Faust - 6 Outubro 2010
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Faust - 6 Outubro 2010
Faust - 6 Outubro 2010 Revista de Imprensa 08-10-2010 1. (PT) - Diário de Notícias, 08-10-2010, Lisboa revisitou o rock marginal dos Faust 1 2. (PT) - Diário Digital Online, 07-10-2010, Faust no Teatro Maria Matos: Corrosão caótica 2 3. (PT) - Expresso Online - Escape Online, 07-10-2010, Teatro: Dueto Para Um, A Portugueza, A Vida de 4 Verónica Lake e mais! 4. (PT) - Destak, 06-10-2010, Maria Matos recebe Faust 7 5. (PT) - i, 06-10-2010, Música 8 6. (PT) - i, 06-10-2010, Faust. Fazer música com drogas e martelos pneumáticos 9 7. (PT) - Diário Digital Online, 06-10-2010, O experimentalismo dos Faust hoje no Maria Matos 10 8. (PT) - Expresso Online - Escape Online, 06-10-2010, Concertos: Guns N? Roses, Faust, Andrew Bird, 11 Camané e mais! 9. (PT) - Time Out - Time Out Lisboa, 06-10-2010, Concertos 13 10. (PT) - Diário de Notícias, 05-10-2010, Um concerto e um ?workshop? com os Faust 16 11. (PT) - Diário de Notícias Online, 05-10-2010, Um concerto e um ?workshop? com os Faust 17 12. (PT) - Sapo Online - Cultura Sapo Online, 05-10-2010, Faust ao vivo 19 13. (PT) - Diário Digital Online, 03-10-2010, Agenda de concertos de 4 a 10 de Outubro 20 14. (PT) - Expresso - Atual, 02-10-2010, Faust ao vivo no Maria Matos 22 15. (PT) - Expresso - Atual, 02-10-2010, Músicas 23 16. (PT) - Correio da Manhã - Vidas, 02-10-2010, Agenda de Música 24 17. (PT) - Público - Ípsilon, 01-10-2010, Agenda 25 18. (PT) - Público - Ípsilon, 01-10-2010, Os Faust queriam mais, e tiveram mais 27 19. (PT) - Sol - Essencial, 01-10-2010, Espectáculos 29 20. (PT) - Sábado - Guia Para a Semana Sul, 30-09-2010, Agenda de Música 31 21. (PT) - Rua de Baixo.com, 28-09-2010, Faust em Lisboa 35 22. (PT) - Público Online - Guia do Lazer Online, 24-09-2010, Faust 37 23. (PT) - Música Online.pt, 08-09-2010, Quatro meses recheados de concertos 38 24. (PT) - Time Out - Time Out Lisboa, 08-09-2010, O que vem aí 47 25. (PT) - Público Online - Ípsilon Online, 26-08-2010, A nova temporada começa aqui 48 26. (PT) - Público - Ípsilon, 20-08-2010, A nova temporada começa aqui 61 27. (PT) - Jornal de Notícias, 05-08-2010, Blixa Bargeld e Faust ao vivo em Lisboa 71 28. (PT) - Cotonete Online, 02-08-2010, 02-08-2010 Maria Matos com programação de luxo 73 29. (PT) - Diário de Notícias Online, 30-07-2010, Faust e Blixa Bargeld tocam no Teatro Maria Matos 74 30. (PT) - Metro Portugal, 30-07-2010, Maria Matos apostanum Outono experimental 76 31. (PT) - Primeiro de Janeiro, 30-07-2010, Projeto anbb em Setembro 77 32. (PT) - Body Space.net, 29-07-2010, Novidades para a rentrée: Faust, anbb, Jóhann Jóhannsson e 78 Hauschka são as apostas do Maria Matos A1 ID: 32202964 08-10-2010 Tiragem: 45428 Pág: 53 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 10,51 x 16,00 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 1 A2 Faust no Teatro Maria Matos: Corrosão caótica Tipo Meio: Internet Meio: Diário Digital Online URL: http://diariodigital.sapo.pt/disco_digital/print.asp?id_news=39890 Data Publicação: 07-10-2010 quinta-feira, 7 de Outubro de 2010 | 11:35 Os Faust actuais estão reduzidos a dois membros fundadores embora o seu nome continue a despertar atenções como se viu pela enchente no teatro lisboeta. Quem arriscou não mais irá esquecer a fantástica e caótica noite que os Faust proporcionaram. O Teatro Maria Matos vestiu-se de Galeria Zé dos Bois para receber muitos dos clientes habituais do espaço do Bairro Alto. O nome era de peso e a expectativa enorme. Expliquemos que estes Faust (há outra formação com outros membros fundadores) de visita a Lisboa são liderados pelo carismático Jean-Hervé Péron e pelo baterista Werner Zappi Diermaier. Em palco juntam-se o casal James Johnston (Gallon Drunk, ex-Bad Seeds de Nick Cave) e a multifacetada Geraldine Swayne (pintora, realizadora de filmes independentes) que se encaixam na perfeição com os dois elementos originais. Antes de vermos este alinhamento em palco, fomos surpreendidos com um arranque insólito. Em frente das cortinas ainda fechadas, dois rudimentares kits de bateria esperavam os músicos enquanto uma voz introduzia a banda mas em vez de ouvirmos os habituais pedidos para desligar os telemóveis e proibir gravações há um apelo à liberdade de gravar e tirar fotos à vontade do público convidando ainda os fãs a conhecerem a banda no fim sugerindo que levassem comida e perfumes! Depois Jean-Hervé Péron e Werner Zappi Diermaier sobem da plateia para o palco e tomam conta das baterias em pé, um de cada lado quase sincronizados a que se junta uma voz a declamar um texto em bom português. Sem perder o ritmo o narrador é revelado quando se abrem as cortinas e a banda toma os lugares à volta do nosso Tiago Gomes! Estava dado o mote para uma noite diferente em que os inesperados recursos industriais fundiam-se na perfeição com o ruído de feedback e as batidas certeiras de Werner Zappi Diermaier. Os Faust em 2010 ao vivo são uma máquina feroz alimentada pela loucura de Jean-Hervé Péron que tanto pode estar em versão calma de baixo na mão como pode andar possuído pelo palco a espalhar Página 2 gravilha de um balde das obras ou a gritar a agarrado a uma betoneira (sim, houve uma betoneira em palco) que tanto pode girar espalhando mais gravilha em cima do microfone como pode ser perfurada a berbequim! Tudo serve para fazer barulho, até faíscas de ferro derretido que Péron espalhava pelo chão. Um espectáculo completamente imprevísivel que nunca perdeu de vista a sonoridade rock que serviu também de banda sonora para Geraldine Swayne improvisar uma pintura numa grande tela que ficou a decorar o canto direito do palco. Um verdadeiro caos instalado e espalhado pelo palco do Maria Matos que nunca terá vivido nada assim. Também houve momentos de tensão entre o palco e a mesa de mistura com James Johnston irritadíssimo com o nível muito baixo de som que saía dos instrumentos. Tinha razão mas foi bom que a irritação não tenha chega a Jean-Hervé Péron de berbequim na mão. Como se percebe pelo que já foi contado não é fácil explicar por palavras a experiência vivida e julgo que também não será fácil ao leitor imaginar uma dedicatória a Bob Dylan no meio daquele vulcão sónico e industrial. Mas aconteceu. Antes dos dois encores verdadeiramente arrancados pela plateia houve um final apoteótico com cerca de vinte minutos de construção sonora hipnótica , cavalgante e irresistível. Pura magia musical desordenada mas com sentido. O krautrock é isto. Página 3 A4 Teatro: Dueto Para Um, A Portugueza, A Vida de Verónica Lake e mais! Tipo Meio: Internet Meio: Expresso Online - Escape Online URL: http://aeiou.escape.expresso.pt/muito-bom-artes/teatro-dueto-para-um-a-portuguezaa-vida-de-veronica-lake-e-mais:32-1139765 Data Publicação: 07-10-2010 Quinta, 07 de Outubro de 2010 O drama relatado em Dueto Para Um, com histórias sobre artistas e o papel da arte nas suas vidas, contrasta esta semana com a comédia de Elliot - O Gladiador do Humor. Entre os dois extremos está o hino à portugalidade de A Portugueza, o monólogo que revisita a vida de Veronika Lake em Hollywood e ainda Churchill - The Musical, entre outros espectáculos que enchem esta semana os palcos nacionais. Dueto Para Um A vida de artistas intimamente ligados a diversas artes e o espaço que esta ocupa nas suas vidas é relatado em Dueto Para Um, numa reflexão sobre a identidade. Para ver de 8 a 24 de Outubro no Teatro Carlos Alberto, no Porto, de quarta a sábado às 21h30 e ao domingo às 16h00. A Portugueza A Portugueza parte do hino nacional para reflectir sobre sobre a simbologia da nacionalidade. No contexto das celebrações do centenário da República, a Cão Solteiro repõe no Teatro Maria Matos, em Lisboa, a última peça de uma trilogia, no próximo dia 9 de Outubro. A partir das 21h30, com bilhetes de 6 a 12 euros. Sex Zombie - A Vida de Verónica Lake Cabe a André Murraças não só a autoria, mas também a encenação e interpretação de Sex Zombie A Vida de Verónica Lake, uma peça inspirada na vida da actriz americana Veronika Lake, uma ícone de Hollywood que acabou por se envolver em álcool e drogas, acabando mesmo por se prostituir. Este monólogo está em cena de 7 a 10 de Outubro no Clube Estefânia, em Lisboa, no âmbito do Festival Cabeças Falantes. De quinta a sábado às 21h30 e ao domingo às 16h00, com bilhetes a 7,5 ou 10 euros. Página 4 Churchill - The Musical O ícone britânico é retratado neste musical que se apresenta no Algarve. Foi, aliás, nesta região do país que o espectáculo nasceu, concebido por dois ingleses que ali residem. Churchill - The Musical conta a história do famosos primeiro-ministro britânico em forma de musical que integra um elenco de meia centena de artistas. Para ver até dia 8 de Outubro, às 15h30 e 19h30, no Auditório Municipal de Lagoa, com bilhetes a partir de 12,5 euros. On the Road ou a Hora do Arco-Íris À procura do arco-íris, que neste caso são apenas umas férias diferentes, longe do buliçoso Varão algarvio, uma mulher faz-se à estarada a bordo de uma caravana. Alcançará o que procura? On the Road ou a Hora do Arco-Íris está em cena no Teatro Helena Sá e Costa, no Porto, dias 8 e 9, às 21h30. Elliot - O Gladiador do Humor O Cine-Teatro Municipal de Estarreja acolhe um espectáculo que junta teatro cómico, cinema e televisão em uma hora e meia que promete muitas gargalhadas. Elliot - O Gladiador do Humor também se faz de diálogo com o público. Para ver dia 9 de Outubro no Cine-Teatro Municipal de Estarreja, pelas 22h00, com bilhetes a 4 euros. E Mais Teatro! Dança da Morte Um Eléctrico Chamado Desejo O Mistério da Camioneta Fantasma O Homem Elefante Confissões de um Fumador de Tabaco Francês Encalhadas The Man and the Show Muito Bom! Página 5 Miúdos: Espreitar morcegos, mergulhar com tubarões e mais! MUS: Prepare-se para a corrida de aventura mais divertida do mundo! Miúdos: Noddy ao Vivo - O Concerto Mágico Concertos: Guns N' Roses, Faust, Andrew Bird, Camané e mais! À mesa com José Quitério: Restaurante Vinhas d'Alho Acompanhe o escape.pt no Facebook e no Twitter! Página 6 A7 ID: 32172271 06-10-2010 Tiragem: 135000 Pág: 28 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 4,81 x 13,01 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 MÚSICA Maria Matos recebe Faust Hoje, apartir das 22h, o Teatro Maria Matos acolhe os Faust. Nascidos em Hamburgo e criados numa comuna/estúdio em Wümme, os Faust corporizaram desde o primeiro momento um estado primitivo de consciência. A par de outros grupos como os Can e os Neu!, os Faust foram ao longo da 1.ª metade da década de 1970 a linha da frente do rock experimental alemão. São desse período os seus principais álbuns, essenciais para a evolução das diferentes músicas experimentais contemporâneas. Dois músicos omnipresentes foram os multi-instrumentistas Jean-Hervé Péron e Werner “Zappi” Diermaier. Preço 15 euros Página 7 i A8 ID: 32169930 06-10-2010 Tiragem: 33000 Pág: 39 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 3,98 x 17,57 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 8 i A9 ID: 32169963 06-10-2010 Tiragem: 33000 Pág: 32 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 24,15 x 30,65 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 9 A10 O experimentalismo dos Faust hoje no Maria Matos Tipo Meio: Internet Meio: Diário Digital Online URL: http://diariodigital.sapo.pt/disco_digital/print.asp?id_news=39867 Data Publicação: 06-10-2010 quarta-feira, 6 de Outubro de 2010 | 11:47 Nome mítico do rock experimental alemão, os Faust vão estar hoje no Teatro Maria Matos. A par com bandas como os Can ou os Neu!, os Faust foram essenciais para o desenvolvimento da música experimental. Da formação que atravessou a primeira metade da década de 70, mantêm-se os multi-instrumentistas Jean-Hervé Péron e Werner Zappi Diermaier. O concerto está marcado para as 22h00. O preço dos bilhetes é de 15 euros (7,5 para menores de 30 anos). Página 10 A11 Concertos: Guns N? Roses, Faust, Andrew Bird, Camané e mais! Tipo Meio: Internet Meio: Expresso Online - Escape Online URL: http://aeiou.escape.expresso.pt/muito-bom-musica/concertos-guns-n-roses-faustandrew-bird-camane-e-mais:31-1139763/comentario/ Data Publicação: 06-10-2010 Quarta, 06 de Outubro de 2010 Revivalismo é a palavra de ordem nos concertos desta semana. Os Guns N' Roses regressaram aos palcos, após um interregno de mais de uma década, e Portugal é comtemplado com um concerto, esta noite, no Pavilhão Atlântico. Também os alemães Faust vêm mostrar o seu mais recente registo, bem como Andrew Bird e o português Camané. Guns N' Roses 'Chinese Democracy' foi um dos albúns que mais tempo demorou a conceber. Hoje à noite é tempo de ver, ao vivo, se valeu a pena esperar por estes novos 'novos' Guns N' Roses. Além dos temas do mais recente registo, a mítica banda deverá tocar, no Pavilhão Atlântico, algumas das músicas que já se tornaram 'clássicos' do rock. A abrir estará o canadiano Sebastian Bach. Para ver a 6 de Outubro, no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, a partir das 20h00, com bilhetes entre 32 e 42 euros. Faust Oriunda dos longínquos anos 70, a banda alemã continua vanguardista e engorda a expectativa por este concerto que deverá focar o mais recente registo, editado em 2010. Os Faust sobem ao palco do Teatro Municipal Maria Matos, em Lisboa, dia 6, pelas 22h00, com bilhetes a 15 euros. Andrew Bird O músico americano regressa a Portugal para apresentar o seu novo álbum, aplaudido pela crítica, "Noble Beast". Andrew Bird mostra parte do seu percurso transversal a diversas sonoridades. A Aula Magna, em Lisboa, acolhe-o esta quinta-feira, 7, às 21h00, com bilhetes entre 25 e 30 euros. Camané Camané é um dos fadistas mais importantes da sua geração e não deixa de surpreender. "Do Amor e Página 11 dos Dias", o novíssimo registo do fadista luso, apresenta-se dia 7, quinta, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e é uma boa oportunidade para descobrir o que se segue a "Sempre de Mim", de 2008. Para ver quinta, às 21h00, no Grande Auditório do CCB, com bilhetes entre 12,5 e 28 euros. E Mais Música! Os Golpes Muito Bom! Miúdos: Noddy ao Vivo - O Concerto Mágico Corpo e Mente: Algarve Spa Week e tratamentos a 1 euro! À mesa com José Quitério: Restaurante Vinhas d'Alho Borlas: Castelos, República, Supertubos e muito mais! A escolha de... Gonçalo Rebelo de Almeida Acompanhe o escape.pt no Facebook e no Twitter! Página 12 A13 ID: 32172166 06-10-2010 | Time Out Lisboa Tiragem: 11520 Pág: 77 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 14,61 x 26,12 cm² Âmbito: Lazer Corte: 1 de 3 Página 13 ID: 32172166 06-10-2010 | Time Out Lisboa Tiragem: 11520 Pág: 78 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 19,93 x 26,55 cm² Âmbito: Lazer Corte: 2 de 3 Página 14 ID: 32172166 06-10-2010 | Time Out Lisboa Tiragem: 11520 Pág: 79 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 5,22 x 25,92 cm² Âmbito: Lazer Corte: 3 de 3 Página 15 A16 ID: 32160659 05-10-2010 Tiragem: 45428 Pág: 50 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 15,61 x 33,21 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 16 A17 Um concerto e um ?workshop? com os Faust Tipo Meio: Internet Meio: Diário de Notícias Online URL: http://dn.sapo.