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sexta-feira, 8 de novembro de 2013
A MAÇONARIA OPERATIVA ESCOCESA - A LOJA DE
KILWINNING
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A LOJA DE KILWINNING
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A tradição maçônica atribui a fundação da primeira Loja do Rito
Escocês à obscura aldeia de Kilwinning, lenda que não encontra mais
aceitação entre os historiadores. Entretanto, o que tinha dado certa
aparência de base a essa tradição é a existência nessa localidade de ruínas
de uma abadia, destruída durante a Reforma.
"A abadia de Kilwinning acha-se situada na bahia de Cunningham,
cerca de três milhas ao norte do burgo real do Irving, próximo ao Mar da
Irlanda. A abadia foi fundada, no ano 1140, por Hugh Morville, Condestável
da Escócia, e de​dicada a São Winning, sendo projetada por uma companhia
de monges da Tyronesian Order, mandada vir de Kelso. O edifício foi
construído com muitas despesas e muita magnificência, visto que, ao que se
diz, tem ocupado vários acres de terreno em sua total extensão." (l)
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Círculo Raymond Bernard
Lorenzo Frau Abrines afirma, todavia, que foi assim chamada uma
torre da Escócia, primeira construção dos Maçons daquele país. (2) Outros
(3) asseguram, porém, que a lenda surgiu do fato de se pretender que uma
Loja existiu, no século XV, ligada à abadia. Outra tradição nos chega através
do trabalho do Rev. W. Lee Ker, Mother Lodge of Kilwinning; do qual Albert
Lantoine reproduz uma passagem, na qual afir​ma o Reverendo existir
Vídeos Maçonaria e Rosacruz
.. . "uma tradição que se acredita poder fazer remontar no ano
1658, pela qual a Loja de Perth declara que o templo dos freemasons de
Kilwinning era o primeiro a ser instituído na Escócia e que esta tradição podia
ser fixada no ano 1190." (4)
Quatuor Coronati
Kilwinning foi envolvida em muitas lendas e supostas tradições,
confidenciadas por uns, sem qualquer prova, e aceitas por outros com toda a
boa fé, inclusive por escritores como Mackey. No entanto, historiadores
mordernos como o Ir:. D. Murray Lyon - que Mackey, a quem a lenda
agradava pela sua ligação com o Rito Escocês, trata de iconoclastas - des​truiram não somente esta, mas ainda outras lendas que lhe estavam ligadas,
como a da fraternidade secreta de Harodim, instituída por Robert Bruce rei
da Escócia, em Ki1winníng, tendo preferido trabalhar sobre documentos mais
positivos e sobretudo autênticos.
Entretanto, em 1598 e em 1599, foram poblicados os de​nominados
Estatutos Schaw, regulamentos decretados por William Schaw, Arquiteto do
Rei e Vigilante Geral dos Pedreiros da Escócia.
York Rite
Real Arco Brasil
UGLE
GOB
GOB-GO
GLEPB
PAEL
GOB-PB
APLM
GPB (Cavalaria Emulation Craft)
Supremo Conselho Grau 33 (para
GOB)
Supremo Conselho 33º REAA
Oficina de Restauração do REAA
Supremo Conclave
Loja Acácia da Serra GOB-PB
O primeiro é dirigido a todos os Maçons, o segundo, porém,
estabelece a antiguidade das Lojas então existentes na Escócia e estatui o
seguinte:
Loja Segredos da Piramide GOPBCOMAB
"É declarado necessário e expediente por milord o vigilante geral
que Edimburgo será em todos os tempos, como anteriormente, considerada
a primeira Loja, e Kilwmning como a segunda, por ser notoriamente
manifesto em nossas antigas escrituras que era considerada como tal antes,
e que Sterling será a terceira, em conseqüência de antigos privilégios." (5)
RER no Brasil
Através dos estudos e pesquisas a que se dedicara o his​toriador
inglês R. F. Gould, a fim de estabelecer o histórico da Maçonaria na Escócia,
tendo por base as atas e os registros das lojas, verificou que enquanto a Loja
de Edimburgo conservava tais documentos desde o ano 1599, os da Loja de
Ki1winning datavam apenas de 1642.
