Feliz Natal e um Ano Novo cheio de conquistas!
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Feliz Natal e um Ano Novo cheio de conquistas!
Seção Sindical Rio Grande Filiado à FASUBRA/CUT JORNAL SINDICATO NA LUTA Dezembro de 2014 - Ano X - www.aptafurg.org.br Boas Festas! Mais um ano chega ao seu fim. É hora de reencontrar amig@s, família, tod@s aquel@s que amamos para confraternizar, dividir e recarregar nossas baterias. Nós da Aptafurg desejamos a mesma intensidade para 2015, e que nossas lutas produzam bases sólidas para tod@s! Feliz Natal e um Ano Novo cheio de conquistas! PÁG. 2 JORNAL SINDICATO NA LUTA gênero APTAFURG participa de I SEMINÁRIO LGBT DA FASUBRA Sindical Formular políticas específicas para combater a discriminação e opressão dos técnico administrativ@s em Educação lésbicas, gays, bissexuais e travestis. Neste sentido, a FASUBRA Sindical organizou o I Seminário LGBT, que foi aberto pela Direção Nacional presente em /DF que qualificou a atividade como o pontapé para incentivar a discussão do tema na base da categoria. A ideia é construir a pauta LGBT sindical dentro da FASUBRA, primeiramente conseguindo trabalhar a questão do preconceito a trabalhador@s LGBT no seu local de exercício funcional e dentro dos próprios sindicatos. “O movimento sindical pela sua própria conformação é um tanto machista e um tanto homofóbico” afirmou a DN. A própria estrutura do Seminário foi pla- por Rubens Caurio Lobato TAE/FURG & Ativista LGBT, Coordenador de Diversidades & Minorias do Programa Paralelo 30 A realização do I Seminário LGBT da FASUBRA é um marco tanto na luta sindical deste país, bem como da tão combatida e, por que não combativa, luta de tod@s nós, LGBTs. Muito embora minha autocrítica não me negue a permissividade de temperar com uma certa dose de indignação o fato deste momento só acontecer agora, trina e tantos anos depois da criação da FASUBRA e à beira do cinquentenário de Stone Wall (Movimentos contraculturais do fim dos anos 60 - inicio dos 70). -nejada para construir a formação sindical com foco em questões LBGT. Tanto que as mesas do evento foram concebidas para buscar a responder questões do tipo: Como são os movimentos sociais LGBT? Como se faz a luta para combater a homofobia? Como o sindicalismo pode desenvolver pautas trabalhistas que realmente atendam as demandas? Como estender às pessoas LGBT os direitos garantidos aos demais trabalhadores? Como os sindicatos podem usar sua influência social para beneficiar esse público? Como garantir igualdade de oportunidades e direitos iguais para todos? As duas mesas temáticas que constituíram o seminário foram Cultura, Evolução dos Movimentos Sociais e Direitos da População as forças políticas da FASUBRA Sindical, a Quando digo que foi histórico, refirome a oportunidade concedida, à estrutura e a possibilidade de se discutirem, efetivamente, a conjuntura sócio-históricopolítico-ideológico-cultural das mais diversas formas de lutas e das expressões das sexualidades em um momento balizador de futuras deliberações de nossa entidade sindical maior. Estar naquele momento foi, portanto, fazer história. A inserção das temáticas, ideologias e lutas dos LGBTs NÃO DEVEM ser encaradas como um FARDO, uma atitude MIDIÁTICA, nem tampouco um BOM MOCISMO de homens e de mulheres heterossexuais que PERMITEM que @s LGBTs LGBT no Brasil e Trabalhadores LGBT, Movimento Sindical e Direitos Trabalhistas. Já as explanações foram envidadas por debatedores indicados pelas forças políticas da FASUBRA Sindical, a saber: Léo Mendes, Rubens Lobato, Dorivan Borges, Seintefns, Leandro Moraes, Euriam Leite, Maria de Lourdes Lose, Ailma Maria de Oliveira, Carlos Daniel Gomes e Fábio Félix. Após concluídos os trabalhos, a DN considerou o seminário uma oportunidade de construção do debate. “As entidades de base que enviaram seus representantes estão de parabéns, as pessoas que se colocaram à disposição de vir também. Foi uma discussão boa e participativa, com sindicalistas que estão conhecendo agora a temática e outros que já fazem essa vivência. Foi um processo falem. Muito antes disso, é dar espaço aquel@s oprimid@s, que o próprio sistema vigente busca anular, coagir. Tampouco se considera essa luta uma ADULAÇÃO de interesses levianos, como diz o velho jargão: que ela é de tod@s nós. Constitui-se, portanto, de um resgate de uma consciência de classe que, ao mesmo tempo, não sendo hegemônico (por que não o é) é múltiplo, diverso, fluido, visceral... Com