Satélite - Alessandro Coneglian Bianchini
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Satélite - Alessandro Coneglian Bianchini
Redes Satélites Historia dos Satélites O primeiro satélite a ser lançado no espaço foi o Sputnik, em Outubro de 1957. O primeiro satélite comercial entrou em órbita em 1965. Hoje, os satélites são meios de comunicação extremamente importantes e transmitem quase todas as emissões televisivas entre os diferentes países, e um terço das chamadas telefônicas internacionais. História dos Satélites 1945 Arthur C. Clarke Article: "Extra-Terrestrial Relays" 1955 John R. Pierce Article: "Orbital Radio Relays" 1956 First Trans-Atlantic Telephone Cable: TAT-1 1957 Sputnik: Russia launches the first earth satellite. 1960 1st Successful DELTA Launch Vehicle 1960 AT&T applies to FCC for experimental satellite communications license 1961 Formal start of TELSTAR, RELAY, and SYNCOM Programs 1962 TELSTAR and RELAY launched 1962 Communications Satellite Act (U.S.) 1963 SYNCOM launched 1964 INTELSAT formed 1965 COMSAT's EARLY BIRD: 1st commercial communications satellite 1969 INTELSAT-III series provides global coverage 1972 ANIK: 1st Domestic Communications Satellite (Canada) 1974 WESTAR: 1st U.S. Domestic Communications Satellite 1975 INTELSAT-IVA: 1st use of dual-polarization 1975 RCA SATCOM: 1st operational body-stabilized comm. satellite 1976 MARISAT: 1st mobile communications satellite 1976 PALAPA: 3rd country (Indonesia) to launch domestic comm. satellite 1979 INMARSAT formed. 1988 TAT-8: 1st Fiber-Optic Trans-Atlantic telephone cable Tipos de Satélites Existem três tipos de satélites que por sua vez se encontram em três órbitas distintas: LEO: (Low Earth Orbit) abaixo dos 2000 km; MEO: (Medium Earth Orbit) entre 5000 km e 15000 km; HEO: (High Earth Orbit) a partir de 20000 km (onde se incluem os satélites geoestacionários – GEO). Abaixo dos 200 km não é tecnicamente possível a manutenção de um satélite, devido ao seu baixo tempo de vida por deterioração e aquecimento. A necessidade de motores e combustível nos satélites para correção de órbita limita ainda o seu tempo de vida. O tempo de vida médio dos satélites LEO e MEO é da ordem dos 710 anos, sendo dos GEO da ordem dos 15-20 anos. Tipos de Satélites Existem duas zonas de elevada radiação – cinturas de Van Allen – às distâncias da Terra de 1500-5000 km e 13000-20000 km. A radiação existente nestas zonas deteriora fortemente o equipamento dos satélites, sendo zonas onde se evita a colocação de satélites em órbita. Tipos de Satélites Há três categorias nas quais se encaixam todos os sistemas de comunicação móvel via satélite. A primeira se refere aos satélites de órbita geossíncrona (GEO - Geostationary Earth Orbit). Esses satélites parecem estar parados para um observador na terra. Os satélites de órbita média (MEO - Medium Earth Orbit) e os de órbita baixa (LEO - Low Earth Orbit) estão mais próximos da superfície da terra e para que se mantenham nessa órbita necessitam viajar a uma velocidade superior à de rotação da terra, não possuindo, portanto, cobertura fixa. Tipo Altitude Footprint GEO ~35781Km 34% MEO 13000Km a 10000Km ~24% LEO 1390Km a 755Km 5% a 2.5% Banda (GHz) 20 a 30 (Ka) 11 a 17 (Ku) 4 a 8 (C) 1 a 3 (L) 20 a 30 (Ka) 1 a 3 (L) 0.8 Atraso 0.25s 0.09s a 0.07s 0.01s a 0.005s Tipos de Satélites A cobertura dos satélites Um satélite cobre apenas uma área limitada da Terra em cada momento. A emissão do satélite forma um cone semelhante a um feixe de luz de uma tocha, e esta é a área de cobertura do satélite. Quanto mais afastado o satélite estiver da Terra, maior é a sua área de cobertura. Para cobrir toda a Terra são necessários, pelos menos, 4 satélites GEO, 12 satélites MEO e 50 satélites LEO. Satélites Geo Orbita circular paralela com o equador. Visto da terra satélite aparenta ter posição fixa. Tem a mesma velocidade angular que a da terra. A sua altitude é de 35786 km. Cobre aproximadamente 1/3 da terra (basta 3 para cobrir a terra) Completa uma volta em 24 horas A orbita é chamada Clarke Belt em honra de Arthur C Clarke por ter descoberto em 1945 a possibilidade teórica A comunicação envolvendo satélites é sempre feita através da linha de vista. O