A influência da música clássica na guitarra do Heavy Metal

Transcrição

A influência da música clássica na guitarra do Heavy Metal
COLÉGIO OFÉLIA FONSECA
A EVOLUÇÃO DA GUITARRA ELÉTRICA E O
HEAVY METAL.
Caio Chaves de Souza
São Paulo
2013
Caio Chaves de Souza
A EVOLUÇÃO DA GUITARRA ELÉTRICA E O
HEAVY METAL.
Trabalho realizado e apresentado sob a orientação
do Professor Daniel Mauro Justi, da disciplina de Física.
Resumo
Este trabalho trará a problematização do porque que a guitarra elétrica ganhou
tamanho espaço na música. Para entender essa evolução, foi escolhido um gênero que se
encaixa nos parâmetros de analise do tema, o Heavy Metal. Serão levados em conta fatos
históricos, pesquisas acadêmicas, histórias e conhecimento para a realização desta tese.
Abstract
This work is about the importance that the electric guitar has achieved since it was
created. For instance. it will show the transformation that this instrument has suffered. Due to
the fact of that the evolution is an inevitable topic to mention and focus. To help us to
comprehend all this aspects, this work will show the genre that the guitar has more space to
act, the Heavy Metal. Overall, at the end, all this questions and doubts will be solved.
Decicatória
Dedico este trabalho as minhas paixões, a música, a guitarra e ao Heavy Metal que já
me proporcionaram grandes momentos de ecstasy e alegria, fazendo de mim o que sou hoje.
Também gostaria de dedicar aos meus familiares e meus amigos que sempre estão comigo me
apoiando e criticando.
Agradecimentos
Gostaria agradecer todos aqueles que me ajudaram em meu trabalho, principalmente
minha família, amigos e colaboradores. Obrigado ao meu orientador, Daniel Mauro Justi,
também, pela sua competência e paciência na execução desta tese. Não posso me esquecer de
agradecer a instituição de ensino, Colégio Ofélia Fonseca, e todos os professores e
colaboradores nela presentes que me abraçaram desde quando era uma criança levada e
risonha até os dias atuais. Um Obrigado mais do que especial ao meu pai, Celso Ricardo de
Souza, por ter me proporcionado a paixão pelo o que tenho hoje em dia.
Sumário
1.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................01
2.1 DESENVOLVIMENTO............................................................................................... 04
2.2 O Heavy Metal..............................................................................................................04
2.3 Primórdios e Início, Black Sabbath ..............................................................................05
2.4 O Fim do Começo (1969 – 1979) .................................................................................13
2.5 Anos de Ouro (1980 – 1990) ........................................................................................13
2.6 Decadência e Reformulação do Gênero........................................................................15
2.7 O Heavy Metal Brazuca ...............................................................................................16
3.1 CONCLUSÃO .............................................................................................................18
4.1 BIBLIOGRAFIA .........................................................................................................20
1.1 INTRODUÇÃO
No século XX houve diversas revoluções no modo de se fazer música. Neste século
foram criados e adaptados diversos tipos de gêneros e estilos musicas. A mais importante e
adaptável criação deste século foi à criação do mais novo membro da família das guitarras a:
guitarra elétrica, a partir do violão. A guitarra elétrica foi criada com o intuído de obter uma
maior amplitude de som fazendo com que o mesmo soasse mais alto. Este proposito fez com
que o instrumento ganhasse um impressionante reconhecimento mundial, principalmente após
a Segunda Grande Guerra. A princípio essa reivindicação de som foi para aderir à vontade de
instrumentistas de Jazz que viam a necessidade de se ter um maior aproveitamento de som, de
maneira que se amplificasse o mesmo. Para que esse feito pudesse ser concretizado, na década
de 1920 começaram pesquisas de aperfeiçoamento, aproveitamento e formas de amplificação.
Deu-se então, após uma década de pesquisas eletrônicas e de design,
aproximadamente, a criação da guitarra elétrica, obtendo como criação “final” um produto
pronto para o uso e vendas. A experiência final tinha corpo sólido, que tem como marca uma
sonoridade tônica e amplitude sonora diferente entre instrumentos da classe de guitarras, e
não completamente acústico, porém, tendo como forte influência nos primeiros modelos a
utilização de corpos semiacústicos. O corpo sólido foi desenvolvido para ter-se um maior
rendimento de “sustentação sonora” (sustain), ou alongamento na duração de notas e acordes
tendo ao mesmo tempo um tom único e característico dos corpos sólidos que naturalmente
realça um aumento no ganho de volume.
Esta é uma característica única das guitarras elétricas e é o que a difere de todos os
outros membros da categoria guitarra. Teve-se também a aplicação de uma das características
dos novos modelos de instrumentos de cordas, os captadores. Foram eles que foram
desenvolvidos durante as pesquisas realizadas na década de 1920. Os captadores tem a função
de captar o som produzido pelas vibrações das cordas. Após a captação dessas vibrações, os
captadores transferem o sinal recebido e o lançam no falante do amplificador. O sistema de
captadores trabalha em conjunto com os mecanismos elétricos existentes na guitarra, com o
amplificador e com o tom escolhido pelo guitarrista que utiliza a peça. O primeiro captador
desenvolvido estava inserido no grupo das pesquisas que haviam sido realizadas durante a
década de 1920. Não há exatidão de quando foi a sua primeira utilização no instrumento,
porém a primeira prova do uso de captadores ocorreu quando Lloyd Loar, que trabalhou na
empresa Gibson de 1920 a 1924, o mesmo período que ele desenvolveu o sistema de
captação. Por ironia do destino, a marca pela qual Lloyd trabalhava fez uma gama
experimental de seu novo equipamento, entretanto não se atreveu a desenvolver uma linha
com instrumentos elétricos, ainda mais utilizando tal audaciosa criação, já que, ao ver deles, o
mercado de instrumentos elétricos era muito fraco.
1
Após o final de uma
suposta “fase experimental” de
criação do novo instrumento,
durante a década de 1920, na
década
de
1930,
mais
especificadamente em 1931, a
Richenbacher Company lançou no Primeira guitarra, a “Frying Pan”, criada pela Richenbacher Company.
mercado o primeiro produto na
classe de guitarras elétricas. Este produto era uma guitarra havaiana elétrica que possuía o
apelido de “Frying Pan” (que traduzindo para o português significa frigideira). Recebeu este
apelido pelo formato de seu corpo e pelo fato do mesmo ter sido feito em alumínio.
Esta rápida transformação na maneira de se fazer guitarras, em um curto espaço de
tempo, tendo antes instrumentos em sua grande e esmagadora maioria fabricados única e
exclusivamente de madeira, para em um curto espaço de tempo a utilização e venda de corpos
feitos de outros materiais, neste caso o alumínio. Isto mostra o quão este equipamento poderia
se adaptar a vários estilos e gostos, e também como sua historia de evolução seria repleta de
inovações, atendendo as necessidades de publico, instrumentistas e mercado.
