas elétricas devem ser projetadas, instaladas, usadas e
conservadas de forma que o contato com elas não cause mais do que um desconforto
momentâneo ao gado.
c. Divisores dos comedouros devem ser projetados para evitar qualquer ameaça aos
animais, por exemplo, de ficar preso entre os divisores ou painéis.
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PARTE 4: GERENCIAMENTO
OBJETIVOS: Um gerenciamento altamente cuidadoso e responsável é vital para
assegurar bom estado de bem-estar dos animais. Gerentes e funcionários devem ser
treinados, habilidosos e competentes no manejo de criação e no bem-estar dos animais, e
devem ter um bom conhecimento funcional do sistema e dos bovinos sob os seus
cuidados.
A. Gerentes
M 1: Planejamento na Fazenda
Todos os registros, listas de checagem, planejamento sanitário, de contingência, de
controle de pestes, padrões operacionais e de emergência por escrito, políticas e
publicações exigidos do produtor pelos Padrões de Cuidado Animal para Bovinos de
Corte do HFAC devem ser disponibilizados ao inspetor do HFAC.
M 2: Conhecimento sobre os Padrões
Os gerentes devem assegurar que:
1. Todos os encarregados tenham uma cópia dos Padrões de Cuidados com Animais
para Bovinos de Corte do Humane Farm Animal Care;
2. Eles e os encarregados estejam familiarizados com os padrões; e
3. Eles e os encarregados entendam os padrões.
M 3: Atividades de gerenciamento e de registros
Os gerentes devem:
1. Desenvolver e implementar um treinamento adequado para os encarregados, com
oportunidades regulares atualizações para dar continuidade ao desenvolvimento
profissional. Os produtores e gerentes devem ser capazes de comprovar que a
equipe responsável pelo gado tem as habilidades necessárias e relevantes para
executar as suas obrigações e que, se necessário, será oferecida a oportunidade de
participar em alguma forma apropriada de treinamento;
2. Desenvolver e implementar planejamentos e precauções para lidar com
emergências que afetem o bem-estar dos animais, como incêndio, inundação e
interrupção de abastecimentos;
3. Ter um Plano de Ação de Emergência, destacando os procedimentos que devem ser
seguidos pelas pessoas que se deparam com a emergência, como incêndio,
inundação, interrupção no abastecimento de energia, em local de fácil acesso que
deve incluir:
a) Procedimentos a serem seguidos por aqueles que se deparam com a emergência.
b) O local de acesso à água para ser usado pelo corpo de bombeiros.
c) Um endereço, localização de referência por GPS, e/ou código postal para
facilitar a localização da unidade.
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4. Garantir que o Planejamento Sanitário dos Animais (consulte H1) seja
implementado e atualizado regularmente, e que os dados sejam registrados
adequadamente;
5. Manter e tornar disponível ao inspetor do Humane Farm Animal Care os registros
dos procedimentos de quarentena e do uso de medicação. Esses registros devem
incluir a documentação de todo o gado que entra e sai da fazenda, e também os
tipos e quantidades de medicamentos utilizados;
6. Assegurar que os animais, incluindo os de descarte, estejam aptos ao transporte até
o seu destino final. Para animais sem condições de serem transportados, métodos
alternativos devem ser adotados, incluindo o sacrifício na propriedade se
necessário.
M 4: Atenuando problemas
a. Os gerentes devem entender os momentos e as circunstâncias nas quais o gado está
predisposto a problemas de bem-estar na unidade.
b. Os gerentes devem poder comprovar a sua competência em identificar e lidar com
esses problemas.
M 5: Conhecimento das implicações das práticas de gerenciamento no bem-estar
a. Os gerentes devem estar cientes das implicações relativas ao bem-estar no caso de
partos, injeção, dosagem oral, corte de chifres, procedimentos de identificação e
castração.
b. Eles também devem ter conhecimento das exigências do bem-estar durante o período
de reprodução, particularmente: seleção dos touros, do sêmen e dos embriões
convenientes que serão usados nas novilhas.
M 6: Treinamento
a. Antes de se incumbirem da responsabilidade pelo bem-estar dos bovinos, os
funcionários devem ser adequadamente treinados e/ou ter experiência com suas
responsabilidades no trabalho, e:
1. Ser capaz de reconhecer sinais de comportamento normal, comportamento anormal
e de medo;
2. Ser capaz de reconhecer sinais de doenças comuns e saber quando buscar ajuda;
3. Ter conhecimento básico do escore da condição corporal;
b. Além disso, os gerentes de produção devem ser apropriadamente treinados ou ter
experiência adequada nas suas áreas de responsabilidade e serem capazes de
demonstrar habilidade em atender aos itens listados acima, além dos seguintes:
1. Ter conhecimento do que constitui uma nutrição adequada para os bovinos;
2. Compreender a anatomia funcional de um casco normal, o seu cuidado e
tratamento;
3. Compreender a anatomia funcional da teta e do úbere normais;
4. Ter conhecimento de procedimentos de parto e de cuidado com bezerros recémnascidos; e
5. Compreender os princípios fundamentais da reprodução e da genética de bovinos.
c. Treinamento formal ou prático no trabalho deve ser disponibilizado aos funcionários
(incluindo funcionários temporários e de meio período).
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M 7: Tratamento compassivo
a. Os gerentes devem poder demonstrar competência em manejar os animais de forma
positiva e compassiva.
b. Os gerentes devem poder demonstrar a sua competência em procedimentos que
potencialmente possam causar sofrimento (por exemplo, aplicar injeções, aparar
cascos, amochamento ou descorna, castrar e identificar).
M 8: Reclamações aos produtores
a. Para ser certificada, uma Operação deve manter sistemas que recebam, respondam e
documentem reclamações que aleguem falha nas operações de acordo com os padrões
do Humane Farm Animal Care (ISO §15).
b. Sempre que um produtor receber uma reclamação, ele deverá:
1. Adotar as medidas adequadas para responder a reclamação; e
2. Corrigir todas as deficiências nos produtos ou serviços que possam afetar a
conformidade com as exigências da certificação.
c. Registros escritos devem ser guardados pelo produtor por no mínimo três anos a partir
da data da sua criação. Os registros devem conter informações que documentem:
1. Todas as reclamações recebidas (escritas ou verbais);
2. As medidas adotadas pelo produtor para responder às reclamações.
d. Esses registros devem estar disponíveis ao Humane Farm Animal Care, quando
solicitados. O Humane Farm Animal Care examinará esses registros pelo menos uma
vez por ano, durante a inspeção anual da atividade.
e. Se as atividades da fazenda tiverem a certificação “orgânica” ou “natural”, os
produtores deverão notificar o Humane Farm Animal Care se uma decisão judicial
desfavorável (suspensão ou revogação de certificação, multa ou sanção) relacionada ao
status orgânico ou natural da atividade for imposta contra a atividade por outro
certificador ou por um programa governamental que regulamente o setor.
