Referênciais Europeus de Acção e de

Transcrição

Referênciais Europeus de Acção e de
TRANSFERÊNCIA DOS PERFIS DE ACÇÃO – FORMAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO
DA RELAÇÃO DE AJUDA AOS TRABALHADORES SOCIAIS QUE INTERVÊM JUNTO DE PÚBLICOS
EM SITUAÇÃO DE ABANDONO (CRIANÇAS, ADOLESCENTES, IDOSOS)
Referênciais
Europeus
Referênciais Europeus
Documento no.
3.1.pt
de Acção e de Formação
da Relação de Ajuda para
Idosos em Situação de Abandono
Documento redigido por:
Le Groupement d'Intérêt Public – Formation et Insertion
Professionnelles de l'Académie de Grenoble (GIP FIPAG) - FRANÇA
Referênciais
Europeus
de Acção e de Formação
da Relação de Ajuda para
Idosos em Situação de Abandono
Novembro de 2008
ÍNDICE
I. Nota metodológica sobre a elaboração dos referenciais profissionais e de
formação..........................................................................................................................p 5
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
método de trabalho
natureza e distribuição dos trabalhos
composição do grupo profissional
objectivos desta fase dos trabalhos
apresentação das grelhas de referenciais
questão dos "níveis de formação"
pessoas de contacto
II. Referencial profissional da relação de ajuda a idosos em situação de
abandono.......................................................................................................................p 23
III. Referencial de formação da relação de ajuda a idosos em situação de
abandono.......................................................................................................................p 67
IV. Anexo : Guia de viagem para a transferência.....................................................p 105
3
4
ª
PARTE
I. NOTA METODOLÓGICA
SOBRE A ELABORAÇÃO
DOS REFERENCIAIS PROFISSIONAIS E DE
FORMAÇÃO
5
6
I. Nota metodológica
sobre a elaboração dos Referenciais Profissionais e de
Formação da relação de ajuda a idosos em situação de
abandono
1. Método de trabalho
1.1. Método de trabalho do projecto Relais I
Os trabalhos realizados em França, Itália e Roménia no âmbito do projecto Relais I
-
sobre as condições de vida dos idosos em situação de abandono
-
sobre as formas de intervenção social que visam proporcionar-lhes uma ajuda
adequada
-
sobre o diagnóstico das necessidades de profissionalização
permitiram identificar pontos de convergência e de divergência entre os três países.
Permitiram, em particular, especificar, a partir de algumas das profissões directamente
relacionadas com a relação de ajuda, as diferenças eventualmente existentes entre as
competências necessárias e as que os profissionais em actividade efectivamente possuíam.
Esta análise foi efectuada cruzando as perspectivas dos profissionais que desempenham funções
variadas com diferentes níveis de responsabilidade com as perspectivas dos "beneficiários" da
ajuda.
Um documento sintético centrado no diagnóstico das necessidades de competências, validado por
todas as equipas1 serviu de ponto de partida para modelizar a relação de ajuda sob a forma de um
referencial profissional.
Por último, foi decidido não se partir desta ou daquela profissão existente, que não tem
necessariamente correspondência nos outros países, mas elaborar referenciais adaptáveis a uma
grande diversidade de profissões da intervenção social, desde que as mesmas estivessem
relacionadas com idoso em situação de abandono e que incluíssem ipso facto uma dimensão da
relação de ajuda sobre a qual incidissem os referenciais.
Esta escolha de uma perspectiva que se interessa primeiramente pelas pessoas necessitadas de
ajuda, pelas suas situações concretas e pelos elos com elas estabelecidos, valoriza, sem dúvida,
uma visão mais global do que é habitual na intervenção dos profissionais.
A partir de exigências comuns, aproxima os profissionais que muitas vezes intervêm de forma
compartimentada e de acordo com hierarquias que subestimam algumas das suas intervenções,
sobretudo quando estas são levadas a cabo por profissionais com menos qualificações.
1
In : Etat des lieux et diagnostic des besoins de professionnalisation des acteurs de la relation d'aide aux publics en
situation d'abandon. Documento n°2 — Projecto Relais 1
7
Intervém na construção do conceito de competências de equipa e mais amplamente no conceito
de competências colectivas.
Esta abordagem deixa entrever uma eventual renovação das modalidades de formação (em
equipa, inter-categorias…), juntando-se assim à preocupação de criar canais de comunicação
entre as profissões, a despeito das resistências mais ou menos acentuadas que, todavia, convém
reconhecer e ter em conta.
É o sentido que se deve dar a este termo genérico que optámos por utilizar no singular:
"profissão da relação de ajuda".
Visar a coerência tendo em conta a especificidade e a heterogeneidade dos contextos: este
desafio é permanente num projecto europeu.
Foi particularmente esse o caso neste projecto Relais 1 em que a situação em cada um dos
países é por si só complexa e está em grande evolução.
Mas através do diálogo, da confrontação, da discussão sem excessivas concessões, da
preocupação positiva de não nos limitarmos ao menor denominador comum, progredimos para
uma cultura comum que integra as especificidades de cada um, que se enriquece e se mantém
suficientemente aberta para poder posteriormente ser adaptada a outros contextos ou outros
públicos.
Método de trabalho do projecto Relais II
O método de trabalho do projecto Relais I foi enriquecido. Cada um dos três novos países —
Bulgária, Hungria, Portugal — criou, efectivamente, para cada um dos públicos um grupo de peritos
específico encarregado de examinar os resultados dos trabalhos do Relais I, assinalar os pontos
de acordo, de discussão, de divergência, validar os trabalhos realizados durante os estudos no
terreno e elaborar o ponto da situação e os referenciais profissionais e de formação.
Conceito de transferência
No primeiro seminário transnacional, o conceito de « transferência » foi objecto de análise, de
ilustração, de definição. Este documento de síntese encontra-se em anexo.
2. Natureza, distribuição dos trabalhos
2.1. Para o Relais I
Os trabalhos decorreram de forma um pouco diferente da primeira fase de elaboração do
ponto da situação, pois cada um dos países estava encarregado de aprofundar o trabalho a partir
de um dos públicos considerados, e de o propor em seguida para discussão com os parceiros.
8
A distribuição foi a prevista pelo projecto, tendo havido um esforço no sentido de mobilizar
ao máximo as competências disponíveis.
Público
País
Crianças
Roménia
Adolescentes
Itália
Idosos
França
2.2. A distribuição para o projecto Relais II é a seguinte:
Público
País
Síntese europeia
Crianças
Bulgária Hungria Portugal Roménia - Universidade de Iasi
Adolescentes
Bulgária Hungria Portugal Roménia — Associação Partener
Idosos
Bulgária Hungria Portugal França - GIP FIPAG
O referencial profissional foi produzido em cada um dos países pelas equipas dos parceiros do
projecto Relais, às quais se juntaram profissionais que trabalham em cada um dos sectores
abrangidos, segundo a metodologia denominada "grupos profissionais" (membros associados).
Os "grupos profissionais", constituídos por professores, formadores, consultores e profissionais,
reúnem-se sempre que necessário para analisar, em termos de funções e de actividades, a
profissão em causa a partir de uma grelha de referências apresentada mais adiante.
O documento aqui apresentado respeita apenas aos referenciais profissionais e de formação da
relação de ajuda a idosos.
9
3. Composição do grupo profissional
3.1 No projecto Relais I, o grupo profissional francês era composto por:
Coordenador científico :
GIP FIPAG, Agrupamento de Interesse Público — Formação e Inserção Profissionais da Academia
de Grenoble,
•
Marie-France MOTTE, consultora de formação contínua.
Peritos científicos: Greta Léman :
•
André PERROT, encarregado de missão, antigo consultor de estabelecimentos hospitalares
sobre questões de recrutamento de pessoal e de formação, tendo assumido a criação e direcção
de um serviço de ajuda ao domicílio a idosos numa cidade média
•
Catherine CHABOUD, professora diplomada em engenharia de formação, responsável pelo
sector sanitário e social.
Profissionais:
•
Doutor KRESSMANN, médico gerontologista, antigo director do serviço de cuidados de
geriatria de um estabelecimento hospitalar e actualmente responsável pela coordenação
gerontológica numa zona intercomunal da Alta Sabóia.
•
Catherine RIGAT, directora de um serviço de ajuda ao domicílio com intervenção numa vasta
zona residencial na região de Annemasse.
•
Anne-Catherine MABUT, psicóloga especializada em intervenções junto de idosos e
encarregada de formação de profissionais da relação de ajuda.
•
Corinne MUZMACH, consultora de economia social e familiar,
encarregada da formação
sobre a relação de ajuda a idosos no quadro de uma associação de voluntários.
Os referenciais de formação foram realizados por equipas por vezes mais reduzidas (os
colaboradores permanentes do projecto) mas validados pelos membros associados em função
das suas competências específicas.
10
3.2 No projecto Relais 2
3.2.1. Quadro de distribuição das funções
País
Função
Chefe de projecto
Líder (coordenação parceria e
trabalhos de produção)
França
Dinamarca
Hungria
GIP FIPAG
PARTENER *
conjuntamente
Conjuntamente
Universidade
com
com a
de PECS
GRETA LEMAN
universidade AIC
Portugal
Bulgária
CASA PIA
Universidade
de SOFIA
Universidade AIC *
infância
Adolescentes
Idosos
Alemanha
GIP FIPAG *
Primeira
Perito científico
referente da relação
de ajuda
(encarregado da
transferência)
Roménia
PARTENER
GRETA LEMAN *
Organismo beneficiário da
Universidade
de PECS
transferência
Organismo avaliador
PRO
INNOVATION
Organismo encarregado de
KOFOEDS
uma peritagem complementar
SKOLE
à do projecto Relais
* antigos parceiros do projecto RELAIS
11
CASA PIA
Universidade
de SOFIA
3.2.2. Composição do grupo Profissão — Produção na Bulgária
Organismo
Nome da pessoa
Função
Relais II
Universidade de Sofia
Nelly Petrova
Doutorada em
ciências, professora
universitária
Universidade de Sofia
Kristina Otzetova
Vice-presidente
Perito
científico
Lar de Terceira Idade
Albena Mitikova
Director executivo
Profissional
Líder
Profissional
Formador
Formador
3.2.3. Composição do grupo Profissão — Produção na Hungria
Organismo
Nome da pessoa
Função
Relais II
Universidade de Pécs
Mihály Kocsis
Professor
Perito científico
Universidade de Pécs
Deines Koltai
Professor decano
Perito científico
Universidade de Pécs
Gizella Cserné
Adermann
Professora
Líder
Centro social de Szentlorinc
Ibolya His Tothné
vasvari
Directora
Profissional
Ministério dos Assuntos
Sociais e do Trabalho
Judith Agnes Szabo
Chefe do
secretariado dos
assuntos da terceira
idade
Profissional
Cruz Vermelha da região de
Baranya
Edith Szücs
Directora
Formador
Escola de formação
profissional para profissões
sociais e sanitárias
Éva Mikli
Directora
Formador
Centro social de Komio
Zsuzsanna Kasziba
Directora
Profissional
12
3.2.4. Composição do grupo Profissão — Produção em Portugal
Organismo
Nome da pessoa
Função
Relais II
Universidade Grupo Lusófona Maria do Céu Taveira
Professora
Perito científico
Instituto Piaget
Maria João Azevedo
Investigadora
Perito científico
Instituto da Segurança Social
Maria Luísa Alves
Tavares Carrilho
Bugalho
Professora,
coordenadora do
programa de apoio
integrado aos idosos
Formador
Casa Pia de Lisboa
Ana Sofia
Batista Longle
Faustino
Assistente social
Profissional
Federação das instituições da
Teresa Frescata
terceira idade
Directora Técnica
Profissional
Instituto de Formação
Profissional
Marina Vinhas
Formadora
Formador
Casa Pia de Lisboa
Luísa Ferreira
Directora Técnica
Profissional
Casa Pia de Lisboa
Pedro Figueiredo
Director
Líder
4. Objectivos e desenvolvimento desta fase dos trabalhos
O Relais II não trouxe alterações aos objectivos e ao desenvolvimento desta fase dos trabalhos.
Consolidou os seguintes objectivos:
- Elaborar referenciais de actividades para os intervenientes sociais junto dos idosos
- Analisar as actividades exercidas na prática profissional em função dos idosos em situação de
abandono
- Sistematizar os referenciais de actividade da relação de ajuda a pessoas em situação de
abandono, susceptíveis de serem submetidos à crítica dos outros parceiros, e cujos resultados
finais podem ser transversais aos três países e preparatórios dos trabalhos de síntese
europeia.
O objecto deste trabalho consistiu em propor uma análise da actividade que fosse
simultaneamente o mais exaustiva e o mais aberta possível para dar conta de situações
diversificadas e em rápida evolução e permitir, conforme previsto, a elaboração de um programa
de formação pertinente.
Houve que ter em conta os condicionalismos inerentes ao exercício, mas que constituíam também
a sua riqueza.
Existem vários métodos de análise do trabalho mas eles inscrevem-se em abordagens muito mais
extensas ou segmentadas.
13
Podemos evocar aqui o método ETED (Estudo do emprego em dinâmica elaborado em França
pelo CEREQ2), ou análises que incidem mais nos modelos ergonómicos e assentam na
observação directa dos profissionais na sua actividade.
O método aqui adoptado visa oferecer um quadro que permita articular de forma muito simples o
referencial profissional e o referencial de formação, que esteja adaptado a contextos culturais
diferentes e que leve simultaneamente em conta várias profissões em diferentes níveis de
qualificação.
As grelhas validadas no início dos trabalhos foram entretanto modificadas ao longo do processo,
por forma a responder a uma necessidade de legibilidade e de simplificação, particularmente para
todos os potenciais utilizadores que não tenham uma familiaridade espontânea com este tipo de
instrumentos, que não tenham “mergulhado” na sua elaboração, mas que deverão poder
aproveitar dos mesmos em função de preocupações específicas. A preocupação com a
operacionalidade e a difusão deveria ser uma prioridade.
Simultaneamente, era necessário fazer com que esta simplificação não fosse prejudicial à
preocupação, senão de exaustividade, pelo menos de abordagem dos pontos essenciais.
Apesar deste desejo de simplificação, devemos notar que nem sempre foi possível evitar algumas
repetições resultantes das interferências entre as diferentes funções.
Os seminários que pontuaram a progressão dos trabalhos constituíram a ocasião para estes
diversos reajustamentos. O seu distanciamento temporal conferiu, evidentemente, um carácter um
pouco laborioso a esta etapa, ainda que as trocas de ideias durante o intervalo prosseguissem,
em especial por meio de um fórum na Intranet.
Pode dizer-se também, a contrario, que esta distribuição no tempo favoreceu uma maturação
progressiva e evitou esquecimentos importantes.
Os seminários transnacionais foram também, na sua grande maioria, consagrados à apresentação
e à explicação de cada uma das produções nacionais, à sua crítica e também ao enriquecimento
dos conteúdos pelas equipas de outros países, por forma a que cada um pudesse finalmente
reconhecer-se na produção proposta.
Por vezes, foi necessário voltar a pôr em cima da mesa aquilo que já parecia ser um dado
adquirido, mas que a progressão dos trabalhos obrigava a modificar. Todos se lançaram a essa
tarefa com boa vontade.
Os seis referenciais propostos apresentam na sua fase final a forma mais homogénea possível e
testemunham, a um tempo, as transversalidades e as especificidades respeitantes à relação de
ajuda aos três públicos considerados.
2
Centre d'études et de recherche sur les qualifications (França)
14
5. Apresentação das grelhas dos referenciais
O referencial profissional e o referencial de formação são propostos numa versão separada por
razões de comodidade de leitura e de utilização, mas devemos entendê-los como fazendo parte
de um documento único que permite uma compreensão global das actividades decorrentes da
"profissão da relação de ajuda", das competências que mobilizam e que a formação deve permitir
adquirir.
Está compreendido neste quadro reestruturado:
Relação de ajuda às pessoas em situação de abandono
Referencial profissional
Funções
Metodologia
Activida
de
des
realização
Referencial de formação
Condições Pontos
críticos
de
realização
Saberfazer
Saberes
associados
Saberser
Recursos
Precaução de utilização: qualquer classificação organiza a realidade de forma parcialmente
arbitrária mas tem por função propor a sua compreensão.
A actividade constitui um todo e a divisão proposta seria contraproducente
compreendêssemos como uma compartimentação da realidade.
se a
O quadro permite observar sucessivamente os diferentes aspectos desta realidade. Os termos
utilizados poderiam eventualmente dar origem a debate, mas a dada altura é necessário optar por
uma terminologia e assegurar a maior clareza possível.
Cada pessoa poderá privilegiar alternadamente uma leitura horizontal a partir das funções ou uma
leitura vertical coluna a coluna, e evidentemente navegar a seu gosto entre estes seis
documentos, sendo que as ferramentas multimédia constituirão uma outra porta de acesso3.
Discriminamos aqui o que convém saber em cada uma das rubricas seleccionadas.
Referencial profissional: descreve a actividade exercida por diversos tipos de profissionais que
ocupam funções variadas mas estão empenhados numa relação de ajuda a um dos públicos-alvo
do projecto.
Referencial de formação: descreve o conjunto dos saberes que devem ser adquiridos numa
formação ou que, caso já o tenham sido antes da formação, devem ser re-situados e o seu
domínio validado de forma a que o profissional possa justificar a sua competência
Funções: a escolha das oito funções propostas decorre do trabalho em torno das competências
transversais e específicas julgadas necessárias para uma relação de ajuda com qualidade.
É a divisão que estrutura toda a sequência do trabalho. Convém ter sempre em mente que se
trata de um sistema em que cada função remete para as outras. Abordar a actividade a partir das
funções, é de alguma forma fazer um «zoom» sobre um aspecto que se torna prioritário.
3
Para este efeito e no âmbito deste projecto, foram produzidos um DVD e um CD-Rom.
15
Mas passando agora para o segundo plano, as outras funções não estão menos presentes, e sem
elas o sentido da relação de ajuda e a intervenção junto da pessoa não passariam de palavras
vãs.
As zonas de sobreposição parcial são evidentes. A formação integrará o trabalho sobre as
relações entre as funções: a inteligibilidade do sistema impõe-se.
Uma função, neste aspecto, desempenha um papel específico, o da profissionalização, pois tratase menos de uma função própria da relação de ajuda, e mais de uma forma de exercer a profissão
que permite adquirir competência, aperfeiçoar-se, fazer-se reconhecer, evitar o esgotamento
próprio das profissões de relacionamento com públicos em situação difícil, retomar de alguma
forma o sentido daquilo que se faz, de o questionar, de o colocar em perspectiva, de se tornar um
"praticante reflexivo".
Profissionalização
Acolhimento
Escuta
Comunicação
Socialização
animação
Funções da
relação de
ajuda
Identificação
das
necessidades
Assistência à
vida quotidiana
Protecção
Acompanhamento
Apresentação das diversas funções tal como foram diferenciadas e articuladas para a construção
dos referenciais profissionais e de formação.
