2º Volume - Manuel Ferreira

Transcrição

2º Volume - Manuel Ferreira
BIBLIOTECA
DO
DR. JOSÉ JOAQUIM DE OLIVEIRA BASTOS
ORGANIZADA PARA LEILÃO
PELA
LIVRARIA MANUEL FERREIRA
Volume II
PORTO - Novembro de 2008
BIBLIOTECA
DO
DR. JOSÉ JOAQUIM DE OLIVEIRA BASTO
ORGANIZADA PARA LEILÃO
PELA
LIVRARIA MANUEL FERREIRA
CONDIÇÕES DO LEILÃO
— Os clientes interessados em licitar, devem, antes do início do leilão,
proceder à sua inscrição, no sentido de fornecer a sua identificação e obter
assim um número de arrematante, necessário para a licitação.
— Os lotes serão vendidos pela maior oferta, no estado e local em que se
encontram, não se aceitando reclamações após a sua arrematação.
— Em caso de dúvida ou empate referente a qualquer lote vendido, poderá o
mesmo ser posto de novo em praça, aceitando-se apenas a participação dos
dois ùltimos licitantes.
— Os compradores deverão entregar um sinal, sempre que lhe seja
exigido, num valor mínimo de 30% da importância da arrematação.
Volume II
— Os lotes adquiridos deverão ser liquidados e retirados até às 17 horas
do dia 15 de Novembro.
— Sobre o valor da arrematação, incide a comissão da leiloeira (10%)
e sobre esta, a taxa de IVA (20%).
IMPORTANTE
— Por razões técnicas as reproduções dos frontispícios e das capas da
brochura podem não corresponder às dimensões ou ao estado de conservação dos
exemplares anunciados
PEDIDOS DE LICITAÇÃO
A recepção dos pedidos só é considerada até às 18 horas de cada dia de leilão.
Contactos:
Porto - Novembro de 2008
Rua Dr. Alves da Veiga, 89 - 4000-073 Porto)
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Telefone 351-22 536 32 37
Telemóvel 91 999 17 98
1432 — A ILLUSTRAÇÃO PORTUGUEZA. Semanario. Revista Litteraria e Artistica.
Collaboradores: Bulhão Pato; C. Castello Branco; C. Dantas; C. Bellem; Fernando Caldeira;
Schwalbach; Gastão da Fonseca... [e outros]. Lisboa. Typ. do «Diario Illustrado» 1884-1890. 5
vols. In-fólio E.
Invulgar publicação profusamente ilustrada com gravuras em madeira onde colaboraram os escritores
de maior nomeada da época.
Com falta de algumas folhas do 4º volume e com outros pequenos defeitos, estando, de resto, completa.
Encadernações da época, com as lombadas em pele.
1433 — O IMPERIALISTA. Manuscrito [1935?]. In-4.º gr. de XXVIII págs. E.
Estranho e dificilmente descritível manuscrito (sobre 2.ª Cleópatra?) a lápis de cor, com a curiosa
particularidade de apresentar na primeira página um magnífico retrato de Camilo à pena e na última
outro retrato, provavelmente do autor, também de excelente qualidade, assinados, segundo nos parece,
J. Gião, datados respectivamente de 5/7/935 e 20/7/35. O retrato de Camilo tem colados à sua volta 16
selos de Correio comemorativos do Centenário do romancista, carimbados e de diferentes valores, e a capa
posterior está inteiramente forrada com selos da mesma série, mas estes todos de 40 centavos e sobrepostos.
Encadernação à amador, com o titulo dourado na lombada.
1434 — IN MEMORIAM DE JOSÉ RÉGIO. Brasília Editora. Porto. [Tipografia Camões.
Póvoa de Varzim. 1970]. In-8º gr. de 554-XL págs. E.
In Memoriam comemorativo do 1º aniversário da morte do altíssimo poeta de Biografia, com excelente
colaboração em prosa e verso das mais marcantes personalidades literárias de hoje, entre as quais se
contam: Adolfo Casais Monteiro, Agustina Bessa Luís, Alberto de Serpa, Aleixo Ribeiro, Alvaro
Salema, A. M. Couto Viana, Egito Gonçalves, Eugénio Lisboa, Fernando Namora, Ferreira de Castro,
João Alves das Neves, João de Araújo Correia, Gaspar Simões, J. Paço d’Arcos, Jorge de Sena,
J. Augusto-França, José Blanc de Portugal, J. Gomes Ferreira, Luisa Dacosta, L. Francisco Rebello,
Maria Aliete Galhoz, Maria da Graça Freire, Natália Correia, Natércia Freire, Paulo Quintela, Pedro
Homem de Mello, Pinharanda Gomes, Sant’Anna Dionísio, Saul Dias, Taborda de Vasconcelos,
Tomaz Ribas, etc.
Com numerosas estampas em página inteira reproduzindo retratos, frontispícios, manuscritos, etc.
Um dos exemplares da excelente tiragem especial de 250, numerados, em papel couché, tiragem que
tem a particularidade de apresentar um conjunto de estampas que não faz parte da edição comum.
Esgotada ainda antes do seu aparecimento a público. Encadernação editorial, com sobrecapa ilustrada
com a reprodução do busto em bronze do escultor José Alexandre. Encadernação editorial em material
sintético, com sobrecapa ilustrada.
1435 — IN MEMORIAM DO DOUTOR TEÓFILO BRAGA. 1843-1924. Imprensa Nacional
de Lisboa. 1929. In-4.º de 518-II págs. E.
Com a valiosa colaboração de Ladislau Batalha, Tomás da Fonseca, Saavedra Machado, Henrique
Marques, Álvaro Neves, Agostinho Fortes, Forjaz de Sampaio, Alfredo da Cunha, Ana de Castro
Osório, A. do Prado Coelho, António Ferrão, Cândido de Figueiredo, Eugenio Carré, Jaime de
Magalhães Lima, Julieta Ferrão, Luis Chaves, Manoel de Sousa Pinto, Marques Braga, Rebelo de
Bettencourt, Ribera y Rovira, S. de Magalhães Lima, Tomás da Fonseca, etc. Ilustrado com fotogravuras
e caricaturas, entre as quais muitas de Rafael Bordalo Pinheiro. Camiliano.
Boa encadernação à amador, da época, só aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas.
1436 — A INQUISIÇÃO DE 1850. Segunda edição dos artigos, que sob este titulo publicou
o jornal A NAÇÃO. Lisboa: Typographia de A. H. de Pontes. 1850. In-8.º de 251-I-LII págs. E.
São raros os exemplares desta obra, com evidente interesse para a história da agitada vida política
portuguesa da época, cujo autor não nos foi possível identificar.
Encadernação da época, com a lombada em pele decorada de bonitos ferros dourados.
[1]
1437 — INSO (Jaime do).- O CAMINHO DO ORIENTE. [Tipografia «Élite». Lisboa. 1932].
In-8.º de 374-IV págs. B.
O livro, premiado no VI Concurso de Literatura Colonial, tem como cenário principal a cidade
de Macau e, di-lo o prefaciador Conde de Penha Garcia, “excita a curiosidade dos leitores pelas mil
interessantes particularidades da vida macaista”. Tiragem de 1500 exemplares. Capa e frontispício
ilustrados a cores por Cândido Silva.
1438 — INSO (Jaime do).- VISÕES DA CHINA. Tipografia «Élite». Lisboa. [1933]. In-8.º de
406-VI-4-II págs. B.
“O aparecimento dêste livro deve-se, em grande parte, a Wenceslau de Morais.
“O livro é, por assim dizer, uma continuação, um complemento de outro livro anterior - «O Caminho
do Oriente» - e ambos pretendem constituir como que um cenário de quadros reais, onde se procura
desenhar o ambiente tão típico e único da nossa vida colonial, como é o de Macau.” Com cerca de cem
páginas consagradas a Wenceslau de Morais, onde vêm transcritas algumas cartas suas.
Sugestiva capa da brochura ilustrada a cores.
1439 — INSTITUIÇAÕ // DA // COMPANHIA GERAL // DA AGRICULTURA DAS VINHAS
// DO // ALTO DOURO. // [Gravura em madeira com as armas reais] // LISBOA: // Na Offic.
de ANTONIO RODRIGUES GALHARDO, // Impressor da Serenissima Casa do Infantado. //
ANNO M. DCC. XCII. In-4º gr. de 35-I págs. B.
Boa edição em papel de linho de um documento importante para a história de uma das mais fecundas
realizações pombalinas.
1440 — [PORTO]. INSTRUCÇÕES DE POLICIA PREVENTIVA, DADAS PELA
ADMINISTRAÇÃO DO CONCELHO DO PORTO. Porto. Imprensa de Gandra e Filhos. 1836.
In-8.º gr. de VIII págs. inums. Desenc.
1441 — O INSTRUCTOR PORTUENSE. Periodico Mensal: Contendo differentes artigos de
Educação, Litteratura, Moral, Historia, Sciencias, e Artes; Traduzidos de várias linguas e com
estampas lithographadas. Porto. Typographia Commercial Portuense. 1844-1845. 16 números.
In-8.º gr. de II-192-II e 64 págs. em um vol. E.
Esta curiosa e rara publicação, dirigida por José Fernandes Ribeiro e ilustrada com 15 litografias
impressas em folhas à parte, acolhe assuntos da mais variada e curiosa temática, praticamente toda de
autores estrangeiros.
O n.º 5 contém um artigo de Ferdinand Denis intitulado «Brasil. Noções indigenas da Provincia da
Sancta-Catharina», acompanhado de uma litografia com indígenas brasileiros; o n.º 7 traz um artigo
de M. Roux de Rochelle denominado «Primeiros estabelecimentos em Pensylvania - Convenção de
Guilherme Penn com os Indios Delawares. - Fundação de Philadelphia», com uma estampa alusiva ao
acto; o n.º 8 tem um texto sobre a «Origem de varias seitas religiosas nos Estados Unidos d’America»,
do mesmo autor do artigo antes citado e também acompanhado de uma litografia alusiva; o n.º 15 abre
com um artigo sobre o «Brasil», de Ferdinand Denis, acompanhado de uma estampa mostrando uma
Habitação Hollandeza.
Colecção cremos que completa, faltando apenas, aparentemente, o frontispício e a litografia pertencente ao n.º 10, sendo muito raros os quatro números que constituem o 2.º volume.
Encadernação contemporânea, danificada.
1442 — INTEGRALISMO LUSITANO. Estudos Portugueses. Directores: Luís de Almeida
Braga, Hipólito Raposo. [Lisboa. 1932-1934]. 2 vols. In-4.º com 12 fasc. em 2 vols. E.
Publicação de grande responsabilidade no movimento integralista, de apreciável expressão no nosso
país, de cujo programa respigámos o seguinte parágrafo: “Possuidos do sentido nacional do nosso
destino político, devotamente testemunhamos a devida solidariedade intelectual e civica a tantos que
[2]
.../...
morreram a sonhar ou a sofrer, àqueles que perderam a farda, a paz, o bem-estar e a vida, desde os
mais obscuros aos mais insignes, a todos quantos, em nome da alma de Portugal, ergueram a voz
ou a espada em protesto contra o Estado anti-nacional da Maçonaria sem Deus, da Judiaria sem pátria
e da Plutocracia sem moral”.
Colaboração de marcantes personalidades das letras e da política da época, de que salientamos os
seguintes: Afonso Lopes Vieira, José Pequito Rebelo, João Ameal, Hipólito Raposo, Luís de Almeida
Braga, Mário Cardia, Luís Chaves, Mário de Sampayo Ribeiro e Tomás Borba.
Colecção completa, muito estimada e invulgar. Encadernações inteiras de pele à cor natural, com dizeres
dourados na lombada e ferros a frio.
1443 — INVESTIGAÇÃO. Revista mensal de ciência e literatura policial. Director - Dr. Fernando
Luso Soares. Lisboa. 195. Números 11-12. E.
São os números 11-12 desta curiosa publicação, particularmente interessante para a bibliografia
pessoana: «Um drama policial de Fernando Pessoa», por Alfredo Guisado. Outros artigos dignos de
nota: Aquilino Ribeiro: «No domínio da onomástica. Burlas, burlados e burladores»; Fernando Luso
Soares: «O caso criminal de Mattos Lobo. “A última execução de pena de morte em Lisboa”»;
Celestino Gomes: «Um furto subterrâneo na Ourivesaria da Guia»; Augusto da Costa: «No tempo de
“Eusébio Macário”»; Edurado Sucena: «José Agostinho de Macedo».
Encadernação com cantos e lombada em pele mosqueada, tendo as capas da brochura conservadas.
1444 — IVO (Pedro).- CONTOS. Porto. Typographia da Revista. 1874. In-8.º de 266-IV págs. E.
Primeira edição de um dos mais invulgares livros do autor, Carlos Lopes de seu verdadeiro nome.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
1445 — JANEIRA (Armando Martins).- O JARDIM DO ENCANTO PERDIDO. Aventura
maravilhosa de Wenceslau de Moraes no Japão. Manuel Barreira - Editor. Porto. [S.d]. In-8.º gr.
de 286-II págs. B.
“Este livro estuda (...) sob um prisma inteiramente novo, a aventura de Wenceslau de Moraes, o valor
universal e humano da sua extraordinária experiência. Pela primeira vez se levanta o véu do mistério
que tem envolvido os passos deste ousado aventureiro, se revela o encantamento dos seus amores
orientais e a sua sorte desolada e trágica numa pequena cidade da província japonesa.
“O autor viveu três anos no Japão, visitou lugares e conversou com pessoas que conviveram com
Moraes, na pequena cidade de Tokushima, e reuniu grande número de documentos e escritos inéditos,
de fontes japonesa e portuguesa.
“Ver-se-á que a extraordinária aventura deste homem estranho é mais fascinante e imprevista que
o mais imaginativo dos romances.”
Obra, pelo que acima se diz, fundamental para o conhecimento da vida de W. Morais no Japão, numa
cuidada edição ilustrada com estampas impressas em separado. Invulgar.
1446 — JANEIRA (Armando Martins).- NÕ. Toquio. 1954. [Impresso na Tipografia Koizumi].
In-4.º de III-64 e XXXI págs. inums. B.
Desta interessante obra impressa no Japão, tiraram-se apenas 250 exemplares. O livro, com interesse
para a bibliografia de Wenceslau de Morais, está ilustrado a cores por artistas nipónicos, foi impresso
em português e japonês apenas numa face do papel e cosido com fio exterior à maneira tradicional do
oriente. O exemplar encontra-se intacto, ou seja, por abrir, pormenor de grande importância em obras
com a caracteristica acima mencionada. Muito curioso e estimado.
1447 — JARDIM (José).- AS ALFANDEGAS, Fidalgas figueirenses d’outr’ora. Figueira da
Foz. Imprensa Lusitana. 1915. In-8.º de 299-III págs. B.
Um dos mais interessante e invulgares livros da bibliografia figueirense, importante para a sua
história e genealogia.
Dedicatória do autor.
[3]
1451 - ver pág. 5
1448 — JARDIM LITTERARIO. Semanario de Instrucção e Recreio. [Lisboa. Imprensa
Nacional. [e Typographia de Maria Feliciana das Neves] 1847-1856]. 9 vols. In-8.º gr. E. em 5.
Segundo Inocêncio e Silva Pereira no seu trabalho sobre «O Jornalisno Portuguez», a colecção completa
desta curiosa e rara revista que, se não prima pela relevância dos autores que nela colaboraram e da
qual se destaca o nome de Francisco Gomes de Amorim, é interessante pela variedade dos temas
tratados e pela suas muitas, muito curiosas e ingénuas gravuras em madeira representando retratos de reis
portugueses, outras figuras históricas e importantes personalidades estrangeiras, além de vistas
e monumentos do Porto, Lisboa, Braga, Almourol, Porto de Moz, Vila Franca de Xira, Torres Novas,
Torres Vedras, Beja, Évora, Cascais, Tomar, Leiria, Ilha Terceira, Macau, Coimbra, Espozende,
Bragança e Vila Viçosa.
Este exemplar, incompleto, tem os vols., (alguns com falta de folhas e gravuras), 1.º a 3.º (numa só
encadernação), 4.º, 6.º, 7.º, 8.º e 9º (estes dois últimos também numa só encadernação), servindo apenas
para completar outro ou outros exemplares. Também as encadernações dos quatro últimos volumes
estão muito danificadas.
1449 — JOÃO DE DEUS. Extracto do nº 1:416 da AURORA DO CAVADO de 6 de março de
1895, commemorativo de 64º anniversario do glorioso poeta. Barcellos. Typographia da Aurora
do Cavado. 1895. In-8.º de 28 págs. B.
Com a transcrição de uma carta de Camilo Castelo Branco dirigida a João de Deus e textos de Rodrigo
Veloso.
Edição limitada a 100 exemplares.
1450 — JORDÃO (Levy Maria).- MEMORIA SOBRE A CAMERA CERRADA. Lisboa.
Na Typographia da Academia. 1857. In-4.º de II-19-I págs. Desenc.
“Os costumes portuguezes traduziram a mesma idéa (Morgengabe) nas palavras Camera cerrada,
indicando assim a doação que a mulher ganhava, em preço e remuneração da virgindade perdida, ao
entrar na camera nupcial”. Muito curioso.
1451 — JORGE (J. V.).- NOTAS SOBRE A ARTE CHINESA. 1940. Tip. Mercantil de N. T.
Fernandes & Filhos Ltda. Macau. In-4.º oblongo de IV-146-IV págs. de texto e estampas. E.
Era, até então, um dos poucos trabalhos em português sobre a milenária arte da cerâmica chinesa,
ilustrado com mais de 500 gravuras de peças antigas impressas em separado e de centenas de marcas
reproduzidas nas páginas do texto. Trabalho baseado na importantíssima colecção do autor, José
Vicente Jorge, que esteve muitos anos em Pequim como chefe dos sinólogos da Embaixada
Portuguesa. Esta colecção chegou a ser considerada como o maior acervo particular do mundo na sua
especialidade.
Encadernação original, ilustrada. (ver gravura na pág. 4)
1452 — JORGE (Ricardo).- CALDAS DO GEREZ. Guia Thermal. Illustrações e mappas. Porto.
Typ. da Casa Editora Alcino Aranha & Cª. 1891. In-8.º de VIII-272 págs. E.
Uma das mais estimadas espécies bibliográficas geresianas. Com especial interesse pela história das
Caldas e descrição da Serra. Conserva o raro mapa da Serra do Gerês, impresso em folha desdobrável
de grandes dimensões.
Encadernação original, manchada e solta do volume.
1453 — JORGE (Ricardo).- CAMILLO E ANTONIO AYRES. Seguido do poema “As Commendas”.
1º milhar. Emprêsa Literária Fluminense, Lda. Lisboa. [1925]. In-8.º de XVI-CCLVII-I-84-III-I
págs. B.
António Aires de Gouveia é o autor anónimo do raríssimo poema «As Commendas». Um dos muito
interessantes livros da longa bibliografia camiliana.
[5]
1454 — JORGE (Ricardo).- [OBRAS]. Emprêsa Literária e Fluminense, Lda. Lisboa. 19251930. 3 obras ou vols. In-8.º B.
Com as seguintes obras: «Brasil! Brasil!», 1º milhar; «Passdas de Erradío. Impressões e estudos de
viagem», 2.º milhar; «Sermões dum Leigo», 2.º milhar. (Assinado no frontispício).
1455 — JORNAL DE BELLAS ARTES, OU MNÉMOSINE LUSITANA. Redacção Patriotica.
Lisboa: Na Impressão Regia. 1816. 26 números In-8.º gr. de 420 págs. E.
É apenas o 2.º dos dois volumes que compõem esta interessantíssima obra, da autoria de Pedro
Alexandre Cravoé, autor a quem Inocêncio se refere com algum desenvolvimento e que, sobre esta
publicação, diz o seguinte: “Contém muitos Artigos e noticias interessantes, de proveito e curiosidade:
entre elles a descripção de edificios, monumentos e praças publicas de Lisboa, com as estampas
respectivas; dos estabelecimentos de instrucção publica mais notaveis; do estado das artes e officios em
Portugal; um catalogo dos pintores de maior nomeada entre nós; a descripção da baixela de prata, que
a regencia do reino offertou a Lord Wellington; muitas poesias ineditas de auctores contemporaneos;
etc., etc. - Os exemplares poucas vezes se encontram de venda.” Este volume apresenta seis perfeitas
gravuras abertas em chapa de cobre por Cravoé mostrando vários edifícios notáveis de Lisboa e outra
mostrando um moinho ilustrando a “Descripção de hum Moinho movido por agoa, inventado por
Filippe Arnaud, mandado executar pelo Illustrissimo e Excellentissimo Senhor D. José Antonio de
Menezes e Sousa, Principal da Santa Curia Patriarcal, e Governador do Reino.”
Encadernação da época, com a lombada em pele, danificada.
1456 — JORNAL DE VIAGENS E AVENTURAS DE TERRA E MAR. Porto. Redacção do
Jornal de Viagens. Bibliotheca Geographica Illustrada. 1879-1880. 4 vols. In-fólio com 105
números. E.
São os quatro primeiros volumes desta interessantíssima publicação dirigida por Emídio de Oliveira,
repleta de descrições de sensacionais viagens e aventuras em todos os lugares da terra, algumas das
quais nas antigas colónias portuguesas, acompanhadas de inúmeras e bem executadas gravuras abertas
em madeira, em grande parte de plena página. representando caçadas, costumes bárbaros, usos e costumes,
cidades, paisagens, retratos, etc. Colaboração literária de Afonso de Morais Sarmento, Alfredo
Campos, António Paula Brito, Boussenard, Calheiros e Menezes, Capelo e Ivens, Delavau
Diocleciano, Eduardo de Albuquerque, Emídio de Oliveira, Francisco J. Pedrozo, F. Neves, Gonçalo
Reparaz, Gonçalves Cardoso, João António Correia Pereira, Júlio Gros, Livingstone, Luís Jacolliot,
M. J. da Cunha Brandão, Manuel Ferreira Ribeiro, Mayne Reid, Oliveira Martins, R. Cortambert,
Rodrigues de Freitas, Serpa Pinto, Simões Dias, Stanley, Vieira Natividade, Visconde de Arriaga,
Visconde de S. Januário, etc., aparecendo boa parte da colaboração por assinar.
Encadernações dos editores, com dizeres dourados nas lombadas e pastas, com alguns defeitos.
1457 — JOSÉ (Fausto).- DONA DONZELA SENHORINHA. Poemeto. Imprensa Portuguesa.
1946. [Porto]. In-8.º de 103-V págs. B.
Livro de poemas de Fausto José, natural de Armamar, com colaboração nas revistas «Bysancio»
e «Presença».
Capa da brochura ilustrada por “Júlio”.
1458 — JOURNAL DES DAMES ET DES DEMOISELLES. Guide complet de tous les
Travaux de Dames, Littérature chosie, avec des illustrations, modes, lingeries, travaux avec des
figures, recettes, etc. Gravures de modes coloriées a l’acquarelle, d’aprè les dessins composés
spécialement pour le journal Par M. Jules David. Bruxelles, Bruylant-Christophe et Compagnie,
Éditeirs. 1870-1871. In-4.º gr. E.
“Collection nombreuse de broderies en tous genres, guipures, crochet, filet, par A. Lévêque. Patrons
de grandeur naturelle pour toute espèce de vêtements. Tapisseries coloriées fac-simile d’aquarelles,
sépias, etc.”
[6]
.../...
É o volume correspondente aos anos 1870-1871 deste interessante jornal feminino, com inúmeras
e bem executadas gravuras abertas em madeira estampadas nas páginas do texto, mas especialmente
estimado pelos 20 belos e decorativos figurinos a cores que ostenta.
Com um rasgão nas págs. 139-140 sem falta de qualquer pedaço de papel. Encadernação da época com
a lombada em pele, um pouco danificada na parte inferior.
1459 — JUNQUEIRO (Guerra).- O CAMINHO DO CÉU. Com uma nota preambular de João
Grave. Porto. Livraria Chardron... 1925. In-8.º de XLVIII-47-I págs. E.
“Por muitos anos que eu [João Grave] viva, nunca poderei esquecer-me de factos que vou revelar nestas
páginas que não são um estudo crítico mas um capítulo de «Memórias», relembrando certas particularidades das minhas relações pessoais com Guerra Junqueiro.”
Este escrito em prosa de Junqueiro, segundo sua vontade expressa, só foi publicado depois da sua
morte, sendo esta a sua primeira edição.
Encadernação dos editores em percalina, gravada a seco e a ouro. Assinado no frontispício.
1466 — JUNQUEIRO (Guerra).- ORAÇÃO AO PÃO. Porto. Livraria Chardron. 1902. In-4.º
de 19-I págs. B.
Um dos exemplares da edição original deste belo poema, várias vezes reimpresso.
1467 — JUNQUEIRO (Guerra).- POESIAS DISPERSAS. Porto. Livraria Chardron. 1920. In-8.º
de 186 págs. E.
Primeira edição colectiva de algumas das melhores poesias do autor.
Encadernação original gravada a ouro na lombada e a seco nas pastas. Assinado no anterrosto.
1468 — JUNQUEIRO (Guerra).- PROSAS DISPERSAS. Porto. Livraria Chardron. 1921. In-8.º
de 169-III págs. B.
Primeira edição colectiva de várias prosas dispersas de Guerra Junqueiro.
1460 — JUNQUEIRO (Guerra).- O CRIME. A proposito do assassinato do Alferes Brito. Porto.
Livraria - Lello & Irmão - Editores. 1875. In-8.º peq. de 30-II págs. B.
1469 — JUNQUEIRO (Guerra).- O SECULO. I. Baptismo de Amor. Com uma apreciação pelo
snr. Camillo Castello-Branco. Segunda edição. 1885. Livraria - Cruz Coutinho - Editora. Porto.
In-4.º de 32 págs. E.
1461 — JUNQUEIRO (Guerra).- HORAS DE LUTA. Com um Prefácio de Mayer Garção.
Pôrto. Livraria Lello, Limitada. S.d. In-8.º de XLIX-196-II págs. B.
1470 — JUNQUEIRO (Guerra).- OS SIMPLES. Porto. Typographia Occidental. MDCCCXCII.
In-8.º de 126-II págs. E.
São invulgares os exemplares da primeira edição desta inflamada poesia de Junqueiro.
Com uma pequena mancha em algumas das primeiras folhas,
Primeira edição colectiva das seguinte obras em verso e prosa de Junqueiro: «Vitória de França»,
«O Crime», «Finis Patriæ», «Marcha do Ódio», «Discursos e manifestos» e «Execução de uma quadrilha». É muito extenso o Prefácio de Mayer Garção.
Acidez nas primeiras folhas e capas da broochura com pequenas imperfeições.
1462 — JUNQUEIRO (Guerra).- A LAGRIMA. Porto. Typographia Occidental. 1888. In-4.º
de XV-I págs. B.
Primeira edição de uma das mais belas poesias líricas portuguesas, primorosamente impressa e artisticamente decorada com largas tarjas estampadas a castanho em todas as páginas do texto.
1463 — JUNQUEIRO (Guerra).- MARCHA DO ODIO. Musica de Miguel Angelo - Desenhos
de Bordallo Pinheiro. Livraria Civilisação, Casa Editora de Costa Santos, Sobrinho & Diniz.
Porto. [S.d.] In-4.º de 13-III págs. B.
Vibrante poesia de Junqueiro, muito invulgar nesta sua primeira edição. Com duas alusivas ilustrações
de Rafael Bordalo Pinheiro e a música de Miguel Ângelo em duas folhas à parte.
Com manchas de acidez.
1464 — JUNQUEIRO (Guerra).- O MELRO. (Fragmento). David Corazzi, Editor. Empreza
Horas Romanticas. Lisboa. 1879. In-4.º de 20 págs. B.
Primeira edição de uma das mais belas e conhecidas poesias do Autor.
Desconjuntado e com a capa da brochura com defeitos por ter ficado muito quebradiço o papel em que
foi impressa.
1465 — JUNQUEIRO (Guerra).- A MORTE DE D. JOÃO. Porto. Livraria Moré Editora. 1874.
In-8.º de LII-278-II págs. E.
Exemplar da edição original deste longo e estimado poema de Junqueiro, autor dos mais celebrados
da literatura portuguesa do século XIX. Invulgar.
Mal encadernado.
[7]
O texto de Camilo ocupa uma das primeiras páginas do opúsculo. Edição cuidada, muito invulgar.
Encadernação simples, em percalina.
Primeira e mais rara edição de um dos mais belos livros de poesia portugueses. Impressão executada
sobre excelente papel de linho.
Encadernação com cantos e lombada em pele, margens integrais e capas da brochura e badanas conservadas.
1471 — JUNQUEIRO (Guerra).- A VELHICE DO PADRE ETERNO. Editores Alvarim
Pimenta e Joaquim Antunes Leitão. Porto [Typ. Universal de Nogueira & Caceres. 1885]. In-4.º
de 211-V págs. E.
Primeira edição de uma das mais célebres e polémicas obras poéticas portuguesas e, de toda a bibliografia de Junqueiro, a que maior número de edições conhece.
Encadernação inteira de pele, com dourados na lombada e pastas. Pequeno carimbo no frontispício.
1472 — JUNQUEIRO (Guerra).- A VELHICE DO PADRE ETERNO. (Edição ilustrada por
Leal da Camara). Porto. Livraria Lello Limitada - Editora. Proprietária da Livraria Chardron.
S.d. In-8.º XXIV-II-266-II págs. E.
Uma das primeiras das várias edições publicadas com as satíricas ilustrações de Leal da Câmara.
Encadernação dos editores, com ferros dourados e a seco na lombada e pastas. Assinado no anterrosto.
1473 — JUNQUEIRO (Guerra).- VOZES SEM ECHO. 1867. Coimbra. Imprensa da
Universidade. In-8.º de 126-II págs. E.
Uma das primeiras obras de Junqueiro, das mais procuradas pelos bibliófilos e também das mais
valorizadas de toda a sua bibliografia.
Encadernação inteira em pele, da época, mantendo preservadas as capas da brochura. Um pouco aparado.
Ex-libris de João da Costa Santiago de Carvalho Souza.
1474 — JUNQUEIRO (Guerra) & AZEVEDO (Guilherme de).- VIAGEM À RODA DA
PARVÓNIA. Relatório em 4 actos e 6 quadros. Prefácio de Caetano Alberto. 2.ª edição. Lisboa.
Portugal-Brasil. S.d. In-8.º de 261-III págs. B.
Interessantíssima obra originalmente publicada anónima, que, segundo se lê no «Dicionário das
Literaturas Portuguesa, Galega e Brasileira», “abre o caminho à modalidade panfletária, que assume
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.../...
extraordinária violência com Junqueiro e Gomes Leal”. Ilustrações Rafael Bordalo Pinheiro e Manuel
de Macedo. Prefácios de Caetano Alberto e Gil Vaz (Guerra Junqueiro e Guilherme de Azevedo)
e anotações de Alberto Braga, Alexandre da Conceição, Antero, Bordalo Pinheiro, Gervásio Lobato,
Batalha Reis, João de Deus, Joaquim de Araújo, J. César Machado, Magalhães Lima, Oliveira Martins,
Ramalho e muitos outros.
Com um carimbo no anterrosto.
1475 — KALLINICH (Günter).- PHARMACIES ANCIENNES. Intérieures et Objets. Office du
Livre. [1976 Office du Livre (Fribourg)]. In.4.º gr. de 251-I págs. E.
“Depuis son exclusion du Paradis, l’homme n’a cessé de chercher des remèdes à ses maux physiques.
Il en a trouvé d’abord dans la nature, auprès des plantes et des animaux, et dans des forces surnaturelles.
L’évolution de l’art de guérir de la Préhistoire à nos jours est le premier sujet de cet ouvrage. Le lecteur
n’en prendra pas connaissance sans étonnement, et certains éléments de l’ancienne thérapeutique le porteront à sourire, voire à l’effrayer. (...)”
Edição luxuosa, impressa em papel couché, com 458 belas ilustrações a cores e a negro reproduzindo
documentos, gravuras antigas, retratos, boiões de farmácia, frascos, instrumentos os mais diversos,
farmácias fixas e portáteis, móveis e edifícios, etc.
Encadernação editorial gravada a prata e com sobrecapa ilustrada a cores.
1476 — KAMENEZKY (Eliezer).- ALMA ERRANTE. Poemas. Com um prefácio de Fernando
Pessoa. Lisboa. 1932. [Oficinas Gráficas da Emprêsa do Anuário Comercial]. In-8.º de 112 págs. B.
O importante e extenso prefácio de Fernando Pessoa ocupa 17 páginas. Com um retrato do autor reproduzido de uma pintura de Malhoa.
Dedicatória autógrafa de Kamenezky para José Alvellos.
1477 — KARR (Alphonse).- HISTOIRES NORMANDES. Paris. Librairie Nouvelle. 1856. In-8.º
de IV-308-VIII págs. E.
Primeira edição da obra, integrada na «Bibliothèque Nouvelle».
Com a assinatura de”C. Castello Branco” ao alto do frontispício.
Encadernação com a lombada em pele, com ferros dourados, à antiga. Tem as capas da brochura
preservadas e está aparado só à cabeça.
1478 — KARR (Alphonse) & DELORD (Taxile).- A VIDA DAS FLORES. Traduzida por uma
Sociedade Litteraria sob a dircção de Duarte de Oliveira Junior. Lisboa. David Corazzi - Editor.
1883-1884. [Typographia Occidental. Porto]. 2 vols. In-4.º gr. de IV-VI-480 e 478-II págs. E.
Uma das mais belas obras no seu género e da época em que foi publicada, ilustrada com 62 belíssimas
cromolitografias com figuras femininas alusivas às flores que representam, rodeadas de luxuriante
composição reproduzindo o ambiente em que as mesmas vivem.
Ricas e muito belas encadernações editoriais em percalina vermelha, com as lombadas e as pastas da
frente inteiramente decoradas com finísimos ferros a ouro com flores e borboletas, apresentando ainda
o corte das folhas inteiramente dourados a ouro fino. Com algumas manchas de acidez.
1479 — KEIL (Alfredo).- TOJOS E ROSMANINHOS. Contos da Serra. Lisboa. “A Editora”.
1907. In-fólio de 151-I págs. E.
Cuidada e luxuosa edição impressa em papel de excelente qualidade, Ilustrada em folhas à parte e nas
páginas do texto com belos trabalhos de Alfredo Keil. Prefácio de D. João da Câmara.
Bela encadernação dos editores inteira de percalina ilustrada a cores pelo mesmo artista.
1480 — KINSEY (W. M.).- PORTUGAL ILUSTRATED. MDCCCXXVIII. [London: Printed
by A. J. Valpy]. In-4.º de XVII-I-500-IV págs. E.
É a primeira edição deste raro e importante livro inglês sobre Portugal, ilustrado com um mapa de
Portugal em folha dupla, dezassete outras gravuras abertas a buril em chapa de cobre representando
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.../...
vistas de Coimbra, Sintra, Porto, Valença, Ponte de Lima, vistas do Douro, Castelo de Leiria, Batalha,
etc., nove belas águas-tintas reproduzindo, quatro por página, trajos e costumes religiosos e civis
e ainda numerosas gravuras em madeira disseminadas nas páginas do texto.
Boa encadernação inglesa da época, inteira em pele, com dourados na lombada, fios triplos dourados
nas pastas e com o corte das folhas pintado. Belo ex-libris heráldico gravado em cobre pertencente
a Edmund Arbuthnot.
1481 — KOEBEL (W. H.).- PORTUGAL. Its Land and People. With illustrations by Mrs. S. Roope
Dockery and from photographs. London. Archibald Constable and Co. Ltd. 1909. In-8º gr.
de XVII-405-I págs. E.
Interessantíssima obra sobre Portugal, numa invulgar e excelente edição em papel couché ilustrada
com dezenas de boas fotogravuras e estampas a cores.
Capítulos I a V. Lisbon; VI e VII. Round about Lisbon; VIII. Sotthward Bound - From Lisbon to
Estremoz; IX. The Alemtejo Province; X. A Southern Cork Forest; XI. An Alemtejo Farm; XII.
A Southern Chateau; XIII. Here and there in the South; XIV. Evora and its Fair; XV. The Far North;
XVI. A Northern Sketch: The Deserted Convent; XVII. The Minho; XVIII. Oporto; XIX. The English
in Oporto; XX. Villa Nova de Gaia; XXI. Some Environs of Oporto; XXII e XXIII. The Douro; XXIV.
Market day at Arrifana; XXV. From Oporto to Lisbon; XXVI. A Portuguese Bull-Fight; XXVII
e XXVIII. The Portuguese at Home.
Encadernação própria intera de percalina vermelha, com a bandeira da Monarquia na pasta da frente
e título dourado na lombada. Pequeno carimbo no frontispício.
1482 — KOPKE (Ernesto).- CARTA AUTÓGRAFA, datada de Porto - Agosto 15/91. Dim. 13,5
x 20,5 cm.
Carta tarjada de luto, dirigida a José de Castro. Fala da doença de uma familiar do destinatário e diz:
“Pelo que respeita ao teu protegido, ficou a cousa por 9:000 rs. de multa. Não se poude arranjar melhor
e parece-me que elle tem motivos para ficar satisfeito, attenta a severidade com que estes delitos por
abuso de liberdade da imprensa, tem sido ultimamente punidos.
“Quem me dera ir passar um dia contigo em Sinçães!... (...) Contudo é preciso que vocês tambem se não
esqueçam de que tem uma casa na rua de Villar n.º 18 e, n’esta, um amigo velho sincero e amizades
novas a travar. (...)”
BELA E VALIOSA EDIÇÃO DA OBRA DE LA FONTAINE «AMOURS DE PSYCHE
ET DE CUPIDON», ILUSTRADA COM MAGNÍFICAS GRAVURAS, DA AUTORIA
DO GRANDE MESTRE, MOREAU LE JEUNE.
1483 — LA FONTAINE.- LES AMOURS // DE PSYCHÉ // ET // DE CUPIDON, // AVEC
LE POÈME D’ADONIS, // Par LAFONTAINE. // Edition ornée de Figures par MOREAU
LE JEUNE, // et gravées sous sa direction. // A PARIS, // DE L’IMPRIMERIE DE DIDOT LE
JEUNE. // L’AN TROISIEME [1795]. In-4.º gr. de VIII-234-II págs. E.
Muito bela e valiosa edição do célebre impressor Didot le Jeune, em papel de excelente qualidade,
ilustrada com um retrato de Lafontaine e oito magníficas gravuras abertas em chapa de metal pelo
grande mestre Moreau le Jeune estampadas em folhas à parte.
Com o corte das folhas brunido a ouro fino e encadernação francesa inteira de pele, da época, bastante
danificada.
1484 — LA FONTAINE.- FABULAS DE LA FONTAINE, illustradas por Gustavo Doré. Texto
portuguez por Bocage, Couto Guerreiro, Filinto Elysio, Curvo Semmedo, Costa e Silva, Malhão,
e muitos dos mais notaveis poetas modernos de Portugal e do Brazil. Estudos criticos por
Pinheiro Chagas, Ramalho Ortigão e Theophilo Braga. David Corazzi. Lisboa. 1886. [Typ. P.
Mouillot - Paris]. 2 vols. In-fólio de XXXI-382 e 431-I págs. E.
[10]
.../...
Esmeradíssima edição ilustrada com um retrato de La Fontaine e numerosos e excelentes desenhos do
grande artista francês Gustavo Doré. Impressão muito cuidada, assente sobre papel de excelente
qualidade, sendo esta, sem dúvida a mais bela edição portuguesa da Obra de La Fontaine. De salientar
a participação que nela tiveram nomes sonantes como os de Pinheiro Chagas, Ramalho Ortigão
e Teófilo Braga com os seus excelentes estudos críticos.
Encadernações da época, um tanto cansadas. Com manchas de acidez.
1485 — LA FONTAINE.- FABULAS ESCOLHIDAS ENTRE AS DE J. LA FONTAINE.
Traduzidas em verso portuguez com a vida de La Fontaine por Francisco Manoel do Nascimento.
Nova edição emendada sobre as edições feitas em Londres e Pariz e contendo uma Noticia
Biographica sobre o Autor pelo Ill.mo Snr. Innocencio Francisco da Silva. Pariz. Vva J.-P. Aillaud,
Guillard e C.ª 1874. In-8.º de IV-XVI-468 págs. E.
Edição estimada pela tradução de Filinto Elísio e por apresentar um retrato do autor em folha à parte,
além de muitas e bem executadas gravurinhas em madeira disseminadas nas página do texto.
Encadernação editorial, cansada.
1486 — LA SARTHE (Lepelletier de).- DU SYSTÈME SOCIAL. Ses applications pratiques
a l’Individu, a la Famille, a la Société dans l’intérêt du bien-être, du bonheur et de la Civilisation
des Peuples. Paris. Librairie de Guillaumin et Cie, Éditeurs. 1855. 2 vols. In-4.º de IV-740 e IV-732 págs. E.
Obra vasta e minuciosamente organizada, abrangendo todos os aspectos do Sistema Social individual,
familiar e social.
Encadernações francesas da época, um pouco cansadas. As últimas páginas do primeiro volume
apresentam vestígios de água já seca.
1487 — LA TOUR (Charlotte de).- LE LANGAGE DES FLEURS. Sixième édition augmentée
de plusieurs chapitres. Paris. Garnier Frères, Libraires. 1845. In-8.º de XII-325-I págs. E.
Com doze belas litografias a cores representando outras tantas variedades de flores.
Encadernação da época, com a lombada em pele, mas um pouco aparado.
1488 — A LABAREDA. Revista mensal de Literatura e Arte. Directores: Narciso de Azevedo
e Soares Lopes. Porto. Typographia Costa Carregal. 1914. 2 números In-4.º com 32 págs. E.
Colaboração literária de Eugénio de Castro, Camilo, António Patrício, Pascoaes, Afonso Duarte, Mário
Beirão, Guilherme Braga, Fialho, Conde de Monsaraz, Carlos Parreira e Teixeira de Carvalho. Foram
ainda publicadas cartas de Eça de Queiroz, Camilo e Manuel Laranjeira. Colaboração artística de
António Carneiro, Domingos Sequeira, Sousa Lopes e Vieira Portuense. Colecção completa. Informação
bibliográfica no «Dicionário da Imprensa Periódica Literária Portuguesa do Século XX», de Daniel Pires.
Encadernações simples. Capas da brochura conservadas.
1489 — LABORDE (Alexandre de).- VERSAILLES ANCIEN ET MODERNE. Paris.
Imprimerie d’A. Éverat et Compagnie. 1839. In-4.º gr. de 516 págs. E.
Valiosa e minuciosa monografia do mais rico e belo palácio francês, num volume que se apresenta ilustrado
com muitas centenas de finíssimas gravuras abertas em madeira de plena página e intercaladas no texto.
Encadernação francesa, contemporânea da edição, com a lombada ricamente decorada com ferros
a ouro, fios nas pastas, dourados nas seixas e tendo ainda o corte das folhas dourado a toda a volta.
1490 — LACERDA (D. Francisco Corrêa de) & LEÃO (Manuel Barbosa).- HISTORIA DA
ANTIQUISSIMA E SANTA IGREJA HOJE INSIGNE COLLEGIADA DE S. MARTINHO DE
CEDOFEITA e da Origem e natureza dos seus bens. Porto. Typ. Catholica de Fonseca & Filho.
1907. In-8.º de 144 págs. B.
Segunda edição de uma das interessantes peças da bibliografia portuense, esta referente ao venerando
templo românico existente na cidade.
[11]
1491 — LACOMBE (Madeleine Frondoni).- UNE VISITE AU PANTHÉON. Lisboa. Livraria
Ferreira, Editora. 1908. In-4.º gr. de 15-I págs. B.
Edição de grande cuidado gráfico, em papel couché, impressa a azul, com poesias dedicadas a D. Manuel
II e a D. Amélia, cujos retratos fotográficos se encontram na capa da brochura, também com flores
impressas a cores.
Capa da brochura com sujidade.
1492 — LADY JACKSON (Catarina Carlota).- A FORMOSA LUSITANIA. Versão do inglez,
prefaciada e annotada por Camillo Castello Branco. Porto. Livraria Portuense - Editora. 1877.
In-4º de 448-IV págs. E.
Edição luxuosa, impressa sobre excelente papel e adornada com perfeitas e belas gravuras representando monumentos e aspectos pitorescos de Portugal. Um dos mais estimados livros da bibliografia
estrangeira sobre o nosso país, com o acrescido interesse de nele ter participado a pena de Camilo
Castelo Branco.
Encadernação editorial com belos ferros a ouro e a negro na lombada e em ambas as pastas. A capa
posterior ostenta o brasão de armas da cidade do Porto. Ex-libris da biblioteca camiliana de Sérgio
de Oliveira. Com falta das folhas de guarda da encadernação.
1493 — LAFAYETTE (Général).- MÉMOIRES, CORRESPONDANCE ET MANUSCRITS
DU GÉNÉRAL LAFAYETTE, publiés par sa famille. Bruxelles. Société Belge de Librairie, etc.
1837-1839. 2 vols. In-4.º gr. de IV-531-I e IV-616 págs. E.
Obra da máxima importância para a história de uma das grandes figuras da história do seu tempo,
mormente por ter contribuído decisivamente para a Independência da América, em cujas batalhas
tomou parte, sendo desde então considerado e venerado como um dos seus heróis.
Encadernações francesas, da época, com as lombadas em pele, apresentando as folhas de guarda pintadas tal qual como o corte das folhas. Manchas de acidez.
1494 — LAGERLOF (Selma).- A MARAVILHOSA VIAGEM DE NILS HOLGERSSON
ATRAVÉS DA SUÉCIA. Tradução de Maria de Castro Henriques Osswald. 1936. Editora Educação Nacional-. Pôrto. In-4.º peq. de 450-VI págs. E.
Além de traduzido por Maria de Castro Henriques Osswald, também o prefácio é de sua autoria.
Boa encadernação com cantos e lombada em pele, estando esta excelentemente decorada a ouro.
1495 — LAGET (Paul de).- EN PORTUGAL. Ouvrage orné de quarante-sept planches hors-texte
en héliogravure. Paris. Éditions Occitania. 1932. [Gravé et imprimé par Sadag de France
Bellegard (Ain). MCMXXXI]. In-4.º de 308-II págs. B.
São de excelente qualidade as belas heliogravuras recolhidas no volume, de cuidada execução e em
bom papel. Capítulos sobre os mais assinaláveis lugares de Portugal, designadamente Lisboa, Tomar,
Sintra, Mafra, Alcobaça, Batalha, Leiria, Coimbra, Bussaco e Porto.
1496 — LAMARTINE (A. de).- ŒUVRES DE LAMARTINE, de l’Académie Française.
Bruxelles, Société Belge de Librairie. 1841. In-4.º gr. de II-918 págs. E.
Bela edição das Obras de uma das mais reverenciadas figuras da Literatura Francesa romântica
do século XIX, impressa a duas colunas, com o frontispício onde avulta o retrato do escritor em finíssima gravura aberta em madeira, quatro gravuras alusivas ao texto igualmente esculpidas em madeira
e estampadas em folhas à parte e, no fim, dois mapas em folhas desdobráveis referentes à sua obra
«Voyage en Orient» e ainda, também em folha desdobrável, uma tábua, em árabe e respectiva traducção,
com os «Noms des Tribus», «Noms des Commandants des Tribus», «Nombre des Tentes composant
chaque tribu» e «Nombre approximatif des âmes contenues dans chaque tribu».
Sólida encadernação francesa, com a lombada em pele com nervos, dourados e o corte das folhas pintado.
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1497 — LAMARTINE (A. de).- RAPHAËL. Pages de la Vingtième Année. Paris. Maison Quantin.
Compagnnie Générale d’Impression et d’Édition. S.d. [18..]. In-4.º gr. de IV-202 págs. E.
1504 — [LAVATER].- ARTE DE CONHECER OS HOMENS PELAS SUAS ATTITUDES,
GESTOS, E ANDAR. Segundo Lavater. Ornada de trinta e duas estampas coloridas. Traduzido
do francez Por*** Lisboa. Na Typ. do Correio de Lisboa. 1842. In-8.º peq. de 40 págs. E.
1498 — LAMAS (Artur).- A CASA NOBRE DE LAZARO LEITÃO NO SÍTIO DA JUNQUEIRA.
(Extra-muros da antiga Lisboa). 1925. Imprensa Lucas & Cª. Lisboa. In-4.º gr. de 216-II págs. E.
1505 — LE BRUN (Charles).- CONTRIBUTION A L’ÉTUDE DE LA CARICATURE. La
Physionomie Humaine comparée a la Physionomie des Animaux, d’près les dessins de... Cent trente
reproductions précédées d’un Essai et accompagnées des réflexions et menus propos d’un peintre
parisien, Lucien Métivet. Paris. Henri Laurens, Éditeur. 1927. In-4.º gr. de IV-25-XXVII págs. B.
Bela edição da mais renomada obra do grande romântico francês do século XIX, com 10 primorosas
gravuras de Ad. Sandoz gravadas a água-forte por Champollion impressas sobre cartolina.
Encadernação editorial inteira de percalina, com título e ferros a ouro na lombada e nas pastas,
apresentando ainda o corte das folhas brunido a finíssimo ouro. Com algumas manchas de acidez.
Ex-libris heráldico da Biblioteca de Salema Garção.
Desenvolvida história desta ilustre casa, ilustrada com 23 fotogravuras impressas em separado e numerosos desenhos intercalados nas páginas do texto.
Boa encadernação com lombada e cantos em pele, recente, mantendo conservadas as capas da brochura.
1499 — LAMAS (Artur).- EM QUE CASA NASCEU SIMÃO BOTELHO? Livraria de
Fernando Machado & Cª Ldª. Pôrto. 1924. In-8.º de 29-I págs. E.
Interessante estudo acerca de uma das figuras primaciais do mais conhecido romance de Camilo. Com
uma estampa em folha à parte reproduzindo uma «Vista antiga de uma parte da Freguesia da Ajuda».
Exemplar da Tiragem especial de 50, em papel de linho, numerados e rubricados pelo autor. Boa encadernação à amador, com as capas da brochura resguardadas.
1500 — LAMAS (Artur). - A QUINTA DE DIOGO DE MENDONÇA NO SITIO DA JUNQUEIRA (Extra-muros da Antiga Lisboa). Obra Composta e impressa na Tipografia do
Comercio [Lisboa]. 1924. In-fólio de 55-I págs. E.
Interessante monografia da também denominada «Quinta das Aguias», “limitada, do lado Sul pela Rua
da Junqueira, (...) dos lados do Norte e Nascente pela Calçada da Boa Hora, e do lado do Poente pelo
Rio Seco.” Com ilustrações em folhas à parte e nas páginas do texto.
Exemplar da tiragem especial de 200 em melhor papel, numerados, tendo este dedicatória do autor.
Boa encadernação à amador, com as capas da brochura conservadas.
1501 — LANDIM (Gaspar Dias de).- O INFANTE D. PEDRO. Chrónica inedita por... Lisboa.
1892-1894. [Impresso na Typ. do Commercio de Portugal]. 3 vol. In-8.º B.
“Verão os leitores que é (...) extremamente interessante na essencia e na fórma, e que certamente a obsecada subserviencia á lenda do Infante ou o cobarde receio de a perturbar na sua secular e sentimental
consagração (...) é que tem condemnado o notável trabalho a um esquecimento ou a um ostracismo
brutalmente injusto, sob todos os aspectos”. Integrada na «Bibliotheca de Classicos Portuguezes».
Capa da brochura do 3º volume com falta de um pequeno fragmento de papel. Assinatura antiga nas
capas da brochura.
1502 — LANGHANS (F. P. Almeida).- REFLEXÕES SOBRE O NOSSO TEMPO. 1958.
[Companhia Nacional Editora. Lisboa]. In-4.º peq. de 84-II págs. B.
Edição cuidada, impressa a duas cores, ilustrada com gravuras de Dürer.
Um dos 10 exemplares “com capa especial impressa a ouro, rubricados pelo autor” e este mais valorizado por ostentar dedicatória do seu punho para Salazar.
1503 — LAPA (João Inacio Ferreira).- RELATORIO DA MISSÃO AGRICOLA NA PROVINCIA DO MINHO desempenhada pelo Commissario do Governo João Ignacio Ferreira Lapa no
anno de 1870 desde 15 de Agosto a 15 de Setembro. Lisboa. Imprensa Nacional. 1871. In-4.º gr.
de 108 págs. Desenc.
Cuidada e nítida edição ilustrada com 38 boas gravuras intercalaladas nas páginas do texto. Sobre
a importância deste Relatório e cuidado com que foi redigido, Inocêncio transcreve o encomiástico
artigo que a seu respeito foi publicado no n.º 5264 do «Jornal do Commercio».
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Obra interessante pelas 32 belas litografias iluminadas que apresenta, baseada na cálebre obra de
Lavater sobre o conhecimento humano pelo estudo da sua fisionomia. Rara.
Boa encadernação inteira de pele, da época. Pequeno rasgão na folha correspondente às págs. 19-20.
Carimbo no frontispício.
Livro curioso, com os 130 desenhos de figuras fisionómicas humanas comparadas com as dos animais
com que mais se assemelham.
Desconjuntado.
1506 — LEAL (Augusto Soares de Azevedo Barbosa de Pinho).- PORTUGAL ANTIGO
E MODERNO. Diccionario Geographico, Estatistico, Chorographico, Heraldico, Archeologico,
Historico, Biographico e Etymologico de todas as cidades, villas e freguezias de Portugal e de
grande numero de aldeias se estas são notaveis, por serem patria d’homens celebres, por batalhas
ou outros factos importantes que nellas tiveram logar, por serem solares de familias nobres, ou
por monumentos de qualquer natureza, alli existentes. Noticia de muitas cidades e outras povoações
da Lusitania de que apenas restam vestigios ou somente a tradição. Lisboa. Livraria Editora de
Mattos Moreira & Companhia. 1873-1890. 12 vols. In-8º gr. E.
Primeira edição. Obra que, pela sua vastidão e características, é ainda hoje fonte útil e única de informações
importantes relativas aos vários ramos da História política e geográfica de Portugal, interessando também
ao estudo da nossa etnografia, lendas, usos e costumes, etc. O 12º volume informa que a obra foi
continuada por Pedro Augusto Ferreira. Colecção completa, bastante invulgar.
Boas encadernações com cantos e lombadas em pele, com todas as capas da brochura conservadas
e só de leve aparados à cabeça. Com algumas manchas de acidez, presentes em todos os exemplares.
1507 — LEAL (Cunha).- OLIVEIRA SALAZAR, FILOMENO DA CÂMARA E O IMPÉRIO
COLONIAL PORTUGU S. 1930. Editor: O Auctor. Lisboa. In-8.º de 178-II págs. E.
“Tive já ocasião de definir o dr. Oliveira Salazar num livro, que publiquei, há pouco tempo, sôbre
a sua «obra intangível». Pintei-o aí como na realidade é: uma pessoa isolada do convívio dos homens,
cujas paixões — as nobres, como as vis — mal conhece. O que pode, nestas circunstâncias, significar,
para êle, esta multidão de seis milhões de sêres que se agitam, por êsse Portugal fora na ânsia de atingir
uma inacessível felicidade?”
Modestamente encadernado e sem as capas da brochura.
1508 — LEAL (Gomes).- CLARIDADES DO SUL. Lisboa. Braz Pinheiro - Editor. 1875. In-8.º
de 281-II-VII-I-V-I págs. E.
Primeira e rara edição desta estimada obra poética.
Encadernação inteira em pele, da época. Assinatura antiga no frontispício.
1509 — LEAL (Gomes).- FIM DE UM MUNDO. Satyras Modernas. Porto. Livraria Chardron.
1899. In-8.º de XVII-436 págs. E.
Poesias antecedidas de uma extensa “Carta ao Dr. Campos Salles”, encerrando com “Autopsia Final”,
escritos estes subscritos por Gomes Leal. Primeira e muito estimada edição de um dos melhores livros
do poeta.
Encadernação editorial, bastante usada. Assinado no frontispício. e nas duas folhas seguintes.
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1510 — LEAL (Gomes).- O HEREJE. Carta á Rainha a Senhora D. Maria Pia ácerca da queda
dos thronos e dos altares. Á venda na Livraria de Viuva Campos Junior. Lisboa. 1881. In-8º gr.
de 47-I págs. B.
Primeira e rara edição das várias que imediatamente se lhe seguiram.
1511 — LEAL JÚNIOR (José da Silva Mendes).- OS HOMENS DE MARMORE. Drama em 5
actos. Lisboa. Typographia do Panorama. 1854. In-4.º peq. de XII-II-129-I págs. E. no mesmo
volume e do mesmo autor:
––– O HOMEM DE OURO. Drama em 3 actos. (Continuação dos Homens de Marmore).
Lisboa. Typographia do Panorama. 1855. In-4.º peq. de V-III-99-I págs.;
––– ALVA ESTRELA. Drama em cinco actos. Lisboa. Typographia do Panorama. 1859. In-4.º peq.
de IV-75-I págs.
As obras acima anunciadas são todas da primeira edição.
Encadernação antiga com a lombada em pele à cor natural, com nervuras; com as capas da brochura
das segunda e terceira obras conservadas e inteiramente por aparar.
1512 — LEÃO (António da Costa).- PROBLEMA BIBLIOGRÁFICO. CAMILO E OS
MIGUELISTAS. Portugalia Editora. Lisboa. [S.d.]. In-8.º de 65-I págs. E.
Acerca de um livro de Camilo intitulado «Poesias», que Costa Leão, como todos os que privam com
a bibliografia camiliana, diz nunca ter visto, mas afirma existir, “porque êle foi editado, apareceu,
publicou-se”.
Encadernação com cantos e lombada em pele mosqueada com ferros dourados. Conserva as capas da
brochura.
1513 — LEDA (João).- NOSSA LINGUA E SEUS SOBERANOS. Imprensa Publica. Manáos.
1928 [Brasil]. In-8.º de 183-I págs. E
«O Maior Clássico» é um capítulo inteiramente consagrado a Camilo; de págs. 173 e até final corre
um interessante artigo sobre a dualidade crítica do mesmo escritor e ao longo do volume o autor do
«Amor de Perdição» é continuamente citado. O livro abre com a transcrição de uma conferência intitulada «Da Psychologia do Padre Vieira». Livro impresso no Brasil, muito raro entre nós.
Dedicatória do autor para Fran Paxeco. Boa encadernação com cantos e lombada em pele, decorada
com ferros dourados. Só de leve aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas.
1514 — LEITÃO (António José Osório de Pina).- ALFONSÍADA. Poema Heroico da Fundação
da Monarquia Portugueza pelo Senhor Rey D. Alfonso Henriques offerecido á Magestade
Fidelissima D’El-Rey Nosso Senhor D. João VI, por... Cavalleiro da Ordem de Christo,
Dezembargador da Relação da Bahia. Bahia: Na Typog. de Manoel Antonio da Silva Serva.
Anno de 1818. In-4.º peq. de 278 págs. E.
Inocêncio diz que o autor nasceu nos arredores de Pinhel, que esteve no Brasil como Desembargador
da Relação da Bahia e que “Por occasião da declaração da independencia, ficou ao serviço do Imperio,
e considerado como brasileiro.”
Esta obra, impressa no Brasil e presentemente muito rara, apresenta um retrato de Afonso Henrique
e outro do autor, ambos abertos a buril em chapa de metal, faltando neste exemplar, pelas contas de
nocêncio, o de D. João VI.
Encadernação não contemporânea, mal conservada. Vestígios de água já seca na margem do frontispício
e do retrato.
[15]
1515 — LEITÃO (Joaquim).- CARTA AUTÓGRAFA E GRANDE CARTÃO, Datados respectivamente de 12 e 15 de Julho de 1937. Dim. 15,5 x 19 cm. e 25 x 9,5 cm.
Carta e cartão timbrados da “Academia das Ciências de Lisboa - Gabinete do Secretário Geral”, conservando a carta o respectivo sobrescrito, dirigida ao Com.te João de Paiva de Faria Leite Brandão, dizendo: “A
Assembleia Nacional, e Presidencia do Concelho têem dado tanto trabalho desde que vim do Porto que só
hoje posso agradecer-te tanta atenção e tanta amizade dispensada. Guardo entre as melhores recordações o
da tua linda casa da Foz, o remanso do teu lar, o porque do velho Portugal cristão que lá se respira. No dia
seguinte (...) estava eu junto de S. Ex. Presidente do concelho — no momento dos cumprimentos do
Exercito e da Armada — quando me surgiu, no seu uniforme branco (...) de principio do teu Alexandre.
Veio cumprimentar-me. (...)”; No cartão pede para mandar “esse cartão ao Visconde de Guilhomil”.
1516 — LEITÃO (Joaquim).- CORAÇÕES PARTIDOS. Contos. Livraria Figueirinhas. Porto.
S.d. In-8.º de 272-IV págs. B.
Capa da brochura ilustrada por Carlos Carneiro.
Com dedicatória autógrafa a Salazar: “Ex. Especial N. 1. A Sua Exclencia o Senhor Prof. Doutor
Antonio de Oliveira Salazar, respeitosa e gratíssima homenagem de Joaquim Leitão”.
1517 — LEITÃO (Joaquim).- D. CARLOS O DESVENTUROSO. Notas intimas. Livraria
Portuense de Lopes & C.ª - Successor. 1908. Porto. In-8.º de 205-I págs. E.
Livro de apologia ao rei D. Carlos, escrito depois do atentado que o vitimou.
Encadernação dos editores, com a efígie de D. Carlos gravada na pasta.
1518 — LEITÃO (Joaquim).- GENIO DA DESGRAÇA. Na hora centenaria de Camilo.
Ottosgrafica, Ldª. Lisboa. S.d. In-8.º de 79-I págs. E.
“Capa de Christiano de Carvalho, cartas ineditas e em fac-simile de D. Ana Placido e Silva Pinto”.
Encadernação com a lombada em pele; com as capas da brochura e aparado apenas à cabeça. Assinado
no anterrosto.
1519 — LEITÃO (Joaquim).- LIVROS DE S. BENTO. Lisboa Ocidental. Nas Oficinas da
Imprensa Nacional. MCMXXXVI. In-4.º de 203-I págs. E.
Monografia traçando a história do Palácio de S. Bento e dos acontecimentos políticos que levaram à sua
utilização como séde do Parlamento, bem como da Biblioteca que lhe foi adstrita. De págs. 78 a 96 vem
inserta a correspondência trocada entre Castilho e Camilo a propósito do lugar de bibliotecário das
Cortes. No fim vem uma extensa “Relaçam [e transcrição] dos Principais Documentos” que lhe respeitam, datados entre 1820 e 1938. A seguir ao frontispício vem um retrato de Salazar, “reprodução
à pena pelo desenhador da Imprensa Nacional Narciso de Morais” com o busto de Salazar destinado
à Bibioteca da Assembleia Nacional, hoje da República, busto da autoria do escultor Francisco Franco.
Exemplar de uma tiragem especialíssima, porventura único, em papel amelado de superior qualidade, com
uma rica encadernação inteira de pergaminho, tendo na pasta da frente, pintado à mão a cores e metais,
a cercadura que aparece na capa da brochura da edição corrente; na pasta posterior, também pintada a
cores, a esfera armilar e, no início do texto uma letra capital de fantasia igualmente pintada a várias cores.
1520 — LEITÃO (Joaquim).- A MULHER NA OBRA DE GIL VICENTE. Lisboa. XXXIX
[1939]. In-4.º de 70-II págs. B.
Separata do volume «Gil Vicente» publicado pela Academia das Ciências de Lisboa.
Dedicatória do autor.
1521 — LEITÃO (Joaquim).- [OBRAS]. Editores e datas diversas. 5 obras ou opúsculos In-8.º B.
Colecção com as capas da brochura em papel pardo de embrulho, todas datadas de Lisboa 1936 e todas
com dedicatória do autor: «Azas em Terra», discurso pronunciado na inauguração da Exposição
Bibliográfica Comemorativa do Centenário de Júlio César Machado, no Museu Rafael Bordalo
[16]
.../...
Pinheiro em 3 de Outubro de 1935; «O Capuz de Miguel Ângelo», discurso profrido na sessão solene
de encerramento, em Junho de 1935, das Grandes Festas da Cidade e nos Paços do Concelho;
«Harmonia Latina»; «A Mulher e os Livros», discurso inaugural das Bibliotecas Itinerantes proferido
nos Paços do Concelho, no dia 25 de Outubro de 1935, em comemoração da Tomada de Lisboa;
«O Poço que ri. Rafael Bordalo Pinheiro e o seu tempo».
Todos com dedicatória do punho do autor.
1522 — LEITÃO (Luís Veiga).- CICLO DE PEDRAS. Portugália Editora. Lisboa. [1964]. In8.º gr. de XXXIX-I-104-II págs. B.
Os poemas aparecem antecedidos de um extenso e importante estudo de Fernando Guimarães intitulado «Significado e Estrutura da Poesia de Luís Veiga Leitão». Volume integrado na «Colecção Poetas
de Hoje», colecção que muito prestigia a poesia portuguesa.
1523 — LEITÃO (Luís Veiga).- LIVRO DA PAIXÃO. Ilustrado por Veiga Luís. Ulmeiro.
[Lisboa. 1986]. In-8.º de 57-VII págs. B.
Primeira edição deste original livro em prosa, com os desenhos do autor — Veiga Luís — impressos
em plena página.
Dedicatória do autor para Soledade Summaville.
1524 — LEITAO (Luís Veiga).- LIVRO DE ANDAR E VER. Achiamé. 1976. [A edição foi feita
em máquina Intrépida para Robson Achiamé Fernandes, editor, na cidade de São Sebastião do
Rio de Janeiro.]. In-4.º peq. de CXLIV págs. inums. B.
Primeira e rara edição de 575 exemplares numerados e assinados pelo autor, de muito original realização
gráfica, impressa no Brasil. Livro de poesia e prosa, com muitos e belos desenhos do Autor com vistas do
Porto, Lisboa, Toledo, Atenas, Paris, Cannes, Colónia, etc. Texto introdutório de Jayro José Xavier,
datado de Niterói, texto que termina com o seguinte parágrafo: “Poeta da linhagem dos poetas da
forma e da cor, de Luís Veiga Leitão se pode dizer que redige seu périplo munido da melhor paleta.”
1525 — LEITÃO (Luís Veiga).- LIVRO DE ANDAR E VER. A Regra do Jogo. Lisboa, 1978.
In-4.º de 100 págs. B.
Primeira edição impressa em Portugal, com os mesmos desenhos que vêm na edição estampada no Rio
de Janeiro.
1526 — LEITE (G. C.).- A VENERÁVEL IRMANDADE DE NOSSA SENHORA DA LAPA
ERECTA NA CIDADE DO PÔRTO. Extractos do seu Arquivo - Notas bibliográficas por...
1939. Emp. Industrial Gráfica do Pôrto, Lda. [Porto]. In-4.º de 61-III págs. E
Invulgar estudo acerca de uma das mais prestigiadas irmandades religiosas desta cidade do Porto,
ilustrado com vários documentos iconográficos a ela respeitantes. Camiliano.
Modestamente encadernado mas com as capas da brochura conservadas.
1527 — LEMARE.- COURS PRATIQUE ET THEORIQUE DE LANGUE LATINE, ou
Méthode prénotionnelle... A Paris. Chez l’Auteur... Aout, 1817. In-8.º gr. de LXXXII-548 págs. E.
“Troisième édition qui diffère des deux précédentes par la manière d’apprendre les Langues, par quatre
mille citatios latines, et une Table alphabétique de près de vingt mille articles, dont le but est de faciliter
tous les genres de recherches, et de remplacer avantageusement le Dictionnaire.”
Encadernação inteira em pele, da época.
1528 — LEMOS (Alexandre António de).- CARTA AUTÓGRAFA, datada de 30 de Outubro de
1875. Dim. 13 x 20,5 cm.
Carta dirigida a Anselmo José Braamcamp e a José Luciano de Castro, acusando a recepção de uma
circular sobre “o projecto de programa em q accordaram os dous partidos reunidos na Granja pª pacto
[17]
.../...
de reconstrucção do partido progressista.
“Achando-me ausente de Vieira ha dous meses, ausencia q ainda se prolongará, e estando vago o lugar
de Vice Presidente de Cintra a q tenho a honra de presidir, por ter o individuo q. fora eleito aceitado
ultimamente um lugar de confiança do governo, não sendo possivel por conseg.te fazer reunir o Centro,
adoptei o seg.te alvitre lembrado n’aquella circular e consultei em carta particular os membros mais
influentes.
“Todos applaudiram com enthusiasmo a união dos dous partidos, á longo tempo desejada, e approvam
inteiramente as bazes por V. Ex.ªs pactuadas. (...)”
1529 — LEMOS (Ester de).- D. MARIA II. (A Rainha e a Mulher). No Centenário da sua Morte.
Fundação da Casa de Bragança. Lisboa. 1954. In-8º gr. de XIV-210-II págs. B.
Ester de Lemos: “Vida breve, brilhante e tumultuosa. Espécie de drama que merece ainda ser contado,
não só porque a intriga é romanesca e o cenário histórico apaixonante - mas porque a sua protagonista
se revela uma autêntica mulher, uma alma rica e valiosa”. Em papel couché vêm reproduzidos numerosos
retratos e cartas. Edição de muito esmerada execução gráfica, com a capa e o frontispício impressos a cores.
1530 — LEMOS (Eugénio de).- SANTARÉM - LENDA E HISTÓRIA. Santarém. 1940. In-4.º
de VI-IV-II-66-IV págs. B.
Capa e belos desenhos do pintor Braz Ruivo representando os mais notáveis monumentos daquela
cidade, para cuja monografia o presente livro é de manifesto interesse.
Assinado no frontispício.
1531 — LEMOS (João de).- CANÇÕES DA TARDE. I. Ultimos Reflexos. II. Horas Vagas de
Buarcos. Lisboa. Typographia Portugueza. 1875. In-8.º de XXI-III-230 págs. B.
Primeira e rara edição deste estimado livro de João de Lemos, cujas poesias aparecem precedidas
de textos do Visconde de Juromenha e de A. X. Rodrigues Cordeiro.
1532 — LEMOS (João de).- POESIA MANUSCRITA. S.d. Dim. 18,5 x 22,5 cm.
Poesia manuscrita em ambas as faces de uma folha que nos parece ter sido retirada de um álbum, sem
título, nem data, ass. J... de L...., poesia de que transcrevemos os três primeiros versos: “Da rude mão
do trovador humilhado, / Letra que não conheceis, / Nem nome que talvez jamais ouviste, Que prestam
no teu livro?”
João de Lemos, de seu nome completo João de Lemos de Seixas Castelo Branco, nasceu em Peso da
Régua em 1819 e morreu em Maiorca, concelho da Figueira da Foz em 1890.
1533 — LEMOS (João de).- SERÕES D’ALDEIA. Livraria Internacional de Ernesto Chardron.
1876. In-8.º de XVIII-270 págs. E.
“São artigos soltos, sem nexo entre si, abrangendo variados assumptos, e tratados perfunctoriamente;
- bem o reconheço. Entretanto, cuido que não serão de todo inuteis e perdidas estas paginas, em serviço
da moral e da religião”.
Encadernação com bonita lombada decorada com ferros a ouro. Só de leve aparado à cabeça. Restauro
marginal numa das folhas preliminares.
1534 — LEMOS (João de).- O TIO DAMIÃO. Poemeto lyrico. Coimbra. Editor - José
Mesquita. [1887]. In-8.º de 147-I págs. B.
São muito invulgares os exemplares deste livrinho de João de Lemos. Capa da brochura com uma
ilustração alegórica.
Exemplar com manchas de acidez.
[18]
1535 — LEMOS (José de).- HISTÓRIAS E BONECOS. Edições Ática. Lisboa. 1947. In-4.º
de LIV págs. inums. E.
Edição cuidada, com muitas e originais ilustrações a cores. Raro.
Com as capas da brochura e as respectivas badanas conservadas e revestido de encadernação inteira
de pele maleável, com título a ouro e mais os seguintes dizeres na parte inferior da pasta, também
a ouro.: “Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho (Literatura Infantil) Concurso dos Prémios Literários
(1947) do Secretariado Nacional da Informação”.
1536 — LEMOS (Maximiano).- CAMILO E OS MÉDICOS. Porto. Typ. a vapor da
Encyclopedia Portuguesa. 1921. In-4.º de 396 págs E.
Valiosa e raríssima edição, publicada em separata dos «Arquivos de História de Medicina Portuguesa»
em TIRAGEM TOTAL DE APENAS 25 EXEMPLARES. Ilustrada com dezenas de fotografias
impressas em folha própria.
Boa encadernação à amador, com a lombada decorada com nervos e belos ferros a ouro; só de leve
aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas.
1537 — LEMOS (Maximiano).- AS PERVERSÕES DO SENTIDO GENESICO EM CAMILO.
Lisboa. Oficinas Gráficas da Biblioteca Nacional. 1923. In-4.º de 12 págs. B.
Rara separata do «Archivo de Medicina Legal», publicado sob a direcção de Azevedo Neves.
1538 — LEMOS (Maximiano).- PORTUGUEZES ILLUSTRES EM FRANÇA: Soares de Barros,
João Jacinto de Magalhães e Ribeiro Sanches. Lisboa. Por ordem e na Typographia da Academia.
1910. In-8.º gr. de 39-I págs. E.
Separata do «Boletim da Segunda Classe» da Academia Real das Ciências.
Encadernação simples, mas com as capas da brochura conservadas.
1539 — LEONI (Francisco Evaristo).- CAMÕES E OS LUSIADAS. Ensaio historico-critico-litterario por... Lisboa. Livraria de A. M. Pereira - Editor. 1872. In-8.º gr. de 315-III págs. B.
São invulgares os exemplares deste último trabalho publicado por Francisco Evaristo Leoni.
Capa da brochura com um pequeno rasgão.
1540 — LESAGE.- HISTOIRE // DE // GIL BLAS // DE SANTILLANE, // PAR M. LE SAGE.
A Londres. M.DCC.LXXXIII. [Éditions Cazin]. 4 vols. In-12.º E.
Estimada edição ilustrada com 30 gravuras em folhas à parte.
Encadernações inteiras em pele, com as lombadas decoradas com pequenos ferros a ouro e, no pé, a
assinatura, também a ouro, “Edition Cazin”. Com o corte das folhas dourado. Assinatura antiga nos
frontispícios.
substituídos pela Empreza Litteraria Fluminense. Embora o nome de Camilo figure no volume como
tradutor, crê-se que esse trabalho foi efectuado por Ana Plácido. O prefácio de Camilo vem de págs.
III a VIII.
Encadernação com a lombada em pele, tendo as capas da brochura preservadas, mas um pouco aparado.
1543 — LIMA (Augusto César Pires de).- CAMILO CASTELO BRANCO. Palestra realizada
a instâncias dos “Amigos do Porto”... Porto. 1952. In-8.º gr. de 49-I págs. B.
Com um retrato de Camilo impresso em folha à parte.
1544 — LIMA (Augusto César Pires de).- CANCIONEIRO POPULAR DE VILA-REAL.
Edição de Maranus. Pôrto. 1928. In-12.º de 239-I págs. E.
Recolha de mais de um milhar de quadras populares. Com um retrato de Luís Esteves de Aguiar.
Excelente encadernação à amador, de recente execução. Com as capas da brochura conservadas e só
de leve aparado à cabeça.
1545 — LIMA (Batista de).- ALCUNHAS DE GENTE D’ALGO. 1949. Póvoa de Varzim. In-8.º
de 77-III págs. B.
Na capa da brochura tem mais os seguintes dizeres: (Do “Livro Velho das Linhagens”). Curiosas anotações
- Comentários e críticas em prol da Fidalguia Portuguesa - Carta de D. João de Castro. Tiragem
muito limitada.
1546 — LIMA (Câmara).- CARTAS A MULHERES E BILHETES A TODA A GENTE.
Livraria e Imprensa Civilisação. Porto. 1926. In-8.º de 271-I págs. E.
Do Índice: Elogio do snr Affonso Costa; Lisboa fedorenta; Jornalismo de verão; «Mar Alto»; Touros
de morte; A revolução gorada; Os creados de café; O grande Affonso; «O Regente»; José de
Figueiredo; Para boticários; O Brito revedor; O «Chiado», etc. etc.
Encadernação com lombada e cantos em pele, mantendo conservadas as capas da brochura. Assinado
no anterrosto.
1547 — LIMA (Diogo Martinez de) & LIMA (Eduardo Martinez de).- PORTO EM FRALDA.
Narrativas do Porto, por dois tripeiros. 1926. [Casa d’Obras de “O Primeiro de Janeiro”. Porto].
In-8.º gr. de 94-II págs. E.
Os autores, “tripeiros de gema, procurando enaltecer o que de bom existe neste querido Pôrto, de tradições
as mais belas, não deixarão, no entretanto, de condenar, pondo a claro, a hedionda podridão que
ao transeunte se depara a cada passo, por essas ruas fora, graças à inércia dos dirigentes da C.M.P.,
que lançaram ao abandono esta laboriosa Cidade, donde brotaram os principais rasgos de heroismo
e os primeiros gritos de liberdade”.
Curiosa capa da brochura vendo-se a Torre dos Clérigos com uma camisa de fralda vestida. Com dois
Ex-libris de Gustavo d’Ávila Prerez. Encadernação simples.
1541 — LESAGE.- HISTORIA DE GIL BRAZ DE SANTILHANA, por Lesage. Traducção
portugueza. Nova edição revista e emedada. Com estampas finas. Paris, Vende-se em casa de
Theophilo Barrois filho. 1819. 4 vols. In-8.º E.
1548 — LIMA (Gervásio).- BREVIÁRIO AÇOREANO. Tipografia Editora Andrade. Angra do
Heroismo, 1934. In-8.º de 397-I págs. B.
1542 — LESCOUER (Padre).- VIDA FUTURA. Conferencias traduzidas do Padre Oratoriano
Lescoeur. Editores - Santos & Vieira. Empreza Litteraria Fluminense. Lisboa. S.d. [1877]. In-8.º
de VIII-222-II págs. E.
1549 — LIMA (Gervásio).- TORNEIO AÇOREANO LITERARIO E ARTÍSTICO. Tip. Editora
Açoreana. Angra do Heroismo - Açores. 1937. 2 vols. In-8.º de 282-II e 280-II págs. B.
Edição ilustrada com 14 gravuras abertas a buril em chapa de metal em folhas à parte.
Encadernações inteiras em pele, da época, danificadas e com o 4.º volume desconjuntado. Pequena
assinatura nos frontispícios.
Exemplar da primeira edição da tradução, com frontispício e capas da brochura originais, mais tarde
[19]
.../...
Livro interessante e muito invulgar, constituído por “366 dos mais importantes factos da História
Açoreana”.
Valorizado com dedicatória do autor “Ao grande diplomata e maior português Dr. Oliveira Salazar”.
Capa da brochura com um rasgão mas completa. Desconjuntado.
“Mais um livro! dirá o leitor, habituado a receber amiudadas vezes as minhas publicações em volume.
ste, porém, marca e assinala, pelo arquivo minucioso das festas realisadas em Outubro de 1934, na
[20]
.../...
cidade d’Angra do Heroismo, o fim do grande Torneio Literário e Artístico Açoreano, e o principio ou
continuação d’outros.” Com muita e variada colaboração, praticamente toda de temática açoriana.
Muito invulgar.
O anterrosto do primeiro volume, com um pequeno defeito, apresenta dedicatória do autor “Ao maior
português o dr. Oliveira Dalazar”.
1550 — LIMA (João Paulo de Abreu e).- ARMAS DE PORTUGAL. Origem. Evolução.
Significado. Edições Inapa. Lisboa. 1998. In-4.º gr. de VI-160-II págs. E.
Trata-se de “uma tese profusamente documentada e ilustrada que pretende repor o brasão de armas nacional no seu verdadeiro sentido heráldico e significado simbólico, isto é, dentro dos princípios como os
homens da Idade Média o conceberam e modificaram ao longo da sua natural evolução de séculos.
“Tendo por base os textos antigos disponíveis, que se procuram demonstrar e provar com documentos
iconográficos existentes, cada capítulo trata separadamente os vários elementos constitutivos do escudo propriamente dito e de todos os seus componentes exteriores, que são parte integrante do brasão
das armas de Portugal. (...)”
Edição de grande qualidade gráfica e luxuosa apresentação, em papel de qualidade superior e inúmeros elementos iconográficos reproduzidos a cores e a negro.
Encadernação dos editores em tela azul com dizeres gravados a seco e sobrecapa ilustrada a cores.
1551 — LIMA (José de).- CORRESPOND NCIA EPISTOLAR SOBRE A IDA DE D. ANA
PLÁCIDO PARA O RECOLHIMENTO DE SÃO CRISTOVÃO EM LISBOA. Publicação e notas
de... Editorial Domingos Barreira. Porto. [S.d.] In-8.º de 63-I págs. E.
Cartas de Ana Plácido, Francisco de Paula da Silva Pereira, Manuel Pinheiro Alves e Carlos Augusto
da Silva Campos. Retratos de António Bernardo Ferreira e de José Pereira dos Reis, além de um de
Ana Plácido desenhado por Agostinho Salgado.
Sóbria encadernação com a lombada em pele, mantendo conservadas as capas da brochura.
1552 — LIMA (Frei José de).- ORAÇAÕ GRATULATORIA RECITADA NA SOLEMNE
ACÇAÕ DE GRAÇAS QUE, PELA FELIZ RESTITUIÇAÕ DOS INAUFERIVEIS DIREITOS
MAGESTATICOS D’EL-REI NOSSO SENHOR, Fez celebrar a Illustrissima Camara do Porto
Na Sé Cathedral da mesma Cidade em 8 de Junho de 1823. Por... Eremita de Santo Agostinho.
Porto: na Typ. de Viuva Alvarez Ribeiro & Filhos. 1823. In-8.º gr. de 22 págs. Desenc.
Publicação com interesse para a história do Miguelismo e da queda da primeira tentativa de introdução do Liberalismo em Portugal.
1553 — LIMA (José Joaquim da Costa).- O VINHO DO PORTO. [Litografia Nacional. Porto.
MCMXXXVI]. In-8.º gr. de 29-I págs. E.
Interessantes capítulos sobre o vinho do Porto, capítulos que vão desde a sua história à maneira como
o mesmo se deve guardar, servir e beber, numa cuidada edição do Instituto do Vinho do Porto. Com
boas fotogravuras e desenhos monocromáticos. Primeira edição das duas que conhecemos.
Modestamente encadernado, mas com as capas da brochura conservadas.
1554 — [LIMA (José Joaquim Lopes de)].- A VERDADE ZOMBA DA CALUMNIA. Lisboa.
Na Imprensa Nacional. 1849. In-8.º gr. de 44 págs. Desenc.
Inocêncio: “Sem o seu nome. É uma apologia do sr. conde de Thomar, deffendendo-o das accusações
que contra elle publicavam n’aquelle tempo as folhas opposicionistas.”
1555 — LIMA (Matias).- ENCADERNADORES PORTUGUESES. (Nótulas biográficas e críticas).
Porto. 1956. [Livraria Tavares Martins]. In-4.º de 216 págs. B.
Importante trabalho feito em forma de dicionário, onde são referenciados cerca de 300 encadernadores
portugueses antigos e modernos, reproduzindo 130 modelos de excelentes encadernações, além
de numerosas marcas de artistas.
[21]
1556 — LIMA (Oliveira).- D. MIGUEL NO TRONO. (1828-1833). Obra póstuma prefaciada por
Fidelino de Figueiredo. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1933. In-4.º de XIV-II-304-II págs. E.
Estudo histórico bem documentado, ilustrado com várias estampas impressas em separado.
Considerado por Fidelino de Figueiredo como “verdadeiramente uma história diplomática do govêrno
de D. Miguel”. Com grande interesse para a história do Brasil.
Excelente encadernação à amador, nova, só de leve aparado à cabeça e com as capas da brochura
conservadas.
1557 — LIMA JÚNIOR (Augusto de).- VILA RICA DO OURO PRETO. Síntese histórica e descritiva. Edição do Autor. 1957. [Pap. Tip. Brasil. Belo Horizonte]. In-4.º peq. de 228-VIII págs. B.
Trabalho importante de um autor que é unânimemente considerado como o mais sabedor e divulgador
da história de Vila Rica de Ouro Preto, que tão decisivamente marcou a História da Independência do
Brasil. Com retratos desenhados de Marília de Dirceu, Alferes Xavier (o Tiradentes), Julius Kaukal
(Dom Pedro de Almeida, Conde de Assumar) e do poeta Cláudio Manuel da Costa, além de desenhos
de vistas globais e edifícios históricos locais.
1558 — LINO (Raul).- A NOSSA CASA. Apontamentos sobre o bom gôsto na construção das
casas simples. [Tip. do Anuário Comercial. Lisboa. S.d.]. In-8.º gr. de 125-III págs. B.
É a terceira edição edição deste popular trabalho ilustrado a negro e a cores, sendo estas em folhas
à parte. Com um Prefácio de Manoel de Sousa Pinto.
Raul Lino, discípulo de Albert Haupt, aparece assim apreciado na Grande Enciclopédia Portuguesa
e Brasileira: “Pode dizer-se afoitamente que, independentemente de quaisquer reservas impostas por
critérios, afinidades ou escolas, Raul Lino foi um dos mais notáveis chefes de fila da arquitectura
portuguesa de todos os tempos. O seu papel de inovador e renovador foi extremamente brilhante e o seu
bom gosto apuradíssimo, as suas ideias novas, o seu critério apreendido nos grandes centros artísticos
do Mundo mas castiçamente adaptado a uma tradição rigorosamente portuguesa, provocaram uma
verdadeira revolução artística em Portugal”.
1559 — LINS (Álvaro).- HISTÓRIA LITERÁRIA DE EÇA DE QUEIROZ. 1939. Livraria José
Olympio Editora. Rio. In-8.º gr. de 314-II págs. B.
Primeira das várias edições publicadas deste valioso clássico da bibliografia dedicada ao estudo da
Obra do grande romancista. Muito invulgar.
1560 — A LYRA DA MOCIDADE. Jornal de poezias ineditas. Tomo I. Porto = Typ. do Ecco,
Rua do Bomjardim n.º 649. 1849. In-8.º de IV-192 págs. E.
Camilo a págs. 223 e seguintes da 1ª edição de «Cousas Leves e Pesadas»: “Chama-se o livro A Lyra
da Mocidade, jornal de poesias ineditas. É impreso no Porto em 1849. Há dezesete annos.
“São dezoito nomes de rapazes, que o eram ha dezesete annos. Aqui deve estar a vara magica das lagrimas.
Que é feito d’estes moços? Ir a gente procurar no tempo em que concertaram este livrinho, e dispartir-se de lá com elle pela vida fóra, e trazel-os para este dia, para esta hora... N’isto, por força, ha tristeza
(...)”; faz depois menção de cada um deles e de alguns dá notas biográficas. São estes os poetas:
Alexandre Braga, António Frutuoso Ayres de Gouveia, António José de Azevedo Guimarães, A. L. S.
(“não sei quem fosse” disse Camilo), António Marques Rodrigues, António Morais, Arnaldo Anselmo
Ferreira Braga, António Teixeira de Macedo, Claudino Pereira de Faria, João António Ferreira Rangel,
Joaquim Marcelino de Matos, Jorge Artur de Oliveira Pimentel, José Frutuoso Ayres de Gouveia
Osório, António Coelho Louzada, Manuel José da Silva Rosa Júnior. “Restam d’esta collecção dous
poetas: Sousa Guimarães e T. Augusto. Não sei quem foram nem o que são”.
Conclui. “Continuava a chover e ventar. Não consegui o desafogo das lagrimas. N’estas cousas tristes
intrometteram-se outras que me fizeram rir. Vou explorar o ultimo veio: é adormecer. Tenho optimos
livros para isso. Vou lêr uma das minhas novellas.”
Encadernação com a lombada em pele, nova, ao gosto da época.
[22]
1561 — LISBOA-CRECHE, Jornal Miniatura Offerecido em Beneficio das Creches A Sua
Magestade a Rainha a Senhora Dona Maria Pia. Por David Corazzi Editor. Director Artistico:
Raphael Bordallo Pinheiro. Director Litterario: Xavier da Cunha. Anno-1884-Lisboa-17-18-19
de Maio. Numero unico. Lith. Guedes. Lisboa. In-8.º de 16 págs. E.
Edição luxuosa, impressa a várias cores. Colaboração literária e artística de alguns dos mais destacados
escritores e desenhadores da época. De Camilo Castelo Branco insere o artigo intitulado «Flores».
Frontispíco e capas da brochura impressos a cores, ouro e prata. Encadernação com a lombada em
pele, não contemporânea.
1562 — LISBOA (Fr. Cristovão de).- HISTORIA DOS ANIMAIS E ÁRVORES DO
MARANHÃO. Estudo e Notas do Dr. Jaime Walter. Prefácio de Alberto Iria. Publicação do
Arquivo Histórico Ultramarino e Centro de Estudos Históricos e Ultramarinos. Lisboa. 1967. In4.º gr. de XII-158-II págs. e IV-194-V ff. B.
É a reprodução fac-similada antecedida das respectivas Leituras e Comentários do célebre códice
da primeira metade do século XVII, “obra de excepcional importância para o esclarecimento da parte
portuguesa no estudo da história natural do Brasil”. Com as reproduções dos peixes, aves, plantas
e frutos constantes do manuscrito publicado.
O autor, Frei Cristóvão de Lisboa, irmão de Manuel Severim de Faria, chegou ao Maranhão em 1624.
Capa da brochura editorial reproduzindo a encadernção original em pergaminho.
1563 — LISBOA (Irene).- VOLTAR ATRÁS PARA QU ? Livraria Bertrand. Lisboa. [S.d. 1956]. In-8.º de 207-I págs. B.
Segundo Ramos de Almeida, “«Voltar atrás para quê?» é um livro que só poderia ser escrito por uma
grande escritora, pela pujança e pela força do seu estilo, pela qualidade da sua matéria onde mais uma
vez se desdobra o drama sem horizontes da mulher portuguesa.”
Primeira edição.
1564 — LISBOA (João de).- LIVRO DE MARINHARIA. Tratado da agulha de marear de...
Roteiros, sondas e outros conhecimentos relativos à navegação. Codice do seculo XVI, que
pertenceu á Livraria do falecido Marquez de Castello Melhor, em cujo catalogo de manuscriptos
tinha o numero 254. Adquirido no respectivo leilão pelo Excel.mo Sr. Duque de Palmella
e a expensas suas publicado. Copiado e coordenado por Jacinto Ignacio de Brito Rebello. 1903.
Imprensa Libanio da Silva. Lisboa. In-4.º de LXXXII-308-IV págs. E.
É a primeira edição deste importante tratado de marinharia, de que se imprimiram apenas 600 exemplares.
Dedicatória autógrafa do Duque de Palmela para Hipácio Frederico de Brion. Encadernação da época,
com a lombada em pele, cansada; Capa da brochura impressa a cores e metais.
1565 — LISBOA (José da Silva).- MEMORIA DOS BENEFICIOS POLITICOS DO GOVERNO
DE EL-REY NOSSO SENHOR D. JOÃO VI. Por... Deputado da Real Junta do Commercio
Desembargador da Casa da Supplicação do Reino do Brasil. Rio de Janeiro. Na Impressão
Regia. 1818. [Aliás, Segunda edição impressa nas Oficinas do Arquivo Nacional. Rio de Janeiro.
1940]. In-4.º de II-VIII-VII-I-160-VIII págs. E.
José da Silva Lisboa, visconde de Cairú, nsceu na Baía, filho de pai português e mãe brasileira.
“À direita do Rei (posto que jamais Secretário de Estado), é um dos fautores e defensores maximos
do grande ato da elevação do Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves, pela carta de
lei de 15 de Dezembro de 1815. Visceralmente monarquista e católico, inimigo acerrimo da Revolução
Francesa, a cujos nefastos princípios deu combate sem tréguas, à proporção que na pátria nativa iam
surgindo, representava para êle essa nova ordem de coisas um regime ideal que sonharia perpétuo”,
segundo palavras do Prefácio escrito por E. Vilhena de Moraes, que mais adiante e sobre esta obra afirma:
“Com o seu rótulo de simples resenha, doutrinariamente falando, esta obra é enganadora. Sem embargo
da declaração feita, na sua invencível modéstia, pelo autor, de se ter valido de conceitos alheios, encerra
[23]
.../...
ela no bôjo, preciosíssimo cabedal de idéias que os eruditos bem saberão descobrir e apreciar, no âmbito
da filosofia e das ciências político-sociais, já que era Cairú, como se sabe, um humanista completo.”
Boa edição fac-similar, publicada pela Comissão Brasileira dos Centenários de Portugal, como
contribuição do «Arquivo Nacional».
Encadernação inteira em pele, com dourados na lombada e na pasta frontal, encadernação e margem
das primeiras folhas que apresentam vestígios de água, já completamente seca e de pouco significado.
1566 — LISBÔA-PORTO. Numero unico. Publicado pela Imprensa de Lisboa em beneficio das
Victimas sobreviventes do Incendio do Theatro Baquet. [Lisboa. Typographia Portuense. 1888].
In-fólio de XXXII págs. inums. B.
Monumental publicação com uma bela aguarela a cores na capa de Rafael Bordalo Pinheiro, ilustrações de D. Luís, D. Maria Pia, D. Carlos, D. Amélia, D. Afonso, duque do Porto, Columbano, Soares
dos Reis, São Romão, Alfredo Guedes, Girão, Casanova, Gustavo Bordalo Pinheiro, Alfredo Gameiro,
Silva Porto, Julião Machado, Sarah Bernhardt, Malhoa, Veloso Salgado, R. Hogan, Condeixa e outros.
Textos de Eça de Queirós, Ramalho Ortigão, Fialho, Conde de Samodães, Bernardo de Pindella,
Gomes Leal, João de Deus, Xavier da Cunha, Vicente Almeida d’Eça, Cândido de Figueiredo,
Visconde de Ouguela, José Caldas, Alves Crespo, Brito Aranha, Júlio César Machado, Joaquim de
Araújo, Lino d’Assumpção, L. A. Palmeirim, Eduardo Coelho, Ricardo Jorge, Rodrigues Cordeiro,
Teófilo Braga, Albertina Paraíso, Gervásio Lobato, Costa Goodolfim, Gomes de Amorim, Sousa
Viterbo, João Penha, Conde de Sabugosa, Henrique Lopes de Mendonça, Visconde de Monsaraz,
Sanches de Frias, Marques Gomes, Guiomar Torresão e outros.
1567 — LITORAL. Revista Mensal de Cultura. Director: Carlos Queiroz. Orientação Gráfica de
Bernardo Marques. 1944-1945. [Lisboa]. 6 números em 2 vols. E.
Interessante e representativa revista de literatura, arte e crítica, editada e graficamente orientada por
Carlos Queirós, Mário Silva e Bernardo Marques. Segundo Daniel Pires no seu importante
«Dicionário da Imprensa Periódica Literária Portuguesa do Século XX», esta revista , “Manifestava-se
à revelia da política e da polémica e propunha-se concentrar a sua atenção no «estudo e valorização
desinteressada dos motivos eternos, dos valores essenciais, dos problemas permanentes.» (...)
“Relevante foi, sem dúvida, a convocação para as suas páginas dos melhores escritores brasileiros da
época.” No primeiro número vem publicado um poema inédito de Fernando Pessoa.
Com a importante colaboração literária de, entre outros, Fernando Pessoa, Branquinho da Fonseca,
Miguel Torga, Vitorino Nemésio, Álvaro Ribeiro, António José Saraiva, Carlos Queiroz, Afonso
Duarte, Delfim Santos, Diogo de Macedo, Fidelino de Figueiredo, Graciliano Ramos, Guilherme de
Castilho, Hernâni Cidade, Irene Lisboa, Natércia Freire, Orlando Ribeiro, Paulo Quintela, Ribeiro
Couto, Ruy Cinatti, Sérgio Buarque de Holanda, Tomás Kim, J. M. dos Santos Simões, Cabral do
Nascimento, João de Castro Osório, José Marinho, José Osório de Oliveira, Luís Reis Santos, Manuel
de Lima, Jorge de Sena, António de Sousa, António Quadros, José Blanc de Portugal, Pedro Homem
de Melo, Casais Monteiro e Alexandre O’Neill. Correspondência inédita de António Nobre, Eça
de Queirós, Manuel da Silva Gaio, Sousa Viterbo e o «Relatório sôbre o estado mental de Ângelo
de Lima», por Miguel Bombarda acompanhado de uma autobiografia do poeta. Colaboração artistica
de Bernardo Marques, Cícero Dias, Cottinelli Telmo, Dacosta, Eduardo Viana, Francisco Franco,
Kradolfer, José Régio, Tagarro, Maria Keil do Amaral, Mário Eloy, Ofélia Marques, Stuart de Carvalhaes,
Dórdio Gomes, Júlio, etc.
Colecção completa.
Encadernações modestas e sem as capas da brochura.
1568 — LIVIO (Tito).- HISTORIA ROMANA. Traducção dos 5 primeiros livros por
Manoel Bernardes Branco. Porto: Editor - Antonio José da Silva Teixeira. 1861. In-8.º gr.
de VI-X-514 págs. E.
Boa e muito invulgar edição dos cinco primeiros livros da «História Romana» de Tito Lívio, obra de
relevante importância na literatura clássica latina.
Boa encadernação da época, com a lombada em pele decorada com título e ferros românticos
gravados a ouro.
[24]
1569 — LIVRO D’OURO DA PRIMEIRA VIAGEM DE S. M. EL-REI D. MANUEL II AO
NORTE DE PORTUGAL EM 1908. Editor Carlos Pereira Cardoso. Faz do Douro. Typ.
Occidental - Porto. In-Fólio de 194-II págs. E.
Relato circunstanciado de festiva visita de D. Manuel ao norte de Portugal, com centenas de fotografias
de Carlos Pereira Cardoso e texto de Joaquim Leitão (Porto, Braga, Viana, Coimbra, Leça da Palmeira,
Santo Tirso, Vila da Feira, V. N. de Gaia, Aveiro e Guimarães), Marques Gomes (Aveiro) e António
de Azevedo (Barcelos). Edição luxuosa, inteiramente impressa em papel couché.
Encadernação com cantos e lombada em pele, estando esta decorada com nervuras, dizeres e ferros
a ouro, tendo na pasta da frente, também a ouro, o título da obra. Com as capas da brochura conservadas.
1570 — LIVRO DO CENTENÁRIO DE MOUZINHO DE ALBUQUERQUE. 1855-1955.
[Empresa Tipográfica Casa Portuguesa Sucessores, Limitada. Lisboa. S.d.]. In-4.º gr. de 321-VII
págs. B.
Edição luxuosa, impressa em bom papel e profusamente ilustrada em separado. Refere circunstanciadamente todos os actos comemorativos realizados em Portugal e no seu antigo Ultramar, insere
estudos críticos, depoimentos e evocações, apontamentos biográficos, etc., etc. Tiragem limitada a 650
exemplares. Com um retrato de Mouzinho, impresso em separado, da autoria de Eduardo Malta.
1571 — LIVRO MEMORIAL. A FIGUEIRA DA FOZ A CAMILO CASTELO BRANCO NO
SEU CENTENÁRIO. 1825 a 1925. [Tipografia Peninsular. Figueira da Foz]. 16 de Março. 1925.
In-4.º de 63-I-XXXII-XXXVI-VI-II págs. B.
Interessante volume ilustrado inserindo várias cartas de Camilo e colaboração de Henrique Marques,
Francisco Canavarro de Valladares, Luis d’Oliveira Guimarães, Sant’Iago Prezado, Pedro Fernandes
Tomás, Bourbon e Menezes, H. de C. Ferreira Lima, Eloy do Amaral, Cláudio Basto, etc. Tem no fim
o Catalogo da Exposição Bibliographica e Iconográfica realizada nos salões da Associação Comercial
da Figueira da Foz.
1572 — [LIVROS E REVISTAS CAMILIANAS INCOMPLETAS]. Editores e datas diversas.
32 vols. de diferentes formatos. B. e E.
Conjunto assim constituído: «Aspectos do Tradicionalismo - Manuel de Sousa de Sepúlveda», por
Camilo, n.º 8 da revista “Aurora”; «Caça - Notas camilianas», com o seu retrato, n.º de Setembro de
1913 da revista “A Caça”; «Camiliana & Vária», n.ºs 1 a 4: «Camillo. A sua vida - o seu genio - a sua
Obra», por Paulo Osório, Enc. simples, com capas da brochura; «Camilo Castelo Branco - Alguns episódios pouco conhecidos ou já esquecidos da sua vida», por Nuno Catarino Cardoso, n.º 94 de
“Olisipo”; «Camillo Castello Branco e o Snr. Dr. Bombarda», por Paulo Osório, 1905, em brochura;
«Camilo Castelo Branco... ferroviário», com desenho de Rafael Bordalo Pinheiro, texto não assinado,
n.º 1681 da “Gazeta dos Caminhos de Ferro”, com a capa ilustrada por Stvart; «Camillo e a sua
psychologia», por José Agostinho, 1926, Enc. com capas da broch.; «Camilo e o Coração Humano»,
por César de Oliveira, n.º 3-4, 1927 da revista “Gil Vicente”; «Camilo - Para a historia da sua vida»,
por Alfredo Guimarães, n.º 72 da revista “Serões”, 1911, Enc.; «Camilo e a Justiça», n.º 268 da revista
“Justiça Portuguesa”; «Camilo e as Terras de Ribeira-de-Pena», por Francisco Pimentel, n.º 6, volume
II, 1950, revista “Serões”; «O Camilo que mata», por Manuel Duque Vieira, n.º 52 do Boletim “Liceus
de Portugal”, Enc; «Catálogo do Museu Camiliano de S. Miguel de Seide», 1947, em Broch.; «Correia
Botelho», longo artigo sobre Camilo, com retratos, no fascículo 21 de “Nobreza de Portugal”; «Curso
de Litteratura Portugueza», por Camilo Castelo Branco. 1876. Enc. em pele, com capas de brochura
mas com muitas assinaturas; «O demonio do oiro - excerto», por Camilo, n.º 4, 2ª série de “Magazine
Bertrand”, Enc.; «O «Enredo» actual de A Infanta Capelista», por Abílio de Mesquita, 1958. Enc.;
«Estudos Camilianos. I. «O Morgado de Fafe Amoroso»», por José Tavares», n.º 122 da revista
“Labor”, Enc.; «Eusébio Macário em Guimarães», por João de Meira, 1981, em broch.; «Narcoticos»,
por Camilo, 1.ª edição, 1.º vol. Enc.; «Homenagem a Camilo Castelo Branco», n.º 99 da revista
“Pensamento”; «No Centenario de Camilo», por Vasconcelos Nogueira, 1925, com capas da brochura,
Enc.; «Nova Alvorada», número dedicado a Camilo, colaboração de Ana Plácido, Oliveira Martins,
[25]
.../...
Ramalho, Pinheiro Chagas, Gomes de Amorim, Alberto Pimentel, Teófilo Braga, Francisco de
Almeida, Gomes Leal, Trindade Coelho, José Caldas, Guiomar Torrezão, Eduardo Carvalho, Pereira
Caldas, Luís de Magalhães, etc.; «Novellas do Minho», por Camilo, 1877. Vol. com os números IX a
XII, bem encadernado e com as capas da brochura; «Os últimos dias de Camilo na casa assombrada
de S. Miguel de Seide», texto de Tomás Ribas e fotos de António Homem Christo, n.º de Natal de 1958
da revista “Eva”, Enc. «As Polémicas de Camilo», Recolha, prefácio e notas de Alexandre Cabral, 1.º
vol., Enc. com a lombada em pele e com as capas da brochura; «Psicanálise, judaísmo e mãe de
Camilo», por José de Campos e Sousa, vol. LIX, N.º 1 da revista “Brotéria”, Enc. com cantos e lombada
em pele; «Ratazzi em Lisboa», por Abel Botelho, no “Gabinete dos Reporters”, de 26 de Janeiro
de 1896; «Salvé, Rei!», poesia de Camilo no vol. XXV da “Revista de Guimarães”, Enc. com cantos
e lombada em pele; «S. João Baptista», longa poesia de Camilo integrada no n.º de 22 de Outubro de
1888 do “Diário da Manhã”, conservado em portfólio, com cantos e lombada em pele; «Seria Camilo
um aficionado? Com referência à Festa de Touros evocam-se alguns passos da obra do grande escritor
português», por Jorge Rebelo, publicado no n.º de Junho de 1956 da revista “Festa”, Enc.; «Um soneto
de Camilo. Os Amigos», com retrato de Camilo por Abílio Guimarães e texto não assinado, no n.º 1,
2.ª séreie da revista “Atlântica”, Enc.
1573 — LOBÃO (Manuel de Almeida e Sousa de).- [10 OBRAS]. Impressores e datas diversas.
18 vols. In-8.º gr. E.
Conjunto de obras de um dos grandes nomes da jurisprudência portuguesa, algumas das quais de difícil
aquisição. Encadernações da época. Descrição pela ordem alfabética de títulos:
1. DISCURSO JURIDICO, HISTORICO, E CRITICO SOBRE OS DIREITOS DOMINICAES e provas
delles neste Reino em favôr da Corôa, seus Donatarios, e outros mais Senhorios particulares... 1813.
215-I págs. E. no mesmo volume:
––– TOMÁS (Manuel Fernandes).- OBSERVAÇÕES SOBRE O DISCURSO QUE ESCREVEU
MANOEL D’ALMEIDA E SOUSA EM FAVOR DOS DIREIRTOS DOMINICAES... Pelo
Desembargador... 1814. 209-I págs.;
2. NOTAS DE USO PRATICO, E CRITICAS; Addições, illustrações, e remissões. (Á imitação das de
Muler a Struvio) Sobre todos os Titulos, e todos os §§ do Liv. primeiro [segundo e terceiro] das
Instituições do Direito Civil Lusitano do Doutor Paschoal José de Mello Freire. 1816-1836.
Juntamente com:
––– COLLECÇÃO DE DISSERTAÇÕES JURIDICO-PRATICAS, EM SUPPLEMENTO ÁS
NOTAS AO LIVRO TERCEIRO DAS INSTITUIÇÕES... e INDICE DO QUE SE CONTEM NOS
TRES LIVROS DE NOTAS, (...) e que faz 4.º Volume desta Obra. 5 vols. com 433-V, 670 e 593-III,
486-II e 166 págs. Encadernações uniformes, numeradas nas lombadas de 1 a 5;
3. SEGUNDAS LINHAS SOBRE O PROCESSO CIVIL, ou antes Addicções ás Primeiras, do
Bacharel Joaquim José Caetano Pereira e Souza. Parte I [e II] 1855. Juntamente com:
–––COLLECÇÃO DE DISSERTAÇÕES E TRACTADOS VARIOS EM SUPPLEMENTO ÁS
SEGUNDAS LINHAS SOBRE O PROCESSO CIVIL E ÁS NOTAS A ELLES RELATIVAS. 1855.
656 págs. Encadernações uniformes, numeradas nas lombadas de 1 a 3.
4. TRACTADO ENCYCLOPEDICO, COMPENDIARIO, PRACTICO, SYSTEMATICO DOS
INTERDICTOS, E REMEDIOS POSSESSORIOS GERAES, E ESPECIAES; Conforme o Direito
Romano, Patrio e Uso das Nações. 1814. 257-I págs.;
5. TRACTADO ENCYCLOPEDICO, PRATICO, CRITICO, SOBRE AS EXECUÇÕES, QUE PROCEDEM POR SENTENÇAS NELLAS... 1817. 566-II págs.;
6. TRACTADO HISTORICO, ENCYCLOPEDICO, CRITICO, PRATICO SOBRE TODOS OS
DIREITOS RELATIVOS A CAZAS, quanto ás materias civis, e criminaes. Dividido em tres Partes.
1817. III-I-421-III págs.;
[26]
.../...
7. TRACTADO PRATICO COMPENDIARIO DE TODAS AS ACÇÕES SUMMARIAS, SUA
INDOLE, E NATUREZA EM GERAL E EM ESPECIAL DAS SUMMARIAS, SUMMARISSIMAS,
PREPARATORIAS, PROVISIONAES, INCIDENTES, PRECEITOS COMMINATORIOS, ETC.
1842. 604 págs.;
1579 — LOBO (Francisco Rodrigues).- CARTAS DOS GRANDES DO MUNDO, coligidas
por... (1612). Cartas dos Reis, Senhores e Homens Insignes Portugueses, tresladadas do códice
do Museu Britânico e Editadas com prefácio e notas por Ricardo Jorge. Coimbra. Imprensa da
Universidade. 1934. In-4.º peq. de XVII-112 págs. B.
9. TRACTADO PRATICO E COMPENDIARIO DAS AGUAS, DOS RIOS PUBLICOS, FONTES
PUBLICAS, RIBEIROS, E NASCENTES DELLAS. 1835. XXIX-III-244 págs.;
1580 — LOCKE (John).- ENSÁIO SOBRE A VERDADEIRA ORIGEM, EXTENSÃO E FIM
DO GOV RNO CIVIL. Escripto em inglez por... e traduzido para portuguez por João Oliveira
de Carvalho. Londres: Impresso por Ricardo Taylor. 1833. In-8.º de XXIV-227-I págs. B.
8. TRACTADO PRACTICO COMPENDIARIO DOS CENSOS, Conforme a nossa Legislação,
Costumes deste Reino, e das Nações, em que a Bulla de Pio V. não foi recebida... 1815. 151-I págs.;
10. TRACTADO PRATICO, E CRITICO DE TODO O DIREITO EMPHYTEUTICO conforme a
Legislação, e Costumes deste Reino e uso actual das Naçoens. 1814. 2 vol. XII-548 e XII-433-I,
juntamente com:
–––APPENDICE DIPLOMATICO-HISTORICO AO TRACTADO PRATICO DO DIREITO
EMPHYTEUTICO. 1814. 528-IV págs.
1574 — LOBATO (Gervásio).- LISBOA EM CAMISA. Empreza Litteraria de Lisboa. S.d. In-8.º
de 310-II págs. E.
Um dos mais interessantes e divertidos livros da bibliografia olisiponense, raro nesta sua primeira edição.
Com a valiosa particularidade de ostentar uma interessante dedicatória do autor para Camilo
Castelo Branco.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
1575 — LOBO (Francisco Barros) [BELDEMÓNIO].- O MANDARIM. Lisboa. Empreza
Litteraria Luso-Brasileira - Editora. 1883. 2 números In-8.º peq. de 47-I e 47-I págs. B.
Com referências a alguns escritores da época. São os únicos números publicados. Raros.
1576 — LOBO (Francisco Barros) [BELDEMÓNIO].- A MUSA LOIRA. (Contos). Lisboa.
1890. In-12.º de 52-II págs. B.
Primeira edição, não vulgar.
Frontispício manchado por fita gomada.
1577 — LOBO (Francisco Barros) [BELDEMÓNIO].- VIAGENS NO CHIADO.
Apontamentos de jornada de um lisboeta atravez de Lisboa. Porto. 1887. In-8.º de XVI-311-I
págs. E.
“O Chiado, verdadeiramente, ha uns poucos de annos que não existe senão como uma velha reputação
immerecida, aguentando-se na credulidade dos provincianos como se aguentam na credulidade lisboeta
as queijadas de Sapa...”; “É d’esse velho mundo decahido que este livro faz a historia anecdotica
e a geographia pittoresca, ás vezes enternecidas de uma vaga saudade.” Com referências a numerosos
escritores portugueses.
Encadernação com cantos e lombada em pele decorada com dizeres e ferros a ouro. Com as capas da
brochura conservadas e só de leve aparado à cabeça.
1578 — LOBO (Francisco Barros) [BELDEMÓNIO].- OS TRISTES. Chronica de Lisboa.
Lisboa. Livraria Central de Gomes de Carvalho, Editor. 1908. In-8.º de 336 págs. E.
Um dos menos frequentes livros do autor, livro que o autor dedicou a António Teixeira de Sousa.
Bonita lombada em pele decorada com título e ferros a ouro. Apenas e muito levemente aparado
à cabeça, tendo conservadas as capas da brochura.
[27]
É extenso o prefácio de Ricardo Jorge a estas importantes cartas do grande clássico, poeta e prosador
português nascido em Leiria, filho de André Luís Lobo, cristão-novo e escudeiro fidalgo.
Livro “Offerecido aos Constitucionaes Portuguezes, como Principios Fundamentaes para a Consolidação
da Carta Constitucional, datada em 29 de Abril de 1826”. Raro.
1581 — OS LOMBARDOS NA PRIMEIRA CRUZADA. Drama Lirico em 4 actos: Musica de
Verdi, para se representar mo Real Theatro de S. João da Cidade do Porto. Porto: Typographia
Gandra & Filhos. 1845. In-8.º peq. de 29-I págs. B.
Libreto raro, com interesse para a história das representações musicais levadas a público no emblemático
Teatro portuense no século XIX.
Falta a capa da brochura posterior.
1582 — LOPES (David).- CHRONICA DOS REIS DE BISNAGA. Manuscripto inedito do
seculo XVI publicado por... Lisboa. Imprensa Nacional. 1897. In-4.º de LXXXIX-123-I págs. B.
Trabalho de grande interesse para a história da Índia, com um valioso e dilatado estudo preliminar de
David Lopes. Contribuição para as Comemorações do Quarto Centenário do Descobrimento da Índia.
1583 — LOPES (Fernão).- CHRONICA DE EL-REI D. FERNANDO. Lisboa. 1895-1896.
3 vols. In-8.º de 192-IV, 195-I-IV e 200-II-V-I págs. E. em 1.
Da «Bibliotheca de Classicos Portuguezes» fundada por Melo de Azevedo e dirigida por Luciano
Cordeiro.
Dedicatória de Melo de Azevedo. Encadernação cuidada, com a lombada em pele e só de leve aparado
à cabeça.
1584 — LOPES (Fernão).- CHRONICA D’EL-REI D. JOÃO I. Escriptorio. 147 - Rua dos
Retrozeiros - 147. Lisboa. 1897-1898. 7 vols. In-8.º em 2 vols., juntamente com:
––– AZURARA (Gomes Eanes de).- CHRONICA D’EL-REI D. JOÃO. I. Escriptorio. 147 - Rua dos
Retrozeiros - 147. Lisboa. I899. 3 vols. In-8.º [nums. VIII a X].
Crónicas publicada na «Bibliotheca de Classicos Portuguezes» fundada por Melo de Azevedo. Com
um prólogo de Luciano Cordeiro.
Dedicatória autógrafa de Melo de Azevedo no 1.º volume. Encadernações modernas, com as lombadas
em pele decoradas com dizeres e ferros a ouro; só aparados à cabeça, conservando as capas da brochura
no final de cada volume, faltando apenas a capa da frente do 2º vol. da Crónica de Fernão Lopes.
1585 — LOPES (Fernão).- CHRONICA DE EL-REI DOM PEDRO I. Lisboa. 1895. In-8.º
de 175-IV págs. E.
Obra integrada na colecção «Bibliotheca de Classicos Portuguezes», fundada por Melo de Azevedo
e dirigida por Luciano Cordeiro.
Dedicatória do punho de Melo de Azevedo. Boa encadernação recente, com a lombada em pele com
ferros dourados. Por aparar, mas sem as capas da brochura.
[28]
1586 — LOPES (Francisco Fernandes).- THE BROTHERS CORTE REAL. Agência Geral do
Ultramar. Lisboa. 1957. In-8.º gr. de 22-II págs. E.
Com um mapa desdobrável a cores, documentando a Viagem de Gaspar Corte Real. Edição cuidada,
em tiragem limitada a 1000 exemplares.
Encadernação dos editores.
1587 — [MAÇONARIA MASCULINA E FEMININA].[LOPES (José Joaquim Pedro)].- ATALAIA
CONTRA OS PEDREIROS-LIVRES. Obra traduzida do hespanhol. Accrescentada com hum
Appendice importante de varias noticias reconditas da Maçonaria, e os gráos da Maçonaria
das Mulheres. Por J. J. P. L. Segunda Ediçaõ. Lisboa. Na Typografia Rollandiana. 1817. In-8.º
de 261-III págs. E.
“Discurso sobre a sua Origem, Instituto, Segredo e Juramento; E no qual se descobre a cifra com que
se escrevem, e as acções, signaes, e palavras com que se conhecem. Ajunta-se a Bulla do Summo
Pontifice Benedicto XIV. que os condemna; e a Carta Pastoral do Illustrissimo Bispo de Ventemilha,
D. Pedro Maria Justiniani, que impugna esta pestilente Sociedade”. Muito invulgar.
Bela encadernação moderna, inteira de pele, com nervuras e ferros dourados na lombada.
1588 — LOPES (Victor Silva).- CENAS PARLAMENTARES. Humor, agitação e ataques na
Constituinte. Edição Editus. 1976. In-8.º gr. de 419-V págs. B.
“O humor dos constituintes, a agitação nos plenários e os ataques parlamentares balizam o conteúdo deste
livro que subsidia outro trabalho do mesmo autor sobre a Assembleia Constituinte - “A Constituição
da República Portuguesa (anotada).
“Acreditado em S. Bento há cerca de seis anos, Victor Silva Lopes reproduz neste seu trabalho um
dos momentos mais tumultuosos no tempo da “velha senhora”: a renúncia do Prof. Miller Guerra.
Do ambiente democrático, recolheu as mais diversas cenas e as mais polémicas intervenções na
Assembleia Constituinte.
“De leitura agradável (e às vezes aconselhada só para adultos...) é um documento da história da
Revolução portuguesa, indispensável aos políticos e recomendada ao Povo e a quem o apoiar...”
Capa da brochura pouco limpa.
1589 — LORGUES (Roselly de).- JESUS CHRISTO PERANTE O SECULO, ou novos testemunhos das sciencias em abono do catholicismo por Roselly de Lorgues. 3ª versão em portuguez
sobre a 15ª edição de Paris. Annotada por Camillo Castello-Branco. 2ª Edição. Porto: Editor,
F. G. da Fonseca. Typographia do editor. [1863]. In-8.º de XV-I-353-I págs. B.
Segunda edição com as notas de Camilo, notas que vêm estampadas de págs. 297 a 353. De Camilo
é também um texto inicial de quatro páginas. Com uma litografia representando Cristo crucificado
e outros motivos religiosos, litografia que vem junto ao frontispício. A data, 1863, vem apenas na capa
da brochura.
1590 — LOULÉ (Duque de), BRAAMCAMP (Anselmo José) & CASTRO (José Luciano de).DUAS CARTAS ENVIADAS AO CONSELHEIRO ALEXANDRE ANTÓNIO RIBEIRO DE
LEMOS E FRANCISCO JOSÉ MENEZES DE CARVALHO, datada de Lisboa 5 de Setembro
e 27 de Dezembro de 1873. Dim. 21 x 26,5 cm.
1ª Carta: “Não carecemos de ponderar a V. Ex.ca a conveniencia de se proceder á organização do partido
progressista em todos os pontos do paiz, reunindo as pessoas que seguem os principios e a bandeira
d’este partido, e constituindo nas diversas localidades commissões centraes, que sirvam de nucleo
a esta organização, e que relacionados entre si e communicando-se com o Centro de Lisboa, possam
dar unidade e vigor aos nossos trabalhos.
“N’estas circunstancias, e apreciando devidamente a consideração que a V. Ex.ca tributam os seus
conterraneos, temos a honra de nos dirigir a V. Ec.ca, rogando-lhes, que queira intender-se com os nossos
amigos politicos rezidentes n’essa localidade e, reunindo-os, organizar um Centro politico que reprezente
[29]
.../...
ahi o partido progressista. (...)”
2.ª Carta: “Recebemos a Acta d’instalação do Centro Progressista, organizado em Vieira pelos esforços
de V. Ex.as e leal coadjuvação dos Cavalheiros, nossos prezados correligionarios, que se inscrevem
como seus membros.
“Penhorou-nos em extremo o zelo com que todos corresponderam ao nosso convite e a todos agradecemos a firmeza na sua já partidaria, e confiamos em que o novo Centro prezidido por V. Ex.cas prestará
valiozos serviços ao apostolado e ao triumpho dos principios progressistas. (...)
“Aproximando-se a epocha da eleição geral de Deputados, teremos brevemente de nos dirigir a V. Ex.cas
e a Assemblea a que prezidem, pedindo informações acerca do estado dos partidos n’esse Circulo e da
possibilidade de aprezentar e fazer vingar n’elle uma candidatura progressista. (...)”
1591 — LOUREIRO (Carlos Gomes de Amorim).- ESTALEIROS NAVAIS PORTUGUESES.
Subsídios para a história da construção naval de ferro e aço em Portugal. I. Arsenal da Marinha.
[II. H. Parry & Son]. Lisboa. MCMLX-MCMLXV. [Ramos. Afonso & Moita, Lda]. 2 vols. In-4.º gr.
de 105-XI e 173-III págs. B.
Obra indispensável para a história da construção naval em Portugal, numa cuidada edição ilustrada
com largas dezenas de estampas fotográficas em papel couché, desenhos, plantas e mapas.
1592 — LOUREIRO (Carlos Gomes de Amorim).- O NOME DE LISBOA NOS NAVIOS.
Lisboa. 1948. [Sociedade Industrial de Tipografia, Limitada]. In-8.º gr. de 62-II págs. B.
Estudo ilustrado, integrado nos «Subsídios para a história dos navios portugueses».
1593 — LOUREIRO (Henrique).- O POLÍPTICO DO CONVENTO DE SANTO ELOI.
Desenvolvimento da conferência feita na Associação dos Arqueólogos Portugueses em 25 de
Fevereiro de 1926. 1927. Lisboa. In-fólio de 152-IV págs. B.
Monografia importante, que tem como principal tema os famosos e controversos painéis do Infante ou
de S. Vicente, que tantas intervenções tem provocado por alguns dos mais notáveis investigadores
portugueses. Tem em separado uma estampa desdobrável com o conjunto dos painéis, além de muitas
outras figuras nas páginas do texto.
Desconjuntado.
1594 — LOUREIRO (José Pinto).- MANUAL DOS DIREITOS DE PREFER NCIA. Coimbra.
1944. [Coimbra Editora, L.da. e Livraria Moraes. Lisboa. S.d.]. 2 vols. In-4.º de XIV-II e X-373-I págs. E. em 1.
Notável Jurisconsulto e Professor credor do maior prestígio, Pinto Loureiro deixou várias obras publicadas, sendo esta, da sua especialidade, de grande importância e raro aparecimento no mercado.
O autor foi também conhecido bibliófilo, tendo ocupado o lugar de director da Biblioteca Municipal
de Coimbra.
Boa encadernação com a lombada em pele, com nervos e dourados na lombada, tendo as capas da brochura
conservadas.
1595 — LOUREIRO (Lourenço Trigo de).- ELEMENTOS DE THEORIA E PRACTICA DO
PROCESSO, pelo Dr... Lente substituto do Curso de Sciencias Sciaes e Juridicas de Olinda.
Pernambuco: Typographia de Santos e Companhia. 1850. In-8.º peq. de 252 págs. E.
Inocêncio diz que o autor nasceu em Viseu em 1793, “e transferindo-se para o Brasil em 1810 (interrompido pela invasão franceza o curso de direito, em que se achava por esse tempo matriculado na
Universidade de Coimbra) desembarcou em Março do dito anno no Rio de Janeiro”, onde estudou
e chegou a Lente catedrático em 1852. “Para elle é que se póde verdadeiramente dizer que o magisterio
é um sacerdocio, e um sacerdocio cujos deveres poucos se podem gabar de ter preenchido com tanta
assiduidade e distincção...” Não voltou a Portugal, tendo morrido no Recife em 1870.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
[30]
1596 — LOUREIRO (Urbano).- PERFIS BURLESCOS. Estudos contemporaneos. Porto.
Typographia Lusitana. 1866. In-8.º de 199-III págs. B.
1602 — MACÁRIO (Joaquim Pinto de Sousa).- ELVIRA D’ARMENIO. Poesias eroticas.
Porto. Typographia da Revista. 1874. In-8.º gr. de 206-II págs. E.