O formulário de reclamações é APENAS para o registro no caso de alguém fazer
alguma reclamação ao produtor sobre as suas conformidades em relação aos
Padrões do HFAC.
B. Manejo
M 9: Manejo com tranquilidade
Os animais devem ser manejados com cuidado e de forma que imponha o mínimo possível
de estresse sobre eles. Quando manejando bovinos, o projeto das instalações e os seus
arredores devem ser levados em consideração. Os manejadores devem se esforçar para
conduzir os bovinos de forma tranquila, a um passo confortável e evitar utilizar recursos
que produzam barulhos fortes para movê-los ou bater nos animais de forma que possa
machucá-los.
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M 10: Antecipando fatores estressores para os bovinos
Os encarregados dos animais devem ser treinados para entender e identificar os fatores de
estresse aos quais os bovinos possam estar sujeitos antes de manejá-los. Eles devem ter
conhecimento sobre como os bovinos reagem em relação a outros bovinos, a seres
humanos e a ruídos, visões, sons, odores estranhos, e devem trabalhar para minimizar esses
fatores.
Bovinos de corte têm as seguintes características comportamentais, que devem ser
levadas em consideração quando forem conduzidos:
1. Eles têm campo de visão amplo e podem se assustar ao ver objetos em movimento,
mesmo que a longas distâncias;
2. Eles têm audição aguçada e, por isso, não devem ser expostos a elevados níveis de
ruídos.
3. Eles são animais de rebanho e, se possível, não devem ser isolados.
M 11: Manejo em corredores
a. O gado não deve ser conduzido, a menos que a saída, ou o caminho à frente do
primeiro animal esteja desimpedido.
b. O gado não deve ser forçado a correr por passagens estreitas, por corredores ou através
de portões.
M 12: Manejo racional
a. Varas e bandeiras podem ser usadas como ferramentas de manejo, bem como as
extensões dos braços.
b. Nenhum animal deve ser puxado ou suspenso pela cauda, pele, orelhas ou membros.
c. Torção agressiva da cauda pode causar fratura e quebra, principalmente em bovinos
jovens, e é proibida.
d. Varas não devem ser usadas para bater nos animais.
e. O uso do bastão elétrico é proibido, exceto quando a segurança do animal ou do
manejador está em risco, e apenas como último recurso.
f. Puxar ou arrastar bezerros é especificamente proibido.
M 13: Equipamentos
Uma unidade de manejo de bovinos deve estar a disposição. Esta consiste em um sistema
de agrupamento e um método de contenção, apropriada ao tipo, temperamento e número de
bovinos a serem manejados.
M 14: Ajuda no parto
a. Ajudas no parto devem apenas ser usadas para auxiliar no nascimento, e não para fazer
o bezerro nascer o mais rápido possível.
b. Antes que qualquer ajuda seja usada no parto, a vaca deve ser examinada para garantir
que o bezerro esteja devidamente posicionado e que, pelo seu tamanho, um parto
natural possa ocorrer, sem causar dor ou aflição demasiada para a vaca ou para a cria.
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M 15: Diagnóstico e tratamento rápidos
a. Todos os esforços devem ser empreendidos para garantir um diagnóstico/tratamento
rápido e adequado para um animal doente.
b. Se o animal não reagir, a eutanásia deverá ser considerada.
c. Nenhum animal vivo pode deixar a fazenda, a menos que possa caminhar sem ajuda.
M 16: Animais incapazes de caminhar
a. Todos os animais incapacitados de caminhar devem ser tratados de forma imediata.
b. Equipamentos apropriados (p. ex. levanta-segurador de bovinos, concha de uma
carregadeira, talha com peiteira e apoio das patas traseiras) devem estar disponíveis
para mover um animal machucado ou incapaz de caminhar. Para mover animais
impossibilitados de caminhar, seja qual for o tipo de equipamento de suspensão usado,
cuidado deve ser tomado para não causar sofrimento e diestresse desnecessário ao
animal.
c. Nenhum animal vivo pode deixar a propriedade ou ser transportado a menos que possa
caminhar sem ajuda (exceto para cuidado veterinário).
d. O uso de equipamentos de suspensão é permitido somente para emergências,
assistência de curto prazo. Os bovinos não devem ser deixados sem um responsável
quando esses equipamentos são usados.
e. Todos os animais feridos ou impossibilitados de caminhar devem ser providos de cama
espessa, abrigo contra condições climáticas extremas, e com acesso a água e alimento.
f. Quando o prognóstico de recuperação de um animal impossibilitado de caminhar for
pobre, intervenção precoce por eutanásia na propriedade deve ser conduzida.
Métodos aceitáveis para mover bovinos incapazes de caminhar podem ser consultados
no Guia do American Meat Institute (disponível em www.animalhandling.org).
C. Gerenciando animais de reposição
M 17: Bezerros de origem externa
a. Na chegada à unidade de produção, os bezerros não devem ser misturados com
bezerros de outras origens até que o estado sanitário dos animais seja determinado.
b. Descanso em condições confortáveis deve ser oferecido aos bezerros adquiridos.
D. Identificação
M 18: Equipamento de identificação
a. Se colares no pescoço, tiras na cauda, brincos na orelha ou cintas na perna são usados
com finalidade de identificação, todos devem ser adaptados e ajustados com cuidado
para evitar dores ou diestresse desnecessário.
a. Marcação por calor de qualquer tipo na face é proibido.
b. Piques e cortes da orelha ao meio são proibidos.
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M 19: Marcação
A marcação do gado para identificação e outros propósitos deve ser feita com cuidado por
encarregados treinados e competentes para que se evite que os animais sintam dores e
aflições desnecessárias, no momento da marcação e subsequentemente.
Pesquisas têm mostrado que enquanto a marcação a fogo e a frio são procedimentos
dolorosos, há indicação de que a marcação a frio é menos dolorosa.
