a dinamarca para crianças

Transcrição

a dinamarca para crianças
MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESRANGEIROS DA DINAMARCA
A DINAMARCA PARA CRIANÇAS
A Dinamarca em resumo ..................................................................................................................................3
No topo da Europa ...........................................................................................................................................4
Gronelândia .....................................................................................................................................................5
As Ilhas Faroé ...................................................................................................................................................6
Parlamento e Governo .......................................................................................................................................7
Símbolos Nacionais ..........................................................................................................................................8
Tradições ..........................................................................................................................................................9
O Natal na Dinamarca .....................................................................................................................................12
Hábitos alimentares ..........................................................................................................................................14
A Família Real ...................................................................................................................................................16
Dinamarqueses famosos e produtos dinamarqueses ..........................................................................................18
As pequenas famílias .........................................................................................................................................21
Ensino ..............................................................................................................................................................22
Tempos livres e desporto ...................................................................................................................................23
As férias de uma criança na Dinamarca .............................................................................................................24
Se quiseres saber mais… ....................................................................................................................................26
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A Dinamarca em resumo
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População: 5 445 000
Superfície: 43 098 km2
Densidade populacional: 126,4 /km2
Região geográfica: Escandinávia
Países vizinhos: Alemanha, Noruega, Suécia
Produto Interno Bruto: 280 mil milhões de USD
(1 642 mil milhões de DKK)
PIB por habitante: USD 45 000
Capital: Copenhaga 1,1 milhões de habitantes. Outras
cidades importantes: Århus 228 000, Odense 158 000,
Aalborg 122 000
Forma de governo: monarquia
Governo: de coligação, formado por Liberais e
Conservadores, liderado pelos Liberais
Chefe de Estado: Rainha Margarida II (desde 14 de
Janeiro de 1972)
Chefe de Governo: Lars Løkke Rasmussen (desde 5
de april de 2009)
Distribuição étnica: 91.2% dinamarqueses. Os
imigrantes e os descendentes destes constituem cerca
de 8,8 por centro da população.
Esperança de vida: mulheres 80,4 anos, homens 75,9
Língua: dinamarquês
Religião: 90% Protestante
Moeda: Coroa Dinamarquesa, DKK. 1 Coroa = 100 Øre
(7,4544 DKK = 1 Euro, 2008)
Membro da: ONU, OECD, UE, Nato, Schengen, OSCE,
FMI, OMC e outros
No topo da Europa
A Dinamarca está situada no topo da Europa, numa
parte designada por Escandinávia.
milhões de pessoas, o que significa que vivemos bastante próximo.
Se olhares para um mapa, verás que a Dinamarca é
uma pequena ponta por cima da Alemanha e por baixo
de outros dois países escandinavos, a Noruega e a
Suécia, aos quais estamos intimamente ligados. Se não
falarmos muito rápido, conseguimos entender a língua
uns dos outros.
Mas isso não constitui um problema porque não temos
montanhas, desertos ou áreas onde não seja possível viver. Na realidade, as pessoas podem viver em qualquer
parte do país e fazem-no.
A região maior da Dinamarca é a região que está ligada
à Alemanha e que chamamos de Jutlandia. O resto do
país é formado por ilhas. Existem cerca de 400 ilhas,
100 das quais são habitadas.
A Jutlandia está ligada às principais ilhas por meio de
pontes, mas para deslocar-se às ilhas mais pequenas é
necessário ir de barco. Recentemente foi construída
uma ponte que liga a Dinamarca à Suécia. Agora é possível ir à Suécia de comboio em apenas meia hora.
Os dinamarqueses sentem um grande orgulho pelas
suas pontes. A extensão da Dinamarca não ultrapassa
300 quilómetros para cada lado, isto é, de norte para
sul e de este para oeste e é habitada por cerca de cinco
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Gronelândia
(Kalaallit Nunaat)
A calote de gelo cobre a maior parte da ilha, mas na
costa ocidental da Gronelândia, em particular, o clima
é relativamente ameno, pelo que 2/3 da população habita nessa zona. Mas aqui, mesmo no Verão, a temperatura raramente sobe acima dos dez graus centígrados.
A maioria das pessoas vive em pequenos povoados, mas
também existem comunidades isoladas de caçadores
dispersas pela ilha. A capital, Nuuk, também está situada na costa sudoeste. No extremo sul do país existem
pequenas explorações de criação de ovelhas.
Forma de governo
Governo autónomo, em aliança com a Dinamarca
Superfície
2,17 milhões de quilómetros quadrados, dos quais 410
449 não estão cobertos de gelo.
População
56 648 habitantes
Capital
Nuuk (Godthåb), 15 047 habitantes
Desde 1979, que a Gronelândia é governada por um
governo autónomo com responsabilidade local pelas
questões sociais, políticas, financeiras e culturais. Isto
significa que é o Governo da Gronelândia que tem
competência para decidir sobre estas matérias.
Moeda
Coroa dinamarquesa (DKK)
Esta ilha enorme e incrivelmente bela está ligada ao
Reino da Dinamarca desde o século XII. O povo
gronelandês, que descende dos inuit, migrou para lá há
milhares de anos, vindo do norte do Canadá.
Noutras matérias (como a política externa), as decisões
são tomadas pelo Governo dinamarquês. A Gronelândia detém dois lugares no Parlamento dinamarquês.
A população gronelandesa não ultrapassa 56 000 habitantes, ao todo, e apenas as zonas costeiras são habitáveis, enquanto as regiões a norte são verdadeiramente
agrestes.
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Klaksvik
Foto: www.faroeislands.dk
Foto: www.faroeislands.dk
Foto: Marianne Rasmussen
As Ilhas Faroé
(Føroyar)
Forma de governo
Autonomia, fazendo parte do Reino da Dinamarca
cerca de 48.000 pessoas, das quais cerca de 1/3 vive na
capital Tórshavn.
