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Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil
| MAIO - 2016 | ANO LXIII • No 05 |
Sumário
MENSAGEM
“Misericordiosos como a Mãe”, Frei Fidêncio Vanboemmel............................................. 231
Formação permanente
“Ilustre Mãe da Misericórdia Divina”, artigo de Lina Boff....................................................... 232
“Maria: Mãe de Jesus, Mãe da Misericórdia”, artigo de Andreia Serrato................... 235
Formação e estudos
Rondinha: Visita da pastoral universitária ao Pequeno Cotolengo ............................. 237
Novinter 2016 : encontro de noviços reúne culturas de cinco países ..................... 238
Fraternidades
Encontro do Regional do Contestado.............................................................................................. 239
Entrevista Frei Ademir Sanquetti: .......................................................................................................... 240
Peregrinação da Paróquia São Pedro Apóstolo à Porta Santa......................................... 242
Gaspar: Missa do Lava-pés com a catequese............................................................................... 242
Gaspar: Missa da misericórdia e virada radical da juventude.......................................... 243
Posse do novo pároco da Paróquia São Pedro Apóstolo de Gaspar.......................... 244
Posse de Frei José Idair na Paróquia Nossa Senhora do Rosário.................................... 245
Frei Florival reúne amigos para cantar a “Perfeita alegria”.................................................... 246
Encontro do Regional do Curitiba........................................................................................................ 247
Posse de Frei Germano na Paróquia Santo Antônio do Pari............................................. 248
Frei Alvaci toma posse no Santuário e Paróquia São Francisco...................................... 250
Frei Valdecir na Vila Clementino: “De coração aberto”........................................................... 252
Posse de Frei César Külkamp no Sagrado........................................................................................ 254
Posse do Pároco e Vigário em Agudos.............................................................................................. 256
Frei Filipinho é “imortal” agora................................................................................................................... 257
Retiro celebra os 30 anos do pvf........................................................................................................... 258
Encontro do Regional São Paulo............................................................................................................ 262
Encontro do Regional do Vale do Itajaí.............................................................................................. 262
Paróquia de São Sebastião recebe Frei João e se despede de Frei Paulo............... 263
Sav
Caminhada franciscana em Bauru: “Fé e superação”............................................................... 264
Evangelização
Os novos missionários de Angola........................................................................................................ 268
Rede Celinauta: campanha em prol do hospital do câncer de Pato Branco....... 270
Usf: “quebrando os mistérios do Imposto de Renda”............................................................ 270
Bragança Paulista: Caminhada ao Santuário de Pedra Bela............................................... 271
Encontro Provincial dos Secretariados para a Evangelização
e a Formação e Estudos................................................................................................................................. 272
Sefras: Chá do Padre reabre no dia 2................................................................................................... 274
Bom Jesus: Páscoa e ações solidárias.................................................................................................. 276
Curso de Franciscanismo.............................................................................................................................. 277
Cfmb
Conferência tem nova presidência....................................................................................................... 278
Capítulo Provincial
Carta do Ministro Geral pós-Capítulo................................................................................................. 280
Falecimento
Frei Antônio Rosolém...................................................................................................................................... 282
Agenda ........................................................................................................................................................... 284
Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil
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Editorial
Misericordiosos como a Mãe
M
“
isericordiosos como o Pai”, diz o lema do
Ano da Misericórdia. Sendo filhos de Deus
que é Pai e Mãe, conforme afirmou o Papa
João Paulo I, neste mês de maio, tradicionalmente dedicado à recordação da Virgem, podemos, como
irmãos e menores que buscamos ser, fazer coro ao Seráfico Pai: “Ave, Senhora, Rainha santa, Santa Maria Mãe de
Deus, virgem feita igreja e que do céu foste escolhida pelo
santíssimo Pai, a quem ele consagrou com o seu santíssimo
e dileto Filho e com o Espírito Santo Paráclito, e em quem
esteve e e está toda a plenitude da graça e todo o bem” (Saudação à Bem-aventurada Virgem Maria, 1-3).
Certos de que na Mãe encontraremos a misericórdia do
Pai, como subsídio para a Formação Permanente, oferecemos a contribuição feminina das Professoras Lina Boff e
Andreia Cristina Serrato, nos artigos Ilustre Mãe da Misericórdia Divina e Maria: Mãe de Jesus, Mãe da Misericórdia. Excelente material para leitura e reflexão.
Cientes de que Maria é Mãe dos Caminhantes e conosco caminha, apresentamos um vasto noticiário de nossa
caminhada provincial, com as posses de diversos confrades como párocos – salientando que se trata sempre de um
serviço assumido em fraternidade –, os encontros regionais, os 30 anos do Pró-Vocações e Missões Franciscanas, a
Caminhada Franciscana da Juventude entre Bauru e Agu-
dos, a partida dos novos missionários para Angola e muitas
outras notícias de nossas cinco Frentes de Evangelização.
Peço especial atenção da Fraternidade Provincial nos
desdobramentos de nosso Encontro Provincial dos Secretariados para a Evangelização e para a Formação e os
Estudos. Nos dias 12 e 13 de abril, no Convento São Boaventura, frades ligados às nossas cinco Frentes, à Formação
Inicial e Permanente e ao Serviço de Animação Vocacional
estivemos reunidos para definir alguns passos em comum
e marcar as datas dos principais encontros. Depois de passado o Capítulo Provincial e o Congresso Capitular, após a
aprovação de nosso Plano de Evangelização, este encontro
foi uma espécie de “pontapé inicial” para nossa vida e missão nos próximos três anos.
Recomendando a Deus a vida de nosso irmão, Frei Antônio Rosolém, restituída ao seio misericordioso do Pai no
último dia 09 de abril, pedindo perseverantes orações pelos
confrades que suportam o calvário da doença, aqui da cidade de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, onde participo
da Reunião da UCLAF, deixo minha fraterna saudação a
todos. Paz e Bem!
Frei Fidêncio Vanboemmel
Santa Cruz de la Sierra, 26 de abril de 2016
MAIO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
231
ILUSTRE MÃE DA
MISERICÓRDIA DIVINA
Irmã Lina Boff
O modo de agir de Deus Pai
N
a História da salvação da humanidade destacam-se personagens que tiveram uma missão de
grande alcance. No Cristianismo foram de grande significado a figura
dos patriarcas, seus descendentes e das
matriarcas com sua discreta e nem sempre reconhecida participação originária
e original na construção dessa História
salvífica.
Formação Permanente
Xx
Na linhagem das matriarcas irrompe a figura de uma mulher dentro do plano divino que é revelado
em Cristo Jesus: Deus reserva um
lugar singular a esta mulher, aquela
que foi a Mãe de Jesus, o Filho do
Pai e o Salvador misericordioso do
mundo.
O Tratado da teologia mariana
atribui à pessoa de Maria de Nazaré
uma missão específica no âmbito de
todos os acontecimentos da História
do Povo de Israel. Ela desempenha
uma função intimamente ligada ao
mistério misericordioso de salvação
realizado por Cristo Jesus.
O Apóstolo afirma que Deus nos
escolheu antes da criação do mundo para sermos santos e imaculados
aos seus olhos (cf. Ef 1,4) pela graça
misericordiosa trazida por seu Filho
que doou sua vida por todos; todas
as pessoas, portanto, são chamadas a
serem santas e imaculadas.
A misericórdia
é maior que o pecado
Seguindo o ensinamento da
Exortação Pontifícia do Papa Francisco, mais conhecida como Bula do
Ano Santo da Misericórdia, Maria é
invocada como a Mãe da Misericórdia porque participa da misericórdia
de Deus que envia seu Filho Jesus
para que Ele tenha misericórdia para
com toda a humanidade. Jesus se
inclinou sobre a nossa miséria, teve
compaixão, solidarizou-se conosco
para que fôssemos fiéis à sua Aliança. Mas não só. A misericórdia e a
clemência do Filho de Deus quis que
sua Mãe, Maria de Nazaré, participasse com Ele desse serviço divino.
Por isso Maria é invocada como
a Mãe da misericórdia, porque participa da misericórdia que Jesus tem
para com toda a humanidade. No
parágrafo 3 da Bula, o papa nos comunica que ele escolheu a festa da
Imaculada Conceição, que se celebra
em dia 8 de dezembro, para abrir a
Porta Santa do Ano da Misericórdia
porque Maria foi a primeira pessoa
que recebeu de Deus a graça misericordiosa de ser isenta de pecado.
A festa da Imaculada guarda um
simbolismo que a nossa percepção
nem sempre alcança. Primeiro, porque
a festa da Imaculada, como Mulher
bíblica, abre o tempo do Advento, o
tempo litúrgico mariano forte da nossa
Liturgia. Segundo, porque a figura de
Maria é símbolo e também epifania
simbólica, isto é, Maria é invocada e
cultuada a partir de um conjunto de
símbolos que tecem a tradição cristã
e religiosa do nosso povo. Além disso
situa o povo para além de si mesmo e
o leva a viver e a desejar um mundo
diferente daquele que vive. Esta simbólica é um dos fatores mais poderosos
da inserção da fé popular na realidade
definitiva em que acredita e alimenta
uma esperança que faz a história desse
povo.
A experiência devocional simbólica acrescenta à fé mariana popular
uma dimensão de relação com uma
Maria extra-racional, imaginativa ou
até mesmo fantasiosa, mas cheia de fé
e de esperança. Tal relação se dá entre a pessoa de fé, a comunidade que
acredita e o mundo cósmico. Diante
de tal fato, a reflexão nos leva a criar
uma nova antropologia continental,
a qual se inscreve dentro de um reconhecimento capaz de criar no povo
a consciência de que é ele que deve
construir a sua história, criar sua
cultura e construir sua identidade
cristã e religiosa. A espécie humana,
tratada como não-pessoa, dá lugar à
virada antropológica humana inclusiva e libertadora pois, não há mais
lugar para a submissão e o domínio.
Faltando esta intuição de cada ser
humano na interpretação dos elementos simbólicos marianos, vistos à
luz da fé, nada é percebido em Maria
como epifania simbólica.
Com Maria toda a humanidade
deixa de estar sujeita ao bel prazer do
mal. Como se vê, Deus quis precisar
de Maria para nos mostrar que a misericórdia será sempre maior do que
qualquer pecado, e ninguém pode
colocar um limite ao amor de Deus
que perdoa, nos ensina o Papa. Maria, portanto, eleva a humanidade ao
seu lugar mais alto da criação.
A humanidade toda está em busca de sua perfeita identidade e de sua
plena realização como ser humano
e como pessoa chamada por Deus à
santidade, através do batismo, vivendo em Comunidade de fé. Todos nós
vivemos o profundo desejo de paz,
fraternidade, solidariedade e justiça.
Com isso queremos superar a violência, a morte prematura, a corrupção
que nos envergonha e a miséria que
nos tira a dignidade de filhos e filhas
de Deus, que usa de sua benevolência
de Pai e Mãe das misericórdias.
Entretanto, a humanidade faz a
experiência do fracasso, da amarga
contradição das coisas da vida, dos
mecanismos de ódio, divisão e destruição, todos golpes que tentam diminuir a nossa alegria e a vontade de
viver uma vida plena e feliz. Nem por
isso morre a esperança que alimentamos por um mundo mais humano e
reconciliado com toda a criação.
O povo de Israel, mais do que
outros povos, viveu a dimensão da
esperança. Para ele o futuro guarda
o segredo da humanidade nova. Nós
estamos caminhando nesta direção,
somos um povo cheio de esperança
e guardamos dentro do mistério humano-divino que foi plasmado pelo
Criador, aquela esperança trazida
pela graça misericordiosa que Jesus
Cristo que nos doou com sua vida.
Maria, a Mulher
profética e misericordiosa
A Carta Pontifícia de Francisco nos ensina ainda que a fé vê em
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Formação Permanente
Maria concebida sem pecado, a História dessa misericórdia de Cristo,
cheia de esperança, e a realização da
nossa busca de vida plena. No parágrafo 24 da Bula proclamada para
o Ano da Misericórdia, nosso Papa
Francisco continua apresentando
Maria como a Mulher profética que
canta as maravilhas da misericórdia
divina que se estende de geração em
geração sobre as pessoas que temem
o Senhor da misericórdia (cf. Lc
1,50).
Nós somos esta geração que,
como pessoas batizadas, temos a
missão de continuar estendendo esta
misericórdia divina da qual Nossa
Senhora da Conceição Imaculada
participa e com ela se aproxima de
todos os povos. “Maria atesta que a
misericórdia do Filho de Deus não
conhece limites e alcança a todos,
sem excluir ninguém”.
Como Mãe da misericórdia divina, Maria ao pé da cruz, junto com
o discípulo que Jesus ama, entra na
profundidade do mistério de Deus.
Jesus revela este mistério do Pai derramando a misericórdia do perdão
e da clemência sobre toda carne (cf.
Joel 2, 17). As dores de Maria ao pé
dessa cruz, na sua função de Mãe
da misericórdia, chegam a assumir
dimensões universais (Cf. Marialis
cultus, 37).
Não é sem motivo que a Carta
Pontifícia atesta que tudo na vida
de Maria foi plasmado pela presença da misericórdia feita carne. Ao pé
da cruz, Maria, juntamente com o
discípulo amado, “é testemunha das
palavras de perdão que saem dos lábios de Jesus”.
O perdão supremo oferecido ao
bom ladrão mostra-nos até onde
pode chegar a misericórdia de Deus,
ou seja, a todos os que O crucificaram: “Pai, perdoa-lhes porque não
sabem o que fazem”. O soldado que
ajudou na crucificação de Jesus,
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[coMUNICAÇÕES] MAIO / 2016
quando este expirou, glorificava
ao Deus da misericórdia com estas
palavras: “Verdadeiramente, este
homem era Filho de Deus” (cf. Mc
15,39). Ninguém, como Maria, conheceu a profundidade do mistério de
Deus feito homem. A Mãe do Crucificado Ressuscitado entrou no santuário da misericórdia divina porque
participou, intimamente, do mistério
do amor de seu filho Jesus. A própria
palavra misericórdia evoca um comportamento de ternura e o termo em
hebraico, usado na Bíblia, significa
entranhas, palavra que remete ao
amor visceral materno. Maria mostra-se grande e paciente ao dar o primeiro passo em nossa
direção. A sua gratuidade não espera
de cada pessoa necessitada que tenha
lá seus méritos. Mas avança devagar
de acordo com o compasso de Deus
que vai se revelando ao seu Filho. É
nesse sentido que Maria, como Mãe
da misericórdia divina, se torna
discípula de Jesus antes que ser sua
Mãe. Todas as pessoas, neste Ano da
Misericórdia, são convocadas a terem entranhas de misericórdia para
com todos os refugiados de tantas
guerras. Dizemos tantas porque
nem todas são comunicadas pela
grande mídia. Somos pessoas convocadas a ter entranhas de misericórdia ficando ao pé das infinitas
cruzes da humanidade, como Maria ainda aí está, sobretudo junto
às crianças e às mulheres que nada
têm a ver com tanto sangue derramado e nem com tantas doenças
e epidemias que assolam os povos
esquecidos por tantos Continentes.
Concluindo
A História da salvação é tecida
no terreno da fé e no gesto de misericórdia que os nossos pais e mães
tiveram para com seu povo ao longo
dos milênios de espera pelo Messias
e através dos séculos marcados pela
profecia e pela audácia das matriarcas que se colocaram do lado do
povo para salvá-lo da ira do mal encarnado.
Esta fé e este gesto de misericórdia toma sua expressão na histórica Mulher, Maria de Nazaré,
cultuada pela fé do nosso povo
como a Imaculada Conceição, festa litúrgica que indica ser Maria
a primeira criatura, filha de Adão
e Eva como nós, a abrir-se à graça
da redenção.
Destaca-se a força da simbólica
popular que leva a fazer uma experiência da graça divina quando o
povo invoca aquela que foi a Mãe
de Deus e a discípula-mãe de seu filho Jesus, o Filho de Deus. Em Maria concebida sem pecado o povo
lê, na fé, a História da misericórdia
divina.
Nesse contexto, Maria, a Mulher
profética do Magnificat, canta as maravilhas da misericórdia divina que
se estende de geração em geração.
Do Magnificat ao pé da cruz, a participação de Maria na misericórdia de
seu filho chega a assumir dimensões
universais. A Mãe do Crucificado
Ressuscitado entrou no santuário
da misericórdia divina porque participou, intimamente, no mistério do
seu amor.
Salve, ilustre mãe da misericórdia divina, volva a nós a ternura dos
seus olhos e, como Arca da Aliança,
nunca se canse de nos fazer pessoas
dignas de contemplar o rosto da misericórdia do seu filho Jesus!
Por isso te dirigimos a oração antiga e sempre nova da Salve Rainha!
Irmã Lina Boff
Professora emérita da PUC-Rio
Professora do Centro Loyola de Cultura e Fé
Pastoralista na sua Paróquia
Professora visitante da Pontificia
Facoltà Antonianum di Roma
Conferencista e escritora
Formação Permanente
Andreia Cristina Serrato
J
esus, o rosto da misericórdia.
O Papa Francisco nos mostra o
Deus da misericórdia na Misericordiae Vultus. Jesus Cristo é
o rosto da misericórdia do Pai. A missão que Jesus recebeu do Pai foi a de
revelar o mistério do amor divino na
sua plenitude. “Tendo amado os seus
que estavam no mundo, amou-os até
o fim” (Jo 13,1). Os sinais que realiza,
sobretudo para com os pecadores, os
pobres e marginalizados, os doentes,
são a manifestação da misericórdia.
Nele tudo fala de misericórdia e Jesus
revela a natureza de Deus como um Pai
que nunca se dá por vencido enquanto
não estiver dissolvido o pecado e superada a recusa com a compaixão e a misericórdia. A parábola do filho pródigo
apresenta o coração de Deus.
O filho decide voltar para casa e o
Pai o espera livre, acolhe, nada cobra e
comemora o retorno do filho que estava perdido e retornou.
Maria, mãe da misericórdia. Mas
isso só foi possível porque o Verbo se
fez carne e nasceu de Maria. Se Jesus é
o rosto da misericórdia, Maria é a Mãe
da Misericórdia: “O pensamento volta-se agora para a Mãe da Misericórdia.
A doçura do seu olhar nos acompanhe
neste ano santo, para podermos todos
nós redescobrir a alegria da ternura
de Deus. Ninguém, como Maria, conheceu a profundidade do mistério de
Deus feito homem. Na sua vida, tudo
foi plasmado pela presença da misericórdia feita carne. A mãe do Crucificado Ressuscitado entrou no santuário
da misericórdia divina, porque participou intimamente no mistério do seu
amor” . Isso fez dela participante íntima da misericórdia divina.
A Mãe do Filho de Deus guardou, no seu coração, a misericórdia
divina em perfeita sintonia com seu
Filho. Ao pé da cruz, junto com João,
o discípulo do amor, é testemunha
das palavras de perdão que saem dos
MARIA: MÃE DE JESUS,
MÃE DA MISERICÓRDIA
MAIO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
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Formação Permanente
lábios de Jesus, que mostra até onde
pode chegar a misericórdia divina,
perdoando quem o crucificou. Verificamos uma relação muito profunda
entre Maria, Mãe de Jesus, o mistério
da misericórdia divina e a vivência da
misericórdia. O Papa João Paulo II
na Encíclica “Dives in misericordia”
destaca que “Maria é a pessoa que
conhece mais a fundo o mistério da
misericórdia divina” n. (9). Pois Maria
é a mãe que gerou a misericórdia divina na Encarnação, disse seu sim para
gestar em seu ventre a misericórdia.
