Referênciais Europeus de Acção e de
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TRANSFERÊNCIA DOS PERFIS DE ACÇÃO – FORMAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA RELAÇÃO DE AJUDA AOS TRABALHADORES SOCIAIS QUE INTERVÊM JUNTO DE PÚBLICOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO (CRIANÇAS, ADOLESCENTES, IDOSOS) Referênciais Europeus Referênciais Europeus Documento no. 3.1.pt de Acção e de Formação da Relação de Ajuda para Idosos em Situação de Abandono Documento redigido por: Le Groupement d'Intérêt Public – Formation et Insertion Professionnelles de l'Académie de Grenoble (GIP FIPAG) - FRANÇA Referênciais Europeus de Acção e de Formação da Relação de Ajuda para Idosos em Situação de Abandono Novembro de 2008 ÍNDICE I. Nota metodológica sobre a elaboração dos referenciais profissionais e de formação..........................................................................................................................p 5 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. método de trabalho natureza e distribuição dos trabalhos composição do grupo profissional objectivos desta fase dos trabalhos apresentação das grelhas de referenciais questão dos "níveis de formação" pessoas de contacto II. Referencial profissional da relação de ajuda a idosos em situação de abandono.......................................................................................................................p 23 III. Referencial de formação da relação de ajuda a idosos em situação de abandono.......................................................................................................................p 67 IV. Anexo : Guia de viagem para a transferência.....................................................p 105 3 4 ª PARTE I. NOTA METODOLÓGICA SOBRE A ELABORAÇÃO DOS REFERENCIAIS PROFISSIONAIS E DE FORMAÇÃO 5 6 I. Nota metodológica sobre a elaboração dos Referenciais Profissionais e de Formação da relação de ajuda a idosos em situação de abandono 1. Método de trabalho 1.1. Método de trabalho do projecto Relais I Os trabalhos realizados em França, Itália e Roménia no âmbito do projecto Relais I - sobre as condições de vida dos idosos em situação de abandono - sobre as formas de intervenção social que visam proporcionar-lhes uma ajuda adequada - sobre o diagnóstico das necessidades de profissionalização permitiram identificar pontos de convergência e de divergência entre os três países. Permitiram, em particular, especificar, a partir de algumas das profissões directamente relacionadas com a relação de ajuda, as diferenças eventualmente existentes entre as competências necessárias e as que os profissionais em actividade efectivamente possuíam. Esta análise foi efectuada cruzando as perspectivas dos profissionais que desempenham funções variadas com diferentes níveis de responsabilidade com as perspectivas dos "beneficiários" da ajuda. Um documento sintético centrado no diagnóstico das necessidades de competências, validado por todas as equipas1 serviu de ponto de partida para modelizar a relação de ajuda sob a forma de um referencial profissional. Por último, foi decidido não se partir desta ou daquela profissão existente, que não tem necessariamente correspondência nos outros países, mas elaborar referenciais adaptáveis a uma grande diversidade de profissões da intervenção social, desde que as mesmas estivessem relacionadas com idoso em situação de abandono e que incluíssem ipso facto uma dimensão da relação de ajuda sobre a qual incidissem os referenciais. Esta escolha de uma perspectiva que se interessa primeiramente pelas pessoas necessitadas de ajuda, pelas suas situações concretas e pelos elos com elas estabelecidos, valoriza, sem dúvida, uma visão mais global do que é habitual na intervenção dos profissionais. A partir de exigências comuns, aproxima os profissionais que muitas vezes intervêm de forma compartimentada e de acordo com hierarquias que subestimam algumas das suas intervenções, sobretudo quando estas são levadas a cabo por profissionais com menos qualificações. 1 In : Etat des lieux et diagnostic des besoins de professionnalisation des acteurs de la relation d'aide aux publics en situation d'abandon. Documento n°2 — Projecto Relais 1 7 Intervém na construção do conceito de competências de equipa e mais amplamente no conceito de competências colectivas. Esta abordagem deixa entrever uma eventual renovação das modalidades de formação (em equipa, inter-categorias…), juntando-se assim à preocupação de criar canais de comunicação entre as profissões, a despeito das resistências mais ou menos acentuadas que, todavia, convém reconhecer e ter em conta. É o sentido que se deve dar a este termo genérico que optámos por utilizar no singular: "profissão da relação de ajuda". Visar a coerência tendo em conta a especificidade e a heterogeneidade dos contextos: este desafio é permanente num projecto europeu. Foi particularmente esse o caso neste projecto Relais 1 em que a situação em cada um dos países é por si só complexa e está em grande evolução. Mas através do diálogo, da confrontação, da discussão sem excessivas concessões, da preocupação positiva de não nos limitarmos ao menor denominador comum, progredimos para uma cultura comum que integra as especificidades de cada um, que se enriquece e se mantém suficientemente aberta para poder posteriormente ser adaptada a outros contextos ou outros públicos. Método de trabalho do projecto Relais II O método de trabalho do projecto Relais I foi enriquecido. Cada um dos três novos países — Bulgária, Hungria, Portugal — criou, efectivamente, para cada um dos públicos um grupo de peritos específico encarregado de examinar os resultados dos trabalhos do Relais I, assinalar os pontos de acordo, de discussão, de divergência, validar os trabalhos realizados durante os estudos no terreno e elaborar o ponto da situação e os referenciais profissionais e de formação. Conceito de transferência No primeiro seminário transnacional, o conceito de « transferência » foi objecto de análise, de ilustração, de definição. Este documento de síntese encontra-se em anexo. 2. Natureza, distribuição dos trabalhos 2.1. Para o Relais I Os trabalhos decorreram de forma um pouco diferente da primeira fase de elaboração do ponto da situação, pois cada um dos países estava encarregado de aprofundar o trabalho a partir de um dos públicos considerados, e de o propor em seguida para discussão com os parceiros. 8 A distribuição foi a prevista pelo projecto, tendo havido um esforço no sentido de mobilizar ao máximo as competências disponíveis. Público País Crianças Roménia Adolescentes Itália Idosos França 2.2. A distribuição para o projecto Relais II é a seguinte: Público País Síntese europeia Crianças Bulgária Hungria Portugal Roménia - Universidade de Iasi Adolescentes Bulgária Hungria Portugal Roménia — Associação Partener Idosos Bulgária Hungria Portugal França - GIP FIPAG O referencial profissional foi produzido em cada um dos países pelas equipas dos parceiros do projecto Relais, às quais se juntaram profissionais que trabalham em cada um dos sectores abrangidos, segundo a metodologia denominada "grupos profissionais" (membros associados). Os "grupos profissionais", constituídos por professores, formadores, consultores e profissionais, reúnem-se sempre que necessário para analisar, em termos de funções e de actividades, a profissão em causa a partir de uma grelha de referências apresentada mais adiante. O documento aqui apresentado respeita apenas aos referenciais profissionais e de formação da relação de ajuda a idosos. 9 3. Composição do grupo profissional 3.1 No projecto Relais I, o grupo profissional francês era composto por: Coordenador científico : GIP FIPAG, Agrupamento de Interesse Público — Formação e Inserção Profissionais da Academia de Grenoble, • Marie-France MOTTE, consultora de formação contínua. Peritos científicos: Greta Léman : • André PERROT, encarregado de missão, antigo consultor de estabelecimentos hospitalares sobre questões de recrutamento de pessoal e de formação, tendo assumido a criação e direcção de um serviço de ajuda ao domicílio a idosos numa cidade média • Catherine CHABOUD, professora diplomada em engenharia de formação, responsável pelo sector sanitário e social. Profissionais: • Doutor KRESSMANN, médico gerontologista, antigo director do serviço de cuidados de geriatria de um estabelecimento hospitalar e actualmente responsável pela coordenação gerontológica numa zona intercomunal da Alta Sabóia. • Catherine RIGAT, directora de um serviço de ajuda ao domicílio com intervenção numa vasta zona residencial na região de Annemasse. • Anne-Catherine MABUT, psicóloga especializada em intervenções junto de idosos e encarregada de formação de profissionais da relação de ajuda. • Corinne MUZMACH, consultora de economia social e familiar, encarregada da formação sobre a relação de ajuda a idosos no quadro de uma associação de voluntários. Os referenciais de formação foram realizados por equipas por vezes mais reduzidas (os colaboradores permanentes do projecto) mas validados pelos membros associados em função das suas competências específicas. 10 3.2 No projecto Relais 2 3.2.1. Quadro de distribuição das funções País Função Chefe de projecto Líder (coordenação parceria e trabalhos de produção) França Dinamarca Hungria GIP FIPAG PARTENER * conjuntamente Conjuntamente Universidade com com a de PECS GRETA LEMAN universidade AIC Portugal Bulgária CASA PIA Universidade de SOFIA Universidade AIC * infância Adolescentes Idosos Alemanha GIP FIPAG * Primeira Perito científico referente da relação de ajuda (encarregado da transferência) Roménia PARTENER GRETA LEMAN * Organismo beneficiário da Universidade de PECS transferência Organismo avaliador PRO INNOVATION Organismo encarregado de KOFOEDS uma peritagem complementar SKOLE à do projecto Relais * antigos parceiros do projecto RELAIS 11 CASA PIA Universidade de SOFIA 3.2.2. Composição do grupo Profissão — Produção na Bulgária Organismo Nome da pessoa Função Relais II Universidade de Sofia Nelly Petrova Doutorada em ciências, professora universitária Universidade de Sofia Kristina Otzetova Vice-presidente Perito científico Lar de Terceira Idade Albena Mitikova Director executivo Profissional Líder Profissional Formador Formador 3.2.3. Composição do grupo Profissão — Produção na Hungria Organismo Nome da pessoa Função Relais II Universidade de Pécs Mihály Kocsis Professor Perito científico Universidade de Pécs Deines Koltai Professor decano Perito científico Universidade de Pécs Gizella Cserné Adermann Professora Líder Centro social de Szentlorinc Ibolya His Tothné vasvari Directora Profissional Ministério dos Assuntos Sociais e do Trabalho Judith Agnes Szabo Chefe do secretariado dos assuntos da terceira idade Profissional Cruz Vermelha da região de Baranya Edith Szücs Directora Formador Escola de formação profissional para profissões sociais e sanitárias Éva Mikli Directora Formador Centro social de Komio Zsuzsanna Kasziba Directora Profissional 12 3.2.4. Composição do grupo Profissão — Produção em Portugal Organismo Nome da pessoa Função Relais II Universidade Grupo Lusófona Maria do Céu Taveira Professora Perito científico Instituto Piaget Maria João Azevedo Investigadora Perito científico Instituto da Segurança Social Maria Luísa Alves Tavares Carrilho Bugalho Professora, coordenadora do programa de apoio integrado aos idosos Formador Casa Pia de Lisboa Ana Sofia Batista Longle Faustino Assistente social Profissional Federação das instituições da Teresa Frescata terceira idade Directora Técnica Profissional Instituto de Formação Profissional Marina Vinhas Formadora Formador Casa Pia de Lisboa Luísa Ferreira Directora Técnica Profissional Casa Pia de Lisboa Pedro Figueiredo Director Líder 4. Objectivos e desenvolvimento desta fase dos trabalhos O Relais II não trouxe alterações aos objectivos e ao desenvolvimento desta fase dos trabalhos. Consolidou os seguintes objectivos: - Elaborar referenciais de actividades para os intervenientes sociais junto dos idosos - Analisar as actividades exercidas na prática profissional em função dos idosos em situação de abandono - Sistematizar os referenciais de actividade da relação de ajuda a pessoas em situação de abandono, susceptíveis de serem submetidos à crítica dos outros parceiros, e cujos resultados finais podem ser transversais aos três países e preparatórios dos trabalhos de síntese europeia. O objecto deste trabalho consistiu em propor uma análise da actividade que fosse simultaneamente o mais exaustiva e o mais aberta possível para dar conta de situações diversificadas e em rápida evolução e permitir, conforme previsto, a elaboração de um programa de formação pertinente. Houve que ter em conta os condicionalismos inerentes ao exercício, mas que constituíam também a sua riqueza. Existem vários métodos de análise do trabalho mas eles inscrevem-se em abordagens muito mais extensas ou segmentadas. 13 Podemos evocar aqui o método ETED (Estudo do emprego em dinâmica elaborado em França pelo CEREQ2), ou análises que incidem mais nos modelos ergonómicos e assentam na observação directa dos profissionais na sua actividade. O método aqui adoptado visa oferecer um quadro que permita articular de forma muito simples o referencial profissional e o referencial de formação, que esteja adaptado a contextos culturais diferentes e que leve simultaneamente em conta várias profissões em diferentes níveis de qualificação. As grelhas validadas no início dos trabalhos foram entretanto modificadas ao longo do processo, por forma a responder a uma necessidade de legibilidade e de simplificação, particularmente para todos os potenciais utilizadores que não tenham uma familiaridade espontânea com este tipo de instrumentos, que não tenham “mergulhado” na sua elaboração, mas que deverão poder aproveitar dos mesmos em função de preocupações específicas. A preocupação com a operacionalidade e a difusão deveria ser uma prioridade. Simultaneamente, era necessário fazer com que esta simplificação não fosse prejudicial à preocupação, senão de exaustividade, pelo menos de abordagem dos pontos essenciais. Apesar deste desejo de simplificação, devemos notar que nem sempre foi possível evitar algumas repetições resultantes das interferências entre as diferentes funções. Os seminários que pontuaram a progressão dos trabalhos constituíram a ocasião para estes diversos reajustamentos. O seu distanciamento temporal conferiu, evidentemente, um carácter um pouco laborioso a esta etapa, ainda que as trocas de ideias durante o intervalo prosseguissem, em especial por meio de um fórum na Intranet. Pode dizer-se também, a contrario, que esta distribuição no tempo favoreceu uma maturação progressiva e evitou esquecimentos importantes. Os seminários transnacionais foram também, na sua grande maioria, consagrados à apresentação e à explicação de cada uma das produções nacionais, à sua crítica e também ao enriquecimento dos conteúdos pelas equipas de outros países, por forma a que cada um pudesse finalmente reconhecer-se na produção proposta. Por vezes, foi necessário voltar a pôr em cima da mesa aquilo que já parecia ser um dado adquirido, mas que a progressão dos trabalhos obrigava a modificar. Todos se lançaram a essa tarefa com boa vontade. Os seis referenciais propostos apresentam na sua fase final a forma mais homogénea possível e testemunham, a um tempo, as transversalidades e as especificidades respeitantes à relação de ajuda aos três públicos considerados. 2 Centre d'études et de recherche sur les qualifications (França) 14 5. Apresentação das grelhas dos referenciais O referencial profissional e o referencial de formação são propostos numa versão separada por razões de comodidade de leitura e de utilização, mas devemos entendê-los como fazendo parte de um documento único que permite uma compreensão global das actividades decorrentes da "profissão da relação de ajuda", das competências que mobilizam e que a formação deve permitir adquirir. Está compreendido neste quadro reestruturado: Relação de ajuda às pessoas em situação de abandono Referencial profissional Funções Metodologia Activida de des realização Referencial de formação Condições Pontos críticos de realização Saberfazer Saberes associados Saberser Recursos Precaução de utilização: qualquer classificação organiza a realidade de forma parcialmente arbitrária mas tem por função propor a sua compreensão. A actividade constitui um todo e a divisão proposta seria contraproducente compreendêssemos como uma compartimentação da realidade. se a O quadro permite observar sucessivamente os diferentes aspectos desta realidade. Os termos utilizados poderiam eventualmente dar origem a debate, mas a dada altura é necessário optar por uma terminologia e assegurar a maior clareza possível. Cada pessoa poderá privilegiar alternadamente uma leitura horizontal a partir das funções ou uma leitura vertical coluna a coluna, e evidentemente navegar a seu gosto entre estes seis documentos, sendo que as ferramentas multimédia constituirão uma outra porta de acesso3. Discriminamos aqui o que convém saber em cada uma das rubricas seleccionadas. Referencial profissional: descreve a actividade exercida por diversos tipos de profissionais que ocupam funções variadas mas estão empenhados numa relação de ajuda a um dos públicos-alvo do projecto. Referencial de formação: descreve o conjunto dos saberes que devem ser adquiridos numa formação ou que, caso já o tenham sido antes da formação, devem ser re-situados e o seu domínio validado de forma a que o profissional possa justificar a sua competência Funções: a escolha das oito funções propostas decorre do trabalho em torno das competências transversais e específicas julgadas necessárias para uma relação de ajuda com qualidade. É a divisão que estrutura toda a sequência do trabalho. Convém ter sempre em mente que se trata de um sistema em que cada função remete para as outras. Abordar a actividade a partir das funções, é de alguma forma fazer um «zoom» sobre um aspecto que se torna prioritário. 