4 – O que fazer? Prepare-se.
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4 – O que fazer? Prepare-se.
1 – Entendendo a Revolução da Longevidade Uma conversa sobre futuro! Uma conversa para Jovens! Uma conversa para Veteranos 1 – Entendendo a Revolução da Longevidade O tempo, o envelhecimento e a imortalidade O Tempo fascina o homem. Filósofos, poetas, físicos, pesquisadores, diretores de cinema, todos o abordam, ciência ou ficção. No mesmo diapasão, é incrível o fascínio pela imortalidade. De deuses da Grécia Antiga a modernos heróis de histórias em quadrinhos... A natureza exibe a imortalidade em algumas bactérias e na água-viva Turritopsis Nutricula que volta depois de sua fase adulta à condição de anêmona, refazendo seu ciclo de vida, ou seja: células especialistas voltando a serem células-tronco. A ciência avança no estudo do envelhecimento, desde a descoberta dos radicais livres, na década de 50 até os estudos do biogerontologista Aubrey de Grey, pesquisador inglês especializado em estratégias de rejuvenescimento que promete em algumas décadas a imortalidade biológica. Recentemente, conseguiram atribuir o processo de envelhecimento a um determinado gene PHA-4, que reduz a injeção de glicose nas células. Estamos longe da imortalidade como possibilidade imediata, mas, a verdade é que, a cada ano os limites teóricos da vida se dilatam e, na prática, as situações geradas pela Revolução da Longevidade exigem Consciência e Vontade para encontrar bom caminhos e reações as situações inevitáveis trazidas pelo fato de estarmos vivendo cada vez mais. O fato: estamos vivendo cada vez mais... 1 – Entendendo a Revolução da Longevidade A “adolescência da velhice” A “Revolução da Longevidade” não foi planejada. Começa-se a ter consciência da existência de um “novo velho”, que vive mais e precisa viver bem. Há mais de 100 anos, o psicólogo americano Grenville Stanley Hall criou o termo “adolescência” para designar uma fase de vida com peculiaridades. Até então, os adolescentes eram tratados como mini-adultos. Hoje estamos anunciando a terceira idade como a “adolescência da velhice”, parte do que se tem chamado de “A Revolução da Longevidade” trazendo à baila uma discussão, que não é semântica, sobre o que é idoso e o que é velho. A mídia tem abordado o tema, principalmente sob a ótica da previdência, da saúde e da assistência. São pontos importantes, mas não centrais. Ela não enxerga o “novo velho”. A imagem de um idoso alienado e sem participação ativa na sociedade e sem influência na economia está longe da realidade atual. O Marketing faz um crescente esforço para oferecer aos idosos um enorme número de opções de produtos e serviços desenvolvidos para eles, que detém uma bela fatia da renda nacional, segundo o PNAD do IBGE. O fato: o Idoso existe! 1 – Entendendo a Revolução da Longevidade A expectativa de vida no mundo Até o ano 500, a expectativa média de vida era de: 30 anos. As civilizações grega e romana viviam quase tanto como o homem de Neandertal. De 500 a 1500 as condições de alimentação e higiene precárias, as epidemias se multiplicavam com muita facilidade. As pessoas continuaram morrendo com 30 anos. 37,5 1900 até hoje 30 1500 a 1900 Estima-se que, em 2050 haverá 2 milhões e que o seu numero será igual ao de crianças de até 14 anos. 30 500 a 1500 Em 1950 havia 204 mil pessoas com mais de 60 anos. Em 1998. 579 mil. Até 500 De 1500 a 1900 a situação começou a melhorar. Em 1855, a expectativa média de vida na Alemanha era de 37,2 anos. Um salto é inegável de 1900 até hoje, mas ainda desigual. Em Andorra, pequeno país nos Pirineus, as pessoas vivem em média 83,5 anos. Em Botsuana, na África, 30,9 anos. 83,5 O fato: vivemos cada vez mais Expectativa de vida – Brasil Fonte: IBGE 72,6 73,5 76,1 78,2 80 81,3 69,1 63,1 52,3 64,7 52,3 43,1 34,6 35,2 37,3 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050 1 – Entendendo a Revolução da Longevidade Brasil - a expectativa de vida O Brasil tem cerca de 15 milhões de idosos, representando 8,6% de sua população No Brasil o número de filhos por mulher é decrescente Deles, 8,9 milhões são responsáveis por domicílios Em 1980, havia 16 idosos por 100 crianças Em média tem 3,4 anos de estudo (incluindo a área rural) Em 2000, havia 30 idosos por 100 crianças. 