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Ok, essas são as 10 razões de por que é uma droga ser eu,
Samantha Madison:
10. Apesar do fato de que no ano passado eu salvei o presidente
dos Estados Unidos, ganhei uma medalha de heroísmo e tive um
filme feito sobre mim, eu continuo sendo uma das pessoas menos
populares na minha escola inteira, que deveria ser uma
progressista e muito cara instituição, mas parece ser populada
inteiramente, com a minha exeção e da minha melhor amiga
Catherine, por pessoas vestindo-Abercrombie-e-Fitch, tolerânciazero-para-qualqer-um-que-tiver-uma-opinião, cantadores-alegresda-musica-na-escola, neofasistas-assistidores-de-realities-shows.
09. Minha irmã mais velha - que aparentemente pegou todos os
DNA bom, como os genes para o cabelo Cor de Morango, macio e
sedoso, o oposto do meu cor de cobre, brilhoso e testurizado - é a
garota mais popular da Adams Prep (e freqüentemente é
encontrada liderando o coro do hino da escola), fazendo com que
me perguntem quase diariamente pelos outros estudantes, os
professores, e até meus próprios pais, que me têm como a escoria
social: Porque você não pode ser como a sua irmã Lucy?
08. Mesmo que eu seja a embaixadora Teen na ONU, nomeada
durante o meu ato de bravura salvando o presidente, eu
dificilmente saio da escola para cumprir as minhas obrigações.
Não que eu seja paga por isso.
07. Por causa disso, eu fui forçada a arrumar um trabalho de meio
período para compensar o meu trabalho meio voluntário como
embaixadora teen, para pagar a enorme conta na Material de Arte
Sullivans e tenho que pagar sozinha pelos Strathmore drawing
pads e lápis macios, já que meus pais decidiram que eu preciso
aprender o valor de um dólar e adquirir trabalho ético.
Diferente da minha irmã Lucy, que também teve que arrumar um
emprego pra manter as pinturas dela - faciais e não arte -, eu não
encontrei um emprego em uma loja de lingerie chique no shopping
que me dá 30% de desconto e me paga 10 dólares a hora pra ficar
sentada em um balcão lendo revistas até um cliente me perguntar
sobre calcinhas e sutiãs. Não, ao invés disso eu arrumo um
emprego de pagamento mínimo na Potomac Videos rebobinando
vídeos horríveis da ridícula Brithany-Murphy-olha-quantos-quiloseu-perdi-desde-o-Ashton-Kutcher-terminou-comigo-para-sugar-aDemi-Moore-e-eu-me
-tornei-mais-famosa-do-que-ele-doida-e-soriso-falso.
Ok, pelo menos eu tenho uma colega de trabalho, Dautras, com
piercings que abandonou a escola que é muito legal.
Mesmo assim.
06. Entre a escola, as aulas de arte, meus deveres como
embaixadora teen e meu emprego, eu tenho apenas uma noite pra
ver o meu namorado em um lugar que relembre remotamente um
contexto social.
05. Como meu namorado é tão ocupado quanto eu, com as aulas
extras para entrar na faculdade ano que vem, tambem é o filho do
presidente (e é chamado freqüentemente pra compromissos do
estado na única noite que eu posso sair com ele), eu também tenho
que ir a coisas do governo chatas, e não sobra muito tempo para
romance ou sentar na frente da tv pra assistir o National
Geographic Explorer com a minha irmã de 12 anos, Rebecca, nas
noites de sábado.
04. Eu sou a única garota de quase 17 no mundo que assistiu a
todos os episódios do National Geographic Explorer. E apesar da
minha mãe ser advogada do meio ambiente eu não ligo muito pro
tamanho das calotas polares.
03. Mesmo tendo salvado o presidente eu ainda não conheci o meu
ídolo Gwen Stefani (mesmo ela tendo me mandado uma jaqueta
jeans da sua linha de roupas, L.A.M.B. quando ela ouviu que eu
me considerava a sua fã numero um. Mas quando eu usei a
jaqueta na escola eu recebi piadas dos outros estudantes como "iai
Punk?" mostrando que a roupas que usamos ainda é motivo de
piada para outros da mesma idade).
02. Todos que me conhecem, mesmo com tudo isso, persistem em
dizer a quão fabulosa a minha vida é e como eu deveria ser grata
por todas essas ótimas coisas que eu tenho como um namorado
que eu nunca consigo ver, ótimos pais que me mandam pra uma
ótima escola onde todos odeiam os meus gostos. Oh, e a minha
ótima relação pessoal próxima com o presidente que mesmo eu
tendo quebrado o meu braço em dois lugares pra salvar a vida
dele, parece ter problemas em lembrar o meu nome.
E a principal razão que é uma droga ser eu:
01. Ao menos que aconteça uma mudança dramática, não parece
que as coisas vão melhorar logo.
Capítulo 01 by, Sarahhh
O que pode explicar porque eu tive coragem de fazer o que eu
acabei de fazer. Uma mudança, eu quero dizer. Uma bem grande,
pra melhor. Quem se importa se a minha irmã Lucy não concorda
necessariamente?
Na verdade, ela não disse que não gostava realmente. E mesmo
que dissesse eu não ligaria. Eu não fiz por ela. Eu fiz por mim
mesma.
Foi o que eu disse pra ela. Lucy, eu quero dizer. Quando ela disse
o que ela disse sobre isso, que foi: Mamãe vai te matar.
“Eu não fiz isso pela mamãe." Eu disse. "Eu fiz isso por mim.
Ninguém mais."
Eu nem sei o que ela estava fazendo em casa. Lucy, quero dizer.
Ela não deveria estar no treino das animadoras de torcida? Ou em
um jogo? Ou no shopping com as amigas dela fazendo compras,
que é como ela gasta a maior parte do tempo dela quando ela não
está trabalhando lá - o que dá quase na mesma coisa, já que as
amigas dela ficam lá com ela na Bare Essentials (a loja de lingerie
que ela recebe por não fazer nada) falando das últimas fofocas da
J-Lo na US Weekly.
"Yeah, mas você não tem que olhar pra você mesma" Lucy disse da
mesa. Eu notei que ela tava trocando mensagens instantâneas com
o namorado dela, Jack. Lucy tem que conversar com ele toda
manha antes da escola, e antes de dormir, e algumas vezes, como
agora, entre os dois, quando ele fica bravo. Jack tá na faculdade de
Rhode Island De Design e tem se mostrado, desde que foi embora,
ser extremamente inseguro sobre a afeição da Lucy por ele. Ele
precisa de constantes provas de que a Lucy se importa com ele e
não está saindo com uma cara que ela conheceu no Sunglass Hut,
ou que seja.
O que me surpreendeu porque antes de ir pra faculdade, Jack
nunca mostrou ser desse tipo. Acho que a faculdade pode mudar
as pessoas.
Isso não é um pensamento muito encorajador considerando que o
meu namorado, que tem a idade da Lucy, vai ano que vem pra
faculdade. Pelo menos o Jack vem todo final de semana ver a Lucy,
o que é legal, ao invés de passar o final de semana zoando com os
colegas dele. Eu espero que o David faça o mesmo.
No entando, eu tenho começado a imaginar se o Jack na verdade
tem algum. Colega de Faculdade, quero dizer.
"Eu tenho que me olhar no espelho o tempo todo." Eu disse para
Lucy, argumentando contra ela de que eu não tenho que me ver.
"Além do mais, ninguém te perguntou."
Me virei e continuei a atravessar o corredor. Onde eu estava
quando a Lucy me parou tendo espiado através da porta aberta do
quarto dela quando eu passei.
“Ótimo." Lucy disse, enquanto eu continuava me afastando. "Mas
só pra você saber, você não parece com ela.”
Claro que eu tive que voltar pra porta do quarto dela "Com quem?"
Porque eu não tinha a mínima ideia de quem ela tava falando.
Embora você deva pensar que a essa altura eu deveria saber ao
invés de perguntar. Quero dizer, era com a Lucy que eu tava
falando.
“Você sabe," disse dando um gole na Diet Coke. "sua heroína.
Como é o nome dela? Ah, Gwen Stefani. Ela tem cabelo louro. Não
preto.”
Ah, meu Deus. Eu não acreditei que a Lucy tivesse tentando me
dizer - eu, a fã número um da Gwen Stefani - qual era a cor do
cabelo dela.
"Eu não estava pensando isso" Eu disse, e comecei a sair de novo.
Mas o que a Lucy disse em seguida me fez voltar de novo.
"Agora você parece com aquela outra garota. Qual é o nome dela?"
"Karen O?" Eu perguntei esperançosa. Nem me pergunte por que
eu achei que a Lucy poderia me dizer uma coisa tão legal quanto
dizer que eu parecia com a vocalista líder dos Yeah Yeah Yeahs. Eu
acho que eu tinha inalado muito hidróxido de amônia da tinta de
cabelo.
“Nã-ão". Lucy disse. Então estalou os dedos "Já sei. Ashlee
Simpson." Eu prendi a respiração. Tem coisas piores do que
parecer a Ashlee Simpson - que parece ótima na verdade-, mas a
idéia das pessoas poderem achar que eu tava copiando ela era tão
repulsiva que eu pude sentir o Doritos que eu tinha comigo no
almoço voltar. Eu não consegui pensar em nada pior naquele
momento. Na verdade, sorte da Lucy na estar sentada em nenhum
lugar próximo ou eu teria vomitado nela.
“Eu não pareço com a Ashlee Simpson!" Eu berrei.
Lucy só deu de ombros e voltou pro computador, e, como sempre,
sem demonstrar nenhum remorso por suas ações.
"Que seja" Lucy disse. "Eu tenho certeza que o pai do David vai
vibrar. Você não tem que ir ao VH1 ou algo assim na semana que
vem para promover o progama estúpido dele de Retorno À
Familia?”
"MTV" Eu disse, me sentindo pior ainda porque eu lembrei que não
tinha lido nada do que o Sr Green, o secretário de imprensa da
Casa Branca, tinha me dado para a minha preparação para aquele
evento em particular. Quanto tempo, entre a escola, as aulas de
arte, e o trabalho, que você acha que eu tenho pro lance de
Embaixadora Teen? Isso seria zero.
Além do mais, uma garota tem que ter prioridades. E a minha era
pintar o cabelo.
Para parecer com a Ashlee Simpson, aparentemente.
“Você sabe muito bem que é MTV" Eu respondi rude para Lucy,
porque eu ainda estava brava por todo o lance da Ashlee. E
também porque eu estava brava comigo mesma por não ter
começado a estudar sobre o que eu deveria dizer. Mas melhor
descontar na Lucy do que em mim. “E é um debate, e você sabe
perfeitamente. O presidente vai estar lá. Na Adams Prep. Como se
você não tivesse planejando ir e usar o seu jeans rosa novo da
Betsey Johnson"
Lucy me olhou toda inocente."Eu não sei do que você tá falando."
"Você é tão cínica!" Eu não conseguia acreditar que ela podia ficar
lá sentada e fingir daquele jeito. Como se alguém na escola
conseguisse falar sobre qualquer outra coisa. Quero dizer, a MTV
estava vindo pra Adams Prep. Ninguém se importava se o
presidente estava vindo. Era o novo VJ da MTV gostoso, Random
Alvarez (sério, o nome dele era Random) que estaria apresentando
o negócio estúpido que Lucy e todas as amigas dela estavam tão
empolgadas.
Não era só a Lucy e suas amigas que estavam empolgadas. Kris
Parks (que não me suporta, mas tenta esconder isso, já que eu sou
uma heroína nacional e namoro o filho do presidente. Mas eu
posso dizer que ta lá, remexendo debaixo do superficial Oi Sam,
como você ta?) entrou em pânico recentemente porque a ficha dela
não estava cheia o suficiente de atividades extracurriculares
(considerando que ela é animadora de torcida, Mérito Nacional
Escolar e presidente da nossa escola) e criou um novo grupo, o
Caminho Certo, que é para ser uma grande chamada para devolver
aos adolescentes o direito de dizerem não ao álcool, drogas e sexo.
Pra dizer a verdade, eu nem sei se esse direito foi violado. Quero
dizer, até onde eu sei nunca fiquei sabendo de alguém que ficou
bravo com quem diz não obrigado para a cerveja ou qualquer coisa
assim. Exceto talvez por algum namorado que ficou bravo porque a
namorada não quis, você sabe, Fazer Isso.
Eu, no entanto, tenho presenciado que toda a vez que uma
namorada vai até o final com o namorado, Kris Parks e seu
exército de seguidoras do Caminho Certo, chamam a menina de
prostituta, geralmente na cara dela.
Por causa do Caminho Certo, Kris vai ser uma das pessoas que vão
estar no quadro de estudantes da Adam Prep., no encontro com o
presidente semana que vem. Tudo o que ela é capaz de falar agora
que descobriu isso é como ela vai impressionar a Universidade Ivy
League, e como eles vão correr atrás dela e implorar pra que ela
estude lá. E como ela vai conhecer Random Alvarez, e como ela vai
dar o seu número de celular pra ele e eles vão começar a sair.
Como se Random fosse olhar pra ela duas vezes, já que eu souber
que ele ta namorando a Paris Hilton. Embora namorar seja a
palavra errada. Que seja.
"De qualquer forma" Eu disse à Lucy "Foi por isso que eu fiz isso.
Pintei o meu cabelo, quero dizer. Eu precisava de um novo visual
para o encontro com o presidente. Algo menos... A-garota-quesalvou-o-presidente. Sabe?"
"Bom, você com certeza conseguiu isso." Foi todo o que ela disse.
Então completou: "Mamãe ainda vai te matar" Antes de voltar a
teclar com o Jack. Ela já tinha ignorado duas mensagens dele,
enquanto nos discutíamos. Pode apostar que ele não tava muito
feliz por ela não estar presenteando atenção nele. Como se ele
achasse que talvez ela tivesse falando com o outro namorado dela
(o imaginário de Sungless Hut) por um minuto ao invés dele.
Pelo menos, foi o que pareceram os bips irritados vindos do PC.
Eu disse a mim mesma que eu não ligava pro que a Lucy pensava.
O que ela sabe sobre Moda? Claro, ela lê a Vougue todo mês do
início ao fim.
Mas eu não sou exatamente algo que vai pela Vougue. Diferente da
Lucy, eu não me conformo com a moda. Eu tenho meu próprio
senso de moda, não um ditado por alguma revista.
Ou Ashlee Simpson.
Mesmo assim, quando eu desci as escadas pra pegar a minha
jaqueta antes de ir pro centro, eu tenho que dizer que eu esperava
uma reação melhor do meu novo visual da Theresa, nossa
empregada.
“Santa Maria, o que você fez com o seu cabelo?” Ela queria saber.
Eu pus uma mão no cabelo, meio na defensiva "Você não gostou?”
Theresa só levantou a cabeça pro céu e chamou mais uma vez pela
Mãe de Jesus. Acho que ela não sabia o que deveria fazer sobre
isso.
Minha irmã mais nova, Rebecca, olhou por cima da lição de casa
dela - Ela vai a uma escola diferente da que a Lucy e eu vamos. Na
verdade, ela vai a uma escola para crianças superdotadas,
Horizon, a mesma que o meu namorado, David, vai, onde eles não
têm animadoras de torcidas, atletas, ou até mesmo notas e todo
mundo tem que usar uniforme então ninguém zoa do senso de
estilo de cada um. Eu queria estudar lá ao invés da Adams Prep.
Mas você prescisa ser praticamente um gênio pra estudar lá.
Enquanto eu sou o que a minha conselheira de classe, Sra Flynn,
gosta de chamar de "atordoada", então não sou um gênio.
“Eu acho que ficou bom", Era o verdicto da Rebecca sobre o meu
cabelo.
“Sério?” Eu queria beijá-la.
Até ela completar, "Yeah. Como Joana D'Ark. Não que ninguém
saiba como ela era, já que o único retrato conhecido dela foi feito
quando ela tava presa por bruxaria para os registros da corte. Mas
você parece um pouco com ele. O retrato, quero dizer.”
Mesmo sendo melhor que Ashlee Simpson, não era exatamente
reconfortante ser comparada com um cadáver também. Mesmo o
cadáver da Joana D'Ark.
"Seus pais vão me matar" Theresa disse.
Isso era pior do que dizerem que eu parecia com um cadáver.
"Eles vão superar" Disse, mais confiante do que me sentia.
"É permanente?” Theresa queria saber.
“ Semi" Eu disse.
"Santa Maria" Theresa disse de novo. Depois notou que eu tinha
posto a minha jaqueta e mandou "Aonde você pensa que vai?”
“Aulas de arte" Eu disse.
"Eu achei que você tinha elas nas segundas e quartas esse ano.
Hoje é quinta." Acredite, não dá pra enganar a Theresa. Eu já
tentei.
"Eu tenho" Eu disse. "Normalmente. Mas essa é uma aula nova. Só
pra adultos." Susan Boone é a dona do estúdio onde eu e meu
namorado temos aula de desenho juntos. Às vezes, é a única hora
em que nós temos tempo de nos ver já que eu e ele somos tão
ocupados, vamos a escola diferentes e tudo o mais.
Mas não é por isso que eu vou. Nas aulas de arte, quero dizer. Eu
vou porque eu quero melhorar cada vez mais os meus desenhos e
não pra sair com o meu namorado.
Entretanto, a gente geralmente fica se beijando depois da aula.
"Susan disse que acha que eu e o David estamos prontos." Eu
disse.
"Prontos pra que?" Theresa queria saber.
"Uma sala mais avançada." Eu disse."Uma sala especial".
"Que tipo de especial?"
"Desenho vivo" Eu expliquei. Theresa normalmente faz esse tipo de
interrogatório. Ela trabalha na nossa casa há um milhão de anos e
é como nossa segunda mãe. Pensando bem é como nossa primeira
mãe, já que nós praticamente não vemos nossa mão verdadeira,
que é tão ocupada com a carreira de advogada de meio-ambiente.
Theresa tem um monte de filhos, todos crescidos e alguns netos
então ela é bem acostumada com tudo isso.
Exceto desenho vivo, já que ela perguntou cheia de suspeitas "O
que é isso?"
“ Você sabe," Eu disse com mais confiança do que tinha, já que eu
não tinha certeza do que era. "O oposto de desenho morto, de
pilhas de frutas e objetos. Ao invés de desenhar objetos nós vamos
desenhar coisas vivas... Como pessoas. "
Eu tive que admitir, eu estava excitada em desenhar algo qualquer coisa - que não fosse frutas e chifres de vaca. Só malucos
ficam animados com esse tipo de coisa, eu sei. Mas então eu sou
maluca. E com esse meu novo cabelo, uma maluca gótica.
Susan fez um grande alarde sobre isso também. O fato dela estar
deixando eu e o David vir a essa aula, quero dizer. Nós seríamos,
ela disse, as pessoas mais novas, já que era uma aula pra adultos.
"Mas eu acho que voces dois são maduros o suficiente pra lidar
com isso" Ela disse.
Tendo quase 17 e tudo eu com certeza espero ser madura o
suficiente pra lidar. Quero dizer, o que ela acha que iria fazer?
Cuspir no modelo?
"Eu não sabia que ia ter que te levar ao centro." Theresa parecia
preocupada. "Eu tenho que levar a Rebecca as aulas de Karatê..."
"Qigong" Rebeca corrigiu.
"Que seja" Theresa disse. "O estudio é no centro, a direção oposta."
"Relaxa" Eu disse. "Eu pego o metrô."
Theresa pareceu chocada "Você não pode, você lembra o que
aconteceu da última vez."
Yeah. Legal ela me lembrar. A última vez que eu tentei andar de
metro, eu dei de cara com uma reunião familiar, literalmente.
Pessoas usando camisar amarelas brilhosas escritas "cuidado
férias da familia Johnson em progresso", que me reconheceram, e
avançaram para cima de mim, perguntando se eu era a garota que
salvou o presidente e se assinava a camiseta deles. Eles fizeram
tanto alvoroço - a família Johnson era muito grande - que tiveram
que chamar a polícia pra separar eles de mim. Então a polícia
pediu pra eu não andar mais de transporte público.
"Yeah," Eu disse. "Antes eu era ruiva, e eles me reconheceram.
Agora"- eu pintei o cabelo -"eles não vão".
Theresa continuava preocupada.
"Mas seus pais..." Ela comecou.
"...Querem que eu aprendar o valor de um dólar." Eu disse. " O que
vai me ensinar isso melhor do que andar de transporte público
com a plebe?"
Eu podia dizer que a Rebecca estava impressionada com o meu
uso da palavra "plebe" que eu tinha tirado do livro dos Sats da
Lucy. Como se ela usasse o livro.
É difícil driblar a Theresa, mas eu finalmente tinha conseguido.
Qundo as pessoas vão perceber que eu sou praticamente uma
adulta? Quero dizer, aparentemente, eu tenho maturidade
suficente para desenhar vida - sem contar um emprego de meio
período - mas não tenho maturidade suficiente para andar de
metrô sozinho?
Que seja, em qualquer outro lugar eu já poderia dirigir um carro,
mas nessa área onde eu moro as leis para ter uma carteira de
motorista são tão restritas quanto as para ter uma arma.
No final a Theresa me deixou ir... Mas só porque que escolha ela
tinha? Com o papai trabalhando até tarde no Banco Mundial e a
mamãe entupida de casos. Não é como se a Theresa pudesse ligar
pra eles. Eles raramente chegam em casa para o jantar. - e
abandonaram aquela história de família junta na mesa para
comer.
Não que nós precisemos de supervisão. Nós nos saímos muito bem
com as nossas rotinas - aulas de arte, Potomac Vídeos, e coisas de
Embaixadora Teen da ONU para mim; Animação de torcida e
shopping ou algum outro evento social para Lucy; E Rebecca...
Bom entre as aulas de clarinete, reuniões do clube de xadrez,
qigong, e todas as outras coisas bizarras que ela, garota-gênio
mundo faça.
Eu estava tão feliz de sair no ar frio de novembro. Eu também tava
feliz dos meus deveres como Embaixadora Teen da ONU terem
forçado a casa Branca a me dar um celular. Isso seria um tipo de
coisa que eu teria que guardar dinheiro pra pagar com meu
próprio dinheiro do meu emprego de meio período. A Lucy que
paga as ligações que ela faz (menos as para os nossos pais
perguntando se pode ficar mais em qualquer festa que ela esteja.).
Eu, por outro lado, tenho meu celular grátis.
Um dos benefícios de ser uma heroína nacional, eu acho.
"Alô?" Eu estava aliviada que a minha melhor amiga, Catherine, e
não seus pais ou irmãos mais novos tinham atendido. Catherine
não tem um celular, então eu tive que ligar para o telefone da casa.
“Sou eu," Eu disse. "Eu fiz.”
“Como que tá parecendo?" Catherine perguntou.
“Eu acho que ficou bom," Eu disse. “Rebecca disse que eu pareço a
Joana D'Ark.”
“Ela era bonita,” Catherine disse, confiantemente. “Até ela ser
queimada, de qualquer forma. O que a Lucy disse?”
“Que eu pareco a Ashlee Simpson.”
“Super fofo!” Catherine vibrou.
Olha, esse é o problema com a Catherine. Quero dizer, ela é a
minha melhor amiga, eu a amo até a morte. Mas algumas vezes ela
diz coisas assim, eu temo por ela. Realmente temo. Porque o que
vai acontecer se ela cair no mundo real? Ela vai ser devorada viva.
“Catherine,” Eu disse. “Eu não quero que as pessoas pensem que
eu to copiando o visual da Ashlee Simpson. Isso não ia ser legal.”
“Oh,” Catherine disse. “Ok. Desculpa.” Ela parecia estar pensando
por um minuto. Então ela perguntou, “Bom, o que mais a Lucy
disse?”
“Que a minha mãe ia me matar.”
“Oh,” Catherine disse. “Isso não é bom.”
“Eu não me importo,” Eu disse, preocupada em atravessar a rua.
Nós moramos em Cleveland Park, um bairro de Washington, D.C.,
que na verdade não é realmente longe do nº 1600 da Avenida
Pennsylvania, a Casa Branca, onde o meu namorado mora. Quase
todo mundo que estuda na Adams Prep mora na minha vizinhança
ou em Chevy Chase, o próximo bairro, onde o namorado da Lucy,
Jack, morava antes de ir para faculdade.
“É a minha cabeça” Eu disse no celular “Eu deveria ser capaz de
fazer o que eu quero com ela.”
“Poder para as pessoas” Catherine concordou “Você está indo para
o Ateliê agora?”
“Sim,” Eu disse “Pelo Metrô”
“Boa sorte” Catherine disse “Cuidado com alguma Férias da
Família Johnson Em Progresso. E me fala o que o David disse.
Sobre o seu cabelo.”
“Câmbio e desligo" Eu disse meio na brincadeira, porque era assim
que nós deligávamos nossos walkie-talkies quando éramos
crianças. Sério, celulares são iguais a walkie-talkies. Só custam
mais.
O triste é que os pais da Catherine não vão dar a ela um celular,
então é como uma brincadeira de um lado só. Os pais dela são
muito severos e não a deixarão falar com garotos pelo telefone,
deixar ela ter encontros, a não ser com grupos, o que torna muito
difícil para ela e o namorado se encontrarem. Tristemente para
Catherine, seu namorado é filho de um diplomata que foi
transferido para Qatar, e agora eles namoram a distância, como a
Lucy e o Jack.
Só que Qatar é muito mais longe que Rhode Island, então Paul
nunca pode vir no fim de semana.
Os pais dela, por não darem um celular a ela, nunca a deixariam
andar de metrô sozinha. Na verdade, os meus também não
ficariam animados se eles soubessem. Não porque eles tenham
medo que eu possa me perder ou ser seqüestrada e vendida como
escrava branca (o que acontece bastante no meio oeste, lugares
como Shoppings do que no Metrô. Eu sei por que a Rebecca e eu
vimos um episódio National Geographic Explorer sobre isso), mas
por causa do lance das Férias da Familia Johnson Em Progresso.
Infelizmente, eles não se preocupam a ponto de me tirarem do
emprego.
Mas eu podia ver que, graças a minha nova cor de cabelo, as
coisas iam ser diferentes. Ninguém no trem me reconheceu.
Ninguém me olhou duas vezes, tentando lembrar-se de onde eles
me conheciam. Eu fiz todo o caminho da rua R e a Conneticut passando em frente à Igreja Fundamental de Cientologia - onde o
Estúdio da Susan fica, sem nenhuma pessoa me dizer "Ei, você
não é a Samantha Madison?" ou "Não teve um filme sobre você no
verão?"
Eu estava tão animada por não ser reconhecida que eu parei na
Static, a loja de cds do lado do estúdio, sem parar para ver se
tinha alguma coisa boa lá... Só para ver o meu reflexo na janela.
Eu achava que eu estava tão diferente que as pessoas não sabiam
que eu era quem eu era.
Porque, até onde eu entendo, diferente só pode significar melhor.
Embora eu não tenha certeza que o David, que chegou ao Ateliê
um pouco depois que eu, concorde. Ele cruzou o meu caminho, e
continuou indo, como se ele procurasse por outra pessoa.
...Então ele voltou quando percebeu que a garota de frente a ele
era eu.
Eu não poderia dizer pela expressão dele se ele gostou do meu
cabelo. Quero dizer, ele tava sorrindo, mas isso não quer dizer
nada. David normalmente é um cara feliz - não todo melancólico
como o Jack, namorado da Lucy, mesmo pensanado do seu
próprio modo, David é tão talentoso quanto o Jack, acho que até
mais. Mas essa é só a minha opinião.
Eu também acho que o David é mais bonito que o Jack, com os
olhos verdes – não, sério. Eles são verdes. Não mel, mas um verde
puro como a grama do Great Lawn na primavera - e um cabelo
meio bagunçado, preto e cacheado.
Não que seja uma competição- que namorado é mais gostoso: o
meu ou o da minha irmã.
Mas a verdade é que o meu totalmente é mais. Mesmo que a gente
namore há mais de um ano, o meu coração ainda faz aquela
coisinha engraçada e animada toda vez que eu o vejo... David, eu
quero dizer. Rebecca diz que é frisson.
Eu não ligo como chama, ou o que causa. Tudo o que eu sei é que
eu amo o David. Ele é tão... Ele. Quando ele entra em algum lugar,
ele não só entra... Mas o preenche, sendo tão alto e com ombros
largos e tudo o mais. Quando ele me beija, ele tem que abaixar pra
encontrar os meus lábios, e várias vezes, ele encaixa suas mãos no
meu rosto para segurá-lo firme...
É muito quente.
Mas não tão quente como o jeito que ele olha pra mim em alguns
momentos... Como agora por exemplo.
Meus pais, pra completar aquele lance de dar valor ao trabalho,
introduziram essa nova regra (que ao invés da Theresa lavar as
nossas roupas, nós vamos.) para nós aprendermos a fazer as
coisas funcionais como membros da sociedade. Então a única
coisa que eu consegui encontrar limpo, já que eu me esqueci de
lavar as minhas roupas, foi essa blusa preta que a Nike me
mandou, na esperança que na próxima vez que eu aparecesse na
tv eu estivesse usando-a - como na semana que vem na MTV.
O que é definitivamente outro benefício de ser uma heroína
nacional... Conseguir roupas grátis.
Então, aliada como eu sou da Nike, eu tentei não encorajar isso.
Então eu nunca tinha posto essa blusa antes.
Era por isso que eu não sabia, até ver na cara do David, que a
blusa era meio sexy. Eu não tenho peitos grandes - ou pequenos.
Só normais - mas eu acho que essa blusa é meio apertada e faz
com que o peito que eu tenho pareça maior do que o normal...
Ainda mais com um decote em v, então definitivamente mostra
mais o meu peito do que as blusas que eu uso normalmente.
O que pode explicar porque, quando o David me reconheceu, ele
nem notou o meu cabelo. O minuto que ele me fitou, o seu olhar
recaiu diretamente sobre o meu peito. Então, quando ele se sentou
do meu lado, tudo o que ele disse foi "Ei, Sharona".
“Ei, Daryl"
Daryl e Sharona são os nossos nomes Hippies. Você sabe, os
nomes que nós achamos que teríamos se nós tivéssemos nascidos
em um parque de trailer ao invés de Cleveland Park (eu) ou
Houston, Texas (David).
Não quero dizer que quem se chama Daryl ou Sharona seja Hippie
ou quem more em um trailer também. É só que se nós fossemos
hippies, nós achamos que esses seriam os nossos nomes...
Ok, é coisa de casal. Sabe aquelas coisas entre pessoas que estão
há muito tempo juntos? Como a minha mãe e o meu pai que se
chamam de “Schmoopie” às vezes depois de um episódio de sitcom
que eles viram. Daryl e Sharona é a mesma coisa.
Só que não é repulsivo.
"Eu gostei da sua blusa" Foi a próxima coisa que o Daryl/David me
disse.
"Yeah," Eu disse. "Essa parte foi óbvia"
"Você devia usar blusas assim com mais freqüência" Daryl/David
disse, não se envergonhando nem um pouco de si mesmo por me
secar daquela maneira.
"Eu vou tentar lembrar disso" Eu disse "Olha mais pra cima. E o
Cabelo?"
Ele continuou olhando pra minha blusa. "Ótimo”
"David! Você nem olhou"
Eles desgrudou os olhos do meu peito e olhou. Seus olhos se
estreitaram.
"Está preto" Ele disse.
Eu acenti "Muito bem. Mais alguma coisa? Por exemplo... Você
gostou?”
"Está..." Ele estudou o meu cabelo por algum tempo "Está muito
preto"
"Sim" Eu disse "Chama-se Ébano da Meia-Noite. O que me faz
acreditar que deva ser preto. Eu quero saber se você gostou".
David disse "Bom, agora você não precisa mais se importar com
alguém te chamando de ruiva"
"Isso eu saquei," Eu disse "Mas você acha que ficou bom?"
"Está..." Seu olhar voltou aos meus seios "ótimo".
Wow. Eu imagino se a Nike sabe do poder que essas blusas têm
nos olhos dos nossos namorados. Pelo menos no meu. De qualquer
forma. Tanto que não deixava o David me dar uma opinião sincera
sobre o meu novo visual. Eu acho que eu vou ter que esperar.
“Em nome de Deus, o que você fez com o seu cabelo?" Susan
Boone parecia aterrorizada.
"Eu tingi." disse, enrolando uma mecha de cabelo. Eu não poderia
falar pela expressão dela se ela tinha aprovado ou não. Ela parecia
com a reação da Theresa e da Lucy... Chocada. "Não gostou?”
Susan mordeu o lábio inferior.
"Você sabe, Sam" Ela disse "que milhares mulheres matariam pra
ter a cor de cabelo que você costumava ter. Eu espero que não
seja, er, permanente."
"Semi" Eu disse debilmente. O estúdio estava enchendo. Exceto
por Rob, o Agente secreto do David - sendo o primeiro filho, David
não tinha permissão para ir a qualquer lugar sem ser seguido por
pelo menos um agente secreto - eu não reconhecia niguém.
Mesmo que eu não conhecesse niguém da aula de quinta, todos
eles estavam ouvindo a nossa conversa - minha e da Susan.
Oh, eles estavam fingindo que não estavam, virando a folha de
seus blocos e apontando o lápis.
Mas eles estavam ouvindo. Eu poderia dizer.
"Eu só realmente precisava de uma mudança" Eu disse tentando
defender a minha - aparentemente ruim - decisão.
"Bom, é a sua cabeça" Disse dando de ombros. Então ela notou o
capacete que o David tinha me dado no ano passado, aquele
decorado com magaridas brancas, em cima da prateleira. "Acho
que você não vai mais precisar dele."
Era verdade. Eu só ganhei o capacete porque o corvo de estimação
da Susan, Joe, que fica vagando solto durante a nossa aula de
desenho, era morbidamente obsecado com o meu cabelo vermelho,
e freqüentemente mergulhava, me atacando se eu não estivesse
usando uma proteção na cabeça. Eu olhei o pássaro maligno,
imagiando se ele iria me deixar sozinha agora.
Mas Joe estava ocupado no seu poleiro, sem prestar a mínima
atenção - graças ao Ébano da Meia-Noite - no meu cabelo.
Viva! Funcionou! Sem Joe para se preocupar.
“Eu acho que ficou bom" David disse, finalmente capaz de registrar
outra coisa do que como o meu peito ficava naquela blusa,
aparentemente.
"Sério?" Eu perguntei, mal ousando ter esperanças. Finalmente,
uma resposta positiva de alguem que viu - a reação da Catherine
pelo celular não conta - "Não é muito, hm, Ashlee Simpson?"
David balançou a cabeça. "Sem chance" Ele disse "Totalmente Enid
de Ghost World"
Já que esse era exatamente o visual que eu queria, eu vibrei.
"Obrigada" Eu disse. Ele realmente era o melhor namorado. Mesmo
tendo uma ligeira obsessão com o meu peito.
“Muito bem todo mundo" Susan disse, ficando do lado de uma
pequena plataforma no centro da sala, que ela tinha cobrido com
um cetim brilhoso e colorido. "Bem-Vindos ao Desenho Vivo. Como
vocês podem ver, nós temos um casal de iniciantes aqui. Esses são
David, Rob - Ela apontou para o agente secreto do David- e
Samantha."
Todos murmuraram oi para gente. Eu não poderia dizer quantos
reconheceram David ou eu da tv. Talvez todos. Talvez nenhum. Em
todo caso, eles eram relaxados quanto a isso, sem encarar, dar
risadinhas ou sendo as Férias da Familia Johnson sobre isso, ou
qualquer coisa assim. Não que eu esperasse isso deles, vendo
como eram todos adultos, além de artistas. Quero dizer, você
espera que os artistas se comportem de forma mais digna do que
um não-artista.
"Bom, vamos começar" Susan chamou alguém que tinha ficado
encostado no final da sala "Terry? Estamos prontos para você,
acho"
Terry, um cara alto de uns 20 anos, veio marchando até a
plataforma, usando por alguma razão, só um roupão. Eu pensei
que isso talvez fosse contar como algum tipo de desenho clássico
que nós deveríamos fazer.
O que era legal, porque, ei, eu não sabia como nós fariamos para
desenhar fantasias.
Isso seria bem mais desafiante, eu sabia, do que desenhar um
pedaço de fruta ou chifres de vaca. O roupão do Terry tinha uma
estanpa padrão que seria difícil de reproduzir. Principalmente onde
o tecido enrugava.
Eu não pude evitar entrar em ávida animação. Eu sei que só uma
doida ficaria animada em desenhar estampas. Mas eu sou
anormal. Me informam disso quase diariamente pelos meus
colegas na escola, aproximadamente toda a vez que eu abro a
boca, mesmo que seja só para dizer algma coisa inofensiva como o
fato da Gwen Stefani ter escrito a música "Simple Kind of Life" na
noite anterior ao No Doubt tê-la gravado.
Então Terry subiu na plataforma, e eu vi que não seria dificil
desenhar a estampa do roupão. Porque assim que eu peguei o meu
lápis, Terry desamarrou o nó do seu roupão, que caiu aos seus
pés.
E por baixo daquilo, ele estava... Bom, completamente pelado.
Lista das 10 coisas que realmente e verdadeiramente me
chocaram durante a minha vida:
10. Gwen Stefani saindo com um álbum solo. Quero dizer, eu acho
que é ótimo, não me entendam mal. Mas e o resto da banda? Eu
me preocupo com eles, é só. Menos Tony, é claro, já que ele é o
cara que quebrou o coração dela.
09. O casamento da J.LO e do Ben ter sido cancelado. Sério. Eu
achava que eles eram feitos um pro outro. E aquele lance com o
Marc Anthony? Quero dizer, ele é mais baixo que ela, certo? Não
que haja nada de errado com isso. Mas é como se ela tivesse
escolhido um que o P Diddy pudesse bater. E isso é errado.
08. Lindsay Lohan estrelando Herbie: Meu fusquinha turbinado.
Sério. Porque eles refariam aqueles filmes? Como isso pode parece
uma boa idéia?
07. Passar em Alemão I-II
06. Tito, o filho da Theresa, se inscrever em uma faculdade
técnica. E passar com notas azuis.
05. A visão da minha irmã Lucy lavando suas próprias roupas.
04. Britney Spears casando com o seu dançarinho. Ela não
aprendeu nada com a J.LO?
03. Kristen Park me convidando pra sua festa de 16 anos no Six
Flags Great Adventure (não que eu tenha ido).
02. Meu namorado ter fixado tanto no meu peito que nem notou a
minha mudança-de-cor-de-cabelo-style
E a coisa numero-um que mais realmente e verdadeiramente
me chocou foi:
01. O primeiro cara que eu vi pelado foi um completo estranho!
Capítulo 02 by Sarah
Ok, eu já os vi antes. Caras pelados, quero dizer. Na TV. Quando
eu vou a NY por conta do lance da ONU, tem um monte de canais
de acesso público voltados a caras pelados.
E é claro que eu vi fotos da estátua de Michelangelo de David. Para
não mencionar as estátuas clássicas da National Gallery, que são,
você sabe, a maioria nuas.
E é claro que eu vi o meu pai pelado. Mas só por acidente, nas
ocasiões em que ele saia pulando por aí, xingando, depois de sair
de um banho e descobrir que a Lucy tinha usado todas as toalhas
para enxugar o suéter de cashmere dela ou qualquer coisa assim.
Mas o primeiro cara não relacionado comigo que eu veria ao vivo e
a cores? Eu totalmente não esperava que fosse um cara que eu
nem conhecia há cinco minutos.
Para falar a verdade, eu pensava que o primeiro cara que eu veria
ao vivo e a cores pessoalmente daquele jeito seria o meu
namorado, David.
Ou então esperava que fosse. Menino, aquilo não tava de acordo
com o plano.
Eu dei uma olhada em volta pra ver se alguém mais estava tão
surpreso quanto eu de ver o Terry pelado.
Mas todo mundo estava concentrado desenhando. Até o David. Até
o Rob.
Com licença, mas o que tá acontecendo? Eu sou a única pessoa sã
na sala? Eu
era a única "Oiee? Ninguém mais notou que tem um cara pelado
aqui? Ou só eu?”
Hm, aparentemente sim. Niguém nem piscou. Só pegaram os lápis
e começaram a esboçar.
Ok, claramente eu perdi alguma coisa aqui.
Sem saber mais nada o que fazer, eu fingi deixar cair a minha
borracha, enquanto eu abaixava para apanhá-la, dar uma rápida
espiada nos blocos de desenho. Do David e do Rob, quero dizer. Eu
só queria saber se eles estavam... Você sabe. Desenhando TUDO
do Terry. Ou talvez eles fossem por um educado espaço em branco
em torno do você-sabe-o-que dele. Porque talvez fosse isso que nós
deveríamos fazer. Eu não sabia. Quero dizer, eu não conseguia
nem dizer. Como eu ia desenhar?
Eu vi, entretanto, que enquanto eles não estavam fazendo vocêsabe-o-que do Terry o principal ponto do desenho, embora ambos
tivessem definitivamente o incluído. Então, obviamente, eles não
tinham problema em desenhar algum cara pelado.
Entretanto, tenho que admitir, eu estava bem assustada com a
coisa toda. Porque ninguém mais estava? Talvez seja fácil desenhálo se você o tem. Você sabe. O equipamento.
E porque o Terry era qualificado o modelo nu, de qualquer forma?
Ele não era nem bonito. Ele era o tipo magricelo e sem nenhum
musculo tonificado pra se falar. Ele ainda tinha uma tatuagem de
um coração com uma flecha o atravessando no bíceps esquerdo.
Ele parecia muito com Jesus, na verdade, com o cabelo loiro
comprido e a barba até a nuca.
Só que eu nunca vi retratos de Jesus pelado.
“Sam?”
Susan estava falando bem suavemente - ela tenta manter a
conversação em um mumúrio durante a aula, fazendo a sua voz
mais baixa que o rádio, que é ligado em uma estação de música
clássico-erudita calmante.
Apesar do jeito suave que a Susan falou, eu pulei. Porque música
erudita não era o suficiente para me relaxar, no meu corrente
estado de hiper-percepção-de-cara-pelado.
"O QUE?" Eu perguntei. Sem razão nenhuma, eu comecei a ficar
vermelha. Esse era, claro, um efeito se ser ruiva. A tendência a
enrubecer sem razão nenhuma. Eu podia sentir as minhas
bochechas esquentarem e esquentarem. Eu imaginei se, com o
meu novo cabelo preto, o meu enrubecer apareceria tanto quanto
costumava aparecer quando eu tinha o cabelo da mesma cor. Eu
percebi que deveria se destacar ainda mais. O contraste, você sabe,
entre o preto e o Pink. Mas, sabe, o fato das minhas sobrancelhas
continuarem vermelhas. Contudo, eu pus rimel nos meus cílios.
"Algum problema? Você não está desenhando" Foi o a Susan disse
de forma macia, abaixando-se próxima ao meu banco.
"Sem problemas" Eu disse rapidamente. Talvez muito rápido, já
que eu falei um pouco alto demais, e o David me lançou um olhar,
sorriu brevemente e voltou ao seu desenho.