3 Para este efeito e no âmbito deste projecto, foram produzidos um DVD e um CD-Rom. 15 Mas passando agora para o segundo plano, as outras funções não estão menos presentes, e sem elas o sentido da relação de ajuda e a intervenção junto da pessoa não passariam de palavras vãs. As zonas de sobreposição parcial são evidentes. A formação integrará o trabalho sobre as relações entre as funções: a inteligibilidade do sistema impõe-se. Uma função, neste aspecto, desempenha um papel específico, o da profissionalização, pois tratase menos de uma função própria da relação de ajuda, e mais de uma forma de exercer a profissão que permite adquirir competência, aperfeiçoar-se, fazer-se reconhecer, evitar o esgotamento próprio das profissões de relacionamento com públicos em situação difícil, retomar de alguma forma o sentido daquilo que se faz, de o questionar, de o colocar em perspectiva, de se tornar um "praticante reflexivo". Profissionalização Acolhimento Escuta Comunicação Socialização animação Funções da relação de ajuda Identificação das necessidades Assistência à vida quotidiana Protecção Acompanhamento Apresentação das diversas funções tal como foram diferenciadas e articuladas para a construção dos referenciais profissionais e de formação. 16 Actividades: é um conjunto de tarefas complexas, aquilo que é necessário ser capaz de realizar para cumprir a missão. São, portanto, formuladas através de verbos que exprimem acção. Este agrupamento constitui uma espécie de crivo de malha grossa para subdivisão das funções em tarefas concretas, agrupando-as, porém, no pressuposto de que ainda não chegámos à pormenorização de todas as tarefas possíveis, que são em número quase ilimitado, tendo em conta a diversidade de cada situação. Esta "malha" permite organizar a actividade, articular as intenções do profissional com a expectativa do beneficiário da ajuda. É em torno destas actividades que ocorre o encontro dos actores cujas expectativas estão por vezes em tensão, ou pelo menos não são espontaneamente acordadas. A dificuldade aqui reside em fazer compreender o relacional que suporta estas actividades, que não é directamente visível mas lhes confere sentido. Metodologia de realização: trata-se de especificar de que forma as actividades são implementadas. A malha é mais fina a fim de descrever aquilo que o profissional executa; a descrição é mais segmentada; também neste caso, não poderíamos ser exaustivos, mas as situações descritas são suficientemente numerosas para dar a ver a relação de ajuda consubstanciada nas situações mais concretas, das mais corriqueiras às mais excepcionais. A pedido dos profissionais associados, e numa preocupação de simplificação, o número foi voluntariamente reduzido. «O método é definido como um conjunto de procedimentos ou de técnicas específicas tendo em vista a recolha e análise de dados utilizados no âmbito da tentativa de resolução de um problema ou de um tema de pesquisa previamente colocado ou proposto. Trata-se de estratégias utilizadas para avaliar provas, verificar princípios e acumular informações de forma sistemática ». (Davidoff, 1983). A metodologia utilizada é de natureza qualitativa, sabendo-se que a fonte directa de dados é o ambiente natural e que o pesquisador constitui o instrumento principal, isto é, que os profissionais/investigadores frequentam os locais de estudo, que eles analisam as acções no ambiente em que estas habitualmente ocorrem. Neste trabalho, a metodologia consiste na manifestação da maneira/modo de fazer, de ensinar, segundo os princípios e em função de uma certa orientação. É o modo de actuação baseado nos princípios de uma ciência ou de um quadro de referências técnicas. A metodologia utilizada para este trabalho assume as dimensões de uma intervenção individual e colectiva, fundada em matrizes de intervenção multidisciplinar e transdisciplinar. Condições de realização: trata-se de dispor de uma ferramenta para análise do contexto no qual a intervenção é realizada, sendo este contexto multidimensional descritível a partir de vários pontos de vista. Esta grelha de leitura do contexto é, a nosso ver, absolutamente essencial quando se faz um esforço de melhoria do desempenho. Permite ancorar os projectos, especialmente os de formação, numa realidade situada, datada, apoiando-se em recursos materiais e humanos. Favorece o exercício de uma responsabilidade efectiva. Permite igualmente ultrapassar a abordagem frequentemente muito individualista da relação de ajuda, reduzida a um frente-a-frente. Convida a re-situar a prestação na sua dimensão de equipa, nas suas dimensões institucionais e de parceria. As condições são também a base material, os meios concretos de que os profissionais dispõem para realizar as tarefas que lhes são confiadas. 17 Fundam-se num conjunto de princípios orientadores da acção institucional, a saber: Participação, Autonomia, Cidadania, Cooperação, Parceria, Rede, Articulação, Equipa, Responsabilidade partilhada, Planificação e gestão participadas/partilhadas da acção Competência, Desenvolvimento social e humano, Pontos críticos: esta rubrica é original e permite introduzir um certo número de elementos para os quais os profissionais ou os beneficiários chamam a atenção. Alguns destes pontos críticos reaparecem como um leitmotiv nos "grupos profissionais". São como sinais de alerta que podem fazer balançar a intervenção no sentido oposto ao que se pretende, a despeito das intenções declaradas, e por vezes mesmo à revelia dos protagonistas. Estes pontos críticos estão vocacionados para alimentar a formação, permitindo igualmente abrir pistas para recomendações. Os saberes: para realizar as actividades, há que ser capaz de mobilizar saberes com diferentes registos. Para maior simplicidade, a opção é a de manter a tripartição, de ora em diante clássica, nas análises de competência: saber-fazer, saberes, saber-ser. Foi possível complexificar esta organização através da referência a uma classificação mais precisa das formas de inteligência, em especial no que se refere à sua dimensão emocional. Mas mais do que as distinções, são os elos que importam. Também neste caso dissociados por necessidades de análise, os três tipos de saberes que compõem as competências são totalmente indissociáveis, ainda que as formas de aquisição não sejam idênticas. É a articulação dinâmica destas três formas de saberes, mobilizadas de forma original em cada uma das situações encontradas pelo profissional, que permite falar de competência e de profissionalismo. É ela que permite "fazer face ao acontecimento". O referencial de formação testemunha a ambição do projecto de jogar nestes três registos, seja qual for o nível dos profissionais. Obviamente, os graus de aprofundamento teórico não serão os mesmos para todas as tarefas de cada profissional, mas a formação deve dar a todos ocasião de ligar estes três tipos de saber. Trata-se de, num mesmo passo, fornecer ao profissional simultaneamente o domínio das técnicas que lhe conferem desembaraço na sua intervenção, mas também referências mais teóricas que 18 lhe permitam dar sentido à sua prática, analisar as situações novas e efectuar transferências entre as situações familiares ou as que o são menos ou o não são de todo. A rubrica saber-ser é, sem dúvida, a mais complexa: esta noção é, desde há muito, objecto de numerosos debates teóricos, em especial sobre a educabilidade da pessoa, e sobre os modos de aprendizagem possíveis e de modificação dos comportamentos que radicam na estrutura da personalidade. A aposta da profissionalização reside no facto de existirem neste registo possibilidades de aquisição, de maturação, de revisão crítica da sua maneira de ser profissional que, por sua vez, está ligada à maneira de ser pessoal, mas que pode e deve distinguir-se desta. Também neste caso é a composição original entre estes diferentes registos que permite a cada um funcionar num quadro de referências explícitas mas sem colocar entraves às margens de iniciativa e de expressão pessoal. Recursos: este termo designa o conjunto da logística pedagógica que permite tornar as situações de formação mais apropriadas à diversidade das pessoas em formação. Estes recursos fazem eco das condições concretas da actividade, tal como descritas no referencial profissional. Bem entendido, estes recursos evoluem em função das inovações pedagógicas e do grau de sofisticação da engenharia. No entanto, elas mantêm-se sempre na ordem dos meios e não saberiam prevalecer na dos fins. 6 A questão dos "níveis de formação" Esta questão surge recorrentemente no decurso dos trabalhos, testemunhando visões muito diferentes, mais uma vez ligadas aos contextos que simultaneamente condicionam as maneiras de pensar e constrangem as possibilidades objectivas. Na realidade, esta questão decompõe-se, pelo menos, em três sub-questões: - uma questão de ordem técnica que é a das equivalências e que pressuporia que as hierarquias em vigor em cada um dos seus países fossem unívocas, o que está longe de ser o caso. - uma questão mais estratégica: quais as pessoas a formar prioritariamente para melhorar a qualidade dos serviços: as pessoas já formadas, supostamente "de bom nível" e susceptíveis de ocupar lugares de gestão ou pelo menos de coordenação de equipa e capazes de desmultiplicar as competências adquiridas, ou as pessoas com menos formação até à data, caracterizadas como "de baixo nível" mas que estão muitas vezes "na primeira linha" e realizam tarefas falsamente simples? - e ainda uma interrogação de ordem mais pedagógica: convirá organizar acções de formação por níveis supostamente homogéneos ou trata-se não apenas de uma ilusão, mas até de um mau preconceito, sendo a heterogeneidade, pelo contrário, uma escolha pedagógica positiva para a confrontação e o enriquecimento de experiências que não decorrem dos níveis mas do posicionamento e da sensibilidade? As respostas serão progressivamente elaboradas. 19 Foi decidido não fazer constar nos referenciais os indicadores de níveis, por um lado para não tornar a sua apresentação ainda mais pesada, e por outro porque pareceu mais sensato que estes referenciais pudessem servir de suporte à elaboração de uma oferta formativa acessível ao maior número de pessoas possível4. Isto reflecte-se nos programas de formação destinados às pessoas já em actividade, em primeiro lugar, bem entendido, os funcionários, mas sem excluir as pessoas com um estatuto muito mais ambíguo, por vezes a meio caminho entre o profissional e o voluntário, que ainda existe muito, sem esquecer as pessoas em regime de trabalho não declarado que poderiam progressivamente ganhar visibilidade através do acesso à formação e que seriam mais uma vez penalizados pelas barreiras dos níveis. Em contrapartida, pareceu possível fazer distinções de níveis, que geralmente envolvem menos a natureza dos conteúdos e mais o seu grau de aprofundamento, no que se refere aos candidatos a emprego, para os quais foram elaboradas propostas diversificadas. Foi adoptada a nomenclatura francesa; era necessário escolher uma, sem lhe atribuir qualquer superioridade, abordando também as categorias propostas pela Itália e pela Roménia. Níveis dos ajudantes e dos ajudados, níveis das actividades, níveis das formações, níveis de reconhecimento social: tudo isto se imbrica e atravessa todo o tipo de hierarquias. A tentativa de acordar ou pelo menos de clarificar as dificuldades específicas contribui para a clarificação do posicionamento das profissões de intervenção social. 4 Referir-nos-emos à oferta de formação no documento n°8 : Formação sobre a relação de ajuda a crianças em situação de abandono 20 Tabela dos níveis de formação a partir da nomenclatura utilizada em França, com indicação de alguns diplomas fornecidos nestes níveis Nível de referência considerado para o projecto França Itália VI Roménia Espanha Portugal Hungria Bulgária Sem qualificação, fim da escolaridade obrigatória V Certificado de aptidão profissional (CAP) Diploma de estudos profissionais (BEP IV. Bacharelato profissional, Diploma de técnico, Diploma profissional III Diploma de técnico superior Diploma universitário de tecnologia IFTS Escola pós-secundário II Licenciatura profissional Diploma universitário Colégio universitário Diploma universitário ou engenharia técnica Formação técnica póssecundária certificado de aptidão profissional (nível IV) Diploma ao nível do bacharelato Universidade « Bacalavar » 4 anos I Mestrado, diploma de engenharia Laurea Licenciatura 1, 2 3 4 Licenciatura ou engenheiro superior Diploma universitário Licenciatura, Mestrado, diploma especializado (nível V) Diploma ao nível da licenciatura Universidade «Mestrado» Doutoramento 5 anos Escola secundária +2 anos de escola profissional Formação profissional de nível 2 Escolaridade obrigatória (nível I) Escola secundária +2 anos escola profissional Matura (Exame de fim de escolaridade não sancionador) Maturità Bacharelato Formação profissional de nível 3 Escolaridade obrigatória e formação profissional Diploma de Estudos profissionais (nível II) Bacharelato profissional Diploma profissional Formação profissional Formação profissional, formação técnica bacharelato (nível III) Formação superior profissional Escola secundária Aprendizado Formação profissional 21 7. Pessoas de contacto : Projecto Relais 2 • FRANÇA • GIP FIPAG Catherine Chaboud Tel : 00 33 6 30 88 61 08 [email protected] 7.2. ROMÉNIA • PARTENER Catalin Ilascu [email protected] 7.3. BULGÁRIA • UNIVERSIDADE DE SOFIA Nelly Petrova Kristina Otzetova [email protected] [email protected] 7.4. HUNGRIA • UNIVERSIDADE DE PECS Gizella Cserné Adermann [email protected] 7.5. PORTUGAL • CASA PIA Maria João Azevedo Luísa Ferreira [email protected] [email protected] 22 ª PARTE II. REFERENCIAL PROFISSIONAL DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO 23 24 REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 1 Actividades • Criar laços A C O L H I M E N T O • Dispor-se ao acolhimento e à escuta - Seja qual for o local, o momento - utilizar os diferentes instrumentos de comunicação verbal ou não verbal - criar fichas de informações sobre o historial de vida e assegurar a confidencialidade das informações • Apresentar-se, solicitar a hospitalidade da pessoa E E S C U T A Metodologia de realização • Dar tempo para adaptação e integração • Respeitar a identidade do idoso • Avaliar os riscos de perda de identidade, de perda de laços afectivos, de desenraizamento, de medo da mudança, de recuso em integrar-se Condições de realização Situação da pessoa ajudada • Com pedido • Sem pedido • Em perigo • Abandonada • Maltratada • Em sofrimento • Numa relação violenta • Em recusa de ajuda • Em situação de maior ou menor dependência física, psíquica, com capacidades de comunicação insuficientes • de origem cultural ou linguística diferente da do interveniente • em estado depressivo ou suicida Pontos críticos • Realidade e representação que se tem da pessoa e da situação • Situação de exclusão social • Pertença a uma comunidade cigana/turca • Representação que se tem do seu papel • Barreiras de comunicação • Estereótipos e mitos relativos aos idosos e ao envelhecimento • Preconceito contra certas comunidades (cigana, por exemplo) • Consciência do carácter intrusivo • Tentação de omnipotência • Análise dos abusos de poder • Rotina • Personalizar a relação tendo em conta as especificidades da pessoa, da sua história, da comunidade a que pertence • Estandardização 25 REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 1 Actividades • Procurar a família e integrá-la no acolhimento em instituição A C O L H I M E N T O E E S C U T A • Analisar as interacções da pessoa com o seu ambiente social • Fazer emergir a necessidade de ajuda, negociar a sua aceitação • Ajudar o idoso a verbalizar os seus problemas • Oferecer uma alternativa e sensibilizar para a livre escolha • Securizar para uma relação fiável Metodologia de realização Condições de realização • Preparar a chegada da pessoa com toda a equipa e com os restantes utentes • Adaptar o acolhimento ao referencial cultural do idoso • Desenvolver contactos com a comunidade cigana, com as minorias étnicas Pontos críticos • Qualidade da coordenação entre as diferentes intervenções • Ausência de todo o sentimento de necessidade de ajuda • Ausência de pedido de ajuda ou recusa, agressividade • Carácter fechado de certas comunidades (cigana, por exemplo), recusa em serem assimiladas a outras culturas. Regras de vida próprias da comunidade • Iliteracia - dificuldades de compreensão • Encontrar-se com a pessoa onde ela estiver, no ponto em que estiver do seu pedido ou do seu não pedido • Propor assistência • Utilizar a língua falada pelo idoso • Propor uma forma de ajuda aceitável e ajustada ao mundo do idoso • Propor os seus serviços • Explicar o seu papel, as condições possíveis da sua intervenção e os seus limites • Situar-se perante a pessoa relativamente aos outros intervenientes, explicar as complementaridades • Ajudar a pessoa a aceder a todos os serviços colocados à sua 26 REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 1 Actividades Metodologia de realização Condições de realização Pontos críticos disposição A C O L H I M E N T O E E S C U T A • Tranquilizar através de um ambiente caloroso • Comunicar com as diferentes categorias de utentes da