Superfície
1 399 quilómetros quadrados
As Ilhas Faroé são uma região autónoma, com parlamento e governo próprios e elegem ainda dois representantes para o parlamento dinamarquês. A Gronelândia possui um sistema semelhante. Os habitantes
das ilhas Faroé têm uma língua própria que descende
do norueguês e sobrevive desde a época medieval até
aos nossos dias, embora a população também fale dinamarquês, que aprendeu na escola.
População
48 200 habitantes
Capital
Tórshavn 19 339 habitantes
Os habitantes das ilhas Faroe têm vindo a alargar
gradualmente a sua autonomia em relação ao Reino
da Dinamarca. A questão de estabelecer um estado
próprio, independente da Dinamarca tem estado, há
muitos anos, na agenda política, no entanto, ainda não
foi tomada uma decisão nesse sentido, em virtude dos
subsídios que as autoridades das Ilhas Faroe recebem
do Estado Dinamarquês, entre outros.
Moeda
Coroas dinamarquesas (DKK)
A cerca de meio caminho entre a Escócia e a Islândia
situam-se 18 pequenas e belas ilhas varridas pelo vento,
com grandes montanhas arredondadas que parecem ter
sido pintadas de verde. São as Ilhas Faroé, “Føro¬yar”,
que estão ligadas ao Reino da Dinamarca desde 1380.
As ilhas são formadas por antigos vulcões, inactivos,
entrecruzados por fiordes, vales profundos e estreitos
braços de mar. A paisagem é deslumbrante, mas muitos pontos não são acessíveis. Nas ilhas vivem apenas
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O Parlamento dinamarquês
O Primeiro-Ministro
Parlamento e Governo
negócios estrangeiros, um ministro da educação, um
ministro dos produtos alimentares, um ministro da
igreja, etc.
O sistema político da Dinamarca assenta em princípios
democráticos. Isto significa que a população elege os
políticos que irão decidir como é que a Dinamarca
deve ser governada. O Parlamento dinamarquês é constituído por 179 membros, dois dos quais representam
a Gronelândia enquanto outros dois representam as
Ilhas Faroé.
O governo prossegue as posições políticas da Dinamarca, mas visto os governos maioritários serem raros na
Dinamarca, o governo tem sempre de se entender com
outros partidos no Parlamento para conseguir a aprovação dos seus projectos de lei.
De quarto em quarto anos realizam-se eleições gerais,
embora o Primeiro-Ministro possa, em qualquer altura,
convocar eleições no intervalo desses quatro anos.
O partido do Primeiro-Ministro Løkke Rasmussen,
os Liberais, formaram governo com o Partido Popular
Conservador. A maioria no Parlamento é assegurada
através da colaboração com o Partido do Povo Dinamarquês, entre outros.
Na Dinamarca é preciso ter pelo menos 18 anos para
poder votar e ser eleito para o Parlamento.
O Governo Dinamarquês
A Dinamarca tem um governo liderado pelo primeiroministro Lars Løkke Rasmussen do partido dos Liberais. Depois de serem conhecidos os resultados de uma
eleição geral, o governo recém-eleito desloca-se ao Palácio de Amalienborg para um encontro com a Rainha.
O governo é constituído por um primeiro-ministro,
que é o presidente do partido que ganhou as eleições
e por outros ministros, cada um dos quais é responsável por uma área específica. Existe um ministro dos
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O cisne é a ave nacional
A árvore nacional é a faia
Símbolos Nacionais
A bandeira
O símbolo nacional dinamarquês mais importante
é, naturalmente, a nossa bandeira. À semelhança de
muitos outros países, a nossa bandeira tem um nome
próprio. Chama-se “Dannebrog”. É uma das bandeiras
mais antigas do mundo, podendo mesmo ser a mais
antiga. De acordo com a lenda, a bandeira dinamarquesa caiu dos céus em 1219, durante uma batalha
entre os dinamarqueses e os estónios, do outro lado do
Báltico. Ao mesmo tempo que a bandeira caía, ouviase uma voz poderosa que proclamava que os dinamarqueses sairiam vitoriosos se se juntassem em torno da
nova bandeira. Assim fizeram e ganharam a batalha,
mantendo assim a bandeira desde essa época.
veria ser tocado nos eventos desportivos. A letra fala da
beleza da paisagem dinamarquesa e do temperamento
aprazível dos dinamarqueses.
O hino nacional
Todos os países independentes possuem, habitualmente, um hino. Mas na Dinamarca temos dois. Este
facto tem, frequentemente, suscitado alguma confusão.
Sucede, frequentemente, ser tocado o
o hino “errado” quando os dinamarqueses participam
em eventos desportivos internacionais.
O hino “verdadeiro” chama-se Der er et yndigt land.
Foi escrito em 1844 e é este hino que os dinamarqueses consideram como o seu hino oficial. É este que de-
A ave nacional
A Dinamarca também possui uma ave nacional. A
ave foi, de facto, democraticamente eleita. Até 1984,
a cotovia era considerada a ave nacional. A decisão
foi tomada por um grupo de peritos. Entretanto o
canal de televisão DR organizou uma votação entre os
telespectadores. Milhares de espectadores votaram e
o resultado foi que o cisne ganhou, com uma vitória
retumbante. Foi o povo que escolheu.
Poderás ouvir o hino através deste link:
http://www.um.dk/um_files/Denmark/music/DerErEtYndigtLand.mp3
O “outro” hino nacional chama-se “Kong Christian
stod ved højen mast”. É utilizado em ocasiões mais
formais, e frequentemente em cerimónias que envolvem a família real. A letra honra os feitos dos antigos
guerreiros.