estas e com outras palavras, nós, pessoas LGBTs, estamos na luta e, diga-se de passagem, há muito tempo... E acreditamos que, no caminho da história das lutas de classes, de minorias e de oprimidos x opressores, agora, a FASUBRA nos encon de elaboração”, avaliou. Todo o debate resultou em um documento a ser encaminhado aos fóruns de deliberação da FASUBRA, para que a entidade possa efetivar ações focadas na discussão LGBT e voltadas para as entidades de base. Duas propostas já ficaram praticamente definidas: dar sequência à Campanha LGBT lançada em 2013 e proporcionar mais espaços de debate para tratar do tema. As propostas serão encaminhadas para a Direção Nacional da FASUBRA, cabendo a esta encaminhá-las as instancias deliberativas da categoria. A APTAFURG participou do seminário com os técnicos Maria de Lourdes Lose e Rubens Cáurio. trou... Pois vamos em frente, porque o nosso fôlego é mantido pela sede de justiça de tod@s LGBTs mortos todos os dias nesse país, onde se mata, espanca, estupra, coage, anula, oprime e sequela, todos os dias milhares de Lésbicas, Gays, Travestis, Mulheres e Homens Trans. Nossos corpos, nossa sexualidade, nossas vidas, nossos prazeres, gostos, gestos, cores, sabores, cheiros, risos e lágrimas, nos pertencem. Assim como nosso direito de fazer o que for necessário para garantir melhores condições de vida e de luta neste mundo. JORNAL SINDICATO NA LUTA PÁG. 3 editorial 2014-2015: entre lutas e conquistas Uma pergunta: O que foi o ano de 2014? No ponto de vista da categoria, no que concerne ao que poderíamos chamar de campanha salarial, apenas refletiu um acordo já estabelecido, razão pela qual a greve do ano passado, acabou sendo uma greve politica e economicamente derrotada. E n t re t a n to , 2 0 1 4 , p a ra a categoria na FURG, abriu um marco importante no processo d e l u t a q u e f o i o redirecionamento da greve nacional para uma greve local, cuja pauta especifica se deu em torno de dois eixos: a luta pelas 30 horas e contra a EBERSH. No que diz respeito às 30 horas a categoria saiu vitoriosa porque acabou se instituindo uma comissão do Conselho Universitário, para o estudo da f l e x i b i l i z a ç ã o e redirecionamento do trabalho técnico administrativo e que chega ao final de 2014, com uma metodologia aprovada na comissão e encaminhada para o conselho universitário, com o compromisso assumido pela reitoria. O ano de 2015 já remete para um dos grandes desafios da categoria no ponto de vista local que é o desenvolvimento do estudo da flexibilização da carga horária e o dimensionamento do trabalho e da sua força. No que concerne ao segundo ponto, que é a luta contra a EBSER, a categoria até o momento sofre uma derrota. A reitoria aliada aos setores conservadores desta instituição acaba por aprovar a entrega do hospital universitário aos serviços da empresa. Mais do que isso, o conflito entre a categoria e a reitoria leva essa última, a não mais dialogar com as trabalhadoras e trabalhadores sobre o contrato de gestão, ou seja, todos serão avisados do que vai acontecer sem terem o direto de participar da discussão do contrato que diz respeito as suas vidas. ciência e tecnologia. Pois então, em 2015, o cenário passa a ser de grande complexidade e a categoria deve estar atenta a isso. Complexidade, por quê? Porque o projeto vencedor nas urnas ainda nesse final de 2014 Em 2015 o cenário passa a ser de grande complexidade e a categoria deve estar atenta a isso. Para além disso tudo, 2014 do ponto de vista da luta de classe no Brasil, o ano foi sintomático. A disputa eleitoral trouxe à tona os conflitos de classe de uma forma bastante exacerbada. E esta luta evidentemente reflete no interior da universidade. Ela se traduziu na disputa de dois projetos muito claros em relação à universidade. O projeto derrotado que levaria a privatização das instituições de ensino superior e o projeto vencedor que era o de afirmação dos espaços acadêmicos como ambientes de produção de sofreu uma derrota, quando o centro econômico do governo é entregue aos interesses do mercado, expresso na figura do ministro da economia, Joaquim Levy. Isso significa dizer que no interior do governo se estabelece uma tensão muito g r a n d e e n t r e desenvolvimentistas e neoliberais. Isso significa dizer que em 2015 com a crise econômica, iniciada em 2008, haverá uma l u t a i m p l a c áve l e n t re o s movimentos sociais e os setores neoliberais do