instituição • Desenvolver uma escuta empática, activa • Intervir em coerência com a equipa e no respeito pelos procedimentos • Personalizar o espaço de vida reservado ao idoso - apresentar-se - apresentar a estrutura e acompanhar o idoso numa visita à mesma - apresentar as regras de funcionamento da instituição • Favorecer a comunicação na língua falada pelo idoso • Favorecer e valorizar o papel da família, dos voluntários, dos parceiros exteriores e saber organizá-lo para usufruir das complementaridades, evitar a concorrência e a redundância • Negociar e ajustar a sua prestação em função das reservas e das condições colocadas pela pessoa • Utilizar todos os documentos previstos para facilitar a compreensão e a memorização • Desempenhar um papel de Local de intervenção: • no domicílio da pessoa • No domicílio do interveniente (família de acolhimento) • Em instituição permanente • Em instituição ocasional (hospital...) • Em centro de acolhimento temporário • Em centro de dia • Em centro de noite • À distância • No domicílio temporário da pessoa itinerante • Universidade da terceira idade Tempo da intervenção: • • • • • Quotidiana Pontual Urgente Vespertina Nocturna Equipas institucionais: • instituições do estado • organizações religiosas 27 • Pertinência da intervenção • Tomada em conta do impacte, adaptação • Distâncias culturais • Diferenças culturais, sociais e religiosas • Dificuldades de comunicação ligadas ao tipo de organização da vida social (patriarcado nos ciganos), às particularidades linguísticas, sociais • Ignorância da língua utilizada pelo idoso • Incompatibilidade relacional • Comportamento deslocado • Falta de supervisão • Ausência de consciência da necessidade de ajuda REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 1 Actividades Metodologia de realização • A C O L H I M E N T O E E S C U T A • • • • Estabelecer os limites da intervenção e definir o seu papel • • • • • interface para que a pessoa seja acolhida no momento da mudança na organização da sua vida Desempenhar um papel de interface com os serviços sociais Apresentar as novas instalações, o novo pessoal, antever as mudanças sempre que possível, explicá-las Estimular os laços sociais com a família e a sua rede de relacionamentos Ajudar as famílias em situação de fragilidade, de precariedade Definir a função no âmbito do projecto de vida e do papel da família Desenvolver uma metodologia de intervenção inter e transdisciplinar Diagnosticar os valores subjacentes à intervenção Clarificar o seu papel e o dos membros da equipa junto do idoso e da sua família Gerir as situações de urgência para evitar desorientações Condições de realização • agrupamento civil • voluntários agrupados ou não • associativos Sistema de actores: • • • • • reduzido complexo coerente e inteligível fiável conflitual Modo de intervenção: • • • • a solo em equipa em rede em complementaridade com a família Posição do interveniente: • responsabilidade total • responsabilidade delegada • em complementaridade com a família 28 Pontos críticos • Trabalho de equipa • Sobrecargas de trabalho • Ausência de intervenções claras REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 1 A C O L H I M E N T O E E S C U T A Actividades Metodologia de realização • Interessar-se pelos centros de interesse da pessoa, pela sua história, o seu contexto, as suas preocupações no momento • Assinalar as diferenças culturais, sociais, de valor e valorizá-las • Praticar a escuta activa, seleccionar as informações, dominar os afectos que elas podem provocar no ajudante e na pessoa ajudada • Gerir a desestabilização provocada pela intervenção • Contribuir para reatar ou estreitar as relações da pessoa com os "seus" • Confrontar-se com a agressividade, a recusa da ajuda, a rejeição, a animosidade, o mutismo, a depressão, a confusão, a amnésia, os comportamentos violentos • Estabelecer limites em caso de solicitações intempestivas ou deslocadas Condições de realização Qualidade do interveniente: • estreante ou experiente • estagiário; aprendiz Organização do trabalho: • organigrama • contributo específico das novas tecnologias • processo de qualidade Tomada em consideração dos aspectos jurídicos, deontológicos e éticos. 29 Pontos críticos REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 2 I D E N T I F I C A Ç Ã O D A S N E C E S S I D A D E S Actividades Metodologia de realização • Caracterizar a situação da pessoa e do seu ambiente utilizando diferentes fontes de informação e cruzando-as • • Avaliar o meio em que a pessoa vive • • Avaliar as consequências inerentes à situação de abandono • Ter em conta a realidade da situação da pessoa - na sua globalidade - nas suas subtilezas Situação da pessoa ajudada: Pontos críticos • Diferenças das necessidades, pedidos, desejos • Condições socioeconómicas precárias (pobreza, desemprego, invalidez) • Prestação-tipo, estandardização • Critérios de apreciação da qualidade das tarefas • Padrões de qualidade dos serviços prestados • Avaliação das necessidades em situação de crise • Definir noções comuns às instituições (necessidade especial, necessidade extraordinária, situação de perigo) para desenvolver a actividade de apoio Insuficiência de instrumentos teóricos e técnicos que permitam um diagnóstico eficaz das necessidades • Heterogeneidade do envelhecimento • • Ter um cuidado particular com a definição das necessidades num contexto de abandono Valorização diferente das necessidades em função das leituras • Variabilidade das necessidades • Evolução das situações • Importância da repercussão subjectiva • Envolvimento da pessoa • • • Avaliar o dinamismo do seu ambiente • Avaliar o risco de abandono e maustratos Conduzir uma conversa não orientadora Deixar a pessoa formular as necessidades e anotar o grau de importância que têm para ela Incentivar a expressão das situações e da sua vivência Visitar o meio em que vivia para compreender as condições de vida anteriores. Caracterizar o contexto familiar, social, económico e cultural. Encontrar-se com o grupo para determinar os seus centros de interesse Condições de realização • • Explicar à pessoa o modo como é percepcionada a sua situação, anotar as suas • • • • • • Com pedido Sem pedido Em perigo Abandonada Maltratada Em sofrimento • Numa relação violenta • Em recusa de ajuda • Em situação de maior ou menor dependência física, psíquica, com 30 REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 2 I D E N T I F I C A Ç Ã O D A S N E C E S S I D A D E S Actividades e contradições - nas suas variações em função do momento - nas suas evoluções ao longo do tempo • Avaliar rigorosamente as necessidades tendo em conta a sua evolução provável ao longo do tempo • Prever as necessidades a fim de melhor lhes dar resposta e acompanhar a pessoa na aceitação das suas necessidades Metodologia de realização reacções • • • • • • • • Privilegiar o que a própria pessoa diz e o modo como o diz • • Permitir à pessoa que formalize as suas necessidades e perceber quais delas são prioritárias para ela Observar a pessoa no contexto da sua vida quotidiana, o modo como ela exerce as suas actividades Avaliação regular da adaptação social dos idosos Elencar as problemáticas (sanitárias, sociais, psicológicas) ligadas à idade, a fim de as referenciar Criar condições para a prática da religião do idoso Memorizar os elementos necessários a uma relação viva e personalizada Reformular para ter a certeza da boa compreensão Observar e analisar o que caracteriza a pessoa ajudada Observar e analisar os diferentes domínios do comportamento e da expressão Condições de realização Pontos críticos capacidades de comunicação insuficientes • De origem cultural ou linguística diferente da do interveniente ajudada • • Obstáculo colocado pela instituição ou pelo serviço Discernir e avaliar o nãopedido, a solicitação permanente Local de intervenção: • No domicílio da pessoa • No domicílio do interveniente (família de acolhimento) • Em instituição permanente • Em instituição ocasional (hospital...) • Em centro de acolhimento temporário • Em centro de dia • Em centro de noite 31 • Tomada em consideração do ponto de vista da pessoa • Cruzamento ou compartimentação dos diagnósticos REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 2 I D E N T I F I C A Ç Ã O D A S N E C E S S I D A D E S Actividades • Descobrir como é que o idoso define as suas necessidades • Descodificar as necessidades Metodologia de realização • • • • Formalizar as informações obtidas • • • Actualizar o inventário das necessidades • • • Informar quais os documentos previstos para este efeito • Adoptar uma atitude de escuta e de vigilância permanente para actualizar o diagnóstico • • • Observar e questionar no âmbito de uma relação calorosa Observar as alterações das necessidades e a sua variação ao longo do tempo Respeitar o modo de vida, os hábitos e o direito à diferença Detectar as necessidades reais na descrição de necessidades irrealistas Situar a pessoa no seu ambiente: geográfico, social, familiar Proceder ao registo das informações recolhidas para poder convertê-las num diagnóstico de identificação das necessidades Estabelecer uma ordem, fixar prioridades, planificar as intervenções, respeitar as regras da "vida em comum" Encaminhar as necessidades avaliadas para a resposta correspondente Fazer o mapa das suas relações Informar os documentos de observação atribuindo-lhes um coeficiente de Condições de realização • À distância • No domicílio temporário da pessoa itinerante • Universidade da terceira idade Período da intervenção: • mensal • quotidiana • pontual • Urgente • Vespertina • Nocturna Pontos críticos • Respeito pela confidencialidade • Respeito pela deontologia e pelo direito • Necessidades irrealistas • Necessidades instáveis • Normas da "vida em conjunto" Sistema de actores: • reduzido • complexo • coerente e inteligível • fiável • conflitual Modo de intervenção: • a solo • em equipa • em rede • em complementaridade com a família Posição do interveniente: • responsabilidade total • responsabilidade delegada • em complementaridade com a família 32 REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 2 I D E N T I F I C A Ç Ã O Actividades • Condições de realização confidencialidade Correlacionar as necessidades identificadas com os afectos e a sensibilidade da pessoa Qualidade do interveniente: • estreante ou experiente • estagiário; aprendiz Organização do trabalho : • organigrama • contributo específico das novas tecnologias • processo de qualidade • Tomada em consideração dos aspectos jurídicos, deontológicos e éticos. • Confrontar a avaliação das necessidades com as escalas-tipo (Maslow, por exemplo). • Confrontar esta avaliação com os outros operadores no âmbito das concertações Criar sistemas de avaliação eficazes Incentivar os intercâmbios interprofissionais • D A S Metodologia de realização • N E C E S S I D A D E S 33 Pontos críticos REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 3 A S S I S T Ê N C I A À V I D A Q U O T I D I A N A Actividades • Zelar pelo correcto desenrolar de cada uma das actividades quotidianas em função do grau de autonomia da pessoa, dos seus gostos, dos seus hábitos pessoais e culturais e do seu estado Metodologia de realização • Ajudar a fazer • Estimular • Encorajar • Encontrar truques de facilitação • Assegurar a ligação • Fazer no local, se a situação da pessoa o exigir - as compras - a preparação das refeições - a toma das refeições - a lida doméstica - a manutenção da propriedade e do conforto do ambiente de vida - cuidados da roupa, lavagem, passagem a ferro - cuidados de higiene e de arranjo pessoal - a toma dos medicamentos - as saídas de lazer ou por necessidade: momentos de convívio na instituição ou no exterior - diligências administrativas: Condições de realização Situação da pessoa ajudada: • Com pedido • Sem pedido • Em perigo • Abandonada • Maltratada • Em sofrimento • Numa relação violenta • Em recusa de ajuda • Em situação de maior ou menor dependência física, psíquica, com capacidades de comunicação insuficientes • De origem cultural ou linguística diferente da do interveniente Local de intervenção: • No domicílio da pessoa • No domicílio do interveniente (família de acolhimento) • Numa instituição permanente (lar, casa) • Em instituição ocasional (hospital...) • Alojamento temporário • Em centro de dia • Em centro de noite • Em centro de convívio • À distância • Universidade da 3ª idade Período da intervenção: • Quotidinano • Pontual 34 Pontos críticos • Possível conflito entre as necessidades do serviço e as necessidades da pessoa • Múltiplos obstáculos quotidianos, ligados aos gostos, às afinidades, aos hábitos de cada um • Disponibilidade • Exigência acrescida de disponibilidade para as pessoas que já não têm parentes próximos • Arbitragem entre funcionalidade e prazer, rotina • Justa apreciação das possibilidades da pessoa • Contribuição para a manutenção da sua autonomia • Avaliação dos riscos incursos nas actividades • Infantilização • Condições materiais inadequadas REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 3 A S S I S T Ê N C I A À V I D A Q U O T I D I A N A Actividades Metodologia de realização * Assistência na obtenção de documentos * Ajuda no recebimento das pensões • Identificar as necessidades de apoio na vida quotidiana • Oferecer os serviços adequados às necessidades da sua vida quotidiana • Variar as propostas de actividades para ultrapassar a monotonia quotidiana, elaborar estratégias para romper com a monotonia dos hábitos • Estimular a independência do idoso nas actividades da vida diária • Sensibilizar o idoso para as questões de higiene e segurança • Mostrar como pedir ajuda • Avaliar as necessidades reais • Variar as propostas • Elaborar estratégias para ultrapassar a monotonia, por exemplo, a formação informal • Motivar as actividades autónomas • Encorajar as iniciativas e realizações pessoais sem fazer em vez da pessoa • Estimular a auto-estima e o sentimento de capacidade nas actividades autónomas • Envolver as pessoas nas tarefas da instituição e do serviço, nomeadamente no espaço que lhe está reservado • Assegurar um espaço privado para a pessoa • Assegurar o respeito pela privacidade (ao nível social, Condições de realização Pontos críticos • Urgente • Vespertina • Nocturna Sistema de actores: • Reduzido • Complexo • Coerente e inteligível • Fiável • Conflitual Modo de intervenção: • a solo • em equipa • em rede • em complementaridade com a família Posição do interveniente: • responsabilidade total • responsabilidade delegada • em complementaridade com a família Qualidade do interveniente: • estreante ou experiente • estagiário; aprendiz Organização do trabalho : • organigrama • contributo específico das novas tecnologias • processo de qualidade Tomada em consideração dos aspectos jurídicos, deontológicos e éticos. 35 Intervenção fora da área de competências Pessoas auxiliares: envolvimento — rotação Condições organizacionais, técnicas e financeiras deficientes Polivalência, poli-competência, trabalho de equipa Resistência do idoso às situações de aprendizagem REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 3 A S S I S T Ê N C I A À V I D A Q U O T I D I A N A Actividades Metodologia de realização • Estimular a intimidade da pessoa idosa (nas actividades da vida diária) psicológico, físico, sexual, familiar) • Assegurar as condições de comunicação com os familiares e amigos (locais de recepção, telefones públicos...) • Manter contactos regulares com a família, os amigos, na ocasião das actividades da vida diária • Incentivar os idosos a expressarem-se sobre as actividades da vida diária e facilitar a resolução de eventuais conflitos • Organizar o acolhimento e a institucionalização se os idosos já não estiverem em condições de assegurar as actividades da vida diária Condições de realização Pontos críticos Demasiados cuidados, superprotecção Partilha do mesmo quarto com várias pessoas Garantia de confidencialidade • Criar espaços de expressão • Favorecer e respeitar o direito de escolher em função dos recursos do serviço • Assegurar-se do consentimento informado das pessoas sobre as intervenções projectadas • Abertura aos ajudantes e aos residentes de comissões de resolução de conflitos Dificuldades de contacto regular • Respeitar o ritmo biológico de cada pessoa (sono refeições) • Incentivar a pessoa a tomar decisões e a controlar a sua própria vida • Apoiar a pessoa nas suas tomadas de decisão e incentivar a sua autonomia 36 REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 3 A S S I S T Ê N C I A À V I D A Actividades Metodologia de realização • Melhorar as condições da vida diária, as ajudas técnicas no plano da saúde • Preparar a pessoa para resistir a eventuais tentativas de conduta abusiva e/ou violenta de que possa ser vítima (p. ex : vendas agressivas) Condições de realização • Adquirir e utilizar equipamentos que proporcionem uma melhor qualidade de vida às pessoas • Adaptar as instalações às dificuldades de mobilidade, às deficiências • Partilhar informação sobre questões de sexualidade, sobre a modificação do corpo ao longo da vida Q U O T I D I A N A 37 Pontos críticos REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 4 C O M U N I C A Ç Ã O Actividades Metodologia de realização • Ligar e integrar a actividade de comunicação no conjunto da relação de ajuda e de reestruturação da identidade da pessoa • Colocar o idoso no centro da rede de informação e de comunicação • Se se justificar, analisar e explorar os sintomas patológicos da comunicação • Elaborar documentos simples, adequados, ilustrados, inteligíveis e todavia exaustivos • Transmitir efectivamente a informação • Reconhecer à pessoa o seu lugar