81% vive em ambiente urbano com um rendimento médio de R$ 739,00 Em 2050, o numero de crianças será próximo ao de idosos. Fonte: IBGE - Perfil do Idosos Responsáveis por Domicilio A elevação da expectativa de vida combinado com a decrescente taxa de nascimentos leva ao previsível cenário de descompasso nas contas da previdência, à feição do que já acontece em países como o Japão que tem 3 trabalhadores na ativa por aposentado e chegará a 2050 com a relação de 1 para 1. O fato: a conta não fecha Fenômeno mundial % % de Idosos na população mundial 25,0% Na Alemanha: 21% 5,1% 1970 6,1% 1980 7,3% 1990 8,6% 2000 10,2% 2010 2050 2 – O Idoso, visto pelo mundo e por ele mesmo É o “ainda bom” substituído pelo com a “nova imagem do bom”... Sociedade Mundo do Trabalho Cidadãos Veteranos Trabalhadores Veteranos ou “Sucatas Sociais”? ou “Recursos Obsoletos”? A Cultura do Novo A Cultura do Obsoleto A Cultura do Descarte Família Indivíduo Patriarcas Protagonista ou “Fardos”? ou vítima? 2 – O Idoso, visto pelo mundo e por ele mesmo De sucatas sociais e recursos obsoletos... O “material humano” vem se depreciando como se fosse um ativo contábil. É a Cultura do Novo acompanhada da Cultura da Obsolescência e da Cultura do Descarte. É o “ainda bom” substituído pelo que apresenta uma nova “imagem de bom”! Essas “crenças’ acabam por, sutilmente contaminar o modo de pensar também a respeito de pessoas. Os idosos, talvez fosse melhor chamá-los de veteranos, não escapam disso. A estrutura social foi moldada para ignorar a sua existência ou, de forma menos agressiva a “tolerá-lo”. Não faz muito foram aprovadas leis de respeito ao idoso, mas há um certo ar de hipocrisia... São necessárias leis para respeitá-los? Não deveria ser algo natural? Trabalhadores se tornam “obsoletos” cedo! Dos que os substituem são exigidas coisas que não podem apresentar (experiência, maturidade, liderança, etc.). É o “ainda bom” é descartado pela “imagem nova de bom”! Por coerência ou consequência, a figura do patriarca já não se vê nos núcleos familiares. É verdade, foram tantas mudanças da configuração familiar! De qualquer forma, o Idoso, com insuficientes rendimentos, pode se tornar um “fardo” para a família. Como o Idoso se sente e como vê a si mesmo é o resultado de tudo isso. Deprime-se e encontra na ladainha da autocomiseração a forma de desculpar-se por ainda estar vivo. O fato: desculpem-me por ainda estar vivo... Seguramente há uma série de conceitos que não tem o menor sentido... É hora de rever o que quer dizer “velho”... 2 – O idoso, como é visto pelo mundo e por ele mesmo Sociedade, Família, Empresas e Pessoas Há algumas poucas décadas alguém com cerca de 55 anos, portanto em idade próxima a da aposentadoria, se preparava para duas coisas: deixar de trabalhar para curtir os netos e preparar-se para o inevitável fim: a morte. Era quase natural pensar assim, vivia-se muito menos. Hoje, a visão de um senhor ou senhora sem atividade, alienado do mundo, preparando-se para morrer, é surreal, é inadmissível. Não há como não encarar o assunto de frente. Apesar de tudo ter e estar mudando no mundo o Idoso carrega uma carga de crenças ultrapassadas, e nesse cenário é autor, personagem e vítima. Velho ou Idoso? Não é semântica a diferença entre velho e idoso. É uma questão prática e de respeito humano. Papel do Idoso? O Idoso existe e vive mais. Não tem um papel digno na sociedade e não contribui para mudar o estado de coisas. Papel da Sociedade? A sociedade tem responsabilidades e tem que cumprir seu papel. O fato: há papéis e responsabilidades... É tão simples com objetos inanimados, não é? Velho é o que não serve mais, não tem utilidade ou valor. As soluções são simples! A vida não é um arco é uma escadaria. No topo, encontramos a Sabedoria, Completude, Autenticidade. É a contradição da entropia, a segunda lei da termodinâmica: “Tudo no mundo está em estado de decadência” A exceção é o Espírito Humano. 