1597 — LÖWENSTEIN (Princesa).- PRINCESA E MONJA. (A Viúva de El-Rei D. Miguel).
Tradução e introito do Conde d’Alvellos. Livraria Tavares Martins. Pôrto. 1936. In-8.º
de XXIII-I-281-III págs. E.
1603 — MACEDO (António de Sousa de).- ULISSIPPO, Poema heroico de... Nova Edição.
Lisboa, na Typographia Rollandiana. 1848. In-8.º de XVI-294-II págs. E.
Interessante livro para a bibliografia portuense: «Scenas innocentes da Comedia Eleitoral (no theatro
Baquet)», «No Palacio de Crystal», «Na Cordoaria», «Na Praça Nova», «Na Praça da Batalha», «No
Jardim de S. Lazaro», etc.
Livro com interesse para a história de um dos conturbados períodos da vida portuguesa, documentado
com numerosas ilustrações em folhas á parte.
Dedicatória na capa da brochura do Conde de Alvellos para o escultor Pinto do Couto. Encadenação
em pele decorada a ouro e a seco.
1598 — LUANDA. CIDADE PORTUGUESA FUNDADA POR PAULO DIAS DE NOVAIS
EM 1575. [Organização e fotografias de Rui Pires. Capa e desenhos de Neves e Sousa. Edição
da Direcção dos Serviços de Economia - Secção de Publicidade. Reprodução e impressão Offset,
Litografia Nacional - Porto. S.d.] In-4.º E.
Luxuosa edição constituída por uma «Breve Notícia» também em francês e inglês, muitas e belas ilustrações a cores de Neves e Sousa e cerca de duas centenas de fotografias a negro de Rui Pires.
Extensa dedicatória autógrafa para o então Presidente da República Higino Craveiro Lopes, “estas
imagens da cidade que muito deseja ver-se honrada com a sua presença e onde se não cessa de trabalhar
na obra maior da Grei.”
Luxuosa encadernação inteira de chagrin, com as pastas almofadadas que, como a lombada, apresentam
o título gravado a ouro e as folhas de guarda em seda moiré.
1599 — LUGAN & GENELIOUX.- A PROPRIEDADE LITTERARIA. Analyse do Accordão da
Relação do Porto de 26 de novembro de 1886 que mandou levantar o arresto feito pelos Aggravantes
na BOHEMIA DO ESPIRITO. Porto. Livraria Internacional de Ernesto Chardron... 1886. In-8.º gr.
de 32 págs. B.
Peça importante da questão que opôs Lugan & Genelioux ao editor Eduardo da Costa Santos a propósito do livro de Camilo «Bohemia do Espirito».
1600 — [SENTENÇA DE MORTE CONTRA GOMES FREIRE]. LUIZ GOMES LEITÃO DE
MOURA, Cavalleiro Professo na Ordem de Christo, Desembargador da Relação do Porto, com
exercicio de Corregedor do Crime do Bairro da Rua Nova, e Escrivão nomeado para o Juizo
da Inconfidencia, etc. Certifico que nos Autos Crimes. processados no mesmo Juizo da
Inconfidencia, na conformidade das Reaes Ordens de Sua Magestade Fidelissima, contra os
Réos de alta traição José Joaquim Pinto da Silva, e outros, se acha proferida a folhas cento
e cincoenta e sete verso a Sentença do theor seguinte. (...). No fim: Lisboa: Na Impressão Regia.
Anno 1817. In-4.º gr. de 26 págs. E.
Na folha de guarda da encadernação desta raríssima Sentença tem manuscrita a seguinte nota: “Esta
sentença é a que se pronunciou contra Gomes Freire e outros co-reus da conspiração de 1817”.
Gomes Freire, Marechal que muitissimo se distinguiu em todas as campanhas em que tomou parte, foi
supliciado em S. Julião da Barra a 18 de Outubro de 1817, foi “considerado como um dos mais ilustres
e mais atrozmente perseguidos mártires da Liberdade em Portugal”.
Encadernação simples, da época.
1601 — LUPI (Luís C.).- MEMÓRIAS. Diário de um inconformista. (1901 a 1938) [no 2º e 3º
volumes (1938 a 1943) e (1943 a 1957)]. Lisboa. 1971-1973. [Livraria Editora Pax, Limitada.
Braga]. 3 vols. In-8.º gr. B.
“Mais não pretendo do que oferecer uma achega aos estudiosos e aos cronistas que tenham de escrever
a história do Século XX”. Colecção completa.
Dedicatória do autor nos vols. II e III para o Almirante Nuno de Brion.
[31]
Do autor, oficial do exército provavelmente portuense, Inocêncio regista apenas o livro «Recreios
Poéticos». Invulgar.
Encadernação inteira em pele, da época, com ferros e título dourados na lombada.
Segunda e muito estimada edição deste notável poema clássico, peça fundamental da bibliografia
olisiponense, cuja edição original data de 1640, ano coincidente com o da Restauração de Portugal.
Boa encadernação à amador em pele à cor natural, com ferros a ouro na lombada em casas fechadas.
1604 — MACEDO (Joaquim José da Costa de).- MEMORIA EM QUE SE PERTENDE PROVAR
QUE OS ARABES NÃO CONHECERÃO AS CANARIAS ANTES DOS PORTUGUEZES.
Lisboa. Na Typographia da (...) Academia. 1844. In-fólio de IV-232 págs. E.
Trabalho interessantíssimo pelo tema tratado, fundamentado em vasta documentação, tendo em
Apêndice, nas línguas latina, francesa, inglesa e em caracteres gregos e árabes, os «Textos traduzidos
e citados».
Excelente edição em papel de linho, tirada em restrito número de exemplares em separata das
«Memórias» da Academia Real das Ciências de Lisboa.
Encadernação com cantos e lombada em pele, deteriorada na parte superior. Só de leve aparado à cabeça.
1605 — MACEDO (José Agostinho de).- A BESTA ESFOLADA. [Lisboa: Na Impressão
Regia. Anno 1829]. 26-1 números In-4.º peq. em 1 vol. E. [O último número, inumerado, tem
por título «Pario a Besta»]. Do mesmo autor e no mesmo volume, com frontispício próprio:
––– O DESENGANO. Periodico politico, e moral. Lisboa: Na Impressão Regia. 1830-1831. 27 números. [A última folha, tem dois sonetos escritos “Por occasião da sentida morte do Padre J. A. de
Macedo, assinados J.J.P.L. e no verso o «Índice dos titulos dos numeros desta obra».
Colecções completas de duas das mais célebres, importantes, invulgares e estimadas publicações
periódicas de José Agostinho de Macedo, figura ímpar das letras portuguesas do seu tempo. A primeira obra, «A Besta Esfolada», foi publicada sem frontispício, mas vem acompanhada de um excelente
retrato de Macedo gravado em chapa de metal assinado Jozé Coelho del. e J. V. Priaz sculp.
Encadernação da época, muito danificada.
1606 — MACEDO (José Agostinho de).- OS BURROS, ou O Reinado da Sandice: Poema
heroi-comico-satyrico em seis cantos. Paris, Na Officina Typographica de Casimir.
M.DCCC.XXXV. In-12.º E.
Esta invulgar edição de um dos mais célebres poemas herói-cómicos portugueses, aparece por vezes
reunida à colecção «Parnaso Lusitano», publicada em Paris entre 1826 e 1834.
Alberto Pimentel, em «Poemas Herói-Cómicos Portugueses», que da obra se ocupa com profundidade: “Todas as elaborações por que o poema tem passado resultaram, a meu vêr, não de êrros acidentais dos copistas, mas das ensanchas que êle deu, e dá, a introduzirem-se-lhe, por espírito de vingança ou malevolência, novas passagens e alusões pessoais.
“Os Burros são um poema que pode alterar-se ou continuar-se em qualquer época, metendo-se dentro
dêle toda a gente a quem qualquer fazedor de verso solto, dispondo de ánimo bilioso, queira denegrir
ou injuriar.
“Isso mesmo fez o Padre José Agostinho que, depois de ter escrito o poema, o foi aumentando entre
oa anos de 1812 a 1814, para que lhe não escapassem mortos ou vivos, mulheres e homens, frades e
freiras, políticos, padres, médicos, escritores, os amigos dos seus inimigos, e os inimigos dos seus amigos - mas dêle próprio. (...)”
Boa encadernação da época, inteira em pele, com a lombada decorada com belos ferros dourados.
[32]
1607 — MACEDO (José Agostinho de).- OS BURROS. Poema heroi-comico, satyrico em seis
cantos. Porto. Livraria Cruz Coutinho Editora. 1892. In-8.º de XVII-III-259-V págs. E.
Invulgar edição do célebre poema herói-cómico de Macedo, integrado na colecção que tem o nome do
seu editor: «Collecção Cruz Coutinho».
Encadernação da época, com a lombada em pele.
1608 — MACEDO (José Agostinho de).- CARTA 1ª. [à 32ª] DE J. A. D. M. A SEU AMIGO J. J. P. L.
[Lisboa. Na Impressão Regia. Anno 1827]. 32 cartas ou opúsculos em 1 vol. In-8.º gr. E.
Cartas a Joaquim José Pedro Lopes, interessantes para a história da época e que obtiveram grande
popularidade no seu tempo. Depois das 32 cartas vem: «A Voz da Justiça, ou O Desaforo Punido»,
tendo no fim o nome de José Agostinho de Macedo e o seguinte registo tipográfico: «Lisboa: Na
Impressão Regia. Anno 1827», 22 págs. Colecção completa.
Encadernação contemporânea, danificada.
1609 — MACEDO (José Agostinho de).- CARTAS FILOSOFICAS A ATTICO. Lisboa. Na
Impressão Regia. Anno 1815. In-8.º de 240 [aliás 340]. págs. E.
Inocêncio, «Memorias para a vida intima de José Agostinho de Macedo»: “(...) Já dissemos no § XIX
d’este capitulo, como José Agostinho de Macedo vivera por algum tempo ligado em intimo trato com
a actriz Maria Ignacia da Luz, porém este commercio amoroso em breve arrefeceu como era de esperar
e José Agostinho voltando-se rapidamente do theatro para o claustro, depressa se lhe deparou para
substituir a actriz uma religiosa do mosteiro de Odivellas, por nome D. Joanna Thomasia de Brito
Lobo de Sampaio a qual durante annos foi cortejada com assiduidade, fazendo por seu respeito amiudadas visitas àquelle convento. Estas deram azo a que se divulgasse o segredo, e a que seus inimigos
tirassem d’ahi assumpto para motejos e zombarias. Era esta dama, ao que parece, dotada de alguma
instrucção e apaixonada das lettras: José Agostinho de Macedo dedicou-lha as suas Cartas
Philosophicas a Attico, em 1815, bem como a traducção de uma pequena novella com o titulo de
Arrependimento premiado, que sahiu anonyma em 1818. Se tivesemos de dar credito aos elogios e louvores
de que são tecidas as dedicatorias que precedem estas duas producções, teriamos que collocar tal
senhora, quando menos, a par de Mad. de Sevigné, Dacier ou Staël; porém José Agostinho, encarecia
em todas as suas cousas e assim como não sabia fazer uso dos doestos e das satyras individuaes, tambem
não podia louvar senão adulando aquelles a quem procurava engrandecer, tecendo-lhas os mais encomiasticos e hyperbolicos panegyricos, rescendentes de podres incensos e malbaratadas lisonjas. (...)”
De facto o volume apresenta uma extensa a elogiosa dedicatória impressa à Religiosa Cisterciense
a que Inocêncio faz larga referência.
Capítulos de que o livro se compõe: I. Sobre os bens da Fortuna; II. Sobre o Suicidio; III. Sobre
a Filosofia de Mendelson; IV. Sobre o Bello; V. Sobre a Exageração dos males da Sociedade; VI e VII.
Sobre o Sublime; VIII e IX. Sobre o ser a ignorancia mais conducente para a felicidade do que
a Sciencia, (Sustenta-se este paradoxo); X. Sobre o modo de ser eloquente; XI. Sobre o Estylo, etc.;
XII. Sobre as Bellas Artes; XIII. Sobre a Poesia em relação com a Musica; XIV. Sobre o Desterro; XV
e XVI. Sobre o Patriotismo; XVII. Sobre o assumpto de que a maior Bibliotheca não he mais que hum
só Livro (Sustenta-se este Paradoxo); XVIII. Sobre o assumpto das Cartas; XIX. Sobre ser o homem
o objecto mais ignorado pelo mesmo homem; XX. Sobre Seneca e Young serem dois Escriptores
prejudiciaes; XXI. Sobre não haver Sciencia sem a Sciencia moral; XXII. Sobre as operações do
entendimento; XXIII. Sobre o Genio; XXIV. Sobre o Gosto; XXV. Sobre a Indifferença, etc.: XXVI.
Sobre as inclinações fysicas e espirituaes; XXVII. Sobre os poucos conhecimentos do homem.
Encadernação inteira em pele com ferros a ouro e a seco. Com o belo ex-libris do Conde de Sucena.
1610 — MACEDO (José Agostinho de).- O DESENGANO, Periodico Politico, e Moral. Lisboa:
Na Impressão Regia. 1830. In-4.º 27 números. In-4.º em 1 vol. E.
Inocêncio: «Memorias para a vida intima de José Agostinho de Macedo»: “A ultima empreza politico-litteraria de José Agostinho foi o Desengano, periodico em que de mistura com algumas verdades,
filhas da experiencia e do conhecimento dos homens, requintou, se é possivel, as ferinas e crueis
[33]
.../...
doutrinas que desde muitos annos propalava e de que fizera tão descommedidos ensaios na Besta
Esfolada. Tambem não foi este periodico licenciado pelo Desembargo do Paço, mas sim por censor
especial que José Agostinho obtivera, e que deixava expender á vontade as suas opiniões, e dar como
dizem, por páos e por pedras, sem achar estorvo ou obstaculo que o sopeasse.”
Ainda segundo Inocêncio, o último número ficou incompleto “por lhe obstar a finalisal-o o ataque das
sezões de que lhe sobreveiu a morte”.
Colecção completa desta interessante e rara publicação.
Depois da última carta vem uma folha com dois sonetos de J. J. P. L. escritos «Por occasião da sentida
morte do Padre J. A. de Macedo», tendo no verso o «Indice dos titulos dos numeros desta obra»,
fechando o volume com a «Carta de hum Jurisconsulto Portuguez a José Agostinho de Macedo sobre
Tractados com os Estrangeiros», assinada no fim “O amigo da Lei, e Legitimidade”, «Lisboa: Na
Impressão Regia Anno 1832. 8 págs.
Encadernação em pele, da época, danificada.
1611 — MACEDO (José Agostinho de).- GAMA. Poema narrativo, author José Agostinho de
Macedo. Lisboa, na Impressão Regia. 1811. In-8.º peq. de XV-I-266 págs. E.
Inocêncio: “Foi editor o livreiro Desiderio Marques Leitão. - O poema é dedicado a Ricardo
Raymundo Nogueira, então membro da regencia do reino: consta de dez cantos, com 787 oitavas,
e é precedido de uma Ode pindarica em louvor de Camões, a qual se não encontra noutra parte. D’este
Gama refundido, e accrescentado com dous novos cantos, é que se formou o Oriente.” Primeira e única
edição, muito invulgar.
Encadernação contemporânea, com a lombada em pele.
1612 — MACEDO (José Agostinho de).- O HOMEM OU OS LIMITES DA RAZÃO: Tentativa
Filosofica de... Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1815. In-8.º peq. de 182 págs. E.
Primeira edição vinda a público. Muito invulgar.
Encadernação com a lombada em pele, da época.
1613 — MACEDO (José Agostinho de).- O HOMEM, OU OS LIMITES DA RAZÃO: Tentativa
filosofica de... Pernambuco. Na Typ. de Santos & C. 1836. In-12.º de 177-III págs. B.
Rara edição publicada em Pernambuco, sendo esta, cremos, a segunda edição da obra.
Pequena mancha nas três primeiras folhas.
1614 — MACEDO (José Agostinho de).- OS JESUITAS, E AS LETRAS OU A PERGUNTA
RESPONDIDA. Lisboa: Na Impressão Regia. 1830. In-4.º peq. de 36 págs. B.
Um dos mais invulgares e curiosos escritos em prosa de Macedo, que tem por base a seguinte pergunta,
a que o autor responde negativamente: “Se todos os Livros quantos ha, e se tem escripto sobre todas
as Sciencias em geral, e sobre cada huma dellas em particular, perecessem, e se acabassem, não ficando
desta universal conflagração, ou acabamento mais que os Livros, que os Jesuitas composerão,
imprimirão, e publicárão sobre todas as Sciencias em geral, e sobre cada huma dellas em particular,
sentir-se-hia algum vácuo na extensissima Republica das Letras, ou necessitar-se-hia de alguma nova
composição para encher este vácuo, ou reparar esta perda na mesma extensissima Republica das
Letras?”
Carimbo e assinatura antiga no frontispício.
1615 — MACEDO (José Agostinho de).- A MEDITAÇAO, Poema filosofico em quatro Cantos.
Pernambuco. Na Typographia de Santos & C.ª. 1837. In-8.º de X-254 págs. E.
Cremos que se trata da terceira e muito rara edição do poema, porquanto a sua impressão procede
de Pernambuco, edição que recupera a dedicatória que na primeira o autor fez à Universidade de Coimbra
e que Macedo retirou na segunda edição.
Encadernação inteira em pele, da época. Carimbo-assinatura na folha de rosto.
[34]
1616 — MACEDO (José Agostinho de).- A MEDITAÇÃO. Porto: Typ. de Francisco Pereira
d’Azevedo. 1854. In-8.º gr. de 270-II págs. E.
1623 — MACEDO (José Agostinho de).- OS SEBASTIANISTAS. Lisboa: Na Officina de
Antonio Rodrigues Galhardo. Anno de MDCCCX. In-8.º peq. de VI-114 págs. B.
1617 — MACEDO (José Agostinho de).- A NATUREZA. Poema. Porto: 1854. Typ. de
Francisco Pereira de Azevedo. In-8.º de 363-I págs. E.
1624 — MACEDO (José Agostinho de).- VIAGEM EXTATICAAO TEMPLO DA SABEDORIA.
Poema em quatro cantos. Porto: Typ. de Francisco Pereira d’Azevedo. 1854. In-8.º gr. de 205-I
págs. E.
Quarta edição (a terceira impressa em Portugal) deste estimado poema de Agostinho de Macedo, uma
das suas obras mais vezes reeditadas.
Boa encadernação inteira em pele, da época, com ferros dourados na lombada.
Terceira e invulgar edição de um dos mais divulgados poemas de José Agostinho de Macedo.
Encadernação inteira em pele, da época.
1618 — MACEDO (José Agostinho de).- NEWTON. Poema. Porto: 1854. Typ. de Francisco
Pereira d’Azevedo. In-8.º de 169-I págs. E.
Terceira edição portuguesa e quarta da obra. O poema foi largamente analisado por Pato Moniz no
«Observador Portuguez». Esta edição comporta o «Discurso Preliminar. A Fisica, ou alguma de suas
partes, he, ou póde ser digna materia da poezia sublime?».
Encadernação inteira em pele, da época, tendo a lombada decorada com ferros dourados.
1619 — MACEDO (José Agostinho de).- O NOVO ARGONAUTA; Poema. Lisboa. Na
Typographia de Bulhões. Anno 1825. In-8.º gr. de 48 págs. B.
Esta segunda edição vem aumentada com um prefácio do autor. Invulgar.
1620 — MACEDO (José Agostinho de).- OBRAS INEDITAS DE JOSÉ AGOSTINHO DE
MACEDO. Censuras a diversas obras (1824-1829). Composições lyricas, didacticas e dramaticas.
Com um breve estudo sobre a Historia da Censura Official por Theophilo Braga. Lisboa. Por
Ordem e na Typographia da Academia Real das Sciencias. 1901. In-4.º de XXIV-336 págs. E.
Além dos inéditos de Macedo o volume tem particular interesse pela parte dedicada à Censura sofrida
pelas numerosas obras inventariadas por Teófilo Braga.
Encadernação da época, com a lombada em percalina, tendo conservada a capa da brochura da frente.
1621 — MACEDO (José Agostinho de).- ORAÇÃO FUNEBRE, QUE NAS EXEQUIAS DO
MUITO ALTO, E MUITO PODEROSO IMPERADOR E REI O SENHOR D. JOAÕ SEXTO,
celebradas na Basilica do Coraçaõ de Jesus no dia 10 de Abril de 1826 prégou José Agostinho
de Macedo, presbytero secular. Lisboa. 1826. Na Typografia de Bulhões. In-8.º gr. de 38 págs. E.
Rara produção oratória de José Agostinho de Macedo, cremos que não reeditada.
Encadernação inteira em pele, antiga.
1622 — MACEDO (José Agostinho de).- O ORIENTE. Poema epico de... Lisboa: Na Impressão
Regia. 1827. In-8.º gr. de VIII-XXII-II-380-II págs. E.
Exemplar da segunda edição, ilustrada com um excelente retrato do autor gravado em chapa de cobre.
Uma das mais discutidas obras de Macedo, obra que suscitou bastante polémica aquando do seu aparecimento. Disse Inocêncio que “José Agostinho de Macedo introduziu n’esta reimpressão do poema,
numerosas alterações, posto que pela maior parte coisas pouco substanciaes; accrescentou algumas
oitavas, e supprimiu inteiramente outras”.
A edição constou de 1500 exemplares mas, “depois de impresso o poema, resolveram imprimir a
Dedicatoria á Nação Portugueza [XXII págs. finais], mas d’esta só se tiraram 1:000 exemplares, em
separado, faltando em muitos exemplares (...)”, páginas que neste exemplar vêm no início.
Boa encadernação inteira em pele, da época. O retrato e o frontispício têm uma mancha de água antiga.
[35]
Primeira edição deste voluminho em prosa que Macedo sub-denominou de «Reflexões criticas sobre
esta ridicula seita» e que grande polémica originou. Muito invulgar.
Exemplar da terceira edição. Na «Advertencia» o autor fala do poema e de muitas obras da literatura
portuguesa antiga.
Boa encadernação inteira em pele, da época, com a lombada decorada com ferros e título dourados.
1625 — MACEDO (José Tavares de).- RELATORIO FEITO EM NOME DA COMMISSÃO
NOMEADA POR PORTARIA DE 30 DE DEZEMBRO DE 1854 PARA BUSCAR OS OSSOS
DE CAMÕES. Escripto por... na qualidade de Secretario da mesma Commissão. Lisboa.
Imprensa Nacional. 1880. In-4º. de 31-I págs. E.
São muito invulgares os exemplares desta peça sobre o paradeiro dos ossos de Camões.
Encadernação simples.
1626 — [MACEDO (Luís António de Almeida)].- FACTOS MEMORAVEIS DA HISTORIA
DE PORTUGAL, ou resumo da historia deste Paiz, desde a antiguidade até aos nossos dias. Em
o qual se acha a descripção dos costumes, e usos dos seus habitantes, suas descobertas, seu
commercio, suas guerras, e os acontecimentos mais admiraveis que tem passado em todas as
epocas; extrahido de acreditados escritores: Por L. A. de A. M. Lisboa, Na Typographia
Rollandiana. 1826. In-8.º peq. de IV-335-XIII págs. E.
Obra interessante publicada apenas com as iniciais do autor. Com seis interessantes gravuras abertas
em chapa de cobre com as seguintes legendas: «D. Ioão de Castro jura que a sua probidade o tem levado
a ultima indigencia»; «El-Rei D. Pedro faz tributar as Reaes honras ao corpo de D. Ignes de Castro
sette annos depois de morta»; «Ultimos instantes do celebre Affonso de Albuquerque»; «Sepulveda
tendo naufragado sobre a costa d’Africa acha sua mulher e filhos mortos de fome»; «D. Ioão da Costa
jura guardar segredo que lhe confiara Almada»; «Terramoto de Lisboa».
Encadernação inteira em pele, da época, danificada.
1627 — MACEDO JÚNIOR (Diogo José de).- SOARES DOS REIS. (Recordações).
Colaboração fotográfica de Camilo José de Macedo. Pôrto. Marques Abreu - Editor. 1937.
In-4.º de XVIII-85-III págs. E.
“Triénio funesto para a Pátria, o assinalado pelo suïcídio de Soares dos Reis (1889), Camilo Castelo
Branco (1890) e Antero de Quental (1891)! Dêste grupo que cumpriu tão belo e simultâneamente
trágico destino, o primeiro, o Estatuário, é, de-certo, o menos biografado”. São palavras de Aarão
de Lacerda no início do prefácio deste livro que pretende atenuar a falta apontada. Com muitas
ilustrações estampadas em folhas á parte.
Boa encadernação com a lombada em pele, só de leve aparado à cabeça e tendo as capas da brochura
conservadas. Assinatura e ex-libris-carimbo do escultor Pinto do Couto no anterrosto.
1628 — MACHADO (Álvaro Manuel).- AGUSTINA BESSA LUÍS, O IMAGINÁRIO TOTAL.
Publicações Dom Quixote. Lisboa. 1983. In-8.º gr. de 202-II págs. E.
Importante ensaio sobre uma das figuras capitais da Literatura Portuguesa contemporânea, integrado
na colecção «Estudos Portugueses».
Bem encadernado e com as capas da brochura preservadas.
.../...
[36]
1629 — MACHADO (António Coelho de Sousa).- NOVAS VERSÕES SOBRE O PROBLEMA
DE CALE E PORTUCALE. Porto. MCMLV. In-4.º de 40 págs. B.
Separata do «Boletim Cultural» da Câmara Municipal o Porto.
Dedicatória autógrafa do autor.
1630 — MACHADO (António de Oliveira Amaral).- A RAZÃO. — A JUSTIÇA. (Annotação
sobre a Politica) pelo Conselheiro... Lisboa. Na Typographia de José Baptista Morando. 1850.
In-8.º gr. de II-31-I págs. Desenc.
O autor, natural de Mangualde, pertenceu ao Conselho de Sua Magestade, formou-se em Direito
na Universidade de Coimbra e foi Juiz e Vice-Presidente da Relação dos Açores. Este é o 2.º dos três
escritos do autor registados por Inocêncio.
Com uma mancha que ofende boa parte das margens do opúsculo.
1631 — MACHADO (Bernardino).- CARTA, datada de 10-12-10. Dim. 11,5 x 18 cm.
Carta escrita em meia folha de papel de carta, sem destinatário. “O Conde de Casasl Ribeiro (...)
adoentado dos olhos, sabendo o prazer que tenho em (honrar?) pede-me que lhe diga o (?) Amanhã
se fará o Despacho do Daniel pª Braga; e convem que o Daniel tome posse 2.ª feira e avise d’isso o Conde
pª este o propor pª adm.ão do (moço?) antes de partir p.ª ahi. A sua partida deverá ser ª (...) á noite, na
passgem 5.ª de manhã, o conde conversará com V. Ex. ácerca do officio vago nessa comarca. (...)”
1632 — MACHADO (Bernardino).- DISCURSO PROFERIDO NA PRESIDENCIA DA SESSÃO
SOLENE CELEBRADA EM HONRA DE GARRETT pelo Atheneu commercial do Porto no
dia 4 de fevereiro de 1899. [Imprensa da Universidade - 1899]. Infólio de 4 págs. B.
Raríssimo discurso em folha volante, publicado sem frontispício nem capas de brochura.
1633 — [COLECÇÃO DE SELOS CAMILIANOS]. MACHADO (Énio José).- HOMENAGEM
A CAMILO CASTELO BRANCO. Álbum de sêlos comemorativos do seu Centenário.
MDCCCLXXV-MCMXXV. S. l. n. d. In-fólio de 9 ff. inums. E.
Os dizeres do frontispício vêm enquadrados numa artística composição desenhada por Énio José
Machado, seguindo-se-lhe a Reprodução em miniatura de um quadro á pena de Énio José Machado
representando os fac-símiles reduzidos dos titulos dos frontespícios das primeiras edições de todas as
obras originais do eminente romancista portuguez «Camillo Castello Branco», de alguns dos seus
retratos em varias fases da sua vida — parte dos quais ilustram algumas das suas obras, — das vinhetas
representativas das casas onde nasceu e onde morreu, e do Jazigo onde repousa, no cemiterio da
Lapa, da cidade do Porto. Quadro este, adquirido pela Câmara Municipal da mesma cidade, para
o seu museu Histórico.
Vem a seguir uma folha onde na primeira página se lê «Portugal - Continente», seguindo-se-lhe duas
folhas emolduradas por vinhetas tipográficas onde vêm colocados, com charneiras, os 31 selos originais
que constituem a emissão filatélica completa do continente, comemorativa do cinquentenário da morte
do romancista; Segue-se outra folha que na frente tem a palavra «Açores», seguida de mais duas folhas
com os 20 selos que constituem esta série, sendo no total 51 selos, todos novos e impecáveis.
Deste excelente trabalho habilmente litografado, apenas foram impressos 250 exemplares, hoje raríssimos. O presente tem o n.º 32 e está autenticado pela assinatura de Énio Machado.
Encadernação editorial em percalina com dizeres grvados a negro. (ver gravura na pág. 37)
1633 - ver pág. 38
1634 — [BRAGA]. MACHADO (João de Faria).- MANIFESTO DAS RAZÕES DE DIREITO,
HONRA E INTERESSES, QUE IMPELLEM A FAMILIA FARIAS MACHADOS DA CIDADE
DE BRAGA A patentear ao Publico as causas do seu proceder contra os suggestidos factos de
sua Mãi D. Maria Thomasia Pereira de Miranda, e de seu Padrasto, e segundo Marido della,
Gaspar de Souza Quevedo Pizarro. Escripto por seu filho, seu successor, representante, e o Chefe
[38]
.../...
da Familia, João de Faria Machado. Lisboa: Na Imprensa Nacional. Anno de 1823. In-8.º gr.
de 119-I págs. Desenc.
Parece ter feito grande alarido o assunto de que aqui se trata, cujo autor no frontispício se declara
“Fidalgo Cavalleiro da Casa Real, Cavalleiro da Ordem de Christo, Senhor do Solar de Farias,
Padroeiro da Igreja dos Religiosos de S. Francisco do Monte na Villa de Viana do Minho, e residente
na sua Casa e Quinta da Conega da Cidade de Braga.”
Com uma mancha de água, antiga e seca.
1635 — MACHADO (Joaquim Emidio Xavier).- ESBOÇOS A CARVÃO. (Fragmentos).
Precedidos por uma carta do Ex.mo Snr. Camillo Castello Branco. Porto. Typographia-Pereira
da Silva. 1873. In-8.º de 143-I págs. E.
Da carta de Camilo: “(...) O que eu muitissimo admiro e louvo neste môço que ufanamente apresento
aos meus conterraneos, que sabem ler e pensar, é o sentimento profundo, serio e indicativo de precocidade de espirito; é a austeridade da ideia a analyse dos grandes quadros da vida; é a promessa de um
abalisado pensador, em locuções claras, com a lucida filosophia de Droz, e os recamos amenos de muitas
flores colhidas na litteratura contemporanea. (...)”
Encadernação com a lombada em pele, da época. Assinado no anterrosto.
1636 — MACHADO (José de Sousa).- O DOUTOR FRANCISCO DE SÁ DE MIRANDA.
O Poeta do Neiva. Notícias Biográficas e Genealógicas recolhidas e compostas por... Braga.
Livraria Cruz. 1928. In-4.º peq. de 382-II págs. E.
Considerável subsídio para a biografia do grande poeta quinhentista, numa cuidada e procurada
edição adornada de fac-símiles de manuscritos, mapas, etc. Com interesse para a bibliografia camiliana.
Encadernação com a lombada e os cantos em pele à cor natural mosqueada. Só de leve aparado à cabeça
e com as capas da brochura conservadas.
1637 — MACHADO (Júlio César).- APONTAMENTOS DE UM FOLHETINISTA. Porto. Typ.
da Companhia Litteraria - Editora. 1878. In-8.º de 316-II págs. E.
Com interesse camiliano, histórico e olisiponense. Primeira edição.
Capa da brochura manchada.
1638 — MACHADO (Júlio César).- CLAUDIO. Romance. Lisboa. Empreza Editora Carvalho
& Cª. [1875]. In-8º de 284 págs. E.
Livro de estreia de Júlio César Machado, figura relevante no meio literário português do seu tempo.
A primeira edição data de 1852. Camiliano.
Dedicatória do autor para um jornal de Coimbra. Encadernação com cantos e lombada em pele com
ferros dourados. Tem as capas da brochura conservadas.
1639 — MACHADO (Júlio César).- DA LOUCURA E DAS MANIAS EM PORTUGAL. Estudos
humoristicos. Lisboa. Livraria de A. M. Pereira - Editor. 1871. In-8.º de IX-I-248-IV págs. B
“Propunha-se este livro a dois fins: chamar a attenção dos governos para esse hospital de Rilhafolles
em que ninguem pensava; e chamar a attenção do publico — a parte sã, a parte com juiso entre elle —
para castigar, rindo, as superstições, que com o invadirem de mais o paiz tornaram Portugal uma nação
de enguiçados”. Muito curioso. Primeira edição.
Desconjuntado. Assinatura e carimbo-ex-libris no frontispício.
1640 — MACHADO (Júlio César).- DO CHIADO A VENEZA. Lisboa. Livraria de A. M.
Pereira. 1867. In-8.º de 229-I págs. E.
Livro de viagem a Itália a que o autor deu o habitual colorido que empresta aos seus livros de crónicas
e viagens.
Encadernação da época, um pouco aparado mas com as capas da brochura conservadas.
[39]
1641 — MACHADO (Júlio César).- LISBOA DE HONTEM. Escriptorio 24, Rua Nova do
Almada, 2.º Lisboa. [Officina Typographica de J. A. de Mattos. S.d.]. In-8.º de 266 págs. E.
Um dos interessante livros de Júlio César Machado, verdadeiro cronista da vida da Lisboa do seu tempo.
Singelamente encadernado e aparado.
1642 — MACHADO (Júlio César).- LISBOA NA RUA. Lisboa. Empreza Horas Romanticas.
[1874]. In-8.º de 222 págs. E.
Um dos mais interessantes livros de Júlio César Machado, escritor e jornalista dos mais lidos e estimados
do seu tempo. Com interessantíssimos desenhos de Manuel de Macedo gravados por Severini e Pedroso
e estampados em folhas à parte. Muito invulgar.
Dedicatória dos editores para Joaquim Martins de Carvalho. Conserva as capas da brochura e está
revestido de boa encadernação com cantos e lombada em pele.
1643 — MACHADO (Julio César).- MANHÃS E NOITES. Lisboa. Livraria Moderna - Editora.
1873. In-8.º de 219-III págs. E.
Livro constituído por capítulos de variado interesse, de que se salientam os que respeitam à música
e ao teatro do tempo.
Sólida encadernação com cantos e lombada em pele, tendo preservadas as capas da brochura.
1644 — MACHADO (Júlio César).- MIL E UMA HISTORIAS. 1888. Oficina Tipographica da
Empreza Litteraria de Lisboa. In-8.º gr. de 335-I págs. E.
Saborosa história de bibliófilos protagonizada por Inocêncio Francisco da Silva, Meréllo e o alfarrabista Rodrigues, da rua do Crucifixo, é a que abre este interessante e pouco frequente livro de Júlio
César Machado. Com um bom retrato do autor gravado em madeira por Pastor.
Dedicatória autógrafa de Júlio César Machado. Modestamente encadernado, só de leve aparado
à cabeça e com as capas da brochura conservadas, estando restaurada a da frente.
1645 — MACHADO (Júlio César).- QUADROS DO CAMPO E DA CIDADE. Lisboa. Livraria
de Campos Junior - Editor. S.d. In-8.º de 253-III págs. E.
Um dos mais invulgares livros do autor, escritor que deixou longa bibliografia publicada e vasta
colaboração nos periódicos do seu tempo.
Encadernação da época, com a lombada em pele decorada com ferros dourados.
1646 — MACHADO (Júlio César).- OS THEATROS DE LISBOA. Illustrações de Raphael
Bordallo Pinheiro. Lisboa. Livraria Editora de Mattos Moreira & Cª. 1875. In-8.º gr. de 236 págs. E.
Subsídio de considerável importância para a História do Teatro em Portugal e um dos mais estimados
e interessantes do autor, escritor de invejável audiência no seu tempo. São curiosas e muito numerosas
as ilustrações de Rafael Bordalo Pinheiro.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
1647 — MACHADO (Júlio César).- A VIDA ALEGRE. (Apontamentos de um folhetinista).
Lisboa. Livraria Editora de Mattos Moreira & Cª. 1880. In-8.º de 279-I págs. E.
Um dos interessantes livros do notável jornalista que foi Júlio César Machado.
Encadernação da época, com as capas da brochura conservadas embora reforçadas.
1648 — MACHADO (Júlio César).- A VIDA EM LISBOA. Romance contemporaneo. 2.ª edição.
Lisboa. Parceria Antonio Maria Pereira. 1901. 2 vols. In-8.º de 198-IV e 205-III págs. E. em 1.
“Este livro, escripto sob o poder de impressões verdadeiras, aspira unicamente a ter côr local. (...)
“Procurar as mais salientes feições da nossa terra, estudar os costumes e a indole dos lisbonenses, ligar
[40]
.../...
a descripção dos typos á descripção de certos logares que em Lisboa tem mais distincta feição: inventar
uma acção em que os elementos se combinem todos a auxiliar a pintura emprehendida dos logares e dos
typos, amenisando-a pelo interesse e movimento de um enredo em harmonia com os caracteres que se
pretende observar, e com os usos que se procura descrever - eis o plano desta obra (...)”
Modestamente encadernado.
1649 — MACHADO (Júlio César) & MIDOSI (Paulo).- HOMENAGEM A TABORDA.
Esboço biographico do actor Francisco A. da S. Taborda por... Reportorio comico de Taborda.
Amor pelos cabellos - O Senhor José do Capote - O Amigo dos Artistas - A Historia d’um
Marinheiro - Á Sahida da Tragedia - Sem pés nem cabeça - Um Saráo Litterario, por Paulo
Midosi. Para as eleições, por J. C. Machado. Com uma bela photographia e fac-símile de
Taborda. Porto. Imprensa Portugueza. 1871. In-8.º gr. de 213-III págs. E.
Livro raro, especialmente quando acompanhado da prova fotográfica de Taborda ass. “Silva Pereira,
Phot. Bomjardim, Porto”.
O exemplar apresenta algumas anotações e cortes a tinta, da época, que bem podem ser do punho de
Camilo, como assevera na sua ficha-ex-libris Pedro Alvellos, devotado camilianista: “Com algumas
anotações de Camilo”. Dedicatória autógrafa de Paulo Midosi. Encadernação contemporânea, com
a lombada em pele.
1650 — MACHADO (Roque).- ¿DE QUEM É O «PEITO ILUSTRE LUSITANO, A QUEM
NEPTUNO E MARTE OBEDECERAM»?. [S.l. - 1935]. In-4.º de 16 págs. B.
“Essa terceira estancia do canto primeiro de Os Lusiadas, em que o Poeta põe muito do seu engenho
e arte, de que fala ao rematar a segunda estancia ou a estancia anterior, vamos converte-la em uma
expressão matematica, em uma formula algebrica, se a tanto nos ajudar o engenho e arte.”
Dedicatória do autor.
1651 — MACIEL (Artur).- RITMO DE BILROS. Livro que contem vários casos e lendas da
Beira-Lima. Dado á estampa por Artur Maciel, do Minho por amor e criação. Primeira impressão.
Companhia Portugueza Editora, Lda. Porto. [1924]. In-8.º de 175-V págs. B.
São de José Cyrne, “de Viana do Castelo”, os muitos desenhos que adornam esta obra, inclusivé o que
ilustra a capa da brochura, muito belo e a cores.
1652 — [MAÇONARIA DO PORTO. DIPLOMA DA LOJA «FIDELIDADE», DO PORTO,
IMPRESSO EM PERGAMINHO]. A.·. G.·. do G.·. A.·. do U.·. O Cap.·. da R.·. L.·. Fidelidade
Ao Or.·. do Porto. S.·. I.·. e A.·. a todas as Oficinas M.·. espalhadas sobre a terra. [friso horizontal
com motivos florais] O muito Sab.·. e Perf.·. M.·. e mais Dignid.·. do Cap.·. da R.·. L.·.FIDELIDADE
Certificamos que o N.·. R.·. I.·. Francisco Joze de Azevedo Coutinho [nome manuscrito] he M.·.
do sublime Gr.·. de C.·. R.·. [cruz de Malta?] Suas Virtudes Maç.·. e Civis o tornáo digno de que
o recomendemos a todos os NN.·. MM.·. CC.·. e RR.·. II.·. para que assim o reconheçáo, honrem
e estimem, prestando-lhe os favores que sáo devidos aos filhos da L.·. Pelo que lhe mandamos
passar o presente Diploma, Sellado e Timbrado. Dado na Officina do Cap.·. aos dous do segundo
mez do Anno da V.·. L.”. 5839 [1839].
Com várias assinaturas.
Todo o texto é circundado por uma larga e bela moldura formada por inúmeras e decorativas gravuras
com motivos florais, apresentando a folha, em pergaminho, um selo pendente de uma larga fita de seda
vermelha.
Com uma carta manuscrita assinada Lamarque, relacionada com o mesmo assunto e dimanada da
mesma Loja Maçónica portuense, referindo o nome de Francisco José de Azevedo Coutinho, “natural
do Porto”, que “Tomou o nome de guerra de = Cujacio =.
Peças muito curiosas e raras, conservadas numa folha de papel, da época, com o nome “Cujacio” na
parte exterior e na interior o nome “Ill.mo Snr Francisco Jose Azevedo Coutinho”, folha ou invólucro
que se apresenta manchado e mal cuidado.
[41]
1653 — MADAHIL (António Gomes da Rocha).- UM CONCEITO MEDIEVAL DE TERRAS
DO MONDEGO. Notas de História e Diplomática. Coimbra. 1949. In-4.º gr. de IV-36 págs. B.
N.º 2 da separata de 100 exemplares da revista «Terras do Mondego».
Dedicatória autógrafa do autor. Capa da brochura com uma mancha.
1654 — MADUREIRA [Braz Burity] (Joaquim).- CARAS AMIGAS. Gente Limpa. Lisboa
Antiga Casa Bertrand. S.d. In-8.º de 261-III págs. B.
Com retratos de Cristiano de Carvalho correspondentes às seguintes personalidades e capítulos:
Manuel de Arriaga, António José de Almeida, Azevedo e Silva, Bazílio Teles, Magalhães Lima, “Quim
Martins”, António Augusto Gonçalves, João José de Freitas, Santos Farinha, João de Freitas Branco,
Eduardo Alves de Sá, Alves Correia e Leão de Oliveira.
1655 — MADUREIRA [Braz Burity] (Joaquim).- AS DESVIRTUOSAS MALFEITORIAS.
1º milhar. Livraria Clássica Editora. Lisboa. 1930. In-8.º de 311-I págs. B.
Livro constituído por interessantíssimos capítulos, tais como, entre outros: «Como se fêz um Papa
e se ia dando cabo do Mundo», «Mandarinatos, mandarins e mandões da terra e da gente portuguesa»,
«Como se liquida um Presidente», «Como dum banco falido se quis fazer um museu de arte», «Como
se ajudou o Senhor de Matozinhos a vencer uma eleição na sua confraria» e «Como se embargaram
os alicerces da Estátua do Judeu».
1656 — MADUREIRA [Braz Burity] (Joaquim).- A FORJA DA LEI. A Assembléa Constituinte
em notas a lapis. Sobre a nudez comprometedora da Verdade, o manto faceto do Humorismo.
Coimbra. F. França Amado. 1915. In-8.º de 691-V págs. B.
Apontamentos permanentemente repassados de fino humor, mas nem por isso destituídos de interesse
para a história política da época e designadamente para a história das Constituintes de 1911. Com muitas
caricaturas de Correia Dias retratando os mais destacados políticos.
Dedicatória na pág. 5, alheia ao autor.
1657 — MADUREIRA [Braz Burity] (Joaquim).- IDOLOS, HOMENS & BÊSTAS.
Depoimentos e impressões sôbre as gentes e as coisas da Terra Portuguesa. I. Fialho de Almeida.
II. Columbano-Figueiredo & Cª, Limitada. Texto de Braz Burity. Ilustrações de Abel Salazar.
Edição de Maranus. Porto. 1931. 2 opúsculos In-4.º com o total de 132 págs. E. em 1.
São os dois únicos volumes publicados, ilustrados nas páginas do texto com retratos desenhados por
Abel Salazar.
Excelente encadernação à amador, com nervos e dourados na lombada; só de leve aparados à cabeça
e com as capas da brochura conservadas.
1658 — MADUREIRA [Braz Burity] (Joaquim).- NA “FERMOSA ESTRIVARIA”. (Notas d’um
Diario Subversivo). - 1911 - 1912. Livraria Classica Editora. Lisboa. In-8.º de 365-I págs. B.
Com interesse para a história política da época.
Desconjuntado e com pequena assinatura no frontispício.
1659 — MADUREIRA [Braz Burity] (Joaquim).- PAINEIS, BONECOS & MAMARRACHOS.
(Cobras e lagartos sobre as malas-artes em Portugal). 1ª série. 1925. Companhia Portuguesa
Editora, Lda. Porto. In-4.º de XVI-16 págs. B.
Referências e caricaturas consagrados a João Vaz, Herculano, Fontes Pereira de Melo, Soares dos Reis
e Fialho. Reproduções de pinturas de João Vaz e de um retrato do autor por Artur Loureiro.
Desconjuntado.
[42]
1660 — MAETERLINCK (Maurice).- JEANNE D’ARC. Pièce en douze tableux. Éditions du
Rocher. Monaco. [1948]. In-8.º gr. esguio de VIII-137-I págs. B.
A dedicatória do livro é a “Ma Femme en qui s’incarna la Jeanne d’Arc que j’ai essayé de ressusciter.
New York. Décembre 1940.”
Exemplar muito valorizado por ostentar uma dedictória autógrafa de Maeterlinck “au grand Salazar”.
1661 — [MAGALHÃES (Cruz)].- O INVEROSÍMIL. Conferência proïbida. Original do insigne
escritor e moralista Excelentissimo Senhor Lord Pechincha de Nadavale. [Famalicão. Tip.
«Minerva». 1923]. In-8.º de 39-I págs. E.
Nesta curiosa e polémica conferência de Cruz Magalhães, (de seu nome completo Artur Ernesto de
Santa Cruz Magalhães), publicada sob pseudónimo, aparecem citados Camilo, Herculano, Antero,
Eça, Ramalho, Fialho, etc. Rara separata da revista «Alma Nova».
Modestamente encadernado, mas com as capas da brochura conservadas.
1662 — MAGALHÃES (Jacinto de).- PINCÃES. Seu povo, seus costumes. Braga. Imprensa
Bracarense. 1918. In-8.º de 52 págs. B.
“Pincães, povoação pertencente á freguezia de Cabril, comarca e municipio de Mont’Alegre, faz parte
da provincia de Traz-os-Montes, cuja linha divisória com o Minho é alli estabelecida pelo rio Cávado
que, encachoeirado e sossurrante, corre lá no fundo entre fraguêdos e penedias.”
1663 — MAGALHÃES (Luís de).- D. SEBASTIÃO. Coimbra. França Amado Editor. 1898.
In-4.º de 277-III págs. B.
Poema dedicado à memória de José Estevão, pai do Autor. Ilustrações nas páginas do texto feitas sobre
desenhos de António Augusto Gonçalves. Edição cuidada, em bom papel, com o frontispício impresso
a negro e vermelho.
1664 — MAGALHÃES (Rodrigo da Fonseca).- SEIS CARTAS AUTÓGRAFAS, dirigidas de
Lisboa, sem indicação do destinatário, provavelmente Francisco Joaquim Maia, do Porto. Dim.
20 x 26,5 cm.
Conjunto de seis cartas, todas dirigidas de Lisboa, datadas de 1843 a 1846, endereçadas, segundo julgamos, a Fernando Joaquim Maia, do Porto, tratando assuntos que interessam, sobretudo, ao estudo da
política da época.
1665 — MAGRO (Abílio).- A REVOLUÇÃO DE COUCEIRO. Revelações escandalosas.
Confidencias. Crimes. (Depoimento baseado em provas e documentos, d’um antigo servidor da
Monarchia, apodado na Galliza de espião da Republica). Porto. 1912. In-8.º de XIV-369-I págs. B.
Livro com importância para a história da Implantação da República, com reproduções de numerosos
documentos e fotografias.
1667 — [MAIA (Francisco Joaquim)]. TRÊS CONVITES OFICIAIS, com diferentes origens,
todos impressos mas com espaços manualmente preenchidos.
1º: “Manda a Senhora INFANTA REGENTE, em nome d’ELREI, participar á Francisco Joaquim
Maya, Membro da Camara dos Deputados da Nação Portugueza — que sendo designado na Carta
Constitucional o dia 2 de Janeiro pra a Sessão Real da Abertura das Côrtes Geraes: Ha por bem que
se proceda a este solemne Acto no Salão do Palacio da Ajuda pelas onze horas da manhã do dito dia.
O que se lhe communica para sua intelligencia, e para que se ache no dito Paço á hora referida, para
assistir ao mesmo Acto. Palacio da Ajuda em 29 de Dezembro de 1826”, com a assinatura autógrafa
de “Francisco Bispo de Vizeu”;
2º: “O Conde de Villa Flor pede ao Il.mo Snr. Francisco Joaquim Maya lhe queira fazer a honra da sua
companhia a jantar no dia 12 do corrente mez (pelas 5 horas da tarde), Anniversario de S. M. El-Rei o
Senhor D. Pedro 4.º. Porto em 9 de Outubro de 1827”; tem apensa uma tira de papel, cópia manuscrita
assinada por Francisco Joaquim Maia, aceitando o convite recebido;
3º: “Real Paço das Necessidades 8 de Fever.º de 1841. O Camarista de Semana tem a honra de prevenir
o Ill.mo Snr Francisco Joaquim Maia que está convidado para o Baile, que hade ter lugar no Real
Palacio de Belem no dia 9 do corrente.
“A Reunião será ás 8 horas da noite.
“Os Snr.es Militares, e Empregados Publicos, irão com os seus uniformes, e aquelles, que o não são,
com gravata branca, calções, e fivellas nos sapatos.
“Este Bilhete será apresentado á entrada ao Porteiro da Cana.”
1668 — [MAIA (Fr. Manuel de Joaquim)].- EXAME, E JUIZO CRITICO SOBRE O PAPEL,
INTITULADO ANTI-SEBASTIANISMO. annunciado na Gazeta de Lisboa de 28 de Setembro
do presente anno. Lisboa. Na Impressão Regia. Anno 1809. In-8.º gr. de 50 págs. B.
Inocêncio: “Esta publicação, da qual se extrahiram seiscentos exemplares, foi, como se vê do titulo,
motivada pela apparição de outra que sahiu, em numero de quinhentos exemplares, com o seguinte
rosto: Anti-sebastianismo, ou antidoto contra varios abusos. Lisboa, Imp. Regia 1809. 4.º de 32 pág.
É tambem anonyma; porem della foi auctor ou editor um José Rodrigues. Em todo o caso, o estylo e
linguagem do Anti-Sebastianismo denunciam uma penna mui pouco exercitada; ao contrario, os do
Exame inculcam ser de pessoa já habituada a escrever para o publico; posto que a dicção não seja de
todo pura, como se vê no Glossario de D. Francisco de S. Luis, onde vem apontados alguns gallicismos
de phrase, que no Exame se encontram. (...)”
1669 — MAIA (Rita de Cassia Silva).- TESTAMENTO de D. Rita de Cassia Silva Maia, solteira,
moradora na Praça de Santa Teresa, no Porto, cremos que irmã de Francisco Joaquim Maia, datada
de Porto 25 de Setembro de 1848, assinado a rogo “por não poder escrever na razão de sua
molestia - Bento Luis (Valle?)”, seguindo-se as assinaturas de várias testemunhas.
Conservam-se, no verso da última folha, os pontos do lacre e as extremidades dos fios que tornavam
inviolável o documento.
1666 — MAIA (Francisco Joaquim).- CARTA A SEUS IRMÃOS MARIA ANA, MANO LUIZ,
SOBRº CARLOS E MARIQUINHAS. Datada de “Lxª 30 d’Agosto de 1840”, Dim. 21 x 25 cm.
1670 — A MAIOR DOR HUMANA. Coroa de Saudades offerecida a Theophilo Braga e sua
esposa para a sepultura de seus filhos, por João de Deus e entretecida pela piedade de (seguem-se
os nomes de 45 escritores). Dada á estampa pela amizade de Anselmo de Moraes. 1889. In-8.º
de 172 págs. E.
[43]
[44]
“Esta será entregue pelo Ex.mº Sr. Antº Jozé d’Avila, que vai em Commissão extraordinaria exercer o
Logar de Administrador Geral do Porto; e nos faz a honra de se hospedar em nossa casa”, recomendando que o devem receber como pessoa da família e que, como amigo, não exige etiquetas. Ele dará
noticias nossas. Ficamos bons: e o dia está optimo, e a viagem será bôa”.
Francisco Joaquim Maia prestou relevantes serviços à vida do país, tendo participado no Cerco do
Porto. O seu importante currículo consta de uma folha provavelmente manuscita pelo seu próprio
punho, que juntamos a esta carta sobre António José de Ávila.
O primeiro dos colaboradores mencionado no frontispício é Camilo Castelo Branco e o último é Guerra
Junqueiro. A poesia de Camilo é o célebre soneto que dá o título ao volume. Outros colaboradores:
Bulhão Pato, Gomes Leal, João Diniz, Joaquim de Araújo, Pinheiro Chagas, Alberto Pimentel e muitos
outros. Edição cuidada.
Encadernação da época, com a lombada em pele. Carimbo com o nome Araujo no frontispício.
1671 — MALLET (Lady).- SKETCHES OF SPANISH-COLONIAL LIFE IN PANAMA. By...
Wife of Sir Claude Coventry Mallet British Envoy Extraordinary and Minister Plenipotentiary to
Panama and Costa Rica. New York. Sturgis & Walton Company. 1915. In-4.º de X-II-81-I págs. E.
O volume abre com uma fotografia original tendo manuscrito, por baixo, o seguinte: “Doña Maria
Matilde de Obarrio / 1892 / “Lady Mallet”. Tem, em separado, um retrato de Michinga e a seguinte
identificaçãoa lápis: Mi Madre Doña Rita Vallariño, Braximo de Heredia; uma planta “The Old Walled
City” e outras estampas em folhas à parte. Tem, a tinta, no frontispício: “Translated into Spanish by
the Academia Nacional de Historia 1930”.
Edição provavelmente muito restrita, se não de circulação privada.
Dedicatória da autora para “Doña Maria Francisca de Bivar”. Título a ouro na encadernação, própria
da edição: “Sketches of Spanish-Colonial Life in Panama. 1672-1821”.
1672 — MALO (Pierre).- LE VRAI VISAGE DE TANGER. Photographies en Hors-texte.
Éditions Internationales. Tanger. 1953. In-8.º gr. de 146-II págs. B.
Com boas fotografias em folhas à parte.
“Il a été tiré de cet ouvrage 100 exemplaires sur pur Chiffon Johannot, numerotés de 1 a 100, constituant authentiquement et proprement l’édition originale”, tiragem de que este é o n.º 30.
1673 — MALPIQUE (Cruz).- EUGÉNIO DE CASTRO, POETA PAGÃO. 1969. [Papelaria e
Tipografia Leixões]. In-4.º de II-83-I págs. B.
Com fotografias, retratos desenhados, caricaturas e fac-símiles de autógrafos do poeta. Separata do
«Boletim da Biblioteca Pública Municipal de Matosinhos».
Dedicatória autógrafa do autor.
1674 — MALPIQUE (Cruz).- FILOSOFIA AMENA DO EX-LIBRIS. Depositaria Livraria Pax,
Lda. Braga. 1960. In-8.º gr. de VIII-139-I págs. B.
Interessante trabalho de bibliografia ex-librística, profusamente ilustrado, impresso em encorpado
papel couché, cuja tiragem foi limitada a 750 exemplares, já bastante invulgares.
1675 — MALPIQUE (Cruz).- PSICOLOGIA DA CARTA. Braga. 1953. [Oficinas Gráficas
«Pax»]. In-8.º de 166-II págs. E.
Com a transcrição de cartas de numerosos escritores portugueses e estrangeiros, além de outras, muito
curiosas, de gente anónima. Com cartas de Camilo e numerosas referências ao seu nome.
Encadernação com cantos e lombada em pele mosqueada, tendo conservadas as capas da brochura.
1676 — MALPIQUE (Cruz).- PSICOLOGIA LITERÁRIA DO HOMEM DO PORTO.
Comércio, tema e... teima do portuense. Porto. MCMLIX. In-4.º de 21-III págs. E.
Separata do «Boletim Cultural» da Câmara Municipal do Porto.
Boa encadernação com a lombada em pele e as capas da brochura conservadas.
1677 — A MALTA. Número único publicado pelos reclusos dos quartos particulares da Cadeia
C. do Porto. Directores A. Monteiro, José de Sousa. Editor R. F. Pacheco. Redacção e
Administração Biblioteca Camilo - Quarto Nº 12. Tipografia-Escola da C. C. Pôrto. 3 de Maio
- 1930. In-4.º de XVI págs. inums. E.
Raro número único, com um artigo sobre Camilo acompanhado de um seu retrato e de uma vista da
sua casa em S. Miguel de Seide. Textos de Camões, Antero e Junqueiro.
Encadernação simples, com os ex-libris de Gustavo d’Avila Perez e Pedro Alvellos.
1678 — MALTA (Eduardo).- DO MEU OFÍCIO DE PINTAR. MCMXXXV. Lisboa. [Livraria
Tavares Martins. Porto]. In-8.º peq. de 132-VIII págs. B.
Com seis estampas em folhas à parte representando uma delas um pormenor de uma tábua de Nuno
Gonçalves e as outras trabalhos de Eduardo Malta. Livrinho muito interessante e estimado.
Dedicatória do autor, assinada com o seu nome por extenso.
[45]
1680 - ver pág. 47
1679 — MANGAS (Manuel Júlio de Torres).- A PRINCEZA RATTAZZI E CAMILLO CASTELLO BRANCO. Refutação ao folheto d’este escriptor A Srª Rattazzi pelo... Lisboa. Typ. da
Luz do Povo. 1880. In-8.º de 32 págs. E.
Curioso e apreciado folheto sobre a polémica questão gerada pelo aparecimento do livro «Portugal
à vol d’oiseau» da Pricesa Rattazzi, folheto que deixou Camilo bastante maltratado. Publicado sob
o pseudónimo Visconde de Vilas Fortes.
Encadernação com a lombada em pele. Só aparado á cabeça e com as capas da brochura conservadas.
1680 — [LUTAS LIBERAIS]. Manifesto de Sua Magestade Fidelissima, EL REI Nosso Senhor,
o Senhor DOM MIGUEL PRIMEIRO. [No fim: Palacio de Queluz, em 28 de Março de 1832. Na
Impresão Regia]. In-4.º gr. de 16 págs. B. Junto com:
–– ASSENTO DOS TRES ESTADOS DO REINO JUNTO EM CORTES NA CIDADE DE LISBOA,
FEITO A ONZE DE JULHO DE MIL OITOCENTOS E VINTE E OITO. S.l. n. data de impressão.
In-4.º gr. de 12 págs.
O primeiro dos dois documentos tem ao alto da primeira página o n.º 5, o que pode indicar que o
mesmo tenha sido destacado da publicação Oficial legislativa. (ver gravura na pág. 46)
1681 — [LUTAS LIBERAIS]. MANIFESTO DE SUA MAGESTADE FIDELISSIMA, O SENHOR
DOM MIGUEL PRIMEIRO, Rei de Portugal e dos Algarves e seus Dominios. [No fim: Palacio
de Queluz, em 28 de Março de 1832. Rei. Na Imprensa Regia]. In-8.º gr. de 16 págs. B.
Inocêncio diz que se atribui a redacção deste Manifesto ao Visconde de Santarem, Manuel Francisco
de Barros, etc.
Primeira edição desta rara peça a juntar às colecções sobre as lutas liberais. Publicado sem capas da
brochura.
1682 — MANIFESTO DOS DIREITOS DE SUA MAGESTADE FIDELISSIMA A SENHORA
DONA MARIA SEGUNDA; E Exposição da Questão Portugueza. Londres: Impresso por
Richard Taylor. 1829. In-4.º de 62-186 págs. E.
Inocêncio: “Os exemplares da edição original de Londres poucas vezes aparecem no mercado. N’este
Manifesto trabalharam, quase em partes iguaes, José Antonio Guerreiro e o (então) Marquez de
Palmella, encarregando-se o primeiro da discussão legal, e o segundo da questão historica e diplomatica.
É o Manifesto havido como escripto de muita importancia, assim pela materia que tracta, como pela
riqueza de documentos que se lhe annexaram”.
Encadernação contemporânea, com a lombada em pele decorada com ferros dourados.
1683 — MANSO (Joaquim).- In Memoriam. MANOEL. No 1º Aniversario da sua Morte.
Olíssipo. 1936. In-8.º de 212-VI págs. B.
Edição de apurado gosto estético, em bom papel Manchester Ledger e em tiragem privada de 260
exemplares destinados a ofertas. Referência especial para a componente artística da obra, com papel
de grande relevo para Almada Negreiros, pelas muitas e belas ilustrações que especialmente executou para o volume, comemorativo do primeiro aniversário da morte do filho do autor. Colaboração literária de João de Barros, Mário Beirão, Pedro Paço d’Arcos, Eduardo Viana, Artur Portela, Carvalho
Crato e Marques Esparteiro.
Dedicatória autógrafa de Joaquim Manso para Nuno de Brion.
1684 — [MARANHÃO (Frei Francisco dos Prazeres)].- TABOA GEOGRAFICO-ESTATISTICA
LUZITANA ou DICCIONARIO ABREVIADO de todas as cidades, villas e freguezias de
Portugal, Com sua população, Legoas de distancia, Correios, e feiras principaes; e juntamente
de seus rios, montanhas, cabos, portos, &c. Com o Appendix d’uma Breve Noticia das Actuaes
[47]
.../...
1687 - ver pág. 49
Possessoens de Portugal no Ultramar. Por um Flaviense. 2.ª Edição. Porto: Typographia
Commercial Portuense: 1842. In-4.º de 172-II págs. E.
Segunda e muito invulgar edição, “accrescentada com a nova Divisão do territorio, segundo a Novissima
Reforma de 21 de Maio de 1841”.
Encadernação da época, com falta da cobertura em pele.
1685 — MARDEL (Luiz).- HISTORIA DA ARMA DE FOGO PORTATIL. Lisboa. Imprensa
Nacional. 1887. In-4.º gr. de 185-I págs. de texto e LVIII estampas. E.
Autorizado e bem documentado trabalho acerca da história das armas de fogo portáteis, ilustrado com
58 estampas litográficas coloridas, representando os mais variados modelos e especificando, com
minúcia, as várias peças de que as mesmas se compõem.
Livro raro na diminuta bibliografia da especialidade existente em Portugal.
Encadernação da época, imperfeita.
1686 — MARECOS (José Frederico Pereira).- POESIAS DIVERSAS de J. F. P. Marecos, dedicadas a sua mãi D. Anna Gertrudes Marecos. Coimbra: Na Imprensa da Universidade. Anno III
da Const. 1823. In-8.º de 110-II págs. B.
Diz Inocêncio que “Este pequeno volume é hoje raro, talvez porque os successos politicos de Junho
do mesmo anno levariam o auctor a destruir ou inutilisar elle proprio os exemplares em razão das idéas
e sentimentos liberaes que transluziam por todo o seu contexto. (...)
“A julgar por estas breves amostras, que nos deixou do seu talento poetico, Marecos possuia dotes
naturaes e ingenho sufficiente para figurar honrosamente entre os seus contemporaneos de maior
nomeada, se as commoções politicas, e a necessidade de dar-se a trabalhos de natureza mais productiva
não desviassem para outra parte a sua applicação.
“Como jornalista politico escreveu em diversos tempos um grande numero de artigos em varios
periodicos, tornando-se notavel pela polidez e elegancia do estylo, e pela moderação dos principios
que sustentava. (...)”
1687 — MARIA DA FONTE. Redactores*** Illustrações de Lara. Redacção Rua das
Fontainhas N.º 121. [Depois Rua de Santa Catarina 109. Porto]. 1885-1886. 26 números In-4.º
gr. com o total de 205-I págs. E.
Curiosa e muito rara publicação periódica portuense, completa, com numerosas litografias representando acontecimentos sobretudo de interesse político e portuense, muitas caricaturas e retratos litográficos, entre os quais um de «CAMILLO CASTELLO BRANCO visitando os Serões de S. Miguel de
Seide», segundo uma photografia de Carlos Relvas; Nesta litografia Camilo apresenta-se com uma
viola a tiracolo e com um alto cajado na mão direita; no n.º 8, em folha dupla intitulada «Os nossos
presentes do Natal», dividida em 20 espaços, figura num deles Maria da Fonte dando “A Camillo
Castello Branco uma violla para levar aos serões de S. Miguel de Seide”. Outros retratos: Conde de
Samodães, Afonso XII de Espanha, José Luciano de Castro, D. Fernando, Ricardo Jorge, Consiglieri
Pedroso, Teixeira Lopes e Joaquim de Vasconcelos, entre muitos outros.
A págs. 184 vem uma notícia sobre a «Exposição Internacional de Photographia no Palacio de Crystal
Portuense» e em folha dupla seguinte um desenho referente a esta exposição, vendo-se o salão do
Palácio de Cristal, um retrato de “D. Miguel Fernandez Ferrer Socio gerente e preparador da União”
e registados os nomes dos expositores, portugueses e estrangeiros, sendo os primeiros os de Carlos
Relvas e Margarida Relvas, ambos da Golegã. A colaboração literária aparece toda sob pseudónimo.
Encadernação da época, com alguns defeitos. (ver gravura na pág. 48)
1688 — [TEATRO DE S. JOÃO, PORTO]. MARIA DE ROHAN. Melodrama tragico em 5 actos,
Muzica de Donizetti, para se representar no R. Theatro de S. João da Cidade do Porto, na abertura
da Companhia Italiana, em Novembro de 1852, princípio da Estação de 52 a 53. Porto:
Typographia de Gandra & Filhos. 1852. In-8.º de 30 págs. B.
Um dos já muito invulgares libretos das óperas representadas no Teatro de S. João no século XIX, esta
com música de Donizetti.
[49]
1689 — MARIETTE (Pierre-Jean).- CATALOGUES DE LA COLLECTION D’ESTAMPES
DE JEAN V ROI DE PORTUGAL. Introduction par Jacques Thuillier, Professeur au Collège de
France. Direction et coordination scientifique, Marie-Thérèse Mandroux-França — Maxime
Préaud. Fundação calouste Gulbenkian (Centre Culturel Calouste Gulbenkian - Paris),
Bibliothèque Nationale de France, Fundação da Casa de Bragança. Lisbonne - Paris. 2003-1996.
3 vols. In-4º gr. de 492-II, VI-674-II e VI-720-II págs. E.
O 1º volume, impresso em 2003, além dos prefácios de José Blanco, Jean-Noël Jeanneney e João
Gonçalo do Amaral Cabral, comporta os “Prefaces - Études - Notes - Index”; os 2º e 3º, datados de
1996, trazem os “Textes et Tables”.
Obra muito bela e verdadeiramente monumental, de irrepreensível execução gráfica, impressa em
papel de superior qualidade e ilustrada com primorosas reproduções de grande número de gravuras da
colecção cujo exaustivo catálogo é o motivo deste grande empreendimento cultural, frontispícios das
obras de que são originárias e respectivas encadernações reproduzidas a cores.
Tiragem limitada a 1500 exemplares que, dada a importância da obra e interesse que suscita em todas
as grandes bibliotecas portuguesas e estrangeiras bem como junto dos coleccionadores de gravuras
e estudiosos de todo o mundo, é manifestamente reduzida e em breve se tornará em apetecida e valiosa
espécie bibliográfica.
Encadernações editoriais inteiras de tela, dizeres gravados a ouro e sobrecapas ilustradas a cores com
a reprodução de uma encadernação do século XVIII com as armas reais de Portugal.
1690 — MARINHO (Adélio).- BARCELOS. O Solar dos Braganças, El-Rei Dom João Quarto
e o «Milagre» da Restauração». 1140 - 1640 - 1940. [Companhia Editora do Minho. Barcelos.
1940]. In-4.º de XXXI-I págs. B.
Discurso proferido na Sessão Solene da Câmara Municipal de Barcelos em 2 de Dezembro de 1940.
Com um retrato de D. João IV, uma lápide alusiva ao voto de D. João IV à Padroeira de Portugal
e belos desenhos de monumentos barcelenses de António Carlos da Silva Esteves. Edição provavelmente muito reduzida.
Dedicatória da mão do autor.
1691 — MARINHO (Henrique).- SONETOS. Typ. da Emprêsa Litteraria e Typographica. Porto.
S.d. [1911?] In-8.º de 152 págs. E.
Edição em papel muito alvo e encorpado em declarada “Separata de dois exemplares em papel Kent”,
de que este é o n.º 2.
Com as capas da brochura conservadas mas com a encadernação danificada.
1692 — MARINHO (José) & OSÓRIO (João de Castro).- POESIA E VERDADE EM GUERRA
JUNQUEIRO - A VERDADEIRA GRANDEZA DO POETA GUERRA JUNQUEIRO. Lisboa.
S.d. In-4.º de 56-II págs. B.
É de José Marinho o primeiro estudo junqueiriano e por João de Castro Osório o segundo, em edição
publicada em separata da revista «Ocidente», por ocasião do 1º Centenário do nascimento de Guerra
Junqueiro.
Dedicatória do editor para Nuno de Brion.
1693 — MARJAY (Frederic P.).- COIMBRA - A Cidade Universitária e a sua Região. Texto e
realização artística de... Livraria Bertrand, S. A. Lisboa. 1959. In-4.º gr. de 60-18-VIII págs. E.
Uma das muitas e interessantes monografias que o autor dedicou a algumas cidades e regiões de
Portugal continental e insular, integrados na «Colecção Romântica», em bom e espesso papel e com
muitas e muito cuidadas fotgrafias.
Cm uma extensa e laudatória dedicatória autógrafa do autor para o Dr. Oliveira Salazar: “Este modesto
livro foi publicado por motivo da passagem do 31.º aniversário de S. Excelência o Senhor Professor
Doutor Oliveira Salazar, respectivamente da sua entrada para o Governo, mas foi publicado também
por motivo de celebração dos setenta anos da vida do grande estadista de toda a Europa; — e finalmente dedicado ao Professor da celebre Universidade de Coimbra (...)” Encadernação dos editores,
com sobrecapa ilustrada com uma fotografia da Universidade de Coimbra.
[50]
1694 — MARJAY (Frederic P.).- ÍNDIA PORTUGUESA. Estudo histórico. Texto e direcção
artística... Livraria Bertrand, S. A. Lisboa. [1959]. In-4.º gr. de 56-80-VI págs. E.
Manuel Lopes de Almeida: “Depois de «Portugal e o Mar», livro de tão belas e sugestivas imagens, o
Dr. Frederic Marjay, neste volume novo, apresenta com igual primor artístico o complemento natural da
mais insinuante expressão histórica e social, atlântica e cristã, da gente que praticou por esse mundo além
«feitos nunca feitos». Eis uma forte e impressiva lição de história pela imagem, de objectivo fàcilmente
haurível, confortadora para quantos a possam «ler» com espírito sincero e impecável. (...)
“Se não me engano muito, há neste livro (...) um acordo sintético com o espírito do nosso tempo. É belo,
atraente e sugestivo pela diversidade e opulência documental, e com esta fina qualidade persuade e estimula sem demandar o esforço intelectual que o trepidar da vida em nossos dias só a raros permite. (...)”
Dedicatória autógrafa do autor para o Almirante Nuno de Brion. Encadernação dos editores, com
sobrecapa ilustrada.
1695 — MARJAY (Frederic. P.).- INFANTE D. HENRIQUE. Direcção artística Dr. Frederico
Marjay. Introdução Almirante Fernando de Quintanilha e Mendonça Dias. Com o Patrocínio
da Comissão Executiva das Comemorações do Quinto Centenário da Morte do Infante D. Henrique.
Lisboa. 1960. In-4.º gr. de 92-IV págs. E.
Álbum de muito cuidada execução gráfica, em magnífico e muito encorpado papel. Valiosa e abundante documentação iconográfica nas páginas do texto e em folhas à parte. Textos de Costa Brochado,
Vitorino Nemésio, Maurício dos Santos, Joaquim Bensaúde, Damião Peres, Teixeira da Mota e Frederico
Marjay. Lê-se na Introdução que entre as publicações que ficarão a assinalar o centenário henriquino,
“Não quis o Dr. Frederico Marjay deixar de trazer a sua valiosa colaboração, evocando neste livro,
com a sua habitual mestria, vários episódios da vida e da obra do Infante. Finamente lavrado com
imagens que ficarão eternamente gravadas na retina e altamente valorizado com a preciosa colaboração
de insignes professores, historiadores e académicos, manterá sempre presente e bem viva a grande
figura do infante D. Henrique bem como o seu espírito universalista”.
Dedicatória de Marjay ao Almirante Nuno de Brion. Encadernação editorial, com sobrecapa de protecção.
1696 — MARJAY (Frederic P.).- PORTUGAL. Texto e direcção artística... Livraria Bertrand,
Lda. Lisboa. [1962]. In-4º gr. de L-II págs. e 99 estampas. E.
“O que este trabalho pretende oferecer a quem tiver interesse em folheá-lo é simplesmente uma síntese
das coisas, das gentes e das belezas da terra portuguesa e alguns aspectos da cultura do seu povo e dos
hábitos e monumentos ligados ao seu passado histórico. Devemos contentar-nos com a exposição de
um documentário restrito mas inspirado pela admiração por esta terra.
“É este o espírito deste conjunto fotográfico que poderá talvez orientar aqueles cujos ouvidos aprenderam expressões como «país do sol», «paraíso verde», etc. É verdade mas não é tudo.” São de grande
qualidade as fotografias a cores e a negro que o volume integra.
Encadernação dos editores, com sobrecapa ilustrada a cores.
Dedicatória do autor ao Almirante Nuno de Brion.
1697 — MARJAY (Frederic P.).- PORTUGAL. O NORTE PITORESCO. Texto e arranjo artístico...
Livraria Bertrand, S.A.R.L. Lisboa. [1971]. In-4.º gr. de 24 págs. de texto e CXVI com fotografias. E.
Uma das esmeradas edições de Marjay, esta com cerca de duas centenas de excelentes fotografias a
cores e a negro do autor e do consagrado fotógrafo Platão Mendes, todas fixadas no norte do país.
Dedicatória do autor. Encadernação dos editores, com sobrecapa ilustrada a cores.
1698 — MARJAY (Frederic. P.).- SALAZAR NA INTIMIDADE. Texto e realização Dr...
Fotografias de António Rosa Casaco. Lisboa. Edição Dr. Marjay. [1954. Empresa Nacional de
Publicidade]. In-4.º gr. de 16-56-VIII págs. C.
“Abrindo estas páginas o leitor perguntar-se-á: que espécie de livro é este que diz tão pouco e tanto
[51]
.../...
diz? Bastará folhear o seu conteúdo para que o segredo se nos revele. “Vamos pretender levantar a cortina
duma clausura até agora vagamente conhecida -, a vida exemplar, na sua extrema simplicidade, do
Doutor Oliveira Salazar, ínclito cidadão português e insígne estadista”.
Trata-se de um álbum contendo 56 excelentes fotografias a preto e branco onde em quase todas Salazar
aparece em diversas atitudes da sua vida privada.
Cartonagem editorial.
1699 — MARJAY (Frederic P.) & HABSBURG (Otto van).- NAVEGADORES PORTUGUESES.
HEROIS DO MAR. Investigação e Direcção Artística Dr. F. P. MARJAY. Texto, Dr. Otto von
Habsburg - Dr. F. P. Marjay. Livraria Bertrand, S A.R.L. Lisboa. [1970]. In-4.º de 55-I-116 págs. E.
Edição em português e inglês, ilustrada com centenas de fotografias e reproduções de importantes
documentos.
Dedicatória do autor. Encadernação própria da edição, com sobrecapa ilustrada a cores.
1700 — MARJAY (Frederic P.) & HABSBURG (Otto von).- PORTUGAL ENTRE GENTE
REMOTA.... Provas documentárias da prioridade portuguesa nos Descobrimentos. Investigação
e direcção artística... Texto Otto de Habsburgo. Livraria Bertrand, S. A. R. L. Lisboa. [1965]. In-4.º gr.
de 48-80 págs. E.
As 80 páginais finais, em papel couché, encerram um importante documentário iconográfico constituído por retratos, gravuras antigas com vistas de cidades e lugares dos Descobrimentos, embarcações
de diferentes características, mapas, usos e costumes dos povos que os portugueses encontraram na sua
acção descobridora, fac-símiles de livros antigos, etc.
Encadernação dos editores, com sobrecapa ilustrada.
1701 — MARQUES (A. H. de Oliveira).- COMPANHIA GERAL DE CRÉDITO PREDIAL PORTUGU S. 125 Anos de História. Lisboa. 1989. [S. reg. tipográfico]. In-4.º gr. de 349-I págs. E.
Peça importante para a história do Banco em referência, mas também para a história da Banca portuguesa, da autoria do consagrado historiador A. H. de Oliveira Marques, secundado por Jorge Ramos
do Ó e Sérgio Bustorff Fortunato. Edição luxuosa, em encorpado papel couché e com vasta iconografia antiga e moderna.
Encadernação original, com dizeres dourados na lombada e na pasta; sobrecapa de protecção ilustrada.
1702 — MARQUES (Amândio).- ONDE NASCEU PEDRO ÁLVARES CABRAL? Edição do
Grupo de Estudos Brasileiros do Porto. 1963. [Tip. da Coop. do Povo Portuense]. In-8.º gr.
de 67-V págs. E.
Textos preliminares de Hugo Rocha e Donatello Grieco. Edição ilustrada, limitada a 1000 exemplares.
Extensa dedicatória a Artur Cupertino de Miranda, com a assinatura de cinco ofertantes. Boa encadernação à amador, mantendo preservadas as capas da brochura.
1703 — MARQUES (Edgard).- INTERPRETAÇÃO ESPIRITUAL DE EÇA DE QUEIROZ.
Livraria Editora Guimarães & C.ª. Lisboa. [S.d.] In-8.º de 242-II págs. E.
Estudo muito curioso e invulgar. Referências a Camilo, Antero, Castilho, Fialho, etc.
Boa encadernação com lombada e cantos em pele executada por Frederico d’Almeida. Só aparado
à cabeça e com as capas da brochura conservadas.
1704 — MARQUES (Henrique).- BIBLIOGRAPHIA CAMILLIANA. Primeira parte - A Obra
de Camillo. Lisboa. Livraria de Antonio Maria Pereira - Editor. MDCCCXCIV. In-4.ºde XII-281-I págs. E.
Trata-se de um dos mais fidedignos e bem elaborados elementos de consulta para o estudo da bibliografia de Camilo, em tiragem limitada a 250 exemplares numerados, hoje bastante raros.
Exemplar dedicado a Martinho Augusto da Fonseca. Excelente encadernação nova, à amador, só de
leve aparado à cabeça e com as capas da brochura resguardadas.
[52]
1705 — MARQUES (Mário Gomes).- HISTÓRIA DA MOEDA MEDIEVAL PORTUGUESA.
Instituto de Sintra. Sintra. 1996. [Realização gráfica: Gráfica Europam, Lda. Mem Martins].
In-4.º de 253-I págs. E.
Importante monografia numismática centrada apenas no estudo da moeda medieval portuguesa,
impressa em bom papel e ilustrada com numerosas reproduções de muitos dos espécimes estudados.
Encadernação dos editores gravada a ouro, com sobrecapa de protecção ilustrada.
1706 — MARQUES (Pedro Correia).- VIDA MARAVILHOSA DE SANTO ANTÓNIO DE
LISBOA. Lisboa. Ano 1932. [Centro Tip. Colonial]. In-8.º gr. de 137-III págs. B.
Com boas ilustrações de Tom, D. Tomás de Melo.
1707 — MARQUES (Pedro José).- DICCIONARIO GEOGRAPHICO ABBREVIADO DAS
OITO PROVINCIAS DOS REINOS DE PORTUGAL E DOS ALGARVES, com a designaçaõ
dos concelhos, comarcas, districtos, provincias, dioceses, oragos, freguezias, congruas respectivas,
legoas de distancia, correios, e feiras. Seguido de interessantes noticias corograficas e historicas;
assim como, d’uma tabella demonstrativa das Comarcas judiciaes, Concelhos, numero de fogos,
etc. Porto. Typographia Commercial. 1853. In-4.º de XIII-I-291-I págs. E.
São bastante raros os exemplares desta trabalho de Pedro José Marques, obra que Inocêncio declara
não ter podido ver.
Com três notas de posse manuscritas, a última das quais declara ser do “Pe. Barroso, abbade de Rio
Douro, Cab.as ?as supscrt? de Basto.” Encadernação da época, com a lombada em pele.
1708 — MARRYAT (M. J.).- HISTOIRE DES POTERIES, FAIENCES ET PORCELAINES.
Ouvrage traduit de l’anglais sur la deuxième édition et accompagné de notes et additions par
MM. le comte d’Armaillé et Salvetat, avec un préface de M. Riocreux, Conservateur des
Collections céramiques de la Manufacture impériale de Sèvres. Paris. Vve Jules Renouard,
Libraire-Éditeur. 1866. 2 vols. In-4.º peq. de IV-XVI-440 e IV-479-I págs. E.
Obra de grande interesse para o estudo da cerâmica nas suas diversas expressões e materiais, ilustrada
com 552 gravuras nas página do texto, entre reproduções de peças em gravuras abertas em madeira,
marcas e monogramas. De Portugal refere apenas a Fábrica da Vista Alegre, reproduzindo a sua marca
constituída pelas letras VA encimadas por uma coroa, situando-a “près de Oporto, sous la direction
du senhor Pinto-Basto”. Com um «Glossaire des termes employés dans l’ouvrage de M. Marryat»
ocupando as págs. 289 a 420 do 2.º volume.
Anotações a lápis e a tinta nos anterrostos. Encadernações francesas, da época, com as lombadas em
chagrin decoradas com delicados ferros a ouro. (ver gravura na pág. 53)
1709 — MARTHA (M. Cardoso).- DESENHADORES PORTUGUEZES DE EX- LIBRIS.
Figueira da Foz. Imprensa Lusitana. Fevereiro-Março de 1908. In-8.º de 30 págs. B.
Tiragem limitada a 50 exemplares numerados, tirados em separata da «Gazeta da Figueira».
Dedicatória do autor a Rodrigo Veloso. Com as margens das capas da brochura reforçadas.
1710 — MARTENS (G. F. de).- PRÉCIS DU DROIT DES GENS MODERNE DE L’EUROPE,
fondé sur les Traités et l’Usage; pour servir d’introduction a un Cours Politique et Diplomatique,
par... Nouvelle Édition avec des Notes de M. S. Pinheiro Ferreira, ancien Ministre des Affaires
Étrangères en Portugal. Paris. J. P. Aillaud, Libraire. Heideloff, Libraire. 1831.2 vols. In-8.º gr.
de IV-460 e IV-447-I págs. E.
1708 - ver pág. 54
Obra célebre na sua especialidade e particularmente importante para nós portugueses pelas eruditas e
inúmeras notas de Silvestre Pinheiro Ferreira com que esta edição foi enriquecida, provavelmente redigidas enquanto e durante alguns anos esteve em Paris.
Encadernações francesas, da época, tendo as lombadas em pele decoradas com ferros a ouro e o corte
das folhas pintado.
[54]
1711 — MARTINS (Ana Maria Almeida).- ANTERO DE QUENTAL. A Década dourada de
Vila do Conde. (1881 - 1891). Edição da Câmara Municipal de Vila do Conde. [Tipografia
Minerva. Vila do Conde. 1993]. In-4.º gr. oblongo de 75-I págs. E.
Apreciável subsídio para a bibliografia passiva de Antero de Quental, que, além de prodigamente
ilustrada a cores a a negro, apresenta um excelente texto de Ana Maria Almeida Martins e fac-símiles
de várias cartas de Antero. Edição limitada a 1000 exemplares.
Encadernação dos editores com uma vista vilacondense.
1712 — MARTINS (António Alves).- ANVNCIAÇÃO. [Tipografia de Henrique Torres. Lisboa.
1921]. In-8.º de 112-IV págs. B.
Um dos mais estimados livros de poesia do autor, o primeiro que publicou, numa bela edição em papel
de linho, a duas cores, adornada com uma linda gravura do pintor António Soares, gravura que se repete
na capa da brochura. António Alves Martins foi sobrinho do bispo de Viseu D. António Alves Martins.
De págs. 47 a 56 vêm quatro sonetos «Do “Amôr de Perdição”. Á Memória de Camilo», intitulados
«Simão», «Tereza», «Mariana» e «João da Cruz».
Com dois ex-libris de Gustavo d’Ávila Perez. Encadernação com cantos e lombada em pele mosqueada,
só aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas.
1713 — MARTINS (F.).- POESIAS. Porto, na Typographia de Sebastião José Pereira. 1855.
In-8.º de 208-IV págs. B.
A primeira poesia deste invulgar livro romântico intitula-se «Guimarães» e vai de págs. 7 a 12; de págs.
166 a 168 decorre uma poesia denominada «Depois de ler os seguintes versos do Snr. C. C. Branco».
Exemplar intacto.
1714 — MARTINS (Francisco de Assis de Oliveira).- A EDADE-MÉDIA NA HISTORIA
DA CIVILIZAÇÃO. Polemica entre Antero de Quental, J. P. Oliveira Martins e Dr. Julio de
Vilhena. Prefaciado e anotado por... 1925. Parceria Antonio Maria Pereira. Lisboa. In-8.º
de VIII-193-VII págs. B.
“Apresento-vos (...) um mimo intelectual: é a colectânea das peças até agora perdidas duma polémica
erudita e instructiva, travada, ha mais de cincoenta annos, entre homens, todos gloriosamente conhecidos nas letras patrias.” Com os retratos dos três polemistas. Invulgar.
1715 — MARTINS (J. P. Oliveira).- CARTAAUTÓGRAFA. Sem data nem detinatário. 12,5 x 20,5 cm.
Escrita sobre meia folha de papel de carta, diz: “Deixe-me agradecer-lhe, como profano, a remessa das
suas Memorias que eu aceito como uma amabilidade de V. Ex. que sobremaneira me honra. (...)”
1716 — MARTINS (J. P. Oliveira).- A CIRCULAÇAO FIDUCIARIA. Memoria apresentada
á Academia Real das Sciencias de Lisboa Por... Lisboa. Parceria Antonio Maria Pereira. 1899.
In-8.º gr. de XIII-I-320-II-II págs. E.
Diz-se no “Parecer” que antecede a publicacão da obra, depois de largas e muito elogiosas referências,
que “Manifesta-se n’este escripto um talento de grande alcance, um estudo consciencioso e profundo
do assumpto discutido, vastidão de conhecimentos theoricos e praticos, e uma grande perspicacia na
apreciação dos factos”, razões que levaram a que a obra fosse premiada pela Academia Real das
Ciências e o seu autor nomeado sócio correspondente da mesma Academia.
Encadernação dos editores, com títulos a ouro e a efígie de Oliveira Martins na pasta.
1717 — MARTINS (J. P. Oliveira).- DISPERSOS. Artigos políticos, económicos, filosóficos,
históricos e críticos, seleccionados, prefaciados e anotados por António Sergio e Faria de Vasconcelos.
Lisboa. Oficinas Gráficas da Biblioteca Nacional. 1923-1924. 2 vols. In-8.º gr. de IV-LXXXVIII-305-I e 324 págs. E.
Valioso e extenso prefácio de António Sérgio intitulado: «Oliveira Martins: Impressões sôbre o significado político da sua obra».
Encadernações simples, mas com as capas da brochura da frente conservadas.
[55]
1718 — MARTINS (J. P. Oliveira).- OS FILHOS DE D. JOÃO I. Lisboa. Imprensa Nacional.
MDCCCXCI. In-4.º de VII-I-471-I págs. E.
Primeira edição de uma das mais estimadas obras do autor, figura cimeira da literatura portuguesa do
século XIX. Edição esmerada em bom papel de linho, adornada de várias ilustrações de Casanova.
Encadernação da época, com cantos e lombada em pele decoradas com títulos e ferros a ouro; só de
leve aparado à cabeça. Com o belo ex-libris gravado de João da Costa Santiago de Carvalho Souza,
nome que aparece encimado pela sua casa “Villa Franca - Leça da Palmeira”, hoje «Museu da Quinta
de Santiago».
1719 — MARTINS (J. P. Oliveira).- HISTORIA DA REPUBLICA ROMANA. Lisboa. Livraria
de Antonio Maria Pereira, Editor. S.d. 2 vols. In-8.º gr. de XXXVII-I-454-IV e IV-472-IV págs. E.
Uma das mais importantes obras do ilustre historiador. Primeira edição, a que foram substituídos os
rosto e anterrosto, a fim de ser integrada na colecção das “Obras de Oliveira Martins”.
Encadernações editoriais, com alguns defeitos.
1720 — MARTINS (J. P. Oliveira).- PORTUGAL E O SOCIALISMO. Exame constitucional da
Sociedade Portugueza e sua reorganisação pelo Socialismo. Lisboa. 1873. [Imprensa de Sousa
Neves]. In-8.º de 334-IV págs. E.
“Este livro é o complemento natural e necessario da Theoria do Socialismo. Sem uma definição
precisa do caracter da Revolução dentro do movimento evolutivo das sociedades, a theoria ficaria
incompleta; e sem a verificação pratica do modo real e effectivo porque uma doutrina póde actuar
sobre uma sociedade, o merecimento real d’essa doutrina seria menos perceptivel ao vulgar dos espiritos
para quem não é sempre facil deduzir as consequencias das permissas, dar á lei a objectividade do
facto, transferir uma questão do terreno pratico das tradições, dos costumes das instituições. (...)”
Primeira e muito invulgar edição desta importante obra de Oliveira Martins.
Encadernação da época.
1721 — MARTINS (J. P. Oliveira).- PORTUGAL NOS MARES. Ensaios de critica, historia
e geographia. Lisboa. Livraria Bertrand. [1889]. In-8.º gr. de XVI-249-VI págs. E.
Primeira edição, muito invulgar. Do Índice: «Commercio Maritimo Portuguez»; «A Liberdade do
Corso»; «Os Roteiros da India»; «A Segunda Viagem de Vasco da Gama a Calicut»; «A Marinha
Portugueza na era das Conquistas»; «Fernão de Magalhães»; «Godinho de Eredia» e «Pescarias
Nacionaes».
Encadernação dos editores, com a efígie do autor na pasta da frente.
1722 — MARTINS (J. P. Oliveira).- O PRINCIPE PERFEITO. Precedido de uma introducção
ácerca do complemento e plano geral da obra por Henrique de Barros Gomes. Lisboa. Parceria
Antonio Maria Pereira. 1896. In-4.º de VI-268-XXV-I págs. E.
É a primeira edição desta obra proeminente da bibliografia histórica portuguesa, impressa em bom
e encorpado papel, com um finíssimo retrato de Oliveira Martins gravado em chapa de aço e ainda
com várias gravuras intercaladas nas páginas do texto. De assinalar a importancia do texto inicial de
Henrique de Barros Gomes. Muito invulgar.
Encadernação editorial com lombada e cantos em pele, decorada com dizeres e ferros a ouro, estando
ainda dourado à cabeça. Pequeno defeito na parte superior da lombada.
1723 — MARTINS (J. P. Oliveira).- QUADRO DAS INSTITUIÇÕES PRIMITIVAS. Terceira
edição, emendada. 1909. Parceria Antonio Maria Pereira. Lisboa. In-8.º de 327-III págs. E.
Trabalho estimado, dividido em quatro Livros: «A Familia», «A Propriedade», «A Justiça» e «O Estado».
Encadernação dos editores, com a efígie do autor na pasta da frente.
[56]
1724 — MARTINS (J. P. Oliveira).- A VIDA DE NUN’ALVARES. Historia do estabelecimento
da dynastia de Aviz. Lisboa. Livraria de Antonio Maria Pereira - Editor. MDCCCXCIII. In-4.º peq.
de 469-III págs. E.
É a primeira e mais bela edição de uma das muito estimadas obras de Oliveira Martins, impressa em
bom papel e enriquecida com desenhos de Casanova.
Encadernação editorial com cantos e lombada em pele, tendo motivos dourados na lombada e na pasta
estando também dourado à cabeça; capas da brochura conservadas. Ex-libris heráldico da Biblioteca
Salema Garção.
1725 — MARTINS (José Maria Braz).- BONS FRUCTOS DE RUIM ARVORE. (Episodio da
escravatura branca). Drama original em 3 actos. Editor João Antonio de Freitas Junior. Porto:
Typographia de J. A. de Freitas Junior. 1858. In-8.º gr. de 120 págs. E.
Na última página vem a seguinte carta de Camilo: “Ill.mo Amigo. Lendo segunda vez o seu drama,
affianço-lhe que lhe descobri merecimentos que não vira na primeira leitura. Do seu amigo Camillo
Castello Branco”. Peça representada pela 1ª vez no Real Teatro de S. João em 2 de Março de 1858.
Muito invulgar.
Com as capas da brochura conservadas e revestido de boa encadernação com cantos e lombada em
pele mosqueada.
1726 — MARTINS (José V. de Pina).- OS LUSÍADAS. 1572-1972. CATÁLOGO DA
EXPOSIÇÃO BIBLIOGRÁFICA, ICONOGRÁFICA E MEDALHÍSTICA DE CAMÕES.
Prefácio de Manuel Lopes de Almeida. Introdução, Selecção e Notas Bibliográficas por José V.
de Pina Martins. Lisboa. Imprensa Nacional - Casa da Moeda. 1972. In-fólio de XXXIV-565-I
págs. B.;
––– OS LUSÍADAS. 1572-1972. (...). AP NDICE. Addenda, corrigenda e índices com introdução
por... Lisboa. Comissão Executiva do IV Centenário da Publicação de «Os Lusiadas». 1972.
In-fólio de 181-I págs. B.
Notável catálogo da grandiosa exposição bibliográfica camoniana realizada na Biblioteca Nacional,
documentado com inúmeras reproduções de portadas de edições de «Os Lusiadas» e de outras obras
de Camões em edições portuguesas e em versões estrangeiras, sendo de assinalar também os numerosos
retratos de Camões reproduzidos. Competentes e minuciosas notas bibliográficas a cada uma das peças
expostas da autoria do Prof. Pina Martins.
1727 — MARTINS (Rocha).- OS GRANDES VULTOS DA RESTAURAÇÃO DE PORTUGAL.
Obra comemorativa do Tricentenário da Independência. Edição da Emprêsa Nacional de Publicidade
- 1940. In-fólio de 483-I págs. E.
Luxuosa edição impressa em papel couché, ilustrada com muitas e belas gravuras a negro e a cores,
impressas nas páginas do texto ou coladas em folhas à parte.
Encadernação dos editores, em pele, tendo na pasta da frente um brasão com as armas de Portugal
a cores e ouro e ferros a negro.
1728 — MASCARENHAS (Braz Garcia de).- VIRIATO TRAGICO. Poema heroico em 20 cantos
de Braz Garcia de Mascarenhas. Em dois volumes. Lisboa. Na Phenix - Beco de Santa Martha
N.º 123. 1846. 2 vols. In-8.º gr. de XV-I-284-II e IV-321-III págs. E. em 1.
1728 - ver pág. 58
Segunda edição do Poema, ilustrada com duas excelentes litografias: uma alusiva ao juramento
de Viriato e outra com um retrato do autor.
Inocêncio: “Consta o Viriato Tragico de vinte cantos em outava rima. No sentir de bons criticos merece
ser considerado como a nossa primeira epopêa de segunda ordem, e torna-se notavel pela boa escolha
do assumpto, e dos episodios, pela abundancia de comparações, tão originaes como ingenhosas, e por
[58]
.../...
suas descripções verdadeiramente pictorescas. É dos nossos poemas aquelle em que a parte militar
apparece tratada magistralmente, para o que muito concorreu sem duvida a profissão do auctor. Quanto
ao estylo, postoque seguisse as doutrinas adoptadas na escola castelhana, e tenha na realidade, alguns
conceitos alambicados, e certos trocadilhos proprios do gosto da época, está longe de cair nos desvarios
em que se despenharam tantos seus contemporaneos.” Muito invulgar e já posteriormente reeditado.
Encadernação contemporânea, com a lombada em pele. (ver gravura na pág.57)
1735 — MATOS (Gastão de Melo de) & BANDEIRA (Luís Stubbs Saldanha Monteiro).HERÁLDICA. Verbo. [Oficinas de Gris, Impressores, S.A.R.L. (Lisboa / Cacém). 1969].
In-4.º de 219-I págs. E.
Com um retrato da rainha na capa e letras capitulares de Manuel Lapa. Edição esmeradamente tratada,
em bom papel e limitada a 1000 exemplares.
Exemplar n.º 2 da Tiragem Especial de 50, com dedicatória do autor para “Sua Excelência o Professor
Doutor António de Oliveira Salazar”.
Primeira edição de uma das principais obras do ilustríssimo médico que foi Júlio de Matos, dividida
nos seguintes capítulos: «Loucuras vesanicas»; «Loucuras organicas»; «Loucuras nevrophaticas»;
«Loucuras toxicas»; «Loucuras sympathicas»; «Loucuras diathesicas»; «Loucuras congenitas ou
morphologicas»; «Loucura lucida»; «Loucura infantil»; «Exame da loucura»; «Sequestração»;
«Interdição»; «Validade dos actos»; «Responsabilidade criminal» e «Loucura simulada».
Boa encadernação com nervos e dourados na lombada.
1729 — MASCARENHAS (Domingos).- SUA MAGESTADE A RAINHA SENHORA DONA
AMÉLIA. 1951. Portugália. Lisboa. In-4.º gr. de XVI págs. inums. B.
1730 — MASCARENHAS (D. Jerónimo de).- HISTÓRIA DE LA CIUDAD DE CEUTA, sus
sucessos militares, y politicos; Memorias de sus Santos y prelados, y elogios de sus Capitanes
Generales, escrita em 1648 por... Publicada por ordem da Academia das Sciências de Lisboa
e sob a direcção de Afonso de Dornelas. Academia das Sciências de Lisboa. [Coimbra. Imprensa
da Universidade. 1918]. In-Fólio de XXIII-I-306-II págs. E.
Obra da mais alta importância para a história dos acontecimentos que relata, em tiragem não declarada,
mas de certo de limitado número de exemplares.
Modestamente encadernado, conservando a capa da brochura da frente.
1731 — MATA (João da).- ARTE DE COZINHA. Prefaciada por Alberto Pimentel. Quarta
edição, correcta. 1900. [Lisboa. Typographia Universal, imprensa da Casa Real]. In-8.º gr.
de 367-I págs. E.
É interessantíssimo o prefácio concedido por Alberto Pimentel para servir de pórtico a este importante
e célebre livro de cozinha, que, até à data desta e com esta, contava quatro edições, qualquer delas,
hoje, muito invulgar. O autor, cujo retrato gravado vem impresso em separado, foi “Cozinheiro em
Chefe e Proprietario do HOTEL AVENIDA”.
Encadernação editorial, um pouco cansada. Assinado no frontispício.
1732 — MATEUS (Joaquim Alves).- ORAÇÃO GRATULATORIA E COMMEMORATIVA DO
PRIMEIRO DE DEZEMBRO DE 1640 que em igual dia de 1868 recitou na Sé de Braga, Primaz,
o Conego... Braga. Typographia dos Orfãos de S. Caetano. 1869. In-8.º de 22-II págs. Desenc.
Peça a juntar às colecções da Restauração de 1640, de escasso aparecimento no mercado.
Um pouco aparado.
1733 — MATOS (Armando de).- MANUAL DE GENEALOGIA PORTUGUESA. 1943.
Fernando Machado & Cª Ldª. Porto. In-4.º de 139-III págs. B.
Este trabalho, de grande utilidade consultiva, teve restrita tiragem, sendo por isso bastante invulgares
os exemplares que vêm a público. Ilustrado em separado.
1734 — MATOS (Armando de).- UM VERBETE DE BIBLIOGRAFIA ARTÍSTICA.
Guimarães. MCMXXXVI. In-8.º gr. de 72 págs. B.
Com a reprodução do frontispício do curioso livro de que se ocupa, da autoria do transmontano
flaviense José Lopes Baptista de Almada, impresso em Lisboa no ano de 1749: «Prendas da
Adolescencia, ou Adolescencia Prendada com as prendas, artes e curiosidades mais uteis, deliciosas
e estimadas em todo o mundo».
[59]
Trabalho de divulgação da ciência heráldica, numa cuidada edição em bom papel, ilustrada com
numerosos desenhos nas páginas do texto.
Encadernação dos editores com sobrecapa estampada a cores.
1736 — MATOS (Júlio de).- MANUAL DAS DOENÇAS MENTAIS. Porto. Livraria Central
de Campos & Godinho - Editores. MDCCCLXXXIV. In-8.º de 418-II págs. E.
1737 — MATOS (Júlio de).- A QUESTAO CALMON. Reflexões sobre um caso medico-legal.
Porto. Livraria Moreira. 1900. In-4.º de 63-I págs. B.
Trabalho baseado no estudo que o autor foi convidado a fazer sobre o estado mental de Rosa Calmon,
brasileira, filha do então cônsul geral do Brasil no Porto, arguida de demência “por motivo dos seus
exagerados sentimentos religiosos” que a levaram a fugir da casa dos pais para ingressar num convento.
Com a transcrição de cartas de Júlio de Matos, Lombroso, Miguel Bombarda, Magalhães Lemos e outros.
Assinatura antiga na capa da brochura.
1738 — MATOS (Luís de).- LES PORTUGAIS EN FRANCE AU XVIéme SIÈCLE. Études et
Documents. Por Ordem da Universidade. 1952. [Coimbra]. In-4.º de VIII-408-II págs. B.
Livro integrado nos «Acta Universitatis Conimbrigensis», com muito interesse para a história da náutica,
descobrimentos e conquistas dos portugueses. Ilustrado com vários fac-símiles de portadas, cartas, etc.
Capa da brochura anterior com manchas de acidez.
1739 — MATOS (Ricardo Pinto de).- MANUAL BIBLIOGRAPHICO PORTUGUEZ DE
LIVROS RAROS, CLASSICOS E CURIOSOS. Coordenado por ... Revisto e prefaciado pelo
snr. Camillo Castello Branco. Porto. Livraria Portuense - Editora. 1878. In-4.º peq. de XII-582
págs. E.
Trabalho clássico da Bibliografia Portuguesa, sucinto mas de utilíssima consulta, estimado e muito pouco
frequente nesta sua primeira edição. O excelente prefácio de Camilo vem estampado de págs. VII a X.
Modestamente encadernado.
1740 — MAUROIS (André).- CLIMATS. Lithographies en couleurs de Touchagues. Deux-Rives. [Typographie de Marcel Schiffer. Paris. 1949]. In-4.º gr. de 329-VII págs. B.
Muito esmerada edição para bibliófilos confinada a 790 exemplares numerados, em papel de superior
qualidade. As belas litografias de Touchagues foram impressas em folhas à parte, tendo ainda muitas
outras ilustrações monocromáticas nas páginas do texto.
Exemplar em folhas, como é próprio das edições especiais francesas.
1741 — MAURRAS (Charles).- LE BEAU JEU DES REVIVISCENCES. Un après-midi d’hiver
a Clairvaux. Gravure de Jean Trayner. A Paris. Pour un Groupe de Bibliophiles. [Presses de
Pierre Gaudin, a Paris. 1952]. In-4.º de IV-43-VII págs. B.
“Cette édition précédé d’un Poème inédit de Charles Maurras, réalisé par Stanislas Rey pour un groupe
de bibliophiles, a été achevée d’imprimer sur les presses de Pierre Gaudin, a Paris le jour de
[60]
.../...
l’Annontiation MCMLII. Le texte été entièrement composé à la main en caractères Garamont italique
corps vingt: le tirage de la gravure a été exécuté a la presse a Bras dans les Ateliers de Georges
Leblanc. La lettrine de départ, imaginé et dessiné par Pierre Gaudin, a été gravé sur bois par Blaise
Monod. Le papier d’Angoumois a fait l’objet d’une cuvée spéciale et a été fabriqué au moulin a papier
du Verger de Puymoyen sous la direction de Henri Lacombe. La mise en pages a été assurée par Pierre
Gaudin et Stanislas Rey.”
Edição para bibliófilos, com uma lindíssima gravura de Jean Traynier, cuja tiragem foi reduzidíssima,
sendo este exemplar de “un certain nombre d’exemplaires, dits exemplaires de chapelle, non mis dans
le commrce mais justifiés, réservés aux Amis de l’Auteur e de l’Editeur” numerados H. C., tendo este,
no fim, três exemplares da gravura em diferentes qualidades de papel.
Texto inédito publicado pouco depois da morte de Charles Maurras.
Exemplar valorizado com extensa dedicatória manuscrita, sem dúvida destinado a “Monsieur
le Président” Salazar. Em folhas soltas, com cartonagem original defeituosa na lombada.
1742 — MEDINA (João).- EÇA POLITICO. (Ensaios sobre aspectos político-ideológicos da obra
de Eça de Queiroz). Seara Nova. 1974. [Porto]. In-8.º gr. de 238-VI págs. B.
Com estampas em folhas à parte. Capa ilustrada por João Abel Manta.
1743 — MEIRELES (B.).- ALBERTO E OLINDA. Poemêto. Coimbra. Imprensa da
Universidade. 1876. In-8.º gr. de 116-IV págs. E.
Dedicatória do autor “Ao illustre escriptor o Ex.mo Snr. Camillo Castello Branco”, manuscrita na
folha de anterrosto.
Encadernação com cantos e lombada em pele, com as capas da brochura conservadas e aparado
apenas à cabeça.
1744 — MELO (Adelino das Neves e).- CAMILLO CASTELLO BRANCO. Lisboa. S.d.
Portugália editora. In-8.º de 27-I págs. B.
Deste opúsculo, que deve ter sido publicado em 1925, apenas foram tirados 285 exemplares. Com duas
cartas de Camilo reproduzidas em fac-símile.
Tiragem Especial de 10 exemplares, em papel Inglês, numerados e assinados.
1745 — MELO (António Joaquim de Mesquita e).- D. SANCHO II, Quarto Rei de Portugal.
Romance historico por... Dedicado, e offerecido á Heroica Cidade do Porto. Porto. Typographia
Lusitana. 1869. In-8.º de 302-II págs. E.
Romance em verso, antecedido de um texto em prosa do mesmo autor, natural do Porto, onde se explana
o respectivo argumento. Invulgar.
Encadernação inteira em pele, da época.
1746 — MELO (António Joaquim de Mesquita e).- POESIAS FUNEBRES AOS QUE SEMPRE
CHORADOS PERECERAM NO FATAL NAUFRAGIO DO VAPOR = PORTO = na noite de 29
de Março de 1852, dedicadas e offerecidas aos consternados parentes d’aquellas lamentaveis
victimas. Porto: Na Typographia de Sebastião José Pereira. 1852. In-8.º gr. de 15-I págs. E.
Muito raras poesias inspiradas pelo naufrágio ocorrido na barra do Douro, escritas pelo poeta portuense
António Joaquim de Mesquita e Melo, cego a partir dos dois anos de idade. Entre as muitas outras
produções do autor, esta, muito rara, não consta entre as muitas outras que Inocêncio registou.
Encadernação com a lombada em pele.
“Recebi com muito prazer a carta que V. S.ª teve a delicadeza de escrever-me por occasiaõ da entrada
de meu Pai para o Gabinete actual; (...)
“A circunstancia que deu motivo á carta de V. Sª — a nomeação de meu Pai p. o Ministerio — não é por
certo muito agradavel na presente conjuntura, em que tal logar não possue senão espinhos e abrolhos
que lhe são inherentes. Contudo a imperiosa ley das conveniencias publicas exigem este sacrificio
d’alguns individuos, e não houve remedio senão faze-lo, para não dar um espectaculo d’egoismo tão
censuravel nas criticas circunstancias em que nos achamos. O Ministerio acha-se collocado na mais
critica situação. Não é necessario enumerar as difficuldades de toda a especie que o cercam, sendo
alem de tudo o mais, aggredido violentamente pelos dous partidos externos — Septembrista e Cabralista. (...)
Resta porem a esperança, que talvez não seja vãa, de que todos os homens de probidade e sensatez de
todas as côres politicas prestem o seu auxilio, não aos membros do Ministerio, que o não ambicionam
por si, mas aos principios que elle symbolisa, e que são os unicos com que se pode ainda um dia reunir
a familia Portugueza.
“Muito desejara ouvir a V. Exª a sua opinião acerca do resultado provavel das eleições no Pôrto,
Minho, e Traz-os-Montes. (...)”
1748 — MELO (D. Francisco Manuel de).- APOLOGOS DIALOGAES. Escriptorio. 147 - Rua
dos Retrozeiros - 147. Lisboa. 1900. 3 vols. In-8.º de 134-131-I e 130 págs. E. em 1.
Uma das obras integradas na prestimosa «Bibliotheca de Classicos Portuguezes» dirigida por Melo de
Azevedo, a quem se deve a publicação de numerosas obras que à época se encontravam à muito tempo
inacessíveis.
Encadernação da época, com pequeno defeito na lombada.
1749 — MELO (D. Francisco Manuel de).- CARTA DE GUIA DE CASADOS, para que pelo
caminho da prudencia se acerte com a casa do descanso a um amigo por... Nova edição, com um
Prefacio biographio enriquecido de documentos ineditos por Camillo Castello Branco. Porto.
Typ. Pereira da Silva. 1873. In-8.º de 204-II págs. E.
Primeira edição com o Prefácio de Camilo, mais tarde reproduzido com modificações na «Bohenia do
Espirito» e reeditado em volume em 1898.
Com as capas da brochura conservadas, um pouco aparado e singelamente encadernado.
1750 — MELO (D. Francisco Manuel de).- CARTA DE GUIA DE CASADOS para que pelo
caminho da prudencia se acerte com a casa do descanso a um amigo por... Nova edição, com um
Prefacio biographico enriquecido de documentos ineditos por Camillo Castelo Branco. Porto.
Livraria Chardron. 1898. In-8.º de 203-I págs. B.
O extenso e importante prefácio de Camilo abrange as págs. 5 a 54.
Desconjuntado.
1751 — MELO (D. Francisco Manuel de).- EPANÁFORAS DE VÁRIA HISTÓRIA PORTUGUESA. 3ª edição revista e anotada por Edgar Prestage. Imprensa da Universidade. Coimbra.
1931. In-4.º de II-XXI-I-463-V págs. B.
É a terceira edição desta obra sumamente interessante e estimada, sendo as primeiras datadas de 1660
e 1676 e esta, portanto, publicada mais de 200 anos sobre o aparecimento da segunda. Edição revista,
anotada e prefaciada pelo grande lusófilo Edgar Prestage.
1747 — MELO (António Maria Fontes Pereira de).- CARTA AUTÓGRAFA. Datada de “Cintra
22 de Septembro de 1847”. Dim. 19,5 x 24,5 cm.
1752 — MELO (D. Francisco Manuel de).- A FEIRA DOS ANEXINS. Obra posthuma de...
Agora dada á luz pela primeira vez. Edição corrigida e revista por Innocencio Francisco da Silva.
Lisboa. Livraria de A. M. Pereira - Editor. 1875. In-8.º de XLIX-III-222 págs. B.
.../...
.../...
Carta de Fontes Pereira de Melo endereçada a Francisco Joaquim Maia, então Presidente do Banco
Comercial do Porto, manuscrita sobre duas das suas quatro páginas, conservando o respectivo sobrescrito,
pré-filatélico.
[61]
Primeira edição desta valiosa obra clássica, assim apreciada por Alexandre Herculano, ao alto da primeira
página do texto introdutório de Inocêncio: “(...) livro curioso, em que estão lançadas methodicamente
as metaphoras e locuções populares da lingua portugueza, e que seria quasi um manual para os escrip-
[62]
tores dramaticos, principalmente do genero comico, que fizessem fazer falar as suas personagens com
phrase conveniente, e com as graças e toque proprio da nossa lingua portugueza e do verdadeiro estylo
dramatico, cousa a mais difficil, talvez, n’este genero de litteratura, e de que tão arredios andam os que
ora o começam a cultivar entre nós (...)”.
1759 — MELLO (Pedro Homem de).- BODAS VERMELHAS. Editorial Domingos Barreira.
Porto. [S.d. 1947]. In-8.º de 171-I págs. B.
Obra importante na sua especialidade, ilustrada com cinco estampas em folhas desdobráveis. O autor,
ilustre Oficial de Marinha, natural de Elvas, foi, ao tempo da publicação deste seu livro, Cavaleiro da
Ordem de S. Bento de Aviz, Capitão-Tenente, Comandante e Director da Academia dos Guardas
Marinhas e Correspondente da Academia Real das Ciências.
Encadernação inteira em pele, da época.
1760 — MELLO (Pedro Homem de).- CARAVELAAO MAR. Poesias prefaciadas pelo Dr. Agostinho
de Campos. Lisboa. MCMXXXIII. [Tip. da Emprêsa Nacional de Publicidade]. In-8.º gr.
de XXVIII-141-I págs. B.
1753 — MELO (João de Fontes Pereira de).- TRATADO PRATICO DO APARELHO DOS
NAVIOS, para uso dos alumnos da Companhia e Real Academia dos Guardas Marinhas. Lisboa.
Na Typografia da mesma Academia. Anno 1836. In-4.º peq. de IV-349-VII págs. E.
1754 — MELO (Joaquim Lopes Carreira de).- PORTUGAL, SUAS DYNASTIAS E GOVERNOS
ou Verdades Historicas e Politicas ácerca das suas Legitimidades. Lisboa. Typographia
Universal. 1860. In-8.º gr. de XI-I-105-V págs. E.
São muito invulgares os exemplares deste interessante estudo histórico de Joaquim Lopes Carreira de
Melo, autor de considerável bibliografia.
Com dedicatória do autor na capa da brochura; notas a lápis na margem de algumas folhas, acerca das
quais se diz num postal anexo da livraria «O Mundo do Livro»: “Em resposta ao postal de V. S. somos
a informar que adquirimos uma parte da biblioteca de F. Gomes de Amorim, da qual faziam parte
vários livros anotados e rubricados por Camilo. Embora o exemplar que enviamos a V. S. não estivesse
rubricado, não temos dúvidas de que a letra é dêle, por termos feito a comparação. (...)”
Boa encadernação com cantos e lombada em pele, tendo conservadas as capas da brochura.
1755 — MELO (Martinho Nobre de).- PARA ALÉM DA REVOLUÇÃO. Ensaios de filosofia
política. Estudos morais e sociais. Crítica e Doutrina. Lisboa. Livraria Ferin. 1925. In-8.º
de 170-II págs. E.
Com o fac-símile de uma carta de António Cândido para Martinho Nobre de Melo. Um dos mais
invulgares livros do autor.
Boa encadernação à amador, nova, com ferros a ouro em casas fechadas; capas da brochura conservadas
e aparado apenas à cabeça.
1756 — MELO (Olímpio de).- ORDENS MILITARES PORTUGUESAS E OUTRAS
CONDECORAÇÕES. Resumo histórico desde a sua fundação e compilação anotada de toda
a legislação em vigor, mandados publicar pelo Ministério da Guerra. Imprensa Nacional de
Lisboa. 1922. In-4.º de 166 págs. B.
Com numerosas estampas policromadas reproduzindo as insígnias inventariadas. Muito pouco frequente.
Capa da brochura ilustrada a cores e metais.
1757 — MELLO (Pedro Homem de).- ADEUS. Porto. 1951. [Tip. Gráficos Reunidos, Lda].
In-8.º de 93-III págs. B.
Livro de poesia, adornado com um retrato de Homem de Mello por Carlos Carneiro. Primeira edição.
1758 — MELLO (Pedro Homem de).- OS AMIGOS INFELIZES. Porto. 1952. [Tipografia
e Encadernação de João Alves de Freitas & Filho, Lda]. In-8.º de VIII-86-II págs. B.
Estimado livro de versos, muito invulgar nesta sua primeira e muito cuidada edição. Elegante capa da
brochura com fundo negro e letras brancas.
Da tiragem especial de 30 exemplares numerados, com uma poesia manuscrita e assinada pelo autor.
Encadernação em pele, um pouco coçada, mas com as capas da brochura conservadas.
[63]
Com um prefácio de Júlio Dantas, onde se afirma que Pedro Homem de Mello é um “poeta de alta
estirpe, justamente considerado um dos mais representativos cultores do moderno lirismo português”.
Exemplar da edição original, desde logo esgotada.
Dedicatória do autor com a sua assinatura por extenso.
Livro de estreia de uma das mais vincadas personalidades poéticas portuguesas do século XX e também
um dos mais invulgares da sua longa bibliografia. Importante e muito extenso prefácio de Agostinho
de Campos.
Com dedicatória do poeta para Luís de Magalhães.
1761 — MELLO (Pedro Homem de).- CARTAS DE INGLATERRA. 1973. Lello & Irmão Editores. Porto. In-8.º de 127-III págs. B.
Com um retrato do Poeta por António Sampaio e outro de Sir Arnold Hawkins, Bill, de Júlio
Resende. O prefácio a este estimado livro de poesias em inglês, aparece assinado por Arnold Hawkins.
Primeira edição.
1762 — MELLO (Pedro Homem de).- DANÇAS PORTUGUESAS. Danses Portugaises Portuguese Dances. 1962. Lello & Irmão - Editores. Porto. In-4º gr. de 103-I págs. E.
Valioso trabalho sobre um dos mais apreciados aspectos do folclore português, a dança, aqui tratado
em recolhas feitas nas mais conhecidas regiões portuguesas que a praticam, desde o Alto Minho ao
Algarve. Com muitas reproduções fotográficas a negro e tradução francesa e inglesa.
Encadernação dos editores em inteira de material sintético, a que falta a sobrecapa.
1763 — MELLO (Pedro Homem de).- DESTERRADO. Porto. 1970. [Tipografia Lito-offset
Inova]. In-8.º de 63-III págs. B.
Livro de poemas antecedido de um texto preambular de Pedro Homem de Mello e com a reprodução
de um seu retrato pintado por Júlio Resende. Invulgar.
1764 — MELO (Pedro Homem de).- EU DESCI AOS INFERNOS. Edições ASA. Porto. 1972.
In-8.º de 178-II págs. B.
João Gaspar Simões: “Descendo aos Infernos, Pedro Homem de Mello trouxe-nos, como Orfeu,
os admiráveis cânticos que celebram as suas Bodas de Ouro”.
Autografado pelo poeta.
1765 — MELO (Pedro Homem de).- EU HEI-DE VOLTAR UM DIA. Lisboa. [1966]. In-8.º de
131-III págs. B.
Tem em “Marginália” um texto de João Gaspar Simões. Boa edição, integrada na Colecção Poesia da Ática.
Dedicatória do autor.
1766 — MELLO (Pedro Homem de).- EXPULSOS DO GOVERNO DA CIDADE. (Poemas).
1961. [Tipografia Modesta. Porto]. In-8.º de 50-VI págs. B.
Com retratos do autor e de sua mulher por Carlos Carneiro.
[64]
1767 — MELLO (Pedro Homem de).- HÁ UMA ROSA NA MANHÃ AGRESTE. Edições
Ática. Lisboa. [1964]. In-8.º gr. de 171-V págs. B.
Primeira edição, integrada na «Colecção Poesia».
Valorizado com dedicatória do autor.
1768 — MELLO (Pedro Homem de).- MISERERE. Porto. 1948. [Tip. e Enc. Alberto de Oliveira. Lda].
In-8.º de 105-I págs. B.
Prefácio assinado por Alberto d’Oliveira. Primeira edição. Com um retrato do autor.
O exemplar ostenta uma afectuosa dedicatória do poeta.
1769 — MELLO (Pedro Homem de).- PEDRO. Cabanas. 1975. [Artes Gráficas. Porto]. In-8.º
de 139-III págs. B.
Retratos do poeta e de sua mulher em desenhos de Carlos Carneiro.
Dedicatória do autor para Pedro Alvellos.
1770 — MELLO (Pedro Homem de).- AS PERGUNTAS INDISCRETAS. Editorial Domingos
Barreira. Porto. [1968]. In-8.º de 63-I págs. B.
Livro de poesia impresso em bom papel e ilustrado com um retrato do autor. Primeira edição.
Extensa dedicatória do punho do poeta.
1771 — MELLO (Pedro Homem de).- POEMAS ROUBADOS. 1979. [Gráfica Firmeza. Porto].
In-8.º de 38-II págs. B.
Edição confinada a 1000 exemplares. Retrato do autor por Carlos Carneiro.
1772 — MELO (Pedro Homem de).- PRÍNCIPE PERFEITO. Edições Gama. Lisboa.
MCMXLV. In-8.º de CXX págs. inums. B.
Com um retrato do poeta por António Sampaio e um extenso estudo de João Gaspar Simões «Para servir
de Prefácio» a este notável livro de Homem de Mello, “alto poeta português”, segundo as suas palavras.
Valorizado com dedicatória do autor. Com uma mancha no verso da capas da brochura e outras menos
perceptíveis nas seis págs. seguintes.
1773 — MELLO (Pedro Homem de).- O RAPAZ DA CAMISOLA VERDE. Porto. 1954. [Tip.
de J. R. Gonçalves, Lda]. In-8.º de 102-IV págs. B.
Um dos belos livros de poesia de Pedro Homem de Mello, livro que aparece antecedido de um prefácio
em inglês por Elaine Sanceau.
1774 — MEMÓRIA DA AMAZÓNIA. Alexandre Rodrigues Ferreira e a Viagem Philosophica
pelas capitanias do Grão-Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuyabá. 1783-1792. Textos: M. L.
Rodrigues de Areia, Maria Arminda Miranda, Tekla Hartmann. Catálogo, Tekla Hartmann.
Museu e Laboratório Antropológico. Universidade de Coimbra. [Simão Guimarães, Filhos, Lda.
Porto. 1991]. In-fólio de 262-VI págs. E.
“(...) Memória da Amazónia mostra (...) um aspecto apenas da Viagem Philosophica. Porque
Alexandre Rodrigues Ferreira foi um naturalista e não propriamente um etnógrafo, consideramos
indispensável incluir no catálogo ampla documentação dos (...) núcleos de plantas, animais e minerais
enviados para Coimbra, de tal modo que a observação da exposição efectivamente etnográfica pudesse ser complementada com informação escrita e iconográfica que evidenciasse a perspectiva do naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira foi e não ficássemos pela ideia reduzida à dimensão de etnógrafo que de resto não teria sentido na época. O texto Perfil de um Naturalista, veio assim compensar no
[65]
.../...
catálogo da exposição o que a esta falta — colecções naturais. Constitui obviamente, também um
apelo e um desafio aos colegas dos outros museus, para que descubram nas velhas colecções o que
acreditamos ainda restar do acervo enviado para Coimbra. (...)”
Primorosa e luxuosa edição do catálogo desta notabilíssima exposição dedicada a Alexandre
Rodrigues Ferreira e à sua obra, impresso em papel de excelente qualidade e ilustrada com 140 reproduções a cores de manuscritos antigos, tipos humanos brasileiros em pinturas da época, aves, peixes,
insectos e outros animais, objectos de cerâmica, esculturas em madeira e outros objectos indígenas.
Encadernação editorial em tela, tendo na pasta da frente uma estampa a cores.
1775 — MEMORIA SOBRE OS LAUDEMIOS QUE OFFERECEM AO SOBERANO CONGRESSO DA NAÇAÕ OS HABITANTES DA PROVINCIA DO MINHO, Assignados em
huma Representaçaõ, á qual esta Memoria serve de fundamento e instrucçaõ. Porto: Na Typ. de Viuva
Alvarez Ribeiro & Filhos. Anno de 1821. In-8.º de 15-I págs. Desenc.