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=1678246&seccao=M%FAsica Data Publicação: 05-10-2010 Lisboa por ALEXANDRE ELIAS O mítico grupo alemão toca amanhã no Teatro Maria Matos, e dará, no dia seguinte, uma lição de música na Galeria Zé dos Bois "Aprendemos, em décadas recentes, a respeitar o público", declara Jean Hervé Peron, membro fundador dos Faust, grupo de raízes alemãs que actua amanhã, às 22.00, no Teatro Maria Matos, e dará no dia seguinte (dia 7), às 19.00, um workshop na Galeria Zé dos Bois (ambos em Lisboa). "Na nossa juventude selvagem éramos totalmente implacáveis, não tínhamos qualquer respeito por nada nem ninguém", continua Jean Hervé. "E na altura não fazia mal, porque quando alguém se considera um pioneiro acha que o que lhe compete é correr à frente e quebrar barreiras", completa. A formação original dos Faust foi criada em Wümme (região rural da Alemanha) em 1971. Após dois álbuns (Faust, desse ano, e So Far , de 1972), o grupo era despedido da Polydor (editora responsável pelos primeiros discos da banda) e tornava-se parte do leque de grupos da então recém-fundada Virgin Records. Em palco, são conhecidos por utilizar ferramentas e aparelhos industriais (uma betoneira, inclusive) e já provocaram verdadeiros motins (como no seu primeiro concerto, em 1971). Em Londres, as dívidas que acumulavam como resultado do abuso de álcool fizeram com que Richard Branson os despedisse. Ainda assim, os álbums editados pela Polydor e pela Virgin nos anos 70 são hoje considerados marcos na união de uma lógica vanguardista ao rock (The Faust Tapes, de 1973, é composto por uma só faixa de 64 minutos), bem como modelos da utilização da tecnologia de estúdio como ferramenta de composição (através da colagem sonora, por exemplo), apesar da expressão comercial do grupo nunca ter correspondido à influência que viera a ter posteriormente. Página 17 Se a formação original se separou no início da década de 80, o novo alinhamento dos Faust inclui, então, para além de Jean Hervé e "Zappi" Diermaier, a teclista Geraldine Swayne e o guitarrista James Johnston, que toca com Lydia Lunch nos Big Sexy Noise. Em Lisboa, segundo Jean Hervé Peron, o grupo interpretará, para além de temas do seu último álbum (C'est Compliqué, de 2009), também alguns excertos de 10 (álbum gravado há dois anos mas que, por divergências com a editora, ficou "na prateleira"), e de Something Dirty, fruto de uma sessão de gravação datada de Junho passado, que, espera Hervé, será editado em 2011. Quanto ao workshop, Peron diz que consiste principalmente em partilhar uma forma de fazer música: "É algo que nos dá imenso gosto, até porque, ao contrário do que se passa num concerto, não há a pressão de produzir em 90 minutos algo que as pessoas possam consumir." No entanto, o workshop não será, segundo Jean Hervé, uma "aula" convencional: "Não vai haver uma hierarquia, mas será errado dizer que será uma anarquia, até porque é suposto os participantes levarem algo da sessão." Com um limite de participantes a apontar para as 25 pessoas, as inscrições para o workshop são realizadas através do e-mail [email protected] ou do número 213 430 205. Página 18 A19 Faust ao vivo Tipo Meio: Internet Meio: Sapo Online - Cultura Sapo Data Publicação: 05-10-2010 Online URL: http://cultura.sapo.pt/detalhe_evento.aspx?id=86710 Teatro Municipal Maria Matos 06-10-2010 22h00 Entrada: EUR 15,00 / EUR 7,50 (- 30 anos) Reservas: 218438800 Formados em Hamburgo em 1969, os Faust são formados por Jean-Hervé Péron (baixo, trompete, guitarra acústica, máquinas industriais, voz), Werner "Zappi" Diermaier (percussão, máquinas industriais), James Johnston (guitarra eléctrica, percussão) e Geraldine Swayne (sintetizador, guitarra eléctrica, piano acústico, voz). A par de outros grupos como os Can e os Neu!, os Faust foram ao longo da primeira metade da década de 1970 a linha da frente do rock experimental alemão. São desse período os seus principais álbuns, todos documentos essenciais para a evolução das diferentes músicas experimentais contemporâneas. http://www.myspace.com/faustpages Página 19 A20 Agenda de concertos de 4 a 10 de Outubro Tipo Meio: Internet Meio: Diário Digital Online URL: http://diariodigital.sapo.pt/disco_digital/print.asp?id_news=39846 Data Publicação: 03-10-2010 domingo, 3 de Outubro de 2010 | 15:48 Smix Smox Smux e Os Capitães da Areia Lisboa, MusicBox, 00h00 Yolanda Soares Lisboa, Coliseu dos Recreios, 21h30 Faust Lisboa, Teatro Maria Matos, 22h00 Guns N`Roses e Sebastian Bach Lisboa, Pavilhão Atlântico, 20h00 Andrew Bird e Depedro Lisboa, Aula Magna, 21h00 Camané Lisboa, Centro Cultural de Belém, 21h00 Mad Caddies, Fitacola e Humble Coimbra, Massas, 21h00 Página 20 Booka Shade, Edward Maya, Frankie Chavez, Marrokan e The Quest Lisboa, Cais da Matinha, 20h00 Mad Caddies, Fitacola e Humble Almada, Incrível Almadense, 21h00 Panda Bear e Oneohtrix Point Never Barreiro, Casa da Cultura, 22h00 Pendulum, Nuno Forte, Drop Top, Refill, Da Chick, Sebastião Delerue e Zeder Lisboa, LX Factory (Sala das Colunas), 22h00 Yolanda Be Cool, Marcelinho da Lua, Richie Campbell, Triplet e The Doups Lisboa, Cais da Matinha, 20h00 Fonzie e Kumpania Algazarra Lisboa, FNAC Vasco da Gama, 16h00 Página 21 A22 ID: 32131903 02-10-2010 | Atual Tiragem: 136500 Pág: 6 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 7,23 x 29,18 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 22 A23 ID: 32132384 02-10-2010 | Atual Tiragem: 136500 Pág: 51 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 16,85 x 29,56 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 23 A24 ID: 32132899 02-10-2010 | Vidas Tiragem: 172355 Pág: 54 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 18,57 x 17,01 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 24 A25 ID: 32113946 01-10-2010 | Ípsilon Tiragem: 55364 Pág: 38 País: Portugal Cores: Preto e Branco Period.: Semanal Área: 22,76 x 8,10 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2 Agenda Camané Aveiro. Teatro Aveirense. Pç. República. 6ª às 21h45. Tel.: 234400922. 12€ a 16€. Na Sala Principal. Dia Mundial da Música. Apresentação de “Do Amor e dos Dias”. Nina Nastasia Lisboa. Galeria Zé dos Bois. Rua da Barroca, 59 Bairro Alto. 6ª às 23h00. Tel.: 213430205. 10€. Sábado 2 Lula Pena + B Fachada + JP Simões António Chainho Lisboa. Soc. de Geografia. R. Portas de Santo Antão, 100. Sáb. às 21h00. Tel.: 213425401. 15€. Figueira da Foz. Centro de Artes e Espectáculos. R. Abade Pedro. Sáb. às 21h30. Tel.: 233407200. 5€ a 18€. Orquestra Sinfónica Portuguesa Direcção Musical: Etienne Abelin. Com Etienne Abelin (violino). Lisboa. Teatro Nacional de São Carlos. Lg. S. Carlos, 17. Sáb. às 18h00. Tel.: 213253045. 10€. Domingo 3 Segunda 4 Amália Hoje Lisboa. Palácio de Belém. Calçada da Ajuda, 11. 2ª às 21h30. Tel.: 213614600. Entrada livre. Terça 5 António Zambujo Kurt Rosenwinkel e Orquestra de Jazz de Matosinhos Direcção Musical: Carlos Azevedo, Pedro Guedes. Com Kurt Rosenwinkel (guitarra). Lisboa. Palácio de Belém. Calçada da Ajuda, 11. Sáb. às 21h30. Tel.: 213614600. Porto. Casa da Música. Pç. Mouzinho de Albuquerque. Dom. às 22h00. Tel.: 220120220. 15€. Entrada livre. Entrada livre. Na Sala Suggia. Ciclo Jazz Galp. No Salão Nobre. A Família Bach I. M/3. Mariza Lisboa. Palácio de Belém. m. ª às Calçada da Ajuda, 11. 3ª 21h30. Tel.: 213614600. Lula Pena grafia na S. Geografi RITA CARMO Sexta 1 Página 25 ID: 32113946 01-10-2010 | Ípsilon Tiragem: 55364 Pág: 39 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 11,72 x 6,58 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2 Quarta 6 5ª às 21h00 (portas abrem às 20h). Tel.: 213240580. 30€ a 35€. Guns N’ Roses + Sebastian Bach Camané Lisboa. Pav. Atlântico. Parque Nações. 4ª às 20h00 (portas abrem às 18h30). Tel.: 218918409. 32€ a 42€. Lisboa. CCB. Praça do Império. 5ª às 21h00. Tel.: 213612400. 12,5€ a 28€ (sujeito a desconto). Faust No Grande Auditório. Apresentação de “Do Amor e dos Dias”. M/12. Lisboa. Teatro Municipal Maria Matos. Av. Frei Miguel Contreiras, 52. 4ª às 22h00. Tel.: 218438801. 15€ (sujeito a desconto). Ver texto págs. 30 e segs. Quinta 7 Placebo Lisboa. Coliseu dos Recreios. R. Portas St. Antão, 96. Andrew Bird + DePedro Lisboa. Aula Magna. Alam. Univer.. 5ª às 21h00 (portas abrem às 20h). Tel.: 217967624. 25€ a 30€. Os Golpes Porto. Hard Club. Praça do Infante, 95 - Mercado Ferreira Borges. 5ª às 22h30. 10€. Apresentação de “G”. Página 26 A27 Música ID: 32114063 Em 1973, Uwe Nettelbeck, o ideólogo dos Faust, dizia ao extinto semanário “Melody Maker” que o que queria fazer com aquela banda seminal do rock experimental alemão era “música popular”: “Não quero vê-los no mesmo saco que Stockhauusen ou [John] Cage, aquilo a que chamam músculo experimental. Somos ‘avant-garde’ não por estilo, mas por acidente”. É um óptimo ponto de partida para abordar o impacto deste grupo que actuará no Teatro Maria Matos, em Lisboa, na próxima quarta-feira, dia 6 de Outubro. A começar pelo ponto onde isto começou, na Hamburgo de 1969. Foi lá que Uwe Nettelbeck, crítico de cinema, jornalista, produtor musical e activista de esquerda com ligação intermitente às Baader-Meinhoff, reuniu os músicos Werner “Zappi” Diermaier, Hans-Joachim Irmler, Jean-Hervé Peron, Rudolf Sosna e Gunther Wüsthoff. Alguns deles estavam ligados à cena experimental alemã, os outros compunham uma banda chamada Campylognatus Citelli. Nettelbeck tinha um objectivo: levar o espírito convulsivo dos tempos às massas. Confrontar o espírito consumista, conformista e ainda conservador do pós-guerra com gestos radicais. E tinha os meios para o fazer. Acordara com a gigante Polydor um contrato milionário, convencendo os seus executivos de que tinham em mãos uns novos Beatles, a banda certa para canalizar a energia de uma geração. Nasciam então os Faust, que é o termo alemão para “punho”, e que é também a lenda alemã do homem que vende a alma ao diabo para garantir sabedoria e delícias terrenas. 01-10-2010 | Ípsilon Aproveitando a lenda, digamos que os Faust nasceram com a alma vendida ao diabo. E acrescentemos que sobreviveram incólumes – nesta história, foi o diabo o enganado. Eis porque que falamos hoje com Jean-Hervé Peron, baixista, trompetista, cantor e homem das electrónicas dos Faust – não são demasiadas funções, todos os elementos tinham diversas no grupo. A obra que deixaram na sua primeira vida, cinco álbuns entre 1971 e 1975, deixou marcas visíveis. O punk deve-lhes algum do seu confronto, o experimentalismo multidisciplinar e dadaísta do póspunk deve-lhes mais ainda, a electrónica aventureira terá de passar por eles. Sex Pistols, Einstürzende Neubauten, This Heat, Stereolab, To Rococo Rot, em todos se nota o toque dos Faust, que estavam à frente do seu tempo na atitude estética, mas que eram, verdadeiramente, a sua época. Porque não aceitavam as suas regras, porque queriam transformar, arriscar, mudar. “Não existe grupo mais mítico do que os Faust”, escreveu Julian Cope em “Krautrock Sample”, o livro que documentou e divulgou à escala mundial o rock experimental alemão da década de 70. Curiosamente, tudo começou com “rock’n’roll e coca-cola”, escreveu Gunther Wüsthoff num texto incluído na reedição de “So Far”, o segundo álbum da banda. Começa aí a conversa com Jean-Hervé Peron: “Quando estávamos na idade de questionar, aos 16 anos, o rock’n’roll ock’n’roll e a coca-cola invadiram a Europa. A coca-cola era o símbolo da invasão americana e da tendência para consumir, consumir Tiragem: 55364 Pág: 28 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 29,10 x 37,72 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2 e consumir: ‘A guerra acabou, consumam’ era a ideologia dominante. O rock’n’roll, por outro lado, era a música que nos atraía, nos chamava até si. Rock’n’roll e coca-cola, foi isso que criou a nossa geração”. Tudo estava bem no melhor dos mundos: música eléctrica excitante e novas maravilhas prontas a consumir. Mas isso é a geração que faria o Maio de 68 vista à superfície. O impulso que guiou os Faust era mais profundo e bem menos pacífico, a milhas do “flower power”. “O conflito pode e dever gerar energia, e foi o conflito que guiou as pessoas da minha geração”, sublinha Peron. “Lidámos com conflitos interiores, conflitos com os nossos pais, conflitos com a sociedade em que vivíamos. O resultado dessa fricção, porém, nada teve de negativo. Derrubámos barreiras e, musicalmente, criámos um movimento”. A Inglaterra chamou-lhe krautrock, um saco onde às tantas já cabiam bandas tão distintas quanto Can, Neu!, Amon Düul, Electric Sandwich, Kraftwerk ou Tangerine Dream. “Nós chamávamos-lhe música experimental, mas acabou por vencer aquele nome estranho que os ingleses criaram, am m, co com om um sentido de humor discutídisc di s ut utível”, diz Peron. Os Faust, sublinha, queueriam “mais energia do que ue a que havia no rock’n’roll, ll, outro tipo de energia”: “Queeríamos uma nova música. Queeríamos mais!”. E tiveram m mais. “Éramos uns sonhadores a lidar com a dor e a confusão da sociedade do nosso tempo” Jean-Hervé Peron Os Faust foram a ponta de um icebergue a que os ingleses viriam a chamar krautrock e que incluiria s as bandas ais diversas mais Música de intervenção Reunião de músicos diferentes eses Os Faust queriam mais, e tiveram mais Numa Europa a rock’n’roll, cocacola e pacifismo hippie, os Faust eram outra coisa. Os alemães que prenunciaram o punk, o pós-punk e a electrónica experimental (tudo o que está entre Sex Pistols e Stereolab, portanto) vêm agora a Lisboa. Mário Lopes Página 27 ID: 32114063 01-10-2010 | Ípsilon timulados pela “mente revolucionária” de Uwe Nettelbeck, os Faust criaram um som único e desafiador. A música deles, onde instrumentos convencionais conviviam com decisivas manipulações de fita, técnicas de música concreta ou aparelhos electrónicos inventados pelo engenheiro de som Kurt Graupner, era um poderoso reflector da psique dos seus membros e do mundo que os rodeava. Dos Velvet Underground retiraram a repetição, o minimalismo. De Frank Zappa, “as harmonias exteriores ao rock’n’roll e os textos socialmente críticos”. Dos dadaístas e do movimento Fluxus, a ideia de performance e a utilização do absurdo como arma. E ainda foram buscar as planagens cósmicas aos Pink Floyd, versão buraco negro, o minimalismo a compositores como LaMonte Young ou Tony Conrad (com quem gravaram, em 1973, “Outside The Dream Syndicate”), e saxofones e trompetes soprados a Miles Davis, como se “Bitches Brew” tivesse nascido numa lotada auto-estrada alemã. Mas, além de música, os Faust foram intervenção que extravasava a música. A capa transparente do homónimo primeiro álbum, ilustrada de forma perturbadora com os ossos da radiografia de d um punho, era reveladora. E as actuu ações ao vivo, experiências violentas aç e surpreendentes su com tanto de “happening” quanto de concerto, são pp míticas: no palco escurecido, desmít tacava-se a luz de ecrãs de televisão tac que ue seriam destruídos desstr truí uído d s com do c m marco telos telo los e serras as e elé eléctricas, lé éct ctri rica cas, viam-se um ma mesa sa de de pinball p nb pi nbal all em que oss uma Tiragem: 55364 Pág: 30 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 17,76 x 36,43 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2 músicos jogavam quando bem entendessem e os sofás em que os Faust se sentavam para olhar os espectadores, que não sabiam como reagir a tudo aquilo. “Se queríamos exprimir que o poder da televisão era perigoso para todos, haveria melhor forma do que pegar num marrão e destruir 20 aparelhos de televisão em palco?”, pergunta Peron. “Aqueles que nos compreendiam ficavam esmagados. Não percebiam o que se estava a passar, mas percebiam que também nós não sabíamos exactamente o que estava a acontecer.” Guiava-os uma urgência irreprimível, uma necessidade de “agitar águas aparentemente serenas para que todos vissem a lama que se escondia nas profundezas” - o mundo da abundância, do rock’n’roll e da coca-cola não lhes servia, a euforia hippie era uma mentira, o hedonismo alienado um engodo. “Éramos uns sonhadores a lidar com a dor e a confusão da sociedade do nosso tempo. Extremistas nos nossos corações, não na política. A política organizada não nos interessava”. Catástrofe e ressurreição Há uma razão para, a meio da entrevista, Jean-Hervé Peron explicar assim o desmembramento da banda, em 1975: “A Polydor tentou e foi uma catástrofe. A Virgin [os Faust foram das primeiras bandas assinadas pela editora do então jovem Richard Branson] tentou também e foi outra catástrofe. Claro que os discos não o são, mas o que qu e acontecia depois de os editarmos era-o eraer a o certamente”. Os dois primeiros álbuns dos Faust, o homónimo de estreia (1971) e “So Far” (1971), foram gravados numa antiga escola transformada em estúdio, na zona rural do rio Wümme. Isolados, sem contacto com ninguém exterior à banda, trabalharam como que “em meditação num mosteiro”. O casulo foi quebrado quando, numa manhã, acordaram rodeados de ccães-polícia cã es-polícia e metralhadoras, confundidos com terroristas das Baader-Meinhoff - “Andava tudo histérico com o terrorismo e nós, com as nossas as barbas, o nosso cabe cabelo belo lo comprido e as nossas as rourrou oupas, tínhamos ob obviamenbvi viam amente de parece parecer er te terr terrorisrrorispior, diz, tas”. Mas o pi veio depois. dep epoi ois. s. Com Co om as fracas ve venendass de discos, com da om o oss Faust Faus Fa u t a serem m nada nada mais m ma is do qu que ue ba band banda ndaa de culto em m Inglaterra IIng ngla late t rra – aindaa assim, assi as sim, m, bem bem melhor lh h or sucedidos ssuc ucedidos do que qu e no seu país -, a Poly Po lydo d r percebeu fiPolydor nalmente nalm na lmente que os Fa Faust aus ustt não n nã o seriam uns novos nov vos BeBeatles. “Estavam di dist distantes stan ante tess estes tempos os d de e ‘d ‘do o it yourself’, em qu que e qu qual qualquer a quer um pode ter um estúdio no computador”, aponta Peron. Desalojados, roubaram o seu próprio equipamento, reclamado pela editora, e vaguearam. “Wümme foi um final difícil. Sem dinheiro, sem trabalho. Acabámos a comer comida de cão”. Pouco depois, nova oportunidade com a Virgin. Nettlebeck, antecipando a estratégia Radiohead, deu a Richard Branson a colagem, extraída dos extensos arquivos da banda, que resultaria no álbum “Faust Tapes”. Com uma condição: o álbum teria de ser vendido ao preço de um single. 