Relatório e Contas Consolidadas 2015
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Relatório e Contas Consolidadas 2015
Destaques > Volume de negócios atingiu 2,4 mil milhões de euros, suportado essencialmente pela América Latina e pela Europa > Margem EBITDA de 15%, com todas as regiões a apresentarem uma performance resiliente > Carteira de encomendas de 4,1 mil milhões de euros, dos quais 78% fora da Europa > Novas adjudicações de cerca de 400 milhões de euros, não incluídas na carteira de encomendas de dezembro > Entrada do GRUPO MOTA-ENGIL no mercado elétrico liberalizado mexicano > Consolidação, a partir de 1 de julho de 2015, da EGF > Dívida líquida de 1.455 milhões de euros, uma redução de 6,5% face ao terceiro trimestre de 2015, fruto essencialmente da redução do working capital > Produto da venda do negócio portuário e logístico já recebido em fevereiro de 2016 Vendas e prestações de serviços 2015| Grupo 500 2.434 2.368 2.314 1.435 311 252 300 1.535 1.599 250 280 200 800 879 2013 Milhões de Euros Milhões de Euros 367 350 1.200 0 409 400 2.000 400 363 450 2.400 1.600 EBITDA Grupo 898 769 2014 Atividade Externa Atividade Europa (*) 150 100 50 0 2015 83 98 115 2013 2014 2015 (*) Inclui outros e anulações intragrupo 12M15 ∆ % VPS 12M14 % VPS 4Q15 % VPS ∆ 4Q14 (não auditado) Vendas e Prestações de Serviços 2.433.640 2,8% 2.368.155 % VPS (não auditado) 640.360 10,7% 578.687 EBITDA 366.846 15,1% (10,4%) 409.238 17,3% 114.730 17,9% 19,6% 95.910 16,6% EBIT 168.079 6,9% (38,4%) 272.647 11,5% 56.008 8,7% (27,8%) 77.551 13,4% Resultados financeiros (3,0%) -131.222 (5,5%) -55.882 (8,7%) (20,5%) -46.393 (8,0%) -18.693 (0,8%) 31.982 5,0% 545,2% -7.184 (1,2%) -90.467 (5,6%) ∆anhos/(perdas) em empresas associadas 67.123 2,8% ∆anhos/(perdas) na alienação de empresas subsidiárias e associadas -44.729 Resultados antes de impostos 100.006 4,1% (18,5%) 122.732 5,2% 32.109 5,0% 33,9% 23.974 4,1% 53.846 2,2% (35,2%) 83.089 3,5% 16.508 2,6% 62,4% 10.163 1,8% 32.538 1,4% 13.509 2,1% 44,4% 9.356 1,6% 50.550 2,1% 2.999 0,5% 271,8% 807 0,1% Resultado líquido consolidado - 459,1% - - - - - - - - Atribuível: a interesses que não controlam 34.800 1,4% ao ∆rupo 19.046 0,8% 7,0% (62,3%) EBITDA = Resultado operacional + amortizações + provisões e perdas de imparidade 2 Nota introdutória Acontecimentos relevantes durante e após o ano de 2015 Acordo de parceria entre a ASCENDI e a Ardian Em 31 de maio de 2015, a MOTA-ENGIL informou que chegou a acordo com a Ardian para o estabelecimento de uma parceria para o desenvolvimento de parte da rede de autoestradas geridas pela ASCENDI em Portugal. As condições precedentes para a concretização da parceria, verificadas em 2015, permitiram a sua formalização já no primeiro trimestre de 2016, com o respetivo investimento de 300 milhões de euros por parte da Ardian. Alienação do Negócio Logístico e Portuário Em 29 de setembro de 2015, a MOTA-ENGIL informou que chegou a acordo com o Grupo Yildirim para a alienação das suas subsidiárias Mota-Engil Logística, SGPS, S.A. e Tertir, Terminais de Portugal, S.A.. Mais informou que o portefólio dos ativos a alienar incluía as concessões portuárias, detidas pelo GRUPO MOTA-ENGIL em Portugal, Espanha e Peru, bem como a empresa de serviços de suporte de logística Transitex. Em 19 de fevereiro de 2016, a MOTA-ENGIL comunicou a concretização daquela transação por 245 milhões de euros (equity value). Operação de recompra de ações próprias pela MOTA-ENGIL AFRICA, pedido de exclusão de negociação das suas ações e aumento de capital do GRUPO Em 11 de outubro de 2015, a MOTA-ENGIL informou que o Conselho de Administração da MOTA-ENGIL AFRICA pretendia solicitar à Euronext Amsterdam N.V. a exclusão da negociação, no mercado regulado por esta entidade, das ações ordinárias representativas do seu capital social, tendo sido oferecida uma possibilidade de desinvestimento por meio de uma oferta de recompra lançada pela própria MOTA-ENGIL AFRICA, na qual a empresa ofereceu uma contrapartida de 6,1235 euros por ação. Informou igualmente que o seu Conselho de Administração pretendia promover a realização de um aumento do seu capital social. As operações de exclusão de negociação das ações da MOTA-ENGIL AFRICA e de aumento de capital social da MOTA-ENGIL (que é agora constituído por 237.505.141 ações com valor um nominal de 1 euro cada) foram concretizadas com sucesso durante o mês de dezembro de 2015. Entrada do GRUPO MOTA-ENGIL no mercado elétrico liberalizado mexicano Em 23 de outubro de 2015, a MOTA-ENGIL informou que chegou a acordo para construir, manter e explorar centrais de produção de energia elétrica no México, durante um período de 30 anos. A atividade será desenvolvida em parceria através da subsidiária SOCIEDADE GENERADORA FÉNIX, SAPI DE CV. Alienação da participação na INDAQUA – INDÚSTRIA E GESTÃO DE ÁGUAS, S.A. Em 11 de fevereiro de 2016, o GRUPO chegou a acordo para a venda da sua participação financeira na INDAQUA – INDÚSTRIA E GESTÃO DE ÁGUAS, S.A. ao Grupo Miya por 60 milhões de euros. A concretização da transação depende da obtenção das diversas autorizações, nomeadamente dos financiadores, e deverá estar concluída até ao final do primeiro semestre de 2016. 3 Índice Destaques 2 Nota introdutória 3 Mensagem do Presidente do Conselho de Administração 5 Mensagem do Presidente da Comissão Executiva 6 Relatório de Gestão Consolidado Enquadramento macroeconómico Análise da performance económico-financeira Análise por áreas de negócio Mota-Engil na bolsa Gestão de Risco Gestão do capital humano do Grupo Atividade desenvolvida pelos membros não-executivos do Conselho de Administração Proposta de aplicação de resultados Perspetivas para 2016 Factos relevantes após o termo do exercício Nota final Informação Financeira Consolidada Demonstrações Consolidadas dos Resultados Demonstrações Consolidadas dos Resultados e do Outro Rendimento Integral Demonstrações da Posição Financeira Consolidada Demonstrações das Alterações no Capital Próprio Demonstrações dos Fluxos de Caixa Consolidados Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Apêndice A 9 10 12 18 35 37 46 48 48 49 50 51 55 57 58 59 60 62 63 170 Relatório sobre as Práticas de Governo Societário 183 Anexos 241 Relatórios de Fiscalização 263 Declaração nos termos do artigo 245.º do CVM Artigo 324º do CSC Artigo 447.º do CSC Artigo 448.º do CSC Decreto-Lei n.º 411/91 Artigo 66.º nº 5 alínea g) do CSC Participações Qualificadas Declaração sobre políticas de remuneração aplicáveis aos dirigentes Certificação Legal das Contas Relatório e Parecer do Conselho Fiscal Relatório de Auditoria 241 241 245 246 246 247 248 249 264 266 267 4 Mensagem do Presidente do Conselho de Administração Exmos. Senhores, O ano de 2015 foi provavelmente o ano mais difícil no passado recente do Grupo Mota-Engil, fruto do prolongar da situação em que se encontra o sector da construção em Portugal e da crise de preços dos commodities que persiste e que afecta de maneira significativa o mercado Africano onde o GRUPO tem enorme tradição, acrescendo ainda uma relevante crise no mercado financeiro Português. Durante o final de 2015 e primeiros meses de 2016, foram tomadas as seguintes decisões: • • • • Alienação da totalidade do capital TERTIR aproveitando a oportunidade que um potencial comprador apresentou; Alienar a posição que detemos na INDAQUA; Acelerar o processo de alienação de activos na ASCENDI, sempre prevista e agora possível face à conclusão do processo de renegociação dos contratos existentes; Retirada de bolsa da empresa MOTA-ENGIL ÁFRICA. E ainda, • Reanálise da estratégia no Continente Africano, mais adaptada à crise actual; • Concentração da nossa diversificação na área dos resíduos sólidos, não só pela compra em Portugal da EGF, mas também pela busca da sua internacionalização. Estas medidas, associadas a uma muito significativa expansão da actividade na América Latina, principalmente no México, não só no sector da construção mas também no início da actividade no mercado energético permitiu, na minha opinião, uma significativa estabilidade do GRUPO nos tempos de crise que atravessamos e continuarmos preparados para retomar o crescimento logo que possível. A nossa capacidade de fazer face às dificuldades que vão aparecendo é uma característica da MOTA-ENGIL que, ao longo dos 70 anos da sua existência, sempre demonstrou que as crises são oportunidades para ficarmos mais fortes. É este o nosso ADN e, com coesão, mais uma vez atingiremos os objectivos. António Mota Presidente do Conselho de Administração 5 Mensagem do Presidente da Comissão Executiva Exmos. Senhores Acionistas, No cumprimento das obrigações legais e estatutárias, venho ao vosso contacto para, através do presente Relatório, apresentar os Resultados Consolidados Anuais de 2015. Num exercício de reflexão e balanço, o ano de 2015 caracterizou-se por um cenário macroeconómico exigente do qual se destaca a permanente estagnação da Europa e a retração de alguns mercados emergentes, motivada pela redução significativa do preço do petróleo e das commodities, provocando o redimensionamento dos níveis de investimento público e privado. Ainda assim, o GRUPO MOTA-ENGIL manteve em 2015 a sua capacidade de manter as operações a decorrer em linha com o previsto, num ano que se caracteriza do ponto de vista estratégico, pela concretização de operações financeiras que se materializaram numa alteração significativa do portefólio de ativos do GRUPO e na concretização dos objetivos de redução do nível de endividamento. Merece assim destaque a alienação das operações portuárias concentradas na TERTIR, um processo em que o GRUPO MOTA-ENGIL se orgulha de ter contribuído ao longo de uma década para a modernização do sector em Portugal, na reconversão do negócio e melhoria da rentabilidade do ativo, assegurando nesta fase, com a transação efetuada, a sua integração num player capaz de dar sequência à internacionalização da empresa que havíamos iniciado. Também no segundo semestre do ano, foi integrada a EGF após um processo de privatização no qual apresentámos claramente a melhor proposta económica e estratégica para o desenvolvimento da empresa. Culminado este processo, o GRUPO MOTA-ENGIL reforça de forma significativa a sua presença e dimensão no sector do ambiente, assegurando uma capacidade em toda a cadeia de valor do negócio da gestão de resíduos, reforçando a sua capacidade de internacionalização, em linha com o que são os eixos estratégicos do GRUPO MOTA-ENGIL para esta área de negócio. Diversificámos igualmente para uma nova área de negócio com a entrada no sector da Energia no México, numa operação em que fomos capazes de contribuir para a reestruturação de uma empresa existente, assegurando aos quadros técnicos locais uma nova oportunidade para um novo ciclo que será de médio e longo prazo mas que, estou certo, será bem-sucedido. Protagonizámos igualmente na ASCENDI uma operação financeira que permitiu o investimento da Ardian, o maior fundo europeu de infraestruturas, nas concessões rodoviárias em Portugal, resultando no reforço da capacidade financeira da empresa de continuar a dar sequência ao trabalho de qualidade que vem sendo realizado. Encarando o presente de frente, mas vislumbrando sempre o futuro e a defesa do valor acionista, soubemos retirar ao longo do ano a devida leitura do processo de cotação em bolsa da MOTA-ENGIL ÁFRICA, tendo concretizado o delisting desta participada da praça de Amesterdão ao fim de um ano, salvaguardando o interesse patrimonial do GRUPO e dos seus acionistas. 6 Estamos certos que, independentemente da volatilidade dos mercados, o tempo dará razão à decisão tomada e que se traduzirá na valorização com o justo valor de um ativo que tem um percurso ímpar e um potencial que é reconhecido pela posição que ocupamos em África e que levará a que, ultrapassado o ciclo de menor crescimento nos mercados emergentes e de fronteira, estejamos mais fortes do que nunca para saber dar seguimento aos desafios que nos sejam colocados. Concretizados os desafios a que nos impusemos num ciclo virtuosamente difícil e exigente, acreditamos que o ano de 2016, com a apresentação de um novo Plano Estratégico para o horizonte temporal até 2020, permitirá demonstrar os pilares estratégicos que pretendemos perseguir nos próximos anos. As dificuldades que temos vivenciado não são diferentes das empresas congéneres do sector, mas estou certo que ao nível da MOTA-ENGIL, têm servido para nos prepararmos da forma mais conveniente para os desafios de um grupo multinacional que hoje está entre as 30 maiores construtoras europeias e as 100 maiores do Mundo. Temos hoje empresas nas diversas regiões com uma dimensão média superior do que no passado e mais diversificadas. Porém o trabalho que tem sido desenvolvido ao longo dos últimos anos, permitiu que tenhamos hoje um sistema de controlo interno mais robusto e preparado para suportar as decisões da gestão e apoiar o planeamento estratégico e a gestão de risco de uma forma mais consistente e em linha com as melhores práticas. Para a concretização dos objetivos a que nos propusemos ao longo do ano de 2015, merecem uma especial referência os nossos parceiros, fornecedores, clientes, e o sistema financeiro que, através da sua confiança, têm apoiado o crescimento da nossa atividade. A todos, uma palavra de profundo agradecimento. Por último, gostaria de deixar uma mensagem de reconhecimento ao empenho coletivo de todos que hoje fazem parte da MOTA-ENGIL, sendo certo que o seu empenho, compromisso e o seu talento foram um contributo decisivo, sendo necessário manter a coesão e os valores fundacionais do GRUPO para dar continuidade a um legado que nos acresce responsabilidade, mas que tem de nos motivar a todos para fazer cada dia mais e melhor. Gonçalo Moura Martins Presidente da Comissão Executiva 7 8 9 1. Enquadramento macroeconómico De acordo com os dados divulgados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), o ano de 2015 foi caraterizado pela continuação do crescimento da economia mundial em 3,1%, refletindo, no entanto, uma desaceleração do crescimento face ao valor de 3,4% registado em 2014. Não obstante o melhor desempenho da generalidade das economias avançadas em 2015, a evolução da economia mundial foi afetada por um menor crescimento das economias dos países emergentes e em desenvolvimento, as quais apresentaram um crescimento médio de 4,0% em 2015, face a 4,6% em 2014. No âmbito destes países, salienta-se a desaceleração do crescimento da economia da China para 6,9% em 2015, abaixo do registado em 2014 de 7,3%. Esta evolução foi consequência do rebalanceamento da economia do país, sendo a desaceleração mais visível nos setores imobiliário e industrial. Adicionalmente, o abrandamento económico conduziu também a uma volatilidade nos mercados financeiros e a um efeito de contágio amplamente refletido no preço das matérias-primas. Neste contexto, convém referir que a diminuição das importações da China teve um impacto negativo na evolução das economias dos países exportadores de matérias-primas, nomeadamente de petróleo, cujo preço apresentou uma descida de 35,9% em 2015 face a 2014. Já os Estados Unidos da América (EUA), beneficiando do aumento da procura interna e da recuperação do mercado de trabalho, e os países da zona Euro, beneficiando de uma política monetária expansionista por parte do Banco Central Europeu, viram as suas economias crescerem 2,5% e 1,5% em 2015 face a 2,4% e 0,9% em 2014, respetivamente. O Japão, que em 2015 saiu de um contexto económico recessivo beneficiando das políticas monetárias de estímulo à economia implementadas pelo Banco Central daquele país, apresentou um crescimento 0,6%. Relativamente ao ano de 2016, o FMI estima uma aceleração do crescimento da economia mundial em 3,4%, com o contributo positivo da aceleração de ambas as economias, avançadas e emergentes e em desenvolvimento, com crescimentos estimados em 2,1% e 4,3%, respetivamente. Ainda assim, é expectável que o crescimento na China desacelere para 6,3% em 2016 devido à contração do investimento. Já os EUA deverão crescer 2,6%, continuando a beneficiar da evolução positiva do mercado de trabalho, bem como das condições de crédito a níveis considerados ainda acomodatícios. Enquadramento setorial Europa De acordo com o FMI a economia Europeia cresceu 1,9% em 2015 face a 1,6% em 2014, beneficiando da aceleração do crescimento verificado nos países da zona Euro. De destacar que em 2015 se assistiu a uma desvalorização de 10,2%, do Euro face ao Dólar americano, consequência da economia mais forte nos EUA e da política monetária seguida pelo Banco Central Europeu, enquanto a Reserva Federal Americana subiu as taxas diretoras em dezembro de 2015 de 0%0,25% para 0,25%-0,50%. A política acomodatícia em vigor na zona Euro e o menor preço do petróleo contribuíram positivamente para o consumo privado e para o investimento naquela região. Em Portugal, e não obstante o contexto do processo de consolidação orçamental, a economia apresentou um crescimento de 1,6% em 2015 face a 0,9% em 2014, devido ao aumento do consumo privado e das exportações. Em 2016 o FMI estima uma estagnação do crescimento da economia Portuguesa em 1,5%. O ano de 2015 também se caracterizou pela ajuda financeira à Grécia, através do terceiro programa de resgate que se traduziu em alguma volatilidade nos mercados financeiros, mas que acabou por não ter um impacto significativo nos países periféricos da Europa, nomeadamente em Portugal. De destacar o crescimento da economia Polaca e da República Checa em 3,5% e 3,9% em 2015, respetivamente, refletindo uma aceleração face a 2014, na sequência da procura interna e investimentos robustos, os quais beneficiaram de baixas taxas de inflação e dos fundos estruturais da União Europeia, respetivamente. Em 2016, a Polónia e a República Checa deverão apresentar um crescimento de 3,5% e 2,5%, respetivamente. 10 África De acordo com o FMI, em 2015, a economia dos países da África Subsariana cresceu 3,5%, representando uma desaceleração face ao crescimento de 5,0% em 2014. Esta evolução foi negativamente afetada pelo menor crescimento dos países exportadores de matérias-primas, nomeadamente de petróleo, devido à desaceleração de economias de parceiros de negócio, como a China, à descida do preço das matérias-primas e às condições de crédito mais exigentes. De destacar, neste contexto, Angola, cuja economia apresentou um crescimento de 3,5% em 2015 face a 4,8% em 2014, perspetivando-se a manutenção do crescimento em 3,5% para 2016, na expectativa de uma estabilização do preço do petróleo. Já em Moçambique, o crescimento continuou robusto em 2015, atingindo 7,0%, suportado pelo aumento do consumo privado, do investimento em infraestruturas e da produção de matérias-primas que deverão continuar a sustentar o crescimento em 2016 estimado em 8,2%. Assim, em 2016 a região de África Subsariana deverá apresentar um crescimento de 4,0%, refletindo a continuidade do investimento em infraestruturas e o aumento do consumo privado, ainda que limitado a um ajuste no investimento resultante do nível do preço das matérias-primas e do maior custo do crédito nos países exportadores de matérias-primas. América Latina Em 2015, segundo o FMI, a região da América e Caribe apresentou uma contração económica de 0,3% face a um crescimento de 1,3% em 2014, na sequência da evolução negativa das economias do Brasil e da Venezuela. A economia brasileira apresentou uma recessão de 3,8%, negativamente afetada pelos contextos social, económico e políticos negativos, conduzindo a uma contração do investimento e da procura interna, acompanhados pela descida do preço das matérias-primas, pela desvalorização do Real brasileiro, que desvalorizou 47,0% face ao Dólar americano e pela subida da inflação. Em 2016, é expectável que o contexto macroeconómico se traduza no segundo ano consecutivo de recessão, estimando-se uma evolução negativa da economia em 3,5%. Já o Peru apresentou em 2015 um crescimento de 2,4%, em linha com o ano de 2014, beneficiando de medidas de estímulo fiscais, não obstante o impacto negativo do preço das matérias-primas e do contexto negativo do Brasil, importante parceiro comercial daquele país. Em 2016, estima-se uma aceleração do crescimento para 3,3%, fomentado pelo investimento em projetos de infraestruturas e pelo aumento da produção de matérias-primas, nomeadamente o cobre, com a entrada em produção de novos projetos. No México, a economia apresentou um crescimento de 2,5% em 2015, acima dos 2,3% atingidos em 2014, tendo o efeito da descida do petróleo sido mais do que compensado pelo aumento das exportações, as quais beneficiaram da procura robusta dos EUA e da implementação, por parte do Governo mexicano, de reformas estruturais de promoção do investimento e da iniciativa privada. Estas, conjuntamente com a maior competitividade da indústria dada a desvalorização da moeda, deverão continuar a contribuir positivamente para a evolução da economia mexicana em 2016, ano em que se espera que cresça 2,6%. Na Colômbia, a economia em 2015 continuou a apresentar um crescimento robusto de 3,5%, embora refletindo uma desaceleração face ao ano de 2014, quando a economia daquele país apresentou um crescimento de 4,6%. Esta evolução deveu-se à diminuição do preço do petróleo e ao aumento das taxas de juro no segundo semestre de 2015. Em 2016, estima-se um crescimento de 2,8%, com o país a beneficiar da competitividade das exportações tanto para os EUA, como para a Europa. 11 2. Análise da performance económico-financeira Vendas e Prestações de Serviços 2015 | por Regi ões Vendas e Prestações de Serviços Grupo 3.000 2.314 2.368 2.434 2.500 Europa 39% Europa E&C 21% Europa A&S 16% de Euros 1.500 Milhões 2.000 500 1.000 0 2013 2014 2015 América Latina 29% África 34% O volume de negócios no ano de 2015 atingiu os 2.434 milhões de euros, o que representou uma melhoria de cerca de 3% face ao ano transato, influenciada pela consolidação, a partir de 1 de julho de 2015, da EGF. Destaque igualmente para o crescimento de 7% e 30% da atividade nas regiões da Europa e da América Latina, respetivamente, que compensaram a retração verificada na região de África. No ano de 2015, o peso da atividade fora da Europa ascendeu a 62% do total, apresentando o volume de negócios um perfil mais balanceado entre regiões, quando comparado com o mesmo período de 2014, quando a atividade fora da Europa atingiu os 68%. Para tal evolução, como referido, contribuiu o crescimento das regiões da Europa e especialmente da América Latina, em linha com a estratégia de diversificação da atividade entre regiões, mas sempre assente nos objetivos de crescimento sustentado no longo-prazo. No seguimento da aprovação, pela Autoridade da Concorrência, da aquisição da EGF pelo GRUPO MOTA-ENGIL, aquela passou a ser consolidada pelo método de consolidação integral a partir do terceiro trimestre de 2015. Os principais impactos para o GRUPO ao nível de volume de negócios e de EBITDA decorrentes da consolidação da EGF ascenderam a cerca de 89 milhões de euros e 35 milhões de euros, respetivamente. Dados mais detalhados sobre os restantes impactos podem ser analisados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas constante deste relatório. Adicionalmente, em setembro de 2015, o GRUPO chegou a acordo com o Grupo Yildirim para a alienação da Mota-Engil Logística, SGPS, S.A. e da Tertir, Terminais de Portugal, S.A.. Por este motivo, a partir daquela data, a forma de apresentação dos ativos e passivos do conjunto de empresas envolvidas foi alterada, podendo também os respetivos impactos ser analisados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas. 12 Vendas e prestações de serviços mercado externo Vendas e prestações de serviços mercado interno 597 645 1.701 1.800 1.800 1.500 1.500 1.200 1.200 900 900 Milhões de Euros Milhões de Euros 613 600 300 0 2013 2014 2015 1.772 1.789 2014 2015 600 300 0 2013 De destacar durante o ano de 2015 o acréscimo verificado face a 2014 nas vendas e prestações de serviços geradas em território nacional, fruto nomeadamente da aquisição da EGF, e a estabilização nas vendas e prestações de serviços geradas fora de Portugal, em que se assistiu a um forte crescimento na América Latina por contrapartida de um decréscimo em África, justificado essencialmente pelo objetivo de alocar capital a mercados com oportunidades de crescimento com maior potencial de criação de valor. EBITDA Grupo 500 450 363 409 367 311 252 400 350 300 250 Milhões de Euros 200 280 Atividade Externa Atividade Europa (*) 150 100 50 0 83 98 115 2013 2014 2015 (*) Inclui outros e anulações intragrupo Em 2015, o EBITDA atingiu 367 milhões de euros. A justificação da redução face a 2014 encontra-se na diminuição do contributo de África para o EBITDA, de 67% para 48%, a qual não foi compensada ainda pelo aumento do EBITDA registado na Europa e na América Latina, regiões tradicionalmente com margens menos favoráveis do que as registadas em África. Por outro lado, é importante também salientar que fruto da consolidação da EGF, cuja atividade apresenta margens superiores, o EBITDA do subsegmento de Ambiente e Serviços no segundo semestre de 2015 foi influenciado positivamente em cerca de 35 milhões de euros. Assim, a margem EBITDA em 2015 ascendeu a 15,1%, inferior à atingida no ano de 2014 (17,3%), mas ainda assim denotando uma rentabilidade acima de um grande número de peers. No entanto, há que salientar a evolução positiva da margem EBITDA nos terceiro e quarto trimestres do ano (14,9% e 18,0%, respetivamente) o que perspetiva a recuperação da rentabilidade passada. De realçar igualmente a melhoria da margem EBITDA na Europa e na América Latina em 2015 face à alcançada em 2014 (12,2% e 10,8% em 2015 face a 10,4% e 6,7% em 2014, respetivamente). 13 Complementando a análise da rentabilidade operacional com a análise do desempenho ao nível do EBIT, verifica-se que este ascendeu, em 2015, a 168 milhões de euros, influenciado negativamente pela constituição de provisões de cerca de 32 milhões de euros na região de África (antecipando eventuais riscos associados à queda do preço do petróleo e à desvalorização do Kwanza) e ao aumento das amortizações fruto da consolidação da EGF (cerca de 25 milhões de euros). Evolução Investimento Investimento 2015 220 240 Outros Europa3% E&C América 5% Europa A&S Latina 11% 16% 200 4 13 21 160 Milhões de Euros África 65% 182 Europa - E&C Europa - A&S África e América Latina 118 40 0 Outros 4 8 17 120 80 146 2014 2015 Após intenso investimento efetuado em 2014, durante o ano de 2015 este atingiu, líquido de alienações, cerca de 146 milhões de euros. Destaque para as regiões de África e América Latina que justificaram a maioria deste investimento (81% do total), uma vez que continuam a reforçar e/ou manter o seu parque de equipamento com vista à execução dos diversos projetos que estão em curso nesses mercados. Na Europa, há a destacar essencialmente os investimentos realizados pelas empresas da EGF, de acordo com os planos de investimento definidos pelo regulador. Em 2015 o investimento de expansão atingiu os 54 milhões de euros, tendo as regiões de África e da América Latina contribuído maioritariamente para o mesmo, enquanto o investimento de manutenção atingiu os 92 milhões de euros, dos quais 63 milhões de euros nas regiões atrás mencionadas. O investimento líquido na Europa em 2015 foi de 24 milhões de euros, dos quais 17 milhões de euros alocados ao negócio de Ambiente e Serviços. 14 Dívida Líquida Total Evolução Dívida LíquidaTotal Evolução Maturidade 2013 2014 2015 750 1.600 Dez-14 Dez-15 1.400 500 1.200 Milhões de euros Milhões de Euros 1.000 800 600 400 1T 2T 3T 4T 250 0 162 494 379 224 596 603 21 134 14% 34% 33% 16% 51% 41% 2% 9% a 1 ano a 2 anos entre 3 e 5 anos a mais de 5 anos Dívida líquida = empréstimos sem e com recurso – caixa e seus equivalentes sem e com recurso – títulos de dívida pública detidos pela região de África Em 31 de dezembro de 2015, a dívida líquida ascendia a 1.455 milhões de euros, excluindo leasing e factoring, tendo registado um aumento de cerca de 296 milhões de euros face a 31 de dezembro de 2014, justificado essencialmente pela aquisição e consolidação das empresas da EGF e as necessidades de investimento decorrentes de alguns projetos específicos do negócio de engenharia e construção. No entanto, há que salientar, fruto do sucesso de algumas das medidas de melhoria de gestão de working capital implementadas durante os últimos meses do ano, a redução da dívida líquida no último trimestre de 2015 em cerca de 100 milhões de euros e, num contexto macroeconómico adverso em alguns mercados, a redução significativa do working capital no último trimestre do ano. Por outro lado, há que referir que da dívida líquida acima mencionada, cerca de 10% (141 milhões de euros) correspondem a dívida sem recurso. Como resultado, o rácio que compara a dívida líquida total com o EBITDA dos últimos 12 meses, incluindo o EBITDA anualizado da EGF (duas vezes o EBITDA verificado no segundo semestre) atingiu os 3,6x. No entanto, o GRUPO mantém o objetivo de médio e longo prazo de registar naquele rácio um valor inferior a 3x para o qual contribuirá naturalmente (i) o encaixe recebido em 2016 com a alienação do negócio logístico e portuário, que ascendeu a 245 milhões de euros, e o encaixe previsto com a alienação de outros ativos não estratégicos, (ii) as acima referidas medidas de gestão de working capital e (iii) uma rigorosa política de controlo do investimento. A dívida bruta em 31 de dezembro de 2015, excluindo leasing e factoring, era de 1.927 milhões de euros, estando 66% contratada a taxa variável. O custo médio da dívida baixou de 6,5% em 2014 para 5,8% em 2015 não obstante o maior peso da dívida contratada fora da Europa, nomeadamente em África e na América Latina. Salienta-se que a estratégia financeira do GRUPO tem como objetivo alinhar a alocação da dívida às três regiões de acordo com as respetivas necessidades, permitindo assim uma cobertura natural em termos de moeda funcional e de geração de cash-flow. Ainda assim, a 31 de dezembro de 2015, 76% do total da dívida bruta estava denominada em euros. 15 Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2015, como resultado da concretização com sucesso da emissão e troca de obrigações ocorrida em julho de 2015 no montante de 95 milhões de euros, a vida média da dívida era de 2,5 anos, sendo que o GRUPO dará continuidade à estratégia financeira que tem vindo a ser seguida, a qual visa o aumento das maturidades, nomeadamente através da redução da dívida de curto prazo, o aumento das disponibilidades, como sejam linhas de liquidez, bem como a redução do custo da dívida. A este respeito, cumpre-nos desde já destacar os acordos celebrados com algumas instituições financeiras em 2016 que nos permitiram reduzir o montante de dívida com prazo inferior a 1 ano em cerca de 377 milhões de euros. Em 31 de dezembro de 2015, o GRUPO tinha linhas de crédito contratadas e não utilizadas de 233 milhões de euros, traduzindo-se num montante total de liquidez efetiva de 706 milhões de euros. Consequentemente, e tendo em consideração o encaixe em 2016 de 245 milhões de euros com a alienação do negócio logístico e portuário, o reembolso da dívida líquida com maturidade inferior a um ano encontra-se praticamente assegurado. Resultado Líquido Resultado Financeiro -160 -106,2 -90,5 -131,2 60 -140 19,0 2013 2014 2015 40 -100 Milhões de Euros -80 Milhões de Euros 50,6 50 -120 -60 -40 -20 -0 50,5 2013 2014 2015 30 20 10 0 Em 2015 os encargos financeiros líquidos atingiram 90,5 milhões de euros, valor inferior ao apurado em 2014 (131,2 milhões de euros), influenciados positivamente pelo esforço ao nível da melhoria das condições de pricing obtidas em novos financiamentos e pelo aumento das diferenças cambiais favoráveis e negativamente pelo aumento dos encargos financeiros associados à aquisição e consolidação das empresas da EGF. 180 Composição Resultado Líquido 2015 Composição Resultado Líquido 2014 Financeiros IM IRC MEP 90 EBIT 45 RL IRC MEP 135 Milhões de Euros 0 180 RL 45 225 IM Milhões de Euros 90 EBIT 135 Financeiros e perdas em alienações (*) 270 0 (*) Inclui cerca de 45 milhões de euros de perdas na alienação de empresas subsidiárias e associadas na Europa Central que desenvolviam atividades imobiliárias 16 A rubrica de ganhos e perdas em empresas associadas (MEP no gráfico) contribuiu positivamente para o resultado do exercício de 2015 com 67 milhões de euros, o que compara com um montante negativo de 19 milhões de euros no exercício de 2014, na sequência da redução do impacto negativo produzido pela aplicação do método da equivalência patrimonial à participação financeira detida na Martifer e, principalmente, devido à alteração de controlo em cinco empresas concessionárias de autoestradas da Ascendi (na sequência do negócio estabelecido com o Grupo Ardian), a qual gerou um ganho de cerca de 72 milhões de euros, dos quais cerca de 48 milhões de euros impactaram o resultado líquido do GRUPO. Em 31 de dezembro de 2015, o imposto sobre lucros registou um montante de 46,2 milhões de euros (39,6 milhões de euros em 31 de dezembro de 2014), afetado por algumas transações que não relevaram para efeitos fiscais. Para mais informação sobre esta matéria recomenda-se a leitura da nota 14 do anexo às demonstrações financeiras. Face ao acima exposto, a performance operacional e financeira permitiu que o resultado líquido no exercício de 2015 ascendesse a 35 milhões de euros (e a margem líquida a 2,2%) e o resultado líquido atribuível ao GRUPO ascendesse a 19 milhões de euros (50,6 milhões de euros em 31 de dezembro de 2014). 6.000 Evolução da Carteira de Encomendas 3.357 3.870 4.413 4.087 Carteira de Encomendas 31 dezembro 2015 4.500 Europa E&C 17% América Latina 48% Milhões de Euros 3.000 Europa A&S 5% 1.500 África 30% 0 2012 2013 2014 2015 A carteira de encomendas a 31 de dezembro de 2015 ascendia a 4.087 milhões de euros, o que correspondia a um rácio carteira de encomendas/vendas e prestações de serviços (da área de engenharia e construção) de 2 anos, com África e a América Latina a contribuírem com cerca de 78% do montante total. De salientar no entanto as adições de carteira ocorridas no ano na América Latina que permitiram que a redução líquida na mesma tenha ascendido apenas a cerca de 42 milhões de euros, mantendo o GRUPO uma carteira de encomendas naquela região de cerca de 1.942 milhões de euros. Em 31 de dezembro de 2015, o negócio de A&S (Ambiente & Serviços) contribui com 206 milhões de euros para a carteira de encomendas, sendo de destacar que este montante não inclui as receitas previsíveis decorrentes dos contratos de tratamento de resíduos das empresas da EGF. 17 3. Análise por áreas de negócio Europa Vendas e Prestações de Serviços E&C EBITDA E&C A&S A&S 1.200 911 931 150 994 800 585 596 599 326 336 395 2013 2014 2015 Milhões de Euros Milhões de Euros 0 121 41 90 600 200 97 120 1.000 400 85 60 26 38 60 59 81 2013 2014 2015 30 0 O segmento Europa inclui os negócios e empresas de Engenharia & Construção e de Ambiente & Serviços que o GRUPO detém em Portugal e na Europa Central, ou que são geridos pela estrutura de gestão desta região. No domínio do Ambiente & Serviços foram desenvolvidas atividades nos setores da Logística (através da TERTIR), dos Resíduos (cujo veículo é a SUMA e que a partir de 1 de julho de 2015 passou a contar igualmente com as atividades desenvolvidas pelas empresas da EGF), da Água (setor para o qual contribui a INDAQUA, contabilizada até 30 de setembro de 2015 pelo método de equivalência patrimonial) e de Energia & Manutenção. O volume de negócios na Europa no ano de 2015 foi de 994 milhões de euros, refletindo uma subida de 7% face ao ano transato (931 milhões de euros). Este desempenho ficou a dever-se essencialmente ao crescimento verificado no segmento de Engenharia & Construção na Europa Central (50%) e ao crescimento de 17% verificado no segmento de Ambiente & Serviços como resultado da consolidação, a partir de 1 de julho de 2015, da EGF. Também ao nível da rentabilidade operacional foi possível superar o EBITDA apurado no ano de 2014, em cerca de 24 milhões de euros, ou seja em 25%, justificado essencialmente pelo efeito positivo da consolidação da EGF. 18 EBITDA Vendas e Prestações de Serviços 700 599 602 82 173 207 205 48 38 19 600 400 2014 40 300 2015 30 200 100 E&C A&S Resí duos A&S Logística A&S - Energia & Man. Milhões de Euros Milhões de Euros 21 55 33 25 50 500 0 40 60 4 1 2014 2015 20 10 0 E&C A&S Resí duos A&S Logística A&S - Energia & Man. Em 2015 na Europa o volume de negócios aumentou face a 2014, destacando-se o aumento de 111% no segmento de Ambiente & Serviços – Resíduos. Por outro lado, há que destacar o aumento significativo do EBITDA (34 milhões de euros) face a 2014 no segmento de Ambiente & Serviços – Resíduos (influenciado pela aquisição e consolidação a partir de 1 de julho de 2015 da EGF), bem como a redução dos valores de EBITDA no segmento de Ambiente & Serviços – Logística, o qual durante o ano de 2015 foi afetado pela redução de exportações para Angola e por um conjunto alargado de greves que afetaram a rentabilidade de alguns portos explorados pelo GRUPO. No entanto, a margem EBITDA em 2015 na Europa ascendeu a 12%, um aumento face à registada no ano anterior (10%). As empresas de Energia & Manutenção têm agora a contribuição quase exclusiva da MANVIA, pelo que se verificou uma redução no seu volume de negócios. A partir de 30 de setembro de 2015, o subsegmento de Água passou a ser classificado como um ativo não corrente disponível para venda (tendo sido suspensa a aplicação do método de equivalência patrimonial), não tido o mesmo impacto nos resultados operacionais do GRUPO, mas destacou-se pela sua performance operacional (até 30 de setembro de 2015) com uma margem EBITDA de cerca de 40% e o volume de negócios a registar uma subida de cerca de 6% (face a igual período no ano anterior) tendo assim contribuído para o resultado do GRUPO em 1,4 milhões de euros. Por último, há que salientar o já referido acordo com o Grupo Yildirim para a alienação do negócio logístico e portuário por 245 milhões de euros, o qual veio a concretizar-se em fevereiro de 2016 e que afetará no futuro os contributos deste segmento e da região Europa para a atividade e resultados do GRUPO. 19 Engenharia e Construção Portugal O GRUPO concentra em Portugal e na Polónia a sua atividade do segmento de Engenharia & Construção na Europa, nomeadamente, estando no entanto atualmente também presente na República Checa, na Irlanda e no Reino Unido. Em Portugal, o GRUPO é líder no setor de Engenharia & Construção, mas ainda assim a evolução da sua atividade tem vindo a ser afetada nos últimos anos pelo contexto económico adverso que caraterizou o país e pela implementação de medidas de austeridade resultantes da necessidade de se proceder ao equilíbrio das contas públicas nacionais. O ano de 2015 não foi exceção e, como tal, a atividade de Engenharia & Construção continuou a não dar sinais de retoma, tanto ao nível do segmento privado como ao nível do segmento de obras públicas, o que se refletiu na evolução negativa da carteira de encomendas durante o ano. No entanto, é expectável que, após a tomada de posse do novo governo e a orientação dos partidos que o apoiam para fomentarem o investimento público, se possa concretizar a retoma do setor no país e, consequentemente, que 2016 seja um ano de viragem da carteira de encomendas no negócio de Engenharia & Construção em Portugal, sendo que o GRUPO está preparado para dar resposta aos desafios que possam surgir nas diversas valências de obras públicas, fruto de uma equipa experiente e de meios alocáveis a novos projetos. Europa Central O ano de 2015 foi uma referência importante para o GRUPO na Europa Central, e marcou 18 anos da sua presença e reconhecimento na região. Influenciado pelo ciclo económico favorável em curso na região, fruto dos programas de apoio comunitários, o GRUPO beneficiou do elevado nível de investimento público no setor das infraestruturas, o que lhe permitiu consolidar a sua carteira de encomendas para os próximos anos. De destacar, durante 2015, o fato do GRUPO ter sido classificado na Europa Central em primeiro lugar em quatro concursos públicos para a realização de projetos acima de 50 milhões de euros cada, o que demonstra a sua capacidade para competir com sucesso com os principais players internacionais que estão entre as maiores empresas de construção na região. Por outro lado, fruto das sinergias entretanto exploradas entre a área de construção e de promoção imobiliária, o GRUPO passou a deter uma posição mais competitiva no mercado imobiliário, o que se traduziu no início do desenvolvimento de vários projetos imobiliários nas principais cidades da Polónia: Varsóvia, Cracóvia, Wroclaw e Lodz e na capital da República Checa, Praga. Adicionalmente, a promoção dos projetos imobiliários acima referidos irá contribuir positivamente para a carteira de encomendas das empresas construtoras na região. Relativamente ao futuro, tendo em consideração o desempenho atingido em 2015 e as tendências percecionadas para 2016, o GRUPO está confiante na implementação com sucesso do seu plano estratégico delineado para a região em anos anteriores. De igual modo, o investimento sustentado no desenvolvimento dos recursos humanos que o GRUPO possui nesta região, mantendo os níveis de crescimento sustentável da sua carteira de encomendas, com especial ênfase no setor de infraestruturas, permitirá consolidar a sua posição enquanto operador de referência, ao nível de eficiência e de competitividade entre os principais players na região. 20 Irlanda e Reino Unido O ano de 2015 na Irlanda permitiu confirmar a tendência de crescimento de atividade que se perspetivava em 2014, tendo o volume de negócios das sociedades participadas MOTA-ENGIL IRELAND CONSTRUCTION LTD (“MEIC”) e GLAN AGUA LTD (“GLAN AGUA”) aumentado em 23% e 9%, respetivamente. Por outro lado, cumpre-nos realçar o facto da GLAN AGUA ter reforçado a sua posição de parceiro preferencial da Irish Water ao assegurar contratos num valor superior a 50 milhões de euros, alguns deles por adjudicação direta, o que demonstra a elevada capacidade comercial e técnica que a nossa participada aporta. Relativamente à MEIC, para além do importante apoio comercial e produtivo que assegurou à GLAN AGUA, destaca-se a angariação de alguns projetos de remodelação de estradas nacionais e a construção de uma escola primária. Adicionalmente, no seguimento da estratégia do GRUPO para a região, e dado o seu sucesso, em meados de 2015 foi tomada a decisão de replicar no Reino Unido o modelo de negócios presente na República da Irlanda. Assim, foram registadas e iniciaram atividade, de momento apenas de caráter comercial, as sociedades de direito inglês GLAN AGUA UK e MEIC – MOTA-ENGIL INTERNATIONAL CONSTRUCTION encontrando-se em fase final de registo a Sucursal do Reino Unido da MOTA-ENGIL ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO. Logística O segmento de negócio da Logística compreendia as atividades de operação de terminais portuários, rodoferroviários, de logística integrada e de transporte ferroviário de mercadorias. O GRUPO ocupou em 2015 uma posição de liderança e de referência na operação de terminais portuários, designadamente através das operações nos terminais de Leixões, Aveiro, Figueira da Foz, Lisboa e Setúbal. O GRUPO forneceu ainda serviços integrados de carga, transporte rodoviário e ferroviário, instalações logísticas intermodais, distribuição, trânsitos e outros serviços relacionados. A expansão internacional deste segmento deu-se por via de uma concessão portuária no Peru (através da participação na empresa Terminales Portuarios Euroandinos Paita) e em Espanha (através do Terminal de Contenedores de Ferrol e ainda em 2015 através do Terminal de Contenedores de Huelva), e também por via da Transitex, empresa transitária que movimenta sobretudo carga contentorizada, com especialização na carga refrigerada, incluindo o porta-a-porta, e que está presente com estruturas próprias em países como Espanha, China, México, Brasil, Peru, Colômbia, Chile, Moçambique, Angola e África do Sul. A atividade portuária em Portugal ressentiu-se a partir do segundo semestre da quebra dos preços do petróleo e das respetivas consequências nas economias de alguns dos principais parceiros económicos de Portugal, casos de Angola e Brasil, por exemplo. Por via da natureza das cargas ali movimentadas, estes impactos foram particularmente sentidos em Leixões e no Terminal de Santa Apolónia, em Lisboa. Também a Transitex sentiu aqueles efeitos negativos, mas neste último caso sobretudo por via das variações cambiais das moedas locais. A atividade nos terminais portuários nacionais caraterizou-se por um ligeiro decréscimo de cerca de 5% em termos de movimentação de carga contentorizada, passando de um movimento anual de cerca de 753 mil contentores em 2014 para cerca de 716 mil contentores em 2015. Em termos de carga geral, o decréscimo foi menos significativo, tendo atingido 2%, ou seja, de 4,3 milhões de toneladas em 2014 para 4,2 milhões de toneladas em 2015. A instabilidade verificada no final de 2015, relativa à negociação do novo Contrato Coletivo de Trabalho com o Sindicato dos Estivadores de Lisboa, afetou o desempenho do terminal de Alcântara nos meses de novembro e dezembro, em Lisboa, o que conduziu a uma recuperação menos vigorosa na movimentação de contentores naquela instalação, sendo expectável a sua estabilização em 2016. 21 Como já referido, foi assinado em setembro de 2015 um acordo com o Grupo Yildirim para a alienação de todas as participações portuárias acima referidas e ainda da Transitex, o qual, após obtenção das competentes autorizações, foi concretizado em fevereiro de 2016, data a partir do qual estas empresas não contribuirão para os resultados do GRUPO. Por consequência, o conjunto do negócio alienado foi classificado como um ativo não corrente detido para venda no terceiro trimestre de 2015. É ainda de referir a presença do GRUPO como operador ferroviário de transporte de mercadorias, desenvolvendo a sua atividade em Portugal e em Espanha através das participadas TAKARGO e IBERCARGO, confirmando-se em 2015 a consolidação desta área de negócios, com uma continuada recuperação dos indicadores operacionais e financeiros. Esta atividade irá continuar a ser desenvolvida a partir da MOTA-ENGIL AMBIENTE E SERVIÇOS, estando em avaliação os recentes desenvolvimentos resultantes da recente privatização do único concorrente ferroviário nacional, a CP Carga. Em termos dos terminais rodoferroviários, a participação na LOGZ, PLATAFORMA LOGÍSTICA DO POCEIRÃO, e os terrenos de Alverca e Freixieiro foram transferidos para a MOTA-ENGIL REAL ESTATE e a participação na STM, Terminal das Mahotas em Moçambique, foi transferida para a MOTA-ENGIL AFRICA. Resíduos Em 2015, a atividade da SUMA foi pautada sobretudo pela reafirmação e continuidade relativamente a um conjunto de investimentos iniciados em anos anteriores. Congregando atualmente cinquenta empresas dedicadas a assegurar a excelência na gestão do ciclo completo de vida dos resíduos, o reconhecimento de que continua a ser alvo, a par com o comprometimento com medidas de sustentabilidade, são os fatores que impulsionaram o crescimento, reforçando as atuações além-fronteiras e sedimentando a liderança que, desde 1996, é detida no setor da gestão de resíduos em Portugal. Plano nacional Em Portugal, a SUMA continua, maioritariamente, a prestar serviços para clientes autárquicos. Dos 36 municípios que, no último ano, integraram a sua carteira de contratos nacionais, e que contabilizam mais de 1,9 milhões de habitantes servidos, destacam-se 13 novos concelhos – Coimbra, Valpaços, Montalegre, Gavião, Montemor-o-Velho, Ermesinde, Espinho, Aljezur, Sines, Amarante, Arruda dos Vinhos, Alandroal e Vagos –, correspondendo 23% a adjudicações de serviços com duração igual ou superior a um ano. O sucesso da visão estratégica do GRUPO para o mercado doméstico confirmou-se com a obtenção do lugar cimeiro no concurso de compra da EMPRESA GERAL DE FOMENTO (EGF) e, após parecer positivo da Autoridade da Concorrência, com a efetiva aquisição de 95% das ações representativas do seu capital social e respetivo pagamento ocorrido em 28 de julho. Com a privatização da EGF, o GRUPO ganhou um maior músculo e abrangência na valorização de resíduos, acrescendo à manutenção da liderança nacional nas vertentes da recolha e limpeza urbana, a posição cimeira no tratamento de resíduos. As 11 concessionárias dos sistemas multimunicipais (SMM), todas detidas maioritariamente pela EGF, atuam numa área de 48.089 km2, 52% do total nacional. A população servida é representativa de 60% dos habitantes do país, ou seja, cerca de 6,3 milhões de pessoas, em 174 municípios. Em 2015, os SMM da EGF trataram e valorizaram 3,2 milhões de toneladas de resíduos, representando cerca de 65% do total nacional. 22 Para além deste mediático processo de privatização, o GRUPO viu igualmente o seu nome associado à EGF, através da concessionária VALORSUL, no estudo Marcas de Confiança Ambiente 2015. Promovido pela Reader’s Digest, desde 2001, este estudo avalia o grau de confiança que os consumidores depositam em marcas de 40 áreas de atividade, através de um questionário de metodologia de pergunta aberta, em 16 países. O inquérito, realizado junto de uma amostra significativa da população portuguesa - em termos de género e idade -, estendeu-se à área do ambiente em 2009, integrando 11 categorias, entre as quais “Empresa de Tratamento de Lixo”. Na questão “Para cada uma das categorias, indique o nome de uma marca que, no seu entender, tenha melhor reputação no que respeita à proteção do ambiente”, a SUMA garantiu a segunda posição, com 15% dos votos, e o primeiro lugar coube à VALORSUL, com 25% dos votos. O ano de 2015 foi igualmente aquele em que a CITRUP - CENTRO INTEGRADO DE RESÍDUOS, participada da SUMA para a exploração e gestão do Aterro Sanitário da Maia, foi galardoada no decorrer do Fórum APCER – IQNET, que decorreu no mês de junho, com o Prémio IQNET 2015, distinção atribuída por ter sido a primeira empresa a ser certificada pela APCER em responsabilidade social, no âmbito do normativo SA 8000. Acreditada desde 2007 neste normativo, esta certificação surgiu como consequência da responsabilidade da CITRUP perante a microssociedade que labora nesta grande infraestrutura e da necessidade de dar continuidade às boas práticas sociais internas já implementadas. Plano internacional Além-fronteiras, a SUMA continua o seu percurso de crescimento nas diversas latitudes em que as suas participadas operam, imprimindo a cada uma delas o seu experimentado e bem-sucedido modelo de gestão, adaptado às necessidades e particularidades de cada mercado. O projeto internacional da empresa expande-se agora por cinco países e três continentes, onde são servidos mais de 4,5 milhões de habitantes, persistindo-se nos investimentos comerciais, nomeadamente no Médio Oriente. Para esta decisão de gestão muito contribuiu o crescimento que se tem registado em Omã, onde a SUMA reforçou a sua atividade, através de uma adjudicação à sua participada ECO VISION, com a duração de sete anos e a possibilidade de extensão por mais dois. O mais recente vínculo comercial a esta região do globo contempla atividades de gestão global de resíduos e serve uma área de intervenção muito extensa e diversificada, que contempla montanhas de difícil acesso, zonas de deserto e o transporte de resíduos através de barco, desde a ilha de Masirah, cobrindo uma área de cerca de 23 mil km2, tendo sido iniciado em dezembro de 2015. Este contrato visa ainda serviços de educação ambiental, no âmbito do plano que o governo do Sultanato pretende introduzir em todo o país, objetivo que justificou, em novembro, a visita de elementos da Be’ah – empresa pública responsável pela gestão dos resíduos naquele território –, às operações da SUMA no âmbito da educação e sensibilização ambiental, em Portugal. Também a CONSITA – subsidiária da SUMA para o mercado brasileiro – reforçou em 2015 a sua atividade, nomeadamente através de dois novos contratos para recolha domiciliar de materiais recicláveis e para limpeza urbana, abrangendo cerca de 1,4 milhões de habitantes, em Belo Horizonte, onde a empresa iniciou o seu percurso e é referência de mercado. No continente africano, a atividade da SUMA continua centrada na exploração das enormes potencialidades que o mercado dos países lusófonos oferece, através das operações a decorrer em Angola (8 municípios em 3 províncias), Cabo Verde (Praia) e Moçambique (Maputo), através das participadas VISTA WASTE, AGIR e ECOLIFE, respetivamente. Com dois anos de atividade em Moçambique, em 2015, a ECOLIFE expandiu a sua intervenção, somando contratos de recolha e de gestão de resíduos com mais de uma dezena de empresas, das quais se destacam as públicas FUNAB (Fundo do Ambiente) e Caminhos de Ferro de Moçambique, fazendo prever um acréscimo da sua faturação no futuro. 23 Água O negócio da Água inclui as concessões de abastecimento de água e saneamento dos concelhos de Fafe, Santo Tirso, Trofa, Santa Maria da Feira, Matosinhos, Vila do Conde e Oliveira de Azeméis, através da empresa conjuntamente controlada INDAQUA, a qual foi consolidada pelo GRUPO através do método de equivalência patrimonial até 30 de setembro de 2015. A partir daquela data, e na sequência da intenção do Conselho de Administração do GRUPO em alienar este segmento de negócio, o mesmo foi classificado como um ativo não corrente detido para venda. Este negócio inclui também uma parceria público-privada com o município de São João da Madeira para a gestão do serviço público municipal de abastecimento de água e recolha de águas residuais e pluviais naquele concelho. As concessões acima referidas têm prazos que variam entre os 25 e os 50 anos, envolvem a gestão de mais de 200 mil clientes, uma população servida de cerca de 650 mil habitantes, mais de 5.000 quilómetros de redes de abastecimento de água e saneamento e cerca de 20 milhões de metros cúbicos de água vendida. Tal como referido, já em 2016, o GRUPO chegou a acordo para a venda da sua participação na INDAQUA ao Grupo Miya por 60 milhões de euros. A concretização da transação depende da obtenção das diversas autorizações por parte dos concedentes e financiadores e deverá estar concluída até ao final do primeiro semestre de 2016. 24 África EBITDA Vendas e Prestações de Serviços 1.009 1.062 835 350 1.000 280 750 210 500 140 Milhões de Euros Milhões de Euros 1.250 250 0 2013 2014 2015 244 275 176 2013 2014 2015 70 0 Presente principalmente em países da região subsariana, o GRUPO, em linha com a estratégia de diversificação geográfica, alargou em 2015 a sua presença ao Ruanda, através do início de um projeto de pequena dimensão no aeroporto da capital. Em 2015, o segmento de África representou cerca de 34% da atividade total do GRUPO MOTA-ENGIL, face a 45% em 2014, tendo tal variação sido justificada pela redução do volume de negócios na região e pelo aumento do mesmo na Europa e na América Latina. Assim, em 31 de dezembro de 2015, o volume de negócios em África ascendeu a 835 milhões de euros, uma redução face ao valor reportado no ano anterior (1.062 milhões de euros), devido principalmente à menor atividade no Malawi e em Angola, a qual não foi compensada pelo aumento da atividade registada tanto nos restantes países da Southern African Development Community (“SADC”), nomeadamente em Moçambique, como nas sub-regiões Oeste e Este. A margem EBITDA da região foi de 21%, tendo contudo apresentado uma evolução positiva desde o primeiro trimestre do ano, ainda assim abaixo da registada no ano de 2014, mas em linha com as perspetivas de melhoria antecipadas pelo GRUPO. Esta evolução está relacionada com a conclusão em 2014 de projetos de grande dimensão, mas também, embora em menor escala, com o esforço de arranque de diversos projetos nas regiões da SADC, e Oeste, que pressionaram pontualmente as margens, fazendo com que o ano de 2015 tivesse sido antecipado como um período de transição tanto em termos de evolução da atividade, como de performance operacional. De destacar a excelente performance do mercado de Moçambique, com um crescimento do volume de negócios de 53% e do EBITDA em 55%. Fruto da conjuntura regional e mundial, a carteira de encomendas em 31 de dezembro de 2015 reduziu para os 1.225 milhões de euros, dos quais mais de 50% na região da SADC e com a contribuição dos países das sub-regiões Oeste e Este a subir para 12%. Trata-se portanto de uma robusta carteira que espelha o esforço de diversificação por toda a região, compensando a conjuntura referida, que afeta particularmente alguns países onde o GRUPO opera. Em complemento importa referir a capacidade comercial da equipa regional que, alavancando a experiência dos recursos presentes na região, procura expansão na cadeia de valor das grandes infraestruturas transformando em novas adjudicações projetos atualmente em pipeline. 25 Angola O mercado Angolano continua a ser o mais relevante para o GRUPO nesta região, tendo o ano de 2015 permitido desenvolver vários projetos relevantes para o país, tendo todas as empresas, através das quais a MOTA-ENGIL opera, tido capacidade e resiliência para se adaptarem às difíceis condições do mercado. Destaque para o desenvolvimento de projetos em vários locais do país (nomeadamente nas províncias de Luanda, Cabinda, Benguela, Lunda norte e Zaire) sendo também diversificado o tipo de obras realizadas. A evolução do preço do petróleo e consequente influência na economia local (tanto ao nível dos investimentos públicos como privados) tem vindo a ser acompanhada e será em 2016 um driver para uma adequação dos meios afetos pelo GRUPO à operação no país, sendo expectável que o volume de negócios venha a reduzir na MOTA-ENGIL ANGOLA, bem como nas suas subsidiárias nas áreas de suporte à construção (nomeadamente na Novicer, Prefal e Rentaco), movimento que será parcialmente compensado na área de ambiente (nomeadamente na Vista Waste). SADC A região de SADC mantém-se como a região de maior peso tanto ao nível de volume de negócios, como ao nível da carteira de encomendas, sendo de destacar as contribuições de Moçambique, do Zimbabwe e da Zâmbia. Em Moçambique, de acordo com a Estratégia Nacional de Desenvolvimento (2015-2035) divulgada pelo Ministério da Economia e Finanças, o sector da Construção terá um papel fundamental no processo de industrialização do país, por via do desenvolvimento de infraestruturas relativas a logística, cabotagem marítima, energia elétrica, sistemas de abastecimento de gás natural, gestão dos recursos hídricos, infraestruturas sociais e Zonas de Estância de Turismo Integrado. Neste âmbito, o sector privado terá um papel importante no investimento, concessão da construção, reabilitação e exploração das referidas infraestruturas, em particular por via de parcerias público-privadas. O ano de 2015 permitiu que a MOTA-ENGIL em Moçambique tenha consolidado um ciclo de crescimento e implementação no mercado: (i) mantendo-se no topo do Ranking das melhores empresas de Engenharia e Construção de Moçambique, classificada pela KPMG “Top 100 Ranking das Maiores Empresas” como a melhor empresa de Construção a operar no país; (ii) realizando obras emblemáticas, como a construção do maior edifício de Maputo ou o Hotel de Nampula, cujas conclusões estão previstas para o ano de 2016; e, (iii) iniciando obras estruturais para o país como a estrada Milange - Mocuba – fase II (contrato financiado pela União Europeia), projetos da área ferroviária, com destaque para a Secção 7 da linha de Nacala, o Viaduto de Nampula e a Linha Ressano Garcia com a reabilitação integral da ponte sobre o rio Umbeluzi, entre outras. Por fim, 2015 foi ainda um ano que fica marcado pelo início da atividade no setor de mineração em Moçambique, por via de um contrato assinado com a Vale, com um valor de cerca de 95 milhões de dólares e pela expansão da atividade de Construção Civil, sendo atualmente mais de 20 os projetos nesta área, sublinhando-se as empreitadas para o Ministério da Saúde, através da reabilitação e construção de hospitais e unidades especiais de tratamentos, bem como para o Ministério da Justiça. Já no Malawi, mercado onde o GRUPO opera desde os anos 90, verificou-se uma redução sensível da atividade embora se encontram em desenvolvimento relevantes projetos correspondentes ao segmento tradicionalmente mais ativo no país, o da construção rodoviária. De relevo também a consolidação da operação da Malawi Lake Services, operadora de transportes no lago Malawi. Na sequência da estratégia do GRUPO para a região, mais recentemente a atividade alargou-se também à Zâmbia, através, mais uma vez, de projetos no segmento de infraestruturas rodoviárias e ao Zimbabwe, através de um projeto de médio prazo no setor mineiro. O GRUPO consegue assim um acrescido balanceamento em termos de países e tipos de projeto, conseguindo ao mesmo tempo a ocupação dos meios libertos noutros países da região. 26 Por fim, referência ainda no âmbito da SADC à África do Sul, mercado onde a presença do GRUPO remonta a 1976, com a construção de acessos a Sun City, próximo de Joanesburgo e ulteriormente uma presença contínua da sua subsidiária COSAMO desempenhando funções de procurement neste país para as outras subsidiárias africanas. África Oriental As operações nesta sub-região, que alarga geograficamente o âmbito de atuação do GRUPO, concentraram-se no Uganda e Ruanda através de projetos de infraestruturas. No Uganda, após as descobertas de petróleo, o país iniciou um programa de construção de infraestruturas fundamentais para o desenvolvimento da economia, nomeadamente estradas, caminho-de-ferro, barragens no Nilo e outras de forma a apoiar o desenvolvimento da economia. É neste contexto que o GRUPO se encontra a executar o projeto de expansão do Nothern Bypass numa extensão de 21Km. Este trabalho, de enorme dificuldade técnica, foi adjudicado à MOTA-ENGIL pela sua experiência anterior neste tipo de contratos, sendo este um projeto parcialmente financiado pela União Europeia e terá uma duração de 30 meses. A atividade do GRUPO no Ruanda começou em 2015 com a adjudicação do contrato para a expansão das infraestruturas do Aeroporto Internacional de Kigali. Para a realização do contrato, a sucursal local do GRUPO instalou uma unidade industrial de exploração de uma pedreira e de produção de asfaltos, sendo ambos uma referência no país pela sua qualidade e capacidade de produção. O referido contrato, no montante de 23 milhões de dólares, está em execução e há algumas obras complementares que deverão ser adicionadas ao mesmo, resultado do reconhecimento pelo cliente do bom desempenho da MOTA-ENGIL. África Ocidental A MOTA-ENGIL está presente em Cabo Verde há duas décadas tendo sido executadas durante este percurso obras hidráulicas, edifícios e estradas nas várias ilhas do arquipélago, salientando-se, entre várias, o Hotel Trópico, Aeroporto da Praia, rede de distribuição de água na cidade da Praia, habitação a custos controlados “Casa para Todos” nas ilhas do Maio e Santo Antão e a Barragem de S. Nicolau. Atualmente estão em execução neste país 2 projetos (um no segmento de obras hidráulicas e outro de construção civil no âmbito do programa de custos controlados acima referido). Em 2015 foram concluídos: (i) 4 projetos de regularização das bacias hidrográficas que tiveram como principal objetivo o controlo dos caudais torrenciais, o combate ao flagelo da erosão e o armazenamento e captação de água para fins agrícolas e de consumo das populações, e (ii) a barragem de S. Nicolau. Já em São Tomé e Príncipe, o outro país da sub-região onde o GRUPO opera, a atividade desenvolvida em 2015 cingiu-se basicamente a uma empreitada: Remodelação e Ampliação do Aeroporto do Príncipe. Novos concursos, novas oportunidades de negócios e, consequentemente, maior faturação marcam as expetativas para 2016, nomeadamente com a execução dos seguintes projetos: (i) Reabilitação da estrada do Bombom, sendo o cliente a HBD; (ii) Reabilitação de estradas no Príncipe, sendo o cliente o Estado Santomense; (iii) Construção do Eco-Resort de luxo na Praia Sundy, no Príncipe, sendo o cliente a HBD; (iv) Projeto de Abastecimento de Água Potável a Ribeira Afonso, sendo o cliente a EMAE. 27 América Latina Vendas e Prestações de Serviços 800 426 537 EBITDA 700 100 700 500 76 2013 2014 2015 60 400 300 Milhões de Euros Milhões de Euros 37 80 600 200 100 0 35 2013 2014 2015 40 20 0 Na América Latina a atividade apresentou face a 2014 um crescimento de 30% para 700 milhões de euros o que representou 29% do total do GRUPO (23% em 2014), contribuindo para o balanceamento das três regiões para o volume de negócios consolidado. Aquele aumento foi resultado da melhor performance de todos os países, sendo de destacar o México e o Brasil, que viram o seu volume de negócios aumentar em 53% e 35%, respetivamente, face ao ano anterior. Esta evolução reflete o sucesso da estratégia prosseguida na América Latina, nomeadamente no México, traduzindo-se na consolidação da elevada carteira de encomendas obtida naquele país e no incremento do volume de negócios. Consequentemente, no que se refere à rentabilidade operacional, assistiu-se a uma subida de 107% no EBITDA para cerca de 76 milhões de euros (face a 37 milhões de euros em 2014) com a respetiva margem a atingir 11%. México A economia mexicana em 2015 foi negativamente impactada pelo desacelerar do crescimento da economia mundial e o seu efeito no preço das commodities, nomeadamente no preço do petróleo, o qual é uma parte importante do PIB do país e das receitas do governo da república mexicana. O preço do barril de petróleo no México reduziu em 77% desde meados de 2014. Adicionalmente, o México teve uma redução na sua capacidade produtiva de cerca de 33%. A economia mexicana passou de um exportador líquido de petróleo (0,7% do PIB em 2013) para um importador líquido (0,8% do PIB no último trimestre de 2015). A economia mexicana foi ainda afetada pela economia norte-americana uma vez que nos sectores industriais dos EUA verificaram-se taxas de crescimento inferiores à média, sendo aqueles os que mais relações têm com a economia mexicana, impactando assim o crescimento das exportações e da atividade económica no México. Por último, durante o ano de 2015, a turbulência nos mercados internacionais, principalmente a resultante da normalização das taxas de juro nos EUA, impactou igualmente negativamente as transferências de divisas para o México, as quais registaram uma queda de cerca de 49%. Deste modo, o peso mexicano desvalorizou-se em relação ao Dólar Americano em cerca de 37%. No entanto, apesar dos choques, a economia mexicana mostrou-se resiliente e o crescimento do PIB em 2015 ficou nos 2.5%, o que compara muito favoravelmente com o de outros países de mercados emergentes. No sector da construção, os cortes orçamentais tiveram impacto negativo ao nível do investimento em infraestruturas por parte do governo e pelo adiamento no lançamento de novas obras. 28 A MOTA-ENGIL, no entanto, conseguiu consolidar a sua posição no mercado como uma das principais construtoras a operar no mesmo. A carteira de encomendas existente permitiu um crescimento sustentável do volume de negócios durante o ano de 2015 e irá permitir uma elevada visibilidade e um nível elevado de execução para 2016 e 2017, conseguindo a empresa manter-se em contraciclo em relação aos seus concorrentes. Peru No Peru, o ano de 2015 foi desafiante uma vez que, como esperado, assistiu-se a uma quebra clara nas obras públicas e ao fim de um ciclo de grandes investimentos mineiros. Contudo, verificou-se um crescimento considerável nas parcerias público-privadas, com demanda de uma grande disponibilidade de capitais por parte das empresas envolvidas. Perante este enquadramento, o mercado tornou-se bastante mais exigente. No entanto, a MOTA-ENGIL PERU conseguiu tirar partido desta situação, graças ao processo de reestruturação implementado em 2014, que visou, essencialmente: (i) integração de sistemas de gestão; (ii) investimento em sistemas de informação; (iii) melhorias no processo de controlo financeiro dos projetos; (iv) novas tecnologias de controlo e utilização de equipamentos; (v) renegociação com fornecedores; e (vi) uma maior integração com os modelos de gestão do GRUPO. Num panorama de maior exigência do mercado, os ganhos de eficiência obtidos permitiram terminar o ano com grande sucesso comercial. Entre clientes mineiros, foi adjudicada à MOTA-ENGIL PERU a segunda fase da barragem de rejeitados e melhoramento do “heavy haul road” da mina de Las Bambas, a elevação da barragem de rejeitados de Antamina e o projeto de ampliação de Toquepala. Em obras marítimas, a Marinha de Guerra do Peru adjudicou à MOTA-ENGIL PERU a ampliação do seu estaleiro naval da base de Callao. Em obras públicas, destaque para a adjudicação de duas conservações de estradas que totalizaram 2.000 Km de vias. Por outro lado, a MOTA-ENGIL PERU encontra-se igualmente envolvida na modernização da refinaria de Talara, o maior projeto de investimento público do país. Por fim, no que respeita a obras de geotecnia, a MOTA-ENGIL PERU consolidou a posição como líder de mercado, conseguindo aumentar substancialmente o volume de negócios. As eleições que decorrerão em 2016 no Peru permitem antecipar que novos investimentos públicos só deverão ter impacto relevante para o final do ano de 2017. Assim, assume crucial importância, o volume e diversificação da carteira de encomendas existente, a qual permite uma boa visibilidade de crescimento de volume de negócios para 2016 e 2017. Brasil No Brasil, no segmento de construção, pela expressiva carteira de obras públicas contratadas para execução no ano de 2015, previa-se um significativo crescimento do volume de negócios. Contudo, o cenário de crise económica e política aguda do país, a mais profunda dos últimos 70 anos, conjugado com o impacto da situação da Petrobás no sector da construção, fez travar todo o investimento público, paralisando assim o início previsto de duas importantes obras públicas rodoviárias em carteira, a BR101 (Bahia) e a BR290 (Rio Grande do Sul), e abrandando drasticamente a BR381 (MG/BH). 29 Esta diminuição foi contudo contrabalançada pela obtenção de novas obras com importantes clientes privados, o que proporcionou assim um crescimento considerável da atividade neste mercado. Para o ano de 2016, a carteira de encomendas existente permite um moderado otimismo em termos de crescimento do volume de negócios. Adicionalmente, a MOTA-ENGIL continuará apostada na angariação de novos contratos para clientes privados que garantam os financiamentos dos seus projetos, mantendo-se sempre atenta às grandes obras rodoviárias. A adjudicação da primeira obra de montagem de superestruturas ferroviárias no Brasil e ainda a angariação de um primeiro projeto de construção e operação de um sistema de água e saneamento, através de parcerias com players públicos e privados, serão também áreas prioritárias de atuação. Colômbia Em 2015 a Colômbia constituiu-se como uma Plataforma de Gestão dos negócios não só da Colômbia, mas também do Paraguai e do Caribe, tendo, até à data deste relatório, angariado carteira para estes países para a qual se iniciará a sua execução em 2016. Em 2015, a Colômbia apresentou um crescimento do volume de negócios e da carteira de encomendas face ao ano anterior tendo prosseguido com a execução dos projetos em curso, com destaque para a ampliação do Terminal de Contentores de Buenaventura, obra de especial complexidade e que decorreu sem qualquer atraso e para o Centro de Reabilitação Inclusiva, obra emblemática para a Colômbia promovida pelo Ministério da Defesa Nacional com o apoio do Governo da Coreia do Sul, com uma capacidade para receber cerca de 1.300 utentes e que visa apoiar o processo de reabilitação de vítimas de minas antipessoais. No sector de oil&gas, cumpre-nos destacar a construção do laboratório para a Refinaria de Cartagena, cliente para o qual se iniciará a construção de uma ponte vial em 2016 dado a qualidade da execução do projeto inicial. Em 2016, a Plataforma terá, entre outros, alguns projetos rodoviários de iniciativa privada em sistema de parceria público-privada (PPP), nomeadamente Cambao Manizales, no qual se procederá ao melhoramento de 124 Km de via e à reabilitação de outros 132 Km, bem como, o projeto Gran Vía Yuma que consistirá num moderno corredor vial de 5,8 Km com os mais elevados padrões de engenharia. No Paraguai terá início a obra de modernização do Transporte Público Metropolitano de Assunção com um valor estimado de 50 milhões de euros. Em Aruba, dar-se-á início à construção do Projeto Watty Vos Boulevard que prevê o desenho, construção, operação e manutenção, por um período de 22 anos, de cerca de 20 Km de via e 15 Km de ciclovia, com um montante total estimado de 60 milhões de euros. 30 ASCENDI GROUP A ASCENDI GROUP, SGPS, S.A. (“ASCENDI GROUP”) é a sub-holding resultante de uma parceria celebrada entre o GRUPO MOTAENGIL (60%) e o Grupo Novo Banco (40%) para intervenção no setor das infraestruturas de transportes, designadamente através da exploração de concessões. A ASCENDI GROUP tem a sua atividade consolidada em cinco mercados: Portugal, Espanha, México, Brasil e Moçambique, tal como se detalha abaixo: Concessionária kms Termo Portugal Lusoponte – Concessionária para a Travessia do Tejo Ascendi – Auto-Estradas do Norte 19,5 2030 175,0 2029 Scutvias – Auto-Estradas da Beira Interior 178,0 2029 Ascendi – Auto-Estradas da Costa de Prata 109,6 2030 Ascendi – Auto-Estradas das Beiras Litoral e Alta 172,5 2031 55,5 2032 Vialitoral – Concessões Rodoviárias da Madeira 44,2 2025 Ascendi – Auto-Estradas da Grande Lisboa 23,0 2036 242,3 2038 520,3 2040 Ascendi – Auto-Estradas do Grande Porto Ascendi – Estradas do Douro Interior Ascendi – Estradas do Pinhal Interior Total Portugal Espanha 1.540,0 Auvisa – Autovía de Los Viñedos 75,0 2033 Autopista Madrid-Toledo 81,0 2040 Total Espanha América Latina México – Concessionaria Autopista Perote-Xalapa 156,0 60,0 2038 Brasil – Concessionária Rodovias do Tietê 415,0 2039 Total América Latina 475,0 África Estradas do Zambeze – Moçambique 701,0 Total África 701,0 2039 Concessões Ferroviárias MTS – Metro, Transportes do Sul TOTAL 20,0 2032 2.892,0 Ao longo de 2015 e no início de 2016, deu-se continuidade ao processo de reorganização da estrutura de participações na ASCENDI GROUP, sendo de destacar: 31 (i) A continuação da consolidação dos termos da parceria entre o GRUPO MOTA-ENGIL e o Grupo Novo Banco através da aquisição de uma participação de 14,83% na ASCENDI PINHAL INTERIOR, anteriormente detida pela Opway Engenharia, S.A.; (ii) O estabelecimento de uma parceria paritária com um fundo de investimento em infraestruturas internacional, gerido pela sociedade francesa Ardian, do que resultou a constituição de uma nova empresa, a ASCENDI PT II, SGPS, S.A., à qual foram transmitidas as participações antes detidas pela ASCENDI GROUP nas cinco Concessionárias (e correlativas Operadoras) que, atuando sob a marca ASCENDI, são parte nos contratos de concessão Norte, Costa de Prata, Beiras Litoral e Alta, Grande Porto e Grande Lisboa; (iii) Aquisição, em dezembro de 2015, de participações adicionais de 3,94% na ASCENDI COSTA DE PRATA e na ASCENDI BEIRAS LITORAL E ALTA, de 3,66% na ASCENDI NORTE e de 4,50% na ASCENDI GRANDE PORTO. (iv) Alienação, já em janeiro de 2016, da participação de 18,088% detida na MTS-Metro Transportes do Sul, S.A. Portugal Concessionárias ASCENDI São cinco as Concessionárias que desenvolvem a sua atividade em Portugal sob a marca ASCENDI, concretamente as sociedades ASCENDI NORTE, ASCENDI COSTA DE PRATA, ASCENDI BEIRAS LITORAL E ALTA, ASCENDI GRANDE PORTO e ASCENDI GRANDE LISBOA, todas elas contrapartes do Estado Português nas concessões rodoviárias com os mesmos nomes. Com a concretização do Acordo de Investimento acima referido celebrado com o fundo gerido pela Ardian, estas cinco Concessionárias passaram a ser detidas maioritariamente pela ASCENDI PT II, SGPS, S.A.. Em outubro de 2015, com a pronúncia favorável do Tribunal de Contas, entraram em vigor os novos contratos de concessão destas cinco Concessionárias, concluindo-se assim um longo processo de renegociação, iniciado ainda em 2012. Foram consagradas diversas alterações incluindo a redução da remuneração por disponibilidade, a revisão do modelo de operação e manutenção, bem como do modelo de financiamento de grandes reparações de pavimentos, agora maioritariamente da responsabilidade do Estado, a possibilidade de set-off das receitas de cobrança de taxas de portagem em favor da Concessionária e a compensação até 20% da redução da remuneração por disponibilidade, medida em VAL, através da afetação à Concessionária de partilhas de upsides de receitas de portagem e de eventuais refinanciamentos e, se necessário, da possibilidade de prorrogação dos prazos das concessões por um máximo de três anos. A entrada em vigor destes novos contratos garantiu a estabilização das relações contratuais que suportam a Concessão, condição necessária para a realização do investimento efetuado pela Ardian. Subconcessionárias ASCENDI DOURO e ASCENDI PINHAL INTERIOR Concluída em 2014 a construção na subconcessão Pinhal Interior, estas subconcessionárias encontram-se já em fase de exploração plena. Também quanto a estas duas subconcessionárias decorrem negociações com o Estado Português visando a redução de encargos para o erário público e a redefinição do respetivo âmbito, seja para as conformar com modelo idêntico aos já estabelecidos, ou em fase final de negociação, com outras concessionárias e subconcessionárias, seja em termos de investimento inicial (Pinhal Interior). Os processos negociais estão em diferentes fases de desenvolvimento, mais adiantado o do Pinhal Interior, já em fase final de negociação, que o do Douro Interior, para o qual apenas em agosto de 2015 foi nomeada pelo Estado uma Comissão de Renegociação. Não obstante, espera-se poder formalizar novos contratos para ambas as subconcessões ainda durante 2016, estabilizando-se assim a relação contratual, condição essencial para a adequada gestão dos respetivos ativos. LUSOPONTE Durante o ano de 2015 merece relevo o acentuado crescimento do tráfego, concretamente cerca de 3,4% em termos médios, e o consequente acréscimo de receita de cobrança de portagens, que ascendeu a 3,3%. Por outro lado, não houve evolução significativa nas negociações que têm vindo a decorrer com o Concedente, seja quanto ao encerramento de subsistentes diferendos, seja quanto à formalização de acordos já estabelecidos. 32 SCUTVIAS Em novembro de 2015, com a pronúncia do Tribunal de Contas, entrou em vigor o novo contrato de concessão concluindo-se assim um longo processo de renegociação, iniciado ainda em 2011, aquando da determinação governamental de introdução na concessão de um regime de cobrança de taxas de portagem aos seus utentes. Foram consagradas diversas alterações face ao contrato original, designadamente quanto ao modelo de remuneração da Concessionária, que passa a ser um modelo misto de receitas de cobrança de taxas de portagem e de disponibilidade das vias, quer quanto ao modelo de operação e manutenção, quer quanto ao prazo da concessão, agora prorrogado por mais três anos. Também aqui a entrada em vigor deste novo contrato garantiu a estabilização das relações contratuais que suportam a Concessão, condição essencial para a adequada gestão deste ativo. VIALITORAL Durante 2015 foi estabelecido um acordo entre a VIALITORAL e o Governo da Região Autónoma da Madeira (RAM) com vista ao ajustamento das condições do Contrato de Concessão, designadamente a redução dos encargos adstritos ao parceiro público, alterações ao modelo operacional e ao perímetro da Concessão. Foi também celebrado um outro acordo regulando os termos para a regularização da dívida da RAM para com a VIALITORAL. ASCENDI IGI, ASCENDI O&M e Via Verde A atividade operacional destas sociedades durante 2015 desenvolveu-se com normalidade, assinalando-se apenas o seu crescimento, fruto do generalizado crescimento do tráfego verificado nas autoestradas portuguesas, e da melhoria dos índices de produtividade, fruto do refinamento dos processos produtivos que vêm sendo adotados. Brasil CONCESSÃO RODOVIAS DO TIETÊ (“CRT”) A performance da CRT tem vindo a ser negativamente influenciada pelo recente comportamento desfavorável da economia brasileira, sendo esta a principal causa da redução do tráfego em cerca de 2,5%. Ainda assim, as receitas nominais da Concessionária em 2015 aumentaram cerca de 1,7%. Não obstante, manteve-se a execução do plano de investimentos, tendo-se concretizado: (i) em março, a duplicação da SP-308 (26 km entre Capivari e Piracicaba); e (ii) em setembro, a duplicação da SP-101 (14 km, entre Campinas e Monte Mor), sendo ainda de relevar que foram finalmente alcançadas as condições para a retoma da construção da Ponte sobre o Rio Piracicaba, que se encontrava paralisada desde 2013 em consequência do grave acidente que aí então ocorreu. 33 México CONCESSIONÁRIA AUTOPISTA PEROTE-XALAPA (“COPEXA”) Em 2015 o tráfego registado nesta Concessão cresceu cerca de 12% e as receitas 15%. Adicionalmente, deu-se corpo à preparação e negociação de uma reestruturação da dívida sénior e emissão de dívida subordinada em UDI Bonos com o objetivo de ajustar o perfil do serviço da dívida ao cash-flow da Concessionária. Esta operação foi concretizada já em janeiro de 2016 com a emissão de dívida subordinada de cerca de MXN 1.500 milhões, a qual permitiu a redução da dívida sénior em aproximadamente MXN 700 milhões e o alargamento da maturidade total da dívida para 20 anos. Por último, e na sequência da intenção do Conselho de Administração do GRUPO em alienar a sua participação financeira na ASCENDI GROUP, a partir de 30 de setembro de 2015 a mesma foi classificada como um ativo não corrente detido para venda, tendo sido suspensa a aplicação do método da equivalência patrimonial a partir dessa data. 34 4. MOTA-ENGIL na bolsa A evolução da performance da cotação em 2015 pode ser analisada nos gráficos seguintes: 80 Quantidade de ações transacionadas por trimestre 150% 140% 130% 60 120% 110% 40 100% 90% 20 80% ME dez-15 out-15 nov-15 set-15 jul-15 PSI20 ago-15 4T 2015 jun-15 3T 2014 abr-15 2T 2013 mai-15 1T fev-15 60% mar-15 0 jan-15 70% dez-14 Milhões de ações Evolução da performance do título 2015 SXOP Em 31 de dezembro de 2015, o capital social da MOTA-ENGIL era composto por 237.505.141 ações, o qual já incluía as 32.869.446 ações emitidas no âmbito da operação de aumento de capital concluída em dezembro de 2015, estando todas as ações admitidas à cotação na Euronext Lisbon. A cotação da ação MOTA-ENGIL a 31 de dezembro de 2015 era de 1,925 euros, correspondendo a uma capitalização bolsista de 457 milhões de euros. Durante o ano de 2015, a cotação da ação MOTA-ENGIL desvalorizou 27,7%, tendo o índice acionista português, PSI 20, valorizado 10,7% e o índice setorial Europeu, SXOP, valorizado 16,4%. O mercado acionista, principalmente na segunda metade do ano, foi caracterizado por alguma volatilidade devido nomeadamente ao efeito de contágio da desaceleração da economia Chinesa e da expetativa do fim da política monetária acomodatícia por parte dos EUA. Já a performance da ação MOTA-ENGIL foi também negativamente influenciada pela descida dos preços das matérias-primas, nomeadamente do petróleo, aumentando a aversão ao risco por parte de investidores a empresas expostas a países dependentes de matérias-primas. De destacar que para a evolução da cotação pesou também a preocupação sobre o nível de endividamento de algumas empresas do setor de construção, deteriorando também a perceção do risco financeiro por parte de investidores na MOTA-ENGIL. Assim, durante o ano, a ação atingiu um máximo de 3,643 euros a 20 de março e um mínimo de 1,811 euros a 22 de dezembro de 2015. Durante o ano de 2015, o volume médio diário de transações de ações da MOTA-ENGIL na Euronext Lisbon foi de 854 mil ou um total de 154 milhões de ações, correspondendo a cerca de 4,6 vezes o seu free-float, o qual exclui as ações próprias e as ações associadas a participações qualificadas em 31 de dezembro de 2015. Em 31 de dezembro de 2015, a MOTA-ENGIL detinha 1.559.742 ações próprias em carteira. 