A versatilidade do instrumento em questão, fez com que o mesmo fosse essencial para
criação de diversos estilos musicais. Tente imaginar um mundo sem guitarras elétricas. Se não
fosse ela não existiria do Jazz até o Flamenco, do Country até a Salsa, o que mostra a tamanha
importância e popularidade que o instrumento ganhou ao longo das décadas. Porém, o estilo
musical que mais se apossou da simplicidade, longevidade, personalidade, beleza e estilo da
guitarra elétrica foi sem duvida o bom e velho Rock and Roll, que por um simples acaso não
existiria se a guitarra elétrica não existisse. Este conceito nos leva a pensar que sem guitarras
elétricas no mundo atual não haveria musica.
O Rock and Roll foi criado na transição da década de 1940 para a década de 1950 nos
Estados Unidos. O novo estilo possui raízes no Blues, Country e de gêneros Gospels.
Coincidentemente, o Rock and Roll é caracterizado pela guitarra elétrica. Antigamente o
gênero era visto como única e exclusivamente para a dança e diversão de jovens. Tais jovens
que tiveram um papel fundamental na ascensão de popularidade do estilo já que os mesmos
protagonizavam o estilo, durante a década de 1950 e de 1960, Ficaram famosos por possuírem
a fama de serem rebeldes, o que trazia os olhares de todos para o novo jeito de se fazer e
promover música. Grandes nomes históricos da musica mundial fizeram parte do time de
celebridades que se divertiram e entretiveram os outros com o estilo. Como por exemplo: o
Rei do Rock, Elvis Presley e os Garotos de Liverpool, The Beatles.
Com o passar dos tempos, o estilo que foi criado por influencias de outros estilos,
serviu como pilar na formação de outros gêneros. Gêneros estes, que assim como seu pai,
ganharam popularidade alarmante em suas épocas. Algumas dessas novas criações,
principalmente, são: Surf Rock, Pop Rock, Rock Progressivo, Rock Psicodélico, Punk Rock,
Glam Rock, Hard Rock, Rock Alternativo e o Heavy Metal. Muitos destes que ainda ocupam
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importante espaço no atual ramo da música e muitos desses possuem em suas montagens de
produções, composições, palco e de instrumentos a guitarra elétrica.
As criações desses estilos remontam diversas épocas e públicos. Mas no fim da década
de 1960 as coisas começaram a se agitar na Inglaterra. No final da década, de 1966 a 1969,
em dois polos da Inglaterra, um em Londres e outro em Birmingham, duas novas bandas
revolucionaram com seu estilo e gênero. Era então criado a partir de Led Zeppelin e Black
Sabbath o Heavy Metal.
Assim como a guitarra, com o passar do tempo o Heavy Metal passou por diversas
transformações. Sua base de gênero e de composição de grupo é basicamente bateria, baixo,
vocal, teclado, guitarra elétrica e membros e adeptos cabeludos. Suas bandas percussoras
também se modificaram com os anos, mas sempre foram fonte clara de influencia para novas
bandas que viam em seus ídolos a maravilha rítmica e teatral das letras e aparência das
bandas. Muitos taxam o Heavy Metal como música do Diabo, por gestos, letras e oposição,
em alguns casos, à sociedade.
Águas correram na historia do estilo até que chegamos ao final da década de 1970 e
começo da década de 1980, onde a venda de discos e o espaço da cena Heavy Metal começou
a diminuir, em vista que as gravadoras estavam aderindo a cena Punk. Neste período um
movimento de contracultura causava transtorno na Inglaterra. O movimento era a Nova Onda
do Heavy Metal Britânico (New Wave Of British Heavy Metal – NWOBHM). O movimento
visava uma transformação na forma de se fazer e de se promover o Heavy Metal. Era proposto
pelas bandas que estavam inseridas neste contexto a ideia de inovação. Esta que seria
principalmente fixada na maneira de se lançar no mercado, produção de material e criação de
novas formas de caracterizar o estilo.
Muitas bandas surgiram nesta época, dentre elas estão: anteriormente: Motorhead,
Judas Priest, Deep Purple, Van Halen e outras, e durante: Iron Maiden, Def Leppard, Saxon,
Venon e muitas outras. Bandas essas que espalharam novamente a cena do Metal pelo mundo,
cada uma com sua característica porem todas inseridas na vertente maior.
A guitarra esteve ao lado em todas essas historias, inclusive, evoluindo com os
gêneros. Um pouco antes, durante e após a década de 1980 cada banda via como necessidade
de inovar na forma de fazer seu material. Assim então se criou um auxilio na hora de se fazer
o material com a introdução de pedais que possuíam efeitos diversos, podendo ser montados a
gosto do usuário.
Portanto, depois desta prévia, percebe-se que a guitarra elétrica foi, e é, muito
importante para a música, levando em conta que o mercado instrumentista cresceu, se
fortaleceu e se inovou com a criação da mesma. Então, qual será o real papel do instrumento
na musica em geral, e principalmente no Heavy Metal?
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A evolução da guitarra foi algo que sempre me intrigou. Quando passou pela minha
cabeça que poderia realizar um trabalho sobre minha amada de seis cordas não hesitei.
Também, um fator que contribuiu para a escolha deste tema foi a minha preferência pela
vertente musical que aqui será citada, o grandioso Heavy Metal. Levando isso em conta,
minha paixão pela música e a guitarra, gosto preferencial ao gênero escolhido e tendo pessoas
sábias em relação ao tema em minha volta, não vi motivo para não escolher este tópico para
trabalhar. Apresentarei de forma prática e de fácil compreensão tudo aquilo que está ligado ao
meu trabalho, que tem como fonte motivacional o enriquecimento cultural sobre aquilo que
pretendo levar para minha vida.
2.1 DESENVOLVIMENTO
2.2 O Heavy Metal
Nos anos de 1980 o estilo que se deriva do Rock, o Heavy Metal, estourou na
Inglaterra e Estados Unidos, assim se espalhando para todo o globo. Entretanto, tal estilo não
se iniciou nesta época, mas sim aproximadamente vinte anos antes. As bandas precursoras do
estilo foram principalmente: Led Zeppelin, Deep Purple e Black Sabbath. Nenhuma destas
bandas eram iguais entre si, no entanto se encaixam no estilo em geral
por possuírem algumas características em comum. Características
essas que estão principalmente
ligadas as inovações que foram
trazidas por tais para a musica.
Tais inovações giravam em torno
da nova temática envolvida em
temas de musicas e álbuns,
Led Zeppelin – Jimmy
Page, Robert Plant, John
Bonham e John Paul Jones.
pulsação dentro da musica,
teatralização em palco e a
utilização de cada instrumento.
Deep Purple – Roger Glover, Ian Paice, Ian
Gillan, Don Airey e Steve Morse.
O Heavy Metal evoluiu com o tempo. Algumas das inovações criadas por suas
principais bandas precursoras se mantiveram. No entanto, algumas novas características, mais
emblemáticas talvez, foram criadas. A essência do Heavy Metal, musicalmente falando, está
em: possuir um canto, vocal, marcante, e em algumas vezes estridente, baixo evidente, às
vezes seguindo as bases ou independente, porem sempre dando suporte ao resto da banda,
bateria com “pegada” forte e marcante, em grande maioria das vezes rápida e extremamente
ritmada, e em algumas vezes com a presença de pedal duplo, e por ultimo, e de maneira
alguma menos importante, a guitarra elétrica.