governo. Haverá a necessidade de que os movimentos façam a disputa pelo projeto vitorioso nas urnas. Isto, do ponto de vista da categoria vai remetê-la para uma árdua luta em ttorno da campanha salarial, haja visto que o acordo encerra em março de 2015, não havendo mais nenhuma previsão de mudança salarial para o próximo período. Nesse sentido a categoria para 2015 terá três grandes embates e precisa estar atenta e mobilizada para essa luta: o p r i m e i ro é e m t o r n o d a implantação da EBSERH. É preciso se estabelecer um confronto direto com a implantação e garantir ações sindicais à altura desses confrontos, seja no interior do Hospital Universitário seja no conjunto da universidade. O segundo embate se dará quanto a implantação das 30 horas. O funcionamento da FURG em turnos de 12 horas corridas, minimamente, em todas as unidades só será viabilizada com muita luta política. De nada adiantará um bom estudo técnico sem que haja a luta política. O terceiro enfrentamento se dá justamente em torno da luta nacional da categoria para estabelecer uma campanha salarial vitoriosa e sobretudo conseguir arrancar uma política salarial. Essa luta será dura porque envolve todo o conjunto do serviço público federal e um grande debate sobre osos futuros rumos da carreia técnico administrativa em educação. Acima de tudo então, podemos fechar 2014 antecipadamente saudando a boa luta para 2015!!! PÁG. 4 JORNAL SINDICATO NA LUTA PCCTAE 10 anos depois: momento de repensar a carreira A APTAFURG esteve representada pelos seus coordenadores e pelos Técnic@s Maria Vanderci Amaral Barbosa e Edson Machado Castro. “A intenção do sindicato era que um número maior de técnicos tivessem se inscrito para participarem desse seminário, para tanto tirou em assembleia geral a participação da categoria no mesmo. Durante duas semanas deixamos abertas as inscrições, porém um número muito pequeno de técnicos se inscreveu. Nosso objetivo é que possamos retomar a discussão da carreira na FURG e esse seminário foi mais um subsidio para que possamos debater os rumos do nosso PPCTA”, afirmou Maria de Lourdes Lose, da coordenação. a d m i n i s t r a t ivo s e m E d u c a ç ã o d a s Instituições Federais de Ensino – PCCTAE completará dez (10) anos em janeiro de 2015. Nesse período, o quadro de pessoal das Instituições Federais de Ensino ( IFEs) foi renovado, com ênfase no preenchimento de vagas dos Níveis D e E, alterações no regime de aposentadoria ocorreram, criou-se o FUNPRESP, a conclusão pelos servidores de cursos de educação formal acima do nível de escolaridade exigido pelos cargos e a concessão de incentivos à qualificação cresceram. Ampliação das IFES, programas de capacitação, avaliação de desempenho… Relações com Estado e função da Universidade, histórico e diagnóstico do PCCTAE, ascensão funcional, terceirização, macrocargos – microcargos e sua hierarquia, novo perfil dos TAEs e regimes legais da apos e n ta d o r i a Té c n i c o administrativ@s em Educação foram os pontos altos levantados pelos TAEs no I Seminário Repensando a Carreira d@, na UFRGS, em Porto Alegre. Concepções e Principais Conceitos sobre Carreira Luiz Osório Rocha dos Santos, Pró-reitor de Planejamento da UFPEL, militante histó rico da FASUBRA, ex-coordenador da ASUFPEL, participante desde o início dos debates sobre carreira, abriu a rodada dos debates fazendo uma retrospectiva da construção da proposta de carreira dos TAEs. Apontou ser indispensável iniciar esse debate pela concepção de sociedade e Estado, e assim a esfera pública, função social da Instituição de Ensino, para se chegar ao centro que sustenta esse caminho- o papel do trabalhador em educação. Para Osório, somos protagonistas do pensar e fazer da Universidade Pública mas não de qualquer universidade mas a que queremos – gratuita, autônoma e democrática e com compromisso social. O debate deve ser aprofundado e devemos ter uma sólida concepção de carreira para sermos convincentes na mesa de negociação com qualquer Governo. A carrei- ra deve ser vista como da instituição e do servidor, como realizadora dos serviços- direitos dos cidadãos. Nesse sentido, todos – trabalhadores e cidadãos usuários devem participar do planeja mento institucional.” Há uma vocação ontológica do trabalhador em querer mais, em subir na carreira. Isso perpassa por trabalharmos em um ambiente mais flexível para o melhor desenvolvimento da Universidade, assim como do trabalhador”, explica Luiz