central no sistema de informação e de comunicação privilegiando a relação directa com ela Condições de realização Situação da pessoa ajudada • Com pedido • Sem pedido • Compreender as patologias da comunicação • Em perigo • Abandonada • Maltratada • Guardar comprovativos de transmissão de informação • Zelar pelos níveis de informação, pela natureza da informação segundo o interlocutor, o que ele pode receber, o que ele tem de conhecer, o que o seu papel e a sua responsabilidade permitem • Em sofrimento • Numa relação violenta • Em recusa de ajuda • Em situação de maior ou menor dependência física, psíquica, com capacidades de comunicação insuficientes • De origem cultural ou linguística diferente da do interveniente Pontos críticos • Tomada em consideração das características físicas, psíquicas e sociais da pessoa e dos limites induzidos • Lugar atribuído à pessoa ajudada nos circuitos de comunicação, respeito pela ética, arbitragem entre o que a pessoa deve saber, pode saber, pode entender, quer saber • Associação do grupo • Situações-limite (fim de vida) • Efeitos negativos do modo de comunicação dos media • Conhecimento dos sintomas patológicos da comunicação • Perda das capacidades de atenção, memorização, reflexão • Perda de capacidade auditiva • Vectores de comunicação em condições socioeconómicas críticas • Contribuir para restabelecer a identidade dando à pessoa a informação de que ela tem de dispor sempre para poder situarse como sujeito e usufruir da sua autonomia 38 REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 4 C O M U N I C A Ç Ã O Actividades • Criar modos de comunicação adaptadas a cada pessoa • Manter contactos regulares para informar os parentes próximos • Dar a palavra • Respeitar um espaço pessoal na comunicação • Introduzir uma comunicação assertiva na relação de ajuda • Desenvolver uma escuta activa e acolhedora • Saber comunicar o facto de o trabalhador social querer compreender o idoso • Comunicar de forma congruente* • Informar-se para poder informar de forma contextualizada Metodologia de realização Condições de realização Pontos críticos • Assegurar-se da correcta compreensão da informação • Manter correspondência para os informar • Motivar as pessoas a comunicar e a agir • Desenvolver sinais de reconhecimento mútuo da personalidade - conhecer a história da pessoa - recolher e organizar a informação - cruzar as fontes de informação e - revalorizar a informação - dar provas da sua disponibilidade e da sua eficácia na resolução de problemas sociais • Desenvolver a congruência* entre as palavras, os sentimentos expressos com as palavras, as atitudes, o comportamento Domínio da linguagem corporal Capacidade de interpretação desta linguagem • Utilizar a componente gestual da comunicação • Solicitar a contribuição da pessoa a quem a intervenção se destina. Suscitar a sua participação 39 Confidencialidade REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 4 Actividades Metodologia de realização Condições de realização • Tomada em consideração da interculturalidade • Respeitar a confidencialidade C O M U N I C A Ç Ã O • Informar-se sobre a cultura cigana e sobre outras minorias étnicas, dar informações adaptadas às comunidades • Situar-se no conjunto do sistema de actores, respeitando as regras técnicas e deontológicas • Desempenhar o seu papel de interface e de mediador na complexa cadeia de actores, privilegiando as funções de vigilância e de alerta e evitando as quebras de transmissão • Assegurar-se sobre a boa recepção da informação Pontos críticos • Caracteres específicos de cada grupo étnico • • • • • • • Coordenação e coerência entre os profissionais Respeitar a confidencialidade Ter em conta a família, o grupo, os voluntários, para que eles disponham da informação com a concordância da pessoa ajudada. Aceitar receber informação do meio familiar, dos amigos. Inscrever a sua intervenção numa coerência de equipa Identificar as diferentes fontes de informação Responder ao caderno de encargos de uma informação objectiva, independente que cada membro da equipa pode vir confirmar Prestar contas da sua intervenção segundo os protocolos previstos Participar no funcionamento do sistema evitando as quebras de transmissão Local de intervenção: • No domicílio da pessoa itinerante • No domicílio da pessoa • No domicílio do interveniente (família de acolhimento) • Numa instituição permanente (lar de terceira idade, residência) • Em instituição ocasional (hospital...) • Em centro de acolhimento temporário • Em centro de dia • Em centro de noite • Em centro de animação • À distância • Universidade da 3ª idade Período da intervenção: • • • • • Quotidiano Pontual Urgente Vespertina Nocturna 40 • Meios financeiros e humanos para implementação de um sistema de informação eficaz Barreiras de comunicação: culturais, psicológicas, sociais, institucionais Desmotivação Competências para comunicar Ignorância das regras de comunicação REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 4 Actividades Metodologia de realização • • • C O M U N I C A Ç Ã O • • • • • Informar-se para poder informar nos diferentes registos úteis, recorrendo, na medida do possível,, às novas tecnologias Identificar e manter-se actualizado sobre as diferentes informações necessárias à pertinência da sua intervenção Redigir uma nota, uma mensagem, um breve relatório Transmitir uma informação segundo os protocolos e as modalidades a Escolher os suportes de informação permanentes. Propô-los, explicar o seu papel: agenda, post it, caderneta Formular uma mensagem, adaptá-la ao interlocutor, ao contexto, à situação, fazendo por torná-la o mais clara e acessível possível, evitando a multiplicação simultânea das informações que dificultam a compreensão Informar sobre a organização e as modalidades de intervenção Informar cuidadosamente sobre as transformações e Condições de realização Sistema de actores: • reduzido • complexo • coerente e inteligível • fiável • conflitual Modo de intervenção: • a solo • em equipa • em rede • em complementaridade com a família Posição do interveniente: • responsabilidade total • responsabilidade delegada • em complementaridade com a família Qualidade do interveniente: • estreante ou experiente • estagiário; aprendiz Organização do trabalho : • organigrama • contributo específico das novas tecnologias • processo de qualidade Tomada em consideração dos aspectos jurídicos, deontológicos e éticos. • Contribuição de um perito em comunicação 41 Pontos críticos REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 4 Actividades Metodologia de realização • • C O M U N I C A Ç Ã O • • • • • • Condições de realização modificações (hospitalização, regresso a casa, mudança de pessoa...) que tenham impacte nas condições de vida e modalidades de intervenção Verificar a compreensão das informações transmitidas e reformulá-las na medida do necessário Assegurar a oportunidade do momento e do modo de comunicação Avaliar o impacte e reajustar a mensagem, se necessário Ter em conta todos os registos da comunicação (verbal, não verbal) Responder a um pedido de informação, zelando pela qualidade e precisão da resposta, pela adequação do vocabulário Ajuizar da importância das informações e alertar com conhecimento de causa Prestar contas, sabendo eventualmente sair do âmbito da sua actividade para assinalar todos os factos inusitados, de aparência anódina, que possam ter consequências Utilizar, sempre que possível, os 42 Pontos críticos REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 4 Actividades Metodologia de realização • • C O M U N I C A Ç Ã O • • • Condições de realização meios que utilizam as tecnologias de informação e comunicação Ter em conta todos os registos da comunicação Repetir a informação sempre que necessário Reintroduzir nesta rede as verdades de corredor sob a forma de questionário Integrar o contributo das novas tecnologias em cada uma das tarefas Preparar os elementos úteis à coordenação, à análise das práticas, à avaliação, à validação da experiência 43 Pontos críticos REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 5 Actividades Metodologia de realização • Estar • permanentemente presente e assegurar à pessoa que ela não será abandonada, • tranquilizá-la através de uma relação fiável A C O M P A N H A M E N T O • Manter contactos regulares, manter correspondência com os familiares próximos a fim de os informar, assistir na resolução de • problemas sociais • Desenvolver uma escuta empática, activa • Compreender as necessidades da pessoa e saber dar resposta às mesmas • • • Determinar as condições em que os diversos intervenientes actuarão e verificar a compreensão da mensagem Respeitar a confidencialidade da relação, a intimidade da pessoa Manter uma relação de confiança com as técnicas de escuta e de relação empática Condições de realização Pontos críticos Situação da pessoa ajudada: • • • • • • • • • Com pedido Sem pedido Em perigo Abandonada Maltratada Em sofrimento Numa relação violenta Em recusa de ajuda Em situação de maior ou menor dependência física, psíquica, com capacidades de comunicação insuficientes • de origem cultural ou linguística diferente da do interveniente Identificar as necessidades Proceder à actualização Colocar-se ao alcance da pessoa, permanecer acessível • Continuidade da intervenção • Intervenção no campo dos maus-tratos • Confrontação com o fim da vida e a morte • Natureza das situações que não colocam apenas questões técnicas mas se inscrevem no domínio da ética • Tensão, conflitos, interesses contraditórios entre a pessoa e o seu ambiente • Situação decorrente de doença mental, • Trabalho na incerteza • Mobilidade do pessoal auxiliar • Recusa de ajuda • Falta de confiança • Estar atento aos sentimentos, conhecimentos, aptidões do idoso • • Respeitar o ritmo da pessoa Conhecer o seu estado de saúde • Prever as alterações das necessidades a fim de lhes dar uma • • Instaurar a confiança Comprometer-se a não a abandonar • Recusa do envelhecimento 44 REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 5 Actividades melhor resposta • Restabelecer a autonomia Metodologia de realização • • • A C O M P A N H A M E N T O • Valorizar o presente • • • • • Ajudar a recapitular a vida, ligar os fios • Incentivar os projectos • Incentivar a elaboração do projecto de vida e colocá-lo em prática • • • • • Identificar o seu papel de forma a dá-lo a entender à pessoa Ter em consideração as especificidades da pessoa, do contexto familiar, social, cultural Fazer com que a pessoa esteja no centro do esforço de autonomia Criar condições de escuta Permitir à pessoa ser ela própria Colocar-se numa atitude de verdade Estabelecer pontes com o passado Deixar a pessoa chegar à sua verdade Atribuir peso às palavras Colocar a tónica nos recursos e nas potencialidades Prestar atenção ao não-dito, ao implícito, à negação Reunir as informações necessárias à elaboração do projecto Incentivar a abertura do projecto às expectativas, ao futuro Aceitar, valorizar as constantes mutações do projecto de vida Adaptar o projecto de vida à situação de saúde, às Condições de realização Local de intervenção: • No domicílio da pessoa • No domicílio do interveniente (família de acolhimento) • Numa instituição permanente (lar de terceira idade, residência) • Em instituição ocasional (hospital...) • Em centro de acolhimento temporário • Em centro de dia • Em centro de noite • Em centro de animação • À distância • Universidade da 3ª idade 45 Pontos críticos REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 5 Actividades Metodologia de realização Condições de realização Pontos críticos possibilidades A C O M P A N H A M E N T O • Acompanhar o fim da vida até à morte • Ajudar a pessoa a aceitar a imagem da velhice reflectida pelos outros residentes • Acompanhar o idoso no processo de envelhecimento • Tranquilizar através de uma relação fiável e do compromisso de não o abandonar • Fazer com que haja uma continuidade no acompanhamento • Assegurar um apoio contínuo até aos últimos instantes de presença na instituição • Assegurar a satisfação de todas as necessidades detectadas e a administração de todos os cuidados necessários • Assegurar os cuidados necessários sem preconceitos • Estar atento aos • • • • • • • • • • • • • Promover a aceitação dos sintomas de envelhecimento Organizar os funerais das pessoas que não tenham familiares ou amigos Ajudar a pessoa a aceitar a perda de capacidades físicas e psíquicas Apoiar a pessoa em caso de doença degenerativa (Alzheimer) Abster-se de uma assistência infantilizante Definir a responsabilidade de cada interveniente Identificar o papel de cada um e estar em condições de o explicar Avaliar a pertinência da organização das intervenções Trabalhar em equipa Definir os direitos e deveres da pessoa ajudada e dos profissionais Organizar a ajuda Avaliar o trabalho de equipa Zelar pela execução de todas as intervenções previstas Preconceitos 46 REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 5 A C O M P A N H A M E N T O Actividades Metodologia de realização sentimentos, aos conhecimentos, às aptidões nas suas acções, às relações dos idosos • Zelar pela qualidade dos cuidados • • Acompanhar o idoso no seu processo de envelhecimento • Ajudar a pessoa a compreender a ambivalência dos seus sentimentos Partilhar as interrogações, as incertezas Permitir a expressão do sofrimento. Encontrar a distância correcta para o entender, descodificar, relatar nos seus cambiantes • • Incentivar a elaboração de um projecto de vida para o idoso • Prever as alterações das necessidades a fim de lhes dar uma melhor resposta • • • • • • • • Contribuir para a expressão dos sentimentos e das emoções na sua variabilidade, ambivalência e evolução. Ajudar a apaziguar os receios e as angústias Descodificar os pedidos, ir além dos pedidos imediatos Respeitar o ritmo da pessoa Acompanhar as etapas da morte Ressocializar a morte Usar gestos simples para traduzir a presença e a compaixão Exercer vigilância para prevenir comportamentos suicidas Levar um olhar que restitua a pessoa à sua humanidade e Condições de realização Período da intervenção: • • • • • Quotidiana Pontual Urgente Vespertina Nocturna Sistema de actores: • • • • • reduzido complexo coerente e inteligível fiável Conflitual Modo de intervenção: • • • • • • a solo em equipa em rede em complementaridade com a família em consulta com a ajuda técnica do departamento 47 Pontos críticos REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 5 Actividades Metodologia de realização • • • • A C O M P A N H A M E N T O • • • • • • • • • dignidade Organizar o apoio Respeitar o apoio informal e intervir em coerência Ajudar a pessoa a recapitular a vida e a dar-lhe sentido Conferir toda a qualidade ao presente Vigiar o modo como são transmitidas as informações Sentar-se, reservar tempo para a escuta, para a presença silenciosa Incluir-se num esforço de assistência e ter a preocupação de explicar tudo Respeitar o labor psíquico intenso que acompanha o fim da vida Respeitar o silêncio e o tempo de interiorização Devolver à pessoa a imagem da sua dignidade humana, seja qual for o seu estado físico ou psíquico Dar apreço à interpretação que a pessoa faz da sua situação Gerir a agressividade, os conflitos, as situações de violência, o desespero Personalizar a relação, situar- Condições de realização • com a assistência social Posição do interveniente • responsabilidade total • responsabilidade delegada • em complementaridade com a família Qualidade do interveniente • estreante ou experiente • estagiário; aprendiz organização do trabalho • organigrama • contributo específico das novas tecnologias • processo de qualidade Tomada em consideração dos aspectos jurídicos, deontológicos e éticos. 