Materiais refratários para fornos de cal:

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Materiais refratários para fornos de cal:
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Materiais refratários para fornos de cal:
Uma proposta alternativa aos materiais formados
convencionais da classe de 70% Al2O3 para condições mais severas.
Autores (TOGNI)
Autores (USP-Lorena)
Augusto Celso Amoedo
Prof. Dr. Fernando Vernilli
Eduardo José Togni Cardillo
Robérsio Marinho de Faria
Luiz Fernando da Silva
Matheus Martini
Taner Augusto Maia
Bruno Vidal Almeida
José Milton Lopes
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ÍNDICE
• PROJETO DE REVESTIMENTO
• CAMPANHAS
• SOLICITAÇÕES
• MATERIAIS FORMADOS ALUMINOSOS
• ALTERNATIVA PARA SOLICITAÇÕES MAIS SEVERAS
• CONCLUSÕES
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PROJETO DE REVESTIMENTO
FORNO ROTATIVO TÍPICO DA INDÚSTRIA DE PAPEL
E CELULOSE – FORNO DE RECUPERAÇÃO DA CAL
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PROJETO DE REVESTIMENTO
FORNO ROTATIVO TÍPICO DA INDÚSTRIA DE PAPEL
E CELULOSE – FORNO DE RECUPERAÇÃO DA CAL
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PROJETO DE REVESTIMENTO
FORNO ROTATIVO TÍPICO DA INDÚSTRIA DE PAPEL
E CELULOSE – FORNO DE RECUPERAÇÃO DA CAL
BALANCEAMENTO QUALITATIVO
REGIÃO
MATERIAL
DESCARGA
CONCRETO BAIXO CIMENTO 70% Al2O3
BARRAGEM
AL-70 / AL-50
CALCINAÇÃO
AL-70 / REF. ISOLANTE
PRÉ – AQUECIMENTO
CONCRETO BAIXO CIMENTO 50% Al2O3
AL-50
REF. ISOLANTE
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PROJETO DE REVESTIMENTO
Formatos dos tijolos empregados nos fornos rotativo
de cal – Padronização ABNT - ISO - VDZ
ARCO
A2:229X114X(76-63)
CUNHA
C2:229X114X(76-63)
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PROJETO DE REVESTIMENTO
Montagem
•
•
•
•
•
Montagem com gabaritos, macacos de mola e pressão;
Montagem a seco ou a úmido;
Juntas axiais são dispostas de maneira desencontrada;
Composição do anel;
Tijolo de fecho (2/3 – 3/4)
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CAMPANHAS
CAMPANHAS TÍPICAS DOS FORNOS
ROTATIVOS
• ZONA CONSIDERADA CRÍTICA
CALCINAÇÃO
MÉDIA DE 2 ANOS
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SOLICITAÇÕES
1. MECÂNICAS
2. TÉRMICAS
3. QUÍMICAS
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SOLICITAÇÕES
MECÂNICAS
•
•
•
•
•
•
Empeno de carcaça;
Folga excessiva entre os anéis de apoio e a carcaça;
Ovalização do anel e do casco;
Desalinhamento do tubo rotativo;
Pressão incorreta nos rolos de apoio;
Desgaste excessivo das pista de rolamento.
TORÇÕES – COMPRESSÃO DESIGUAIS E FLEXÃO
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SOLICITAÇÕES
TÉRMICAS
•
•
•
•
Sobrecarga térmica: desalinhamento do queimador;
Tipo de combustível;
Paradas acidentais (choque térmico);
Abrasão a quente pela carga;
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SOLICITAÇÕES
QUÍMICAS
Tradicionalmente, os refratários aluminosos
da classe de 70% de Al2O3 são empregados
na zona de queima dos fornos rotativos das
indústrias de papel e celulose.