2 – O idoso, como é visto pelo mundo e por ele mesmo Uma outra visão: a Antroposofia, coloca os “sessentões” no 9º setênio de vida, o último... Ideias que definem os setênios • • • • • • • • • 0 a 7 anos O ninho. Interação entre o individual (adormecido) e o hereditário 7 a 14 anos – Autoridade amada 14 a 21 anos – Puberdade / adolescência - crise de identidade 21 a 28 anos – Experimentar limites 28 a 35 anos Fase organizacional 35 a 42 anos – Crise de autenticidade 42 a 49 anos – Altruísmo x querer manter a fase expansiva 49 a 56 anos Ouvir o mundo 56 a 63 anos (e adiante) –abnegação / sabedoria É possível que a Antroposofia não tenha considerado fatores sociais e avanços científicos para prolongar a vida. É necessário, talvez, criar o 10º setênio. Como seria? O fato: repensar é preciso... 3 – Benção ou Ameaça? O pior dos mundos é o com um enorme contingente humano ainda com energia marginalizado, improdutivo e “caro”. Uma equação perversa Cerca de 30 anos Cerca de 30 anos ... Início de desadaptação 15 aos 20 20 aos 30 30 aos 40 40 aos 50 50 aos 60 60 aos 70 70 aos 80 Além dos 80 “Empreende” Free-lance ou Bico Não faz nada Aposentadoria pela Previdência “Obsolescência” “Descarte” Demitido / PJ Aprendizado intenso Desenvolvimento de competências Crescimento Profissional Plenitude de Experiência Profissional Ingresso no mercado de trabalho 15 aos 20 20 aos 30 30 aos 40 40 aos 50 50 aos 60 60 aos 70 70 aos 80 Além dos 80 3 – Benção, Ameaça ou Oportunidade A equação perversa – a novela Os Jovens Os Idosos Práticas estranhas de gestão de recursos humanas tem sido usadas. Por diversas razões, entre as quais a necessidade de abrir espaço para novos profissionais, após cerca de 30 anos de trabalho, o profissional é declarado “inadequado” e dispensado. Por exemplo, a de exigir de jovens o que não tem: experiência e a maturidade (inclusive para liderar outros jovens). Até para o primeiro emprego, estágio... Por razões diversas, dos jovens também se deseja uma dedicação e senso de pertencimento totalmente fora de época. Por outros motivos ainda, jovens são considerados precocemente velhos para inicio de carreira. Então, não é fácil ser jovem! Acontece quando está em torno de 45 ou 50 anos de idade, às vésperas de se aposentar pela previdência, numa faixa etária que “não consegue emprego”. A quase totalidade não tem “Plano B”, nem reservas para viver os cerca de mais 30 anos de vida, nem sempre é empreendedor e, estatisticamente quando o faz, perde tudo... Quem disse que idoso leva a vida... O fato: um descompasso ilógico no mundo do trabalho... 4 – O que fazer? Prepare-se. Como sempre acontece, não há uma “receita de bolo” pronta, mas, apesar disso há o que fazer e o que não fazer... A “bendita” previdência... Aumentar a idade de aposentadoria apesar da “equação perversa”? Privatizar a previdência? Diminuir os valores das aposentadorias ainda mais para caber no orçamento? Criar cotas de vagas para idosos? Com incentivo? Ora que se danem os idosos, o tempo resolve... 4 – O que fazer? Prepare-se. Costumeiramente o assunto Revolução da Longevidade é lembrado porque “não fecham as contas de previdência”. Ainda que o assunto vá muito além disso, abordemo-lo, mesmo a contragosto, fingindo que é o centro da questão. A conclusão é que não há nenhuma solução mágica que possa resolver o “problema” sem sacrifícios. Estaremos dispostos? Vejam algumas “sugestões” que ficam na epiderme da questão: há um contingente crescente de pessoas que aposentadas deverão ter seus recursos supridos por um número desproporcional de trabalhadores (com carteira