Com interesse para a história da legislação portuguesa, dado a lume sem indicação do nome do seu autor.
Aparado.
1776 — MENDES (Cónego Alves).- D. MARGARIDA RELVAS. Porto. Typographia de A. J.
da Silva Teixeira. 1888. In-fólio de 59-V págs. E.
Edição de apreciável qualidade gráfica, ilustrada com sete fotografias de Carlos Relvas, marido
de D. Margarida Relvas, documentando as cerimónias fúnebres que a esta foram dedicadas, onde,
entre outras, foram fotografadas a Igreja, o Cortejo fúnebre e o Jazigo da família Relvas, na Golegã.
O discurso de Alves Mendes ocupa as págs. 11 a 69.
Encadernação em percalina, com dourados já apagados na lombada e ferros a seco nas pastas.
1777 — MENDES (Cónego Alves).- PATRIA! Discurso na inauguração do Monumento aos
Restauradores de Portugal. Livraria Moderna de Alcino Aranha & Cª - Editores. Porto. S.d. [1886?].
In-4.º de 49-III págs. E.
Com um retrato do grande orador Alves Mendes e o fac-símile integral de uma sua carta.
Encadernação simples, com a lombada em pele.
1778 — MENDES (Cónego Alves).- UM QUADRUPEDANTE À DESFILADA. Corrida em
Pêllo ao Silvano da “Ordem”. Porto. 1884. In-8.º gr. de IV-91-I págs. B.
Vigoroso e polémico opúsculo dedicado a Camilo Castelo Branco, “Principe dos polemistas, maximo
opulentador da lingua vernacula”. Invulgar.
Com falta da capa da brochura da frente e desconjuntado.
1779 — MENDES (António Lopes).- A INDIA PORTUGUEZA. Breve descripção das possessões
Portuguezas na Asia... Lisboa. 1886. 2 vols. In-4.º de XXVII-281-I e XII-313-I págs. B.
É uma das mais interessantes obras que possuímos acêrca da antiga Índia Portuguesa, publicada pela
Sociedade de Geografia de Lisboa e ilustrada com centenas de boas gravuras em madeira, nas páginas
do texto e em separado, além de mapas impressos a cores.
A págs. 298 e 299 do 2º volume refere-se a Camilo e à sua impossibilidade de prefaciar a obra, como
estava previsto, publicando um seu magnífico retrato gravado por Pastor. Primeira edição.
1780 — MENDONÇA (A. P. Lopes de).- NOTICIA HISTORICA DO DUQUE DE PALMELLA.
Lisboa. Imprensa Nacional. 1859. In-4.º de II-106 págs. B.
“Pela geração natural das idéas pertencemos a um partido, do qual o Duque de Palmella foi frequentemente adversario. Nem por isso nos julgâmos menos habilitados para fazer justiça á sua vasta
capacidade e aos seus eminentes serviços, e mesmo para o applaudir, quando, coherente com os seus
principios, e fiel á linha politica que havia escolhido, combateu lealmente as sua exagerações e demasias”.
Ex-libris-carimbo no frontispício.
[66]
1781 — MENDONÇA (Agostinho de Gavy de).- HISTORIA DO CERCO DE MAZAGÃO.
Bibliotheca de Classicos Portuguezes. Lisboa. 1890. In-8.º de 239-I págs. E.
“É este livro um documento interessante para a historia do nosso dominio nas costas do imperio
marroquino, e quer-nos parecer que tem extraordinaria importancia no momento em que tanto se debate
e contesta a soberania portugueza na costa oriental d’Africa”; “O cerco de Mazagão é uma das nossas
grandes proezas africanas, e, como o primeiro cerco de Diu, tem a vantagem de ser contado por um
soldado que assistiu á sua defeza”. A raríssima primeira edição foi publicada em 1607, tendo sido esta
edição integrada na «Bibliotheca de Classicos Portuguezes».
Boa encadernação com a lombada em pele; capas da brochura conservadas mas com pequenos restauros.
1782 — MENDONÇA (Henrique Lopes de).- OS ORPHÃOS DE CALECUT. Romance historico-maritimo original de... Lisboa. Typographia do «Commercio de Portugal». 1894. In-4.º peq.
de 310-II págs. E.
Romance histórico ilustrado com quatro gravuras em folhas à parte.
Ex-libris de Nuno de Brion colado no frontispício. Encadernação simples.
1783 — MENESES (Francisco Perfeito de Magalhaes e).- UM SONETO. Respeitosa homenagem a Um Só Neto por Conde de Alvellos... Segunda tiragem. Pôrto. 1944. [Tip. Emprêsa
Guedes, Lda]. In-8.º de CCVII-I págs. B.
Livro em prosa e verso, de franca apologia miguelista e monárquica, ilustrado com várias fotogravuras
em folhas à parte, de que se destacam os retratos de figuras gradas dessa mesma Monarquia. Interessa
à bibliografia da Aliança Peninsular.
Lombada defeituosa.
1784 — MENEZES (José de Azevedo).- CARTAAUTÓGRAFA, datada de Famalicão, 13-V-1918.
Dim. 13 x 17,5 cm.
Carta do autor do livro de Genealogia «Ninharias», manuscrita em duas das suas quatro páginas,
endereçada a “Meu Caro Isidoro”, dizendo: “A minha filha Maria Ritta vai com o marido Luiz
Ferrer, de Barcellos, em breves dias passar dois meses em Paredes de Coura, afim de meu genro com
o bom ar d’aquella altitude ganhar mais forças e appetite do que actualmente tem. A partida talvez
seja no dia 23, devendo chegar a Valença pela uma hora da tarde, no Combio cor.º Á chegada dos
meus filhos e netos precisam elles d’um carro de cortinas de oito logares dentro, limpo, o ms. confortavel que ahi houver, gado possante e cocheiro de confiança, de modo que a jornada não seja
muito demorada, e ainda menos perigosa até Paredes. Conheces ahi alquilador que nos possa fazer
bom aerviço? (...)
“O nosso Amigo Pindella tem tido melhoras animadoras, e bem pode ir vivendo assim alguns annos.
Deos o queira! (...)”
1785 — MENEZES (Ludovico de).- CAMILO. Parte Primeira: A sua Vida e o seu Caracter;
Periodo Segundo: De Vila Real ao Porto. (1835-1848). Livraria Lusitana. José dos Santos.
Lisboa. 1915. In-4.º peq. de XV-I-272-IV págs. E.
––– CAMILO. Documentos e factos novos. Portvgalia Editora. Lisboa. 1924. 2 vols. In-4.º peq.
de 250-II e 287-V págs. E.
Uma das boas fontes para o conhecimento da vida de Camilo, invulgar quando com os três volumes
reunidos.
Da rara tiragem especial de 25 exemplares numerados, em papel muito encorpado e com todas as suas
margens e capas da brochura intactas.
Dedicatória do autor no último volume. Encadernações com cantos e lombadas em pele à cor natural.
Ex-libris de Gustavo d’Ávila Perez.
[67]
1786 — [MENEZES (Maria de Lara e)].- SAUDADES // DE // D. IGNES // DE CASTRO //
PELO LICENCIADO // MANOEL DE ASEVEDO // Conimbricense, // COM O POLIPHEMO
// DE // DOM LUIS // DE GONGORA, // Emendadas, & publicadas // POR // JOAM LOPES
DA ROCHA // do Garajal. // COIMBRA. // NO REAL COLLEGIO DAS ARTES DA // Comp.
de JESU // Comp.de JESU. Anno de 1734. In-12.º de 72-VIII págs. E.
Segundo a autorizada opinião de Adrien Roig, a verdadeira autoria da obra pertence a Maria de Lara
de Menezes e não a Manuel de Azevedo, nome a que correspondem as iniciais M. de A. Primeira edição
independente, anteriormente integrada nos «Versos varios & obras delficas...», em 1707. Tanto nesta
edição como em outras edições posteriores a obra era ainda atribuída a Manuel de Azevedo.
Encadernação inteira de pele, da época, com duplo filete dourado nas pastas.
1787 — [MENEZES (Maria de Lara de)].- SAUDADES DE D. IGNEZ DE CASTRO. Poema
em dous cantos. Por M. de A. Segunda ediçaõ. Lisboa, Na Typographia Rollandiana. 1824.
In-8.º peq. de II-48 págs. Desenc.
Foram publicadas várias edições deste poema, dizendo Roig que “ainda nesta edição a obra é atribuída
a Manuel de Azevedo”. Talvez por engano aquele bibliógrafo dá a edição como tendo 43 págs., quando
o certo é que ela apresenta, além da folha de frontispício, 48 págs. nums.
Desencadernado e com uma mancha de água antiga.
1788 — MENEZES (Mário de).- ALGUMAS ANOTAÇÕES AO QUARTO VOLUME DO
GUIA DE PORTUGAL. Imprensa do Douro - Régua. 1967. In-8.º de 220-VIII págs. B.
Com apontamentos de natureza artística de grande interesse, referentes ao volume dedicado à província
de Entre Douro e Minho. Com figuras nas páginas do texto.
1789 — MENGO (Manuel).- O RAPAZ QUE DANÇA NA FEIRA. Poesias. 1949. [Imprensa
Portuguesa. Porto]. In-4.º de 97-VII págs. B.
Com um belo desenho de Câmara Leme estampado na capa e repetido no frontispício.
Capa da brochura manchada.
1790 — O MENSAGEIRO DAS DAMAS. Jornal de Modas. [No fim: Editor - Deniz Moraes;
depois, Editor. A. de Michellis. 1853-1854]. 24 números In-4.º E.
É apenas o primeiro dos volumes que constituem esta interessantíssima publicação. Cada um dos 24
números é acompanhado de um belo e elegante figurino litografado a cores. Colaboração literária
sobretudo de consagrados autores estrangeiros.
Encadernação da época, com a lombda em pele.
1791 — MER A (Paulo).- DE “PORTUCALE” (CIVITAS) AO PORTUGAL DE D. HENRIQUE.
Coimbra. 1943. In-8.º gr. de 22 págs. B.
Importante estudo com interesse para a história da origem da cidade do Porto, aparecido em separata
da revista «Biblos».
Assinado no frontispício.
1792 — MER A (Paulo).- SUAREZ - GRÓCIO - HOBBES. Editor Arménio Amado. Coimbra.
1941. In-8.º de 118-II págs. B.
“Lições de História das Doutrinas Políticas feitas na Universidade de Coimbra.”
1793 — MESCHLER (M.).- VIDA DE S. LUÍS GONZAGA, protector da Juventude Cristã.
Versão portuguesa de A. Cardoso. Porto. 1923. [Tipografia “Porto Médico”, Lda.]. In-8.º
de XV-I-429-III págs. E.
Edição impressa a negro e vermelho e com estampas em folhas à parte
Capa da brochura ilustrada com um brasão d’armas impresso a cores e metais. Modestamente encadernado.
[68]
1794 — MESQUITA (Marcelino).- [OITO OBRAS DE TEATRO]. Editores, datas e formatos
diversos E. e B.
Conjunto formado pelas seguintes 8 obras, todas em brochura e em primeira edição, salvo indicação
em contrário: «Almas Doentes. Tragédia em dois actos», Lisboa, 1905, enc. simples mas com as capas
da brochura conservadas; «Margarida do Monte», peça em quatro actos, Lisboa. 1910, com assinaturas; «Na Voragem. Tragedia burgueza em 2 actos, Lisboa, 1917; «Pedro o Cruel», 2.ª edição, Lisboa,
1920; «Perola» (Episodio da vida academica), Comedia-drama em 5 actos, Lisboa, 1885, com manchas; «O Regente», tragédia histórica, 5.ª edição, Lisboa, 1921, com um carimbo no frontispício;
«Sinhá», peça em 3 actos, 1901, Lisboa; «O Velho Thema», drama em 3 actos, Lisboa, 1896. Assinado
no frontispício, encadernação modesta.
1795 — MIGALHAS HISTORICAS. Mensário histórico, literário, crítico e artístico. Director
e editor Fernandes Agudo. Lisboa. [Julho a Outubro de 1934]. 4 números In-4.º em 1 vol. E.
Colecção completa desta interessante publicação periódica ilustrada, colaborada por Fernandes
Agudo, Agostinho Fortes, J. Cardoso Gonçalves e outros autores que assinaram os seus trabalhos sob
pseudónimo. Com várias referências a Camilo Castelo Branco.
Bem encadernado e com as capas da brochura conservadas.
1796 — MIGUÉIS (José Rodrigues).- O ESPELHO POLIÉDRICO. Cronicas. Estúdios Cor.
[Lisboa. 1972]. In-8.º de 333-V págs. B.
“Memórias, comentários e ficções” em forma de crónicas vindas a lume em várias publicações periódicas, a que o autor juntou alguns textos inéditos. Primeira edição.
Dedicatória autógrafa do autor.
1797 — [MILA (Joannico C.)].- A LUSA BAMBOCHATA. Poema triste em verso alegre por...
Lisboa. Livraria Editora de Tavares Cardoso & Irmão. 1885. In-4.º de 155-I págs. B.
O verdadeiro nome do autor é João Pereira da Costa Lima e, segundo Alberto Pimentel no seu livro
«Poemas Herói-Comicos Portugueses», trata-se de um poema “herói-cómico, posto se denomine
apenas «poema triste em verso alegre»: canta Fontes Pereira de Melo como centro de uma constelação
planetária de políticos da época. (...) é uma charge que navega a todo o pano da veia humorística do
autor.” A obra foi dedicada “a todos os Philoxeras Politicos da Parvonia.”
Original capa da brochura ilustrada a cores com uma composição de feição política que abrange ambas
as faces e a lombada do volume, além de muitos desenhos em folhas à parte, tudo da autoria do genial
artista que foi Rafael Bordalo Pinheiro.
Capa da brochura com pequenos defeitos.
1798 — [MINHO (João do)].- TROVAS D’AMOR. Colligidas por... Porto. Companhia
Portuguesa Editora. 1919. In-8.º gr. de CCLX págs. inums. B.
Capa da brochura ilustrada com um motivo da ourivesaria vianense a azul e ouro por António Lima.
João do Minho é o pseudónimo usado por Álvaro Pinheiro.
1799 — MIRANDA (Abílio).- O BRASÃO DE PENAFIEL. MCMXXXI. Tip. Minerva.
Penafiel. In-8.º gr. de 36 págs. B.
Edição cuidada e ilustrada nas páginas do texto.
1800 — MIRANDA (Artur Buela Pereira de).- QUE É O QUE PERTENDEM OS PEDREIROS NA CHEGADA DO SENHOR D. PEDRO Á EUROPA. [No fim o nome do autor e o
registo tipográfico: Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1831. In-8.º gr. de 8 págs. Desenc.
Texto único do n.º 7 da publicação periódica «Defeza de Portugal», texto que interessa juntar às colecções
das Lutas Liberais.
Na última página, a tinta, depois do nome impresso do autor: “Grande Miguelista. Môrra sem appelação
nem aggravo. Um Constitucional”.
[69]
1802 - ver pág. 71
1801 — MIRANDA (Francisco de Sá de).- A EGIPCIACA SANTA MARIA. Poema de
Francisco de Sá e Miranda. Pela primeira vez publicado por Teophilo Braga. Porto. Livraria
Chardron, de Lelo & Irmão. 1913. In-8.º de XIII-I-228-II págs. E.
Depois da obra principal, vêm «Cinco sonetos ineditos de Sá de Miranda» e a «Vida de Maria
Egipcia», texto em prosa do séc. XV conservado na Torre do Tombo.
Encadernação nova, com a lombada em pele, tendo as capas da brochura conservadas.
1802 — MIRANDA (Francisco de Sá de).- OBRAS // DO DOCTOR // FRANCISCO DE SÁ //
DE MIRANDA. // NOVA EDIÇÃO CORRECTA, EMENDADA, // E augmentada com as suas
Comedias. // (...) // LISBOA, // NA TYPOGRAFIA ROLLANDIANA. // 1784. 2 vols. In-8.º
de XXXII-290-VI e 293-III págs. E. em 1.
Pormenorizada descrição no nº 2934 do Catálogo de Azevedo Samodães, que conclui: “A edição
Rollandiana que fica descrita, de impressão muito nitida [e em bom papel de linho], goza de excelente
conceito e estima não só por ser considerada bastante correcta, como tambem por incluir, pela primeira
[e única] vez, as duas Comédias de Sá de Miranda. Os exemplares não são já presentemente vulgares no
mercado”, podendo hoje, decorridos mais de oitenta anos da publicação deste catálogo, considerar-se raros.
O exemplar ostenta na folha de guarda da encadernação a assinatura de Camilo Castelo Branco
e o preço de custo do exemplar: “1600rs. CCBranco.”
Encadernação com a lombada em pele, da época, com ferros a ouro. (ver gravura na pág. 70)
1803 — MIRANDA (Francisco de Sá de).- POESIAS DE FRANCISCO DE SÁ DE MIRANDA.
Edição feita sobre cinco manuscriptos ineditos e todas as edições impressas. Acompanhada
de um estudo sobre o Poeta, variantes, notas, glossario e um retrato por Carolina Michaëlis de
Vasconcellos. Halle. Max Niemeyer. 1885. In-4.º de 16-CXXXVI-949-I págs. E.
A «Vida de Sá de Miranda», da autoria de Carolina Michaëlis de Vasconcellos, vem inserta nas
CXXXVI páginas acima referidas.
Muito estimada edição das Obras de Sá de Miranda, sem dúvida uma das mais importante das que até
hoje foram publicadas, muito rara por ter sido restrita a sua edição e editada em país estrangeiro.
Tem no fim, em folha desdobrável de grandes dimensões, uma árvore genealógica e, junto ao frontispício, a reprodução de um retrato antigo de Sá de Miranda.
Sóbria encadernação com lombada e cantos em pele; inteiramente por aparar.
1804 — MIRANDA (J. Beleza de).- A MORTE DE EL-REI D. JOÃO VI. 2ª edição remodelada e acrescida com novos documentos. (Edição do autor). Lisboa. S.d. In-4.º de 201-III págs. E.
“Nascido em 13 de Maio de 1767, não contava ainda cinquenta e nove anos quando, no dia 10 de
Março do ano de 1826, segundo a versão oficicial, falecia o Senhor D. João VI, vigésimo nono Rei de
Portugal. Porém, a sua morte já havia ocorrido uns dias antes. E não fora natural... (...)” Com a transcrição de numerosos documentos. Edição cuidada, provavelmente reduzida.
Muito luxuosa encadernação inteira de pele vermelha, recamada de finos ferros a ouro na lombada e
em ambas as pastas, estas com largos ferros de roda a toda a volta, mantendo resguardadas as capas
da brochura.
1805 — [MISCELÂNEA]. Autores, obras e diversos impressores e datas. 6 obras ou vols. In-8.º
em 1 tomo E.
[NERY (Antonio Joaquim].- A VIZÃO NA QUAL SE DÁ CONTA DA CONVERSA QUE TIVERAÕ
JUNTOS O PADRE MACEDO; COM O SEU COMPANHEIRO O REDACTOR DA GAZETA UNIVERSAL. Lisboa: Na Typographia Patriotica. In-8.º de 15-I págs., publicada anónima;
O INDUSTRIAL CIVILISADOR. Jornal de Agricultura, Industria, Economia Politica e Miscellanias.
S.l.n.d. e sem N.º In-8.º 24 págs. Capítulos sobre Politica Interna; Pequeno Colloquio para a Mocidade;
Agricultura: Utilidade do sal na agricultura, Utilidade da Ortiga, Emprego do Carvão, Preparação para
livrar as arvores e os ramos novos da podridão que lhe causão os córtes; Economia Domestica, e Rural:
[71]
.../...
Metthodo allemão de conservar prezuntos, Nova lamparina economica, Semeas de palha moida,
Curtimento novo dos coiros, Cola para reunir os pedaços da loiça e vidros quebrados, Conservas de
tomates, Maneira de conservar as uvas; Industria e Commercio Interno: Ponte suspensa no Douro;
Bancos Ruraes; Arte Veterinaria: Emprego da grama para os cavallos, Febre das vaccas paridas
e maneira de cura-la; Miscellaneas: Sociedade Bibliographica, O toiro condemnado á forca, Despique
do infeliz toiro, Outro despique do pobre toiro; O PADRE AMARO. Ou Sovéla Politica, Historia e
Litteraria. N.º LIX. Novembro de 1825. LXVI págs.: Capítulos: Politica e Historia: Imperio do Brazil;
O Correio interceptado; Americus, cartas politicas; Correspondencia (de José da Silva Carvalho
e Joaquim Pedro Gomes de Oliveira); Macáo; Carta do Juiz da vintena dos Arcos das Agoas Livres,
Novembro de 1825; JORNAL DE COIMBRA. Num. LXVIII, Parte I [e II] 1818. LXXVIII págs.:
Informação do estado em que se acha a Agricultura n’este Couto de Villa nova de Monsarros, Comarca
de Coimbra; [Correspondência de Domingos Vandelli]; Quatro Contas de João Antonio de Leão,
Medico do Partido da Camara de Salvaterra de Magos, Comarca de Santarem... 1817-1818. ; Duas
Contas de José Felix Baima, Médico em a Villa de Santarem... 1817-1818; Conta Medica (por João
Pedro Alexandrino Caminha, Médico em um dos Partidos de Benevente e no de Çamora Correa) 1817;
Tres Contas de João Victorino Pereira da Costa, Cirurgião da Camara da Villa de Torres-Vedras; Quatro
Contas de Antonio José da Mota, Cirurgião do Partido da Vila d’Estarreja, Comarca de Aveiro... 1817;
Conta de José Maria de Moraes Sarmento, Cirurgião do Partido da Villa da Feira, Comarca de Aveiro...
1817; Tres Contas de José Bernardo da Silva e Sá, Cirurgião do Partido da Camara da Villa e Concelho
de Fermedo, Comarca de Aveiro... 1817; Conta de José Pereira de Lima, Cirurgião do Partido do
Concelho de Sever, e do Couto de Estevão, Comarca de Aveiro... 1817; Contas Médicas pertencentes aos
mezes de Janeiro e de Fevereiro de 1815, na Cidade de Penafiel, por Antonio d’Almeida...;
Correspondencia particular do Exm. D. Fr. Caetano Brandão; PROCESSO D’ARRESTO NA TYPOGRAFIA Onde se imprime o ATHLETA, ou alguns monstruosos attentados do Ministerio Publico Contra
a Liberdade d’Imprensa em 1840. Porto Na Typografia de Faria e Silva. 1840. In-8.º de 40 págs.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
1806 — [MISCELÂNEA DE DIREITO]. Autores, impressores e datas diversas. 7 opúsculos
In-8.º Em em 1.
––– FREITAS (Justino Antonio de).- MANUAL DO RENDEIRO, ou o Processo de
Contrabando, Descaminho e Denuncias. Coimbra, Imprensa da Universidade. 1849. 71-I págs.;
––– RODRIGUES (José Maria).- PECULIO DO TABELLIÃO ou Breve Resumo das Principaes
Noções e dos deveres mais essenciaes que respeitam ao officio de Tabellião, contendo as minutas dos contractos mais usados, protesto de letra de cambio, testamentos, e auto d’approvação do
testamento olografo. Escripto e coordenado por... Tabellião em Evora. Lisboa. Imprensa UniãoTypographica. 1857. VIII-106-II págs.;
––– CODIGO PENAL DA NAÇÃO PORTUGUEZA. Lisboa. Na Imprensa Nacional. 1837.
XX-125-I págs.;
––– COELHO (J. M. P.).- FORMULARIO, PARA OS PROCESSOS CRIMES. Dedicado ao
Ill.mo Sr. José Lopes Xisto, Bacharel em Leis, por... Lisboa. 1851. 82 págs.;
–––REGULAMENTO PARA A SECRETARIA DA PROCURADORIA REGIA DA RELAÇÃO
DE LISBOA. Lisboa. Imprensa Nacional. 1852. 14-II págs.;
––– REGIMENTO DO CONSELHO ULTRAMARINO. Lisboa. Imprensa Nacional. 1853. 23-I págs.;
––– REGULAMENTO PARA A DIRECÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E POLICIA DO ARSENAL
DA MARINHA. Lisboa. Imprensa Nacional. 1853. 78-II págs.
[72]
.../...
Encadernação antiga, com a lombada em pele.
1807 — [MISCELÂNEA JURÍDICA]. Autores, impressores e datas diversas. 7 opúsculos In-8.º
Em em 1.
––– DIRECTORIO OU NOVO MANUAL DO ADMINISTRADOR DE PAROCHIA CIVIL,
CONSELHO DE PAROCHIA, E DOS NOVOS JUIZES DE PAZ E SEUS ESCRIVÃES.
Confeccionado segundo as leis de 26 e 27 de Junho de 1867, e outras bases officiaes. Por um
Advogado e publicado por Jacinto Antonio Pinto da Silva Editor e proprietario. Porto. Em Casa
do Editor. 1868. 80-VI págs.;
––– MELO (António Augusto Ferreira de).- ASSOCIAÇÕES ILLICITAS por falta d’auctorisação
e sua incapacidade juridica. Acção de Força Velha, auctores os Directores da Assemblêa Recreativa
Fafense, réos Joaquim Ferreira de Mello, mulher e filho. Contém a Sentença da primeira instancia,
e Accordão da Relação do Districto com as allegações juridicas em ambas as instancias por... Porto.
Typographia de Antonio Augusto Leal. 1864. 62 págs.;
––– ACORDAM E SENTENÇAS PROFERIDAS PELO CONSELHO E DESEMBARGO DE
EL-REI D. JOSÉ I contra os cumplices no attentado de 3 de Setembro de 1758, em que perigou
a vida d’este monarcha. Lisboa. Typ. de Salles. 1866. 44-II págs. [Com cinco litografias mostrando
os suplícios a que foram condenados os réus];
––– CALISTO (Avelino Césr Augusto Maria).- [SUCESSÃO DOS FILHOS NATURAIS].
DISERTAÇÃO PARA CONCURSO NA FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE
DE COIMBRA, por... Coimbra. Imprensa da Universidade. 1871. 62-II págs.;
––– THESES EX UNIVERSO JURE Selectae, quas praeside Clarissimo et Sapientissimo D. D.
Emmanuele de Serpa Machado... pro Laurea Doctorali Obtinenda in Conimbricensi Academia
Propugnandas... Augustus Caesar Barjona de Freitas. [Argumentum: Será necessaria a conservação dos exercitos permanentes? E neste caso convirá empregal-os nas obras públicas]. 1855.
85 págs.:
––– THESES EX UNIVERSO JURE Selectae, quas praeside Clarissimo et Sapientissimo D. D.
Emmanuele de Serpa Machado... pro Laurea Doctorali Obtinenda in Conimbricensi Academia
Propugnandas... Joannes Baptista da Silva Ferrão de Carvalho Mártens. [Argumentum: Será
possivel, com esperança de permanencia; e, quando o seja, será necessario para o melhoramento
das Classes operarias, reorganizar-se a esphera industrial de uma qualquer forma, imposta pela
auctoridade?]. 1853. XXXIII-III págs.;
––– MÁRTENS (João Baptista da Silva Ferrão de Carvalho).- DISSERTAÇÃO INAUGURAL
PARA O ACTO DE CONCLUSÕES MAGNAS NA FACULDADE DE DIREITO por...
Coimbra. Imprensa da Universidade. 1854. VIII-299-I págs.
Encadernação da época, com lombada em pele, tendo o n.º 17 gravado a ouro na lombada e o título
«Miscellânea Juridica».
1808 — [MISCELÂNEA JURÍDICA]. Autores, impressores e datas diversas. 8 opúsculos In-8.º
E. em 1.
––– BRITO (Sebastião de Almeida).- PROCESSO CRIME DE D. MIQUELINA ADELAIDE
FERREIRA DE FIGUEIREDO, e discurso proferido em seu favor perante a Relação do Porto
pelo Advogado... e Carta que ao mesmo Advogado foi dirigida por esta occasião pela Associação
dos Advogados de Lisboa. Porto: Na Typographia de Faria Guimarães. 1842. In-8.º de 22 págs.;
[73]
.../...
1809 - ver pág. 75
––– [QUESTÃO SOBRE UM AÇUDE NO RIO CAVADO A FAVOR DE BENTO L. F.
CARMO, SEU AMIGO DEDICADO EM BRAGA], título manuscrito na folha de guarda, dado
que o opúsculo não tem frontispício próprio. 22 págs.;
––– COSTA (Francisco Manuel da).- MEMORIA SOBRE A DESAMORTISAÇÃO E OS PASSAES,
pelo Conselheiro... Braga. Typographia Lusitana. 1869. 74-II págs.;
––– COUTINHO (Albano Afonso de Almeida).- JURY D’IMPRENSA, ou Julgamento da querella,
dada contra o editor responsavel de Portugal, por... Porto. Typographia de Portugal. 1856. 104 págs.;
––– DEFESA DO JORNAL LEGITIMISTA A PATRIA, feita pelo Redactor do mesmo Jornal,
nos dous discursos que recitou, perante o Jury Criminal de Liberdade de Imprensa, em sessão de
3 de Agosto de 1850. Porto. Na Typographia de Faria Guimarães. 1850. 53-I págs.;
––– BARROS (Manuel Filipe Martins Leite de).- CAUSA NOTAVEL ou Historia resumida da
Questão Judicial intentada por... contra D. Catharina Corrêa de Moraes Leite, viuva e Ignacio
José Leite de Barros. Porto. Typographia de António José da Silva Teixeira. 1870. 23-I págs.;
––– LUTHEREAU (J.-A.).- LES INVENTEURS DEVAN LA LOI, par... Rédacteur en Chef du
Journal l’Industrie Universelle... Paris. A la Librairie Scientifique, Industrielle et Agricole. 1860.
94 págs.;
––– SÁ (Joaquim Moreira de).- VINDICAÇÃO DA PRIORIDADE DO FABRICO DE PAPEL
COM MASSA DE MADEIRA, como Descoberta Portugueza: sendo Fabrico intentado no principio d’este seculo nas Caldas de Visella, na provincia do Minho, na fábrica da Cascalheira em
S. João das Caldas, na margem esquerda do rio Visella: sob iniciativa de... Fidalgo da Casa Real,
Cavalleiro Professo da Ordem de Christo, e Senhor da Quinta de Sá, em Santa Eulalia de Barrósas,
na mesma Ribeira de Visella. Braga: Typographia de A. B. Silva. 1867. 50 págs.;
––– AINDA A VERDADE SOBRE A HERANÇA DO COMMENDADOR JOSÉ ANTONIO
DOS GUIMARÃES. Resposta a um livro, que com este titulo publicou o Commendador
Joaquim Maria Osorio da cidade de Lisboa, Porto, na Typographia de Sebastão José Pereira.
1860. 126-II págs.
Encadernação com a lombada em pele, da época, tendo nela gravado o n.º 5 e o título genérico
«Miscellanea Juridica».
~
1809 — MISSALE // iuxta vsvm & ordinem Al- // mæ Bracarensis Ecclesiæ // Hispaniaru
Primatis, // sum- // mo studio atque diligentia // nouiter studio atque diligentia // nouiter excusum,
& multis // insuper scitu dignis, ac // clero pernecessa- // rijs auctum. // LVGDVNI, // Sumptibus
Io. à Burgundia, // Bibliopolæ Regis // Lusitanorum, // 1558. [No fim: LVGDVNI, // Excudebat
Petrus Fradin, sumpti- // bus Ioannis à Burgundia, // Bibliopôlæ Lusita- // noru~ Regis, // 1558.
In-fólio de IX ff. inums. e CCLX nums. e 1 inum. final com o Cólofon. E.
Raríssimo Missal Bracarense de Fr. Baltasar Limpo, impresso na cidade francesa de Lyon.
Belo frontispício gravado em madeira, de estilo arquitectónico, tendo ao alto a Virgem Maria com
o menino ao colo, e aos lados as figuras de S. Pedro, S. Martinho, S. Frutuoso e S. Geraldo.
Composição do texto em caracteres góticos, a negro e vermelho, com duas colunas por página; a fl.
XXII tem uma portada gravada em madeira com várias figuras e o seguinte título: «Incipit Missale
secundum // ordinem et regulam almæ // Brcarensis ecclesiæ // hispaniarum // Prima= // tis»; A fls.
CXX tem uma xilogravura de plena página representando o Padre Eterno (“em figura de Imperador”,
segundo a descriçao de Avelino de Jesus da Costa) e no verso a representação do Calvário; além destas
tem nove outras gravuras de menores dimensões, mas todas de excelente execução.
[75]
.../...
Entre as fls. CCXLVI e CCXLVII foi intercalada uma «Missa Pro Defunctis», cremos que setecentista,
com 14 págs., além de alguns acrescentos mais recentes, impressos uns e manuscritos outros.
Mons. J. Augusto Ferreira, no seu livro «Estudos Historico-Liturgicos», diz: “Succedeu-lhe [a D. Manuel
de Sousa] D. Fr. Balthazar Limpo, carmelita, que remediou a falta de Missaes, que por carencia de
tempo o seu immediato antecessor deixou de fazer imprimir.
“D. Balthazar Limpo mandou organizar as Rubricas geraes e o Ordo ad celebrandam Missam, e retocar
o Missal bracarense, que depois fez imprimir na cidade de Lyão, França, por Pedro Fradim, em 1558,
sendo editor João de Borgonha, livreiro de S. Magestade El-Rei de Portugal.
“Notam-se algumas differenças entre o Missal bracarense de 1558 e os Missaes anteriores de 1498, 1512
e 1538. Não ha duvida de que foram aperfeiçoadas as rubricas geraes e especiaes, que se puzeram com
muita clareza, mas fizeram-se innovações, que, se não perturbam a economia do Rito, parecem mostrar
tendencia para approximar, pelo menos quanto á lettra, o Missal bracarense do Missal romano. (...)
“Os sacerdotes do Rito romano costumavam antes do Missal de Pio V de 1570 fazer estas addicções
[que antes refere] em honra de Nossa Senhora; mas a rubrica d’aquelle Missal prohibiu-o. (...)
“Gavanto affirma que tal rubrica se deve entender ali da prohibição das referidas apostillas.
“Claro que esta prohibição não affectou o Missal bracarense de 1558; porquanto ficou ao abrigo da
prescripção dos duzentos annos determinada nas Bullas de Pio V Quod a nobis e Quo primum
tempore, e por isso licitamente podia o sacerdote bracarense accrescentar á Glória as mencionadas
adjuncções em honra da S.S. Virgem. (...)”
Avelino de Jesus da Costa, in «Centenários Natalícios dos Arcebispos de Braga, D. Frei Baltasar
Limpo e D. Rodrigo da Cunha», trata com grande pormenor deste Missal Bracarense de 1558, dizendo:
“(...) Qualquer que seja a explicação da penúria e mau estado dos missais, o certo é que D. Fr. Baltasar
Limpo procurou remediar o mal, promovendo, com a colaboração de peritos – adhibitis viris idoneis
– a preparação de uma nova edição que, além de um texto correcto, tivesse todos os dados indispensáveis para elucidação do Clero.
“De facto, o novo missal, além do calendário e de regras de cômputo, dedica 21 folhas e rubricas gerais
e especiais sobre a missa rezada e solene, a orações, procissão, água benta, etc.
“Introduziu, porém, grandes inovações que, alterando a Liturgia tradicional, o aproximaram do missal
romano e lhe deram um cunho acentuadamente mariano, com a Ave Maria noprincípio e a Salve
Rainha no fim de cada missa, e a Glória em todas as missas de Nossa Senhora, em honra da qual se
lhe acrescentaram algumas apostilas.
“O calendário também sofreu três modalidades de inovações em relação aos missais anteriores. (...)
“Para que o texto saísse devidamente limado e tivesse todos os dados indispensáveis (o seu cuidado
foi ao ponto de mandar acentuar as palavras para que fossem lidas correctamente), demorou a edição
até aos últimos meses de 1557. Para que esta tivesse primorosa apresentação gráfica, incumbiu dela
o livreiro do Rei de Portugal, João de Borgonha, que escolheu para impressor a Pedro Fradin, de Lião
(França), segundo consta do cólofon. (...)
“A escolha da cidade de Lião justifica-se pela fama que tinham as suas belas e preciosas edições, que
fizeram dela a capital do livro no século XVI.
“E o Missal Bracarense de 1558 não desdiz da fama das edições de Lião, porque é, na realidade, um
magnífico exemplar tipográfico, in fólio de 300 X 210 mm., com [10], CCLX [1] folhas, a duas
colunas, com notação musical. (...) Valorizam a edição dezenas de grandes e artísticas capitais em
fundo negro, cinco xilogravuras de página inteira e treze de cerca de um quarto de página (...), em que
se nota influência das escolas, alemã, francesa e italiana.
“A primeira das cinco grandes gravuras é a da linda e artística portada que veio para Portugal e foi
utilizada, com algumas alterações, em 1556, na Primeira parte das Chronicas da Ordem dos Frades
Menores, de Fr. Marcos de Lisboa, e, em 1590. no Flos Sanctorum de Fr. Diogo do Rosário. (...)
“Como a edição do Missal Bracarense é de 1558 e D. Fr. Baltasar Limpo faleceu a 31 de Março deste
ano, é provável que o ilustre Prelado não chegasse a ver nenhum exemplar impresso deste notável
monumento litúrgico e tipográfico com que enriqueceu a Igreja e a Cultura Portuguesa.”
Exemplar com falta da 2ª folha inumerada; o frontispício apresenta restauros marginais, a folha
de cólofon está espelhada e apresenta falta de papel na sua parte inferior, branca, defeitos que,
dado o permanente uso do Missal durante séculos, se podem considerar de pouca importância.
Bela encadernação da época, inteira em pele, com ferros a seco nas pastas, 5 cravos ou brochos de protecção
em cobre em cada pasta e fecho também em cobre. ((ver gravura na pág. 74)
[76]
1810 — MOLIÈRE.- O AVARENTO. Comedia em 5 actos. Versão liberrima. Seguida de um
parecer pelo Ill.mo e Ex.mo Sr. José da Silva Mendes Leal. Por ordem e na Typographia da
Academia Real das Sciencias de Lisboa. 1871. In-8.º de XVI-441-III págs. B.
Tradução de António Feliciano de Castilho, integrada na série «Theatro de Molière.
1811 — MOLIÈRE.- O DOENTE DE SCISMA. (Le Maladie Imaginaire). Comedia em 3 actos.
Trasladada de prosa a verso. Representada pela primeira vez no theatro Gymnasio, no dia 7 de
Março de 1874. Obra posthuma. Por ordem e na Typographia da Academia Real das Sciencias
de Lisboa. 1878. In-8.º de VI-213-III págs. B.
Da série «Theatro de Molière», traduzida por Castilho. Dedicatória impressa de Castilho “A Camillo
Castello Branco pela confiança da muita amizade offerece mais esta bagatella o seu Castilho.”
1812 — MOLIÈRE.- TARTUFO. Comedia vertida livremente e accomodada ao portuguezSeguida de um parecer pelo Ill.mo Ex.mo. Sr. José da Silva Mendes Leal. Por ordem e na
Typographia da Academia Real das Sciencias de Lisboa. 1870. In-8.º de XX-IV-233-I págs. E.
Comédia traduzida por António Feliciano de Castilho e incluída na série «Theatro de Molière».
Importante: Tem no verso do anterrosto uma longa poesia de Guilherme Braga, manuscrita e assinada:
“Poesia recitada no Real Theatro de S. João, em presença da comedia - Tartufo”.
Encadernação da época, com a lombada em pele danificada.
1813 — MONIZ (Egas).- GUERRA JUNQUEIRO. Conferência. [Empreza de Publicidade do
Norte. 1949]. In-4.º de 37-I págs. B.
Conferência integrada nas comemorações do 67º aniversário da Associação dos Jornalistas e Homens
de Letras do Porto, por altura das comemorações do primeiro centenário do nascimento do poeta.
Edição ilustrada com fotografias de Junqueiro e Egas Moniz. Com várias referências a Camilo.
1814 — MONIZ (Egas).- A VIDA SEXUAL. I. Physiologia. Por Antonio Caetano d’Abreu
Freire Egas-Moniz, licenciado em Medicina. Coimbra. França Amado - Editor. 1901. In-4.º de
XXIV-357-V págs. E.
Primeira e bastante rara edição da que é, provavelmente, a obra primeira e mais popular da bibliografia
sobre sexologia médica portuguesa e, sem dúvida, a mais conhecida e reeditada de quantas em
Portugal foram consagaradas a estes estudos.
Dedicatória do autor ao Conde de Penha Garcia. Boa encadernação nova, com cantos e lombada em
pele, com as capas da brochura conservadas, só aparado à cabeça, mas com manchas de água já secas
que atingiram as primeiras folhas do livro.
1815 — [MONIZ (Nuno Álvares Pereira Pato)].- AGOSTINHEIDA. Poema heroi-comico, em
9 Cantos. Londres: Impresso por W. Flint, Old Bailey. 1817. In-8.º de VII-I-182 págs. E.
O autor, inimigo ideológico e literário do Padre José Agostinho de Macedo, satiriza neste poema
a vida do frade, as suas aventuras amorosas com freiras e o seu reaccionarismo político. Extensa
rubrica dedicada por Alberto Pimentel a este poema herói-cómico na sua obra «Poemas Herói-Cómicos Portugueses»
Poema publicado anónimo. Edição original publicada em Londres, muito rara.
Encadernação antiga, cansada.
1816 — MONNIER (Henri).- MÉMOIRES DE MONSIEUR JOSEPH PRUDHOMME. Paris.
Librairie Nouvelle. 1857. 2 vols. In-8.º de IV-292-XVI e IV-274-22 págs. E.
Para além do interesse da obra em si, o exemplar está muito valorizado por apresentar em ambos os
volumes a assinatura autógrafa de Camilo Castelo Branco.
Encadernações novas, com as lombadas em pele decoradas com ferros dourados, tendo as capas da
brochura conservadas e estando aparados apenas à cabeça.
[77]
1817 — MONOGRAFIA DE CASCAIS. Edição da Câmara Municipal de Cascais. 1969.
[Sociedade Astória, Lda. Lisboa]. In-4.º de 276-IV págs. B.
Trabalho monográfico publicado sob a direcção de Ferreira de Andrade, com colaboração de D. António
de Castello Branco, Francisco Salgueiro Alves, João de Carvalho e Vasconcelos, Jorge de Vasconcelos
Nunes e D. Vasco Manuel de Figueiredo Cabral da Câmara (Belmonte). Com o brasão de Cascais
impresso a cores e metais, a reprodução a cores da página de rosto do seu foral manuelino, um mapa
da região, também a cores e outras estampas em separado.
Com uma mancha na margem exterior das primeiras folhas.
1818 — MONSARAZ (Alberto de).- CEUS. Livraria Férin. Lisboa. MCMLI. In-4.º peq. de 406-X págs. B.
Primeira e cuidada edição de um dos estimados livros de poesia do autor.
Ex-libris de Alfredo Ribeiro dos Santos desenhado por Abel Salazar.
1819 — MONSARAZ (Alberto de).- COIMBRA CHEIA DE GRAÇA. Coimbra Editora,
Limitada. 1951. [Coimbra]. In-8.º de 86-II págs. B.
Livro de versos em tiragem que deve ter sido bastante restrita. Com a Torre da Cabra como motivo da
capa da brochura.
Ex-libris de A. Ribeiro dos Santos.
1820 — MONSARAZ (Alberto de).- DA SAUDADE E DO AMOR. Lisboa. Livraria Clássica
Editora de A. M. Teixeira. 1920. In-8.º de 176 págs. E.
Livro de poesia em cuja impressão foram usadas várias cores.
Encadernação com a lombada e os cantos de pele, de recente execução, tendo as capas da brochura
conservadas. Ex-libris da A. Ribeiro dos Santos.
1821 — MONSARAZ (Alberto de).- ELEGIA DOS REIS. [Aillaud, Alves E Cª. Paris - Lisboa].
S.d. In-8.º de 11-I págs. E.
Edição em bom papel, de restrita tiragem.
Dedicatória do autor. Encadernação com a lombada em pele, moderna, tendo conservadas as capas da
brochura, embora manchadas.
1822 — MONSARAZ (Alberto de).- ROMPER D’ALVA. 1906-1908. Lisboa. Livraria Clássica
Editora. 1909. In-8.º de 206 págs. E.
Primeiro livro de Alberto Monsaraz, muito invulgar.
Encadernação com a lombada em pele; capas da brochura conservadas e só de leve aparado à cabeça.
Ex-libris de A. Ribeiro dos Santos.
1823 — MONSARAZ (Alberto de).- SOL CREADOR. 1909-1910. Lisboa. Livraria Clássica
Editora. 1911. In-4.º de 190 págs. E.
Livro de versos em primeira edição, cuidada e impressa a duas cores sobre bom papel.
Dedicatória do autor. Boa encadernação à amador, com as capas da brochura resguardadas, apenas de
leve aparado à cabeça e com o ex-libris heráldico da Livraria de Salema Garção.
1824 — MONSARAZ (Conde de).- CREPUSCULARES. Coimbra. Imprensa da Universidade.
1876. In-8.º de 216 págs. E.
Primeiro livro do autor, poeta que, no dizer de Henrique Perdigão no seu «Dicionário Universal de
Literatura», “logo se impôs como uma esperança segura da poesia nacional, tornando-se a breve trecho
as suas composições conhecidas e aplaudidas em todos os salões elegantes”. Publicado com o seu
nome próprio, A. de Macedo Papança.
Encadernação da época. Assinado numa das primeiras páginas.
[78]
1825 — MONSARAZ (Conde de).- MUSA ALENTEJANA. Lisboa. Livraria Clássica Editora
de A. M. Teixeira & C.ta. 1908. In-8.º de 252-IV págs. E.
Livro que confere ao autor “um lugar entre os nossos poetas que se fizeram eco de uma terra”. Edição
original, estimada e invulgar..
Encadernação com bela lombada em pele. Conserva as capas da brochura e está aparado só à cabeça.
1826 — MONSARAZ (Conde de).- TELAS HISTORICAS. I - O Grande Marquez. II - A Lenda
do Jesuitismo. Coimbra. 1882. In-8.º gr. de 109-I págs. E.
Estimado e invulgar livro de poesia.
Encadernação com a lombada em pele, nova, tendo conservadas as capas da brochura.
1827 — MONTALEMBERT (Conde de).- O FUTURO DE INGLATERRA. Traduzido e annotado
por V. C. Alves Ribeiro. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1865. In-8.º de 239-V págs. E.
“O auctor d’este livro – O FUTURO DE INGLATERRA – descreve em resumo a organisação politica
e economica, costumes, instrucção, fôrça pública, industria, e religião d’este paiz; fazendo consistir
a sua principal fôrça no elemento aristocratico, temperado pela civilisação moderna, alimentando
a fôrça d’elle pelas leis protectoras da aglomeração da propriedade, e pela justiça e moral que n’ellas
se encerra, d’aqui deduz o seu esplendor e seu podêr para concluir que a Inglaterra está florescente,
poderosa e longe de ser anniquilada”, o que não concorda com a opinião do tradutor.
Encadernação da época, solta do volume; carimbo de posse antigo no frontispício.
1828 — MONTEIRO (Adolfo Casais).- EUROPA. Desenhos de António Dacosta. Confluência.
[Lisboa. 1946]. In-4.º de 38-II págs. B.
Estimadas poesias de Casais Monteiro, em primeira edição, com tiragem limitada a pouco mais de 200
exemplares.
Este tem o n.º 59, pertencente à tiragem especial de 95 em papel Offset S. S. Mate.
1829 — [MONTEIRO (António Maria do Couto)].- A CABULOGIA, ou moral em acção. Parte primeira por*** Coimbra: Typographia da Opposição Nacional. 1845. In-8.º de 14-II págs. B.
H. de C. Ferreira Lima, no seu estudo sobre «As Parodias na Literatura Portuguesa» refere-se a este
“rarissimo folheto”, atribuindo a sua autoria ao autor acima indicado, dizendo: “O Sr. Dr. Ricardo
Jorge, a pág. 33 do seu exaustivo trabalho Francisco Rodrigues Lobo alude a estas «parodias cabulisticas
do doutor Couto Monteiro».
“Camilo, nos seus Seroens de S. Miguel de Seide (...) transcrevendo alguns trechos, chama-lhe inolvidavel parodia e Inocencio (...) diz: «É muito chistosa esta parodia que foi muito aplaudida por todos,
até pelo proprio... parodiado»”.
Vinheta em madeira no frontispício onde parece figurar Almeida Garrett.
Com notas sobre o nome do autor na folha de rosto.
1830 — MONTEIRO (Campos).- SAUDE E FRATERNIDADE. (História dos acontecimentos
políticos em Portugal desde agosto de 1924 a novembro de 1926). Livraria Civilização - Editora.
Porto. S.d. In-8.º de 258-II págs. B.
Primeira edição deste curioso e divulgado livro sobre os acontecimentos políticos da época. “Este livro hade ser escrito de aqui a 70 anos. Por um processo especial de adivinhação, já conhecido, de resto, pelos que
se dedicam ao estudo do Iluminismo, conseguiu quem o dá a lume saber a maneira como os historiadores
do século XX hão-de encarar os sucessos políticos a que nós, os homens de agora, vamos assistindo.”
1831 — MONTEIRO (José Gomes).- CARTA AO ILL.mº SNR. THOMAZ NORTON, sobre
a situação da Ilha de Venus, E em defeza de Camões contra uma arguição, que na sua obra intitulada Cosmos, lhe faz o Snr. Alexandre de Humboldt. Porto. 1849. In-8.º de 84 págs. E.
Interessante estudo Camoneano acerca do problema da natureza e localização da Ilha dos Amores.
Edição original.
O exemplar ostenta, ao alto do frontispício, a assinatura de Camilo Castelo Branco. Modestamente
encadernado.
[79]
1832 — MONTEIRO (Manuel).- PORTUGAL. Guia Ilustrado da Zona de Turismo BRAGA =
BOM JESUS. Edição em português - francês - inglês da Comissão de iniciativa de Braga.
MCMXXIX. In-4.º de 63-I págs. E.
Edição em papel couché, com numerosas fotogravuras.
Boa encadernação com a lombada em pele, tendo conservadas as capas da brochura. Frontispício
defeituoso.
1833 — MONTEIRO (Manuel) & REIMÃO (Gaspar Ferreira).- DOIS ROTEIROS DO
SÉCULO XVI, DE MANUEL MONTEIRO E GASPAR FERREIRA REIMÃO, ATRIBUÍDOS
A JOÃO BAPTISTA LAVANHA. Introdução e notas do Comandante Humberto Leitão. Centro
de Estudos Históricos Ultramarinos. Lisboa. 1963. In-8.º gr. de 106-IV págs. B.
Importantes roteiros para a história das navegações dos portugueses, agora publicados pela primeira
vez em língua portuguesa, acompanhados de um amplo estudo preliminar de Humberto Leitão. São
reproduzidas em fac-símile muitas das páginas dos manuscritos originais.
1834 — MONTEIRO (Nuno Gonçalo Freitas).- O CREPÚSCULO DOS GRANDES. A casa
e o património da aristocracia em Portugal (1750-1832). Imprensa Nacional Casa da Moeda.
[1998]. In-8.º gr. de 620-IV págs. B.
“Criticada pelos liberais do século XIX e recorrentemente comentada pela historiografia desde então,
a aristocracia portuguesa do Antigo Regime é pela primeira vez estudada de forma sistemática neste
livro. (...)”
1835 — MONTEMOR (Nuno de).- ENCANTOS MEUS. «União Gráfica». Lisboa. S.d. In-8.º
de 386-II págs. B.
Uma das estimadas obras de Nuno de Montemor, pseudónimo literário de Joaquim Augusto Álvares
de Almeida, natural da Guarda, poeta, romancista e jornalista católico. O livro tem no fim excertos de
críticas de Trindade Coelho, Guido Batelli, João de Barros, Afonso Lopes Vieira, Hipólito Raposo,
Augusto Casimiro e outros.
1836 — MONTESQUIEU.- ŒUVRES COMPLÈTES DE MONTESQUIEU. Avec des Notes de
Dupin, Crevier, Voltaire, Mably, Servan, La Harpe, etc., etc. Paris. Chez Firmin Didot Frères,
Libraires. MDCCCLIII. In-4.º gr. de XXIII-I-770 págs. E.
Boa edição das obras completas do Barão de Montesquieu, notável escritor e filósofo francês, autor
de, entre outras obras, «Cartas persas», «Considerações sobre as causas da grandeza e decadência dos
romanos» e, principalmente, «O Espírito das Leis», segundo alguns autores, “talvez o mais sólido
monumento que produziram as letras francesas em todo o século XVIII”. Com um fino retrato do autor
gravado em chapa de metal.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
1837 — MONTEZ (Paulino).- AS BELAS ARTES NAS FESTAS PUBLICAS EM PORTUGAL.
Da Arquitectura e da decoração nas festas antigas e nas modernas. Pelo Arquitecto... Parceria
António Maria Pereira. Lisboa. 1931. In-4.º de 63-VII págs. B.
“Referindo-nos exclusivamente ás Belas Artes, e mais particularmente, à Arquitectura e à Decoração,
temos em vista apenas assinalar como as artes plásticas contribuiram e poderiam ainda contribuir para
o brilhantismo das festas publicas entre nós”. Estudo interessante, ilustrado com várias estampas em
papel couché. Pouco frequente.
Capa da brochura manchada.
[80]
1838 — MORAES (Wenceslau de).- CARTAS DO JAPÃO. Antes da Guerra. (1902-1904
e 1904-1905). Com um prefacio de Bento Carqueja [e no II volume de Vicente Almeida d’Eça]. Porto.
Livraria Magalhães & Moniz - Editora. 1904-1905. 2 vols. In-8.º de XVI-320 e XX-424 págs. E.
Nestas cartas “apparece-nos o povo japonez sob a feição nova do tráfego mercantil, da indústria e de
todas as outras manifestações da sua actual actividade utilitária; mais ainda, e isto interessa-nos sobremaneira, as Cartas encerram valiosissimas indicações sobre as possiveis relações commerciais
entre o nosso paiz e o Japão”, segundo palavras de Bento Carqueja. O 2º volume refere com especial
incidência os preliminares e as primeiras hostilidades da guerra do Japão com a Rússia, mas também nos
dá “deliciosos quadros da natureza, da arte e dos costumes do Japão, campo dilecto do auctor”, conforme
diz Vicente Almeida d’Eça. Primeira edição, muito invulgar, ilustrada com um retrato do autor.
Encadernações dos editores, em percalina, com títulos dourados nas lombadas e nas pastas.
1839 — MORAES (Wenceslau de).- CARTAS DO JAPÃO. 2ª Série. Lisboa. Portugal - Brasil.
[S.d]. 3 vols. In-8.º de 314, 210 e 163-I págs. B.
Apreciada colectânea de cartas escritas entre 1907 e 1913 e pela primeira vez publicadas nas páginas
de «O Comércio do Porto».
“(...) É claro que a importancia de taes escritos. destinados principalmente á simples enumeração de
factos perdeu muito com o andar dos tempos. Todavia, alguns curiosos de coisas japonezas ainda
poderão encontrar sufficiente interesse em uma ou outra pagina solta. É para elles que agora se recolleccionam as ultimas Cartas do Japão, apparecidas no periodo que decorre desde o anno de 1907 até
meados de 1913 - se não me engano, - quando o auctor, abandonando a vida publica, se retirou para
o isolamento onde se encontra.” Com três estampas em folhas à parte.
Capas da brochura ilustradas a cores com motivo japonês. Assinados no anterrosto.
1840 — MORAES (Wenceslau de).- DAI-NIPPON. (O Grande Japão). Segunda edição. Seara
Nova. Lisboa 1923. In-4.º peq. de XXIV-302-II págs. E.
“Dai Nippon é um dos mais belos livros portugueses do século passado, e o maior livro de viagens
depois da época das Descobertas”. Com este livro “aparece sùbitamente um verdadeiro escritor, um
dos grandes prosadores da língua portuguesa”.
Edição acrescentada com um prefácio de Vicente Almeida d’Eça.
Com a capa da brochura da frente conservada, modestamente encadernado e assinado no frontispício.
1844 — MORAES (Wenceslau de).- PAISAGENS DA CHINA E DO JAPÃO. Lisboa. Livraria
Editora Viuva Tavares Cardoso. 1906. In-8.º de VIII-239-I págs. E.
Primeira edição, ilustrada nas páginas do texto. Um dos mais interessantes livros para o conhecimento
do Japão no início do século XX e um dos mais interessantes de quantos o autor escreveu.
Encadernação simples, sem as capas da brochura.
1845 — MORAES (Wenceslau de).- RELANCE DA ALMA JAPONESA. Lisboa. Portugal Brasil. [S.d]. In-8.º de 256-IV págs. E.
“De todos os livros de Wenceslau de Moraes, aquele que mais tem interessado os leitores japoneses
tem sido este Relance da Alma Japonesa”; Diz ainda Armando Martins Janeira: “faz-se aqui uma
exposição muito amena acerca da Língua, da Religião, da História, da Arte, da Vida e da Morte no
Japão.” Primeira edição.
Encadernação em percalina, sem as capas da brochura.
1846 — MORAES (Wenceslau de).- OS SERÕES NO JAPÃO. Lisboa. Portugal - Brasil.
Sociedade Editora Arthur Brandão & C.ª. [S.d. - 1925?]. In-8.º de 225-III págs. B.
Primeira edição colectiva de interessantes escritos anteriormente publicados na revista «Serões».
Edição ilustrada nas páginas do texto e com o fac-símile de um manuscrito de Moraes.
Pequena assinatura no frontispício.
1847 — MORAES (Wenceslau de).- A VIDA JAPONEZA. Terceira serie de Cartas do Japão.
(1905-1906). Com um prefácio do auctor. Livraria Chardron, de Lello & Irmão. Porto. 1907.
In-8.º de XV-I-470 págs. B.
Primeira edição de uma das mais raras e estimadas obras de Wenceslau de Moraes, o escritor português que mais apaixonadamente nos deu a conhecer o Japão onde viveu e morreu.
Capa da brochura ilustrada a cores com um motivo japonês. Dedicatória dos editores a Luís de Magalhães.
1848 — [MORATO (Francisco Manuel Trigoso de Aragão)].- TRÊS CARTAS AUTÓGRAFAS,
pré-filatélicas, assinadas Francisco Manoel Trigozo, dirigidas a Francisco Joaquim Maia e datadas de Lisboa 18 de Julho de 1834, 1 de Julho [de 1836] e 5 de Dezembro do msmo ano.
É, segundo Urbano Tavares Rodrigues, “a mais curiosa criação de W. de M. (...) colectânea de novelas,
de confissões transpostas e de reminiscências dolorosas...” Primeira edição.
Com a reprodução de um retrato fotográfico de Ko-Haru colada na capa da brochura e outra, impressa
em separado, representado Ko-Haru e Ó-Yoné.
Com a capa da brochura anterior conservada mas singelamente encadernado.
1ª Carta: “Recebi a sua carta hoje, e ella me confirmou o q já tinha ouvido em (profecia?) ácerca
destas eleições: creio q os dez Deputados serão conformes. No resto do Reino creio q ha de tudo. Qual
será o resultado de tudo isto não o posso eu prever. Creio q ao bem publico e á consolidação da paz
prevaleção intrigas, e paixões. Eu ando muito quebrado com estas cogitações. (...)”
2.ª Carta: Agradece uma carta, dizendo: “m.to estimei ter a certeza de que apezar da demora da viagem
chegára felizmente a casa.” Agradece as duas visitas feitas, “q. tanto mais estimei por serem d’hum
antigo amigo, com cujos idéas muito simpatizo. (...) Para nada presto, mas vivo pª mim e pª os meus
amigos (...)”.
3.ª Carta: Diz ter recebido a sua carta tardiamente e “não quero demorar mais tempo os meus
agradecim.tos pelos cordeaes sentimentos de amizade que leio na dita carta. Eu tenho-me visto em
circunstancias arriscadas, em que me foi necessario fazer figura, como V. Sª terá visto pelos jornaes,
e o pior he que ignorando inteiram.te os planos por outros formados e executados, achei-me nos perigos
sem sonhar que corria pª elles; mas quer a minha bôa fortuna que escapei com vida, e sem ser enxovalhado,
e creio q com honra. Agora fiquei mt.º precavido p.ª o futuro; e como não tenho emprego algum publico,
reduzo-me de bôa vontade á vida privada. So sinto não ter abraçado este sistema ha mais tempo, que
outro rumo tomaria e menos falta me fazia o ordenado que agora perco. (...) Consola-me m.to a amizade
que devo a bastantes pessoas, e m.to particularm.te a V. S.ª.”
Trigoso de Aragão Morato foi Deputado às Cortes Constituintes de 1821, nas quais foi cinco vezes
eleito Presidente; foi Ministro e Secretário de Estado em 1826, Conselheiro de Estado, Par do Reino
e Vice-Presidente da respectiva Câmara, sócio e Vice-Presidente da Academia Real das Ciências, etc.,
tendo deixado publicada vasta e diversificada bibliografia.
[81]
[82]
1841 — MORAES (Wenceslau de).- FERNÃO MENDES PINTO NO JAPÃO. («Fac-simile»
do manuscrito original). Lisboa. MCMXLII. In-fólio de VI-36 págs. E.
Com um pequeno texto “Aos Admiradores de Wenceslau de Morais” por Ângelo Pereira. Interessante
ilustração policromada na capa de brochura. Edição limitada a 300 exemplares numerados.
Encadernação inteira de pele, com dizeres e ferros dourados na pasta da frente. Conserva as capas da
brochura e está aparado só à cabeça. Lombada danificada.
1842 — MORAIS (Wenceslau de).- A GRUTA DE CAMÕES. Macau. Imprensa Nacional.
1940. In-4.º de 17-III págs. B.
Edição em papel couché, ilustrada, em reduzida tiragem de 500 exemplares, raramente vistos entre nós.
1843 — MORAES (Wenceslau de).- Ó-YONÉ E KO-HARU. Edição de “A Renascença
Portuguesa”. Porto - 1923. In-8.º de 279-IX págs. E.
1849 — MOREIRA (Sousa).- INFANTE D. HENRIQUE. A CEUTA! Uma pagina de historia
sob a forma dramatica. Porto. Typographia Occidental. MDCCCXCIV. In-8.º gr. de 52 págs. B.
Edição de declarada “Tiragem limitada”.
Dedicatória do autor para Eduardo Allen.
1850 — LA MORT ET LES FUNERAILLES DE CHARLES MAURRAS. Les Amis du
Chemin de Paradis. MCMLIII. 2 vols. In-4.º de 58-VIII págs de texto, IV págs. inums. e XXXII
estampas. B.
Memorial comemorativo da morte de Charles Maurras, constituído por um volume de texto e um
de 57 fotografias, este em folhas soltas, cuja tiragem foi circunscrita a 200 exemplares “constituant
l’édition originale”, estando este numerado com as letras H.C., fora do comércio.
1851 — MOTA (A. Teixeira da).- GUINÉ PORTUGUESA. Agência Geral do Ultramar. Divisão
de Publicações e Biblioteca. 1954. [Lisboa]. 2 vols. In-4.º peq. de XXXVI-394 e 297-III págs. B.
Do Prefácio de Sarmento Rodrigues: “Teixeira da Mota, pelas propícias funções que logo de início
desempenhou, pelas missões de que foi encarregado e que posteriormente lhe competiram, seduzido
pela atracção da Guiné e do seu povo, pôde esquadrinhar, em profundidade e vastidão, como raras
vezes sucede, os valores da terra e da sua gente; e com a sua privilegiada faculdade de análise, servida
por uma sólida cultura (...) foi-lhe possível realizar o que até hoje nenhum outro conseguiu alcançar:
um livro completo, verdadeiro, penetrante, da Guiné dos nossos dias. Foi mais além porque, no seu
pendor para a sociologia, encadeou factos, ligando-os tècnicamente ao passado e meditou sobre problemas que se abrem para o futuro. (...)
“O livro é, pois, o capitel da notável série de trabalhos sobre a Guiné, ùltimamente publicados. (...)”.
Com numerosos mapas em folhas desdobráveis, gráficos, fotogravuras, etc. Obra integrada na colecção
«Monografias dos Territórios do Ultramar».
1852 — MOTA (I. F. Silveira da).- HORAS DE REPOUSO. Lisboa. Typographia da Academia.
1880. In-8.º de 217-III págs. E.
Capítulos dedicados a obras de Latino Coelho, L. A. Rebelo da Silva, A. F. de Castilho, Arnaldo Gama,
Bulhão Pato, Camilo Castelo Branco, Herculano, D. António da Costa, M. Pinheiro Chagas e outros.
Com as capas da brochura conservadas mas modestamente encadernado.
1853 — MOURA (Francisco Child Rolim de).- OBRAS DE... Lisboa. Escriptorio da
Bibliotheca Portugueza. 1853. In-12.º de XXXVI-IV-196 págs. E.
Com uma «Noticia da Vida e Obras de D. Francisco Rolim de Moura Tiradas do Capitulo II do Livro
IX do Ensaio Biographico-Critico sobre os melhores Poetas Portuguezes pelo Sr. José Maria da Costa
e Silva». Rolim de Moura nasceu em Lisboa em 1572, e as suas obras foram pela primeira vez publicadas
por Pedro Craesbeeck em 1623.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
1854 — MOUTA (Oliveira).- DIREITA, VOLVER! S.l.n.d. [1939?] In-8.º de 93-I págs. E.
“Capa e vinhetas do Artista Húngaro Mestre de Gravura em Madeira Atyila Mendley de Vétyemy”.
Exemplar n.º 2 de uma Edição especial assinada pelo autor, com a seguinte e significativa dedicatória
autógrafa: “Ao Doutor António Oliveira Salazar. Excelencia: ste livro é já por si uma dedicatória.
Alem dêle, apenas vos posso oferecer a minha vida e a minha incondicional obediência como
legionário e como português. Pôrto. 11 Março 1939”.
Rica encadernação inteira de pele com dourados na lombada e em ambas as pastas. Margens intactas
e capas da brochura conservadas.
[83]
1855 — MÜLLER (Adolfo Simões).- ASAS DE ÍCARO. Lisboa. [1926]. In-8.º de 80-IV págs. B.
Primeira edição do primeiro livro de poesia do autor, que Lourenço Cayola saudou com grandes louvores
nas páginas do «Diário de Notícias».
Segundo David Mourão-Ferreira, o autor “é um dos maiores e mais respeitados autores contemporâneos
da literatura para crianças e adolescentes; a sua vasta e inspirada produção vem suscitando a estima,
o apreço e a admiração de sucessivas camadas de jovens leitores”.
Adolfo Simões Müller, poeta, jornalista e tradutor, foi fundador e director de numerosos jornais dirigidos à juventude como «O Papagaio», «Diabrete», «Cavaleiro Andante», «Pajem», «João Ratão», etc;
recebeu por três vezes o Prémio Nacional de Literatura Infantil e ainda, em 1982, o Grande Prémio
Calouste Gulbenkian.
Dedicatória do autor. Capa da brochura ilustrada, assinada Lima [António Lima?]. Mancha de água,
seca, nas últimas folhas.
1856 — MÜLLER (Adolfo Simões).- CAPELAS PERFEITAS. Lisboa. 1940. [Oficinas
Gráficas da «Renascença»]. In-4.º gr. de 57-VII págs. B.
Livro de poesias impresso a duas cores, com ilustrações monocrómicas de Manuel Lapa.
Valorizado com dedicatória autógrafa do autor.
1857 — O MUNDO ELEGANTE. (Collecção de Historias, Biographias, Romances, Poesias e
Dramas). Redigido por Camillo Castello Brnco. Illustrado com os retratos de D. Pedro V,
Princeza Amelia, Garrett, Rossini, e varias outras gravuras por Emygdio. Acompanhado De
varias musicas para piano por Carli, Ribas, Moreira, Vianna e Dubini. Lisboa. Livraria de
Manoel Antonio de Campos Junior. Rua Augusta 77 a 81. 1863. In-fólio com 17 números totalizando
136 págs. a duas colunas e várias estampas em separado, em 1 volume E.
Este exemplar é o mesmo por nós anunciado sob o n.º 2831 do «Catálogo de uma excelente biblioteca
da qual se destaca uma importantíssima Camiliana, a mais importante de quantas têm aparecido
à venda nas últimas dezenas de anos», [biblioteca que tinha pertencido a Gustavo d’Ávila Perez] e cujo
leilão teve lugar em 1968, e o mesmo antes anunciado e minuciosamente descrito por José dos Santos
na sua «Descripção Bibliográfica da mais importante Camiliana», datada de 1939, n.º 1139, para onde
remetemos os bibliófilos interessados.
Diremos apenas que a revista se publicou entre 1858 e 1859, tendo o frontispício sido publicado apenas
em 1863 e que o exemplar está completo, com todos os seus extra-textos e páginas e ainda com a folha
frontal da capa da brochura, que naqueles catálogos não vem referida.
“O MUNDO ELEGANTE é sem dúvida, um dos periódicos que mais colaboração teve de Camilo,
pois é grande o número de artigos seus nêle insertos, tanto em prosa, como em verso; e cujos títulos,
ocupando quase duas páginas, se podem ver na Bibliographia Camilliana de Henrique Marques”.
Raríssimo e porventura único existente nestas condições.
O exemplar apresenta os ex-libris de Gustavo d’Avila Perez e o de Pedro Alvelos, que nas suas notas
escreveu o seguinte: “Custou-me em 9-3-68, 4.000$00 + 11% = 4.500$00. Pechincha máxima”.
Boa encadernação com lombada e cantos em pele.
1858 — O MUNDO ELEGANTE. Mensageiro semanal illustrado de Modas, Elegancia e bom
tom. Dedicado ás senhoras portuguezas e brazileiras. Redacção litteraria: Guiomar Torrezão,
Directora; Secção de Modas Blanche de Mirebourg, Redactora. [Paris. Typographia Jules
Delorme). Terceiro Anno. N.º 1, 6 de Janeiro de 1889, a Sexto Anno, 27 de Março de 1892. 3 vols.
In-fólio E.
Interessantissima publicação do género, valioso para o conhecimento da moda feminina e infantil no
fim do século XIX, com milhares de figurinos, bordados e rendas em gravuras abertas em madeira nas
páginas do texto e 76 belíssimos figurinos a cores de grande frescura, sendo dois em folha dupla.
Vasta colaboração de Guiomar Torrezão, Blanche de Mirebourg, e também de Amélia Jany, António
de Sousa, Beldemónio (Eduardo Barros Lobo), Bernardo Lucas, D. João de Castro, Fernandes Costa,
[84]
.../...
Gonçalves Crespo, Guerra Junqueiro, Guilherme Braga, João Diniz, João de Lemos, José Nápoles,
Júlio Lourenço Pinto, Luís Guimarães Júnior, Luís Osório, Maria Amália Vaz de Carvalho, Mercedes
Blasco, Queiroz Ribeiro, Rigoletto (Carlos de Moura Cabral), Sérgio de Castro, Sousa Pinto, etc.
Crónicas de Guiomar Torrezão sobre o actor António Pedro, Camilo, Pedras Salgadas e Vidago, actriz
Rosa Damasceno, Latino Coelho, etc.
Com falta dos dois primeiros Anos, do n.º 28 do 5.º ano e 1 e 6 do 6.º; restauros marginais em muitas
folhas, pequenos rasgões e com alguns defeitos; encadernações da época em mau estado.
1864 — NABIÇA (António José da Costa).- OBRAS POETICAS DE NABIÇA, contendo os chistosos e engraçados Dialogos entre O VINHO E A AGUA - CEREJA E A AZEITONA e algumas
poesias religiosas. [Porto - Na Tipographia do Diario Mercantil. 1861]. In-4.º peq. de 16 págs. B.
Sobre o título foi estampada uma grande gravura em madeira com as armas da cidade. O texto principia da seguinte forma: “A Camara Municipal Da Antiga, Muito Nobre, Sempre Leal, e Invicta Cidade
do Porto faz publicas as seguintes Posturas estabelecidas por Accordãos para manter a limpeza,
policia e ordem geral, na certeza de que estão tomadas as necessarias providencias para que as Penas
comminadas sejão competentemente impostas a todos os transgressores”. Por ordem alfabética são tratadas
as seguintes Posturas: “Açougues, Aferimentos, Água, Aguadeiros, Animaes mortos, Árvores,
Assambarcadores, Aves, Bacalhau, Cabras, Caça, Cães, Cal, Calçadas ou Ruas, Canecos, Cannos,
Carreiros, Carreteiros, Carros, Carvão, Casas de comer e de beber, Cascas de fructa &c., Cavalleiros,
Cavalgaduras, Cêra, Chafarizes ou Fontes publicas, Chaminés, Couros, Crivações, Degraus, Entulhos,
Enxambladores, Carpinteiros, Tanoeiros &c.; Fabricas, Ferreiros, Ferro, Chumbo, ou Aço, Fogueiras,
Fructa, Generos corruptos, Generos e Fazendas amontoadas, Grades, Herva, Immundicie, Janellas.
Lenha, Linho, Lojas, Madeira e Palha, Matadouro, Medir por covado ou vara, Obras, Pão, Farinha,
Fructas e outros comestiveis, Passeios, Pedradas, ou tiros á funda, Pedras, Peixe, Pezar, Piões, Pipas,
Polvora, Porcos, Portas, Regateiras, Seges, Serigueiros, Telha, Trolhas, Pedreiros e Pintores,
Vendedores em logares publios, Vendilhões”.
Do Prefácio do autor: “Bastantes noticias da Guerra em Portugal tem sahido a publico escriptas por
Officiaes Francezes e Inglezes que servirão nos exercitos da Rainha e de D. Miguel; porem essas noticias são geralmente relativas ás operações de que uns ou outros forão testemunhas, e pouco tratão do
que se passou n’outras localidades do paiz.
“Emprehendi fazer uma discripção imparcial de toda a Guerra louvando ou censurando onde o devia
fazer, sem favor nem predilecção. - Não estou costumado a escrever historias nem prefáções, por isso
quanto menos disser, melhor; o Leitor ajuizará como lhe parecer.” O autor desempenhou importante
papel em Portugal ao tempo dos acontecimentos que historia, vindo na Grande Enciclopédia
Portuguesa e Brasileira uma rubrica a seu respeito que ocupa nada menos de seis colunas do seu 18º
volume. Muito invulgar e interessante.
Encadernação da época, com bonita lombada em pele decorada com ferros românticos gravados
a ouro, mas danificada na sua parte inferior.
1859 — [POSTURAS MUNICIPAIS DO PORTO]. MUNICIPALIDADE DO PORTO. [Porto
Typ. de Gandra & Filhos – 1829]. In-8.º gr. de 15-I págs. Desenc.
1860 — MUNICIPALIDADE DO PORTO. [Orçamento da Receita e despeza da Camara
Municipal do Porto no anno de 1839]. [No fim, assinado pelo Secretário José Alves de Sousa:
Porto: Imprensa de Gandra e Filhos. 1839]. In-8.º gr. de 13-III págs. Desenc.
1861 — MÚRIAS (Manuel Maria).- SALAZAR. Edição do centenário. Introdução e coordenação
de... Referendo. [Edições Referendo, Lda. Lisboa. 1989]. In-4.º gr. de 100-IV págs. B.
O volume é quase inteiramente constituído por fotografias e outros documentos iconográficos referentes
a Salazar e a acontecimentos relacionados com o seu governo. Tem no fim um poema inédito de
António Lopes Ribeiro, “escrito em 30 de Julho de 1970, três dias depois do funeral do Doutor Salazar”.
Assinado na folha de guarda.
1862 — MURY (Paulo).- HISTORIA DE GABRIEL MALAGRIDA da Companhia de Jesus,
Apostolo do Brazil no seculo XVIII estrangulado e queimado no largo do Rocio de Lisboa aos
21 de setembro de 1761. Auctor Padre... da mesma Companhia. Trasladado a portuguez e prefaciado por Camillo Castello Branco. Lisboa. Livraria Editora de Mattos Moreira & Cª. 1875.
In-8.º de XXIX-I-188-VI págs. E.
O autor “manuseou os impressos e ineditos que relembravam o martyrio do apostolo do Brazil. Urdiu
com elles a sua historia, tecida com exemplar sinceridade, seguindo o jesuita desde o berço até
á fogueira da Inquisição”. Exemplar da que julgamos ser a única edição até agora publicada. O prefácio
de Camilo ocupa XVIII das págs. prels.
Encadernação da época; um pouco aparado.
1863 — NA MORTE DE JUNQUEIRO - HOMENAGEM DOS ESTUDANTES DE COIMBRA.
Número único. Coimbra, 1923. In-4.º de 39-I págs. B.
Colaboração de Celestino Gomes, Alexandre d’Aragão, A. M. Teixeira de Carvalho, Sílvio Lima, etc.
Ilustrado.
[85]
Curioso e raro opúsculo, cujo autor, segundo parece, se ocultou sob pseudónimo.
1865 — NAPIER (Carlos).- GUERRA DA SUCCESSÃO EM PORTUGAL. Pelo Almirante
Carlos Napier, Conde do Cabo de São Vicente. Londres: 1836. Traduzida em portuguez por
Manoel Joaquim Pedro Codina. Lisboa. Tipographia Commercial. 1841. 2 vols. In-8.º gr.
de IX-I-352-VI e 366-IV págs. E. em 1.
1866 — NATIVIDADE (J. Vieira).- SUBERICULTURA. Ministério da Economia. Direcção
Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas. Lisboa. [Oficinas de Fotogravura de Marques Abreu.
Porto. 1950]. In-4.º de 387-I págs. B.
Profundo trabalho sobre a cultura do sobreiro em Portugal, resultado de vinte anos de investigação
“reunindo o que de mais importante hoje se conhece sobre esta prestimosa árvore”. Edição muito cuidada,
ilustrada com muitas dezenas de boas estampas fotográficas impressas em folhas à parte.
Dedicatória do Autor “Ao Senhor Prof. A. de Oliveira Salazar - tem a honra de oferecer, como
respeitosa e pobre homenagem de um obscuro cavaleiro andante da Subericultura.”
1867 — NAVARRO (António Rebordão).- AS PORTAS DO CERCO. Livros do Oriente.
[Imprensa Oficial de Macau. 1992]. In-8.º esguio de 149-III págs. B.
“Macau, simbolicamente separado da China pelas Portas do Cerco, não é apenas um pretexto, um cenário,
uma referência exótica. É, mais do que um espaço geográfico, um «padrão vivo», com uma história
própria, os seus deuses e as suas superstições, uma singular forma de estar e conceber o mundo e a existência, um rosto, um corpo. Macau é, assim, neste livro, uma personagem principal. Como também o será
o próprio tempo, não tão absoluto ou determinante que condicione as várias vidas que pode ter um Poeta.
O Poeta Camilo Pessanha cujos versos guiarão os leitores através destas páginas, ao longo de uma viagem
em que a memória e a invenção, a ficção e o real se interpenetram.” Primeira edição.
1868 — NAVARRO (António Rebordão).- UM INFINITO SIL NCIO. Publicações Europa-América. [Lisboa. 1970]. In-8.º gr. de 193-III págs. E.
Primeira edição de uma das mais importantes obras do autor, distinguida com o Prémio Alves Redol
no ano de 1970.
Encadernação editorial.
1869 — NAVARRO (Emídio).- QUATRO DIAS NA SERRA DA ESTRELLA. Notas de um passeio. Porto. Livraria Civilisação de Eduardo da Costa Santos. 1884. In-4.º peq. de VII-I-194 págs. E.
Interessantíssimos apontamentos de viagem na serra da Estrela, ilustrados com um retrato do autor
e vários aspectos da serra, feitos a partir de fotografias originais. Com uma extensíssima carta-prefácio
do Dr. Sousa Martins.
[86]
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O autor, natural de Viseu, foi reputado jornalista e influente político monárquico. Como se pode ler na
«Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira»; “A par da sua intensa vida de lutador no campo
jornalistico nunca deixou a politica, defendendo o Partido Progressista com dedicação inexcedível”.
Foi deputado e como ministro “desenvolveu a viação, ampliou o ensino comercial, industrial e agrícola,
abriu grande parte das estradas de Portugal, alargou os serviços florestais, criou, protegeu, edificou
e consolidou tudo quanto podia contribuir para o desenvolvimento do património português”.
Encadernação nova, com a lombada em pele. Conserva as capas da brochura e está aparado só à cabeça;
tem algumas manchas de água antigas nas últimas folhas.
1870 — A NAVE. Revista mensal de literatura e arte. Propriedade da Empresa “A Nave”. [Porto.
Directores literarios - António Fernandes Coelho e José Quintans de Lima. Director artistico Anthero Leal]. N.º 1 - Série III. Abril 1916. In-4.º de IV-32-V a VIII págs. B.
Cremos que desta revista foram publicados apenas 3 números, correspondendo 1 a cada série. Este tem
uma carta inédita de Camilo e colaboração de Ruy Portugal, Carvalho Barbosa, Curros Enriquez,
Ivalda, Mário de Figueiredo e J. Diniz da Fonseca. Capa a três cores e duas ilustrações em separado
de Antero Leal.
1871 — NEGREIROS (Almada).- L´ ÉPOPÉE PORTUGAISE. Histoire Coloniale. Paris.
Augustin Challamell, Éditeur S. d. In-8.º de 76 págs. E.
Ilustrado com vários mapas em folhas desdobráveis. Pouco comum.
Dedicatória autógrafa do Autor para Ressano Garcia. Encadernação forrada a seda vermelha, com
dizeres dourados.
1872 — NEGREIROS (José de Almada).- DESENHOS ANIMADOS, REALIDADE IMAGINADA. Escrito expressamente a convite da Emprêsa do Cinema Tivoli para a apresentação do
filme de Walt Disney “Branca de Neve e os sete anões”. Editorial Ática, Ltd. 1938. [Lisboa].
In-8.º gr. de 12 págs. B.
Primeira e muito invulgar edição independente. Capa e contracapa com desenhos do autor.
1873 — NEGREIROS (José de Almada).- VER. Notas e prefácio de Lima de Freitas. Arcádia.
[Tipografia A União. Torres Vedras]. In-4.º de 272-VI págs. E.
Assim se inicia o importante prefácio de Lima de Freitas: “Reúnem-se neste volume vários cadernos,
na sua maior parte inéditos, de José de Almada Negreiros. Desde 1943, ano que o Autor inscreveu na
página liminar de vários dos cadernos, uma longa série de obstáculos condenou à ocultação quase total
este extraordinário conjunto de textos e manteve-os fechados numa gaveta durante cerca de quarenta
anos, à espera de um dia virem a ser conhecidos pelos portugueses e pelo mundo.” Além dos importantes textos de Almada o volume apresenta ainda numerosas ilustrações e desenhos nas páginas do
texto. Realização gráfica de assinalável cuidado gráfico.
Encadernação editorial.
1874 — NEMÉSIO (Vitorino).- CAATINGA E TERRA CAÍDA. Viagens no Nordeste e no
Amazonas. Livraria Bertrand. [Lisboa. S.d.]. In-8.º de 357-I págs. B.
Com reproduções fotográficas impressas à parte. Primeira edição.
1875 — NEMÉSIO (Vitorino).- EXILADOS. (1828-1832). História Sentimental e política do
Liberalismo na Emigração. Livraria Bertrand. Lisboa. [S.d.]. In-8.º de VIII-322-VI págs. B.
“Este livro constituiu a «segunda parte» de um trabalho universitário - A MOCIDADE DE HERCULANO
ATÉ À VOLTA DO EXÍLIO - onde tinha por título A Experiência do Exílio, reconstituída, para se
atingir a de Herculano, através de Memórias, autobiografias, cartas, poemas, ordens do dia, papeis
vários, que depunham sobre as esperanças e os desenganos de um bando de proscritos”. Primeira edição.
[87]
1888- ver pág. 90
1876 — NEMÉSIO (Vitorino).- JORNAL DO OBSERVADOR. Verbo. [1974]. In-8.º gr. de 439-VI págs. B.
“Mais um punhado de crónicas - notas de viagem, artigos, pequenos ensaios — que reúno, já agora
sob o expresso título de Jornal. Jornal do Observador (...) porque estas crónicas foram integralmente
insertas no magazine que com esse título se publicou semanalmente em Lisboa...”.
1877 — NEMÉSIO (Vitorino).- ONDAS MÉDIAS. Biografia e Literatura. Livraria Bertrand.
Lisboa. [S.d.] In-8.º de 360 págs. B.
D. Duarte, Damião de Góis, Gaspar Frutuoso, Anchieta, Fr. Heitor Pinto, Cavaleiro de Oliveira,
Correia Garção, Nicolau Tolentino, Gonzaga, Bocage, Filinto Elísio, Garrett, Herculano, Camilo,
Maria Browne, Soares de Passos, Bulhão Pato, J. César Machado, Júlio Dinis, Eça, Junqueiro, J. de
Castilho, Braamcamp Freire, F. Guedes Teixeira e António Nobre, são alguns dos escritores destacados
nestas palestras ditas ao microfone da Emissora Nacional, e neste volume pela primeira vez publicadas.
1878 — NEMÉSIO (Vitorino).- O RETRATO DO SEMEADOR. Livraria Bertrand. Lisboa.
[S.d.] In-8.º de 242-II págs. B.
Entre os variados e interessantes capítulos que constituem o livro, destacamos: «Foucauld»; «Tomás
Merton»; «O Padre Américo»; «Santa Clara»; «Página Franciscana»; «Cristianismo invocado:
Cristianismo vivido»; «Claudel universal»; «Pascal»; «Natal e Etnia»; «Arte Sacra»; «Santo
Agostinho»; «Bernanos e Camilo»; «Lorvão»; «Capelas»; «Coisas que há na poesia»; etc. Invulgar.
1879 — NEMÉSIO (Vitorino).- O SEGREDO DE OURO PRETO E OUTROS CAMINHOS.
Livraria Bertrand. Lisboa. S.d. In-8.º de 382 págs. B.
Primeira e invulgar edição deste apreciado livro de temática brasileira.
1880 — NETO (Coelho).- [OBRAS]. Livraria Chardron, de Lello & Irmão. Porto. Datas diversas.
5 obras ou vols. In-8.º E. e B.
Com as seguintes obras, tendo encadernação editorial as duas primeiras e estando em brochura as restantes:
«Fogo Fatuo», 1929; «Velhos e Novos», 1928; «Feira Livre», 1926; «Immortalidade», 1925;
«Mysterio do Natal», 1911.
1881 — NEVES (Azevedo).- ANTÓNIO CANDIDO. Lisboa. 1923. [Oficinas Graphicas da
Biblioteca Nacional]. In-8.º de 17-VII págs. E.
Discurso pronunciado por ocasião da visita de António Cândido à Faculdade de Medicina de Lisboa,
publicado em tiragem de 300 exemplares numerados e assinados.
Encadernado à amador e com as capas da brochura preservadas.
1882 — NEVES (José Acúrsio das).- NOÇÕES HISTORICAS, ECONOMICAS, E ADMINISTRATIVAS SOBRE A PRODUCÇÃO E MANUFACTURA DAS SEDAS EM PORTUGAL,
e particularmente sobre A Real Fabrica do suburbio do Rato, e suas annexas. Lisboa: Na
Impressão Regia. Anno 1827. In-8.º peq. de VII-I-405-III pág. E.
Obra fundamental para o estudo da sericultura em Portugal, obra que já no seu tempo Inocêncio reputava de “recomendável no seu genero, por ser toda fundada em documentos e informações officiaes
e authenticas.” Rara.
Encadernação em inteira em pele, com dourados na lombada.
1883 — NEVES (José Acúrsio das).- VARIEDADES, SOBRE OBJECTOS RELATIVOS ÁS
ARTES, COMMERCIO, E MANUFACTURAS, Segundo os Principios da Economia Politica.
Lisboa: Na Impressão Regia. Anno de 1814-1817. 2 vols. In-4.º de 293-I e 335-I págs. E.
Obra de grande merecimento para o estudo das artes, comércio e indústria de Portugal no século XIX.
[89]
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De págs 181 a 192 em diante do 1º volume vem um «Mappa das fabricas estabelecidas na cidade de
Lisboa, e comarcas do reino, seus proprietarios, estado actual, consummo, e exportação das suas
manufacturas” e da 193 em diante as que estavam estabelecidas em Alcobaça, Alenquer, Aveiro,
Barcelos, Beja, Braga, Bragança, Coimbra, Crato, Elvas, Évora, Faro, Feira, Guarda, Guimarães,
Leiria, Linhares, Miranda [do Douro], Moncorvo, Ourem, Pinhel, Portalegre, Porto, Ribatejo,
Santarém, Setúbal, Tomar, Torres Vedras, Trancoso, Viana, Vila Real, Vila Viçosa e Viseu.
Acúrsio das Neves foi considerado por Balbi como “un des Portugais les plus instruits dans tout ce qui
a rapport à l’économie politique, au commerce et à l’agriculture”
Obra rara e valiosa. Excelentes encadernações novas inteiras em pele, com dourados nas lombadas; tem
manchas de água, secas, nas quatro primeiras e última folhas do 1º volume e nas três últimas do 2.º
1884 — NEVES (José Cassiano).- LISBOA E A TRAGÉDIA DOS TÁVORAS. Lisboa. 1957.
[Centro Tip. Colonial]. In-4.º de 27-I págs. B.
Conferência lida aos «Amigos de Lisboa». Edição de autor, ilustrada.
Com dedicatória do autor.
1885 — NEVES (José Cassiano).- MISCELÂNEA CURIOSA. Lisboa. 1983. [Tipografia
Guerra. Viseu]. In-4.º de 263-I págs. B.
Capítulos sobre «Jardins e Palácio dos Marqueses de Fronteira», «O Marquês de Pombal e o atentado
contra D. José», «O Conde de Ficalho», «S. Francisco Xavier e o Embaixador D. Pedro Mascarenhas»,
«A Epopeia Portuguesa no Oriente», «Lisboa e a Tragédia dos Távoras», «A Expansão Ultramarina
e o Reino do Preste João», Madame de Souza e os Salões Literários de Paris», «Damas Portuguesas
nas Cortes de Castela e de Sabóia no Século XVI», Festa da Raça, Perfil de uma mulher — Alcipe»,
«Camões», «Lisboa - Capital das Especiarias», «Afonso Lopes Vieira», «Portugal poderia oferecer ao
Brasil a Carta de Pero Vaz de Caminha», «O Problema da Emigração», «Pillement em S. Domingos
de Benfica», «Cristóvão Colombo e os Portugueses», «Carta... Professor Doutor Martinho Nobre de
Melo», «Uma Colecção de Arte», «Ladislau Patrício figura marcante da sua geração», etc.
1886 — NEVES (José Cassiano).- S. FRANCISCO XAVIER E O EMBAIXADOR D. PEDRO
MASCARENHAS. Lisboa. 1952. [Centro Tipográfico Colonial]. In-4.º de 18-II págs. B.
Com a reprodução de uma pintura de André Pozzo onde figuram, entre outros, S. Francisco Xavier
e D. Pedro Mascarenhas. Edição de autor, decerto muito reduzida.
Dedicatória do autor.
1887 — NEVES (Moreira das).- GUERRA JUNQUEIRO. O Homem e a Morte. 1942. Pôrto.
In-8.º de 258-II págs. E.
Com numerosas referências a Camilo e a muitos outros escritores. Ilustrado.
Encadernação com cantos e lombada em pele, esta decorada com nervos e ferros dourados. Capas da
brochura preservadas.
1888 — NIEREMBERG (Juan Eusebio).- DE LA // DIFERENCIA // ENTRE LO // TEMPORAL
Y ETERNO. // CRISOL DE DESENGAÑOS, // con la memoria de la eternidad, // postrimerias
humanas, y prin- // cipales misterios Divinos. // POR EL PADRE // JUAN EUSEBIO NIEREMBERG, // de la Compañia de IESVS, Nueva Impression, corregida de muchas erratas, y //
enriquescida con muy lindas estampas // [Xilogravura com o emblema do impressor] // EN AMBERES. // Por GERONYMO VERDUSSEN, Impressor // y Mercader de Libros, en el Leon dorado. 1684. In-8.º de XVI-655-LXXV págs. E.
Com doze gravuras abertas a buril em chapa de metal, ass. Bouttats, estampadas em folhas à parte.
Este trabalho do célebre jesuíta espanhol, “es el libro más conocido en todo el mundo de nuestro autor”.
Rara. Bela encadernação em pele, da época, com dourados na lombada e em ambas as pastas; com
o corte das folhas também dourado e com dois fechos em cobre, tudo em perfeito estado de conservação,
excepto a lombada que apresenta o dourado estalado pelo uso que do livro foi feito.
[90]
1889 — NO FUNERAL DE SIDONIO PAES, MARTYR DA PATRIA, assssinado em Lisboa,
aos quatorze de Dezembro de mil novecentos e desoito, pelos maos portuguees aos quaes a sua
grandeza fazia sombra, e levado para os Jeronymos em cortejo de verdadeira apotheose nacional,
a vinte e um do mesmo mez e ano. [Oficinas da Empreza Diario de Noticias, Lisboa. MCMXX].
In-4.º de 47-I págs. E.
“Os quatorze capítulos d’este folheto reproduzem quatorze folhas soltas, numeradas, impressas sem
rubrica de auctor nem designação de typographia, que foram distribuidas nas ruas de Lisboa durante
o desfilar do grandioso funeral de Sidónio Paes. (...)” Com fotografias em folhas à parte.
Encadernação própria, com a lombada um pouco defeituosa.
1890 — NOBRE (António).- ALICERCES seguido de LIVRO DE APONTAMENTOS. Leitura,
prefácios e notas de Mário Cláudio. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. [1983]. In-8.º gr.
de 181-IX págs. E.
“A mais do que o evidente interesse literário do primeiro dos originais, [Alicerces] só agora, como
o segundo, integralmente dado à estampa, nenhuma dúvida nos resta quanto à utilidade que ambos
poderão cobrar no recortar psicológico da figura de Nobre, em quanto sobretudo concerne à sua
problemática amorosa”.
Bonita encadernação à amador, com pele à cor natural e belos ferros dourados na lombada, mantendo
conservadas as capas da brochura.
1891 — NOBRE (António).- DESPEDIDAS. 1895-1899. Prefácio de José Pereira de Sampaio
(Bruno). Porto. 1902. In-4.º de VIII-126-II págs. B.
Primeira edição deste excelente livro póstumo de António Nobre, ilustrado com uma fotografia original
do Poeta, retrato que falta em muitos exemplares.
1892 — NOBRE (António).- DESPEDIDAS. 1895-1899. Prefácio de José Pereira de Sampaio
(Bruno). 2ª edição. Postumo. Porto. 1932. [Tip. Domingos de Oliveira]. In-8.º gr. de 209-VII págs. B.
Cuidada edição, com um retrato do poeta e outras ilustrações.
Assinado no frontispício.
1893 — NOBRE (António).- PRIMEIROS VERSOS. 1882 - 1889. (Edição posthuma). Comp.
e Imp. na Tipografia da Tribuna. Porto. 1921. In-8.º gr. de IV-154-II págs. B.
Livro póstumo, editado por seu irmão Augusto Nobre, de que se tiraram mil e quinhentos exemplares.
Primeira edição, ilustrada com um retrato do autor datado de 1882.
Capa da brochura com uma mancha.
1894 — NOBRE (António).- SÓ. 2ª Edição. Lisboa. Guillard, Aillaud & Cia. 1898. [Typ. de
Guillard, Aillaud & Cia. Paris]. In-8.º esguio de 172-IV págs. E.
Um dos mais queridos livros da poesia portuguesa, numa bela edição em papel couché ilustrada com
aguarelas de Eduardo Moura e Júlio Ramos. Valiosa e rara.
Com falta de um fragmento da folha de cólofon e modestamente encadernado.
1895 — NOBRE (António).- SÓ. 3ª edição. Livrarias Aillaud e Bertrand. Paris-Lisboa. Livraria
Francisco Alves. Rio de Janeiro - São Paulo - Bello Horizonte. 1913. [Typographia de Aillaud,
Alves & Cia. Paris]. In-8.º esguio de 172-IV págs. E.
Uma das duas edições anunciadas como terceira, aparecendo a outra, idêntica a esta, sob a chancela
da «Renascença Portuguesa». Esta, como a segunda, apresenta ilustrações de Eduardo Moura e Júlio
Ramos e um retrato do poeta d’après Tomás Costa.
Encadernação com a lombada em pele decorada com dizeres e ferros a ouro e com as capas da brochura
preservadas, tendo uma assinatura na da frente e um pequeno restauro.
[91]
1896 — NOBRE (António).- SÓ. 4ª edição. 1921. Tipografia de «A Tribuna». Porto. In-8.º gr.
de 163-III págs. B.
Edição com aspecto gráfico imitativo da primeira. Com um retrato do poeta.
1897 — NOBRE (Augusto).- DUAS CARTAS, datadas de Porto 1-1-87 e 27-3-87. Dim. 11 x 18
e 10 x 15,5 cm.
Cartas do irmão do poeta do «Só», tarjadas de luto, sem referência ao destinatário, dizendo na primeira:
“Recebi hoje do Sr. Dr. Allen uma carta em que me participava que V. Ex.ª se demorava até ao fim de
Dezembro na Granja. Há muito tempo que desejava offerecer a V. Ex.ª os meus humildes trabalhos
sobre conchas, mas não sabia com certeza para onde os havia de enviar. Agradeço penhoradamente
a offerta da brochura importante sobre a malacologia portugueza, que eu li com todo o interesse”; Na
segunda carta agradece “o novo trabalho de V. Eª tão interessante para a nossa malacologia pelo grande
numero de novidades que nos apresenta. Estimei muito possuir este trabalho para vêr se posso resolver
algumas duvidas que me ficaram quando fiz a primeira reunião da minha collecção de molluscos
terrestres e fluviaes para a publicação das duas monographias que escrevi. Tinha alguns exemplares
que não sabia como os classificar e por isso os inclui e considerei como especies conhecidas. (...)”
1898 — NÓBREGA (Artur Vaz-Osório da).- CATÁLOGO DA RAMALHIANA DE ALBERTO
ORTIGÃO DE OLIVEIRA. Porto. 1968. In-8.º gr. de XVI-107-III págs. B.
Catálogo exaustivo, ilustrado com um brasão d’armas a cores e metais e outras ilustrações em separado.
Tiragem confinada a 500 exemplares numerados.
1899 — NÓBREGA (Artur Vaz-Ósorio da).- VALLES PEIXOTOS DE VILLAS-BÔAS DA
CASA DE CARVALHO DE ARCA. Subsídios para a sua Genealogia. Braga. 1964. In-4.º de
XVI-178-II-LVII-I págs. B.
Escrupuloso trabalho de investigação genealógica acerca do senhor da Casa de Carvalho de Arca, na freguesia de S. Pedro da Polvoreira, termo de Guimarães, nascido no dealbar do século XVII e cuja descendência, através dos séculos, se ramificou por muitas e destacadas e ilustres famílias. Com numerosas ilustrações impressas em separado reproduzindo brasões d’armas, documentos, etc. Edição de restrita tiragem.
Assinatura do autor no anterrosto.
1900 — NODIER (Charles).- [ŒUVRES DE CHARLES NODIER]. Bruxelles. J. P. Meline-Éditeur. 1832-1833. 3 obras ou vols. In-8.º E.
Com as seguintes obras: «Mademoiselle de Marsan. Le Dernier chapitre de mon roman», 1832;
«Jean Sbogar», 1832; «Le Dernier Banquet des Girondins; Étude historique suivie de recherches sur
l’Éloquence Révolutionaire», 1833.
Todos os volumes pertenceram a Camilo, que os assinou com as suas iniciais na folha de guarda das
encadernações.
1901 — NOGUEIRA (Albano).- IMAGENS EM ESPELHO CÔNCAVO. (Ensaios). Coimbra.
1940. In-8.º de 206-IV págs. E.
«Um Livro e a Poesia de Adolfo Casais Monteiro», «Panorama da Literatura Portuguesa Moderna»,
«Alguns Comentários à Poesia de António Botto», «Incidência sôbre Fialho de Almeida», etc. Tiragem
confinada a 500 exemplares numerados.
Encadernado à amador, com as capas da brochura conservadas. Dedicatória autógrafa do autor.
Ex-libris da Biblioteca de Gustavo d’Ávila Perez.
1902 — NORONHA (Eduardo de).- À REDEA SÔLTA. Collecção de contos escolhidos portuguezes e estrangeiros por... Coimbra. França Amado, Editor. 1907. In-8.º de 206-II págs. B.
O volume abre com o longo conto de Camilo «A egua que salva», a que se seguem outros de Eduardo
de Noronha e de escritores estrangeiros.
[92]
1903 — NORONHA (Eduardo de).- A DANÇA NO ESTRANGEIRO E EM PORTUGAL. Aventuras
galantes do Teatro de S. Carlos. Coimbra Editora, Lda. [1922]. In-8.º de 355-I págs. E.
“Hoje, que estão esgotadas as obras referentes ao nosso primeiro tablado lírico e única academia de
dança, até há poucos anos, creio ser interessante conhecer, em rápidos traços, as celebridades, sacerdotizas de Terpsicore, desde a italiana Anna Rouzi até à russa Anna Pavlova”.
Boa encadernação nova, com a lombada em pele.
1904 — NORONHA (Eduardo de).- O HEROE DE CHAIMITE. Mouzinho de Albuquerque.
Narrativa historica e militar. Prefácios de Ayres de Ornellas e Henrique de Paiva Couceiro.
Porto. Empreza de «O Primeiro de Janeiro». 1906. In-8.º de 480 págs. B.
Obra manifestamente importante para a história da presença portuguesa em África, ilustrada com
dezenas de fotogravuras nas páginas do texto.
Assinado na capa da brochura e com um carimbo no verso do frontispício e desconjuntado.
1905 — NORONHA (Eduardo de).- JOSÉ DO TELHADO. (Romance baseado sôbre factos históricos). Porto. 1932. Editado pela Empreza do Jornal O Primeiro de Janeiro. In-8.º gr. de 558 págs. E.
José do Telhado, de seu nome José Teixeira da Silva, nascido em Telhado, freguesia de Castelões de
Recezinhos, Penafiel, 1816, foi um dos mais célebres, se não o mais célebre bandoleiro português,
tendo acabado os seus dias em África, para onde foi deportado. Com numerosas referências a Camilo.
Boa encadernação com a lombada e os cantos em pele, tendo as capas da brochura conservadas.
1906 — NORONHA (Tito de).- O CANCIONEIRO GERAL DE GARCIA DE REZENDE.
Livraria Internacional de Ernesto Chardron... 1871. In-8.º de 70-II págs. B.
Volume inaugural da colecção «Curiosidades Bibliographicas», de reduzida tiragem.
Desconjuntado.
1907 — NORONHA (Tito de).- ORDENAÇÕES DO REINO. Edições do Seculo XVI. Livraria
Internacional de Ernesto Chardron... Porto. 1871. In-8.º de 80 págs. Desenc.
Volume II das «Curiosidades Bibliographicas».
1908 — NORONHA (Tito de).- PASSEIOS E DIGRESSÕES. Livraria Internacional de Ernesto
Chardron... Porto. 1870. In-8.º de 240 págs. B.
Extractos dos títulos deste interessante livro de viagens nas proximidades de Lisboa: «Margens do
Tejo», «A marinha e outras coisas d’agua salgada», «Lisboa vista de largo», «Avista-se Villa-Franca»,
«Descreve-se Villa-Franca, não esquecendo fallar das adufas», «A estatuaria grega e a arte moderna»,
«O snr. Tejo, cão de respeito», «A dança», «Canta-se a xacara», «A ceia e o proverbio», «Architectura
ingleza», «Entrada em Alemquer, no meio do pasmo da gente de Trianna», «Discordancias entre os
cronistas», «Barbeiro e trovador», «A lanceta céde o logar ao covado», «Chega o auctor ao Sobral,
e corre o risco de morrer... de fome», «Fica-se sabendo que ainda existem Magriços e ha duello»,
«Arruda», «Os medicos», «Alhandra», «O vinho força-motriz», «A mala-posta e o Napoleão», «Nas
Caldas», «O hospital e annexos», «As cavacas», «A lagoa de Obidos e os appetites reaes», «Festa em
S. Susana», «A raça bovina no culto», etc.
Desconjuntado.
1909 — NORTON (Manuel Artur).- O BRASÃO DE ARMAS DA FAMÍLIA MALHEIRO.
Viana do Castelo. 1973. In-4.º de 8 págs. B.
Restrita separata ilustrada do «Arquivo do Alto Minho».
Dedicatória autógrafa do autor.
[93]
1910 — NOUGARET (P. J. B.).- PRÉCIS DE L’HISTOIRE DES EMPEREURS ROMAINS,
depuis Auguste jusqu’a la translation de l’Empire a Constantinople; avec des anecdotes historiques sur les principaux personnages qui ont vécu a cette époque, et un détail curieux des Moeurs
et Usages des Romains. Ouvrage destiné a l’instruction de la jeunesse, et orné de 12 jolies gravures.
Par... Paris, Chez Rémont, Pére et Fil, Libraires. 1813. In-8.º de IV-475-I págs. E.
Com um belo frontispício representado o «Triomphe de Trajan» e 12 outras gravuras, duas por página,
também abertas a buril em chapa de metal.
Encadernação francesa inteira em pele, da época, danificada.
1911 — NOVAIS (Faustino Xavier de).- POESIAS. Publicadas por António Moutinho de Sousa.
Livraria Internacional de Ernesto Chardron... Porto. 1879. In-8.º gr. de 352 págs. E.
Cremos que se trata da terceira edição das Poesias do autor, acrescentada com muitas «Poesias
Ineditas».
Bem encadernado, com as margens intactas, as capas da brochura conservadas e só de leve aparado
à cabeça.
1912 — NOVOS E VELHOS. Revista quinzenal illustrada de litteratura e arte, publicada sob
a direcção de Alberto de Madureira. Braga. Laurindo Costa Livreiro Editor. 1897. [Braga,
Typographia Lusitana]. 12 números In-4.º de IV-200 págs. em 1 vol. E.
Nesta excelente e rara revista publicada em Braga, colaboraram alguns dos melhores escritores da
época: Abel Botelho, Alberto de Madureira, Alfredo Gallis, Amélia Janny, Antero de Figueiredo,
Bulhão Pato, D. João de Castro, Eugénio de Castro, Gonçalves Cerejeira, Guilherme Braga, Guiomar
Torrezão, João Penha, Júlio Brandão, Júlio Dantas, Próspero Peragallo, Senna Freitas, Teixeira
de Queirós, Tomás Ribeiro e outros. De Camilo insere: “Que tarde!...” (soneto inédito na pág.
41) e o mesmo soneto, com variantes, na pág. 80 integrado num artigo assinado por J. Rocha intitulado “A Pharmacia”; ainda de Camilo, a págs. 160, o escrito em prosa inédito denominado “N’um
Album” (de Fernando Castiço). Com gravuras em madeira nas páginas do texto.
Colecção completa e invulgar.
Cartonagem editorial.
1913 — NUNES (José Joaquim).- CANTIGAS D’AMIGO DOS TROVADORES GALEGO-PORTUGUESES. Edição crítica acompanhada de Introdução, Comentário, Variantes e Glossário.
Coimbra. Imprensa da Universidade. 1926-1928. 3 vols. In-8.º B.
Excelente colectânea de «Cantigas d’Amigo» não incluídas por Carolina Michaelis de Vasconcelos no
seu admirável «Cancioneiro d’Ajuda», numa boa edição da Imprensa da Universidade de Coimbra,
escrupulosamente orientada por José Joaquim Nunes e integrada na «Biblioteca de Escritores
Portugueses». A notável «Introducção» escrita por José Joaquim Nunes ocupa todo o primeiro volume.
Primeira edição, de restrito número de exemplares.
Exemplar n.º 16 da Tiragem Especial de 150 em papel de linho, numerados e assinados por Joaquim
de Carvalho.
1914 — NUNES (Leopoldo).- CARMONA. (Estudo biográfico). Capa e desenhos de José
Espinho. Lisboa / Setembro. 1942. [Editorial Império]. In-4.º gr. de 341-III págs. E.
Trata-se da mais completa biografia que ao antigo Presidente da República foi dedicada e que constitui
peça com interesse para a história política do seu tempo e do governo de Salazar. Com estampas
fotográficas em folhas à parte.
“Este livro está impresso em papel «Vergé, 36», que a Companhia do Papel do Prado especialmente
fabricou como homenagem a Sua Excelência o Senhor Presidente da República».
Excelente encadernação à amador, com dizeres e ferros dourados nas lombadas em casas fechadas,
mantendo conservadas as capas da brochura.
[94]
1915 — O QUE HA DE SER O MUNDO NO ANNO TRES MIL. Lisboa. Editores - J. M.
Corrêa Seabra & T. Quintino Antunes. 1860. In-8.º gr. de X-308 págs. E.
Livro curiosíssimo e muito invulgar, de autor anónimo. Com inúmeras e interessantes gravuras abertas
em madeira por Vidal Junior, intercaladas nas páginas do texto.
Encadernação modesta, da época.
1916 — OLAVO (Carlos).- HOMENS, FANTASMAS E BONECOS. Portugália Editora.
Lisboa. [S.d. 1950?]. In-8.º de 272-IV págs. E.
Retrato do autor por Abel Manta. Capítulos consagrados a João Chagas, Brito Camacho, Camilo,
António Patrício, João das Regras, Eça, etc.
Encadernação com cantos e lombada em pele, só aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas.
1917 — OLAVO (Carlos).- JOÃO DAS REGRAS, Jurisconsulto e Homem de Estado. Livraria
Editora Guimarães & Cª. Lisboa. [S.d]. In-8.º de 278-X págs. B.
“(...) A minha preocupação foi reconstituir, com tôda a possível verdade, a figura de João das Regras
que se encontrava dispersa, em bocados incaracterísticos, nos compêndios e nas crónicas, e a quem se
deve, mais do que uma obra política ou legislativa, uma obra de salvação nacional. (...)”
1918 — OLAVO (Carlos).- A VIDA TURBULENTA DO PADRE JOSÉ AGOSTINHO DE
MACEDO. Guimarães & Cª - Editores. Lisboa. [S.d.]. In-8.º de 284-IV págs. B.
Segundo o autor o Padre José Agostinho de Macedo “é uma das personagens mais interessantes da
nossa história literária porque, além de polemista, foi poeta, prègador, epistológrafo, dramaturgo,
crítico e dominou a sua época pela fôrça quási incrivel da sua personalidade.”
Desconjuntado.
1919 — OLIVEIRA (A. Lopes de).- TERRAS DE BOURO E O SEU CONCELHO. Edição da
Câmara Municipal de Terras de Bouro. [Editora Pax. Braga. S.d.] In-4.º de 186-VI págs. E.
“(...) Por certo, eis um livro edificante, [a juntar a tantos outros do autor] bem sentido e bem vivido
por quem afadigosamente o escreveu, um português de raça, e que parece ser o portador desse humos
salutar a desprender-se da seiva da montanha. Um livro que nos dá em toda a sua plenitude um Povo
heróico e lutador, crente e bom, morador numa das mais belas alturas portuguesas — o Gerês.” Com
numerosas fotogravuras.
Encadernação com a lombada em pele, tendo as capas da brochura preservadas. Dedicatória
autógrafa do autor.
1920 — OLIVEIRA (António Correia de).- ALEGRE VINHO. Sonetos inéditos de António
Corrêa d’Oliveira, separata do Poêma Pão Nosso. Alegre Vinho, Azeite da Candeia. Edição-Brinde da Casa Adriano Ramos Pinto & Irmão, Lim.da. S.l.n.d. In-4.º de 95-I págs. B.
Artística edição impressa em excelente papel, a várias cores e ainda com estampas também coloridas
impressas em separado. São muito invulgares os exemplares deste interessante volume de versos.
1921 — OLIVEIRA (António Correia de).- AUTO DAS OFERENDAS. 1.º de Maio 1938. [Tip.
Gutenberg, Ltd.]. In-8.º de 10-II págs. B.
“Entreacto composto pelo poeta António Corrêa d’Oliveira para o Cortejo da «Festa do Trabalho» em
Viana do Castelo. Maria Manuela Couto Viana e outras Senhoras o figuraram”. Das mais raras
espécies bibliográficas do poeta.
Capa da brochura manchada.
1922 — OLIVEIRA (António Correia de).- AUTO DAS QUATRO ESTAÇÕES. 1911.
Cernadas & Cª. Lisboa. In-8.º de 210-II págs. B.
Exemplar da edição original, invulgar.
Manchas de acidez nas primeiras folhas.
[95]
1923 — OLIVEIRA (António Corrêa de).- PADRÕES DA GUERRA. Soneto manuscrito e assinado,
datado de “Abril 1922 Belinho”. Dim. 16 x 21,5 cm.
1924 — OLIVEIRA (António Correia de).- PARÁBOLAS. Lisboa. Ferreira & Oliveira, Ldª.
1905. In-8.º gr. de 190-IV págs. E.
Primeira e muito esmerada edição, impressa a duas cores. Muito invulgar.
Encadernação original, com as capas da brochura conservadas.
1925 — OLIVEIRA (António Correia de).- PÁTRIA NOSSA : PÁTRIA VOSSA. Saüdação ao
Brasil. [Real Gabinete Português de Leitura: Sessão Solene de 10 de Junho de 1937). Edição
Brasilusa. Rio de Janeiro. 1937. In-4.º de 86-II págs. E.
Primeira e bastante rara edição impressa no Brasil.
Valorizado com expressiva dedicatória dirigida a Salazar, “em reconhecimento dos altos serviços prestados á Patria — homenagem do Directorio da Federação das Associações Portuguesas do Brasil,
como lembrança da consagração da Raça no Rio de Janeiro, em 10 de Junho de 1937”. Encadernação
inteira de pele vermelha, almofadada, com dizeres dourados na lombada, pasta da frente, seixas e guardas
em seda moiré. Com as capas da brochura conservadas.
1926 — OLIVEIRA (António Corrêa de).- RAIZ. (1898-1903). França Amado, Editor. Coimbra.
[1903]. In-4.º de 234-II págs. E.
Estimado livro de poesia numa artística edição esmeradamente impressa a preto e vermelho em papel
de linho.
Encadernação de cuidada execução, com cantos e lombada em pele azul, com dizeres e ferros dourados,
dourado à cabeça e com as capas da brochura conservadas.
1927 — OLIVEIRA (António Corrêa de).- SEIS CARTAS AUTÓGRAFAS datadas de
Novembro de 1927 a 5 de Abril de 1929. 1929. Dim. 14 x 19 cm. e 21,5 x 27,5 cm.
Cartas endereçadas ao Barão de S. Lázaro, de Braga, conservando os respectivos sobrescritos. Tratam
essencialmente da representação de a “Princeza Amarelinha”, peça para crianças da autoria de Corrêa
d’Oliveira, para cuja realização o autor dá minuciosas indicações. Conjunto muito interessante.
1928 — OLIVEIRA (António Correia de).- “SOLDADO QUE VAES Á GUERRA”. Novas redondilhas. Impresso em Lxª. MCMXVIII. [Centro Tipográfico Colonial]. In-8.º peq. de 82-VI págs. E.
Cuidada edição da Portugália Editora, impressa a vermelho e negro. Com interesse para a bibliografia
portuguesa da I Grande Guerra.
Encadernação com a lombada em pele, tendo conservadas as capas da brochura.
1929 — OLIVEIRA (António Correia de).- TENTAÇÕES DE SAM FREI GIL. Lisboa. Ferreira
& Oliveira, Limitada. Lisboa. [1907]. In-8.º de 173-III págs. E.
Estimado e invulgar livro de poesia numa cuidada edição impressa a preto e vermelho.
Encadernação editorial. Capa da brochura e frontispício ilustrados a cores por António Carneiro.
1930 — OLIVEIRA (António Corrêa de).- TERESINHA. (Milagre em cinco quadros). Edição
do Autor. [Imprensa Moderna. Porto. 1928]. In-8.º de 190-VI págs. E.
Fernando Guimarães, na sua importante obra «A Poesia da Presença e o aparecimento do Neo-Realismo»
classifica este livro de poesia como um dos mais destacados dos que foram publicados em 1929, data
da impressão do volume.
Tiragem especial de 107 exemplares em papel de linho, numerados e assinados pelo poeta. Ex-libris
da Biblioteca Salema Garção. Boa encadernação com cantos e lombada em pele azul, mantendo
conservadas as capas da brochura e só minimamente aparado à cabeça.
[96]
1931 — OLIVEIRA (Carlos de).- UMA ABELHA NA CHUVA. Romance. Coimbra Editora.
Coimbra. 1953. In-8.º de 211-I págs. B.
Edição original deste apreciado livro de Carlos de Oliveira e também uma das mais representativas
obras da literatura portuguesa contemporânea.
Capa da brochura ilustrada por Victor Palla.
1932 — OLIVEIRA (Carlos Lobo de).- ALEGRE MELANCOLIA. Poemas. Sociedade de
Expansão Cultural. Lisboa. [1955]. In-8.º de 76-IV págs. E.
Livro distinguido em 1956 com o Prémio de Poesia Antero de Quental do Secretariado Nacional
de Informação. Edição limitada a 710 exemplares numerados.
Encadernação em pele maleável, com dizeres dourados na lombada e na pasta da frente, tendo conservadas
as capas da brochura.
1933 — OLIVEIRA (Fernando de).- A ARTE DA GUERRA DO MAR. Ministério da Marinha.
Lisboa. 1969? In-8.º gr. de LII-II-136-II págs. B.
“Apublicação que se faz agora é reedição da de 1937, da revista Arquivo Histórico da Marinha, por
sua vez reprodução da edição primitiva de 1555, da qual existe um exemplar no Museu da Marinha,
encontrado rcentemente.” Com um comentário preliminar de Quirino da Fonseca. Fac-símile do frontispício e da última folha do livro do Padre Fernando de Oliveira.
1934 — OLIVEIRA (Francisco Xavier de Ataíde).- MONOGRAFIA DE ALGÔS. Lisboa.
Imprensa Lucas. 1905. In-8.º gr. de 258-II págs. B.
Uma das mais raras monografias das muitas que o autor dedicou ao Algarve, trabalho que abrange
a história de Algôs desde a pré-história até ao início do século XX.
1935 — OLIVEIRA (Francisco Xavier de Ataíde).- A MONOGRAFIA DE ALVÔR. Porto.
Typographia Universal. 1907. In-8.º gr. de 276 págs. B.
Entre os capítulos habituais em qualquer monografia local, encontram-se nesta referências sobre as
marinhas e mariscos de Alvôr, moinhos e mós, hortas e noras, sem deixar de registar as suas famílias
ilustres, as suas lendas, casos, contos e superstições, etc. Primeira edição.
1936 — OLIVEIRA (João Braz de).- MODELOS DE NAVIOS EXISTENTES NA ESCOLA
NAVAL QUE PERTENCERAM AO MUSEU DA MARINHA. Apontamentos para um catálogo
por... Lisboa. Imprensa Nacional. 1896. In-fólio de LVIII págs, inums e 27 estampas. B.
É a primeira edição deste excelente catálogo ilustrado com 27 estampas em papel couché, catálogo que
em folhas à parte reproduz numerosos modelos de embarcações antigas acompanhados de texto elucidativo em português e francês.
Desconjuntado.
1937 — OLIVEIRA (João Braz de).- OS NAVIOS DA DESCOBERTA. União Gráfica. Lisboa.
[1940]. In-4.º peq. de 46-IV págs. B.
“Reimpressão da conferência feita em 23-11-1894 no Club Militar Naval em comemoração do quinto
centenário do Infante D. Henrique com 15 desenhos à pena traçados pelo conferente”, desenhos que
foram estampados em folhas à parte.
1938 — OLIVEIRA (José Augusto de).- O C RCO DE LISBOA EM 1147. Narrativa do glorioso
feito conforme os documentos coevos. Lisboa. 1938. In-8.º de 216-II págs. B.
Com estampas em folhas à parte.
[97]
1939 — OLIVEIRA (José Osório de).- EXAME DA VIDA PORTUGUESA. Edições Ultramar,
Lda. 1944. In-8.º de 217-VII págs. E.
Alguns dos capítulos componentes da obra: «O Carácter português», «Defesa da Palmeira»,
«Espectáculos populares», «A propósito de Timor», «A eternidade de Camilo», «O escândalo das
traduções» e «Camonismo».
Dedicatória autógrafa do autor para Ladislau Patrício. Encadernação com a lombada em pele decorada
com ferros dourados. Inteiramente por aparar e com as capas da brochura resguardadas.
1940 — OLIVEIRA (Júlio de).- APONTAMENTOS DE EQUITAÇÃO, coordenados por...
Empr. Ind. Gráfica do Porto, Lda. Porto. 1923. In-4.º de IV-285-III págs. E.
Obra importante e invulgar da bibliografia equestre portuguesa, impressa em bom papel e com 80 gravuras
nas páginas do texto.
Encadernação nova com a lombada em pele; Conserva as capas da brochura com restauros e está só
de leve aparado à cabeça.
1941 — OLIVEIRA (Lopes de).- EÇA DE QUEIROZ. I - O Primeiro Eça. II - História das suas
obras contadas por êle próprio. III - O último Eça. IV - Páginas desconhecidas. V - Notas
e comentários. Lisboa. 1944. In-8.º de 443-III págs. B.
Exemplar da primeira edição da obra, aportamento com apreciável interesse para a bibliografia passiva
queirósiana, uma das mais vastas de quantas foram dedicadas a um vulto das letras portuguesas.
1942 — OLIVEIRA (Paulino de).- SONETOS DE HOMENAGEM NO 1.º CENTENARIO DA
MORTE DO POETA MANOEL MARIA BARBOSA DU BOCAGE (Elmano Sadino). Setubal,
21 de Dezembro - 1905. Imp. de Libanio da Silva. [Lisboa]. In-8.º de 16 págs. E.
São cinco sonetos publicados em provável reduzida tiragem.
Este é um dos 100 em papel Whatman, não numerado. Com as margens laterais dobradas à medida das
capas da brochura.
1943 — OLIVEIRA (Pedro Freire de).- COLECÇÃO DAS INSTRUCÇÕES, QUE DÁ AOS
SEUS DISCIPULOS NO EXERCICIO DA LATINIDADE... Professor de Grammatica Latina
na Villa de Fronteira. Nova Edição mais Correcta. Lisboa. Na Impressão Regia. Anno 1819.
In-8.º peq. de XVIII-XIV-453-I págs. E.
Instruções “Tiradas dos bons Authores, que sobre estas materias escrevêrão, e accomodadas a capacidade dos que aprendem.” Diz Inocêncio: “Divide-se esta obra em dez tractados especiaes, a saber:
1º Das figuras principaes da syntaxe latina, 2º De algumas advertencias para a construição. 3º. Das
regras principaes para entender os poetas, e a medição dos versos. N’estes seguiu e abreviou as regras
e doutrinas de Lancellot, Sanches, Vossio, etc. 4º Sobre a orthographia latina, conforme os principios
de Cellario e Noltenio, e dos portuguezes Verney e Antonio Alvares. 5º Dos principaes preceitos para
bem pronunciar o latim. 6º Sobre os costumes e ceremonias tanto civis como religiosas, que se observavam entre os romanos. «Este tractado (segundo adverte o proprio Freire a pag. 310) é justamente
o Nieupoort Dos costumes dos romanos, compendiado, e com algumas addições dos bons auctores».
6º Da origem e decadencia e restauração da lingua latina, e dos seus escriptores mais celebres, extrahido em parte do Index chronologico de Stubelio, em parte de Facciolati, etc. 8º. Noções geraes sobre
a chronologia, resumo do Compendio das epochas de Antonio Pereira. 9º. Sobre a Geographia,
compendiado das obras elementares francezas, que então andavam mais em voga. 10.º e ultimo: Sobre
a composição da oração latina, tirado principalmentede Heineccio. (...)” Muito invulgar..
Encadernação inteira em pele, da época.