"Você tem certeza?” Susan lançou um olhar ao Terry "Você tem um
ótimo ângulo aqui." Ela pegou um pedaço de carvão em frente a
mim e esboçou rudemente Terry em meu bloco de desenho. "Você
realmente pode desenhar a genitália dele daqui. Essa linha é do
osso do quadril até a virilha. Terry é bem definido...”
"Hm," eu murmurei desconfortavelmente. Eu tinha que dizer
alguma coisa. Eu tinha. "Yeah. É só isso. Eu não estava realmente
esperando ver a genitália dele."
Susan olhou do desenho dela de volta para mim. Ela deve ter visto
alguma coisa na minha expressão, já que seus olhos se
arregalaram, e ela disse "Oh! OH!"
Ela sacou. Sobre o Terry, quero dizer.
"Mas... O que você acha que eu quis dizer, Sam" ela sussurou
"quando eu perguntei se você estaria interessada em entrar na
minha aula de desenho vivo?"
"Que nós estáriamos desenhando coisas vivas" eu sussurrei de
volta "Não caras pelados."
"Mas isso é o que desenho vivo significa" Susan disse, parecendo
tentar não sorrir. "É importante para todo artista ser capaz de
desenhar a forma humana, e você não pode fazer isso, se você não
consegue ver o músculo e a estrutura do esqueleto sob a pele,
porque está escondido embaixo das roupas. Desenho vivo sempre
quer dizer modelos nus."
"Bom, eu percebi isso agora" Eu sussurrei.
"Oh, querida." Susan disse, não parecendo querer sorrir mais "Eu
assumo... Quero dizer, eu realmente achei que você sabia."
Eu notei que o David estava lançando olhares para nós. Eu não
queria que ele pensasse que havia alguma coisa errada. Quero
dizer, a última coisa que eu precisava agora era que o meu
namorando achasse que eu surtei por ter visto um cara pelado.
"Tudo bem" Eu disse, pegando o meu lápis, e esperando a Susan ir
embora, para me deixar corar em paz "Eu entendi. Tá tudo bem
agora"
Susan Boone não parecia acreditar em mim.
"Tem certeza?" Ela queria saber "Está tudo certo com você?"
"Tudo supimpa" Eu disse.
Oh, meu Deus. Eu não acredito que eu disse supimpa. Eu não sei
o que me possuiu. A visão de um cara pelado e tudo o mais e só o
que eu consigo dizer é "Tudo supimpa?”
Eu não sei como eu atravessei o resto da aula. Eu tentei me
concentrar no desenho que eu via e não no que eu conhecia, como
eu tinha aprendido com a Susan nas nossas primeiras aulas. Eu
ainda sabia que eu estava desenhando um cara pelado, mas
ajudava se tudo o que eu visse fosse uma linha por aqui, outra
linha lá, uma sombra lá no canto e outra aqui e assim por diante.
Dividindo o Terry em vários planos e vales, eu de desenhar um
realista e até bom (sem me gabar) desenho dele.
Quando, ao término da aula, a Susan nos pediu para expor os
nossos desenhos embaixo da janela, eu vi que o meu não era nem
melhor nem pior que os outros. Você não poderia dizer, de
imediato, que era o meu primeiro desenho de um cara pelado.
Susan disse que eu não tinha feito um bom trabalho me fixando
no objeto de desenho. O que quer dizer basicamente que eu tinha
deixado o Terry flutuando na folha sem nada ao redor.
"O que você desenhou aqui, Sam" Susan disse "É uma ótima
representação das partes. Mas você prescisa desenhar como um
todo"
Eu não levei a crítica da Susan da parte versus todo como pessoal,
porque eu sabia que já era um milagre eu ter conseguido desenhar
alguma coisa, levando em conta o meu grande choque com o cara
pelado.
Para ficar pior depois, quando nós estavamos nos aprontando para
sair, Terry veio até mim todo "Ei, eu gostei do seu desenho.Voce
não é aquela garota que salvou o presidente?"
Felizmente, a essa altura ele já tinha posto um roupão, então eu
fui capaz de olhar nos olhos dele e mandar "Yeah".
Ele acentiu e disse "Legal. Achei que fosse mesmo. Foi, você sabe.
corajoso. Mas o que você fez com o seu cabelo?"
"Eu só precisava de uma mudança " Eu disse brilhantemente.
"Oh" Ele pareceu pensar sobre isso "Bom, tá legal"
O que não era de todo animador, se você pensar sobre isso. Quer
dizer, vinha de um cara que ganhava a vida ficando por aí sem
roupa.
Mesmo assim, eu acho que eu ainda não tava totalmente bem no
estúdio quanto eu achei que estava, já que no caminho pra o carro
- David tinha oferecido me dar uma carona - ele perguntou mal
contendo o riso na voz "Então o que você achou da genitália do
Terry?"
Eu quase fiquei chocada com as palavras que escorregaram da
minha boca.
"Hm" Eu disse "Já vi maiores".
"Sério?" O riso desapareceu da sua voz "Ele era bem dotado".
"Não tão grande quanto alguns que eu já vi" Eu disse lembrando o
canal público de NY.
Então, vendo a expressão estonteada no rosto do David, eu
imaginei se ele sabia o que eu quis dizer - os caras que eu vi na Tv,
quero dizer.
E nós realmente estávamos falando sobre genitálias.
"Eu só espero que da próxima vez seja uma modelo" Rob, o agente
secreto do David disse, olhando triste para o seu desenho "Senão
eu vou ter muitas explicações para dar no escritório"
David e eu rimos - de nervosa, no meu caso. Quero dizer, eu ainda
estava meio chocada. Eu sei que, como artista e tudo, eu deveria
ver caras pelados só como pedaços da obra que eu estava criando.
Era só que eu não conseguia parar de pensar no você-sabe-o-que
do David, imaginando se era tão grande quanto o do Terry
(provavelmente não, julgando a sua reação sobre o meu
comentário sobre a genitália).
O que me fez imaginar se eu queria ver algum dia o você-sabe-oque do David. Até hoje eu tinha bastante certeza que sim. Você
sabe. Um dia.
Agora eu não tinha certeza.
Claro, não havia muitas oportunidades para coisas desse tipo
entre a gente. Tentar encontrar um momento de privacidade com o
filho do líder do mundo livre é desafiante, para dizer o mínimo.
Especialmente quando há sempre um cara ao redor com um fone
de ouvindo do lado.
Mas nós fazemos o nosso melhor. Tem a minha casa, claro. Meus
pais têm essa regra sobre garotos nos quartos - eles não são
permitidos. Mas os meus pais não estão sempre em casa. E a
Theresa normalmente não está no final de semana. Quando todo
mundo sai - a um jogo da Lucy, ou demostrações de Qigong da
Rebecca - David e eu temos a oportunidade travar uma pequena
batalha de amídalas, e às vezes mais do que isso. Domingo
passado, para constar como fato, as coisas entre a nós ficaram
tão... Bom, quentes, que nós não escutamos a posta da frente
bater. Foi só porque Manet, meu cachorro, saiu correndo para
saudar quem é tivesse chegado mais cedo em casa - Rebecca,
voltando de uma festa de repouso no Smithsonian- que nós não
fomos pegos em uma posição muito comprometedora.
Não que a Rebecca fosse se importar. Quando nós descemos as
escadas, fingindo que nós não estávamos fazendo nada mais
excitante que uma tarefa, ela mandou "Vocês sabem que as
gorduras trans, como as que têm nos Oreos, existem só em 0.5%
das calorias que os Europeus consomem, o oposto dos 2.6% que é
a média dos USA, e essa é uma das razões dos europeus serem
muito mais magros que os americanos?"
Andando até a porta comigo depois de me deixar em casa de
qualquer lugar que nós estivéssemos era a única hora em que nós
poderíamos ficar sozinhos por alguns minutos antes da Theresa ou
meus pais percebessem que nós estávamos lá fora e começarem a
acender e apagar a luz da varanda.
To te dizendo, é dificil quando o seu namorado é o filho do
presidente.
De qualquer forma, ele caminhou comigo até a varanda na noite
depois da nossa primeira aula de desenho vivo, e me puxou para
as sombras Da Grande Weeping, uma árvore que tem na frente da
varanda da minha casa - era um costume seu - e me pressionou
contra o tronco da árvore.
Esse era outro costume seu. E eu tenho que dizer, ambos me
agradavam bastante.
Entretanto, aquela noite eu ainda estava um pouco assustada com
todo o lance do Terry-pelado para conseguir, você sabe. Entrar no
clima.
Eu acho que o David poderia dizer, já que ele levantou a cabeça e
despreocupadamente perguntou "Você realmente achou que a
genitália daquele cara era pequena?"
"Não" Eu disse para acalmá-lo "Você gostou do meu cabelo?"
"Sim" Ele disse para me acalmar de volta "E eu realmente gostei
dessa blusa que você tá usando. Você quer ir a Camp David
comigo para o Dia de Ação de Graças? Você pode vir se prometer
usar essa blusa"
"Ok." Eu disse - Então bati a minha cabeça no tronco da árvore ao
levantar a minha cabeça para olhá-lo "ESPERA. O que você disse?"
"Ação de Graças" ele disse movendo seus lábios no meu pescoço
em direção a minha orelha "Você já ouviu falar, certamente. É um
feriado nacional, tradicionalmente celebrado ingerindo grandes
quantidades de peru e assistindo futebol americano"
"Eu sei o que Ação de Graças é, David" Eu disse. "O que eu quero
dizer é Camp David?"
"Camp David é o retiro oficial do presidente longe da Casa Branca,
localizado em Maryland"
"Pára de enrolar, David. Eu sei o que Camp David é." Eu disse "O
que você disse pro seus pais deixarem você me convidar?"
"Eu não precisei" David disse "Eu só perguntei se eu podia levar
você e eles falaram claro. Eu admito que isso foi antes"
"Antes do que?"
"Antes deles virem o que você fez com o seu cabelo" David disse
"Mas eu acho que eles ainda vão deixar você vir. Então... Você
quer?"
"SÉRIO?" Eu não acredito que ele estivesse brincando sobre isso.
Porque isso era importante. Quer dizer, MUITO. Meu namorado me
convidando para viajar com ele. Dormir Fora.
E ok, os pais dele iam estar lá e tudo o mais. Mas mesmo assim,
isso só poderia significar uma coisa.
CERTO?
"Claro que é sério" David disse "Qual é, Sharona. Vai ser divertido.
Tem um monte de coisa para fazer lá. Andar a Cavalo. Filmes.
Parcheesi."
Parcheesi? Isso era algum tipo de codenome estranho de garoto
para sexo? Porque era isso que ele estava pensando que nós
iríamos fazer, né? Quer dizer, sexo? Não é isso que os casais fazem
quando vão passar o final de semana fora juntos?
"E não diz que você não quer, Sharona" David disse "Eu sei que
sim".
Mas como? Como que ele sabia? Eu venho distribuindo algum tipo
de vibração-de-quero-fazer-sexo sem saber? Porque eu não tenho
certeza se quero. Ok, algumas vezes eu tenho certeza que sim, mas
não na maior parte do tempo. Especialmente agora, tendo sido
forçada a sentar e olhar um cara pelado por 3 horas.
"Você disse que vocês sempre vão para a casa da sua avó em
Baltimore para a Ação de Graças." David continuou "E é
totalmente chato, certo? Então cai fora disso. E vem pra Camp
David comigo."
O que eu deveria dizer? Eu não sabia o que dizer!
"Meus pais NUNCA iam me deixar viajar com você".
Sério. Isso escorregou da minha boca. Não "Eu não sei se eu estou
pronta, David" ou "Você está falando do que eu acho que você tá
falando, David, ou quando você disse Parcheesi você realmente
quis dizer Parcheesi como... Parcheesi?".
Não. Nenhuma dessas. Ao invés disso eu digo que os meus pais
não vão me deixar ir.
O que era uma coisa reconfortante, na verdade. Especificamente
sendo verdade.
"Claro que vão" David disse de sua forma despreocupada usual "É
o Camp David. Você vai estar lá com o presidente e toneladas de
agentes secretos. Claro que os seus pais vão deixar você ir. Além
do mais eles confiam em você. Pelo menos confiavam antes você
fazer o que fez com o cabelo"
"David. Sem brincadeiras. Esse é..." meu coração estava batendo
com dificuldade. E não era só por causa do frisson. "Esse é um
passo muito grande".
“Eu sei" Ele disse "Mas a gente tá namorando há mais de um ano.
Eu acho que a gente tá pronto, você não acha?”
Pronto pra que? Um final de semana em Camp David juntos,
completo com peru e Parcheesi? Ou sexo?
Ele tinha que tá falando sobre sexo. Quero dizer, garotos não te
chamam para ir a Camp David só para comer torta de abóbora e
jogar jogos de tabuleiros, certo?
CERTO?
"Eu não sei, David" Eu disse, hesitando. "Eu acho... Eu acho... Eu
acho que eu vou ter que pensar sobre isso. Isso tá acontecendo
muito rápido".
Mas era isso? Quero dizer, realmente? Considerando os
acontecimentos recentes no "departamento de madar ver"? O final
de semana em Camp David era o próximo passo naturalmente?
"Vai" David disse levantando a minha blusa "Diga sim"
Injusto. Ele estava usando o seu enorme talento com os dedos
para manipular as minhas emoções. Ou, ér, não tanto as minhas
emoções quanto as partes do corpo.
"Diga que você vai" Ele sussurrou.
Eu só queria dizer que é muito difícil pensar na coisa certa a dizer
quando um garoto tá com a mão dentro do seu sutiã.
“Eu vou" eu me ouvi sussurrando de volta.
Como eu consigo me meter nessas?
Quero dizer, sério.
10 lugares que as pessoas normalmente perdem a virgindade:
10. No assento de trás do carro, como Diane Court em Say
Anything (considerando que foi com Lloyd Dobler, não deve ter sido
ruim).
09. Em um hotel depois da festa de formatura. Muito clichê.
Muitas garotas acham que há alguma coisa muito romântica em
perder a virgindade depois da formatura, aparentemente sem
perceber que a festa de formatura é só uma coisa inventada para
as pessoas populares fazerem as não-populares se sentirem mal
por não terem sido convidadas.
08. A cama dos seus pais quando eles viajaram no final de
semana. Eca! ECA! É a cama do seu pai, o lugar onde você
possivelmente foi feita. NOJENTO!
07. A cama dos pais dele quando eles viajam no final de semana. E
não vai ser totalmente constrangedor se a mãe dele encontrar a
sua calcinha da Hello Kitty debaixo dos lençóis?
06. Uma tenda no acampamento de verão. ALÔÔ. É uma tenda.
Todo mundo pode te ouvir!
05. Na praia. Areia. Entra em todo lugar.
04. Motel. Uma palavra: Bactérias.
03. O quarto dele. Hm, você já sentiu o cheiro das meias dele? O
quarto todo dele tem esse cheio. Sério. Mesmo aconteça de ele
morar na Casa Branca. E você não pode dizer. Não mesmo. É como
se eles tivessem se acostumado com o cheiro, da mesma forma que
você se acostumou com o cheiro do seu próprio desodorante.
02. Seu quarto. Oh, sério? Você vai Fazer Isso na freente das suas
Barbies e do Senhor Batatas? Acho que nããõo!
E o primeiro lugar onde as pessoas perdem a virgindade é:
01. Camp David. Bom, ok, não é lugar onde as pessoas geralmente
perdem a virgindade. Mas, aparentemente, é o lugar onde eu vou
perder a minha.
Capítulo 03 by Sarah e Larissa
A questão é que eu tinha um ás na manga.
E esse ás eram a minha mãe e o meu pai.
Porque SEM CHANCE deles me deixarem faltar a Ação de Graças
na Vovó para viajar com o meu namorado.
Mesmo que em Camp David.
Mesmo que com presidente.
O que significa sem sexo. Ou Parcheesi, como aparentemente o
David chama.
Eu não vou fingir que eu estou muito chateada com isso. Sobre o
papai e a mamãe não me deixarem viajar com o David. Quero
dizer, eu não tenho toda a certeza que eu quero ir. Ok, certo, eu
quero ir quando as mãos do David estão embaixo da minha
roupa...
Mas no minuto em que elas não estão mais, eu tenho que admitir
que esteja completamente aterrorizada pela idéia.
Porque, vamos encarar, sexo é um enorme passo. Muda
completamente a relação. Ou pelo menos é o que diz nos livros que
a Lucy lê e costuma deixar no banheiro e que eu ocasionalmente
pego para folhear quando eu estou cheia de Kurt Vonnegut, meu
escritor preferido, ou qualquer coisa. Nesses livros, quando a
garota e o namorado começam a Fazer Isso, é só. É só isso que eles
fazem. Sem idas ao cinema. Sem jantares. Tudo o que eles fazem
quando estão juntos é... Bem, Isso.
Talvez seja só nos livros e não na vida real. Mas como eu vou ter
certeza? Eu não tenho certeza se eu estou pronta.
Então se a mamãe e o papai falarem que eu não posso ir não vai
ser a pior coisa do mundo. É só o que eu estou dizendo.
Eu decedi perguntar logo que eu cheguei da aula de desenho. Eu
decidi que já que a mamãe e o papai iam dizer não, eu poderia
parar de ficar-preocupada-corando-imaginando-tudo. Quero dizer,
eles dizem não? David vai ter que aprender a viver com o
desapontamento.
Papai e mamãe estavam sentados na mesa da sala de jantar com a
Lucy, que por alguma razão parecia meio chateada. Provavelmente
o cantor dela tinha saído do American Idol ou algo assim.
“Mãe, pai" Eu disse, interropnedo sem remorso ou culpa, "Posso ir
para Camp David com o David na Ação de Graças?" Só agora eu
percebi que a casa de descanso presidencial e o David tinham o
mesmo nome. Que estranho! E ainda parece mais estúpido de
dizer "E os pais dele?"
“Claro, amor" Meu pai disse.
Foi a minha mae que disse "Oh, Deus! Sam, o que você fez com o
seu cabelo?!”
"Eu pintei" Eu disse. Meu coração tinha totalmente parado de
bater "O que você quer dizer com 'Claro, amor', pai?”.
"É permanente?" Mamãe perguntou.
"Semi" Eu disse para mamae "Tá falando sério?” Eu perguntei para
o papai "E a vovó?".
"Ela vai superar" Ele disse e então também se fixou no meu cabelo
"O que era para ser?" Ele queria saber "Algumas daquelas
personagens de Mangô que você tá sempre lendo?”
"Mangá" Eu corrigi. "O que você tá dizendo exatamente, pai? Que
eu posso ir?
"Ir aonde?"
"À Camp David. Com o David. Para a Ação de Graças. O final de
semana da Ação de Graças. DORMIR FORA!"
“Eu não vejo porque não” Minha mãe disse. “Os pais dele vão estar
lá? Bom, vá. A próxima vez que você quiser fazer alguma coisa
assim Samanta, me avisa antes que eu marco uma hora com a
minha cabelereira para você. Uma coisa bem feita vai fazer bem
para o seu cabelo”.
E assim estava acabado. Eles voltaram suas atenções de volta a
Lucy e qualquer que fosse o seu chilique. Provavelmente ela tinha
algum treino de animação no mesmo dia que algma excursão que
eles queriam que ela fosse. Eles estavam no pé dela por causa da
faculdade, agora.
Isso era tudo, hum, alôôô? Lembram de mim? Sua outra filha? A
que o namorado acabou de convidar para passar o final de semana
fora jogando parcheesi? E vocês acabaram de dizer sim? Hum,
ESSA FILHA?
Eu não conseguia acreditar. Eu não conseguia acreditar. Meus
pais estavam me deixando passar o final de semana fora com o
meu namorado.
Ok, você pode ver porque eles deixaram, levando em conta o pai
dele ser o presidente.
Mas só porque o seu pai é o presidente não significa que você não
queira jogar Parcheesi? Você já pensou nisso?
Aparentemente não. Aparentemente meus pais são as pessoas
mais desligadas da face da terra.
E agora, graças a eles, parecia que eu ia ter que ir para Camp
David dar um closer na genitália do meu namorado.
Ok, isso não está acontecendo.
Tá bom, isso tá acontecendo.
Eu ainda estava tentando me recuperar do choque de tudo isso
quando a Lucy apareceu flutando passando pela porta um pouco
depois. Eu estava com os fones - eu estava escutando the Tragic
Kindgom na esperança de que a Gwen cantando que ela era só
"uma garota na mundo" acalmasse a minha alma - então tudo o
que eu vi foi a Lucy movando seus lábios por mais ou menos um
minuto. Quando ela não desistiu e não foi embora depois de um
tempo, eu tirei os meus fones e perguntei em uma voz desamigável
o suficiente o suficiente para acordar o meu cachorro Manet "O
que?"
“Era isso que eu estava te perguntando" Lucy disse. "Porque você
parece como se tivesse descoberto que o John Mayer morreu?"
No mundo da Lucy, se o John Mayer morresse as pessoas
enlouqueceriam. No meu mundo se isso acontecesse? Eu nem
notaria.
"Porque esse ano enquanto você está ajudando a vovó a assar os
doces em réplicas de John e Priscilla Smith eu estarei perdendo a
virgindade com o meu namorado de muito tempo em Camp David".
Isso era o que eu queria falar. Mas desde que eu não posso ajudar
a pensar esta não é a coisa mais sábia a confiar a minha irmã. Eu
só disse a primeira coisa que veio na minha cabeça, que é “Eu não
sei”. Eu acho que só estou chateada porque... Por que... Hoje, eu vi
meu primeiro, hum, você-sabe-o-quê.
Eu vi que de certa maneira eu deveria dar mais explicações.
Qualquer coisa. Porque isso teve o efeito oposto do que eu esperava
– que Lucy partiria.
Instântaneamente, ela veio mechendo em tudo no meu quarto,
nem olhando onde estava indo e esbarrando nas minhas figuras de
ação do Hellboy, que eu tinha arrumado artisticamente ao longo do
topo do meu cabideiro de roupas.
“Sério?” Lucy me perguntou, toda ansiosa. “O de David? O que, ele
pôs para fora quando deu um beijo de boa noite em você lá fora
agora? Isso é tão grosseiro. Eu odeio quando eles fazem isso.”
“Hum, não.” Eu disse, de alguma maneira sendo surpreendida. Os
garotos realmente constumavam fazer isso? David certamente
nunca fez. Mas talvez só porque ele é muito certinho.
Mas isso soou como se tivesse acontecido muitas vezes com a
minha irmã. E ela supostamente tem um namorado constante! E
tudo bem, ele está ausente na faculdade, mas ainda. O quê que
rola nas festas que ela vai, aquelas na casa de pessoas populares?
Não mesmo que Kris Parks tenha embraçado o caminho certo com
tanto vigor. Ela estaria provavelmente psicologicamente assustada
com os garotos pondo para fora e para dentro na frente dela.
“Era de um cara chamado Terry” Eu disse. “Ele é um modelo
nudista que Susan Boone nos mandou desenhar”.
Isso não pareceu golpear Lucy muito, foi um pouco melhor que
David ter colocado o dele para fora.
“Ew!” Ela disse. “Você viu o pênis de um modelo nudista antes de
ver o do seu namorado? Isso é doentio”.
Considerando que era exatamente como eu me sentia poucas
horas antes, era engraçado que eu ouvi eu mesma responder “´É,
bem, é sobre o que a vida de desenhista é. Porque você não pode
aprender a desenhar figuras humanas com roupas que tampam os
músculos e os ossos. E depois – eu não posso também sair
desenhando porque – eu me achei confinada nela.
Eu sei. Confinada em Lucy. Eu devo estar fora da minha mente.
Obviamente, Dauntra que é ultra-legal da Vídeo Potomac seria a
pessoa mais lógica para me ajudar nessa área. Eu tinha que
colocar a minha irmã Lucy no meio. É como se a minha boca
tivesse saído dela mesma com nenhuma entrada para o meu
cérebro.
“Mais isso não é tudo”, Eu me ouvi dizendo, para o meu horror.
“Pega essa: David me convidou para ir para o Acampamento David
com ele”.
“Sim, eu sei” Lucy disse. “Eu estava lá quando a mamãe e o papai
disseram que você poderia ir, lembra? Pobre de você, eu digo,
Deus, que chato. Ele não pode te levar para o shopping, como um
namorado normal?”.
Essa era a perfeita oportunidade para eu parar. Eu digo,
considerando que Lucy claramente não entendeu uma palavra do
que eu disse.
Mas não. Minha boca continuou indo.
“Lucy” Eu disse. “Eu acho que você não entendeu. David me
convidou para passa o feriado com ele no acampamento David. ”
“Hum” Lucy disse. “Sim, eu sei. Você já disse isso. E eu repito, que
chato. Eu digo, o quê que tem lá para fazer lá no acampamento
David? Andar á cavalo? Jogar pedras em algum lago? Eu digo, eu
acho que vocês dois poderiam pintar, já que vocês dois gostam
desse tipo de coisa. Mais irá ser mais chato do que na vovó. Eu
digo, não tem nenhuma loja boa lá por perto”.
“Lucy” Eu disse novamente. Eu não podia acreditar que ela não
estava entendendo. E eu não acredito que eu ainda estava
tentando fazer ela entender. O que eu estava fazendo? Porque eu
estava contando pra ela? “David me chamou para ir com ele. No
fim de semana. E mamãe e papai disseram que sim”.
Lucy fungou. “Sim, eu fui informada. Você sabe, você é sortuda,
eles gostam tanto dele. Se namorado eu digo. Eles nunca me
deixariam passar o fim de semana com Jack. Mas, é claro, os pais
dele vão estar lá.”
“É” eu disse. Isso era o esperado. Ela nunca iria entender.
Porque ela iria? Eu digo, no mundo de Lucy, pessoas como eu – e
vamos combinar, David – só não, bem, fazem isso. A idéia de que
temos hormônios, também, estava bem claramente distante de
Lucy.
Ou eu pensei. Eu tinha basicamente lhe dado tudo oque eu estava
pensando, bem, atualmente, isso é bom. Desde que eu não queria
que ela soubesse de qualquer forma, quando Lucy de repente me
agarrou pelo pulso e, seu Lâncome – alinhado largamente nos
olhos, veio, “Ah, meu Deus. Você não quer dizer... Ai, meu Deus.
Você e David? E no Camp David?”
E foi assim. Ela sabia.
Foi estranho, mas atualmente meio aliviante. Envergonhante, mas
aliviante. Não me pergunte por quê.
“Aonde mais que você sugere?” Eu pedi a ela, meio
sarcasticamente, para cobrir minha completa mortificação.
“Sob o branqueamento?”
“Ew” Lucy disse. “Com todo o bando de pessoas que cuspiram seus
chicletes mascados? Não!”. Ela foi desmoronando no topo da
minha cama para fazer Manet ir embora dali - e sentada lá,
olhando a sorte atordoada. “Isso é realmente um grande passo,
Sam. Tem certeza de que você está pronta?”
“Uma parte de mim está” Eu ouvi eu mesma admitindo. “E parte
de mim não. Eu digo, uma parte de mim realmente quer isso, e
uma parte de mim-”
“-Está mortamente assustada”, Lucy concluiu para mim. “Bem,
não fique. Só tenha certeza que você use dois métodos de controle
para não engravidar”, ela veio, com a mesma maneira teimosa que
ela sempre usa para me dar conselhos para não usar minhas
blusas grandes com saias ou minhas pernas iram parecer gordas.
“Eu digo, ele deve usar uma camisinha, mas você deve ter outro
método, só no caso. Você tem que começar a tomar a pílula no
primeiro domingo do seu período menstrual, e você acabou de ter
semana passada, então você tem que começar no plano de
maternidade amanhã, isso não fará nada de bom para o dia de
ação de graças. É só um espermicida”.
Eu olhei fixamente para ela para ela. Com a minha boca se
abrindo. Eu tenho certeza.
Mas Lucy não pareceu ver o meu choque.
“Não compre camisinha em nenhum lugar da vizinhança” Ela disse
vivamente. “Alguém que nós conhecemos pode ver você. E então
toda escola irá saber... E, no seu caso, toda a mídia. Você é
conhecida. Deus, salvar o pai de David foi a pior coisa que você já
fez. Eu digo, você não pode fazer nada sem todo mundo no estar
esperando para saber suas coisas. E também o cabelo. Eu digo, as
pessoas ainda podem ver que é você. É apenas você com um cabelo
preto estúpido. Olha, você quer que eu compre para você?”
Eu apenas esperava mais dela. Honestamente, é como se eu
pudesse entender as palavras saindo da boca dela. Eu só não
conseguia acreditar que ela estava dizendo aquilo.
“Você não pode contar que o cara cuide disso, Sam” Lucy disse,
aparentemente misturando meu súbito silêncio com indignação
que ela estava metendo o nariz nas minhas coisas. “Até caras como
David, que vai naquela escola de gênios. Eu quero dizer, claro, ele
irá levar algumas camisinhas. Mas camisinhas estouram. Às vezes,
estão vencidas. Antes de supostamente vocês fazerem, você faz o
meu plano. Você tem que ser… como é chamado? Produtiva. Eu
irei escolher alguma coisa pra você amanhã depois do colégio.
Espuma espermicida é fácil, você só tem que aplicar na camisinha
e pô-la nele. Você não deve ter nenhum problema”.
“Ngrh”, foi tudo que saiu da minha boca, devido ao meu medoindignação.
Lucy bateu na minha cabeça. Sério. Ela bateu de leve na cabeça.
Como se eu fosse Manet.
“Não se preocupe com isso” Ela disse. “Para que são as irmãs? Eu
acho que você vai fazer a coisa certa, por outro lado. Eu digo,
vocês, garotos, têm a vida toda pela frente, e David é um bom
garoto, mesmo que ele seja, você sabe, um pouco estranho. O que
são aquelas camisas de bandas? E aquela coisa de arte é muito
chata. Mas não é como se ele tivesse outra escolha. Se ele tentasse
não fracassar tanto, iria ser como todo adolescente. E quem
precisa disso?”
“Mas-” Eu estava feliz por conseguir formular palavras novamente.
Infelizmente, eu não podia formular uma frase coerente. “Mas você
não – eu digo, meio como Kris?”
Lucy piscou para mim. “Que Kris?”
“Hum, Parks”.
Não me pergunte porque, naquele momento em particular, ela
apareceu na minha cabeça.
“O que ela tem haver com isso?” Lucy queria saber, franzindo seu
perfeito nariz.
“Bem” eu disse “Só que ... Eu digo, você não acha que eu e David
deveríamos, hum, esperar?
“Esperar? Para que?” Lucy pareceu confusa.
“Bem, você sabe” Eu disse desconfortavelmente. “Hum,
casamento?”
Os olhos de Lucy ficaram muito grandes. “Ah, meu Deus” Ela
disse. “O que, você pintou seu cabelo, e agora você é a Amish de
repente?”
“Não” Agora eu me senti mais desconfortável. “É só que, você sabe.
O fato de puta, e tal”.
Lucy pareceu confusa. “Desde quando fazer sexo com o seu
namorado te faz uma puta?”
“Bem” Eu disse, tossindo para limpar a minha garganta. “Você
sabe. Kris. E, ér, jeito certo-”.
Lucy riu como se essa fosse a coisa mas hilária que ela já tinha
ouvido. “Só se importe sobre o que é o jeito certo para VOCÊ,
Sam”.
Aí ela se levantou e disse, “Bem, é legal ter esse papinho de sexo
com você, mais eu tenho que ir agora. Mamãe e papai conseguiram
o meu boletim do SAT e eles não estão como você pode chamar de
agradecidos. Oh, e pega essa: Eu vou ter que pegar um tutor. E
eles estão tramando para me tirar das animadoras de torcida,
assim eu vou ter tempo de estudar. Você pode acreditar nisso? Ela
fez uma cara triste. “Desde quando que importa como eu fui no
SATS se eu quero ser uma estilista. Você não precisa boas notas
para fazer isso. Só uma entrevista decente com Marc Jacobs. De
qualquer forma, eu tenho que ligar para todos que eu conheço e
lhes dizer como papai e mamãe são totalmente arruinadores. Vejo
você. ”
Então ela foi para seu próprio quarto sem que eu pudesse dizer
nenhuma palavra.
E bem quando eu finalmente tinha algumas palavras para dizer,
também. Porque de repente, eu tinha algumas perguntas a ela,
qual era o tamanho de você-sabe-o-que, quando está ereto?
E por quanto tempo ele fica ereto após, você sabe, Fazer Aquilo?
Mas depois eu pensei que talvez que a primeira vez de Lucy com
Jack poderia ter sido mais do que eu ter, especialmente
considerando o fato que eu, como todo mundo na minha família,
não era assim tão selvagem por Jack. Ele é um pouco mais
tolerável agora que ele esta longe na faculdade e não esta sempre
em torno da gente, expondo suas teorias sobre como os artistas
são tão mal entendidos pelo resto do mundo.
E eu admiti que pela primeira vez na minha vida eu havia achado
ele completamente intrigante.
Mas esse foi um período negro da minha existência que eu não
gosto de lembrar. Não agora que eu estou apaixonado por David,
que nunca diz coisas como, “O homem está me deixando para
baixo” e “A sociedade deve aos artistas salário vivo”.
O qual por várias razões eu amo, e também ajuda o fato de ele ter
ficado tão entusiasmado sobre como eu fico com a minha camisa
da Nike.
As 10 razões porque a minha irmã Lucy faz as coisas de uma
maneira melhor do que eu faço:
10. Porque salvando o presidente e tudo, eu sou uma celebridade,
então, às vezes, eu faço algo muito estúpido – como usar minha
blusa desgastada da escola do avesso, que eu uso ocasionalmente
antes que eu tenha bastante cafeína para se acordar inteiramente
– eu posso sempre aparecer numa foto na People ou no Us Weekly
(Celebridades - Eles são como a gente!).
09. Tirando quando Lucy foi mal no SATS, ela nunca faz nada tão
estúpido quanto vestir uma blusa do avesso, então mesmo que ela
tivesse salvo o presidente e fosse uma celebridade nacional, ela
nunca imprimiriam fotos dela parecendo tão babaca em nenhum
lugar. Porque isso nunca aconteceria com ela. Ela sempre está
perfeita em todos os lugares que ela vai, não importa o quão cedo
seja.
08. Ela está namorando um adolescente rebelde que tem sua
própria moto, mesmo que ela não está autorizada a andar com ele
nela, e tem que fazer coisas legais como ir a uma abertura de uma
performance de pedaços de arte com uma banda de rock punk
jogando pedaços de carne em fotos dos líderes do mundo. Quando
eu estava namorando o filho do presidente, então eu tenho que
fazer coisas legais como a abertura de Tosca no Kennedy Center
com vários líderes do mundo, o que não é nem de perto legal.
07. Quando eu vi minha foto no US Weekly quase todo dia, usando
uma blusa do avesso ou que seja, estava geralmete a direita perto
de Mary-Kate e Ashley. Se Lucy fosse uma celebridade, e não eu,
você poderia ver a sua foto perto de alguém legal como Gwen
Stefani.
06. Toneladas de estilistas me mandam roupas de graça, para eu
vestir em vez das blusas ao avesso, então assim as roupas deles
iram aparecer no Us Weekly. Exceto é claro, que eu tenho que
mandar a maioria de volta, porque meus pais não me deixam vestir
tops de couro, e também, diferente de Lucy, eu não torço e então
não preciso usar um top. Lucy tem que sempre ficar com eles.
05. Meu namorado aparentemente chama sexo de Parcheesi. Eu
não sei de que o namorado da Lucy chama. Mas eu acho que
provavelmente não disso.
04. Lucy consegue lembrar todas as promoções. Oh, e Lucy pode
fazer um mortal de trás. Tudo que eu consigo fazer é desenhar um
cara pelado. E aparentemente, eu nem consigo fazer isso muito
bem, desde que eu me concentro em partes e não no todo.
03. Mamãe e papai gostam totalmente – e cofiam – no meu
namorado. O namorado de Lucy? Nem tanto. Então eles passam
horas discutindo sobre ele, falando que ela pode fazer melhor, etc.
Mamãe e papai basicamente me ignoram.
02. Eu só tenho uma amiga – minha melhor amiga Catherine, que
é tão doce e sensível. E nem posso falar a ela sobre meu namorado
estar possivelmente esperando fazer sexo comigo no fim de semana
da ação de graças, o que iria fazer? Ela pirou desde que não tem
mais namorado (só se você contar aquele de Qatar, mas eu não
conto), enquanto Lucy tem nove milhões de amigos os quais ela
pode contar tudo porque eles são completamente frios e sem
emoções. Como icebergs.
E a razão número um do porque Lucy faz as coisas de uma
maneira melhor do que eu faço:
01. Ela claramente já perdeu sua virgindade, desde que
obviamente isso não é nada de outro mundo para ela. Para mim é,
por outro lado, isso significa que eu provavelmente irei tê-la comigo
(minha virgindade) antes do meu casamento, ou da morte, o qual
vier antes.
Capítulo 04 by Larissa, Maigirl e Gagau
“Espera, então, o que isso parece?” Catherine queria saber.
Eu não conseguia acreditar que ela estava tão curiosa. Quer dizer,
eu podia. Mas eu também não podia. Porque eu realmente não
queria falar sobre aquilo.
“Isso parece um pênis” Eu disse. “O que você acha? Eu digo, você
já viu isso antes. Você costumava ir nas lojas com os seus irmãos
para comprar roupas de mergulho quando você era pequena, você
que disse.”
“É, claro” Catherine falou. “Mas isso era antes de eles terem, você
sabe. Cabelo lá”.
“Ok” Eu disse “Grossa”.
“Bem, isso é verdade. Sério. Era assim grande?”.
Eu estava começando a ficar arrependida que eu mostrei isso. Eu
só o fiz porque ela me pediu como que a aula de desenho andava.
Eu pensei em compartilhar com ela o verdadeiro significado da
palavra “desenho vivo”.
Agora eu desejaria não tê-lo feito.
“Essa é a média, eu acho” Eu disse. “Quero dizer, não é como se eu
tivesse muita experiência no departamento”.
“Eu só estou agradecida de não ter um” Catherine disse com
delicadeza. “Eu digo, você pode imaginar, ter isso pendurado lá, o
tempo todo? Como eles conseguem andar de bicicleta?”.
“Sam?” Confiar em Kris Parks para escolher um momento, de
todos os momentos no mundo, para vir até nós onde costumamos
lanchar e dizer, “Tem um minuto?”
Kris não é exatamente minha pessoa favorita. E antes de eu me
tornar uma semi celebridade, o sentimento era mútuo.
Mas depois que estava em todos os noticias das 6h, Kris decidiu
que eu era sua nova melhor amiga. Eu acho que o fato de eu estar
namorando o filho do presidente compensa o fato de eu não ter um
traço de Lilly Pulitzer. Que, no livro de Kris, te faz uma das
intocáveis Rebecca e eu aprendi isso no National Geographic
Explore.
“Escuta, eu estava pensando se nós poderíamos contar com você
para ajudar a marcar academia na semana que vem?” Kris disse
simpaticamente “Você sabe, para o salão de reunião da cidade...”.
“Sim, claro” Eu disse, para fazer ela ir embora.
“Cheinha” Kris disse. Confiar Kris para dizer algo como “cheinha”.
É quase tão ruim quanto me dizer algo como “Eu sou um pêssego”
após ter visto meu primeiro você-sabe-o-que. “Nós podemos
realmente utilizar a ajuda. De longe, as únicas pessoas que se
voluntariaram são, você sabe, os estudantes membros do conselho.
E o modo direito, é claro. É muito envergonhante. Quero dizer, que
o presidente vai estar noticiando esse importante novo programa
aqui nessa escola, e a maioria das pessoas na escola estão tão
desinteressadas nisso. Eu realmente espero que nós não sejamos
todos assim. O presidente, eu quero dizer. Eu realmente quero
fazermos parecer bons na frente dele. E Random Alvarez, eu digo,
ele é tão gostoso”- Daí ela viu algo bom na minha cabeça. “O que
aconteceu com seu-” Ela interrompeu e mordeu o lábio. “Nem
pensar”.
“Meu cabelo?” Eu alcancei-o com o dedo. “Eu o tingi. Por quê?
Você não gostou como está?”
Eu sabia que Kris não tinha gostado do meu cabelo. Pessoas como
Kris não são feitas para gostar de Ébano da meia-noite. Eu só
estava a torturando por diversão.
“Ah, não, está muito legal” Kris pareceu voltar a ela mesma. “É
permanente?”
“Semi” Eu disse. “Por quê?”
“Nenhuma razão” Kris disse com um sorriso brilhante. “Está
lindo!”
Eu sabia que Kris estava mentindo, e não só porque seus lábios
estavam se movendo. Eu me dei uma examinação inteira no
espelho do banheiro só naquela manhã, e eu sei pelo fato de Lucy
estar certa, meu cabelo preto tinha ficado estúpido. Talvez se eu
tingisse minhas sobrancelhas também para combinar, não teria
ficado tão ruim.
Mas eu não tinha feito isso como objetivo de ser na moda. O
objetivo era, “Diga tchau para o cabelo longo e ruivo, presidente
salvo por Samantha Madison, e diga oi para a vida desenho vivo,
possivelmente logo não virgem Sam.”.
É claro, o fato de eu ter tingido o meu cabelo antes da minha
primeira aula de desenho vivo, e eu decidir livrar-me da virgindade
(possivelmente), é só um símbolo de quão longe eu fui desde antes
de tingir, e depois de tingir.
“Esse retorno da iniciativa da família do presidente” Kris veio,
ignorando meu cabelo. “Eu espero que você os diga como estamos
empolgados sobre tudo aqui na Adams Prep, e que ficaremos
perante a ele 110%. Eu digo, a família é o mais importante.”
“É” Eu disse. “Quem não é pro-família?” Foi o que eu disse. Mas
dentro da minha cabeça eu estava querendo dizer, Porque você não
morre Kris Parks? Por quê?
“Talvez você esteja interessada em vir para um encontro da
Maneira Correta um dia desses?” Kris olhando Catherine, como se
fosse a primeira vez que eu não estivesse lá sozinha. “Você e sua,
uh, amiga”.
Kris sabe perfeitamente o nome de Catherine. Ela só estava sendo
o que ela é, uma metida esnobe.
O que ela demonstrou um segundo depois de ir, com uma garota
com o uniforme de dança do colégio andando em sua saia roxa,
“Ah, meu Deus, você ouviu sobre a Debra Mullins? Ela
supostamente transou com Jeff Rothberg depois do jogo de Trinity
semana passada. Ela é uma puta. Daí ela adicionou, alegremente
para mim, “bem, vejo você na academia segunda-feira!”
“Oh, eu estarei lá” Eu disse, só para fazer Kris ir embora.
Funcionou. Ela saiu e nos deixou comer nossos X-burguers em
paz.
“Deus, eu odeio ela” Catherine falou.
“Me fale sobre isso”.