assinada, prevalentemente) Sugestões: Aumentar a idade de aposentadoria Claro, vive-se mais, trabalhe-se mais! Mas... e a porém a “equação perversa” permitirá isso? Criar “cotas de idosos” é uma arbitrariedade, mesmo com incentivo fiscal. Privatizar a previdência, como o Chile fez. Boa alternativa mas há um contingente já aposentado ou em vias de que impedem que benefícios sejam sentidos em - de 20 anos... Diminuir o valor das aposentadorias Os valores recebidos estão já muito aquém do digno. Diminuir mais? Não aplicar reajustes de correção da inflação? Combater desvios , fraudes e abusos Boa ideia, no entanto dependente de seriedade e vontade política, coisas que... O fato: não há uma solução simples 4 – O que fazer? Prepare-se. Sim, o pior dos mundos é um enorme contingente humano ainda com energia, marginalizado, improdutivo e “caro”! Esse é o ponto! Sim, é fundamental que os veteranos tenham Educação Específica, Frentes de trabalho, Arquitetura da Vida Idosa, para •Aumentar sua Qualidade de Vida •Melhorar sua Saúde Física e Mental •Melhorar sua Autoestima •Melhorar seu Relacionamento Familiar Sim, o pior é que depende do Governo e o melhor é que não depende somente dele. O fato: sim, podemos não fazer nada... 4 – O que fazer? Prepare-se. Em países desenvolvidos, que já convivem muitos deles com os efeitos da Revolução da Longevidade há muito, existe séria preocupação com o tema? Por exemplo, nos EUA e em vários países da Europa, há arquitetos e urbanistas aplicando estudo e esforço para encontrar soluções adequadas para essa fatia da população, não só porque ela representa importante fonte de consumo como porque é inevitável que hajam ações voltadas a proporcionar conforto adequado para essa parcela da população. No Brasil, infelizmente são pífios os esforços nesse sentido. A arquitetura da vida idosa vai desde imóveis apropriados até móveis e utensílios adaptados às necessidades específicas. Quando se fala da Educação Específica para o idoso, no Brasil, seria de suma importância entender que parcela dos idosos de hoje são analfabetos ou quase, que não se trata exclusivamente da inclusão digital, para parcela da população idosa as dificuldades nascem bem antes disso. Ainda no ponto de Educação, a educação para a saúde, em todos os sentidos impulsionam idosos para um patamar de qualidade de vida que merecem, querem e precisam. Mais, também Educação para a Cidadania... Enfim, sim, sempre podemos não fazer nada... O fato: sim, podemos não fazer nada... Empresas Instituições Não Governo Governamentais Menor demanda assistencial Impostos Trabalho Remunerado Melhora QV e auto estima Consumo Família Saúde na Relação Melhora o perfil do orçamento familiar Educação Específica Frentes de Trabalho Arquitetura da vida idosa Instituições mais humanas Vantagens de imagem e resultados Idosos e famílias mais felizes 4 – O que fazer? Prepare-se. Se contas forem feitas, é provável que os ganhos auferidos pela diminuição da demanda por ações de assistência a idosos, juntamente com o aumento do consumo e impostos decorrentes, tenham, no mínimo, o efeito de compensar os investimentos feitos em Educação, Trabalho e Arquitetura. É evidente que, considerando que tais investimentos deveriam ser feitos independentemente de compensações, não há razões para que empresas, ONGs e, especialmente, o Governo, não criem as condições para mudar a realidade. Mas é claro que, para tanto, necessário que houvesse uma excelente articulação de movimentos para atendimento de vários interesses e, uma maestria na gestão para evitar que ocorressem os conhecidos desvios e fraudes. Tudo somado, o preço é baratíssimo para comprar a dignidade para pessoas. Mas, é natural que podemos não fazer nada... O fato: sim, podemos não fazer nada... • Tomar consciência da situação, afinal você já é ou será um Veterano (mais cedo do que imagina). • Difundir sua consciência sobre o tema em redes sociais, no trabalho, na sociedade, enfim. • Fazer