Assim justifica-se o título “Mãe da
Misericórdia”, pois Maria é a mulher
que experimentou de modo único
a misericórdia de Deus, gestou-a e a
envolveu em seus braços, viveu como
discípula fiel e seguidora do Filho até
o grande momento de sua Páscoa (paixão, morte, ressurreição, glorificação
e Pentecostes). Com exclusividade,
carregou em seu seio o Senhor da vida
que se tornou sangue de seu sangue e
carne de sua carne. Ela lhe ensinou os
primeiros passos e as palavras humanas e, por sua parte, aprendeu Dele os
caminhos da Boa Nova. Maria é a intercessora incansável do povo de Deus;
não deixa de apresentar as necessidades dos fiéis ao seu Filho. Nas bodas de
Caná mostra-nos uma atitude concreta de sua presença misericordiosa. Ela
se compadece da situação dos noivos
e pede ao seu Filho para realizar um
primeiro sinal. Nessa atitude manifesta-se uma mãe aflita para a iniciação do filho. E esse, mesmo contrário
à sua mãe nas palavras, não o foi na
ação: “A mãe de Jesus lhe disse: Não tem
mais vinho. Respondeu-lhe Jesus: O que
queres de mim, mulher? Minha hora
ainda não chegou. Sua mãe disse aos
serventes: Fazei tudo o que eles vos disser. Havia ali seis talhas de pedra para
a purificação dos judeus, cada uma
contendo de duas a três medidas. Jesus
lhes disse: Enchei as talhas de água.
Eles as encheram até a borda.[...] Todo
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[coMUNICAÇÕES] MAIO / 2016
homem serve o primeiro o vinho bom
e, quando os convidados já estão embriagados serve o inferior. Tu guardaste
o vinho bom até agora!” (Jo 2, 1-10).
Vê-se aqui a mulher Maria que se
dirige aos seres humanos e pede que
eles coloquem em prática as palavras
de Jesus. Maria, a partir de então, assume uma função evangelizadora e missionária. Não somente crê, mas escuta
e põe em prática a Palavra do Filho
porque o amor de mãe a fez sinal visível da misericórdia divina. Mais. Ela
suplica aos seres humanos que façam
o mesmo. Vincula-se agora ao Filho
não somente com laço biológico, mas
pela fé, e procura que outros façam o
mesmo. Ela reconhece que é chamada
a orientar a humanidade para Cristo.
Ou seja, Maria projeta-nos para fora
dela mesma, para a transcendência de
Deus, para o mistério insondável. Ela
se encontra presente, num gesto de
solidariedade que transcende e supera
toda atividade. Maria fez-se presente
nos momentos decisivos de seu filho,
bem como se fez presente na vida das
pessoas. Uma presença própria de uma
mãe: solidária, marcada pela atenção,
sensível, perseverante e que nunca
abandona. Foi uma presença silenciosa nos lugares cotidianos e escondidos,
firme e terna, viu e ouviu as inquietações que procedem desses lugares
e guardou-as em seu coração. Soube
entrar em sintonia com os sentimentos
dos outros e construir vida em abundância. Isso tudo nos remete ao quanto
uma mãe misericordiosa ama, perdoa,
cuida, protege e está atenta aos sinais.
Mas nada teria sentido se sua presença misericordiosa não revelasse
um gesto profético de solidariedade e
de anúncio que aponta para a presença de seu Filho, a verdadeira misericórdia visível.
Maria nos convida a viver a Misericórdia. E ainda mais. A presença
silenciosa e mobilizadora de Maria nos
impulsiona para uma presença ins-
piradora que nos faz sair de nós mesmos para entrarmos em sintonia com
a realidade e suas carências. Maria é o
caminho e a ponte que nos levam a nos
sensibilizarmos com as feridas da humanidade apontadas por seu Filho. Tal
atitude misericordiosa nos mobiliza
a sair de nosso meio e buscar um horizonte mais amplo: deixar-nos afetar
pelo que está marginalizado e que sofre,
acolher em nossa vida histórias, pessoas que estão na “periferia” da sociedade.
Maria embarcou na história da
humanidade para transformá-la para
sempre, gestando em seu seio o amor.
Assim, apresenta, representa, significa
e encarna a mãe da misericórdia trazendo em seu bojo tantos outros rostos e histórias que se identificam com
a mãe do sim, da coragem, do silêncio
que perseverou junto com seu Filho.
Ela própria não desejou que sua figura constituísse o centro da Igreja, nem
exerceu algum tipo de magistério que
tirasse a centralidade de Jesus. Ela foi
o grão de trigo que morre, mas que
depois de morto produz fruto.
Andreia Cristina Serrato
É doutoranda na área de Teologia Corporeidade e Mística: Experiência,
Ética e Práxis em Simone Weil pela
Pontifícia Universidade Católica do Rio
de Janeiro (2010). Graduação em
Teologia pela Pontifícia Universidade
Católica do Paraná (2005). Leciona
Introdução à Teologia, Teologia da
Espiritualidade, Mariologia e Cultura
Religiosa na PUC-Paraná.
REFERÊNCIAS:
FRANCISCO. O nome de Deus é misericórdia.
Uma conversa com Andrea Tronielli. São Paulo:
Planeta, 2016, p. 135.
FRANCISCO. MISERICORDIAE VULTUS. O
rosto da misericórdia. Bula da proclamação do
jubileu extraordinário da misericórdia. São Paulo:
Paulinas, 2015.
LACOSTE, Jean-Yves. Dicionário Crítico de teologia. São Paulo: Loyola/Paulinas, 2004.
NOUWEN, Henri. O regresso do filho pródigo.
Braga: Editorial, 1995.
BOFF, Clodovis. Introdução à mariologia. Petrópolis: Vozes, 2004.
PAREDES, José Cristo R. G. Mariologia. Síntese
bíblica, histórica e sistemática. São Paulo: Ave
Maria, 2011.
Formação e Estudos
RONDINHA - FAE
VISITA DA PASTORAL UNIVERSITÁRIA
AO PEQUENO COTOLENGO
N
a bela tarde de sexta-feira
(01/04), conhecido como dia
da mentira, os alunos que
fazem parte da Pastoral Universitária da FAE Centro Acadêmico
realizaram uma atividade pra lá de
verdadeira! Com o coração cheio de
alegria e disponível para fazer o bem,
os jovens se dirigiram à Casa de Acolhimento Pequeno Cotolengo, em
Curitiba-PR. Este local é referência
no acolhimento, saúde, educação e
qualidade de vida para pessoas com
deficiências múltiplas, abandonadas
pelas famílias ou em situação de risco. Esta bela missão já acontece há 50
anos, e hoje atende 200 pessoas que
moram no local e mais de 40 mil que
precisam de atendimentos anuais em
13 especialidades na saúde.
Assim, durante a visita, os jovens
puderam trabalhar com aqueles que
são atendidos pela casa de acolhimento, na confecção de peças artesanais
para venda. Foi uma rica partilha de
vida, onde puderam desfrutar de entusiasmadas conversas sobre passeios que
os atendidos fizeram e souberam um
pouco mais de seus sonhos e alegrias.
Numa outra dinâmica também,
os jovens foram convidados a entrar
nos espaços da casa e visitar aqueles
que possuem mais dificuldades para
se movimentar, muitas vezes fazendo uso das cadeiras de roda. Mas isso
não foi impedimento para um bom
passeio pelos jardins do local, regado
de muita alegria e um clima fantástico
para tal atividade, raro na capital pa-
ranaense. Houve até uma caixinha de
som, e os mais “soltinhos”, por assim
dizer, puderam dançar alegremente e
se divertir de uma forma muito gostosa. Para saber em imagens como foi
o dia, assista o nosso vídeo, preparado
com muito carinho para você que nos
acompanha! Paz e bem!
Frei Augusto Luiz Gabriel
e Frei Gabriel Dellandrea
MAIO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
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Formação e Estudos
novinter 2016
Encontro de noviços reúne
culturas de cinco países
N
oviços de quatro entidades religiosas - Ordem dos Frades
Menores (OFM), Ordem dos
Frades Menores Capuchinhos
(OFMCap), Irmãos Maristas e as irmãs da Divina Providência - se reuniram no dia 4 de abril, em Rodeio, Santa
Catarina, no Noviciado São José para o
primeiro Novinter do ano.
238
[coMUNICAÇÕES] maio / 2016
Esse encontro reuniu 35 noviços
dessas entidades, mas o curioso foi ver
que neste grupo estavam cinco culturas diferentes, como Angola, Argentina, Brasil, Bolívia e Paraguai, e nove
Estados brasileiros: RN, AM, CE, MG,
RJ, SP, PR, SC, RS. Uma diversidade
enriquecedora que tornou ainda mais
agradável o encontro.
Um dos métodos utilizados foi
o de formar grupos para as dinâmicas de trabalho, liturgia e animação.
Neste ano refletiu-se sobre o autoconhecimento que cada noviço/a deve
ter de si próprio, seus impulsos, sentimentos, emoções, desejos, projetos,
paixões, necessidades, destacando-se que o candidato à vida religiosa é
Fraternidades
chamado a integrar toda essa energia
humana.
Deste modo, para buscar a perfeição no itinerário religioso, o principal risco é o de o candidato eliminar
uma parte do ‘próprio eu’, considerada menos nobre, como sentimentos
de inveja, ciúme, medo, entre outros,
e assim negar ou rejeitar forças que
continuam presentes nele. Neste modelo, toda sua energia não é mais uma
força que a pessoa explora para poder
viver, mas sim uma força bruta que
continuamente entra em conflito com
o seu próprio eu.
Já outro modelo, que é da inte-
gração, não elimina nada, no entanto procura fazer com que todas as
forças, impulsos, girem em torno do
centro da vida. Deste modo, o esforço surge para equilibrar esses impulsos entre si. Assim, o(a) candidato(a)
à vida religiosa terá de conhecer os
seus sentimentos, temperamentos,
necessidades e atitudes, de modo que
levem ao crescimento humano e espiritual, confrontando e discernindo
os valores que consideram positivos
e negativos para se fortalecerem no
seguimento de Jesus Cristo. Assim,
trata-se da necessidade de se conhecer, assumir e responsabilizar-se por
tudo aquilo que é a busca para a vida
religiosa.
Analisando as atividades do Novinter, observou-se que as dinâmicas
de animações, interação e exposição
do tema foram bastante enriquecedoras para os noviços(as). O evento
terminou no dia 8 deste mês no Eremitério Frei Egídio, e cada um pôde
manifestar os conhecimentos que
adquiriu durante os dias de reflexões,
sem falar do momento sempre muito enriquecedor da confraternização,
especialmente num ambiente tão rico
culturalmente.
Frei António da Silva Manuel
Encontro do Regional do Contestado
I
rmãos na fé, na caminhada e na
vida partilhada, paz e bem! Nos
dias 11 e 12 de abril do ano de
2016, na casa do Regional, em
Piratuba, SC, reuniu-se em seu primeiro encontro do ano, os frades do
Regional do Contestado (Oeste Catarinense). Sendo o primeiro encontro do Regional, pós-Capítulo Provincial, o Definidor, Frei Gustavo W.
Medella agradeceu a presença de todos e procedeu à eleição dos serviços
de coordenador; vice-coordenador;
secretário e vice-secretário do Regional. Após as orientações, procedeu-se à eleição. Foram eleitos: para o
serviço de coordenador: Frei Alex
Sandro Ciarnoscki (reeleito) e como
vice-coordenador, Frei José Idair F.
Augusto. Para o serviço de secretário
foi eleito Frei Vitalino Piaia e como
vice-secretário, Frei Antônio Mazzucco.
Em seguida, o coordenador, Frei
Alex, colocou os assuntos que seriam tratados no encontro. Iniciou-se com ausências: Frei Henrique
Dell Olivo, da Fraternidade de Concórdia, em tratamento de saúde;
Frei Genildo Provin e Frei Dionísio
Riceiri Morás, da fraternidade de
Coronel Freitas, internados no Hospital da mesma cidade. Comunicados do Definidor Provincial: Pediu
que as decisões do Capítulo Provincial sejam abraçadas por todos os
frades e apresentou-nos, com mais
ênfase, o “Projeto Fraterno de Vida
e Missão”. Destacou: “A qualidade
de vida não é só viver bem, mas é
a qualidade de nossa vida fraterna,
em nossas casas, e a qualidade dos
serviços que prestamos à Igreja e à
sociedade”. O Definidor, continuando, colocou os frades a par de algumas situações que a Província vive
no momento, como, por exemplo,
dos frades doentes e o novo plano
de saúde.
Na terça-feira, dia 12, reiniciou-se a reunião. Após a oração foi feita
a “rodada” pelas fraternidades. Todas
compartilharam suas alegrias, esperanças e desafios. Quanto à casa de
Piratuba, ficará sob a coordenação
da fraternidade de Concórdia. Os
guardiães e coordenadores das fraternidades serão os gestores da mesma. Quem desejar utilizá-la deverá
entrar em contato com a fraternidade de Concórdia, mesmo confrades
de outros regionais. A Paróquia de
Coronel Freitas fez o convite aos frades para a Semana Vocacional, em
preparação à Ordenação Sacerdotal
de Frei Robson Luiz Scudela, agendada para o dia 29 de outubro de
2016, às 18h. Datas dos próximos
encontros do Regional, em Piratuba:
dias 4 e 5 de julho; 26 e 27 de setembro e 12 e 13 de dezembro. Eram 12
horas quando se concluiu a reunião.
O ancião do Regional, Frei Alcides
Cella, abençoou os frades. O almoço
foi o momento final de confraternização. Em seguida, todos, antes de
pôr o “pé na estrada”, de retorno às
fraternidades, despediram-se na alegria franciscana.
Frei Vitalino Piaia
MAIO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
239
Fraternidades
Frei Ademir Sanquetti: “Até breve!”
N
o domingo (27/3), Páscoa
do Senhor, Frei Ademir Sanquetti celebrou sua última
Missa como pároco da Paróquia São Paulo Apóstolo. Depois
de 12 anos de trabalho em Agudos,
o franciscano partiu para missão na
Paróquia Santo Antônio, em Bauru
(SP). Em sua entrevista de “até breve”, o frade conta um pouco sobre os
aprendizados, missões e deixa um recado para o povo agudense.
PasCom - Qual é a diferença do Frei
Ademir de hoje e o de 12 anos atrás?
Frei Ademir - Mais velho, mais
sábio e mais animado! Aprendi
muito, fiz o curso de Psicologia e
atendi vários pacientes. Enfim, foram muitas as experiências de vida e
convivência. Tudo que falei nas homilias e sermões, em primeiro lugar
foram para mim, aprendizagem e
espiritualidade. Sempre me preparei, nunca deixei de celebrar nenhuma Missa e de preparar-me para celebração. Isto me ajudou a ter mais
equilíbrio e harmonia espiritual.
PasCom - Como o senhor classifica o trabalho missionário que
foi desenvolvido à frente da Paróquia São Paulo Apóstolo?
240
[coMUNICAÇÕES] maio / 2016
Frei Ademir - Quando estava em
Nilópolis (RJ), eu vim a esta Paróquia
para fazer missões no ano 2000. E enquanto Pároco, durante este tempo
que estive aqui, consegui realizar as
missões populares, que são as visitas
e bênção nas casas, visita aos doentes.
Consegui visitar todas as casas e famílias desta Paróquia. E também colocar
um pouco deste espírito nos setores.
róquia, pois tudo que planejei fazer,
os paroquianos me ajudaram. Foram
muitas colaborações: consegui pintar as imagens na igreja, reformar a
cozinha e o salão, a pintura da igreja,
início da Igreja São Francisco e muitas outras reformas nas capelas. Sou
muito grato a todos os membros da
Igreja, dos conselhos, das comunidades do CPP e do CAP.
PasCom - Nestes 12 anos, o que mais
marcou o senhor?
Frei Ademir - O que ainda me
marca é a bondade dos fiéis desta Pa-
PasCom - O que o senhor leva de
aprendizado de tudo que viveu com
os paroquianos?
Frei Ademir - Que a vida passa
e devemos aproveitar cada momento, cada celebração. Tudo é
muito valioso! Devemos colocar
tudo nas mãos de Deus. Não deixar de agradecer e rezar.
Mais!
Natural de Cabrália Paulista (SP),
Frei Ademir Sanquetti ficou por 12
anos à frente da Paróquia São Paulo
Apóstolo de Agudos, realizando importantes trabalhos missionários e
evangelizadores.
No dia de sua homenagem, muitos dos trabalhos implantados pelo
franciscano foram destacados, como
as turmas de catequeses de adultos
para receber o sacramento da Crisma;
a Pastoral da Comunicação; Mestres
de Cerimônia; motivação para a Jornada Mundial da Juventude em 2013;
Romaria à Aparecida; missões paroquiais; Pastoral da Acolhida e Grupo
de Homens Católicos.
PasCom - Qual a mensagem que
o senhor gostaria de deixar para
todos os agudenses?
Frei Ademir - Continuem sua
caminhada enquanto paroquianos, lideranças. Não deixem de
fazer parte desta Igreja mãe e cultivar todo bem e o amor que vêm
de Deus. Que Deus abençoe a todos. Paz e bem! Até breve!
Por Isabela Gaspar, PasCom
Fraternidades
Silêncio e oração marcaram a Sexta-feira Santa em Agudos
Nesta sexta-feira (25/3), mais de
700 fiéis da Paróquia São Paulo Apóstolo de Agudos reuniram-se para a
Celebração da Paixão de Jesus Cristo.
Com a Igreja sem nenhum enfeite e
as imagens dos santos cobertas por
panos na cor roxa, os fiéis mostraram
seu luto pelo sacrifício de Jesus Cristo.
“A sexta-feira santa é um dia de jejum, e muita oração. Devemos, neste
dia, permanecer em silêncio e refletir
sobre o sofrimento de Jesus na cruz,
fazendo uma analogia com tantos irmãos que estão pelo mundo passando
fome, frio, sede e precisam de nossa
ajuda”, refletiu o pároco Frei Ademir
Sanquetti.
Após a celebração, foi realizada a
tradicional procissão do Senhor Morto pelas ruas de Agudos. Durante o
trajeto, entre as imagens de Nossa Senhora das Dores e a de Jesus, as crian-
ças presentes carregavam uma cruz e
o cartaz da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016, como lembrança
EU VI
Eu vi um dia uma estrela que era guia,
Era um sinal de minha mãe, na estrada,
Era a presença segura, Maria,
Era a certeza daquela jornada.
Jornada para Jesus, Cristo amigo,
Para sua noite de sua lida,
E não pra perder quem se fez abrigo,
Para lograr a glória da subida.
A estrela que povoa a minha mente,
Me traz o fogo que me queima todo,
Registra o fato que me vem e sente.
Aquela estrela vive em mim brilhando,
Constante e não se apaga nunca mais,
Por isso nunca me verão chorando...