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O estilo que se desenvolveu em prol da guitarra elétrica tem como sua maior marca a
própria guitarra elétrica. O estilo é o único que tem como foco o famoso e indispensável
instrumento de seis cordas. A guitarra elétrica no gênero é vista como essencial para a
execução mais fiel do mesmo. Pode-se ter uma ou duas, e em poucos casos mais do que duas,
guitarras em uma banda de Heavy Metal. Todas, primeira ou segunda, “lead” ou “base”,
guitarras são de estrema importância para a realização da musica. Qualquer musica que se
enquadra no gênero apresenta um “riff”, levada ou solo de guitarra marcante, o que torna
mais evidente a criação do estilo a favor do instrumento. Além de fraseados marcantes e solos
técnicos e elaborados, para ser Heavy Metal de verdade a guitarra apresentará os seguintes
pontos: notas graves com muita presença, agudos altos e bastante evidentes, palhetada
marcada, ritmo acelerado, peso e muito ganho de potencia em distorções de amplificadores,
“frases dobradas” (quando um pedal de efeito da o efeito ou uma segunda guitarra elétrica
realiza uma frase semelhante ou igual ao mesmo tempo que a guitarra elétrica principal) e
solos rápidos, porem sem perder o “felling” (expressão usada no ramo musical para
representar o sentimento aplicado pelo artista em seu instrumento).
Por este motivo, a ênfase na guitarra, que o Black Sabbath se distingue das outras
bandas dos primórdios. Ambas, Led Zeppelin e Deep Purple, meio que dividiam o espaço de
instrumento ou apenas não dependiam de um único instrumento para passar a mensagem
esperada. Não que isso seja algo ruim, dar tal ênfase, é apenas um ponto particular de cada
banda.
2.3 Primórdios e início, Black Sabbath
Muitas, se não todas, as bandas criadas nas décadas seguintes se espelharam no Black
Sabbath. Pela importância que esta banda tem, acho indispensável e extremamente facilitador
a compreensão da evolução do Heavy Metal após a análise da história da banda.
A banda começou com a união de Anthony
Iommi (Tony Iommi), guitarrista, William Ward
(Bill Ward), baterista, que pertenciam à banda
Mithology leram que um tal de John Osbourne (Ozzy
Osbourne), vocalista, estava a procura de uma banda.
Então, fizeram um encontro na casa de Ozzy que
chamou dois companheiros de uma antiga banda,
eram eles Terence Butler (Geezer Butler), futuro
baixista, e Jimmy Phillips, este que não continuou
na banda como os outros.
Black Sabbath – Bill Ward, Geezer Butler, Ozzy
Osbourne e Tony Iommi.
Após a junção, começou então a jornada da até então Polka Tulk Blues Band que
tocava de “pubs” em bares do Reino Unido tocando “covers” de Jimi Hendrix, Cream e
outros. Depois de algum tempo a banda decidiu mudar ser nome para Earth, porem não
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sabiam que este nome já havia sido escolhido e estava sendo utilizado por outra banda. A
alternativa foi dada então por Geezer. Ele, que era fã de romances com temas de terror e
magia negra, viu um filme que quando estreado no Reino Unido recebeu o nome de Black
Sabbath. Como gostou do filme e achou sua história boa decidiu dar este nome à banda, e até
fazer uma musica com ele.
O nome também foi dado para o primeiro disco da
banda, que foi um sucesso na época. O primeiro disco foi
inovador e por isso foi adorado por todos. A temática e a
forma de em que ela era colocada nas musicas, com letras
pesadas de conteúdo como os tons utilizados por Tony na
musicas. A partir disso se inaugurou o Heavy Metal, para
muitos.
Black Sabbath – Black
Para a época as letras e as sonoridades eram muito
Sabbath
polêmicas. Até que por isso a banda possuiu uma visibilidade
grande em seu trabalho. No primeiro álbum as musicas mais prestigiadas foram “Black
Sabbath”, “The Wizard” e “N.I.B.”. Todas tinham as características da banda, e
consequentemente as do novo gênero.
Qualquer apreciador do estilo e do Black Sabbath diz que o começo, e o que até se
prolongou por toda historia da banda, são marcados pelos “riffs” e “peso” colocado por Tony
em todas as musicas da banda. No inicio da estrada isso foi crucial. Nos primeiros álbuns o
mais esperado, criticado e aclamado era a junção do novo estilo musical que surgia e a
guitarra de Tony.
O segundo álbum, Paranoid que saiu no mesmo ano
em que o primeiro, 1970, foi um sucesso estrondoso assim
como havia sido o primeiro. Os pilares da banda de
mantiveram e novos sucessos vieram com eles. A segunda
produção de estúdio estava repleta de clássicos. Cada um com
sua particularidade de tema, além de um ar sombrio. Entre os
clássicos estão “War Pigs”, “Eletric Funeral”, “Iron Man” e
“Paranoid”. Essas musicas tratavam de algo a mais do que
apenas sombrio. Possuía temática fictícia e cientifica, temas
de guerra e até mesmo loucuras, paranoias.
Black Sabbath – Paranoid.
Paranoid foi um marco para a música e um marco para o Heavy Metal. O álbum foi o
que concretizou o estilo. Prêmios e mais prêmios foram dados a ele. Discos de Platina foram
adquiridos em diversas paradas em varias parte do mundo. Na época, 1970, as faixas do
álbum ficaram nos topos das paradas americanas e britânicas, o que fez que o grupo se
tornasse famoso mundialmente e ganhasse visibilidade em seus próximos passos.
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No ano seguinte foi lançado um novo trabalho da banda. Este novo álbum de estúdio
foi intitulado Master of Reality. Este pode ser considerado o álbum mais obscuro e perverso
da banda. Isto ocorre por dois motivos. O primeiro deles é a
temática e o clima mais presado presente nas musicas. O
segundo é o fato de que Tony mudou a afinação de sua
guitarra, deixou-a mais pesada, abaixando um tom e meio,
indo de E (mi) para C# (dó sustenido). Tal feito foi declarado
necessário para acompanhar a voz de Ozzy, dito anos depois
pelo próprio Tony. Geezer também seguiu esta linha e
afinou seu baixo um tom e meio mais grave, para tornar a
sonoridade mas pesada, suja e sombria. Dado tal fato, muitas
bandas que sefuem uma vertente mais pesada do Heavy
Metal, como Doom Metal e Null Metal, se disseram
inspiradas particularmente por este álbum para poder desenvolver seus projetos. O álbum
contava com clássicos como “Embryo”, “Children of The
Grave”, “Sweet Leaf” e “After Forever”.
Black Sabbah – Master of Reality.
“Snowblind” era para ter sido o nome do quarto
álbum da banda, porem foi barrado por fazer menção a
cocaína. A banda então deu este nome a uma música, que
coincidentemente é a mais conhecida do disco. “Black
Sabbath, Vol 4” foi a alternativa encontrada para o nome do
novo trabalho, que foi lançado em 1972. A criatividade dos
músicos deu este nome porque este seria o quarto álbum de
estúdio da banda.
Black Sabbath – Sabbath Bloody Sabbath.
Black Sabbath – Black Sabbath Vol 4.