Poderás ouvir esse hino através deste link:
http://www.um.dk/um_files/Denmark/music/KingChristian.mp3
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Pãezinhos doces
Foto: Alletiders Kogebog
Tradições
Como certamente sabes, a Dinamarca é um país muito
antigo. Por isso, muitas das nossas tradições são também muito antigas.
rá dois vencedores: a Rainha Gata, que é quem parte
o barril e o Rei Gato, que é quem faz cair o resto do
barril.
“Fastelavn”
No início da Primavera festejamos o Fastelavn, a versão
dinamarquesa do Carnaval. Antigamente, o
Fastelavn durava três dias. Festejava-se com muita
comida e bebida precedendo o jejum de 40 dias, a
Quaresma, que culmina com a celebração Cristã da
Páscoa.
O motivo por trás do estranho nome deste jogo é que
antigamente costumavam colocar um gato vivo dentro
do barril. Tratava-se, obviamente, de um jogo muito cruel e já ninguém faz isso, mas parte da tradição
sobreviveu.
Jogamos este jogo na escola ou às vezes o jogo é organizado para as crianças por alguém do bairro ou um dos
muitos clubes ou associações dos quais muitos dinamarqueses são sócios.
Todas as crianças se mascaram no Fastelavn. Escolhes
uma fantasia. Podes mascarar-te de robot, bailarina,
fantasma ou limpa-chaminés. Não há regras, excepto
usares a imaginação e divertires-te.
Os Fastelavnsboller são um tipo especial de bolo que se
come durante o Fastelavn. É também costume dar às
crianças um fastelavnsris, um pequeno molho de vidoeiro decorado com papel e rebuçados.
Também jogamos um jogo chamado Slå Katten af
tønden (Bater no Gato). O jogo consiste no seguinte:
enche-se um barril de madeira com doces e pequenos brinquedos, pendura-se o barril de modo a ficar
suspenso. Em seguida as crianças formam uma fila
para bater, à vez, com um pau no barril. A finalidade é
partir o barril para que os doces e os brinquedos caiam
para o chão. Todos participam no “saque”, mas have-
Também faz parte da tradição as crianças irem, de
porta em porta, com as suas máscaras a pedir doces ou
pequenas moedas.
Quando alguém abre a porta, cantamos uma pequena
canção que diz assim:
9
“Bolinhos de Carnaval,
Bolinhos de Carnaval
Se não me derem Bolinhos de
Carnaval faço travessuras”
“Este é o jogo do Adivinha quem sou” Se
conseguires adivinhar quem te escreveu, devolve a
carta com a seguinte mensagem: “Adivinha isto,
adivinha aquilo, vou dizer-te quem escreveu esta
carta e acho que vais ter de me dar um Ovo de
Páscoa”
Este lado da tradição é muito semelhante àquilo que as
crianças americanas fazem durante o Halloween, quando vão de porta em porta a pedir doces. Na realidade
muitas crianças dinamarquesas, hoje em dia, gostam
de festejar o Halloween no Outono. Assim poderás
voltar a usar a tua fantasia. No entanto, a recompensa
em forma de doces continua a ser superior durante o
Fastelavn.
É que se fores capaz de adivinhar quem te enviou a
carta, essa pessoa fica a dever-te um ovo de Páscoa de
chocolate. Se, pelo contrário, não conseguires adivinhar, tens de oferecer um ovo de Páscoa à pessoa que
te escreveu.
Durante a Páscoa há ovos por todo o lado. Gostamos
de comer os ovos de Páscoa de Chocolate. Às vezes são
grandes e ocos e contêm no seu interior outros ovos
mais pequenos. Supostamente é o Coelho da Páscoa
que, sorrateiramente, esconde os ovos para as crianças,
nos arbustos ou debaixo dos móveis. No entanto, eu
suspeito que os pais das crianças têm algo a ver com
isso. Não importa, uma caça aos ovos é sempre divertida.
A Páscoa
À semelhança dos outros povos cristãos celebramos a
Páscoa. É um dia feriado e as crianças não vão à escola.
As pessoas gostam de se reunir com a família e os
amigos e desfrutar de um bom almoço da Páscoa. Um
dos costumes da Páscoa consiste em enviares uma carta
anónima a alguém teu conhecido. A carta contém uma
adivinha. Em vez de assinares com o teu nome, colocas
tantos pontos como letras que formam o teu nome e
desafias o destinatário a adivinhar quem é o autor da
carta:
Existem também outros costumes ligados à Páscoa.
Uma tradição peculiar, praticada nalguns lugares, consiste na decoração de um ovo bem cozido.
Depois de decorar o ovo, cada um pega no seu e leva-o
para o cimo de uma colina. Cada um deverá, em segui10
da, fazer rebolar o ovo pela colina abaixo. O vencedor
será aquele cujo ovo vá mais longe.
Outras tradições
Também festejamos o S. João, no dia 23 de Junho. A
celebração tem semelhanças com o Natal, na medida
em que é também uma combinação de antigas tradições pagãs e a tradição Cristã. Festejamos o S. João
Baptista, mas entretanto é, também, o dia mais longo
do ano, o solstício de Verão. Juntamo-nos em torno de
fogueiras e cantamos. Uma figura em forma de bruxa
é, frequentemente, colocada no cimo da fogueira.
O S. João marca o início do Verão e das férias escolares
que duram seis semanas.
Em Outubro também temos uma semana de férias
escolares. Não são férias ligadas à igreja, mas apenas
um intervalo durante o Outono. Antigamente eram
chamadas “férias da batata” porque nas zonas rurais as
crianças tinham de faltar à escola para ajudar os pais na
colheita da batata.