Osório. Rogério Viola Coelho, assessor jurídico da ASSUFRGS e assessor jurídico da Fasubra durante um longo período em que se construiu o projeto de carreira, resgatou a origem dos sistemas de funções públicas, da hierarquia dos postos de trabalho e classificações dos cargos. Trabalhou a origem norteamericana de regime de cargo, que se identifica postos de trabalho e compreende que os servidores são peça pronta no mercado de trabalho que devem e podem ser facilmente substituídas. Esse sistema chamado de aberto é arraigado no Brasil. Traçando um paralelo sobre a gênese das Universidades, à margem do Estado e depois sua inserção na França quando reaberta por Napoleão como expressão do poder civil no Estado Francês. A estrutura do corpo militar foi imitada no corpo dos professores com a argumentação de que é necessária uma corporação fechada, que não sofra solução de continuidade, que não dependa dos governantes, que tenha sua formação realizada dentro da Instituição. Esse é o chamado sistema fechado que parte do pressuposto que a formação do servidor público não se dá no mercado mas dentro do serviço público- um sistema de formação permanente que possibilita mudar de função, “subir” os degraus institucionais, ocupar diferentes lugares onde seja necessário o trabalho. Assim , diz ele, “temos na estrutura da car- reira: mestrado,doutorado,pós-doutorado. A classificação que atinge na Carreira vai determinar onde o trabalhador se localiza na estrutura e suas funções. Carlos Maldonado, Analista de Sistemas da UFRJ, cedido para Prefeitura Municipal de Itupeva-São Paulo, como Gerente Geral do Plano de Trabalho Governamental, também foi membro do GT Carreira da FASUBRA. Em sua fala resgatou a história dos trabalhadores em educação que até a década de 80 não existiam na cena universitária. Carlos afirma que discutir carreira não é discussão econômica, é discussão política, sobre o modelo do Estado, o projeto da Universidade e papel do trabalhador em educação.. Carlos chama atenção para a importância de discutirmos a relação de trabalho que temos com o Estado, que passa pelo debate sobre o regime jurídico único e os direitos que perdemos ao longo da década de 90. Carlos também discorreu sobre os conceitos de macrocargo e micro cargo, afirmando que cargo não é igual a profissão e que devemos pensar cargos mais amplos à luz da realidade institucional de hoje, retomar debate sobre ascensão funcional e , no mínimo , garantir que ocupante de cargo no PCCTAE que passe em Concurso Público para cargo de maior hierarquia, ingresse na altura da tabela que garanta o que já tenha andado no cargo anterior. Carlos afirma que refazer o debate de carreira pressupõe debater o regime jurídico único( perdas de 1996), incluir a negociação coletiva /data-base no estatuto, bem como trazer usuários e mecanismos de controle popular para dentro do estatuto. O que mudou nesses 10 anos nas IFES? O Plano de Carreira dos Cargos Técnico- Somados a isso, a grande ampliação das Universidades e Institutos Federais, com funcionamento noturno, aumento de espaço físico, desenvolvimento tecnológico e informatização dos processos de trabalho contribuíram muito para que já seja chegada a hora de refletirmos sobre a nossa carreira como instrumento de gestão. Por outro lado, todo o processo de desenvolvimento previsto na legislação, com a implantação de Programas de Capacitação e Avaliação de Desempenho e o necessário Dimensionamento das Necessidades de Pessoal e Matriz de alocação de Vagas, encontrou maiores e menores dificuldades para sua realização nas variadas IFE, exigindo que nos debrucemos sobre as limitações e potencialidades das gestões institucionais e também dos técnico-administrativos como atores desse processo. 10 anos das Comissões Internas de Supervisão (CIS) As Comissões Internas de Supervisão da Carreira, representação eleita dos técnicoadministrativos, que em muitas Instituições acumularam 10 anos de experiência no acompanhamento e fiscalização da implementação da carreira, em outras enfrentam dificuldades até mesmo para serem criadas. O mesmo podemos dizer da Comissão Nacional de Supervisão da Carreira integrada por representantes sindicais, do Ministério da Educação e das IFEs. Por todas essas razões e outras da ordem de organização dos próprios técnicoadministrativos, pelas concepções presentes nos debates que vimos fazendo ao longo dessa década passada, a ASSUFRGS- Seção Sindical do Sintest-RS, em ação