pressão política e apoiar organizações que pressionem por melhores dias (os seus!) • Preparar-se para a Revolução da Longevidade. • Procurar apoio de profissionais para ajudar a rever e planejar a sua vida. • Tomar consciência da situação e das perspectivas de desenvolvimento do assunto. • Estudar o tema no cenário de sua empresa e de empresas de seu relacionamento. • Tentar encontrar soluções para minimizar os efeitos da “equação perversa”, contando com o apoio de profissionais conhecedores do tema. • Praticar, preventiva e corretivamente soluções. • Difundir novas crenças no ambiente interno e nos grupos dos quais participa. • Preparar-se pessoalmente... USE SEM MODERAÇÃO Minimizar • próprios preconceitos • medo de arriscarse Entender • a comunicação do idoso (como a do adolescente) tem peculiaridades • o idoso ensina, sobretudo (valores, técnica, comportamento, cultura) • seu modelo mental é reflexão, apoio em referenciais vividos. Eliminar • o idoso quer refazer sua carreira. • quer ocupar lugar de jovens. • trabalhar 14 horas por dia, plugado num Blackberry. • O idoso não quer desafios. 4 – O que fazer? Prepare-se... O preconceito... Vamos minimizá-los? Se não for por respeito aos Veteranos, seja por respeito a nós mesmos que já quase somos ou seremos. Isso quer dizer, abandonar crenças e adotar outras. Ainda, é fundamental arriscar-se, sendo um Líder ou um Gestor de RH, ou mesmo um administrador de qualquer nível. É preciso aceitar o desafio de mudar. Um jovem é um jovem, um veterano é um veterano... Frase idiota, não é? Não é... veteranos não podem e nem devem agir como jovens. É absurdo definir a juventude como referencial para outras faixas etárias, ao comparar com a juventude, veteranos tem limitações. É meio parecido com exigir maturidade e sabedoria de jovens, é inadequado e injusto. Para entender: Veteranos são pessoas com ritmos e formas próprias de pensar. São, em geral, mais pausados, pensam de forma reflexiva (buscam em seu grande cabedal de experiências situações análogas diante de um problema), podem ser muito criativos (seus referenciais são tantos que estimulam padrões de ação), podem ser pacientes e bons treinadores (saber compreender é seu ponto de força) O fato: um veterano é um veterano. 4 – O que fazer? Prepare-se... As lendas e “verdades” que não levam a nada... o idoso quer refazer sua carreira Claro que não! Ele gostaria de ganhar o que ganhava, é claro, mas não quer enfrentar “de novo” tudo que já enfrentou... ocupar lugar de jovens Também não... Ele gostaria de ganhar o que alguns jovens ganham, é verdade, mas enfrentar a maratona que enfrentam, isso não! trabalhar 14 horas por dia, plugado num Blackberry No coments... By the way, o que é um Blackberry? o idoso não quer desafios. É só adaptá-los ao seu momento de vida Finalmente uma verdade! Sim desafios foi o que enfrentou por toda a vida, desafios pessoais e profissionais. Gosta disso. Gosta de mostrar-se ativo. Gosta de afastar-se da morte, trabalhando e construindo. O trabalho, com seus desafios, fornece respeito próprio e da sociedade. Desafios? É só adaptá-los ao seu momento de vida. O fato: um veterano é um veterano. 5 – Conclusões Estas conclusões, não são conclusões... Explicando, talvez sejam só inputs para o que vier neste mundo dinâmico e tão imprevisível ... Por enquanto, então, que sejam conclusões... 5 - Conclusões • O envelhecimento da população brasileira acompanha uma tendência internacional impulsionada pela queda da taxa de natalidade e pelos avanços da biotecnologia. A análise de indicadores IBGE – 2000 revelam que o crescimento da população idosa não ocorre apenas em níveis absolutos, é particularmente relevante o aumento dos domicílios sob a responsabilidade dos idosos. Assim, o ritmo acelerado de crescimento da taxa de participação dos idosos levanta importantes debates quanto à capacidade da sociedade em se adaptar à essa realidade em mutação. • Se, por um lado, a universalização dos benefícios da seguridade social foi fundamental na melhoria dos rendimentos dos idosos, por outro o aumento do contingente de idosos provoca fortes pressões no sistema previdenciário e de assistência social. Em paralelo, a redução do número médio de componentes da família sob a responsabilidade dos idosos e o concomitante aumento da proporção de idosos vivendo sozinhos trazem à tona questões sobre as condições que devem ser oferecidas a esses idosos, com tendência de vida cada vez mais autônoma e integrada. 