agosto 2012

Transcrição

agosto 2012
Informativo N° 11, Ano IV, Agosto 2012
www.cdb.com.br
Centro de Diagnósticos Brasil
Distribuição gratuita
CDB traz tecnologia para médicos
acessarem exames de qualquer lugar
O Centro de Diagnósticos Brasil é mais uma vez pioneiro
dentre os serviços de saúde, desta vez disponibilizando um
novo sistema de comunicação muito mais eficiente e fácil para
médicos solicitantes e clínica. Por meio de um site, o médico
solicitante tem acesso rápido a todas as imagens de tomografia
ou ressonância magnética de seu paciente, bem como às
reconstruções e imagens-chave, além do relatório médico.
O CDB disponibiliza também uma ferramenta de chat direto
com médicos especialistas do corpo radiológico em tempo
real, para discussões dos casos, sem necessidade de
ligações telefônicas. Essa iniciativa inédita permite acesso
imediato a todo o corpo clínico online do CDB, a partir de
um computador ou tablet/Ipad com conexão wi-fi ou 3G à
internet, não requerendo instalação de software específico.
O trabalho foi iniciado com as tomografias e ressonâncias
que são, de maneira geral, associadas a casos de maior
complexidade e que demandam com frequência uma
atenção médica multidisciplinar.
A ferramenta tem alta tecnologia de segurança e cada
médico, caso desejar, terá acesso aos exames de todos
os seus pacientes por ordem cronológica, vinculados a seu
CRM e senha de acesso.
O sistema suplanta uma importante limitação atual do meio
radiológico, no qual é praticamente impossível documentar
todas as centenas ou milhares de imagens de um moderno
aparelho de tomografia ou ressonância magnética em filmes.
A documentação completa pode ser realizada por meio de
CDs, porém, é notória a lentidão desse sistema para uso
rotineiro. Esta nova ferramenta permite a visualização de
todas as imagens de forma ágil, reduzindo o número de filmes
e, consequentemente, o impacto sobre o meio ambiente.
Informações para acesso à novidade
Para acessar a nova ferramenta, que também será
apresentada aos médicos por meio do departamento
comercial do CDB, entre em contato com o Canal Médico:
(11) 5088-1055 ou [email protected].
ponto de vista
Testes de função pulmonar
Por Dr. Carlos Alberto de Castro Pereira*
O CDB conta com equipamentos modernos de função pulmonar, o que possibilita a realização de ampla investigação
funcional respiratória. Os testes são realizados por técnicos
qualificados e os laudos são feitos por leitores certificados
pela Sociedade Brasileira de Pneumologia. Valores previstos
derivados da população brasileira (Pereira 2007) são usados.
Indicações – A espirometria é recomendada para esclarecimento diagnóstico em pacientes com tosse e dispneia
crônicas. Asma é uma causa comum de tosse ou dispneia
crônica. Na presença de espirometria normal, um teste de
broncoprovocação deve ser solicitado.
Em fumantes sintomáticos com mais de 40 anos, DPOC é
frequente. Em casos de dispneia de causa inaparente e teste de broncoprovocação negativo, um teste cardiopulmonar
de exercício (também denominado teste ergoespirométrico)
é de grande auxílio.
Uma situação comum na espirometria é o encontro de redução proporcional da Capacidade Vital e do VEF1. Na ausência de uma causa evidente, como fibrose pulmonar, este
achado é inespecífico. Devem ser solicitadas medidas de
volumes pulmonares e difusão do CO, bem como da resistência das vias aéreas, o que irá fornecer dados essenciais
para o diagnóstico.
Na presença de doença intersticial difusa estabelecida,
além da espirometria, a difusão do CO e a SaO2 em teste
de caminhada devem ser medidas de rotina, inicialmente e
no acompanhamento periódico.
Pacientes portadores de DPOC devem realizar provas funcionais anuais, em fase estável.
Nas doenças neuromusculares, e condições que podem resultar em fraqueza muscular respiratória (como, por exemplo, polimiosite), a força dos músculos respiratórios deve ser medida.
Avaliação pré-operatória – A espirometria é útil para determinar o risco e reduzir as complicações pós-operatórias
em portadores de asma e DPOC, fumantes com sintomas
respiratórios, naqueles com cirurgias programadas de tórax
ou abdome superior e obesos mórbidos candidatos à cirurgia bariátrica.
Em candidato à ressecção pulmonar, espirometria e difusão devem ser feitas de rotina. Diversos estudos sugerem que o teste
cardiopulmonar de exercício é excelente preditor de complicações pós-operatórias em candidatos à ressecção pulmonar.
Avaliação de incapacidade – O grau de disfunção pulmonar é essencial para estimar o grau de incapacidade para
determinadas tarefas ou atividades. O teste cardiopulmonar
de exercício tem melhor correlação com a dispneia aos esforços e permite quantificar o grau de disfunção no esforço
e o mecanismo responsável.