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Menina vestida de Stª Lúcia
O Natal na Dinamarca
A Noite de Natal
O Natal na Dinamarca é uma mistura estranha, tal
como em muitos outros países. Festeja-se o nascimento
de Jesus, mas como ninguém sabe exactamente quando
é que Jesus nasceu, a Igreja Cristã decidiu, no ano 354,
celebrar o seu nascimento a meio do Inverno, no dia
25 de Dezembro, para coincidir com a celebração do
Solstício de Inverno dos povos do Norte que é festejado no dia 21 de Dezembro. É o dia mais curto do ano,
após o que a luz regressa e os dias começam a crescer.
Por razões desconhecidas, celebramos o Natal na véspera, isto é, na noite do dia 24 de Dezembro.
Quando nos aproximamos do Natal, as escolas e os
infantários organizam os desfiles de Stª Lúcia. Na verdade, esta tradição tem origem na Suécia. Festejamos a
Santa Lúcia e o solstício de Inverno.
Em Dezembro, temos um outro costume que é muito importante para as crianças dinamarquesas. É um
calendário de Natal que permite às crianças fazer a
contagem decrescente até à Noite de Natal. As crianças
abrem um pequeno presente todos os dias até chegar
ao dia 24. O presente poderá ser um pouco maior ao
domingo. Todos os presentes de cada dia estão à vista
no calendário. Por isso é preciso uma grande autodisciplina para não fazer batota e abrir logo as prendas todas. Se o fizesse seria um sinal de mau comportamento.
Os dinamarqueses festejam o Natal tradicional na
véspera do dia de Natal, de modo semelhante em quase
todos os lares dinamarqueses. Reúne-se o maior número de membros da família. Normalmente as visitas
chegam relativamente cedo. Trazem presentes que são
colocados por baixo da árvore de Natal.
Os diferentes canais de televisão dinamarqueses participam na contagem decrescente através de programação
especial. Transmitem os seus próprios espectáculos alusivos à Quadra. Normalmente consiste numa história
de Natal constituída por 24 curtos episódios, o último
dos quais é transmitido na Véspera de Natal. Estes
espectáculos são extremamente populares e apesar de
serem produzidos para crianças, muitos adultos também gostam de ver.
O Jantar de Natal
Depois de estarem todos sentados à volta da mesa é
servido o jantar tradicional de Natal. A refeição poderá começar com uma entrada de peixe, por exemplo.
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A refeição tradicional de Natal consiste em pato e/ou porco assado,
com batatas cozidas, couve roxa em conserva e molho escuro.
De sobremesa comemos Ris a la mande – uma espécie de arroz
doce com amêndoas e chantilly.
Contudo, o prato principal é sempre constituído por
porco assado, pato ou ganso. Nalgumas famílias,
servem os três pratos. Comemos sempre batatas à refeição; não apenas batatas cozidas mas também pequenas
batatas caramelizadas. É igualmente costume acompanhar com couve roxa e muito molho escuro.
O Jantar de Natal dinamarquês é muito tradicional,
assim como a sobremesa que se chama Ris a la mande. Basicamente consiste em arroz cozido em leite,
misturado com chantilly, baunilha, amêndoas picadas
e açúcar. Na realidade é muito bom, embora seja um
pouco pesado depois de nos termos empanturrado
com a carne assada e o pato. Mas não há como evitálo, temos de comer tudo. É que os adultos esconderam
uma amêndoa inteira algures na sobremesa e quem a
encontrar ganha um prémio.
Uma refeição como esta pode durar horas e, muitas
vezes as crianças tendem a ficar um pouco impacientes.
Estão desejosas de chegar ao evento principal: a abertura de todos os presentes que aguardam sob a árvore.
Contudo, sabem que antes de isso acontecer, todos têm
de se levantar da mesa e juntar-se em volta da árvore de
Natal e cantar canções de Natal até poderem, finalmente, abrir os presentes.
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Hábitos alimentares
“dobradinha”, o que literalmente significa “dobrar”. É
muito prático, pode ser feito num instante e sobrevive
ao transporte na lancheira.
Na generalidade, as crianças dinamarquesas alimentam-se bem. Tal como em muitos outros lugares do
mundo, também comemos a nossa quota-parte de
junk-food, doces e guloseimas e, ocasionalmente,
bebemos demasiado refrigerantes. Contudo, de uma
maneira geral, a comida é saudável e nutritiva. As refeições dinamarquesas são tipicamente uma combinação
de pratos tradicionais dinamarqueses e pratos mais
recentes, importados do estrangeiro.
Habitualmente a lancheira também contém um pedaço de pepino ou uma cenoura ou uma peça de fruta,
talvez.
Quando estamos em casa, almoçamos frequentemente
em família. Nesse caso a refeição é, habitualmente, um
pouco mais caprichada. Mas raramente tomamos uma
refeição quente ao almoço.
Um plano alimentar típico poderá ser assim:
Pequeno-almoço:
Iogurte,
cereais,
pão com doce ou queijo,
uma peça de fruta,
chá, leite ou sumo
Lanche:
Quando chegamos a casa, depois da escola, é frequente
comermos fruta. Se tiveres sorte, consegues convencer
os teus pais a darem-te uma fatia de bolo ou um copo
de leite com chocolate.
Almoço:
Quando estamos na escola, levamos uma lancheira
com o nosso almoço. Consiste normalmente em sanduíches. Às vezes são apenas duas fatias de pão de centeio com uma fatia de salame (ou outro tipo de carnes
frias) no meio. A este tipo de sanduíche chamamos de
Jantar:
Esta é a refeição mais importante do dia e, quase sempre, é uma refeição quente. Às vezes também comemos
pizza ou lasagna. Também é frequente comermos refeições à base de massas, como prato principal. As almôndegas dinamarquesas são um prato clássico, assim
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“Pastelaria
Dinamarquesa”
como as costeletas e os pastéis de carne. Estes pratos
são acompanhados com arroz ou batatas.
Comemos muito arroz. E imensas batatas. As batatas
são cozidas. Raramente comemos batatas fritas, a não
ser que vamos jantar fora.