Frei Walter Hugo de Almeida
do compromisso assumido durante a
quaresma: cuidar do meio ambiente, a
Casa Comum.
Fraternidades
Gaspar
Peregrinação da Paróquia
São Pedro Apóstolo à Porta Santa
A
tendendo ao apelo do Papa
Francisco, para viver o Ano
Santo da Misericórdia e continuando a nossa caminhada
de preparação rumo à Páscoa, a Paróquia São Pedro Apóstolo de Gaspar,
no dia 13 de março, teve a graça de viver um momento forte de conversão,
fazendo sua Peregrinação à Porta Santa da Paróquia São Pio X, de Ilhota.
Numa reflexão pautada no relato
da mulher adúltera, descrita no Evangelho de João 8,1-11, fomos conduzidos para o sacramento da Reconciliação, esperançosos da misericórdia de
um Deus que é Pai e que não condena,
mas oferece libertação. Ele nos perdoa
antes mesmo de pedirmos perdão,
confiante que o perdão gera vida nova.
Preparados para o sacramento da
Reconciliação, deixamos o interior do
Templo para adentrar pela porta principal, a Porta Santa da Misericórdia.
Acompanhados de cânticos e
orações, os fiéis, em grande número,
acorriam aos sacerdotes para confessar-se individualmente.
Tendo recebido o perdão dos
pecados, através do sacramento da
Reconciliação e com profundo desejo de conversão, participamos da
Celebração Eucarística. Desse modo,
recebemos as indulgências plenárias,
concedidas pela Igreja, no Ano Santo
da Misericórdia.
Que a experiência vivida, neste
dia, fortaleça cada vez mais a nossa fé
e nos impulsione a viver nossa caminhada espiritual embasados nas palavras de Jesus: “Sede misericordiosos
como o Pai” (Lc 6,36).
Leonor Darós
MISSA DO LAVA-PÉS COM A CATEQUESE
O Tríduo Pascal iniciou-se como
em todos os anos com a missa da
Instituição da Eucaristia e do Lava-Pés com nossos catequizandos e
comunidade em geral. Após as leituras e pregação feita pelo pároco, Frei
Paulijacson Pessoa de Moura, sentado
entre as crianças, iniciou-se o ritu-
242
[coMUNICAÇÕES] maio / 2016
al do Lava-pés onde todos puderam
acompanhar e cantar a canção “Jesus
erguendo-se da Ceia”. Após o ritual,
a missa prosseguiu como de costume
até que, na distribuição da Eucaristia,
os catequistas distribuíram aos que
não fizeram a Primeira Comunhão
os pãezinhos ázimos, enquanto os
demais foram recebendo a Sagrada
Comunhão.
Antes de terminar a Celebração,
como sendo o dia da Instituição da Eucaristia, Frei Paulo percorreu o interior
da Matriz com a Hóstia Consagrada
no ostensório abençoando a todos.
Luiz Otávio Bastiani
Fraternidades
MISSA DA MISERICÓRDIA E VIRADA RADICAL DA JUVENTUDE
A Paróquia São Pedro Apóstolo
esteve em festa no último fim de semana, com mais uma edição da Virada Radical 2016, organizada pelo
Ministério Jovem da RCC (Renovação Carismática Católica). Em torno
de 200 jovens e adultos se reuniram
no evento para momentos de louvor,
adoração e pregações.
O evento teve início com a Santa
Missa presidida pelo Pároco Frei Paulijacson. Logo após os encontristas
se concentraram no Salão Cristo Rei
para as demais atividades.
O encontro tinha como tema:
“Envolvidos pela Misericórdia”. O
tema e o dia escolhidos não poderiam ser outros, já que no Segundo
Domingo da Páscoa é celebrado o
dia da Misericórdia Divina, instituído por São João Paulo II, seguindo
o pedido que Jesus insistentemen-
te fez a Santa Faustina Kowalska.
A animação ficou por conta do
Ministério de Música Vida Plena da
Comunidade Betânia. Só temos a
agradecer pela colaboração de todos
os envolvidos na solenidade, aos pregadores, à equipe de liturgia e ao Frei
Paulijacson pela acolhida.
João Vitor Costa
MAIO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
243
Fraternidades
Gaspar
POSSE DO NOVO PÁROCO DA
PARÓQUIA SÃO PEDRO APÓSTOLO
N
a Celebração Eucarística de
terça-feira, 15 de março, Frei
Paulijacson Pessoa de Moura,
Frei Paulo como é chamado
carinhosamente pelos fiéis, tomou
posse como Pároco na Paróquia São
Pedro Apóstolo de Gaspar.
Com a transferência para São Paulo
de Frei Germano Guesser, que trabalhou em nossa Paróquia por 12 anos,
dos quais 6 anos como Pároco, o Governo Provincial da Província Franciscana
da Imaculada Conceição do Brasil nomeou Frei Paulo como o novo Pároco.
Ele trabalhava em Gaspar como Vigário
Paroquial desde fevereiro de 2015.
A missa foi presidida pelo Bispo
Diocesano Dom Rafael Biernaski,
concelebrada por Frei Paulo, Frei
Carlos Ignácia, Frei Lindolfo Jasper
e Padre Wilmar, Pároco da Paróquia
vizinha, Nossa Senhora do Rosário do
Barracão.
Frei Paulo jurou fidelidade ao serviço assumido e recebeu das mãos de
Dom Rafael alguns símbolos: a estola,
a chave da Igreja, a chave do sacrário,
o óleo do Batismo e a cruz.
A Igreja Matriz estava superlotada
com representantes de todos os movimentos, pastorais e de todas as Comunidades da Paróquia. Frei Paulo estava
244
[coMUNICAÇÕES] maio / 2016
feliz e agradeceu pela participação do
povo nesse momento importante de
sua vida, assumindo um trabalho de
grande responsabilidade. Disse estar
confiante, pois considera um chamado
de Deus. Se Deus confiou e o Governo Provincial o nomeou, ele acredita
poder corresponder ao máximo às
expectativas, mas trabalhando sempre
em sintonia com o Conselho Paroquial
e com todas as lideranças da Paróquia.
Frei Lindolfo Jasper, que no ano
de 1992 havia trabalhado em nossa
Paróquia, foi transferido para trabalhar novamente em Gaspar. Dom
Rafael também o confirmou como
Vigário Paroquial. O povo gasparense
lhe deseja um excelente trabalho e o
recebe com muito carinho.
Por intercessão de São Pedro, São
Francisco e Santa Clara, pedimos a
Deus que derrame suas bênçãos sobre
Frei Paulo, e que dê a ele forças, coragem, discernimento e perseverança,
para, juntamente com Frei Carlos e
Frei Lindolfo conduzirem a Paróquia
São Pedro Apóstolo a ser uma igreja
missionária, como nos pede o Papa
Francisco.
Gertrudes Crescência Spengler
Fotos: Jornal Metas
Fraternidades
Posse de
Frei José Idair
No dia 03 de abril, Dom Frei Mário Marquez, OFMCap, bispo diocesano de Joaçaba,
celebrou a Santa Missa na Igreja Matriz, durante a qual foi empossado o novo Pároco,
Frei José Idair Ferreira Augusto. O rito de
posse compreende a entrega da chave da igreja, da chave do Tabernáculo, da Fonte Batismal e do Confessionário. Rezemos pelo bom
desempenho ministerial de Frei José Idair.
Frei José Ariovaldo da Silva, OFM
Site Paróquia do Rosário
Eu, Ariovaldo.
Tu, formiguinha.
Entre tu e eu:
o vácuo.
Ponho-me neste,
não mais me vejo,
sinto-me apenas Ariovaldo.
Tu, formiguinha,
não mais te vejo,
apenas te contemplo.
Já sem rótulos,
nem nome,
tão somente somos,
completos,
satisfeitos
na perfeita Unidade colhidos:
pacificamente irmãos.
Fraternidades
Frei Florival reúne amigos
para cantar a “Perfeita Alegria”
A
campanha da fraternidade
de 2016 alerta a sociedade
para o cuidado para com a
Terra, nossa “Casa Comum”.
O primeiro show da turnê “Perfeita
Alegria”, do Frei Florival Mariano, que
tem como tema central as “Águas”, levou para um público de mais de mil
pessoas um repertório variado que
transitou entre o popular e o erudito,
com músicas religiosas como as contidas no CD “Perfeita Alegria” e outras
como “Ave Maria Sertaneja”, “Águas
de Março” e “Chega de Mágoa”.
O Show de abertura da turnê “Perfeita Alegria” envolveu o público com
uma energia de amor, compaixão e
246
[coMUNICAÇÕES] maio / 2016
muita alegria. O tema “Águas” levou
os presentes à reflexão sobre a importância de se adotar uma vida pautada
na sustentabilidade e no amor, - pelos
animais, pelas pessoas, do respeito
por toda a vida -, como apregoou São
Francisco e Santa Clara de Assis.
O espetáculo “Perfeita Alegria”,
que também buscou valorizar a cultura capixaba, contou com a participação de Padre Anderson, Frei Paulo
César, da poetisa Renata Bomfim, do
Grupo Moxuara e da cantora Elaine
Vieira. Os arranjos musicais foram
preparados especialmente para o
show, que ficou sob a regência do maestro Eduardo Santa Clara.
Segundo a produtora artística Jeanine Pacheco (Humanizarte), “o espetáculo musical buscou dialogar com
variadas linguagens da arte, como a
poesia e o teatro, no intuito de criar
uma atmosfera lúdica que levasse o
público à interiorização e à vivência
da espiritualidade”. O público se emocionou, especialmente com a aparição
de Nossa Senhora da Penha, representada pela atriz Lílian Casotti.
Frei Florival Mariano disse estar
muito feliz, pois, segundo ele, o show
foi empolgante, envolvente e atingiu
seus objetivos ao divulgar os valores
franciscanos, a cultura capixaba e
os valores sustentáveis para a construção de um mundo melhor: “Não
foi apenas um espetáculo em que
alguém brilha sozinho. As pessoas
entenderam sua participação e se
sentiram envolvidas em um clima de
comunhão e fraternidade”, disse Frei
Florival.
Após o show houve um momento
de autógrafos dos CDs do Frei Florival
Mariano, “Perfeita Alegria”, do Grupo
Moxuara e do livro “Colóquio das árvores”, da escritora Renata Bomfim.
Ednéa Flegler
Fraternidades
Encontro do REGIONAL de CURITIBA
O
Regional Curitiba realizou seu
primeiro encontro em 2016
no dia 18/04, na fraternidade
Bom Jesus dos Perdões, com
início às 9h30. Estiveram presentes
praticamente todos os frades, incluindo os confrades das três turmas de
Filosofia.
Coordenou este primeiro encontro
do ano o definidor da região, Frei João
Mannes. A pauta sugerida e seguida foi
a seguinte: 1) Acolhida dos novos confrades que chegam ao Regional após as
transferências; 2) Eleições para os serviços de coordenador e secretário do
Regional; 3) Indicação de nome para
represente do Ministro Provincial junto à CRB; 4) Projeto Fraterno de Vida
e Missão; 5) Partilha da vida nas fraternidades. Feitas as devidas votações, foi
eleito para coordenador do Regional
Frei Valdir Laurentino, tendo como
vice-coordenador o Frei Vagner Sassi.
Para secretário, foi eleito Frei Adriano
Freixo Pinto e como vice-secretário
Frei Antônio Joaquim Pinto. Quanto
ao representante junto à CRB, foi indicado por aclamação da maioria Frei
Adriano Freixo. Após breve pausa, Frei
João Mannes retomou os assuntos tratando do Projeto Fraterno de Vida e
Missão, lembrando sua importância e
que “não se trata de elaborar mais um
documento, mas que cada fraternidade partilhe sua vida e missão e construa seu projeto”.
Nas palavras do Frei João Mannes:
“O mais importante é sermos levados
a um autêntico processo de conversão”. Juntos fizemos a leitura e partilha do primeiro objetivo (“Espírito de
Oração e Devoção”), nº 1-4. Após o
momento fraterno do almoço, muito bem preparado pela fraternidade
anfitriã, partilhamos a vida e a caminhada de cada fraternidade na parte
da tarde. Percebe-se um ambiente
fraterno favorável neste começo de
triênio, após as recomposições em
cada fraternidade. Há empenho e disposição diante dos diversos trabalhos
solicitados.
Frei João Mannes incentivou a
permanecermos assim durante todo
o triênio. As datas escolhidas para os
próximos encontros de nosso Regional são as seguintes: 20/06 (Aldeia);
12/09 (Rondinha) e 05/12 (Caiobá –
recreativo). Às 14h35 encerramos este
primeiro encontro do ano com a oração do Pai Nosso.
Frei Adriano Freixo Pinto
MAIO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
247
Fraternidades
POSSE DE FREI
GERMANO NO PARI
N
a Celebração Eucarística deste
domingo do Bom Pastor (17
de abril), Frei Germano Guesser não só recebeu as chaves da
Paróquia Santo Antônio e as chaves do
Sacrário, mas também as “chaves do
coração”, nas palavras do paroquiano
Gerson Pedro, que representou a Comunidade na posse do novo pároco.
A Missa do rito de posse de Frei
Germano foi presidida por Dom Eduardo Vieira dos Santos, bispo auxiliar
de São Paulo e Vigário Episcopal da
Região Sé da Arquidiocese de São Paulo, às 18 horas. No início da celebração,
o diácono Frei Edvaldo Batista Soares
leu o documento de nomeação e provisão de pároco, atendendo ao pedido
feito pelo Ministro Provincial da Província Franciscana da Imaculada Conceição, Frei Fidêncio Vanboemmel, à
Arquidiocese de São Paulo. Representando o Ministro Provincial nesta celebração estava o Vigário Provincial, Frei
Evaristo Spengler.
248
[coMUNICAÇÕES] maio / 2016
Antes da posse, contudo, Frei Germano fez a profissão de fé na presença
do bispo: “Eu, Frei Germano Guesser,
creio firmemente e professo todas e
cada uma das verdades ...”, disse, para
depois receber do bispo o Evangelho: “Recebe o Evangelho de Cristo,
do qual foste constituído mensageiro.
Transforma em fé viva o que lês, ensina
aquilo que crês e procura realizar o que
ensinas”, exortou o bispo.
Na sua homilia, Dom Eduardo
lembrou que Frei Germano assumia
uma grande responsabilidade. “Mas
é uma responsabilidade compartilhada com seus confrades e com o bispo,
com cada irmão e irmã”, encorajou,
pedindo ao novo pároco que exerça
sua missão com alegria. “O pároco
assume essa missão com alegria, com
entusiasmo, com expectativas. Cada
pároco tem expectativas de ser correspondido no seu ofício”, lembrou. “Hoje
nós rezamos pelas vocações, para que o
Senhor envie operários para sua messe,
Fraternidades
mas não podemos cruzar os braços. É
preciso que cada um de nós faça a sua
parte, é preciso que cada um de nós dê
testemunho do Evangelho com alegria”, acrescentou, frisando que não se
deve deixar todo o trabalho nas mãos
do pároco.
Em seguida, Dom Eduardo explicou o simbolismo da entrega das
chaves e dos instrumentos do Batismo, assim como da estola roxa. “Eu
conclamo a todos para que se unam a
Frei Germano a fim de que seu trabalho possa ser profícuo, possa produzir
muitos frutos”, completou.
Se depender dos paroquianos,
Frei Germano não estará sozinho.
“Em nome de toda a Paróquia, gostaríamos de dizer que estamos muito
felizes de tê-lo aqui conosco. E o sr.
recebeu hoje as chaves da Igreja e do
Sacrário. De modo muito simbólico,
receba também as chaves da nossa
Paróquia, das nossas Pastorais, das
nossas casas, do nosso coração”, disse pedindo que o casal - Paulinho e
Francisca - representasse a comunidade ao dar um abraço em Frei Germano. “Este abraço simboliza que estamos juntos, unidos, e vamos fazer
juntos uma comunidade de amor,
de caridade e de serviço”, emendou.
Frei Germano agradeceu a presença de seus confrades, especialmente do
Convento São Francisco, que veio em
grande maioria, e recordou o lema do
Bom Pastor, escolhido para a sua ordenação sacerdotal e que neste 4º domingo da Páscoa foi lido no Evangelho.
“A exemplo do bom pastor, que
é Jesus Cristo, o pároco deve ser um
servidor. Alguém que chega para servir, cuidar e dar proteção ao rebanho”,
disse.
“No sentido religioso, tomada de
posse não tem nada a ver com a tomada de posse no sentido civil, quando
envolve uma propriedade particular. O
padre não se autoconvoca ou se candidata para estar à frente de uma responsabilidade como esta, mas responde a
um chamado, a uma solicitação que,
como no meu caso, veio da Ordem
dos Frades Menores, onde um dia eu
fiz o voto de obediência diante do meu
superior, e disse: ‘Eis-me aqui’. Agora,
nesse chamado novamente, eu digo:
‘Eis-me aqui’”, explicou, ressaltando a
sua escolha por uma Igreja em saída,
como pede o Papa Francisco.
Moacir Beggo
MAIO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
249
Fraternidades
Frei Alvaci:
“É a comunidade
que toma posse”
O
novo pároco do Convento e
Santuário São Francisco, Frei
Alvaci Mendes da Luz, tomou
posse lembrando que o trabalho não será feito apenas por ele, mas
pela Fraternidade e pela Comunidade.
“Se tem uma coisa que aprendi na
vida franciscana é que a gente não é
ninguém sozinho”, disse Frei Alvaci,
chamando seus confrades à frente do
altar, entre eles o novo Vigário Paroquial, Frei Guido Moacir Scheidt. “É
esta Fraternidade que toma posse. Ou
melhor, a comunidade toma posse
desta Fraternidade. Vocês que vão se
servir da gente. Estamos aqui para trabalhar por esta comunidade”, garantiu
o novo pároco durante a Celebração
Eucarística no dia 24/4, às 10h30.
A Missa do rito de posse de Frei
Alvaci foi presidida Pe. Aparecido
Silva, Vigário Adjunto da Região Sé
da Arquidiocese de São Paulo, que
representou o bispo auxiliar de São
Paulo Dom Eduardo Vieira dos San-
250
[coMUNICAÇÕES] maio / 2016
tos, tendo como concelebrantes o
Vigário Provincial Frei Evaristo Spengler e Frei Alvaci. Além do pároco do
Pari, Frei Germano Guesser, dos frades do Convento, participaram deste
momento os beneditinos do Mosteiro
São Bento. No início da celebração,
Frei Evaristo leu o documento de nomeação e provisão de pároco, atendendo ao pedido feito pelo Ministro
Provincial Frei Fidêncio Vanboemmel, à Arquidiocese de São Paulo.
Antes da posse, contudo, Frei Alvaci fez a profissão de fé e, em seguida, recebeu de Pe. Aparecido o Evangelho: “Recebe o Evangelho de Cristo,
do qual foste constituído mensageiro.
Transforma em fé viva o que lês, ensina aquilo que crês e procura realizar o
que ensinas”, exortou o representante
do Bispo, que é também pároco da
Paróquia do Santíssimo Sacramento.