sinal recebido no satélite é chamado uplink O sinal enviado do satélite é chamado downlink O uplink e o downlink usam freqüências diferentes para evitar interferências entre as ligações O sinal recebido, "uplink", é amplificado e reenviado de volta ("downlink") numa freqüência inferior por meios eletrônicos incorporados é chamado transponder. São utilizadas as seguintes larguras de banda 36MHz, 54MHz e 72MHz separadas por 4MHz ("guardband"). A "oposição de fase" e o deslocamento (+- 50% da largura de banda) são utilizadas para poder reutilizar as freqüências sem interferências. O downlink pode ser feito utilizando um feixe global o que permite cobrir 40% da superfície da terra ou/e através de um feixe localizado permitindo assim cobrir uma pequena área. Os feixes podem ser direcionais através de acesso remoto. O padrão que o feixe faz na superfície da terra é chamado "footprint". O padrão é obtido através de EIRP (effective isotropic radiated power) que é expresso em dbW (dicibel obove one watt). A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la nov amente. A imagem não pode ser exibida. Talv ez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talv ez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la nov amente. Satélites Geo Por meio do “footprint” e de uma equação (link budgets) obtém-se a largura do prato da parabólica necessária. As freqüências das microondas são definidas por instituições internacionais. Existem varias gamas de freqüências a L,S,C,X (militar) e K (inclui Ku e Ka). • “point to multi-point distribution” é responsável por distribuir TV nas nossas casas. • O primeiro satélite comercial foi construído com o objectivo de aumentar a área de cobertura das torres de comunicação dos telefones. • Como as torres utilizavam a banda C o satélite também a utilizou. • O satélite pode ser visto como um simples mas potente repetidor no céu. • É muito utilizado na meteorologia. Freqüência de Microondas Letter Designation Frequency range L band 1 to 2 GHz S band 2 to 4 GHz C band 4 to 8 GHz X band 8 to 12 GHz Ku band 12 to 18 GHz K band 18 to 26.5 GHz Ka band 26.5 to 40 GHz Q band 33 to 50 GHz U band 40 to 60 GHz V band 50 to 75 GHz E band 60 to 90 GHz W band 75 to 110 GHz F band 90 to 140 GHz D band 110 to 170 GHz Satélites Meo Intermediate Circular Orbits (ICO) ou Medium Earth Orbits (MEO) Este tipo de satélites formam orbitas circulares de 10.000km com período de cerca de 6 horas. O tempo máximo que um satélite consegue cobrir no mesmo ponto da terra é na ordem de alguma horas. Um sistema global de comunicação usando este tipo de orbita requer somente um pequeno numero de satélites em 2 ou 3 orbitas para fazer a cobertura total do globo. O sistema de satélites MEO opera num modo similar ao do sistema LEO. Contudo, comparando com o sistema LEO, a transferência de informação de um satélite para outro é menos freqüente, e o atraso de propagação e o espaço livre perdido é maior. Satélites Meo O sistema global de posicionamento (GPS) é um grande exemplo da utilização do sistema MEO. É um sistema que se baseia na triangulação usando satélites e computadores para nos dar a indicação da nossa posição no planeta. Permite em terra, mar e em pleno vôo determinar a sua posição tridimensionalmente, sua velocidade, e tempo, 24 horas por dia, em qualquer estado de tempo e em qualquer local do mundo. Cada satélite pesa 844 kilos e tem um tempo de vida de 7,5 anos e tem aproximadamente o tamanho de uma carrinho, com os painéis solares abertos faz uma cobertura de 7,2 metros quadrados. O satélite tem dois relógios e três baterias que fornecem energia durante os eclipses. Satélites Leo (LEO - Low Earth Orbit) A comunicação utilizada tem que ser dinâmica, da forma a obter o mínimo atraso possível. Como os satélites não são estacionários é necessário implementar “handover”. Uma das formas de handover é utilizar roteamento terrestre como é o caso do Iridium. A comunicação pode ser feita de satélite para satélite ou de satélite para terminal em terra e vice-versa Esta comunicação é feita nos dois sentidos (dúplex). Os pacotes transmitidos tem tamanhos fixos. Cada um dos pacotes contem um cabeçalho que contem o endereço de destino, controle