1944 — [PESCAS NA TERRA NOVA]. OLIVER (Francisco Aníbal).- RELATÓRIO DA
COMISSÃO DESEMPENHADA PELO CONTRA-ALMIRANTE... vogal da Comissão Central
de Pescarias a bordo do TRANSPORTE “GIL EANES” nos Bancos da Terra Nova desde 16 de
Maio a 26 de Novembro de 1927. 1928. Imprensa da Armada. Lisboa. In-4.º peq. de 138-II págs. B.
[98]
.../...
1947- ver pág. 101
1948 - ver pág. 101
Peça importante para a história da pesca do bacalhau na Terra Nova pelos portugueses, com um mapa
desdobrável a cores e os seguintes capítulos: Descrição dos bancos; Águas existentes nos bancos;
Correntes; Temporais pròpriamente locais nos bancos; Locais de pesca para cada mês do ano, tanto
para veleiros como para vapores de arrasto; Isco; Aparelhos empregados na captura do bacalhau; Pesca
do bacalhau com rêdes de arrastar; Bcalhau e suas variedades; Procura e suas variedades; Procura do
bacalhau nos bancos; O termómetro de profundidade e suas grandes vantagens; Salga; Óleos de fígados,
sua preparação para fins medicinais. — Manipulação e utilização de outros produtos; O «Gil Esanes»
como navio destinado a prestar assistência aos pescadores dos bancos; Conclusões.
Frontispício assinado a lápis de cor vermelha.
1945 — ORDENAÇÕES MANUELINAS. Reprodução em fac-símile da edição de Valentim
Fernandes (Lisboa, 1512-1513). Introdução de João José Alves Dias. Centro de Estudos
Históricos - Universidade Nova de Lisboa. Lisboa. 2002. [Impressão: Gráfica 2000]. 5 vols.
In-fólio. B.
Bos edição fac-similar de um dos grandes monumentos da Legislação Portuguesa de todos os tempos,
levada a efeito no início da segunda década de Quinhentos e verdadeiramente fundamental para a
administração da justiça no seu século e nos que se lhe seguiram. É de grande importância e exaustivamente desenvolvido o texto introdutório de João José Alves Dias.
Edição limitada a 530 exemplares.
1946 — ORNELAS (Ayres de).- CARTA AUTÓGRAFA, datada de S. Julião, 14 de Janeiro de
1921. Dim. 13 x 17,5 cm.
Sem nome do destinatário, diz: “Tem V. Exª por certo conhecimento da proxima aparição de “O Correio
da Manhã” orgão oficioso da causa monarchica.
“Tenho já conseguido obter o dinheiro indispensavel ás primeiras despesas; mas o custo do papel, os
vencimentos dos tipografos, etc. avolumam por tal forma o custo diario do jornal que eu me vejo
forçado a recorrer á boa vontade de todos os amigos que como V. Ex.ª tantas provas de dedicação tem
dado á causa de S. M. El-Rei.
“Agradeço (...) qualquer quantia com que V. Exª se digne concorrer”, etc.
1947 — ORTA (Garcia de).- COLOQUIOS DOS SIMPLES E DROGAS DA INDIA, por Garcia
da Orta. Edição publicada por deliberação da Academia Real das Sciencias de Lisboa dirigida
e annotada pelo Conde de Ficalho. Lisboa. Imprensa Nacional. 1891-1895. 2 vols. In-4.º de XXII-384-II e 443-I págs. E.
Obra das mais importantes da bibliografia portuguesa do século XVI, impressa pela primeira vez em
Goa no ano de 1563.
Magnífica edição dirigida e anotada pelo Conde de Ficalho. As XXII páginas preliminares inserem
uma “Advertencia preliminar” assinada pelo Conde de Ficalho.
Excelentes encadernações inteiras em pele, com nervos, dizeres e ferros a ouro em casas fechadas,
só aparados à cabeça e com as capas da brochura preservadas. (ver gravura na pág. 99)
1948 — ORTIGÃO (Ramalho).- BANHOS DE CALDAS E AGUAS MINERAES. Com uma
Introdução de Julio Cesar Machado. Porto. Livraria Universal de Magalhães & Moniz - Editores.
1875. In-8.º gr. de 135-V págs. B.
Curioso livro sobre as principais águas termais de Portugal, ilustrado com numerosas gravuras intercaladas nas páginas do texto e em folhas à parte. Camilo aparece referenciado a págs. 40. Primeira edição,
a mais estimada e valiosa. (ver gravura na pág. 100)
1949 — ORTIGÃO (Ramalho).- O CONDE DE FICALHO. (Retrato intimo). Lisboa. 1919.
[Impresso pela Livraria Aillaud]. In-8.º de 33-I págs. E.
Com uma carta à Condessa de Ficalho por Eduardo Burnay.
Modestamente encadernado e com falta da capa da brochura posterior.
[101]
1954 - ver pág. 103
1950 — ORTIGÃO (Ramalho).- O CULTO DA ARTE EM PORTUGAL. Lisboa. Antonio
Maria Pereira, Livreiro-Editor. 1896. In-8.º gr. de VI-176 págs. E.
Primeira e bastante rara edição deste interessante livro, cujos temas abordados e declarados no frontispício são os seguintes: Monumentos architectonicos - Restaurações - Desacatos - Pintura e esculptura Artes industriaes - O genio e o trabalho do povo - Indifferença official - Decadencia - Anarchia esthetica - Desnacionalisação da arte - Dissolução dos sentimentos - Urgencia de uma reforma.
Encadernação simples. Ex-libris da Biblioteca Salema Garção.
1951 — ORTIGÃO (Ramalho).- EM PARIZ. Porto. Typographia Lusitana. 1868. In-8.º de 235-III págs. E.
“Hoje em dia um viajante que se não apeie de balão com noticias da lua, precisa de nos ser muito
sympathico para o não termos por um semsaborão quando vier contar o que viu. Este mundo está visto
e revisto. A electricidade e o vapor tornaram toda a redondeza do globo terrestre tão comprehensivel
como a circunferencia de uma tangerina que a gente atravessa com um palito e mette na algibeira
acabado o jantar.” Primeira das várias edições publicadas deste interessante e raro livro de viagens do
grande prosador que foi Ramalho Ortigão.
Boa encadernação da época, inteira de pele.
1952 — ORTIGÃO (Ramalho).- A FABRICA DAS CALDAS DA RAINHA. Artigo-extracto da
correspondencia do auctor para a «Gazeta de Noticias». Porto. Typographia Occidental. 1891.
In-8.º de 22-I0 págs. B.
Primeira e muito rara edição deste texto de Ramalho, como no fim se declara, “Mandado imprimir por
um amigo de Raphael Bordallo Pinheiro.”
1953 — ORTIGÃO (Ramalho).- A HOLLANDA. Porto. Magalhães & Moniz - Editores. S.d.
In-4.º de XIII-360 págs. E.
Uma das obras que mais prestigiaram o grande prosador português e aquela “em que a sua prosa adquiriu,
num estilo cheio de elegância e de colorido, o máximo poder descritivo”. Primeira edição impressa em
Portugal, muito invulgar.
Encadernação inteira de percalina, da época, um pouco cansada.
1954 — ORTIGÃO (Ramalho).- A HOLLANDA. Segunda edição. Lisboa. Livraria de António
Maria Pereira, Editor. 1894. In-8.º de VIII-463-I págs. E.
Segunda e primorosa edição, mais rara que a primeira portuguesa, com um bom retrato de Ramalho
e um prefácio que não vem naquela, onde Ramalho se refere há primeira publicação da obra na
«Gazeta de Notícias» do Rio de Janeiro, também naquela cidade publicada em volume, a sua verdadeira primeira edição, praticamente desconhecida e de que vimos apenas um exemplar.
Capa da brochura com ilustração alegórica, assinada por J. Cabral e A. Valentim. Encadernação da
época, com cantos e lombada em pele. (ver gravura na pág. 102)
1955 — ORTIGÃO (Ramalho).- JOHN BULL. Depoimento de uma testemunha ácerca de
alguns aspectos da vida e da civilisação ingleza. Porto. Livraria Internacional de Ernesto
Chardron. 1887. In-8.º gr. de XXXII-269-III págs. B.
Primeira edição de um dos mais interessantes livros de Ramalho Ortigão. Na carta «A Sir John
Bull em sua ilha», Ramalho refere-se em saborosa prosa à presença dos ingleses no Porto e no Douro
e despede-se do seguinte modo: “Teu amigo, alliado e freguez constantemente explorado e sempre
agradecido R. O.”
Dedicatória dos editores para o «Jornal de Santo Thyrso». Manchas de acidez nas primeiras folhas.
[103]
1956 — ORTIGÃO (Ramalho).- LITTERATURA D’HOJE. Porto. Typographia do Jornal do
Porto. 1866. In-8.º gr. de 61-I págs. B.
Um dos mais importantes contributos para a extensa e muito participada polémica literária conhecida
por «Questão Coimbrã» ou do «Bom-Senso e Bom Gosto». Invulgar.
Dedicatória assinada “O autor” para a redacção de um jornal do Porto.
1957 — ORTIGÃO (Ramalho).- QUATRO GRANDES FIGURAS LITERARIAS. CamõesGarrett-Camilo e Eça. Emprêsa Literária Fluminense, Ldª. Lisboa. [1924]. In-8.º de 185-III págs. B.
Estudos reunidos em volume pela primeira vez nesta edição, a saber: “Luiz de Camões - A Renascença
e os «Lusiadas»”; “Garrett” - Mensagem que o Ateneu Comercial do Porto dirigiu aos deputados em
1900, pedindo a trasladação dos restos mortais de Garrett para o Pantheon Nacional dos Jeronimos.;
“Camilo Castelo Branco - O seu ambiente social - A sua estetica - A sua critica - A sua forma literaria
- O seu temperamento artistico”; “Eça de Queiroz e a sua Obra - Discurso lido na inauguração do
monumento a Eça de Queiroz”.
1958 — ORTIGÃO (Ramalho).- ULTIMAS FARPAS. Livraria Francisco Alves. Rio de
Janeiro... Livrarias Aillaud e Bertrand. Lisboa. [1917]. In-8.º de 340 págs. E.
Excelente edição, a primeira, ornada de um retrato de Ramalho Ortigão. Tem os seguintes dizeres na
capa da brochura: «Cartas portuguesas: homens e factos dos derradeiros tempos». Com capítulos
importantes para a história da implantação da República.
Encadernação nova, com cantos e lombada de pele, tendo conservadas as capas da brochura. Com um
carimbo no anterrosto.
1959 — ORTIGÃO (Ramalho) & QUEIRÓS (Eça de).- AS FARPAS. Chronica Mensal da
Politica, das Letras e dos Costumes. Lisboa. Typographia Universal... 1871-1883. 42 números
em 10 vols. In-8.º E.
Célebre e interessantíssima publicação periódica de acerada crítica aos costumes e política da época,
da autoria de dois dos maiores vultos da literatura portuguesa do século XIX.
Primeira edição, completa, publicada em quatro séries de, respectivamente, 26, 10, 3 e 3 números.
Muito rara e valiosa.
Só do IX tomo em diante têm as capas da brochura. Encadernações com as lombadas em pele, tendo
os dois últimos volumes dimensões um pouco maiores e estando todos um pouco aparados.
1960 — OUGUELA (Visconde de).- A LUCTA SOCIAL. Lisboa. Livraria Ferin, Editor. 1893.
In-4.º de 446 págs. E.
“A sociedade portugueza, levada pelas causas, que buscaremos observar n’este nosso estudo sociologico, precipitou-se em tão inconsciente indifferença e profundo torpor, que só reagentes energicos a poderão
galvanizar, inerte e abatida, como se acha, de modo a lançal-a de novo na torrente da concorrencia vital”.
Encadernação com a lombada em pele, só de leve aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas.
1961 — OUTIZ (Jorge de).- O TEATRO DE CAMILO. (In «De Teatro, Revista de teatro e música»,
números 18 a 23, 1924. In-4.º gr. E.
O interessante estudo de Jorge de Outiz sobre «O Teatro de Camilo». vem publicado nos números
acima referidos e cremos que não publicado independentemente.
Encadernação com cantos e lombada em pele.
1962 — [OWEN (Hugo), aliás, MEIRELES [António José Nunes de].- O CERCO DO PORTO
EM 1832 PARA 1833. Sua origem, e traição do ex-Infante D. Miguel - Usurpação do Throno de
Portugal á Senhora D. Maria 2ª e perseguição de seus Subditos - Gloriosos feitos dos heroes
Liberaes nas Ilhas dos Açores, e seu desembarque nas praias de Portugal - Cerco da Cidade do
[104]
.../...
Porto pelo Exercito do Usurpador, defeza dos Liberaes, e constancia dos Portuenses - Biografia
ou a vida, trabalhos, e acções de D. Pedro durante o memoravel sitio - Batalhas navaes, e total
derrota da Esquadra do Usurpador - Nomes dos heroes agraciados por serviços relevantes. Por
um Portuense. Porto: Na Typographia de Faria & Silva. 1840. In-8.º de VI-195-VII págs. E.
Interessante depoimento “...dum estrangeiro sobre as nossas coisas, e dum estrangeiro que sabe ver,
encontrar o traço preciso, ou pôr de pé um retrato ...”. Importante para a história dos memoráveis acontecimentos ocorridos na cidade do Porto no século XIX.
São raros os exemplares desta edição publicada anónima, que, segundo Inocêncio é Hugo Owen e que
outros atribuíram a Tibúrcio Rodrigues Barbosa Bernardes ou a Manuel Franco das Neves, mas que
Magalhães Basto, a págs. 158 do ano V da 5ª Série de «O Tripeiro», definitiva e fundamentadamente,
dá como sendo de António José Nunes de Meireles.
Com falta do retrato de D. Pedro IV, gravado em chapa de aço e assinado E. Meyer, s.c..
Encadernação da época, com a lombada em pele.
1963 — OWEN (Hugo).- O CERCO DO PORTO, contado por uma testemunha. Prefacio e notas
de Raul Brandão. Edição da Renascença Portuguesa. [Porto. 1915]. In-8.º de 351-I págs. E.
Interessante depoimento “...dum estrangeiro sobre as nossas coisas, e dum estrangeiro que sabe ver,
encontrar o traço preciso, ou pôr de pé um retrato...”. Importante para a história dos memoráveis acontecimentos ocorridos na cidade do Porto no século XIX. Com diversas gravuras, fac-símiles e retratos.
Encadernação dos editores, com um retrato colado na pasta da frente.
1964 — [OWEN (Hugo)].- A GUERRA CIVIL EM PORTUGAL, o sitio do Porto e a morte de
Don Pedro. Por hum estrangeiro. Impresso em Londres. 1836. In-8.º de IV-274-II págs. E.
Documento de grande importância para a história dos decisivos acontecimentos que marcaram
a história portuguesa da época, publicado anónimamente e bastante raro nesta sua edição portuguesa,
tendo sido publicado em inglês no mesmo ano e provavelmente pelo mesmo impressor. Inocêncio
revela o nome do autor, dizendo conservar o exemplar que Owen oferecera “ao camarada e amigo
Visconde da Serra do Pilar, que tão honroso nome adquiriu n’aquelle memoravel cerco pela corajosa
defensa com que sustentou o posto mais importante que lhe fora confiado”. O mesmo bibliógrafo diz
que o volume contém mais 14 [págs.] ditas de numeração especial, com uma longa tabella de erratas”,
págs. que este exemplar não possui, nem conhecemos nenhum que as tivesse, talvez porque tivessem
sido publicadas mais tarde.
Bonita encadernação da época, com a lombada em pele decorada com ferros dourados.
(ver gravura na pág. 105)
1965 — PACHECO (A. V.).- VINHAS, VINHOS E PRADOS. Ensinamentos da pratica e theorias
de varios auctores sobre o modo de FAZER VINHAS e VINHOS e seus RESPECTIVOS
TRATAMENTOS. Curiosidades uteis, Um pouco sobre prados e cousas agricolas. Compilação
por... Livrarias Aillaud e Bertrand. [Lisboa. 1912]. In-8.º gr. de 319-I págs. E.
Obra integrada na colecção «Noções agricolas ao alcance de todos», com muitas figuras nas páginas
do texto. Na capa da brochura: «Util ao vinhateiro, ao adegueiro e ao ganadero».
Encadernação em percalina azul, dos editores. Assinado no frontispício.
1966 — PACHECO (Hélder).- TRADIÇÕES POPULARES DO PORTO. Editorial Presença.
[Lisboa. 1985]. In-4.º de 174-II págs. B.
1964 - ver pág. 106
“Apesar de ser também da autoria de Hélder Pacheco, este novo livro sobre o Porto trata a cidade não
como um conjunto de espaços, monumentos e locais, mas toma como sujeito a própria vida da colectividade humana que o habita e lhe confere o seu «espírito oculto» — o seu vínculo às alegrias, tristezas,
necessidades e aspirações dessa colectividade. (...) O leitor é cativado pela escrita pessoal que lhe desvenda tradições, usos, costumes, superstições, romarias, bairrismos, folguedos, devoções, festejos,
receitas culinárias, artes, canções e tantas outras facetas da vida portuense (...)”. Cuidada edição,
a segunda, profusamente ilustrada com excelentes fotografias a cores.
[106]
1967 — PACHECO (José Correia).- O ARCHIVO DE “EX-LIBRIS” PORTUGUEZES E
ANTONIO AUGUSTO TEIXEIRA DE VASCONCELLOS. Carta ao Sr. Joaquim d’Araújo.
1910. Typ. da Viuva de José da Silva Mendonça. Porto. In-8.º gr. de 65-I págs. B
“Esta carta, cuja tiragem é muito limitada, não se põe à venda. Ella é como que uma errata a um artigo
do vol. 3º do Archivo de «ex-libris» portuguezes, que teve a tiragem de 118 exemplares. E por isso, se
soubessemos quaes foram os assignantes d’esse vol. 3º, pelo numero d’elles regulariamos a nossa
tiragem.” O nome do autor só aparece no fim da carta. Com referências a numerosas personalidades,
entre as quais se contam Antero de Quental, Camilo (com a transcrição de duas cartas suas), Teófilo
Braga, Rattazzi, Teixeira de Queirós e Castilho.
1968 — PAÇO D’ARCOS (Joaquim).- ANSIEDADE. Romance. Parceria A. M. Pereira. 1940.
In-8.º de 302-VI págs. B.
«Ansiedade» é o segundo romance da «Crónica da Vida Lisboeta», publicada entre 1938 e 1956.
Segundo texto retirado do «Dicionário Cronológico de Autores Portugueses», “Este ciclo de romances
acentuadamente visualistas suscitou críticas, no sentido de o autor se ver acusado de limitar Lisboa ao
sector da alta burguesia financeira e industrial e à aristocracia que dela vive, não se dando a devida
atenção ao facto de o retrato feito por Joaquim Paço d’Arcos nem sempre ser favorável às personagens,
as quais, por vezes, ficam cruelmente à mercê do julgamento do leitor, com os seus negócios ilícitos
e os seus mesquinhos problemas morais.”
Primeira edição.
1969 — PAÇO D’ARCOS (Joaquim).- O BRAÇO DA JUSTIÇA. Peça em nove quadros. Guimarães
Editores. Lisboa. [1963]. In-8.º de 139-VI págs. E.
Embora o registo tipográfico diga que o livro foi impresso em 1963, no verso do frontispício pode ler-se
que “«O Braço da Justiça» foi representado pela primeira vez em Lisboa, pela Empresa Rei Colaço Robles Monteiro, no Teatro Nacional D. Maria II, aos 3 de Janeiro de 1964”. Primeira edição.
Dedicatória do autor para Salazar. Excelente encadernação inteira de pele com dourados na lombada,
fios também a ouro nas pastas e dourado à cabeça. Com as capas da brochura conservadas.
1970 — PAÇO D’ARCOS (Joaquim).- A CORÇA PRISIONEIRA. Romance. Guimarães
Editores. Lisboa. [1956]. In-8.º de 347-V págs. E.
Primeira edição de um dos mais estimados romances do autor, figura com destaque na literatura
ficcionista portuguesa do século XX.
Bela encadernação inteira de pele com dourados na lombada, filetes também dourados nas pastas
e ainda dourado à cabeça. Com as capas da brochura preservadas.
1971 — PAÇO D’ARCOS (Joaquim).- O SAMOVAR e outras páginas africanas. Selecção,
introdução e notas de Nuno Bermudes. 1972. [Imprensa Nacional-Casa da Moeda. Lisboa].
In-4.º de 170-VI págs. B.
Antologia de textos de temática africana recolhida de vários livros do autor, antologia encerrada com
“«O Samovar», novela justamente considerada pela crítica como uma das mais belas da literatura
portuguesa”, com afirma Nuno Bermudes a fechar a sua Introdução. Livro de cuidada apresentação
gráfica, integrado na «Colecção Unidade». Com uma ilustração a cores de José Pádua.
Dedicatória do autor para José Alvellos.
1972 — PALHA (Francisco).- SCENAS CONTEMPORANEAS. I. A Estatua. Lisboa. Imprensa
Nacional. 1887. In-8.º de X-209-V págs. B.
Livro de poesia que assim se inicia: “Ó bardo enamorado, / o que é que vós cantaes?... / Cascaes! /
Cascaes então o que é? / D’um pé, / d’um pé da Europa, o calcanhar rachado”. Edição cuidada, em
bom e encorpado papel.
[107]
1973 — PALHA (Francisco).- MUSA VELHA. Porto. Ernesto Chardron, Editor. 1883. In-8.º
de 190-II págs. B.
Livro de versos em cuidada edição executada a duas cores.
Com algumas manchas de acidez.
1974 — [ALMANAQUE]. O PALHAÇO. Almanach para 1872 [Janeiro a Julho] e 1873
[Janeiro]. Por tres cabeças n’um bonnet. Porto. Typ. de Alexandre da Fonseca Vasconcellos.
1872. In-4.º de 256-II págs. E. no mesmo volume:
––– O PALHAÇO. Almanach para 1873. Typographia da Livraria Franceza e Nacional.
In-4.º de 32 págs.
Almanaque mensal com inúmeras caricaturas de Sebastião Sanhudo, correspondendo o primeiro volume
aos almanaques de Janeiro a Agosto de 1872 e o 2º a Janeiro de 1873. São raros os exemplares deste
curioso almanaque que, além de algumas informações, apresenta, entre outros textos: No nº de
Fevereiro de 1872: «Os palhaços catholicos no Palacio de Crystal»; No de Março vem um artigo em
quatro colunas intitulado «O relogio litterario de Camillo Castello Branco»; No de Abril traz um artigo
a cinco colunas denominado «O estado actual do Porto»; O almanaque de Janeiro de 1873, com uma
caricatura de Camilo, é praticamente constituído pelo seguinte: «A Questão do Feminino e A Espada
de Alexandre», que afirma no início: “Vimos tambem mostrar uma pitada de pimenta serodia á mostarda
do casamento». O texto insere-se na polémica suscitada pelo aparecimento de um livro de Alexandre
Dumas intitulado «Homem-Mulher», polémica em que Camilo também participou com o livro
«A Espada de Alexandre»; Referências a Guilherme Braga, Tito de Noronha, Castilho, D. Pedro,
Ramalho, Pinheiro Chagas, Bulhão Pato, Luciano Cordeiro, Vilhena Barbosa, etc. Raros.
Encadernado à amador, por aparar e com as capas da brochura conservadas.
1975 — PALITO METRICO LAVRADO NO LORVÃO DA PACHORRA COM A FERRAMENTA DA CACHIMONIA, embrulhado no titulo de Calouriada e offerecido aos Regalões do
Parnaso no esquipatico Pires de um Poema Mestiço, por Antonio Duarte Ferrão. Coimbra. Typ.
do «Paraizo Terraqueo». [Coimbra? S.d.]. In-8.º de XV-I-352 págs. E.
Livro muito curioso e edição muito invulgar. Das mais famosas e interessantes peças da bibliografia
académica coimbrã.
Modestamente encadernado e sem as capas da brochura. Ex-libris e assinatura no frontispício de Nuno
de Brion.
1976 — PALMEIRIM (L. A.).- GALERIA DE FIGURAS PORTUGUEZAS - A POESIA
POPULAR NOS CAMPOS. Livraria Internacional de Ernesto Chardron - Editor. 1879. In-8.º de
321-III-47-I págs. B.
Algumas das figuras e temas tratados: «A lavadeira de Alfama», o trapeiro, «O amor livre», «O Feliciano
das seges», as hortas, «O sapateiro d’escada», «O barbeiro d’aldeia», «A inculcadeira», «A adega do
convento», as touradas, o político, «O namoro da janella abaixo», o galego, «O andador das almas»,
«O vendilhão de folhinhas e almanachs», as benzedeiras, etc. O estudo sobre «A Poesia Popular nos
Campos», vem no último grupo de páginas.
1977 — PALMELA (Duque de).- CARTA AUTÓGRAFA, dirigida a Francisco Joaquim Maia,
datada de “Lisboa 8 de Junho de 1846”. Dim. 20 x 25 cm.
Agradece as “obsequiosas expressões da sua carta de 2 do corrente, e as suas observações relativas aos
negocios politicos” e diz esperar “que terá a bondade de continuar-me as suas interessantes communicações sempre que julgue opportuno transmittir-m’as”, dizendo-se ainda confiado na “cordial
cooperação e no apoio de V. S.ª aos actos do actual Ministerio.”
[108]
1978 — PAMPLONA (Fernando).- VORONOFFS DA DEMOCRACIA. Resposta ao livro-Manifesto da Renovação Democrática. Editorial Império. Lisboa. [1934]. In-4.º de 96 págs. E.
Livro distinguido em 1934 com o Prémio António Ennes, Categoria Polémica, do Secretariado da
Propaganda Nacional.
Encadernação inteira de pele, com lombada e pastas gravadas a seco e a prata, mantendo conservadas
as capas da brochura.
1979 — [FOTOGRAFIA]. O PANORAMA CONTEMPORANEO. Publicação quinzenal.
Director, Trindade Coelho. [Nº 1. Coimbra 1 de Novembro de 1883. 1º Anno a Nº 12. 1 de Junho
de 1884, com falta dos Nºs. 7.º, 9.º e 10.º a 16.º]. 9 números In-fólio. E.
Raríssima revista coimbrã dirigida pelo escritor transmontano Trindade Coelho, autor do belíssimo
livro de contos «Os meus Amores», que, com os outros escritores a seguir referidos, também nela colaborou: Alexandre da Conceição, Guerra Junqueiro, Camilo Castelo Branco (duas cartas), J. Leite de
Vasconcelos, Martins Sarmento, António Feijó, A. A. da Fonseca Pinto, A. R. Gonçalves Viana,
Oliveira Ramos, Eugénio de Castro, A. Rodrigues Nogueira, Amélia Janny, M. Emídio Garcia
e Bernardo Lucas.
Com fotografias originais coladas sobre papel com vistas de Coimbra, Santa Clara, Santo António dos
Olivais, “Largo em frente da Portaria de Coimbra (Bussaco)” e Universidade de Coimbra; fotogravuras com
vistas de Lorvão, Púlpito da Igreja de Santa Cruz de Coimbra, uma vista do Porto onde figura a ponte
pênsil e a ponte ferroviária D. Maria e, por fim, um aspecto da Estação de Caminho de Ferro da Pampilhosa.
Segundo Carneiro da Silva no seu trabalho «Jornais e Revistas do Distrito de Coimbra» a colecção
completa desta revista é constituída por 16 números. A pesar disso é, mesmo incompleta, a vários
respeitos (literário, fotográfico, iconográfico e coimbrão), peça de raridade e valor.
Com as capas da brochura de todos os números conservadas, só de leve aparado à cabeça e revestido
de boa encadernação com cantos e lombada em pele. Ex-libris da Biblioteca de Gustavo d’Ávila Perez.
(ver gravura na pág. 109)
1980 — PARATY (Conde de).- CARTA datada de 3-1-88. Dim. 10 x 16 cm.
Carta manuscrita sobre três das suas quatro páginas, sem nome do destinatário. “Receio se tenha perdido
a minha carta, por isso aqui estou de novo a importunar a V. Ex.ª. Em breve voltamos pª Lisboa
e mº me apoquenta a falta da cadeirinha. Pedia a V. Ex.ª pois o favor de me avisar se poude ultimar
o negocio da compra. (...)”
1981 — PARDESSUS (J.-M.).- COURS DE DROIT COMMERCIAL. Nouvelle Édition, augmentée
de La Législation et de la Jurisprudence de Belgique et de la Concordance avec les Nouveaux
Codes de Hollande. Bruxelles. Société Belge de Librairie Hauman et C.e. 1842-1843. 3 vols.
In-4.º de VII-I-400, IV-378 e IV-382 págs. E.
Jurisconsulto e historiador francês, Pardessus vem referido nas principais enciclopédias e dicionários
bibográficos e bibliográficos, registando Brunet algumas das suas obras.
Encadernações da época, com as lombadas em pele à cor natural. Com um pequeno corte de traça em
poucas folhas junto à parte inferior da lombada do primeiro volume.
1982 — PARNASO LUSITANO ou Poesias Selectas dos auctores portuguezes antigos e modernos,
illustradas com notas. Preceddo de huma historia abreviada da Lingua e Poesia Portugueza.
Paris. Em Casa de J. P. Aillaud. MDCCCXXVI-MDCCCXXXIV. 5 vols. In-12.º E.
1979 - ver pág. 110
Inocêncio: “O academico francez Mr. Raynouard, ao dar conta d’esta publicação em um dos numeros
do Journal des Savans do anno 1829, falou d’ella com louvor, como de obra que desempenhava
condignamente o seu assumpto”. Foi atribuída a Garrett a ordenação da obra e até as notas que a acompanham, facto que o próprio desmentiu. O referido bibliógrafo já quando registou a obra no seu
Dicionário se referia à invulgaridade dela no mercado.
Exemplar com falta do 4.º volume, mas com o 6º, os «Satyricos», o mais raro da colecção, volume que
comporta «O Hyssope» de Cruz e Silva, as «Satyras» de Tolentino e «O Reino da Estupidez», atribuído
ao luso-brasileiro Melo Franco.
Encadernações inteiras em pele, da época, com pequenos defeitos.
[110]
1983 — PASCOAES (Teixeira de).- À MINHA ALMA. Coimbra. Typographia França Amado
- Editor. 1898. In-8.º de 17-III págs. E.
Folheto em verso. Uma das primeiras publicações do autor e também uma das mais raras da sua extensa
bibliografia.
Com as capas da brochura, só de leve aparado à cabeça e revestido de uma boa encadernação com cantos
e lombada em pele.
1984 — PASCOAES (Teixeira de).- Á VENTURA. Coimbra. 1901. [Typ. França Amado].
In-8.º gr. de 7-I págs. E.
Poema publicado no ano em que o autor terminou o seu curso de Direito.
Boa encadernação com cantos e lombada em pele mas sem as capas da brochura.
1985 — PASCOAES (Teixeira de).- ANTOLOGIA POÉTICA. [Executado nas Oficinas
Gráficas da Sociedade Tipográfica, Lda. Lisboa. S.d.]. In-4.º peq. de 69-III págs. E.
Com uma «Nota Introdutória» de Ilídio Sardoeira e dado a lume nos «Cadernos FAOJ».
Boa encadernação com lombada e cantos em pele, tendo conservadas as capas da brochura. Com um
carimbo a óleo no frontispício.
1986 — PASCOAES (Teixeira de).- ARTE DE SER PORTUGU S. Edição da «Renascença
Portuguesa». Porto. [1915]. In-8.º peq. de 186-VIII págs. E.
Neste livro e segundo Tomaz Ribas, o autor revela-se-nos “um dos mais profundos e originais pensadores
e ensaístas da temática portuguesa.” Primeira edição de um dos muito estimados livros do autor.
Assinado pelo poeta no anterrosto. Boa encadernação com cantos e lombada em pele. Com as capas
da brochura rabiscadas a tinta.
1987 — PASCOAES (Teixeira de).- O BAILADO. 1921. Lvmen. Lisboa. In-8.º de 256-IV págs. E.
Invulgar livro em prosa, ilustrado com um retrato do autor por António Carneiro.
Boa encadernação com cantos e lombada em pele vermelha, com as capas da brochura preservadas
e só de leve aparado à cabeça.
1988 — PASCOAES (Teixeira de).- A BEIRA NUM RELAMPAGO. Edição da «Renascença
Portuguesa». Porto. [1916]. In-8.º de 190-II págs. B.
Interessante livro em prosa, muito invulgar nesta sua edição original.
Frontispício assinado.
1989 — PASCOAES (Teixeira de).- BELLO. Meditações. (2.ª parte). Lvmen. Coimbra
Typographia França Amado. 1897. In-8.º de 31-I págs. B.
É apenas o 2.º dos dois opúsculos que constituem esta raríssima obra, faltando a este o anterrosto.
Capa da brochura com manchas de acidez.
1990 — PASCOAES (Teixeira de).- CÂNTICOS. Emp. Indust. Gráf. do Porto, Lda. S.d. [1925].
In-8.º de 122-II págs. E.
Exemplar da primeira edição, de cuidada composição e impressão.
Anterrosto assinado pelo Poeta.
Boa encadernação à amador, apenas aparado à cabeça e com as capas da brochura preservadas.
1991 — PASCOAES (Teixeira de).- CANTOS INDECISOS. Lvmen. 1921. [Porto. Tip. Costa
Carregal]. In-8.º de 184-IV págs. E.
Nesta primeira edição colectiva vêm publicadas as seguintes obras: «Cantos Indecisos», «Elegia da
Solidão», «Elegia do Amor», «Senhora da Noite», «O Doido e a Morte» e «Elegias». Pouco vulgar.
Boa encadernação com lombada e cantos em pele. Capas da brochura manchadas. Um pouco aparado
e com carimbo-assinatura no frontispício.
[111]
1992 — PASCOAES (Teixeira de).- A CARIDADE. Porto. Tipografia da Emprêsa Guedes.
1922. In-8.º de 16 págs. E.
Conferência realizada no Teatro de Margaride, cujos exemplares são actualmente pouco frequentes.
Com as capas da brochura conservadas e revestido de sóbria encadernação com cantos e lombada em pele.
1993 — PASCOAES (Teixeira de).- CONFERENCIA. Tip. Flor do Tamega. Amarante. 1922.
In-8.º de 16 págs. E.
São bastante invulgares os exemplares desta conferência proferida no Grémio Recreativo dos
Empregados do Comércio de Amarante.
Encadernação com cantos e lombada em pele, tendo preservadas as capas da brochura.
1994 — PASCOAES (Teixeira de).- DOIS JORNALISTAS. Novela. Porto. 1951. In-8.º de 275-III págs. E.
Último livro publicado em vida do autor. Camiliano.
Edição de 500 exemplares, numerados e autenticados por Pascoaes.
Exemplar n.º XXIX da tiragem especial de XXX, em melhor papel, numerados e assinados pelo autor.
Boa encadernação com cantos e lombada em pele, só de leve aparado à cabeça e com as capas
da brochura preservadas.
1995 — PASCOAES (Teixeira de).- D. CARLOS. Drama em verso. Lisboa. MCMXXV.
[Typographia da Empreza do Annuario Commercial]. In-8.º de 146-III págs. E.
Segundo Luís Francisco Rebelo, esta obra, “inserindo-se na linha da «Pátria» de Junqueiro e do teatro
simbolista de Patrício, constitui o único vestígio do Saudosismo na nossa literatura dramática”.
Primeira edição, editada por D. Manuel de Castro e Guilherme de Faria.
Excelente encadernação à amador em pele azul, com ferros dourados em casas fechadas. Só de leve
aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas.
1996 — PASCOAES (Teixeira de).- DRAMA JUNQUEIREANO. Edição da Associação
Humanitária Bombeiros Voluntários de Amarante. [Porto S.d. 1950?]. In-8.º de 21-I págs. E.
Texto de uma conferência proferida na Casa Guerra Junqueiro em 30 de Agosto de 1950. Tiragem
muito reduzida.
Cuidada encadernação com cantos e lombada em pele, apresentando conservadas as capas da brochura.
1997 — PASCOAES (Teixeira de).- DUPLO PASSEIO. 1942. Tipografia Civilização. Pôrto.
In-8.º de 424-II págs. E.
Belo livro de viagens em terras de Trás-os-Montes. Edição primeira, de restrita tiragem. Camiliano.
Encadernação com cantos e lombada em pele vermelha, tendo conservadas as capas da brochura.
1998 — PASCOAES (Teixeira de).- ELEGIA DA SOLIDÃO. 1920. Tip. «Flor do Tamega».
Amarante. In-8.º de 12 págs. E.
Primeira e única edição independente, de reduzida tiragem.
Assinado pelo poeta e revestido de boa encadernação à amador.
1999 — PASCOAES (Teixeira de).- ELEGIA DO AMOR. Lisboa. MCMXXIV. [Imprensa
Lucas & Cª.]. In-8.º de 21-I págs. E.
Cuidada edição em papel de linho, editada por D. Manuel de Castro e Guilherme de Faria.
Encadernação cuidada, com cantos e lombada em pele, mantendo as capas da brochura.
[112]
2000 — PASCOAES (Teixeira de).- ELEGIAS. 1912. [Typ. Costa Carregal. Porto. 1913]. In-8.º
peq. de 80-II págs. E.
2006 — PASCOAES (Teixeira de).- JESUS E PAN. Livraria Editora de José Figueirinhas
Junior. Porto. [1903]. In-8.º de 67-I págs. E.
2001 — PASCOAES (Teixeira de).- O EMPECIDO. Novela. Edição da «Gazeta do Bibliófilo».
Porto. 1950. In-8.º de 311-III págs. B.
2007 — PASCOAES (Teixeira de).- JOÃO LÚCIO. (Inédito). Edições Brotéria. Lisboa. 1973.
In-8.º gr. de 15-I págs. B.
“Estes versos, nascidos da morte d’uma creança bem amada, foram escriptos para seus Paes e Avós,
para as pessoas que a rodearam de carinhos durante a sua doença e para os meus íntimos amigos de
alma.” Primeira edição.
Assinatura-carimbo no frontispício. Encadernação com cantos e lombada em pele, tendo preservadas
as capas da brochura.
“Este livrinho inicia uma nova fase da minha obra literária. A novela é terreno que eu trilho pela
primeira vez”.
Primeira edição, limitada a 1000 exemplares numerados e autenticados com a chancela do autor.
2002 — PASCOAES (Teixeira de).- O ESPÍRITO LUSITANO OU O SAUDOSISMO. Edição
“Renascença Portuguesa”. Porto. 1912. In-4.º de 19-I págs. B.
Texto de uma interessante conferência de Teixeira de Pascoaes realizada no Ateneu Comercial do
Porto. Primeira edição.
Segundo Maria de Lurdes Belchior, no segundo volume de «Os Homens e os Livros» “Teixeira
de Pascoais insere a sua conferência num contexto: «Vê-se que chegou o momento de Portugal reconquistar a sua independência moral, tornando a viver pelo espírito e não pela matéria o que é só próprio
dos povos decadentes» A conferência, intitulada O Espírito Lusitano ou o Saudosismo, tem um objectivo:
concorrer para a nossa ressurreição espiritual.”
Ex-libris de A. Ribeiro dos Santos.
2003 — PASCOAES (Teixeira de).- O GÉNIO PORTUGU S NA SUA EXPRESSÃO
FILOSÓFICA, POÉTICA E RELIGIOSA. Edição da Renascença Portuguesa. Pôrto. 1930.
In-8.º de VI-V-54-II págs. E.
Primeira edição de um dos mais estimados livros em prosa do autor.
Vestígios de assinatura no anterrosto. Cuidada encadernação com cantos e lombada em pele, tendo
resguardadas as capas da brochura.
2004 — PASCOAES (Teixeira de).- O HOMEM UNIVERSAL. Edições Europa. Lisboa. 1937.
In-8.º de 199-V págs. E.
“Escrevi êste volume, com o intuito de elucidar o leitor amigo acêrca do pensamento da minha
obra...”; Joaquim de Carvalho ao falar de um trecho deste livro diz que ele é “tão denso de audaciosas
afirmações, que para a razão comum são autênticos saltos mortais em planos não só incomensuráveis
entre si mas ainda incompatíveis, condensa o essencial da atitude de Teixeira de Pascoaes”.
Primeira edição.
Capa da brochura ilustrada por Martins Barata. Anterrosto assinado pelo autor. Boa encadernação com
cantos e lombada em pele, estando aparado apenas à cabeça.
2005 — PASCOAES (Teixeira de).- HOSPITAL DE CREANÇAS MARIA PIA. Theatro de S. João.
Sarau de arte. 6 de Julho de 1931. [Oferecido pela Litografia Nacional. - Porto, á Ex.ma
Comissão de Senhoras, Protectoras do “Hospital de Creanças Maria Pia”]. In-4.º esguio de IV
págs. inums. E.
Com uma quadra manuscrita e assinada por Pascoaes na capa da brochura.
Boa encadernação com cantos e lombada de pele.
[113]
Interroga-se Tomaz Ribas se não será «Jesus e Pan» “um dos mais significativos livros de Teixeira de
Pascoaes, aliás um dos mais estranhos e perturbantes livros de toda a nossa literatura?” Primeira
e única edição isoladamente publicada.
Encadernado à amador, com finos ferros a ouro na lombada, com as capas da brochura conservadas e só
de leve aparado à cabeça. Assinado no frontispício.
Texto inédito em prosa sobre o poeta algarvio João Lúcio. Separata da revista «Brotéria».
2008 — PASCOAES (Teixeira de).- LIVRO DE MEMÓRIAS. “Atlântida” Livraria Editora.
Coimbra. 1927. In-8.º de 175-I págs. B.
Disse Natércia Freire que “É talvez o seu Livro de Memórias que melhor explica o homem sempre em
observação de si mesmo, vendo-se como veria o outro, desdobrado, espreitando-se, fixando o momento
em que uma nova personagem quer substituir-se à nossa pessoa verdadeira.”
Primeira edição deste estimado e raro livro em prosa.
2009 — PASCOAES (Teixeira de).- LONDRES. Lisboa. MCMXXV. [Typografia da Empreza
do Annuario Commercial]. In-8.º de 17-III págs. E.
Edição original, impressa em papel de linho, promovida por D. Manuel de Castro e Guilherme de Faria.
Sóbria mas bem executada encadernação com cantos e lombada em pele, tendo conservadas as capas
da brochura. Ex-libris heráldico de Pedro Alvellos.
2010 — PASCOAES (Teixeira de).- MARÁNOS. Porto. Magalhães & Moniz, Lda. - Editores.
1911. In-8.º de 298-IV págs. E.
«Marános», longo poema situado “no cenário entre duriense e transmontano, e lavada atmosfera bucólica
do Marão (...)”, é, segundo Jacinto do Prado Coelho, “juntamente com «Regresso ao Paraíso», a obra
em verso mais representativa do seu pensamento”. Primeira edição, muito invulgar.
Assinado pelo Poeta no anterrosto. Com as capas da brochura conservadas, só de leve aparado à cabeça
e com encadernação com cantos e lombada em pele.
2011 — PASCOAES (Teixeira de).- A MINHA CARTILHA. Figueira da Foz. 1954. [Tip. Cruz
& Cardoso, Lda]. In-8.º de 40-II págs. E.
Tiragem de poucos exemplares, comemorativa do 2º aniversário da morte do poeta.
Retrato de Pascoaes por António Carneiro na capa da brochura. Encadernação com cantos e lombada
em pele.
2012 — PASCOAES (Teixeira de).- MISS CAVELL. (Separata do Nº 43 da ÁGUIA). Edição
da «Renascença Portuguesa». Porto. S.d. In-8.º de 14-II págs. B.
É, quanto a nós, a mais rara publicação de Pascoaes; tão rara que muito poucas colecções de Pascoaes
a possuem.
Assinatura de Joaquim Paço d’Arcos no anterrosto, datada de “Beira 1926”. Manchas de acidez
devidas à qualidade do papel.
2013 — PASCOAES (Teixeira de).- NAPOLEÃO. 1940. Livraria Tavares Martins. Pôrto. In-8.º gr.
de 429-IX págs. B.
Primeira edição de um dos melhores trabalhos em prosa de Teixeira de Pascoaes.
Assinado no anterrosto.
[114]
2014 — PASCOAES (Teixeira de).- A NOSSA FOME. (Publicação mensal). 1º fascículo. Editor
A «Renascença Portuguesa». Porto. 1923. In-8.º de 16 págs. B.
Folheto em prosa, único publicado nesta prometida “Publicação mensal”.
Capa da brochura manchada.
2015 — PASCOAES (Teixeira de).- PAINEL. Lisboa. [Oficina Gráfica, Limitada. 1935]. In-4.º
de 12 págs. E.
Poesia de Teixeira de Pascoaes, numa bela edição de 300 exemplares numerados feita por Luís Reis
Santos. Belo desenho a cores de Almada Negreiros no interior e na capa da brochura.
No verso da capa tem uma “Lembrança de Luís Reis Santos”. Capa da brochura com uma mancha.
Cuidada encadernação com cantos e lombada em pele.
2016 — PASCOAES (Teixeira de).- PARA A LUZ. Porto. Typographia Universal. 1904. In-8.º
gr. de 168 págs. E.
Livro de poesias especialmente estimado nesta sua edição original, bastante invulgar.
Encadernação à amador, com belos ferros a ouro na lombada e com as capas da brochura preservadas.
Ténues vestígios de assinatura no frontispício.
2017 — PASCOAES (Teixeira de).- O PENITENTE. (Camilo Castelo Branco). Livraria Latina
Editora. Porto. [1942]. In-8.º de 323-I págs. E.
Considerado como um dos mais notáveis escritos acerca do grande romancista de Seide e um dos primeiros
trabalhos em prosa de Pascoaes. Primeira edição.
Excelente encadernação à amador, em pele azul, com finos ferros dourados na lombada em casas
fechadas. Tem conservadas as capas da brochura e foi aparado apenas à cabeça.
2018 — PASCOAES (Teixeira de).- O POBRE TOLO. Edição de A «Renascença Portuguesa».
Pôrto. 1924. In-8.º de 207-I págs. E.
Primeira edição de um dos mais estimados livros em prosa de Pascoaes.
Capa da brochura ilustrada por Carlos Carneiro. Bonita encadernação à amador. Com um pequeno
rasgão no canto superior direito da folha de guarda. Capa da brochura imperfeita.
2019 — PASCOAES (Teixeira de).- O POBRE TOLO. (Elegia Satírica). Livrarias
Aillaud e Bertrand. Paris-Lisboa. [Tip. da Sociedade Gráfica Editorial. Lisboa. S.d.].
In-8.º de VI-143-I págs. E.
“Não se trata de uma reedição da obra do mesmo nome publicada em 1924, mas sim de uma autêntica 1ª edição. Basta que se diga que enquanto esta obra é em verso a anterior é em prosa, para já não
falar na profunda alteração do contexto”. Da primeira edição das «Obras Completas» de Pascoaes.
Boa encadernação com a lombada e os cantos em pele, tendo conservadas as capas da brochura.
2020 — PASCOAES (Teixeira de).- OS POETAS LUSÍADAS. Conferências realisadas no Institut
de Etudis Catalans da cidade de Barcelona, em Junho de 1918. Porto. 1919. In-8.º de VI-XI-314
págs. B.
Excelente colecção de conferências onde o autor trata “dos poetas portuguezes que melhor exprimiram
o sentimento proprio da Raça”. Diz Joaquim de Carvalho que este “é o livro onde se encontram as mais
significativas páginas sobre esta concepção”, a saudade. Camiliano. Muito invulgar.
Capas da brochura com uma mancha de água já seca, mancha que também se observa num estreita
faixa da folha de anterrosto
[115]
2021 — PASCOAES (Teixeira de).- REGRESSO AO PARAÍSO. Edição da “Renascença
Portuguesa”. Porto. 1912. In-8.º de IV-218-II págs. E.
Edição original de «Regresso ao Paraíso», marco fundamental na Obra do autor e também um dos mais
notáveis livros da poesia portuguesa deste século. Segundo Joaquim de Carvalho, «Regresso ao Paraíso»
“é o poema da consciência que se sente religada ao espiritual mediante o invisível e o inefável.”
Com as capas da brochura conservadas, só de leve aparado à cabeça e revestido de excelente encadernação à amador, com ferros dourados em casas fechadas.
2022 — PASCOAES (Teixeira de).- SANTO AGOSTINHO. (Comentários). Livraria
Civilização. Pôrto. [1945]. In-8.º gr. de 321-I págs. E.
“Adoro estes espíritos, que passaram, fantasticamente pelo mundo, e vivem, para sempre, nos seus
actos e palavras. E, porque os adoro, os martiriso. O amor é cruel, assim o afirma São Jeronimo, outro
padecente da minha escolha.
“Agora, a vítima é Santo Agostinho (...)”.
Encadernação à amador em pele azul, com ferros a ouro em casas fechadas. Só de leve aparado à cabeça
e com as capas da brochura resguardadas.
2023 — PASCOAES (Teixeira de).- SÃO JERÓNIMO E A TROVOADA. 1936. Livraria Lello
& Irmão. Porto. In-8.º gr. de 305-III págs. E.
“Jerónimo, desde que li as suas Epístolas, é um dos meus amigos inseparáveis. Vou acompanhá-lo,
durante a sua mocidade e velhice, como acompanhei São Paulo, retratando-o do natural, e fazendo
alguns comentários sugeridos pelos incidentes do caminho”.
Primeira edição.
Boa encadernação à amador, tendo a lombada com nervuras e ferros dourados em casas fechadas,
estando resguardadas as capas da brochura.
2024 — PASCOAES (Teixeira de).- SÃO PAULO. Porto. Livraria Tavares Martins. 1934. In-8.º
de 427-V págs. E.
“Vamos acompanhar S. Paulo, durante os anos em que êle andou, na terra. (...) Veremos, em S. Paulo,
o judeu e o homem: o judeu, produto da lembrança e o homem, filho da esperança: e veremos o modo
dramático e esplendoroso como o homem eterno irrompeu do judeu transitório”. Primeira edição,
pouco frequente.
Bela e bem executada encadernação à amador, com nervos e ferros dourados em casas fechadas, tendo
conservadas as capas da brochura.
2025 — PASCOAES (Teixeira de).- SEMPRE. Coimbra. Typographia França Amado. 1898.
In-8.º gr. esguio de 110-II págs. E.
Um dos mais antigos livros do autor, muito raro nesta sua edição original, belamente executada em
papel de linho. Esta obra viria a ser muito aumentada nas edições seguintes.
Com a assinatura do poeta na folha de guarda. Sóbria mas muito bem executada encadernação com
cantos e lombada em pele. Sem as capas da brochura.
2026 — PASCOAES (Teixeira de).- SEMPRE. Segunda edição. Coimbra. Typographia França
Amado. 1902. In-8.º gr. de 326-II págs. E.
Edição estimada e indispensável por se achar “correcta e augmentada com sessenta poesias inéditas”.
Invulgar.
O volume, bem encadernado à amador, tem as capas da brochura conservadas e está aparado apenas à cabeça.
2027 — PASCOAES (Teixeira de).- SENHORA DA NOITE. Porto. Magalhães & Moniz, Lda.
Editores. 1909. In-8.º de 54 págs. E.
Primeira e única edição isoladamente publicada.
Encadernação à amador, com ferros a ouro em casas fechadas, tendo conservadas as capas da brochura.
Vestígios de assinatura no frontispício.
[116]
2028 — PASCOAIS (Teixeira de).- [O SOL E A CANDEIA]. 1921. In-8.º de IV págs. B.
Poesia de Pascoaes constituída por 5 quadras manuscritas e por si assinadas na capa do programa de
uma representação teatral realizada no “Theatro Fonseca Moreira Domingo, 9 de Outubro de 1921”,
capa sem quaisquer dizeres impressos.
2029 — PASCOAES (Teixeira de).- AS SOMBRAS. Livraria Ferreira. Lisboa. 1907. In-8.º
de 210-II págs. E.
Neste livro, e segundo Tomaz Ribas, o autor “atinge alguns dos mais altos momentos de toda a nossa
poesia (...)”. Edição original.
Revestido de bela encadernação à amador com nervos e ferros dourados em casas fechadas, só minimamente aparado à cabeça e com as capas da brochura resguardadas.
2030 — PASCOAES (Teixeira de).- SONETOS. Lisboa. MCMXXV. [Oficinas Gráficas da
Biblioteca Nacional]. In-8.º de 53-III págs. E.
Edição cuidada, a primeira, editada por D. Manuel de Castro e Guilherme de Faria.
Assinado por Pascoaes na folha de guarda, apenas de leve aparado à cabeça, com as capas da brochura
conservadas e com encadernação com cantos e lombada em pele.
2031 — PASCOAES (Teixeira de).- TERRA PROHIBIDA. Coimbra. Typographia França
Amado. 1900. In-4.º de 134-II págs. E.
É a edição original deste valioso livro de poemas de Teixeira de Pascoaes.
Cuidada encadernação com cantos e lombada em pele vermelha, só de leve aparado à cabeça, estando
preservadas as capas da brochura. Ex-libris heráldico de Pedro Alvellos.
2032 — PASCOAES (Teixeira de).- TERRA PROHIBIDA. 3ª edição. Alvaro Pinto, Editor.
(Annuario do Brasil). Rio de Janeiro. [1923]. In-8.º de 198-II págs. E.
Cuidada edição, integrada na primeira e falhada tentativa de publicação das «Obras Completas de
Teixeira de Pascoaes». Invulgar.
Boa encadernação com lombada e cantos em pele, só de leve aparado à cabeça e com a capa da brochura
da frente restaurada.
2033 — PASCOAES (Teixeira de).- ÚLTIMOS VERSOS. Centro Bibliográfico. Lisboa. 1953.
In-8.º de 90-II págs. B.
Primeira edição, póstuma. Livro destinado pelo autor para ser incluído, como foi, na estimada
colecção «Cancioneiro Geral».
2034 — PASCOAES (Teixeira de).- UMA FÁBULA. (O Advogado e o Poeta). Brasília Editora.
1978. In-8.º de 254-II págs. B.
“Obra inédita de Teixeira de Pascoaes. Edição integrada nas comemorações do Centenário do
Nascimento do grande poeta e pensador”.
Capa da brochura posterior com uma mancha.
2035 — PASCOAES (Teixeira de).- A VELHICE DO POETA. Edições do Tâmega. 1989.
[Gráfica do Norte. Amarante]. In-8º. gr. de 30-II págs. B.
Texto inédito em prosa do grande Poeta amarantino. Cuidada edição em papel de invulgar textura, cuja
tiragem foi confinada a 750 exemplares. Esgotado.
2036 — PASCOAES (Teixeira de).- VERBO ESCURO. Edição da Renascença Portuguesa.
1914. In-8.º de 171-III págs. B.
Livro em prosa, mais estimado nesta primeira edição.
[117]
2037 — PASCOAES (Teixeira de).- VERSOS POBRES. Livraria Civilização - Editora. Porto.
[1949]. In-4.º de 30 págs. E.
“Tiragem limitada, numerada e rubricada pelo autor”, apresentando este exemplar o nº 15.
Encadernação com cantos e lombada em pele, só aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas.
Com o ex-libris heráldico de Pedro Alvellos.
2038 — PASCOAES (Teixeira de).- VIDA ETHEREA. Coimbra. F. França Amado - Editor.
1906. In-4.º de 192 págs. E.
Edição original, muito invulgar, de cuidada apresentação gráfica.
Boa encadernação à amador, com ferros na lombada em casas fechadas. Conserva as capas da brochura
e está aparado à cabeça. Vestígios de assinatura no frontipício.
2039 — PASSOS (Carlos de).- LINGUAGENS LITERARIAS. I - A do livro FÁTIMA, escripto
pelo Sr. Antero de Figueiredo. 1939. Tipografia e Encadernação Domingos de Oliveira. Porto.
In-8.º gr. de 24 págs. E.
Referências a Camilo, Eça, Fialho e outros escritores.
Boa encadernação com a lombada em pele e com as capas da brochura conservadas.
2040 — PASSOS (Carlos de).- OS NETOS... DOS VARÕES DE PLUTARCHO. Os Monumentos
de Portugal, A Arte Portugueza, o sr. Marques Abreu e os seus acolytos. Edição do author. Porto.
1928. In-8.º de 23-I págs. E.
A propósito da polémica do autor com Marques Abreu sobre o livro de Carlos de Passos que inaugurou
a colecção «Arte portugueza».
Encadernação nova, com a lombada em pele e as capas da brochura conservadas.
2041 — PASSOS (John dos).- PORTUGAL. Três séculos de expansão e descobrimentos.
Editorial Ibis. Venda Nova... [1970]. In-8.º gr. de IX-I-469-I págs. E.
Primeira edição portuguesa deste importante livro de John dos Passos, famoso escritor americano com
as suas origens em Portugal.
“Foi no pequeno Portugal, situado no extremo ocidental da Europa, que um povo de marinheiros
despertou para a paixão de descobrir novos mundos, que havia de caracterizar os anos mais importantes
da expansão europeia.
“A feliz coincidência de possuir navegadores talentosos e governadores de vistas largas projectou
Portugal para o primeiro lugar entre as nações. O comércio de especiarias marcou o início de uma era
de poderio e prosperidade sem precedentes.
“Utilizando os seus conhecimentos de português John dos Passos consultou centenas de documentos
originais, de que, em muitos casos, fez a primeira tradução para inglês. E baseando-se em diários, crónicas
e cartas, fez reviver nesta obra os principais acontecimentos daquela época ímpar da história”.
Encadernação original, com sobrecapa ilustrada a cores.
2042 — PATO (Bulhão).- A DANÇA JUDENGA. Satyra. Lisboa. Typographia da Academia.
1901. In-8.º peq. de 36 págs. B.
Muito curiosa e invulgar sátira em verso.
Capa da brochura com pequenas manchas.
2043 — PATO (Bulhão).- DIGRESSÕES E NOVELLAS. Lisboa. Typographia Universal. 1864.
In-8.º de II-343-I págs. E.
“Os dois romancinhos, Mathilde e o Vento do Levante, que apparecem no começo do livro, foram
a minha primeira tentativa em prosa. Tinha 19 annos quando os escrevi e publiquei no joral a Semana (...)
“O resto do presente livro compõe-se de algumas descripções de viagem e de breves narrativas, escriptas
ha bastantes annos tambem, e publicadas em folhas volantes dos jornaes diarios. (...)”
Com falta do anterrosto. Encadernação com a lombada em pele, da época.
[118]
2044 — PATO (Bulhão).- FLORES AGRESTES. Porto. Viuva Moré - Editora. [1870]. In-8.º
de 283-III págs. E.
Primeira edição de um dos invulgares livros de poesia de Bulhão Pato.
Encadernação da época, em pele.
2045 — PATO (Bulhão).- LAZARO CONSUL. Lisboa. Typographia da Academia Real das
Sciencias. 1889. In-8.º gr. de 15-I págs. B.
Terceira edição desta célebre sátira dirigida a Eça de Queirós.
2046 — PATO (Bulhão).- LIVRO DO MONTE. Georgicas - Lyricas. Lisboa. Typographia da
Academia. 1896. In-8.º de XVI-264 págs. B.
Poeta e prosador português nascido em Bilbao filho de pai português, Bulhão Pato conviveu com os
mais notáveis escritores portugueses do seu tempo. Tendo sido o “discípulo amado de Herculano”, diz-se
que com a sua morte se apagaram os últimos ecos do romantismo em Portugal.
2047 — PATO (Bulhão).- MEMORIAS. Scenas de Infancia e Homens de Lettras. [II. Homens
Politicos; III. Quadrinhos de Outras Epochas]. Lisboa. Typographia da Academia Real das
Sciencias. 1894-1907. 3 vols. In-8.º B.
Fonte de importantes informações para a história política e literária do seu tempo e uma das obras mais
estimadas e invulgares do autor. Frontispícios riscados a tinta azul, para encobrir antigas assinaturas.
2048 — PATO (Bulhão).- PAQUITA. Seis Cantos. Com uma carta do Sr. Alexandre Herculano.
Lisboa. Typographia Franco-Portugueza. 1866. In-8.º gr. de XXXIV-222 págs. B.
Primeira e muito invulgar edição de um dos livros de poesia mais divulgados na época, valorizado
com uma carta de Bulhão Pato a Alexandre Herculano e a extensa carta de resposta do grande historiador. Com um retrato do poeta gravado em chapa de metal. Frontispício impresso a duas cores.
2049 — PATO (Bulhão).- PAQUITA. Poema em XVI Cantos. Segunda edição. Lisboa.
Typographia da Academia Real das Sciencias. 1894. In-8.º gr. de XXXV-I-495-V págs. B.
Esta segunda edição é preferível à primeira, composta apenas de seis Cantos, enquanto esta apresenta
dezasseis. Com uma carta de Bulhão Pato a Alexandre Herculano e a carta de resposta do grande
historiador, apresentando ainda uma extensa carta de L. A. Rebelo da Silva.
Pequena assinatura no frontispício, coberta a tinta azul.
2050 — PATO (Bulhão).- SOB OS CIPRESTES. Vida intima de Homens Illustres. Lisboa.
Livraria Bertrand. 1877. In-8.º de VIII-366-II págs. E.
Extensos capítulos referentes a Camilo, Garrett, Rebelo da Silva, Silva Gayo, José Estevão, Gonçalves
Dias, Guilherme Braga, António Feliciano de Castilho, etc.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
2051 — PATO (Bulhão).- VERSOS. Lisboa. Typ. da Sociedade Typographica Franco-Portugueza.
1862. In-8.º gr. de II-VII-I-216-II págs. E.
Segundo livro do autor, um dos mais raros da sua bibliografia.
Encadernação com a lombada em pele, da época.
2052 — PAVILHÃO DE PORTUGAL. [Expo‘98]. Exposição Mundial de Lisboa de 1998.
In-4.º gr. de 287-III págs. E.
“(...) Neste pavilhão o país afirma-se valorizando o muito que todos temos em comum, e que nos distingue das outras nações, sem esquecer que estamos em vésperas de etapas decisivas, quer no processo da
[119]
.../...
construção europeia, quer no âmbito mais vasto da globalização. (...)”
Catálogo oficial de grande qualidade e aspecto gráfico com vasta documentação iconográfica a cores
e os seguintes capítulos: «Pavilhão de Portugal: Memória descritiva», por Álvaro Siza; «Projecto expositivo para o Pavilhão de Portugal», por Eduardo Souto de Moura; «O Pavilhão Digital», por Johan
Schelfhout; «Mitos, Sonhos e Realidades», por Simonetta Luz Afonso; «O Imaginário Marítimo
Medieval», por José Mattoso; «Os Construtores dos Oceanos», por Simonetta Luz Afonso; «À espera
das naus: A Ribeira de Lisboa e a Carreira da Índia», por Miguel Soromenho; «Goa Quinhentista:
a Cidade e a Capital», por Catarina Madeira Santos; «Ilha de Moçambique: Escala africana da Carreira
da Índia nos séculos XVI e XVII», por Manuel Lobato; «A Carreira das Índias e a Escala Açoriana»,
por José Damião Rodrigues; «O Brasil e a Carreira da Índia nos séculos XVI e XVII», por Filipe Nunes
de Carvalho; «Um Olhar sobre a Presença Portuguesa na Ásia (1498-1665)», por Sanjay
Subrahmanyam; «A Capital como Modelo: A Circulação Mundial das Formas», por Rafael
Moreira; «A Gente no Mar na Carreira da Índia», por Raffaella d’Intino; «O Direito a bordo das Naus
nas Viagens Oceânicas», por Madalena Marques dos Santos; «Os Inventores do Futuro», por Mário
Soares; «Fronteira do Futuro e dos Sonhos», por Mário Ruivo; «Os Inventores do Futuro», por Mário Gil.
Encadernação própria com sobrecapa policromada.
2053 — PAVILHÃO DO CONHECIMENTO DOS MARES. [Expo ‘98]. Exposição Mundial de
Lisboa de 1998. In-4.º gr. de 249-V págs. E.
Luxuoso e belo catálogo oficial de um dos mais importantes pavilhões que representaram Portugal na
Expo ‘98, impresso em papel da melhor qualidade e com cerca de duas centenas de ilustrações quase
todas a cores e praticamente todas relacionadas com os Descobrimentos marítimos portugueses. Áutores
dos textos: João Luís Carrilho da Graça, José Mateus e Nuno Mateus, Mário Pereira, Adelino Cardoso,
Rita Costa Gomes, Frédéric Mauro, Francisco Contente Domingues, Alfredo Pinheiro Marques,
A. Estácio dos Reis, A. H. de Oliveira Marques, João José Cúcio Frada, Cláudio Torres, K. N.
Chaudhuri, Jaap R. Bruijn, Isabel Cluny e José S. Saldanha, Laura Neves e João Neves, Jean-Yves
Blot, José Luís de Matos, Paulo Oliveira Ramos e Joaquim Romero Magalhães.
Encadernação dos editores, com sobrecapa ilustrada a cores.
2054 — PAXECO (Óscar).- OS QUE ARRANCARAM EM 28 DE MAIO. [Editorial Império,
Ltd. Lisboa. [1937]. In-8.º de 221-III págs. B.
Retratos de Salazar e de Gomes da Costa. Capítulos: «General Gomes da Costa», «Os mortos»,
«O Depoimento do Sr. General Carmona», «Fala o Sr. Almirante Cabeçadas», «O Depoimento
do Sr. General Raul Esteves», «Fala o Coronel Passos e Sousa», «O Depoimento do Coronel
Mousinho de Albuquerque», «Fala Luiz Charters de Azevedo», «Ouvindo o Major Miguel Bacelar»,
«Fala o Dr. Manuel Murias, A Entrevista com o Engenheiro José Luiz Supico», «Ouvindo o Dr. Alberto
Cruz», «O Depoimento de Carlos Jacques».
Dedicatória do autor e pequenas correcções de texto pela sua mão.
Capa da brochura manchada.
2055 — PEDRO V (D.).- CARTAS DE D. PEDRO V AOS SEUS CONTEMPORÂNEOS.
Apresentação, Estudos e Notas de Ruben Andresen Leitão. 1961. Livraria Portugal. Lisboa.
In-4.º de 365-III págs. B.
Vasta colecção de cartas, na sua maioria inéditas e de grande importância para a história da época.
Dedicatória do Presidente do Conselho de Administração da Fundação da Casa de Bragança. Com uma
mancha de humidade, já seca, na margem lateral das primeiras folhas.
2056 — PEDRO (António).- APENAS UMA NARRATIVA. Romance. Editorial Minerva.
Lisboa. [MXMXLII]. In-8.º gr. de 95-I págs. B.
Juntamente com «Nome de Guerra» de Almada, «Apenas uma Narrativa» foi considerado por
Fernando Guimarães como “um importantíssimo monumento de transformação do nosso romance”.
O livro, dedicado a Aquilino Ribeiro, apresenta-se ilustrado com interessantes desenhos surrealistas do
autor. Invulgar.
Desconjuntado; Com pequenos orifícios de objecto perfurante na margem inferior das seis primeiras
páginas e na capa da brochura.
[120]
2057 — PEDRO (D.) [DUQUE DE BRAGANÇA].- [MANUSCRITO]. “COPIA FIEL DE TRES
CARTAS ESCRITAS A MEU PAI PELO SENR. D. PEDRO, E QUE COM LICENÇA DE MEU
PAI TRANSCREVI DA NUMEROSA CORRESPONDENCIA DO MESMO SENHOR,
COMO DOCUMENTOS IGUALMENTE HONROSOS PARA QUEM OS ESCREVEO, E
RECEBEO”, aliás quatro Cópias contemporâneas, manuscritas em 4 págs de 6. Dim. 21 x 25,5 cm.
Os dizeres dados acima vêm ao alto da 3ª página, entre a 1ª e a 2ª cartas transcritas.
1ª Carta, datada de “Rio de Janeiro 2 de Maio 1826”, endereçada a “Meu Mano do meu C.
Infelizmente perdemos nosso amado Pai, e hoje eu me acho seu Rei, e o Mano meu subdito; eu seu
Pai, e o Mano meu Filho. Cumpre-me dar-lhe conselhos; siga tudo e todos os conselhos que o
Imperador meu sogro lhe tem dado, e os que lhe dér (pois elle verdadeiram.te tem sido seu Pai) e o
tempo o desenganará, que elle conjunctam.te commigo, buscamos a sua felicid.e — Deixe-se estar
perto delle, e não se esqueça da carta, que lhe escrevi (ainda no tempo das Côrtes) na qual lhe [promettia?] o casamento com minha Filha Maria da Gloria, e saiba que este passa a effectuar-se (hua vez
que seja da sua vontade) pª o que vou já dar as providencias, e conto com a sua m.ma vontade.
“O decidido amor e interesse que eu mostro pelo Mano, merece bem que me seja pago, fazendo o
Mano a minha vontade, que he casar-se com minha Filha, hoje mesmo Rainha Reinante de Portugal,
Algarves e seus Dominios por abdicação e cessão minha; abdicação e cessão que he garantida por
todas as Potencias Européas, e principalm.te por Inglaterra, bem como o juram.to da Carta
Constitucional, que Decretei, Dei, e Mandei jurar em Portugal, Algarves, &ª, p.ª felicitar aquelle Reino
conforme aos meus principios. O Mano abrace-a, jure-a; e case-se com minha Filha, porque d’outro
modo sua consciencia responderá perante o Tribunal Divino, porq á vista dos Decretos, carta de abdicação e Carta Constitucional, q lhe remetto por copia, póde mui bem ver q infelicita, minha Filha e sua
Sobrinha privando-a da Corôa de Portugal. (...) Não escapa a minha perspicacia que o Mano dirá =
Olhe o Mano Pedro como sabe levar a agoa ao seu moinho = mas pesando o Mano bem estas razoens,
conhecerá que eu fallo verdade, que lhe busco o caminho da sua felicid.e e aqui deve sugeitar algum
tanto o seu genio e mesmo opinioens em proveito da Nação Portugueza a que pertence até pª conseguir em Alemanha o que disse ao Visconde de Resende que tinhão conseguido os dous Infantes
Portuguezes q lá esiverão, que he fazer (?) a sua opinião alem dos seculos (...). Considere bem que na
sua mão está, não digo toda, mas grande parte do futuro da Nação Portugueza: visto isto decida-se pelo
seu bom senso, e pelos conselhos do Imperador, meu sôgro (a quem tambem escrevo) que he o seu
verdadeiro amigo (...). PS. Tenho o gosto de offertar-lhe a Insigne Ordem do Cruzeiro do Sul. Em
(breve?) remetterei hum retrato da sua Noiva.” Assinada “Pedro”;
2.ª Carta, datada de “Paroz (?) 13 d’Outubro de 1831”, dizendo: “Meu Barão e Amigo. Começarei esta
dando-lhe os pezames pela morte de seu Irmão Joaquim, da qual em sua Carta de hontem me dá parte:
eu sinto vivamente tudo quanto lhe possa dar desgosto. Espero que assim o acreditará.” Agradece os
parabéns de aniversário e aceita as desculpas da sua não comparência: “hé do fundo de hum Coração
honrado que os parabens partirão, he do fundo de outro Coração egualmente honrado que elles lhes
são agradecidos”, assinado D. Pedro Duque de Bragança;
3.ª Carta, datada de “Porto 4 de Novembro de 1832”, dizendo: “Meu Inhomerim (?) e Amigo. Recebi
com grande prazer a sua Carta de 17 de 7.bro e muito lhe agradeço o offerecimento que nella me faz
de seu filho: eu espero que este bom official que actualmente colloquei no B.ão [Batalhão] 5 de
Caçadores saberá tornar-se cada vez mais digno da estima geral, e da minha em particular. (...)”
Assinada “Seu Amigo D. Pedro”:
4.ª carta, não referida no título dado no início, datada de “Ramalhão 4 de Maio de 1834”, dizendo:
“Meu Barão e Amigo. Como eu tenho continuado a ter algumas faltas de respiração e pieira no peito
(...) desejo ouvilo sobre isto e espero que o Barão como meu amigo não se negará a vir a este sitio
amanhãa a hora que menos o encommodar. (...)” Assinado “Seu Amigo D. Pedro”.
Curiosíssimo e muito raro opúsculo de autor anónimo. No verbete que existia no ficheiro do antigo
possuídor desta biblioteca (Gustavo d’Ávila Perez), diz-se que o mesmo é atribuído a Camilo Castelo
Branco. É o único exemplar que vimos até hoje, porquanto o catálogo da Biblioteca acima referido foi
por nós elaborado.
Com as capas da brochura conservadas, mas modestamente encadernado. Ex-libris de Gustavo
d’Ávila Perez.
2059 — PEIXOTO (Afrânio).- VIAGENS NA MINHA TERRA. I. Portugal. Desenhos de
Alberto de Sousa. 1938. Livraria Lello & Irmão, Editores. Pôrto. In-8.º gr. de 244 págs. E.
Volume de apreciável interesse, ilustrado a sépia e a negro. Lisboa, Odivelas, Mafra, Sintra, Óbidos,
Alcobaça, Batalha, Santarém, Tomar, Leiria, Coimbra, Porto, Nazaré, Aveiro, Póvoa de Varzim, Braga,
Guimarães, Barcelos, Viana, Lamego, Viseu, Buçaco, Vila Real, Chaves, Bragança, Évora, Beja, As
Fronteiras da Galiza, S. Domingos da Queimada, S. Pedro de Balsemão, Trancoso - Guarda Belmonte - Castelo Branco, O Algarve - As amendoeiras - Sagres - S. Vicente, O Fado, O Vinho verde,
A serra, O Monte Alentejano foram as terras e os temas eleitos pelo autor para retratar Portugal.
Encadernação com a lombada em pele, de recente execução. Sem as capas da brochura e com a folha
de anterrosto com alguma sujidade.
2060 — PEIXOTO (José A. de Lemos) & SEQUEIRA (Francisco Pereira de).- OS PLANOS
DA AUTOCRACIA JUDAICA. Protocolos dos Sabios de Sião. Comentados por... Livraria
Portugueza. Porto. [1923]. In-8.º de 208-IV págs. B.
Interessa ao estudo do judaísmo em Portugal. Invulgar.
Dedicatória autógrafa do segundo dos autores referidos.
2061 — PENHA (João).- ULTIMAS RIMAS. Com prefacio e notas. Edição da Renascença
Portuguesa. Porto. [1919]. In-8.º de 245-I págs. B.
Poesia assim ordenadas: I. Musa que não ri. II. Para crentes. III. Vinhetas e aquarelas. IV. Rosario
espiritual. V. Ao fogão.
2062 — PENIZ (José Inácio da Rocha).- DA INFLUENCIA DO FORO SOBRE A FELICIDADE
PÚBLICA. Oração inaugural, recitada a 12 de Outubro de 1807 pelo... Terceiro Lente da
Faculdade de Canones, com exercicio na Cadeira da Fórma Judicial. Coimbra, Na Real Imprensa
da Universidade. 1808. In-8.º gr. de 23-I págs. Desenc.
O autor foi natural de Moura, no Alentejo. Primeira edição, muito invulgar.
2063 — PENIZ (José Inácio da Rocha).- ELEMENTOS DA PRATICA FORMULARIA: ou
Breves Ensaios sobre a praxe do Foro Portuguez. Escriptos no anno lectivo de 1807 para 1808
pelo falecido... publicados por seu irmaõ Vicente Ignacio da Rocha Peniz. Tomo I. Lisboa.
M.DCCC.XVI. Na Regia Typografia Silviana. In-8.º gr. de II-XXIX-I-121-I págs. Desenc.
O volume abre com uma extensa Lição inaugural intitulada «Da Influencia do Foro sobre a Felicidade
Pública» recitada pelo autor a 12 de Outubro de 1807. Dicionário de Inocêncio: “Não sei se chegou
a apparecer o tomo II”, sendo quase certo que não saíu.
2058 — PEIDO ALFABETICO. Satyra ao livro intitulado: Lenitivo da Dor, por Sebastião
Pereira, por outro titulo, Peidologia Alfabetica Panigirica, dedicada ao bem commum. Escripta
por auctor estrangeiro graduado nas cousas naturaes em Fuente Rabia. Com as licenças
necessarias, e privilegio para quem ler. Adrem. Typographia do Rego da Porcalhota. 999, Rua
do Cu cheira, 999. 4881. In-8.º de 19-I págs. E.
2064 — [PENIZ (José Inácio da Rocha)]. PARTE ESSENCIAL DO PROCESSO, COM A SENTENÇA, QUE RESTABELECE A MEMORIA POSTHUMA DO BENEMERITO PORTUGUEZ
O DOUTOR JOSÉ IGNACIO DA ROCHA PENIZ. Collegial do Real Collegio de S. Pedro,
Terceiro Lente de Direito Canonico na Universidade de Coimbra, com exercicio na Cadeira, que
creára, da Practica Judicial. Proferida no Juizo da Commissão Crime em 7 de Novembro de
1812. Lisboa: Na Impressão Regia. 1813. In-8.º gr. de 76-II págs. Desenc.
[121]
[122]
.../...
.../...
Rocha Peniz, em 1810, por ocasião da invasão de Massena, foi preso e acusado de aderir à causa
francesa, pelo facto de ter aceite o cargo de Corregedor de Coimbra, “que serviu no pouco tempo em
que os francezes estiveram senhores daquella cidade. Conduzido para a cadêa da Relação do Porto, os
insultos e desgostos padecidos, e talvez o receio da sua sorte futura, lhe abbreviaram os dias, falecendo
na mesma prisão”, conforme o que diz Inocênco ao tratar deste autor.
2065 — PERDIGÃO (José de Azeredo).- CALOUSTE GULBENKIAN COLECCIONADOR.
Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa. 1969. In-4.º de 237-V págs. E.
Trabalho de reconhecida importância para o conhecimento da fascinante vida de coleccionador que foi
a de Calouste Gulbenkian, numa muito luxuosa e bela edição impressa em papel de excelente qualidade,
documentada com numerosas reproduções a negro e a cores de fotografias de Gulbenkian e de algumas
das mais preciosas peças que hoje pertencem ao riquíssimo Museu da Fundação que perpetua o seu nome.
Encadernação original estampada a ouro e a seco, conservando a respectiva sobrecapa.
2066 — PEREIRA (A. Gomes).- O SÉCULO XIX NA LINGUAGEM POPULAR dos
Concelhos de Alijó, Mesão Frio, Mondim de Basto, Murça, Rieira de Pena, Sabrosa, Santa
Marta de Penaguião, Vila Real. [Comissão Regional de Turismo da Serra do Marão. 1983].
In-4.º de XCII págs. inums. B.
Tiragem confinada a 1000 exemplares.
Capa da brochura manchada na margem inferior.
2067 — PEREIRA (António Caetano).- COMMENTARIO CRITICO SOBRE A ADVERTENCIA
DO 4º VOLUME DA HISTORIA DE PORTUGAL DE A. HERCULANO e Carta annexa
de Pasqual de Gayangos por... Lisboa. Imprensa Nacional. 1853. In-8.º gr. de 104 págs. B.
Obra publicada por ocasião da famosa polémica denominada «Eu e o Clero», polémica em que
Herculano teve papel predominante.
2068 — PEREIRA (Camacho).- SINTRA - VILA E SUBURBIOS. [Rotep. Lisboa. 1975]. In-4.º
de IV págs. de frontispício e texto, 40 estampas soltas e IV de índice, registo tipog. etc. E.
Álbum integrado na colecção «Tempos Idos», organizada e publicada por Camacho Pereira, contendo
uma excelente antologia iconográfica dedicada a Sintra e seus arredores, iconografia reproduzida
a partir de 40 espécies antigas.
Encadernação simples, em material sintético, com título dourado na lombada.
2069 — PEREIRA (Duarte Pacheco).- ESMERALDO DE SITU ORBIS. Edição commemorativa
da Descoberta da America por Christovão Colombo no seu quarto centenario, sob a direcção
de Raphael Eduardo de Azevedo Basto. Lisboa. Imprensa Nacional. 1892. In-4.º gr. de VIII-XXXV-I-125-I págs. E.
2069 - ver pág. 124
Da extensa «Noticia Preliminar» de Rafael Basto: “Depois de quasi quatro seculos de existencia, vê
hoje a luz da publicidade o precioso thesouro de informações historicas e geographicas, em que o celebre
Duarte Pacheco Pereira, cavalleiro da casa de D. João II, immortalisou o seu nome como escriptor,
depois de o tornar celebre como invencivel soldado e audaz navegador. (...)
“A linguagem e o estylo do importante livro, a que o auctor deu o titulo de Esmeraldo de situ orbis, são
o mais correcto que se conhecia no principio de quinhentos; as grandes questões cosmographicas
dos tempos antigos; a narração singela do mareante, a par da erudição sagrada e profana; e as noticias
verdadeiras, e porventura novas, das nossas primeiras navegações apparecem alli com maxima clareza,
e podem servir de lição para esclarecer factos ainda agora duvidosos, ou destruir conjecturas erroneas. (...)
“A Obra de Duarte Pacheco é o mais completo compendio do que sobre nautica e geographia maritima
— especialmente a da costa africana — se sabia nos fins do seculo XV...”
[124]
.../...
Primeira edição, em excelente papel, enriquecida com 3 fac-símiles do manuscrito e 2 estampas a cores,
representando os barcos que formavam as armadas que partiram para a Índia nos anos de 1500 e 1503.
Apreciada e muito invulgar.
Encadernação com cantos e lombada em pele, um pouco esfolada. Margens e capas da brochura intactas.
(ver gravura na pág. 123)
2070 — PEREIRA (Eduardo C. N.).- ILHAS DE ZARGO. Edição da Câmara Municipal do
Funchal. S.d. 2 vols. In-4.º peq. de 871-VII págs. divididas pelos dois volumes. E.
Entre outros, ocupa-se dos seguintes assuntos madeirenses: Descobrimento, flora, fauna, raça, paisagem,
colonização, agricultura, população e arte. Com muitas ilustrações nas páginas do texto. Primeira edição,
muito invulgar.
Excelentes encadernações com cantos e lombadas em pele azul, estas com nervuras múltiplas e fios
dourados, tendo preservadas as capas da brochura e conservadas intactas as margens. Dedicatória da
Câmara Municipal do Funchal, assinada por Alvaro F. Vieira.
2071 — PEREIRA (Feliciano António Marques).- VIAGEM DA CORVETA DOM JOÃO I
À CAPITAL DO JAPÃO no anno de 1860 por... Capitão de fragata e commandante da mesma
corveta. Lisboa, Imprensa Nacional. 1863. In-4.º de 221-V págs. B.
Obra com marcado interesse para a história das relações de Portugal com o Japão. Insere, impressa em
folha desdobrável de grandes dimensões uma carta geográfica do Império do Japão.
Capa da brochura da frente espelhada, falta da capa posterior e defeitos no ângulo inferior de parte das folhas.
2072 — PEREIRA (Firmino).- O CENTENARIO DO INFANTE D. HENRIQUE. Livro
Commemorativo do Centenario Henriquino illustrado com cerca de 40 photogravuras.
(Illustrações de Courrege Junior). Com uma carta-prefacio pelo Ex.mº Snr. Bento Carqueja.
Magalhães & Moniz - Editores. Porto. [Typographia Occidental. 1894]. In-4.º de XIX-I-373-III
págs. E.
Disse Bento Carqueja que “Portugal, sobre o qual nos ultimos tempos tem pesado o infortunio de ser
citado e opprimido lá fóra, nos termos mais desagradaveis, logrou, enfim, com a celebração do centenário
do Infante D. Henrique, impôr-se á sympathia do mundo e manifestar-se como um povo que não é
susceptivel de morrer, porque se commove diante dos grandes vultos da sua historia patria”;
“Leguemos a nossos filhos este livro, seja elle testemunho de que soubemos honrar a Patria”. Relato
circunstanciado do que foram as grandiosas comemorações henriquinas na Cidade do Porto.
Ilustrações nas páginas do texto e em separado.
Capas da brochura preservadas. Encadernação com a lombada em pele azul.
2073 — PEREIRA (Firmino).- O PORTO D’OUTROS TEMPOS. Notas históricas - Memorias
- Recordações. Livraria Chardron, de Lelo & Irmão. Porto. 1914. In-8.º de 314-II págs. E.
Interessante texto da bibliografia portuense, ainda hoje tido como proveitosa fonte de consulta.
Capítulos: «A Cidade Velha»; «O Campo, Alameda, Horto e Monte do Olival»; «O Bispo D. Pedro
Salvadores e a Fundação dos Conventos de S. Domingos e S. Francisco – Os Bispos e o Porto»;
«A Justiça de D. Frei Marcos»; «A Fonte da Arca e o Abade Paulino Cabral»; «O Teatro Lírico».
Numerosas referências a Camilo.
Boa encadernação com cantos e lombada em pele e capas da brochura conservadas.
2074 — PEREIRA (Francisco Maria Esteves).- CHRONICA DE SUSENYOS, REI DE ETHIOPIA.
Tomo I. Texto ethiopico. [Tomo II. Traducção e Notas]. Lisboa. Imprensa Nacional. 1892-1900.
2 vols. In-8.º gr. de VIII-XLVI-II-CCCXXXVIII e VII-III-663-I págs. B.
O texto desta importante crónica foi em parte escrito por Tino, valido do rei Susenyos, que, como
o seu rei, se converteu à fé católica e por ela morreu apedrejado em 1638: “Foram enfim tantas as
pedradas, que ficou não só morto, mas enterrado debaixo d’ellas”, segundo refere Esteves Pereira.
[125]
2080 - ver pág. 129
A «Cronica de Susenyios» foi escrita pela mesma época em que o padre Pero Pais e depois o padre
Manuel de Almeida escreveram a sua «Historia da Ethiopia a alta», depois refundida e publicada por
Baltazar Teles, onde aquela é por vezes referida. “A «Crónica de Susenyos» é um monumento historico
do mais alto valor”, sendo particularmente interessantes as notícias dadas acerca dos usos e costumes
dos etíopes, sendo também valiosas as notícias geográficas e militares nela contidas.
Obra importante destinada à X Sessão Internacional dos Orientalistas. O primeiro volume integra
o texto original e o segundo contempla a excelente tradução de Esteves Pereira.
Desconjuntados.
2075 — PERES (Damião).- DIOGO CÃO. Agência Geral do Ultramar. Lisboa. 1957. In-4.º
de 26-II págs. E.
Interessante estudo sobre Diogo Cão, cujo nome “concretamente (...) surge na história portuguesa em 1480
como participante no apresamento do navio castelhano surpreendido na prática do comércio do ouro
que se fazia na Mina, região da costa setentrional do Golfo da Guiné, descoberta pelos portugueses
em 1471 (...)”.
Encadernação dos editores.
2076 — PERES (Damião).- A DIPLOMACIA PORTUGUESA E A SUCESSÃO DE ESPANHA.
(1700-1704). Portucalense Editora, Ldª. Barcelos. 1931. In-8.º de 171-III págs. E.
Importante contributo para a história de um dos decisivos momentos da vida portuguesa,
Encadernação nova, com bonita lombada decorada com ferros a ouro. Com as capas da brochura
preservadas.
2077 — PERES (Damião).- HISTÓRIA DOS DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES.
Portucalense Editora. Pôrto. 1943. In-4.º gr. de 515-I págs. E.
Primeira edição de uma das mais consideradas e estimadas obras para o estudo geral dos nossos
Descobrimentos. Ilustrada a cores e a negro nas páginas do texto e em folhas à parte.
Encadernação original em percalina, manchada.
2078 — PERICOT GARCÍA (Luis).- LA CUEVA DEL PARPALLÓ (GANDÍA). Escavaciones
del Servicio de Inverstigación Prehistórica de Excma. Diputación Provincial de Valencia.
Madrid. MCMXLII. [Tipografía Emporium, S. A. Barcelona]. In-fólio de 351-I págs. E.
Trabalho resultante de demoradas e competentes investigações numa sumamente rica estação arqueológica, cujos abundantes achados estão parcialmente reproduzidos em 649 desenhos nas páginas do
texto e em XXXII estampas fotográficas em folhas à parte. A obra, publicada pelo «Consejo Superior
de Investigaciones Científicas, Instituto Diego Velázquez», obteve o prestigiado «Premio Martorell del
Ayuntamiento de Barcelona».
Excelente encadernação inteira em pele vermelha, tendo na pasta da frente o escudo de Portugal e na
posterior as armas de Espanha, ambas gravadas a ouro.
2079 — PERINI DI LUCCA (Césare).- DUAS CARTAS AUTÓGRAFAS, dirigidas a Francisco
Joaquim Maia, do Porto, datadas de 1839 e 1840. Dim. 16,5 x 22,5 cm.
A primeira carta ocupa três das suas quatro páginas e a segunda ocupa apenas a primeira. Escritas em
italiano, ambas tratam de Teatro. Perini di Lucca escreveu a peça «A vespera d’um desafio na regência
de D. João I», drama que, apesar de ter sido distinguido pelo Conservatório Real de Lisboa no concurso
que para a abertura do Teatro Nacional D. Maria II foi lançado, nunca ali chegou a ser representada,
tendo sido publicada pela Typ. Rollandiana em 1848, dois anos depois do resultado do referido
concurso. Perini di Lucca publicou em Portugal outras obras além da que acima se faz referência,
designadamente o drama histórico «O Conde de Andeiro», premiado por um júri dramático do Porto.
Perini, escritor nascido em Génova em 1807, veio para Portugal por motivo políticos em 1837, tendo
fixado residência em Lisboa, onde regeu a cadeira de Declamação no Conservatório; além deste cargo
exerceu também os de ensaiador nos Teatros do Ginásio e do Salitre.
[127]
2081 - ver pag. 129
2080 — PESSANHA (Camilo).- CLEPSYDRA. Poemas. Edições Lusitania. Lisboa. 1920.
In-8.º de LXXII págs. inums. E.
Primeira edição da única obra poética publicada em vida do autor, obra onde se nota “o mais intenso
subjectivismo amoroso e uma preocupação permanente de exotismo e de novo”. Rara.
Com as margens e as capas da brochura intactas, revestido de encadernação inteira em pele azul, com
exuberante decoração dourada na lombada, seixas e pastas, tendo a da frente embutidos em pele
vermelha, ass. Mário Silva. Estojo em cartão. (ver gravura na pág. 127)
2081 — PESSANHA (Camilo).- DESORIENTAÇÃO. (Agravo crime interposto para a Relação
de Goa). Tip. Mercantil N.T. Fernandes e Filhos. Macau. 1919. In-8.º gr. de 56-II págs. B.
Raríssima publicação de Camilo Pessanha publicada durante a sua estada em Macau.
(ver gravura na pág. 128)
2082 — PESSANHA (Camilo) & MORAES (Wenceslau de).- CAMÕES NAS PARAGENS
ORIENTAIS. [S.l.n.d]. In-4.º de 14-II págs. B.
O folheto, de cuidada composição e restrita tiragem numerada, dada a lume por Petrus, integra três
escritos de Wenceslau de Morais e um de Camilo Pessanha.
Ex-libris de A. Ribeiro dos Santos.
2083 — PESSOA (Fernando).- Á MEMÓRIA DO PRESIDENTE-REI SIDÓNIO PAES.
Editorial Império. 1940. [Lisboa]. In-4.º de 16-II págs. B.
Desta primeira edição independente do poema apenas se imprimiram 545 exemplares numerados,
sendo este o n.º 54.
Com a sobrecapa também com o mesmo n.º 54, tendo no verso o célebre escrito de Pessoa intitulado
«Narração Exacta e Comovida do que é o conto do vigário. Um grande português».
Pequena mancha na folha de resguardo.
2084 — PESSOA (Fernando).- O BANQUEIRO ANARQUISTA. Edições Antígona. Lisboa.
1981. In-8.º de 67-V págs. B.
Texto preliminar datado e assinado de «Bruxelas, Outubro de 1981 - K., Sine Nomine Vulgus». Edição
limitada a 1000 exemplares.
2085 — PESSOA (Fernando).- MENSAGEM. Fotografia Jorge Barros. Design João Machado.
Prefácio José Augusto Seabra. Edições Asa. [Porto. 1996]. In-fólio de 272 págs. E.
Início do excelente Prefácio de José Augusto Seabra para esta muito bela e original edição de luxo: “Há
livros que, pela sua universalidade, pertencem a todos os povos, tanto como a uma literatura, uma língua,
uma pátria. Passa-se com essas obras o mesmo que com os mitos antigos, em que a linguagem, remontando um momento à nascente, para logo retomar o seu curso, o seu discurso originário, se faz simultaneamente poesia e história, isto é, segundo a célebre distinção de Aristóteles, se volve narração do que poderia ter sido, sem deixar de ser narração do que foi. Esposando as matrizes duma tradição, e moldando-se
nas suas formas primitivas, esses livros tornam-se de igual passo proféticos e grávidos do futuro.
“Tal é o caso de Mensagem, texto emblemático entre todos, de um patriotismo universalista, aberto a
interpretações e a significações infinitas, como o conjunto da obra de Fernando Pessoa, o grande poeta
português do nosso século, que é o exemplo por excelência da pluralidade do sujeito criador, numa
palavra da heteronímia. (...)”
Com traduções francesa, alemã, chinesa e inglesa, numa inigualável edição ilustrada com muitas e muito
belas fotografias a cores de Jorge Barros em superior papel couché creme: “A recolha fotográfica que
permitiu este trabalho foi iniciada em 1984 e terminou em 22 de Maio de 1988. No espírito da universalidade pessoana, ela abrange locais como Portugal, regiões autónomas dos Açores e da Madeira, Cabo
Verde, Moçambique, Brasil, Macau, Índia, Marrocos, Senegal, Sri Lanka, Omã e China.”
Encadernação inteira de tela azul gravada a negro, com sobrecapa com fotografia a cores sobre fundo
preto e dizeres a branco.
[129]
2086 — PESSOA (Fernando).- POEMAS INÉDITOS DESTINADOS AO Nº. 3 DO «ORPHEU».
Com um prefácio de Adolfo Casais Monteiro. Editorial Inquérito. Lisboa. 1953. In-4.º
de 24-II págs. B.
Edição feita sobre um dos dois únicos exemplares conhecidos do nº 3 do «Orpheu». Ilustrado com um
retrato inédito de Pessoa por Rodriguez Castañé. Tiragem limitada.
Vinheta da capa de Fernando Azevedo.
Exemplar n.º 35 da Tiragem Especial de 60, numerados e rubricados por Casais Monteiro.
Com manchas de acidez.
2087 — PESSOA (Fernando).- 300 PROVÉRBIOS. Notas e estabelecimento do texto de
Orlando da Silva. S.l.n.d. In-4.º peq. de 26-XXIV págs. B.
Além dos Provérbios o opúsculo integra duas cartas de Pessoa e fac-símiles de quatro cartas em inglês.
Edição limitada a 300 exemplares em papel couché, numerados e assinados.
2088 — PESSOA (Fernando).- UMA CARTA A TEIXEIRA DE PASCOAES. S.l.n.d. In-8.º gr.
de IV págs. E.
Exemplar da raríssima edição de 35 exemplares numerados, fora do comércio, em separata do fascículo n.º 14 de «Cadernos de Poesia».
Encadernação à amador. Com manchas de acidez disseminadas pelo volume.
2089 — PESSOA (Fernando) & MATOS (Norton de).- A MAÇONARIA. Reprodução do célebre
artigo do “Diário de Lisboa” Nº 4.388 de 4 de Fevereiro de 1935. [Porto. S.d.]. In-8.º de 50-II
págs. B.
Depois do conhecido texto de Fernando Pessoa vem o de Norton de Matos, constituído por uma
«Exposição dirigida ao Presidente da Assembleia Nacional em 31 de Janeiro de 1935». Tiragem restrita.
2090 — PETRARCA.- LE RIME DI PETRARCA. Venezia. Ferd. Ongania Edit.
MDCCCLXXIX. 2 vols. In-24.º de 353-I e 230-II págs. E. em 1.
Edição miniatura em finíssimo papel, com duas gravuras em separado, representando uma delas o
retrato do Poeta. Edição limitada a 1000 exemplares numerados.
Encadernação inteira em chagrin, da época, com finos ferros a ouro na lombada, pastas e seixas, com
o corte superior das folhas dourado e as outras margens intactas, estando as pasta soltas da lombada,
facilmente restauráveis.
2091 — PHŒNIX. Revista d’arte. Direcção e propriedade de Ariosto Silva e Simões de Castro.
Porto. S.d. 2 números In-8.º com 47-I págs. seguidas de um para o outro número E. em 1.
Colaboração de Oldemiro César, Alfredo Pimenta, Simões de Castro, Duarte Solano, Edmundo César,
Ariosto Silva, Carvalho Barbosa Ângelo Jorge, Pedro Vitorino e Eduardo d’Almeida. O segundo
número abre com uma notícia sobre a comissão organizadora da erecção de um monumento a Camilo.
Com desenhos e uma caricatura de Vergílio Ferreira. Únicos números publicados.
Encadernação simples. Capas da brochura conservadas.
2092 — PIMENTA (Alfredo).- IDADE-MÉDIA. (Problemas & Soluçoens). Lisboa. 1946. In-4.º
de XVI-VI-397-I págs. B.
«O termo de Braga em 572», «A cathedral mozárabe de Coimbra, no séc. XI”, «A palavra Hispania
nos documentos medievais», «Anotações ao tomo IV da História de Portugal de Gonzaga de
Azevedo», «Cargos na Côrte de D. Affonso I», «Ainda a batalha de Ourique», «Reis dos
Portugaleses», «Pedro Affonso, bastardo de D. Affonso I», «A Santa Verónica da Collegiada
de Guimaraens», «O Foral de Figueiró dos Vinhos», «O Foral de Pena Ruiva e o de Villa
[130]
.../...
Franca», «A eleição dos Papas no séc. XI», «A crise de 1383-1385», «As trégoas de Monção em
1389», «Os testamentos do Infante D. Henrique», «Quando chegou a Lisboa a notícia do descobrimento
da Índia», «As Ilhas dos Açores», etc. Com uma vastíssima «Táboa de nomes de pessoas».
Capa de brochura mal cuidada.
2093 — PIMENTA (Alfredo).- SOMBRAS DE PRINCIPES. Portvgalia Editora. Lisboa. [1920].
In-8.º gr. de 63-I págs. E.
Capítulos sobre Garrett, Herculano, Camilo, Antero, João de Deus, António Nobre e Cesário Verde.
Encadernação simples, mas com as capas da brochura conservadas.
2094 — PIMENTA (Alfredo).- OS VIMARANIS MONUMENTA HISTORICA E A
COMISSÃO ADMINISTRATIVA DA CÂMARA MUNICIPAL DE GUIMARÃIS. Edição do
autor. Guimarãis. 1936. [Tip. «Minerva». Vila Nova de Famalicão]. In-4.º gr. de 22-II págs. B.
Polémica travada entre o autor e José Francisco dos Santos, da Câmara de Guimarães.
2095 — PIMENTA (José de Melo).- QUEM FUNDOU SÃO PAULO? Contribuição ao estudo
histórico sôbre a Fundação de São Paulo. São Paulo. 1953-1954. In-4.º peq. de 220-VI págs. B.
“Este (...) livro é um repositório precioso de fatos e descrições históricas, alicerçado em documentos,
conferências e opiniões dos mais ilustres historiadores, e está fadado a ser um marco de verdade
histórica na História de São Paulo.”
Com uma extensa dedicatória do autor para “Sua Excelência o Senhor Doutor Antonio de Oliveira
Salazar, muito digno Presidente do Conselho de Ministros de Portugal (...)”
2096 — PIMENTEL (Alberto).- A AÇUCENA DE OURO. Romance. Lisboa. Portugal - Brasil.
[S.d.] In-8.º de 290-II págs. B.
Interessante capítulo de temática portuense titulado «Cidade das Camélias».
Capa ilustrada por Cristiano de Moraes.
2097 — [PIMENTEL (Alberto)].- A AGONIA DE LUIZ DE CAMÕES. Romance historico por
Amadeu Tissot, traduzido e annotado por Alberto Pimentel. Commemoração do tricentenario
por parte da Empreza Litteraria de Lisboa. Officina Typographica da Empreza Litteraria de
Lisboa. S.d. [1880]. In-8.º de 255-I págs. B.
Com um bom retrato de Camões gravado em madeira. Henrique Marques: “Além das annotações
annunciadas, o livro tem um prefacio e um importante epilogo do traductor”.
Com a margem da capa da brochura imperfeita.
2098 — PIMENTEL (Alberto).- AS ALEGRES CANÇÕES DO NORTE. Lisboa. Livraria
Viuva Tavares Cardoso. 1905. In-8.º de IV-287-III págs. E.
Livro interessante e estimado que “assenta n’uma collecção de cancioneiros e romanceiros portugueses”,
sendo também importante para o estudo da etnografia nortenha. Primeira edição, muito invulgar. Com
gravuras nas páginas do texto. Camiliano.
Boa encadernação com a lombada em pele, decorada com ferros dourados e nervos. Com as capas da
brochura conservadas, mas um pouco aparado à volta.
2100 — PIMENTEL (Alberto).- OS AMORES DE CAMILLO. (Dramas intimos colhidos na
biographia de um grande escriptor). 1899. Empreza Litteraria Lisbonense Libanio & Cunha Editores. Lisboa. In-4.º peq. de IV-435-III págs. E.
Importante para o estudo de Camilo que, segundo o autor: “... completará O Romance do Romancista,
e que prestará não escasso subsídio aos criticos, aos biografos, aos romancistas e aos dramaturgos do
futuro...” Primeira edição ilustrada com o retrato de Camilo a cores por Rafael Bordalo Pinheiro,
publicado no «Album das Glorias».
Encadernação dos editores, com ferros dourados na lombada e na pasta, tendo nesta, ferros a negro
e a efígie de Camilo.
2101 — PIMENTEL (Alberto).- O ANNEL MYSTERIOSO. Scenas da Guerra Peninsular. 3.ª
edição, illustrada, revista pelo auctor. Lisboa. Empreza da Historia de Portugal. 1904. In-8.º de
190-II págs. E.
Romance com interesse para as colecções bibliográficas portuenses, tendo sido esta edição integrada
na «Nova Collecção portugueza».
Com as capas da brochura conservadas, só de leve aparado à cabeça tendo a encadernação com a lombada em pele.
2102 — PIMENTEL (Alberto).- O ARCO DE VANDOMA. Romance. Guimarães & Cª. Editores. Lisboa. 1916. In-8.º de 344-II págs. E.
Diz Henrique Marques que este “é o melhor e o mais querido romance do autor”. Primeira edição.
Modestamente encadernado e sem as capas da brochura. Com uma assinatura no anterrosto.
2103 — PIMENTEL (Alberto).- CHRISTO NAO VOLTA. (Resposta ao «Voltareis, ó Christo?...»
de Camillo Castello Branco). Narrativa por... Livraria Internacional de Ernetso Chardron... 1873.
In-4.º de 36 págs. E.
São raros os exemplares deste opusculo, impresso em bom e muito alvo papel.
Com as capas da brochura conservadas, mas modestamente encadernado.
2104 — PIMENTEL (Alberto).- O DESCOBRIMENTO DO BRAZIL. Romance original por...
2ª edição Commemorativa do 4º centenario do descobrimento do Brazil. (Revista pelo auctor).
Lisboa. Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão. 1900. In-8.º de XIX-I-311-V págs. B.
Com um prólogo que não vem na primeira edição.
Desconjuntado.
2105 — PIMENTEL (Alberto).- DO PORTAL Á CLARABOIA. 2ª edição revista pelo auctor.
Lisboa. 1913. In-8.º gr. de 175-I págs. E.
“O assumto portuense d’este livro colhi-o da janella da minha casa, vizinha do Passeio das Virtudes,
então e ainda hoje um logar solitario e concentrado, onde só pode viver contente quem tenha em si
mesmo alegria bastante para contrapôr á paisagem vidrenta que melancoliza ali o rio Douro”.
Boa encadernação moderna, com as capas da brochura, sendo a da frente ilustrada a cores.
Inteiramente por aparar.
2099 — PIMENTEL (Alberto).- AS AMANTES DE DOM JOÃO V. Estudos historicos. Lisboa.
Typographia da Academia Real das Sciencias, 1892. In-8.º de 276 págs. E.
2106 — PIMENTEL (Alberto).- ENTRE O CAFFÉ E O COGNAC. Porto. Imprensa
Portuguesa. 1873. In-8.º de 244-II págs. B.
[131]
[132]
Deste livro disse Pinheiro Chagas: “(...) Percorrendo este livro sinto o prazer intenso de ver confirmado
por estes novos dados o juizo que sempre formei ácerca de D. João V, que, emquanto a mim, nunca
mereceu a reputação romanesca que lhe fabricaram Rebello da Silva e muitos outros”. Referência
a Camilo. Primeira edição.
Com as capas da brochura conservadas, mal encadernado e um pouco aparado a toda à volta.
Colectânea de folhetins publicados anteriormente em «O Primeiro de Janeiro». Com um interessante
capítulo intitulado, «O Gabinete de Camilo». Um dos mais raros livros do autor.
Com a capa da brochura da frente e as três primeiras folhas com manchas de água, já secas. Falta a capa
posterior. Aparado apenas à cabeça.
2107 — PIMENTEL (Alberto).- ESBOÇOS E EPISODIOS. Porto. Typographia da Casa Real.
1871. In-8.º de 223-I págs. E.
Destacam-se, entre os capítulos do volume: «Viagem ao Bussaco (1866)», «Coroa de perpetuas —
Á Memoria de Francisco Paula Mendes, jornalista portuense», «Um escriptor portuguez... santo»,
capítulo em que se fala de Almeida Braga, Camilo e Herculano e «Um episodio da vida de Castilho»
Dedicatória de Alberto Pimentel para Nogueira Lima. Modestamente encadernado e aparado.
2108 — PIMENTEL (Alberto) .- FITAS DE ANIMATÓGRAPHO. 1909. Parceria Antonio
Maria Pereira. Lisboa. In-8.º gr. de 193-III págs. E.
Primeira edição colectiva de interessantes escritos dispersos por várias publicações periódicas literárias
e artísticas, de que Henrique Marques destaca, entre outros, os seguintes: «Outros tempos, quadro
portuense» — em que o A. dá, á maneira de memorias, noticias de interessantes e curiosos pormenores acerca dos costumes e vida do Porto na epocha que o artista tentou reproduzir na téla; «Outeiros
e abadessado»; «Como se vingam os bons», Ao conde de Proença-a-Velha; «O Chá do Cercal»,
a António Arruda; «O animatographo nas praias» Ao Dr. Bernardo Lucas; «Outros tempos» (Quadro
do pintor portuense António José da Costa).
Dedicatória do punho do autor. Bem encadernado, com as capas da brochura e só de leve aparado
à cabeça.
2109 — PIMENTEL (Alberto) .- FLOR DE MYOSÓTIS. Romance original. Lisboa. Imprensa
Moderna. 1886. In-8.º de 282-VI págs. E.
Henrique Marques: “Saiu primitivamente com o titulo A guerra das Carolinas em folhetins no Jornal
de Santo Thyrso, e posteriormente, no Economista, egualmente em folhetins, mas já com novo titulo,
de modo que a sua publicação em vol. representa a 3.ª edição” mas primeira em volume independente.
Raro.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
2110 — PIMENTEL (Alberto).- PHOTOGRAPHIAS DE LISBOA. Porto. Typographia de
Freitas Fortuna. 1874. In-8.º de 120 págs. B.
Livro interessante e estimado, com várias referências a Camilo, Garrett, Pinheiro Chagas, D. Pedro V.,
Teixeira de Vasconcelos, Luciano Cordeiro, Ramalho, Júlio César Machado, José Estevão, Rafael
Bordalo Pinheiro, etc., e, entre outros, os seguintes capítulos: «Do Douro ao Tejo», «O Tejo»,
«Prégões e pregoeiros», «Barjona de Freitas», «Photographias da verdade», «Um ridiculo applicado
á politica», «A guitarra», «Da rua dos Capellistas ao passeio da Estrella», «A proposito do jornalismo
lisbonense», «Os domingos de Lisboa», «O Natal em Lisboa», «Epidemia em Lisboa».
Henrique Marques: “Os editores Magalhães & Moniz que havia pouco tinham inaugurado a sua casa
editora adquiriram a propriedade d’este livro, afim de com elle brindarem os seus clientes, fazendo
assim o melhor dos reclames ao seu estabelecimento commercial”, razão porque na capa da brochura
figura o nome dos editores Magalhães & Moniz e já não, como vem no frontispício, o nome de Freitas
Fortuna.
2111 — PIMENTEL (Alberto).- GUIA DO VIAJANTE NA CIDADE DO PORTO E SEUS
ARRABALDES, contendo todos os horarios dos Caminhos de Ferro, Americanos, etc., etc.
Porto. Livraria Central de J. E. da Costa Mesquita - Editor. 1877. In-8.º de 240 págs. E.
Interessantíssimo livro sobre o Porto de há muito mais de um século, um dos mais raros da longa
e muito estimada bibliografia de Alberto Pimentel. Henrique Marques: “Como de costume, o sr.
Alberto Pimental deu n’este livro largas aos seus devaneios sobre a sua estremecida terra natal.”
Referência a Camilo e a muitos outros escritores.
Encadernação com a lombada em pele decorada com ferros a ouro, tendo as capas da brochura preservadas..
[133]
2112 — PIMENTEL (Alberto).- HISTORIA DO CULTO DE NOSSA SENHORA EM PORTUGAL.
Livraria Editora Guimarães, Libânio & Cª. Lisboa. [1899]. In-4.º de X-501-I págs. B.
Obra invulgr e muito justamente estimada, com muitos e valiosos elementos de interesse para a História
de Portugal. Profusamente ilustrada nas páginas do texto e em folhas à parte. Única edição até hoje
publicada.
Capa da brochura da frente e anterrosto danificados no ângulo superior direito.
2113 — PIMENTEL (Alberto).- HISTORIAS DE REIS E PRINCIPES. Porto. Livraria
Gutenberg - Editora. 1890. In-8.º de 317-VII págs. B.
São estes os capítulos que constituem este interessante livro de Alberto Pimentel: «Um rei e um
conspirador», «Seis rainhas para um rei», «D. Beatriz de Portugal», «Rei e pastor», «Mãi e filhos»,
«Tradição galante de D. Miguel», «Maximiliano em Portugal», «Duas imperatrizes», «O paiz dos
meninos», «Um rei entre montanhezes», «No harem de Marrocos», «Idyllio de amor», «Na morte de
Kronprinz», «El-rei D. Luiz nos Jeronymos», «Rainha e viuva».
Capa da brochura de posterior factura pela Livraria Académica de J. Guedes da Silva, a mais emblemática das livrarias alfarrabistas desta cidade.
2114 — PIMENTEL (Alberto).- IDYLLIOS DOS REIS. Com um prefacio de Camillo Castello
Branco (Visconde de Corrêa Botelho). Edição illustrada. Officina Typographica da Empreza
Litteraria de Lisboa. [S.d. - 1886]. In-8.º gr. de 230-II págs. E.
É extenso o prefácio de Camilo para este estimado livro de versos, ilustrado com retratos de notáveis
mulheres portuguesas e estrangeiras. Com extensas notas. Primeira edição.
Encadernação com cantos e lombada em pele, decorada com ferros dourados, mantendo conservadas
as capas da brochura.
2115 — PIMENTEL (Alberto).- JULIO DINIZ. (Joaquim Guilherme Gomes Coelho). Esboço
biographico por... Porto. Typographia do Jornal do Porto. 1872. In-8.º de 40 págs. B.
Uma das mais invulgares espécies bibliográficas do autor. Com referências a Camilo e a outros escritores.
Pequeno restauro na capa da brochura.
2116 — PIMENTEL (Alberto).- O LOBO DA MADRAGOA. Romance original. Lisboa.
Parceria A. M. Pereira - Livraria Editora. 1904. In-8.º gr. de 341-I págs. E.
Romance baseado na vida do poeta satírico António Lobo de Carvalho, nascido em Guimarães pelos
anos de 1730. Diz Inocêncio que as Poesias de Lobo de Carvalho, “digno successor de Gregorio de
Mattos”, saíram pela primeira vez em Cádiz em 1852 e que a edição, constante de 200 sonetos e 10
décimas, “é precedida de uns Apontamentos para a vida do auctor onde foi consignado o pouco que
d’elle se sabe. - É para sentir que a phrase descomposta e os termos obscenos que conspurcaram grande
parte d’estas poesias se tornem incapazes de serem lidas pelas pessoas que se abonam de escrupulosas
e modestas.” Primeira edição em volume, ilustrado com boas gravuras nas páginas do texto entre as
quais estão uma vista da “Real Collegiada da Oliveira em Guimarães” e uma “Vista de Amaramte”.
Já tinha sido publicado em folhetins do “Diário de Notícias” e foi reeditado em 1954.
Com as capas da brochura conservadas e com a encadernação com lombada de pele.
2117 — PIMENTEL (Alberto).- LOPO VAZ DE SAMPAIO E MELLO. Esboço biographico
por... Lisboa. Adolpho, Modesto & C.ª - Impressores. 1891. In-8.º gr. de 32 págs. Desconj.
Opúsculo não posto à venda, ilustrado com um retrato de Sampaio e Mello.
2118 — PIMENTEL (Alberto).- LUAR DE SAUDADE. Recordações de um velho escritor,
precedidas da biografia publicada em 1881 por Gonçalves Crespo e anotadas bibliograficamente
por Henrique Marques. 1924. Guimarães & Cª. Lisboa. In-8.º de 419-I págs. B.
Excelente livro de memórias, inevitavelmente camiliano como quase todos os do autor e enriquecido
com uma extensa «Bibliografia Pimenteliana» por Henrique Marques.
[134]
2119 — PIMENTEL (Alberto).- MATA-A OU ELLA TE MATARÁ, ou Homem-Mulher ou
Mulher-Homem ou nem Homem nem Mulher, ou Alexandre bestialisado por Emilio ou Emilio
bestialisado por Alexandre. Estudo succinto e conceituoso, lardeado de cantoria, combates d’espada
e bala terminando por uma cançoneta enthusiastica com musica já conhecida. Scenas da Vida
Conjugal por *** com um prefacio inedito. Traducção aprimorada de Gervasio Lopes
Canavarro, mestre da Philarmonica d’Affife, ex-sachristão da Irmandade do Cordão e Chagas
e confrade do Joaquim dos Musicos. Livraria Internacional de Ernesto Chardron. Porto - Braga.
[1872]. In-8.º de 48 págs. E.
2125 — PIMENTEL (Alberto).- O NATAL NA RESIDENCIA. Poemeto. Com um prefácio de
Camillo Castello Branco. Porto. Viuva Moré - Editora. 1871. In-8.º de 56 págs. E.
2120 — PIMENTEL (Alberto).- O MELHOR CASAMENTO. Romance. Guimarães & Cª.
Lisboa. S.d. [1921]. In-8.º de 254-II págs. E.
2127 — PIMENTEL (Alberto).- NOTAS SOBRE O AMOR DE PERDIÇÃO. 1915. Guimarães
& Cª. Lisboa. In-8.º de 155-I págs. E.
Curioso opúsculo publicado anónimo, durante muito tempo atribuído a Camilo, mas cuja tradução está
documental e garantidamente como sendo da autoria de Alberto Pimentel.
No «Segundo Escrinio Bibliográfico da Importante e Valiosa Livraria (...) de Rodrigo Veloso», vêm as
circunstâncias da tradução e preço porque ela foi feita por Alberto Pimentel.
Com um rasgão no frontispício, cuja falta foi colmatada pela transcrição manuscrita do pouco texto
em falta. Encadernação moderna, tendo na lombada o nome de Camilo.
Romance já anteriormente publicado em folhetins no jornal «O Primeiro de Janeiro», sendo esta a sua
primeira e única edição em livro. Com citações camilianas.
Boa encadernação com cantos e lombada em pele, com nervuras e fios dourados. Com as capas da brochura
conservadas e só de leve aparado à cabeça.
2121 — PIMENTEL (Alberto).- MEMORIAS DO TEMPO DE CAMILLO. A. A. 1913.
Magalhães & Moniz, Lda. - Editores. Porto. In-8.º de 270-II págs. B.
Interessantíssimo livro de memórias, por cujas páginas perpassam outros grandes vultos das letras
e das artes da época, dizendo Henrique Marques que esta é a quinta obra dedicada pelo autor à figura
literária de Camilo. Ilustrado.
2122 — PIMENTEL (Alberto).- MYSTERIOS DA MINHA RUA. Porto. Typographia Pereira
da Silva. 1871. In-8.º de 222-II págs. E.
Livro de contos, mais tarde reeditado em «Seara em Flor». A rua que o autor refere no título deste seu
livro é a rua do Almada, no Porto, onde o autor ao tempo residia.
Capa da brochura ilustrada com um correr de casas, pretensamente da Rua do Almada. Exemplar
revestido de encadernação recente, inteira de pele, com dourados na lombada. Só de leve aparado
à cabeça.
2123 — PIMENTEL (Alberto).- A MUSA DAS REVOLUÇÕES. Memoria sobre a poesia popular
portugueza nos acontecimentos politicos. Lisboa. Viuva Bertrand & Cª... MDCCCLXXXV.
In-8.º de 247-I págs. B.
Henrique Marques: “Julio Cesar Machado, consagrou a este interessante volume, todo um folhetim no
Diario de Noticias de 30 de Julho de 1885. Entre outras coisas amaveis e justas que escreve da Musa
das Revoluções, diz (...) o seguinte: «No seu livro estuda o sr. Alberto Pimentel a musa popular quando
ella inspira os que combatem, os que se revoltam contra o jugo dos despotas, os que cortam a esperança
da liberdade ou a saudam ao entrarem nos periodos heroicos. (...)” Cancioneiro curioso e invulgar,
com referências a Camilo e a outros escritores.
2124 — PIMENTEL (Alberto).- O NARIZ. Poesia comica. Porto. Na Livraria de Novaes Junior
- Editor. 1867. In-8.º de 16 págs. B.
Esta poesia foi dedicada a Agostinho Albano, segundo Henrique Marques “um notavel escriptor humoristico portuense, que deixou de si muito boa memoria, legando-nos alguns livros cheios de boa graça
portuguesa (...)”. Raro.
Cremos que foi publicado sem capas da brochura.
[135]
Livrinho em verso, estimado e invulgar, com três páginas de Prefácio de Camilo Castelo Branco.
Encadernação com lombada e cantos em pele. Conserva as capas da brochura e está aparado só à cabeça.
Ex-libris da Biblioteca Salema Garção.
2126 — PIMENTEL (Alberto).- NERVOSOS, LYMPHATICOS E SANGUINEOS. Porto.
Typographia de Antonio José da Silva Teixeira. 1872. In-8.º de 207-V págs. E.
Raro e muito interessante livro de Alberto Pimentel, com capítulos sobre A. P. Lopes de Mendonça,
Vieira de Castro, Camilo Castelo Branco, António Feliciano de Castilho, Júlio César Machado,
Alexandre da Conceição, Beethoven, Raphael e Luís Rossel.
Encadernação com cantos e lombada em pele, com nervuras e ferros dourados; com as capas da brochura
conservadas, apresentando a da frente e as duas folhas imediatas um restauro no ângulo superior. Com
dois Ex-libris, sendo um de Gustavo d’Ávila Perez e outro de Pedro Alvellos.
Tem, em folha desdobrável, o fac-símile de duas páginas do manuscrito do «Amor de Perdição»,
romance escrito “n’um dos cubiculos-carceres da Relação do Porto, a uma luz coada por ferros, e abafada
pelas sombras das abobadas.”
Bem executada encadernação com a lombada em pele, ornada de ferros dourados e com as capas da
brochura resguardadas. Com um carimbo de posse, a óleo, no frontispício.
2128 — PIMENTEL (Alberto).- O QUE ANDA NO AR. Officina Typographica da Empreza
Litteraria de Lisboa. S.d. [1881?]. In-8.º de 311-I págs. E.
Henrique Marques sobre este raro livro: “É a compilação de uma serie de artigos publicados sob o titulo
de Atravez da imprensa insertos no Diario Illustrado, de Lisboa. — Traz este volume um retrato do
auctor, gravura em madeira de Pastor. (...) O titulo d’este livro proveiu de uma phrase pronunciada
pelo bispo de Vizeu, Antonio Alves Martins, na Camara dos Pares e que ficou celebre.” Títulos de
alguns capítulos do livro: «O Jacaré do sr. Marianno de Carvalho», «Carta ao ex.mo sr. Barros
Gomes», «A arte de ser lisboeta», «A glandula pineal», «Lucto do partido miguelista», «O annel
de D. Leonor Telles», «O Chiado», «Camões e Lisboa», «Os Luziadas», «Os congressos de Lisboa».
Encadernação da época, com as margens intactas. Ex-libris nominal a óleo no frontispício.
2129 — PIMENTEL (Alberto).- PENA DE TALIÃO. Poema herói-cómico. Famalicão. Typ.
Minerva... 1913. In-8.º de 120 págs. E.
No «Prefácio indispensavel» o autor assinala a coincidência entre o tema de O Hissope de Cruz e Silva
e o de Pena de Talião, em que são personagens António Denis e o Vice-Rei do Brasil Luís de
Vasconcelos e Sousa, “numa análoga dissenção de etiquêta, qual foi a da precedencia de logares nas
recepções de grande gala”, facto verídico passado no Rio de Janeiro.
Encadernação com a lombada em pele e só levemente aparado à cabeça: tem uma mancha de água,
seca, no ângulo inferior das primeiras folhas.
2130 — PIMENTEL (Alberto).- A PORTA DO PARAISO. Chronica do Reinado de D. Pedro V.
Romance original de... Lisboa. Lucas & Filho - Editores. 1873. In-8.º de 252-IV págs. E.
Henrique Marques: “Dos romances do sr. Alberto Pimentel este foi dos que melhor cairam no agrado
do publico, que ainda tinha frescas na memoria as circunstancias tragicas em que occorrera a morte de
D. Pedro V, monarcha a cujos altos merecimentos se começou ainda não ha muito a dar o devido
valor”. Primeira edição.
Encadernação da época.
[136]
2131 — PIMENTEL (Alberto).- O PORTO HA TRINTA ANNOS. Porto. Livraria Universal de
Magalhães & Moniz, Editores. [1893] In-8.º gr. de X-II-284 págs. B.
“É um dos mais interessantes volumes de memorias da serie portuense que o autor tem publicado”.
Interessa à bibliografia camiliana. Primeira edição, muito invulgar.
2132 — PIMENTEL (Alberto).- O PORTO NA BERLINDA - Memorias d’uma Familia
Portuense. Porto. Livraria Internacional de Ernesto Chardron. 1894. In-8.º de XXVI-281 págs. E.
Na parte final - «Memorias d’uma familia portuense» - o autor revela notas íntimas relativas à sua própria
familia. Numerosas transcrições de Camilo, Ramalho, Herculano, Arnaldo Gama, Castilho, Garrett,
etc. Muito curioso e estimado.
Boa encadernação com cantos e lombada em pele, tendo conservadas as capas da brochura.
2133 — PIMENTEL (Alberto).- O PORTO POR FORA E POR DENTRO. Livraria
Internacional de Ernesto Chardron. 1878. In-8.º de 277-III págs. B.
Esta obra em que mais uma vez se manifesta o amor do A. pela terra que lhe serviu de berço é dedicada
“A Camilo Castello Branco”. Interessante livro de memórias, muito invulgar nesta sua primeira edição.
Exemplar por abrir.
2134 — PIMENTEL (Alberto).- PORTUGAL DE CABELLEIRA. Pará. Livraria Universal de
Tavares Cardoso & Cª. 1875. In-8.º de 248 págs. E.
A obra foi destinada ao Brasil, mas impressa em Portugal. Livro curioso, preenchido por treze interessantes artigos de diverso assunto que descrevemos: «Barba e bigode»; «Terreiro do Paço»; «As feiras»;
«A antiga viação portugueza»; «Tradicção Setubalense - O Convento de Jesus»; «Tradicções antigas
de Sant’Yago de Cacem»; etc. Camiliano.
Com as capas da brochura conservadas, só de leve aparado à cabeça e com encadernação recente, com
a lombada de pele.
2135 — PIMENTEL (Alberto).- A PRAÇA NOVA. Edição da “Renascença Portuguesa”. Porto.
[1916]. In-8.º de 285-V págs. E.
