Boletim 17 - 12 de abril de 2

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Boletim 17 - 12 de abril de 2
Boletim 17 – 12 de abril de 2011
Basta! Trabalhadores morrem em serviço
Na última quarta-feira, 06,
Ednaldo Barros da Silva (28),
operário terceirizado da MSC,
empresa ligada à Fafen-BA morreu
ao cair da torre de granulação do
Pólo Petroquímico de Camaçari.
No mesmo dia, Almir Santana
Bispo (52), funcionário da Modec,
sofreu um “mal súbito” quando
realizava uma operação a bordo do
navio sonda FPSO na Bacia de
Campos, RJ. Mais uma vez, as
mortes são a prova de que,
infelizmente, o lucro e a alta
produção estão acima da vida. Nos
útlimos anos, cerca de 290
trabalhadores, dentre pais de
família, jovens, homens e
mulheres, foram vítimas da falta de
uma política efetiva de segurança
da Petrobrás. Desse total, mais de
80% eram trabalhadores
terceirizados. Aqui, fica o nosso
apelo para que os petroleiros
denunciem situações de risco e
exijam condições mínimas de
segurança.
Supervisor agride trabalhador em
setor de trabalho. Assédio moral é crime.
Uma empresa do porte de uma
Petrobrás não pode manter em seus
quadros supervisores que não sabem
lidar com pessoas. Bem sabemos que
para a empresa o que importa é a
produção, pois tem que prestar contas
ao mercado e acionistas. Então,
situações de desrespeito tem se
tornado rotina na Regap e nas demais
unidades da Petrobrás.
O fato
Por volta das 09h do dia 22 de
março o incidente começou. Um
petroleiro, técnico de segurança, foi
chamado pelo GPI do DH para
participar de uma análise de risco para
execução de troca de bloqueios das
descargas de uma bomba.
Na tentativa de realizar
perfeitamente o seu trabalho, o técnico
começou suas avaliações de campo
juntamente com a OPMAN. Durante as
avaliações, ele percebeu certa
impaciência do supervisor do DH sobre
o trabalho que estava realizando, pois o
dito cujo seguia-o o tempo todo e o
pressionava na tentativa de agilizar a
liberação do serviço. O petroleiro não
se hesitou a tal atitude e deu
prosseguimento ao seu trabalho
normalmente. Mas o pior estava por vir.
Quando o técnico de segurança
orientou na RAS (Recomendações
Adicionais de Segurança) que fosse
usada pelos executantes uma máscara
contra gases ácidos o supervisor
perdeu a cabeça. Durante o
preenchimento do relatório, o
supervisor ficou transtornado e daí
começou a agredir o companheiro
verbalmente bem como todo o seu
setor. Tudo isso aconteceu em público.
Falando muito alto, ele dizia que a SMS
só atrapalhava a execução do trabalho,
e que era um absurdo aquelas
recomendações. Inclusive, questionou
seu conhecimento técnico, o uso da
máscara contra gases ácidos, que o
companheiro havia recomendado,
dizendo que não tinha necessidade de
ser utilizada. Deixou claro, que não
queria que a máscara fosse usada para
que não houvesse atraso no serviço, já
que a mesma deveria ser buscada na
SMS. Mostrou que o que importava no
momento era a necessidade de iniciar o
serviço e não a exposição de
trabalhadores a riscos.
Não satisfeito com humilhação ao
técnico de segurança e para
demonstrar um mesquinho poder, este
supervisor pegou um rádio e na faixa de
SMS solicitou ao supervisor do turno
que o trocasse do serviço, pois na sua
visão, o mesmo não tinha experiência e
nem competência para o trabalho.
Onde nós chegamos? Um absurdo
total. Como um supervisor, em quem a
empresa investe muito para treiná-lo
para esta função, pode ofender
gratuitamente um trabalhador, por que o
mesmo está cumprindo a sua função?
Diante de mais um fato desta
natureza, o Sindipetro/MG cobra
novamente da
atual gerência as
providências necessárias para coibir
definitivamente que profissionais hajam
desta forma. Não podemos conviver
mais com estes desmandos. Está
virando meio de vida intimidar
trabalhadores para obtenção de
resultados. É preciso que a
administração da unidade ponha um
ponto final nestes absurdos.
Defendemos uma Petrobrás que
valoriza as relações interpessoais de
seus colaboradores. Que prega um
ambiente de trabalho benéfico e zela
pela saúde de seus empregados.
Conforme já publicamos, o assédio
moral é crime e a empresa é quem
responde pelo comportamento de seus
profissionais. Cabe a ela promover um
ambiente harmonioso, do contrário, a lei
garante multa, e até mesmo, a
demissão por justa causa ao
profissional que provoca atitudes
desrespeitosas.