35 Em outubro de 2015, a subsidiária da MOTA-ENGIL para a região de África, MOTA-ENGIL ÁFRICA, anunciou um programa de recompra de ações a um preço de oferta de 6,1235 euros por ação, bem como a exclusão de negociação das suas ações na Euronext Amsterdam. A oferta foi bem-sucedida, tendo as ações da MOTA-ENGIL ÁFRICA deixado de estar cotadas no dia 10 de dezembro de 2015. A decisão para esta operação foi suportada pela baixa dispersão em bolsa do capital social da subsidiária, cerca de 5%, e pela perceção negativa sobre o contexto macroeconómico dos países onde a mesma mantém operações que não antevia no curto ou médio prazo a possibilidade de realização de uma operação bemsucedida de aumento da dispersão em bolsa do seu capital social. De salientar que o aumento da dispersão em bolsa era um objetivo prioritário da MOTA-ENGIL ÁFRICA, após a entrada em bolsa a 24 de novembro de 2014 das ações que resultaram da distribuição de um dividendo extraordinário, correspondente a 20% do capital social da MOTA-ENGIL ÁFRICA aos acionistas da MOTA-ENGIL. No contexto da retirada de bolsa da MOTA-ENGIL ÁFRICA e, conforme deliberado na Assembleia Geral de Acionistas de 30 de novembro de 2015, deu-se início em dezembro de 2015 a uma operação de aumento de capital, a qual foi finalizada ainda no final desse mês. Assim, foram emitidas 32.869.446 novas ações, maioritariamente subscritas pela Mota Gestão e Participações, SGPS, S.A., a um preço de subscrição de 2,4814 euros, com o intuito de financiar a recompra das ações da MOTA-ENGIL ÁFRICA não detidas pela MOTA-ENGIL. Em 2015, a Assembleia Geral Anual de Acionistas da MOTA-ENGIL decorreu no dia 28 de maio, tendo sido aprovados todos os pontos nela apreciados, nomeadamente o relatório e contas relativo ao ano de 2014 e a proposta de aplicação de resultados. Neste contexto, e em conformidade com a proposta do Conselho de Administração, foi aprovada a distribuição de um dividendo por ação de 0,12 euros relativo ao exercício de 2014, o qual foi pago em 9 de junho de 2015. Assim, e com base na cotação e no número de ações em 31 de dezembro de 2015, a dividend yield da ação MOTAENGIL foi de 6,2%. De igual modo, e em linha com a política em vigor de distribuição de dividendos da MOTA-ENGIL, que define um rácio de payout entre 50% e 75% do resultado líquido recorrente, o seu Conselho de Administração apresenta neste relatório uma proposta de aplicação de resultados, na qual consta a distribuição de um dividendo de 0,05 euros por ação. 36 5. Gestão de Risco O processo de gestão de risco é uma parte integrante do sistema de controlo interno que consiste no desenvolvimento de políticas e procedimentos de gestão com o objetivo de assegurar a criação de valor, salvaguarda dos ativos, cumprimento de leis e regulamentos e um ambiente de controlo que assegure o cumprimento dos valores éticos da Organização e a fiabilidade da informação relatada. Deste modo, a gestão de riscos no GRUPO MOTA-ENGIL assenta num processo evolutivo de permanente identificação e controlo da exposição aos diferentes tipos de riscos inerentes à sua atividade, nas várias geografias e áreas de negócio em que está presente, promovendo o estudo e implementação de estratégias de mitigação dos principais riscos. No presente capítulo apresentamos as estruturas responsáveis pela análise e acompanhamento do processo de gestão de riscos, identificando, de forma transversal, os principais riscos a que o GRUPO está exposto no exercício da sua atividade. Organização A gestão global de riscos do GRUPO MOTA-ENGIL é da competência da Comissão Executiva e dos Órgãos de Administração e Fiscalização. Ao nível da Comissão Executiva, a área de responsabilidade da Função de Risco Corporativo é atribuída a um Administrador Executivo. Existe ainda uma Comissão especializada, a Comissão de Auditoria, Investimento e Risco, que, reportando ao presidente do Conselho de Administração, tem como principal função apreciar políticas de investimento e risco de negócios e projetos do GRUPO, examinar e emitir pareceres sobre projetos de investimento ou desinvestimento, emitir pareceres sobre a entrada e saída em novas áreas de negócio e novos mercados, e monitorar operações financeiras e societárias relevantes, assegurando a devida independência dos órgãos de gestão dependentes da Comissão Executiva. A Função de Auditoria e Compliance abrange todas as áreas, processos e atividades das empresas que constituem o GRUPO e tem como principal missão contribuir para a concretização dos objetivos estratégicos, avaliando a conformidade e melhoria contínua da eficácia e controlo interno dos processos de gestão do GRUPO e também apoiar na prevenção e mitigação tanto de riscos de controlo como de riscos de compliance, que se traduzem no risco de sanções legais ou regulatórias, de perda financeira ou de reputação em consequência da falha no cumprimento da aplicação de leis, regulamentos, código de conduta e das boas práticas, promovendo o respeito do GRUPO e dos seus colaboradores por todo o normativo aplicável através de uma intervenção independente, em conjunto com todas as unidades orgânicas do GRUPO. Assim, os principais riscos a que o GRUPO está exposto e que em seguida se abordam são acompanhados pelos reportes internos dos responsáveis das áreas de negócio e pelos relatórios, pareceres e recomendações da Comissão acima referida, em conjugação com as informações elaboradas pelos titulares das funções corporativas, com destaque para a Unidade de Engenharia, Planeamento Estratégico, Controlo de Negócios, Risco Corporativo, Finanças Corporativas, Assuntos Jurídicos, Fiscalidade Corporativa e Recursos Humanos. 37 Gestão de Riscos Transversais No domínio específico dos riscos transversais a que o GRUPO está exposto, compete à Função de Risco Corporativo assegurar uma análise independente dos vários riscos, tendo por suporte uma matriz de risco aprovada pela Comissão Executiva, revista anualmente, e monitorizar através de vários parâmetros de risco e de modelos especificamente produzidos em função do perfil de atuação do GRUPO. A matriz de riscos transversais do GRUPO MOTA-ENGIL assume-se como uma ferramenta de trabalho na monitorização sistemática do grau de risco implícito nas diferentes dimensões de riscos a que o GRUPO se encontra exposto. Foram definidas várias etapas chave que definem a construção e manutenção da matriz de riscos transversais do GRUPO, das quais destacamos: O processo de gestão de risco tratado pela equipa de Risco Corporativo, define-se conforme as seguintes principais macro atividades: Em 2015 a função de Risco Corporativo produziu Relatórios Trimestrais de Risco os quais foram analisados em sede de Comissão Executiva, permitindo assim analisar as principais recomendações emitidas e decidir quais as ações necessárias para mitigar os principais riscos sinalizados. Refira-se ainda que as regiões, em função da sua maturidade e dimensão, integraram em 2015 os mesmos processos de reporte de risco, reforçando o sistema de controlo interno dos diferentes níveis da Organização, contribuindo assim para o reforço das orientações do “Committee of Sponsoring the Organizations of Treadway Comission” (COSO). 38 Monitorização de Grandes Projetos Em 2015 foi criado um novo processo Corporativo, denominado por Monitorização de Grandes Projetos. Este processo é partilhado pelas funções corporativas de Unidade de Engenharia, Controlo de Negócios e Risco Corporativo tendo como conceito estabelecido o de efetuar um acompanhamento regular de projetos com elevado impacto na performance do GRUPO, garantindo uma visão 360º sobre o desenvolvimento do projeto ao nível da Holding e reforçando a visibilidade sobre potenciais riscos e áreas de atuação prioritárias. A promoção da visão 360º é um dos aspetos fundamentais do processo, combinando diferentes tipos de monitorização: ─ Técnica – análise regular de riscos técnicos e operacionais; ─ Económico-financeira – análise regular do desempenho dos projetos face ao previsto; ─ Outros riscos – identificação e monitorização de riscos relacionados com a atividade comercial, operacional e com o contexto externo. No desenvolvimento do processo, foram definidos os critérios de elegibilidade dos projetos a monitorizar, construindo assim, em 2015, uma evolução no processo de gestão de risco de grandes projetos de acordo com as melhores práticas a nível mundial. As diferentes áreas de atuação deste processo, Unidade de Engenharia, Controlo de Negócios e Risco Corporativo, funcionam como uma equipa multidisciplinar permitindo a realização de uma avaliação complementar e rigorosa sobre os principais riscos e oportunidades inerentes aos projetos, assim como permitem aportar uma perspetiva sobre os riscos futuros. Estas monitorizações têm por objetivo contribuir para a identificação de potenciais eventos de risco e apoiar a tomada de decisões que os mitiguem e, se possível, melhorar a rentabilidade do próprio projeto. Riscos conjunturais O risco país, aferido sobre as diferentes dimensões para cada um dos mercados onde o GRUPO marca presença, encontra-se associado a alterações ou perturbações específicas de natureza política, económica ou financeira, podendo impedir o cumprimento dos objetivos estratégicos do GRUPO. 39 Com uma exposição geográfica diversificada e com profunda maturidade na maioria dos mercados, o GRUPO tem ainda assim procurado, ao longo dos últimos anos, promover uma expansão em países integrados nas regiões em que se encontra, colocando na Comissão Executiva e no Conselho de Administração a responsabilidade final de conceder a necessária validação de todo e qualquer projeto de investimento em novos mercados, constituindo, por si só, e ainda que complementada com níveis de análise técnica e económico-financeira, uma premissa organizacional promotora de um efetivo sistema de controlo interno, mitigadora de riscos e promotora de um alinhamento estratégico a todos os níveis da organização. Quanto à avaliação do risco país, e iniciando a análise pela economia portuguesa, o atual ritmo de recuperação da economia portuguesa tem sido relativamente moderado, em particular tendo em conta a severidade da contração observada nos últimos anos. Em 2015 o investimento registou, segundo o barómetro da AECOPS, Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços, mínimos históricos desde que foi lançado este indicador em Portugal, com o valor dos contratos públicos celebrados em 2015 a cair 37% face a 2014. Num contexto de crescimento económico frágil da Europa, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou em setembro de 2015 a manutenção da taxa diretora em 0,05%, como uma das medidas de política monetária no sentido de continuar a tentar reanimar a atividade económica, entretanto aprofundada com medidas de maior impacto na Zona Euro, procurando inverter a tendência de deflação e de reduzido crescimento económico. A esta medida, acresce o efeito do programa “Quantitative Easing” que tem permitido a diversos países da Zona Euro, entre os quais Portugal, continuar a beneficiar de taxas de juro historicamente baixas nas suas operações de refinanciamento e emissão de dívida. No entanto, e segundo as mais recentes projeções de organismos internacionais como o FMI, verificamos que o ambiente macroeconómico não apresenta alterações significativas, motivado pela redução da economia chinesa (o pior registo dos últimos 25 anos) e com o preço do petróleo, e das commodities em geral, a prejudicar de forma muito significativa o nível de investimento público e privado em alguns dos mercados com maior representatividade na atividade global do GRUPO MOTA-ENGIL. O aumento da dimensão média das operações em diversos mercados tem permitido, no entanto, reforçar a capacidade do GRUPO em contrariar a diminuição da atividade em alguns países onde marca presença e mitigar riscos operacionais e financeiros motivados pelo contexto internacional a que assistimos ao longo de 2015. Gestão do Risco Financeiro O GRUPO MOTA-ENGIL, pela sua diversificação geográfica, com presença em 3 continentes e 22 países, está exposto a uma variedade de riscos financeiros, merecendo especial enfoque os riscos de taxa de juro, cambial, liquidez e de crédito. A política de gestão dos riscos financeiros do GRUPO visa minimizar impactos e efeitos adversos decorrentes da incerteza caraterística dos mercados financeiros. Esta incerteza, que se reflete em diversas vertentes, exige especial atenção e medidas concretas e efetivas de gestão. A atividade de gestão de risco financeiro é coordenada pela Função de Finanças Corporativas, a qual coordena e monitoriza a gestão de tesouraria e da carteira de dívida, com o apoio e suporte da Função Corporativa de Controlo de Negócios, e desenvolve-se de acordo e em conformidade com as orientações aprovadas pelo Conselho de Administração, com intervenção consultiva da Comissão de Auditoria, Investimento e Risco, que daquele é delegada, não deixando de ser uma responsabilidade das administrações de cada uma das unidades de negócio do GRUPO. 40 A postura do GRUPO relativamente à gestão dos riscos financeiros é conservadora, recorrendo, quando aconselhável, a instrumentos financeiros derivados para cobertura de riscos, sempre na perspetiva de que estes se relacionem com a atividade normal e corrente, não assumindo nunca posições em derivados ou outros instrumentos financeiros que se revistam de caráter especulativo. Os diversos tipos de risco financeiro estão interrelacionados e as diversas medidas de gestão, ainda que específicas de cada um deles, encontram-se em larga medida ligadas, contribuindo essa integração para a prossecução do mesmo objetivo, isto é, a salvaguarda dos ativos, e a diminuição da volatilidade dos fluxos de caixa e das rentabilidades esperadas. Risco de taxa de juro A política de gestão de risco de taxa de juro tem por objetivo a otimização do custo da dívida e a obtenção de um reduzido nível de volatilidade nos encargos financeiros, ou seja, pretende-se controlar e mitigar o risco de se incorrer em perdas resultantes de variações das taxas de juro a que se encontra indexada a dívida financeira do GRUPO, maioritariamente denominada em euros. Refira-se a este nível que a estratégia de alocação da dívida aos mercados locais, próxima da geração de cash-flows, tem contribuído para uma diversificação de moedas em termos de tomada de dívida. Mais recentemente, face à estagnação a que têm estado votadas as taxas de juro de curto e médio longo prazo, estáveis em mínimos históricos, têm sido realizadas com menor expressão novas operações de cobertura deste risco. No entanto, nos casos em que as maturidades dos empréstimos são longas, o GRUPO continua a analisar e a contratar níveis de cobertura que assegurem possíveis alterações futuras das taxas de juro, mantendo-se a área de Finanças Corporativas atenta à inversão de tendência que certamente acompanhará a inevitável retoma das economias nos anos que se avizinham. Risco de taxa de câmbio O GRUPO MOTA-ENGIL operacionaliza os seus negócios a nível internacional, contando com diversas empresas e em diferentes jurisdições, estando por isso exposto ao risco de taxa de câmbio. Refira-se que ao nível da análise dos riscos cambiais, existe um acompanhamento contínuo e sistemático das variações a que o GRUPO está sujeito. Este exercício é elaborado pelas áreas de Finanças Corporativas e de Controlo de Negócios da Holding, consolidando e reportando a informação de todas as empresas presentes nas diversas geografias, quer ao nível de fluxos, saldos e dívida. A exposição do GRUPO MOTA-ENGIL ao risco cambial resulta sobretudo da presença de várias das suas participadas em diversos mercados, nomeadamente em África, com maior incidência em Angola e Moçambique, na Europa Central e América Latina, em especial nos mercados mexicano, peruano e brasileiro, que trazem novos desafios, com a exposição a novas moedas e novas realidades económico-financeiras. A política de gestão de risco de taxa de câmbio tem por objetivo a redução da volatilidade em investimentos e operações expressas em moeda externa (moedas que não o euro), contribuindo para uma menor sensibilidade dos resultados a flutuações cambiais. O risco de taxa de câmbio no GRUPO sintetiza-se de duas formas: • Risco de transação - riscos cambiais relativos aos fluxos de tesouraria e aos valores dos instrumentos registados na demonstração da posição financeira, em que mudanças nas taxas de câmbio têm um impacto sobre os resultados e os fluxos de tesouraria. 41 • Risco de translação – riscos cambiais relativos a flutuações do valor do capital investido nas empresas estrangeiras do GRUPO, devido a alterações de taxas de câmbio. Em termos de gestão de risco cambial, procura-se, sempre que possível ou aconselhável, realizar coberturas naturais de valores em exposição pelo recurso a dívida financeira denominada na moeda externa em que se expressam os valores em risco. Sempre que tal não se revele possível ou adequado, promove-se a contratação ou realização de outras operações baseadas em instrumentos financeiros derivados, estruturadas, numa lógica de minimização do seu custo, nomeadamente para cobertura de riscos em transações cambiais futuras, com grande grau de certeza quanto a montante e data de realização. Salienta-se, por outro lado, que, principalmente nos mercados africanos, uma parte significativa dos contratos é denominada em euros ou em dólares americanos, sendo, sempre que possível, indexado o câmbio ao valor de contrato registado em moeda nacional. Acresce o facto de que a antecipação da queda do euro face ao dólar no final do ano permitiu posicionar-nos no mercado cambial por forma a encerrar o exercício com a devida adequação e equilíbrio dos mecanismos disponíveis, tendo beneficiado ao longo de 2015 com as variações que se verificaram sobretudo pela valorização do dólar norteamericano. Risco de liquidez A gestão do risco de liquidez passa pela manutenção de um adequado nível de disponibilidades, assim como pela negociação de limites de crédito que permitam assegurar os meios financeiros necessários para solver compromissos no momento em que estes se tornam exigíveis. A política de gestão do risco de liquidez do GRUPO MOTA-ENGIL tem por objetivo garantir que existem fundos disponíveis (saldos e fluxos financeiros de entrada) a cada momento no GRUPO e nas suas participadas, suficientes para que estas possam fazer face, em devido tempo, a todos os compromissos financeiros assumidos (fluxos financeiros de saída). A obtenção de elevados níveis de flexibilidade financeira, fundamental para a gestão deste risco, tem vindo a ser prosseguida pelo recurso às seguintes medidas de gestão: - Estabelecimento de relações de parceria com as entidades financiadoras, assegurando o seu apoio financeiro ao GRUPO numa ótica de longo prazo, independentemente do contexto que possa condicionar os negócios; - Contratação e manutenção de linhas de crédito excedentárias de curto prazo, que se constituem como reservas de liquidez, disponíveis para utilização a todo o momento; - Realização de um rigoroso planeamento financeiro por empresa, concretizado na elaboração e revisão periódica de orçamentos de tesouraria, possibilitando a previsão antecipada de excedentes e défices futuros de tesouraria, e a otimização e gestão integrada de fluxos financeiros entre participadas do GRUPO; - Financiamento dos investimentos no médio e longo prazo, adequando as maturidades da dívida e o plano de pagamento das responsabilidades resultantes do financiamento à capacidade de geração de fluxos de caixa de cada projeto ou empresa; - Início do processo de negociação do refinanciamento de empréstimos de médio e longo prazo a vencer no ano, com pelo menos um ano de antecedência sobre a respetiva maturidade; 42 - Manutenção de uma estrutura de dívida nas empresas com níveis de financiamento no médio e longo prazo situados entre os 60% a 70%, reduzindo assim a sua dependência de fundos mais voláteis de curto prazo, criando-se alguma imunização a fatores conjunturais dos mercados financeiros; - Escalonamento do vencimento da dívida financeira ao longo do tempo, procurando estender a maturidade média da dívida para a tornar mais coincidente com o ciclo de libertação de meios e do grau de permanência de alguns ativos de longo prazo detidos pelo GRUPO. - Procura de novas fontes de financiamento e de novos financiadores, com o objetivo de: Diversificação geográfica – captação de recursos nos diversos mercados em que o GRUPO desenvolve atividade; Diversificação de instrumentos de dívida – captação de fundos junto de fontes alternativas, reforçando o objetivo estratégico de uma maior desintermediação bancária. Relativamente aos instrumentos de dívida, o GRUPO conseguiu em 2015 alargar o nível de relacionamento bancário com entidades financeiras nos mais diversos países de atuação, aumentando as suas fontes de financiamento na banca comercial, para além de manter a sua capacidade de atração de investidores para a contratação de instrumentos de financiamento alternativos, destacando-se a emissão de Obrigações de retalho “Mota-Engil julho 2015 / fevereiro 2020”, no valor de 95 milhões de euros a uma taxa de 3,9%, conferindo ao GRUPO a capacidade de promover a expansão das suas atividades, gerar o rollover da dívida, assegurar uma disponibilidade financeira adequada e um controlo efetivo e otimizado da sua estrutura de financiamento. Merecem igualmente destaque as operações desencadeadas ao longo de 2015 para o estabelecimento de uma parceria com a Ardian conducente ao reforço da capitalização da Ascendi, e a negociação da venda de ativos non core que irão gerar em 2016 a captação de recursos relevantes para a atividade do GRUPO e para o desenvolvimento da sua estratégia. Risco de crédito A política de gestão do risco de crédito tem por objetivo garantir que as participadas do GRUPO promovem a efetiva cobrança e recebimento dos seus créditos sobre terceiros nos prazos estabelecidos e/ou negociados para o efeito. A exposição do GRUPO ao risco de crédito prende-se sobretudo com as contas a receber decorrentes do desenrolar normal das suas diversas atividades, merecendo especial atenção as atividades de prestação de serviços associadas ao segmento de Engenharia e Construção. A mitigação deste risco é conseguida preventivamente, antes da exposição ao risco, pelo recurso a entidades fornecedoras de informação e perfis de risco de crédito que permitam fundamentar a decisão de concessão de crédito. Posteriormente, depois de concedido o crédito, é promovida pela Organização a manutenção de estruturas de controlo de crédito e cobrança, implementadas ao nível de cada mercado, e, nalguns casos mais particulares, promove-se o recurso à contratação de seguros de crédito junto de reputadas companhias de seguros especializadas. Estas medidas contribuem para a manutenção dos créditos sobre clientes dentro de níveis não suscetíveis de afetar a saúde financeira das participadas do GRUPO. O desenvolvimento significativo da atividade do GRUPO em África e na América Latina, foi em parte, promovido pelo desenvolvimento de uma estratégia comercial próxima e dirigida a um elevado e crescente número de clientes, espalhados por diversas áreas de negócio e pólos geográficos, o que mitiga o risco. 43 Adicionalmente, regista-se o facto de alguns dos maiores projetos que o GRUPO tem em curso terem como promotores alguns dos maiores conglomerados privados a nível mundial e entidades públicas, o que confere uma segurança acrescida ao nível da solidez financeira e de cobertura de crédito, existindo ainda de forma crescente o apoio de entidades multilaterais em África e na América Latina como financiadoras de projetos de infraestruturas, o que assegura um conforto adicional ao nível do risco de crédito. Por último, apesar da tendência reforçada nos últimos anos para o desenvolvimento de projetos de dimensão superior, o GRUPO tem uma dispersão muito significativa do seu relacionamento comercial, contando nestes projetos com o pagamento de adiantamentos que permitem reduzir de forma significativa o risco de crédito. Riscos operacionais Estes riscos podem ser definidos como riscos complementares aos dos negócios core e também financeiros do GRUPO, nas várias regiões e mercados onde este atua, associados, nomeadamente, a ativos físicos, contencioso, execução e cumprimento de processos, sistemas de informação, recursos humanos, entre outros. Riscos sobre ativos físicos Os riscos de incidentes sobre ativos físicos podem decorrer de causas externas ou internas, podendo traduzir-se em perda de valor para o GRUPO, sobre a forma de menores lucros ou pagamento de indeminizações, ameaçando colaboradores ou terceiros, equipamentos ou a indisponibilidade de ativos. No GRUPO MOTA-ENGIL existem várias áreas, corporativas e de Negócio, que acompanham estes riscos, gerindo e mitigando, através da implementação das melhores práticas, as políticas de operação, inspeção e prevenção, bem como planos de continuidade para eventos inesperados. Riscos Legais Os riscos legais são essencialmente os decorrentes do exercício da própria atividade do GRUPO, da assunção de obrigações jurídicas cujo risco não tenha sido devidamente avaliado, e ou minimizado, podendo gerar impactos financeiros ou aumento da litigância, e ainda os riscos jurídicos emergentes da diversidade dos ordenamentos jurídicos, nos quais o GRUPO está representado, bem como a exposição a níveis de litigância elevados. A política de gestão dos riscos legais tem por objetivo garantir que as empresas participadas pelo GRUPO, no exercício da sua atividade, cumprem as normas e regulamentos aplicáveis, e que ao nível das negociações e contratação, e de operações de Fusões e Aquisições, são assessoradas por advogados, in-house e ou externos, com vista a ser efetuada uma prévia avaliação do risco jurídico inerente ao projeto em causa, e bem assim, a serem encontradas soluções legalmente admissíveis, de limitar o risco, a níveis aceitáveis pelos órgãos de Administração do GRUPO. O GRUPO exerce atividades em diversos países, com sistemas jurídicos distintos e com características locais próprias, pelo que o risco emergente desta diversidade legal é mitigado pela preocupação de ter os projetos, negociações e contratação, acompanhados por advogados locais, conhecedores e habilitados nos sistemas jurídicos em causa, com vista a ser dado cumprimento a todas as normas e regulamentos aplicáveis. Todo o GRUPO é monitorizado do ponto de vista jurídico e do respetivo risco de contencioso laboral, administrativo, civil e fiscal que se possa traduzir em danos económicos ou em danos reputacionais. Existe um acompanhamento especial para a execução dos projetos de maior dimensão e complexidade técnica e financeira do GRUPO, bem como o contencioso de maior valor e ou de maior risco, através da prestação de informação trimestral, reportada à Holding do GRUPO pelos mercados e regiões, procurando-se desta forma ter sempre informação atualizada, e bem assim, poderem ser atempadamente identificadas situações jurídicas que careçam de maior intervenção e acompanhamento, com vista a minimizar os seus efeitos. 44 Para minimizar o risco de o GRUPO atingir níveis de litigância elevados, é efetuada a gestão pré-contenciosa dos litígios, com vista a, sempre que possível, obter a sua resolução extrajudicial. Riscos Regulatórios Considerando a presença em diferentes mercados, o GRUPO assegura ao nível técnico e operacional que cada empresa e cada unidade de negócio dá cumprimento às normas legais estabelecidas em cada mercado, assegurando a sua devida habilitação técnica e legal para os projetos a que se propõe no âmbito das negociações decorrentes da adjudicação dos mesmos. A MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. está cotada na bolsa de valores portuguesa, no principal índice, o PSI-20, pelo que inerentemente encontra-se ao abrigo da Supervisão da Comissão de Mercados de Valores Mobiliários (CMVM). Ainda no âmbito da supervisão de mercados financeiros, existem também obrigações da MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. e da MOTAENGIL ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO, S.A. que estão cotadas na bolsa do Luxemburgo cuja supervisão está a cargo da “Comission de Surveillance du Sector Financier”. Adicionalmente, o GRUPO, através das suas participadas, cumpre nas suas diversas áreas de negócios com as exigências normativas e regulações próprias, sendo objeto de acompanhamento permanente, não tendo sido alvo de qualquer processo nem admoestação por parte das Entidades de Supervisão. A Função Corporativa de Auditoria e Compliance tem um papel preponderante na perseguição do cumprimento dos diversos normativos e regras que o GRUPO tem obrigação de cumprir. A avaliação da conformidade das políticas e procedimentos, da eficácia dos sistemas de controlo interno e do apoio na prevenção e mitigação tanto de riscos de controlo como de riscos de compliance, implementados pela gestão do GRUPO, são objeto de verificação, o que se traduz numa análise de risco das sanções legais ou regulatórias, de perda financeira ou de reputação em consequência da falha no cumprimento da aplicação de leis, regulamentos, código de conduta e das boas práticas. Para além do cumprimento legal e regulatório das atividades exercidas em cada mercado por parte das empresas participadas do GRUPO, cada colaborador deverá intuir e praticar as normas estabelecidas no Código de Ética e de Conduta cuja última versão foi aprovada em 2015 de acordo com um processo instituído de revisão anual, e que se encontra disponível no sítio da empresa, em www.mota-engil.com. Risco de Sistemas de Informação Empresas globais como o GRUPO MOTA-ENGIL dependem fortemente da área de tecnologia da informação (TI) para executarem os seus processos e operações, nos diversos negócios e geografias onde atuam assim como para assegurarem a devida fiabilidade nos processos de controlo e reporte. Para tal, o GRUPO trabalha constantemente para a uniformização de plataformas de forma a aumentar o grau de confiança da utilização das TI e a transversalidade dos processos. Atendendo à crescente complexidade da infraestrutura de tecnologias no GRUPO, presente em diferentes geografias, a segurança da informação tornou-se uma função essencial da missão das TI. Como ação mitigadora, desenvolvemos um modelo de governo articulado entre as diferentes áreas de negócio, liderado pela área de TI corporativa, que define, implementa e supervisiona um modelo de governação que garante que os sistemas de informação e os processos são desenvolvidos de forma transversal ao GRUPO, assegurando que a informação é rastreável e tem mecanismos adequados de controlo de segurança da informação. A governação da segurança da informação tem diferentes especificidades e um conjunto próprio de requisitos. Neste sentido, o GRUPO definiu uma política de governação ao nível da gestão dos dados, acessos, identificação de perfis, políticas de supervisão e monitorização dos mesmos. 45 6. Gestão do capital humano do GRUPO Num contexto de forte internacionalização que cada vez mais caracteriza o GRUPO MOTA-ENGIL, o ano de 2015 apresentou igualmente desafios de (re)organização interna, desde logo materializados em milestones como sejam a aquisição da EGF, a alienação dos negócios portuários e de logística, a entrada no sector elétrico no México, a entrada em novos Mercados (designadamente na América Latina), entre outros negócios e parcerias estratégicas em curso. Esta conjuntura reforçou o processo de consolidação do modelo de governo, alicerçado na regionalização, e o estabelecimento de um conjunto de temas e processos de carácter estratégico, definidos, acompanhados e monitorizados a nível corporativo. Efetivamente, o modelo de governo do GRUPO MOTA-ENGIL preconiza a implementação de uma estratégia de Recursos Humanos que responda às necessidades do GRUPO, atuando ao nível de políticas de recursos humanos transversais, mobilidade e gestão do talento, com particular enfoque em dois segmentos estratégicos – ‘Quadros de Topo’ e ‘Jovens de Elevado Potencial’. Tendo por base este enquadramento, a estratégia definida refletiu-se, ao longo do ano de 2015, num conjunto de atividades relacionadas com os eixos estratégicos de intervenção prioritários: Políticas corporativas de RH Considerando o contexto de mudança em que o GRUPO MOTA-ENGIL se encontra, verificou-se em 2015 a necessidade de revisitar e atualizar as Políticas e Modelos Corporativos de Recursos Humanos, adaptando-os a um modelo de atuação transversal, centralizado para os segmentos de topo e customizado localmente para as restantes Funções. Este trabalho de adaptação e atualização das Políticas de Recursos Humanos foi assim iniciado em matérias como a definição da Arquitetura Organizacional do GRUPO, a Gestão do Desempenho, a Política de Mobilidade Internacional e o Recrutamento e Integração de Colaboradores, beneficiando da experiência decorrente de anteriores implementações de cada modelo já realizadas no GRUPO. Gestão de Quadros de Topo De acordo com a estratégia definida, e assumindo particular relevância na gestão de Recursos Humanos do GRUPO, foi, durante o ano de 2015, criado o segmento estratégico de colaboradores ‘Quadros de Topo’. A gestão deste segmento é centralizada corporativamente, tendo por base as Políticas Corporativas de Recursos Humanos e assente numa estratégia transversal coesa e coerente. 46 Para este segmento de colaboradores, foi definido e desenvolvido um modelo de gestão dedicado, no âmbito do qual foram concretizadas em 2015 um conjunto de atividades, em diversas áreas de intervenção, designadamente: > Questionário de Diagnóstico do Segmento Quadros de Topo, com o objetivo de aferir as efetivas necessidades e expectativas dos colaboradores deste Segmento e com vista a apurar as prioridades de atuação. > Definição de uma estratégia de desenvolvimento, formação e culture & sharing do Segmento Quadros de Topo, no âmbito da qual a MOTA-ENGIL Active School, universidade corporativa do GRUPO, promoveu durante 2015 o primeiro Strategic Management Program, realizado em parceria com a Católica Lisbon Business & Economics e a Kellog School of Management of Northwestern University, programa que consistiu numa iniciativa de reforço de competências ao nível da gestão estratégica, com o objetivo de potenciar níveis mais elevados de performance do negócio e focar áreas que se tornam críticas no exercício de funções de topo. > Definição de um Modelo de Gestão de Performance a aplicar transversalmente aos Quadros de Topo, com vista à gestão uniforme do Segmento e criando um processo transparente e de equidade, que assegure meritocracia no seio deste segmento. Jovens de Elevado Potencial Com vista a preparar o futuro do Capital Humano no GRUPO e a garantir a sustentabilidade da liderança na Organização, foi igualmente definido durante o ano de 2015 um outro segmento estratégico: Jovens de Elevado Potencial. Com este enquadramento, foi criado o Programa MEET – Mota-Engil Emerging Talent –, programa que visa identificar, desenvolver e reter o talento no GRUPO e que se apresenta como um programa de gestão dedicada para Jovens de Elevado Potencial, com o objetivo de constituir um acelerador do desenvolvimento dos colaboradores com talento, favorecendo a sua preparação para assumir funções de maior responsabilidade e senioridade. Com objetivos subjacentes de desenvolvimento de competências consideradas críticas para este Segmento, de difusão da cultura MOTA-ENGIL, de promoção da partilha de melhores práticas, de promoção de uma cultura de meritocracia e de retenção do talento, preparando a sucessão nos diversos níveis funcionais, são desenvolvidas ao longo deste Programa um conjunto de iniciativas e atividades de desenvolvimento para este grupo de colaboradores. Este é um programa que se reveste de um carácter cíclico, prevendo-se a renovação da pool de Emerging Talents a cada 3 anos, garantindo uma alimentação contínua da base da pirâmide para a liderança futura do GRUPO. Reporting RH O ano de 2015 deu continuidade ao desafio do GRUPO de investir em processos e plataformas que permitam a consolidação da informação de RH e a análise transversal de informação crítica relativa à gestão de recursos humanos, independentemente da geografia, negócio e estrutura de enquadramento dos colaboradores. Neste sentido, o GRUPO deu seguimento durante 2015 ao projeto central de Reporting Corporativo de RH, com vista a promover uma visão consolidada e coesa do conjunto dos indicadores de capital humano oriundo das 22 diferentes geografias em que o GRUPO está presente. 47 7. Atividade desenvolvida pelos membros não-executivos do Conselho de Administração Durante o ano, os administradores não-executivos participaram regularmente nas reuniões do Conselho de Administração, sendo que discutiram as matérias em análise e manifestaram as suas opiniões relativamente a diretrizes estratégicas e a áreas de negócio específicas. Mantiveram, sempre que necessário, contacto com as equipas do Centro Corporativo e das Unidades de Serviços Partilhados, bem como com os gestores de negócio. 8. Proposta de aplicação de resultados Do Relatório de Gestão Individual consta a seguinte proposta: O Conselho de Administração propõe à Assembleia Geral anual de Acionistas a seguinte distribuição dos resultados líquidos do exercício, no valor de 15.523.664 euros e 14 cêntimos, o qual já inclui os montantes de 500 000 euros e 250 000 euros afetos à distribuição de lucros, respetivamente, pelo Conselho de Administração, nos termos do artigo 28º, nº 3 dos Estatutos, e pelos trabalhadores: a) Para distribuição aos acionistas, 0,05 euros por ação, cativos de impostos, no valor global de 11.875.257 euros e 5 cêntimos; b) Para reserva legal, 5% do resultado líquido do exercício, no valor de 776.183 euros e 21 cêntimos; c) Para reservas livres, o remanescente, no valor de 2.872.223 euros e 88 cêntimos. 48 9. Perspetivas para 2016 O ano de 2016 manterá, por certo, as características de um período de transição iniciado em 2015, fruto da manutenção de uma conjuntura internacional difícil que exigirá um redobrado esforço às empresas do GRUPO para que se mantenham os focos estratégicos de crescimento sustentado, balanceado pelo controlo do risco e orientado à geração de cash-flow. Para tal manteremos as iniciativas que visam o reforço organizacional do GRUPO, enquadrado pelas três sub-holdings: • • • MOTA-ENGIL EUROPA, SA; MOTA-ENGIL AFRICA, NV; MOTA-ENGIL LATIN AMERICA, BV. É por isso possível esperar o desenvolvimento apresentado infra para os negócios do GRUPO em 2016: • Crescimento do Volume de Negócios Consolidado, suportado na carteira de encomendas e no equilíbrio do contributo das três regiões para a atividade consolidada do GRUPO; • Melhoria das margens médias na Europa fruto da alteração do mix de negócios; • Peso relevante dos mercados tradicionais em África, denotando uma resiliência em face do exigente contexto externo, assegurando um desempenho focado na geração de cash-flow, mas resultando numa redução do peso relativo da região no volume de negócios consolidado; • Novo ano de forte crescimento de volume de negócios na América Latina, com a consolidação dos principais mercados, início de projetos em novas geografias e concretização da diversificação para os segmentos de ambiente e energia; • Impacto da alienação de ativos, parcialmente já concretizada, com redução do endividamento do GRUPO; • Investimento anual entre 125 e 150 milhões de euros, dos quais cerca de 80 milhões de euros relacionados com a EGF; • Carteira de encomendas acima de quatro mil milhões de euros, suportada na atividade internacional. Salienta-se que estas perspetivas não correspondem a um compromisso quanto à performance futura do GRUPO, mas tão-somente à melhor capacidade de previsão, nesta data, quanto à atividade futura das suas empresas. Assim sendo, a performance que poderá ser efetivamente alcançada em 2016 poderá diferir substancialmente destas previsões. Adicionalmente, a MOTA-ENGIL não se compromete a fazer atualizações ou correções desta informação por alteração de qualquer fator endógeno ou exógeno que venha a alterar o desempenho do GRUPO. 49 10. Factos relevantes após o termo do exercício Em 2016, até à emissão do presente relatório, destacamos os seguintes factos relevantes, cujos detalhes se encontram adequadamente divulgados, como informação privilegiada, nos sítios da MOTA-ENGIL e da CMVM: 19 de fevereiro de 2016 MOTA-ENGIL INFORMA SOBRE CONCLUSÃO DA ALIENAÇÃO DOS NEGÓCIOS PORTUÁRIO E DE LOGÍSTICA “A MOTA-ENGIL SGPS, S.A. informa que, após a obtenção de declaração de não oposição por parte da Autoridade da Concorrência e das autorizações de todas as demais entidades que, nos termos legais e contratuais, tinham de se pronunciar sobre a transação, concluiu hoje a alienação ao Grupo Yildirim dos seus negócios portuário e de logística. A MOTA-ENGIL mais informa que, tendo em conta que não foi concluído até esta data o processo de renegociação da Concessão do Terminal de Contentores de Leixões, incluída no perímetro da venda, o qual tinha por objeto a realização de um significativo investimento por parte da concessionária, por contrapartida do reequilíbrio económico-financeiro da concessão em cumprimento da lei e do contrato, nos termos do Acordo o montante final da compra e venda, já recebido, foi de €245 milhões. “ 11 de fevereiro de 2016 MOTA-ENGIL INFORMA SOBRE ACORDO PARA ALIENAÇÃO DA SUA PARTICIPAÇÃO NA INDAQUA “A MOTA-ENGIL informa que, no âmbito da implementação da sua estratégia para a área de ambiente, chegou hoje a acordo para a venda da sua participação na INDAQUA – INDÚSTRIA E GESTÃO DE ÁGUAS, SA (INDAQUA) ao Grupo Miya por 60 milhões de euros. A concretização da transação depende da obtenção das diversas autorizações por parte dos concedentes e financiadores e deverá estar concluída até ao final do primeiro semestre de 2016. A INDAQUA controla ou participa em 6 concessionárias de fornecimento de água, servindo 7 municípios portugueses e cerca de 600 mil habitantes. Com esta operação, o GRUPO continua a implementar as medidas de focalização, dos recursos afetos à sua área de ambiente, no segmento de recolha e tratamento de resíduos. “ 5 de fevereiro de 2016 MOTA-ENGIL INFORMA SOBRE FORMALIZAÇÃO DA PARCERIA ENTRE ASCENDI E ARDIAN “A MOTA-ENGIL informa que, após a obtenção das autorizações por parte dos concedentes e financiadores em 2015, e no contexto da formalização da parceria entre a ASCENDI e a Ardian em vigor desde maio daquele ano, foi hoje realizado um aumento de capital em numerário, integralmente subscrito pela Ardian, na sociedade veículo para onde já haviam sido transferidas as concessionárias objeto da transação, abaixo referidas: • Auto-Estradas da Grande Lisboa; • Auto-Estradas do Grande Porto; • Auto-Estradas do Norte; • Auto-Estradas da Costa de Prata; • Auto-Estradas das Beiras Litoral e Alta Estas concessionárias, controladas conjuntamente pela ASCENDI e a Ardian desde 2015, ficam a partir desta data sob a gestão da ASCENDI PT II, SGPS, SA, entidade detida pelos dois parceiros.” 50 11. Nota final Resta agradecer o empenhamento pessoal e profissional de todos os colaboradores do GRUPO MOTA-ENGIL, dos membros dos órgãos sociais, dos clientes e de todos quantos se relacionaram com as suas diversas empresas. Porto, 14 de março de 2016 António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota Presidente do Conselho de Administração Gonçalo Nuno Gomes de Andrade Moura Martins Vice-Presidente do Conselho de Administração e Presidente da Comissão Executiva (Chief Executive Officer) Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo Vice-Presidente do Conselho de Administração Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos Vogal do Conselho de Administração Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa Vogal do Conselho de Administração Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota de Meireles Vogal do Conselho de Administração Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos Vogal do Conselho de Administração e Membro da Comissão Executiva Ismael Antunes Hernandez Gaspar Vogal do Conselho de Administração e Membro da Comissão Executiva 51 José Pedro Matos Marques Sampaio de Freitas Vogal do Conselho de Administração e Membro da Comissão Executiva (Chief Financial Officer) António Martinho Ferreira de Oliveira Vogal do Conselho de Administração e Membro da Comissão Executiva João Pedro dos Santos Dinis Parreira Vogal do Conselho de Administração e Membro da Comissão Executiva Luís Filipe Cardoso da Silva Vogal do Conselho de Administração Luís Valente de Oliveira Vogal não-executivo e independente do Conselho de Administração António Bernardo Aranha da Gama Lobo Xavier Vogal não-executivo e independente do Conselho de Administração António Manuel da Silva Vila Cova Vogal não-executivo e independente do Conselho de Administração 52 53 54 56 Demonstrações consolidadas dos resultados para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 Ano 2015 € '000 Notas Vendas e prestações de serviços Outros rendimentos Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas, variação da produção e Subcontratos Fornecimentos e serviços externos Gastos com pessoal Outros rendimentos / (gastos) operacionais Amortizações Provisões e perdas de imparidade Rendimentos e ganhos financeiros Gastos e perdas financeiras Ganhos / (perdas) em empresas associadas e conjuntamente controladas Ganhos / (perdas) na alienação de empresas subsidiárias e associadas Resultado antes de imposto Imposto sobre o rendimento 3 4 5 6 7 8 9, 17 e 18 10 11 11 12 13 14 14 Resultado líquido consolidado do exercício Atribuível: a interesses que não controlam ao Grupo Resultado por ação: básico diluído Trimestral 2014 € '000 2015 € '000 2014 € '000 (auditado) (auditado) (não auditado) (não auditado) 2.433.640 (1.029.455) (527.941) (506.268) (3.130) (151.541) (47.226) 70.294 (160.761) 67.123 (44.729) 100.006 (46.160) 2.368.155 16.548 (1.053.194) (430.801) (466.241) (25.229) (129.361) (7.230) 30.894 (162.116) (18.693) 122.732 (39.643) 640.360 (22.867) (204.162) (136.700) (141.551) (20.350) (36.716) (22.007) 42.123 (53.276) 31.982 (44.729) 32.109 (15.601) 578.687 (54.606) (261.022) (36.687) (127.865) (2.597) (25.634) 7.275 10.305 (56.698) (7.184) 23.974 (13.812) 53.846 83.089 16.508 10.163 2 e 34 34.800 32.538 13.509 9.356 15 19.046 50.550 2.999 807 0,01 € 0,01 € 0,05 € 0,05 € 15 0,09 € 15 0,09 € Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras consolidadas 0,25 € 0,25 € 57 Demonstrações consolidadas dos resultados e do outro rendimento integral para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 Ano 2015 € '000 Resultado líquido consolidado do exercício 4º Trimestre 2014 € '000 2015 € '000 2014 € '000 (auditado) (auditado) (não auditado) (não auditado) 53.846 83.089 16.508 10.163 18.017 100 (9.909) 30.025 261 (3.984) 6.636 15 (3.414) 150 (133) (263) (2.173) 45.398 (3.418) 3.894 (59.397) (5.047) 1.006 8.148 (1.115) (1.462) (24.868) (7.744) Itens de outro rendimento integral que poderão vir a ser reclassificados para a demonstração dos resultados Empresas controladas Diferenças cambiais decorrentes da transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira Variação, líquida de impostos, no justo valor de instrumentos financeiros derivados Outro rendimento integral Empresas consolidadas pelo método da equivalência patrimonial Diferenças cambiais decorrentes da transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira Variação, líquida de impostos, no justo valor de instrumentos financeiros derivados Outro rendimento integral de investimentos financeiros em equivalência patrimonial Itens de outro rendimento integral que não serão reclassificados para a demonstração dos resultados Variação, líquida de impostos, no justo valor dos ativos fixos tangíveis Total do rendimento integral consolidado do exercício Atribuível: a interesses que não controlam ao Grupo 1.441 (7.337) 1.441 (7.337) 103.302 41.504 29.225 (31.495) 37.582 65.719 42.382 (878) 15.101 14.125 14.470 (45.965) Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras consolidadas 58 Demonstrações da posição financeira consolidada em 31 de dezembro de 2015 e 2014 Notas Ativo Não corrente Goodwill Ativos intangíveis Ativos tangíveis Investimentos financeiros em empresas associadas e conjuntamente controladas Ativos financeiros disponíveis para venda e detidos até à maturidade Propriedades de investimento Clientes e outros devedores Outros ativos não correntes Instrumentos financeiros derivados Ativos por impostos diferidos Caixa e seus equivalentes com recurso a prazo 16 17 18 19 20 21 23 23 26 14 23 Corrente Inventários Clientes Outros devedores Imposto sobre o rendimento Outros ativos correntes Instrumentos financeiros derivados Caixa e seus equivalentes com recurso a prazo Caixa e seus equivalentes sem recurso à vista Caixa e seus equivalentes com recurso à vista 22 23 23 23 23 26 23 23 23 Ativos não correntes detidos para venda 38 Total do Ativo Passivo Não corrente Empréstimos sem recurso Empréstimos com recurso Fornecedores e Credores diversos Instrumentos financeiros derivados Provisões Outros passivos não correntes Passivos por impostos diferidos 25 25 27 26 28 29 14 Corrente Empréstimos sem recurso Empréstimos com recurso Fornecedores Instrumentos financeiros derivados Credores diversos Imposto sobre o rendimento Outros passivos correntes 25 25 27 26 27 27 29 Passivos não correntes detidos para venda 38 Total do Passivo Capital Social Capital Social Ações próprias Reservas, Resultados Transitados e Prémios de Emissão Resultado líquido consolidado do exercício 24 24 24 Capital próprio atribuível ao Grupo Interesses que não controlam Interesses que não controlam afetos a ativos/passivos detidos para venda 2 e 34 2 e 34 Total do Capital próprio Total do Capital próprio e Passivo 2015 € '000 2014 € '000 (auditado) (auditado) 80.512 627.398 782.116 34.338 93.260 82.037 85.466 1.812 166 137.672 - 136.677 127.668 771.662 161.697 51.026 69.106 215.093 13.017 4.214 56.052 68.067 1.924.776 1.674.279 284.439 939.389 284.975 16.033 525.898 9.183 62.391 102.946 278.559 301.421 975.740 284.586 9.728 363.488 5.190 317.349 2.503.814 2.257.503 687.237 29.980 5.115.827 3.961.761 203.128 698.582 135.734 188 123.201 406.963 99.238 996.857 157.832 125.120 4.181 40.456 1.667.034 1.324.445 40.534 984.914 436.839 627.168 12.514 546.360 552.260 431.792 313 580.022 3.301 491.639 2.648.329 2.059.328 - 107.396 - 4.422.760 3.383.773 237.505 (3.084) 116.735 19.046 204.636 58.665 50.550 370.202 313.851 233.970 88.895 264.137 - 693.067 577.988 5.115.827 3.961.761 Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras consolidadas 59 Demonstrações das exercícios findos em 31 de Reservas de justo valor Capital Saldo em 1 de janeiro de 2014 Total do rendimento integral consolidado do exercício Distribuição de dividendos Outras distribuições de resultados Alienação de ações próprias Transferências para outras reservas Alterações no perímetro de consolidação e no interesse de subsidiárias 204.636 Prémio de emissão (22.749) 87.256 - 22.749 - (42.821) - Invest. disponíveis Terrenos de ativos para venda minerais e outros 27.702 - 10.306 (7.337) - Derivados (499) 261 - - - - - - Saldo em 31 de dezembro de 2014 204.636 - 44.435 27.702 2.968 (238) Saldo em 1 de janeiro de 2015 204.636 - 44.435 27.702 2.968 (238) 48.149 - - 1.441 - 99 - - - - Total do rendimento integral consolidado do exercício Aumento de capital Distribuição de dividendos Outras distribuições de resultados Aquisição de ações próprias Transferências para outras reservas Alterações no perímetro de consolidação em entidades controladas: Aquisição da EGF Alterações de percentagem de participação em entidades controladas: - Aquisição de interesses que não controlam na Mota-Engil Africa NV - Diferença entre o valor pago e os interesses que não controlam adquiridos na Mota-Engil Africa NV - Outras aquisições/alienações em interesses que não controlam Saldo em 31 de dezembro de 2015 60 Ações próprias 32.869 - (3.084) - - - - - - - - - - - - - - - - - 237.505 (3.084) - - - 92.584 27.702 4.409 (139) alterações no capital próprio para os dezembro de 2015 e 2014 Reserva de conversão cambial (53.001) 20.870 - Reservas legais Resultado líquido do exercício Outras reservas 40.927 - 12.414 50.505 (65.221) (47.336) (117) 25.178 50.505 50.550 (50.505) Capital próprio atribuível a acionistas Capital próprio atribuível a int. que não controlam 357.495 201.731 (878) (90.157) (117) 47.927 - 42.382 (23.194) (113) - (419) Total do capital próprio 559.226 41.504 (113.350) (230) 47.927 - - (419) - 43.332 42.912 (32.131) 40.927 (24.998) 50.550 313.851 264.137 577.988 (32.131) 313.851 264.137 577.988 65.719 81.018 (24.556) (7) (3.084) - 37.582 (19.435) (4) - 103.302 81.018 (43.991) (11) (3.084) - 75.031 75.031 40.927 (24.998) 50.550 14.767 - - 30.366 (24.556) (7) 50.550 19.046 (50.550) - - - - - - - 42.582 - 42.582 - - (108.910) - (108.910) - - (17.364) 40.927 3.589 (31.384) (42.582) - (108.910) - 3.589 8.136 11.725 19.046 370.202 322.865 693.067 61 Demonstrações dos fluxos de caixa consolidados para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 Notas Atividades operacionais Recebimentos de clientes Pagamentos a fornecedores Pagamentos ao pessoal (auditado) 2.617.344 (1.838.199) (507.364) Fluxos gerados pelas operações 233.305 (78.412) 10.882 249.431 165.776 72.340 18.855 6.964 2.474 1.530 12.012 43.228 2.005 100.634 58.775 (219.234) (12.767) (152.514) (52.718) (8.045) (223.687) (384.515) (284.450) (283.881) (225.675) 317.322 5.127 - 290.068 49.251 322.449 339.319 (72.284) (64.799) (107.994) (38.119) (3.084) (72.298) (50.759) (104.748) (55.485) - (286.281) (283.290) 36.167 56.029 23 1.717 44.766 6.807 390.606 (3.870) 329 34.414 359.733 23 443.896 390.606 37 Pagamentos respeitantes a: Investimentos financeiros Ativos intangíveis Ativos tangíveis 37 Fluxos das atividades de investimento (2) Atividades de financiamento Recebimentos provenientes de: Empréstimos obtidos Subsídios e doações Venda de ações próprias Pagamentos respeitantes a: Empréstimos obtidos Amortizações de contratos de locação financeira Juros e custos similares Dividendos Aquisição de ações próprias Fluxos das atividades de financiamento (3) Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3) Variações decorrentes de alterações de perímetro Efeito das diferenças de câmbio Caixa e seus equivalentes no início do exercício (1) Para ser lido em conjunto com o anexo às demonstrações financeiras consolidadas (1) Inclui o montante de 68.067 milhares de euros registado em não corrente em 2014. 62 (auditado) 2.461.687 (1.840.528) (387.854) (26.628) 4.277 Fluxos das atividades operacionais (1) Atividades de investimento Recebimentos provenientes de: Investimentos financeiros Ativos tangíveis Juros e proveitos similares Dividendos 2014 € '000 271.781 (Pagamento)/Recebimento de imposto sobre o rendimento Outros recebimentos/(pagamentos) de atividades operacionais Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 2015 € '000 0. Nota Introdutória A MOTA-ENGIL, SGPS, SA, com sede no Edifício Mota, Rua do Rego Lameiro, nº 38 4300-454 Porto (MOTA-ENGIL SGPS ou EMPRESA), e empresas participadas (GRUPO ou GRUPO MOTA-ENGIL), têm como atividades principais as empreitadas de obras públicas e privadas e atividades com elas conexas, bem como a recolha e tratamento de resíduos. A atividade do GRUPO é desenvolvida essencialmente em três regiões: Europa, África e América Latina. As presentes demonstrações financeiras são consolidadas nas demonstrações financeiras da entidade Mota Gestão e Participações, SGPS, SA. Todos os montantes explicitados nestas notas são apresentados em milhares de euros, salvo se expressamente referido em contrário. 1. Políticas Contabilísticas 1.1. Bases de Apresentação e Principais Políticas Contabilísticas As demonstrações financeiras consolidadas do GRUPO MOTA-ENGIL foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas que constituem o GRUPO ajustados no processo de consolidação. Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) ou pelo anterior Standards Interpretation Committee (SIC), tal como adotadas pela União Europeia à data de 31 de dezembro de 2015. No que se refere às empresas do GRUPO que utilizam normativos contabilísticos diferentes, são efetuados ajustamentos de conversão para as IAS/IFRS. As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas com base no custo histórico, exceto para determinadas classes de imóveis, para as propriedades de investimento e para os instrumentos financeiros derivados que são mensurados ao custo revalorizado ou ao justo valor no final de cada período de reporte, tal como explicado nas políticas contabilísticas abaixo. O justo valor é a quantia pela qual um ativo pode ser trocado ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transação em que não exista relacionamento entre elas, independentemente de esse preço poder ser diretamente observável ou estimado utilizando outras técnicas de valorização. Ao estimar o justo valor de um ativo ou passivo, o GRUPO considera as características do ativo ou passivo que os participantes do mercado também tivessem em consideração quando valorizassem o ativo ou passivo na data de mensuração. O justo valor para efeitos de mensuração e divulgação nestas demonstrações financeiras é determinado na base atrás descrita, exceto no que se refere a locações que são tratadas no âmbito da IAS 17, e às mensurações com semelhanças ao justo valor mas que não correspondem ao justo valor, tal como o valor realizável líquido preconizado na IAS 2 ou o valor de uso preconizado na IAS 36. Adicionalmente, para efeitos de relato financeiro, a mensuração a justo valor é hierarquizada em três níveis (Nível 1, 2 e 3) de acordo com o grau em que os pressupostos utilizados são observáveis em mercado ativo e de acordo com a sua significância ao nível da valorização a justo valor utilizada na mensuração dos ativos/passivos ou na divulgação dos mesmos. 63 Os níveis hierárquicos atrás referidos são como seguem: • Nível 1 – o justo valor é determinado com base em preços de mercado ativo para ativos/passivos idênticos; • Nível 2 – o justo valor é determinado com base em outros dados que não sejam os preços de mercado identificados no Nível 1, mas que possam ser observáveis no mercado; e • Nível 3 – o justo valor é determinado com base em modelos de avaliação cujos principais pressupostos não são observáveis no mercado. As demonstrações financeiras consolidadas intercalares do GRUPO MOTA-ENGIL foram apresentadas trimestralmente de acordo com a norma IAS 34 - Relato Financeiro Intercalar. 1.1.1 Normas, interpretações, emendas e revisões que entraram em vigor no exercício As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões adotadas (“endorsed”) pela União Europeia foram aplicadas pela primeira vez no exercício findo em 31 de dezembro de 2015: Norma / Interpretação IFRIC 21 – Pagamentos ao Estado Aplicável na União Europeia nos exercícios iniciados em Conteúdo ou após 17-jun-14 Esta norma vem estabelecer as condições quanto à tempestividade do reconhecimento de uma responsabilidade relacionada com o pagamento ao Estado de uma contribuição por parte de uma entidade em resultado de determinado evento (por exemplo, a participação num determinado mercado), sem que o pagamento tenha por contrapartida bens ou serviços especificados. Emenda à IFRS 3 – Concentração de atividades empresariais (incluída nos melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro – ciclo 2011-2013) jan-15 Esta emenda vem clarificar que a IFRS 3 exclui do seu âmbito de aplicação a formação de um acordo conjunto nas demonstrações financeiras do próprio acordo conjunto. Emenda à IFRS 13 – Mensuração ao justo valor (incluída nos melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro – ciclo 2011-2013) jan-15 Esta emenda vem clarificar que a exceção de aplicação da norma a ativos e passivos financeiros com posições compensadas se estende a todos os contratos no âmbito da IAS 39, independentemente de cumprirem com a definição de ativo ou passivo financeiro da IAS 32. Emenda à IAS 40 – Propriedades de investimento (incluída nos melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro – ciclo 2011-2013) jan-15 Esta emenda vem clarificar que é necessário aplicar juízo de valor para determinar se a aquisição de uma propriedade de investimento constitui uma aquisição de um ativo ou uma concentração de atividades empresariais abrangida pela IFRS 3. Não foram produzidos efeitos significativos nas demonstrações financeiras do GRUPO no exercício findo em 31 de dezembro de 2015, decorrentes da adoção das normas, interpretações, emendas e revisões atrás referidas. 64 1.1.2 Normas, interpretações, emendas e revisões que irão entrar em vigor em exercícios futuros As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, adotadas pela União Europeia: Norma / Interpretação Emenda à IAS 19 – Benefícios dos empregados – Contribuições de empregados Aplicável na União Europeia Conteúdo nos exercícios iniciados em ou após 1-fev-15 Esta emenda vem clarificar em que circunstâncias as contribuições dos empregados para planos de benefícios pós-emprego constituem uma redução do custo com benefícios de curto prazo. Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (ciclo 2010-2012) fev-15 Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (ciclo 2012-2014) jan-16 Emenda à IFRS 11 – Acordos conjuntos – Contabilização de aquisições de interesses em acordos conjuntos jan-16 Estas melhorias envolvem a clarificação de alguns aspetos relacionados com a: IFRS 2 – Pagamentos com base em ações: definição de vesting condition; IFRS 3 – Concentração de atividades empresariais: contabilização de pagamentos contingentes; IFRS 8 – Segmentos operacionais: divulgações relacionadas com o julgamento aplicado em relação à agregação de segmentos e clarificação sobre a necessidade de reconciliação do total de ativos por segmento com o valor total de ativos nas demonstrações financeiras; IAS 16 – Ativos fixos tangíveis e IAS 38 – Ativos intangíveis: necessidade de reavaliação proporcional de amortizações acumuladas no caso de reavaliação de ativos fixos; IAS 24 – Divulgações de partes relacionadas: define que uma entidade que preste serviços de gestão à Empresa ou à sua empresa-mãe é considerada uma parte relacionada; e IFRS 13 – Justo valor: clarificações relativas à mensuração de contas a receber ou a pagar de curto prazo. Estas melhorias envolvem a clarificação de alguns aspetos relacionados com a: IFRS 5 – Ativos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas: introduz orientações de como proceder no caso de alterações quanto ao método expectável de realização (venda ou distribuição aos acionistas); IFRS 7 – Instrumentos financeiros: divulgações: clarifica os impactos de contratos de acompanhamento de ativos no âmbito das divulgações associadas a envolvimento continuado de ativos desreconhecidos, e isenta as demonstrações financeiras intercalares das divulgações exigidas relativamente a compensação de ativos e passivos financeiros; IAS 19 – Benefícios dos empregados: define que a taxa a utilizar para efeitos de desconto de benefícios definidos deverá ser determinada com referência às obrigações de alta qualidade de empresas que tenham sido emitidas na moeda em que os benefícios serão liquidados; e IAS 34 – Relato financeiro intercalar: clarificação sobre os procedimentos a adotar quando existe informação disponível em outros documentos emitidos em conjunto com as demonstrações financeiras intercalares. Esta emenda está relacionada com a aquisição de interesses em operações conjuntas. Estabelece a obrigatoriedade de aplicação da IFRS 3 quando a operação conjunta adquirida constituir uma atividade empresarial de acordo com a IFRS 3. Quando a operação conjunta em questão não constituir uma atividade empresarial, deverá a transação ser registada como uma aquisição de ativos. Esta alteração tem aplicação prospetiva para novas aquisições de interesses. 65 Norma / Interpretação Emenda à norma IAS 1 – Apresentação de demonstrações financeiras – “Disclosure Iniciative” Aplicável na União Europeia Conteúdo nos exercícios iniciados em ou após jan-16 Esta emenda vem clarificar alguns aspetos relacionados com a "Disclosure Iniciative ", designadamente: (i) a entidade não deverá dificultar a inteligibilidade das demonstrações financeiras através da agregação de itens materiais com itens imateriais ou através da agregação de itens materiais com naturezas distintas; (ii) as divulgações especificamente requeridas pelas IFRS apenas têm de ser dadas se a informação em causa for material; (iii) as linhas das demonstrações financeiras especificadas pela IAS 1 podem ser agregadas ou desagregadas, conforme tal for mais relevante para os objetivos do relato financeiro; (iv) a parte do outro rendimento integral resultante da aplicação do método da equivalência patrimonial em associadas e acordos conjuntos deve ser apresentada separadamente dos restantes elementos do outro rendimento integral segregando igualmente os itens que poderão vir a ser reclassificados para resultados dos que não serão reclassificados; (v) a estrutura das notas deve ser flexível, devendo estas respeitar a seguinte ordem: · uma declaração de cumprimento com as IFRS na primeira secção das notas; · uma descrição das políticas contabilísticas relevantes na segunda secção; · informação de suporte aos itens da face das demonstrações financeiras na terceira secção; e outra informação na quarta secção. Emenda à IAS 16 – Ativos fixos tangíveis e à IAS 38 – Ativos intangíveis – aétodos de depreciação aceitáveis jan-16 Esta emenda estabelece a presunção (que pode ser refutada) de que o rédito não é uma base apropriada para amortizar um ativo intangível e proíbe o uso do rédito como base de amortização de ativos fixos tangíveis. A presunção estabelecida para a amortização de ativos intangíveis só poderá ser refutada quanto o ativo intangível é expresso em função do rendimento gerado ou quando a utilização dos benefícios económicos está altamente correlacionada com a receita gerada. Emenda à IAS 16 – Ativos fixos tangíveis e à IAS 41 – Agricultura – tlantas de produção jan-16 Esta emenda vem excluir as plantas que produzem frutos ou outros componentes destinados a colheita e/ou remoção do âmbito de aplicação da IAS 41, passando as mesmas a estar abrangidas pela IAS 16. Emenda à IAS 27 – Aplicação do método de equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras separadas jan-16 Esta emenda vem introduzir a possibilidade de mensuração dos interesses em subsidiárias, acordos conjuntos e associadas em demonstrações financeiras separadas pelo método da equivalência patrimonial, para além dos métodos de mensuração atualmente existentes. Esta alteração aplica-se retrospetivamente. Em 31 de dezembro de 2015, o GRUPO não procedeu à adoção antecipada das normas, interpretações, emendas e revisões atrás referidas. No entanto, não são esperados efeitos relevantes nas demonstrações financeiras consolidadas do GRUPO decorrentes da sua aplicação em exercícios futuros. 66 1.1.3 Normas, interpretações, emendas e revisões ainda não adotadas pela União Europeia As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, não foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, adotadas (“endorsed”) pela União Europeia: Norma / Interpretação Conteúdo IFRS 9 – Instrumentos Financeiros (2009) e emendas posteriores Esta norma insere-se no projeto de revisão da IAS 39 e estabelece os novos requisitos relativamente à classificação e mensuração de ativos e passivos financeiros, à metodologia de cálculo de imparidade e à aplicação das regras de contabilidade de cobertura. Esta norma é de aplicação obrigatória para os exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2018. IFRS 14 – Activos regulados Esta norma vem estabelecer os requisitos de relato, por parte de entidades que adotem pela primeira vez as IFRS, aplicáveis a ativos regulados. IFRS 15 – Rédito de contratos com clientes Esta norma vem introduzir uma estrutura de reconhecimento do rédito baseada em princípios e assente num modelo a aplicar a todos os contratos celebrados com clientes, substituindo as normas IAS 18 – Rédito, IAS 11 – Contratos de construção; IFRIC 13 – Programas de fidelização; IFRIC 15 – Acordos para a construção de imóveis; IFRIC 18 – Transferências de ativos provenientes de clientes e SIC 31 – Rédito Transações de troca direta envolvendo serviços de publicidade. Esta norma é de aplicação obrigatória para os exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2018. IFRS 16 – Locações Esta norma vem introduzir os princípios de reconhecimento e mensuração de locações, substituindo a IAS 17 – Locações. A norma define um único modelo de contabilização de contratos de locação que resulta no reconhecimento pelo locatário de ativos e passivos para todos os contratos de locação, exceto para as locações com um período inferior a 12 meses ou para as locações que incidam sobre ativos de valor reduzido. Os locadores continuarão a classificar as locações entre operacionais ou financeiras, sendo que a IFRS 16 não implicará alterações substanciais para tais entidades face ao definido na IAS 17. Emenda à IFRS 10 – Demonstrações financeiras consolidadas, à IFRS Estas emendas contemplam a clarificação de diversos aspetos relacionados com a aplicação da 12 - Divulgações sobre participações noutras entidades e à IAS 28 – exceção de consolidação por parte de entidades de investimento. Investimentos em associadas e entidades conjuntamente controladas Emendas à IFRS 10 – Demonstrações financeiras consolidadas e à Estas emendas vêm eliminar um conflito existente entre as referidas normas, relacionado com a venda IAS 28 – Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos ou com a contribuição de ativos entre o investidor e a associada ou entre o investidor e o empreendimento conjunto. As normas acima referidas não foram ainda adotadas (“endorsed”) pela União Europeia e, como tal, não foram aplicadas pelo GRUPO no exercício findo em 31 de dezembro de 2015. Dada a complexidade e a alteração significativa no tratamento contabilístico de algumas transações preconizadas nas normas acima referidas, à data de aprovação destas demonstrações financeiras não foram ainda quantificados os efeitos expectáveis decorrentes da adoção das mesmas. As demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas em Euro (milhares) por esta ser a moeda principal das operações do GRUPO. As demonstrações financeiras das empresas participadas expressas em moeda estrangeira foram convertidas em Euro de acordo com as políticas contabilísticas descritas na alínea xiv) dos Principais critérios valorimétricos desta Nota. Todas as estimativas e assunções efetuadas pelo Conselho de Administração tiveram por base o seu conhecimento à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso. Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, em conformidade com as IAS/IFRS, o Conselho de Administração do GRUPO adotou certos pressupostos e estimativas que afetaram o montante dos ativos e passivos reportados, bem como os respetivos rendimentos e gastos incorridos, parte dos quais estão descritos na alínea xxii) dos Principais critérios valorimétricos desta Nota. As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas para apreciação e aprovação em Assembleia Geral de Acionistas. O Conselho de Administração do GRUPO entende que as mesmas serão aprovadas sem alterações. 67 1.2. Bases de consolidação a) Empresas controladas Estas demonstrações financeiras consolidadas incorporam as demonstrações financeiras da Empresa e das entidades controladas por si e pelas suas subsidiárias. Entende-se que existe controlo quando a Empresa (i) tem poder sobre a participada; (ii) está exposta a e/ou tem direito a retornos variáveis em resultado do seu envolvimento com a participada; e (iii) tem a capacidade de utilizar o poder atrás referido para influenciar os retornos da participada. Desta forma, algumas empresas participadas cuja percentagem de participação efetiva detida pelo GRUPO é inferior a 50% foram consideradas como controladas pelo mesmo. A maioria dessas situações ocorre quando o GRUPO detém uma participação financeira maioritária numa empresa subsidiária que por sua vez detém outra participação maioritária numa empresa participada. Por outro lado, algumas empresas participadas cuja percentagem de participação efetiva detida pelo GRUPO é superior a 50% não foram consideradas como controladas, dada a existência de acordos com terceiras entidades em que se estabeleceu a partilha de controlo sobre as mesmas. Sempre que se verificam alterações em algum dos três elementos acima referidos relativamente a uma participada, o GRUPO reavalia a existência de controlo sobre a mesma. A Empresa controla uma participada mesmo que não detenha a maioria dos seus direitos de voto quando, em virtude dos direitos de voto detidos e/ou de eventuais acordos celebrados, tenha a capacidade prática de dirigir as atividades relevantes da participada de forma unilateral. As participações financeiras em entidades controladas (incluindo entidades estruturadas ou SPV) são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método da consolidação integral a partir do momento em que é adquirido o controlo por parte do GRUPO. Consequentemente, os resultados das entidades cujo controlo foi adquirido ou perdido durante o exercício estão incluídos na demonstração dos resultados, respetivamente, desde a data de obtenção de controlo ou até à data em que o mesmo foi cedido. O resultado líquido e os demais elementos do outro rendimento integral e do capital próprio das entidades controladas correspondentes à participação de terceiros nas mesmas (interesses que não controlam) são apresentados na demonstração da posição financeira consolidada e na demonstração consolidada dos resultados e do outro rendimento integral em rubricas específicas de interesses que não controlam. O rendimento integral das entidades controladas é atribuído aos proprietários do GRUPO e aos interesses que não controlam, mesmo que a situação resulte num saldo deficitário destes últimos. Quando necessário, são efetuados ajustamentos às demonstrações financeiras das entidades controladas de modo a que as suas políticas contabilísticas sejam consistentes com as adotadas pelo GRUPO. As transações e os saldos entre empresas do GRUPO são eliminados no processo de consolidação. Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, as principais transações realizadas entre empresas do GRUPO podem resumir-se a: (i) Compras e vendas de inventários (ii) Prestações de serviços de construção civil (iii) Prestações de serviços administrativos (iv) Concessão e obtenção de empréstimos (v) Distribuição de dividendos As entidades controladas (incluídas nestas demonstrações financeiras pelo método da consolidação integral) encontram-se detalhadas no Apêndice A ao presente anexo. 68 b) Empresas associadas Os investimentos financeiros em empresas associadas são registados pelo método da equivalência patrimonial, estando incluídos na demonstração da posição financeira na rubrica “Investimentos financeiros em empresas associadas e conjuntamente controladas”. Os investimentos financeiros em empresas associadas são investimentos onde o GRUPO exerce uma influência significativa. A influência significativa (presumida quando os direitos de voto são superiores a 20%) é o poder de participar nas decisões de cariz financeiro e operacional de uma entidade, sem todavia exercer controlo ou controlo conjunto sobre a mesma. Adicionalmente, em algumas entidades cuja percentagem de participação efetiva detida pelo GRUPO é inferior a 20%, o mesmo exerce influência significativa sobre as mesmas. A maioria dessas situações ocorre quando o GRUPO detém uma participação financeira maioritária numa empresa subsidiária que por sua vez controla ou exerce influência significativa numa empresa participada. Por outro lado, algumas empresas subsidiárias (cujo peso é imaterial) são consolidadas pelo método da equivalência patrimonial dada a não disponibilização atempada dos elementos financeiros necessários à elaboração deste anexo às demonstrações financeiras. Os investimentos financeiros em empresas associadas para os quais o GRUPO não conseguiu obter atempadamente demonstrações financeiras (cujo peso é imaterial) foram registadas ao custo de aquisição, líquido de imparidades. De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são inicialmente registadas pelo seu custo de aquisição, sendo este ajustado posteriormente: • • • Pelo valor correspondente à participação do GRUPO no rendimento integral (incluindo o resultado líquido do exercício) das associadas - por contrapartida de outro rendimento integral do GRUPO ou de ganhos ou perdas do exercício, conforme aplicável Pelos dividendos recebidos – por contrapartida de uma conta a receber ou de disponibilidades Por eventuais ganhos ou perdas gerados em operações com outras empresas do GRUPO É efetuada uma avaliação dos investimentos financeiros em empresas associadas quando existem indícios de que o ativo possa estar em imparidade, sendo registada uma perda na demonstração dos resultados sempre que tal se confirme. A quantia recuperável dos investimentos financeiros em empresas associadas é, para este fim, determinada de acordo com o disposto na IAS 36. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores deixarem de existir, estas são objeto de reversão (com o registo do correspondente ganho na demonstração dos resultados). As perdas por imparidade são registadas como uma dedução à quantia escriturada dos investimentos. Quando a proporção do GRUPO nos prejuízos acumulados da associada excede o valor pelo qual o investimento se encontra registado, o investimento é relatado por valor nulo enquanto o capital próprio da associada não for positivo, exceto quando o GRUPO tenha assumido compromissos para com a associada, registando, nesses casos, uma responsabilidade para fazer face a essas obrigações. Os ganhos não realizados em transações com associadas são eliminados proporcionalmente ao interesse do GRUPO na associada por contrapartida do investimento nessa mesma associada. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie que o ativo transferido esteja em situação de imparidade. Sempre que necessário, são efetuados ajustamentos às demonstrações financeiras das associadas para adequar as suas políticas contabilísticas às adotadas pelo GRUPO. Os investimentos financeiros em empresas associadas e conjuntamente controladas encontram-se detalhados no Apêndice A ao presente anexo. 69 c) Empreendimentos conjuntos Empreendimentos conjuntos são acordos em que as partes que têm o controlo conjunto do acordo têm direitos sobre os ativos líquidos do mesmo. Controlo conjunto é a partilha contratualmente acordada de controlo, que existe apenas quando as decisões sobre as atividades relevantes exigem o consentimento unânime das partes que compartilham o controlo. Os interesses financeiros em empreendimentos conjuntos são registados nas demonstrações financeiras consolidadas através do método da equivalência patrimonial, tal como descrito na alínea b). No seguimento do atrás descrito e dos acordos estabelecidos entre as partes, nos quais se prevê o seu consentimento unânime nas decisões de gestão relevantes, os investimentos financeiros detidos na ASCENDI GROUP e na INDAQUA foram considerados como empreendimentos conjuntos, até à data da sua classificação como “Ativos não correntes detidos para venda”, pese embora o GRUPO detenha uma percentagem de participação efetiva superior a 50%. Os investimentos financeiros em empreendimentos conjuntos encontram-se detalhados no Apêndice A. d) Operações conjuntas Operações conjuntas são acordos em que as partes que detêm o controlo conjunto têm direitos sobre os ativos e obrigações perante os passivos do acordo. Controlo conjunto é a partilha contratualmente acordada de controlo, que existe apenas quando as decisões sobre as atividades relevantes exigem o consentimento unânime das partes que compartilham o controlo. Quando uma entidade do GRUPO desenvolve as suas atividades no âmbito de operações conjuntas, o GRUPO como um operador conjunto reconhece em relação ao seu interesse numa operação conjunta: − − − − e) Os seus ativos, incluindo a sua parte de quaisquer ativos detidos conjuntamente; Os seus passivos, incluindo a sua parte de quaisquer passivos incorridos conjuntamente; A sua quota de receitas provenientes da venda da produção pela ação conjunta; As suas despesas, incluindo a sua parte de quaisquer gastos incorridos em conjunto. Concentrações de atividades empresariais As concentrações de atividades empresariais são registadas de acordo com o método da compra. O custo da concentração é apurado ao justo valor, consistindo na soma, na data da aquisição do controlo, do: (i) justo valor dos ativos transferidos pelo GRUPO; (ii) justo valor das responsabilidades assumidas pelo GRUPO em resultado da aquisição do controlo; e (iii) justo valor dos instrumentos de capital próprio emitidos pelo GRUPO em troca da aquisição de controlo. Os gastos relacionados com concentrações de atividades empresariais são registados em resultados quando são incorridos. Na data de aquisição do controlo, os ativos e passivos identificáveis adquiridos são mensurados ao seu justo valor, podendo tal mensuração ser concluída no prazo de doze meses após a referida data. Para efeitos de mensuração do justo valor, o GRUPO recorre a preços de mercado vigentes para ativos e passivos semelhantes, ou, na sua ausência, a técnicas de valorização universalmente aceites (preços comparáveis, discounted cash-flows, etc.). O excesso do custo da concentração acrescido do justo valor de eventuais interesses previamente detidos na entidade adquirida e do valor atribuído aos interesses que não controlam relativamente ao justo valor dos ativos e passivos identificáveis adquiridos é reconhecido como goodwill. Caso o referido diferencial seja negativo, o mesmo é reconhecido como rendimento do exercício na rubrica “Outros rendimentos/(gastos) operacionais” após reconfirmação do justo valor atribuído aos ativos e passivos identificáveis adquiridos. O GRUPO opta, numa base casuística, pelo cálculo do valor dos interesses que não controlam (i) de acordo com a sua proporção no justo valor dos ativos, passivos e passivos contingentes adquiridos, ou (ii) pelo seu justo valor. Até 1 de janeiro de 2012, os interesses que não controlam eram valorizados exclusivamente de acordo com a correspondente proporção no justo valor dos ativos e passivos adquiridos. 70 O montante dos pagamentos contingentes futuros, caso existam, é reconhecido como passivo no momento da aquisição do controlo pelo seu justo valor, sendo que qualquer alteração ao valor reconhecido inicialmente é registada por contrapartida da quantia escriturada do goodwill, desde que ocorra dentro do período de remensuração (12 meses após a data da aquisição) e se estiver relacionada com eventos anteriores à data de aquisição. Caso contrário, será registada por contrapartida de resultados. De igual forma, a aquisição de participações financeiras em empresas associadas é registada pelo método da compra. Qualquer excesso/défice do custo de aquisição face ao justo valor dos ativos e passivos identificáveis das associadas na data de aquisição é reconhecido, respetivamente, como goodwill (sendo adicionado ao valor do investimento), ou como um rendimento na demonstração dos resultados do exercício na rubrica “Ganhos/(perdas) em empresas associadas e conjuntamente controladas” (neste último caso, após a devida reconfirmação do justo valor dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis). Quando uma concentração de atividades empresariais é atingida em etapas, a percentagem de interesse anteriormente detida pelo GRUPO na entidade adquirida é remensurada ao justo valor da data de aquisição e o ganho ou perda daí resultante, se algum, é reconhecido na demonstração dos resultados. Os montantes resultantes de interesses na entidade adquirida anteriores à data de aquisição que tenham sido anteriormente reconhecidos no outro rendimento integral são reclassificados para a demonstração dos resultados, desde que esse fosse o tratamento apropriado caso essa participação tivesse sido alienada. f) Outras alterações em interesses em entidades controladas A aquisição de interesses em entidades já controladas é considerada uma transação entre detentores de capital e, consequentemente, não dará origem ao reconhecimento de qualquer goodwill ou resultado. Qualquer diferença entre o respetivo custo e a quantia escriturada dos correspondentes interesses que não controlam adquiridos é registada em reservas no capital próprio. De igual forma, na alienação de interesses em entidades controladas que não resultem na perda de controlo, as eventuais diferenças entre a quantia transferida para interesses que não controlam e o preço da transação são registadas em reservas no capital próprio. Quando uma alienação de interesses numa entidade resulta na perda de controlo por parte do GRUPO, é reconhecido um ganho ou uma perda em resultados correspondente à diferença entre: (i) o justo valor dos ativos recebidos pelo GRUPO e o justo valor de eventuais interesses mantidos na entidade e (ii) a quantia escriturada dos ativos e passivos da entidade nas demonstrações financeiras consolidadas do GRUPO e eventuais interesses que não controlam relacionados. g) Goodwill O goodwill encontra-se registado ao custo (apurado tal como descrito na alínea e) da presente Nota) deduzido de perdas por imparidade acumuladas. Até 1 de janeiro de 2004, o goodwill era amortizado durante o período estimado de recuperação do investimento, sendo as amortizações correspondentes registadas na demonstração de resultados na rubrica de “Amortizações”. A partir de 1 de janeiro de 2004, o goodwill deixou de ser amortizado, sendo sujeito a testes de imparidade anuais ou sempre que existam indícios de imparidade. No caso do goodwill gerado antes da data de transição para as IAS/IFRS, o respetivo custo considerado correspondeu ao valor líquido contabilístico apurado de acordo com os príncipios contabilísticos geralmente aceites em Portugal àquela data, tendo o mesmo sido objeto de testes de imparidade na data da transição. Adicionalmente, e de acordo com a alternativa prevista no IFRS1 – Adoção pela primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro, a MOTA-ENGIL SGPS não aplicou retrospetivamente as disposições da IAS 21 – Efeitos de alteração de taxas de câmbio ao goodwill gerado antes da data de transição para as IFRS. 71 O goodwill relacionado com investimentos em subsidiárias sediadas no estrangeiro cuja moeda funcional não é o Euro encontra-se registado na moeda funcional dessas subsidiárias, sendo convertido para a moeda funcional e de relato do GRUPO (Euro) à taxa de câmbio em vigor na data da demonstração da posição financeira. As diferenças cambiais geradas nessa conversão são registadas na rubrica do capital próprio “Reserva de conversão cambial”. Conforme acima referido, anualmente e com referência à data da demonstração da posição financeira consolidada, o GRUPO procede à realização de testes de imparidade ao goodwill. Sempre que o montante pelo qual o goodwill se encontra registado seja superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica “Provisões e perdas de imparidade”. A quantia recuperável é a mais alta de entre o seu justo valor deduzido de custos para vender e o seu valor de uso. O justo valor é o montante que seria obtido com a alienação do ativo numa transação ao alcance de partes independentes. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que é esperado que resultem do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil. Para o goodwill, a quantia recuperável é sempre estimada para a unidade geradora de caixa (UGC) à qual o mesmo foi imputado. De uma forma geral, as UGC correspondem às próprias subsidiárias individuais adquiridas, exceto nos casos do negócio das concessões (logística) e do negócio de ambiente e serviços (resíduos), cujas UGC correspondem aos respetivos grupos de empresas adquiridas. As perdas por imparidade registadas no goodwill não podem ser revertidas. h) Conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras Os ativos e passivos expressos nas demonstrações financeiras de entidades estrangeiras (que não utilizem o Euro como moeda funcional) são convertidos para Euro utilizando as taxas de câmbio em vigor à data da demostração da posição financeira. Os rendimentos e os gastos, bem como os fluxos de caixa, são convertidos para Euro utilizando a taxa de câmbio média verificada no exercício. A diferença cambial resultante, gerada após 1 de janeiro de 2004, é registada no capital próprio na rubrica “Reserva de conversão cambial”. As diferenças cambiais geradas até 1 de janeiro 2004 (data de transição para os IAS/IFRS) foram anuladas por contrapartida de “Resultados transitados”. O goodwill e os ajustamentos de justo valor resultantes da aquisição de entidades estrangeiras são tratados como ativos e passivos dessas entidades e convertidos para Euro de acordo com a taxa de câmbio em vigor no final do exercício. Sempre que uma entidade estrangeira é alienada (total ou parcialmente), a quota-parte correspondente da diferença cambial acumulada é reconhecida na demonstração dos resultados como um ganho ou uma perda na alienação, no caso de existir perda de controlo, ou transferida para interesses que não controlam no caso de não haver perda de controlo. 72 Em 31 de dezembro de 2015, as moedas funcionais utilizadas pelas principais subsidiárias do GRUPO foram as seguintes: Segmento de Negócio País/Moeda Moeda Funcional Mota-Engil SGPS Mota-Engil Europa Mota-Engil Ambiente e Serviços Mota-Engil Engenharia Mota-Engil Real Estate SGPS Mota-Engil Central Europe Polónia Suma Empresas do Grupo EGF Tertir ME África NV MEEC África Mota-Engil Angola Vista Waste ME Latin America Subsidiária Holding Europa Europa Europa Europa Europa Europa Europa Europa África África África África América Latina Mota-Engil Peru América Latina Euro (EUR) Euro (EUR) Euro (EUR) Euro (EUR) Euro (EUR) Zloty (PLN) Euro (EUR) Euro (EUR) Euro (EUR) Euro (EUR) Euro (EUR) Kwanza (AOA) Kwanza (AOA) Euro (EUR) Nuevo Sol Peruano (PEN) Euro (EUR) Euro (EUR) Euro (EUR) Euro (EUR) Euro (EUR) Zloty (PLN) Euro (EUR) Euro (EUR) Euro (EUR) Euro (EUR) Euro (EUR) Dólar (USD) Kwanza (AOA) Euro (EUR) Nuevo Sol Peruano (PEN) Mota-Engil México América Latina Mota-Engil Colômbia América Latina Empresa Construtora Brasil América Latina Peso Mexicano (MXN) Peso Mexicano (MXN) Peso Colombiano (COP) Real (BRL) Peso Colombiano (COP) Real (BRL) As cotações utilizadas na conversão para Euro das demonstrações financeiras das subsidiárias, empresas conjuntamente controladas e empresas associadas estrangeiras (que não utilizam o Euro como moeda funcional) foram as seguintes: Câmbios Fecho 2015 Coroas Checas Dinares Argelinos Dobra de S. Tomé e Príncipe Dólares dos Estados Unidos Escudos Cabo Verdianos Forints Húngaros Kwanza de Angola Kwachas do Malawi Meticais Moçambicanos Novo Leu da Roménia Nuevo Sol Peruano Pataca de Macau Peso Chileno Pesos Colombianos Pesos Mexicanos Rands da África do Sul Real do Brasil Omani Rial Yuan Renminbi Chinês Zlotys Polacos EUR / CZK EUR / DZD EUR / STD EUR / USD EUR / CVE EUR / HUF EUR / AOK EUR / MWK EUR / MZN EUR / RON EUR /PEN EUR /MOP EUR /CLP EUR / COP EUR / MXN EUR / ZAR EUR / BRL EUR / OMR EUR / CNY EUR / PLN 27,02 116,60 24.500,00 1,09 110,27 315,98 147,83 719,27 49,12 4,52 3,71 8,69 771,45 3.456,08 18,91 16,95 4,31 0,42 7,06 4,26 Médio 2014 27,74 106,74 24.500,00 1,21 110,27 315,54 125,11 570,66 38,44 4,47 3,61 9,70 736,72 2.899,88 17,87 14,04 3,22 0,47 7,54 4,27 2015 27,27 111,75 24.500,00 1,10 110,27 309,59 133,18 560,19 43,05 4,44 3,54 8,82 728,74 3.060,13 17,67 14,28 3,74 0,43 6,95 4,18 2014 27,55 105,93 24.500,00 1,32 110,27 309,98 129,99 552,96 40,67 4,44 3,76 10,55 756,34 2.658,98 17,65 14,34 3,11 0,51 8,15 4,19 1.3. Principais critérios valorimétricos Os principais critérios valorimétricos, julgamentos e estimativas utilizados na preparação das demonstrações financeiras consolidadas do GRUPO nos exercícios apresentados foram os seguintes: i) Ativos intangíveis Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e eventuais perdas por imparidade acumuladas, sendo apenas reconhecidos se for provável que venham a gerar benefícios económicos futuros para o GRUPO, se for possível medir razoavelmente o seu custo e se o GRUPO possuir o controlo sobre os mesmos. 73 Os ativos intangíveis são constituídos basicamente pelos direitos de exploração de concessões (decorrentes da adoção da IFRIC 12), pelos ativos intangíveis reconhecidos no âmbito do processo de imputação de justo valor aos ativos e passivos adquiridos em concentrações de atividades empresariais e por software. Os ativos intangíveis relacionados com direitos de exploração de concessões são amortizados pelo método das quotas constantes durante o período de vigência dos mesmos. Os ativos intangíveis reconhecidos na sequência de concentrações de atividades empresariais são amortizados pelo método das quotas constantes durante o período estimado de recuperação dos mesmos. O software é amortizado pelo método das quotas constantes durante um período que varia entre três e seis anos. Os direitos de exploração de concessões resultantes da adoção da IFRIC 12 referem-se aos contratos de concessão do segmento Europa Ambiente e Serviços nas áreas da logística e dos resíduos, em que o GRUPO: a) Não tem o controlo sobre as infraestruturas que construiu (ou irá construir) e que atualmente explora, na medida em que os concedentes controlam o uso das infraestruturas e as condições em que os serviços são prestados, e pelo facto de as infraestruturas reverterem para os concedentes no final do período da concessão; b) Recebe um direito (licença) de cobrar aos utilizadores, como contrapartida dos serviços de construção, exploração e conservação das infraestruturas para a prestação do serviço público, o qual está dependente do volume de utilização das infraestruturas por parte dos utentes. Consequentemente, e de acordo com o previsto na IFRIC 12, as concessões das empresas do GRUPO nas áreas da logística e dos resíduos enquadram-se no modelo do ativo intangível, tendo o GRUPO adotado as seguintes políticas contabilísticas nesta matéria: a) O rédito e os gastos relativos ao serviço de construção são tratados de acordo com a IAS 11 – Contratos de construção. Desta forma, todos os encargos incorridos com a construção das infraestruturas exploradas pelo GRUPO são registados como gastos na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam. A retribuição a receber como contrapartida dos serviços de construção prestados é registada como rendimento no exercício a que respeita, de acordo com o método da percentagem de acabamento, calculado pelo rácio entre os custos de construção incorridos face aos custos totais de construção estimados, por contrapartida do registo de um Ativo intangível (“Licenças de Exploração de Concessões”). b) As “Licenças de Exploração de Concessões” são amortizadas a partir do momento em que estão disponíveis para uso e numa base sistemática ao longo da concessão, utilizando o método da linha reta ou o método da unidade de produção, conforme mais apropriado. c) O rédito e os outros proveitos relativos ao serviço de exploração e conservação são tratados de acordo com a IAS 18 – Rédito. Os encargos incorridos anualmente com a exploração e conservação das infraestruturas são registados como encargos no exercício a que respeitam. As obrigações contratuais de manter ou repor a infraestrutura em determinados níveis de capacidade para a prestação do serviço público (nomeadamente grandes reparações) são registadas de acordo com a IAS 37 – Provisões, Passivos contingentes e Ativos contingentes, ou seja, anualmente é constituído um passivo de acordo com o valor atual da melhor estimativa do dispêndio necessário para liquidar aquela obrigação por contrapartida do registo de um encargo na demonstração dos resultados. d) Os custos com empréstimos obtidos que sejam atribuíveis às infraestruturas subjacentes ao contrato de concessão são capitalizados durante a fase de construção das mesmas, em conformidade com a IAS 23 - Custos de empréstimos obtidos. 74 ii) e) Nos casos em que os contratos de concessão prevejam, para além dos serviços de construção iniciais, a prestação de serviços de construção de melhoria (upgrades), como contrapartida da licença recebida, e, por outro, cujos benefícios económicos futuros não possam ser diretamente relacionados com os próprios serviços de melhoria, é reconhecido um único ativo intangível para ambos os serviços de construção (inicial e de melhoria). Nesse caso, na medida em que existe uma obrigação incondicional de prestar serviços de construção de melhoria da infraestrutura, é reconhecido no momento da construção inicial a totalidade do ativo intangível, de acordo com a IAS 11 e a IAS 18, incluindo o justo valor dos serviços de construção de melhoria a serem prestados no futuro. f) Todos os custos relacionados com os contratos de concessão e que deles não possam ser dissociados devem ser adicionados ao ativo intangível (“Licenças de Exploração de Concessões”) ao seu justo valor. Imóveis para uso próprio Os imóveis (terrenos e edifícios) para uso próprio são registados inicialmente ao custo de aquisição ou produção. O GRUPO adotou o modelo da revalorização (valor revalorizado deduzido de amortizações acumuladas) como política contabilística para a mensuração subsequente dos mesmos. A respetiva quantia revalorizada corresponde ao seu justo valor à data da revalorização. As revalorizações são efetuadas regularmente (ultimamente de dois em dois anos), por avaliadores imobiliários independentes, para que o montante revalorizado não difira materialmente do justo valor do respetivo imóvel. O justo valor é apurado essencialmente através do método comparativo de mercado ou através do método do rendimento. No método comparativo de mercado são utilizados como inputs relevantes o custo m2 de aquisição, construção ou de arrendamento de imóveis com características similares, enquanto que no método do rendimento são utilizados como inputs relevantes as rendas em vigor, as rendas a vigorar após o final do contrato de arrendamento e a taxa de desconto que melhor reflita os riscos inerentes ao imóvel e ao arrendatário em causa. Nas situações em que o justo valor apurado nas avaliações é ligeiramente superior à quantia escriturada na demonstração da posição financeira, o GRUPO, por uma questão de prudência, não procede à atualização para o justo valor dos ativos objeto de avaliação. Os ajustamentos resultantes das revalorizações efetuadas aos imóveis para uso próprio são registados por contrapartida de capital próprio. Quando um terreno/edifício que foi alvo de uma revalorização positiva em exercícios anteriores se encontra sujeito a uma revalorização negativa, o ajustamento é registado por contrapartida de capital próprio até ao montante correspondente ao acréscimo no capital próprio resultante das revalorizações anteriores, deduzido da quantia realizada através das depreciações, sendo o seu excedente registado como custo na demonstração de resultados do exercício. As depreciações são imputadas numa base sistemática pelo método das quotas constantes durante a vida útil estimada dos edifícios, a qual varia entre os 20 e os 50 anos. Os terrenos não são depreciados. As depreciações dos imóveis para uso próprio são registadas por duodécimos na rubrica “Amortizações” da demonstração dos resultados. Eventuais alterações ao período de vida útil estimada dos imóveis para uso próprio são efetuadas de forma prospetiva. 75 iii) Terrenos afetos à exploração de pedreiras Os terrenos afetos à exploração de pedreiras, bem como alguns custos relacionados (despesas suportadas com o licenciamento e arranque das pedreiras e os custos a incorrer com a recuperação paisagística das mesmas), são registados inicialmente ao custo de aquisição ou produção. O GRUPO adotou como política contabilística para a mensuração subsequente das pedreiras o modelo da revalorização (valor revalorizado deduzido de amortizações acumuladas). A quantia revalorizada da pedreira corresponde ao seu justo valor na data da revalorização. Nas situações em que o justo valor apurado nas avaliações é ligeiramente superior à quantia escriturada na demonstração da posição financeira, o GRUPO, por uma questão de prudência, não procede à atualização para o justo valor dos ativos objeto de avaliação. As avaliações são efetuadas regularmente, por peritos internos especializados, de forma a que o montante revalorizado não difira materialmente do justo valor da respetiva pedreira. O justo valor das pedreiras é apurado através do método do rendimento utilizando um modelo de discounted cash-flows. No método do rendimento são utilizados como inputs relevantes as quantidades de inertes a extrair nos próximos exercícios, os respetivos preços de venda, os custos a incorrer com a recuperação paisagística da pedreira e a taxa de desconto que melhor reflita os riscos inerentes à pedreira em causa. A depreciação destes ativos é feita de acordo com a quantidade de pedra extraída anualmente, tendo em conta o valor residual da pedreira no final da extração. Os ajustamentos resultantes das revalorizações efetuadas aos terrenos afetos à exploração de pedreiras são registados por contrapartida de capital próprio. Quando a pedreira que foi alvo de uma revalorização positiva em exercícios anteriores se encontra sujeita a uma revalorização negativa, o ajustamento é registado por contrapartida de capital próprio até ao montante correspondente ao acréscimo no capital próprio resultante das revalorizações anteriores, deduzido da quantia realizada através das depreciações, sendo o seu excedente registado como custo na demonstração de resultados do exercício. iv) Outros ativos tangíveis Os outros ativos tangíveis adquiridos até 31 de dezembro de 2003 encontram-se registados ao seu custo considerado (“deemed cost”), o qual corresponde ao custo de aquisição ou ao custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido de depreciações acumuladas e de perdas por imparidade acumuladas. Os outros ativos tangíveis adquiridos após aquela data encontram-se registados ao custo de aquisição deduzido de depreciações e perdas por imparidade acumuladas. Os ativos tangíveis em curso representam ativos ainda em fase de construção/desenvolvimento, encontrando-se registados ao custo de aquisição, deduzido de eventuais perdas por imparidade acumuladas. As depreciações são calculadas após os bens estarem em condições de serem utilizados, ou seja, quando os ativos se encontrem disponíveis para uso e nas condições necessárias, em termos de qualidade e fiabilidade técnica, para operar de acordo com o pretendido pelo Conselho de Administração do GRUPO, e são imputadas numa base sistemática pelo método das quotas constantes durante a sua vida útil, que é determinada tendo em conta a utilização esperada do ativo pelo GRUPO, o desgaste natural esperado, a sujeição a uma previsível obsolescência técnica e o valor residual atribuível ao bem. O valor residual atribuível ao bem é estimado com base no valor residual prevalecente à data da estimativa para ativos semelhantes que tenham atingido o fim das suas vidas úteis e funcionado sob condições semelhantes àquelas em que o ativo será usado. 76 As taxas de depreciação utilizadas correspondem aos períodos de vida útil estimada que se seguem (em anos): Equipamentos: Equipamento básico (excluindo o afeto a concessões) Equipamento administrativo Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios 3 a 10 4 a 10 3 a 10 3a6 Outros ativos tangíveis 3 a 10 As despesas subsequentes de substituição de componentes de ativos tangíveis incorridas pelo GRUPO são adicionadas aos respetivos ativos tangíveis, sendo o valor líquido das componentes substituídas desses ativos abatido e registado como um custo na rubrica “Outros rendimentos/(gastos) operacionais”. As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos ativos tangíveis são registadas como gasto do exercício em que ocorrem. As depreciações dos outros ativos tangíveis são registadas por duodécimos na rubrica “Amortizações” da demonstração dos resultados. Eventuais alterações ao período de vida útil estimada dos outros ativos tangíveis são efetuadas de forma prospetiva. As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate de ativos tangíveis são determinadas como a diferença entre o seu preço de venda e o seu valor líquido contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas na demonstração dos resultados na rubrica “Outros rendimentos / (gastos) operacionais”. v) Imparidade de ativos fixos tangíveis e intangíveis Em cada data de relato é efetuada uma revisão das quantias escrituradas dos ativos tangíveis e intangíveis do GRUPO com vista a determinar se existe algum indicador de que os mesmos possam estar em imparidade. Se existir algum indicador, é estimada a quantia recuperável do respetivo ativo (ou da UGC) a fim de se determinar a extensão da perda por imparidade (se for o caso). A quantia recuperável do ativo ou da unidade geradora de caixa consiste no maior de entre (i) o justo valor deduzido de custos para vender e (ii) o valor de uso. Na determinação do valor de uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados usando uma taxa de desconto que reflita as expectativas do mercado quanto ao valor temporal do dinheiro e quanto aos riscos específicos do ativo ou da unidade geradora de caixa relativamente aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros não tenham sido ajustadas. Sempre que a quantia escriturada do ativo (ou da unidade geradora de caixa) for superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada de imediato na demonstração dos resultados na rubrica de “Provisões e perdas de imparidade”, salvo se tal perda compensar um excedente de revalorização registado no capital próprio. Neste último caso, aquela perda será tratada como um decréscimo daquela revalorização. As perdas de imparidade são imputadas à quantia escriturada dos ativos da UGC na seguinte ordem: em primeiro lugar ao goodwill alocado à UGC (se existir) e depois aos outros ativos da UGC numa base pro-rata atendendo às respetivas quantias escrituradas. 77 A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores só ocorre quando existe evidência de que as perdas de imparidade reconhecidas anteriormente já não existem ou diminuíram. A reversão de perdas de imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica de “Provisões e perdas de imparidade”. A reversão de perdas de imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de depreciações) caso a perda de imparidade anterior não tivesse sido registada. vi) Locações Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se, através deles, forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do ativo sob locação; e como (ii) locações operacionais se, através deles, não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do ativo sob locação. A classificação das locações em financeiras ou operacionais é efetuada em função da substância e não da forma do contrato. a) Locações em que o GRUPO age como locatário Os ativos tangíveis adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo-se os ativos tangíveis e as depreciações acumuladas correspondentes, conforme definido nas alíneas iii) e iv) acima, e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as depreciações dos ativos tangíveis são reconhecidos como custos na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam. Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração dos resultados numa base linear durante o período de vigência do contrato de locação. b) Locações em que o GRUPO age como locador Nas locações em que o GRUPO age como locador ao abrigo de contratos de locação operacional, o valor dos bens afetos é mantido na demonstração da posição financeira e os rendimentos são reconhecidos de forma linear durante o período de vigência do contrato de locação. vii) Propriedades de investimento As propriedades de investimento são constituídas por terrenos e edifícios cuja finalidade é a obtenção de rendas e/ou a valorização do capital investido e não o uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para fins administrativos (casos em que são classificados como ativos tangíveis), ou para venda no decurso ordinário dos negócios (casos em que são classificados como inventários). A classificação de determinados terrenos e edifícios como propriedades de investimento, em detrimento de inventários e/ou de ativos tangíveis, resulta essencialmente das perspetivas de utilização que o Conselho de Administração do GRUPO tem para aqueles imóveis, tendo em conta, nomeadamente, a maximização do retorno dos mesmos. As propriedades de investimento, incluindo as que se encontram em fase de construção, são registadas pelo seu justo valor, determinado anualmente por peritos independentes especializados. As variações no justo valor das propriedades de investimento são reconhecidas diretamente na demonstração dos resultados do exercício na rubrica de “Resultados financeiros – ganhos / (perdas) de justo-valor – propriedades de investimento”. 78 Os gastos incorridos com propriedades de investimento em utilização, nomeadamente, manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades (Imposto Municipal sobre Imóveis), são reconhecidos na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam. viii) Ativos não correntes detidos para venda Os ativos não correntes são classificados como detidos para venda se é expectável que o seu valor contabilístico venha a ser recuperado através de uma alienação e não através do uso continuado dos mesmos. Para que tais ativos sejam objeto de tal classificação, os mesmos têm de estar disponíveis para venda imediata nas suas condições atuais, a venda tem de ser altamente provável, o Conselho de Administração tem de estar comprometido a executar tal venda e a alienação ocorrer previsivelmente num período de 12 meses, conforme estabelecido na IFRS 5 – Ativos não correntes detidos para venda e Unidades operacionais descontinuadas. Os ativos não correntes classificados como detidos para venda são registados pelo mais baixo entre a sua quantia escriturada e o seu justo valor deduzido dos custos estimados com a venda. A sua eventual amortização cessa a partir do momento da classificação como ativos não correntes detidos para venda. Para efeitos de apuramento do justo valor foram consideradas, nomeadamente, as propostas de compra recebidas para os ativos a alienar. ix) Ativos e passivos financeiros Os ativos e os passivos financeiros são reconhecidos na demonstração da posição financeira quando o GRUPO se torna parte integrante das correspondentes disposições contratuais. a) Ativos financeiros Os ativos financeiros são classificados nas seguintes categorias: “Registados ao justo valor através de resultados”, “Empréstimos e contas a receber”, “Investimentos detidos até à maturidade” e “Ativos financeiros disponíveis para venda”. A classificação, definida no momento do reconhecimento inicial, depende da intenção subjacente à aquisição do ativo e das características dos instrumentos financeiros. Registados ao justo valor através de resultados: esta categoria divide-se em duas subcategorias, “Ativos financeiros detidos para negociação” e “Ativos financeiros registados ao justo valor através de resultados”. Um ativo financeiro é classificado nesta categoria, nomeadamente, se for adquirido com o propósito de ser vendido no curto prazo ou se a adoção da valorização através deste método eliminar ou reduzir significativamente um desfasamento contabilístico. Os instrumentos financeiros derivados são também classificados como “Ativos financeiros detidos para negociação”, exceto se tiverem sido designados como instrumentos de cobertura no âmbito da aplicação das regras de contabilidade de cobertura. Os ativos desta categoria são classificados como ativos correntes no caso de serem detidos para negociação ou se for expetável que se realizem num período inferior a 12 meses após a data da demonstração da posição financeira. Empréstimos e contas a receber: são ativos financeiros não derivados, com reembolsos fixos ou variáveis e com maturidade definida ou à vista, que não se encontram cotados em mercados ativos/líquidos. Estes ativos financeiros surgem quando o GRUPO fornece dinheiro, bens ou serviços diretamente a um devedor sem intenção de negociar a dívida. Os “Empréstimos e contas a receber” são classificados como ativos correntes, exceto nos casos em que a sua maturidade é superior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira, situação em que são classificados como ativos não correntes. Em ambos os casos, esta categoria aparece na demonstração da posição financeira nas rubricas de “Clientes” e de “Outros devedores”. 79 Ativos financeiros detidos até à maturidade: são ativos financeiros não derivados, com reembolsos fixos ou variáveis e com maturidade definida, que o GRUPO tenciona manter até ao seu vencimento (e tem capacidade para isso). Estes ativos são classificados como ativos correntes, exceto nos casos em que a sua maturidade é superior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira, situação em que são classificados como ativos não correntes. Ativos financeiros disponíveis para venda: incluem-se aqui os ativos financeiros, não derivados, que são designados como disponíveis para venda ou aqueles que não se enquadrem nas categorias anteriores. Esta categoria é incluída nos ativos não correntes, exceto se o Conselho de Administração tiver a intenção de alienar o instrumento num período inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira. Todas as compras e vendas destes ativos financeiros são reconhecidas à data da assinatura dos respetivos contratos de compra e venda, independentemente da data da sua liquidação financeira. Os ativos financeiros são inicialmente registados pelo seu justo valor (que normalmente é o valor pago na data da aquisição), acrescido de custos de transação (exceto os que são registados ao justo valor por resultados, situação em que os correspondentes custos de transação são registados como gastos do exercício). Após o reconhecimento inicial, os ativos financeiros registados a justo valor através de resultados e os ativos financeiros disponíveis para venda são mensurados ao justo valor, sem qualquer dedução relativa a custos de transação que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os ganhos ou perdas provenientes de alterações no justo valor dos ativos financeiros disponíveis para venda são registados na demonstração consolidada do rendimento integral, na rubrica “Reservas de justo valor – Investimentos disponíveis para venda”, até o ativo ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou nas situações em que o justo valor do ativo se situe abaixo do seu custo de aquisição e tal situação seja considerada uma perda de imparidade, momento em que o ganho ou a perda acumulada é registado(a) separadamente na demonstração dos resultados. No caso de investimentos em instrumentos de capital próprio (ações) classificados como disponíveis para venda, considerase que um investimento se encontra em imparidade quando ocorre um declínio significativo ou prolongado do seu justo valor face ao seu custo de aquisição. Os ganhos ou perdas provenientes de alterações no justo valor dos ativos financeiros detidos para negociação ou dos ativos financeiros registados ao justo valor por resultados são registados na demonstração dos resultados do exercício. O justo valor dos ativos financeiros é apurado com base nos preços correntes de mercado. Se o mercado em que os ativos estão inseridos não for um mercado ativo/líquido, o GRUPO procede ao registo dos mesmos pelo seu custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade acumuladas. O justo valor dos ativos financeiros cotados é apurado com base na cotação de fecho divulgada no respetivo mercado à data da demonstração da posição financeira. Todos os investimentos em instrumentos de capital próprio (ações) não cotados classificados como disponíveis para venda encontram-se registados pelo seu custo de aquisição (justo valor na data do reconhecimento inicial), considerando sempre eventuais perdas por imparidade no caso de existirem provas objetivas das mesmas. É convicção do Conselho de Administração do GRUPO que o justo valor desses investimentos não difere significativamente do seu custo de aquisição, líquido de imparidades. Os dividendos relativos a instrumentos de capital próprio que se encontram classificados como disponíveis para venda são reconhecidos na demonstração dos resultados no exercício em que o direito a receber os mesmos foi estabelecido. 80 Os ativos financeiros correspondentes a Empréstimos e contas a receber e a Ativos financeiros detidos até à maturidade são, subsequentemente ao seu reconhecimento inicial, mensurados ao custo amortizado através do método da taxa de juro efetiva. Os ativos financeiros (exceto os mensurados a justo valor por resultados) são sujeitos a análises de imparidade na data de cada demonstração da posição financeira. Os ativos financeiros correspondentes a investimentos em instrumentos de capital próprio ou que sejam individualmente significativos são sujeitos a análises de imparidade individuais. Os restantes ativos financeiros são agrupados em grupos com caraterísticas de risco de crédito similares para efeitos de análise de imparidade. No caso dos investimentos em instrumentos de capital próprio classificados como disponíveis para venda, uma queda significativa (mais do que 50%) ou prolongada (mais de dois anos) do seu justo valor para níveis inferiores ao seu custo de aquisição é indicativa de que o ativo se encontra em situação de imparidade. Para os restantes ativos, o GRUPO considera como indícios objetivos de imparidade mais relevantes os seguintes: - dificuldades financeiras significativas por parte da contraparte para liquidar as suas dívidas; - não cumprimento atempado por parte da contraparte dos créditos concedidos pelo GRUPO; - probabilidade elevada de que a contraparte entre num processo de falência ou de reestruturação de dívida. Para os ativos financeiros reconhecidos pelo custo amortizado, o montante da imparidade resulta da diferença entre o seu valor contabilístico e o valor atual dos fluxos de caixa futuros contratuais estimados descontados à taxa de juro efetiva inicial, que nos casos em que se perspetive um recebimento num prazo inferior a um ano é considerada nula por se considerar imaterial o efeito do desconto. A quantia escriturada dos ativos financeiros apresentada na demonstração da posição financeira consolidada é reduzida diretamente pelas perdas por imparidade apuradas. Quando uma conta a receber de clientes ou de outros devedores é considerada como incobrável, a mesma (juntamente com eventuais perdas por imparidade associadas) é anulada por contrapartida de resultados. Recebimentos posteriores de contas a receber de clientes e de outros devedores já desreconhecidas são registados como um rendimento na demonstração dos resultados do exercício. As variações nas perdas por imparidade são registadas na demonstração dos resultados do exercício. Com exceção dos investimentos em instrumentos de capital próprio classificados como disponíveis para venda, as diminuições subsequentes em perdas por imparidade acumuladas que, objetivamente, sejam devidas a um evento posterior à data de reconhecimento da imparidade, são registadas através da demonstração dos resultados do exercício até ao limite da perda de imparidade acumulada existente. As perdas por imparidade em investimentos em instrumentos de capital próprio que são classificados como disponíveis para venda não são revertidas. b) Empréstimos obtidos Os empréstimos obtidos são inicialmente registados no passivo pelo seu justo valor. Eventuais despesas com a emissão e contratação desses empréstimos são registadas como uma dedução ao passivo sendo reconhecidas em resultados, ao longo do período de vida desses empréstimos, de acordo com o método da taxa de juro efetiva. Os empréstimos obtidos são mensurados subsequentemente pelo custo amortizado. Os empréstimos sob a forma de papel comercial são classificados como passivos não correntes quando têm garantia de colocação por um período superior a um ano e é intenção do Conselho de Administração do GRUPO utilizar esta fonte de financiamento por um período superior a um ano. Os empréstimos sem recurso correspondem aos empréstimos em que apenas os ativos das empresas financiadas respondem para liquidar a dívida (Project finances). Nos empréstimos com recurso, a liquidação da dívida é sempre assegurada pelo GRUPO. 81 c) Fornecedores e credores diversos Os passivos financeiros incluídos nas rubricas de “Fornecedores” e de “Credores diversos” são inicialmente registados pelo seu justo valor. Estes passivos financeiros são, subsequentemente ao seu reconhecimento inicial, mensurados pelo custo amortizado, através do método da taxa de juro efetiva. d) Outros passivos financeiros Os outros passivos financeiros são inicialmente registados pelo seu justo valor. Estes passivos financeiros são, subsequentemente ao seu reconhecimento inicial, mensurados pelo custo amortizado, através do método da taxa de juro efetiva. e) Distinção entre passivos financeiros e instrumentos de capital próprio Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual da transação. São considerados pelo GRUPO instrumentos de capital próprio aqueles em que o suporte contratual da transação evidencie que o GRUPO detém um interesse residual num conjunto de ativos após dedução de um conjunto de passivos. f) Instrumentos financeiros derivados O GRUPO utiliza instrumentos financeiros derivados na gestão dos seus riscos financeiros unicamente como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos financeiros derivados com o objetivo de especulação. A utilização de instrumentos financeiros derivados encontra-se devidamente regulada pelo GRUPO. Os instrumentos financeiros derivados utilizados pelo GRUPO respeitam, essencialmente, a instrumentos de cobertura de taxa de juro e de taxa de câmbio associados a empréstimos obtidos. O montante dos empréstimos, as datas de vencimento de juros e planos de reembolso são geralmente semelhantes às condições estabelecidas para os instrumentos de cobertura de taxa de juro e de taxa de câmbio, pelo que, normalmente, a cobertura é altamente eficaz. Os critérios utilizados pelo GRUPO para classificar os instrumentos financeiros derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes: - Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação das alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto; A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada; Existe adequada documentação sobre a transação no início da cobertura; A transação objeto de cobertura é altamente provável. Os instrumentos financeiros derivados de cobertura de taxa de juro e de taxa de câmbio são inicialmente registados pelo seu justo valor. As alterações de justo valor destes instrumentos, associadas à parcela de cobertura efetiva, são reconhecidas na demonstração consolidada do rendimento integral na rubrica “Variação, líquida de impostos, no justo valor de instrumentos financeiros derivados”, sendo transferidas para resultados no mesmo período em que o instrumento objeto de cobertura afeta os resultados. As eventuais ineficácias de cobertura existentes são registadas nas rubricas de “Rendimentos e ganhos financeiros” e “Gastos e perdas financeiras” da demonstração consolidada dos resultados do exercício. 82 A contabilidade de cobertura de instrumentos financeiros derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento financeiro derivado deixa de se qualificar como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e reconhecidas na demonstração consolidada do rendimento integral na rubrica “Variação, líquida de impostos, no justo valor de instrumentos financeiros derivados” são transferidas para resultados do exercício ou adicionadas ao valor do ativo a que as transações objeto de cobertura deram origem, sendo as reavaliações subsequentes registadas diretamente nas rubricas da demonstração dos resultados. Relativamente aos instrumentos financeiros derivados que, embora contratados com o objetivo de efetuar cobertura económica, não cumprem todas as disposições da IAS 39 (Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração) no que respeita à possibilidade de qualificação para aplicação das regras de contabilidade de cobertura, as respetivas variações no justo valor são registadas na demonstração dos resultados no exercício em que ocorrem. g) Ações próprias As ações próprias são contabilizadas pelo seu custo de aquisição como uma dedução ao capital próprio. Os ganhos ou perdas inerentes à alienação das ações próprias são registados na rubrica “Outras reservas”. h) Letras descontadas e contas a receber cedidas em factoring O GRUPO desreconhece ativos financeiros das suas demonstrações financeiras consolidadas unicamente quando o direito contratual aos fluxos de caixa inerentes a tais ativos expirou ou quando o GRUPO transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse de tais ativos para uma terceira entidade. Consequentemente, os saldos de clientes titulados por letras descontadas e não vencidas e as contas a receber cedidas em “factoring” à data de cada demonstração da posição financeira, com exceção das operações de “factoring” sem recurso, são reconhecidas nas demonstrações financeiras consolidadas do GRUPO por contrapartida da rubrica “Credores diversos” até ao momento do recebimento das mesmas. x) Caixa e seus equivalentes a) Caixa e seus equivalentes à vista Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e seus equivalentes à vista” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários à ordem e a prazo e outras aplicações de tesouraria vencíveis a menos de três meses e que possam ser imediatamente mobilizáveis com um risco de alteração de valor não significativo. b) Caixa e seus equivalentes a prazo Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e seus equivalentes a prazo” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários à ordem e a prazo e outras aplicações de tesouraria não imediatamente disponíveis, pelo facto de terem sido dados em garantia ou estarem cativos. Os montantes de Caixa e seus equivalentes sem recurso correspondem às empresas financiadas em regime de project finance, nomeadamente da EGF (nota 1.3 ix) b)). 83 xi) Inventários As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao menor do custo médio de aquisição ou do respetivo valor realizável líquido (estimativa do seu preço de venda deduzido dos custos a incorrer com a sua alienação). Os produtos acabados e semiacabados, os subprodutos e os produtos e trabalhos em curso são valorizados ao custo de produção, o qual é inferior ao valor de mercado. O custo de produção inclui o custo da matéria-prima incorporada, mão-deobra direta e gastos gerais de fabrico. São registados ajustamentos para refletir a diferença entre a quantia escriturada dos inventários e o correspondente valor realizável líquido, nos casos em que este último seja inferior na data de relato. No caso dos inventários, as reduções para o seu valor realizável líquido são calculadas com base nos valores de mercado e em diversos indicadores de rotação. O custeio das mercadorias vendidas e das matérias consumidas segue as seguintes regras: • Imóveis – custo específico • Materiais e restantes inventários – custo médio xii) Rédito O rédito é registado pelo justo valor dos ativos recebidos ou a receber, líquido de descontos e de devoluções estimadas. a) Contratos de construção O GRUPO reconhece os resultados das obras, contrato a contrato, de acordo com o método da percentagem de acabamento, o qual é entendido como a relação entre os gastos incorridos em cada obra até uma determinada data e a soma desses gastos com os gastos estimados para a completar. As diferenças obtidas entre os valores resultantes da aplicação do grau de acabamento aos proveitos estimados e os valores faturados são contabilizadas nas sub-rubricas "Produção e prestações de serviços não faturadas" ou "Faturação antecipada", incluídas nas rubricas “Outros ativos correntes” e “Outros passivos correntes”. Nos casos em que, devido a incertezas no plano de construção, os resultados futuros da obra não são passiveis de ser determinados com fiabilidade, o contrato de construção é reconhecido pelo montante dos gastos incorridos (“contratos margem zero”). Variações face à quantia de rédito acordada no contrato são reconhecidas no resultado do exercício quando é provável que o cliente aprove a quantia de rédito proveniente daquelas variações e que estas possam ser mensuradas com fiabilidade. As reclamações para reembolso de gastos não incluídos no preço do contrato são incluídas no rédito do contrato quando as negociações atinjam um estágio avançado de tal forma que seja provável que o cliente aceite a reclamação e que seja possível mensurá-la com fiabilidade. Para fazer face aos gastos a incorrer durante o período de garantia das obras, o GRUPO reconhece anualmente um passivo para fazer face a tal obrigação legal, a qual é apurada tendo em conta o volume de produção anual e o historial de gastos incorridos no passado com as obras em período de garantia. Quando é provável que os gastos totais previstos para completar um contrato de construção excedam os rendimentos definidos no mesmo, a perda esperada é reconhecida imediatamente na demonstração dos resultados do exercício. 84 Os gastos relacionados com a preparação de propostas para apresentação em concursos são reconhecidos na demonstração dos resultados do exercício em que são incorridos, uma vez que o desfecho da proposta não é controlável. b) Atividade imobiliária Os gastos relevantes capitalizados nos empreendimentos imobiliários desenvolvidos pelo GRUPO são apurados tendo em conta os gastos diretos de construção, assim como todos os gastos associados à elaboração dos projetos e ao licenciamento das obras. Os gastos imputáveis ao financiamento, à supervisão e à fiscalização dos empreendimentos são também capitalizados, desde que estes se encontrem em curso. Considera-se, para efeito de capitalização de encargos financeiros e de encargos com a supervisão e fiscalização do empreendimento, que o mesmo se encontra em curso se aguardar decisão das autoridades competentes ou se se encontrar em construção. Caso o empreendimento não se encontre nestas fases, o mesmo é considerado parado e as capitalizações acima referidas são suspensas. De acordo com a IFRIC 15, as vendas da atividade imobiliária são reconhecidas quando são transferidos substancialmente todos os riscos associados ao ativo para o comprador (ou seja, no momento da celebração da escritura do imóvel). c) Restantes atividades O rédito proveniente das vendas e prestações de serviços é reconhecido com a sua realização ou com referência à fase de acabamento da transação à data de relato, desde que todas as seguintes condições sejam satisfeitas: i) o montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade; ii) é provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para o GRUPO; iii) os gastos incorridos ou a incorrer com a transação podem ser mensurados com fiabilidade; e iv) a fase de acabamento da transação à data de relato pode ser mensurada com fiabilidade. O rédito de juros é reconhecido utilizando o método da taxa de juro efetiva, desde que seja provável que benefícios económicos futuros fluam para o GRUPO e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade. O rédito proveniente de dividendos é reconhecido quando for estabelecido o direito do GRUPO a receber o correspondente montante. xiii) Especialização dos exercícios O GRUPO adota o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento. xiv) Ativos, passivos e transações em moeda estrangeira Todas as transações em moeda estrangeira são registadas na moeda funcional no momento do reconhecimento inicial pela aplicação à quantia em moeda estrangeira da taxa de câmbio à vista entre a moeda funcional e a moeda estrangeira à data da transação. No fim de cada período de relato: a) os itens monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos à taxa de câmbio de fecho; b) os itens não monetários que sejam mensurados em termos de custo histórico numa moeda estrangeira são convertidos à taxa de câmbio da data da transação; e c) os itens não monetários que sejam mensurados pelo justo valor numa moeda estrangeira são convertidos às taxas de câmbio à data em que o justo valor foi determinado. 85 As diferenças de câmbio resultantes da liquidação de itens monetários ou da conversão de itens monetários a taxas diferentes daquelas a que foram convertidas no reconhecimento inicial durante o período ou em demonstrações financeiras anteriores são reconhecidas nos resultados do período em que ocorram, exceto se resultarem de um item monetário que faça parte do investimento líquido numa unidade operacional estrangeira. Neste caso, essas diferenças de câmbio são reconhecidas inicialmente em outro rendimento integral e reclassificadas do capital próprio para o resultado líquido do exercício aquando da alienação do investimento líquido. Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, os resultados, os fluxos de caixa e a posição financeira das entidades pertencentes ao perímetro de consolidação, cujas moedas funcionais não sejam a moeda de uma economia hiperinflacionária, foram convertidos para Euro às taxas de câmbio indicadas na Nota 1.2. alínea h). xv) Impostos sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação (de acordo com as regras fiscais em vigor no país em que operam) e considera a tributação diferida. Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade da demonstração da posição financeira e referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os seus respetivos montantes para efeitos de tributação. Os ativos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor, ou anunciadas para estarem em vigor, na data da reversão das diferenças temporárias. Os ativos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada demonstração da posição financeira é efetuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos ativos por impostos diferidos no sentido de reconhecer ativos por impostos diferidos não registados anteriormente, por não terem preenchido as condições para o seu registo, e/ou para reduzir o montante dos mesmos em função da expectativa atual da sua recuperação futura. Especificamente, no que respeita ao registo de ativos por impostos diferidos associados a prejuízos fiscais reportáveis, estes apenas são registados quando os planos de negócio das respetivas empresas suportam a sua recuperação integral dentro dos prazos legais estabelecidos. O montante de imposto a incluir, quer no imposto corrente, quer no imposto diferido, que resulte de transações ou eventos reconhecidos em reservas, é registado diretamente nessas mesmas rubricas, não afetando o resultado do exercício. xvi) Encargos financeiros com empréstimos obtidos Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como gastos no período em que ocorrem através do método da taxa de juro efetiva. Os encargos financeiros com empréstimos obtidos diretamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de ativos fixos, ou associados a projetos imobiliários classificados em inventários, são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou desenvolvimento do ativo e é interrompida após o início de utilização, o final de produção ou construção do ativo, ou quando o projeto em causa se encontra suspenso. Quaisquer rendimentos gerados por empréstimos obtidos diretamente relacionados com a construção/produção do ativo são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização. 86 Para efeitos de apuramento dos encargos financeiros a capitalizar são considerados os encargos financeiros especificamente incorridos na construção/produção do ativo ou, na sua impossibilidade, é apurada uma taxa de juro média calculada da seguinte forma: Total dos encargos financeiros incorridos no exercício/Total do endividamento bancário da empresa/ GRUPO, a qual é multiplicada ao valor do ativo em construção/produção. xvii) Provisões As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, o GRUPO tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada demonstração da posição financeira e ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data (valor esperado do exfluxo a incorrer), tendo em consideração os riscos e incertezas inerentes a tais estimativas. Quando uma provisão é apurada tendo em consideração os fluxos de caixa futuros necessários para liquidar a obrigação, a mesma é registada pelo valor atual dos mesmos. A taxa de desconto utilizada na atualização financeira acima referida corresponde à taxa média do financiamento da respetiva empresa à data de relato. Provisões para contratos onerosos - As obrigações presentes resultantes de contratos onerosos são reconhecidas e mensuradas como provisões. É considerado que existe um contrato oneroso quando o GRUPO está perante uma situação em que os custos inevitáveis de satisfazer as obrigações do contrato excedem os benefícios económicos que se esperam que sejam recebidos ao abrigo do mesmo. Provisões para garantias de obra - As provisões para fazer face a custos expectáveis com garantias ao abrigo de contratos de construção são registadas na data em que o rédito da construção é reconhecido, em função da melhor estimativa do Conselho de Administração dos exfluxos de recursos necessários para satisfazer aquela obrigação. Provisões para processos judiciais - As provisões para processos judiciais são registadas no momento em que se determina que existe uma forte probabilidade de ocorrência de uma saída de recursos para o GRUPO, sendo as mesmas reapreciadas anualmente tendo em conta a opinião dos respetivos advogados/consultores legais encarregues dos processos. As provisões para reestruturação só são reconhecidas pelo GRUPO quando exista um plano formal e detalhado de reestruturação e o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas. xviii) Benefícios de empregados a) Benefícios concedidos a empregados correntes e não correntes É reconhecido um passivo para fazer face aos benefícios concedidos a empregados relativamente a salários, férias e subsídio de férias no período em que o serviço dos empregados é prestado, sendo o mesmo reconhecido pelo montante dos benefícios expectáveis de serem pagos. Os passivos reconhecidos relativos a benefícios concedidos a empregados correntes são mensurados ao valor não descontado dos benefícios expectáveis de serem pagos pelos serviços prestados. Os passivos reconhecidos relativos a benefícios concedidos a empregados não correntes são mensurados ao valor presente dos pagamentos expectáveis futuros relativamente aos serviços prestados pelos empregados até à data de reporte. 87 b) Pensões As responsabilidades com o plano de pensões de benefícios definidos, atribuído a alguns ex-funcionários e atuais administradores do GRUPO, são apuradas de acordo com o método da unidade de crédito projetada (“Projected Unit Credit Method”), sendo as respetivas avaliações atuariais efetuadas em cada data de relato, utilizando os pressupostos atuariais e financeiros mais adequados ao plano estabelecido. A taxa de desconto é determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de bom risco e de prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades. A partir de 1 de janeiro de 2013, na sequência da revisão da IAS 19 – “Benefícios aos empregados”, o GRUPO passou a registar na rubrica de “Gastos com pessoal” da demonstração dos resultados as seguintes componentes: - Custo dos serviços correntes; - Custo líquido de juros com o plano de pensões; - Custo líquido de juros com o plano de pensões; com reformas antecipadas, correspondentes ao acréscimo de responsabilidades pela passagem à situação de reforma; e - Ganhos e perdas resultantes da alteração das condições do plano. O custo líquido de juros com o plano de pensões é calculado pelo GRUPO multiplicando a responsabilidade líquida com pensões de reforma pela taxa de desconto utilizada para efeitos da determinação das responsabilidades com pensões de reforma. Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, as responsabilidades do GRUPO com pensões de reforma eram unicamente cobertas através do registo de uma provisão, na rubrica “Provisões”, não existindo um Fundo autónomo. Os ganhos e perdas de remensuração, nomeadamente, os ganhos e perdas atuariais resultantes das diferenças entre os pressupostos atuariais utilizados e os valores efetivamente verificados (ganhos e perdas de experiência), bem como as alterações de pressupostos atuariais são reconhecidos por contrapartida da demonstração do outro rendimento integral. xix) Subsídios atribuídos pelo Estado Os subsídios atribuídos para financiar ações de formação de pessoal são reconhecidos como rendimentos durante o período de tempo durante o qual o GRUPO incorre nos respetivos gastos de formação e são apresentados na demonstração dos resultados a deduzir a esses mesmos gastos. Os subsídios atribuídos para financiar investimentos em ativos tangíveis ou intangíveis são diferidos e registados como responsabilidades. Os subsídios ao investimento são reconhecidos na demonstração dos resultados durante o período de vida útil estimado dos bens subsidiados na rubrica de “Outros rendimentos/(gastos) operacionais”. xx) Ativos e passivos contingentes Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, mas são divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro. Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, mas são divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de recursos afetando benefícios económicos futuros seja remota. 88 xxi) Eventos subsequentes Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data da demonstração da posição financeira (“adjusting events”) são refletidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data da demonstração da posição financeira (“non adjusting events”), se materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas. xxii) Julgamentos e estimativas Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, o Conselho de Administração do GRUPO baseou-se no seu melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes, considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros. As estimativas contabilísticas mais significativas refletidas nas demonstrações financeiras consolidadas dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 (e correspondentes fontes de incerteza) incluem: Justo valor dos ativos tangíveis e das propriedades de investimento e valor de realização dos imóveis classificados em inventários Alguns ativos imobiliários do GRUPO (nomeadamente terrenos, edifícios e pedreiras) são mensurados através do modelo da revalorização (ou modelo do justo valor, no caso das propriedades de investimento), o qual implica a determinação do respetivo justo valor. Adicionalmente, os imóveis que apresentam indícios de imparidade são sujeitos a testes de imparidade que assentam na determinação do valor de realização líquido dos mesmos. O justo valor e o valor de realização daqueles ativos imobiliários é frequentemente determinado com recurso a avaliações, as quais têm inevitavelmente subjacentes incertezas associadas a diversos fatores, tais como preços de mercado, yields, procura, etc.. Para atenuar o efeito destas incertezas, o Conselho de Administração tem por política, sempre que tal for praticável, o recurso a peritos credenciados e independentes para a realização das avaliações. Quando as avaliações são efetuadas por técnicos internos, existe o requisito de as mesmas utilizarem a máxima quantidade possível de dados de mercado observáveis. Vidas úteis dos ativos tangíveis e intangíveis O GRUPO revê as vidas úteis estimadas dos seus ativos tangíveis e intangíveis em cada data de relato. As vidas úteis dos ativos dependem de diversos fatores relacionados, quer com a utilização dos mesmos, quer com decisões estratégicas do GRUPO, quer ainda com a envolvente económica das várias empresas incluídas no perímetro de consolidação. Desta forma, o GRUPO implementou um processo rigoroso de revisão das vidas úteis estimadas que contempla os fatores atrás descritos e ainda outros que sejam considerados relevantes para o efeito. Análises de imparidade de goodwill, de investimentos financeiros em empresas associadas e conjuntamente controladas, de ativos tangíveis e de ativos intangíveis As análises de imparidade requerem a determinação do justo valor e do valor de uso dos ativos em questão (ou das UGC a que os mesmos foram imputados). Este processo requer um elevado número de julgamentos, nomeadamente a estimação de fluxos de caixa futuros associados aos ativos ou às respetivas UGC e a determinação de uma taxa de desconto apropriada para o apuramento do valor presente dos referidos fluxos de caixa. Neste particular, o GRUPO, mais uma vez, estabeleceu o requisito de ser utilizada a máxima quantidade possível de dados de mercado observáveis. Estabeleceu ainda mecanismos de monitorização dos cálculos assentes no desafio crítico da razoabilidade dos pressupostos utilizados, da sua coerência e consistência (em situações similares). 89 Determinação de perdas por imparidade em contas a receber As perdas por imparidade em contas a receber são calculadas conforme indicado na Nota 1.3. ix a). Deste modo, a determinação da imparidade através da análise individual corresponde ao julgamento do GRUPO quanto à situação económica e financeira dos seus clientes e à sua estimativa do valor a atribuir a eventuais garantias existentes, com o consequente impacto nos fluxos de caixa futuros esperados. Reconhecimento do rédito em obras em curso O rédito das obras em curso é reconhecido com base na fase de acabamento das obras. A fase de acabamento traduz-se numa estimativa muito relevante que assenta na previsão dos gastos ainda a incorrer até à conclusão das obras. Este processo baseia-se, em grande medida, no input dos técnicos envolvidos nas obras, em virtude do seu conhecimento detalhado das mesmas, da sua experiência e competência técnica. Valorização de instrumentos financeiros não transacionados em mercados ativos Na valorização de instrumentos financeiros não transacionados em mercados ativos (em particular de instrumentos financeiros derivados contratados pelo GRUPO: forwards de taxa de câmbio e swaps de taxa de juro), são utilizadas técnicas de valorização assentes em métodos de fluxos de caixa descontados. A determinação do justo valor destes instrumentos é geralmente efetuada pelas entidades com as quais os mesmos foram contratados (contrapartes). O Conselho de Administração do GRUPO reconhece competência e objetividade às contrapartes. O GRUPO tem ainda acesso aos principais pressupostos e metodologias utilizados na determinação do justo valor destes instrumentos, os quais são considerados apropriados. Determinação do desfecho dos processos judiciais em curso O desfecho dos processos judiciais em curso, bem como a respetiva necessidade de constituição de provisões, é estimado tendo por base a opinião dos advogados/consultores legais do GRUPO. Os advogados/consultores legais do GRUPO possuem as competências técnicas e o conhecimento detalhado dos processos que lhes permitem fazer face à incerteza inerente ao desfecho de processos desta natureza. Mensuração de impostos diferidos e avaliação da recuperabilidade dos ativos por impostos diferidos O reconhecimento de ativos por impostos diferidos pressupõe a existência de resultados e de matéria coletável positiva futura. Adicionalmente, os ativos e os passivos por impostos diferidos são determinados com base na interpretação da legislação fiscal em vigor nas várias jurisdições onde o GRUPO opera. Deste modo, alterações na legislação fiscal ou na sua interpretação por parte das autoridades competentes podem ter impacto no valor dos impostos diferidos. Por último, a recuperação dos ativos por impostos diferidos depende ainda do desempenho das várias entidades incluídas no perímetro de consolidação, circunstância que o GRUPO não controla por inteiro. De modo a atenuar o grau de incerteza associado a estas estimativas, em particular no tocante à interpretação da legislação fiscal aplicável, o GRUPO e as várias empresas incluídas no seu perímetro de consolidação recorrem aos serviços de consultores fiscais externos. Benefícios pós-emprego dos colaboradores As responsabilidades com pensões de reforma são estimadas tendo por base avaliações atuariais efetuadas por peritos externos certificados pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. Estas estimativas incorporam um conjunto de pressupostos financeiros e atuariais, nomeadamente a taxa de desconto, tábuas de mortalidade, invalidez, crescimento das pensões e dos salários, entre outros. Os pressupostos adotados na determinação das responsabilidades com pensões correspondem à melhor estimativa do Conselho de Administração do GRUPO quanto ao comportamento futuro das variáveis acima referidas. 90 As diversas estimativas acima referidas foram determinadas com base na melhor informação histórica disponível à data de preparação das demonstrações financeiras consolidadas. Os julgamentos subjacentes àquelas estimativas tiveram em consideração a envolvente económica global do setor e da geografia em que operam as várias empresas incluídas no perímetro de consolidação, bem como os seus desenvolvimentos futuros esperados. Atendendo à sua natureza, aqueles julgamentos encontram-se sujeitos a um razoável grau de incerteza. Consequentemente, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram consideradas nas estimativas e que podem levar a que os desfechos observados difiram materialmente dos previstos. Alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas em resultados de forma prospetiva, conforme disposto pelo IAS 8. Na data de preparação das presentes demonstrações financeiras consolidadas não são antecipadas alterações relevantes às estimativas efetuadas e, consequentemente, não são esperadas variações materiais nos ativos e passivos registados com base nas estimativas. xxiii) Demonstração dos fluxos de caixa A demonstração consolidada dos fluxos de caixa é preparada de acordo com o IAS 7, através do método direto. O GRUPO classifica na rubrica “Caixa e seus equivalentes” os investimentos com vencimento a menos de três meses e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante, os valores cativos de depósitos a prazo das empresas concessionárias afetos ao serviço da dívida, bem como, depósitos dados em garantia ao abrigo de clausulas contratuais. A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se segregada em atividades operacionais, de investimento e de financiamento. As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, pagamentos a pessoal e outros relacionados com a atividade operacional. Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de investimento incluem, nomeadamente, aquisições e alienações de investimentos em empresas participadas e pagamentos e recebimentos decorrentes da compra e da venda de ativos fixos. Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de financiamento incluem, designadamente, os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira e pagamento de dividendos. 91 2. Empresas incluídas na consolidação Em 31 de dezembro de 2015, as empresas/entidades incluídas na consolidação, respetivos métodos de consolidação, sedes, percentagem efetiva de participação, atividade, data de constituição e data de aquisição das mesmas, são tal como se apresenta no Apêndice A. As principais alterações ocorridas no perímetro de consolidação durante o exercício de 2015 encontram-se referidas na Nota 35. Alterações de perímetro. Em 31 de dezembro de 2015, as subsidiárias controladas pelo GRUPO que apresentam interesses que não controlam mais significativos são como seguem: 2015 Mota-Engil Angola Percentagem de detenção de interesses que não controlam 49,15% Resultado atribuído a interesses que não controlam 11.960 Interesses que não controlam acumulados Principais acionistas 75.127 Sonangol (20%) BPA (5%) Finicapital (15%) Globalpactum (9%) Município da Amadora (5,16%) Município de Lisboa (20%) Município de Loures (11,51%) Município de Vila Franca de Xira (4,61%) Município de Odivelas (0,54%) Outros municípios (5,25%) Valor Sul 69,02% 1.397 40.519 Empresa Construtora Brasil Mota-Engil México Outras 50,00% 49,00% 1.457 19.986 14.025 12.043 181.151 34.800 322.865 Bonsucesso (50%) Prodi (49%) As subsidiárias incluídas na linha “Outras”, na coluna “Interesses que não controlam acumulados” referem-se, essencialmente, à EGF e suas participadas (75.031 milhares de euros) e ao segmento Portuário e de Logística (88.985 milhares de euros), (cujos ativos e passivos em 31 de dezembro de 2015 foram registados como ativos não correntes detidos para venda). Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015, os principais movimentos ocorridos nos interesses que não controlam resultaram da aquisição da EGF e das suas participadas e do processo de aquisição de ações próprias da ME AFRICA NV na sequência do fim da admissão à cotação das ações daquela subsidiária. 92 Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 e nos exercícios findos naquelas datas, a informação financeira resumida (contributos) sobre as principais subsidiárias controladas pelo GRUPO com interesses que não controlam era como segue: Mota-Engil Angola - 2015 Posição financeira Ativos correntes Ativos não correntes Passivos correntes Passivos não correntes Capital próprio atribuível aos acionistas Interesses que não controlam Demonstração de resultados Rendimentos Gastos Resultado liquído do exercício atribuível: aos accionistas a interesses que não controlam ECB Valor Sul (a) 2014 - 2015 2014 - 2015 ME México (b) 2014 2015 2014 449.350 134.158 409.255 55.593 43.532 75.127 398.283 111.188 359.110 46.268 31.108 72.984 18.885 187.599 23.930 123.848 18.187 40.519 - 66.631 28.524 43.803 23.303 14.025 14.025 55.309 40.603 30.987 27.663 18.632 18.632 186.524 67.061 189.615 42.250 11.077 10.643 - 118.659 104.092 58.706 - 28.049 37.263 21.720 - 255.544 231.212 24.332 328.870 298.227 30.643 28.675 26.650 2.025 - 135.504 132.590 2.913 104.535 99.189 5.346 190.907 186.583 4.325 - 12.372 11.960 12.802 17.841 627 1.397 - 1.457 1.457 2.673 2.673 4.325 - - (a) Empresa do subgrupo EGF adquirida em 2015 (b) Empresa parcialmente alienada em final de dezembro de 2015 3. Vendas e prestações de serviços As vendas e prestações de serviços nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 apresentavam a seguinte composição: 2015 Vendas de mercadorias Vendas de produtos Prestações de serviços 2014 7.100 158.225 2.268.314 8.060 87.095 2.273.000 2.433.640 2.368.155 As vendas de produtos incluem, essencialmente, vendas de fracções inseridas em projectos imobiliários, vendas de pedra e agregados, betão e outros materiais. O aumento ocorrido no exercício de 2015, na rubrica acima referida, relaciona-se com a aquisição da EGF, nomeadamente com as vendas de materiais recicláveis. Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, não se verificou qualquer descontinuação significativa nas atividades desenvolvidas pelo GRUPO. Naqueles exercícios, as vendas e prestações de serviços por segmento operacional apresentavam a seguinte composição: 2015 Europa - Engenharia e Construção Europa - Ambiente e Serviços África América Latina Outros e eliminações 601.658 396.489 834.909 700.256 (99.673) 2.433.640 2014 598.563 337.694 1.061.673 537.492 (167.266) 2.368.155 O aumento das vendas e prestações de serviços no exercício de 2015 no segmento Europa – Ambiente e Serviços encontra-se influenciado pela consolidação, a partir de 1 de julho de 2015, das empresas da EGF. 93 No exercício de 2014, existia um cliente que, individualmente, representava mais de 10% do total da rubrica “Vendas e prestações de serviços” e que se encontrava afeto ao Segmento de África. No exercício de 2015, nenhum cliente representava mais de 10% da rubrica “Vendas e prestações de serviços”. A rubrica “Outros e eliminações” inclui, essencialmente, vendas e prestações de serviços de subsidiárias do segmento Europa - Engenharia e Construção para o segmento de África. Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a carteira de encomendas do GRUPO apresentava a seguinte composição: 2015 América Latina África Europa 2014 1.942.340 1.225.116 919.183 1.984.370 1.423.368 1.005.425 4.086.639 4.413.164 De salientar que, segundo a política de reporte do GRUPO, o valor da carteira de encomendas não inclui valores referentes a empresas concessionárias (nomeadamente, das subsidiárias da EGF). 4. Outros rendimentos No exercício findo em 31 de dezembro de 2015, o GRUPO procedeu a uma análise sobre a natureza das transações que vinham a ser registadas nesta rubrica residual, tendo em consequência reclassificado as mesmas para as rubricas de “Vendas e prestações de serviços” ou de “Outros rendimentos / (Gastos) operacionais”, consoante a sua tipologia. 5. Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas, variação da produção e subcontratos O custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas, a variação da produção e os subcontratos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 podem ser analisados como se segue: 2015 Inventário inicial Transferências Regularizações Variação de perímetro Compras Inventário final (Nota 22) Variação da produção Subcontratos Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas, variação da produção e Subcontratos 94 Mercadorias Matérias-primas, subsidiárias e de consumo Total 42.737 121 (453) 32.466 77.569 (67.145) 68.256 1.257 1.750 4 417.705 (85.060) 110.993 1.377 1.297 32.470 495.274 (152.205) 85.296 403.910 489.206 21.040 519.209 1.029.455 2014 Inventário inicial Transferências Regularizações Variação de perímetro Compras Inventário final (Nota 22) Mercadorias Matérias-primas, subsidiárias e de consumo Total 38.735 4.844 3.151 71.471 (42.737) 75.673 6.204 (5.407) (362) 402.624 (68.256) 114.408 11.048 (2.255) (362) 474.095 (110.993) 75.464 410.477 485.941 Variação da produção Subcontratos 4.198 563.055 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas, variação da produção e Subcontratos 1.053.194 No exercício findo em 31 de dezembro de 2015, a rubrica “Variação de perímetro - Mercadorias” refere-se, essencialmente, à aquisição, por parte de uma empresa consolidada pela primeira vez no ano, de um terreno no México para desenvolvimento turístico. 6. Fornecimentos e serviços externos Os fornecimentos e serviços externos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 podem ser analisados como se segue: 2014 2015 Rendas e alugueres Trabalhos especializados Transportes, deslocações e estadias Combustíveis Conservação e reparação Seguros Água e eletricidade Vigilância e segurança Comunicações Comissões e honorários Utensílios e material de escritório Publicidade e propaganda Outros fornecimentos e serviços 196.987 78.998 49.055 37.076 47.122 20.284 13.484 12.087 7.699 11.360 10.488 2.056 41.244 178.440 57.263 54.790 28.573 28.995 13.853 8.226 12.727 7.750 8.561 5.927 1.731 23.965 527.941 430.801 A rubrica “Rendas e alugueres” respeita, essencialmente, aos encargos suportados com aluguer de equipamentos, máquinas, viaturas e instalações. Incluído nesta rubrica encontra-se em 31 de dezembro de 2015 o montante de 73.579 milhares de euros (111.593 milhares de euros em 31 de dezembro de 2014) relativo a rendas de operações de locação operacional. No exercício findo em 31 de dezembro de 2015, o aumento ocorrido na rubrica “Rendas e alugueres” resultou, essencialmente, do aumento da atividade na América Latina, nomeadamente no negócio de Engenharia e Construção. As rendas vincendas em 31 de dezembro de 2015 e 2014 associadas a contratos de locação operacional celebrados pelo GRUPO eram como segue: Ano de vencimento 1 ano Entre 2 e 5 anos mais de 5 anos 2015 2014 4.462 2.858 29 9.067 5.898 - 7.349 14.965 Os principais contratos de locação operacional celebrados pelo GRUPO, incluídos acima, respeitam, essencialmente, ao aluguer de viaturas e de equipamentos. 95 Os aumentos ocorridos durante o exercício de 2015 nas rubricas “Trabalhos especializados”, “Combustíveis” e “Conservação e reparação” deveram-se, essencialmente, à consolidação, a partir de 1 de julho de 2015, das empresas da EGF. A rubrica “Trabalhos especializados” inclui, entre outros, trabalhos de assistência técnica e consultoria. 7. Gastos com pessoal Os gastos com pessoal nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 podem ser analisados como se segue: 2015 Remunerações Encargos sociais: Pensões e outros benefícios concedidos Outros 2014 400.725 378.896 246 105.297 244 87.101 506.268 466.241 As responsabilidades com planos de pensões e reforma encontram-se detalhadas na Nota 31. Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Outros” incluía, essencialmente, os gastos suportados com a Segurança Social e outros regimes de contribuição social similares fora de Portugal, subsídios de refeição e doença, seguros de acidentes de trabalho e indemnizações. Os gastos com pessoal por segmento operacional são como segue: 2015 Europa - Engenharia e Construção Europa - Ambiente e Serviços África América Latina Outros e eliminações 2014 104.795 83.672 151.529 143.221 23.052 101.141 66.697 168.251 113.234 16.920 506.268 466.241 O aumento ocorrido durante o exercício de 2015 nos gastos com pessoal deveu-se, essencialmente, ao aumento da atividade desenvolvida na América Latina (Brasil e México) e à consolidação, a partir de 1 de julho de 2015, das empresas da EGF (segmento Europa – Ambiente e Serviços). Número de colaboradores Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o número de colaboradores ao serviço do GRUPO (tendo em conta a região onde os mesmos estão a prestar efetivamente a sua atividade) pode ser analisado como se segue: 2015 Administradores e Membros dos órgãos sociais Pessoal do quadro Pessoal não do quadro Europa África América Latina Holding e outros 96 2014 64 13.005 16.214 70 8.440 14.298 29.283 22.808 8.850 11.918 8.208 307 6.892 11.941 3.806 169 29.283 22.808 8. Outros rendimentos / (gastos) operacionais Os outros rendimentos/ (gastos) operacionais nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 podem ser analisados como se segue: 2015 Donativos Ganhos / (perdas) na alienação de ativo tangível Impostos Subsídios à exploração Subsídios ao investimento (Nota 29) Trabalhos para a própria empresa Diferenças de câmbio Outros rendimentos / (gastos) 2014 (1.499) 813 (15.938) 1.412 9.684 25.520 4.859 (27.981) (2.416) 2.323 (18.611) 406 513 14.784 12.190 (34.416) (3.130) (25.229) A rubrica “Impostos” respeita, essencialmente, ao imposto do Selo suportado pelas empresas do GRUPO localizadas em Angola. A rubrica “Subsídios ao investimento” respeita, essencialmente, em 2015, ao reconhecimento de subsídios ao investimento por parte das empresas da EGF. Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Trabalhos para a própria empresa” incluiu, essencialmente, os montantes relativos à construção de projetos imobiliários em desenvolvimento pelo GRUPO na Europa Central, a trabalhos de construção em Angola no estaleiro central e a grandes reparações de equipamentos em África. 9. Amortizações As amortizações nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 apresentavam a seguinte composição: 2015 Amortizações do exercício em ativo intangível (Nota 17) : Despesas de desenvolvimento Software e outros direitos Licenças de exploração de concessões Outros ativos intangíveis Amortizações do exercício em ativo tangível (Nota 18): Terrenos e edifícios Equipamentos Europa - Engenharia e Construção Europa - Ambiente e Serviços África América Latina Outros e eliminações Outros ativos tangíveis 2014 301 2.174 27.284 40 108 1.868 6.556 25 29.799 8.557 14.644 21.821 19.854 10.779 61.165 13.359 (1.165) 3.106 21.070 11.187 56.309 8.390 (592) 2.619 121.742 120.804 151.541 129.361 O aumento ocorrido nas amortizações do exercício em ativo intangível é justificado, essencialmente, pela consolidação, a partir de 1 de julho de 2015, das empresas da EGF. O aumento ocorrido nas amortizações do exercício em ativo tangível é justificado, essencialmente, pela aquisição de equipamento para fazer face à atividade desenvolvida pelo GRUPO na América Latina e em África no negócio de Engenharia e Construção. 97 A redução ocorrida no exercício de 2015 nas amortizações do exercício de terrenos e edifícios é justificada, essencialmente, pela amortização integral de alguns ativos relacionados com a obra de Nacala em 2014. Na sequência da decisão do Conselho de Administração de proceder à alienação do negócio Portuário e de Logística, e de classificar aquele sub-segmento como um ativo não corrente detido para venda, o GRUPO suspendeu a partir de 30 de setembro de 2015, de acordo com o preconizado na IFRS 5, a amortização dos ativos tangíveis e intangíveis que integravam aquele sub-segmento. 10. Provisões e perdas de imparidade As provisões e as perdas de imparidade nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 foram como se segue: 2015 Provisões (Nota 28. Provisões): Europa - Engenharia e Construção Europa - Ambiente e Serviços África América Latina Outros e eliminações Ajustamentos e perdas de imparidade: Em inventários (Nota 22. Inventários) Europa - Engenharia e Construção África América Latina Em goodwill (Nota 16. Goodwill) Europa - Engenharia e Construção Europa - Ambiente e Serviços Em ativo fixo tangível (Nota 18. Ativos tangíveis) Europa - Engenharia e Construção África Em clientes e outros devedores (Nota 23. Outros ativos) Europa - Engenharia e Construção Europa - Ambiente e Serviços África América Latina Outros e eliminações Reversão de provisões e perdas de imparidade (Notas 22, 23 e 28): Europa - Engenharia e Construção Europa - Ambiente e Serviços África América Latina Outros e eliminações Total de provisões e perdas de imparidade 2014 11.226 2.544 28.314 874 6.156 2.875 1.368 3.881 203 49.114 8.327 3.946 518 1.064 2.183 122 - 5.528 2.304 - 196 524 - 720 62 1.105 24 8.000 1.166 8.024 6.317 1.031 19.251 4.671 5 1.737 1.972 25.706 416 - 31.274 29.830 (14.314) (7.070) (17.132) (1.339) (2) (20.945) (638) (13.082) (7.310) (39.856) (41.975) 47.226 7.230 O aumento líquido ocorrido no exercício de 2015 nas rubricas de “Provisões” e “Ajustamentos e perdas de imparidade” deveu-se, essencialmente, à necessidade de se acautelarem determinadas contingências, nomeadamente associadas a contas a receber, fruto maioritariamente da instabilidade económica/financeira vivida no segmento África (cerca de 32 milhões de euros). No exercício de 2014, as provisões para garantias de obra da Mota-Engil Angola foram reconhecidas na rubrica de “Fornecedores e serviços externos – Subcontratos”. Por outro lado, o aumento ocorrido no exercício de 2015 na rubrica de “Provisões” no segmento Europa – Engenharia e Construção deveu-se, essencialmente, ao reforço das provisões para garantias de obra e à constituição de provisões para contratos de construção onerosos. 98 Por último, o aumento ocorrido no exercício de 2015 na rubrica “Provisões” no segmento “Outros e eliminações” é justificado pelo provisionamento de contingências de índole legal identificadas na MOTA-ENGIL SGPS. Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica de “Ajustamentos e perdas de imparidade – Em ativo fixo tangível”, cujo saldo naqueles exercícios ascendeu a 1.105 milhares de euros e 8.000 milhares de euros, respetivamente, respeitava às imparidades apuradas para uma unidade industrial em Angola na sequência dos testes de imparidade anuais efetuados pelo GRUPO. Em 2014, o aumento registado na rubrica “Ajustamentos e perdas de imparidade - Em clientes e outros devedores” no segmento África, no montante de 25.706 milhares de euros, incluía 7.152 milhares de euros relativos ao aumento de perdas de imparidade na Vista Waste. Este efeito foi mais que compensado por um efeito contrário, no mesmo segmento e na mesma empresa, na rubrica “Reversão de provisões e perdas de imparidade”, no montante de 10.146 milhares de euros. Por outro lado, o aumento registado em 2014 na rubrica “Ajustamentos e perdas de imparidade - Em clientes e outros devedores”, no montante remanescente de 18.554 milhares de euros, deveu-se ao incremento do risco de cobrabilidade de saldos a receber em alguns mercados do segmento África. 11. Resultados financeiros Os resultados financeiros nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 podem ser analisados como se segue: 2015 Rendimentos e ganhos financeiros Empréstimos e contas a receber: Juros obtidos Descontos de pronto pagamento obtidos Diferenças de câmbio favoráveis Outros ativos financeiros: Rendimentos de imóveis (Nota 21) Rendimentos de participações de capital Ganhos de justo valor - Instrumentos financeiros derivados Ganhos de justo valor - Propriedades de investimento (Nota 21) Outros rendimentos e ganhos financeiros Gastos e perdas financeiras Empréstimos e contas a pagar: Juros suportados Descontos de pronto pagamento concedidos Diferenças de câmbio desfavoráveis Outros gastos e perdas financeiras 2014 29.476 714 20.214 20.439 398 - 1.056 919 5.794 9.859 2.261 950 1.762 4.222 3.123 70.294 30.894 134.339 975 25.447 106.766 376 12.090 42.884 160.761 (90.467) 162.116 (131.222) No exercício findo em 31 de dezembro de 2015, as rubricas “Juros obtidos” e “Juros suportados” incluem cerca de 11.000 milhares de euros relativos à refacturação de juros incorridos pelo GRUPO a um cliente do segmento África, o qual reescalonou durante o ano o prazo de liquidação da sua dívida comercial. No exercício findo em 31 de dezembro de 2015, as diferenças de câmbio favoráveis tiveram maioritariamente a sua origem em Angola e no Malawi, resultantes essencialmente da desvalorização de passivos expressos em Kwanzas e em Kwachas, respetivamente. Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Rendimentos de imóveis” incluiu, essencialmente, rendas de imóveis localizados em Portugal. 99 Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Rendimentos de participações de capital” incluiu, essencialmente, dividendos recebidos do BAI – Banco Angolano de Investimentos (785 milhares de euros em 2015 e 792 milhares de euros em 2014) e da Auto-Sueco Angola (887 milhares de euros em 2014). Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Ganhos de justo valor – Instrumentos financeiros derivados” incluiu o efeito positivo da valorização de Forwards cambiais contratados pela MOTA-ENGIL, SGPS, o qual compensou o efeito negativo da apreciação do USD verificado na atualização cambial de alguns empréstimos obtidos naquela divisa. No exercício findo em 31 de dezembro de 2015, o saldo da rubrica “Ganhos de justo valor – Propriedades de investimento” é justificado, essencialmente, pela atualização ao justo valor de uma propriedade de investimento localizada no segmento Europa - Engenharia e Construção (4.917 milhares de euros) e de uma propriedade de investimento localizada no segmento América Latina (4.770 milhares de euros). Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Outros gastos e perdas financeiras” incluiu, essencialmente, os gastos com a montagem de empréstimos e diversas comissões e custos debitados por instituições financeiras. Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Juros suportados” apresentava a seguinte composição: 2015 Empréstimos por obrigações não convertíveis Dívidas a instituições de crédito: Empréstimos bancários Descobertos bancários Contas caucionadas Outros empréstimos obtidos: Emissões de papel comercial Outros 2014 31.545 28.402 42.713 4.708 20.259 23.459 6.502 22.501 9.999 5.610 8.632 899 114.834 90.397 Outros juros suportados (factoring , leasing e outros) 19.505 16.369 134.339 106.766 Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os encargos financeiros capitalizados apresentavam a seguinte composição: 2015 2014 Ativos fixos - 464 Inventários 842 2.143 842 2.607 Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, para efeito de capitalização de encargos financeiros ao custo de aquisição dos ativos em construção acima referidos, foi utilizada uma taxa de juro média de 5,19% e 5,36%, respetivamente. Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a sensibilidade do GRUPO a alterações no indexante da taxa de juro pode ser analisada como se segue: Impacto estimado 2015 2014 Variação nos juros suportados pela alteração de 1 p.p. na taxa de juro aplicada ao endividamento médio do ano (excluíndo leasing e factoring ) Blindagem por taxa fixa Blindagem por instrumentos financeiros derivados de taxa de juro 17.381 (5.910) (250) 11.585 (3.589) (550) Sensibilidade do resultado financeiro a variações da taxa de juro 11.222 7.446 100 Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os ativos e passivos expressos de acordo com a moeda funcional do país em que cada empresa do GRUPO opera são como seguem: 2014 2015 Moeda Euro (EUR) Coroa Checa (CZK) Dinar Argelino (DZD) Dobra de S. Tomé e Príncipe (STD) Dólar dos Estados Unidos (USD) Escudo de Cabo Verde (CVE) Forint Húngaro (HUF) Kwanza de Angola (AOK) Metical de Moçambique (MZM) Novo Leu da Roménia (RON) Peso Mexicano (MXN) Rand da África do Sul (ZAR) Real do Brasil (BRL) Zloti Polaco (PLN) Peso Colombiano (COP) Novo Sol Peruano (PEN) Malawi Kwacha (MWK) Libra Esterlina (GBP) Outras Ativos Passivos Passivos Ativos 3.080.185 9.386 1.791 6.430 997.185 12.559 10.002 55.518 2.073 370.541 14.245 109.322 215.084 16.776 210.511 2.960 355 904 2.988.270 14.466 347 3.053 610.358 8.601 3.114 35.980 2.140 146 332.189 16.976 85.396 138.748 15.581 161.348 5.145 278 623 1.867.974 11.471 1.970 2.619 1.150.589 13.745 27.360 52.943 224.310 200.158 9.541 122.353 204.673 15.830 45.348 10.746 130 1.981.776 12.903 369 535 710.672 11.167 5.215 31.920 191.226 293 126.486 7.583 82.199 136.597 14.473 69.055 1.212 91 5.115.827 4.422.760 3.961.761 3.383.773 Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a sensibilidade do GRUPO à variação cambial das principais divisas a que está exposto pode ser analisada como se segue: 2015 Impactos estimados pela apreciação em 1%: do Dólar Norte Americano (USD) face ao Euro (EUR) do Zloty Polaco (PLN) face ao Euro (EUR) do Peso Mexicano (MXN) face ao Euro (EUR) do Real do Brasil (BRL) face ao Euro (EUR) do Novo Sol Peruano (PEN) face ao Euro (EUR) 2014 Impactos estimados pela apreciação em 1%: do Dólar Norte Americano (USD) face ao Euro (EUR) do Zloty Polaco (PLN) face ao Euro (EUR) Resultado líquido 159 (23) 30 (0) 89 Resultado líquido 927 (139) Capital próprio 2.880 743 226 109 407 Capital próprio 1.907 809 Após 31 de dezembro de 2015, mais propriamente no dia 4 de janeiro de 2016, o Banco Nacional de Angola aumentou a taxa de câmbio de referência entre o dólar americano (USD) e o Kwanza de Angola (AOK). Deste modo, após aquela decisão, no dia 11 de janeiro de 2016 o câmbio de referência entre o Euro e o Kwanza de Angola (AOK) ascendia a 1Euro = AOK 168,81 versus 1Euro = AOK 147,83 em 31 de dezembro de 2015. No entanto, embora a magnitude da desvalorização acima referida ainda tenha sido acentuada, dado que a maioria das participadas angolanas detidas pelo GRUPO considera como moeda funcional o USD e dada a estratégia de hedging adotada pelas mesmas, em 2016 não se produziram impactos materiais nas demonstrações financeiras consolidadas como resultado daquela desvalorização cambial. 101 12. Ganhos / (perdas) em empresas associadas e conjuntamente controladas Os ganhos em empresas associadas e conjuntamente controladas nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 podem ser analisados como se segue: Ganhos em empresas associadas e conjuntamente controladas 2015 Grupo Ascendi (segmento outros, eliminações e intragrupo) Grupo Indaqua (segmento Europa - Ambiente e Serviços) Grupo SLPP (segmento Europa - Ambiente e Serviços) Grupo Suma (segmento Europa - Ambiente e Serviços) HL - Sociedade Gestora do Edifício (segmento Europa - Ambiente e Serviços) TPE Paita (segmento Europa - Ambiente e Serviços) Outras 2014 63.296 1.382 464 193 962 1.064 2.652 18.500 367 307 965 4.571 1.311 70.013 26.021 No exercício findo em 31 de dezembro de 2015, o montante registado no GRUPO ASCENDI encontra-se influenciado pela alteração de controlo ocorrida ao nível daquela subholding, relativamente a cinco empresas concessionárias de autoestradas (na sequência da parceria estabelecida com o Grupo Ardian), a qual gerou o reconhecimento de um ganho de cerca de 72 milhões de euros, dos quais cerca de 48 milhões de euros impactaram o resultado líquido do GRUPO. O restante montante afetou a Demonstração do outro rendimento integral através da transferência para o resultado do exercício do montante aí reconhecido, nomeadamente decorrente de variações de justo valor de derivados. As perdas em empresas associadas e conjuntamente controladas nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 podem ser analisadas como se segue: Perdas em empresas associadas e conjuntamente controladas 2015 Grupo Indaqua Grupo Martifer Outras 2014 2.890 Ganhos / (perdas) em empresas associadas e conjuntamente controladas 215 42.165 2.334 2.890 44.714 67.123 (18.693) Na sequência da decisão do Conselho de Administração de proceder à alienação dos investimentos financeiros detidos na INDAQUA e na ASCENDI GROUP, e de os classificar como ativos não correntes detidos para venda, o GRUPO interrompeu, a partir de 30 de setembro de 2015, de acordo com o preconizado na IFRS 5, a aplicação do método da equivalência patrimonial na valorização daqueles investimentos financeiros. 13. Ganhos / perdas na alienação de empresas subsidiárias e associadas Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os ganhos / perdas na alienação de empresas subsidiárias e associadas apresentavam a seguinte composição: Perdas na alienação de empresas subsidiárias e associadas Kopazi (participada do Grupo Obol) Bergamon Jeremiasova Outros 2015 2014 25.219 13.056 6.189 265 - 44.729 - Durante o exercício de 2015, e no seguimento de um plano de reestruturação e de desinvestimento no mercado imobiliário na Europa Central, o GRUPO concluiu um conjunto de alienações naquela região que provocaram um impacto negativo nesta rubrica de cerca de 45 milhões de euros. 102 Face à relevância dos valores em causa e face ao seu carácter não recorrente, o Conselho de Administração do GRUPO decidiu registar o resultado daquelas operações numa linha autónoma da demonstração de resultados. 14. Imposto sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 pode ser analisado como se segue: 2015 Imposto corrente Imposto diferido 2014 38.963 7.196 38.451 1.192 46.160 39.643 O detalhe e o movimento dos ativos e passivos por impostos diferidos, em 31 de dezembro de 2015 e 2014, de acordo com as diferenças temporárias que os originaram, é o seguinte: Ativos por Impostos diferidos 2015 Provisões e perdas de imparidade não aceites fiscalmente Acréscimos de gastos não aceites fiscalmente Prejuízos fiscais Reduções de amortizações não consideradas fiscalmente Acréscimos de gastos por investimento a realizar não considerados fiscalmente - EGF Justo valor de instrumentos derivados Outros Ativos por Impostos diferidos 2014 Passivos por Impostos diferidos 2014 Reavaliação de ativos fixos Diferimento de tributação de mais valias Amortizações não aceites fiscalmente Imputação de justo valor em concentrações empresariais Acréscimos de rendimentos não tributados Outros Efeito em reservas 2015 (31) (96) (1.032) 63.575 (3.292) 1.247 15.282 6.793 376 481 351 (988) (516) (30) (499) 20.124 23.317 14.147 3.301 64.055 45 12.683 56.052 59.123 24.531 (2.034) 137.672 Alteração de perímetro Efeito em resultados Efeito em reservas 2014 25.455 3.768 13.171 2.932 175 6.657 1.985 (612) (18) 4.430 (5.505) (7) 8.160 (5.541) (66) (750) (100) 1.918 19.896 8.131 8.902 2.925 75 16.123 52.158 1.374 7.060 (4.539) 56.052 Alteração de perímetro 2014 Reavaliação de ativos fixos Amortizações associadas a investimento futuro a realizar não consideradas fiscalmente Diferimento de tributação de mais valias Amortizações não aceites fiscalmente Imputação de justo valor em concentrações empresariais Acréscimos de rendimentos não tributados Diferenças cambiais temporárias não aceites Outros Efeito em resultados 19.896 8.131 8.902 2.925 75 16.123 2013 Provisões e perdas de imparidade não aceites fiscalmente Acréscimos de gastos não aceites fiscalmente Prejuízos fiscais Reduções de amortizações não consideradas fiscalmente Justo valor de instrumentos derivados Outros Passivos por Impostos diferidos 2015 Alteração de perímetro 2014 Efeito em resultados Efeito em reservas 2015 8.935 646 2.398 6.865 13.949 448 7.214 35.043 (6.865) - 2.729 (2.521) (5) (276) 15.633 12.539 3.629 3.353 (2.978) (448) (1.048) 15.016 32.521 641 2.122 26.604 12.539 9.795 40.456 28.177 31.727 (1.122) 99.238 Alteração de perímetro 2013 Efeito em resultados Efeito em reservas 2014 9.163 653 6.057 8.051 2.975 4.580 - (860) (7) (3.659) (423) 10.975 2.226 632 (763) 856 8.935 646 2.398 6.865 13.949 7.662 31.478 - 8.252 725 40.456 Os ativos e passivos por impostos diferidos em 31 de dezembro de 2015, incluem na rubrica "Alteração de perímetro", o efeito das empresas da EGF adquiridas no ano e as empresas do segmento Portuário e de Logística que foram classificados como ativos não correntes detidos para venda. 103 As rubricas de “Acréscimos de gastos não aceites fiscalmente” e “Acréscimos de rendimentos não tributados” resultam, essencialmente, da Mota-Engil México e estão associadas ao tratamento fiscal dos contratos de construção naquele país. A rubrica de “Diferenças cambiais temporárias não aceites” resulta, essencialmente, da Sucursal da MEEC África em Moçambique. Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, de acordo com as declarações fiscais das empresas que registaram ativos por impostos diferidos por prejuízos fiscais, utilizando para o efeito as taxas de câmbio naquelas datas, aqueles eram reportáveis como se segue: 2015 Ano do registo: até 2011 (inclusive) 2012 2013 2014 2015 2015 Data de caducidade: 2016 2017 2018 2019 após 2019 2014 Ano do registo: até 2010 (inclusive) 2011 2012 2013 2014 2014 Data de caducidade: 2015 2016 2017 2018 após 2018 Prejuízo fiscal Ativos por impostos diferidos 11.648 2.074 3.693 6.204 33.226 3.290 521 929 1.883 7.523 56.845 14.147 Prejuízo fiscal Ativos por impostos diferidos 1.868 884 3.304 4.610 46.179 413 226 813 1.047 11.648 56.845 14.147 Prejuízo fiscal Ativos por impostos diferidos 11.949 1.294 11.821 1.396 5.714 3.576 284 2.954 319 1.769 32.174 8.902 Prejuízo fiscal Ativos por impostos diferidos 3.019 280 4.048 7.724 17.103 609 53 780 2.110 5.350 32.174 8.902 Em 31 de dezembro de 2015, foram sujeitos a avaliação os ativos por impostos diferidos reconhecidos resultantes de prejuízos fiscais. Consequentemente, os mesmos só foram registados na medida em que fosse provável, de acordo com a informação abaixo descrita, que ocorressem lucros tributáveis no futuro e que os mesmos pudessem ser utilizados para recuperar as perdas fiscais ou compensar diferenças temporárias tributáveis. Aquela avaliação baseou-se nos planos de negócio das diversas empresas do GRUPO, periodicamente revistos e atualizados, e nas oportunidades de planeamento fiscal disponíveis e identificadas. Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, existiam prejuízos fiscais reportáveis no montante de 112.728 milhares de euros e 56.506 milhares de euros, respetivamente, cujos ativos por impostos diferidos, numa ótica de prudência e de incerteza quanto à sua recuperação, não foram registados. 104 2015 Ano do registo: até 2011 (inclusive) 2012 2013 2014 2015 2015 Data de caducidade: 2016 2017 2018 2019 após 2019 2014 Ano do registo: até 2010 (inclusive) 2011 2012 2013 2014 2014 Data de caducidade: 2015 2016 2017 2018 após 2018 Prejuízo fiscal Ativos por impostos diferidos 15.110 29.065 25.917 10.191 32.445 2.039 5.570 5.369 2.086 5.474 112.728 20.538 Prejuízo fiscal Ativos por impostos diferidos 2.125 26.812 25.450 11.704 46.637 503 5.663 5.313 2.082 6.977 112.728 20.538 Prejuízo fiscal Ativos por impostos diferidos 17.639 7.543 13.268 5.235 12.821 2.557 1.361 2.259 1.104 2.627 56.506 9.907 Prejuízo fiscal Ativos por impostos diferidos 12.322 3.337 11.493 3.230 26.125 2.590 774 2.470 610 3.463 56.506 9.907 A MOTA-ENGIL SGPS é abrangida, desde janeiro de 2010, pelo Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (RETGS), pelo que o imposto corrente é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e no referido regime, de acordo com as regras do mesmo. O RETGS engloba todas as empresas participadas direta ou indiretamente em, pelo menos, 75% do capital social e que sejam residentes em Portugal e tributadas em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC). Para as empresas não abrangidas por aquele regime, o imposto corrente é calculado com base nos respetivos resultados tributáveis, de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada participada. A partir de 1 de janeiro de 2007, os municípios passaram a poder deliberar uma derrama municipal anual até ao limite máximo de 1,5% sobre o lucro tributável sujeito e não isento de IRC. Desta forma, no exercício findo em 31 de dezembro de 2015, a MOTA-ENGIL SGPS e as suas empresas participadas sedeadas em Portugal foram tributadas em sede de IRC à taxa de 21%, acrescida de Derrama municipal à taxa máxima de 1,5% sobre o lucro tributável, atingindo desta forma uma taxa agregada de imposto máxima de cerca de 22,5%. 105 Adicionalmente, no exercício findo em 31 de dezembro de 2015, os lucros tributáveis das participadas que excederam os 1.500.000 euros foram sujeitos a Derrama estadual, nos termos do artigo 87ºA do Código do IRC, às seguintes taxas: - 3% para lucros tributáveis entre 1.500.000 euros e 7.500.000 euros; - 5% para lucros tributáveis entre 7.500.000 euros e 35.000.000 euros; e - 7% para lucros tributáveis superiores a 35.000.000 euros. Por outro lado, no exercício de 2015, a dedução dos gastos de financiamento líquidos na determinação do lucro tributável passou a estar condicionada ao maior dos seguintes limites: - 1.000.000 euros; - 50% do resultado antes de depreciações, gastos de financiamento líquidos e impostos. Adicionalmente, para o exercício de 2016, a dedução dos referidos gastos é condicionada em cada ano, progressivamente até 2017, ao maior dos seguintes limites: - 1.000.000 euros; - 40% (30% em 2017) do resultado antes de depreciações, gastos de financiamento líquidos e impostos. Nos termos do artigo 88.º do Código do IRC, as empresas sedeadas em Portugal encontram-se sujeitas adicionalmente a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo atrás mencionado. O aumento e a elevada taxa efetiva de imposto apurada no exercício de 2015 podem ser justificados principalmente pelo maior peso do resultado tributável dos mercados com taxa nominal de imposto superior e pelo montante de encargos financeiros que não são aceites como custo fiscal. 2015 Taxa Taxa e imposto nominal sobre o rendimento Resultados em associadas em equivalência patrimonial Empresas isentas Participadas em RETGS (*) Prejuízos fiscais gerados no ano para os quais não foi reconhecido imposto diferido ativo Taxas de imposto diferenciadas Tributação autónoma Correções relativas a exercícios anteriores Outros efeitos Taxa e imposto efetivo sobre o rendimento Base fiscal Imposto 22,5% 100.006 22.501 -15,1% -5,5% 24,2% 6,3% 4,4% 1,9% 4,0% 3,4% (67.123) (24.332) 107.644 28.222 19.379 15.299 (15.103) (5.475) 24.220 6.350 4.360 1.863 4.000 3.442 46,2% 46.160 (*) A linha “Participadas em RETGS ” inclui 40.103 milhares de euros de encargos financeiros não dedutíveis e 46.175 milhares de euros de menos valias contabilísticas que não relevam para efeitos fiscais. 2014 Taxa Base fiscal Imposto Taxa e imposto nominal sobre o rendimento 31,50% 122.732 38.661 Resultados em associadas em equivalência patrimonial Diferença entre mais e menos valias fiscais e contabilísticas Prejuízos fiscais gerados no ano para os quais não foi reconhecido imposto diferido ativo Reversão de reporte de prejuízos Taxas de imposto diferenciadas Ganhos em instrumentos derivados Tributação autónoma Outros ajustamentos 4,8% -0,8% 9,4% 8,6% -19,4% 18.693 (3.268) 36.805 33.679 (62.692) 5.888 (1.030) 11.594 10.609 (23.759) 1,7% -3,6% 6.661 (14.023) 2.098 (4.417) Taxa e imposto efetivo sobre o rendimento 106 32,3% 39.643 Os montantes registados nas rubricas “Empresas isentas” e “Taxas de imposto diferenciadas” justificam-se, essencialmente, pelo facto das seguintes empresas / entidades beneficiarem ou terem beneficiado de isenção de imposto: MOTA-ENGIL ANGOLA (isenção pelo período de 8 anos com início no ano fiscal de 2011 e término no ano fiscal de 2018), sucursal da MEEC ÁFRICA em Angola (isenção pelo período de 8 anos, com início no ano fiscal de 2007 e término no ano fiscal de 2014) e VISTA WASTE (isenção pelo período de 4 anos, com início no ano fiscal de 2011 e término no ano fiscal de 2014) e pelo facto das empresas sedeadas fora de Portugal apresentarem taxas de tributação distintas de 22.5%. Adicionalmente, por alteração de legislação, a partir de 2014 a MOTA & COMPANHIA MAURÍCIAS deixou de ser tributada em Portugal. De igual modo, as sucursais do Malawi, de Moçambique, da Zâmbia e de Cabo Verde da MEEC ÁFRICA deixaram de ser tributadas em Portugal, passando a ser tributadas autonomamente nesses países. Por outro lado, em 31 de dezembro de 2015, as taxas nominais de imposto sobre lucros em vigor nos principais países onde o GRUPO opera são como se segue: País Angola México Moçambique Peru Polónia Taxa 30% 30% 32% 28% 19% De acordo com a legislação nacional em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), exceto quando tenham ocorrido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são prolongados ou suspensos. Desta forma, as declarações fiscais relativas aos anos de 2012 a 2015 poderão ser sujeitas a revisão e correção. No entanto, o Conselho de Administração do GRUPO entende que eventuais correções, resultantes de diferentes interpretações da legislação vigente por parte das autoridades fiscais, não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas anexas. De acordo com a expetativa dos advogados e consultores fiscais do GRUPO, não existem ativos materiais ou passivos materiais associados a contingências fiscais prováveis que devessem ser alvo de divulgação ou de registo de provisões adicionais, respetivamente, nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2015. 107 15. Resultados por ação A MOTA-ENGIL, SGPS emitiu apenas ações ordinárias, pelo que não existem direitos especiais de dividendo ou voto. Não se verifica no GRUPO qualquer situação que possa representar uma redução dos resultados por ação com origem em opções, “warrants”, obrigações convertíveis ou outros direitos associados a ações ordinárias. Assim, não existe dissemelhança entre o cálculo do resultado por ação básico e o cálculo do resultado por ação diluído. Durante o exercício de 2015, de acordo com a deliberação da Assembleia Geral de Acionistas realizada em 30 de novembro de 2015, foram emitidas 32.869.446 novas ações ordinárias, escriturais e ao portador, com o valor nominal de 1 euro cada, com um preço de emissão de 2,4814 euros por ação (correspondendo à soma do valor nominal (1 euro) com um ágio de 1,4814 euros por ação). Deste modo, em 31 de dezembro de 2015, o capital social da MOTA-ENGIL, SGPS passou a estar representado por 237.505.141 ações ordinárias, escriturais e ao portador com um valor nominal de 1 euro cada. Adicionalmente, durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015, tal como aprovado na Assembleia Geral de Acionistas realizada em 28 de maio de 2015, o GRUPO procedeu à aquisição de diversas tranches de ações próprias (1.559.742 ações) a um preço médio de 1,98 euros por ação. Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o apuramento dos resultados por ação pode ser demonstrado como se segue: 2014 2015 Resultado líquido consolidado do exercício atribuível ao Grupo Número total de ações ordinárias Número de ações próprias no final do exercício Número médio ponderado de ações ordinárias Número médio ponderado de ações próprias Número médio de ações em circulação Resultado por ação: básico diluído 108 (I) 19.046 50.550 (II) (III) (IV) (V) 237.505.141 1.559.742 204.725.748 408.884 204.635.695 0 204.635.695 0 (IV - V) 204.316.865 204.635.695 0,09 € 0,09 € 0,25 € 0,25 € (I) / (IV - V) (I) / (IV - V) 16. Goodwill A informação relativa ao Goodwill, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, pode ser analisada como se segue: 2015 Goodwill bruto Europa Engenharia e Construção Mota-Engil Central Europe Polónia Mota-Engil Central Europe Republica Checa Outros Europa Ambiente e Serviços Grupo Suma Grupo Tertir Grupo EGF Outros África Cecot Mota-Engil S.Tomé Vista Water ME Construction South Africa América Latina Empresa Construtora Brasil Consita Imparidades do exercício (Nota 10) 2014 Variação de perímetro e transferências Imparidades de exercícios anteriores Goodwill líquido Goodwill líquido 8.803 1.147 1.829 - - (929) (41) 7.874 1.147 1.787 8.571 1.139 1.787 11.778 - - (970) 10.808 11.497 13.784 100.856 39.621 1.208 - (100.856) 174 (4.229) (75) 9.555 39.621 1.308 9.555 100.856 1.134 155.469 - (100.681) (4.304) 50.484 111.544 1.440 143 1.841 10.663 - - - 1.440 143 1.841 10.663 1.440 143 1.841 3.341 14.087 - - - 14.087 6.765 4.640 493 - - - 4.640 493 6.211 660 5.132 - 186.467 - (100.681) (5.274) 5.132 6.871 80.512 136.677 2014 Goodwill bruto Europa Engenharia e Construção Eltor Mota-Engil Central Europe Polónia Mota-Engil Central Europe Republica Checa Outros Europa Ambiente e Serviços Grupo Suma Grupo Tertir Outros África Cecot Mota-Engil S.Tomé Vista Water ME Construction South Africa América Latina Empresa Construtora Brasil Consita Imparidades do exercício (Nota 10) 2.792 6.708 1.139 2.025 (196) 12.663 (196) 14.307 100.856 1.239 (524) - 116.402 (524) 2013 Variação de perímetro e transferências Imparidades de exercícios anteriores (2.792) 2.792 - Goodwill líquido Goodwill líquido (929) (41) 8.571 1.139 1.787 2.792 6.025 1.142 1.989 (970) 11.497 11.948 (30) (4.229) (75) 9.555 100.856 1.134 10.109 100.856 1.134 (30) (4.304) 111.544 112.098 - 1.440 143 1.841 3.341 - - - 1.440 143 1.841 3.341 1.440 143 1.841 - 6.765 - - - 6.765 3.424 6.211 660 - - - 6.211 660 6.141 - 136.677 133.611 142.701 (720) (30) (5.274) 109 Os movimentos ocorridos no Goodwill durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 podem ser explicados como se segue: % de aquisição Goodwill no início do exercício Aumentos no goodwill Aquisição do Grupo EGF Aquisição da ME Construction South Africa Aquisição da Consita Perdas de imparidade (Nota 10) Grupo Suma Ekosrodowisko (Pol) Transferência de goodwill para ativos não correntes detidos para venda Grupo Tertir Outros Alterações no goodwill por variação de perímetro Sol-S Internacional Alterações no goodwill por atualização cambial Mota-Engil Central Europe Polónia Mota-Engil Central Europe República Checa Empresa Construtora Brasil ME Construction South Africa Outros Goodwill no final do exercício 95% 100% 70% 2015 2014 136.677 133.611 39.621 6.748 - 3.341 660 46.369 4.000 (100.856) 174 (100.681) (524) (196) (720) - - (30) - (30) (697) 8 (1.571) 575 (168) (245) (4) 70 (1.853) (184) 80.512 (6) 136.677 Na sequência da decisão do Conselho de Administração de proceder à alienação do negócio Portuário e de Logística, e de classificar aquele sub-segmento como ativo não corrente detido para venda, todos os ativos e passivos afetos aquele subsegmento, incluindo o Goodwill, foram reclassificados para a rubrica de “Ativos não correntes detidos para venda” (Nota 38). As aquisições efetuadas nos exercícios de 2015 e 2014 foram contabilizadas pelo método da compra e tiveram numerário como contrapartida. Como resultado destas aquisições, o GRUPO não alienou qualquer das operações desenvolvidas pelas empresas adquiridas. As diferenças entre o preço de aquisição de investimentos financeiros em empresas subsidiárias acrescido do montante dos interesses que não controlam e o montante atribuído ao justo valor dos ativos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, quando positivas, foram registadas na rubrica “Goodwill” e, quando negativas, após uma reavaliação do seu apuramento, foram registadas diretamente na demonstração dos resultados. Durante o exercício de 2015, o GRUPO adquiriu um conjunto de empresas encabeçadas pela EGF, sendo que a diferença provisória entre o preço de aquisição e o valor dos ativos líquidos adquiridos ascendeu a 39.621 milhares de euros. Em 31 de dezembro de 2015, o GRUPO ainda se encontrava em processo de alocação do preço de aquisição daquela participada aos ativos e passivos líquidos adquiridos, sendo que aquele processo será finalizado durante o ano de 2016 quando ficar definida a Base de Ativos Regulados das empresas da EGF. 110 O GRUPO MOTA-ENGIL efetua testes anuais de imparidade ao Goodwill, tal como referido na Nota 1.3. dos Principais critérios valorimétricos. Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os métodos e pressupostos utilizados na aferição da existência, ou não, de imparidade para os principais valores de Goodwill registados nas demonstrações financeiras anexas foram como se segue: 2015 Pressuposto Método utilizado Base utilizada Período utilizado Taxas de crescimento do cash-flows Ano n+1 Ano n+3 Taxas de crescimento dos cash-flows na perpetuidade Taxa de desconto utilizada Mota-Engil Central Europe Polónia ECB* Valor de uso Projeções 6 anos Valor de uso Projeções 5 anos 8% 6% 7% 13,0% ME Construction South Africa Grupo Suma Valor de uso Projeções 6 anos 7% 15% 2% 6,8% Valor de uso Projeções 5 anos 7% 5% 2% 7,0% n.a. 103% 6% 8,4% * Avaliação expressa em reais brasileiros 2014 Pressuposto Método utilizado Base utilizada Período utilizado Taxas de crescimento do cash-flows Ano n+1 Ano n+3 Taxas de crescimento dos cash-flows na perpetuidade Taxa de desconto utilizada Mota-Engil Central Europe Polónia ECB Valor de uso Projeções 6 anos Valor de uso Projeções 5 anos 69% 14% 4% 9,9% Grupo Suma Grupo Tertir Valor de uso Projeções 5 anos 42% 20% 5% 6,8% 3% 3% 2% 5,7% Valor de uso Business Plans Vida útil n.a. n.a. n.a. 4,9% - 6,5% Em 31 de dezembro de 2015, a sensibilidade dos resultados dos testes de imparidade efetuados ao Goodwill a alterações na taxa de desconto e de crescimento na perpetuidade era como se segue, não alterando significativamente os resultados do teste e não evidenciando imparidade: em milhões de euros Sensibilidade às taxas Taxa de desconto dos cash flows 0,5% ECB Taxa de crescimento na perpetuidade -0,5% 0,5% -0,5% (7) 8 6 (5) Suma (13) 15 11 (10) Mota-Engil Central Europe Polónia (13) 15 12 (10) (7) 9 8 (6) (40) 47 36 (31) ME Construction South Africa O valor de uso corresponde à estimativa do valor presente dos fluxos de caixas futuros, apurados com base em orçamentos e business plans devidamente aprovados pelo Conselho de Administração do GRUPO, os quais, com exceção dos relativos a projetos de concessões, abrangem, em média, um período de cinco anos. As projeções de cash-flows para além dos cinco anos foram extrapoladas aplicando uma taxa de crescimento fixa à perpetuidade, a qual se encontra em linha com a taxa de inflação esperada para os países onde as participadas do Grupo operam. Os principais pressupostos utilizados no apuramento do valor de uso incluíram: (i) a quota de mercado da participada; (ii) as perspetivas de crescimento no mercado onde a participada opera; (iii) as alterações regulamentares que possam vir a influenciar a atividade da participada; (iv) o nível de investimento necessário, etc. A quantificação dos pressupostos acima referidos foi efetuada tendo por base dados históricos, bem como a experiência do Conselho de Administração do GRUPO. Contudo, tais pressupostos poderão ser afetados por fenómenos de natureza política, económica ou legal que neste momento são imprevisíveis. Transações de compra de interesses em entidades já controladas e transações de venda de interesses em entidades sem que tal resulte em perda de controlo, são tratadas como transações entre detentores de capital afetando apenas as rubricas de capital próprio, sem que exista impacto na rubrica de “Goodwill” ou em resultados. 111 No final de 2014 foi conhecida a decisão que considerou a Suma vencedora no concurso público de privatização de 95% do capital social da Empresa Geral de Fomento (EGF), a subholding do Grupo Águas de Portugal que representa o organismo que gere as empresas concessionárias dos sistemas multimunicipais para o tratamento e valorização de resíduos sólidos urbanos em Portugal. Após obtenção da declaração de não oposição da Autoridade da Concorrência, o processo ficou concluído no final do primeiro semestre de 2015 e a EGF e as suas participadas foram consolidadas a partir de 1 de julho de 2015. Os ativos líquidos das empresas da EGF na sua data de aquisição, bem como os ajustamentos para o justo valor efetuados provisoriamente aos mesmos, foram como se segue: Ativos líquidos da EGF em 30 de junho de 2015 Ajustamentos para o justo valor Justo valor ativos líquidos da EGF em 30 de junho de 2015 Percentagem adquirida (95%) Retribuição transferida Diferença de compra apurada provisoriamente 124.015 (3.190) 120.826 114.784 154.406 39.621 Os ajustamentos para o justo valor identificados à data respeitam, essencialmente, à desvalorização de algumas contas a receber e à constituição de algumas provisões para processos judiciais em curso. Os interesses que não controlam da EGF foram mensurados de acordo com a sua quota-parte nos ativos líquidos identificáveis. A retribuição transferida como contrapartida da aquisição da EGF foi liquidada integralmente em numerário. No processo de aquisição da EGF não foram estabelecidos pagamentos contingentes futuros. Os ativos e passivos da EGF em 31 de dezembro de 2015 eram como se segue: Subgrupo EGF Ativo Não corrente Goodwill Ativos intangíveis Ativos tangíveis Investimentos financeiros disponíveis para venda Clientes e outros devedores Ativos por impostos diferidos Corrente Inventários Clientes Outros devedores Outros ativos correntes Caixa e seus equivalentes Total do Ativo Passivo Não corrente Empréstimos Fornecedores e credores diversos Provisões Outros passivos não correntes Passivos por impostos diferidos Corrente Empréstimos Fornecedores Credores diversos Outros passivos correntes Total Passivo 112 39.621 614.483 17 65 5.305 64.468 723.960 1.160 45.298 10.609 5.435 102.946 165.449 889.409 203.128 68.748 2.369 401.650 32.192 708.088 40.534 15.223 33.633 21.381 110.772 818.860 O contributo da EGF para a demonstração dos resultados consolidados em 31 de dezembro de 2015, incluindo gastos associados à aquisição daquela participação no exercício de 2015 (os quais ascenderam a aproximadamente 2 milhões de euros), foi como se segue: Subgrupo EGF Vendas e prestações de serviços 89.271 Custo das mercadorias vendidas, matérias consumidas, variação da produção e Subcontratos (4.053) Resultado bruto 85.218 Fornecimentos e serviços externos (35.426) Gastos com pessoal (21.220) Outros rendimentos / (gastos) operacionais 6.765 35.337 Amortizações (23.628) Provisões e perdas de imparidade (1.039) EBIT 10.671 Resultado financeiro (7.719) Resultado antes de imposto Imposto sobre o rendimento Resultado líquido consolidado do período 2.952 (2.696) 256 Atribuível: a interesses que não controlam ao Grupo 1.891 (1.635) Caso a EGF tivesse sido consolidado a partir de 1 de janeiro de 2015, o volume de negócios do GRUPO e o EBITDA viriam aumentados em cerca de 79 milhões de euros e 34 milhões de euros, respetivamente e o resultado líquido atribuível ao GRUPO aumentaria em cerca de 5 milhões de euros (influenciado em parte pelo facto da dívida contraída para a aquisição da EGF ter ocorrido apenas no segundo semestre do ano). Dado que a aquisição da EGF ocorreu durante o exercício de 2015, o preço de aquisição do mesmo ainda poderá vir a ser corrigido tendo em conta a evolução de alguns indicadores económico-financeiros e dado que não ocorreram variações materiais na performance económico-financeira das empresas que integram aquele SUBGRUPO, não foi realizado em 31 de dezembro de 2015 um teste de imparidade ao Goodwill apurado provisoriamente. Entre 31 de dezembro de 2015 e a data de aprovação destas demonstrações financeiras, o GRUPO MOTA-ENGIL não adquiriu nenhuma participação financeira com significado material. 113 17. Ativos intangíveis A informação relativa aos valores líquidos de ativos intangíveis por segmento, com referência a 31 de dezembro de 2015 e 2014, pode ser analisada como se segue: Europa Engenharia e Europa Ambiente e Construção Serviços 2015 Despesas de desenvolvimento Software e outros direitos Licenças de exploração de concessões Ativos em curso Outros ativos fixos intangíveis 2014 Despesas de desenvolvimento Software e outros direitos Licenças de exploração de concessões Ativos em curso Outros ativos fixos intangíveis América Latina África Outros, eliminações e intragrupo Grupo Mota-Engil 4 140 4.940 36 2.355 1.160 600.256 12.094 39 1.792 1.073 123 304 2.580 2 498 (0) (0) 2.359 6.170 606.269 12.217 382 5.120 615.905 3.292 2.582 498 627.398 5 20.349 5.072 - 240 743 91.398 20.584 30 129 1.694 958 110 238 6 2.515 - (19.292) 2.889 0 381 6.009 97.428 23.583 267 25.425 112.995 3.129 2.521 (16.403) 127.668 A informação relativa aos valores brutos de ativos intangíveis, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, pode ser analisada como se segue: Despesas de desenvolvimento 2015 Saldo inicial Aumentos Alienações Abates Diferenças cambiais Variação de perímetro Transferências e outros movimentos 2014 Saldo inicial Aumentos Alienações Abates Diferenças cambiais Variação de perímetro Transferências e outros movimentos Software e outros direitos Licenças de exploração de concessões Ativos em curso Outros ativos intangíveis Total 3.631 21 (174) 1 5.664 (1.943) 21.917 994 (262) (573) (76) 2.306 (274) 159.659 4.121 114 1.150.208 (69.023) 23.583 7.714 (209) 68.003 (86.875) 1.184 10 (1) 48 147 209.976 12.860 (262) (746) (171) 1.226.229 (157.968) 7.201 24.032 1.245.080 12.217 1.388 1.289.917 3.622 76 (13) (68) (130) 144 19.512 2.215 (99) (1.079) 365 42 962 163.467 1.090 (41) (354) 99 (4.601) 19.803 4.464 57 (69) (671) 1.082 0 (15) 2 115 207.485 7.845 (167) (1.501) 392 (27) (4.051) 3.631 21.917 159.659 23.583 1.184 209.976 Em 31 de dezembro de 2015, a rubrica “Licenças de exploração de concessões” corresponde, essencialmente, aos direitos de exploração de concessões afetos às empresas da EGF. Em 31 de dezembro de 2014, a rubrica “Licenças de exploração de concessões” corresponde, essencialmente, aos direitos de exploração de concessões afetos às empresas portuárias. Em 31 de dezembro de 2014, a rubrica “Software e outros direitos” na Europa Engenharia e Construção referia-se, essencialmente, ao valor da marca “Mota-Engil Central Europe”. Para efeitos de reporte por segmentos, a referida marca foi registada naquele segmento, mas ao nível do GRUPO a mesma encontra-se anulada, razão pela qual se justifica o montante elevado incluído na coluna “Outros, eliminações e intragrupo”. Durante o exercício de 2015, foi registada a anulação da referida marca, pelo que esta diferença entre segmentos deixou de se verificar. Em 31 de dezembro de 2015, a rubrica “Variação de perímetro” é justificada, essencialmente, pelo efeito da aquisição e consolidação pela primeira vez das empresas da EGF. 114 Em 31 de dezembro de 2015, a rubrica “Transferências e outros movimentos” é justificada, essencialmente, pela transferência para a rubrica “Ativos não correntes detidos para venda” dos ativos intangíveis afetos ao negócio Portuário e de Logística na sequência do seu processo de alienação (Nota 38). Em 31 de dezembro de 2014, o montante registado na rubrica “Transferências e outros movimentos” justifica-se, essencialmente, pela transferência para ativo tangível em curso do valor de uma licença para o fornecimento de energia no Peru. A informação relativa aos valores das amortizações e perdas de imparidade acumuladas dos ativos intangíveis, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, pode ser analisada como se segue: Despesas de desenvolvimento 2015 Saldo inicial Aumentos (Nota 9) Alienações Abates Diferenças cambiais Variação de perímetro Transferências e outros movimentos Software e outros direitos Licenças de exploração de concessões Outros ativos intangíveis Ativos em curso Total (3.250) (301) 3 (3) (3.403) 2.113 (15.909) (2.174) 209 91 43 (1.447) 1.326 (62.231) (27.284) (1) (578.169) 28.875 - (917) (40) (4) (45) (82.308) (29.799) 209 94 34 (583.019) 32.269 (4.841) (17.861) (638.811) - (1.006) (662.520) (3.196) (108) 81 (15) (21) 10 (14.390) (1.868) 332 284 (61) (206) (55.861) (6.556) 218 (3) (31) - (873) (25) (5) (14) (74.321) (8.557) 332 583 (84) (21) (240) (3.250) (15.909) (62.231) - (917) (82.308) 2015 2.359 6.170 606.269 12.217 382 627.398 2014 381 6.009 97.428 23.583 267 127.668 2014 Saldo inicial Aumentos (Nota 9) Alienações Abates Diferenças cambiais Variação de perímetro Transferências e outros movimentos Valor líquido A informação relativa aos valores líquidos de ativos intangíveis incluídos na rubrica “Licenças de exploração de concessões“ por grupo de concessões é como se segue: 2015 Grupo EGF Grupo Tertir Outras 2014 600.256 6.013 91.400 6.028 606.269 97.428 Os montantes mais significativos incluídos na rubrica “Ativos em curso” em 31 de dezembro de 2015 e 2014 referiam-se aos seguintes projetos: Descrição Construção de Aterro (Resulima) Obras no Aterro Sanitário de Leiria (Valorlis) Digestor para Central de Valorização Orgânica (Amarsul) ETAR para Central de Valorização Orgânica (Amarsul) Empreitada para Central de Valorização Orgânica (Amarsul) Alargamento da Central de Valorização Energética do Biogás (Valorsul) Tratamento biológico da Central de Valorização Orgânica (Algar) Projecto de redução de consumo de água (Valorsul) 2015 3.453 2.058 1.746 707 681 434 341 180 9.599 115 Descrição 2014 Equipamento de movimentação vertical (Ferrol) Obras de alargamento (Ferrol) 10.367 8.270 18.637 Em 2010 a adoção da IFRIC 12 veio introduzir algumas alterações face às disposições e interpretações das normas que estavam em vigor, cujo impacto nas demonstrações financeiras das empresas concessionárias do GRUPO ocorreu maioritariamente na reclassificação para a rubrica de ativos intangíveis de parte dos ativos concessionados em que as empresas concessionárias do GRUPO MOTA-ENGIL possuíam e possuem um direito de exploração e em que as mesmas assumem o risco de procura da operação (modelo intangível). As licenças de exploração de concessões estão a ser amortizadas durante o respetivo período de vigência da concessão. A aferição da existência, ou não, de imparidade para os principais valores de ativos intangíveis foi efetuada através das propostas de compra recebidas para alguns ativos (no caso dos ativos intangíveis afetos ao negócio Portuário e de Logística) ou através da utilização dos “business plans” das respetivas empresas, tal como mencionado na Nota 16. Goodwill, relativamente aos testes de imparidade ao Goodwill. Os critérios valorimétricos estabelecidos pelo GRUPO na valorização dos ativos intangíveis estão referidos na alínea i) dos Principais critérios valorimétricos na Nota 1.3.. Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, as principais concessões portuárias do GRUPO afetas ao GRUPO TERTIR, consolidadas pelo método da integração global, suas principais caraterísticas e duração encontram-se elencadas abaixo: • Liscont − − − − − − 116 Concedente: Administração do Porto de Lisboa, S.A. (APL) Objeto do contrato: Concessão do direito de exploração em regime de serviço público, do terminal portuário de contentores de Alcântara Sul. Duração sem prorrogações: 2042. Preços: A Liscont tem o direito a cobrar um preço aos utentes por cada operação ou serviço prestados, sendo que o tarifário comercial da Concessionária é sujeito a aprovação pela Concedente. Reversão dos equipamentos: No final do período da concessão reverterão gratuitamente para a APL todas as instalações e equipamentos fixos que nessa data constituam o terminal e tenham sido custeados pela Concessionária. A Concessionária terá o direito de ser indemnizada relativamente a investimentos não previstos no plano geral do terminal inicial, que tenham sido efetuados para melhorar o seu funcionamento e que tenham sido previamente autorizados, caso a caso, pela APL com aprovação do respetivo custo e período de amortização. Encargos inerentes à concessão: A Liscont suporta mensalmente rendas fixas pela utilização das superfícies e instalações cobertas, terraplenos e linha de cais e rendas variáveis em função das operações. − • Socarpor Aveiro − − − − − − • Em julho de 2010, foi revogado pela Assembleia da República o Aditamento ao Contrato de Concessão do Direito de Exploração em Regime de Serviço Público do Terminal de Contentores de Alcântara, o qual previa a prorrogação do contrato de concessão até 2042. A referida revogação foi analisada pelo Centro de Arbitragem Comercial, o qual, em 14 de outubro de 2011, julgou improcedente o pedido de anulação do referido Aditamento, efetuado pela APL – Administração do Porto de Lisboa, S.A., com o fundamento de inconstitucionalidade da Lei n.º 14/2010, de 23 de julho, a qual revogou aquele Aditamento. Após recurso da APL para o Tribunal Constitucional, em 3 de março de 2014, foi proferido por este tribunal o Acórdão nº 202/2014 o qual negou provimento ao recurso interposto pela APL. A Liscont encontra-se a amortizar a licença de concessão, registada na rubrica “Ativos intangíveis”, bem como os custos inerentes ao processo de preparação do Aditamento acima referido, até 2042, prazo coerente com as decisões do Centro de Arbitragem Comercial e do Tribunal Constitucional acima referidas. Parte dos investimentos previstos no projeto de prorrogação do contrato de concessão não teve, em exercícios anteriores, o parecer favorável do Ministério do Ambiente. Concedente: Administração do Porto de Aveiro, S.A. (APA) Objeto do contrato: Concessão do direito de exploração comercial da operação portuária, em regime de serviço público, do Terminal Sul de Aveiro. Duração sem prorrogações: 2026. Preços: A Socarpor tem o direito a cobrar um preço aos utentes pelos serviços prestados, sendo que o tarifário comercial da Concessionária está balizado por um tarifário máximo controlado pela Concedente. Reversão dos equipamentos: No final do período de concessão, os bens afetos a esta reverterão de forma gratuita para a Concedente, exceção feita aos investimentos em equipamentos de substituição ou de atualização tecnológica efetuados pela Socarpor nos últimos 10 anos de vigência do contrato e que não se encontrem previstos no plano de investimento inicial acordado com a Concedente. Relativamente a tais investimentos, a Socarpor terá o direito a ser indemnizada pelo valor bruto contabilístico dos bens, líquido das amortizações realizadas às taxas máximas permitidas por lei. Encargos inerentes à concessão: A Socarpor encontra-se obrigada, de acordo com o contrato de concessão, a pagar uma renda fixa anual e uma renda variável (por tonelada de carga embarcada ou desembarcada). Sotagus − − − − − − Concedente: APL – Administração do Porto de Lisboa, S.A. Objeto do contrato: Concessão do direito de exploração comercial, em regime de serviço público, da atividade de movimentação de cargas no Terminal de Contentores de Santa Apolónia. Duração sem prorrogações: 2020. Preços: A Sotagus tem o direito a cobrar um preço aos utentes pelos serviços prestados, sendo que o tarifário comercial da Concessionária está balizado por um tarifário máximo aprovado pela Concedente. Reversão dos equipamentos: No final do período da concessão, todos os bens afetos à mesma reverterão gratuitamente para a Concedente, com exceção dos investimentos realizados nos últimos 10 anos de vigência do contrato e que se encontrem aprovados pela Concedente e em que esta se tenha comprometido a indemnizar a Concessionária pelo valor líquido contabilístico de tais bens. Encargos inerentes à concessão: A Sotagus suporta mensalmente rendas fixas pela utilização do muro cais, do terrapleno e dos edifícios incluídos na concessão e rendas variáveis em função das operações realizadas. 117 • TCL − − − − − − Concedente: Administração dos Portos do Douro e Leixões, SA. (APDL) Objeto do contrato: Concessão do direito de exploração comercial, em regime de serviço público, da atividade de movimentação de cargas contentorizadas nos terminais de contentores do porto de Leixões. Duração sem prorrogações: 2024. Preços: O TCL tem o direito a cobrar um preço aos utentes pelos serviços prestados, sendo que o tarifário comercial da Concessionária está balizado por um tarifário máximo controlado pela Concedente. Reversão dos equipamentos: No final do período de concessão, os bens afetos a esta reverterão de forma gratuita para a Concedente, exceção feita aos investimentos em equipamentos de substituição ou de atualização tecnológica efetuados pelo TCL nos últimos 10 anos de vigência do contrato e que não se encontrem previstos no plano de investimento inicial acordado com a Concedente. Relativamente a tais investimentos, o TCL terá o direito a ser indemnizado pelo valor bruto contabilístico dos bens, líquido das amortizações realizadas às taxas máximas permitidas por lei. Encargos inerentes à concessão: O TCL suporta mensalmente rendas fixas pela utilização dos terraplenos e da linha de cais e rendas variáveis em função dos TEU’s movimentados. Em 30 de setembro de 2015, na sequência da decisão do GRUPO de proceder à alienação do segmento Portuário e de Logística, os ativos e passivos afetos a este subsegmento foram transferidos para a rubrica de “Ativos não correntes detidos para venda” (Nota 38). Nessa rubrica, em 31 de dezembro de 2015, 96.089 milhares de euros referem-se a ativos intangíveis associados às empresas a alienar. Em fevereiro de 2016, foi concretizada a alienação do negócio Portuário e de Logística. Por outro lado, na sequência da aquisição da EGF em 1 de julho de 2015, passaram a ser consolidadas pelo método de integração global um conjunto de empresas: Algar, Amarsul, Ersuc, Resiestrela, Resinorte, Resulima, Suldouro, Valnor, Valorlis, Valorminho e Valorsul, cujo objeto social consiste, em regime de concessão de serviço público (até dezembro de 2034), na exploração e gestão de sistemas multimunicipais de triagem, recolha seletiva de resíduos urbanos e valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos. Adicionalmente, como resultado do processo de aquisição da EGF, o Governo Português reviu o regime jurídico aplicável à atuação das entidades gestoras de sistemas multimunicipais de tratamento e de recolha seletiva de resíduos urbanos. Desta forma, através do Decreto-Lei nº 96/2014, de 25 de junho, foram aprovadas as bases da concessão da exploração e gestão, em regime de serviço público, dos sistemas multimunicipais de tratamento e de recolha seletiva de resíduos urbanos, atribuída a entidades de capitais exclusiva ou maioritariamente privados. Foi também aprovado através deste Decreto, o regime regulatório transitório a vigorar em 2015, bem como um novo regime regulatório a vigorar a partir de 1 de janeiro de 2016. De igual modo, decorrente destas alterações, os contratos de concessão das empresas acima referidas foram objeto de reconfiguração contratual, com vista à adaptação do seu conteúdo às novas bases da concessão. Assim, é de destacar: - Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015, vigorou um regime regulatório transitório. Deste modo, as tarifas que foram aplicadas pelas concessionárias foram as aprovadas pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), sendo que, de modo a privilegiar a estabilidade tarifária, o Regulador aprovou uma tarifa média, entre a apurada pelas regras existentes no regime anterior, até à data da produção de efeitos do Decreto-Lei nº 96/2014, de 25 de junho, e a que resultaria das tarifas em vigor em 2014, atualizada de acordo com o índice de preços, após a data de produção de efeitos do referido Decreto-Lei. - Foi definido um novo regime remuneratório a vigorar a partir de 1 de janeiro de 2016, o qual estabelece novas regras para definição dos proveitos permitidos, assentando numa lógica de “Revenue Cap”, permitindo às concessionárias recuperarem os custos de exploração e obter uma determinada remuneração sobre os ativos que integram a Base de Ativos Regulados (“BAR”). 118 - Os bens afetos à BAR foram redefinidos, bem como as suas vidas úteis, sendo que, no fim da concessão, os existentes, irão reverter para o concedente pelo seu valor líquido contabilístico. - Em 2016, tendo como referência as demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2015, as empresas deverão aferir a existência de um “saldo” correspondente aos montantes de acréscimos de gastos referentes a amortizações acumuladas de investimento contratual por realizar, deduzido do montante de imposto diferido que lhe está associado e do valor contabilístico líquido de amortizações e subsídios do conjunto de bens e ativos que não venham a integrar a base de ativos regulados relevantes para efeito de apuramento dos proveitos permitidos. Caso esse “saldo” seja positivo, gerar-se-á uma responsabilidade “Passivo regulatório”, sendo que, caso esse saldo seja negativo, gerar-se-á um “Ativo regulatório”, ou um “Direito contratual”. Subsequentemente, quando seja estimada uma variação anual de tarifas superior em 2% aos proveitos anualmente permitidos às concessionárias, o excedente sobre aquele valor pode ser deduzido ao Passivo regulatório, quando este exista. No final da concessão, caso ainda exista Passivo regulatório, o correspondente montante será deduzido ao valor residual da BAR a que a concessionária terá direito. Caso se venha a apurar um “Direito contratual”, o mesmo será amortizado ao longo do período da concessão. Os períodos de vigência das concessões, foram alterados. À data de aprovação destas demonstrações financeiras consolidadas, encontram-se em aprovação pela ERSAR, a base de ativos regulados, o plano de investimento das empresas concessionárias, assim como a definição da tarifa a aplicar no período regulatório iniciado em 1 de janeiro de 2016. O GRUPO não tem quaisquer ativos intangíveis cuja titularidade esteja restringida nem ativos intangíveis dados como garantia de passivos. De igual modo, excluindo os compromissos de investimento das empresas da EGF, a serem definidos/aprovados com a ERSAR, não existem compromissos contratuais para a aquisição de ativos intangíveis. 18. Ativos tangíveis A informação relativa aos valores líquidos de ativos tangíveis por segmento operacional, com referência aos exercícios de 2015 e 2014, pode ser analisada como se segue: Europa Engenharia e Europa Ambiente e Construção Serviços 2015 Terrenos e edifícios Equipamentos Ativos tangíveis em curso Outros ativos tangíveis 2014 Terrenos e edifícios Equipamentos Ativos tangíveis em curso Outros ativos tangíveis África América Latina Outros, eliminações e intragrupo Grupo Mota-Engil 104.203 91.994 4.668 47 14.388 59.853 4.613 437 121.988 228.305 21.751 2.550 23.559 64.382 10.907 8.831 17.387 1.118 1.134 1 281.526 445.651 43.073 11.866 200.913 79.292 374.594 107.679 19.639 782.116 108.456 101.356 6.265 51 15.966 72.113 14.087 622 104.679 203.277 14.721 1.481 22.966 65.940 7.610 11.457 17.831 126 2.658 1 269.897 442.813 45.341 13.612 216.128 102.788 324.157 107.972 20.616 771.662 119 A informação relativa aos valores brutos de ativos tangíveis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 pode ser analisada como se segue: Terrenos e edifícios 2015 Saldo inicial Aumentos Alienações Abates Reavaliações Diferenças cambiais Variação de perímetro Transferências e outros movimentos 2014 Saldo inicial Aumentos Alienações Abates Reavaliações Diferenças cambiais Variação de perímetro Transferências e outros movimentos Equipamentos Ativos tangíveis em curso Outros ativos Total 375.068 6.469 (8.637) (621) 2.104 2.366 333 24.134 1.185.835 118.775 (42.444) (4.936) (2.601) 1.110 (66.898) 45.341 22.914 (88) (32) (151) (24.912) 28.115 4.316 (1.052) (78) (166) 409 (2.515) 1.634.358 152.474 (52.220) (5.665) 2.104 (552) 1.852 (70.191) 401.217 1.188.841 43.073 29.029 1.662.160 336.798 35.273 (1.704) (2.927) (9.222) 8.654 1.840 6.356 1.039.805 151.642 (22.638) (31.977) 20.979 4.323 23.702 48.386 30.356 (478) (275) 5.144 (6.142) (31.650) 18.251 4.543 (58) (407) 1.156 (4) 4.635 1.443.240 221.813 (24.878) (35.587) (9.222) 35.934 17 3.042 375.068 1.185.835 45.341 28.115 1.634.358 Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os aumentos ocorridos nos ativos tangíveis foram justificados, essencialmente, pelas necessidades de aquisição de equipamentos para fazer face às obras que o GRUPO realizou ou se encontra a realizar em África e na América Latina. Em 31 de dezembro de 2015, as alienações de ativos tangíveis respeitam, essencialmente, a vendas de equipamento efetuadas pela MOTA-ENGIL ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO e pela MOTA-ENGIL CENTRAL EUROPE POLÓNIA. Em 31 de dezembro de 2015, o montante registado em “Transferências e outros movimentos” justifica-se, essencialmente, pela transferência para a rubrica de “Ativos não correntes detidos para venda” dos ativos tangíveis afetos ao negócio Portuário e de Logística (Nota 38). Em 31 de dezembro de 2014, o montante registado em “Transferências e outros movimentos” justifica-se, essencialmente, pela transferência para ativo tangível em curso do valor de uma licença para o fornecimento de energia no Peru (Tarucani). Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o montante registado em ativos tangíveis na coluna “ Outros, eliminações e intragrupo” referia-se, essencialmente, aos ativos das empresas da área do turismo. A aferição da existência de indícios de imparidade, e a realização dos respetivos testes, se necessários, foram efetuados numa base anual tal como definido na Nota 1.3. Principais critérios valorimétricos. Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o GRUPO registou perdas de imparidade numa unidade industrial em Angola nos montantes de 1.105 milhares de euros e 8.000 milhares de euros, respetivamente. Os pressupostos base utilizados no cálculo do valor de uso dos ativos tangíveis foram como se seguem: (i) os fluxos de caixa foram projetados com base nos resultados operacionais históricos, conhecimento do negócio, análises de mercado, quer em termos de crescimento, quer em termos de quota de mercado; (ii) a margem operacional foi projetada com base em dados históricos e experiência e conhecimento da gestão; (iii) os fluxos de caixa após o período de projeção foram extrapolados utilizando uma taxa de crescimento perpétuo similar à taxa de crescimento a preços constantes de longo prazo do PIB esperado para cada mercado; (iv) os fluxos de caixa estimados antes de impostos foram descontados ao seu valor presente, utilizando uma taxa antes de impostos de custo médio ponderado de capital. As taxas de desconto foram determinadas para cada unidade de negócio e variam entre 14,0% e 15,6%. 120 Os principais pressupostos utilizados que originaram as perdas de imparidade reconhecidas nos exercícios de 2015 e 2014, foram como se segue: Pressuposto 2015 2014 Método utilizado Base utilizada Período utilizado Taxas de crescimento Ano n+1 Taxa composta anual de crescimento próximos anos Taxas de crescimento dos cash-flows na perpetuidade Taxa de desconto utilizada Valor de uso Projeções 5 anos Valor de uso Projeções 7 anos Análise de sensibilidade Taxa de crescimento na perpetuidade 2015 2,6% 23,3% 8,2% 15,6% 6,4% 19,7% 6,8% 10,7% 2014 [ -1%] [ -1%] Taxa de crescimento na perpetuidade impacto análise de sensibilidade 1.274 3.020 Taxa de desconto utilizada [+1%] Taxa de desconto impacto análise de sensibilidade [ +1%] 1.516 [ +1%] 3.937 A informação relativa aos valores de amortizações e perdas de imparidade acumuladas em ativos tangíveis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 pode ser analisada como se segue: Terrenos e edifícios 2015 Saldo inicial Aumentos (Nota 9) Perdas de imparidade (Nota 10) Alienações Abates Diferenças cambiais Variação de perímetro Transferências e outros movimentos Equipamentos Ativos tangíveis em curso Outros ativos Total (105.171) (14.644) (1.166) 3.668 43 (1.179) (298) (943) (743.022) (103.991) 29.222 4.832 60 (968) 70.677 - (14.503) (3.106) 475 13 114 (251) 95 (862.697) (121.742) (1.166) 33.365 4.889 (1.005) (1.517) 69.829 (119.691) (743.190) - (17.163) (880.044) (75.996) (21.821) (8.000) 937 934 (1.206) (19) (664.793) (96.364) 15.151 19.946 (8.651) (3.901) (4.412) - (11.848) (2.619) 97 281 (481) 2 64 (752.637) (120.804) (8.000) 16.186 21.161 (10.338) (3.899) (4.366) (105.171) (743.022) - (14.503) (862.697) 2015 281.526 445.651 43.073 11.866 782.116 2014 269.897 442.813 45.341 13.612 771.662 2014 Saldo inicial Aumentos (Nota 9) Perdas de imparidade Alienações Abates Diferenças cambiais Variação de perímetro Transferências e outros movimentos Valor líquido Os montantes mais significativos incluídos na rubrica “Ativos tangíveis em curso”, nos exercícios de 2015 e 2014, referiam-se aos seguintes projetos: Descrição Dry Port Liwond (Malawi) Central hidroelétrica (Tarucani) Barco da Damen (Malawi Shipping Company) Terreno Cociga (Vista Waste) Aterro de resíduos industriais não perigosos (Citrup) Terreno adquirido Biske Plaza (ME Real Estate Hungary) Vagões balastreiros para plataforma (ME Engenharia) Sistema de produção de asfalto (ME Perú) Obras de alargamento do Parque aquático (RTA) 2015 10.271 6.787 4.665 3.105 1.729 1.303 1.268 1.206 1.134 31.469 121 Descrição Construção de fábrica para regeneração e valorização de óleos usados (Enviroil II) Central hidroelétrica (Tarucani) Barco da Damen (Malawi Shipping Company) Terreno Cociga (Vista Waste) Dry Port Liwond (Malawi) Terreno adquirido Biscske Plaza (ME Real Estate Hungary) Edificio Work Shop (Malawi) Aquisição de ativos fixos tangíveis (Mota-Engil Engenharia) Aquisição de ativos fixos tangíveis (Tratofoz) 2014 9.447 6.086 5.280 3.453 2.243 1.305 837 703 687 30.042 Os critérios valorimétricos adotados e as taxas de amortização utilizadas, estão referidos nas alíneas ii), iii), iv) e v) dos Principais critérios valorimétricos na Nota 1.3.. Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, encontravam-se registados na rubrica “Terrenos e edifícios” os montantes, líquidos de amortizações, de 29.698 milhares de euros e 30.461 milhares de euros, respetivamente, afetos à exploração de pedreiras. Para a obtenção do justo valor das pedreiras são tidos em consideração vários fatores, nomeadamente a área licenciada, a capacidade de exploração, os custos de recuperação paisagística e o valor dos terrenos subjacentes. Informação complementar sobre a exploração dos ativos minerais do GRUPO pode ser encontrada na Nota 33. Em 31 de dezembro de 2014, o montante reconhecido na linha “Reavaliações” referia-se, essencialmente, à atualização do justo valor das pedreiras localizadas em Portugal. Aquele efeito deveu-se, essencialmente, à atualização dos pressupostos de avaliação, nomeadamente ao nível das taxas de atualização utilizadas. A “Variação, líquida de impostos, no justo valor dos ativos fixos tangíveis” da demonstração do outro rendimento integral, no montante negativo de 7.337 milhares de euros, inclui aquele montante. Durante o exercício de 2015, não foram registadas alterações de valor das pedreiras com montantes significativos. Os terrenos e edifícios do GRUPO estão registados ao seu custo revalorizado, tendo parte dos mesmos sido objeto de avaliação em 2015. As avaliações dos terrenos e edifícios são efetuadas por avaliadores independentes contratados para o efeito de acordo com uma das seguintes metodologias, aplicadas de acordo com a situação específica do bem: a) Método de mercado O critério da comparação de mercado tem por referência valores de transação de imóveis semelhantes e comparáveis ao imóvel objeto de estudo obtidos através de prospeção de mercado realizada na zona onde aquele se encontra localizado. b) Método do rendimento Este método tem por finalidade estimar o valor do imóvel a partir da capitalização da sua renda líquida, atualizada para o momento presente, através do método dos fluxos de caixa descontados. c) Método do custo O método do custo consiste na determinação do valor de substituição do imóvel em análise tendo em consideração o custo de construir outro com idêntica funcionalidade, deduzido do montante relativo à depreciação/obsolescência funcional, física e económica verificada. As avaliações realizadas aos imóveis acima referidos foram executadas por entidades independentes e especializadas, as quais se encontram credenciadas junto da Comissão dos Mercados dos Valores Mobiliários (CMVM) ou, em algumas poucas situações, por técnicos internos especializados. 122 Os principais e mais relevantes inputs utilizados na valorização dos imóveis acima referidos, foram como seguem: - Custo do terreno m2; - Custo de construção m2; - Valor de comercialização m2; - Valor de renda m2; - Taxa de capitalização / desconto. Caso venha a ocorrer um aumento dos custos dos terrenos, dos custos de construção, do valor de comercialização ou das rendas por m2 ou uma diminuição da taxa de capitalização / desconto, o justo valor dos imóveis virá aumentado. Por outro lado, caso venha a ocorrer uma diminuição dos custos dos terrenos, dos custos de construção, do valor de comercialização ou das rendas por m2 ou um aumento da taxa de capitalização / desconto, o justo valor dos imóveis virá diminuído. Embora as avaliações acima referidas tenham sido realizadas com base em dados e transações de mercado (divulgadas, essencialmente, por agências imobiliárias), a reduzida liquidez das mesmas e as diferentes características de cada imóvel não permitem quantificar o mercado como ativo. Assim sendo, o apuramento do justo valor dos imóveis do GRUPO, enquadra-se no Nível 3 da IFRS 13. A quantia escriturada que teria sido reconhecida se os ativos tivessem sido registados de acordo com o modelo de custo seria como se segue: Custos históricos 2015 Terrenos e edifícios Equipamentos Ativos tangíveis em curso Outros ativos tangíveis 2014 Terrenos e edifícios Equipamentos Ativos tangíveis em curso Outros ativos tangíveis Revalorização Total 252.708 445.362 43.073 11.863 28.818 289 3 281.526 445.651 43.073 11.866 753.007 29.109 782.116 243.183 442.524 45.341 13.609 26.714 289 3 269.897 442.813 45.341 13.612 744.656 27.005 771.662 Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, exceto para os bens adquiridos em regime de locação financeira, para os ativos tangíveis afetos a concessões e para alguns equipamentos adquiridos pela Mota-Engil Angola, não existem outros ativos tangíveis que se encontrem penhorados ou hipotecados a instituições financeiras como garantia de empréstimos obtidos. 123 19. Investimentos financeiros em empresas associadas e conjuntamente controladas Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a composição dos investimentos financeiros em empresas associadas e conjuntamente controladas era como se segue: 2015 Empresas associadas Grupo Obol Invest HEPP Grupo Suma Grupo SLPP Ibercargo (Esp) Manvia II Condutas Tersado Autopista Urbana Siervo de la Nacion Concessionária Autopista Cardel Poza Rica Concessionária Autopista Tuxpan-Tampico Grupo Martifer (1) Outros Empresas conjuntamente controladas Grupo Ascendi Grupo Indaqua TPE Paita 2014 2.733 851 3.869 6.804 11.306 2.251 6.524 22.651 1.556 2.691 1.804 34 832 1.116 2.071 2.180 8.880 2.079 5.851 - 55.039 21.941 32.972 34.338 161.697 1) Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, inclui 37,5% da Martifer SGPS, SA e 46,95% da Vetor Diálogo SGPS, SA (sociedade constituída em 2014 pelos acionistas de referência do Grupo Martifer para a aquisição de 25% da empresa Martifer Metallic Constructions, SGPS, SA). Durante o exercício de 2015, o GRUPO passou a consolidar o GRUPO OBOL pelo método de integração global, liquidou a HEPP e realizou aportes de capital nas concessionárias de auto-estradas mexicanas (Autopista Urbana Siervo de la Nacion, Concessionária Autopista Cardel e Concessionária Autopista Tuxpan-Tampico). Durante os exercícios de 2015 e 2014, o movimento ocorrido no valor dos investimentos financeiros em empresas associadas e conjuntamente controladas foi o seguinte: 2015 Empresas associadas Grupo Obol Invest HEPP Grupo Suma Grupo SLPP Ibercargo (Esp) Manvia II Condutas Tersado Autopista Urbana Siervo de la Nacion Concessionária Autopista Cardel Poza Rica Concessionária Autopista Tuxpan-Tampico Grupo Martifer (1) Outras Empresas conjuntamente controladas Grupo Ascendi Grupo Indaqua TPE Paita Saldo inicial 22.651 1.556 2.691 1.804 34 832 1.116 2.071 2.180 8.880 2.079 5.851 Efeito em resultado do Exercício 193 464 104 65 325 (27) 38 33 536 186 Efeito em reservas (1) (152) 13 (137) (46) (487) 1.825 4.586 (465) (364) 487 Transferências e variações de perímetro (22.651) (2.281) (954) - 55.039 21.941 32.972 63.296 1.382 1.064 32.079 670 3.810 (150.414) (23.992) (37.846) 161.697 67.123 41.818 (238.138) Aquisições/ Alienações/ Liquidações Saldo final (1.556) (1.556) 2.733 851 3.869 6.804 11.306 2.251 6.524 34.338 (1) Inclui essencialmente variações cambiais, variações de justo valor de instrumentos financeiros derivados, variações no capital social e nas prestações suplementares e distribuição de dividendos. Durante o exercício de 2015, o GRUPO adquiriu uma percentagem adicional de 45% no GRUPO OBOL, tendo passado a consolidar o mesmo pelo método de integração global. Os ativos imobiliários do GRUPO OBOL foram alienados pelo GRUPO a terceiros no decurso de 2015 (Nota 13). 124 2014 Empresas associadas Grupo Obol Invest Grupo SLPP Grupo Suma associadas HEPP Manvia II Condutas Mota-Engil Opway Mexicana Grupo Martifer Tersado Outras (2) Empresas conjuntamente controladas Grupo Ascendi Grupo Indaqua TPE Paita Saldo inicial Efeito em resultado do Exercício Efeito em reservas (1) Transferências e variações de perímetro Aquisições/ Alienações Saldo final 24.891 1.463 2.702 1.573 605 4.924 39.770 830 6.067 41 367 307 251 25 (42.165) 34 (409) (2.281) (26) (318) (267) 202 (4.924) (2.592) 251 233 - 7.066 13.125 22.651 1.804 2.691 1.556 832 2.079 1.116 19.016 86.574 25.080 23.689 18.500 (215) 4.571 (50.035) (5.505) 4.712 - 2.581 - 55.039 21.941 32.972 218.169 (18.693) (60.550) - 22.772 161.697 (1) Inclui essencialmente variações cambiais, variações de justo valor de instrumentos financeiros derivados, variações no capital social e nas prestações suplementares e distribuição de dividendos. (2) As aquisições referem-se às seguintes concessões no México: Autopista Urbana Siervo de la Nacion, Concessionária Autopista Cardel e Concessionária Autopista TuxpanTampico Para os investimentos financeiros com contributo negativo foi constituída uma provisão (Nota 28). O montante registado em “Efeito em reservas” no GRUPO ASCENDI respeita, essencialmente, à variação do justo valor dos instrumentos financeiros derivados, no montante negativo de 5.000 milhares de euros e ao montante positivo de 24.000 milhares de euros relativo à reciclagem para a demonstração de resultados das variações de justo valor negativas associadas às cinco empresas concessionárias de auto-estradas em que ocorreu uma alteração de controlo no exercício de 2015. O apuramento do justo valor dos instrumentos financeiros derivados contratados pelo Grupo ASCENDI foi efetuado pelas respetivas contrapartes, que são consideradas entidades financeiras idóneas/independentes e de reconhecido mérito. Os modelos de avaliação utilizados basearam-se no método dos cash-flows descontados: utilizando par rates de swaps, cotadas no mercado interbancário, e disponíveis nas páginas da Reuters e Bloomberg, para os prazos relevantes, sendo calculadas as respetivas taxas forwards e fatores de desconto, que serviram para descontar os cash-flows fixos (fixed leg) e os cash flows variáveis (floating leg). O somatório das duas legs apura o VAL (valor atualizado líquido). Neste processo, foi igualmente considerado o risco de crédito das contrapartes envolvidas (tendo em conta informação obtida de peritos externos independentes), tendo sido consequentemente incorporados os respetivos Credit/Debit value adjustments (CVA’s /DVA’s). No exercício findo em 31 de dezembro de 2015, o “Efeito em resultado do Exercício” no GRUPO ASCENDI encontra-se influenciado pela alteração de controlo ocorrida na ASCENDI GROUP SGPS relativamente a cinco empresas concessionárias de autoestradas (na sequência da parceria estabelecida com o Grupo Ardian), a qual gerou o reconhecimento de um ganho de cerca de 72 milhões de euros, dos quais cerca de 48 milhões de euros impactaram o resultado líquido do exercício e 24 milhões de euros a demonstração do outro rendimento integral tal como referido acima. 125 Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a principal informação sobre os investimentos financeiros em empresas associadas e conjuntamente controladas era como se segue: 2015 Empresas associadas Automatriz, SA Icer M&R de Occidente Autopista Urbana Siervo de la Nacion (Grand canal) Concessionária Autopista Cardel Poza Rica Concessionaria Tuxpan- Tampico Haçor HL Logz Tersado Ibercargo Ambilital Ecolezíria Construtora Tuxpan Tampico Construtora Cardel - Poza Rica Constructora Gran Canal Grupo Martifer Martifer SGPS SA Vetor Diálogo 2014 Empresas associadas Automatriz, SA Icer M&R de Occidente Constructora M&R Concessionária Autopista Cardel Poza Rica Concessionaria Tuxpan- Tampico Haçor HL Sadoport SLPP Logz Tersado Ibercargo Ambilital Ecolezíria HEPP - Hidroenergia de Penacova e Poiares Manvia II Condutas Suc Manvia Condutas II Angola Manvia Condutas Moçambique Turalgo M-Invest Mierova Bay 6.3 Bay Office Bay Park Obol Invest Obol XI Grupo Martifer Martifer SGPS SA Vetor Diálogo Empresas conjuntamente controladas Grupo Ascendi (1) Indaqua Indaqua St. Tirso Indaqua Feira Indaqua Matosinhos Indaqua V. Conde Aqualevel Indaqua Oliveira de Azeméis TPE Paita % participação 45% 25% 20% 17% 29% 26% 40% 50% 30% 16% 50% 30% 15% 17% 20% 17% 15.367 2.984 37.196 79.668 99.121 32.879 89.896 93.005 26.991 6.303 5.441 17.467 6.347 14.452 61.582 70.900 38% 47% 606.631 287.697 % participação Ativo 37% 21% 20% 20% 40% 33% 40% 50% 32% 32% 30% 16% 50% 30% 15% 50% 45% 45% 47% 51% 50% 32% 32% 32% 33% 32% 15.416 5.678 45.233 5.826 8.807 9.077 91.301 94.614 11.517 11.982 49.984 7.315 5.062 18.224 6.524 3.132 4.733 1.209 1.270 597 2.312 1.949 933 14.939 56.805 40.923 38% 47% 632.730 374.635 60% 50% 50% 50% 50% 50% 50% 50% 50% 4.763.515 73.971 25.320 107.077 69.128 64.559 3.538 3.812 162.576 1) Valores da Ascendi não correspondem às contas estatutárias da Ascendi mas ao contributo das concessões para o GRUPO 126 Ativo Capital próprio 1.965 (2.547) 4.271 3.750 8.463 8.698 408 3.145 (9.119) 4.547 (86) 8.339 1.070 128 479 1.524 11.673 11.181 Capital Próprio 1.560 (1.057) 4.819 4.683 3 3 (2.380) 2.229 (7.269) (3.142) (3.175) 5.617 67 8.013 1.070 3.113 2.338 (496) 50 383 (599) (69) 335 6.904 14.347 (717) Vendas e prestações de serviços 16.572 124 11.510 49.622 37.362 8.672 2.758 2.611 12.333 23.016 3.383 2.526 6.978 28.182 47.124 Resultados líquidos 719 (1.349) (0) (157) 133 128 724 1.924 (5.944) 2.017 207 368 186 134 510 1.629 220.885 206.427 1.172 6.381 Vendas e prestações de serviços Resultados líquidos 21.591 547 15.630 14.171 242 355 3.125 2.385 12.957 11.875 18.021 3.397 3.077 2.772 1.348 360 3.004 814 159 198 192 968 (121) (5.095) 0 0 459 1.930 962 91 (1.620) 1.832 (807) 421 459 (33) 558 43 12 (13) (98) (18) (23) 230 209 (297) 617.382 13.186 188.908 69.319 (136.702) (66.263) 153.846 20.106 1.085 (9.812) (4.354) (3.930) 1.655 324 65.944 164.837 7.694 7.672 12.922 18.281 15.610 2.908 3.770 23.513 48.747 1.398 374 (825) (803) (390) 505 273 9.141 A ASCENDI GROUP, SGPS, SA, sociedade detida em 60% pela MOTA-ENGIL foi, até à decisão de se proceder à sua alienação, considerada um empreendimento conjunto (entidade conjuntamente controlada) na medida em que existia um acordo parassocial com o grupo acionista que detinha os restantes 40% para o controlo e gestão conjunta daquela entidade. A ASCENDI GROUP, SGPS, SA agrega os negócios das concessões rodoviárias dos dois grupos económicos. A informação sobre as concessões e empresas concessionárias deste empreendimento conjunto, bem como factos relevantes ocorridos durante 2015, encontram-se detalhados no relatório de gestão no capítulo “2. Análise da performance económico-financeira Ascendi Group”. Durante o exercício de 2015, na sequência da decisão do Conselho de Administração do GRUPO de proceder à alienação dos investimentos financeiros detidos na INDAQUA e na ASCENDI GROUP, os montantes relativos àqueles negócios foram reclassificados para a rubrica de “Ativos não correntes detidos para venda”. Durante o exercício de 2014, as concessionárias ASCENDI GRANDE LISBOA, ASCENDI NORTE, ASCENDI GRANDE PORTO, ASCENDI BEIRAS LITORAL E ALTA E ASCENDI COSTA DA PRATA celebraram com o Estado Português Memorandos de Entendimento (MOU), os quais incluíam diversas alterações nos termos e condições dos Contratos de Concessão, que regiam a atividade daquelas empresas, nomeadamente a redução dos pagamentos por disponibilidade, das grandes reparações e da exploração e manutenção. Em substância os acordos começaram a ser cumpridos no exercício de 2014 através da alteração efetiva dos pagamentos de disponibilidade por parte do Concedente, pelo que as concessionárias já refletiram esses efeitos no resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2014. Também em 2014, a Ascendi Pinhal Interior celebrou com a EP – Estradas de Portugal, S.A. um Memorando de Entendimento no qual as partes acordaram em renegociar os termos e condições do Contrato de Subconcessão, que regia a atividade daquela concessão, levando à redução do investimento em construção, em grandes reparações e na exploração e manutenção. O GRUPO INDAQUA agrega as concessões dos serviços municipais de captação, tratamento e distribuição de água em Fafe, Santo Tirso e Trofa, Feira, Matosinhos, Vila do Conde e Oliveira de Azeméis e participa na parceria público-privada da empresa municipal de distribuição de água e recolha de água residual de S. João da Madeira. Durante o exercício de 2014, o GRUPO MOTA-ENGIL readquiriu 5% do capital da INDAQUA – INDÚSTRIA E GESTÃO DE ÁGUAS, SA, passando a sua participação, por via desta aquisição, para 50,06%. Na medida em que foi celebrado um acordo parassocial com o grupo acionista que detinha o restante capital para a gestão conjunta deste subgrupo, este passou a ser considerado uma entidade conjuntamente controlada e, portanto, contabilizado usando o método de equivalência patrimonial, tal como vinha sendo feito. A partir de 30 de setembro de 2015, na sequência da decisão do Conselho de Administração do GRUPO de proceder à alienação deste SUBGRUPO, o mesmo foi reclassificado para a rubrica de “Ativos não correntes detidos para venda”. A aferição da existência, ou não, de imparidade para os principais valores de investimentos financeiros em empresas associadas e conjuntamente controladas foi efetuada através das propostas de compra recebidas para a alienação de algumas associadas ou através da utilização dos respetivos “business plans” das mesmas. Até à data de interrupção da aplicação do método de equivalência patrimonial, as negociações das alterações de âmbito e dos termos do contrato de subconcessão não foram concluídas, nem alvo de qualquer reflexo contabilístico. 127 20. Ativos financeiros disponíveis para venda e detidos até à maturidade Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o detalhe dos ativos financeiros disponíveis para venda e detidos até à maturidade era como se segue: 2015 Ativos financeiros disponíveis para venda BAI-Banco Angolano de Investimentos Auto - Sueco Angola STI Ecodetra Ersuc Tirtife Outros Adiantamentos por conta de ativos financeiros disponíveis para venda Estradas do Zambeze SPRI Outros 2014 39.904 2.724 2.202 1.153 901 3.581 39.904 2.724 1.153 554 901 3.983 50.465 49.219 4.800 9.263 7 1.800 7 14.069 1.807 Ativos financeiros disponíveis para venda 64.534 51.026 Ativos financeiros detidos até à maturidade Títulos de dívida pública angolana 28.726 - Ativos financeiros disponíveis para venda e detidos até à maturidade 28.726 - 93.260 51.026 Durante o exercício de 2013, o GRUPO adquiriu uma participação financeira de 3% no BAI – Banco Angolano de Investimentos, SA por 39.904 milhares de euros. De acordo com a política do GRUPO, os ativos financeiros disponíveis para venda representativos de partes de capital em empresas não cotadas são registados pelo seu custo de aquisição, considerando sempre eventuais perdas por imparidade em caso de evidência objetiva das mesmas. Com referência a 31 de dezembro de 2015, o GRUPO procedeu a uma análise de imparidade a este investimento financeiro, nomeadamente através do recurso a múltiplos de transações de mercado ocorridas em Angola e no continente africano (Price-to-Book Value e Price to Earnings) tendo constatado que o ativo não se encontrava em imparidade. Este ativo está dado em garantia num financiamento bancário. Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o montante relativo à AUTO-SUECO ANGOLA refere-se à parte não alienada pelo GRUPO (5,13%) no processo de venda ocorrido em 2013, valorizado pelo montante resultante da aplicação do método da equivalência patrimonial até àquela data. A alienação da participação remanescente aguarda autorização do Banco Nacional de Angola para concretizar-se. Durante o exercício de 2015, o GRUPO efetuou adiantamentos para a futura aquisição de 40% da SPRI (empresa angolana que desenvolve a sua atividade na consultoria do sector de Oil & Gas). Durante os exercícios de 2015 e 2014, a MEEC ÁFRICA efetuou adiantamentos de 4.800 milhares de euros e 1.800 milhares de euros, respetivamente, para a futura aquisição de 40% da Estradas do Zambeze. Durante o exercício de 2015, na sequência de um acordo de regularização de dívida celebrado com o estado angolano (regularização de dívidas de algumas entidades estatais - Empresas públicas e governos provinciais), a participada Vista Waste recebeu deste cerca de 29.000 milhões de euros em títulos da dívida pública angolana. Aqueles títulos não são cotados e apresentam as seguintes características: Moeda Obrigações Obrigações Obrigações Obrigações 128 do Tesouro com vencimento a do Tesouro com vencimento a do Tesouro com vencimento a do Tesouro com vencimento a 27/07/2022 27/07/2022 29/06/2020 29/06/2019 Valor nominal AOK AOK AOK AOK 708.839 1.442.159 866.493 866.493 Prazo residual de vencimento (em anos) Taxa de juro 5% 5% 5% 5% 7 7 5 4 O pagamento dos juros e o reembolso do capital irão ser realizados em Kwanzas mas indexados à taxa de câmbio do USD em vigor na data de liquidação. Dadas as características dos títulos acima referidos e a intenção do Conselho de Administração do GRUPO de os manter em carteira, os mesmos foram registados como Ativos financeiros detidos até à maturidade. Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o movimento ocorrido nos ativos financeiros disponíveis para venda foi o seguinte: 2014 2015 Saldo em 1 de janeiro Aquisições e adiantamentos durante o exercício Transferências e variações de perímetro 51.026 14.995 (1.487) 49.792 2.262 (1.028) 64.534 51.026 Dada a natureza da maior parte dos ativos financeiros acima referidos e a dificuldade de se apurar de forma fiável o seu justo valor, o GRUPO registou os mesmos pelo seu custo de aquisição, deduzido, se necessário, das respetivas perdas de imparidade identificadas. 21. Propriedades de investimento A informação relativa às propriedades de investimento do GRUPO, com referência a 31 de dezembro de 2015 e 2014, é como se segue: 2015 Europa Engenharia e Construção Europa Ambiente e Serviços África América Latina 2014 56.119 2.804 3.543 19.570 16.086 37.808 1.120 14.092 82.037 69.106 O movimento ocorrido nas propriedades de investimento durante os exercícios de 2015 e 2014 foi como segue: 2015 Saldo inicial Aumentos Variação de justo valor (Nota 11) Diferenças cambiais (propriedades localizadas na América Latina) Variação de perímetro Transferências 2014 69.106 2.549 9.859 1.068 (546) 55.304 2.627 3.311 7.864 (0) 82.037 69.106 As propriedades de investimento são constituídas por terrenos e edifícios cuja finalidade é a obtenção de rendas e/ou a valorização do capital investido e não o uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para fins administrativos (casos em que são classificados como ativos tangíveis), ou para venda no decurso ordinário dos negócios (casos em que são classificados como inventários). A classificação de determinados terrenos e edifícios como propriedades de investimento, em detrimento de inventários e/ou de ativos tangíveis, resulta essencialmente das perspetivas de utilização que o Conselho de Administração do GRUPO tem para aqueles imóveis, tendo em conta, nomeadamente, a maximização do retorno dos mesmos. 129 As propriedades de investimento, incluindo as que se encontram em fase de construção, são registadas pelo seu justo valor, determinado anualmente, com referência à data de relato, por peritos independentes especializados. Em 31 de dezembro de 2015, esta rubrica incluía, essencialmente, propriedades de investimento localizadas em Portugal no segmento Europa Engenharia e Construção, destinadas ao arrendamento (Mercado do Bom Sucesso – 12.384 milhares de euros) e a capitalização futura (terreno de Alverca, o qual se encontrava em 2014 afeto ao segmento Europa Ambiente e Serviços -35.004 milhares de euros), e duas propriedades de investimento na América Latina, ambas destinadas a capitalização futura. A variação de justo valor ocorrida no exercício de 2015 é explicada, fundamentalmente, pela valorização do Imóvel “Mercado do Bom Sucesso” em Portugal, fruto do aumento da taxa de ocupação e das rendas praticadas e por um imóvel no Peru, fruto da valorização do mercado imobiliário peruano. Em 2014, a rubrica “Variação de perímetro” incluía, essencialmente, o valor de um terreno não operacional (para capitalização futura) localizado no Peru (segmento América Latina), que foi transferido da rubrica de investimentos financeiros em empresas associadas e conjuntamente controladas. Para as principais propriedades de investimento detidas pelo Grupo, o seu justo valor foi apurado tendo em consideração os seguintes inputs relevantes: - Taxa de ocupação; - Custo do terreno m2; - Custo de construção m2; - Valor de comercialização m2; - Valor de renda m2; - Taxa de capitalização / desconto. As avaliações das propriedades de investimento foram efetuadas por peritos avaliadores independentes de acordo com uma das seguintes metodologias, aplicadas de acordo com a situação específica de cada imóvel: a) Método de mercado O critério da comparação de mercado tem por referência valores de transação de imóveis semelhantes e comparáveis ao imóvel objeto de estudo obtidos através de prospeção de mercado realizada na zona onde aquele se encontra localizado. b) Método do rendimento Este método tem por finalidade estimar o valor do imóvel a partir da capitalização da sua renda líquida, atualizada para o momento presente, através do método dos fluxos de caixa descontados. c) Método do custo O método do custo consiste na determinação do valor de substituição do imóvel em análise tendo em consideração o custo de construir outro com idêntica funcionalidade, deduzido do montante relativo à depreciação/obsolescência funcional, física e económica verificada. As avaliações realizadas aos imóveis acima referidos foram executadas por entidades independentes e especializadas, as quais, para os imóveis localizados em Portugal, se encontram credenciadas junto da Comissão dos Mercados dos Valores Mobiliários (CMVM). 