de erros, verificação de integridade, dados (voz, vídeo e dados). Existe um algoritmo de otimização do atraso no envio pacotes. A escolha do satélite com menor atraso é escolhido pelo terminal de forma independente. Satélites Leo Os pacotes não seguem um caminho fixo. No terminal de destino existe um buffer que organiza os pacotes de forma a minimizar o atraso. Os leo tem de ser capazes de lidar com o efeito de Doppler. Arrastamento atmosférico provoca desvio na orbita e por conseqüência a longevidade (5 a 8 anos). Uma vantagem dos satélites leo consiste no seu baixo custo de lançamento, pois como as dimensões são bastante reduzidas que os geo, num lançamento podem ser envidados vários satélites. Satélites Heo Highly Elliptical Orbits (HEO) Os satélites tipo HEO são um caso especifico dos GEO. Estes satélites servem para cobrir áreas que os satélites GEO não cobrem, como a área dos pólos. A orbita dos HEO foram inicialmente exploradas pelos Russos que a usaram para providenciar a comunicação com as suas regiões mais a norte, não cobertas pelos satélites GEO. Funcionam a uma altitude de cerca de 50,000 km. A sua orbita é elíptica e varia entre 8 e 24 horas. Comunicações Móveis por Satélite – Arquitetura Sistema típico: Inter Satellite Link (ISL) Mobile User Link (MUL) Gateway Link (GWL) MUL GWL small cells (spotbeams) base station or gateway footprint ISDN PSTN: Public Switched Telephone Network PSTN User data GSM Comunicações Móveis por Satélite – Arquitetura Elementos constituintes: 1) Gateways / Base Station • Estação terrestre constituída por : - GOCC (Ground Operations Control Center): gere as constelações dos satélites dos operadores, ou seja, monitoriza a posição dos satélites e as suas órbitas, fornecendo serviços de telemetria e comando para a constelação. - SOCC (Satellite Operations Control Center): é o responsável pelo controle e planeamento do uso dos recursos dos satélites pelas gateways, estando assim interligado com o SOCC. • Cada estação pertence e é gerida por cada operador; • Recebe transmissões dos satélites com o intuito de processar as chamadas e encaminhá-las para a rede de destino terrestre; • Uma gateway pode servir mais do que um país; • É constituída por: - 3 a 4 antenas; - Estação de comutação; - Estação de operação e controle; • Efetuam a integração com as redes fixas ou móveis terrestres utilizando interfaces T1/E1. Comunicações Móveis por Satélite – Arquitetura Elementos constituintes: Satélite Comunicações Móveis por Satélite – Arquitetura Exemplo do estabelecimento de uma chamada: 1) Processo de aquisição - é responsável pelo estabelecimento de comunicação entre o utilizador e o satélite; Comunicações Móveis por Satélite – Arquitetura Exemplo do estabelecimento de uma chamada: 2) Processo de acesso 2.1) Determinação da localização do destinatário - a central terrestre, depois de receber informação do satélite, faz uso de um algoritmo que permite a localização do destinatário; 2.2) Aprovação de acesso - nesta fase dá-se o contato entre a central à qual o destinatário está conectado e a central servidora, que determina se o acesso com o utilizador desejado é permitido; Comunicações Móveis por Satélite – Arquitetura Exemplo do estabelecimento de uma chamada: 3) Processo de registo – etapa na qual o terminal móvel por satélite comunica ao sistema a sua localização. Concluídas as fases anteriores obtém-se um canal de tráfego e a identificação da central, que permite a satisfação do serviço solicitado. Nota: Este sistema pode suportar chamadas de terminal móvel por satélite para rede fixa ou móvel terrestre e vice-versa. Comunicações Móveis por Satélite – Acesso Técnicas de Acesso: FDMA (Frequency Division Multiple Acess) • A largura de banda total disponível é subdividida de forma a que cada utilizador transmite na parte da banda que lhe foi atribuída; • Permite que vários utilizadores acedam ao transpositor do satélite ao mesmo tempo; TDMA (Time Division Multiple Acess) • Os utilizadores transmitem (recebem) um de cada vez sequencialmente; • O espectro disponível é dividido em intervalos de tempo de tal forma que cada utilizador possa transmitir ou receber durante o intervalo de tempo que lhe foi