100 mil cópias foram vendidas em 1973 – 90 por cento dos compradores, diz-se, detestaram a pechincha, os restantes empregariam aquela explosão criativa anos depois, quando o punk se fez ouvir. No ano seguinte, “Faust IV” foi um fracasso comercial e “Faust V”, o álbum seguinte, não chegou a sair. Tal como tinham aparecido, os Faust desapareciam na paisagem alemã: “Transformámo-nos num mistério”. Até que, em 1992, Hans-Joachim Irmler, Werner Diermaier e Jean-Hervé Péron se reuniram para alguns concertos, reactivando uma história bruscamente interrompida - Rudolf Sosna morreu em 1996, Gunther Wüsthoff recusou-se a participar na reunião. Daí para cá, gravaram novo material, colaboraram com Chris Cutler, com os americanos Dälek, experimentalistas do hip hop, ou com Jim O’Rourke e To Rococo Rot, experimentalistas “tout cour court”. urt” t”.. Em 2010, três anos os depois dep d epois da mormor or-te de Uwe Nettelbeck Nettelbeck, ck,, Je Jean-Hervé vé P Peeron e o baterista We Wern Werner rne er “Zapp “Zappi” pi” D Die Dieriermaier, acompanhados acompan nha hado dos por Ge Geraldine era rald ldin ine Swayne e James es Johnston JJoh ohnston es estreiam-se str trei eiam am-se em Portugal para para um u concerto concer erto to no no Maria Matos. S Sobre obre ob re ele, Pe Peron ero ron n nã n não o diz mais do que que isto: is “A p primeira rime ri meiira regra dos Faust Faus ustt é nã n não o existi existirem tire rem m regras. A segunda segund da é nunca nunca revelar re eve vela larr o que faremos em palco p no próximo próx pr óxim imo concerto”. O objectivo obje ob ject ctivo continua conttin inua ua a ser “provocar, “provocarr, abanar, aban ab ana ar, obrigarr a questionar”. qu O baibai ai-xist xi sta a quer q ue o público pú p úblico saia do concon on-xista que certo “com ce mu um m gr grande sorriso sorriso, o, ma mass também com com par p de pontos de de interinte in terrrogação o nos nos olhos”: o hos”: “Estrelass e pontos ol pont po nto os de int interrogação, nter erro roga gação, é isso que e qu quer queremos erem emos atingir atin ngi girr ho hoje com a nossa am mús música”. úsic ica”. Repa Re parará o leitor qu ue os F Fau a st que Reparará que Faust chegam cheg ch egam a ao Maria Matos Mato Ma toss tê têm na formação m ma ção apenas doi dois is do doss fu fundadores. E Ex istem hoje d oiss Fa oi Faus ustt no mundo Existem dois Faust estes que veremos vere emo moss em Lisboa, e uns outros, lide liderados era rado doss po p porr Hans-Joachim Irmler. A ci cisã cisão são o não nã foi pacífica. “É um assunto o mu muit muito ito o privado” que Peron prefere pref fer ere e nã não o comentar. Mas, depois de e uma uma breve breve pausa, termina com aquilo aqui aq uilo lo que tanto pode ser manifestação çã o de d humor quanto declaração de vitória: vitó vi tória: “Finalmente é verdade. Os Faust são mais. Não são menos. São mais”. Ver agenda de concertos págs. 38 e segs. Os novos Faust reagruparamse a partir de 1992, mas são apenas uma parte da banda original Página 28 A29 ID: 32115105 01-10-2010 | Essencial Tiragem: 65967 Pág: 22 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 14,37 x 21,48 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2 Página 29 ID: 32115105 01-10-2010 | Essencial Tiragem: 65967 Pág: 23 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 14,12 x 20,03 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2 Página 30 A31 ID: 32098226 30-09-2010 | Guia Para a Semana Sul Tiragem: 108500 Pág: 38 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 8,47 x 17,07 cm² Âmbito: Interesse Geral Corte: 1 de 4 Página 31 ID: 32098226 30-09-2010 | Guia Para a Semana Sul Tiragem: 108500 Pág: 39 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 10,39 x 17,26 cm² Âmbito: Interesse Geral Corte: 2 de 4 Página 32 ID: 32098226 30-09-2010 | Guia Para a Semana Sul Tiragem: 108500 Pág: 40 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 10,53 x 17,19 cm² Âmbito: Interesse Geral Corte: 3 de 4 Página 33 ID: 32098226 30-09-2010 | Guia Para a Semana Sul Tiragem: 108500 Pág: 41-42 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 7,93 x 16,97 cm² Âmbito: Interesse Geral Corte: 4 de 4 Página 34 A35 Faust em Lisboa Tipo Meio: Internet Meio: Rua de Baixo.com URL: http://www.ruadebaixo.com/faust-em-lisboa.html Data Publicação: 28-09-2010 Fast Food Nascidos em Hamburgo e criados numa comuna/estúdio em Wümme, os Faust corporizaram desde o primeiro momento um estado primitivo de consciência, nunca definitivo, nunca absoluto. Suficientemente livres dos paradigmas do rock americano para colocar a ênfase nas novas electrónicas e em estilos vanguardistas como o minimalismo e a música concreta, o sexteto alemão metamorfoseou-se num OVNI pós-psicadélico, polirrítmico, atento a todas as possibilidades. Diferentes de tudo o que veio antes ou virá depois, os Faust tornaram-se inquestionavelmente uma das grandes experiências criativas do nosso tempo. A par de outros grupos como os Can e os Neu!, os Faust foram ao longo da primeira metade da década de 1970 a linha da frente do rock experimental alemão. São desse período os seus principais álbuns, todos documentos essenciais para a evolução das diferentes músicas experimentais contemporâneas. Dois músicos omnipresentes em todos estes momentos foram os multiinstrumentistas Jean-Hervé Péron e Werner "Zappi" Diermaier, elementos basilares do cânone Faust e que constituirão o núcleo da formação que se estreará finalmente, e com esperado estrondo - em Lisboa. O concerto está agendado para dia. Entrada: EUR15; 7,5EUR para menores de 30 anos. Um dia após o concerto no Teatro Maria Matos, os quatro elementos de Faust visitam a Zé dos Bois para um workshop. Esta sessão é aberta ao público em geral - músicos e não-músicos - que poderá participar enquanto observador ou, mesmo, interagir com a banda. A audiência poderá trazer instrumentos (preferencialmente pequenos, portáteis). O workshop terá inico com uma conversa, avançando depois para uma improvisação colectiva. Inscrição: 15EUR Inscrições limitadas à lotação da sala Página 35 Página 36 A37 Faust Tipo Meio: Internet Meio: Público Online - Guia do Lazer Data Publicação: 24-09-2010 Online URL: http://lazer.publico.pt/artigo.asp?id=265561 TELEFONE 218438801 LOCAL Lisboa, Teatro Municipal Maria Matos - Av. Frei Miguel Contreiras, 52 HORARIOS Dia 06-10-2010 Quarta às 22h00 PREÇO 15EUR (sujeito a desconto). OBSERVAÇÕES Na Sala Principal. M/6. SÍTIO OFICIAL http://www.myspace.com/faustpages Se algum destes dados não estiver correcto, diga-nos. Página 37 A38 Quatro meses recheados de concertos Tipo Meio: Internet Meio: Música Online.pt URL: http://musicaonline.sapo.pt/noticias/concertos/quatro_meses_recheados_de_concertos Data Publicação: 08-09-2010 Se os festivais de Verão trouxeram muitos nomes internacionais a palcos portugueses, o último trimestre de 2010 não parece ser menos pródigo na oferta. Numa altura em que as vendas de discos nem sempre são garantia para um artista, os concertos destacam-se muitas vezes como uma opção mais rentável... e os fãs agradecem, sobretudo os de nomes que, há uns anos, dificilmente passariam por salas nacionais. Do rock mais alternativo, dançável ou agressivo, passando por grandes estrelas da pop, entre Setembro e Dezembro há propostas capazes de satisfazer vários gostos e públicos. O SAPO Música apresenta algumas mas o espaço de comentários está, como sempre, aberto a sugestões: SETEMBRO 10 Leonard Cohen no Pavilhão Atlântico, Lisboa Festival Lisbon Unplugged na Tapada da Ajuda, Lisboa (Jay Jay Johanson, Rita Redshoes, Torino, Lula, Pena, Berlam e Banda Larga) 11 Festival Lisbon Unplugged na Tapa da Ajuda, Lisboa (The Veils, David Fonseca, Au Revoir Simone, Nikolaj Grandjean, Betty, Sinamantes) Mayra Andrade no Theatro Circo, Braga 12 Supertramp no Pavilhão Atlântico, Lisboa Página 38 14 Supertramp no Pavilhão Rosa Mota, Porto 14 Limp Bizkit no Pavilhão Atlântico, Lisboa 17 Atari Teenage Riot no Hard Club, Porto 18 Danko Jones no Hard Club, Porto 19 Eels no Coliseu de Lisboa 21 anbb: Alva Noto & Blixa Bargeld no Teatro Maria Matos, Lisboa 22 Goldfrapp no Coliseu de Lisboa 23 Wave Pictures no Santiago Alquimista, Lisboa 24 Thieves Like Us no MusicBox, Lisboa Wave Pictures na Casa da Música, Porto 28 Página 39 Jóhann Jóhannsson & Ishra String Quartet no Teatro Maria Matos, Lisboa 30 Amy Macdonald no Coliseu de Lisboa OUTUBRO 2 Mão Morta e Pop dell'Arte na Casa da Música, Porto U2 (com Interpol na primeira parte) no Estádio de Coimbra 3 U2 (com Interpol na primeira parte) no Estádio de Coimbra 6 Faust no Teatro Maria Matos, Lisboa Guns N' Roses no Pavilhão Atlântico, Lisboa 7 Placebo no Coliseu de Lisboa 7 Andrew Bird na Aula Magna, Lisboa Mad Caddies no Massas Café Concerto, Coimbra 8 Mad Caddies, Fitacola e Humble no Incrível Almadense, Almada 10 Página 40 Katie Melua no Campo Pequeno, Lisboa 11 Katie Melua no Coliseu do Porto 12 Apocalyptica na Casa da Música, Porto 13 Apocalyptica na Aula Magna, Lisboa 14 Lloyd Cole na Casa da Música, Porto 15 Festival Sintra Misty no Centro Cultural Olga Cadaval (Dez Mona, Rodrigo Leão & Cinema Ensemble, Tó Trips/Tiago Gomes, Mazgani, Nicole Eitner, Sandy Kilpatrick, Rui Miguel Abreu DJ Set 16 Festival Sintra Misty no Centro Cultural Olga Cadaval (Tiago Bettencourt & Mantha, Joan As Police Woman, Foge Foge Bandido, Mark Kozelek, Mendes, João Só e Abandonados, Walter Benjamin, Márcia, The Soaked Lamb, Gomo, Rui Miguel Abreu DJ Set) 17 Festival Sintra Misty no Centro Cultural Olga Cadaval (Hindi Zahra, Mayra Andrade, Piers Faccini, Lloyd Cole Small Ensemble, Emmy Curl, Frankie Chavez, Minta, Noiserv Mystery Jets no Santiago Alquimista, Lisboa 19 The Psychedelic Furs no Coliseu dos Recreios, Lisboa Página 41 20 The Psychedelic Furs no Teatro Sá da Bandeira, Porto The Swell Season no Santiago Alquimista, Lisboa 22 Hauschka no Teatro Maria Matos, Lisboa 25 A Flock of Seagulls na Aula Magna, Lisboa 25 Mika na Latada de Coimbra 27 Tindersticks no Coliseu do Porto 28 Tindersticks no Coliseu de Lisboa 28 Seu Jorge no Coliseu do Porto 29 Seu Jorge no Coliseu de Lisboa NOVEMBRO 2 Anathema no Teatro Tivoli, Lisboa Página 42 Michael Bublé no Pavilhão Atlântico, Lisboa Greg Dulli no Santiago Alquimista, Lisboa 3 Anathema no Hard Club, Porto Greg Dulli no Hard Club, Porto Michael Bublé no Pavilhão Atlântico, Lisboa 4 Crystal Castles no Teatro Sá da Bandeira, Porto 6 Throbbing Gristle na Casa da Música, Porto 7 Broken Social Scene na Aula Magna, Lisboa 8 We Have Band no MusicBox, Lisboa Broken Social Scene na Casa da Música, Porto 9 !!! no Lux, Lisboa 10 Vampire Weekend no Campo Pequeno, Lisboa !!! no Teatro Sá da Bandeira, Porto Página 43 11 The Drums no Lux, Lisboa Vampire Weekend no Coliseu do Porto 12 Interpol no Campo Pequeno, Lisboa 13 Xavier Rudd no Hard Club, Porto 14 Xavier Rudd na Aula Magna, Lisboa The Walkmen no Coliseu de Lisboa 18 Arcade Fire no Pavilhão Atlântico, Lisboa 19 Efterklang no MusicBox, Lisboa 21 Shakira no Pavilhão Atlântico, Lisboa 22 Joe Satriani no Campo Pequeno, Lisboa 24 Gogol Bordello no Campo Pequeno, Lisboa Página 44 26 Anne Clark no Theatro Circo, Braga Katatonia no Incrível Almadense, Almada 27 Anne Clark no Centro Cultural de Ílhavo Katatonia no Hard Club, Porto 29 Divine Comedy no Teatro Maria Matos, Lisboa 29 Alice Cooper no Campo Pequeno, Lisboa 30 Divine Comedy no Teatro Maria Matos, Lisboa DEZEMBRO 3 James no Campo Pequeno, Lisboa 3 James no Campo Pequeno, Lisboa Masayoshi Fujita & Jan Jelinek e Radian no Teatro Maria Matos, Lisboa 4 Fennesz, Brandlmayr & Dafeldecker e Ben Frost no Teatro Maria Matos, Lisboa Página 45 7 Herbie Hancock no Campo Pequeno, Lisboa 8 Herbie Hancock na Casa da Música, Porto 10 Lady Gaga no Pavilhão Atlântico, Lisboa 16 30 Seconds To Mars no Pavilhão Atlântico, Lisboa 18 MGMT no Campo Pequeno, Lisboa Página 46 A47 ID: 31776005 08-09-2010 | Time Out Lisboa Tiragem: 11520 Pág: 65 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 14,27 x 25,70 cm² Âmbito: Lazer Corte: 1 de 1 Página 47 A48 A nova temporada começa aqui Tipo Meio: Internet Meio: Público Online - Ípsilon Online URL: http://ipsilon.publico.pt/musica/texto.aspx?id=263706 Data Publicação: 26-08-2010 20.08.2010 - Ilustração de Vítor Ferreira Nabokov e Michael Jackson, Apichatpong Weerasethakul e Lady Gaga, Alain Platel e Clint Eastwood, Kanye West e Camões: de Setembro a Dezembro, eles vão estar numa sala (ou numa livraria) perto de si. Faltam duas semanas para a abertura oficial da "rentrée" Setembro CINEMA - Dia 2, estreia portuguesa de Predadores, relançamento do "franchise" sobre o guerreiro extraterrestre lançado por John McTiernan com Arnold Schwarzenegger em 1986. Robert Rodriguez ("Sin City", "Planeta Terror") produz, Nimrod Antal dirige. No dia seguinte, estreia americana de outro filme de Robert Rodriguez, "Machete" - o que começou por um trailer para um filme inexistente metido na "sessão dupla" de "Grindhouse" torna-se agora numa longa-metragem a tempo inteiro (ainda sem data portuguesa). - Dia 3, arranca, na Cinemateca Portuguesa, o ciclo "O Povo": a escolha vai de "O Couraçado Potemkine", de Eisenstein, a "Aquele Querido Mês de Agosto" de Miguel Gomes, passando por John Ford, Jean Rouch, António Reis, Jean Renoir, Frank Capra, David W. Griffith, Vittorio de Sica ou Chaplin. - De 7 a 11, o Festival Douro Film Harvest traz a Portugal Sofia Loren e Gustavo Santaolalla e faz a antestreia de "O Último Vôo do Flamingo", de João Ribeiro, e do documentário de Oliver Stone "South of the Border" - "Never Let Me Go", adaptação do romance de Kazuo Ishiguro "Nunca Me Deixes" pelo realizador Mark Romanek, faz a sua estreia nos EUA. - De 17 a 25, decorre mais uma edição do festival Queer Lisboa 2010, com destaque para o novo Página 48 Bruce LaBruce; a 29, abertura de outro festival de culto na capital, o MoteLX. - 25 anos depois, Oliver Stone regressa a um dos seus clássicos e faz uma sequela, "Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme", novamente com Michael Douglas no papel de Gordon Gekko. Estreia portuguesa dia 23. - O novo filme de Stephen Frears, "Tamara Drewe", é uma comédia muito "british". Esteve em Cannes, agora chega a Portugal. - A 30, António Ferreira estreia "Embargo", adaptação do conto homónimo de José Saramago com Filipe Costa (de Sean Riley & The Slowriders) no papel principal; e Julia Roberts regressa aos papéis principais noutra adaptação, "Comer, Amar, Orar". Quem dirige é Ryan Murphy, o criador das aclamadas séries "Nip/Tuck" e "Glee". LIVROS - A Teorema edita "Quartos Imperiais", de Bret Easton Ellis, novo e esperado romance do autor de "American Psycho", "Desespero", inédito de Vladimir Nabokov, e "Em Anexo", de Isabel Fonseca, primeiro romance da mulher de Martin Amis; o romance de estreia de Amis, por sua vez, está na Quetzal: "Os Papéis de Rachel". - Martin Amis diz que este é o grande romance da literatura americana e não vale a pena procurar por melhor: "As Aventuras de Augie March", de Saul Bellow (Quetzal). Na mesma editora, "Livro", quarto romance de José Luís Peixoto. - Na Dom Quixote, saem "Milagrário Pessoal", de José Eduardo Agualusa, "O Novíssimo Testamento", do cabo-verdiano Mário Lúcio Sousa, uma das apostas da editora Maria do Rosário Pedreira na Leya, e "Memórias Secretas da Rainha Dona Amélia", de Miguel Real. - Laurentino Gomes, autor do "best-seller" "1808", sobre a fuga da família real portuguesa para o Rio de Janeiro, mostra agora como o Brasil consegue sobreviver com êxito em "1822". Mais da Porto Editora: "Dez Mil Guitarras", de Catherine Clément, truculenta galeria de retratos de uma Europa em mutação vista desde Alcácer-Quibir. - A Sextante abre a "rentrée" com "O seminarista", de Rubem Fonseca, e "A Cidade do Homem", de Amadeu Lopes Sabino. - Na contagem decrescente para a estreia da adaptação cinematográfica de Raoul Ruiz, a Relógio d'Água reedita "Mistérios de Lisboa", de Camilo Castelo Branco. Página 49 - "Nobre Povo - Os Anos da República", de Jaime Nogueira Pinto é a aposta da Esfera dos Livros em vésperas das comemorações do centenário da implantação da República. Outros livros para a efeméride: "A República das Mulheres", de Maria João Seixas (Presença) e "1910", de Fernando Rosas e Mendo de Castro Henriques (Presença). - "Marina", de Carlos