O ano era 1973 e “Sabbath Bloody Sabbath”
estava para ser lançado. Este também é o nome do
maior clássico deste disco. A mistura de rock, Heavy
Metal e rock progressivo ainda se manteve nesse disco,
e continuou a dar certo. Porem, na época do
lançamento desde disco, a banda inteira passou por
problemas com drogas e entorpecentes, não que este
problema havia começado agora, mas se intensificou e
passou a causar transtornos por agora. Bill e Ozzy
foram os mais afetados, e
isso traria consequências
no futuro.
Dois anos depois foi a vez de “Sabotage”. Este álbum
era inovador e moderno mas não fazia o gosto do publico, que
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Black Sabbath – Sabotage.
achava que a banda deveria continuar com suas características. O disco foi bastante
diversificado, um dos fatores que desagradou o publico. Tinha canções de mais gêneros a não
ser o Heavy Metal. Canto Gregoriano e Pop Rock foram introduzidos no disco, mas não
fizeram sucesso. O Heavy Metal prevaleceu como o estilo mais adorado e aclamado pelos fãs
na banda. O disco contava com clássicos como ‘Symptom of The Universe” e “Hole in The
Sky”.
Black Sabbath – Technical
Ecstasy.
“Technical Ecstasy” foi o álbum seguinte da banda. No
entanto, se o álbum anterior já havia despertado um sentimento de
desilusão no publico o que dirá deste. As ideias de unir, incorporar,
outros estilos nas musicas e no disco não foi bem vista pelo publico,
entretanto a qualidade ainda continuou. O clássico deste disco é
“Dirty Women”. A desilusão completa não foi com o álbum, mas
sim com o que houve após a turnê do mesmo. Devido a fatores
como dependência as droga e ao álcool
Ozzy deixou a banda.
Mas, em 1978, Ozzy voltou para a banda para gravar um
novo projeto que tinha o nome de “Never Say Die!”. O disco foi
extremamente mal visto pelo publico que não era adepto da pegada
eletrônica experimental que a banda havia aderido. A faixa mais
popular do álbum é a que leva o nome do mesmo, mas não se
engane muitos não gostam da faixa.
Black Sabbath – Never Say
Die!.
Depois da turnê do disco anterior Ozzy Osbourne foi despedido da banda pelos
mesmos motivos que o haviam feito se afastar da banda anteriormente. Antes o sentimento era
de compaixão dos integrantes da banda em relação a Ozzy, mas agora com brigas e discórdias
frequentes este sentimento havia mudado, não é a toa que ele foi despedido. No entanto o
príncipe das trevas não se aposentou e iniciou sua carreira solo.
Dá-se então uma nova fase na historia da banda, uma
fase conturbada e instável. Muitos músicos entraram e o
primeiro deles foi nada mais nada menos que Ronnie James
Dio (1942~2010). Dio é uma das figuras mais emblemáticas e
importantes para a história do Heavy Metal e por tal
importância adquirida é dito por muitos como a melhor voz
de metal que já pisou na Terra. Havia tocado na banda Elf e
Rainbow. Com sua entrada na banda deu-se a possibilidade de
gravar um novo álbum, em 1980. O disco “Heaven and Hell”
foi mais do que um sucesso. O disco também contava com a
entrada de Geoff Nicholls, teclado, e é visto de maneira
lendária por muitos até os dias atuais. Ele remonta a ideia
Ronnie James Dio (1942~2010) e a
Mão Chinfrada do Metal.
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primordial da temática e estilo adotados pela banda em seu
início porem de maneira mais agitada, seguindo a nova linha
da nova década. Com ele o Black Sabbath voltou ao cume das
paradas, não é demais dizer que todas as suas faixas se
tornaram clássicos e foram sucessos na época. Suas faixas são:
“Neon Knights”, “Children of The Sea”, “Lady Evil”,
“Wishing Well”, “Lonely Is The World”, “Walk Away”, “Die
Young” e “Heaven and Hell”. Esta ultima que leva o nome do
álbum se tornou um grandessíssimo clássico sendo um marco
para a nova fase da banda e para o Heavy Metal, sendo às
vezes dito por alguns como hino do estilo.
Black Sabbath – Heaven and Hell.
Em 1981, sem Bill Ward que deixou a banda no ano
anterior por motivos pessoais, o Black Sabbath decidiu
gravar mais um disco. Para que isso fosse possível, a
gravação de um novo álbum, chamou-se Vinny Appice para
se juntar a banda. Surgiu então “Mob Rules” que gerou
grandes faixas, como “Voodoo”, “Mob Rules” e “Turn Up
The Night”.
Este disco e a
atmosfera que Dio trouxe e
criou junto aos outros
Black Sabbath – Mob Rules.
integrantes fez com que
fosse gravado o primeiro álbum ao vivo e oficial da banda, e
não um “bootleg”, como havia ocorrido ainda com Ozzy no
grupo. O nome do disco ao vivo é “Live Evil”. Neste show
foram tocadas as principais musicas, selecionadas pelos
integrantes, que pertenciam principalmente a nova era. Isso,
de algum modo, gerou discordâncias e conflitos entre Tony e
Dio. Por isso então que Dio deixou a banda e seguiu carreira
solo em sua nova banda DIO. Na despedida Dio levou junto a
si Appice.
Black Sabbath – Live Evil
Com a saída de Dio era necessária à contratação de um novo vocalista e um baterista.
Nas baquetas o problema foi resolvido rapidamente. Bill Ward já havia se recuperado de seu
problema pessoal e voltou para o grupo. No entanto no microfone as coisas não foram tão
simples assim. Alguns candidatos foram escolhidos e chegaram até a entrar na banda, porem
não vingaram. Tony e os outros integrantes viram que o ex-vocalista do Deep Purple Ian
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Gillan estava sem banda. Dadas às circunstancias, Tony e Gillan se encontram e se acertam.
Uma nova parceria havia sido fechada.
Com a tomada da banda com a formação original mais
Gillan foi produzido “Born Again”. Este mostrou a união das
forças, mas que essas foram muito fracas. O álbum foi muito
mal quisto pela mídia e pelo publico. Depois deste lapso de
criatividade e do fracasso que havia sido o álbum, por mera
coincidência, o Deep Purple decidiu fazer uma reunião, o que
fez com que posteriormente Gillan se juntasse a banda
novamente.
Black Sabbath – Born Again
A banda então se encontrava de novo sem integrantes
para fazer um trabalho completo. Por isso que Tony decidiu
fazer um álbum que a principio iria ser solo, mas que foi creditado nas contas do Black
Sabbath. O álbum era “Seventh Star”. Junto a Tony se juntou Eric Singer, ex-baterista do
KISS, nas gravações e execução do tour. A fase da banda era tão ruim que um dos primeiros
integrantes saiu antes mesmo do lançamento deste disco. Geezer criou sua própria banda, no
entanto não produziu material de gravação com ela.
Tony Martin foi o vocalista escolhido para a gravação do
disco “The Eternal Idol”. Junto a ele também foram trazidos Jo
Burt, baixista, e Terry Chimes. Estes não realizaram a gravação
do disco, mas foram quem ficaram na banda para fazer a pequena
turnê que o disco gerou.