Este fato teve muita importância em 1736, quando da convenção
Loja Cavaleiros de Vila Rica nº 3947
RER em Portugal
Loja Luz Invisível - GOB
Três Janelas
IHS - Hermetic Institute
1 dia no Templo de Jerusalém
1 ano no Templo de Jerusalém
Cobra Pages
Portal da Família
Comenda D. Helder Camara - OSMTH
de Saint-Mary's Chapell, convocada para a fundação da Grande Loja da
Escócia. Nesta ocasião, a Loja de Ki1winning apresentou a sua pretensão de
ser a mais antiga loja da Escócia e que tinha portanto direito de ser regis​trada, na relação das Lojas, com o N.º 1. Não lhe foi possível, não obstante,
apresentar documentos hábeis que sustentas​sem estes pretensos direitos:
Lui Tiepolo
"Reivindicou uma primazia que a levou a ficar solitária de 1744 a
1807. Agora, porém, aparece no começo da Lista das Lojas da Escócia, com
o número 0 e a precedência de antes de 1598". (6)
Escoteiros Brasil
Proerd Brasil
Proerd Paraíba
Médicos sem Fronteiras
Mídia sem máscara
Escola Sem Partido
OS BARÕES DE ROSLIN PATRONOS DA MAÇONARIA ESCOCESA
Transparência Brasil
Instituto René Guénon
Um documento datado de 1601, ou seja uma das duas Cartas de
Saint-Clair, declara que os Senhores de Roslin eram desde séculos patronos
e protetores do Ofício de Pedreiro na Escócia, afirmando o Pocket
Companion que o título teria sido concedido em 1441 pelo Rei Jaime II da
Escócia, à perpetui​dade, para ele e seus sucessores, a William Saint-Clair,
Conde de Orkney e Caithness, Barão de Roslin.
Aquele monarca teria também outorgado um direito de jurisdição
aos mestres das lojas da Escócia. Foram autorizados a estabelecerem
tribunais particulares em todas as gran​des cidades e no interesse dos
privilégios dos pedreiros. Havia, porém, a obrigação de pagarem ao Estado
uma taxa de quatro libras escocesas percebida sobre cada pedreiro que pas​sasse a mestre, podendo, além disso, impor a cada novo mem​bro um direito
de recepção. (7)
William Saint-Clair era descendente de uma família fran​cesa que
acompanhara Guilherme o Conquistador à Inglaterra. Sob o reinado de
Jaime V (1513-1542) da Escocia, pai de Maria Stuart, e humanista fervoroso,
o Senhor de Saint-Clair daquela época teria feito uma viagem à Itália. Voltara
entu​siasmado pelo que vira, e logo mandou trazer construtores italianos a
quem confiou a edificação de uma capela no seu domínio de Roslin,
"Esta capela ainda hoje está em pé, admirada pelos visi​tantes pela
qualidade de seus ornatos arquitetônicos, onde resplandece todo o
simbolismo maçônico da época.
"Não satisfeito de construir uma capela, uniu-os aos pedreiros
escoceses, depois organizou-os em confraria, outorgando-lhes uma Carta.
Desde então sob a proteção do rei, que se teria nela filiado como membro
honorário, ao que parece, esta confraria teve grande desenvolvimento." (8)
,
Não sabemos que crédito podemos dar a esta informação de
Berteloot, que muito se parece às narrativas dos apologistas maçons do
século XIX. Limitamo-nos a reproduzi-la sem, garantir a sua autenticidade.
AS SAINT-CLAIR CHARTERS
São dois documentos do maior interesse da Maçonaria operativa
escocesa. Um de 1601, a que já nos refelimos, o ou​tro de 1628.
O documento de 1601 contém uma petição em beneficio dos
Senhores de Roslin, afirmando que depois deles terem sido, durante século,
patronos e protetores do Ofício de Pe​dreiros na Escócia, esta tutela tinha
sido deixada cair em va​cância de modo que, com a expressa autorização de
William Saint-Clair, quando o castelo de Roslin fora tomado e incen​diado pelo
Conde de Hertford, os pedreiros escoceses resolve​ram outorgar aos barões
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de Saint-Clair nova Carta de juris​dição sobre eles.