É um pouco estranho. Estamos rodeados pelo mar e
temos muito peixe, mas não comemos peixe com muita frequência, talvez uma vez por semana, no máximo.
Comemos muitas saladas e, habitualmente, comemos
também muitos vegetais. Não é costume servir uma
entrada. Isso, normalmente, apenas sucede em ocasiões festivas ou quando vamos jantar a um restaurante
mais fino. Frequentemente comemos uma sobremesa a
seguir ao prato principal. Pode ser uma peça de fruta,
gelado, ou um doce à base de frutos cozidos.
Como as crianças dinamarquesas viajam frequentemente para países estrangeiros na companhia dos
pais, o gosto dos dinamarqueses em relação à comida
tornou-se mais internacional. Por isso, não te admires
se te servirem comida tailandesa, tortilhas ou um prato
originário do Médio Oriente. Gostamos de tudo isso
porque os dinamarqueses gostam de cozinhar e de
comer bem.
Pratos dinamarqueses famosos
Só um número reduzido de hábitos alimentares dinamarqueses se tornou conhecido em todo o mundo. É
o que sucede, por exemplo, em relação a um tipo de
pastelaria conhecido como “Bolos dinamarqueses”.
Barras de amêndoa, Charlotte de maçã e pratos quentes, como ganso ou porco assado com maçã, ameixas
e batatas caramelizadas, couve roxa e molho escuro,
também fazem parte dos pratos dinamarqueses conhecidos no resto do mundo.
15
Sua Majestade
Rainha Margrethe II e
o Príncipe Consorte Henrik
Príncipe Joachim,
Princesa Marie e os
dois filhos do Príncipe Joachim,
do primeiro
casamento
Foto: Steen Evald
Foto: Steen Brogaard
A Família Real
A Casa Real dinamarquesa, como tantas outras casas
reais da Europa, possui uma história internacional.
Durante muitos anos era tradição as casas reais europeias “trocarem” príncipes e princesas, pois uma vez
que se pertencia à realeza era considerado apropriado
contrair casamento com outro membro da realeza.
A monarquia dinamarquesa é a mais antiga do mundo.
Antigamente, o rei era o governante absoluto, o que
significava que ele decidia tudo, praticamente. Hoje
em dia já não é assim, embora a casa real continue a ser
um importante símbolo de unidade nacional.
A nossa monarquia é liderada pela rainha. Margrethe
Alexandrine Thorhildur Ingrid, que se tornou Rainha
da Dinamarca em 1972. A Rainha Margrethe II nasceu
no dia 16 de Abril de 1940, no Palácio de Amalienborg, filha do Rei Frederico IX (f. 1972) e da Rainha
Ingrid. O lema da Rainha é: “a ajuda de Deus, o amor
do povo, a grandeza da Dinamarca”.
A mãe da actual rainha Margrethe II, Ingrid, era uma
princesa sueca. O marido da Rainha Margrethe, o
Príncipe Henrik, é um conde francês e as duas irmãs
mais novas da Rainha casaram com um conde alemão
e com um rei grego, respectivamente.
No dia 10 de Junho de 1967 casou com Henri Marie
Jean André, Conde de Laborde de Monpezat, o qual
assim se tornou Sua Alteza Real Príncipe Henrik da
Dinamarca. A Rainha Margrethe II e o Príncipe Henrik têm dois filhos:
Hoje em dia já não têm de casar com outro membro da realeza, no entanto, é frequente casarem com
alguém de um país estrangeiro. Assim, o príncipe mais
novo da Dinamarca, o Príncipe Joachim, foi casado
com uma plebeia de Hong Kong, Alexandra Manley.
Estão agora divorciados.
SAR o Príncipe Herdeiro Frederik André Henrik
Christian, nascido a 26 de Maio de 1968, e SAR Príncipe Joachim Holger Waldemar Christian, nascido a 7
de Junho de 1969.
No dia 24 de Maio de 2008, o Príncipe Joachim casou
com Marie Agathe Odile Cavallier, francesa, que pelo
casamento se tornou SAR Princesa Marie da Dinamarca, Condessa de Monpezat.
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A família do Príncipe Herdeiro
a celebrar o primeiro
aniversário da princesa Isabella
21 de Abril de 2008
O Príncipe Herdeiro e a
Princesa Herdeira da
Dinamarca
Photo: Steen Brogaard
Foto: Steen Evald
Mary não nasceu na realeza. Os seus pais, John e Henrietta Donaldson, viviam na Tasmânia, a sul da Austrália. Foi aqui que Mary cresceu, frequentou a escola
e teve uma vida bastante normal. Não fazia ideia de
que um dia iria casar com um príncipe e que iria viver
num castelo real do outro lado do globo. Mas foi o que
aconteceu. Na realidade, Frederik e Mary conheceramse por ocasião dos Jogos Olímpicos. Poderás ler mais
sobre este assunto, se quiseres, mais tarde. Actualmente, o casal vive no Palácio de Amalienborg, no centro
de Copenhaga. Passam o Verão no Castelo de Fredensborg, a norte de Copenhaga.
O Príncipe Joachim tem dois filhos do casamento com
a Condessa Alexandra: o Príncipe Nikolai, nascido a
28 de Agosto de 1999, e o Príncipe Felix, nascido a 22
de Julho de 2002.
O filho mais velho da Rainha Margrethe chama-se
Frederik e, visto ser o príncipe herdeiro, será ele que irá
herdar a o trono.
Poderás ler mais acerca da Família Real na página
www.kongehuset.dk
O Príncipe Herdeiro e a Princesa Herdeira
O nome do futuro rei da Dinamarca é Frederik X, o
nome da sua mulher é Mary e ela será um dia rainha
da Dinamarca.
No dia 15 de Outubro de 2005, a Princesa Herdeira
Mary deu à luz um saudável filho e herdeiro do trono,
o Príncipe Christian Valdemar Henri John.