130 Caso venha a ocorrer um aumento dos custos dos terrenos, dos custos de construção, do valor de comercialização, das rendas por m2 ou da taxa de ocupação ou uma diminuição da taxa de capitalização / desconto, o justo valor dos imóveis virá aumentado. Por outro lado, caso venha a ocorrer uma diminuição dos custos dos terrenos, dos custos de construção, do valor de comercialização, das rendas por m2 ou da taxa de ocupação ou um aumento da taxa de capitalização / desconto, o justo valor dos imóveis virá diminuído. Embora as avaliações acima referidas tenham sido realizadas com base em dados e transações de mercado (divulgadas, essencialmente, por agências imobiliárias), a reduzida liquidez das mesmas e as diferentes características de cada imóvel não permitem quantificar o mercado como ativo. Assim sendo, o apuramento do justo valor dos imóveis do GRUPO, enquadra-se no Nível 3 da IFRS 13. Os resultados gerados no exercício de 2015 com propriedades de investimento podem ser detalhados como se segue: 2015 Ganhos/perdas de variação de justo valor (Nota 11) Rendimentos de rendas (Nota 11) Em Portugal Mercado do Bom Sucesso Terreno de Alverca Motadomus Outras Perdas por imparidade 695 128 82 151 1.056 4.916 4.916 - - 172 4.770 4.943 - 1.056 9.859 - Fora de Portugal Empresa Construtora Brasil Promotora Inmobiliaria Santa Clara (Peru) Total 22. Inventários A informação relativa a inventários, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, pode ser analisada como se segue: 2015 Valor bruto: Matérias primas, subsidiárias e de consumo Produtos e trabalhos em curso Produtos acabados Mercadorias Adiantamentos por conta de compras Ajustamentos em inventários: Matérias primas, subsidiárias e de consumo Produtos e trabalhos em curso Produtos acabados Mercadorias 2014 85.060 120.790 38.184 67.145 2.246 68.256 161.105 39.381 42.737 14.764 313.424 326.244 (5.736) (13.864) (2.981) (6.403) (3.699) (13.864) (3.153) (4.107) (28.985) (24.822) 284.439 301.421 O saldo da rubrica “Mercadorias” refere-se, essencialmente, a projetos imobiliários localizados em Portugal e na América Latina cujo destino é a comercialização e o desenvolvimento, respetivamente. Durante o exercício de 2015, o aumento ocorrido na rubrica “Mercadorias” deveu-se, essencialmente, à aquisição de um terreno na América Latina (32.466 milhares de euros) para desenvolvimento de um projeto imobiliário e turístico em exercícios futuros. O saldo da rubrica “Produtos acabados” refere-se, essencialmente, a frações para venda de projetos imobiliários concluídos em Portugal (nomeadamente, Edifício Âncora Douro”) e em Angola. 131 O saldo da rubrica “Produtos e trabalhos em curso” refere-se, essencialmente, a projetos imobiliários em desenvolvimento na Europa Central (essencialmente na Polónia) e em Moçambique. Durante o exercício de 2015, a redução ocorrida na rubrica “Produtos e trabalhos em curso” deveu-se, essencialmente, à alienação das participadas Bergamon e Jeremiasova, as quais eram detentoras de terrenos na Eslováquia e na Républica Checa. Em 31 de dezembro de 2015, o saldo da rubrica “Matérias-primas, subsidiárias e de consumo” refere-se, essencialmente, a materiais de construção localizados em África (cerca de 67 milhões de euros) e em Portugal (cerca de 7 milhões de euros) e na Polónia (cerca de 5 milhões de euros). Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os ajustamentos em inventários de “Matérias-primas, subsidiárias e de consumo” e de “Produtos e trabalhos em curso” referem-se, essencialmente, à adequação do valor contabilístico de inventários em Angola e em Portugal ao seu valor realizável líquido. O movimento nos ajustamentos acumulados de inventários, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, é como se segue: 2015 Saldo inicial Aumento (Nota 10) Redução Utilização Efeito cambial Transferências e variação de perímetro 2014 24.822 5.528 (1.480) (481) 596 (11) 15.862 2.304 (157) 6.813 28.985 24.822 Com exceção de alguns projetos imobiliários na Polónia, o GRUPO não tem outros inventários dados como penhor de garantia em empréstimos obtidos. Para efeitos de aferição do valor realizável líquido dos inventários, nomeadamente de imóveis, foram utilizadas as metodologias de avaliação descritas na Nota 22. Decorrente dos testes de imparidade efectuados não foi identificada a necessidade de reforço de imparidades. 132 23. Outros ativos a) Empréstimos e contas a receber A informação relativa a empréstimos e contas a receber de clientes, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, pode ser analisada como se segue: Não correntes Clientes 2015 Clientes, conta corrente Valor Bruto Europa Engenharia e Construção Europa Ambiente e Serviços África América Latina Outros, eliminações e intragrupo Correntes 2014 7.339 3.247 8.977 (0) Perdas de imparidade acumuladas Clientes, títulos a receber 2015 40.702 1.312 50 - 19.563 42.064 (1.529) (1.621) 18.034 40.443 2014 201.070 112.426 741.344 97.440 (95.660) 1.056.620 249.702 116.363 731.028 82.487 (96.192) 1.083.387 (121.200) (111.776) 935.420 971.611 476 476 3.968 4.129 18.510 40.918 939.389 975.740 Durante o exercício de 2015, a redução ocorrida no saldo de Clientes, conta-corrente (não correntes) na Europa Engenharia e Construção deveu-se, essencialmente, à cessão a título definitivo da dívida do Governo Regional da Madeira. Durante o exercício de 2015, o aumento ocorrido nas Perdas de imparidade acumuladas deveu-se, essencialmente, ao reforço das imparidades para clientes do segmento África. A informação relativa a empréstimos e contas a receber de outros devedores, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, pode ser analisada como se segue: Não correntes Outros devedores Empresas associadas, participadas e participantes Valor bruto Perdas de imparidade acumuladas Adiantamentos a fornecedores Estado e outros entes públicos (exceto Imposto sobre o Rendimento) Outros Valor bruto Perdas de imparidade acumuladas Clientes e outros devedores 2015 Correntes 2014 2015 2014 8.220 - 2.773 - 39.009 (6.391) 139.244 (6.405) 32.617 132.839 8.220 2.773 18.982 18.783 66.116 22.980 57.653 30.644 15.357 - 22.552 - 218.907 (31.248) 216.690 (23.173) 15.357 22.552 187.659 193.517 66.956 174.174 284.975 284.586 85.466 215.093 1.224.364 1.260.326 Em 31 de dezembro de 2014, o montante registado na rubrica “Adiantamentos a fornecedores” incluía 14.240 milhares de euros relativos a adiantamentos para a compra da EGF. Em 31 de dezembro de 2014, o montante registado na rubrica “Outros devedores – Empresas associadas/participadas e participantes” incluía saldos em dívida por parte de empresas associadas e conjuntamente controladas, nomeadamente, do GRUPO ASCENDI, do GRUPO INDAQUA e do GRUPO OBOL. Atendendo as intenções de venda, os montantes da ASCENDI e da INDAQUA foram reclassificados para “Ativos não correntes detidos para venda” (Nota 38). A rubrica "Outros devedores - Outros" inclui saldos relacionados com a integração de ACE, retenções de clientes, cedência de materiais a consórcios e saldos a receber de empresas consolidadas pelo método de equivalência patrimonial. 133 A exposição do GRUPO ao risco de crédito é atribuível, sobretudo, às contas a receber da sua atividade operacional. As perdas acumuladas de imparidade foram estimadas pelo GRUPO de acordo com a sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e envolventes económicas. É convicção do Conselho de Administração do GRUPO de que o montante pelo qual estes ativos se encontram registados na demonstração da posição financeira consolidada se aproxima do seu justo valor. O GRUPO não cobra qualquer encargo de juros enquanto os prazos de pagamento definidos com os seus clientes estejam a ser respeitados. Findos esses prazos, são cobrados os juros que estiverem definidos contratualmente, de acordo com a lei em vigor e aplicável a cada situação. Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a antiguidade dos saldos comerciais relativos aos ativos financeiros que não se encontravam em imparidade, era como se segue: Antiguidade no balanço 2015 Valores Vencidos ] 0 ; 3 ] meses ] 3 ; 12] meses ] 1 ; 3 ] anos Mais de 3 anos Clientes Outros 39.882 252.805 244.098 217.150 63.885 40.484 24.929 41.553 753.934 170.851 Valores não vencidos 203.964 32.165 Total 957.898 203.016 Antiguidade no balanço 2014 Valores Vencidos ] 0 ; 3 ] meses ] 3 ; 12] meses ] 1 ; 3 ] anos Mais de 3 anos Valores não vencidos Total Clientes Outros 72.192 295.832 176.411 246.061 63.640 40.483 68.387 27.550 790.496 200.060 226.163 16.009 1.016.659 216.069 Em 31 de dezembro de 2015, a exposição do GRUPO a saldos com antiguidade superior a um ano, líquidos de perdas de imparidade acumuladas, resultava, essencialmente, de dívidas confirmadas de organismos públicos (Estado, instituições públicas de Angola, Moçambique e Malawi), de alguns clientes privados africanos (maioritariamente detidos ou dependentes de empresas públicas), de retenções de garantias prestadas a clientes e saldos de clientes com acordos de regularização de dívida, sendo entendimento do Conselho de Administração do GRUPO que tais contas a receber não se encontram em imparidade. São registados ajustamentos às contas a receber por perdas de imparidade quando existem indicadores objetivos de que o GRUPO não irá receber integralmente os montantes a que tinha direito de acordo com os termos originais dos contratos estabelecidos. Os ajustamentos são calculados considerando a análise da antiguidade das contas a receber, o perfil de risco do devedor, bem como a sua situação económico-financeira. Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o saldo da rubrica “Imposto sobre o rendimento” apresentava a seguinte composição: 2015 Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas 134 2014 16.033 9.728 16.033 9.728 O movimento ocorrido nas perdas de imparidade em empréstimos e contas a receber nos exercícios de 2015 e 2014 foi como se segue: 2015 Clientes, conta corrente: Saldo inicial Aumento Redução Utilização Transferências e variação de perímetro 2014 113.397 27.229 (15.275) (772) (1.850) 93.355 29.320 (11.845) (392) 2.959 122.729 113.397 Outros devedores: Saldo inicial Aumento Redução Utilização Transferências e variação de perímetro 29.578 4.045 (1.118) 5.134 31.471 510 (79) (24) (2.300) 37.639 29.578 b) Outros ativos não correntes Em 31 de dezembro de 2015, a rubrica “Outros ativos não correntes” inclui, essencialmente, valores relativos a acréscimos de rendimentos associados a projetos de construção no Peru e na Europa Central. Em 31 de dezembro de 2014, a rubrica “Outros ativos não correntes” incluía, essencialmente, valores relativos a acréscimos de rendimentos associados a projetos de construção no México. c) Outros ativos correntes Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Outros ativos correntes” pode ser analisada como se segue: 2015 Acréscimos de rendimentos Produção e prestações de serviços não faturadas Juros a receber Outros acréscimos de rendimentos Gastos diferidos Seguros Outros gastos diferidos 2014 460.528 1.361 4.630 245.687 501 13.949 466.519 260.137 7.279 52.100 4.690 98.661 59.379 103.351 525.898 363.488 Em 31 de dezembro de 2015, a rubrica “Produção e prestações de serviços não faturadas” tem o seguinte detalhe por segmento de negócio: 153.137 milhares de euros no segmento África, sendo o aumento justificado sobretudo por Angola e Zâmbia (84.807 milhares de euros em 2014), 257.275 milhares de euros no segmento América Latina (106.125 milhares de euros em 2014), sendo o aumento justificado sobretudo pelo México e 50.116 milhares de euros no segmento Europa Engenharia e Construção (54.755 milhares de euros em 2014). Em 31 de dezembro de 2015, a rubrica “Outros gastos diferidos” inclui, essencialmente, gastos diferidos relativos à produção efetuada nos segmentos África e América Latina nos montantes de 33.346 milhares de euros e 11.128 milhares de euros, respetivamente (68.881 milhares de euros em 2014 no segmento África). 135 Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a informação relativa a contratos de construção em curso pode ser analisada como se segue: 2015 2014 Gastos de construção incorridos até à data Gastos de construção incorridos no ano 6.418.015 1.679.261 6.210.882 1.753.801 Rendimentos reconhecidos até à data Rendimentos reconhecidos no ano 7.377.563 1.904.389 7.062.324 2.047.691 Adiantamentos recebidos de clientes Retenções feitas por clientes Garantias dadas a clientes 213.494 69.799 620.223 249.202 95.816 671.718 Acréscimos de proveitos - excesso de produção sobre facturação Proveitos diferidos - déficite de produção sobre facturação 369.153 31.473 211.580 23.626 d) Caixa e seus equivalentes “Caixa e seus equivalentes” inclui o dinheiro detido pelo GRUPO e os depósitos bancários de curto prazo, com maturidades originais iguais ou inferiores a três meses, para os quais o risco de alteração de valor não é significativo. O valor pelo qual este conjunto de ativos está registado aproxima-se do seu justo valor. Os montantes relativos à rubrica “Caixa e seus equivalentes com recurso”, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, são como se segue: A prazo (1) à Vista 2015 Outras aplicações financeiras Depósitos bancários e caixa Depósitos bancários Caixa 2014 6.332 2015 5.040 Total 2014 - 2014 2015 6.332 - 5.040 266.471 5.757 306.563 5.745 62.391 - 73.257 - 328.862 5.757 379.821 5.745 278.559 317.349 62.391 73.257 340.950 390.606 (1) Inclui o montante de 68.067 milhares de euros registado em não corrente em 2014. Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, existem 31.584 milhares de euros e 73.257 milhares de euros, respetivamente, registados em “Caixa e seus equivalentes” não imediatamente disponíveis, pelo facto de terem sido dados em garantia ou estarem cativos, ao abrigo de contratos assumidos com instituições financeiras. Os montantes relativos à rubrica “Caixa e seus equivalentes sem recurso à vista”, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, são como se segue: à Vista 2015 Outras aplicações financeiras Depósitos bancários e caixa Depósitos bancários Caixa 2014 993 - 101.942 11 - 102.946 - Os montantes de “Caixa e seus equivalentes sem recurso” estão associados à dívida em Project Finance das empresas da EGF. 136 24. Capital e reservas Capital Em outubro de 2015, a subsidiária da MOTA-ENGIL para a região de África, MOTA-ENGIL ÁFRICA, anunciou um programa de recompra de ações a um preço de oferta de 6,1235 euros por ação, bem como a exclusão de negociação das suas ações na Euronext Amsterdam. A oferta foi bem-sucedida, tendo as ações da MOTA-ENGIL ÁFRICA deixado de estar cotadas no dia 10 de dezembro de 2015. No contexto do processo de recompra de ações próprias acima referido, a MOTA-GESTÃO E PARTICIPAÇÕES, SGPS, SA (MGP), detentora na altura de 12,6% do capital social da MOTA-ENGIL ÁFRICA, aceitou os termos da oferta, manifestando-se disponível para alienar as suas ações por 6,1235 euros por ação e comprometeu-se a aplicar um montante equivalente à receita que obtivesse na subscrição de um aumento de capital social que a MOTA-ENGIL entretanto anunciou com um preço de subscrição de 2,4814 euros. Adicionalmente, no seguimento de contactos subsequentes entre a MGP e a MOTA-ENGIL, esta última comprou todas as ações da MOTA-ENGIL ÁFRICA previamente detidas pela MGP, pelo mesmo preço oferecido pela MOTA-ENGIL ÁFRICA no seu processo de recompra de ações. Desta forma, no âmbito do aumento de capital social acima referido, foram subscritas pela MGP 31.103.942 ações na modalidade de entradas em espécie, tendo a entrada sido constituída por créditos que a MGP detinha sobre a MOTA-ENGIL no montante de 77.181 milhares de euros (decorrentes da aquisição das ações da MOTA-ENGIL ÁFRICA à MGP) e por outros acionistas 1.765.504 ações realizadas em numerário no montante de 4.381 milhares de euros. Na sequência do atrás descrito, o capital social da MOTA-ENGIL, em 31 de dezembro de 2015, totalmente subscrito e realizado, ascendia a 237.505.141 euros (em 2014 ascendia a 204.635.695 euros) e encontrava-se representado por 237.505.141 ações ao portador com um valor nominal de 1 euro cada. Durante o exercício de 2015, o GRUPO cumpriu com os requisitos de capital estabelecidos na legislação portuguesa, nomeadamente no artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais. Ações próprias Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015, tal como aprovado na Assembleia Geral de Acionistas realizada em 28 de maio de 2015, o GRUPO procedeu à aquisição de diversas tranches de ações próprias (1.559.742 ações) a um preço médio de 1,98 euros por ação, tal como se discrimina abaixo: 2015 Saldo inicial Aquisições Setembro Outubro Saldo final Quantidade Custo médio - Montante - - 1.470.000 89.742 1,98 € 1,86 € 2.917 167 1.559.742 1,98 € 3.084 1.559.742 1,98 € 3.084 Durante o período findo em 31 de dezembro de 2014, tal como aprovado na Assembleia Geral de Acionistas realizada em 27 de dezembro de 2013, o GRUPO procedeu à alienação da totalidade das suas ações próprias (11.101.379 ações) num processo de oferta particular (fora de bolsa) ao preço de 4,65€ por ação. Em consequência da referida alienação, a MOTA-ENGIL SGPS, S.A. deixou de deter ações próprias. 137 Prémios de emissão Os prémios de emissão correspondem a ágios obtidos com a emissão ou com aumentos de capital. De acordo com a legislação comercial portuguesa, os valores incluídos nesta rubrica seguem o regime estabelecido para a “Reserva legal”, isto é, os valores não são distribuíveis, a não ser em caso de liquidação, mas podem ser utilizados para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital. No seguimento do aumento de capital social ocorrido no exercício de 2015, de 204.635.695 euros para 237.505.141 euros, e dado que o preço de subscrição das ações (2,4814 euros) foi superior ao seu valor nominal, foi gerado um prémio de emissão de 48.149 milhares de euros. Reserva legal A legislação comercial portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da “Reserva legal” até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital. Reserva de justo valor – derivados A “Reserva de justo valor – Derivados” reflete as variações de justo valor dos instrumentos financeiros derivados de cobertura de fluxos de caixa que se consideram eficazes (Nota 26. Instrumentos financeiros derivados) e não é passível de ser distribuída ou utilizada para absorver prejuízos. Reserva de justo valor – ativos financeiros disponíveis para venda A “Reserva de justo valor – Ativos financeiros disponíveis para venda” reflete as variações de justo valor dos ativos financeiros detidos para venda e não é passível de ser distribuída ou utilizada para absorver prejuízos. Reserva de conversão cambial As reservas de conversão cambial refletem as variações cambiais ocorridas na transposição das demonstrações financeiras de filiais em moeda diferente do euro e não são passíveis de ser distribuídas ou utilizadas para absorver prejuízos. Reservas de reavaliação As reservas de reavaliação não podem ser distribuídas aos acionistas, exceto se se encontrarem totalmente amortizadas ou se os respetivos bens objeto de reavaliação tiverem sido alienados. Nos termos da legislação portuguesa, o montante de reservas distribuíveis é determinado de acordo com as demonstrações financeiras individuais da MOTA-ENGIL SGPS, apresentadas de acordo com o Sistema de Normalização Contabilística (SNC). Em 31 de dezembro de 2015, não existiam reservas passíveis de distribuição. 138 Dividendos Do Relatório de Gestão Individual consta a seguinte proposta: O Conselho de Administração propõe à Assembleia Geral anual de Acionistas a seguinte distribuição dos resultados líquidos do exercício, no valor de 15.523.664 euros e 14 cêntimos, o qual já inclui os montantes de 500 000 euros e 250 000 euros afetos à distribuição de lucros, respetivamente, pelo Conselho de Administração, nos termos do artigo 28º, nº 3 dos Estatutos, e pelos trabalhadores: a) Para distribuição aos acionistas, 0,05 euros por ação, cativos de impostos, no valor global de 11.875.257 euros e 5 cêntimos; b) Para reserva legal, 5% do resultado líquido do exercício, no valor de 776.183 euros e 21 cêntimos; c) Para reservas livres, o remanescente, no valor de 2.872.223 euros e 88 cêntimos. No dia 28 de maio de 2015, foi aprovada em Assembleia Geral de Acionistas a distribuição de um dividendo de 0,12 euros por ação relativo ao exercício de 2014, tendo sido apurado um total de 24.556.283 euros e 40 cêntimos. Estes dividendos foram pagos no dia 9 de Junho de 2015. 25. Empréstimos Os montantes relativos ao endividamento com recurso, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, são como se segue: Corrente ( a 1 ano) 2015 Empréstimos por obrigações não convertíveis Dívidas a instituições de crédito: Empréstimos bancários Descobertos bancários Contas caucionadas Outros empréstimos obtidos: Emissões de papel comercial Outros empréstimos 2014 Empréstimos por obrigações não convertíveis Dívidas a instituições de crédito: Empréstimos bancários Descobertos bancários Contas caucionadas Outros empréstimos obtidos: Emissões de papel comercial Outros empréstimos a 2 anos entre 3 e 5 anos a mais de 5 anos Não corrente Total 215.104 45.000 292.961 - 337.961 553.065 377.551 74.295 161.427 107.842 - 134.770 - 12.682 - 632.846 74.295 161.427 155.836 701 24.300 651 76.677 3.593 106 255.294 100.977 4.350 984.914 177.793 508.001 12.788 698.582 1.683.497 256.812 5.052 10.000 226.183 230.743 - 456.926 466.926 197.540 59.340 201.715 115.092 - 147.947 - 21.016 - 481.595 59.340 201.715 81.400 2.265 35.340 2.534 211.436 6.199 366 284.055 246.776 9.099 552.260 379.148 596.326 21.383 996.857 1.549.117 328.176 11.364 As emissões de papel comercial, embora tenham o seu vencimento no prazo de um ano, encontram-se abrangidas por programas de médio e longo prazo que asseguram a sua renovação automática ao longo do tempo. Nestas circunstâncias, e dado que o Conselho de Administração do GRUPO pretende continuar a utilizar as referidas emissões no longo prazo, registou as mesmas como exigíveis no médio e longo prazo. Em 31 de dezembro de 2015, existiam operações de financiamento com compromissos de manutenção de covenants relacionados com níveis de autonomia financeira e rácios de endividamento determinados com base nas demostrações financeiras consolidadas do GRUPO e outras, cujas condições se encontram negociadas de acordo com as práticas normais de mercado. 139 Os montantes relativos ao endividamento sem recurso, com referência ao exercício findo em 31 de dezembro de 2015, são como se segue: Corrente ( a 1 ano) 2015 Dívidas a instituições de crédito: Empréstimos bancários Contas caucionadas a 2 anos a mais de 5 anos entre 3 e 5 anos Total Não corrente 32.435 8.099 30.579 - 79.473 - 93.076 - 203.128 - 235.563 8.099 40.534 30.579 79.473 93.076 203.128 243.662 Os montantes de endividamento sem recurso estão associados às empresas da EGF e à empresa utilizada para o financiamento da sua compra (SUMA TRATAMENTO). Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os empréstimos obtidos encontram-se denominados nas seguintes moedas: Obrigações 2015 Coroas Checas Dólares dos Estados Unidos Euros Kwanza de Angola Nuevo Sol Peruano Pesos Mexicanos Rands da África do Sul Real Brasileiro Zlotys Polacos Outras 2014 Coroas Checas Dólares dos Estados Unidos Euros Kwanza de Angola Pesos Mexicanos Rands da África do Sul Real Brasileiro Zlotys Polacos Outras Dívidas a Instituições de crédito Papel comercial Total Outros empréstimos 68.890 484.175 - 208 221.305 634.881 147.839 11.908 33.921 4.974 30.534 24.334 2.326 256.812 - 5.052 - 208 290.195 1.380.920 147.839 11.908 33.921 4.974 30.534 24.334 2.326 553.065 1.112.230 256.812 5.052 1.927.159 61.774 405.152 - 255 226.840 413.217 25.339 20.633 4.907 23.949 27.312 198 328.176 - 10.848 515 - 255 288.614 1.157.393 25.855 20.633 4.907 23.949 27.312 198 466.926 742.651 328.176 11.364 1.549.117 As taxas de juro médias suportadas nos principais empréstimos obtidos durante os exercícios de 2015 e 2014 são como se segue: 2014 2015 Taxas médias (%) Empréstimos por obrigações não convertíveis Dívidas a instituições de crédito: Empréstimos bancários Descobertos bancários Contas caucionadas Outros empréstimos obtidos Emissões de papel comercial Intervalo de taxas (%) Taxas médias (%) Intervalo de taxas (%) 6,22 [ 5,27 ; 6,85 ] 6,86 [ 5,43 ; 7,1 ] 5,80 5,16 9,57 9,12 3,24 [ 0,26 ; 38,38 ] [ 3,02 ; 35 ] [ 3 ; 16,23 ] [ 0,15 ; 13,01 ] [ 1,44 ; 4,96 ] 6,03 6,44 9,27 3,85 3,27 [ 2,09 ; 39,5 ] [ 4,18 ; 39 ] [ 3,93 ; 17,38 ] [ 0,26 ; 10 ] [ 1,64 ; 4,88 ] Em 31 de dezembro de 2015, 66% da dívida bruta encontrava-se contratada a taxa variável e o seu custo médio ascendia a 6.5%. Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2015, como resultado da concretização com sucesso da emissão e troca de obrigações ocorrida em julho de 2015 no montante de 95 milhões de euros, a vida média da dívida era de 2,5 anos. A este respeito, cumpre-nos desde já destacar os acordos celebrados com algumas instituições financeiras em 2016 que permitiram reduzir o montante de dívida com prazo inferior a 1 ano em cerca de 380 milhões de euros. 140 Os principais empréstimos obrigacionistas e programas de papel comercial obtidos pelo GRUPO em vigor em 31 de dezembro de 2015 e 2014, são como se segue: 2015 Tipo de emissão / Emitente Data emissão inicial Data vencimento Indexação Condições de reembolso Montante nominal atual Prazos de emissão Empréstimos obrigacionistas: Mota-Engil SGPS dez-11 dez-16 Euribor 6M + 5,5% i) 10.000 Mota-Engil SGPS dez-12 dez-17 Euribor 6M + 6,75% ii) 15.000 Mota-Engil SGPS set-13 set-17 Euribor 6M + 5,5% ii) 20.000 ii) 154.178 Mota-Engil SGPS mar-13 Taxa Fixa mar-16 6,85% Mota-Engil SGPS abr-13 abr-16 Taxa Fixa 7,5% ii) 37.175 Mota-Engil SGPS abr-14 abr-19 Taxa Fixa 5,5% ii) 110.000 Mota-Engil SGPS jun-14 jun-18 Taxa Fixa 4,375% ii) 22.963 Mota-Engil SGPS jul-15 Taxa Fixa fev-20 3,9% ii) 95.000 Mota-Engil SGPS dez-15 dez-18 Euribor 6M + 3,25% ii) 15.000 Mota-Engil Engenharia e Construção África dez-13 dez-18 Euribor 6M+6.75% i) 65.000 Suma out-13 out-18 Euribor 6M + 5,25% iii) 10.000 Mota-Engil SGPS nov-08 nov-18 Euribor do prazo + 2,475% 56.000 Col. Direta: de 7 a 364 dias/ Col Leilão: de 1,2,3,4,5 ou 6 meses Mota-Engil SGPS nov-06 nov-16 Euribor do prazo + 3,5% 10.000 Col. Direta: de 7 a 360 dias Mota-Engil SGPS dez-12 dez-17 Euribor 3M + 5% 9.250 Col. Direta: trimestral Mota-Engil SGPS e Mota-Engil Ambiente e Serviços jan-07 jan-19 Euribor do prazo + 1,5% 50.050 De 1, 3, 6 a 12 meses Mota-Engil Engenharia e ME Eng. Africa jun-14 jun-19 Euribor do prazo + 4,7% 40.000 Col Direta: de 7 a 180 dias Programas de papel comercial: Mota-Engil Engenharia ;ME SGPS e ME Africa (50M€) dez-10 jan-16 Euribor do prazo + 5,1% 50.000 Tomada actual de 3 meses / Col. Direta: de 90 a 181 dias / Col. Leilão: de 3,4,5 ou 6 meses Mota-Engil Engenharia jan-13 jan-16 Euribor do prazo + 5,75% 13.000 Col. Direta: de 7 a 90 dias / Col. Leilão: de 7 a 90 dias Mota-Engil Engenharia ago-14 ago-18 Euribor do prazo +2% 25.000 Col. Direta: de 7 a 90 dias / Col. Leilão: de 7 a 90 dias i) Juros e reembolsos pagos em 10 semestralidades. ii) Juros semestrais com reembolso único no vencimento do contrato. iii) Juros semestrais com reembolso único no vencimento do contrato. 141 2014 Tipo de emissão / Emitente Data emissão inicial Data vencimento Indexação Condições de reembolso Montante nominal atual Prazos de emissão Empréstimos obrigacionistas: Mota-Engil SGPS dez-11 dez-16 Euribor 6M + 5,5% i) 10.000 Mota-Engil SGPS dez-12 dez-17 Euribor 6M + 6,75% ii) 15.000 Mota-Engil SGPS set-13 set-17 Euribor 6M + 5,5% ii) 20.000 Mota-Engil SGPS mar-13 mar-16 Taxa Fixa 6,85% ii) 175.000 Mota-Engil SGPS abr-13 Taxa Fixa abr-16 7,5% ii) 37.175 Mota-Engil SGPS abr-14 abr-19 Taxa Fixa 5,5% ii) 110.000 Mota-Engil SGPS jun-14 Taxa Fixa jun-18 4,375% ii) 20.591 Mota-Engil Engenharia e Construção África dez-13 dez-18 Euribor 6M+6.75% i) 70.000 Suma out-13 out-18 Euribor 6M + 5,25% iii) 10.000 Mota-Engil SGPS nov-08 nov-15 Euribor do prazo + 2,475% 56.000 Col. Direta: de 7 a 364 dias/ Col Leilão: de 1,2,3,4,5 ou 6 meses Mota-Engil SGPS nov-06 nov-16 Euribor do prazo + 3,5% 10.000 Col. Direta: de 7 a 360 dias Mota-Engil SGPS dez-12 dez-17 Euribor 3M + 5% 14.050 Col. Direta: trimestral Mota-Engil SGPS dez-13 dez-15 Euribor do prazo + 4,3% 20.000 Col. Leilão de 7 a 365 dias Mota-Engil SGPS e Mota-Engil Ambiente e Serviços jan-07 jan-19 Euribor do prazo + 1,5% 57.750 De 1, 3, 6 a 12 meses Mota-Engil SGPS , ME Eng e ME Eng Africa dez-10 dez-17 Euribor do prazo + 5,1% 50.000 Tomada actual 3M/Col. Directa:90 a 181 dias/Col. Leilão: de 3 , 4, 5 ou 6 Meses Mota-Engil Engenharia jun-07 jun-16 Euribor do prazo + 2,0% 6.900 Mota-Engil Engenharia jan-13 jan-16 Euribor do prazo + 5,75% 30.000 Col. Direta: de 7 a 90 dias / Col. Leilão: de 7 a 90 dias Mota-Engil Engenharia ago-14 ago-18 Euribor do prazo +2% 25.000 Col. Direta: de 7 a 90 dias / Col. Leilão: de 7 a 90 dias Mota-Engil Engenharia e ME Eng. Africa jun-14 jun-19 Euribor do prazo + 4,7% 40.000 Col. Direta: de 7 a 180 dias Tertir jul-07 jul-17 Euribor do prazo + 2,0% 15.000 Col. Direta de 28 a 33 dias Programas de papel comercial: i) Juros e reembolsos pagos em 10 semestralidades. ii) Juros semestrais com reembolso único no vencimento do contrato. iii) Juros semestrais com reembolso único no vencimento do contrato. 142 Colocaçao Directa De 7 a 360 dias A dívida contraída noutros contratos de empréstimo de montante superior a 10.000 milhares de euros pode ser analisada como se segue: 2015 Devedor Tipo Operação Outras operações: Mota-Engil, SGPS Mota-Engil, SGPS Mota-Engil, SGPS Montante do empréstimo Montante em dívida Empréstimo de médio e longo prazo Conta corrente caucionada Descoberto bancário 75.922 17.000 15.500 62.019 14.442 13.672 Empréstimo de médio e longo prazo Empréstimo de curto prazo Conta corrente caucionada Descoberto bancario 44.000 10.000 30.000 30.200 25.487 7.500 24.035 8.059 Mota-Engil Europa Empréstimo de médio e longo prazo 40.000 40.000 Mota-Engil Real Estate Portugal Empréstimo de médio e longo prazo 26.500 25.000 Mota-Engil Angola Mota-Engil Angola Empréstimo de curto prazo Conta corrente caucionada 19.617 56.821 19.617 51.469 Vista Waste Empréstimo de médio e longo prazo 22.198 22.198 Mota-Engil Engenharia e Construção África Mota-Engil Engenharia e Construção África Empréstimo de curto prazo Descoberto bancário 120.639 37.695 114.220 26.003 Mota-Engil México Empréstimo de médio e longo prazo 13.342 13.342 Mota-Engil Peru Empréstimo de médio e longo prazo 37.310 37.310 Suma Empréstimo de médio e longo prazo 72.505 72.505 Suma Tratamento Empréstimo de médio e longo prazo 105.000 105.000 Resinorte Empréstimo de médio e longo prazo 30.000 23.750 Mota-Engil Mota-Engil Mota-Engil Mota-Engil Engenharia Engenharia Engenharia Engenharia 2014 Devedor Outras operações: Mota-Engil, SGPS Mota-Engil, SGPS Tipo Operação Montante do empréstimo Montante em dívida Empréstimo de médio e longo prazo Conta corrente caucionada 39.836 37.000 39.836 36.920 Mota-Engil Engenharia Mota-Engil Engenharia Mota-Engil Engenharia Empréstimo de médio e longo prazo Conta corrente caucionada Descoberto bancário 75.957 30.000 41.800 75.957 20.117 10.864 Mota-Engil Ambiente e Serviços Empréstimo de médio e longo prazo 10.703 10.703 Mota-Engil Angola Mota-Engil Angola Empréstimo de curto prazo Conta corrente caucionada 23.179 67.140 23.179 49.526 Mota-Engil Engenharia e Construção África Mota-Engil Engenharia e Construção África Mota-Engil Engenharia e Construção África Empréstimo de médio e longo prazo Conta corrente caucionada Descoberto bancário 10.000 19.695 15.000 10.000 19.695 5.229 Mota-Engil México Empréstimo de médio e longo prazo 11.567 11.567 Mota-Engil Peru Empréstimo de médio e longo prazo 35.417 35.417 MEBR Participações e Consultoria (Bra) Empréstimo de médio e longo prazo 11.488 11.488 Suma Empréstimo de médio e longo prazo 66.000 21.176 Tertir Empréstimo de médio e longo prazo 39.869 39.869 Os montantes considerados em “Outros empréstimos” dizem respeito, essencialmente, a empréstimos obtidos junto da Agência Portuguesa para o Investimento (AICEP) e do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI) como apoio ao investimento. Estes empréstimos não vencem juros. 143 26. Instrumentos financeiros derivados O GRUPO recorre a instrumentos financeiros derivados, nomeadamente de taxa de juro e de taxa de câmbio, no sentido de gerir a sua exposição a movimentos nas taxas de juro e nos câmbios das moedas vigentes nos seus contratos de financiamento. Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, são os seguintes os instrumentos financeiros derivados contratados pelo GRUPO: Justo valor Participada Tipo Mota-Engil SGPS Taxas contratadas Vencimento 1.401 EUR/USD1.3387000 abr-15 - 143 ago-14 1.399 EUR/USD1.3405000 out-15 - 143 ago-14 38.569 EUR/USD1.3450000 abr-16 8.975 3.929 8.975 4.214 Contraparte Início Forward Cambial Caixa Geral de Depósitos ago-14 Mota-Engil SGPS Forward Cambial Caixa Geral de Depósitos Mota-Engil SGPS Forward Cambial Caixa Geral de Depósitos Nocional 2015 2014 Empresa Construtora Brasil Forward Cambial Santander Totta jan-15 459 - jan-16 69 - Empresa Construtora Brasil Forward Cambial Santander Totta mar-15 76 - mar-16 14 - Empresa Construtora Brasil Forward Cambial Santander Totta set-15 346 - ago-16 126 - Empresa Construtora Brasil Forward Cambial Santander Totta mar-15 1.392 - jan-17 166 - 374 - 9.349 4.214 Mota-Engil Engenharia Collar BNP Paribas Fortis jul-07 30.000 CAP 5,17%; Floor 3,00% jun-15 - (131) Mota-Engil Engenharia Swap Santander Totta ago-14 25.000 Taxa Variavel (Eur 3M/360 - Tx Fixa 0,41%) ago-18 (188) (183) (188) (313) Os critérios de classificação e de valorização destes instrumentos financeiros derivados encontram-se descritos na alínea ix) f) dos Principais critérios valorimétricos na Nota 1.3.. O apuramento do justo valor dos instrumentos financeiros derivados contratados pelo GRUPO foi efetuado pelas respetivas contrapartes, que são consideradas entidades financeiras idóneas/independentes e de reconhecido mérito. Os modelos de avaliação utilizados basearam-se no método dos fluxos de caixa descontados, utilizando par rates de swaps, cotadas no mercado interbancário, e disponíveis nas páginas da Reuters e Bloomberg, para os prazos relevantes, sendo calculadas as respetivas taxas forwards e fatores de desconto, que serviram para descontar os fluxos de caixa fixos (fixed leg) e os fluxos de caixa variáveis (floating leg). O somatório das duas legs apura o VAL (valor atualizado líquido). Durante os exercícios de 2014 e 2015, o GRUPO contratou forwards cambiais, no valor de 50.000 milhares de dólares, com o objetivo de cobertura de fluxos de caixa de um empréstimo obrigacionista obtido naquela divisa. Embora estes derivados não tenham sido formalmente designados como instrumentos de cobertura, não tendo, consequentemente, recebido tratamento de acordo com as regras de contabilidade de cobertura previstas na IAS 39, o mesmo permite mitigar, de forma muito significativa, o efeito das variações cambiais decorrentes do empréstimo acima referido. Por este facto, as variações de justo valor destes instrumentos financeiros derivados foram registadas diretamente em resultados financeiros na demonstração de resultados. 144 Os restantes instrumentos financeiros derivados foram designados formalmente como instrumentos de cobertura e, tendo sido verificadas as condições previstas para efeito na IAS 39, os mesmos foram tratados ao abrigo das regras de contabilidade de cobertura. Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, são os seguintes os impactos nos capitais próprios do GRUPO associados aos instrumentos financeiros derivados contratados pelas suas participadas: 2015 Total de capital próprio antes de resultado líquido Impacto do justo valor dos instrumentos financeiros derivados, de subsidiárias consolidadas pelo método de integração global Impacto do justo valor dos instrumentos financeiros derivados, de empresas associadas e conjuntamente controladas (I) (II) (I II) (IV)=(I)-(II)-(III) Total do capital próprio excluindo o impacto do justo valor dos instrumentos financeiros derivados 2014 639.221 (143) (136.151) 494.899 (238) (165.851) 775.514 660.989 O impacto do justo valor dos instrumentos financeiros derivados de empresas associadas e conjuntamente controladas refere-se à exposição do GRUPO a instrumentos financeiros derivados, essencialmente, ao nível dos SUBGRUPOS INDAQUA (10.649 milhares de euros em 2015 e -11.480 milhares de euros em 2014) e ASCENDI (-112.867 milhares de euros em 2015 e 140.135 milhares de euros em 2014) consolidados pelo método de equivalência patrimonial até 30 de setembro de 2015. 27. Passivos comerciais e outros passivos a pagar A informação relativa a passivos comerciais e outros passivos a pagar, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, pode ser analisada como se segue: Não correntes 2015 Fornecedores Europa Engenharia e Construção Portugal Ambiente e Serviços África América Latina Outros, eliminações e intragrupo Fornecedores de ativo fixo Empresas associadas e outros acionistas Adiantamentos de clientes e por conta de vendas Estado e outros entes públicos (exceto impostos sobre o rendimento) Outros credores Correntes 2014 13.721 933 (3) 2015 2014 10.785 2.049 (47) 180.753 71.826 238.646 108.802 (163.188) 204.247 78.348 242.579 75.798 (169.179) 14.651 12.787 436.839 431.792 103.104 2.055 5.421 10.503 117.818 148 21.060 6.020 83.321 24.656 281.402 46.354 191.436 77.764 25.945 236.508 53.447 186.359 121.083 145.046 627.168 580.022 135.734 157.832 1.064.007 1.011.814 Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Fornecedores” inclui os montantes de, aproximadamente, 31.400 milhares de euros e 36.600 milhares de euros, respetivamente, relativos a contratos de confirming. Estes montantes dizem respeito, essencialmente, a dívidas com origem em subcontratação na realização de obras em curso adjudicadas ao GRUPO. Em 31 de dezembro de 2015, o aumento registado na rubrica de “Fornecedores” na América Latina justifica-se, essencialmente, pelo aumento da atividade ocorrido nessa região durante o exercício de 2015. Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o montante registado em “Outros, eliminações e intragrupo” incluía, essencialmente, saldos entre as empresas do segmento de África e do segmento da Europa Engenharia e Construção. 145 Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o montante registado na rubrica “Empresas associadas e outros acionistas” incluía saldos devidos por empresas do GRUPO a empresas associadas e conjuntamente controladas, bem como saldos devidos a parceiros do GRUPO, nomeadamente parceiros da MOTA-ENGIL ANGOLA e do GRUPO SUMA. Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o saldo a pagar classificado como corrente refere-se, essencialmente, a dividendos atribuídos e não pagos pelas referidas empresas aos respetivos acionistas parceiros. Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, encontram-se incluídos na rubrica “Outros credores - Corrente” os montantes respeitantes a operações de factoring com recurso e a letras descontadas, nos montantes de 66.088 milhares de euros e 78.609 milhares de euros, respetivamente, os quais, no caso do factoring, não têm uma maturidade contratual definida. É convicção do Conselho de Administração do GRUPO de que o valor pelo qual estes passivos se encontram registados na demonstração da posição financeira se aproxima do seu justo valor. Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a maturidade contratual remanescente dos saldos registados na rubrica “Fornecedores” era como se segue: 2015 Maturidade contratual remanescente: ] 0 ; 1 ] mês ] 1 ; 3 ] meses ] 3 ; 12 ] meses ] 1 ; 3 ] anos Mais de 3 anos 2014 294.801 88.602 53.436 3.400 11.251 317.480 74.036 40.276 9.820 2.966 451.490 444.579 Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a maturidade contratual remanescente dos saldos registados na rubrica “Outros credores” era como se segue: 2015 Maturidade contratual remanescente: ] 0 ; 1 ] mês ] 1 ; 3 ] meses ] 3 ; 12 ] meses ] 1 ; 3 ] anos Mais de 3 anos Factoring 2014 93.919 13.831 (0) 6.020 78.609 108.158 12.282 4.906 2.333 8.171 66.088 192.379 201.939 Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o GRUPO mantinha responsabilidades como locatário, registadas na rubrica “Fornecedores de ativo fixo”, relativas a rendas de contratos de locação financeira nos montantes de 149.205 milhares de euros e 172.811 milhares de euros, respetivamente, com os seguintes prazos de vencimento: Rendas vincendas Contratos de leasing 1 ano 2 anos 3 anos 4 ou mais anos 2015 Valor atual das rendas 2014 2015 61.617 42.603 24.797 62.636 46.574 33.151 25.239 44.241 54.993 38.971 22.877 55.970 162.734 191.653 149.205 172.811 Juros incluídos nas rendas (13.529) (18.843) Valor atual das rendas de contratos de leasing 149.205 172.811 146 2014 51.633 36.370 26.931 47.800 - - 149.205 172.811 Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os contratos de locação financeira mais significativos eram como se segue: 2015 Contraente Correia & Correia Empresa Construtora Brasil Empresa Construtora Brasil ME-Central Europe Polónia ME-Central Europe Polónia ME-Central Europe Polónia ME- Engenharia (sede) ME- Engenharia (sede) ME- Engenharia (sede) ME- Engenharia (sede) ME- Engenharia (sede) Mota-Engil Angola Mota-Engil Engenharia e Construção África Mota-Engil Engenharia e Construção África Mota-Engil México PTT Takargo Takargo Montante 1.278 983 1.315 6.207 1.055 1.481 10.064 14.377 5.200 3.655 1.438 6.121 3.780 50.730 2.496 3.582 24.140 11.944 Ativo Edifício Equipamento diverso Equipamento diverso Equipamento diverso Equipamento diverso Equipamento diverso Equipamento diverso Equipamento diverso Equipamento diverso Equipamento diverso Equipamento diverso Equipamento diverso Equipamento diverso Equipamento diverso Equipamento diverso Terrenos e Construção Locomotivas Vagões Período do leasing Opção de compra 20 anos 5 anos 10 anos 5 anos 6 anos 7 anos 3 anos 4 anos 5 anos 7 anos 8 anos 5 anos 2 anos 4 anos 3 anos 10 anos 25 anos 25 anos 26 252 106 20 201 307 104 73 72 151 1.815 72 121 60 2014 Contraente Correia & Correia Empresa Construtora Brasil Empresa Construtora Brasil Empresa Construtora Brasil ME-Central Europe Polónia ME-Central Europe Polónia ME-Central Europe Polónia ME-Central Europe Polónia ME- Engenharia (sede) ME- Engenharia (sede) ME- Engenharia (sede) ME- Engenharia (sede) ME- Engenharia (sede) Mota-Engil Angola Mota-Engil Engenharia e Construção África Mota-Engil México PTT Socarpor Aveiro Socarpor Aveiro Socarpor Aveiro Sotagus Sotagus Takargo Takargo TCL Montante 1.278 1.271 1.760 1.316 2.634 1.075 7.475 1.486 10.064 12.094 10.106 3.578 1.394 7.818 70.937 3.974 3.582 1.976 3.300 13.058 7.000 4.000 24.140 11.944 3.021 Ativo Edifício Equipamento diverso Equipamento diverso Equipamento diverso Equipamento diverso Equipamento diverso Equipamento diverso Equipamento diverso Equipamento diverso Equipamento diverso Equipamento diverso Equipamento diverso Equipamento diverso Equipamento diverso Equipamento diverso Equipamento diverso Terrenos e Construção Guindaste Guindaste Terminal Sograin Pórtico de porto Pórtico de porto Locomotivas Vagões Equipamento diverso Período do leasing Opção de compra 20 anos 4 anos 10 anos 5 anos 6 anos 10 anos 5 anos 7 anos 3 anos 4 anos 5 anos 7 anos 8 anos 4 anos 4 anos 3 anos 10 anos 8 anos 12 anos 12 anos 5 anos 7 anos 25 anos 25 anos 4 anos 26 1 181 319 262 15 201 262 155 73 72 2.229 72 40 66 261 148 80 121 60 60 Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o valor líquido contabilístico dos bens objeto de contratos de locação financeira tinha o seguinte detalhe: 2015 Terrenos e edifícios Equipamento básico Equipamento de transporte Equipamento administrativo Outros ativos Afetos a concessões 2014 4.239 164.192 30.404 349 1.677 14.224 4.760 148.218 30.744 1.130 17.242 215.085 202.093 Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Imposto sobre o rendimento” apresentava a seguinte composição: 2015 Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas 2014 12.514 3.301 12.514 3.301 147 28. Provisões A informação relativa a provisões, com referência a 31 de dezembro de 2015 e 2014, pode ser resumida como se segue: 2015 Responsabilidades com planos de reforma de benefícios definidos (Nota 31. Benefícios de planos de reforma) Outras pensões Indemnizações por rescisão de contratos de trabalho a termo Selagem e monitorização de aterros Provisões para investimentos valorizados pelo método da equivalência patrimonial Processos judiciais Provisão referente ao investimento previsto no âmbito da IFRIC 12 Provisões para garantias de obras Outras contingências 2014 10.111 2.774 1.049 6.302 4.242 6.491 79.024 13.207 9.540 1.708 546 7.734 2.639 4.959 19.389 59.072 19.532 123.201 125.120 As provisões para a selagem e monitorização de aterros referem-se, essencialmente, ao GRUPO SUMA. A provisão referente ao investimento previsto no âmbito da IFRIC 12 referia-se ao sub GRUPO TERTIR e refletia a obrigação contratual, por parte das concessionárias, de realizar determinados investimentos durante o período das concessões e sobre os quais as concessionárias tinham o direito de uso até ao final da sua vigência. Na sequência da decisão de se proceder à alienação do negócio Portuário e de Logística, esta provisão foi reclassificada para a rubrica de “Passivos não correntes detidos para venda” (Nota 38). As provisões para garantias de obras decorrem dos contratos de construção executados pelo GRUPO e respeitam, essencialmete, à MOTA-ENGIL ANGOLA e à MOTA-ENGIL ENGENHARIA. As provisões para outras contingências incluem custos estimados com contingências diversas de índole legal, fiscal e judicial. A informação relativa ao movimento das provisões, com referência aos exercícios de 2015 e 2014, é como se segue: 2015 Responsabilidades com planos de reforma de benefícios definidos (Nota 31. Benefícios de planos de reforma) Outras pensões Indemnizações por rescisão de contratos de trabalho a termo Selagem e monitorização de aterros Processos judiciais Provisão referente ao investimento previsto no âmbito da IFRIC 12 Provisões para garantias de obras Outras contingências Provisões para investimentos valorizados pelo método da equivalência patrimonial 148 Saldo inicial Aumento Reversão Transferências, variação de perímetro e cambial Utilização 9.540 571 1.708 546 7.734 4.959 19.389 59.072 1.066 504 232 2.886 26.121 (1.664) (9) (6.170) - (1.344) (19.389) - Saldo final 10.111 2.774 1.049 6.302 6.491 79.024 19.532 17.734 (14.033) - (10.027) 13.207 122.480 49.114 (21.875) - (30.760) 118.959 2.639 2.582 (108) - (871) 4.242 125.120 51.696 (21.983) - (31.631) 123.201 2014 Saldo inicial Aumento (Nota.10) Reversão (Nota.10) Transferências, variação de perímetro e cambial Utilização Saldo final Responsabilidades com planos de reforma de benefícios definidos (Nota 31. Benefícios de planos de reforma) 10.186 - (646) Outras pensões Indemnizações por rescisão de contratos de trabalho a termo Selagem e monitorização de aterros Processos judiciais Provisão referente ao investimento previsto no âmbito da IFRIC 12 Provisões para garantias de obras Outras contingências 548 386 7.271 4.290 20.055 49 45.774 19 190 470 1.064 407 5.621 555 (30) (7) (395) (4.053) (17.201) (735) - 1.141 (1) (339) 57.456 (9.597) 1.708 546 7.734 4.959 19.389 59.072 19.532 88.559 8.327 (22.331) (735) 48.661 122.480 10.754 1.649 (7.562) 99.312 9.976 (29.894) Provisões para investimentos valorizados pelo método da equivalência patrimonial - (735) - (2.201) 46.460 9.540 2.639 125.120 O aumento líquido ocorrido no exercício de 2015 na rubrica “Provisões para garantias de obra” deveu-se, essencialmente, ao reforço nos segmentos Europa – Engenharia e Construção e África das provisões para garantias de obras e à constituição de provisões para contratos de construção onerosos. O aumento líquido ocorrido no exercício de 2015 na rubrica de “Outras contingências” é justificado, essencialmente, pelo provisionamento de contingências de índole legal identificadas na MOTA-ENGIL SGPS. Durante o exercício de 2014, o GRUPO procedeu à alteração do método de apresentação das provisões para garantias de obras, as quais anteriormente eram apresentadas na rubrica “Outros passivos correntes” e que a partir dessa data passaram a ser apresentadas na rubrica “Provisões”. O montante de 57.456 milhares de euros na coluna “Transferências, variação de perímetro e cambial” refere-se a esse efeito. A reversão de provisões registada em 2014 na rubrica “Outras contingências” ocorreu no segmento Europa Engenharia e Construção e deveu-se à extinção dos factos para os quais as provisões haviam sido constituídas em anos anteriores. Em 31 de dezembro de 2015, com exceção das provisões criadas para a selagem e monitorização de aterros e para as responsabilidades com planos de reforma de benefícios definidos, para todas as outras a data de utilização das mesmas não é passível de ser estimada, pelo que tais provisões não foram alvo de atualização financeira. De igual modo, dada a incerteza quanto ao momento em que as provisões acima referidas se irão converter em passivos, não é possível divulgar os momentos esperados para a ocorrência dos respetivos exfluxos futuros de recursos, tendo as provisões sido classificadas no período não corrente. 149 29. Outros passivos correntes e não correntes Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a informação relativa aos outros passivos não correntes era como se segue: Outros passivos não correntes Subsídios ao investimento Trabalhos em curso não faturados por fornecedores Outros 2015 2014 256.713 2.711 147.539 2.435 1.738 8 406.963 4.181 Em 31 de dezembro de 2015, a rubrica de “Subsídios ao investimento” respeitava na sua maioria às empresas da EGF. Aqueles subsídios foram atribuídos para comparticipar os investimentos efetuados pelas empresas concessionárias no tratamento de resíduos e encontram-se a ser reconhecidos ao longo do período de vigência de cada concessão. Em 31 de dezembro de 2015, a rubrica “Outros” respeitava na sua maioria ao passivo regulatório das empresas da EGF (Nota 17). Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a informação relativa aos outros passivos correntes era como se segue: Outros passivos correntes Acréscimos de gastos Encargos com férias e subsídio de férias Juros a liquidar Trabalhos em curso não faturados por fornecedores Outros acréscimos de gastos Rendimentos diferidos Faturação antecipada Subsídios ao investimento Outros rendimentos diferidos 2015 2014 41.716 18.424 368.089 36.292 38.110 12.101 360.544 36.165 464.521 446.920 48.054 9.682 24.102 24.884 526 19.309 81.838 44.719 546.360 491.639 O montante registado na rubrica “Faturação antecipada” respeita à aplicação da política contabilística descrita na Nota 1.3. Principais critérios valorimétricos relativamente ao reconhecimento do rédito em contratos de construção. Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Trabalhos em curso não faturados por fornecedores tinha o seguinte detalhe por segmento de negócio: 242.717 milhares de euros (238.119 milhares de euros em 2014) no segmento África, 72.570 milhares de euros no segmento América Latina (31.274 milhares de euros em 2014) e 52.802 milhares de euros no segmento Europa Engenharia e Construção (91.151 milhares de euros em 2014). Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Outros rendimentos diferidos” incluía o montante de cerca de 13.800 milhares de euros e 13.000 milhares de euros, respetivamente, relativos ao segmento Europa Ambiente e Serviços, associados a juros de mora debitados a clientes e não reconhecidos como rendimento até ao seu recebimento. 150 A principal informação relativa a subsídios ao investimento atribuídos ao GRUPO é como se segue: 2015 Sociedade beneficiária Resinorte Ersuc Valorsul Valnor Amarsul Algar Resiestrela Valorlis Suldouro Resulima RTA Valorminho ME- Engenharia (sede) Correia & Correia Vibeiras Capsfil Enviroil II Suma Matosinhos Valor do ativo 141.661 145.760 239.898 53.590 72.343 81.534 32.156 7.837 48.109 18.005 8.752 8.991 44.598 3.158 22 1.137 467 Montante do subsídio 92.262 98.785 128.562 31.213 45.608 53.672 21.373 4.210 27.658 15.518 4.090 7.513 6.314 463 5 112 763 203 2014 Sociedade beneficiária ME- Engenharia RTA Correia & Correia Outros Enviroil II SGA Valor do ativo 44.598 7.620 3.158 1.604 - Montante do subsídio 6.314 3.108 463 314 763 1.377 Reconhecimento de proveitos Reconhecimento de Reconhecimento de proveito em 2015 proveito em 2014 60.467 1.259 59.603 1.988 49.109 1.292 20.051 475 18.935 810 18.316 1.098 13.824 549 10.132 483 8.043 722 3.159 275 1.815 108 108 1.631 207 1.162 387 365 144 24 25 4 0 112 763 6 14 266.395 9.684 1.387 Proveitos diferidos Reconhecimento de proveitos Reconhecimento de Reconhecimento de proveito em 2014 proveito em 2013 1.549 365 387 1.240 108 108 168 25 29 5 126 20 763 58 2.962 1.387 602 Proveitos diferidos 30. Ativos e Passivos Contingentes Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, as garantias prestadas pelo GRUPO a terceiros sob a forma de garantias bancárias e de seguros caução, nomeadamente, a donos de obras cujas empreitadas estão a cargo das diversas empresas do GRUPO, discriminadas por moeda, são como se segue: 2015 Coroas Checas Dólares dos Estados Unidos Escudos Cabo Verdianos Euros Forints Húngaros Kwanza de Angola Kwachas do Malawi Meticais Moçambicanos Nuevos Soles Peruanos Pesos Mexicanos Rands da África do Sul Real do Brasil Zlotys Polacos Pesos Colombianos Outras 2014 5.932 207.092 2.118 476.628 884 29.430 7.473 10.300 124.192 155.005 32.388 54.462 99.823 62.597 19.412 5.657 209.464 1.128 541.440 886 37.687 4.650 15.268 141.885 72.125 7.688 63.262 69.760 91.323 1.751 1.287.739 1.263.974 151 O detalhe por empresa do GRUPO é como se segue: 2015 Áreagolfe Emocil Empresa Construtora Brasil Ferrovias Sucursal Mota Engil Engenharia Malawi Grupo Suma Grupo Tertir Manvia ME- Central Europe República Checa MEEC África Sucursal Mota Engil Engenharia Angola Mota-Engil Ambiente e Serviços Mota-Engil Angola Sucursal Mota Engil Engenharia Colômbia Construtora Cardel Poza Rica Mota-Engil Central Europe Polónia Mota-Engil Engenharia Sotagus Mota-Engil Peru Mota-Engil Serviços Partilhados Sucursal Mota Engil Engenharia Zambia Vibeiras Sucursal Mota Engil Engenharia Moçambique Mota Engil Colômbia Mota Engil México Outras 2014 1.015 1.330 54.462 24.079 153.773 2.621 5.972 18.933 33.366 62.488 44.782 95.548 239.029 194.576 164 29.601 8.456 53.548 65.730 59.932 138.332 1.015 2.297 63.262 2.869 83.526 160.684 19.068 2.427 4.540 11.805 16.603 4.113 59.170 52.031 75.109 306.876 6.968 187.418 500 47.438 7.342 17.694 39.292 72.125 19.803 1.287.739 1.263.974 Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o valor das garantias prestadas pelo GRUPO a favor da administração fiscal portuguesa, por processos fiscais referentes a impostos sobre o rendimento das pessoas coletivas (exercícios de 1998, 1999, 2001, 2005, 2006 e 2009), ascendia a 42.772 milhares de euros (43.062 milhares de euros em 2014), com a seguinte decomposição: 21.527 milhares de euros de seguros de caução (21.817 milhares de euros em 2014); 17.376 milhares de euros de fianças (17.376 milhares de euros em 2014); 3.533 milhares de euros de garantias bancárias (3.533 milhares de euros em 2014); 336 milhares de euros através de hipoteca de imóvel (336 milhares de euros em 2014). No entanto, o GRUPO procedeu à impugnação judicial das respetivas liquidações adicionais, sendo entendimento do seu Conselho de Administração, com base no parecer dos seus assessores legais/fiscais, que as referidas impugnações judiciais serão precedentes, razão pela qual não foram registadas quaisquer provisões. 31. Benefícios de planos de reforma O GRUPO assumiu responsabilidades com planos de reforma de benefícios definidos relativamente a alguns ex-funcionários e a alguns atuais funcionários e administradores (os administradores acionistas fundadores são beneficiários de um plano de pensões de benefícios definidos, que lhes permitirá obter uma pensão correspondente a 80% do salário auferido na data da reforma). Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, as responsabilidades com planos de reforma de benefícios definidos estavam todas concentradas na MOTA-ENGIL ENGENHARIA e eram como se segue: 2015 Mota-Engil Engenharia 2014 10.111 10.111 9.540 9.540 Os montantes reconhecidos em resultados, referentes ao plano de reforma, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, foram de 571 milhares de euros e 646 milhares de euros, respetivamente (Notas 10 e 28). 152 Por outro lado, à data deste relatório o GRUPO encontra-se envolvido em diversos processos judiciais, quer como réu quer com autor. No entanto, tendo em consideração a opinião dos advogados encarregues de tais processos, decisões proferidas por alguns tribunais, e o andamento de alguns daqueles processos, o Conselho de Administração do GRUPO entende que, as provisões constituídas nas demonstrações financeiras consolidadas anexas, refletem a melhor expectativa dos exfluxos dos recursos necessários para liquidar tais obrigações. Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a informação sobre as responsabilidades com pensionistas e com os funcionários e administradores no ativo, bem como as respetivas coberturas, eram como se segue: 2015 Responsabilidades com pensionistas Responsabilidades com atuais ativos Provisões constituídas (Nota 28. Provisões) % de cobertura 2014 992 9.119 10.111 100% 1.034 8.507 9.540 100% Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os estudos atuariais foram elaborados por um perito atuário independente certificado na ASF – Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões e assumiram os seguintes pressupostos: 2015 Tabela de Mortalidade Tabela de Invalidez Taxa de rendimento do Fundo Taxa de crescimento salarial Taxa de atualização das pensões Taxa de crescimento das pensões Idade de passagem à reforma Número de pagamentos do benefício TV 73/77 EKV80 2,75% 0,0% 2,75% 0% Variável (*) 14 2014 TV 73/77 EKV80 3,5% 0,5% 3,5% 0% 65 14 (*) Dependente da atualização do fator de sustentabilidade – atualmente cerca de 66 anos A política de contabilização do plano adotada pelo GRUPO encontra-se descrita na alínea xviii) dos Principais critérios valorimétricos na Nota 1.3.. As responsabilidades com planos de reforma de benefícios definidos foram apuradas de acordo com o “Projected Unit Credit Method”, utilizando os pressupostos atuariais e financeiros mais adequados ao plano estabelecido. A taxa de desconto utilizada no apuramento das responsabilidades foi determinada por referência a taxas de Mercado de obrigações de empresas de baixo risco e de prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades. A conjuntura económica e a crise de dívida soberana do Sul da Europa implicaram volatilidade e disrupção no mercado de dívida da Zona Euro, com a consequente redução abrupta das yields de mercado da dívida das empresas com melhores ratings e limitação do cabaz disponível dessas obrigações. De forma a manter a representatividade da taxa de desconto tendo em consideração o universo da Zona Euro, em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o GRUPO incorporou na determinação da taxa de desconto informação sobre as taxas de juro que é possível obter em obrigações denominadas em euros, incluindo dívida pública, e que considera terem uma elevada qualidade em termos de risco de crédito. Com base no estudo atuarial efetuado em 31 de dezembro de 2015, a melhor estimativa das contribuições a pagar no ano de 2016 ascende a 271 milhares de euros. 153 A informação relativa ao movimento das responsabilidades, com referência aos exercícios de 2015 e 2014, é como se segue: 2015 2014 10.186 (110) 287 458 (1.281) 9.540 9.540 (102) 260 337 76 10.111 Responsabilidades no início do exercício Benefícios pagos Custo dos serviços correntes Custo dos juros Perdas/(Ganhos) actuariais O montante das responsabilidades com planos de reforma de benefícios definidos, bem como as respetivas provisões constituídas, nos últimos quatro exercícios é como se segue: 2015 Valor das Responsabilidades Provisões constituídas Excedente/défice 2014 10.111 10.111 - 2013 9.540 9.540 - 2012 10.186 10.186 - 10.129 10.129 - As responsabilidades com planos de reforma de benefícios definidos expõem o GRUPO aos seguintes riscos: - Risco de taxa de juro – o valor atualizado das responsabilidades é calculado com base numa taxa de desconto determinada com referência a obrigações denominadas em euros com elevada qualidade em termos de risco de crédito; se a taxa de desconto diminuir as responsabilidades irão aumentar. - Risco de longevidade – o valor atualizado das responsabilidades é calculado tendo como pressuposto a melhor estimativa à data da mortalidade esperada dos participantes antes e após a data de reforma. Um aumento da esperança de vida dos participantes do plano irá aumentar as responsabilidades com pensões. - Risco de salário - o valor atualizado das responsabilidades é calculado tendo como pressuposto uma estimativa de salário futuro dos participantes. Assim, um aumento no salário dos participantes irá aumentar as responsabilidades com pensões. 32. Partes relacionadas Os saldos e transações com partes relacionadas, correspondentes a empresas associadas e conjuntamente controladas (contabilizadas pelo método da equivalência patrimonial), a acionistas do GRUPO com participações qualificadas, ou com outras empresas por estes detidas, são como se segue: 2015 Contas a receber Contas a pagar Suprimentos concedidos Suprimentos obtidos Partes relacionadas (MEP) 33.293 152.184 128.667 Empresas associadas 18.361 81.027 16.363 7 Empreendimentos conjuntos 14.932 71.156 112.304 88 735 135 - - Empresas com acionistas comuns ao Grupo 2014 Contas a receber Contas a pagar Suprimentos concedidos 95 Suprimentos obtidos Partes relacionadas (MEP) 43.141 25.876 127.788 Empresas associadas 30.404 13.625 17.558 6 Empreendimentos conjuntos 12.737 12.252 110.230 79 730 328 - - Empresas com acionistas comuns ao Grupo 154 85 2015 Vendas e prestações de serviços Custos das mercadorias e dos subcontratos Juros obtidos Juros suportados Partes relacionadas (MEP) 31.696 6.979 2.812 - Empresas associadas 22.090 6.979 251 - 9.606 - 2.561 - 321 - - - Empreendimentos conjuntos Empresas com acionistas comuns ao Grupo 2014 Vendas e prestações de serviços Custos das mercadorias e dos subcontratos Juros obtidos Juros suportados Partes relacionadas (MEP) 40.314 6.201 3.866 Empresas associadas 17.816 5.931 939 - Empreendimentos conjuntos 22.498 270 2.927 101 186 - - - Empresas com acionistas comuns ao Grupo 101 No dia 11 outubro de 2015, a subsidiária da MOTA-ENGIL para a região de África, MOTA-ENGIL ÁFRICA, anunciou um programa de recompra de ações a um preço de oferta de 6,1235 euros por ação, bem como a exclusão de negociação das suas ações na Euronext Amsterdam. A oferta foi bem-sucedida, tendo as ações da MOTA-ENGIL ÁFRICA deixado de estar cotadas no dia 10 de dezembro de 2015. Paralelamente, a acionista MGP manifestou disponibilidade para alienar a sua participação no capital da MOTA-ENGIL ÁFRICA (12.6%), com o compromisso de reinvestir o produto de tal alienação na subscrição de novas ações da MOTA-ENGIL SGPS. Com vista a simplificar o processo, bem como os fluxos financeiros associados, a MGP vendeu à MOTA-ENGIL SGPS a sua participação no capital social da MOTA-ENGIL ÁFRICA com o compromisso de converter o crédito correspondente ao preço de tal venda em novas ações da MOTA-ENGIL SGPS a serem emitidos no âmbito do seu aumento de capital. O montante desta transação ascendeu a 77.189 milhões de euros. Os saldos e transações com acionistas minoritários da MOTA-ENGIL ANGOLA são como se segue: 2015 Contas a receber Partes relacionadas (Mota-Engil Angola) 2014 82.414 Contas a receber Partes relacionadas (Mota-Engil Angola) 2015 Partes relacionadas (Mota-Engil Angola) 2014 Partes relacionadas (Mota-Engil Angola) 111.206 Vendas e prestações de serviços 14.020 Vendas e prestações de serviços 92.127 Contas a pagar Accionistas 2.713 Contas a pagar 23.778 Accionistas 19.361 Outros rendimentos 44 Outros rendimentos 264 18.549 Custos das mercadorias e dos subcontratos Prestações suplementares 33.046 Prestações suplementares 30.217 Fornecimentos e serviços externos - Custos das mercadorias e dos subcontratos 7.201 1.106 Fornecimentos e serviços externos 784 As empresas relacionadas com acionistas comuns ao GRUPO são as seguintes: António de Lago Cerqueira, SA Cogera - Sociedade de Produção de Energia por Cogeração, Lda Covelas - Energia, Lda F.M. - Sociedade de Controlo, SGPS, SA Mota Gestão e Participações, SGPS, SA Sunviauto - Indústria de Componentes de Automóveis, SA 155 A relação dos acionistas do GRUPO com participações qualificadas e respetivos administradores e diretores gerais é como se segue: Eng. António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota Dra. Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos Dra. Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa Eng. Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota de Meireles Eng. Maria Sílvia Fonseca Vasconcelos Mota Engº Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos F.M. - Sociedade de Controlo, SGPS, S.A. Mota Gestão e Participações, SGPS, S.A. Os administradores da holding do GRUPO, considerados pessoal-chave da gerência, são os seguintes: Eng. António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota Dr. Gonçalo Nuno Gomes de Andrade Moura Martins Eng. Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo Dra. Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos Dra. Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa Eng. Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota de Meireles Eng. Ismael Antunes Hernandez Gaspar Eng. Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos Dr. José Pedro Matos Marques Sampaio de Freitas Eng. António Martinho Ferreira de Oliveira Eng. Gilberto Silveira Rodrigues (1) Dr. João Pedro dos Santos Dinis Parreira Dr.Luís Filipe Cardoso da Silva Professor Doutor Eng. Luís Valente de Oliveira Dr. António Bernardo A. da Gama Lobo Xavier Dr. António Manuel da Silva Vila Cova (1) No dia 2 de fevereiro de 2016, o Sr. Eng. Gilberto Silveira Rodrigues solicitou a renúncia do seu cargo de administrador. As remunerações atribuídas aos membros da Administração durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 ascenderam aos montantes de 5.309 milhares de euros (dos quais, 3.968 milhares de euros a título de remuneração fixa, 1.202 milhares de euros a título de remuneração variável e 139 milhares de euros a título de senhas de presença atribuídas aos administradores não executivos) e de 4.788 milhares de euros (dos quais, 3.743 milhares de euros a título de remuneração fixa, 955 milhares de euros a título de remuneração variável e 90 milhares de euros a título de senhas de presença atribuídas aos administradores não executivos), respetivamente. Estas compensações foram determinadas pela Comissão de Vencimentos, tendo em conta o desempenho individual e a evolução deste tipo de mercado de trabalho. Os seguintes administradores acionistas fundadores são beneficiários de um plano de reforma de benefícios definidos que lhes permitirá obter uma pensão correspondente a 80% do salário auferido na data da reforma: − − − − Eng. António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota Dra. Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos Dra. Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa Engª. Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota de Meireles Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a informação sobre este plano de reforma encontra-se divulgada na Nota 31. Benefícios de planos de reforma, sendo que a responsabilidade do GRUPO para com os acima referidos administradores ascendia a 9.119 milhares de euros e 8.507 milhares de euros, respetivamente. Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, não ocorreram transações com administradores da MOTA-ENGIL SGPS, nem existiam saldos pendentes no final daqueles exercícios com os mesmos. 156 33. Exploração de ativos minerais Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os principais ativos e passivos afetos à exploração dos ativos minerais do GRUPO são como se segue: 2015 Ativo fixo: Terrenos em exploração Edifícios afetos à exploração Equipamentos afetos à exploração Inventário: Stock de minério Saldos a receber Saldos a pagar 2014 29.698 1.004 5.721 30.461 1.113 6.653 5.348 8.961 6.111 4.602 10.896 6.676 A contabilização dos terrenos afetos à exploração de ativos minerais é efetuada de acordo com os critérios descritos na alínea iii) dos Principais critérios valorimétricos na Nota 1.3.. Durante os exercícios de 2015 e 2014, os rendimentos e gastos operacionais do GRUPO relacionados com a exploração de ativos minerais são como se apresenta abaixo: 2015 2014 Rendimentos operacionais Gastos operacionais 24.025 26.848 35.823 34.300 EBITDA (2.823) 1.523 margem EBITDA -11,7% 4,3% Durante os exercícios de 2015 e 2014, os fluxos de caixa da atividade de exploração de ativos minerais são como se segue: 2015 Recebimentos de clientes Pagamentos a fornecedores Cash-flow operacional 2014 25.960 (27.413) 37.979 (35.708) (1.453) 2.272 Aquisição de ativo fixo Alienação de ativo fixo (860) 5 (302) 449 Cash-flow de investimento (855) 147 34. Interesses que não controlam Durante os exercícios de 2015 e 2014, o resultado atribuível a interesses que não controlam pode ser analisado como se apresenta abaixo: Resultado atribuível a interesses que não controlam Empresa Construtora Brasil Grupo EGF Grupo Suma Grupo Tertir Empresas segmento África Outros 2015 2014 1.457 1.891 4.754 6.491 14.651 5.557 2.673 4.257 6.719 20.333 (1.444) 34.800 32.538 157 Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o capital próprio atribuível a interesses que não controlam é como se apresenta abaixo: Capital próprio atribuível a interesses que não controlam Empresa Construtora Brasil Grupo EGF Grupo Suma Grupo Tertir Empresas do segmento África Outros 2015 2014 14.025 75.000 30.355 88.895 89.351 25.239 27.683 95.955 123.263 (1.395) 322.865 264.137 18.632 No dia 11 outubro de 2015, a subsidiária da MOTA-ENGIL para a região de África, MOTA-ENGIL ÁFRICA, anunciou um programa de recompra de ações a um preço de oferta de 6,1235 euros por ação, bem como a exclusão de negociação das suas ações na Euronext Amsterdam. A oferta foi bem-sucedida, tendo as ações da MOTA-ENGIL ÁFRICA deixado de estar cotadas no dia 10 de dezembro de 2015. Paralelamente, a acionista MGP manifestou disponibilidade para alienar a sua participação no capital da MOTA-ENGIL ÁFRICA (12.6%), com o compromisso de reinvestir o produto de tal alienação na subscrição de novas ações da MOTA-ENGIL SGPS. Com vista a simplificar o processo, bem como os fluxos financeiros associados, a MGP vendeu à MOTA-ENGIL SGPS a sua participação no capital social da MOTA-ENGIL ÁFRICA com o compromisso de converter o crédito correspondente ao preço de tal venda em novas ações da MOTA-ENGIL SGPS a serem emitidas no âmbito do seu aumento de capital. O montante desta transação ascendeu a 77.189 milhões de euros. No seguimento da operação acima descrita, o GRUPO adquiriu na totalidade cerca de 18% de interesses que não controlam na MOTA-ENGIL ÁFRICA NV, não tendo contudo alterado a posição de controlo que detinha sobre aquela empresa e as suas participadas. Esta operação provocou uma redução nos capitais próprios do GRUPO de cerca de 66.000 milhares de euros, tal como se detalha abaixo: Retribuição transferida Interesses que não controlam adquiridos Resultado gerado na aquisição (108.910) 42.582 (66.328) Os movimentos ocorridos na rubrica de interesses que não controlam durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 são como se seguem: 2015 Saldo inicial Resultado líquido do exercício atribuível a interesses que não controlam Itens de outro rendimento integral que poderão vir a ser reclassificados para a demonstração dos resultados Diferenças cambiais decorrentes da transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira Outras variações de rendimento integral 264.137 34.800 3.250 (468) Distribuição de dividendos (19.435) Alterações no perímetro de consolidação e nos interesses que não controlam Aquisição da ME Africa NV (18,08%) Aquisição e consolidação do subgrupo EGF Outros (42.582) 75.031 8.136 Outros (4) 322.865 158 2014 Saldo inicial 201.731 Resultado líquido do exercício atribuível a interesses que não controlam Itens de outro rendimento integral que poderão vir a ser reclassificados para a demonstração dos resultados Diferenças cambiais decorrentes da transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira Outras variações de rendimento integral Distribuição de dividendos Alterações no perímetro de consolidação e no interesse de subsidiárias ME Africa NV (18,08%) Outros Outros 32.538 9.155 688 (23.194) 42.821 511 (113) 264.137 35. Alterações de perímetro Durante o exercício de 2015, as alterações ocorridas no perímetro de consolidação foram como seguem: Aquisição de empresas e aumento de percentagem de participação Área de Negócio - Europa Engenharia e Construção Glace ACE MEEC Pinhal ACE MEEC Diace ACE MEEC Vianor ACE MEEC Lusitânia ACE MEEC Norace ACE MEEC Portuscale ACE MEEC Durante o exercício de 2015, o GRUPO, após a cedência de direitos e obrigações por parte de outros associados, passou a deter uma posição de controlo nos Agrupamentos Complementares de Empresas (ACE) acima referidos. Nestas transações, o GRUPO não dispendeu qualquer montante, encontrando-se ainda em fase de apuramento o justo valor dos ativos e passivos adquiridos. Por outro lado, não foi registado qualquer Goodwill resultante das transações acima referidas. Área de Negócio - Europa - Ambiente e Serviços Ersuc EGF Algar Amarsul Resiestrela Resinorte Resulima Suldouro Valnor Valorlis Valorminho Valorsul Em junho de 2015, no âmbito da aposta estratégica do GRUPO na área dos resíduos, o mesmo adquiriu no seguimento do processo de aquisição da Empresa Geral do Fomento (EGF), 95% do seu capital social à Águas de Portugal. A EGF é a empresa holding das empresas acima referidas que por sua vez são as sociedades gestoras dos sistemas municipais de tratamento e valorização de resíduos espalhadas por Portugal Continental. 159 Empresas consolidadas pela primeira vez no exercício Área de Negócio - África Mebisa Vista Power Área de Negócio - América Latina Mota-Engil Chile Construtora Tuxpan Tampico Constituição de empresas Empresa - Mãe do Grupo e Atividades Conexas Sunviauto Internacional Área de Negócio - Europa Engenharia e Construção Bukowinska Project Development Kopaszi Gát Kft. Listopada Project Development Project Development 1 Project Development 2 Senatorska Project Development Dzieci Warszawy Project Development Área de Negócio - Europa - Ambiente e Serviços Transitex China Transitex Serviços de Logistica Transitex Angola Transitex Transitos Extremadura Peru Triaza Área de Negócio - América Mota-Engil Turismo Holding Mota-Engil Latam Portugal Flame Investments B.V. Mota-Engil Tourism BV Fideicomiso el Capomo Generadora Fenix Mota-Engil Energy BV ME Energy Holding Mota-Engil Latam Peru ME Energia Mota-Engil Turismo Fusão de empresas e reorganizações societárias Área de Negócio - Europa Engenharia e Construção Fusão da Száz - Invest na Mota-Engil Real Estate Hungria Fusão da Bicske Plaza na Mota-Engil Real Estate Hungria Fusão da Zold-Project 2 na Mota-Engil Real Estate Hungria Área de Negócio - América Latina Fusão da MEAS Peru na Rentaco Peru 160 No seguimento da operação de recompra de ações próprias (cerca de 18%) realizada pela MOTA-ENGIL ÁFRICA NV, a qual se encontra descrita em mais pormenor nas Notas 24 e 34, o GRUPO reforçou o seu interesse financeiro nas seguintes empresas do segmento de África: Área de Negócio - África Mota Internacional – Comércio e Consultadoria Económica, Lda. Mota-Engil África, SGPS, S.A. Mota-Engil Engenharia e Construção África, S.A. Mota-Engil África, N.V. Mota-Engil África Global Technical Services B.V. Mota-Engil África Finance B.V. Sonauta - Sociedade de Navegação, Lda. Automatriz, SA Rentaco Angola - Equipamentos e Transportes, Lda. Tracevia Angola - Sinalização, Segurança e Gestão de Tráfego, Lda. Novicer-Cerâmicas de Angola, Lda. Icer – Indústria de Cerâmica, Lda. Prefal – Préfabricados de Luanda, Lda. Vista Multi Services, Lda Vista Water, Lda. Vista Energy Environment & Services, S.A. Vista Waste Management, Lda Fatra - Fábrica de Trefilaria de Angola, S.A. Mota-Engil Angola, S.A. Akwangola, S.A. Martinox, SA Emocil – Empresa Moçambicana de Construção e Promoção Imobiliária, Lda. Fibreglass Sundlete (Moç), Lda. Indimo, Lda. Ecolife, S.A. Cecot - Centro de Estudos e Consultas Técnicas, Lda. Mota & Companhia Maurícias, Lda. Malawi Shipping Company Limited Malawi Ports Company Limited Mota-Engil Investments (Malawi) Limited Mota-Engil (Malawi) Limited Mota-Engil S.Tomé e Principe, Lda. Penta - Engenharia e Construção, Lda. Cosamo (Proprietary) Limited Mota-Engil Investments South Africa, Pty Ltd Mota-Engil Construction South Africa, Pty Ltd Saída de empresas Área de Negócio - Europa - Engenharia e Construção M-Invest Bohdalec dissolvida ME Project 1 dissolvida Jeremiasova alienada Bergamon alienada Kopaszi Gát Kft. alienada As menos valias registadas na alienação das empresas acima referidas encontram-se refletidas na rubrica “Ganhos / (perdas) na alienação de empresas subsidiárias e associadas” (Nota 13). Área de Negócio - Europa - Ambiente e Serviços HEPP dissolvida 161 Alteração de método de consolidação Alteração do método de consolidação de equivalência patrimonial para integração global das seguintes empresas da Europa Engenharia e Construção: Bay 6.3 Bay Office Bay Park Bay Tower Bay Wellness Engber Nádor Obol Obol Invest Obol XI Sampaio Durante o exercício de 2015, e condicionada à venda da participada Kopaszi, o GRUPO adquiriu uma percentagem de participação adicional de 45% no GRUPO OBOL, passando a deter o controlo do mesmo. Como resultado desta transação, não foi registado qualquer Goodwill nem resultado na medida em que o preço de aquisição já correspondia ao justo valor dos ativos e passivos do GRUPO OBOL após a alienação da Kopaszi. Alteração do método de consolidação de método da integração global para método de equivalência patrimonial das seguintes empresas da América Latina: Construtora Gran Canal (México) Constructora Cardel-Poza Rica Alienação de empresas e diminuição de percentagens de participação na América Latina (redução de 49%) Área de Negócio - América Latina Mota-Engil México Construcciones dos Puertos GISA Autopista Siervo de la Nacion Eco Innovacion Mota-Engil Prodi Consórcio GDL Túnel Concessionária Autopista Cardel Consórcio GDL Viaduto Construtora Gran Canal Constructora Cardel-Poza Rica Concessionária Autopista Tuxpan-Tampico Construtora Tuxpan Tampico Constructora Perote Xalapa Constructora M&R Flame Investments Mota-Engil Tourism BV Mota-Engil Turismo Holding Mota-Engil Turismo operacional Fideicomiso el Capomo Mota-Engil Energy BV ME Energy Holding ME Energia operacional Generadora Fenix 162 36. Demonstrações financeiras dos últimos 5 exercícios As principais grandezas das demonstrações financeiras consolidadas do GRUPO dos últimos 5 exercícios são as seguintes: 2014 2015 2.433.640 366.846 168.079 (90.467) Vendas e prestações de serviços EBITDA EBIT Resultado financeiro Resultado consolidado líquido atribuível: a interesses que não controlam ao Grupo 2013 2.368.155 409.238 272.647 (131.222) 2011 2012 2.313.702 362.839 242.876 (106.243) 2.243.167 287.455 171.180 (82.483) 2.176.072 295.957 169.384 (79.714) 34.800 32.538 37.964 33.261 37.646 19.046 50.550 50.505 40.746 33.432 2015 Ativo Não corrente Corrente Ativos não correntes detidos para venda 1.924.776 2.503.814 687.237 5.115.827 Passivo Não corrente Corrente Passivos não correntes detidos para venda 1.667.034 2.648.329 107.396 2014 1.674.279 2.257.503 29.980 2013 2012 2011 1.599.410 2.143.708 30.311 1.414.415 2.104.936 79.398 1.499.574 1.938.383 86.340 3.961.761 3.773.429 3.598.749 3.524.297 1.324.445 2.059.328 - 1.066.469 2.147.734 - 912.530 2.250.238 - 1.054.130 2.055.343 - 4.422.760 3.383.773 3.214.203 3.162.768 3.109.472 Capital próprio atribuível ao Grupo 370.202 313.851 357.495 324.121 312.992 atribuível a interesses que não controlam 322.865 264.137 201.731 111.860 101.833 693.067 577.988 559.226 435.981 414.825 5.115.827 3.961.761 3.773.429 3.598.749 3.524.297 37. Anexo à Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidados Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os montantes pagos relacionados com a aquisição de investimentos financeiros podem ser discriminados como se segue: 2015 Banco Angolano de Investimentos Adiantamentos em investimentos financeiros em empresas associadas e conjuntamente controladas na América Latina SPRI STI ME Africa NV EGF Outros 2014 13.659 9.263 1.754 31.451 156.615 6.491 24.601 14.231 13.886 219.234 52.718 Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os montantes recebidos relacionados com a alienação de investimentos financeiros podem ser discriminados como se segue: 2015 Recebimento do Fundo de reconstituição de capital das empresas da EGF Alienação de investimentos financeiros do segmento imobiliário na Europa Central Outros 2014 30.220 39.350 2.770 1.530 72.340 1.530 163 38. Ativos e passivos não correntes detidos para venda Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os ativos e os passivos não correntes detidos para venda, são como se seguem: 2015 2014 Ativos do subgrupo Tertir (segmento Europa Ambiente e Serviços) Investimento financeiro e prestações acessórias e suplementares no subgrupo Ascendi (segmento outras, eliminações e intragrupo) Investimento financeiro no subgrupo Indaqua (segmento Europa Ambiente e Serviços) Terreno Freixieiro e outros 332.382 286.920 38.403 29.532 29.980 Ativos não correntes detidos para venda 687.237 29.980 2015 2014 Passivos do subgrupo Tertir (segmento Europa Ambiente e Serviços) 107.396 - Passivos não correntes detidos para venda 107.396 - Durante o exercício de 2015, o Conselho de Administração do GRUPO decidiu proceder à alienação do negócio Portuário e de Logística, bem como à alienação dos investimentos financeiros detidos nos SUBGRUPOS ASCENDI e INDAQUA. Desta forma, os ativos e passivos associados a tais negócios/SUBGRUPOS foram reclassificados para as rubricas de “Ativos/Passivos não correntes detidos para venda”. Em fevereiro de 2016, foi concretizada por 245 milhões de euros a alienação do negócio Portuário e de Logística, bem como foi celebrado um contrato promessa de compra e venda do SUBGRUPO INDAQUA, cuja concretização aguarda a aprovação das entidades relevantes. Quanto ao SUBGRUPO ASCENDI, o GRUPO encontra-se atualmente na fase de análise das propostas de compra entretanto recebidas. Os ativos e passivos afetos ao negócio Portuário e de Logística foram classificados como detidos para venda no terceiro trimestre de 2015, enquanto os investimentos financeiros detidos nos SUBGRUPOS ASCENDI e INDAQUA foram classificados naquela categoria no último trimestre de 2015. De acordo com o preconizado na IFRS 5, a aplicação do método de equivalência patrimonial aos investimentos financeiros detidos nos subgrupos INDAQUA e ASCENDI foi suspensa a partir de 30 de setembro de 2015. O detalhe dos ativos e passivos classificados como detidos para venda associados ao negócio Portuário e de Logística é como se segue: Grupo Tertir e Logística 2015 Goodwill (Nota 16) Ativos intangíveis Ativos tangíveis Empresas associadas e conjuntamente controladas Ativos financeiros disponíveis para venda Clientes e outros devedores não correntes Outros ativos não correntes Inventários Clientes correntes Outros devedores correntes Outros ativos correntes Caixa e seus equivalentes 100.681 96.089 26.859 41.119 3.863 1.794 4.783 692 28.103 4.182 1.913 22.303 332.382 Empréstimos não correntes Fornecedores e Credores diversos não correntes Provisões Outros passivos não correntes Empréstimos correntes Fornecedores correntes Credores diversos correntes Outros passivos correntes 26.607 9.471 18.163 6.552 15.751 18.225 3.951 8.675 107.396 Ativos líquidos 224.986 164 Como resultado da decisão de alienação dos ativos e passivos acima referidos não foram apuradas nem registadas quaisquer perdas ou reversões de imparidade. Paralelamente, dado que nenhuma das transações acima referidas se concluiu durante o exercício de 2015, não foram registados quaisquer ganhos ou perdas na demonstração dos resultados consolidados do exercício. Adicionalmente, existem saldos de suprimentos e de prestações acessórias concedidos pelo GRUPO às empresas envolvidas na transação acima referida nos montantes de 5,5 milhões de euros e de 97 milhões de euros, respetivamente, que foram anulados no processo de consolidação. Por último, a rubrica da demonstração da posição financeira “Interesses que não controlam” inclui 89 milhões de euros afetos a acionistas minoritários do negócio Portuário e de Logística. Em 31 de dezembro de 2014 esta rubrica era composta, essencialmente, por um terreno não operacional, cujo valor irá ser recuperado através de alienação e não através do uso continuado do mesmo. Embora, no segmento Europa Ambiente e Serviços, o terreno já tivesse sido incluído nesta rubrica em 2014, no decurso do exercício de 2015 ainda não foi possível proceder à concretização da sua alienação. No entanto, continua a ser vontade das partes (comprador e vendedor) efetuarem tal negócio, o qual está apenas pendente de alguns procedimentos legais e administrativos. Adicionalmente, dado que o justo valor do terreno deduzido dos custos expectáveis com a venda é superior ao custo de aquisição do mesmo, tal imóvel encontrava-se registado ao custo. 