O novo documento, que não traz data, foi lavrado em Edimburgo
pelo tabelião Laurentius Robesom. Nele são reconhecidos e novamente
confirmados todos os privilégios e prerrogativas outorgados aos Saint-Clair
pelo soberano do Estado.
O outro documento, ou seja a Carta de 1628, confirmando o
precedente de 1601 e completando-o, outorga a jurisdição de todos os
pedreiros da Escócia à família de Saint-Clair de Roslin. Foi assinado pelos
representantes das Lojas de Edimbur​go, Dundee, Glasgow, Sterling,
Dumfermline, Ayr e Saint-Andrews.
Este último documento não chegou a ser reconhecido pela coroa,
por ter o Rei Carlos I indicado, em 1629, Sir Anthony Alexander para Mestre
da Obra e Vigilante Geral, e sumaria​mente posto de lado a pronta objeção de
William Saint-​Clair. (10)
Como já dissemos, esta Carta está sem data, supondo Findel que
ela deve datar dos anos 1628 a 1630. E este historiador observa: "Por esses
documentos, verificamos que a Maçonaria operativa escocesa tornara-se
uma espécie de "companheirismo", destinado a manter entre os operários de
um agrupamento ou ofício as tradicionais práticas estabelecidas para o
exercício do mesmo".
A decadência que paulatinamente atingiu estas associa​ções
operativas escocesas chegou a tal extremo que, em 1695 todas as antigas
Lojas da Escócia haviam cessado de trabalhar.
OS ESTATUTOS SCHAW
A Maçonaria escocesa não possuiu Old Charges como a sua
congênere inglesa. As poucas cópias encontradas foram visivelmente
copiadas de fontes inglesas, e uma ou duas con​citam ingenuamente os
profissionais escoceses a serem leais ao Rei da Inglaterra. (11)
Não obstante, a Maçonaria escocesa possui outros do​cumentos do
período operativo, como, por exemplo, as Cartas de Saint-Clair e,
principalmente, os Estatutos Schaw que ne​nhum outro supera.
Na qualidade de Mestre das Obras da Coroa da Escócia e Vigilante
Geral dos Pedreiros, William Schaw (1550-1602), que fora nomeado para
este cargo, em 1593, por Jaime VI, promulgou dois regulamentos, em 1598 e
1599, os quais organizavam a associação e regulamentavam a profissão.
O primeiro, datado de 28 de dezembro de 1598, está escrito em
papel e redigido em dialeto escocês:
Embora contendo substancialmente os regulamentos ge​rais
encontrados nos manuscritos ingleses, deles difere materialmente em muitos
particulares. Mestres, Companheiros e Aprendizes são claramente referidos,
mas só como gradações de posição, e não como graus, e a palavra Ludge
ou Loja é constantemente usada para definir o lugar de reunião." (12)
Este regulamento circulou por todas as lojas escocesas e uma
cópia dele consta do primeiro livro de atas da Loja Saint Mary's Chapell, de
Edimburgo. Outra cópia existe no livro de atas da adormecida Loja de
Aitchinson's Haven, enquanto o original desta e o segundo documento
datado de 1599, são conservados pela Loja de Kilwinning. (13) Bernard E.
Jones nos fornece um resumo deste célebre documento:
“Ordena-se aos Irmãos que observem as ordenações e se​jam leais
para com os outros, obedientes aos Vigilantes, Diá​conos e Mestres, sendo
honestos, diligentes e retos.
"Ninguém poderá tomar a seu cargo um trabalho a me​nos que
possa completá-la satisfatoriamente, e nenhum Mes​tre poderá suplantar
outro, ou aceitar um trabalho incomple​to, sem que o primeiro Mestre seja
devidamente satisfeito.​
"Será feita anualmente a eleição de um Vigilante. (14)
"Nenhum Mestre poderá ter mais de três Aprendizes no decorrer
de sua vida e o aprendiz não lhe deverá ser confiado por um espaço inferior
a sete anos, e não poderá ser feito Companheiro se não tiver servido por um
espaço adicional de sete anos. É proibido aos Mestres vender os seus
Aprendizes ou receber um Aprendiz sem informar o Vigilante da Loja para
que o seu nome e data de recepção sejam devidamente registrados.