Para o próximo álbum o
vocalista, Martin, não saiu mas Black Sabbath – The Eternal
Idol.
sim Singer e Burt. Em seus
lugares entraram Cozy Powell e
Laurence Cottle. Deu-se dessa nova formação “Headless
Cross”, que não foi um alarde de sucesso, mas fez com que a
banda continuasse consolidada. Nesta mesma “pegada” a
banda fez seu novo álbum, com um baixista novo, Neil
Murray, ex Whitesnake. O álbum feito foi “Tyr”. O mesmo
não trouxe muito mais do que a banda havia fazendo nos
Black Sabbath – Headless Cross.
últimos anos, mas ainda sim, fez com que continuasse no
mercado e fosse falado na mídia, pelo menos neste período de transição da década de 1980
para 1990.
Porem depois desde disco a banda parou pelo período de dois anos. Esta parada
representa o fim desta fase conturbada da banda e o inicio de uma nova fase. Esta nova fase
pode ser chama de era das reuniões.
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Com o fim da pausa que durou apenas alguns anos, Tony convoca os membros que
fizeram parte da banda em 1980/1981. Eram estes integrantes Geezer Butler, Vinny Appice e
Ronnie James Dio. Dessa nova união saiu um álbum mais preenchido e com características
diferentes do que havia sido apresentado pela banda na ultima década. “Dehumanizer” foi o
álbum criado pela banda e adorado pela mídia pelo
publico, estes que já esperavam a muito tempo por algo
emblemático e consistente vindo deles. A turnê que se
estendeu entre 1992 e 1993 teve no final uma passagem
marcante. Ozzy dizia que queria se aposentar da musica, o
que não aconteceu no final, mas na época ele estava com
isso na cabeça. Tendo isso como um compromisso, Ozzy
contata seu ex-companheiro de banda, Tony Iommi, e
pediu para ser o “frontman” do Black Sabbath nas duas
ultimas datas da turnê. Tony disse que o ex-colega de
escola. Porem não passou em sua cabeça o que o atual
vocalista da banda iria pensar.
Black Sabbath – Dehumanizer.
Dio, após esse episódio, se retirou da banda. Ele não alegou que este foi o motivo para
sua saída, mas sim a continuidade de suas brigas com Tony. O que pode, ou não, ser verdade.
Quando saiu da banda Dio levou Appice junto, fazendo assim com que a banda que sair a
procura de mais integrantes para compor o elenco. Para completar a turnê Rob Halford do
Judas Priest.
Depois do final da turnê, Tony chamou o ex-companheiro de banda, Tony Martin, para
assumir os vocais. Para a bateria chamou Bobby Rondinelli. Com esta nova formação foi
gravado o álbum “Cross Purposes”, que não chamou muito a atenção da mídia.
Geezer Butler e Bill Ward, este que havia assumido no final da turnê pelo afastamento
de Rondinelli, deixaram a banda novamente. Tony chamou os ex-companheiros da época do
disco “Tyr”, Cozy Powell e Neil Muerray. Com eles o Black Sabbath gravou em 1995
“Forbbiden”, que mais uma vez não arrancou grandes elogios da mídia e do público.
Com essa nova pausa, veio em 1997 o renascimento
de Ozzy Osbourne, que tinha em sua cabeça a ideia de
promover um festival. Este festival tinha o nome de Ozzfest.
Na programação do evento, Ozzy iria se apresentar por
ultimo, mas o que ninguém esperava era que seus excompanheiros de Black Sabbath estariam junto à ele.
Depois desse show, em 1998, foi gravado o disco ao vivo
mais famoso da banda, o “Reunion”, que tinha como
“setlist” os clássicos da era Ozzy na banda, na primeira
década do grupo. Na divulgação do disco foram também
Black Sabbath – Reunion.
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reveladas duas faixas inéditas.
Parecia que algo novo sairia dali, mas nada aconteceu devido a problemas contratuais
envolvendo a carreira solo de Ozzy. Contudo, nada impedia que a banda se reunisse e tocasse
junto, e foi o que ocorreu em 2004 e 2005, quando houve uma turnê no mesmo estilo do
ultimo álbum ao vivo. A banda parou novamente. Até que então em 2006 uma nova turnê foi
anunciada pela Europa. A formação que seria utilizada era a do álbum “Heaven and Hell”,
que consistia em Dio, Ward, Geezer e Iommi. Para essa turnê, podendo ser ou não por causa
da formação que estava sendo utilizada, a banda se intitulou Heaven & Hell. Foi realizada
uma turnê com esta formação em que o grupo tocava os clássicos da era Dio na banda. Depois
de pouco tempo a banda estava de volta no estúdio gravando o álbum “The Devil You Know”.
No entanto esse disco não foi creditado ao Black Sabbath, mas sim ao Heaven And Hell.
Neste meio tempo Ozzy se declarou interessado em se juntar novamente com os
membros do Black Sabbath que estavam presentes no inicio de tudo. Também neste intervalo
de tempo, infelizmente, Ronnie James Dio faleceu de um câncer no estômago, em maio de
2010.
Veio então 2011. Após declarações formais dos integrantes da banda, estava “fechada”
reunião e a suposta gravação de um novo álbum. No site oficial da banda havia um logo que
dizia a data de 11 de novembro de 2011. Para muitos esse seria o anuncio oficial da nova
união da banda com um novo projeto em andamento, mas para descontentamento do publico,
nesta data, foi apenas postado “O Black Sabbath irá gravar um álbum de estúdio após trinta
anos” (o que remete a suposta “anulação” do período entre 1980 e 2010).
A gravação do disco só se iniciaria no segundo semestre de 2012, mas até que isso
acontecesse mais um período difícil foi encarado pela banda. Tony havia sido diagnosticado
com câncer. Os planos da banda mudaram e ao invés de gravar em Los Angeles a gravação
foi na Inglaterra ao lado de Tony. Outra noticia que alterou um pouco o rumo que a banda
tomaria foi dada por Bill Ward. Ele disse que não possuía mais o pique de antigamente e que
não conseguiria acompanhar a banda em sua aguardada
turnê mundial. Tony, Geezer e Ozzy se pronunciaram
entendidos dos motivos apresentados por Ward e
disseram também que a portas estarão sempre abertas
para qualquer decisão que ele tomar. Já que Ward não
iria mais participar da reunião outro baterista foi
convidado a se juntar nas gravações do disco após
pequenas apresentações. O baterista selecionado para
se unir a banda foi Brad Wilk.
Black Sabbath – 13.
Em janeiro de 2013 foi anunciado o nome do
novo disco. “13” seria o nome do novo projeto que
12
gerou uma turnê mundial que acabará em dezembro de 2013.
Após a apresentação da história desta lenda viva que são os integrantes da banda como
tanto a própria banda pode-se perceber e analisar os rumos do Heavy Metal. Usar-me-ei da
história do Black Sabbath para analisar a época contextualizada e explicar o porquê de tais
movimentos e suas linhas de pensamento.
Dividirei a história do Black Sabbath e do Heavy Metal em décadas para facilitar o
entendimento e a apresentação dos fatos.