M 20: Marcação temporária
Os métodos usados para a marcação temporária devem ser atóxicos; por exemplo, com
lápis, tinta e marcadores de giz desenvolvidos especialmente para animais.
E. Equipamentos
M 21: Uso dos equipamentos
Quando equipamentos que afetam o bem-estar dos animais são instalados, os gerentes
devem ser capazes de:
1. Operá-los adequadamente;
2. Fazer a sua manutenção;
3. Reconhecer sinais comuns de mau funcionamento; e
4. Agir apropriadamente no caso de falha em um equipamento.
M 22: Equipamentos automáticos
Todos os equipamentos automáticos (por exemplo, regadores, distribuidores de alimentos,
cercas elétricas) devem ser completamente inspecionados por um encarregado, ou por
outra pessoa competente, no mínimo uma vez por dia, para verificar se estão funcionando
adequadamente. Quando um defeito for encontrado em um equipamento automático:
1. O defeito deve ser reparado imediatamente; ou
2. Se não for possível, medidas devem ser adotadas imediatamente para proteger os
bovinos contra dores ou aflições desnecessárias causadas pelo defeito, e devem ser
mantidos sobre cuidados até que o defeito seja reparado.
F. Inspeção
M 23: Monitoramento
a. Os tratadores devem inspecionar os animais frequentemente conforme necessário para
assegurar o bem-estar dos bovinos.
b. Os tratadores devem explicar a frequência das inspeções para assegurar o bem-estar do
rebanho.
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G. Cães no Manejo
M 24: Controlando cães pastores
Cães, inclusive cães pastores, devem ser adequadamente treinados, não devem causar
ferimentos ou angústia ao gado e devem ser mantidos sob controle em todos os momentos.
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PARTE 5: SAÚDE DO REBANHO
OBJETIVOS: O ambiente no qual os bovinos são alojados deve contribuir para uma boa
saúde. Todos os produtores devem ter um planejamento sanitário do rebanho que esteja
de acordo com boas práticas veterinárias e de criação de bovinos.
A. Práticas de Cuidado com a Saúde
H 1: Planejamento sanitário dos animais
a. Um Planejamento Sanitário dos Animais (PSA) deve ser desenvolvido e atualizado
regularmente, seguindo orientação de um veterinário.
b. O PSA (que é parte do Planejamento da Unidade) deve incluir detalhes do:
1. Programa nutricional;
2. Programa de vacinação;
3. Prevenção de parasitas;
4. Protocolos de biossegurança e doenças infectocontagiosas, que devem incluir os
limites de tolerância e desempenho geral do rebanho;
5. Procedimentos para animais incapazes de caminhar; e
6. Procedimentos de eutanásia para descarte e emergências.
c. Os registros de todos os procedimentos de saúde ou doença realizados devem ser
mantidos.
H 2: Atenuando problemas de saúde
Mortes súbitas, surtos de doenças ou de mortalidade que não possam ser imediatamente
identificadas pelo gerente devem ser investigadas por consulta com o veterinário.
H 3: Monitoramento da saúde
a. O rebanho deve ser monitorado pelo seu desempenho incluindo: doenças da produção,
doenças infecciosas e ferimentos resultantes do alojamento/criação do gado. Por
exemplo:
- Distúrbios metabólicos – (hipocalcemia, hipomagnesemia, cetose, deslocamento de
abomaso, laminite, meteorismo, acidose)
- Septicemia
- Enterite
- Problemas no parto
- Laminite
- Diarréia em bezerros
- Ferimentos físicos repetitivos
- Doenças respiratórias
- Condição corporal
- Animais incapazes de caminhar
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b. Se algum dos parâmetros de desempenho do rebanho estiver fora dos limites de
tolerância identificados pelo produtor e o veterinário, ou se o número de cabeças de
gado acidentados ou separados como debilitados exceder os números especificados no
PSA, o veterinário deverá ser consultado e as práticas de gerenciamento ajustadas para
tentar resolver o problema.
H 4: Currais de segregação
a. Animais contagiados ou doentes devem ser segregados e tratados separados do restante
do rebanho.
b. Qualquer animal que sofra de uma doença ou ferimento dever ser tratado sem demora,
e a orientação do veterinário deve ser buscada. Se necessário, esses animais deverão ser
humanitariamente sacrificados.
Em algumas circunstâncias, a segregação não é possível ou pode desestruturar a
hierarquia social ou causar mais estresse ao animal. As vantagens da segregação
devem ser pesadas contra as desvantagens, especialmente em casos de doenças
moderadas ou ferimentos que podem ser facilmente tratados.
c. Os currais de segregação devem ter dimensões apropriadas à idade, ao tamanho e à
raça do animal.
1. O animal deve poder ficar em pé, girar, deitar, repousar, se lamber sem
impedimentos.
2. A água, o alimento e abrigo devem estar prontamente acessíveis em todos os
momentos, a menos que o veterinário tenha orientado de outra forma.
d. A água e o alimento também devem estar prontamente disponíveis aos animais
incapazes de caminhar, mesmo que não estejam alojados num curral de isolamento.
e. A urina e o esterco de animais doentes e feridos originados nos currais-hospitais devem
ser eliminados de uma maneira que evite a propagação da infecção ao restante do
rebanho.
f. Os currais devem ser construídos para facilitar a limpeza e a desinfecção efetivas das
superfícies e a possível remoção de uma carcaça da área.
H 5: Gerenciamento de animais de origens externas
Animais de reposição que são trazidos de outras origens deverão ficar em quarentena, e
quando necessário, deverão, também ser vacinados e/ou adequadamente tratados de
enfermidades, doenças, infestações parasíticas ou de outros problemas de saúde, de acordo
com o PSA (ou procedimentos de operação padrão ou outra descrição por escrito sobre
como isso foi realizado), antes da integração ao rebanho.
H 6: Agrupamento do gado
a. Os bovinos em alojamento, mochos e com chifres, não devem ser agrupados, exceto
quando um grupo social já existe.
b. Devem ser adotadas precauções para evitar ferimentos na mistura de bovinos.
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H 7: Atenuando problemas de comportamento
Se atividades de comportamento anormal se desenvolver repetidamente e inibirem o
comportamento normal do animal em um determinado curral, um programa de
modificação/enriquecimento deve ser adotado até que o problema seja superado.