"Nenhum Mestre ou Companheiro do Oficio poderá ser aceito ou
admitido, a não ser em presença de seis Mestres e dois Entered Apprentices,
(15) sendo o Vigilante da Loja um dos seis. A data deverá ser devidamente
registrada e "o seu nome e a sua marca (16) insertos" no referido livro, junto
com os nomes dos seis Mestres, dos Aprendizes e do Intendente.
"Ninguém poderia ser admitido sem um exame e uma prova de
perícia. Um Mestre não está autorizado a empre​gar-se em trabalho a cargo
de outro artífice, ou receber cowans (17) para trabalharem em sua sociedade
ou compa​nhia, ou mandar algum de seus serventes trabalhar com eles. Os
Aprendizes Entrados não podem encarregar-se da execução de trabalhos
acima do valor de dez libras.
"Qualquer contenda entre Mestres, Companheiros e Aprendizes
deverá ser notificada à Loja dentro de vinte e qua​tro horas, e sua decisão
aceita. Mestres e outros são obriga​dos a todas as precauções indispensáveis
na montagem do andaime, e se ocorrerem acidentes por sua negligencia não
poderão atuar como Mestres, ficando sujeitos a outros.
"Os Mestres não poderão receber Aprendizes fugitivos.
"Todos os membros devem assistir às reuniões quando legalmente
prevenidos, e todos os Mestres presentes e qual​quer assembléia ou reunião
deverão jurar "por seu grande juramento" não esconder ou ocultar qualquer
prejuizo cau​sado a alguém ou ao proprietário do trabalho. Finalmente, as
várias multas atribuidas ao que precede devem ser cobra​das e distribuídas
pelos oficiais da Loja." (18)
O segundo Estatuto de Schaw, como já vimos, determina que a
Loja de Edimburgo devia ser considerada a primeira Loja da Escócia e
Kilwinning a segunda, Sterling seria a ter​ceira "em consequêcia de antigos
privilégios". Esta é a pri​meira vez na história em que se fala de Lojas como
corpos de pedreiros organizados.
Os Vigilantes (Mestres) de cada Loja. são responsáveis pe​rante as
autoridades pelos pedreiros sujeitos à sua loja, e re​gula a eleição desses
Vigilantes. Autoriza aos Vigilantes de Kilwinning a examinar as habilitações
dos Companheiros que estão dentro do seu distrito sobre a sua arte,
profissão ou ciência, com o objetivo de tornar tais Vigilantes devidamente
responsáveis por estas pessoas como sujeitas a eles.
Os Companheiros de Ofício na entrada, e antes de sua admissão,
devem pagar à loja dez libras com dez shillings pelo valor das luvas, estando
nesta importância incluído o va​lor do banquete.
Os Companheiros não poderão ser admitidos sem uma prova de
habilitação suficiente. Os Aprendizes, na admissão, devem pagar seis libras
para o banquete em comum, ou pagam a refeição. Os Vigilantes e Diáconos
da Loja de Kilwinning devem tomar anualmente o juramento de todos os
Mestres e Companheiros do Ofício confiados ao seu cuidado, e os mestres e
seus serventes ou aprendizes não devem trabalhar com cowans.
Os Estatutos de Schaw eram considerados na Escócia com a
mesma veneração que os ingleses demonstravam aos seus Old Charges.
Cada Loja escocesa possuía uma cópia desses esta​tutos que lhe serviam de
referência e constituiam a autorida​de sob a qual eram controlados os
membros operativos.
Em 1952, o Conde de Eglington doou à Grande Loja da Escócia os
originais dos Estatutos de Schaw, os quais se acham, agora, conservados na
Biblioteca da Grande Loja.
CARACTERíSTICAS DA MAÇONARIA OPERATIVA ESCOCESA
Além dos documentos descritos nas páginas que prece​dem, a
Maçonaria escocesa possui velhos documentos em gran​de qualidade
inclusive livros de atas de lojas, os mais anti​gos dos quais são os da Loja de
Edimburgo. Esta Loja, Guilda ou Corporação dos Construtores e Pedreiros
de Edimburgo "que se reúne em Saint-Mary's Chapell sobre a Ponte Sul" foi
estabelecida em 1475.