reservado; CDMA (Code Division Multiple Acess) • Utilizadores transmitem todos ao mesmo tempo, em banda espalhada; • Cada estação transmite com um código próprio; • Receptores recebem o sinal em banda espalhada e extraem a informação que lhes é destinada usando o respectivo código; Comunicações Móveis por Satélite – Handover Tipos de Handover: Intra Satellite Handover • Ocorre quando um utilizador se move de um spotbeam de um satélite para outro spotbeam do mesmo satélite; • Esta situação ocorre uma vez que um satélite cria vários spotbeams dentro do seu footprint; • O mesmo caso acontece quando o satélite se move. Inter Satellite Handover • No caso de um utilizador se ter movido de um footprint para outro, ou quando o movimento do satélite provoca essa mesma situação, pode ser considerado hardhandover; • Ou soft-handover no caso de a conexão anterior e a nova conexão estarem activas em simultâneo, situação só possivel em sistemas CDMA; • Pode também ocorrer entre satélites que suportem Inter Satellite Link; Gateway Handover • Situação em que o satélite e o utilizador móvel possuem bom contato, mas o satélite e o gateway não possuem, tendo o satélite que procurar outro gateway. Inter System Handover • Handover utilizado quando um dado utilizador que possue um terminal que suporte tanto a comunicação por satélite como a comunicação móvel terrestre, possa comutar para a rede que em dado momento passou a estar disponível. Comunicações Móveis por Satélite – Segurança Globalstar Para garantir a segurança da comunicação a Globalstar tem 3 aparelhos de encriptação disponíveis: • Encriptação de voz; CopyTele DCS-1400 • Encriptação de dados; Mykotronx KIV-7HSB • Encriptação de voz e de dados; CopyTele DCS-1200 Comunicações Móveis por Satélite – Operadores Iridium Globalstar ICO Nº Satélites 66+6 48+4 10+2 Altitude (Km) 780 1414 10390 Cobertura global ±70º latitude global Down 2.4835 – 2.5 Up 1.61 – 1.6265 Down 2.172.20 Up 1.98 -2.01 Terminal 1.616 – 1.626 Gateway Down 19.4 19.6 Up 29.1 – 29.3 Down 5.091 5.250 Up 6.875 – 7.055 Down 7 Up 5.2 ISL 23.18 – 23.38 ------------- ------------- Método de Acesso FDMA / TDMA CDMA FDMA / TDMA ISL (inter sat. link) Sim Não Não Taxa de Transferência 2.4 Kbit/s 9.6 Kbit/s 4.8 Kbit/s Tempo de Vida (anos) 5-8 7.5 12 Custo Estimado 4.4 B$ 2.9 B$ 4.5 B$ Frequência s (GHz) Comunicações Móveis por Satélite – Serviços Globalstar • Voz; • Voice Mail; • Reencaminhamento de chamdas; • SMS (short message service); • Acesso à Internet pelo terminal; • GPS (Global Positioning Sistem); • Soluções pré-pagas; Iridium • Voz; • Acesso à Internet pelo terminal; • Paging; • Soluções pré-pagas; ICO • Voz; • Dados; • Acesso à internet pelo terminal; • Fax (quando existe cobertura GSM); Estações Terrenas em Comunicação Via Satélite com Órbita Geoestacionária Equipamentos de Transmissão Estações Terrenas em Comunicação Via Satélite com Órbita Geoestacionária Na Transmissão os equipamentos trabalham com amplificadores de alta potência . A conversão de freqüência é realizada, na maioria dos casos, com duas mixagens, sem inversão do espectro de freqüência, como apresentado na Figura 2.21. O equipamento de conversão de freqüência utilizado na transmissão é chamado de up-converter. Na Tabela 2.2, estão apresentados os principais parâmetros abordados para este tipo de equipamento. Estações Terrenas em Comunicação Via Satélite com Órbita Geoestacionária Equipamentos de Transmissão Estações Terrenas em Comunicação Via Satélite com Órbita Geoestacionária Equipamentos de Transmissão Para o amplificador de alta potência, denominado HPA, as principais informações estão ligadas à máxima potência de operação, aos níveis de entrada e saída e à linearidade do equipamento. Na Tabela 2.3, pode-se verificar os dados de especificação de um HPA. Alguns fabricantes de HPA apresentam ao mercado uma solução completa, envolvendo tanto a parte de conversão, como a parte de amplificação. Estações Terrenas em Comunicação Via Satélite com Órbita Geoestacionária Equipamentos de Transmissão Alguns fabricantes fornecem equipamentos de conversão de FI para banda L e conversores acompanhados de amplificadores que possuem entrada em banda L e saída em uma das bandas destinadas