Actualmente possuem os títulos de Príncipe Herdeiro
Frederik e Princesa Herdeira Mary da Dinamarca.
No dia 21 de Abril de 2007 nasceu a irmã mais nova, a
Princesa Isabella Henrietta Ingrid Margrethe.
Desde a sua infância que Frederik sabia que um dia seria o próximo rei da Dinamarca. Frederik nasceu para
ser Rei porque era o primogénito varão da Princesa
Herdeira Margrethe, a actual Rainha Margrethe II da
Dinamarca.
Poderás ler mais sobre a família do Príncipe Herdeiro
na página: www.kronprinsparret.dk
17
Hans Christian Andersen
Tivoli
Hans Christian Andersen
Dinamarqueses famosos e produtos dinamarqueses
todo o tipo de diversões, barracas de tiro ao alvo, jogos
e muitos restaurantes. O Tivoli é bastante famoso e
praticamente todos os turistas que vão a Copenhaga
visitam o parque.
Hans Christian Andersen
O escritor dinamarquês de contos de fadas, Hans
Christian Andersen, é famoso em todo o mundo.
Escreveu um grande número de excelentes contos de
fadas já lidos ou ouvidos pela maioria das crianças e
adultos de todo o mundo. Hans Christian Andersen
nasceu em 1805 e chegou aos 70 anos de idade.
Um dia, Walt Disney visitou o Tivoli e gostou tanto
que decidiu criar o seu próprio parque. O resultado
foi a Disneylandia, que talvez conheças. Mas Tivoli é
diferente.
Ao longo da sua vida escreveu cerca de 190 contos de
fadas e histórias. As mais famosas incluem “O Patinho
Feio”, “A Vestimenta Nova do Imperador’’, “A Princesa e a Ervilha” e “A Pequena Sereia”. Ela está sentada
numa pedra no porto de Copenhaga, ou melhor, uma
escultura que representa a Pequena Sereia.
Maersk
A empresa dinamarquesa de transporte marítimo em
contentores, Maersk Sea-land, é uma das maiores companhias de navegação do mundo. Os contentores da
empresa transportam mercadorias para todos os cantos
do globo. A Maersk Sealand faz parte do Grupo A. P.
Møller que, para além do negócio da navegação,
também se dedica à pesquisa e produção de petróleo e
gás, construção naval, tráfego aéreo, fabrico industrial,
venda a retalho e serviços de TI. O Director Mærsk
McKinney Møller é uma das pessoas mais ricas da
Dinamarca.
Mas Hans Christian Andersen também escreveu romances, relatos de viagens, poemas e peças de teatro.
Talvez conheças a frase: “Viajar é viver”, uma citação
do famoso Andersen. A obra dele está traduzida em
mais de 120 línguas.
Tivoli
Situado bem no centro de Copenhaga, é um dos
parques de diversões mais antigos do mundo. Oferece
As coisas boas
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A “Cadeira 7”
A maioria das crianças do mundo já teve nas suas
mãos, em qualquer altura da sua vida, uma peça de
lego. A Lego fabrica brinquedos
desde 1932 e nos últimos 60
anos, a venda mundial de peças
Lego ultrapassou 320 mil milhões
unidades. Isto equivaleria a cada
ser humano possuir 52 peças de
lego, visto haver seis mil milhões
de pessoas no planeta.
Os blocos da Lego, o bacon e os lacticínios, como a
manteiga Lurpak, o queijo e o leite, são alguns dos
produtos que nos tornaram famosos em todo o mundo.
Os ingleses adoram bacon. Os dinamarqueses começaram a exportar bacon para a Inglaterra em 1847.
Tornou-se tão popular que marcou o início do maior
sucesso de exportação dinamarquesa de sempre.
A manteiga Lurpak foi o primeiro lacticínio dinamarquês a ser exportado. A Lurpak é uma das marcas de
manteiga mais conhecida em todo o mundo. É vendida em mais de 100 países.
Na Dinamarca existe um número significativo de
inventores. Alguns deles conceberam alguns dos melhores parques infantis do mundo. Outros inventaram
dispositivos inteligentes que te podem ajudar quando
treinas futebol.
Também somos habilidosos no fabrico de rebuçados e
gomas.
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Arquitectos Dinamarqueses Famosos
Talvez conheças a grande casa de ópera em Sidney, na
Austrália, formada por uma espécie de conchas brancas
em cimento que se abrem para o lado do porto, como
velas a todo o pano. Foi concebida pelo arquitecto
dinamarquês Jørn Utzon. A Casa de Opera de Sidney
tornou Utzon mundialmente famoso, em 1957 e
garantiu-lhe novas encomendas. Pouco tempo depois
desenhou o Banco Melli, em Teerão e o Parlamento
do Kuwait.
Johann Otto von Spreckelsen é um arquitecto dinamarquês famoso em todo o mundo. Desenhou o
grande arco de triunfo La Grande Arche no moderno
bairro de La Defense, na capital francesa, Paris. O
arco possui uma altura de 110 metros e é fabricado
em betão e vidro; foi inaugurado em 1989.
Também possuímos notáveis arquitectos e designers
de móveis. Alguns produzem móveis para as nossas
crianças.
Poufs “Gato Gordo”
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As pequenas famílias
Na generalidade, as famílias
dinamarquesas são pequenas. A
maioria dos casais tem apenas
um ou dois filhos. Obviamente,
alguns têm cinco filhos, enquanto
outros não têm nenhum, mas em
média, cada mulher dinamarquesa
tem 1,7 filhos. Comparado com
outros países europeus, a média de filhos por mulher é
aproximadamente a mesma na Dinamarca e na França, enquanto as mulheres espanholas apenas têm 1,2
filhos, em média.
se tiveram filhos, muitas pessoas divorciadas voltam a
casar-se, dando origem a famílias com “os meus filhos”,
“os teus filhos” e “os nossos filhos”. Uma em cada três
crianças dinamarquesas é filho de pais divorciados.