“Não eu digo, eu realmente odeio ela”.
“Bem vinda ao meu mundo”.
“É, mas pelo menos ela puxa seu saco. Por causa do David. Ela
nunca te chamaria de puta. Eu digo, se você e David sempre, você
sabe, fizessem sexo. E ela soubesse.” Daí, Catherine adicionou,
com uma risada, “Como se isso fosse mesmo acontecer”.
Eu não sabia o que Catherine achava pior – a perspectiva de mim e
David fazendo sexo, ou o que Kris pensaria sobre isso. Não era
sobre deixar ela saber qual dos dois era mais eminente que ela
esperava. Não porque eu não confiava nela para manter um
segredo. Eu confiaria minha vida a Catherine.
Era só que eu não sabia ainda oque eu iria fazer sobre isso. Sobre
a ação de graças, eu digo. Eu não tinha tido a chance de falar
ainda para o David que papai e mamãe disseram que eu poderia
passar o fim de semana com ele no acampamento David. Qual eu
ainda tinha de sorte de estar preocupada. Eles falaram sim, eu
acho. É tão óbvio que ele só disseram sim porque estavam
distraídos com Lucy e suas notas do SAT. Eu digo, Deus proibiu
meus pais de prestar atenção para em mim por um tempo. Como é
o comum, o filho do meio pegava a extremidade curta da vara,
atenção e compreensão, pelo menos na casa dos Madison. Por
outro lado eu acho que eu não poderia culpar Lucy totalmente por
eles terem dito sim. O fato é, meus pais tem a percepção de que eu
sou a criança boa. Você sabe, aquele que, é, talvez tenta tingir o
cabelo de preto, mas ultimamente salvou o presidente se jogando
em cima do assassino. Ninguém liga muito para uma criança
dessas. Uma criança que nunca faria algo repreensivo como fazer
sexo com o seu namorado no fim de semana de ação de graças.
Isso servirá para os meus pais se eu virar uma adolescente
grávida. Mas ainda, eu não iria mencionar nada disso para
Catherine. Ela já tem muitas coisas para lidar, como sua mãe não
deixá-la vestir calças no colégio – sério, ela tem que usar saias
abaixo do joelho. Eu não estou a ponto de adicionar a Catherine o
fato que sua melhor amiga está a ponto de perder sua virgindade.
Por outro lado, isso não é da conta de ninguém, sério. Ninguém a
não ser eu.
“O que” disse Dauntra, quando eu apareci através da porta da
Videolocadora Potomac com apenas um minuto gasto depois do
deslocamento após-escola ter começado. “Você fez!”.
Eu não sabia sobre o que ela estava falando primeiro. Eu achei que
ela estava mencionando o fato de eu ter decidido fazer sexo com o
meu namorado, mesmo não sabendo como ela sabia disso.
Especialmente desde que eu não tinha decidido oque fazer. Ainda.
Foi aí que eu me lembrei do meu cabelo.
“É” Eu disse. Eu tenho que admitir, sua reação – que foi realmente
admiradora - fez todo o “O que você fez com o seu cabelo?” Eu
tinha começado no colégio hoje totalmente melhor. Em torno da
videolocadora Potomac – como em torno da minha casa - eu sou
percebida como boazinha. Eu quero dizer, eu sou a garota que
salvou o presidente, a garota que não precisa dos $6.75 por hora
para pagar uma creche ou o que seje. Eu sou considerada como
uma pirada por aqui.
Antes, é claro, de eu ter tingido o cabelo. Agora, eu sou legal.
Eu espero.
Porque os caixas da videolocadora Potomac? Eles são tão legais.
Especialmente Dauntra, que junto com Stan, o gerente do turno da
noite, eu trabalho nas sextas-feiras à noite.
Seu cargo (gravado no cartão de empregado): Autoridade de
questionamento. Seu filme favorito: “A Laranja mecânica”. Seu
partido político: não o mesmo do pai de David. Em fato, uma das
primeiras coisas que ela me perguntou foi, “Nunca te ocorreu que
se você o deixasse ser baleado, você talvez nos teria poupado de
muita tristeza?”
E isso pode ser mesmo verdade, eu nunca pensei que Dauntra
poderia ter ficado lá e olhado alguém apontar uma arma para
outra pessoa, não importando a diferença do seu partido político,
especialmente, como eu tinha lhe dito, considerando o fato que,
um monte de gente talvez nem goste do presidente – e julgando as
votações passadas, as pessoas odeio ele muito, muito – eu sabia de
uma pessoa amava ele, e muito. E ele era seu filho David, meu
namorado. Não importa o como ele possa discordar de algumas
coisas que seu pai fez durante a administração, o amor de David
pelo seu pai nunca acabará.
E por essa razão – sem mencionar o fato de que, realmente, eu não
tinha escolha na ocasião. Eu nem tinha agido naquele dia foi mais
uma reação – eu estava contente de ter feito o que eu fiz.
“Agora isso”, Dauntra disse aprovando, assentido para o meu
cabelo, “é sobre isso que eu estou falando”.
“Você gostou?” Eu joguei minha mochila dentro do meu armário,
Mais tarde, antes de eu sair, Stan irá verificar se eu não estou
roubando nenhum DVD. Na minha mochila, eu digo. Mesmo que
eu seja a menina boazinha da loja, as mochilas de todo mundo são
verificadas ates de irem embora. Até a minha. É o jeito da
videolocadora Potomac.
Ainda que certos empregados estejam tentando mudar isso.
“Eu amo preto” disse Dauntra. “Faz seu rosto parecer mais fino”.
“Eu não sei se um rosto-fino era o visual que eu estava
procurando”, Eu disse. “Mas, obrigada.”
“Você sabe o que eu quero dizer” Dauntra, cujo cabelo tem dois
tons, ébano da meia-noite e Flamingo rosa, contrastando com se
olhos castanhos. “O que seu pais disseram? Ou eles perderam
isso?”
“Não realmente”, Eu disse indo para trás do balcão. “Mal
observaram, na verdade”.
Dauntra fez um nariz de desgosto.
“Deus, o que você vai ter que fazer pra chamar a atenção deles?”
Ela quis saber. “Ter um bebê na formatura?”.
“Hm,” Eu disse, me sufocando um pouco com a pimenta que eu
tinha comprador na loja de conveniências do lado antes de chegar.
Porque você sabe, considerando o eventos recentes, eu tendo um
bebê na formatura não era totalmente fora das possibilidades. “é”.
Eu podia provavelmente fazer isso, tudo bem. Mas, você sabe,
alguma coisa deve ser dita para manter o perfil abaixo. Nesse exato
momento eles estão todos em torno de Lucy, esperando pelas notas
do SAT.
O olhar de Dauntra foi de aversão profunda. “Quando as pessoas
iram ver que esse teste não signifca nada? Quer dizer, porque isso
importa? O quanto você prestou atenção na aula nas últimas
décadas da sua vida? Por favor. Como que pode dizer a secretaria
de admissão da faculdade alguma coisa sobre como você será bom
nos próximos quatro anos se você tiver naquela escola.”
Dauntra, cujo os pais chutaram para fora de casa uma noite
depois de ela completar 16 anos e ter um olho castanho (e um
namorado de 20 anos), está estudando designer gráfico no colégio
da comunidade. Ela largou o namorado, mais ainda tem olhos
castanhos, e recusou fazer o SAT e cursar qualquer escola que o
requeresse.
“Então, o que seus pais fazem” Dauntra quis saber. “sobre a sua
irmã?”
“Ah” Eu disse. “Eles contrataram um tutor. E a cortaram das
líderes de torcida para lhe dar tempo para isso. O tutor, eu quero
dizer”.
“Típico” Dauntra disse. “Quer dizer eles jogam dentro de uma
falência doentia de que essas notas significam alguma coisa.”
“Embora isso signifique que a sua irmã irá passar menos tempo de
mini saia, debilitando a causa feminina, eu acho que é uma coisa
boa.”.
“Totalmente” Eu disse.
Eu pensei em perguntar a Dauntra o que eu deveria fazer sobre
David a coisa toda do fim de semana de ação de graças. Quer
dizer, ela tem mais experiência que eu- e provavelmente mais que
Lucy também. Eu imaginei que um conselho de uma mulher como
Dauntra deveria ser muito válido.
Só que eu não conseguia realmente pensar em como puxar
assunto sobre isso, você sabe? Como era suposto eu fazer, “Hey
Dautra, meu namorado me convidou para passar o feriado de ação
de graças com ele no campo David, e você sabe o que isso significa.
Eu deveria dizer sim ou não?”
De alguma maneira, eu só não conseguia fazer isso. Então eu
perguntei convencialmente, “Então, como a batalha da mochila vai
indo?”
Dauntra olhou na direção de Stan. “Empatou” Ela disse. “Ele disse
que se eu não gostasse, eu poderia ir trabalhar no Mc Donald´s.”
Dauntra é convencida que a política da loja de video de ter um
gerente mexendo nas mochilas dos empregados antes de permitir
que eles saiam depois de seu horário é inconstitucional, mesmo
que eu perguntando para minha mãe sobre isso, e ela disse que
tecnicamente não era. Dauntra se recusou a acreditar nisso, mas é
legal ela se importar mesmo com isso. Algumas pessoas que eu
conheço bem, pra ser exata Kris Parks, ela só vai se importar com
isso porque vai ficar bem nas suas aplicações pra faculdade.
"Eu tava pensando em colocar catchup dentro da minha mochila,”
Ela foi falando, “aí quando o Stan fosse mexer na minha mochila
hoje ele ficaria com a mão toda lambuzada, mas eu não quero
arruinar uma mochila boa. "Bom, acho que isso iria ferir mais do
que ajudar, e não é necessariamente culpa do Stan. Ele só está
fazendo o seu trabalho". Dauntra olha pra mim e diz: "É, foi isso
todos os Nazistas disseram em sua própria defesa depois da
segunda guerra mundial". Eu não achei que procurar DVDs
roubados na mochila de alguém fosse o mesmo que matar sete
milhões de pessoas, mas acho que Dauntra não iria apreciar se eu
falasse isso alto.
"Mas e aí," Ela disse mudando de assunto, "como foi a aula de
arte? A de desenho vivo?"
"Ah, foi um começo," Ainda não querendo falar sobre o negócio do
David: "você sabia que desenho vivo significava gente pelada?”
Dauntra nem parou de ler o mangá, que estava aberto em cima do
teclado do caixa e apenas disse: "Sim, claro".
"Ah, pois eu não, então tipo, eu vi meu primeiro você sabe..."
Isso sim, chamou a atenção dela.
"Quer dizer que a pessoa pelada era um CARA?" Olhando por cima
da revista, era realmente uma novela gráfica. Eu devia realmente
começar a conseguir a terminologia correta, já que eu quero
escrever e ilustrar meus próprios mangás, aí Dauntra disse: "eu
achava que só mulheres pousavam pra isso."
"Acho que nem sempre" Eu disse.
"Outro dia no metrô, um cara soltou sua calça na minha frente"
Ela disse incrédula, "e de graça, mas eu tive que chamar a polícia,
e tipo essa Susan Boone paga um modelo pra fazer isso?”
“ Sim" Eu disse.
Ela balançou a cabeça pra esqueçer a imagem eu acho, então ela
disse:
"Você se sentiu violada? Porque toda vez que um cara me mostra
sua coisa boa, eu me sinto violada. "
Eu respondi: "Não era exatamente assim, tipo, você sabe, era arte."
"Arte" Dauntra assentiu a cabeça, "Claro, eu não consigo acreditar
que um cara é pago para mostrar sua coisa boa, e as pessoas
chamam de arte"
"Não é mostrar e sim o desenho que fazemos a partir daquilo" Eu
falei.
Dauntra pensou e disse: "Talvez eu seja modelo disso, afinal, você
é paga pra, tipo, só sentar lá"
"Pelada" Eu a lembrei.
"E daí? A forma humana é bonita"
"Com licença", Um cara alto usando uma boina, na verdade uma
boina francesa, mas ele não parecia ser francês, se aproximando
do caixa: "Eu acho que você está segurando um filme pra mim,
meu nome é Wade-W,A,D,E-”
"Sim, aqui está" Eu falei rapidamente, porque o Sr.Wade é cliente e
apesar de eu só trabalhar aqui durante duas semanas, eu sei que
se você não der ao Sr.Wade logo seu filme, ele fica horas falando
sobre sua coleção de filmes que normalmente são em preto e
branco.
"Ah é" Quando mostrei o DVD que estávamos segurando, "Os
quatro mil ventos você já viu né?"
"É claro," Mesmo não sabendo do que era o filme,"custa R$28,79"
"Um dos melhores do Truffant's, eu tinha em VHS, é claro, mas é o
tipo de DVD que você precisa ter." Ele falou.
"Obrigada", lhe dando a sacola com o DVD.
"Um poderoso trabalho", Ele falou.
"Quão grande era o negócio do cara?" Dauntra me perguntou
numa voz inocente
Isso alarmou o Sr.Wade que saiu correndo,e a Dauntra ainda
falou: "Volte sempre"
E nós estávamos praticamente no chão de tanto rir.
“O que foi isso?” Disse Stan, ele é o gerente noturno, de trás dos
filmes Westerns e olhava pra gente, desconfiado.
"Nada não" Eu disse tirando as lágrimas dos meus olhos.
"É que o Sr.Wade tava tão empolgado com seu novo DVD, que foi
correndo pra casa assistir, só isso", Dauntra disse numa voz
convincente e sincera.
Stan nos olhou sem acreditar muito.
"Madison, alguns fãs de animê vieram aqui antes e pediram Neon
Genesis Evangelions e não tinha. Vê o que você consegue fazer
sobre isso, tá?"
Eu disse que sim, então saí de trás do balcão e fui até a seção de
animê, depois da correria pós-jantar, Dauntra tava lendo outro
mangá enquanto eu puxava os materiais que a secretária da Casa
Branca havia me dado o outro dia pra preparar o meu grande
discurso e estava indo sobre eles.
"O que é isso?" Dauntra falou.
“Coisas que eu tenho que falar na MTV na semana que vem,” Eu
disse “No debate na minha escola”.
Dauntra olhou como se houvesse uma coisa amarga em sua boca.
“Essa coisa estúpida de Retorno à Família?”
Eu pisquei pra ela. “Não é estúpido, é importante.”.
“Aham”, Dauntra disse. “Seja como for. Meu Deus, Sam. Você
nunca se ofendeu com isso, sendo usada desse jeito?
“ Usada? Como eu estou sendo usada?” Perguntei.
“Bem, o presidente está usando você”, Dauntra disse, “pra
promover o novo programa fascista da à juventude Americana”.
“Retorno à Família não é fascista.” Eu disse. Eu não mencionei
isso, até mesmo se eu não concordar com isso, eu não poderia
deixar de ser embaixadora teen. Não sem fazer coisas muitíssimo
envergonhantes como os pais do meu namorado. “É um programa
que encoraja famílias a gastar mais tempo juntos. Você sabe, pegar
uma noite livre de futebol e TV, e só sentar ao redor e conversar. ”
“Aham.” Dauntra disse sombria. “Superficialmente, é tudo que isso
é.”
“Do que você está falando?” Eu mostrei os papéis que estava
segurando. “Tenho tudo claro aqui. Isso é o que isto é. A iniciativa
do Retorno à Família do presidente, para-”.
“Encorajar pessoas a pegar uma noite livre de descuidado de
sitcoms e conversar com outra pessoa”, Dauntra finalizou pra
mim. “Eu sei. Mas essa é somente a parte do plano de Retorno à
Família que eles estão contando. E o resto? As partes que eles não
querem que você conheça... Ainda?”
“Você” Eu disse, “está paranóica. Você tem assistido a esse filme
de Mel Gibson demais. ”
Teoria Conspiratória é nosso filme favorito pra assistir na loja.
Stan o odeia, porque toda vez que Mel e Julia Roberts se beijam,
ou estão prestes a se beijar, Dauntra e eu nos encontramos
incapazes de fazer alguma coisa além de olhar fixamente pra tela.
“Bem, ele não desligou pra ficar claro?” [a TV], Dauntra perguntou.
“Mel, quero dizer, existe uma conspiração”. Ela passou o olho
sobre o espelho de duas faces que nos separa do escritório dos
fundos. O espelho de duas faces está lá para dar a impressão que
Stan ou qualquer pessoa que esteja nos fundos pode pegar ladrões
de loja. Mas Dauntra está convencida que na verdade serve para o
proprietário ou qualquer um espiar os empregados. “Isso nunca é
bom,” Adicionou Dauntra, “quando o governo começa a colocar o
nariz na nossa vida pessoal, como quanto tempo nós gastamos
com nossos familiares. Acredite nisso”.
Eu voltei pro meu relatório com um suspiro. Eu amo Dauntra e
tudo mais, mas às vezes não estou tão certa que ela está
completamente lá, se você sabe o que quero dizer. Quem tem
tempo pra se preocupar com o governo e o que está acontecendo
quando há muitos problemas reais lá fora? Como meu namorado,
por exemplo, aparentemente pensando que nós vamos fazer sexo
durante a semana de Ação de Graças.
Eu pensei mais uma vez sobre perguntar Dauntra, você sabe,
sobre David e eu, e o que ela pensa sobre a possível perda da
minha virgindade.
O negócio é, eu sei que ela faria tudo pra eu esquecer. E também
sei que, se eu contasse a ela, eu ajudaria a acabar com minha
imagem de boa garota na loja, uma imagem que eu não poderia
apagar agitando, até mesmo meu cabelo ébano meia-noite.
Mas contar pra minha irmã é uma coisa. Contar pra minha
companheira de trabalho do Vídeo Potomac é totalmente outra
coisa. Quero dizer, apesar de toda minha afeição por Teoria
Conspiratória, eu realmente não acredito em conspirações... como
a que Dauntra é na verdade uma espiã da Us Wekkly ou qualquer
coisa, e no minuto que eu que eu deixar algum detalhe íntimo da
minha relação com o primeiro-filho escapar, ela vai publicar isso.
Mas continuando. Talvez Dauntra esteja certa sobre uma coisa: é
melhor não deixar o governo – ou seu companheiro de trabalho do
Vídeo Potomac – colocar o nariz em nossos negócios. Algumas
coisas é realmente melhor deixar em segredo.
Pelo menos é o que eu penso dele. É engraçado como rapidamente
sua opinião sobre esse tipo de coisa pode mudar.
Lista dos 10 filmes que os empregados da Vídeo Potomac
pegam:
10. Clube da Luta: Um homem desiludido conhece um entranho
que o introduz a um novo estilo de vida. Brad Pitt, Edward Norton,
1999. Brad mais novo, desiludido, e grandes explosões. O que
poderia ser mal nisso?
09. O Sol é Pra Todos: Um advogado na era da Depressão do Sul
defende um homem negro falsamente acusado de estupro e ensina
seu filho e sua filha a não serem racistas. Gregory Peck, Mary
Badham, 1962. Duas palavras: Boo Radley. Preciso dizer algo
mais? Acho que não.
08. Atração Mortal: Garota popular conhece um rebelde que
mostra como ensinar u0ma lição às garotas esnobes de sua escola.
Christian Slater, Winona Rider, 1989. Alguém que tenta dizer que
isso não como o ensino médio realmente é, é um mentiroso.
Também tem a frase imortal: “Eu amo meu filho gay morto”.
07. Donnie Darko: Garoto do ensino médio é assombrado por
visões de um coelho gigante. Jake Gyllenhaal, Patrick Swayze,
2001. Ok, eu não entendi. Mas amei.
06. Napoleon Dynamite: Uma escola de ensino médio exilada ajuda
um novo garoto a fugir do presidente do corpo estudantil,
enquanto tenta conquistar a garota dos seus sonhos. Jon Heder,
Efren Ramirez, 2004. Melhor cena de dança de todos os filmes, pra
sempre.
05. Galera do Mal: Garota em escola religiosa é hostilizada pela
nobreza. Jena Malone, Mandy Moore, 2004. Esse filme quase
empata com Camp por pura hilaridade.
04. Dogma: Dois anjos renegados tentam voltar ao paraíso. Linda
Fiorentino, Matt Damon, 1999. Allanis Morrisette faz Deus. Nunca
houve alguma lei sendo lançada tão apropriadamente.
03. Secretária: Uma secretária tendo um romance ortodoxo com
seu chefe. Maggie Gyllenhaal, James Spader, 2002. Incomodando
deum jeito que faz você fazer Hmmm.
02. I’m the One That I Want: Margaret Cho’s 1999 aguenta uma
rotina de comédia. Margaret Cho, 2000. Provavelmente deveria ser
visto por todos.
E primeiro lugar na Lista dos 10 filmes que os empregados da
Vídeo Potomac pegam:
01. Kill Bill volumes 1 e 2: Uma assassino de aluguel procura
vingança quando ela, no passado, é tacada e deixada para morrer.
Uma Thurman, David Carradine, 2003/2004. Porque as pessoas
continuam se dando o trabalho de continuar fazendo filmes
quando Kill Bill existe? Kill Bill tem tudo. Você não precisa assistir
nada mais, sério.
Capítulo 05 by Gagau, Nêssa, Ana Vitória e Thaís.
Quando eu voltei pra casa do trabalho, foi pra encontrar uma cena
tão confusa, que por um minuto eu pensei que tivesse entrado na
casa errada. Eu quase voltei e fui embora de novo. De tão bizarro
que eu achei que parecia.
Lucy estava sentada na sala de jantar com uma coleção de livros
abertos na frente dela.
Numa noite de sexta. Uma sexta-feira à noite. Lucy nunca está em
casa numa sexta à noite. Até recentemente, ela estava sempre num
jogo ou fora com Jack, que viaja quase todo final de semana pra
vê-la. Ultimamente, claro, ela está trabalhando no shopping.
Mas não essa sexta-feira à noite. Essa noite de sexta, ela estava
sobre o vocabulário de palavras do SAT com – e essa foi a parte
que me convenceu que eu estava na casa errada, com a irmã
errada e com tudo errado – Harold Minsky.
Há muitos lugares que eu esperaria ver Harold Minsky. Potomac
Vídeo, por exemplo, na sessão de anime que eu tinha gastado uma
hora arrumando. Ou possivelmente o sci-fi shelves. Eu
definitivamente esperaria vê-lo no laboratório de informática na
escola, onde ele praticamente vive, na sua condição de assistente
de professor do Sr. Andrews, o supervisor do laboratório de
informática.
Eu não estaria tão surpresa de ver Harold no corredor em nosso
Barnes e Noble local, ou parado na frente do Beltway Billiards,
onde ele e seus amigos gastam horas alcançando recordes no
Árcade Legends, um jogo.
Mas eu não posso dizer que esperava, em um milhão de anos, ter
visto Harold Minsky na minha casa... Muito menos sentado na
mesa da sala de jantar com minha imã Lucy.
“Waggish?” (Que significa divertido) Lucy estava dizendo pensativa
enquanto eu entrava. “Você quer dizer, como um cachorro?”
Harold disse, numa voz entediada, “Não”. Então não havia resposta
pra minha irmã e ele disse imediatamente, “É um adjetivo”.
“Waggish” Lucy ergueu os olhos pro teto, como se a fada do
vocabulário fosse descer do teto pra ajudá-la. Instantaneamente,
ela me notou no vão da porta com a boca aberta.
"Ah, Oi Sam!" Ela disse radiante. "Você conhece o Harold? Harol,
essa é minha irmã, Samantha. Samantha, esse é Harold. Você
Sabe. Da escola."
Eu sabia. Harold era minha dupla de 'lab de computador TA'. Eu
disse "Er, Oi Harold".
Harold acenou com a cabeça para mim, então virou a sua cabeça
com aqueles óculos (como não poderia ser, quando os pais dele o
deram o nome de Harold?) para Lucy. O que os pais dele estavam
pensando, afinal? Eles não sabem que nomear uma criança de
'Harold' é uma ego-profecia cumprida que garante transformá-lo
em tudo que o nome indica: óculos, uma plantação de ervas
naquele cabelo marrom que precisa de um corte, um andar
instável, que origina de uma altura alcançada quando cresceu 15
centímetros no verão passado, fazendo dele um dos meninos mais
altos da escola que não estão, de verdade, no time de basquete; e
uma camisa laranja havaiana, o rabo de quem pulou fora do cós
do "Levi's" muito curto dele?
"Vamos lá," Ele disse em um tom de certa tolice que eu tenho
certeza que nenhum outro membro do sexo masculino usou com a
minha irmã antes em toda a sua vida. "Você sabe essa. Nós
revisamos ainda há pouco."
"Waggish," Lucy disse obedientemente. Então adicionou pra mim,
"Ah! Eu trouxe uma coisa pra você, Sam. Aquela coisa sobre a qual
falamos na outra noite? Está em sua cama."
No começo, eu não sabia do que ela estava falando. Então, quando
ela piscou lentamente, caiu a ficha! E eu comecei a ficar vermelha.
Profundamente.
Felizmente, Harold estava muito ocupado em fazer minha irmã
dizer a definição de waggish, para me notar.
"Lucy," Ele disse severamente, "se você não vai tentar, eu não vejo
motivo para gastar meu tempo e o dinheiro dos seus pais."
"Não, não, espera," Lucy disse. "Eu sei essa. Verdade, eu sei.
Waggish. Não quer dizer 'feliz'? Tipo, a vitória no futebol o deixou
'waggish'?"
Eu tinha que passar pela sala de estar para subir as escadas.
Meus pais estavam ambos sentados lá, fingindo ler. Mas eu sabia
que eles estavam escutando a Lucy com seu novo tutor.
"Oi querida," Minha mãe disse quando me olhou. "Como foi o
trabalho?"
"Trabalhoso," Eu disse, mantendo minha cabeça abaixada, na
esperança que ela não reparasse meu rosto vermelho-luminoso.
"Quanto tempo isso vai durar?" Eu apontei com o meu polegar em
direção à sala de jantar.
"Hoje a noite é a primeira sessão deles," Mamãe disse. "Eu liguei
para a escola e eles me disseram que Harold é o melhor tutor
preparatório para o SAT que eles têm. Você o conhece? Você acha
que ele é capaz de ajudá-la?"
"Bem," Eu disse devagar. "Se alguém consegue, eu acho que é o
Harold"
"Eles me disseram que ele é candidato para Harvard," Minha mãe
disse. "Todas as heras, na verdade."
"É," Eu disse. "Isso parece com o Harold, mesmo."
"Eu pedi uma tutora, sabe, uma mulher" Minha mãe disse,
abaixando sua voz para ter certeza de que Lucy e Harold não
podiam entreouvi-la, " porque eu não queria que houvesse
nenhuma... Complicação romântica. Você sabe como os garotos
podem ficar em respeito a sua irmã. Mas quando eu vi Harold em
ação com ela, eu percebi que ele seria perfeito. É quase como se ele
não percebesse que ela é... Bom, o jeito que ela é."
Foi gentil da parte da minha mãe, não dizer o que todos nós ali
estávamos pensando: Que Lucy é tão deslumbrante, rapazes na
rua frequentemente se apaixonam por ela nas ruas e se arrastam
por ela enquanto oferecem seus números de telefones rabiscados
em sucatas de papel, os quais Lucy educadamente sempre recebe,
então joga, sem pensar duas vezes, no lixo do quarto dela quando
ela limpa a sua bolsa todas as noites.
"Hm," Eu disse. "É, em relação a isso, tudo bem quanto a Harold.
Ele não liga muito pra esse lance de popularidade. Ou garotas, na
verdade. Ao menos que elas se chamem 'Lara Croft' e vivam dentro
de um Playstation."
"Eu não ligo se ele se apaixonar por ela," Meu pai disse, enquanto
virava a página do jornal que ele segurava. "Contanto que ele a
ajude a levantar seus pontos, eu estarei feliz."
"Oh, Richard," Minha mãe disse. "Não tão alto. David ligou
enquanto você estava no trabalho, Sam. Ele disse pra você ligar de
volta pra ele quando tiver uma chance."
"Ahh," Eu disse. "Ótimo."
Só que eu não achava ótimo. Eu achava, na verdade, o contrário
de ótimo. Porque eu sabia por que ele estava ligando. Para
descobrir o que minha mãe e meu pai haviam dito. Para descobrir
se nós vamos ou não passar o dia de Ação de Graças juntos para
jogar Parcheesi.
E a verdade é, que eu nunca fui, de verdade, a maior fã de jogos de
tabuleiro.
O que ele faria, eu imaginava, se eu dissesse não? Não, eu não
quero ir para o Camp David no dia de Ação de Graças com você,
David. Ele me jogaria fora? Quero dizer, e se eu fosse e dissesse a
ele que enquanto ele acha que nós estamos preparados para
transar eu não estou tão certa?
Não. Sem chance. David não é esse tipo de garoto. Em primeiro
lugar, ele é um nerd total - quer dizer, carregando cartão, com as
suas camisetas 'Boomtown Rats' de ótima qualidade, Converse de
cano longo, estritamente ficção científica relacionada à lista para
fazer TiVo. E vamos encarar isso, nerds simplesmente não dão o
fora em suas namoradas por não pôr pra fora, como os atletas
parecem fazer. Ou assim eu ouvi, não que eu tenha, de fato, me
relacionado com algum atleta.
E em segundo lugar, eu sei que David realmente me ama. Eu sei
disso por causa do jeito que ele pode se divertir brincando com o
meu cabelo em um minuto, beliscando meu pescoço, e me dizendo
como ele me acha sexy na minha nova blusa da Nike no outro.
Eu também sei, porque eu sou a última pessoa com a qual ele fala
todas as noites antes de ir dormir (ele nunca se esquece de me
ligar no celular... Se eu já estou adormecida - ou fingindo estar,
como eu estava na noite passada - ele deixa uma mensagem) e a
primeira com a qual ele fala quando ele acorda (não que eu sempre
atenda, já que eu não estou apta a falar antes da minha dieta
matutina do Dr Pepper).
E ele não liga só porque ele acha que tem que ligar ou eu terei um
ataque - do jeito que a Lucy faz com o Jack- e sim por que... Bem,
ele quer.
Não, David não vai me dar o fora se eu disser a ele que eu não
estou preparada. Ele me ama. Ele vai esperar.
Eu acho.
Além do que, se ele me chutasse, a imprensa o comeria vivo. Não é
pra soar de uma maneira metida ou esnobe, mas eu sou bastante
amada pelas pessoas americanas, por salvar a vida do líder delas.
Embora isso seja trabalho pré-tintura no meu cabelo. Quem sabe
como Margery em Poughkeepsie se sentirá em relação a mim
quando ela vir minha nova aparência de Ashlee Simpson.
"Esse 'Retorno a Família' é uma iniciativa que o pai do David está
promovendo," Minha mãe disse, quebrando toda a minha reflexão
sobre a minha vida sexual - ou a falta dela. "Eu gostei da idéia.
Algumas vezes eu sinto como se nunca conseguisse ver vocês,
crianças, você estão sempre tão ocupadas."
Eu só fiquei olhando fixo pra ela, completamente chocada.
"De quem é a culpa?" Eu praticamente gritei. "Esse emprego de
meio-período não foi exatamente MINHA idéia, você sabe."
Meu pai abaixou seu jornal novamente. "É importante pra vocês,
crianças, aprender o valor de um..."
"É, é," Eu interrompi meu pai. "Um dólar, eu sei." Como se alguma
coisa ainda custasse um dólar. "Falando disso, a Lucy trocou de
turno, ou o quê? Por que ela está em casa tão cedo? Normalmente,
ela nunca volta lá do shopping antes das dez."
Eu notei a troca de olhares entre os meus pais. Não pense que eu
não notei.
"Nós decidimos que, para dar pontos mais altos à Lucy no SAT, ela
precisa dedicar mais tempo aos seus estudos, e menos a sua vida
social e plano de trabalho." Minha mãe disse, ligeiramente.
Me levou um minuto para entender o que ela queria dizer. Então,
quando eu finalmente entendi, minha mandíbula abriu totalmente
novamente.
"Espera um minuto,” Eu choraminguei, "Ela saiu do trabalho dela
porque se deu mal no SAT? Isso não é justo!"
"Shhhhi, Sam." Minha mãe deu uma olhada nervosa para a sala de
jantar. "Lucy está muito desanimada sobre ter que dar a notícia no
'Bare Essentials'. Você sabe o quanto ela ama o desconto para
empregados..."
"Então se minhas notas começarem a cair," Eu mandei, "eu posso
sair do Potomac Video?"
"Sam!" Minha mãe me deu um olhar reprovador. "Que coisa pra se
dizer. Você ama o seu emprego! Está sempre falando sobre a sua
amiguinha Donna, e o quanto legal ela é..."
"Dauntra."
"Dauntra, quero dizer. Além do mais, você pode lidar melhor com
um horário mais cheio do que a sua irmã. Você sempre foi capaz."
"Conte as suas estrelas da sortes sobre isso, também," Meu pai
observou, voltando para o seu jornal, "ou nós faremos você sair
das suas sessões se arte da maneira como nós a fizemos sair da
equipe de torcidas."
Eu o fixei, totalmente chocada.
"Espera... Vocês a fizeram largar a equipe de torcidas?"
"O SAT é mais importante que a equipe de torcidas," Meu pai disse.
Ele pensaria que, vendo do modo da escola secundária, ele era um
pouco como... Bom, como o Harold, das histórias que eu ouvi.
"Ela só está algum tempo fora," Disse minha mãe. "Se ela trouxer
boas notas, ela pode voltar para o time. Nós falamos com a
treinadora. Ela entendeu que seria demais... Equipe de torcida, os
dever...”
“Isso não teria que ser demais," Meu pai disse, por trás do jornal,
"se uma certa pessoa não viesse todos os finais de semana e
esperasse passar cada momento com ela."
"Agora, Richard," Mamãe disse. "Eu falei com os Slaters. E eles
concordaram em ter uma palavrinha com o Jack..."
"Um grande bem, eles farão," Meu pai disse com um rosno, ainda
não tirando o olhar do seu jornal. "Esse garoto nunca os ouve..."
"Richard," Minha mãe disse.
Eu tomei isso como uma deixa para eu ir pro meu quarto. Nunca é
divertido ouvir meus pais discutindo sobre o namorado da Lucy. O
que eles fazem todas as vezes que o nome dele vem à tona. Não que
eles não estejam em completo acordo em sua opiniões sobre ele:
ambos o detestavam. Eles apenas tinham idéias diferentes sobre
as maneiras para lidar com a situação. Minha mãe acredita que se
eles tentarem de alguma maneira, proibir a relação dos dois, isso
só fará o afeto da Lucy pelo Jack ficar mais forte -- tipo o jeito
como a afeição do Hellboy pela Liz só ficou mais forte depois que
eles tentaram impedi-lo de vê-la depois que ela fugiu da instituição
mental.
Meu pai, por outro lado, acha que eles simplesmente deveriam
proibir a Lucy de ver o Jack nunca mais, e isso ia tomar conta do
problema.
O que é por que Lucy e Jack ainda estão saindo. Porque todos
(exceto o meu pai) sabem que dizer a uma garota que ela não pode
sair com certo cara só faz com que ela queria sair com ele ainda
mais.
Esse é outro motivo pelo qual a vida da Lucy é vastamente
superior a minha. Ela sai com uma cara que os meus pais não
gostam ou confiam, fazendo com que eles tenham que se
preocupar com a vida dela todo o tempo.
Lucy sortuda.
Embora, se você pensar sobre isso, a sorte dela está meio que indo
embora - pelo menos no lance do time de torcida. Quero dizer,
mesmo arruinando a causa feminista, ela realmente gosta de fazer
isso. E agora isso foi arrancado dela.
E ainda, ela não parecia tão infeliz lá com o velho Harold. O que é
estranho, porque, sem levar em consideração se ela vai ou não
sentir falta da equipe de torcida, uma coisa ela definitivamente vai
sentir falta, se mamãe e papai tiverem seus modos é o Jack...
Onde ele está afinal? Por que ele não está batendo na porta,
insistindo em vê-la? Será que o Doutor e a Sra. Slater tiveram
'uma palavrinha' com ele, como minha mãe disse que eles teriam?
Mas Jack, sendo um rebelde urbano e tudo mais, não é do tipo de
concordar em não ver sua namorada só porque os pais dele
disseram que ela está tendo problemas na escola, e ele precisa dar
um tempo, ou qualquer coisa. Na verdade, desde que ele começou
na RISD, Jack tem sido um artista descontente mais do que
nunca, com a sua nova moto e tudo mais.
E, ok, meus pais proibiram expressivamente a Lucy de andar,
mesmo que Jack tenha comprado para ela um capacete (não que
Lucy estivesse particurlamente emocionada com isso. Ela queria
um rosa. E também, ela diz que bagunça o cabelo dela).
Mas isso não quer dizer que o Jack não pode usar a moto para
passar pela nossa casa, o que frequentemente eu o ouço fazendo,
no meio da noite...
Embora, pensando nisso, eu não tenha ouvido, na verdade, o ruído
da Harley do Jack tão frequente recentemente. O que está
acontecendo? Eu tenho que descobrir isso da Luce antes do Harold
ir.
Nesse meio tempo, eu achei o que a Lucy disse que tinha deixado
para mim.
Estava exatamente onde ela disse que tinha deixado, no meio da
cama. Eu olhei dentro da bolsa de papel marrom indescritível e vi
duas caixas. O primeiro dizia, "PROVOCA O PRAZER DELA" em
tipo masculino.
Ai, meu Deus. Minha irmã me comprou uma caixa de camisinhas.
Me sentindo um pouco enjoada, eu olhei a outra caixa. Tinha
umas flores onduladas desenhadas lá. Dentro, eu encontrei uma
caixa e um plástico, tampão com o aplicador junto com um
encarte.
"COMO USAR A ESPUMA ANTICONCEPCIONAL" O sumplemento
dizia.
Ai, meu Deus.
AI, MEU DEUS.
Eu joguei tudo dentro da caixa de volta, e então as caixas dentro
da bolsa e a bolsa embaixo da cama.
Isso era uma coisa para a qual eu não estava preparada. Não, não,
não. Não estava preparada. TOTALMENTE NÃO-PREPARADA.
Muito, muito, muito não-preparada.
Quero dizer, eu, Samantha Madison, realmente ia fazer isso? Eu ia
realmente fazer sexo com meu namorado?
Eu não podia evitar pensar na garota que Kris xingou mais cedo,
na escola... Debra, ou qualquer que seja o nome dela. Ela tinha
transado com o namorado dela. Supostamente, de qualquer
maneira. E se eu e David Fizermos Aquilo, e o soubessem, como
aconteceu com Deb? As pessoas me chamariam de puta pelas
minhas costas?
Provavelmente.
Embora isso dificilmente fosse pior do que eles já me chamam (
Estranha, Gótica, Adoradora de Satã, Punk, Psicopata, etc.).
Mas isso não seria só na escola. Eu quero dizer, com minha
estranha habilidade para ter fotos minhas nas revistas
(principalmente na lista da Fashion Don'ts, mas tanto faz), notícias
da minha vida sexual provavelmente se espalhariam pelos
tablóides.
Não que eu alguma vez tenha feito questão de sair contando pra
todo mundo que eu sou virgem e tudo mais. Mas, você sabe. Seria
extremamente embarassador se minha vó lesse sobre isso...
Foi exatamente aí que a Lucy chegou se arrastando pelo meu
quarto, sem bater, é claro.
"Ei," Ela disse ofegando, tendo claramente corrido pelas escadas.
"Eu posso pegar a sua calculadora emprestada?"
Eu olhei para ela. "O que aconteceu com a sua?"
"Eu emprestei pra Tiffany na última vez, nós estávamos na Fábrica
de Bolo de Queijo "The Cheesecake Factory" e estávamos tentando
descobrir quanto dar de gorjeta e ela se esqueceu de me devolver.
Vamos lá, me empresta a sua só por hoje a noite. Eu vou pegar a
minha de volta amanhã."
Eu entreguei a ela a minha calculadora. Era, na verdade, o mínimo
que eu podia fazer, considerando o presente que ela me deu.
"Ah, obrigada," Ela disse. E começou a se retirar.
"Espera" Eu disse. Obrigada pelas camisinhas e a espermicida.
Isso era o que eu queria dizer. Mas em vez disso o que veio foi,
"Como está indo? Quero, dizer, com, hmm, Harold?"
"Ah," A Lucy disse, alisando uma mecha do seu cabelo sedoso cor
dourado-avermelhado e a colocando atrás da orelha. "Bem. Você
sabe, Harol acha que não é porque eu não sou inteligente que eu
fiz tão poucos pontos. Ele acha que eu sofro de ansiedade de
teste."
"Verdade?"
"É. Harold acha que se eu me aplicar, eu posso subir minha
pontuação em cem pontos -talvez mais- só praticando alguns
exercícios de respiração antes de ir pra sala dos exames.
"Uau," Eu disse, imaginando se era por isso que Harold sempre
parece parecer seu inalador. Você sabe, de todos esses exercícios
de respiração que ele deve fazer para manter seu perfeito GPA.
"É," Disse a Lucy. "Harold é bem legal, você sabe. Uma vez que
você fica sabendo sobre as coisas do 'Deep Space Nine' e como
foram eles que cancelaram 'Angel'"
"É," Eu disse. "Eu sei. Eu sempre gostei do Harold. Ele é legal. Tipo
quando você bagunça alguma coisa no seu computador do
laboratório, ele não adquire tudo. Bem, você fez um disco back-up?
O jeito alguns dos TAs fazem."
"Aw," Disse a Lucy. "Isso é meigo. Eu não posso acreditar que ele
não é mais popular. Quero dizer, como eu nunca tinha encontrado
ele antes, como em uma festa ou alguma coisa?"
"Hmm," Eu disse. "Porque os garotos como Harold não são
convidados para o tipo de festas que seus amigos vão."
"Do que você está falando? Meus amigos não excluem ninguém"
Eu elevei meus olhos castanhos. "Um," Eu disse, de novo. "Sim,
eles são desse tipo."
Lucy não queria ouvir isso. Eu poderia dizer, uma vez que ela
olhou bem pra mim e disse, "Bem, obrigada pela calculadora. É
melhor que voltar pro Harold."
Então ela saiu, antes mesmo de eu ter chance de acradecer pelo
que ela havia me emprestado. Bom, não exatamente me
emprestado já que eu duvido que ela queira de volta.
Bem quando eu estava pensando nisso meu celular toca.
Eu não estava esperando que isso acontecesse – meu celular tocar
e tal. Eu continuo não completamente acostumada com isso –
tanto que eu totalmente gritei, fazendo Rebecca, em seu quarto
abaixo do hall, mandar, “Você se importa, Sam? Eu estou num
estágio realmente crucial nessa dissecassão de larva.”.
Que, realmente, eu não me importaria eu não ter sabido.
Eu podia ver do identificador de ID que era David ligando. David,
com quem eu ainda não tinha falado – por sorte na verdade –
desde a discussão na noite passada abaixo do salgueiro weeping
no jardim da frente. Eu tinha até aquele momento ignorado duas
de suas mensagens. Eu tinha que atender.