O Sindicato não medirá esforços
para por um fim nesta prática que já
deveria há muito ter sido abolida nesta
empresa, que se arvora uma das
melhores do Brasil para se trabalhar.
Diretoria Colegiada: Adelino, Almeida, Aluízio, Cardoso, Eduardo, Edison, Faria, Francisco Chaltein, Gildo, Joaquim, José Carmo, José Maria, Josef,
Jurandir, Leopoldino, Luiz Carlos, Mateus, Oliveira, Osvalmir, Poças, Rabelo, Robert, Salvador, Sérgio, Valdemar - Edição: Luana Braga - MG 0015206
Av. Barbacena, 242 - Bairro Barro Preto - Belo Horizonte/MG - CEP: 30.190-130 - Tel.: (31) 2515-5555 - Fax (31) 2535-3535. - Home page: www.sindipetromg.org.br - E mail: [email protected]
A PESQUISA
Alguns petroleiros têm ligado
ou procurado o Sindipetro/MG
para se informarem a respeito de
uma pesquisa. Eles dizem que
recebem ligações telefônicas com
diversas perguntas referentes à
eleição do sindicato. Dentre elas,
há uma pergunta, geralmente no
final, que indaga sobre qual chapa
eles vão votar. Se o petroleiro
questiona quem está realizando a
pesquisa falam que é o sindicato.
Na área, também temos pessoas
espalhando que o Sindipetro/MG é
quem está realizando esta
pesquisa.
Queremos esclarecer o seguinte:
1) O sindicato não
encomendou nenhuma pesquisa;
2) Não autorizamos ninguém a
encomendar pesquisas em nosso
nome;
3) Quando fazemos alguma
pesquisa a categoria é
amplamente informada bem antes;
4) Não precisamos
encomendar pesquisas para saber
a opinião da categoria, pois
estamos sempre presentes no seu
dia a dia;
5) Eleição é só na apuração, as
pesquisas têm errado feio na
antecipação dos resultados
6) Quem quiser pode
responder como bem entender
essa pesquisa, pois não é séria e
nem é do Sindipetro/MG.
Essa pesquisa mais parece ser
desespero de perdedor, pois , para
convencer os companheiros a
responder, mente, dizendo que é o
sindicato quem encomendou.
SERÁ QUE QUEM ENCOMENDOU NÃO
TEM CREDIBILIDADE PARA ASSUMIR
A AUTORIA DA PESQUISA?
Parece que é uma tentativa de
tumultuar a campanha eleitoral
que até agora tem caminhado de
maneira democrática, tranquila e
pacífica. Esperamos que continue
assim. Afinal, o sindicato, e,
principalmente a categoria, estão
de olho nesse processo eleitoral. A
categoria punirá nas urnas
aqueles que quiserem bagunçar a
nossa eleição.
A partir do dia 25 de abril
começa as votações. Faça a
escolha certa e vote!
Novo extrato do BPO já pode
ser consultado no Portal Petros
O novo extrato do Benefício
Proporcional Opcional (BPO) já
está disponível aos participantes
que fizeram a opção por ele.
Conforme previsto, a Petros
encaminhou o extrato para o
endereço residencial cadastrado
no sistema, mas os valores já
estão disponíveis no Portal. Para
fazer a consulta, entre com
matrícula e senha na área do
privativa.
Os participantes que
identificarem valor do BPO inferior
ao estimado no extrato anterior
poderão desistir da opção até 29
de abril de 2011. Para manter a
opção, mesmo em caso de
divergência entre o valor
informado inicialmente e o
atualizado, não é necessário se
manifestar.
Em caso de dúvidas, entre em
contato com a central de
atendimento da Petros pelo
0800-0253545.
com Portal Petros
Esclarecimento
Informamos aos companheiros que o Departamento Jurídico
do Sindipetro/MG presta atendimento
de 9h às 12h e de 13h às 18h, de segunda à sexta-feira.
ELEIÇÃO SINDIPETRO/MG
BH: 25, 26, 27, 28 e 29/04
Montes Claros: 25, 26, 27 e 28/04
LOCAIS PARA VOTAÇÃO:
Refinaria Gabriel Passos – REGAP : CEPE (Clube dos Empregados da Petrobrás) em Ibirité/MG
Termelétrica Aureliano Chaves – Ibiritermo em Ibirité/MG
Usina de Biodiesel Darcy Ribeiro em Montes Claros/MG
Urnas fixas: Sede do Sindipetro/MG – 09h às 18h. Sede da Astap –
Associação dos Trabalhadores. Aposentados da Petrobrás - 09h às 17h

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