Ruiz Zafón, a obra que precedeu o bestseller "A Sombra do Vento", sai na Planeta. - Dois novos Gonçalo M. Tavares na Caminho: "Uma Viagem à Índia" e um novo habitante para "O Bairro". - As relações entre Israel e os EUA são vistas à lupa em "O lóbi de Israel", de John Mearsheimer e Stephen Walt (Tinta da China). Também na Tinta da China, "A Viagem dos Inocentes", de Mark Twain, mais um livro da Colecção de Literatura de Viagens, dirigida por Carlos Vaz Marques. JAZZ - Setembro é ainda tempo de concertos ao ar livre, casos do Quarteto de Nelson Cascais (dia 5) e do projecto "Super Trouper" do guitarrista André Fernandes (dia 19), ambos no Jardim da Necessidades, em Lisboa, ou ainda da Big Band do Hot Clube de Portugal (dia 2, Largo de São Carlos). Também a 4, destaque para o espectáculo da Orquestra Jazz de Matosinhos com Kurt Rosenwinkel na Festa do Avante. - De 4 a 12, continuam os concertos Allgarve, com Jean Luc Ponty & His Band (dia 4, Castelo de Silves), Aziza Mustafa Zadeh (dia 10, Auditório Municipal de Olhão) e Archie Shepp Quartet (dia 12, Auditório Municipal de Albufeira). CLÁSSICA - A apresentação da programação da nova temporada da Orquestra Metropolitana de Lisboa será acompanhada por um concerto com música sobre Lisboa no dia 7 de Setembro, no Salão Nobre da Câmara Municipal. -- Mais para o dia 11: depois de ter sido apresentada em Março de 2010 na Cité de La Musique, em Paris, sob a direcção de Joana Carneiro, a ópera "A Flowering Tree", do compositor americano John Adams poderá agora ser ouvida na Gulbenkian no âmbito do Festival Música Viva/Miso Music Portugal. - O Festival Mozart traz à Gulbenkian os mais ilustres intérpretes da música do compositor austríaco. Dia 23 de Setembro, René Jacobs dirige a Freiburger Barockorchester e um conjunto de reputados jovens solistas numa versão de concerto da ópera "Così fan tutte". Página 50 - Assinalando o bicentenário do nascimento de Chopin, Artur Pizarro apresenta ao longo de toda a temporada de 2010-2011 uma série de nove recitais no Centro Cultural de Belém em que irá interpretar a obra completa para piano do compositor polaco. O primeiro recital realiza-se a 30 de Setembro, seguindo-se apresentações a 14 de Outubro, 30 de Novembro e 16 de Dezembro. POP - Anos e anos parado em meditação e depois isto. Os fãs lançam vivas ao desfalque financeiro que obrigou Leonard Cohen a voltar à estrada: o concerto de dia 10 no Pavilhão Atlântico é o terceiro em Portugal em três anos. - 13 de Setembro é data grande: os Black Angels, bem-vinda e demoníaca confluência de ruído shoegaze, acidez 13th Floor Elevators e negrume Velvet Underground, lançam "Phosphene Dream"; os canadianos Black Mountain chegam com "Wilderness Heart" (enquanto eles existirem, a velha história da morte do rock'n'roll será um tremendo exagero: El Guincho, músico das Canárias que transformou o legado dos Animal Collective em alegria tropical, mostra "Pop Negro"; os Interpol regressam à sonoridade da estreia com um álbum homónimo. E ainda: "Grinderman 2", da outra banda de Nick Cave, "Fields", dos Junip, a banda preciosa que o sueco Jose Gonzalez passou os últimos tempos a esconder-nos, e "Lisbon", dos Walkmen. - Dia 19, no Coliseu dos Recreios, Mark Everett, dos Eels, apresenta a trilogia terminada com "Tomorrow Morning", que chega às lojas a 30 de Agosto. - Dia 20, Edwyn Collin lança "Losing Sleep", o primeiro álbum gravado pelo ex-líder dos Orange Juice após o AVC que sofreu em 2005, os Peixe:Avião lançam "Madrugada", segundo álbum da promissora banda de Braga, que se firmou no cenário português com o contemplativo "40.02", e a Ninja Tune, entidade fulcral da música electrónica, festeja os 20 anos com "Ninja Tunes XX", épica caixa de design impecável, como sempre, e 12 álbuns (em CD ou vinil), entre compilação do passado e material inédito. - Agenda de lançamentos para dia 27: Camané tenta superar o magnífico "Sempre de Mim" com "Do Amor e dos Dias", novamente produzido por José Mário Branco (será apresentado ao vivo no CCB, a 7 de Outubro); Mark Ronson, o afamado produtor de Amy Winehouse e Lily Allen, aponta à década de 80 com "Record Collection"; e os No Age, banda charneira da vaga punk lo-fi, edita o muito aguardado segundo álbum, "Everything in Between". EXPOSIÇÕES - Dia 11, no Centro Cultural Vila Flor, Gabriel Abrantes, acabado de sair de Locarno com um Leopardo Página 51 de Ouro, mostra toda a sua obra cinematográfica, na exposição "Histories of Mutual Respect". Destaque para "Liberdade" (2010), entre outros filmes realizados de 2006 a 2010. - A partir de dia 13, o Museu Berardo mostra pela primeira vez em Lisboa a Colecção Cachola em depósito no MACE - Museu de Arte Contemporânea de Elvas. Das cerca de 400 obras do acervo, 100 foram seleccionadas por Eric Corne para "A Culpa não é minha - Um percurso pela Colecção Cachola no Museu Colecção Berardo". - Dia 15, no Convento de Tomar, um dos acontecimentos anunciados da "rentrée": "Constructing history: the future life of the past", projecto da Kunsthalle Lissabon sobre a prática artística contemporânea diante da representação de episódios históricos. Participam The Otolith Group, nomeado para o Prémio Turner de 2010, Matthew Buckingham, Mona Vatamanu & Florin Tudor, Micael Nussbaumer, Eduardo Guerra, Pedro Neves Marques e Manuel Santos Maia. - Dia 17, Pedro Barateiro mostra, em simultâneo na Kunsthalle Lissabon e na Kunsthalle Basel (onde inaugura pela mesma altura uma individual), "Hoje Estamos de Olhos Fechados", filme feito de imagens recolhidas na Faculdade de Arquitectura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e no jardim do Museu Nacional do Teatro, em Lisboa. - As mulheres continuam a dominar as individuais no Centro de Arte Moderna da Gulbenkian: agora é a vez de Lida Abdul, artista afegã radicada nos EUA (fugiu de Cabul em 1979) que explora nos seus vídeos temas como a memória e a migração. Lisboa vai receber ficções filmadas no país natal, que mostram as cicatrizes da guerra através de insólitas situações performativas, a partir de dia 24. - A 25, a Galeria Quadrum, de Lisboa, regressa com um ciclo de exposições desenvolvido por seis curadores convidados. A primeira é comissariada por André Romão e Pedro Neves e propõe pensar as intenções, o impacto e o desdobramento do político na arte. - A 30, o Pavilhão Preto do Museu da Cidade inaugura "Africa: See You, See Me!", exposição que reconstitui a influência da auto-representação de África e da diáspora africana nas formas contemporâneas de fotografar aquele continente. TEATRO/DANÇA - O D. Maria II reabre com Alexandra Lencastre e Albano Jerónimo em "Um Eléctrico chamado Desejo" (9 Setembro a 31 Outubro), de Tennessee Williams, com encenação de Diogo Infante. - Figura maior da dança canadiana, a bailarina Louise Lecavalier entregou-se nas mãos de Benôit Lachambre para uma peça que especula sobre o corpo da bailarina-fétiche do colectivo La La La Human Steps. "Is You Me" integra, a 11, a programação do Festival Materiais Diversos (10 a 25 Página 52 Setembro, Minde, Torres Novas e Alcanena). Depois vai à Culturgest (14 e 15) e ao Centro Cultural Vila Flor, Guimarães (17). - Dia 15, no Teatro Nacional S. João, Porto, Nuno Cardoso atira-se finalmente a "A Gaivota", de Tchékhov. - Com nova direcção, agora pelas mãos de Igor Gandra, do Teatro do Ferro, o Festival Internacional de Marionetas do Porto chega a 16. Além da nova criação das Marionetas do Porto ("Make Love, Not War"), e da peça que Regina Guimarães escreveu sobre os nómadas europeus ("Trans Gueto"), destaque para a alemã Uta Gebert, com "Cocon" e "Jackush". - Dia 16, mas em Lisboa, no S. Luiz, estreia "Hedda", releitura da "Hedda Gabler" de Ibsen por José Maria Vieira Mendes, numa produção dos Artistas Unidos, e Jacinto Lucas Pires abre a programação de teatro da Culturgest com "Sagrada Família". - Xavier Le Roy ("Product of other circumstances", 24) e Gary Stevens ("Not Tony", 30) são os destaques da edição deste ano do Mugatxoan, projecto internacional de pesquisa contemporânea que em Portugal tem sede em Serralves. Outubro CINEMA - Dia 7 arranca a Festa do Cinema Francês em Lisboa, Almada, Porto, Guimarães, Faro e Coimbra. Destaque para duas grandes retrospectivas em coprodução com a Cinemateca Portuguesa, dedicadas a André Téchiné e Pierre Étaix. - "The American", "thriller" em que George Clooney é um assassino contratado e entregue aos bons ofícios do fotógrafo holandês (e realizador de "Control") Anton Corbijn, tem estreia em Portugal, a 14. - O DocLisboa 2010 (14 a 24 de Outubro) mostra, além da antestreia de "José e Pilar" de Miguel Gonçalves Mendes, retrospectivas dedicadas a Joris Ivens e Marcel Ophüls. - Duas estreias nas salas, também para 21: "Deixa-me Entrar", remake americana por Matt Reeves do aclamado filme sueco de Tomas Alfredson e "Mistérios de Lisboa", adaptação da obra de Camilo Castelo Branco por Raul Ruiz, veterano com uma ligação muito especial a Portugal. - Dia 22, mas nos EUA, chega "Hereafter" - Clint Eastwood saindo da sua "zona de conforto" para assinar uma história sobrenatural sobre a qual ainda pouco se sabe, escrita por Peter Morgan, argumentista de "A Rainha" e "O Último Rei da Escócia". Página 53 - Ainda sem data marcada, a Cinemateca Portuguesa organiza um ciclo Nagisa Oshima, com a apresentação dos primeiros filmes do realizador de "O Império dos Sentidos". LIVROS - A Objectiva edita "Conversations with myself", de Nelson Mandela (Objectiva), ainda sem título definitivo em português. Relato pessoal, e gigantesca base de dados, acerca de um dos grandes líderes do nosso tempo. - Paul Auster está de regresso à Asa, com "Sunset Park", que sai quase em simultâneo em Portugal e nos EUA. - A monumental "História do Século XX", de Martin Gilbert, chega a Portugal pela Dom Quixote. - No mês em que Barack Obama visita Portugal, a Dom Quixote edita "A Ponte", a sua exaustiva biografia escrita pelo editor da "New Yorker" David Remnick. - Outra biografia: "Clarice Lispector - Uma Vida", de Benjamin Moser (Civilização), que levou sete anos para fazer investigação, com o "aval" da família da escritora. - Portugueses na Porto Editora: "Matteo perdeu o emprego", de Gonçalo M. Tavares (Porto Editora), conjunto de pequenas histórias com um humor peculiar, e "Uma Longa Viagem com Manuel Alegre", de João Céu e Silva. - "Novas Cartas Portuguesas", o livro histórico de Maria Teresa Horta, Maria Velho da Costa, Maria Isabel Barreno, sai pela Dom Quixote numa reedição anotada, comentada e prefaciada por Ana Luísa Amaral. - O último Lobo Antunes? "Sôbolos Rios que Vão" sai também pela Dom Quixote. - Salman Rushdie apresentou-o recentemente no Festival Literário de Paraty e o livro chega já em Outubro a Portugal: "Luka e o Fogo da Vida" é uma obra infanto-juvenil para o seu filho Milan. JAZZ - De 1 a 5, decorre o Angrajazz, com concertos da Orquestra Angrajazz, da Mingus Dinasty e do Stefano Bollani Trio, entre outros. - De 27 a 30, o Seixal Jazz traz a Portugal espectáculos de Charlie Haden Quartet West, Dave Holland Página 54 Quintet, Steve Wilson Quartet e Odean Pope Octet. No Seixal Jazz Clube, as datas estendem-se de dia 20 até 6 de Novembro, com concertos de Ken Vandermark, Júlio Resende "3", No Project, Tony Malaby's Tamarindo e os Lokomotiv de Carlos Barretto. - Evan Parker Trio, Charles Gayle Trio, John Blum solo, Wadada Leo Smith com Louis Moholo Moholo e Robert Glasper Trio são os convidados do Festival Jazzores, que começa a 29 de Outubro. Associando-se ao Jazzores, o novíssimo Festival de Música e Cinema de Abrantes (16 até 6 de Novembro) traz ao continente os projectos de Gayle, Blum e Leo Smith, ao qual acresce o duo de Ernesto Rodrigues com Heddy Boubaker. - A 30, Jane Monheit actua no Casino de Vilamoura. CLÁSSICA - A 10, e ainda no âmbito do Festival Mozart da Gulbenkian, Phlippe Herreweghe apresenta o lendário "Requiem" com a Orchestre des Champs Élysées e o Collegium Vocale Gent. Na véspera, a orquestra e o maestro associam-se a Andreas Staier, que tocará ao pianoforte o Concerto nº25, de Mozart. POP - Duas datas, 2 e 3 de Outubro, para os U2, a maior banda do mundo, no Estádio Cidade de Coimbra. - Dois concertos para dia 6: os Faust, nome fulcral do rock experimental germânico da década de 70, actuam pela primeira vez em Portugal no Maria Matos: no Pavilhão Atlântico, é 1992 outra vez, com os Guns'n'Roses. - Antony & The Johnsons, com "Swanlights" (álbum, onde encontramos um dueto com Björk, "Flétta", que é também um livro) e os Belle & Sebastian com "Write About Love" (tanto o título como as canções já conhecidas, "I didn't see it coming", "I'm not living in the real world" e "I want the world to stop", mostram discos novos no dia 11. - O quinto album dos Kings of Leon, "Come Around Sundown", tem lançamento dia 18. - Não há novo álbum dos Roxy Music, mas há "Olympia", que é o mais próximo dele que teremos. Colaboram Brian Eno, Phil Manzanera e Andy Mackay, velhos amigos, e uma parada de estrelas que inclui David Gilmour, Jonny Greenwood ou os Scissor Sisters. Sai dia 25. EXPOSIÇÕES - Realizada em parceria com a Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República Página 55 em Portugal, "Res Pública" é uma leitura das heranças sociais da República no mundo globalizado a partir de obras do início do século XX e do início do século XXI. A partir de dia 7, no Centro de Arte Moderna da Gulbenkian. - No dia em que a Trienal de Arquitectura de Lisboa inaugura a exposição "Falemos de casas: entre o norte e o sul", panorâmica sobre a habitação a partir de dois momentos emblemáticos - o projecto SAAL e A Casa do Futuro, de Alison e Peter Smithson - no Museu Berardo, a Gulbenkian abre as portas de "Os Professores", resultado de um inquérito a 50 artistas, sobre os professores que mais os marcaram. É a 14. - Na Culturgest, em Lisboa, a primeira antológica do trabalho do artista português João Queiroz (Lisboa, 1957), reunindo desenhos e pinturas realizados ao longo dos últimos 20 anos, inaugura a 16 de Outubro. - A 21 de Outubro, a Galeria Zé dos Bois revela alguns dos principais processos e elementos da obra pictórica de Gonçalo Pena naquela que será, eventualmente, a maior individual do artista realizada até hoje. TEATRO/DANÇA - A 14, arranca no Porto o Festival Trama: o dramaturgo das sensações, Vincent Dupont, é um destaques de um festival que inclui ainda Paulo Castro, Albuquerque Mendes e o videasta e fotografo alemão Thomas Koner. - A 31, a Companhia Maior, constituída por intérpretes seniores, estreia o seu espectáculo de apresentação, "Bela Adormecida", no CCB. Novembro CINEMA - "A Rede Social", o filme de David Fincher sobre o Facebook, adaptado da biografia não-autorizada que pinta Mark Zuckerberg, o fundador do site, de cores muito negras, tem estreia portuguesa a 4. - A 4, e até 14, mais uma edição do Estoril Film Festival. - Dia 10, o novo filme de François Ozon, "Potiche", tem estreia em França. Comédia de boulevard clássica, com Gérard Depardieu e Catherine Deneuve nos papéis principais. - Sylvain Chomet, o autor de "Belleville Rendez-Vous", filmou em animação um argumento que Página 56 Jacques Tati completou mas nunca chegou a filmar, com a bênção dos herdeiros do realizador. "O Mágico" é um dos filmes do ano, e chega a 25. - "Filme Socialismo", a nova provocação do eterno farol da Nouvelle Vague, Jean-Luc Godard, foi estreada simultaneamente em Cannes 2010, "online" em video-on-demand, e na Internet, num "trailer" que "acelera" todo a acção do filme e a compacta em apenas dois minutos. A Portugal chega em Novembro, em data a marcar. LIVROS -"Pátria Apátrida", inédito de W. G. Sebald, sai na Teorema. - Antonio Skármeta vem a Lisboa apresentar o seu último romance, "Um Pai de Filme" (Teorema). - A Sextante publica "A filha do coveiro", de Joyce Carol Oates: em 1936, os Schwarts escapam da Alemanha nazi e instalam-se numa pequena cidade do estado de Nova Iorque. - Lídia Jorge não publicava romance desde 2007; regressa agora, na Dom Quixote, com "A Noite das Mulheres Cantoras". - Duas edições fundamentais da Relógio D'Água: "Debaixo da Rede", primeiro romance de Iris Murdoch, e "Crítica da Razão Cínica" um dos livros cruciais de Peter Sloterdijk. -- Mais Mandela: "Um Longo Caminho para a Liberdade", autobiografia de uma das figuras mais emblemáticas do século XX. JAZZ -De 11 a 20, todas as atenções se viram para o Guimarães Jazz, que tem uma programação de luxo: The All Star Celebration of Lionel Hampton, Kenny Garrett Quartet, Saxophone Summit com os saxofonistas Joe Lovano, David Liebman e Ravi Coltrane (repete a 14 na Culturgest), TOAP 2010, o grupo The Story, Charles Lloyd New Quartet, Gonzalo Rubalcaba Sextet, Big