Aula 4 - Editora Enovus Publicações
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Pós-Modernismo, Pop Art, Assemblage, Instalação e Arte Conceitual Pós-Modernismo O pós-modernismo celebrava o pluralismo da a 2 metade do século XX. Refere-se à natureza dos meios de comunicação de massa e proliferação universal das imagens; segundo o pensador francês Jean Baudrilard: “Um êxtase da comunicação”. Representação: motivos ou imagens de obras do passado, representados em novos e perturbadores contextos ou despojados de seus significados tradicionais (desconstruídos) por artistas como: Mike Bidlo, Louise Lawler, Sherrie Levine e Jeff Wall. A diversidade dos materiais, estilos, estruturas e ambientes constitui características do pós-modernismo que não pode ser definido por um único estilo. Pop Art Movimento principalmente americano e britânico, sua denominação foi empregada pela primeira vez em 1954, pelo critico inglês Lawrence Alloway, para designar os produtos da cultura popular da civilização ocidental, sobretudo os que eram provenientes dos Estados Unidos. Com raízes no Dadaísmo de Marcel Duchamp, o pop art começou a tomar forma no final da década de 1950, quando alguns artistas, após estudar os símbolos e produtos do mundo da propaganda nos Estados Unidos, passaram a transformá-los em tema de suas obras. Representavam, assim, os componentes mais ostensivos da cultura popular, de poderosa influência na vida cotidiana na segunda metade do século XX. Era a volta a uma arte figurativa, em oposição ao expressionismo abstrato que dominava a cena estética desde o final da segunda guerra. Sua iconografia era a da televisão, da fotografia, dos quadrinhos, do cinema e da publicidade. Com o objetivo da crítica irônica do bombardeamento da sociedade pelos objetos de consumo, ela operava com signos estéticos massificados da publicidade, quadrinhos, ilustrações e designam, usando como materiais principais, tinta acrílica, ilustrações e design, tendo como materiais principais, tinta acrílica, poliéster, látex, produtos com cores intensas, brilhantes e vibrantes, e reproduzindo objetos do cotidiano em tamanho consideravelmente grande, além de transformar o real em hiper-real. Mas ao mesmo tempo em que produzia a critica, a Pop Art se apoiava e necessitava dos objetivos de consumo, nos quais se inspirava e muitas vezes gerava o próprio aumento do consumo, como aconteceu por exemplo, com as sopas Campbell, de Andy Warhol, um dos principais artistas da Pop Art. Além disso, muito do que era considerado brega virou moda, e já que tanto o gosto, como a arte têm um determinado valor e significado conforme o contexto histórico em que se realizam, a Pop Art proporcionou a transformação do que era considerado vulgar, em refinado, e aproximou a arte das massas, desmistificando, já que se utilizavam EN VUS Aula 4 objetos próprios delas, a arte para poucos. Principais artistas: Robert Rauschenberg, 1925, depois das séries de superfícies brancas ou pretas reforçadas com jornal amassado do inicio da década de 1950. Rauschenberg, criou as pinturas “combinadas”, com garrafas de coca-cola, embalagens de produtos industrializados e pássaros empalhados. Por volta de 1962, adotou a técnica de impressão em Silkscreen para aplicar imagens fotográficas a grandes extensões da tela e unificava a composição por meio de grossas pinceladas de tinta. Esses trabalhos tiveram como temas, episódios da história americana moderna e da cultura popular. Roy Lichtenstein, (1923-1997). Seu interesse pelas histórias em quadrinhos, como tema artístico começou provavelmente com uma pintura do camundongo Mickey, que realizou em 1960 para os filhos. Em seus quadros a óleo e tinta acrílica, ampliou as características das histórias em quadrinhos e dos anúncios comerciais, e reproduziu a mão, com fidelidade, os procedimentos gráficos. Empregou, por exemplo, uma técnica pontilhista para simular os pontos reticulados das historietas. Cores brilhantes, planas e limitadas, delineadas por um traço negro, contribuíam para o intenso impacto visual. Com essas obras, o artista pretendia oferecer uma