aos enlaces de comunicação via satélite e na potência nominal de trabalho . Estações Terrenas em Comunicação Via Satélite com Órbita Geoestacionária Equipamentos de Transmissão Estações Terrenas em Comunicação Via Satélite com Órbita Geoestacionária Equipamentos de Recepção Na Recepção de sinais via satélite podemos empregar um único diagrama básico, em blocos, para representar toda a estrutura. No entanto, dependendo do tipo de serviço a disposição dos mesmos se altera, dando origem a diferentes estruturas e, conseqüentemente, ganhando outros nomes. Estações Terrenas em Comunicação Via Satélite com Órbita Geoestacionária Equipamentos de Recepção Através da Figura 2.22, pode-se notar que a Recepção do sinal consiste na amplificação e conversão do sinal de microondas para faixa de FI em 70MHz (140MHz). Quando o sistema é voltado para comunicação de dados, utiliza-se um LNA que apenas amplifica o sinal com temperatura equivalente de ruído muito baixa. O sinal, na saída do LNA, é aplicado a um conversor de freqüência (Down Converter) que, geralmente, realiza dupla conversão para conseguir transladar o sinal da faixa de microondas para faixa de FI. Estações Terrenas em Comunicação Via Satélite com Órbita Geoestacionária Equipamentos de Recepção O sinal, na saída de FI, é então disponibilizado ao Receptor que funcionará como um Demodulador. Quando a recepção de sinais é realizada para canais de vídeo e áudio, a arquitetura eletrônica da Figura 2.22 se altera. Ao invés de utilizar o componente LNA, emprega-se outro componente denominado LNB, que é constituído de duas partes, sendo a primeira um amplificador de baixo ruído e a segunda um conversor de microondas para banda L. Estações Terrenas em Comunicação Via Satélite com Órbita Geoestacionária Equipamentos de Recepção O sinal em banda L é, então, encaminhado ao receptor de sinais via satélite, que possui, internamente, o segundo conversor do sistema, que realizará a conversão de banda L para faixa de FI. Estações Terrenas em Comunicação Via Satélite com Órbita Geoestacionária Equipamentos de Recepção As especificações do LNA e do LNB são realizadas através de vários parâmetros, tendo como principais: faixa de freqüência de entrada, faixa de freqüência de saída, ganho, temperatura de ruído e Ruído de Fase. Estações Terrenas em Comunicação Via Satélite com Órbita Geoestacionária Equipamentos de Recepção As especificações do Down-Converter também são realizadas através de vários parâmetros, tendo como principais: Faixa de freqüência de entrada, Faixa de Freqüência de Saída, Figura de ruído, Ganho de Conversão e Ruído de Fase. Estações Terrenas em Comunicação Via Satélite com Órbita Geoestacionária Equipamentos de Recepção Estações Terrenas em Comunicação Via Satélite com Órbita Geoestacionária Equipamentos de Recepção O ruído de fase é de grande importância em função da qualidade de recepção, principalmente quando se trabalha com modulação digital, onde este pode proporcionar um aumento da taxa de erro. Estações Terrenas em Comunicação Via Satélite com Órbita Geoestacionária Equipamentos de Recepção Estações Terrenas em Comunicação Via Satélite com Órbita Geoestacionária Equipamentos de Recepção VSAT - Very Small Aperture Terminal A rede de comunicações VSAT (Very Small Aperture Terminal) foi idealizada no final dos anos 80 com o objetivo inicial de integrar unidades separadas por longas distâncias, tem sido utilizada comercialmente há mais de dez anos. Seu nome refere-se a qualquer terminal fixo usado para prover comunicações interativas, ou recepção apenas, sempre passando pelo satélite qualquer transmissão terrestre até o receptor. Composição Tais redes são compostas de três componentes básicos: estações remotas (terminais VSAT), uma estação master opcional (HUB) e obviamente o satélite de retransmissão. Como será visto mais adiante, o HUB gerencia a rede num determinado tipo topologia e tem a finalidade de controlar o acesso pelo provedor do serviço. Estações terrenas Existem dois tipos mais conhecidos de Estações Terrenas: Estação VSAT; Estação Hub. Estação HUB Estações Hub: Componente das redes VSAT atuando como hub- station; Possui antena maior e se comunica com todas as estações