Padrões possíveis de comportamento anormal:
1. Esfregar-se repetidamente na ausência de doenças
2. Enrolar a língua/aerofagia
3. Pica (lamber/mastigar objetos sólidos)
4. Comer solo/areia/sujeira
5. Sugar umbigo
6. Sugar orelha
7. Beber urina
8. Mugir persistentemente
9. Monta excessivamente*
*Nos confinamentos, pode ser uma indicação da Síndrome do Novilho Montado
(novilho que permite ser montado por outros no grupo repetidamente e
excessivamente). Nesse caso, o novilho montado deve ser removido do curral. Embora
a causa precisa não seja conhecida, estudos indicam que altas densidades de animais
é um fator que contribui para isso.
H 8: Controle de parasitas e predadores
a. É fundamental que todas as medidas práticas sejam adotadas para evitar ou controlar
infestações parasíticas externas e internas como apresentado no Planejamento Sanitário
do Rebanho.
b. Quando desenvolvendo e implementando planos de controle de pestes e predadores,
métodos de exclusão física e a remoção de elementos que possam atrair pestes e
predadores dos arredores dos bovinos devem ser inclusos.
Métodos de exclusão física e que inibem pestes e predadores incluem:
 Construção/manutenção apropriada das cercas para excluir
pestes/predadores em questão
 Remover abrigos/coberturas (p.ex. erva daninha) na área que rodeia as
instalações dos bovinos
 Remoção/proteção de fontes óbvias de alimento
 Manutenção/proteção das instalações contra pestes e predadores.
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H 9: Cuidado com os cascos
Embora problemas nos cascos sejam raros na produção extensiva de bovinos de corte,
atenção deve ser dada às condições dos cascos dos bovinos reprodutores dependendo das
condições do pasto ou do curral. Se um problema for identificado, um plano de cuidados
com os cascos deve ser desenvolvido como parte do PSA, usando métodos apropriados às
condições e à própria fazenda.








Como ajuda para avaliar o nível de claudicação no rebanho, um escore de
locomoção pode ser usado.
Escores de locomoção:
Nenhuma desigualdade no modo de caminhar, sem fraqueza aparente.
Modo de caminhar desigual, fraqueza leve, pouca rotação externa dos membros
fora do círculo de giro (abdução) ou rotação interna dos membros dentro do
círculo de giro.
Claudicação ligeiramente óbvia, mas sem afetar o comportamento.
Claudicação óbvia, dificuldade de girar, padrão de comportamento afetado,
perda de peso.
Extremamente difícil se levantar, dificuldade de caminhar, efeitos adversos no
padrão de comportamento, perda perceptível de peso.
[Manson & Leaver, 1988]
H 10: Alterações físicas
a. Os únicos procedimentos potencialmente invasivos na produção de bovinos de corte
que são permitidos de acordo com os Padrões de Cuidados com Animais, são os
seguintes (exceto aqueles executados por razões terapêuticas por um veterinário):
1. Embora seja um procedimento raro em bovinos de corte, tetas excedentes podem
ser removidas. A remoção das tetas supranumerárias pode ser realizada até as 5
semanas de idade com o uso medicamentos para controle da dor.
2. O mochamento, assim que o botão se torne proeminente, em torno de 2 meses de
idade, pode ser conduzido usando cauterização a calor e medicamentos para
controle de dor.
a) A pasta de cauterização pode ser usada para mochamento em bezerros de até 7
dias de idade, com a pasta sendo aplicada por uma pessoa com proficiência no
procedimento, medicamento para controle de dor deve ser usado.
O máximo de cuidado deve ser tomado quando aplicando a pasta: o pelo ao redor do
botão deve ser aparado, a pasta deve ser aplicada apenas no botão do chifre, sendo
bem esfregada; também, uma pomada a base de petróleo deve ser aplicada como um
anel ao redor do botão para prevenir que a pasta corra. Não é recomendado realizar
esse procedimento em condições climáticas úmidas com chuva.
b) A remoção dos chifres de bezerros entre 2 e 6 meses de idade deve ser realizado
com o uso de controle da dor.
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c) Os seguintes métodos são proibidos:
1. serrar;
2. anéis de borracha;
3. fios ou cabos embriônicos; e
4. outros métodos não desenvolvidos para o propósito de
mochamento/descorna.
d) A remoção dos chifres em bovinos com mais de 6 meses de idade deve:
1. ser realizado apenas por um veterinário, usando a combinação de
sedativo ou anestesia local e anti-inflamatório.
2. não ser um procedimento de rotina.
3. É fortemente recomendado que caso os bezerros machos sejam castrados, esse
procedimento deve ser realizado quando o animal for o mais jovem possível.
a) Castração pode ser realizada com a aplicação do anel de borracha até 7 dias de
vida.
b) Entre 7 dias e 6 meses de idade, outros métodos de anel, como “Calicrate” ou
“E-Z Bander” podem ser usados com controle da dor. Para a castração por
esmagamento dos cordões espermáticos (Burdizzo), emasculador ou castração
cirúrgica até 6 meses de idade, controle de dor deve ser usado.
c) Castração cirúrgica de bovinos com mais de 6 meses deve ser realizada por um
veterinário com sedação ou anestesia local, medicamento anti-inflamatório, e
provisões para controle de sangramento.
4. O corte de cauda é proibido.
5. Piques e cortes da orelha ao meio são proibidos.
b. Todas as práticas devem ser realizadas de forma a minimizar sofrimento e por gerentes
treinados e competentes.
1. Os procedimentos acima devem:
a) Não ser realizados em animais doentes; e
b) Realizado utilizando apenas equipamentos apropriados e com manutenção
adequada.
2. É proibido o uso de guia nasal como a única forma de contenção do animal.
3. Gerenciamento da dor: Metacam 20 (Meloxicam) é aprovado para controle da dor
no Canadá e os produtores Canadenses devem usar esse medicamento para
qualquer procedimento listado acima. Metacam tem 96 horas de período de
carência do leite.
4. Para os Estados Unidos, usar a informação abaixo:
Opções para controle da dor devem ser consideradas mantendo em mente que o uso
de drogas não aprovadas devem seguir as regulamentações da AMDUCA. Tabletes de
Meloxicam administrados oralmente 1 mg/kg são reportados serem custo-efetivo na
analgesia de bovinos. Nos países europeus, onde Meloxicam é aprovado, o período de
carência recomendado é de 5 dias para leite e 15 dias para carne. Ver o Anexo 4 para
informação adicional sobre métodos de controle da dor. No Canadá, o Metacam 20
tem 20 dias de carência para a carne e 96 horas de período de carência do leite.