reflexão sobre a linguagem e as formas artísticas. Seus quadros, desvinculados do contexto de uma história, aparecem como imagens frias, intelectuais, símbolos ambíguos do mundo moderno. O resultado é a combinação de arte comercial e abstração. Andy Warhol, (1927-1987). Foi a figura mais conhecida e mais controvertida da Pop Art; mostrou sua concepção da produção mecânica da imagem em substituição ao trabalho manual numa série de retratos de ídolos da música popular e do cinema, como Elvis Presley e Marilin Monroe. Warhol entendia as personalidades públicas como figuras impessoais e vazias, apesar da ascensão social e da celebridade. Da mesma forma, e usando sobretudo a técnica de serigrafia, destacou a impessoalidade do objeto produzido em massa para consumo, como garrafas de Coca-Cola, as latas de sopa Campbell, automóveis, crucifixos e dinheiro. Produziu filmes e discos de um grupo musical, incentivou o trabalho de outros artistas e uma revista mensal. Assemblage ou Ambiente A sua influência vem do movimento Dada e dos Ready-made, pois misturam em obras tridimensionais diferentes materiais artísticos, com materiais reciclados, detritos e produtos industriais, tirados do seu contexto habitual. Happening (Acontecimento): termo inventado pelo americano Allan Kaprow (1927), no final dos anos 50, para designar um acontecimento que se desenvolve perante o público, centrando a sua atenção no comportamento humano e no meio 224 circundante. É quase uma ligação arte plástica/teatro, mas que não privilegia nenhum dos meios expressivos tradicionais. Como a palavra música ou a cor. Instalação São ampliações de ambientes que são transformados em cenários do tamanho de uma sala. É utilizada a pintura, acompanhada de escultura e outros materiais, para ativar o espaço arquitetônico. O espectador participa da obra, e não somente a aprecia. Arte Conceitual Surgiu nos anos 60 a partir dos Happenings e tem influência dos Ready-made de Marcel Duchamp. A arte conceitual pode usar meios e materiais não relacionados diretamente com as artes plásticas, como o vídeo, projetores de slides, fotografia, e põe em causa as definições de arte de uma forma mais radical do que a Arte Pop, pois insiste que é na imaginação, no idealismo, na ideia geradora, no conceito, que prevalece a arte e não a execução. “Uma vez que a obra de arte é um subproduto acidental desse salto imaginativo, pode perfeitamente ser dispensada, assim como as galerias de arte e por extensão o próprio público. O processo criativo só precisa ser documentado de alguma forma geralmente verbal, ou pela fotografia, vídeo ou cinema.” Faça com o professor 1) Faça uma leitura detalhada, com grifamento e posterior transcrição para o seu caderno, do texto base desta aula. Seu registro deverá ser em forma de tópicos com desmembramentos em chaves. OBS: O exercício poderá ser feito também em dupla, mas cada estudante deverá fazer o registro, individualmente, em seu caderno, para futuras consultas. Faça em casa 1) Faça uma pesquisa virtual sobre os seguintes assuntos, para que você possa executar as questões, propostas pelo PAS/UnB. Dê ênfase às obras do PAS – 2ª etapa. Assuntos para sua pesquisa: 1. FOTOGRAFIA contemporânea – Vik Muniz, Arthur Omar 2. Artista FRANS KRACJBERG 3. SERIGRAFIAS – Andy Warhol, Rosana Paulino 4. COLAGEM – Wangechi Mutu 225 (Da esquerda para a direita) Valentina, de Vik Muniz; Intuições Atléticas, Arthur Omar; Flor do mangue, de Frans Kracjberg; Michael Jackson, de Warhol; Pelé, de Andy Warhol; Parede da memória, de Rosana Paulino; Ascensão da doce borboleta nos campos da matança, de Wanguechi Mutu. 2) (PAS/UnB (com adaptações)) Tendo como referência inicial à obra Valentina, de Vik Muniz, julgue os itens. (1) Vik Muniz usa a arte como forma de denúncia social, como, por exemplo, de denúncia das condições de vida das crianças que vivem da colheita de cana- Artes Visuais de-açúcar e cuja condição social, muitas vezes, não lhes permite que consumam açúcar, que é fruto de seu trabalho. (2) Houve incentivo à música e às artes no período em que a corte portuguesa se estabeleceu no Brasil. O