conjunta com o ILEA, incluindo a ação em seus ciclos de debate, vem apresentar a proposta de realização de um seminário que comece a repensar , a luz do debate sobre Estado e Universidade, a Carreira que devemos ter como trabalhadores para desenvolvimento do nosso papel e da função das Instituições Federais de Ensino públicas e com qualidade social numa sociedade que queremos democrática, inclusiva e plural. JORNAL SINDICATO NA LUTA PÁG. 5 30 horas e EBSERH - Paralisação faz acampamento no prédio da reitoria No dia 27 de novembro de 2014,os Técnicos Administrativos em Educação da FURG, paralisaram suas atividades. A pauta entregue à reitoria diz respeito a retomada de mesa de negociação sobre a EBSERH e sobre a politica de implantação das 30 horas. Pela manhã logo cedo aconteceu um café coletivo e em seguida organizouse uma comissão para a entrega da pauta a reitoria. O Vice-Reitor, Danilo Giroldo, recebeu a pauta e fez uma conversa com os presentes. Ofício entregue à reitoria da FURG Os técnicos administrativos em educação, reunidos em assembleia no dia 13 do mês de novembro, decidiram por uma paralisação de um dia, a realizar-se no dia de hoje, 27 de novembro. Tal ação política deve-se a suspensão de negociação desta Administração junto à categoria técnico administrativa. Suspensão que nunca foi anunciada, o que a torna mais grave e antidemocrática. A categoria entende que esta Reitoria tem todo o direito de não negociar com as trabalhadoras e trabalhadores técnicos. Entretanto deve anunciar isto publicamente e estabelecer seus m o t i v o s e condicionantes para uma posterior retomada de diálogo. Este procedimento, sim, faz parte de uma relação ambientada na construção da democracia, bem como o respeito à convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho, ratificada pelo Estado brasileiro no dia 15 de junho de 2010, que trata do Direito de Organização Sindical no serviço público. Neste sentido, mais uma vez, esta categoria sinaliza para a necessidade de diálogo. Diálogo este que tem o intuito justamente de resolver conflitos, que na sua ausência apenas se intensificam, criando ambientes de confronto não saudáveis para o espaço democrático. Exposto os termos acima, a categoria vem através deste, solicitar a imediata implantação da Mesa Local de Negociação Permanente. Nesta perspectiva, reafirmamos os termos contidos no oficio de numero 14 deste Sindicato, entregue no dia 26 de agosto do presente ano, chancelados pela última assembleia da categoria. Também deliberou pela “etapa IV” como sendo a referência metodológica a ser usada pela categoria na flexibilização da carga horária, bem como reafirmou, que o estudo da flexibilização deve atingir todas as unidades (tendo seus respectivos pilotos como elementos de validação das propostas) Considerando os dois temas que atualmente organizam a luta: a questão das 30 horas e a questão da EBSERH, a categoria deliberou nos termos abaixo: No que diz respeito à EBSERH, independentemente da posição da categoria, que reafirma sua contrariedade à política que compreende ser privatizante – este segmento entende que o processo de construção do contrato de gestão deve ser elaborado a partir do envolvimento com a categoria técnico-administrativa em educação. No que tange ao ponto das 30 horas, informamos que a categoria reafirmou a realização do seminário para seus representantes das unidades administrativas e acadêmicas, com data a ser determinado posteriormente. Tal seminário visa à capacitação da categoria para a construção das propostas de flexibilização da carga horária (passagem de prestação de serviços de 8 horas diárias para 12 horas diárias, com turnos de 6 horas consecutivos) no ambiente metodológico definido pela Comissão do Conselho Universitário. Neste sentido, a categoria construiu a proposição de três eixos que devem nortear o diálogo entre esta Reitoria e os TAE`s, garantindo no respectivo contrato: a) modelo democrático de gestão; b) carga horária de 30 horas semanais para todas as unidades do HU e; c) termo de opção de cedência. Nesta perspectiva reafirmamos o diálogo que deve ser materializado na reunião da Mesa Local de Negociação Permanente. PÁG. 6 JORNAL SINDICATO NA LUTA Março: Dia Nacional de Paralisação Plenária aprova Plano de Lutas para 2015, define o Regimento do XXII CONFASUBRA, analisa e aprova as contas da Fasubra e elege o Conselho Fiscal Plano de Lutas da categoria que prevê atos e manifestações começa