* Pneumologista, doutor em Pneumologia pela UNIFESP
sampa
Viajar o mundo não me fez esquecer São Paulo
Nasci no Belenzinho e morei até
os sete anos na Aclimação. Tenho
lembranças ótimas da minha infância
em São Paulo, era uma época em
que se tinha liberdade para brincar
na rua com os amigos, a gente
* César Tralli
jogava bola, andava de bicicleta e
carrinho de rolimã, as brincadeiras eram bem diferentes das
atuais. Pude conhecer mais de 50 países e 300 cidades,
devido à minha profissão, e posso afirmar que, com certeza,
não troco nossa paulicéia desvairada.
Comecei escrevendo em jornais de bairro, nas revistas da
Cultura Inglesa e passei um tempo como correspondente
internacional. Agora no SPTV, falar de pautas da Grande São
Paulo é um delicioso exercício de amor à Capital. A resposta
que temos do público também é algo espetacular. O SPTV é
um telejornal comunitário, sempre voltado para a defesa do
cidadão comum, do povo, de olho nos nossos problemas do
dia a dia e cobrando melhorias das autoridades.
Algumas constatações me deixam muito decepcionado com
a cidade. Exemplo? Transporte público caótico. Quando eu
era adolescente já era muito ruim, e perceber que depois de
25 anos as pessoas continuam sendo tratadas sem respeito
é muito triste. Quem depende da saúde pública também
passa por muitos apuros para conseguir um simples
atendimento em postos e hospitais. Faltam profissionais.
Mesmo com tantos problemas, São Paulo é uma cidade
acolhedora. Quando morei fora, senti falta do jeito paulistano
de ser das pessoas, de tomar café nas “padocas” da vida. Por
sinal, “padoca” é algo tipicamente paulista, gosto muito de
comer um pão na chapa e de conhecer padarias e pizzarias.
Outro hobby que tenho e adoro é passear pelo centrão. Gosto
de descer na estação São Bento e caminhar pela Ladeira
Porto Geral, 25 de Março, Viaduto do Chá, ir ao Centro
Cultural Banco do Brasil e escadarias do Teatro Municipal.
Ou ainda, aproveitar um domingo de folga andando de bike
pelas ciclovias e no Parque do Ibirapuera é revigorante.
* Âncora do SPTV, primeira edição, transmitido de segunda a sábado pela Rede Globo
de Televisão
Caso 1
casos clínico-radiológicos
Paciente do sexo feminino, 60 anos, com dor no joelho há um ano e nódulo abaixo da patela.
Radiografia simples (figura A) mostra ossificação na porção inferior da gordura de Hoffa (setas longas brancas), confirmada no estudo de ressonância magnética na
sequência ponderada em T1 (figura B) onde há sinal de medular óssea. Nas sequências axiais em T2 e pós-contraste (respectivamente figuras C e D) notam-se dois
componentes da lesão, um medial de alto sinal em T2 e impregnação periférica pelo agente paramagnético inferindo matriz condróide (setas cinzas) e outro lateral
em correspondência com a matriz calcificada (cabeças de setas brancas).
Diagnóstico – Osteocondroma extraesquelético como evolução crônica de doença de Hoffa. Devido ao ciclo vicioso de hipertrofia e encarceramento da gordura
infrapatelar (doença de Hoffa) forma-se tecido inflamatório e fibrose, ocasionalmente podendo determinar metaplasia condroide e, mais raramente, ossificação
endocondral (osteocondroma).
Caso 2
Paciente do sexo feminino, 32 anos, com quadro principal de hemorragia uterina.
Figura A: imagem de USG no plano Sagital com estudo Doppler mostrando múltiplas imagens tubulares com fluxo (setas).
Figura B: imagem Sagital T2 de RM mostrando múltiplas imagens tubulares com ausência de sinal envolvendo todo o útero (setas).
Figura C: imagem Sagital T1 de RM pós-contraste intravenoso mostrando realce nas imagens (setas).
Diagnóstico – Malformação arteriovenosa uterina. Alteração uterina rara dividida em congênita e adquirida. Um dos sintomas é a hemorragia uterina de intensidade
variável, podendo ser fatal. A Ressonância Magnética tem a capacidade de avaliar o grau de envolvimento pélvico de forma não invasiva. O tratamento em idade
fértil é a embolização arterial e o definitivo é a histerectomia.
Caso 3
Paciente do sexo feminino, 33 anos, com história de parestesia em membro superior direito.
Figura A: imagem de RM ponderada em T2 demonstra pequenas lesões ovaladas com hipersinal na substância branca periventricular, com distribuição perpendicular
à superfície ependimária (setas amarelas) e uma maior (seta vermelha).
Figura B: imagem de RM ponderada em T2 demonstra pequena lesão ovalada com hipersinal acometendo o esplênio do corpo caloso (seta amarela à direita).