2.4 O fim do começo (1969 – 1979)
Primeiramente vou analisar o fim da década de 1960, onde tudo teve inicio. No fim
desta década o ambiente, que é o mesmo que estará por se consolidado no futuro, estava
apenas começando. As grandes bandas da próxima década estavam engatinhando nestes
últimos anos de 1960. Neste final de década o importante era arranjar seu espaço para se
projetar nos anos seguintes, e foi exatamente isso que não só o Black Sabbath fez mas
também as bandas simultâneas à eles.
Com o caminho já traçado começa então a década de 1970. Nela não só o Black
Sabbath, mas também as bandas que haviam começado no fim da década passada fizeram o
maior sucesso. Tanto sucesso que a década de 1970 coincidiu com a melhor fase das três
principais bandas da primeira geração do Heavy
Metal. Mas no final desta década, como ocorreu
também com o Black Sabbath, as coisas começaram
a andar devagar. No caso do Heavy Metal a cena
Punk estava tomando conta do pedaço. As bandas
que já não iam bem, Led Zeppelin que se apagou
após a morte de seu baterista John Bonham e Deep
Purple que “acabou” depois da saída de seu
guitarrista Ritchie Blackmore, iam pior porque não
conseguiam produzir nada, em vista que o paladar KISS – Peter Criss, Gene Simons, Paul Stanley
e Ace Frehley.
musical do publico, da mídia e das gravadoras havia
se voltado para o Punk. A situação do Heavy Metal
era boa no inicio da década, tanto que bandas extremamente famosas surgiram porem
podendo ou não ser declaradas adeptas do estilo, mas influenciadas pelo mesmo. Algumas
dessas bandas são: Van Halen e KISS.
2.5 Anos de Ouro (1980 – 1990)
Então com a perda de espaço, consequente ao crescimento da cena Punk, na Inglaterra,
um novo movimento, ligado ao Heavy Metal passava a ser trabalhado. Como dito na
introdução, este movimento era o New Wave Of Britsh Heavy Metal (Nova Onda do Heavy
Metal Britânico), que se caracterizou basicamente pela criação independente de material pelas
13
bandas do gênero. Não só pelo fato de estar mais barato, podendo assim ser mais vendido,
mas pelo fato de que além de ter excelente qualidade tinha também criatividade, o que
reinventou o estilo.
Iron Maiden – Adrian Smith, Nicko McBrain,
Bruce Dickinson, Steve Harris e Dave Murray.
Esta foi à época de ouro, década de 1980,
onde foram criadas as bandas da segunda geração
do Heavy Metal. Bandas como: Def Lepard, Saxon,
Judas Priest e Iron Maiden. Essas bandas
basicamente caracterizaram o estilo como um todo
devido ao tamanho da fama que foi obtida por eles.
Na mesma década de 1980, outros gêneros
derivados do Heavy Metal e de outros, como por
exemplo, Rock, Punk, surgiram e também se
fixaram no mercado. Alguns desses gêneros são:
Trash Metal, Glam Rock, Glam Metal, Doom Metal,
Black Metal e muitos outros.
O sucesso das bandas da segunda geração do Heavy Metal foi tão grande que o estilo
ganhou reconhecimento mundial. Clássicos e mais clássicos eram criados, multidões eram
balançadas em shows, discos e mais discos era produzidos. Turnês mundiais eram feitas que
davam mais visibilidade para a banda, que envolvia o publico com suas atuações de palco.
Tudo ia de vento em polpa, porem não para todos. Em contraponto ao sucesso das bandas da
segunda geração, as bandas da primeira geração não iam muito bem. Tirando a primeira era
Dio no Black Sabbath, que foi no começo da década de 1980, a banda passava por uma fase
de “seca”, onde nada de boa qualidade em comparação ao que já havia sido produzido pela
banda e pelo que estava sendo produzido pelas bandas da segunda geração. O Led Zeppelin,
que já havia sido dito por muitos como a maior banda do mundo, não existia mais, em
decorrência ao fato apresentado anteriormente. O Deep Purple até riscou uma volta a musica
no meio da década, mas nada aconteceu depois disso, em vista que muitos integrantes haviam
saído da banda.
O que se pode pensar sobre esses fatos, o auge das bandas da segunda geração e a
queda das bandas pertencentes à primeira geração, é que uma ofuscou a outra com suas novas
caraterísticas e inovações, primeiramente. Ou que também a fama subiu na cabeça dos
integrantes das bandas (exceto no caso do Led Zeppelin que parou por causa da morte de seu
baterista) fazendo com que seus egos inflassem o que geraria conflitos internos e
posteriormente separações e dificuldades na hora de produzir seus respectivos materiais. No
caso do Black Sabbath essa década foi bem tumultuada. O grupo percebeu que era preciso
fazer algo de novo para continuar nas paradas, então começou a década com sua nova
formação que tinha Ronnie James Dio como frontman. Essa necessidade de mudar vista pela
banda foi decorrente da mudança que o estilo, que ela própria começou, havia sofrido. A
passagem de Dio foi pequena, de aproximadamente dois anos. Muitos fãs gostam desta fase e
podem até mesmo a considerar como a melhor época da banda. Porem a década não parou por
ali. Até o fim dela o Black Sabbath passou por muitos momentos de instabilidade que fizeram
14
com que a banda tivesse muitos altos e baixos, mais baixos na verdade. Essa queda de
rendimento e de visibilidade da banda se da a inovação que o Heavy Metal apresentou em
toda a década.
2.6 Decadência e Reformulação do Gênero (1990)
Depois da gloriosa década de 1980 veio à desastrosa década de 1990. O publico que já
estava acostumado com o som do Heavy Metal queria um som mais inovador, algo diferente.
Dai então, como aconteceu na Inglaterra, principalmente, com a tomada da cena musical por
parte do Punk, houve a tomada da cena musical por um novo estilo que surgia principalmente
nos Estados Unidos, o Grunge, ou Rock Alternativo, que também haviam sido influenciados
pelo Heavy Metal, mas que apresentavam propostas diferentes.
Coincidentemente nesta época algumas das maiores
bandas passavam por sua pior fase. Algumas delas até
acabaram. O que pode ter acontecido foi o que já havia ocorrido
antes com o Black Sabbath egos inflados e conflitos internos
que geravam dificuldades nos projetos feitos pelas respectivas
bandas, fazendo assim com que a qualidade não fosse alta como
antigamente. Como resposta isso, os estadunidenses fizeram
como os ingleses alguns anos antes, a New Wave Of American
Heavy Metal (Nova Onda do Heavy Metal Americano), que
consistia na união entre Hardcore, Punk, Trash Metal e outros
para ressurgir com o Heavy Metal, logicamente de maneira
incrementada e diferente de antigamente. As bandas pertencentes ao movimento, entre elas:
Pantera, Avenged Sevenfold, Five Finger Death Punch, Slipknot, Fear Factory e outros, são
sucessos até os dias atuais. Porem não vá pensando que o estilo morreu aqui.
Slipknot. – Mr. Seven, The Clown,
Corey Taylor, Joey Jordison, Sid
Wilson, James Root, 133.
Bandas grandes que surgiram na década
anterior fizeram o mesmo que o Black Sabbath
fez na década passada, se adaptaram as
tendências. E por falar em Black Sabbath, para
entender o Heavy Metal que começou tudo, a
banda vinha muito ruim. Essa década de 1990
serviu apenas para tentativas de projetos, muito
mal vistos por todos, e algumas turnês de
reuniões. Já o estilo não pode se dizer que piorou,
mas que sim se aperfeiçoou e se incrementou para
continuar vivo.