a ser posto em prática em janeiro A Plenária Nacional Estatutária da FASUBRA Sindical foi concluída no domingo (7 de dezembro) com os 164 delegados e delegadas presentes tendo definido o Plano de Lutas da categoria para 2015, aprovado o Regimento do XXII CONFASUBRA e a prestação de contas referentes ao ano de 2013 e de janeiro a setembro de 2014. Também foram eleitos e empossados os novos membros do Conselho Fiscal. As delegadas e delegados prestaram homenagens às memórias do exdiretor da Federação, Umberto Bastos, da UFBA, e de Regina Célia Leal, da USP – Ribeirão Preto. Da avaliação de conjuntura foi apurado um elenco de propostas que foram agrupadas por blocos temáticos. Parte destas propostas aprovadas pelos(as) delegados(as) apontam para a realização de ações conjuntas com outros segmentos de trabalhadores do serviço público. Dentre as demais proposições aprovadas destacamos, atos e outras manifestações dos TAE, a luta contra a EBSERH, o aprimoramento da carreira (step e níveis de capacitação), construção de índice de reposição salarial, ponto eletrônico, implementação das 30 horas - sem redução de salário -, ascenção funcional, manutenção da paridade (ativos, pensionistas e aposentados), definição de política salarial e data base, regulamentação da negociação coletiva, reestruturação da carreira, envio da pauta de reivindicações para o Governo Federal (Presidência da República) e Congresso Nacional, elevação dos valores dos benefícios e rejeição de pautas que tramitem no Congresso Nacional para reduzir direitos dos trabalhadores. O Plano de Lutas aprovado aponta um calendário de atividades para o início de 2015, que prevê: Janeiro e Fevereiro 31/01 e 01/02 - Participação na Plenária dos Servidores Públicos Federais; 02/02 – Ato no Congresso Nacional Março 03 – Dia Nacional de Paralisação nas Universidades 06 – Ato contra a EBSERH no Rio de Janeiro 07 e 08 – Plenária no Rio de Janeiro Regimento Interno do XXII CONFASUBRA Acerca do Regimento Interno do XXII Congresso da FASUBRA Sindical, a Plenária aprovou, com ajustes, o documento elaborado pela Direção Nacional e enviado anteriormente para discussão e aprovação nas assembleias de base. O regimento traça as regras do evento, que será realizado em Poços de Caldas. O período de realização do Congresso da FASUBRA será de 04 a 08 de maio 2015. Eleição do Conselho Fiscal Os trabalhos para a eleição do Conselho Fiscal tiveram início na sexta-feira (6) com a indicação da Comissão Eleitoral, formada por Maria Tereza Fuji (UFPel), Cláudio Bezerra (UFMA), Jupiara Castro (USP), Gerly Lucy Miceli (UFRJ) e Marcelino Rodrigues da Silva (UFPB). Quatro chapas foram formadas. A Chapa 1 pela CTB, a Chapa 2 foi construída por pessoas dos grupos Unidos para Lutar e PSLivre, a terceira contou com integrantes dos coletivos Tribo e Independentes Cutistas, e a Chapa 4 foi formada pelos coletivos Vamos à Luta e Base. As votações começaram na manhã de domingo, com a disponibilização de duas urnas para o colégio eleitoral, e foram encerradas às 15h. Após a apuração foram eleitos como titulares Ademar Sena de Carvalho, Mauro Mendes, José Valdevino Neto, Ana Paula Azevedo e Mozart Robério Siqueira. Para suplentes Marcelo Pereira Ramos, Joge Luiz Ranieri, Rosangela Márcia Frizzero, Leonir Tunala Resende e Manoel Euflausino Pereira Filho. Recomposição e Prorrogação do Mandato da Direção Nacional Por fatores pessoais ou impedimentos outros, alguns diretores eleitos no XXII CONFASUBRA não puderam manter suas atividades na Federação. Para cumprir determinação estatutária, os delegados referendaram as substituições. Assim, Marilda Nogueira substitui Raimundo Uchôa na Coordenação de Organização Sindical; Rildo Conceição e Edson Lima substituem, respectivamente, Ronaldo Esmeraldo e Sandro Pimentel na Coordenação de Formação e Comunicação Sindical; e Sônia Baldez ocupa a vaga de Tânia Flores da Coordenação de Raça e Etnia. Também foi aprovada pela Plenária a prorrogação do mandato da atual Diretoria até o dia 11/05/2015. FASUBRA também está na campanha pela cassação e prisão do Deputado Jair Bolsonaro O Deputado Federal Jair Bolsonaro (PP – RJ) usou dias atrás a tribuna do Congresso Nacional para proferir a seguinte frase contra a Deputada Maria do Rosário ( PT-RS): “Não te estupraria porque você não merece”. A FASUBRA vem a público repudiar essa declaração do deputado Jair Bolsonaro e exigir sua cassação bem como sua prisão, pois em sua declaração o