16
Actividades: é um conjunto de tarefas complexas, aquilo que é necessário ser capaz de realizar
para cumprir a missão. São, portanto, formuladas através de verbos que exprimem acção. Este
agrupamento constitui uma espécie de crivo de malha grossa para subdivisão das funções em
tarefas concretas, agrupando-as, porém, no pressuposto de que ainda não chegámos à
pormenorização de todas as tarefas possíveis, que são em número quase ilimitado, tendo em
conta a diversidade de cada situação.
Esta "malha" permite organizar a actividade, articular as intenções do profissional com a
expectativa do beneficiário da ajuda.
É em torno destas actividades que ocorre o encontro dos actores cujas expectativas estão por
vezes em tensão, ou pelo menos não são espontaneamente acordadas. A dificuldade aqui reside
em fazer compreender o relacional que suporta estas actividades, que não é directamente visível
mas lhes confere sentido.
Metodologia de realização: trata-se de especificar de que forma as actividades são
implementadas. A malha é mais fina a fim de descrever aquilo que o profissional executa; a
descrição é mais segmentada; também neste caso, não poderíamos ser exaustivos, mas as
situações descritas são suficientemente numerosas para dar a ver a relação de ajuda
consubstanciada nas situações mais concretas, das mais corriqueiras às mais excepcionais. A
pedido dos profissionais associados, e numa preocupação de simplificação, o número foi
voluntariamente reduzido.
«O método é definido como um conjunto de procedimentos ou de técnicas específicas tendo em
vista a recolha e análise de dados utilizados no âmbito da tentativa de resolução de um problema
ou de um tema de pesquisa previamente colocado ou proposto. Trata-se de estratégias utilizadas
para avaliar provas, verificar princípios e acumular informações de forma sistemática ». (Davidoff,
1983).
A metodologia utilizada é de natureza qualitativa, sabendo-se que a fonte directa de dados é o
ambiente natural e que o pesquisador constitui o instrumento principal, isto é, que os
profissionais/investigadores frequentam os locais de estudo, que eles analisam as acções no
ambiente em que estas habitualmente ocorrem.
Neste trabalho, a metodologia consiste na manifestação da maneira/modo de fazer, de ensinar,
segundo os princípios e em função de uma certa orientação. É o modo de actuação baseado nos
princípios de uma ciência ou de um quadro de referências técnicas.
A metodologia utilizada para este trabalho assume as dimensões de uma intervenção individual e
colectiva, fundada em matrizes de intervenção multidisciplinar e transdisciplinar.
Condições de realização: trata-se de dispor de uma ferramenta para análise do contexto no qual
a intervenção é realizada, sendo este contexto multidimensional descritível a partir de vários
pontos de vista. Esta grelha de leitura do contexto é, a nosso ver, absolutamente essencial
quando se faz um esforço de melhoria do desempenho. Permite ancorar os projectos,
especialmente os de formação, numa realidade situada, datada, apoiando-se em recursos
materiais e humanos. Favorece o exercício de uma responsabilidade efectiva.
Permite igualmente ultrapassar a abordagem frequentemente muito individualista da relação de
ajuda, reduzida a um frente-a-frente. Convida a re-situar a prestação na sua dimensão de equipa,
nas suas dimensões institucionais e de parceria.
As condições são também a base material, os meios concretos de que os profissionais dispõem
para realizar as tarefas que lhes são confiadas.
17
Fundam-se num conjunto de princípios orientadores da acção institucional, a saber:
ƒ
Participação,
ƒ
Autonomia,
ƒ
Cidadania,
ƒ
Cooperação,
ƒ
Parceria,
ƒ
Rede,
ƒ
Articulação,
ƒ
Equipa,
ƒ
Responsabilidade partilhada,
ƒ
Planificação e gestão participadas/partilhadas da acção
ƒ
Competência,
ƒ
Desenvolvimento social e humano,
Pontos críticos: esta rubrica é original e permite introduzir um certo número de elementos para
os quais os profissionais ou os beneficiários chamam a atenção. Alguns destes pontos críticos
reaparecem como um leitmotiv nos "grupos profissionais". São como sinais de alerta que podem
fazer balançar a intervenção no sentido oposto ao que se pretende, a despeito das intenções
declaradas, e por vezes mesmo à revelia dos protagonistas. Estes pontos críticos estão
vocacionados para alimentar a formação, permitindo igualmente abrir pistas para recomendações.
Os saberes: para realizar as actividades, há que ser capaz de mobilizar saberes com diferentes
registos.
Para maior simplicidade, a opção é a de manter a tripartição, de ora em diante clássica, nas
análises de competência: saber-fazer, saberes, saber-ser.
Foi possível complexificar esta organização através da referência a uma classificação mais
precisa das formas de inteligência, em especial no que se refere à sua dimensão emocional.
Mas mais do que as distinções, são os elos que importam. Também neste caso dissociados por
necessidades de análise, os três tipos de saberes que compõem as competências são totalmente
indissociáveis, ainda que as formas de aquisição não sejam idênticas.
É a articulação dinâmica destas três formas de saberes, mobilizadas de forma original em cada
uma das situações encontradas pelo profissional, que permite falar de competência e de
profissionalismo.
É ela que permite "fazer face ao acontecimento".
O referencial de formação testemunha a ambição do projecto de jogar nestes três registos, seja
qual for o nível dos profissionais.
Obviamente, os graus de aprofundamento teórico não serão os mesmos para todas as tarefas de
cada profissional, mas a formação deve dar a todos ocasião de ligar estes três tipos de saber.
Trata-se de, num mesmo passo, fornecer ao profissional simultaneamente o domínio das técnicas
que lhe conferem desembaraço na sua intervenção, mas também referências mais teóricas que
18
lhe permitam dar sentido à sua prática, analisar as situações novas e efectuar transferências entre
as situações familiares ou as que o são menos ou o não são de todo.
A rubrica saber-ser é, sem dúvida, a mais complexa: esta noção é, desde há muito, objecto de
numerosos debates teóricos, em especial sobre a educabilidade da pessoa, e sobre os modos de
aprendizagem possíveis e de modificação dos comportamentos que radicam na estrutura da
personalidade.
A aposta da profissionalização reside no facto de existirem neste registo possibilidades de
aquisição, de maturação, de revisão crítica da sua maneira de ser profissional que, por sua vez,
está ligada à maneira de ser pessoal, mas que pode e deve distinguir-se desta.
Também neste caso é a composição original entre estes diferentes registos que permite a cada
um funcionar num quadro de referências explícitas mas sem colocar entraves às margens de
iniciativa e de expressão pessoal.
Recursos: este termo designa o conjunto da logística pedagógica que permite tornar as situações
de formação mais apropriadas à diversidade das pessoas em formação. Estes recursos fazem eco
das condições concretas da actividade, tal como descritas no referencial profissional. Bem
entendido, estes recursos evoluem em função das inovações pedagógicas e do grau de
sofisticação da engenharia. No entanto, elas mantêm-se sempre na ordem dos meios e não
saberiam prevalecer na dos fins.
6 A questão dos "níveis de formação"
Esta questão surge recorrentemente no decurso dos trabalhos, testemunhando visões muito
diferentes, mais uma vez ligadas aos contextos que simultaneamente condicionam as maneiras
de pensar e constrangem as possibilidades objectivas.
Na realidade, esta questão decompõe-se, pelo menos, em três sub-questões:
- uma questão de ordem técnica que é a das equivalências e que pressuporia que as
hierarquias em vigor em cada um dos seus países fossem unívocas, o que está longe de ser o
caso.
- uma questão mais estratégica: quais as pessoas a formar prioritariamente para melhorar a
qualidade dos serviços: as pessoas já formadas, supostamente "de bom nível" e susceptíveis de
ocupar lugares de gestão ou pelo menos de coordenação de equipa e capazes de desmultiplicar
as competências adquiridas, ou as pessoas com menos formação até à data, caracterizadas como
"de baixo nível" mas que estão muitas vezes "na primeira linha" e realizam tarefas falsamente
simples?
- e ainda uma interrogação de ordem mais pedagógica: convirá organizar acções de formação
por níveis supostamente homogéneos ou trata-se não apenas de uma ilusão, mas até de um mau
preconceito, sendo a heterogeneidade, pelo contrário, uma escolha pedagógica positiva para a
confrontação e o enriquecimento de experiências que não decorrem dos níveis mas do
posicionamento e da sensibilidade?
As respostas serão progressivamente elaboradas.
19
Foi decidido não fazer constar nos referenciais os indicadores de níveis, por um lado para não
tornar a sua apresentação ainda mais pesada, e por outro porque pareceu mais sensato que estes
referenciais pudessem servir de suporte à elaboração de uma oferta formativa acessível ao maior
número de pessoas possível4.
Isto reflecte-se nos programas de formação destinados às pessoas já em actividade, em primeiro
lugar, bem entendido, os funcionários, mas sem excluir as pessoas com um estatuto muito mais
ambíguo, por vezes a meio caminho entre o profissional e o voluntário, que ainda existe muito,
sem esquecer as pessoas em regime de trabalho não declarado que poderiam progressivamente
ganhar visibilidade através do acesso à formação e que seriam mais uma vez penalizados pelas
barreiras dos níveis.
Em contrapartida, pareceu possível fazer distinções de níveis, que geralmente envolvem menos a
natureza dos conteúdos e mais o seu grau de aprofundamento, no que se refere aos candidatos a
emprego, para os quais foram elaboradas propostas diversificadas.
Foi adoptada a nomenclatura francesa; era necessário escolher uma, sem lhe atribuir qualquer
superioridade, abordando também as categorias propostas pela Itália e pela Roménia.
Níveis dos ajudantes e dos ajudados, níveis das actividades, níveis das formações, níveis de
reconhecimento social: tudo isto se imbrica e atravessa todo o tipo de hierarquias. A tentativa de
acordar ou pelo menos de clarificar as dificuldades específicas contribui para a clarificação do
posicionamento das profissões de intervenção social.
4
Referir-nos-emos à oferta de formação no documento n°8 : Formação sobre a relação de ajuda a crianças em situação
de abandono
20
Tabela dos níveis de formação a partir da nomenclatura utilizada em França, com indicação de alguns diplomas fornecidos
nestes níveis
Nível de
referência
considerado
para o projecto
França
Itália
VI
Roménia
Espanha
Portugal
Hungria
Bulgária
Sem qualificação, fim da escolaridade obrigatória
V
Certificado de aptidão
profissional (CAP)
Diploma de estudos
profissionais (BEP
IV.
Bacharelato
profissional, Diploma de
técnico, Diploma
profissional
III
Diploma de técnico
superior
Diploma universitário de
tecnologia
IFTS
Escola
pós-secundário
II
Licenciatura profissional
Diploma
universitário
Colégio
universitário
Diploma
universitário ou
engenharia técnica
Formação técnica póssecundária certificado
de aptidão profissional
(nível IV)
Diploma ao nível
do bacharelato
Universidade
« Bacalavar »
4 anos
I
Mestrado, diploma de
engenharia
Laurea
Licenciatura 1, 2 3
4
Licenciatura ou
engenheiro
superior
Diploma universitário
Licenciatura, Mestrado,
diploma especializado
(nível V)
Diploma ao nível
da licenciatura
Universidade
«Mestrado»
Doutoramento
5 anos
Escola secundária
+2 anos de escola
profissional
Formação
profissional de
nível 2
Escolaridade obrigatória
(nível I)
Escola secundária
+2 anos escola
profissional
Matura
(Exame de fim de
escolaridade não
sancionador)
Maturità
Bacharelato
Formação
profissional de
nível 3
Escolaridade obrigatória
e formação profissional
Diploma de Estudos
profissionais (nível II)
Bacharelato
profissional
Diploma
profissional
Formação
profissional
Formação profissional,
formação técnica
bacharelato
(nível III)
Formação superior
profissional
Escola
secundária
Aprendizado
Formação
profissional
21
7. Pessoas de contacto : Projecto Relais 2
•
FRANÇA
• GIP FIPAG
Catherine Chaboud
Tel : 00 33 6 30 88 61 08
[email protected]
7.2. ROMÉNIA
• PARTENER
Catalin Ilascu
[email protected]
7.3. BULGÁRIA
• UNIVERSIDADE DE SOFIA
Nelly Petrova
Kristina Otzetova
[email protected]
[email protected]
7.4. HUNGRIA
• UNIVERSIDADE DE PECS
Gizella Cserné Adermann
[email protected]
7.5. PORTUGAL
• CASA PIA
Maria João Azevedo
Luísa Ferreira
[email protected]
[email protected]
22
ª
PARTE
II. REFERENCIAL PROFISSIONAL
DA RELAÇÃO DE AJUDA A
IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
23
24
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
1
Actividades
• Criar laços
A
C
O
L
H
I
M
E
N
T
O
• Dispor-se ao acolhimento
e à escuta
- Seja qual for o local, o
momento
- utilizar os diferentes
instrumentos de
comunicação verbal ou
não verbal
- criar fichas de
informações sobre o
historial de vida e
assegurar a
confidencialidade das
informações
• Apresentar-se, solicitar a
hospitalidade da pessoa
E
E
S
C
U
T
A
Metodologia de realização
• Dar tempo para adaptação
e integração
• Respeitar a
identidade do
idoso
• Avaliar os riscos
de perda de
identidade, de
perda de laços
afectivos, de
desenraizamento,
de medo da
mudança, de
recuso em
integrar-se
Condições de realização
Situação da pessoa ajudada
• Com pedido
• Sem pedido
• Em perigo
• Abandonada
• Maltratada
• Em sofrimento
• Numa relação violenta
• Em recusa de ajuda
• Em situação de maior ou menor
dependência física, psíquica, com
capacidades de comunicação
insuficientes
• de origem cultural ou linguística
diferente da do interveniente
• em estado depressivo ou suicida
Pontos críticos
• Realidade e representação que
se tem da pessoa e da situação
• Situação de exclusão social
• Pertença a uma comunidade
cigana/turca
• Representação que se tem do
seu papel
• Barreiras de comunicação
• Estereótipos e mitos relativos aos
idosos e ao envelhecimento
• Preconceito contra certas
comunidades (cigana, por
exemplo)
• Consciência do carácter intrusivo
• Tentação de omnipotência
• Análise dos abusos de poder
• Rotina
• Personalizar a relação
tendo em conta as
especificidades da pessoa,
da sua história, da
comunidade a que
pertence
• Estandardização
25
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
1
Actividades
• Procurar a família e
integrá-la no
acolhimento em
instituição
A
C
O
L
H
I
M
E
N
T
O
E
E
S
C
U
T
A
• Analisar as
interacções da
pessoa com o seu
ambiente social
• Fazer emergir a
necessidade de
ajuda, negociar a
sua aceitação
• Ajudar o idoso a
verbalizar os seus
problemas
• Oferecer uma
alternativa e
sensibilizar para a
livre escolha
• Securizar para
uma relação fiável
Metodologia de realização
Condições de realização
• Preparar a chegada da
pessoa com toda a equipa
e com os restantes utentes
• Adaptar o acolhimento ao
referencial cultural do idoso
• Desenvolver contactos com
a comunidade cigana, com
as minorias étnicas
Pontos críticos
• Qualidade da coordenação entre
as diferentes intervenções
• Ausência de todo o sentimento
de necessidade de ajuda
• Ausência de pedido de ajuda ou
recusa, agressividade
• Carácter fechado de certas
comunidades (cigana, por
exemplo), recusa em serem
assimiladas a outras culturas.
Regras de vida próprias da
comunidade
• Iliteracia - dificuldades de
compreensão
• Encontrar-se com a
pessoa onde ela estiver,
no ponto em que estiver
do seu pedido ou do seu
não pedido
• Propor assistência
• Utilizar a língua falada pelo
idoso
• Propor uma forma de ajuda
aceitável e ajustada ao
mundo do idoso
• Propor os seus serviços
• Explicar o seu papel, as
condições possíveis da
sua intervenção e os seus
limites
• Situar-se perante a pessoa
relativamente aos outros
intervenientes, explicar as
complementaridades
• Ajudar a pessoa a aceder
a todos os serviços
colocados à sua
26
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
1
Actividades
Metodologia de realização
Condições de realização
Pontos críticos
disposição
A
C
O
L
H
I
M
E
N
T
O
E
E
S
C
U
T
A
• Tranquilizar
através de um
ambiente caloroso
• Comunicar com as
diferentes
categorias de
utentes da
instituição
• Desenvolver uma
escuta empática,
activa
• Intervir em
coerência com a
equipa e no
respeito pelos
procedimentos
• Personalizar o espaço de
vida reservado ao idoso
- apresentar-se
- apresentar a estrutura e
acompanhar o idoso
numa visita à mesma
- apresentar as regras de
funcionamento da
instituição
• Favorecer a comunicação
na língua falada pelo idoso
• Favorecer e valorizar o
papel da família, dos
voluntários, dos parceiros
exteriores e saber
organizá-lo para usufruir
das complementaridades,
evitar a concorrência e a
redundância
• Negociar e ajustar a sua
prestação em função das
reservas e das condições
colocadas pela pessoa
• Utilizar todos os
documentos previstos para
facilitar a compreensão e a
memorização
• Desempenhar um papel de
Local de intervenção:
• no domicílio da pessoa
• No domicílio do interveniente (família de
acolhimento)
• Em instituição permanente
• Em instituição ocasional (hospital...)
• Em centro de acolhimento temporário
• Em centro de dia
• Em centro de noite
• À distância
• No domicílio temporário da pessoa
itinerante
• Universidade da terceira idade
Tempo da intervenção:
•
•
•
•
•
Quotidiana
Pontual
Urgente
Vespertina
Nocturna
Equipas institucionais:
• instituições do estado
• organizações religiosas
27
• Pertinência da intervenção
• Tomada em conta do impacte,
adaptação
• Distâncias culturais
• Diferenças culturais, sociais e
religiosas
• Dificuldades de comunicação
ligadas ao tipo de organização da
vida social (patriarcado nos
ciganos), às particularidades
linguísticas, sociais
• Ignorância da língua utilizada
pelo idoso
• Incompatibilidade relacional
• Comportamento deslocado
• Falta de supervisão
• Ausência de consciência da
necessidade de ajuda
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
1
Actividades
Metodologia de realização
•
A
C
O
L
H
I
M
E
N
T
O
E
E
S
C
U
T
A
•
•
•
• Estabelecer os limites
da intervenção e
definir o seu papel
•
•
•
•
•
interface para que a
pessoa seja acolhida no
momento da mudança na
organização da sua vida
Desempenhar um papel de
interface com os serviços
sociais
Apresentar as novas
instalações, o novo
pessoal, antever as
mudanças sempre que
possível, explicá-las
Estimular os laços sociais
com a família e a sua rede
de relacionamentos
Ajudar as famílias em
situação de fragilidade, de
precariedade
Definir a função no âmbito
do projecto de vida e do
papel da família
Desenvolver uma
metodologia de
intervenção inter e transdisciplinar
Diagnosticar os valores
subjacentes à intervenção
Clarificar o seu papel e o
dos membros da equipa
junto do idoso e da sua
família
Gerir as situações de
urgência para evitar
desorientações
Condições de realização
• agrupamento civil
• voluntários agrupados ou não
• associativos
Sistema de actores:
•
•
•
•
•
reduzido
complexo
coerente e inteligível
fiável
conflitual
Modo de intervenção:
•
•
•
•
a solo
em equipa
em rede
em complementaridade com a família
Posição do interveniente:
• responsabilidade total
• responsabilidade delegada
• em complementaridade com a família
28
Pontos críticos
• Trabalho de equipa
• Sobrecargas de trabalho
• Ausência de intervenções claras
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
1
A
C
O
L
H
I
M
E
N
T
O
E
E
S
C
U
T
A
Actividades
Metodologia de realização
• Interessar-se pelos centros
de interesse da pessoa,
pela sua história, o seu
contexto, as suas
preocupações no
momento
• Assinalar as diferenças
culturais, sociais, de valor
e valorizá-las
• Praticar a escuta activa,
seleccionar as informações,
dominar os afectos que elas
podem provocar no ajudante
e na pessoa ajudada
• Gerir a desestabilização
provocada pela
intervenção
• Contribuir para reatar ou
estreitar as relações da
pessoa com os "seus"
• Confrontar-se com a
agressividade, a recusa da
ajuda, a rejeição, a
animosidade, o mutismo, a
depressão, a confusão, a
amnésia, os comportamentos
violentos
• Estabelecer limites em
caso de solicitações
intempestivas ou
deslocadas
Condições de realização
Qualidade do interveniente:
• estreante ou experiente
• estagiário; aprendiz
Organização do trabalho:
• organigrama
• contributo específico das novas
tecnologias
• processo de qualidade
Tomada em consideração dos aspectos
jurídicos, deontológicos e éticos.