padre José Maurício Nunes Garcia, por exemplo, embora, por ser mulato, tenha sofrido preconceito por parte da nobreza, obteve de D. João VI financiamento de sua produção musical. Matança (Jatobá) Cipó caboclo tá subindo na virola Chegou a hora do pinheiro balançar Sentir o cheiro do mato da imburana Descansar morrer de sono na sombra da barriguda De nada vale tanto esforço do meu canto Pra nosso espanto tanta mata haja vão matar Tal mata Atlântica e a próxima Amazônica Arvoredos seculares impossível replantar (...) Quem pro acaso ouviu falar da sucupira Parece até mentira que o jacarandá Antes de virar poltrona porta armário Mora no dicionário vida eterna secular Quem hoje é vivo corre perigo E os inimigos do verde da sombra o ar Que se respira e a clorofila Das matas virgens destruídas vão lembrar Que quando chegar a hora É certo que não demora Não chame Nossa Senhora Só quem pode nos salvar é Caviúna, cerejeira, baraúna Imbuia, pau-d’arco, Juazeiro e jatobá Gonçalo-alves, paraíba, itaúba Louro, ipê, paracaúba Peroba, maçaranduba Carvalho, mogno, canela, imbuzeiro Catuaba, janaúba, aroeira, araribá Pau-ferro, angico, amargoso, gameleira Andiroba, copaíba, pau-brasil, jequitibá 3) Considerando o trecho da canção Matança, do compositor Jatobá, e a figura que ilustra, a escultura Flor do mangue, de Frans Krajcberg, julgue os itens subsequentes. (1) A escultura Flor do mangue e a letra da canção Matança, centradas na mesma temática, a destruição ambiental, aproximam-se na forma de composição da obra, visto que Krajcberg utiliza resíduos de árvores mortas, e o compositor Jatobá se expressa por meio de variedade linguística arcaica, ou seja, fora de uso, morta. (2) Uma ação eficaz para se evitar o desaparecimento completo das espécies listadas na última estrofe da canção Matança seria plantar mudas dessas espécies em regiões onde as atividades humanas causam pouco impacto à biodiversidade, como é o caso das regiões temperadas. (3) Krajcberg, por meio de suas obras que apresentam árvores carbonizadas, ressalta a problemática do EN VUS desenvolvimento ecologicamente não sustentável, expressando, assim, um manifesto a favor da preservação do meio ambiente. 4) (PAS/UnB (com adaptações)) De acordo com a antropóloga Neide Esterci, “populações tradicionais” é a expressão empregada na denominação de povos ou grupos que, vivendo em áreas periféricas à nossa sociedade e em situação de relativo isolamento do mundo ocidental capitalista, construíram formas de se relacionarem entre si e com os seres e as coisas da natureza muito diferentes das formas vigentes na nossa sociedade. Tendo como referência inicial as informações acima, julgue os itens abaixo. (1) Na obra da artista plástica Wangechi Mutu, padrões orgânicos de tecido tingido e exagerados floridos de ilustrações de moda estão integrados, o que resulta em glamour apocalíptico em que o primitivismo tribal se funde com o exotismo do radical chique. (2) O grupo Sepultura, ao homenagear a tribo indígena Kaiowas com uma canção com o nome da tribo, chamou a atenção de grupos sociais urbanos para a realidade dos grupos indígenas, o que pode estimular a reflexão sobre as culturas indígenas e a aculturação gradativa desses povos. O Quarto Estado, de Giuseppe da Volpedo 5) (PAS/UnB (com adaptações)) A partir da imagem e seus conhecimentos sobre o artista e o movimento do qual fez parte, julgue os itens. (1) Na obra, o artista, para enfatizar a situação dos trabalhadores na virada do século XIX para o XX, utilizou não só a técnica pontilhista e a luminosidade cuidadosamente observada, expedientes advindos do Impressionismo e caracterizadores da modernidade de sua obra e do tema abordado, mas também elementos de um Realismo tardio. (2) Giuseppe Pelizza da Volpedo (1868-1907) aludiu, em O Quarto Estado, as reivindicações da nova classe social, o proletariado, que emergia do processo tardio de industrialização na Itália. 226 GABARITO Faça com o professor 1) Resposta pessoal Faça em casa 1) Resposta pessoal 2) C, C 3) E, E, C 4) C, C 5) C, C 227 Artes Visuais
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