Figura C: imagem de RM pós-contraste ponderada em T1 demonstra realce periférico na lesão maior (seta vermelha) e lesões menores sem realce significativo
(setas amarelas).
Diagnóstico – Esclerose múltipla. Doença inflamatória desmielinizante do sistema nervoso central de origem indeterminada.
Organização: Dr. Moacir Moreno Júnior, médico radiologista do grupo de Tórax do CDB.
Colaboradores nesta edição: Dr. Fernando Fachini, Dr. Alberto Bambirra e Dr. Rodrigo Murakoshi.
lado b
Dois mil livros e uma vida cheia de histórias
Ler é hoje meu passatempo favorito. Tenho o costume de ler
ao menos três títulos diferentes de uma vez: um romance,
um livro de história e outro de filosofia ou religião. Assim,
consigo absorver cada assunto de forma mais abrangente.
Leio, até mesmo, livros que não chamam minha atenção em
um primeiro momento, como foi o caso de “Diálogos Noturnos em Jerusalém” (Cardeal Carlo M. Martini e Georg
Sporschill) que imaginei não ser interessante, mas me surpreendi positivamente ao finalizar a leitura.
inglês, espanhol e
alemão. Opto pela
versão traduzida
apenas
quando
não conheço o
idioma original.
Por ser metódico, não me contento em pegar emprestado.
Preciso ter o exemplar e saber que ele estará disponível
sempre que eu quiser e precisar consultar. Gosto de ler com
calma, no meu tempo, sem me preocupar em seguir regras
ou ter data para devolvê-lo. Desta forma, meio sem querer,
acabei montando uma pequena biblioteca em casa com cerca de dois mil livros, além dos mais de 500 títulos digitais
que estão cada dia mais populares.
O tempo que disponho para ler foi
se moldando de
acordo com meu
estilo de vida.
Desde que virei
adepto do transporte público e abandonei as muitas horas
que perdia dirigindo no trânsito, leio grande parte dos meus
livros enquanto me locomovo de metrô. Além de fazer com
que o trajeto pareça mais curto, ainda aproveito meu tempo
de forma útil.
Quem me conhece sempre me presenteia com livros. É uma
forma de nunca errar o presente. Um dos últimos que entrou
para minha coleção foi “Mundo sem Fim” (Ken Follett), que
ganhei da minha esposa.
Os livros de Medicina também fazem parte do meu acervo, porém, estes não considero como uma leitura de hobby,
mas sim como uma necessidade de aprimoramento para
minha profissão.
Sempre que possível busco os livros em seu idioma original.
Posso aprender e desenvolver outros idiomas e não perco
detalhes que a tradução pode modificar. Leio em português,
* Dr. Fábio Abílio ([email protected]) é médico radiologista do grupo de Imagem
Músculo-esquelética do CDB
lupa
Radiação em exames de imagem e seu controle
O surgimento e aumento da utilização de exames de imagem
permitiu diagnósticos mais precoces, terapias mais acuradas
e custo-efetivas e melhor planejamento terapêutico.
As imagens médicas podem ser obtidas por exames que
não utilizam raio-X (ultrassonografia e ressonância magnética, por exemplo) e que utilizam raio-X (radiografias simples, estudos radiográficos contrastados e tomografia computadorizada), sendo que cada método possui indicações
e contra-indicações específicas, fornecendo informações diversas e, muitas vezes, complementares, não havendo um
método único que seja melhor do que os demais em todas
as situações clínicas.
A exposição do paciente à radiação é uma preocupação
constante nos exames radiológicos, tendo em vista os possíveis efeitos nocivos. Estima-se que até 1% dos casos de
câncer nos Estados Unidos podem estar relacionados à radiação utilizada em procedimentos e exames médicos.
O objetivo de reduzir a dose de radiação deve sempre ser
perseguido, devendo ser utilizada a menor dose possível de
radiação para atingir os resultados necessários (em inglês
este conceito é conhecido como ALARA, que significa As
Low As Reasonably Achievable).
A dose de radiação depende do tamanho do paciente e do
tipo de estudo realizado. Em estudos de tomografia computadorizada, estratégias e técnicas podem ser aplicadas para
redução da dose, entre elas:
• Reduzir a área escaneada ao mínimo necessário;
• Reduzir o número de fases em estudos multifásicos;
• Utilizar o controle automático de exposição (ferramenta
do tomógrafo que ajusta a corrente do tubo baseada no
tamanho e forma do paciente);
• Modificar os parâmetros técnicos de aquisição (espessura de corte, KV, mAs e pitch);
• Utilizar barreiras à radiação (proteções de chumbo).
*Por Dr. Leonardo Iquizli ([email protected]), médico do grupo de radiologia torácica
do CDB.
Expediente
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Domicilia Loução Marcos Castrale.
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