Nota: Derrogações a esse padrão serão somente aceitas se o produtor puder demostrar
que legalmente ele não pode obter sedativos, anestésicos locais ou medicamentos
similares.
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H 11: Os medicamentos devem ser:
a. Claramente identificados
b. Armazenados de acordo com instruções no rótulo
c. Mantidos em local seguro fora do alcance dos animais e de pessoas não
autorizadas
d. Mantidos separados da área de produção de alimento
e. Uma pessoa responsável pelo gerenciamento dos medicamentos deve ser
indicada e essa pessoa deve manter registros apropriados para propósito de
controle de estoque.
f. Qualquer medicação usada nos Estados Unidos deve estar licenciada para uso
nos Estados Unidos. Da mesma forma, qualquer medicamento usado no Brasil
deve estar aprovado para uso no Brasil.
H 12: Indução do parto
A indução de parto nunca deve ser usada como procedimento de gerenciamento de rotina,
mas é aceitável de acordo com as recomendações do veterinário.
H 13: Ultrassom para detecção de prenhez
Os encarregados que não são veterinários mas que executam detecção de prenhez por
ultrassom retal devem receber treinamento apropriado das técnicas relevantes.
H 14: Animais geneticamente modificados ou clonados
É proibido o uso de animais geneticamente modificados e/ou clonados e as suas crias.
B. Incidentes com Animais
H 15: Eutanásia
a. Todas as fazendas devem estar preparadas para a eutanásia imediata no caso de
casualidades com os bovinos. Esse procedimento pode ser realizado por um membro
treinado e competente da equipe, ou por um veterinário. O método de eutanásia
utilizado para cada grupo de idade deve estar especificado no Planejamento Sanitário
dos Animais.
b. Se houver qualquer dúvida sobre como proceder, o veterinário deve ser chamado em
um estágio inicial para orientar se um tratamento é possível ou se a eutanásia é
necessária para que se evite o sofrimento. Se um animal estiver sentindo dores severas
que são incontroláveis, o animal deve ser prontamente eutanasiado.
c. Nada do que aqui foi mencionado tem a finalidade de desencorajar o diagnóstico
imediato e o tratamento adequado de qualquer animal doente ou ferido.
Uma cópia do Guia do AVMA sobre Eutanásia Animal está disponível no website do
HFAC, www.certifiedhumane.org na seção dos Padrões (Standards).
H 16: Descarte da carcaça
O descarte da carcaça (cadáver) deve atender às exigências e regulamentações locais.
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PARTE 6: TRANSPORTE
OBJETIVOS: Os sistemas de transporte dos animais devem ser planejados e manejados
para assegurar que os bovinos não são submetidos a diestresse ou desconforto
desnecessários. O transporte e o manejo dos bovinos devem ser mantidos ao mínimo
absoluto. Os funcionários envolvidos no transporte devem ser cuidadosamente treinados
e competentes para executar as tarefas que deles são exigidas. TODOS os bovinos
transportados para o abate como Certified Humane®devem ter sido criados em
propriedades Certified Humane®.
A. Condições do Transporte
T 1: Instalações para embarque
a. As instalações para embarque:
1. Devem ter uma rampa com no máximo 20% de inclinação;
2. Devem ser mantidas limpas; e
3. Devem ser bem iluminadas.
b. As rampas para embarque e as aberturas traseiras dos veículos de transporte devem ser
aproximadas para evitar que o gado escorregue e caia.
c. As rampas de embarque devem ser apropriadamente projetadas e com degraus
espaçados para tração.
Deve ser considerado o uso de um compartimento e/ou uma rampa de embarque que
esteja bem iluminado e que permita que os animais caminhem em linha reta para
dentro ou fora do veículo no nível ou com uma pequena inclinação com o mínimo de
sombras ou contrastes.
T 2: Projeto das passagens
a. Os corredores e portões devem ser projetados e operados de forma a não impedir o
movimento dos bovinos.
b. Quando operando portões e travas, todo o esforço deve ser tomado para reduzir ruídos
que possam causar distresse aos animais.
c. Se ruídos dos equipamentos estiver causando distresse aos animais, mecanismos de
redução de ruídos devem ser seguidos.
T 3: Funcionários responsáveis pelo transporte
a. As pessoas responsáveis pelo transporte dos bovinos devem demonstrar competência
no manejo dos bovinos, no embarque e desembarque e enquanto em trânsito.
b. Os manejadores dos animais devem ter conhecimento sobre possíveis causadores de
estress e de como os bovinos reagem a outros bovinos, humanos e a ruídos, visões,
sons e odores estranhos.
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Bovinos de corte têm as seguintes características comportamentais, que devem ser
levadas em consideração forem conduzidos:
1. Eles têm campo de visão amplo e podem assustar ao ver objetos em movimento,
mesmo que a longas distâncias;
2. Eles têm audição aguçada e, por isso, não devem ser expostos a elevados níveis de
ruídos.
3. Eles são animais de rebanho e, se possível, não devem ser isolados.
T 4: Manejo nos corredores
a. Os bovinos não devem ser tocados a menos que a saída ou o caminho a frente deles
esteja aberto.
b. Os bovinos não devem ser intencionalmente forçados a correr nos corredores,
passagens ou por portões.
T 5: Manejo racional
a. Varas e bandeiras podem ser usadas como ferramentas de manejo, bem como as
extensões dos braços.
b. Nenhum animal deve ser puxado ou suspenso pela cauda, pele, orelhas ou membros.
c. Torção agressiva da cauda pode causar fratura e quebra, principalmente em bovinos
jovens, e é proibido.
d. Varas não devem ser usadas para bater nos animais.
e. O uso do bastão elétrico é proibido, exceto quando a segurança do animal ou do
manejador está em risco, e apenas como último recurso.
f. Puxar ou arrastar bezerros ou outro bovino é especificamente proibido.
T 6: Alimento e água pré-transporte
a. Todos os bovinos, incluindo bezerros, devem ser acesso à água até o momento do
transporte.
b. Todos os bovinos, incluindo bezerros, devem ser acesso ao alimento até pelo menos 5
horas antes do embarque no caminhão.
T 7: Tempo de transporte
O tempo de transporte para qualquer propósito deve ser planejado entre o transportador e
produtor, e frigorífico-abatedouro, se aplicável, para minimizar o tempo de viajem e de
espera dos bovinos.