Na Inglaterra, como já vimos, a associação que prevaleceu sobre
as demais foi a corporação, já na Escócia não se sabe se foi a corporação ou
a loja que surgiu primeiro (21). Com referência aos livros de atas J. MarquêsRiviére escreve:
"possuimos as atas de Lojas escocesas tais como a de SaintMary's de Edimburgo, que data de 1475, e cujos textos remontam até 1599.
Possuímos as atas das Lojas de Glasgow desde 1620, Scoon e Perth (1658),
Aberdeen (1670). Melrose (1674), Dumblanc (1675), Dumfries (1687). (22)
Albert Lantoine acrescenta a esta relação as atas da Lo​ja de
Kilwinning, que começam em 1642, e diz que o historia​dor inglês Gould
pôde, por meio delas e dos registros ainda existentes fazer o histórico da
Maçonaria Operativa na Es​cócia (23) .
A Maçonaria operativa escocesa teve características pró​prias, as
quais, tão logo surgiu a Maçonaria especulativa, nela foram introduzidas
fazendo parte integral do ritual maçô​nico, como veremos.
O termo loja, por exemplo, adquire na Maçonaria Opera​tiva
escocesa uma extensão que não possui na organização inglesa. Os
Estatutos Schaw usam esta palavra para se reterirem a uma organização
sempre bem conhecida e significan​do um corpo de pedreiros controlando o
trabalho de construção numa determinada cidade, o que Douglas Knoop
chamou uma "Loja Territorial" para diferenciá-la da reunião dos ma​çons
operativos de uma loja, ou do alpendre levantado ao lado de uma construção
(24).
Por outro lado, para o talhador de pedra, os escoceses não usam o
termo de freemason, empregado pelos ingleses, dizem simplesmente mason.
Para eles freemason tem o significado de um pedreiro aceito na guilda como
um homem livre. (25)
Embora a Maçonaria seja um produto genuinamente in​glês, está
fora de dúvida que os pró-homens que a organizaram, e principalmente o Dr.
Anderson que era escocês, (26) foram buscar na Escócia muitos elementos
constitutivos: graus, toques, palavra de passe, etc. Os Estatutos de Schaw
devem ter sido para eles o manancial no qual foram buscar os materiais
necessários para que fosse dada forma ao ritual e à associação na sua fase
especulativa. Posteriormente, sob o no​me de Escocismo (27), outros foram
encontrar bases diferentes para mais um desenvolvimento da Instituição.
Sabe-se, por outra, que John Boswell, Laird de Auchin​lech, foi
recebido Maçom, a 8 de junho de 1600, na Loja de Saint-Mary's Chapell, de
Edimburgo, sendo, portanto, o primeiro maçom "aceito" conhecido (28).
Até as perseguições de que foram posteriormente vitimas os
Maçons, parecem um legado da Maçonaria Operativa es​cocesa, onde já
existia aversão pelo vocábulo mason. Em sua History of the Lodge of
Edimburgh, refere David Murray Lyon que sendo Rev. James Ainslie acusado
de ser Maçom, os membros do presbitério de Kelso, a 24 de fevereiro de
1652, deram-lhe julgamento favorável.
Existe ainda na Maçonaria escocesa a particularidade do Mason's
word, a Palavra do Maçam: Distinguia o Pedreiro ha​bilitado do pedreiro
grosseiro, do cowan, da qual não foram encontrados vestigios nos
documentos medievais ingleses (29). O Mason’s word, ao que tudo indica,
era também transmitido aos Maçom aceitos.
"As Lojas têm com certeza a Palavra, que é algo mais que uma
expressão. O Rev. Robert Kirk, Ministro de Aber​foyle, fazia uma descrição,
em 1691, dizendo que era algo "pa​recendo uma tradição rabínica. uma
passagem comentando Jachin e Boaz, os dois Pilares erigidos no Templo de
Salomão (I Reis, VII, 21) com a audição de algum sinal secreto, trans​mitido
de mão para mão, pelo qual se reconhecem e se tor​nam familiares um com o
outro."
"A descoberta dos catecismos descritos em outra parte, confirmou
que no encerramento da cerimônia de admissão a palavra circulava entre os
irmãos e que havia dois graus distintos, o Entered Apprentice e o
Companheiro ou Mestre (30)".