29
Pontos críticos
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
2
I
D
E
N
T
I
F
I
C
A
Ç
Ã
O
D
A
S
N
E
C
E
S
S
I
D
A
D
E
S
Actividades
Metodologia de realização
• Caracterizar a
situação da pessoa
e do seu ambiente
utilizando
diferentes fontes
de informação e
cruzando-as
•
• Avaliar o meio em
que a pessoa vive
•
• Avaliar as
consequências
inerentes à
situação de
abandono
• Ter em conta a
realidade da
situação da pessoa
- na sua globalidade
- nas suas subtilezas
Situação da pessoa ajudada:
Pontos críticos
•
Diferenças das necessidades,
pedidos, desejos
•
Condições socioeconómicas
precárias (pobreza,
desemprego, invalidez)
•
Prestação-tipo,
estandardização
•
Critérios de apreciação da
qualidade das tarefas
•
Padrões de qualidade dos
serviços prestados
•
Avaliação das necessidades
em situação de crise
•
Definir noções comuns às
instituições (necessidade
especial, necessidade
extraordinária, situação de
perigo) para desenvolver a
actividade de apoio
Insuficiência de instrumentos
teóricos e técnicos que
permitam um diagnóstico
eficaz das necessidades
•
Heterogeneidade do
envelhecimento
•
• Ter um cuidado particular
com a definição das
necessidades num contexto
de abandono
Valorização diferente das
necessidades em função das
leituras
•
Variabilidade das
necessidades
•
Evolução das situações
•
Importância da repercussão
subjectiva
•
Envolvimento da pessoa
•
•
• Avaliar o
dinamismo do seu
ambiente
• Avaliar o risco de
abandono e maustratos
Conduzir uma conversa não
orientadora
Deixar a pessoa formular as
necessidades e anotar o
grau de importância que têm
para ela
Incentivar a expressão das
situações e da sua vivência
Visitar o meio em que vivia
para compreender as
condições de vida
anteriores. Caracterizar o
contexto familiar, social,
económico e cultural.
Encontrar-se com o grupo
para determinar os seus
centros de interesse
Condições de realização
•
•
Explicar à pessoa o modo
como é percepcionada a sua
situação, anotar as suas
•
•
•
•
•
•
Com pedido
Sem pedido
Em perigo
Abandonada
Maltratada
Em sofrimento
• Numa relação violenta
• Em recusa de ajuda
• Em situação de maior ou menor
dependência física, psíquica, com
30
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
2
I
D
E
N
T
I
F
I
C
A
Ç
Ã
O
D
A
S
N
E
C
E
S
S
I
D
A
D
E
S
Actividades
e contradições
- nas suas variações
em função do
momento
- nas suas evoluções
ao longo do tempo
• Avaliar
rigorosamente as
necessidades
tendo em conta a
sua evolução
provável ao longo
do tempo
• Prever as
necessidades a fim
de melhor lhes dar
resposta e
acompanhar a
pessoa na
aceitação das suas
necessidades
Metodologia de realização
reacções
•
•
•
•
•
•
•
• Privilegiar o que a
própria pessoa diz
e o modo como o
diz
•
•
Permitir à pessoa que
formalize as suas
necessidades e perceber
quais delas são prioritárias
para ela
Observar a pessoa no
contexto da sua vida
quotidiana, o modo como
ela exerce as suas
actividades
Avaliação regular da
adaptação social dos idosos
Elencar as problemáticas
(sanitárias, sociais,
psicológicas) ligadas à
idade, a fim de as
referenciar
Criar condições para a
prática da religião do idoso
Memorizar os elementos
necessários a uma relação
viva e personalizada
Reformular para ter a
certeza da boa
compreensão
Observar e analisar o que
caracteriza a pessoa
ajudada
Observar e analisar os
diferentes domínios do
comportamento e da
expressão
Condições de realização
Pontos críticos
capacidades de comunicação
insuficientes
• De origem cultural ou linguística
diferente da do interveniente
ajudada
•
•
Obstáculo colocado pela
instituição ou pelo serviço
Discernir e avaliar o nãopedido, a solicitação
permanente
Local de intervenção:
• No domicílio da pessoa
• No domicílio do interveniente (família de
acolhimento)
• Em instituição permanente
• Em instituição ocasional (hospital...)
• Em centro de acolhimento temporário
• Em centro de dia
• Em centro de noite
31
•
Tomada em consideração do
ponto de vista da pessoa
•
Cruzamento ou
compartimentação dos
diagnósticos
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
2
I
D
E
N
T
I
F
I
C
A
Ç
Ã
O
D
A
S
N
E
C
E
S
S
I
D
A
D
E
S
Actividades
• Descobrir como é
que o idoso define
as suas
necessidades
• Descodificar as
necessidades
Metodologia de realização
•
•
•
• Formalizar as
informações
obtidas
•
•
• Actualizar o
inventário das
necessidades
•
•
• Informar quais os
documentos
previstos para este
efeito
• Adoptar uma
atitude de escuta e
de vigilância
permanente para
actualizar o
diagnóstico
•
•
•
Observar e questionar no
âmbito de uma relação
calorosa
Observar as alterações das
necessidades e a sua
variação ao longo do tempo
Respeitar o modo de vida,
os hábitos e o direito à
diferença
Detectar as necessidades
reais na descrição de
necessidades irrealistas
Situar a pessoa no seu
ambiente: geográfico, social,
familiar
Proceder ao registo das
informações recolhidas para
poder convertê-las num
diagnóstico de identificação
das necessidades
Estabelecer uma ordem,
fixar prioridades, planificar
as intervenções, respeitar as
regras da "vida em comum"
Encaminhar as
necessidades avaliadas
para a resposta
correspondente
Fazer o mapa das suas
relações
Informar os documentos de
observação atribuindo-lhes
um coeficiente de
Condições de realização
• À distância
• No domicílio temporário da pessoa
itinerante
• Universidade da terceira idade
Período da intervenção:
• mensal
• quotidiana
• pontual
• Urgente
• Vespertina
• Nocturna
Pontos críticos
•
Respeito pela
confidencialidade
•
Respeito pela deontologia e
pelo direito
•
Necessidades irrealistas
•
Necessidades instáveis
•
Normas da "vida em conjunto"
Sistema de actores:
• reduzido
• complexo
• coerente e inteligível
• fiável
• conflitual
Modo de intervenção:
• a solo
• em equipa
• em rede
• em complementaridade com a família
Posição do interveniente:
• responsabilidade total
• responsabilidade delegada
• em complementaridade com a família
32
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
2
I
D
E
N
T
I
F
I
C
A
Ç
Ã
O
Actividades
•
Condições de realização
confidencialidade
Correlacionar as
necessidades identificadas
com os afectos e a
sensibilidade da pessoa
Qualidade do interveniente:
• estreante ou experiente
• estagiário; aprendiz
Organização do trabalho :
• organigrama
• contributo específico das novas
tecnologias
• processo de qualidade
•
Tomada em consideração dos aspectos
jurídicos, deontológicos e éticos.
•
Confrontar a avaliação das
necessidades com as
escalas-tipo (Maslow, por
exemplo).
•
Confrontar esta avaliação
com os outros operadores
no âmbito das concertações
Criar sistemas de avaliação
eficazes
Incentivar os intercâmbios
interprofissionais
•
D
A
S
Metodologia de realização
•
N
E
C
E
S
S
I
D
A
D
E
S
33
Pontos críticos
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
3
A
S
S
I
S
T
Ê
N
C
I
A
À
V
I
D
A
Q
U
O
T
I
D
I
A
N
A
Actividades
• Zelar pelo
correcto
desenrolar de
cada uma das
actividades
quotidianas em
função do grau
de autonomia da
pessoa, dos seus
gostos, dos seus
hábitos pessoais
e culturais e do
seu estado
Metodologia de realização
• Ajudar a fazer
• Estimular
• Encorajar
• Encontrar truques de
facilitação
• Assegurar a ligação
• Fazer no local, se a situação
da pessoa o exigir
- as compras
- a preparação das refeições
- a toma das refeições
- a lida doméstica
- a manutenção da
propriedade e do conforto do
ambiente de vida
- cuidados da roupa, lavagem,
passagem a ferro
- cuidados de higiene e de
arranjo pessoal
- a toma dos medicamentos
- as saídas de lazer ou por
necessidade: momentos de
convívio na instituição ou no
exterior
- diligências administrativas:
Condições de realização
Situação da pessoa ajudada:
• Com pedido
• Sem pedido
• Em perigo
• Abandonada
• Maltratada
• Em sofrimento
• Numa relação violenta
• Em recusa de ajuda
• Em situação de maior ou menor
dependência física, psíquica, com
capacidades de comunicação
insuficientes
• De origem cultural ou linguística
diferente da do interveniente
Local de intervenção:
• No domicílio da pessoa
• No domicílio do interveniente (família de
acolhimento)
• Numa instituição permanente (lar, casa)
• Em instituição ocasional (hospital...)
• Alojamento temporário
• Em centro de dia
• Em centro de noite
• Em centro de convívio
• À distância
• Universidade da 3ª idade
Período da intervenção:
• Quotidinano
• Pontual
34
Pontos críticos
•
Possível conflito entre as
necessidades do serviço e as
necessidades da pessoa
•
Múltiplos obstáculos
quotidianos, ligados aos gostos,
às afinidades, aos hábitos de
cada um
•
Disponibilidade
•
Exigência acrescida de
disponibilidade para as pessoas
que já não têm parentes
próximos
•
Arbitragem entre funcionalidade
e prazer, rotina
•
Justa apreciação das
possibilidades da pessoa
•
Contribuição para a
manutenção da sua autonomia
•
Avaliação dos riscos incursos
nas actividades
•
Infantilização
•
Condições materiais
inadequadas
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
3
A
S
S
I
S
T
Ê
N
C
I
A
À
V
I
D
A
Q
U
O
T
I
D
I
A
N
A
Actividades
Metodologia de realização
* Assistência na obtenção
de documentos
* Ajuda no recebimento das
pensões
• Identificar as
necessidades de
apoio na vida
quotidiana
• Oferecer os serviços
adequados às
necessidades da sua
vida quotidiana
• Variar as propostas
de actividades para
ultrapassar a
monotonia
quotidiana, elaborar
estratégias para
romper com a
monotonia dos
hábitos
• Estimular a
independência do
idoso nas actividades
da vida diária
• Sensibilizar o idoso para as
questões de higiene e
segurança
• Mostrar como pedir ajuda
• Avaliar as necessidades reais
• Variar as propostas
• Elaborar estratégias para
ultrapassar a monotonia, por
exemplo, a formação informal
• Motivar as actividades
autónomas
• Encorajar as iniciativas e
realizações pessoais sem
fazer em vez da pessoa
• Estimular a auto-estima e o
sentimento de capacidade nas
actividades autónomas
• Envolver as pessoas nas
tarefas da instituição e do
serviço, nomeadamente no
espaço que lhe está reservado
• Assegurar um espaço privado
para a pessoa
• Assegurar o respeito pela
privacidade (ao nível social,
Condições de realização
Pontos críticos
• Urgente
• Vespertina
• Nocturna
Sistema de actores:
• Reduzido
• Complexo
• Coerente e inteligível
• Fiável
• Conflitual
Modo de intervenção:
• a solo
• em equipa
• em rede
• em complementaridade com a família
Posição do interveniente:
• responsabilidade total
• responsabilidade delegada
• em complementaridade com a família
Qualidade do interveniente:
• estreante ou experiente
• estagiário; aprendiz
Organização do trabalho :
• organigrama
• contributo específico das novas
tecnologias
• processo de qualidade
Tomada em consideração dos aspectos
jurídicos, deontológicos e éticos.
35
Intervenção fora da área de
competências
Pessoas auxiliares: envolvimento —
rotação
Condições organizacionais, técnicas
e financeiras deficientes
Polivalência, poli-competência,
trabalho de equipa
Resistência do idoso às situações de
aprendizagem
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
3
A
S
S
I
S
T
Ê
N
C
I
A
À
V
I
D
A
Q
U
O
T
I
D
I
A
N
A
Actividades
Metodologia de realização
• Estimular a
intimidade da pessoa
idosa (nas
actividades da vida
diária)
psicológico, físico, sexual,
familiar)
• Assegurar as condições de
comunicação com os
familiares e amigos (locais de
recepção, telefones
públicos...)
• Manter contactos
regulares com a
família, os amigos,
na ocasião das
actividades da vida
diária
• Incentivar os idosos
a expressarem-se
sobre as actividades
da vida diária e
facilitar a resolução
de eventuais
conflitos
• Organizar o
acolhimento e a
institucionalização se
os idosos já não
estiverem em
condições de
assegurar as
actividades da vida
diária
Condições de realização
Pontos críticos
Demasiados cuidados,
superprotecção
Partilha do mesmo quarto com várias
pessoas
Garantia de confidencialidade
• Criar espaços de expressão
• Favorecer e respeitar o direito
de escolher em função dos
recursos do serviço
• Assegurar-se do
consentimento informado das
pessoas sobre as
intervenções projectadas
• Abertura aos ajudantes e aos
residentes de comissões de
resolução de conflitos
Dificuldades de contacto regular
• Respeitar o ritmo biológico de
cada pessoa (sono refeições)
• Incentivar a pessoa a tomar
decisões e a controlar a sua
própria vida
• Apoiar a pessoa nas suas
tomadas de decisão e
incentivar a sua autonomia
36
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
3
A
S
S
I
S
T
Ê
N
C
I
A
À
V
I
D
A
Actividades
Metodologia de realização
• Melhorar as
condições da vida
diária, as ajudas
técnicas no plano da
saúde
• Preparar a pessoa para
resistir a eventuais tentativas
de conduta abusiva e/ou
violenta de que possa ser
vítima (p. ex : vendas
agressivas)
Condições de realização
• Adquirir e utilizar
equipamentos que
proporcionem uma melhor
qualidade de vida às pessoas
• Adaptar as instalações às
dificuldades de mobilidade, às
deficiências
• Partilhar informação sobre
questões de sexualidade,
sobre a modificação do corpo
ao longo da vida
Q
U
O
T
I
D
I
A
N
A
37
Pontos críticos
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
4
C
O
M
U
N
I
C
A
Ç
Ã
O
Actividades
Metodologia de realização
• Ligar e integrar a
actividade de
comunicação no
conjunto da relação
de ajuda e de
reestruturação da
identidade da
pessoa
• Colocar o idoso no centro da
rede de informação e de
comunicação
• Se se justificar,
analisar e explorar
os sintomas
patológicos da
comunicação
• Elaborar documentos simples,
adequados, ilustrados,
inteligíveis e todavia exaustivos
• Transmitir
efectivamente a
informação
• Reconhecer à
pessoa o seu lugar
central no sistema
de informação e de
comunicação
privilegiando a
relação directa com
ela
Condições de realização
Situação da pessoa ajudada
• Com pedido
• Sem pedido
• Compreender as patologias da
comunicação
• Em perigo
• Abandonada
• Maltratada
• Guardar comprovativos de
transmissão de informação
• Zelar pelos níveis de informação,
pela natureza da informação
segundo o interlocutor, o que ele
pode receber, o que ele tem de
conhecer, o que o seu papel e a
sua responsabilidade permitem
• Em sofrimento
• Numa relação violenta
• Em recusa de ajuda
• Em situação de maior ou menor
dependência física, psíquica, com
capacidades de comunicação
insuficientes
• De origem cultural ou linguística
diferente da do interveniente
Pontos críticos
• Tomada em consideração das
características físicas,
psíquicas e sociais da pessoa e
dos limites induzidos
• Lugar atribuído à pessoa
ajudada nos circuitos de
comunicação, respeito pela
ética, arbitragem entre o que a
pessoa deve saber, pode saber,
pode entender, quer saber
• Associação do grupo
• Situações-limite (fim de vida)
• Efeitos negativos do modo de
comunicação dos media
• Conhecimento dos sintomas
patológicos da comunicação
• Perda das capacidades de
atenção, memorização, reflexão
• Perda de capacidade auditiva
• Vectores de comunicação em
condições
socioeconómicas
críticas
• Contribuir para restabelecer a
identidade dando à pessoa a
informação de que ela tem de
dispor sempre para poder situarse como sujeito e usufruir da sua
autonomia
38
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
4
C
O
M
U
N
I
C
A
Ç
Ã
O
Actividades
• Criar modos de
comunicação
adaptadas a cada
pessoa
• Manter contactos
regulares para
informar os parentes
próximos
• Dar a palavra
• Respeitar um
espaço pessoal na
comunicação
• Introduzir uma
comunicação
assertiva na relação
de ajuda
• Desenvolver uma
escuta activa e
acolhedora
• Saber comunicar o
facto de o
trabalhador social
querer compreender
o idoso
• Comunicar de forma
congruente*
• Informar-se para
poder informar de
forma
contextualizada
Metodologia de realização
Condições de realização
Pontos críticos
• Assegurar-se da correcta
compreensão da informação
• Manter correspondência para os
informar
• Motivar as pessoas a comunicar
e a agir
• Desenvolver sinais de
reconhecimento mútuo da
personalidade
- conhecer a história da pessoa
- recolher e organizar a
informação
- cruzar as fontes de informação
e
- revalorizar a informação
- dar provas da sua
disponibilidade e da sua eficácia
na resolução de problemas
sociais
• Desenvolver a congruência*
entre as palavras, os
sentimentos expressos com as
palavras, as atitudes, o
comportamento
Domínio da linguagem corporal
Capacidade de interpretação desta
linguagem
• Utilizar a componente gestual
da comunicação
• Solicitar a contribuição da
pessoa a quem a intervenção
se destina. Suscitar a sua
participação
39
Confidencialidade
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
4
Actividades
Metodologia de realização
Condições de realização
• Tomada em consideração da
interculturalidade
• Respeitar a
confidencialidade
C
O
M
U
N
I
C
A
Ç
Ã
O
• Informar-se sobre a
cultura cigana e
sobre outras
minorias étnicas, dar
informações
adaptadas às
comunidades
• Situar-se no
conjunto do sistema
de actores,
respeitando as
regras técnicas e
deontológicas
• Desempenhar o seu
papel de interface e
de mediador na
complexa cadeia de
actores,
privilegiando as
funções de vigilância
e de alerta e
evitando as quebras
de transmissão
• Assegurar-se sobre
a boa recepção da
informação
Pontos críticos
• Caracteres específicos de cada
grupo étnico
•
•
•
•
•
•
• Coordenação e coerência entre
os profissionais
Respeitar a confidencialidade
Ter em conta a família, o
grupo, os voluntários, para
que eles disponham da
informação com a
concordância da pessoa
ajudada. Aceitar receber
informação do meio familiar,
dos amigos. Inscrever a sua
intervenção numa coerência
de equipa
Identificar as diferentes fontes
de informação
Responder ao caderno de
encargos de uma informação
objectiva, independente que
cada membro da equipa pode
vir confirmar
Prestar contas da sua
intervenção segundo os
protocolos previstos
Participar no funcionamento
do sistema evitando as
quebras de transmissão
Local de intervenção:
• No domicílio da pessoa itinerante
• No domicílio da pessoa
• No domicílio do interveniente (família de
acolhimento)
• Numa instituição permanente (lar de
terceira idade, residência)
• Em instituição ocasional (hospital...)