Band da ESMAE e os muito aguardados New York Composers Orchestra. CLÁSSICA - Jordi Savall e o seu agrupamento Hespérion XXI (com a colaboração de músicos convidados da Turquia, Arménia, Grécia e Marrocos) apresentam na Casa da Musica (6) e na Gulbenkian (7) o programa do CD "Istanbul". Página 57 POP - Rei morto, rei editado em abundância. O primeiro álbum de originais póstumo de Michael Jackson chega em Novembro e será montado a partir dos mais de cem inéditos que, desde os tempos de "Thriller", Jackson guardou no baú. - Os Broken Social Scene, super banda canadiana representante de uma sensibilidade rock que tem nos Arcade Fire os seus representantes máximos, apresenta "Forgiveness Rock Record", o último álbum, ao vivo na Aula Magna (7) e na Casa da Música (8). - The Drums, os verdadeiros "indie darlings", regressam a Portugal depois da passagem pelo Optimus Alive, para um concerto dia 11, no Lux. - Dia 18, no Pavilhão Atlântico, a banda de uma geração num palco para grandes massas: Arcade Fire. EXPOSIÇÕES - No Pavilhão Branco do Museu da Cidade, e à boleia da Trienal de Arquitectura, a mais ampla exposição de António Bolota, "À Última Luz do Dia", promete ser outro momento alto de 2010. Inaugura dia 13. - A 18, a Kunsthalle Lissabon apresenta, pela primeira vez em Portugal, o trabalho da libanesa Mounira Al Solh que se funda numa abordagem ficcional e irónica da história contemporânea do Líbano. - Dia 20, Serralves mostra os projectos vencedores da sexta edição do BES Revelação. A fotografia de Carlos Mesquita, uma situação escultórica de Eduardo Guerra, três peças de Miguel Serrão e um filme animado de Mónica Baptista. Quatro jovens artistas a seguir. TEATRO/DANÇA - A dança de Clara Andermatt junta-se ao teatro visual do realizador Marco Martins em "1, 26/Contaminação", de 5 a 28 Novembro no São Luiz. A partir da deslocação do eixo da Terra depois do terramoto do Chile, uma parábola sobre o tempo e o espaço. - Integrada no Festival Temps d'Images, a nova peça da espanhola La Ribot, "Llamamme Mariachi" (12 e 13 na Culturgest, em Lisboa). Dezembro Página 58 CINEMA - A estreia portuguesa de "Biutiful", o novo filme do mexicano Alejandro González Iñarritu, é no dia 2. - Dia 2, na Culturgest, o ciclo "Chris Marker, Memórias dos Tempos" percorre a carreira do cineasta, considerado por Alain Resnais o inventor do "filme-ensaio" - Dia 9, uma das Palmas de Ouro de Cannes mais discutidas nos últimos anos, "Uncle Boonmee Who Can Recall His Past Lives", do cineasta tailandês Apichatpong Weerasethakul, chega a Portugal. - "Somewhere", o novo filme de Sofia "Lost in Translation" Coppola, traz Stephen Dorff no papel de um actor de Los Angeles que se vê confrontado com uma visita da sua filha adolescente (estreia americana a 22, portuguesa em Fevereiro). - Dia 30, estreia americana de "True Grit", o novo filme dos irmãos Coen. TEATRO/DANÇA - O colectivo flamengo TgStan estreia dia 8, no Maria Matos, "The Tangible", trabalho sobre o MédioOriente a partir de recolhas de vozes de exilados. - Em Guimarães, A Oficina, um dos mais conhecidos projectos teatrais portugueses, encena "Sacríficio", de José Tolentino Mendonça, a partir de 15. - Alain Platel surpreende com "Out of context - for Pina", no Centro Cultural Vila Flor, Guimarães, dia 17; a 19 e 20, desce ao Maria Matos, Lisboa. Um dos grandes espectáculos do ano. POP - Lady Gaga, a provocadora que o mainstream adora, está de passagem pelo Pavilhão Atlântico, no dia 10. - Os MGMT, banda que escolheu sabotar o sucesso indie com um segundo álbum, o memorável "Congratulations", dá o seu segundo concerto português, dia 18, no Campo Pequeno. CLÁSSICA - O pianista húngaro András Schiff, regressa dia 1 à Gulbenkian para interpretar as "Variações Goldberg"; no dia seguinte, faz a sua estreia no Ciclo de Piano da Casa da Música com o mesmo Página 59 programa. - Dia 17 Estreia na Culturgest "Paint Me" (Pinta-me), uma nova ópera de Luís Tinoco, com direcção musical de Joana Carneiro e encenação de Rui Horta. JAZZ - Dia 14 A cubana Omara Portuondo encontra-se com David Murray na Casa da Música. Informações recolhidas por Cristina Fernandes, Jorge Mourinha, José Marmeleira, Luís Miguel Queirós, Mário Lopes, Raquel Ribeiro, Rodrigo Amado e Tiago Bartolomeu Costa Página 60 A61 Capa ID: 31530345 20-08-2010 | Ípsilon Tiragem: 50121 Pág: 6 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 26,79 x 34,63 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 10 A nova te começ Nabokov e Michael Jackson, Apichatpong Eastwood, Kanye West e Camões: de Setembro a perto de si. Faltam duas semanas para a abertura Página 61 ID: 31530345 20-08-2010 | Ípsilon Tiragem: 50121 Pág: 7 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 26,84 x 34,29 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 10 mporada a aqui Weerasethakul e Lady Gaga, Alain Platel e Clint Dezembro, eles vão estar numa sala (ou numa livraria) oficial da “rentrée”. Ilustração de Vítor Ferreira Página 62 20-08-2010 | Ípsilon Pág: 8 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 26,85 x 34,42 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 3 de 10 Setembro A maratona dos festivais Com cinco festivais em três meses, Lisboa (arredores incluídos) torna-se a capital nacional do cinema. Jorge Mourinha PIERRE-PHILIPPE MARCOU/ AFP Bem-vindos à capital dos festivais de cinema. Cannes? Veneza? Berlim? Não, Lisboa. “Boutade”? Não se atendermos à sucessão alucinante de festivais que vão preencher as salas da capital ao longo dos próximos três meses. Não nos estamos a esquecer do Douro Film Harvest, que traz Sofia Loren e Gustavo Santaolalla ao Norte do país, entre 7 e 11 de Setembro, mas faz figura de “excepção” face à regra que concentra a maior parte dos acontecimentos em Lisboa. Este ano tudo parece estar um pouco mais “concentrado”. A maratona começa com a 14º edição do festival de cinema gay e lésbico Queer Lisboa, que ocupa o São Jorge entre 17 e 25 de Setembro. Quatro dias depois, a partir de 29, a mesma veneranda sala acolhe o quarto MOTELx, dedicado ao cinema de terror. A 7 de Outubro, arranca a 11ª Festa do Cinema Francês, único dos eventos a sair da capital, estendendo-se a Almada (13 a 17 de Outubro), Porto (19 a 24), Guimarães (21 a 24), Faro (24 a 31) e Coimbra (3 a 9 de Novembro). Em Lisboa, a Festa encerra a 16 de Outubro, sobrepondo-se ao início do oitavo DocLisboa, que tem lugar de 14 a 24 de Outubro. A “saison” termina a poucos quilómetros da capital, de 4 a 14 de Novembro, com o quarto Estoril Film Festival. Parece muito? Parece. Mas já se provou que há público para todos: a adesão dos espectadores tem vindo a crescer ou a estabilizar, as programações Queer Lisboa, MOTELx, Festa do Cinema Francês, DocLisboa, Estoril Film Festival: maratona à vista Pilar e José Saramago no filme de Miguel Gonçalves Mendes raramente se sobrepõem e chegam até a complementar-se. Que haja público para os filmes para lá dos eventos em que são estreados é outra questão. Do lote, o mais abrangente é claramente o Estoril Film Festival, que combina a vocação de festival de “massas” (convidados e antestreias de peso) com uma competição de cinema de autor mais clássica. Contactado pelo Ípsilon, Paulo Branco avançou apenas tratar-se da “edição mais importante de sempre”. Por seu lado, o DocLisboa já fixou uma audiência que, no entanto, não se desloca com igual fidelidade para ver documentários em sala. Além das retrospectivas dedicadas a Joris Ivens e Marcel Ophüls, a edição 2010 fica já marcada pela estreia mundial de “José e Pilar”, o documentário que Miguel Gonçalves Mendes (“Autografia”) dedicou a José Saramago e Pilar del Rio, na sequência de três anos de rodagem, 230 horas de material filmado e ano e meio de montagem. O filme deverá chegar às salas em Novembro, o que permitirá tirar conclusões sobre o impacto do Doc numa estreia comercial, depois de anteriores experiências inconclusivas. Problema semelhante ao da Festa do Cinema Francês, que se tornou num encontro anual com uma cinematografia que ainda não recuperou a importância que já teve entre nós. Misto de retrospectivas, descobertas e antestreias, a programação da Festa tem vindo a crescer, com a edição 2010 a prometer nada menos de 20 filmes em antestreia portuguesa e duas retrospectivas de eleição em parceria com a Cinemateca Portuguesa: uma dedicada a um dos raros cineastas franceses regularmente distribuídos entre nós, André Téchiné, outra a um “tesouro” de culto, Pierre Étaix, cúmplice de Jacques Tati nos primeiros tempos. Sobram os dois festivais que assumem abertamente a sua vocação de nicho, preenchendo lacunas ignoradas ou menos acompanhadas pela distribuição nacional. O Queer Lisboa, o mais antigo de todos, que nos últimos anos tem feito um marcante esforço de divulgação e “rebranding”, trará o polémico “porno zombie” de Bruce LaBruce “L.A. Zombie”, recentemente apresentado a concurso em Locarno (e interditado na Austrália). Já o MOTELx, apostado em dar “cartas de honra” ao cinema de terror, traz dois potenciais filmes de culto assinados por jovens realizadores, “Red White & Blue”, do britânico Simon Rumley, e “The Loved Ones”, do australiano Sean Byrne. É ainda cedo para conclusões definitivas, visto que as programações estão ainda em fecho, mas uma coisa é certa: durante os próximos três meses, a verdadeira capital dos festivais de cinema será Lisboa. CINEMA - Dia 2, estreia portuguesa de Predadores, relançamento do “franchise” sobre o guerreiro extraterrestre lançado por John McTiernan com Arnold Schwarzenegger em 1986. Robert Rodriguez (“Sin City”, “Planeta Terror”) produz, Nimrod Antal dirige. No dia seguinte, estreia americana de outro filme de Robert Rodriguez, “Machete” — o que começou por um trailer para um filme inexistente metido na “sessão dupla” de “Grindhouse” tornase agora numa longa-metragem a tempo inteiro (ainda sem data portuguesa). - Dia 3, arranca, na Cinemateca Portuguesa, o ciclo “O Povo”: a escolha vai de “O Couraçado Potemkine”, de Eisenstein, a “Aquele Querido Mês de Agosto” de Miguel Gomes, passando por John Ford, Jean Rouch, António Reis, Jean Renoir, Frank Capra, David W. Griffith, Vittorio de Sica ou Chaplin. - De 7 a 11, o Festival Douro Film Harvest traz a Portugal Sofia Loren e Gustavo Santaolalla e faz a antestreia de “O Último Vôo do Flamingo”, de João Ribeiro, e do documentário de Oliver Stone “South of the Border” - “Never Let Me Go”, adaptação do romance de Kazuo Ishiguro “Nunca Me Deixes” pelo realizador Mark Romanek, faz a sua estreia nos EUA. - De 17 a 25, decorre mais uma edição do festival Queer Lisboa 2010, com destaque para o novo Bruce LaBruce; a 29, abertura de outro festival de culto na capital, o MoteLX. - 25 anos depois, Oliver Stone regressa a um dos seus clássicos e faz uma sequela, “Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme”, novamente com Michael Douglas no papel de Gordon Gekko. Estreia portuguesa dia 23. - O novo filme de Stephen Frears, “Tamara Drewe”, é uma comédia muito “british”. Esteve em Cannes, agora chega a Portugal. - A 30, António Ferreira estreia “Embargo”, adaptação do conto Bret Easton Ellis homónimo de José Saramago com Filipe CINEMA Rosário Pedreira na Leya, e “Memórias Secretas da Rainha Dona Amélia”, de Miguel Real. - Laurentino Gomes, autor do “best-seller” “1808”, sobre a fuga da família real portuguesa para o Rio de Janeiro, mostra agora como o Brasil consegue sobreviver com êxito em “1822”. Mais da Porto Editora: “Dez Mil Guitarras”, de Catherine Clément, truculenta galeria de retratos de uma Europa em mutação vista desde AlcácerQuibir. - A Sextante abre a “rentrée” com “O seminarista”, de Rubem Fonseca, e “A Cidade do Homem”, de Amadeu Lopes Sabino. - Na contagem decrescente para a estreia da adaptação cinematográfica de Raoul Ruiz, a Relógio d’Água reedita “Mistérios de Lisboa”, de Camilo Castelo Branco. - “Nobre Povo – Os Anos da República”, de Jaime Nogueira Pinto é a aposta da Esfera dos Livros em vésperas das comemorações do centenário da implantação da República. Outros livros para a efeméride: “A República das Vladimir Nabokov Colecção Cachola no Museu Berardo Sofia Loren no Douro “O Couraçado Potemkine” na Cinemateca Mulheres”, de Maria João Seixas Costa (de Sean Riley & The (Presença) e “1910”, de Fernando Rosas e Slowriders) no papel principal; Mendo de Castro Henriques (Presença). e Julia Roberts regressa aos papéis principais noutra adaptação, “Comer, - “Marina”, de Carlos Ruiz Zafón, a obra Amar, Orar”. Quem dirige é Ryan Murphy, que precedeu o bestseller “A Sombra do o criador das aclamadas séries “Nip/Tuck” Vento”, sai na Planeta. e “Glee”. - Dois novos Gonçalo M. LIVROS Tavares na Caminho: “Uma Viagem à Índia” e - A Teorema edita “Quartos Imperiais”, de um novo habitante para Bret Easton Ellis, novo e esperado “O Bairro”. romance do autor de “American Psycho”, “Desespero”, inédito de Vladimir - As relações entre Israel Nabokov, e “Em Anexo”, de Isabel e os EUA são vistas à Fonseca, primeiro romance da mulher de lupa em “O lóbi de Martin Amis; o romance de estreia de Israel”, de John Amis, por sua vez, está na Quetzal: “Os Mearsheimer e Papéis de Rachel”. - Martin Amis diz que este é o grande romance da literatura americana e não vale a pena procurar por melhor: “As Gabriel Abrantes Aventuras de Augie March”, de Saul em Gumarães Bellow (Quetzal). Na mesma editora, “Livro”, quarto romance de José Luís Peixoto. - Na Dom Quixote, saem “Milagrário Pessoal”, de José Eduardo Agualusa, “O Novíssimo Testamento”, do caboCarlos verdiano Mário Lúcio Sousa, uma Saul Bellow Ruiz Zafón das apostas da editora Maria do RUI GAUDÊNCIO ID: 31530345 Tiragem: 50121 8 • Sexta-feira 20 Agosto 2010 • Ípsilon Página 63 POP - Anos e anos parado em meditação e depois isto. Os fãs lançam vivas ao desfalque financeiro que obrigou Leonard Cohen a voltar à estrada: o concerto de dia 10 no Pavilhão Atlântico é o terceiro em Portugal em três anos. - 13 de Setembro é data grande: os Black Angels, bem-vinda e demoníaca confluência de ruído shoegaze, acidez 13th Floor Elevators e negrume Velvet Underground, lançam “Phosphene Dream”; os canadianos Black Mountain chegam com “Wilderness Heart” (enquanto eles existirem, a velha história da morte do rock’n’roll será um tremendo exagero: El Guincho, músico das Canárias que transformou o legado dos Animal Collective em alegria tropical, mostra “Pop Negro”; os Interpol regressam à sonoridade da estreia com um álbum homónimo. E ainda: “Grinderman 2”, da outra banda de Nick Cave, “Fields”, dos Junip, a banda preciosa que o sueco Jose Gonzalez passou os últimos tempos a esconder-nos, e “Lisbon”, dos Walkmen. - Dia 19, no Coliseu dos Recreios, Mark Everett, dos Eels, apresenta a trilogia terminada com “Tomorrow Morning”, que chega às lojas a 30 de Agosto. - Dia 20, Edwyn Collin lança “Losing Sleep”, o primeiro álbum gravado pelo exlíder dos Orange Juice após o AVC que sofreu em 2005, os Peixe:Avião lançam “Madrugada”, segundo álbum da promissora banda de Braga, que se firmou no cenário português com o contemplativo “40.02”, e a Ninja Tune, entidade fulcral da música electrónica, festeja os 20 anos com “Ninja Tunes XX”, épica caixa de design impecável, como sempre, e 12 álbuns (em CD ou vinil), entre compilação do passado e material inédito. - Agenda de lançamentos para dia 27: Camané tenta superar o magnífico “Sempre de Mim” com “Do Amor e dos Dias”, novamente produzido por José Mário Branco (será apresentado ao vivo no CCB, a 7 de Outubro); Mark Ronson, o afamado produtor de Amy Winehouse e Lily Allen, aponta à década de 80 com “Record Collection”; e os No Age, banda charneira da vaga punk lo-fi, edita o muito aguardado segundo álbum, “Everything Lisboa será acompanhada por um concerto com música sobre Lisboa no dia 7 de Setembro, no Salão Nobre da Câmara Municipal. -- Mais para o dia 11: depois de ter sido apresentada em Março de 2010 na Cité de La Musique, em Paris, sob a direcção de Joana Carneiro, a ópera “A Flowering Tree”, do compositor americano John Adams poderá agora ser ouvida na Gulbenkian no âmbito do Festival Música Viva/Miso Music Portugal. - O Festival Mozart traz à Gulbenkian os mais ilustres intérpretes da música do compositor austríaco. Dia 23 de Setembro, René Jacobs dirige a Freiburger Barockorchester e um conjunto de reputados jovens solistas numa versão de concerto da ópera “Così fan tutte”. - Assinalando o bicentenário do nascimento de Chopin, Artur Pizarro apresenta ao longo de toda a temporada de 2010-2011 uma série de nove recitais no Centro Cultural de Belém em que irá interpretar a obra completa para piano do compositor polaco. O primeiro recital realiza-se a 30 de Setembro, seguindo-se