Livro ilustrado, muito interessante e com valiosos elementos para a história do Porto, cujos capítulos
são: «O Berço da Praça Nova», «Da Primeira à Segunda Época Constitucional», «Derrota dos
Barraqueiros e dos Miguelistas», «O “Mentidero” Portuense», «Recordações de um Sábio e outras
Pessoas Ilustres», «De República a República», «Post Scriptum» Citações e transcrições Camilianas.
Um dos mais interessantes e estimados livros da bibliografia portuense. Invulgar.
Bela encadernação à amador, com as capas da brochura e só de leve aparado à cabeça.
2136 — PIMENTEL (Alberto).- A PRIMEIRA MULHER DE CAMILO. 1916. Guimarães & Cª.
Lisboa. In-8.º de 135-I págs. B.
Informações inéditas acerca do primeiro casamento da Camilo em Friúme, Samardã. Ilustrado.
2137 — PIMENTEL (Alberto).- A PRINCESA DE BOIVÃO. Romance. Edição definitiva.
1919. Lisboa. In-8.º de 199-I págs. B.
A primeira edição saíu em 1897
2138 — PIMENTEL (Alberto).- RAINHA SEM REINO. (Estudo Historico do seculo XV).
Porto. Barros & Filha, Editores. 1887. In-8.º de 252-III págs. E.
Trabalho histórico interessante pelas novas e importantes revelações que contém sobre o reinado
de D. Afonso V, em conflito com a côrte de Castela. Henrique Marques: “É digna de lêr-se a carta dirigida
[137]
.../...
a Alberto Pimentel por Camillo, apreciando esta nova producção do meu querido amigo. Esta carta foi
publicada pelo destinatario no Diario Illustrado de 1 de Abril de 1887, acompanhada de alguns curiosos
comentarios que a esclarecem.
Boa encadernação nova com a lombada em pele. Conserva intactas as capas da brochura e está aparado
só à cabeça.
2139 — PIMENTEL (Alberto).- O ROMANCE DA RAINHA MERCEDES. Porto. Livraria
Portuense - Editora. 1879. In-8.º de 127-I págs. B.
Henrique Marques: “Este pequeno romance, que mais do que romance é a rememoração sentida da
vida amorosa da malograda princesa e de seu marido, Affonso XII, mereceu ao seu A. alêm de uma
lisongeira carta de agradecimento d’este monarcha a mercê de cavalleiro da ordem de Carlos III, com
que o mesmo monarcha o agraciou.”
Capa de brochura com defeitos marginais.
2140 — PIMENTEL (Alberto).- O ROMANCE DO ROMANCISTA. Vida de Camillo Castello
Branco. Lisboa. Empreza Editora de F. Pastor. [1890]. In-8.º gr. de 379-I págs. E.
Primeira edição deste excelente livro de Alberto Pimentel, fundamental para o conhecimento da vida
e obra do grande romancista de Seide. Ilustrada com numerosas gravuras, retratos e letras capitais de
Pastor talhadas em madeira, intercaladas nas páginas do texto.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
2141 — PIMENTEL (Alberto).- ROMARIAS PORTUGUESAS. I - Nossa Senhora da Agonia
em Vianna do Castello. Lisboa. 1906. In-8.º gr. de 30 págs. B.
Interessante e muito raro trabalho de Alberto Pimentel, com referências a Camilo. Com um programa
das festas em folha desdobrável.
2142 — PIMENTEL (Alberto).- SANGUE AZUL. (Estudos Historicos). Lisboa. Parceria
Antonio Maria Pereira. 1898. In-8.º gr. de XIV-369-III págs. E.
Primeira edição, ilustrada com retratos e gravuras, algumas das quais em folha dupla. Com os seguintes
capítulos: «Um portuguez derretido»; «A Joanna d’Arc dos Miguelistas. I. O Novo Gedeão; II. Im
Marte de saias; III. Carta em baixo, D. Miguem em cima; IV. A victoria das sobrinhas; V. Ella sem
elle»; «A perceptora de uma Rainha».
Boa encadernação nova, com lombada em pele decorada com ferros dourados em casas fechadas. Com
a capa da brochura da frente conservada.
2143 — PIMENTEL (Alberto).- SEM PASSAR A FRONTEIRA. 1902. Livraria Central de
Gomes de Carvalho, Editor. Lisboa. In-8.º de 344 págs. E.
“(...) este livro, em que resumo lembranças de varias epocas, falla de Portugal, o que plenamente justifica
o titulo com que o baptisei”. Ribatejo, Cascais, O Termo de Lisboa, Mafra, Cartas da Ericeira, Aveiro,
Espinho, Matosinhos e Leça, Cartas do Minho, Fataunços, Guarda, etc.
Encadernação da época, cansada, com falta de um pequeno pedaço de papel no ângulo superior da
folha de anterrosto.
2144 — PIMENTEL (Alberto).- O TESTAMENTO DE SANGUE. Romance. Porto.
Typographia do Jornal do Porto. 1872. In-8.º gr. de 267-I págs. B.
Neste interessante romance, segundo Henrique Marques, o autor “faz sentir toda a influência da leitura
dos livros de Camilo”. Primeira edição, muito estimada.
Com falta da capa da brochura posterior.
[138]
2145 — PIMENTEL (Alberto).- A TRISTE CANÇÃO DO SUL. (Subsídios para a historia do
fado). Lisboa. Livraria Central. 1904. In-8.º de 302-II págs. E.
«A Triste canção do sul», bem como »As alegres canções do norte» e a «Musa das revoluções», assenta
bem “n’uma collecção de cancioneiros e romanceiros portugueses”. Refere-se a Camilo e a outros
escritores.
Encadernação inteira em percalina, com dizeres dourados na lombada e na pasta.
2146 — PIMENTEL (Alberto).- A ULTIMA CÔRTE DO ABSOLUTISMO EM PORTUGAL.
Lisboa. Livraria Ferin, Editor. 1893. In-8.º gr. de XII-346-VI págs. E.
Um dos mais estimados estudos históricos do autor. Camiliano. Pouco comum.
Bela encadernação à amador, nova, com ferros a ouro em casas fechadas, mantendo preservadas
as capas da brochura e estando só de leve aparado à cabeça.
2147 — PIMENTEL (Alberto).- UM CONTEMPORANEO DO INFANTE D. HENRIQUE.
Carta a Mr. Mathieu Lugan. Porto. Livraria Internacional de Ernesto Chardron. 1894. In-8.º
de 161 págs. E.
Henrique Marques: “Assumpto d’este volume: a historia de Alvaro Vaz de Almada, o companheiro
e amigo do infante D. Pedro, o da Alfarrobeira.”
Encadernação com a lombada em pele, da época. Com um carimbo no anterrosto.
2148 — PIMENTEL (Alberto).- UMA VISITA AO PRIMEIRO ROMANCISTA PORTUGUEZ
EM S. MIGUEL DE SEIDE. Porto. Livraria Internacional de Lopes & Cª - Editores. 1885.
In-8.º de 40 págs. E.
É o primeiro livro de Alberto Pimentel exclusivamente consagrado a Camilo Castelo Branco.
Encadernação da época, com a lombada em pele, tendo conservadas as capas da brochura.
2149 — PIMENTEL (Alberto).- A VARANDA DE NATHERCIA. Officina Typographica da
Empreza Litteraria de Lisboa. S.d. [1880]. In-8.º de 64 págs. B.
Opúsculo escrito para comemorar o Centenário de Camões. Invulgar.
Capa da brochura com uma gravura alegórica aberta em madeira.
2150 — PIMENTEL (Alberto).- VIAGEM Á RODA DAS VIAGENS. Livraria Editora
Guimarães & C.ia. Lisboa. S.d. [1899?]. In-8.º de 18-II págs. B.
Opúsculo N.º 3 do «Culto Garretteano».
2151 — PIMENTEL (Alberto).- VIAGENS A RODA DO CODIGO ADMINISTRATIVO.
Lisboa. Officina Typographica de J. A. de Mattos. [S.d. - 1879]. In-8.º de 278-II págs. B.
Disse Camilo acêrca deste raro livro que era “o melhor livro de Alberto Pimentel, e como livro humoristico e de viagens no nosso paiz, dos melhores que se haviam publicado”.
2152 — PIMENTEL (Alberto).- VIDA MUNDANA DE UM FRADE VIRTUOSO. (Perfil historico
do seculo XVII). Lisboa. Livraria de Antonio Maria Pereira. 1889. In-8.º gr. de 161-I págs. E.
“É a biografia algo romantizada do seraphico Frei Antonio das Chagas, que veiu a morrer quasi sancto
no convento do Varatojo”, segundo palavras de Henrique Marques. Camiliano.
Boa encadernação, nova, com cantos e lombada em pele mosqueada. Só de leve aparado à cabeça,
resguardadas as capas da brochura, tendo a da frente um pequeno restauro.
[139]
2155 - ver pág. 141
2153 — PIMENTEL (Alberto).- VINTE ANNOS DE VIDA LITTERARIA. (2ª edição, revista
pelo auctor). 1908. Parceria Antonio Maria Pereira. Lisboa. 1908. In-8.º de 196-IV págs. E.
Capítulos consagrados a D. Luís, Herculano, José Gomes Monteiro, Fontes Pereira de Melo, António
Augusto de Aguiar, Mendes Leal, Gonçalves Crespo, Inocêncio Francisco da Silva, Alexandre da
Conceção, Júlio César Machado, etc. Camiliano. Edição integrada na «Collecção Antonio Maria
Pereira».
Encadernação dos editores.
2154 — PIMENTEL (Alberto).- ZAMPERINEIDA. Segundo um manuscrito da Bibliotheca
Nacional de Lisboa. Publicado e anotado por... Lisboa. Livraria Central de Gomes de Carvalho,
editor. 1907. In-4.º de 239-I págs. E
Livro muito curioso e muito invulgar sobre a célebre cantora Anna Zamperini. No decorrer de volume
aparecem várias referências a Camilo.
Encadernação com a lombada em pele, só de leve aparado à cabeça mas sem as capas da brohura.
2155 — PIMENTEL (Alberto) & BORBA (Tomás).- FADO DE CAMILO. Edição da Emprêsa
Diário de Notícias. S.d. In-fólio de IV págs. E.
“O ilustre escritor, discípulo amado de Camilo, que é Alberto Pimentel, autor de alguns trabalhos de
verdadeiro valor sobre o grande mestre, fez uma tentativa de popularização do culto camiliano, dando-nos
o Fado de Camilo que foi publicado no Diário de Notícias de 15 de Março de 1925. Para essa peça
literária feita ao sabor e na toada popular, para ser cantada com ou sem côro, fez a música Tomás
Borba, músico e professor, cujo nome dispensa elogios. Para bibliófilos e camilianistas publicamos em
separata a letra e música do Fado de Camilo, que é a homenagem singela, feita para o povo, de um
alto espírito de artista ao extraordinário escritor, cujo centenário Portugal celebrou.” Muito raro.
Encadernação com a lombada em pele. (ver gravura na pág. 140)
2156 — PIMENTEL (Diogo Pereira Forjaz de Sampaio).- MEMORIAS DO BOM JESUS DO
MONTE E ROTEIRO OU BREVE NOTICIA DE BRAGA. 1883. Lallemant Frères, Typ.
Lisboa. In-8.º gr. de XII-188-IV págs. B.
Obra clássica da bibliografia bracarense, com várias edições publicadas, sendo esta a quarta, “muito
alterada e consideravelmente accrescentada”. Com gravuras nas páginas do texto.
Com as últimas folhas desconjuntadas.
2157 — PIMENTEL (Luís Serrão).- PRÁTICA DA ARTE DE NAVEGAR. Prefácio de A.
Fontoura da Costa. Segunda Edição. Agência Geral do Ultramar. Lisboa, MCMLX. In-4.º
de XI-194-II págs. B.
Luís Serrão Pimentel foi cosmógrafo-mór do reino, autor de vários e valiosos trabalhos. Em 1673 um
seu discípulo “teve a feliz idéia de coligir as lições do ilustre mestre. Escreveu-as pouco a pouco,
à medida que Serrão Pimentel as ia proferindo no ensino dos pilotos. Intitulou-as: «Prática da Arte de
Navegar». O precioso Códice conserva-se hoje na Biblioteca Nacional (...) que comprou em 1906 na
Livraria Morais. O ignorado aluno, excelente desenhador, ilustrou profusamente o seu trabalho com
figuras e 15 Estampas coloridas muito interessantes”. Cuidada edição da Agência Geral do Ultramar,
amplamente ilustrada com numerosas reproduções do manuscrito. Interessa ao Brasil.
2158 — PIMENTEL (Manuel).- ARTE // DE // NAVEGAR, // EM QUE SE ENSINÃO AS
REGRAS PRATICAS, // e os modos de cartear, e de graduar a Balestilha por via // de numeros,
e muitos problemas uteis á navegação, // E // ROTEIRO // DAS VIAGENS, E COSTAS MARITIMAS // de Guiné, Angola, Brazil, Indias, e Ilhas // Occidentaes, e Orientaes, // Novamente
emendado, e accrescentadas muitas derrotas, // DEDICADA A ELREI // D. JOÃO V. // NOSSO
SENHOR // POR // MANOEL PIMENTEL, // Fidalgo da Casa de S. Magestade, e Cosmografo
[141]
.../...
2158 - ver pág. 141
// Mór do Reino. // LISBOA, // Na Officina de MIGUEL MANESCAL DA COSTA, // Impressor
do Santo Officio. // Anno M. DCC. LXII. In-4.º gr. de X págs. prels. inums. e 603-I págs. E.
Uma das várias e muito raras edições desta importante obra sobre a Arte de Navegar, cuja edição
original data de 1699, segundo Inocêncio, sendo esta a quarta pela ordem dada por este bibliógrafo,
que a respeito da obra diz:”Esta é, com alguns additamentos e correcções, a reimpressão das duas
obras do pae do auctor [Luís Serrão Pimentel], mencionadas no Diccionario, tomo V, n.os L, /40 e 742:
Não sei comtudo explicar a razão da preferencia (que nenhuma ha, a meu ver) dada no pseudo-Catalogo da Academia a esta edição de 1699 sobre a outra, que se lhe segue, ainda de novo emendada
e accrescentada pelo proprio Manuel Pimentel (...).
“Esta Arte grangeou muita auctoridade, e foi por longos annos havida por texto em Portugal, merecendo
não menos os applausos dos hydrographos estrangeiros.”
O exemplar que apresentamos contém três gravuras abertas a buril em chapa de cobre, sendo desdobrável a primeira; inums. as duas primeiras e num com num. romana a 3ª e 18 gravuras nums. 1 a 18,
com mapas, por vezes dois em cada gravura, uma bela “Rosa dos Ventos” aberta em cobre na pág. 11,
além de outras figuras nas páginas do texto e letras capitais e florões de remate em gravuras abertas
em madeira.
Com pequeno corte de traça na margem interior das X págs. prels. e 20 primeiras páginas; um rasgão
na margem da folha correspondente às págs. 49-50; encadernação mau estado, necessitando o volume
de ser restaurado e reencadernado.
Com a seguinte nota manuscrita antiga ao alto da segunda folha: “Pertence a João dos Reis Capitão da
marinha mercante pelas escolas navais de Lisboa e do Rio de Janeiro.” (ver gravura na pág. 141)
2159 — PIMPÃO (Álvaro Júlio da Costa).- HISTÓRIA DA LITERATURA PORTUGUESA.
Edições Quadrante, Lda. 1947. 2 vols. In-4.º gr. de 519-I e 320 págs. E. em 1.
A obra, que o autor infelizmente não concluiu, abrange os séculos XII a XVI, sendo, para o estudo
deste período, fonte de indispensável consulta. Com numerosas reproduções de frontispícios e folhas
de manuscritos e impressos de muitas das obras estudadas.
Encadernação dos editores, com a lombada em pele.
2160 — PINA (Luís Maria da Câmara).- A BATALHA DE SÃO MAMEDE. (24 de Junho de
1128). Subsídios para a sua História Militar. Academia Portuguesa da História. Lisboa.
MCMLXXIX. In-4.º gr. de 57-III págs. B.
Com uma estampa a cores representando a Batalha de São Mamede, reproduzida de um trabalho original
de António Lino; três estampas, também a cores, com as Armas de D. Afonso Henriques, as “Armas
antiquissimas da Prouincia de Portugal, Hû Cidade brãca [Braga?]” e a “Coroação de D. Afonso
Henriques”, reproduzida de um quadro existente no Arquivo Secreto do Varicano; a negro tem ainda
uma carta geográfica da “Batalha de São Mamede.— Campo da Ataca (São Torcato — Guimarães”,
e duas, fotográficas, com o Túmulo de D. Afonso Henriques e com a “Estátua de D. Afonso Henriques
(século XII?) da Igreja da Alcáçova de Santarém”. Interessante espécie bibliográfica para as colecções
vimaranenses. Separata do livro «Comemoração do 850º aniversário da Batalha de São Mamede».
Dedicatória autógrafa do autor para Rolando Vanzeller.
2161 — PINA (Rui de).- CHRONICA D’EL REI D. AFFONSO III. Lisboa. 1907. In-8.º gr.
de 78-II págs. E.
Crónica integrada na «Bibliotheca de Classicos Portuguezes» fundada por Melo de Azevedo. Com
a reprodução do rosto da edição de 1728.
Boa encadernação com a lombada em pele, tendo preservadas as capas da brochura.
2162 — PINA (Rui de).- CHRONICA DE EL-REI D. AFFONSO V. Lisboa. 1901-1902. 3 vols.
In-8.º gr. de 159-I, 160 e 152-XIV págs. B.
Edição integrada na estimada colecção «Bibliotheca de Classicos Portuguezes» de Mello d’Azevedo.
Texto introdutório de Gabriel Pereira. Invulgar.
Sem as capas da brochura.
[143]
2163 — PINA (Rui de).- CHRONICA D’EL REI D. DINIZ. Lisboa. 1907. 2 vols. In-8.º gr.
de 180 páginas divididas pelos volumes. E.
Crónica publicada na extensa e meritória «Bibliotheca de Classicos Portuguezes» de Melo de
Azevedo.
Com as capas da brochura conservadas e bem encadernado.
2164 — PINA (Rui de).- CHRONICA D’EL REI D. DUARTE. Lisboa. 1901. In-8.º de 152-II-IV págs. E.
A crónica aparece antecedida de textos sobre Rui de Pina por Diogo Barbosa Machado, Herculano e
Gabriel Pereira. Integrada na «Bibliotheca de Classicos Portuguezes» de Melo de Azevedo.
Encadernação com a lombada em pele, tendo conservadas as capas da brochura, embora a da frente
tenha um pequeno restauro marginal; um pouco aparado.
2165 — PINA (Rui de).- CHRONICA DE EL-REI D. SANCHO I. Lisboa. 1906. In-8.º de 78-II págs. E.
A crónica apresenta-se precedida de um prefácio escrito por Gabriel Pereira. Incluída na «Bibliotheca
de Classicos Portuguezes» fundada por Mello de Azevedo.
Conserva as capas da brochura. Encadernação com a lombada em pele.
2166 — PINA (Rui de).- CHRONICA DE EL-REI D. AFFONSO II. Lisboa. 1906. In-8.º gr. de
71 págs. B. no mesmo volume e do mesmo autor:
––– CHRONICA DE EL-REI D. SANCHO II. Lisboa. 1906. In-8.º gr. de 56 págs.
Estas crónicas, embora com frontispícios independentes, foram publicadas em um só volume, o nº LIII
da apreciada «Bibliotheca de Classicos Portuguezes» de Mello de Azevedo.
Boa encadernação com a lombada em pele, tendo conservadas as capas da brochura.
2167 — PINDELA (Visconde de).- UMA VINGANÇA. Drama original portuguez em quatro
actos, approvado pelo Conservatorio de Lisboa.Porto. Na Typographia de Sebastião José Pereira.
1854. In-8.º gr. de 121-III págs. B.
Obra de João Machado Pinheiro Correia de Melo, 1º Visconde de Pindela, numa invulgar, bonita
e apurada edição impressa em bom papel.
2168 — PINHEIRO (Alfredo Dias).- A SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE
GUIMARÃES - Apontamentos para a sua História - Guimarães. Tipografia Minerva
Vimaranense. 1931. In-4.º peq. de XII-586-II págs. B.
Achega de grande importância não só para a história da assistência em Portugal, mas também para
a da própria cidade de Guimarães, cidade a que particularmente respeita. O autor refere a colaboração
prestada por João Lopes de Faria, Alberto Vieira Braga e Pe. Domingos José da Costa Araújo.
2169 — PINHEIRO (Raphael Bordallo).- ALMANACH DE CARICATURAS para 1874.
Livraria Editora de Mattos Moreira & Companhia. Lisboa. 1873. In-8.º de 64 págs. B.
É o primeiro dos três curiosos e invulgares almanaques de caricaturas do brilhante e multifacetado
artista que foi Rafael Bordalo Pinheiro. Capa da brochura ilustrada a cores.
2170 — PINHEIRO (Raphael Bordallo).- O CALCANHAR D’ACHILLES. Album de
Caricaturas gravadas a agua forte pelo auctor. Lisboa. Imprensa de Joaquim Germano de Sousa
Neves. MDCCCLXX. In-4.º oblongo de 27-III págs. B.
Raro álbum ilustrado com seis admiráveis caricaturas de algumas figuras públicas de então, acompa-
[144]
.../...
nhadas de curiosas e interessantes autorizações de publicação redigidas em prosa e verso pelos
retratados: Teixeira de Vasconcelos, Eduardo Vidal, Alexandre Herculano, Manuel de Arriaga,
Augusto Soromenho, Bulhão Pato, Manuel Pinheiro Chagas, F. Palha, Eduardo Garrido, Ricardo
Cordeiro, Júlio César Machado, João de Deus, Manuel Roussado e Ramalho Ortigão, entre outros.
Valiosa dedicatória autógrafa de Rafael Bordalo Pinheiro, com o seu nome assinado por extenso,
destinada a D. Catarina Brown da Ponte. Capas da brochura com pequenos defeitos marginais.
2171 — PINHEIRO (Rafael Bordalo).- NO LAZARETO DE LISBOA. 1881. Empreza
Litteraria Luso-Brazileira - Editora. Lisboa. In-4.º de 56 págs. B.
“Estas pobres paginas reunem as recordações que ao voltar á patria formulei, de muitas coisas que deixei
ao longe nas terras que em linguagem nobre se chamam ainda de Santa Cruz, e exprimem ao mesmo
tempo as primeiras impressões que senti quando, ao pousar o pé no torrão natal, no momento de estender
os braços amigos á imagem querida da patria, em vez de ser apertado pelos braços amigos, fui apertado
pelos guardas de saude e metido no Lazareto. (...)” Com ilustrações de Bordalo intercaladas no texto
e a capa da brochua ilustrada a cores pelo mesmo genial artista.
Pequenos defeitos na margem inferior da capa da brochura da frente.
2172 — PINHEIRO (Raphael Bordallo).- PONTOS NOS II. Litographia Guedes [e outras].
Nº 1 a 293 [de 7 de Maio de 1885 a 5 de Fevereiro de 1891]. 6 vols. In-4.º gr. E.
Uma das mais célebres publicações periódicas humorísticas de Rafael Bordalo Pinheiro, sem dúvida
o nosso mais notável artista português na arte da caricatura e da cerâmica, ostentando muitas centenas
de admiráveis caricaturas da sua autoria, através das quais se patenteia uma original panorâmica da
vida portuguesa daquele tempo nos seus mais variados aspectos.
Tem no fim do 7.º volume, 1889, Um Suplemento extraordinário dos Pontos nos ii, de venda independente,
intitulado «1889. Exposição de Paris. O Pavilhão Portuguez do Quai d’Orsay», caderno com 36 páginas,
com reproduções fotográficas de vários aspectos do Pavilhão, impresso em Paris, com caricaturas
e texto de Bordalo Pinheiro.
Com falta dos números 294 a 334.
Boas encadernações com as lombadas em pele, com títiulo e ferros dourados.
2173 — PINTO [SACAVEM] (Alfredo).- RAPHAEL BORDALLO PINHEIRO. Preito de homenagem. 1915. Typ da Livraria Ferin, Torres & C.ta. Lisboa. In-8.º gr. esguio de 15-I págs. B.
Rara espécie bibliográfica bordaliana, com a capa da brochura ilustrada por Fracisco Valença, tendo
integradas no texto seis caricaturas de Bordalo Pinheiro.
2174 — PINTO (Américo Cortez).- DA FAMOSA ARTE DA IMPRIMISSÃO. Da Imprensa em
Portugal às Cruzadas d’Além-Mar. Lisboa. Editora «Ulisseia» Limitada. MCMXLVIII. In-4.º gr.
de 507-III págs. E.
Obra de fundamental importância para o estudo da imprensa em Portugal desde as suas origens, numa
bela e muito luxuosa edição ilustrada com numerosos fac-símiles de portadas de livros antigos, reproduções de pinturas, gravuras, manuscritos, etc., sendo a orientação artística, verdadeiramente notável,
da responsabilidade de Luís Reis Santos.
Obra distinguida em 1948, pelo Secretariado de Propaganda Nacional com o «Prémio de História Alexandre Herculano».
Edição limitada, numerada e assinada pelo autor, sendo este um dos CL numerados, fora do mercado.
Encadernação original.
2175 — PINTO (António Ferreira).- D. ANTÓNIO BARROSO. Prefácio de Ex.mo. e Rev.mo
Snr. Bispo do Pôrto. 1931. Tipografia Pôrto Médico, Lda. Pôrto. In-4.º de XX-198-II págs. B.
Trabalho biográfico bem documentado e pormenorisadamente desenvolvido, onde a figura de D. António
Barroso - “Um Herói da Epopeia Portuguesa no Ultramar” - aparece traçada com o devido relevo.
Volume ilustrado com numerosas estampas impressas em folhas à parte.
Com algumas manchas de acidez.
[145]
2176 — PINTO (António Joaquim de Gouveia).- MANIFESTO Que á Nação faz o Corregedor
da Comarca de Portalegre António Joaquim de Gouveia Pinto, sobre a injusta accusação, que lhe
fazem dous dos seus inimigos capitaes, patrocinada pelo mesmo Ministro informante, o Corregedor
da Comarca do Crato Manoel Joaquim Barboza. S.l. [Lisboa 4 de Maio de 1822]. In-8.º de 19-I
págs. Desenc.
Inocêncio, depois de noutro volume tratar do autor, dos seus cargos e das suas publicações, diz: “Sendo
corregedor da Comarca de Portalegre fez imprimir em Lisboa o (...) opusculo [acima descrito], que me
parece ser algum tempo raro, pois delle não vi ainda exemplar algum.”
Publicado, segundo parece, sem frontispício.
2177 — PINTO (António Joaquim de Gouveia).- MEMORIA SOBRE O DIREITO, E PRATICA
DAS LICITAÇÕES, Em que se mostra o abuso que dellas se tem feito no uso do Foro Portuguez,
os motivos deste, qual he o Direito, que verdadeiramente as regula entre nós, e a melhor prática,
que as deve dirigir na sua admissão nos Inventarios. Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1819.
In-8.º gr. de 45-III págs. Desenc.
Do índice: I. Idea prévia sobre o que seja Licitação; II. Direito Romano, e seus Interpretes; III. Direito
de outras Nações; IV. Discurso dos Reiniculas os Praticos antigos; V. Direito Portuguez; VI. Juizo
sobre a nossa Legislação; VII. Responde-se ao Direito, e Prática estabelecida ultimamente, pelo
A. da Prática dos Juizos Divisorios; VIII. Conclusão do exposto; IX. Melhor Prática sobre as
Licitações admittidas no Foro.
2178 — PINTO (António José Cabral de Melo e).- MEMORIAL OFFERECIDO Á OPINIAÕ
PUBLICA, E AOS JUIZES QUE SENTENCIARAÕ O CORREGEDOR DE BEJA, POR HUM
JURISCONSULTO QUE NEM AO MENOS O CONHECE. Lisboa: Na Tipograf. de Antonio
Rodrigues Galhardo. 1823. In-8.º de 25-I págs. Desenc.
A propósito do assassínio da mulher do autor, assassínio de que foi acusado: “(...) Dous ladrões se lhe
aproximaõ no Terreiro do Paço: o dinheiro logo entregue naõ sacia estes monstros: querem mais riqueza:
avançaõ ao pescoço de sua mulher: que resiste a tanta audacia: grita: os facinorosos apunhalaõ ambas
as victimas, e a mulher do R. mais bem ferida cahe morta em hum momento, e fogem os malvados.”
2179 — PINTO (Corrêa).- FASCINAÇÃO. 1943. Irmãos Pongetti - Editores. Rio de Janeiro.
In-4.º de 133-VII págs. E.
Livro de poesia com excelentes ilustrações de J. Carlos, a cores em folhas à parte, e uma fotografia
original do autor. Edição cuidada, impressa a duas cores e confinada a 1000 exemplares, sendo 200
numerados e rubricados pelo autor.
Este, com o n.º 19, foi especialmente impresso para Salazar, tendo o seu nome impresso.
Encadernação editorial, tendo conservada a capa da brochura da frente também ilustrada a cores pelo
mesmo artista.
2180 — PINTO (Francisco Cortez).- IMPRESSÕES SOBRE O JAPÃO E ALGUMAS REGIÕES
DO ORIENTE. Lisboa. 1955. [Sociedade Industrial Gráfica]. In-4.º de 112-IV págs. B.
Livro resultante de duas conferências, uma sobre o Japão e outra com o título de «Viagem até ao País
das Pérolas».
Dedicatória do autor para Nuno de Brion.
2181 — PINTO (J. M. P.).- APONTAMENTOS PARA A HISTORIA DA CIDADE DO PORTO,
juntos e coordenados por... Porto. Typographia Commercial. 1869. In-8.º de 160-II págs. E.
“Admira não ter havido mão habil, que com amor á terra onde nasceu, tenha escripto a historia d’uma
cidade como o Porto! que só exista a de Agostinho Rebello (salvo erro), apesar de não ser filho do
[146]
.../...
Porto! Eu como filho d’esta cidade, tenho desejo, mas faltam-me as forças; tenho lido várias e pequenas
coisas disseminadas aqui e alli, algumas para embrulhos, dei-me ao trabalho de juntal-as como perolas
perdidas e dal-as á luz, a vêr se desafio o brilho de penna sublime, e apontamentos que existam talvez
cercados de têas d’aranha, a quem os junte a estes e faça uma historia do antigo e moderno d’esta cidade
do Porto.” Curioso e muito invulgar.
Encadernação inteira em pele, da época.
2182 — PINTO (José Correa de Melo e Brito d’Alvim).- JOANNEIDA, // OU // A LIBERDADE
// DE PORTUGAL // DEFENDIDA // PELO // SENHOR REY D. JOAÕ I. // POEMA EPICO
// OFFERECIDO // AO SERENISSIMO SENHOR // D. JOZÉ // PRINCIPE DO BRAZIL // ...
// COIMBRA: // Na Real Officina da Universidade, // Anno de M.DCC.LXXXII. In-8.º gr.
de XVI-445-I págs. E.
Poema em dez cantos, cujos episódios mais notáveis, segundo Inocêncio, são: «A historia de Portugal
desde os tempos mais remotos, sua povoação, commercio com os phenicios e carthaginezes, etc.;
introducção do christianismo; conquista dos arabes; guerras e victorias dos reis de Leão; estabelecimento da monarchia em D. Affonso Henriques, e successos mais notaveis até D. Fernando», os amores
de D. Pedro I e Inês de Castro, a descrição da batalha de Aljubarrota, etc. Invulgar.
Encadernação antiga, com a lombada em pele.
2183 — PINTO (Júlio Lourenço).- O ALGARVE. (Notas impressionistas). Porto. Livraria
Portuense de Lopes & Cª - Editores. 1894. In-8.º gr. de 175-I págs. E.
O livro “É uma rapida revista kaleidoscopica de aspectos algarvios, que nos foi dado observar, e que
nos propomos patentear aos nossos excursionistas, embora não se nos turve o cerebro na vaidosa
presumpção de provocar um exodo artistico-touriste em demanda do que ha no Algarve digno de vêr-se
e que mal póde ser debuxado pelas pallidas tintas da nossa palêta.” Com interessantes aspectos do
Algarve recolhidos no final do século XIX.
Encadernação com lombada em pele, da época.
2184 — PINTO (Manuel de Sousa).- I - O CARICATURISTA. RAPHAEL BORDALLO
PINHEIRO. Desenhos escolhidos por Manuel Gustavo Bordallo Pinheiro. Com um estudo de...
Livraria Ferreira. 1915. Lisboa. In-4.º gr. de LXXXVII-I-153-I págs. E.
Obra de referência para o estudo de uma das mais importantes facetas da arte de Bordalo Pinheiro,
numa luxuosa edição impressa em papel couché, recheada de magníficas reproduções de trabalhos do
genial caricaturista. Único volume publicado. Camiliano.
Encadernação dos editores, com dizeres estampados a branco, manchada na sua parte inferior.
2185 — PINTO (Manuel de Sousa).- OS TR S BORDALLOS. (Conferência). Lisboa. Pedro
Bordallo, Editor. 1921. In-4.º peq. de 39-I págs. E.
A conferência evoca a figura de Rafael Bordalo Pinheiro como caricaturista, ceramista e decorador.
Com a reprodução de um retrato de Rafael Bordalo Pinheiro desenhado por J. Sargent.
Encadernação à amador, tendo um pouco de pele esfolada na pasta da frente. Com as capas da brochura
conservadas.
2186 — PINTO (Silva).- A QUEIMAR CARTUCHOS. Lisboa. Livraria de Antonio Maria
Pereira. 1896. In-8.º peq. de VIII-431-I págs. E.
Interessantes capítulos sobre «Os do Porto - 31 de Janeiro de 1891», «Liquidações Politicas»,
«Homens do Porto», «O Plebiscito», «Guia do viajante», «João de Deus», «Escriptoras», «A tal
Princeza» Rattazi, com referências a Camilo, etc.
Encadernação dos editores, com títulos dourados na lombada e na pasta.
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2187 — PINTO (Silva).- A TORTO E A DIREITO. Lisboa. Parceria Antonio Maria Pereira.
1900. In-8.º peq. de VIII-456 págs. E.
Colectânea de crónicas publicadas no jornal portuense «Voz Publica», onde se encontram referências
a Camilo, Ramalho Ortigão, Latino Coelho, Bulhão Pato, Rafael Bordalo Pinheiro e Antero, para citar
apenas alguns.
Encadernação dos editoresa, com o título na pasta e na lombada, esta queimada por exposição à luz.
2188 — PINTO (Silva).- ALTA NOITE. 1899 a 1901. 1901. Livraria Editora Guimarães & Cª.
Lisboa. In-8.º de IV-322 págs. E.
“Alta Noite é quando passo em revista apontamentos que se me fixam na memoria. Então os vou redigindo
sobre um volume dos Tres Mosqueteiros - a minha leitura predilecta”. Capítulos consagrados a Eça de
Queirós, D. Miguel, Mousinho e a muitos e variados temas que interessam à história da época.
Boa encadernação com a lombada em pele, de recente execução. Só de leve aparado à cabeça e com
as capas da brochura conservadas, embora com algumas manchas de acidez.
2189 — PINTO (Silva).- CAMILLO CASTELLO BRANCO. Guillard, Aillaud & Cª. Paris-Lisboa. 1889. In-8.º de 48 págs. E.
Com um bom retrato de Camilo gravado em madeira. Edição executada em bom e encorpado papel.
Encadernação da época, com a lombada em pele e as capas da brochura conservadas.
2190 — PINTO (Silva).- CAMILLO CASTELLO BRANCO. Notas e Documentos;
Desaggravos. Editores José Antonio Rodrigues & Cª. Lisboa. [1910]. In-8.º de 234-II págs. E.
Entre os dez capítulos que constituem este interessante livro vem um com numerosas cartas de Camilo,
outro sobre as polémicas travadas entre o autor e o romancista e outro com uma «Bibliographia
Camilliana». Reprodução de um retrato fotográfico de Camilo em folha separada.
Encadernação com a lombada em pele, mantendo conservadas as capas da brochura.
2191 — PINTO (Silva).- CONTOS PHANTASTICOS. Porto. Editor - J. de Mattos Carvalho.
1875. In-8.º de 113-I págs. E.
Colectânea de contos num “genero que em Portugal fôra tentado por Alvaro do Carvalhal e pelo snr.
Theophilo Braga, embora com resultado inferior aos meritos da dupla tentativa”.
Encadernação com a lombada em pele, nova, tendo conservdas as capas da brochura, estando a da
frente com uma mancha. Só de leve aparado à cabeça.
2192 — PINTO (Silva).- CRITERIO DE JOÃO BRAZ. 1899. Libanio & Cunha - Editores.
Lisboa. In-8.º de VIII-280 págs. E.
Interessantes e variados capítulos referentes à vida e acontecimentos da época, um dos quais inteiramente consagrado a Camilo. Com um retrato fotográfico do autor impresso em folha à parte.
Bem encadernado, com a lombada em pele. Só de leve aparado à cabeça e com as capas da brochura
conservadas.
2193 — PINTO (Silva).- EM FÉRIAS. Da familia ás creanças. Coordenado, collaborado e prefaciado por Silva Pinto. Coimbra. França Amado, Editor. 1908. In-8.º de 268-IV págs. E.
O livro abre com «História de uma porta», de Camilo, seguindo-se outros textos de Narciso de Lacerda,
Silva Pinto, Junqueiro, Cesário Verde, João de Deus, Júlio César Machado, Eugénio de Castro
e Beldemónio (Eduardo Barros Lobo).
Boa encadernação com cantos e lombada em pele, capas da brochura conservadas e só de leve aparado
à cabeça.
[148]
2194 — PINTO (Silva).- PHILOSOPHIA DE JOÃO BRAZ. Ironias, zangas e desdens de um
sujeito que tem visto mundo. 1892-1895. Lisboa. Parceria de Antonio Maria Pereira. 1895.
In-8.º peq. de XI-409-I págs. E.
Com um bom retrato do autor. O volume foi dedicado à memória de Camilo Castelo Branco, grande
amigo de Silva Pinto.
Encadernação dos editores, com título dourado na lombada e na pasta da frente.
2195 — PINTO (Silva).- OS JESUITAS. Cartas ao Bispo do Porto. 3ª edição, augmentada.
Porto. Typographia Occidental. 1880. In-8.º de 84 págs. B.
“Que os espiritos dos meus companheiros de hontem [Guilherme Braga e Urbano Loureiro], avocados
na hora renascente do perigo, illuminem a consciencia do Porto e mostrem a toda a luz o bando de
corvos que se lhes abeira dos lares, — das mulheres, dos filhos, principalmente dos filhos, os homens
de amanhã.
“Salve a consciencia a Liberdade”.
Capa da brochura mal cuidada. Dedicatória no anterrosto alheia ao autor.
2196 — PINTO (Silva).- MORAL DE JOÃO BRAZ. 1895 e 1900. Lisboa. Parceria Antonio
Maria Pereira. 1901. In-8.º peq. de VIII-406 págs. E.
Volume de diversas e interessantes crónicas dedicado à memória de Camilo, a quem em outros lugares
Silva Pinto se refere. Também muitos outros escritores e personalidades políticas aqui são lembrados
ou referidos.
Encadernação dos editores com dizeres dourados na pasta e na lombada, estando esta manchada por
exposição à luz.
2197 — PINTO (Silva). - N’ESTE VALLE DE LAGRIMAS. Lisboa. Livraria de Antonio Maria
Pereira. 1896. In-8.º peq. de VIII-392-II págs. E.
Capítulos consagrados a Cesário Verde e a Camilo, entre muitos outros de diversificado assunto.
Encadernção editorial, com dizeres dourados.
2198 — PINTO (Silva).- NO COLISEU. 1903-1904. Lisboa. Parceria Antonio Maria Pereira.
S.d. In-8.º peq. de 375-I págs. E.
Colectânea de pequenas e interessantes crónicas que muito ajudam a fazer o retrato da sociedade
portuguesa da época e onde frequentemente são citados escritores como Eça de Queiroz, Camilo,
Junqueiro, etc.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
2199 — PINTO (Silva).- NO MAR MORTO. 1897 e 1902. Lisboa. Parceria Antonio Maria
Pereira. 1902. In-8.º peq. de VIII-384 págs. E.
Interessantes crónicas para a história política, literária, artística e social do alvorecer do século XX.
Encadernação nova, com a lombada em pele. Só de leve aparado à cabeça e com as capas da brochura
conservadas.
2200 — PINTO (Silva).- PARA O FIM. 1908-1909. 1909. Parceria Antonio Maria Pereira.
Lisboa. In-8.º peq. de 375-I págs. E.
Com interesse para a bibliografia passiva camiliana e para muitos aspectos da vida portuguesa
da época.
Encadernação dos editores.
[149]
2205 - ver pág. 151
2201 — PINTO (Silva).- PELA VIDA FORA. 1870-1900. Livraria Editora Guimarães, Libanio
& Cª Lisboa. S.d. In-8.º de VI-IX-I-277-I págs. E.
Com inúmeros apontamentos de interesse para a história dos vários aspectos da vida portuguesa do
último quartel do século XIX e referências a muitos dos seus intervenientes, designadamente a Camilo,
de quem transcreve várias cartas. Retrato de Silva Pinto em separado.
Encadernação editorial, com dizeres dourados.
2202 — PINTO (Silva).- POR ESTE MUNDO. 1902-1903. Lisboa. Parceria Antonio Maria
Pereira. 1903. In-8.º de 376 págs. E.
Colaboração do autor recolhida na imprensa periódica, tratando variadíssimos assuntos. O livro abre
com «Elle e Eu. I. Inquérito. «Typos de belleza — A missão da mulher — O feminismo e o accesso
das mulheres ás profissões livres — Caracteristicas da mulher portugueza».
Encadernação editorial, com dizeres dourados.
2203 — PINTO (Silva).- O RISO AMARELLO. Politicos, impoliticos e outros. Lisboa. Parceria
de A. M. Pereira - Editor. 1897. In-8.º peq. de X-413-V págs. E.
Variados e interessantes capítulos.
Encadernação dos editores, com dizeres dourados.
2204 — PINTO (Silva).- SANTOS PORTUGUESES. Lisboa. Livraria de Antonio Maria
Pereira. 1895. In-8.º de IV-268-II págs. B.
Neste curioso livro o autor ocupa-se de S. Gonçalo de Amarante, S. João de Deus, Santa Joana, Santa
Isabel, Santa Iria, S. Dâmaso, Santo António, etc.
Capa da brochura ilustrada a cores por Ribeiro Christino.
2205 — O PIRATA. Jornal critico-litterario. Redigido por J. M. da Silva Rosa Junior, Antonio
Moraes da Silva, Licinio F. C. de Carvalho. Director e proprietario Manoel Duarte Monteiro.
1850-1851. 2 vols. In-4.º E. em 1.
Revista muito rara, colaborada por Soror Dolores (Maria da Felicidade do Couto Brown, com numerosas poesias), Coelho Lousada, D. João d’Azevedo, D. Luiz de Azevedo, Inácio Pizarro de Moraes
Sarmento, Maria Peregrina de Sousa, Pereira-Caldas, Silva Rosa e Soares de Passos, entre outros.
Gravuras em madeira com aspectos de monumentos e outros edifícios notáveis, caricaturas, retratos
de Donizzetti, Eugénio Sue, Vasco da Gama e Luís Napoleão.
Primeiro volume completo com os seus 48 números; o segundo, com 18 numeros, tem falta do n.º 15,
cremos que o único que falta para que a colecção esteja completa.
Encadernação com a lombada em pele, da época. Com falta do caderno 15, correspondente às págs.
113 a 120 (ver gravura na pág. 150)
2206 — PIRES (Domingos).- JORNADA MARAVILHOSA. Devaneios ictiológicos. Com um
prefácio do Dr. Raul Eduardo Ribeiro. Lisboa. 1953. In-8.º de 105-VII págs. B.
Livro de poesia de original temática, dizendo o prefaciador que “As poesias, aqui lidas, são na verdade
tão recheadas das mais variadas espécies ictiológicas, que nos dão a impressão de caminharmos por
entre as bancadas da Ribeira Nova, e, como ides ver, leitor, dar-te-ão a sensação do deslizar calmo, elegante, fácil, do peixe dentro de água... amarujado pelo sabor do sal com que o autor do livro os polvilhou
— o que aproxima flagrantemente estas rimas, das deliciosas fábulas de La Fontaine!”
Capa da brochura com um desenho de Eurico da Fonseca.
2207 — PIRES (Ernesto).- SCINTILLAÇÕES E SOMBRAS. I - Velhas crenças. II Camoneana. Porto. Editor - Antonio José da Costa Valbom. 1883. In-8.º de 192 págs. E.
Com um poema de Gomes Leal, uma carta de Camilo Castelo Branco e outras de Júlio Lourenço Pinto,
Diogo de Macedo, Angelina Vidal, Teixeira Bastos, Rodrigo Veloso e um poema intitulado «Um
poema d’alma», dedicado pelo autor a Camilo.
Cuidada encadernação com a lombada em pele, tendo conservadas as capas da brochura.
[151]
2214 - ver pág. 153
2208 — PIRES (Ernesto).- O POETA MORIBUNDO. Original de Lamartine. Regoa. Typ. do
Independente Regoense. 1882. In-8.º de 15-I págs. E.
Exemplar com dedicatória do autor “Ao Ex.mº Snr. Camillo Castello Branco, o mais glorioso escriptor
contemporaneo.”
Boa encadernação moderna, com a lombada em pele e as capas da brochura conservadas.
2209 — PIRES (José Cardoso).- ALEXANDRA ALPHA. Publicações Dom Quixote. Lisboa.
1987. In-8.º gr. de 447-I págs. B.
Romance dos mais significativos e originais da consagrada obra literária de José Cardoso Pires.
Primeira edição.
2210 — PIRES (José Cardoso).- O BURRO-EM-PÉ. Ilustrações de Júlio Pomar. Moraes
Editores. [Lisboa. 1979]. In-8.º gr. de 175-I págs. B.
Primeira edição, de apurada qualidade gráfica, com as ilustrações de Júlio Pomar reproduzidas a cores
em folhas destacadas do texto.
2211 — PIRES (José Cardoso).- CARTILHA DO MARIALVA OU DAS NEGAÇÕES LIBERTINAS. Redigida a propósito de alguns provincianismos comuns e ilustrada com exemplos
reais. Ulisseia. [Lisboa. 1967]. In-8.º de 191-III págs. E.
“Livro indispensável para a interpretação da obra romanesca do autor, impunha-se a sua reedição, que
surge agora, refundida e acrescentada de novos elementos ao alcance de um público mais vasto.”
Dedicatória assinada pela mão do autor. Encadernação editorial, conservando a sobrecapa.
2212 — PIRES (Jose Cardoso).- DE PROFUNDIS, VALSA LENTA. Precedido de uma «Carta
a um Amigo-Novo» do Prof. João Lobo Antunes. Publicações Dom Quixote. Lisboa. [1997].
In-8.º gr. de 69-I págs. E.
Primeira edição de um originalíssimo livro em que Cardoso Pires relata e profundamente analisa
a doença vascular cerebral de que foi vítima, sendo também interessantíssima a carta do prof. João
Lobo Antunes, o médico que o assistiu.
Encadernação editorial, com a sobrecapa original ilustrada por Mário Eloy.
2213 — PIRES (José Cardoso).- DINOSSAURO EXCELENTISSIMO. Ilustrado por João Abel
Manta. Arcádia. [Lisboa. 1972]. In-4.º de 93-III págs. E.
Magistral sátira à figura do Dr. Oliveira Salazar. As ilustrações de Abel Manta, a cores, são impressas
em folhas à parte.
Primeira das várias edições que desta obra em poucos meses se tiraram, apesar de ter sido proibida
a sua circulação pelo regime politico de então.
Encadernação própria, com sobrecapa de papel policromado.
2214 — PIRES (José Cardoso).- HISTÓRIAS DE AMOR. Quatro contos e uma novela. [Lisboa.
1952. Editorial Gleba, Lda]. In-8.º de 170-VI págs. B.
É este, provavelmente, o mais raro livro de José Cardoso Pires, livro publicado na colecção «Os livros
das três abelhas». Capa ilustrada por Vítor Palla. (ver grabura na pag. 152)
2215 — PIRES (José Cardoso).- LISBOA. Livro de Bordo. Vozes, olhares, memorações. Expo
‘98 - Publicações dom quixote. [Lisboa. 1997]. In-4.º gr. de 123-III págs. E.
Obra das mais interessantes de quantas até hoje a cidade de Lisboa foi motivo de inspiração de escritores
e artistas de todas as épocas, desta vez pela pena de um dos mais prestigiados prosadores do nosso
[153]
.../...
tempo. Primeira edição, executada com grande cuidado gráfico, em bom papel e com excelentes reproduções de pinturas e desenhos de Sebastião Rodrigues, Carlos Botelho, José Contente, Júlio Pomar,
Paula Rego, Abel Manta, Bernardo Marques, Rafael Bordalo Pinheiro, Lagoa Henriques, Almada,
Mário Eloy, Rogério Ribeiro, Vieira da Silva, Stvart, António Soares, Júlio Resende, Jorge Colaço,
Menez, Sá Nogueira, Costa Pinheiro e outros.
Encadernação editorial, em tela, estampada a branco e azul.
2216 — PIRES (José Cardoso).- A REPÚBLICA DOS CORVOS. Publicações Dom Quixote.
Lisboa. 1988. In-8.º gr. de 218-II págs. B.
Primeira edição de um dos muito estimados e procurados livros de José Cardoso Pires, nome cimeiro
da Literatura Portuguesa contemporânea.
2217 — PLÁCIDO (Ana Augusta).- CARTAS INÉDITAS DA SEGUNDA MULHER DE
CAMILLO CASTELLO BRANCO. Com algumas notas e commentarios de A. d’A. N. B.
Livraria de J. Rodrigues & Cª. Lisboa. 1916. In-8.º gr. de 27-I págs. B.
Publicação promovida por Afonso de Azevedo Nunes Branco. Com retratos em folhas à parte.
2218 — PLÁCIDO (Ana Augusta).- LUZ COADA POR FERROS. Escriptos originaes por D....
Lisboa. Livraria de A. M. Pereira. 1863. In-8.º de XV-I-210-II págs. E.
Escreve a autora na dedicatória «Á memoria de minha irman D. Maria José Placido»: “Grande
parte d’estes escriptos nasceram na calamitosa época do carcere e do escarneo dos meus algozes,
nunca saciados das torturas que me inflingiram”. Com um extenso prefácio de Júlio César Machado.
Primeira edição, rara, ilustrada com um retrato daquela que foi a grande paixão de Camilo Castelo Branco.
Com as capas da brochura conservadas, mas com a encadernação defeituosa.
2219 — PLANO DE LA CIUDAD Y CERCANIAS DE LISBOA. Rl. Litª de Madrid. [18..].
Dim. 50 x 37,5 cm.
Rara planta litográfica da cidade de Lisboa, provavelmente para fins militares, abrangendo o território
desde o Forte de S. Julião até Beirolas, incluindo a margem fronteira a Lisboa, tendo também assinaladas as suas povoações.
2220 — PLUQUET (Abade).- DISCURSO SOBRE OS DESVARIOS DO ESPIRITO HUMANO, Relativamente á religião em geral e ao Christianismo em particular. Traducção por Fr.
Domingos Vieira, Da ordem dos Eremitas Calçados de Santo Agostinho, da extincta provincia
de Portugal, Com um prefacio de Camillo Castello Branco. Braga. Livraria de Eduardo Coelho
- Editor. 1869. 2 vols. In-8.º de XX-186 e 335-I págs. E. em 1.
Muito invulgar primeira edição impressa em Braga, particularmente estimada pelo prefácio de Camilo
que apresenta e que ocupa as págs. VII a XX do 1º volume. De salientar também o nome do seu tradutor,
Frei Domingos Vieira, autor do célebre «Grande Diccionario Portuguez ou Thesouro da Lingua
Portugueza», em 5 volumes, publicado depois da obra que apresentamos.
Boa encadernação antiga, com a lombada em pele. Capas da brochura conservadas.
2221 — PORTALUPI (Napoleone).- OS CONTEMPORANEOS CELEBRES DE HESPANHA
E PORTUGAL. Biographias escriptas em italiano e Traduzidas em Portuguez por J. M. Pereira
Rodrigues. I. JULIO CESAR MACHADO. Lisboa. Typographia Progresso. 1873. In-4.º
de 21-I págs. B.
Biografia bilingue dedicada a um dos mais prolíferos escritores portugueses do século XIX.
Referências a Camilo.
[154]
2222 — PORTELA (Adolfo).- JORNAL DO CORAÇÃO. Contos portuguezes, impressões de
arte, critica. - Os homens e as coizas da nossa Terra. Porto. Administrador - Francisco Pinto.
[Lisboa. Imprensa Libanio da Silva]. 3 opúsculos In-8.º peq. de 56, 54-II e 53-III págs. E
Em todos os números vêm transcritos escritos em prosa de Camilo Castelo Branco. Edição em papel
de linho, cuidada e muito invulgar.
Encadernação com cantos e lombada em pele, com dizeres e ferros dourados. Só de leve aparado
à cabeça e capas da brochura conservadas, assinadas na da frente.
2223 — PORTO ELEGANTE. Jornal de litteratura, sciencias, bellas artes e modas. Proprietarios
– F. J. Carlos Amatucci – M. A. F de Sousa Campos. S.d. [1864? Typ. de F. G. da Fonseca –
Bomjardim, 72]. 17 números In-4.º com o total de 136 págs. E.
Nesta completa, rara e interessante publicação ilustrada portuense colaboraram, em prosa e verso,
Agostinho Albano, Alberto Pimentel, Alexandre Braga, Alexandre da Conceição, Cipriano Jardim,
Guilherme Braga (extensa poesia «Ao snr. João Baptista d’Almeida Garrett), H. Marinho, J. V. Pinto
de Carvalho, Pedro de Lima, Sousa Campos, Sousa Viterbo, e outros, portugueses e estrangeiros. De
Guerra Junqueiro, no nº 3, vem a poesia «Infancia», uma das primeiras publicações do poeta, pois que
o seu livro «Versos dos quatorze annos» foi publicado no mesmo ano de 1864.
Na primeira página do 1.º número vem uma litografia mostrando a fachada principal do Palácio de Cristal;
o n.º 2.º traz a reprodução do Monumento a D. Pedro IV erigido na Praça da Liberdade; no n.º 11 vem uma
gravura em madeira mostrando as fachadas norte e nascente da Cadeia da Relação do Porto; o n.º 12 tem
uma litografia com a fachada lateral do Mosteiro de Leça do Balio e o n.º 17 tem uma gravura com o
monumento de D. Pedro V levantado na Praça da Batalha. Com duas referências a Camilo.
Encadernação com cantos e lombada em pele mosqueada, decorada com ferros dourados.
(ver gravura na pág. 155)
2224 — O PORTO NO LIMIAR DAS COMEMORAÇÕES DO V CENTENÁRIO DA MORTE
DO INFANTE DOM HENRIQUE. (1460-1960). Catálogo. Abril. MCMLX. [S.l.] In-4.º B.
Catálogo da importante exposição documental promovida pela Câmara Municipal do Porto, muito
ilustrado, com textos preambulares de Fernando Magano, Elaine Sanceau e J. A. Pinto Ferreira.
2225 — O PORTUENSE. Jornal Politico e Industrial. [Editor responsavel = D. J. da F. Pascoal.
Porto, Typ. de D. J. da F. Pascoal]. 1853-1854. 174 números In-fólio em 1 vol. E.
A partir do N.º 77 sob o título passou a constar: Proprietario e Redactor Principal C. J. Vieira.
É muito vasta e sumamente valiosa a colaboração em prosa e verso assinada por Camilo Castelo
Branco, colaboração que vem minuciosamente descrita por Henrique Marques na sua «Bibliographia
Camilliana». Muitos dos escritos de Camilo aqui publicados foram depois reunidos em alguns dos seus
livros: «Scenas Contemporaneas», «Um Livro» e «Duas Epochas da Vida».
Outros colaboradores: A. A. Martins, A. Rodrigues Sampaio, A. Mello Varajão, Arnaldo Gama,
Custódio José Vieira, Ferreira Sarmento, Francisco Soares Franco Júnior, Francisco Xavier de Novais,
Henrique Corrêa, José Joaquim Rodrigues de Bastos, Latino Coelho, Luciano de Castro e Ricardo
Guimarães, entre outros, sendo anónima muita da colaboração.
Incompleta mas, dada a sua raridade, mesmo assim valiosa. Henrique Marques, sem informar quantos
números compõem a publicação, refere a colaboração de Camilo como vindo até ao n.º 260, registando
apenas mais dois números em que Camilo colaborou para além daqueles em que o seu nome aparece
no exemplar presente.
Modestamente encadernado.
2223 - ver pág. 156
2226 — PORTUGAL. A Monthly Review of the Country, its Colonies, Commerce, History, Litterature
and Art. Edited by W. A. Bentley. Printed by W. H. Smith & Son, The Arden Press... 1915. [Edited by
W. A. Bentley, 1 Trav. de S. Bartolomeu 1.º Lisbon]. 5 números In-4.º em 1 vol. E.
Revista praticamente toda dedicada a Portugal, com colaboração de ou sobre Adelino Mendes, Afonso
[156]
.../...
Lopes Vieira, António Valente de Almeida, Camões, Costa Ferreira, Douglas Rawes, Duarte
Rodrigues, Edgar Prestage, Eduardo Moreira, Ernesto de Vasconcelos, F. G. Bell, Fidelino de
Figueiredo, Guerra Junqueiro, José T. Silva Bastos, Luís da Câmara Reys, Luís Cardim, M. de Oliveira
Lima, Ramalho Ortigão, Tomás Cabreira, Virgínia de Castro e Almeida, Xavier de Carvalho, Xavier
da Cunha, etc. Na rubrica de efemérides «Men and Women of the Month», que aparece a partir do 2º
número, vêm referências a personalidades notáveis das diversas vertentes da cultura portuguesa, quase
todos com os seus retratos desenhados a negro ou gravados em madeira.
Encdernação com a lombada em pele e com as capas da brochura conservadas.
2227 — PORTUGAL. Director Literario - Ruy Chianca - Director Gerente - Oliveira
Guimarães. Rio de Janeiro. 1923-1926. 73 números [e mais nove «Suplementos»]. In-fólio em
7 vols. E.
Excelente revista brasileira inteiramente consagrada a Portugal, em excelente papel couché, abundantemente ilustrada e colaborada por um notável escol de poetas e prosadores de Portugal e Brasil,
tratando temas históricos, literários, artísticos, desportivos, noticiosos, etc.
Com muitos números camilianos.
Temos nota de que foram publicados pelo menos 90 números.
Encadernações da época, cansadas. Com algumas folhas transpostas e outros pequenos defeitos.
2228 — PORTUGAL in vergangenheit und gegenwart. Ausstellung der portugiesischen
Bibliotheken unter dem Protektorat der Portugiesischen Regierung. April 1939 in der
Stastsbibliothek zu Berlin. In-4.º gr. de VIII-77-III págs. E.
Catálogo de uma importante exposição bibliográfica de 330 raras obras portuguesas antigas, com
reproduções fac-similadas em folhas de papel couché. Com um prefácio de Júlio Dantas em português
e alemão.
“Este exemplar - número um do catálogo da Exposição do Livro Português em Berlim - pertence a Sua
Excelência o Presidente do Conselho, Prof. Dr. Antonio d’Oliveira Salazar.”
Encadernação inteira em pele, com um brasão d’armas português na pasta da frente. Capas da brochura
conservadas.
2229 — LE PORTUGAL. Ocogravura Limitada. G. d’Oliveira, Lda, Lisboa. S.d. In-8.º gr. de
II-154-II págs. E.
Livro impresso em francês, ornado de muitas e belas fotogravuras. Assim dividido: «Le Pays»,
«Histoire», «Littérature», «Art», «Science et Einseignement», «Aperçu Economique» e «Le Portugal
et les Portugais au-dela des mers».
Boa encadernação com a lombada em pele decorada com ferros dourados e com as capas da brochura
conservadas.
2230 — PORTUGAL FUTURISTA. Edição facsimilada. Contexto Editora. Lisboa. [1981].
In-fólio de XL-42 págs. B.
Rigorosa edição fac-similada do primeiro e único número publicado desta importante revista,
fundamental para a história do movimento futurista em Portugal, cuja edição original apareceu
dois anos depois de «Orpheu» e pressurosamente apreendida pelas autoridades censórias da
época, “provavelmente devido às referências sexuais em Saltimbancos ou à virulência destrutiva
do Ultimatum que, entre outras coisas, ousava escrever Merda com todas as letras e em caixa
alta”, segundo palavras de Teolinda Gersão no vasto e importante texto preliminar a esta reedição,
onde a revista vem exaustivamente estudada.
2231 — LE PORTUGAL Géographique, Ethnologique, Administratif, Économique,
Littéraire, Artistique, Historique, Politique, Colonial, etc. Paris. Librairie Larousse. S.d.
In-4.º peq. de 368 págs. E.
Obra colaborada por Brito Aranha, Cristóvão Ayres, Teixeira Bastos, Daniel Bellet, Cardoso de
Bethencourt, Louis-Pilate de Brinn’Gaubast, Xavier de Carvalho, Z. Consiglieri Pedroso, Alcide
Ebray, Bartolomeu Ferreira, John Grand-Carteret, Domingos Guimarães, Francisco de Lacerda,
Magalhães Lima, Silva Lisboa, Ernesto de Vasconcelos, Alves da Veiga e Zaborowski. Com 162 gravuras
de que constam retratos de todos os grandes vultos literários e políticos da época, vistas do Porto,
Lisboa, Coimbra, Douro e outras cidades e lugares, caricaturas de Rafael e Manuel Gustavo Bordalo
Pinheiro, constantes do capítulo «La Caricature» de John Grand-Carteret e ainda 12 cartas geográficas
nas páginas do texto.
Encadernação editorial em percalina com dourados, manchada por exposição à luz e ainda com o corte
das folhas dourado.
2232 — PORTUGAL PITTORESCO. Sob a direcção de Augusto Mendes Simões de Castro.
Coimbra. Imprensa da Universidade. 1879. In-8.º gr. de 4-192 págs. E.
São os 12 únicos números que compõe esta interessante publicação do século XIX, ilustrada com
outras tantas gravuras em madeira todas com motivos de Coimbra. Colaboração em prosa e verso devida
a Antero de Quental, Borges de Figueiredo, A. F. Barata, Filipe Simões, Fialho de Almeida, Gomes
Leal, João de Deus, Joaquim de Araújo, José Silvestre Ribeiro, Teófilo Braga, etc.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
2233 — PRADO (André do).- HOROLOGIUM FIDEI. Diálogo com o Infante D. Henrique, edição
do ms. Vat. lat. 1068, tradução, introdução e notas por Aires A. Nascimento. Comissão Nacional
para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses. Imprensa Nacional-Casa da Moeda.
[Lisboa. 1994]. In-4.º de 491-V págs. B.
“Duas décadas mais tarde [da descoberta deste manuscrito] recaíram sobre essa obra as atenções dos
eruditos nacionais que salientaram particularmente a ligação presumível entre as duas personalidades
e o interesse cultural da obra. Posteriormente, mercê de pesquisa arquivística de rara pertinência,
foram recolhidos contributos significativos para a identificação da personalidade e acção de Fr. André
do Prado, desde a sua origem em Évora até ao percurso universitário por Paris e Bolonha e actividade
docente na Cúria Pontifícia.. (...)”. Obra integrada na excelente colecção «Mare Liberum».
2234 — PRATA (Maria Adelaide Fernandes).- FILHO DE DEUS. Porto. Typographia
Commercial. 1863. In-8.º de 152-II págs. B.
Inocêncio diz que a autora era natural do Porto: “É uma narrativa poetica em versos endecassyllabos
soltos, nos quaes a auctora metrificou e paraphraseou em parte o texto dos Evangelhos, descrevendo
todos os passos da vida e paixão de Christo. Deve considerar-se esta escriptora como pertencendo
á escola arcadica e pouco á moderna.” Raro.
2235 — PRESTAGE (Edgar).- A CAVALARIA MEDIEVAL. Ensaios sobre a significação
histórica e influência civilizadora do ideal cavalheiresco. Tradução do inglês por António Álvaro
Dória. Livraria Civilização - Editora. Porto. S.d. In-8.º gr. de 265-I págs. B.
O autor justifica o seu trabalho pelo facto de não existir em Inglaterra “qualquer relato apropriado
acerca da cavalaria na Alemanha e na Espanha, e nenhum a respeito da Cavalaria em Portugal. Sob
este aspecto o presente volume preenche uma lacuna”.
Importantes textos assinados por Almada Negreiros, Bettencourt-Rebelo, Raul Leal, Guillaume
Appolinaire, Mário de Sá-Carneiro, Fernando Pessoa, Alvaro de Campos, Valentine de Saint-Point
e Marinetti.
2236 — PRESTAGE (Edgar).- CHAPTERS IN ANGLO-PORTUGUESE RELATIONS.
Watford, Voss and Michael Limited. 1935. In-8.º gr. de VII-I-198-II págs. E.
[157]
[158]
Primeira edição de uma das importantes publicações do notável lusófilo que foi Edgar Prestage, tratando
os seguintes temas: «English Crusaders in Portugal», por H. A. R. Gibb; «The Expedition of John
.../...
of Guant to the Peninsula», por C. H. Williams; «Anglo-Portuguese Rivalry in the Persian Gulf, 1615-1635», por C. R. Boxer; «The Treaties of 1642, 1654 aqnd 1661», por Edgar Prestage; «The Treaties
of 1703», por Richard Lodge; «Portuguese Expansion Overseas, Its Causes and Results», por Edgar
Prestage. Com um mapa do golfo pérsico em folha dupla.
Encadernação editorial.
2243 — QUEIRÓS (Eça de).- CARTAS DE EÇA DE QUEIROZ. 1945. Editorial Aviz. [Lisboa].
In-8.º de XV-374-II págs. B.
Segunda e muito invulgar edição. Da primeira, impressa em 1587, já dizia Inocêncio: “É por certo este
livro um dos menos vistos entre os mais raros da nossa litteratura”, tão raro que dele, a esse tempo, só
se conhecia um exemplar. Importante para o conhecimento da literatura portuguesa do século XVI.
Boa encadernação com a lombada em pele, só aparado à cabeça e com as capas de brochura conservadas.
Volume constituído pelas cartas que o autor enviou de Bristol à «Gazeta de Notícias» do Rio de
Janeiro, entre 1880 e 1882. Primeira edição, muito pouco frequente. Com um estampa reproduzindo
um retrato fotográfico do Autor.
Com o belo ex-libris de João da Costa Santiago de Carvalho Souza - Villa Franca, Leça da Palmeira.
Encadernação dos editores, com dizeres gravados a ouro.
Excelente conjunto de cartas dirigidas a Columbano, Eugénio de Castro, João Penha, Oliveira Martins,
Ramalho, Teófilo Braga e outros. Primeira edição.
2237 — PRESTES (António).- AUTOS DE ANTONIO PRESTES. 2ª edição, extrahida da de 1587.
Porto. Em casa de V. Moré - editora. 1871. In-8.º de XI-I-503-I págs. E.
2244 — QUEIRÓS (Eça de).- CARTAS DE INGLATERRA. Porto. Livraria Chardron de Lello
& Irmão - Editores. 1905. In-8.º de IV-242-II págs. E.
2238 — PROMETEU. Revista Ilustrada de Cultura. Director: Kol d’Alvarenga [depois Amorim
de Carvalho]. Porto. 1947-1949. 3 vols. In-4.º B.
2245 — QUEIRÓS (Eça de).- CARTAS INEDITAS DE FRADIQUE MENDES E MAIS PAGINAS
ESQUECIDAS. Porto. Livraria Chardron. 1929. In-8.º de XLVII-298-II págs. B.
Edição original, ilustrada con um retrato do autor por António Carneiro.
Colecção incompleta: 1.º e 2.º vols. completos e vol. III, N.º 1 e 2.
2239 — PROTESTO [Academia de Coimbra]. 13 de Dezembro de 1902. Typographia de Lima
& Irmão, Coimbra. Folha medindo 26 x 36,5 cm.
“Os abaixo assignados [em grande número] declaram não acceitar nenhuma especie de responsabilidade moral na approvação da proposta apresentada em assembleia geral da Academia de Coimbra, no
sentido de esta collectividade enviar ao rei de Hespanha um telegramma solicitando a sua intervenção
para que as proximas ferias do Natal sejam contadas, na Universidade, ou n’outros estabelecimentos
portuguezes d’ensino, desde o dia 16 do corrente mez.
“A presente declaração é tão sómente determinada por motivos de dignidade e brio proprios, sem intuitos,
portanto, de especulação partidaria.”
Assinaram este raro “Protesto”, entre muitos outros, Leonardo Coimbra, João de Barros e A. C. Pires
de Lima.
No verso da face impressa, o exemplar tem um soneto manuscrito a lápis de difícil leitura e a tinta os
seguintes dizeres: “É conveniente que faça publicar isto. Até breve. Aqui não se treme. Recebi aquillo;
Obrigado.”
2240 — [PROVERBES]. Recueil..... de..de... bons // mots a tout hazard..... // non..... de sermons.... // non.... d’anecdotes.... // non.... de chansons.... // non.... de pot-pourri.... // non.... et de
quoi donc.... // Lisez il vous dira. // Ce qu’il y a de certain c’est qu’il // a été fait en 1822..
In-4.º peq. de II-141-I e II-390-XX págs. inums. finais. E.
Curioso volume em prosa e verso, inteira e perfeitamente caligrafado sobre bom papel, cuja primeira
página transcrevemos acima; O segundo grupo de páginas, de igual caligrafia, apresenta o seguinte
título: «Nouveau // Dictionnaire // de // Proverbes.»
Encadernação inteira de pele, da época, em mau estado de conservação.
2241 — QUEIRÓS (Eça de).- ALVES & Cª. Porto. Livraria Chardron. 1925. In-8.º de XII-215-I págs. B.
Livro póstumo, pouco frequente nesta primeira edição. Com um retrato de Eça de Queiroz por António
Carneiro.
2246 — QUEIRÓS (Eça de).- A CIDADE E AS SERRAS. Porto. Livraria Chardron. 1901.
In-8.º gr. de II-380-II págs. E.
Edição original de uma das mais popularizadas obras do grande romancista, obra que mereceu de
Campos Matos uma importante e desenvolvida rubrica no seu «Dicionário de Eça de Queiroz». Com
um retrato do autor. Muito invulgar.
Encadernação dos editores com título gravado a ouro na lombada e na pasta. Pequena assinatura no
anterrosto.
2247 — QUEIRÓS (Eça de).- O CONDE D’ABRANHOS. Notas biographicas por Z. Zagallo
e A CATASTROPHE. Porto. Livraria Chardron. 1925. In-8.º de XXXI-I-290 págs. E.
É a primeira edição deste apreciado livro póstumo. Com um retrato do autor feito a partir de um original
de António Carneiro. Invulgar.
Bem executada encadernação à amador, com a lombada ornada de nervuras e ferros a ouro em casas
fechadas. Com falta das capas da brochura.
2248 — QUEIRÓS (Eça de).- CONTOS. Porto. Livraria Chardron. 1902. In-8.º gr. de VIII-358-II págs. B.
É a primeira e a mais estimada e invulgar edição da obra, edição que foi publicada “sob orientação de Luís
de Magalhães, provável responsável das intervenções praticadas nestes textos”, segundo diz A. Campos
Matos no seu «Dicionário de Eça de Queiroz. Com um retrato do autor impresso em separado.
2249 — QUEIRÓS (Eça de).- CORRESPOND NCIA. Porto. Livraria Chardron, de Lello & Irmão,
Ldª. 1925. In-8.º de XVI-312 págs. B.
É a primeira edição deste apreciado conjunto epistolar, organizado pelo filho o autor, constituído por
84 cartas datadas entre 1870 e 1899.
Edição ilustrada com um retrato do autor feito a partir de um original de António Carneiro.
2242 — QUEIRÓS (Eça de).- A CAPITAL. Porto. Livraria Chardron, de Lélo & Irmão, Ldª.
1925. In-8.º de XLI-I-573-I págs. E.
2250 — QUEIRÓS (Eça de).- A CORRESPONDENCIA DE FRADIQUE MENDES.
(Memorias e Notas). Segunda edição. Porto. Livraria Chardron de Lello & Irmão, Editores.
1902. In-8.º de 248 págs. E.
[159]
[160]
Primeira edição, póstuma, com um retrato do autor por António Carneiro.
Encadernação dos editores, com dizeres dourados e ferros a seco. Assinado no frontispício.
São invulgares os exemplares dasta segunda edição. Com um retrato do autor em folha à parte.
Com o ex-libris de João da Costa Santiago de Carvalho Souza. Encadernação editorial com dizeres
dourados.
2251 — QUEIRÓS (Eça de).- CRÓNICAS DE LONDRES. Prefácio de Eduardo Pinto da
Cunha. Editorial Aviz. Lisboa. 1944. In-8.º de XXXVIII-266-IV págs. B.
Na capa da brochura tem mais os seguintes dizeres: “Novos Dispersos. Contribuição para o Centenário
de Eça de Queiroz”. Primeira edição.
2252 — QUEIRÓS (Eça de).- O DEFUNTO. Rio de Janeiro. Officinas da Livraria Moderna,
Domingos de Magalhães – Editor. S.d. [1895?] In-8.º de 95-I págs. E.
Raríssima primeira e única edição independente deste notável conto de Eça de Queirós, publicado na
«Gazeta de Notícias», do Rio de Janeiro, de 7 a 16-8-1895 e por Luís de Magalhães integrado em 1902
no volume póstumo «Contos».
A. Campos Matos refere-se circunstanciadamente a este conto e à forma como e onde foi redigido,
lembrando Alberto de Oliveira em «Eça de Queiroz (Páginas de Memórias)»: “(...) «Encontrei-o ainda
por acabar de vestir, fumando os seus cigarros delgados como fósforos, e sentado à mesa de trabalho,
onde acabava de escrever, em algumas horas febris, o seu esplêndido conto O Defunto». Alberto de
Oliveira esclarece ainda: «Pois não havia uma emenda naquele montão de folhas tão elegantemente
manuscritas. E a leitura, que o seu autor logo delas me fez com alvoroço, mostrou-me que também
nelas não havia, ou pelo menos não parecia haver aos meus ouvidos, qualquer imperfeição, dureza
ou incerteza de linguagem. O conto deslizava, desde as primeiras linhas, palpitante de vida, com
aquele esplendor e vigor de expressão, quer nas figuras quer nas paisagens, que sempre conserva.»
A. Campos Matos não faz referência à edição independente que apresentamos, talvez porque dela não
teve conhecimento.
Encadernação da época, com a lombada em pele. Carimbo antigo no rosto e na página seguinte, bem
como uma assinatura nesta página, datada de 1902 (ver gravura na pág. 161)
2253 — QUEIRÓS (Eça de).- DICCIONÁRIO DE MILAGRES. (Coordenação inedita por
concluir) - Outros escriptos dispersos. Lisboa. Parceria A. M. Pereira - Livraria Chardron. 1900.
In-8.º de XXXVIII-392-II págs. E.
Primeira edição, raríssima e bastante procurada. As páginas preliminares VII a XXXVIII inserem um
escrito intitulado, “Que seria o Diccionario de Milagres? - O artigo do Sr. Fialho d’Almeida”, da autoria
de J. T. da Silva Bastos, onde se encontra por três vezes referido o nome de Camilo. Edição ilustrada
com um retrato de Eça de Queiroz.
Encadernação inteira de percalina, dos editores, com dizeres dourados. (ver gravura na pág. 163)
2254 — QUEIRÓS (Eça de).- ECHOS DE PARIZ. Porto. Livraria Chardron. 1905. In-8.º
de IV-241-I págs. E.
O livro consta de 18 crónicas enviadas à «Gazeta de Notícias» do Rio de Janeiro e ali publicadas entre
1880 e 1894.
Primeira edição em volume, organizada por Luís de Magalhães. Impressa em folha própria vem
a reprodução de um retrato fotográfico de Eça de Queirós.
Com o ex-libris de João da Costa Santiago de Carvalho Souza, que tem sobre o nome um aspecto da
casa “Villa Franca - Leça da Palmeira”, actualmente o Museu da Quinta de Santiago . Encadernação
dos editores com dizeres gravados a ouro.
2255 — QUEIRÓS (Eça de).- O EGYPTO. Notas de Viagem. Porto. Livraria Chardron. 1926.
In-8.º de XXVII-354 págs. B.
2252 - ver pág. 162
Publicação dada a lume com uma introdução de José Maria d’Eça de Queiroz, filho do romancista
e acompanhado de um retrato do autor em 1875.
João Gaspar Simões, na sua «Vida e Obra de Eça de Queiroz», dedica um capítulo à viagem que Eça fez
ao Oriente com o Conde de Resende, viagem de grande importância como escola de realismo: «É todo
o mundo a entrar por ele dentro como se ele fosse transparente e a prosa modelasse a sensação, directamente, sem intermediários literários.» Primeira edição.
[162]
.../...
2256 — QUEIRÓS (Eça de).- HOMENS E IDÉIAS DO SÉCULO XIX. Organizado e prefaciado por Vianna Moog. Dois Mundos Editora, Lda. Rio de Janeiro. S.d. [1942?]. In-8.º gr.
de 309-V págs. E.
Interessante e original antologia de escritos Queirósianos. O prefácio de Vianna Moog, datado de
1942, ocupa as págs. 9 a 28.
Boa encadernação nova, com a lombada em pele mosqueada. Inteiramente por aparar e com as capas
da brochura conservadas.
2257 — QUEIRÓS (Eça de).- A ILLUSTRE CASA DE RAMIRES. Porto. Livraria Chardron.
1900. In-8.º de IV-543-I págs. E.
Romance publicado pela primeira vez nas páginas da «Revista Moderna», de Paris. Primeira e rara
edição em volume de uma das mais representativas obras de Eça de Queirós, amplamente estudada por
A. Campos Matos no seu notável «Dicionário de Eça de Queiroz».
Encadernação dos editores, com dizeres gravados a ouro. (ver gravura na pág. 165)
2258 — QUEIRÓS (Eça de).- OS MAIAS. Episodios da vida romantica. Porto. Livraria
Internacional de Ernesto Chardron. 1888. 2 vols. In-8.º gr. de IV-458 e IV-520 págs. E.
A. Campos Matos: “Tida como uma obra-prima do romance português, Gaspar Simões considerou-o,
no cap. III da sua biografia sobre Eça, «a mais perfeita obra de arte literária que ainda se escreveu em
Portugal depois de Os Lusíadas. Machado da Rosa indo mais além escreveu: «Como realização artística,
Os Maias superam tudo quanto se escreveu até hoje em língua portuguesa, inclusive Os Lusíadas.
Jorge de Sena, esse pensava que Os Maias «só tem rival em I Malavoglia do italiano Giovanni Verga,
e em Buddenbrooks de Thomas Man».
Obra das mais destacadas e estimadas da bibliografia do autor, sendo da primeira edição o primeiro
volume e da segunda o segundo.
Encadernações inteiras de percalina, com dizeres e ferros dourados.
2259 — QUEIRÓS (Eça de).- O MANDARIM. Livraria Internacional de Ernesto Chardron,
Editor. Porto e Braga. 1880. [Porto. Typ. de A. J. da Silva Teixeira]. In-8.º de IV-181-III págs. E.
“Novela de carácter fantasista que Eça escreveu durante umas férias em Angers, para o Diário
de Portugal, como substituição de um compromisso que não pôde cumprir, o da entrega do manuscrito
d’Os Maias que se comprometera a publicar nesse mesmo periódico. Veio assim O Mandarim compensar
a falta do prometido romance, tendo sido publicado entre 7 e 18-7-1880. A 1ª edição em volume, do
editor do Porto Ernesto Chradron, apresenta um texto de maior extensão do que a 1ª versão”, segundo
esclarece A. Campos Matos.
Exemplar da raríssima e valiosa primeira edição, em excelente papel e com o frontispício e o anterrosto
a duas cores.
Encadernação da época, de modesta execução.
2260 — QUEIRÓS (Eça de).- O MANDARIM. Ilustrações de Rachel Roque Gameiro. Porto.
Livraria Chardron. 1927. In-4.º de XI-II-123-I págs. E.
Cuidada edição, ilustrada com uma fotografia de Eça de Queiroz por Guedes de Oliveira. As ilustrações de Rachel Roque Gameiro são impressas no texto e em separado, sendo estas últimas a cores.
Revestido de excelente encadernação inteira em pele com ferros a ouro na lombada e nas pastas, tendo
preservadas as capas da brochura.
2253 - ver pág. 162
2261 — QUEIRÓS (Eça de).- AS MINAS DE SALOMÃO. Traducção revista por Eça de
Queiroz. Porto. Livraria Chardron. 1902. In-8.º de VII-317-I págs. E.
Segunda edição, bastante invulgar. Ilustrada com um retrato de Eça de Queiroz.
Encadernação em percalina. Assinado e com um carimbo no frontispício.
[164]
2262 — QUEIRÓS (Eça de).- POSTAIS ILUSTRADOS PARA SUA MULHER E FILHOS.
Prefácio e organização A. Campos Matos. Livros Horizonte. [2006]. In-4.º de XCVI págs. inums. E.
Bela e criteriosa edição levada a cabo pelo incansável e erudito investigador da Obra Queirósiana
A. Campos Matos, que escreve: “Os postais ilustrados de Eça para os filhos, coloridos na sua maioria,
e belíssimos, possuem um grande valor iconográfico – paisagens urbanas, costumes, tipos humanos,
etc. etc. Além do mais as ilustrações são inseparáveis da prosa de Eça que a elas alude. (...)
“É tempo de divulgar agora o acervo dos bilhetes-postais, em edição de qualidade gráfica e rigor compatíveis com o seu interesse, enriquecendo assim o elenco das publicações fomentadas pela Fundação
Eça de Queiroz. (...)”
Encadernação dos editores, ilustrada a cores.
2263 — QUEIRÓS (Eça de).- PRIMEIRO DE MAIO. Ilustrações de João Abel Manta.
O Jornal. [Dezembro de 1979. Edições «O Jornal». Impresso na Tipografia Lugo, Damaia].
In-4.º gr. de 18 págs. B.
Com uma «Nota Prévia» de A. Campos Matos historiando o aparecimento deste “texto inteiramente
desconhecido em Portugal” e só publicado, até então, na «Gazeta de Notícias» do Rio de Janeiro em
29 de Maio de 1890. Com curiosas ilustrações de João Abel Manta e o facsimile da 1ª página da referida
«Gazeta de Notícias» onde o escrito queirosiano foi publicado.
2264 — QUEIRÓS (Eça de).- O PRIMO BAZILIO. Livraria Internacional de Ernesto Chardron.
Porto - Eugenio Chardron. Braga. 1878. In-8.º de 636 págs. E.
Exemplar da procurada e muito estimada edição original de uma das mais lidas obras do grande
romancista, cuja edição, esgotada quase de imediato, levou a que ainda em 1878 fosse publicada
a segunda. Rara.
Com as capas da brochura preservadas, mas modestamente encadernado, aparado e com uma assinatura
na margem superior da capa da brochura, assinatura que se repete no frontispício.
2265 — QUEIRÓS (Eça de).- O PRIMO BAZILIO. Episodio domestico. Ilustrações de Alberto
de Sousa. Porto. Livraria Chardron... 1927. In-4.º de 463 págs. E.
As ilustrações de Alberto de Sousa, a negro e a cores nas páginas do texto e em folhas à parte, fazem
desta edição uma das mais belas até hoje feitas deste notável romance de Eça de Queiroz. Retrato do
romancista reproduzido de um cliché original do jornalista e fotógrafo Guedes de Oliveira.
Encadernação dos editores, com ferros dourados e a seco em relevo.
2266 — QUEIRÓS (Eça de).- A RELIQUIA. Porto. Typ. de A. J. da Silva Teixeira. 1887. In-8.º
de XX-441-I págs. E.
Primeira edição de uma das mais interessantes obras do grande romancista. Rara.
Falta o anterrosto e está um pouco aparado. Encadernação dos editores usada nas edições posteriores.
2267 — QUEIRÓS (Eça de).- LA RELIQUIA. Traducción de Ramón del Valle Inclán.
Barcelona. Casa Editorial Maucci. 1902. In-8.º de 252-II págs. E.
Primeira e raríssima edição castelhana, valorizada também pelo nome de Ramón del Valle Inclán que
a traduziu.
O exemplar tem manchas de água, já secas, que atingiram a capa da brochura e as primeiras folhas.
Encadernação nova, com a lombada em pele. Falta a capa da brochura posterior.
2257 - ver pág. 164
2268 — QUEIRÓS (Eça de).- A TRAGÉDIA DA RUA DAS FLORES. Fixação do texto e notas
de João Medina e A. Campos Matos. Moraes Editores - Lisboa. 1980. In-4.º de 468-IV págs. E.
Primeira edição deste até então desconhecido romance de Eça, “rascunho centenário, porventura sem
qualquer leitura posterior”; “Pronunciando-se sobre este romance que ficaria quase que eternamente
[166]
.../...
esquecido na arca familiar, Eça dizia que era «o melhor e mais interessante que tenho escrito até
hoje»”, segundo palavras de João Medina e Campos Matos no seu extenso e importante prefácio.
Cuidada tiragem especial numerada de 3000 exemplares, impressa em bom papel e revestida de uma
encadernação editorial, em tecido, concebida por João Abel Manta e executada por Paulino Ferreira,
sendo este o n.º 111 dos 300 não entrados no mercado.
2269 — QUEIRÓS (Eça de).- A TRAGÉDIA DA RUA DAS FLORES. Edição ilustrada.
Edições Branco e Negro. Lisboa. 1980. In-fólio de 126-XXXII págs. B.
Edição ilustrada com um retrato do romancista e reproduções de inúmeras gravuras abertas em madeira do
século XIX, ajustáveis ao texto publicado. Tem no fim uma selecção de fotogravuras intitulada «A Lisboa
Queiroseana em 1980 (ou o que resta do cenário da «Tragédia»)». Texto do romance a duas colunas.
2270 — QUEIRÓS (Eça de).- ULTIMAS PAGINAS. (Manuscriptos ineditos). S. Christovam Stº Onofre - S. Frei Gil - Artigos diversos. Porto. Livraria Chardron de Lello & Irmão, editores.
1912. In-8.º de VII-I-502-II págs. E.
Primeira edição deste estimado livro póstumo de Eça de Queirós, com uma extensa “Carta a Camillo
Castello Branco” integrada nos “Artigos diversos”. Com um retrato do autor.
Boa encadernação com cantos e lombada em pele, só de leve aparado à cabeça e com as capas
da brochura preservadas.
2271 — QUEIRÓS (José).- CERÂMICA PORTUGUESA. 2ª Edição (Corrigida e aumentada
pelo autor e pelos editores). Lisboa. MCMXLVIII. [Oficina Gráfica, Limitada]. 2 vols. In-fólio
de 339-VII e 173-VII págs. B..
Obra da maior importância para o estudo da cerâmica portuguesa, em luxuosa edição impressa sobre
papel couché, ilustrada com centenas de gravuras intercaladas no texto e em separado, a negro e a cores.
O segundo volume é constituido pelo “Dicionário de Marcas”, reproduzidas em fac-símile e pelo
“Dicionário de Nomes” dos Fundadores, Proprietários, Pintores, Decoradores, etc., de Fábricas
Portuguesas, Escultores-Barristas e Ceramistas. Edição feita pelo Dr. Ricardo Espírito Santo Silva,
preferível à primeira não só pela sua primorosa apresentação gráfica como também pelos valiosos
aumentos e correcções que apresenta.
2272 — QUENTAL (Antero de).- CARTAS A ANTÓNIO DE AZEVEDO CASTELO BRANCO.
Prefácio e notas de Adolfo Casais Monteiro. Edições Signo. Lisboa. 1942. In-8.º de XXXII-112 págs. B.
O extenso e excelente prefácio de Casais Monteiro ocupa as páginas IX a XXXII. Com referências
a Camilo. Edição total limitada a 417 exemplares.
2273 — QUENTAL (Antero de).- O INFANTE D. HENRIQUE. Com um prefacio do Sr.
Rodrigo Velloso. Lisboa. M. Gomes, Editor. MDCCCXCIV. In-4.º gr. de 59-III págs. E.
Excelente estudo histórico e apreciada espécie bibliográfica anteriana, com um retrato do autor em cuidada
litografia impressa em separado.
Com a capa da brochura da frente preservada. Encadernação simples.
2274 — QUENTAL (Antero de).- ODES MODERNAS. Coimbra. Imprensa da Universidade.
1865. In-8.º gr. de 160 págs. E.
É a primeira e muito rara edição desta importante obra de Antero e uma das mais representativas da
poesia portuguesa do século XIX. Segundo palavras de Teófilo Braga, “Ao dar á publicidade o livro
revolucionario as Odes Modernas, em 1865, accentuada poesia de combate, Anthero rasgou todas as
composições anteriores, para que não ficassem vestigios d’esse periodo contemplativo”. Nesta primeira
edição o poema «A Ideia» é dedicada “Ao Sr. Camillo Castello Branco» , dedicatória que já não
aparece na segunda.
Boa encadernação inteira em pele, com as capas da brochura resguardadas e só de leve aparado à cebeça.
[167]
2275 — QUENTAL (Antero de).- ODES MODERNAS. Segunda edição contendo varias composições ineditas. Livraria Internacional de Ernesto Chardron... Porto. 1875. In-8.º de IV-186 págs. E.
É a segunda e muito invulgar edição desta importante obra de Antero, importante por vir com mais
poesias do que a primeira.
Com a capa da brochura da frente conservada e revestido de boa encadernação com cantos e lombada
em pele, decorada com dizeres e ferros dourados. Só de leve aparado à cabeça. Discreta assinatura no
frontispício.
2276 — QUENTAL (Antero de).- PORTUGAL PERANTE A REVOLUÇÃO DE HESPANHA.
Considerações sobre o futuro da Politica Portugueza no ponto de vista da Democracia Iberica.
Lisboa. Typographia Portugueza. 1868. In-8.º gr. de 39-I págs. B
São bastante invulgares os exemplares deste trabalho em prosa de Antero.
Assinatura de João Santiago na capa da brochura, antigo proprietário do palacete onde está instalado
o Museu da Quinta de Santiago em Leça da Palmeira.
2277 — QUENTAL (Antero de).- RAIOS DE EXTINCTA LUZ. Poesias ineditas (1859-1863)
com outras pela primeira vez colligidas. Publicadas e precedidas de um escorso biographico por
Theophilo Braga. Lisboa. M. Gomes, Livreiro-Editor. 1892. In-8.º de XLVIII-257-I págs. E.
Segundo Teófilo Braga, “A publicação d’este livro é um phenomeno litterario de alta importancia.
Compõe-se de uma collecção de Poesias ineditas de Anthero de Quental, na primeira phase artistica,
de 1859 a 1863, quando o seu ideal era ainda religioso, romantico e espiritualista.” Primeira edição.
Exemplar n.º 2 da muito valiosa tiragem especial de quatro, em “papel das manufacturas imperiaes do
japão, numerados de 1 a 4”.
Encadernação recente, inteira em pele, com as capas da brochura e a lombada conservadas e com
as margens intactas e de muito diferentes dimensões, resultado obtido pela forma como foi feita
a imposição e impressão tipográfica sobre folhas de maiores dimensões.
2278 — QUENTAL (Antero de).- SONETOS. Porto. Imprensa Portugueza. MDCCCLXXX. In8.º de 32-IV págs. E.
Edição cuidada, a segunda dos «Sonetos» de Antero de Quental, sendo extremamente rara a primeira,
dada a lume em 1861. Nesta edição foram publicados bastantes mais sonetos do que na edição original.
Excelente encadernação inteira em pele, nova, com dizeres e ferros dourados na lombada e nas pastas.
Com as capas da brochura conservadas.
2279 — QUENTAL (Antero de).- OS SONETOS COMPLETOS DE ANTERO DE QUENTAL.
Publicados por J. P. Oliveira Martins. Porto. Livraria Portuense de Lopes & Cª. - Editores. 1886.
In-8.º de 126-II págs. E.
Muito esmerada e rara edição em papel de magnífica qualidade, a primeira publicada por Oliveira Martins.
Existe uma contrafacção muito parecida com esta, com a mesma qualidade de papel, mas com algumas
diferenças que foram estudadas e identificadas por Costa Carregal; na edição autêntica a haste do T da
palavra Sonetos que vem no frontispício é curva, enquanto na contrafacção essa haste é direita. O estudo
sobre esta contrafacção, além de outras interessantes notícias, vem no livro «Notícia para a Bibliografia
Antheriana», de J. da Costa Carregal, publicado em 1942.
Encadernação da época, com cantos e lombada em pele, com marcados sinais de uso.
2280 — QUENTAL (Antero de).- OS SONETOS COMPLETOS DE ANTHERO DE QUENTAL.
Prefaciados por J. P. Oliveira Martins. Nova edição. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1922.
In-4.º de 125-I págs. E.
O belo prefácio de Oliveira Martins ocupa as págs. 5 a 32 e nele se ocupa de Antero e dos seus sonetos
com alto apreço, terminando-o com estas palavras: “Este homem, fundamentalmente bom, se tivesse
[168]
.../...
vivido no século VI ou no século XIII, seria um dos companheiros de S. Bento ou de S. Francisco de
Assis. No século XIX é um excentrico, mas d’esse feitio de excentricidade que é indispensável, porque
a todos os tempos foram indispensaveis os herejes, a que hoje se chama dissidentes.”
Da Tiragem Especial de 300 exemplares em papel de linho, numerados e rubricados pelo editor. Com
a capa da brochura da frente, mas modestamente encadernado.
2281 — QUENTAL (Antero de).- THESOURO POETICO DA INFANCIA. Colligido e ordenado
por Anthero de Quental. Porto. Ernesto Chardron - Editor. 1883. In-8.º de XV-I-218-IV págs. B.
Antologia de poesias de diversos autores e do cancioneiro popular, com uma «Advertencia» assinada
por Antero. Primeira edição, invulgar.
Com manchas de acidez.
2282 — QUENTAL (Antero de). & CASTELLO BRANCO (Camilo) - SÁ DE MIRANDA.
Com uma carta ácerca da “Bibliographia Camilliana” de Henrique Marques, por Joaquim de
Araujo. Lisboa. Typ. da Companhia Nacional Editora. 1894. In-8.º de 38 págs. E.
A colaboração de Antero, com o título «Poesias de Sá de Miranda...» vem publicada de páginas 5 a 15;
a de Camilo, «Uma Satyra de Sá de Miranda», vem de páginas 16 a 28.
Com as capas da brochura conservadas, mas aparado e modestamente encadernado.
2283 — [QUESTÃO DA SEBENTA]. Porto. Na Livraria de Ernesto Chardron. 1883. 9 opúsculos
In-8.º gr. em 1 vol. E.
Colecção completa dos opúsculos que formam esta famosa polémica em que foram intervenientes
Camilo, Avelino Augusto César Calisto e José Maria Rodrigues.
Os números II e III costumam aparecer em um só opúsculo: nesta colecção o II aparece independentemente do III, e este, «Duas Palavras ao Snr. Camillo Castello Branco», por José Maria Rodrigues
é todo o n.º 7 de «A Civilisação Catholica», onde o texto veio pela primeira vez a público. Todos os
outros opúsculos são da primeira edição.
Encadernação antiga, com a lombada em pele.
2284 — A QUESTÃO DO DOURO EXPLICADA ou Demonstração da necessidade do principio
protector ou restrictivo no Douro. Junho de 1861. Por um Lavrador do Douro. Porto.
Typographia Commercial. 1861. In-8.º de 16 págs. B.
Opúsculo raro, publicado sem o nome do autor.
2285 — A QUESTÃO ENTRE OS SENHORIOS E OS FOREIROS, ou O Espirito do Decreto
de 13 d’Agosto de 1832. Por M. A. C. da R. Lente de Direito da Universidade de Coimbra.
Coimbra: Na Imprensa da Universidade. 1836. In-8.º gr. de 24 págs. Desenc.;
––– RIBEIRO (João Pedro).- BREVES OBSERVAÇÕES ao opusculo A QUESTÃO ENTRE
OS SENHORIOS E OS FOREIROS &c. pelo... [No fim: Porto 1836. Imprensa de Alvares
Ribeiro aos Lavadouros N.º 16. In-8.º de 10 págs.
Antes da exposição do tema proposto, o autor do primeiro opúsculo, cujo nome não nos foi dado
decifrar, apresenta uma «Historia dos Foros».
2286 — QUINTELA (Santos).- CAMILLO. Collectanea de ... Prefacio do notavel e fecundo
escriptor Alberto Pimentel. Escriptorio de Publicações de J. Ferreira dos Santos. Porto. [1921].
In-8.º de IX-I-176 págs. E.
Do Frontispício: “ANECDOTAS (historicas e populares). - Conceitos. - Criticas. - Descripções magis-
[169]
.../...
traes. - Ditos-proloquios. - Facecias. - Ironias. - Locuções. - Maximas. - Pensamentos. - Phrases. Satyras. - Termos obsoletos. - Trocadilhos. Etc.”.
Capa da brochura ilustrada com um retrato de Camilo num medalhão e grinaldas de flores.
Encadernação imperfeita.
2287 — QUINTINHA (Julião).- AFRICA MISTERIOSA. Crónicas e impressões duma viagem
jornalistica nas Colónias da Africa Portuguêsa. Editora Portugal Ultramar - Limitada. [1928].
In-8º de 413-III págs. E.
“O deslumbramento da Ilha da Madeira, Na Cidade flutuante, Cabo Verde arquipélago da melancolia,
Nas florestas da Guiné, No Jardim do Equador, O Encanto do Principe, Na Capital de Angola, A Legenda
do Zaire, Na Côrte do Rei Congo, Lobito gare maritima da Africa Ocidental, No Sertão de Benguela,
Uma entrevista com o Soba da Chindumba, No País das Luenas, Página trágica do Sertão, Terras
do Huambo e do Bailundo, A caminho das montanhas da Huila, No deserto de Mossamedes, Margens
do Quanza, Na Africa Oriental e Terra dos Vatuas”. Primeira edição. O 2.º volume da obra deveria intitular-se «Oiro Africano», mas cremos que não chegou ser publicado. Com ilustrações.
Modestamente encadernado.
2288 — RAFAEL (Joaquim).- DESCRIPÇÃO DOS TREZ MODELOS PARA OS MONUMENTOS
QUE OS REPRESENTANTES DA NAÇAÕ PORTUGUEZA em Sessão de 25 de Septembro, e 4 de
Outubro de 1834, solicitarão ao Governo de S. M. FIDELISSIMA SE ERIGISSE Á MEMORIA
DO MAIOR DOS PRINCIPES O SENHOR D. PEDRO IV. DE SAUDOSA MEMORIA: Os
quaes forão mandados fazer pelo Ministerio do Reino A JOAQUIM RAFAEL 1.º Pintor da Real
Camara. Lisboa. Na Typographia de R. D. Costa. 1837. In-8.º gr. de 9-I págs. Desenc.
Inocêncio ao citar pela primeira vez este opúsculo do pintor portuense Joaquim Rafael troca a palavra
“Monumentos” por “medalhas”, dizendo ter visto apenas “um exemplar em poder do (...) sr Figaniere”;
No vol. XII do seu Dicionário Inocêncio de novo se refere este raro folheto repetindo a mesma
inexactidão quanto ao título.
2289 — RAGUEL (Jean).- LES LOUPS... CHASSEURS DE LUNE. Roman. Nouvelles
Edditions Debresse. Paris. [1967]. In-8.º de 191-I págs. B.
Com uma extensa e laudatória dedicatória do autor para Salazar.
2290 — RAINHA DONA LEONOR (A). Exposição realizada pela Fundação Calouste
Gulbenkian no Mosteiro da Madre de Deus. Lisboa. Dezembro - 1958. In-8.º gr. de 88-II págs. E.
Excelente catálogo cuja composição e impressão foi dirigida por Bernardo Marques, ilustrado com
boas reproduções de pinturas, manuscritos iluminados, paramentos, frontispícios de livros antigos, etc.
Bela encadernação inteira em pele à cor natural, com dourados na lombadas, seixas e filetes nas pastas.
Só aparado à cabeça, mantendo preservadas as capas da brochura.
2291 — RANGEL (João Augusto Ferreira).- POESIAS. (Com um estudo de Camillo Castello
Branco). Lisboa. Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão. MDCCCC. In-8.º de 224 págs. E.
O estudo de Camilo, sob a epígrafe “Dezasete annos depois”, vem publicado de págs. 5 a 20, inserindo
ainda, a págs. 218 ,uma pequena carta do grande escritor.
Boa encadernação com cantos e lombada em pele, título e dizeres dourados, mantendo as capas da
brochura conservadas.
2292 — RAPOSO (Hipólito).- DONA LUISA DE GUSMÃO, Duquesa e Rainha (1613-1666).
Lisboa. Empresa Nacional de Publicidade. 1947. In-4.º de XVIII-485-III págs. B.
“(...) Afeito a bater-se, a lutar na vida pelo mandato dos Mortos e por causas justas, embora perdidas,
para digno galardão do seu trabalho, bastar-lhe-ia [ao autor] que estas páginas servissem o destino de
[170]
.../...
acreditar a maior das rainhas de Portugal no reconhecimento da Nação que Ela amou, defendeu e serviu
com extremados sacrifícios, até aos últimos alentos da vida.”
Com uma estampa a cores representando o retrato de D. Luísa de Gusmão e outras, a negro, também
impressas em separado.
Exemplar da tiragem especial de 200 em papel vergé, numerados e rubricados pelo autor.
Com manchas de água antigas.
Primeira edição da trilogia, obra marcante da bibliografia duriense, constituída pelos seguintes títulos:
«Horizonte Cerrado», «Os Homens e as Sombras» e «Vindima de Sangue».
Júlio Pomar ilustrou a capa da brochura do primeiro volume, tendo sido a do terceiro ilustrada por
Lima de Freitas.
Leves manchas de acidez e data a tinta no anterrosto do 2º volume.
2293 — RAPOSO (José Hipólito) & RIBEIRO (Gustavo de Almeida).- CARROS DE CAVALOS
EM PORTUGAL NO SÉCULO XIX. Texto e selecção de José Hipólito Raposo. Fotografia de
Gustavo de Almeida Ribeiro. Edições Inapa. Lisboa. 1995. In-fólio de IV-107-V págs. E.
2300 — REDOL (Alves).- FANGA. Romance. Portugália Editora. Lisboa. [1943]. In-8.º de 397-I págs. B.
2294 — RATTAZZI (Madame).- LE CHEMIN DU PARADIS - Bicheville - 42 et dernière série
du Piége aux maris. Paris. A. Cadot et Degorge, Éditeurs. S. d. [18..]. In-8.º de 296-II págs. E.
2301 — REDOL (Alves).- FORJA. Tragédia. Lisboa. 1948. [Gráfica Lisbonense]. In-8.º de 210-II págs. B.
Com a qualidade gráfica comum a todas as sempre bem acolhidas edições publicadas com a chancela
das Edições Inapa, também esta se apresenta impressa em magnífico papel, ilustrada com mais de 150
boas fotografias a cores e um erudito estudo dos carros inventariados.
Encadernação editorial em tela gravada a ouro, com sobrecapa ilustrada a cores.
Romance de Madame Rattazzi, autora do célebre livro «Portugal a vol d’oiseau», que originou a célebre
polémica em que Camilo teve a parte mais importante.
Encadernação da época, com bela lombada em pele embelezada com dizeres e finos ferros a ouro.
2295 — RATTAZZI (Madame).- PORTUGAL DE RELANCE. Novo Prefacio da Edição
Portugueza. (Primeira, unica e ultima resposta da auctora). Lisboa. Livraria Zeferino - Editora.
1881. In-8.º gr. de IV-LXVI-16 págs. E.
Peça importante da polémica que envolveu, entre outros, Camilo e a Princesa Rattazzi.
Bem encadernado, com as capas da brochura conservadas e só de leve aparado à cabeça.
2296 — RAU (Virginia) & SILVA (Maria Fernanda Gomes da).- OS MANUSCRITOS DO
ARQUIVO DA CASA DE CADAVAL RESPEITANTES AO BRASIL. Por Ordem da
Universidade. 1955-1958. [Coimbra]. 2 vols. In-4.º de XV-540-IV e IV-478-IV págs. B.
Catálogo minucioso e proficientemente elaborado do notabilíssimo arquivo de manuscritos da Casa
Cadaval, na sua maioria dos séculos XVII e XVIII, manuscritos que constituem suculenta fonte de
informações para a História do Brasil. Das apreciadas e magníficas edições integradas na colecção
coimbrã «Acta Universitatis Conimbrigensis».
2297 — RECKERT (Stephen) & CENTENO (Y. K.).- FERNANDO PESSOA. (Tempo. Solidão.
Hermetismo). Moraes Editores. [1978]. In-8.º gr. de 176 págs. B.
Obra integrada na colecção «Margens do Texto».
2298 — REDOL (Alves).- AVIEIROS. Romance. Livraria Portugália. Lisboa. [1942]. In-8.º
de 305-III págs. B.
Primeira edição de um dos muito estimados livros de Alves Redol, um dos mais fecundos escritores
ligados ao movimento neo-realista.
Capa da brochura ilustrada por Manuel Ribeiro de Pavia.
2299 — REDOL (Alves).- CICLO PORT-WINE. Lisboa. [1949 - S.d. Edições Cosmos e Publicações
Europa-América]. 3 vols. In-8.º B.
“Port-Wine é o vinho dos ingleses. Chamam-lhe sol engarrafado, mas só os durienses sabem o preço
das tragédias e heroísmos que viveram para criar esse Sol - fazer um astro com as mãos é tarefa de
gigantes”.
[171]
.../...
“Fanga - sombra da Idade Média projectada nos nossos dias. Senhores vivendo da terra sem nada lhes
darem. Servos fecundando a terra sem nada receberem”.
Primeira edição de uma das melhores obras de Alves Redol, autor dos mais representativos da literatura
portuguesa do século XX.
Capa da brochura ilustrada por Fred Kradolfer.
Primeira edição de uma das obras da reduzida mas representada bibliografia teatral do autor. Invulgar.
A cena passa-se em “Uma aldeia qualquer, junto a qualquer serra de Portugal”.
2302 — REDOL (Alves).- PORTO MANSO. Inquérito. [Lisboa. 1946.] In-8.º de 407-VII págs. B.
Um dos mais interessantes livros da bibliografia de ficção duriense. Primeira edição, estimada e muito
pouco frequente. Capa da brochura ilustrada a cores por Manuel Ribeiro de Pavia.
2303 — REDOL (Alves).- UMA FENDA NA MURALHA. Romance. Portugália Editora.
Lisboa. [S.d]. In-8.º de 307-V págs. B.
“Disse Alves Redol que o seu novo romance «Uma Fenda na Muralha» é “um episódio da História
Trágico-Marítima dos nossos dias”, uma “análise do medo em oito homens diferentes — desde os que
o dominam aos que são tomados de pânico”. Exemplar da edição original.
Assinado por Alves Redol e com uma outra assinatura no frontispício.
2304 — REDOL (Alves).- A VIDA MÁGICA DA SEMENTINHA. Uma breve história do trigo.
Lisboa. [Tipografia Garcia & Carvalho, Lda. Lisboa.1956]. In-4.º gr. de 81-I págs. E.
Invulgar e muito interessante livro infantil, com excelentes ilustrações a cores de Rogério Ribeiro.
Cartonagem editorial com sobrecapa ilustrada.
2305 — [PORTO]. REFLEXÕES OFFERECIDAS ÁS CORTES DA NAÇÃO Ácerca da pertenção da Junta dos Eleitos do Concelho do Porto, e Commissão do Monumento dedicado
á memoria de S. M. I. o Senhor D. PEDRO, DUQUE DE BRAGANÇA. Por hum Cidadão
Portuense, Membro da Junta dos Eleitos do mesmo Concelho. Porto: Typografia de Gandra
& Filhos. 1839. In-8.º gr. de 8 págs. Desenc.
Não nos foi possível desvendar o nome do autor deste raro folheto, com interesse para a bibliografia
do Porto.
2306 — REGENCIA DO DUQUE DE BRAGANÇA, Decidida pela Camara dos Deputados da
Nação Portugueza na sessão 2.ª de 25 de Agosto de 1834. In-8.º de 87 [aliás 96] págs. E.
Invulgar e importante documento para a história política da época, dramaticamente protagonizada por
D. Pedro e D. Miguel.
Encadernação inteira em pele, à antiga.
[172]
2307 - ver pág. 175
2308 - ver pág. 175
2307 — REGIMENTO DOS OFICIAIS DAS CIDADES, VILAS E LUGARES DESTES
REINOS. Lisboa. 1955. [Tip. Silvas, Limitada]. In-4.º peq. E.
“Edição facsimilada do texto impresso por Valentim Fernandes em 1504 e neste ano de 1955 reimpresso
pela Fundação da Casa de Bragança com Prefácio do Professor Doutor Marcello Caetano”, que no seu
extenso e magistral trabalho introdutório referindo-se a este Regimento, diz julgar tratar-se “do primeiro
ensaio de utilização da imprensa em Portugal para publicação e divulgação das leis gerais do reino”.
Cuidada e já hoje muito invulgar edição fac-similada da raríssima edição de 1504.
Rica encadernação inteira em pele, com título e dourados na lombada, filetes nas pastas e ferros também
a ouro nas seixas, tendo ainda o corte das folhas inteiramente brunido a ouro fino. Com as capas
da brochura conservadas. (ver gravura na pág. 173)
MANUSCRITO. REGIMENTOS DOS CONSULADOS DA SARDENHA, CHIPRE E
JERUSALÉM EM PORTUGAL
2308 — [MANUSCRITO]. REGIMENTOS DOS CONSULADOS de S. Mag.e El Rey de
Sardenha, Xipre, [sic] e Jeruzalem, estabelecidos nos Reynos, e Senhorios de Portugal para se
observarem como nelles se declara e contem. [Na página imediata: “E pª Constar do referido
assinamos a presente, que va corroborada com o sello das armas reaes costumado neste
Consulado geral de Lxª por rezoluçaõ de S. Mag.de - Dada e passada nesta Cidade de Lisboa,
e Caza do Consulado Geral a os 2 dias do mez de Junho do anno de 1780. Antº Latty de
Lafond”]. Dim. 20 x 30 cm.
As primeira e última páginas estão autenticadas com o selo branco com as armas reais de Sardenha,
Chipre e Jerusalém.
Em separado tem, em folha de pergaminho, datada de Lisboa 16 de Abril de 1781, dim. 48 x 31,5 cm.,
a “Patente de Consul Deputado das Nações Sardas, e mais subditas del Rey de Sardenha, Chipre
e Jeruzalem Nº Snr. que Ds. ge a favor de Joze Luis Serqueira de Lemos, com exercicio na villa de
Barcellos, pª servir nos impedim.tos do Consul Dep.do do Porto de Espozende” Com o selo branco
igual ao já antes referido e a mesma assinatura.
Belíssima encadernação inteira em pele, da época, com ferros a ouro na lombada e em ambas as pastas,
tendo a da frente o título: “REGIMEN / TOS // DOS // CONSVLAD.os // DE // SVA MAGEST.de //
ELREY.DE. // SARDENHA // CHIPRE // E IERVZA // LEM”. Com o corte das folhas dourado.
(ver gravura na pág. 175)
2309 — RÉGIO (José).- BIOGRAFIA. Sonetos. Ilustrações de Júlio. 1929. [Edições Presença].
In-4.º de X-32-II págs. B.
Primeira e raríssima edição de uma das mais importantes obras poéticas de José Régio, um dos autores
que a mais alto lugar elevou a Poesia portuguesa.
Edição “Presença”, de sóbria e originalíssima apresentação gráfica, impressa em papel de embrulho
e com a capa, o rosto, o anterrosto e os títulos dos poemas impressos em grandes caracteres negros em
madeira. Excelentes desenhos de Júlio estampados em página inteira e na capa de brochura.
Com duas iniciais e uma data em letra minúscula na folha de anterrosto. (ver gravura na pág. 176)
2310 — RÉGIO (José).- CÂNTICO SUSPENSO. Poesia. Portugália Editora. [Lisboa. 1968].
In-8.º gr. de 153-XI págs. B.
Edição original, integrada nas «Obras Completas» do autor.
Ex-libris de Alfredo Ribeiro dos Santos desenhado por Albel Salazar.
2311 — RÉGIO (José).- A CHAGA DO LADO. Sátiras e Epigramas. Portugália Editora.
[Lisboa. 1954]. In-4.º de 92-IV págs. E.
É a edição original deste estimado livro de poesias de um dos mais altos nomes da poesia portuguesa
do século XX.
Encadernação inteira em pele azul, com título e ferros a ouro na lombada, largas bordaduras e títulos
também a ouro nas pastas e seixas, estando ainda dourado à cabeça e com as restantes margens intactas,
bem como as respectivas capas da brochura.
[175]
2309 - ver pág. 175
2312 — RÉGIO (José).- DAVAM GRANDES PASSEIOS AOS DOMINGOS... Editorial
«Inquérito», Ldª. Lisboa. [1941]. In-8.º de 79-I págs. B.
Novela considerada como uma das melhores páginas em prosa de José Régio. Primeira edição.
2313 — RÉGIO (José).- DAVAM GRANDES PASSEIOS AOS DOMINGOS... Com ilustrações
de Lima de Freitas. Inquérito. Lisboa. [S.d.]. In-8.º de 114-II págs. B.
Considerada como uma das melhores páginas em prosa de José Régio, esta edição, belamente ilustrada
por Mestre Lima de Freitas, foi integrada na colecção «Antologia dos Amigos do Livro».
2314 — RÉGIO (José).- EL-REI SEBASTIÃO. Poema espectacular em três actos. Atlântida.
Coimbra. MCMXLIX. In-8.º de XV-189-I págs. B.
Primeira edição, integrada na colecção «Teatro de José Régio». Com uma extensa «Nota Preambular»
de José Régio sobre Teatro em geral e o seu em particular.
2315 — RÉGIO (José).- AS ENCRUZILHADAS DE DEUS. Poema de José Régio. Com desenhos
de “Júlio”. Edições Presença - Atlântida. Coimbra. 1935. In-4.º de 177-V págs. E.
Um dos primeiros livros do autor e também um dos mais representativos da sua obra poética. Primeira
edição, bastante rara, dada a lume pela «Presença».
Encadernação inteira em pele, com a lombada decorada com ferros a ouro em casas fechadas. Aparado
só à cabeça e com a capa da brochura ilustrada por “Júlio”. (ver gravura na pág. 178)
2316 — RÉGIO (José).- ESTUDOS DE JOSÉ RÉGIO. ANTÓNIO BOTTO E O AMOR. 1937.
[Tipografia Civilização. Porto]. In-8.º de 188-IV págs. B.
É a primeira edição deste notável ensaio sobre António Botto.
Capa da brochura de posterior execução.
2317 — RÉGIO (José).- FADO. Versos de José Régio e desenhos de Júlio. Arménio Amado,
Editor - Coimbra. [1941]. In-8.º gr. de 173-III págs. B.
Um dos melhores livros de José Régio, especialmente estimado nesta sua edição original. Além dos
desenhos, impressos em plena página, também a bela capa da brochura foi desenhada por Júlio, irmão
do poeta. Muito invulgar.
Com a lombada partida no sentido vertical e solta a capa posterior. (ver gravura na pág. 179)
2318 — RÉGIO (José).- FILHO DO HOMEM. Versos. Portugália Editora. Lisboa. [1961].
In-8.º gr. de 79-V págs. B.
Exemplar da edição original, esmeradamente impressa em bom papel.
N.º 16 da tiragem especial de 50, numerados e assinados pelo Poeta. Capa da brochura ilustrada por
Tóssan.
2319 — RÉGIO (José).- HÁ MAIS MUNDOS. Contos. Portugália Editora. [Lisboa. 1962].
In-8.º de 264-IV págs. B.
Edição original de um dos mais estimados livros de ficção de José Régio, distinguido com o «Grande
Prémio de Novelística - 1963».
Capa da brochura ilustrada por João da Câmara Leme. Vestígios de ter tido um carimbo na folha
de guarda, branca.
[177]
2315 - ver pág. 177
2320 — RÉGIO (José).- HISTÓRIAS DE MULHERES. Livraria Portugália. Porto. [S.d.] In-8.º
de 342-VI págs. B.
Primeira das várias edições já publicadas.
Capa da brochura ilustrada por Júlio Resende.
2321 — RÉGIO (José).- JÔGO DA CABRA CEGA. Romance. Coimbra. Edições “Presença”.
Livraria Atlântida. 1934. In-8.º de VIII-367-III págs. E.
Edição original, publicada pelas magníficas edições da “Presença”. Retirada do mercado aquando do
seu aparecimento por ter sido proibida pelos serviços de censura da época é hoje considerada como
uma das mais importantes obras de ficção da moderna literatura portuguesa.
Com dedicatória autógrafa do Poeta. Encadernação inteira em pele, com ferros a ouro na lombada em
casas fechadas, com as capas da brochura conservadas (com alguma sujidade) e muito pequenas
manchas nas três folhas seguintes. Um pouco aparado à cabeça. (ver gravura na pág. 180)
2322 — RÉGIO (José).- MAS DEUS É GRANDE. Líricas. Editorial Inquérito Limitada.
Lisboa. [1945]. In-8.º de 110-X págs. B.
Exemplar da edição original de um os bons livros de poesia do Autor. Invulgar.
2323 — RÉGIO (José).- POEMAS DE DEUS E DO DIABO. [Composto e impresso nas
Oficinas da “Lvmen”. Coimbra. S. d. - 1925]. In-4.º de 88 págs. B.
Com a publicação de «Poemas de Deus e do Diabo» encetou José Régio a sua carreira de grande poeta,
considerado por António Sérgio, dez anos após a sua publicação, como “um clássico da nossa poesia”.
Primeira edição, raríssima.
O exemplar ostenta uma dedicatória do autor para a redacção de um jornal. Por aparar, com as capas
da brochura preservadas e intactas, tendo a da frente um desenho de Júlio. Conservado num estojo-encadernação, com cantos e lombada em pele e ferros a ouro em casas fechadas.
(ver gravura na pág. 180)
2324 — RÉGIO (José).- O PRÍNCIPE COM ORELHAS DE BURRO. História para crianças
grandes. Editorial “Inquérito”, Limitada. Lisboa. [1942]. In-8.º de 349-I págs. B.
Edição original de uma das mais estimadas obras em prosa de José Régio, desde logo esgotada.
2325 — RÉGIO (José).- A VELHA CASA. I. Uma Gota de Sangue; II. As Raízes do Futuro; III.
Os Avisos do Destino; IV. As Monstruosidades Vulgares. [Editores diversos]. 1945. 4 vols. In-8.º B.
Obra notável, hoje considerada como um dos mais importantes romances da literatura portuguesa de
todos os tempos, trabalho que, infelizmente, a morte não permitiu que o autor concluísse. Todos os
volumes são da edição original. Com falta do V volume.
A capa da brochura do primeiro volume tem um desenho a cores de Bernardo Marques; vestígios de
assinatura na folha de guarda do terceiro volume.
2326 — RÉGIO (José) & SERPA (Alberto de).- ALMA MINHA GENTIL. Antologia da Poesia
de Amor Portuguesa, organizada por... Portugália Editora. 1957. [Lisboa]. In-8.º de 345-III págs. B.
Muito estimada antologia ilustrada com belos desenhos de Augusto Gomes impressos em folhas à parte.
Exemplar com manchas de água.
2317 - ver pág. 177
2327 — RÊGO (Diogo).- FORRESTER E O ALTO DOURO EM 1853. Porto. 1962. In-4.º
de 22 págs. B.
Separata do «Boletim da Casa Regional da Beira-Douro».
Dedicatória autógrafa do autor.
Muito rara edição miniatural, com um gravura em madeira representando S. Bento em página inteira
colocada antes do frontispício e outras gravurinhas no fim do volume também talhadas em madeira.
Delicada encadernação da época forrada a seda branca, com uma silva bordada em prata na lombada
em ambas as pastas, flores de lis na lombada e corte das folhas dourado e gravado; caixa-estojo forrada
em pele, com dourados a ouro, bastante delido pela acção do tempo. Na parte superior da tampa da
caixa tem, também gravado a ouro o nome «D. Roza M.ª Clara»
2329 — [PORTO]. REGULAMENTO INTERNO DA ASSOCIAÇÃO CIVILISADORA
INSTITUIDA NA CIDADE DO PORTO. Porto: Imprensa de Gandra e Filhos. 1837. In-8.º gr.
de 11-I págs. Desenc.
2323 - ver pág. 179
2328 — REGRA // SANTISSIMA // DO // PRINCIPE // DOS PATRIARCAS // S. BENTO //
PAI DE TODOS OS // MONGES. // PORTO: // Na Ofic. que ficou de Antonio // Alves Ribeiro
Guimarães. // Anno de 1780. In-24.º de XVI-236-XVI págs. E.
2330 — REIS (António Batalha).- ROTEIRO DO VINHO PORTUGU S. Desenhos de Bernardo
Marques. Edição do S.N.I. Lisboa. 1945. In-4.º de 74-IV págs. B.
Cuidada edição impressa a duas cores, com os belos desenhos de Bernardo Marques estampados nas
páginas de texto.
2331 — REIS (Isaac da Fonseca).- O NÓ ATRAVÉS DOS SÉCULOS. Museu Profissional de
«Marinharia». Pelo Capitão-tenente da Armada... [1944. S.l.]. In-8.º de 59-I págs. E.
2332 — REIS (Joaquim Alves Lopes).- A VILLA DE VALLONGO. Suas tradições e Historia,
Descripção, Costumes e Monumentos pelo Pe... natural da mesma villa. Porto. Typographia
Coelho. 1904. In-8.º gr. de XIV-VII-I-388 págs. B.
Rara monografia da nortenha e actual cidade de Valongo, ilustrada com um retrato, um brasão da vila,
fotogravuras nas páginas do texto, etc.
Desconjuntado, com a capa da brochura da frente manchada e falta da posterior.
2333 — [PORTO]. RELAÇÃO DA SOLEMNE ACÇÃO DE GRAÇAS QUE O CORPO DO
COMMERCIO DA CIDADE DO PORTO ORDENOU SE RENDESSE AO ALTISSIMO no dia
22 de Outubro, pela feliz união do Supremo Governo do Reino com o Governo Interino de
Lisboa. Coimbra. Na Real Imprensa da Universidade. 1821. In-8.º gr. de 47-I págs. B.
Muito curiosa e rara relação, a que foi adicionado o Sermão então proferido por Frei António de Santa
Bárbara “na Igreja dos Monges Benedictinos da Cidade do Porto”. Durante o ofício religioso, em cuja
orquestra “tiverão assento todos os mais habeis Professores de Musica, executárão-se peças de
Auctores Portuguezes, sendo o Te Deum obra recentemente acabada do bem conhecido Mestre
de Capella Antonio da Silva Leite (...)”. Raro.
2334 — REMÉDIOS (J. Mendes dos).- OS JUDEUS EM PORTUGAL. Coimbra. F. França
Amado - Editor. 1895-1928. 2 vols. In-8º gr. e In-4.º de VI-454-II e VIII-444-II págs. E.
Obra das mais importantes da bibliografia judaico-portuguesa, muito estimada, apresentando o 2.º
volume, de reduzidíssima tiragem e maior formato, o seguinte sub-título: «Vicissitudes da sua história
desde a época em que foram espulsos até à extinção da Inquisição”.
Boas encadernações novas à amador, com as capas da brochura conservadas, estando reforçadas as do
1º volume.
[181]
2321 - ver pág. 179
Além de «O Nó Através dos Séculos» o volume apresenta numerosos quadros fotográficos com os nós usados na marinha, e ainda uma interessante recolha de «Provérbios Marítimos». Prefácio de Óscar de Carvalho.