T 8: Registros do transporte
Produtores devem manter registro do transporte dos animais que deixaram a propriedade,
incluindo:
a. Data do transporte
b. Número de animais transportados e o seu destino
c. Empresa transportadora
d. Tipo de veículo usado
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T 9: Casualidades durante o transporte dos animais
a. Um animal capaz de andar, mas doente ou ferido pode ser transportado apenas:
1. Se estiver sendo levado para tratamento veterinário ou está sendo transportado
para o destino mais próximo disponível para o abate humanitário; e
2. Se for considerado como apto para embarque, transporte e desembarque (pode
caminhar sem ajuda).
b. Nenhum animal com ECC menor do que 2 deve ser transportado ou deixar a
propriedade a menos que seja para tratamento veterinário.
PARTE 7: ABATE
A: Procedimentos de abate
S 1: Sistemas de abate
Todos os sistemas de abate devem ser projetados e gerenciados para assegurar que não
causem diestresse ou desconforto desnecessário aos bovinos.
a. O abatedouro-frigorífico deve atender as especificações do Guia do American Meat
Institute (AMI), como descrito por Dr. Temple Grandin. O Guia do AMI pode ser
acessado no website www.certifiedhumane.org, na sessão dos Padrões (Standards).
b. O abatedouro-frigorífico deve ser inspecionado por um inspetor do Humane Farm
Animal Care para verificação das conformidades com o Guia do AMI.
c. O HFAC irá também auditar a planta para rastreabilidade com objetivo de assegurar
que todo o produto que é rotulado com o selo Certified Humane® provém de
propriedades certificadas Certified Humane®.
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PARTE 8: ANEXOS
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ANEXO 1 – Requerimentos de Lotação e Espaço de Comedouros
As seguintes tolerâncias relativas a inclinação e espaço são típicos nas áreas de confinamento do
centro-oeste dos EUA.
Inclinação (%)
2
2-4
4
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Espaço por animal (m2)
37-75
23-37
14-23
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ANEXO 2: Métodos Recomendados de Desmame
O momento do desmame pode ser estressante para a vaca e para o bezerro. Sob os sistemas
tradicionais de desmame, as mudanças no ambiente, composição da dieta, e exposição a
patógenos pode reduzir o desempenho e resultar em problemas de saúde.
O desmame com divisória por cerca consiste em um sistema de manejo onde os bezerros são
removidos das suas mães mas, são permitidos ver, ouvir e cheirar elas. Dependendo do tipo de
cerca usada, o contato físico também pode ser possível. Esse sistema tem potencial para reduzir o
estresse relacionado ao transporte, mudanças do meio, e adaptação à dieta. O desmame pela
cerca pode também reduzir a demanda de trabalho e o custo associado as unidade de criação.
1. A cerca deve ser projetada para prevenir que os bezerros mamem nas vacas e que
mantenha as vacas e bezerros separados. Os produtores têm usado variadas combinações
de cerca elétrica e não elétrica, cerca trançada, de arame farpado, e cercas de fio sintético.
Para os bezerros que não tenham sido previamente expostos a cerca elétrica, é muito
provável que pelo menos 5 fios de cerca serão necessários. Se os bovinos são
familiarizados com cerca elétrica, 3 fios serão suficiente. Outra opção ainda é usar 4 a 5
de cerca de arame farpado combinado com um fio de cerca elétrica aparte da cerca
principal.
2. Permita que as vacas e bezerros pastejem na área onde os bezerros permanecerão após o
desmame. Uma semana no pasto é tempo suficiente para que os bezerros se familiarizem
com a cerca e fonte de água. No momento do desmame, retorne os bezerros ao mesmo
pasto e transfira as vacas para um pasto adjacente.
3. Alguns produtores encontraram que é benéfico manter um novilho ou uma vaca sem
bezerros junto ao pasto onde os animais desmamados irão permanecer para guiá-los à
fonte de água.
4. O desempenho dos bezerros desmamados é altamente dependente da qualidade e
quantidade de forragem. Opções para prover os animais de forragem de alta qualidade no
pasto de desmame são:
1. Pastejar os animais cedo na estação e permitir rebrote do pasto antes do desmame.
2. Colher o feno e pastejar os animais na área a partir do desmame.
3. Plantar azevém, pequenos grãos ou outras forragens anuais para produção de
forragem de alta qualidade.
5. O desmame por cerca cabe bem a sistemas de manejo onde a maximização de grãos não é
importante (desenvolvimento das novilhas de reposição or bezerras).
6. A necessidade de suplementação dos bezerros desmamados no pasto depende da
qualidade e quantidade de forragem e do ganho de peso diário desejado.
http://www.extension.org/pages/13547/fenceline-weaning-for-beef-cattle
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ANEXO 3: ÍNDICE DE TEMPERATURA E UMIDADE
Instruções:
1. Estabeleça a base do ITU a partir do gráfico 1 abaixo. Localize a temperatura na coluna da esquerda
e a umidade relativa mais próxima na linha to topo. O ITU base é o ponto de interseção.
2. Se o tempo está na maioria limpo, use o Gráfico 2; se o tempo está parcialmente encoberto veja o Gráfico 3.
3. Determine o ITU ajustado pelo ITU do passo 1 na coluna da esquerda e a velocidade do vento no topo.
Pontos de interseção da linha e coluna identifica o ITU ajustado ou efetivo.
