4 – O que fazer? Prepare-se.

Transcrição

4 – O que fazer? Prepare-se.
1 – Entendendo a Revolução da Longevidade
Uma conversa sobre futuro!
Uma conversa para Jovens!
Uma conversa para Veteranos
1 – Entendendo a Revolução da Longevidade
O tempo, o envelhecimento e a imortalidade
O Tempo fascina o homem. Filósofos, poetas, físicos, pesquisadores, diretores de cinema,
todos o abordam, ciência ou ficção. No mesmo diapasão, é incrível o fascínio pela
imortalidade. De deuses da Grécia Antiga a modernos heróis de histórias em quadrinhos...
A natureza exibe a imortalidade em algumas bactérias e na água-viva Turritopsis
Nutricula que volta depois de sua fase adulta à condição de anêmona, refazendo seu ciclo
de vida, ou seja: células especialistas voltando a serem células-tronco.
A ciência avança no estudo do envelhecimento, desde a descoberta dos radicais livres, na
década de 50 até os estudos do biogerontologista Aubrey de Grey, pesquisador inglês
especializado em estratégias de rejuvenescimento que promete em algumas décadas a
imortalidade biológica. Recentemente, conseguiram atribuir o processo de
envelhecimento a um determinado gene PHA-4, que reduz a injeção de glicose nas células.
Estamos longe da imortalidade como possibilidade imediata, mas, a verdade é que, a cada
ano os limites teóricos da vida se dilatam e, na prática, as situações geradas pela
Revolução da Longevidade exigem Consciência e Vontade para encontrar bom caminhos e
reações as situações inevitáveis trazidas pelo fato de estarmos vivendo cada vez mais.
O fato: estamos vivendo cada vez mais...
1 – Entendendo a Revolução da Longevidade
A “adolescência da velhice”
A “Revolução da Longevidade” não foi planejada. Começa-se a ter consciência da
existência de um “novo velho”, que vive mais e precisa viver bem.
Há mais de 100 anos, o psicólogo americano Grenville Stanley Hall criou o termo
“adolescência” para designar uma fase de vida com peculiaridades. Até então, os
adolescentes eram tratados como mini-adultos.
Hoje estamos anunciando a terceira idade como a “adolescência da velhice”, parte do que
se tem chamado de “A Revolução da Longevidade” trazendo à baila uma discussão, que
não é semântica, sobre o que é idoso e o que é velho.
A mídia tem abordado o tema, principalmente sob a ótica da previdência, da saúde e da
assistência. São pontos importantes, mas não centrais. Ela não enxerga o “novo velho”. A
imagem de um idoso alienado e sem participação ativa na sociedade e sem influência na
economia está longe da realidade atual.
O Marketing faz um crescente esforço para oferecer aos idosos um enorme número de
opções de produtos e serviços desenvolvidos para eles, que detém uma bela fatia da renda
nacional, segundo o PNAD do IBGE.
O fato: o Idoso existe!
1 – Entendendo a Revolução da Longevidade
A expectativa de vida no mundo
Até o ano 500, a expectativa média de vida era de: 30 anos. As civilizações grega e
romana viviam quase tanto como o homem de Neandertal. De 500 a 1500 as condições
de alimentação e higiene precárias, as epidemias se multiplicavam com muita facilidade.
As pessoas continuaram morrendo com 30 anos.
37,5
1900 até hoje
30
1500 a 1900
Estima-se que, em 2050 haverá
2 milhões e que o seu numero
será igual ao de crianças de
até 14 anos.
30
500 a 1500
Em 1950 havia 204 mil pessoas
com mais de 60 anos. Em 1998.
579 mil.
Até 500
De 1500 a 1900 a situação começou a melhorar. Em 1855, a expectativa média de vida
na Alemanha era de 37,2 anos. Um salto é inegável de 1900 até hoje, mas ainda
desigual. Em Andorra, pequeno país nos Pirineus, as pessoas vivem em média 83,5 anos.
Em Botsuana, na África, 30,9 anos.