Pantera – Dimebag Darell, Phil Anselmo, Vinnie
Paul e Rex Brown.
15
Podemos pegar o exemplo do Heavy Metal
e fazer a análise das bandas que se adaptaram as
tendências, como foi dito anteriormente. Um
exemplo americano dessa transformação foi o que
o Metallica e seus integrantes fizeram para
continuar na ativa. A banda alterou sua forma de
tocar e compor, passando a utilizar de maneiras e
efeitos diferentes para produzir material. Também,
passou pela maior transformação que seja possível
de se imaginar no mundo do Heavy Metal. Todos
Metallica – Kirk Hammett, James Hetfield, Robert os integrantes da banda cortaram seus cabelos
Trujillo e Lars Ulrich.
para mostrar que estavam realmente passando por
mudanças. E isso realmente mostrou mudanças,
além do cabelo ser considerado sagrado no mundo do Heavy Metal a banda passou a produzir
um som diferente que continuava a ser muito agressivo e pulsante, mas ao mesmo tempo
requintado com as novas tendências. O representante britânico que pode servir como exemplo
é o Iron Maiden. Na década de1990 a banda passou por um processo de modificação no
produto musical final da banda. A “pegada” que a banda apresentava em seus últimos álbuns,
até 1990, era muito diferente da que foi apresentada no primeiro álbum da nova década, No
Prayer For the Diyng, que tinha temática diferente, letras “fracas”, dito pelo publico e pela
mídia. Alguns anos depois foi lançado o álbum Fear Of The Dark que mesmo ainda sendo
diferente dos anteriores foi muito bem visto pela mídia e pelo publico. Nele há clássicos da
banda que ficaram em seu “setlist” por muito tempo. Até que um pouco ante da metade da
década o frontman, Bruce Dickinson, saiu da banda para começar uma carreira solo. O grupo
chamou para recompor o time Blaze Bayley que não foi nada bem visto pela mídia e pelos
fãs. Por este motivo que depois de dois álbuns desastrosos o vocalista foi retirado da banda.
Os álbuns produzidos na “era Blaze” foram os menos vendidos na história da banda, tinham
um estilo muito diferente e muito a quem do que a banda havia produzido no passado. Ainda
bem que no final da década, em 1999, o antigo
frontman voltou para retomar o Iron Maiden do
passado. Ambas as bandas, Metallica e Iron
Maiden, ainda continuam na ativa fazendo
frequentes turnês mundiais, lotando em cada ponto
de parada estádios e arenas com fãs enlouquecidos.
2.7 O Heavy Metal Brazuca
Iron Maiden durante show da turnê The Final
Frontier World Tour (2011/2012)
Alemanha 1990. Após a explosão mundial do gênero Heavy Metal Melódico, no seu
país de origem esse gênero se mostra mais forte do que nunca visto antes.
16
Após a difusão, dessa vertente até então inédita em outras partes do mundo, muitos
países “importaram” este estilo. No Brasil isso não foi diferente, aqui foi Antonio Pirani,
empresário musical e dono da revista Roadie Crew, que realizou o feito.
Com contatos aqui no Brasil e no exterior, Pirani, começou a idealizar uma banda de
Heavy Metal Melodico brasileira que era influenciada fortemente pelo gênero alemão. Ele foi
a busca de músicos no reformatório paulista para achar os representantes ideais para a
primeira banda de Heavy Metal do Brasil. Inicialmente contando com Kiko Loureiro, Rafael
Bittencourt nas guitarras e Luis Mariutti no baixo ele já possuía a parte de cordas da banda
definida. A área de percussão da banda seria mais difícil de achar e de se produzir em solo
nacional.
O Brasil não possuía grandes estúdios de gravação com uma estrutura de qualidade
como os estúdios do exterior. Os estúdios nacionais não tinham a capacidade de suportar e
fazer um trabalho de mixagem e masterização digno das bandas de Heavy Metal como os
estúdios europeus. Por este simples motivo que Pirani levou seus escolhidos para a Alemanha,
aonde excelentes trabalhos vinham sendo executados, tendo em vista que o país estava no
auge de sua atuação no espaço do metal mundial.
Os selecionados para a categoria cordas da banda escolhidos por Pirani eram prodígios
da música. Kiko e Rafael tiveram aula com o grande Mozart Mello, um músico extremamente
renomado e um gênio da música que por seu currículo é conhecido mundo a fora. Por este
motivo estes músicos estavam a altura de fazem um trabalho com qualidade internacional na
futura viagem programada por Pirani.
Na viagem, Pirani, que conhecia Kai Hansen, um dos fundadores da banda alemã
Helloween, levou seus escolhidos mais o vocalista André Matos, até então na banda
paulistana Viper, para o estúdio de Kai para gravar um novo projeto. Este novo projeto,
banda, se chamaria Angra. A nova banda gravou lá em aproximadamente uma semana o seu
primeiro álbum intitulado Angels Cry.
Depois de finalizado todo o processo de mixagem e
masterização na Alemanha, Pirani trouxe o álbum para o Brasil e
o lançou aqui em 1991. Por ser muito influente no ramo musical
nacional e dono da revista Roadie Crew investiu massivamente na
divulgação do primeiro álbum do Angra, tornando posteriormente
essa banda um marco pioneiro para o Heavy Metal nacional.
Alavancadas pelo sucesso estratosférico do Angra, outras
bandas brasileiras começaram a se destacar no cenário nacional e
internacional o que trouxe uma grande visão para o segmento aqui
no Brasil. Assim então se iniciou a historia do Heavy Metal
brasileiro, que esta quase na ativa até hoje, apenas necessitando
apenas de uma reformulação no gosto e nas bandas que representam essa cena.
Angra – Kiko Loureiro, André
Matos, Ricardo Confessori,
Luis Mariutti e Rafael
Bittencourt.
17
3.1 CONCLUSÃO
Como foi dito durante todo o trabalho, a guitarra elétrica se encaixa em diversos
estilos musicas. Porém, nenhum estilo é igual ao outro, o que torna a guitarra elétrica
extremamente versátil e diferente em todos estes estilos, incluindo o Heavy Metal.
Na opinião de Nilton Wood, baixista que leciona na Escola de Música e Tecnologia
(EM&T), no Instituto de Baixo e Tecnologia (IB&T), e é editor da Revista Cover Baixo
brasileira, acredita que a adaptação não é a única marca da versatilidade.
“A guitarra elétrica não foi só importante no sentido da
inovação. Foi ela que, por exemplo, possibilitou a criação do
seu irmão de berço, o contra baixo elétrico. A guitarra
também foi importante na ampliação da capacidade e
desenvolvimento harmônico em qualquer estilo que ela estava
inserida”.