39. Segmentos de negócio O GRUPO serve-se da sua organização interna para efeitos de gestão como base para o seu reporte de informação por segmentos operacionais. O GRUPO encontra-se organizado por áreas geográficas: EUROPA ENGENHARIA & CONSTRUÇÃO, EUROPA AMBIENTE E SERVIÇOS, ÁFRICA e AMÉRICA LATINA. Os valores relativos à EMPRESA e às sociedades do GRUPO da área do Turismo são incluídos na linha “Outros, eliminações e intragrupo”, a qual também inclui os montantes relativos aos fluxos e saldos entre os segmentos operacionais. A demonstração dos resultados operacionais consolidados por segmentos operacionais pode ser analisada como se segue: 2015 Vendas e prestações de serviços Custo das mercadorias, variação da produção e subcontratos Resultado Bruto Fornecimento e serviços externos Gastos com pessoal Outros rendimentos / (gastos) operacionais EBITDA Amortizações Provisões e perdas de imparidade Resultado operacional Imposto sobre o rendimento Europa Engenharia e Construção 601.658 (350.695) 250.964 (132.712) (104.795) 26.793 40.250 (23.687) (7.236) 9.327 (9.208) Europa Ambiente e Serviços 396.489 (125.699) 270.790 (112.393) (83.672) 6.135 80.860 (40.086) 3.495 44.268 (11.520) África 834.909 (277.078) 557.831 (202.258) (151.529) (27.955) 176.090 (69.969) (32.055) 74.066 (16.245) América Latina 700.256 (335.987) 364.269 (143.441) (143.221) (2.097) 75.510 (17.485) (5.270) 52.755 (14.379) Outros, Eliminações e intragrupo (99.673) 60.004 (39.669) 62.863 (23.052) (6.006) (5.864) (314) (6.159) (12.337) 36.358 Grupo Mota-Engil 2.433.640 (1.029.455) 1.404.185 (527.941) (506.268) (3.130) 366.846 (151.541) (47.226) 168.079 (46.160) 165 2014 Vendas e prestações de serviços Outros proveitos Custo das mercadorias, variação da produção e subcontratos Resultado Bruto Fornecimento e serviços externos Gastos com pessoal Outros rendimentos / (gastos) operacionais EBITDA Amortizações Provisões e perdas de imparidade Resultado operacional Imposto sobre o rendimento Europa Engenharia e Construção 598.563 3.074 (357.510) 244.128 (119.755) (101.141) 15.007 38.239 (24.497) 13.931 27.673 (11.762) Europa Ambiente e Serviços 337.694 2.446 (132.318) 207.821 (82.925) (66.697) 308 58.508 (19.632) (3.226) 35.650 (12.963) África América Latina 1.061.673 5.655 (367.505) 699.823 (222.604) (168.251) (34.297) 274.672 (73.817) (24.626) 176.229 (11.306) Outros, Eliminações e intragrupo 537.492 5.925 (268.812) 274.604 (117.253) (113.234) (7.599) 36.519 (10.433) (416) 25.761 (9.019) Grupo Mota-Engil (167.266) (551) 72.950 (94.867) 111.737 (16.920) 1.351 1.301 (981) 7.106 7.335 30.161 2.368.155 16.548 (1.053.194) 1.331.509 (430.801) (466.241) (25.229) 409.238 (129.361) (7.230) 272.647 (39.643) Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, as vendas e prestações de serviços efetuadas entre segmentos de negócio encontramse incluídas na coluna “Outros, Eliminações e intragrupo”. Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, as vendas intragrupo foram efetuadas a preços semelhantes aos praticados para as vendas a clientes externos. Os ganhos/(perdas) em empresas associadas e conjuntamente controladas nos exercícios de 2015 e 2014 justificam-se, essencialmente, pelo efeito da aplicação do método da equivalência patrimonial aos investimentos financeiros detidos na MARTIFER e na ASCENDI GROUP (Nota 12). A posição financeira consolidada por segmentos operacionais pode ser analisada como se segue: Ativo 2015 Europa Engenharia e Construção Europa Ambiente e Serviços África América Latina Outros, eliminações e Intragrupo Grupo Mota-Engil Passivo 2014 1.114.673 1.550.491 1.780.559 805.592 (135.488) 5.115.827 2015 1.293.668 741.332 1.694.751 536.591 (304.581) 3.961.761 2014 819.265 1.296.834 1.333.906 663.562 931.318 578.250 1.287.013 464.973 309.192 122.220 4.422.760 3.383.773 O investimento e as amortizações por segmentos operacionais podem ser analisados como se segue: Investimento 2015 Europa Engenharia e Construção Europa Ambiente e Serviços África América Latina Outros, eliminações e Intragrupo Grupo Mota-Engil 166 Amortizações 2014 7.875 16.582 95.220 23.131 2015 13.027 21.075 127.551 54.523 2014 23.687 40.086 69.969 17.485 24.497 19.632 73.817 10.433 3.618 3.543 314 981 146.426 219.720 151.541 129.361 40. Classes de instrumentos financeiros Os instrumentos financeiros, de acordo com as políticas contabilísticas descritas na Nota 1.3 ix), foram classificados como se segue: 2015 Ativos financeiros Justo valor por resultados (JVPR) Detidos para negociação (nota 26) Caixa e depósitos bancários Caixa à vista (nota 23) Caixa a prazo - corrente (nota 23) Caixa a prazo - não corrente (nota 23) Detidos até à maturidade (Nota 20) Empréstimos e contas a receber Clientes - corrente (nota 23) Outros devedores - corrente (nota 23) Clientes e outros devedores - não corrente (nota 23) Imparidade (nota 23) Disponíveis para venda Partes de capital (nota 20) Títulos e outras aplicações (nota 20) Outros (nota 20) Quantia escriturada dos ativos financeiros 2014 9.349 9.349 4.214 4.214 381.505 62.391 443.896 28.726 317.349 5.190 68.067 390.606 - 1.060.589 316.222 93.386 1.470.197 (160.368) 1.309.829 1.087.516 295.899 204.336 1.587.751 (142.975) 1.444.776 50.465 14.069 64.534 1.856.334 49.208 11 1.807 51.026 1.890.622 2015 Passivos financeiros Justo valor por resultados (JVPR) Derivados de cobertura (nota 26) Outros designados a JVPR Ao custo amortizado Empréstimos - corrente (nota 25) Empréstimos - não corrente (nota 25) Fornecedores - corrente (nota 27) Credores diversos - corrente (nota 27) Fornecedores e credores diversos - não corrente (nota 27) Quantia escriturada dos passivos financeiros 2014 188 188 313 313 1.025.449 901.710 436.839 627.168 135.734 3.126.900 3.127.088 552.260 996.857 431.792 526.575 157.832 2.665.316 2.665.629 Os impactos na demonstração dos resultados e de outro rendimento integral dos instrumentos financeiros acima referidos podem ser resumidos como se segue: 2015 2014 Outro rendimento integral Demonstração dos resultados Ativos financeiros Justo valor por resultados (JVPR) Ao custo amortizado Passivos financeiros Justo valor Ao custo amortizado Gastos financeiros (Nota 11) Rendimentos financeiros (Nota 11) Reserva de justo valor - 5.794 29.476 35.270 - 134.339 134.339 - 99 99 Outro rendimento integral Demonstração dos resultados Gastos financeiros (Nota 11) Rendimentos Reserva de justo valor financeiros (Nota 11) - 106.766 106.766 4.222 20.349 24.571 - - 361 361 167 41. Gestão dos riscos financeiros O GRUPO MOTA-ENGIL está exposto a uma variedade de riscos financeiros, merecendo especial enfoque os riscos de taxa de juro, cambial de transações, de liquidez e de crédito. Informação pormenorizada sobre a política de gestão do risco financeiro pode ser consultada no Relatório de Gestão ou no Relatório e Contas Individual da MOTA-ENGIL SGPS em 31 de dezembro de 2015. 42. Eventos subsequentes Em 2016, até à emissão do presente relatório, destacamos os seguintes factos relevantes, cujos detalhes se encontram adequadamente divulgados, como informação privilegiada, nos sítios da MOTA-ENGIL e da CMVM: 19 de fevereiro de 2016 MOTA-ENGIL INFORMA SOBRE CONCLUSÃO DA ALIENAÇÃO DOS NEGÓCIOS PORTUÁRIO E DE LOGÍSTICA “A MOTA-ENGIL SGPS, S.A. informa que, após a obtenção de declaração de não oposição por parte da Autoridade da Concorrência e das autorizações de todas as demais entidades que, nos termos legais e contratuais, tinham de se pronunciar sobre a transação, concluiu hoje a alienação ao Grupo Yildirim dos seus negócios portuário e de logística. A MOTA-ENGIL mais informa que, tendo em conta que não foi concluído até esta data o processo de renegociação da Concessão do Terminal de Contentores de Leixões, incluída no perímetro da venda, o qual tinha por objeto a realização de um significativo investimento por parte da concessionária, por contrapartida do reequilíbrio económico-financeiro da concessão em cumprimento da lei e do contrato, nos termos do Acordo o montante final da compra e venda, já recebido, foi de €245 milhões. “ 11 de fevereiro de 2016 MOTA-ENGIL INFORMA SOBRE ACORDO PARA ALIENAÇÃO DA SUA PARTICIPAÇÃO NA INDAQUA “A MOTA-ENGIL informa que, no âmbito da implementação da sua estratégia para a área de ambiente, chegou hoje a acordo para a venda da sua participação na INDAQUA – INDÚSTRIA E GESTÃO DE ÁGUAS, SA (INDAQUA) ao Grupo Miya por 60 milhões de euros. A concretização da transação depende da obtenção das diversas autorizações por parte dos concedentes e financiadores e deverá estar concluída até ao final do primeiro semestre de 2016. A INDAQUA controla ou participa em 6 concessionárias de fornecimento de água, servindo 7 municípios portugueses e cerca de 600 mil habitantes. Com esta operação, o GRUPO continua a implementar as medidas de focalização, dos recursos afetos à sua área de ambiente, no segmento de recolha e tratamento de resíduos. “ 168 5 de fevereiro de 2016 MOTA-ENGIL INFORMA SOBRE FORMALIZAÇÃO DA PARCERIA ENTRE ASCENDI E ARDIAN “A MOTA-ENGIL informa que, após a obtenção das autorizações por parte dos concedentes e financiadores em 2015, e no contexto da formalização da parceria entre a ASCENDI e a Ardian em vigor desde maio daquele ano, foi hoje realizado um aumento de capital em numerário, integralmente subscrito pela Ardian, na sociedade veículo para onde já haviam sido transferidas as concessionárias objeto da transação, abaixo referidas: • Auto-Estradas da Grande Lisboa; • Auto-Estradas do Grande Porto; • Auto-Estradas do Norte; • Auto-Estradas da Costa de Prata; • Auto-Estradas das Beiras Litoral e Alta Estas concessionárias, controladas conjuntamente pela ASCENDI e a Ardian desde 2015, ficam a partir desta data sob a gestão da ASCENDI PT II, SGPS, SA, entidade detida pelos dois parceiros.” 43. Aprovação das demonstrações financeiras Estas demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração do GRUPO em 14 de março de 2016. Contudo, as mesmas ainda estão pendentes de aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas sendo convicção do Conselho de Administração do GRUPO que serão aprovadas sem alterações. 169 Apêndice A. Empresas consolidadas Empresas incluídas na consolidação pelo Método da Consolidação Integral As empresas incluídas na consolidação pelo Método da Consolidação Integral, respetivas sedes, proporção do capital detido, atividade, data de constituição e data de aquisição das participações financeiras são as seguintes: Designação Sede Percentagem efetiva da participação Atividade Data de constituição Data de aquisição Portugal (Porto) - Gestão de participações financeiras ago-90 - Promoção imobiliária - out-01 Gestão de participações financeiras out-11 - Promoção e desenvolvimento de marcas e outra propriedade intelectual dez-09 - Gestão de participações financeiras nov-10 - Empresa - Mãe do Grupo e Atividades Conexas Mota-Engil, SGPS, S.A., Sociedade Aberta ("Mota-Engil SGPS") Largo do Paço – Investimentos Turísticos e Imobiliários, Lda. ("Largo do Paço") Através da Mota-Engil SGPS ME 3I, SGPS, S.A. ("ME 3I SGPS") Através da Mota-Engil Indústria e Inovação Mota-Engil, Brands Development Limited ("Mota-Engil Brands Development") Através da Mota-Engil, SGPS Mota-Engil Indústria e Inovação, SGPS, S.A. ("Mota-Engil Indústria e Inovação") Através da Mota-Engil SGPS MK Contractors, LLC ("MKC") Através da Mota-Engil Engenharia e Construção Mota-Engil Finance, B.V. ("ME Finance BV") Através da Mota-Engil SGPS Mota-Engil Mining Management (Proprietary) Limited ("ME Mining Management") Através da Mota-Engil Minerals Mining Investment B.V. Mota-Engil Minerals & Mining (Malawi) Limited ("ME Minerals & Mining Malawi") Através da Mota-Engil Minerals Mining Investment B.V. Mota-Engil Minerals & Mining (Zimbabwe) (Private) Limited ("ME Minerals & Mining Zimbabwe") Através da Mota-Engil Minerals Mining Investment B.V. Mota-Engil Minerals Mining Investment B.V. ("ME Minerals Mining Investment BV") Através da Mota-Engil SGPS RTA - Rio Tâmega, Turismo e Recreio, S.A. ("RTA") Através da Mota-Engil SGPS SGA – Sociedade do Golfe de Amarante, S.A. ("SGA") Através da RTA Através da Mota-Engil Engenharia e Construção Portugal (Amarante) Portugal (Linda-a-Velha) 100,00 100,00 61,20 61,20 Irlanda (Dublin) 100,00 Portugal (Linda-a-Velha) 100,00 EUA (Miami) Holanda (Amesterdão) 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Africa do Sul (Joanesburgo) 100,00 100,00 Malawi 99,99 (Lilongwe) 99,99 Zimbabwe (Harare) 100,00 Holanda (Amesterdão) 100,00 100,00 Portugal (Amarante) Portugal (Amarante) 100,00 100,00 100,00 97,17 96,89 0,28 Portugal (Porto) 100,00 100,00 Promoção imobiliária mar-02 - Assessoria e serviços a empresas dez-12 - Gestão de recursos humanos na mineração abr-11 Comércio ou negócio de prospeção, exploração e beneficiamento de minerais mar-11 - Comércio ou negócio de prospeção, exploração e beneficiamento de minerais mai-11 - Gestão de outras empresas out-10 - Imobiliário e turismo - mai-00 Prática e comercialização de golfe e atividades relacionadas dez-00 - dez-93 - - jul-07 out-12 - - set-07 mar-15 - - set-00 mar-77 out-09 - nov-00 - dez-08 - dez-08 - dez-08 - dez-08 - dez-08 - Europa Engenharia e construção Aurimove – Sociedade Imobiliária, S.A. (“Aurimove”) Através da Mota-Engil Real Estate Portugal Áreagolfe - Gestão, Construção e Manutenção de Campos de Golfe, S.A. ("Áreagolfe") Através da Vibeiras Balice Project Development Sp. z o.o. ("Balice") Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS Bohdalecká Project Development s.r.o. ("Bohdalecká") Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS Bukowinska Project Development ("Bukowinska Project Development ") Portugal (Torres Novas) Polónia (Cracóvia) Através da Mota-Engil Real Estate Portugal Carlos Augusto Pinto dos Santos & Filhos S.A. ("Capsfil") Através da Mota-Engil Engenharia e Construção Corgimobil - Empresa Imobiliária das Corgas, Lda. ("Corgimobil") Através da Mota-Engil Engenharia e Construção Através da Mota-Engil Real Estate Portugal Bay 6.3. Korlátolt Felelősségű Társaság Kft. ("Bay 6.3") Através da Obol Invest Bay-Office Korlátolt Felelősségű Társaság Kft. ("Bay Office") Através da Obol Invest Bay-Park Korlátolt Felelősségű Társaság Kft. ("Bay Park") Através da Obol Invest Bay-Tower Korlátolt Felelősségű Társaság Kft. ("Bay Tower") Através da Obol Invest Bay-Wellness Korlátolt Felelősségű Társaság Kft. ("Bay Wellness") Através da Obol Invest Devonská Project Development A.S. (“Devonská”) Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS Diace ACE MEEC Através da Mota–Engil Engenharia e Construção 170 100,00 Rep. Checa 100,00 100,00 (Praga) 100,00 Polónia (Cracóvia) 100,00 Através da Mota-Engil Central Europe Polónia Calçadas do Douro - Sociedade Imobiliária, Lda. (“Calçadas do Douro”) 66,67 66,67 100,00 Portugal 100,00 (Porto) Portugal (Vila Flor) Portugal (Cascais) 100,00 100,00 100,00 97,25 71,79 25,46 76,73 76,73 76,73 76,73 76,73 76,73 76,73 76,73 76,73 76,73 100,00 100,00 53,10 53,10 Hungria (Budapeste) Hungria (Budapeste) Hungria (Budapeste) Hungria (Budapeste) Hungria (Budapeste) Rep. Checa (Praga) Portugal (Porto) Promoção imobiliária Gestão, construção e manutenção de campos de golfe Promoção imobiliária Promoção imobiliária Conceção e construção de habitação social Promoção imobiliária Extração de saibro, areia e pedra britada Construções, estudos e realizações imobiliárias Promoção imobiliária Promoção imobiliária Promoção imobiliária Promoção imobiliária Promoção imobiliária Promoção imobiliária Execução de obras e compra e venda de imóveis dez-06 - nov-08 dez-15 Designação Dmowskiego Project Development, Sp. z.o.o. ("Dmowskiego") Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS Dzieci Warszawy Project Development Sp. z.o.o. ("Dzieci Warszawy Project Development") Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS Edifício Mota Viso – Soc. Imobiliária, Lda. (“Mota Viso”) Através da Mota-Engil Real Estate Portugal Edipainel – Sociedade Imobiliária, Lda. (“Edipainel”) Através da Mota-Engil Real Estate Portugal Através da Mota–Engil Engenharia e Construção Ekosrodowisko z.o.o. In Liquidation ("Ekosrodowisko") Através da MES Engber Ingatlanforgalmazó És Szolgáltató Korlátolt Felelősségű Társaság Kft. ("Engber") Através da Obol XI Glan Agua, Ltd (“Glanagua”) Através da MEIS Glace ACE MEEC Através da Mota–Engil Engenharia e Construção Grossiman, S.L. ("Grossiman") Através da Mota-Engil Engenharia e Construção Grota-Roweckiego Project Development Sp. z o.o. ("Grota-Roweckiego Project Development ") Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS Hungária Hotel Ingatlanforgamazó, Kereskedelmi, és Szolgáltató Kft. ("Hotel Achat Hungria") Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS Immo Park Gdańsk, Sp. z.o.o. ("Immo Park Gdańsk") Através da Mota-Engil Central Europe Polónia Immo Park Warszawa, Sp. z.o.o. ("Immo Park Warszawa") Através da Mota-Engil Central Europe Polónia Immo Park, Sp. z.o.o. ("Immo Park") Através da Mota-Engil Central Europe Polónia Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS Através da Mota-Engil Engenharia e Construção Kilinskiego Project Development Sp. z.o.o. (“Kilinskiego”) Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS Kilinskiego Property Investment Sp. z.o.o. ("Kilinskiego PI") Através da Kilinskiego Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS Kordylewskiego Project Development W Likwidacji Sp. z o.o. ("Kordylewskiego") Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS Lanval Sp. z o.o. ("Lanval") Através da Mota-Engil SGPS Listopada Project Development ("Listopada project Development ") Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS Lusitânia ACE MEEC Através da Mota–Engil Engenharia e Construção Mercado Urbano - Gestão Imobiliária, S.A. ("Mercado Urbano") Através da Mota-Engil Real Estate Portugal ME Real Estate - Mota-Engil Real Estate Portugal, S.A. (“Mota-Engil Real Estate Portugal”) Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS ME Investitii AV s.r.l. (“Mota-Engil Investitii”) Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS MES, Mota-Engil Srodowisko, Sp. z.o.o. ("MES") Através da Suma Metró Építoipari Gépészeti és szállítási, Zrt (“Metroepszolg”) Através da Mota-Engil Magyarország Motadomus - Sociedade Imobiliária, Lda. ("Motadomus") Através da Aurimove Através da Mota-Engil Real Estate Portugal Mota-Engil Ireland Construction Limited (“Mota-Engil Irlanda”) Através da Mota-Engil Engenharia e Construção Mota-Engil Engenharia e Construção, S.A. (“Mota-Engil Engenharia”) Através da Mota-Engil Europa Mota-Engil Real Estate, SGPS, S.A. ("Mota-Engil Central Europe SGPS") Através da Mota-Engil Europa Sede Polónia (Cracóvia) Polónia (Cracóvia) Percentagem efetiva da participação 100,00 100,00 100,00 Polónia (Bytom) 100,00 100,00 100,00 100,00 70,00 30,00 100,00 100,00 Portugal (Porto) Portugal (Porto) Hungria 76,73 (Budapeste) Irlanda (Ballinasloe) Portugal (Porto) Espanha (Alcobendas) 76,73 70,00 70,00 52,87 52,87 100,00 100,00 Polónia 100,00 (Cracóvia) 100,00 Hungria 100,00 (Budapeste) Polónia (Cracóvia) Polónia (Cracóvia) Polónia (Cracóvia) 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 88,00 47,00 40,00 1,00 100,00 100,00 100,00 99,99 0,01 Polónia (Cracóvia) Polónia (Cracóvia) Polónia 100,00 (Cracóvia) Polónia (Cracóvia) Polónia (Cracóvia) Portugal (Porto) Portugal (Porto) 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 83,95 83,95 100,00 100,00 Portugal (Porto) 100,00 Roménia (Bucareste) Polónia (Cracóvia) Hungria (Budapeste) Portugal (Porto) Irlanda (Dublin) Portugal (Amarante) Portugal (Porto) Atividade Promoção imobiliária Promoção imobiliária Data de constituição Data de aquisição ago-07 - nov-15 - jun-94 - mar-02 - fev-05 dez-05 Promoção imobiliária - jun-08 Tratamento de resíduos, exploração e gestão de sistemas de água Execução de obras e compra e venda de imóveis jan-08 - dez-06 dez-15 fev-96 dez-05 out-12 - jun-08 - mar-13 - out-12 - jan-08 mar-11 ago-07 - set-11 - fev-05 - Execução de obras e compra e venda de imóveis dez-13 - Promoção imobiliária nov-15 Execução de obras e compra e venda de imóveis abr-01 Promoção imobiliária Promoção imobiliária Resíduos sólidos urbanos Fundações especiais Promoção imobiliária Promoção imobiliária Conceção, construção, gestão e exploração de lugares de estacionamento Conceção, construção, gestão e exploração de lugares de estacionamento Conceção, construção, gestão e exploração de lugares de estacionamento Promoção imobiliária Promoção imobiliária Promoção imobiliária Promoção imobiliária Promoção imobiliária dez-15 jul-09 mar-11 set-01 - - set-07 dez-05 - 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 95,00 5,00 60,00 60,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Promoção imobiliária Resíduos sólidos urbanos Execução de obras públicas dez-00 - jan-97 jan-01 out-07 - - dez-00 dez-02 - Execução de obras Construção civil Execução de obras e compra e venda de imóveis Gestão de participações financeiras 171 Designação Mota-Engil Central Europe, S.A. ("Mota-Engil Central Europe Polónia") Através da Mota-Engil Engenharia e Construção Mota-Engil Central Europe Ceska Republika, AS ("Mota-Engil Central Europe República Checa") Através da Mota-Engil Europa MESP - Mota Engil , Serviços Partilhados, Administrativos e de Gestão, S.A. ("Mota-Engil Serviços Partilhados") Através da Mota-Engil Engenharia e Construção Mota-Engil Central Europe Business Support Center Sp. z o. o. ("MECE Business Support Center") Através da Mota-Engil Central Europe Polónia Mota-Engil Ireland Services Ltd. (“MEIS”) Através da Mota-Engil Engenharia e Construção Mota-Engil Central Europe Hungary Beruházási és Építoipari Kft. ("ME Central Europe Hungria") Através da Mota-Engil Central Europe Polónia Mota-Engil Central Europe Slovenská Republika, AS ("Mota-Engil Central Europe Eslováquia") Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS Mota-Engil Brand Management B.V. ("Mota-Engil Brand Management") Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS Mota-Engil Magyarország Beruházási És Épitoipari Zrt. (“Mota-Engil Magyarország”) Através da Mota-Engil Engenharia e Construção Mota-Engil Parking 2 Sp. z.o.o ("ME Parking 2") Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS Mota-Engil Central Europe PPP Sp. z.o.o ("ME Central Europe PPP") Através da Mota-Engil Central Europe Polónia Mota-Engil Central Europe PPP 2 Sp. z.o.o ("ME Central Europe PPP 2") Através da Mota-Engil Central Europe Polónia Mota-Engil Central Europe PPP Road Sp. z.o.o ("ME Central Europe PPP Road") Através da Mota-Engil Central Europe Polónia Mota-Engil Central Europe PPP 3 Sp. Z.o.o (ME Central Europe PPP 3) Através da Mota-Engil Central Europe Polónia Norace ACE MEEC Através da Mota–Engil Engenharia e Construção Grodkowska Project Development Sp. z.o.o ("Grodkowska Project Development ") Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS Mota-Engil Real Estate Hungary Ingatlanforgalmazó, Kereskedelmi és Szolgáltató Kft.("Mota-Engil Real Estate Hungria") Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS Mota-Engil Real Estate Management, sp. z.o.o. ("Mota-Engil Real Estate Management") Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS Nortedomus, Sociedade Imobiliária SA. (“Nortedomus”) Através da Mota-Engil Real Estate Portugal Nádor-Öböl Ingatlanforgalmazó És Beruházó Korlátolt Felelősségű Társaság Kft. ("Nádor Obol") Através da Obol XI Öböl Invest Befektetési És Üzletviteli Tanácsadó Korlátolt Felelősségű Társaság Kft. ("Obol Invest") Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS Öböl Xi. Ingatlanhasznosítási Beruházó És Szolgáltató Korlátolt Felelősségű Társaság Kft. ("Obol XI") Através da Obol Invest Project Development 1 Sp. Z.o.o. ("Project Development 1") Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS Project Development 2 Sp. Z.o.o. ("Project Development 2") Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS Pinhal ACE MEEC Através da Mota–Engil Engenharia e Construção Portuscale ACE MEEC Através da Mota–Engil Engenharia e Construção Sampaio Üzletviteli Tanácsadó Korlátolt Felelősségű Társaság Kft. ("Sampaio") Através da Obol XI Sedengil – Sociedade Imobiliária, S.A. (“Sedengil”) Através da Mota-Engil Real Estate Portugal SC Mota-Engil Central Europe Romania S.R.L. ("Mota-Engil Central Europe Roménia") Através da Mota-Engil Central Europe Polónia Sikorki Project Development Sp. z o.o. ("Sikorki") Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS Soltysowska Project Development Sp. z o.o. ("Soltysowska") Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS 172 Sede Polónia (Cracóvia) Rep. Checa (Praga) Portugal (Porto) Percentagem efetiva da participação 100,00 100,00 100,00 Atividade Data de constituição Data de aquisição Execução de obras fev-53 mar-99 jan-97 - Serviços administrativos dez-02 - Serviços administrativos dez-09 - Tratamento de resíduos, exploração e gestão de sistemas de água jan-08 - fev-08 - ago-04 - dez-09 - jan-96 - Conceção, construção, gestão e exploração de lugares de estacionamento Conceção e construção de habitação social Conceção e construção de habitação social mar-12 - mar-12 - dez/13 - Conceção e construção de habitação social - nov-13 Conceção e construção de habitação social Execução de obras e compra e venda de imóveis abr-14 - jun-99 dez-15 Conceção e construção de habitação social mar-14 - jul-05 - jun-05 - - out-01 Promoção imobiliária - out-06 Promoção imobiliária - mai-05 Promoção imobiliária - dez-03 Promoção imobiliária nov-15 - Promoção imobiliária nov-15 - abr-10 dez-15 jul-02 dez-15 - jan-03 out-82 mai-95 / mai-97 jul-09 - out-12 - nov-05 - Construção civil e obras públicas 100,00 100,00 100,00 Polónia 100,00 (Cracóvia) Irlanda (Dublin) Hungria (Budapeste) 100,00 70,00 70,00 Eslováquia (Bratislava) 100,00 100,00 Holanda (Amsterdão) 100,00 100,00 100,00 Hungria 100,00 (Budapeste) Polónia (Cracóvia) Polónia (Cracóvia) Polónia (Cracóvia) 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Polónia (Cracóvia) 100,00 Polónia (Cracóvia) Portugal (Porto) 100,00 100,00 100,00 82,87 82,87 Polónia (Cracóvia) 100,00 Hungria 100,00 (Budapeste) Polónia (Cracóvia) 100,00 100,00 100,00 Portugal (Lisboa) 100,00 100,00 100,00 Hungria 76,73 (Budapeste) 76,73 Hungria 77,50 (Budapeste) 77,50 Hungria 76,73 (Budapeste) Polónia (Cracóvia) Polónia (Cracóvia) Portugal (Porto) Portugal (Porto) 76,73 100,00 100,00 100,00 100,00 53,52 53,52 83,95 83,95 Hungria 100,00 (Budapeste) Portugal (Matosinhos) Roménia (Bucareste) 100,00 100,00 100,00 Polónia (Cracóvia) Polónia (Cracóvia) Construção civil e obras públicas 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Execução de obras Gestão de marcas e outra propriedade intelectual Execução de obras públicas Promoção imobiliária Promoção imobiliária Promoção imobiliária Execução de obras e compra e venda de imóveis Execução de obras e compra e venda de imóveis Promoção imobiliária Promoção imobiliária Construção de estradas Promoção imobiliária Promoção imobiliária Designação Sede Senatorska Project Development Sp. z.o.o. ("Senatorska Project Development") Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS Tetenyi Project Development Ingatlanforgalmazó, Kereskedelmi és Szolgáltató Kft ("Tetenyi") Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS Vibeiras – Sociedade Comercial de Plantas, S.A. (“Vibeiras”) Através da Mota-Engil Engenharia e Construção Vianor ACE MEEC Através da Mota–Engil Engenharia e Construção VBT - Projectos e Obras de Arquitectura Paisagística, Lda (“VBT”) Através da Vibeiras Através da Mota-Engil Ambiente e Serviços Wilanow Project Development SP. z.o.o. ("Wilanow") Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS Wilenska Project Development Sp. z.o.o. w likwidacji (“Wilenska”) Através da Mota-Engil Real Estate, SGPS Ambiente e Serviços AGIR - Ambiente e Gestão Integrada de Resíduos, Lda. ("Agir") Através da Mota-Engil Ambiente e Serviços Através da Suma Algar - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A. ("Algar") Através da EGF Amarsul- Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A. ("Amarsul") Através da EGF CH&P – Combined Heat & Power Anadia, Sociedade Unipessoal, Lda ("CH&P Anadia") Através da Manvia CH&P – Combined Heat & Power Coja, Unipessoal, Lda ("CH&P Coja") Polónia (Cracóvia) Através da Manvia Citrave - Centro Integrado de Tratamento de Resíduos de Aveiro, S.A. ("Citrave") Através da Suma Através da Novaflex Através da Suma Esposende Correia & Correia, Lda. (“Correia & Correia”) Através da Enviroil Enviroil SGPS, Lda. (“Enviroil”) Através da Suma Enviroil II – Reciclagem de Óleos Usados, Lda. (“Enviroil II”) Através da Enviroil Ersuc - Resíduos Sólidos do Centro, S.A. ("Ersuc") Através da EGF Através da Suma Empresa Geral de Fomento, S.A. ("EGF") Através da Suma Tratamento Ferrol Container Terminals S.A. ("Ferrol") Através da TCL InvestAmbiente - Recolha de Resíduos e Gestão de Sistemas de Saneamento Básico, S.A. ("Investambiente") Através da Novaflex Liscont - Operadores de Contentores, S.A. ("Liscont") Através da TTP Lokemark - Soluções de Marketing, S.A. ("Lokemark") Através da Mota-Engil Ambiente e Serviços Manvia - Manutenção e Exploração de Instalações e Construção, S.A. ("Manvia") Através da Mota–Engil Ambiente e Serviços Mota-Engil Europa, S.A. ("Mota-Engil Europa") Através da Mota-Engil SGPS Mota-Engil II, Gestão, Ambiente, Energia e Concessões de Serviços, S.A. ("MEAS II") Através da Mota-Engil Ambiente e Serviços Mota-Engil, Ambiente e Serviços, SGPS, S.A. (“Mota-Engil Ambiente e Serviços”) Através da Mota-Engil Europa Mota-Engil Logística, SGPS, S.A. ("ME Logística") Através da Mota-Engil Ambiente e Serviços Percentagem efetiva da participação 100,00 Atividade Promoção imobiliária Data de constituição Data de aquisição nov-15 - jan-05 - jul-88 out-98 abr-00 dez-15 set-08 - jun-07 - jan-05 - dez-07 - - jun-15 - jun-15 mai-11 - mai-11 - dez-87 out-06 set-88 fev-00 nov-97 - abr-11 - - jun-15 100,00 Hungria 100,00 (Budapeste) Portugal (Torres Novas) Portugal (Porto) Angola (Luanda) 100,00 66,67 66,67 83,95 83,95 60,00 50,00 10,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Polónia (Cracóvia) Polónia (Cracóvia) Cabo Verde (Praia) Portugal (Loulé) Portugal (Setúbal) 80,75 50,00 30,75 31,49 31,49 28,68 28,68 Portugal (Linda-a-Velha) 90,00 Portugal (Linda-a-Velha) 90,00 90,00 90,00 Promoção imobiliária Atividades de plantação e manutenção de jardins Execução de obras e compra e venda de imóveis Atividades de plantação e manutenção de jardins Promoção imobiliária Promoção imobiliária Recolha de resíduos sólidos urbanos Promoção do tratamento e valorização de resíduos sólidos Promoção do tratamento e valorização de resíduos sólidos Exploração de uma central de cogeração destinada à produção de energia elétrica e de energia térmica Exploração de uma central de cogeração destinada à produção de energia elétrica e de energia térmica 61,50 Portugal (Lisboa) Portugal (Sertã) Portugal (Torres Novas) Portugal 61,41 0,05 0,05 48,19 48,19 48,19 48,19 43,37 (Torres Novas) 43,37 Portugal (Coimbra) 32,62 28,94 3,67 56,24 56,24 34,80 34,80 Portugal (Lisboa) Espanha (Ferrol) Portugal (Lisboa) Portugal (Lisboa) Portugal (Setúbal) Portugal (Linda-a-Velha) Portugal (Linda-a-Velha) Portugal (Porto) Portugal (Porto) Portugal (Porto) 31,98 31,98 52,36 52,36 70,00 70,00 90,00 90,00 100,00 100,00 100,00 Tratamento e eliminação de outros resíduos não perigosos Comércio e recolha de óleos usados Gestão de participações financeiras Reciclagem de óleos, produção de eletricidade e comércio por grosso de combustíveis e produtos derivados Promoção do tratamento e valorização de resíduos sólidos Promoção do tratamento e valorização de resíduos sólidos Manuseamento de carga Recolha de resíduos não perigosos Operações portuárias Prestação de serv., soluções de marketing, construção e comerc. de bases de dados gestão e expl das infra Manutenção e exploração de instalações Execução de obras e compra e venda de imóveis Gestão de projetos - jun-15 mar-11 - fev-00 dez-07 nov-83 out-06 jun-03 set-07 jul-94 jun-98 jun-10 - dez-03 - jun-97 - abr-13 - 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Gestão de participações financeiras Gestão de participações financeiras 173 Designação Multiterminal - Soc. de Estiva e Tráfego, S.A. ("Multiterminal") Através da Tertir Nova Beira - Gestão de Resíduos, S.A. ("Nova Beira") Através da Novaflex Através da Investambiente Novaflex - Técnicas do Ambiente, S.A. ("Novaflex") Através da Suma Porlis - Empresa de Trabalho Portuário, Lda ("Porlis") Através da Liscont Através da Sotagus Através da Multiterminal Proempar - Promoção e Gestão de Parques Empresariais e Tecnológicos, S.A. ("Proempar") Através da Mota-Engil Ambiente e Serviços Através da Mota-Engil Engenharia e Construção PTT - Parque Tecnológico do Tâmega, S.A. ("PTT") Através da Proempar Através da Mota-Engil Ambiente e Serviços Através da Mota-Engil Engenharia e Construção Quanshite International Freight Forwarding (Shangai) Company, Limited ("Transitex China") Através da Transitex Portugal Real Verde - Técnicas de Ambiente, S.A. ("Real Verde") Através da Novaflex Resiges - Gestão de Resíduos Hospitalares, Lda. ("Resiges") Através da Novaflex Resilei – Tratamento de Resíduos Industriais, S.A. ("Resilei") Através da Suma Resiestrela - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A. ("Resiestrela") Através da EGF Resinorte - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A. ("Resinorte") Através da EGF Resulima - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A. ("Resulima") Através da EGF Rima – Resíduos Industriais e Meio Ambiente, S.A. (“Rima”) Através da Suma Sealine - Navegação e Afretamentos, Lda ("Sealine") Através da Socarpor SGPS Através da Socarpor Aveiro SIGA - Sistema Integrado de Gestão Ambiental, S.A. ("Siga") Através da Suma Socarpor - Soc. Cargas Port. (Aveiro), S.A. ("Socarpor Aveiro") Através da Socarpor SGPS Através da TTP Através da Socarpor Aveiro (ações próprias) Socarpor - Soc. Gestora de Participações Sociais (Douro/ Leixões), S.A. ("Socarpor SGPS") Através da TTP e acções próprias Sotagus - Terminal de Contentores de Santa Apolónia, S.A. ("Sotagus") Através da TTP Suldouro - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A. ("Suldouro") Através da EGF SRI - Gestão de Resíduos, Lda (“SRI”) Através da Correia & Correia SIGAMB - Sistemas de Gestão Ambiental, Lda. (Angola) ("SIGAMB") Através da Novaflex Suma (Douro) - Serviços Urbanos e Meio Ambiente, Lda. (“Suma Douro”) Através da Suma Suma (Esposende) - Serviços Urbanos e Meio Ambiente, Lda. (“Suma Esposende”) Através da Suma Suma (Macau), Lda. ("Suma Macau") Através da Suma Suma (Matosinhos) - Serviços Urbanos e Meio Ambiente, S.A. ("Suma Matosinhos") Através da Suma Suma (Porto) - Serviços Urbanos e Meio Ambiente, S.A. (“Suma Porto”) Através da Suma 174 Sede Portugal (Lisboa) Portugal (Lisboa) Portugal (Lisboa) Portugal (Lisboa) Percentagem efetiva da participação 100,00 100,00 30,85 20,30 10,55 61,50 61,50 52,74 28,80 18,94 5,00 Portugal (Porto) 100,00 Portugal (Felgueiras) 74,00 26,00 90,00 70,00 10,00 10,00 China (Shangai) Portugal (Vila Real) Portugal (Setúbal) Portugal (Leiria) 85,00 85,00 61,50 61,50 61,50 61,50 30,75 30,75 Portugal (Castelo Branco) 35,40 Portugal (Braga) 42,24 Portugal (Viana do Castelo) 28,68 Portugal (Lourosa) Portugal (Aveiro) Portugal (Ponta Delgada) Portugal (Aveiro) Portugal (Matosinhos) Portugal (Lisboa) Portugal (Vila Nova de Gaia) Portugal (Sertã) Angola (Luanda) Portugal (Murça) Portugal (Esposende) China (Macau) Portugal (Matosinhos) Portugal (Porto) 35,40 42,24 28,68 59,12 59,12 38,39 32,26 6,13 43,05 43,05 40,85 28,47 6,31 6,07 37,96 37,96 63,13 63,13 33,74 33,74 48,19 48,19 61,44 61,44 61,50 61,50 61,50 61,50 60,89 60,89 61,50 61,50 61,50 61,50 Data de constituição Data de aquisição mai-79 out-06 - dez-07 - dez-07 set-13 - out-06 - dez-06 - Atividades de organização do transporte, por terra, mar ou ar mar-15 - Tratamento e eliminação de outros resíduos não perigosos dez-07 - mai-98 dez-07 - jun-03 Promoção do tratamento e valorização de resíduos sólidos - jun-15 Promoção do tratamento e valorização de resíduos sólidos - jun-15 Promoção do tratamento e valorização de resíduos sólidos - jun-15 ago-01 - - out-06 Tratamento e eliminação de resíduos não perigosos out-08 - Serviços portuários - out-06 - out-06 - out-06 - jun-15 jul-08 - Atividade Exploração de terminais portuários Tratamento e eliminação de outros resíduos não perigosos Recolha de outros resíduos não perigosos Cedência temporária de trabalhadores para o exercício de tarefas portuárias de movimentação de cargas. Promoção, gestão e exploração de parques empresariais tecnológicos e industriais Promoção e gestão de acolhimento empresarial tecnológico Recolha de resíduos perigosos Tratamento e eliminação de outros resíduos não perigosos Tratamento de resíduos industriais Agentes de navegação Gestão de participações financeiras Operações portuárias Promoção do tratamento e valorização de resíduos sólidos Recolha de resíduos perigosos Estudos técnicos, consultoria e formação na área ambiental Recolha de resíduos sólidos urbanos Recolha de resíduos sólidos urbanos Recolha de resíduos sólidos urbanos Recolha de resíduos sólidos urbanos Recolha de resíduos sólidos urbanos fev-14 - jul-00 - dez-99 - - dez-13 dez-00 - nov-08 - Designação Suma Tratamento, S.A. ("Suma Tratamento") Através da Suma Através da Suma Esposende Através da Novaflex Através da Mota-Engil Ambiente e Serviços Suma – Serviços Urbanos e Meio Ambiente, S.A. (“Suma”) Através da Mota-Engil Ambiente e Serviços Takargo-Trasporte de Mercadorias, S.A. (“Takargo”) Através da Mota-Engil Ambiente e Serviços Através da Mota-Engil Engenharia e Construção TCL - Terminal de Contentores de Leixões, S.A. ("TCL") Através da TTP Através da TCL (acções próprias) Através da Socarpor SGPS TCR – Tratamento Complementar de Resíduos, S.A. ("TCR") Através da Suma Através da Mota-Engil Engenharia e Construção Tertir - Concessões Portuárias, SGPS, S.A. ("Tertir SGPS") Através da Tertir Através da Multiterminal Tertir - Terminais de Portugal, S.A. ("Tertir") Através da Mota-Engil Ambiente e Serviços Através da ME Logística Tertir - Terminais Portuários, SGPS, S.A. ("TTP") Através da ME Logística Transitex do Brasil Serviços de Logística, Ltda. ("Transitex Brasil") Através da Transitex Espanha Através da Transitex Portugal Transitex Colombia, S.A.S.("Transitex Colombia") Através da Transitex Espanha Transitex Moçambique, Lda ("Transitex Moçambique") Através da Transitex Portugal Através da Transitex Espanha Transitex México, S.A. de C.V. ("Transitex México") Através da Transitex Espanha Através da Transitex Portugal Trânsitos de Extremadura, S.A. ("Transitex Portugal") Através da Transitex Espanha Trânsitos de Extremadura, S.L. ("Transitex Espanha") Através da Tertir SGPS Transitex Itália S.R.L ("Transitex Itália") Através da Transitex Espanha Transitex - Global Logistics Operations (PTY) ltd. ("Transitex África do Sul") Através da Transitex Portugal Transitex Transitos Extremadura Chile SPA ("Transitex Chile") Através da Transitex Brasil Transitos de Extremadura com Serv de Importação ("Transitex Serviços de Logística ") Através da Transitex Portugal Através da Transitex Espanha Transitex Angola (SU), LDA. ("Transitex Angola") Através da Transitex África do Sul Transitex Transitos de Extremadura Peru S.A.C ("Transitex Transitos de Extremadura Peru ") Através da Transitex Brasil Através da Transitex Chile Tratofoz - Sociedade de Tratamento de Resíduos, S.A. ("Tratofoz") Através da Mota-Engil Ambiente e Serviços Através da Suma Triu - Técnicas de Resíduos Industriais e Urbanos, S.A. ("Triu") Através da Enviroil Triaza - Tratamento de Resíduos Industriais da Azambuja, S.A. ("Triaza") Através da Suma Valnor - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A. ("Valnor") Através da EGF Valorlis - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A. ("Valorlis") Através da EGF Valorminho - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A. Através da EGF Valorsul - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos das Regiões de Lisboa e do Oeste, S.A. ("Valorsul") Através da EGF Portugal (Lisboa) Espanha (Badajoz) Itália (Milão) Percentagem efetiva da participação 59,20 49,19 0,01 0,01 10,00 61,50 61,50 100,00 70,00 30,00 34,80 18,69 1,78 14,33 37,29 36,29 1,00 100,00 68,89 31,11 100,00 64,67 35,33 63,13 63,13 85,00 84,41 0,60 85,00 85,00 85,00 80,75 4,25 85,00 85,00 0,002 85,00 85,00 85,00 85,00 85,00 85,00 África do Sul 85,00 (Isando) Chile (Santiago) 85,00 85,00 85,00 Sede Portugal (Lisboa) Portugal (Lisboa) Portugal (Linda-a-Velha) Portugal (Matosinhos) Portugal (Porto) Portugal (Linda-a-Velha) Portugal (Matosinhos) Portugal (Linda-a-Velha) Brasil (São Paulo) Colômbia (Bogotá) Moçambique (Maputo) México (Cidade do México) Brasil (São Paulo) Angola (Luanda) Peru (Lima) Portugal (Porto) Portugal (Loures) Portugal (Azambuja) Portugal (Portalegre) Portugal (Leiria) Portugal (Valença) Portugal (Loures) 85,00 0,60 84,41 85,00 85,00 85,00 9,00 76,00 99,62 99,00 0,62 48,19 48,19 61,50 61,50 29,99 29,99 28,68 28,68 28,68 28,68 30,98 30,98 Atividade Data de constituição Data de aquisição out-14 - jun-94 - set-06 - jan-96 - nov-12 - out-07 - - out-06 jun-13 - mai-10 - Recolha de resíduos sólidos urbanos Recolha de resíduos sólidos urbanos Transportes ferroviários de mercadorias Manuseamento de carga Construção e exploração de aterro sanitário Gestão de participações financeiras Exploração de terminais portuários Gestão de participações financeiras Atividades de organização do transporte, por terra, mar ou ar dez-11 jan-12 nov-08 - fev-09 - Atividades de organização do transporte, por terra, mar ou ar Atividades de organização do transporte, por terra, mar ou ar Atividades de organização do transporte, por terra, mar ou ar mai-08 - nov-02 - mar-14 - Atividades de organização do transporte, por terra, mar ou ar jan-12 - Atividades de organização do transporte, por terra, mar ou ar abr-14 - - - jul-15 - jul-15 - out-02 - abr-91 set-08 nov-15 set-08 - jun-15 - jun-15 - jun-15 - jun-15 Atividades de organização do transporte, por terra, mar ou ar Atividades de organização do transporte, por terra, mar ou ar Atividades de organização do transporte, por terra, mar ou ar Atividades de organização do transporte, por terra, mar ou ar Atividades de organização do transporte, por terra, mar ou ar Atividades de organização do transporte, por terra, mar ou ar Recolha de resíduos sólidos urbanos Recolha de resíduos não perigosos Recolha de resíduos sólidos urbanos Promoção do tratamento e valorização de resíduos sólidos Promoção do tratamento e valorização de resíduos sólidos Promoção do tratamento e valorização de resíduos sólidos Promoção do tratamento e valorização de resíduos sólidos 175 Designação África Akwangola, S.A. ("Akwangola") Através Vista Water Cecot - Centro de Estudos e Consultas Técnicas, Lda. ("Cecot") Através da MEEC África Cosamo (Proprietary) Limited ("Cosamo") Através da Mota Internacional Ecolife, S.A. ("Ecolife") Através da Mota-Internacional Através da Suma Fatra - Fábrica de Trefilaria de Angola, S.A. ("Fatra") Através da Mota-Engil Angola Fibreglass Sundlete (Moçambique), Lda. ("Fibreglass") Através da ME Maurícias Indimo, Lda. ("Indimo") Através da Cecot Através da MEEC África Mota-Engil Engenharia e Construção África, S.A. ("MEEC África") Através da Mota-Engil África N.V. Mota-Engil África, N.V. ("ME África NV") Através da Mota-Engil SGPS Mota-Engil África, SGPS, S.A. ("Mota-Engil África") Percentagem efetiva da participação Portugal (Porto) Holanda (Amesterdão) Portugal 50,45 50,45 99,70 99,70 99,70 99,70 58,33 39,88 18,45 35,59 35,59 99,70 99,70 99,70 49,85 49,85 99,70 99,70 99,70 99,70 99,70 (Porto) Holanda 99,70 99,70 Através da Mota-Engil África N.V. Mota-Engil África Global Technical Services B.V. ("ME África GTS BV") (Amesterdão) Holanda 99,70 99,70 Através da Mota-Engil África N.V. Mota Internacional – Comércio e Consultadoria Económica, Lda. (“Mota Internacional”) Através da Mota-Engil África (Amesterdão) 99,70 Portugal (Funchal) 99,70 Mota-Engil África Moçambique, Lda. ("Emocil") Moçambique 99,70 (Maputo) 49,85 49,85 50,85 50,85 99,70 87,74 11,96 99,70 87,74 11,96 48,30 48,30 99,70 99,70 Através da MEEC África Mota-Engil África Finance B.V. ("ME África Finance BV") Através da MEEC África Através da Indimo Mota-Engil Angola, S.A. ("Mota-Engil Angola") Através da Mota Internacional Malawi Ports Company Limited ("Malawi Ports Company") Através da MEEC África Através da ME Malawi Malawi Shipping Company Limited ("Malawi Shipping Company") Através da MEEC África Através da ME Malawi Martinox, SA ("Martinox") Através da Mota-Engil Angola Mota & Companhia Maurícias, Lda. ("ME Maurícias") Através da MEEC África Mota-Engil Construction South Africa, Pty Ltd ("ME Construction South Africa") Através da Mota-Engil Investments South Africa Mota-Engil (Malawi) Limited ("ME Malawi") Através da MEEC África Mota-Engil Investments (Malawi) Limited ("ME Investments Malawi") Através da Mota-Engil Africa Mota-Engil Investments South Africa, Pty Ltd ("Mota-Engil Investments South Africa") Através da Mota Internacional Mota-Engil S.Tomé e Principe, Lda. ("Mota-Engil S.Tomé") Através da Mota Internacional Através da MEEC África Novicer-Cerâmicas de Angola,(SU) Limitada. ("Novicer") Através da Mota-Engil Angola Prefal – Préfabricados de Luanda, Lda. (“Prefal”) Através da Mota-Engil Angola Penta - Engenharia e Construção, Lda. ("Penta") Através da MEEC África Através da Mota Internacional Rentaco Angola - Equipamentos e Transportes, (SU) Limitada. ("Rentaco Angola") Através da Mota-Engil Angola 176 Sede Angola (Luanda) Moçambique (Maputo) África do Sul (Joanesburgo) Moçambique (Maputo) Angola (Luanda) Moçambique (Maputo) Moçambique (Maputo) Angola (Luanda) Malawi (Lilongwe) Malawi (Lilongwe) Angola (Benguela) Maurícias (Ebene) África do Sul (Joanesburgo) Malawi (Lilongwe) Malawi (Lilongwe) África do Sul (Joanesburgo) S. Tomé e Príncipe (S. Tomé) Angola (Luanda) Angola (Luanda) Cabo Verde 99,70 99,70 99,70 99,69 99,69 98,70 98,70 99,70 99,70 99,70 94,72 4,99 50,85 50,85 45,76 45,76 99,70 95,71 3,99 Angola 50,85 (Luanda) 50,85 Atividade Exploração mercado água Projetos e fiscalização em construção civil Comercial Data de constituição Data de aquisição dez-10 dez 13 set-98 abr-11 dez-76 - Recolha de resíduos sólidos urbanos dez-13 - Fabricação de produtos derivados de ferro - nov-10 ago-62 mar-99 - out-04 ago-12 - Comercial Promoção imobiliária Execução de obras out-12 - mai-10 - Gestão de administração das sociedades mai-14 - Gestão de administração das sociedades mai-14 Comércio e gestão de participações internacionais set-97 dez-98 jul-94 - mai-10 - nov-10 - nov-10 - Gestão de administração das sociedades Gestão de participações financeiras Promoção imobiliária Construção civil e obras públicas e privadas Transportes marítimos Transportes marítimos Construção de aço inox Construção civil Empreiteiro de obras públicas e/ou construção civil Empreiteiro de obras públicas e/ou construção civil Empreiteiro de obras públicas e/ou construção civil Gestão de participações financeiras Empreiteiro de obras públicas e/ou construção civil Fabrico e comércio de materiais de barro Fabrico de materiais pré-esforçados Construção civil e obras públicas e privadas Aluguer de equipamentos de construção fev-08 dez-11 mai-10 - mar-14 - jul-11 - mar-11 - - mar-14 dez-04 - set-07 - dez-93 - abr-07 - jan-08 - Designação Sede Sonauta - Sociedade de Navegação, Lda. (“Sonauta”) Através da Mota Internacional STM - Sociedade de Terminais de Moçambique, Lda ("STM") Através da MEEC África Tracevia Angola - Sinalização, Segurança e Gestão de Tráfego, Lda. ("Tracevia Angola") Através da Mota-Engil Angola Vista Energy Environment & Services, S.A. ("Vista SA") Através da Mota-Engil Angola Vista Waste Management, Lda. ("Vista Waste") Através da Mota-Engil Angola Através da Vista SA Através da Suma Vista Multi Services, Lda. ("Vista Multi Services") Através da Vista SA Através da Mota-Engil Angola Vista Water, Lda. ("Vista Water") Através da Mota-Engil Angola Através da Vista SA Através da Indaqua América Latina Consita Tratamento de Resíduos, S.A. ("Consita") Através da ECB Suma Participações Construcciones dos Puertos S.A. de CV ("Construcciones dos Puertos") Através da Mota-Engil México Consórcio Los Faisanes ("Consórcio Los Faisanes") Através da Mota- Engil Peru Consórcio Los Castãnos ("Consórcio Los Castãnos") Através da Mota- Engil Peru Consórcio Mota-Engil Ojeda & Iju Paracas ("Consorcio ME Ojeda & Iju") Através da Mota- Engil Peru Consórcio Fanning ("Consorcio Fanning") Através da Mota- Engil Peru Consórcio Porta ("Consorcio Porta") Através da Mota- Engil Peru Consórcio La Ponciana ("Consorcio La Ponciana") Através da Mota- Engil Peru Consórcio GDL Viaduto, S.A.P.I de CV ("Consórcio GDL Viaduto") Através da Mota-Engil México Consórcio Túnel Guadalajara, SAPI de CV ("Consórcio GDL Túnel") Através da Mota-Engil México Consórcio Mota-Engil Colômbia ("Consórcio ME Colômbia")* Através da Mota-Engil Colômbia Empresa Construtora Brasil, S.A. ("Empresa Construtora Brasil") Através da Mota-Engil Brasil Participações, Ltda ECB Suma Participações, S.A. ("ECB Suma Participações") Através da Empresa Construtora Brasil Através da Suma Flame Investments, B.V. ("Flame Investments") Através da Mota-Engil Latin America BV Fideicomiso el Capomo ("Fideicomiso el Capomo") Através da Mota-Engil Turismo operacional Generadora Fenix ("Generadora Fenix") Através da ME Energia operacional Mota-Engil Energy B.V. ("Mota-Engil Energy BV") Através da Flame Investments MEBR Construções, Consultoria e Participações, S.A. ("MEBR") Através da Mota-Engil Latin America BV Através da Mota-Engil Latam Peru Angola (Luanda) Moçambique (Maputo) Angola (Luanda) Angola (Luanda) Angola (Luanda) Angola (Luanda) Angola (Luanda) Brasil (Belo Horizonte) México (Xalapa) Peru (Lima) Peru (Lima) Peru (Lima) Peru (Lima) Peru (Lima) Peru (Lima) México (Cidade do México) México (Cidade do México) Colômbia (Buenaventura) Brasil (Belo Horizonte) Brasil (Belo Horizonte) Holanda (Amesterdão) México (Cidade do México) México (Cidade do México) Holanda (Amesterdão) (São Paulo) Percentagem efetiva da participação 99,70 99,70 49,85 49,85 40,68 40,68 50,85 50,85 56,07 5,08 20,85 30,14 50,85 40,68 10,17 50,49 6,36 21,61 22,53 38,45 38,45 70,00 70,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 42,90 42,90 42,90 42,90 38,06 38,06 50,00 50,00 54,93 28,58 26,35 51,00 51,00 51,00 51,00 46,41 46,41 51,00 51,00 100,00 57,69 42,31 Atividade Transportes marítimos c/exclusão dos costeiros Operações portuárias Sinalização rodoviária Gestão de participações financeiras Data de constituição Data de aquisição nov-94 - fev-94 fev-94 - set-07 jul-08 dez-13 dez-09 dez-13 mai-09 dez-13 mai-09 dez-13 - dez-14 jul-12 - Recolha de resíduos Serviços urbanos Exploração mercado água Tratamento de resíduos Construção civil e obras públicas Construção de apartamentos dez-11 Construção de apartamentos dez-11 Construção de apartamentos dez-11 Construção de apartamentos dez-11 Construção de apartamentos dez-11 Construção de apartamentos dez-11 Construção civil e obras públicas jun-14 Construção civil e obras públicas jul-14 Construção de obras de engenharia civil out-13 Construção civil e obras públicas Gestão de participações financeiras Gestão de participações financeiras Imobiliário e turismo Produção de Energia Finanças e Consultadoria Construção civil e obras públicas - nov-12 - dez-14 - mar-15 - jul-15 - set-15 - set-15 - mar-11 - 177 Designação ME Energy Holding ("ME Energy Holding ") Através da Mota-Engil Energy BV Mota-Engil Latin America BV ("ME Latin America") Através da Mota-Engil SGPS Mota-Engil Latam Peru ("Mota-Engil Latam Peru") Através da Mota-Engil Latin America BV Através da Mota-Engil Engenharia e Construção Mota-Engil América Latina S.A.P.I. de C.V. ("Mota-Engil América Latina") Através da Mota-Engil SGPS Através da Mota-Engil Latin America BV Mota-Engil Colômbia, S.A.S ("Mota-Engil Colômbia") Através da Mota-Engil Latam Peru Mota-Engil Col, S.A.S ("Mota-Engil Col") Através da Mota-Engil Engenharia e Construção Através da Mota-Engil Peru ME Energia operacional ("ME Energia operacional") Através da Mota-Engil Energy Holding Através da Mota-Engil América Latina SAPI de CV Mota-Engil Latam Portugal, S.A.("Mota-Engil Latam Portugal") Através da Mota-Engil Latin America BV Mota-Engil Energia Peru S.A. ("Mota-Engil Energia Peru") Através da Mota-Engil Peru Através da Mota-Engil Engenharia e Construção Mota-Engil Tourism, B.V.("Mota-Engil Tourism BV") Através da Flame Investments Mota-Engil México, S.A. de C.V. ("Mota-Engil México") Através da Mota-Engil Latin America BV Através da Mota-Engil América Latina SAPI Através da Mota Internacional Mota-Engil-Opway Mexicana, S.A. de C.V. ("Mota-Engil-Opway Mexicana") Através da Mota-Engil América Latina SAPI Através da Opway Mexico Mota-Engil Turismo, S.A. de CV ("Mota-Engil Turismo operacional") Através da Mota-Engil Turismo Holding Através da Mota-Engil América Latina SAPI de CV Mota-Engil Turismo Holding, S.A.P.I. de C.V. ("Mota-Engil Turismo Holding") Através da Mota-Engil México Através da Mota-Engil Tourism BV Mota-Engil Peru, S.A. (“Mota-Engil Peru”) Através da Mota-Engil Latin America BV Através da Mota-Engil Engenharia e Construção Mota-Engil Prodi S.A.P.I. de C.V. ("Mota-Engil Prodi") Através da Mota-Engil México Mota-Engil Chile S.A. ("Mota-Engil Chile") Através da Mota- Engil Latam Portugal Através da Mota- Engil Engenharia e Construção Opway México ("Opway Mexico") Através da Mota-Engil América Latina SAPI Promotora Inmobiliaria Santa Clara, S.A. ("Santa Clara") Através da Mota- Engil Peru Rentaco Peru, S.A. ("Rentaco Peru") Através da Mota-Engil Peru Através da Mota-Engil Energia Peru Tarucani Generating Company, S.A. ("Tarucani") Através da Mota- Engil Energia Peru Através da Mota- Engil Peru Tertir Peru, S.A. ("Tertir Peru") Através da Tertir Através da Mota-Engil Peru Tracevia do Brasil -Sistemas de Telemática Rodoviaria Ltda. ("Tracevia Brasil") Através MEBR Engenharia, Consultoria e Participações, Ltda. 178 Sede Holanda (Amesterdão) Holanda (Amesterdão) Peru (Lima) México (Cidade do México) Colômbia (Bogotá) Colômbia (Bogotá) México (Cidade do México) Portugal (Porto) (Lima) Holanda (Amesterdão) México (Cidade do México) México (Cidade do México) México (Cidade do México) México (Cidade do México) Peru (Lima) México (Cidade do México) Chile (Santiago) México (Cidade do México) Peru (Lima) Peru (Lima) Peru (Lima) Peru (Lima) Brasil (São Paulo) Percentagem efetiva da participação 50,99 50,99 100,00 100,00 100,00 99,90 0,10 100,00 0,02 99,98 100,00 100,00 100,00 99,00 1,00 51,00 51,00 0,00 100,00 100,00 100,00 99,98 0,02 51,00 51,00 51,00 19,18 31,82 0,00 100,00 50,00 50,00 51,00 51,00 0,00 51,00 0,01 50,99 100,00 99,90 0,10 50,10 50,10 100,00 99,00 1,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 99,90 0,10 100,00 99,98 0,02 100,00 80,00 20,00 99,99 99,99 Atividade Data de constituição Gestão de participações financeiras nov-15 Gestão de participações financeiras Gestão de participações financeiras Gestão de participações financeiras Construção civil e obras públicas Construção civil e obras públicas Desenvolvimento e operacionalizaçao de produção de energia Gestão de participações financeiras Outras atividades empresarias Gestão de participações financeiras Construção civil e obras públicas Gestão de participações financeiras nov-15 dez-15 Data de aquisição - nov-13 mai-14 fev-11 - - - set-15 jul-15 - mai-11 - set-15 - jan-10 - jan-10 - fev-15 - Imobiliário e turismo Gestão de participações financeiras Construção civil e obras públicas jun-15 - set-86 - Construção civil e obras públicas fev-14 - Construção civil e obras públicas fev-13 - Construção civil e obras públicas - - Prestação de serviços de promoção imobiliária mai-12 - fev-13 - Geração e distribuição de energia elétrica abr-00 - Exploração de terminais - - Conceção, instalação, desenvolvimento e manutenção de ITS mar-11 - Aluguer de equipamento Empresas registadas pelo Método da Equivalência Patrimonial As empresas do GRUPO incluídas na consolidação pela aplicação do Método da Equivalência Patrimonial, suas respetivas sedes e proporção do capital detido em 31 de dezembro de 2015, são as seguintes: Designação Sede Percentagem efetiva da participação Portugal Portugal Portugal Peru Portugal Portugal 29,99 30,10 29,99 29,99 30,10 29,99 Eslováquia Portugal 50,00 51,00 Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Espanha Portugal Portugal Moçambique Portugal Portugal Portugal Portugal 30,14 42,50 18,45 15,07 40,00 50,00 50,00 30,00 45,00 47,25 18,94 31,56 31,56 15,78 Angola Angola Angola Angola 44,87 25,42 15,25 25,42 México México México México México México México México México México México Portugal 17,00 40,00 17,03 17,03 25,50 20,40 10,20 17,03 17,85 25,50 20,00 37,50 Empresas associadas Empresa-Mãe do Grupo e atividades conexas Nortenha Angola, SGPS, S.A. ("Nortenha") Riscos e Diâmetros Angola, SGPS, S.A. ("Riscos e Diâmetros Angola") SMGT Angola, SGPS, SA ("SMGT") Sangobiar Perú, S.A. ("Sangobiar") Vitropor Moçambique, SGPS, S.A. ("Vitropor Moçambique") Sunviauto Internacional, SGPS, S.A. ("Sunviauto Internacional") Europa - Engenharia e Construção M-Invest Slovakia Mierova , s.r.o. ("Mierova") Turalgo-Sociedade de Promoção Imobiliária e Turística do Algarve, S.A. (“Turalgo”) Europa - Ambiente e Serviços Ambilital – Investimentos Ambientais no Alentejo, EIM. (“Ambilital”) Chinalog - Serviços Logísticos e Consultadoria, Lda. ("Chinalog") Citrup – Centro Integrado de Resíduos, Lda. (“Citrup”) Ecolezíria - Empresa Intermunicipal para Tratamento de Resíduos Sólidos, E. I. M. ("Ecolezíria") Haçor, Conc. Edifício do Hospital da Ilha Terceira, S.A. ("Haçor") HL - Sociedade Gestora do Edifício, S.A. ("HL - Sociedade Gestora do Edifício") Ibercargo Rail, S.A. ("Ibercargo") Logz - Atlantic Hub, S.A. ("Logz") Manvia II Condutas, Lda. ("Manvia II Condutas") Manvia Condutas Moçambique, Lda. ("Manvia Condutas Moçambique") Operestiva - Empresa de Trabalho Portuário de Setúbal, Lda. ("Operestiva") - Grupo SLPP Sadoport - Terminal Marítimo do Sado, S.A. ("Sadoport") - Grupo SLPP SLPP - Serviços Logísticos de Portos Portugueses, S.A. ("SLPP") - Grupo SLPP Tersado - Terminais Portuários do Sado, S.A. ("Tersado") África Automatriz, S.A. ("Automatriz") Icer – Indústria de Cerâmica, Lda. (“Icer”) Mebisa - Minerais e Britagens, S.A. ("Mebisa") Vista Power, Lda. ("Vista Power") América Latina Autopista Urbana Siervo de la Nacion, SAPI de CV ("Autopista Siervo de la Nacion") Concessionária Autopista Cardel-Poza Rica SA de CV ("Concessionária Autopista Cardel") Concessionária Autopista Tuxpan-Tampico SA de CV ("Concessionária Autopista Tuxpan-Tampico") Construtora Tuxpan Tampico ("Construtora Tuxpan Tampico") Constructora Auto-Pista Perote Xalapa, SA de CV ("Constructora Perote Xalapa") Constructora Concessionária Autopista Cardel-Poza Rica, S.A. de CV ("Constructora Cardel-Poza Rica") Constructora M&R, S.A. de C.V. ("Constructora M&R") Constructora Gran Canal SAPI de CV ("Construtora Gran Canal") Eco Innovacion Ambiental SAPI de CV ("Eco Innovacion") Gestion e Innovacion en Servicios Ambientales SA de CV ("GISA") M&R de Occidente SAPI de CV ("Concessionária M&R") Grupo Martifer 179 Designação Sede Percentagem efetiva da participação Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal 50,06 24,53 50,06 50,06 50,06 49,81 50,06 50,06 49,92 Peru 50,00 Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal México Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Holanda Portugal Holanda México Brasil Moçambique Moçambique Holanda Portugal Portugal Moçambique México Portugal Portugal Portugal 60,00 60,00 50,83 50,83 30,00 60,00 24,66 24,23 26,42 26,42 26,76 19,79 26,43 26,43 26,76 19,79 24,23 24,66 60,00 60,00 60,00 60,00 30,00 30,00 60,00 24,00 60,00 22,81 13,34 24,00 30,00 13,34 12,00 13,34 Empresas conjuntamente controladas Europa - Ambiente e Serviços Aqualevel, Soc. Unipessoal, Lda. (“Aqualevel”) - Grupo Indaqua Águas de S. João, E.M., S.A. ("Águas de S. João") - Grupo Indaqua Indaqua – Indústria e Gestão de Águas, S.A. (“Indaqua”) - Grupo Indaqua Indaqua Fafe – Gestão de Águas de Fafe, S.A. (“Indaqua Fafe”) - Grupo Indaqua Indaqua Feira - Indústria de Águas de Santa Maria da Feira, S.A. - (“Indaqua Feira”) - Grupo Indaqua Indaqua Matosinhos - Gestão de Águas de Matosinhos, S.A. (“Indaqua Matosinhos”) - Grupo Indaqua Indaqua Oliveira de Azeméis - Gestão de Águas de Oliveira de Azeméis, S.A. (“Indaqua Oliveira de Azeméis”) - Grupo Indaqua Indaqua Santo Tirso/ Trofa – Gestão de Águas de Santo Tirso e Trofa, S.A. (“Indaqua Sto. Tirso/ Trofa”) - Grupo Indaqua Indaqua Vila do Conde - Gestão de Águas de Vila do Conde, S.A. (“Indaqua V. Conde”) - Grupo Indaqua América Latina Terminais Portuários Euroandinos Paita, S.A. ("TPE Paita") Grupo Ascendi Ascendi Group, SGPS, S.A. ("Ascendi Group") Ascendi - Serviços de Assessoria, Gestão e Operação, S.A. ("Ascendi SA") Ascendi Pinhal Interior - Estradas do Pinhal Interior, S.A. ("Ascendi Pinhal Interior") Ascendi Operadora PI, Operação e Manutenção Rodoviária, S.A. ("Ascendi Operadora Pinhal Interior") Ascendi PT II SGPS, S.A. ("Ascendi PT II") Ascendi Mexico, S.A. C.V. ("Ascendi México") Ascendi Norte, Auto-Estradas do Norte, S.A. ("Ascendi Norte") Ascendi Douro, Estradas do Douro Interior, S.A. ("Ascendi Douro") Ascendi Beiras Litoral e Alta, Auto-Estradas das Beiras Litoral e Alta, S.A. ("Ascendi B. Litoral e Alta") Ascendi Costa de Prata, Auto-Estradas da Costa de Prata, S.A. ("Ascendi Costa de Prata") Ascendi Grande Porto, Auto-Estradas do Grande Porto, S.A. ("Ascendi Grande Porto") Ascendi Grande Lisboa, Auto-Estradas da Grande Lisboa, S.A. ("Ascendi Grande Lisboa") Ascendi Operadora BLA, Operação e Manutenção Rodoviária, S.A. ("Ascendi Operadora BLA") Ascendi Operadora CP, Operação e Manutenção Rodoviária, S.A. ("Ascendi Operadora CP") Ascendi Operadora GP, Operação e Manutenção Rodoviária, S.A. ("Ascendi Operadora GP") Ascendi Operadora GL, Operação e Manutenção Rodoviária, S.A. ("Ascendi Operadora GL") Ascendi Operadora DI, Operação e Manutenção Rodoviária, S.A. ("Ascendi Operadora DI") Ascendi Operadora NT, Operação e Manutenção Rodoviária, S.A. ("Ascendi Operadora NT") Ascendi O&M, S.A. ("Ascendi O&M") Ascendi International Holding, B.V. ("Ascendi International Holding") Ascendi IGI, Inovação e Gestão de Infra-Estruturas, S.A. ("Ascendi IGI") Ascendi Financing, B.V. ("Ascendi Financing") Concessionária Autopista Perote-Xalapa, S.A. de C.V. ("Concessionária Autopista Perote-Xalapa") Concessionária Rodovias do Tietê, S.A. ("CRT") Suc Moçambique Ascendi Estradas do Zambeze, S.A. ("Estradas do Zambeze") Esconcessões Latam Holding B.V. ("ESConcessions Latam Holding") Lusoponte - Concessionária para a Travessia do Tejo, S.A. ("Lusoponte") MRN - Manutenção de Rodovias Nacionais, S.A. ("MRN") Operadora Estradas Zambeze, S.A. ("Operadora Estradas Zambeze") Operadora Autopista Perote-Xalapa, S.A. de C.V. ("Operadora Perote Xalapa") Portvias - Portagem de Vias, S.A. ("Portvias") Via Verde Portugal - Gestão de Sistemas Electrónicos de Cobrança, S.A. ("Via Verde") Scutvias–Autoestradas da Beira Interior, S.A. ("Scutvias") 180 181 182 Índice PARTE I − INFORMAÇÃO SOBRE ESTRUTURA ACIONISTA, ORGANIZAÇÃO E GOVERNO DA SOCIEDADE 185 A. ESTRUTURA ACIONISTA I. Estrutura de capital II. Participações sociais e obrigações detidas 185 185 187 B. ÓRGÃOS SOCIAIS E COMISSÕES I. Assembleia Geral II. Administração e Supervisão III. Fiscalização IV. Revisor Oficial de Contas V. Auditor Externo 189 189 190 204 209 210 C. ORGANIZAÇÃO INTERNA I. Estatutos II. Comunicação de irregularidades III. Controlo interno e gestão de riscos IV. Apoio ao investidor V. Sítio de Internet 213 213 213 214 220 221 D. REMUNERAÇÕES I. Competência para a determinação II. Comissão de remunerações III. Estrutura das remunerações IV. Divulgação das remunerações V. Acordos com implicações remuneratórias VI. Planos de atribuição de ações ou opções sobre ações (stock options) 223 223 223 224 230 232 233 E. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS I. Mecanismos e procedimentos de controlo II. Elementos relativos aos negócios 234 234 235 PARTE II − AVALIAÇÃO DO GOVERNO SOCIETÁRIO 236 1. Identificação do Código de Governo das Sociedades adotado 2. Análise de cumprimento do Código de Governo das Sociedades adotado 3. Outras informações 236 236 240 184 PARTE I − INFORMAÇÃO SOBRE ESTRUTURA ACIONISTA, ORGANIZAÇÃO E GOVERNO DA SOCIEDADE A. ESTRUTURA ACIONISTA I. Estrutura de capital 1. Estrutura de capital (capital social, número de ações, distribuição do capital pelos acionistas, etc.), incluindo indicação das ações não admitidas à negociação, diferentes categorias de ações, direitos e deveres inerentes às mesmas e percentagem de capital que cada categoria representa (Art. 245º-A, nº 1, al. a)). O capital social da Mota-Engil, SGPS, SA é de 237.505.141 euros e é representado por 237.505.141 ações ordinárias, nominativas e com um valor nominal de um euro por ação. Todas as ações estão cotadas na NYSE Euronext Lisbon. Distribuição do capital pelos acionistas em 31 de dezembro de 2015: Acionistas Ações próprias: Nº de ações % Capital % Direitos de voto 1.559.742 0,66% - 148.974.625 62,72% 63,14% Amber Capital Management LP 4.275.000 1,80% 1,81% Invesco Limited 4.113.421 1,73% 1,74% 78.582.353 33,09% 33,31% 237.505.141 100,00% 100,00% Participações Qualificadas: FM – Sociedade de Controlo, SGPS, SA Freefloat 2. Restrições à transmissibilidade das ações, tais como cláusulas de consentimento para a alienação, ou limitações à titularidade de ações (Art. 245º-A, nº 1, al. b)). Não existem restrições à transmissibilidade das ações. 3. Número de ações próprias, percentagem de capital social correspondente e percentagem de direitos de voto a que corresponderiam as ações próprias (Art. 245º-A, nº 1, al. a)). Em 31 de dezembro de 2015, a Mota-Engil, SGPS, SA detinha 1.559.742 ações próprias correspondentes a 0,66% do capital social, as quais não conferem direito de voto. 185 4. Acordos significativos de que a sociedade seja parte e que entrem em vigor, sejam alterados ou cessem em caso de mudança de controlo da sociedade na sequência de uma oferta pública de aquisição, bem como os efeitos respetivos, salvo se, pela sua natureza, a divulgação dos mesmos for seriamente prejudicial para a sociedade, exceto se a sociedade for especificamente obrigada a divulgar essas informações por força de outros imperativos legais (art. 245º-A, nº 1, al. j). Não existem acordos significativos de que a Sociedade seja parte e que entrem em vigor, sejam alterados ou cessem em caso de mudança de controlo da Sociedade. 5. Regime a que se encontre sujeita a renovação ou revogação de medidas defensivas, em particular aquelas que prevejam a limitação do número de votos suscetíveis de detenção ou de exercício por um único acionista de forma individual ou em concertação com outros acionistas. Não foram adotadas quaisquer medidas defensivas nem existem quaisquer limitações estatutárias relativas ao número de votos que podem ser exercidos por um único acionista. 6. Acordos parassociais que sejam do conhecimento da sociedade e possam conduzir a restrições em matéria de transmissão de valores mobiliários ou de direitos de voto (art. 245º-A, nº 1, al. g). A Sociedade não tem conhecimento de quaisquer acordos parassociais que possam conduzir a restrições em matéria de transmissão de valores mobiliários ou de direitos de voto. 186 II. Participações sociais e obrigações detidas 7. Identificação das pessoas singulares ou coletivas que, direta ou indiretamente, são titulares de participações qualificadas (art. 245º-A, nº 1, als. c) e d) e art. 16º), com indicação detalhada da percentagem de capital e de votos imputável e da fonte e causas de imputação. Em 31 de dezembro de 2015 e de acordo com as notificações recebidas pela Sociedade, os acionistas que, de acordo com o artigo 20º do Código das Sociedades Comerciais, têm uma participação qualificada representativa de, pelo menos, 2% do capital social da Mota-Engil, SGPS, SA são os seguintes: Acionistas Nº de ações Mota Gestão e Participações, SGPS, SA (*) % Capital voto % Direitos de voto 131.568.411 55,40% 55,76% António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota (**) (a) 5.433.040 2,29% 2,30% Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota de Meireles (**) (a) 4.484.211 1,89% 1,90% Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa (**) (a) 3.676.836 1,55% 1,56% Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos (**) (a) 3.675.066 1,55% 1,56% Maria Sílvia Fonseca Vasconcelos Mota (***) 87.061 0,04% 0,04% Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos (**) (***) 50.000 0,02% 0,02% 148.974.625 62,72% 63,14% Atribuível à FM – Sociedade de Controlo, SGPS, SA 4.275.000 1,80% 1,81% Atribuível à Amber Capital Management LP Amber Capital UK LLP (*) 4.275.000 1,80% 1,81% Invesco Perpetual European Sm Cos (*) 1.715.052 0,72% 0,73% Invesco Perpetual European Opportunities Fund (*) 1.414.606 0,60% 0,60% 933.180 0,39% 0,40% Invesco Global Europe Mid Mother Fund (*) 19.604 0,01% 0,01% Invesco Europe Equity Fund (*) 17.599 0,01% 0,01% Powershares FTSE Rafi Dev Markets (*) 9.004 0,00% 0,00% Powershares FTSE Rafi Eur Small-Mid Fund (*) 4.376 0,00% 0,00% 4.113.421 1,73% 1,74% Invesco Pan European Small Cap Equity Fund (*) Atribuível à Invesco Limited Ações próprias Freefloat TOTAL 1.559.742 0,66% - 78.582.353 33,09% 33,31% 237.505.141 100,00% 100,00% (*) Acionista direta da Sociedade (**) Membro do Conselho de Administração da Sociedade (***) Dirigente da Sociedade Em 31 de dezembro de 2015, a Mota Gestão e Participações, SGPS, SA é detida a 100% pela FM – Sociedade de Controlo, SGPS, S.A., a qual é detida a 100% pelos membros do Conselho de Administração assinalados com (a) acima. À data deste relatório, eram atribuíveis à FM – Sociedade de Controlo, SGPS, SA 149.967.703 ações, correspondentes a 63,14% do capital social da Mota-Engil, SGPS, SA, que conferem 64,13% dos direitos de voto. Não existem acionistas, ou categoria de acionistas, titulares de direitos especiais. 187 8. Indicação sobre o número de ações e obrigações detidas por membros dos órgãos de administração e de fiscalização. [NOTA: a informação deve ser prestada de forma a dar cumprimento ao disposto no nº 5 do art. 447º CSC] As ações e obrigações detidas pelos membros dos órgãos de administração e de fiscalização da Sociedade encontram-se divulgadas em anexo ao relatório anual de gestão nos termos exigidos pelo artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais e pelo número 7 do artigo 14º do Regulamento da CMVM nº 5/2008. 9. Poderes especiais do órgão de administração, nomeadamente no que respeita a deliberações de aumento do capital (art. 245º-A, nº 1, al. i), com indicação, quanto a estas, da data em que lhe foram atribuídos, prazo até ao qual aquela competência pode ser exercida, limite quantitativo máximo do aumento do capital social, montante já emitido ao abrigo da atribuição de poderes e modo de concretização dos poderes atribuídos. De acordo com o nº 7 do artigo 6º dos estatutos da Sociedade, o Conselho de Administração da Mota-Engil, SGPS, SA poderá deliberar o aumento do capital social, por entradas em dinheiro, da Sociedade, por uma ou mais vezes, no valor máximo de oitenta milhões de euros, com o exclusivo propósito de entregar novas ações aos titulares, que tenham solicitado a conversão, de valores mobiliários representativos de dívida convertíveis (convertible bonds) em ações ordinárias da Sociedade. Em 31 de dezembro de 2015, a Sociedade não era emitente de quaisquer valores mobiliários representativos de dívida convertíveis (convertible bonds). 10. Informação sobre a existência de relações significativas de natureza comercial entre os titulares de participações qualificadas e a sociedade. Não existem relações significativas de natureza comercial entre os titulares de participações qualificadas e a Sociedade. 188 B. ÓRGÃOS SOCIAIS E COMISSÕES I. Assembleia Geral 11. Identificação e cargos dos membros da Mesa da Assembleia Geral e respetivo mandato (início e fim) Em 31 de dezembro de 2015, a Mesa da Assembleia Geral era composta pelos seguintes membros, mandatados para o período 2014-2017: Presidente: Dr. Luís Neiva Santos Secretário: Dr. Rodrigo Neiva Santos 12. Eventuais restrições em matéria de direito de voto, tais como limitações ao exercício do voto dependente da titularidade de um número ou percentagem de ações, prazos impostos para o exercício do direito de voto ou sistemas de destaque de direitos de conteúdo patrimonial (Art 245º-A, nº1, al.f) De acordo com os estatutos da Mota-Engil, SGPS, SA, a cada ação corresponde um voto, estando assegurada, deste modo, a necessária proporcionalidade entre detenção de capital e direito de voto. Ainda que o contrato social da Mota-Engil, SGPS, SA preveja a possibilidade de a Sociedade emitir ações preferenciais sem voto, não existe atualmente esta categoria de ações. De acordo com o artigo 24º dos estatutos da Sociedade, para que a Assembleia Geral possa reunir e deliberar em primeira convocação, é indispensável a presença ou representação de acionistas que detenham ações correspondentes a mais de 50% do capital social. As regras estatutárias sobre o exercício do direito de voto por correspondência estão previstas no artigo 23º dos estatutos da Sociedade. De acordo com aquele artigo, os acionistas poderão votar por correspondência relativamente a todo e qualquer tema, não estando prevista qualquer restrição a este nível. A Sociedade disponibiliza um modelo para o exercício do direito de voto por correspondência. Este modelo pode ser obtido através dos serviços da Direção de Relações com o Mercado de Capitais (Dr. João Vermelho – e-mail: [email protected]). Só serão considerados os votos por correspondência desde que as declarações de voto por correspondência sejam recebidas na sede da Sociedade com pelo menos três dias de antecedência em relação à data da assembleia geral. Não é ainda possível o exercício do direito de voto por meios eletrónicos. Até à presente data, a Sociedade não teve qualquer solicitação ou manifestação de interesse por parte de acionistas ou investidores na disponibilização desta funcionalidade. Os acionistas da Sociedade podem aceder, no sítio da Internet (www.mota-engil.pt) aos extratos das atas das reuniões das assembleias gerais, sendo as mesmas divulgadas dentro do prazo de cinco dias após a sua realização. 189 A Sociedade disponibiliza, no seu sítio da Internet (www.mota-engil.pt), informação relativa às deliberações tomadas nas reuniões das assembleias gerais da Sociedade referentes aos três últimos exercícios, bem como o capital social representado e os resultados das votações. A Sociedade não adotou qualquer mecanismo que provoque o desfasamento entre o direito ao recebimento de dividendos ou à subscrição de novos valores mobiliários e o direito de voto de cada ação. 13. Indicação da percentagem máxima dos direitos de voto que podem ser exercidos por um único acionista ou por acionistas que com aquela se encontrem em alguma das relações do nº1 do Artigo 20º O Contrato de Sociedade não prevê a limitação de votos suscetíveis de detenção ou de exercício por um único acionista de forma individual ou em concertação com outros acionistas. 14. Identificação das deliberações acionistas que, por imposição estatutária, só podem ser tomadas com maioria qualificada, para além das legalmente previstas, e indicação dessas maiorias De acordo com o estabelecido nos estatutos da Sociedade, as deliberações da Assembleia Geral deverão ser tomadas por maioria simples, exceto se a lei exigir diversamente. II. Administração e Supervisão 15. Identificação do modelo de governo adotado A Mota-Engil, SGPS, SA adota um modelo de governo «latino»/clássico reforçado, composto por Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas, não fazendo o último parte do Conselho Fiscal. O Conselho de Administração é o órgão responsável por praticar todos os atos de administração relativos ao objeto social, determinar a orientação estratégica e proceder à designação e supervisão geral da atuação da Comissão Executiva e das comissões especializadas por si constituídas. Os restantes dois órgãos têm a responsabilidade de fiscalização. Os detalhes da estrutura adotada, os órgãos que a compõem e correspondentes funções e responsabilidades são apresentados a seguir. 16. Regras estatutárias sobre requisitos procedimentais e materiais aplicáveis à nomeação e substituição dos membros, consoante aplicável, do Conselho de Administração, do Conselho de Administração Executivo e do Conselho Geral e de Supervisão e do (art. 245º-A, nº 1, al. h) Os membros do Conselho de Administração são eleitos, de acordo com a lei e os estatutos, nos termos constantes de proposta aprovada em Assembleia Geral de Acionistas. Adicionalmente, e tal como previsto na lei e nos estatutos, o Conselho de Administração elegeu uma Comissão Executiva. Os estatutos não preveem qualquer regime específico relativo à substituição de membros do Conselho de Administração, pelo que esta se processa nos termos previstos no nº 3 do artigo 393º do Código das Sociedades Comerciais. 190 17. Composição, consoante aplicável, do Conselho de Administração, do Conselho de Administração Executivo e do Conselho Geral e de Supervisão, com indicação do número estatutário mínimo e máximo de membros, duração estatutária do mandato, número de membros efetivos, data da primeira designação e data do termo de mandato de cada membro De acordo com os estatutos da Sociedade, o Conselho de Administração é composto por um número mínimo de três membros e um máximo de 16 membros, que poderão ser, ou não, acionistas, eleitos em Assembleia Geral. O mandato do Conselho de Administração é de quatro anos, sendo permitida a sua reeleição nos termos legais. O atual mandato do Conselho de Administração corresponde ao quadriénio 2014-2017. A Assembleia Geral procede à designação, de entre os administradores eleitos, do presidente e de até três vice-presidentes. Em 31 de dezembro de 2015, a Mota-Engil, SGPS, SA tinha um Conselho de Administração composto por 16 membros: um presidente, dois vice-presidentes e 13 vogais. Na mesma data, sete dos seus membros exerciam funções executivas e formavam uma Comissão Executiva, e outros nove exerciam funções não executivas. Administrador Primeira designação Termo do mandato em curso António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota 31 de março de 2000 31 de dezembro de 2017 Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo 26 de maio de 2008 31 de dezembro de 2017 Gonçalo Nuno Gomes de A. Moura Martins 28 de março de 2008 31 de dezembro de 2017 Maria Manuela Queirós V. Mota dos Santos 31 de março de 2000 31 de dezembro de 2017 Maria Teresa Queirós V. Mota Neves da Costa 31 de março de 2000 31 de dezembro de 2017 Maria Paula Queirós V. Mota de Meireles 31 de março de 2000 31 de dezembro de 2017 17 de abril de 2012 31 de dezembro de 2017 28 de março de 2008 31 de dezembro de 2017 Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos Ismael Antunes Hernandez Gaspar (1) 7 de janeiro de 2013 24 de abril de 2013(2) 31 de dezembro de 2017 António Martinho Ferreira de Oliveira 30 de abril de 2014 31 de dezembro de 2017 Gilberto Silveira Rodrigues 30 de abril de 2014 31 de dezembro de 2017 João Pedro dos Santos Dinis Parreira 30 de abril de 2014 31 de dezembro de 2017 Luís Filipe Cardoso da Silva 31 de março de 2010 31 de dezembro de 2017 Luís Valente de Oliveira 31 de março de 2006 31 de dezembro de 2017 António Bernardo A. da Gama Lobo Xavier 31 de março de 2006 31 de dezembro de 2017 15 de abril de 2009 31 de dezembro de 2017 José Pedro Matos Marques Sampaio de Freitas António Manuel da Silva Vila Cova (1) (2) Cooptação pelo Conselho de Administração Ratificação da cooptação em Assembleia Geral No dia 2 de fevereiro de 2016, o Sr. Eng. Gilberto Silveira Rodrigues solicitou a renúncia ao seu cargo de administrador da Mota-Engil, SGPS, SA. 191 18. Distinção dos membros executivos e não executivos do Conselho de Administração e, relativamente aos membros não executivos, identificação dos membros que podem ser considerados independentes, ou, se aplicável, identificação dos membros independentes do Conselho Geral e de Supervisão Executivo / Não-executivo (1) Independente / Não-independente (2) António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota Não-executivo Não-independente Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo Não-executivo Não-independente Gonçalo Nuno Gomes de A. Moura Martins Executivo Não-independente Maria Manuela Queirós V. Mota dos Santos Não-executivo Não-independente Maria Teresa Queirós V. Mota Neves da Costa Não-executivo Não-independente Maria Paula Queirós V. Mota de Meireles Não-executivo Não-independente Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos Executivo Não-independente Ismael Antunes Hernandez Gaspar Executivo Não-independente José Pedro Matos Marques Sampaio de Freitas Executivo Não-independente António Martinho Ferreira de Oliveira Executivo Não-independente Gilberto Silveira Rodrigues Executivo Não-independente João Pedro dos Santos Dinis Parreira Executivo Não-independente Luís Filipe Cardoso da Silva Não-executivo Não-independente Luís Valente de Oliveira Não-executivo Independente António Bernardo A. da Gama Lobo Xavier Não-executivo Independente António Manuel da Silva Vila Cova Não-executivo Independente Administrador (1) (2) Executivo: membro da Comissão Executiva; Não-executivo: não-membro da Comissão Executiva; Considerados independentes de acordo com o critério de independência estabelecido no ponto 18.1 do Anexo I do Regulamento CMVM nº 4/2013 da CMVM e da recomendação II.1.7 do Código do Governo das Sociedades da CMVM (2013). Entende-se que as retribuições anuais de 35.000 euros, 65.000 euros e 39.500 euros (ver ponto 77) dos administradores Luís Valente de Oliveira, António Bernardo A. da Gama Lobo Xavier e António Manuel da Silva Vila Cova, respetivamente, não lhes retira a sua independência. Sendo três o número de independentes de acordo com os critérios supraexplanados, de entre um total de nove administradores não executivos, considera-se haver uma proporção adequada de independentes entre os administradores não executivos. 