O Rev. Kirk afirmou em seu livro que tinha encontrado "cinco
curiosidades na Escócia, que não são observadas em outra parte". A
segunda era a Palavra do Maçom. (31)
De acordo com o Manuscrito Edinburgh Register House de 1696,
havia na Maçonaria operativa escocesa, por ocasião da admissão dos
candidatos, trotes nos quais "o decoro era notável pela sua ausência".
Também indica a existência de dois degraus em cerimônias separadas sendo
um conferido aos entered apprentices, a outra aos Companheiros ou
Mestres.
Em 1670, a Loja de Aberdeen admitia os seus aprendizes em
importante cerimônia na qual não somente lhe era co​municada a Palavra do
Maçom, mas também lhes era lida pe​rante a Loja uma versão das Old
Charges, assim como as Leis e os Estatutos da Loja.
O mesmo manuscrito indica que a pessoa admitida na associação
era introduzida por uma versão dos cinco pontos da companhia, os quais
diferiam apenas em detalhes da que hoje possuímos (32)
Todos estes fatos, que apontam a origem de muitos usos e
costumes maçônicos, nos levam a pensar que a parte trazida pela Maçonaria
operativa escocesa, na organização da Maço​naria especulativa, foi bastante
considerável. Aliás, isto não escapou aos estudiosos do assunto, conforme
se pode ler na excelente The Pocket History of Freemasonry:
"Uma sugestão foi feita recentemente, que deu causa pa​ra muita
controvérsia, é que a ponte entre a Maçonaria Operativa e a Especulativa
assentaria principalmente na Escócia, em fins da Era Operativa, e na
Inglaterra, na época especula​tiva. Que poderemos inferir de tão útil
informação?" (33)
NOTAS E REFERÊNCIAS
1 - Albert G. Mackey - An Encyclopaedia 01 Freemasonry - Art. KiIwinning.
2 - Loremo Frau Abrines - Diccionario Enciclopedico Abreviado
Masoneria - Artigo Kilwinning.
de Ia.
3 - Fred L. Pi.1{e & G. Norman Knight - The Freemason's l'ocket;Reference
Book - F. Muller Ltda. - London - 1955, pág. 152.
4 - Albert Lantoine - La Franc-Maçonnerie chez ElIe - EmlIe
- 1925, pág. 126.
Nourry - Paris
6 - 1<'red L. Pike & G. Norman Knight - The Pocket History 01 Freemasonry F. Muller Ltd - London - 1963 pág. 172.
7 - Paul Naudon - Origines Religieuses et Corporatives de Ia
Maçonnerie, pág. 223.
Franc-
8- J. Berteloot - Les Francs-Maçoll!1 devant I'Histoirc - J!:d. duMonde
Nouveau - ParIs - 1949 ,págs. 41-42. Referindo-se à Capela de Roslin, o The
Freemason's Po​cket Refel'ence Book observa: "A Pedra fundamental da
Capela de Roslin foi colocada em 1446 e a construção foi concluía da antes
do fim do século. O fundador, Slr William Saint-Clair faleceu antes da
conclusão da obra e foi enterrado na capela' inacabada que e um museu de
trabalho arquitetura!. Conta-se que um dos maís lindos pilares foi esculpido
por um aprendiz durante a ausência do seu mestre que, na sua volta,
Inflamou-se de inveja, matando o aprendiz. com um golpe de malhete."
Não será estranho que os ritualistas Maçons do técula XVII! que
andavam às apalpadelas, tivessem ido buscar nesta lenda um dos elementos
constitutivos da Lenda de Hiram.
9 - The Pockd Bistory of Fr., pág. 173.
10 - Idem, pág. 173. - Dissemos em nossa História da Maçonaria, págs. 136137 que, tendo resignado, a 24 de novembro de 1738, desses direitos
hereditários, que por sinal, naquela altura, não valiam mais grande coisa, a
fim de não "causar prejuízo aos interesses da corporação de que eram
membros, um descen​dente dos RcsUn, também de nome William, foi eleito,
a 30 do mesmo mês. primeiro Grão-Mestre da Grande Loja da Escócia que
acabava de ser constituída.