48 Pontos críticos REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 5 Actividades Metodologia de realização Condições de realização se numa relação de apoio (saber encontrar a distância correcta, fazer a distinção entre o seu desejo e o desejo do outro) A C O M P A N H A M E N T O • Apoiar nos momentos de fadiga, de sofrimento, de confusão, de luto • Apoiar-se nos momentos felizes, ajudar a apreciar o quotidiano • Dinamizar, favorecer o desenvolvimento dos recursos da pessoa ajudada, a sua resiliência Estar atento a todos os registos de necessidades de cada pessoa (materiais, psicológicas, sociais, culturais, espirituais) • • Munir-se de referências para ajuizar da pertinência da sua intervenção • Participar na avaliação da equipa • Actuar em função dos limites e dos deveres profissionais 49 Pontos críticos REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 6 Actividades • Proteger a pessoa P R O T E C Ç Ã O S E C U R I Z A Ç Ã O • Criar uma atmosfera tranquilizadora Metodologia de realização • Utilizar a segurança como tema da relação • Questionar as pessoas envolvidas e ouvir a sua leitura do espaço restrito, do espaço próximo, da cidade • Encorajar a pessoa a exprimir os seus sentimentos • Abster-se de juízos de valor sobre a expressão dos sentimentos • Redigir um contrato em função das necessidades e no âmbito do projecto de vida • Estimular a independência e a autonomia mas proteger a pessoa • Estabelecer e manter uma relação segura e empática com o idoso • Mencionar, no contrato, os direitos e deveres da pessoa e dos profissionais, a natureza dos serviços e das prestações asseguradas • Na instituição, efectuar a análise do regulamento interno • Partilhar o conhecimento dos diversos meios de protecção das pessoas Condições de realização Situação da pessoa ajudada: • Com pedido • Sem pedido • Em perigo • Abandonada • Maltratada • Em sofrimento • Numa relação violenta • Em recusa de ajuda • Em situação de maior ou menor dependência física, psíquica, com capacidades de comunicação insuficientes • de origem cultural ou linguística diferente da do interveniente Local de intervenção: • No domicílio da pessoa • No domicílio do interveniente (família de acolhimento) • Em instituição permanente (lar de terceira idade, residência) • • • • • • • Em instituição ocasional (hospital...) Em centro de acolhimento temporário Em centro de dia Em centro de noite Em centro de animação À distância Universidade da 3ª idade • Assegurar a representação dos utilizadores junto das instituições e organizações 50 Pontos críticos Mobilidade do pessoal auxiliar • Atitudes super-protectoras que podem comprometer a liberdade, gerar angústia, fragilizar, levar à perda de confiança e de autonomia • Utilização intempestiva dos regulamentos que destroem as iniciativas • Adopção de um aumento da lógica securitária e da garantia do risco zero Abuso de autoridade em nome da segurança, em nome da protecção REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 6 Actividades Metodologia de realização sociais para assegurar a defesa dos seus direitos P R O T E C Ç Ã O • Trocar informações sobre os riscos do meio onde vive • Desenvolver uma estratégia de escuta activa Pontos críticos Período da intervenção: • Quotidiano • Pontual • Urgente • Vespertina • Nocturna • Favorecer a expressão das dificuldades sentidas, dos centros de interesse • Securizá-la S E C U R I Z A Ç Ã O Condições de realização • Acompanhar a pessoa no seu percurso, conservando uma atitude de interesse e de empatia • Gerar a segurança de que a pessoa é aceite e mostrar continuamente a vontade de a compreender • Garantir a confidencialidade. • Garantir a segurança moral, jurídica • Proteger contra as ameaças anteriores à institucionalização • Garantir uma segurança afectiva • Securizar os espaços de vida • Respeitar os tempos de diálogo e os tempos de silêncio, o espaço pessoal Domínio das regras de segurança • Defender os direitos dos idosos • Prevenir os actos de malevolência, os abusos, as extorsões • Securizar os espaços de vida, alertar para os perigos do local onde vive, aconselhar, sugerir modificações, recomendar, Confidencialidade 51 REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 6 Actividades • Securizar as deslocações P R O T E C Ç Ã O S E C U R I Z A Ç Ã O Metodologia de realização • • • Prevenir as quedas • Prever os riscos • Reconhecer e analisar os factores de risco. Elaborar um plano de protecção • • • • • Prevenir tanto quanto possível as situações de urgência • • verificar a exequibilidade, realizar, fazer realizar em função das normas exigidas. Manter um registo das deslocações das pessoas institucionalizadas Saber olhar o espaço sob o ângulo da segurança, tendo em conta a situação específica da pessoa, associando-a, levando em conta a sua opinião, os seus desejos, as suas reticências Saber recorrer à ajuda dos profissionais e renovar o seu olhar sobre o espaço Vigiar o estado de saúde física e mental da pessoa e a suas evoluções Vigiar a qualidade da ergonomia dos materiais e a sua correcta utilização Securizar as deslocações, prever a organização das deslocações exteriores, conferir-lhes, se necessário, uma certa regularidade, assegurando assim referências no tempo e no espaço Aconselhar prudência sem traumatizar por excessos de alerta Prevenir as quedas Condições de realização Pontos críticos Sobrestimar/subestimar os riscos Sistema de actores: • • • • • reduzido complexo coerente e inteligível fiável conflitual 52 REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 6 P R O T E C Ç Ã O S E C U R I Z A Ç Ã O Actividades • Mover o idoso sem afectar a sua integridade física • Utilizar um sistema de alarme para as situações de urgência Metodologia de realização • Prevenir incêndios, explosões • Securizar os bens • Gerir o imprevisto para evitar que seja fonte de inquietação • Informar, adaptar, fazer respeitar, repetir as instruções de segurança, verificar a sua correcta compreensão • Organizar referências temporais • Intervir no sentido da implementação de tutela ou de gestão delegada • Dominar as técnicas de manutenção das pessoas e dos doentes Condições de realização Pontos críticos Modo de intervenção: • a solo • em equipa • em rede • em complementaridade com a família Posição do interveniente: • responsabilidade total • responsabilidade delegada • em complementaridade com a família Qualidade do interveniente: • estreante ou experiente • estagiário; aprendiz Organização do trabalho : • organigrama • contributo específico das novas tecnologias • processo de qualidade Tomada em consideração dos aspectos jurídicos, deontológicos e éticos. 53 Desconfiança em relação aos sistemas de vigilância automatizados REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 7 Actividades • Animar A N I M A Ç Ã O S O C I A L I Z A Ç Ã O • Planificar as actividades no quadro de um projecto de vida • Prevenir a monotonia, o isolamento e a solidão dos utilizadores em função do projecto de vida da pessoa • Desenvolver as actividades de ocupação e de animação com as pessoas • Adaptar as actividades propostas aos desejos das pessoas acolhidas Metodologia de realização Condições de realização • Redigir um contrato em função das necessidades, baseando-se no projecto de vida elaborado por e para a pessoa • Clarificar, no contrato, os direitos e deveres da pessoa e dos profissionais, a natureza dos serviços prestados • Implementar as actividades propostas tendo em conta as características físicas, psicológicas e sociais e a sua experiência de vida Pontos críticos • Transformação das técnicas de animação em receitas, e respectiva utilização com uma obstinação intempestiva • Ausência de períodos de descanso, de silêncio, de interiorização • Adopção de comportamentos infantilizantes • Rotina • Uniformização das actividades • Ignorância dos efeitos do envelhecimento na motivação • Idosos isolados • Nivelamento por baixo das actividades • Carga de trabalho do pessoal de ajuda • Resistência à mudança • Criar instrumentos de informação sobre os gostos e centros de interesse dos idosos • Inventariar todos os domínios em que as actividades se inscrevem • Facilitar a realização de 54 REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 7 Actividades Metodologia de realização • Motivar a actividade do idoso A N I M A Ç Ã O S O C I A L I Z A Ç Ã O • Estimular a participação nas actividades propostas • • • • Incentivar a abertura ao mundo exterior • Criar as condições de um ambiente social assimilável a um quadro de vida agradável • Facilitar a apreensão de uma sociedade moderna • Motivar, ajudar o idoso a utilizar o computador, a Internet • • • • • • • Manter e recriar laços • Valorizar a história e a experiência da pessoa • actividades correspondentes aos centros de interesse e às possibilidades Propor actividades atractivas e variadas Permitir consumir, ver montras, ir ao mercado... Familiarizar o idoso com as novas tecnologias e com as evoluções socioculturais que lhes estão associadas Permitir ao idoso adaptar o seu comportamento às evoluções sociais contemporâneas Organizar cursos de informática adaptados Apresentar grupos virtuais com os quais se possam construir relações Narrar, levá-los a narrar a actualidade, a história Incitar à participação nas actividades do bairro, da instituição Ajudar a elaborar um projecto de telefone, de correio, de visita, de viagem, de encontro para mudar a relação com o tempo. Ajudar a escolher uma emissão de rádio ou de televisão adequada, a inscrever-se numa biblioteca Condições de realização Local de intervenção: • No domicílio da pessoa • No domicílio do interveniente (família de acolhimento) • Em instituição permanente (lar de terceira idade, residência) • Em instituição ocasional (hospital...) • Em centro de acolhimento temporário • Em centro de dia • Em centro de noite • Em centro de animação • À distância • Universidade da 3ª idade Situação da pessoa ajudada: • Com pedido • Sem pedido • Em perigo • Abandonada • Maltratada • Em sofrimento • Numa relação violenta • Em recusa de ajuda • Em situação de maior ou menor dependência física, psíquica, com capacidades de comunicação insuficientes • De origem cultural ou linguística diferente da do interveniente 55 Pontos críticos • Esquecimento do encanto, da riqueza, do valor das experiências, do saber-fazer das técnicas dominadas pela pessoa • Percepção da aparência de degradação em detrimento daquilo que resta de vida, de desejo, de frescura Familiarização com as ferramentas electrónicas REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 7 Actividades Metodologia de realização • Adoptar estratégias de escuta activa, de atenção aos centros de interesse • A N I M A Ç Ã O S O C I A L I Z A Ç Ã O Acompanhar o seu percurso conservando a mesma atitude de interesse e de empatia Condições de realização Período da intervenção: • Quotidiana • Pontual • Urgente • Vespertina • Nocturna • Promover actividades que valorizem o património cultural da pessoa • Incentivar a expressão criativa • Gerir os tempos livres das pessoas idosas tendo em conta as suas capacidades físicas • Encontrar ocasiões e meios para revalorizar o património dos antigos, contribuir para a sua memorização, a sua revivificação (canções, narrações, costumes gastronómicos, utensílios, trabalho, modos de vida) • Informar sobre os recursos existentes disponíveis. • Permitir a sua utilização. Planificar as actividades • Criar condições de utilidade social • Promover a abertura e a (re)inserção da • Dar a oportunidade de ter um papel social • Manter uma articulação com Sistema de actores: • • • • • reduzido complexo coerente e inteligível fiável conflitual Modo de intervenção: • • • • a solo em equipa em rede em complementaridade com a família 56 Pontos críticos REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 7 A N I M A Ç Ã O S O C I A L I Z A Ç Ã O Actividades Metodologia de realização pessoa na comunidade ao nível social, profissional, pessoal e no exercício da cidadania os actores locais para aproveitar as oportunidades de participação em actividades Ajudar a pessoa a desempenhar um papel activo na vida social ou na instituição Permitir a prossecução da actividade profissional valorizando as competências adquiridas, facilitando os contactos com os actores locais Promover reuniões com a família, criar momentos de convívio inter-geracionais Recorrer à viagem, ao espírito de viagem, ao conhecimento do mundo para dar a pensar, a conhecer, a despertar Manter uma relação de ajuda à organização ou à participação nos encontros de vizinhança, conversas de patamar. Considerar uma nova situação como uma possibilidade de criar novas redes de intercâmbio Utilizar o tempo de escola como fonte de riqueza, de encontros e de trocas intergeracionais • • Ajudar a pessoa a conservar o seu papel e/ou a adaptar-se a novos papéis em função do seu projecto de vida • • Desenvolver relações intergeracionais • • • • Condições de realização Pontos críticos Posição do interveniente: • responsabilidade total • responsabilidade delegada • em complementaridade com a família Qualidade do interveniente: • estreante ou experiente • estagiário; aprendiz • voluntário Organização do trabalho : • organigrama • emprego do tempo • contributo específico das novas tecnologias • processo de qualidade Tomada em consideração dos aspectos jurídicos, deontológicos e éticos. 57 Preconceitos, ideias feitas sobre a velhice REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 8 Actividades • Inserir-se numa dinâmica profissionalizante P R O F I S S I O N A L I Z A Ç Ã O Metodologia de realização • Situar claramente a relação de ajuda na originalidade dos seus contributos, na sua capacidade de dar sentido, de dinamizar a sua prestação • Medir a extensão das contribuições técnicas dos diferentes domínios das ciências humanas para a relação de ajuda e utilizar os progressos realizados como facilitação da eficácia da sua acção • A fim de adaptar as suas competências à evolução das necessidades. Exigir formação contínua • Participar nas actividades sociais da profissão, nas organizações, nos fóruns, nas publicações profissionais Condições de realização Pontos críticos • Organização que favorece o desenvolvimento das competências, a sua valorização e a sua validação • Integração da imagem depreciada da profissão • Coerência com os objectivos e os meios disponíveis (materiais e humanos) • • Organização do trabalho • Definição de funções coerente • Assistência psico-pedagógica dos profissionais • Elaborar um plano de formação centrado nos saberes práticos, nas atitudes e comportamentos para os profissionais Depreciação da dimensão relacional: esta dimensão é considerada como um dado natural decorrente de uma dedicação inata que não justificaria qualquer formação • Falta de uniformização das formações iniciais e contínuas • Ausência de programas de qualificação do sujeito do abandono • Meios de financiamento • No quadro da desinstitucionalização, criar um processo rápido de formação para as pessoas que tenham de assegurar 58 REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 8 Actividades • Identificar a relação de ajuda P R O F I S S I O N A L I Z A Ç Ã O Metodologia de realização novas funções • Colocar a relação de ajuda ao seu mais alto nível de tecnicidade, ao mesmo nível que os progressos realizados no domínio médico • Avaliar o poder de inovação da sua prestação introduzido pela área da relação de ajuda • Clarificar a sua função • Situar a sua intervenção numa acção de parceria • Apreciar o prazer de agir no que respeita à área da relação de ajuda Condições de realização • Procedimentos claros • Processo de qualidade • Tempo adequado de coordenação • Acompanhamento no emprego • Tutoria • Qualificar-se para a intervenção junto de pessoas com doenças degenerativas (Alzheimer, Parkinson, esclerose por placas...) • Elaborar os cursos de formação com base nas necessidades e pedidos específicos de cada instituição Pontos críticos • Abordagem tecnicista ou desqualificante fortemente implantada • Organização compartimentada que não permite a aquisição de competências pessoais e colectivas • Opções económicas desfavoráveis • Esgotamento profissional • Maus-tratos por ignorância, insuficiência de qualificações • Gestão do tempo em situação de sobrecarga • Instabilidade do pessoal • Instabilidade financeira das organizações • Inscrever a sua acção na dinâmica da política levada a cabo pela instituição 59 REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 8 P R O F I S S I O N A L I Z A Ç Ã O Actividades • Trabalhar em equipa numa cooperação intersectorial. Saber tomar iniciativas de actividades • Inserir-se num processo de qualidade Metodologia de realização Condições de realização • Conhecer as técnicas de gestão do grupo • Identificar os factores que têm um impacte positivo nas relações mútuas • Gerir o tempo • Identificar os parceiros e as suas competências. Situar o seu papel e a sua prestação neste conjunto, solicitar as capacidades e energias, comunicar e prestar contas • Analisar as práticas • Avaliar a sua própria intervenção • Supervisão • Supervisão individual e em grupo • Possibilidade de transferência • Articulações possíveis entre a vida pessoal e profissional • Trabalho em equipa • Gestão do stress • Gestão da instabilidade emocional • Prevenção do esgotamento profissional • Acesso a uma oferta de formação adequada • Reconhecer os seus limites • Não abusar dos seus poderes • Desenvolver a necessidade de Pontos críticos • Aceitar a frustração associada à profissão e à falta de interacção com os utentes 60 • Aumento do fatalismo • Possibilidade ou não de mudança de actividade e de promoção profissional REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 8 Actividades Metodologia de realização Condições de realização auto-formação • Ser capaz de solicitar ajuda P R O F I S S I O N A L I Z A Ç Ã O • Analisar a sua prática de maneira reflectida • Conhecer os processos e metodologias. Ter a preocupação de os implementar. Conhecer e colocar em prática os regulamentos, as normas, respeitando o seu espírito • Tempo e local de interrogação partilhada • Centro de recursos acessível • Importância atribuída aos aspectos jurídicos, deontológicos e éticos • Situar a análise como força de renovação do prazer da sua prestação • Participar nas diferentes instâncias de regulação, suscitá-las quando não existam • Cuidar de si próprio • Consultar as pessoas em questão e levar em linha de conta as suas opiniões • Prever os processos de avaliação • Valorizar a sua prestação e reforçar a sua • Efectuar uma avaliação contínua 61 Pontos críticos REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 8 Actividades identidade profissional P R O F I S S I O N A L I Z A Ç Ã O Metodologia de realização Condições de realização • Vivê-la como um processo de qualidade da organização, da estrutura • Construir os sistemas de referência levando em linha de conta o ponto de vista da pessoa ajudada • Organizar de forma pragmática, a recolha, formalização, difusão das boas práticas • Exprimir os seus limites, manter-se no seu papel • Participar nas trocas de experiências • Gerir a sua energia e a sua renovação • Participar em grupos de debate • Saber obter ajuda • Pedir uma mudança para outros postos de trabalho ou funções. Falar da profissão, 62 Pontos críticos REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 8 P R O F I S S I O N A L I Z A Ç Ã O Actividades Metodologia de realização Condições de realização do seu papel, do âmbito da sua intervenção com a pessoa ajudada, com a família, com os voluntários, com o seu grupo • Consolidar a auto-imagem positiva e estruturante para aceitar as