Na sua homilia, depois da leitura
do Evangelho feita por Frei Alvaci,
Pe. Aparecido lembrou que a Co-
Fraternidades
munidade Franciscana do Largo São
Francisco é referência para a Igreja e
para o povo de Deus. “Nós estamos
admirados que esta comunidade continue sendo assim, que o amor possa
transcender todas as dificuldades que
ocorrem no dia a dia, que é uma coisa normal. É o amor que transcende
e que faz com que superemos as dificuldades para que sejamos sempre a
presença de um mundo novo, de uma
nova Jerusalém, de uma nova terra”,
disse. “É esse amor verdadeiro, amor
ágape, que dá sentido à vida de uma
comunidade religiosa, que a fortalece
e traz entusiasmo e alegria para continuar a missão que Deus confiou de
viver o carisma franciscano”, reforçou.
Pe. Aparecido também falou da
“beleza do ofício de ser pároco”. “Aqui,
Frei Alvaci vai agir ‘in persona Christi’, em nome de Jesus Cristo. Ele vai
ser a voz do Bom Pastor, ele vai ser
as mãos de Jesus Cristo para suavizar,
animar, para presidir esta comunidade. Então, Frei Alvaci, que você possa
compreender a beleza de sua missão”,
exortou. Mas lembrou ao novo pároco que esta missão não será fácil.
“Quantas periferias existenciais neste
centro de São Paulo?”, perguntou.
Comentando o Evangelho do
domingo e lembrando o contexto da
última Ceia de Jesus, frisou que Jesus
deixou ali a recordação do seu amor
para conosco. “O que distingue os seus
discípulos é o mandamento do amor.
E isso nós devemos trazer para a vida.
Que nós sejamos, junto com Frei Alvaci, continuadores da missão de Jesus Cristo, trazendo para este centro,
marcado por tantas contradições, esse
amor de Jesus, esse amor que revela a
ternura de Deus”, completou.
Terminada a homilia, o novo pároco renovou as promessas que fez na
sua ordenação e Frei Alvaci recebeu
das mãos do Pe. Aparecido a chave da
igreja, do Sacrário, os óleos do Batismo e a estola roxa.
No final da celebração, Marlene
Cavalcanti, coordenadora da Catequese e do CPP, falou em nome da
comunidade. “Tenha a certeza de que
nossos corações estão abertos como o
coração de Jesus para recebê-lo como
novo pároco”, garantiu Marlene, enquanto uma criança deu de presente
para Frei Alvaci um vaso contendo a
flor de girassol.
Moacir Beggo
MAIO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
251
Fraternidades
FREI VALDECIR: “DE
CORAÇÃO ABERTO”
F
rei Valdecir Schwambach, depois de dez anos trabalhando
no Santuário da Penha de Vila
Velha (ES), tomou posse no domingo, 24 de abril, na Paróquia São
Francisco de Assis, na Vila Clementino. A Missa do rito de posse de Frei
Valdecir foi presidida por Dom José
Roberto Fortes Palau, bispo Auxiliar de São Paulo da Região Ipiranga,
tendo como concelebrantes o Vigário Provincial Frei Evaristo Spengler,
os frades da Vila, do Convento São
Francisco e da Paróquia do Pari. No
início da celebração, Frei Evaristo leu
o documento de nomeação e provisão
de pároco, atendendo ao pedido feito
pelo Ministro Provincial da Província
Franciscana da Imaculada Conceição,
Frei Fidêncio Vanboemmel, à Arquidiocese de São Paulo.
252
[coMUNICAÇÕES] maio / 2016
No início da celebração, Frei Valdecir fez a profissão de fé e, em seguida, Dom José entregou o Evangelho
ao novo pároco recomendando a
“transformar em fé viva o que lês, ensinar aquilo que crês e procurar realizar o que ensinas”.
Na sua homilia, Dom José Roberto fez uma reflexão detalhada sobre
a palavra “novo” quando Jesus diz
“novo mandamento”. “O novo cria
expectativas. Vocês estão recebendo um novo pároco. Certamente, a
vinda dele vai criar expectativas. Isso
é bom. Também o Frei Valdecir está
assumindo nova Paróquia. Está criando novas expectativas, novos sonhos.
Isso faz bem”, disse.
Dom José, referindo-se ao Evangelho deste domingo, lembrou que
Cristo amou o próximo com pura
Fraternidades
benevolência, pura gratuidade. “Não
por interesse. Amai-vos uns aos outros, inclusive aqueles que falam mal
de você. Ah, mas é difícil! Eu sei disso.
Só com as nossas próprias forças não
conseguiríamos amar o outro. Nós
precisamos da ajuda de Deus. Sem o
Espírito Santo seria impossível amar
como o Cristo amou”, destacou.
Terminada a homilia, o novo pároco renovou as promessas que fez na
sua ordenação. O rito de posse, então, ganhou em simbolismo. Primeiro, Frei Valdecir recebeu das mãos
do bispo as chaves da igreja, depois a
chave do Sacrário, a estola e os óleos
do Batismo.
Frei Valdecir, então, manifestou
toda a sua gratidão ao se sentir acolhido pela Arquidiocese de São Paulo, na
pessoa do bispo Dom José, acolhido
pela Fraternidade Franciscana da Vila
Clementino, e acolhido pelos fiéis paroquianos.
“Vocês sabem que uma andorinha sozinha não faz verão. O novo
pároco precisa da ajuda de todos
para caminharmos juntos. Vocês me
receberam desde o dia que cheguei
de coração aberto. Pois saibam que
eu também estou de coração aberto
para receber vocês, para caminhar
com vocês. Conto com o apoio, sugestões, quero que caminhemos juntos”, pediu o novo pároco, lembrando
a longa presença franciscana na Vila
Clementino. “Que a Palavra de Deus
seja semeada no coração de cada um
de nós”, completou. O novo pároco
terá a ajuda dos dois vigários paroquiais, Frei Carlos Lúcio Nunes Corrêa, que não participou da celebração
devido ao falecimento de seu pai, e
Frei Euclydes Pezzamiglio.
A posse de Frei Valdecir completa as mudanças nas Paróquias de São
Paulo que foram decididas durante
o Capítulo Provincial e o Congresso
Capitular, realizados em janeiro e fevereiro últimos, pelos Frades Menores da Província da Imaculada Conceição.
Moacir Beggo
MAIO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
253
Fraternidades
Posse de Frei
César NO SAGRADO
N
a noite do dia 19 de abril, a
Paróquia do Sagrado Coração
de Jesus, em Petrópolis, esteve
em festa. O motivo de alegria
foi a posse do novo Pároco, Frei César
Külkamp. Presidida por Dom Gregório Paixão, OSB, Bispo da Diocese de
Petrópolis, a Santa Missa contou com
a presença de diversos frades da Província, assim como Padres da Diocese
e líderes dos diversos Movimentos e
Pastorais do Sagrado.
O rito de posse teve início com a
leitura do decreto de nomeação pelo
novo Vigário Paroquial, Frei Leonardo Aureliano, e com a Profissão de
Fé feita por Frei César. A Celebração
prosseguiu com o juramento de fidelidade.
Frei César recebeu das mãos de
Dom Gregório e de Frei Luiz Flávio
Adami, também Vigário Paroquial,
a estola e a casula. Já paramentado, o
novo Pároco recebeu o Evangeliário e
proclamou o Santo Evangelho diante
254
[coMUNICAÇÕES] maio / 2016
da assembleia lotada, emocionada e
atenta.
Em sua homilia, Dom Gregório
destacou as qualidades do Bom Pastor e pediu a Frei César que tivesse
essa alcunha de Jesus como norte de
seu pastoreio frente à Comunidade de
fé do Sagrado. O Bispo atentou que o
pároco é uma ovelha do único Bom
Pastor, mas escolhido para ajudar no
pastoreio do grande rebanho do Sagrado. Nesta missão, o bom pastor é
aquele que se coloca a serviço e que,
como Cristo, doa a própria vida para
salvar a dos outros. E fez um pedido
ao novo Pároco:
“Frei César, eu sugiro que o seu
pastoreio seja feito com o seu coração,
com um coração franciscano que saiba amar a todos, em especial aos mais
necessitados. Peço-te, meu irmão, que
como Pároco desta paróquia, você
multiplique sua atenção para conhecer
tuas ovelhas e entender a personalidade de cada uma. Chama os paro-
Fraternidades
quianos para viver a beleza que tu escolheste para a tua vida. Assim, como
pároco, vive plenamente a graça de ser
alimentado por este altar, e alimentar
os irmãos no corpo e na alma. Em teu
corpo, tem tatuado o nome de cada irmão e de cada irmã dessa comunidade.
Carrega o cheiro de cada uma de tuas
ovelhas em teu corpo, como nos pede
o Papa Francisco. Frei César, sê feliz,
pois foi para isso que o Senhor nos
criou.”, afirmou Dom Gregório.
Dando sequência ao rito, Frei César renovou as promessas sacerdotais.
O novo Pároco recebeu a chave da
igreja, a chave do Sacrário; os instrumentos do Batismo; e a chave da Capela da Penitência.
Durante o abraço da paz, cada
comunidade da Paróquia e a Ordem
Franciscana Secular presentearam o
Pároco com uma imagem de seu (sua)
padroeiro (a).
O Sr. Julio Guedes, coordenador da
Paróquia, fez uma saudação ao novo
Pároco reafirmando a alegria de toda a
Comunidade com sua posse:
“Frei César, tenha certeza de que
ainda temos desafios a serem superados, obstáculos a serem vencidos e
combates a serem bem combatidos,
como nos afirma São Paulo. Mas temos a certeza de que com seu pastoreio
tudo será mais fácil”.
Em seguida, o novo Pároco dirigiu
algumas palavras de agradecimento
pela acolhida da comunidade. Disse
que é a primeira vez que assume esta
tarefa em seus 20 anos de padre. Quer,
portanto, aprender com esta comunidade a ser pároco e conta com as
orações e a participação de todos. Reafirmou que as atividades da paróquia
devem seguir adiante. “A paróquia
é dos paroquianos e, nós, os frades,
passamos por ela procurando deixar a
nossa contribuição a um projeto maior
do que nossas vontades e projetos pessoais, como fez Frei Ângelo, que agora
segue para a missão em Angola”. Frei
César destacou os elementos franciscanos que devem estar presentes numa
paróquia franciscana. Um deles é a
fraternidade. “Embora um assuma a
tarefa de pároco, há uma fraternidade
evangelizadora aqui presente”. Neste
instante, chamou todos os vigários paroquias e os demais frades empenhados nos trabalhos da Paróquia, os quais
foram demoradamente aplaudidos.
Michaell Victor Grillo
MAIO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
255
Fraternidades
POSSE DO PÁROCO E VIGÁRIO EM AGUDOS
N
a noite de sexta-feira (22/4),
foi realizada na Paróquia São
Paulo Apóstolo, de Agudos, a
Missa de Posse do novo pároco, Frei Sílvio Trindade Werlingue e do
vigário paroquial, Frei Carlos Pierezan.
A celebração foi presidida pelo Bispo
Diocesano Dom Caetano Ferrari e
concelebrada pelos freis Silvio, Carlos,
José Martins, da Paróquia Santo Antônio, Paulo César Magalhães Borges, do
Seminário Santo Antônio e Santiago,
da cidade de Avaí. Contou também
com a presença do Diácono Marcos
Arantes.
Logo no início da celebração, o
Diácono realizou a leitura da Provisão, que nomeia e constitui pároco
e vigário. A provisão é assinada por
Dom Caetano Ferrari e pelo Chanceler Diocesano, Pe. Adnam Ronieri da
Silva. Frei Sílvio e Frei Carlos também
fizeram um juramento e declararam
fidelidade à Igreja.
Após este momento, durante a celebração da santa Missa, o Bispo Diocesano e os paroquianos entregaram
alguns símbolos ao novo pároco e
vigário, como o Missal; a chave do sacrário, para a celebração da Eucaristia;
pasta com informações sobre os seis
256
[coMUNICAÇÕES] maio / 2016
setores que compõem a Paróquia; e
uma estola roxa.
Durante sua homilia, Dom Caetano Ferrari disse aos presentes que ser
pároco e vigário é missão que está no
campo da santificação. “Eles são os responsáveis para que tudo seja feito conforme os ensinamentos da Igreja”, disse.
Somar forças!
Ao final da Missa de Posse, o vigário paroquial Frei Carlos agradeceu a
todos os presentes pela alegria de poder trabalhar em uma Paróquia na cidade de Agudos. “Deus realizou o meu
propósito de estar aqui em Agudos,
cidade de que tanto gosto”, comentou.
Já o novo pároco Frei Sílvio fez
questão de ressaltar o sentimento de
gratidão em poder servir como padre
o povo agudense que, segundo ele, é
alegre, hospitaleiro e cristão. “Vim somar forças com os irmãos e irmãs desta paróquia”, completou.
O pároco ainda contou com homenagens. 14 paroquianos da Paróquia
Bom Jesus dos Aflitos, de Sorocaba
(SP), sua antiga Paróquia, vieram até
Agudos e deixaram uma mensagem de
otimismo e agradecimento a ele.
Isabela Gaspar
Fraternidades
FREI FeLIPINHO É “IMORTAL” AGORA
A
Academia de Letras e Artes de
Pato Branco (Alap) deu posse
a mais onze acadêmicos, na
noite da quarta-feira, dia 13
de abril, no Auditório do Centro de
Eventos. Foram empossados pela presidente Neri França Fornari Bocchese:
Baldoíno Rech, Cleci Maria Dartora,
Denise Maria Bueno Ponzoni, Erlindo
Rosa, Frei Felipe Gabriel Alves, Guido
Brod, Ivo Expedito Martini, Leana Bittencourt Feron, Luciane Stadnik Mazutti, Luiz Marini e Rosemary de Ross.
Frei Felipinho tem se destacado pelos seus livros sobre o Servo de Deus
Pe. Alderígi Maria Torriani, de quem
foi coroinha, dos seis aos onze anos.
Destacou-se também pelas quase vinte novenas que escreveu (publicadas
pela Editora Vozes, com sucesso em
todo o Brasil) “não para esse ou aquele
santo, mas, para se livrar desse ou daquele problema”, explica Frei Felipe.
Segundo Neri França, uma das
fundadoras da Alap, os ilustres patobranquenses foram escolhidos dentre
as mais diferentes expressões artísticas
e pelos trabalhos realizados na região.
Em nome dos novos acadêmicos,
falou a advogada Cleci Dartora.
“A cadeira de honra que nós acadê-
micos empossados assumimos nesta
sessão, todas têm o brilho de uma história que merece respeito e continuidade. Assumimos a responsabilidade de
levar adiante a chama da imortalidade.
Porém, a imortalidade deve ser da academia, porque todos nós somos mortais, efêmeros, transitórios”, disse.
A Alap, segundo ela, é formada por
literatos e artistas cujo objetivo é divulgar os trabalhos e estimular a continuidade de produção, pois de nada
adianta o conhecimento se não multiplicarmos. De nada adianta a criação
artística se não ocorrer a oportunidade
de conhecer e admirar. O saber só tem
valor se compartilhado.
“A Academia não torna ninguém
melhor artista ou melhor escritor. Nela
devem estar pessoas que desejam superar suas próprias limitações. Como
disse Hipócrates: ars longa, vita brevis.
Agradecidos pela vigorosa recepção,
sentimo-nos seguros em dizer, utilizando as palavras de Cícero, estadista
e filósofo romano, que diz “onde se
está bem, aí é a pátria”. Podemos afirmar que esta calorosa acolhida faz
nos sentirmos em casa, fortalecidos e
honrosos de pertencer a esta magnífica Academia de Letras e Artes de Pato
Branco. Podemos dizer: aqui é nossa
casa, aqui é nossa pátria”, disse Cleci .
“Repartimos nossa emoção e felicidade com nossos familiares, que,
sem dúvida, são a base de sustentação,
do desenvolvimento e crescimento de
cada acadêmico. Razão da continuidade, inspiração, desejo de vida feliz e de
acreditar que vale apena lutar, ser honesto e ético”, completou a acadêmica.
MAIO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
257
Xx
Retiro celebra
30 anos do PVF
258
[coMUNICAÇÕES] maio / 2016
Fraternidades
O
Seminário Santo Antônio, em
Agudos, acolheu entre os dias
14 e 17 de abril o Retiro de
Benfeitores Franciscanos, organizado pelo Pró-Vocações e Missões
Franciscanas (PVF). A manhã e tarde
de quinta-feira (14), foram dedicadas
para a acolhida dos benfeitores. Na
noite de quinta eles tiveram o jantar,
seguido de uma adoração ao Santíssimo, conduzida por Frei Alvaci Mendes
da Luz, coordenador do PVF, Frei Alexandre Rohling, Frei Diego Melo, Frei
Edvaldo Batista e pelo Pe. Francisco das
Chagas, da Diocese de Santo Amaro.
Na manhã de sexta-feira (15),
os mais de 120 benfeitores, vindos
de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina,
participaram da oração de manhã,
e, em seguida, da primeira palestra.
Na abertura, Frei Alvaci agradeceu
a presença dos benfeitores e falou a
respeito do trabalho do PVF, que completa 30 anos em 2016. O frade destacou a importância da ajuda dos benfeitores para os frades em formação
e para as vocações. Frei Diego e Frei
Edvaldo se apresentaram e falaram
um pouco do trabalho que realizam
com a juventude e os vocacionados.
O tema escolhido para este retiro
de 30 anos do PVF é a Misericórdia.
Os participantes rezaram e refletiram
sobre o Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Em sua primeira fala, Pe.
Francisco, que conduziu as palestras,
falou a respeito da origem do jubileu
e do Ano Santo, e das motivações do
Papa Francisco em propor este tema
para a Igreja.
O Pe. Chagas recordou o primeiro
Angelus do Papa Francisco, onde ele
afirmou: “O rosto de Deus é o rosto
de um Pai misericordioso, que sempre tem paciência. Você já pensou na
paciência que Deus tem com você?”,
questionou.
Tempo de reflexão
Na tarde de sexta-feira (15), os
benfeitores foram convidados a rezar
sua própria vida, suas famílias e relações, numa oração dirigida por Frei
Diego. Eles receberam um pequeno
pratinho de barro, que simbolizava a
vida de cada um. “Temos que cuidar
deste prato como se fosse a nossa vida”,
motivou o frade.
Frei Diego ressaltou que muitos levam a vida de qualquer modo, descuidando do maior dom que recebemos
de Deus: a vida. Em seguida os participantes foram convidados a pintar com
tinta guache os pratos, representando
ali algum símbolo ou cores que tivessem relação com suas vidas. Um momento de estimular não só os dons artísticos, mas fazer isso de modo orante,
em silêncio.
Após uma pausa para o café, todos
foram conduzidos à igreja, para a celebração penitencial, animada por Frei
Alexandre e Pe. Francisco. Um tempo
de rezar em comunidade e também um
espaço para atendimento de confissões
individuais para os que desejassem.
Franciscanismo
como Projeto de Vida
Na manhã do sábado, Frei Alexandre conduziu uma oração comunitá-
MAIO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
259
Fraternidades
ria, em ação de graças pelos 30 anos do
PVF, fazendo memória dos frades que
passaram por lá, de tantos benfeitores
que hoje já estão na Casa do Pai, e que
foram fundamentais para a continuidade do projeto.