11 - The Pocket History pág. 171.
12 - Mackey - Encyclopedia - Artigo Schaw, Statutes.
13 - The Pocket Reference Book - pág. 240.
14 - Aqui, Vigilante tem o sentido de Mestre da Loja, ou Venerável.
15 - Entered Apprentice, ou Aprendiz Entrado ou Introduzido, era assim
chamado aquele que depois de completar o seu apren​dizado, permanecia
mais sete anos de tempo adicional, antes de ser feito Companheiro. Era
registrado nos livros da guilda, mas ainda não obtivera do seu mestre a
liberdade de traba​lhar como operário por sua própria conta. Era um
estagiário, como diríamos atualmente. Neste estágio, era provável que ti​vesse recebido a Palavra do Maçom, sendo Knoop de opinião que tal coisa
teria sido estabelecida por volta do ano 1550.
18 - Durante o período operativo, cada talhador de pedra tinha uma marca
particular que esculpia nas pedras por ele trabalhadas. Era como se fora a
sua assinatura nos trabalhos que executava. As marcas eram desenhos
geométricos representando cruzes, rodas, objetos os mais variados, peixes,
etc., existindo, na re​lação apresentada por Bernard E. Jones, na sua obra,
sob o n.a 44, encontrada no Stcnyhurst College, uma igual ao sím​bolo do IV
Centenário do Rio de Janeiro.
Os Estatutos de Torgau de 1462 referem-se a uma festa so​lene de
admissão, quando era permitido ao trabalhador o uso de sua marca, Que lhe
era proibido gravar antes de ser exami​nado e aprovado pela Mestre ou pelo
Vigilante da Loja. Se​gundo o The Pocket Reference Book. pág. 1'7'2, a Loja
de Aber​deen possui um bonito livro de Marcas, datando de 1670.
17 - É o operário grosseiro que não possui o Mason's Word. Posteriormente,
o vocábulo adquiriu o sentido de "profano".
18 - Bemard E. J'ones - Freemasons Guide and Compendium pá​ginas 128129.
19 - Idem, pág. 129.
20 - The Pocket History, pág. 289.
21 - Bernard E. J'ones, ob. cito pág. 125.
22 - J. Marquês-Riviêre - Bistoire de La F. M. Fran~aise, pág. 40. 23 - A.
Lantoine - La F. M. chez ElIe, pág. 177.
24 - B. E. J'ones, ob. cit., páJt. 125.
25 - Idem, págs. 124-125.
26 - De acordo com A. Lantoine, ob. cito pág. 127, consta dos re​gistros da
Loja de Edimburgo que, em data de 24 ae agosto do 1721, O Dr. J. T.
Desaguliers, mestre geral das Lojas da Ingla​terra, foi admitido a participar
dos seus trabalhos.
27 - As origens do Escocismo, produto genuinamente francês, ainda
continuam nebulosas. Além de outras razões pode ser acrescen​tado este
fato. Sabendo-se que Anderson foi o compilador e De​saguliers o inspirador
das Constituições de 1723, regulamentan​do a Maçonaria Especulativa
inglesa, e que para isso conseguir viram-se obrigados a buscar numerosos
elementos na Maçonaria escocesa, os adversários da Grande Loja de
Londres, políticos ou adeptos dos altos graus, batizaram este tipo de
Maçonaria, de Maçonaria escocesa, decantando-a como superior à Maço​naria inglesa, que propugnava pela manutenção Exclusiva do sistema de três
graus da Maçonaria operária e consequentemente plebeus.
28 - D. Murray-Lyon, em sua Bistory of the Lodge 01 Edinburgh apresenta
um fac-simile da assinatura de Boswell, acompanlla​da de um símbclo; uma
cruz dentro de um cículo. o que reveJ...'), a sua Qualidade de Rosacruz, pág.
55.
29 - The Pocket Bistory of Freemasonry, pág. 55. 30 - Idem, págs. 174-175.
31 - Bernard E. Jones - ob. cito pág. 132.
32 - The pocket Bistory, págs. ]75-176.
33 - Idem, pág. 57.
PARA SABER MAIS: aqui
Postado por Joao Segundo às 08:02
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