Somente... O que eu ia dizer?
“Oi,” pareceu um bom jeito de começar.
“Olá,” David disse.
Exceto que este não era nenhum simples “Olá.” Nunca, de fato,
tinha se feito saber em uma palavra tão curta na história de todos
os tempos. Toda felicidade de David que eu tivesse finalmente
respondido, assim como sua frustração por não ter me ouvindo
nas últimas 24 horas, e – eu realmente não acho. Eu estou
imaginando isso - tanto sua falta de certeza sobre como eu senti
sobre seu convite para “jogar Parcheesi” com ele fim de semana de
Ação de Graças estava naquele Olá.
Eu tenho quase certeza.
É muita coisa em uma simples palavra.
“Onde você esteve?” David veio a perguntar. Não de uma maneira
irritada. Apenas curioso. “Eu te deixei duas mensagens. Você está
bem?”
“Hm,” Eu disse. “Sim. Desculpa. As coisas têm sido malucas.” Eu
observei a sacola marrom com os “presentes” de Lucy para mim
saindo pra fora de baixo da cama e rapidamente chutei para trás
de modo que a desordem empoeirada cobrisse-a. Não me pergunte
por quê. Quero dizer, não era como se David estivesse lá no quarto
comigo. Exceto que ele estava. Por sorte. ”Com escola, você sabe. E
o trabalho.”
“Oh,” David disse. “Ok. Bem, o que eles disseram?”
Por um segundo, eu honestamente me esqueci do que ele estava
falando. “O que eles disseram?”
“Seus pais,” Ele disse. “Sobre Ação de Graças.”
E tudo voltou como enchente.
“Oh, Ação de Graças,” Eu disse. Ai meu Deus. Ação de Graças. Ele
queria saber sobre o Ação de Graças.
Bem, claro que ele queria. Eu quero dizer, era por isso que eu
estive evitando suas chamadas nas últimas 24 horas. Porque ele
queria uma resposta sobre o Ação de Graças.
Acontece que eu não estava certa se eu estava pronta para dá-lo
uma.
“Hm,” Eu disse, olhando de relance para Manet, que como sempre
foi desmoronado através de minha cama, ignorando
completamente o fato que a vida de sua proprietária estava virada
completamente de cabeça para baixo e de dentro para fora. Os
cães os têm tão fácil. “É. Desculpe. Eu… Eu não tive a chance de
perguntá-los ainda.”
Ok. Simplesmente menti para o meu namorado. Pela primeira vez.
Mais ou menos.
“Oh,” David disse.
Como com seu “Olá” uns minutos antes, auele “Oh” quis dizer
muito. Tinha sido realmente menos de um “Oh,” do que um “Oh?”.
Eu estava tão inoperante.
“É só que,” Eu disse, falando uma milha por minuto. “É a Lucy.
Ela foi mau nos SATs e agora meus pais fizeram-na parar como
líder de torcida e pegar um tutor e todo mundo está pirando.”
“Whoa,” David disse. Soou que ele acreditou. Bem, por que não
deveria? Essa parte era a verdade, em todo o caso. “Mal como?”
“Realmente mau,” Eu disse. “Então não é a melhor hora para
perguntar. Se você entende o que eu estou dizendo.”
“Totalmente,” David disse. “Eu ouço você.”
Acontece que, para um cara que estava esperando saber se ia ou
não, você sabe, fazer sexo com sua namorada na próxima semana,
ele soava terrivelmente.. calmo. Eu quero dizer, não como os caras
daqueles livros da Lucy, que estão sempre, “Phillippa... Eu preciso
tê-la. Meu quadril explode por você.”
Eu estava completamente não tendo quadris explodindo com o
David. Quero dizer, não mesmo.
Que eu acho que posso entender. Quero dizer, é até bom que ele
não esteja tendo muitas esperanças. Porque não como se, quando
nós Fizermos Aquilo e tudo, eu vá saber o que eu esteja fazendo
nem nada, apesar de ter lido no manual do anticonceptivo.
E, claro, ele também não vai saber o que fazer. Porque não é que
ele seja mais experiente no assunto do que eu.
Mas ainda assim. Tem uma probabilidade muito grande de eu
estragar mais as coisas do que dele. Não sou a pessoal mais
coordenada do mundo. Eu mal passei em E.F. (para ser justa, isso
é porque eu sou tão não-competitiva que me recusei a participar a
maior parte do tempo. Eu só não via o porquê daquilo. pegue a
bola, segure a bola, jogue a bola. Quem se importa? É só uma bola
estúpida).
Acho que estava tendo que confiar que quando - ou se - o Grande
Momento chegasse, meu corpo me diria o que fazer. Quer dizer, eu
não sabia até agora.
A não ser por toda aquela coisa de escalada de corda em E.F.
"Bem, escute," Disse David, ainda não parecendo como um cara
cujos quadris estavam explodindo, ou o que seja. "Apenas me deixe
saber. Ah, e sobre amanhã à noite?"
Amanhã à noite? O quê sobre amanhã à noite? Nós deveríamos
fazer alguma coisa amanhã À noite?
Ah, é. Amanhã é sábado. Noite de encontro. Ah meu Deus, nós
vamos sair? Se nós saírmos, ele vai vir com isso? O plano todo de
Ação de Graças, quero dizer? Amanhã é cedo demais! Não posso
decidir sobre tudo isso amanhã! Ainda estou me acostumando á
idéia! Eu não sei! Eu não seio que eu quero!
"Hum." Eu disse, impressionada de como eu soava tão calma sobre
a coisa toda. "Ah, certo. Amanhã. Como será?"
"Meu pai tem uma coisa o dia todo no Four Seasons. É algo de
Retorno à Família, para apoiar os interesses de alguns grupos,
então ele me quer lá, por que... Você sabe".
"Certo," Eu disse. "Família e essas coisas".
"Certo. Mas você pode vir, se quiser".
Então eu posso sentar perto de você na frente de um prato de
comida congelada de hotel, que nem fui eu mesma que fez o
pedido, ouvindo outro dos discursos chatos do seu pai numa
remota possibilidade que nós possamos ter uma chance para 'nos
entendermos' depois na frente do meu jardim? Ahhn, não,
obrigada.
Isso era o que eu queria dizer. Em vez disso, eu disse, "Oh céus,
isso soa bem divertido. Entretando, eu acho que estou ocupada.
Tenha uma boa noite."
David riu. "Eu pensava mesmo que era isso que você ia dizer.
Okay."
E só assim, eu estava fora do gancho. Por toda a conversa sobre o
dia de Ação de Graças.
"Eu sei que as coisas devem estar estranhas," David disse, "com
Lucy e tudo mais. Mas me liga, você liga? Eu realmente sinto sua
falta."
"Eu sinto sua falta também," Eu disse. Isso não era uma mentira,
também. Eu sentia a falta dele.
"Amo você, Sharona," David disse.
"Amo você, Daryl," Eu disse. E desliguei.
E, por Deus, cara. Eu sou a pior namorada da face da Terra
10 maneiras pelas quais você pode dizer que seu namorado
realmente ama você:
10. Ele aguentar suas oscilações estranhas de humor, até quando
você tá de TPM e o acusa de gostar da Fergie, do Black Eyed Peas
mais do que ele gosta de você, embora você saiba perfeitamente
que ele nunca conheceu, de fato, a Fergie.
09. Ele deixa você escolher os filmes, na maioria das vezes.
08. Indica qual sobremesa vocês vão dividir.
07. Ele sabe o nome dos seus amigos e pergunta como eles estão
(embora que no caso do David, isso não é tão difícil já que você só
tem, basicamente, uma única amiga).
06. Ele faz questão (para a melhor habilidade dele), que quando
você ficar para o jantar, o 'chef' da Casa Branca servirá algo que
você vai comer, de verdade.
05. Ele liga frequentemente, para saber o que você está fazendo.
04. Ele acha que você está ótima, mesmo quando não está usando
nem um pingo de maquiagem.
03. Ele ouve quando você começa a se lamentar pelos seus
problemas e tenta oferecer soluções viáveis para eles, mesmo que a
maioria das coisas que ele sugira são totalmente estúpidas e
nunca vão funcionar, porque ele é um garoto e simplesmente não
entende.
02. Ele não fica preocupado, nem transtornado quando ele
entreouve você conversando com a sua melhor amiga sobre como o
novo cara do "Gilmore Girls - Tal Mãe, Tal Filha' é sexy.
E a maneira número um pela qual você pode dizer que seu
namorado realmente ama você é:
01. Ele não faz uma grande intriga quando você decide passar o
sábado à noite na frente da TV, em vez de passar com ele.
Capítulo 06 by Letícia
Exceto pelo fato de que eu não fiz. Ficar sábado a noite assistindo
National Geographic Explorer junto com Rebecca, eu quero dizer.
Porque quando deu 15h00min eu ouvi o telefone tocar e fiquei
realmente surpresa quando ouvi Dauntra no outro lado da linha.
“SAM???” Por alguma razão especifica ela estava gritando, e eu
entendi realmente rápido por que. Não que fizesse diferença onde
ela estava, mas estava realmente barulhento por lá.
“Dauntra?” Eu estava meio que surpresa com a ligação, até
porque, Dauntra nunca tinha ligado pra minha casa antes. Eu
nem sabia que ela tinha o meu telefone, quero dizer, todos os
empregados da Potomac Video têm seus telefones colocados no
boletim que fica no escritório de Stan, mas eu não fazia a mínima
idéia de que Dauntra havia pego o meu telefone e copiado.
“Porque todo esse barulho?! Onde você está?!”
“Em alguma delegacia” Ela gritou, então eu ouvi alguém gritando
ao fundo “abaixe isso, ou te coloco algemas”
“Em uma delegacia?” Eu repeti. “O que você está fazendo ai? Tá
tudo bem?”
“Eu estou bem” Ela disse impaciente. “Só estou apreendida”
“Apreendida?” Nisso, eu quase deixei cair o telefone. “Você quer
dizer que está me ligando da CADEIA?!”
“Uhum” Dauntra disse. “Então, acho que não vai dar tempo para ir
trabalhar hoje, você pode me substituir até a noite? Eu juro que se
você precisar, eu te substituo algum dia!”
Eu ainda estava em choque quando ela disse isso. E se alguém lá
de casa tivesse escutado o final da conversa? Eu não estava muito
entusiasmada pra descobrir o que iria acontecer se um deles
descobrisse que minha colega de trabalho havia sido presa...
“O que você fez pra ser apreendida?” Eu perguntei a ela.
“O que...” Nisso, percebi que ela havia tirado o telefone de perto da
boca e gritado “Vocês ai, calem a boca! Eu não posso ouvi-la!”
Então ela voltou “O que você havia dito Sam?”
“Eu disse, o que você fez para ser apreendida?”
“Ah, isso?” Dauntra disse. “Um grupo nosso fez um protesto, se
fingindo de morto, bem em frente ao Four Seasons, você sabe,
enquanto seu querido presidente estava fazendo uma arrecadação,
menina, ele nunca ficou tão supresso”
Ele provavelmente não tinha sido o único, eu mesma não podia
acreditar no que estava ouvindo.
“Uhn, então, você pode me substituir?” Dauntra perguntou “Ah, se
você não puder você pode ligar para alguém ai por perto e vir se dá
pra ele fazer isso? Eu só tenho direito a uma ligação e realmente
não quero perder meu trabalho.”
“Você só tem uma ligação e ligou para mim?!” Eu estava realmente
chocada. “Dauntra, seria melhor se você tivesse ligado para algum
advogado.” Aí eu me lembrei de algo “Dauntra, minha mãe e
advogada, me diga onde você está e eu a levo até ai...”
“Eu não preciso de um advogado” Ela me interrompeu, “Alguém vai
pagar minha fiança logo, mas não a tempo de eu ir para o
trabalho, você vai fazer isso ou não?”
“Claro” Eu disse. “Claro – quero dizer, com certeza” Após isso, eu
ouvi alguém do outro lado da linha a censurando. “Meu Deus
Dauntra, vá com calma”
“Calma?!” Ela respondeu entre risos. “Eu estou explodindo de
alegria, muito obrigada, Sam.”
E desligou.
Foi por isso que eu me encontrei manejando o caixa da Potomac
Video uma hora depois, e tentando encontrar em um dos canais de
TV aberta, uma demonstração do ato de Dauntra que a fez ser
presa.
Infelizmente as TV’s da Potomac Video não eram ligadas ao cabo,
já que a única função delas era passar o filme que estávamos
tentando promover naquela semana. Como já era de se imaginar,
tudo que eu conseguir ver foi pontos.
Finalmente Stan apareceu e colocou no Dvd o ultimo filme do
Jason Bourne, ele não pareceu muito supresso quando eu disse
que tinha vindo substituir Dauntra.
“Eu não quero saber” Foi exatamente o que ele disse quando eu
estava inventando uma desculpa de onde estava Dauntra
(visitando um tio distante e doente). “Só fique ligada com os
vândalos na loja, há montes deles nas noites de sábado. Estúpidos
vizinhos com nada para fazer, acham que é engraçado rasgar uma
caixa ou outra de um jogo para Xbox 260”
E era o que eu estava fazendo, por de trás do caixa e observando
supostos vizinhos vândalos quando o sino preso por cima da porta
tocou. Mas não era Mr. Wade ou qualquer outro usuário regular
que sempre aparecem para contemplar a nova coleção de Dvd’s
que havia chegado aquela semana, era Lucy.
Essa sim foi uma grande surpresa, já que pelo o que eu me lembre,
Lucy não punha os pés na Potomac há muitos anos. Gente popular
como Lucy não tinha tempo pra assistir Dvd’s, eles são muito
ocupados indo a festas e saindo com seus supostos namorados. E
por incrível que pareça, Lucy que tinha ficado aquela sexta
específica em casa, teria deixado a escolha do DVD para outra
pessoa, que não fosse ela. Potomac Video com seus cartazes de
Boba Fett e Han Solo, dos seus dutos no teto e das placas pintadas
a mão (LOCAL APENAS PARA FUNCIONÁRIOS) não era o tipo de
lugar que Lucy freqüentava.
Você podia ver claramente como pesava nela passar pelas
prateleiras – e é claro, atraindo a atenção de aproximadamente
TODOS que estavam no lugar, a maioria deles caras universitários
com camisetas do Kiss the Geek discutindo sobre o novo filme do
Star Trek que haviam acabado de alugar, quando finalmente me
viu por de trás do caixa, e veio rapidamente na minha direção,
evitando olhar para os lados. “Hey, Sam”
“Hum” Eu disse. “O que você está fazendo aqui?” Por que eu não
podia acreditar que ela estava lá, ao menos que tenha recebido um
fora de Jack ou de uma de suas amigas no ultimo segundo.
Foi ai, que eu me dei conta.
“Deus” Eu disse perplexa olhando para a cara dela “Eles te
obrigaram a fazer isso também?”
“Quem?”
“Papai e mamãe, você sabe, por causa daquele rolo com o SAT”
Lucy respondeu entre risos “Não, eles não me obrigaram”
Eu olhei fixamente para os pés dela enquanto a imagem de Matt
Damon aparecia na TV e dizia “Eles mataram a mulher que eu
amava“ nisso eu percebi que olhava para os pés de Lucy com a
mesma intensidade que Matt olhava do outro lado da tela da Tv.
“Bem, eles...” Eu disse meio confusa “O que você está fazendo
aqui?”
“Oh” Lucy passou sua pequena bolsa Louis Vitton de um ombro
para o outro (presentinho de aniversario da vovó) “Eu vim locar um
Dvd, Você provavelmente já ouviu sobre ele, algo chamado
Hellboy”.
Eu olhei fixamente para ela “Hellboy,”
“Yeah” Lucy olhou por volta da loja afim de que sua cabeça
passase pelos geeks sobre o Sci-fi e fingindo olhar entredita para a
nova coleção de filmes estrangeiros “Você tem esse filme aí?”
“Hellboy” Eu repeti “Estrelado por Ron Perlman e Selma Blair,
rodado em 2004, e baseado no dark horse gibi com o mesmo
nome, este Hellboy?”
“Acho que sim” Lucy disse, olhando para o nada “Harold me
recomendou esse”
Eu olhei para ela ainda mais fixamente “Harold MISNKY?”
“Sim” Ela confirmou “Ele disse que o filme preferido e eu ouvi você
falando sobre também. Você não gosta? Eu pensei que gostasse”
Enquanto isso ela mexia em uma figurinha de Nightmare Before
Christmas que Dauntra havia colado perto do ‘Precisa de um
centavo? Pegue um centavo. Tem um centavo? Dê um centavo.’
“Então, vocês tem ai?”.
Sem tirar os olhos da minha irmã eu disse para os caras do outro
lado das prateleiras “Hey, um de vocês pega Hellboy para mim e
joga aqui?”
Um segundo depois uma copia de Hellboy aterrisou em minhas
mãos.
Lucy olhou de relance para eles e disse “Ah, obrigado!” é claro que
os outros funcionários ficaram petrificados com isso, para a
segurança dos documentários que eles estavam arrumando.
“Aqui está” Eu entreguei a caixa para Lucy, que olhou e disse “Ai
meu, assim que é Hellboy? Com essas coisas na cabeça?”
“São chifres” Eu respondi “Eles os ganha quando desce para lá”
“Hm... Ele é do bem? Por que... ele não parece exatamente do
bem...”
“Isso” Eu tentei esclarecer “é o conflito da historia, Hellboy é um
diabinho em conflito com a sua própria natureza. Ele é o Satã
terrestre, contudo, ele foi levado com cuidado pelo povo de bom
coração que habita a terra e agora, que ele é adulto ele terá que
lutar contra sua própria natureza e salvar a terra de todo o mal, é
claro que ele está apaixonado por Liz, que pode controlar
mentalmente o fogo”
“Oh, isso é bom, acho que vou levar, quanto eu te devo?”
“Pouco. Eu vou te dar o meu desconto de empregado, já que você é
da família”
“Ótimo” Lucy disse, e pôs-se a mexer a procura de algo em sua
própria bolsa, enquanto fazia isso ela perguntou casualmente
“Você conhece Harold, certo Sam? Eu digo, socialmente”
Eu pisquei pra ela, isso não era esperado, considerando o ciclo
social que Harold preservava, além do mais, de onde tinha vindo
aquele súbito interesse por Harold?
“É... Não exatamente, ele é só meu ajudante de informática, nós
não temos os mesmos amigos, quero dizer, eu sou nerd, mas não
tão nerd quanto ele”
“Sim, mas vocês dois colecionam gibis”
“Mangá” Eu corrigi ela, “Harold coleciona mangás, eu apenas os
desenho”
“Tanto faz” – ela finalmente havia achado seu dólar e o retirado de
dentro da bolsa – “Você por um acaso, já ouviu por ai, alguém
comentando se ele tem uma namorada?”
Eu estava chocada, literalmente!
“HAROLD? HAROLD MINSKY?” Que menina em sã consiciencia
tocaria nele, assim, com aquele cabelo? “Não, Harold não tem uma
namorada”
“Eu não pensaria assim” Lucy disse, olhando pensativa “É isso que
faz tudo tão estranho”
“O que faz o que tão estranho” Eu perguntei.
“Bem, o fato de que ele não parece gostar de mim, eu digo, ele
gosta de mim, eu acho, mas o que eu quero dizer é que ele não
parece gostar de mim...”
“Eu estou entendendo” Eu cortei ela “O que você quer dizer é que
ele não deu em cima de você?”
“Bem, é...” Ela disse “É só... tão estranho”
O fato é que você não podia ficar brava com ela, por disser algo
como isso. Ela realmente não sabe de nada melhor que isso. Lucy
é o tipo de menina que os caras SEMPRE dão em cima. – todos os
caras, exceto os que são gays e os caras tipo David, se tem um
cara que não dá em cima dela, do jeito que aparentemente Harold
não fez, foi uma experiência completamente nova para Lucy.
Especialmente se ela parece estar interessada por esse cara.
“Lucy” Eu tentei explicar “Papai e mamãe gostam de Harold
justamente pelo fato de que ele não parece ser do tipo que iria dar
em cima de você.” Ao menos que você queira alguém menos nerd,
embora pra dizer a verdade não haja ninguém menos que Harold, a
não ser alguém da escola de David e Rebecca “Eu não me
queixaria, se eu fosse você”
“Eu não estou me queixando” Dando-me um olhar que claramente
disse “Você está ficando louca?” “É só estranho, já que todos os
meninos gostam de mim, por que ele não gosta?”
Nesse momento, eu fiquei um pouco irritada com ela, tipo, ela pode
ser a irmã super legal que te dá espuma contraceptiva como ela
tinha feito, mas ela também pode ser a pessoa mais vaidosa do
planeta.
“Nem todo mundo julga as pessoas pela aparência Lucy, é claro
que no meio dos seus amigos isso é regra. Mas Harold
provavelmente aprendeu a julgar as pessoas pelo que elas são por
dentro, e não por fora”
Com isso, Lucy me olhou completamente confusa, e eu apontei
para a capa do DVD que ela tinha acabo de locar.
“Como ele” Eu apontei para Hellboy “Ele parece completamente
mau, certo? Mas ele não é, viu? Você não pode julgar as pessoas
pela aparência. Pessoas feias podem ser bonitas por dentro,
enquanto pessoas bonitas podem ser feias por dentro. Isso que eu
quero dizer, Talvez Harold ache que o seu interior precisa de algo
para poder ser desejado”
“Por quê?” Ela indagou “Eu não sou má, ou estúpida, se é isso que
você está pensando, só porque eu não sei o que waggish significa
isso não quer dizer que…”
“Por que você liga pra isso mesmo?” Só para ter certeza que ela
esta quebrando todas as regras da natureza e se interessando por
Harold “Você não tem um namorado? Onde está Jack falando
nisso?”
“Oh” Ela disse, mantendo seus olhos fixos no assoalho, outra vez.
“Ele não veio essa semana, eu falei pra ele não vir… Por causa da
coisa toda do SAT, você sabe…”
“Yeah” Eu tentei ser um pouco mais simpática “Eu ouvi sobre a
sua queda de nota e a coisa todo das animadoras de torcida, deve
ter sido um saco”
“Tanto faz” Lucy disse amargamente “Eu ia sair das animadores
mesmo, já não é mais tão divertido quando você está nessa idade,
eu digo, quando você já é uma sênior eu deveria ajudar fazendo a
rotina e essas coisas mais responsáveis. Você me entende?”
É claro que não, eu não dinha escutado que animadoras tem
algum tipo de rotina, e que era necessário alguém fazê-la e o quão
difícil isso podia ser, mas eu não pude entender. Já que eu nunca
havia montado uma rotina. Talvez fosse difícil. Tão dificil quando
por um fundo ao seu desenho, quem saberia?
“Mas sobre Jack, ele ficou chateado? Ou ele levou numa boa?”
Deve ter sido difícil, já que Jack é o tipo de pessoa que acha que
deveria ser posto em primeiro plano.
“Ah, ele teve um filho” Ela disse com descaso “Quis saber por que
ele não podia ser meu tutor, já que suas notas eram boas... Mamãe
e papai estão tentando nos afastar, todos eles estão os pais dele
também querem que ele se concentre mais no próprio estudo, ele
não anda prestando muita atenção. Já que vem me visitar toda
semana, ele tirou F em um dos projetos e tals... todo mundo anda
preocupado”
Eu simplesmente não podia imaginar isso, os pais de Jack tento de
por um monte de restrições para que ele não fosse mal na RISD.
Parecia que todas as suas grandes teorias sobre boas notas
haviam falhado.
“Então, eu acho que você vai realmente sentira falta dele” Eu disse
tentando soar como uma irmã solidária, “Porque vocês não dão um
tempo até recuperar as notas?”
“Acho que sim...” Ela disse vagamente “Você acha que Harold gosta
de cookies? Eu acho que eu deveria fazer um pouco pra ele, como
agradecimento pelas aulas...”
“Papai e mamãe estão pagando para isso Lucy, você não precisa
cozinhar pra ele”.
“Eu sei disso, mas não custa nada tentar ser legal com as pessoas”
Ela pegou a sacola com seu dvd “Bem, obrigada”
“De nada” Então eu realizei que talvez estaria sendo ridícula com
toda aquela historia de Lucy caindo de amores por Harold... Eu
digo, Lucy gostando de Harold Minsky? Pelamor... “E... uh...
obrigada você também por ter... me dado um comisão?”
“Ah, sem problemas” Lucy disse, e virou-se, deixando um dos
funcionários completamente abobados, a ponto de deixar cair um
dos documentários que ele estava guardando.
“Hay, Madison” Stan apareceu ao meu lado após Lucy virar “Ela é
sua amiga?”
“Minha irmã” Eu corrigi “Lucy. Lucy esse é o gerente noturno,
Stan. Stan, essa é Lucy, minha irmã”
“Como você vai?” Lucy disse poeticamente, fazendo com que Stan
ficasse como se tivesse acabo de ver um video da incrível
enfermeira Nanako.
“Oi” Então voltou a respirar, com algum esforço ele disse “Hey,
Madison se você quiser ir embora com a sua irmã pode ir, eu vou
fechar por hoje”
Eu olhei para o relógio e ainda faltava 15 min para sair, ele estava
me deixando sair mais cedo! Cara, com às vezes é bom ter uma
irmã gostosa.
“Obrigado, Stan” eu disse correndo para pegar minha mochila e
dar o fora dali.
“Espere um segundo” Stan disse veio caminhando na minha
direção.
Então eu me lembrei que ele ainda não tinha revistado minha
bolsa e entreguei a ele, enquanto ele revistava e Lucy olhava
curiosa por cima do meu ombro.
“Aqui está” Ele disse ao terminar “Tenha uma boa noite”
“Obrigado, te vejo outro dia”
Então saímos eu e Lucy da locadora respirando finalmente o ar da
noite.
“Ele revista todas as mochilas antes de vocês saírem ou só a sua?”
Lucy perguntou curiosa.
“Todas”
“Nossa, isso não te deixa chateada?”
“Não, eu digo, eu posso conseguir esse vídeos no eBay, não preciso
roubar daqui”
“O que? Você ta brincando? Algum desses vídeos você consegue
por mais do que oito bucks, estou realmente supressa com você
Sam, se submetendo a esse tipo de tratamento vindo daquele cara,
Stan, eu digo, ele não é igual a você.”
“O que você acha que eu deveria fazer, me fingir de morta em
frente à Potomac Vídeos?”
“Sei lá, qualquer coisa”
O que foi bom ela dizer, já que não precisava mais trabalhar, mas
eu ainda precisava do meu trabalho, se eu quisesse pagar pelas
minhas aulas de artes.
Eu deveria ter percebido que Lucy aparecer na Potomac Video foi o
primeiro sinal de que algo estava errado com ela, mas eu estava
tão envolvida com meus problemas, que não havia percebido.
Especialmente considerando o fato de que os meus problemas
estavam cada vez ficando maiores.
10 motivos pela qual você pode dizer que você é uma droga
como namorada:
10. Em vez de sair com o meu namorado no sábado à noite, eu fui
substituir alguém que havia sido presa por protestar contra algo
que o pai do meu namorado considera importante;
09. Eu não liguei para ele;
08. Meu namorado ligaria, mesmo que ele tivesse chegado em casa
tarde depois do trabalho, mesmo que fosse pra perguntar se eu
tinha visto na TV o pessoal que se fingiu de morto como protesto
perante um importante compromisso do pai;
07. E se ele tivesse ligado, eu não deveria ter deixado a mensagem
cair na caixa postal, como eu fiz;
06. Mesmo que eu soubesse que isso iria provavelmente deixá-lo
magoado;
05. Por que aquelas pessoas olham como se elas realmente
odiassem o pai dele;
04. Já que eu tenho muitos problemas por conta própria, como
por exemplo, eu preciso decidir se eu concordo ou não com ele, eu
digo, sobre nós estarmos prontos para fazer você-sabe-o-que;
03. Eu não tenho certeza se estou;
02.Pelo menos, não na maioria das vezes;
E o primeiro motivo pela qual eu sou um saco de namorada.
01. Eu não liguei pra ele no outro dia também, ou atendi ao
telefone quando ele ligou.
Capítulo 07 by Larissa
“Eles eram todos tão... sujos”. Foi o que Catherine tinha a dizer
sobre as pessoas do protesto. Os únicos que ela viu no jornal. Os
mesmo que estavam fora do Four Seasons quando Dauntra foi
apreendida. Os mesmo que foram apreendidos juntos com
Dauntra. “Eu acho, que eles não se limpavam há semanas”.
“Eles estavam se fingindo de mortos” Eu disse. “Então eles
estavam mentindo na rua. Foi por isso que eles pareciam sujos.”
“Não era só um sujo de rua” Ela disse firmemente, enquanto
procurava através das maçãs no bar de frutas e saladas por um
que não possuísse polpa. “Eles pareciam... desabrigados. Quer
dizer, eles não podiam desgastar roupas legais?”
“Eles não iriam vestir suas melhores roupas só para mentir nas
ruas, Cath.” Eu disse.
“É, eu só estou comentando. Se eles quisessem que mais pessoas
se simpatizassem pela causa, você não acha que eles deveriam
tirar seus piercings, que seja. Quero dizer, que por suposto iria se
relacionar com pessoas como elas? Já foi ruim o bastante eles
terem difamando o presidente. Eles tinham que parecer assim
tão... gangue?”
“Eles não estavam difamando o presidente” Eu disse. “Eles
estavam protestando sua política-”.
Antes de eu ter tempo para ir embora, entretanto, Kris Parks veio
apressada até a gente, e estava toda, “O que vocês estão fazendo
aqui? Vocês disseram que iriam ajudar na academia!”
Eu não fazia absolutamente nenhuma idéia sobre o que ela estava
falando. Foi Catherine que me lembrou e dizendo, “Para a reunião
do salão da cidade amanhã. Lembra?”
“Ah, certo,” Eu disse, tentando não soar tão vagabunda como eu
me sentia. Porque a última coisa que eu queria fazer era gastar
minha hora do lanche sentada, divindo as cadeiras com Kris Parks
e suas amigas do membro Direções Certas.
“Venham aqui” Disse Kris, agarrando meu braço. “Eu disse a todos
que você ia aparecer”.
Todo mundo se virou para ser… bem, todo mundo. Não só os
membros da Direção Certa e as outras pessoas da Adams Prep,
nem, incluindo minha professora de Alemão, Frau Rider, que fica
vagando ao redor, falando, “Não derrame essa tinta no chão da
sala de ginástica!”
Não, Kris tinha até convidado os membros da imprensa. Para me
assistir, a garota que salvou a presidente, sentada com elas.
Não que muitas tivessem aparecido. Felizmente, a maioria dos
jornais prefere histórias que inclua novidades reais, não coisas
sobre uma escola preparatória que está se preparando para
receber a visita do presidente. Ou talvez eles tivessem apanhado a
possibilidade para saber sobre a coisa toda que aconteceu na festa
da Kris Parks para ter ela nos jornais, e depois adicionar aquilo
para o pacote de admissão da faculdade dela.
Mais poucas pessoas da imprensa apareceram, e seus fotógrafos
ocupados sumiram quando eu estava pintando um cartaz enorme
escrito: BEM VINDO A ESCOLA PREPARATÓRIA ADAMS, SENHOR
PRESIDENTE, perfurando meu crânio.
Pelo menos antes de Debra Mullins, membro do time de dança
sobre a qual Kris foi tão má na semana anterior, vagando por
perto, perguntou, em sua brilhante voz, “O que vocês estão
fazendo?”
Kris sempre conciente que as câmeras estavam atrás delas, disse,
“arrumando as coisas para á visita do presidente na terça-feira à
noite”.
“O presidente vai vir aqui?” Debra pareceu impressionada. “Para
Adams preparatória?”
“Sim” Replicou Kris. “Talvez se você gastasse menos tempo no
escuro com o seu namorado, e mais tempo prestando atenção nas
aulas, você já teria realizado isso”.
Debra piscou algumas vezes. Para lhe dizer a verdade, e eu
também.
“Isso é realmente necessário?” Perguntei a Kris, após Debra
perambular confusamente para longe.
Kris olhou pasma para mim. Ela não tinah idéia sobre oque eu
estava falando. “O que é realmente necessário?” Ela quis saber.
“Isso,” Eu disse, apontando o meu pincel na direção de Debra. “O
que você disse para ela”.
“Eu não vejo porque não.” Ela disse. “É a verdade, não é?”
“É, mas é o namorado dela. Se ela quer ficar com ele no escuro, o
que isso tem haver com você?”
“Eu sei o que Deb e Jeff ficam fazendo juntos quando estão saindo,
Sam. Fazendo sexo .”
Foi só quando eu vi os apertados olhos de Kris que eu percebi o
que estava acontecendo. E isso foi o que todos os reporteres
moendo ao nosso redor numa sorte furada, cursando seus editores
de ter lhes dado um atributo tão chato, de repente começaram a
prestar atenção no que estávamos dizendo. Isso foi bom, você
podia praticamente os ouvir pensando. A Garota Que Salvou o
Presidente Arma Uma Briga com A Líder do Escolha Certa?
Interesse humano principal.
“E, por outro lado, Sam” Disse Kris, forçando um sorriso. Porque
obviamente ela não podia dizer oque ela queria, que era se curve,
Sam. “Eu não sabia que você e Deb eram tão boas amigas.”
“Nós não somos amigas.” Eu pressionei.
Então eu me senti culpada. Porque isso que eu fiz soou como se eu
não quisesse ser amiga de uma garota com Deb por ela ser uma
“vadia”, quando a realidade era, eu não era amiga de uma garota
como Deb porque ela fazia parte do grupo de dança, e eu não
consigo suportar pessoa com espírito esportivo. Quero dizer, a
performance do time de dança de meia hora durante o jogo de
futebol e essas coisa.
“O que eu quero dizer é-”
Mas eu nunca pude dizer o que era, porque no momento, meu
celular tocou.
David. Tinha que ser David.
E eu continuava despreparada para falar com ele.
Todo mundo estava me olhando. Kris. Catherine. Frau “Não
derrame tinta no piso da academia” Rider. Os reporters.
Meu telefone tocou de novo. “Garotas Harajuku.” Essa foi a música
que eu escolhi para tocar, da Gwen Stefani.
“Bem” Disse Kris, “você não vai atender isso?”
Frustada, eu peguei o telefone da minha bolsa jeans. Eu ia desligar
o som, mais antes que eu pudesse, Kris viu que o ID que piscava
na tela, era o de David.
“Ooooooh” Ela disse, como uma voz alta. “É o primeiro filho!”
Agora todas as câmeras de televisão do local estavam voltadas,
com a lente apontando reta a mim.
Eu não poderia ignorar o telefonema de David. Não nessa hora.
Me sentindo doente, com dor no meu estômago, eu atendi. “Oi?”
”Sam?” De novo, David controlou milhares de emoções diferentes
em uma só palavra – relevando que eu tinha finalmente atendido,
feliz em ouvir minha voz, confuso e frustrado com o que aconteceu
dois dias passados... Talvez um pouco brabo por causa disso,
também. “Aí está você. Por onde você tem andado? Eu estou
tentando alcançar você desde sábado à noite”.
“É” Eu disse, conciente da câmera virada para mim. “Eu sei.
Desculpa, as coisas estão meio malucas. Como vai você?”
“Você acha que eles tem estado preocupados por você?” David
pediu, rindo. “Você ligou a TV antes? Você viu oque aconteceu
sábado à noite? Pena que você não foi. Você teria amado.”
“Bem, quando vai ser um bom horário pra gente converser, Sam?”
David perguntou. Ele não pareceu mais estar rindo. “Você mal tem
conversado comigo desde sexta. Quer dizer, você tem algum
horário pra mim na sua ocupada agenda?”
“Ei” Eu disse. “VOCÊ é o único que sai com os seus pais ao
sábado.” Que, mesmo eu dizendo isso, eu vi que não foi justo.
Quer dizer, ele me convidou para ir junto.
E isso não era como se os pais dele fossem... Bem, como pais
normais.
“O que tem de errado, Sam?” David pareceu confuso, querendo
saber. “E não me diz que não é nada. Eu sei que tem alguma coisa.
Você está braba comigo ou alguma coisa assim?”
De repente eu tornei-me ciente de como estava tudo tão quieto na
academia. O que era estranho porque tinha muita gente lá, todas
ocupadas fazendo um monte de coisas barulhentas, como
dobrando cadeiras para ajeitá-las em longas fileiras.
Mais ninguém estava fazendo isso nesse momento. Imediatamente,
todo mundo na academia fico simplesmente lá onde estávamos,
olhando para mim. O único som que podia se ouvir era o som das
câmeras de televisão, que estavam me filmando.
“Porque é o que parece” A voz de David chegou ao meu ouvido,
começando a soar menos confusa, e mais braba, “desde que eu lhe
pedi aquilo sobre a Ação de Graças, você tem agido assim comigo.
E eu quero saber o porquê. Quer dizer, o quê que eu fiz?”
”Nada” Eu disse, olhando fixamente para Kris Parks, a qual teve
um pequeno gato-que-engoliu-o-canárinho no sorriso em seu
rosto. Tudo isso porque eu havia sido pega num filme, brigando
com o meu namorado, “Eu preciso ir agora, eu te explico depois o
por que.”
“Você quer dizer que vai me explicar o motivo que você tem que ir
agora depois?” Davis queria saber. “Ou o motivo pelo qual você
está braba comigo?”
“Eu não estou” Eu disse. “Sério. Eu te explico depois.”
“Sério? Ou vai continuar rejeitando meus telefonemas depois?”
“Sério” Eu disse. E adicionei, desesperada, desejando que ele
entendesse que eu não tinha ainda me entendido, “Amo você”.
“Amo você também” Ele disse. E por sorte, ele desligou.
Eu desliguei também. Depois guardei meu celular. Então, olhando
para os meus pés, eu voltei para onde estava para continuar a
pintar.
“Está tudo certo?” Catherine perguntou gentilmente, me
entregando o pincel que eu tinha abandonado.
“Tudo” Eu disse, tentando pôr alguma habilidade artística nas
letras que eu estava fazendo-o ENTE no PRESIDENTE.
“Bom saber” Kris Parks disse, enquanto fazia suas letrasSID.”Odiaria que estivesse tendo problemas no paraíso.”
Foi quando, por razões que eu nunca vou entender, eu chutei a
lata de tinta, então ela caiu sobre o cartaz onde se podia ler: BEMVINDO À ADAMS PREP, SR. PRESIDENTE. Toda sobre os sapatos
das pessoas trabalhando no cartaz. Toda em cima do chão do
ginásio.
“Aaiiiiii” Gritou Frau Rider, quando ela viu.
“Sam!” Chorou Catherine, saltando.
“Sua vadia!” Berrou Kris Parks, quando ela viu o que eu tinha feito
em seus Kenneth Coles.
Foi quando eu soltei meu pincel e fui embora.
As 10 maneiras para manter-se ocupada durante a detenção
após a escola preparatória na Academia preparatória John
Adams:
10. Terminar os deveres de trigonometria.
09. Fazer as unhas;
08. Fazer a leitura de Alemão.
07. A maravilha que seus pais vão fazer quando eles descobrirem
que você está na detenção.
06. Decidir-se que provavelmente irão te proibir de ir ao
Acampamento David com seu namorado na Ação de Graças.
05. Decidir-se que isso provavelmente não vai ser uma coisa ruim.
04. Escrever um texto na aula de inglês, sobre o que o patriotismo
significa para mim. Escrever que o patriotismo significa discordar
com o governo sem ter que ir para a cadeia.
03. Fazer seu próprio mangá. Só não aqueles em que os garotos
aninham-se em coelhos ou seje lá qual sejam suas heroínas. Mais
um legal, onde a heroína está numa missão para vingar-se da sua
família, como em Kill Bill, e matar todos que fiquem em seu
caminho.
02. Parar com o manga após cinco tentativas porque é muito difícil
tentar desenhar seu namorado só com a memória, concentrandose no inteiro e não só em partes.
E coisa número um para se fazer na detenção na Adams prep:
01. Mesmo se o seu namorado não gostar mais de você, após o
jeito que você vêm tratando ele. E preocupada que ele ter o senso
de perceber que ele pode facilmente ter uma namorada que é
menos teimosa que você.
Capítulo 08 by Letícia
Meus pais reagiram exatamente da maneira que eu esperava, logo
que eu disse que Kris Parks estava envolvida eles só disseram
“Bem, não faça isso de novo, Sam”
Até Theresa disse “Estou orgulhosa de você Sam, por não jogar a
tinta na cabeça dela”.
O que me fez perceber que eu realmente tinha crescido bastante
com ser humano esse ano, por se fosse ano passado eu teria feito
isso. Ter jogado a tinta sobre a cabeça dela, não nos sapatos.
Ninguém se incomodou em perguntar por que eu tinha feito aquilo.
Acidentalmente ter jogado tinta no chão do ginásio, quero dizer...
Ninguém exceto Lucy, que veio voando pro meu quarto depois do
jantar, enquanto eu estava olhando com cara feia pro meu caderno
de alemão.
“Então” Ela disse enquanto se jogava na minha cama perto de
Manet, se nem menos esperar para ser convidada a fazer isso “O
que está acontecendo com você e David?”
“Nada” Eu disse, sentindo uma enorme vontade de contar pra ela.
Nem me pergunte por quê. Digo, ela não foi nada, mas boa comigo,
com a coisa toda das camisinhas e a espuma.
Provavelmente não era pra Lucy que eu devia estar contando isso,
deveria ser pra quem estava envolvido com isso, eu só...
Eu só não tinha a menor idéia do que dizer pra ele.
“Bem,” Lucy disse rolando na minha cama e olhando para o teto.
“então porque você não atende as ligações dele?”
Eu olhei pra ela “Quem disse que eu estou evitando as ligações?”
“Toda a escola está comentando” Lucy disse com sua voz entediada
“Não foi por isso que você ficou chateada e derrubou tinta no chão
da escola? Porque Kris comentou isso?”
“Não!” Eu menti.
“Oh” Lucy disse com uma pequena risada “Ok. Tanto faz”
Mas ela não saiu. Ela só ficou lá, brincando com o cabelo que
estava em cima dos olhos de Manet. Eu sabia que ela estava
tentando fazer uma trança, ou pior, prender ele com um
borboletinha. Eu odeio quando ela faz isso. Sheepdogs tem cabelo
sobre a cara por uma razão, seus olhos são muito sensíveis.
Eu olhei para Lucy enquanto ela tentava fazer um rabo em Manet.
A coisa era que Lucy deveria ter alguma experiência na área de
garotos. Ela tinha uma chance – só uma bem pequenininha, mas
ainda assim uma chance – de saber como me ajudar. Apesar de
tudo, ela já esteve na mesma situação antes.
Eu fechei meu livro de Alemão.
“É só que...” Eu comecei “Eu não sei, digo, eu quero fazer aquilo
com ele e tudo, mas e se...”
“Bem, você anda praticando?” Ela perguntou.
Eu comecei a encarar ela “Praticando? Praticando o que?”