Um pequeno quebra-cabeças,
com o logotipo dos 30 anos do PVF
foi montado ao longo da oração. Frei
Alvaci leu um bonito poema de Cora
Coralina e agradeceu aos benfeitores e
também aos frades que trabalham com
ele, de modo especial ao Frei Xandão.
“Pra dar certo temos que ser diferentes”, brincou.
Pe. Francisco deu continuidade ao
tema do retiro - O ano da misericórdia.
O sacerdote afirmou que o caminho
da misericórdia é difícil de ser vivenciado, e que somente com a graça de
Deus podemos alcançá-lo. Pe. Chagas
também afirmou que este amor misericordioso de Deus com a humanidade
é um amor que jamais conseguiremos
retribuir, estaremos sempre em dívida
com o Senhor, pois é um amor infinito,
que não mede consequências.
O pregador colocou para os participantes uma proposta: buscar uma
experiência de vida franciscana como
260
[coMUNICAÇÕES] maio / 2016
Projeto de Vida, através da simplicidade, alegria e bondade. “É um carisma
que não depende de laços institucionais,
mas de disposição interior”, afirmou.
Missa em ação de graças
Na noite de sábado (16), os benfeitores se reuniram na igreja para a missa
em ação de graças pelos 30 anos do PVF.
A liturgia foi muito significativa, uma vez que era celebrado o 4º
domingo da Páscoa, o domingo do
Bom Pastor. Em sua homilia, Pe.
Chagas ressaltou a importância do
pastor para o rebanho. “As ovelhas só
reconhecem e seguem a voz do pastor, não de qualquer um”, afirmou. E
animou os benfeitores a buscarem
este seguimento a Jesus Cristo através da oração. O celebrante pediu aos
presentes para rezar pelos padres e
por todas as vocações religiosas – já
que neste domingo se celebra o Dia
Mundial de Oração pelas Vocações.
Fraternidades
A luz de Deus que nos anima
Após a homilia, Frei Diego convidou os presentes a pegar o prato de
cerâmica que eles pintaram no dia anterior e uma vela, que eles ganharam
na tarde de sábado. O frade disse então
que este prato, que simbolizava a vida,
a família, a história de cada um, só faria
sentido se houvesse Deus nesta existência. E para simbolizar esta união, os
frades acenderam suas velas no Círio
Pascal e levaram aos presentes, para
que cada um acendesse sua vela em
seu prato.
Após a oração do Creio, os benfeitores foram convidados a depositar aos
pés do altar as velas, significando ali a
oferta de cada um, de suas intenções
particulares. Foi um momento muito
emocionante. Muitos participantes,
mesmo com dificuldade em se locomover, fizeram questão de subir no
presbitério para deixar ali a sua vela e
seu prato.
Ele recordou primeiramente todos
os responsáveis pela realização do
retiro, os funcionários do PVF e
do Seminário Santo Antônio, em
Agudos, e pela fraternidade local,
na pessoa do Frei James. E agradeceu aos benfeitores que estiveram
presentes no retiro e que acolheram
com generosidade tudo o que foi
proposto.
Em seguida, Frei Alexandre agradeceu ao Pe. Chagas por ter aceitado
o convite de pregar o retiro, exaltando
todo o franciscanismo do padre, que
iniciou sua caminhada vocacional neste mesmo Seminário Santo Antônio, e
entregou uma lembrança, um bonito
tau em madeira, com uma imagem de
São Francisco de Assis.
O retiro terminou na noite de sábado com uma alegre festa nordestina,
com música e comidas típicas.
Érika Augusto
Agradecimentos
Após a comunhão, Frei Alvaci
pediu a palavra para agradecer pela
presença – não somente no retiro –
mas na história do Pró-Vocações.
Padre Francisco das Chagas foi o pregador do Retiro dos Benfeitores
MAIO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
261
Fraternidades
encontro do regional São paulo
No dia 18 de abril, as fraternidades
que compõem o Regional de São Paulo se reuniram no primeiro encontro
do ano. Frei José Francisco, definidor
deste regional, animou o encontro.
Depois da acolhida, os guardiões partilharam a vida de cada fraternidade,
apresentando os novos confrades que
estão compondo o Regional. Seguiu-se a eleição para secretário e vice-
-secretário, sendo eleito Frei Hipólito
Martendal e Frei Valdecir Schwambach, respectivamente. Em seguida, Frei
Mário Tagliari falou da nova proposta
de adesão ao plano de saúde e os Freis
Fidêncio Vanboemmel e Evaristo
Spengler socializaram as propostas do
Encontro Provincial dos Secretariados para a Evangelização e a Formação e Estudos. Depois do lanche, Frei
José Francisco convocou a eleição dos
coordenadores. Frei Germano Guesser foi eleito coordenador e Frei Alvaci Mendes da Luz, vice-coordenador.
Em seguida, o Regional leu e refletiu
acerca do instrumento sobre o Projeto Fraterno de Vida e Missão, que será
estudado pelas fraternidades para elaborarem o novo projeto a partir do
Capítulo Provincial 2016. O Regional
encerrou com o almoço, num clima
fraterno e cordial entre os confrades.
Frei Josemberg Cardozo Aranha
ENCONTRO DO REGIONAL DO VALE DO ITAJAÍ
No dia 18 de abril, os Freis do Vale
do Itajaí celebraram seu primeiro Encontro Regional do triênio, no Convento de Rodeio. Só um confrade não
pode estar presente. O acolhimento foi
bem franciscano. O guardião da fraternidade orientou a oração inicial. O
Definidor Provincial Frei João Francisco da Silva presidiu a reunião. Os confrades novos que vieram recompor as
fraternidades, cada um fez a sua apresentação. Em seguida, os que permaneceram no Regional. As eleições para os
serviços conduziram Frei Nélson José
Hillesheim e Frei Rafael Sprigico aos
cargos de Coordenador e vice do Regional, respectivamente; Frei Pascoal
Fusinato e Frei Paulijacson P. de Moura,
a Secretário e vice. A atenção de todos
debruçou-se sobre excertos do docu-
262
[coMUNICAÇÕES] maio / 2016
mento Projeto Fraterno de Vida e Missão. O Definidor passou a palavra ao
novo Coordenador que, então, marcou
as datas e locais dos outros Encontros
de 2016 e pediu que cada fraternidade
relatasse algo dos primeiros meses da
vida fraterna e das perspectivas dos
novos trabalhos pastorais recém ini-
ciados. Foi-nos servido o almoço e, no
momento da sobremesa, fomos brindados com duas belas melodias pelos
doze noviços da Angola. Com a graça
de Deus e as bênçãos francisclarianas,
todos retornaram aos seus serviços.
Frei Pascoal Fusinato
Fraternidades
PARÓQUIA DE SÃO SEBASTIÃO RECEBE
FREI JOÃO E SE DESPEDE DE FREI PAULO SANTANA
Caríssimo Frei Paulo Roberto dos
Santos Santana,
Muitas
vezes somos
surpreendidos
por fatos que
acontecem em
nossas vidas
independentes
de nossa vontade ou desejo.
Porém, quando temos uma missão a
ser cumprida, devemos aceitá-la, pois
faz parte dos desígnios de Deus.
Durante três anos tivemos a graça da sua presença em nosso meio. E
lhe somos profundamente gratos por
isso. O senhor nos liderou e participou conosco em varias realizações
de nossa paróquia, tais como: a realização de encontros da famílias e
formações para agentes de pastoral,
jornadas missionárias, acolhida de
tantos irmãos e irmãs que aqui vieram em busca de Deus, exposição
dos presépios, entre outras realizações, que foram grandes conquistas e
motivo de alegria e júbilo para todos
nós.
Com seu festivo espírito nordestino realizamos inúmeras reuniões e
encontros, como as festa comemorativas dos padroeiros das comunidades
da nossa Paróquia, que além de serem
momentos de congraçamento, estreitaram e reforçaram os laços entre as
várias comunidades, os frades e os
componentes da paróquia. Além disso, estes momentos inesquecíveis nos
fizeram recordar o espírito de partilha, união, alegria e solidariedade que
deve ser a marca dos cristãos, assim
como era nas primeiras comunidades
cristãs.
Todas essas realizações, Frei
Paulo, já seriam suficientes para
Caríssimo Frei João Pereira da Silva,
Seja bem-vindo! Agora
também faz parte da família
Nossa Senhora do Amparo. Toda comunidade está
ansiosa por conhecer o senhor. Desejamos que sinta-se bem entre nós, que faça
parte das nossas vivências. Esperamos
vivenciar uma experiência fraterna, de
gravar eternamente o seu nome
na história desta Paróquia. Porém
estas não foram suas maiores conquistas.
Sem sacerdotes, de fato, a Igreja
não poderia viver aquela fundamental
obediência que está no próprio coração da sua existência e da sua missão
na história - a obediência à ordem
de Jesus: «Ide, pois, ensinai todas as
nações» (Mt 28, 19) e «Fazei isto em
minha memória»(Lc 22, 19; cf. 1 Cor
11, 24), ou seja, a ordem de anunciar o
Evangelho e de renovar todos os dias
o sacrifício do seu Corpo entregue e
do seu Sangue derramado pela vida
do mundo. E o senhor Frei Paulo, foi
durante estes três anos como nosso
pároco, a personificação destas palavras do Evangelho, mesmo que nem
todos tenham entendido seus propósitos.
De uma forma bem especial recordou-nos como é difícil ser um cristão
autêntico, nos dias atuais, e exortou-nos a conhecer, praticar e preservar
os rituais e mandamentos da Igreja,
em nossa vida cotidiana, e nos encorajou para que fôssemos missionários
em nossos lares, locais de trabalho e
em nossas comunidades.
Frei Paulo, Deus coloca pessoas
em nossas vidas que agem como an-
paz e de bem. Sinta-se muito
bem acolhido. Hoje, nossas
palavras são poucas, mas, ao
longo do caminhar, iremos
acrescentando mais e mais,
por meio de nossa vivência,
trabalho, gestos e missões.
Deus o abençoe. Conte conosco!
Conselho de Pastoral Paroquial
jos, mostrando o caminho que devemos percorrer. Saiba que para muitos desta paróquia que passaram por
momentos difíceis, a sua presença foi
como um anjo que trouxe paz, luz,
conforto e esperança, para corações
e espíritos feridos, abatidos, fracos e
sem esperança.
Frei, esta foi a sua mais importante realização. Promover o crescimento
espiritual dos seus paroquianos, fortalecer-lhes a fé, dar-lhes um sentido de
comunidade cristã e aproximá-los de
DEUS é a maior missão que um sacerdote pode concretizar. Tenha a certeza
da missão cumprida.
Nossa comunidade sente que um
de seus membros foi separado fisicamente, mas somos inseparáveis espiritualmente. Mesmo longe, sempre
seremos e estaremos unidos. Pois as
pessoas que passam por nossas vidas
sempre deixam suas marcas. Saiba
que a sua nunca se apagará.
Não diremos adeus, mas um até
breve, Frei Paulo.
Deus o abençoe nesta nova missão. Que Nossa Senhora do Amparo o
ampare a cada dia. Estaremos rezando
por você.
Obrigado por tudo! Paz e bem!
Conselho de Pastoral Paroquial
MAIO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
263
SAV
Caminhada Franciscana em Bauru
FÉ E SUPERAÇÃO
O
feriado de 21 de abril amanheceu diferente em Bauru. Logo
cedo, às 6h30, um ônibus vindo de São Paulo era o prenúncio de que a rotina da cidade mudaria pelos próximos dias. Assim foi a
movimentação durante toda a manhã
na Paróquia Santo Antônio. Ônibus
vindos de São Paulo e Sorocaba (SP),
Concórdia, Gaspar, Florianópolis,
Santo Amaro da Imperatriz e Lages (SC), Nilópolis e Petrópolis (RJ),
Curitiba e Chopinzinho (PR), frades
e leigos da Custódia Franciscana do
Sagrado Coração de Jesus (SP), além
dos participantes de Bauru e Agudos.
A animação ficou por conta dos
jovens da paróquia, com muita música
e brincadeiras, enquanto outros cuidavam da cozinha, para preparar café da
manhã e almoço para as mais de 270
pessoas presentes. Frei Ademir Sanquetti, recém chegado na Paróquia, e
Frei Guimarães deram as boas-vindas
e deixaram todos muito à vontade.
Após o almoço, todos se reuniram
na igreja para as primeiras instruções
264
[coMUNICAÇÕES] maio / 2016
sobre a caminhada. O tema escolhido
para esta caminhada foi “Redescobrindo o rosto misericordioso do Pai”.
Ir. Inês, Franciscana de Ingolstadt, deu
algumas luzes para os jovens, falando
da passagem evangélica do Pai misericordioso. A religiosa fez um apelo
aos participantes para que pudessem
olhar para o outro e perceber o que ele
está necessitando – na família, no trabalho, e também nestes próximos dias
de caminhada.
No primeiro dia, o itinerário era
curto, até a Paróquia Santa Clara, em
Bauru. Os jovens percorreram 4,5
km até chegar ao destino final, onde
foram recebidos com muita euforia,
cantos de louvor e um lanche. Ali
aconteceu a primeira missa, presidida pelo pároco, Frei Alessandro Dias
do Nascimento e concelebrada por
Frei Diego Melo e Frei Edvaldo Batista. Em sua homilia, Frei Alessandro falou a respeito da liberdade e do
seguimento a Jesus Cristo. Os jovens,
vindos de diversas realidades, foram
questionados a respeito de sua deci-
são para participar da Caminhada.
“Vivemos num mundo que valoriza o
tempo de produção, o individualismo,
não temos tempo para nós, para os
amigos, para Deus”, dizendo que esta
lógica atinge ainda mais os jovens que
estão começando suas vidas de trabalho e estudo. E motivou os jovens a
buscarem a verdadeira liberdade dos
que se colocam a serviço de Deus.
Em seguida, os jovens receberam
das mãos dos acólitos corações com
um Tau e a inscrição Paz e Bem. Frei
Diego Melo agradeceu pela acolhida e
pela dedicação da comunidade com
este gesto carinhoso dos corações,
que foram feitos a mão. “Deus também trabalha artesanalmente”, concluiu. Após o jantar, os jovens foram
acolhidos nas casas dos paroquianos,
onde puderam descansar para a continuação da Caminhada Franciscana.
De Bauru a Piratininga – 15
km rumo ao Mosteiro das
Concepcionistas
A lua brilhava no céu quando os
SAV
primeiros jovens foram chegando à
Paróquia Santa Clara. Às 4h30 a procissão luminosa saiu, rumo a Piratininga, a 15 km de distância. No caminho, muitos voluntários ajudando,
oferecendo água, frutas, carro para
apoio dos que precisassem. A cidade
dormia enquanto os peregrinos passavam rezando o terço e cantando.
Numa esquina, eles foram surpreendidos com uma casa iluminada, com
os dizeres: “Quem tem fé vai a pé”, e
as janelas abertas. Numa delas estava
a Dona Maria José, acamada, ao lado
de uma enfermeira. Ela acenava com
alegria para os jovens, que emocionados, pararam em frente à sua casa
para rezar e pedir a Deus por sua
saúde.
O sol já estava a pino quando os
jovens chegaram ao Mosteiro Imaculada Conceição e São José, na cidade
de Piratininga. Muitos jovens nunca
tinham entrado num mosteiro, e foram impactados ao entrar na humilde
e bela igreja ao som do canto das religiosas enclausuradas.
A abadessa, Ir. Inês Maria, acolheu
a todos com muita alegria. Apoiada
em uma bengala, aos 63 anos, a religiosa brincou que a bengala era mais
pelos problemas do corpo que pela
idade, e disse da alegria que as irmãs
estavam ao acolher tanta gente, feito
inédito para elas. Frei Diego agradeceu e disse do grande significado de
chegarem numa igreja que estava em
construção, sobretudo para os que vivem a espiritualidade franciscana, que
é o caso das irmãs e dos frades.
Os peregrinos então foram surpreendidos com um bonito gesto: os
religiosos e religiosas presentes iniciaram o lava-pés dos jovens. “Deixar-se
cuidar é expressão do amor”, afirmou
Frei Diego. Os pés sujos e cansados
da longa caminhada receberam água
fresca e um beijo, simbolizando o serviço ao próximo. Alguns jovens também se sentiram motivados a lavar os
pés dos companheiros, e em seguida
dos religiosos.
Momento de escuta e partilha
com Ir. Francisca Letícia
Após o almoço e um merecido
descanso, os jovens puderam ouvir a
partilha de Ir. Francisca Letícia sobre
a vida monástica. A religiosa falou
sobre Santa Beatriz da Silva, a fundadora da Ordem da Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem
Maria e da ligação entre as religiosas e
a Ordem dos Frades Menores. “O que
os frades defendiam nos púlpitos, as
Concepcionistas tornavam Projeto de
Vida”, afirmou. A religiosa contou de
sua história vocacional e de sua decisão de entrar no mosteiro. Os jovens
fizeram muitas perguntas a respeito
da vida dentro da clausura.
No final da tarde, todos foram convidados para a Celebração Eucarística,
animada pelas religiosas e pela equipe
de liturgia que colabora no mosteiro.
A homilia ficou por conta do frade
recém-chegado ao SAV, o diácono Frei
Edvaldo Batista. “Jesus desperta nos
discípulos o amor que havia se apagado após a crucificação”. Após o jantar,
outras famílias se dispuseram a acolher
os jovens em suas casas. A hospedagem foi curta: às 2h da madrugada já
estavam todos reunidos para o último
percurso da Caminhada Franciscana:
mais 25 km até o Seminário Santo Antônio, em Agudos.
O relógio marcava 2h30 quando
a oração começou. Não só os jovens
e as famílias madrugaram, as irmãs
também acordaram mais cedo que de
costume, para partilhar com os jovens
um pouco de sua rotina de oração.
Todos rezaram a Liturgia das Horas,
conduzida pelas religiosas, e assim
buscaram forças para o início do terceiro dia de caminhada.
Mais uma noite de procissão luminosa, dessa vez pela cidade de Piratininga. Orações e cantos espantaram
MAIO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
265
SAV
o sono e o cansaço. Os voluntários
acompanhavam atentamente, oferecendo ajuda, água e frutas para os peregrinos. O dia estava raiando quando
os jovens fizeram a primeira parada.
Uma pausa para tomar café, descansar, alongar e ir ao banheiro. Ainda
faltava muito para o ponto de chegada, e o sol logo começaria a tornar o
caminho mais difícil.
Às 9h15 os jovens avistaram as
torres da Paróquia São Paulo Apóstolo, em Agudos. Muita festa do
lado de fora e de dentro da igreja.
Frei Sílvio Trindade Werlingue, o
pároco recém-chegado estava no
presbitério, acolhendo os jovens
que lotaram a igreja de amarelo –
a cor predominante do colete usado pelos peregrinos. Uma banda
animou a todos, que cantaram e
louvaram, sem demonstrar sinais
do cansaço que tomava conta de
todos. Os paroquianos prepararam
um café da manhã, que reabasteceu
as energias.