• Em centro de acolhimento temporário
• Em centro de dia
• Em centro de noite
• Em centro de animação
• À distância
• Universidade da 3ª idade
Período da intervenção:
•
•
•
•
•
Quotidiano
Pontual
Urgente
Vespertina
Nocturna
40
• Meios financeiros e humanos
para implementação de um
sistema de informação eficaz
Barreiras de comunicação:
culturais, psicológicas, sociais,
institucionais
Desmotivação
Competências para comunicar
Ignorância das regras de
comunicação
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
4
Actividades
Metodologia de realização
•
•
•
C
O
M
U
N
I
C
A
Ç
Ã
O
•
•
•
•
•
Informar-se para poder
informar nos diferentes
registos úteis, recorrendo, na
medida do possível,, às novas
tecnologias
Identificar e manter-se
actualizado sobre as
diferentes informações
necessárias à pertinência da
sua intervenção
Redigir uma nota, uma
mensagem, um breve
relatório
Transmitir uma informação
segundo os protocolos e as
modalidades a
Escolher os suportes de
informação permanentes.
Propô-los, explicar o seu
papel: agenda, post it,
caderneta
Formular uma mensagem,
adaptá-la ao interlocutor, ao
contexto, à situação, fazendo
por torná-la o mais clara e
acessível possível, evitando a
multiplicação simultânea das
informações que dificultam a
compreensão
Informar sobre a organização
e as modalidades de
intervenção
Informar cuidadosamente
sobre as transformações e
Condições de realização
Sistema de actores:
• reduzido
• complexo
• coerente e inteligível
• fiável
• conflitual
Modo de intervenção:
• a solo
• em equipa
• em rede
• em complementaridade com a família
Posição do interveniente:
• responsabilidade total
• responsabilidade delegada
• em complementaridade com a família
Qualidade do interveniente:
• estreante ou experiente
• estagiário; aprendiz
Organização do trabalho :
• organigrama
• contributo específico das novas
tecnologias
• processo de qualidade
Tomada em consideração dos aspectos
jurídicos, deontológicos e éticos.
• Contribuição de um perito em
comunicação
41
Pontos críticos
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
4
Actividades
Metodologia de realização
•
•
C
O
M
U
N
I
C
A
Ç
Ã
O
•
•
•
•
•
•
Condições de realização
modificações (hospitalização,
regresso a casa, mudança de
pessoa...) que tenham
impacte nas condições de
vida e modalidades de
intervenção
Verificar a compreensão das
informações transmitidas e
reformulá-las na medida do
necessário
Assegurar a oportunidade do
momento e do modo de
comunicação
Avaliar o impacte e reajustar
a mensagem, se necessário
Ter em conta todos os
registos da comunicação
(verbal, não verbal)
Responder a um pedido de
informação, zelando pela
qualidade e precisão da
resposta, pela adequação do
vocabulário
Ajuizar da importância das
informações e alertar com
conhecimento de causa
Prestar contas, sabendo
eventualmente sair do âmbito
da sua actividade para
assinalar todos os factos
inusitados, de aparência
anódina, que possam ter
consequências
Utilizar, sempre que possível, os
42
Pontos críticos
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
4
Actividades
Metodologia de realização
•
•
C
O
M
U
N
I
C
A
Ç
Ã
O
•
•
•
Condições de realização
meios que utilizam as
tecnologias de informação e
comunicação
Ter em conta todos os registos
da comunicação
Repetir a informação sempre
que necessário
Reintroduzir nesta rede as
verdades de corredor sob a
forma de questionário
Integrar o contributo das novas
tecnologias em cada uma das
tarefas
Preparar os elementos úteis à
coordenação, à análise das
práticas, à avaliação, à
validação da experiência
43
Pontos críticos
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
5
Actividades
Metodologia de realização
• Estar
•
permanentemente
presente e assegurar
à pessoa que ela não
será abandonada,
•
tranquilizá-la através
de uma relação fiável
A
C
O
M
P
A
N
H
A
M
E
N
T
O
• Manter contactos
regulares, manter
correspondência com
os familiares
próximos a fim de os
informar, assistir na
resolução de
•
problemas sociais
• Desenvolver uma
escuta empática,
activa
• Compreender as
necessidades da
pessoa e saber dar
resposta às mesmas
•
•
•
Determinar as condições em
que os diversos intervenientes
actuarão e verificar a
compreensão da mensagem
Respeitar a confidencialidade
da relação, a intimidade da
pessoa
Manter uma relação de
confiança com as técnicas de
escuta e de relação empática
Condições de realização
Pontos críticos
Situação da pessoa ajudada:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Com pedido
Sem pedido
Em perigo
Abandonada
Maltratada
Em sofrimento
Numa relação violenta
Em recusa de ajuda
Em situação de maior ou menor
dependência física, psíquica, com
capacidades de comunicação
insuficientes
• de origem cultural ou linguística
diferente da do interveniente
Identificar as necessidades
Proceder à actualização
Colocar-se ao alcance da
pessoa, permanecer acessível
• Continuidade da intervenção
• Intervenção no campo dos
maus-tratos
• Confrontação com o fim da
vida e a morte
• Natureza das situações que
não colocam apenas questões
técnicas mas se inscrevem no
domínio da ética
• Tensão, conflitos, interesses
contraditórios entre a pessoa e
o seu ambiente
• Situação decorrente de doença
mental,
• Trabalho na incerteza
• Mobilidade do pessoal auxiliar
• Recusa de ajuda
• Falta de confiança
• Estar atento aos
sentimentos,
conhecimentos,
aptidões do idoso
•
•
Respeitar o ritmo da pessoa
Conhecer o seu estado de
saúde
• Prever as alterações
das necessidades a
fim de lhes dar uma
•
•
Instaurar a confiança
Comprometer-se a não a
abandonar
• Recusa do envelhecimento
44
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
5
Actividades
melhor resposta
• Restabelecer a
autonomia
Metodologia de realização
•
•
•
A
C
O
M
P
A
N
H
A
M
E
N
T
O
• Valorizar o presente
•
•
•
•
• Ajudar a recapitular a
vida, ligar os fios
• Incentivar os
projectos
• Incentivar a
elaboração do
projecto de vida e
colocá-lo em prática
•
•
•
•
•
Identificar o seu papel de
forma a dá-lo a entender à
pessoa
Ter em consideração as
especificidades da pessoa, do
contexto familiar, social,
cultural
Fazer com que a pessoa
esteja no centro do esforço de
autonomia
Criar condições de escuta
Permitir à pessoa ser ela
própria
Colocar-se numa atitude de
verdade
Estabelecer pontes com o
passado
Deixar a pessoa chegar à sua
verdade
Atribuir peso às palavras
Colocar a tónica nos recursos
e nas potencialidades
Prestar atenção ao não-dito,
ao implícito, à negação
Reunir as informações
necessárias à elaboração do
projecto
Incentivar a abertura do
projecto às expectativas, ao
futuro
Aceitar, valorizar as constantes
mutações do projecto de vida
Adaptar o projecto de vida à
situação de saúde, às
Condições de realização
Local de intervenção:
• No domicílio da pessoa
• No domicílio do interveniente (família de
acolhimento)
• Numa instituição permanente (lar de
terceira idade, residência)
• Em instituição ocasional (hospital...)
• Em centro de acolhimento temporário
• Em centro de dia
• Em centro de noite
• Em centro de animação
• À distância
• Universidade da 3ª idade
45
Pontos críticos
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
5
Actividades
Metodologia de realização
Condições de realização
Pontos críticos
possibilidades
A
C
O
M
P
A
N
H
A
M
E
N
T
O
• Acompanhar o fim da
vida até à morte
• Ajudar a pessoa a
aceitar a imagem da
velhice reflectida
pelos outros
residentes
• Acompanhar o idoso
no processo de
envelhecimento
• Tranquilizar através
de uma relação fiável
e do compromisso de
não o abandonar
• Fazer com que haja
uma continuidade no
acompanhamento
• Assegurar um apoio
contínuo até aos
últimos instantes de
presença na
instituição
• Assegurar a
satisfação de todas
as necessidades
detectadas e a
administração de
todos os cuidados
necessários
• Assegurar os
cuidados necessários
sem preconceitos
• Estar atento aos
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Promover a aceitação dos
sintomas de envelhecimento
Organizar os funerais das
pessoas que não tenham
familiares ou amigos
Ajudar a pessoa a aceitar a
perda de capacidades físicas e
psíquicas
Apoiar a pessoa em caso de
doença degenerativa
(Alzheimer)
Abster-se de uma assistência
infantilizante
Definir a responsabilidade de
cada interveniente
Identificar o papel de cada um
e estar em condições de o
explicar
Avaliar a pertinência da
organização das intervenções
Trabalhar em equipa
Definir os direitos e deveres da
pessoa ajudada e dos
profissionais
Organizar a ajuda
Avaliar o trabalho de equipa
Zelar pela execução de todas
as intervenções previstas
Preconceitos
46
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
5
A
C
O
M
P
A
N
H
A
M
E
N
T
O
Actividades
Metodologia de realização
sentimentos, aos
conhecimentos, às
aptidões nas suas
acções, às relações
dos idosos
•
Zelar pela qualidade dos
cuidados
•
• Acompanhar o idoso
no seu processo de
envelhecimento
•
Ajudar a pessoa a
compreender a ambivalência
dos seus sentimentos
Partilhar as interrogações, as
incertezas
Permitir a expressão do
sofrimento. Encontrar a
distância correcta para o
entender, descodificar, relatar
nos seus cambiantes
•
• Incentivar a
elaboração de um
projecto de vida para
o idoso
• Prever as alterações
das necessidades a
fim de lhes dar uma
melhor resposta
•
•
•
•
•
•
•
•
Contribuir para a expressão
dos sentimentos e das
emoções na sua variabilidade,
ambivalência e evolução.
Ajudar a apaziguar os receios
e as angústias
Descodificar os pedidos, ir
além dos pedidos imediatos
Respeitar o ritmo da pessoa
Acompanhar as etapas da
morte
Ressocializar a morte
Usar gestos simples para
traduzir a presença e a
compaixão
Exercer vigilância para
prevenir comportamentos
suicidas
Levar um olhar que restitua a
pessoa à sua humanidade e
Condições de realização
Período da intervenção:
•
•
•
•
•
Quotidiana
Pontual
Urgente
Vespertina
Nocturna
Sistema de actores:
•
•
•
•
•
reduzido
complexo
coerente e inteligível
fiável
Conflitual
Modo de intervenção:
•
•
•
•
•
•
a solo
em equipa
em rede
em complementaridade com a família
em consulta
com a ajuda técnica do departamento
47
Pontos críticos
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
5
Actividades
Metodologia de realização
•
•
•
•
A
C
O
M
P
A
N
H
A
M
E
N
T
O
•
•
•
•
•
•
•
•
•
dignidade
Organizar o apoio
Respeitar o apoio informal e
intervir em coerência
Ajudar a pessoa a recapitular
a vida e a dar-lhe sentido
Conferir toda a qualidade ao
presente
Vigiar o modo como são
transmitidas as informações
Sentar-se, reservar tempo
para a escuta, para a presença
silenciosa
Incluir-se num esforço de
assistência e ter a
preocupação de explicar tudo
Respeitar o labor psíquico
intenso que acompanha o fim
da vida
Respeitar o silêncio e o tempo
de interiorização
Devolver à pessoa a imagem
da sua dignidade humana,
seja qual for o seu estado
físico ou psíquico
Dar apreço à interpretação
que a pessoa faz da sua
situação
Gerir a agressividade, os
conflitos, as situações de
violência, o desespero
Personalizar a relação, situar-
Condições de realização
• com a assistência social
Posição do interveniente
• responsabilidade total
• responsabilidade delegada
• em complementaridade com a família
Qualidade do interveniente
• estreante ou experiente
• estagiário; aprendiz
organização do trabalho
• organigrama
• contributo específico das novas
tecnologias
• processo de qualidade
Tomada em consideração dos aspectos
jurídicos, deontológicos e éticos.
48
Pontos críticos
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
5
Actividades
Metodologia de realização
Condições de realização
se numa relação de apoio
(saber encontrar a distância
correcta, fazer a distinção
entre o seu desejo e o desejo
do outro)
A
C
O
M
P
A
N
H
A
M
E
N
T
O
•
Apoiar nos momentos de
fadiga, de sofrimento, de
confusão, de luto
•
Apoiar-se nos momentos
felizes, ajudar a apreciar o
quotidiano
•
Dinamizar, favorecer o
desenvolvimento dos recursos
da pessoa ajudada, a sua
resiliência
Estar atento a todos os
registos de necessidades de
cada pessoa (materiais,
psicológicas, sociais, culturais,
espirituais)
•
•
Munir-se de referências para
ajuizar da pertinência da sua
intervenção
•
Participar na avaliação da
equipa
•
Actuar em função dos limites e
dos deveres profissionais
49
Pontos críticos
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
6
Actividades
• Proteger a pessoa
P
R
O
T
E
C
Ç
Ã
O
S
E
C
U
R
I
Z
A
Ç
Ã
O
• Criar uma atmosfera
tranquilizadora
Metodologia de realização
• Utilizar a segurança como
tema da relação
• Questionar
as
pessoas
envolvidas e ouvir a sua
leitura do espaço restrito, do
espaço próximo, da cidade
• Encorajar a pessoa a
exprimir os seus
sentimentos
• Abster-se de juízos de valor
sobre a expressão dos
sentimentos
• Redigir um contrato em
função das necessidades e
no âmbito do projecto de
vida
• Estimular a
independência e a
autonomia mas
proteger a pessoa
• Estabelecer e manter
uma relação segura e
empática com o
idoso
• Mencionar, no contrato, os
direitos e deveres da
pessoa e dos profissionais,
a natureza dos serviços e
das prestações
asseguradas
• Na instituição, efectuar a
análise do regulamento
interno
• Partilhar o conhecimento
dos diversos meios de
protecção das pessoas
Condições de realização
Situação da pessoa ajudada:
• Com pedido
• Sem pedido
• Em perigo
• Abandonada
• Maltratada
• Em sofrimento
• Numa relação violenta
• Em recusa de ajuda
• Em situação de maior ou menor
dependência física, psíquica, com
capacidades de comunicação
insuficientes
• de origem cultural ou linguística
diferente da do interveniente
Local de intervenção:
• No domicílio da pessoa
• No domicílio do interveniente (família de
acolhimento)
• Em instituição permanente (lar de terceira
idade, residência)
•
•
•
•
•
•
•
Em instituição ocasional (hospital...)
Em centro de acolhimento temporário
Em centro de dia
Em centro de noite
Em centro de animação
À distância
Universidade da 3ª idade
• Assegurar a representação
dos utilizadores junto das
instituições e organizações
50
Pontos críticos
Mobilidade do pessoal auxiliar
• Atitudes super-protectoras que
podem comprometer a
liberdade, gerar angústia,
fragilizar, levar à perda de
confiança e de autonomia
• Utilização intempestiva dos
regulamentos que destroem as
iniciativas
• Adopção de um aumento da
lógica securitária e da garantia
do risco zero
Abuso de autoridade em nome da
segurança, em nome da protecção
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
6
Actividades
Metodologia de realização
sociais para assegurar a
defesa dos seus direitos
P
R
O
T
E
C
Ç
Ã
O
• Trocar informações sobre os
riscos do meio onde vive
• Desenvolver uma estratégia
de escuta activa
Pontos críticos
Período da intervenção:
• Quotidiano
• Pontual
• Urgente
• Vespertina
• Nocturna
• Favorecer a expressão das
dificuldades sentidas, dos
centros de interesse
• Securizá-la
S
E
C
U
R
I
Z
A
Ç
Ã
O
Condições de realização
• Acompanhar a pessoa no
seu percurso, conservando
uma atitude de interesse e
de empatia
• Gerar a segurança
de que a pessoa é
aceite e mostrar
continuamente a
vontade de a
compreender
• Garantir a confidencialidade.
• Garantir a segurança
moral, jurídica
• Proteger contra as ameaças
anteriores à
institucionalização
• Garantir uma
segurança afectiva
• Securizar os espaços
de vida
• Respeitar os tempos de
diálogo e os tempos de
silêncio, o espaço pessoal
Domínio das regras de segurança
• Defender os direitos dos
idosos
• Prevenir os
actos de
malevolência, os abusos, as
extorsões
• Securizar os espaços de
vida, alertar para os perigos
do local onde vive,
aconselhar, sugerir
modificações, recomendar,
Confidencialidade
51
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
6
Actividades
• Securizar as
deslocações
P
R
O
T
E
C
Ç
Ã
O
S
E
C
U
R
I
Z
A
Ç
Ã
O
Metodologia de realização
•
•
• Prevenir as quedas
• Prever os riscos
• Reconhecer e
analisar os factores
de risco. Elaborar um
plano de protecção
•
•
•
•
• Prevenir tanto quanto
possível as situações
de urgência
•
•
verificar a exequibilidade,
realizar, fazer realizar em
função das normas exigidas.