4. Determine o risco de estresse térmico das categorias listadas nos Gráficos abaixo.
Temperatura (F) - Hora presente
Gráfico 1 - Índice de Temperatura-Umidade (ITU)
105
104
103
102
101
100
99
98
97
96
95
94
93
92
91
90
89
88
87
86
85
84
83
82
81
80
79
78
77
76
75
74
73
72
71
70
15%
83
82
82
81
81
80
80
79
79
78
78
77
77
76
76
75
75
74
73
73
72
72
71
71
70
70
69
69
68
68
67
67
66
65
65
64
20%
84
84
83
83
82
82
81
80
80
79
79
78
78
77
76
76
75
75
74
74
73
73
72
71
71
70
70
69
69
68
68
67
66
66
65
65
25%
86
85
84
84
83
83
82
82
81
80
80
79
79
78
77
77
76
76
75
74
74
73
73
72
72
71
70
70
69
69
68
67
67
66
66
65
30%
87
86
86
85
84
84
83
83
82
81
81
80
80
79
78
78
77
76
76
75
75
74
73
73
72
72
71
70
70
69
68
68
67
67
66
65
35%
88
88
87
86
86
85
84
84
83
82
82
81
80
80
79
79
78
77
77
76
75
75
74
73
73
72
71
71
70
70
69
68
68
67
66
66
Umidade Relativa (UR)
40%
45%
50%
89
91
92
89
90
91
88
89
91
87
89
90
87
88
89
86
87
88
85
87
88
85
86
87
84
85
86
83
85
86
83
84
85
82
83
84
81
82
83
81
82
83
80
81
82
79
80
81
79
80
80
78
79
80
77
78
79
77
78
78
76
77
78
75
76
77
75
75
76
74
75
75
73
74
75
73
73
74
72
73
73
71
72
73
71
71
72
70
71
71
69
70
70
69
69
70
68
68
69
67
68
68
67
67
67
66
66
67
55%
93
93
92
91
90
90
89
88
87
87
86
85
84
84
83
82
81
81
80
79
78
78
77
76
75
75
74
73
72
72
71
70
69
69
68
67
60%
95
94
93
92
92
91
90
89
88
88
87
86
85
85
84
83
82
81
81
80
79
78
78
77
76
75
74
74
73
72
71
70
70
69
68
67
65%
96
95
94
94
93
92
91
90
89
89
88
87
86
85
85
84
83
82
81
81
80
79
78
77
77
76
75
74
73
73
72
71
70
69
68
68
70%
97
96
96
95
94
93
92
91
91
90
89
88
87
86
86
85
84
83
82
81
81
80
79
78
77
76
76
75
74
73
72
71
71
70
69
68
75%
99
98
97
96
95
94
93
93
92
91
90
89
88
87
86
86
85
84
83
82
81
80
80
79
78
77
76
75
74
74
73
72
71
70
69
68
ITU = T - (0.55 - (0.55 * (UR/100))) * (T - 58)
Categorias de Risco de Estresse Térmico
Normal < 70
Preocupação 70-74
Manual de Padrões 2014: Bovinos de Corte
15 Janeiro de 2014
Alerta 75 - 78
Perigo 79 - 83
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© Direitos Autorais 2014 Humane Farm Animal Care
Emergência > 83
80%
100
99
98
97
96
95
94
94
93
92
91
90
89
88
87
86
86
85
84
83
82
81
80
79
78
78
77
76
75
74
73
72
71
70
70
69
Padrões do HFAC para a Produção de Bovinos de Corte: Janeiro 2014
ITU
ITU
ITU Ajustado para velocidade do vento e radiação solar
24
75
73
71
69
67
65
63
61
59
57
55
53
51
49
90
88
86
84
82
80
78
76
74
72
70
68
66
64
90
88
86
84
82
80
78
76
74
72
70
68
66
64
Gráfico 2 - Tempo Claro (Sem neblina ou nuvens) Condições da Tarde
Velocidade do vento (milhas por hora)
22
20
18
16
14
12
10
8
6
76
78
80
82
83
85
87
89
91
74
76
78
80
81
83
85
87
89
72
74
76
78
79
81
83
85
87
70
72
74
76
77
79
81
83
85
68
70
72
74
75
77
79
81
83
66
68
70
72
73
75
77
79
81
64
66
68
70
71
73
75
77
79
62
64
66
68
69
71
73
75
77
60
62
64
66
67
69
71
73
75
58
60
62
64
65
67
69
71
73
56
58
60
62
63
65
67
69
71
54
56
58
60
61
63
65
67
69
52
54
56
58
59
61
63
65
67
50
52
54
56
57
59
61
63
65
4
92
90
88
86
84
82
80
78
76
74
72
70
68
66
Gráfico 3 - Parcialmente Encoberto (1/3 a 2/3 nublado) ou Condição de Neblina a Tarde
Velocidade do vento (milhas por hora)
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
72
73
75
77
79
80
82
84
86
88
89
70
71
73
75
77
78
80
82
84
86
87
68
69
71
73
75
76
78
80
82
84
85
66
67
69
71
73
74
76
78
80
82
83
64
65
67
69
71
72
74
76
78
80
81
62
63
65
67
69
70
72
74
76
78
79
60
61
63
65
67
68
70
72
74
76
77
58
59
61
63
65
66
68
70
72
74
75
56
57
59
61
63
64
66
68
70
72
73
54
55
57
59
61
62
64
66
68
70
71
52
53
55
57
59
60
62
64
66
68
69
50
51
53
55
57
58
60
62
64
66
67
48
49
51
53
55
56
58
60
62
64
65
46
47
49
51
53
54
56
58
60
62
63
2
94
92
90
88
86
84
82
80
78
76
74
72
70
68
0
96
94
92
90
88
86
84
82
80
78
76
74
72
70
2
91
89
87
85
83
81
79
77
75
73
71
69
67
65
0
93
91
89
87
85
83
81
79
77
75
73
71
69
67
Categorias de Risco de Estresse Térmico
Normal < 70
Preocupação 70-74
Alerta 75 - 78
Perigo 79 - 83
Emergência > 83
Ajustes de ITU baseados nas taxas respiratórias de bovinos confinados.
Dr. Terry L. Mader , Beef Cattle Specialists
University of Nebraska
Haskell Ag Lab - Concord, NE
Fórmula Fahrenheit para Celsius - °C = (°F - 32) x 5/9
Fórmula milhas por hora (mph) para kilometros por hora (km/h) = 1 mph = 1.61 km/h.
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ANEXO 4: CONTROLE DA DOR
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Controle da dor em bezerros e bovinos
JK Shearer DVM, MS
Professor e Veterinário Extensionista
Iowa State University
Ames, Iowa 50011-1250
[email protected]
A castração e as descorna são dolorosos, mas procedimentos de manejo necessários. A castração é
necessária para reduzir ferimentos nos bovinos associados com agressão e comportamento de monta
em machos. É também necessária para prevenir cobertura indesejada por machos geneticamente
inferiores. A descorna é requerida para evitar ferimentos aos animais e aos humanos. Nem todos os
bovinos têm chifre, mas aqueles que têm rapidamente aprendem que possuem uma vantagem sobre os
bovinos mochoss em batalhas por dominância. Assim, a questão sobre castração e descorna não é se
devemos realizar essas práticas, mas como devemos realize-los de forma a minimizar dor e diestresse
aos animais?