Rica e original encadernação em pele azul almofadada, com título e ferros na lombada, tendo nas pastas
ferros alusivos ao assunto tratado; a da frente, apresenta ainda, cravado na pasta, um escudo em metal
com as armas de Portugal sobre a esfera armilar e a cruz de Cristo; com corte das folhas dourado
e gravado. Dedicatória do autor para o “Capitão-de-mar-e-guerra Nuno Frederico de Brion Digno
Ajudante de Campo de Sua Excelência o Marechal Presidente da República”
2335 — RENASCENÇA. Revista quinzenal, Litteraria e Critica. [Director Litterario Nuno de
Bulhão Pato]. Administrador: L. Galhardo. [Lisboa]. 1896. 8 números In-4.º em 1 vol. E.
Nesta interessante e rara publicação, cremos que completa, colaboraram alguns dos mais consagrados
escritores da época: Júlio Dantas, Bulhão Pato, D. João da Câmara, Lopes de Mendonça, Manuel
Penteado, João Saraiva, Paulino de Oliveira, Afonso Gayo, etc.
Retratos de Camilo, Garrett, Herculano, Castilho, Antero, Junqueiro, Conde de Casal Ribeiro e outros.
A capa da brochura do n.º 5, tem um rasgão mas está completa. Muito modesta encadernação.
2336 — RENAULT (Gilbert).- LES CARAVELLES DU CHRIST. Librairie Plon. [Paris. 1956].
In-8.º de X-312 págs. B.
Obra sobre as viagens de descobrimento marítimo português, com 29 ilustrações e mapas nas páginas
do texto e 30 impressas em folhas à parte.
2337 — REPERTORIO COMMERCIAL PARA USO E COMMODIDADE NÃO SÓ DE
JURISCONSULTOS MAS DE NEGOCIANTES, SEGURADORES, CAPITÃES DE NAVIOS
e mais pessoas que se empregam no Commercio, apontando em notas opportunamente as Leis
Regulamentares a que o Codigo se refere e mais providencias que tem sahido relativas ao seu
objecto desde a publicação do mesmo Codigo até ao fim do anno de 1843. Por Um Antigo
Magistrado. Lisboa. Na Imprensa Nacional. 1844. In-8.º gr. de 514 págs. E.
Frontispício adornado com uma vinheta em madeira onde figura em primeiro plano um barco a vapor. Livro
raro, em forma de dicionário, cujo autor nos é desconhecido e nem consta da bibliografia consultada.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
2338 — REPERTORIO GERAL ALFABETICO, DO DECRETO N.º 26 DE 18 DE MAIO DE
1832 ordenado e annotado por um Advogado dos Tribunaes desta Cidade. Util e proveitoso para
Juizes de Paz e Orfãos, seus Escrivães e Curadores. Porto: Imprensa Constitucional. 1838.
In-8.º gr. de 28 págs.
Desenc.
2339 — REPRODUCÇÃO DE UMA CARTA AUTOGRAPHA DE CAMILLO CASTELLO
BRANCO. S. l.n.d. [Lisboa. 1917]. Dim. da folha: 28 x 45 cm.
O título vem reproduzido ao alto da folha, seguindo-se a reprodução fotozincográfica da carta, datada
de “S. Miguel de Seide 6/5/83”, dirigida por Camilo ao Dr. José de Castro, conforme se lê na extensa
nota que se segue à reprodução, assinada por P. Marques Rosa. A «Justificação da Tiragem” vem no
canto inferior esquerdo e nela se diz que a edição constou de 40 exemplares numerados e assinados,
tendo cabido a este o n.º 20.
Muito curiosa e rara espécie bibliográfica camiliana, impressa em papel Wathman.
2340 — RESENDE (Garcia de).- CHRONICA DE EL-REI D. JOÃO II... contendo a interessantissima MISCELLANEA conforme a edição de 1622. Lisboa. 1902. 3 vols. In-8.º gr. E. 1.
Com uma notícia sobre “O chronista Garcia de Resende” por Gabriel Pereira. Obra integrada na vasta
e estimada «Bibliotheca de Classicos Portuguezes» de Melo de Azevedo.
Encadernação com a lombada em pele, decorada com ferros dourados e nervuras. Capas da brochura
conservadas. Dedicatória de Melo de Azevedo.
2342 — RESENDE (Marquês de).- PINTURA DE UM OUTEIRO NOCTURNO e um Saráo
Musical ás Portas de Lisboa no fim do Século passado... Lisboa. Typographia da Academia Real
das Sciencias. 1868. In-8.º gr. de 45-III págs. B.
Discurso evocativo de um Outeiro Noturno e um Sarau Musical realizado no Solar das Picoas, residência da família Freire de Andrade, que ali “recebia uma vez por semana tudo o que a nossa sociedade
polida tinha de mais distincto pelos predicamentos intellectuaes e civis”. Invulgar.
2343 — RESENDE JÚNIOR.- A ULTIMA LIBRA. Ensaio dramatico em dois actos de R. Junior.
Porto: Typographia de F. Gomes da Fonseca. 1861. In-8.º gr. de 58 págs. E.
O livro abre com uma muito interessante carta de Camilo, carta que ocupa as págs. 5 e 6 e onde
o romancista quase no seu início diz: “foi muito feliz no seu primeiro tentamen, e por isso mesmo lhe
dou os meus sinceros pezames. Eu lhe illucido em boa logica este apparente paradoxo: — Se v. escrevesse uma sensaboria, é de crêr que não teimasse a escrever sensaborias, e pozesse n’outro fito a mira
da sua muita intelligencia. N’esse outro fito, onde quasi toda a gente acerta, acharia o meu amigo mais
faceis, mais seguras, menos invejadas, e mais lucrativas glorias. Mais lucrativas glorias... é aqui onde
bate o ponto. Ora, tendo v. escripto um bem ingenhado e correcto drama, verá que a imprensa lh’o festeja,
e os leitores o animam a escrever outro e muitos. (...)” Invulgar.
Encadernação com lombada e cantos em pele, com as capas da brochura conservadas e aparado só de
leve à cabeça.
2344 — REVISTA CONTEMPORANEA DE PORTUGAL E BRAZIL. Primeiro anno [ao
Quinto]. Lisboa. Escriptorio da Revista Contemporanea de Portugal e Brazil. 1859-1865. 5 vols.
In-4.º de 586, 584, 660, IV-648 e II-666-II págs. E.
Revista sumamente valiosa pelo excelente conjunto de escritores que nela colaboraram, dos quais assinalamos o nome de Camilo Castelo Branco, com numerosos escritos, depois reunidos nos «Doze
Casamentos Felizes» e «Esboços de apreciações Literárias». Segundo Alberto Pimentel em
«Memorias do Tempo de Camillo», esta revista “era o mais cotado órgão das letras portuguêsas —
uma espécie de olimpo para escritores consagrados”. Insere ainda diversos artigos referentes ao grande
romancista. Outros colaboradores: Rebelo da Silva, A. P. Lopes de Mendonça, Bulhão Pato, Latino
Coelho, Ernesto Biester, Andrade Ferreira, Mendes Leal, A. F. de Castilho, L. A. Palmeirim, Júlio
César Machado, Teixeira de Vasconcelos, Júlio de Castilho, F. Xavier de Novais, Tomás Ribeiro,
Pinheiro Chagas, Zacarias d’Aça, Teófilo Braga, Machado de Assis, Andrade Corvo, Gonçalves Dias
e Inocêncio Francisco da Silva entre outros.
Excelente e extensa galeria de retratos de escritores, actores, membros da família real e outras figuras
notáveis da época, além de reproduções de gravuras de D. Fernando, Tomás da Anunciação, etc., em
magníficos trabalhos gravados e impressos em folhas à parte.
Faltam II págs. finais nos vols. 1.º, 2.º e 5.º e, deste volume, as págs. 333-334.; O retrato de José
Estevão é fac-similado. Encadernações da época, com as lombadas em pele.
2345 — REVISTA CRITICA DE LITTERATURA MODERNA, por Uma Sociedade de
Litteratos. A DELPHINA DO MAL por Thomas Ribeiro. Porto. Imprensa Popular de J. L. de
Sousa. 1868. In-8.º gr. de 29-III págs. B.
2341 — RESENDE (Garcia de).- MISCELLANEA e variedades de histórias, costumes, casos,
e cousas que em seu tempo aconteceram. Com prefácio e notas de Mendes dos Remedios.
Coimbra. França Amado - Editor. 1917. In-8.º de XXVIII-165-III págs. B.
Com fac-símiles do rosto e da primeira página da raríssima edição quinhentista. Da colecção
«Subsídios para o estudo da História da Literatura Portuguesa», dirigida por Mendes dos Remédios.
Número único, muito invulgar. Inocêncio diz que Oliveira Martins entrava na colaboração desta revista.
Crítica fortemente negativa ao livro de Tomás Ribeiro, lendo-se, a terminar o opúsculo: “Em Portugal
não se está acostumado á critica leal e franca. O auctor ordinariamente tende a achar no juizo critico
uma offensa pessoal. O snr. Thomaz Ribiro nada tem que vêr com questões de personalidade;
continua a ser um cavalheiro respeitavel e digno, mas a sua obra não presta. Custe-lhe embora a crueza,
mas lembre-se da bella phrase de M. de Bouillé em uma carta a Choiseul: «Le caractère des hommes
publics appartient au public, non à leur famille.».
[183]
[184]
2346 — REVISTA DE EX-LIBRIS PORTUGUEZES. Director: Conde de Castro & Solla.
[a partir do 5º volume foi dirigida por H. de C. Ferreira Lima]. Proprietário-Editor: A. J. Tavares.
1916-1927. Typ. da Empr. Litteraria e Typographica. Porto. 5 vols. In-8.º gr. de IV-195-I, IV-198, IV-200, 201-I, 201-III págs. E. em 2.
Valiosa e muito estimada publicação, das mais apreciadas de quantas no seu género até hoje se tem
feito em Portugal. Além de centenas de reproduções de ex-libris, super-libros e facsímiles de assinaturas, a obra conta com magníficos trabalhos assinados por alguns dos mais notáveis tratadistas
portugueses da especialidade: Conde de Castro e Solla, António Baião, António Sardinha, D. António
Pedro de São Paio, Archer de Lima, Francisco de Sousa e Holstein, H. de C. Ferreira Lima, João Lúcio
de Azevedo, Frazão de Vasconcelos, Julio Dias da Costa, Martinho da Fonseca, Matias Lima, A. Forjaz
de Sampaio, Conde de Azevedo, Conde da Folgosa, Fidelino de Figueiredo, etc., etc.
Com alto interesse para o estudo da genealogia e heráldica portuguesas, bem como para a bibliografia
camiliana. Segunda das publicações portuguesas consagradas ao ex-librismo. Edição restrita a 200
exemplares numerados.
Com falta do 5.º e último volume. Encadernações inteiras em pele azul, novas, com dizeres e frisos
dourados nas lombadas. Capas da brochura conservadas.
2347 — REVISTA DO PORTO. Publicação Quinzenal de Arte e Cultura. Direcção e edição de
Carlos Bastos. Porto. 1940. 4 números. In-4.º E.
Colaboração literária de António Sérgio, Teixeira de Pascoaes, Amorim de Carvalho, Pedro Vitorino,
Cláudio Basto, Castelo Branco Chaves, Severo Portela, A. de Magalhães Basto, Delfim Santos,
Aquilino Ribeiro, Fernando Lopes Graça, Vitorino Magalhães Godinho, Aquilino Ribeiro, Magalhães
Vilhena e outros. Camiliana.
Boa encadernação nova, com a lombada em pele, título e ferros dourados.
2348 — REVISTA DOS LYCEUS. [Direcção de M. Borges Grainha. Porto. 1891-1896].
54 números em 5 vols. In-4.º E.
Com todos os números que constituem a colecção completa, mas sem frontispícios, que não sabemos
se foram publicados. Valiosa para o estudo do ensino em Portugal, com excelente colaboração
de A. Luso, A. Simões Lopes, António Justino Teixeira, B. V. Moreira de Sá, Bento Carqueja,
Bernardino Machado, Borges Graínha, F. Adolfo Coelho, F. Ribeiro Nobre, F. Sá Chaves, Flórido de
Vasconcelos, Joaquim José de Meira, João Figueirinhas, João M. Correia, João M. Moreira, L. Woodhouse,
Maximiano Lemos, Pereira Caldas, Salomon Reinach, Sousa Viterbo,Teixeira Bastos, Teófilo Braga,
além de outros, portugueses e estrangeiros.
Com algumas pouco significativas manchas de acidez. Encadernações da época, com as lombadas em
pele, um pouco cansadas.
2349 — REVISTA DOS LICEUS. Orgão da Associação dos Professores dos Liceus do Porto.
Editor – Domingos J. Ribeiro Braga (Zicker). [Tip. da «Renascença Portuguesa». Porto]. Janeiro
a Dezembro de 1916. 10 números, sendo triplo o último fasciculo. E. em 1.
Revista completa, com interessante e considerável colaboração de A. A. Mendes Correia, A. de Laigue,
A. Loff, Abílio Barreiro, António Machado, Augusto César Pires de Lima, Augusto Martins, Basílio
de Vasconcelos, Cândido de Figueiredo, Francisco Torrinha, J. Oliveira Ramos, J. Pereira Salgado
e Álvaro R. Machado, Jaime de Macedo e Vasconcelos, João Figueirinhas, José Augusto Cardoso,
Leite de Moura, Magalhães e Silva, Rodrigo Fontinha e Tito B. Lima de Sousa Larcher.
Boa encadernação com a lombada em pele mosqueada e ferros dourados, mantendo intactas as margens
e as capas da brochura.
guidades de Portugal, e biographias interessantes; e outros trabalhos de não menor interesse em
sciencias physicas, politicas e moraes; romances, poesias, critica literaria, etc., etc. Contou entre
os seus collaboradores alguns dos homens mais sabios e eruditos de Portugal durante aquelle periodo:
e é sem duvida uma das melhores e mais uteis publicações periodicas, sahidas dos prelos portuguezes
desde 1833 [sic] até agora”, segundo palavras de Inocêncio no seu ainda hoje indispensável e
monumental Dicionário Bibliográfico. Nesta raríssima publicação portuense colaboraram, entre outros,
Agostinho Albano da Silveira Pinto, D. Frei Francisco de S. Luís (Cardeal Saraiva), Francisco Lopes
de Azevedo Velho da Fonseca, Joaquim Heliodoro da Cunha Rivara, Inácio Pizarro de Morais
Sarmento, Pereira Caldas, José Pereira Reis, Franciso Lopes de Azevedo e Conde de Azevedo.
Dos índices salientamos os seguintes temas e artigos: «Do fanatismo, e assassinio religioso»,
«Livre Navegação do Douro», «Navegação do Rio Tejo», «Alfandegas», «Sobre a origem da escravidão
e trafico dos Negros», «Historia Patria sobre a Expedição de Tanger no anno de 1437», «Caldas de
Chaves», «Macau. Esboço Historico deste Estabelecimento, Extrahido dos Registos officiaes
existentes na Torre do Tombo, e Secretaria d’Estado», «Chronica historico-politica em 20 de
Janeiro de 1842. Eleiçôes supplementares de Membros das duas Camaras legislativas; e municipaes de Lisboa, e Porto. Desordens em Coimbra. A operaçâo financeira», «Relação Historica da
Segunda Trasladação de S. Izabel, Rainha de Portugal», «A Crize Financeira de 1841»,
«Descobrimentos dos Portuguezes na Costa Occidental d’Africa», «Caminho da Beira e Estrada
Militar do Gerês e Antiguidades, que comprehendem a Geira, descrevendo-se tambem o Gerês,
com noticias de tudo o que nelle ha», «Noticia da Freguezia de S. João do Campo», «Viagem de
Lima ao Pará, pelos Andes, pelas Missoes e pelo Rio Amazonas», pesos e medidas, «Quatro
Capitulos ineditos da Chronica de D. Affonso Henriques por Duarte Galvão», «O Castello de
Lanhozo. Chronica do tempo d’ElRey D. Sancho 2º», «Sobre a verdadeira época do estabelecimento
do Santo Officio da Inquisição em Portugal» «Dos Jogos e espectaculos publicos», «Os Duellos»,
«Dos Morgados», medicina, corridas de Touros, Costumes Portugueses, «Duas palavras àcerca de
Guimarâes; - O hospital desta villa», vinhos do Alto Douro, «Memoria Biographica do Conselheiro
d’Estado Honorario José Ferreira Borges», «Polícia médica - Da embriaguez, principalmente nas
classes operarias e manufactureiras», «A Astrologia Judiaria», «Sobre a estatua equestre da Ilha do
Corvo», «Corografia da Ilha do Principe», «Recordações da Guerra Peninsular. Brincadeira d’um
aquartelado Inglez no Porto», «Descripção da Igreja e da Freguezia de Santa Maria de Campanhã
no anno de 1758», «Discurso Historico do Principio e Progressos do Rito Bracharense», «Elogio
do Marquez de Pombal», «Apontamentos para a continuação da Bibliotheca Lusitana»,
«Observações secretissimas do Marquez de Pombal Sobre a collocação da Estatua Equestre de El-Rei
D. Josè», «O Torista [sic] em Portugal», agricultura, comércio, indústria, «O Senhor Silvestre
Pinheiro Ferreira e o seu Projecto de Codigo Politico para a Nação Portugueza», «Serie dos Bispos
do Porto. E daquellas pessoas a quem falsamente se prodigalisou o titulo de bispo na mesma dioceze,
no periodo do primeiro seculo da igreja até ao fim do setimo seculo»,
FOTOGRAFIA. O tomo 3º, 2º ano, Março de 1839, págs. 41 a 52, traz o que provavelmente é a mais
antiga notícia na imprensa portuguesa sobre fotografia, integrada na memória da autoria de Talbotcom,
aqui publicada e onde se fazem referências às descobertas de Daguerre e Talbot, inventores, respectivamente, do daguerreótipo em 1838 e da impressão da fotografia em papel sensível em 1834:
«Dezenho obtido pela luz, ou processo segundo o qual os objectos por si mesmos se dezenhão sem
socorro de lapis»; o tomo 4º, 3º ano, nº XX, págs. 200 a 205, integra um artigo de M. Daguerre
intitulado «Daguerrotypia: ou Processo Photographico».
Colecção incompleta, constituída pelos vols. 1 a 3, 5 e 8 a 11.
Encadernações da época, com as lombadas em pele.
PRIMEIRA VERSÃO DE «O CRIME DO PADRE AMARO»
2351 — REVISTA OCCIDENTAL. Lisboa. Escriptorio da Revista Occidental. 1875. [Lisboa.
Typographia de Christovão Augusto Rodrigues]. 2 vols. In-4º de 768 e 639-I págs. E.
“Esta collecção, que bem desempenhava o seu título, é estimavel e importante pelo numero e variedade
das especies que contém; entre elas não poucas memorias e dissertações relativas à história e anti-
Uma das mais qualificadas revistas portuguesas do século XIX, fundada por Oliveira Martins, literariamente dirigida por Antero de Quental e secretariada por Jaime Batalha Reis. Publicou importantes
trabalhos em português e em castelhano, sendo colaborada por alguns dos mais notáveis escritores da
sua época, sobretudo portugueses e espanhóis: Oliveira Martins, Antero de Quental, Rodrigues de
Freitas, Maria Amália Vaz de Carvalho, Gonçalves Crespo, Luciano Cordeiro, Gomes Leal, Pedro Ivo,
Adolfo Coelho, Júlio César Machado, etc.
[185]
[186]
2350 — REVISTA LITTERARIA. Periodico de Litteratura, Philosophia, Viagens, Sciencias
e Bellas-Artes. Porto: Typographia Commercial Portuense. [mais tarde: Imprensa da Revista].
1838-1843. 7 vols. In-8.º gr. E.
.../...
.../...
Muito particularmente estimada e valiosa por nela ter sido publicado pela primeira vez e em primeira versão, o mais célebre romance de Eça de Queirós «O Crime do Padre Amaro».
A. Campos Matos, a quem agradecemos a gentileza de nos permitir transcrever do seu magnífico
«Dicionário de Eça de Queiroz», trata com pormenor das circunstâncias em que se processou a publicação do romance, dizendo: “A sua publicação enfureceu o romancista contra estes seus amigos do
Cenáculo de Lisboa. Eça havia-lhes deixado, de partida para Newcastle, o original do romance que
contava rever e refundir à medida que as provas impressas fossem chegando. As emendas e acrescentos
eram porém enormes, enorme também a distância a percorrer pelas provas, o que não se coadunava
com as exigências de periodicidade da revista, levantando-se ainda o problema da supressão de passagens
consideradas demasiado realistas, que se supõe terem sido praticadas por Antero, o qual nunca
aceitou os aspectos crus do realismo literário. (...) Já a 8 de Fevereiro Eça diz em carta a Batalha Reis,
de Newcastle: «É indispensável, é absolutamente necessário – que eu reveja umas segundas provas –
ou as provas de página. As emendas que fiz são consideráveis e complicadas; e se um trabalho – onde
o estilo já de si é afectado e amaneirado, todo cheio de pequenas intenções e tão dependente da pontuação – ajuntamos os erros tipográficos – temos um fiasco deplorável.» Dezoito dias depois Eça envia
este telegrama a Batalha Reis: «Suspende imediatamente publicação romance manda provas o publicado absurdo não autorizo publicação resto sem rever provas.» E nesse mesmo dia em carta: «...estou
verddeiramente indignado. Pois quê? Eu dou-vos um borrão do romance – e vocês em lugar de publicar
o romance publicam o borrão!». Eça considera indispensável que a revista imprima uma declaração
justificando a forma atabalhoada da publicação, pela ausência do seu autor na Inglaterra, o que de facto
viria a acontecer no último folhetim, aludindo a Antero, na referida carta, nestes termos: «O Antero
é o maior crítico da península mas entende tanto de arte – como eu de mecânica. O Antero dirigindo
a publicação do Padre Amaro é simplesmente hórrido: – A estas horas decerto – já a segunda parte está
na rua – e o desastre é completo. (...)” Colecção completa, raríssima e valiosa.
Encadernações da época, com as lombadas em pele com dizeres e ferros dourados.
(ver gravura na pág. 187)
2352 — REVISTA PORTUGUEZA. Director - Joaquim de Araujo. Secretario da Redacção Manuel de Moura. Volume Primeiro. Dezembro de 1894 a Maio de 1895. Porto. Magalhães &
Soares. Lisboa - Galeria Monaco. [Typographia da Empreza Litteraria e Typographica. Porto].
In-4.º de IV-232 págs. E.
Muito interessante e apreciada publicação mensal, completa, com magnífica colaboração em prosa e
verso de João de Deus, Júlio Brandão, Gomes Leal, João Penha, Junqueiro, Cesário Verde, Bulhão
Pato, Fialho, Ramalho, Joaquim de Araújo, etc.
A publicação abre com um artigo de Teófilo Braga intitulado «Camillo Castello Branco (Notas autobiographicas)», artigo que abrange as págs. 1 a 7 e 112 a 120. De Camilo insere o conto «Como Deus Castiga
- Chronica Portuense», inserto a págs. 16-24 e 194-198. Tem ainda numerosas cartas de Antero de Quental.
Encadernação não contemporânea, com a lombada e os cantos em pele. Conserva as capas dos
fascículos no final do volume. (ver gravura na pág. 189)
2353 — REVISTA UNIVERSAL LISBONENSE. Jornal dos interesses physicos, moraes,
e litterarios por uma Sociedade Estudiosa. [Lisboa]. 1842-1853. [Impressores diversos]. 12 vols.
In-4.º E.
2351 - ver pág. 186
Embora em todos os frontispícios conste o título acima transcrito, as primeira e segunda séries intitulavam-se apenas «Revista Universal» e constaram de, respectivamente, 14 e 10 números; depois deste
título e até final, a publicação passou a denominar-se «Revista Universal Lisbonense».
Diga-se, antes de mais, que as «Viagens da Minha Terra», de Garrett, foram nesta revista publicadas
pela primeira vez, em duas versões, e que uma longa poesia de Camilo intitulada «Era um Amigo»,
vem publicada no 9.º volume. Revista importante pela variedade de assuntos tratados e pelo escol de
colaboradores que reuniu, entre os quais se encontram, entre muitos outros, os nomes de A. A. Teixeira
de Vasconcelos, A. X. Rodrigues Cordeiro, Albano da Silveira, Andrade Corvo, António Feliciano de
Castilho, António Maria de Couto Monteiro, António Ribeiro Saraiva, B. J. Senna Freitas, Bulhão
Pato, Camilo Castelo Branco, Cunha Rivara, Feliciano António Marques Pereira, António Xavier
[188]
.../...
Rodrigues Cordeiro, Filipe Folque, Fradesso da Silveira, Francisco Adolfo de Varnhagen, Francisco
António Rodrigues de Gusmão, Francisco Gomes de Amorim, Francisco Joaquim Bingre, Francisco
Maria Bordalo, Francisco Palha, Garrett, Herculano, Vilhena Barbosa, João Baptista da Silva Lopes,
João de Lemos, Jorge César Figanière, José Feliciano de Castilho, José Freire de Serpa Pimentel, José
Maria do Casal Ribeiro, José Maria da Costa e Silva, José Maria da Silva Leal, José Silvestre Ribeiro,
Luís Augusto Palmeirim, Maria Peregrina de Sousa, Mendes Leal, Ramalho Ortigão, Rebelo da Silva,
Silva Túlio, Silvestre Pinheiro Ferreira, Visconde de Sá da Bandeira, Visconde de Vilarinho de S. Romão,
além de muitos anónimos e outros que publicaram sob pseudónimo.
Com falta do n.º 1 da 2ª série. Encadernações novas, uniformes, com as lombadas em pele, tendo
o título dourado nas lombadas, mas com todos os volumes aparados.
2354 — REVISTAS PORTUGUESAS. NÚMEROS CAMILIANOS. 16 números de diferentes
revistas, com datas diversas.
Conjunto com os seguintes números: ABC, números 60, 72 e 243; A ALVORADA. Vila Nova de
Famalicão. Homenagem a Camillo Castello Branco No dia do 61.º anniversario natalicio 16 de Março
de 1887: AS DAMAS PORTUGUEZAS, Director Principal - Abilio Maia, 1882, N.º 1;
ILLUSTRAÇÃO PORTUGUEZA. Semanario. Revista Litteraria e artistica. Lisboa, 7 de Julho
de 1890. Numero 51; ILLUSTRAÇÃO PORTUGUEZA. José Joubert Chaves, Editor. Lisboa. 1904.
N.º 36; 2.ª Série, Números 6, 44, 58, 544, 564; LABAREDA. Revista de Critica e Letras. 2.ª série N.ºs
3 a 5; SOMBRA E LUZ, 1900, N.º 2.
Todos individualmente encadernados, excepto os números do ABC que estão em brochura.
2355 — RIBEIRO (António Lopes).- ESTA PRESSA DE AGORA, seguida do Desencanto da
Bela Adormecida. Livraria Tavares Martins. Porto. 1964. In-8.º de 263-IX págs. B.
Colectânea de interessantes crónicas que o autor publicou pela primeira vez nas páginas de «O Primeiro
de Janeiro»: O automóvel e o campo, O automóvel e a cidade, Do cavalo ao automóvel, O automóvel
e a mulher, Condução e conduta, O automóvel e a morte, A camionagem do ar, Aeroportos, aeronaves
e aeromoças, A falta de tempo, A falta de espaço, Os caprichos da moda, O corpo e a moda, Logros
e malogros da moda, Danças e contradanças, O século do papel, O homem treslido, As façanhas do
príncipe reclamo, Os assombros da fada economia, Os prodígios da fada técnica, A deusa divulgação,
A exploração da alma, A congressomania, etc.
Dedicatória do punho do autor. Vestígios de fita gomada, na face interior da capa da brochura.
2356 — RIBEIRO (António Lopes).- LEONOR TELES. Crónica dramática em 2 actos.
Guimarães Editores. Lisboa. [1960]. In-8.º de 166-II págs. B.
Livro invulgar do cineasta, escritor e crítico António Lopes Ribeiro, integrado na «Colecção de
Teatro».
Muito afectuosa dedicatória autógrafa do autor para José Alvellos. Capa da brochura alegoricamente
ilustrada por António Lino.
2357 — RIBEIRO (António Lopes).- O LIVRO DAS AVENTURAS. Ilustrações de Roberto
Araújo. Livraria Portugália. Lisboa. [1939]. In-4.º de 98-XIV págs. B.
Livro de poesia em edição cuidada, confinada a 520 exemplares.
Exemplar N.º XIV dos XX em papel superior, não entrados no mercado. Dedicatória do autor a José
Alvellos.
2352 - ver pág. 188
2358 — RIBEIRO (António Lopes).- O LIVRO DAS HISTÓRIAS. Desenhos de Roberto
Araújo. Livraria Portugália. Lisboa. MCMXL. In-4.º de 92-II págs. B.
Um dos primeiros livros de poesia do autor, figura consagrada do Cinema português.
Edição total limitada a 530 exemplares numerados.
[190]
2359 — RIBEIRO (Aquilino).- ABÓBORAS NO TELHADO. (Polémica e crítica). Livraria
Bertrand. Lisboa. [S.d. - 1955]. In-8.º de 359-I págs. B.
Exemplar da edição original deste interessante livro de Aquilino, um dos mais brilhantes prosadores
de quantos se exprimiram em língua portuguesa.
Pequena assinatura na capa e na folha de guarda. Com algumas manchas de acidez.
2360 — RIBEIRO (Aquilino).- ANASTÁCIO DA CUNHA, O LENTE PENITENCIADO.
(Vida e Obra). Lisboa. [Livraria Bertrand. 1936]. In-8.º de 285-I págs. E.
Capítulo importante para a história da Inquisição Portuguesa. Primeira das várias edições que a obra
já conta.
Boa encadernação com cantos e lombada em pele decoradas com ferros dourados. Ligeiramente aparado
à cabeça e com as capas da brochura resguardadas.
2361 — RIBEIRO (Aquilino).- ANDAM FAUNOS PELOS BOSQUES. Romance. Livraria
Bertrand. Lisboa. [S.d.]. In-8.º de XV-I-339-I págs. E.
Na dedicatória do autor a Brito Camacho diz-se que, “melhor que romance, êste livro é uma fábula.
Fábula em onze jornadas, tragicómica, sorte de rapsódia pagã em bemol. Sinto que passa nela um
sôpro de loucura que vai dobrando o canavial secular das ideias e dos bons costumes. Por aí perde, ou
por aí ganha.”
Terceira edição.
Encadernação com cantos e lombada em pele decorada com ferros a ouro. Com as capas da brochura
e aparado apenas à cabeça.
2362 — RIBEIRO (Aquilino).- AVENTURA MARAVILHOSA DE D. SEBASTIÃO, Rei de
Portugal, depos da Batalha com o Miramolim. Livraria Bertrand. Lisboa. [1947]. In-8.º de 317-III págs. B.
Edição Ne Varietur deste apreciado romance histórico, importante na galeria dos trabalhos que ao rei
D. Sebastião foram dedicados. O livro tem uma bela dedicatória impressa a António Sérgio, com quem
“Por não poucos anos comemos o pão amargo às mesas redondas do exílio”.
2363 — RIBEIRO (Aquilino).- AVENTURA MARAVILHOSA DE D. SEBASTIÃO REI DE
PORTUGAL DEPOIS DA BATALHA COM O MIRAMOLIM. Romance. Livraria Bertrand.
Lisboa. [S.d.]. In-8.º de 317-III págs. E.
Segunda edição.
Boa encadernação com cantos e lombada em pele, tendo conservadas as capas da brochura e aparado
apenas à cabeça.
2364 — RIBEIRO (Aquilino).- O CAVALEIRO DE OLIVEIRA. Porto. Livraria Lelo, Limitada
- Editora. Pôrto. [S.d]. In-8.º de 100-IV págs. E.
Estudo ilustrado com 4 estampas impressas em papel de diferente qualidade e integrado na
colecção «Ontem e Hoje».
Boa encadernação com cantos e lombada em pele, tendo conservadas as capas da brochura.
2365 — RIBEIRO (Aquilino).- CONSTANTINO DE BRAGANÇA - VII Vizo-Rei da Índia.
Portugália Editora. Lisboa. [S.d]. In-4.º de IV-389-IX págs. E.
É a primeira edição deste importante estudo histórico-biográfico, de alto merecimeto para o conhecimento de um dos mais brilhantes períodos da História de Portugal na Índia. Edição cuidada, ilustrada
com um retrato a cores de Constantino de Bragança e muitas outras estampas impressas em separado.
Cuidada encadernação com cantos e lombada em pele, esta decorada com dizeres e ferros dourados.
Só de leve aparado à cabeça mas sem as capas da brochura.
[191]
2366 — RIBEIRO (Aquilino).- DE MECA A FREIXO DE ESPADA À CINTA. Ensaios ocasionais. Livraria Bertrand. [1960]. In-8.º gr. de 410-II págs. E.
“Com razão sentenciaram António Sérgio e outros admiradores de Aquilino, que este género de criação
intelectual e artístico é do melhor que o seu talento fecundo tem feito nascer”. Capítulos especialmente
consagrados a Bernardim Ribeiro, Cavaleiro de Oliveira, Garrett, Brito Camacho e Guerra Junqueiro.
Primeira edição, publicada nas «Obras Completas».
Boa encadernação com a lombada em pele decorada com ferros dourados. Com as capas da brochura
conservadas e aparado apenas à cabeça.
2367 — RIBEIRO (Aquilino).- DOM FREI BERTOLAMEU. As três desgraças teologais.
(Legenda). Livraria Bertrand. Lisboa. [1959]. In-8.º gr. de 288-II págs. B.
Da colecção das «Obras Completas». Primeira edição.
Assinado no frontispício.
2368 — RIBEIRO (Aquilino).- ESTRADA DE SANTIAGO. Contos. 5º Milheiro. Livrarias
Aillaud & Bertrand. Lisboa. 1924. In-8.º de VIII-403-V págs. E.
Neste livro veio pela primeira vez publicada uma das mais célebres obras de Aquilino: «O Malhadinhas».
Capa da brochura ilustrada com um desenho de Alberto Sousa. Boa encadernação com cantos e lombada
em pele, ornada de ferros a ouro.
2369 — RIBEIRO (Aquilino).- FILHAS DE BABILÓNIA. Novelas. 2ª edição. Livrarias
Aillaud e Bertrand. Lisboa. 1920. In-8.º de VIII-355-V págs. E.
Segunda edição, conquanto que a composição tipográfica seja a da edição original.
Encadernação com cantos e lombada em pele. Só aparado à cabeça, com as capas da brochura
conservadas, mas com manchas de acidez.
2370 — RIBEIRO (Aquilino).- O HOMEM DA NAVE. Serranos, caçadores e fauna vária.
Lisboa. S.d. In-8.º de 306-II págs. E.
Aquilino termina o seu extenso e magnífico prefácio com esta pergunta: “Eis a sinopse da serra da
Nave. Que espécie de bicho é o serrano?” Exemplar da primeira edição, invulgar.
Bem encadernado, com as capas da brochura conservadas e aparado apenas à cabeça.
2371 — RIBEIRO (Aquilino).- O HOMEM QUE MATOU O DIABO. Romance. Lisboa. S.d.
In-8.º de VIII-353-III págs. B.
Primeira edição de um dos primeiros romances de Aquilino. Já antes tinha aparecido em Madrid
“o embrião dêste livro — El hombre que mató al diablo”, segundo declara o autor no texto introdutório.
2372 — RIBEIRO (Aquilino).- JARDIM DAS TORMENTAS. Contos. Livrarias Aillaud e
Bertrand. Paris - Lisboa. [S.d.]. In-8.º de 330-II págs. E.
Terceira edição, com um extenso e importante prefácio de Carlos Malheiro Dias.
Bem encadernado, com cantos e lombada em pele decorada com ferros dourados, só aparado à cabeça
e com as capas da brochura conservadas
2373 — RIBEIRO (Aquilino).- LÁPIDES PARTIDAS. Romance. Livraria Bertrand. Lisboa.
[S.d. 1945]. In-8.º de 386-II págs. B.
“Aquilino, neste livro de visão retrospectiva, passeia-nos na Lisboa de há 40 anos, integra-nos no seu
ar pesado, alicia-nos nos seus enredos. E é, realmente, um verdadeiro livro de paisagem portuguesa:
não os campos, as serras, as árvores, os rios, as pedras, tão ricamente descritos pelo autor, mas o fundo,
não menos rico de côr local, do panorama íntimo citadino, de pensões manhosas, tascas, esquadras
e calabouços de Polícia, o Coliseu com a sua geral hiante, a Baixa com seu quadriculado pombalino,
o dédalo do Bairro Alto”. Extracto de crítica literária de Armando Ferreira no «Jornal do Comércio»
de 2/8/1945. Primeira edição.
[192]
2374 — RIBEIRO (Aquilino).- MARIA BENIGNA. Romance. Livraria Bertrand. Lisboa.
[MCMXXXIII]. In-8.º de 285-III págs. B.
Um dos exemplares da primeira edição deste apreciado romance de bastante reduzida tiragem. Livro
dedicado por Aquilino a Joaquim Manso, que recorda: “Ùltimamente, em Paris, à hora amargurada do
destêrro, apareceu V. exuberante de carinho e consolação. Não me persuadi que há Deus, mas quási
me levou a acreditar numa comunidade étnica, sinergèticamente solidária e fraterna, dispondo de consciência como de idioma, numa palavra: Em PORTUGUESES.”
2375 — RIBEIRO (Aquilino).- PEREGRINAÇÃO DE FERNÃO MENDES PINTO. Aventuras
extraordinárias dum português no Oriente. Adaptação de... Livraria Sá da Costa - Editora. Lisboa.
1933. In-8.º de 216 págs. E.
Primeira edição deste excelente trabalho de Aquilino sobre a famosa obra de Mendes Pinto,
assim justificado pelo autor: “O que foi o nosso trabalho? um sulco inscrito o mais fielmente possível
na esteira da vasta e luminosa Peregrinação. A parte mais heróica simplificada. Se a preciosa narrativa
não perdeu de todo o perfume, se se não alterou nas harmoniosas perspectivas, se conserva pitoresco
e encanto, está realizado o nosso propósito (...)”. Ilustrações de Martins Barata, autor também da capa
da brochura, que o exemplar conserva.
Encadernação inteira em pele, dos editores, com ferros dourados e a seco.
2376 — RIBEIRO (Aquilino).- POR OBRA E GRAÇA. Estudos. Livraria Betrand. Lisboa. S.d.
In-8.º de 315-III págs. E.
Com os seguintes estudos: «O pintor Manuel jardim», «Anatole France» e « Santo António e o seu
tempo». Prefácio dedicado «Ao Dr. Abel Salazar». 2.ª edição.
Encadernação com cantos e lombada em pele, com as capas da brochura resguardadas e só de leve
aparado à cabeça.
2377 — RIBEIRO (Aquilino).- QUANDO AO GAVIÃO CAI A PENA. Livraria Bertrand.
6.º milhar. S.d. In-8.º gr. de 325-III págs. E.
Boa encadernação com cantos e lombada em pele, só minimamente aparado à cabeça e com as capas
da brochura conservadas.
2378 — RIBEIRO (Aquilino).- O ROMANCE DA RAPOSA. Ilustrações de Benjamin Rabier.
Livraria Bertrand. Lisboa. 2ª edição. [S.d.]. In-8.º quadrado de 176 págs. E.
Trata-se da segunda edição desta interessante história infantil, uma das mais raras obras de toda
a bibliografia do autor. Ilustrações a cores em folhas à parte e a negro intercaladas no texto.
Encadernação com cantos e lombada em pele, mantendo conservadas as capas da brochura.
2379 — RIBEIRO (Aquilino).- O ROMANCE DE CAMILO. Desenhos no texto de Júlio
Pomar. Litografias em extra-texto de Carlos Botelho e Júlio Pomar. Fólio: [1957]. In-fólio
de 514-VIII págs. E.
2379 - ver pág. 194
Obra considerada como a mais importante até agora publicada sobre a gigantesca figura das letras
portuguesas que foi Camilo Castelo Branco. Edição a todos os títulos notável, impressa em excelente
papel e ilustrada com numerosas vinhetas e extratextos assinados por Júlio Pomar e Carlos Botelho,
tendo ainda, em folha à parte, a reprodução de um magnífico retrato de Camilo por Abel Salazar,
Documentação fotográfica de Mário Novais.
“O PRESENTE EXEMPLAR FAZ PARTE DUMA TIRAGEM DE VINTE E DOIS QUE SE IMPRIMIRAM SOB A CONDIÇÃO DE «FORA DO MERCADO» E SE NUMERARAM DE A A T. LEVA
A REFER NCIA DE EXEMPLAR E», VAI ASSINADO PELO AUTOR QUE O DESTINOU AO
EXMO. SENHOR ENG. GUSTAVO D’AVILA PEREZ».
Encadernação inteira de pele, dos editores, gravada a negro e a ouro.
Com dois diferentes ex-libris de Gustavo d’Avila Perez, um dos quais camiliano.
(ver gravura na pág. 193)
[194]
2380 — RIBEIRO (Aquilino).- S. BANABAIÃO ANACORETA E MÁRTIR. Livraria
Bertrand. Lisboa. [S.d. 1937]. In-8.º de 330 págs. E.
“(...) Não reputo, todavia, o S. Banabaião caído duma página da Folhinha romana. Talhei-o em pau
rastiço com singeleza e lisura, como Alonzo Cano ao S. Bruno, salvo seja o manto versicolor que lhe
esconde a fibra lenhosa. Bastaria esta circunstância para não merecer honras canónicas. Nos santos,
como em tôdas as criaturas que ultrapassam o côvado e meio dos mais mortais, tudo é hermético, mistério,
indevassável profundidade. No meu servo de Deus quis que tudo fôsse batido pela luz. (...)”
Primeira edição.
Capa da brochura ilustrada por Clementina C. de Moura. Boa encadernação com cantos e lombada em
pele, ornamentada de ferros dourados. Só de leve aparado à cabeça.
2381 — RIBEIRO (Aquilino).- AS TR S MULHERES DE SANSÃO. Novelas. Livraria
Bertrand. Lisboa. [MDMXXXII], [sic.]. In-8.º de 267-I págs. B.
Da dedicatória ao Dr. Francisco Gentil: “Por estas novelas fora lucilam e apagam-se, como estrêlas ao
vento de alba, umas tantas imagens de mulher. Esculpidas em carne, é natural que eu as tenha
exaltado e mortificado através de tão esplêndido e frágil barro. Para o cirurgião insígne, de olhos afeitos
às linhas várias da forma humana e aos rítmos recônditos da vida, que figurem apenas em marionetas é o
meu receio. Algumas, querido amigo, embora trémulas e sofredoras, passam mais de relance que sombras.
Outras fui exhumá-las à remota legenda, sem mêdo, é certo, de incorrer em crime contra o século, persuadido
de que as meninas do tempo dos Juízes não são menos actuais que as meninas do Chiado. (...)”
Primeira edição, a mais estimada e valiosa. Invulgar.
2382 — RIBEIRO (Aquilino).- VOLFRÂMIO. Romance. Lisboa. Livraria Bertrand. S. d. In-8.º
de 432-II págs. B.
Primeira edição de um dos muitos e muito estimados livros do grande romancista e mestre da língua
que foi Aquilino Ribeiro, romance que o autor terminou em 1943.
2383 — RIBEIRO (Bernardim).- OBRAS DE BERNARDIM RIBEIRO. Lisboa. Escriptorio da
Bibliotheca Portugueza. 1852. In-8.º peq. de 394 págs. E.
O volume inclui as obras «Menina e Moça», «Eglogas», «Romances» e «Poesias». Com um prólogo
dos editores, J. da S. Mendes Leal Junior e F. J. Pinheiro.
Encadernação simples. Ex-libris de Nuno de Brion. Assinatura antiga no frontispício.
2384 — RIBEIRO & FALCÃO (Bernardim - Cristovão).- OBRAS. Nova edição conforme
a edição de Ferrara, preparada e revista por Anselmo Braamcamp Freire e prefaciada por
D. Carolina Michaelis de Vasconcelos. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1923. 2 vols.
In-8.º de IV-322 e IV-334 págs. E.
Todo o primeiro volume é ocupado com o opulento e erudito prefácio de D. Carolina Michaelis
de Vasconcelos. O segundo é ocupado pelas obras e vem adornado de três reproduções fotozincográficas
da edição quinhentista de Ferrara.
Da Tiragem Especial de 350 exemplares em papel de linho, numerados e rubricados por Joaquim
de Carvalho.
Belas encadernações inteiras em pele, com dizeres e ferros a ouro nas lombadas e filetes também dourados nas pastas. Só de leve aparados à cabeça e com as capas da brochura conservadas.
2386 — RIBEIRO (João Pedro).- DISSERTAÇÃO HISTORICA JURIDICA E ECONOMICA
SOBRE A REFORMA DOS FORAES NO REINADO DO SENHOR D. MANOEL. Pelo
Desembargador... Parte I. Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1812. In-8.º gr. de 94-II págs.
Desenc.
Inocêncio informa que a segunda parte desta rara Dissertação não chegou a ser publicada.
2387 — RIBEIRO (José Maria do Casal).- HOJE NÃO É HONTEM. Lisboa. Typographia de
José Baptista Morando. 1848. In-8.º de II-28-II págs. Desenc.
Opúsculo de natureza política, pouco frequente.
2388 — RIBEIRO (José Silvestre).- ESTUDO MORAL E POLITICO SOBRE OS LUSIADAS.
Lisboa. Imprensa Nacional. 1853. In-4.º de XI-I-236-IV págs. E.
“(...) O alvo a que atirei n’este trabalho — foi o de desentranhar dos LUSIADAS as sentenças moraes
e politicas, que o grande Camões lançou aqui e acolá, aprendidas na sua vasta lição, na eschola do
mundo e na da adversidade, e inspirada pelos mais generosos impulsos de um coração, que transbordava de sentimentos nobres, ou, como hoje se diz, altamente humanitarios. (...)
“Tendo sempre em vista os Commentarios de Corrêa, de Faria e Sousa, e de Ferreira [Inácio Garcez
Ferreira, entre os Arcades Gilmedo], procurei aproveitar algumas ideias e exemplos que n’elles encontrei,
e fazião ao meu proposito; e para não cahir no defeito de desagradecido, citei sempre os seus nomes,
e com especialidade o de Faria e Sousa, por ser aquelle o que mais largamente se occupou de apreciar
a parte moral dos LUSIADAS. (...)”
São muito invulgares os exemplares deste estimado trabalho da vasta bibliografia passiva camoniana.
Encadernação simples
2389 — RIBEIRO (José Silvestre).- RESOLUÇÕES DO CONSELHO DE ESTADO na secção
do Contencioso Administrativo, colligidas e explicadas por... Lisboa. Imprensa Nacional. 1855-1857. 6 vols. In-4.º peq. E. em 4.
Obra importante mas infelizmente muito incompleta, porquanto dela foram publicados 18 volumes.
Encadernções da época, com as lombadas com nervuras, dizeres e ferros dourados.
2390 — RIBEIRO (Manuel).- A BATALHA NAS SOMBRAS. Romance. Livraria Editora
Guimarães & Cª. Lisboa. [S.d.] In-4.º de 292 págs. E.
Interessante romance histórico, onde o autor narra os derradeiros dias do Mosteiro de Nossa Senhora
da Conceição em Beja, a doença e a morte da última das suas abadessas, referindo também, ainda que
em segundo plano, os amores de Mariana Alcoforado.
O autor, natural de Beja, colaborou nos jornais «O Sindicalista» e «A Batalha» e em 1913 fundou
«A Bandeira Vermelha», periódico de tendência bolchevista. Foi funcionário da Biblioteca Nacional
e conservador da Torre do Tombo.
N.º 6 da Tiragem Especial de 100 exemplares em papel vergé, numerados e assinados pelo Autor.
Bela encadernação à amador com a lombada artisticamente decorada com ferros a ouro, ferros também
aplicados nos cantos da encadernação; dourado à cabeça, com as restantes margens intactas e com as
capas da brochura preservadas. Ex-libris heráldico de Salema Garção.
2385 — RIBEIRO (Jerónimo).- AUTO DO FISICO. Conforme a impressão de 1587 e publicado por ordem da Academia das Sciencias de Lisboa por Francisco Maria Esteves Pereira.
Imprensa Nacional de Lisboa. 1918. In-8.º gr. de 73-V págs. B.
2391 — RIBEIRO (Manuel).- O DESERTO. Guimarães & Cª. Lisboa. S.d. In-4.º de 269-I págs. E.
Este romance faz parte de uma trilogia composta por este e pelos romances «A Catedral»
e «A Ressurreição», cujo personagem principal, Luciano, percorre o mesmo trajecto espiritual
do autor, inicialmente anarquista descrente em Deus, tendo evoluído posteriormente no caminho
do cristianismo.
[195]
[196]
Primeira edição independente de uma obra aparecida “uma só vez em 1587, na Primeira parte dos
Autos e Comedias portuguesas”, obra de que existia um único exemplar, conservado na Biblioteca
Nacional. Esta edição aparece integrada na série «Monumentos da Literatura Dramática Portuguesa».
Com a capa da brochura solta.
Exemplar da excelente Tiragem especial em bom papel, numerada e assinada pelo Autor e com numerosas ilustrações impressas em separado e coladas nas páginas do texto.
Boa encadernação à amador em pele azul, recente, com ferros dourados na lombada. Só de leve
aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas.
2392 — RIBEIRO (Manuel Ferreira).- A PROVINCIA DE S. THOMÉ E PRINCIPE E SUAS
DEPENDENCIAS ou a salubridade e insalubridade relativa das Provincias do Brazil, das
Colonias de Portugal e de outras nações da Europa. Lisboa. Imprensa Nacional. 1877. In-4.º de
XXXII-705-I págs. E.
Trabalho de vastas proporções, largamente documentado, abrangendo todos os aspectos que interessavam ao fim visado pelo autor, que termina o seu Prefácio com o seguinte parágrafo: “Empreguemos
finalmente a propaganda, servindo-nos de todos os meios, que a imprensa nos offerece, e divulguemos
todos os elementos necessarios para que escriptores taes como Leroy-Beaulieu e mr. Charles Calvo,
modifiquem as suas idéas ácerca das nossas provincias ultramarinas, e não faltem nunca documentos
para que os sabios dos outros paizes colonizadores fallem com maior rigor e exactidão sobre o que nos
diz respeito como obreiros do progresso e da civilisação das nossas terras de Africa.”
Com um mapa a cores em folha desdobrável de grandes dimensões e 23 excelentes gravuras abertas
em madeira estampadas em folhas à parte.
Encadernação nova, com a lombada em pele e título e ferros dourados.
2393 — RIBEIRO (Thomaz).- A DELFINA DO MAL. Poema. Lisboa. Imprensa Nacional.
1868. In-8.º gr. de XXVII-I-311-I págs. B.
Primeira e cuidada edição, com um extenso prefácio do autor.
O Poema é dedicado ao irmão do autor Henrique Ribeiro Ferreira Coelho, abade de Santa Maria de
Silgueiros [Viseu - Beira Alta] e segundo informa Alexandre Cabral no seu «Dicionário de Camilo
Castelo Branco», “Provavelmente A Delfina do Mal terá a ver com o romance amoroso do abade, que
por amor se despadrou e «teve necessidade de fazer-se cidadão espanhol pela intolerância das nossas
leis» (palavras de Tomás Ribeiro).”
Lombada danificada.
2394 — RIBEIRO (Tomás).- A DELFINA DO MAL. Poema por... 2ª edição correcta, com uma
carta do auctor e um prologo de Camillo Castello Branco. Porto. Ernesto Chardron - Editor.
1882. In-8.º de LIII-III-311-I págs. E.
Poema de grande popularidade no seu tempo, numa edição em tudo preferível à anterior, porquanto,
além da excelente qualidade gráfica que apresenta, vem acompanhada de um prólogo de Camilo
que não veio na primeira. Invulgar.
Encadernação da época, simples; um pouco aparado.
2395 — RIBEIRO (Tomás).- DISSONANCIAS. Versos. Porto. Livraria Internacional de
Ernesto Chardron. 1890. In-8.º de 252 págs. E.
Primeira edição de um dos estimados livros do autor, dedicado a Camilo Castelo Branco, “consummada gloria das letras portuguezas”.
Modestamente encadernado. Assinatura antiga no frontispício coberta a tinta azul.
2396 — RIBEIRO (Tomás).- D. JAYME ou A Dominação de Castella. Poema por Thomaz
Ribeiro. Com uma Conversação Preambular pelo Senhor A. F. de Castilho. Lisboa. Typ. da
Sociedade Typographica Franco-Portugueza. 1862. In-4.º de LX-285-III-XI-I págs. E.
Primeira edição de um livro que foi verdadeiro successo editorial, porquanto dele foram feitas numerosas
edições e também motivo para algumas Paródias Literárias, sendo a mais importante a de Manuel
Roussado, intitulada «Roberto ou a Dominação dos Agiotas», aparecida no mesmo ano de 1862. A muito
apreciativa «Conversação Preambular» de António Feliciano de Castilho ocupa as págs. IX a LX.
Encadernação da época, com a lombada em chagrin decorada com delicados ferros a ouro.
Dedicatória assinada por Castilho e Tomás Ribeiro sem indicação de a quem foi o exemplar destinado.
Com um carimbo de posse no pé do frontispício.
[197]
2397 — RIBEIRO (Tomás).- D. JAYME. Poema por Thomaz Ribeiro. Com uma Conversação
Preambular pelo Senhor A. F. de Castilho. Lisboa. Typ. da Sociedade Typographica Franco-Portugueza. 1863. In-8.º de CXVIII-XIV-II págs. E no mesmo volume;
–––– ROUSSADO (Manuel).- ROBERTO ou a Dominação dos Agiotas. Poema heroi-comico
por Manoel Roussado. Parodia ao notavel Poema de Rhomaz Ribeiro... Lisboa. Typ. da
Sociedade Typographica Franco-Portugueza. 1862. In-8.º de 177-III págs.
O «Prologo da segunda edição», é constituído por “Cartas Aos meus amigos António Augusto Teixeira
de Vasconcellos, e J. F. de Castilho Barreto e Noronha”. Com um finíssimo retrato do autor gravado
por “Sousa”.
Enc. no memo volume tem a rara Paródia literária ao poema de Tomás Ribeiro da autoria de Manuel
Roussado.
Encadernação da época, com a lombada em pele, bastante cansada.
2398 — RIBEIRO (Thomaz).- A INDIANA. Entre-acto em verso. Porto. Viuva Moré - Editora. 1873.
In-8.º de 79-I págs. B.
A cena desta peça decorre “no Industão e na actualidade. O palco mostra o claustro d’uma casa indú,
opulenta; ha colunatas em volta; no meio um jardim...”.
2399 — RIBEIRO (Tomás).- JORNADAS. Primeira parte. Do Tejo ao Mandovi. [Segunda
parte. Entre Palmeiras (De Pangim a Salsete e Pondá)]. Coimbra. Livraria Central de José Diogo
Pires - Editor. 1873-1874. 2 vols. In-8.º de 403-I e 350 págs. E.
Livro de viagens de Tomás Ribeiro na Índia, uma das mais interessantes e invulgares obras da sua
bibliografia. O segundo volume tem uma gravura em madeira representando a «Velha Goa».
Bonitas encadernações modernas, com as lombadas em pele decoradas com ferros a ouro. Assinatura
antiga no pé do frontispício do segundo volume.
2400 — RIBEIRO (Tomás).- O MENSAGEIRO DE FEZ. (Poema). Lisboa. Parceria Antonio
Maria Pereira. 1899. In-8.º gr. de XXV-I-206 págs. B.
“O centro em volta do qual gira a acção d’este poema é a gruta da Senhora da Rocha, em Carnaxide”,
“poema cujas scenas se passam nos tempos d’Aviz”. É a primeira edição deste interessante poema
histórico, alusivamente ilustrado.
2401 — RIBEIRO (Tomás).- SONS QUE PASSAM. Versos de Thomaz Ribeiro. Porto. Em Casa
de Viuva Moré - Editora. 1868. In-8.º gr. de VIII-315-V págs. E.
Primeira edição de um dos livros de poesia de Tomás Ribeiro, poeta de grande audiência no seu tempo.
Das poesias publicadas, destacamos «Ave Labor! – Á Cidade Invicta», apresentada pela Imprensa
Nacional, de Lisboa, na Exposição do Porto; «No Anniversario de Julio de Castilho»; «Versos que os
filhos de Camillo Castello Branco offereceram com uma coroa de loiros a Antonio Feliciano de
Castilho na occasião em que elle assistia á inauguração d’um monumento que lhe era consagrado na
quinta de S. Miguel de Seide».
Encadernação da época com a lombada em pele. Assinatura antiga no pé do frontispício e no verso do
anterrosto.
2402 — RIBEIRO (Tomás).- VESPERAS. Poesias dispersas. Livraria Internacional de Ernesto
Chardron, editor. 1880. In-8.º gr. de 303-I-III-I págs. B.
Edição cuidada, com um texto de duas páginas em que o autor dedica o livro a Camilo Castelo Branco.
Primeira edição.
Capa da brochura da frente com pequenas imperfeições.
[198]
2403 — RIMBAUD (Arthur).- ŒUVRES. Texte établi par H. de Bouillane de Lacoste. Paris.
Mercvre de France. MCML. In-4.º peq. de 318-II págs. E.
Esmerada edição das obras de um dos grandes nomes da Literatura Francesa.
Com as capas da brochura com sinais de humidade, bem como as primeiras folhas, um pouco enrugadas
pelo mesmo motivo. Encadernação nova, com a lombada em pele, sobriamente decorada com dourados.
2404 — RIO NEIVA. Monografia. Porto - 1978. [Composto e impresso na Coopag, S.C.A. R.
L. Porto]. In-8.º de 239-I págs. B.
Colaboraram nesta obra os seguintes autores, sendo predominante a colaboração do editor, Paulo de
Passos Ferreira: António Neiva Maciel, Manuel Justino Pinheiro Maciel, Manuel de Boaventura,
Cândido Neiva de Oliveira Maciel, Daniel Neiva de Oliveira Maciel, Custódio Baptista Bandeira,
Horácio e Castro Pinheiro, Maria do Céu Maciel, Marição Maciel e Justiniana Maciel.
Edição impressa em bom papel, limitada a 1000 exemplares numerados e assinados.
Dedicatória autógrafa de Paulo de Passos Figueiras.
2405 — ROBERT (Henri).- LES GRANDS PROCÈS DE L’HISTOIRE. Lettre-Préface de M.
Luis Barthou. Payot, Paris. 1923-1925. 4 vols. In-8.º gr. E. em 2.
A obra, com mais de 200 ilustrações, ocupa-se de: «Le Procès de Marie Stuart»; «L’Affaire Cinq-Mars»; «Le Procès de Nicolas Foucquet, un Profiteur du Grand Siècle»; «Voltaire, Défenseur de Calas»;
«Le Procès de Camille Desmoulins»; «La Marquise de Brinvilliers»; «L’Affaire du Collier»; «Le Procès
de Charlotte Corday»; «Le Procès de Madame Roland»; «L’Affaire Lafarge»; «La Grande Catherine»;
«Marie-Antoinette»; «La Mort du Duc D’Enghien»; «La Reine Hortense»; «Lachaud»; «La Grande
Mademoiselle»; «Le Grand Condé»; «Le Masque de Fer»; «Le Roi Murat»; «Le Maréchal Ney».
Encadernações em percalina, com títulos dourados nas lombadas; pequenos carimbos de posse de José
Alvellos e a sua assinatura no anterrosto dos dois primeiros volumes.
2406 — [ROCHA (António da Silva Lopes)].- ANNOTAÇÕES Á ENORMISSIMA SENTENÇA QUE SOBRE O SUPPOSTO CRIME DE LESA MAGESTADE DE PRIMEIRA
CABEÇA FOI PROFERIDA NA CIDADE DO PORTO NO DIA 21 D’AGOSTO DE 1829.
Pelo Autor da Injusta Acclamaçam do Infante D. Miguel. Paris Na Typografia de J. Tastu,
1839. In-8.º gr. de II-93-I págs. B.
Peça muito invulgar, importante para as colecções das Lutas Liberais. “§ XXXVII. Por tanto, e pelo
mais dos Autos, havendo por exautorados e privados de todos os titulos, privilegios, honras e dignidades
de que gozavam nestes Reinos (...) os reos, Pedro de Souza e Holstein que foi Marquez de Palmella,
Antonio José de Souza Manoel e Menezes Severim de Noronha que foi Conde de Villa-Flor, Joam
Carlos de Saldanha Oliveira e Daun, Thomás Guilherme Stubbs, Francisco de Paula de Azeredo,
Manoel Antonio de Sampayo Mello e Castro Torres e Lusignano que foi Conde de Sampayo, Filippe
de Souza Holstein, Candido José Xavier, Gastam da Camara que foi Conde da Taipa, Manoel da
Camara, Simam da Silva Ferraz de Lima e Castro que foi Baram de Rendufe, os condemnam, a que
com baraço e pregam sejam conduzidos pelas ruas publicas desta Cidade [do Porto] até a Praça Nova
da mesma, onde em hum alto cadafalso, que ahi será levantado, de sorte que o seu castigo seja visto
de todo o povo, a quem tanto tem escandalizado o seu horrorosissimo delicto, morram morte natural
de garrote; e depois lhes sejam decepadas as cabeças (...)”, etc.
O exemplar, com as margens integrais, nunca foi encadernado; com sujidade no frontispício e na folha
seguinte
2407 — ROCHA (João da).- MEMORIAS DE UM “MEDIUM”. (Excerptos de um diário).
Porto. Livraria Nacional e Estrangeira - Editora. 1900. In-8.º de XLII-211-I págs. B.
É o segundo e bastante raro livro de João da Rocha, natural de Viana do Castelo. O autor deixou vários
trabalhos publicados em volume e dispersos por jornais e revistas, conviveu com Junqueiro e António
José de Almeida, sendo secretário particular deste último como Presidente da República. Por sua morte
[199]
.../...
a revista «Portvcale» consagrou-lhe um número duplo de que se publicou separata intitulada «In
Memoriam de João da Rocha». «Memorias de um Medium» trata de espiritismo, ciência a que João
da Rocha se tinha dedicado na sua juventude.
Desconjuntado e com falta da capa da brochura posterior.
2408 — ROCHA (M. A. Coelho da).- ENSAIO SOBRE A HISTORIA DO GOVERNO E DA
LEGISLAÇÃO DE PORTUGAL, PARA SERVIR DE INTRODUCÇÃO AO ESTUDO DO
DIREITO PATRIO. Terceira Edição. Coimbra. Na Imprensa da Universidade. 1851. In-8.º gr. de
XVI-248 págs. E.
Como se declara no frontispício, esta edição é “Conforme á segunda de 1843, que fôra revista e emendada pelo A., e addicionada com um breve Supplemento sobre os acontecimentos posteriores á morte
de ElRei D. João VI. até á restituição da Carta em 27 de Janeiro de 1842. Com algumas correcções
e additamentos, feitos pelo A.”
Publicação estimada e bastante invulgar.
Bonita encadernação com a lombada em pele decorada com ferros a ouro.
2409 — ROCHA (M. A. Coelho da).- INSTITUIÇÕES DE DIREITO CIVIL PORTUGUEZ.
Segunda edição reformada, e muito augmentada. Coimbra, na Imprensa da Universidade. 1848.
2 vols. In-8.º gr. de L-316 e II-317 a 835-I págs. E.
O autor foi professor na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.
Encadernações em pele, da época, danificadas.
2410 — ROCHA (Pinto da).- LUIS DE ALMEIDA BRAGA. Portugalia Editora. Lisboa. In-8.º
de 16 págs. B.
Com referências a Camilo e a alguns dos seus livros.
2411 — RODRIGUES (António Gonçalves).- O PROTESTANTE LUSITANO. Estudo biografico e critico sobre o Cavaleiro de Oliveira. MDCCII-MDCCLXXXIII. Coimbra - MCML.
In-4.º de XV-I-401-III págs. B.
Este bem documentado estudo sobre o Cavaleiro de Oliveira, constituiu a tese de Doutoramento em
filologia Germânica na Universidade de Coimbra do Dr. Gonçalves Rodrigues. Integra várias estampas
impressas em separado e uma boa bibliografia das obras de Oliveira.
Edição feita em separata da revista «Biblos» de apenas 820 exemplares numerados, sendo este o n.º 9
da Tiragem especial de 20.
2412 — RODRIGUES (Bernardo).- ANAIS DE ARZILA. Crónica inédita do Século XVI.
Publicada por ordem da Academia das Sciências de Lisboa e sob a direcção de David Lopes.
Tomo I (1508-1525) [Tomo II - 1525-1535 - Suplemento. 1536-1550]. Academia das Sciências
de Lisboa. Lisboa. [Coimbra. Imprensa da Universidade. 1915-1919] 2 vols. In-fólio de LII-498
e XIX-563-I págs. E.
Crónica de alto interesse para a história da presença e feitos dos portugueses no norte de África. Boa
edição da Academia das Ciências de Lisboa, ilustrada com um «Mapa do Campo de Arzila» em folha
desdobrável, estampas impressas em separado e fac-símiles de páginas dos manuscritos da obra.
Edição única, já bastante invulgar.
Boas encadernações novas, com as lombadas em pele de duas cores, dizeres e ferros dourados; só aparados
à cabeça e com as capas de brochura conservadas.
2413 — RODRIGUES, S.J. (Francisco).- O AUTOR DA ARTE DE FURTAR. Resolução de um
antigo problema. 1941. Livraria Apostolado da Imprensa. Pôrto. In-8.º gr. de 28-IV págs. B.
Achega interessante para o estudo de um antigo e debatido problema autoral, em Memória apresentada
no Congresso do Mundo Português.
[200]
2414 — RODRIGUES (Urbano Tavares).- UMA PEDRADA NO CHARCO. Novelas. Livraria
Bertrand. 1957. In-8.º de 239-I págs. B.
Primeira edição, muito invulgar. Disse Jacinto do Prado Coelho que os livros de Urbano Tavares
Rodrigues trouxeram “à novelística portuguesa uma lufada de vida intensa, de generosa humanidade
e sóbria poesia, sem optimismos fáceis, sem concessões ao idealismo burguês, pelo contrário, com
notações corajosas do sujo, do torpe ou da simples mesquinhez quotidiana (...)”.
Capa ilustrada por António Vaz Pereira.
2415 — ROMAGENS. Alvôr de piedade sôbre a viuva e filhos do malogrado esculptôr Joaquim
Gonçalves da Silva. [Porto Junho de 1913. Typographia do “Commercio do Porto”]. In-8.º gr. de
XII-II págs. B.
Homenagem com textos em prosa e verso assinados por Manuel de Moura, Alberto Pimentel, Joaquim
Costa, Sampaio Bruno, João Grave, Eduardo Sequeira, Vaz Passos, Oliveira Passos, José Vitorino
Ribeiro e outros. Capa da brochura ilustrada com um retrato do artista por Cândido da Cunha.
2416 — LE ROMAN DE TRISTAN ET ISEUT. Renouvelé par Joseph Bédier. Ouvrage couronné
par l’Académie Française. L’Édition d’Art H. Piazza... Paris. [1948]. In-8.º de XII-XIV-219-XI
págs. B
Uma das belas e artísticas edições de H. Piazza, impressa a duas cores, ilustrada com vinhetas e grandes
letras capitais de fantasia. Com um prefácio de Gaston Paris, onde a obra e o seu autor são apreciados
com alto louvor.
2417 — ROPS (Daniel).- HISTOIRE SAINTE. Le Peuple de la Bible. Librairie Arthème Fayard.
[Paris. 1946]. In-4.º peq. de 234-IV págs. B.
Magnífica edição do volume correspondente ao Antigo Testamento, a duas cores, com belas gravuras
em madeira de plena página, letras capitais de fantasia e vinhetas, tudo da autoria de Jean Lébédeff.
Desta obra foram tirados apenas 1400 exemplares, sendo este o N.º H. C. 170 dos 200 em papel “Vélin
de Rives B. F. K.”, fora do comércio.
Com uma respeitosa dedicatória para “Le President Salazar”, manuscrita e assinada por Daniel-Rops.
2418 — ROPS (Daniel).- MORTE, TUA VITORIA ONDE ESTÁ? Tradução de Jorge de Lima.
1940. Cetulio M. Costa — Editor. Rio de Janeiro. In-8.º gr. de 442-VI págs. B.
Tradução devida a Jorge de Lima, um dos grandes nomes da Literatura Brasileira do século XX.
Valiosa dedicatória manuscrita e assinada pelo punho de Daniel-Rops “A Son Excellence le President
Salazar, premier témoin d’une nouvelle chrétiente; avec l’admiration et le respect de Daniel-Rops.”
Ao contrário de muitos outros livros com dedicatória a Salazar constantes deste catálogo, este tem
sinais de intenso manuseio.
2419 — RORIZ (Gaspar).- O LIVRO DO P.e GASPAR RORIZ. Sermões, Discursos, Poesias.
(Na Comemoração do Milenário do Burgo e na do Centenário da Cidade). Publicação subsidiada
pela Câmara Municipal de Guimarães. [Esc. Tip. Oficinas de S. José. Guimarães. 1953]. In-8.º gr.
de 406-II págs. B.
O livro recolhe parte fundamental da obra do ilustre vimaranense que foi o Padre Gaspar Roriz, na altura
em que se comemorava o milenário da que viria a ser a cidade de Guimarães e o centenário da sua
elevação a cidade.
2420 — ROSA (António Ramos).- ANIMAL OLHAR. Plátano Editora. 1975. [Lisboa]. In-8.º gr.
de 198-VI págs. B.
Primeiro volume da Obra Poética do autor, volume que engloba os livros «Ocupação do Espaço»,
«Terrear» e «Estou Vivo e Escrevo Sol». Integrado na colecção «Sagitário».
[201]
2421 — ROSA (António Ramos).- CADA ÁRVORE É UM SER PARA SER EM NÓS.
Fotografias de Paulo Gaspar Ferreira. In-Libris, Sociedade para a Promoção do Livro e da
Cultura. [2002]. In-8.º de 49-VII págs. B.
Primorosa e muito delicada edição de poesias de Ramos Rosa impressas em papel transparente, acompanhadas de belas fotografias originais de Paulo Gaspar Ferreira de 10 aspectos de uma única das muitas
árvores ardidas no incêndio da Quinta de Belgais, e ainda com um CD gravado com os sons poduzidos
pelo “Rebanho da Catarina” que naquela quinta pastava. Tiragem limitada a 1000 exemplares, numerada,
já esgotada.
2422 — ROSA (António Ramos).- CICLO DO CAVALO. Limiar. [Porto. 1975]. In-8.º de 83-V
págs. B.
Primeira edição de um dos estimados livros de António Ramos Rosa, figura tutelar da poesia portuguesa contemporânea. Integrado na cuidada colecção «Os Olhos e a Memória», com direcção gráfica
de Armando Alves.
2423 — ROSA (António Ramos).- CÍRCULO ABERTO. Editorial Caminho. [Lisboa. 1979].
In-8.º de 73-III págs. B.
Primeira edição de um dos muito estimados livros de poesia de Ramos Rosa, integrado na colecção
«O Campo da Palavra».
Com uma interessantíssima dedicatória do poeta “ao Ernesto (Melo e Castro)”.
2424 — ROSA (António Ramos).- A CONSTRUÇÃO DO CORPO. Portugália Editora. Lisboa.
[1969]. In-8.º gr. de 103-V págs. B.
Primeira edição, muito invulgar, dada a público na exemplar «Colecção Poetas de Hoje».
Dedicatória manuscrita e assinada pelo poeta.
2425 — ROSA (António Ramos).- DINÂMICA SUBTIL. [Ulmeiro. Lisboa. 1984]. In-8.º
de 100-IV págs. B.
Invulgar livro de poesia integrado na colecção «Imagem do Corpo».
Capa da brochura ilustrada.
2426 — ROSA (António Ramos).- INCISÕES OBLÍQUAS. Estudos sobre poesia portuguesa
contemporânea. Caminho. [Editorial Caminho, S.A. 1987]. In-8.º gr. de 181-III págs. B.
Ensaios sobre José Gomes Ferreira, Sophia de Mello Breyner, Eugénio de Andrade, Cesariny,
Alexandre O’Neill, Alberto de Lacerda, Egito Gonçalves, João Rui de Sousa, Ruy Belo, Herberto
Hélder, Pedro Tamen, Fernando Guimarães, José Augusto Seabra, Echevarria, Albano Martins, Maria
Teresa Horta, Luísa Neto Jorge, Casimiro de Brito, Fiama Hasse Pais Brandão, Gastão Cruz, Ângela
Varela, António Franco Alexandre, José Agostinho Baptista, Laureano Silveira, Rui Magalhães
e António Magalhães.
2427 — ROSA (António Ramos).- AS MARCAS NO DESERTO. Editorial Vega. [Lisboa.
1980]. In-8.º gr. de 77-III págs. B.
As poesias de Ramos Rosa vêm depois dos textos de Pascal Fleury, Roger Munier e Eduardo Prado
Coelho; no fim vêm dois poemas de Casimiro de Brito. Livro integrado na colecção «O Chão da
Palavra».
2428 — ROSA (António Ramos).- MEDIADORAS. Ulmeiro. [Lisboa. 1985]. In-8.º gr. de 68-IV págs. B.
Primeira edição de um dos procurados livros do autor, integrado na colecção «Obras de António
Ramos Rosa».
[202]
2429 — ROSA (António Ramos).- OCUPAÇÃO DO ESPAÇO. Portugália Editora. Lisboa.
[1963]. In-8.º gr. de L-II-99-V págs. B.
Edição original de um dos bons livros de Ramos Rosa, nome fundamental da Poesia portuguesa contemporânea, integrado na excelente colecção «Poetas de Hoje». Muito extenso prefácio de E. M. de Melo e Castro.
Com fita gomada na parte interior da capa da brochura, junto à lombada.
2430 — ROSA (António Ramos).- AS PALAVRAS. Campo das Letras. [Porto. 2001]. In-8.º gr.
de 181-I págs. B.
Livro de poesia em primeira edição, dado a lume na colecção «Campo de Poesia».
2431 — ROSA (António Ramos).- A PAREDE AZUL. Estudos sobre poesia e artes plásticas.
Caminho. Colecção Universitária. [Editorial Caminho, S.A. Lisboa. 1991]. In-8.º gr. de 222-II págs. B.
Do Autor: “A poesia é a abertura nua que não se pode delimitar, a intimidade mais pura e mais selvagem
de algo que não podemos traduzir ou determinar segundo os esquemas da compreensão racionalizante.
Todavia, o poema não é um enigma. Ele é evidente na sua obscuridade ou na sua claridade ofuscante.
O poema é uma manifestação da origem ou, por outras palavras, da Vida absoluta, e por isso mesmo
é um mistério real. O leitor, tal como o poeta, é um cego que não tem outra luz além daquela que
o poema projecta sobre si.”
O autor ocupa-se dos mais representativos poetas portugueses modernos e contemporâneos.
2432 — ROSA (António Ramos).- QUANDO O INEXORÁVEL. Limiar. [Porto. 1983]. In-8.º gr.
de 48-VIII págs. B.
Primeira edição de mais um livro de poesia de António Ramos Rosa, este integrado na colecção «Os
Olhos e a Memória», com direcção gráfica de Armando Alves e direcção literária de Egito Gonçalves.
2433 — ROSA (António Ramos).- RESPIRAR A SOMBRA VIVA. Plátano Editora. 1975.
[Lisboa]. In-8.º gr. de 240 págs. B.
Volume de poesia dado a lume na colecção «Sagitário», integrando os seus livros «A Construção do
Corpo», «Nos Seus Olhos de Silêncio» e «A Pedra Nua». Invulgar.
2434 — ROSA (António Ramos).- VIAGEM ATRAVÉS DUMA NEBULOSA. Edições Ática.
[Lisboa. 1960]. In-8.º de 78-IV págs. B.
Segundo livro de poesia do autor, distinguido com o Prémio Fernando Pessoa. Muito invulgar.
Tem no frontispício: “Oferta de E. M. de Melo e Castro”.
2435 — ROSA (António Ramos).- VOLANTE VERDE. Moraes Editores. Lisboa. 1986. In-8.º
gr. de 110-VIII págs. B.
Primeira edição de um dos livros de António Ramos Rosa, poeta com lugar definitivo na literatura portuguesa contemporânea. Integrado na representativa colecção «Círculo de Poesia - Nova série».
Valiosa e amistosa dedicatória do poeta para E. M. de Melo e Castro.
2436 — ROSA (Augusto).- RECORDAÇÕES DA SCENA E DE FÓRA DA SCENA. Livraria
Ferreira. Lisboa. [1915]. In-4.º de 363-V págs. B.
Livro de grande interesse para a história do Teatro português, enriquecido com retratos e caricaturas, de
actores e outras estampas também impressas em separado, entre as quais se contam reproduções de caricaturas de Rafael Bordalo Pinheiro. Referências a Camilo e a algumas das suas produções dramáticas.
Capa da brochura da frente manchada.
[203]
2437 - ver pág. 205
2437 — ROSA (José António da).- COMPENDIO // DAS MINAS, // DEDICADO // AO SERENISSIMO SENHOR // D. JOAÕ, // PRINCIPE DO BRAZIL. // COMPOSTO // POR // JOSÉ
ANTONIO // DA ROSA, // Capitaõ, e Lente de Artilheria na Real // Academia Militar // [vinheta
em cobre com as armas de Portugal e motivos alusivos à artilharia] // LISBOA, // NA OFFIC.
DE JOAÕ ANTONIO DA SILVA, // Impressor de Sua Magestade. 1791. In-4.º peq. de VI-268-IV págs. E.
Primeira edição desta obra clássica e rara da bibliografia militar portuguesa, ilustrada com quinze boas
gravuras abertas em chapa de cobre impressas em folhas desdobráveis.
Segundo Inocêncio “O auctor compoz esta obra para servir de texto ás lições na Academia Real de
Fortificação, onde então era Lente.”
Rica encadernação inteira em pele, da época, com dizeres e ferros a ouro na lombada e com ambas as pastas
ricamente trabalhadas com decoração dourada, tendo ao centro as armas reais de Portugal, e o corte das
folhas dourado e gravado com linhas formando losangos. Pequeno defeito no pé da lombada.
(ver gravura na pág. 204)
2438 — ROSÁRIO (Fr. Domingos do).- THEATRO // ECCLESIASTICO, // EM QUE SE
ACHÃO MUITOS DOCUMENTOS // de Canto-chão para qualquer pessoa dedicada ao Culto
Divino // nos Officios do Coro, e Altar: // OFFERECIDO // Á // VIRGEM SANTISSIMA, //
SENHORA NOSSA, // COM O SOBERANO TITULO DA IMMACULADA // CONCEIÇÃO:
// ORDENADO POR SEU AUTHOR // O PADRE // FR. DOMINGOS DO ROSARIO, // Filho
da Provincia de Santa Maria da Arrabida, e primeiro Vigario // do Coro que foi do Real
Convento de Mafra // PARTE PRIMEIRA, // EM QUE SE TRATA DOS OFFICIOS DO
NATAL, SEMANA SANTA, // Officio de Defuntos com Missa, Estações, Officios de Sepultura,
Procissões, // Paixões, Preces, Antifonas, &c. tudo correcto, e accrescentado com as // Matinas
da Pascoa da Ressurreição, e Nona da Ascenção de Christo // ... // Oitava impressão. // LISBOA:
// Na Officina de SIMÃO THADDEO FERREIRA. // ANNO M.DCC.LXXXVI. In-4.º de VIII-566 págs.;
––– THEATRO // ECCLESIASTICO, // E // MANUAL DE MISSAS // ... // PARTE SEGUNDA,
// NOVMENTE DIVIDIDA, EM QUE SE TRATA DE TODAS // As Missas Dominicaes desde
a primeira Dominga do Advento até á ul- // tima depois de Pentecostes... //... // Dado ao prélo
pelo Illustrissimo, e Excellentissimo Senhor Duque do Ca- // daval, Syndico Geral da sobredita
Provincia. // LISBOA: // Na Officina de SIMÃO THADDEO FERREIRA. // ANNO
M.DCC.LXXXVI. In-4.º de VI-573-III págs.; E. em 1.
«Dicionário Biográfico de Músicos Portugueses» de José Mazza, pág. 64: “Em Santa Catarina de
Ribamar, escola que D. João V fundou em 1729, e que D. João Jorge dirigiu proveitosamente, aprendeu
Frei Domingos do Rosario. É autor do vulgar, e ainda às vezes manuseado Theatro Ecclesiatico.
“ Êste livro foi de grande utilidade e quási obrigatório para o desempenho das funções sagradas em Portugal.
“Nasceu seu autor em Santa Maria dos Olivais e professou na ordem franciscana dos frades capuchos
em 15 de Abril de 1722.
“Depois dos estudos que fêz no referido Colégio, foi transferido para Mafra, onde, durante quarenta e um
anos, exerceu as funções de cantor-mor.
“Foi célebre este monumental convento pela escola de música que lá brilhou e cujo canto, chamado
capucho, fazia as delícias de muita gente, incluindo o próprio D. João V. O canto capucho consistia na
harmonização do cantochão a três e quatro vozes, realizando uma espécie de fabordão.
“Estas artimanhas pseudo artísticas e quejandas que estropearam de tal modo o velho canto gregoriano
ao ponto de o tornarem irreconhecível. Ainda hoje se fazem sentir aquelas influências que criaram
ambiente prejudicial ao canto próprio da igreja.”
A importância desta obra no meio sacro-musical português é bem justificado pelo número de edições
publicadas. O volume é quase todo constituído por escrita musical em pautas de quatro linhas.
Encadernação inteira em pele, antiga, reunindo os dois volumes. (ver gravura na pág. 206)
[205]
2438 - ver pág. 205
2439 — O ROSICLER. Quinzenario portuense. Direcção de Manuel de Moura e Alvaro
Mendes. 15 de Setembro de 1885 a 15 de Fevereiro de 1886. 10 números In-4.º gr. em 1 vol. E.
Jornal muito raro, com colaboração em prosa e verso de consagrados autores; Gomes Leal, Junqueiro,
João de Deus, Albertina Paraizo, Alexandre Braga, Joaquim de Lemos, Manuel de Moura, Bulhão
Pato, Júlio César Machado, Tomás Ribeiro e outros. De Camilo vem uma quadra na pág. 2 do 1.º n.º,
aparecendo o seu nome citado a págs. LXXX.
Encadernação simples.
2440 — ROTEIRO DA VIAGEM QUE EM DESCOBRIMENTO DA INDIA PELO CABO
DA BOA ESPERANÇA FEZ DOM VASCO DA GAMA EM 1497. Segundo um Manuscripto
coetaneo existente na Bibliotheca Publica Portuense. Publicado por Diogo Kopke... e o Dr. Antonio
da Costa Paiva... Porto. Na Typographia Commercial Portuense. 1838. In-8.º gr. de XXVII-I-183-XIII págs. E.
É a primeira edição deste raro e importante roteiro que, segundo José dos Santos (Catálogo da Livraria
Azevedo-Samodães, n.º 2911), é atribuído a Álvaro Velho. Com um retrato litográfico de Vasco
da Gama, um “Fac-símile da letra do Manuscripto” e da “Supposta assignatura de Fernam Lopes de
Castanheda”, desdobrável, uma portada alegórica que inicia o texto do Roteiro e ainda, em folha
desdobrável, uma “Carta demonstrativa da Viagem que em Descobrimento da India fez Vasco da
Gama em 1497”. Desta valiosa obra, importante para a história do Descbrimento do Caminho
Marítimo para a Índia, fez-se uma reduzida edição de 392 exemplares, vendida apenas por assinatura.
Encadernação da época, com sóbria lombada em pele. (ver gravura na pág. 208)
2441 — ROTHSCHILD (Henri de).- LA LIGNÉE FRANÇAISE DE LA FAMILLE DE
ROTHSCHILD. 1792-1942. Étude historique et biographique. 1943. Costa Carregal. Pôrto.
In-4.º de 160-IV págs. B.
Exemplar distinguido com dedicatória autógrafa de Henri de Rothschild “Pour Son Excellence
Monsieur le Dr. Antonio de Oliveira Salazar (...)”
2442 — ROUJOUX (Baron de).- HISTOIRE PITTORESQUE DE L’ANGLETERRE ET DE
SES POSSESSIONS DANS LES INDES, depuis les temps les plus reculés jusqu’a la Réforme
de 1832. Par... publiée par M. Alfred Mainguet, sous la direction de MM. Taylor et Charles
Nodier. A Paris, A l’Admininistration de l’Histoire Pittoresque d’Angleterre. 1835-1837. 3 vols.
In-4.º de IV-332-IV-VIII, 446-II e 443-I págs. E.
Obra ilustrada com frontispícios, mapas, retratos e inúmeras outras gravuras estampados em folhas
à parte e nas páginas do texto.
O primeiro volume é da 1ª edição e os restantes da 2ª, mas com igual aspecto gráfico, bem como as
encadernações, da época, com as lombadas em pele mas rigorosamente iguais.
2443 — ROUSSEU (J. J.).- LA NOUVELLE // HÉLOÏSE, // OU // LETTRES // DE DEUX
AMANS, // Habitans d’une petite ville au pied des Alpes; // Recueillies & publiées par J. J.
Rousseau. // ... // GENEVE. 1788. 4 vols. In-12.º E.
A primeira edição data de 1761, sendo esta, ainda do século XVIII, bastante rara.
Encadernações inteiras em pele, da época, com dourados nas lombadas, mas com falta dos rótulos.
2444 — ROYAUMONT (Sieur de).- L’HISTOIRE // DU VIEUX ET DU NOUVEAU // TESTAMENT, // AVEC des Explications édifiantes tirées des // Saints Peres, pour régler les mœurs
// dans toutes sortes de conditions. // Par de ROYAUMONT, Prieur de Sombreval. // NOUVELLE
ÉDITION. // A LYON, // Chez AMABLE LEROY. // 1800. In-8.º de XI-I-492 págs. E.
Encadernação inteira em pele, da época, com ferros dourados na lombada, encadernação que apresenta
pequenos defeitos de conservação.
[207]
2440 - ver pág. 207
Diz Inocêncio que “não são faceis de achar” os exemplares deste poema, “já de notavel celebridade”,
poema da autoria de Martins Rua, Setembrista convicto, natural da vila de Caminha, que, segundo
informação de Artur de Sandão no seu importante trabalho «Faiança Portuguesa» foi proprietário de
uma Fábrica de Cerâmica, fundada em 1846, na sua vila natal.
O Poema tem D. Pedro como figura central.
2446 — RUSSO (Rogério Marques de Almeida).- ARQUIVO POÉTICO DA GRANDE GUERRA.
1914-1918. Companhia Portuguesa Editora, Lda. Porto. S.d. In-8.º de 270-IV págs. E.
Com inúmeras poesias de autores portugueses, quase todos militares, inspiradas pela Guerra de 1914-1918.
Dedicatória do autor. Modestamente encadernado e sem as capas da brochura.
2450 - ver pág. 209
2445 — RUA (José Martins).- PEDREIDA. Poema Heroico da Liberdade Portugueza. Porto.
Typographia Commercial Portuense. 1843. In-8.º gr. de VI-226 págs. B.
2447 — SÁ (Ayres de).- PRINCIPE REAL D. LUIZ FILIPE. 1929. Parceria Antonio Maria
Pereira. Lisboa. In-4.º de 491-VI págs. E.
Luxuosa e invulgar edição, impressa em bom papel e ilustrada com dezenas de fotogravuras em papel
couché, 25 zincogravuras, reproduções de cartas de D. Amélia, D. Pedro IV, D. Fernando II, D. Luís,
D. Carlos, Conde e Condessa das Alcáçovas, Lord Wellington, Marquês de Resende, Marquês de Sá
da Bandeira, José da Silva Carvalho, A. B. da Costa Cabral, José Luciano de Castro, Visconde de
Castilho, etc.
Encadernação editorial inteira em pele, com ferros dourados e dizeres dourados nas pastas e lombada
e também dourado à cabeça. Capas da brochura conservadas. Ex-libris heráldico de Pedro Alvellos
e assinarura de Fernando Leite de Faria no anterrosto.
“Este livro contém 53 fotogravuras, em folhas de papel “couché”, 31 zincogravuras, cartas politicas,
inéditas e semi-inéditas, escritas pelo Senhor D. Manuel II, cartas politicas, inéditas, escritas por
D. Fernando II, etc., e cartas politicas, também inéditas, mandadas escrever por D. Pedro IV. As cartas do
Senhor D. Manuel, de Teixeira de Sousa, presidente do seu último ministério, e uma das cartas de
Serrão Franco, são reprodusidas em zincografia.”
Obra fundamental para a biografia da rainha D. Amélia, importante para a história política da época.
Capa da brochura ilustrada a cores e metais, dourado à cabeça e revestido da bela encadernação
editorial inteira em pele, com ferros e título a ouro na pasta e na lombada. Ex-libris heráldico de Pedro
Alvellos e assinarura de Fernando Leite de Faria no anterrosto.
2449 — SÁ-CARNEIRO (Mário de).- DISPERSÃO. Doze poemas. Edições “Presença”. 1939.
[Tipografia da “Atlântida”. Coimbra]. In-4.º de 70-II págs. B.
Segunda edição bastante rara, editada pelas muito apreciadas e inconfundíveis edições «Presença» em
tiragem limitada a 558 exemplares numerados.
Capa da brochura ilustrada por “Júlio”. (ver gravura na pág. 210)
2450 — SÁ-CARNEIRO (Mário de).- INDÍCIOS DE OIRO. Edições “Presença”. Porto. 1937.
[Imprensa Portuguesa]. In-4.º de 86-II págs. B.
É a edição original deste notável livro de poemas de Mário de Sá-Carneiro, uma das mais vincadas
e influentes personalidades literárias portuguesas do século XX. Tiragem total confinada a 850 exemplares.
Pequeno rasgão, sem falta de papel, na capa da brochura de trás. (ver gravura na pág. 210)
[209]
2449 - ver pág. 209
2448 — SÁ (Ayres de).- RAINHA D. AMELIA. 1928. Parceria Antonio Maria Pereira. Lisboa.
In-4.º de VIII-374-II págs. E.
2451 — SABUGOSA (Conde de).- GENTE D’ALGO. 1915. Livraria Ferreira. Lisboa. In-4.º de
XIV-350-II págs. B.
Primeira edição de um dos mais estimados livros do autor, com muitos e interessantes capítulos históricos: As Musas d’El-Rei D. Diniz; A mysteriosa Beatriz; D. Izabel - Duqueza de Borgonha; Leonor
de Portugal, Imperatriz da Allemanha e o Beato Amadeo; Excellente Senhora; A Côrte em Setúbal
e os Porquês Ananymos; Uma noiva do Prior do Crato; Matronas de 1640; Cartas da Freira
Portugueza; Condessa da Ericeira, D. Joanna de Menezes; Academicas; Duas Realezas.
2452 — SABUGOSA (Conde de).- HISTORIADORES PORTUGUESES. Conferencia
Realisada na Liga Naval em 25 de Abril de 1909. Lisboa. Depositaria: Livraria Ferreira. 1909.
In-4.º gr. de 31-I págs. B.
Trata de muitos dos mais acreditados historiadores até à data da publicação do opúsculo.
2453 — SABUGOSA (Conde de).- A RAINHA D. LEONOR. 1458-1525. Portvgalia Editora.
Lisboa. [1921]. In-4.º de 380-II págs. E.
Trabalho fundamental para o estudo do importante período histórico de que se ocupa, ilustrado com
16 fotogravuras impressas em folhas à parte. Edição primeira e a mais estimada.
Encadernação com lombada em pele, com pequeno defeito. Só aparado à cabeça e com as capas da
brochura preservadas.
2454 — SAHIB.- LA FRÉGATE, L’INCOMPRISE. Voyage autour du Monde a la plume par
Sahib. Paris. Léon Vanier, Libraire-Éditeur. 1882. In-4.º gr. de 212 págs. E.
Obra curiosíssima, recheada de centenas de belos desenhos humorísticos, sendo o V capítulo dedicado
a «Lisbonne». Neste capítulo figura a Torre de Belém, uma cena de tourada, “Pècheurs, portefaix
et aguadères” e outras figuras. O capítulo X é dedicado ao Rio de Janeiro e o XI a «Le Cap de Bonne-Espérance». Frontispício e anterrosto impressos a negro e vermelho.
Sahib, pseudónimo de Louis-Ernest Lesage, é autor e ilustrador do álbum que apresentamos, seleccionado
por Marcus Osterwalder para o seu utilíssimo «Dictionnaire des illustrateurs. 1800-1914»
Com uma dedicatória em francês para o Almirante Nuno de Brion, datada de 1887. Com uma mancha
no ângulo superior direito das cinco primeiras folhas.
Encadernação editorial, com a lombada em pele e a pasta da frente com dizeres gravados a ouro.
Pequeno defeito na parte superior da lombada. (ver gravura na pág. 212)
2455 — SAINT-JOSEPH (Anthoine de).- CONCORDANCE ENTRE LES CODES CIVILS
ÉTRANGERS ET LE CODE NAPOLÉON. Deuxième edition entièrement refondue et augmentée
de la Concordance de la Législation Civile de plus de quarante pays, par M. Anthoine de Saint-Joseph son fils. Paris. Cotillon, Libraire du Conseil d’État. 1856. 4 vols. In-4.º E.
Obra de referência histórica entre as da sua especialidade, sobejamente conhecida de quantos se dedicam
ao estudo da Legislação universal, bastante rara no mercado, especialmente nos países exteriores àquele
onde foi publicado. Edição preferível à primeira.
Encadernações da época, com as lombadas em pele à cor natural.
2456 — SAINT-PIERRE (Bernardin de).- PAUL ET VIRGINIE. Suivi de la Chaumière
Indienne. Préface de Raymond Escholier par Pierre Falké. Les Éditions de La Roseraie, Paris.
1927. In-4.º gr. de VIII-221-V págs. E.
“Cet ouvrage, achevé d’imprimer le 15 Mars 1927, pour le texte par R. Coulouma, maitre imprimeur
a Argenteuil, H. Barthélemy étant directeur: pour les eaux-fortes par les Ateliers d’Imprimerie d’Art
en taille-douce de «La Roseraie» et pour les coloris par J. Saudé. A été 135 exemplaires, savoir:
25 exemplaires sur Japon Impérial, numérotés de 1 a 25 et 110 exemplaires sur Vélin de Rives,
numérotés de 26 a 135”.
Belíssima e muito luxuosa edição para bibliófilos, impressa “sur vélin de Rives”, sendo este o n.º 95.
[211]
.../...
2454 - ver pág. 211
Lindíssimas ilustrações a cores em folhas à parte e outras integradas nas páginas do texto e, no fim,
uma suite das mesmas ilustrações a negro.
Rica encadernação francesa inteira de chagrin, com belíssimos e primorosamente bem aplicados ferros
a ouro na lombada, pastas e seixas, guardas em folhas moiré e capas da brochura intactas.
(ver gravura na pág. 214)
2457 — SAINZ DE ROBLES (Federico Carlos).- ENSAYO DE UN DICCIONARIO MITOLOGICO UNIVERSAL. Precedido de un estudio acerca de los Mitos y de las Religiones
Paganas. M. Aguilar - Editor. Madrid. 1944. In-8.º de 912 págs. E.
Com desenhos de Angel Perez Palacios e impresso em muito fino papel bíblia.
Encadernação editorial em pele maleável, com dizeres e ferros dourados e a seco.
2458 — [SALAZAR]. Fotografia do então Chefe de Estado português, assinada SD, medindo 24 x
29,5 cm. e Fotografia original da sua Casa em Santa Comba Dão tendo em primeiro plano um numeroso grupo de pessoas, fotografia assinada Sarmento [Amilcar Sarmento, de Lisboa], medindo 17,5
x 23 cm. e tendo no verso a seguinte nota manuscrita: “Visita da Embaixada dos Portugueses do
Brasil a Santa Comba Dão. Casa do Ex.mo Snr. Dr. Oliveira Salazar. Dia 20 de Abril de 1937.”
2459 — SALAZAR (Abel).- O QUE É A ARTE? Coimbra. Arménio Amado, Editor. 1940.
In-8.º de 200-IV págs. B.
Com os seguintes capítulos: «Tectónica do Conceito de Arte», «Determinação de (R)», «A Forma e a
Emoção», «Emoção definida e indefinida», «Finalidade da Arte», «A criação estética», «Super-estrutura
tectónica do Conceito de Arte», «A Arte e a Razão», «A Arte e a História», «O problema «Arte pela
Arte», etc.», «A Arte e os Biotipos. Caracterologia da Arte», «Arte, Indivíduo e Colectividade», «A
Arte e a Crítica», «A Arte e o Mistério», «A Arte, a Ciência e a Metafísica».
2460 — SALAZAR (Abel).- 8 REPRODUÇÕES DE TRABALHOS DE ABEL SALAZAR.
Com um estudo crítico de Diogo de Macedo. [Lisboa. 1955]. In-4.º gr. B.
Os desenhos reproduzidos, em folhas soltas, representam o auto-retrato de Abel Salazar e os retratos
de Camilo, Eça de Queiroz, Junqueiro, Maximiano Lemos, Marck Athias, Duarte Leite e Einstein.
2461 — SALAZAR (Abel).- RECORDAÇÕES DO MINHO ARCAICO. 1939. Tipografia
Civilização. Pôrto. In-8.º de 228 págs. B.
Primeira edição de um dos muito apreciados livros de Abel Salazar.
Interessantes capítulos, dos quais destacamos: «A vindima», «A romaria», «A festa paroquial»,
«A Feira», «A bruxa do Súmes», «A sésta», «A fornada da boroa», «A candeia», «A lareira», «O carro
de bois», «A roca», «A dobadoira», «O Gerez a distância», «Os trajes», «A escola paroquial», «Bêsta
de carga», «A levada», «Bouça minhota», «Os doces» e muitos outros onde o autor, natural de
Guimarães, recorda a vida minhota.
Capa da brochura e anterrosto com pequenas manchas.
2462 — SALAZAR (Abel).- UMA PRIMAVERA EM ITALIA. Nunes de Carvalho Editor.
1934. Lisboa. In-8.º de 195-III págs. B.
Capítulos sobre diversas cidades de Itália. Texto antecedido de uma biografia e bibliografia da grande
figura vimaranense que foi o Prof. Abel Salazar e de uma sua caricatura por Luis de Pina.
2463 — SALAZAR (Antonio de Oliveira).- ANTOLOGIA. Discursos, Entrevistas, Artigos,
Teses, Notas e Relatórios. 1909-1966. 3ª edição. Direcção e nota prévia de Manuel Dias da
Fonseca. Escolha de textos de Eduardo Freitas da Costa. Coimbra Editora, Limitada. 1966.
In-4.º de 369-I págs. B.
[213]
.../...
2456 - ver pág. 212
“Destacar as linhas mestras do pensamento de Salazar e divulgá-las, para que sejam vividas e praticadas,
eis o fim desta Antologia.”
Assinado no anterrosto e com uma mancha de água, seca, na margem da capa da brochura e das
primeiras folhas.
2464 — SALAZAR (António de Oliveira).- DISCURSOS. Coimbra Editora. Coimbra. 1935-1967. 6 vols. In-8.º B. e E.
A partir do segundo volume o título passou a ser o seguinte: «Discursos e Notas Políticas».
Primeira e invulgar edição colectiva dos discursos de Salazar, fonte de capital importância para a história da sua acção governativa desenvolvida ao longo de vários decénios.
Todos os volumes estão em brochura, excepto o primeiro, que se encontra modestamente encadernado, tendo conservada a capa da brochura da frente; pequena mancha de tinta na margem superior do
quarto volume.
2465 — SALAZAR (António de Oliveira).- SALAZAR. 1909-1953. Discursos, Notas,
Relatórios, Teses, Artigos e Entrevistas. Antologia. Editorial Vanguarda. 1954. [Lisboa]. In-4.º
de 360-II págs. B.
“Edição comemorativa do jubileu ministerial do Professor Dr. Oliveira Salazar”, numa excelente realização gráfica em óptimo papel e com o frontispício e a capa artisticamente decoradas a cores.
Rica encadernação inteira em pele azul, com exuberante decoração a ouro na lombada e em ambas as
pastas; ourado à cabeça, com as restantes margens intactas, bem como as respectivas capas da brochura,
que apresentam algumas manchas de acidez; anotações a lápis na folha de guarda.
2466 — SALAZAR (António de Oliveira).- UNE RÉVOLUTION DANS LA PAIX. Ernest
Flammarion, Éditeur. [1937]. In-8.º de 293-V págs. B.
Com prefácios de Maurice Maeterlinck e do Autor e tradução de Fernanda de Castro. Muito invulgar.
Exemplar N.º 2 da Tiragem Especial de onze “sur papier pur fil Outhein Chalandre”.
2467 — SALDANHA (Duque de).- CARTA AUTÓGRAFA. Quartel General do Porto em 3 de
Maio de 1851. Dim. 21,5 x 27 cm.
Carta dirigida a Henrique da Silva Maia determinando que, em nome da Rainha, este “passe a servir
provisoriamente como Amanuense na Secretaria Civil”. Conserva o respectivo sobrescrito.
2468 — SALDANHA (Duque de).- SEIS CARTAS AUTÓGRAFAS, em papel timbrado com o
monograma do subscritor encimado pela coroa de Duque. Dim. 13 x 20,5 cm.
Cartas dirigidas a “Meu querido Maya”, Francisco Joaquim Maya, natural do Porto e figura de grande influência no seu tempo.
1ª Carta, datada de “Lxa 11 de Agosto de 1856”, dizendo pensar em alugar uma casa na Calçada do
Duque “que se aluga com mobilia. Muito estimarei poder occupal-a depois de S. Miguel porq. desejo
voltar pª Lisboa em Outubro. Veja V. E. se pode alugal-a. (...) andei hontem pelos bellos bosques destas immediações e andei só e pensei muito... Vou casar-me segunda vez, é uma nova epocha na minha
vida - E porque não mudarmos tambem um pouco, no nosso trabalho (...) Depois de 51 annos de serviço ao paiz com o maior desinteresse, não será tempo de trabalhar tambem para mim?
“Se por exemplo eu me propusesse a pôr-me a frente de uma companhia que se encarregase de explorar as nossas colonias de Africa - não acharia companheiros como (?) em Inglaterra e França? Não
faria um bom serviço ao (Rei?) Não poderei eu e o meu amigo Maya fazermos interesses grandes e
deixar mos bem os nossos filhos, deixando-lhes junto a um nome ilibado, honesto e honrado alguns
vintens - O caso está em começar - Pense nisto (...)”;
[215]
.../...
2470 - ver pág. 217
2.ª Carta, datada de “14 de Agosto de 1856. Fala do seu segundo casamento, “mais resultado da minha
razão do q. de outro sentimento q. em mim sempre cedeo o passo aquella. Muitos gritaram contra
o meu primeiro casamento, nem um só depois que apareceram a minha mulher deixou de aprovar. (...)
“Que se não vendam os cavallos - que encomende (...) ao Nunes uma Americana (?) como a do Barão
do Bolhão pintada com as cores dos outros - Que se (escolha?) um bom forro na carruagem que está
a pintar (...)”: renova o seu desejo em trabalhar ”alguma coisa para mim depois de 51 annos de o haver
feito pª o estado” referindo de novo o seu projecto sobre os “modos de o fazer e lembrava uma
Companhia Africana. (...)
“Ainda não peguei em um Jornal - Apenas sei que Barcelona digo Saragoça abrão as portas ás tropas
Da Rainha - sei q. pela nossa terra não haverá novidade em quanto se não reunirem os Camorras; ainda
q a Hespanha tenha cada dia uma revolução. (...)”
“P. S. Confidencial. Agora escrevi a V. Sª pedindo-lhe que queira coadjuvar a (sra?) Condessa do
Farrobo, no empenho de mandar dinheiro ao filho. Ella tem muitissimos e magnificos brilhantes, e por
esse modo facil lhe sera accudir ao filho.”;
3.ª Carta, datada de 22 Agosto de 1856. “(...) Admira-me muito o q’ me diz de não ter ElRei dado a
mão a beijar a Deputação da Camara electiva, e só á dos Pares - Houve por certo algum dezaguizado
de q’ ElRei não teve culpa - admira-me não ver entre os nomes das pessoas que compoem o centro
eleitoral regenerador, os que o Julio tinha indicado ao Aguiar - Faz-me isso persuadir q’ ha desinteligencia e portanto recear pela eleição. (...)”;
4.ª Carta, datada de “23 de Agosto de 1856: Fala das dificuldades postas pelo Patriarcado para o seu
projectado casamento; “Peço a V. Eª e faça com que o sr. (Patriarcha?) nos não demore porque em
quanto me não casar estou fazendo uma despeza enorme e logo q’ o casamento tiver logar fujo com
a minha companheira para onde (?) em economia. Mas as despezas agora são taes que lhe peço me
mande o dinheiro que ahi tenham apurado da venda do trigo (...)”;
5.ª Carta, datada de “Paris 5 de Setembro de 1856”: Acusa a recepção de várias cartas, dizendo que
tenciona ir a Londres falar com diversas pessoas a fim de tratar “do negocio em geral poderia eu tratar
do nosso arranjo. Para esse fim mando a incluza q’ V. Sª entregará se julgar que isto não tem inconveniente. Parece-me conhecer o caracter do Snr. D. Pedro e por isso estou persuadido q’ só na ultima
extremidade me encarregará da formação de um Ministerio. (...) No dia em q’ me despedi d’ElRei
pedi-lhe licença pª me casar, q’ elle me concedeo vindo a ponto de q’ cahio na cadeira de q’ se tinha
levantado, quando eu lhe disse q’ só pedia a Deos o não mais achar a noiva de cabelleira. (...);
6.ª Carta, datada de “13 de Setembro de 1856”, declarando: “No dia 10 recebi a resposta do Patriarcha, e hontem 12 nos casamos - Verá que mulher Deus me concedeo depois que a conhecer. O casamento teve logar
(...) na Embaixada Ingleza segundo o rito protestante e depois (...) em Portugal segundo o catholico. (...)”
“Escrevi dando parte a ElRei e falando-lhe p. ser Padrinho no (?) de Duqueza assim como na incluza
peço ao (Patriarcha) p. ser elle quem faça o baptizado. (...)”
2469 — SALGUEIRO (Adriano Antão Barata).- CARTA, datada de “Lxa. 7. Ag - 47”. Dim.
17 x 21 cm.
Carta dirigida a “Meus Ill.es am.os e Snr Mayas - Franciso - Luiz - Carlos”, dando conhecimento de
que está estabelecido com novo escritório de advogado no Pateo das Trinas n.º 18” onde espera as
suas visitas e oferece os seus serviços de advogado.
2470 — SALVINI (G. R.).- CANCIONEIRO MUSICAL PORTUGUEZ. Porto. 1929. [Porto.
Typographia Costa Carregal]. In-4.º gr. de XV-I-239-I págs. E.
Álbum muito interessante, com numerosas peças para piano e canto. As letras são de alguns dos mais
estimados poetas de então, contando-se entre eles, Junqueiro, João de Deus, Alexandre Braga e João
de Lemos. De págs. 140 a 145 insere uma música com letra de Camilo Castelo Branco, «Queres
a Flor?». Edição de 650 exemplares numerados e assinados por Júlio Romanoff Salvini, filho do autor.
Bem executada encadernação moderna, com a lombada em pele à cor natural, com nervuras, dizeres
e ferros a ouro. Capa ilustrada a cores, com um retrato de Salvini impresso no frontispício e visto através
de um oval recortado.
(ver gravura na pág. 216)
[217]
2474 - ver pág. 219
2471 — SAMODÃES (Conde de).- A MEDALHA MIRACULOSA. Sua origem, historia, diffusão
e resultados ou Nossa Senhora das Graças, e os actos da sua Misericordia. Edição revista
e augmentada sobre a do Padre Aladel da Congregação da Missão. Prefaciada e vertida em portuguez
por Francisco d’Azeredo Teixeira d’Aguilar, Conde de Samodães. Com um additamento referente
ao quinquagessimo anniversario da mesma Medalha Miraculosa. Porto. Imprensa Commercial.
1884. In-8.º gr. de XIX-I-362-II págs. B.
O autor, Conde e Visconde de Samodães, foi Bacharel formado em Matemática, por várias vezes
deputado e Presidente da Câmara Municipal do Porto. Obra interessante e invulgar, com três estampas
em separado alusivas ao assunto de que largamente se ocupa.
Capa da brochura da frente manchada.
2472 — SAMPAIO (Adrião Pereira Forjaz de).- CARTA, datada de 7 de Junho de 1838. Dim.
19 x 25,5 cm.
Carta pré-filatélica, endereçada a Francisco Joaquim Maia. Diz não conhecer pessoalmente o destinatário, mas dá testemunho da “sobeja estima, que lhe consagrão os meus parentes, a obrigação que lhe
confessa meu Pay, e a fama de tantas emprezas uteis e gloriosas” e aproveita esta “relação q. não
tardarei em firmar pessoalmente, para offerecer a V. S.ª um exemplar das memorias do Buçaco, que
acabei de publicar, esperando que V. S.ª se dignará disfarçar-me a ousadia. (...)”
2473 — SAMPAIO (Albino Forjaz de) & MÂNTUA (Bento).- O LIVRO DAS CORTESÃS.
Antologia de poetas portugueses e brasileiros. Guimarães & Cª - Editores. Lisboa. [1920]. In-8.º
de 235-III págs. E.
Disse Ferreira de Mira que “O livro das cortezãs é a colecção das poesias portuguesas e brasileiras em
que se fala de mulheres galantes, desde as obras dos antigos poetas, que figuram no Cancioneiro de
Garcia de Rezende até às de hoje, e desde as aristocràticas traducções de Ovidio e de Horácio até às
cantigas anónimas, de rima pobre e verso sem medida, que se ouvem nos bairros populares, gemidas
na melopeia triste do fado.” Com ilustrações de Alberto Sousa, António Soares, Francisco Valença,
Malhoa, Roque Gameiro, Stuart e outros artistas. Segunda edição.
Bem encadernado e com as capas da brochura conservadas.
2474 — SAMPAIO (António de Vilas Boas e).- NOBILIARCHIA // PORTVGVEZA. // TRATADO DA NOBREZA // hereditaria, & politica. // OFFERECIDA // Ao Excellentissimo Senhor
// DOM JOAM DA SYLVA // MARQVEZ DE GOVVEA, // CONDE DE PORTALEGRE, // Do
Concelho de Estado // DO PRINCIPE SENHOR NOSSO, // seu Mordomo Mòr, Presidente do
Desem- // bargo do Paço, &c. // ESCRITA // POR ANTONIO DE VILLASBOAS // & Sampayo.
// EM LISBOA // ... // Na Officina de FRANCISCO VILLELA. Anno 1676. In-8.º gr. de XII
págs. prels. inums., 349 nums. e XI inums finais. E.
Obra clássica dos estudos nobiliárquicos portugueses, rara, valiosa e muito estimada nesta sua
primeira edição.
Encadernação inteira em pele, à antiga, com ferros dourados na lombada e a seco nas pastas.
(ver gravura na pág. 218)
2475 — SAMPAIO (Gonçalo).- CANCIONEIRO MINHOTO. 1940. [Tipografia Costa
Carregal. Porto]. In-4.º de XLIV-II-213-I págs. E.
Um dos mais importantes subsídios para o estudo do cancioneiro português e o mais completo relativamente à província do Minho. Todas as canções são acompanhadas da respectiva leitura musical.
Com um extenso prefácio de A. C. Pires de Lima. Edição ilustrada com um retrato do autor pelo
pintor António Carneiro.
Primeira edição, invulgar e muito estimada.
Encadernação recente em material sintético, com título dourado na lombada e na pasta. Aparado à
cabeça e com as capas da brochura preservadas.
[219]
2476 — SAMPAIO (José).- DUAS CARTAS, datadas de Guimarães 12-5-84 e 20-1-85. Dim.
11 x 18 cm.
Cartas dirigidas a José de Castro: a primeira trata da “melindrosa questão da herança de Piães” e a
segunda marca dia e hora para se encontrar com José de Castro.
2477 — SAMPAIO (José de Mancelos).- UM SINETE INTERESSANTE. Lisboa. 1935. In-4.º
de 15-I págs. B.
Separata do I Volume dos «Trabalhos da Associação dos Arqueólogos Portugueses», numerada, tendo
sido este exemplar destinado a Eleutério Cerdeira.
2478 — SAMPAIO [BRUNO] (José Pereira de).- PORTUGAL E A GUERRA DAS NAÇÕES.
Porto. Livraria Chardron. 1906. In-8.º de 508-II págs. B.
Do sumário: «A alliança franco-russa», «O nihilismo moscovita», «A questão do Oriente», «Portugal
e a Russia», «A guerra russo-japoneza», «A nova Russia»; «Formação da hegemonia britannica»,
«A questão de Cuba», «A guerra hispano-americana», «O carlismo hespanhol», «A conquista de
Portugal pela Hespanha», «A negociação de Setubal», «O Japão e Portugal», «Portugal e a Catalunha»,
«O movimento mental e politico da Hespanha contemporanea», etc.
2479 — SAMPAIO (Manuel de Castro).- OS CHINS DE MACAU. Hongkong. Typographia de
Noronha e Filhos. 1867. In-8.º gr. de XI-I-144-IV págs. B.
Livro raro, com os seguintes e muito interessantes capítulos: «De Macau», «Da physionomia dos
chins, do seu vestuario e diversos accessorios, e de algumas de suas qualidades», «Dos alimentos
e bebidas», «Dos casamentos», «Das habitações dos chins e de alguns de seus actos domesticos e de
etiqueta», «Do tribunal onde os chins são julgados em Macau», «Dos principios cultos dos chins e de
seus actos religiosos», «Da medicina chineza», «Das ceremonias que ha por occasião de falecimentos
e enterros», «Das festas», «Das procissões», «De varias superstições», «Do commercio e industrias»,
«Mais duas palavras. (Sobre a emigração chineza em Macau)».
Com leves picos de traça na capa e no anterrosto.
2480 — SANCHES (José Dias).- O REI SAÜDADE. Prefacio do Ex.mo Professor Dr. Thomaz
de Mello Breyner, Conde de Mafra. Parceria António Maria Pereira. Lisboa. 1932. In-4.º de XV-I-78-II págs. E.
Trabalho histórico-biográfico onde a figura e a vida de D. Manuel II são excelentemente tratadas, complementada com valiosa documentação fotográfica em folhas à parte e ainda com desenhos do autor
nas páginas do texto.
Encadernação com cantos e lombada em pele decorada com belos ferros a ouro. Capas da brochura
preservadas.
2481 — SANDOVAL NÚ, E CRÚ. Lisboa: Na Officina da Horrorosa Conspiração. Anno de
1823. In-8.º gr. de 40 págs. E.
Folheto anónimo, curioso e raríssimo, de cujo autor não lográmos qualquer notícia. Sandoval é, sem
dúvida, Cândido de Almeida Sandoval, registado por Inocêncio no vol. II do seu Dicionário Bibliogafico,
“cuja naturalidade e mais circunstancias não pude ainda apurar. - Tenho idéa de que exercêra por algum
tempo em Lisboa a profissão de mestre de musica” [o que no folheto que anunciamos se confirma: “(...)
eu nasci em Lisboa na Freguezia do Sacramento; appliquei-me ao Piano, e ando a Cavallo com regras de
picaria! e não he mais nada Sandoval? Nada mais he Sandoval? (...)” Continua Inocêncio dizendo que “No
anno de 1822 publicou em Lisboa ‘O Patriota Sndoval, Diario politico, scientifico e philosophico’, cujo
primeiro numero sahiu em 7 de Janeiro, e que pouco durou. N’elle escreveu artigos de opposição virulenta ao Govêrno, com injurias pessoaes a alguns ministros e deputados em Côrtes, que provocaram contra
elle uma querela por abuso de liberdade de imprensa. Sendo chamado a juizo, preveniu as consequencias
evadindo-se do reino, para onde só voltou em Junho de 1823, depois de abolida a constituição e procla-
[220]
.../...
mado o governo absoluto”; publicou depois «O Oraculo», de que apenas saíram 5 números, combatendo
num deles alguns escritos de José Agostinho de Macedo, o que o levou a emigrar de novo. Será o violento
folheto que apresentamos da pena de Macedo?
Cartonagem simples, da época.
2482 — SANDOZ (Maurice).- O LABIRINTO. Ilustrações de Salvador Dali. Editorial
Organizações, Lda. Lisboa. [1956]. In-4.º de 169-III págs. B.
“Ao escrever esta história, muitas vezes perguntei a mim mesmo se os Ingleses, os Irlandeses, e sobretudo
os Escoceses, não a conheceriam já. Entretanto, em frequentes estadias no Reino Unido, acabei por me
convencer de que os seus habitantes (excepção feita a um pequeno número) continuam a ignorar por
completo o enigma que perturbou sete gerações consecutivas.
“Sabiam da existência do velho castelo, situado no norte da Escócia, e de tal modo isolado, tão perdido
no meio das suas charnecas e matas, que quase ninguém lhe conhecia o nome, mesmo aqueles que
mais falavam dele.
“Em contrapartida, todos afirmavam que o castelo encerrava um mistério. (...)”
Edição muito cuidada, “em papel especial, de fabrico português”, especialmente estimada pelas originais
ilustrações do grande artista que foi Salvador Dali, ilustrações que se apresentam em folhas à parte.
2483 — SANDOZ (Maurice).- O LIMITE. Ilustrações de Salvador Dali. Distribuidores Gerais
Editorial Organizações, Lda. Lisboa. In-4.º de 135-I págs. B.
O livro trata o tema da loucura: “Mercê de amigos médicos, pude andar de manicómio em manicómio,
de «casa de repouso» em «casa de repouso», e foi assim que tive a possibilidade de reunir as histórias
vividas aqui relatadas
“Não as comentarei. Isso é da competência dos psiquiatras. Prefiro deixar ao leitor o cuidado de seguir
o fio de Ariana, que o ajudará a sair deste labirinto, o mais enigmático de todos, que tão claramente
representado está nas circunvoluções do cérebro.” Com sete ilustrações surrealistas de Salvador Dali,
a primeira das quais reproduzida a cores e todas em folhas à parte. Edição cuidada “em papel especial,
de fabrico português.”
2484 — [SANTA-RITA (Augusto de)].- BARRACA DE FANTOCHES. Por Pápim, Pápusse &
C.ª. Edição de O Seculo. 1926. In-4.º de 35-I págs. B.
Livro infantil em banda desenhada, com desenhos de autor anónimo e texto de Augusto de Santa Rita,
cujo pseudónimo, Pápim, vem registado no «Dicionário de Pseudónimos e Iniciais de Escritores
Portugueses», de Adriano da Guerra Andrade; A «Biblos, Enciclopédia Verbo das Literaturas de
Língua Prtuguesa», dá relevo à vertente infantil da literatura de Augusto de Santa-Rita, mas ignora
o livrinho de que nos ocupamos.
Capa da brochura manchada e prejudicada por dedicatória a que o autor é alheio.
2485 — SANTARÉM (Visconde de) [2º].- ESTUDOS DE CARTOGRAPHIA ANTIGA.
(Typographia de Alfredo Lamas, Motta & Cª Lda. Lisboa. 1919?). 2 vols. In-4.º de VI-CCLVIII-260-I e IV-318-II págs. B.
Obra capital para o estudo da primitiva cartografia e descobrimentos dos portugueses, luxuosamente
impressa e abundantemente ilustrada em folhas em separado, parte das quais desdobráveis, reproduzindo
documentos antigos, cartas, árvores genealógicas, iluminuras, brasões d’armas, mapas, etc.
Dedicatória autógrafa do Visconde de Santarém para Hipacio de Brion. Com o primeiro volume
desconjuntado. (ver gravura na pág. 221)
2485 - ver pág. 222
2486 — SANTARÉM (Visconde de) [2º].- MEMORIA SOBRE O ESTABELECIMENTO DE
MACAU, escripta pelo Visconde de Santarem. Abreviada Relação da Embaixada que El-Rei D.
João V mandou ao Imperador da China e Tartaria. Relatorio de Francisco de Assis Pacheco de
Sampaio a El-Rei D. José I dando conta dos successos da Embaixada a que fôra mandado á Côrte
de Pekim no anno de 1752. Publicação feita por Julio Firmino Judice Biker. Lisboa. Imprensa
[222]
Nacional. 1879. In-8.º gr. de 108-II págs. B.
São raros os exemplares deste subsídio para a história da presença dos portugueses na China e em
Macau, da autoria do Visconde de Santarém e de Francisco de Assis Pacheco de Sampaio.
Carimbo de oferta no frontispício.
2487 — S. ANGELO (Fr. Estevão de).- JARDIM // CARMELITANO, // HISTORIA CHRONOLOGICA, E GEOGRAFICA. // Noticias Sagradas, Domesticas, e Estranhas de varios successos //
da Religiaõ Carmelitana. // OFFERECIDO // A MARIA SANTISSIMA, // MÃY DE DEOS,
E DOS CARMELITAS. // COMPOSTO NA LINGUA ITALIANA // PELO R. P. FR. EGIDIO
LEONIDELICATO, // Carmelita da Siacca. // Novamente cultivado, traduzido, e addicionado no
idioma Lusitano // PELO M. R. P. M. Fr. ESTEVAM DE S. ANGELO, // Da Ordem de N.S. do
Carmo da antiga Observancia, Doutor na Sagrada Theo- // logia, Ex-Prior do Convento do
Carmo de Lisboa, e Ex-Provincial da mes- // ma Ordem nestes Reynos de Portugal, Algarves,
&c. Ex-Definidor // Geral, Commissario, e Visitador Geral, e Definidor perpetuo da // mesma
Provincia, e Examinador Synodal do Patriarcado. // ... // LISBOA OCCIDENTAL, // Na Regia
Officina SYLVIANA, e da Academia Real. // M. DCC.XLI. 4 partes de LII págs. inums., 491
nums. e III inums. (com a paginação seguida da primeira para a segunda parte) e XVI págs.
inums. e 616 nums., cada uma das quais com seu frontispício próprio, em 2 vols. E.
Os frontispícios das 1.ª e 3.ª partes aparecem impressos a negro e vermelho e a edição, bastante cuidada,
apresenta, encimando as dedicatórias respectivamente à Virgem Maria e a S. José, uma bela vinheta
figurativa aberta a buril em chapa de cobre.
Trata-se de uma Crónica geral da fundação e história Carmelitana, impressa em papel de linho, “com
a vida dos sanctos que nella floreceram, as quaes vem intercaladas com poesias encomiasticas de varios
poetas portuguezes contemporaneos, etc., etc.”, como informa Inocêncio no seu Dicionário Bibliográfico.
Encadernações inteiras em pele, da época, estando a do 2.º tomo ratada na sua margem superior
e ambos com outros defeitos menores. (ver gravura na pág. 223)
2488 — SANTOS (Ary dos).- EÇA DE QUEIROZ E OS HOMENS DE LEIS. Lisboa.
Portugália. 1945. In-4.º de 141-I págs. B.
Com doze desenhos de D. Thomás de Mello (Tom) impressos em separado. Obra de reconhecida
importância para o conhecimento de um interessante aspecto da obra de Eça de Queiroz.
Valorizado com dedicatória autógrafa do autor.
2489 — SANTOS (Carlos).- ARTE DE REPRESENTAR. Sumário de Lições. Lisboa. MCMLI.
In-4.º de 139-VII págs. E.
Final do Prefácio do actor Assis Pacheco: “Mestre Carlos Santos consumiu o melhor da sua vida de
artista a transmitir aos outros, e sempre com o maior entusiasmo e alegria, o seu amor ao Teatro e os
seus profundos conhecimentos.
“Que a memória querida deste Artista-Gentleman constitua forte estímulo no coração dos actores de
hoje, e fim de que o Teatro, que tanto lhe ficou devendo, possa ainda reconquistar o seu antigo brilho,
para prestígio de Portugal.” Com numerosos desenhos em plena página.