da rede, coordenando o tráfego para elas. Estação VSAT Topologia Estrela: Estações somente se comunicam com a hub Malha: Estações remotas podem se comunicar entre si ODU x IDU Uma estação VSAT é composta de duas unidades físicas distintas, a Unidade Externa (ODU - "outdoor unit") e a Unidade Interna (IDU - "indoor unit"). Na ODU fica a antena, alimentador e a parte de RF, o transmissor e o receptor; Na IDU fica o modem Arquitetura Composição De um a milhares todos os terminais VSAT de um mesmo sistema utilizam o mesmo transponder (conjunto receptor, conversor de freqüência e transmissor) e compartilham a mesma banda. O sistema VSAT se diferencia por usar antenas de pequeno diâmetro, menores que 2.5 m para terminais e menores que 4 m para HUB’s e ter baixo custo. Abaixo, na figura 1, o esquema das partes de um terminal VSAT. Composição Trasponder Satélite O primeiro e mais crítico componente do sistema VSAT é sem dúvida o satélite. Caso haja algum problema nos seus painéis solares ou no controle no seu sistema de geonavegação simplesmente não há comunicação. Como ainda não chegamos a ponto de ter um engenheiro orbitando junto do satélite a 36000 Km de altura, fica difícil a manutenção quando ocorrem problemas Os satélites modernos são compostos de 24 transponders cada um com largura de banda podendo chegar até 110 Mbps. A largura de banda pode ser combinada de diversas formas, desde que o bit rate total permaneça contido no limite do transponder. Bandas utilizadas Os satélites podem operar em três bandas: C, Ku e Ka e dependendo da banda utilizada teremos diferentes desvantagens. Banda Downlink(G Hz) Uplink(GHZ) Problemas C 3.7 – 4.2 5.92 – 6.42 Ku 11.7 – 12.2 14.0 – 14.5 Interferência Terrestre Chuva Ka 17.7 – 21.7 27.5 – 30.5 Chuva e custo do equipamento Alocação de canais Para que uma estação VSAT se comunique é necessário que à mesma esteja associado um canal de RF. Essa associação pode ser permanente ou por demanda, variando dinamicamente. Quando a associação é permanente existe um canal fixo para cada VSAT e temos o método de alocação PAMA (“Permanent Assignment Multiple Acess”) ou acesso múltiplo com alocação permanente. Quando a alocação é dinâmica existe um “pool” de canais administrados pela estação “hub” do qual são alocados os canais para cada VSAT na medida em que sejam solicitados e para o qual são liberados ao término do uso. Neste caso temos o método de alocação DAMA (“Demand Assignment Multiple Access”) ou acesso múltiplo com alocação por demanda. Métodos de acesso Seja a alocação de canais PAMA ou DAMA, existe uma variedade de métodos de acesso e partilhamento de canais. Os principais são mostrados a seguir: TDMA (“Time Division Multiple Acess”) ou acesso múltiplo por divisão de tempo, no qual a cada canal está associado um intervalo de tempo que se repete periodicamente; FDMA (“Frequency Division Multiple Access”) ou acesso múltiplo por divisão de frequência, no qual a cada canal está associada uma frequência; FTDMA (“Frequency Time Division Multiple Access”) ou acesso múltiplo por divisão de frequência e tempo, que é uma combinação dos dois anteriores, onde cada canal está associado um par ordenado de frequência e intervalo de tempo; CDMA (“Code Division Multiple Access”) ou acesso múltiplo por divisão de código, que utiliza a técnica de espalhamento espectral (“spread spectrum”) onde a cada canal está associado um código, que é a chave de decodificação daquele canal. Latência Os satélites utilizados em ambos os tipos de arquitetura são do tipo geoestacionário. Assim, como o satélite esta a uma altitude de 36.000 km acima do equador, dois terminais VSAT, um do lado do outro no equador e logo abaixo do satélite, levariam 240 ms para uma transmissão na topologia mesh. Normalmente os tempos de transmissão variam de 250 ms até 300 ms, com um valor típico de uso a partir de 270 ms. Obviamente para um sistema VSAT com HUB este tempo duplicaria devido aos dois saltos. Esta é uma importante característica que dificulta a utilização do VSAT em sistemas que necessitem de tempo real, em contrapartida o custo de transmissão independe da distância percorrida entre os pontos.
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