deputado se coloca como um violentador em potencial de mulheres. O comportamento do deputado fere frontalmente a dignidade das mulheres brasileiras e desafia a luta contra as opressões sendo inadmissível aceitar que um parlamentar tenha tal comportamento que ataca sem escrúpulos os direitos humanos. FORA BOLSONARO! PRISÃO E CADEIA PARA O DEPUTADO FASCISTA! JORNAL SINDICATO NA LUTA PÁG. 7 Câmara aprova em 2º turno aposentadoria integral de servidor por invalidez previdência. Devem ser consideradas as remunerações de 80% de todo o período contributivo desde julho de 1994 ou desde seu início, se posterior a essa data. A correção dessas remunerações ocorre por meio do índice usado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para reajustar as aposentadorias maiores que um salário mínimo. Esse índice é o mesmo usado para corrigir as aposentadorias do setor público concedidas a partir dessa lei. Dezembro de 2003 O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição 434/14, da deputada Andreia Zito (PSDB-RJ), que garante aposentadoria integral ao servidor público que se aposentar por invalidez, independentemente do motivo. A matéria foi aprovada nesta terça-feira (16) com o voto favorável unânime de 398 deputados e será enviada ao Senado. A nova regra valerá para os servidores civis da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. A partir da publicação da futura emenda constitucional, a invalidez gerada por acidentes domésticos, por exemplo, permitirá ao servidor se aposentar com proventos integrais, calculados na forma da lei, em vez de proporcionalmente ao tempo de contribuição. Assim, um servidor recém-ingresso que se aposentar por invalidez terá como base a remuneração atual, em vez da proporção das contribuições feitas à Previdência Social, seja o INSS ou o regime próprio. Lista restrita Atualmente, a Constituição prevê proporcionalidade ao tempo de contribuição na aposentadoria por invalidez em todos os casos, exceto no acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável prevista em lei, como hanseníase, paralisia irreversível e mal de Parkinson. O texto da PEC foi negociado pelos partidos com o governo, que quis evitar a interpretação da possibilidade de pagamento retroativo. Assim, o Plenário votou a PEC 434, em vez do substitutivo da comissão especial para a PEC 170/12, da mesma autora. A deputada Andreia Zito agradeceu a todos os deputados que apoiaram a proposta. “Estamos dando um presente de Natal para todas essas pessoas que foram injustiçadas no passado”, afirmou. Ela ressaltou o empenho do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, em pautar a matéria. Entretanto, segundo o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), o texto não está totalmente claro. Como alertou na votação em primeiro turno, o texto não declara expressamente que os proventos serão integrais. Para o deputado Marçal Filho (PMDB-MS), relator da proposta na comissão especial que analisou o tema, os aposentados públicos sofrem há muito tempo por falta de um salário melhor e o texto que está sendo enviado ao Senado ainda não é adequado a todos os servidores. “Não é o ideal, não é o que queríamos quando aprovamos o outro texto na comissão. Esperamos que a próxima legislatura possa lutar para que todos os aposentados por invalidez sejam beneficiados no futuro”, afirmou, lembrando que o motivo desse tipo de aposentadoria não é opção de ninguém. doria, na forma da lei, já que as sucessivas mudanças na Constituição criaram regimes de transição, dependendo da data em que o aposentado entrou no serviço público. A Lei 10.887/04 regulamenta as mudanças feitas a partir da Emenda Constitucional 41, de 2003, e prevê que, para as aposentadorias ocorridas a partir de junho de 2004, o cálculo desse salário integral será feito com base na média aritmética simples das maiores remunerações, utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de No caso dos servidores que ingressaram no serviço público até 31 de dezembro de 2003 e já se aposentaram por invalidez permanente ou venham a se aposentar por esse motivo, a proposta garante proventos integrais sem a média. Quanto ao reajuste, os proventos e as pensões serão corrigidos pelo mesmo índice usado para aumentar a remuneração do cargo no qual se deu a aposentadoria. Para os que ingressaram até essa data e já se aposentaram por invalidez, a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, assim como suas autarquias