Um pouco mais adiante os jovens
foram acolhidos com mais festa, na
igreja matriz Santo Antônio. Já na
chegada, do lado de fora, muita animação e cantos. No lado de dentro
266
[coMUNICAÇÕES] maio / 2016
Frei José Martins falou a respeito da
saudação Paz e Bem, e todos repetiram com ainda mais entusiasmo: Paz
e Bem! E receberam a bênção de Santo Antônio e um pão bento na saída,
para alimentar e abençoar os jovens
para os últimos 5 km até o Seminário
Santo Antônio. Um trio elétrico, com
músicos, animou o trecho nas ruas da
cidade. Os moradores e comerciantes
saíam de suas casas para ver e saudar
os peregrinos.
Quase na reta final da caminhada,
Frei Diego fez a motivação para que a
partir daquele ponto, os jovens caminhassem em silêncio até a chegada no
seminário. Apesar do calor, do cansaço e da euforia pelo término do trajeto, todos seguiram silenciosos. Os
voluntários e frades que esperavam
no seminário até estranharam todo
aquele silêncio. Talvez esperassem
gritos e comemoração, mas encontraram uma procissão silenciosa rumo
ao seminário. Eram 11h50 quando o
grupo chegou ao destino final da Caminhada.
Antes de entrar na igreja todos
tiraram os tênis, como sinal da sacralidade, de “tirar a sandália dos pés”
para encontrar o Senhor. E Ele estava
esperando pelos peregrinos. No altar,
o ostensório com Jesus Eucarístico
esperava pelos jovens após os 45 km
de Caminhada. No primeiro dia os
jovens receberam um saquinho, e foram motivados a colocar dentro dele
suas dúvidas e preocupações ao longo
do trajeto. Dentro dele havia também
incenso, que foi despejado aos pés do
altar durante a oração.
Frei James Ferreira Gomes Neto,
guardião do Seminário, deu as boas-vindas e expressou sua alegria pela
acolhida dos jovens.
Energia e disposição para
confraternização e partilha
Mesmo depois de dias tão intensos e cansativos, os jovens ainda tiveram disposição para uma tarde agra-
SAV
dável no seminário. Brincaram na
piscina, jogaram bola, pebolim. No
início da noite todos se reuniram na
igreja para um momento de partilha
em pequenos grupos. Alguns deram
seu testemunho a respeito da Caminhada. Foi o caso do Vitor, de Chopinzinho. Fabiana, a idealizadora da
Caminhada Franciscana em Bauru,
também partilhou. Emocionada, a
leiga contou do desejo de realizar
uma atividade como esta, e de como
foi possível tornar o sonho realidade.
No final do dia os jovens ainda tiveram ânimo para uma confraternização na piscina, com comidas, dança
e música.
A experiência
divina da Caminhada
No decorrer de todo o trajeto Frei
Diego afirmava que aquele gesto de
caminhar 45 km em poucos dias não
era humano, mas divino.
Às 6h30 da manhã os participantes rezaram a oração da manhã,
e fizeram uma dança circular. Às 8h
todos estavam reunidos na igreja
para a missa de encerramento. Em
sua homilia, Frei Diego brincou com
os jovens, perguntando qual celular
eles preferiam, um modelo antigo ou
um IPhone. Todos responderam que
o segundo, por ser mais atual. “Jesus também nos oferece algo novo,
atualizado”, afirmou o frade, falando
a respeito do Evangelho deste 5º domingo da Páscoa. O frade disse também que nada daquilo que os jovens
haviam experimentado era novidade:
a acolhida nas casas, a ajuda dos voluntários, a oração. O que havia mudado nos jovens era o olhar. “Não há
nada de novo nisso, mas nos toca pois
redescobrimos o que é simples”, afirmou.
“Vivenciamos nestes dias novo
Céu e nova Terra, na alegria de redescobrir o rosto misericordioso do Pai”,
disse Frei Diego, que exaltou o esforço
Jovens sírios fazem a experiência da Caminhada
Além da imensa diversidade entre os estados, havia também na Caminhada
Franciscana de Bauru alguns
participantes
estrangeiros.
Claudia, da Nicarágua, e os
irmãos Lara, Karin e Daoud
Kauss, da Síria. Karin, de 19
anos e Daoud, de 23, moram
em Petrópolis há 3 anos. Eles
participam da Igreja do Sagrado Coração.
Eles contam que na Síria
participavam de grupo de jovens, mas
que nunca tinham participado de um
evento parecido. Para o jovem, o momento do lava-pés foi muito marcante.
“Durante a caminhada todo mundo
estava muito cansado, mas era necessário superar a dor e com força de vontade
continuávamos. Achei que seria impossível, mas fiquei muito feliz quando cheguei ao seminário”, conta Karin.
Sobre o país de origem, Daoud
conta que antes da guerra a Síria era
um país muito pacífico, com muita
harmonia entre as diversas religiões.
Com a chegada do Estado Islâmico, e
os muçulmanos radicais, muitos cristãos morreram pelo fato de serem cristãos e não negarem a sua fé.
“A Síria era uma panela de pressão,
todo o dia tinha um bombardeio, um
ataque”, afirma Karin. Os jovens contam
de cada um e disse que todos cumpriram a meta, mesmo aqueles que não
conseguiram caminhar os 45 km. “A
meta era dar o máximo de si, e foi
isso que vocês fizeram”, acrescentou.
“Vocês saem daqui com a missão de
serem anunciadores desta Boa Nova,
mostrando através de atitudes que
vocês encontraram este rosto misericordioso de Deus, sem esquecer que
este rosto está também em cada ser
humano”, concluiu.
que faltam os serviços básicos, como ir
à escola. “Alguns dias ficávamos 5 dias
sem energia elétrica”, afirma. Eles dizem que enquanto estavam lá, não conseguiam pensar no futuro, por causa da
insegurança do que poderia acontecer.
A jovem conta que ficava muito triste
com os acontecimentos, porque o coração dos próprios sírios ficava insensível
com tantas mortes. “A gente mudou depois da guerra. Quando eu cheguei no
Brasil não conseguia sorrir mais”. Uma
partilha tocou muito Karin, quando
uma religiosa contou para eles na Caminhada que ela acordava de madrugada e rezava pelos sírios. “As pessoas
querem saber da nossa história, mas
rezar por isso para mim é muito importante, os meus mundos se encontram, a
fé e minha origem”, afirma a estudante
de engenharia civil.
Na Oração Eucarística Frei Diego fez questão de chamar no presbitério todos os religiosos, religiosas,
vocacionados e vocacionadas, para
rezarem juntos o Pai Nosso. O frade
apresentou Frei Aristides, já idoso,
que cuida da separação de resíduo reciclável na casa, e agradeceu por seu
testemunho silencioso no cuidado
com o outro e com o meio ambiente.
Érika Augusto
MAIO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
267
Evangelização
OS NOVOS MISSIONÁRIOS para
A
Fundação Imaculada Mãe
de Deus de Angola, que está
celebrando 25 anos de fundação, recebeu no dia 26 de
abril mais quatro missionários para
compor o quadro das Fraternidades
neste triênio. Desses missionários,
três são frades e um é leigo. Frei Angelo José Luiz está de volta a Angola
e Frei Roberto Ishara e Frei André
Luiz Henriques farão a sua primeira
experiência em terras angolanas, assim como o leigo Bruno Schneeberger de Carvalho.
No Brasil, desde que retornou
da Missão, Frei Angelo trabalhou
como pároco na Paróquia do Sagrado Coração de Jesus de Petrópolis.
“Quando o Visitador (Nestor Inácio
Schwerz) esteve em Petrópolis, eu
me coloquei à disposição da Província e manifestei o meu interesse em
voltar a Angola”, contou.
268
[coMUNICAÇÕES] maio / 2016
Nos dez anos em que esteve na
Missão, Frei Angelo foi durante dois
períodos presidente da Fundação.
Mas ele lembra que os tempos são outros, tanto no país como na Fundação.
“Por isso, não crio expectativas. Vou
com o espírito de ajudar naquilo que
é possível colaborar com a missão e
com a Fundação”, diz o frade, natural
de Santa Catarina, reconhecendo que
para ele é mais fácil essa adaptação em
outro país do que para os novatos. “As
mudanças são profundas lá. A realidade mudou muito, há mais frades, há
mais vocações e há mais estrutura na
Missão. As possibilidades, em termos
pastorais, se abrem bastante dessa forma”, reconhece.
Segundo o frade, enquanto morou em Petrópolis, pôde ver o quanto
tem mais visibilidade a Missão hoje.
“Não sei se é a presença dos angolanos em nosso meio, com os 12 novi-
ços e cinco estudantes de Teologia.
Eu percebo, assim, uma integração
maior. Se fala muito da Missão com
mais tranquilidade e esperança. Antes, se presenciava os frutos através do
nosso testemunho. Agora, os frutos
estão aí presentes. Eles estão falando.
Já começam a participar das reuniões
da Província, dos Capítulos etc. Destaco também a convivência e o entrosamento que são muitos bons, tanto
com os frades como com o povo, por
exemplo na pastoral que fazem na
Baixada Fluminense. Isso tem feito
com que os frades vejam a Missão
de outra forma. Os frades angolanos
também são uma presença provocadora aos mais novos, convidando-os
para saírem em missão”, avalia Frei
Angelo. Para ele, a Província ainda
terá de fazer um esforço para manter
os frades brasileiros por uns dez anos
ainda em Angola. “A partir de dez ou
Evangelização
“Uma vez estava conversando
com o Frei Djalmo Fuck, o pároco
anterior da Paróquia dos Franciscanos na Vila Clementino, e ele me falou da Missão de Angola e me mostrou fotos. De imediato disse: “Frei,
tem como eu ir para Angola?”. Ele
me encaminhou para o Frei Estêvão
Ottenbreit (responsável pela Evangelização Missionária na Província),
e não demorou muito para o processo andar e hoje já estou de partida”, contou Bruno, filho de Valéria
e Francisco, que, segundo Bruno,
estão em “estado de graça” por sua
viagem. “Meu pai é devoto de São
Francisco”, acrescentou.
Bruno não alimenta expectativas
e diz que parte com a finalidade de
“ajudar e fazer o bem”. Quanto à viagem, garantiu estar tranquilo: “Estou na companhia de outros frades”.
ANGOLA
quinze anos, poderemos respirar mais
tranquilos”, acredita.
O SEGUNDO LEIGO NA MISSÃO
Aos 34 anos, Bruno Schneeberger de Carvalho é o segundo a leigo a viver na Missão de Angola. O
primeiro leigo deste trabalho missionário da Província da Imaculada
Conceição foi o cearense Adávio
Afonso Ribeiro em 2008.
Para Bruno, é um sonho que se
concretiza. “Sempre quis fazer um
trabalho voluntário fora do país,
principalmente na África. Só que
quando procurava as ONGs, assim
como as agências de intercâmbio,
esbarrava no alto custo e, além disso, havia preferência por voluntários
na área de saúde”, explica o paulistano, que vai trabalhar no Seminário
de Malange, como professor de informática e Educação Física.
A PRIMEIRA VIAGEM
O paulista André Luiz Henriques, natural de Ilha Solteira, faz
a sua primeira viagem ao Exterior.
“É a minha primeira experiência de
sair do país, o primeiro contato com
outra cultura, com outros povos”,
revela o frade. “Mas estou tranquilo,
pois Deus me acompanha, porque
Ele é que me guia”, acrescenta.
Segundo Frei André, a decisão
de ir para lá não foi a partir de um
desejo pessoal, mas de uma necessidade. “Quando o Visitador (Frei
Nestor) passou pela Fraternidade
de Florianópolis, onde morava, ele
falou da necessidade de frades na
Missão, e eu me coloquei à disposição dentro dessa necessidade da
Província e da Igreja”, observou.
“É claro que eu vou com uma
grande vontade e uma abertura interna de participar, de dar a minha
contribuição dentro daquilo que eu
puder. O Kimbo (um grande santuário que existe na capital Luanda) é
algo muito novo para mim. Mas já
ouvi muito falar desse espaço que
congrega multidões. Também a
assistência às Clarissas, que são vizinhas, vai ser uma novidade para
mim. Tudo vai ser novo para mim”,
disse Frei André, lembrando que no
Noviciado e na Teologia não chegou
a conviver com os frades angolanos.
O EXERCÍCIO DE MINORIDADE
No domingo (24/4), no final da celebração de posse do novo pároco da
Vila Clementino, Frei Roberto Ishara
ganhou uma calorosa ovação dos paroquianos. “Quero agradecer o carinho
que recebi de vocês nesses quatro anos.
Tive uma experiência muita grande de
fé com vocês. Quero também agradecer porque foi com vocês que eu aprendi a ser franciscano, foi com vocês que
eu aprendi a ser padre. Obrigado por
tudo e rezem por nós!”, pediu o novo
missionário em Angola.
Frei Ishara ficou quatro anos na
pastoral da saúde na Vila Clementino, região que reúne mais de dez
hospitais muito próximos uns dos
outros. Com seu jeito carismático,
nesse tempo conquistou muitos
amigos e admiradores. Mas era o
momento de partir. “Ir para longe
é um exercício da minoridade. É
cômodo ficar na zona de conforto.
Quando a gente vai para um lugar desconhecido, ajuda a exercer
a minoridade como frade menor.
Por isso, eu gosto de sair para um
lugar diferente, novo”, revelou o
frade paulistano, descendente de
japoneses. “Meus pais estão tristes
pelo filho que parte, mas felizes pela
realização do frade”, contou, frisando que não esquecerá do povo que
conheceu e fez parte de sua vida na
primeira transferência como frade
menor, já que foi ordenado diácono
e presbítero na Paróquia São Francisco de Assis da Vila Clementino.
Moacir Beggo
MAIO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
269
Evangelização
REDE CELINAUTA
CAMPANHA EM PROL DO HOSPITAL
DO CÂNCER DE PATO BRANCO
A
campanha Rede Esperança - O
voo da águia - é coordenada
pela Fundação Sudoestina de
Combate ao Câncer, Fuscca,
que administra o Hospital do Câncer
em Pato Branco. O centro médico recebe pacientes de municípios do Sudoeste
do Paraná e do Estado de Santa Catarina para tratamento gratuito do câncer
com quimioterapia e radioterapia.
Para melhorar as condições de
atendimento no hospital, a Fuscca
lançou a campanha com o apoio da
Rede Celinauta de Comunicação (Rádio Celinauta Am, Movimento Fm e
Tv Sudoeste) e parcerias com Rotary
Club e Núcleo Regional de Educação.
O objetivo é adquirir três equipamentos importantes no diagnóstico e tratamento da doença:
• Ultrassom – Usado para auxiliar no
diagnóstico de casos suspeitos de
câncer, avaliação do estagio do câncer, acompanhamento da resposta
ao tratamento, biópsia, dirigidas
em vários órgãos (principalmente
tireoide, mama, fígado e próstata) e
acompanhamento pós tratamento.
• Equipamento de gastro e colonoscopia
– Usado no diagnóstico de casos suspeitos com realização de biópsia, avaliação de resposta ao tratamento com
químico e rádio (tumores esofágicos e
retais), tratamento curativo de pólipos
colo retais, dilatações endoscópicas de
estenoses esofágicas pós radioterapia,
colocação endoscópica de sondas gástricas; acompanhamento de casos tratados para detecção recidiva.
• Torre de Vídeo-cirurgia – Usada na realização de um grande número de cirurgias com técnica minimamente invasiva. Resulta em menos dor, internações
mais curtas e menos risco de infecções.
O custo dos equipamentos é de
R$1,2 milhão. O dia 08 de abril, Dia
Mundial de Combate ao Câncer, foi o
dia D da campanha. Formou-se uma
rede de voluntariado nas cidades onde
há pacientes atendidos pelo Hospital
do Câncer. Foram montadas centrais
de arrecadação em dinheiro nas praças
e também houve doações em conta-corrente. Neste dia foram arrecadados
em torno de 50 mil reais. A campanha
continua até o dia 15 de maio.
Contas para doações:
Caixa – agencia 0602 – operação 003
cc – 1704-0
Sicredi – agencia 0737 - cc – 53216-9
USF: “Quebrando os mistérios do Imposto de Renda”
A Universidade São Francisco
(USF) promoveu de 11 a 16 de abril
o projeto “Quebrando os mistérios
do Imposto de Renda”, para orientar
e esclarecer dúvidas sobre a elaboração do Imposto de Renda 2016. O
atendimento foi realizado de segunda
a sexta-feira das 17h às 19h e aos sábados das 9h às 12h e das 13h às 16h no
saguão do prédio central do Campus
Bragança Paulista.
O atendimento foi realizado pelos alunos e docentes dos Cursos de
270
[coMUNICAÇÕES] maio / 2016
Administração, Ciências Contábeis,
Tecnologias em Gestão, Processos
Gerenciais, além do Direito. A importância do projeto é que o ganho não é
apenas para a população, que recebe
uma assessoria gratuita, mas também
para os alunos, que colocam na prática os ensinamentos de sala de aula.
A atividade proporciona a aplicação
prática do conhecimento. Além disso, temos o aprendizado em relação
ao atendimento ao contribuinte, ou
seja, um momento de relacionamento
entre a comunidade e os acadêmicos”,
afirmou a coordenadora do Curso de
Ciências Contábeis, Aparecida Elisabete Pontes, responsável pelo projeto.
Evangelização
CAMINHADA AO SANTUÁRIO DE PEDRA BELA
F
azer uma Romaria é perfazer
um caminho diferenciado.
Não é qualquer caminhada
para testar os limites do corpo,
mas perfazer um caminho espiritual.
Andar na existência é entrar na graciosidade da vida e na convivência dos
passos diferentes de tantas pessoas diferentes: jovens, velhos, adolescentes e
crianças com um único objetivo: atravessar a noite vencendo os limites do
corpo e chegar lá!
Tudo na vida começa por um
passo; é a mística de Santiago de
Compostella e de todos os roteiros de
peregrinação, inclusive desta tradicional Romaria ao Santuário da Pedra, a
Casa da Mãe Divina, Nossa Senhora
Aparecida, em Pedra Bela. O essencial
do humano é ele pôr-se a caminho
a procura de um sentido, para a sua
vida. Este sentido é o espírito, o fôlego
do caminho.
A espiritualidade é o caminho da
perfeição, uma dádiva na conquista
de um projeto. Elaborar projetos é
elaborar caminhos. É preciso enamorar-se do projeto para perceber o
dom de caminhar. A Romaria Bragança – Pedra Bela nasceu de apaixonados pioneiros, e lá estavam eles
Jayme e Teixeira. Há uma promessa
a cumprir, um voto, uma determinação. Há um sonho reunindo mais de
750 pessoas que ali estavam. Nós da
Universidade São Francisco nos fizemos presentes com carro de apoio e
mais de uma dezena de alunos e professores. Estar ali, participar da força
e da energia dos caminhantes, ser
apoio no caminho para os que precisavam de cuidado.
Foi maravilhoso sair entre cantos e
preces. Rezar o terço, a prece tão simples de todos os caminhos. E depois
pegar a estrada, o caminho alternativo
pelos campos e montanhas. Sair sábado às 21h30 e chegar na madrugada
de domingo às 5h30. A noite do dia
12 e a madrugada do dia 13 de março
acolheram os romeiros. Um café da
manhã feito com carinho restabeleceu
a força. Reflexões e preces. Reencontros e a celebração da Eucaristia! Assim foi nossa chegada à casa da Mãe!