83,5
O fato: vivemos cada vez mais
Expectativa de vida – Brasil
Fonte: IBGE
72,6
73,5
76,1
78,2
80
81,3
69,1
63,1
52,3
64,7
52,3
43,1
34,6
35,2
37,3
1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050
1 – Entendendo a Revolução da Longevidade
Brasil - a expectativa de vida
O Brasil tem cerca de 15 milhões de idosos,
representando 8,6% de sua população
No Brasil o número de filhos por mulher
é decrescente
Deles, 8,9 milhões são responsáveis por
domicílios
Em 1980, havia 16 idosos por 100
crianças
Em média tem 3,4 anos de estudo
(incluindo a área rural)
Em 2000, havia 30 idosos por 100
crianças.
81% vive em ambiente urbano com um
rendimento médio de R$ 739,00
Em 2050, o numero de crianças será
próximo ao de idosos.
Fonte: IBGE - Perfil do Idosos Responsáveis por Domicilio
A elevação da expectativa de vida combinado com a decrescente taxa de nascimentos
leva ao previsível cenário de descompasso nas contas da previdência, à feição do que já
acontece em países como o Japão que tem 3 trabalhadores na ativa por aposentado e
chegará a 2050 com a relação de 1 para 1.
O fato: a conta não fecha
Fenômeno mundial
%
% de Idosos na população
mundial
25,0%
Na Alemanha:
21%
5,1%
1970
6,1%
1980
7,3%
1990
8,6%
2000
10,2%
2010
2050
2 – O Idoso, visto pelo mundo e por ele mesmo
É o “ainda bom” substituído pelo com a “nova imagem
do bom”...
Sociedade
Mundo do Trabalho
Cidadãos Veteranos
Trabalhadores Veteranos
ou “Sucatas Sociais”?
ou “Recursos Obsoletos”?
A Cultura do Novo
A Cultura do Obsoleto
A Cultura do Descarte
Família
Indivíduo
Patriarcas
Protagonista
ou “Fardos”?
ou vítima?
2 – O Idoso, visto pelo mundo e por ele mesmo
De sucatas sociais e recursos obsoletos...
O “material humano” vem se depreciando como se fosse um ativo contábil. É a Cultura do
Novo acompanhada da Cultura da Obsolescência e da Cultura do Descarte. É o “ainda
bom” substituído pelo que apresenta uma nova “imagem de bom”!
Essas “crenças’ acabam por, sutilmente contaminar o modo de pensar também a respeito
de pessoas. Os idosos, talvez fosse melhor chamá-los de veteranos, não escapam disso.
A estrutura social foi moldada para ignorar a sua existência ou, de forma menos agressiva a
“tolerá-lo”. Não faz muito foram aprovadas leis de respeito ao idoso, mas há um certo ar
de hipocrisia... São necessárias leis para respeitá-los? Não deveria ser algo natural?
Trabalhadores se tornam “obsoletos” cedo! Dos que os substituem são exigidas coisas que
não podem apresentar (experiência, maturidade, liderança, etc.). É o “ainda bom” é
descartado pela “imagem nova de bom”!
Por coerência ou consequência, a figura do patriarca já não se vê nos núcleos familiares. É
verdade, foram tantas mudanças da configuração familiar! De qualquer forma, o Idoso,
com insuficientes rendimentos, pode se tornar um “fardo” para a família.
Como o Idoso se sente e como vê a si mesmo é o resultado de tudo isso. Deprime-se e
encontra na ladainha da autocomiseração a forma de desculpar-se por ainda estar vivo.
O fato: desculpem-me por ainda estar vivo...
Seguramente há uma série de conceitos que
não tem o menor sentido...
É hora de rever o que quer dizer “velho”...
2 – O idoso, como é visto pelo mundo e por ele mesmo
Sociedade, Família, Empresas e Pessoas
Há algumas poucas décadas alguém com cerca de 55 anos, portanto em idade próxima a
da aposentadoria, se preparava para duas coisas: deixar de trabalhar para curtir os netos e
preparar-se para o inevitável fim: a morte.
Era quase natural pensar assim, vivia-se muito menos. Hoje, a visão de um senhor ou
senhora sem atividade, alienado do mundo, preparando-se para morrer, é surreal, é
inadmissível.
Não há como não encarar o assunto de frente. Apesar de tudo ter e estar mudando no
mundo o Idoso carrega uma carga de crenças ultrapassadas, e nesse cenário é autor,
personagem e vítima.
Velho ou Idoso?
Não é semântica a
diferença entre velho e
idoso.
É uma questão prática e de
respeito humano.
Papel do Idoso?
O Idoso existe e vive mais.
Não tem um papel digno na
sociedade e não contribui
para mudar o estado de
coisas.