“Fazer amor” Ela disse “Olha, é fácil. Entra na banheira, e liga a
água. Encha até a sua você-sabe-o-que ficar debaixo d’água e finja
que a água corrente é o garoto-“
“AI, MEU DEUS”
Lucy piscou para mim “O que?” Ela olhou completamente surpresa
pelo fato de eu estar tão chocada. “Você não tentou? Menina, isso
funciona totalmente”
“LUCY!” Eu praticamente gritei. Alto o bastante para Manet
levantar a cabeça e olhar ao redor sonolento.
“O que?” Lucy perguntou novamente “Não tem nada de errado com
isso”
“Isso é porque você fica na banheira por tanto tempo?” Eu disse
com a voz rouca.
“Lógico, o que você achou que eu estava fazendo lá?”.
“Não ISSO” Eu disse “Eu pensei que você... Eu não sei. Tomando
banho, talvez? E lendo aquelas livros românticos suas”.
“Bem, isso também” Lucy disse “Elas ajudam totalmente, você
sabe. Alguma delas são bastante descritivas. Se bem que pensar
no Orlando Bloom também ajuda. Mas eu ouvi dizer que ele
trabalha com um monte de outras meninas”.
Eu não podia para de ficar olhando pra ela. “É sobre ISSO que
vocês ficam falando na mesa dos populares durante o almoço?
Quem vocês acham que deveria estar no lugar da torneira?”
“Não na mesa do almoço, bobinha” Ela disse entre risos “Quero
dizer, tem garotos ali. Garotos não querem saber o que você acha
dos outros que não são eles. Acredite. Mas quando não tem
meninos por perto, bem, a gente fala sobre esse tipo de coisa. Eu
acho que Tiffany Shore foi uma das primeiras a comentar sobre
isso. Ela leu sobre na Cosmo. Ela usa a torneirinha do chuveiro,
embora...”
“AI, MEU DEUS” Eu gritei de novo.
Ela olhou surpresa pelo meu acesso de raiva. “Bem” Ela disse.
“Meninas não são como garotos, nós não nascemos sabendo como
fazer isso. E você não pode dizer isso pro cara. A maioria deles não
liga muito se você quer que ele comece. A maioria das meninas que
tem que começar, por isso praticar é importante. Também,
começando do jeito certo. É por isso que eu sempre penso no cara
de O Conde de Monte Cristo.”
“Jim Caviezel?” Eu a interrompi, mais horrorizada do que nunca.
“Yeah. Ele é tão gostoso”
Eu não podia acreditar que eu tava tendo aquela conversa.
Minha incredulidade deve ter aparecido na minha face, tanto que
Lucy acrescentou “Fala sério, Sam, você não pode esperar que um
cara te diga o que fazer enquanto você está tendo um orgasmo,
você precisa fazer isso por você mesma, pelo menos até você
poderá lhe ensinar como.”
Aquilo foi totalmente novo pra mim.
“Você teve que ensinar Jack?” Eu queria saber, por que eu não
podia acreditar que alguém poderia ter ensinado algo para o Jack.
Até mesmo Lucy. Quero dizer, ele basicamente acha que ele sabe
tudo.
“Jack?” Lucy fez uma cara engraçada de repente. Engraçada como
se ela fosse chorar.
Sério, só por causa disso, só porque tinha ouvido o nome dele.
E então, ele enfiou a cara dela no groso pelo cinzento e branco de
Manet.
“Lucy?” Alarmada eu estendi a mão e toquei o seu ombro “Você ta
bem? Você esta... Doente, ou algo assim?”
“Sim, eu estou doente” Lucy disse com a cara enfiada em Manet
“Doente de ouvir esse nome”
Eu pisquei. Doente? Doente de ouvir esse nome? Que nome? O
nome de Jack?
“Aconteceu alguma coisa?” Eu perguntei preocupada “Entre você e
Jack?”
Quando as palavras saíram da minha boca eu percebi as quão
estúpidas elas eram. Era óbvio que tinha acontecido algo entre ela
e Jack. Será que ele tinha outra garota? Alguém da faculdade...
Claro que não. Jack era namorado de Lucy, nunca chatearia ela.
Então o que estava errado?
Eu fiquei sem fôlego, lembrando o que papai havia dito outra noite
na sala. E se mamãe tivesse concordado com papai e proibido Lucy
de ver Jack? E se Lucy estivesse planejando de fugir com ele essa
noite, atrás da moto de Jack, como Darly Hannah e Aidan Quinn
naquele filme que eu vi no Canal Romance? Ai, Deus, Lucy era
animadora de torcida, como a personagem de Darly. E Jack tinha
uma jaqueta de couro, que nem o personagem de Aidan.
Mas onde eles viveriam se fugissem juntos? Eles não tinham
dinheiro, Lucy nem tinha, mas o seu trabalho na Essências Bare.
Ele iam ter que viver...
NUM TRAILER.
QUE NEM DARYL E SHARONA!
“Lucy,” Eu disse, segurando o ombro dela. “você não pode fugir
com Jack, você não pode viver em um trailer, eles são levados por
tornados o tempo todo”
Lucy levantou a cabeça de Manet e olho para mim com os olhos
lacrimejados. “Fugir com Jack? Eu não vou fugir com ele, eu nem
vou mais ver Jack. Terminei com ele semana passa pelo MSN”
Meu queixo caiu. “O QUE?”
“Você me ouviu” Lucy disse, e eu vi o caminho que as lágrimas
tinham feito sobre as bochechas dela. Não estava maravilhoso,
mais continuava bonita, mesmo com cabelo de cachorro grudado
na face e lágrimas.
Realmente não existe justiça nesse mundo.
“Você terminou com Jack?” Eu senti como se meu cérebro
estivesse derretendo “Por MSN?”
“Yeah” Lucy disse limpando a face “E daí?”
“Bem, eu quero dizer...” Como ela não podia saber isso? “Isso não é
um pouco... frio?”
“Eu não ligo” Lucy disse com uma fungada “Eu não poderia levar
aquele relacionamento patético adiante, quero dizer, ele esta na
faculdade, você realmente acha que ele ia vir aqui todo fim de
semana só pra me ver?”
“Hm... Jack realmente te ama, você sabe, ele não pode ficar sem
você”
“Sim, mas ele poderia ajudar começando por controlar o gênio
dele, Deus, é bom ter ele longe das minhas costas por um tempo.
‘Eu não posso acreditar que você prefere ver um jogo do que ficar
comigo’” Ela disse imitando o seu antigo namorado.
“‘Às vezes eu acho que você liga mais pro sua estúpida
apresentação do que pra mim’ Como se eu me divertir com as
minhas amigas fosse algum insulto para ele”
Eu não podia acreditar, Lucy e Jack haviam terminado? Realmente
terminado, pelo jeito que aquilo soava, não só por muitas brigas.
Podia realmente ter tudo terminado entre dois? Era isso?
“Mas vocês namoravam há anos” Eu disse “Vocês eram um dos
pares mais votados ao casamento”.
“Yeah” Lucy disse “Mas isso não aconteceu, certo?”
“Mas ele foi seu primeiro” Eu exclamei.
“Meu primeiro o que?” Ela perguntou.
“Alô-Ô” Eu disse “Seu primeiro amor”
Lucy fez uma cara “Conte-me sobre isso. Se eu soubesse melhor,
eu não escolheria alguém tão temperamental. E tão carente. Eu
teria escolido alguém como...”
Eu olhei pra ela “Como quem?”
“Ninguém” Ela disse rapidamente “Esquece”
“Não, eu quero dizer” eu disse “Quem? Você pode me contar, Luce.
Eu quero saber. E eu não vou espalhar”
David. Eu pensei, ela vai dizer David. É claro que ela queria um
namorado como David. David fez apelidos para nós dois, Jack
nunca vez apelidos para ele e Lucy.
E ela sabe que quando David me liga, não é pra perguntar se eu
tinha saído com outro cara, por que ele confia em mim, e quer
sempre saber como foi meu dia.
E ela sempre vê como David me trás na porta de casa sempre que
ele me traz pra casa. E, o.k, às vezes essa é uma das poucas
oportunidades para ficarmos sozinho, o que motiva um pouco o
David.
Mas tanto faz, Lucy não tinha que saber isso. Jack nunca trouxe
Lucy até a porta.
Ela quer um namorado como o meu, ela tem que querer.
E eu não posso culpar ela, agora que eu estou pesando nisso.
David é o namorado perfeito.
Então porque eu fui tão malvada com ele?
“É só que...” Lucy disse num suspiro “E só que... ele é tão
inteligente”
Pobre Lucy. David era certamente mais inteligente do que Jack.
Ninguém pode negar isso. É claro que Jack tem talento como
artista, mas isso não o faz mais inteligente. Eu lembro que ele uma
vez ele insistiu que Picasso tinha inventado o fauvismo. Sério.
“Sim” Eu disse simpática “Sim, ele é. Não é mesmo?”
“Quero dizer, tem algo realmente atrativo em caras que sabem...
bem, tudo!” Lucy começou a chorar novamente “Jack só PENSAVA
que sabia tudo”
“Sim” Eu disse, pobre Lucy, se David pelo menos tivesse um irmão.
“Sim, ele achava. Não achava?”
“Todo esse tempo ele estava empenhado em ser um rebelde, até
quando você pode ser rebelde se seus pais estão pagando pra
isso?”
“Verdade. Realmente Verdade”
“Eu acho que Jack é só um poser” Lucy disse lacrimejando.
“Sim” Você nunca poderia chama David de poser, ele era sempre
legal, exatamente como ele era, e ninguém mais. “Ele é um pouco,
não?”
“Eu não quero sair com um poser” Lucy disse “Eu quero algo
verdadeiro, um homem de verdade”
Como o David. Você poderia dificilmente culpar ela.
“Você vai achar ele” Eu assegurei a ela “Algum dia...”
“Eu já achei”
Fazendo com que eu parasse “Espera! Como?!”
“Eu já achei ele” Ela disse com um soluço “Mas ele n-não me qquer”
Então ela enfiou a cabeça, com um lamento no meu colo
“Espera” Eu olhei para baixo confusa, vendo aquele monte de
cabelo vermelho-dourado no meu colo “Você o achou, aonde?”
“Na e-escola” Lucy choramingou
Então eu percebi que ela não estava falando de David, não era pelo
meu namorado que ela estava apaixonada.
“Bem, isso é ótimo Luce” Eu disse um tanto confusa. “Ótimo que
você achou alguém tão próximo”
“Você pelo menos está me ouvindo?!” Lucy exigiu saber, sentando e
olhando pra mim com seus olhos delinhados “Eu disse que ele não
me quer!!!”
“Não?” Eu olhei pra ela. “Porque, ele tem uma namorada?”
“Não” Lucy disse balançando a cabeça “Não que eu saiba”
“Bem... Ele é... Digo... Gay?” Por que essa era a única razão que eu
podia pensar para um cara não gostar da minha irmã, se ele já não
estava gostando de outra garota, como David.
“Não, eu acho que não” Ela disse.
“Bem... Então por que...”
“Eu NÃO SEI por que!” Lucy disse “Eu já te DISSE isso. Eu fiz DE
TUDO que eu podia pra ele me notar. Eu coloquei minha menor
saia quando eu o vi pela última vez – aquela que Theresa ameaçou
por no lixo se eu saísse de casa com ela de novo. Eu gastei duas
horas fazendo a minha maquiagem! E o que eu ganhei com isso?!”
Ela apontou sua unha perfeitamente feita na minha direção
“NADA, ele continua não percebendo que eu existo! Eu perguntei a
ele, você sabe, se ele queria ir comigo no cinema esse fim de
semana, pra ver o novo filme do Adam Sandler e ele disse… Ele
disse… Ele disse QUE ELE TINHA OUTROS PLANOS!!!”
Ela agarrou o travesseiro e enterrou a cabeça nele.
“Bem…” Eu disse confusa “Talvez ele realmente tenha outros
planos…”
“Ele não tem” Lucy soluçou “Eu tenho certeza que ele não tem.”
“Bem… Talvez ele não goste do Adam Sandler, muita gente não
gosta”
“Não é isso” Lucy disse “Sou eu, ele só não gosta de MIM”
“Lucy” Eu disse “Todo mundo gosta de você, ok? Todo cara que
não gosta de você não deve gostar de qualquer outra garota. Quem
é ele afinal?”
Mas Lucy apenas balançou a cabeça e disse “Por que isso importa?
Porque isso faria a diferença se ele ao menos sabe que eu estou
viva?”
Lucy se atirou na cama chorando compulsivamente. Eu olhei para
aquela figura, tentando encontra sentido no que eu tinha ouvido.
Minha irmã, - a animadora de torcida; a vendedora da Bare
Essências; a deusa do cabelo vermelhos; a garota mais popular da
Adams Prep – estava apaixonada por um cara que não gostava
dela.
Não. Não. Aquilo estava completamente errado. Aquilo não estava
acontecendo.
Eu sentei ali, tentando digerir tudo aquilo. E não fazia menor
sentido. Que tipo de garoto é convidado pela garota mais bonita da
escola e diz NÃO? Ela havia dito que ele era inteligente… o quão
inteligente ele seria se não se apaixonasse pela minha irmã – A não
ser que…
De repente, eu fiquei sem ar, pelo total horror do que ela estava
tentando me dizer.
“Lucy!” Eu guinchei “Ele é HAROLD?! Você gosta de HAROLD
MINSKY?”
E a única resposta dela para isso foi chorar ainda mais.
“Oh, Lucy” Eu disse tentando não rir. Eu sei que eu não deveria
estar achando a situação engraçada. Depois de tudo, Lucy tinha
ficado realmente chateada. Mas minha irmã e Harold Minsky?
“Você sabe, Harold provavelmente não tem garotas perguntando se
ele quer sair com elas o tempo todo. Talvez você, você sabe, o
surpreendeu. E foi por isso que ele disse que tinha outros planos.
Quero dizer, talvez ele só disse a primeira coisa que veio na cabeça
dele.”
Isso fez ela levantar a cabeça e piscar seus olhos lacrimejados.
“Você quer dizer que as meninas não costumam chamá-lo para
sair?” Ela quis saber “Harold é tão inteligente, garotas devem
chamá-lo para sair o tempo todo.”
Agora era realmente difícil não rir.
“Hm… Luce” Eu disse, não acreditando que eu estava tendo que
explicar isso para a minha irmã mais velha – a mesma que tinha
acabado de me informar formas alternativas de usar o chuveirinho
da banheira. “Nem todas as meninas são atraídas por caras como
Harold. O que eu quero dizer, é que muitas meninas preferem os
garotos por seus… Hm… Corpos e personalidade, não pela sua
inteligência.”
Lucy me olhou como se aquilo fosse um absurdo. “Do que você
esta falando? O corpo do Harold é perfeito. Debaixo daquelas
camisetas largas. Eu sei por que ele derramou um pouco de Paella
da Theresa na camisa e teve que retirá-la pra lavar. Eu vi tudo.”
Whoa. Harold deve estar trabalhando levando algo pra fora de seu
porão, por que se ele tinha um corpo perfeito, isso certamente não
foi por jogar em algum dos times da Adams Prep.
“É só…” Ela continuou “Quero dizer, eu assisti Hellboy. Eu disse
pra ele que eu assisti Hellboy. E você sabe, nós tivemso uma boa
conversa de como deve ser difícil lutar contra as forças do mal
enquanto você é o príncipe do mal. Eu tinha pensando sobre
aquilo, aquilo que ele tinha realizado-”
Quando sua voz se arrastou eu perguntei “Realizado o que Luce?”
“Que ele não deveria me julgar pelo jeito que eu pareço” Ela disse,
com os olhos muito azuis e indignados “Quero dizer, eu não posso
ajudar parecendo desse jeito, Hellboy podia parecendo do jeito que
ele parecia... Eu pareço uma garota popular chata, mais eu não
sou. Porque Harold não pode ver isso? Liz viu as honras no
passado de Hellboy.”
Eu nunca tinha ouvido Lucy falar tão passionalmente sobre
qualquer coisa. Nem mesmo das animadoras de torcida. Nem
mesmo do novo gloss da Bell Lip Smackers. Nem mesmo da nova
coleção da Bare Esential’s.
Não parecia realmente provável, mas ela parecia estar realmente
apaixonada por Harold.
Eu quis saber se Harold pelo menos tinha idéia dos sentimentos
que ele tinha causado na minha irmã.
“Talvez” Eu disse cuidadosamente, desde que uma animadora de
torcida – ou ex-animadora – é uma coisa instável. “Você deu a
Harold o benefício da dúvida. O que eu quero dizer, é que talvez ele
viu o seu verdadeiro eu, por debaixo das honras e não pode
acreditar que alguém como você... Podia gostar dele”
Isso não saiu ao todo certo, e os olhos de Lucy me disseram que eu
tinha pisado na bola.
Então eu disse “Olha, talvez você devesse convidá-lo novamente
pra sair, e ver o que ele diz a respeito”
“Você acha?” Lucy olhou pra mim através dos seus olhos inchados,
mais ainda assim bonitos. “Você acha que talvez ele só esteja...
Envergonhado ou algo assim?”
“É possível” Eu disse, mesmo que envergonhado não fosse a
palavra certa para isso. Obviamente, talvez ele tenha achado que o
convite de Lucy foi só uma piada. “Nunca se sabe.”
“Por que eu estava pensando que talvez fosse por que... Porque eu
sou tão estúpida”
“LUCY!” Eu olhei pra ela, com pena. Pena! Pena de Lucy! A menina
que sempre teve o que ela quis. Menos agora, aparentemente.
Porque a coisa era... Que ela tinha uma boa chance de estar certa.
Sobre Harold não gostar dela por ela não ser exatamente a aluna
modelo da sala. Sabe, o que os dois tinham em comum? Lucy era
tudo sobre blusas de manga com calça jeans Juicy Couture.
Enquanto Harold é tudo sobre... Bem... Megabytes.
“Isso não pode ser verdade” Eu disse, mesmo que parte de mim
achasse que tinha boa chance de ser por isso. “quero dizer, você
não é. Você sabe, é inteligente, como Harold. Você sabe um monte
de coisas que ele não sabe. Como... - ”
Mas única coisa que eu conseguia lembrar que Lucy talvez
soubesse e Harold não, era a taxa da natalidade.
Eu nunca tinha escutado Lucy falar tão passionalmente sobre
qualquer coisa. Nem sobre líderes de torcida. Nem Bonne Bell.
“Eu memorizei todo aquele vocabulário estúpido que ele me deu”
Ela disse amargamente. “Estuary e plinth” Esperando que ele
percebesse, você sabe, que eu estou tentando. Quero dizer, eu
quero ser inteligente como ele. Eu quero. Assim como Hellboy
queria ser do bem. Mas Harold mal notou. Ele está justamente
igual, Deus. Agora eu memorizei essas palavras”.
“Oh, Luce,” Eu disse. “Você sabe que deveria convidar ele para sair
de novo. Nunca deve ter lhe ocorrido que você gosta dele... Voe,
sabe. Do sei que você gosta. Ele deve achar que você só gosta dele
como amiga.” Eu espero.
Lucy olhou distraidamente para o meu pôster gigante da Gwen em
seu vestido de casamento – pego do Us Weekly e xerocado na
máquina de Xerox colorida da casa branca – e disse. “Bem, está
certo. Eu acho que eu poderia convidá-lo novamente. Deus. ”
“Deus, o que?”
“Bem, quero dizer...” Lucy pareceu pensativa. “Agora eu sei o que a
maioria das garotas da escola deve sentir”.
“Que garotas?”
“As que convidam os garotos para sair” Ela disse. “E os garotos
sempre dizem não. Eu não tinha idéia de como era sentir isso”.
“Rejeição?” Tentando não parecer tão divertida. “É, isso é
realmente um saco.”
“Me conte sobre isso”. Ela olhou para o relógio. “Deus, eu tenho
que fazer mais 10 páginas de vocabulário antes de pensar em
dormir.”
Eu a parei na entrada da porta, “Lucy!”
Ela parou e olho por cima do seu ombro, sua face impossivelmente
bonita, no meio de lágrimas e pelos de Manet que ela ainda não
tinha limpado.
“Eu estou contente que você tenha terminado com Jack, você
merece algo melhor. Mesmo que ele tenha sido seu primeiro”
“Meu primeiro” Lucy disse “Mas não último”
“Ele não vai ser” Eu disse “E Lucy”
“Mmm?” Ela disse
“Você tem que saber” Eu adicionei delicada “que o mesmo cara que
fez o Conde de Monte Cristo fez Jesus no filme que Mel Gibson
dirigiu”
E finalmente a cara de Lucy pareceu chocada “Ele não fez!”
“Hm, sim ele fez. Então, de certo modo, todo esse tempo que você
estava na banheira, você tem...”
“NÃO DIGA ISSO!” Lucy disse, e depois correu para seu quarto.
Eu não podia culpar ela, por bater a porta tão forte atrás dela, eu
digo.
10 motivos pelos quais é uma droga ser irmã da garota mais
popular da escola.
10. Quando o telefone toca, nunca é pra você.
09. Idem a campainha.
08. A porta da geladeira está completamente coberta de recortes de
jornais que têm fotos dela. A única coisa sobre você lá, é um
recado do dentista, lembrando você dos seus seis meses de
compromisso.
07. Ela nunca fica fora do telefone tempo suficiente para você fazer
uma ligação.
06. Todo mundo espera que você faça parte do time de líderes de
torcida também, e quando você não faz, eles agem como se
houvesse alguma coisa errada com você.
05. Ela sempre tem que fazer tudo primeiro, seja sair com um
garoto, dirigir, ver um filme proibido para menos de 17, passar o
Winter Break esquiando em Aspen com uma amiga e os pais dela,
você conta isso, Lucy já fez isso, antes de mim, e provavelmente
melhor.
04. Quando as pessoas nos comparam a personagens nos filmes
de John Hughes, Lucy sempre é Molly Ringwald, e eu sempre
tenho que ser Eric Stoltz. O que nem mesmo é uma garota.
03. Não há nada mais desmoralizante para uma pessoa
desestabilizada como eu, do que ter que sentar e ouvir a alegre voz
da sua irmã lendo em voz alta os anúncios da manhã, na sala de
preparação, durante a Semana Espírita.
02. Ela é eleita a rainha do Baile. Eu sou eleita a monitora do lixo
da sala de arte.
E a razão número um pela qual é uma droga ser irmã da garota
mais popular da escola é:
01. Eu não consigo nunca odiá-la. Porque a verdade é, que ela é
meio que legal.
Capítulo 09 by Nêssa
Então eu liguei pra ele.
Eu não sei por que, realmente. Bem, ok. Eu acho que sei o porquê.
E não foi por causa do rompimento da Lucy e do Jack, e eu percebi
quão ótimo o David é, em comparação com o ex perdedor dela.
Quero dizer, eu sempre soube que o David é ótimo.
E não foi porque o comovente discurso dela sobre Hellboy me fez
ficar mais atenta para o fato de que o amor que eu e David
sentimos -como o amor que Hellboy e Liz têm um pelo outro- é
precioso e é do tipo 'uma-vez-na-vida'. Eu já sabia de tudo isso.
Não, a verdade foi que eu aceitei o conselho da Lucy. Sobre a coisa
da banheira.
E funcionou totalmente.
Quero dizer, de um modo funcionou.
E, de repente, a idéia de passar o final de semana do dia de Ação
de Graças com o David começou a ficar bem mais, hm...
Interessante.
Não que eu estivesse pronta para dizer sim, ou qualquer coisa.
Para o convite dele, quero dizer. Eu ainda estava surtando
totalmente sobre a coisa toda. Mas eu estava definitivamente
mais... Interessada do que antes.
O único problema foi que David, quando eu finalmente terminei de
falar com ele mais tarde naquela noite, não pareceu muuuito...
Interessado.
Mesmo quando eu expliquei a ele que não era ele. Era eu.
"Sinceramente," Eu disse. "Eu quero... Quero..." Eu não sabia
como deixar claro o que eu queria. Transar com você? Ou deveria
usar o idioma dele e dizer, jogar Parcheesi com você?
Eu descobri que eu não poderia dizer isso, de qualquer forma, e
terminei dizendo, "... Passar o dia de Ação de Graças com você,
David. Honestamente, eu quero. Mas pense no que as pessoas
poderiam dizer. Se elas descobrissem, digo."
"Sam," David disse, com uma voz que eu poderia descrever como
'longo-sofrimento'. Só que, com o que ele estava sofrendo? Garotos
fazem isso tão facilmente. "Eu não tenho a mínima idéia do que
você está falando."
O que era tão típico dele.
"É só que, existe um comportamento padrão em dobro se você é
uma garota," Eu expliquei. Ou tentei explicar. "Você entende o que
estou dizendo?"
"Sinceramente," David disse, na mesma voz não-interessada que
ele estava usando desde que atendeu ao telefone, "Eu não entendi
uma única palavra que você me disse toda a semana."
Deus. Eu realmente havia ferido os sentimentos dele. Eu
definitivamente tinha que fazer alguma coisa para me desculpar.
"Seriamente, David," Eu disse, "é só uma coisa com a qual eu
tenho que trabalhar comigo mesma. Não tem nada a ver com você,
realmente. É, tipo..." Eu tentava pensar em como eu poderia
explicar, de maneira que ele entendesse.
E, de repente, vindo de algum lugar, Deb Mullins apareceu na
minha mente. Debra Mullins, na sua minissaia minúscula de
dança, e seus grandes olhos azuis, enchidos de mágoa, depois do
último ataque da Kris Parks.
"É tipo, tem uma garota na minha escola, e existe um rumor que
ela Fez Aquilo -ninguém nem mesmo tem certeza- e as pessoas a
chamam de todos os tipos de coisa na cara dela," Eu disse. "É
horrível, eu me sinto tão mal por ela."
"Ãhn," David disse. "Okay."
"Quero dizer, e na sua escola? O mesmo tipo de coisa deve
acontecer."
"Hm," David disse. "Eu não sei. Quero dizer. Eu acho..."
"Você acha?" Minha voz falhou, eu estava tão chocada.
"Eu não sei," David disse. "Quero dizer, eu nunca notei nada como
isso."
Ai, meu Deus. Eu não podia acreditar que era tão diferente na
Horizon. Mas aparentemente, era.
Horizon deve ser como a Valhalla de educação privada, enquanto a
Adam Prep é... Bem, o inferno.
"E o Caminho Certo?" Eu reclamei.
"Caminho certo? Aquele grupo estúpido que a sua amiga Kris
Parks participa?"
"É," Eu disse, não me dando ao trabalho de mencionar que Kris
Parks não é exatamente minha amiga, uma vez que ele já sabe
disse. Pelo menos, ele já deveria saber, depois das inúmeras vezes
que eu reclamei dela pra ele. "Porque espalha, David." Como eu
posso fazê-lo entender? "Não importa quão discreta as pessoas são
sobre isso, em algum momento, sempre espalha. E então, eles
começam a atacar você. Kris e os participantes do Caminho Certo,
digo. Ao menos que você seja da 'elite'- tipo a Lucy. Mas eu não
sou da elite, David. Claro, eu salvei o seu pai e apareci na TV, e
tudo mais, mas eu quase nem sou um membro da turminha
popular. Ou qualquer turminha, na verdade. E eu simplesmente
sei que eles vão começar a me atacar."
"Quem vai?" David perguntou.
Ai, meu Deus. Eu realmente pensava que a minha cabeça ia
explodir.
"CAMINHO CERTO," Eu disse, com os dentes cerrados.
"Mas por que você liga pro que esse pessoal do Caminho Certo
diz?" David quis saber. "Você nem mesmo gosta deles."
"Bem," Eu disse. "não. Mas..."
"Quem eles são pra passar a julgar todo mundo?" David quis
saber. "Eles são os melhores e mais brilhantes da escola?"
"Bem," Eu disse, "não, eles não são, necessariamente. Mas..."
"Eu não achava que fossem" Ele disse. "Porque se eles fossem
realmente tão espertos, eles saberiam que esses programas de
abstinência e todo o resto... Estudos depois de estudos mostram
que eles não funcionam."
Eu pensei que não tivesse ouvido direito. "Espera... o que?"
"Não funciona," David repetiu. " ‘Simplesmente Diga Não’?
Crianças que ingressaram nos programas do ‘Simplesmente Diga
Não’ na escola, são simplesmente como as que experimentaram
drogas e álcool e as que não, porque esses programas usam
técnicas artificiais que assustam as crianças, daí na mente deles,
elas nunca vão cair nessa. Quero dizer, qualquer idiota sabe que
você não vai se transformar em um sem-teto viciado em cocaína
por causa de uma dose de maconha."
“Certo," Eu disse. Porque, ãhn, se isso fosse verdade, todas as
estrelas de Hollywood seriam sem-tetos viciados em cocaína. Eu
ouvi o que acontece nas estréias desses filmes.
"Tudo que esses programas fazem, é fazer pessoas que prosseguem
e tentam tudo que eles deveriam dizer não –e, acredite, mais da
metade terminam tentando- completamente desequipados para
isso," David disse. "Como casais que são empenhados a não fazer
sexo. Tudo que acontece, é que eles acabam fazendo de qualquer
jeito, só que eles não usam proteção, porque eles não têm
nenhuma a mão, já que tudo que eles planejavam eram dizer não.
Viu? Não funciona."
Eu quase deixei o telefone cair. "Isso é... Isso é verdade?"
"O que, você acha que os Centros para Controle de Doença, fazem?
Porque eles são os únicos que estudam. Então, onde esses
participantes do 'Caminho Certo' querem chegar, agindo de forma
tão alta e poderosa, eu não sei."
"Eu também não sei," Eu disse, surpresa com essae pedaço de
informação.
"Então..." David limpou sua garganta. "Estamos bem agora?"
"Totalmente," Eu disse, feliz. Mal podendo esperar a próxima vez
que Kris começasse a atacar Deb! Eu definitivamente traria a tona
aquela coisa do CCD.
"E você já teve uma chance para perguntar para seus pais sobre o
dia de Ação de Graças?" David quis saber.
Sim! E eles disseram que sim!
Isso era o que eu queria dizer. Bem, o que uma parte de mim
queria que eu dissesse.
Mas a outra parte de mim -a maior parte de mim- estava toda,
NÃO! Okay? Não, eu não tive. Essa é uma grande decisão e mesmo
que eu esteja indo lentamente sobre isso, eu ainda preciso de
tempo. É verdade que eu estou profundamente apaixonada por
você, e eu estou totalmente ciente de que você é meu único amor
verdadeiro, mas eu só tenho 16 anos e eu ainda tenho figuras de
ação em cima da minha cômoda e eu não estou totalmente certa
que eu já estou pronta para jogá-las fora...
"Ãhn, não, eu esqueci," Eu disse.
Ei, eu manti meus dedos cruzados enquanto eu dizia isso.
"Ah," David disse, soando um tanto desapontado. Tipo, não tão
desapontado quanto eu pensei que ele estaria. "Okay. Bem, me
avise. Porque minha mãe quer saber quão grande o peru que ela
vai fazer vai ter que ser."
Uau. Era algum tipo de código para eu preciso saber quantas
camisinhas comprar? Eu pensei em dizer a ele que ele não
precisava se preocupar com essa parte. Mas então, minha
chamada de espera chamou.
"É minha outra linha," Eu disse, meio que assustada porque era
tão tarde da noite. Quero dizer, a única outra pessoa que sempre
me liga no celular é Catherine, e os pais dela a fazem ir pra cama
as onze em noites de aula.
"Okay," David disse. "Eu vejo você amanhã, de qualquer jeito."
Isso meio que me surpreendeu.
"Amanhã?" Amanhã era o Retorno à Família, reunião da cidade, na
MTV. "Você vai? Com o seu pai?"
"Bem, é," David disse. "Mas nós também temos aula de desenho
vivo. Lembra?"
Terry! Como eu pude esquecer o nu Terry?
"Certo," eu disse. "É. Ok, vejo você, então."
Então eu transferi pra outra linha. "Alô?"
"Sam?" Dauntra gritou meu nome. Pelo barulho nos fundos,
parecia que ela estava ligando de uma boate noturna. Onde um
assassinato estava sendo cometido.
O que, conhecendo Dauntra, não estava realmente fora do
possível.
"Dauntra?" Eu não estava certa de que ela podia me ouvir. Onde
ela estava? Então, um terrível pensamento veio em minha mente.
"Ai, meu Deus, você ainda está na prisão?"
"Não," Dauntra disse com um riso. "Eu estou na casa de um
amigo. Olha, eu só queria ligar e agradecer. Por cobrir o meu turno
na outra noite. Eu totalmente devo a você!"
"Ah," Eu disse. "Sem problemas. Eu espero que você, ahn, não
tenha tido péssimos tempos na cadeia."
"Você está brincando?" Dauntra disse. "Foi ÓTIMO. Eu disse a eles
para manterem meu beliche aquecido para mim, já que eu espero
estar de volta realmente breve. Mas, não se preocupe, eu estarei de
volta a tempo para o meu turno na Sexta. Ah, certo, você vai para
a casa da sua avó na Ação de Graças. Você estará de volta para o
seu turno na Sexta?"
"Hm," Eu disse. "Eu não estou totalmente certa. Talvez eu não vá.
Para a casa da minha avó, quero dizer." Eu pensei, uma vez, em
perguntar para Dauntra sobre o que ela faria no meu lugar...
Sobre ir para o Camp David, quero dizer.
Mas a coisa era, que eu tinha uma leve idéia. Sobre o que Dauntra
faria, quero dizer.
Dauntra simplesmente Faria Aquilo.
"Eu ainda não decidi," Foi o que eu me conformei em dizer.
"Bem, não vai ser o mesmo sem você," Dauntra disse, no mesmo
momento em que alguém lá atrás, aonde quer que ela estivesse,
soltou um grito agudo e disse "Kevin! Não!"
"Ãhn," Eu disse. "Está tudo bem aí?"
"Ah, claro," Dauntra disse com um riso amarelo. "Kevin só pisou
na pizza. De novo."
Eu nem me incomodei de perguntar o que a pizza estava fazendo
no chão. Eu pareço uma grande idiota quando eu falo com
Dauntra.
"Então, escuta," Dauntra disse. "Eu estava pensando. Nós
poderíamos fazer um protesto no trabalho. Protestar sobre o Stan
revistar as nossas mochilas."
"Hm," Eu disse. "Eu não sei."
"Vamos lá! Vai ser divertido."
"Eu não tenho certeza de que um protesto é a forma mais eficaz de
mostrar nosso ponto de vista," Eu disse. Eu odeio ser aquela a
estourar a bolha dela, especialmente porque, em muitos aspectos,
eu queria ser ela. Quero dizer, Dauntra simplesmente não liga
sobre o que qualquer pessoa diz sobre ela. Eu queria ser desse
jeito. "A coisa é que, nós podemos ser... Você sabe. Demitidos."
"Deus," Ela disse. "Você está certa, provavelmente. Droga. Ah,
bem. Eu vou pensar em alguma coisa."
"Okay," Eu disse. "Bem, vejo você depois."
"É, vejo você amanhã à noite," Dauntra disse. E desligou,
exatamente quando alguém gritou "Kev-IN!"
O que é meio que engraçado. Quero dizer, o que ela disse. Vejo
você amanhã à noite. Porque amanhã eu não vou trabalhar. Eu
tenho o encontro da cidade na MTV.
Os 10 motivos pelos quais é o máximo ser uma adolescente
nos EUA (ao invés de outro lugar):
10. É improvável você acabar sendo uma das 250 milhões de
crianças do mundo entre as idades de quatro a 14 que trabalhe em
um trabalho de período integral (ao menos que você tenha uns pais
iguais os meus. A única razão que eles não estão me fazendo
trabalhar 40 horas por semana, ao invés de seis, é porque é contra
a lei. Obrigada, Deus).
09. 300.000 crianças por ano são forçadas a servir como soldados
em combates armados, pelos seus governos ou insurgentes
rebeldes. Com armas e tudo mais (embora, seriamente, que
governo daria uma arma a minha irmã Lucy? Ela provavelmente
usaria como endireitor de cabelo a ferro).
08. Castigo corporal foi abolido daqui há muitos anos atrás, mas
em muitos países hoje em dia, ainda é considerado perfeimante
aceitável que os professores deêm chibatadas nas crianças por
atraso ou por darem as respostas erradas (embora isso diminuiria
o nível da bagunça na Adam Prep, nós poderiamos, de verdade,
aprender algo para uma mudança).
07. Cento e trinta milhões de crianças em países em
desenvolvimento não estão na escola primária. A grande maioria
deles são meninas (e, por mais que eu odeie a escola, eu sei que é
necessária. Quero dizer, então eu posso, tipo, conseguir um
emprego melhor que na Potomac Video. Porque $6.75 por hora não
valem grande coisa).
06. Em algumas partes do Oriente Médio e da Índia, se você é uma
menina que é pega paquerando com alguém que você encontrou no
shopping ou coisa assim, seus parentes homens podem te
assassinar e nem sofrerem nada, uma vez que você desgraçou a
família deles (o que basicamente quer dizer, Lucy? Aham, ela não
teria vivido tempo suficiente para se ferrar nos SATS se ela
morasse na Arábia Saudita ou em outro lugar).
05. Exemplos de meninas tão novas quanto sete, são forçadas a se
casarem na África, onde 82 milhões de meninas terminarão
casadas antes dos 18, gostando deles ou não, e a maioria não
gosta. (nos Estados Unidos, isto acontece só em Utah. E talvez
partes de, como, os Appalachians).
04. Mundialmente, é estimado que 12 milhões de crianças abaixo
da idade de cinco, morrem todo ano, a maioria de causa
facilmentes preveníveis. Cerca de 160 milhões de crianças sofrem
de subnutrição (e não é porque elas só comem Pop-Tarts o dia
todo, como eu faria se eu pudesse escapar com isso).
03. Em Cingapura, você tem que pegar uma licença especial para
mascar chiclete em público. Se você não tiver a licença, e eles te
pegarem mascando, você pode ser chibateado publicamente
(embora se as pessoas aqui nos Estados Unidos tivessem que
adquirir uma licença para mascar chiclete, tudo seria muito mais
limpo, até mesmo o metrô).
02. Para combater muitos destes abusos de propriedade, os EUA
adotaram a Convenção nos Direitos da Criança, um tratado que
busca enviar os direitos humanos particulares de crianças e fixar
padrões mínimos para a proteção dos direitos delas. Há só dois
países que mantêm o comportamento do tratado. Um é a Somália.
O outro é o Estados Unidos.
Por quê? Porque há uma cláusula no tratado que sugere que as
meninas vítimas de crimes da guerra internacional sejam
oferecidas para o conselho do controle de natalidade, e o direito
religioso nos Estados Unidos não gosta disso.
E o motivo número um pelo qual é o máximo ser uma
adolescente nos EUA é:
01. Porque este ainda é um dos poucos lugares na Terra onde você
pode mencionar o quanto coisas como as de cima são estúpidas e
não te colocam na cadeia por isso.
Ao menos que você seja Dauntra, quero dizer, e seu protesto é
fingir que está morta no meio da rua.
Capítulo 10 by Letícia
David chegou ao estúdio antes de mim. Quando eu entrei, ele já
estava sentado arrumando seus pincéis no banco da frente.
No minuto que eu o vi, meu coração fez aquela coisa que ele faz
sempre que David entra em algum lugar. Aquilo que Rebecca
chama de frisson. E foi ficando cada vez maior quando David me
viu lá em pé, e me olhou fixamente enquanto sorria.
“Hey Sharona” Ele disse “Muito tempo sem nos vermos”
E foi como se tivesse uma corda invisível prendendo a gente,
porque um segundo depois, eu me joguei em cima dele. Eu estava
com os meus braços em volta da cabeça dele e a sua cara enfiada
na minha barriga, desde que eu não tinha dado tempo dele se
levantar e me abraçar apropriadamente.
“Bem” David disse com a voz abafada, já que sua cara ainda estava
enfiada na minha camisa. “É bom te ver também”
“Desculpe” Eu disse, soltando a cabeça dele - relutante – e me
abaixando para sentar no banco ao lado dele “Eu só... Eu
realmente senti sua falta. Eu não tinha percebido o quanto até
agora pouco, quando eu te vi.”
“Bem, isso é bom.” David disse “Eu acho” então ele se aproximou e
disse “Eu também senti a sua falta” e me beijou.
Por muito tempo.
Por tanto tempo que a gente nem percebeu que a sala estava
começando a encher com outras pessoas, até Susan Boone limpar
a garganta um pouco mais alto que o normal. Então a gente se
separando um pouco culpados, e vimos que Terry já estava se
posicionando, na posição que Susan havia dito na plataforma
Terry piscou para mim – eu acho que foi por causa da conversa
íntima que eu e ele tivemos aula passada – enquanto Susan fazia
um estardalhaço ao redor da plataforma abaixo dele.
E eu pisquei de volta, porque, bem, o que mais eu deveria fazer
quando um cara pelado pisca pra você?
Além do mais, não foi mais como pirar. Ao ver um cara pelado, eu
digo.
Pelo menos, eu não achei que eu estava. Eu digo, eu não senti que
estivesse pirando.
Mas eu acho que eu pareci que estava pirando, tanto que uma
hora e meia depois que a aula começou, Susan veio me perguntar,
discretamente, se estava tudo bem.
Eu olhei pra ela, me sentindo um pouco atordoada, do jeito que eu
sempre faço quando eu estou desenhando e alguém me
interrompe.
“Está tudo bem” Eu disse “Por quê?”
E foi ai que eu me liguei. Meu deus! E se Susan não estivesse
falando sobre o que havia acontecido na aula passada, com o meu
ataque de loucura sobre a coisas toda de Terry pelado e tal? E se
ela estivesse falando sobre outra coisa – Tipo como eu estava
pensando sobre fazer sexo com David? O que eu quero dizer é que
ela é uma artista, logo ela é muito mais perceptiva do que, bem,
mamãe e papai, então ela talvez tenha percebido. Será que era
sobre isso que ela tava perguntando quando ela perguntou se tudo
estava bem?
E se for, o que eu devo dizer?
“Bem, eu só estou um pouco preocupada” Susan disse, olhando
para a minha prancheta de desenho. “Você parece estar tão
concentrada para desenhar a figura, que você esta ignorando tudo
ao redor”
Piscando os olhos, eu olhei para onde ela estava apontando. Eu
tinha desenhado um desenho realmente realístico, de Terry e toda
a sua gloria nua.
Mas também era verdade que ele estava pendurado lá,
basicamente em outro espaço.
“Desenhar é como construir uma casa, Sam. Você não pode
começar pendurando as cortinas, você tem que fazer o prédio
primeiro”
Tirando meu pincel da minha mão, Susan desenhou um rascunho
atrás da figura que eu tinha desenhado.
“Então coloque chão” Ela disse rascunhando o banco embaixo de
Terry. De repente ele não estava mais flutuando no espaço.