É sempre prazeiroso voltar à casa da
Mãe Aparecida. Subir degraus para
mostrar que a ascensão física corresponde à ascensão espiritual. Chegar lá
no alto da pedra e vislumbrar aquela
evocativa paisagem onde céu e terra
se encontram, lugar transcendente de
mística beleza! Um lugar esplendoroso com aquele santuário irradiando
simplicidade. Olhar para a Mãe Aparecida e dizer: enfim cheguei! É um
Caminho de Realização!
Frei Vitório Mazzuco Filho
MAIO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
271
Evangelização
Encontro Provincial dos Secretariados para
a Evangelização e a Formação e Estudos
D
urante os dias 12 e 13 de
abril de 2016 estiveram reunidos na Fraternidade São
Boaventura, em Rondinha,
os frades que compõem os Secretariados para a Evangelização e para a
Formação e os Estudos. O objetivo
deste encontro foi o de pensar em
conjunto formas de como colocar
em prática o Plano de Evangelização
para este sexênio (2016-2021), aprovado no último Capítulo Provincial.
Ao abrir os trabalhos, o Ministro
Provincial, Frei Fidêncio Vanboem-
272
[coMUNICAÇÕES] maio / 2016
mel, afirmou: “O Capítulo Provincial 2016 aprovou o Plano de Evangelização de nossa Província. Agora
é tempo de sentar, planejar e organizar a prática deste Plano. Este é um
encontro importante para a Província”. Em seguida, Frei Fidêncio recordou as três grandes prioridades
do sexênio: 1. Aprimorar o Cultivo
da qualidade de vida pessoal e fraterna; 2. Reforçar ações em direção
a uma Província “em saída” e articulada em suas cinco frentes de Evangelização; 3. Revigorar a Animação
Vocacional. “Prioridade é aquilo
que vem por primeiro, o que tem
primazia. Algo que antecede sem
desmerecer as outras coisas. Quando nós elegemos algumas prioridades de nossa Província, foram eleitas dentro de uma comparação. Em
nosso Plano de Evangelização tudo
é importante, mas nós elegemos três
grandes prioridades que antecedem
a todas as outras, que devem estar
presentes em todo o nosso trabalho”,
explicou.
Após a apresentação das Priori-
Evangelização
dades do Sexênio, o Secretário para
a Formação e os Estudos, Frei João
Francisco da Silva e o Secretário
para a Evangelização, Frei Evaristo
Pascoal Spengler, convidaram os
frades a estudo em grupo para se
aprofundarem no conteúdo do Plano de Evangelização, especificamente das partes que tratam sobre os
Princípios (páginas 09-10), as Instâncias de Coordenação, Animação
e Comunhão (p.11-12) e os Apelos
da Realidade, da Igreja e da Ordem
(p.13-27).
A partir de duas questões que
nortearam a reflexão, os grupos fi-
de reunir cada uma das cinco Frentes de Evangelização, a Formação e
o Serviço de Animação Vocacional
para que se reunissem separadamente, estudando as seções específicas do Plano de Evangelização,
com a incumbência de definir um
esboço de plano trienal, agendar as
principais reuniões, elencar o que
não poderia faltar no Encontro da
Frente e organizar uma equipe para
dinamização dos trabalhos.
No período da tarde foi apresentado o retorno dos grupos das Frentes em um primeiro momento no
Plenário dos Secretariados (Evan-
secretariados, solicitou aos frades
uma partilha conclusiva sobre o encontro, onde foram destacados: A
importância de pensar a Província
como um todo, em contato direto
com o Plano de Evangelização; A
oportunidade de ter feito a leitura
do Plano em conjunto com as cinco Frentes e a Formação; Se cada
Frente tivesse feito o estudo separado não sentiríamos este espírito
de comunhão; Gerou entusiasmo
para dar passos concretos na leitura
e conhecimento do Plano de Evangelização em nossas Fraternidades
e a graça do encontro e da convi-
zeram observações relativas à importância da revisão do Projeto
Fraterno de Vida e Missão das fraternidades, à necessidade de adotar
uma postura de diálogo diante do
pluralismo próprio dos tempos atuais, à superação do individualismo
e do mau uso dos bens, ao cultivo
do testemunho da comunhão através da integração entre as Frentes
de Evangelização, à coragem exigida
para que a Província dê o testemunho de uma Igreja em saída etc.
A dinâmica do segundo dia foi
gelização e Formação) e em seguida
em um Plenário Geral. Foram então
aprovadas as datas para a realização
dos Encontros das Frentes (veja em
Agenda na última página).
O Ministro Provincial Frei Fidêncio conduziu o final do encontro
agradecendo os frades presentes e
também a Fraternidade Franciscana São Boaventura na presença do
guardião Frei Jean Carlos Ajluni
Oliveira pelo acolhimento e os serviços prestados. Para finalizar este
primeiro encontro ampliado dos
vência entre os frades participantes.
Com o bom êxito deste encontro
queremos louvar ao bom Deus pelo
Plano de Evangelização de nossa
Província que chega a nossas mãos
e por este primeiro encontro neste
sexênio dos Secretariados da Evangelização e Formação e os Estudos
. Agradecemos pelas orações dos irmãos de nossas fraternidades e pela
disposição em servir. Mãos à obra.
Frei Daniel Dellandrea
e Frei Gustavo W. Medella
MAIO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
273
Evangelização
CHÁ DO PADRE REABRE NO DIA 2
N
o próximo dia 2 de maio, às 10
horas, acontece a reabertura
do Chá do Padre no Convento São Francisco. Após passar
por meses de reformas, o serviço agora ampliou suas possibilidades para
se tornar um Núcleo de Convivência
para os trabalhadores em situação de
rua, que servirá 300 almoços por dia
além de realizar 450 atendimentos de
diversas ordens durante o já consolidado chá da tarde – que deu o cari-
274
[coMUNICAÇÕES] maio / 2016
nhoso apelido de “Chá do Padre” para
o serviço. No espaço haverá 15 chuveiros e espaço para lavagem de roupa
e cuidados com higiene pessoal.
O serviço é administrado pelo Sefras em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) de São Paulo.
A cidade hoje conta com uma população de rua de aproximadamente 14
mil pessoas, das quais a metade vive
na região da Sé, centro de São Paulo,
onde se situa o serviço que pode ser
considerado o maior e mais completo do Estado de São Paulo no atendimento à população de rua.
“O Sefras no ano passado participou de uma audiência pública com a
Secretaria Municipal de Assistência e
Desenvolvimento Social para o conveniamento do serviço. Esse convênio
prevê a implantação na rua Riachuelo
de um núcleo de convivência para a
população de rua. O serviço vai ampliar o que já era oferecido. Além do
lanche da tarde serão servidos diariamente 300 almoços, espaço para
banho, lavagem de roupas e também
atendimento social e de psicologia.
O serviço agora terá uma dimensão
maior e atenderá a mais pessoas”, comemorou Rosângela Pezoti, do setor
técnico do Sefras.
Rosângela Pezoti assegura que
antigas parcerias do serviço, anteriores a esse remanejamento serão
mantidas. “Continuarão as parcerias
que o Sefras tinha anteriormente:
com a Defensoria Pública da União,
que atende duas vezes por semana,
às terças e quintas no período da manhã; com a UBS República e com o
consultório de rua também permanecem”, explica.
Evangelização
Formação no Sefras
Que mundo pretendemos deixar para
as gerações vindouras? Foi pensando nessas questões que cerca de 30 trabalhadores dos mais diversos serviços e setores do
Sefras se encontraram no dia 19 de abril no
Sefras Reciclagem (Baixada do Glicério, centro de São Paulo) para uma manhã de formação sobre o meio ambiente e sua defesa.
Após a visualização de materiais e vídeos e
das conversas mais coletivas sobre o tema,
os participantes se juntaram em grupo para
debater a questão e organizar propostas
tanto no que se refere à articulação política em defesa do meio ambiente, quanto
sobre ações que possam ser tomadas internamente no Sefras e que minimizem danos
ambientais. Ações como a abolição de copos descartáveis, com a introdução de canecas de porcelana e plástico reutilizáveis; a
compra de alimentos orgânicos produzidos
por pequenos agricultores para os serviços
e uma forte campanha de reciclagem em
todos os serviços do Sefras e nas comunidades onde estão inseridos se destacaram
como propostas.
CURSO DE PORTUGUÊS
No dia 5 de abril começaram as aulas do
segundo semestre do Curso de Português
para Imigrantes do Sefras. Nesta aula inaugural, além da apresentação do curso para novos e velhos alunos, o Centro de Referência e
Acolhida do Imigrante (CRAI) ainda realizou
atendimento social. “Apresentamos o curso e
paralelamente fizemos o atendimento para
que as questões do serviço social não sejam
levadas à professora e que nós mesmos possamos cuidar disto”, explicou o coordenador
do CRAI Paulo Amâncio.
Professora do curso desde seu início no
semestre passado, Renata Taño avalia o primeiro módulo de forma positiva: “A proposta
do curso foi de promover a inclusão por meio
do ensino de cultura e língua e acho que eles
se saíram muito bem”. O resultado pôde ser
visto durante o café servido antes da aula,
por volta das 17h, quando alunos do primeiro semestre já se comunicavam muito bem
com os trabalhadores do Sefras presentes. A
sala é muito heterogênea em muitos sentidos, tanto em formação escolar, quanto em
língua materna.
Páscoa Petrópolis
A celebração da Páscoa no Sefras Criança
Petrópolis aconteceu no dia 26 de março, a
partir das 18 horas e contou com aproximadamente 100 crianças e adolescentes atendidos pelo Sefras em Petrópolis (RJ). Foram
confeccionadas pelos trabalhadores e voluntárias do serviço mais de uma centena de
lembrancinhas recheadas com chocolates.
Este momento celebrativo foi composto por
uma procissão com os símbolos pascais encenados pelas crianças e um filme do espetáculo de 2015, Cuidado da Casa Comum. Foi
apresentado para todos como “Renovação,
Vida Nova” que se constrói a cada dia neste
trabalho junto com a comunidade. Algumas
breves palavras da coordenação encerraram
a parte celebrativa.
Um delicioso bolo de chocolate doado
pela nossa parceira Gisele foi distribuído,
bem como as lembrancinhas da Páscoa. A
celebração da Páscoa é um tempo oportuno
para reforçar a transmissão dos valores que
o Sefras busca cultivar o trabalho social. “a
solidariedade, colaboração, união e compartilhamento ao repartir a ceia com todos”.
PÁSCOA NO SEFRAS
As celebrações de Páscoa começaram no Sefras no dia 23 de
março, nos serviços. Houve festejos no Sefras Crianças do Jardim
Peri Alto, no Recifran e no Dejupe, entre outros serviços. No dia
seguinte, foi a vez dos trabalhadores do Sefras comparecerem ao
Salão Paroquial da Igreja de Santo Antônio do Pari para celebrarem a Páscoa. Após fala da educadora social Aline Girelli, houve
um momento de espiritualidade com elementos inerentes à Semana Santa e à Paixão de Cristo e questionamentos colocados pela
Campanha da Fraternidade a partir da carta encíclica Laudato Sí.
Terminada a mística, foi a vez do diretor presidente do Sefras, Frei
José Francisco de Cássia dos Santos agradecer aos trabalhadores
pelo esforços em manter um serviço de excelência no Sefras e desejar bons votos de Feliz Páscoa a todos.
MAIO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
275
Evangelização
bom jesus
PÁSCOA E AÇÕES SOLIDÁRIAS
ênfase à ideia do Papa Francisco de
que, juntos, é possível avançar no cuidado da natureza, razão pela qual incentivamos nossos alunos a estender
esse sentimento aos familiares e amigos, principalmente às pessoas que
mais precisam”, disse Frei Claudino,
ao fazer referência às ações solidárias
de Páscoa desenvolvidas recentemente pelos estudantes.
Responsabilidade
com o próximo
O
Colégio Bom Jesus, por meio
da área de Ensino Religioso,
desenvolve atividades pedagógicas com o objetivo de
cultivar virtudes e atitudes, com a
inspiração de São Francisco de Assis,
entre os seus alunos. Em 2016, a Campanha da Fraternidade (CF) será um
dos principais assuntos dessa disciplina a serem trabalhados em sala de
aula, com base no tema geral da ação
promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
e pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic): “Casa
comum, nossa responsabilidade”.
Exemplo disso são as ações sociais,
culturais e pedagógicas que serão
promovidas pelo Colégio Bom Jesus
em todas as suas Unidades, em cin-
276
[coMUNICAÇÕES] maio / 2016
co estados brasileiros, durante 2016.
Na quinta-feira, dia 23, a Unidade
Bom Jesus São José dos Pinhais, no
Paraná, promoveu uma das primeiras
atividades relacionadas ao tema. Alunos do 5.º ao 9.º ano do Ensino Fundamental (EF) conversaram sobre o
significado do tema da CF 2016 com
o coordenador de Ensino Religioso do Centro de Estudos e Pesquisas
(CEP) do Bom Jesus, Frei Claudino
Gilz, com o professor da disciplina
Douglas Pletsch Puhl, e com a gestora
da Unidade, Stela Wontroba. “Todos
os alunos aprendem a compartilhar
experiências e conhecimentos no
Colégio. Então, formamos um grupo
unido pelo cuidado para com a Casa
Comum, que é o nosso planeta, onde
vivemos e estudamos. Procura-se dar
Além do ensino e da aprendizagem sobre o tema da CF, os alunos
de São José dos Pinhais se uniram em
prol de ações voluntárias que consistiram na arrecadação de donativos para
instituições de ensino e filantrópicas
do município. As turmas da Educação Infantil ao 5.º ano do Ensino
Fundamental arrecadaram cerca de
cinco mil bombons, que foram acondicionados em kits de Páscoa, desenvolvidos pelos estudantes, e doados
ao Centro de Amparo ao Menor e ao
Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Árvore de Sapatos. Já os
alunos do 6.º ano do Ensino Fundamental ao Ensino Médio arrecadaram
leite, óleo de cozinha e farinha de trigo para a Associação de Pais e Amigos
dos Excepcionais (Apae) da cidade.
Ao final do encontro, os alunos colocaram cartazes de conscientização a
respeito dos objetivos específicos da
CF 2016, como a união das pessoas de
diferentes expressões religiosas, o saneamento básico, o consumo responsável, entre outros, nas áreas de maior
circulação de pessoas na Unidade.
Nos próximos meses, outras atividades relacionadas ao tema da CF 2016,
desenvolvidas nas demais Unidades
do Bom Jesus, serão compartilhadas
no site da Instituição.
Evangelização
Alunos do 1.º ano do Ensino Fundamental
aprendem sobre a “casa comum”
Os valores fundamentais envolvidos no cuidado com o planeta Terra,
a nossa “casa comum”, como lembra o
tema da Campanha da Fraternidade
2016 (“Casa comum, nossa responsabilidade”), têm pautado as aulas de
Ensino Religioso no Colégio Bom Jesus. Nas Unidades Externato, em Pindamonhangaba (SP), e Vicente Pallotti, na capital paulista, os professores
da disciplina desenvolveram atividades pedagógicas sobre essa temática
com as turmas do 1.º ano do Ensino
Fundamental (EF).
No Bom Jesus Externato, por
exemplo, a professora Thalita Cristine Gonçalves Silva trabalhou em
sala de aula a confecção de um painel do ciclo da água para que os educandos refletissem sobre o consumo
consciente. “Conversamos também
sobre a coleta seletiva do lixo na escola e em casa, sobre a alimentação
saudável e o papel de cada um na
nossa grande casa: o mundo”, explica. A reflexão sobre como as ações
individuais podem influenciar em
seus lares e no meio ambiente, que
é a casa de todos, também foi feita
em família. Pais e alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I participaram de oficinas de
reciclagem transformando “lixo” em
objetos úteis. Garrafas PET foram
transformadas em hortas suspensas;
latas de molho, em porta-canetas;
embalagens de xampu, em porta-celulares; e banners, em sacolas. O
valor do diálogo e o cuidado com a
natureza também foram destaque
nas aulas do 1.º ano do EF na Unidade Vicente Pallotti.
CURSO DE FRANCISCANISMO
O Rosto da Misericórdia
em São Francisco e
Santa Clara de Assis
De 11 a 14 de
outubro de 2016
Rondinha – Campo
Largo – PR
Por ocasião do “Ano Santo da
Misericórdia”, promulgado
pelo Papa Francisco, a
Fraternidade Franciscana São
Boaventura - Rondinha – Campo
Largo – PR, oferece um Curso
sobre o Rosto da Misericórdia
em São Francisco e Santa
Clara de Assis. Em breve
mais informações no site da
Fraternidade São Boaventura:
www.franciscanosrondinha.
com.br
Frei João Mannes
CFMB
CONFERÊNCIA
TEM NOVA PRESIDÊNCIA
A
primeira reunião ordinária da CFMB neste
ano realizou-se em Porto
Alegre, na sede da Província São Francisco de Assis, de
4 a 8 de abril de 2016. Estavam
presentes: Frei Valmir Ramos,
Definidor Geral, e os Ministros:
Frei Bernardo de Sousa Brandão
Neto, Frei Roberto Miguel do
Nascimento, Frei Hilton Farias
de Souza, Frei Francisco Paixão,
Frei Inácio Dellazari, Frei João
Amilton dos Santos, Frei Fidêncio
Vanboemmel, Frei Flaerdi Valvasori e Frei Marco Aurélio da Cruz.
Também esteve presente Frei
Francisco Carvalho, para realizar
prestação de contas da economia
da CFMB e uma proposta de re-
278
[coMUNICAÇÕES] maio / 2016
visão dos Estatutos da entidade.
1. Eleição da Presidência da
CFMB. Foi eleita a nova presidência da CFMB, após a nomeação de
Frei Carlos Alberto Breis para o
episcopado:
•
Presidente: Frei Inácio Dellazari – Província São Francisco
de Assis
•
Vice Presidente: Frei Fidêncio
Vanboemmel – Província Imaculada Conceição
•
•
Secretário: Frei Marco Aurélio
da Cruz – Província do Santíssimo Nome de Jesus
Tesoureiro: Frei Francisco
Carvalho Neto – Província
Santa Cruz
2. Ministro referência para o SERFE. Foi eleito Fr. Hilton Farias de
Souza - Província Santa Cruz.
3. Reviver o dom da vocação. Projeto Terra Santa e Assis acontecerá
de 15 de maio a 16 de junho, com
17 participantes. Frei Jorge Hartmann acompanhará o grupo.
4. Master em Evangelização.
Acontecerá em 2017. E o SIFEM
deverá colaborar na divulgação,
avaliação e preparação.
6. Roraima. A CFMB reafirmou
que esta missão é importante para
CFMB
a Igreja particular de Roraima e
também para a CFMB e a Ordem,
pois é o único projeto de colaboração da CFMB e não deve ser encerrado. O Presidente da CFMB
enviará uma carta motivacional às
Províncias.
7. Canindé. A Fraternidade do Santuário tem acolhido professos temporários da CFMB para período de
missão. Foi proposto que as entidades que tenham frades em estágio
missionário em Canindé possam
fazer visitas passando alguns dias
para acompanhar os formandos e
também colaborar e conhecer os
trabalhos do Santuário.