Papel da Sociedade?
A sociedade tem
responsabilidades e tem
que cumprir seu papel.
O fato: há papéis e responsabilidades...
É tão simples com objetos inanimados, não é? Velho é o que não
serve mais, não tem utilidade ou valor. As soluções são simples!
A vida não é um arco é uma escadaria. No
topo, encontramos a Sabedoria,
Completude, Autenticidade.
É a contradição da entropia, a segunda lei
da termodinâmica: “Tudo no mundo está
em estado de decadência”
A exceção é o Espírito Humano.
2 – O idoso, como é visto pelo mundo e por ele mesmo
Uma outra visão: a Antroposofia, coloca os “sessentões”
no 9º setênio de vida, o último...
Ideias que definem os setênios
•
•
•
•
•
•
•
•
•
0 a 7 anos
O ninho. Interação entre o individual (adormecido) e o hereditário
7 a 14 anos – Autoridade amada
14 a 21 anos – Puberdade / adolescência - crise de identidade
21 a 28 anos – Experimentar limites
28 a 35 anos Fase organizacional
35 a 42 anos – Crise de autenticidade
42 a 49 anos – Altruísmo x querer manter a fase expansiva
49 a 56 anos Ouvir o mundo
56 a 63 anos (e adiante) –abnegação / sabedoria
É possível que a Antroposofia não tenha considerado fatores
sociais e avanços científicos para prolongar a vida.
É necessário, talvez, criar o 10º setênio. Como seria?
O fato: repensar é preciso...
3 – Benção ou Ameaça?
O pior dos mundos é o com um enorme contingente
humano ainda com energia marginalizado,
improdutivo e “caro”.
Uma equação perversa
Cerca de 30 anos
Cerca de 30 anos
...
Início de desadaptação
15 aos
20
20 aos
30
30 aos
40
40 aos
50
50 aos
60
60 aos
70
70 aos
80
Além
dos 80
“Empreende”
Free-lance ou Bico
Não faz nada
Aposentadoria
pela
Previdência
“Obsolescência”
“Descarte”
Demitido / PJ
Aprendizado intenso
Desenvolvimento de competências
Crescimento Profissional
Plenitude de
Experiência
Profissional
Ingresso no
mercado
de trabalho
15 aos
20
20 aos
30
30 aos
40
40 aos
50
50 aos
60
60 aos
70
70 aos
80
Além
dos 80
3 – Benção, Ameaça ou Oportunidade
A equação perversa – a novela
Os Jovens
Os Idosos
Práticas estranhas de gestão de recursos
humanas tem sido usadas.
Por diversas razões, entre as quais a
necessidade de abrir espaço para novos
profissionais, após cerca de 30 anos de
trabalho, o profissional é declarado
“inadequado” e dispensado.
Por exemplo, a de exigir de jovens o que
não tem: experiência e a maturidade
(inclusive para liderar outros jovens). Até
para o primeiro emprego, estágio...
Por razões diversas, dos jovens também
se deseja uma dedicação e senso de
pertencimento totalmente fora de época.
Por outros motivos ainda, jovens são
considerados precocemente velhos para
inicio de carreira.
Então, não é fácil ser jovem!
Acontece quando está em torno de 45 ou
50 anos de idade, às vésperas de se
aposentar pela previdência, numa faixa
etária que “não consegue emprego”.
A quase totalidade não tem “Plano B”,
nem reservas para viver os cerca de mais
30 anos de vida, nem sempre é
empreendedor e, estatisticamente
quando o faz, perde tudo...
Quem disse que idoso leva a vida...
O fato: um descompasso ilógico no mundo do trabalho...
4 – O que fazer? Prepare-se.
Como sempre acontece, não há uma “receita de bolo”
pronta, mas, apesar disso há o que fazer e o que não
fazer...
A “bendita” previdência...
Aumentar a idade de
aposentadoria apesar da
“equação perversa”?
Privatizar a previdência?
Diminuir os valores
das aposentadorias
ainda mais para caber
no orçamento?
Criar cotas de vagas para
idosos? Com incentivo?
Ora que se danem os
idosos, o tempo
resolve...
4 – O que fazer? Prepare-se.
Costumeiramente o assunto Revolução
da Longevidade é lembrado porque
“não fecham as contas de previdência”.