“Você tem que construir a sua casa pelo terreno, começando por
todos os pedaços chato... O encanamento e a fiação. Você vê aonde
eu quero chegar? Por indo e desenhando todos os detalhes aqui” –
ela apontou para o retrato de Terry – “Você está decorando antes
de construir a casa. Você tem que parar de se concentrar só nas
partes.” Ela adicionou “E começar a ver a imagem como um todo”
Susan, eu percebi, estava certa. Eu estava tão concentrada em
conseguir desenhar perfeitamente a cara de Terry, que eu ignorei
as outras três partes da pagina. Então agora era um pedaço de
papel com uma cabecinha desenhada.
“Eu entendi” Eu disse “Desculpe, eu acho. Eu só... Você sabe, me
empolguei.”
Susan suspirou “Eu espero que eu não tenha cometido um erro”
ela disse baixinho “Deixando você e David terem essa aula. O que
eu quero disser, é que talvez vocês não estejam prontos”
Eu olhei pra ela um tanto asperamente.
“Nós estamos prontos” Eu disse precipitada “Eu digo, eu estou... E
David também. Nós dois estamos”
“Eu espero que sim” Susan disse com um ar ligeiramente
preocupado. Ela colocou a mão no meu ombro e se endireitou,
então saiu andando. “Eu realmente espero.”
Não estava preparada? Não estava preparada para desenho vivo?
Pra merda! Eu trabalhei furiosamente nos últimos 15 minutos de
aula, adicionando Terry a um fundo, concentrada em desenhar o
todo, e não as partes. Eu ia mostrar para Susan quem não estava
pronta! Veja se eu não estava!
Mas não foi tempo o bastante para realmente fazer o que eu
queria, e no final, quando veio a hora de criticar o desenho de todo
mundo. Susan só balançou a cabeça para o meu como se estivesse
sentado na janela.
“Você fez um desenho realmente realista de Terry” Ela disse com a
voz firme. “Mas ele continua pendurado no ar”
Eu não tinha idéia do que ela estava falando. O que ela queria
dizer? Que eu não estava pronta? Não era o assunto do desenho a
coisa a mais importante?
Terry parecia pensar assim. Ele virou e disse “Hey, você vai ficar
com isso?” e apontou para o meu desenho dele mesmo.
“Hm” Eu disse. Eu não estava realmente segura do que responder.
A verdade era que eu não tinha pensado em ficar com ele, eu ia
jogar fora. Mas eu hesitei em admitir isso, por que isso seria como
dizer que o retrato de Terry não merecia ser emoldurado e
pendurado sobre a lareira – como se ele não fosse atrativo o
bastante, ou algo. E mesmo que eu achasse que ele tivesse um
trabalho realmente estranho, eu não queria ofender ele.
“Por quê?” Eu perguntei. Sempre uma boa pergunta para qualquer
ocasião.
“Por que se você não for guardar, eu o quero” Terry disse.
Eu estava comovida. Mais que comovida. Eu estava lisonjeada. Ele
gostou do meu retrato dele! Tirando o fato de que ele não estava
integrado a nenhum fundo!
“Ah, claro!” Eu entreguei o desenho pra ele. “Aqui esta”
“Bacana...” Terry disse. Então observando que faltava a assinatura
do artista ele disse. “Você podia assinar pra mim?”
“Claro” Eu disse e assinei, devolvendo o papel pra ele.
“Bacana” Terry disse de novo, olhando para minha assinatura
“Agora eu tenho um desenho da menina que salvou o presidente.”
Eu realizei que era isso que ele queria – um autógrafo meu num
retrato dele, nu. Não que ele tinha gostado especialmente do meu
retrato.
Mas Hey! Eu acho que isso é melhor do que nada.
“Então” David disse, vindo por trás de mim de mansinho e rindo
“Você está preparada?”
Eu tenho que admitir, eu me assustei. Não porque ele veio por trás
de mansinho, mas por causa da pergunta.
“Eu ainda não tive a chance de perguntar a eles.” Eu deixei
escapar, virando para encara ele. “Eu realmente sinto muito,
David. As coisas têm sido tão loucas lá em casa com Lucy e a coisa
do tutor – “
David me encarou como se houvesse chifres na minha cabeça, que
nem Hellboy.
“Eu estou falando sobre a reunião da cidade na sua escola” Ele
disse “Meu pai disse que nos daremos uma carona pra você.”
“Oh” Eu ri um pouco nervosa. “Isso! Certo! Não, porque eu deveria
estar nervosa?”
“Razão nenhuma” David disse, com um brilho em seus olhos
verdes. “Sabe, é só a MTV. Milhões de pessoas estarão assistindo.
Só isso.”
A coisa era, eu tinha muito mais pra me preocupar, que eu não
tive tempo de pensar sobre isso. O que eu ia dizer na reunião da
cidade, e tudo. Aliás, eu tinha lido o texto que a secretária de
imprensa me deu, e feito um pequeno discursinho por mim
mesma, mas...
A verdade era, Eu estava mais nervosa sobre o que eu ia fazer com
a situação do Camp David do que com a TV.
“Aw...” Eu disse “Vai dar certo, sempre dá”
O que é verdade. Aparecer na TV com o pai de David sempre deu
certo, no passado. Não que eu tivesse aparecido muitas vezes –
Quero dizer, não é como se a gente se separasse para tiroteios, ou
tanto faz. Mas o que eu quero dizer, como, na Un endereços, ou o
fundo de doações que acaba na C-Span.
E isso sempre acaba bem. Eu não podia ver por que hoje seria
diferente.
Até eu e David chegarmos a Adams Prep e eu ver os protestos.
Foi ai que eu percebi que a Reunião da Cidade ia ser muito, muito
diferente do que falar para um monte de magnatas do petróleo em
um salão de hotel. Porque ricos magnatas do petróleo não têm que
ser barrados por dezenas de policias, quando você e seu namorado
saiem do carro.
Ou tem grandes faixas escrito TIRE SEU NARIZ DAS MINHAS
MEIAS-CALÇAS (eu juro que tava escrito isso).
Ou acusam você de trair sua geração quando você tenta sair do
carro, escoltada por agentes do serviço secreto e policias.
Ou tentam bater em você com um pedaço de sanduíche de peru
quando você esta entrando na sua escola, que por um acaso, havia
se tornando numa zona de batalha – eles contra você.
Mas desde que sempre foi assim na Adams Prep – eles contra você
- Eu não era toda aquela atração.
Exeto pelo fato de que estou certa de durante aquele trajeto com
vários protestantes gritando, eu avistei uma garota com cabelos
Ébano da Meia-Noite e Rosa Flamingo.
Top 10 do porque é um saco aparecer na Tv:
10. Se você é perguntada em um Talk Show, a pessoa que
entrevista você tem um cartão dizendo pra ele o que dizer. Você
não tem. Você só está lá, por si mesma. E se ele perguntar algo
que você não sabe responder, mau para você.
09. Ver você mesma no monitor, e perceber como sua cabeça
parece grande para todo o resto.
08. Os cinco minutos antes de você ir ao ar. Você está lá sentada
tão nervosa que você quer vomitar, enquanto todo mundo em volta
esta tendo um bom momento, já que eles não vão aparecer na TV.
Então por que eles teriam que se importar?
07. A mulher da maquiagem e cabelo. Não interessa o que você
disser, ela/ele vai vir com um look para você que não se assemelha
de jeito nenhum com você na vida real, e isso vai fazer com que
mais tarde sua vó ligue perguntando por que você estava parecida
com a Paris Hilton.
06. O apresentador vai ignorar você, exceto quando a câmera
estiver ligada, e ai ele/ela tentara fazer com que vocês se parecem
melhores amigos.
05. Não importa o que você tenha ouvido sobre o contrato, a
comida no camarim sempre vai ser composta por coisas que você
odeia. No meu caso, tomates.
04. Você nunca vai ter seu próprio camarim, e sim ter que dividir o
camarim das moças, com duas finalistas do concurso Miss
Pensilvânia, que manterão você nervosa até você querer gritar.
03. Inevitavelmente, alguém no estúdio vai fazer você dar alô para
sua sobrinha no telefone, por que você é a garota que salvou o
presidente, e a sobrinha do cara é uma grande fã sua.
02. E quando você pega o telefone, a sombrinha do cara não faz a
mínima idéia de quem você é.
E a primeira razão do por que é um saco aparecer na Tv.
01. Quando a câmera desliga, você instantaneamente se lembra de
tudo que você tinha que falar.
E você quer morrer.
Capítulo 11 by Larissa, Camila e Gagau
“Eu estou tão animada,” Kris ficava falando.
Ela nem precisava ficar me falando. Eu poderia falar que ela estava
animada só pelo jeito que ela ficava pulando pra cima e pra baixo e
apertando o meu braço.
Eu acho que eu deveria estar animada também. Quero dizer, o
presidente dos Estados Unidos vai fazer um discurso sobre os
jovens da América na minha própria escola.
Mas desde que eu odeio o meu colégio, é difícil ter qualquer tipo de
entusiasmo sobre o fato que a Adams prep. Vai ter seus 15
minutos de fama... Bem, 40 minutos, na verdade, se você contar os
comerciais.
Somando o pequeno fator de que fora do colégio estão milhares de
pessoa que não são totalmente de acordo com sobre oque vamos
falar.
Mas na convicção de Kris de que sua querida alma importava-se de
começar uma dívida não merecida não foi oque deixou Kris tão
animada. E as pessoas do protesto não estavam no seu radar. Não,
ela estava praticamente delirando e aproveitar o fato de que ela ia
conhecer o presidente...
... Sem mencionar Random Alvarez, o VJ mais gato por aqui.
“Ali está ele,” Ela ficava dizendo, saltando do meu lado. “Olha ele!
Ele é tão inteligente!”
Ocasionalmente, ela dizia, “Ele é tão gostoso.” Esse é o único modo
que eu poderia descrever como ela estava falando. Inteligente se
referia ao presidente. Gostoso se referia a Random Alvarez. Os dois
estavam sendo maquiados e com os cabelos arrumados, se
preparando para o show.
“É muito grande” Random ficava dizendo para o estilista que
estava tentando deixar ele pronto para ir. “É muito pegajoso!”
“É assim supostamente que é para ficar”, a estilista lhe assegurou,
e os dois analisaram a sua imagem em um grande espelho de mão.
“É como o que todos os adolescentes estão usando”.
Random olhou para mim e disse, “Ela não.”
A estilista olho de relance para mim. Eu vi ela saltando como se
uma abelha a tivesse picado ou algo assim. Depois ela disse, para
o Random, “É, bem, ela está, hum, fazendo o seu próprio estilo.”
Muito legal! Quero dizer, meu cabelo não está tão ruim.
Ou está?
O presidente não pareceu tão assustado quando ele o viu pela
primeira vez. Ele primeiro olhou para o meu cabelo, ficou algo
parecido com uma tremida, daí disse, por sorte com uma voz
estrangulada, “Isso é permanente?”
“Semi”, Eu disse.
“Eu vejo” Ele disse. “E você supôs ser...”
Não pergunto se eu supus ser Ashlee Simpson, eu sussurrei
ferozmente. Eu só fiz isso na minha mente.
“... punk?” O presidente terminou.
“Não,” Eu disse surpresa. Quero dizer, como ele poderia pensar
que eu parecia punk? Eu estava usando jeans isso é verdade. Mais
eu estava usando minha blusa de ginástica da Nike. Punks
roqueiros não usam produtos da Nike. “Eu só estava supondo ser
eu”.
“Mas-“
Mas o pai de David evidentemente viu que era melhor perguntar
qualquer coisa que não era aquilo que ele estava a ponto de pedir,
porque daí ele virou para o maquiador que estava maquiando seu
nariz. Ele nem olhou para mim de novo.
E isso só mostra que você tem que agradar todas as pessoas o
tempo todo.
Embora você possa agradar essas pessoas outra hora.
“Eu não posso acreditar que conheci você” A estilista estava
dizendo, tentando disfarçar o brilho da minha testa. É muito difícil
manter-se sem suar quando você está prestes a aparecer na TV.
“Você é como um dos meus ídolos. Eu amei o jeito que você salvou
o presidente. Foi fantástico!”
“Obrigada” Eu disse.
“É uma honra poder trabalhar com você.” A estilista sorriu
revelando dentes perfeitamente retos, trabalho de um ortodontista
realmente hábil, ou o produto de um DNA muito bom... É difícil
dizer qual. “Você é uma grande modelo para as garotas de todos os
lugares. Você sabe?”
“É,” Eu disse pra ela. “Obrigada”.
“É tão ruim,” A maquiadora disse. Eu olhei de relance para ela
agudamente. Ai meu deu, ela leu minha mente? Será que ela sabe,
de alguma maneira? Sobre David e eu? Eu já ouvi sobre
cabelereiros que conseguiam ler a mente dos clientes só tocando
em seus cabelos...
“Essa tintura, quero dizer” A maquiadora veio, enrolando seus
dedos no meu cabelo. “Você realmente deveria deixar um
profissional cuidar disso.”
Quando ela terminou de arruma minha testa brilhante. Sentei-me
no meu lugar com todos correndo ao meu redor, falando de como
estavam nervosos. Bem, todo mundo e Random Alvarez e o
presidente.
“Oh, Deus”, Kris disse, vindo até mim e esmagando meu braço de
novo. “Você acha que ele me daria um autógrafo?”
“Ele quem?”
“Os dois, eu não me importo” Ela disse.
“O presidente vai” Eu disse, porque eu sei que ele daria. “Eu não
sei quanto ao Random. Eu nunca o conheci antes.”
“Eu vou me apresentar” Kris disse. “Antes de o show começar.
Você acha que eu deveria? Quero dizer, eu estou no painel. Seria
politicamente correto me apresentar. Você não acha? Só dizer oi, e
bem-vindo a nossa escola. É a coisa certa a fazer. Não é?”
Eu encolhi os ombro. Para lhe falar a verdade, eu nem ligava para
o Kris fez. Eu tenho meus próprios problemas.
Um deles era que eu vi toda a minha família chegando à academia
mais cedo, e sentando perto de David e da primeira Dama. Minha
família toda – meus pais E Lucy e Rebecca. Eu me apressei e disse,
“O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO AQUI?” e minha mãe olhou
para mim como se eu fosse louca.
“Você não esperava que a gente perdesse seu pequeno encontro da
cidade, esperava?” Ela quis saber.
“Mas você não poderia ter ficado em casa e assistido a ele na TV”
Eu disse. “Quero dizer, é ao vivo, você não iria perder nada”.
“Sam,” Minha mãe disse, soando um pouco ofendida, “o discurso
do presidente é sobre que as famílias devem passar mais tempo
juntas. Isso não seria ligeiramente hipercrítico se nós não
estivéssemos aqui para te apoiar?”
Eu não tinha pensado nisso. Eu acho que ela está certa.
Mas estava claro que, mesmo eles estando ali, me apoiando não
era tudo aquilo nos seus compromissos. Meu pai estava no celularporque em qualquer lugar no mundo, o banco está sempre abertoRebecca estava lendo um livro. Mamãe ficava checando seu PDA, e
eu vi Lucy estendendo o seu pescoço, procurando pelos seus
amigos.
Mas quando seus olhos caíram sobre Tiffany Shore e Amber
Carson, eu percebi que não eram seus amigos que Lucy estava
procurando. Era por Harold Minsky. Que não estava lá, porque
provavelmente uma reunião da cidade na sua escola – um que o
presidente dos Estados Unidos estava presente – não chegava nem
perto interessante de qualquer coisa que passasse no canal Sci-Fi
essa noite.
Mas minha família me envergonhar na frente de todos na minha
escola – sem mencionar a nação – não era a única coisa me
deixando pra baixo. A outra coisa que eu não conseguia parar de
pensar era...
Será que realmente Dauntra estava lá fora? E se estava... O que
ela queria dizer? Quero dizer, será que ela me odeia agora, ou algo
assim? Só porque eu estou apoiando a iniciativa do pai do meu
namorado?
Quando eu voltei a sentar na frente das câmeras – que ainda não
haviam sido viradas – eu vi que Kris tinha recolhido toda a sua
coragem e foi se apresentar para o homem do momento – o pai de
David e Random Alvarez. Ela estava segurando a mão de Random
pelo que eu vi, parecendo obviamente com um olhar ligeiramente
irritado. Ele estava claramente ainda insatisfeito com o seu cabelo.
“Ei” A voz de David chegou ao meu ouvido. “Quebre o braço”.
“Muito engraçado” Eu disse para ele. Ele sempre me diz para
quebrar o braço quando eu vou aparecer na tv, porque quebrando
o braço foi, basicamente, como a gente se conheceu – quando eu
quebrei meu braço salvando o pai dele te ter sido baleado.
“Não se preocupe”, David disse, me beijando no topo da cabeça.
“Você será ótima. Você sempre é.”
“Obrigada,” Eu disse, mesmo não acreditando em nenhuma
palavra que ele disse.
“E, ei,” David disse, ainda tentando me animar, “você conheceu
Random Alvarez!”
“Ele é um total cabeça de queijo” Eu disse.
“Sua amiga Kris não parece achar isso também”, David apontou.
Eu olhei na direção que ele estava apontando e vi Kris rindo de
algo que Random disse (provavelmente algo padecido com, “Ao
menos meu cabelo está melhor do que o daquela menina, bem
ali”). Kris pôs sua mão no tórax de Random, como se quisesse
dizer, “Pare! Você está me matando com a sua sagacidade!” Mais
realmente, você sabia que ela só queria tocar o seu tórax.
Random não pareceu ter se importado muito, porque um segundo
depois, ele se inclinou para baixo e sussurrou algo no ouvido de
Kris. Ela se virou numa interessante sombra cor de rosa, mas
assentiu entusiasmada. Então Random deu uma palmadinha na
bunda de Kris.
Sério.
Eu olhei para David. “Ew”. Foi a única coisa que eu consegui
pensar em dizer.
“O que está acontecendo com a Lucy?” David pediu, assentindo
para minha irmã, que procurava ainda o amor de sua vida no
muitas cadeiras se dobrando ao longo do ginásio escurecido.
“Ela está procurando por Harold” Eu disse. Eu contei ao David
tudo sobre Lucy e seu tutor no carro ao caminho do estúdio de
artes. Sua resposta tinha sido assentir sabiamente e dizer, “Ah,
claro. Ela tem uma queda por ele, porque é o único cara do mundo
que não presta nem um pouco de atenção nela. Você pode ver o
fascínio”.
Eu levantei minhas sobrancelhas. “Você pode?”
“Bem, se você é alguém como Lucy, que sempre tem qualquer cara
que ela quer, ter um cara que não quer você é uma novidade. Era
óbvio que ela ia se apaixonar por ele.”
Eu nunca tinha pensado sobre isso dessa forma. Mas começa a
fazer sentido.
“É um plano genial na parte do qual-é-o-nome-dele”, David
remarcou.
“Plano?” Eu esmaguei todo o meu rosto – mas não repulsivamente,
do jeito da Brittany Murphy, eu espero. “Você acha que Harold
PLANEJOU isso?”
“Ah, claro” David disse. “Para fazer ela gostar dele? Isso é
brilhante. Fingir que ele não liga, diricionando-a insaneamente…
Ele sabe que ela vai estar comendo na sua mão no final da
semana.”
Eu fiquei surpresa. “Sério?” Depois ele que ele afirmou balançando
a cabeça eu disse “Pobre Lucy”.
Vendo ela agora, tentando parecer casual enquanto procura por
Harold, David disse de novo: “Pobre Lucy”.
Você poderia dizer isso de novo.
Agora o diretor estava chamando, “Ok, pessoas, nós vamos ao ar
em 10. Aos lugares.”
“Ei, escute”, David se inclinou para sussurrar em meu ouvido, “Eu
quase esqueci. O estranho é que a coisa simplesmente aconteceu.
Minha mãe estava falando com a sua agora mesmo, e ela
mencionou o negócio da Ação de Graças. Minha mãe mencionou.
Sobre você ir comigo ao Acampamento David.”
Todo o sangue das minhas veias pareceu de repente congelar”.
“E sua mãe disse que tudo bem” David disse. “Eu espero que você
não se importe. Quero dizer, de minha mãe ter pedido antes de
você ter a oportunidade para fazer isso. Mas ela realmente
precisava saber. Sobre o peru, e tudo mais. ”
“Em 9,8,7” – Random veio deslizado na cadeira ao lado do meu,
com o presidente já na do outro lado – 6,5,4 – lembrem-se de
olharem uns para os outros, e não para a câmera-
“Espero que esteja tudo bem”, Davis disse, dando-me um beijo
rápido, Então ele correu para o seu lugar, bem quando o diretor
gritou, “Estamos no ar!”
E todas as câmeras da sala passaram a focar para o meu
golpeado-de-horror, com-sangue-drenado rosto.
“Oi, aqui é Random Alvarez, e eu estou aqui representando a MTV
na reunião da cidade,” Random disse, em uma voz muito mais
profunda do que se usou antes que as câmeras se aproximaram. E
também estava aparentemente óbvio o fato de que metade dos
alunos da Academia Preparatória Adams, incluindo Kris Parks,
numa cadeira na nossa frente, estava olhando fixamente para ele
como se só estivessem os dois sentados na frente de um ministro
com um chapéu à lá Las Vegas, unidos por um casamento alegre.
“Este é o show onde você, telespectador, tem a chance de ouvir
sobre algumas das coisas que esses jovens eleitores estão
enfrentando no ano da votação. Hoje á noite eu estou orgulhoso do
homem que tenho a apresentar, o presidente dos Estados Unidos,
que está aqui para falar sobre o seu novo projeto, Retorne a
família.
Estamos também orgulhosos por Samantha Madison, a jovem
mulher da Academia Preparatória Adams – aonde tivemos o
previlégio de filmar esse show ao vivo aqui em Washinton. D.C.”gritos dos estudantes da Adams Prep., incluindo Kris, que
escolheu esse momento para gritar agudamente, Eu te amo,
Random, o qual o VJ ignorou – “que arriscou sua própria vida para
salvar o presidente, e foi nomeada a embaixadora adolescente dos
Estados Unidos pelos seus esforços. Sr, Presidente, Samantha.
Olá, e sejam bem-vindos”.
“Oi, Random”, O presidente disse com um sorriso.”Obrigado por
me terem aqui essa noite, E posso dizer uma coisa Random, que
você é, totalmente, meu VJ favorito.”
Isso ocasionou uma boa risada da platéia. Eu vi a primeira dama,
que estava sentado ao lado da minha mãe, virar para ela e dizer
alguma coisa com um grande sorriso no rosto. Minha mãe
respondeu alguma coisa, rindo.
“Obrigado, Sr. Presidente”, Random disse, na mesma voz profunda.
Também, eu o vi analizando a calcinha de Kris quando ela se virou
na cadeira para dizer alguma coisa animada para a garota do seu
lado.
“Então, Sr. presidente,” Random disse, lendo do TelePrompTer bem
abaixo da câmera, onde nós todos supostamente não vemos. “Fale
para nós um pouco sobre seu programa de Retorno da Família,
que você irá realizar.”
“Certamente, Random.” O presidente disse. “Você sabe, eu sinto
fortemente que com as taxas do divórcio tão elevadas como são
hoje, e o número de pais solteiros em ascensão, é importante não
nos esquecermos de que as famílias são - e sempre serão - a
espinha dorsal da América. Se a unidade da família for
enfraquecida, então a América está enfraquecida. E eu estou aqui
diante de vocês, hoje à noite, porque eu temo que as famílias
americanas estejam enfraquecidas… Não apenas pelas demandas
financeiras nelas, mas por causa de uma falha básica de
comunicação. Eu compreendo as pressões nos pais de hoje, que
estão trabalhando duramente para fornecer aos seus filhos os
previlégios que eles mesmos não puderam ter. Mas eu também
sinto que os pais necessitam gastar mais tempo de qualidade com
seus filhos - não só torcendo por eles em jogos de futebol, ou
ajudando-lhes com sua tarefa de casa, mas realmente, falando…
abrindo as linhas de uma comunicação entre pais e filhos.”
O pai de David fez uma pausa. Ele nunca tem que ler notas ou do
TelePrompTer. Ele sempre memorizou todos seus discursos. É algo
que David pode fazer, como um bom-falador em público,
completamente extemporaneamente.
Eu, por outro lado, precisava de anotações. Eu tinha as minhas,
dobradas no bolso de minhas calças jeans. Tudo que eu tinha que
esperar era minha sugestão, que Random ia logo me dar. O
presidente continuava falando sobre o que os pais poderiam fazer
para abrir as linhas de uma comunicação entre eles e seus filhos, e
eu ia falar sobre o que os filhos poderiam fazer.
Então, depois de amanhã, eu estarei indo a Maryland e farei sexo
com meu namorado pela primeira vez. Aparentemente.
“É por esse motivo que eu estou pedindo um Retorno à Família,” O
presidente continuou. “Uma noite no mês, onde todos nós
desligamos a televisão, permanecemos em casa da prática do
futebol, e só gastaremos o tempo um com o outro, conversando.
Eu sei que não soa como se fosse muito… uma noite em um mês…
pode ser realmente o bastante para fortalecer uma família?
Estudos mostram que sim, pode ser o bastante. Crianças cujos
pais gastam até mesmo tão pouco, como algumas horas no mês,
conversando com eles, desenvolvem habilidades tais como falar e
ler mais rapidamente, notas altas, e poucos exemplos de
experiências de abuso de álcool e de drogas e do sexo antes do
casamento”.
Wow. Talvez aquele fosse o meu problema. Talvez seja por isso que
eu estava indo experimentar um sexo antes do casamento. Porque
minha mãe e meu pai não gastam tempo suficiente comigo.
Yeah. É culpa deles.
“E você terá a sustentação do governo americano atrás de você,” O
pai de David continuou falando. “Em um esforço para ajudar os
pais a abrirem as linhas de uma comunicação com seus filhos
adolescentes, eu estou pedindo aos legisladores do estado, como
parte do programa de Retorno à Família, para que passe uma
conta que requeira aos adolescentes, que procuram contraceptivos
de prescrição em clínicas de planejamento familiar, ter o
consentimento dos pais ou mandar clínicas notificar adiantado aos
pais cinco dias antes de fornecer tais serviços aos adolescentes-”
Houve muitos aplausos quando o presidente disse isto. Kris e seus
amigos nas cadeiras na nossa frente realmente ficaram animados.
Eu não me animei.
Eu falei, “Espera. O que?”
Mas o microfone que colocaram no colarinho da minha camisa não
estava ligado.
O que era, provavelmente, era bom. Porque eu poderia não ter
ouvido o que eu pensei ter ouvido. Ninguém mais estava reagindo
como se tivesse ouvido qualquer coisa incomum. Eu olhei em volta
e vi que meu pai se levanta e que se movia para fora do ginásio,
porque tinha outra chamada em seu celular. Minha mãe estava
aplaudindo enquanto balançava seu PDA. Rebecca ainda
continuava lendo imóvel seu livro da teoria do caos. Lucy estava
passando gloss em seus lábios. Todos estavam aplaudindo.
Então devia estar tudo okay. Eu devia ter ouvido errado. Então,
espera. Sobre o que eu estava preocupada de novo?
Ah, é. Sexo. Com meu namorado. No Camp David. Depois de
amanhã.
“Eu sinto que esta é uma etapa importante,” O presidente falou,
após ter mantido levantadas ambas as mãos com a inundação de
aplausos, “em abrir as linhas de uma comunicação entre pais e
adolescentes. Os Estados Unidos conduzem atualmente às nações
desenvolvidas em gravidez na adolescência e taxas de doenças
sexualmente transmissíveis. Se os pais fossem informados do
comportamento de seus filhos adolescentes pelas agências que são
permitidas atualmente a manter esta informação vital deles - as
clínicas e até mesmo os farmacêuticos que fazem parte em
promover uma atividade sexual adolescente - eles poderiam
eficazmente pôr um ponto final nisso”
Mais aplausos. Mais aplausos.
Eu não podia acreditar nisso. Eu não tinha ouvido errado o que ele
falou. O que estava acontecendo? Por que as pessoas estavam
aplaudindo? Elas não entenderam o que o pai de David estava
dizendo?
E por que nenhuma dessas coisas estava no livro que a secretária
de imprensa da Casa Branca tinha me dado? Lá não tinha nada
sobre requerer clínicas e farmacêuticos a notificarem aos pais se os
adolescentes vierem para o controle de natalidade. Se tivesse, eu
perceberia. Quero dizer, esse tipo de coisa tem estado em minha
mente ultimamente.
O aplauso para o discurso do presidente era tempestuosamente
alto. Estava muito ruidoso alguns segundos antes de qualquer um
me ouvir gritando, “Espera! Espera um minuto!”
Random, observando que eu tinha saltado em meu banco, tinha
olhado para mim e, não vendo o TelePrompTer que ainda não era
minha vez de falar, tinha dito, “Samantha? Você, uh, tem algo que
quer dizer?”
“Yeah, eu tenho algo que eu quero dizer.” As anotações ainda
estavam em meu bolso. Eu não as tinha retirado. Eu não tinha
retirado porque eu tinha me esquecido completamente delas. Eu
estava muito confusa - e irritada.
“Por que vocês, pessoas, estão aplaudindo?” Eu olhei bem para
Kris Parks e seus amigos. “Você não percebem o que ele está
dizendo? Vocês não percebem o que está acontecendo aqui?”
“Um, Samantha,” o presidente, atrás de mim, disse, “eu acho que
se você me deixar terminar, você achará que o que está
acontecendo aqui é que eu estou tentando fortalecer a família
americana dando controle paterno às pessoas que sabem o que é o
melhor para suas crianças-”
"Mas isso... isso é errado!". Eu não podia acreditar que eu era a
única naquela sala que parecia concordar. Eu olhei pra Kris e as
outras crinças da Adam Prep. "Vocês não entenderam? Vocês estão
ouvindo o que ele está dizendo? Essa coisa de Retorno a Família...
É tudo uma farsa! Um truque! É um... Um..."
De repente, Dauntra veio na minha cabeça. Dauntra, que não
poderia retornar pra família dela, porque ela foi expulsa por eles.
Dauntra, que questionou autoridade - tanto que, estava foi presa
por ela.
"Isso é uma conspiração!" Eu gritei. "Uma conspiração pra acabar
com nossos direitos!"
"Agora, Sam" O presidente disse, numa voz tranqüila, rindo um
pouco. "Deixe de ser dramática-"
"Como eu estou sendo dramática?" Rodei em volta dele pra
perguntar. "Você está aqui, dizendo pro público americano que
você essencialmente quer que os farmacêuticos e médicos nos
usem de rato se pedirmos ajuda a eles"
"Samantha," O presidente disse, olhando um pouco loucamente
como já o vi, inclusive a vez que eu peguei o último cokkie de gotas
de chocolate da caixa complementar que a Capital Cookies enviou
a ele. "Isso é uma simplificação da saída que temos nas mãos. Os
americanos têm sempre valorizado a família acima das outras
coisas. As famílias americanas são a espinha dorsal desse país,
desde o peregrino que vem no Mayflower até o colonizador que
amansou as planícies, até os emigrantes que têm feito dessa nação
a maior mistura de raças hoje. Eu, por exemplo, não vou ficar
parado aqui e permitir o fim da família americana embora o
enfraquecimento dos direitos familiares-"
“E sobre meus direitos?” Eu exigi. "E sobre os direitos das
crianças? Nós temos direitos também, vocês sabem.”
Eu olhei pra trás da platéia. Foi difícil ver os rostos deles, com a
luz brilhante do show de luzer dentro dos meus olhos. Mas eu
estava dando um jeito de encontrar David.
E eu vi que ele estava sorrindo pra mim. Não que ele estivesse feliz
com o que estava acontecendo, ou qualquer coisa. Mas como se ele
entedesse que eu só estava fazendo o que eu tinha que fazer.
Porque, realmente, quem mais estaria lá pra fazer isso?
E vendo esse sorriso, eu entendi algumas outras coisas derrepente.
Algumas coisas que não estavam claras pra mim até aquele
momento.
"Vocês não vêem?" Eu perguntei ao público - e ao presidente, ao
mesmo tempo. "Vocês não sacaram? O jeito de fortalecer famílias
não é enfraquecendo os direitos de um membro, enquanto dá mais
direitos a outros. Não é sobre PARTES. Tem que ser IGUAL. Uma
família é como... é como uma casa. Você tem que fundá-la
primeiro, depois você pode começar a decoração."
Eu queria que Susan Boone estivesse assistindo isso. Eu nunca
poderia imaginá-la assistindo MTV. Mas, ei, nunca se sabe. Talvez
Susan estivesse assistindo. Se estivesse, ela saberia. Saberia que
eu finalmente entendi. Sobre o que ela tem falado nessas duas
últimas semanas, sobre como você não pode esquecer o todo por
causa das partes. Eu entendi agora. Eu estava pronta pra sua aula
de desenho vivo. Eu finalmente entendi.
Pena que foi tão tarde.
"Vocês não entenderam, caras?" Eu apelei para as outras pessoas
da minha idade do público. "A verdadeira razão pros Estados
Unidos liderar o crescimento nacional de natalidade na
adolescência e índices DST [Doenças Sexualmente Transmissíveis]
não é porque as clínicas não informam os pais sobre o
compartamento de seus adolescentes, mas porque aqui, todos eles
nos ensinam a Só Dizer Não, Aqui está o que você faz no caso de
dizer não funcionar pra você. Só... não. Em países onde adultos
têm liberdade pra falar sobre sexo e controle de natalidade, e os
adolescentes são ensinados que não há nada vergonhoso ou
qualquer coisa do tipo, os índices de gravidez e DSTs são mais
baixos-"
"Eu entendo sua preocupação, Samantha" O presidente me cortou,
sorrindo um pouco tenso. "Mas eu não estou falando sobre
famílias como a sua e seus companheiros alunos aqui nessa ótima
escola a qual pertencem. Estou falando sobre as famílias que não
têm as vantagens que a sua tem-"
Eu não conseguia acreditar. O que ele estava dizendo? Que as
famílias que viviam no Cleveland Park são algo como imune a pais
ruins e experiências sexuais na adolescência?
"-família que não têm ensinado seus filhos o tipo de moral que
seus pais os ensinaram" O presidente continuou. "Você e todos
seus amigos aqui na Academia Preparatória John Adams são um
bom exemplo pra essa nação do tipo de crianças que nós devemos
estar lutando pra educar, crinças que têm o caráter moral para
aguentar pelo que acreditam, pra dizer não às drogas e ao sexo-"
"Só porque eu disse sim pro sexo" Eu disse violentamente, "isso me
faz um mau exemplo pra essa nação? É isso que você está
dizendo?"
Ouvia-se os batimentos como se todo mundo - inclusive eu estivesse se dando conta do que eu tinha dito.
Como se o conhecimento que eu tinha passado pro país inteiro que
eu tinha transado com meu namorado (embora eu não tinha)
caisse sobre mim, e não me ajudaria desejar que o chão do ginásio
se abrisse e me engolisse completamente.
Infelizmente pra mim, de qualquer maneira, isso não aconteceu.
"Ai, meu Deus" Eu ouvi a voz da minha mãe, quebrando o silêncio
repentino que tinha caído sobre o ginásio.
Logo em seguida:
"Ai, meu Deus" Eu ouvi a voz da mãe de David dizer.
Então Ramon Alvarez pareceu acordar do cochilo que ele tinha
caído enquanto o presidente e eu estávamos falando, e disse, pra
câmera, "E estaremos de volta, depois dessas importantes
mensagens!"
Lista das 10 razões pra da próxima vez que estiver na posição
de salvar o presidente, você deveria reconsiderar:
10. Qualquer lugar que você vá depois, você vai ser atacada pela
Família Johnson em Progresso
09. Você poderia se perguntar como ir ao Oprah e depois dizer não
um milhão de vezes, decidindo fazer isso pra promover a
consciência do envio de escravidão infantil, que atualmente existe,
até mesmo na América, e depois passar o tempo todo chorando
porque Oprah perguntou sobre Mewsie, o gatinho que você teve
quanto tinha dez anos e morreu de leucemia felina.
08. Enquanto você trabalha no seu emprego de meio-expediente
pra guardar dinheiro suficiente pra manter seu hábito de comprar
lápis, pessoas devolvem cópias de Homens de Preto II perguntando
se você sabe a verdade sobre a área 51, como se tivesse uma na
Casa Branca, e tudo.
07. Você terá que gastar todo seu tempo livre no escritório da Casa
Branca, assinando fotos pra seus próprios fãs.
06. Nunca mais pense em pôr os pés no McDonald´s de novo. Você
vai ser cercada.
05. Todo mundo que você conhece vai perguntar se você consegue
pra ele um autógrafo do presidente.
04. Você vai descobrir seu passado guardado na livraria local que
você pensou ter colocado pra vender no eBay porque todo mundo
quer um pedaço de você.
03. Voce deve cair de amor pelo filho dele, e começar a namorar
com ele.
02. Poderia ser incômodo quando o presidente te pede pra apoiá-lo
no programa de Retorno a Família, e você descobre que isso viola
suas regras pessoais de privacidade.
Razão número um pela você deve reconsiderar em salvar o
presidente dos Estados Unidos:
01. Você ficaria louca com ele e acidentalmente anunciaria pro
mundo em rede nacional que você transou como filho dele. Embora
você não tenha transado.
Ainda.
Capítulo 12 by Bel, Letícia e Camila
"São essas malditas aulas de desenho," O presidente disse.
"Não foram as aulas de desnho, pai," David disse, soando cansado.
Eu acho que era porque ele estava cansado. Nós estávamos indo e
vindo sobre isso pela última hora em nossa sala de estar, desde
que o presidente saiu da desastrosa reunião no... Durante o
comercial, forçando a MTV a colocar uma reprise de Pimp My Ride.
"Tudo o que eu sei é que o meu filho não estava interessado em
sexo até começar a desenhar pessoas nuas," Disse o presidente.
"Pai,” David disse, “Eu sempre estive interessado em sexo. Eu sou
um cara, certo? Eu só não estou fazendo sexo na verdade. Nem
estou planejando fazê-lo em um futuro próximo.”
Uau. Eu nunca soube que o David era um mentiroso tão bom.
Sério.
"Então por que" Seu pai começou, "Sam disse -"
"Espere um pouco," Meu pai dise. "Quem está desenhando pessoas
nuas?"
"Sam está." Minha mãe se inclinou pra frente para servir mais café
para a primeira-dama. "Susan Boone pediu a ela e David para
fazerem sua aula adulta de desenho vivo nas noites de terça e
quinta."
Meu pai ficou branco. "Como isso poderia fazê-los quererem fazer
sexo?"
"Nós não estamos fazendo sexo," Eu disse, pelo que deveria ser a
milésima vez.
"Então por que, em nome de Deus," O presidente disse. "Você
contou a todos na America que você havia dito sim ao sexo?"
"Eu não sei," Eu disse. Eu havia me curvado na menor bola
imaginável no sofá, abraçando minhas pernas no peito, e
descansando meu queixo nos meus joelhos. "Você estava-me
deixando tão louca-".
"EU?" O presidente olhou pra mim mais perturbado que nunca.
"Como você acha que eu me sinto? Eu estou parado como um
idiota falando sobre o excelente exemplo que meu filho é, e
descubro que o tempo todo ele estava me transformando no maior
hipócrita no planeta - "
"Não, ele não estava," Eu disse, me sentindo pior que nunca.
"Porque nós não estamos fazendo -"
"Yeah, bem, eu não me lembro exatamente de você me
perguntando se eu apoiava toda a sua clínica de reprodução com
conta de conhceimento paterno, pai," David disse, ao mesmo
tempo. "Na verdade, eu tambem não me lembro da Sam tê-lo visto
em nenhum ligar da literatura do Retorno a Familia que você deu a
ela. Porque se ela tivesse vistom eu tenho certeza que teria
mencionado comigo."
“Parentes tem o direito de saber o que seus filhos estão fazendo
nas suas costas” O presidente declarou.
“Por quê?” David quis saber. “Então eles podem agir como você
está agindo agora pai? Qual é o assunto pai? Eles só vão pirar
mais, que nem você.”.
“Se eles descobrirem ANTES dos filhos deles saírem e TEREM sexo”
O presidente disse “Eles TALVEZ poderão ser capazes de tentar
pará-los, de aumentar a comunicação com seus filhos e convencêlos de não cometer o pior erro da vida deles“Não vamos ser tão dramáticos aqui” Minha mãe disse com o tom
firme – o mesmo que ela usa no tribunal. “Sam já se desculpou
pelo que fez e explicou que ela estava dizendo uma declaração
exagerada dita na empolgação. Eu acho que a verdadeira questão
aqui é o que nós faremos agora. ”
“Eu vou te dizer o que NÓS iremos fazer sobre isso” O presidente
disse. “Internato.”
David olhou para o teto com uma expressão entediada. “Pai” Ele
disse.
“Eu estou falando sério” O presidente disse “Eu não ligo se você só
tem mais um ano de high school. Eu vou mandar você para escola
militar. E ponto final”.
Eu olhei, em pânico, para David.
Mas ele parecia calmo... Muito calmo, de fato, mas do que você
pode imaginar, considerando que estava a ponto de ser
matriculado em algum Camp no Ozarks.
“Você não vai me mandar a lugar algum, pai” David disse “Porque
eu NÃO FIZ nada. Em vez de pular para conclusões conservador,
porque você não tenta entender o que Sam estava dizendo durante
a Reunião da Cidade... de quem tem que haver um balanço entre a
família para eles trabalharem. Todo mundo tem direitos, mas só se
eles não infringirem nos direitos de outras pessoas. Só porque eles
não são velhos bastantes para votarem, não significa que você tem
direito de destituir eles de seus direitos. ”
O pai de David ficou vermelho “Isso é uma simplificação de –
“É?” David disse “Você devia manter na mente, que em poucos
anos essas crianças serão velhas o bastante para votarem. E o que
você acha que eles vão pensar do cara que fez uma lei para que
eles tivessem aprovação dos pais toda vez que forem comprar
camisinhas?”
“Chega.” Minha mãe disse enfática, antes do presidente, que olhou
mais bravo do que sempre, abrindo a boca. “Nós não iremos
solucionar todos os problemas da sociedade hoje à noite.” Ela
mandou pro presidente seu melhor olhar judicial – esse que seus
colegas de trabalho chamam de morte a indústria. “E ninguém vai
ser mandado para o internato. Vamos ser gratos por termos duas
crianças inteligentes, saudáveis, que sempre fizeram as decisões
certas no passado. Eu, por mim, vou continuar acreditando que
eles poderão fazer as escolhas certas também no futuro.”
“Mas” O presidente começou.
Mas dessa vez foi a esposa dele que o cortou.
“Eu concordo com Carol” A primeira dama disse. “Eu acho que nós
devemos passar esse incidente para trás e tentar ver o lado bom.”
“Que é?” O presidente quis saber.
“Bem” A mãe de David teve que pensar um minuto. Então ela se
alegrou “Pelo menos nossas crianças não estão sofrendo de apatia,
como muitos de seus colegas. Eu digo, David e Sam parecem
realmente se interessarem pela questão.”