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MATERIAIS FORMADOS ALUMINOSOS
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MATERIAIS FORMADOS ALUMINOSOS
1. CARGA TÉRMICA ESPECÍFICA ≤ 2GJ / (m².h)
↓
ALUMINOSOS NA ZONA DE QUEIMA
2. CARGA TÉRMICA ESPECÍFICA > 2GJ / (m².h),
ATINGINDO 6GJ / (m².h)
Temperatura > 1200º C
↓
BÁSICOS NA ZONA DE QUEIMA
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MATERIAIS FORMADOS ALUMINOSOS
DESVANTAGEM NA UTILZAÇÃO DOS MATERIAIS
BÁSICOS NA INDUSTRIA DO PAPEL E CELULOSE
•
•
•
•
•
MATERIAL BÁSICO É COMPATÍVEL QUIMICAMENTE COM A
CARGA
TEMPERATURA DE CALCINAÇÃO ≤ 1200º C (COMPATÍVEL
COM O REVESTIMENTO ALUMINOSO)
EXPANSÃO TÉRMICA DO REVESTIMENTO BÁSICO
1200ºC = 1,4% - (Al2O3 = 0,6%)
NO PROCESSO DE RECUPERAÇÃO DA CAL NÃO OBTEMOS
UMA COLAGEM ESTÁVEL – SOBRECARGA TÉRMICA NA
CARCAÇA
CONDUTIVIDADE TÉRMICA DO REVESTIMENTO BÁSICO A
1100º C - λ = 3 W/(m.K) - (AL-70 - λ = 1,75 W/(m.K)
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MATERIAIS FORMADOS ALUMINOSOS
PERFIL TÉRMICO I
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MATERIAIS FORMADOS ALUMINOSOS
PERFIL TÉRMICO II
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MATERIAIS FORMADOS ALUMINOSOS
CONTAMINANTES AOS REFRATÁRIOS DO
SISTEMA SiO2 – Al2O3
• Óxidos Alcalinos: Li2O, Na2O, K2O.
• Óxido de ferro: FeO, Fe2O3
• Óxidos Alcalinos Terrosos: MgO, CaO.
• Contaminante proveniente de óleos combustíveis: V2O5
• Óxidos de manganês: MnO, Mn3O4.
• B2O3
• Óxidos metálicos provenientes de processos
pirometalúrgicos: PbO, Cu2O, ETC
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MATERIAIS FORMADOS ALUMINOSOS
IMPUREZA PRESENTE
TEMPERATURA PRIMEIRA DE FORMAÇÃO DE
FASE LÍQUIDA DO SISTEMA
Al2 O3 – SiO2 – ÓXIDO INDESEJÁVEL
TiO2
MgO
CaO
FeO
→ Na2O
→ K2O
1.480º C
1.425º C
1.345º C
1.250º C
1.050º C
985º C
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FRENTE DE REAÇÃO
Fr ƒ (difus. Ca++ → Refratário;
σm, σe)
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MATERIAIS FORMADOS ALUMINOSOS
MECANISMO DE CORROSÃO
1. Ataque do CaO à sílica livre presente no
refratário formando Wollastonita – CaO.SiO2
2. A Wollastonita formada ataca a fase mulítica
gerando Anortita - CAS2
CaO + SiO2 = CaO.SiO2
3(CaO.SiO2) + 3Al2O3.2SiO2 + SiO2 = 3(CaO.Al2O3.2SiO2)
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PONTOS INVARIANTES DOS SUBSISTEMAS
A3.S2 – S - C.A.S2 e A – A3S2 – C.A.S2
1512º C
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MISTURA LAMA DE CAL X DOIS REFRATÁRIOS AL – 70
DIFRAÇÃO DE RX
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- Al2O3
- Al6Si2O13
AL -70 IV
AL -70 I
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Mistura 1:1- Cal + Refratário
Tratados a 1400oC
*
LAMA DE CAL - AL -70 IV
*
- Al2O3
- Al6Si2O13
- CaAl2Si2O8
*-
Ca2Al2Si2O7
LAMA DE CAL - AL -70 I
*
*
*
*
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ALTERNATIVA PARA SOLICITAÇÕES
MAIS SEVERAS
PARTE 1: ETAPA LABORATORIAL
MATERIAIS ENVOLVIDOS
ANÁLISE QUÍMICA DOS MATERIAIS
ENSAIOS FÍSICOS
ANÁLISE QUÍMICA DA LAMA DE CAL (CaCO3)
ENSAIO DE CORROSÃO PELA LAMA DE CAL (CaCO3)
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ALTERNATIVA PARA SOLICITAÇÕES
MAIS SEVERAS
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
ÓXIDOS
AL 70 I AL 70 II
AL 70 III
AL 70 IV
Al2O3
72,00
67,60
70,43
73,70
SiO2
23,00
26,30
22,97
24,60
TiO2
2,00
2,35
2,99
0,80
Fe2O3
1,60
1,39