Ainda que o assunto vá muito além
disso, abordemo-lo, mesmo a
contragosto, fingindo que é o centro da
questão. A conclusão é que não há
nenhuma solução mágica que possa
resolver o “problema” sem sacrifícios.
Estaremos dispostos?
Vejam algumas “sugestões” que ficam
na epiderme da questão: há um
contingente crescente de pessoas que
aposentadas deverão ter seus recursos
supridos por um número
desproporcional de trabalhadores (com
carteira assinada, prevalentemente)
Sugestões:
Aumentar a idade de aposentadoria
Claro, vive-se mais, trabalhe-se mais! Mas... e
a porém a “equação perversa” permitirá isso?
Criar “cotas de idosos” é uma arbitrariedade,
mesmo com incentivo fiscal.
Privatizar a previdência, como o Chile fez.
Boa alternativa mas há um contingente já
aposentado ou em vias de que impedem que
benefícios sejam sentidos em - de 20 anos...
Diminuir o valor das aposentadorias
Os valores recebidos estão já muito aquém do
digno. Diminuir mais? Não aplicar reajustes
de correção da inflação?
Combater desvios , fraudes e abusos
Boa ideia, no entanto dependente de
seriedade e vontade política, coisas que...
O fato: não há uma solução simples
4 – O que fazer? Prepare-se.
Sim, o pior dos mundos é um enorme contingente humano ainda
com energia, marginalizado, improdutivo e “caro”!
Esse é o ponto!
Sim, é fundamental que os veteranos tenham Educação
Específica, Frentes de trabalho, Arquitetura da Vida Idosa, para
•Aumentar sua Qualidade de Vida
•Melhorar sua Saúde Física e Mental
•Melhorar sua Autoestima
•Melhorar seu Relacionamento Familiar
Sim, o pior é que depende do Governo e o
melhor é que não depende somente dele.
O fato: sim, podemos não fazer nada...
4 – O que fazer? Prepare-se.
Em países desenvolvidos, que já convivem muitos deles com os efeitos da
Revolução da Longevidade há muito, existe séria preocupação com o tema?
Por exemplo, nos EUA e em vários países da Europa, há arquitetos e urbanistas
aplicando estudo e esforço para encontrar soluções adequadas para essa fatia
da população, não só porque ela representa importante fonte de consumo
como porque é inevitável que hajam ações voltadas a proporcionar conforto
adequado para essa parcela da população.
No Brasil, infelizmente são pífios os esforços nesse sentido. A arquitetura da
vida idosa vai desde imóveis apropriados até móveis e utensílios adaptados às
necessidades específicas.
Quando se fala da Educação Específica para o idoso, no Brasil, seria de suma
importância entender que parcela dos idosos de hoje são analfabetos ou
quase, que não se trata exclusivamente da inclusão digital, para parcela da
população idosa as dificuldades nascem bem antes disso.
Ainda no ponto de Educação, a educação para a saúde, em todos os sentidos
impulsionam idosos para um patamar de qualidade de vida que merecem,
querem e precisam. Mais, também Educação para a Cidadania...
Enfim, sim, sempre podemos não fazer nada...
O fato: sim, podemos não fazer nada...
Empresas
Instituições Não Governo
Governamentais
Menor
demanda
assistencial
Impostos
Trabalho
Remunerado
Melhora QV
e auto estima
Consumo
Família
Saúde na
Relação
Melhora o perfil
do orçamento
familiar
Educação
Específica
Frentes de
Trabalho
Arquitetura da
vida idosa
Instituições mais humanas
Vantagens de imagem e resultados
Idosos e famílias mais felizes
4 – O que fazer? Prepare-se.
Se contas forem feitas, é provável que os ganhos auferidos pela diminuição da
demanda por ações de assistência a idosos, juntamente com o aumento do
consumo e impostos decorrentes, tenham, no mínimo, o efeito de compensar
os investimentos feitos em Educação, Trabalho e Arquitetura.
É evidente que, considerando que tais investimentos deveriam ser feitos
independentemente de compensações, não há razões para que empresas,
ONGs e, especialmente, o Governo, não criem as condições para mudar a
realidade.
Mas é claro que, para tanto, necessário que houvesse uma excelente
articulação de movimentos para atendimento de vários interesses e, uma
maestria na gestão para evitar que ocorressem os conhecidos desvios e
fraudes.