e fundações, deverão rever os proventos e pensões em até 180 dias da vigência da emenda constitucional. Essas regras não serão aplicadas aos servidores que ingressaram até 31 de dezembro de 2003 e que tenham optado por participar de fundo complementar de aposentadoria, como o Funpresp, no âmbito federal. Isso porque, ao aderir ao fundo, o servidor abre mão de receber aposentadoria pelo regime de transição em troca de incidência menor de contribuição para a Previdência. Opinião e informação qualificada Forma da lei Os efeitos financeiros ficaram limitados à data de promulgação da emenda, evitando o pagamento de retroativos, mas o cálculo da integralidade deverá ser feito com base na remuneração do cargo efetivo em que se der a aposenta- De segunda a sexta-feira, das 11h ao meio dia PÁG. 8 JORNAL SINDICATO NA LUTA fasubra REUNIÃO NACIONAL DE MULHERES TRABALHADORAS DA FASUBRA Sindical A APTAFURG participou com a coordenadora Maria de Lourdes Fonseca Lose da reunião nacional das mulheres trabalhadoras da Fasubra. Foram 59 técnicas- administrativas em educação que debateram temas relacionados à essa parcela dos técnico-administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior. Projetos ameaçam o funcionalismo federal no próximo ano Quatro projetos de lei estão na mira dos servidores públicos federais já para o começo do ano legislativo em 2015. São eles o PLP 92/07, que prevê a criação de fundações estatais de direito privado, os PLPs 01/07 e 549/09, que limitam o aumento do investimento com pessoal por dez anos e o PLP 248/98, que trata da dispensa por insuficiência de desempenho. Todos estão em tramitação na Câmara. Para a C o n fe d e ra ç ã o d o s Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef ), a agenda é reativa e deve ser combatida pelo funcionalismo. SINDICATO Filiado a FASUBRA e CUT JORNAL SINDICATO NA LUTA EXPEDIENTE O analista político e diretor de D o c u m e n t a ç ã o d o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz, classificou os projetos como uma ameaça do próximo governo ao funcionalismo. Ele descreveu em artigo que o alerta tem o propósito de contribuir para a montagem de estratégia para enfrentar os próximos dois anos, “que certamente serão difíceis para os servidores”. A Condsef reforçou que o funcionalismo terá que manter a vigilância para pressionar e intensificar os diálogos com setoCOORDENAÇÃO GERAL Everson da Silva Flores Maria de Lourdes Lose Zulema Helena Ribeiro Ernandes JORNALISTA RESPONSÁVEL Marcio Vieira Oliveira- Mtb. 9258 Tel.: (53) 99458125 [email protected] COORDENAÇÃO DE IMPRENSA Maria de Lourdes Lose DIAGRAMAÇÃO E IMPRESSÃO Editora Casaletras [email protected] Endereço: Rua Padre Nilo Gollo, 76, São Jorge Rio Grande RS Tel.: (53) 3230-2284/3230-5417 Email: [email protected] Visite nosso site res do governo como Ministério do Planejamento, Casa Civil e Secretaria-Geral da Presidência. A meta é que não seja imposto à categoria o “papel de variável para a prática de ajustes e cortes”. “Tudo leva a crer que haverá uma grande disputa na sociedade e no interior do governo para se proteger dos cortes, e os servidores e suas entidades precisam agir preventivamente”, defendeu Antônio Queiroz. O analista destaca que as entidades devem se basear em uma agenda positiva para ser debatida com o governo. Entre alguns www.aptafurg.org.br e também nosso blog TIRAGEM 1.000 exemplares O Jornal Sindicato na Luta - veículo de comunicação da Associação do Pessoal Técnico-Administrativo da FURG (APTAFURG) - tem distribuição gratuita e dirigida. http://aptafurg.wordpress.com itens a regulamentação da Convenção 151 da OIT, que trata da negociação das condições de trabalho no serviço público. A defesa de uma política salarial permanente, que reponha anualmente o poder de compra dos salários, a reposição dos efetivos das carreiras, promovendo os concursos necessários à recomposição de quadros, sem terceirização em funções típicas de servidor público de carreira, também devem estar em pauta. Na avaliação de Queiroz, a presidenta Dilma Rousseff, “por causa das políticas anticíclicas adotadas para amenizar os efeitos negativos da crise internacional sobre o país, terá que promover ajustes nas contas públicas”. Segundo ele, de um lado atualizando as tarifas represadas e, de outro, cortando gastos correntes, tanto para equilibrar as contas, quanto para evitar novas altas nas taxas de juros.
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