apresentações a 14 de Outubro, 30 de Novembro e 16 de Dezembro. País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 25,82 x 34,22 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 4 de 10 A floresta Camões desbravada Na Caminho, a obra de referência que faltava aos estudos camonianos: o “Dicionário de Luís de Camões” vem preencher uma lacuna histórica. Luís Miguel Queirós LIVROS “Constructing history: the future life of the past” in Between”. EXPOSIÇÕES - Dia 11, no Centro Cultural Vila Flor, Gabriel Abrantes, acabado de sair de Locarno com um Leopardo de Ouro, mostra toda a sua obra cinematográfica,, na exposição “Histories of Mutual Respect”. Destaque para “Liberdade” (2010), entre outros filmes realizados de 2006 a 2010. - A partir de dia 13, o Museu Berardo mostra pela primeira vez em Lisboa a EColecção Cachola em depósito no MACE s. Museu de Arte Contemporânea de Elvas. Das cerca de 400 obras do acervo, 100 a foram seleccionadas por Eric Corne para a “A Culpa não é minha - Um percurso pela Colecção Cachola no Museu Colecção Berardo”. - Dia 15, no Convento de Tomar, um dos acontecimentos anunciados da “rentrée”: “Constructing history: the future life of the past”, projecto da Kunsthalle Lissabon sobre a prática artística contemporânea diante da representação de episódios históricos. Participam The Otolith Group, nomeado para o Prémio Turner de 2010, Matthew Buckingham, Mona Vatamanu & Florin Tudor, Micael Nussbaumer, Eduardo Guerra, Pedro Neves Marques e Manuel Santos Maia. - Dia 17, Pedro Barateiro mostra, em simultâneo na Kunsthalle Lissabon e na Kunsthalle Basel (onde inaugura pela mesma altura uma individual), “Hoje Estamos de Olhos Fechados”, filme feito de Pág: 9 ENRIC VIVES-RUBIO Stephen Walt (Tinta da China). Também na Tinta da China, “A Viagem dos Inocentes”, de Mark Twain, mais um livro da Colecção de Literatura de Viagens, dirigida por Carlos Vaz Marques. JAZZ - Setembro é ainda tempo de concertos ao ar livre, casos do Quarteto de Nelson Cascais (dia 5) e do projecto “Super Trouper” do guitarrista André Fernandes (dia 19), ambos no Jardim da Necessidades, em Lisboa, ou ainda da Big Band do Hot Clube de Portugal (dia 2, Largo de São Carlos). Também a 4, destaque para o espectáculo da Orquestra Jazz de Matosinhos com Kurt Rosenwinkel na Festa do Avante. - De 4 a 12, continuam os concertos Allgarve, com Jean Luc Ponty & His Band (dia 4, Castelo de Silves), Aziza Mustafa Zadeh (dia 10, Auditório Municipal de Olhão) e Archie Shepp Quartet (dia 12, Auditório Municipal de Albufeira). CLÁSSICA - A apresentação da programação da nova temporada da Orquestra Metropolitana de 20-08-2010 | Ípsilon Rentrée ID: 31530345 Tiragem: 50121 “Is You Me” no Festival Materiais Diversos s Mark Twain Há muito que se fazia sen sentir a falta de uma obra de ref referência que fornecesse uma súmula súm actualizada do vasto e diversifi diversi cado território dos estudos camonianos. Mais de quatro séculos decorridos sobre a morte do autor de “Os Lusíadas”, o “Dicionário de Luís de Camões”, que a Caminho pretende publicar ainda este ano, vem colmatar esta notória lacuna. Coordenado por um camonista de incontroversa autoridade, Vítor Aguiar e Silva, o volume terá mais de um milhar de páginas e incluirá colaboração de cerca de 60 especialistas portugueses e estrangeiros. Autor de várias obras fundamentais sobre o poeta e respectiva obra – incluindo “Camões, Labirintos e Fascínios” (1994), “A Lira Dourada e a Tuba Canora: Novos Ensaios Camonianos” (2008) ou o recente “Jorge de Sena e Camões”, além dos muitos estudos que, há décadas, vem dedicando aos problemas relacionados com a fixação do cânone da lírica camoniana –, Aguiar e Silva está convencido de que este dicionário “irá permanecer durante muitos anos como um marco nos estudos camonianos”. Se o núcleo do volume é, naturalmente, a própria obra de Camões, incluindo a lírica, a épica, o teatro e a epistolografia, a planificação concebida por Aguiar e Silva dá também grande importância ao campo literário português da época em que Camões viveu – autores como Sá de Miranda ou António Ferreira, entre outros, tiveram direito a verbetes individuais –, bem como aos grandes movimentos culturais do tempo: o maneirismo, o renascimento, o humanismo. Outro tópico que o coordenador privilegiou foi a recepção de Camões nas principais literaturas, como a espanhola, a galega (que mereceu tratamento autónomo), a francesa, a inglesa, a alemã ou a russa. Já a presença de Camões na literatura portuguesa foi extensivamente considerada, desde o século XVI aos vários modernismos, com entradas próprias para o modo como cada uma das sucessivas épocas lidou com a herança camoniana. Entre muitos outros temas, é ainda dado particular relevo à relação de Camões e da sua obra com outras artes, como a música, a pintura ou a escultura. E os camonistas actuais que colaboraram no “[Camões] é o problema mais complexo da literatura portuguesa (...). É uma floresta muito mais intrincada do que Pessoa” Vítor Aguiar e Silva volume não esqueceram os seus mais ilustres predecessores, dedicando artigos a figuras como Wilhelm Storck, Carolina Michaëlis, Teófilo Braga, Costa Pimpão, José Maria Rodrigues ou Hernâni Cidade. Algumas entradas são inesperadas, mas nem por isso menos justificadas, como a que trata especificamente das comemorações do tricentenário de Camões em 1880, que desempenharam um papel fulcral na mobilização republicana durante a monarquia e contribuíram para consolidar o então ainda incipiente Partido Republicano Português. Aguiar a e Silva sente-se particularmente satisfeito por ter conseguido a colaboração de todos os autores que contactou, quer portugueses, quer estrangeiros. E realça especialmente a vitalidade e a qualidade dos estudos camonianos no Brasil, onde novos valores, como Márcia Arruda Franco ou Sheila Hue, vieram juntar-se a Leodegário de Azevedo Filho, Gilberto Mendonça Teles e outros consagrados especialistas na obra de Camões. A pertinência de um dicionário como este é tão evidente que o que causa mais estranheza é que só agora venha a ser publicado, tanto mais que a Caminho já editara obras congéneres dedicadas a autores como Camilo, Eça ou Fernando Pessoa. Aguiar e Silva avança uma possível explicação para este atraso, que atribui à própria complexidade das questões que o poeta e a sua obra colocam. “Penso que é o problema mais complexo da literatura portuguesa, aquele que requer maior especialização”, diz o ensaísta, lembrando que os estudos camonianos “existem desde o final do século XVI”, que se foram “acumulando muitas interpretações” e que “Camões é uma floresta muito mais intrincada do que Pessoa”. Página 64 20-08-2010 | Ípsilon Um festival que é obra! O Jazz.pt lança-se na terceira edição com o mesmo desafio das anteriores: mudar mentalidades Rodrigo Amado Grünen JAZZ ENRIC VIVES-RUBIO Charlie Haden Gonçalo Pena na ZDB Antony & The Johnsons Clarice Lispector País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 25,88 x 33,81 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 5 de 10 O swing de David Fray NELSON GARRIDO Landfermann e Christian Lillinger, numa apresentação do álbum homónimo a lançar pela Clean Feed. No dia seguinte, concerto duplo com o trio de Afonso Pais (dia 9, 22h30, Delidelux) – lançamento do disco “Fluxorama” (JAAC Records), com Albert Sanz e Luís Candeias – e o quarteto formado por Rui Faustino, Jan Roder, Silke Eberhard e Nikolaus Neuser (dia 9, meianoite, Odessa), na apresentação de “50” (JACC Records). Muito aguardada é a apresentação do projecto The Core (dia 10, 22h30, Lux Frágil), supergrupo norueguês formado pelos saxofonistas Jorgen Mathisen e Jonas Kullhammar, pelo pianista Erlend Slettevoll, o contrabaixista Steinar Raknes e o baterista Espen Aalberg. Vêm apresentar “Party”, novo disco a editar na conceituada Moserobie, com um som que cruza coordenadas do freejazz com o funk e o rock. No mesmo dia, tempo ainda para os Sound of Choice (dia 10, 24h00, Odessa), projecto em trio do guitarrista Hasse Poulsen. Confirmando a vocação deste ano, ao contrário das edições anteriores, para o jazz europeu, segue-se a apresentação de Shtik (dia 11, 22h30, Lux Frágil), quinteto italiano que gravou para a editora El Gallo Rojo um jazz contemporâneo fortemente inspirado pela tradição. Integra os notáveis Zeno de Rossi e Achile Succi. Segue-se o trio de Desidério Lázaro (dia 11, 24h00, Odessa), jovem saxofonista que é apontado com uma das grandes vozes da nova geração. Apresenta o seu disco “Impermanência”, a editar também pela JACC Records. Finalmente, a encerrar o festival (dia 12, 19h00, Odessa), o contrabaixista Hugo Carvalhais apresenta “Nebulosa”, registo gravado para a editora Clean Feed com um quarteto em que participa o saxofonista norteamericano Tim Berne, nesta ocasião substituido por Émile Parisien. Pág: 10 O swing é a chave para interpretar Bach, mostra David Fray. Em Novembro, vem pela primeira vez a Portugal. Cristina Fernandes António Lobo Antunes Para muitos músicos do jazz nacional, existe um antes e um depois do Festival Jazz.pt TIZIANA FABI Para muitos músicos do jazz nacionais, independentemente do quadrante a que pertencem, existe um antes e um depois do Festival Jazz.pt, quer tenham ou não consciência disso. A primeira edição, realizada em 2008 nas instalações do Hot Clube, marcou desde logo a diferença ao ocupar o subaproveitado espaço do jardim das traseiras do clube. O Festival Jazz.pt vinha determinado a mudar mentalidades, apostando em força nos projectos nacionais, muito por culpa do seu principal impulsionador, Pedro Rocha Santos. Até então, seria quase impossível assistir num mesmo evento a espectáculos de gente tão distinta quanto Sei Miguel, Júlio Resende, Nuno Costa, David Binney, Joe Giardullo, João Lobo, Alberto Pinton, Paulo Gaspar, Nobuyasu Furuya, João Lencastre, Jorge Moniz, Carlos Bica, Gabriel Ferrandini, Steve Swallow, Jason Stein, Afonso Pais, Carlos Zíngaro ou Pedro Moreira, uns praticantes de um jazz mainstream, mais conservador, outros nas franjas mais radicais do free-jazz ou da livre improvisação. E o que é facto é que o festival funcionou em pleno, atraindo uma multidão de público interessado, bem como de músicos curiosos pelos desenvolvimentos noutras áreas que não a sua. Tudo num ambiente invulgarmente descontraído. É obra! Associado à revista bimestral “Jazz.pt”, a única publicação portuguesa inteiramente dedicada ao género, o festival arranca agora para a sua terceira edição, a ter lugar em Santa Apolónia, distribuída por vários espaços: Lux/ Frágil, Loja da Atalaia, Bica do Sapato, Flur, Nord, Casanova, Delidelux e Odessa/Factolab. Uma localização estratégica, que acabou por surgir na sequência do incêndio do ano passado nas instalações do Hot Clube de Portugal, na Praça da Alegria. Com oito concertos, correspondentes a outros tantos lançamentos de discos, critério obrigatório para a apresentação no festival, o evento integra ainda acções didácticas, mesas redondas, exposições, sessões DJ e feira de discos. Expectativas altas para o início do festival com o projecto Grünen (dia 8, 24h00, Odessa), trio alemão que integra Achim Kaufmann, Robert Rentrée ID: 31530345 Tiragem: 50121 A cada ano que passa, o mundo musical é inundado por revelações, umas verdadeiras, outras entusiasmos passageiros inflacionados pelo “marketing” das editoras discográficas. Sim, esses fenómenos também acontecem no mundo da música clássica. O meio é muito competitivo e normalmente os intérpretetes têm um alto nível técnico quando chegam a esse circuito, mas se lhes faltar a consistência artística que faz a diferença acabarão por cair no esquecimento. À primeira vista, até poderíamos pensar que o pianista francês David Fray é mais um desses fenómenos de moda. Ainda por cima é um jovem atraente de 29 anos (cuja imagem de “dandy” tem sido bem aproveitada pela editora Virgin Classics) e comunicativo, casado desde 2008 com Chiara Muti, filha do famoso maestro Riccardo Muti. Mas, à primeira audição, verificamos também que David Fray não é um pianista qualquer. A sua maneira de tocar (elegante, precisa, poética e percorrida por uma espécie de corrente eléctrica) faz justiça aos prémios recentes, incluindo o título de “Revelação do Ano 2008” pela “BBC Music Magazine” e o primeiro lugar na categoria de solista nas Victoires de la Musique de 2010. Além de o ouvir tocar, há também que ouvir David Fray falar sobre música com um entusiasmo fulgurante Além de o ouvir tocar, há também que ouvir David Fray falar sobre música com um entusiasmo fulgurante CLÁSSICA George Clooney David Fray nas sessões de gravação dos Concertos de Bach com a Deutsche Kammerphilharmonie Bremen. Estas foram filmadas em 2008 por Bruno Monsaingeon (o realizador que nos legou filmes memoráveis sobre Glenn Gould ou Sviatoslav Richter), num documentário realizado para o canal ARTE e depois editado em DVD. Há muito que não se ouvia um Bach, em instrumentos modernos, com uma tal compreensão estilística e com uma tal energia rítmica. O título (“Swing, Sing & Think”) é parte da chave da interpretação. David Fray não é apenas um músico intuitivo, reflecte sobre as obras e sobre o que faz e sabe explicar ao milímetro o que pretende aos instrumentistas da Deutsche Kammerphilharmonie: “Swinguem, não hesitem em relançar os acentos, em saltar, não percam jamais o ritmo: cantem também! E respirem... (...) Cuidem da articulação, das acentuações, é necessária vitalidade e sensualidade!”. Alguns poderão achar a sua expressão corporal excessiva, talvez demasiado irrequieta, mas parece uma expressão genuína e dança ao sabor da música. A postura extrovertida contrasta com o gosto pelo silêncio: “Não sei se as pessoas se dão contam até que ponto o seu silêncio e a sua qualidade de escuta contribuem para um grande concerto”, disse numa entrevista à televisão francesa (disponível em <http://culture. france2.fr/>). Nascido em Tarbes, David Fray começou a estudar piano aos quatro anos e formou-se no Conservatório de Paris na classe de Jacques Rouvier. O pai é professor de filosofia e a mãe professora de alemão, o que terá contribuído para a sua paixão pela cultura germânica, bem patente num repertório centrado em Bach, Mozart, Schubert, Haydn, Brahms e Schumann. “Na nossa época tem-se por vezes a impressão de que, para tornar a cultura acessível, é preciso colocála ao nível das pessoas. Não é verdade! Creio que é possível colocar as pessoas ao nível da cultura sem as tomar por idiotas, nem desvalorizar a própria cultura.” No dia 8 de Novembro, David Fray faz a sua estreia em Portugal com um recital na Gulbenkian preenchido com a Fantasia K. 475 e Sonata K. 311, de Mozart, e as Sonatas op. 28 (“Pastoral”) e op. 53 (“Waldstein”), de Beethoven. Página 65 LUCAS JACKSON/ REUTERS ID: 31530345 imagens recolhidas na Faculdade de Arquitectura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e no jardim do Museu Nacional do Teatro, em Lisboa. - As mulheres continuam a dominar as individuais no Centro de Arte Moderna da Gulbenkian: agora é a vez de Lida Abdul, artista afegã radicada nos EUA (fugiu de Cabul em 1979) que explora nos seus vídeos temas como a memória e a migração. Lisboa vai receber ficções filmadas no país natal, que mostram as cicatrizes da guerra através de insólitas situações performativas, a partir de dia 24. - A 25, a Galeria Quadrum, de Lisboa, regressa com um ciclo de exposições desenvolvido por seis curadores convidados. A primeira é comissariada por André Romão e Pedro Neves e propõe pensar as intenções, o impacto e o desdobramento do político na arte. - A 30, o Pavilhão Preto do Museu da Cidade inaugura “Africa: See You, See Me!”, exposição que reconstitui a influência da auto-representação de África e da diáspora africana nas formas contemporâneas de fotografar aquele continente. TEATRO / DANÇA - O D. Maria II reabre com Alexandra Lencastre e Albano Jerónimo em “Um Eléctrico chamado Desejo” (9 Setembro a 31 Outubro), de Tennessee Williams, com encenação de Diogo Infante. - Figura maior da dança canadiana, a bailarina Louise Lecavalier entregou-se nas mãos de Benôit Lachambre para uma peça que especula sobre o corpo da bailarina-fétiche do colectivo La La La Human Steps. “Is You Me” integra, a 11, a programação do Festival Materiais Diversos (10 a 25 Setembro, Minde, Torres Novas e Alcanena). Depois vai à Culturgest (14 e 15) e ao Centro Cultural Vila Flor, Guimarães (17). - Dia 15, no Teatro Nacional S. João, Porto, Nuno Cardoso atira-se finalmente a “A Gaivota”, de Tchékhov. - Com nova direcção, agora pelas mãos de Igor Gandra, do Teatro do Ferro, o Festival Internacional de Marionetas do Porto chega a 