Dedicatória do autor ao Comandante Nuno de Brion. Boa encadernação com cantos e lombada em
pele, com nervos, dizeres e ferros dourados; tem as capas da brochura conservadas.
2490 — SANTOS (Carlos).- CINQUENTA ANOS DE TEATRO. Memória dum actor. Lisboa.
MCML. [Tipografia da Empresa Nacional de Publicidade]. In-4.º de 323-VII págs. E.
2487 - ver pág. 224
Livro fundamental para a história de um dos mais brilhantes períodos da história do teatro português,
ilustrado com várias estampas impressas em folhas à parte. Prefácio de Augusto de Castro, que o termina
com as seguintes palavras: “As suas Memórias não representam e constituem apenas um valioso
subsídio para a história da arte teatral portuguesa dos últimos sessenta anos, um curioso repositório de
factos e galeria de figuras. São também um hino a essa nobre, envolvente, embriagadora tirania do
palco, a que Carlos Santos ligou toda a sua existência e toda a dedicação do seu espírito. Carlos Santos
viveu para o teatro. As páginas que se seguem são o canto do cisne desse derradeiro abencerragem da
[224]
.../...
gloriosa tradição. É isso que dá à sua publicação póstuma um comovente significado – que é também
uma proveitosa lição.”
Dedicatória do punho do autor para Nuno de Brion, cujo ex-libris apresenta. Boa encadernação com
cantos e lombada em pele à cor natural, com ferros dourados e nervuras; com as capas da brochura
conservadas.
2491 — SANTOS (Frei João dos).- ETHIOPIA ORIENTAL. Bibliotheca de Classicos
Portuguezes. Lisboa. 1891. 2 vols. In-8.º de 479-I e 390-II págs. B.
Obra valiosa para a história dos usos e costumes dos lugares a que se refere, bem como para a história
da presença dos portugueses naquelas paragens. Publicada na «Bibliotheca de Classicos Portuguezes»
de Melo de Azevedo.
Desconjuntado e com a capa da brochura da frente do 2.º vol. rasgada, mas completa.
2492 — SANTOS (Hermínio).- O PAPEL FIDUCIÁRIO EM PORTUGAL. [Fundação Dr.
António Cupertino de Miranda. Porto. 1995]. In-4.º de 96-II págs. E.
Trabalho sobre o papel fiduciário em Portugal, aqui proficientemente estudado desde as suas origens,
numa luxuosa edição assente sobre óptimo papel couché, profusamente ilustrada com documentos
e reproduções parciais e totais dos mais notáveis exemplares existentes no modelar e originalíssimo
museu sediado na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, museu criado e dirigido pelo Dr. Alberto
Correia de Almeida. “Esta colecção constitui um espólio ímpar em Portugal, com peças raríssimas, de
inegável valor para a história económica do País dos últimos três séculos. É constituído por cerca de
dez mil exemplares que se dividem pelas secções de notas de banco, cédulas representativas da moeda,
apólices pequenas do real erário, acções de sociedades, cheques e letras de pagamento e bilhetes de
lotaria. Todo este património, que inclui espécimes únicos, está patente ao público no museu da
Fundação, com uma organização e exposição semelhante aos melhores museus da Europa”, segundo
palavras de Javier Sáez Salgado na «Introdução».
Encadernação própria, com sobrecapa ilustrada a cores.
2493 — SANTOS (Joaquim Manuel dos).- TRACTADO DE SYNONYMOS E DIFERENÇAS
DE PALAVRAS DA LINGUA LATINA. Offerecido ao Illustrissimo Senhor José Maria da
Silveira Almendro Dignissimo Lente de Latinidade do Lyceo Nacional de Lisboa e Secretario do
mesmo Lyceo, por... alumno da Escola Medico-Cirurgica. Lisboa. Na Typografia de Luiz
Correia da Cunha. 1854. In-8.º de VIII-VIII-455-XXIX págs. E.
Parece ter sido a única obra do autor, desaparecido aos 31 anos de idade.
Com a assinatura do autor no verso do anterrosto. Encadernação da época, com a lombada em pele.
2494 — SANTOS (José Beleza dos).- ALMEIDA GARRETT E A FACULDADE DE LEIS DA
UNIVERSIDADE DE COIMBRA. Coimbra. 1957. (Oficinas Gráficas da Coimbra Editora,
Limitada). In-4.º peq. de IV-37-I págs. B.
Separata do «Boletim da Faculdade de Direito».
Dedicatória autógrafa para Oliveira Salazar “Com admiração e dedicada amizade”.
2495 — SANTOS (José dos).- CAMILLIANA. Descrição Bibliográfica d’uma importante
e valiosa colecção de obras do genial e popularissimo romancista Camillo Castello Branco. Com
uma carta de Introducção pelo distinto Camillianista Sr. José Victorino Ribeiro. 1916. Tip. da
Empr. Literária e Tipográfica. Porto. 2 vols. In-8.º gr. de XVI-106-VI págs. B.
Catálogo de uma valiosa camiliana, redigido pelo notável e consciencioso livreiro e grande estudioso
dos livros de Camilo que foi José dos Santos. Ilustrado com fac-símiles de algumas das mais raras
obras descritas.
Desconjuntado.
[225]
2496 — SANTOS (José dos).- DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA DA MAIS IMPORTANTE
E VALIOSA CAMILIANA que até hoje tem aparecido à venda no mercado compreendendo
todas as obras originais, traduzidas ou prefaciadas por Camillo Castelo Branco, tanto em suas
primeiras como em subseqüentes edições. Organizada por... Enriquecida com um prefácio do
erudito publicista Sr. Gustavo de Matos Sequeira. Lisboa. Tipografia de Eugenio Viana. 1939.
In-8.º gr. de VIII-484 págs. E.
Uma das peças fundamentais e de obrigatória consulta da bibliografia camiliana, ilustrado com “65
fac-símiles de frontispícios e de capas de brochura das mais notáveis e raras espécies bibliográficas
descritas”.
Com acrescentos manuscritos à margem e em pedaços de papel de diversas dimensões. Boa e sólida
encadernação com a lombada em pele decorada com dizeres e ferros a ouro, com as capas da brochura
conservadas e só de leve aparado à cabeça.
2497 — SANTOS (Machado).- A ORDEM PUBLICA E O 14 DE MAIO. 1916. Lisboa. In-8.º de 128
págs. B.
Documento valioso para a história dos tempos que se sucederam à Revolução de 5 de Outubro de
1910. Não vulgar.
2498 — SANTOS (Machado).- 1907-1910. A REVOLUÇÃO PORTUGUEZA. Relatório de ...
Papelaria e Typographia Liberty. 1911. In-8.º gr. de 174 págs. B.
Achega com interesse para a história da revolução de 1910, numa boa edição em papel couché, ilustrada com muitos retratos e outras fotogravuras.
Capa da brochura a cores com a «Bandeira da Revolução». Desconjuntado.
2499 — SANTOS (Manuel dos).- CATÁLOGO DUMA IMPORTANTE LIVRARIA QUE
SERÁ VENDIDA EM LEILÃO, sob a direcção de... Com um prefácio por Henrique de Campos
Ferreira Lima. Lisboa. 1924. In-8.º gr. de XV-535-I págs. B.
Neste catálogo vêm descritas mais de 5000 espécies publicadas a partir de 1476, muitas das quais referentes ao Brasil, Japão, China, Índia, etc.
Com muitas reproduções de frontispícios e portadas.
Desconjuntado.
2500 — SANTOS (Reynaldo dos).- O PORTO BARROCO. Porto. 1952. In-4.º de 19-I págs. B.
Separata de reduzida tiragem do livro «Como Alguns Artistas Viram o Porto».
2501 — SANTOS (Reynaldo dos).- OS PRIMITIVOS PORTUGUESES. (1450 - 1550). Lisboa.
1940. [Casa Bertrand (Irmãos) Limitada, em Lisboa]. In-fólio de 57-IX págs. de texto e CLXII
estampas. E.
Primeira e verdadeiramente monumental edição da obra e a mais estimadas dos bibliófilos. Trabalho
de reconhecida importância para o estudo da pintura portuguesa antiga, documentada com 162 estampas
em folhas à parte, algumas das quais policromadas. A edição, hoje bastante rara, foi da responsabilidade da Academia Nacional de Belas Artes e constou apenas de 1500 exemplares, dos quais só 1000
vieram para o mercado.
Encadernação editorial inteira em pele almofadada, com ferros a castanho na lombada e a ouro e castanho
na pasta. Com as capas da brochura resguardadas.
2502 — SANTOS (Reynaldo dos).- A TAPEÇARIA DE TÂNGER. S.l.n.d. In-4.º de X págs.
inums. B.
Com cinco estampas em folhas de papel couché. Separata da revista «Lusitania», publicada sem capas
de brochura.
[226]
2503 — S. JOSÉ DE QUEIROZ (Frei João de).- MEMORIAS DE FR. JOÃO DE S. JOSEPH
DE QUEIROZ, Bispo do Pará. Com uma extensa introducção e notas illustrativas por Camillo
Castello Branco. Porto. Typographia da Livraria Nacional. 1868. In-8.º de IV-219-I págs. E.
A ampla «Introducção» de Camilo, em cinco capítulos, ocupa as 40 páginas iniciais, seguindo-se, de
41 a 43, o «Prefacio do editor». A obra já havia sido publicada, com ligeira alteração do título, no
«Jornal do Commercio».
Com uma das valiosas dedicatórias de Camilo, assinada por extenso, destinada ao Visconde de
Azevedo.
Encadernação da época com a lombada em pele, decorada com ferros a ouro; capas da brochura
conservadas. Ex-libris camiliano de Gustavo d’Ávila Perez.
2504 — [S. LUÍS (Dom Frei Francisco de); [Cardeal Saraiva].- APOLOGIA DE CAMOENS
contra as Reflexoens criticas do P. Jozé Agostinho de Macedo sobre o episodio de Adamastor no
Canto V. dos Lusiadas. Lisboa. Em Santiago: Na Officina Tipografica de D. Joam Moldes. Anno
de 1819. In-8.º gr. de X-64 págs. E.
Primeira edição impressa em Santiago de Compostela, provavelmente uma das mais raras obras do
autor, tendo saído a segunda vinte anos mais tarde.
Boa encadernação inteira em pele, da época. Com uma mancha de água na margem de algumas
folhas finais.
2505 — S. LUÍS (Dom Frei Francisco de); [Cardeal Saraiva]. ENSAIO SOBRE ALGUNS
SYNONIMOS DA LINGUA PORTUGUEZA. Por Fr. Francisco de S. Luiz Monge de S. Bento.
Lisboa. Na Typografia da Academia R. das Sciencias. 1821. In-8.º gr. de XII-VII-I-212 págs. E.
no mesmo volume:
––– SOUSA (Fr. João de).- VESTIGIOS DA LINGUA ARABICA EM PORTUGAL, ou
Lexicon Etymologico das palavras, e nomes portuguezes, que tem origem arabica, composto por
ordem da Academia Real das Sciencias de Lisboa, por... Lisboa. Na Officina da Academia Real
das Sciencias. Anno M.DCC.LXXXIX. In-8.º gr. de XX-160 págs.;
––– SOUSA (Fr. João de).- DOCUMENTOS ARABICOS PARA A HISTORIA PORTUGUEZA
COPIADOS DOS ORIGINAES DA TORRE DO TOMBO com permissão de S. Magestade, e
vertidos em portuguez por ordem da Academia Real das Sciencias de Lisboa por... Lisboa. Na
Officina da Academia Real das Sciencias. M.DCC.XC. In-8.º gr. de VIII-190-IV págs. E.
Miscelânea valiosa, sendo muito invulgares as três obras nela reunidas.
Boa encadernação inteira em pele, da época, com bonitas folhas de guarda em papel pintado. Ex-libris
de João da Costa Santiago de Carvalho e Souza, gravado em chapa de cobre, tendo ao ato a sua casa
de “Villa Franca - Leça da Palmeira”.
2506 — S. LUÍS (Dom Frei Francisco de); [Cardeal Saraiva].- GLOSSARIO DE VOCABULOS PORTUGUEZES DERIVADOS DAS LINGUAS ORIENTAES E AFRICANAS, EXCEPTO A ARABE. Lisboa. Na Typografia da (...) Academia. 1837. In-8º gr. de IV-116-VI págs. C.
“De todo este trato e communicação com tantos povos Africanos e Orientaes (...) continuados por
largos seculos (...) necessariamente havião de vir, e efectivamente vierão, aos idiomas das Hespanhas,
e em particular ao Portuguez, muitos vocabulos, frases, fórmas, e idiotismos das linguas daquelles
povos, assim como nos vierão usos, costumes e praticas, que ainda entre nós se conservão. Estes
vestigios são os que nós intentamos recolher neste glossario...”, cujos exemplares se podem considerar
raros.
As últimas folhas estão ratadas no ângulo superior externo; mancha de água, já seca, na margem inferior das primeiras páginas.
[227]
2507 — S. LUÍS (Dom Frei Francisco de); [Cardeal Saraiva].- OBRAS COMPLETAS DO
CARDEAL SARAIVA (D. Francisco de S. Luiz) Patriarcha de Lisboa. Precedidas de uma
Introducção pelo Marquez de Rezende. Publicadas por Antonio Correia Caldeira. Lisboa.
Imprensa Nacional. 1872-1883. 10 vols. In-4.º B.
O Cardeal Saraiva foi uma das mais vincadas personalidades do seu tempo, tendo deixado vastíssima obra
que abrange várias especialidades, entre as quais a história secular e eclesiástica, a arqueologia,
a linguística, a literatura, a crítica, etc., merecendo especial referência os estudos que dedicou às navegações
e conquistas dos portugueses. Edição cuidada e em bom papel, com um bom retrato litográfico do autor.
2508 — SÃO PAYO (Conde de).- CANCIONEIRO D’ARMARIA. [Lisboa. 1929. Oficinas do
Centro Tipográfico Colonial]. In-4.º peq. de 80-II págs. B.
«As Trovas Heráldicas na Literatura Portuguesa» é o texto que constitui o “Prólogo” de D. António,
Conde de São-Payo, anteposto ao «Cancioneiro» propriamente dito. Rara edição de 150 exemplares
numerados e assinados, numa muito cuidada execução gráfica.
Dedicatória autógrafa do autor. Capa da brochura com uma mancha de água.
2509 — S. PAULO (Jorge de).- ANTIGUIDADES DAS CALDAS DA RAINHA E DO TEMPO
DA RAINHA DONA LEONOR. Revisão, prefácio e notas por Fernando da Silva Correia.
Caldas da Rainha. 1959. [Tipografia Ideal. Lisboa]. In-8.º gr. de X-II-89-V págs. B.
Primeira edição do texto manuscrito deixado pelo Padre Jorge de S. Paulo, falecido em 1644. Com
estampas impressas em separado.
2510 — SÃO PAYO (Luiz de Mello Vaz de).- A HERANÇA GENÉTICA DE D. AFONSO
HENRIQUES. Porto. 2002. [Impressão, Humbertipo]. In-4.º gr. de 369-LIX págs. B.
Obra vasta e interessantíssima dedicada ao conhecimento da ascendência genealógica do rei fundador,
estudo que, segundo o autor, “nada tem de pacífico”. As páginas inumeradas finais contêm numerosas
árvores genelógicas.
2511 — S. ROMÃO (Visconde Vilarinho de).- O MINHO E SUAS CULTURAS. Lisboa.
Imprensa Nacional. 1902. In-fólio de II-282-I Ipágs. E.
Obra clássica na sua especialidade, importante para a preservação do conhecimento de todos os aspectos
das culturas, indústrias, processos de trabalho e etnografia do Minho. Documentada com 40 boas
reproduções de fotografias, apresentando, a cores, um mapa de Portugal.
Encadernação danificada e sem as capas da brochura.
2512 — [SARAIVA (António Ribeiro)].- D. MIGUEL I. Obra a mais completa e concludente
que tem apparecido na Europa sobre a Legitimidade e inauferiveis direitos do Senhor D. Miguel
I. ao Throno de Portugal. Traduzida do original Francez. Lisboa. Na Impressão Regia. Anno
1828. In-8.º gr. de VIII-140 págs. E.
Obra publicada anónima, mas geralmente atribuída a António Ribeiro Saraiva. Prefácio de José
Agostinho de Macedo. Com uma litografia representando a aparição de Cristo a D. Afonso Henriques.
Primeira edição, a mais estimada e rara.
Encadernação inteira em pele, da época.
2513 — SARAIVA (José Hermano).- HISTÓRIA DE PORTUGAL. Dirigida por José Hermano
Saraiva. Publicações Alfa. [Lisboa. 1984-1985]. 3 vols. In-fólio E.;
––– ALBUQUERQUE (Luís de).- OS DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES. Publicações
Alfa. [Lisboa. 1986]. In-fólio de XII-286-II págs. E.
[228]
.../...
“(...) A profusão da ilustração não é apenas uma característica gráfica, mas um elemento essencial na
concepção global da obra. Pensou-se constituir com a documentação gráfica uma via paralela de exposição, dotada de uma comunicabilidade e acessibilidade que o texto discursivo não possui. (...)”
A obra de Luís de Albuquerque foi publicada simultâneamente com a de José Heramano Saraiva,
da qual é complemento, também prodigamente ilustrada a cores e com o mesmo aspecto gráfico
e encadernação.
Obra colaborada pelos mais acreditados historiadores, de que registamos apenas os nomes de alguns:
Armando de Castro, Carlos Alberto Medeiros, Luís Raposo, Mário Varela Gomes, Rui Manuel Centeno,
António Augusto Ferreira da Cruz, Flórido de Vasconcelos, José Mattoso, Maria José Pimenta Ferro
Tavares, António José Saraiva, Humberto Baquero Moreno, José Hermano Saraiva, Pedro Dias, António
Dias Miguel, Dagoberto Markl, Francisco de Sales Loureiro, Joaquim Veríssimo Serrão e Óscar Lopes.
Edição muito cuidada, impressa em bom papel e ilustrada com muitas centenas de boas fotogravuras a cores.
Encadernações editoriais, com dizeres gravados a ouro e sobrecapas de resguardo.
2514 — SARAMAGO (José).- O ANO DE 1993. Editorial Futura. Lisboa. 1975. In-8.º de 69-I págs. B.
Muito invulgar livro de José Saramago, prosador de grande projecção nas letras portuguesas contemporâneas e primeiro Prémio Nobel português em Literatura. Primeira edição, muito invulgar.
2515 — SARAMAGO (José).- CADERNOS DE LANZAROTE. Diário I [a V]. Caminho.
[Lisboa. 1994-1998]. 5 vols. In-8.º gr. B.
“Este livro, que vida havendo e saúde não faltando terá continuação, é um diário. Gente maliciosa
vê-lo-á como um exercício de narcisimo a frio, e não serei eu quem vá negar a parte de verdade que
haja no sumário juízo, se o mesmo tenho pensado algumas vezes perante outros exemplos, ilustres
esses, desta forma particular de comprazimento próprio que é o diário. Escrever um diário é como
olhar-se num espelho de confiança, adestrado a transformar em beleza a simples boa aparência ou, no
pior dos casos, a tornar suportável a máxima fealdade. Ninguém escreve um diário para dizer quem é.
Por outras palavras, um diário é um romance com um só personagem. Por outras palavras ainda, e finais,
a questão central sempre suscitada por este tipo de escritos é, assim creio, a da sinceridade . (...)”
Trata-se da primeira edição dos cinco volumes publicados deste surpreendente Diário de José
Saramago, nome maior da literatura portuguesa contemporânea.
Todos os volumes com dedicatória autografa do autor.
2516 — SARAMAGO (José).- A CAVERNA. Romance. Caminho. [Lisboa. 2000]. In-8.º gr. de
350-II págs. B.
Primeira edição de um dos romances de José Saramago, de muito original concepção, preocupação
presente em toda a obra de ficcionista do único autor português detentor da Prémio Nobel da Literatura.
Valorizado cm dedicatória assinada pelo autor.
2517 — SARAMAGO (José).- DESTE MUNDO E DO OUTRO. Arcádia. [Tipografia Central
da Borralha, Lda. Águeda. 1971]. In-8.º de 213-VIII págs. B.
Primeira e muito invulgar edição de um dos primeiros livros do autor.
2518 — SARAMAGO (José).- ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA. Romance. Caminho. O Campo
da Palavra. [Lisboa. 1995]. In-8.º gr. de 310-II págs. B.
Primeira edição de um dos muito originais romances de José Saramago, romance que já deu lugar
a adaptações e representações teatrais.
Dedicatória assinada pelo punho do autor.
2519 — SARAMAGO (José).- ENSAIO SOBRE A LUCIDEZ. Romance. Caminho. O Campo
e a Palavra. [Lisboa. 2004]. In-8.º gr. de 329-I págs. B.
Primeira edição, de tiragem invulgarmente grande para o nosso meio editorial, mas justificada pelo
grande e assegurado sucesso literário do escritor.
Autografado pelo romancista.
[229]
2520 — SARAMAGO (José).- O HOMEM DUPLICADO. Romance. Caminho. O Campo
e a Palavra. [Lisboa. 2002]. In-8.º gr. de 318 págs. B.
Primeira edição de um dos mais originais romances de José Saramago.
Dedicatória autógrafa de Saramago.
2521 — SARAMAGO (José).- AS INTERMITÊNCIAS DA MORTE. Romance. Caminho.
[Editorial Caminho. Lisboa. 2005]. In-8.º gr. de 214-II págs. B.
Primeira edição de um dos romances de José Saramago, de temática sempre polémica e de grande
êxito editorial.
2522 — SARAMAGO (José).- AS PEQUENAS MEMÓRIAS. Caminho. [Lisboa. 2006]. In-8.º gr.
de 149-I págs. B.
Livro de memórias autobiográficas. Primeira edição.
2523 — SARDINHA (António).- À LAREIRA DE CASTELA. Estudos peninsulares. Edições
Gama. MCMXLIII. [Oficinas Gráficas “Minerva”. V. N. de Famalicão]. In-8.º de XVIII-289-III
págs. B.
“Reúnem-se neste volume os artigos que, em revistas, jornais e outras publicações, António Sardinha
escreveu em defesa do seu conceito de HISPANISMO, - a favor duma aproximação espiritual que
encerrasse o parêntesis de ignorância e de indiferença, senão de quási hostilidade, em que vivem as
duas nações do extremo ocidente europeu”.
Lombada mal cuidada.
2524 — SARDINHA (António).- À SOMBRA DOS PÓRTICOS. Novos Ensaios. Lisboa.
Livraria Ferin. 1927. In-8.º de XII-II-310-II págs. B.
Os ensaios apresentados neste volume foram dados a lume pela primeira vez nas revistas «Lusitânia»
e «Nação Portuguesa». “O Sul contra o Norte, estudo que reputamos fundamental para a avaliação das
concepções históricas de António Sardinha, as Questões de História e o Significado do «Amadis», lúcida
teoria da tendência lirica da nossa Raça, apareceram na segunda das publicações acima citadas, então
dirigida pelo seu autôr.”
“Em apendice vão insertas as téses que António Sardinha, como Presidente da Camara Municipal de
Elvas tencionava apresentar ao Congresso Nacional Municipalista do Porto, projectado para 1924, mas
que não chegou a efectuar-se.” Primeira edição.
2525 — SARDINHA (António).- A ALIANÇA PENINSULAR. Antecedentes & Possibilidades.
Prefácio do Ex.mo Senhor D. Gabriel Maura Gamazo, conde de la Mortera. 2ª edição. 1930.
Livraria Civilização. Porto. In-8.º de XCIII-I-454-II págs. B
Obra com interesse para a história dos dois países ibéricos: «A unidade -hispânica», «O sêlo da raça»,
«Genealogia duma idéa», «A pátria portuguesa», «Sebastianismo e Quixotismo», «Quinas de
Portugal», «A «lenda negra»», «O que nos divide», «Cabeça de Europa», «Estaremos decadentes?»,
«Se ainda é tempo!», «Mare Nostrum». Com estampas impressas em separado.
Assinado no anterrosto.
2526 — SARDINHA (António).- AO PRINCÍPIO ERA O VERBO. Ensaios e Estudos.
Portugália Editora. Lisboa. 1924. In-8.º de XXII-I-390-II págs. B.
Com capítulos de apreciável interesse histórico e literário: «Ao Princípio era o Verbo» «Meditação de
Aljubarrota», «O drama de Fialho», «Gomes Freire (revisão dum processo)», «Monarquia e República
(esboço duma teoria)», «O Rei Fernando», «O verdadeiro Antero», «Oliveira Martins», «Alcácer-Kibir», «Teoria da Nobreza», «Os nossos Reis», «O «copiador» de Junot»», «A Ordem-Nova», «D.
Carlota Joaquina». Edição original.
[230]
2527 — SARDINHA (António).- AO RITMO DA AMPULHETA. Crítica & Doutrina. (Obra
póstuma). “Lvmen”. 1925. [Coimbra]. In-8º de XXVII-I-274-II págs. E.
Com amplas referências ou capítulos dedicados a Antero, Eça, Garrett, D. João V., Mousinho da
Silveira, Conde de Mosaraz, etc. Primeira edição.
Modestamente encadernado, mas com as capas da brochura conservadas.
2528 — SARDINHA (António).- DA HERA NAS COLUNAS. Novos Estudos. “Atlântida”
Livraria Editora. Coimbra. 1928. In-8.º de 323-III págs. B.
Interessantes capítulos sobre «A crise do Estado», «Nacionalismo galego e lirismo português»,
«A família de Ramalho», medicina e história, etc. Primeira edição.
Assinado na folha de guarda.
2529 — SARDINHA (António).- DE VITA ET MORIBUS. Casos & Almas. Lisboa. Livraria
Ferin, Editora. 1931. In-8.º de IV-288 págs. B.
Primeira edição de um dos interessantes livros de António Sardinha, com capítulos de variada e aliciante
temática: «Esta Elvas», «A guerra do hyssope», «O boi de S. Marcos», «Cáceres», D. António
Barroso, António Tomás Pires, Gama Barros, Conde de Sabugosa, Oliveira Martins, Hipólito Raposo,
«Cristo em Emauz», «O que esqueceu a Adamastor», etc.
Assinado no anterrosto.
2530 — SARDINHA (António).- O VALOR DA RAÇA. Introdução a uma Campanha Nacional.
1915. Almeida, Miranda & Sousa, Editores. Lisboa. In-4.º de VIII-XXX-II-175-III págs. E.
Um dos mais notáveis livros em prosa de António Sardinha e também um dos de mais escasso aparecimento. Edição original.
Encadernação com a lombada em pele, nova, só de leve aparado à cabeça e com as capas da brochura
conservadas.
2531 — SARMENTO (Francisco Martins).- DISPERSOS. Colectânea de artigos publicados,
desde 1876 a 1899, sôbre Arqueologia, Etnologia, Mitologia, Epigrafia e Arte Pre-Histórica.
Obra comemorativa do 1.º Centenário do nascimento do Autor, ilustrada com 71 gravuras e realizada sob os auspícios da Sociedade Martins Sarmento. Imprensa da Universidade. Coimbra —
1933. In-fólio de IX-I-524-IV págs. B.
Valiosa colectânea de colaboração “espalhada em diversas revistas e periódicos antigos, hoje de difícil
consulta, outros desconhecidos dos estudiosos, por constituirem o espólio literário inédito deixado
pelo arqueólogo”. No final, a obra apresenta, além do índice geral, Índices de autores citados, nomes
mitológicos e históricos, étnicos e geográficos.
Com gravuras nas páginas do texto e outras, coladas, impressas em separado. Tiragem restrita.
2532 — SARMENTO (Francisco Martins).- EXTRACTOS DA CORRESPONDENCIA EPISTOLAR DE F. MARTINS SARMENTO, publicados e annotados por J. Leite de Vasconcellos.
Lisboa. Imprensa Nacional. 1901. In-4.º peq. de 22 págs. B.
Rara separata de «O Archeologo Português».
2533 — SARMENTO (Francisco Martins).- OBSERVAÇÕES Á CITANIA DO SNR DOUTOR
EMILIO HÜBNER. Porto. Typographia de Antonio José da Silva Teixeira. 1879. In-8.º gr.
de 46-II págs. B.
Rara espécie bibliográfica relativa à famosa citânia vimaranense.
[231]
2534 — SARMENTO (Inácio Pizarro de Morais).- O ENGEITADO. Romance christão;
Composto por... 1846. Porto. Typographia Commercial. In-8.º de 229-I págs. B.
Inocêncio no 3.º vol. do seu Dicionário Bibliográfico diz que a obra é composta de dois tomos, corrigindo no 10.º dizendo: “Parece que do romance Engeitado (...) só appareceu o primeiro tomo”.
Em brochura mas com um grosseiro restauro na última folha, não ofensivo do texto. Não tem, nem
deve ter sido impressa capa de brochura.
2535 — SARMENTO (Inácio Pizarro de Morais).- MEMORANDUM DE CHAVES RELATIVO
AOS ACONTECIMENTOS DO MEZ DE MAIO DE 1846. Porto. Typographia Commercial.
1846. In-8.º de 80 págs. E.
Do editor J. C. Mendes a abrir este raro volume: “O que vai ler-se é uma exposição fiel dos acontecimentos de Maio do corrente anno em Traz-os-Montes. A mui particular amisade, que me liga ao Exm.º
Snr. Ignacio Pizarro, e a sua generosa e delicada offerta animaram-me a publicar o presente opusculo,
certo que não desmerecerá elle a subida reputação do insigne escriptor. Pelo lado historico e politico
é d’um interesse e utilidade incontestaveis: pelo lado litterario é mais um bello quadro, devido ao
magico pincel do autor do Romanceiro e do Engeitado.”
Encadernação em pele, da época.
2536 — SARMENTO (Inácio Pizarro de Morais).- O ROMANCEIRO PORTUGUEZ, ou
Collecção dos Romances de Historia Portugueza, ompostos por... 1841. Lisboa. Typographia
Panorama [e Parte Segunda. 1845. Typographia Commercial]. 2 vols. In-8.º de VIII-II-270-IV
e VIII-260-XXII págs. E.
O primeiro volume apresenta um retrato do autor e quatro litografias e o segundo tem cinco litografias,
todas de excelente qualidade, tendo este exemplar mais uma estampa no primeiro volume do que as
indicadas por Inocêncio. Obra rara e bastante estimada. O autor nasceu em Bóbeda, Bragança, foi
Fidalgo da Casa Real, Comendador da Ordem de Cristo, etc.
Encadernações inteiras em pele, da época, com dourados nas lombadas e em ambas as pastas, tendo
ao centro destas as iniciais M. L. R.
2537 — SARMENTO (João Evangelista de Morais).- POESIAS DE JOÃO EVANGELISTA DE
MORAES SARMENTO, colligidas por Varios Amigos seus, revistas pelo A. poucos tempos
antes da sua morte, e dadas á luz por alguns de seus admiradores. 1847. Porto. Typographia
Commercial. In-8.º gr. de XVIII-247-81-I págs. E.
As poesias do médico portuense João Evangelista de Morais Sarmento, oferecidas ao Barão de
Forrester, aparecem antecedidias de uma biografia do autor; as páginas finais contêm um «Panegyrico
a S. Jeronimo recitado... no Real Mosteiro da Costa» e a tradução da tragédia de Crebillon
«Rhadamistho e Zenobia». Inocêncio refere este autor bastante circunstanciada e apreciativamente,
“a muitos respeitos digno do alto conceito em que o tiveram seus contemporâneos”.
Boa encadernação inteira em pele, da época.
2538 — SARMENTO (José Estevão de Morais).- O VALOR HISTÓRICO DOS CRONISTAS
MEDIEVAIS E DESIGNADAMENTE DE FERNÃO LOPES. Lisboa. Tipografia da Emprêsa
Diário de Notícias. 1923. In-4.º de 43-I págs. B.
Texto de uma conferência pronunciada na Academia das Ciências de Lisboa. Boa edição em
papel de linho.
2539 — SARTRE (Jean-Paul).- MORTS SANS SÉPULTURE. Pièce en trois actes. Marguerat.
[Presses d’Albert Kundig, maitre imprimeur a Genève. 1946]. In-8.º gr. de 194-VI págs. B.
Edição original desta importante obra dramática de Sartre, já traduzida para português em 1961.
[232]
Conjunto de 15 sebentas litografadas, do século XIX, muito raras e curiosas pelos apontamentos
e desenhos alheios à matéria escolar.
Extractos do estudo de Caetano de Carvalho, «Breve notícia de algumas sebentas litografadas oferecidas
[pelo Dr. Paulo Merêa] à Biblioteca do Instituto Jurídico da Faculdade de Direito de Coimbra», 1957:
“A sebenta, como se sabe, é inda hoje uma espécie de compêndio dos estudantes do ensino universitário, sem dúvida o mais comum, e no qual se recolhem as prelecções feitas pelos Mestres nas aulas.
Daí que se distinga também com o título genérico de Lições.
“Instrumento vulgarizado de estudo, a sebenta exibe uma apreciável linhagem, pois já se atribuiu
a Frei Francisco de Cristo, da Ordem de Santo Agostinho, «que se doutorou em Coimbra em 1652
e em cuja Universidade foi lente de Teologia, a introdução nas aulas do sistema de postilas, correspondente
ao que depois se chamou sebentas». É de crer, porém, como se tem admitido, que o uso de apontamentos tirados no decorrer das aulas seja muito mais remoto, vindo dos primeiros tempos da
Universidade.
“Tal prática manteve-se pelos séculos e permanece ainda, como é, aliás, natural. Na falta de compêndios
oficiais – e até mesmo quando os há – a sebenta prossegue sendo teimosamente um valioso instrumento
de trabalho dos alunos de todas as Faculdades, com particular relevo para os de leis.
“A nosso ver, o vero fundamento do seu primado reside na circunstância de se publicar em tiragens
limitadas, amoldando-se à variabilidade das matérias professadas, sempre cingidas ao condicionalismo
do avanço incessante e continuo da investigação científica. (...)
“As sebentas de que nos vamos ocupar situam-se no último quartel do século passado. Nessa época
(...) elas existiam e valiam como autêntica instituição universitária, consagrada pelo costume, com
foros de cidade.
“Mal dealbava o ano escolar (...) um ou mais alunos (regra geral dois ou três) cometiam-se o encargo
de passar a escrito as prelecções feitas pelos Mestres. (...) Aos alunos que redigiam as sebentas
chamavam (...) sebenteiros. Recorda Cândido de Figueiredo: “Foi logo nos primeiros dias das aulas
daquele ano. Eu preparava-me para ser o sebenteiro do curso, na disciplina professada pelo Dr. Assis,
isto é, em Direito Eclesiástico (...)”.
“Redigida a lição o sebenteiro levava-a de seguida à Litografia com a qual havia contratado a publicação
da sebenta. As lições saiam a lume ràpidamente, cada uma de per si, em folhas soltas, normalmente
oito, que os alunos que tinham feito assinatura (...) iam buscar pelo começo da noite, a fim de se
prepararem para a aula seguinte.” (...)
“A sebenta servia essencialmente para seguir e estudar as prelecções dos Mestres; mas também prestava
para fazer comunicações de interesse geral a todos os colegas do curso (obrigação de soccorrer um
companheiro necessitado, convocação para uma assembleia académica, convites para actos da
«praxe», etc.), para cultivar a boa e inegualével chalaça coimbrã e até, como era gostoso no tempo,
publicar versos maneirinhos e sentimentais...
“Estes excedentes eram arrumados no fim da lição, quase sempre em página própria. E quando a árvore
do ponto se aprestava para florir e assomava o termo das aulas, muitas vezes a última lição era distinguida com expressivas decorações, cujos desenhos e legendas reflectiam a satisfação de ver terminada
uma parte das tarefas escolares. (...)”
O autor continua a falar da prática do uso da sebenta, lembrando Trindade Coelho, que no seu «In Illo
Tempore» várias vezes se lhes refere, bem como Afonso Lopes Vieira, provavemente o autor do «Auto
da Sebenta». Fala das litografias onde em Coimbra se imprimiam as sebentas e faz depois uma breve
história da Litografia desde a sua invenção até à sua entrada em Portugal, lembrando os mais importantes nomes a ela ligados; termina o seu trabalho pela descrição bibliográfica das sebentas que deram
origem a este curiosíssimo trabalho, separata do «Arquivo de Bibiografia Portuguesa», que juntamos
ao conjunto das sebentas que apresentamos e que sumariamente passamos a descrever:
1. «DIREITO ADMINISTRATIVO», 3.º anno juridico. 85-86 [1885-1886]. Lyth. Marco da Feira. 103-I-50-II págs. (Tem na última página um desenho representando provavelmente um aluno espreitando
por um telescópio para a lua, e a assiatura P. Nunes & Moraes. 1886);
2. «1885-1886. DIREITO CIVIL». 3.º anno juridico. Lithographia Marco da Feira. (assinada por
Bernardo Lucas, Paulo Nunes e Franco de Sousa. 781-I págs. Na pág. 103 tem uma paisagem num oval
rodeado de flores; a págs. 495 tem um soneto intitulado “Perfis”; a págs. 579 tem mais “Perfis”, assinados Braz Cangalhas; a terminar a pág. 655, diz: “C’est fini la contradance”, seguida da informação
de que o condiscípulo Franco de Sousa, copista, “retirou para a sua terra natal a fim de se tratar da sua
saude gravemente compromettida);
3. «DIREITO CIVIL». 2.º anno. 1884-85. Lythographia do Marco da Feira. Coimbra. (Ass. Nunes
e Franco). 434 págs.
4. «LIÇÕES DE DIREITO COMMERCIAL». 4.º Anno Juridico. 1886-1887. Lithographia do Marco
da Feira n.º 4. (Lições assinadas***); a págs. 323 tem o seguinte desabafo: “Grande massada!!! 8h e 1/4!!;
pág. 409: “Desculpem a letra, faz m.to frio. 14-2-87 - 8 3/4 da manhã”;
5. «DIREITO ECCLESIASTICO». 4.º anno. 1886-1887. Rua das Cosinhas, litographia Pacheco.
[233]
[234]
2540 — SAVARD (Eugénio).- AZAS. (Poesias). Rio de Janeiro. Typ. da Companhia Litho-Typographia, 1903. In-8.º gr. de II-X-181-64 págs. B.
Poesias póstumas de Eugénio Savard, publicadas por sua irmã Ambrozina Savard de Saint-Brisson
Corrêa, em luxuosa edição em papel couché creme, com um retrato do autor, todas as páginas decoradas
com vinhetas impressas a vermelho e com uma muito bela capa da brochura impressa a várias cores
com motivos arte nova.
Juntamos uma folha de quatro páginas, tendo impresso nas interiores o soneto «Camões naufragado
em Cambodge», do mesmo autor, com uma extensa nota impressa com explicações sobre o soneto
e ainda uma nota manuscrita sobre o mesmo assunto.
Com o cadernos descolados da capa da brochura.
2541 — SCARLATTI (Eduardo).- ARGILA SAGRADA. Lisboa. 1925. [Oficinas da
«Ottosgrafica»]. In-4.º de 28-IV págs. B.
Livro de sonetos com duas estampas em folhas à parte, cuja tiragem constou apenas de 150 exemplares
numerados e rubricados.
Com dedicatória do autor.
2542 — SCARLATTI (Eduardo).- A RELIGIÃO DO TEATRO. [A Peninsular Lda. Editores.
Lisboa]. S.d. In-4.º de 164-IV págs. B.
Primeira e muito cuidada edição de um interessante livro de que se tiraram apenas 300 exemplares
numerados e assinados, edição que apresenta algumas vinhetas com motivos gregos estampadas em
separado e coladas nas páginas do texto. Do índice: «A SINFONIA DAS IMAGENS: Variações ligeiras
sôbre um tema gasto.- Artes estáticas e cinemáticas.- As sinfonias dos símbolos, das imagens e das
ideas. Realidade e verdade.- Imagens simbólicas e inteligíveis.- Cinema puro.- O ritmo e a verdade eterna.A sinfonia das imagens.- A lição de Beethoven»; «A SINFONIA DAS IDEAS: A revelação de
Nietzsche sôbre o espírito e a tragédia grega.- Apolo e Dionísio.- Eros, o génio humano. Da dança
à sinfonia. Da música sinfónica à poesia lírica.- A musicalidade das obras de Shakespeare. A sur-marionnette de Edward Gordon Craig.- A magia das formas.- O valor do teatro shakespeareano. Wagner e o
problema da fusão das artes.- O lugar geométrico do ritmo unitário.- Teatro do consciente e do
subconsciente. A substância trágica, a poesia.- Eros, o vencedor do Tempo.- A arte poética como
necessidade humana. O instrumento da tragédia, o actor.- Eleonora Duse.- Os limites do horizonte
plástico»; «A REVOLTA DO GÉNIO: As origens da comédia.- Bergson e o mecanismo do cómico.
O poeta dramático e a caricatura teatral».
2543 — SCHWALBACH (Eduardo).- À LAREIRA DO PASSADO. Memórias. 4.º milhar.
Edição do autor. [Lisboa. 1944]. In-4.º de 397-I págs. E.
Livro de memórias de apreciável interesse para a história da política, do teatro, das artes, etc. Com
retratos e caricaturas de Bordalo Pinheiro, Amarelhe e Albuquerque em folhas à parte.
Boa encadernação com cantos e lombada em pele com nervuras, dizeres e ferros dourados, mantendo
conservadas as capas da brochura.
2544 — SEBENTAS LITOGRAFADAS PARA USO DOS ESTUDANTES NA UNIVERSIDADE
DE COIMBRA, do Século XIX, com datas diversas. 15 volumes In-8.º gr. E., com erros de
numeração em todos os volumes.
.../...
.../...
Coimbra 25 de Outubro de 1886. (frontispício com uma figura feminina empunhando um facho.
Lições assinadas Mateus de Oliveira Xavier). 457-I págs.;
6. «DIREITO ECCLESIASTICO PORTUGUEZ». [5.º anno] 1887-1888. (Ass. Bernardo Lucas. A
págs. 17; “Ficaremos por aqui que já estou massado e a lição já vai extensa demais”; a partir da 10ª
lição, estas aparecem assinadas por Braulio Caldas: a págs. 201: “Até que enfim terminei esta longa
massada. Mas não tive remedio senão dar-lhe este desenvolvimento para melhor comprehenderem
estas questões; págs. 249, de Bráulio Caldas: “Peço desculpa aos meus assignantes por sahir sempre
mais tarde a minha lição; pois é-me impossivel ser mais prompto, em virtude das minhas aulas theologicas”; a págs. 274: “Sem mais, desejo tivessem boas festas e boas consoadas de Natal. Braga, 5 de
Janeiro de 1888; págs. 284: “NB. Estimamos que tivessem m.to boas festas e que venham com disposições de tomar boas pitadas de sciencia”; págs. 502: “Meus amigos. Não sei se sabem que d’aqui a
10 dias estamos em ferias. por isso é necessario aquilo com que se compra os melões para se poder ir
para casa comer os feijões. Rogo-lhes por isso a fineza de se lembrarem de mim. Attendam á gravidade
das circunstancias; págs. 453, pag. errada: “A redacção e lyth. apresentam gostosamente a todos os
snrs assignantes os seus cumprimentos de boas festas. Isto é muito a sério”; págs. 498, pag. errada:
“Pede-se aos excellentissimos assignantes que mandem pagar as excellentissimas assignaturas; pág.
516, pag. errada: “Pede-se aos excellentissimos assignantes que se cheguem com os respectivos
cobres”; págs. 557: “Não se esqueçam de ler o compendio. Bernardo Lucas. Viva o pardal! Hurrah
pelo pardal”;
7. DIREITO PENAL [5.º anno]. [Lit. Marco da Feira. Ass. Julio Martins & C.ª; a partir do 3º mês do
5.º ano o sebenteiro passou a ser Abel Aníbal e a Lit. passou a ser a “Lith. R. das Cozinhas”]. Duas
pequenas caricaturas a lápis na pág. 40; caricatura a lápis no verso da pág. 54; págs. 223-224: “Aviso.
Amigos. Esta lição não tem disparates, que eu saiba, mas deve estar (imperfeitissima?) de redacção,
porque, por motivos especiaes, tive que fazel-a na noite de terça feira, no meio de um berreiro medonho
de bebedos (?)”; pág. 305: “Peço aos meus assignantes em debito o obsequio de mandarem satisfazer
a importancia das suas assignaturas. Não vivo só de ar, e a minha falta de saude não me permitte
o luxo de entregar-me a um trabalho que não tem nada de attraente.”
8. CALDAS (Bráulio) & MARTINS (Júlio).- DIREITO PUBLICO. Lições Redigidas segundo as
prelecções do Ex.mo Professor, por... 2.º anno. 1884 a 1885. Universidade de Coimbra. Lithographia
das Cosinhas. 192 + 117 + III +XXXII +38 págs.; na pág. 180 a finalizar a lição: “Ora agora passem
muito bem”; na pág. 104 do 2º grupo de págs. os seguintes versos de Bernardo Lucas: “Ai! adeus,
acabaram-se os dias / Que a sebenta passou ao meu lado! / Soa a hora, o momento fadado, / É forçoso
deixa-la partir. / Ai! que tristes, que longas que foram / Essas horas de grande maçada, / Mas como eu
não farei patuscadas / Vendo-a logo deixar-me e fugir!”; As págs, com numeração romana têm frontispício
próprio: «Resumo das Lições de Politica e Direito Politico por Eduardo de Sousa Pires de Lima; illustrado
por E. G. Andrade. Coimbra. Lith. da R. das Cosinhas. 1883-1884». Estas páginas, muito curiosas têm
retratos litográficos de Rafael Bordalo Pinheiro, Castilho, José Estevão de Magalhães, Marquês de
Pombal, Voltaire, Garrett, Ramalho, Zacarias da Costa, Barthelemy S. Hilaire, a vista de um castelo,
uma taça titulada “Um brinde ao Abilio Rego e 10 retratos que não identificamos;
9. CALDAS (Bráulio) & MARTINS (Júlio).- ECONOMIA POLITICA. Lições Redigidas segundo as
prelecções do Ex.mo Professor, por... 2.º anno. 1884 a 1885. Universidade de Coimbra, Lithographia
Academica. 115 e LXXVI págs, inums.; Numa das últims págs. inums: “Ai! já estou escangalhado!
Não posso mais. Já não tenho cabeça, nem braços! E agora estudar civil - Economia e Theologia!”
10. HISTORIA DO DIREITO PATRIO E DIREITO CIVIL [1883-1884]. 1. anno. Lythographia
Academica das Cosinhas. Por Franco de Sousa e Palma Bentes. 30-241-360 págs; pág.12: “Caros
condiscipulos. Pedimos desculpa da licção não levar toda a explicação do nosso Dig.mo Lente porque
não podemos escrever toda a prelecção em virtude do barulho que hoje houve na aula”; pág. 47:
Litografia referente à Lição 9 do Direito Patrio onde figuram três Lentes ou Mestres;
11. PHILOSOPHIA DO DIREITO [1883-1884. de J.M. Peixoto]. 1.º anno. Lythographia da rua das
Cosinhas. 7, 54, 220 aliás (397), 48 págs. e, com frontispício próprio, de José Maria Rodrigues:
«Elementos de Philosophia do Direito. Resumo das prelecções academicas do anno de 1882-1883.
Lithographia Academica. 16 - Rua das Cosinhas - 18 Coimbra, com 72 págs.; Pág. 136: “Se não entenderem
a lettra arranjem um paleographo pª casos excepcionais; conquanto elle não apparece, disponham
carissimos do seu Julio Augusto Martins (Vicè Padre-Peixoto)”;
12. ORGANISAÇÃO JUDICIARIA E THEORIA DO PROCESSO CIVIL. [3.º mez. 4.º anno. Paulo
Nunes e Gaspar de Mattos. Lyth. Marco da Feira]. Págs. 655 a 1266 e 27 págs.;
13. ORGANISAÇÃO JUDICIAL E THEORIA DO PROCESSO CIVIL - 4.º Anno Juridico. (Paulo
[235]
.../...
Nunes e Sebastião Moraes). 1886 — 1887. Lyth. do Marco da Feira. N.º 4. 654 págs. Pág. 475: ”Digam
mal da pressa e do frio”; pág. 513; “Declaração. Por ter abandonado a escripturação destas licções o
nosso estimavel condiscipulo Sebastião Moraes, veio substituil-o o vosso condiscipulo Gaspar de
Mattos”; pág. 536: “Na licção immediata continuaremos no mesmo assumpto. Estupada de crear
bicho!!!”; Retrato a lápis na pág. 615.
15. PRACTICA DO PROCESSO [5.º anno]. 1887 a 1888. Lytographia do Marco da Feira. (Redactor
- Joaquim Paulo Nunes. Copista - Gaspar de Mattos). 612 págs. Cricatura a lápis no verso da pág.15;
retrato a lápis no verso da pág. 227; págs. 594: “Esta licção é a ultima pertencente ao 6.º mez. As que
sairem até ao proximo ponto que está proximo e mais proximo do que muita gente julga, vendem-se
avulso e são logo pagas á vista. Esta resolução é inabalável, fique-se entendendo. Os meus amigos não
me levem a mal; o que me faz falar são os calotes dos annos anteriores.”
Muitas outras informações e graças se encontrarão “escondidas” em tantos milhares de páginas
porquanto a recolha não foi exaustiva.
Em bom estado de conservação, o que é raro em publicações de vida tão efémera, e revestidos de encadernaçãos da época, com as lombadas em pele.
2545 — SEGREDOS NECESSARIOS PARA OS OFFICIOS ARTES, E MANUFACTURAS,
E PARA MUITOS OBJECTOS SOBRE A ECONOMIA DOMESTICA, EXTRAHIDOS Da
Encyclopedia Geral, da Encyclopedia Methodica, da Encyclopedia Prática, e das melhores
obras, que tratárão até agora estes objectos. Terceira edição. LISBOA: ANNO M.DCCC.XII. Na
Nova Offic. da Viuva Neves e Filhos. 2 vols. In-8º peq. de IV-346 e IV-428 págs. E.
Obra interessantíssima pela variedade e curiosidade dos assuntos tratados.
O segundo volume é da segunda edição e tem falta de algumas folhas do índice. Encadernações inteiras
em pele da época.
2546 — 2.as JORNADAS CAMILIANAS. Vila Real, 25 a 28 de Julho de 1985. Círculo de
Estudos Camilianos. Serviços Municipais de Cultura. Região de Turismo da Serra do Marão.
Dim. 21 x 29,5 cm. B.
Portfólio contendo: «Camilo Castelo Branco. Subsídios para um Perfil do Homem e do Escritor», por
Alexandre Cabral, em 20 ff. inums. policopiadas e agrafadas; um caderno com 20 folhas em branco,
com os dizeres referentes às Jornadas Camilianas; uma brochura In-8.º gr. ilustrada, intitulada «Vila
Real presença de Camilo»; 2 postais ilustrados, um dos quais reproduzindo a portada da primeira edição
de «Agostinho de Ceuta» e outro com um desenho representando o «Local onde, segundo a tradição,
foi representado pela primeira vez o «Agostinho de Ceuta». Na pasta da frente do portfólio, em cartolina,
vem um retrato de Camilo em corpo inteiro.
Deve ter sido muito reduzida esta edição, dado que ela se destinava apenas aos participantes destas
«Jornadas Camilianas».
2547 — SELVAGEM (Carlos).- PORTUGAL MILITAR. Compêndio de História Militar e
Naval de Portugal. Desde as origens do Estado portucalense até ao fim da dinastia de Bragança.
Lisboa. Imprensa Nacional. 1931. In-4.º de XL-685-III págs. E.
“Obra excelentíssima, repositório comovente e avassalador da glória militar de uma nação levantada em
armas, Portugal Militar saiu à estampa em 1931, para rapidamente ganhar o estatuto de livro de cabeceira
de gerações de soldados e marinheiros, amigo fiel de todas as horas, lenitivo para os momentos de
frustração, guia vibrante e iluminado pelo exemplo permanente da gesta imortal dos heróis da Pátria”,
segundo palavras de Américo José Guimarães Fernandes Henriques na edição reeditada em 1999.
Com ilustrações nas páginas do texto. Poucos exemplares aparecem à venda desta interessante
monografia histórico-militar.
A obra, como acima se diz, abrange o vasto período decorrente entre as origens do Estado portucalense
e o termo da dinastia de Bragança.
Ex-libris do Almirante Nuno de Brion. Encadernação da época, com cantos e lombada em pele, com
marcas de uso.
[236]
2548 — A SEMANA. Jornal Litterario, Redigido por João de Lemos Seixas Castello Branco, Manoel
Maria da Silva Bruschy, Ayres Pinto de Sousa, Jacinto Heliodoro de Faria Aguiar de Loureiro. Lisboa.
Imprensa zzNacional. 1850-1852. 3 vols In-4º gr. de II-414, 544 e 68 págs. E. em 2.
Do valioso elenco de escritores que prestaram a sua colaboração a este excelente jornal, destacamos
os nomes de Alexandre Herculano, Latino Coelho, Rebelo da Silva, A. F. de Castilho, etc. É particularmente abundante e valiosa a colaboração de Camilo Castelo Branco, colaboração minuciosamente
referida por José dos Santos na sua «Descrição Bibliográfica da mais importante e valiosa camiliana...».
Com 17 figurinos litográficos a cores em folhas à parte, e outra litografia, a preto e branco, representando a “Illuminação do Passeio Publico”
São particularmente raras as 68 páginas finais, tantas quantas foram publicadas do 3º volume.
Exemplar revestido de excelentes encadernações à amador, de recente execução, com o corte das
folhas dourado, mas aparados. (ver gravura na pág. 237)
2549 — [AVEIRO. VILA NOVA DE MONSARROS]. SENTENÇA CIVEL DE LIBELLO
ORDINARIO DOS AUTHORES O SENADO DA CAMARA DO COUTO DE VILLA NOVA
DE MONSARROS, E PROCURADOR do concelho da mesma villa, contra o Reo o
Reverendissimo Cabido da Se de Coimbra. Lisboa, Na Impressão Regia. Anno 1814. In-8.º gr.
de 70-II págs. Desenc.; Com mais os seguintes opúsculos sobre o mesmo assunto:
—— [SOUSA (Manuel Dias de)].- MANIFESTO DAS CONTENDAS DO CABIDO DA SE
DE COIMBRA, COM O PRIOR E MORADORES DO COUTO DE VILLA NOVA DE MONSARROS. Dado á luz pública pelo Procurador do Concelho do mesmo Couto,
——MONSARRAIDA THEOLOGICO-JURIDICA dada á luz publica por Hum Amigo da
Verdade e da Justiça. Lisboa, Na Typographia Rollandiana. Anno de 1823. In-8.º gr. de 99-III
págs. Desenc.
Vila Nova de Monsarros é freguesia da Diocese de Aveiro e foi palco, à época da publicação deste
volumes, de uma ruidosa contenda teológico-jurídica. Lê-se no vol. XVI, p. 171 do Dicionário de
Inocêncio, que “o illustrado prior Manuel Dias de Sousa foi estrenuo defensor do povo da sua freguezia
de Monsarros, contra as exigencias de fóros por parte do cabido da sé cathedral de Coimbra, não só
nos tribunaes, mas em varias e energicas publicações que fez a esse respeito”, sendo estes volumes
raras peças desta ruidosa questão.
2550 — [POMBALINA]. SENTENÇA, // Que em 9 de Outubro de 1775 // SE PROFERIO // NA
SUPREMA JUNTA // DA // INCONFIDENCIA // PARA CASTIGO // Do Réo Joaõ Baptista Pele,
// Accuzado, e convencido na abominavel conjuraçaõ maquina- // da contra a Pessoa, e Vida do
Illustrissimo, e Excel- // lentissimo Marquez de Pombal. // [vinheta xilográfica] // LISBOA // Na
Offic. de ANTONIO RODRIGUES GALHARDO, // Impressor da Real Meza Censoria, e do Emi// nentissimo Senhor Cardial Patriarca. // MDCCLXXV. In-fólio de 11-I págs. E.
Os juízes nesta sua sentença contra João Baptista Pele “Mandaõ seja levado ao lugar do supplicio,
e que vivo se lhe cortem ambas as maons; e que despois seja seu corpo tirado, e desmembrado por
quatro cavallos, athe ser despedaçado; e os pedaços seraõ consumidos com fogo, reduzidos a cinzas,
que se lançaráõ ao vento: e que seus bens moveis, ou immóveis, se alguns lhe forem achados nestes
Reinos, e seus Dominios, lhe seraõ confiscados, perdidos para o Fisco, e Camera Real. E mandaõ que
antes da dita Execuçaõ seja o dito Réo applicado á tortura ordinaria, e extraordinaria, para que revele
os mais cumplices.”
Boa encadernação inteira de pele esponjada, nova, com dizeres, cercadura e ferro ao centro gravados a ouro.
2548 - ver pág. 238
2551 — SEQUEIRA (Eduardo).- AS ABELHAS. Tratado de apicultura mobilista. 2.ª edição refundida e augmentada. Porto. Magalhães & Moniz - Editores. 1900. In-4.º de VIII-296 págs. E.
Era, ao tempo, o mais completo trabalho sobre apicultura publicado em Portugal, ilustrado com 200
figuras disseminadas nas página do texto. Eduardo Sequeira, naturalista e jornalista portuense, além
[238]
.../...
de ter colaborado em numerosos jornais e revistas, publicou outros interessantes livros: «A Fauna dos
Lusíadas», «Ninhos e ovos», «À Beira-Mar», «Guia do Naturalista», «Teias de aranha», «Guia ilustrado
do Porto», «Portugal Artístico», etc.
Dedicatória do autor para Oliveira Alvarenga. Boa encadernação com a lombada em pele com nervuras
e ferros a ouro, tendo conservadas as capas da brochura.
2552 — SEQUEIRA (Gustavo de Matos).- AUTO DE SANTO ANTÓNIO. Interpretação das
personágens quinhentistas do «Auto» de Afonso Alvares, acrescentadas estas e transformado
e ampliado o texto em versos novos. Lisboa. Serviços Industriais da Câmara Municipal de
Lisboa. Ano de 1934. In-8.º gr. de 23-I págs. B.
Auto representado por Amélia Rey Colaço, Estevam Amarante, Robles Monteiro, Palmira Bastos,
Raul de Carvalho, Maria Brandão, João Vilaret, Delmiro Rego, António Silva, Maria Clementina,
Álvaro Benamór, Maria Lalande e J. Cardoso, no adro da Sé Catedral de Lisboa, no ano de 1934.
Edição de feição popular, com a capa da brochura em papel de embrulho.
2553 — SEQUEIRA (Gustavo de Matos).- O CARMO E A TRINDADE. Subsídios para a história
de Lisboa. Publicações Culturais da Câmara Municipal de Lisboa. 1939-1941. 3 vols. In-4.º gr.
de XI-420-II, 442-II e 540-IV págs. B.
Muito valioso e estimado subsídio para a história da Lisboa antiga, numa cuidada edição, fértil em
excelentes ilustrações impressas em separado e algumas em folhas desdobráveis. Primeira edição.
2554 — SEQUEIRA (Gustavo de Matos) & ROCHA JÚNIOR .- OLIVENÇA. Texto de Matos
Sequeira e Rocha Junior. Ilustrações de Alberto Souza. Potvgalia. Lisboa. [1924]. In-4.º de 286-II págs. E.
Conta um dos autores que quando foi pela primeira vez a Olivença “Ficou deslumbrado mas ficou triste
também porque se julgou estranjeiro no seu próprio país. Só ali podem os portugueses sentir essa estranha
impressão. Edifícios, trajos, tipos, costumes, o aspecto dos campos e a expressão das fisionomias,
a hospitalidade fidalga e a lhaneza do trato, o ar português, enfim, irrompe impetuosamente da leve
camada de castelhanismo que o reveste”. É o mais completo e interessante trabalho da nossa reduzida
bibliografia acerca da perdida vila portuguesa de Olivença. Amplamente ilustrado com estampas
impressas em separado.
Tiragem confinada a 650 exemplares.
Exemplar N.º 14 da Tiragem Especial de 65, numerados e rubricados pelos autores.
Boa encadernação inteira em pele, nova, decorada com ferros dourados na lombada em casas fechadas.
Só aparado à cabeça e com as capas da brochura restauradas.
2555 — SÉRGIO (António).- ANTOLOGIA DOS ECONOMISTAS PORTUGUESES.
Selecção, prefácio e notas de António Sérgio. Século XVII. Obras em português. Lisboa.
Oficinas Gráficas da Biblioteca Nacional. 1924. In-8.º gr. de VI-LII-392-II págs. B.
O volume integra as seguintes obras: «Diálogos do Sítio de Lisboa», de Luís Mendes de Vasconcelos,
1608, «Dos Remédios para a Falta de Gente», por Manuel Severim de Faria, 1655 e «Sobre a introdução
das artes», por Duarte Ribeiro de Macedo, 1675.
2556 — SÉRGIO (António).- [OBRAS COMPLETAS E INCOMPLETAS]. Editores e datas
diversas. 8 obras In-8.º B.
Com as seguintes obras, todas em brochura: «Antologia Sociológica. Trechos portugueses e estrangeiros
seleccionados, comentados e prefaciados», 1956-1957, com falta do 10.º e último opúsculo; «Breve
Interpretação da História de Portugal», das “Obras Completas”, Lisboa, 1979; «Confissões de um
Cooperativista», 2ª edição, S.d.; «Contos Gregos», ilustrações de Luís Filipe de Abreu, Vol. IV das
“Obras Infantis de António Sérgio”: «Educação Cívica», prefácio de Vitorino Magalhães Godinho,
3.ª edição, 1984; «Em torno das Ideias Políticas de Camões seguido de Camões Panfletário [Camões
e Dom Sebastião]», 1977; «Ensaios», tomos 1.º (2.º milhar) e 2.º (1.ª edição).
[239]
2557 — SÉRGIO (António).- PÁTIO DAS COMÉDIAS, das Palestras e das Prègações. Jornada
Primeira [a Sexta]. Editorial Inquérito. Lisboa. 1958. 6 opúsculos In-8.º B.
Primeira edição e colecção completa desta interessante série.
2558 — SÉRGIO (António).- RIMAS. Lisboa. Composto e impresso na Typographia do
Annuario Commercial. 1908. In-8.º de 160 págs. B.
Único livro de poesia publicado pelo autor e cremos que o primeiro da sua vasta e importante bibliografia. Raro.
Assinado na folha do anterrosto e com mancha de acidez na capa da brochura.
2559 — SÉRGIO (Octávio).- O LAMENTÁVEL EQUÍVOCO DA POLÍTICA PORTUGUESA.
Depoimento de um jornalista que sempre serviu a Democracia. Com uma carta-aberta ao Senhor
Presidente do Conselho. Edição do autor. Porto. 1954. In-8.º de 186 págs. B.
A desassombrada e extensa carta de Octávio Sérgio a Oliveira Salazar vem estampada de págs. 157 a 173.
Capa da brochura ilustrada pelo autor.
2560 — SERPA (Alberto de).- DRAMA. Poema da Paz e da Guerra. Edições “Presença”. [Porto.
1940]. In-8º gr. de 29-II págs. B.
Edição «Presença», muito estimada e de limitada tiragem.
2561 — SERRÃO (Joaquim Veríssimo).- A INFANTA DONA MARIA. (1521– 1577) E A SUA
FORTUNA NO SUL DA FRANÇA. Edição de Álvaro Pinto (Revista Ocidente). Lisba. [1955].
In-4.º gr. de 222-II págs. B.
“ (...) A fortuna da Infanta D. Maria em terras de França constitui, pois, um problema novo para cuja
solução o presente trabalho pretende concorrer, pondo à disposição dos historiadores do século XVI
fontes ainda ignoradas que muito poderão contribuir para o definitivo traçado desta enleante questão.”
Trabalho que constituiu a Dissertação para o Doutoramento do autor apresentada à Faculdade de
Letras da Universidade de Tolosa. Com a transcrição de importantes documentos.
Valorizado com dedicatória do editor para Oliveira Salazar.
2562 — SERRÃO (Joaquim Veríssimo).- ITINERÁRIOS DE EL-REI D. SEBASTIÃO. Prefácio,
compilação e notas pelo Académico Correspondente... Volume I. (1568-1572) [e Volume 2.º.
(1573-1578)]. Lisboa. MCMLXII-MCMLXIII. 2 vols. In-4.º de 263-V e 296-IV págs. B.
Importante acervo documental sobretudo para os historiadores do reinado de D. Sebastião, numa das
cuidadas e estimáveis edições da Academia Portuguesa da História.
2563 — [JÚLIO]. SETE POEMAS PARA JULIO. Sophia de Mello Breyner Andresen, Mário
Cesariny, António Ramos Rosa, Alberto de Lacerda, Eugénio Lisboa, Pedro Tamen, Bernardo
Frey. [JÚLIO. Um Álbum Poético]. [Composto e impresso por Soc. Gráfica Telles da Silva, Lda.
1988]. In-fólio E.
Edição de magnífica qualidade e extraordinário bom gosto de sete serigrafias de belos desenhos de
Júlio reproduzidos a cores e a negro, medindo 50 x 82 cm., cuja tiragem foi confinada a 230 exemplares
numerados e assinados pelo serígrafo António Inverno e autenticados com o selo branco de Júlio.
As poesias dos autores acima referidos vêm num elegante volume, com a justificação da tiragem assinada
por Maria Augusta Reis Pereira.
O conjunto está conservado num portfólio em tela azul, com atilhos, especialmente concebido para a edição.
[240]
2564 — SHAKESPEARE (William).- HAMLET. Tragicomedia em cinco actos. Traducção de Bulhão
Pato. Lisboa. Typographia da Academia Real das Sciencias. 1879. In-8.º gr. de 225-III págs. E.
Rara tradução de Bulhão Pato da mais emblemática obra de Shakespeare.
Com o belo ex-libris de João da Costa Santiago de Carvalho Souza, gravado em cobre, tendo ao alto
um aspecto da sua casa em Villa-Franca - Leça da Palmeira. Encadernação da época, em percalina,
com dizeres e decoração arte nova a ouro.
2565 — SHAKESPEARE (William).- ŒUVRES COMPLETES DE SHAKESPEARE.
Traduction entièrement revue sur le texte anglais par M. Francisque Michel... et précédée de la
vie de Shakespeare par Thomas Campbell. Paris. Chez Firmin Didot Frères, Fils et Cie,
Libraires.. MDCCCLXI. 3 vols. In-4.º gr. de IV-LVII-631-I, IV-677-I e 640 págs. E.
O exemplar ostenta a assinatura de Camilo Castelo Branco ao alto do anterrosto do primeiro volume.
Boas encadernações francesas com as lombadas em chagrin.
2566 — SHAKSPEARE (William).- TALES FROM SHAKESPEARE. By Charles and Mary
Lamb. Ward, Lock & Co., Limited. London and Melbourne. S.d. In-8.º gr. de 472 págs. E.
Com 48 belas ilustrações a cores de A. E. Jackson, todas estampadas em folhas à parte.
Encadernação dos editores, também ilustrada a cores, e com folhas de guarda igualmente ilustradas.
2567 — SILVA (A. D. Pinheiro da).- O MARQUEZ DE POMBAL. Modestos reparos ao livro
do sr. C. Castello Branco – Perfil do Marquez de Pombal, edição Clavel. Aveiro. D. Mello
Guimarães - Editor. 1882. [Porto – Imprensa Portugueza]. In-8.º gr. de 114-II págs. B.
Livro inteiramente dedicado ao acima referido «Perfil do Marquez de Pombal» de Camilo, só muito
raramente visto, provavelmente por ter sido muito escassa a sua tiragem.
2568 — SILVA (Agostinho Veloso da).- VIDA E HISTORIA DE CAMILLO CASTELLO
BRANCO, grande Mestre dos romancistas portuguezes e um dos maiores vultos da Litteratura.
Porto. Livraria Portugueza-Editora de Joaquim Maria da Costa. S.d. In-8.º gr. de 14-II págs. B.
Folheto publicado na «Collecção de Historias Populares». Busto de Camilo gravado em madeira por
Valentim impresso na capa da brochura.
No frontispício vem a seguinte anotação manuscrita acerca do autor: “Pseudónimo de Souza Rocha,
que foi durante muitos anos colaborador do «Jornal de Notícias» do Porto.”.
2569 — [SILVA (António Diniz da Cruz e)].- ODES PINDARICAS, posthumas, de Elpino
Nonacriense. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1801. In-12.º de 258-II págs. E.
Primeira edição, publicada sem o verdadeiro nome de Diniz da Cruz e Silva, autor do famoso poema
«O Hissope». Muito invulgar.
Encadernação inteira em pele, da época, com dourados na lombada e ferros a seco em relevo nas pastas.
Assinado no frontispício.
2570 — SILVA (António Diniz da Cruz e).- ODES PINDARICAS, de Antonio Dinys da Cruz
e Silva, chamado entre os poetas da Arcadia Portugueza, Elpino Nonacriense. Londres: Na
Officina de T. C. Hansard... 1830. In-8.º esguio de VI-224 págs. E.
Da «Advertencia dos Editores»: “(...) Todas as Poesias de Antonio Dinys saõ tidas geralmente em
grande estimação; porèm entre ellas naõ só tem as Odes Pindaricas o primeiro logar, mas ainda na opiniaõ
geral saõ reputadas como a melhor producçaõ dos nossos Poetas modernos.
“Dois Portuguezes, que residem actualmente em Londres, mandaram fazer a presente Ediçaõ, unicamente para terem o gosto de as ver impressas em melhor formato que o das Edições até agora publicadas,
e ao mesmo tempo com mais asseio de typo e correcçaõ de imprensa.”
Rara e muito estimada.
Encadernação com a lombada em pele, da época.
[241]
2571 — SILVA (Augusto Vieira da).- A CÊRCA MOURA DE LISBOA. Estudo histórico descritivo. 2ª edição. Publicações Culturais da Câmara Municipal de Lisboa. Lisboa. 1939. In-8.º de
195-VII págs. E.
Muito interessante estudo olisiponense, documentado com várias estampas em separado.
Exemplar da tiragem especial de 100, numerados e impressos em melhor papel. Magnífica encadernação inteira em chagrin, com delicados ferros a ouro na lombada, pastas e seixas, estando também
dourado à cabeça. Capas da brochura conservadas.
2572 — SILVA (Augusto Vieira da).- AS FREGUESIAS DE LISBOA. (Estudo Histórico).
Publicações Culturais da Camara Municipal de Lisboa. 1943. In-4.º de 93-I págs. B.
Estudo da maior importância para a história da evolução paroquial e civil de Lisboa.
2573 — SILVA (Casimiro Gomes da).- APONTAMENTOS PARA A HISTÓRIA DE ALGUNS
ASPECTOS DO REINADO DE D. CARLOS I. 1946. Tipografia Rosado. Sintra. In-4.º de XIII-I-180-IV págs. B.
Exemplar N.º 6 da Tiragem de 50, numerados e assinados pelo Autor, com dedicatória para Nuno
de Brion.
2574 — SILVA (Fernando Emídio da).- CONFERÊNCIAS E MAIS DIZERES. Lisboa. 1963.
2 vols. In-4.º de XXXI-I-366 e 399-I págs. B.
Colectânea de “Conferências e mais dizeres” consagrados a Sousa Martins, Júlio de Vilhena, Emídio
Navarro, Pedro Calmon, Armindo Monteiro, Bento Carqueja, Júlio Dantas, Conde de Sabugosa,
Conde de Monsaraz, etc.
Dedicatória autógrafa do autor para Nuno de Brion.
2575 — SILVA (Francisco Xavier da).- ENSAIOS POETICOS. Lisboa. Typographia Universal
de Thomaz Quintino Antunes. 1868. In-8.º de 160 págs. B.
Cremos que é o primeiro e muito invulgar livro de poesias do autor, que o dedicou ao Visconde da
Praia aquando da sua vinda da ilha de S. Miguel para o Continente. O autor deixou vários livros publicados
e colaborou em jornais políticos, burlescos e literários e, em 1867, em S. Miguel, redigiu por algum
tempo «O Monitor». Das poesias constantes do volume, destacamos os seguintes títulos: «Vasco da
Gama», «Cintra», «O que é a mulher», «Crenças mortas», «O castello dos mouros em Cintra», «Um
brado a Portugal», «A noite de Santo Antonio», «A noite de S. João» e «A ilha de S. Miguel».
2576 — SILVA (Gaspar Pereira da).- FONTES PROXIMAS DO CODIGO COMERCIAL
PORTUGUEZ. Ou Referencias aos Codigos das Nações civilisadas e ás Obras dos melhores
Jurisconsultos onde se encontrão disposições ou doutrinas identicas, ou similhantes á legislação do mesmo Codigo. Pelo Bacharel... Porto. Typographia Commercial Portuense: 1843.
In-8.º de 518 págs. E.
O autor, natural da Covilhã, foi Presidente do Tribunal do Comércio do Porto e Ministro de Estado
honorário da Academia Real das Ciências de Lisboa. Obra complementar ao Código Comercial
Português de Ferreira Borges.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
2577 — SILVA (Inocêncio Francisco da).- MEMORIAS PARA A VIDA INTIMA DE JOSÉ
AGOSTINHO DE MACEDO. Lisboa. Por ordem e na Typographia da Academia Real das
Sciencias. 1898. In-4.º de XXI-III-435-I págs. E.
“Obra posthuma Organisada sobre tres redacções manuscriptas de 1848, 1854 e 1863, e ampliada em
quanto a Documentos e Bibliographia por Theophilo Braga”. Com a reprodução de um retrato de Macedo.
Encadernação com a lombada em pele, com ligeiros picos de traça. Assinado no frontispício.
[242]
2578 — [SILVA (Joaquim Maria da)].- FEDERAÇÃO IBÉRICA, ou idêas geraes sobre o
que convem ao futuro da Peninsula. Por Um Portuguez. Vende-se no Porto na Livraria e Typ. de
F. G. da Fonseca. 1854. In-8.º peq. de 79-I págs. B.
São raros os exemplares deste raro livrinho sobre, ao tempo, muito debatida questão da união ibérica,
publicado anonimamente, mas cujo autor, nascido na Ilha Terceira é o que acima fica registado.
Falta a capa da brochura da frente.
2579 — SILVA (José Barbosa e).- VIVER PARA SOFFRER. Estudos do coração. Romance
por... Precedido d’um juiso critico de Camillo Castello-Branco. Porto: Typ. de J. J. Gonçalves
Basto. 1855. In-8.º de 336 págs. E.
O texto de Camilo abrange as págs. 5 a 16. José dos Santos diz que “É a edição única dêste merecidamente apreciado livro. Rara.”
Encadernação da época, com a lombada em pele. Com dois ex-libris. Dedicatória do autor no frontispício
com o nome do dedicando coberto a tinta da época.
2580 — SILVA (José de Almeida e).- PERGAMINHOS. (Contos e fantasias históricas).
“Viriato”, “S. Teotónio”, “Os castelhanos em Viseu”, “O castanheiro dos amores”, “O Grão
Vasco”, “O milagre de S. Pedro”, “As velhas pedras de Viseu”, “Elegia panteista”, etc., etc.
Paulo Guedes – Editor. Lisboa. [1931]. In-8.º de 380-IVpágs. B.
Com especial interesse para a bibliografia Viseense. Ilustrado com um retrato do autor e um mapa em
folha dupla com as “Muralhas de Viseu e Vias Romanas”.
2581 — SILVA (José Maria da Costa e).- EMILIA E LEONIDO OU OS AMANTES SUEVOS.
Poema de... Lisboa: 1836. Typographia de A. S. Coelho & Comp.ª. In-8.º gr. de IV-16-217-I-19-I-LXVI-II págs. E.
Inocêncio: “Ao poema, que consta de dez cantos, segue-se a versão de Sombra de Pope, poemeto de
Lourenço Pignotti, e notas instructiva e de bastante erudição.– Creio que esta edição foi feita á custa
do sr. Barão de Villa-nova de Fozcôa, um dos mais dedicados amigos e honradores do poeta.” Raro.
Excelente encadernação inteira em pele, da época, com título e ferros a ouro na lombada.
2582 — SILVA (Jose Maria da Costa e).- O PASSEIO. Poema descriptivo de José Maria da Costa
e Silva, traductor da Iliada. Lisboa: Na Offic. de J. F. M. de Campos. 1817. In-12.º de 188 págs. E.
“O Poema, que, cedendo a instancias de alguns amigos, ouso presentar ao Público, pertence a hum
genero quasi absolutamente desconhecido em Portugal. (...)” Depos do Prefácio vem uma “Epistola”
dirigida ao autor por Pato Moniz; fechando o volume uma outra extensa “Epistola” assinada por José
Agostinho de Macedo.
No «Bosquejo da historia da poesia e da lingua portugueza” escreveu Garrett: “Não posso fechar este
breve quadro, sem patentear a admiração e o indizivel prazer, que me deu o poema O Passeio (...) cuja
existencia tinha a infelicidade de ignorar (tam pouco sabemos nós portuguezes as riquezas que temos
em casa!) e não sei que tenha que invejar a Thompson, e Delille, se não fora na pouca extensão, e, acaso dirá
mais severo juiz, em algum verso de demasiado elmanismo. Quanto a mim, folgo de me lisonjear com
a esperança, que seu auctor, lhe dará a amplidão, e mais (poucos mais) retoques com que ficará
porventura o melhor poema d’esse genero”.
Primeira edição desta obra poética de Costa e Silva, autor do sempre estimado e consultado «Ensaio
biographico-critico sobre os melhores poetas portuguezes». Estreia literária do autor e, informa
Inocêncio, “D’ella apparecem mui poucos exemplares”.
Encadernação inteira em pele, da época.
2583 — SILVA (L. A. Rebelo da).- CARTAS AO SENHOR MINISTRO DA JUSTIÇA, SOBRE
O USO QUE FAZ DO PULPITO E DA IMPRENSA UMA FRACÇÃO DO CLERO PORTUGUEZ, por... Deputado da Nação Portugueza. Lisboa: Typographia de Manoel José Mendes
Leite. 1850. In-8.º gr. de 40 págs. B.
Publicação invulgar, pertencente à polémica «Eu e o Clero».
[243]
2584 — SILVA (L. A. Rebelo da).- COMPENDIO DE ECONOMIA RURAL para uso das
Escolas Populares, creadas pela Lei de 27 de Junho de 1866. Lisboa. Imprensa Nacional. 1868.
In-8.º gr. de 293-I págs. E.
A obra trata das «Noções geraes de economia politica», «Producção e trabalho agricola», «Relações
da propriedade agricola com a legislação e a administração» e «Protecção e estimulo da agricultura».
Encadernação com a lombada em pele, não contemporânea, mas com as capas da brochura conservadas
e inteiramente por aparar.
2585 — SILVA (L. A. Rebelo da).- CONTOS E LENDAS. Introducção - A torre de Cain O Castello de Almourol - A camisa do noivado - A ultima corrida de touros em Salvaterra.
Lisboa. Livraria Editora de Mattos Moreira e Compª. 1873. In-8.º de 185-I págs. E.
Com um retrato do autor por Rafael Bordalo Pinheiro. Primeira edição, muito invulgar, que inclui um
dos mais notáveis trabalhos do autor: «A ultima corrida de touros em Salvaterra».
Encadernação da época, com a lombada em pele. Assinatura antiga no frontispício.
2586 — [SILVA (L. A. Rebelo da)].- O DUQUE DE SALDANHA E O CONDE DE THOMAR.
Lisboa. Na Typographia da Rua da Bica, Nº 55. 1850. In-8.º gr. de 49-I págs. E.
São raros os exemplares deste polémico escrito de L. A. Rebelo da Silva, publicado sem o seu nome.
Com citações camilianas a propósito da questão do «Caleche».
Exemplar com extensas anotações à margem contemporâneas da edição. Encadernação simples, mas
com as capas da brohura conservadas.
2587 — SILVA (L. A. Rebelo da).- FASTOS DA IGREJA. Historia da Vida dos Santos, ornamentos do Christianismo. I. Vida de Jesus Christo. Lisboa. Em casa de A. J. F. Lopes. 1854-1855. 2 vols. In-8.º de XII-XVII-I-301-I e 312-II págs. E. em 1.
Uma das obras menos conhecidas deste apreciado escritor do século XIX. Primeira edição, ilustrada
com uma gravura aberta em madeira representando a adoração dos Reis Magos, em folha à parte, além
de outras integradas nas páginas do texto.
Encadernação da época, inteira em percalina.
2588 — SILVA (L. A. Rebelo da).- LAGRIMAS E THESOUROS. (Fragmento de uma Historia
Verdadeira). Porto. Typographia do Commercio. 1863. In-8.º gr. de V-I-226-IV págs. E.
Primeira edição de uma das interessantes obras de Rebelo da Silva, autor de grande audiência no século
XIX. Considerado um dos expoentes do nosso romantismo, Rebelo da Silva distinguiu-se não só como
romancista, mas também como historiador, teatrólogo, cronista, jornalista, deputado e ministro.
“No pensamento do autor, — LAGRIMAS E THESOUROS — devem abraçar tres epochas notaveis
do viver e crêr de Portugal no ultimo quartel do seculo XVIII. Correspondem-lhes tres datas significativas: 1787, 1789 e 1793.”
Encadernação da época, inteira em pele.
2589 — SILVA (L. A. Rebelo da).- MEMORIA SOBRE LA VIDA POLITICA Y LITERARIA
DE D. FRANCISCO MARTINEZ DE LA ROSA. Lisboa. Silva Junior & Cª - Editores. 1863.
In-8.º gr. de 204 págs. B.
Martinez de la Rosa, granadino nascido em 1787, teve enorme influência na vida política do seu país.
“Su obra literaria constituye un intento de conciliacion entre el romanticismo y el clasicismo”, segundo
se lê no Dicionário de Autores de González Porto-Bompiano. Invulgar.
Dedicatória do tradutor para o Visconde de Loures. Capa da brochura da frente com mancha de água
antiga, mancha que se vai desvanecendo até à última página preliminar.
[244]
2590 — SILVA (L. A. Rebelo da).- VARÕES ILLUSTRES DAS TRES EPOCHAS CONSTITUCIONAES. Collecção de Esboços e Estudos Biographicos. Lisboa. Livraria de Antonio
Maria Pereira. - Editor. 1870. In-8.º gr. de II-VIII-267-III págs. E.
2596 — SILVANO (Almeida).- O MARQUEZ DE POMBAL Celebrado por um grupo de distinctos escriptores liberaes. Lisboa. Empreza de O Bem Publico. 1906. In-8.º de 295 págs. E.
2591 — SILVA (Luciano Pereira da).- A ASTRONOMIA DOS LUSÍADAS. Coimbra. Imprensa
da Universidade. 1915. In-4.º gr. de XV-228-II págs. B.
2597 — SIMÕES (João Gaspar).- CADERNO DE UM ROMANCISTA. Ensaios. Livraria
Popular de Francisco Franco. Lisboa. [S.d.] In-8.º de 308-IV págs. B.
Ocupa-se das seguintes figuras históricas, apresentando os seus respectivos retratos gravados em
madeira.: Duque de Palmela, Manuel Fernandes Tomás, João Xavier Mousinho da Silveira, José da
Silva Carvalho, José Estevão e Manuel da Silva Passos.
Encadernação inteira em pele, da época.
Diz Luís de Albuquerque que o autor “(...) não se limita a esclarecer certas subtilezas verbais de
Camões (...) a par disso Luciano Pereira da Silva descreve também com alguma minúcia técnicas
e instrumentos de observação usuais no século XVI, extracta ou resume trechos de várias obras que
o Poeta leu e depois aproveitou no Poema, detendo-se ainda nas regras fundamentais da arte de navegar
daquela época”. A obra vem documentada com várias estampas impressas em separado, sendo duas
a cores, além de outras disseminadas pelas páginas do texto.
Primeira edição, aparecida em reduzida separata da «Revista da Universidade de Coimbra».
2592 — SILVA (Manuel).- O BRAZÃO DA POVOA DE VARZIM. Notas heraldico-juridicas
sobre a sua existencia e legitimidade. Livraria Povoense-Editora. Povoa de Varzim. 1925.
In-8.º gr. de 52-II págs. B.
Com duas estampas em folhas à parte.
2593 — SILVA (Manuel).- DUME E O SEU PRIMEIRO BISPO. (Paginas d’historia gallaico-minhota). 1919. Edição da Livraria Povoense Editora. Povoa de Varzim. [Typographia do
Poveiro]. In-8.º de XXVIII-113-I-XXXIV-IV págs. E.
Um dos raros exemplares desta interessante obra que pretendeu “salientar o passado desvanecedor de
Dume e rasgar a gaze d’esquecimento que envolve uma das mais nobres e grandes figuras da Edade
Media - o seu patrono S. Martinho - afigura-se-me o cumprimento d’um dever, se bem que parca a
homenagem a esses tempos e a esse varão”.
Encadernação com cantos e lombada em pele usada do avesso, mantendo conservadas as capas da
brochura. Com vestígios de bicho na margem inferior das últimas páginas.
2594 — SILVA (Manuel).- A VELHA POVOA DE VARZIM. (Subsídios para a História local).
Livraria Povoense – Editora. Povoa de Varzim. [1935]. In-8.º gr. de 29-III págs. B.
O opúsculo, de presumível restrita tiragem, trata os seguintes assuntos: I – A Casa dos Carneiros. II –
Resenha Genealógica dos Carneiros. III – O Cholera-Morbus na Póvoa.
2595 — SILVA (Manuel Emídio da).- COUSAS E LOUSAS. Crónicas. (1903 - 1910). Edição
comemorativa do centenário do nascimento do autor. Lisboa. 1958. 2 vols. In-8.º gr. de XXVII-I-347-I e II-516-I págs. B.
“São perto de cento e cinquenta as crónicas transcritas nos presentes dois volumes. Lendo o índice
respectivo, depressa se dá conta da esfusiante variedade de temas que foram sendo sucessivamente
tratados”, crónicas estas subscritas por L. Mano, pseudónimo de Manuel Emídio da Silva, que ao
longo de sete anos as publicou com grande sucesso no “Diário de Notícias”.
Dedicatória dos promotores da homenagem à memória de Manuel Emídio da Silva para o Almirante
Nuno de Brion.
[245]
Neste livro “Invocarei perante o tribunal da critica testemunhas das mais qualificadas e insuspeitas,
escriptores brilhantes, que por varios titulos opulentaram e illustram a litteratura nacional, como
Pinheiro Chagas, Camillo C. Branco, Latino Coelho, Ramalho Ortigão, Guerra Junqueiro, Coelho da
Rocha, Luz Soriano, e até Theophilo Braga”.
Capa da brochura ilustrada com uma figura feminina empunhando o que parece ser uma coroa de louros,
tendo em fundo o Arco da Rua Augusta. Singelamente encadernado.
Com inúmeras referências a escritores portugueses e estrangeiros, mais incidentes sobre Eça de
Queiroz e Camilo. Edição original.
Capas da brochura manchadas.
2598 — SIMÕES (João Gaspar).- VIDA E OBRA DE FERNANDO PESSOA. 4.ª edição novamente revista, acompanhada de um novo esclarecedor prefácio e de uma tábua bibliográfica
actualizada. Livraria Bertrand. Amadora. [1981]. In-8.º gr. de 739-I págs. B.
Obra clássica da bibliografia passiva pessoana, com retratos em folhas à parte.
2599 — SINVAL (Jose Gregorio Lopes da Camara).- SERMÕES. Com uma Introducção por
Camillo Castello Branco. Porto. Em Casa da Viuva Moré - Editora. 1864. In-8.º gr. de XXII-II-370-II págs. E.
É extenso e importante o texto de Camilo. Entre os muitos sermões que o volume integra contam-se
os que dedicou a Nossa Senhora do Porto, Nossa Senhora da Concição, S. Gonçalo de Amarante,
“Sermão no anniversario do naufragio do vapor Porto» e a «Oração nas exequias da Rainha a Senhora
D. Maria II». A Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira consagra uma extensa rubrica a Sinval,
Lente da Escola-Médico-Cirúrgica do Porto».
Encadernação com lombada e cantos em pele, moderna. Um pouco aparado.
2600 — SINVAL (José Gregório Lopes da Câmara).- A VOZ DO EVANGELHO ou Thesouro
dos Prégadores, collaborado por oradores e outros ecclesiasticos competentissimos. XIV
Sermões Completos de Joseph Gregorio Lopes da Camara Sinval. Volume I. Sermões de Santos
e de Nossa Senhora. [e XV Sermões Completos de Joseph Gregorio Lopes da Camara Sinval...
Volume II. Sermões de Nosso Senhor e Orações Diversas]. Porto. Livraria Catholica Portuense.
1901. 2 vols. In-8.º de XXI-I-223-III e 216 págs. E. em 1.
O 1º volume comporta, de págs. de VIIII a XXI, uma «Introducção (Traços biographicos de Sinval)»
por Camilo Castelo Branco e um Prologo de José Vitorino Pinto de Carvalho, “Reitor de Mancellos.”
Boa encadernação com cantos e lombada em pele, decorada com dizeres e ferros dourados. Com as
capas da brochura conservadase só de leve aparado à cabeça..
2601 — SOARES (Aníbal).- AMBROSIO DAS MERC S. (Memorias). Com uma carta-prefacio
de Carlos Malheiro Dias. Lisboa. Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão. 1903. In-8.º
de XVI-282-IV págs. B.
Na excelente carta-prefácio de Carlo Malheiro Dias, sinceramente elogiosa para o autor, vêm referências
a Camilo, Eça de Queirós, Rafael Bordalo Pinheiro e Fialho.
2602 — SOARES (Eduardo de Campos de Castro e Azevedo).- NOBILIÁRIO DA ILHA TERCEIRA. (2ª edição). Pôrto. Livraria Fernando Machado & C.ª MCMXLIV-MCMXLV. 3 vols.
In-4.º gr. de 362, 454 e 206-II págs. B.
A primeira parte deste valioso trabalho é constituída por uma «Breve Notícia da Ilha Terceira»;
[246]
.../...
A segunda parte é constituída pelos «Títulos Genealógicos». O 3º volume, nesta edição publicado pela
1ª vez, compreende um “Suplemento”, aditamentos e correcções.
Edição cuidada, ilustrada com várias estampas impressas em separado. Da 1ª edição, cujos exemplares
são muito raros e que não compreende o 3º volume ora publicado, apenas se imprimiram 112, todos
destinados a ofertas.
Exemplar valorizado com dedicatória autógrafa do autor para “Sua Excelencia o Senhor Doutor
António de Oliveira Salazar Dignissimo Presidente do Conselho de Ministros e Ministro dos Negócios
Estrangeiros.”
2608 — SOROPITA (Fernão Rodrigues Lobo).- POESIAS E PROSAS INÉDITAS. Com uma
prefação e notas de Camillo Castello Branco. Porto. Typ. Lusitana. 1868. In-8.º de XXXVIII-185
págs. E.
Com orientação gráfica e desenhos de Manuel Lapa e fotografias a negro e a cores de Manuel Serejo,
Jorge Alves e Teófilo Rego.
2610 — SOUSA (A. D. de Castro e).- DESCRIPÇÃO DO PALACIO REAL NA VILLA DE
CINTRA, QUE ALI TEEM OS S.res REIS DE PORTUGAL. Pelo Abbade... 1838. Lisboa.
Typographia de A. S. Coelho. In-8.º gr. de 38-II págs. E. no mesmo volume e do mesmo autor:
2603 — SOARES (L. Ribeiro).- A MOEDA EM PORTUGAL. Breve História. [Acabou de se
imprimir aos dezanove dias do mês de Novembro de mil novecentos e setenta e um, no centésimo
vigésimo quinto aniversário do Banco de Portugal, em «Neogravura, Limitada»...]. In-4.º gr.
de 86-II págs. B.
2604 — SOBRAL (Maria da Luz).- CONTOS E LENDAS DA NOSSA TERRA. (Para crianças).
Nota critica de Carolina Michaëlis de Vasconcelos. Ilustrações de Alice Rey Colaço. Emp.
Indust. Gráfica, Lda. [Porto. 1924]. In-8.º de 199-IX pág. B.
Capa da brochura ilustrada a cores figurando a rainha Santa Isabel.
Dedicatória da autora para Salazar, “Ilustre Professor da Universidade de Coimbra”.
2605 — SOLEDADE (Fr. Jerónimo da).- CARTA datada do ”Real Hospicio da Bemposta, 15 de
Maio de 1830”. Dm. 20 x 25 cm.
Carta endereçada a Francisco Joaquim Maia, dizendo: “Tendo presente a sua d’ 11, sou a agradecer-lhe os
bons desejos, q. lhe assistem de me ver Vigario Capp.ar de Braga (...).
“Os mesmos desejos (segundo me consta) teve o Cabido da Braga, chegando a eleger-me, mas reflectindo,
q. eu não podia ser eleito, por estar ainda ligado à Igreja de Cabo=Verde, e não poder ter duas, e ser
hum empregado publico, q. sem licença d’El Rei não podia ter outro destino, passou então a eleger o
Arcebispo de Lacedemonia, q. logo renunciou, ficando assim o Cabido com liberdade de fazer esta
eleição. (...)
2606 — SORIANO (Simão José da Luz).- HISTORIA DO CERCO DO PORTO, precedida de
uma extensa noticia sobre as differentes phases politicas da monarchia desde os mais antigos
tempos até ao anno de 1820, e desde este mesmo anno até ao começo do sobredito cerco...
Lisboa. Imprensa Nacional. 1846-1849. 2 vols. In-8.º gr. de IV-583-I e IV-XVI-615-I págs. E.
Obra indispensável ao estudo deste importantíssimo e decisivo acontecimento histórico, bastante
invulgar nesta sua primeira edição. Tem em folha desdobrável, uma minuciosa «Carta Topographica
das Linhas do Porto», “Levantada pelo Coronel Moreira, e novamente lythographada e augmentada
por A. C. Lemos”.
Luxuosas encadernações dos editores decoradas com ferros alegóricos a cores e metais.
2607 — SORIANO (Simão José da Luz).- HISTORIA DO CERCO DO PORTO. Nova edição
illustrada, precedida da biographia do auctor. Porto. A. Leite Guimarães - Editor.
MDCCCLXXXIX-MDCCCXC. 2 vols. In-4.º gr. de XXXVI-886 e IV-889-I págs. E.
Trata-se do mais extenso e fundamental trabalho acerca daquele decisivo acontecimento histórico, precedido de um dilatado «Discurso Politico», que ao longo das suas 550 páginas dá conta das “differentes
phases políticas porque tem passado o paiz, desde os mais remotos tempos até aos nossos dias”.
A edição, de cuidada execução gráfica, apresenta-se ilustrada com abundante documentação iconográfica
constituída por retratos de eminentes vultos políticos, estampas litografadas a cores com os diversos
tipos de uniformes, etc.
Luxuosas encadernações originais com belos ferros a cores e metais.
[247]
Primeira edição deste estimado livro, valioso também pelo extenso prefácio de Camilo.
Encadernação inteira em pele, da época. Aparado.
2609 — SOTTO MAIOR (D. Miguel).- A REALEZA DE D. MIGUEL. Resposta a um livro do
sr. Tomaz Ribeiro. Segunda edição. Coimbra. Livraria “Atlântida”. 1929. In-8.º de LXIII-I-238-II págs. B.
A primeira edição deste trabalho apareceu em 1882. Com um retrato do autor e um muito extenso
prefácio e notas de João Ameal.
–––– CARTA DIRIGIDA A SALUSTIO, AMADOR DE ANTIGUIDADES. 1839. Lisboa:
Typographia de A. S. Coelho. In-8.º gr. de VII-I-35-I págs.;
–––– DESCRIPÇÃO DO REAL MOSTEIRO DE BELEM com A noticia da sua Fundação.
1840. Lisboa: Typographia de A. S. Coelho. In-8.º de 74-II págs. [Com um retrato gravado de
D. Manuel];
–––– MEMORIA HISTORICA SOBRE A ORIGEM DA FUNDAÇÃO DO REAL MOSTEIRO
DE N. S. DA PENA, que pertenceu aos Monges da Ordem de S. Jeronimo; actualmente Palacio
acastellado, Situado na Serra de Cintra. Escripta, e dedicada ao Senhor D. Fernando Augusto
Francisco Antonio, Rei de Portugal, o 2.º do Nome, e Duque de Saxonia Coburgo Gotha... 1841.
Lisboa: Typografia de A. J. C. da Cruz. In-8.º de 55-I págs. [Com uma gravura representando
o «Mosteiro da Pena em Cintra];
–––– RESUMO HISTORICO DA VIDA, ACÇÕES, MORTE, E JAZIGO DO INFANTE
D. PEDRO, DUQUE DE COIMBRA, REGENTE DO REINO DE PORTUGAL NA MENORIDADE D’ELREI D. AFFONSO 5.º. (Com o seu retrato, e fac simile). Lisboa. Typ. na Rua dos
Lagares N.º 1. 1843. In-8.º de 17-I págs.;
–––– INVESTIGAÇÃO AO CASTELLO, SITUADO NA SERRA DE CINTRA. Lisboa: Na
Typ. de A. J. C. da Cruz. 1843. In-8.º de 20 págs.;
–––– MEMORIA SOBRE O MAGESTOSO QUADRO QUE ESTÁ NA SACHRISTIA DO
REAL MOSTEIRO DE S. LOURENÇO DO ESCURIAL. Lisboa: Na Typ. de A. J. C. da Cruz.
1843. In-8.º de 15-I págs.;
–––– VIDA DE FRANCISCO DE OLLANDA, illuminador, e architecto portuguez, que floresceo
no decimo sexto seculo, extrahida de seus escriptos pelo Abbade... Lisboa. Typ. da Viuva Coelho
e Comp. 1844. In-8.º de 18 págs.;
–––– NOTICIA ACERCA DOS ANTIGOS COCHES DA CASA REAL. Lisboa. Typographia
da Academia das Bellas Artes. 1845. In-8.º de 11-I págs.;
[248]
.../...
–––– ITINERARIO, QUE OS EXTRANGEIROS, QUE VEM A PORTUGAL, DEVEM
SEGUIR NA OBSERVAÇÃO, E EXAME DOS EDIFICIOS, E MONUMENTOS MAIS
NOTAVEIS DESTE REINO. Lisboa. Typ. da Historia d’Hispanha. 1845. In-8.º de 46 págs.;
–––– MEMORIA HISTORICA SOBRE A FUNDAÇÃO DO HOSPICIO DA INVOCAÇÃO DE
N.ª S.ª DA PROVIDENCIA, o qual prtenceo aos Clerigos Regulares Theatinos: actualmente
Conservatorio Real de Lisboa. Lisboa. Typ. da Hist. d’Hispanha. 1846. In-8.º de 16 págs.
Colectânea de onze estudos do Abade Castro e Sousa: Inocêncio, já no seu tempo, dizia que a maior
parte dos seus opúsculos “são hoje difficeis de achar”.
Bela encadernação da época, inteira em pele, com dizeres e ferros a ouro na lombada, ferros a ouro
nas duas pastas e o corte das folhas brunido a ouro fino.
2611 — [SOUSA (Bernardo António de)].- VERSOS DE B. A. DE S. PASTOR DO DOURO.
Porto. Na Off. de Antonio Alvarez Ribeiro. Anno de 1782-1792. 2 vols. In-8.º de II-272 (erradamente numerada 472)-I e IV-336-XII págs. E.
Inocêncio, por informação recebida do Visconde de Azevedo: “Bernardo Antonio de Sousa nasceu
na freguezia de Sancta Maria de Arrifana, comarca da Feira, no 1º de Septembro de 1758. (...) O seu
merecimento como poeta póde avaliar-se pelas obras que publicou. Parece que o estado ecclesiastico que
professava com grande sisudez, o obrigou a não se apresentar em publico como poeta, occultando por
isso o seu nome, cujas iniciais sómente inscreveu no frontispício dos livros que se imprimiram com os
seus versos. (...)”
Primeira edição, muito invulgar. Encadernações da época, diferentes.
2612 — [PORTO]. [SOUSA (Camilo Aureliano da Silva e)].- OS RATOS DA ALFANDEGA
DE PANTANA. Poema burlesco em 8 cantos. Dedicado a todas as Alfandegas do universo.
Por J. M. P. Porto: Typographia da Revista. 1849. In-8.º peq. de 126-II págs. B.
Segundo Alberto Pimentel o autor deste curioso e raro poema herói-cómico foi Camilo Aureliano da
Silva e Sousa, “homem de inclinações literárias, traduziu alguns romances estrangeiros e foi o editor
da Anti-Catastrophe.
“O assunto do poema são as irregularidades que, segundo corria, inquinavam a administração da alfândega
do Pôrto, cujo director era o barão de S. Lourenço (de Asmes, concelho de Valongo). (...)
“Por decreto de 5 de Outubro de 1849 foi nomeada uma comissão de inquérito à alfândega do Pôrto
e do seu relatório se vê que não menos de 5:000 pipas de vinho sairam pela barra do Douro sem que
os respectivos direitos aduaneiros fôssem pagos. (...)
“O poema tem graça, sobretudo para quem, como eu, pode penetrar o sentido de todas as alusões pessoais.
Trata-se do Pôrto da minha infância, e de gente que eu ainda conheci — pelo menos de nome ou de
vista.” É Extensa a rubrica que Pimentel dedica a esta interessantíssima espécie bibliográfica.
2613 — SOUSA (Eduardo de).- JOSÉ ESTEVÃO. (Edição do centenario). Livraria Moreira Editora. Porto. 1909. In-4.º peq. de 35-I págs. B.
Evocação do aveirense José Estevão, singular figura de orador e parlamentar.
2614 — SOUSA (Eduardo de).- O POETA DO “SÓ”. Com um retrato do Poeta e uma carta
inedita de Guerra Junqueiro. 1924. Livraria e Imprensa Civilização - Editora. Porto. In-8.º
de 104 págs. B.
Edição ilustrada com a reprodução de um retrato de António Nobre, dedicado pelo Poeta “A Eduardo,
o Preso”, datada de 1891.
Dedicatória do autor.
[249]
2616 - ver pág. 251
2615 — SOUSA (F. P. de).- CARTA AUTÓGRAFA. Datada de “Lisboa 6 frª 3 de Junho de
1842, dia do C.ão de Jezus”. Dim. 21,5 x 25 cm.
Curiosa carta dirigida a Francisco Joaquim Maya, em perfeita caligrafia, sobre folha dupla com carimbo
pré-filatélico, começando da seguinte forma: “Nasci dentro dos Muros do Semiterio dos Prazeres; vivi
ali athé á idade de 18 annos e sahi, mas não pª fóra da Freguezia. Cazei e recebi mª Espôza dentro dos
muros d’aquelle mesmo semiterio na Ermida de N. S. dos Prazeres, na qual se depositão os restos
mortaes dos felizes dos q. pª ali vão. Continuei sempre a frequentar aquelle sitio, e é hoje o passeio
q. mais me agrada e deleita, observando ali e vendo esculpidos em Pedra os nomes de amigos e parentes
antigos e modernos, e conhecidos q. ali jazem em perfeito descanço. Ora sendo agora o mêo passeio
habitual aquelle e ficando-me um pouco longe pª o estado de abatimento em q. me achas alguma vêz
terá alguem de carregar commigo, e pª q. a jornada seja mais commoda e suave a q.m me levar, vou
desde já aproximar-me e viver o resto dos meus poucos dias perto daquelle lindissimo jardim, ficando-me
em q.to vivo os meus passeios mais commodos.”. Diz depois “já não existir qualquer pessoa de numerosa sua família, nem pessoa alguma das q. me acompanhárão á o cazamento; já finalmente não existem
nem os alicerces da caza em q. nasci e vivi estando esta reduzida a lugar de sepulturas! (...).
2616 — SOUSA (Fr. João de).- NARRAÇÃO // DA ARRIBADA // DAS // PRINCEZAS AFRICANAS // AO PORTO DESTA CAPITAL DE LISBOA, // SEU DESEMBARQUE PARA
TERRA, // ALOJAMENTO // NO PALACIO DAS NECESSIDADES, // HIDA PARA
QUÉLUZ, // SEU AMBARQUE, // E VOLTA PARA TANGERE // ESCRITA // PELO P. FR.
JOÃO DE SOUSA, // RELIGIOSO DA CONGREGAÇÃO DA TERCEIRA ORDEM DA // PENITENCIA, INTERPRETE DE S. MAGESTADE // PARA A LINGOA ARABICA. // LISBOA: // NA
OFF. DA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS. // 1793. In-8.º gr. de VIII-36 págs. B.
Opúsculo raro e de grande curiosidade, cuja dedicatória está impresa em português e árabe. Já Inocêncio
dizia que era “Opusculo pouco vulgar, e que creio deve accrescentar-se á Bibliographia Historica do sr.
Figaniere”, corrigindo no tomo VIII do seu Dicionário: “Julgou-se omittida na Bibliographia Historica
portugueza (...), mas foi engano; lá effectivamente existe sob o n.º 1008, a pag. 189.”
(ver gravura na pág. 250)
2617 — SOUSA (Joaquim José Caetano Pereira e).- CLASSES DOS CRIMES, POR ORDEM
SISTEMATICA, com as penas correspondentes, segundo a legislação actual. Lisboa.
M.DCCCIII. Na Regia Officina Typografica. In-4.º peq. de XX-374 págs. E.
Esta obra originou um incidente com o desembargador José Joaquim Vieira Godinho, que, tendo
abusivamente levado para sua casa o manuscrito já depois de devidamente aprovado, tentou que
o autor o modificasse segundo o seu conceito. Pereira e Sousa recusou, tendo saído desta pendência
com a sua posição reforçada, vindo a ser agraciado pelo rei com a Ordem de Cristo. Primeira edição, rara.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
2618 — SOUSA (José de Campos e).- CAMILO E MINI-CULTURA. Lisboa. MCMLXVIII.
In-4.º de XII págs. B.
Reduzida separata de «Arqueologia e História».
Dedicatória do autor para o camilianista Pedro Alvellos. Capa da brochura com alguma sujidade.
2619 — SOUSA (José de Campos e).- PROCESSO GENEALÓGICO DE CAMILLO
CASTELLO BRANCO. Com um prefácio de D. Pedro da Câmara Leme. Lisboa. MCMXLVI.
In-4.º de XV-I-232 págs. E.
Para a elaboração deste trabalho o autor “remexeu Arquivos Paroquiais e Processos do Sto. Ofício.
Estas últimas consultas, principalmente, foram de fundamental importância, porque nunca tinham sido
convenientemente feitas”; “Mas o presente estudo não é só uma obra de investigação genealógica;
é também (...) um dos primeiros trabalhos de genealogia portuguesa orientados segundo um crtitério
amplo, que deveria ser seguido em todos os modernos estudos genealógicos.” Com árvores de costado
em folhas desdobráveis.
Extensa dedicatória autógrafa do autor para Pedro Manuel Alvellos. Bem executada encadernação com
a lombada em pele à cor natural, com dizeres e ferros dourados, mantendo preservadas as capas da
brochura.
[251]
2622 - ver pág. 253
2620 — SOUSA (L. de Morais e).- A SCI NCIA NÁUTICA DOS PILOTOS PORTUGUESES
NOS SÉCULOS XV E XVI. Com uma notícia preambular por Vicente Almeida d’Eça. Lisboa
- Imprensa Nacional - 1924. 2 vols. In-4.º de XII-200-II e 215-III págs. E. em 1.
Trabalho de investigação com apreciável importância para a história das viagens portuguesas de quatrocentos e de quinhentos, numa edição ilustrada nas páginas do texto, hoje muito invulgar.
Encadernação com a lombada e os cantos em pele, imperfeita; tem as capas da brochura da frente
conservadas. Com um carimbo nos frontispícios.
2621 — SOUSA (L. Rebelo de).- MOEDAS DE ANGOLA. Editado pelo Banco de Angola.
[Lisboa. 1967?]. In-8.º gr. quadrado de 116-IV págs. E.
Muito interessante estudo numismático, numa luxuosa e cuidada edição em papel couché, profusamente ilustrada a cores. Vinhetas de Neves de Sousa.
Encadernação editorial, com sobrecapa ilustrada a cores.
2622 — SOUSA (Frei Luís de).- ANNAES DE ELREI DOM JOÃO TERCEIRO. Publicados
por A. Herculano. Lisboa. Typ. da Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Uteis. 1844.
In-8.º gr. de XXIII-I-469-VIII págs. E.
É a primeira edição desta importante obra de Frei Luis de Sousa, indispensável ao estudo do reinado
a que respeita, tendo sido considerado o seu aparecimento por Herculano como “um successo importante
nos annaes da litteratura portugueza; importante para a historia, para a lingua, e para a biographia de
um dos nossos mais illustres escriptores”. Tem o fac-símile de uma carta enviada a Fr. Luís de Sousa
pelo Prior Provincial do Convento de S. Domingos de Benfica.
Encadernação da época, decorada com belos ferros a ouro na lombada. (ver gravura na pág. 252)
2623 — SOUSA (Manuel Bento de).- O DOUTOR MINERVA. (Critica do Ensino em Portugal).
Segunda edição correcta. Lisboa. 1894. In-8.º de XXX-364-II págs. E.
Livro interessante, com capítulos exclusivamente consagrados a alguns monarcas portugueses. Com
um excelente retrato do autor. Invulgar.
Ex-libris de João da Costa Santiago de Carvalho Souza. Encadernação da época com a lombada em pele.
2624 — [SOUSA (Manuel Bento de)].- A PARVONIA. Recordações de Viagem. Nova edição.
Lisboa. Typographia de M. Gomes, Editor. In-8.º de XVI-275-V págs. E.
Curioso e invulgar livro de bibliografia olisiponense, publicado sob o pseudónimo Marcos Pinto. Com
uma extensa carta-prefácio assinada com o nome do autor.
Ex-libris de João da Costa Santiago de Carvalho Souza. Encadernação com a lombada em pele, da
época.
2625 — SOUSA (Manuel de).- DICTIONNAIRE FRANÇOIS-PORTUGAIS, composé par le
Capitaine Emmanuel de Sousa, mise en ordre & augmenté par Joachim Joseph da Costa & Sa.
Seconde edition, revue, corrigée, & augmentée, de tous les mots adoptés dans la langue françoise, depuis plusieurs années; des synonymes de la meme langue, & enrichie de nouveaux termes
de Botanique, & de ceux de la nouvelle nomenclature chimique; &c. le tout soigneusement
recueilli des meilleurs dictionnaires qui ont paru jusqu’a ce jour, & principalemet de celui de
l’Academie Françoise edition de 1802. Par le Docteur Vincent Pierre Nolasco da Cunha.
Lisbonne: Chez Borel, Borel, & Compagnie... De l’Imprimerie de Simon Thaddée Ferreira.
1811. 2 vols. In-4.º gr. de VIII-724 e IV-697-I págs. E.
Edição preferível à anterior. Muito invulgar.
Boas encadernações inteiras em pele da época, com as lombadas com nervos, dizeres e ferros a ouro.
[253]
2627 - ver pág. 255
2626 — [SOUSA (Fernando de)].- E PUR SI MUOVE. (Affirmações e criticas). Lisboa.
Typographia Minerva Central. 1900. In-8.º de XIV-407-III págs. B.
Livro publicado sob o pseudónimo Nemo, com os seguintes capítulos: «Questão capital», “«A Sciencia!»”,
«Sciencia e fé», «Sciencia e religião», «Giordano Bruno», «Digressão historica», «Sabios e crentes»,
«A noção de religião», «Galileu», «Um auto de fé», «Galileu Junior», «Um desforço», «Leviandades»,
«O tribunal da historia», «Verdades primordiaes», «Tal philosopho, tal critico»,”«Pias fraudes”»,
«La petite bête», «Acrobatismos scientificos», «A moral jesuitica», «Opiniões ou prejuizos?», «E pur
si muove!».,
2627 — SOUSA (Pero Lopes de).- DIÁRIO DA NAVEGAÇÃO DE PERO LOPES DE
SOUSA. 1530 - 1532. Estudo crítico pelo Comandante Eugenio de Castro. Prefácio de J.
Capstrano de Abreu. 2.ª edição. Edição da Comissão Brasileira dos Centenários Portugueses em
1940. [Linotipado e impresso nas oficinas da Gráfica Sauer. Rio de Janeiro]. 2 vols. In-4.º de
XXXII-555-V, 74-II-LXII págs. e XVI mapas desdobráveis. E.
Importante texto quinhentista pertencente ao riquíssimo acervo da Biblioteca da Ajuda, de muita
importância para a história dos primeiros tempos da colonização do Brasil, dado a conhecer por
Francisco Adolfo de Varnhagen em 1839 e nesta edição reproduzido em fac-símile Com 16 mapas
desdobráveis em folhas à parte.
Edição confinada a 600 exemplares numerados e autenticados.
Modestamente encadernados, mas com as capas da brochura da frente conservadas.
(ver gravura na pág. 254)
2628 — SOUSA (Plácido de).- ESBOÇOS MUNDANOS. Cartas de Paris e d’Allemanha.
H. Garnier, Livreiro-Editor. 1910. In-8.º de 251-I págs. B.
Alguns dos capítulos deste curioso vlume: «Intimidades faceis», «Uma aventura amorosa», «Logares
de prazer», «Concurso Hippico», «A mulher francesa», «Os Armazens de modas», «Libertinagens»,
«O Salon»; «O Derby francez»; «A exposição canina», «Os automoveis», «O triumpho dos Music-Halls», «Corridas de Cavallos», etc.
Dedicatoria do autor para João Santiago. Capa da brochura ilustrada a cores mas com um pequeno
corte no ângulo inferior.
2629 — SOUSA (Querubim de).- S. NICOLAU, O GRANDE TAUMATURGO. Porto. Paróquia
de S. Nicolau. 1955. [Tip. da Empresa de Publicidade do Norte]. In-8.º de 180-VI págs. E.
Com numerosas estampas em folha à parte referentes a S. Nicolau, santo que no Porto é honrado com
Igreja e Freguesia com o seu nome.
Boa encadernação com cantos e lombada em pele decorada com nervuras e ferros dourados, tendo
conservadas as respectivas capas da brochura.
2632 — [CAMILIANA]. SPAC. SOCIEDADE PORTUGUESA DE ACTUALIDADES
CINEMATOGRÁFICAS, Lda. Distribuição exclusiva para Portugal, Ilhas e Colónias
Portuguesas, do filme AMOR DE PERDIÇÃO. O Filme que consagrou definitivamente o Cinema
Português. Realização de António Lopes Ribeiro segundo a obra-prima de Camillo Castelo
Branco. [Tip. Emp. Nac. de Publicidade - 800 - 20-12.43]. In-fólio de IV págs. inums. E.
Com os intérpretes do filme, ilustrações e apreciações da imprensa. Tem junto 3 cartazes a negro
e vermelho, de grande formato, 36,5 x 53 cm., respectivamente intitulados: «Uma Obra Prima da
Literatura Portuguesa. Amor de Perdição», «Amor de Perdição. O célebre filme de Camilo Castelo
Branco num filme de António Lopes Ribeiro» e «Um Filme Português extraído dum livro célebre»,
cartazes que apresentam, no total, numeradas, 18 fotogravuras extraídas do filme.
Dado o seu carácter efémero, publicações como esta, são hoje praticamente impossíveis de obter.
Encadernação com a lombada em pele mosqueada, com dizeres e ferros dourados na lombada.
Com o ex-libris heráldico de Pedro Alvelos.
2633 — STAHAL (P. J.).- B TES ET GENS. Par P. J. Stahl (J. Hetzel). précédés d’une Préface par
M. Louis Ratisbonne. Paris. Victor Lecou, Libraire-Éditeur. 1854. In-8.º de XIV-II-316 págs. E.
O exemplar ostenta a assinatura autógrafa de Camilo com o seu nome completo na folha de anterrosto.
Encadernação nova, com lombada e cantos em pele, tendo conservadas as capas da brochura e estando
aparado apenas à cabeça. Exemplar com manchas de água, secas, e uma de tinta na margem superior
das primeiras folhas.
2634 — STEFANI (Giuseppe).- ASSICURAZIONE A VENEZIA DALLE ORIGINI ALLA
FINE DELLA SERENISSIMA. Documenti publicati in occasione del 125º annuale della
Compagnia a cura di... Trieste. MCMLVI. [Poligrafici il resto del Carlino, Bologna, 30 aprile
1956]. 2 vols. In-fólio de VII-I-627-I págs. divididas pelos volumes. E.
Primorosa edição sobre a história dos seguros em Veneza desde as suas origens até ao século XVIII,
tratando com pormenor as navegações e comércio venezianos, com vasta documentação iconográfica
a cores e a negro, com algumas folhas desdobráveis reproduzindo portulanos, cartas náuticas, modelos
de embarcações de várias épocas e para diferentes finalidades, frontistícios de raras publicações, documentos manuscritos vistas de Veneza e de outras cidades, ex-votos, indumentária, etc.
Encadernações editoriais inteiras em tela, com título nas lombadas e emblema alegórico a cores nas pastas.
2635 — STEGAGNO PICCHIO (Luciana).- HISTÓRIA DO TEATRO PORTUGUÊS.
Portugália Editora. Lisboa. 1969. In-8.º gr. de 486-II págs. E.
A autora, italiana, é considerada como grande autoridade no que ao teatro português diz respeito.
Edição de cuidada apresentação gráfica, em bom papel e com numerosas ilustrações, de que se destacam
muitos fac-símiles de portadas de livros antigos portugueses.
Encadernação original.
2630 — SOUSA (Tude Martins de).- SERRA DO GEREZ. Estudos - Aspectos - Paizagens.
Porto. 1909. Livraria Chardron. In-8.º de IX-I-155-II págs. B.
2636 — STORCK (Wilhelm).- AUS PORTUGAL UND BRASILIEN. (1250-1890.)
Ausgewählte Gedichte verdeutscht von... Münster i. W. Verlag von Heinrich Schöningh. 1892.
In-8.º de XVI-271-I págs. E.
2631 — SOVERAL (Visconde de).- APONTAMENTOS SOBRE AS ANTIGAS RELAÇÕES
POLITICAS E COMMERCIAES DE PORTUGAL COM A REPUBLICA DE VENEZA.
Lisboa. Imprensa Nacional. 1893. In-4.º de 21-III págs. B.
2637 — STRASEN (E. A.) & GÂNDARA (Alfredo).- OITO SÉCULOS DE HISTÓRIA LUSOALEMÃ. Instituto Ibero-Americano de Berlim. 1944. [Lisboa]. In-4.º de 553-I págs. E.
Pretende o autor que com este livro “vá a affirmativa de que a serra do Gerez é das regiões de Portugal
mais merecedoras de apreço, de estudo e de serem visitadas e que n’ella está a formar-se para o futuro,
pelas suas aguas, pelas suas mattas, pelas suas paizagens e por todo o seu conjuncto, uma das nossas
melhores e mais valiosas riquezas”. Com estampas em folhas á parte.
Com dois mapas em folhas desdobráveis. Edição cuidada, impressa a duas cores, com tiragem total
confinada a 310 exemplares.
[255]
Rara antologia de poesia datada de 1250 a 1890, onde estão representados os mais notáveis autores
portugueses e brasileiros, em cuidada tradução alemã de Wilhelm Storck. Inckui «A Maior Dor
Humana» de Camilo.
Dedicatória do autor para José Ramos-Coelho, que no pé do frontispício escreveu: “Poesia minha. V
pag. 211.” Encadernação da época, com a lombada em pele.
Cremos ser este ainda o mais vasto e documentado trabalho de conjunto acerca das relações históricas
luso-alemãs, estudadas a partir da fundação da nacionalidade portuguesa e enriquecido com vastíssi-
[256]
.../...
ma documentação iconográfica: “320 ilustrações no texto, 3 iluminuras, índice de 1800 personagens,
e 2 quadros genealógicos anexos.”
Encadernação com a lombada belamente decorada com dizeres e ferros a ouro, capas da brochura
conservadas e aparado apenas à cabeça.
2638 — SUMMAVIELLE (Soledade).- ESCRÍNIO. Lisboa. 1987. [Editora Gráfica Portuguesa,
Lda.]. In-8.º de 77-V págs. B.
António de Sèves Alves Martins: “Mulher, esteta, conseguida no encontro do equilíbrio entre o sonho
e realidade, conhecedora e amante do bom e do belo, alma repleta de acontecimentos, hábil na utilização
do verbo, sincera na expressão do sentir, não admira que Soledade Summavielle ocupe na Poesia um
lugar de relevo, lugar de poeta maior.
2639 — SUMMAVIELLE (Soledade).- JARDIM SECRETO. Lisboa. 1991. [Editora Gráfica
Portuguesa, Lda]. In-8.º de 86-II págs. B.
“Nascida no Minho, poetisa, gerada entre giestas e rosmaninho, Soledade Summavielle estabelece-se
numa poesia de encanto, de deslumbramento, entre o lirismo e o rigir estético, em permenente sonho
palpitante”, como escreveu Artur Ferreira Coimbra.
2640 — SUMMAVIELLE (Soledade).- 25 ANOS DE POESIA. Lisboa. 1988. [Editora Gráfica
Portuguesa, Lda]. In-8.º de 339-I págs. B.
Cantora, ceramista e poetisa, Soledade Summavielle reúne neste volume os livros de poesia até então
publicados, sendo de salientar que «Canto Incerto» recebeu o Prémio da Academia das Ciências de Lisboa.
2641 — SUPLEMENTO LITERARIO DO ABC. Edição da Sociedade Editorial «A B C»
Limitada. Lisboa. 6 opúsculos In-4.º peq. B.
Com os seguintes opúsculos: «O Pecado de El-Rei D. Afonso Henriques», por D. João de Castro; «A
Sua Paixão (Cartas de mulher)», por Sousa Costa; «História duma Paixão», por João Grave; «Valeroso
Milagre», por Aquilino Ribeiro; «O Adultério de Maria Helena Malafaia», por Severo Portela; «Um
Episodio Malaguenho», por Conde de Sabugosa.
2642 — LE TABLEAU DES PIPERIES DES FEMMES MONDAINES, Où par plusieurs
Histoires se voyent les ruses et artifices dont elles se servent (1632). Texte original avec une Notice
Par le Bibliophile Jacob. Paris. Léon Willem, Éditeur. 1879. In-8.º gr. de XX-244-II págs. B.
Livro muito curioso, com uma muito extensa «Notice» por “Le Bibliophile Jacob”, pseudónimo usado
por Paul Lacroix. Edição para bibliófilos, limitada a 375 exemplares numerados, sendo este um dos
350 em papel de Holanda.
Capítulos da obra: De la beauté loüable et de la beauté trompeuse; Description de la Femme lascive;
Vanité de ceux qui adorent la beauté des femmes; Des ruses et artifices de la Femma pour perdre
l’homme le plus sage du monde; De la superfluité des habits des Femmes mondaines;Estat miserable
et horrible des Courtisannes après leur mort et sepulture, addressé aux Courtisans; Estat des
Courtisans, à l’heure de leur mort; Exhortation aux Dames sur la tromperie des Courtisans; Malheurs
estranges que cause le mauvais gouvernement des Femmes mondaines par la jalousie qui se glisse aux
cœurs des maris; Invective contre la paillardise; Des maux que cause le sale plaisir de la chair; Des
malheurs que cause la beauté corporelle; Des chastimens et peines ordonnées contre les adultères;
Loüanges de la virginité ou chasteté.
2643 - ver pág. 258
2643 — TABOADA Y LEAL (D. Nicolas).- DESCRIPCION TOPOGRAFICO-HISTORICA
DE LA CIUDAD DE VIGO, SU RIA Y ALREDEDORES; Con una Noticia biografica de varios
hombres ilustres hijos del Pais, por el Lic. D. Nicolas Taboada y Leal... Santiago: Imprenta de
la Viuda é Hijos de Compañél. Diciembre de 1840. In-8.º gr. de 230-II págs. E.
[258]
.../...
Tem uma litografia desdobrável de grandes dimensões com uma «Vista de la parte Oriental de la
Ciudad y Puerto de Vigo, Tomada desde el Castillo de S.ta Tecla» e, em folha de iguais dimensões, um
«Plano de la Ria de Vigo».
Declara o autor no frontispício que, foi “Médico del Gremio de Mar del mismo Puerto y Distrito, ausiliar
de su Hospital Militar, Condecorado por S. M. con la Cruz de Epidemias, sócio corresponsal de la
Academia Médico-Quirurgica de Galicia y Asturas é individuo de otras Sociedades Literarias
y Economicas del Reino.”