19. Qualificações profissionais e outros elementos curriculares relevantes de cada um dos membros, consoante aplicável, do Conselho de Administração, do Conselho Geral e de Supervisão e do Conselho de Administração Executivo. António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota (Presidente) Qualificações profissionais - Licenciatura em Engenharia Civil (Vias de Comunicação) pela Faculdade de Engenharia Civil da Universidade do Porto Percurso profissional nos últimos cinco anos - Atualmente, e há pelo menos cinco anos, para além de ser presidente do Conselho de Administração e presidente da Comissão de Vencimentos da MotaEngil, SGPS, SA, exerce funções em vários órgãos sociais de empresas do Grupo e de empresas fora do Grupo 192 Gonçalo Nuno Gomes de Andrade Moura Martins (Vice-presidente) Qualificações profissionais - Licenciatura em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa - Pós-graduação em Gestão pelo Instituto Superior de Gestão Percurso profissional nos últimos cinco anos - Desde janeiro de 2009 que exerce a presidência do Conselho de Administração da Ascendi Group, SGPS, SA - Em 31 de dezembro de 2015, para além de Vice-presidente do Conselho de Administração e membro da Comissão Executiva da Mota-Engil, SGPS, SA, exercia funções em vários órgãos sociais de empresas do Grupo Mota-Engil Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo (Vice-presidente) Qualificações profissionais - Licenciatura em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Percurso profissional nos últimos cinco anos - Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil, Engenharia e Construção, SA - Presidente do Conselho de Administração da MEITS - Mota-Engil, Imobiliária e Turismo, SA - Gerente da Mota Internacional, Lda. - Membro da Comissão de Fixação de Vencimentos da Aurimove – Sociedade Imobiliária, SA - Atualmente, para além de Vice-Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil, SGPS, SA, exerce funções em vários órgãos sociais de empresas do Grupo Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos (Vogal) Qualificações profissionais - Licenciatura em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Percurso profissional nos últimos cinco anos - Atualmente, e há pelo menos cinco anos, para além de membro do Conselho de Administração da Mota-Engil, SGPS, SA, exerce funções em vários órgãos sociais de empresas do Grupo e de empresas fora do Grupo Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa (Vogal) Qualificações profissionais - Licenciatura em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto Percurso profissional nos últimos cinco anos - Atualmente, e há pelo menos cinco anos, para além de ser membro do Conselho de Administração e da Comissão de Vencimentos da Mota-Engil, SGPS, SA, exerce funções em vários órgãos sociais de empresas do Grupo e de empresas fora do Grupo 193 Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota de Meireles (Vogal) Qualificações profissionais - Licenciatura em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Percurso profissional nos últimos cinco anos - Atualmente, e há pelo menos cinco anos, para além de ser membro do Conselho de Administração da Mota-Engil, SGPS, SA, exerce funções em vários órgãos sociais de empresas do Grupo e de empresas fora do Grupo Ismael Antunes Hernandez Gaspar (Vogal) Qualificações profissionais - Licenciatura em Engenharia Civil pelo ISEL Percurso profissional nos últimos cinco anos - Vice-presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil, Ambiente e Serviços, SGPS, S.A. - Atualmente, e há pelo menos cinco anos, para além de membro do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Mota-Engil, SGPS, SA, exerce funções em vários órgãos sociais de empresas do Grupo e de empresas fora do Grupo Luís Filipe Cardoso da Silva (Vogal) Qualificações profissionais - Licenciatura em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto Percurso profissional nos últimos cinco anos - Administrador da MESP, Mota-Engil Serviços Partilhados Administrativos e de Gestão SA - Administrador da MESP Central Europe Sp. z.o.o. - Administrador da Mota-Engil Brand Management B.V. - Membro do Conselho Geral e de Supervisão da Vortal - Comércio Electrónico, Consultadoria e Multimédia, SA - Membro do Conselho Superior da Ascendi Group, SGPS, SA - Administrador da Martifer, SGPS, SA - Foi membro do Conselho Fiscal de várias sociedades do Grupo Ascendi - Atualmente, para além de membro do Conselho de Administração da Mota-Engil, SGPS, SA, exerce funções em vários órgãos sociais de empresas do Grupo Mota-Engil Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos (Vogal) Qualificações profissionais - Licenciatura em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto - Master in Business Administration pela Universidade do Porto Percurso profissional nos últimos cinco anos - Administrador da Mota-Engil, Engenharia e Construção, SA - Vogal do Conselho Superior e de Supervisão da Mota-Engil Angola, SA - Vice-Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil, Engenharia e Construção, SA - Administrador da Mota Gestão e Participações, SGPS, SA - Atualmente, para além de membro do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Mota-Engil, SGPS, SA, exerce funções em vários órgãos sociais de empresas do Grupo Mota-Engil 194 José Pedro Matos Marques Sampaio de Freitas (Vogal) Qualificações profissionais - Licenciatura em Economia pela Universidade Católica Portuguesa – Porto Percurso profissional nos últimos cinco anos - Administrador Financeiro (CFO) no Grupo Mota-Engil - Administrador não executivo no Grupo Sunviauto - Diretor-geral na empresa Mota Gestão e Participações, SGPS, SA - Responsável do Serviço Financeiro no Grupo Empresarial Ascendi - Atualmente, para além de membro do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Mota-Engil, SGPS, SA, exerce funções em vários órgãos sociais de empresas do Grupo Mota-Engil Gilberto Silveira Rodrigues (Vogal) Qualificações profissionais - Licenciatura em Engenharia Civil, pelo Instituto Superior de Engenharia do Porto - Pós-graduação em Gestão Avançada pela Universidade Católica Portuguesa Percurso profissional nos últimos cinco anos - Membro do Conselho de Administração da Mota-Engil, Engenharia e Construção, SA - Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil Angola, SA - Em 31 de dezembro de 2015, para além de membro do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Mota-Engil, SGPS, SA, exercia funções em vários orgãos sociais de empresas do Grupo Mota-Engil. João Pedro dos Santos Dinis Parreira (Vogal) Qualificações profissionais - Licenciatura em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra - Pós-graduação em Gestão pela Universidade Católica Portuguesa Percurso profissional nos últimos cinco anos - General Manager da Ascendi Group para os mercados da Colômbia, Peru e México - Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil México, SA de CV - Membro do Conselho de Administração da Mota-Engil Latin America B.V. - Atualmente, para além de membro do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Mota-Engil, SGPS, SA, exerce funções em vários orgãos sociais de empresas do Grupo Mota-Engil António Martinho Ferreira de Oliveira (Vogal) Qualificações profissionais - Bacharelato em Engenharia Civil pelo Instituto Superior de Engenharia de Coimbra - Pós-Graduação em Gestão pela Universidade Nova de Lisboa Percurso profissional nos últimos cinco anos - Administrador da Mota-Engil, Engenharia e Construção, SA - Presidente da Comissão Executiva da Mota-Engil, Engenharia e Construção, SA - Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil Serviços Partilhados Administrativos e de Gestão SA - Atualmente, para além de membro do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Mota-Engil, SGPS, SA, exerce funções em vários orgãos sociais de empresas do Grupo Mota-Engil 195 Luís Valente de Oliveira (Vogal independente) Qualificações profissionais - Licenciatura em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto - Doutoramento em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto - Professor catedrático aposentado da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Percurso profissional nos últimos cinco anos - Administrador da Associação Empresarial de Portugal - Coordenador Europeu das Auto-Estradas do Mar - Administrador da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) - Vogal e Presidente da Comissão de Auditoria e Risco do Millennium BCP - Presidente do Conselho Fiscal da EFACEC - Desde 2006, vogal independente do Conselho de Administração da Mota-Engil, SGPS, SA António Bernardo Aranha da Gama Lobo Xavier (Vogal independente) Qualificações profissionais - Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra - Mestre em Ciências Jurídico-Económicas pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra Percurso profissional nos últimos cinco anos - Desde 1999 e até à presente data, é consultor da comissão executiva da SonaeCom, SGPS, SA, encontrando-se encarregado de dirigir os departamentos legal, fiscal, de relações públicas e o de regulação - Desde 1985, tem exercido de forma independente funções de jurisconsulto nas áreas do Direito Financeiro e do Direito Fiscal - Desde 2006, vogal independente do Conselho de Administração da Mota-Engil, SGPS, SA António Manuel da Silva Vila Cova (Vogal independente) Qualificações profissionais - Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia do Porto Percurso profissional nos últimos cinco anos - Atualmente é vogal não-executivo independente do Conselho de Administração da Mota-Engil, SGPS, SA e Presidente do Conselho de Administração nãoexecutivo do Banco Finantia 20. Relações familiares, profissionais ou comerciais, habituais e significativas, dos membros, consoante aplicável, do Conselho de Administração, do Conselho Geral e de Supervisão e do Conselho de Administração Executivo com acionistas a quem seja imputável participação qualificada superior a 2% dos direitos de voto. Os membros do Conselho de Administração António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota, Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos, Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa e Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota de Meireles são irmãos e são titulares de 100% do capital social da FM – Sociedade de Controlo, SGPS, SA, sociedade a que é imputado o domínio do capital social e respetivos direitos de voto da Mota-Engil, SGPS, SA. O membro do Conselho de Administração Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos é filho de Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos e o membro José Pedro Matos Marques Sampaio de Freitas é genro de Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota de Meireles. 196 21. Organogramas ou mapas funcionais relativos à repartição de competências entre os vários órgãos sociais, comissões e/ou departamentos da sociedade, incluindo informação sobre delegações de competências, em particular no que se refere à delegação da administração quotidiana da sociedade. 197 Órgãos de administração Em 31 de dezembro de 2015, a Mota-Engil, SGPS, SA tinha um Conselho de Administração composto por 16 membros: um presidente, dois vice-presidentes e 13 vogais. Na mesma data, sete dos seus membros exerciam funções executivas e formavam uma Comissão Executiva, e outros nove exerciam funções não-executivas. A Comissão Executiva foi eleita pelo Conselho de Administração, tendo-lhe sido delegados todos os poderes relacionados com a gestão das atividades da Sociedade e de todas as suas participadas, na sua aceção mais estrita de tomada de opções táticas e controlo das linhas concretas de desenvolvimento das várias atividades, assumindo as responsabilidades de gestão executiva dos negócios do Grupo em linha com as orientações e políticas definidas pelo Conselho de Administração. A Comissão Executiva pode discutir todos os assuntos da competência do Conselho de Administração, sem prejuízo de só poder deliberar nas matérias que lhe estão delegadas. Todos os assuntos tratados na Comissão Executiva, mesmo que incluídos na sua competência delegada, são dados a conhecer aos administradores não-executivos, que têm acesso às respetivas atas e documentos de suporte. As reuniões da Comissão Executiva realizam-se de três em três semanas, sendo, no início de cada exercício económico, calendarizadas as reuniões a realizar ao longo desse mesmo exercício. O presidente da Comissão Executiva, através da área corporativa de Relações Institucionais e Comunicação, remete ao presidente do Conselho de Administração e ao presidente do Conselho Fiscal, com a antecedência necessária, as convocatórias e as atas das respetivas reuniões. Os membros executivos prestam aos membros não-executivos, bem como aos demais membros dos órgãos sociais, todos os esclarecimentos necessários ao exercício das competências destes, quer por sua iniciativa, quer a solicitação dos mesmos. Para além das funções que lhe estão cometidas por lei, ao Conselho de Administração é cometida, essencialmente, a definição e controlo das linhas de desenvolvimento estratégico do Grupo e de cada um dos seus negócios e a tomada de decisões sobre matérias de superior importância. Neste âmbito, não foram delegadas competências no domínio da definição da estratégia e das políticas gerais da Sociedade, da estrutura empresarial do Grupo e das decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas caraterísticas especiais. O presidente do Conselho de Administração tem as competências que lhe são atribuídas por lei e pelos estatutos. No que concerne à distribuição de pelouros entre os titulares do Conselho de Administração, nomeadamente no âmbito da Comissão Executiva, destaca-se o seguinte: − Gonçalo Nuno Gomes de Andrade Moura Martins - Coordenação da Comissão Executiva - Estratégia de recursos humanos e sustentabilidade - Planeamento estratégico corporativo - Assuntos jurídicos - Relações Institucionais e Comunicação - Chairman e CEO da Ascendi Group - Chairman da Mota-Engil África - Relações com Investidores 198 − José Pedro Matos Marques Sampaio de Freitas - Chief Financial Officer (CFO) - Chief Information Officer (CIO) - Controlo de negócios - Finanças corporativas - Risco corporativo - IT Corporativo - Relações com Investidores - Fiscalidade Corporativa - Structural Financing Solutions − Ismael Antunes Hernandez Gaspar - Unidade de engenharia − Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos - Coordenação da diversificação - Chairman da Mota-Engil Ambiente e Serviços - Chairman da Mota-Engil Europa - Chairman da Mota-Engil América Latina − António Martinho Ferreira de Oliveira - CEO da Mota-Engil Europa (engenharia e construção) − Gilberto Silveira Rodrigues (*) - CEO da Mota-Engil África − João Pedro dos Santos Dinis Parreira - CEO da Mota-Engil América Latina (*)No dia 2 de fevereiro de 2016, o Sr. Eng. Gilberto Silveira Rodrigues solicitou a renúncia ao seu cargo de administrador da Mota-Engil, SGPS, SA. Em 31 de dezembro de 2015, o Dr. Gonçalo Nuno Gomes de Andrade Moura Martins, na qualidade de presidente da Comissão Executiva, era considerado o Chief Executive Officer (CEO) da Sociedade. O Dr. José Pedro Matos Marques Sampaio de Freitas, na qualidade de responsável pelas áreas financeiras da Sociedade, era considerado o Chief Financial Officer (CFO). Os administradores não-executivos acompanham a atividade desenvolvida pela Sociedade, garantindo-se a efetiva capacidade de supervisão, fiscalização e avaliação da atividade, nomeadamente através das reuniões periódicas do Conselho de Administração, sem prejuízo do acesso a qualquer informação ou documentação que venha a ser solicitada a qualquer momento. No exercício das suas funções não-executivas, os administradores não se depararam, no exercício de 2015, com quaisquer constrangimentos. O relatório anual de gestão inclui uma descrição sobre a atividade desenvolvida pelos administradores não-executivos. 199 Órgãos de fiscalização A fiscalização da Sociedade é exercida por um Conselho Fiscal e por uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, os quais exercem as funções que resultam da legislação aplicável e dos estatutos. Compete à Assembleia Geral eleger o Conselho Fiscal, bem como designar, sob proposta do Conselho Fiscal, o Revisor Oficial de Contas ou a Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. O Conselho Fiscal da Sociedade é composto por quatro membros, um presidente, dois membros efetivos e um suplente. Comissões especializadas Comissão de Vencimentos De acordo com os estatutos, a Comissão de Vencimentos, eleita pelos acionistas reunidos em Assembleia Geral, tem por função definir a política de remunerações dos titulares dos órgãos sociais, fixando as remunerações aplicáveis, tendo em consideração as funções exercidas, o desempenho verificado e a situação económica da Sociedade. Neste contexto, a Comissão de Vencimentos acompanha e avalia, numa base constante, o desempenho dos administradores, verificando em que medida foram atingidos os objetivos propostos, e reúne sempre que for necessário. A remuneração dos administradores integra uma componente baseada no desempenho. A comissão eleita para o quadriénio 2014-2017 é composta pelos seguintes membros: António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota, Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa, ambos membros do órgão de administração, e Manuel Teixeira Mendes. São elaboradas atas de todas as reuniões realizadas. Comissão de Auditoria, Investimento e Risco A Comissão de Auditoria, Investimento e Risco é composta, normalmente, por três membros permanentes (três administradores não-executivos, sendo um deles administrador independente), e poderá convidar outros responsáveis do Grupo ligados aos projetos em avaliação. Esta comissão tem como principais funções e responsabilidades apreciar e sugerir políticas de investimento e risco de negócios e projetos ao Conselho de Administração, examinar e emitir parecer sobre projetos de investimento ou desinvestimento, emitir parecer sobre a entrada e saída em novas áreas de negócio e monitorizar operações financeiras e societárias relevantes. São elaboradas atas de todas as reuniões realizadas. Em 31 de dezembro de 2015, eram membros desta comissão: Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa, Luís Filipe Cardoso da Silva e António Manuel da Silva Vila Cova, este último administrador independente nãoexecutivo. Não foram criadas outras comissões no seio do Conselho de Administração, nomeadamente as de avaliação de desempenho dos administradores executivos e de reflexão sobre sistema estrutura e as práticas de governo adotado, uma vez que não se revelaram necessárias. 200 Conselho Consultivo Estratégico O Conselho Consultivo Estratégico é um órgão consultivo, resultante de nomeação por parte do Conselho de Administração da Mota-Engil, SGPS, SA e sob proposta do seu presidente, tendo por funções deliberar, sem carácter vinculativo sobre as matérias estabelecidas no âmbito do seu regulamento e outras que sejam mandatadas pelo Conselho de Administração para sua análise e eventual emissão de pareceres e recomendações, ainda que sem carácter vinculativo para a Sociedade. Compete ao Conselho Consultivo Estratégico acompanhar e, por sua iniciativa, emitir recomendações dirigidas ao Conselho de Administração, nas seguintes matérias: conceção e implementação do plano estratégico; estratégia do Grupo para cada área geográfica e sua implementação. Cabe ainda ao Conselho Consultivo Estratégico dar parecer obrigatório e não vinculativo sobre matérias como orçamento anual de contas, resultados semestrais e anuais e operações de investimento, desinvestimento ou para entrada em novos mercados e estabelecimento de parcerias de relevância estratégica. 22. Existência e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento, consoante aplicável, do Conselho de Administração, do Conselho Geral e de Supervisão e do Conselho de Administração Executivo. Os órgãos de administração e fiscalização da Sociedade têm regulamentos internos de funcionamento que não se encontram publicados no sítio de Internet da Sociedade e que não se encontram disponíveis para consulta. A MotaEngil, SGPS, SA entende que os regulamentos vão para além dos aspetos de mero funcionamento dos órgãos, contendo um conteúdo reservado, razão pela qual não os disponibiliza ao público. 23. Número de reuniões realizadas e grau de assiduidade de cada membro, consoante aplicável, do Conselho de Administração, do Conselho Geral e de Supervisão e do Conselho de Administração Executivo, às reuniões realizadas. Durante o ano de 2015, tiveram lugar 38 reuniões do Conselho de Administração e 16 reuniões da Comissão Executiva, com a seguinte assiduidade: Administrador CADM COMEX António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota 89% n.a. Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo 92% n.a. Gonçalo Nuno Gomes de A. Moura Martins 89% 100% Maria Manuela Queirós V. Mota dos Santos 92% n.a. Maria Teresa Queirós V. Mota Neves da Costa 97% n.a. Maria Paula Queirós V. Mota de Meireles 100% n.a. Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos 89% 94% Ismael Antunes Hernandez Gaspar 89% 100% José Pedro Matos Marques Sampaio de Freitas 97% 100% António Martinho Ferreira de Oliveira 87% 100% Gilberto Silveira Rodrigues 82% 100% João Pedro dos Santos Dinis Parreira 84% 94% Luís Filipe Cardoso da Silva 100% n.a. Luís Valente de Oliveira 84% n.a. António Bernardo A. da Gama Lobo Xavier 84% n.a. António Manuel da Silva Vila Cova 84% n.a. A presença dos membros do Conselho de Administração e da Comissão Executiva nas reuniões acima indicadas foi concretizada através da sua presença efetiva e não através de representação. 201 24. Indicação dos órgãos da sociedade competentes para realizar a avaliação de desempenho dos administradores executivos. A Comissão de Vencimentos é o órgão responsável pela avaliação de desempenho e aprovação das remunerações dos membros do Conselho de Administração, em representação dos acionistas, de acordo com a política de remuneração aprovada pelos acionistas em Assembleia Geral. 25. Critérios predeterminados para a avaliação de desempenho dos administradores executivos. A componente quantitativa da avaliação do desempenho compreende um conjunto de Key-Performance Indicators (KPI), indexados ao Plano Estratégico do Grupo, orientando a performance em quatro dimensões: geração de cash-flow, controlo interno/risco controlado, crescimento sustentável e reforço organizacional. Apresentamos seguidamente uma síntese exemplificativa da matriz de KPI em vigor no Grupo. · Margem Líquida geração de cash-flow · Free Cash-Flow crescimento sustentável · Volume de negócios · % do volume de negócios gerado em key clients controlo interno/risco controlado · Peso do investimento na geração de volume de negócios futuro reforço organizacional · Participação de Quadros na ME Active School A avaliação quantitativa é, posteriormente, ponderada com a avaliação qualitativa individual, de natureza discricionária, podendo resultar num valor de payout que varia entre um percentual mínimo e máximo, predefinidos. 26. Disponibilidade de cada um dos membros, consoante aplicável, do Conselho de Administração, do Conselho Geral e de Supervisão e do Conselho de Administração Executivo, com indicação dos cargos exercidos em simultâneo em outras empresas, dentro e fora do grupo, e outras atividades relevantes exercidas pelos membros daqueles órgãos no decurso do exercício. Os cargos exercidos pelos administradores em outras empresas (maioritariamente em empresas do Grupo ou em representação do Grupo) e outras atividades relevantes dos mesmos encontram-se discriminados no Anexo “Lista de cargos exercidos pelos administradores”, resultando evidenciada pelos cargos que exercem mas também pela assiduidade e participação ativa dos administradores quer nas reuniões da Comissão Executiva, no caso dos administradores executivos, quer nas reuniões do Conselho de Administração, relativamente a todos os seus membros (conforme ponto 23 supra), a disponibilidade de cada um dos membros para o exercício das suas funções. 27. Identificação das comissões criadas no seio, consoante aplicável, do Conselho de Administração, do Conselho Geral e de Supervisão e do Conselho de Administração Executivo, e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento. Para além da Comissão Executiva, o Conselho de Administração criou a Comissão de Auditoria, Investimento e Risco (conforme ponto 21 supra). O respetivo regulamento interno de funcionamento não se encontra disponível para consulta. 202 28. Composição, se aplicável, da comissão executiva e/ou identificação de administrador(es) delegado(s). Administrador Gonçalo Nuno Gomes de A. Moura Martins Cargo Vice-presidente do Conselho de Administração e Presidente da Comissão Executiva Ismael Antunes Hernandez Gaspar Vogal Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos Vogal José Pedro Matos Marques Sampaio de Freitas Chief Financial Officer (CFO) e Chief Information Officer (CIO) António Martinho Ferreira de Oliveira Vogal Gilberto Silveira Rodrigues (*) Vogal João Pedro dos Santos Dinis Parreira Vogal No dia 2 de fevereiro de 2016, o Sr. Eng. Gilberto Silveira Rodrigues solicitou a renúncia ao seu cargo de administrador da Sociedade. (*) 29. Indicação das competências de cada uma das comissões criadas e síntese das atividades desenvolvidas no exercício dessas competências. No que respeita a esta matéria, remete-se para os pontos 21 e 27 supra. 203 III. Fiscalização 30. Identificação do órgão de fiscalização (Conselho Fiscal, Comissão de Auditoria ou Conselho Geral e de Supervisão) correspondente ao modelo adotado. O Conselho Fiscal e o Revisor Oficial de Contas são, no modelo de governo adotado, os órgãos de fiscalização da Sociedade. 31. Composição, consoante aplicável, do Conselho Fiscal, Comissão de Auditoria, do Conselho Geral e de Supervisão ou da Comissão para as Matérias Financeiras, com indicação do número estatutário mínimo e máximo de membros, duração estatutária do mandato, número de membros efetivos, data da primeira designação, e data do termo de mandato de cada membro, podendo remeter-se para ponto do relatório onde já conste essa informação por força do disposto no nº 18. De acordo com os estatutos da Sociedade, o Conselho Fiscal deve ser composto por um número mínimo de três membros efetivos, sendo este número fixado pela Assembleia Geral. O Conselho Fiscal terá ainda um ou dois membros suplentes, se for constituído por três ou mais membros efetivos, respetivamente. O Conselho Fiscal designa o seu Presidente se a Assembleia Geral o não fizer. O mandato dos membros do Conselho Fiscal tem a duração de quatro anos. Os membros designados para o mandato em curso (quadriénio 2015-2018) e que se encontram em funções são: Cargo Primeira designação Termo do mandato em Presidente 30 de março de 2007 31 de dezembro de 2018 José Rodrigues de Jesus Efetivo 30 de março de 2007 31 de dezembro de 2018 Horácio Fernando Reis e Sá Efetivo 14 de abril de 2011 31 de dezembro de 2018 Suplente 30 de março de 2007 31 de dezembro de 2018 Membro Alberto João Coraceiro de Castro Pedro Manuel Seara Cardoso Perez 32. Identificação, consoante aplicável, dos membros do Conselho Fiscal, da Comissão de Auditoria, do Conselho Geral e de Supervisão ou da Comissão para as Matérias Financeiras que se considerem independentes, nos termos do art. 414º, nº 5 CSC, podendo remeter-se para ponto do relatório onde já conste essa informação por força do disposto no nº 19. Todos os membros do Conselho Fiscal, efetivos e suplente, cumprem os critérios de independência previstos no nº 5 do artigo 414º, bem como as regras de incompatibilidade previstas no nº 1 do artigo 414º-A, ambos do Código das Sociedades Comerciais. 204 33. Qualificações profissionais, consoante aplicável, de cada um dos membros do Conselho Fiscal, da Comissão de Auditoria, do Conselho Geral e de Supervisão ou da Comissão para as Matérias Financeiras e outros elementos curriculares relevantes, podendo remeter-se para ponto do relatório onde já conste essa informação por força do disposto no nº 21. Alberto João Coraceiro de Castro (Presidente) Qualificações profissionais - Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia do Porto - Doutor em Economia pela Universidade da Carolina do Sul Percurso profissional nos últimos cinco anos - Presidente do Conselho de Administração da Instituição Financeira de Desenvolvimento, SA - Membro do Conselho de Administração da Mystic Invest, SA - Presidente do Conselho Fiscal da Unicer – Bebidas, SA - Vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral da Metro do Porto, SA - Presidente do Conselho Fiscal da Cruz Vermelha Portuguesa - Membro do Investment Committee da Portuguese Venture Capital Initiative José Rodrigues de Jesus (Efetivo) Qualificações profissionais - Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia do Porto - Revisor Oficial de Contas (ROC) Percurso profissional nos últimos cinco anos - Docente universitário - Revisor Oficial de Contas - Membro do Conselho Fiscal da Mota-Engil, SGPS, SA Horácio Fernando Reis e Sá (Efetivo) Qualificações profissionais - Licenciatura em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra Percurso profissional nos últimos cinco anos - Advogado - Membro do Conselho Fiscal da Mota-Engil, SGPS, SA 205 34. Existência e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento, consoante aplicável, do Conselho Fiscal, Comissão de Auditoria, Conselho Geral e de Supervisão ou da Comissão para as Matérias Financeiras, podendo remeter-se para ponto do relatório onde já conste essa informação por força do disposto no nº 24. O Conselho Fiscal da Mota-Engil, SGPS, SA tem regulamento interno de funcionamento. No entanto, não se encontra publicado no sítio de Internet da Sociedade e não se encontra disponível para consulta. A Sociedade entende que o regulamento vai para além dos aspetos de mero funcionamento do órgão, contendo um conteúdo reservado, razão pela qual não o disponibiliza ao público. 35. Número de reuniões realizadas e grau de assiduidade às reuniões realizadas, consoante aplicável, de cada membro do Conselho Fiscal, Comissão de Auditoria, Conselho Geral e de Supervisão e da Comissão para as Matérias Financeiras, podendo remeter-se para ponto do relatório onde já conste essa informação por força do disposto no nº 25. Durante o ano de 2015 realizaram-se cinco reuniões do Conselho Fiscal, com a presença efetiva da totalidade dos membros em exercício. 36. Disponibilidade de cada um dos membros, consoante aplicável, do Conselho Fiscal, da Comissão de Auditoria, do Conselho Geral e de Supervisão ou da Comissão para as Matérias Financeiras, com indicação dos cargos exercidos em simultâneo em outras empresas, dentro e fora do grupo, e outras atividades relevantes exercidas pelos membros daqueles órgãos no decurso do exercício, podendo remeter-se para ponto do relatório onde já conste essa informação por força do disposto no nº 26. Alberto João Coraceiro de Castro (Presidente) Funções em outras sociedades do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Não exerce funções em outras sociedades do Grupo Mota-Engil Funções em outras sociedades fora do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Presidente do Conselho de Administração da Instituição Financeira de Desenvolvimento, SA - Membro do Conselho de Administração da Mystic Invest, SA - Presidente do Conselho Fiscal da Unicer – Bebidas, SA - Vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral da Metro do Porto, SA - Presidente do Conselho Fiscal da Cruz Vermelha Portuguesa - Membro do Investment Committee da Portuguese Venture Capital Initiative 206 José Rodrigues de Jesus (Efectivo) Funções em outras sociedades do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Não exerce funções em outras sociedades do Grupo Mota-Engil Funções em outras sociedades fora do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Membro do Conselho Fiscal das seguintes sociedades: - Millenniumbcp Fortis, Grupo Segurador, SGPS, SA - Germen – Moagem de Cereais, SA - Labesfal – Laboratórios Almiro, SA - Fiscal Único das seguintes sociedades: - Calfor – Indústrias Metálicas, SA - Edemi Gardens – Promoção Imobiliária, SA - Arsopi – Holding, Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA - Arsopi – Indústrias Metalúrgicas Arlindo S. Pinho, SA - Arlindo Soares de Pinho, Lda. - Imoágueda, SA - Camilo dos Santos Mota, SA - Oliveira Dias, SA - Vacatio, SA - Divinvest – Promoção Imobiliária, SA - DIMO – Desenvolvimento Imobiliário e Construção, SA - Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P. - Vice-presidente da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas - Vice-presidente da Mesa da Assembleia Representativa da Ordem dos Economistas - Administrador não-executivo integrando, igualmente, a Comissão de Auditoria, do Banco Comercial Português, SA - Membro do Gabinete de Estudos da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas - Membro do Conselho Geral da Comissão de Normalização Contabilística Horácio Fernando Reis e Sá (Efectivo) Funções em outras sociedades do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Não exerce funções em outras sociedades do Grupo Mota-Engil Funções em outras sociedades fora do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Não exerce funções em outras sociedades fora do Grupo Mota-Engil 37. Descrição dos procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do órgão de fiscalização para efeitos de contratação de serviços adicionais ao auditor externo. O Conselho Fiscal recebe anualmente, nos termos do artigo 62º‐B do Decreto‐Lei nº 487/99, de 16 de novembro (alterado pelo Decreto‐Lei nº 224/2008, de 20 de novembro), a declaração de independência do auditor, na qual são descritos os serviços prestados por este e por outras entidades da mesma rede, respetivos honorários pagos, eventuais ameaças à sua independência e as medidas de salvaguarda para fazer face às mesmas. Todas as ameaças à independência do auditor são avaliadas e discutidas com este, assim como as respetivas medidas de salvaguarda. Adicionalmente, e tal como previsto no respetivo regulamento de funcionamento, compete ao Conselho Fiscal apreciar e decidir, ouvida a Comissão de Auditoria, Investimento e Risco, sobre a prestação pelo Auditor Externo de serviços adicionais à Sociedade ou a sociedades por ela participadas, bem como sobre as respetivas condições. No caso de o valor agregado de serviços que não de auditoria ou relacionados com auditoria ultrapassar o montante de 300 mil euros por ano, deverá o Conselho Fiscal remeter parecer à Comissão Executiva para apreciação. 207 38. Outras funções dos órgãos de fiscalização e, se aplicável, da Comissão para as Matérias Financeiras. Ao Conselho Fiscal compete, nos termos da lei e do respetivo Regulamento de Funcionamento: - Verificar a observância da lei e regulamentos, dos estatutos e das normas emitidas pelas autoridades de supervisão, bem como das políticas gerais, normas e práticas instituídas no Grupo. - Verificar, nas empresas do Grupo, sujeitas a supervisão em base consolidada, a prossecução dos objetivos fundamentais fixados em matéria de controlo interno e gestão de riscos pela Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários. - Avaliar da fiabilidade dos reportes respeitantes ao Grupo e empresas do Grupo sujeitas a esta obrigação. - Verificar a adequação e supervisionar o cumprimento das políticas, dos critérios e das práticas contabilísticas adotadas e a regularidade dos documentos que lhes servem de suporte. - Verificar a regularidade dos livros, registos contabilísticos e documentos que lhe servem de suporte. - Verificar, quando o julgue conveniente e pela forma que entenda adequada, a extensão da caixa e a existência de qualquer espécie de bens ou valores pertencentes à Sociedade ou por ela recebidos em garantia, depósito ou outro título. - Convocar a Assembleia Geral, quando o presidente da respetiva mesa o não faça, devendo fazê-lo. - Verificar a exatidão dos documentos de prestação de contas. - Dar parecer sobre o relatório, as contas e as propostas apresentados pelo Conselho de Administração, atestando se o relatório sobre a estrutura e práticas de governo societário divulgado inclui os elementos referidos no artigo 245º-A do Código dos Valores Mobiliários. - Elaborar anualmente relatório sobre a sua ação fiscalizadora. - Fiscalizar o processo de preparação e divulgação da informação financeira pela Sociedade. - Tomar conhecimento das comunicações de irregularidades detetadas ou apresentadas por colaboradores, acionistas ou outrem. - Contratar a prestação de serviços de peritos que coadjuvem um ou vários dos seus membros no exercício das suas funções, devendo a contratação e a remuneração dos peritos ter em conta a importância dos assuntos a ele cometidos e a situação económica da Sociedade. - Com respeito ao Revisor Oficial de Contas: propor à Assembleia Geral a sua nomeação; fiscalizar a revisão de contas aos documentos de prestação de contas da Sociedade; fiscalizar a independência do Revisor Oficial de Contas e, nesse quadro, apreciar e decidir, ouvida a Comissão de Auditoria, Investimento e Risco, sobre a prestação pelo Revisor Oficial de Contas de serviços adicionais à Sociedade ou a sociedades por ela participadas, bem como sobre as respetivas condições. - Com respeito ao Auditor Externo da Sociedade: apresentar à Comissão Executiva proposta relativa ao Auditor Externo a contratar pela Sociedade, incluindo não só a proposta sobre quem deva prestar esses serviços, como a proposta relativa à respetiva remuneração; representar a Sociedade, para todos os efeitos, junto do Auditor 208 Externo, sendo, designadamente, o primeiro interlocutor da Sociedade junto dele e o primeiro destinatário dos respetivos relatórios; zelar para que sejam asseguradas ao Auditor Externo, pela Sociedade, condições adequadas para a prestação dos seus serviços; fiscalizar a independência do Auditor Externo e, nesse quadro, apreciar e decidir, ouvida a Comissão de Auditoria, Investimento e Risco, sobre a prestação pelo Auditor Externo de serviços adicionais à Sociedade ou a sociedades por ela participadas, bem como sobre as respetivas condições; no caso de o valor agregado de serviços que não de auditoria ou relacionados com auditoria ultrapassar o montante de 300 mil euros por ano, deverá o Conselho Fiscal remeter parecer à Comissão Executiva para apreciação; avaliar, anualmente, a atividade desempenhada pelo Auditor Externo; dar parecer sobre a manutenção do Auditor Externo para além de um período de oito anos, ponderando as condições de independência e vantagens e custos da sua substituição. - Acompanhar as ações fiscalizadoras da CMVM, da Direção-Geral dos Impostos e da Inspeção-Geral de Finanças realizadas às empresas do Grupo. - Certificar a eficácia dos sistemas de controlo interno, de auditoria interna e de gestão de riscos. - Dar parecer sobre as transações realizadas com titulares de participação qualificada ou com entidades com eles relacionadas nos termos do artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários, ou respetivas renovações, cujo valor agregado por entidade seja superior a 500 mil euros por ano. Adicionalmente, e no âmbito da respetiva função fiscalizadora, o Conselho Fiscal acompanha os planos de trabalho e os recursos afetos ao Gabinete de Auditoria Interna e Compliance da Sociedade, sendo destinatário de relatórios periódicos realizados por estes serviços, assim como de informações sobre matérias relacionadas com a prestação de contas, a identificação ou resolução de conflitos de interesses e a deteção de potenciais ilegalidades. IV. Revisor Oficial de Contas 39. Identificação do revisor oficial de contas e do sócio revisor oficial de contas que o representa. O cargo de Revisor Oficial de Contas efetivo da Sociedade é desempenhado pela sociedade de revisores oficiais de contas António Magalhães e Carlos Santos, SROC, representada pelo Dr. António Monteiro de Magalhães. 40. Indicação do número de anos em que o revisor oficial de contas exerce funções consecutivamente junto da sociedade e/ou grupo. O cargo de Revisor Oficial de Contas é exercido pela António Magalhães e Carlos Santos, SROC desde 2007, isto é, há nove anos, tendo esta procedido em 2013 à rotatividade do sócio responsável. 41. Descrição de outros serviços prestados pelo ROC à sociedade. Durante o ano de 2015 a António Magalhães e Carlos Santos, SROC não prestou quaisquer outros serviços para além dos de auditoria ou com eles relacionados, à Sociedade ou a sociedades por ela participadas. 209 V. Auditor Externo 42. Identificação do auditor externo designado para os efeitos do art. 8º e do sócio revisor oficial de contas que o representa no cumprimento dessas funções, bem como o respetivo número de registo na CMVM. O Auditor Externo da Sociedade é a Deloitte & Associados, SROC, SA, representada pelo Dr. António Manuel Martins Amaral e que se encontra registada na CMVM sob o número 20161389. 43. Indicação do número de anos em que o auditor externo e o respetivo sócio revisor oficial de contas que o representa no cumprimento dessas funções exercem funções consecutivamente junto da sociedade e/ou do grupo. A Deloitte & Associados, SROC, SA presta serviços de auditoria externa à Sociedade desde 2002, portanto há catorze anos. Em 2015 foi designado um novo sócio responsável pela orientação ou execução direta dos referidos serviços. 44. Política e periodicidade da rotação do auditor externo e do respetivo sócio revisor oficial de contas que o representa no cumprimento dessas funções. A política da Sociedade em termos de rotação do Auditor Externo consiste na realização de um processo de consulta para escolha do Auditor Externo de quatro em quatro anos. Em 2013, e no âmbito das suas funções, o Conselho Fiscal promoveu o lançamento de um processo de consulta para o período de 2013 a 2016, tendo convidado quatro empresas de auditoria de reputação internacional a apresentar uma proposta para a prestação de serviços de auditoria ao Grupo Mota-Engil. Em resultado do referido concurso, e ponderadas as condições de independência para a sua manutenção no cargo, bem como as vantagens e custos da sua substituição, o Conselho Fiscal emitiu parecer favorável à recondução da Deloitte & Associados, SROC, SA.. Adicionalmente, a política da Sociedade e do Auditor Externo relativamente à periodicidade de rotação do revisor oficial de contas que o representa no cumprimento dessas funções é de sete anos. 45. Indicação do órgão responsável pela avaliação do auditor externo e periodicidade com que essa avaliação é feita. O Conselho Fiscal avalia anualmente o Auditor Externo, tendo a responsabilidade de fiscalização das suas habilitações e da sua independência, bem como de zelar para que lhe sejam asseguradas, dentro da Sociedade, as condições adequadas à prestação dos seus serviços, sendo o interlocutor da Sociedade e o primeiro destinatário dos respetivos relatórios. Apesar de não constituir competência específica ou exclusiva da Assembleia Geral, nada impede que a mesma seja chamada a pronunciar-se, em caso de interpelação pelo Conselho Fiscal, para a destituição do Auditor Externo, sempre que se verifique justa causa para o efeito. Em todo o caso, e até à presente data, o Conselho Fiscal da Mota-Engil, SGPS, SA não encontrou quaisquer razões para ponderar a tomada de diligências no sentido de destituir com justa causa uma entidade que tenha desempenhado as funções de Auditor Externo da Sociedade. 210 46. Identificação de trabalhos, distintos dos de auditoria, realizados pelo auditor externo para a sociedade e/ou para sociedades que com ela se encontrem em relação de domínio, bem como indicação dos procedimentos internos para efeitos de aprovação da contratação de tais serviços e indicação das razões para a sua contratação. Os trabalhos distintos dos de auditoria prestados pelo Auditor Externo compreenderam essencialmente serviços associados à compilação de um conjunto de procedimentos de controlo interno e de políticas contabilísticas e de divulgação a adoptar pelo Grupo no futuro, bem como a serviços de consultoria fiscal, tendo o seu custo total ascendido a cerca de 344 mil euros (cerca de 17% do total faturado pelo Auditor Externo à Sociedade ou a sociedades por ela participadas). Os serviços de consultoria fiscal e os outros serviços são prestados por técnicos diferentes dos que estão envolvidos no processo de auditoria, pelo que se considera que a independência do auditor é reforçada. O sistema de qualidade do Auditor Externo controla e monitoriza os riscos potenciais de perda de independência ou de eventuais conflitos de interesse existentes com a Sociedade. Adicionalmente, é obtida uma “Carta de Independência”, na qual a Deloitte garante o cumprimento com as orientações internacionais do IFAC (International Federation of Accountants) em matéria de independência do auditor. Tal como referido no ponto 38, e de acordo com o Regulamento de Funcionamento do Conselho Fiscal, compete a este órgão fiscalizar a independência do Auditor Externo e, nesse quadro, apreciar e decidir, ouvida a Comissão de Auditoria, Investimento e Risco, sobre a prestação pelo Auditor Externo de serviços adicionais à Sociedade ou a sociedades por ela participadas, bem como sobre as respetivas condições. No caso de o valor agregado de serviços que não de auditoria ou relacionados com auditoria ultrapassar o montante de 300 mil euros por ano, deverá o Conselho Fiscal remeter parecer à Comissão Executiva para apreciação. Adicionalmente, o Conselho Fiscal recebe anualmente, nos termos do artigo 62º‐ B do Decreto‐Lei nº 487/99, de 16 de novembro (alterado pelo Decreto‐Lei nº 224/2008, de 20 de novembro), a declaração de independência do auditor, na qual são descritos os serviços prestados por este e por outras entidades da mesma rede, respetivos honorários pagos, eventuais ameaças à sua independência e as medidas de salvaguarda para fazer face às mesmas. Todas as ameaças à independência do auditor são avaliadas e discutidas com este, assim como as respetivas medidas de salvaguarda. O Auditor Externo verifica a aplicação das políticas e sistemas de remunerações, bem como a eficácia e funcionamento dos mecanismos de controlo interno. No caso de encontrar qualquer deficiência ou irregularidade esta será reportada ao Conselho Fiscal. 211 47. Indicação do montante da remuneração anual paga pela sociedade e/ou por pessoas coletivas em relação de domínio ou de grupo ao auditor e a outras pessoas singulares ou coletivas pertencentes à mesma rede e discriminação da percentagem respeitante aos seguintes serviços (Para efeitos desta informação, o conceito de rede é o decorrente da Recomendação da Comissão Europeia nº C (2002) 1873, de 16 de Maio) Durante o exercício de 2015, a remuneração anual suportada pela Sociedade, e por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo, com os auditores externos da Sociedade (Deloitte & Associados, SROC, SA), incluindo outras entidades pertencentes à mesma rede, foi de 2.073.690 euros, tendo esse pagamento sido repartido pela prestação dos seguintes serviços: Por entidades que integram o grupo Pela Sociedade Natureza do Serviço Valor (€) Auditoria e revisão legal de contas Outros serviços de garantia de fiabilidade Consultoria fiscal Outros serviços TOTAL 64.500 27.000 48.925 195.000 335.425 Valor (€) % 19% 8% 15% 58% 100% 1.327.420 311.075 93.170 6.600 1.738.265 TOTAL Valor (€) % 76% 18% 5% 0% 100% 1.391.920 338.075 142.095 201.600 2.073.690 % 67% 16% 7% 10% 100% Os Outros serviços de garantia de fiabilidade corresponderam essencialmente a serviços prestados relacionados com a aquisição da EGF e com a Mota Engil Africa NV, realizados em 2015. 212 C. ORGANIZAÇÃO INTERNA I. Estatutos 48. Regras aplicáveis à alteração dos estatutos da sociedade (art. 245º-A, nº 1, al. h). As alterações dos Estatutos seguem os termos do Código das Sociedades Comerciais, exigindo a maioria de dois terços dos votos emitidos para aprovação dessa deliberação. II. Comunicação de irregularidades 49. Meios e política de comunicação de irregularidades ocorridas na sociedade. A Sociedade tem em vigor um regulamento interno sobre procedimentos a adotar em matéria de comunicação de irregularidades. O regulamento considera que constituem prática irregular todos os atos ou omissões, dolosos ou negligentes, praticados no âmbito da atividade da Sociedade ou de sociedades por ela participadas, que possam ter reflexo nas demonstrações financeiras, ou outras, e que causem dano ao património e ao bom nome do Grupo, nomeadamente violação de qualquer lei, norma ou regulamento, prática de fraudes, abuso de autoridade, má gestão, desperdício de fundos, danos para a saúde, segurança dos trabalhadores e danos para o ambiente. É garantida pelo Conselho Fiscal a confidencialidade das participações, assim como o anonimato da sua autoria, a quem comunique indícios da prática de irregularidades, sem prejuízo do conhecimento por parte do Conselho de Administração da Sociedade. Quando os indícios de irregularidades forem comunicados por trabalhadores de empresas do Grupo Mota-Engil, estes nunca poderão ser prejudicados nos seus direitos por aquele facto. A quem denuncie indícios de práticas irregulares com manifesta falsidade ou má-fé, assim como àqueles que infrinjam o dever de confidencialidade, poderão ser instaurados processos penais, bem como processos disciplinares no caso de se tratar de trabalhadores da Sociedade ou de sociedades por ela participadas. As fases processuais do sistema de comunicação de irregularidades, da responsabilidade do Conselho Fiscal, são as seguintes: a) Receção e registo; b) Análise preliminar e avaliação da consistência da comunicação recebida; c) Investigação; d) Relatório final, com comunicação ao Presidente do Conselho de Administração. O processo de receção, tratamento e investigação das irregularidades comunicadas é da exclusiva competência do Conselho Fiscal, podendo este recorrer à Comissão de Auditoria, Investimento e Risco para o apoiar nesse processo, mas apenas em questões administrativas e não decisórias. A Comissão de Auditoria, Investimento e Risco poderá propor a contratação de auditores externos ou outros peritos para auxiliarem na investigação, quando a especialidade das matérias em causa assim o justificarem. A comunicação de irregularidades deverá ser efetuada por escrito, por email ou carta, para pelo menos um dos seguintes endereços: • [email protected] • Auditoria e Compliance – Rua do Rego Lameiro, nº 38, 4300 – 454 Porto 213 Até ao dia 31 de janeiro de cada ano, o Conselho Fiscal avalia a atividade desenvolvida no ano imediatamente anterior e propõe as alterações que considera necessárias para a melhoria e aperfeiçoamento do sistema de comunicação de práticas irregulares. III. Controlo interno e gestão de riscos 50. Pessoas, órgãos ou comissões responsáveis pela auditoria interna e/ou pela implementação de sistemas de controlo interno. Como órgão máximo e independente para a salvaguarda do cumprimento dos processos e procedimentos, e em reporte ao Conselho de Administração, a Comissão de Auditoria, Investimento e Risco, tem como missão apoiar a gestão do Grupo Mota-Engil, no reforço dos meios e métodos de atuação ao nível do controlo interno e de monitorização do risco de negócio. Compete também a esta Comissão o acompanhamento da evolução dos níveis globais de risco e avaliar em conjunto com a Comissão Executiva as medidas de monitorização e controlo dos riscos. A Comissão de Auditoria, Investimento e Risco tem sob a sua dependência hierárquica o Gabinete de Auditoria e Compliance, cuja missão é apoiar a consecução dos objetivos estratégicos, a avaliação, conformidade e melhoria contínua da eficácia e controlo interno dos processos de gestão do Grupo. O Gabinete de Auditoria e Compliance dispõe de uma estrutura de recursos especificamente alocada ao desempenho das seguintes funções: • Realização de auditorias de gestão, financeiras, operacionais e tecnológicas nas diversas Regiões e empresas do Grupo; • Auditar o bom funcionamento dos processos, boas práticas e políticas definidas; • Verificação da conformidade dos procedimentos internos, leis, regulamentos e contratos; • Verificação do cumprimento dos procedimentos de controlo interno face às recomendações das entidades reguladoras dos mercados, assim como da legislação aplicável nas diferentes regiões em que o Grupo atua; • Assegurar o follow-up apropriado das recomendações emitidas nos Relatórios da Comissão de Auditoria, Investimento e Risco; • Pareceres prévios à Comissão de Auditoria, Investimento e Risco, sobre iniciativas de aquisições ou alienações definidas pelo Grupo Mota-Engil; • Facilitar, promover e orientar a definição de políticas de Compliance transversais ao Grupo e monitorar a sua implementação e cumprimento; • Analisar o processo de comunicação e o cumprimento do “Código de Ética e de Conduta Empresarial” do Grupo; • Apoiar o Conselho de Administração, o Conselho Fiscal e a Comissão de Auditoria, Investimento e Risco nas vertentes relacionadas com processos e procedimentos de gestão. Nas responsabilidades do Gabinete de Auditoria e Compliance, e enquadrado numa política de melhoria contínua de desenvolvimento das boas práticas na avaliação e gestão de risco, foi reforçado o seu processo na abordagem e análise da vertente de Compliance, integrada nos temas relacionados com a sua missão, de modo a assegurar consistência de normas e processos aos diferentes níveis da organização, bem como alinhamento com as normas e regulamentações a que o Grupo esteja consignado. 214 Ao Conselho Fiscal é atribuída, entre outras, a responsabilidade pela avaliação do funcionamento do sistema de controlo interno e de propor o respetivo ajustamento às necessidades do Grupo. Sobre esta matéria, convém ainda referir que, tal como estipulado na alínea i) do nº 1 do artigo 420º do Código das Sociedades Comerciais, é da competência do Conselho Fiscal verificar a eficácia do sistema de gestão de risco, do sistema de controlo interno e da prática de auditoria interna. O Conselho Fiscal acede aos relatórios e pareceres emitidos pela Comissão de Auditoria, Investimento e Risco, supervisiona a adoção dos princípios e das políticas de identificação e gestão dos principais riscos financeiros e operacionais e acompanha as medidas destinadas a monitorizar, controlar e divulgar os riscos. O Conselho de Administração e o Conselho Fiscal reconhecem a importância que têm para a organização os sistemas de gestão de riscos e de controlo interno, promovendo as condições humanas e tecnológicas suscetíveis de propiciar um ambiente de controlo proporcional e adequado aos riscos da atividade. Compete à Comissão Executiva assegurar a criação e o funcionamento dos sistemas de controlo interno e de gestão de riscos. Com o crescimento da atividade internacional do Grupo e da sua consequente diversificação geográfica e de negócio, a estrutura organizacional do Grupo apresenta cada vez mais uma dimensão superior e mais complexa. Assegurando a devida autonomia operacional aos negócios, a Mota-Engil, SGPS, SA, com a sua vertente estratégicofinanceira, dispõe no seu modelo de governance, de uma estrutura denominada Centro Corporativo, onde se encontram todas as funções corporativas de suporte à Comissão Executiva, de instrumentos de controlo da performance do negócio e de uma gestão de risco mais robusta e estruturada, de acordo com as políticas, procedimentos e visão estratégica do Grupo. A atividade de gestão de risco e a sua concentração numa área específica, a Função de Risco Corporativo, encontra-se sob a responsabilidade de um administrador executivo, procurando assim reforçar a avaliação de risco de uma forma mais sistematizada, eficiente e com o devido interface comunicacional com as diversas áreas de negócio em diferentes regiões / mercados. O processo de gestão de risco é uma parte integrante do sistema de controlo interno que consiste no desenvolvimento de políticas e procedimentos de gestão com o objetivo de assegurar a criação de valor, salvaguarda dos ativos, cumprimento de leis e regulamentos e um ambiente de controlo que assegure o cumprimento dos valores éticos da Organização e a fiabilidade da informação relatada. 215 51. Explicitação, ainda que por inclusão de organograma, das relações de dependência hierárquica e/ou funcional face a outros órgãos ou comissões da sociedade. A organização e modelo de governance da Sociedade tem por base a implementação das melhores práticas internacionais ao nível de Corporate Governance, assegurando uma transparência de processos e procedimentos e uma autonomia e independência de atuação consignada no chamado modelo das “três linhas de defesa”, tal como esquematizado no organograma abaixo, perseguindo as orientações da declaração de posicionamento do “Institute of Internal Auditors” para uma gestão eficaz de riscos e controlos de uma organização. Conselho de Administração Comissão Auditoria e Risco Conselho Fiscal Comissão Executiva Auditoria Externa Auditoria e Compliance 2ª Linha Defesa Risco Corporativo Outras áreas Corporativas 1ª Linha Defesa Gestão Operacional • Outras áreas Corporativas* Risco Corporativo Mota-Engil Mota-Engil Mota-Engil África Europa América Latina Entidade de Supervisão - C.M.V.M. 3ª Linha Defesa Auditoria Interna A primeira linha de defesa é constituída pelas unidades de gestão de negócio, que são responsáveis por desempenhar as suas atividades operacionais integradas nas orientações estratégicas definidas pela Administração, assegurando o cumprimento das normas e procedimentos do Grupo, os quais procuram assegurar uma transversalidade de atuação em conformidade com uma identidade cultural própria, assente em princípios éticos e de conduta materializados nas políticas transversais a seguir. As unidades de gestão de negócio têm responsabilidade na identificação, avaliação, notificação e mitigação dos riscos, de forma a facilitar, padronizar e tornar mais eficaz o processo de gestão de riscos. Na Gestão operacional estão definidos gestores do risco, designados por Risk Owners, que são responsáveis pela identificação dos riscos na sua área de negócio e que funcionam como focal points no relacionamento com a Função Corporativa de Risco Corporativo. • A segunda linha de defesa é representada pelas Funções do Centro Corporativo, as quais reportam à Comissão Executiva e das quais destacamos a Unidade de Engenharia; Controlo de Negócios; Planeamento Estratégico; Finanças Corporativas; Fiscalidade Corporativa; Risco Corporativo; Recursos Humanos e Sustentabilidade; Relação com Investidores; Assuntos Jurídicos; e IT Corporativo. Todas estas áreas contribuem, no âmbito da sua área funcional e de forma complementar, para a disseminação das políticas transversais de risco, desde que com o devido consentimento / aprovação da Comissão Executiva. 216 • A terceira linha de defesa é representada pelo Gabinete de Auditoria e Compliance, que tem como principal função verificar de forma independente e sistemática as atividades realizadas pelas primeira e segunda linhas, em conformidade com as normas e regulamentos instituídos. O Gabinete de Auditoria e Compliance reporta hierarquicamente à Comissão de Auditoria, Investimento e Risco, a qual por sua vez reporta diretamente ao Conselho de Administração e que é composta por três membros permanentes. Os três membros são administradores não-executivos, sendo que um administrador é independente. Com a presença de um administrador não executivo independente neste órgão colegial, consideramos garantida a independência desta Comissão face ao órgão de administração executivo. Assegurando a implementação do modelo das “três linhas de defesa”, propõe-se a Organização assegurar a implementação de métodos de melhoria contínua de processos, na medida do desenvolvimento da organização e do seu negócio(s), procedimento saudável na medida em que se propõe a raciocinar estrategicamente sobre a temática dos seus sistemas de controlo interno e gestão que se pretende o mais eficaz possível para a mitigação de riscos associados ao negócio. Os Auditores externos, a entidade reguladora, CMVM, e o Conselho Fiscal estão fora da estrutura da organização, mas desempenham um papel importante na estrutura geral de governance e controle, sendo que: - Os Auditores externos, a entidade reguladora e o Conselho Fiscal podem ser considerados como linhas adicionais de defesa, que fornecem avaliações às partes interessadas da organização, incluindo os órgãos de governance e a Administração; - Os reguladores, estabelecem requisitos com a intenção de fortalecer os controlos e têm uma função independente e objetiva, para avaliar o todo ou parte da primeira, segunda ou terceira linha de defesa no que tange a esses requisitos, procurando atuar de forma cooperante e em diálogo permanente com a Sociedade. 52. Existência de outras áreas funcionais com competências no controlo de riscos. A gestão de riscos da Sociedade e das sociedades por ela participadas é um elemento integrador de todos os processos e decisões organizativos e não uma atividade isolada, afastada das principais atividades do Grupo. A gestão e controlo do risco é acompanhado pelo Conselho de Administração, pelos responsáveis das áreas de negócio e pelas funções Corporativas da Sociedade, com destaque para as seguintes funções: Unidade de Engenharia; Controlo de Negócios; Planeamento Estratégico; Finanças Corporativas; Fiscalidade Corporativa; Risco Corporativo; Recursos Humanos; Assuntos Jurídicos; Relação com Investidores e IT Corporativo. A Função de Risco Corporativo tem como missão promover a definição e implementação de uma política transversal de gestão de risco, identificar e analisar, mediante parâmetros previamente estabelecidos, os riscos que poderão afetar a sustentabilidade do negócio/mercado e a criação de valor. Esta Função reporta diretamente à Comissão Executiva e dispõe de autonomia na identificação, avaliação, monitorização e mitigação de riscos. 217 O Risco Corporativo tem definido no seu âmbito a execução das seguintes atividades principais: • • • • • • • • Mapear riscos transversais, assente numa matriz de risco (revista anualmente); Verificar os níveis de risco através da recolha e análise de informação crítica para monitorização dos riscos transversais; Definir modelos e linhas da atuação para mitigação de riscos transversais; Desenvolver e implementar planos de ação de risco e respetiva integração na Gestão dos negócios; Monitorizar e reportar a evolução dos riscos e respetivo cumprimento das ações desencadeadas para mitigação dos mesmos; Promover a Dinamização e Implementação das políticas transversais de Risco nas regiões/áreas de negócio devidamente customizadas ao mercado; Sistematizar as políticas e sistemas de gestão de risco, a serem incorporados nos Relatórios e Contas do Grupo; Colaborar, como parte integrante, da equipa de Monitorização de Grande Projetos. 53. Identificação e descrição dos principais tipos de riscos (económicos, financeiros e jurídicos) a que a sociedade se expõe no exercício da atividade. A gestão de riscos no Grupo Mota-Engil assenta na permanente identificação e análise da exposição dos diferentes tipos de riscos inerentes à sua atividade, nas várias geografias em que está presente, e que são transversais a toda a Sociedade – riscos de conjuntura, riscos financeiros - riscos de taxa de juro, riscos de taxa de câmbio, riscos de liquidez, riscos de crédito; riscos operacionais, riscos legais, riscos regulatórios, entre outros – e na adoção de estratégias de maximização da rendibilidade. Em capítulo autónomo do Relatório de Gestão, que se considera parte integrante deste relatório por referência, são descritos em pormenor os principais riscos a que o Grupo está exposto na condução do negócio (pág. 37, capítulo 5 do Relatório de Gestão). 54. Descrição do processo de identificação, avaliação, acompanhamento, controlo e gestão de riscos. A Gestão de Riscos está incorporada em toda a organização e o principal objetivo é identificar, avaliar e gerir as oportunidades e ameaças que os diferentes negócios, em diferentes localizações, enfrentam na persecução dos objetivos de criação de valor. O Grupo Mota-Engil persegue as melhores práticas instituídas para o Controlo Interno e Gestão de Riscos; neste sentido está incorporado na sua gestão o sistema de controlo interno com base nas orientações internacionais do COSO (“The Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission”), nomeadamente, quanto à avaliação e atribuição de graus de criticidade e prioridade aos riscos em função dos impactos nos objetivos dos negócios e probabilidade de ocorrência. A gestão dos riscos é uma responsabilidade de toda a organização, nomeadamente das unidades de gestão dos negócios, das diferentes funções corporativas, com destaque para a Função de Risco Corporativo, que coordena as diferentes informações de riscos e monitoriza com base numa perspetiva global, e pela Função de Auditoria e Compliance. 218 Descrevemos, de seguida, o conjunto cíclico e sequencial de fases da identificação dos riscos pelos diferentes intervenientes da Organização: • • • • • Identificação do risco - determinação dos riscos, pelos Risk Owners, a que a organização está exposta e do nível de tolerância de exposição a esses mesmos riscos; Mensuração do risco - quantificação das exposições ao risco e produção de relatórios de suporte à tomada de decisão; Controlo e gestão do risco - definição de ações a empreender para fazer face ao risco; Implementação das medidas de gestão de risco definidas - agregação sistemática de informação do risco e respetivo reporte à Comissão Executiva; Monitorização - avaliação do processo de gestão de risco e, se necessário, realinhamento e redefinição de estratégia. Anualmente e de acordo com um plano definido e aprovado pela Comissão de Auditoria, Investimento e Risco, são realizadas auditorias operacionais de conformidade e financeiras que visam testar a eficácia dos controlos internos implementados pelo Grupo. Todos os investimentos significativos ou novos negócios são analisados quanto aos riscos pelas diversas áreas corporativas, sendo objeto de um parecer prévio da Comissão de Auditoria, Investimento e Risco antes de serem submetidos à aprovação em Conselho de Administração. A Função de Risco Corporativo assegura a aplicação efetiva da Gestão de Riscos através do acompanhamento contínuo da respetiva adequação e eficácia, do acompanhamento de medidas de mitigação de eventuais deficiências de controlo interno e da monitorização permanente dos níveis de risco e implementação de medidas de controlo. A avaliação do sistema de controlo interno e de gestão de risco permite aferir sobre a sua eficácia, sem contudo deixar de apontar medidas de melhoria a implementar a curto e médio prazo num processo que se pretende que seja de evolução e melhoria contínua e adequado ao desenvolvimento da própria organização empresarial e dos seus respetivos desafios estratégicos. 55. Principais elementos dos sistemas de controlo interno e de gestão de risco implementados na sociedade relativamente ao processo de divulgação de informação financeira (art. 245º-A, nº 1, al. m). A existência de um ambiente de controlo interno eficaz, particularmente no processo de reporte financeiro, é um compromisso dos Órgãos de Administração e de Fiscalização, bem como das diferentes Unidades de Negócio e do Centro Corporativo responsáveis pela produção de informação financeira. O Conselho de Administração está continuamente empenhado em assegurar que são implementadas as políticas adequadas que garantam que as demonstrações financeiras são reportadas de acordo com os princípios contabilísticos adotados. Os documentos de apresentação de informação financeira ao mercado são elaborados pelos responsáveis da Função de Controlo de Negócios e de Relação com Investidores, com base na informação disponibilizada pelas unidades de negócio, e apresentados ao mercado de capitais pelo representante para as Relações com o Mercado. Todos os documentos de informação financeira são enviados aos órgãos de administração e de fiscalização e apenas são divulgados após terem sido objeto de análise e respetiva aprovação pelos mesmos. 219 Informamos também que o processo de divulgação de informação financeira envolve um número restrito de colaboradores da Sociedade, apenas os que estão envolvidos diretamente no processo de preparação, elaboração e divulgação de informação financeira. A este propósito, e por imposição legal (nº 6 do artigo 248º do Código dos Valores Mobiliários), a Sociedade elaborou uma lista dos seus colaboradores, com ou sem vínculo laboral, que têm acesso, regular ou ocasional, a informação privilegiada. Esta lista foi dada a conhecer a cada um dos colaboradores que a engloba, explicando-lhes: (i) os motivos que originaram a inclusão do seu nome na referida lista; (ii) os deveres e obrigações previstos na lei; (iii) as consequências decorrentes da divulgação ou utilização abusivas de informação privilegiada. A lista de colaboradores que têm acesso a informação privilegiada é revista e atualizada anualmente, ou sempre que se mostre necessário, em função dos processos de mobilidade ocorridos no Grupo e respetivas sociedades participadas. O Auditor Externo/Revisor Oficial de Contas emitiu uma opinião independente sobre a conformidade dos pontos exigíveis nos termos do artigo 245º-A, da CMVM, para o Relatório sobre as práticas de Governo Societário. Neste sentido, e tendo em conta a alínea m) do referido artigo, existe conformidade no cumprimento dos principais elementos dos sistemas de controlo interno e de gestão de risco implementados na Sociedade relativamente ao processo de divulgação de informação financeira. IV. Apoio ao investidor 56. Serviço responsável pelo apoio ao investidor, composição, funções, informação disponibilizada por esse serviço e elementos para contacto. A Sociedade mantém um contacto permanente com investidores e analistas, através da Direção de Relações com Investidores, que disponibiliza informação atualizada relevante e fidedigna, para além de prestar esclarecimentos relativos aos negócios do Grupo, com o objetivo de melhorar o conhecimento e a compreensão daqueles em relação ao Grupo. A Direção de Relações com Investidores, em articulação com a Direção de Planeamento Estratégico Corporativo e a Direção de Controlo de Negócios, prepara regularmente apresentações para a comunidade financeira, comunicações sobre resultados trimestrais, semestrais e anuais, bem como comunicações relevantes ao mercado sempre que tal se revele necessário para divulgar ou clarificar qualquer evento que possa influenciar a evolução da cotação das ações da Mota-Engil, SGPS, SA. Adicionalmente, e quando solicitada, fornece esclarecimentos sobre as atividades do Grupo, respondendo às questões colocadas através de e-mail ou por telefone. Toda a informação divulgada é disponibilizada na página da internet da CMVM (www.cmvm.pt) e na da Mota-Engil (www.mota-engil.pt). O responsável pela Direção de Relações com Investidores é João Miguel V. G. Apolinário Vermelho, cujos contactos são: João Vermelho Rua Mário Dionísio, 2 2796-957 Linda-a-Velha Tel.: 351 214 158 200 Fax: +351 214 158 688 E-mail: [email protected] 220 57. Representante para as relações com o mercado. O representante para as relações com o mercado de capitais é Luís Filipe Cardoso da Silva, cujos contactos são: Luís Silva Edifício Mota Rua do Rego Lameiro, 38 4300-454 Porto Tel.: +351 225 190 300 Fax: +351 225 190 303 E-mail: [email protected] 58. Informação sobre a proporção e o prazo de resposta aos pedidos de informação entrados no ano ou pendentes de anos anteriores. Tal como já referido, a Sociedade mantém o contacto permanente, através da Direção de Relações com Investidores, com os seus acionistas e analistas através de informação sempre atualizada. Quando solicitada, presta esclarecimentos sobre os factos relevantes das atividades da Sociedade, entretanto divulgados nos termos da lei. Todas as informações solicitadas são analisadas e respondidas num prazo que não ultrapassa cinco dias úteis, pelo que não existem pedidos pendentes do ano anterior. A Sociedade considera que a sua Direção de Relações com Investidores assegura um contacto permanente com os investidores, mantendo um registo dos pedidos apresentados e do respetivo tratamento que lhes foi dado. V. Sítio de Internet 59. Endereço(s). O sítio institucional da Sociedade na Internet é disponibilizado em português e em inglês e pode ser acedido através do seguinte endereço www.mota-engil.pt. Na área para investidores é proporcionada informação que permite o conhecimento sobre a evolução da Sociedade e a sua realidade atual em termos económicos, financeiros e de governo. 60. Local onde se encontra informação sobre a firma, a qualidade de sociedade aberta, a sede e demais elementos mencionados no artigo 171º do Código das Sociedades Comerciais. http://www.mota-engil.pt/Investidores/Perfil-Corporativo 61. Local onde se encontram os estatutos e os regulamentos de funcionamento dos órgãos e/ou comissões. http://www.mota-engil.pt/Investidores/Perfil-Corporativo 221 62. Local onde se disponibiliza informação sobre a identidade dos titulares dos órgãos sociais, do representante para as relações com o mercado, do Gabinete de Apoio ao Investidor ou estrutura equivalente, respetivas funções e meios de acesso. http://www.mota-engil.pt/Institucional/Orgaos-Sociais http://www.mota-engil.pt/Investidores/Apoio-ao-Investidor 63. Local onde se disponibilizam os documentos de prestação de contas, que devem estar acessíveis pelo menos durante cinco anos, bem como o calendário semestral de eventos societários, divulgado no início de cada semestre, incluindo, entre outros, reuniões da assembleia geral, divulgação de contas anuais, semestrais e, caso aplicável, trimestrais. http://www.mota-engil.pt/Investidores/Informacoes-Financeiras http://www.mota-engil.pt/Investidores/Calendario-do-Investidor 64. Local onde são divulgados a convocatória para a reunião da assembleia geral e toda a informação preparatória e subsequente com ela relacionada. http://www.mota-engil.pt/Investidores/Assembleias-Gerais 65. Local onde se disponibiliza o acervo histórico com as deliberações tomadas nas reuniões das assembleias gerais da sociedade, o capital social representado e os resultados das votações, com referência aos 3 anos antecedentes. http://www.mota-engil.pt/Investidores/Assembleias-Gerais 222 D. REMUNERAÇÕES I. Competência para a determinação 66. Indicação quanto à competência para a determinação da remuneração dos órgãos sociais, dos membros da comissão executiva ou administrador delegado e dos dirigentes da sociedade. De acordo com os Estatutos, a Comissão de Vencimentos, eleita pelos acionistas reunidos em Assembleia Geral, tem por função definir a política de remunerações dos titulares dos órgãos sociais, fixando as remunerações aplicáveis, tendo em consideração as funções exercidas, o desempenho verificado e a situação económica da Sociedade. A remuneração dos dirigentes da Sociedade é determinada pela respetiva administração, obedecendo aos princípios da política de remunerações submetida pela Comissão de Vencimentos à apreciação da Assembleia Geral, tal como estabelecido no artigo 2º da Lei nº 28/2009, de 19 de junho. II. Comissão de remunerações 67. Composição da comissão de remunerações, incluindo identificação das pessoas singulares ou coletivas contratadas para lhe prestar apoio e declaração sobre a independência de cada um dos membros e assessores. A comissão eleita para o quadriénio 2014-2017 é composta pelos seguintes membros: António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota, Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa, ambos membros do órgão de administração, e Manuel Teixeira Mendes (membro independente). António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota (Presidente, membro não-executivo do Conselho de Administração e parente de um membro executivo) e Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa (membro não-executivo do Conselho de Administração e parente de um membro executivo) integram a Comissão de Vencimentos, tendo sido eleitos para essas funções pela Assembleia Geral, sob proposta da acionista maioritária Mota Gestão e Participações, SGPS, SA. As suas participações na Comissão de Vencimentos correspondem exclusivamente à representação do interesse acionista, ali intervindo nessa qualidade e não na de membros do órgão de administração. Para garantia de independência no exercício das referidas funções, estes membros não tomam parte em qualquer discussão ou deliberação em que exista ou possa existir conflito de interesses, designadamente no que se refere à fixação das remunerações dos respetivos parentes enquanto membros executivos do órgão de administração. Adicionalmente, é convicção geral, nomeadamente da Assembleia Geral de Acionistas que os elegeu para os respetivos cargos, que os membros da Comissão de Vencimentos acumulam uma experiência, uma ponderação e uma ética que lhes permite cabalmente zelar pelos interesses que lhes estão cometidos. Não foi contratada qualquer pessoa singular ou coletiva para apoiar a Comissão de Vencimentos nas suas funções. 68. Conhecimentos e experiência dos membros da comissão de remunerações em matéria de política de remunerações. Considera-se que, em virtude dos respetivos currículos e percursos profissionais (ver capítulo “Lista de cargos exercidos pelos Administradores), os três membros da Comissão de Vencimentos possuem conhecimentos e experiência em matéria de política de remunerações. Adicionalmente e quando se revela necessário, a Comissão de Vencimentos é auxiliada por recursos especializados, internos ou externos à Sociedade, para suportar as suas deliberações em matéria de política de remunerações. 223 III. Estrutura das remunerações 69. Descrição da política de remuneração dos órgãos de administração e de fiscalização a que se refere o artigo 2º da Lei nº 28/2009, de 19 de Junho. Tal como estipulado na Lei nº 28/2009, de 19 de junho, é submetida anualmente à apreciação da Assembleia Geral uma declaração sobre a política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização. Os princípios gerais a observar na fixação das remunerações são, essencialmente, os seguintes: a) Funções desempenhadas Deverão ser tidas em conta as funções desempenhadas por cada um dos elementos, num sentido mais amplo da atividade efetivamente exercida e das responsabilidades que lhes estão associadas e não apenas num sentido formal. Não estarão na mesma posição todos os administradores entre si, nem mesmo os administradores executivos entre si, ou os membros do Conselho Fiscal. A reflexão sobre as funções deve ser efetuada no seu sentido mais amplo, sendo exigível que se levem em linha de conta critérios tão diversos como, por exemplo, a responsabilidade, o tempo de dedicação ou o valor acrescentado para o Grupo que resulta de um determinado tipo de intervenção ou uma representação institucional. Igualmente, não se poderá furtar a esta reflexão da existência de funções desempenhadas noutras sociedades dominadas, significando isso tanto um aumento de responsabilidade como uma fonte cumulativa de rendimento. Em alinhamento com o princípio enunciado, o Grupo tem definida uma política retributiva cuja abrangência se estende, de forma segmentada, aos membros dirigentes e colaboradores, baseando-se no modelo internacional Hay, para a pontuação das funções. De acordo com a metodologia em vigor, as funções são avaliadas com base no conhecimento, complexidade e responsabilidade/autonomia exigidos, e enquadradas, posteriormente, em grupos funcionais predefinidos, constituindo este o vetor referencial para a determinação das condições em matéria retributiva. b) A situação económica da Sociedade Deve ser tida em consideração a situação económica da Sociedade, bem como os interesses desta numa perspetiva de longo prazo e do real crescimento da mesma e da criação de valor para os seus acionistas. Neste âmbito, o Grupo tem vindo a suportar o seu desenvolvimento no planeamento de curto e médio prazo (Plano Estratégico do Grupo), estabelecendo objetivos e definindo iniciativas cuja execução é alvo de avaliação periódica através de um conjunto de KPI, orientando a performance em torno de quatro dimensões: geração de cash-flow, controlo interno/risco controlado, crescimento sustentável e reforço organizacional. Sendo o Plano Estratégico do Grupo o instrumento orientador da estratégia para o Grupo, os KPI constituem um dos componentes-chave para a avaliação dos membros dirigentes do Grupo e, respetivamente, para a determinação das suas compensações em matéria retributiva, direcionando os mecanismos de incentivo para a efetiva criação de valor, num horizonte de longo prazo. 224 c) Condições gerais de mercado para situações equivalentes A definição de qualquer remuneração não pode fugir à lei da oferta e da procura, não sendo o caso dos titulares dos órgãos sociais exceção. Apenas o respeito pelas práticas do mercado permite manter profissionais com um nível de desempenho adequado à complexidade das funções e às responsabilidades. É importante que a remuneração esteja alinhada com o mercado e seja estimulante, permitindo servir como meio para atingir um elevado desempenho individual e coletivo, assegurando-se não só os interesses do próprio, mas essencialmente os da Sociedade e a criação de valor para todos os seus acionistas. Tendo em consideração o princípio supracitado, é âmbito da política retributiva do Grupo a auditoria periódica às práticas de compensação, bem como a comparação das mesmas com o mercado. Para esse efeito, é adotada a metodologia internacional de pontuação de funções Hay, bem como estudos salariais Hay direcionados para os grupos funcionais de comparação, garantindo deste modo racionais de ajustamento competitivos à estratégia para o desenvolvimento do capital humano e à evolução do mercado salarial. As opções concretas de política de remuneração submetidas e aprovadas foram as seguintes: 1. A remuneração dos membros executivos, bem como dos não-executivos não independentes, do Conselho de Administração será composta por uma parte fixa e uma parte variável. A política retributiva consagra dois aspetos fundamentais na compensação do universo de membros dirigentes e colaboradores do Grupo: por um lado, a equidade/competitividade retributivas, salvaguardada através da análise interna e comparação externa da proporção da retribuição fixa em relação com a função exercida pelos titulares (utilizando como suporte a metodologia Hay); por outro, a meritocracia, complementando a retribuição fixa com uma retribuição variável, dependente da avaliação do desempenho. 225 2. A remuneração dos membros não-executivos independentes do Conselho de Administração, dos membros do Conselho Fiscal e dos membros da Mesa da Assembleia Geral será composta apenas por uma parte fixa. 3. A parte fixa da remuneração dos membros do Conselho de Administração com funções executivas, bem como dos membros não-executivos não independentes, consistirá num valor mensal pagável 14 vezes por ano. 4. A fixação do valor mensal para a parte fixa das remunerações dos membros do Conselho de Administração será feita para todos os que sejam membros da Comissão Executiva e para aqueles que, embora não pertencentes a esta comissão, não sejam considerados independentes. 5. A fixação de valor predeterminado por cada participação em reunião aos membros do Conselho de Administração será feita para aqueles que sejam considerados independentes e tenham funções essencialmente não-executivas. 6. As remunerações fixas dos membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral consistirão todas num valor fixo, pagável 12 vezes por ano. 7. O processo de atribuição de remunerações variáveis aos membros executivos, bem como aos não-executivos não independentes, do Conselho de Administração deverá seguir os critérios propostos pela Comissão de Vencimentos, atenta a avaliação de desempenho efetuada, da sua posição hierárquica, de critérios de performance de longo prazo da Sociedade, do crescimento real da mesma e das variáveis de desempenho escolhidas. Ao abrigo da política retributiva definida para o Grupo, a retribuição variável está dependente da avaliação de desempenho, cujos princípios gerais e respetivo modo de aplicação se encontram previstos no Modelo Corporativo de Gestão de Desempenho. A avaliação do desempenho no Grupo compreende dois componentes: a avaliação quantitativa, medida através do cumprimento de KPI indexados ao Plano Estratégico do Grupo, e que são declinados em metas anuais, no início de cada ciclo de avaliação; e a avaliação qualitativa, que resulta de uma avaliação individual incidindo sobre competências-chave para o Grupo (corporativas, de gestão e pessoais). A determinação da retribuição variável no Grupo pressupõe a observância de duas condições cumulativas: o atingimento das metas-barreira, definidas no início de cada ciclo de avaliação anual, desdobradas a partir do Plano Estratégico do Grupo; e o atingimento médio satisfatório das metas quantitativas ponderadas com a avaliação qualitativa individual, podendo resultar num valor de payout que varia entre um percentual mínimo e máximo predefinidos. Adicionalmente, estão estabelecidos mecanismos preventivos de inibição do pagamento de retribuição variável, de modo a minimizar o incentivo de resultados desalinhados com uma perspetiva de criação de valor sustentável, num horizonte de longo prazo. Como tal, não haverá lugar à retribuição variável caso se verifique uma das seguintes condições: 8. − Uma das metas-barreira (que corresponde ao valor mínimo a atingir por KPI, para ser elegível o pagamento de retribuição variável) não ser atingida, de acordo com os parâmetros fixados no início de cada ciclo de avaliação anual; − O atingimento médio das metas definidas por KPI, ponderado com a avaliação qualitativa individual, ser insatisfatório. Na fixação de todas as remunerações, designadamente na distribuição do valor global da remuneração variável dos membros do Conselho de Administração, serão observados os princípios gerais acima consignados: funções desempenhadas, situação da Sociedade e critérios de mercado. A política retributiva do Grupo é extensível aos membros dirigentes e colaboradores, encontrando-se segmentada em grupos funcionais predefinidos (inserindo-se os membros do Conselho de Administração em Top Executives), utilizando como base o modelo internacional Hay para pontuação das funções. Salvaguarda-se na política retributiva do Grupo que as retribuições fixadas a cada grupo funcional (quer se trate da componente fixa quer da variável) tenham como racional a equidade interna e o benchmarking salarial relativo ao mercado de referência, desenvolvido periodicamente. Em relação aos grupos de sociedades cuja política e práticas recomendatórias foram tomadas como elemento comparativo para fixação da remuneração, a Comissão de Vencimentos tem em consideração, nos limites da informação acessível, todas as sociedades nacionais de dimensão equivalente, designadamente dentro do PSI-20, e também sociedades de outros mercados internacionais com caraterísticas equivalentes ao Grupo. Não se encontram fixados pela Comissão de Vencimentos quaisquer acordos quanto a pagamentos pelo Grupo relativos à destituição ou cessação por acordo de funções de administradores. Tal como já referido, a remuneração dos administradores não-executivos não independentes do órgão de administração integra componentes variáveis. A Sociedade entende que, para além de dever premiar a estratégia de longo prazo levada a cabo por todo o Conselho de Administração, incluindo os administradores não-executivos não independentes, esta situação não desvirtua a sua função não-executiva. 