Manter um registo das
deslocações das pessoas
institucionalizadas
Saber olhar o espaço sob o
ângulo da segurança, tendo
em
conta
a
situação
específica
da
pessoa,
associando-a, levando em
conta a sua opinião, os seus
desejos, as suas reticências
Saber recorrer à ajuda dos
profissionais e renovar o seu
olhar sobre o espaço
Vigiar o estado de saúde
física e mental da pessoa e
a suas evoluções
Vigiar a qualidade da
ergonomia dos materiais e a
sua correcta utilização
Securizar as deslocações,
prever a organização das
deslocações exteriores,
conferir-lhes, se necessário,
uma certa regularidade,
assegurando assim
referências no tempo e no
espaço
Aconselhar prudência sem
traumatizar por excessos de
alerta
Prevenir as quedas
Condições de realização
Pontos críticos
Sobrestimar/subestimar os riscos
Sistema de actores:
•
•
•
•
•
reduzido
complexo
coerente e inteligível
fiável
conflitual
52
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
6
P
R
O
T
E
C
Ç
Ã
O
S
E
C
U
R
I
Z
A
Ç
Ã
O
Actividades
• Mover o idoso sem
afectar a sua
integridade física
• Utilizar um sistema
de alarme para as
situações de
urgência
Metodologia de realização
• Prevenir incêndios,
explosões
• Securizar os bens
• Gerir o imprevisto para
evitar que seja fonte de
inquietação
• Informar, adaptar, fazer
respeitar, repetir as
instruções de segurança,
verificar a sua correcta
compreensão
• Organizar referências
temporais
• Intervir no sentido da
implementação de tutela ou
de gestão delegada
• Dominar as técnicas de
manutenção das pessoas e dos
doentes
Condições de realização
Pontos críticos
Modo de intervenção:
• a solo
• em equipa
• em rede
• em complementaridade com a família
Posição do interveniente:
• responsabilidade total
• responsabilidade delegada
• em complementaridade com a família
Qualidade do interveniente:
• estreante ou experiente
• estagiário; aprendiz
Organização do trabalho :
• organigrama
• contributo específico das novas
tecnologias
• processo de qualidade
Tomada em consideração dos aspectos
jurídicos, deontológicos e éticos.
53
Desconfiança em relação aos sistemas
de vigilância automatizados
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
7
Actividades
• Animar
A
N
I
M
A
Ç
Ã
O
S
O
C
I
A
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
• Planificar as
actividades no
quadro de um
projecto de vida
• Prevenir a
monotonia, o
isolamento e a
solidão dos
utilizadores em
função do projecto
de vida da pessoa
• Desenvolver as
actividades de
ocupação e de
animação com as
pessoas
• Adaptar as
actividades
propostas aos
desejos das
pessoas acolhidas
Metodologia de realização
Condições de realização
• Redigir um contrato em
função das necessidades,
baseando-se no projecto de
vida elaborado por e para a
pessoa
• Clarificar, no contrato, os
direitos e deveres da
pessoa e dos profissionais,
a natureza dos serviços
prestados
• Implementar as actividades
propostas tendo em conta
as características físicas,
psicológicas e sociais e a
sua experiência de vida
Pontos críticos
• Transformação das técnicas de
animação em receitas, e
respectiva utilização com uma
obstinação intempestiva
• Ausência de períodos de
descanso, de silêncio, de
interiorização
• Adopção de comportamentos
infantilizantes
• Rotina
• Uniformização das actividades
• Ignorância dos efeitos do
envelhecimento na motivação
• Idosos isolados
• Nivelamento por baixo das
actividades
• Carga de trabalho do pessoal
de ajuda
• Resistência à mudança
• Criar instrumentos de
informação sobre os gostos
e centros de interesse dos
idosos
• Inventariar todos os
domínios em que as
actividades se inscrevem
• Facilitar a realização de
54
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
7
Actividades
Metodologia de realização
• Motivar a
actividade do idoso
A
N
I
M
A
Ç
Ã
O
S
O
C
I
A
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
• Estimular a
participação nas
actividades
propostas
•
•
•
• Incentivar a
abertura ao mundo
exterior
• Criar as condições
de um ambiente
social assimilável a
um quadro de vida
agradável
• Facilitar a
apreensão de uma
sociedade moderna
• Motivar, ajudar o
idoso a utilizar o
computador, a
Internet
•
•
•
•
•
•
• Manter e recriar
laços
• Valorizar a história
e a experiência da
pessoa
•
actividades correspondentes
aos centros de interesse e
às possibilidades
Propor actividades
atractivas e variadas
Permitir consumir, ver
montras, ir ao mercado...
Familiarizar o idoso com as
novas tecnologias e com as
evoluções socioculturais que
lhes estão associadas
Permitir ao idoso adaptar o
seu comportamento às
evoluções sociais
contemporâneas
Organizar cursos de
informática adaptados
Apresentar grupos virtuais
com os quais se possam
construir relações
Narrar, levá-los a narrar a
actualidade, a história
Incitar à participação nas
actividades do bairro, da
instituição
Ajudar a elaborar um
projecto de telefone, de
correio, de visita, de viagem,
de encontro para mudar a
relação com o tempo.
Ajudar a escolher uma
emissão de rádio ou de
televisão adequada, a
inscrever-se numa biblioteca
Condições de realização
Local de intervenção:
• No domicílio da pessoa
• No domicílio do interveniente (família de
acolhimento)
• Em instituição permanente (lar de terceira
idade, residência)
• Em instituição ocasional (hospital...)
• Em centro de acolhimento temporário
• Em centro de dia
• Em centro de noite
• Em centro de animação
• À distância
• Universidade da 3ª idade
Situação da pessoa ajudada:
• Com pedido
• Sem pedido
• Em perigo
• Abandonada
• Maltratada
• Em sofrimento
• Numa relação violenta
• Em recusa de ajuda
• Em situação de maior ou menor
dependência física, psíquica, com
capacidades de comunicação
insuficientes
• De origem cultural ou linguística
diferente da do interveniente
55
Pontos críticos
• Esquecimento do encanto, da
riqueza, do valor das
experiências, do saber-fazer
das técnicas dominadas pela
pessoa
• Percepção da aparência de
degradação em detrimento
daquilo que resta de vida, de
desejo, de frescura
Familiarização com as
ferramentas electrónicas
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
7
Actividades
Metodologia de realização
• Adoptar
estratégias
de
escuta activa, de atenção
aos centros de interesse
•
A
N
I
M
A
Ç
Ã
O
S
O
C
I
A
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
Acompanhar o seu
percurso conservando a
mesma atitude de interesse
e de empatia
Condições de realização
Período da intervenção:
• Quotidiana
• Pontual
• Urgente
• Vespertina
• Nocturna
• Promover actividades que
valorizem o património
cultural da pessoa
• Incentivar a
expressão criativa
• Gerir os tempos
livres das pessoas
idosas tendo em
conta as suas
capacidades físicas
• Encontrar ocasiões e meios
para revalorizar o património
dos antigos, contribuir para
a sua memorização, a sua
revivificação (canções,
narrações, costumes
gastronómicos, utensílios,
trabalho, modos de vida)
• Informar sobre os recursos
existentes disponíveis.
• Permitir a sua utilização.
Planificar as actividades
• Criar condições de
utilidade social
• Promover a
abertura e a
(re)inserção da
• Dar a oportunidade de ter
um papel social
• Manter uma articulação com
Sistema de actores:
•
•
•
•
•
reduzido
complexo
coerente e inteligível
fiável
conflitual
Modo de intervenção:
•
•
•
•
a solo
em equipa
em rede
em complementaridade com a família
56
Pontos críticos
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
7
A
N
I
M
A
Ç
Ã
O
S
O
C
I
A
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
Actividades
Metodologia de realização
pessoa na
comunidade ao
nível social,
profissional,
pessoal e no
exercício da
cidadania
os actores locais para
aproveitar as oportunidades
de participação em
actividades
Ajudar a pessoa a
desempenhar um papel
activo na vida social ou na
instituição
Permitir a prossecução da
actividade profissional
valorizando as competências
adquiridas, facilitando os
contactos com os actores locais
Promover reuniões com a
família, criar momentos de
convívio inter-geracionais
Recorrer à viagem, ao
espírito de viagem, ao
conhecimento do mundo
para dar a pensar, a
conhecer, a despertar
Manter uma relação de
ajuda à organização ou à
participação nos encontros de
vizinhança, conversas de
patamar.
Considerar uma nova
situação como uma
possibilidade de criar novas
redes de intercâmbio
Utilizar o tempo de escola
como fonte de riqueza, de
encontros e de trocas intergeracionais
•
• Ajudar a pessoa a
conservar o seu
papel e/ou a
adaptar-se a novos
papéis em função
do seu projecto de
vida
•
• Desenvolver
relações
intergeracionais
•
•
•
•
Condições de realização
Pontos críticos
Posição do interveniente:
• responsabilidade total
• responsabilidade delegada
• em complementaridade com a família
Qualidade do interveniente:
• estreante ou experiente
• estagiário; aprendiz
• voluntário
Organização do trabalho :
• organigrama
• emprego do tempo
• contributo específico das novas
tecnologias
• processo de qualidade
Tomada em consideração dos aspectos
jurídicos, deontológicos e éticos.
57
Preconceitos, ideias feitas sobre a
velhice
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
8
Actividades
• Inserir-se numa
dinâmica
profissionalizante
P
R
O
F
I
S
S
I
O
N
A
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
Metodologia de realização
• Situar claramente a relação
de ajuda na originalidade dos
seus contributos, na sua
capacidade de dar sentido, de
dinamizar a sua prestação
• Medir a extensão das
contribuições técnicas dos
diferentes domínios das
ciências humanas para a
relação de ajuda e utilizar os
progressos realizados como
facilitação da eficácia da sua
acção
• A fim de adaptar as suas
competências à evolução das
necessidades. Exigir
formação contínua
• Participar nas
actividades sociais
da profissão, nas
organizações, nos
fóruns, nas
publicações
profissionais
Condições de realização
Pontos críticos
•
Organização
que
favorece
o
desenvolvimento das competências, a
sua valorização e a sua validação
• Integração da imagem
depreciada da profissão
•
Coerência com os objectivos e os
meios disponíveis (materiais e
humanos)
•
•
Organização do trabalho
•
Definição de funções coerente
•
Assistência psico-pedagógica dos
profissionais
• Elaborar um plano de
formação centrado nos
saberes práticos, nas atitudes
e comportamentos para os
profissionais
Depreciação da dimensão
relacional: esta dimensão é
considerada como um dado
natural decorrente de uma
dedicação inata que não
justificaria qualquer formação
• Falta de uniformização das
formações iniciais e contínuas
• Ausência de programas de
qualificação do sujeito do
abandono
• Meios de financiamento
• No quadro da
desinstitucionalização, criar
um processo rápido de
formação para as pessoas
que tenham de assegurar
58
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
8
Actividades
• Identificar a
relação de ajuda
P
R
O
F
I
S
S
I
O
N
A
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
Metodologia de realização
novas funções
• Colocar a relação de ajuda ao
seu mais alto nível de
tecnicidade, ao mesmo nível
que os progressos realizados
no domínio médico
• Avaliar o poder de inovação
da sua prestação introduzido
pela área da relação de ajuda
• Clarificar a sua
função
• Situar a sua
intervenção numa
acção de parceria
• Apreciar o prazer de agir no
que respeita à área da
relação de ajuda
Condições de realização
•
Procedimentos claros
•
Processo de qualidade
•
Tempo adequado de coordenação
•
Acompanhamento no emprego
•
Tutoria
•
Qualificar-se para a intervenção junto
de pessoas com doenças
degenerativas (Alzheimer, Parkinson,
esclerose por placas...)
• Elaborar os cursos de
formação com base nas
necessidades e pedidos
específicos de cada
instituição
Pontos críticos
• Abordagem tecnicista ou
desqualificante fortemente
implantada
• Organização compartimentada
que não permite a aquisição de
competências pessoais e
colectivas
• Opções económicas
desfavoráveis
• Esgotamento profissional
• Maus-tratos por ignorância,
insuficiência de qualificações
• Gestão do tempo em situação
de sobrecarga
• Instabilidade do pessoal
• Instabilidade financeira das
organizações
• Inscrever a sua
acção na dinâmica
da política levada a
cabo pela
instituição
59
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
8
P
R
O
F
I
S
S
I
O
N
A
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
Actividades
• Trabalhar em
equipa numa
cooperação
intersectorial.
Saber tomar
iniciativas de
actividades
• Inserir-se num
processo de
qualidade
Metodologia de realização
Condições de realização
• Conhecer as técnicas de
gestão do grupo
• Identificar os factores que têm
um impacte positivo nas
relações mútuas
• Gerir o tempo
• Identificar os parceiros e as
suas competências. Situar o
seu papel e a sua prestação
neste conjunto, solicitar as
capacidades e energias,
comunicar e prestar contas
• Analisar as práticas
• Avaliar a sua própria
intervenção
•
Supervisão
•
Supervisão individual e em grupo
•
Possibilidade de transferência
•
Articulações possíveis entre a vida
pessoal e profissional
•
Trabalho em equipa
•
Gestão do stress
•
Gestão da instabilidade emocional
•
Prevenção do esgotamento profissional
•
Acesso a uma oferta de formação
adequada
• Reconhecer os seus limites
• Não abusar dos seus poderes
• Desenvolver a
necessidade de
Pontos críticos
• Aceitar a frustração associada
à profissão e à falta de
interacção com os utentes
60
• Aumento do fatalismo
• Possibilidade ou não de
mudança de actividade e de
promoção profissional
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
8
Actividades
Metodologia de realização
Condições de realização
auto-formação
• Ser capaz de solicitar ajuda
P
R
O
F
I
S
S
I
O
N
A
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
• Analisar a sua
prática de maneira
reflectida
• Conhecer os processos e
metodologias. Ter a
preocupação de os
implementar. Conhecer e
colocar em prática os
regulamentos, as normas,
respeitando o seu espírito
•
Tempo e local de interrogação
partilhada
•
Centro de recursos acessível
•
Importância atribuída aos aspectos
jurídicos, deontológicos e éticos
• Situar a análise como força
de renovação do prazer da
sua prestação
• Participar nas diferentes
instâncias de regulação,
suscitá-las quando não
existam
• Cuidar de si
próprio
• Consultar as pessoas em
questão e levar em linha de
conta as suas opiniões
• Prever os processos de
avaliação
• Valorizar a sua
prestação e
reforçar a sua
• Efectuar uma avaliação
contínua
61
Pontos críticos
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
8
Actividades
identidade
profissional
P
R
O
F
I
S
S
I
O
N
A
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
Metodologia de realização
Condições de realização
• Vivê-la como um processo de
qualidade da organização, da
estrutura
• Construir os sistemas de
referência levando em linha
de conta o ponto de vista da
pessoa ajudada
• Organizar de forma
pragmática, a recolha,
formalização, difusão das
boas práticas
• Exprimir os seus limites,
manter-se no seu papel
• Participar nas trocas de
experiências
• Gerir a sua energia e a sua
renovação
• Participar em grupos de
debate
• Saber obter ajuda
•
Pedir uma mudança para
outros postos de trabalho ou
funções. Falar da profissão,
62
Pontos críticos
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
8
P
R
O
F
I
S
S
I
O
N
A
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
Actividades
Metodologia de realização
Condições de realização
do seu papel, do âmbito da
sua intervenção com a pessoa
ajudada, com a família, com
os voluntários, com o seu
grupo
•
Consolidar a auto-imagem
positiva e estruturante para
aceitar as frustrações da
relação de ajuda
• Ter a preocupação de fazer
reconhecer os seus
conhecimentos e conhecer os
procedimentos de validação
da experiência
• Aproveitar as oportunidades
de promoção pessoal, social e
de reconhecimento das suas
competências.
• Saber estabelecer prioridades
para as suas intervenções,
tomar iniciativas, riscos
calculados, julgar a sua
intervenção em função do
interesse da pessoa
• Estar em posição de formular,
de pôr em prática as regras
63
Pontos críticos
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
8
Actividades
Metodologia de realização
Condições de realização
deontológicas da relação de
ajuda
P
R
O
F
I
S
S
I
O
N
A
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
• Qualificar-se e
validar a sua
experiência
• Avaliar a sua
intervenção
segundo uma
racionalidade
profissional
• Compreender o
seu próprio papel e
a necessidade de
melhorar a sua
qualificação
• Exercer a sua
responsabilidade e
respeitar a
deontologia
• Desenvolver a sua
capacidade de aprendizagem
• Estar consciente dos valores
que norteiam o seu trabalho e
o sentido da vida
• Conversar com a pessoa
ajudada sobre este assunto e
sobre os compromissos que
daí decorrem
• Trocar ideias com os colegas
• Situar claramente a relação e
participar nas reuniões de
"debriefing", de coordenação,
de síntese
•
Participar em ciclos de
formação, em jornadas
profissionais
•
Formalização das regras deontológicas
• Explorar as situações mais
informais de trocas de ideias
64
Pontos críticos
REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
8
P
R
O
F
I
S
S
I
O
N
A
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
Actividades
• Partilhar uma
reflexão ética
Metodologia de realização
Condições de realização
entre profissionais
• Explorar as observações da
pessoa ajudada e do seu
grupo
• Dominar os diferentes
instrumentos de análise e de
avaliação
Glossário:
Congruência : relação de equivalência, de igualdade
Congruente : relação adequada, apropriada, conveniente, pertinente, consequente
65
Pontos críticos
66
ª
PARTE
III. REFERENCIAL DE FORMAÇÃO
DA RELAÇÃO DE AJUDA A
IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
67
68
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
1
Saber-fazer
• Criar laços
A
C
O
L
H
I
M
E
N
T
O
E
E
S
C
U
T
A
SABERES
Actividades
• Respeitar a
identidade do
idoso
• Avaliar os
riscos de perda
de identidade,
de perda de
laços afectivos,
de desenraizamento, de medo
da mudança, de
recusa em
integrar-se
• Organizar as condições
de acolhimento (espaço,
tempo).