Atendendo aos cuidados listados nos Padrões para Bovinos de Corte, Bovinos Leiteiros e Bezerros
minimizará a dor e desconforto associados com essas práticas importantes. No entanto, quando
condições determinam a necessidade de controle da dor além de anestesia local, os participantes do
Programa Certified Humane devem ter consciência dos seguintes.
Até o presente momento, não há drogas rotuladas para controle de dor em bovinos. Por exemplo, a
Flunixina Meglumina (Banamine) é um medicamento não-esteróide com atividade entipirética (reduz
febre) e anti-inflamatória em bovinos, mas não é um analgésico (capaz de aliviar a dor). Além disso, de
acordo com as informações da bula, Banamine é apenas para uso intravenoso. Para usá-lo contra a dor
em bovinos ou por qualquer via a não ser intravenosa, constituí uso for a das recomendações da bula
(ELDU), o qual até a aprovação do Medicinal Drug Use Clarification Act (AMDUCA) em 1996 era ilegal. O
AMDUCA complementa o Federal Food, Drug, and Cosmetic Act, legalizando o uso for a da bula e sob a
ordem se um veterinário licenciado. Então, o que isso significa? Sumarizando, significa que o Banamine
ou Meloxicam ou qualquer outra droga usada para dor que não é especificamente destinada para dor em
bovinos ou para esse propósito (i.e. ELDU) nos Estados Unidos, requer atenção estrita às provisões do
AMDUCA que incluem o seguinte:
Uso de drogas fora da bula (ELDU):







É permitida apenas por ou sob a supervisão de um veterinário.
É aprovada pelo FDA como droga permitida para humanos e animais.
Requer uma Relação Veterinário/Cliente/Paciente válida como pré-requisito para todas as ELDU.
É para uso terapêutico somente. Não se aplica a drogas de uso na produção.
Regras se aplicam para a dosagem de drogas e drogas administradas pela água. ELDU em
alimento é proibido.
Não é permitida se resulta em violação de resíduos no alimento, ou qualquer resíduo que possa
apresentar risco a saúde pública.
A proibição pelo FDA de uma droga ELDU impede o seu uso.
Quando e se essas condições são atendidas, uma ELDU é permitida dado que registros apurados dos
animais tratados são mantidos com as informações seguintes:
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Identificação do animal, individual ou grupo.
Espécie animal tratada.
Número de animais tratados.
Condições do tratamento.
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
O nome estabelecido da droga e agente ativo.
Dosagem prescrita ou usada.
Duração do tratamento.
Períodos específicos de carência, ou descarte se aplicável, para carne, leite, ovos, ou alimentos
derivados de animal.
Manter registro por 2 anos.
O FDA pode ter acesso a esses registros para estimar os riscos a saúde pública.
Finalmente, quando drogas forem usadas de forma ELDU, o frasco ou vasilhame da droga deve incluir
as seguintes informações no rótulo:
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

Nome e endereço do veterinário que prescreveu.
Nome estabelecido da droga.
Qualquer orientação de aplicação para uso em classe ou espécie específica ou identificação do
animal ou rebanho, lote, grupo, baia; a frequência da dosagem e via de aplicação e a duração do
tratamento. Qualquer item de precaução.
Seu período específico de carência, ou descarte se aplicável, para carne, leite, ovos, ou
alimentos derivados de animal.
Sumarizando, a castração e a descorna são procedimentos de saúde que causam desconforto
aos bovinos. A realização dessas práticas em uma idade mais cedo possível deve ser um
objetivo principal. Nas situações infrequentes onde esses procedimentos precisam ser realizados
em bezerros mais velhos, o controle de dor deve ser considerado mantendo em mente que o uso
de drogas não aprovadas para esse propósito devem seguir a regulamentação da AMDUCA.
Tabletes de Meloxicam administrados oralmente na dose de 1 mg/kg são relatados serem custoefetivo como forma de analgesia para bovinos. Nos países europeus onde o Meloxicam é
aprovado, é recomendado um período de carência de 15 dias para a carne e 5 dias para o leite.
Flunixin meglumine usado como anti-inflamatório em condições pós-cirúrgicas produz analgesia
limitada. É importante que se não usado para reduzir inflamação e ser administrado intravenoso
constitui uma ELDU. O uso de Flunixin meglumine por via intramuscular causa lesão significativa
ao tecido e pode alterar os períodos de carência do leite e carne. As pessoas que consideram o
uso de ELDU devem trabalhar com um veterinário para orientação apropriada no uso seguro e
adequando de medicamentos nos animais.
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Código de Prática para o Cuidado e Manejo de Bovinos Leiteiros: Revisão da Pesquisa
Científica em Tópicos Especiais
Março 2009
REDUÇÃO DA DOR DURANTE E APÓS PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS
Conclusões:
1. Todas as cirurgias são provavelmente dolorosas.
2. Uma combinação de tratamentos, incluindo analgésicos e anestésicos pode amplamente
reduzir a dor.
O uso de analgésicos em animais de produção é baixo devido a razões que incluem o medo de resíduos,
legislação, custo, tradição, e falta de conhecimento sobre o seu uso (Stafford et al., 2006).
Analgesia profilática é preferível a uma analgesia de tratamento quando conduzindo procedimentos
cirúrgicos, reduzindo ou prevenindo hiperanalgesia, e alodonia. A analgesia mais efetiva é geralmente
atingida com o uso combinado de agentes que agem em vias ou mecanismos diferentes. Por exemplo, o
uso de anestesia epidural com anestesia local e xilasina, combinada com uma droga anti-inflamatória
sistêmica não-esteróide (NSAID), resulta numa analgesia apropriada no caso de distocia no parto
(Hudson et al., 2008).
Drogas anti-inflamatórias não esteroides (NSAID) como ácido tolfenamico, cetoprofeno, carprofeno, e
meloxicam são indicados para doenças provavelmente associadas com dor em bovinos, incluindo
doenças respiratórias, mastite, condições inflamatórias periparturientes como metrite, e lesões
inflamatórias dos membros como nas juntas, úlceras na sola, e doença da linha branca (Barrett, 2004).
Lesões traumáticas e estados fisiológicos como o parto resultam em experiência de dor para o animal,
da mesma forma que os procedimentos cirúrgicos como laparotomia, cirurgia de pata, castração,
mochamento e descorna causam dor.
Referências
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Hudson, C., Whay, H., & Huxley, J. (2008). Recognition and management of pain in cattle. In Practice,
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