16. Além da nova criação das Marionetas do Porto (“Make Love, Not War”), e da peça que Regina Guimarães escreveu sobre os nómadas europeus (“Trans Gueto”), destaque para a alemã Uta Gebert, com “Cocon” e “Jackush”. - Dia 16, mas em Lisboa, no S. Luiz, estreia “Hedda”, releitura da “Hedda Gabler” de Ibsen por José Maria Vieira Mendes, numa produção dos Artistas Unidos, e Jacinto Lucas Pires abre a programação de teatro da Culturgest com “Sagrada Família”. - Xavier Le Roy (“Product of other circumstances”, 24) e Gary Stevens (“Not Tony”, 30) são os destaques da edição deste ano do Mugatxoan, projecto internacional de pesquisa contemporânea que em Portugal tem sede em Serralves. Nelson Mandela Pág: 11 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 26,92 x 34,63 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 6 de 10 A força do hip-hop Outubro CINEMA - Dia 7 arranca a Festa do Cinema Francês em Lisboa, Almada, Porto, Guimarães, Faro e Coimbra. Destaque para duas grandes retrospectivas em coprodução com a Cinemateca Portuguesa, dedicadas a André Téchiné e Pierre Étaix. - “The American”, “thriller” em que George Clooney é um assassino contratado e entregue aos bons ofícios do fotógrafo holandês (e realizador de “Control”) Anton Corbijn, tem estreia em Portugal, a 14. - O DocLisboa 2010 (14 a 24 de Outubro) mostra, além da antestreia de “José e Pilar” de Miguel Gonçalves Mendes, retrospectivas dedicadas a Joris Ivens e Marcel Ophüls. - Duas estreias nas salas, também para 21: “Deixa-me Entrar”, remake americana por Matt Reeves do aclamado filme sueco de Tomas Alfredson e “Mistérios de Lisboa”, adaptação da obra de Camilo Castelo Branco por Raul Ruiz, veterano com uma ligação muito especial a Portugal. - Dia 22, mas nos EUA, chega “Hereafter” – Clint Eastwood saindo da sua “zona de conforto” para assinar uma história sobrenatural sobre a qual ainda pouco se sabe, escrita por Peter Morgan, argumentista de “A Rainha” e “O Último Rei da Escócia”. - Ainda sem data marcada, a Cinemateca Portuguesa organiza um ciclo Nagisa Oshima, com a apresentação dos primeiros filmes do realizador de “O Império dos Sentidos”. LIVROS - A Objectiva edita “Conversations with myself”, de Nelson Mandela (Objectiva), ainda sem título definitivo em português. Relato pessoal, e gigantesca base de dados, acerca de um dos grandes líderes do nosso tempo. - Paul Auster está de regresso à Asa, com “Sunset Park”, que sai quase em simultâneo em Portugal e nos EUA. - A monumental “História do Século XX”, de Martin Gilbert, chega a Portugal pela Dom Quixote. - No mês em que Barack Obama visita Portugal, a Dom Quixote edita “A Ponte”, a sua exaustiva biografia escrita pelo editor da “New Yorker” David Remnick. - Outra biografia: “Clarice Lispector – Uma Vida”, de Benjamin Moser (Civilização), que levou sete anos para fazer investigação, com o “aval” da família da escritora. - Portugueses na Porto Editora: “Matteo perdeu o emprego”, de Gonçalo M. Tavares (Porto Editora), conjunto de pequenas histórias com um humor peculiar, e “Uma Longa Viagem com Manuel Alegre”, de João Céu e Silva. - “Novas Cartas Portuguesas”, o livro histórico de Maria Teresa Horta, Maria Velho da Costa, Maria Isabel Barreno, sai pela Dom Quixote numa reedição anotada, comentada e prefaciada por Ana Luísa Amaral. - O último Lobo Antunes? “Sôbolos Rios que Vão” sai também pela Dom Quixote. - Salman Rushdie apresentou-o recentemente no Festival Literário de Paraty e o livro chega já em Outubro a Portugal: “Luka e o Fogo da Vida” é uma obra infantojuvenil para o seu filho Milan. JAZZ - De 1 a 5, decorre o Angrajazz, com concertos da Orquestra Angrajazz, da Mingus Dinasty e do Stefano Bollani Trio, entre outros. - De 27 a 30, o Seixal Jazz traz a Portugal espectáculos de Charlie Haden Quartet West, Dave Holland Quintet, Steve Wilson Quartet e Odean Pope Octet. No Seixal Jazz Clube, as datas estendemse de dia 20 até 6 de Novembro, com concertos de POP AXEL SCHMIDT/ AFP Clint Eastwood 20-08-2010 | Ípsilon Tiragem: 50121 Kanye West e Aloe Blacc: um egocêntrico o genial e uma irresistível revelação. Mário Lopes opes Rye Rye Há um novo álbum de Kanye West no horizonte e, se há um novo álbum de Kanye West, obr somos obrigados a prestarlhe ate atenção. Não só porq porque Kanye é desde há vários anos uma da das estrelas mais c cintilantes do hip h (e da música hop p popular urbana em g geral), mas também p porque, mesmo que nã reconhecêssemos não o brilhantismo br do home homem que se deixou fotograf fotografar enquanto Cristo crucificado em capa recente da “Rolling Stone”, S a verdade é que ele não nos deixa olhar noutra direcção. Megalómano e egocêntrico, passa o tempo a dar novidades no twitter, a revelar excertos de sessões em estúdio e até invadiu a redacção da “Rolling Stone” para mostrar algumas canções do novo disco, que sairá a 16 de Novembro e a que deu primeiro o título “Good Ass Job”, posteriormente alterado para “Dark Twisted Fantasy”. Portanto, com Kanye West de regresso, com este criador surpreendente que anda a gravar material com Justin Vernon (ele mesmo, voz folk enquanto Bon Iver) e a ameaçar uma colaboração com Justin Bieber (esse mesmo, o irritante fenómeno adolescente), teremos de prestar atenção ao hip-hop e à chamada música negra que aí vem nos próximos meses. Quanto a Kanye, para antecipar “Dark Twisted Fantasy”, conhecemos um dueto com Beyoncé que soa a dueto com Beyoncé, “See me now”, e a óptima “Power”, matéria poderosa de coros entontecidos, “beat” colado à linha de órgão, um sample dos King Crimson (“21st century schizoid man”) e um verso que julgaremos em Novembro se é ou não premonitório: “no man should have all that power”. Mas nem só de Kanye West se farão os próximos meses. E a verdade é que a colheita que se anuncia parece promissora. Atente-se no regresso auspicioso às linguagens clássicas pela Com Kanye West de regresso e Aloe Blacc a editar um segundo álbum que será o primeiro do resto da sua vida, teremos de prestar atenção ao hip-hop e à chamada música negra que aí vem ne nos n próximos meses mão de Aloe Blacc, c, nome da a ones Throw. Throw w. indispensável Stones m A 28 de Setembro,, edita um segundo álbum que ue será Aloe Blacc o primeiro do resto o da sua vida. Há quatro anos, nos, lançou u “Shine Through” mas não se e registaram movimentações mentações s de placas tectónicas. cas. Agora a será diferente. Já ouvimos “Good Things” e podemos odemos garantir que é uma a maravilha de opulência lência orquestral, agilidade ade funk e espírito “What’s What’s Going On” (o álbum m histórico de Marvin in Gaye). Qualquer dúvida pode ser dissipada com “I need a dollar”, o primeiro single, que ue pode fazer por nós, s, com o “upgrade” da consciência cívica, o mesmo que ue fizeram há uns anos os Kanye West “Crazy”, dos Gnarls ls Barkley, e “Hey Ya”, a”, dos Outkast. Paralelamente, John Legend junta-se aos Roots s nas “The Wake Up p Sessions” (21 de Setembro), álbum de versões que recupera canções menos conhecidas s (mas bastante sampladas) de Marvin Gaye, Nina Simone ou Roberta Flack para ra lançar um alerta: é necessário recuperar erar a espiritualidade e o sentido de realidade ade da música negra, escavando até às suas raízes. Para T.I., a descoberta oberta será de outro tipo. O homem a que em tempos Pharrell Williams chamou “o Jay-Z do Sul” foi libertado da prisão onde cumpriu um ano de pena por posse ilegal de armas mas e, a julgar pela barragem de sintetizadores de “I’m back” e “Yeah eah ya know (takers)”, os singles es de regresso, estar-lhe vamos ter que prestar-lhe ncaged”, o novo atenção. “King Uncaged”, álbum, sai a 28 de Setembro. deiros sinais de Quanto a verdadeiros ção alienígena futuro, com produção e ritmo frenético, convirá eia de Rye esperar pela estreia Rye, pseudónimo de Ryeisha sgatou-a para a Berrain. M.I.A. resgatou-a ra-se que “Go! sua editora e espera-se um que vem Pop! Bang!”, o álbum de Março de sendo adiado desde ente editado 2009, seja finalmente anções que em Outubro. As canções o, intrincadas fomos conhecendo, itmos retiradas construcções de ritmos enunciam de sons de rua, prenunciam nte algo definitivamente zon já aceita excitante. A Amazon pré-encomendas e regista o data de 5 de Outubro como emos os dedos: lançamento. Cruzemos os o enésimo não aguentaríamos adiamento. U2 Ípsilon • Sexta-feira 20 Agosto 2010 • 11 Página 66 ID: 31530345 20-08-2010 | Ípsilon NUNO FERREIRA SANTOS A partir de 20 de Novembro, “Às Artes, Cidadãos!” ocupará toda a ala esquerda do museu com uma excelente e arrojada selecção de artistas - e agitadores. José Marmeleira meleira 12 • Sexta-feira 20 Agosto 2010 • Ípsilon Pág: 12 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 26,24 x 34,56 cm² Âmbito: Informação Geral A arte e o político, uma relação revista em Serralves O título (uma citação da famosa frase do refrão da “Marselhesa”) pode não ser dos mais elegantes, mas a exposição “Às Artes, Cidadãos!”, que inaugura a 20 de Novembro no Museu de Serralves, não está interessada no “glamour” da arte. Comissariada por João Fernandes, director do Museu de Serralves, Óscar Faria, crítico de arte do Ípsilon, e Guy Schraenen, coleccionador e curador especializado em publicações de artistas, propõe antes examinar o estado actual da relação entre a arte e o político. O objectivo é ambicioso, sobretudo tendo em conta as questões que atravessam as duas actividades na actualidade. Do activismo e da cidadania até ao ambiente, à crise e à comunidade, passando pelo arquivo, a utopia, o exílio e a emigração, é todo um vocabulário comum que atravessa ambos os discursos. É pouco provável que “Às Artes, Cidadãos” venha a diagnosticar a relação, mas, a julgar pela amplitude e pela natureza do projecto, vai com certeza renovar o nosso olhar sobre ela, devolvendo, entretanto, perguntas e dúvidas. Toda a ala esquerda do museu (incluindo a capela, a sala multiusos e o anfiteatro) será ocupada com obras produzidas por artistas nascidos a partir de 1961, data da construção do muro de Berlim, momento que assinalou uma divisão ideológica que ainda hoje se manifesta concretamente ou enquanto fantasma cultural. A maior parte dos trabalhos foi (e está a ser) produzida especificamente para a exposição e a montagem privilegia confrontos e diálogos nos momentos colectivos – imaginam-se estimulantes “conversas” entre, por exemplo, João Sousa Cardoso e Asier Mendizabal, Sam Durant e Rigo 23, Mariana Silva e Gert Jan Kocken. Haverá também situações menos habituais, como o acampamento de dois dias do colectivo russo Chto Delat no auditório, com “Living Politically: A 48-Hour Communal Life Seminar”, um programa que inclui debates e projecções de filmes e termina com uma performance de 30 pessoas. A selecção de artistas internacionais é excelente e arrojada (a maioria já expôs nas mais importantes bienais e exposições internacionais de arte), pois permitirá um contacto inédito com um conjunto de nomes cada vez mais afirmados no contexto global, como Sam Durant (de novo), Danh Vo, o colectivo Claire Fontaine, ou Gardar Eide Einarsson, e conhecer alguma produção artística assinadas por artistas com raízes no Médio Oriente e na Ásia (Ahlam Shibli, Ahmet Ögüt e Shilpa Gupta). Embora reconhecendo a relevância do político na produção artística das duas últimas décadas, “Às Artes os Cidadãos” não deixa de olhar para a história e contará com uma secção constituída por cartazes, revistas e publicações de artistas que permitirá rever as referências do político desde as primeiras vanguardas do século XX. André Romão, Andrea Geyer, Tiragem: 50121 Carlos Motta, Matias Faldbakken, dbakken, Nicoline van Harskamp, Pedro G. Romero, Rosella Biscotti, Sharon h, Stefan Hayes, Simon Wachsmuth, ste ano Brüggmann (que ainda este vidual teve uma exposição individual na Kunsthalle Lissabon), Tom hos Nicholson, Vangelis Vlahos e Zachary Formwalt são os tes, outros artistas de “Às Artes, Cidadãos!”. Está prevista a edição de dois catálogos, o primeiro publicado na inauguração, o segundo no fim, documentando a vida da exposição. Com s textos inéditos de autores fundamentais nos estudos das relações entre a arte e o político, como Brian Holmes, Hito Steyerl, Sven Lütticken, entre outros. Finalmente, é muito provável que “Às Artes, Cidadãos!”, que integra as comemorações ca do centenário da República ém aos Portuguesa, chegue também dade do jardins de Serralves e à cidade Porto. E está encontrada a exposição da “rentrée”. Asier Mendizabal EXPOSIÇÕES Do activismo e da cidadania até ao ambiente, à crise e à comunidade, passando pelo arquivo, a utopia, o exílio e a emigração, é todo um vocabulário comum que atravessa os discursos da arte e da política Ken Vandermark, Júlio Resende “3”, No Project, Tony Malaby’s Tamarindo e os Lokomotiv de Carlos Barretto. - Evan Parker Trio, Charles Gayle Trio, John Blum solo, Wadada Leo Smith com Louis Moholo Moholo e Robert Glasper Trio são os convidados do Festival Jazzores, que começa a 29 de Outubro. Associando-se ao Jazzores, o novíssimo Festival de Música e Cinema de Abrantes (16 até 6 de Novembro) traz ao continente os projectos de Gayle, Blum e Leo Smith, ao qual acresce o duo de Ernesto Rodrigues com Heddy Boubaker. - A 30, Jane Monheit actua no Casino de Vilamoura. CLÁSSICA - A 10, e ainda no âmbito do Festival Mozart da Gulbenkian, Phlippe Herreweghe apresenta o lendário “Requiem” com a Orchestre des Champs Élysées e o Collegium Vocale Gent. Na véspera, a orquestra e o maestro associam-se a Andreas Staier, que tocará ao pianoforte o Concerto nº25, de Mozart. POP - Duas datas, 2 e 3 de Outubro, para os U2, a maior banda do mundo, no Estádio Cidade de Coimbra. - Dois concertos para dia 6: os Faust, nome fulcral do rock experimental germânico da década de 70, actuam pela primeira vez em Portugal no Maria Matos: no Pavilhão Atlântico, é 1992 outra vez, com os Guns’n’Roses. - Antony & The Johnsons, com “Swanlights” (álbum, onde encontramos um dueto com Björk, “Flétta”, que é também um livro) e os Belle & Sebastian com “Write About Love” (tanto o título como as canções já conhecidas, “I didn’t see it coming”, “I’m not living in the real world” e “I want the world to stop”, mostram discos novos no dia 11. - O quinto album dos Kings of Leon, “Come Around Sundown”, tem lançamento dia 18. - Não há novo álbum dos Roxy Music, mas há “Olympia”, que é o mais próximo dele que teremos. Colaboram Brian Eno, Phil Manzanera e Andy Mackay, velhos amigos, e uma parada de estrelas que inclui David Gilmour, Jonny Greenwood ou os Scissor Sisters. Sai dia 25. EXPOSIÇÕES - Realizada em parceria com a Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República em Portugal, “Res Pública” é uma leitura das heranças sociais da República no mundo globalizado a partir de obras do início do século XX e do início do século XXI. A partir de dia 7, no Centro de Arte Moderna da Gulbenkian. - No dia em que a Trienal de Arquitectura de Lisboa inaugura a Corte: 7 de 10 arranca no Porto o Festival Trama: o dramaturgo das sensações, Vincent Dupont, é um destaques de um festival que inclui ainda Paulo Castro, Albuquerque Mendes e o videasta e fotografo alemão Thomas Koner. - A 31, a Companhia Maior, constituída por intérpretes seniores, estreia o seu espectáculo de apresentação, “Bela Adormecida”, no CCB. Novembro CINEMA - “A Rede Social”, o filme de David Fincher sobre o Facebook, adaptado da biografia não-autorizada que pinta Mark Zuckerberg, o fundador do site, de cores muito negras, tem estreia portuguesa a 4. - A 4, e até 14, mais uma edição do Estoril Film Festival. - Dia 10, o novo filme de François Ozon, “Potiche”, tem estreia em França. Comédia de boulevard clássica, com Gérard Depardieu e Catherine Deneuve nos papéis principais. - Sylvain Chomet, o autor de “Belleville Rendez-Vous”, filmou em animação um argumento que Jacques Tati completou mas nunca chegou a filmar, com a bênção dos herdeiros do realizador. “O Mágico” é um dos filmes do ano, e chega a 25. - “Filme Socialismo”, a nova provocação do eterno farol da Nouvelle Vague, Jean-Luc Godard, foi estreada simultaneamente em Cannes 2010, “online” em video-ondemand, e na Internet, num “trailer” que “acelera” todo a acção do filme e a compacta em apenas dois minutos. A Portugal chega em Novembro, em data a Michael Jackson Sam Durant Lady Gaga exposição “Falemos de casas: entre o norte e o sul”, panorâmica sobre a habitação a partir de dois momentos emblemáticos – o projecto SAAL e A Casa do Futuro, de Alison e Peter Smithson – no Museu Berardo, a Gulbenkian abre as portas de “Os Professores”, resultado de um inquérito a 50 artistas, sobre os professores que mais os marcaram. É a 14. - Na Culturgest, em