Tudo somado, o preço é baratíssimo para comprar a dignidade para pessoas.
Mas, é natural que podemos não fazer nada...
O fato: sim, podemos não fazer nada...
• Tomar consciência da situação, afinal você já é
ou será um Veterano (mais cedo do que
imagina).
• Difundir sua consciência sobre o tema em redes
sociais, no trabalho, na sociedade, enfim.
• Fazer pressão política e apoiar organizações que
pressionem por melhores dias (os seus!)
• Preparar-se para a Revolução da Longevidade.
• Procurar apoio de profissionais para ajudar a
rever e planejar a sua vida.
• Tomar consciência da situação e das
perspectivas de desenvolvimento do assunto.
• Estudar o tema no cenário de sua empresa e de
empresas de seu relacionamento.
• Tentar encontrar soluções para minimizar os
efeitos da “equação perversa”, contando com o
apoio de profissionais conhecedores do tema.
• Praticar, preventiva e corretivamente soluções.
• Difundir novas crenças no ambiente interno e
nos grupos dos quais participa.
• Preparar-se pessoalmente...
USE SEM MODERAÇÃO
Minimizar
• próprios
preconceitos
• medo de arriscarse
Entender
• a comunicação do
idoso (como a do
adolescente) tem
peculiaridades
• o idoso ensina,
sobretudo (valores,
técnica,
comportamento,
cultura)
• seu modelo mental
é reflexão, apoio
em referenciais
vividos.
Eliminar
• o idoso quer
refazer sua
carreira.
• quer ocupar lugar
de jovens.
• trabalhar 14 horas
por dia, plugado
num Blackberry.
• O idoso não quer
desafios.
4 – O que fazer? Prepare-se...
O preconceito... Vamos minimizá-los?
Se não for por respeito aos Veteranos, seja por respeito a nós mesmos que já
quase somos ou seremos. Isso quer dizer, abandonar crenças e adotar outras.
Ainda, é fundamental arriscar-se, sendo um Líder ou um Gestor de RH, ou
mesmo um administrador de qualquer nível. É preciso aceitar o desafio de
mudar.
Um jovem é um jovem, um veterano é um veterano...
Frase idiota, não é? Não é... veteranos não podem e nem devem agir como
jovens. É absurdo definir a juventude como referencial para outras faixas
etárias, ao comparar com a juventude, veteranos tem limitações. É meio
parecido com exigir maturidade e sabedoria de jovens, é inadequado e injusto.
Para entender: Veteranos são pessoas com ritmos e formas próprias de pensar.
São, em geral, mais pausados, pensam de forma reflexiva (buscam em seu
grande cabedal de experiências situações análogas diante de um problema),
podem ser muito criativos (seus referenciais são tantos que estimulam padrões
de ação), podem ser pacientes e bons treinadores (saber compreender é seu
ponto de força)
O fato: um veterano é um veterano.
4 – O que fazer? Prepare-se...
As lendas e “verdades” que não levam a nada...
o idoso quer refazer sua carreira
Claro que não! Ele gostaria de ganhar o que ganhava, é claro, mas não quer
enfrentar “de novo” tudo que já enfrentou...
ocupar lugar de jovens
Também não... Ele gostaria de ganhar o que alguns jovens ganham, é verdade,
mas enfrentar a maratona que enfrentam, isso não!
trabalhar 14 horas por dia, plugado num Blackberry
No coments... By the way, o que é um Blackberry?
o idoso não quer desafios. É só adaptá-los ao seu momento de vida
Finalmente uma verdade! Sim desafios foi o que enfrentou por toda a vida,
desafios pessoais e profissionais. Gosta disso. Gosta de mostrar-se ativo. Gosta
de afastar-se da morte, trabalhando e construindo. O trabalho, com seus
desafios, fornece respeito próprio e da sociedade. Desafios? É só adaptá-los ao
seu momento de vida.
O fato: um veterano é um veterano.
5 – Conclusões
Estas conclusões, não são conclusões... Explicando, talvez
sejam só inputs para o que vier neste mundo dinâmico e
tão imprevisível ... Por enquanto, então, que sejam
conclusões...