• Assegurar a
acessibilidade das infraestruturas às pessoas
com dificuldades ou
deficiências físicas
•
Saber associado
ética e filosofia
- a noção da pessoa
- o Eu e o próximo
- a hospitalidade
Privilegiar um espaço e
um tempo de
acolhimento adaptado
às situações
individuais
• Adoptar o acolhimento
ao referencial cultural do
idoso
• Procurar a
família e
integrá-la no
acolhimento em
instituição
69
Recursos
Saber-ser
Recursos
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
1
Saber-fazer
• Fazer emergir a
necessidade de
ajuda, negociar a
sua aceitação
A
C
O
L
H
I
M
E
N
T
O
SABERES
Actividades
• Ajudar o idoso a
verbalizar os
seus problemas
• Gerir a intrusão: ter em
conta a apreensão, as
reticências, a
agressividade, a recusa, a
angústia, a confusão
•
•
E
E
S
C
U
T
A
•
Estabelecer contactos
com as comunidades
(cigana, por exemplo),
saber utilizar as
ferramentas de
comunicação verbal e
não verbal
Saber compreender e
utilizar a língua falada
pelo idoso (a língua da
sua comunidade,
cigana, por exemplo, e
outras minorias
étnicas)
Saber-ser
abordagem gerontológica
Logística
-
espaço organizado
-
material informático
-
material
especializado
segundo a
intervenção técnica
-
acesso à Internet
Empático
Psicologia
- conhecimento do idoso:
elementos de
gerontologia
- patologias do idoso,
comportamentos
agressivos / ansiosos/
depressivos / suicidas…
- demência
- abandono: causas e
efeitos: factores de risco,
factor de protecção
Criar fichas de
informações e
assegurar a respectiva
confidencialidade
Acolhedor
Adaptado à situação
Autêntico
Benevolente
- sociologia da família
70
Fontes documentais
multimédia
-
livros
-
imprensa generalista
e especializada
-
literatura cinzenta
-
vídeos, filmes
-
CD-ROM e DVD
-
Base de dados
-
Documentos
pedagógicos
Afável
Firme
Atencioso
sociologia/antropologia
• Oferecer uma
Recursos
Saber associado
Sensível ao papel
desempenhado pelas
afinidades
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
1
SABERES
Actividades
Saber-fazer
alternativa e
sensibilizar para
a livre escolha
A
C
O
L
H
I
M
E
N
T
O
• Securizar para
uma relação
fiável
• Tranquilizar
através de um
ambiente
caloroso
E
E
S
C
U
T
A
• Comunicar com
as diferentes
categorias de
utentes da
instituição
• Desenvolver uma
escuta empática,
activa
• Ajudar o idoso
• Propor os seus serviços e
explicitá-los, apresentar o
quadro
Saber-ser
- habitus
- representação social /
marginalidade
- abordagens culturais:
• imigração
• aculturação
• língua das
comunidades
• Dono dos seus afectos
• Próximo e conservando as
distâncias
• Necessário
• Convincente
• Confiante
direito/deontologia
conhecimento do ambiente
• Familiarizar o idoso com o
seu ambiente de vida,
levando-o a visitar a
estrutura, por exemplo,
adoptar um
comportamento de
assistência e de
explicação constantes
Recursos
Saber associado
- conhecimento da
instituição e do serviço:
• Missão
• Organização
• Procedimentos
Arquitectura
noção de organização do
espaço
Metodologia/ciências da
informação e da
comunicação
- métodos de identificação
71
• Respeitador da identidade
da pessoa
• Atento
• Responsável
• Preciso
• Consequente
• Estruturante
• Respeitador da ética
profissional,
consequentemente da
confidencialidade, dos
valores morais
• Caloroso e comunicativo
• Responsável
• Com domínio do stress
• Com domínio dos conflitos
• Preocupado em preservarse, em recarregar baterias,
em oxigenar-se, em
renovar-se, em defenderse
Métodos pedagógicos
-
estudo de caso
-
análise de práticas
-
role play
-
questionamento
-
análise de imprensa
e da actualidade
-
história de vida
-
exploração de visitas
-
exercícios práticos
sobre material
específico
-
recolha de boas
práticas
-
trabalho de escrita
profissional
-
pesquisa em centro
documental ou pela
Internet
-
observação
-
serviços de
assistência telefónica
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
1
Saber-fazer
acolhido a
verbalizar os
seus problemas
A
C
O
L
H
I
M
E
N
T
O
SABERES
Actividades
• Intervir em
coerência com a
equipa e no
respeito pelos
procedimentos
• Estabelecer um laço de
confiança
• Respeitar a intimidade
• Levar a pessoa a aceitar
ajuda
• Penetrar no mundo do
outro e captar os
significados que as coisas
têm para ele
• Criar a distância emotiva e
afectiva necessária para
poder ajudar e ajudar-se
• Respeitar a autonomia e a
decisão do outro
• Aceitar e gerir o silêncio
E
E
S
C
U
T
A
• Equilibrar o tempo de fala
e de escuta
Saber associado
dos modos de
comunicação
- funções da comunicação
oral e escrita:
• recepção: escuta e
questionamento
• emissão: comunicar
para informar
- reportar
- convencer
- construir
• técnicas de ajuda à
verbalização
• barreiras de
comunicação
• conhecimento da língua
utilizada para os grupos
minoritários
• Encontrar os centros de
interesse da pessoa para
poder estabelecer um
contacto autêntico e
significativo
• Renovar a disponibilidade
sempre que haja uma
mudança de organização
72
Recursos
Saber-ser
- psicológica
-
sistema de telealarme
Recursos humanos
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
1
SABERES
Actividades
Saber-fazer
Saber associado
• Adoptar a mesma atitude
com o grupo, a família
eventual, os voluntários
A
C
O
L
H
I
M
E
N
T
O
E
E
S
C
U
T
A
• Analisar as
interacções da
pessoa com o seu
ambiente social
• Estabelecer os
limites da
intervenção e
definir o seu papel
• Avaliar a sua
disponibilidade e dá-la a
conhecer à pessoa
• Articular a sua intervenção
com as dos outros
profissionais
• Conservar os elementos
de informação recolhidos
para alimentar o trabalho
de concertação
• Praticar desvios
metodológicos
• Valorizar o papel das
redes familiares e sociais
de apoio
• Saber reconhecer os seus
limites, fazer intervir a
complementaridade, a não
"omnipotência"
73
Recursos
Saber-ser
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
2
I
D
E
N
T
I
F
I
C
A
Ç
A
O
D
A
S
N
E
C
E
S
S
I
D
A
D
E
S
SABERES
Actividades
Saber-fazer
• Avaliar o risco de
abandono
e
maus-tratos
• Avaliar o meio em
que a pessoa vive
• Avaliar o
dinamismo da sua
rede social
• Avaliar as
consequências
inerentes à
situação de
abandono
• Caracterizar a
situação das
necessidades da
pessoa utilizando
diferentes fontes de
informação e
cruzando-as
• Conhecer as
condições de vida
anteriores do idoso
(diálogo com a
família, visita ao seu
domicílio...)
• Encontrar-se com o
grupo do idoso a fim
de se inteirar dos
seus centros de
interesse e o seu
modo de vida
• Saber integrar-se
• Ter em conta a
realidade da
situação da
pessoa
- na sua
globalidade
- nas suas
• Privilegiar o que a
pessoa diz de si
própria e o modo
como o diz
• Tomar em conta a
realidade da
situação
• Prevenir as situações
Recursos
Saber associado
ética e filosofia
Saber-ser
Atento
Recursos
Discreto
Curioso
Logística
Autêntico
-
espaço organizado
Com sangue frio
-
material informático
-
material
especializado
segundo a
intervenção técnica
-
acesso à Internet
Responsável
Método de entrevista do
trabalho social (individual em grupo)
Aberto e tolerante
Empático
Valorizante
abordagem gerontológica
-
livros
-
imprensa generalista
e especializada
-
literatura cinzenta
(não publicada)
Prevenido
-
vídeos, filmes
Não centrado em si
-
CD-ROM e DVD
-
Base de dados
-
Documentos
pedagógicos
Preciso
Rigoroso
biologia, higiene e saúde
psicologia
- Conhecimento do idoso:
estrutura da
personalidade / cultura e
personalidade / grupo e
sentimento de pertença /
74
Fontes documentais
multimédia
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
2
I
D
E
N
T
I
F
I
C
A
Ç
A
O
D
A
S
N
E
C
E
S
S
I
D
A
D
E
S
SABERES
Actividades
Saber-fazer
de crise
subtilezas e
contradições
- nas suas
variações em
função do
momento
• Relacionar o sentimento
de abandono com a
não satisfação das
necessidades, avaliar
o risco de abandono
- nas suas
evoluções ao
longo do tempo
• Identificar uma
situação de maustratos
• Descobrir a
identidade da
pessoa como
denominador comum
a toda a análise e
satisfação das
necessidades
Saber-ser
vida do imaginário e da
criação
- Desestruturação e
sentimento de abandono
- Características
psicossociais, biológicas,
psicossomáticas ( modelo
bio-psicossocial)
Métodos pedagógicos
- Abordagem holística
- Modelo ecológico do
desenvolvimento
- Análise sistémica
- Situações de maus-tratos
e abandono: causas,
efeitos, factores de risco,
factor de protecção
• Situar a pessoa no
seu ambiente
geográfico, o seu
quadro de vida
-
estudo de caso
-
análise de práticas
-
role play
-
questionamento
-
análise de imprensa
e da actualidade
-
história de vida
-
exploração de
visitas
-
exercícios práticos
sobre material
específico
-
recolha de boas
práticas
-
trabalho de escrita
profissional
-
pesquisa em centro
documental ou pela
Internet
-
ferramentas de
avaliação,
Aptidões:
• Situar a pessoa num
sistema relacional em
geral e nas suas
relações familiares em
particular
• Compreender que
"um idoso viveu mais
e tem menos tempo
para viver"
Recursos
Saber associado
Conhecimento de avaliação
das necessidades (escala
das necessidades)
75
•
espírito de análise
•
espírito de síntese
•
rigoroso
•
caloroso
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
2
I
D
E
N
T
I
F
I
C
A
Ç
A
O
D
A
S
N
E
C
E
S
S
I
D
A
D
E
S
SABERES
Actividades
Saber-fazer
• Avaliar
rigorosamente as
necessidades
tendo em conta a
sua evolução
provável ao longo
do tempo
• Prever com
precisão as
necessidades a
fim de melhor lhes
dar resposta e
acompanhar a
pessoa na
aceitação das
suas
necessidades
• Privilegiar o que a
própria pessoa diz
e o modo como o
diz
• Descobrir com o é
que o idoso define
a suas
necessidades
Saber associado
• Saber analisar a
precariedade, as
condições de vida
socioeconómicas, a
adaptação social
referenciais de
avaliação das
necessidades
• Adaptar-se à
mudança de
necessidades
Conhecimentos
gerontológicos
• Assinalar os sinais
precoces de
deterioração do
estado do idoso a
fim de o remediar
rapidamente
Noções comuns às
instituições: necessidade
especial, necessidade
extraordinária, situação de
perigo
• Adaptar a infraestrutura às novas
necessidades
• Estabelecer uma
ordem das
necessidades
• Assegurar as
condições para a
prática da religião do
idoso
• Preencher as fichas
de identificação e
mantê-las
actualizadas
Recursos
Saber-ser
Conhecimento das religiões
sociologia/antropologia
- Lugar dos idosos nas
sociedades
contemporâneas
- Evolução- - importância
- interpretação do
fenómeno dos maustratos
direito/deontologia
conhecimento do ambiente
• Adoptar uma atitude de
76
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
2
I
D
E
N
T
I
F
I
C
A
Ç
A
O
D
A
S
N
E
C
E
S
S
I
D
A
D
E
S
SABERES
Actividades
Saber-fazer
• Descodificar
necessidades
as
• Formalizar as
informações
obtidas*
• Actualizar o
inventário das
necessidades
• Informar os
documentos
previstos para
este efeito
• Encaminhar as
necessidades
avaliadas para a
resposta
correspondente
vigilância permanente
para actualizar a
informação e prevenir
• Organizar a equipa que
assegura a assistência
aos idosos
• Coordenar os meios de
assistência
• Estabelecer um diálogo
inter-profissional
• Avaliar regularmente a
adaptação social do
idoso ao seu novo
quadro de vida
• Criar sistemas de
avaliação eficazes
Saber associado
- Território
- História social local
- Instituições e estruturas
locais
ergonomia
metodologia/ciências da
informação e da
comunicação
- métodos de comunicação
- métodos de pesquisa
documental e de
informação
comunicação verbal e
não verbal
• Adoptar uma
atitude de escuta e
de vigilância
permanente para
actualizar o
diagnóstico
77
Recursos
Saber-ser
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
3
A
S
S
I
S
T
Ê
N
C
I
A
Saber-fazer
• Zelar pelo correcto
desenrolar de cada
uma das actividades
quotidianas em
função do grau de
autonomia da
pessoa, dos seus
gostos, dos seus
hábitos pessoais e
culturais e do seu
estado
À
V
I
D
A
Q
U
O
T
I
D
I
A
N
A
SABERES
Actividades
• Identificar as
necessidades de
apoio na vida
quotidiana
• Oferecer serviços
adaptados às
necessidades.
Resolver os
problemas sociais
que possam surgir
• Elaborar estratégias
para ultrapassar a
monotonia da vida
quotidiana
• Avaliar as necessidades
de assistência
• Adoptar a prestação às
capacidades do idoso e
não se substituir a ele.
• Re-situar cada
prestação de ajuda no
quadro do projecto de
vida do idoso
• Recolher a opinião da
pessoa ajudada,
explicar o modo de
intervenção, levá-la a
participar na actividade
• Prestar a assistência
necessária respeitando
os procedimentos e as
técnicas
• Ajudar à realização das
diligências
administrativas
• Ajudar às deslocações
necessárias
• Ajuda no recebimento
das pensões
• Organizar momentos de
Recursos
Saber associado
ética e filosofia
abordagem gerontológica
biologia, higiene e saúde
- O corpo humano, o
envelhecimento e as suas
consequências
- A vida dos sentidos:
noções de diminuição e
de perda das sensações e
das forças
- Evolução dos ritmos e
gestão da energia
psicologia
- Vida afectiva, desejos,
aspirações e criação no
idoso, contributo da
psicanálise
- Consequências
psicológicas das
principais afecções e
doenças incapacitantes
sociologia/antropologia
direito/deontologia
78
Saber-ser
Organizado
Recursos
Discreto
Respeitador
Logística
Criativo
-
espaço organizado
Atento
-
material informático
Encorajador
-
material
especializado
segundo a
intervenção técnica
-
acesso à Internet
Entusiasta
Respeitador dos bens do
próximo
Adaptável
Observador
Imaginativo
Fontes documentais
multimédia
Disponível
-
livros
Motivador
-
imprensa generalista
e especializada
-
literatura cinzenta
-
vídeos, filmes
-
CD-ROM e DVD
-
Base de dados
-
Documentos
pedagógicos
Digno de confiança
Realista
Com domínio do stress
Com soluções eficazes para
os problemas
Proactivo*
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
3
A
S
S
I
S
T
Ê
N
C
I
A
À
V
I
D
A
Q
U
O
T
I
D
I
A
N
A
SABERES
Actividades
Saber-fazer
convívio na instituição
ou no exterior
• Estimular a
independência do
idoso e assegurar do
seu consentimento
informado
• Promover a
autonomia da pessoa
Saber associado
Recursos
Saber-ser
- Quadro jurídico do
trabalho social e dos
profissionais do trabalho
social
- Quadro jurídico da vida
familiar
- Conhecer os efeitos do
envelhecimento no corpo
humano, o embotamento
dos sentidos, as
• Visar o grau de autonomia
mutações biológicas e
• Avaliar as
fisiológicas
consequências dos
- Conhecer os efeitos do
seus actos no que
envelhecimento na vida
respeita ao direito
psíquica, na vida
sentimental, no equilíbrio
• Dialogar, propor
emocional
opções, alternativas
- Conhecer os estados do
• Respeitar a liberdade
envelhecimento, os sinais
de escolha, uma
de senilidade e as
escolha perturbadora
possibilidades de
tratamento
• Respeitar os bens do
- Conhecer e reconhecer
próximo
as doenças associadas
• Saber-se dependente
ao envelhecimento
(do ar que se respira,
Apaixonado
por exemplo)
Concentrado
Cuidadoso
• Viver o envelhecimento
direito/deontologia
como um estado normal
79
Métodos pedagógicos
-
estudo de caso
-
análise de práticas
-
role play
-
questionamento
-
análise de imprensa
e da actualidade
-
história de vida
-
exploração de visitas
-
exercícios práticos
sobre material
específico
-
recolha de boas
práticas
-
trabalho de escrita
profissional
-
pesquisa em centro
documental ou pela
Internet
-
exercícios de
simulação das
práticas
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
3
A
S
S
I
S
T
Ê
N
C
I
A
Saber-fazer
• Respeitar a
intimidade dos idosos
• Visar o grau de
dependência
• Encorajar a
independência e a
autonomia
Saber associado
- Gestão delegada e tutela
- Ética e deontologia do
trabalho social
- Textos e declarações
fundamentais (DDH Declaração europeia...)
- Políticas sociais
- Legislação em matéria de
ajuda aos idosos
• Assumir a dimensão do
respeito pela pessoa
À
V
I
D
A
Q
U
O
T
I
D
I
A
N
A
SABERES
Actividades
• Ajustar os horários de
trabalho
conhecimento do ambiente
• Cultivar os recursos do
gosto
ergonomia
• Manter-se à distância
• Incentivar os idosos a
expressarem-se
sobre as actividades
da vida diária e
facilitar a resolução
de eventuais conflitos
• Trabalhar no âmbito de
um contrato e respeitálo
• Não decidir no lugar de
• Questionar
• Solicitar
• Organizar o
acolhimento e a
• Gerir o tempo
• Gerir os equipamentos
metodologia/ciências da
informação e da
comunicação
- Métodos de elaboração e
realização do projecto
- Processo de qualidade:
sentido e métodos
- Métodos de negociação
- Método e ferramentas de
avaliação no trabalho
social
80
Recursos
Saber-ser
Recursos humanos
Recursos obtidos das
actividades culturais e dos
eventos associados da
cidade
Recursos obtidos das
análises sobre as fontes de
maus-tratos
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
3
A
S
S
I
S
T
Ê
N
C
I
A
À
V
I
D
A
Q
U
O
T
I
D
I
A
N
A
SABERES
Actividades
Saber-fazer
colocação das
pessoas de
mobilidade
reduzida,
deficientes
• Tornar possível a
abertura de
grupos compactos
e fechados à
ajuda social
• Criar espaços de
expressão dos
utentes
Saber associado
Estratégia de comunicação
• Criar comissões de
resolução de conflitos
• Gerir as coabitações
inconfortáveis
• Estudar os espaços
de mobilidade, gerir
as ajudas técnicas
que melhoram as
condições de vida
• desenvolver
estratégias
alternativas
adequadas às
«minorias» culturais:
Cigana, por exemplo
81
Recursos
Saber-ser
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
4
SABERES
Actividades
• Ligar e integrar a
actividade de
comunicação no
conjunto da relação
de ajuda e de
reestruturação da
identidade da pessoa
C
O
M
U
N
I
C
A
Ç
Ã
O
Recursos
Saber-fazer
• Analisar e explorar os
sintomas patológicos
da comunicação
ASSOCIAR E INTEGRAR
A informação e a
comunicação no conjunto
da relação de ajuda e na
reestruturação da
identidade da pessoa tendo
em conta todas as suas
características
• Criar modos de
comunicação
adaptados a cada
pessoa
Saber-ser
ética e filosofia
Colaborante
abordagem gerontológica
Crítico
biologia, higiene e saúde
Organizado
psicologia
Curioso
- patologias do défice e
das perturbações da
comunicação
- sintomas das patologias
da comunicação
• Transmitir
efectivamente a
informação
• Reconhecer à pessoa
o seu lugar central no
sistema de
informação e de
comunicação
privilegiando a
relação directa com
ela
Saber associado
Contribuir para o
funcionamento de um
sistema de informação e de
comunicação orientada
para a pessoa, permitindo
a estruturação do tempo,
espaço, memória, projecto
sociologia/antropologia
- cultura e comunicação:
variação dos tipos / peso
dos etnocentrismos e das
ideologias
- os fenómenos de boato
- sociologias das
organizações
• Manter contactos
-
espaço organizado
-
material informático
-
material
especializado
segundo a
intervenção técnica
-
acesso à Internet
Discreto
Atento aos direitos da
pessoa
Fontes documentais
multimédia
-
livros
-
imprensa
generalista e
especializada
Activo
-
literatura cinzenta
Com capacidade de
iniciativa
-
vídeos, filmes
-
CD-ROM e DVD
Paciente
-
Base de dados
-
Documentos
Inovador
Perspicaz
Sem alterações de humor
82
Logística
Respeitador
Não autocêntrico
Assegurar-se de que a
informação foi
compreendida
Recursos
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
4
SABERES
Actividades
regulares para
informar os parentes
próximos
• Dar a palavra
• Respeitar o espaço
pessoal na
comunicação
C
O
M
U
N
I
C
A
Ç
Ã
O
Recursos
Saber-fazer
• Introduzir uma
comunicação
assertiva na relação
de ajuda
• Desenvolver uma
escuta activa
• Saber comunicar a
sua vontade de
compreender
Saber associado
pedagógicos
Introduzir desvios
metodológicos para
contemplar as dificuldades
Aberto às outras culturas,
sem preconceitos
Métodos pedagógicos
Criar modos de
comunicação adaptados a
cada grupo étnico
Manter correspondência
para informar os familiares
próximos sobre o estado
do idoso
Praticar uma escuta activa.