8. Informes/Propostas do Definidor Geral.
A) Uma Comissão Econômica
foi constituída e já se reuniu
para encontrar soluções sobre
a situação econômica da Cúria
Geral.
B) Propõe criar uma comissão
fixa para preparar, manter e
acompanhar o Projeto Reviver
o dom da vocação.
C) Propõe que haja um melhor
acompanhamento, por parte
dos Ministros, aos estudantes
no Antonianum.
D) Propõe que haja um bom
acompanhamento de frades
que deixam uma entidade da
Ordem e buscam outra, e também cuidado com os critérios
para a Profissão Solene.
E) Os pedidos para visitadores
devem ser feitos ao menos 1
ano e meio antes. Pois deve-se
considerar o tempo hábil de
pedido, nomeação e realização
do encontro de visitadores, que
acontece sempre em novembro
e o tempo para a visitação antes do Capítulo.
F) Propõe uma colaboração nas
traduções e edições dos Documentos da Ordem em português para a Custódia de
Moçambique, pois há uma dificuldade em traduzir e editar
um pequeno número de edições. Assim, a CFMB poderia
enviar à Moçambique uma média de 80 volumes para os seus
membros, com reembolso do
custo de edição e transporte.
G) Haverá o Encontro dos Presidentes de Conferência na Cúria Geral em maio.
H) O processo de criação da Universidade Franciscana está
adiantado. Será uma Universidade Pontifícia, mas o local da
sede não foi definido.
I) Foram editadas as linhas guias
para o triênio do Governo Geral. A CFMB não fará impressão gráfica, mas que cada entidade poderá ver a forma de
divulgação.
J) Encontro da CFMB com o Definitório Geral que deverá ser
entre 01 a 18 de fevereiro de
2018. A CFMB deverá propor
ser em conjunto com a ConeSul. Na UCLAF se deverá chegar num acordo para esta data
e local.
K) O Conselho Plenário da Ordem – CPO, acontecerá de 10 a
30 de junho, em Nairóbi.
09. Revisão do Estatuto. O Estatuto da CFMB foi revisado e aprovado por unanimidade.
10. Conselho Internacional do
JPIC. Acontecerá em Verona, Itália, de 26 de maio a 4 de junho.
Frei Wilson, animador do JPIC da
CFMB, participará.
11. Conselho Internacional de
Missão e Evangelização. Acontecerá em Roma, de 18 a 22 de abril.
Frei Vicente, Secretário do SIFEM,
participará.
12. Assembléia 2016. O Presidente
da CFMB, juntamente com os serviços de SIFEM, JPIC e SAV deverão preparar a Assembleia. Deverá
ter uma reflexão sobre a estrutura
dos serviços da CFMB para serem
reassumidos.
13. Assuntos do SIFEM
A) A
Executiva do SIFEM visitará
a Missão de Roraima de 29 de
junho a 04 de julho.
B) O SIFEM deverá enviar até o início de julho o material de divulgação da coleta da Amazônia.
C) O Seminário da Amazônia não
acontecerá este ano, mas terá a
proposta apresentada à Assembleia de setembro.
D) Frei Vicente participará do Conselho Internacional de Evangelização.
14. Encontro Nacional de Juventude. A Província da Imaculada
Conceição sediará o próximo encontro Nacional de Juventude da
CFMB e será em Vila Velha.
15. Noviciado interprovincial. Foi
proposto o início de uma reflexão
sobre a possibilidade de um noviciado interprovincial entre Santa
Cruz, Assunção e São Benedito. As
entidades deverão reunir-se para
tratar do assunto.
MAIO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
279
Capítulo Provincial
Roma, 21 de março de 2016.
Frei Fidêncio Vanboemmel OFM
Ministro Provincial
Queridos Irmãos da Província da
Imaculada Conceição do Brasil, quero
animá-los através desta simples e breve
carta neste período de pós Capítulo do
ano 2016.
Minha saudação fraterna ao atual Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanbommel, reeleito por outros três anos, e demais confrades do Definitório que têm a
importante responsabilidade de encaminhar as decisões capitulares, além de animar e cuidar da Fraternidade provincial.
Quero registrar minha gratidão e meu
reconhecimento ao Frei Nestor Schwerz,
Visitador Geral, pelo seu serviço de preparação, visitação e presidência do vosso
Capítulo como meu Delegado. Ele que
de bom grado não recusou o serviço de
Visitador depois de finalizar doze anos de
serviço à nossa Ordem na Cúria Geral.
Em minha precedente comunicação
ao Capítulo Provincial já mencionei algumas dimensões que me preocupam
e foram abordadas pela assembleia capitular. Quero agora retomar a evidente
necessidade de redimensionamento para
manter a qualidade de vida consagrada
franciscana. A Ordem está em processo
de mudanças, o mundo está em contínua
e acelerada mudança e foram mencionadas pelo Frei Nestor Schwerz: mudanças
sociais, econômicas, culturais, religiosas,
ambientais etc. Isto significa que precisamos de atitude de abertura diante das
mudanças e acurado discernimento.
Quero insistir para que todos os confrades continuem se empenhando na vida
de oração comunitária e pessoal. Que os
guardiães sejam promotores da leitura
orante em cada fraternidade de modo que
todos os confrades possam reunir-se em
torno da Palavra de Deus e partilhar seus
dons espirituais.
A assembleia capitular aprovou as novas Diretrizes para a Formação e Estudos.
280
[coMUNICAÇÕES] MAIO / 2016
Peço a todos os confrades que não meçam esforços para colocar em prática um
plano que foi estudado, discutido e aprovado. Todos se sintam envolvidos, pois
trata-se de uma dimensão fundamental
para o futuro da Província que abrange a
Formação Permanente, a Inicial e os Estudos e está vinculada ao Plano de Evangelização e Missão.
Uma especial atenção todos nós precisamos ter com a acolhida dos vocacionados. Deus continua chamando muitos
jovens que não respondem mais na tenra
idade como antes. Todos sabemos que o
primeiro momento de acolhida é fundamental na formação e, por isso, o vocacionado precisa mais do exemplo do que da
teoria.
Nossa Ordem está mudando de fisionomia. Talvez na Província vocês tenham percebido já há mais tempo. Estou
observando o crescimento da Ordem no
hemisfério Sul e seu decréscimo no Norte. A grande região onde está a Província
tem muitos jovens e vejo isto como oportunidade de uma Animação Vocacional.
Por isso, peço a vocês para que sejam
animadores vocacionais com o exemplo
de vida, com a pregação e com o convite
explícito aos jovens para que respondam
ao chamado de Deus consagrando-se a
Ele em nossa Ordem.
Aos confrades que devem iniciar um
novo tempo em uma nova fraternidade
local com um novo empenho evangelizador, quero animá-los a olhar com gratidão
os benefícios que Deus lhes proporciona e
encorajá-los a dispor de todos os dons no
serviço que Ele lhes confiou.
O Papa Francisco nos interpela através da Evangelium Gaudium e da Laudato Sí. Ele nos propõe um modo atual
de evangelizar empenhados na defesa
da vida e da casa comum. Peço a todos
os confrades que não descuidem da dimensão da Justiça, Paz e Integridade da
Criação. É preciso um compromisso de
todos, pois como franciscanos, somos os
primeiros chamados entre os cristãos a
nos comprometermos com a construção
da paz, com a defesa da vida, dos direitos dos mais pobres e da integridade da
criação. O Capítulo de 2015 nos convida
a sairmos rumo às periferias, na direção
dos que estão marginalizados (n.32). A
Fraternidade provincial deve continuar
seu empenho mais pobres, especialmente
através das obras sociais que promovem
uma oportunidade de desenvolvimento
humano a estes nossos irmãos.
Vi que o Capítulo e o Definitório deram uma devida atenção à presença missionária em Angola. De fato, é preciso
reforçar aquela presença tendo em vista
o futuro de nossos irmãos angolanos que
entraram e daqueles que querem entrar
em nossa Ordem. Peço aos missionários
e aos confrades angolanos que não descuidem da vida de intensa oração e adesão ao Cristo, mesmo que a realidade os
interpela a muitas ações e trabalhos, pois
no encontro pessoal com Ele é que nos
fortalecemos no caminho de fidelidade
ao Evangelho.
Particularmente sou muito grato à
Província pela abertura em colaborar
com os confrades da Conferência Brasileira (CFMB), especialmente no âmbito
da Formação, destacando a acolhida dos
confrades no Instituto Teológico Franciscano em Petrópolis.
A primeira Ordem em seus três ramos
(OFM, OFMCap e OFMConv) e a TOR
tem feito um caminho de aproximação
e de colaboração que nos faz vislumbrar
um futuro de maior união. Neste sentido vejo que a Província pode continuar
dando passos importantes em termos de
colaboração e aproximação a esses nossos
confrades. Podem surgir muitas oportunidades e nós podemos também buscar
caminhos de colaboração.
Suplicando todas as bênçãos de Deus
pela intercessão de São Francisco e Santa
Clara,
Falecimento
FREI ANTÔNIO ROSOLÉM
28/02/1928
+ 09/04/2016
A NOTÍCIA
Faleceu na noite do sábado, 9
de abril, em Bragança Paulista, Frei
Antônio F. Rosolém. Dois dias antes, por informações dadas por Frei
Carlos Körber, soubemos que Frei
Antônio se encontrava internado,
com edema pulmonar agudo e que
a sua situação era muito grave.
O corpo de Frei Antônio foi velado na Fraternidade de Bragança e,
no domingo, 10 de abril, foi transladado para o cemitério do Santíssimo Sacramento, em São Paulo, onde
houve Missa de Exéquias, às 16h00.
O FRADE MENOR
Natural de Pirassununga, onde
nasceu no dia 28 de fevereiro de
1928, Frei Antônio era filho de José
Narcizo Rosolem e Amalia Frioli.
Ele era o caçula de sete irmãos (dois
homens e cinco mulheres).
A família de origem italiana,
muito católica, vivia da agricultura
e decidiu morar na capital em 1944,
onde Frei Antônio aprendeu o ofício de tipografia.
Aos 28 anos, contudo, Frei Antônio faria a maior mudança na sua
vida, ao ingressar na vida religiosa franciscana. “Desejava dar
um sentido à minha vida
e via em São Fran-
282
[coMUNICAÇÕES] maio / 2016
Falecimento
cisco um modelo a imitar”, dizia
quando ingressou no Seminário de
Rio Negro, em 1957. Era uma pessoa simples, alegre e generosa, mas
muito tímido como revelam seus
confrades. Segundo ele, a adaptação
inicial à vida conventual foi o seu
maior desafio. “Mas consegui superar essas dificuldades com a graça
de Deus e ajuda de frades que realmente eram irmãos”, disse.
Sua escolha para a vida religiosa estava fundamentada em quatro
pilares: fé, esperança, generosidade
e testemunho. Mesmo assim, a vida
religiosa impunha certos desafios:
“O espírito está pronto mas a carne é
fraca, disse Jesus, por conseguinte a
luta não está terminada”, confessava.
Mas foi com esta base que ele
viveu seu testemunho de vida como
missionário no Norte do País. Na
Diocese de Santarém, governada
pelo seu confrade Dom Lino Vanboemmel, Frei Antônio fez a sua
formação no tempo da Filosofia e
Teologia e foi ordenado presbítero
no dia 26 de julho de 1986. Antes,
havia trabalhado por quase 20 anos
na portaria do Convento São Francisco, em São Paulo.
A decisão de assumir o Ministério do Sacerdócio veio aos 58 anos.
Em Santarém, Dom Lino concedia
a ele esse ministério. “A celebração
se revestiu de um caráter de grande
simplicidade, excelente preparação
e ótima participação. Muito rica em
símbolos tirados da realidade atual
e concreta do povo: o altar estava
cercado de belos cartazes preparados pelas comunidades, lembrando
os “sem-terra, a reforma agrária, o
Pe. Josimo [Dia 10 de maio de 1986,
dia das mães, padre Josimo foi assassinado covardemente enquanto
subia as escadas do prédio da Mitra
Diocesana de Imperatriz, MA, onde
funcionava o escritório da CPT Araguaia-Tocantins], a organização dos
sindicatos etc. A ordenação realçou
também e, por assim dizer, esteve
DADOS PESSOAIS, FORMAÇÃO E ATIVIDADES
Nascimento: 11.02.1928 (88 anos de idade), em Pirassununga – SP;
Vestição na Ordem III: 03.05.1957;
Profissão na Ordem III: 04.05.1958; (57 anos de Vida Franciscana);
Admissão ao Noviciado: 06.05.1962, em Rodeio, SC;
Primeira Profissão: 07.05.1963;
Profissão Solene: 07.05.1966;
Ordenação Presbiteral: 26.07.1986 (29 anos de Sacerdócio);
1957 - 1961 – Campos do Jordão;
1961 - 1962 – São Paulo – São Francisco;
1962 - 1963 – Rodeio;
1963 – São Paulo – S. Francisco;
14/12/1982 – Santarém – PA, a serviço do bispo diocesano;
1982 – 1986 – Curso de Filosofia e Teologia no Seminário Pio X, em
Santarém -PA;
julho a dezembro de 1986 – vigário paroquial em Caranasal, Santarém;
1987 a fevereiro de 1995 – pároco em Monte Alegre, diocese de Santarém;
1995 a março de 2005 – pároco da Paróquia N. Sra. Do Bom Remédio,
na Prelazia de Itaituba – PA;
11.04.2005 – São Paulo – São Francisco – atendente conventual.
20.02.2014 – Bragança Paulista, para tratamento de saúde.
calcada sobre o recém-acontecido 6º
Encontro das CEBs (Trindade, 2125 julho), cujo tema foi ‘CEBs, Povo
de Deus em busca da Terra Prometida’”, registrava então Frei Anacleto
Gapski, enviado do Governo Provincial à ordenação.
Sua primeira missa foi celebrada
na bela localidade de Alter do Chão,
uma pequena vila de Santarém, que
preparou a celebração com carinho
e zelo. “Com Frei Antônio um pouco apreensivo e tímido, mas muito
compenetrado e convicto, a Primeira Missa foi marcada também pela
organização, participação e riqueza
de gestos e símbolos”, contava Frei
Anacleto. “Tudo tirado e muito próximo da vida do povo. Tudo feito
com muita calma, sem pressa, por
um povo que tira do rio o seu ritmo
sereno e tranquilo, que aprende a
conviver com a lentidão das barcaças e o marasmo dos iguapés”, dizia
o cronista Frei Anacleto.
Enquanto viveu em Santarém,
Frei Antônio passou a pertencer à
Custódia de São Benedito da Amazônia. Gostava do povo paraense e
do trabalho pastoral, mas a saúde
sempre cobrava. “Como choveu
quase todos os dias desde janeiro
até junho, o calor aqui este ano foi
menor e por isso não tive problemas
de saúde e com amebas etc. Agora já
há 15 dias que não chove. Voltou a
fazer muito calor, que por certo aumentará daqui para a frente”, dizia
em julho de 1985. E foi por motivos
de saúde que, em 2005, retornou
para São Paulo.
Recomendemos ao Senhor o
nosso irmão que com simplicidade, alegria e generosidade viveu sua
vocação franciscana entre nós e nos
deixa marcante testemunho. Frei
Antônio acolhia a todos com singelo sorriso. Ao seu lado, sentíamo-nos sempre bem.
R.I.P.
MAIO / 2016 [coMUNICAÇÕES]
283
Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil
(*) As alterações e acréscimos estão destacados
30
Maio
03 a 06
04 e 05
17 a 29
20 e 21
26 a 29
26 a 06
Reunião do Definitório Provincial (Agudos)
Reunião dos guardiães e coordenadores
das Fraternidades (Agudos)
Encontro dos Presidentes de Conferências
OFM (Roma)
Retiro de Jovens (São Paulo)
Retiro de Jovens (Campo Largo)
Conselho Internacional JPIC (Verona)
Junho
17 a 19
20 20 20 e 21 22
24 a 26
28 a 30
30
Encontro Vocacional Regional (Petrópolis)
Encontro do Regional de Curitiba (Aldeia)
Encontro do Regional de São Paulo (Pari)
Encontro da Coordenação da Frente de
Comunicação (Petrópolis)
Encontro da Coordenação da Frente de
Educação (Bragança Paulista)
Encontro Vocacional Regional
(Guaratinguetá)
Reunião do Definitório Provincial (com os
Coordenadores Regionais no dia 29) (São
Paulo – S. Francisco)
Encontro da Coordenação da Frente
das Paróquias, Santuários e Centros de
Acolhimento (Balneário Camboriú)
Julho
01 a 03
04
04 e 05
08 a 22
18 a 21
Encontro Vocacional Regional (Ituporanga)
Encontro do Regional de Agudos
(Sorocaba)
Encontro do Regional do Contestado
(Piratuba)
Retiro Provincial (Rondinha)
Assembleia da FIMDA (Angola)
Agosto
01 a 03
Encontro Provincial da Frente de
Comunicação (Rondinha)
02
Jubileu dos 800 anos do Perdão de Assis
09 e 10 Encontro Provincial do SAV
15 a 19 Retiro Provincial para frades de 1 a 10 anos
de transferência, após os períodos em
casas de formação (Vila Velha)
22 a 25 Reunião do Definitório Provincial
22 a 26 Encontro dos Ecônomos da CFMB (Porto
Alegre)
28 a 31 Conselho da Formação inicial (Petrópolis)
31
Encontro Provincial da Frente das Missões
(Petrópolis)
Prazo para entrega do Projeto Fraterno de
Vida e Missão das Fraternidades
Setembro
01
04
09 a 11
12
14 e 15
17 e 18
19
19 a 22
19 a 24
26
26 e 27
26 a 30
Dia Mundial de Oração pelo cuidado da Criação
Dia da Amazônia: Coleta Anual pela
Evangelização na Amazônia
Encontro dos Irmãos Leigos da Província
Encontro do Regional de Curitiba (Rondinha)
Encontro Provincial da Frente de Educação
(Rondinha)
Encontro Provincial da Frente da
Solidariedade
Encontro do Regional de Agudos (Bauru)
Retiro no Eremitério de Rodeio
Assembleia ampliada da CFMB - SERFE e
SIFEM (Rondinha)
Encontro do Regional de São Paulo (Amparo)
Encontro do Regional do Contestado
(Piratuba)
Retiro Provincial (Agudos)
Outubro
06 e 07
10 a 14
18 a 20
24 a 26
29
Conselho da Formação e Estudos (Vila
Clementino)
Curso de Franciscanismo (Rondinha)
Reunião do Definitório Provincial
Encontro Provincial da Frente das Paróquias,
Santuários e Centros de Acolhimento
(Agudos)
Ordenação presbiteral de Frei Robson Luiz
Scudela (Coronel Freitas)
Novembro
08
12 a 15
28
29 a 01
Conselho do Secretariado da Evangelização
(Vila Clementino)
Estágio Vocacional (Guaratinguetá)
Encontro do Regional de Agudos
Reunião do Definitório Provincial
DEZembro
05
05
12 e 13
Encontro do Regional de Curitiba-recreativo
(Caiobá)
Encontro do Regional de São Paulo
(Bragança)
Encontro do Regional do Contestado
(Piratuba)

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