5 - Conclusões • Por fim, um dos temas bastante abordados na 2ª Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento da ONU foi o incentivo a ser dado sob a forma de ações governamentais, econômicas, políticas e culturais que possam garantir ao idoso a continuação de sua contribuição social de forma ativa e produtiva. Samuel (2000, p. 272) tem uma visão otimista quanto a essa nova inserção do idoso, especialmente na América Latina e no Caribe. Embora o autor reconheça os desafios do envelhecimento da população para a sustentabilidade tributária do Estado, considera que a contribuição deste contingente idoso ao crescimento econômico e ao desenvolvimento social pode ser positiva, na medida em que sua participação no processo produtivo deixa de ser um problema e passe a ser parte da solução. As transformações causadas pelo envelhecimento populacional recaem sobre esse processo nos aspectos de consumo, desenvolvimento, investimento, distribuição de renda, flexibilidade da mão de obra, relações inter-geracionais, igualdade social e de gênero e nas diversas formas de gestão econômica, social e política. Fonte: IBGE - Perfil dos idosos responsáveis pelos domicílios no Brasil 2000 CONCLUSÃO • A crescente longevidade é um fenômeno real, inevitável e universal. • Envelhece-se mais e melhor, exigindo da Sociedade, da Família e do próprio Idoso posições e ações de enfrentamento dos problemas. • Os problemas dos Idosos não são dele, são também dele. A estrutura social moldada de forma a ignorar a sua existência ou, de forma menos agressiva, a “tolerar o idoso”, precisa urgentemente mudar. • A mídia vê com mais atenção o ângulo econômico: o do descasamento das contas da previdência, principalmente. Muito secundariamente enxerga a saúde e eventualmente aborda assistência e educação. • A perspectiva é de agravamento da situação à medida em que aumenta a longevidade e o descaso em relação ao assunto prevaleça ao bom senso. • O que de positivo existe é que há sementes plantadas de movimentos que buscam mudança de visão e ação. Eles devem ser adotados e apoiados para pressão política e respostas sustentáveis da Sociedade • Também muito relevante é o grupo de pessoas e empresas que vem buscando apoio em especialistas para mudança de cenário e de rumos pessoais. A Grande Perda Ao desconsiderarmos a riqueza que Veteranos possuem de experiências, de informações, de conhecimentos e competências, estamos levando adiante a Grande Perda: ...de referenciais culturais (fazem da sociedade mais pobre) ...de referenciais técnicos e de competências (empresas mais pobres) ...história ...raízes ...identidade www.capitalsenior.com.br [email protected] Antonio Vidal Filho Experiência de mais de 20 anos em postos de direção de empresas nacionais e multinacionais como Ford e Fiat. Consultor em reestruturação empresarial e recursos humanos. Graduado e pós-graduado na Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, extensão universitária na Thunderbird School of Global Management – USA e especializações diversas. Atuação profissional na Itália, Alemanha e Estados Unidos. Fundador e integrante do GERH - Grupo de Estudos de Recursos Humanos. Autor do livro "O Mistério de Sério Romão", o qual deu origem à peça teatral homônima. Músico com atuação em bandas de jazz e rock'n roll. Fundador do Capital Sênior Instituto e idealizador da palestra “A Revolução da Longevidade”.