5 - Conclusões
•
O envelhecimento da população brasileira acompanha uma tendência
internacional impulsionada pela queda da taxa de natalidade e pelos
avanços da biotecnologia. A análise de indicadores IBGE – 2000 revelam
que o crescimento da população idosa não ocorre apenas em níveis
absolutos, é particularmente relevante o aumento dos domicílios sob a
responsabilidade dos idosos. Assim, o ritmo acelerado de crescimento da
taxa de participação dos idosos levanta importantes debates quanto à
capacidade da sociedade em se adaptar à essa realidade em mutação.
•
Se, por um lado, a universalização dos benefícios da seguridade social foi
fundamental na melhoria dos rendimentos dos idosos, por outro o
aumento do contingente de idosos provoca fortes pressões no sistema
previdenciário e de assistência social. Em paralelo, a redução do número
médio de componentes da família sob a responsabilidade dos idosos e o
concomitante aumento da proporção de idosos vivendo sozinhos trazem à
tona questões sobre as condições que devem ser oferecidas a esses
idosos, com tendência de vida cada vez mais autônoma e integrada.
5 - Conclusões
•
Por fim, um dos temas bastante abordados na 2ª Assembleia Mundial
sobre o Envelhecimento da ONU foi o incentivo a ser dado sob a forma de
ações governamentais, econômicas, políticas e culturais que possam
garantir ao idoso a continuação de sua contribuição social de forma
ativa e produtiva. Samuel (2000, p. 272) tem uma visão otimista quanto a
essa nova inserção do idoso, especialmente na América Latina e no
Caribe. Embora o autor reconheça os desafios do envelhecimento da
população para a sustentabilidade tributária do Estado, considera que a
contribuição deste contingente idoso ao crescimento econômico e ao
desenvolvimento social pode ser positiva, na medida em que sua
participação no processo produtivo deixa de ser um problema e passe a
ser parte da solução. As transformações causadas pelo envelhecimento
populacional recaem sobre esse processo nos aspectos de consumo,
desenvolvimento, investimento, distribuição de renda, flexibilidade da
mão de obra, relações inter-geracionais, igualdade social e de gênero e
nas diversas formas de gestão econômica, social e política.
Fonte: IBGE - Perfil dos idosos responsáveis pelos domicílios no Brasil 2000
CONCLUSÃO
• A crescente longevidade é um fenômeno real, inevitável e universal.
• Envelhece-se mais e melhor, exigindo da Sociedade, da Família e do
próprio Idoso posições e ações de enfrentamento dos problemas.
• Os problemas dos Idosos não são dele, são também dele. A estrutura
social moldada de forma a ignorar a sua existência ou, de forma menos
agressiva, a “tolerar o idoso”, precisa urgentemente mudar.
• A mídia vê com mais atenção o ângulo econômico: o do descasamento
das contas da previdência, principalmente. Muito secundariamente
enxerga a saúde e eventualmente aborda assistência e educação.
• A perspectiva é de agravamento da situação à medida em que aumenta a
longevidade e o descaso em relação ao assunto prevaleça ao bom senso.
• O que de positivo existe é que há sementes plantadas de movimentos
que buscam mudança de visão e ação. Eles devem ser adotados e
apoiados para pressão política e respostas sustentáveis da Sociedade
• Também muito relevante é o grupo de pessoas e empresas que vem
buscando apoio em especialistas para mudança de cenário e de rumos
pessoais.
A Grande Perda
Ao desconsiderarmos a riqueza que Veteranos
possuem de experiências, de informações, de
conhecimentos e competências, estamos levando
adiante a Grande Perda:
...de referenciais culturais (fazem da sociedade mais
pobre)
...de referenciais técnicos e de competências
(empresas mais pobres)
...história
...raízes
...identidade
www.capitalsenior.com.br
[email protected]
Antonio Vidal Filho
Experiência de mais de 20 anos em postos de direção de
empresas nacionais e multinacionais como Ford e Fiat.
Consultor em reestruturação empresarial e recursos
humanos.
Graduado e pós-graduado na Fundação Getúlio Vargas de
São Paulo, extensão universitária na Thunderbird School
of Global Management – USA e especializações diversas.
Atuação profissional na Itália, Alemanha e Estados
Unidos.
Fundador e integrante do GERH - Grupo de Estudos de
Recursos Humanos.
Autor do livro "O Mistério de Sério Romão", o qual deu
origem à peça teatral homônima.
Músico com atuação em bandas de jazz e rock'n roll.
Fundador do Capital Sênior Instituto e idealizador da
palestra “A Revolução da Longevidade”.

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