O presidente não parecia pensar que isso era algo para se
agradecer. Ele desabou na sua cadeira.
“Esse” Ele disse para ninguém em particular. “não é o meu dia”
De repente – embora eu estivesse realmente brava com ele por
tentar por a culpa em mim... Porque foi exatamente isso que ele
tentou fazer, do mesmo jeito que Dauntra tinha me alertado. Eu
senti um pouco de pena do pai de David. Quero dizer, no final o
programa dele realmente tinha alguns pontos bons.
“Retorno a Família é uma boa idéia” Eu disse, pra fazer ele se
sentir um pouco melhor. “Se isso significa... Você sabe... Essas
famílias se comunicarem... mas se isso significa violar os direitos
dos outros... bem, como isso vai ajudar alguém?”
Ele me deu um olhar muito azedo. “Eu peguei a mensagem Sam.”
Ele disse “Alto e claro. Eu acho que toda a América entendeu.”
Pegando isso como um sinal talvez o pai de David já tivesse visto o
bastante de mim por um dia, eu sai lentamente do sofá para a sala
de estar.
... E fiquei aliviada quando David se juntou a mim na silenciosa
cozinha, Lucy e Rebecca tinham sido banidas para os seus quartos
a um bom tempo... Embora eu não duvidasse que elas estivessem
ouvindo do alto da escada.
“Você ta bem?” David perguntou, quando nós estávamos sozinhos
de novo.
E instantaneamente eu passei meus braços pelo pescoço dele e só
fiquei lá, minha cara contra o peito dele, respirando o perfume de
David e tentando não chorar.
“Querida, querida” David disse, afagando o meu cabelo ébano da
meia-noite “Tudo vai ficar bem, Sharona”.
“Me desculpe” Eu disse, fungando. “Eu não sei o que deu em mim
lá no ginásio” Eu fiquei lá com os meus olhos fechados,
aproveitando o calor que vinha do casaco dele, desejando nunca
ter que sair de lá.
“Não se preocupe” Ele disse “Você só estava fazendo o que você
sempre faz... defendendo o que você acredita”.
Eu pisquei ao ouvir isso. Por isso não era verdade. Eu não defendi
o que eu acreditava. Não com Kris na escola. Não com Stan no
trabalho. E especialmente, não com David. Quero dizer, se eu
tivesse, eu não estaria indo com ele pro Camp David na Ação de
Graças. ”
“Ouça, David” Eu disse, antes de respirar. “Sobre ação de
graças...”
“Você vai, não vai?”
Só se não fosse David a me perguntar isso. Se fosse sua mãe, a
primeira dama, que entrou na cozinha no mesmo momento que eu
e David nos separamos. O que eu deveria falar? Quero dizer, ela
parecia realmente preocupada. Como se tudo que ela pudesse
pensar era em quanto peru ela iria desperdiçar se eu não
aparecesse.
“Hm, sim,” Eu disse. “ Claro que vou.”
“Bom,” A primeira-dama disse. “Eu estou tão feliz. Vamos, David.
É hora de ir. Boa noite, Sam.”
“Hm,” eu disse. “Boa noite, senhora. E... Eu realmente sinto
muito.”
“Não é sua culpa,” A mãe do David disse com um suspiro. “Diga a
Sam que você irá buscá-la na quinta de manhã, David.”
David sorriu pra mim. “Eu te buscarei na quinta de manhã, Sam,”
Ele disse e, depois de me dar um aperto de mão, soltou, e seguiu
sua mãe para o hall.
Quinta. Ótimo.
“Bom,” Minha mãe disse quando finalmente fechamos a porta da
frente atrás de nossos convidados, “Aquilo foi legal. Que pena que
eles levarm os agentes do Serviço Secreto com eles. Eu realmente
gostaria de uma bala na cabeça agora.”
Apesar de me sentir mais ou menos do mesmo jeito, eu decidi que
era hora de recitar o discurso que eu estava repassando
mentalmente desde que todos nós deixamos a academia.
“Mãe, pai,” Eu disse, “ Eu gostaria de aproveitar essa oportunidade
para agradecê-los por me colocar em uma atmosfera tão carinhosa,
acolhedora, e por fornecer-me o tipo de exemplo positivo que uma
garota como eu realmente precisa se ela irá fazer seu próprio
caminho nesse ambiente urbano complexo e transformador- ”
“Sam,” Meu pai me interrompeu, “Eu percebi que você estava
apenas tentando dizer o que pensa hoje à noite. Entretanto, eu
acho que é hora de fazermos algumas mudanças nessa casa.
Algumas GRANDES. Com isso em mente, eu realmente gostaria
que você fosse para seu quarto agora. E fique lá,” Ele acrescentou,
soando, pela primeira vez em um longo tempo, como se estivesse
agindo como pai de verdade.
“Hm,” Eu disse. “Okay.” E corri escada acima para o meu quarto...
Onde eu encontrei Lucy esperando, seu olhos bem abertos.
"Oh, meu Deus," ela choramingou, depois de ter certeza que
nossos pais fecharam a porta de seu próprio quarto, e não
conseguiriam nos ouvir. "Aquilo foi... Aquilo foi... Aquilo foi
INSANO."
"Não me diga," Eu disse, me sentindo repentinamente exausta.
"Quero dizer, eu nunca vi a mamãe o e papai tão... Tão... Tão do
jeito que eles estavam."
"Yeah," Eu disse, olhando a minha foto de casamento da Gwen.
"Então você está totalmente de castigo?"
"Não."
Lucy parecia chocada. "Nem um POUCO?"
"Não," Eu disse. "Mas o papai disse que haverá grandes mudanças
por aqui. Das GRANDES."
Lucy afundou no meu cabideiro, claramente tremendo até a
medula.
"Uau," Ela disse. "Você matou Carol e Richard."
"Eu não acho que os matei," Eu disse. " Eu acho que eles só, tipo...
Confiam em mim."
"Eu sei," Lucy disse, balançando sua cabeça. "Essa é a beleza
disso. Eles não têm idéia do que você REALMENTE planejou. Pra
depois de amanhã."
"Eu totalmente não precisava do lembrete.” Eu agarrei meu
estômago, de repente convencida de que iria puxá-lo.
"Lucy," Eu disse, "Poderíamos falar sobre isso outra hora? Porque
eu acho que eu preciso ficar sozinha agora."
"Eu te ouço," Lucy disse, e se levantou para sair. "Mas eu só quero
dizer, para as adolescentes de todo lugar, é... Isso... Aí."
Depois ela saiu, fechando a porta suavemente atrás dela. E eu
olhei para Gwen, e caí no choro.
Lista das 10 razões que eu odeio minha escola:
10. As pessoas que a frequentam totalmente juga você pelo o que
você veste. Se, por exemplo, você gostar de vestir o preto, você é
chamada de louca - na sua cara - por quase todos que o passa no
corredor.
09. Se você tiver tingido seu cabelo de preto, você é chamada não
somente de louca, mas de louca do goth ou do punk também.
Algumas pessoas também puderam perguntar onde você
estacionou sua vassoura, supondo que você é um praticante de
Wicca, não, naturalmente, realizando que Wicca é uma antiga
Cristandade do pre-dating da religião que foi baseada na
apreciação da natureza e da celebração de forças da vida e tivesse
pouco se qualquer coisa fazer com vassouras, que são usadas
somente como ferramentas ceremonial em alguns rituals de
Wiccan. Não que eu estudei sempre Wicca. Muito.
08. Todo mundo sempre fala sobre quem ganhou o American Idol
ou qual time atlético da escola vai chegar à final. Ninguém nunca
fala sobre artes ou idéias, só sobre Tv e esportes. Isso parece
exatamente o oposto sobre oque a escola era suposta para ser, que
é abrir a mente para coisas novas e aprender novos conhecimentos
(NÃO sobre o último designer da costura Juicy).
07. Pessoas totalmente desorganizadas. Como eles só jogam seus
papéis de bala em qualquer lugar. É doentio.
06. E, por exemplo, você por acaso menciona que você gosta de
certo tipo de música que não seja Limp Biztit ou Eminem, você é
afastado e chamado de amador de ska.
05. Uma palavra: E.F. (Educação Física) Ou são duas palavras?
Bem, o que quer que seja. Eu ouvi falar em algumas escolas que
começaram a ter coisas legais como autodefesa ao invés das
infinitas aulas com os esportes tradicionais. Eu queria ir pra uma
escola como essa.
04. Todo mundo pensa que tem que saber das coisas de todo
mundo. Fofocar é praticamente uma religião na Adams prep. Tudo
que você sempre ouve no corredor é, “E depois ela disse... e daí ele
disse...” É uma mente-atolada.
03. Mesmo que todos sejam mais satânicos e santos do que você,
parece que é melhor do que a sua reputação, eles são mais
populares que você. Como o jogador de futebol ficou bêbado em
uma festa e fez com uma garota que se tornou idiota especial. Ele
foi votado o rei do baile de formatura esse ano. É. Realmente um
bom modelo.
02. Os corredores principais são preenchidos com casos após
casos de porcarias de esporte, com só um caso dos estudantes que
ganharam o prêmio de artes, e esse caso está no porão da sala de
artes que ninguém vai, mas outras pessoas fazem arte.
E a razão número pelo que eu odeio a minha escola:
01. Meus pais não me deixaram ficar em casa depois do dia que eu
anunciei na MTV que eu já disse sim pro sexo.
Capítulo 13 by Monique, Letícia, Bel e Gagau
Theresa teve que nos levar pra escola no dia seguinte, porque tinha
tantos repórteres do lado de fora da nossa casa, que meus pais não
deixaram a gente ir de ônibus.
O que foi provavelmente bom, desde que, julgando pelo tipo de
perguntas que os repórteres estavam gritando (“Sam! Você e
David), as crianças no ônibus não iam compreender exatamente a
situação, se você sabe o que eu quero dizer.
Theresa, claro, estava se culpando.
“Eu deveria saber,” Ela continuava dizendo. “Todas aquelas vezes
que ele vinha, e você me dizia que vocês estavam estudando.
Estudando. HÁ!”
“Theresa,” Eu disse. “David e eu estávamos realmente estudando
todas aquelas vezes em que ele veio.”
Mas era como se ela não estivesse nem escutando.
“Que tipo de exemplo você está dando para sua irmã mais nova?”
Theresa quis saber. “Que tipo?”
“Pelo amor de Deus,” Rebecca disse aborrecida. “Eu tenho um QI
de cento e setenta. Eu sei tudo sobre sexo. Além do mais, não é
como se eu não visse Showtime After Dark.”
“Santa Maria!” Theresa disse, com isso.
“Tanto faz,” Rebecca disse. “Passa logo depois do National
Geographic Explorer.”
“Eu não quero ouvir mais nada sobre isso,” Theresa disse
sombriamente, enquanto a gente descia em frente à escola e via
Kris Parks ali, seguida pelo tribunal da Adams Prep. “Vocês me
encontrem aqui quando as aulas acabarem. E nada de matar aula
pra fazer sexo.”
“Pelo amor de Deus, Theresa,” Eu disse. “Eu não sou uma
ninfomaniaca.”
“Só pra ter certeza,” Theresa disse. Então ela foi embora.
Quando não está chovendo, as pessoas normalmente ficam do lado
de fora da Adams Prep antes do primeiro sinal, falando sobre
qualquer coisa que estava na TV na noite anterior, ou quem estava
usando o que. Geralmente, se você não encontrar alguém nos
degraus que levam à escola, você tem que atravessar a multidão
aos empurrões para chegar até eles.
Embora não hoje. Hoje, a multidão se dividiu como se por mágica
para deixar Lucy e eu passar. Enquanto nós passávamos por eles,
colocando nossos livros nas nossas caras, as conversas cessaram,
e vozes se silenciaram, enquanto todos olhavam...
Olhavam para a estranha e sua irmã.
“Isso,” Eu sussurrei para Lucy, enquanto a gente entrava na
escola, “é uma droga.”
“Do que você está falando?” Ela quis saber. Eu a vi olhando em
volta do corredor e soube que ela não estava prestando a menor
atenção para o que estava acontecendo à nossa volta. Ela só estava
procurando por Harold.
“Isso,” Eu disse. “Todo mundo está pensando que David e eu
fizemos aquilo.”
“Bem,” Lucy disse, “vocês não vão fazer de qualquer jeito?”
“Não necessariamente,” Eu disse, através de dentes cerrados.
Finalmente, Lucy olhou para mim. “Sério? Eu achei que você tinha
decidido fazer.”
“Eu não decidi nada,” Eu disse veemente. “ Parece que TODOS já
decidiram por mim.”
“Bem,” Lucy disse, de repente parecendo ter visto uma pessoa no
corredor com quem ela precisasse falar. “Boa sorte com isso. Vejo
você mais tarde.”
Então ela parou... Exatamente na frente de Harold, que estava
vindo do laboratório de informática, sua cabeça enfiada em uma
cópia de um livro chamado Algoritmos para Administração
Automática da Memória Dinâmica.
O último livro que Lucy deixou caído pelo chão do banheiro se
chamava She Went All the Way. Era um pouco difícil acreditar que
esses dois foram feitos iguais no céu.
Suspirando, eu fui para o meu armário e confusa com a
combinação, conciente de como todos à minha volta, a usual
combinação de diferentes sons do corredor silenciava enquanto as
pessoas baixavam suas vozes para falar de mim quando passavam.
Olhos muito maquiados de garotas se estreitavam ao passar por
mim, e pastas sobre as bocas das pessoas enquanto elas
sussurravam sobre mim umas para as outras. Eu podia sentir
milhares de olhares me fuzilando pelas costas enquanto eu
colocava a combinação do armário.
Porque eu não fingi que estava doente hoje? Como eu pude
esquecer que, embora seja a favorita do público americano por ter
salvado a vida do presidente e estar namorando seu filho, meus
companheiros da Adams Prep nunca gostaram muito de mim...
E agora eles tem uma nova razão para me desprezar.
E eu poderia culpá-los? Quero dizer, o que eu fiz ontem à noite,
sério, exceto fazer sua escola parecer uma piada anunciando na TV
que eu não sou diferente de nenhuma outra aluna de escola
pública que eles gastam tanto tempo olhando?
Deus, não me surpreende que nenhum deles esteja falando
comigo... Que ao invés todos eles estejam sussurrando sobre
mim...
“Então. Você ia ao menos ia me contar?”
Eu pulei, assustada pela voz fraca, e virando minha cabeça para
me encontrar olhando dentro dos olhos castanhos de Catherine.
“Catherine,” Eu disse. “ Oh, meu Deus. Oi.”
“Então?” As sobrancelhas de Catherine estavam levantadas. “ Você
ia?”
“Eu ia o que?”
“Me contar,” Ela disse. “Sobre você e David. VOCÊ sabe.”
Eu senti meu rosto ficar mais vermelho que nunca.
“Não tem nada pra contar,” Eu disse. “Honestamente,
Catherine.Toda aquela coisa ontem à noite - David e eu nunca Quero dizer isso foi tudo uma grande confusão.”
Foi a minha imaginação, ou o rosto de Catherine caiu um pouco?
“Vocês não fizeram?” Ela disse, parecendo desapontada.
“Não,” Eu disse. “Quero dizer, bem... Não ainda. Quero dizer-” Eu
parei e olhei para ela. “ Você ia querer que eu te contasse? Se
tivéssemos, quero dizer?”
Os olhos de Catherine se arregalaram. “Claro que eu ia querer,”
Ela disse. “Porque eu não iria querer?”
“Porque,” Eu disse. “Você sabe. Por eu ter um namorado, e vocênão ter mais um.”
“Eu não ligo pra isso,” Catherine disse, parecendo sentida. “Você
deveria saber disso. Quero dizer, vamos lá. Lave a poeira. Deixe-me
viver, vicária!”
Ela estava me caçoando. Eu não podia acreditar. Catherine estava
me caçoando.
Eu nunca fiquei tão feliz em ser caçoada na minha vida.
“Eu queria contar pra você.” Eu disse. “Quero dizer, que eu e
David... você sabe, estávamos falando sobre isso. Mas ai eu pensei
que ia parecer que eu estava... Eu não sei. Como se eu estivesse
me gabando”
“GABANDO?!” Catherine sorriu. “Você esta brincando? Você é que
nem a Amelia Earhart, a primeira mulher a cruzar o atlântico de
avião, Sam.”
Eu olhei pra ela “Eu sou?”
“Yeah. Você esta fazendo uma trilha pra garotas nerds
caminharem. Você precisa contar para nós sobre isso. Do
contrário, quem a gente vai procurar quando acontecer com a
gente?” Ela passou o braço dela no meu e disse “Agora, começando
do começo. Quando foi a primeira vez que você ficou sabendo que
ele queria isso? Você viu o você-sabe-o-que dele? E era maior que o
de Terry?”
Eu ri. E foi uma supressa pra mim ouvir eu fazendo isso. Eu
estava muito convencida de que desde a noite passada, eu não ia
rir nunca mais. Porque quem estaria lá para me fazer rir se
ninguém estava falando comigo?
Eu esqueci sobre a minha melhor amiga, embora... De alguma jeito
ela, eu sabia, ela nunca tinha esquecido sobre mim.
“Eu vou contar tudo pra você” Eu disse. “no recreio, não que haja
muito pra contar, eu digo.”
“Promete?”
“Prometo” Eu disse, e fechei meu armário.
“Então” Catherine disse depois que o sinal da primeira aula tocou.
“Te vejo no recreio.”
“Vejo você então,” Eu disse. Então adicionei pra mim mesma, se eu
durar até lá.
Porque eu realmente não tinha certeza se eu ia. Durar até o
almoço, quero dizer. Eu estou acostumada com as pessoas rindo
de mim por causa das minhas roupas e do meu cabelo.Quero
dizer, você não sai por aí vestida toda de preto num mar de Izod e
plaid(é um tipo de tecido escocês) sem atrair comentários, sabe?
Mas isso. Isso era diferente. As pessoas não estavam me chamando
de estranha e perguntando que horas foi a rave. Eles estavam
apenas... Me ignorando. Sério. Olhando através de mim, como se
eu nem estivesse ali.
Só que eu sabia que eles estavam me vendo, porque no momento
que eles achavam que eu estava fora do alcance de audição, eu os
ouvia sussurrando com seus amigos. Ou pior... Rindo.
Os professores, ao menos, tentaram que era só outro dia normal
na Adams Prep. Eles deram aula como se estivessem
completamente inconscientes que na noite anterior, uma de suas
alunas anunciou na televisão que ela disse sim para o sexo. Na
aula de alemão, Frau Rider até me chamou uma vez... Não que eu
tenha levantado minha mão. Agradecidamente, eu sabia dizer “ Ist
geblieben” para o seu “Bleiben bliebt, und denn, Sam?”
Mas ainda assim. Podia ter sido pior.
E então, no almoço, ficou.
Eu estava parada na fila do almoço com Catherine, ignorando
todas as pessoas andando por nós com um sorriso falso– ou pior
um ataque de risadas baixas- quando Kris Parks e sua gangue
apareceram.
“Jeito Certo,” Catherine murmurou, puxando a manga da minha
blusa. “Na nossa direção.”
Eu senti minhas costas se retesarem. Kris não ousaria dizer nada
pra mim. Quero dizer, claro, garotas como Debra, que basicamente
não se defendem, ela fala sem pensar um segundo.
Mas alguém como eu? De jeito nenhum. Ela não ousaria.
Ela ousou.
Oh, ela ousou, certo.
“Puta,” Kris sibilou enquanto ela e suas companheiras zelosas
passavam.
Eu já tinha agüentado muito naquele dia. Os sussurros. Os
sorrisos. As vozes silenciando no minuto que eu entrava no
banheiro das mulheres.
Eu tinha agüentado muito, eu tinha agüentado mais do que muito.
Mas, isso?
Isso havia sido demais.
Eu sai da fila do almoço, direto por onde Kris tinha passado.
“Do que você me chamou?” Eu perguntei pra ela, meu tom no
mesmo nível que o dela.
Não havia outra maneira de Kris dizer algo semelhante, eu sabia,
na minha cara. Ela era muito covarde. Não que ela tivesse pensado
que eu ia bater nela. Eu nunca bati em ninguém na minha vida –
exceto em Lucy, claro, quando nós éramos crianças. Oh, e aquele
cara que estava tentando atirar no presidente. Mas eu não bati
muito nele quanto eu pulei.
Mesmo assim, Kris nunca poderia imaginar que eu iria bater nela.
Mas ela teve que imaginar que eu ia fazer algo com ela.
Caso sim, no entanto, isso aparentemente não a preocupou o
bastante para virar de braços cruzados e colocar eles no quadril,
dizendo “Eu te chamei de puta, que é o que você é.”
Surpreendentemente, barulhenta como a cafeteira da Adams Prep
usualmente era, naquele momento em particular, você podia ouvir
o barulho de uma gota. Só para minha sorte todas as pessoas
daquele lugar escolheram aquela hora pra não falar. Ou chocalhar
o garfo. Ou mastigar.
Ou respirar.
Isso porque – como eu devo ter imaginado – todas as pessoas lá
tiveram notícia de que Kris e seu grupinho estavam vindo na
minha direção. Todas as pessoas lá sabiam que ia haver uma
briga. Todos os olhos daquele lugar estavam sobre mim e Kris.
Todo mundo nos arredores tinha prendido a respiração quando
Kris me chamou de puta – “Oh não, ela não chamou!” – e ficou
esperando pela minha resposta.
Exceto que eu não tinha uma. Eu realmente e verdadeiramente
não tinha uma. Eu tinha esperado que Kris desistisse. Eu não
tinha pensando nisso, sabendo que ela tinha uma grande
audiência, que ela ia realmente dizer aquilo de novo.
Eu podia sentir o calor subir do meu peito, pelo meu pescoço, e
nas minhas bochechas, até eu estar corada da minha cara até o
meu coro cabeludo também. Kris Parks tinha me chamado de
puta. DUAS VEZES. NA MINHA CARA!
Eu tinha que dizer alguma coisa. Eu não podia só ficar lá em
frente a ela. Em frente a todo mundo.
Eu estava sugando minha respiração para dizer alguma coisa – eu
nem sabia o que – quando Catherine, perto de mim, disse “Para
sua informação, Kris, isso foi tudo um mal-entendido, Sam nunca
–“
Mas enquanto as palavras saíam da boca dela, eu soube simplesmente soube - que a verdade não importava. Se eu tinha ou
não feito sexo não era a questão.
E era hora da Kris saber isso.
Então eu fui, completamente interrompendo a Catherine, "O que te
dá o direito de xingar as pessoas, Kris?"
O que é possivelmente uma das piores respostas da história. Mas
hey, era tudo o que eu tinha.
"Eu te digo o que me dá o direito," Kris disse, tendo certeza que
estava projetando sua voz o suficiente para que toda a lanchonete
pudesse ouvi-la. "Você foi à televisão nacional e não apenas
zombou do presidente e da família americana, mas também tornou
nossa escola motivo de piada. Isso pode ser uma surpresa para
você, mas aqui há pessoas que não querem ser associadas com
uma escola que permite que pessoas como você freqüente-na.
Agora, como isso vai ficar nas nossas inscrições de faculdades
quando os oficias de admissão virem que nós frequentamos a
Adams Prep? Com o que você acha que eles vão associar a nossa
escola de hoje em diante? Altas realizaçoes acadêmicas?
Performances esportivas superiores? Não. Eles verão o nome
Adams Prep e vão pensar, 'Oh, essa é a escola que aquela
vagabunda da Sam Madison estudou.' se você tem algum respeito
por nós ou por essa escola, você se afastaria agora, e deixaria o
resto de nós tentar recuperar a reputação que pudermos para este
lugar."
Eu encarei-a, esperando que ela não percebessse as lágrimas que
enchiam meus olhos. Que eram, eu disse e mim mesma, lágrimas
de raiva.
"Isso é verdade?" Eu perguntei. Não para Kris. Mas para o resto da
lanchonete. Eu me virei e olhei para todos os rostos me encarando.
Todos eles estavam extremamente brancos.
"É assim mesmo que vocês todos se sentem?" Eu exigi daqueles
rostos brancos. "Que eu destruí a reputação da escola? Ou esse é
só como a KIRS PARKS se sente?" Eu virei minha cabeça para
olhar para Kris. "Porque se você me perguntar, a reputação da
Adams Prep nem era tão excelente para começar. Oh, claro, todo
mundo acha que é uma ótima escola. Quero dizer, é uma das
melhores no ranking em D. C., certo? Mas esse é o problema.
Adams prep NAO é uma boa escola. Talvez academicamente seja.
Mas é repleta de pessoas que te ridicularizam se você usa qualquer
coisa que não seja J. Crew ou Abercrombie. Pessoas que não
hesitam em chamar você de vadia na sua cara, sendo você uma,
ou não."
Eu me virei para o resto da lanchonete, minha voz havia quase
atingido o tom histérico. Mas eu não me importava.
Eu simplesmente não me importava mais.
"É assim mesmo que todos vocês se sentem?" Eu exigi. "Que eu
deveria me afastar? Todos vocês relamente concordam com Kris?"
Por um segundo houve silêncio. Ninguém se moveu. Ninguém disse
nada.
Ninguém exceto Kris, quero dizer. Ela sacudiu sua cabeça, e,
olhando através do mar de rostos, perguntou, "Então?"
Você poderia perceber que Kris estava se divertindo. Ela sempre
gostou de ser o centro das atenções, mas ela não tem o talento
necessário para conseguir papéis em nenhuma das peças ou
musicais da escola. Chamando alguém de vadia na frente da
escola inteira é a única maneira que ela pode pensar para
conseguir o tipo de atenção que deseja...bom, isso, e mandando em
todo mundo no conselho estudantil.
Quando ninguém respondeu, Kris olhou para mim e disse, "Bom,
as massas falaram. Ou, NAO Falaram, nesse caso. O que você está
fazendo, ficando parada aí? Saia. Vadias não são desejadas aqui."
"Então eu acho melhor você encontrar outra escola pra ir também,
não acha, Kris?"
Isso não era eu. Não fui eu que disse isso. Eu queria que eu fosse
quem disse isso.
Mas foi outra pessoas. Alguém que não era eu nem Catherine, que,
falando nisso, estava ainda parada lá, com a boca aberta, na fila
do almoço, seus olhos escuros tão arregalados e cheios de choque
quanto os meus.
Não. A pessoa que disse isso sobre Kris encontrar outra escola
para ir também? Era ninguém menos que a minha irmã Lucy, que
havia arrastado sua cadeira para trás da mesa de almoço onde ela
estivera sentada com suas amigas. Agora ela veio se dirigindo
lentamente em direção à Kris, um leve sorriso em seu lindo rosto.
Apesar, que motivo a Lucy havia encontrado para sorrir,
considerando a situação, eu não conseguia imaginar.
E, aparentemente, nem Kris.
"E não sei sobre o que você está falando, Lucy" Kris disse para
minha irmã em uma voz que era consideravelmente menos
agressiva do que a voz que ela usara quando falou comigo. E
também, muito mais baixa. "De qualquer forma, isso não tem nada
a ver com você. Todos gostam de você, Lucy. Isso é sobre sua
irmã."
"Mas é justamente esse o problema, Kris." Lucy disse. "Qualquer
coisa que tenha a ver com a minha irmã TEM a ver comigo."
Enquanto ela disse isso, Lucy andou até mim e passou seu braço
pelo meu pescoço. Eu acho que ela quis que o gesto fosse
amigável, mas a verdade é que, ela estava na verdade me
estrangulando um pouco, ela estava segurando tão forte.
"E, por falar nisso," Lucy arescentou, "você é uma mentirosa, Kris."
Kris olhou sobre o seu ombro para sua gangue, que olhavam
confusos para ela, como se disessem, Nós também não sabemos
sobre o que ela está falando."
"Um," Kris disse. "Com licença, Lucy? Eu acho que todos nós
vimos noite passada quando a sua irmã infomou ao mundo inteiro
que ela havia dito sim ao sexo."
"Eu não quero dizer que você estava mentindo sobre isso," Lucy
disse. "Quero dizer, não era você que eu vi no estacionamento da
escola noite passada na traseira da limusine do Random Alvarez?"
Kris enrigeceu-se como se Lucy tivesse batido nela.
E eu acho, que de certa maneira, ela bateu.
"Eu..." Kris olhou nervosa para trás, para sua gangue. Mas eles
estavam pisando de volta pra ela, como se dissesem, “Espera... O
QUE ela disse? ISSO sim é safadesa!”
Kris se virou rapidamente de volta pra Lucy. "Não. Quero dizer,
sim... quero dizer, eu estava na limusine. Mas nós não estávamos
FAZENDO nada. Quero dizer, ele só queria me mostrar o demo que
ele. Ele me pediu para ver seu demo - "
"E eu acho," Lucy disse, "que você disse sim."
"Sim," Kris disse. Então, ela começou a balançar a sua cabeça,
percebendo o que acabar de dizer. "Quero dizer, não. Quero dizer "
De repente, era Kris que estava enrubescendo até as raízes de seus
cabelos.
"Não foi isso que eu quis duzer," Kris disse, muito rápido. "Não é.
Foi perfeitamente inocente." Ela olhou para trás, para seu
companheiros Caminho Certeiros. "Random e eu só conversamos.
Ele realmente gosta de mim. Ele provavelmente vai me levar para o
Video Music Awards... Em Nova Iorque."
Mas ninguém acreditou nela. Você poderia dizer que ninguém
acreditou nela, nem mesmo seus companheiros Caminho
Certeiros.
Porque todo mundo havia visto como ela vinha flertando com ele,
Random, quero dizer.
"A coisa é assim, Kris," Lucy disse, ainda mantendo seu suposto
laço afetivo em mim, "você tem que ter cuidado com quem você
chama de vadia. Porque a verdade é que, há muito mais de nós
aqui do que " - ela olhou aguçadamente para a gangue de Kris, e
não para Kris - "de vocês."
Kris gaguejou, "M-mas...Eu não quis dizer você, Luce. Eu
nunca...quero dizer, niguém jamais TE chamria de vadia."
"Vamos esclarecer uma coisa, Kris," Lucy disse. "Se você vai chamr
minha irmã de vadia, então é melhor estar preparada para me
chamar disso também. Porque se Sam é uma vadia, Kris? Então...
Eu... Sou... Uma... Também."
Houve um coletivo de prisões de respiração nessa hora, como se
todos na lanchonete tivessem repentinamente engasgado ao
mesmo tempo. Meus olhos, enquanto isso, estavam cheio de
lágrimas novamente. Eu não conseguia acreditar. Lucy estava
pondo sua reputação em risco por mim. EU.
Era a coisa mais legal que ela já havia feito por mim. Era a coisa
mais legal que qualquer um já tivesse feito por mim.
Até em algum lugar na cafeteria, uma cadeira foi arrastada. Então
uma voz masculina alta disse “Então eu também.”
Então, para meu total assombro, Harold Minsky veio andando a
passos largos até a gente, seus ombros jogados pra trás sob sua
camiseta havaiana.
A expressão de Lucy derreteu em uma de devoção – com um tom
de assombro – assim que ela viu o seu tutor, parado tão alto e forte
do lado dela.
“Se elas são putas” Harold disse desafiante, apontando para Lucy e
eu “Então eu sou um puto também”
“Oh, Harold” Lucy disse, numa voz que eu nunca tinha a ouvido
usar antes – certamente nunca com Jack.
A cara de Harold se tornou tão vermelha quanto as flores na
camiseta dele. Mas ele não cedeu.
“Solidariedade puta” Ele disse com um aceno pra gente.
Que foi quando Catherine pisou fora da fila do almoço, e veio para
o lado de Lucy, Harold e eu, dizendo “EU TAMBÉM” na voz mais
alta que eu jamais a ouvi usar.
Ai, meu Deus. Eu virei meu pescoço pra tentar ver a cara de
Catherine, mas foi difícil, considerando que Lucy estava me
estrangulando. O que esta acontecendo aqui?
“Cath” Eu sussurrei “Você não é uma puta, fique fora disso”
Mas Catherine só disse, alto o bastante pra todo mundo na
cafeteria ouvir. “Se Sam e Lucy são umas vadias, então eu também
sou” Pessoas zumbiram sobre isso. Catherine uma vadia? Os pais
dela nem deixavam ela usar calças para ir para escola.
Kris sabia que ela estava em um problema agora. Eu podia ver pelo
jeito que ela olhou para gente e depois para o resto da cantina, que
ainda estava olhando, como se Simon Cowell e Paula Abdul
estivessem indo na direção deles.
“Um” Kris disse “Ouçam, eu – “
Mas sua voz foi abafada, já que todas as pernas das cadeiras
estavam sendo arrastadas. De repente, todos os alunos da Adams
Prep estavam de pé.
E declarando eles mesmos putos.
“Eu sou um puto também” Gritou Mackenzie Craig, presidente do
clube de xadres, e que nunca tinha saído com uma garota.
“Eu sou um puto” gritou Tom Edelbaum, que vez o índio na versão
de Pocahontas do clube de teatro.
“Eu sou o maior puto de todos.” Disse Jeff Rothberg, o namorado
de Debra Mullings, seu punho levantado, como se ele estivesse
preparado para lutar com qualquer um que quisesse disputar seu
status de putão.
“Nós somos todos putos” o time todo de corrida da Adams Prep
anunciou.
Rapidamente todas as pessoas que estavam na cantina – com
exceção de Kris e seus amigos do Caminho Certo – estavão de pé
declarando “Eu sou um puto”
Isso foi uma coisa linda.
Na hora que o Diretor Jamieson desceu lá, todos nós estávamos
cantando: “Eu sou um puto. Eu sou um puto. Eu sou um puto. Eu
sou um puto.”
Isso fez o treinador de futebol, mandar todo mundo ficar quieto. O
Diretor Jamieson o fez apitar no seu apito esportivo – o que ele
apita o jogo – grande e pesado, já que ninguém reagiu ao primeiro
grito que nós por favor nos sentássemos. “Por favor pessoal, só se
sentem!”
Ninguém poderia continuar cantando durante o apito agudo shriek
of Coach Long’s. Tivemos que bater palmas sobre nossos ouvidos,
que foi muito alto.
Rapidamente, toda a solidariedade terminou.
“O que” o Diretor Jamieson perguntou, quando a cantoria parou e
todo mundo voltou para seus lugares, quase como se nada tivesse
acontecido, “está acontecendo aqui?”
“Ela chamou minha irmã de puta”, Lucy disse, apontando pra Kris.
“Eu... eu não fiz isso!” Os olhos azuis de Kris estavam arregalados.
“Quer dizer, eu fiz, mas... Quer dizer, ela merecia isso! Depois do
que ela fez ontem à noite-“
“Ela me chama de puta toda vez que pode”, Debra Mullins se
prontificou do fundo da sala. “E eu não fiz nada na última noite.”
“Não é uma violação do código de conduta da Academia
Preparatória John Adams fazer comentários pejorativos a respeito
da orientação sexual e/ou acusação de atividade sexual de alguém,
Diretor Jamieson?”, Harold Minsky perguntou.
O Diretos Jamieson olhou pra Kris e seu grupinho. “Realmente”,
ele disse severamente. “É”.
“Dr. Jamieson”, Kris disse fracamente, “isso tudo foi só um grande
mal-entendido. Eu posso explicar-“
“Eu estou ansiosa pra ouvir sua explicação”, o Diretor Jamieson
disse. “Na minha sala. Agora”
Olhando envergonhada, Kris seguiu o Diretor Jamieson da
cafeteria.
Eu notei que o pequeno grupo de seguidores dela ficou pra trás,
quase parecendo como se estivessem tentando parecer que não a
conheciam.
Grande parte dos colegas de Kris discutia sobre a habilidade de
liderança dela.
Vendo-a ir, eu fiquei com vontade de chorar. Não porque Kris
Parks tenha sido tão significativa pra mim, tentando me humilhar
na frente de toda a escola – como se eu já não tivesse provado o
suficiente que eu sou capaz de fazer tudo isso sozinha, sem
ninguém mais me ajudar.
Não, eu fiquei com vontade de chorar porque percebi como eu
tenho sorte. Eu quero dizer, de ter uma irmã como Lucy e uma
amiga como Catherine... Sem contar um monte de pessoas que eu
tinha pensado que não eram meus amigos, como Harold Minsky.
Eu estava em pé lá entre eles, meus olhos cheios de lágrimas,
escorrendo, “Vocês, caras. Vocês caras, isso foi tão... tão doce da
parte de vocês. Quer dizer, vocês dizerem que são putos... só por
minha causa.”
“Ah,” Catherine disse, batendo de leve na minha mão. “Eu já me
chamei de puta algumas vezes pra você, Sam. Você sabe disso.”
Lucy e Harold não estavam prestando nem um pouco de atenção
no meu sincero agradecimento, de qualquer jeito. Em vez disso,
Lucy tinha pegado o braço de Harold, e estava dizendo, “Obrigada
por dizer que você era um puto por mim, Harold.”
O rosto de Harold ficou mais vermelho que a flor do short dele e
respondeu, “Bem, você sabe. Eu não posso ficar parado sem fazer
nada enquanto uma injustiça social está sendo cometida. Eu não
sabia antes que você... Bem, que você era tão revoltada na
oposição da autoridade civil e política. Eu sempre achei que você
fosse um pouco... bem, uma maria-vai-com-as-outras. Eu percebi
que eu realmente subestimei você.”
“Oh, eu sou TOTALMENTE insurgente revoltada na oposição da
autoridade civil e política”, Lucy disse, apertando o braço dele. “Eu
nunca passo mal na presença de sangue.”
Oh, bem. Quase suficiente, de qualquer maneira.
“Escuta, Harold,” Lucy continuou, “Eu sei que você não pôde no
final de semana passado, mas você quer ir ao cinema comigo no
final de semana?”
”Lucy,” Harold disse, a voz dele parecia mais aguda do que o
normal – também porque ele estava envergonhado, ou porque Lucy
estava tipo esfregando o peito dela sobre o braço dele... embora eu
não possa dizer com certeza que ela estava fazendo isso de
propósito. “Eu realmente não acho... Quero dizer, eu acho que nós
deveríamos manter nossa relação num, hm, nível profissional.”
Lucy soltou o braço dele como se, de repente, estivesse pegando
fogo.
“Oh,” Ela disse, de repente parecendo como se ela fosse começar a
chorar, “Eu entendo. OK.”
“É só que,” Harold disse, parecendo desconfortável, “Você sabe.
Seus pais. Eles me contrataram pra ser seu tutor. Eu não acho
que seria certo, você sabe, nós nos vermos socialmente.”
Lucy parecu chocada. Até Harold acrescentar “Pelo menos, não até
antes de você passar no teste.”
Lucy olhou de relance pra ele, olhando como se ela não
conseguisse acreditar no que estava ouvindo. “Você quer dizer...
você quer dizer que depois qu eu passar no SATs, você vai sair
comigo?”
“Se você quiser”, Harold disse, num tom que dizia que ele não
conseguiria imaginar que, em um milhão de anos, ela continuaria
querendo. Sair com ele, eu quero dizer.
O que isso provou em relação a Harold? Ele não conhece minha
irmã completamente ainda.
“Harold”, Lucy disse, pegando no braço dele de novo, “eu posso
prometer pra você duas coisas.”
Harold olhou fixamente pra ela, como um homem num sonho.
Então um sorriso de lado apareceu no rosto que estava brilhando
como o nascer do sol sobre o Potomac (não que eu já tenha visto,
quem ia acordar tão cedo?) e ele disse: “Um: Sempre olharei pro
lado bom”.
Lucy sorriu de volta pra ele. “Dois: Eu nunca vou desistir de você.
Jamais”.
Epera um minuto... isso pareceu familiar... Hellboy. Eles estavam
citando Hellboy.
Isso, eu pude ver, era uma relação que ia durar muito, muito
tempo.
“Bem”, Debra disse, “Isso foi legal. Vejo vocês caras.” Então ela
andou até onde Jeff Rothberg estava sentado, sentou no colo dele,
e colocou a língua na boca dele.
E eu soube depois disso que Adam Prep tinha voltado ao normal.
Só dessa vez, no lado bom.
“Você realmente viu Kris Parks na limosine de Random Alvarez?”
Eu perguntei a Lucy, depois do sinal tocar, e nós estávamos em
nossos caminhos de volta à sala. “Ou você estava só adivinhando
isso?”
Ela continuava atordoada com a felicidade da coisa toda de Harold,
então foi difícil pra fazê-la prestar atenção. Mas depois de eu
cutucar o braço dela alguns minutos, ela voltou. “Au. Você não
precisa me BATER. Claro que eu realmente a vi na limusine. Você
acha que eu mentiria sobre alguma coisa como essa?”
“Na verdade,” Eu disse, “por mim? Sim. Eu acho que você faria.
Porque a limusine de Random tem insulfilm. Não havia nenhum
jeito de você ver sentado dentro dela.”
“Sabe de uma coisa, Sam”, Lucy disse, o sorriso mais estranho
brilhando em seus lábios, “você é a maior pata das garotas da sua
sala e faça alguma coisa com seu cabelo. É totalmente fora de
moda e parece realmente estúpido. Te vejo depois da escola.”
E desapareceu do corredor, balançando sua mini saia enquanto
andava.
E eu percebi que provavelmente nunca, jamais saberia a verdade.
E o que eu descobri na verdade? Eu realmente não me importava.
Lista das coisas que você provavelmente não sabia sobre Camp
David:
10. Localizada a 100 milhas da Casa Branca em Catoctin
Mountains of Maryland, Camp Davic foi estabelecido em 1942
como um lugar para o presidente relaxar e se divertir longe do
calor e da umidade de Washington, D.C., no verão.
09. O nome do retiro do presidente Franklin Delano Roosevelt foi
Camp “Shangri-La”, depois a montanha kingdom no livro de James
Hilton Lost Horizon.
08. Foi renomeado de Camp David em 1953 pelo presidente
Eisenhower em honra ao seu neto, David.
07. O acampamento é administrado por funcionários da marinha,
e tropas da Marinha Barracks de Washington, D.C. fornecem
segurança permanente.
06. Visitantes no Camp David podem aproveitar a piscina, a
natureza, o campo aberto, quadras de tênis, andar a cavalo, e um
ginásio.
05. Camp David é feito de muitas diferentes cabanas situadas em
volta da casa principal. As cabanas incluem: Dogwood, Maple,
Holly, Birch, e Rosebud. A cabana presidencial é chamada de
Aspen Lodge.
04. Camp David tem sido o local de muitas reuniões internacionais
históricas. Foi lá, durante a Segunda Guerra Mundial, que o
Presidente Franklin Roosevelt e o Primeiro Ministro Britânico
Winston Churchill planejaram a invasão dos Allies na Europa.
03. Muitos eventos históricos ocorreram no retiro do presidente,
incluindo o plano da invasão Normandy, as reuniões EisenhowerKhrushchev, discussões da Baía dos Porcos, sessões estratégicas
da Guerra do Vietnam, e muitos outros eventos com pessoas de
cargo elevado e visitas internacionais.