frustrações da relação de ajuda • Ter a preocupação de fazer reconhecer os seus conhecimentos e conhecer os procedimentos de validação da experiência • Aproveitar as oportunidades de promoção pessoal, social e de reconhecimento das suas competências. • Saber estabelecer prioridades para as suas intervenções, tomar iniciativas, riscos calculados, julgar a sua intervenção em função do interesse da pessoa • Estar em posição de formular, de pôr em prática as regras 63 Pontos críticos REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 8 Actividades Metodologia de realização Condições de realização deontológicas da relação de ajuda P R O F I S S I O N A L I Z A Ç Ã O • Qualificar-se e validar a sua experiência • Avaliar a sua intervenção segundo uma racionalidade profissional • Compreender o seu próprio papel e a necessidade de melhorar a sua qualificação • Exercer a sua responsabilidade e respeitar a deontologia • Desenvolver a sua capacidade de aprendizagem • Estar consciente dos valores que norteiam o seu trabalho e o sentido da vida • Conversar com a pessoa ajudada sobre este assunto e sobre os compromissos que daí decorrem • Trocar ideias com os colegas • Situar claramente a relação e participar nas reuniões de "debriefing", de coordenação, de síntese • Participar em ciclos de formação, em jornadas profissionais • Formalização das regras deontológicas • Explorar as situações mais informais de trocas de ideias 64 Pontos críticos REFERENCIAL PROFISSIONAL RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 8 P R O F I S S I O N A L I Z A Ç Ã O Actividades • Partilhar uma reflexão ética Metodologia de realização Condições de realização entre profissionais • Explorar as observações da pessoa ajudada e do seu grupo • Dominar os diferentes instrumentos de análise e de avaliação Glossário: Congruência : relação de equivalência, de igualdade Congruente : relação adequada, apropriada, conveniente, pertinente, consequente 65 Pontos críticos 66 ª PARTE III. REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO 67 68 REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 1 Saber-fazer • Criar laços A C O L H I M E N T O E E S C U T A SABERES Actividades • Respeitar a identidade do idoso • Avaliar os riscos de perda de identidade, de perda de laços afectivos, de desenraizamento, de medo da mudança, de recusa em integrar-se • Organizar as condições de acolhimento (espaço, tempo). • Assegurar a acessibilidade das infraestruturas às pessoas com dificuldades ou deficiências físicas • Saber associado ética e filosofia - a noção da pessoa - o Eu e o próximo - a hospitalidade Privilegiar um espaço e um tempo de acolhimento adaptado às situações individuais • Adoptar o acolhimento ao referencial cultural do idoso • Procurar a família e integrá-la no acolhimento em instituição 69 Recursos Saber-ser Recursos REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 1 Saber-fazer • Fazer emergir a necessidade de ajuda, negociar a sua aceitação A C O L H I M E N T O SABERES Actividades • Ajudar o idoso a verbalizar os seus problemas • Gerir a intrusão: ter em conta a apreensão, as reticências, a agressividade, a recusa, a angústia, a confusão • • E E S C U T A • Estabelecer contactos com as comunidades (cigana, por exemplo), saber utilizar as ferramentas de comunicação verbal e não verbal Saber compreender e utilizar a língua falada pelo idoso (a língua da sua comunidade, cigana, por exemplo, e outras minorias étnicas) Saber-ser abordagem gerontológica Logística - espaço organizado - material informático - material especializado segundo a intervenção técnica - acesso à Internet Empático Psicologia - conhecimento do idoso: elementos de gerontologia - patologias do idoso, comportamentos agressivos / ansiosos/ depressivos / suicidas… - demência - abandono: causas e efeitos: factores de risco, factor de protecção Criar fichas de informações e assegurar a respectiva confidencialidade Acolhedor Adaptado à situação Autêntico Benevolente - sociologia da família 70 Fontes documentais multimédia - livros - imprensa generalista e especializada - literatura cinzenta - vídeos, filmes - CD-ROM e DVD - Base de dados - Documentos pedagógicos Afável Firme Atencioso sociologia/antropologia • Oferecer uma Recursos Saber associado Sensível ao papel desempenhado pelas afinidades REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 1 SABERES Actividades Saber-fazer alternativa e sensibilizar para a livre escolha A C O L H I M E N T O • Securizar para uma relação fiável • Tranquilizar através de um ambiente caloroso E E S C U T A • Comunicar com as diferentes categorias de utentes da instituição • Desenvolver uma escuta empática, activa • Ajudar o idoso • Propor os seus serviços e explicitá-los, apresentar o quadro Saber-ser - habitus - representação social / marginalidade - abordagens culturais: • imigração • aculturação • língua das comunidades • Dono dos seus afectos • Próximo e conservando as distâncias • Necessário • Convincente • Confiante direito/deontologia conhecimento do ambiente • Familiarizar o idoso com o seu ambiente de vida, levando-o a visitar a estrutura, por exemplo, adoptar um comportamento de assistência e de explicação constantes Recursos Saber associado - conhecimento da instituição e do serviço: • Missão • Organização • Procedimentos Arquitectura noção de organização do espaço Metodologia/ciências da informação e da comunicação - métodos de identificação 71 • Respeitador da identidade da pessoa • Atento • Responsável • Preciso • Consequente • Estruturante • Respeitador da ética profissional, consequentemente da confidencialidade, dos valores morais • Caloroso e comunicativo • Responsável • Com domínio do stress • Com domínio dos conflitos • Preocupado em preservarse, em recarregar baterias, em oxigenar-se, em renovar-se, em defenderse Métodos pedagógicos - estudo de caso - análise de práticas - role play - questionamento - análise de imprensa e da actualidade - história de vida - exploração de visitas - exercícios práticos sobre material específico - recolha de boas práticas - trabalho de escrita profissional - pesquisa em centro documental ou pela Internet - observação - serviços de assistência telefónica REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 1 Saber-fazer acolhido a verbalizar os seus problemas A C O L H I M E N T O SABERES Actividades • Intervir em coerência com a equipa e no respeito pelos procedimentos • Estabelecer um laço de confiança • Respeitar a intimidade • Levar a pessoa a aceitar ajuda • Penetrar no mundo do outro e captar os significados que as coisas têm para ele • Criar a distância emotiva e afectiva necessária para poder ajudar e ajudar-se • Respeitar a autonomia e a decisão do outro • Aceitar e gerir o silêncio E E S C U T A • Equilibrar o tempo de fala e de escuta Saber associado dos modos de comunicação - funções da comunicação oral e escrita: • recepção: escuta e questionamento • emissão: comunicar para informar - reportar - convencer - construir • técnicas de ajuda à verbalização • barreiras de comunicação • conhecimento da língua utilizada para os grupos minoritários • Encontrar os centros de interesse da pessoa para poder estabelecer um contacto autêntico e significativo • Renovar a disponibilidade sempre que haja uma mudança de organização 72 Recursos Saber-ser - psicológica - sistema de telealarme Recursos humanos REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 1 SABERES Actividades Saber-fazer Saber associado • Adoptar a mesma atitude com o grupo, a família eventual, os voluntários A C O L H I M E N T O E E S C U T A • Analisar as interacções da pessoa com o seu ambiente social • Estabelecer os limites da intervenção e definir o seu papel • Avaliar a sua disponibilidade e dá-la a conhecer à pessoa • Articular a sua intervenção com as dos outros profissionais • Conservar os elementos de informação recolhidos para alimentar o trabalho de concertação • Praticar desvios metodológicos • Valorizar o papel das redes familiares e sociais de apoio • Saber reconhecer os seus limites, fazer intervir a complementaridade, a não "omnipotência" 73 Recursos Saber-ser REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 2 I D E N T I F I C A Ç A O D A S N E C E S S I D A D E S SABERES Actividades Saber-fazer • Avaliar o risco de abandono e maus-tratos • Avaliar o meio em que a pessoa vive • Avaliar o dinamismo da sua rede social • Avaliar as consequências inerentes à situação de abandono • Caracterizar a situação das necessidades da pessoa utilizando diferentes fontes de informação e cruzando-as • Conhecer as condições de vida anteriores do idoso (diálogo com a família, visita ao seu domicílio...) • Encontrar-se com o grupo do idoso a fim de se inteirar dos seus centros de interesse e o seu modo de vida • Saber integrar-se • Ter em conta a realidade da situação da pessoa - na sua globalidade - nas suas • Privilegiar o que a pessoa diz de si própria e o modo como o diz • Tomar em conta a realidade da situação • Prevenir as situações Recursos Saber associado ética e filosofia Saber-ser Atento Recursos Discreto Curioso Logística Autêntico - espaço organizado Com sangue frio - material informático - material especializado segundo a intervenção técnica - acesso à Internet Responsável Método de entrevista do trabalho social (individual em grupo) Aberto e tolerante Empático Valorizante abordagem gerontológica - livros - imprensa generalista e especializada - literatura cinzenta (não publicada) Prevenido - vídeos, filmes Não centrado em si - CD-ROM e DVD - Base de dados - Documentos pedagógicos Preciso Rigoroso biologia, higiene e saúde psicologia - Conhecimento do idoso: estrutura da personalidade / cultura e personalidade / grupo e sentimento de pertença / 74 Fontes documentais multimédia REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 2 I D E N T I F I C A Ç A O D A S N E C E S S I D A D E S SABERES Actividades Saber-fazer de crise subtilezas e contradições - nas suas variações em função do momento • Relacionar o sentimento de abandono com a não satisfação das necessidades, avaliar o risco de abandono - nas suas evoluções ao longo do tempo • Identificar uma situação de maustratos • Descobrir a identidade da pessoa como denominador comum a toda a análise e satisfação das necessidades Saber-ser vida do imaginário e da criação - Desestruturação e sentimento de abandono - Características psicossociais, biológicas, psicossomáticas ( modelo bio-psicossocial) Métodos pedagógicos - Abordagem holística - Modelo ecológico do desenvolvimento - Análise sistémica - Situações de maus-tratos e abandono: causas, efeitos, factores de risco, factor de protecção • Situar a pessoa no seu ambiente geográfico, o seu quadro de vida - estudo de caso - análise de práticas - role play - questionamento - análise de imprensa e da actualidade - história de vida - exploração de visitas - exercícios práticos sobre material específico - recolha de boas práticas - trabalho de escrita profissional - pesquisa em centro documental ou pela Internet - ferramentas de avaliação, Aptidões: • Situar a pessoa num sistema relacional em geral e nas suas relações familiares em particular • Compreender que "um idoso viveu mais e tem menos tempo para viver" Recursos Saber associado Conhecimento de avaliação das necessidades (escala das necessidades) 75 • espírito de análise • espírito de síntese • rigoroso • caloroso REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 2 I D E N T I F I C A Ç A O D A S N E C E S S I D A D E S SABERES Actividades Saber-fazer • Avaliar rigorosamente as necessidades tendo em conta a sua evolução provável ao longo do tempo • Prever com precisão as necessidades a fim de melhor lhes dar resposta e acompanhar a pessoa na aceitação das suas necessidades • Privilegiar o que a própria pessoa diz e o modo como o diz • Descobrir com o é que o idoso define a suas necessidades Saber associado • Saber analisar a precariedade, as condições de vida socioeconómicas, a adaptação social referenciais de avaliação das necessidades • Adaptar-se à mudança de necessidades Conhecimentos gerontológicos • Assinalar os sinais precoces de deterioração do estado do idoso a fim de o remediar rapidamente Noções comuns às instituições: necessidade especial, necessidade extraordinária, situação de perigo • Adaptar a infraestrutura às novas necessidades • Estabelecer uma ordem das necessidades • Assegurar as condições para a prática da religião do idoso • Preencher as fichas de identificação e mantê-las actualizadas Recursos Saber-ser Conhecimento das religiões sociologia/antropologia - Lugar dos idosos nas sociedades contemporâneas - Evolução- - importância - interpretação do fenómeno dos maustratos direito/deontologia conhecimento do ambiente • Adoptar uma atitude de 76 REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 2 I D E N T I F I C A Ç A O D A S N E C E S S I D A D E S SABERES Actividades Saber-fazer • Descodificar necessidades as • Formalizar as informações obtidas* • Actualizar o inventário das necessidades • Informar os documentos previstos para este efeito • Encaminhar as necessidades avaliadas para a resposta correspondente vigilância permanente para actualizar a informação e prevenir • Organizar a equipa que assegura a assistência aos idosos • Coordenar os meios de assistência • Estabelecer um diálogo inter-profissional • Avaliar regularmente a adaptação social do idoso ao seu novo quadro de vida • Criar sistemas de avaliação eficazes Saber associado - Território - História social local - Instituições e estruturas locais ergonomia metodologia/ciências da informação e da comunicação - métodos de comunicação - métodos de pesquisa documental e de informação comunicação verbal e não verbal • Adoptar uma atitude de escuta e de vigilância permanente para actualizar o diagnóstico 77 Recursos Saber-ser REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 3 A S S I S T Ê N C I A Saber-fazer • Zelar pelo correcto desenrolar de cada uma das actividades quotidianas em função do grau de autonomia da pessoa, dos seus gostos, dos seus hábitos pessoais e culturais e do seu estado À V I D A Q U O T I D I A N A SABERES Actividades • Identificar as necessidades de apoio na vida quotidiana • Oferecer serviços adaptados às necessidades. Resolver os problemas sociais que possam surgir • Elaborar estratégias para ultrapassar a monotonia da vida quotidiana • Avaliar as necessidades de assistência • Adoptar a prestação às capacidades do idoso e não se substituir a ele. • Re-situar cada prestação de ajuda no quadro do projecto de vida do idoso • Recolher a opinião da pessoa ajudada, explicar o modo de intervenção, levá-la a participar na actividade • Prestar a assistência necessária respeitando os procedimentos e as técnicas • Ajudar à realização das diligências administrativas • Ajudar às deslocações necessárias • Ajuda no recebimento das pensões • Organizar momentos de Recursos Saber associado ética e filosofia abordagem gerontológica biologia, higiene e saúde - O corpo humano, o envelhecimento e as suas consequências - A vida dos sentidos: noções de diminuição e de perda das sensações e das forças - Evolução dos ritmos e gestão da energia psicologia - Vida afectiva, desejos, aspirações e criação no idoso, contributo da psicanálise - Consequências psicológicas das principais afecções e doenças incapacitantes sociologia/antropologia direito/deontologia 78 Saber-ser Organizado Recursos Discreto Respeitador Logística Criativo - espaço organizado Atento - material informático Encorajador - material especializado segundo a intervenção técnica - acesso à Internet Entusiasta Respeitador dos bens do próximo Adaptável Observador Imaginativo Fontes documentais multimédia Disponível - livros Motivador - imprensa generalista e especializada - literatura cinzenta - vídeos, filmes - CD-ROM e DVD - Base de dados - Documentos pedagógicos Digno de confiança Realista Com domínio do stress Com soluções eficazes para os problemas Proactivo* REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 3 A S S I S T Ê N C I A À V I D A Q U O T I D I A N A SABERES Actividades Saber-fazer convívio na instituição ou no exterior • Estimular a independência do idoso e assegurar do seu consentimento informado • Promover a autonomia da pessoa Saber associado Recursos Saber-ser - Quadro jurídico do trabalho social e dos profissionais do trabalho social - Quadro jurídico da vida familiar - Conhecer os efeitos do envelhecimento no corpo humano, o embotamento dos sentidos, as • Visar o grau de autonomia mutações biológicas e • Avaliar as fisiológicas consequências dos - Conhecer os efeitos do seus actos no que envelhecimento na vida respeita ao direito psíquica, na vida sentimental, no equilíbrio • Dialogar, propor emocional opções, alternativas - Conhecer os estados do • Respeitar a liberdade envelhecimento, os sinais de escolha, uma de senilidade e as escolha perturbadora possibilidades de tratamento • Respeitar os bens do - Conhecer e reconhecer próximo as doenças associadas • Saber-se dependente ao envelhecimento (do ar que se respira, Apaixonado por exemplo) Concentrado Cuidadoso • Viver o envelhecimento direito/deontologia como um estado normal 79 Métodos pedagógicos - estudo de caso - análise de práticas - role play - questionamento - análise de imprensa e da actualidade - história de vida - exploração de visitas - exercícios práticos sobre material específico - recolha de boas práticas - trabalho de escrita profissional - pesquisa em centro documental ou pela Internet - exercícios de simulação das práticas REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 3 A S S I S T Ê N C I A Saber-fazer • Respeitar a intimidade dos idosos • Visar o grau