Encorajar
• Comunicar de forma
congruente
• Informar-se para
poder informar de
forma
contextualizada
• Respeitar a
confidencialidade
Saber-ser
Assegurar-se da boa
compreensão.
Assegurar comprovativos
da correcta transmissão de
informação
83
-
estudo de caso
-
análise de práticas
-
role play
-
questionamento
-
análise de imprensa
e da actualidade
-
história de vida
-
exploração de
visitas
-
exercícios práticos
sobre material
específico
-
recolha de boas
práticas
-
trabalho de escrita
profissional
-
pesquisa em centro
documental ou pela
Internet
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
4
SABERES
Actividades
Recursos
Saber-fazer
• Informar sobre as
culturas (cigana,
turca), fornecer
informações
adequadas às
comunidades
Reformular e procurar a
solução de eventuais
problemas sociais
Saber associado
Estratégia de comunicação
intercultural
• Situar-se no conjunto
do sistema de
actores, respeitando
as regras técnicas e
deontológicas
• Desempenhar o seu
papel de interface e de
mediador na complexa
cadeia de actores,
privilegiando as
funções de vigilância e
de alerta e evitando
as quebras de
transmissão
• Assegurar-se da
correcta recepção da
comunicação
Consequente na maneira
de agir entre as palavras,
os sentimentos e os actos
Prática da comunicação
congruente
direito/deontologia
C
O
M
U
N
I
C
A
Ç
Ã
O
Saber-ser
Discernir que informação
deve ser partilhada com os
outros membros da equipa
Elaborar documentos
simples, adequados,
exaustivos sobre os
direitos e deveres do
utente
Informar-se para poder
informar
elemento de ligação na
complexa cadeia de
actores, em
Vigiar os efeitos do
envelhecimento
conhecimento do ambiente
ergonomia
metodologia/ciências da
informação e da
comunicação
- funções / métodos /
ferramentas da
comunicação
- estratégia da
comunicação
Comunicação
organizacional e
respectivos métodos
Teoria e prática da
comunicação assertiva:
- reconhecimento da
84
inteligente,
autêntico
com capacidade para gerir
conflitos
negociador
preocupado com o sistema
de interdependência
preocupado em informar-se
Recursos humanos
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
4
C
O
M
U
N
I
C
A
Ç
Ã
O
SABERES
Actividades
Recursos
Saber-fazer
Saber associado
personalidade dos
interlocutores
- respeito pelo direito de
cada um a afirmar e a
afirmar-se
Comunicação verbal e não
verbal
85
Saber-ser
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
5
A
C
O
M
P
A
N
H
A
M
E
N
T
O
SABERES
Actividades
Saber-fazer
• Estar
permanentemente
presente e
assegurar à pessoa
que ela não será
abandonada,
tranquilizá-la através
de uma relação
fiável
• Permitir o contacto
regular com os
familiares próximos
• Desenvolver uma
escuta empática,
activa
• Compreender as
necessidades da
pessoa e saber dar
resposta às mesmas
• Prever as alterações
das necessidades a
fim de lhes dar uma
melhor resposta
• Restabelecer a
autonomia: dar valor à
pessoa
Saber associado
Recursos
ética e filosofia
Logística
autêntico
-
espaço organizado
biologia, higiene e saúde
pacificador
-
material informático
As etapas da morte
acessível
-
material
especializado
segundo a
intervenção técnica
abordagem gerontológica
• Estimular: partilhar
regras de intervenção
Elementos de conhecimento
médico sobre as doenças
degenerativas
• Assegurar informação
sobre o estado físico e
psíquico
• Suscitar e renovar a
confiança através de
uma atitude de verdade
• Avaliar as necessidades
do idoso
benevolente
empático
• Restabelecer a
independência: estar
permanentemente
presente e assegurar a
pessoa de que ela não
será abandonada
• Adoptar uma atitude
de complementaridade
com os outros
"acompanhantes"
Recursos
Saber-ser
Ferramentas de avaliação
das necessidades
individuais
Planos de acção
individualizados
Psicologia do
desenvolvimento
• Estar atento aos
86
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
5
Saber-fazer
sentimentos, às
aptidões, aos
conhecimentos dos
idosos nas relações
com eles
• Restabelecer a
autonomia
A
C
O
M
P
A
N
H
A
M
E
N
T
O
SABERES
Actividades
• Valorizar o presente
• Ajudar a recapitular
a vida, ligar os fios,
• Incentivar os
projectos
• Incentivar a
elaboração do
projecto de vida
para o idoso e
implementá-lo
• Elaborar planos de
acção individuais
• Permitir à pessoa
encontrar dignidade e
valor aos seus próprios
olhos, aos olhos dos
outros
• Permitir à pessoa a
expressão da sua
vontade
• Permitir à pessoa
efectuar escolhas
• Permitir à pessoa
ousar formular
projectos que
considere importantes
e realizá-los
• Ajudar a elaborar um
projecto de vida real
• Ajudar o idoso a
realizar o seu projecto
de vida imprimindo a
dinâmica necessária e
dando-lhe acesso aos
saberes
Recursos
Saber associado
Saber-ser
-
psicologia etnocultural
acesso à Internet
respeitador
dinamizador
- As linguagens do "toque"
- Psiquismo do fim da vida
- Psicopatologia
sociologia/antropologia
não rotineiro, criativo
silencioso
interiorizado
não fugidio
A velhice extrema e a morte:
- Diversidade das
abordagens culturais
- Diversidade das
abordagens espirituais e
das práticas rituais
capaz de dominar os seus
afectos
em boa harmonia com o
humor da pessoa
bem humorado
paciente
direito/deontologia
disponível
conhecimento do ambiente
capacidade de motivação
inserir a história de vida da
pessoa na sua situação
actual
• Ajudar a pessoa a
rever a sua vida, a
87
emocionalmente
equilibrado
equilibrado
Fontes documentais
multimédia
-
livros
-
imprensa
generalista e
especializada
-
literatura cinzenta
-
vídeos, filmes
-
CD-ROM e DVD
-
Base de dados
-
Documentos
pedagógicos
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
5
SABERES
Actividades
Saber-fazer
reavaliar os
acontecimentos felizes
e dolorosos, o seu
papel social
A
C
O
M
P
A
N
H
A
M
E
N
T
O
• Acompanhar o fim
da vida até à morte
• Ajudar a pessoa a
aceitar a imagem da
velhice reflectida
pelos outros
residentes
• Acompanhar o idoso
no seu processo de
envelhecimento
• Fazer face à
indigência
• Ser confrontado com
pedidos contraditórios
Recursos
Saber-ser
ergonomia
metodologia/ciências da
informação e da
comunicação
Estratégia de comunicação
Métodos pedagógicos
• Assegurar funerais
decentes às pessoas
isoladas
• Introduzir estratégias
alternativas de
acompanhamento
• Elaborar em conjunto
de soluções para as
questões que surjam
• Tranquilizar através
de uma relação
fiável e do
compromisso de
não o abandonar
Saber associado
• Adoptar uma dinâmica
que leve
simultaneamente em
conta a continuidade e
a criatividade
- História e métodos dos
cuidados paliativos
- Método de elaboração de
histórias de vida e
autobiografias
- Métodos de análise das
práticas
- Consulta e conversa
individuais
• Ter capacidade de
antevisão e intervir no
momento oportuno
• Saborear o presente
88
-
estudo de caso
-
análise de práticas
-
role play
-
questionamento
-
análise de imprensa
e da actualidade
-
história de vida
-
exploração de
visitas
-
exercícios práticos
sobre material
específico
-
recolha de boas
práticas
-
trabalho de escrita
profissional
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
5
SABERES
Actividades
Saber-fazer
Saber associado
-
• Acompanhar o fim de
vida da pessoa
A
C
O
M
P
A
N
H
A
M
E
N
T
O
Recursos
Saber-ser
• Incentivar o
apaziguamento e a
reconciliação
pesquisa em centro
documental ou pela
Internet
Recursos humanos
• Abrir as possibilidades
- documentos
informativos adequados
• Viver a agonia
• Ser confrontado com a
morte
• Fazer o luto
• Exprimir a sua própria
vulnerabilidade junto
dos seus colegas
• Partilhar uma
interrogação ética
• Avaliar a sua
prestação
• Reconhecer os
fracassos e os limites
do acompanhamento
• Propor melhorias para
um acompanhamento
futuro
89
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
6
Saber-fazer
• proteger a pessoa
• criar uma atmosfera
tranquilizadora
P
R
O
T
E
C
Ç
Ã
O
SABERES
Actividades
• estimular a
independência e a
autonomia mas
protegendo a
pessoa
• criar e manter uma
relação segura e
empática
• securizá-la
• fazer partilhar e
aceitar as
instruções de
segurança e
demonstrar
continuamente a
vontade de
compreender o
idoso
• garantir a
segurança moral e
jurídica
• Situar a sua acção
numa evolução
biológica cujas
características são
definidas por estes
dois conceitos:
• vulnerabilidade e
fragilidade
• assegurar e favorecer
os contactos com o
exterior
• respeitar a vida
privada e a
confidencialidade do
processo dos utentes
• respeitar os interesses
do idoso
• Avaliar a evolução da
fragilidade
• Assegurar-se de que
se consultam médicos
especialistas sempre
que necessário
• Assegurar-se da
existência de um livro
de registo das
ocorrências
Recursos
Saber associado
ética e filosofia
abordagem gerontológica
Saber-ser
Empático
Recursos
Prudente
Logística
os fenómenos de maustratos
- formas (físicas psicológicas - sexuais afectivas - económicas)
- graus e sintomas
- factores de risco
- factores de protecção
Efectuar o inventário das
formas de maus-tratos
dispor de conhecimentos de
socorrismo, de primeira
intervenção
Possuir conhecimentos de
primeiros socorros
Conhecimentos médicos
elementares de técnicas de
massagem, quinesioterapia,
quiroprática
Tranquilizador
-
espaço organizado
Vigilante
-
material informático
Observador
-
material
especializado
segundo a
intervenção técnica
-
acesso à Internet
Com bom senso
Com sangue frio
No registo correcto de
urgência de gravidade
Sereno
• Permitir o exercício
securizado das
práticas religiosas,
Adaptado à situação
Encorajador
90
Fontes documentais
multimédia
-
livros
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
6
SABERES
Actividades
Saber-fazer
Saber associado
Recursos
Saber-ser
culturais das minorias
• garantir a
segurança afectiva
e moral
• criar um ambiente
seguro, estável e
são
P
R
O
T
E
C
Ç
Ã
O
• Estabelecer um
contacto de relação
de ajuda com a
pessoa
• securizar os
espaços de vida
• securizar as
deslocações
-
imprensa
generalista e
especializada
-
literatura cinzenta
-
vídeos, filmes
-
CD-ROM e DVD
-
Base de dados
-
Documentos
pedagógicos
• Respeitar a liberdade
• Fazer a ponte entre a
instituição e os
recursos da
comunidade
• Assegurar-se da
existência de um livro
de reclamações em
local acessível
• Avaliar a transposição
dos limiares e alertar
• Falar do risco de maustratos psicológicos,
avaliá-lo, denunciá-lo
• Reconhecer a existência
de maus-tratos sexuais
• Inventariar as formas
e graus dos maustratos físicos
biologia, higiene e saúde
Métodos pedagógicos
psicologia
- fragilidade e
vulnerabilidade do idoso
- perturbações ligadas ao
sentimento de abandono
- psicopatologia
-
estudo de caso
-
análise de práticas
-
role play
-
questionamento
-
análise de imprensa
e da actualidade
-
história de vida
-
exploração de
visitas
-
exercícios práticos
sobre material
específico
• Identificar,
• prevenir as quedas
• Enumerar as formas
de maus-tratos
psicológicos
• prever os riscos
• Elaborar um plano de
prevenção
• Reconhecer e
analisar os factores
• Prevenir os factores
de risco associados
sociologia/antropologia
91
Circunspecto
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
6
SABERES
Actividades
Saber-fazer
de risco
aos maus-tratos
• Identificar,
• Prevenir tanto
quanto possível as
situações de
urgência
• Enumerar as formas
de maus-tratos
financeiros
direito/deontologia
- segurança
- direito sucessório
- enquadramento
legislativo
• Identificar,
• Enumerar as formas de
maus-tratos por omissão
• Objectivar a prestação
de protecção e de
securização
P
R
O
T
E
C
Ç
Ã
O
Saber associado
• Desenvolver os
factores de protecção
contra os maus tratos
• Mover o idoso sem
afectar a sua
integridade física
• Utilizar um sistema
de alarme para
situações de
urgência
Com antevisão
conhecimento do ambiente
- normas de segurança /
regras de protecção
- procedimentos de
urgência,
ergonomia
metodologia/ciências da
informação e da
comunicação
• Avaliar os limites da
acção de protecção e
de securização e
correr riscos
• Conhecer-se e conhecer
as suas reacções à
situações-tipo de
projecção
• Antever e partilhar a
sua reflexão sobre a
92
-
recolha de boas
práticas
-
trabalho de escrita
profissional
-
pesquisa em centro
documental ou pela
Internet
Calmo e estável
Disponível
Previdente
Coerente
• Avaliar o risco de
superprotecção
• Desenvolver o poder
de iniciativa
Recursos
Saber-ser
Prevenido
Proactivo (capacidade de
iniciativa, de reactividade,
de criatividade,
despreconceituoso
Recursos humanos
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
6
SABERES
Actividades
Saber-fazer
Saber associado
prevenção de riscos
• Comunicar sobre os
assuntos de protecção
e securização numa
relação verdadeira
P
R
O
T
E
C
Ç
Ã
O
• Dominar bem as
instruções e as regras
de protecção e de
segurança: fazer delas
assunto de
intercâmbio
• Confrontar a sua
compreensão, a sua
prática com os colegas
• Trocar ideias, solicitar o
olhar exterior, solicitar a
opinião do interessado
• Avaliar a transposição
dos limiares e
desencadear os
procedimentos de
urgência
93
Recursos
Saber-ser
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
7
S
O
C
I
A
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
E
A
N
I
M
A
Ç
Ã
O
SABERES
Actividades
Saber-fazer
• Propor actividades
• Prevenir a
monotonia, o
isolamento e a
solidão dos utentes
em função do
projecto de vida da
pessoa
• Desenvolver
actividades de
animação
• Adaptar as
actividades
propostas aos
desejos das
pessoas acolhidas
• Motivar a actividade
do idoso
• Estimular a
participação nas
actividades
propostas
• Abrir ao mundo
exterior
• Situar-se no quadro de
uma verdadeira
relação de
reciprocidade
• Criar uma relação de
empatia
• Determinar o grau de
protecção
• Saber ajudar o idoso a
conservar a sua
autonomia e a manter
o seu bem-estar
sentimental
ética e filosofia
Animação sociocultural
técnicas de animação, de
expressão
Conhecimentos
andragógicos
Saber-ser
não centrado em si
Recursos
observador
Documentos de informação
adaptados aos idosos
com capacidade para
escutar
proactivo: capaz de
iniciativa, de criatividade,
de reactividade
tolerante
empático
Conhecimentos das
profissões de animação em
gerontologia
capaz de uma visão de
conjunto
apto a planificar e a
concretizar
• Planificar e organizar
actividades de
animação
altruísta
capacidade de negociação
• Motivar a
aprendizagem do
idoso
• Explorar e
desenvolver as
potencialidades do
idoso
Recursos
Saber associado
abordagem gerontológica
biologia, higiene e saúde
Utilizar os recursos da
comunidade, as parcerias
com a cidade, as
associações, as instituições
elevado nível de
inteligência cognitiva,
sensorial, social, relacional
aberto e sensível aos
problemas dos outros
cooperante
• Criar instrumentos
pertinentes de
informação sobre os
Oficinas (de expressão, de
desenvolvimento social)
94
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
7
SABERES
Actividades
Saber-fazer
E
A
N
I
M
A
Ç
Ã
O
• Criar as condições
de um ambiente
social assimilável a
um quadro de vida
agradável
• Facilitar a
apreensão da
sociedade moderna
• Motivar e ajudar o
idoso a utilizar o
computador, a
Internet
• Criar uma rede para
se manter informado
das diversas
actividades e criar
parcerias
• Cuidar da organização
do espaço e do asseio
das instalações
• Manter e recriar
laços
• Ajudar a pessoa a
construir relações no
sentido do espaço
virtual
• Valorizar a história e
a experiência da
curioso
• Criar oficinas para
estimulação da
actividade intelectual
• Avaliar os perigos da
super-protecção e as
suas formas de
malevolência
• Familiarizar o idoso
com as novas técnicas
de comunicação, com
as evoluções
socioculturais que lhe
estão associadas, e
incentivar a sua
autonomia
Saber-ser
aberto aos outros
centros de interesse
de cada pessoa
S
O
C
I
A
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
Recursos
Saber associado
Estimulante
Criativo
Paciente
Respeitador
Conhecimento das novas
técnicas de comunicação e
informação
psicologia
- Mecanismos de
infantilização
- A memória:
funcionamento / falhas /
manutenção
sociologia/antropologia
95
Atento
Logística
-
espaço organizado
-
material informático
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
7
Saber-fazer
pessoa
S
O
C
I
A
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
E
A
N
I
M
A
Ç
Ã
O
SABERES
Actividades
• Incentivar a
expressão criativa
• Gerir os tempos
livres das pessoas
idosas tendo em
conta as suas
capacidades físicas
Saber associado
Recursos
Saber-ser
• Familiarizar-se com o
acesso aos bancos de
recursos
• Dominar bem as
técnicas de animação,
reter o seu sentido e
alcance sem as
transformar em
receitas
-
material
especializado
segundo a
intervenção técnica
-
acesso à Internet
• Criar condições de
utilidade social
• Promover a abertura
e a (re)inserção da
pessoa na
comunidade aos
níveis pessoal,
social, profissional
• Ajudar as pessoas a
conservar os seus
papéis e/ou a
adaptar-se aos
novos papéis
• Desenvolver
relações inter-
• Ultrapassar os aspectos
da degradação física
para ver a pessoa
• Ter um comportamento
digno e responsável com
o idoso frágil e
vulnerável
• Optimizar a utilização
dos tempos livres de
forma adequada aos
gostos de cada idoso e
aos meios existentes
Colaborante
Estimulante
- Laço social
- Mecanismos de
desqualificação e de
exclusão social e cultural
- Redes e formas de
solidariedade
- Sociologia história:
evolução do lugar dos
anciãos nas sociedades
direito/deontologia
96
Fontes documentais
multimédia
-
livros
-
imprensa generalista
e especializada
-
literatura cinzenta
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
7
SABERES
Actividades
Saber-fazer
geracionais
S
O
C
I
A
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
• Sentido crítico e de
análise e força de
carácter para resistir à
pressão social, ao olhar
redutor e à exclusão
social do idoso
• Desenvolver o exercício
dos valores de cidadania
• Desenvolver as
dimensões do projecto
de vida
Saber associado
conhecimento do ambiente
ergonomia
metodologia/ciências da
informação e da
comunicação
- Técnicas de animação:
métodos e ferramentas
- Técnicas de expressão:
fala / escrita / canções...