1,60
0,60
Na2O
0,50
1,10
0,40
0,20
K2O
0,30
0,32
0,06
0,10
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ALTERNATIVA PARA SOLICITAÇÕES
MAIS SEVERAS
ENSAIOS FÍSICOS
Ensaio/material
AL 70 I AL 70 II AL 70 III AL 70 IV
M.E.A. (g/cm³)
2,48
2,43
2,62
2,73
P.A. (%)
21,91
19,95
18,14
14,54
R.C.T.A. (MPa)
51,00
32,30
55,20
95,50
Resistência à erosão à
1000º C (cm³)
14,05
17,43
12,80
5,95
Queda da RFTA após 5
ciclos de C.T. 1200º C (%)
25,00
43,92
21,60
3,22
Queda da Velocidade
Ultra-Sônica após 5 ciclos
de C.T. 1200º C (%)
10,49
17,93
8,40
0,24
Refratariedade sob carga
T 0,5 – ºC
1440
1430
1450
1580
30
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ALTERNATIVA PARA SOLICITAÇÕES
MAIS SEVERAS
ANÁLISE QUÍMICA LAMA DE CAL – CaCO3
ELEMENTO/LAMA DE CAL
EMPRESA A
EMPRESA B
CaO
93,70
93,59
Na2O
2,47
3,08
P2O5
1,59
1,52
MgO
0,59
0,33
SiO2
0,54
0,40
Fe2O3
0,52
0,64
Al2O3
0,14
0,11
TiO2
-
-
K2O
0,02
0,04
ZrO2
0,37
0,26
Cr2O3
0,07
0,07
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ALTERNATIVA PARA SOLICITAÇÕES
MAIS SEVERAS
ENSAIO DE CORROSÃO PELA
LAMA DE CAL (CaCO3)
CONDIÇÕES DE ENSAIO:
a. Taxa de aquecimento: 1,0o C/min
b. Temperatura de patamar: 1430o C x 8hs 5 vezes
c. Atmosfera de queima: oxidante
d. Tempo de patamar: 40 horas
e. Lama de cal – CaCO3
MATERIAIS
CLASSIFICAÇÃO
AL 70 I
••
••
••
•
AL 70 II
AL 70 III
AL 70 IV
LEGENDA
BOM
•
REGULAR
••
RUIM
•••
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AL-70 I
••
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AL-70 II
••
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AL-70 III
••
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AL-70 IV
•
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AL – 70 IV
AL – 70 I
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AL – 70 IV
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AL – 70 I
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AL – 70 I
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POST MORTEM AL -70
Face Quente
Face Fria
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CONCLUSÕES
•
•
•
•
•
O material refratário AL-70-IV, de fabricação nacional,
apresentou maior resistência à corrosão e ao choque térmico. A
composição química deste produto apresenta menores teores
de impurezas, que minimizam a quantidade da fase vítrea
dispersa na microestrutura rica em mulita – 3Al2O3.2SiO2.
As propriedades termomecânicas do AL-70-IV – refratariedade
sob carga e resistência ao dano causado pelo choque
térmico`são
superiores
aos
materiais
convencionais,
empregados no revestimento da zona de calcinação dos fornos
rotativos das indústrias de papel e celulose.
Este material refratário, da classe de 70% de alumina,
apresenta grande potencial para minimizar a relação custo /
benefício dos revestimentos refratários das zonas de calcinação
dos fornos de cal que empregam revestimentos aluminosos.
A maior resistência à corrosão apresentada pelo material
refratário AL – 70 IV, é atribuída a sua menor contaminação
com Fe2O3, Na2O e TiO2. Por esta razão, a velocidade de
propagação da frente de reação com a cal foi minimizada.
O AL-70-IV já esta disponível para a comercialização.
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AGRADECIMENTOS
• COMISSÃO ORGANIZADORA DO VII ERUR
• ABC
• TOGNI S/A MATERIAIS REFRATÁRIOS
• EEL - USP
www.togni.com.br
[email protected]

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