de dependência • Encorajar a independência e a autonomia Saber associado - Gestão delegada e tutela - Ética e deontologia do trabalho social - Textos e declarações fundamentais (DDH Declaração europeia...) - Políticas sociais - Legislação em matéria de ajuda aos idosos • Assumir a dimensão do respeito pela pessoa À V I D A Q U O T I D I A N A SABERES Actividades • Ajustar os horários de trabalho conhecimento do ambiente • Cultivar os recursos do gosto ergonomia • Manter-se à distância • Incentivar os idosos a expressarem-se sobre as actividades da vida diária e facilitar a resolução de eventuais conflitos • Trabalhar no âmbito de um contrato e respeitálo • Não decidir no lugar de • Questionar • Solicitar • Organizar o acolhimento e a • Gerir o tempo • Gerir os equipamentos metodologia/ciências da informação e da comunicação - Métodos de elaboração e realização do projecto - Processo de qualidade: sentido e métodos - Métodos de negociação - Método e ferramentas de avaliação no trabalho social 80 Recursos Saber-ser Recursos humanos Recursos obtidos das actividades culturais e dos eventos associados da cidade Recursos obtidos das análises sobre as fontes de maus-tratos REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 3 A S S I S T Ê N C I A À V I D A Q U O T I D I A N A SABERES Actividades Saber-fazer colocação das pessoas de mobilidade reduzida, deficientes • Tornar possível a abertura de grupos compactos e fechados à ajuda social • Criar espaços de expressão dos utentes Saber associado Estratégia de comunicação • Criar comissões de resolução de conflitos • Gerir as coabitações inconfortáveis • Estudar os espaços de mobilidade, gerir as ajudas técnicas que melhoram as condições de vida • desenvolver estratégias alternativas adequadas às «minorias» culturais: Cigana, por exemplo 81 Recursos Saber-ser REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 4 SABERES Actividades • Ligar e integrar a actividade de comunicação no conjunto da relação de ajuda e de reestruturação da identidade da pessoa C O M U N I C A Ç Ã O Recursos Saber-fazer • Analisar e explorar os sintomas patológicos da comunicação ASSOCIAR E INTEGRAR A informação e a comunicação no conjunto da relação de ajuda e na reestruturação da identidade da pessoa tendo em conta todas as suas características • Criar modos de comunicação adaptados a cada pessoa Saber-ser ética e filosofia Colaborante abordagem gerontológica Crítico biologia, higiene e saúde Organizado psicologia Curioso - patologias do défice e das perturbações da comunicação - sintomas das patologias da comunicação • Transmitir efectivamente a informação • Reconhecer à pessoa o seu lugar central no sistema de informação e de comunicação privilegiando a relação directa com ela Saber associado Contribuir para o funcionamento de um sistema de informação e de comunicação orientada para a pessoa, permitindo a estruturação do tempo, espaço, memória, projecto sociologia/antropologia - cultura e comunicação: variação dos tipos / peso dos etnocentrismos e das ideologias - os fenómenos de boato - sociologias das organizações • Manter contactos - espaço organizado - material informático - material especializado segundo a intervenção técnica - acesso à Internet Discreto Atento aos direitos da pessoa Fontes documentais multimédia - livros - imprensa generalista e especializada Activo - literatura cinzenta Com capacidade de iniciativa - vídeos, filmes - CD-ROM e DVD Paciente - Base de dados - Documentos Inovador Perspicaz Sem alterações de humor 82 Logística Respeitador Não autocêntrico Assegurar-se de que a informação foi compreendida Recursos REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 4 SABERES Actividades regulares para informar os parentes próximos • Dar a palavra • Respeitar o espaço pessoal na comunicação C O M U N I C A Ç Ã O Recursos Saber-fazer • Introduzir uma comunicação assertiva na relação de ajuda • Desenvolver uma escuta activa • Saber comunicar a sua vontade de compreender Saber associado pedagógicos Introduzir desvios metodológicos para contemplar as dificuldades Aberto às outras culturas, sem preconceitos Métodos pedagógicos Criar modos de comunicação adaptados a cada grupo étnico Manter correspondência para informar os familiares próximos sobre o estado do idoso Praticar uma escuta activa. Encorajar • Comunicar de forma congruente • Informar-se para poder informar de forma contextualizada • Respeitar a confidencialidade Saber-ser Assegurar-se da boa compreensão. Assegurar comprovativos da correcta transmissão de informação 83 - estudo de caso - análise de práticas - role play - questionamento - análise de imprensa e da actualidade - história de vida - exploração de visitas - exercícios práticos sobre material específico - recolha de boas práticas - trabalho de escrita profissional - pesquisa em centro documental ou pela Internet REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 4 SABERES Actividades Recursos Saber-fazer • Informar sobre as culturas (cigana, turca), fornecer informações adequadas às comunidades Reformular e procurar a solução de eventuais problemas sociais Saber associado Estratégia de comunicação intercultural • Situar-se no conjunto do sistema de actores, respeitando as regras técnicas e deontológicas • Desempenhar o seu papel de interface e de mediador na complexa cadeia de actores, privilegiando as funções de vigilância e de alerta e evitando as quebras de transmissão • Assegurar-se da correcta recepção da comunicação Consequente na maneira de agir entre as palavras, os sentimentos e os actos Prática da comunicação congruente direito/deontologia C O M U N I C A Ç Ã O Saber-ser Discernir que informação deve ser partilhada com os outros membros da equipa Elaborar documentos simples, adequados, exaustivos sobre os direitos e deveres do utente Informar-se para poder informar elemento de ligação na complexa cadeia de actores, em Vigiar os efeitos do envelhecimento conhecimento do ambiente ergonomia metodologia/ciências da informação e da comunicação - funções / métodos / ferramentas da comunicação - estratégia da comunicação Comunicação organizacional e respectivos métodos Teoria e prática da comunicação assertiva: - reconhecimento da 84 inteligente, autêntico com capacidade para gerir conflitos negociador preocupado com o sistema de interdependência preocupado em informar-se Recursos humanos REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 4 C O M U N I C A Ç Ã O SABERES Actividades Recursos Saber-fazer Saber associado personalidade dos interlocutores - respeito pelo direito de cada um a afirmar e a afirmar-se Comunicação verbal e não verbal 85 Saber-ser REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 5 A C O M P A N H A M E N T O SABERES Actividades Saber-fazer • Estar permanentemente presente e assegurar à pessoa que ela não será abandonada, tranquilizá-la através de uma relação fiável • Permitir o contacto regular com os familiares próximos • Desenvolver uma escuta empática, activa • Compreender as necessidades da pessoa e saber dar resposta às mesmas • Prever as alterações das necessidades a fim de lhes dar uma melhor resposta • Restabelecer a autonomia: dar valor à pessoa Saber associado Recursos ética e filosofia Logística autêntico - espaço organizado biologia, higiene e saúde pacificador - material informático As etapas da morte acessível - material especializado segundo a intervenção técnica abordagem gerontológica • Estimular: partilhar regras de intervenção Elementos de conhecimento médico sobre as doenças degenerativas • Assegurar informação sobre o estado físico e psíquico • Suscitar e renovar a confiança através de uma atitude de verdade • Avaliar as necessidades do idoso benevolente empático • Restabelecer a independência: estar permanentemente presente e assegurar a pessoa de que ela não será abandonada • Adoptar uma atitude de complementaridade com os outros "acompanhantes" Recursos Saber-ser Ferramentas de avaliação das necessidades individuais Planos de acção individualizados Psicologia do desenvolvimento • Estar atento aos 86 REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 5 Saber-fazer sentimentos, às aptidões, aos conhecimentos dos idosos nas relações com eles • Restabelecer a autonomia A C O M P A N H A M E N T O SABERES Actividades • Valorizar o presente • Ajudar a recapitular a vida, ligar os fios, • Incentivar os projectos • Incentivar a elaboração do projecto de vida para o idoso e implementá-lo • Elaborar planos de acção individuais • Permitir à pessoa encontrar dignidade e valor aos seus próprios olhos, aos olhos dos outros • Permitir à pessoa a expressão da sua vontade • Permitir à pessoa efectuar escolhas • Permitir à pessoa ousar formular projectos que considere importantes e realizá-los • Ajudar a elaborar um projecto de vida real • Ajudar o idoso a realizar o seu projecto de vida imprimindo a dinâmica necessária e dando-lhe acesso aos saberes Recursos Saber associado Saber-ser - psicologia etnocultural acesso à Internet respeitador dinamizador - As linguagens do "toque" - Psiquismo do fim da vida - Psicopatologia sociologia/antropologia não rotineiro, criativo silencioso interiorizado não fugidio A velhice extrema e a morte: - Diversidade das abordagens culturais - Diversidade das abordagens espirituais e das práticas rituais capaz de dominar os seus afectos em boa harmonia com o humor da pessoa bem humorado paciente direito/deontologia disponível conhecimento do ambiente capacidade de motivação inserir a história de vida da pessoa na sua situação actual • Ajudar a pessoa a rever a sua vida, a 87 emocionalmente equilibrado equilibrado Fontes documentais multimédia - livros - imprensa generalista e especializada - literatura cinzenta - vídeos, filmes - CD-ROM e DVD - Base de dados - Documentos pedagógicos REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 5 SABERES Actividades Saber-fazer reavaliar os acontecimentos felizes e dolorosos, o seu papel social A C O M P A N H A M E N T O • Acompanhar o fim da vida até à morte • Ajudar a pessoa a aceitar a imagem da velhice reflectida pelos outros residentes • Acompanhar o idoso no seu processo de envelhecimento • Fazer face à indigência • Ser confrontado com pedidos contraditórios Recursos Saber-ser ergonomia metodologia/ciências da informação e da comunicação Estratégia de comunicação Métodos pedagógicos • Assegurar funerais decentes às pessoas isoladas • Introduzir estratégias alternativas de acompanhamento • Elaborar em conjunto de soluções para as questões que surjam • Tranquilizar através de uma relação fiável e do compromisso de não o abandonar Saber associado • Adoptar uma dinâmica que leve simultaneamente em conta a continuidade e a criatividade - História e métodos dos cuidados paliativos - Método de elaboração de histórias de vida e autobiografias - Métodos de análise das práticas - Consulta e conversa individuais • Ter capacidade de antevisão e intervir no momento oportuno • Saborear o presente 88 - estudo de caso - análise de práticas - role play - questionamento - análise de imprensa e da actualidade - história de vida - exploração de visitas - exercícios práticos sobre material específico - recolha de boas práticas - trabalho de escrita profissional REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 5 SABERES Actividades Saber-fazer Saber associado - • Acompanhar o fim de vida da pessoa A C O M P A N H A M E N T O Recursos Saber-ser • Incentivar o apaziguamento e a reconciliação pesquisa em centro documental ou pela Internet Recursos humanos • Abrir as possibilidades - documentos informativos adequados • Viver a agonia • Ser confrontado com a morte • Fazer o luto • Exprimir a sua própria vulnerabilidade junto dos seus colegas • Partilhar uma interrogação ética • Avaliar a sua prestação • Reconhecer os fracassos e os limites do acompanhamento • Propor melhorias para um acompanhamento futuro 89 REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 6 Saber-fazer • proteger a pessoa • criar uma atmosfera tranquilizadora P R O T E C Ç Ã O SABERES Actividades • estimular a independência e a autonomia mas protegendo a pessoa • criar e manter uma relação segura e empática • securizá-la • fazer partilhar e aceitar as instruções de segurança e demonstrar continuamente a vontade de compreender o idoso • garantir a segurança moral e jurídica • Situar a sua acção numa evolução biológica cujas características são definidas por estes dois conceitos: • vulnerabilidade e fragilidade • assegurar e favorecer os contactos com o exterior • respeitar a vida privada e a confidencialidade do processo dos utentes • respeitar os interesses do idoso • Avaliar a evolução da fragilidade • Assegurar-se de que se consultam médicos especialistas sempre que necessário • Assegurar-se da existência de um livro de registo das ocorrências Recursos Saber associado ética e filosofia abordagem gerontológica Saber-ser Empático Recursos Prudente Logística os fenómenos de maustratos - formas (físicas psicológicas - sexuais afectivas - económicas) - graus e sintomas - factores de risco - factores de protecção Efectuar o inventário das formas de maus-tratos dispor de conhecimentos de socorrismo, de primeira intervenção Possuir conhecimentos de primeiros socorros Conhecimentos médicos elementares de técnicas de massagem, quinesioterapia, quiroprática Tranquilizador - espaço organizado Vigilante - material informático Observador - material especializado segundo a intervenção técnica - acesso à Internet Com bom senso Com sangue frio No registo correcto de urgência de gravidade Sereno • Permitir o exercício securizado das práticas religiosas, Adaptado à situação Encorajador 90 Fontes documentais multimédia - livros REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 6 SABERES Actividades Saber-fazer Saber associado Recursos Saber-ser culturais das minorias • garantir a segurança afectiva e moral • criar um ambiente seguro, estável e são P R O T E C Ç Ã O • Estabelecer um contacto de relação de ajuda com a pessoa • securizar os espaços de vida • securizar as deslocações - imprensa generalista e especializada - literatura cinzenta - vídeos, filmes - CD-ROM e DVD - Base de dados - Documentos pedagógicos • Respeitar a liberdade • Fazer a ponte entre a instituição e os recursos da comunidade • Assegurar-se da existência de um livro de reclamações em local acessível • Avaliar a transposição dos limiares e alertar • Falar do risco de maustratos psicológicos, avaliá-lo, denunciá-lo • Reconhecer a existência de maus-tratos sexuais • Inventariar as formas e graus dos maustratos físicos biologia, higiene e saúde Métodos pedagógicos psicologia - fragilidade e vulnerabilidade do idoso - perturbações ligadas ao sentimento de abandono - psicopatologia - estudo de caso - análise de práticas - role play - questionamento - análise de imprensa e da actualidade - história de vida - exploração de visitas - exercícios práticos sobre material específico • Identificar, • prevenir as quedas • Enumerar as formas de maus-tratos psicológicos • prever os riscos • Elaborar um plano de prevenção • Reconhecer e analisar os factores • Prevenir os factores de risco associados sociologia/antropologia 91 Circunspecto REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 6 SABERES Actividades Saber-fazer de risco aos maus-tratos • Identificar, • Prevenir tanto quanto possível as situações de urgência • Enumerar as formas de maus-tratos financeiros direito/deontologia - segurança - direito sucessório - enquadramento legislativo • Identificar, • Enumerar as formas de maus-tratos por omissão • Objectivar a prestação de protecção e de securização P R O T E C Ç Ã O Saber associado • Desenvolver os factores de protecção contra os maus tratos • Mover o idoso sem afectar a sua integridade física • Utilizar um sistema de alarme para situações de urgência Com antevisão conhecimento do ambiente - normas de segurança / regras de protecção - procedimentos de urgência, ergonomia metodologia/ciências da informação e da comunicação • Avaliar os limites da acção de protecção e de securização e correr riscos • Conhecer-se e conhecer as suas reacções à situações-tipo de projecção • Antever e partilhar a sua reflexão sobre a 92 - recolha de boas práticas - trabalho de escrita profissional - pesquisa em centro documental ou pela Internet Calmo e estável Disponível Previdente Coerente • Avaliar o risco de superprotecção • Desenvolver o poder de iniciativa Recursos Saber-ser Prevenido Proactivo (capacidade de iniciativa, de reactividade, de criatividade, despreconceituoso Recursos humanos REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 6 SABERES Actividades Saber-fazer Saber associado prevenção de riscos • Comunicar sobre os assuntos de protecção e securização numa relação verdadeira P R O T E C Ç Ã O • Dominar bem as instruções e as regras de protecção e de segurança: fazer delas assunto de intercâmbio • Confrontar a sua compreensão, a sua prática com os colegas • Trocar ideias, solicitar o olhar exterior, solicitar a opinião do interessado • Avaliar a transposição dos limiares e desencadear os procedimentos de urgência 93 Recursos Saber-ser REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 7 S O C I A L I Z A Ç Ã O E A N I M A Ç Ã O SABERES Actividades Saber-fazer • Propor actividades • Prevenir a monotonia, o isolamento e a solidão dos utentes em função do projecto de vida da pessoa • Desenvolver actividades de animação • Adaptar as actividades propostas aos desejos das pessoas acolhidas • Motivar a actividade do idoso • Estimular a participação nas actividades propostas • Abrir ao mundo exterior • Situar-se no quadro de uma verdadeira relação de reciprocidade • Criar uma relação de empatia • Determinar o grau de protecção • Saber ajudar o idoso a conservar a sua autonomia e a manter o seu bem-estar sentimental ética e filosofia Animação sociocultural técnicas de animação, de expressão Conhecimentos andragógicos Saber-ser não centrado em si Recursos observador Documentos de informação adaptados aos idosos com capacidade para escutar proactivo: capaz de iniciativa, de criatividade, de reactividade tolerante empático Conhecimentos das profissões de animação em gerontologia capaz de uma visão de conjunto apto a planificar e a concretizar • Planificar e organizar actividades de animação altruísta capacidade de negociação • Motivar a aprendizagem do idoso • Explorar e desenvolver as potencialidades do idoso Recursos Saber associado abordagem gerontológica biologia, higiene e saúde Utilizar os recursos da comunidade, as parcerias com a cidade, as associações, as instituições elevado nível de inteligência cognitiva, sensorial, social, relacional aberto e sensível aos problemas dos outros cooperante • Criar instrumentos pertinentes de informação sobre os Oficinas (de expressão, de desenvolvimento social) 94 REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 7 SABERES Actividades Saber-fazer E A N I M A Ç Ã O • Criar as condições de um ambiente social assimilável a um quadro de vida agradável • Facilitar a apreensão da sociedade moderna • Motivar e ajudar o idoso a utilizar o computador, a Internet • Criar uma rede para se manter informado das diversas actividades e criar parcerias • Cuidar da organização do espaço e do asseio das instalações • Manter e recriar laços • Ajudar a pessoa a construir relações no sentido do espaço virtual • Valorizar a história e a experiência da curioso • Criar oficinas para estimulação da actividade intelectual • Avaliar os perigos da super-protecção e as suas formas de malevolência • Familiarizar o idoso com as novas técnicas de comunicação, com as evoluções socioculturais que lhe estão associadas, e incentivar a sua autonomia Saber-ser aberto aos outros centros de interesse de cada pessoa S O C I A L I Z A Ç Ã O Recursos Saber associado Estimulante Criativo Paciente Respeitador Conhecimento das novas técnicas de comunicação e informação psicologia - Mecanismos de infantilização - A memória: funcionamento / falhas / manutenção sociologia/antropologia 95 Atento Logística - espaço organizado - material informático REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 7 Saber-fazer pessoa S O C I A L I Z A Ç Ã O E A N I M A Ç Ã O SABERES Actividades • Incentivar a expressão criativa • Gerir os tempos livres das pessoas idosas tendo em conta as suas capacidades físicas Saber associado Recursos Saber-ser • Familiarizar-se com o acesso aos bancos de recursos • Dominar bem as técnicas de animação, reter o seu sentido e alcance sem as transformar em receitas - material especializado segundo a intervenção técnica - acesso à Internet • Criar condições de utilidade social • Promover a abertura e a (re)inserção da pessoa na comunidade aos níveis pessoal, social, profissional • Ajudar as pessoas a conservar os seus papéis e/ou a adaptar-se aos novos papéis • Desenvolver relações inter- • Ultrapassar os aspectos da degradação física para ver a pessoa • Ter um comportamento digno e responsável com o idoso frágil e vulnerável • Optimizar a utilização dos tempos livres de forma adequada aos gostos de cada idoso e aos meios existentes Colaborante Estimulante - Laço social - Mecanismos de desqualificação e de exclusão social e cultural - Redes e formas de solidariedade - Sociologia história: evolução do lugar dos anciãos nas sociedades direito/deontologia 96 Fontes documentais multimédia - livros - imprensa generalista e especializada - literatura cinzenta REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 7 SABERES Actividades Saber-fazer geracionais S O C I A L I Z A Ç Ã O • Sentido crítico e de análise e força de carácter para resistir à pressão social, ao olhar redutor e à exclusão social do idoso • Desenvolver o exercício dos valores de cidadania • Desenvolver as dimensões do projecto de vida Saber associado conhecimento do ambiente ergonomia metodologia/ciências da informação e da comunicação - Técnicas de animação: métodos e ferramentas - Técnicas de expressão: fala / escrita / canções... - Método de elaboração de histórias de vida e autobiografias E A N I M A Ç Ã O • Compreender que o tempo de interiorização, do regresso à vida passada é estruturante para o idoso • Facilitar a apreensão da sociedade moderna • Proceder à manutenção e restauração dos espaços sociais • Construir laços através das redes de solidariedade, dos 97 Recursos Saber-ser - vídeos, filmes - CD-ROM e DVD - base de dados - documentos pedagógicos Métodos pedagógicos - estudo de caso - análise de práticas - role play - questionamento - análise de imprensa e da actualidade - história de vida - exploração de visitas - exercícios práticos sobre material específico - recolha de boas práticas - trabalho de escrita profissional - pesquisa em centro documental ou pela REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 7 S O C I A L I Z A Ç Ã O E SABERES Actividades Saber-fazer Saber associado membros da família Recursos Saber-ser Internet • Formar famílias de substituição, valorizar os ganhos afectivos Recursos humanos • Interessar-se pelos conhecimentos, pelo saber-fazer do idoso • Reforçar os laços entre as gerações • Recorrer de forma sustentada às novas tecnologias de comunicação para eliminar o sentimento de abandono A N I M A Ç Ã O 98 REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 8 Saber-fazer • Inserir-se numa dinâmica profissionalizante P R O F I S S I O N A L I Z A Ç Ã O SABERES Actividades • Participar na vida das organizações profissionais, nos fóruns, nos encontros, nas publicações profissionais • Identificar a relação de ajuda • Clarificar a sua função • Pensar a avaliação como dimensão indispensável da sua acção • Inscrever a sua acção na dinâmica das políticas de intervenção implementadas pela instituição ética e filosofia biologia, higiene e saúde • Lançar um olhar sobre a sua actividade • Pedir a opinião dos outros sobre a sua prática • Reservar tempo para reflexão psicologia - Sofrimento e manifestações de fadiga profissional e de estados depressivos - A frustração profissional e a sua gestão • Analisar as práticas • Preocupar-se e estar atento ao que se faz noutros sítios Saber-ser Curioso Recursos Observador abordagem gerontológica • Inventariar os parceiros institucionais • Situar a sua intervenção numa acção de parceria Recursos Saber associado Ambicioso Aberto às oportunidades - espaço organizado Reflectido - material informático Crítico - material especializado segundo a intervenção técnica - acesso à Internet Resiliente Alerta Atento a si próprio Confiante responsável Avaliação: - Avaliação e análise das práticas - Avaliação das necessidades dos utentes - Supervisão individual e em grupo - Intervisão sociologia/antropologia • Declinar os tempos, os modos, os parceiros de avaliação aberto às novas políticas sociais Capacidade para gerir as frustrações Capacidade para gerir o stress organizado emocionalmente equilibrado objectivo não estigmatizante 99 Logística REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 8 P R O F I S S I O N A L I Z A Ç Ã O SABERES Actividades Saber-fazer • Trabalhar em equipa numa cooperação intersectorial, saber tomar iniciativas de actividades Recursos Saber associado Saber-ser consequente • Manter-se ao corrente das evoluções de intervenção e das funções ligadas à vontade de desinstitucionalização criativo analisador, avaliador, dedutivo direito/deontologia circunspecto observador atento • Inserir-se num processo de qualidade • Desenvolver a necessidade de auto-formação contínua • Cuidar de si próprio • Valorizar a sua prestação e reforçar a sua identidade profissional • Qualificar-se e validar a sua experiência conhecimento do ambiente Conhecimento das técnicas de reflexão sobre si próprio • Relativizar os seus conhecimentos • Manter as suas referências relativizando as suas certezas • Trabalhar em equipa • Praticar um desporto colectivo • Mostrar a complementaridade das intervenções no domicílio do idoso • Situar a sua acção no cooperante assertivo Fontes documentais multimédia - livros gestão dos seus recursos, self-management - imprensa generalista e especializada ergonomia - literatura cinzenta metodologia/ciências da informação e da comunicação - vídeos, filmes - CD-ROM e DVD - Base de dados - Documentos pedagógicos - O processo de qualidade numa estrutura de trabalho social: princípios / métodos / ferramentas / limites - Métodos e ferramentas das análises da prática - Método de pesquisa 100 Métodos pedagógicos - estudo de caso - análise de práticas REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 8 P R O F I S S I O N A L I Z A Ç Ã O SABERES Actividades Saber-fazer • Analisar a sua prática de maneira reflectida • Avaliar a sua intervenção segundo uma racionalidade profissional quadro do direito • Interessar-se pelos debates sobre as questões de sociedade, alimentar a sua reflexão, por exemplo sobre a eutanásia Saber associado documental - Métodos e técnicas de relaxamento - Técnicas de desenvolvimento pessoal - Técnicas recreativas • Compreender o seu próprio papel e a necessidade de melhorar a sua qualificação • Gerir o seu interesse e a sua capacidade de ajudar • Gerir o seu interesse • Partilhar uma reflexão ética - role play - questionamento - análise de imprensa e da actualidade - história de vida - exploração de visitas - exercícios práticos sobre material específico exigente consigo próprio - recolha de boas práticas auto-consciente - trabalho de escrita profissional - pesquisa em centro documental ou pela Internet ligado à sua essência • Enfrentar a morte • Exercer a sua responsabilidade e respeitar a deontologia Recursos Saber-ser Recursos humanos • Pedir à formação contínua a resposta às exigências de evolução das competências • Gerir a sua carreira • Gerir a saúde e a confusão sem esperar 101 REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 8 P R O F I S S I O N A L I Z A Ç Ã O SABERES Actividades Saber-fazer Saber associado pelo burn out • Escapar à pressão social que desejaria eliminar o assunto da morte. Recolocá-la no centro da vida • Situar a sua relação de verdade nesta dualidade • Situar no quadro profissional a relação de ajuda no trabalho de luto • Referenciar e gerir a síndrome de luto, saber defini-la • Fazer a distinção entre as suas opções de valores, de concepção, as que predominam na vida social • Recarregar baterias, regenerar-se, manter e gerir a energia • Identificar um risco profissional real, importante 102 Recursos Saber-ser REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 8 SABERES Actividades Saber-fazer Saber associado • Proteger-se • Compreender, dominar a dimensão de toda a relação P R O F I S S I O N A L I Z A Ç Ã O • Cultivar o amor próprio, utilizar as técnicas de relaxamento, praticar um desporto de descontracção • Escutar os familiares próximos, os amigos e pedir a sua opinião • Renunciar à omnipotência • Estar atento às suas necessidades • Saber responder-lhes • Jogar sem se deixar prender no jogo • Submeter-se a um método reflectido, escolhido, cuja eficácia tenha sido avaliada • Detectar as riquezas, as diferentes paixões 103 Recursos Saber-ser REFERENCIAL DE FORMAÇÃO DA RELAÇÃO DE AJUDA A IDOSOS EM SITUAÇÃO DE ABANDONO Função 8 P R O F I S S I O N A L I Z A Ç Ã O SABERES Actividades Saber-fazer Saber associado Recursos Saber-ser • Detectar as opções de vida de cada pessoa • Avaliar o isolamento grau de • Não se fiar nas aparências e construir um mapa real das relações • Não se fiar nas aparências e elaborar o mapa real das solidariedades • Construir uma verdadeira liberdade para a análise das dependências Glossário: Comunicação assertiva : comunicação que estabelece e dá sinais de reconhecimento da personalidade dos dois interlocutores Apoiada no respeito pelo direito de cada pessoa a afirmar e a afirmar-se. Comporta a dupla aceitação do "eu vou bem" "tu vais bem" Comunicação congruente : comunicação apropriada à situação, consequente na correspondência entre as palavras, os sentimentos, as atitudes, os actos. Interveniente social proactivo : interveniente que manifesta capacidade de iniciativa, criatividade, reactividade, liberdade relativamente aos preconceitos. 104 ª PARTE VI — ANEXO GUIA DE VIAGEM PARA A TRANSFERÊNCIA 105 106 Guia de viagem para a transferência 2 FAZER A MALA 9 3 ITINERÁRIO GRAUS DE SATISFAÇÃO 1 8 ENCONTROS Finalidade da transferência Bom-trato Dignidade 4 ACOMPANHANTES PARCEIROS Públicos em situação de abandono 7 5 TOMAR NOTAS TIRAR FOTOGRAFIAS OS GUIAS 6 HISTÓRIA E CULTURA DO PAÍS 107 1 — FINALIDADE DA VIAGEM PERSPECTIVA DO CHEFE DE PROJECTO PERSPECTIVA ANGLO-SAXÓNICA ESCANDINAVA OBJECTIVOS OPERACIONAIS OBJECTIVO GERAL Pág. 51 - Diagnóstico das necessidades - Identificar os entraves Desenvolver Consolidar Relação de ajuda pág. 13 § 3.2 *definido na pág. 12 §2.1 pág. 11 doc 3 * PARA QUÊ VIAJAR? Finalidade *definido na pág. 11 §1,1 * Abandono dignidade Maus-tratos Bom-trato pág. 9 pág.23 doc. 2 ponto de situação igualdade Desigualdade de oportunidades 4.4 d PERSPECTIVA AVALIADOR Pág. 32 § 1 t pág. 29 § 1 id d GESTÃO DA QUALIDADE PÁG. 63 § E 1. 4 108 2 — FAZER A MALA • CAIXA DE FERRAMENTAS METODOLÓGICAS PROFISSÃO - Parceria DE MONITORIZAÇÃO DE APOIO DE PRODUÇÃO Definido Definido pág. 48 10 Composição em anexo - Pontos críticos ILUSTRADO DOCUMENTO N°3 Definido pág. 17 § 715 - Processo de qualidade pág. 63 - Avaliação por critérios pág. 64 - Descompartimentação e transversalidade pág. 17 § 717 - Novos processos § 17 § 72 • DESPERTADOR - Tempo concedido - Calendário de reuniões - Calendário de realização • ESCOVA DE DENTES - Inovação - Novas abordagens pág. 53 54 55 pág. 16 § 7 pág. 16 (alínea 71...) ACESSORIAMENTE MEDICAMENTOS - Paracetamol / aspirina «Isto dá-me cabo da cabeça» «Estou pelos cabelos» «Estou farto» - Tranquilizante 109 Pág. 19 § 3 — ITINERÁRIO (DA TRANSFERÊNCIA) PONTO DE PARTIDA RELAIS I Que formas de abandono FRANÇA CONTROLOS DE RADAR Que relação de ajuda ITALIA Que profissionalização actores ROMÉNIA CONTROLOS DE RADAR IDA-E- VOLTA DE: AVALIAÇÃO DE: DK : EXPERTISE TRABALHO SOCIAL DK : METODOLOGIA HUNGRIA PORTUGAL BULGÁRIA FASE I FASE II PONTO DE CHEGADA RELAIS II 110 4 — ACOMPANHANTES — PARCEIROS DE VIAGEM I. QUEM? FAZ O QUÊ QUADRO SINÓPTICO (pág. 30-31 formulário) PARTENER - LÍDER ROMÉNIA PERITO CIENTÍFICO UNIVERSIDADE AIC-IASI GIP FIPAG - EXPERTISE CIENTÍFICA PROMOTOR GESTOR DO PROJECTO GRETA LEMAN LÍDER ROMÉNIA OS ANTIGOS FRANÇA OS NOVOS PERITO CIENTÍFICO APROPRIAÇÃO Beneficiários da transferência BULGÁRIA HUNGRIA EXPERIMENTAÇÃO PORTUGAL FRANÇA VALORIZAÇÃO DE PRO INNOVATION PERITO AVALIAÇÃO DK KOEDS SKOLE PERITO TRABALHO SOCIAL OS PERITOS II. ASSOCIADOS Quadro dos 55 organismos associados pág. 39, 40, 41, 42, 43, 44 FORMULÁRIO III . MODO DE FUNCIONAMENTO DA PARCERIA IV. FORMAS DE COOPERAÇÃO Em cada país Entre os países V. pág. 17 § 7,4 PARCEIROS SOCIAIS pág. 45 FORMULÁRIO TRABALHO EM REDE FORMAS DE ABANDONO COMPETÊNCIAS pág. 17 § 743 TRATAMENTO DIVERSIDADES SITUAÇÃO COMPARADA página 18 § 744 111 5 — OS GUIAS FORMULÁRIO pág. 47 II LÍDER (pág. 47§ 262) GRUPO DE APOIO Relatório Relatório III I PERITOS CIENTÍFICOS (pág. 47§263) CHEFE DE PROJECTO REPORTAM A CRIANÇAS ADOLESCENTES IDOSOS COMISSÃO DE CONTROLO (formulário pág. 47 § 2.6.1) GRUPO DE INVESTIGAÇÃO - PRODUÇÃO Observação IV. AVALIADOR DE V EXPERTISE SOCIAL DK 112 Assistência 6 — HISTÓRIA E CULTURA FUNDAÇÃO DOS VALORES PRIORIDADES DAS POLÍTICAS SOCIAIS VIDA ECONÓMICA HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES ESTRUTURA DAS PROFISSÕES DADOS SINGULARES Formulário pág. 13§ 32 BULGÁRIA PORTUGAL HUNGRIA CONSEQUÊNCIAS ABORDAGEM CONCEPTUAL ABANDONO RELAÇÃO DE AJUDA PROBLEMÁTICAS SOCIAIS RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DIAGNÓSTICO NECESSIDADES - EXPECTATIVAS PONTO DA SITUAÇÃO 113 PROFISSIONALIZAÇÃO ACTORES 7 — TOMADA DE NOTAS TOMADA DE VISTAS DEFINIÇÃO DOS CONCEITOS (a língua) METODOLOGIA VIDA DOS GRUPOS COESÃO IDENTIDADE VALORIZAÇÃO DOS CONTRIBUTOS RELATÓRIO RELAIS I PONTOS CRÍTICOS GRANDE ANGULAR ZOOM RELAIS II RELATÓRIOS DE EXPERTISE PONTO DA SITUAÇÃO ESTADO DAS NECESSIDADES FORMULÁRIO pág. 17§715 114 8 — ENCONTROS PARADOXOS DIFICULDADES METODOLÓGICAS OS PÚBLICOS CRIANÇAS ADOLESCENTES IDOSOS ESCOLHA DOS REPRESENTANTES QUEM FALA DE QUÊ QUEM DIZ O QUÊ GRUPOS REPRESENTATIVOS ESTUDO SOBRE ESPAÇOS DE EXPRESSÃO ESTUDO SOBRE FORMAS DE EXPRESSÃO ESCOLHIDAS POR QUEM EM QUE ESPAÇOS CRITÉRIOS DE ABANDONO PERTINÊNCIA CRITÉRIOS DE MAUS-TRATOS ACTORES - TRABALHADORES SOCIAIS INSTITUCIONAIS FUNCIONÁRIOS VOLUNTÁRIOS COLOCAÇÃO EM CAUSA DISCURSOS OFICIAIS INVESTIGAÇÕES COLOCAÇÃO EM CAUSA PROTECÇÃO DO ESTATUTO HIERARQUIA ORGANIZAÇÕES FAMÍLIAS INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS PARCEIROS SOCIAIS INSTÂNCIAS REPRESENTATIVAS REIVINDICAÇÕES ESGOTAMENTO NO TRABALHO TEÓRICAS REAIS FUNCIONÁRIOS QUALIFICAÇÃO ANÁLISES RESPOSTAS 115 9 — GRAU DE SATISFAÇÃO RESPEITAR O CADERNO DE ENCARGOS 1. RESPEITAR OS OBJECTIVOS OPERACIONAIS ASSOCIADOS AOS OBJECTIVOS GERAIS 2. DOMINAR A CAIXA DE FERRAMENTAS METODOLÓGICAS 3. CUMPRIR O ITINERÁRIO, OS PONTOS DE PARTIDA E DE CHEGADA 4. APOIAR-SE NOS PARCEIROS — ACOMPANHANTES 5. IDENTIFICAR — TRABALHAR COM OS GUIAS 6. SITUAR OS ELEMENTOS CULTURAIS PRÓPRIOS 7. PRESTAR CONTAS IDENTIFICANDO OS PONTOS CRÍTICOS 8. ENCONTRAR — QUESTIONAR OS PÚBLICOS, OS ACTORES COMUNICAR O que é transferido O que é transferível O que não o é: O cálice de Porto branco no cais do Douro A compota de pétalas de rosa no sopé dos Balcãs 116