Noutras partes do mundo, há famílias em que os
adultos e as crianças vivem com os pais e os avós. Na
Dinamarca é raro várias gerações viverem sob o mesmo
tecto.
24% das crianças dinamarquesas entre os 0 e os 17
anos de idade possuem meios-irmãos, sendo este número o dobro do que era, há vinte anos.
Nos últimos 20 anos, o número de crianças com
meios- irmãos ou meias-irmãs aumentou. Quando se
é meio-irmão ou meia-irmã, quer dizer que se tem ou
o mesmo pai ou a mesma mãe. Os meios-irmãos não
têm o mesmo pai nem a mesma mãe. Apenas se tornaram meios-irmãos porque o pai ou a mãe casou com o
pai ou a mãe de outra criança.
Cerca de 35 500 casais contraem matrimónio, anualmente, na Dinamarca, mas muitos optam por viver
apenas juntos, sem casar, especialmente os mais jovens.
Alguns casamentos dinamarqueses acabam. Todos os
anos, se divorciam cerca de 13 500 casais. E mesmo
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Ensino
- por exemplo, os alunos tratam os professores pelo
primeiro nome e não existe nenhum estabelecimento
de ensino onde os alunos usam uniforme.
As crianças e jovens dinamarqueses passam muitos
anos na escola. Uma criança que inicie na pré-primaria, passará em média entre 16 e 17 anos a estudar, antes de conseguir o seu diploma. São mais alguns anos
do que na maioria dos restantes países europeus.
Também não precisas de memorizar muita coisa porque os professores consideram mais importante que os
alunos sejam capazes de falar uns com os outros e que
sejam capazes de comunicar bem.
As crianças começam o infantário aos três anos de
idade, e quando chegam aos cinco ou seis anos entram
para a verdadeira escola.
A maioria das escolas dinamarquesas tem um curto intervalo para almoço, por isso, todos levam sanduíches
para a escola.
O ensino na Dinamarca é gratuito e todas as crianças
têm de frequentar o ensino obrigatório, até ao nono
ano. Contudo, mais de metade opta por continuar os
estudos. Daquelas que prosseguem os estudos, cerca de
metade tira um curso profissional, como cabeleireira
ou mecânico de automóvel, enquanto a outra metade
opta tipicamente pelo ensino secundário. Muitos querem aprender ainda mais e vão por isso para a faculdade. Efectivamente, poderás andar 20 anos na escola, na
Dinamarca, se incluíres a formação universitária no teu
percurso escolar.
Tal como em muitos outros países, tens de aprender
línguas estrangeiras. O inglês é a primeira língua estrangeira que é ensinada na escola. Começas a aprender inglês na 4ª classe e continuas pelo menos até ao
9.º ano. Do 7º ao 9º ano, as escolas também devem
proporcionar aos alunos aulas de alemão, mas também
podem escolher entre o alemão e o francês.
É proibido, por lei, os professores baterem nos alunos.
Na generalidade o ambiente é muito descontraído e
informal;
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Tempos livres e desporto
televisão ou passem pelas brasas no sofá. Mas na generalidade gostam de estar ocupadas.
Na Dinamarca, as crianças têm bastante tempo livre.
Passam entre 5 a 6 horas na escola e, habitualmente,
não têm de estudar muito.
Os jogos de computador são populares, assim como os
jogos on-line. A maioria das crianças dinamarquesas
tem acesso à Internet. Também gostam de ler. Através
do sistema de bibliotecas públicas, é fácil teres acesso
aos livros que quiseres. Também é bastante comum, as
crianças pertencerem a um corpo de escuteiros ou ter
aulas de música.
Um horário normal de uma criança dinamarquesa
poderá ser assim:
08h00 às 13h00: Na escola
Muitas crianças dinamarquesas praticam desporto.
89 % das crianças, com idade entre os 7 e os 15 anos,
praticaram uma modalidade desportiva com regularidade, nos últimos dois anos. Os desportos mais populares entre as crianças dinamarquesas são: o futebol,
a natação, a ginástica, o andebol, o badmington e a
patinagem.
13h00 às 16h00: ATL. Habitualmente num local onde
as crianças podem brincar em segurança, sob a supervisão de professores ou animadores. Poderá ser na escola
ou numa outra instituição.
16h00 às 18h00: Em casa, a fazer os TPC ou a descansar no sofá. Jantar cedo.
O desporto favorito das raparigas é a ginástica e,
contrariamente aos rapazes, também gostam de fazer
equitação. O mesmo número de raparigas e rapazes
praticam natação, verificando-se o mesmo em relação à
patinagem.
18h00 às 20h00. Na rua, talvez a praticar desporto,
como futebol, por exemplo.
Depois das 20h00. Em casa novamente. Mais trabalhos de casa. Tomar uma refeição ligeira. Discutir com
os pais a hora de ir para a cama.
72% das crianças com idade entre 7 e 15 anos estão
inscritas num clube desportivo. Na Dinamarca, existe
a tradição de organizar o desporto em clubes e associações e praticamente, todas as localidades possuem uma
associação, aberta tanto a crianças como a adultos.
As crianças dinamarquesas gostam de ser activas nos
seus tempos livres. Isto não significa que não percam
tempo à frente da
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Barco Viking
Porto de Copenhaga
As férias de uma criança na Dinamarca
E não se vêem apenas modernos iates de luxo. Ainda se
vêem muitos barcos à vela de madeira, antigos.
A Dinamarca é um excelente país para passar férias.
Pelo menos é o que nós, os dinamarqueses, pensamos.