02. O Presidente Jimmy Carter escolheu o local para a reunião dos
líderes do Oriente Médio que conduziu para o Camp David acordos
entre Israel e Egito.
E o fato número um que você provaelmente não sabia sobre o
Camp David:
01. Este viria a ser o lugar onde eu, Samantha Medison, transaria
pela primeira vez.
Talvez.
Capítulo 14 by Rose, Kaori, Mine, Letícia e Anônimo
“Você gostaria de mais batata doce, Sam?” A primeira senhorita me
perguntou.
“Hm, não, obrigada,” Eu disse.
Vê, esse é o problema de ser uma fresca pra comer: ir à casa de
alguém para comer. O fato é, há poucas comidas que eu como
atualmente. Ação de graças é o pior. Eu meio que, eu odeio
praticamente todas as comidas que os Pilgrims já comeram. Eu
não posso continuar na frente disso. Você não sabe de verdade
metade das coisas que há realmente, e as poucas coisas que você
pode identificar, como as raízes, são tão brutas.
Eu não como nada vermelho, exceto ketchup e molho de pizza,
então automaticamente sai fora qualquer coisa com tomates. E
também com framboesa. E—UGH—beterrabas.
Basicamente, todos os vegetais me fazem querer vomitar. Então
isso significa que não ervilhas ou cenouras cozidas ou feijões ou—
éca—Bruxelas ao vapor.
Eu não sou uma grande fã de peru. Eu só gosto da carne
vermelha. Mas todo mundo considera aquela parte, como, o pior,
então eu sempre começo oferecendo carne do peito, que é carne
branca, que eu não consigo comer, porque quando é feita por um
master chef da Casa Branca, ela, com sorte, fica tão... Grossa.
Na minha família, é compreensível que quando nós vamos para o
jantar de Ação de Graças, eu estou totalmente bem com um
sanduíche de manteiga de amendoim, que minha empregada
prepara sempre com carinho e sem cascas.
Então, meus pais são obrigados a compreender porque eu nem
mesmo tentei comer qualquer coisa que não foi preparada com
problemas. Mas ao longo dos anos, eu os treinei para apenas me
deixar em paz. Quer dizer, não é como se eu fosse morrer de fome.
Mas esse era meu primeiro Ação de Graças com David e sua
família. Eu ainda não tive a chance de treiná-los.
Então eu apenas me sentei e pretendia comer tudo que colocassem
no meu prato, eu faria pilhas artificiais (Eu aprendi minha lição
sobre tentar escondê-la no meu guardanapo) e secretamente
pretendo ir até o quarto e comer o sanduíche de manteiga de
amendoim que está no meu saco de dormir.
Do lado das camisinhas que Lucy me deu.
Que eu estou tentando não pensar.
David estava claramente fazendo o mesmo (tentando não pensar
sobre sexo), desde que a primeira coisa que nós fizemos depois de
chegar ao Camp David—depois do nosso passeio sobre ele no
Marine One, o helicóptero presidencial— foi quebrar o quadro de
jogos, por conta do mau tempo (estava chovendo).
Não apenas chovendo, mas as gotas caindo tão fortemente, que
depois que David apareceu para me pegar, eu estranhei se o
Marine One ia estar hábil para a gente voltar.
O que não era a única indicação de que a Ação de Graças no Camp
David não iria ser exatamente um piquenique. Não, eu também
tinha acordado com uma enorme espinha no meu queixo. De
stress. Você não podia realmente ver isso, mas eu podia sentir
isso. E isso doía.
Eu não tinha pegado nenhum desses – a chuva e a espinha – como
sinais de boa fortuna ou sorte. E no fim eu estava certa. Pelo
menos, julgando como meu pai chegou tão longe.
Eu sempre pensei - antes de eu saber melhor – que nossos léderes
da nação viviam em volta do luxo. Como eu imaginei que a Casa
Branca era uma imensa mansão com peles de animais por todos
os lados.
E a casa branca é bem legal, ela não é imensa, e não é tão legal
como a casa do Jack Slaters em Chevy Chase. Eu acho que ela é
mais legal do que a maioria das casas americanas – você sabe, tem
uma piscina, e uma pista de boliche, e todas essas coisas.
Mas as coisas que são mais extravagantes são, tipo, muito velhas,
e você não é permitido a usar isso. Todo o resto são coisas que
você encontraria em qualquer outra casa, como a minha ou a da
Catherine. Só as suas coisas normais.
E o Camp David é ainda mais simples. Eu digo, é grande, para
uma casa, não me entenda errado, com todos os chalés espalhados
pelo terreno. E tem uma piscina de natação e também um ginásio.
Mas não é fantástico. Eu digo, não do modo como você pensaria
que uma casa de campo do líder da nação seria.
Eu acho que é porque os fundadores estavam tentando afastar
essa idéia de classe dominante. Na verdade, o presidente não
ganha muito dinheiro. Acho que se pode comparar ao que mamãe
e papai ganham.
É claro que a família do David tem dinheiro das companhias que o
pai dele tinha antes de se tornar governador, daí então presidente.
Mesmo assim.
De qualquer modo, o Camp David não é um castelo. É mais
como...bem, uma casa de campo.
Que o torna um lugar estranho para se perder a virgindade.
Ou não, como parece ser o meu caso. Porque eu já andei pensando
nas 24 horas que se passaram e a verdade é que eu não estou.
Pronta, quero dizer.
Sim, eu sei que eu preciso de prática. Muita. Muita.
E, sim, eu sei o que eu disse em rede nacional (ok... a cabo). Eu sei
que todo mundo no país – incluindo minha avó, com certeza - acha
que eu sou sexualmente ativa.
E eu sei que o pior já aconteceu – ser chamada de vadia
publicamente por Kris Parks- e eu já me recuperei.Mas só porque
todo mundo acha que eu já “fiz aquilo”, não é uma boa razão para
realmente “fazer”. Quer dizer, é um passo enorme. Com o sexo vem
a responsabilidade. E o fim da inocência. Sem falar nas possíveis
DSTs e a gravidez indesejada. Quem precisa de mais isso?
Especialmente quando, vamos ser realistas, ensino médio é
aborrecimento demais já.
Então, eu tinha feito minha decisão.
Agora eu só tinha que entregar as novidades para David.
O qual significa que talvez eu tenha muitos problemas atualmente,
tendo que descer pro jantar. Quero dizer, David tem que pensar
que ele vai Conseguir Algo hoje à noite. Ele tem que achar. Eu vi o
brilho nos olhos dele quando ele quebrou o tabuleiro de Parchessi
(Sim, um tabuleiro de parchessi de verdade!) mais cedo naquela
tarde. Ele ainda piscou para mim antes de jogar o dado.
Eu ia acabar com todos os sonhos adolescentes dele. Ele ia me
odiar.
No mais, eu não podia comer.
Eu fiquei realmente aliviada quando a Primeira Dama me
interrompeu e David, e nós entramos na sala de estar para assistir
Adam Sandler (Sim, o presidente assiste o filme antes de eles
entrarem em cartaz para o resto da nação) isso ocupou a minha
mente para não pensar no que ia acontecer depois de irmos para a
cama. Um pouco. Até a hora que o filme acabou , e a próxima coisa
eu sabia, David estava me levando para a porta do meu quarto –
que era na casa principal, não em um dos chalés – e disse “Boa
noite, Sam” nesse tipo de voz. Esse tipo aqui “isso é para o
beneficio dos meu pais” de voz.
Porque ele sabia que nenhum de nós dois ia realmente dormir.
Em qualquer momento próximo.
Ou em que ele pensou.
Eu me senti em total pânico quando ele fechou a porta do meu
quarto atrás de mim. Meu quarto era um perfeito exemplo de como
a casa presidencial era. Era só um quarto simples, branco com
detalhes em madeira, a colcha azul-marinho sobre a cama queensize e um instante com, é claro, livros – eu não estou zoando –
sobre passarinhos e como observá-los. Tinha seu próprio banheiro
e vista para o lago. Mas realmente, era tudo que precisava para
acontecer.
Mas esse quarto, aparentemente, era o local na qual David tinha
imaginado que nós iríamos Fazer Aquilo. Depois de todo mundo ir
dormir e David voltar.
O que explicou porque de repente eu me senti tão...
Nauseada.
E não era só por causa de todo o creme por cima das batatas.
A pasta de amendoim tinha ajudado um pouco.
Mas depois de ter comido isso, eu não sabia o que fazer. Quero
dizer, eu não podia começar a me arrumar para dormir, ou
qualquer coisa, porque quem sabe o que o poder dos meus pijamas
poderia fazer com o David? Inflamar seus sentidos, ou qualquer
coisa, e tornar ainda mais difícil para ele quando eu disser não.
Não que os meus pijamas sejam muitos sexys, ou qualquer coisa
assim, sendo de flanela, com figuras de malas nela, sobre as
palavras boas viagem escrito em tudo (minha avó me deu no meu
aniversário do ano passado, para quando eu viajei como
embaixadora teen da ONU).
Não, era muito melhor eu estar inteiramente vestida. Assim eu me
sentei para baixo na borda de minha cama e esperei. Não seria
demorado agora. David estaria subindo a qualquer segundo. Assim
que fosse certo que seus pais estavam dormindo. Já era mais de
meia noite, logo deve vir. Os presidentes levantam-se cedo, assim
certamente sua mãe e o seu pai já tinham dormido. Ele podia vir a
qualquer minuto.
Qualquer minuto agora...
E eu estava pronta para ele. Eu tive meu discurso planejado para
por pra fora. “David,” eu diria, olhando em seus olhos, “você sabe
eu te amo. E eu sei que disse na televisão nacional (a cabo) a outra
noite que eu estava pronta para dizer sim ao sexo. Mas o fato é: eu
não estou. Eu sei que você me ama bastante vai compreender, e
vai me esperar. Porque aquele é o que o amor real… está sendo
disposto esperar.” eu desejei que eu nao tivesse pegado a senha e
tentado isso durante os pesadelos de Sally antes do natal, ação
imaginada e trabalhada.
Eu deveria ter usado ela agora.Eu poderia dar a David, como um
simbolo do meu comprometimento para transar com ele algum dia.
Algum outro dia que não hoje.
Eu poderia ter completamente imaginado eu dando isso a ele, e
talvez dizendo algo verdadeiramente memorável e comovente.
Talvez algo como, "'Psiu, você do outro lado. Vá com ela. 'Porque
por ela, eu atravessaria, e quando isso acontecer, você será
desculpado.'"
Me pareceu realmente como uma situação que gritasse para fora
para umas citações de Hellboy.
Em todo o caso, eu estava pronta.
Eu tinha escovado meus dentes-apenas assim minha respiração
não fede enquanto eu o deixo delicadamente para baixo-e examinei
minha espinha. Nenhuma melhora. A boa noticia era que embora
você ainda que não pudesse ver isso para compensar iria me ver de
maquiagem. Eu poderia sentir toda sua raiva e sua irritação
comigo. Eu realmente não uso muita maquiagem, apenas máscara
e cover-up na maior parte e um pouco de gloss. Ainda, eu
imaginei, eu deveria ter conservado posto isto adiante para o
Grande-E-Gentil-Fora assim pelo menos meus cilios teriam a
mesma cor que meu cabelo. Parece apenas como, você sabe, eu
devo tentar ficar mais bonita para A Grande Conversa Sobre Sexo
mesmo que David tenha me visto de longe o meu melhor do que
épocas..
Sim, Eu estava pronta. Pronta e esperando. Somente uma coisa
estava faltando. David
Falando nisso... Onde ele estava? Tinha passado quase uma hora
desde que nós estavamos fora da cama. Era quase meia noite e
meia agora.
De repente, eu comecei a sentir enjoo de um jeito diferente. Tinha
David mudado seu pensamento? Tinha eu feito algo para ele nao
querer transar comigo? Eram minhas espinhas? Será que ele as
viu?
Mas parecia altamente improvável que um garoto mudaria sua
mentalidade sobre ter sexo com sua namorada por causa de uma
espinha.
Mas espere um minuto. Eu não queria mesmo ter transado com
ele. Entao porque eu me importei? Era algo mais, então? O que
tinha acontecido na MTV? Meu Deus, teriam me avisado que se eu
dissesse Sim para o Sexo na rede nacional de tv mataria a
espontaneidade ou algo?
Eles estão sempre falando sobre como o sexo deve ser espontaneo
no Universo. Entao eu acabei arruinando aquilo? Bem, e se eu
tiver arruinado? Bom, em todo caso, eu nao quero fazer.
Mas isto não parece muito provável. O sexo não é o mesmo tipo do
negócio grande pros meninos que pras meninas. Ou pelo menos
não parece dessa maneira. O Oh, certo, meninos todos querem ter
o sexo. Mas não obsessão sobre ele da maneira que nós. Fazem
apenas. Pelo menos, é isso como aparecem nos filmes, como
American Pie. Assim onde estava? Está espera me mata. Eu
apenas queria dizer que eu não estava querendo começar a fazer.
Eu esperei mais cinco minutos. Ainda nada de David.
Sera que alguma coisa aconteceu? Será que ele tropeçou no
chuveiro e bateu a cabeça... E se estiver caido no chão
inconsciente com a boca aberta enchendo seus pulmões de água e
eu estou sentada aqui?
Pior, e se David tivesse mudado sua mente?
COMO PODERIA MUDAR SUA MENTE DEPOIS DE EU TER FEITO
TODA ESSA PREPARAÇÃO?
Antes que eu soubesse mesmo o que eu estava fazendo, Eu o estive
em meus pés e agora tempestuoso na porta. Como o desafio? Como
desafiá-lo a mudar sua mente após ter me exposto ao que eu
deveria ter exposto a semana inteira? Ele não estava indo decidir
que nós não tivessemos sexo depois de tudo Eu que estava
decidindo aquilo. Eu tinha decidido aquilo antes que ele tivesse.
Eu desci até a entrada, escura e vazia, pensando em todas as
coisas que eu estava indo dizer a ele - ou não dizer. Ele certamente
não estava se drogando e falando de mim agora. De jeito nenhum.
Ele teve suas oportunidades de se drogar e as desperdiçou
completamente. Amor não significa mais... Querer esperá-lo. Ele
estava indo para a Boa Viagem. Aquilo era o que estava indo.
Quando vi a porta do quarto de David eu pude ver uma luz baixa
brilhar por debaixo da porta. Então ele estava acordado. Ele estava
acordado! Ele não nem ao menos se incomodou em mecher sua
bunda preguiçosa para ir ao andar debaixo me dizer que depois de
tudo não tinha sexo. Yeah, Obrigada! Obrigada por me avisar.
Quem sabe quanto tempo eu permaneci acordada, esperando para
dizer Não para o Sexo antes de eu ter vindo?
Eu não sei qual foi a razão de eu ter aberto a porta sem mesmo ter
batido e fica lá, olhando pra ele furiosamente.
Mas nao como num romance de novela. Mais como: eu estou indo
matar você de outro jeito. David olhou por cima do livro que lia na
cama.
Um livro de arquitetura.
Quando eu sua namorada ficou sentada por horas esperando por
ele para dizer que estava preparado.
David pareceu mais do que um pouco surpreendido por me ver.
Você sabe, considerando.
“Sam,” Disse, fechando o livro -mas não totalmente, ele deixava
um dedo pra marcar onde ele estava lendo- “está tudo certo? Você
não está doente ou algo, é você?”
Seriamente. Eu quase me perdi, então é lá.
“Doente?” Eu gritei. “DOENTE? Sim, eu sou doente. Doente de
ESPERÁ-LO.”
Isto me fez examinar seu dedo para fora do livro e ajustá-lo
realmente de lado. Olhou interessado.
Também, eu não poderia brigar com ele enquanto ele estava me
olhando totalmente sexy. Não só porque na maior parte ele não
usava blusa Mas também porque, vamos encarar: David olha
sempre sexy.
“Esperando por mim?” David, olhava genuinamente perplexo, e
quis saber. “Esperando por mim pra que?”
Eu não podia acreditar nisso. EU NÃO PODIA ACREDITAR. Sexy
ou não, que perguntar era essa?
“PARA TER SEXO,” Eu quase gritei.
Eu somente não queria acordar seus pais. E deixar em paz o
serviço secreto. Então eu sussurrei alto.
Mas mesmo que eu tivesse falado baixo em vez de grita pra ele,
David ficou me olhando totalmente chocado. Sua cara na luz baixa
da lâmpada de leitura ao lado de sua cama , começou a ficar tão
vermelha como meu cabelo antigamente.
“Sexo?" Ecoou pelo quarto
"Você sabe do que eu estou falando” Eu disse não acreditando que
tinha dito isso. O que havia de errado com ele? “Você é quem me
trouxe aqui em cima"
“Eu?” Sua voz meio que se quebrou ao falar “Quando?”
“Fora de minha casa,” Eu disse impaciente. Que havia de errado
com ele?
Talvez ele tivesse realmente deslizado e batido a cabeça do
chuveiro. “Se lembra? Você me convou para o Camp David para
jogar Parcheesi.”
“Yeah,” David disse, agora olhando normalmente. Mas também
ainda quente. “Que nós já estavamos prontos.”
Qual de nós. Oh, meu Deus. Eu não podia acreditar que ele tinha
dito aquilo.
Também, ele falou com um olhar tão quente.
“Mas eu meio que não falei isso…” David falou gaguejando.
“Quando eu disse Parcheesi, eu meio que era outro significado...”
Algo frio prendeu meu coração. Seriamente. Era como se alguém
tivesse despejado um jarro de água na minha cabeça e um monte
de cubos de gelo tivesse deslizado na minha blusa.
Porque era óbvio pela expressão na cara de David - para não
mencionar, a maneira estava agindo- quando tinha dito Parcheesi,
ele… Parcheesi realmente tinha outro significado.
"Mas,” Eu disse, em uma voz pequena, “você… que você disse você
pensou que nós estávamos prontos.”
“Prontos para passar o fim de semana juntos com meus pais,”
Disse David com uma caracteristica estranha na sua voz. “E era
tudo que significava e ponto.” Então, seus olhos que se alargaram,
“Era sobre isso que você queria falar na outra noite? Quando você
disse você disse sim ao sexo?”
"Bem, yeah,” Eu disse. “O que você pensou que eu achava?”
O David deu de ombros. “Eu pensei que você estava tentando dar
um ponto final do meu pai. Aquilo tudo. Eu não soube que você
REALMENTE… você sabe. Diz sim ao sexo.”
Especialmente quando ele realmente não tinha me perguntado.
“Oh,” Eu disse.
Então eu quis morrer.
Porque teve tudo isso pra nada. Todo esse trabalho, todas as
conversas com a Lucy, a palavra Sim ao sexo, o puta solidário,
tudo isso... Pra nada.
Porque David nunca tinha significado que nós teriamos sexo este
fim de semana.
E eu era quem tinha chego à conclusão que Parcheesi significava
sexo
E era eu quem tinha suposto que quando David falou que
estavamos prontos, ele tinha dito que estavamos prontos pro sexo.
E era eu quem tinha dito Sim ao sexo sendo que ninguém depois
fora me perguntou se eu realmente achava isso.
Tudo tinha sido eu. Eu tinha trazido toda preocupação e angústia
em cima de mim mesma.
Para Nada.
Deus. Como estou totalmente envorganhada.
“Hmm” Eu disse. Agora era a minha vez de ficar vermelha... Meio
que o que ele poderia pensar de mim? Que eu viria até o seu
quarto exigindo saber por que nós não tinhamos sexo se
estavamos prontos. Ele meio que deve pensar que sou uma
lunática. “Yeah. Escute. Hmm. Eu apenas, hmm, estou indo...”
Exceto com cada parte traseira da etapa para a porta, eu não
poderia ajudar observar. Como como David bom olhou no fulgor da
lâmpada.
E como o verde seus olhos era, a cor exata do gramado no
Kentucky Derby.
E como olhou ainda assim confuso, e adorável, tipo o geeky-boy de
maneira
com seu tipo de cabelo onde tinha começado mushed de encontro
ao headboard como estava lendo.
E como era extenso seu olhar-aconchegante assim como seu peito,
e como se sentiria se eu descansasse minha cabeça lá, e escutasse
seu coração batendo…
E de repente, eu me ouvi falando, “Hmm, você poderia esperar aqui
um segundo?”
Como estava indo em algum lugar
Então eu girei ao redor e funcionei tão rapidamente voltei para
meu quarto.
Quando eu voltei, quase sem respiração.
Eu prendia também um saco de papel marrom.
David olhou de relance para ele, então olhou pra mim.
“Sam,” Disse, numa voz tipo suspense não desagradável. “O que
está no saco?”
Então eu mostrei.
Capítulo 15 by Anônimo e Dede
Quando eu cheguei em casa no dia seguinte, eu fiquei chocada ao
ver meu pai sentando no quarto, escutando Rebeca tocar “New
York , New York” no clarinete.
"O que você está fazendo aqui?" Eu abri a porta e Manet correu até
mim com o som da minha chave na fechadura e pulou em cima de
mim.
Rebecca abaixou seu instrumento e disse “Com licença. Eu estou
tocando ainda.”
“Oh,” Eu disse, voltando. “Desculpa.”
Meu pai, que não lia o jornal, não falava no telefone, ou fazia
qualquer coisa, realmente exceto aparentemente escutar o
desempenho da sua filha mais nova, sorrindo um pouco pra mim
dolorosamente como se estivesse esperando a canção terminar.
Assim que terminou aplaudiu como se realmente tivesse admirado.
"Isto é ótimo" Disse com entusiasmo.
"Obrigada" Rebecca virou a página de seu livro de música “E agora,
continuando meu tributo às grandes cidades e nações, eu tocarei a
canção ‘Gary, Indiana’ The Musica Man.”
“Uh, você poderia esperar até que eu encher minha caneca?” Meu
pai pediu, mantendo levantada sua caneca de café vazia. Então se
apressou para fora da cozinha.
E eu olhei pra Rebecca
"O que" Eu perguntei pra ela "Está acontecendo?"
"São as grandes mudanças do Papai depois que você disse sim ao
sexo na TV" ela disse encolhendo os ombros. "Então decidiram
gastar seu tempo com nós. Então eu estou tocando em casa
canções do meu repertório para ver até quanto tempo ele vai durar.
Até que ele gostou... Um pouco... Dou só mais duas músicas."
Impressionada, eu carreguei meu saco de noite na cozinha, e senti
cheiro de algo. Eu fiquei chocada por ver minha mãe, e não
Theresa, abrindo o forno, “Você quer um donut para você?” Falou
para meu pai, que reenchia sua caneca de café.
Eram bolinhos com lascas de chocolate. Minha mãe, advogada
ambiental, estava fazenco bolinhos com lascas de chocolate. Seu
PDA nunca tinha se visto igual.
Meu saco caiu das minhas mãos e aterrou com uma batida no
assoalho.
Minha mãe olhou sobre seu ombro pra mim e sorriu.
“Oh, Sam,” Disse. “O que você está fazendo em casa? Eu pensei
que você ia passar fora o fim de semana.”
“Nós tivemos que voltar cedo,” Eu disse "O pai de David quis
conversar com seus conselheiros para dar iniciativa ao retorno do
projeto da família antes do congresso de segunda-feira. O que você
está fazendo?"
"Fazendo cookies, querida." Disse puxando a bandeja do forno
"Cuidado , eles estão quentes" Falou para o meu pai que tentava
alcançar algum.
"Porque vocês não ficaram na Vovó?" Eu perguntei.
"Essa mulher está me matando." Meu pai disse tentando pegar o
cookie de qualquer jeito e queimando seus dedos.
"Richard,” Minha mãe disse, estreitando os olhos pra ele. E disse
para mim “seu pai e sua avó tiveram um pequeno
desentendimento, assim nós viemos para casa cedo.”
“Pequeno?” Meu pai disse, após engolir um pouco de café e
enfiando na boca um bolinho, pois prefiria queimar a lingua do
que os dedos. "Não tinha nada de pequeno nisso"
"Richard," Mamãe disse "Eu avisei que os cookies estavam
quentes."
Meu pai ficou olhando mais dois de qualquer maneira, e colocando
eles em um guardanapo. "Vejos vocês", disse se dirigindo a sala e
Manet o seguindo com esperanças que deixasse cair algum cookie
no chão "‘Gary, Indiana' me espera.”
“Ok, seriamente.” Eu olhei fixamente pra minha mãe. “ O que está
acontecendo aqui? Eu saio noite, e vocês de repente se tornam os
Cleavers? Onde está Theresa?”
"Eu dei um fim de semana de descanso" Tentando raspar os
cookies que ainda estavam grudados na bandeja.
Infelizmente, não estavam desgrudando facilmente. “É importante
para ela gastar o tempo com sua própria família, você sabe. Assim
como é importante para nós passarmos o tempo juntos também.
Eu e seu pai discutimos e concordamos com o presidente... Claro
que nem tudo naturalmente.”
Teve um trabalho particular de tentar raspar o cookie.
"Mas agora é tempo de começarmos a gastar mais tempo com você
e com as meninas." Ela falou. "Seu pai pensa que talvez Lucy
estudasse mais se nós mantivermos um olho nela. E você sabe o
que os professores de Rebecca dizem sobre sua necessidade para
mais socialização. Isso é porque seu pai e eu estaremos cortando
horas no escritório. Verdade, significará menos dinheiro. Foi por
isso que seu pai brigou com sua avó." Minha mãe fez uma careta.
"Mas... Então eu nunca fiquei entusiasmada de passar o Natal lá
de qualquer maneira."
Eu olhei fixamente apenas pra ela, mal conseguia registrar o que
ela estava falando. Mamãe e Papai estavam gastando mais tempo
com nós?
Isso era uma coisa boa? Uma coisa ruim? Ou uma coisa muito
ruim?
"E sobre mim?" Eu resumunguei.
"O que sobre você, querida?" Minha mãe perguntou.
"Bem, meio que... Sobre o meu castigo neste final de semana? Ou
pelo que eu disse na TV?"
“Oh, querida.” Minha mãe sorriu para mim. “Você sabe que nós
não nos preocupamos muito sobre você, Sam.Você teve sempre
uma cabeça tão boa em seus ombros.” Então adicionou vivamente,
“mas eu imagino se eu ficar em casa mais, eu posso pelo menos
fazer algo pelo seu pobre cabelo."
Sorriu para mostrar que era graciosa… Somente eu poderia dizer
que não era realmente.
“Huh,” Eu disse. “Bom.”
Como alguém em choque, eu estava subindo as escadas para ir pro
meu quarto. Meu pai tinha prometido que iria haver GRANDES
mudanças em torno de nossa casa.
Eu nunca imaginei que seriam tão grandes.
Eu estava tão em choque que nem escutei a Lucy me chamar
enquanto passava na frente do seu quarto com a porta aberta. E
só na segunda vez que ela gritou "SAM", que eu percebi que estava
falando comigo. Coloquei a cabeça no seu quarto para saber o que
queria.
"Você voltou cedo!" Lucy gritou, onde estava deitada na sua cama
com uma revista Vogue ou qulquer outra.
“Você também” Eu disse. “O papai e a vovó realmente se
desentenderam?”
“Totalmente” Disse Lucy “Bem você sabe como eles são. Eles vão
estar se falando na Segunda-feira. Eu espero, já que eu queria um
biquíni novo para Aruba. Então... Como foi lá?” •.
“Bem” Eu disse consciente do fato de que Lucy tem uma memória
de longo prazo como um Gato, e é improvável que ela vá lembrar
de toda a nossa conversa de semana passada, ou mesmo que foi
ela quem me comprou os anticoncepcionais.
Mas eu acho que a nossa conversa seria bem mais importante do
que eu pensava – em todo o caso, acho que o monitoramento de
Harold havia melhorado a sua memória – porque ela disse “Vem
cá, e me conta tudo sobre, você sabe. Isso”
Eu entrei sorrateiramente no quarto dela e fechei a porta, então
ninguém poderia ouvir a nossa conversa – não que isso seja
provável de qualquer jeito, considerando que Rebecca estava
tocando muito alto em seu clarinete.
“Então” Começou Lucy batendo de leve no colchão atrás dela para
que eu me sentasse lá “O que aconteceu? Com o David, quero
dizer? Você dois, você sabe, Fizeram Aquilo?”
“Bom,” Eu disse, sentando no lugar do colchão onde ela havia
indicado “ A verdade é..”
Os olhos de Lucy se arregalaram “Sim?”
“Basicamente...” eu disse respirando fundo “Eu pulei nos ossos
dele”
Lucy começou a gritar e dar pulinhos de onde estava sentada. Foi
quando eu percebi que a revista que ela estava lendo com tanta
intensidade era o livro preparatório do SAT.
Uau. Ela realmente ama o Harold.
“Então, o que aconteceu EXATAMENTE?” Ela precisava saber
“Você usou a espuma certo? E a camisinha? Porque você tem que
usar os dois. Heather Birnbaum usou apenas a camisinha e ela
estourou, e teve de ir viver com a tinha em Kentucky.”
“Nós usamos a espuma” Eu disse “E as camisinhas. Obrigada por
isso”
“Você teve—Você sabe?” Lucy deixou a voz dela num sussurro
“Eu acho você precisa de prática,” disse eu começando a corar
“para que isso aconteça. Mas a gente chega lá”
“SÉRIO?” Lucy pareceu ansiosa “Tiffany sempre dizia no trabalho.
Praticando com o bocal no chuveiro e tudo mais. Mas eu nunca
acreditei muito nela. É bom saber que ela não estava mentindo
completamente.”
Eu olhei curiosa para ela.
“Bom” Eu disse “Quero dizer, você não teve a sua experiência
pessoal? Quero dizer entre você e Jack?”
“JACK?” Lucy riu histericamente como se fosse engraçado “ Oh,
meu Deus. JACK”.
Eu olhei fixamente para ela.
“Mas...” Alguma coisa não entrava na minha cabeça “Lucy, você e o
Jack – vocês dois fizeram, certo?”.
Lucy fez uma careta.
“Eca. Eu com o JACK? Nunca!”
“Espera...” Eu olhei fixamente e o mais espantada que pudesse
“Então... você é... você é VIRGEM?”.
“Mas é claro” Ela me olhou confusa “O que você pensou?”.
“Mas você e Jack namoraram durante três anos!”
“E daí?” Para alguém que tão alegremente me deu
anticoncepcionais e dicas sobre sexo, Lucy pareceu indignada com
a sugestão de não ser tão pura quanto a neve que cai. “Quer dizer,
ele queria, mas eu ficava tipo, Sem chances, camarada!”
“Mas Lucy” Eu exclamei “A espuma! E as camisinhas! Foi você que
as comprou para mim”
“Bom, mas é claro” Disse Lucy se explicando “Eu não queria que
você fosse à farmácia e pegasse você mesma e fizesse disso um
Incidente Nacional. Bom isso foi antes de você deixar óbvio que
você não se importa com QUEM sabe sobre suas coisas,
anunciando isso em rede nacional. Mas isso não quer dizer que eu
tenha usado isso. A espuma, quero dizer. Eu só ouvi sobre isso,
você sabe. Da Tiffany.”
“Mas”—essa era a parte que eu estava com mais problema para
entender—“No outro dia, no refeitório, você chamou a si mesma de
vadia”
“E daí?” Lucy jogou um pouco para trás o seu cabelo vermelhobrilhante “A Catherine também”.
Eu olhei fixamente para ela chocada “Então você fez aquilo por
mim? E você e o Jack - todo esse tempo - vocês nunca... Nunca...?”
“Fizemos Aquilo?” Lucy agitou a sua cabeça “De jeito nenhum, eu
já te disse, ele não era O Único”.
“Mas... Mas você me fez pensar que era. Por um longo tempo. Você
não pode me dizer que não era. Você me disse que ela era o seu
primeiro”
“Meu primeiro AMOR!” Disse Lucy “Não o meu primeiro... Você
sabe” .
“Mas...” Eu não conseguia acreditar no que estava ouvindo “Por
que?”
“Eu não sei” Lucy encolheu os ombros “Quero dizer, yeah, eu
pensei algumas vezes se ele não era o cara certo. Mas eu nunca
tive certeza. Sabe? Como você tem certeza do David e eu do
Harold”
“Você acha que o Harold... é O Aquele?” Eu perguntei.
Eu devo ter torcido o nariz quando disse isso, ou algo parecido,
porque ela logo veio responder na defensiva “Sim eu acho, por que?
O que há de errado com o Harold?”
“Nada” Eu disse “Eu acho que vocês dois vão ser muito felizes
juntos. Depois que você passar nos SATs e tudo mais”
Aparentemente mais calma ela disse “Então me fale sobre isso. Dói
da primeira vez? Os pais dele suspeitaram? Onde vocês Fizeram
Aquilo, no quarto dele ou no seu? E sobre o serviço secreto? Eles
estavam por perto? E sobre-”
As perguntas continuaram mais e mais.
E por mais que eu estivesse totalmente envergonhada para
responder, eu tentei. Afinal eu devo isso a ela. A maneira como eu
me sinto realizada para sempre.
Isso era o mínimo que eu poderia fazer para devolver o favor.
Mesmo porque, para que servem as irmãs?
“Sam! Você Mostrou!” Dauntra acenou para mim
descontroladamente por detrás da caixa registradora quando eu
cheguei para o meu turno.
Bem, mais do que estar louca comigo. Eu pensei totalmente que
estaria. Por eu ter ajudado-a, cobrindo o seu turno, enquanto ela
estava presa por sua iniciativa contra o fascismo do presidente.
“Hey Dê.” Disse eu entrando atrás do balcão para cumprimentá-la
“Como foi o seu Ação de Graças?”
“Uma droga” disse Dauntra “Eu pensei que você fosse passar o fim
de semana na casa da sua avó”
“Eu ia” Eu disse “Mas eu acabei indo para o Camp David”
Dauntra gritou “Camp David? Não é o lugar onde o presidente
passa as folgas?”
“Um dos” Eu disse.
“Cara” Dauntra balançou a cabeça “E ele LEVOU você? Depois de
você tê-lo esmagado no debate na TV?”
“Eu não o esmaguei” Disse eu desconfortável “Eu apenas indiquei
que poderia haver uma maneira melhor do que aquela que ele
sugeriu”
“Você indicou para ele” Dauntra ecoou o que eu disse “Cara, você é
tão legal”
Eu olhei por detrás do meu ombro para ver com que ela estava
falando. Mas a única pessoa além de mim na loja eram alguns
nerds, procurando por Kurosawa Shelves.
“Quem?” Disse eu “EU?”
“É, você” Disse Dauntra “Nenhum de nós consegue parar de falar
em como você colocou o Homem no lugar dele, sem nem mesmo ter
que fazer uma passeata”.
“Humm” Eu disse, não tinha muita certeza sobre o que ela estava
falando, mas parecia ser isso mesmo. Quero dizer, não tem muitas
pessoas que me acham legal, exceto meu namorado é claro, e eu
acho que a minha irmã mais velha. “Obrigada”.
“Estou falando serio. Kevin queria saber se você queria vir algum
dia. Sabe sair”
“Na sua casa?” Meu coração falhou uma batida, eu nunca tinha
imaginado que seria convidada “Para sair” por uma pessoa tão
legal quanto Dauntra. Quero dizer nos somos amigas de trabalho,
e tudo mais. Mas fora do trabalho? “Claro, eu posso levar o
David?”
“O primeiro filho?” Disse Dauntra disse orgulhosamente “Por que
não? Isso seria legal. Ah, a propósito você me inspirou” Ela se
encaminhou até o folder e tirou uma folha de papel de lá e me
entregou “ Quando Stan vier revistar a minha mala hoje, eu vou
entregar isso a ele”.
“O que é isso?” Perguntei.
“Um e-mail” disse Dauntra toda orgulhosa “Da minha advogada.
Da UCLA. Ela pegou o meu caso. Eu decidi isso em vez do
catchup. Para, você sabe. Pegar o caminho Samantha Madison.”
Eu pisquei para ela “Procurar um advogado para nenhum dos
funcionários terem que passar por vistorias no fim do turno é o
caminho Samantha Madison?”
“Totalmente” Dauntra disse “É melhor que uma passeata/greve. E
você certamente não quer que as suas roupas fiquem sujas. E a
minha nova advogada pode fazer com que a gerencia passe para as
minhas mãos”
“Uau,” Eu disse devolvendo o e-mail para ela “Está impressionada”
“Deveria estar. Fiz tudo isso por sua causa. Hey, você se divertiu?
Eu a olhei curiosa “Me diverti?”
“No Camp David. O que vocês fizeram lá? Deve ter sido entediante.
Estava chovendo o tempo todo certo?”
“Oh,” Disse eu arrumando a figura de ação da Sally “Nós
encontramos o que fazer”
“Oh, meu Deus”
Alguma coisa na voz de Dauntra me fez olhar para ela. Que estava
olhando fixamente para baixo onde eu estava.
“Oh meu Deus, Sam” Disse ela “Você e David... Fizeram Aquilo?”.
“Humm” Eu senti as minhas bochechas - que fizeram isso um
milhão de vezes nesse mesmo dia - começarem a ficar vermelhas,
eu olhei para os lado para ver se Stan ou Chuck estava por perto.
Mas a única pessoa que estava por ali era o Sr Wade, que estava
procurando algum lançamento na seção de arte.
“Humm” Eu disse. Não havia razão para eu ficar na defensiva. Não
era Kris Parks. Era Dauntra, Dauntra nunca seria capaz de
chamar algum de vadia. Exceto Britney Spears, mas isso é natural.
“Sim” Disse eu, mesmo que a minha boca parecesse muito seca
“Nós fizemos”
E Dauntra apoiou o cotovelo na caixa registradora e o queixo na
mão e perguntou-me alegremente “Não é legal?”
Eu pisquei “O que é legal?”
“Com licença” O Sr Wade estava de frente para o balcão “Eu
gostaria de saber se você reservaram um DVD, para Wade, W—”
“A—D—E” Dauntra disse cansada “Cara, nós SABEMOS quem é
você. Você está aqui todos os dias”
O Sr Wade ficou olhando o balcão “Oh” ele disse “Eu não achei que
você fosse se lembrar de mim”
“Cara” Dauntra disse enquanto verificava o DVD “Cai na real. Você
é inesquecível” Daí ela olhou para trás e disse para mim “Sexo.
Quero dizer, sexo não é divertido?”
Eu olhei de relance para o Sr Wade que estava com os olhos presos
em seu boné, então desviei o olhar para Dauntra e forcei um
sorriso.
“Sim,” Eu disse “É, sim”
“Como foi o seu fim de semana de Ação de Graças?”
Foi isso o que o David me perguntou na próxima vez que nos
vimos, na aula de desenho vivo da Susan Boone de terça-feira.
Ele estava sorrindo daquele jeito, um sinal claro de que ele estava
brincando.
Mas eu respondi com toda a sinceridade que eu pude:
“Quer saber” Eu disse “Foi muito bom. E o seu?”
“Incrível” Ele piscou “O melhor Ação de Graças de todos”
Nós dois ficamos lá sorrindo debilmente, até que Rob veio todo
apressado com seu bloco de desenho, esbravejando sobre como
havia esquecido o seu lápis de ponta macia. Então não estávamos
tão sozinhos assim, então começamos a arrumar nossos carvões e
borrachas em cima do bloco de desenho.
Mas eu ainda estava sorrindo. Porque sabe tudo aquilo que estava
me enchendo de preocupação, sobre quando um casal transa, só
pensa em sexo o tempo todo?
Não é verdade. Quer dizer, eu penso sobre isso. Muito.
Mas não o tempo todo.
E Eu sei que não é só sobre isso que o David pensa, muito menos.
Eu posso dizer, porque essencialmente nossa relação não mudou,
a última coisa que ele faz a noite continua sendo me ligar, assim
como a primeira coisa que faz de manhã é me ligar. Como sempre.
E ele foi a primeira pessoa que ficou sabendo que não foi si na
minha casa que ocorreram Grandes Mudanças, quando cheguei
segunda-feira na escola encontrei mudanças também, que
ocorreram quando estávamos ausentes, no feriado de Ação de
Graças, a maior delas foi que o Caminho Certo se dissipou, todos
os seus membros tirando um - Kris Parks - caíram fora.
Mas isso não é tudo. Sabe que mais aconteceu com Kris Parks?
Yeah, ela não é mais a presidente da classe. Porque você não pode
quebrar o código de conduta da escola (O que Kris fez, me
chamando de vadia na frente de um monte de gente) e manter a
sua posição governamental, porque você tem que ser um exemplo
para as pessoas.
Então, Freu Rider, que era o vice-presidente vai assumir o posto de
presidente da classe até as próximas eleições que serão depois da
primavera.
Um grupo de pessoas—bem, ok, Catherine, Déb Mullins, Lucy e
Harold—acham que eu deveria concorrer. Para presidente de
classe.
Mas realmente eu tenho coisas suficientes para fazer, muito
obrigado, como as minhas aulas de arte, meu emprego, e a coisa
de ser embaixadora teen.
Mesmo porque, para ser presidente da classe você tem que se
IMPORTAR com a escola. E eu não. Me importo com a escola,
quero dizer.
Mas vou admitir, eu comecei a gostar um pouco mais disso esses
dias.
“Hey, sabe quem vai para a Califórnia no próximo fim de semana,
para uma arrecadação de fundos?” David perguntou para mim.
“Deixe-me adivinhar” Eu disse, mudando a folha do meu bloco de
desenho para uma limpa. “Seus pais”
“Yeah. E eles vão no sábado à noite. Eu vou ter aquela enorme
casa branca só pra mim”
“Bom pra você” Eu disse “Você pode dançar nela só de roupa de
baixo e óculos escuros como Bob Seger”
“Eu estava pensando que seria bem mais divertido se você
estivesse lá” David disse “A gente poderia alugar o novo filme do
Mel Gibson. Sabe, aquele que acabou de lançar”
“Eu tenho que ver com meus pais” eu disse “Mas... certamente eles
vão dizer que sim”
“Excelente” Disse ele parecendo o Sr Burns, dos Simpsons.
“Olá, para todos” disse Susan Boone entrando na sala, sendo
seguida por um Morbidamente sonolento Terry. “Estão todos aí?
Todos prontos? Terry se não se importar...”
Terry tirou o robe e subiu na plataforma, pouco antes de cochilar,
e começar a
soltar suaves roncos.
E dessa vez, quando eu o desenhei que tentei me concentrar no
todo, e não em partes. Eu fiz um rascunho do quarto em volta dele,
e depois do seu lugar nele, tentando construir meu desenho da
maneira que se constrói uma casa, da base para cima, mantendo
na mento que tem que estar em contrapeso, entre o assunto do
meu desenho e o fundo que o suporta.
E eu acho que acertei, porque quando chegou a hora da crítica dos
trabalhos do dia Susan pareceu satisfeita com o meu resultado.
“Muito bom, Sam” Ela disse sobre o meu desenho “Você realmente
aprendeu”
“É” Eu disse surpresa “Eu acho que sim”
FIM
•
Revisado por Letícia

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