226 Para além de os Estatutos determinarem que, em termos totais, a remuneração variável do Conselho de Administração não pode exceder 5% dos lucros do exercício, estão previstos mecanismos na política retributiva que visam, por um lado, premiar a criação de valor efetiva, numa perspetiva de longo prazo, e, por outro, desincentivar a assunção de riscos excessivos e de comportamentos desalinhados com a estratégia preconizada para o Grupo. Assim, a retribuição fixa e variável encontra-se balizada por posicionamentos retributivos que têm como racional a função, o respetivo grupo funcional e o benchmarking no mercado de referência. A retribuição fixa tem subjacente um valor mínimo e máximo predefinido por grupo funcional e a retribuição variável encontra-se indexada à avaliação de desempenho, podendo resultar num valor de payout que varia entre um percentual mínimo e máximo, predefinidos. Em termos agregados, o mix de retribuição fixa e variável encontra-se balanceado, através da fixação de limites mínimos e máximos, previstos no âmbito da política retributiva. A Comissão de Vencimentos considera que a forma como se encontra estruturada a remuneração dos administradores é adequada, sendo que entende esta Comissão ser desnecessária a fixação de limites máximos potenciais, agregados e/ou individuais, da remuneração a pagar aos membros do órgão de administração, mais considerando que a Política de Remunerações adotada está em linha com as práticas remuneratórias da generalidade das empresas congéneres do PSI20, ponderadas as caraterísticas da Sociedade. Os membros do órgão de administração não celebraram contratos, nem com a Sociedade, nem com terceiros, que tenham por efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneração que lhes for fixada pela Sociedade. 70. Informação sobre o modo como a remuneração é estruturada de forma a permitir o alinhamento dos interesses dos membros do órgão de administração com os interesses de longo prazo da sociedade, bem como sobre o modo como é baseada na avaliação do desempenho e desincentiva a assunção excessiva de riscos. A atual política de remunerações do Grupo, tal como aprovada em Assembleia Geral, procura promover, numa perspetiva de médio e longo prazo, o alinhamento dos interesses dos administradores, demais órgãos sociais e dirigentes com os interesses da Sociedade, e assenta sobretudo numa base fixa, com uma componente variável (quando aplicável) em função dos resultados da atividade desenvolvida e da situação económica e financeira da Sociedade. Conforme descrito no ponto 69, a política retributiva do Grupo tem subjacentes instrumentos de retribuição variável estruturados de modo a promover o alinhamento dos interesses dos membros do órgão de administração com os interesses de longo prazo da Sociedade, desincentivando a assunção excessiva de riscos, nomeadamente pela monitorização de KPI associados à dimensão “controlo interno/risco controlado”. Para tal, estão definidos na política retributiva mecanismos de indexação da retribuição variável à avaliação de desempenho, que, por seu turno, se baseia em KPI declinados a partir do Plano Estratégico do Grupo, definido para um horizonte de longo prazo. Ao abrigo da componente quantitativa da avaliação de desempenho, são definidas, no início do ciclo de avaliação, as metas a atingir para cada um dos KPI. A determinação da retribuição variável no Grupo pressupõe um atingimento médio satisfatório das metas fixadas, ponderadas com a avaliação qualitativa individual (podendo resultar num valor de payout que varia entre um percentual mínimo e máximo, predefinidos). Adicionalmente, estão estabelecidos mecanismos preventivos de inibição do pagamento de retribuição variável, caso se verifique uma das seguintes condições: 227 − Uma das metas-barreira (que corresponde ao valor mínimo a atingir por KPI, para ser elegível o pagamento de retribuição variável) não ser atingida, de acordo com os parâmetros fixados no início de cada ciclo de avaliação anual; − O atingimento médio das metas definidas por KPI, ponderado com a avaliação qualitativa individual, ser insatisfatório. 71. Referência, se aplicável, à existência de uma componente variável da remuneração e informação sobre eventual impacto da avaliação de desempenho nesta componente. A política de remuneração e compensação dos membros executivos do Conselho de Administração da Sociedade obedece a um plano composto por: (i) uma componente fixa definida de acordo com a função, respetivo enquadramento nos grupos funcionais predefinidos para o Grupo e benchmarking de mercado (suportados na metodologia internacional Hay de pontuação de funções) e que engloba a remuneração bruta base paga por referência ao período de um ano; e (ii) uma componente variável paga a título de prémio de performance tendo em consideração a evolução do seu desempenho, baseada em critérios definidos e revistos anualmente pela Comissão de Vencimentos. Os critérios de atribuição da retribuição variável aos membros dos órgãos de administração do Grupo estão indexados à avaliação de desempenho, da responsabilidade da Comissão de Vencimentos. A avaliação do desempenho compreende dois componentes: a avaliação quantitativa, medida através do cumprimento de KPI indexados ao Plano Estratégico do Grupo e que são declinados em metas anuais, fixadas no início de cada ciclo de avaliação; e a avaliação qualitativa, que resulta de uma avaliação individual discricionária. A determinação da retribuição variável aplicável aos membros dirigentes do Grupo pressupõe a observância de duas condições cumulativas: o atingimento das metas barreira, definidas no início de cada ciclo de avaliação anual, desdobradas a partir do plano estratégico de longo prazo; e o atingimento satisfatório das metas quantitativas ponderadas com a avaliação qualitativa individual, podendo resultar num valor de payout que varia entre um percentual mínimo e máximo, predefinidos. 72. Diferimento do pagamento da componente variável da remuneração, com menção do período de diferimento. Não existe qualquer diferimento no pagamento das referidas remunerações variáveis. Não obstante este facto, a Comissão de Vencimentos estrutura a remuneração dos membros do órgão de administração de forma a poder haver uma continuação do desempenho positivo da Sociedade no longo prazo. Ex ante, a monitorização do desempenho positivo é realizada através da avaliação periódica dos KPI desdobrados do Plano Estratégico do Grupo, permitindo acompanhar a evolução do desempenho da Sociedade. Ex post, encontram-se definidos mecanismos na política retributiva que visam inibir o pagamento de retribuição variável caso não seja verificada uma das seguintes condições: - Uma das metas-barreira (que corresponde ao valor mínimo a atingir por KPI, para ser elegível o pagamento de retribuição variável) não ser atingida, de acordo com os parâmetros fixados no início de cada ciclo de avaliação anual; - O atingimento médio das metas definidas por KPI ponderado com a avaliação qualitativa individual ser insatisfatório. 228 A Comissão de Vencimentos considera que a forma como se encontra estruturada a remuneração dos administradores, nomeadamente a ausência de qualquer mecanismo de diferimento da componente variável, é adequada e permite o alinhamento dos interesses destes com os interesses da Sociedade no longo prazo. Pelo mesmo motivo, entende a Comissão de Vencimentos ser desnecessária a fixação de limites máximos potenciais, agregados e/ou individuais, da remuneração a pagar aos membros dos órgãos sociais, mais considerando que a Política de Remunerações adotada está em linha com as práticas remuneratórias da generalidade das empresas congéneres do PSI-20, ponderadas as caraterísticas da Sociedade. 73. Critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em ações bem como sobre a manutenção, pelos administradores executivos, dessas ações, sobre eventual celebração de contratos relativos a essas ações, designadamente contratos de cobertura (hedging) ou de transferência de risco, respetivo limite, e sua relação face ao valor da remuneração total anual. A Sociedade não tem em vigor, ou prevista, qualquer medida remuneratória em que haja lugar à atribuição de ações e/ou qualquer outro sistema de incentivos com ações. 74. Critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em opções e indicação do período de diferimento e do preço de exercício. A Sociedade não tem em vigor, ou prevista, qualquer medida remuneratória em que haja lugar a atribuição de direitos a adquirir opções sobre ações. 75. Principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer outros benefícios não pecuniários. A Sociedade não tem qualquer sistema de prémios anuais ou outros benefícios não pecuniários. 76. Principais características dos regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os administradores e data em que foram aprovados em assembleia geral, em termos individuais. Com exceção dos acionistas fundadores, a Sociedade não tem regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os administradores. Os administradores acionistas fundadores são beneficiários de um plano de pensões de benefícios definidos, que lhes permitirá obter uma pensão correspondente a 80% do salário auferido na data da reforma. O referido plano já se encontrava em vigor em data anterior à data de admissão à cotação da MotaEngil. 229 Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os montantes acumulados de responsabilidades com planos de reforma de benefícios definidos relativamente aos referidos administradores eram como se segue: Membros 2015 variação 2014 António Manuel Queirós V. da Mota 3.387.181 441.749 2.945.432 Maria Manuela Q. V. Mota dos Santos 2.316.308 59.651 2.256.657 Maria Teresa Q. V. Mota Neves da Costa 2.164.651 59.829 2.104.822 Maria Paula Queirós V. Mota de Meireles 1.251.029 51.426 1.199.603 9.119.169 612.654 8.506.515 A variação ocorrida em 2015 nas responsabilidades acumuladas deveu-se, nomeadamente, à alteração da taxa de crescimento salarial e à alteração da taxa de desconto. IV. Divulgação das remunerações 77. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos membros dos órgãos de administração da sociedade, proveniente da sociedade, incluindo remuneração fixa e variável e, relativamente a esta, menção às diferentes componentes que lhe deram origem. Valores em euros Membros Empresa Componente Variável (participação lucros) Componente Fixa Senhas de Presença Total Conselho de Administração António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota Mota-Engil SGPS 476.000 100.000 - 576.000 Gonçalo Nuno Gomes de Andrade Moura Martins Mota-Engil SGPS 406.000 120.000 - 526.000 Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo Mota-Engil SGPS 292.000 94.000 - 386.000 Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos Mota-Engil SGPS 251.000 50.000 - 301.000 Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa Mota-Engil SGPS 251.000 50.000 - 301.000 Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota de Meireles Mota-Engil SGPS 251.000 50.000 - 301.000 Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos Mota-Engil SGPS 273.000 80.000 - 353.000 Ismael Antunes Hernandez Gaspar Mota-Engil SGPS 326.000 90.000 - 416.000 José Pedro Matos Marques Sampaio de Freitas Mota-Engil SGPS 163.000 50.000 - 213.000 MEEC 306.000 90.000 - 396.000 560.599 António Martinho Ferreira Oliveira João Pedro Santos Dinis Parreira ME Latin America BV 310.599 250.000 - Gilberto Silveira Rodrigues MEEC Africa 366.923 100.000 - 466.923 Luís Filipe Cardoso da Silva MESP 295.207 78.000 - 373.207 Luís Valente de Oliveira Mota-Engil SGPS - - 35.000 35.000 António Bernardo Aranha da Gama Lobo Xavier Mota-Engil SGPS - - 65.000 65.000 António Manuel da Silva Vila Cova Mota-Engil SGPS - - 39.500 39.500 5.309.230 230 Não existem quaisquer planos de atribuição de ações ou de direitos de adquirir opções sobre ações ou de qualquer outro sistema de incentivos com ações, sendo que os critérios relativos às componentes variáveis da remuneração dos órgãos de administração são aqueles que constam da política de remuneração descrita no ponto 69. A informação sobre a ligação entre a remuneração e o desempenho dos órgãos de administração é aquela que consta da política de remunerações descrita no ponto 69. A informação sobre os principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais é aquela que consta da política de remunerações descrita no ponto 69. Não existem outros benefícios não pecuniários. Durante o ano de 2015, não foram pagos nem devidos quaisquer montantes a título de indemnização por cessação de funções de ex-administradores executivos. Não existem quaisquer outros montantes pagos a qualquer título por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo. 78. Montantes a qualquer título pagos por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo ou que se encontrem sujeitas a um domínio comum. Os montantes pagos por outras sociedades do Grupo encontram-se explicitados no quadro do ponto anterior. 79. Remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e/ou de pagamento de prémios e os motivos por que tais prémios e ou participação nos lucros foram concedidos. A componente variável da remuneração dos membros do Conselho de Administração corresponde a um prémio de desempenho e está dependente da avaliação de desempenho, cujos princípios gerais e respetivo modo de aplicação se encontram previstos no Modelo Corporativo de Gestão de Desempenho, tal como já explicitado no ponto 69. Os prémios pagos aos administradores executivos encontram-se explicitados no quadro constante do ponto 77. 80. Indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores executivos relativamente à cessação das suas funções durante o exercício. Não foram pagas indemnizações a ex-administradores executivos relativamente à cessação das suas funções durante o exercício. 231 81. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos membros dos órgãos de fiscalização da sociedade, para efeitos da Lei nº 28/2009, de 19 de junho. Valores em euros Membros Empresa Total Alberto João Coraceiro de Castro Mota-Engil SGPS 30.000 José Rodrigues de Jesus Mota-Engil SGPS 30.000 Horácio Fernando Reis Sá Mota-Engil SGPS 6.000 66.000 A sociedade de revisores oficiais de contas António Magalhães e Carlos Santos, SROC auferiu o montante de 38.000 euros durante o ano de 2015. 82. Indicação da remuneração no ano de referência do presidente da mesa da assembleia geral. Durante o ano de 2015, o presidente da Mesa da Assembleia Geral auferiu 6 mil euros. V. Acordos com implicações remuneratórias 83. Limitações contratuais previstas para a compensação a pagar por destituição sem justa causa de administrador e sua relação com a componente variável da remuneração. Não se encontram fixados contratualmente quaisquer limites para a compensação a pagar por destituição sem justa causa de administrador para além do previsto na lei. A Sociedade recorre aos instrumentos jurídicos disponíveis na lei adequados para esta situação, nomeadamente quando existe desempenho desadequado do administrador. Por outro lado, não existe nenhum instrumento jurídico celebrado com administradores que obriguem a Sociedade, nos casos previstos na recomendação III.8, ao pagamento de qualquer indemnização ou compensação além do que é legalmente exigível. 84. Referência à existência e descrição, com indicação dos montantes envolvidos, de acordos entre a sociedade e os titulares do órgão de administração e dirigentes, na aceção do nº 3 do artigo 248º-B do Código dos Valores Mobiliários, que prevejam indemnizações em caso de demissão, despedimento sem justa causa ou cessação da relação de trabalho na sequência de uma mudança de controlo da sociedade. (art. 245º-A, nº 1, al. L). Não foram celebrados quaisquer acordos entre a Sociedade e os administradores e dirigentes que prevejam indemnizações em caso de demissão, despedimento sem justa causa ou cessação da relação de trabalho na sequência de uma mudança de controlo da Sociedade. 232 VI. Planos de atribuição de ações ou opções sobre ações (stock options) 85. Identificação do plano e dos respetivos destinatários. A Sociedade não tem em vigor, ou prevista, qualquer medida remuneratória em que haja lugar a atribuição de direitos a adquirir opções sobre ações. 86. Caraterização do plano (condições de atribuição, cláusulas de inalienabilidade de ações, critérios relativos ao preço das ações e o preço de exercício das opções, período durante o qual as opções podem ser exercidas, características das ações ou opções a atribuir, existência de incentivos para a aquisição de ações e ou o exercício de opções). A Sociedade não tem em vigor, ou prevista, qualquer medida remuneratória em que haja lugar a atribuição de direitos a adquirir opções sobre ações. 87. Direitos de opção atribuídos para a aquisição de ações (‘stock options’) de que sejam beneficiários os trabalhadores e colaboradores da empresa. A Sociedade não tem em vigor, ou prevista, qualquer medida remuneratória em que haja lugar a atribuição de direitos a adquirir opções sobre ações. 88. Mecanismos de controlo previstos num eventual sistema de participação dos trabalhadores no capital na medida em que os direitos de voto não sejam exercidos diretamente por estes (art. 245º-A, nº 1, al. E)). A Sociedade não tem em vigor, ou prevista, qualquer medida remuneratória em que haja lugar a atribuição de direitos a adquirir opções sobre ações. 233 E. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS I. Mecanismos e procedimentos de controlo 89. Mecanismos implementados pela sociedade para efeitos de controlo de transações com partes relacionadas. Todos os negócios realizados pela Sociedade com partes relacionadas respeitam o interesse da Sociedade e suas participadas e são realizados em condições normais de mercado. Os mecanismos implementados para controlar tais transações passam por procedimentos administrativos específicos que decorrem de imposições normativas, nomeadamente as relativas às regras dos preços de transferência, e pela obrigatoriedade de aprovação prévia pelo Conselho Fiscal das transações realizadas com titulares de participação qualificada ou com entidades com eles relacionadas, nos termos do artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários, ou respetivas renovações, cujo valor agregado por entidade seja superior a 500 mil euros por ano. No dia 11 de outubro de 2015, a Mota-Engil Africa. N.V. (“Mota-Engil Africa”) anunciou a intenção de solicitar à Euronext Amsterdam NV a exclusão da negociação, no mercado regulado por esta entidade, das ações ordinárias representativas do seu capital social. Em sequência, a acionista Mota Gestão e Participações - Sociedade Gestora de Participações Sociais S.A. (“MGP”) manifestou disponibilidade para alienar a sua participação no capital social da MotaEngil Africa, com compromisso de reinvestir o produto de tal alienação na subscrição de novas ações da Sociedade. Com vista a simplificar o processo, bem como os fluxos financeiros associados, a MGP vendeu à Sociedade a sua participação no capital social da Mota-Engil Africa com o compromisso de converter o crédito correspondente ao preço de tal venda em novas ações ordinárias da Mota-Engil, SGPS, SA. Esta conversão, tendo correspondido a entrada em espécie, foi verificada, nos termos previstos no Código das Sociedades Comerciais, por revisor oficial de contas independente, cujo relatório foi colocado à disposição dos acionistas no prazo legal. A operação foi igualmente objeto de parecer favorável do Conselho Fiscal da Sociedade. 90. Indicação das transações que foram sujeitas a controlo no ano de referência. Durante o ano de 2015, a transação referida no ponto anterior foi submetida à aprovação em Assembleia Geral decorrida em 30 de novembro de 2015. 91. Descrição dos procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do órgão de fiscalização para efeitos da avaliação prévia dos negócios a realizar entre a sociedade e titulares de participação qualificada ou entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários. Tal como previsto no Regulamento de Funcionamento do Conselho Fiscal, compete a este órgão apreciar previamente as transações a realizar com titulares de participação qualificada ou com entidades com eles relacionadas, nos termos do artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários, ou respetivas renovações, cujo valor agregado por entidade seja superior a 500 mil euros por ano. A operação descrita no ponto 89. supra foi objeto de análise e Parecer favorável do Conselho Fiscal da Sociedade. 234 II. Elementos relativos aos negócios 92. Indicação do local dos documentos de prestação de contas onde está disponível informação sobre os negócios com partes relacionadas, de acordo com a IAS 24, ou, alternativamente, reprodução dessa informação. A informação sobre os negócios com partes relacionadas encontra-se descrita na Nota 32 às demonstrações financeiras consolidadas constante do Relatório e Contas Consolidadas 2015. 235 PARTE II − AVALIAÇÃO DO GOVERNO SOCIETÁRIO 1. Identificação do Código de Governo das Sociedades adotado O presente relatório obedece ao modelo constante do anexo ao Regulamento CMVM nº 4/2013, de 1 de agosto, e tem por referência o Código de Governo das Sociedades da CMVM de 2013 divulgado pela CMVM no seu endereço eletrónico www.cmvm.pt. 2. Análise de cumprimento do Código de Governo das Sociedades adotado Indicação discriminada das recomendações incluídas no Código de Governo das Sociedades da CMVM adotadas e não adotadas pela Mota-Engil, SGPS, SA: Recomendação/Capítulo Cumprimento Relatório I.1. As sociedades devem incentivar os seus acionistas a participar e a votar nas assembleias gerais, designadamente não fixando um número excessivamente elevado de ações necessárias para ter direito a um voto e implementando os meios indispensáveis ao exercício do direito de voto por correspondência e por via eletrónica. Cumprida 12 I.2. As sociedades não devem adotar mecanismos que dificultem a tomada de deliberações pelos seus acionistas, designadamente fixando um quórum deliberativo superior ao previsto por lei. Cumprida 14 I.3. As sociedades não devem estabelecer mecanismos que tenham por efeito provocar o desfasamento entre o direito ao recebimento de dividendos ou à subscrição de novos valores mobiliários e o direito de voto de cada ação ordinária, salvo se devidamente fundamentados em função dos interesses de longo prazo dos acionistas. Cumprida 12 I.4. Os estatutos das sociedades que prevejam a limitação do número de votos que podem ser detidos ou exercidos por um único acionista, de forma individual ou em concertação com outros acionistas, devem prever igualmente que, pelo menos de cinco em cinco anos, será sujeita a deliberação pela assembleia geral a alteração ou a manutenção dessa disposição estatutária – sem requisitos de quórum agravado relativamente ao legal – e que, nessa deliberação, se contam todos os votos emitidos sem que aquela limitação funcione. Não aplicável I.5. Não devem ser adotadas medidas que tenham por efeito exigir pagamentos ou a assunção de encargos pela sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança da composição do órgão de administração e que se afigurem suscetíveis de prejudicar a livre transmissibilidade das ações e a livre apreciação pelos acionistas do desempenho dos titulares do órgão de administração. Cumprida 4 II.1.1. Dentro dos limites estabelecidos por lei, e salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o conselho de administração deve delegar a administração quotidiana da sociedade, devendo as competências delegadas ser identificadas no relatório anual sobre o Governo da Sociedade. Cumprida 21 II.1.2. O Conselho de Administração deve assegurar que a sociedade atua de forma consentânea com os seus objetivos, não devendo delegar a sua competência, designadamente, no que respeita a: i) definir a estratégia e as políticas gerais da sociedade; ii) definir a estrutura empresarial do grupo; iii) decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas características especiais. Cumprida 21 I. VOTAÇÃO E CONTROLO DA SOCIEDADE II. SUPERVISÃO, ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO II.1. SUPERVISÃO E ADMINISTRAÇÃO 236 II.1.3. O Conselho Geral e de Supervisão, além do exercício das competências de fiscalização que lhes estão cometidas, deve assumir plenas responsabilidades ao nível do governo da sociedade, pelo que, através de previsão estatutária ou mediante via equivalente, deve ser consagrada a obrigatoriedade de este órgão se pronunciar sobre a estratégia e as principais políticas da sociedade, a definição da estrutura empresarial do grupo e as decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante ou risco. Este órgão deverá ainda avaliar o cumprimento do plano estratégico e a execução das principais políticas da sociedade. Não aplicável II.1.4. Salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o Conselho de Administração e o Conselho Geral e de Supervisão, consoante o modelo adotado, devem criar as comissões que se mostrem necessárias para: a) Assegurar uma competente e independente avaliação do desempenho dos administradores executivos e do seu próprio desempenho global, bem assim como das diversas comissões existentes; Não cumprida 21 II.1.5. O Conselho de Administração ou o Conselho Geral e de Supervisão, consoante o modelo aplicável, devem fixar objetivos em matéria de assunção de riscos e criar sistemas para o seu controlo, com vista a garantir que os riscos efetivamente incorridos são consistentes com aqueles objetivos. Cumprida 50, 51, 52, 53, 54 e 55 II.1.6. O Conselho de Administração deve incluir um número de membros não executivos que garanta efetiva capacidade de acompanhamento, supervisão e avaliação da atividade dos restantes membros do órgão de administração. Cumprida 17 e 18 Cumprida 18 II.1.8. Os administradores que exerçam funções executivas, quando solicitados por outros membros dos órgãos sociais, devem prestar, em tempo útil e de forma adequada ao pedido, as informações por aqueles requeridas. Cumprida 21 II.1.9. O presidente do órgão de administração executivo ou da comissão executiva deve remeter, conforme aplicável, ao Presidente do Conselho de Administração, ao Presidente do Conselho Fiscal, ao Presidente da Comissão de Auditoria, ao Presidente do Conselho Geral e de Supervisão e ao Presidente da Comissão para as Matérias Financeiras, as convocatórias e as atas das respetivas reuniões. Cumprida 21 II.1.10. Caso o presidente do órgão de administração exerça funções executivas, este órgão deverá indicar, de entre os seus membros, um administrador independente que assegure a coordenação dos trabalhos dos demais membros não executivos e as condições para que estes possam decidir de forma independente e informada ou encontrar outro mecanismo equivalente que assegure aquela coordenação. Não aplicável b) Refletir sobre sistema estrutura e as práticas de governo adotado, verificar a sua eficácia e propor aos órgãos competentes as medidas a executar tendo em vista a sua melhoria. II.1.7 Entre os administradores não executivos deve contar-se uma proporção adequada de independentes, tendo em conta o modelo de governação adotado, a dimensão da sociedade e a sua estrutura acionista e o respetivo free float. A independência dos membros do Conselho Geral e de Supervisão e dos membros da Comissão de Auditoria afere-se nos termos da legislação vigente, e quanto aos demais membros do Conselho de Administração considera-se independente a pessoa que não esteja associada a qualquer grupo de interesses específicos na sociedade nem se encontre em alguma circunstância suscetível de afetar a sua isenção de análise ou de decisão, nomeadamente em virtude de: a. Ter sido colaborador da sociedade ou de sociedade que com ela se encontre em relação de domínio ou de grupo nos últimos três anos; b. Ter, nos últimos três anos, prestado serviços ou estabelecido relação comercial significativa com a sociedade ou com sociedade que com esta se encontre em relação de domínio ou de grupo, seja de forma direta ou enquanto sócio, administrador, gerente ou dirigente de pessoa coletiva; c. Ser beneficiário de remuneração paga pela sociedade ou por sociedade que com ela se encontre em relação de domínio ou de grupo além da remuneração decorrente do exercício das funções de administrador; d. Viver em união de facto ou ser cônjuge, parente ou afim na linha reta e até ao 3º grau, inclusive, na linha colateral, de administradores ou de pessoas singulares titulares direta ou indiretamente de participação qualificada; e. Ser titular de participação qualificada ou representante de um acionista titular de participações qualificadas. 237 II.2. FISCALIZAÇÃO II.2.1. Consoante o modelo aplicável, o presidente do Conselho Fiscal, da Comissão de Auditoria ou da Comissão para as Matérias Financeiras deve ser independente, de acordo com o critério legal aplicável, e possuir as competências adequadas ao exercício das respetivas funções. Cumprida 32 II.2.2. O órgão de fiscalização deve ser o interlocutor principal do auditor externo e o primeiro destinatário dos respetivos relatórios, competindo-lhe, designadamente, propor a respetiva remuneração e zelar para que sejam asseguradas, dentro da empresa, as condições adequadas à prestação dos serviços. Cumprida 38 e 45 II.2.3. O órgão de fiscalização deve avaliar anualmente o auditor externo e propor ao órgão competente a sua destituição ou a resolução do contrato de prestação dos seus serviços sempre que se verifique justa causa para o efeito. Cumprida 45 II.2.4. O órgão de fiscalização deve avaliar o funcionamento dos sistemas de controlo interno e de gestão de riscos e propor os ajustamentos que se mostrem necessários. Cumprida 50 e 51 II.2.5. A Comissão de Auditoria, o Conselho Geral e de Supervisão e o Conselho Fiscal devem pronunciar-se sobre os planos de trabalho e os recursos afetos aos serviços de auditoria interna e aos serviços que velem pelo cumprimento das normas aplicadas à sociedade (serviços de compliance), e devem ser destinatários dos relatórios realizados por estes serviços pelo menos quando estejam em causa matérias relacionadas com a prestação de contas a identificação ou a resolução de conflitos de interesses e a deteção de potenciais ilegalidades. Cumprida 38 e 50 II.3.1. Todos os membros da Comissão de Remunerações ou equivalente devem ser independentes relativamente aos membros executivos do órgão de administração e incluir pelo menos um membro com conhecimentos e experiência em matérias de política de remuneração. Não cumprida 67 II.3.2. Não deve ser contratada para apoiar a Comissão de Remunerações no desempenho das suas funções qualquer pessoa singular ou coletiva que preste ou tenha prestado, nos últimos três anos, serviços a qualquer estrutura na dependência do órgão de administração, ao próprio órgão de administração da sociedade ou que tenha relação atual com a sociedade ou com consultora da sociedade. Esta recomendação é aplicável igualmente a qualquer pessoa singular ou coletiva que com aquelas se encontre relacionada por contrato de trabalho ou prestação de serviços. Cumprida 67 Cumprida 69 II.3. FIXAÇÃO DE REMUNERAÇÕES II.3.3. A declaração sobre a política de remunerações dos órgãos de administração e fiscalização a que se refere o artigo 2º da Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, deverá conter, adicionalmente: a) Identificação e explicitação dos critérios para a determinação da remuneração a atribuir aos membros dos órgãos sociais; b) Informação quanto ao montante máximo potencial, em termos individuais, e ao montante máximo potencial, em termos agregados, a pagar aos membros dos órgãos sociais, e identificação das circunstâncias em que esses montantes máximos podem ser devidos; d) Informação quanto à exigibilidade ou inexigibilidade de pagamentos relativos à destituição ou cessação de funções de administradores. II.3.4. Deve ser submetida à Assembleia Geral a proposta relativa à aprovação de planos de atribuição de ações, e/ou de opções de aquisição de ações ou com base nas variações do preço das ações, a membros dos órgãos sociais. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correta do plano. Não aplicável II.3.5. Deve ser submetida à Assembleia Geral a proposta relativa à aprovação de qualquer sistema de benefícios de reforma estabelecidos a favor dos membros dos órgãos sociais. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correta do sistema. Não aplicável III. REMUNERAÇÕES III.1. A remuneração dos membros executivos do órgão de administração deve basear-se no desempenho efetivo e desincentivar a assunção excessiva de riscos. Cumprida 69 e 70 238 III.2. A remuneração dos membros não executivos do órgão de administração e a remuneração dos membros do órgão de fiscalização não deve incluir nenhuma componente cujo valor dependa do desempenho da sociedade ou do seu valor. Não cumprida 69 III.3. A componente variável da remuneração deve ser globalmente razoável em relação à componente fixa da remuneração, e devem ser fixados limites máximos para todas as componentes. Não cumprida 69 III.4. Uma parte significativa da remuneração variável deve ser diferida por um período não inferior a três anos, e o direito ao seu recebimento deve ficar dependente da continuação do desempenho positivo da sociedade ao longo desse período. Não cumprida 72 III.5. Os membros do órgão de administração não devem celebrar contratos, quer com a sociedade, quer com terceiros, que tenham por efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneração que lhes for fixada pela sociedade. Cumprida 69 III.6. Até ao termo do seu mandato devem os administradores executivos manter as ações da sociedade a que tenham acedido por força de esquemas de remuneração variável, até ao limite de duas vezes o valor da remuneração total anual, com exceção daquelas que necessitem ser alienadas com vista ao pagamento de impostos resultantes do benefício dessas mesmas ações. Não aplicável III.7. Quando a remuneração variável compreender a atribuição de opções, o início do período de exercício deve ser diferido por um prazo não inferior a três anos. Não aplicável III.8. Quando a destituição de administrador não decorra de violação grave dos seus deveres nem da sua inaptidão para o exercício normal das respetivas funções mas, ainda assim, seja reconduzível a um inadequado desempenho, deverá a sociedade encontrar-se dotada dos instrumentos jurídicos adequados e necessários para que qualquer indemnização ou compensação, além da legalmente devida, não seja exigível. Cumprida 83 IV.1. O auditor externo deve, no âmbito das suas competências, verificar a aplicação das políticas e sistemas de remunerações dos órgãos sociais, a eficácia e o funcionamento dos mecanismos de controlo interno e reportar quaisquer deficiências ao órgão de fiscalização da sociedade. Cumprida 46 IV.2. A sociedade ou quaisquer entidades que com ela mantenham uma relação de domínio não devem contratar ao auditor externo, nem a quaisquer entidades que com ele se encontrem em relação de grupo ou que integrem a mesma rede, serviços diversos dos serviços de auditoria. Havendo razões para a contratação de tais serviços – que devem ser aprovados pelo órgão de fiscalização e explicitadas no seu Relatório Anual sobre o Governo da Sociedade – eles não devem assumir um relevo superior a 30% do valor total dos serviços prestados à sociedade. Cumprida 46 IV.3. As sociedades devem promover a rotação do auditor ao fim de dois ou três mandatos, conforme sejam respetivamente de quatro ou três anos. A sua manutenção além deste período deverá ser fundamentada num parecer específico do órgão de fiscalização que pondere expressamente as condições de independência do auditor e as vantagens e os custos da sua substituição. Cumprida 44 IV. AUDITORIA V. CONFLITOS DE INTERESSES E TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS V.1. Os negócios da sociedade com acionistas titulares de participação qualificada, ou com entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do art. 20º do Código dos Valores Mobiliários, devem ser realizados em condições normais de mercado. Cumprida 89 V.2. O órgão de supervisão ou de fiscalização deve estabelecer os procedimentos e critérios necessários para a definição do nível relevante de significância dos negócios com acionistas titulares de participação qualificada – ou com entidades que com eles estejam em qualquer uma das relações previstas no nº 1 do art. 20º do Código dos Valores Mobiliários –, ficando a realização de negócios de relevância significativa dependente de parecer prévio daquele órgão. Cumprida 89 e 91 Não cumprida 22 VI. INFORMAÇÃO VI.1. As sociedades devem proporcionar, através do seu sítio na Internet, em português e inglês, acesso a informações que permitam o conhecimento sobre a sua evolução e a sua realidade atual em termos económicos, financeiros e de governo. 239 VI.2. As sociedades devem assegurar a existência de um gabinete de apoio ao investidor e de contacto permanente com o mercado, que responda às solicitações dos investidores em tempo útil, devendo ser mantido um registo dos pedidos apresentados e do tratamento que lhe foi dado. Cumprida 56 e 58 3. Outras informações Não existem recomendações cuja não observância ou não aplicação necessitem de posteriores fundamentações. 240 Anexos Declaração nos termos da alínea c) do nº 1 do Artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários Nos termos da alínea c) do nº 1 do artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários, os membros do Conselho de Administração declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, a informação constante deste relatório e contas foi elaborada em conformidade com as normas internacionais de relato financeiro (“IFRS”) tal como adotadas pela União Europeia, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da Mota-Engil, SGPS, SA e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, e que o relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da Mota-Engil, SGPS, SA e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, e contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam. Porto, 14 de março de 2016 António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota Presidente do Conselho de Administração Gonçalo Nuno Gomes de Andrade Moura Martins Vice-presidente do Conselho de Administração e Presidente da Comissão Executiva (Chief Executive Officer) Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo Vice-presidente do Conselho de Administração Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos Vogal do Conselho de Administração Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa Vogal do Conselho de Administração 241 Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota de Meireles Vogal do Conselho de Administração Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos Vogal do Conselho de Administração e Membro da Comissão Executiva Ismael Antunes Hernandez Gaspar Vogal do Conselho de Administração e Membro da Comissão Executiva José Pedro Matos Marques Sampaio de Freitas Vogal do Conselho de Administração e Membro da Comissão Executiva (Chief Financial Officer) António Martinho Ferreira de Oliveira Vogal do Conselho de Administração e Membro da Comissão Executiva João Pedro dos Santos Dinis Parreira Vogal do Conselho de Administração e Membro da Comissão Executiva Luís Filipe Cardoso da Silva Vogal do Conselho de Administração 242 Luís Valente de Oliveira Vogal não-executivo e independente do Conselho de Administração António Bernardo Aranha da Gama Lobo Xavier Vogal não-executivo e independente do Conselho de Administração António Manuel da Silva Vila Cova Vogal não-executivo e independente do Conselho de Administração 243 Artigos 324º nº 2 e 66º nº 5 alínea d) do Código das Sociedades Comerciais Durante o exercício de 2015, por entender que o valor de cotação da ação não refletia o seu justo valor, a Mota-Engil, SGPS, SA adquiriu 1.559.742 ações próprias (representativas de 0,66% do seu capital social), discriminadas como se segue: Compra/Venda Bolsa / Fora Bolsa 22-09-2015 Compra Bolsa 2,010 € 159.960 321.520 23-09-2015 Compra Bolsa 2,010 € 120.089 241.379 24-09-2015 Compra Bolsa 1,987 € 46.979 93.347 24-09-2015 Compra Bolsa 1,997 € 2.388 4.769 24-09-2015 Compra Bolsa 1,998 € 7.404 14.793 24-09-2015 Compra Bolsa 2,002 € 1.074 2.150 24-09-2015 Compra Bolsa 2,003 € 2.919 5.847 24-09-2015 Compra Bolsa 2,004 € 3.098 6.208 24-09-2015 Compra Bolsa 2,010 € 706.089 1.419.239 28-09-2015 Compra Bolsa 1,930 € 10.000 19.300 28-09-2015 Compra Bolsa 1,940 € 50.000 97.000 28-09-2015 Compra Bolsa 1,950 € 50.000 97.500 29-09-2015 Compra Bolsa 1,900 € 50.000 95.000 29-09-2015 Compra Bolsa 1,910 € 50.000 95.500 29-09-2015 Compra Bolsa 1,915 € 50.000 95.750 29-09-2015 Compra Bolsa 1,920 € 50.000 96.000 29-09-2015 Compra Bolsa 1,925 € 50.000 96.250 29-09-2015 Compra Bolsa 1,930 € 60.000 115.800 01-10-2015 Compra Bolsa 1,862 € 89.742 167.100 1.559.742 3.084.452 TOTAL Preço Nº de ações Custo total incorrido Data Artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais e Artigo 14º nº 7 do Regulamento da CMVM nº 5/2008 Divulgação de ações e outros títulos detidos por membros do Conselho de Administração e por dirigentes, bem como por pessoas com estes estreitamente relacionadas, nos termos do Artigo 248º-B do Código dos Valores Mobiliários, e de transações sobre os mesmos efetuados no decurso do exercício. 244 Anexo a que se refere o Artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais e o nº 7 do Artigo 14º do Regulamento da CMVM nº 5/2008: Detendo ações de Dirigentes MOTA-ENGIL, SGPS, SA Data Qt. MGP, SGPS, SA Compra / Venda Bolsa / Fora Bolsa 5.352.359 Saldo inicial António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota Preço 5-jan-15 10.000 2,565 Compra Bolsa 7-jan-15 10.000 2,384 Compra Bolsa 14-ago-15 20.000 2,175 Compra Bolsa 17-ago-15 13.000 2,153 Compra Bolsa 19-ago-15 16.000 2,118 Compra Bolsa 20-ago-15 10.000 2,076 Compra Bolsa 24-ago-15 26.000 1,973 Compra Bolsa 3-set-15 1.216 2,020 Compra Bolsa 4-set-15 4.784 2,019 Compra Bolsa 7-set-15 8.000 2,016 Compra Bolsa 18-dez-15 20.000 1,908 Compra Bolsa 22-dez-15 20.000 1,811 Compra Bolsa 23-dez-15 -78.319 Transferência (a) Fora Bolsa % Qt. FM, SGPS, SA % Qt. % 2,25% 0 0,0% 28.701 34,5% Saldo Final 5.433.040 2,29% 0 0,0% 28.701 34,48% Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos Saldo Final 3.675.066 1,55% 0 0,0% 17.902 21,51% Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa Saldo Final 3.676.836 1,55% 0 0,0% 17.902 21,51% Saldo Final 4.484.211 1,89% 0 0,0% 17.902 21,51% 6.337.640 100,0% - - Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos 42.000 Saldo inicial 21-ago-15 Saldo Final 8.000 0,02% 2,079 Compra Bolsa 50.000 0,02% Maria Sílvia Fonseca Vasconcelos Mota 51.829 Saldo inicial 0,02% 7-jan-15 2.000 2,473 Compra Bolsa 11-dez-15 15.000 1,928 Compra Bolsa 14-dez-15 15.000 1,936 Compra Bolsa 21-dez-15 3.232 1,936 Compra Bolsa Saldo Final 87.061 0,04% Saldo Final 12.500 0,01% Saldo Final 12.435 0,01% Saldo Final 1.000 0,00% Luís Filipe Cardoso da Silva Gonçalo Nuno Gomes de Andrade Moura Martins Ismael Antunes Hernandez Gaspar José Pedro Matos Marques Sampaio de Freitas 15.687 Saldo inicial 0,01% 9-jan-15 2.100 2,449 Compra Bolsa 29-dez-15 2.461 2,481 Compra Bolsa Saldo Final 20.248 0,01% Saldo Final 2.200 0,00% Saldo Final - - Alberto João Coraceiro de Castro F.M. - Sociedade de Controlo, SGPS, SA 98.886.325 Saldo Inicial 5-jan-15 Mota Gestão e Participações, SGPS, SA 2,600 Compra Bolsa 7-jan-15 25.000 2,384 Compra Bolsa 3-set-15 176.771 2,053 Compra Bolsa 4-set-15 73.229 2,030 Compra Bolsa 7-set-15 10.000 1,999 Compra Bolsa 8-set-15 64.479 2,010 Compra Bolsa 10-set-15 31.138 2,010 Compra Bolsa 11-set-15 60.203 2,010 Compra Bolsa 14-set-15 29.195 2,010 Compra Bolsa 15-set-15 44.432 2,010 Compra Bolsa 18-set-15 10.000 2,149 Compra Bolsa 27-nov-15 20.000 2,081 Compra Bolsa 4-dez-15 220.000 1,994 Compra Bolsa 10-dez-15 55.002 1,897 Compra Bolsa 18-dez-15 98.380 1,907 Compra Bolsa 21-dez-15 200.000 1,876 Compra Bolsa 23-dez-15 31.162 1,810 Compra 29-dez-15 25.000 1,907 Compra 30-dez-15 31.103.942 31-dez-15 Saldo Final (a) 245 41,64% 179.153 225.000 131.568.411 2,481 Aumento Capital 1,912 Compra Bolsa Bolsa Fora Bolsa Bolsa 55,40% Durante o exercício de 2015, o Sr. Eng. António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota transferiu 78.319 ações para dois dos seus descendentes Os membros de administração e fiscalização que detinham obrigações em 31 de dezembro de 2015 são os seguintes: Nome António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos Maria Teresa Queirós V. Mota Neves da Costa Maria Paula Queirós V. Mota de Meireles Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos Luís Filipe Cardoso da Silva nº de obrigações obrigação ME 2014/2019 obrigação ME 2015/2020 138 2 136 7 7 - 28 16 12 2 2 - 194 - 194 36 - 36 300 - 300 José Pedro Matos Marques Sampaio de Freitas 30 - 30 Alberto João Coraceiro de Castro 16 - 16 António Manuel da Silva Vila Cova Artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais Dando cumprimento ao estipulado no nº 4 do artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais, apresenta-se de seguida a lista dos acionistas que, em 31 de dezembro de 2015, eram titulares de, pelo menos, 10%, 33% ou 50% do capital social da Mota-Engil, SGPS, SA: Acionista Mota Gestão e Participações, SGPS, SA 2014 2015 Nº de ações 131.568.411 % capital 55,40% Nº de ações 98.886.325 % capital 48,32% Decreto-Lei nº 411/91, de 17 de outubro Nos termos e para os efeitos do artigo 21º do Decreto-Lei nº 411/91, de 17 de outubro, declara-se que o Grupo MotaEngil não apresenta dívidas em mora à Segurança Social. 246 Artigo 66º nº 5 alínea g) do Código das Sociedades Comerciais O Grupo Mota-Engil detém sucursais nos seguintes países: Empresa País Argélia Brasil Cabo Verde Colômbia Eslováquia Espanha EUA Mota-Engil, Engenharia e Construção, SA França Hungria Irlanda Peru Paraguai Polónia Reino Unido Rep. Checa Roménia Angola Cabo Verde Gana Malawi Moçambique Mota-Engil, Engenharia e Construção África, SA Quénia Ruanda Swazilândia Uganda Zâmbia Zimbabwe Manvia – Manutenção e Exploração de Instalações e Construção, SA Espanha Manvia II Condutas , Lda. Angola Tránsitos de Extremadura, SL Lituânia Vibeiras − Sociedade Comercial de Plantas, SA 247 Marrocos Empresa País Quénia Mota-Engil Africa, NV Uganda Zâmbia MESP Central Europe Sp. Z.o.o República Checa Participações qualificadas Dando cumprimento ao disposto no nº 4 do artigo 2º do Regulamento da CMVM nº 5/2008, apresenta-se de seguida uma lista dos titulares de participações qualificadas, com indicação do número de ações detidas e percentagem de direitos de voto correspondentes, calculada nos termos do artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários, em 31 de dezembro de 2015: Acionistas Nº de ações Mota Gestão e Participações, SGPS, SA (*) % Capital voto % Direitos de voto 131.568.411 55,40% 55,76% António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota (**) (a) 5.433.040 2,29% 2,30% Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota de Meireles (**) (a) 4.484.211 1,89% 1,90% Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa (**) (a) 3.676.836 1,55% 1,56% Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos (**) (a) 3.675.066 1,55% 1,56% 87.061 0,04% 0,04% Maria Sílvia Fonseca Vasconcelos Mota (***) Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos (**) (***) 50.000 0,02% 0,02% 148.974.625 62,72% 63,14% 4.275.000 1,80% 1,81% Atribuível à Amber Capital Management LP 4.275.000 1,80% 1,81% Invesco Perpetual European Sm Cos (*) 1.715.052 0,72% 0,73% Invesco Perpetual European Opportunities Fund (*) 1.414.606 0,60% 0,60% 933.180 0,39% 0,40% Invesco Global Europe Mid Mother Fund (*) 19.604 0,01% 0,01% Invesco Europe Equity Fund (*) 17.599 0,01% 0,01% 9.004 0,00% 0,00% Atribuível à FM – Sociedade de Controlo, SGPS, SA Amber Capital UK LLP (*) Invesco Pan European Small Cap Equity Fund (*) Powershares FTSE Rafi Dev Markets (*) Powershares FTSE Rafi Eur Small-Mid Fund (*) 4.376 0,00% 0,00% Atribuível à Invesco Limited 4.113.421 1,73% 1,74% Ações próprias 1.559.742 0,66% - Freefloat TOTAL 78.582.353 33,09% 33,31% 237.505.141 100,00% 100,00% (*) Acionista direta da Sociedade (**) Membro do Conselho de Administração da Sociedade (***) Dirigente da Sociedade Em 31 de dezembro de 2015, a Mota Gestão e Participações, SGPS, SA é detida a 100% pela FM – Sociedade de Controlo, SGPS, S.A., a qual é detida a 100% pelos membros do Conselho de Administração assinalados com (a) acima. À data deste relatório, eram atribuíveis à FM – Sociedade de Controlo, SGPS, SA 149.967.703 ações, correspondentes a 63,14% do capital social da Mota-Engil, SGPS, SA, que conferem 64,13% dos direitos de voto. 248 Declaração do Conselho de Administração sobre políticas de remuneração aplicáveis aos dirigentes do Grupo MotaEngil na aceção do nº 3 do artigo 248º-B do Código dos Valores Mobiliários 1. INTRODUÇÃO Em alinhamento com as recomendações efetuadas pela CMVM sobre a relevância de a política de remuneração abranger os dirigentes na aceção do nº 3 do artigo 248º-B do Código dos Valores Mobiliários, apresentam-se seguidamente os princípios e opções gerais vigentes, que são extensíveis ao universo de colaboradores da Mota-Engil, no qual se incluem outros trabalhadores cuja atividade profissional possa ter um impacte relevante no perfil de risco da Sociedade e cuja remuneração contenha uma componente variável importante. Relativamente às opções em matéria remuneratória aplicáveis aos membros do órgão de administração e fiscalização, cuja obrigatoriedade se encontra prevista na Lei nº 28/2009, de 19 de junho, remete-se para a Declaração da Comissão de Vencimentos as respetivas opções concretas. 2. PRINCÍPIOS GERAIS A política de remuneração do Grupo Mota-Engil compreende um conjunto de princípios operativos que visam garantir o seu contributo para a prossecução da visão estratégica e cultura preconizada para o Grupo, bem como o alinhamento dos interesses dos dirigentes com os interesses de longo prazo do Grupo. • Capacidade de captação e retenção: O Grupo Mota-Engil pretende, através da sua política de remuneração, garantir a atração e retenção do talento, adotando um posicionamento competitivo face ao mercado, tendo em conta o grau de responsabilidade e contributo dos colaboradores para a criação de valor. • Alinhamento das práticas de remuneração com o desempenho de curto e longo prazo: A política de remuneração do Grupo Mota-Engil e respetivas regras de aplicação encontram-se indexadas ao modelo de avaliação de desempenho em vigor, que, por seu turno, compreende a avaliação de indicadores e metas de desempenho declinadas do Plano Estratégico do Grupo definido para um horizonte de longo prazo. • Equidade/competitividade: A política de remuneração encontra-se segmentada em grupos funcionais que resultam de uma avaliação da função, permitindo, por um lado, nivelar internamente as práticas retributivas segundo critérios de responsabilidade, complexidade e autonomia e, por outro, assegurar a sua competitividade com as práticas do mercado de referência. • Meritocracia: Os critérios que estabelecem o incremento das componentes retributivas têm subjacente o sucesso atingido pelo Grupo e pelos respetivos negócios, bem como a avaliação de desempenho individual dos colaboradores, de modo a reconhecer e premiar o mérito e a excelência. 249 • Transversalidade/verticalidade: O Grupo Mota-Engil pretende associar ao seu modelo de gestão uma política comum para funções executivas e de gestão, promovendo o alinhamento transversal e a convergência para a estratégia, cultura e objetivos do Grupo. De modo a salvaguardar a especificidade dos diferentes negócios, a política de remuneração incorpora ainda regras de aplicação vertical, empresa a empresa, de modo a adequar as suas práticas ao contexto do respetivo setor de atividade e mercado de referência. A política retributiva do Grupo está segmentada em grupos funcionais, que agregam funções de acordo com parâmetros, tais como o grau de conhecimento, complexidade e responsabilidade/autonomia exigidos, aferidos periodicamente através da metodologia internacional Hay, e que se encontram estruturados do seguinte modo: • • • • • • Top Executives Executives Top Management Management Technicians Administrative and Operational Os grupos funcionais listados, constituem o suporte fundamental à definição das políticas de recursos humanos, nomeadamente a política retributiva, que estabelece, para cada grupo funcional, as componentes e condições retributivas, quer sejam de natureza fixa, variável e/ou benefícios, tendo em consideração a estratégia de posicionamento preconizada e as práticas salariais dos mercados de referência determinados. Os dirigentes do Grupo Mota-Engil encontram-se enquadrados nos grupos funcionais Top Executives, Executives e Top Management. 3. OPÇÕES CONCRETAS 3.1 Arquitetura global da política de remuneração do Grupo A política de remuneração do Grupo Mota-Engil compreende a existência de três componentes retributivas, que são definidas tendo em conta a função desempenhada, o alinhamento com as práticas salariais do mercado e o desempenho demonstrado pelos colaboradores: • Remuneração fixa, que é composta pela retribuição-base bruta paga por referência ao período de um ano. Cada grupo funcional tem associada uma banda salarial, estabelecendo os valores mínimos, médios e máximos, tendo em conta a função, o nível de experiência e desempenho do titular e as práticas salariais do mercado de referência e da Mota-Engil. • Remuneração variável, que inclui um bónus de curto prazo, pago em função da consecução das metas de desempenho definidas que, nos grupos funcionais de maior responsabilidade, inclui uma maior ponderação dos KPI indexados ao Plano Estratégico do Grupo. Cada grupo funcional estabelece um conjunto de target pays baseados nas práticas salariais do mercado de referência para funções de nível de responsabilidade equiparáveis, de acordo com o nível de desempenho atingido pelo Grupo e pelo colaborador. • Benefícios, que preconiza um portfólio de benefícios aplicáveis de acordo com a função desempenhada e respetivo grupo funcional. 250 3.2 Indexação da política de remuneração ao desempenho do Grupo Mota-Engil Com o objetivo de promover o alinhamento dos interesses de curto e longo prazo da Mota-Engil e prevenir a assunção excessiva de riscos, o pagamento da componente variável encontra-se indexado à avaliação de desempenho, cujos princípios gerais e respetivo modo de aplicação se encontram previstos no Modelo Corporativo de Gestão de Desempenho. A avaliação do desempenho no Grupo compreende duas componentes: • Avaliação quantitativa, que compreende um conjunto de Key Performance Indicators (KPI), indexados ao Plano Estratégico do Grupo, orientando a performance em quatro dimensões: geração de cash-flow, controlo interno/risco controlado, crescimento sustentável e reforço organizacional. Apresentamos seguidamente uma síntese exemplificativa da matriz de KPI em vigor no Grupo. · Margem Líquida geração de cash-flow · Free Cash-Flow crescimento sustentável · Volume de negócios · % do volume de negócios gerado em key clients controlo interno/risco controlado · Peso do investimento na geração de volume de negócios futuro reforço organizacional · Participação de Quadros na ME Active School • Avaliação qualitativa, que resulta de uma avaliação individual incidindo sobre competências-chave para o Grupo (corporativas, de gestão e pessoais). Estão igualmente estabelecidos mecanismos preventivos que visam promover a contenção da assunção e tomada de riscos que possam ser prejudiciais para os interesses da Sociedade e inibir o pagamento de retribuição variável, de modo a minimizar o incentivo de resultados desalinhados com uma perspetiva de criação de valor sustentável, num horizonte de longo prazo. E na avaliação de desempenho são levados em consideração critérios como os riscos assumidos pelos titulares na tomada de decisão, bem como o cumprimento das normas aplicáveis à atividade da Sociedade. 3.3 Planos de atribuição de ações ou opções de aquisição de ações Não existem planos de atribuição de ações ou opções de aquisição de ações relativamente aos membros dirigentes na aceção do nº 3 do artigo 248º-B do Código dos Valores Mobiliários. 251 Lista de cargos exercidos pelos administradores António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota (Presidente) Funções em outras sociedades do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Mota-Engil, Engenharia e Construção, SA - Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Mota-Engil, Ambiente e Serviços, SGPS, SA - Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Tratofoz – Sociedade de Tratamento de Resíduos, SA - Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Mota-Engil Angola, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da ÁreaGolfe – Gestão, Construção e Manutenção de Campos de Golfe, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Aurimove, Sociedade Imobiliária, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Manvia – Manutenção e Exploração de Instalações e Construções, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Martifer, SGPS, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da ME Real Estate – Mota-Engil Real Estate Portugal, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da MESP – Mota-Engil, Serviços Partilhados, Administrativos e de Gestão, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Mota-Engil, Ambiente e Serviços, SGPS, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Mota-Engil, Europa, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Mota-Engil, Engenharia e Construção, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Mota-Engil II, Gestão, Ambiente, Energia e Concessões de Serviços, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Mota-Engil, Indústria e Inovação, SGPS, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Nortedomus – Sociedade imobiliária, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Sedengil – Sociedade Imobiliária, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Suma – Serviços Urbanos e Meio Ambiente, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Suma Tratamento, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Takargo – Transporte de Mercadorias, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Tertir – Concessões Portuárias, SGPS, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Tertir – Terminais de Portugal, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Tertir – Teminais Portuários, SGPS, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Tratofoz – Sociedade de Tratamento de Resíduos, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Vibeiras – Sociedade Comercial de Plantas, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Mota-Engil, Angola, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Mota-Engil, Engenharia e Construção África, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Mota-Engil Logística, SGPS, SA (antiga TERGEP) - Membro da Comissão de Vencimentos da Empresa Geral do Fomento, S.A. - Vogal do Conselho Superior e de Supervisão da Mota-Engil, Angola, SA - Presidente do Conselho Superior da Tertir – Terminais de Portugal, SA - Membro do Conselho de Administração da Valorsul, S.A. Funções em outras sociedades fora do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Presidente do Conselho de Administração da FM – Sociedade de Controlo, SGPS, SA - Presidente do Conselho de Administração da Mota Gestão e Participações, Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA - Presidente do Conselho de Administração da Sunviauto – Indústria de Componentes de Automóveis, SA - Gerente da Sociedade Agrícola Moura Basto, Lda. - Membro da Comissão de Vencimentos da António de Lago Cerqueira, SA - Membro do Conselho de Curadores da Fundação Manuel António da Mota - Membro do Conselho Geral da AEP, em representação da Mota-Engil, SGPS, SA - Membro do Conselho de Curadores da Fundação AIP - Membro do Conselho de Curadores da Fundação AEP, em representação da Mota-Engil, SGPS, SA - Membro do Conselho da EIC – European International Contractors - Membro da Comissão Administrativa do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa - Membro do Conselho Estratégico Empresarial da CM Sintra 252 Gonçalo Nuno Gomes de Andrade Moura Martins (Vice-presidente) Funções em outras sociedades do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Presidente do Conselho de Administração da Ascendi Group, SGPS, SA - Presidente do Conselho de Administração da Ascendi Norte, SA - Presidente do Conselho de Administração da Ascendi Beiras Litoral e Alta, Auto Estradas das Beiras Litoral e Alta, SA - Presidente do Conselho de Administração da Ascendi Costa de Prata, Auto Estradas da Costa de Prata, SA - Presidente do Conselho de Administração da Ascendi Grande Porto - Auto Estradas do Grande Porto, SA - Presidente do Conselho de Administração da Ascendi Grande Lisboa, Auto Estradas da Grande Lisboa, SA - Presidente do Conselho de Administração da Ascendi Douro - Estradas do Douro Interior, SA - Presidente do Conselho de Administração da Ascendi Pinhal Interior, Estradas do Pinhal Interior, SA - Presidente do Conselho de Administração da Ascendi Operadora NT - Operação e Manutenção Rodoviária, SA - Presidente do Conselho de Administração da Ascendi Operadora BLA - Operação e Manutenção Rodoviária, SA - Presidente do Conselho de Administração da Ascendi Operadora CP, Operação e Manutenção Rodoviária, SA - Presidente do Conselho de Administração da Ascendi Operadora GP, Operação e Manutenção Rodoviária, SA - Presidente do Conselho de Administração da Ascendi Operadora GL - Operação e Manutenção Rodoviária, SA - Presidente do Conselho de Administração da Ascendi Operadora DI, Operação e Manutenção Rodoviária, SA - Presidente do Conselho de Administração da Ascendi Operadora PI, Operação e Manutenção Rodoviária, SA - Presidente do Conselho de Administração da Ascendi, Serviços de Assessoria, Gestão e Operação, SA - Presidente do Conselho de Administração da Ascendi O&M, SA - Presidente do Conselho de Administração da Ascendi IGI, Inovação e Gestão de Infra-Estruturas, SA - Presidente do Conselho de Administração da Ascendi PT, S.A. - Presidente do Conselho de Administração da Ascendi México S.A. de C.V. - Vogal do Conselho de Administração da Concesionaria Autopista Perote-Xalapa, SA de C.V. (México) - Vogal do Conselho de Administração da Lusoponte – Concessionária para a Travessia do Tejo SA - Vogal do Conselho de Administração da Valorsul - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos das Regiões de Lisboa e do Oeste, S.A. - Membro não executivo do Conselho de Administração da Mota-Engil, África, N.V. - Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Multiterminal – Sociedade de Estiva e Tráfego, SA - Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Lokemark - Soluções de Marketing, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Takargo – Transporte de Mercadorias, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Liscont – Operadores de Contentores, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Transitex – Transitos da Extremadura, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Multiterminal – Sociedade de Estiva e Tráfego, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Sadoport- Terminal Marítimo do Sado, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da SLPP- Serviços Logisticos de Portos Portugueses, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Ascendi Grande Lisboa, Auto Estradas da Grande Lisboa, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Ascendi Norte, Auto-Estradas do Norte, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Ascendi Beiras Litoral e Alta, Auto-Estradas das Beiras Litoral e Alta, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Ascendi Costa de Prata, Auto Estradas da Costa de Prata, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Ascendi Douro – Estradas do Douro Interior, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Ascendi Grande Porto, Auto Estradas do Grande Porto, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Ascendi Pinhal Interior, Estradas do Pinhal Interior, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Ascendi Operadora BLA – Operação e Manutenção Rodoviária, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Ascendi Operadora CP, Operação e Manutenção Rodoviária, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Ascendi Operadora GP – Operação e Manutenção Rodoviária, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Ascendi Operadora NT- Operação e Manutenção Rodoviária, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Ascendi Operadora DI, Operação e Manutenção Rodoviária, S.A - Membro da Comissão de Vencimentos da Ascendi Operadora GL – Operação e Manutenção Rodoviária, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Ascendi Operadora PI, Operação e Manutenção Rodoviária, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Lusoponte – Concessionária para a Travessia do Tejo SA, em representação da Ascendi Group, SGPS, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da ME Real Estate – Mota-Engil, Real Estate Portugal, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Mota- Engil, Ambiente e Serviços, SGPS, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Sotagus - Terminal de Contentores de Santa Apolónia, S.A. - Vogal do Conselho Superior da Tertir – Terminais de Portugal, SA - Vogal do Conselho Superior e de Supervisão da Mota-Engil, Angola, SA Funções em outras sociedades fora do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Membro do Conselho de Curadores da Fundação Manuel António da Mota. 253 Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo (Vice-presidente) Funções em outras sociedades do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Presidente do Conselho de Administração da Martifer Metallic Constructions, SGPS, SA - Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil, Indústria e Inovação, SGPS, SA - Vogal do Conselho de Administração da Vetor Diálogo, SGPS, S.A. - Vogal do Conselho de Administração da Martifer, SGPS, S.A. - Vogal do Conselho de Administração da Martifer Solar, S.A. - Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Mercado Urbano – Gestão Imobiliária, SA Funções em outras sociedades fora do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Membro do Conselho Geral da AEM – Associação de Empresas Emitentes de Valores Cotados em Mercado - Membro da Direção da PROFORUM - Associação para o Desenvolvimento da Engenharia - Membro do Conselho Geral da ELO - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico e a Cooperação Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos (Vogal) Funções em outras sociedades do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Gerente da Edifícios Galiza – Sociedade Imobiliária, Lda. - Vogal do Conselho de Administração da Empresa Agrícola Florestal Portuguesa, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Indaqua – Indústria e Gestão de Águas, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Liscont – Operadores de Contentores, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Lokemark – Soluções de Marketing, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Manvia - Manutenção e Exploração de Instalações e Construções, S.A. - Membro da Comissão de Vencimentos da Martifer, SGPS, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da MESP – Mota-Engil, Serviços Partilhados, Administrativos e de Gestão, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Mota-Engil II, Gestão, Ambiente, Energia e Concessões de Serviços, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Nortedomus – Sociedade Imobiliária, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Takargo – Transporte de Mercadorias, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Tertir – Concessões Portuárias, SGPS, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Tertir – Terminais de Portugal, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Tratofoz – Sociedade de Tratamento de Resíduos, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Transitex- Transitos da Extremadura,SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Áreagolfe – Gestão Construção e Manutenção de Campos de Golfe, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Aurimove – Sociedade Imobiliária, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Mota-Engil, Europa,SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Mota-Engil Industria e Inovação , SGPS, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da RTA – Rio Tâmega, Turismo e Recreio, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da SGA – Sociedade do Golfe de Amarante, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Sedengil – Sociedade Imobiliária, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Sadoport – Terminal Marítimo do Sado, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Mota-Engil Logística, SGPS, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Tertir – Terminais Portuários, SGPS, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Vibeiras – Sociedade Comercial de Plantas, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Sotagus - Terminal de Contentores de Santa Apolónia, S.A. Funções em outras sociedades fora do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Gerente da Casal Agrícola de Parada, Lda. - Gerente da Sociedade Agrícola Moura Basto, Lda. - Gerente da Mineira do Jarmelo, Lda. - Gerente da Mineira de Pensalvos, Lda. - Gerente da Serra Lisa, Sociedade de Empreendimentos Imobiliários, Lda. - Vogal do Conselho de Administração da FM – Sociedade de Controlo, SGPS, SA - Vogal do Conselho de Administração da Mota Gestão e Participações – Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da António de Lago Cerqueira, SA - Membro do Conselho de Curadores e Presidente do Conselho de Administração da Fundação Manuel António da Mota 254 Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa (Vogal) Funções em outras sociedades do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Membro da Comissão de Vencimentos da Liscont – Operadores de Contentores, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da MESP – Mota-Engil, Serviços Partilhados, Administrativos e de Gestão, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Mota-Engil, Engenharia e Construção, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Mota-Engil, Engenharia e Construção África, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Transitex – Trânsitos de Extremadura, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Tratofoz – Sociedade de Tratamento de Resíduos, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da SLPP – Serviços Logísticos de Portos Portugueses, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Sotagus - Terminal de Contentores de Santa Apolónia, SA - Gerente da Edifícios Galiza – Sociedade Imobiliária, Lda. Funções em outras sociedades fora do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Vice-Presidente do Conselho de Administração da FM – Sociedade de Controlo, SGPS, SA - Membro do Conselho de Administração da Mota Gestão e Participações, Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA - Gerenta da Navarras Supermercados, Lda. - Gerente da Imobiliária Toca do Lobo, Lda. - Gerente da Sociedade Agrícola Moura Basto, Lda. - Gerente da Casal Agrícola de Parada, Lda. - Gerente da Mineira de Pensalvos, Lda. - Gerente da Mineira do Jarmelo, Lda. - Membro do Conselho de Curadores da Fundação Manuel António da Mota Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota de Meireles (Vogal) Funções em outras sociedades do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Presidente do Conselho de Administração da RTA – Rio Tâmega, Turismo e Recreio, SA - Presidente do Conselho de Administração da SGA – Sociedade do Golfe de Amarante, SA - Membro não-executivo do Conselho de Administração da Mota-Engil África N.V. - Gerente da Edifícios Galiza – Sociedade Imobiliária, Lda. - Gerente da Largo do Paço – Investimentos Turísticos e Imobiliários, Lda. - Membro da Comissão de Vencimentos da Mota-Engil II, Gestão, Ambiente, Energia e Concessões de Serviços, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da RTA – Rio Tâmega, Turismo e Recreio, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da SGA – Sociedade do Golfe de Amarante, SA. - Vogal do Conselho Superior e de Supervisão da Mota-Engil, Angola, SA - Directora não executiva da Mota-Engil, África, N.V. Funções em outras sociedades fora do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Membro do Conselho de Administração da FM – Sociedade de Controlo, SGPS, SA - Membro do Conselho de Administração da Mota Gestão e Participações, Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA - Gerente da Casal Agrícola de Parada, Lda. - Gerente da Mineira de Pensalvos, Lda. - Gerente da Mineira do Jarmelo, Lda. - Gerente da Sociedade Agrícola Moura Basto, Lda. - Gerente da Verotâmega – Sociedade Imobiliária, Lda. - Membro do Conselho de Curadores da Fundação Manuel António da Mota - Membro da Comissão de Vencimentos da António de Lago Cerqueira, SA. 255 Ismael Antunes Hernandez Gaspar (Vogal) Funções em outras sociedades do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Vogal do Conselho de Administração da Mota-Engil Logística, SGPS, SA - Vice-Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil, Ambiente e Serviços, SGPS, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Aurimove – Sociedade Imobiliária, SA - Membro da Comissão de Vencimentos da Nortedomus – Sociedade Imobiliária, SA - Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Sedengil – Sociedade Imobiliária, SA - Administrador da Mota-Engil Minerals & Mining Investments, BV - Administrador da Mota-Engil Mining Management (Proprietary) Limited - Vogal do Conselho Superior e de Supervisão da Mota-Engil, Angola, SA Funções em outras sociedades fora do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Vogal do Conselho Fiscal do FUNDCIC – Fundo para o Desenvolvimento das Ciências da Construção Luís Filipe Cardoso da Silva (Vogal) Funções em outras sociedades do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Membro do Conselho de Administração da MESP – Mota-Engil, Serviços Partilhados, Administrativos e de Gestão, SA - Membro do Conselho de Administração da Empresa Geral do Fomento, SA - Administrador da Mota-Engil Brand Management, B.V. - Membro da Comissão de Fixação de Remunerações da Resinorte - Valorização de Tratamento de Resíduos Sólidos, SA Funções em outras sociedades fora do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 Não exerce funções em sociedades fora do Grupo Mota-Engil Carlos António Vasconcelos Mota dos Santos (Vogal) Funções em outras sociedades do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil, Ambiente e Serviços, SGPS, SA - Presidente do Conselho de Administração da ME REAL ESTATE – Mota-Engil, Real Estate Portugal, SA - Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil Real Estate, SGPS, S.A. - Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil, Engenharia e Construção, SA - Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil Logística, SGPS, SA - Presidente do Conselho de Administração da Tertir – Terminais Portuários, SGPS, SA - Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil America Latina, SAPI de CV (México) - Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil Europa, SA - Presidente do Conselho de Administração da Empresa Construtora do Brasil, SA - Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil II, Gestão, Ambiente, Energia e Concessões de Serviços, S.A. - Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil, Latam Portugal, SA - Presidente do Conselho de Administração da Tertir - Concessões Portuárias, SGPS, SA - Vogal do Conselho de Administração da Valorsul - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos das Regiões de Lisboa e do Oeste, SA - Membro da Comissão de Fixação de Vencimentos da ME REAL ESTATE – Mota-Engil, Real Estate Portugal, SA - Membro da Comissão de Fixação de Vencimentos da Mota-Engil, Ambiente e Serviços, SGPS, SA - Administrador da Mota-Engil, Latin America, BV - Administrador da Mota-Engil Energy, BV - Administrador da Mota-Engil Tourism, BV - Membro do Conselho Superior e de Supervisão da Indaqua - Indústria e Gestão de Águas, SA Funções em outras sociedades fora do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Vogal do Conselho de Administração da Mota Gestão e Participações – Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA 256 José Pedro Matos Marques Sampaio de Freitas (Vogal) Funções em outras sociedades do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Presidente do Conselho de Administração da Sunviauto México, S.A. de C.V. - Administrador da Mota-Engil, Finance, B.V. - Membro do Supervisory Board da Mota-Engil, Central Europe, SA Funções em outras sociedades fora do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Vogal do Conselho de Administração da Sunviauto – Indústria de Componentes de Automóveis, SA Gilberto Silveira Rodrigues (Vogal) Funções em outras sociedades do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil África, SGPS, SA - Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil, Engenharia e Construção África, SA - Presidente do Conselho de Administração da Fatra - Fábrica de Trefilaria de Angola, SA - Vogal do Conselho de Aministração da Cosamo (Pty), Ltd - Vogal do Conselho de Aministração da Mota-Engil Mining Management, Limited - Vogal do Conselho de Aministração da Mota-Engil Minerals & Mining Investments, B.V. - Vogal do Conselho de Aministração da Malawi Shipping Company, Limited - Vogal do Conselho de Aministração da Mota-Engil (Malawi), Limited - Vogal do Conselho de Aministração da Mota-Engil Investments (Malawi), Limited - Vogal do Conselho de Aministração da Mota-Engil Minerals & Mining, Limited - Vogal do Conselho de Aministração da Minerals & Mining (Zimbabwe), Limited - Vogal do Conselho de Administração da Empresa Agrícola Florestal Portuguesa, SA - Vogal do Conselho Superior e de Supervisão da Mota-Engil Angola, SA - Membro Executivo do Conselho de Administração da Mota-Engil África, N.V. - Gerente da Mota-Internacional - Comércio e Consultadoria Económica, Lda. - Gerente da Mota-Engil S. Tomé e Príncipe, Lda. Funções em outras sociedades fora do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Vogal do Conselho de Administração da Liwonde Logistics Platform, Limited 257 João Pedro dos Santos Dinis Parreira (Vogal) Funções em outras sociedades do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Presidente do Conselho de Administração da Autopista Urbana Siervo de La Nácion, S.A.P.I. de C.V. - Presidente do Conselho de Administração da Construcciones dos Puertos, S.A. de C.V. - Presidente do Conselho de Administração da Constructora Gran Canal, S.A.P.I. de C.V. - Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil Mexico, S.A. de C.V. - Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil Opway Mexicana, S.A. de C.V. - Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil Turismo, S.A. de C.V. - Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil Energy Holdings Mexico, S.A.P.I de C.V. - Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil Turismo Holding, S.A.P.I de C.V. - Presidente do Conselho de Administração da Opway México, S.A. de C.V. - Vice-Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil América Latina S.A.P.I. de C.V. - Vogal do Conselho de Administração da Ascendi Mexico, S.A. de C.V. - Vogal do Conselho de Administração da Concessionária Autopista Perote-Xalapa, S.A. de C.V. - Vogal do Conselho de Administração da Gestión e Innovación en Servicios Ambientales, S.A. de C.V. - Vogal do Conselho de Administração da Operadora Autopista Perote-Xalapa, S.A. de C.V. - Vogal do Conselho de Administração da Mota-Engil Latam, SA - Vogal Suplente do Conselho de Administração da Concessionária Autopista Cardel-Poza Rica, S.A. de C.V. - Vogal Suplente do Conselho de Administração da Concessionária Autopista Tuxpan-Tampico, S.A. de C.V. - Vogal Suplente do Conselho de Administração da Constructora Concessionária Autopista Cardel-Poza Rica, S.A. de C.V. - Vogal Suplente do Conselho de Administração da Tuxpan - Tampico Construcciones, S.A. de C.V. - Secretário do Conselho de Administração da Constructora Autopista Perote-Xalapa, S.A. de C.V. - Secretário do Conselho de Administração da M&R Occidente, S.A.P.I. de C.V. - Secretário do Conselho de Administração da Constructora M&R, S.A. de C.V. - Comissario da Transitex México, S.A. de C.V. Funções em outras sociedades fora do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Não exerce funções em outras sociedades fora do Grupo Mota-Engil 258 António Martinho Ferreira de Oliveira (Vogal) Funções em outras sociedades do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Presidente do Conselho de Administração da Nortedomus - Sociedade Imobiliária, SA - Presidente do Conselho de Administração da Aurimove - Sociedade Imobiliária, SA - Presidente do Conselho de Administração da Turalgo - Sociedade de Promoção Imobiliária e Turística do Algarve, SA - Presidente do Conselho de Administração da Mercado Urbano - Gestão Imobiliária, SA - Presidente do Conselho de Administração da MESP - Mota-Engil, Serviços Partilhados Administrativos e de Gestão, SA - Vogal do Conselho de Administração da ME Real Estate - Mota-Engil Real Estate Portugal, SA - Vogal do Conselho de Administração da Sedengil - Sociedade Imobiliária, SA - Vogal do Conselho de Administração da Mota-Engil Europa, SA - Vogal do Conselho de Administração da Mota-Engil, Real Estate, SGPS, SA - Vogal do Conselho de Administração da Mota-Engil, Engenharia e Construção, SA - Administrador da Glan Agua, Limited - Administrador da Mota-Engil, Ireland Construction, Limited - Administrador da Mota-Engil, Ireland Services, Limited - Administrador da Mota-Engil, Central Europe, SA - Gerente da Calçadas do Douro - Sociedade Imobiliária, Lda - Gerente da Corgimobil - Empresa Imobiliária das Corgas, Lda - Gerente da Edifícios Mota-Viso - Sociedade Imobiliária, Lda - Gerente da Edipainel - Sociedade Imobiliária, Lda - Gerente da Motadomus - Sociedade Imobiliária, Lda - Membro do Supervisory Board da Mota-Engil Central Europe Slovenská Republika, a.s. - Membro do Supervisory Board da Mota-Engil Central Europe Hungary Beruházási És Épitoipari KFT - Membro do Supervisory Board da Magyarország beruházási És Épitoipari KFT - Membro do Supervisory Board da Obol Invest Befektetési Ès Uzletviteli Tanácsadó KFT - Membro do Supervisory Board da Obol XI Ingatlahasznosítási Beruházo Ès Szolgáltató KFT - Membro do Supervisory Board da Mota-Engil Central Europe Ceská Republika, a.s. - Membro do Supervisory Board da Metró Épitóipari Gépészeti és szállitási ZRT - Membro do Supervisory Board da Devonská Project Development, a.s. Funções em outras sociedades fora do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Não exerce funções em outras sociedades fora do Grupo Mota-Engil Luís Valente de Oliveira (Vogal Independente) Funções em outras sociedades do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Não exerce funções em outras sociedades do Grupo Mota-Engil Funções em outras sociedades fora do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Presidente do Conselho de Fundadores da Casa da Música - Membro do Conselho Consultivo das Fundações (Presidência do Conselho de Ministros) 259 António Bernardo Aranha da Gama Lobo Xavier (Vogal Independente) Funções em outras sociedades do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 Não exerce funções em outras sociedades do Grupo Mota-Engil Funções em outras sociedades fora do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Partner e Membro do Conselho de Administração da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados - Membro do Conselho de Administração da Sonaecom, SGPS, SA - Membro do Conselho de Administração da Sonaecom Sistemas de Informação, SGPS, SA - Membro do Conselho de Administração da Sonaecom, Serviços Partilhados, SGPS, SA - Membro do Conselho de Administração do Banco BPI, SGPS,SA - Membro do Conselho de Administração da NOS, SGPS, SA - Membro do Conselho de Administração da Riopele, SA - Membro do Conselho de Administraçã da Público Comunicação Social, SA - Membro do Conselho de Administração da PCJ - Público, Comunicação e Jornalismo, SA - Membro do Conselho de Administração da Vallis Capital Partners - Presidente da Assembleia Geral da Têxtil Manuel Gonçalves, SA - Membro do Conselho Fiscal da Fundação Belmiro de Azevedo António Manuel da Silva Vila Cova (Vogal Independente) Funções em outras sociedades do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 Não exerce funções em outras sociedades do Grupo Mota-Engil Funções em outras sociedades fora do Grupo Mota-Engil em 31 de dezembro de 2015 - Presidente do Conselho de Administração não-executivo do Banco Finantia 260 261 262 263 264 265