Consegues praticar qualquer actividade que te apeteça, excepto, naturalmente, escalar montanhas ou fazer
esqui por uma montanha abaixo. O clima é bastante
agradável. Os verões não são demasiado quentes e os
invernos raramente são verdadeiramente frios.
Se tiveres sorte, podes inclusivamente cruzar-te com
um barco Viking. Mas não te assustes, obviamente não
se trata de um barco Viking verdadeiro; é apenas uma
réplica. Os tripulantes podem até ser descen-dentes dos
Vikings, mas posso garantir-te que são absolutamente
inofensivos.
A zona costeira
Os dinamarqueses passam, frequentemente, as suas férias na Dinamarca. Vamos logo em direcção às praias e
ao mar, quase como se fossemos impelidos por uma lei
da natureza. A Dinamarca possui 73.000 quilómetros
de linha costeira e temos excelentes praias em qualquer
parte do país. A água é limpa; mesmo no centro de
Copenhaga podes dar um mergulho.
Se preferires dar um tranquilo passeio de canoa num
dos muitos lagos ou rios, pois muito bem! Existem
imensos locais, onde é possível alugar canoas ou barcos
a remos.
Andar de um lado para outro
Podes viajar de um lado para outro do país de comboio, autocarro ou automóvel. No entanto, se quiseres
fazer férias ao estilo dinamarquês, terás de andar de
bicicleta. Na Dinamarca existem milhares de ciclo-vias
onde podes circular de bicicleta, em segurança. A ilha
de Bornholm, situada no Mar Báltico, é um exemplo.
Na Dinamarca, existem milhares de pessoas que
gostam de andar de barco. Durante o Verão, chegam
pessoas dos países vizinhos em barcos à vela. Vêem,
na realidade, pessoas de toda a Europa. As numerosas
pequenas ilhas, baías e enseadas tornam a navegação,
em águas dinamarquesas, uma experiência fascinante.
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ter uma ideia clara de como era a vida naquela época.
Podes experimentar como era a Dinamarca do passado em locais como Den Gamle By, em Århus, ou no
Frilandsmuseet, a norte de Copenhaga.
Existem diversos locais onde a tua família pode alugar
um carro puxado a cavalo, é quase como um atrelado
de campismo, só que em vez de ser puxado por um
carro é puxado por dois cavalos. É muito mais divertido do que andar de carro e podes usar cenouras em vez
de gasolina.
E se tens curiosidade em saber como era a vida em
tempos muito, muito antigos, como na Idade da Pedra,
na Idade do Bronze ou na época dos Vikings, então
deves visitar o Forsøgscenter Lejre perto de Roskilde.
Aqui poderás ficar com uma ideia de como era a vida
naquela época; literalmente, porque poderás cheirar,
sentir e comer comida desses tempos.
Alojamento
É fácil encontrar alojamento. Existem muitos hotéis,
estalagens, pensões, etc., e parques de campismo, se
procuras um local para passar a noite. Também existem
muitos albergues, cujos padrões são elevados; são quase
como pequenos hotéis. Aliás, os albergues são excelentes locais para conhecer outros jovens turistas.
Dar um passeio
Existem também muitos parques de diversões em diferentes pontos do país. Os mais famosos são o Tivoli,
Dyrehavsbakken, a norte de Copenhaga, e a Legoland.
Mas não são os únicos, existem muitos outros locais
onde podes brincar e divertir-te, horas a fio.
As coisas velhas não são “chatas”
Em determinada altura os teus pais irão, provavelmente, tentar convencer-te a visitar um museu. Não amues.
Aceita o desafio! A Dinamarca é um país muito antigo,
e nós gostamos muito de cuidar do nosso património.
Por isso, se fores a um museu, posso assegurar-te que
terás uma experiência interessante.
É normal os adultos ficarem um pouco cansados, depois de um dia de jardins zoológicos, museus e parques
de diversão. Se for esse o caso, leva-os à praia para se
descontraírem. Ficam sempre mais animados.
Nalgumas zonas do país preservamos aldeias inteiras
do passado. Todos os edifícios são originais. Foram
desmontados, tijolo a tijolo, do local onde, em tempos,
se encontravam, tendo depois sido cuidadosa-mente
montados de novo. É uma excelente oportunidade para
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Palácio de Christiansborg
Palácio de Amalienborg
Se quiseres saber mais…
Espero que, com este livro, tenhas aprendido muito sobre a Dinamarca. Mas há muitas mais coisas interessantes
para conhecer, se procurares on-line.
Sobre a Dinamarca em geral, através de vídeos divertidos e outros…
http://www.kids.denmark.dk/
Faz a tua própria sequência de filme sobre a Dinamarca
http://www.considerdenmark.dk/
Como é ser turista na Dinamarca
http://www.visitdenmark.dk/
( http://visitdenmark.dk/uk/en-gb/menu/turist/turistforside.htm)
O acesso é gratuito.
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Ministério dos Negócios Estrangeiros da Dinamarca
Asiatisk Plads 2
DK-1448 København K,
Dinamarca
Telefone: +45 33 92 00 00
Fax: +45 32 54 05 33
E-mail: [email protected]
Website: www.um.dk
ISBN 978-87-7087-084-9 (versão electrónica)
ISBN 978-87-7087-085-6 (versão impressa)
Agradecimentos:
Editor do texto: Lars Mathiasen, swift & gelinde
Fotografias: Alletiders Kogebog, Bob Krist, Cees van Roeden, Colourbox, Dorthe Krogh, Fritz Hansen A/S, Henrik
Stenberg, Ireneusz Cyranek, John Sommer, Jon Fossa,
Kam & Co., Klaus Bentzen, Kristian Krogh, Marianne
Rasmussen, Niclas Jessen, Ole Akhøj, RoomMate, Steen
Brogaard, Steen Evald, VisitCopenhagen, VisitDenmark,
Michael Damsgaard
Publicado em Dezembro de 2008.