A opinião de Nilton revela que não apenas guitarristas sentiram o crescimento da
guitarra dentro da música, mas sim todos os tipos de instrumentistas inseridos no meio e
principalmente daqueles que tocam instrumentos criados, não apenas, a partir, mas também,
por influencia da guitarra, como por exemplo, o contra baixo. Também para Nilton essa
percepção da importância que a guitarra tinha tomado na música veio na década de 1960. Na
entrevista realizada com Nilton foi dito:
“A mudança passada na década de 1960 foi crucial para a
adesão da guitarra no mundo da música. A passagem da
música de concerto para uma música mais dançante e não
propriamente feita para concertos e em conservatórios foi o
que abriu os olhos dos músicos da época. A partir disso a
música não foi mais a mesma, trazendo consigo a nova amiga
dos músicos”.
A popularidade da guitarra foi, e é, um fator que contribuiu muito para a expansão e
difusão do instrumento pelo globo. “Por ser um instrumento barato, de fácil manuseio e
locomoção ganhou rapidamente o publico”, dito na entrevista realizada com Christian
McCarthy, professor do Instituto de Guitarra e Tecnologia (IG&T). Os pontos destacados por
Christian ajudam-nos a entender os motivos da gloria adquirida pela guitarra nos dias de hoje.
Podemos pegar estilos completamente diferentes do Rock, onde todos já sabem que
existem guitarras, e encontraremos a presença da guitarra elétrica. Salsa, Mambo, Maracatu,
Axé, Samba, Eletrônico, são exemplos de estilos de se diferenciam muito da guitarra
conhecida por todos e que apresentam, não de maneira tão presente e enfática, mas a guitarra
como componente, não sempre, do grupo de instrumentos das respectivas bandas.
18
Para guitarristas e adeptos do instrumento, para uma analise mais profunda da
capacidade e criatividade da guitarra, é necessário que então analisemos seu papel em um de
seus estilos mais presentes, no Heavy Metal. Dentro da vertente do Heavy Metal, ou do
próprio gênero mãe, o Rock, o papel da guitarra já foi expresso no trabalho, porém não custa
enfatizar que nestes gêneros a guitarra é uma das principais marcas.
Por ter tal importância dentro destes gêneros e da imensa capacidade criativa de
grandes instrumentistas que optaram por tocar a guitarra elétrica ela é quem é responsável
pela criação de novos equipamentos e técnicas. Estas foram umas das principais contribuições
para a música por parte destes gêneros. Podemos pegar então, o gênio inquestionável, Jimi
Hendrix. Ele que ateou fogo em sua guitarra em um show em Londres em março de 1967, foi
pioneiro na criação de equipamentos e técnicas. Dizem que Jimi conversava com fabricantes
de pedais de guitarra e reproduzia o efeito que queria que o pedal reproduzisse. Engraçado
hoje em dia seria imaginar ele com seu cabelo black power indo falar com o dono de alguma
empresa e por exemplo dizer que queria que seu próximo pedal fizesse “wah – wah”, uma de
suas marcas registradas. Rés a lenda que ele também foi o responsável pela criação da ponte
flutuante. Normalmente a ponte, onde as cordas da guitarra se fixam no seu corpo, é fixa,
tendo alavanca que fazia um movimento de descendência tônica. Jimi teria levantado sua
ponte para ter o movimento de ascendência tônica, o que foi uma “sacada” que ninguém
nunca teria tido na historia da música.
Em 1977 a ideia de Jimi foi patenteada por Floyd Rose que deu seu nome para o novo
tipo de equipamento. O equipamento foi muito utilizado na década de 1980 e se popularizou
com o grande Eddie Van Halen.
Com grandes músicos como Jimi Hendrix e Eddie Van Halen a guitarra foi levada
muitas vezes aos seus extremos. Para Christian McCarthy “O Heavy Metal é o estilo da
guitarra, onde ela mais aparece. É nele em que sua versatilidade harmônica e técnica
aparecem mais”. Por este motivo, ser o gênero feito em prol da guitarra, que o Heavy Metal é
onde os ápices do instrumento mais aparecem. Logo, conclui-se que a guitarra elétrica, além
de ser muito importante para a música em geral por sua capacidade adaptativa em cada
gênero, apresenta extrema importancia para o Heavy Metal. A guitarra não seria a mesma hoje
em dia sem o Heavy Metal assim como o Heavy Metal não seria o mesmo sem a guitarra.
Entende-se então que ambos se ajudaram em suas jornadas, até então muito gloriosas.
Portanto, após os fatos expostos, tem-se a guitarra com um papel de protagonista na música
mundial desde sua criação, no começo do século XX, até atualmente e tendo como
consequência de sua bela atuação em qualquer vertente musical, a criação de um estilo para
que ela, a amada de seis cordas, brilhasse, e muito, levando ao mundo a alegria de sua técnica,
versatilidade de sua harmonia e inquestionável capacidade melódica.
19
Anexo
Segundo o professor e músico Mozart Mello, que é coordenador e professor na Escola
de Música e Tecnologia (EM&T), no Instituto da Guitarra e Tecnologia (IG&T), onde da
aulas de especialização em Fusion, diz qual a importância da guitarra para a música ,em
entrevista feita por e-mail:
”A guitarra pode ser considerada como um símbolo de uma mudança de
comportamento iniciada principalmente nos anos 60. Embalada pelo rock a juventude
começou a romper com valores "tradicionais", sem esquecermos que foi em um contexto pósguerra. Fica claro isso com o discurso de John Lennon (Beatles), Woodstock (Jimmi Hendrix)
e entre muitos outros. Não tenho dúvida nenhuma que o mercado deu essa grande
importância para ela no passado, mas ainda depende da guitarra hoje. Se você entra numa
Feira de Música (ExpoMUSIC) de 60% a 70% desse mercado (mercado musical) é da
guitarra ou pega carona nela. Tem importadoras que hoje vendem mais violões que guitarra,
mas não podemos esquecer que um violão não precisa de amplificador, cabo, pedais ou uma
banda. Todos subprodutos que alavancam as vendas! Sem desmerecer nenhum outro
instrumento...”
Mozart contextualiza o porquê que foi dada tal importância no passado e porque hoje
em dia ainda há essa fama da guitarra. São pontos importantes de se pensar e analisar. Além
de terem vindo de quem esta à muitos anos no ramo e já alcançou um patamar onde poucos
nomes estão. Também, em entrevista por e-mail, foi perguntado para Mozart qual a
importância da guitarra para o Heavy Metal.
“Uma não existe sem a outra! Com a evolução e propagação da guitarra foram
precisos "rótulos" diferentes para se vender. A indústria fonográfica precisa disso e assim
vão se formando "as tribos" que não só escutam, se vestem, se comportam tendo a atitude do
estilo! Lembro-me que na juventude eu tentava ter a mesma roupa, corte de cabelo ou
qualquer coisa dos Beatles. A "energia" do Metal tem total sintonia com as expectativas dos
jovens e parece que fica pra sempre...”
Partilhando basicamente da mesma opinião de Christian McCarthy, Mozart vai mais
fundo e diz quase ser inevitável que o Heavy Metal fosse criado. Também coloca um ponto
muito importante, que foi citado no trabalho, que é a mídia. Ela vem sido responsável pelo
espaço que os gêneros tomaram com o passar do tempo e graças a ela que eles ainda
continuam vivos, segundo Mozart.
20
4.1 BIBLIOGRAFIA
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Masters of Rock Guitar – Satrianni, Joe e Belew, Adrian.
Guitars music, history, construction, and players from the Renaissance to rock – Evans, Tom
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