Lisboa, a primeira antológica do trabalho do artista português João Queiroz (Lisboa, 1957), reunindo desenhos e pinturas realizados ao longo dos últimos 20 anos, inaugura a 16 de Outubro. - A 21 de Outubro, a Galeria Z Zé dos Bois revela alguns do dos principais processos e elem elementos da obra pictórica de Gonçalo Pena naquela que será, eventualment eventualmente, a maior individual do artista realizada a até hoje. TEATR TEATRO / DAN DANÇA - A 14, W. G. Sebald Jordi Savall marcar. LIVROS -“Pátria Apátrida”, inédito de W. G. Sebald, sai na Teorema. - Antonio Skármeta vem a Lisboa ai apresentar o seu último romance, “Um Pai de Filme” (Teorema). - A Sextante publica “A filha do coveiro”, de Joyce Carol Oates: em 1936, os Schwarts escapam da Alemanha nazi e instalam-se numa pequena cidade do estado de Nova Iorque. - Lídia Jorge não publicava romance essa agora, na desde 2007; regressa m “A Noite Dom Quixote, com ntoras”. das Mulheres Cantoras”. - Duas edições a Relógio g fundamentais da o da Rede”, D’Água: “Debaixo e de Iris primeiro romance ca da Murdoch, e “Crítica m dos Razão Cínica” um e Peter livros cruciais de Sloterdijk. -- Mais Joe Lovano Página 67 20-08-2010 | Ípsilon concerto dia 11, no Lux. - Dia 18, no Pavilhão Atlântico, a banda de uma geração num palco para grandes massas: Arcade Fire. EXPOSIÇÕES - No Pavilhão Branco do Museu da Cidade, e à boleia da Trienal de Arquitectura, a mais ampla exposição de António Bolota, “À Última Luz do Dia”, promete ser outro momento alto de 2010. Inaugura dia 13. - A 18, a Kunsthalle Lissabon apresenta, pela primeira vez em Portugal, o trabalho da libanesa Mounira Al Solh que se funda numa abordagem ficcional e irónica da história contemporânea do Líbano. - Dia 20, Serralves mostra os projectos vencedores da sexta edição do BES Revelação. A fotografia de Carlos Mesquita, uma situação escultórica de Eduardo Guerra, três peças de Miguel Serrão e um filme animado de Mónica Baptista. Quatro jovens artistas a seguir. TEATRO / DANÇA - A dança de Clara Andermatt junta-se ao teatro visual do realizador Marco Martins em “1, 26/Contaminação”, de 5 a 28 Novembro no São Luiz. A partir da deslocação do eixo da Terra depois do terramoto do Chile, uma parábola sobre o tempo e o espaço. - Integrada no Festival Temps d’Images, a nova peça da espanhola La Ribot, “Llamamme Mariachi” (12 e 13 na Culturgest, em Lisboa). Dezembro JEAN-PAUL PELISSIER/ REUTERS STEPHEN HIRD/ REUTERS CINEMA - A estreia portuguesa de “Biutiful”, o novo filme do mexicano Alejandro González Iñarritu, é no dia 2. - Dia 2, na Culturgest, o ciclo “Chris Marker, Memórias dos Tempos” percorre a carreira do cineasta, considerado por Alain Resnais o inventor do “filme-ensaio” - Dia 9, uma das Palmas de Ouro de Cannes mais discutidas nos últimos anos, “Uncle Boonmee Who Can Recall His Past Lives”, do cineasta tailandês Apichatpong Weerasethakul, chega a Portugal. - “Somewhere”, o novo filme de Sofia “Lost in Translation” Coppola, traz Stephen Dorff no papel de um actor de Los Angeles que se vê confrontado com uma visita da sua filha adolescente (estreia americana a 22, portuguesa em Fevereiro). - Dia 30, estreia americana de “True Grit”, o novo filme dos irmãos Coen. TEATRO/DANÇA - O colectivo flamengo TgStan estreia dia 8, no Maria Matos, “The Tangible”, trabalho sobre o Médio-Oriente a partir de recolhas de vozes de exilados. - Em Guimarães, A Oficina, um dos mais conhecidos projectos teatrais portugueses, encena “Sacríficio”, de José Tolentino Mendonça, a partir de 15. - Alain Platel surpreende com “Out of context – for Pina”, no Centro Cultural Vila Flor, Guimarães, dia 17; a 19 e 20, desce ao Maria Matos, Lisboa. Um dos grandes espectáculos do ano. POP - Lady Gaga, a provocadora que o mainstream adora, está de passagem pelo Pavilhão Atlântico, no dia 10. - Os MGMT, banda que escolheu sabotar o sucesso indie com um segundo álbum, o memorável “Congratulations”, dá o seu segundo concerto português, dia 18, no Campo Pequeno. CLÁSSICA - O pianista húngaro András Schiff, regressa dia 1 à Gulbenkian para interpretar as “Variações Goldberg”; no dia seguinte, faz a sua estreia no Ciclo de Piano da Casa da Música com o mesmo programa. - Dia 17 Estreia na Culturgest “Paint Me” (Pinta-me), uma nova ópera de Luís Tinoco, com direcção musical de Joana Carneiro e encenação de Rui Horta. JAZZ - Dia 14 A cubana Omara Portuondo encontra-se com David Murray na “Out of Context- Casa da Música. Apichatpong Weerasethakul For Pina, de Alain Platel Pág: 13 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 26,77 x 33,95 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 8 de 10 O teatro, finalmente Os textos clássicos, de Tennessee Williams a Brecht, de Ibsen a Tchékhov, ocupam em força as salas nacionais a partir de Setembro. Tiago Bartolomeu Costa Não foi assim há tanto tempo que os teatros portugueses começaram a antecipar as programações da temporada, seguindo a prática regular das instituições europeias e permitindo leituras transversais sobre temáticas comuns ou percursos no singular. Desde logo, e olhando para os “blockbusters”, uma tendência: os clássicos. São vários os espectáculos que adaptam (ou dialogam com) textos incontornáveis da dramaturgia mundial. O Teatro Nacional D. Maria II abre com “Um Eléctrico chamado Desejo” (9 de Setembro a 31 Outubro), de Tennessee Williams, encenado pelo seu director artístico, Diogo Infante. Será a terceira vez que a peça se apresenta em Portugal. Em 1963 foi Mariana Rey Monteiro quem fez de Blanche DuBois; em 1990 Manuela de Freitas. Agora é a vez de Alexandra Lencastre, que regressa aos palcos 16 anos depois de “Fernando Krapp escreveu-me uma carta”, no Teatro Aberto. É lá, no Teatro Aberto, que João Lourenço encena, para estrear em cria ado do”,, Outubro, “O Sr. Puntila e o seu criado”, de Brecht, retomando assim o uma genealogia de peças do o dramaturgo alemão que são a espinha dorsal do teatro contemporâneo. Ainda em Lisboa, no Teatro S. Luiz (16 de Setembro a 18 de Outubro), José Maria Vieira Mendes toma de assalto “Hedda Gabler”, de Ibsen, para,, com encenação de p Jorge Silva Melo e inte erpretação de interpretação M Maria João Luiz - assombrosa actriz -, reler uma das peças mais importantes da viragem do século XIX para o século XX, prosseguindo um t de arquitectura trabalho d que já o dramatúrgica lev vou a Melville, Kafka, levou Moliière e Dostóievski. Molière No Teatro T Nacional S. João, doso abre a temporada Nuno Card Cardoso G i ” de d Tchékhov (15 de com “A Gaivota”, Setembro a 3 de Outubro), levando-a depois a vários outros teatros. E em Almada o Teatro da Cornucópia repõe “Ifigénia na Táurida”, de Goethe, com encenação de Luís Miguel Cintra (22 a 26 Setembro), criação de 2009. São cinco exemplos de escolhas que acompanham uma reflexão sobre a validade dos clássicos. À medida que os orçamentos vão diminuindo e a pressão da novidade aumenta, o espaço ocupado pelos clássicos vai sendo reduzido e substituído por variações, colagens ou releituras. Ao mesmo tempo, é o próprio texto – o seu valor, o seu lugar e a sua perenidade – que é posto em causa. É por isso que, ao encontrarmos na “rentrée” novos textos de Jacinto Lucas Pires (que abre a 16 de Setembro a programação da Culturgest) e Tiago Rodrigues (22 de Outubro no Maria Matos), criações originais do Teatro da Garagem, do Teatro Meridional (ambas no D. Maria II) ou da Mala Voadora (Maria Matos), bem como os regressos de Ricardo Pais ao S. João (“Sombras”, 12 Novembro) ou de Mónica Calle à Culturgest (“Inferno”, 1 a 8 Novembro), devemos perguntar-nos de que modo a criação nacional procura dialogar com uma herança dramatúrgica pouco pacífica. L LUÍS RAMOS Mandela: “Um Longo Caminho para a Liberdade”, autobiografia de uma das figuras mais emblemáticas do século XX. JAZZ -De 11 a 20, todas as atenções se viram para o Guimarães Jazz, que tem uma programação de luxo: The All Star Celebration of Lionel Hampton, Kenny Garrett Quartet, Saxophone Summit com os saxofonistas Joe Lovano, David Liebman e Ravi Coltrane (repete a 14 na Culturgest), TOAP 2010, o grupo The Story, Charles Lloyd New Quartet, Gonzalo Rubalcaba Sextet, Big Band da ESMAE e os muito aguardados New York Composers Orchestra. CLÁSSICA - Jordi Savall e o seu agrupamento Hespérion XXI (com a colaboração de músicos convidados da Turquia, Arménia, Grécia e Marrocos) apresentam na Casa da Musica (6) e na Gulbenkian (7) o programa do CD “Istanbul”. POP - Rei morto, rei editado em abundância. O primeiro álbum de originais póstumo de Michael Jackson chega em Novembro e será montado a partir dos mais de cem inéditos que, desde os tempos de “Thriller”, Jackson guardou no baú. - Os Broken Social Scene, super banda canadiana representante de uma sensibilidade rock que tem nos Arcade Fire os seus representantes máximos, apresenta “Forgiveness Rock Record”, o último álbum, ao vivo na Aula Magna (7) e na Casa da Música (8). - The Drums, os verdadeiros “indie darlings”, regressam a Portugal depois da passagem pelo Optimus Alive, para um Rentrée ID: 31530345 Tiragem: 50121 TEATRO/ DANÇA Alexandra Lencastre São vários os espectáculos que adaptam (ou dialogam com) textos incontornáveis da dramaturgia mundial Informações recolhidas por Cristina Fernandes, Jorge Mourinha, José Marmeleira, Luís Miguel Queirós, Mário Lopes, Raquel Ribeiro, Rodrigo Amado e Tiago Bartolomeu Costa Ípsilon • Sexta-feira 20 Agosto 2010 • 13 Página 68 ID: 31530345 20-08-2010 | Ípsilon Tiragem: 50121 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 26,92 x 34,85 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 9 de 10 Desenrolamos a “rentrée” Tudo o que vamos poder ver, ouvir e ler até Dezembro, de Camões a Kanye West Página 69 20-08-2010 | Ípsilon Pág: Principal - 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 25,75 x 14,12 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 10 de 10 VÍTOR FERREIRA ID: 31530345 Tiragem: 50121 Rentrée Todos os nomes da nova temporada, de Camões a Kanye West Página 70 A71 ID: 31336585 05-08-2010 Tiragem: 116762 Pág: 52 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 21,12 x 18,78 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2 Página 71 ID: 31336585 05-08-2010 Tiragem: 116762 Pág: 50 País: Portugal Cores: Preto e Branco Period.: Diária Área: 11,90 x 1,21 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2 Página 72 A73 02-08-2010 Maria Matos com programação de luxo Tipo Meio: Internet Meio: Cotonete Online URL: http://cotonete.clix.pt/noticias/body.aspx?id=45889 Data Publicação: 02-08-2010 É certo e sabido que nesta altura de férias, a torrente de bons concertos que tem invadido Portugal acalma por uns tempos. Mas quem já suspira de saudades, pode começar a suspirar de ansiedade pela reentré musical de 2010. Entre concertos já anunciados em grandes espaços, como o dos Interpol, Broken Social Scene ou Arcade Fire, chega agora a notícia de que o acolhedor Teatro Maria Matos vai receber bandas que prometem pôr muita gente a salivar. A 21 de Setembro, os anbb pisam o palco daquela sala. O projecto electrónico junta Alva Noto e Blixa Bargeld (dos Einstürzende Neubaten) e abrem caminho para Jóhan Jóhannsson. O compositor islandês actua a 28 de Setembro e vem acompanhado pelos Iskra String Quartet. Já em Outubro, um pedaço de história pisa o palco do Maria Matos. Os Faust (na foto), ícone maior do krautrock, que desde os anos 70 trilham um caminho desafiante no mundo da música, são o nome maior no dia 6 de Outubro. Hauschka, pianista pouco convencional, actua a 22 de Outubro. Está portanto assegurada a qualidade musical do último trimestre de 2010. O difícil mesmo vai ser escolher entre tanta oferta. AMS c/ GP Página 73 A74 Faust e Blixa Bargeld tocam no Teatro Maria Matos Tipo Meio: Internet Meio: Diário de Notícias Online URL: http://dn.sapo.pt/cartaz/musica/interior.aspx?content_id=1629918 Data Publicação: 30-07-2010 Música por Lusa A estreia do projecto anbb, de Blixa Bargeld e Carsten Nicolai e a actuação dos Faust marcam a programação de Setembro e Outubro do Teatro Maria Matos em Lisboa. O primeiro dos quatro concertos ontem anunciados acontece a 21 de Setembro com a estreia em Portugal do projecto experimental anbb, fundado em 2007 pelo músico e artista visual Carsten Nicolai (que assina Alva Noto) e pelo músico Blixa Bargeld (dos Einstursende Neubauten). Com um EP editado e um álbum prestes a sair, os dois músicos desenvolvem 'música conceptual baseada na combinação de improvisação e abstracção', escrevem no site oficial. Esta será a primeira apresentação da dupla em Portugal, já que a data anunciada para Junho na Casa da Música, no Porto, foi remetida para Setembro, ainda sem dia confirmado. No dia 28 de Setembro, o Teatro Maria Matos acolhe, também em estreia, o músico islandês Jóhann Jóhannsson, que estende a sua formação clássica para o domínio da música de vanguarda, com recurso à electrónica, compondo para teatro e cinema e produzindo outros artistas islandeses. Em Abril editou o álbum 'And in the endless pause there came the sound of bees' e em Setembro apresenta-se em Lisboa com o Iskra String Quartet. Os alemães Faust, uma das bandas precursoras do movimento krautrock, estarão na capital a 06 de outubro, mas a formação que se apresentará no Maria Matos é composta por Jean Hervé Peron e por Werner 'Zappi' Diermaier. Os Faust surgiram em 1971, mas duraram apenas alguns anos até se dividirem em dois projectos, ambos com o mesmo nome. Página 74 Em 2006, em Portugal estiveram os Faust liderados por Hans Joachim Irmler, agora apresentam-se Peron e 'Zappi' com toda a parafernália de instrumentos eléctricos e máquinas industriais para revisitar a música experimental alemã de há quatro décadas. O concerto dos Faust é organizado em parceria com a Galeria Zé dos Bois, que acolherá um workshop com Jean Hervé Perón e Werner 'Zappi' Diermaier. Associando-se ao 41º aniversário do teatro municipal, no dia 22 de outubro actua o pianista alemão Volker Bertelmann, também conhecido como Hauschka. Em vez de um recital a solo, o músico estará acompanhado por 11 músico portugueses no denominado Ensemble Maria Matos. Página 75 A76 ID: 31262276 30-07-2010 Tiragem: 130000 Pág: 7 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 9,34 x 6,09 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Maria Matos aposta num Outono experimental A estreia do projecto anbb, dos germânicos Blixa Bargeld e Carsten Nicolai, e a actuação dos Faust marcam a programação dos meses de Setembro e Outubro do Teatro Maria Matos em Lisboa. O primeiro dos quatro concertos ontem anuncia- dos acontece a 21 de Setembro com a estreia em Portugal do projecto experimental anbb, fundado no ano de 2007 pelo músico e artista visual Carsten Nicolai (que assina Alva Noto) e pelo músico Blixa Bargeld (dos históricos Einstursende Neubauten). Página 76 A77 ID: 31264075 30-07-2010 TEATRO MARIA MATOS Tiragem: 20000 Pág: 18 País: Portugal Cores: Preto e Branco Period.: Diária Área: 8,95 x 4,46 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Projeto anbb em Setembro A estreia do projeto anbb, de Blixa Bargeld e Carsten Nicolai e a atuação dos Faust marcam a programação de setembro e outubro do Teatro Maria Matos em Lisboa. O primeiro dos quatro concertos anunciados acontece a 21 de setembro com a estreia em Portugal do projeto experimental anbb, fundado em 2007 pelo músico e artista visual Carsten Nicolai e pelo músico Blixa Bargeld. Página 77 A78 Novidades para a rentrée: Faust, anbb, Jóhann Jóhannsson e Hauschka são as apostas do Maria Matos Tipo Meio: Internet Meio: Body Space.net URL: http://bodyspace.net/noticia.php?id=001114 Data Publicação: 29-07-2010 publicado em 29 Jul 2010 - 19:03 Antes de irmos de férias deixamos as novidades para a reentré. O Teatro Maria Matos já apresentou a programação para o Outono e, entre os meses de Setembro e Outubro, vão passar por aquela sala os icónicos Faust, o duo anbb, Jóhann Jóhannsson e Hauschka. Os anbb, duo de Alva Noto e Blixa Bargeld, estreiam-se em Portugal no dia 21 de Setembro. Também em estreia nacional, Jóhann Jóhannsson apresenta-se acompanhado pelo Iskra String Quartet, no dia 28 de Setembro. No dia 6 de Outubro é a vez dos velhinhos Faust, lendas do krautrock que continuam a sua impecável caminhada na procura da subversão sonora. Mais para o final do mês, no dia 22 de Outubro, actua o alemão Hauschka (senhor que gosta de pianos pouco convencionais), acompanhado por um ensemble de músicos nacionais. Este espectáculo está enquadrado nas celebrações do 41º aniversário do Teatro Maria Matos e promete muito. Agora já podemos ir de férias descansados. Nuno Catarino [email protected] Página 78