- Método de elaboração de
histórias de vida e
autobiografias
E
A
N
I
M
A
Ç
Ã
O
• Compreender que o
tempo de interiorização,
do regresso à vida
passada é estruturante
para o idoso
• Facilitar a
apreensão da
sociedade moderna
• Proceder à
manutenção e
restauração dos
espaços sociais
• Construir laços
através das redes de
solidariedade, dos
97
Recursos
Saber-ser
-
vídeos, filmes
-
CD-ROM e DVD
-
base de dados
-
documentos
pedagógicos
Métodos pedagógicos
-
estudo de caso
-
análise de práticas
-
role play
-
questionamento
-
análise de imprensa
e da actualidade
-
história de vida
-
exploração de
visitas
-
exercícios práticos
sobre material
específico
-
recolha de boas
práticas
-
trabalho de escrita
profissional
-
pesquisa em centro
documental ou pela
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
7
S
O
C
I
A
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
E
SABERES
Actividades
Saber-fazer
Saber associado
membros da família
Recursos
Saber-ser
Internet
• Formar famílias de
substituição, valorizar
os ganhos afectivos
Recursos humanos
• Interessar-se pelos
conhecimentos, pelo
saber-fazer do idoso
• Reforçar os laços
entre as gerações
• Recorrer de forma
sustentada às novas
tecnologias de
comunicação para
eliminar o sentimento de
abandono
A
N
I
M
A
Ç
Ã
O
98
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
8
Saber-fazer
• Inserir-se numa
dinâmica
profissionalizante
P
R
O
F
I
S
S
I
O
N
A
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
SABERES
Actividades
• Participar na vida
das organizações
profissionais, nos
fóruns, nos
encontros, nas
publicações
profissionais
• Identificar a
relação de ajuda
• Clarificar a sua
função
• Pensar a avaliação
como dimensão
indispensável da sua
acção
• Inscrever a sua
acção na
dinâmica das
políticas de
intervenção
implementadas
pela instituição
ética e filosofia
biologia, higiene e saúde
• Lançar um olhar sobre
a sua actividade
• Pedir a opinião dos
outros sobre a sua
prática
• Reservar tempo para
reflexão
psicologia
- Sofrimento e
manifestações de fadiga
profissional e de estados
depressivos
- A frustração profissional
e a sua gestão
• Analisar as práticas
• Preocupar-se e estar
atento ao que se faz
noutros sítios
Saber-ser
Curioso
Recursos
Observador
abordagem gerontológica
• Inventariar os parceiros
institucionais
• Situar a sua
intervenção numa
acção de parceria
Recursos
Saber associado
Ambicioso
Aberto às oportunidades
-
espaço organizado
Reflectido
-
material informático
Crítico
-
material
especializado
segundo a
intervenção técnica
-
acesso à Internet
Resiliente
Alerta
Atento a si próprio
Confiante
responsável
Avaliação:
- Avaliação e análise das
práticas
- Avaliação das
necessidades dos
utentes
- Supervisão individual e
em grupo
- Intervisão
sociologia/antropologia
• Declinar os tempos, os
modos, os parceiros de
avaliação
aberto às novas políticas
sociais
Capacidade para gerir as
frustrações
Capacidade para gerir o
stress
organizado
emocionalmente
equilibrado
objectivo
não estigmatizante
99
Logística
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
8
P
R
O
F
I
S
S
I
O
N
A
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
SABERES
Actividades
Saber-fazer
• Trabalhar em
equipa numa
cooperação
intersectorial,
saber tomar
iniciativas de
actividades
Recursos
Saber associado
Saber-ser
consequente
• Manter-se ao corrente
das evoluções de
intervenção e das
funções ligadas à
vontade de
desinstitucionalização
criativo
analisador, avaliador,
dedutivo
direito/deontologia
circunspecto
observador atento
• Inserir-se num
processo de
qualidade
• Desenvolver a
necessidade de
auto-formação
contínua
• Cuidar de si
próprio
• Valorizar a sua
prestação e
reforçar a sua
identidade
profissional
• Qualificar-se e
validar a sua
experiência
conhecimento do ambiente
Conhecimento das técnicas
de reflexão sobre si próprio
• Relativizar os seus
conhecimentos
• Manter as suas
referências
relativizando as suas
certezas
• Trabalhar em equipa
• Praticar um desporto
colectivo
• Mostrar a
complementaridade
das intervenções no
domicílio do idoso
• Situar a sua acção no
cooperante
assertivo
Fontes documentais
multimédia
-
livros
gestão dos seus recursos,
self-management
-
imprensa
generalista e
especializada
ergonomia
-
literatura cinzenta
metodologia/ciências da
informação e da
comunicação
-
vídeos, filmes
-
CD-ROM e DVD
-
Base de dados
-
Documentos
pedagógicos
- O processo de qualidade
numa estrutura de
trabalho social: princípios
/ métodos / ferramentas /
limites
- Métodos e ferramentas
das análises da prática
- Método de pesquisa
100
Métodos pedagógicos
-
estudo de caso
-
análise de práticas
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
8
P
R
O
F
I
S
S
I
O
N
A
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
SABERES
Actividades
Saber-fazer
• Analisar a sua
prática de
maneira reflectida
• Avaliar a sua
intervenção
segundo uma
racionalidade
profissional
quadro do direito
• Interessar-se pelos
debates sobre as
questões de
sociedade, alimentar a
sua reflexão, por
exemplo sobre a
eutanásia
Saber associado
documental
- Métodos e técnicas de
relaxamento
- Técnicas de
desenvolvimento pessoal
- Técnicas recreativas
• Compreender o
seu próprio papel
e a necessidade
de melhorar a sua
qualificação
• Gerir o seu interesse e a
sua capacidade de
ajudar
• Gerir o seu
interesse
• Partilhar uma
reflexão ética
-
role play
-
questionamento
-
análise de imprensa
e da actualidade
-
história de vida
-
exploração de
visitas
-
exercícios práticos
sobre material
específico
exigente consigo próprio
-
recolha de boas
práticas
auto-consciente
-
trabalho de escrita
profissional
-
pesquisa em centro
documental ou pela
Internet
ligado à sua essência
• Enfrentar a morte
• Exercer a sua
responsabilidade
e respeitar a
deontologia
Recursos
Saber-ser
Recursos humanos
• Pedir à formação
contínua a resposta às
exigências de evolução
das competências
• Gerir a sua carreira
• Gerir a saúde e a
confusão sem esperar
101
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
8
P
R
O
F
I
S
S
I
O
N
A
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
SABERES
Actividades
Saber-fazer
Saber associado
pelo burn out
• Escapar à pressão social
que desejaria eliminar o
assunto da morte.
Recolocá-la no centro da
vida
• Situar a sua relação de
verdade nesta
dualidade
• Situar no quadro
profissional a relação
de ajuda no trabalho de
luto
• Referenciar e gerir a
síndrome de luto, saber
defini-la
• Fazer a distinção entre
as suas opções de
valores, de concepção,
as que predominam na
vida social
• Recarregar baterias,
regenerar-se, manter e
gerir a energia
• Identificar um risco
profissional real,
importante
102
Recursos
Saber-ser
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
8
SABERES
Actividades
Saber-fazer
Saber associado
• Proteger-se
• Compreender, dominar a
dimensão de toda a
relação
P
R
O
F
I
S
S
I
O
N
A
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
• Cultivar o amor próprio,
utilizar as técnicas de
relaxamento, praticar um
desporto de
descontracção
• Escutar os familiares
próximos, os amigos e
pedir a sua opinião
• Renunciar à
omnipotência
• Estar atento às suas
necessidades
• Saber responder-lhes
• Jogar sem se deixar
prender no jogo
• Submeter-se a um
método reflectido,
escolhido, cuja eficácia
tenha sido avaliada
• Detectar as riquezas,
as diferentes paixões
103
Recursos
Saber-ser
REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO
Função
8
P
R
O
F
I
S
S
I
O
N
A
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
SABERES
Actividades
Saber-fazer
Saber associado
Recursos
Saber-ser
• Detectar as opções de
vida de cada pessoa
• Avaliar
o
isolamento
grau
de
• Não se fiar nas
aparências e construir
um mapa real das
relações
• Não se fiar nas
aparências e elaborar o
mapa real das
solidariedades
• Construir uma verdadeira
liberdade para a análise
das dependências
Glossário:
Comunicação assertiva : comunicação que estabelece e dá sinais de reconhecimento da personalidade dos dois interlocutores Apoiada no
respeito pelo direito de cada pessoa a afirmar e a afirmar-se. Comporta a dupla aceitação do "eu vou bem" "tu vais bem"
Comunicação congruente : comunicação apropriada à situação, consequente na correspondência entre as palavras, os sentimentos, as
atitudes, os actos.
Interveniente social proactivo : interveniente que manifesta capacidade de iniciativa, criatividade, reactividade, liberdade relativamente aos
preconceitos.
104
ª
PARTE
VI — ANEXO
GUIA DE VIAGEM PARA A TRANSFERÊNCIA
105
106
Guia de viagem para a transferência
2
FAZER A MALA
9
3
ITINERÁRIO
GRAUS DE
SATISFAÇÃO
1
8
ENCONTROS
Finalidade da transferência
Bom-trato
Dignidade
4
ACOMPANHANTES
PARCEIROS
Públicos em situação de
abandono
7
5
TOMAR NOTAS
TIRAR FOTOGRAFIAS
OS GUIAS
6
HISTÓRIA E CULTURA DO
PAÍS
107
1 — FINALIDADE DA VIAGEM
PERSPECTIVA DO CHEFE DE PROJECTO
PERSPECTIVA ANGLO-SAXÓNICA
ESCANDINAVA
OBJECTIVOS
OPERACIONAIS
OBJECTIVO GERAL
Pág. 51
- Diagnóstico das
necessidades
- Identificar os entraves
Desenvolver
Consolidar
Relação de ajuda pág. 13 § 3.2
*definido na pág. 12
§2.1
pág. 11 doc 3
*
PARA QUÊ VIAJAR?
Finalidade
*definido na pág. 11
§1,1
* Abandono
dignidade
Maus-tratos
Bom-trato
pág. 9
pág.23 doc. 2 ponto de situação
igualdade
Desigualdade de oportunidades
4.4
d
PERSPECTIVA
AVALIADOR
Pág. 32 § 1
t
pág. 29 § 1
id d
GESTÃO DA
QUALIDADE
PÁG. 63 § E 1. 4
108
2 — FAZER A MALA
•
CAIXA DE
FERRAMENTAS METODOLÓGICAS
PROFISSÃO
- Parceria
DE MONITORIZAÇÃO
DE APOIO
DE PRODUÇÃO
Definido
Definido pág. 48
10
Composição em anexo
- Pontos críticos
ILUSTRADO DOCUMENTO N°3 Definido pág. 17 § 715
- Processo de qualidade
pág. 63
- Avaliação por critérios
pág. 64
- Descompartimentação e transversalidade pág. 17 § 717
- Novos processos
§ 17 § 72
•
DESPERTADOR
- Tempo concedido
- Calendário de reuniões
- Calendário de realização
•
ESCOVA DE DENTES
- Inovação
- Novas abordagens
pág. 53 54 55
pág. 16 § 7
pág. 16 (alínea 71...)
ACESSORIAMENTE MEDICAMENTOS
- Paracetamol / aspirina
«Isto dá-me cabo da cabeça»
«Estou pelos cabelos»
«Estou farto»
- Tranquilizante
109
Pág. 19 §
3 — ITINERÁRIO (DA
TRANSFERÊNCIA)
PONTO DE PARTIDA
RELAIS I
Que formas de abandono
FRANÇA
CONTROLOS DE RADAR
Que relação de ajuda
ITALIA
Que profissionalização
actores
ROMÉNIA
CONTROLOS DE RADAR
IDA-E- VOLTA
DE: AVALIAÇÃO
DE:
DK : EXPERTISE
TRABALHO SOCIAL
DK : METODOLOGIA
HUNGRIA
PORTUGAL BULGÁRIA
FASE I
FASE II
PONTO DE CHEGADA
RELAIS II
110
4 — ACOMPANHANTES —
PARCEIROS DE VIAGEM
I.
QUEM?
FAZ O QUÊ
ƒ QUADRO SINÓPTICO (pág. 30-31 formulário)
PARTENER
- LÍDER ROMÉNIA
PERITO CIENTÍFICO
UNIVERSIDADE AIC-IASI
GIP FIPAG
- EXPERTISE CIENTÍFICA
PROMOTOR GESTOR DO PROJECTO
GRETA LEMAN
LÍDER
ROMÉNIA
OS ANTIGOS
FRANÇA
OS NOVOS
PERITO CIENTÍFICO
APROPRIAÇÃO
Beneficiários da transferência
BULGÁRIA
HUNGRIA
EXPERIMENTAÇÃO
PORTUGAL
FRANÇA
VALORIZAÇÃO
DE PRO INNOVATION
PERITO AVALIAÇÃO
DK KOEDS SKOLE
PERITO TRABALHO SOCIAL
OS PERITOS
II.
ASSOCIADOS
Quadro dos 55 organismos associados pág. 39, 40, 41, 42, 43, 44 FORMULÁRIO
III .
MODO DE FUNCIONAMENTO DA PARCERIA
IV.
FORMAS DE COOPERAÇÃO
Em cada país
Entre os países
V.
pág. 17 § 7,4
PARCEIROS SOCIAIS
pág. 45 FORMULÁRIO
TRABALHO EM REDE
FORMAS DE ABANDONO
COMPETÊNCIAS
pág. 17 § 743
TRATAMENTO DIVERSIDADES
SITUAÇÃO COMPARADA
página 18 § 744
111
5 — OS GUIAS
FORMULÁRIO pág. 47
II
LÍDER (pág. 47§ 262)
GRUPO DE APOIO
Relatório
Relatório
III
I
PERITOS CIENTÍFICOS (pág. 47§263)
CHEFE DE PROJECTO
REPORTAM A
CRIANÇAS
ADOLESCENTES
IDOSOS
COMISSÃO DE CONTROLO
(formulário pág. 47 § 2.6.1)
GRUPO DE INVESTIGAÇÃO - PRODUÇÃO
Observação
IV.
AVALIADOR DE
V
EXPERTISE SOCIAL DK
112
Assistência
6 — HISTÓRIA E CULTURA
FUNDAÇÃO
DOS VALORES
PRIORIDADES
DAS
POLÍTICAS
SOCIAIS
VIDA
ECONÓMICA
HISTÓRIA DAS
INSTITUIÇÕES
ESTRUTURA
DAS
PROFISSÕES
DADOS SINGULARES
Formulário pág. 13§ 32
BULGÁRIA
PORTUGAL
HUNGRIA
CONSEQUÊNCIAS
ABORDAGEM
CONCEPTUAL
ABANDONO
RELAÇÃO DE
AJUDA
PROBLEMÁTICAS
SOCIAIS
RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS
DIAGNÓSTICO
NECESSIDADES - EXPECTATIVAS
PONTO DA SITUAÇÃO
113
PROFISSIONALIZAÇÃO
ACTORES
7 — TOMADA DE NOTAS
TOMADA DE VISTAS
DEFINIÇÃO DOS
CONCEITOS
(a língua)
METODOLOGIA
VIDA DOS GRUPOS
COESÃO
IDENTIDADE
VALORIZAÇÃO DOS
CONTRIBUTOS
RELATÓRIO
RELAIS I
PONTOS CRÍTICOS
GRANDE ANGULAR
ZOOM
RELAIS II
RELATÓRIOS
DE EXPERTISE
PONTO DA
SITUAÇÃO
ESTADO DAS
NECESSIDADES
FORMULÁRIO pág. 17§715
114
8 — ENCONTROS
PARADOXOS
DIFICULDADES
METODOLÓGICAS
OS PÚBLICOS
CRIANÇAS
ADOLESCENTES
IDOSOS
ESCOLHA DOS REPRESENTANTES
QUEM FALA DE QUÊ
QUEM DIZ O QUÊ
GRUPOS REPRESENTATIVOS
ESTUDO SOBRE ESPAÇOS DE
EXPRESSÃO
ESTUDO SOBRE FORMAS DE
EXPRESSÃO
ESCOLHIDAS POR QUEM
EM QUE ESPAÇOS
CRITÉRIOS DE ABANDONO
PERTINÊNCIA
CRITÉRIOS DE MAUS-TRATOS
ACTORES - TRABALHADORES SOCIAIS
INSTITUCIONAIS
FUNCIONÁRIOS
VOLUNTÁRIOS
COLOCAÇÃO EM CAUSA
DISCURSOS OFICIAIS
INVESTIGAÇÕES
COLOCAÇÃO EM CAUSA
PROTECÇÃO DO ESTATUTO
HIERARQUIA
ORGANIZAÇÕES
FAMÍLIAS
INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS
PARCEIROS SOCIAIS
INSTÂNCIAS REPRESENTATIVAS
REIVINDICAÇÕES
ESGOTAMENTO NO TRABALHO
TEÓRICAS
REAIS
FUNCIONÁRIOS
QUALIFICAÇÃO
ANÁLISES
RESPOSTAS
115
9 — GRAU DE SATISFAÇÃO
RESPEITAR O CADERNO DE ENCARGOS
1. RESPEITAR OS OBJECTIVOS OPERACIONAIS ASSOCIADOS AOS OBJECTIVOS GERAIS
2. DOMINAR A CAIXA DE FERRAMENTAS METODOLÓGICAS
3. CUMPRIR O ITINERÁRIO, OS PONTOS DE PARTIDA E DE CHEGADA
4. APOIAR-SE NOS PARCEIROS — ACOMPANHANTES
5. IDENTIFICAR — TRABALHAR COM OS GUIAS
6. SITUAR OS ELEMENTOS CULTURAIS PRÓPRIOS
7. PRESTAR CONTAS IDENTIFICANDO OS PONTOS CRÍTICOS
8. ENCONTRAR — QUESTIONAR OS PÚBLICOS, OS ACTORES
COMUNICAR
O que é transferido
O que é transferível
O que não o é:
O cálice de Porto branco no cais do Douro
A compota de pétalas de rosa no sopé dos Balcãs
116

Documentos relacionados