Palau regista apenas duas obras deste autor, sendo esta a mais antiga: a outra, datada de 1877, é uma
«Hidrologia medica de Galicia (...)”. Muito rara e valiosa.
Encadernado no fim, com frontispício próprio, da autoria de Julio Astray, tem: REFLEXIONES
SOBRE LA MEMORIA RELATIVA AL PROYECTO DE FERROCARRIL ECONÓMICO DIRECTO
DE LA CORUÑAA SANTIAGO. 1882. SANTIAGO: Tipografía de la Gaceta de Galicia. 1882. 27-I págs.
Encadernação com a lombada em pele, simples mas da época. (ver gravura na pág. 257)
2644 — TABORDA (José da Cunha).- REGRAS // DA // ARTE DA PINTURA, // Com breves
Reflexões Criticas sobre os caracteres distinctivos de // suas Escolas, Vidas, e Quadros de seus
mais célebres Professores. // Escritas na Lingoa Italiana por Michel Angelo Prunetti. // DEDICADAS // AO EXCELLENTISSIMO SENHOR // MARQUEZ DE BORBA //... // POR // JOSÉ
DA CUNHA TABORDA, // Pintor ao Serviço de S. A. R. o Principe Regente N. Senhor. //
Accresce Memoria dos mais famosos Pintores Portuguezes, // e dos melhores Quadros seus que
escrevia o Traductor. // (gravura com anjos e as armas de Portugal ass. por J. C. Taborda e D. J.
Silva) // LISBOA: NA IMPRESSÃO REGIA. Anno 1815. In-4.º peq. de XXII-II-272-II págs. E.
De págs. 141 em diante decorre a «MEMORIA // DOS // MAIS FAMOSOS // PINTORES PORTUGUEZES, // E DOS // MELHORES QUADROS SEUS», a que se segue o «EXCERPTO // De algumas
palavras da Arte da Pintura mais // usadas, e introduzidas de outras lingoas pe- // los Professores della
em a nossa Por- // tugueza».
Trata-se da edição original e bastante rara de uma das mais notáveis obras da bibliografia artística portuguesa, impressa em bom papel de linho. Reeditada na colecção «Subsídios para a História da Arte
Portuguesa».
Boa encadernação inteira em pele, nova, com dizeres e ferros a ouro na lombada. Só de leve aparado
à cabeça. (ver gravura na pág. 259)
2645 — TARACENA AGUIRRE (B.).- CARTA ARQUEOLÓGICA DE ESPAÑA. SORIA.
Madrid, MCMXLI. [Imp. La Semana Gráfica. Valencia]. In-4.º gr. de 180-XII págs. E.
Último parágrafo do prólogo do Marquês de Lozoya: “Este primer fascículo de la Carta Arqueológica
de España está dedicado a la provincia de Soria, solar de la heroica Numancia, y teatro de los más
gloriosos hechos militares de la antigüedad peninsular.” Com fotogravuras, desenhos, planta e mapas,
estes últimos em folhas desdobráveis.
Excelente encadernação inteira em pele, tendo na pasta da frente o escudo com as armas de Portugal
e na posterior as armas de Espanha, ambas gravados a ouro. Com as capas da brochura conservadas.
2646 — TASSO (Torquato).- LA GERUSALEME LIBERATA, Con note o sia spiegazioni utili e
dilucidazioni grammaticali, da Romualdo Zotti, ad uso degli studiosi della lingua italiana. Quarta
edizione. Londra: Presso Romualdo Zotti... 1820. 2 vols. In-8.º de VIII-362 e II-318 págs. E.
Encadernações da época, com as lombadas em pele. Pequeno rectângulo de papel, antigo, na margem
superior dos frontispícios, provavelmente destinados a encobrir uma assinatura.
2647 — TAVARES (José [Joaquim Maria]).- SUCCESSÕES E DIREITO SUCCESSORIO.
Volume I. Introducção — Noções e principios fundamentaes. Primeira Parte - Successão
Testamentaria. Coimbra. França Amado - Editor. 1903. In-4.º peq. de 745-I págs. E.
2644 - ver pág. 260
O autor nasceu em Vila da Urra, concelho de Vila de Rei, foi professor universitário, advogado
e publicista, tendo exercido também significativa actividade política. Deixou várias obras publicadas,
tendo ficado pelo primeiro volume a que aqui apresentamos.
Boa encadernação com lombada e cantos em pele. Assinado no frontispício.
[260]
2648 — TAVARES (Silva).- CANTIGAS QUE JA CANTEI. Palavras prévias por Pedro de
Moura e Sá. Portugália Editora. [Lisboa. S.d.]. In-8.º peq. de 335-VII págs. B.
2653 — TEIXEIRA (Luís).- CRÓNICA DOS TEMPOS IDOS. Lisboa. MCMLIV. [Tipografia
da Empresa Nacional de Publicidade]. In-8.º de 36-IV págs. B.
2649 — TAXIL (Léo).- OS MYSTERIOS DA FRANC-MAÇONARIA, revelados por... Versão do
Padre Francisco Corrêa de Portocarreiro, dedicada pelo auctor a Sua Magestade a Rainha D. Maria
Amelia. Porto. Antonio Dourado – Editor. 1892. 2 vols. In-4.º gr. de 469-XI e 439-I págs. E.
2654 — TEIXEIRA (Luís).- JÚLIO CÉSAR MACHADO. Lisboa. MCMXLVIII. [Gráfica
Santelmo]. In-4.º de 28-IV págs. B.
Livro constituído por 300 quadras recolhidas dos livros «Quem Canta», «Mais Cantigas», «Quem tem
Meninos Pequenos», «O Livro do nosso Amor», «Vá de Roda» e «Cantigas de Mal-dizer».
Dedicatória autógrafa do autor. Capa da brochura com uma pequena mancha.
Obra de grande curiosidade e divulgação ao tempo da sua publicação, com numerosos e bons
desenhos de Méjanel gravados em madeira por Pannemaker. Com os seguintes capítulos: «A Maçonaria
ciosa de seus segredos»; «As Lojas ou a Maçonaria Azul»; «Os Capítulos ou a Maçonaria Vermelha»;
«Os Areopagos ou a Maçonaria Negra»; «A Direcção Suprema ou a Maçonaria Branca»; «A Maçonaria
Florestal ou o Carbonarismo»; «As Irmãs Maçonas»; «A Franc-Maçonaria na Sociedade»;
«Ceremonias Diversas»; «Ritos Maçonicos Diversos».
Encadernações dos editores em percalina vermelha, com dourados nas lombadas e dourados e ferros
a negro nas pastas.
2650 — [TEATRO DE S. JOÃO, PORTO]. SEIS LIBRETOS DE ÓPERAS In-8.º E. em 1 Vol.
Raro conjunto de 5 libretos de óperas representadas no Teatro de S. João e 1 no Teatro de S. Carlos,
em Lisboa:
MALEK-ADHEL. Tragedia lyrica em 3 actos de Luiz Bertolocchi de Bolonha. Musica de D. Antonio
Reparaz. Porto. Typographia de António José da Silva Teixeira. 1859;
O FORNARETTO, Drama lyrico em quatro quadros de Andrea Codebó. Musica do Maestro Gualter
Sanelli. Porto. Typographia de A. da S. Santos. S.d.;
ROBERTO DEVEREUX. Tragedia lyrica, em 3 actos, Musica de Donisetti. Porto. Typographia de
Gandra & Filhos. 1855;
MOISES, Oratoria Sacra. Musica composta em Pariz pelo celebre Mestre Cavalheiro Joachim Rossini.
Porto. Typographia Santos & Filhos. 1852;
OS DOUS FOSCARIS. Tragedia lyrica em 3 actos. Musica do Maestro Giuseppe Verdi. Porto:
Typographia de Antonio José da Silva Teixeira. 1860;
OS CAPULETOS E OS MONTECHIOS. Tragedia lirica dividida em 3 actos para se representar no
Real Theatro de S. Carlos. Lisboa. Typ. de Elias José da Costa Sanches. 1856.
Encadernação da época, com a lombada imperfeita.
2651 — TEIXEIRA (Carlos Augusto da Costa), FONSECA (Camilo de Araújo) & CARVALHO
(Francisco José Menezes de).- CARTA AUTÓGRAFA, datada de Vieira, 18 de Março de 1877.
Dim. 22 x 27,5 cm.
Carta dirigida ao Conselheiro Alexandre (?) Ribeiro de Lemos, dizendo: “Eleitos como fomos pela
Camara Municipal d’este Concelho para intrecedermos com os proprietarios dos terrenos por onde tem de
passar a estrada que d’este logar de Brancelhe tem de partir para Roças, em cujo numero entra V. Ex.ca,
affim de obtermos que a expropriação dos mesmos terrenos se effectue o mais favoravel que seja possivel,
vista a escacez dos recursos da mesma Camara e a importancia da obra projectada; ouzamos, a pesar de
reconhecer-mos o nosso insignificante valimento, dirigirnos a V. Ex.ca, que em extremo patriota não
deixará de atendernos o quanto seja possivel para a realisação d’este importante melhoramento.
“V. Ex.ca está bem ao facto dos terrenos que tem de ser attravessados pela estrada pertencentes á sua
casa de Lamas, porisso a este respeito guardaremos silencio, e sómente imploramos que mais uma vez
dê uma exuberante prova da sua estima respondendo-nos com a brevidade possivel e indicar-nos
a importancia a receber pelo terreno expropriado.”
2652 — TEIXEIRA (F. Gomes).- CARTA AUTÓGRAFA. S.l.n.d. Dim. 13 x 17 cm.
Carta do insigne matemático Gomes Teixeira, sem data nem nome do destinatário: “Nunca V.S. se
esquece de mim nas occasiões felizes de minha vida. Muito e muito obrigado. O telegrama de V. S.
comoveu-me e não me foi possivel agradecer imediatamente pela mesma via por me faltar o tempo.
“Tencionamos ir este anno para as Pedras Salgadas a fim de minha Esposa fazer tratamento da diabetes
que lhe apareceram. Bem agradavel me seria encontral-o lá. (...)”
[261]
Interessante palestra com primordial interesse para a bibliografia das Caldas da Rainha, cuja Câmara
Municipal patrocinou esta cuidada edição.
Dedicatória autógrafa do autor.
Boa edição ilustrada, publicada em separata de «Perspectiva da Literatura Portuguesa do Século XIX».
Com dois retratos de César Machado.
Dedicatória do autor.
2655 — TEIXEIRA (Manuel).- CAMÕES EM MACAU. Contribuições para o estudo do problema.
Macau. Imprensa Nacional. 1940. In-4.º de 68 págs. B.
Edição impressa em Macau, confinada a 500 exemplares. Com uma estampa em separado.
2656 — TELES (Alberto).- CAMILO CASTELO BRANCO NA CADEIA DA RELAÇÃO DO
PORTO. Revelações colhidas por fóra dos seus livros. Cartas de Camilo e Antero do Quental.
Pombal e os Jesuitas. 1917. Livraria Ferreira. Lisboa. In-8.º de 243-I págs. B.
São seis as cartas de Camilo transcritas e duas as de Antero. O capítulo «Pombal e os Jesuitas» ocupa
as págs. 103 a 231.
Capa da brochura com pequeno defeito.
2657 — TELES (Bazílio).- DO ULTIMATUM AO 31 DE JANEIRO. Esboço d’Historia
Politica. Porto. Bazilio Telles, editor. 1905. In-8.º de VIII-453-I págs. E.
Segundo Augusto da Costa Dias, “Do Ultimatum ao 31 de Janeiro é um dos grandes e poucos autênticos
ensaios do pensamento político português, quer pela agudeza, quer pela densidade, quer pela vastidão,
quer pelo inconformismo. A sua leitura é indispensável para se compreender os três últimos decénios
do século XIX, a partir do fermento da «Escola Coimbrã».”
Encadernação simples, em percalina.
2658 — TELLES (João José de Sousa).- ANNUARIO PORTUGUEZ SCIENTIFICO, LITTERARIO E ARTISTICO. Primeiro Anno [e único]. 1863. Lisboa. Typographia Universal. 1864.
In-8.º gr. de XIX-I-268 págs. E.
Livro curioso, muito justamente apreciado. Para além das muitas notícias contemporâneas à publicação do «Anuario» de ordem artística, científica e literária, o volume contém ainda: «Apontamentos
para a Historia da Typographia Portugueza em 1863»; «Apontamentos para a Historia dos Jornaes
Portuguezes em 1863» e «Noticia bibliographica das Obras Portuguezas publicadas em 1863».
Encadernação moderna com cantos e lombada em pele decorada com títulos e ferros dourados. Com
as capas da brochura conservadas e só de leve aparado à cabeça.
2659 — TELLES (José Homem Corrêa).- DIGESTO PORTUGUEZ ou Tratado dos Direitos
e Obrigações Civís, accomodado ás Leis e Costumes da Nação Portugueza; para servir de subsidio
ao Novo Codigo Civil. Quarta edição. Coimbra. Na Imprensa da Universidade. 1853. 3 vols.
In-8.º E. em 2.
O autor, nascido em S. Tiago de Besteiros, foi advogado respeitado e autorizado; teve meritória intervenção
política e deixou publicada valiosa bibliografia. Escreveu Inocêncio: “Segundo a opinião auctorisada
do sr. dr. Blanc, auctor do Elogio historico, a Doutrina das acções e seu appendice, o Digesto,
o Formulario e o Manual do Processo Civil bastam para tornar dispensaveis a maior parte das obras
que sobrecarregam as estantes dos advogados; e alguns ha, que já não cogitam de outros livros!”
Encadernações com lombadas em pele, da época.
[262]
2660 — TELLES (José Homem Corrêa).- DOUTRINA DAS ACÇÕES ACCOMODADA
AO FORO DE PORTUGAL. Coimbra: Na Real Imprensa da Universidade. 1853. In-8.º gr.
de VI-II-221-I págs. E. no mesmo vol. e do mesmo autor:
–––– ADDIÇÕES Á DOUTRINA DAS ACÇÕES com um Appendice contendo Diversas Regras
de Direito Civil por Ordem Alfabetica e notas ás Leis do Registo Hypothecario. Coimbra.
Imprensa da Universidade. 1850. In-8.º gr. de XXX-II-118-II págs. E.
O autor, jurisconsulto nascido no distrito de Viseu, foi eleito deputado às Constituintes de 1821, tendo
deixado outras obras da sua especialidade igualmente importantes. Quarta edição acrescentada com
adições da nova Legislação do Codigo Commercial Portuguez.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
2661 — TELLES (José Homem Corrêa).- MANUAL DO PROCESSO CIVIL. Supplemento
do Digesto Portuguez. Terceira edição. Coimbra. Na Imprensa da Universidade. 1849. In-8.º
de 311-I págs. E. no mesmo volume:
–––– TELLES (José Homem Corrêa).- FORMULARIO DE LIBELLOS E PETIÇÕES SUMMARIAS, á Imitação de Gregorio Martins Caminha. Accomodado á Nov. Ref. de 21 de Maio
de 1841. Por... Coimbra. Na Imprensa da Universidade. 1846. In-8.º de 111-I págs. E.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
2662 — TELLES (José Homem Corrêa).- QUESTÕES E VARIAS RESOLUÇÕES DE DIREITO EMPHYTEUTICO, Obra posthuma do insigne jurisconsulto... mandada publicar por sua
filha com um Indice Alphabetico das materias, por José Ribeiro Rosado. Coimbra, Na Imprensa
da Universidade. 1851. In-8.º gr. de XXXVI-202 págs. E.
O livro abre com um «Elogio historico do Sr. José Homem Corrêa Telles, Desembargador da Relação
do Porto, e Socio honorario da Associação dos Advogados de Lisboa, recitado pelo Dr. Viriato Sertorio
de Faria Blanc em 10 de Outubro de 1849», seguido do seu «Necrologio», assinado A. G.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
2663 — TELLES (José Homem Corrêa).- THEORIA DA INTERPRETAÇÃO DAS LEIS:
E ENSAIO SOBRE A NATUREZA DO CENSO COGNITIVO. Por Jose Homem Correia
Telles. Lisboa: Typografia Lacerdina. Anno M.DCCC.XV. In-8.º gr. de 90-VIII págs. Desenc.
«Instituto», vol. VI, p. 128: “Pondo de parte o nome de Theoria, que é mal escolhido para designar
uma collecção de regras deduzidas do direito romano, a obra é valiosa, porque não é uma simples
traducção de Domat, mas applica as regras á interpretação do nosso direito e esclarece algumas materias
delle”. Primeira edição, única referida por Inocêncio, embora em 1838 se tenha publicado a segunda.
2664 — [TELLES (José Homem Correia)].- TRATADO DAS OBRIGAÇÕES PESSOAES
E RECIPROCAS NOS PACTOS, CONTRACTOS, CONVENÇÕES, &c. que se fazem a respeito
de Fazendas ou Dinheiro, segundo as regras do Foro da consciencia, e do Foro externo, por
Mr. Pothier, Professor de Direito na Universidade de Orleans; Traduzido da edição em que
o ex-Legislador Mr. Bernardi indicou as alterações e lugares paralellos do Codigo Civil Francez,
por... que lhe addicionou agora os da Legislação Portugueza: Obra indispensavel não só aos
Jurisconsultos, Jurados, Juizes de Paz, e Parochos, mas tambem a qualquer particular para
conhecer as obrigações que contrahe o seu giro. Lisboa, Na Imprensa Nevesiana. 1835. 2 vols.
In-8.º gr. de VIII-448 e IV-380 págs. E.
Tratando desta obra Inocêncio diz que “Nem d’esta nem da precedente [«Regras da interpretação dos
contractos» do mesmo Pothier] tive ainda a opportunidade de ver algum exemplar, para delles tirar o
resto das indicações necessarias; nem o posso fazer no momento em que é força dar este artgo para a
composição typographica”, dando a edição como datada de 1849, provavelmente errada ou de uma
edição posterior, mas, mesmo posterior que seja, bastante rara.
Encadernações em inteira de pele, da época.
[263]
2665 — TELLES (José Homem Correa).- MANUAL DO TABELLIÃO ou Ensaio de
Jurisprudencia Eurematica, contendo a colecção de minutas dos contractos, e instrumentos mais
usuaes, e das cautelas mais precisas nos contractos, e testamentos. Lisboa: Na Imprensa
Nacional. 1842. In-8.º gr. de 248 págs. E. no mesmo vol. e do mesmo autor:
–––– THEORIA DA INTERPRETAÇÃO DAS LEIS e Ensaio sobre a Natureza do Censo
Consignativo. Lisboa, Typographia de Antonio José da Rocha. 1845. In-8.º de 110-II págs.
Encadernação da época, com a lombada em pele.
2666 — TERRA NOSSA. Revista de Setubal. Directores e editores Fonseca Duarte - Guilherme
Faria. N.º 1 - Maio de 1920. [Comp. e imp. na Tipografia Soares & Guedes, Limitada. Lisboa].
In-8.º gr. de 24 págs. B.
Colaboração de João do Sado Luís Chaves, Rodrigues Leal, Etraud e Augusto da Costa. Com um
retrato do pintor Fernando dos Santos.
Primeiro e cremos que único número publicado, o que confere com o registo n.º 3044 de «Publicações
Periódicas Portuguesas existentes na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra».
O exemplar pertenceu a Rodrigues Leal, que o assinou na capa da brochura, ou é o exemplar de prova
tipográfica da sua colaboração, porquanto o nome da poesia «O Infante Santo», está riscado e substituído
manualmente pelo de «Martirio do Infante D. Fernando» e com várias correcções no texto.
2667 — TESTA (Carlos).- A CONQUISTA DE ROMA ou O Final da Obra. Segunda edição.
Lisboa. 1870. [Imprensa de Sousa Neves]. In-8.º gr. de 29-I-26 págs. Desenc.
“Estava (...) reservada á segunda metade do seculo XIX uma nova phase, um novo direito, que pisando
aos pés a obra dos seculos, negando a sancção dos progressos do direito publico das gentes, e baseando
a regra do procedimento entre governos, não já pelos principios immutaveis da justiça, nem pela
logica natural do direito, tratou de estatuir novas pandectas em que a mentira substituisse a verdade,
a dissimulação tomasse o logar da boa fé, e a perfidia o da lealdade, tornando assim em chimera
fementida aquillo que devêra ser a salvaguarda da egualdade politica, da independencia, e da tranquillidade dos Estados.”
2668 — TEXIER (Edmond).- CRITIQUES ET RÉCITS LITTERAIRES. Paris. Michel Lévy
Frères, Libraires-Éditeurs. 1853. In-8.º de IV-292 págs. E.
O exemplar ostenta a assinatura de Camilo Castelo Branco na folha de guarda da encadernação; lombada
com bonitos ferros românticos a ouro.
2669 — THIERS (A.).- HISTOIRE DE LA RÉVOLUTION FRANÇAISE. Quinzième Edition,
précédée du resumé de l’Histoire de France, jusqu’au Régne de Louis XVI, par F. Bodin, et suivie
d’une continuation. Bruxelles, Société Typographique Belge, Ad. Wahlen et Cie. 1840. 2 vols.
In-4.º de IV-XXXV-545-I e IV-647-I págs. E.
Obra clássica e fundamental para o estudo da Revolução Francesa, com numerosas edições publicadas que
plenamente justificam a sua enorme popularidade. Enriquecida com inúmeras e boas gravuras impressas nas páginas do texto e em folhas à parte. Tem no fim, em folha desdobrável de grandes dimensões
uma «Carte du Théâtre de la Guerre entre le Mincio et l’Adige pour servir a l’intelligence de la
Campagne de 1796».
Bonitas encadernações francesas da época, com largas nervuras e ferros a ouro nas lombadas.
2670 — THOMSON (James).- THE SEASONS AND CASTLE OF INDOLENCE. London.
Published by Walker and Edwards. S.d. [18..]. In-12.º de XII-294 págs. E.
Belo frontispício e portada delicadamente gravados em chapa de metal.
Encadernação inteira em pele, da época.
[264]
2671 — “THE TIMES” ATLAS. Containing 117 Pages of Maps, and comprising 173 Maps and
an Alphabetical Index to 130,000 Names. Published at The Office of “The Times”, Printing
House Square, London, E.C. 1895. In-fólio de IV págs., 117 mapas e 118 págs. E.
Os mapas, todos coloridos, estão impressos em grandes folhas duplas.
Encadernação editorial, com a lombada em pele (um tanto gasta), com título a ouro e, na pasta, também
com título e ferros a ouro.
2672 — TIRA TEIMAS. Semanario. [Coimbra. Imprensa Litteraria). 1861-1862. 24 números
In-4.º em 1 vol. E.
Completa, rara e valiosa publicação coimbrã, colaborada por Antero de Quental sob o pseudónio Vasco
Vasques Vasqueanes, João de Deus, Simões Dias, Teófilo Braga, Elmano da Cunha, Alberto Sampaio,
Alexandre Braga, e outros. Foi seu director Rodrigo Augusto Cerqueira Veloso, que também nela colaborou
usando os pseudónimos ”Phosphoros” e “Carnaval”. Camilo tem no 1.º número uma extensa crítica
ao livro de Vieira de Castro «Camillo Castello Branco - noticia de sua vida e obras».
Encadernação com cantos e lombada em pele mosqueada, com dizeres e ferros dourados. Só minimamente
aparado à cabeça. (ver gravura na pág. 265)
2673 — TOMÁS (Aníbal Fernandes).- O FALSO EX-LIBRIS DE D.CATHARINA DE BRAGANÇA RAINHA DE INGLATERRA. Resposta ao redactor do «Archivo de ex-libris portuguezes».
Figueira. Typographia Popular. 1904. In-8.º peq. de 14-II págs. B.
Embora sem declaração expressa de tiragem, deve ela ter sido muitíssimo reduzida.
2674 — TOMÁS (Pedro Fernandes).- VELHAS CANÇÕES E ROMANCES POPULARES
PORTUGU SES. Introducção por Antonio Arroyo. Coimbra. F. França Amado, Editor. 1913.
In-8.º gr. de LII-191-I págs. B.
Meritória colheita de vasto material para o estudo do cancioneiro e romanceiro popular portugueses,
acompanhada das respectivas pautas musicais e antecedida de um valioso e extenso trabalho de
António Arroyo intitulado “Sobre as canções populares portuguezas e o modo de fazer a sua recolha”.
Muito invulgar.
Dedicatória do autor para José Caldas. Desconjuntado.
2675 — THOMAZ RIBEIRO E A SUA OBRA. Lisboa. Empreza Editora das “Grandes Obras
Illustradas”. 1895. [Paris. Imprimerie Mouillot]. In-4.º gr. de XV-I-190-II págs. B.
Livro de homenagem a Tomás Ribeiro, poeta invulgarmente apreciado no seu tempo. Nesta luxuosa
edição, ilustrada e impressa a duas cores em bom papel, aparecem numerosos excertos de obras suas,
largamente comentados. Entre referências a alguns dos maiores vultos das letras portuguesas, encontram-se algumas a Camilo Castelo Branco, além da reprodução em página inteira de um seu retrato da
autoria de Sousa Pinto. Com muitas e excelentes ilustrações intercaladas nas páginas do texto.
O volume, em brochura e com a capa da frente impressa a várias cores, conserva o seu portfólio
original impresso a duas cores.
2676 — TOMÉ (José Ferreira).- DUAS FASES DA VIDA DE GIL VICENTE. Subsídios para
a sua identificação. Tipografia Americana. Lisboa. S. d. [1938?]. In-4.º de 83-I págs. B.
2672 - ver pág. 266
Do prefácio de Mário Gonçalves Viana: “O autor deste volume procura demonstrar que Gil Vicente
poeta e Gil Vicente ourives são uma só e única pessoa. (...)
“O sr. Ferreira Tomé, distinto autodidacta – que é, ao mesmo tempo, ourives e publicista – estuda
a questão com excelente conhecimento de causa, como profissional de ourivesaria. Desde que colaborou
na reintegração da maravilhosa Custódia dos Jerónimos, sentiu-se atraído para o estudo da individualidade do grande comediógrafo quinhentista, incontestavelmente um dos génios mais fulgurantes
da época renascentista, em Portugal.” Com nove estampas em papl couché.
[266]
2680 - ver pág. 268
2677 — [TORGA (Miguel)].- ABISMO. Poemas de Adolpho Rocha. [Tip. da «Atlântida».
Coimbra - Março de 1932]. In-8.º de 27-III págs. B.
Um dos primeiros e mais difíceis livros de obter de toda a obra do grande poeta de S. Martinho de
Anta, figura culminante da literatura portuguesa contemporânea. Publicado ainda com o seu verdadeiro
nome: Adolpho Rocha.
Capa da brochura com pequenas manchas de acidez. (ver gravura na pág. 267)
2678 — TORGA (Miguel).- ALGUNS POEMAS IBÉRICOS. Coimbra. 1952. [«Coimbra
Editora, Limitada»]. In-8.º de 86-II págs. B.
Primeira das várias edições publicadas.
2679 — TORGA (Miguel).- ANTOLOGIA POETICA. Coimbra. [1981]. In-8.º gr. de 468-II
págs. B.
Antologia de poesias recolhidas em todas as obras poéticas do autor, publicadas a partir de 1928. Com
um prefácio de Miguel Torga especialmente destinado a esta edição.
2680 — TORGA (Miguel).- BICHOS. Contos. Coimbra. 1940. [Tip. da “Atlântida”]. In-8.º
de 113-III págs. B.
Edição original do livro que muitos críticos consideram a obra-prima de Miguel Torga, sendo talvez
a sua obra que mais edições conhece. Raríssimo. (ver gravura na pág. 267)
2681 — TORGA (Miguel).- BICHOS. Traducion castellana de Maria Josefa Cannelada. 1946.
[Coimbra]. In-8º de 138-II págs. B.
2677 - ver pág. 268
Primeira edição castelhana, contendo um prefácio inédito de Miguel Torga dirigido ao “Amigo lector
de España”.
2682 — TORGA (Miguel).- CÂMARA ARDENTE. Poemas. Coimbra - 1962. [Coimbra
Editora, Lda]. In-8.º de 86-II págs. B.
Exemplar da edição original.
2683 — TORGA (Miguel).- CAMÕES. Coimbra. [Composto e impresso na Gráfica de Coimbra.
1987]. In-4.º peq. quadrado de 19-I págs. B.
Texto em prosa inédito, datado de “Macau, 9 de Junho de 1987”.
2684 — TORGA (Miguel).- CÂNTICO DO HOMEM. Poesia. Coimbra. 1950. [«Coimbra
Editora, Lda»]. In-8.º de 86-II págs. B.
Exemplar da invulgar edição original.
2685 — TORGA (Miguel).- DIÁRIO. Coimbra. 1941-1990. [Tip. da «Atlântida», Oficinas da
«Coimbra Editora, Limitada e Gráfica de Coimbra]. 16 vols. In-8.º B.
Os volumes do «Diário» de Miguel Torga reunem muitas das suas melhores páginas em prosa e verso.
Colecção completa, com todos os volumes da edição original, muito rara nestas condições.
2686 — TORGA (Miguel).- DUAS INTERVENÇÕES. Coimbra. 1974. [Gráfica de Coimbra].
In-8.º de XVI págs. inums. B.
Intervenções políticas publicadas pelo Secretariado da Zona Centro do Partido Socialista, aparecidas
no ano em que foi deposto o regime anterior. Folheto bastante invulgar
[268]
2687 — TORGA (Miguel).- FOGO PRESO. Coimbra. [Composto e impresso na Gráfica de
Coimbra. 1976]. In-8.º de 131-I págs. B.
“Páginas de circunstância, realmente, datadas como nenhumas outras no tempo e na motivação.
Redigidas no ardor da refrega, sem premeditação e sem vagar, à queima-roupa, pergunto a mim
mesmo que frémito poderão guardar ainda dessas horas de protesto. Em que medida serão capazes de
mostrar convincentemente à curiosidade vindoira a experiência trágica que as motivou. A via dolorosa
de um povo inteiro, sucessivamente traído com o mais cínico desprezo ou o mais demagógico impudor,
a que só alguns, de longe em longe, por especial benevolência ou táctica do opressor — e debaixo do
seu olhar vigilante — davam expressão indignada e dorida, multiplicada a medo pelo arrebatamento
catártico ou mimético dos restantes.”
Capítulos importantes para a história da Revolução de Abril, para as bibliografias transmontana, de
Eça de Queirós e de Teixeira de Pascoaes. Primeira edição.
2688 — TORGA (Miguel).- LAMENTAÇÃO. Poema. Coimbra - 1942. [Oficinas da
«Atlântida»]. In-8.º de 32-II págs. B.
Primeira edição. invulgar.
2689 — TORGA (Miguel).- LIBERTAÇÃO. Poemas. Coimbra Editora, Ldª. 1944. [Oficinas
Gráficas da «Coimbra Editora, Limitada»]. In-8.º de 92-II págs. B.
Primeira edição, desde logo esgotada, numerada e rubricada pelo autor.
2690 — TORGA (Miguel).- MONTANHA. Contos. Coimbra. 1941. In-8.º de VI-181-I págs. B.
Um dos mais raros livros de Miguel Torga, apreendido aquando do seu aparecimento nos escaparates
livreiros. Edição original, cujo título foi posteriormente modificado para «Contos da Montanha».
(ver gravura na pág. 269)
2691 — TORGA (Miguel).- NIHIL SIBI. Poesia. Coimbra. 1948. [«Coimbra Editora»]. In-8.º
de 80-IV págs. B.
Edição original, há muito tempo esgotada.
Capas da brochura com pequenas manchas de acidez.
2692 — TORGA (Miguel).- NOVOS CONTOS DA MONTANHA. Coimbra. 1944. In-8.º
de 197-III págs. B.
Excelente livro de contos, de muito restrita tiragem nesta sua edição original.
Com uma afectuosa e raríssima dedicatória autógrafa do autor. Capa da brochura ilustrada por Victor Palla.
(ver gravura na pág. 271)
2693 — TORGA (Miguel).- ODES. Coimbra Editora. [Coimbra. 1946]. In-8.º de 87-III págs. B.
Primeira edição, muito pouco frequente.
Com as capas da brochura com pequens manchas de acidez.
2694 — TORGA (Miguel).- ORFEU REBELDE. Coimbra. 1958. [Coimbra Editora, Lda].
In-8.º de 86-II págs. B.
Apreciado livro de poesia, sendo esta a primeira das várias edições publicadas.
2690 - ver pág. 270
2695 — TORGA (Miguel).- O OUTRO LIVRO DE JOB. Coimbra. [Tipografia da «Atlântida»].
1936. In-8.º gr. de 77-III págs. B.
Muito estimado livro de versos, bastante raro nesta sua edição original.
Capas da brochura com pequenas manchas de acidez. (ver gravura na pág. 272)
[270]
2692 - ver pág. 270
2695 - ver pág. 270
2696 - ver pág. 273
2696 — [TORGA (Miguel)].- PÃO ÁZIMO. Contos de Adolpho Rocha. [Oficinas da Atlântida.
Coimbra. 1931]. In-8.º de 77-III págs. B.
Terceiro livro de Miguel Torga, publicado ainda com o seu próprio nome, o primeiro em prosa e, de
toda a sua vasta bibliografia, um dos que teve mais reduzida tiragem. Com um retrato de Miguel Torga
executado por Arlindo Vicente. (ver gravura na pág. 272)
2697 — TORGA (Miguel).- O PARAÍSO. Farsa. Coimbra. 1949. [Oficinas da «Coimbra
Editora, Limitada»]. In-8.º de 214-II págs. B.
Primeira edição, constante de apenas 516 exemplares numerados e rubricados com a chancela do autor.
2698 — TORGA (Miguel).- PEDRAS LAVRADAS. Contos. Coimbra. 1951. [«Coimbra
Editora, Limitada»]. In-8.º de 199-I págs. B.
Livro de contos muito invulgar nesta sua edição original.
2699 — TORGA (Miguel).- PENAS DO PURGATÓRIO. Poemas. Coimbra. [Oficinas da
«Coimbra Editora, Ldª»]. 1954. In-8.º de 64 págs. B.
Exemplar da edição original, há muito tempo esgotada.
Prejudicado por dedicatória alheia ao autor.
2700 — TORGA (Miguel).- POEMAS IBÉRICOS. Coimbra. 1965. [«Coimbra Editora,
Limitada»]. In-8.º de 80 págs. B.
Poemas consagrados a algumas das mais altas figuras de Portugal e Espanha. Edição original.
2701 — TORGA (Miguel).- O PÔRTO. Conferência lida no Clube dos Fenianos Portuenses na
noite de 5 de Fevereiro de 1944. Coimbra. [S.d. - 1944]. In-4.º de 15-I págs. B.
Primeira edição de uma das mais belas páginas da bibliografia portuense.
Com um vinco horizontal por ter estado dobrado a meio.
2702 — TORGA (Miguel).- PORTUGAL. Coimbra. 1950. [«Coimbra Editora, Limitada»].
In-8.º de 135-I págs. B.
Segundo palavras de José de Melo in «MIGUEL TORGA», “O Portugal de Miguel Torga é um
Portugal físico que se sente nas veias, concreto, um Portugal que se expressa num estilo que é conteúdo,
que é ideia, que é sentimento, visto de fora para dentro e de dentro para fora, e onde a reflexão é um
sentir, o sentir um pensamento, um pensamento uma constatação objectivada.” Com referências
a numerosos escritores portugueses, inclusivé a Camilo. Primeira edição.
2703 — TORGA (Miguel).- RAMPA. Poemas de Adolpho Rocha. [Imprensa Académica.
Coimbra. 1930]. In-4.º de II-76-II págs. B.
Segundo livro do autor - raríssimo - anterior à adopção do pseudónimo pelo qual é hoje conhecido um
dos mais consagrados escritores de língua portuguesa. A obra, publicada pelas edições «Presença», não
teve segunda edição nem provavelmente a virá a conhecer. (ver gravura na pág. 274)
2704 — TORGA (Miguel).- RUA. Novelas e contos. Coimbra - 1942. [Oficinas da “Atlântida”].
In-8.º de 197-I págs. E.
Estimado e invulgar livro de contos e novelas, sendo esta a primeira das várias edições que a obra
conta.
Encadernação clássica, com cantos e lombada em pele, tendo as capas da brochura conservadas.
[273]
2703 - ver pág. 273
Primeira edição deste estimado livro em prosa, já bastante invulgar.
Encadernação simples, em percalina, com as capas da brochura conservadas.
2706 — TORGA (Miguel).- SINFONIA. Poema dramático em quatro actos. Coimbra Editora.
1947. [Oficinas da «Coimbra Editora, Limitada»]. In-8.º de 124-IV págs. B.
Edição primeira, proibida aquando do seu aparecimento no mercado.
2707 — TORGA (Miguel).- TEATRO. Terra Firme - Mar. Coimbra. 1941. [Tip. da «Atlântida»].
In-8.º de 117-III págs. B.
2710 - ver pág. 275
2705 — TORGA (Miguel).- O SENHOR VENTURA. Coimbra. 1943. [Composto e impresso
nas oficinas da «Atlântida»]. In-8.º de 159-I págs. E.
Primeira edição destas invulgares e apreciadas peças de teatro.
2708 — TORGA (Miguel).- A TERCEIRA VOZ. 1934. [Impresso nas Oficinas da Atlantida,
Coimbra, a 23 de Julho de 1934]. In-8.º de 42-II págs. B.
Uma das primeiras, mais raras e valiosas publicações do autor, a segunda em prosa e a primeira a aparecer
sob o pseudónimo Miguel Torga. Com um retrato do autor por António Madeira, pseudónimo de
Branquinho da Fonseca. (ver gravura na pág. 276)
2709 — TORGA (Miguel).- TRAÇO DE UNIÃO. Temas portugueses e brasileiros. Coimbra.
1955. [Composto e impresso nas oficinas da Coimbra Editora, Limitada]. In-8.º de 159-I págs. B.
2710 — [TORGA (Miguel)].- TRIBUTO. Poemas de Adolfo Rocha. [“Atlântida”. Coimbra.
1931]. In-8.º gr. de 43-I págs. B.
Um dos primeiros e mais raros livros do autor, ainda publicado com o seu próprio nome. Primeira
e única edição publicada. (ver gravura na pág. 276)
2711 — TORGA (Miguel).- VINDIMA. Romance. Coimbra. 1945. [Coimbra Editora, Ldª.]
In-8.º de 266-II págs. B.
Primeira edição desta notável obra em prosa, importante para a bibliografia duriense.
Capas da brocura com manchas de acidez.
2712 — TORGA (Miguel) & QUINTELA (Paulo).- UM REINO MARAVILHOSO (Trás-osMontes). UM POETA DE TRÁS-OS-MONTES. Conferências lidas ao 2º Congresso Transmontano,
nas Pedras salgadas, aos 11 de Setembro de 1941. [Coimbra. S.d.]. In-4.º de 44 págs. B.
A primeira conferência é da autoria de Miguel Torga e a segunda, de Paulo Quintela, é consagrada ao
autor de “Bichos”, sendo ambas camilianas. Primeira e muito rara edição.
2713 — TORRES (António Maria Pinheiro).- A RECONSTITUIÇÃO DA CASA DE CAMILO.
Relatório. S.N.I. 1958. [Tipografia Progrédior. Porto]. In-4.º de 34-II págs. E.
Com fotografias mostrando aspectos exteriores e interiores da Casa de Camilo.
Boa encadernação com a lombada em pele, tendo conservadas as capas da brochura.
[275]
2708 - ver pág. 275
Do índice: Do passado ao presente; O Brasil; Palavras a Lins do Rego; A América vista pela Europa;
Trás-os-Montes no Brasil; Panorama da literatura portuguesa; O drama do emigrante português; Lado
português de um diálogo luso-brasileiro - Portugal; Carta a Ribeiro Couto.
Exemplar da edição original.
2714 — TRABALHOS DE ANTROPOLOGIA E ETNOLOGIA. [Volume de Homenagem ao
Prof. Doutor Mendes Corrêa]. Volume XVII (Nova série - da Sociedade e do Centro). Porto.
[1959]. In-4.º de 543-III págs. B.
Volume especial da Revista «Trabalhos de Antropologia e Etnologia» de Homenagem a Mendes
Corrêa, profusamente ilustrado e com notável colaboração de importantes autores portugueses
e estrangeiros: Hernâni Monteiro, Luís da Câmara Cascudo, J. R. dos Santos Júnior, Th. Monod, Juan
Comas, A. C. Germano da Silva Correia, Jaime Lopes Dias, Jorge Dias, D. Sebastião Pessanha, Bouza-Brey, Maximino Correia, A. de Amorim Girão, Bosch-Gimpera, Mário Cardozo, Alfredo Athayde,
F. Russell Cortez, García y Belido, António de Almeida Garrett, F. de C. Pires de Lima, Maria Emília
de Castro e Almeida, Luís de Albuquerque e Castro; Jorge Dias, Fernando Galhano e Ernesto Veiga
de Oliveira; Vicente Risco e J. Pinto Machado Correia da Silva, entre outros.
2715 — TRABULO (António).- EU CAMILLO. Parceria A. M. Perira. 2006. In-4.º peq. de 231-I págs. B.
“«Eu Camillo», é um livro de rara originalidade em que o leitor é surpreendido com uma fascinante
viagem ao mundo camiliano, enriquecido com imagens de época, desde a infância, através de textos
do próprio Camilo, muitos dos quais hoje esquecidos, entrosados em ficção de qualidade.
“António Trabulo vai uma vez mais encantar agora com uma autêntica “autobiografia póstuma” de um
dos génios maiores da literatura portuguesa.”
Interessantíssimo volume concebido em forma de diário, com abundante iconografia constituída por
reproduções de retratos fotográficos, gravados e litografados de Camilo e de muitos outros escritores,
caricaturas, capas de livros, manuscritos, etc.
2716 — TRADUCÇÃO DE HUM ARTIGO INSERIDO NO PERIODICO DE PHILADELPHIA
INTITULADO BANNER OF THE CONSTITUTION (BANDEIRA DA CONSTITUIÇÃO) nos
N.os 42, 43, e 47 de 14 e 21 de Setembro e de 19 de Outubro de 1831. Feita por *** Lisboa, Na
Imprensa Regia. 1832. In-8.º gr. de 29-III págs. B.
Raro folheto a juntar à colecções referentes às lutas liberais.
Com apontamentos da época manuscritos à margem
2720 — O TROVADOR. Collecção de poesias contemporaneas redigida por uma Sociedade
d’Academicos. Segunda edição. Leiria. Typographia leiriense. 1853. In-8.º gr. de VIII-412 págs. B.
A primeira edição deste estimado livro foi publicada em 1848. Foi seu editor e principal colaborador
A. X. Rodrigues Cordeiro, acompanhado de João de Lemos, Serpa Pimentel, Gonçalves Dias,
Fernando Palha, João de Azevedo, L. A. Palmeirim, L. da Silva Mouzinho de Albuquerque e outros.
2721 — UM FEIXE DE PENNAS. 1885. Typographia Castro Irmão. Lisboa. In-8.º de IV-IV171-I págs. B.
Com «Duas Palavras de Explicação» assinadas por Maria Amália Vaz de Carvalho, seguidas de uma
extensa carta de Camilo. Outros colaboradores: Antero, Alberto Braga, Bulhão Pato, Conde de
Ficalho, Conde de Sabugosa, Eça de Queiroz, Gonçalves Crespo, Junqueiro, João de Deus, Oliveira
Martins, Ramalho, Teixeira de Queiroz, Teófilo e muitos mais.
Com a lombada danificada.
2722 — UNAMUNO (Miguel de).- POR TIERRAS DE PORTUGAL Y DE ESPAÑA.Madrid.
Biblioteca Renacimiento. 1911. In-8.º gr. de 296-II págs. E.
Primeira edição de um dos mais interessantes livros de Unamuno, especialmente estimado entre nós
porquanto nele existem frequentes referências a lugares e a escritores portugueses, com alguns dos
quais Unamuno teve estreitas relações.
Com as capas da brochura conservadas mas modestamente encadernado.
2723 — VALDEZ (Manuel do Canto e Castro Mascarenhas).- DICCIONARIO ESPAÑOL-PORTUGUÉS, El primero que se ha publicado Con las voces, frases, refranes y locuciones usadas
en España y Americas Españolas, en el lenguaje comun antiguo y moderno. Las Ciencias y Artes
de Medicina, Veterinaria, Quimica, Mineralojia, Historia Natural y Botanica, Commercio
y Nautica. Con algunos nombres propios, y así las voces particulares de las Provincias Españolas
y Americanas, etc. Compuesto sobre los mejores diccionarios de las dos Naciones por... Lisboa.
En la Imprensa Nacional. 1864-1866. 3 vols. In-4.º gr. de VIII-959-I, 1082 e IV-1068 págs. E.
2717 — TRATADO DO JOGO DO VOLTARETE COM AS LEIS GERAES DO JOGO. Nova
Edição. Lisboa. Na Typ. de José Baptista Morando. 1856. In-8.º peq. de 216 págs. E.
Dicionário ainda hoje em muitos aspectos não ultrapassado, sendo portanto de proveitosa consulta
para quem tenha de tratar em profundidade com problemas de tradução da língua castelhana para
a portuguesa.
Encadernações com as lombadas em pele, da época.
2718 — TRIGUEIROS (Luís Forjaz).- CAMPOS ELÍSIOS. Páginas minhotas. 1956. [Edições
Bracara Augusta. Braga]. In-8.º de 128-II págs. E.
Interessante estudo histórico-genealógico, ilustrado com várias árvores genealógicas impressas em
folhas desdobráveis.
São invulgares os exemplares deste tratado do voltarete, jogo de cartas muito popular nos séculos
XVIII e XIX, referido por Ramalho Ortigão e Júlio Diniz nas suas obras e que entre nós conta com
várias edições.
Encadernação inteira em pele, da época.
Formam este interessante livro os seguintes capítulos: «Campos Elísios», «Do Bom Jesus a Braga»,
«O vale ainda é verde», «Quando a terra canta», «Guimarães, pedra e alma», «História dum lugar sem
História», «Meditação nas Feiras Novas», «Margens da musa pastoril», «Lírico intervalo», «Folhas
soltas do meu Diário Minhoto» e «A paisagem e o homem».
Boa encadernação inteira em pele, com dizeres e ferros a ouro na lombada e pasta da frente. Dourado
à cabeça e com as capas da brochura conservadas.
2719 — TROPLONG.- DES DONATIONS ENTRE-VIFS ET DES TESTAMENTS, ou
Commentaire du Titre II, Livre III du Code Napoléon. [DROIT CIVIL EXPLIQUE]. Bruxelles.
Chez A. Labroue et Compagnie, Imprimeurs. 1855. 2 vols. In-4.º de IV-LXI-I-464 e 528 págs. E.
A autoridade de Troplong está bem expressa nos títulos que fez imprimir no frontispício da sua obra:
“Premier Président de la Cour de Cassation, Membre de l’Institut, Grand Officier de l’Ordre Impérial
de la Légion d’Honneur”.
Encadernações da época, com as lombadas em pele.
[277]
2724 — VALE (Alexandre de Lucena e).- O BISPO DE VISEU D. DIOGO ORTIZ DE VILHEGAS, o Cosmógrafo de D. João II. Com uma carta prefácio de Antero de Figueiredo. Gaia. 1934.
In-8.º de 284 págs. B.
2725 — VALENÇA (Roberto).- PODRIDÕES MODERNAS. Poema realista. Com uma apreciação do Ex.mo. Sr. Camillo Castello Branco. Lisboa. Livraria Economica de Domingos
Fernandes - Editor. 1880. In-8.º de 310-II págs. E.
A «Apreciação» de Camilo consta de duas cartas publicadas nas págs. 7 e 8. Edição única e bastante
invulgar. Encadernação com a lombada em pele. Capas da brochura conservadas. Ex-libris heráldico
de Pedro Alvellos.
2726 — VARELA HERVIAS (Eulogio).- CASA DE LA VILLA DE MADRID. Prólogo del
Excmo. Señor D. José Moreno Torres, Conde de Santa Marta de Babío, Alcalde de Madrid.
Madrid. 1951. [Ayuntamiento de Madrid - Comision de Cultura. Artes Graficas Municipales].
In-fólio de XIV-II-29-I págs., 53 láminas e IV págs. inums. E.
[278]
.../...
Com esta magnífica monografia, “hoy podemos ofrecer una breve historia de la Casa de la Villa, divulgar sus tesoros artísticos, los cuales, justo es decirlo, han sido acrecentados en estos últimos diez años.
Al lado de la gran Custodia, del cuadro de Goya e de alguna otra pieza notable, de antiguo ornato de
la Villa, hay que añadir los preciosos tapices del siglo XV, el magnífico cuadro de Pedro de
Berruguete, la espléndida copa de la Fábrica del Buen Retiro, la reforma elegante y suntuosa, de las
salas de Comisiones, albajadas con cuadros y piezas de cuantía y valor estimables. Esfuerzo que no
significa más que el deseo de dignificar y enriquecer con distinción y elegancia la Casa de Madrid, y
que éste se sienta legítimamente orgulloso de su sede. (...)”
Edição de grande qualidade gráfica, com todas as estampas impressas em folhas à parte.
Rica encadernação inteira em pele vermelha, com finíssimos ferros a ouro na lombada, pastas e seixas
e ainda com o corte das folhas dourado a ouro fino.
2727 — VARGAS (Afonso).- OS SUCCESSOS. Chronica do mez. Nº 1 (retrospectivo). Janeiro
a Março. Lisboa. Typographia da Viuva Sousa Neves. 1883. In-8.º peq. de 63-I págs. E.
Primeiro e único número publicado. Do Sumário: «Observação preliminar de que os Successos não
procuram parodiar as Farpas»; «O que são estas e o que tentam ser aquellas»; «Ramalho Ortigão e
Eça de Queiroz»; «A Brazileira de Prazins, de Camillo Castello Branco», etc. Raro.
Encadernação simples, mas com as capas da brochura.
2728 — VASCONCELOS (A. A. Teixeira de).- CARTA FILOSOFICA, E CRITICA SOBRE O
ESTUDO DA HISTORIA PORTUGUEZA, que aos curiosos desta utilissima instrucção offerece Antonio Augusto Teixeira de Vasconcellos. Porto: Na Typographia de Faria e Silva. 1840. In8.º gr. de 15-I págs. Desenc.
Natural da cidade do Porto, António Augusto Teixeira de Vasconcelos deixou publicada vasta colaboração em livros, opúsculos e na imprensa periódica, dedicando-lhe Inocêncio dilatada rubrica. São
raros os exemplares deste opúsculo, provavlemente o primeiro que o autor publicou e acerca do qual
escreveu a Inocêncio: “Mais rigoroso em julgar das proprias que das alheias composições o auctor
escrevia-me ha annos ácerca desta carta: «Nem era philosophica, nem critica; era declamatoria, e filha
do despeito parvo de não ter levado no primeiro anno do curso juridico o premio, que não tractara de
merecer». A edição acha-se de ha muito exhausta.”
2729 — VASCONCELOS (A. A. Teixeira de).- LES CONTEMPORAINS PORTUGAIS,
ESPAGNOLS ET BRÉSILIENS. Tome Premier: Le Portugal et la Maison de Bragance. Paris.
Chez tous les Libraires de France Et l’Étranger. 1859. In-4.º de VI-II-660 págs. E.
Capítulos sobre a origem do nome de Portugal, seus limites, clima, montanhas, cabos, rios, lagos, portos e barras; produções e cultura; população; cristãos, árabes e judeus; língua, religião, caracteres e
costumes; constituição política; o clero, a nobreza, a burguesia e o povo; ordens de Cavalaria; leis,
pesos e medidas; moeda; arquipélagos da Madeira e Açores; ciências, letras e belas-artes. A segunda
parte do volume é exclusivamente consagrada à Casa de Bragança. Magníficos retratos litográficos de
D. Pedro V, Infante D. Luís, D. Fernando II e D. Estefânia.
Com falta de um mapa desdobrável. Encadernação francesa com a lombada em pele, decorada com
delicados ferros a ouro.
2730 — VASCONCELOS (A. A. Teixeira de).- DUAS FACADAS. Narração popular. Lisboa.
Typographia Portugueza. MDCCCLXIX. In-8.º XI-I-176 págs. B.
“Esta narração foi publicada no Diario de Noticias, no outono do anno passado. Sáe agora em livro, revista, accrescentada e enriquecida de notas pelo author”. Da colecção «Livros para o Povo». Muito invulgar.
2731 — VASCONCELOS (A. A. Teixeira de).- A FUNDAÇÃO DA MONARCHIA PORTUGUEZA. Narração anti-iberica por... natural do Porto. Lisboa. Imprensa Nacional. 1860. In-8º
peq. de 125-III págs. B.
Livrinho integrado na colecção «Leituras para o Povo».
Falta o anterrosto e as capas da brochura.
[279]
2732 — VASCONCELOS (A. A. Teixeira de).- JOÃO BRANDÃO DE MIDÕES NO TRIBUNAL DA COMARCA DE TABOA. Narração fielmente escripta por... e dada á luz por Vicente
Isidoro Corrêa da Silva. 3.ª Edição Lisboa. Typographia Portugueza. 1860. In-8.º gr. de VII-I-80
págs. Desenc.
Com uma curiosa litografia retratando o famoso salteador de quem se contavam numerosas e terríveis
façanhas.
2733 — VASCONCELOS (A. A. Teixeira de).- O JURAMENTO DOS DEPUTADOS REALISTAS,
por... Coimbra: Imprensa de Trovão, & Companhia. 1842. In-8.º de 16 págs. Desenc.
Dos primeiros e mais raros escritos do autor.
2734 — VASCONCELOS (A. A. Teixeira de).- O SAMPAIO DA REVOLUÇÃO DE SETEMBRO. Paris. 1859. In-8.º peq. de 128 págs. B.
Trata-se de uma invulgar biografia de António Rodrigues Sampaio, inaugurando a colecção «Livros
para o Povo».
2735 — VASCONCELOS (A. A. Teixeira de).- VIAGENS NA TERRA ALHEIA. De Paris
a Madrid. Lisboa. Typographia do Futuro. 1863. In-8.º de 324-IV págs. E.
Na «Introducção» o autor afirma o seu anti-iberismo, efeverscente por ocasião da publicação deste
livro: “Eu tenho muita affeição aos hespanhoes. É uma grande nação. Quero-os para visinhos, para
irmãos, para amigos, para alliados, para confrades no trabalho da civilisação, para tudo enfim, menos
para darem cabo do que tanto nos custou a estabelecer e firmar”.
Encadernação da época, com a lombada em pele. Assinatura antiga no anterrosto.
2736 — VASCONCELOS (António Garcia Ribeiro de).- BRÁS GARCIA DE MASCARENHAS. Estudo de investigação histórica. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1922. In-4.º de
399-I-IV-214-II págs. E.
Estudo valioso e muito estimado, cremos que ainda o mais completo que se tem produzido sobre
o autor do poema heróico «Viriato Trágico». Edição enriquecida com grande número de fotogravuras,
retratos, facsímiles, etc. De págs. 379 a 399 decorre um «Estudo crítico-literário» pelo Prof. Dr. Carlos
de Mesquita a propósito do «Viriato Trágico» de Garcia de Mascarenhas. As últimas 214 págs. são
ocupadas com os «Apêndices», constituídos pelos «Documentos, Notas Genealógicas e Esquemas
Genealógicos». Primeira edição, muito estimada e pouco frequente.
Modestamente encadernado, com a capa da brochura da frente conservada e ligeiramente aparado.
2737 — VASCONCELOS (António Garcia Ribeiro de).- ESTABELECIMENTO PRIMITIVO DA
UNIVERSIDADE EM COÍMBRA. Coímbra. Imprensa da Universidade. 1914. In-4.º de 38 págs. B.
Estudo de apreciável importância, em restrita edição ilustrada com estampas impressas em separado.
Dedicatória do autor para José Maciel Ribeiro Fortes.
2738 — VASCONCELOS (António Garcia Ribeiro de).- IN S DE CASTRO. Estudos para uma
série de lições no curso de História de Portugal. 2ª edição, revista. Portucalense Editora, Ldª.
Barcelos. 1933. In-fólio de 134-VI págs. E
Obra das mais importantes da bibliografia inesiana. Edição de luxo, impressa em magnífico papel,
ilustrada com belas gravuras em folhas destacadas do texto e com letras capitulares impressas a preto
e a vermelho. Restrita tiragem de 1000 exemplares numerados e assinados pelo autor.
Boa encadernação com cantos e lombada em pele, nova, tendo conservadas as capas da brochura e
estando só de leve aparado à cabeça.
[280]
2739 — VASCONCELOS (António Garcia Ribeiro de).- UM DOCUMENTO PRECIOSO.
Notícia e descrição. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1912. In-4.º de 32-5-I págs. B.
O estudo trata da aquisição pela Universidade de Coimbra de “um diploma original de D. Dinís publicando a fundação do Estudo geral da Universidade de Lisbôa, e prometendo privilégios e favores
a todos os que o fôssem frequentar. Completamente desconhcido até hoje tal diploma.” Invulgar separata
da «Revista da Universidade de Coimbra».
2740 — VASCONCELOS (Carolina Michaëlis de).- ERNESTO MONACI. Edição corrigida de
um artigo da Revista Lusitana - Vol. XXII. Tipografia Sequeira, Limt. Porto. [S.d.] In.8.º gr.
de 8 págs. B.
2741 — VASCONCELOS (Carolina Michaëlis de).- ESTATINGA ESTANTIGA? Lisboa.
Typographia Adolpho de Mendonça & Duarte. 1899. In-4.º de 15-I págs. B.
Curioso estudo sobre “apparições de defuntos, fogos fatuos e balborinhos”, de especial referência
nortenha. Rara separata da revista «A Tradição».
Com um corte na margem superior da capa da brochura.
2742 — VASCONCELOS (Carolina Michaëlis de).- O LAIS GALEGO-PORTUGU S ¡LEONORETA, FIN ROSETA! E AS ORIGENS DO ADJECTIVO “FIN”. Tipografia “A Plebe”.
Viana-do-Castelo. 1918. In-4.º de 7-I págs. B.
Muito rara separata da revista «Lusa», de Viana do Castelo.
Com uma mancha na parte superior da capa da brochura.
2743 — VASCONCELOS (Carolina Michaëlis de).- NOTAS AO CANCIONEIRO INÉDITO.
New York, Paris. 1909. In-4.º de 13-I págs. B.
Trabalho aparecido em separata da «Revue Hispanique».
2744 — VASCONCELOS (Carolina Michaelis de).- NOTAS SOBRE ALGUNS TEXTOS
LYRICOS DA ANTIGA POESIA PENINSULAR. Porto. Typgraphia A. F. Vasconcellos Succ.
1901. In-4.º de 32 págs. B.
Rara separata da «Revista Lusitana».
2745 — VASCONCELOS (Carolina Michaelis de).- TROVAS ETIMOLOGICAS.
(Etymologisches Einfäle) a respeito de: piegas – caturra – cabula – caloiro. 1918. Tipografia
Sequeira. Porto. In-4.º de 8 págs. B.
Reduzida separata da «Revista Lusitana».
2746 — VASCONCELOS (Carolina Michaëlis de).- URIEL DA COSTA. Notas relativas à sua
vida e às suas obras. Imprensa da Universidade. Coimbra. 1921. In-4.º de 180 págs. B.
Valioso e bem documentado trabalho biográfico do “livre-pensador judaico-português Uriel da Costa
que por causa da religião sofreu cousas inauditas”. Ilustrado com estampas intercaladas nas páginas de
texto. Separata da «Revista da Universidade de Coimbra».
tópicos portugueses, notas etnográficas de Santo António, tradições populares e os Lusíadas de
Camões, jogos infantis, orações para afugentar trovoadas, entidades míticas, etc. Colaboração de Leite
de Vasconcelos, Adolfo Coelho, Teixeira Bastos, Oliveira Martins, Maria Peregrina de Sousa,
Consiglieri Pedroso, Martins Sarmento, Teófilo Braga, Tomás Pires, etc. Único número publicado.
2748 — VASCONCELOS (J. Leite de).- A BARBA EM PORTUGAL. Estudo de Etnografia
comparativa. Imprensa Nacional. Lisboa. 1925. In-4.º de XI-189-I págs. B.
Edição muito cuidada, sendo a impressão das págs. prels. feita a duas cores. Estudo de muito interesse
e curiosidade, com numerosos retratos e figuras intercalados no texto. Primeira edição.
2749 — VASCONCELOS (J. Leite de).- DE CAMPOLIDE A MELROSE. Relação de uma viagem
de estudo (Filologia, Etnografia, Arqueologia). Imprensa Nacional de Lisboa. 1915. In-4.º
de VIII-183 págs. B.
Trabalho muito estimado e interessante, ilustrado com várias estampas em separado.
2750 — VASCONCELOS (J. Leite de).- DEUSES DA LUSITANIA. Resposta ás fantasias de
um censor. Lisboa. Livraria Classica Editora. 1913. In-4.º de 24 págs. B.
Resposta a um folheto de G. L. Santos Ferreira a propósito de «As Religiões da Lusitânia». Invulgar.
2751 — VASCONCELOS (J. Leite de).- DICCIONARIO DA CHOROGRAPHIA DE PORTUGAL.
Coordenado por... Porto. Livraria Portuense de Clavel & C.ª, editores. 1884. In-4.º de VI-II-191-I págs. B.
Interessante dicionário com “A indicação de todas as cidades, villas e freguezias, com a respectiva divisão
administrativa, judicial e ecclesiastica, da parte continental e insular do reino; dos rios e montes
principaes do continente; das distancias de quasi todas as freguezias ás villas capitaes do concelho, etc.
da população de cada freguezia, segundo o ultimo recenseamento; dos oragos das parochias; das estações
telegraphicas e de caminho de ferro; das direcções e delegações postaes, etc. etc.”.
2752 — VASCONCELOS (J. Leite de).- A FIGA. Estudo de Etnografia comparativa, precedido
de algumas palavras a respeito do “sobrenatural” na medicina popular portuguesa. Porto. 1925.
In-4.º de 133-I págs. B.
Interessante trabalho acerca de uma das mais divulgadas e antigas superstições portuguesas, ilustrado
com muitas gravuras disseminadas no texto. Primeira edição.
2753 — VASCONCELOS (J. Leite de).- FILOLOGIA BARRANQUENHA. Apontamentos para
o seu estudo publicados pelo Dr... Imprensa Nacional de Lisboa. 1955. In-4.º de XVII-217-I
págs. B.
Muito importante estudo etnográfico, de grande importância para os que se dedicam ao estudo daquela
região Alentejana. Último trabalho do professor Leite de Vasconcelos, dado a lume pela Imprensa
Nacional de Lisboa. Primeira edição.
2754 — VASCONCELOS (J. Leite de).- NUVENS. Porto. Livraria Chardron. 1898. In-8.º de
240 págs. B.
Interessante publicação com artigos sobre poesia e poetas populares portugueses e galegos, ditados
Um dos mais interessantes livros de poesia do autor, livro que inclui algumas das suas poesias
publicadas em folhetos independentes e traduções de algumas delas para espanhol por Perry
Coronado, para italiano por Tommaso Cannizzaro, para alemão por Wilhelm Storck e para sueco por
Göran Björkman.
[281]
[282]
2747 — VASCONCELOS (J. Leite de).- ANNUARIO PARA O ESTUDO DAS TRADIÇÕES
POPULARES PORTUGUEZAS. Dirigido por... 1º Anno - 1883. Porto. Livraria Portuense de
Clavel & Cª. - Editores. 1882. In-8.º de 96 págs. B.
.../...
2755 — VASCONCELOS (J. Leite de).- POESIA AMOROSA DO POVO PORTUGU S. Breve
estudo e collecção por... Lisboa. Viuva Bertrand & Cª Successores Carvalho & Cª. 1890. In-8.º
de 142-II págs. B.
Muito invulgar e valioso trabalho de Leite de Vasconcelos não só pela recolha efectuada mas também
pelo estudo que a acompanha e que se desenvolve entre as páginas 9 a 92, estando subdividido nos
seguintes capítulos: «Natureza da Poesia Popular»; «Morfologia das Cantigas Populares»;
«Importancia da Poesia do Povo»; «Bibliografia do assunto»; a segunda parte, onde é apresentada a
antologia, o autor dividiu-a em: «Preludio»; «As Esperanças»; «Os Arrufos» e «Os Desalentos».
Com falta das capas da brochura.
2756 — VASCONCELOS (J. Leite de).- RIMAS PORTUGUEZAS. (Commemoração
Camoneana). Vende-se na Livraria de J. E. da Cruz Coutinho – Editor. 1881. In-8.º de 15-I págs. B.
Sumário deste raro opúsculo: «A Dôr de Camões»; «No rio Me-Khong»; «No dia de Camões»; «A Vasco
da Gama (trad. de Tasso)»; «Stanzas to a lady (trad. de Byron)»; «Heroismo da Fé»; e «Alcacer».
2757 — VASCONCELOS (J. Leite de).- TRADIÇÕES POPULARES DE PORTUGAL,
colligidas e annotadas por... Porto. Livraria Portuense de Clavel & Cª - Editores. 1882. In-8.º
de XVI-320 págs. B.
Livro invulgar e muito interessante, um dos primeiros publicados pelo autor, ainda estudante da Escola
Médica do Porto. Com os seguintes capítulos: «Os astros»; «Fogo, luz e sombra»; «A atmosphera»;
«A agua»; «As pedras»; «A terra»; «Os metaes»; «Os vegetaes»; «Os animaes»; «O homem e a mulher»
e «Seres sobrenaturaes».
2758 — VASCONCELOS (Joaquim de).- ALBRECHT DURER E A SUA INFLU NCIA NA
PENÍNSULA. 2ª edição. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1929. In-8.º gr. de XXIII-I-190
págs. B.
A obra, importante para a história da arte portuguesa, foi pela primeira vez publicada no Porto, em
1877, no fasc. IV da «Archeologia Artística» e nesta edição integrada na “Renascença Portuguesa Estudos sôbre as Relações Artísticas de Portugal nos Séculos XV e XVI”.
Lombada danificada.
2759 — [VASCONCELOS (Joaquim de)].- BIBLIOGRAPHIA CAMONIANA SERVINDO DE
CATALOGO OFFICIAL DA EXPOSIÇÃO CAMONIANA DO CENTENARIO, coordenada
pela Commissão Litteraria das Festas. Porto. Palacio de Crystal - Editor. Typographia
Occidental. [S.d. - 1880]. In-4.º de XXVI-II-168-II págs. B.
Excelente catálogo da grande Exposição Camoniana realizada no Palácio de Cristal do Porto, numa
boa edição executada sobre papel de linho e em reduzida tiragem. Trabalho publicado anónimo mas,
segundo Martinho da Fonseca nos «Aditamentos ao Dicionário Bibliográfico Português» de Inocêncio
Francisco da Silva, da autoria de Joaquim de Vasconcelos.
2760 — VASCONCELOS (Joaquim de).- O CONSUMADO GERMANISTA (Vulgo o snr. José
Gomes Monteiro) e O Mercado das Letras Portuguezas analysado por... Porto. Imprensa
Portugueza. 1873. In-8.º de XIV-II-209-VIII-II págs. E.
Peça da importante polémica suscitada pela versão do «Fausto» de Goethe pelo Visconde de Castilho,
polémica em que Camilo alinhou ao lado de Joaquim de Vasconcelos.
Encadernação moderna, com a lombada e os cantos em pele; conserva as capas da brochura e está só
aparado à cabeça.
[283]
2761 — VASCONCELOS (Joaquim de).- EL-REI D. JOAO O 4º. Biographia - A Politica do
Monarcha - Vm ervdito no Paço de Uilla Uiçosa - Cartas & Controversias - Svas composições
- O bibliophilo consvmmado. Porto - MDCCCC. [Porto. Typographia Universal, a Vapor].
In-4.º gr. de IV-XXXI-368 págs. E.
Achega de altíssima importancia para o conhecimento dos vários aspectos da personalidade de D. João
IV, numa muito cuidada edição em papel de linho, documentada com várias estampas impressas em
separado. São valiosos os exemplares da obra por dela se ter tirado um muito limitado número.
Encadernação com a lombada em pele decorada com ferros dourados e a seco; sem as capas da brochura.
2762 — VASCONCELOS (Joaquim de).- O FAUST DE GOETHE E A TRADUCÇÃO DO
VISCONDE DE CASTILHO. Porto. Imprensa Portugueza. 1872. In-8.º de XII-594-II págs. E.
O desígnio de Joaquim de Vasconcelos relativamente a este seu vasto trabalho fica clarificado nas
seguintes palavras preliminares: “Queremos pôr cobro á audacia da ignorancia que se levanta impudica,
esbofeteando a verdade com traducções tôrpes, com plageatos indignos e flagrantes, com falsa sciencia,
com falsas citações, com theorias nullas porque nascem das horas de ocio e não do trabalho”.
Camiliano e muito invulgar.
Encadernação com a lombada em pele, da época.
2763 — VASCONCELOS (Joaquim de).- OS MUSICOS PORTUGUEZES. Biographia Bibliographia. Porto. Imprensa Portugueza. 1870. 2 vols. In-4.º peq. de XXXVI-289-I e 308-IV
págs. E. em 1.
Valiosíssima e ímpar contribuição para a bibliografia musical portuguesa, numa edição de poucos
exemplares, hoje bastante valorizados e muito justamente estimados. O 2º volume vem acompanhado
de 4 folhas desdobráveis.
Única edição publicada.
Exemplar de uma tiragem especial em papel superior e de maior formato, sem justificação de tiragem.
Só de leve aparado à cabeça, com as capas da brochura preservadas e revestido de boa encadernação
à amador.
2764 — VASCONCELOS (Joaquim de).- PRIMEIRA PARTE DO INDEX DA LIVRARIA DE
MUSICA DO MUITO Alto, e Poderoso Rey Dom Ioão o IV. Nosso Senhor. [Grande escudo com
as armas reais de Portugal]. Por ordem de sua Mag. por Paulo Craesbeeck. Anno 1649. [Aliás,
Imprensa Portuguesa, Pôrto, MDCCCLXXIV]. In-4.º gr. de XX-525-I págs. E.
Deve-se a reedição deste notável catálogo às diligências e esforços do Dr. Joaquim de Vasconcelos,
que com ela contribuiu de forma assinalável para a história da música em Portugal. O volume, nitidamente impresso, assenta sobre excelente papel de linho, dele se tendo feito uma muito limitada
tiragem, o que originou a valorização dos exemplares que aparecem à venda.
Dedicatória de Joaquim de Vaconcelos para Alfredo da Cunha. Encadernação nova, com cantos
e lombada em pele, esta decorada com títulos e ferros dourados em casas fechadas.
2765 — VASCONCELOS (José Máximo de Castro Neto Leite e).- O CODIGO ADMINISTRATIVO DE 18 DE MARÇO DE 1842: Annotado por... Do Conselho de Sua Magestade, Juiz da
Relação de Lisboa, &c. &c. &c. Lisboa, Typographia de Antonio José da Rocha, Rua da Vinha
N.º 38. (Ao Bairro Alto.) 1849. In-8.º de 398 págs. E.
Segundo Inocêncio o autor nasceu na cidade do Porto em 1807, deixou outros trabalhos publicados
e, além dos cargos que exerceu e que mencionou no frontispício deste volume, “foi juiz da relação em
Goa em 1836, e ahi presidiu á relação, constituindo tambem os diversos tribunaes de justiça no estado
da India mandados estabelecer pelo decreto de 7 de dezembro do mesmo anno; (...) o seu testamento
foi publicado no Jornal do Commercio, de Lisboa, nº 3713, de 7 de março do mesmo anno [de 1866].
É documento interessante.” Raro.
Encadernação da época, com a lombada em pele decorada com dizeres e ferros dourados.
[284]
2766 — VASCONCELOS (Maria da Glória Teixeira de).- HORAS DE DEUS. Porto. 1921.
[Tipografia “Porto Médico”. Porto]. In-8.º peq. de 70-II págs. B.
Livro de poesias da irmã mais nova de Teixeira de Pascoaes, que, com 81 anos viria a publicar o livro
«Olhando para trás vejo Pascoaes». Edição sem dúvida muito diminuta.
Dedicatória da autora, datada de Amarante, 1937.
2767 — VASCONCELOS (Miguel Ribeiro de).- NOTICIA HISTORICA DO MOSTEIRO DA
VACARIÇA DOADO Á SÉ DE COIMBRA EM 1094, E DA SERIE CHRONOLOGICA DOS
BISPOS DESTA CIDADE DESDE 1064, EM QUE FOI TOMADA AOS MOUROS. Dividida
em duas partes e offerecida á Academia Real das Sciencias de Lisboa por... Lisboa. Typografia
da Academia. 1854-1857. 2 partes ou volumes em 4 opúsculos de II-36, II-86-IV, 38 e 18 págs.
In-4.º gr. E. em 1.
Obra rara e da maior importância para a história daquele antiquíssimo mosteiro, assim organizada
segundo o minucioso «Summario» que a seguir reproduzimos: “A Vacariça: sua situação: teve um
Convento de Frades e Freiras, que se chamavão duplices, fundado posteriormente a Lorvão: extingue-se
e applicão-se os seus rendimentos á Sé de Coimbra: ignora-se o destino, que tiverão os Frades delle
e o motivo, por que foi extincta aquella Corporação. O Mosteiro de Lorvão tem o mesmo destino no
tempo do Conde D. Henrique: é este tornado a restituir pouco depois aos mesmos Frades com a condição
de prestarem seus moradores obediencia á Cathedral de Coimbra, e assim permanece até ao anno de
1200, em que passou para a Ordem de Cister: formula do juramento d’obediencia. Varias doações
feitas ao Mosteiro da Vacariça antes e depois da tomada de Coimbra aos Mouros: reflexões. Jornada
do Conde D. Henrique a Jerusalem; governo da Provincia durante a sua ausencia reconhecendo
a supremacia de Castella. Estado presente e nome antigo da Vacariça.” A segunda parte da obra é inteiramente preenchida com a “Serie chronologica dos Bispos desta Cidade [de Coimbra] desde 1064”,
ano que foi tomada aos Mouros.
Encadernação não contemporânes, com a lombada em pele; só minimamente aparada à cebeça.
2768 — VASCONCELOS (Paulino Cabral de).- POESIAS // DE // PAULINO // CABRAL DE
VASCONCELLOS, // ABBADE DE JAZENTE. // [vinheta em madeira] // PORTO: // Na
Officina de Antonio Alvarez Ribeiro. // Anno de 1786 [e 1787]. 2 vols. In-8.º peq. de IV-245-I
e 330-VI págs. E.
É a primeira edição das muito estimadas poesias do Abade de Jazente, poeta que é, nas palavras de
António de Oliveira Coelho, “no quadro das letras do século dezoito, uma figura de características bem
definidas, tanto pela obra, de relevante significado artístico e documental, como pela vida elegante,
passada quase sempre no Porto, onde possuía numerosos amigos, e cujo ambiente se coadunava à
maravilha com a sua esquisita sensibilidade”.
Encadernações inteiras em pele, da época, diferentes.
2769 — [EXPOSTOS DO PORTO]. VAZ (Francisco de Assis e Sousa).- REFLEXÕES Á
CAMARA MUNICIPAL DA CIDADE DO PORTO ÁCERCA D’EXPOSTOS, em 30
d’Outubro de 1839. Porto. Typographia de Gandra & Filhos. 1840. In-8.º gr. de 12 págs. Desenc.
Estas Reflexões foram escritas pelo autor na sua qualidade de médico dos Expostos.
2770 — VEIGA (João Crisóstomo).- REFLEXÕES, OU BREVE DISCURSO SOBRE AS
RODAS DOS EXPOSTOS, por... Prior da Freguezia de S. Martinho d’Aguada de Baixo.
Coimbra: Na Imprensa da Universidade. 1853. In-8.º de 24 págs. B.
“Reflexões sobre o importantissimo estabelecimento das Rodas dos Expostos, suscitadas pelo artigo
de abolição das mesmas, impresso no n.º 80 do Campeão do Vouga, e pelo Regulamento da respectiva
Administração d’Aveiro de 9 de Junho de 1853.” Com interesse para a história da Assistência em
Portugal.
[285]
2771 — VEIGA (José Manuel da).- APONTAMENTOS JURIDICOS SOBRE A CELEBRE
QUESTÃO DA SUCCESSÃO AB INTESTADO DOS PRAZOS DE NOMEAÇÃO COM
REPRESENTAÇAO, OU SEM ELLA, pelo advogado... Publicados por José Castanheira das
Neves. Lisboa, Na Imprensa Nevesiana. 1845. In-8.º gr. de 20 págs. Desenc.
“Muitos são, em verdade, os flagellos do nosso Fôro (...). Entre aquelles flagellos se contavam o da
successão ab intestado dos feudos, dos bens da Corôa, e dos Prazos não perpetuos; todos tres irmãos
germanos, porque laboravam na mesmissima obscuridade, na mesmissima deficiencia, e embrulhados
no mesmissimo cáhos das paraphrases arbitrarias. A antiga extincção dos Feudos nos livrou do primeiro;
a recente allodialidade dos bens da Corôa em poder dos possuidores remio-nos do segunso: resta o terceiro
que vale o mesmo que os tres juntos. (...)”
2772 — VEIGA (José Manuel da).- CODIGO PENAL DA NAÇÃO PORTUGUEZA. Lisboa.
Na Imprensa Nacional. 1837. In-8.º de XX-125-I págs. Desenc.
Nasceu na Madeira o autor deste importante instrumente jurídico, que, na Dedicatória a D. Maria II,
afirma: “As gerações presentes vão coalhar o Céo de votos os mais pungentes, emanados do fundo d’alma,
pela vida e conservaçam da Rainha, que bazea o seu reinado sobre um tão grande acto de justiça.
As gerações futuras, lendo com horror as sanguinolentas paginas do antigo Codigo criminal, tem de
abençoar a indelevel Memoria de V. Magestade, e repetir com saudosa gratidam, o seu Augusto Nome.”
2773 — VEIGA (Sebastião Filipes Martins Estácio da).- PALEOETHNOLOGIA. ANTIGUIDADES MONUMENTAES DO ALGARVE. Tempos prehistoricos. Lisboa. Imprensa Nacional.
1886-1892. 4 vols. In-4.º B.
Obra de fundamental importância para o estudo da arqueologia algarvia, numa cuidada edição profusamente ilustrada com gravuras, muitas das quais de grande formato, reproduzindo variadíssimos
objectos pré-históricos encontrados na região. Em folha desdobrável de grandes dimensões vem uma
«Carta Archeologica do Algarve».
Algums manchas de água, secas e capas da brochura em deficiente estado de conservação.
2774 — VEIGA (Sebastião Filipes Martins Estácio da).- A TABULA DE BRONZE DE ALJUSTREL, lida, deduzida e commentada em 1876. Memoria apresentada á Academia Real das
Sciencias de Lisboa. Lisboa. Typographia da Academia. 1880. In-4.º gr. de 60-II págs. E.
Com duas folhas desdobráveis heliográficas reproduzindo as duas inscrições romanas de que se compõe
o importantíssimo achado; a transcrição em duas folhas desdobráveis de grandes dimensões com a leitura
da «Tábula» e uma planta, também desdobrável, da estação arqueológica de Milreu, em Faro.
Com as capas da brochura conservadas mas mal encadernado.
2775 — VELHO (Álvaro).- ROTEIRO DA PRIMEIRA VIAGEM DE VASCO DA GAMA
(1497-1499). Prefácio e anexos por A. Fontoura da Costa. Terceira edição. Agência Geral do
Ultramar. Lisboa. MCMLXIX. In-4.º peq. de XXIV-236-II págs. B
Excelente edição comemorativa do quinto centenário do nascimento de Vasco da Gama, documentada
com boa iconografia impressa em folhas destacadas do texto e mapas em folhas desdobráveis.
2776 — VELHO (Ernesto).- VELHOS DE BARBOSA DO PAÇO SOLAR DE MARRANCOS.
Refutação de erros e falsidades genealogicas ignorante, vaidosa e aleivosamente contidos no
livro Cartas Ineditas de Camillo Castello Branco ao 1º Conde de Azevedo de que é autor o snr.
2º Conde de Azevêdo. 2ª edição correcta e augmentada com um prefacio e notas historicas,
genealogicas e biographicas. Revelação sensacional ácerca dos Azevedos.1930. Tipografia
Progresso. Porto. In-8.º gr. de XLIII-144-II págs. B.
Segunda edição, substancialmente aumentada em relação à primeira e, como aquela, acompanhada de
uma árvore genealógica. Edição restrita, muito estimada.
Dedicatória autógrafa do autor.
[286]
2777 — VELOSO (J. M. de Queirós).- D. SEBASTIÃO. 1554 - 1578. Lisboa. Emprêsa
Nacional de Publicidade. 1935. In-4.º peq. de 450-VI págs. E.
Um dos principais trabalhos históricos de Queirós Veloso, este referente a um dos mais críticos e decisivos
períodos da vida portuguesa.
Encadernação com cantos e lombada em pele, com a capa da brochura da frente conservada e aparado
apenas à cabeça.
2778 — VELOSO (J. M. de Queirós).- A PERDA DA INDEPEND NCIA. Volume I. O Reinado
do Cardeal D. Henrique. Lisboa. Empresa Nacional de Publicidade. 1946. In-4.º de 439-I págs. E.
Amplo e muito apreciado trabalho histórico, enriquecido com transcrições de numerosos documentos
antigos. Referências a Camilo. Único volume publicado.
Boa encadernação com cantos e lombada em pele, com as capas da brochura conservadas e aparado
apenas à cabeça.
Nascimento. José da Fonseca, referindo-se a Bento Viana escreveu: “um mancebo a quem a morte veiu
cortar o fio da existencia, quando elle apenas encetava a carreira poetica. A elevação de seus pensamentos, a cadencia dos versos, e sobre tudo a philosophia que elle soube derramar pelas poucas obras
que nos deixou, são um testemunho irrefragabil de que (se mais longa fôra a sua vida) sem duvida
offertára á patria composições, com que ella talvez se gloriasse e ennobrecesse.”
Encadernação nova, com a lombada em pele. Exemplar aparado lateralmente, defeito mais notado na
folha de frontispício.
2784 — VIANA (Cunha).- VERSOS RECITADOS NO SARAU LITTERARIO. 10 de Junho de
1880. Braga. Typographia Lealdade. 1880. In-8.º de 23-I págs. B.
Além dos versos camonianos o opúsculo insere ainda uma carta do autor, uma de Camilo e outra de
Silva Pinto. Edição cuidada em muito encorpado papel.
2779 — VERDADEIRA LUZ DERRAMADA NA QUESTÃO LITTERARIA E SUPREMO
REMATE A ELLA. Em prosa e verso, pela Sombra de Cicero. Lisboa. Imprensa de J. G. de
Sousa Neves. 1866. In-8.º de 15-I págs. E.
2785 — VIANA (Maria Manuela Couto).- RAIZES QUE NÃO SECAM... (Romance). Edição
do Grémio Nacional dos Editores e Livreiros. 1942. In-8.º de 182-II págs. E.
2780 — VIALA (P.) & RAVAZ (L.).- LES VIGNES AMÉRICAINES. Adaptation, culture, greffage,
pépinières, par... Paris. Librairie de Firmin-Didot et Cie. 1896. In-8.º gr. de VI-390-II págs. E.
2786 — VICENTE (Gil).- AUTO DA FESTA. Obra desconhecida, com uma explicação previa
pelo Conde de Sabugosa. Lisboa. Imprensa Nacional. 1906. In-8.º gr. de 129-I-XVI págs. B.
Raro folheto a juntar às colecções da polémica «Bom-senso e Bom-Gosto».
Encadernação nova com a lombada em pele, mas sem as capas da brochura.
Obra profusamente ilustrada com gravuras nas páginas do texto, integrada na «Bibliothèque de
l’Enseignement Agricole».
Encadernação nova, com a lombada em pele, mantendo conservadas as capas da brochura.
2781 — VIANA (Antonio Manuel Couto).- TESOUROS DA POESIA PORTUGUESA.
Selecção, Prefácio e notas de... Ilustrações de Lima de Freitas. Verbo. [Editorial Verbo, 1983.
Lisboa]. In-4.º gr. de 393-VII págs. E.
Do prefácio de Couto Viana: “Portugal, país de poetas! Ei-la, a verdade provada, nestas páginas de
oiro. Lê-las, é escutar a voz fremente de tudo o que sentimos e calamos; é conhecer os segredos das
coisas e das almas; é venerar o passado, entender o presente, desejar o futuro. E, mais ricos de espírito
de as ter lido, sejamos gratos aos poetas. Prestemos-lhes a única homenagem que eles querem e merecem:
decorar-lhes os versos.”
Magnífica antologia dos nossos melhores poetas desde os antigos trovadores até aos autores do século
XX. Edição luxuosa, em papel encorpado e ilustrada com admiráveis ilustrações de Lima de Freitas,
nome de prôa das artes plásticas contemporâneas.
Encadernação dos editores em tela azul, com dizeres e ferros dourados na lombada e na pasta da frente.
COM UMA CABEÇA DE MULHER DESENHADA NA FOLHA DE ANTERROSTO, EM CUJO
CENTRO ESTÁ UMA DEDICATÓRIA AUTÓGRAFA DE LIMA DE FREITAS.
2782 — [VIANA (Bento Luís)].- CONTRATO SOCIAL, ou Principios de Direito Politico
de J.-J. Rousseau. Por B.-L.Vianna. Paris, Na Officina de Firmino Didot. 1821. In-8.º peq.
de 325-I-V-III págs. E.
Rara tradução publicada no mesmo ano em que foram apareceram as Poesias do autor, açoriano da Ilha
de S. Miguel.
Bela encadernação inteira em pele, da época, com finos dourados na lombada.
2783 — VIANA (Bento Luís).- POESIAS DE B. L. VIANNA (Filinto Insulano). Paris, na
Officina de Firmino Didot. 1821. In-8.º de 228 págs. E.
Livro raro, cujo autor foi natural da Ilha de S. Miguel, tendo ido para Paris com a finalidade de aí frequentar a faculdade de Medicina. Em Paris travou íntima amizade com Francisco Manuel do
[287]
.../...
Romance distinguido com o 1º prémio «Procura-se um Romancista» do Grémio Nacional dos Editores
e Livreiros. Ilustrado com um retrato da autora assinado “Couto Viana”. Muito invulgar.
Com as capas da brochura conservadas mas singelamente encadernado.
De págs. 7 a 94 decorre um importante e desenvolvido texto do Conde de Sabugosa; de págs. 95 a 129
a “Transcrição do Auto da Festa” as XVI finais comportam a reprodução fotozincográfica da edição
quinhentista do «Auto da Festa». Primeira edição.
2787 — VICENTE (Gil).- OBRAS COMPLETAS DE GIL VICENTE. Reimpressão «fac-similada» da edição de 1562. Lisboa. Oficinas Gráficas da Biblioteca Nacional. 1928. In-4.º de VIII
págs. prels., IV ff. inums. e CCLXII nums. E.
Boa edição fac-similada da edição original quinhentista da «Copilaçam da todalas obras de Gil
Vicente, a qval se reparte em cinco livros. O primeyro he de todas suas cousas de deuaçam. O segundo
as comedias. O terceyro as tragicomedias. No quarto as farsas. No quinto as obras meudas». Publicada
na colecção “Reimpressões” da Biblioteca Nacional.
Boa encadernação com cantos e lombada em pele, com dizeres e finos ferros a ouro. Só de leve aparado
à cabeça e com as capas da brochura conservadas.
2788 — VICENTE (Gil).- OBRAS DE GIL VICENTE. Correctas e emendadas pelo cuidado
e diligencia de J. V. Barreto Feio e J. G. Monteiro. Hamburgo. Na Officina Typographica de
Langhoff. 1834. 3 vols. In-8.º gr. de XLI-III-385-III, 532-IV e 404 págs. E.
A edição, impressa na Alemanha e bastante invulgar, abrange todas as obras poéticas e teatrais de Gil
Vicente, figura das mais proeminentes da literatura portuguesa de todos os tempos.
Boas encadernações com as lombadas em pele, com nervuras, título e discretos ferros a ouro.
2789 — VICENTE (Gil).- OBRAS DE GIL VICENTE. Com revisão, prefácio e notas de
Mendes dos Remédios. Coimbra. França Amado - Editor. 1907-1914. 3 vols. In-8.º de LIX-V-400-IV, 454-VI e 405-III págs. B.
Edição integrada nos «Subsídios para o estudo da História da Literatura Portuguesa», prestimosa
colecção dirigida por Mendes dos Remédios.
Capas da brochura com pequenos defeitos.
[288]
2790 — A VIDA PORTUGUESA. Revista quinzenal ilustrada. Director. Joaquim Madureira.
Proprietário e editor, A.- Menéres d’Araújo - Secretário, Luis Cunha. Oficinas da Litografia
Lusitana. Vila Nova de Gaia. Porto, Janeiro de 1926. In-fólio de 12 págs. E.
Número specimen de uma revista de que não encontramos rasto de que tivesse sido continuada. Insere
belas ilustrações a cores em separado de trabalhos de António José da Costa, Marques Rodrigues,
Joaquim Lopes e Abel Salazar, este com a reprodução do seu belo retrato de Camilo e de um trabalho
do mesmo artista intitulado «Ensaios de Litografia de Arte»; caricaturas de Mussolini e Ilda Stichini
por D. Fuas. Capa da brochura ilustrada a cores por D. Fuas, apresentando a capa posterior uma vista
do Porto com uma figura masculina tendo um pé assente em Gaia e outro no Porto espalhando anúncios
da “Apolino, Lit. Lusitana, Vila Nova de Gaia”.
Encadernação simples.
2791 — VIDAL (Angelina).- O MARQUEZ DE POMBAL À LUZ DA PHILOSOPHIA.
Lisboa. Imprensa da Viuva Sousa Neves. 1882. In-8.º gr. de 31-I págs. E.
Opúsculo em verso, com um texto preliminar “A Camillo Castelo Branco”.
Com as capas da brochura conservadas mas modestamente encadernado.
2792 — VIDAL (Frederico Gavazzo Perry).- DESCEND NCIA DE S. M. EL-REI DOM JOÃO VI.
(28.º Rei de Portugl). 1923. Guimarãe & C.ª – Editores. Lisboa. In-4.º gr. de XII-IV-212 págs. B.
Lê-se na segunda edição da obra, publicada em 1996, que “ A primeira edição desta importante obra,
datada de 1923 mas que “tudo indica ter sido (...) efectivamente lançada na Primavera de 1924”, teve
tiragem limitadíssima, sendo hoje muito raros os exemplares que aparecem no mercado alfarrabista.”
Obra importante com vastíssima informação e documentação, com 235 retratos em folhas de papel
couché e 43 árvores de costado. Primeira edição.
2793 — VIDART (Luis).- VERSOS. Madrid. Imprenta de El Correo Militar, á cargo de J. J.
Heras. 1872. In-8.º de 112 págs. B.
Tem na folha de anterrosto uma dedicatória a Camilo Castelo Branco manuscrita e assinada pelo autor.
2794 — VIEGAS (João).- O GALO DE BARCELOS AO PODER. Moraes editores. [Lisboa.
1983]. In-4.º de 139-V págs. B.
“Pegámos em alguns textos cheios de nervo. Afiámos várias línguas virulentas. Cortámos, às rodelas,
diversas notícias dos jornais. Picámos o diz que disse social. Adicionámos duas pitadas de originalidade.
Esprememeos uma forte dose de narcisismo. Batemos bem os castelos, os fardamentos novos e as hierarquias velhas. Recusámos preconceitos e conservadorismos, por não nos parecerem frescos. Ralámos
vários Partidos de modo a não deixar nenhum inteiro. Enfeitámos com meia dúzia de sorrisos amarelos.
Regámos com amizade. ...E servimos bem quente!!! Que vos faça bom proveito”. Livro de grande
originalidade literária e política, com desenhos e textos de João Viegas. Impresso em papel de embalagem.
2795 — VIEIRA (Afonso Lopes).- AO SOLDADO DESCONHECIDO. (Morto em França).
[1921. Imp. Libanio da Silva. Lisboa]. In-8.º gr. de IV págs. inums. B.
Muito invulgar edição, vendida a favor de um orfão da Guerra, mas ao tempo apreendida e retirada do
mercado.
Como nos recorda A. Lopes Vieira no seu livro «Nova Demanda do Graal»; “Quando, em 1921,
o autor dêste livro foi preso e apreendida a sua poesia «Ao Soldado Desconhecido», recebeu da Escola
de Guerra um ofício, assinado pelo capitão presidente da assembléia geral dos alunos, em que se lhe
agradecia a oferta de um exemplar — agradecimento votado por aclamação.”.
2796 — VIEIRA (Afonso Lopes).- AR LIVRE. Lisboa. Livraria Editora Viuva Tavares Cardoso.
1906. In-8.º de 216 págs. B.
Edição original de um dos primeiros livros de versos de Afonso Lopes Vieira.
Capa da brochura ilustrada. Pequenos defeitos no ângulo inferior direito de duas das primeiras folhas.
[289]
2797 — VIEIRA (Afonso Lopes).- BARTOLOMEU MARINHEIRO. Versos de Afonso Lopes
Vieira. Ilustrações de Raul Lino. [«Editora Limitada». Lisboa. 1912]. In-8.º gr. de 42-VI págs. E.
As ilustrações de Raul Lino, a cores, vêm nas páginas do texto e em plena página. Primeira e muito
invulgar edição.
Encadernação simples, sem as capas da brochura e assinado no frontispício.
2798 — VIEIRA (Afonso Lopes).- BRANCAFLOR E FREI MALANDRO. Dois piquenos
poemas de amor. [Lisboa. 1947]. In-8.º de 92-II págs. B.
Edição póstuma, impressa em bom papel. Capa ilustrada por João Carlos (Celestino Gomes).
2799 — VIEIRA (Afonso Lopes).- A CAMPANHA VICENTINA. Conferencias & outros
escritos. [A Editora Limitada. Lisboa. 1914]. In-4.º de 257-V págs. E.
Excelente colectânea de textos referentes a Gil Vicente, apresentando no fim cartas de H. Lopes de
Mendonça, Carolina Michaelis de Vasconcelos, Oscar de Pratt, Hipólito Raposo e José de Figueiredo.
Edição de cuidada apresentação gráfica, em magnífico papel e com ilustrações várias em separado.
Invulgar.
Encadernação com cantos e lombada em pele, tendo conservadas as capas da brochura.
2800 — VIEIRA (Afonso Lopes).- CANCIONEIRO DE COIMBRA em que se contêm poesias
portuguesas, & nos saudosos campos inspiradas, desde o século XV até aos nossos tempos, com
uma sylva de romances & cantigas tradicionais. Escolhidas por... França Amado. Coimbra. 1918.
In-8.º de 146-IV págs. E.
Edição em papel de linho, a primeira, estimada e invulgar.
Boa encadernação à amador, com as capas da brochura conservadas e só de leve aparado à cabeça.
2801 — VIEIRA (Afonso Lopes).- CANÇÕES DO VENTO E DO SOL. [Typ. “A Editora”.
Lisboa. S.d.]. In-8.º de 165-III págs. E.
Um dos mais apreciados livros de poemas do autor, considerado por Fernando Pessoa como o mais
importante de toda a sua obra. Primeira edição.
Dedicatória autógrafa do poeta para Cunha e Costa. Encadernação com a lombada em pele, com dizeres
e bonitos ferros dourados. Tem as capas da brochura preservadas e está só de leve aparado à cabeça.
2802 — VIEIRA (Afonso Lopes).- A DIANA DE JORGE DE MONTEMOR, em português de...
[Lisboa. 1924]. In-8.º de X-XXXVII-II-246-XLIII a LXXII-V págs. B.
Primeira edição desta primeira versão portuguesa de «Diana», originalmente escrita em castelhano.
Segundo informação retirada no «Dicionário Cronológico de Autores Portugueses», coordenado por
Eugénio Lisboa: “A obra que o [Jorge de Montemor] tornou famoso foi Los Siete Libros de la Diana
(Valencia, 1559?). Foi tal a popularidade do livro que obteve o grande êxito editorial, no século XVI,
de ser impresso dezassete vezes. (...)
“Livro escrito por um português, o seu castelhano é impecável, observando-se tonalidades lusas não
apenas nalguns passos redigidos em português, ou nas magoadas evocações do Mondego e de
Coimbra, mas, sobretudo, na soledade, no mal de ausência que tão subtilmente se insinua nesta obra.”
2803 — VIEIRA (Afonso Lopes).- O ENCOBERTO. Lisboa. Viuva Tavares Cardoso. 1905.
In-8.º de 154-II págs. B.
Poema estimado, “o thema do Encoberto é o ideal messianico, não já religioso nem nacional. — mas
humano”, segundo palavras de Teófilo Braga em carta transcrita no início do volume.
[290]
2804 — VIEIRA (Afonso Lopes).- ILHAS DE BRVMA. [Francisco França Amado. Coimbra.
1917]. In-8.º de 133-II págs. E.
Uma das mais estimadas obras poéticas do autor, numa bela e muito esmerada edição em papel de
linho, a primeira.
Bela dedicatória do poeta para outro poeta: Augusto Gil. Excelente encadernação à amador, com finos
ferros a ouro em casas fechadas. Com as capas da brochura conservadas e só minimamente aparado
à cabeça.
2805 — VIEIRA (Afonso Lopes).- «MARQUES». (Historia d’um perseguido). Lisboa. Livraria
Editora Tavares Cardoso & Irmão. 1903. In-8.º de 164 págs. B.
Referindo-se a esta obra disse Gaspar Simões: “Raul Brandão, Patrício, Mário de Sá-Carneiro, Almada,
o próprio Almada da Engomadeira, mestres da ficção portuguesa da primeira metade do século, foragidos
do realismo, avatares da ficção em que o real se torna poético, como que foram beber a esta fonte oculta
da novelística nacional. O «Marques», de Afonso Lopes Vieira, é uma obra-prima do género”.
2806 — VIEIRA (Afonso Lopes).- O MEU ADEUS. Lisboa. Typographia da Companhia
Nacional Editora. 1900. In-4.º de 41-I págs. E.
Um dos primeiros livros de Afonso Lopes Vieira, numa esmerada edição executada sobre excelente
papel couché.
Encadernação simples, com a lombada em pele. Capa da brochura em papel apergaminhado.
2807 — VIEIRA (Afonso Lopes).- NAUFRAGO. Versos lusitanos de... Lisboa. Parceria
Antonio Maria Pereira. 1898. In-4.º de IV-103-XXI págs. E.
Segundo livro de Afonso Lopes Vieira, “já muito mais revelador da sua verdadeira inspiração”, numa muito
cuidada edição, impressa em bom papel e adornada de um retrato do poeta. Valioso e muito estimado.
Tem no anterrosto as iniciais do poeta, datadas de 1923 e a nota de que o exemplar “pertence a Guilherme
de Faria”, também poeta. Sóbria encadernação com a lombada em pele decorada com ferros a seco, só
de leve aparado à cabeça e com as capas da brochura preservadas. Com o ex-libris de Miguel de Faria.
2812 — VIEIRA (Afonso Lopes).- POEMA DO CID. Versão em prosa da gesta castelhana do
seculo XII “cantar de mio Cid”, por Afonso Lopes Vieira. [Lisboa. 1929]. In-8.º de VI-147-X
págs. B.
Com um valioso e extenso «Prólogo» de Menendez Pidal, em castelhano, onde se afirma que esta é a
primeira tradução do célebre «Poema do Cid». Com a reprodução de uma folha iluminada da «Crónica
de Espanha». Primeira edição.
2813 — VIEIRA (Afonso Lopes).- A POESIA DOS PAINEIS DE S. VICENTE. Conferencia
realizada no Museu Nacional de Arte Antiga... [Lisboa S.d.]. In-4.º de 39-I págs. B.
Folheto a juntar à vasta colecção suscitada pelos célebres painéis. Cuidada edição, de restrita tiragem.
Capa da brochura com algumas leves manchas.
2814 — VIEIRA (Afonso Lopes).- POESIAS ESCOLHIDAS. 1898-1902. Lisboa. Livraria
Editora Viuva Tavares Cardoso. 1904. In-8.º de 154-II págs. B.
Excelente livro, representativo da primeira fase literária de Lopes Vieira. Primeiro livro de poesia do
autor, incluindo oito dedicadas a Coimbra e uma a Camilo: «A accacia do Jorge».
2815 — VIEIRA (Afonso Lopes).- O ROMANCE DE AMADIS. Composto sobre o Amadis de
Gaula de Lobeira. [Lisboa. 1922]. In-8.º de XLI-216-IV págs. B.
Com um extenso e importante prefácio de Carolina Michaëlis de Vasconcelos: “A quarta redacção —
a de agora — pretende ser como que a recondução do texto, por duas vezes renovado, à sua forma
primitiva, verdadeiramente portuguesa.
“Devido ao trabalho de um artista que é também um filólogo, os feitos de Amadis o Namorado poderão
ser lidos por todos quantos Portugueses se interessem pela parte que os seus maiores tiveram na
literatura mundial.” Primeira edição.
Capa da brochura ilustrada com a reprodução de uma xilogravura medieval.
2816 — VIEIRA (Afonso Lopes).- SANTO ANTÓNIO. Jornada do Centenário. [Sociedade
Editora Portugal-Brasil. Lisboa. 1932]. In-8.º de XX-236-XXI a XLII-VIII págs. E.
2809 — VIEIRA (Afonso Lopes).- ONDE A TERRA SE ACABA E O MAR COMEÇA.
[Lisboa. 1940]. In-8.º de 121-VII págs. B.
“(...) Nestas folhas de viagem, enviadas de caminho ao «Diário de Notícias», de Lisboa, fui seguindo
o percurso que a Legenda asinala como tendo sido o do Santo português, do bêrço ao túmulo, de
Lisboa a Pádua. É esta a razão porque as reúno em livro — um pouco restauradas da pressa que as
circunstâncias impunham — a razão de uma jornada que ainda não fôra empreendida e, todavia, foi
o aventuroso roteiro que o mais universal dos Portuguesas seguiu na Idade-Média, através de dores
e a caminho da glória. (...)” Um dos mais interessantes livros da bibliografia antoniana. Primeira edição.
Encadernação com cantos e lombada em pele com título e ferros dourados, mantendo conservadas as
capas da brochura.
2810 — VIEIRA (Afonso Lopes).- PADRE NOSSO. (Inedito). 1916. S.l. In-8.º gr. de IV págs. B.
Edição original, bastante invulgar, ilustrada com um retrato do Poeta, por Columbano.
2808 — VIEIRA (Afonso Lopes).- NOVA DEMANDA DO GRAAL. [Imprensa Portugal-Brasil. Lisboa. 1942]. In-8.º de 381-III págs. B.
Colectânea de escritos já anteriormente publicados, relativos à arte, à História, à literatura, etc.
Primeira edição. Capa da brochura ilustrada com uma grande Cruz de Cristo a vermelho.
Com este livro e segundo Gaspar Simões, o autor “se ergue à altura de um grande lírico, em tudo digno
de emparceirar com os maiores líricos da nossa terra”. Com um retrato do poeta por Eduardo Malta.
Raríssima plaquete com uma muito curiosa poesia, em cuja capa da brochura figuram duas crianças
a cores em desenho de M. Thereza, capa que se encontra ligada às páginas do texto com uma fita em
seda laçada.
2811 — VIEIRA (Afonso Lopes).- PAÍS LILÁS, DEST RRO AZUL. [Lisboa. 1922]. In-8.º
de 183-VII-VIII-II págs. B.
Muito estimado livro de versos, de excelente apresentação gráfica e em bom papel de linho.
Capa da brochura ilustrada com uma concha de vieira.
[291]
2817 — VIEIRA (Afonso Lopes).- OS VERSOS DE AFONSO LOPES VIEIRA. [Lisboa.
1927]. In-8.º de 319-IV págs. B.
2818 — VIEIRA (Padre António).- ARTE DE FURTAR, espelho de enganos, theatro de verdades,
mostrador de horas minguadas, gazua geral dos Reynos de Portugal. Composta no anno de 1652,
pelo... De novo reimpressa, e offerecida ao Illmo. Sr. F. B. Targini ex-thesoureiro mor do Erario do
Rio de Janeiro. 1821. [Londres: - Impresso por T. C. Hansard...]. In-8.º gr. de XXIV-428 págs. E.
Com um bom retrato de Vieira gravado em cobre, “copiado da Edição de Amsterdam”; no frontispício
vem um medalhão com um retrato de Targini circundado por uma laçada de corda, gravado em madeira
e encimando a seguinte legenda: “–– Qual pirata inico, Dos trabalhos alheos feito rico”. Inocêncio faz
alusão à ironia deste retrato.
[292]
.../...
Desta obra, como na advertência se esclarece, tinha sido publicada uma outra edição no ano anterior,
também em Londres, sendo esta de 1821 “em formato e typo mais pequeno (...) e com mais algumas
correcçoens e emendas”. Inocêncio diz que esta edição “é sem duvida a mais elegante e bem impressa
de todas as que até agora se publicaram (...)”; o mesmo bibliógrafo, no vol. VIII do seu Dicionário,
referindo-se a esta edição de 1821, informa: “Não posso dar informação mais explicita, porque apenas
vi della até agora um unico exemplar em 10 de Novembro de 1861, em mão de pessoa, que pretendia
vendel-o ao sr. Antonio Rodrigues (...) e que por não se ajustar no preço tornou a leval-o comsigo, sem
dar-me occasião para o examinar mais detidamente”.
Encadernação inteira em pele, da época, com dizeres e ferros a ouro na lombada.
2819 — VIEIRA (Padre António).- ARTE DE FURTAR, Espelho de enganos, theatro de
Verdades, mostrador de horas minguadas, gazua geral dos Reinos de Portugal. Offerecida a el-rei
nosso Senhor D. João IV para que a emende. Composta no anno de 1652... Nova edição. Lisboa.
Editores, J. M. C. Seabra & T. Q. Antunes. 1855. In-4.º de XIII-I-284 págs. E.
Edição invulgar de uma das mais importantes obras clássicas da literatura portuguesa, cuja verdadeira
autoria continua a ser tema de controvérsia.
Encadernação com cantos e lombada em pele, com ferros a seco. Por aparar e com as capas da
brochura conservadas.
2820 — VIEIRA (Padre António).- CARTAS DO PADRE ANTONIO VIEIRA. Lisboa.
Editores, J. M. C. Seabra & T. Q. Antunes. 1855-1854. 4 vols. In-4.º E. em 1.
Apreciada reedição das Cartas do Padre António Vieira. Muito invulgar.
Encadernação inteira em pele, da época, com dizeres dourados na lombada. Discreta assinatura antiga
do Visconde das Laranjeiras.
2821 — VIEIRA (Carlindo).- S. SALVADOR DA TORRE NA HISTÓRIA DE RIBEIRA
LIMA. (Monografia). 1973. [Edição do Jornal «O Emigrante». Clermont-Ferrand - França.
Gráfica Casa dos Rapazes. Viana do Castelo]. In-8.º de 119-V págs. B.
Monografia de S. Salvador da Torre, situada entre Viana do Castelo e Ponte de Lima, ilustrada com
fotogravuras em folhas à parte. Capítulos: Situação Geográfica; A Terra e a História; O Homem e a Terra;
Costumeiras Locais; A Terra e o Turismo; Aspectos do Passado; Manifestações Religiosas; Expressões
Populares; Estatísticas de Actividades; Documentos.
Dedicatória do autor.
2822 — VIEIRA (Padre Casimiro José).- APONTAMENTOS PARA A HISTORIA DA
REVOLUÇÃO DO MINHO EM 1846 OU DA MARIA DA FONTE, escriptos pelo Padre
Casimiro finda a Guerra, em 1847. Braga. Typographia Lusitana. 1883. In-8.º gr. de XI-V-462
págs. E.
Foi este interessante e apreciado livro que deu origem à obra de Camilo «Maria da Fonte». Pouco vulgar.
Encadernação nova, com lombada em pele. Conserva a capa da brochura da frente.
2823 — VIEIRA (Frei Domingos).- GRANDE DICCIONARIO PORTUGUEZ ou Thesouro
da Lingua Portugueza. Publicação feita sobre o manuscripto original, inteiramente revisto e consideravelmente augmentado. Porto. Em Casa dos Editores Ernesto Chardron e Bartholomeu H. de
Moraes. 1871-1874. 5 vols. In-fólio. E.
O Dicionário de Fr. Domingo Vieira, destaca-se a grande altura entre os mais importantes trabalhos
lexicográficos portugueses, sendo ainda hoje de consulta obrigatória para quantos se dedicam com
profundidade ao estudo da nossa língua. Muito estimado e bastante invulgar, nunca reeditado.
Boas encadernações inteiras em pele, da época, com pequenos sinais de uso.
[293]
2824 — VIEIRA (José Augusto).- O MINHO PITTORESCO. Lisboa. Livraria de Antonio Maria
Pereira - Editor. 1886-1887. 2 vols. In-4.º gr. de IV-XVI-657-III e 794-IV págs. E.
“Edição de grande luxo, illustrada com mais de tresentos desenhos de João de Almeida, gravados pelos
mais celebres artistas nacionaes e estrangeiros; [cinco] magnificas estampas em chromo representando
costumes; e seis mappas da provincia, (geologico, dos arvoredos e terrenos incultos, dos rios e montanhas,
e chorographicos do districto de Vianna, do districto de Braga e do districto do Porto) expressamente
gravados”. Primeira edição, muito invulgar, excelentemente impressa sobre papel de boa qualidade.
É a mais conhecida e vasta obra exclusivamente dedicada ao Minho, sendo também particularmente
importante para a bibliografia do Porto, de que apresenta várias e interessantes estampas.
Encadernações próprias em percalina vermelha decoradas a negro e ouro, tendo, entre outros motivos,
a Torre dos Clérigos e a Ponte D. Maria. Com o corte das folhas dourado.
2825 — VIEIRA (José Carlos Alves).- VIEIRA DO MINHO. Noticia historica e descriptiva.
Edição do «Hospital João da Torre». Vieira do Minho. 1923. In-8.º gr. de II-572-IV págs. B.
Monografia minhota profundamente tratada, ilustrada com numerosas estampas disseminadas pelas
páginas de texto e ainda com uma estampa em separado, a cores, representando o “Brazão de armas
do Concelho de Vieira do Minho”. Primeira edição.
Com uma curiosa dedicatória do autor.
2826 — VILA-MAIOR (Visconde de).- O DOURO ILLUSTRADO. Album do Rio Douro e paiz
vinhateiro, contendo: Introducção historica e descriptiva do paiz vinhateiro, descripção das principaes quintas e dos trabalhos vinicolas usados no Douro, nota sobre o commercio dos vinhos
do Porto, serviço e trabalho dos armazens. Porto. Livraria Universal de Magalhães & Moniz,
Editores. 1876. In-4.º oblongo de VIII-226-II págs. E.
Obra clássica da bibliografia duriense e dos seus vinhos, com frontispícios e texto em português, francês
e inglês, enriquecida com 24 boas ilustrações abertas em madeira impressas em separado e ainda com
uma grande e desdobrável «Carta do Rio Douro e Paiz Vinhateiro desde a Barca d’Alva até S. João da
Foz, segundo a carta do barão de Forrester”.
Primeira edição, bastante invulgar e muito estimada.
Encadernação editorial em percalina gravada, danificada. Com algumas folhas manchadas de acidez.
2827 — VILA-MOURA (Visconde de).- CAMILLO INÉDITO. Com um prefacio e notações
por... Edição da Renascença Portuguesa. Pôrto. 1913. In-8.º de 152-IV págs. E.
Livro constituído, principalmente, pela divulgação de muitas cartas inéditas de Camilo endereçadas
a Inocêncio Francisco da Silva, Guilhermino de Barros, Visconde de Ouguela, Ricardo Jorge, Urbino
de Freitas, Aníbal Fernandes Tomás, Eugénio de Castro, Alberto Pimentel, Ana Plácido, Jorge Castelo
Branco e outros.
Encadernação com a lombada em pele, com título dourado e ferros a seco, tendo conservadas as capas
da brochura.
2828 — VILA-MOURA (Visconde de).- FANNY OWEN E CAMILO. II Edição - 1º Milhar.
Edição de «A Renascença Portuguesa». Porto. [1925]. In-8.º gr. de 58-VI págs. B.
Muito interessante subsídio para a história da vida sentimental de Camilo, onde as figuras de Fanny
Owen e de José Augusto Pinto de Magalhães aparecem tratadas com fino recorte literário. Deste escreveu
Camilo no seu livro «No Bom Jesus do Monte» e na abertura deste trabalho se transcreve: “Tenho aqui
as cartas de José Augusto. Através de tantas borrascas, nem vaga nem refega de vento mas levou.
Memórias preciosas da minha mocidade, cartas que me seriam estímulo hoje a prantos consoladores,
tudo rasguei, tudo deixei ir no caudal da torrente suja onde me emergi, tudo, menos as cartas de um
amigo, do mais infeliz homem que ainda conheci! Agora olho para êste papel amarelado, para êstes
caracteres desmaiados, para a orla da fôlha em que penso ver o sinal dos dedos que a voltaram... Que
tristeza! que pregão do outro mundo me estremece e confrange!”. Com um retrato a sanguínea de
Fanny traçado por António Carneiro e estampas em folhas à parte.
Pequena assinatura na capa da brochura.
[294]
2829 — VILA MOURA (Visconde de).- VIDA LITTERARIA E POLITICA. I-Criticas. IIDiscursos. 1911. Magalhães & Moniz, Ldª - Editores. Porto. In-8.º de XXXVII-257-I págs. E.
Livro com muitos e curiosos capítulos, onde se encontram referidos os mais destacados vultos da política,
artes e letras da época. Do Índice, destacamos: «De Balão»; «A Arte e os Regimens»; «A Nossa Escola
d’Arte»; «O Meio portuguez e os artistas»; «A Critica»; «A Imprensa»; «O Romance»; «Theatro»;
«Oratoria»; «A Musa Alentejana» [Conde de Monsaraz]; «O Monólogo do Vaqueiro» [Gil Vicente];
«A Gente portugueza» [António Cid]; «A Santa Inquisição» [Júlio Dantas]; «Coimbra
doutora»[Hipólito Raposo]; «O Livro de Cesario Verde», «Silva Pinto»; «O Padre Senna Freitas»;
Eugenio de Castro e a sua Obra»; «Augusto Soromenho»; «Humor e Philosophia»; «Coimbra»;
«A Indole dos Portuguezes»; «Camillo»; «O Problema Nacional»; «Os ferro-viarios — A crise vinícola
— O proletariado do Baixo Douro»; «Hospitaes da Universidade»; «A proposito do livro: A Vida
Mental Portugueza».
Boa encadernação com a lombada em pele decorada com título e ferros dourados. Capas da brochura
conservadas e inteiramente por aparar.
2830 — VILA-MOURA (Visconde de).- ANTONIO NOBRE. (Seu Genio e sua Obra). 2.ª Edição.
Alvaro Pinto, Editor. (Annuario do Brasil). Rio de Janeiro. In-8.º de 144-VIII págs. E.
Com retratos em folhas à parte e o fac-símile de um manuscrito do Poeta.
Boa encadernação com a lombada em pele, capas da brochura conservadas e com as margens integrais.
2831 — VILELA (Álvaro da Costa Machado).- TRATADO ELEMENTAR (TEÓRICO E PRÁTICO)
DE DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO. Coimbra Editora, Lda. Coimbra. 1921-1922.
2 vols. In-4.º de VIII-720 e IV-775-I págs. E.
O Autor foi Professor da Faculdade de Direito de Coimbra. O 1º vol. trata dos «Princípios Gerais»
e o 2.º das «Aplicações».
Encadernações com as lombadas em pele, tendo conservadas as capas da brochura. Tem uma pequena
mancha na capa e nas duas folhas seguintes e uma assinatura no frontispício.
2832 — VILHENA (Júlio de).- CARTA, datada de Lisboa 7-I-908. Dim. 11,5 x 18 cm.
Sem referência ao nome do destinatário, diz: “Sabe V. Ex.ª o que tem occurrido dentro do nosso
partido e como o procedimento de dois amigos meus contribuiu para um afastamento que se vae
declarando em scisão. Sei quanto V. Exª é amigo do sr. conselheiro Campos Henriques, mas sei tambem
quanto é dedicado ao seu partido, cuja bandeira me foi entregue sem uma votação (?) e que ainda nem
jamais, deshonrarei pelos meus actos.
“Posso contar com a adhesão á bandeira do partido, ajudando-me no combate á situação a fim de formarmos
um governo progressista, como este, mas inteiramente partidario? (...)”
2833 — VILLEFRANCHE.- PIO IX. Sua Vida, sua Historia e seu Seculo. Versão portugueza
prefaciada por Camillo Castello Branco. Lisboa. Livraria Editora de Mattos Moreira & Cª. 1877.
In-8.º gr. de 552-VIII págs. E.
O prefácio de Camilo ocupa quatro das páginas iniciais. Estimada biografia de uma das mais notáveis
figuras da vasta galeria pontifícia romana.
Encadernação com cantos e lombada em pele e só aparado à cabeça. Com três ex-libris.
2834 — VILLIERS (Alan).- MEN. SHIPS AND THE SEA by Capt... and other adventurers on
the Sea. National Gegraphic Society, Washington, D.C. S.d. In-4.º gr. de 436 págs. E.
Com centenas de ilustrações a cores e a negro, mapas e desenhos.
Encadernação dos editores em tela branca gravada a negro e vermelho.
[295]
2835 — VINHOLA (Jacomo Barozio de).- REGRAS // DAS SINCO ORDENS // DE ARCHITECTURA // SEGUNDO // OS PRINCIPIOS DE VIGNHOLA, // Com hum Ensaio sobre as
mesmas ordens feito so- // bre o sentimento dos mais celebres Architectos // Escriptas em
Francez por *** // E Expostas em portuguez por... J.C.M.A. // Com o aumento de varias reflexoens interessantes sobre as mes- // mas Ordens, com a Ordem Attica, // e com huns principios
// de Geometria pratica que facilitaõ a inteligencia desta obra // e de outras deste genero:
Enriquecido tudo com 88 es- // tampas abertas em cobre. // ... // COIMBRA: // Na Real Imprensa
da Universidade anno de 1787. In-8.º gr. de VIII-VII-I-154 págs. E.
É a melhor edição portuguesa deste célebre clássico da arquitectura. O livro, nitidamente impresso em
encorpado papel de linho, além das mencionadas 88 gravuras primorosamente abertas a buril em chapa
de cobre, conta ainda com uma portada arquitectónica com o retrato de Vinhola, tendo na base a legenda
indicativa de que foi “Traduzido por José Calheiros de Magalhães e Andrade em Braga”; existe ainda
uma outra portada alegórica ao «Ensaio sobre as sinco Ordens de Architectura», no início deste, entre
as págs. 106 e 107. Composição adornada de numerosos cabeções de enfeite e florões de remate, em
boas gravuras em madeira de variados motivos.
Encadernação inteira em pele, da época, com insignificantes imperfeições; Pequena mancha na margem
superior das primeiras folhas.
2836 — [VISCONDE DE BONFIM]. BREVE ANALYSE DA CAUSA DE APPELAÇÃO
CIVEL actualmente pendente de decisão do Venerando Tribunal da Relação da Corte em que
é Appellante o Exm. Visconde de Bomfim e Appellados Gomes Freire de Andrade Tavares e outros.
Rio de Janeiro. Typographia Universal de Laemmert. 1862. In-4.º gr. de 75-I págs. Desenc.
–––– RAZÕES DE REVISTA na Causa actualmente pendente de Decisão do Supremo Tribunal de
Justiça em que são reccorrentes Gomes Freire de Andrade Tavares e outros e recorrido o Visconde de
Bomfim. Rio de Janeiro. Typographia - Paula Brito. 1863. In-4.º gr. de II-77-I págs. Desenc.;
–––– IMPUGNAÇÃO AOS EMBARGOS COM QUE VIERAM GOMES FREIRE D’ANDRADE
TAVARES e outros, herdeiros da Baroneza de Bomfim ao Venerando Accordão Proferido pelo
Tribunal da Relação contra os mesmos herdeiros, e a favor do Visconde de Bomfim. Rio de
Janeiro. Typographia - Paula Brito. 1863. In-4.º gr. de II-43-I págs. Desenc.
Peças de um importante processo jurídico decorrido no Brasil acerca da herança dos bens da baroneza
de Bomfim, lendo-se no início da segunda das peças descritas, as seguintes palavras, demonstrativas
do vigor e clima em que o mesmo decorreu: “Tem razão os Recorrentes, quando exclamam — Deos
se amerceie do Brasil! — Misero estado é este a que nos achamos reduzidos!
“Quando o estado do paiz é tal, que insolentes audaciosos levantam impunemente a voz perente os proprios
Tribunaes, aos quaes pedem justiça; e com a mais inaudita impudencia lhes arrojam á face infamias
calculadas, repetidas, incessantes, como fazem os Recorrentes por todos estes autos, e mais particularmente no monstruoso e immundo exordio das allegações ex fl. 420 — e n’ellas a cada passo; quando
sem pudor e sem receio se atiram á toga e á honra dos magistrados; as despedaçam e maculam, e lhes
dizem em rosto:— Vós sois ladrões, venaes, infames, sicarios, peiores, mais vis e mais cobardes
que os salteadores de estrada — e para os temerarios não ha repressão:— este paiz está desabando
em ruinas. (...)”
2837 — VITERBO (F. M. de Sousa) & ALMEIDA (R. Vicente de).- A CAPELLA DE S. JOÃO
BAPTISTA ERECTA NA EGREJA DE S. ROQUE, FUNDAÇÃO DA COMPANHIA DE
JESUS E HOJE PERTENCENTE Á SANTA CASA DA MISERICORDIA. Noticia historica
e descriptiva por... 1900. Typ da Lot. da Santa Casa da Misericordia. Lisboa. In-4.º de IV-198-II págs. B.
Muito estimada e invulgar monografia, ilustrada com duas belas estampas a cores e ouro, além de
outras a negro e várias folhas com fac-símiles das assinaturas dos principais individuos que concorreram para a erecção da Capela de S. João Baptista, em Lisboa. Primeira edição.
[296]
2838 — A VICTIMA DA INQUISIÇÃO DE SEVILHA, ou A Infeliz Cornelia Bororquia.
Traduzido do hespanhol, para desengano da Nação. Lisboa: 1820. Na Offic. de J. F. M. de
Campos. In-8.º peq. de 136 págs. E.
Inocêncio diz que “Não resta duvida que esta traducção publicada anonyma sahira da pena de
D. Benevenuto Antonio Caetano Campos”, tendo sido feitas, segundo o bibliógrafo, mais duas
edições, posteriores a esta, sendo a última impressa no Rio de Janeiro. Rara.
Encadernação inteira em pele, da época.
2839 — VITORINO (Pedro).- O GRITO DA INDEPEND NCIA EM 1808. Coimbra. Imprensa
da Universidade. 1928. In-4.º peq. de 140-II págs. B.
Achega importante para a história das invasões francesas, com toda a documentação iconográfica em
papel couché.
2840 — VITORINO (Pedro).- INVASÕES FRANCESAS. 1807-1810. 1945. Livraria
Figueirinhas. Pôrto. In-8.º gr. de 199-III págs. E.
Trabalho de apreciáveis méritos para a história de um dos mais marcantes momentos da vida portuguesa, documentado com estampas impressas em separado e coladas sobre cartolina. Prefácio de J. A.
Pires de Lima.
Excelente encadernação à amador, tendo a lombada decorada com ferros a ouro em casas fechadas;
capas da brochura conservadas e só de leve aparado à cabeça.
2841 — VITORINO (Pedro).- NOTAS DE ARQUEOLOGIA PORTUENSE. Publicações da
Câmara Municipal do Pôrto. Gabinete de História da Cidade. [Porto. 1937]. In-4.º de XI-I-263-I págs. B.
Um dos mais raros e estimados volumes da magnífica colecção «Documentos e Memórias para
a História do Pôrto», este com especial interesse para a história de alguns conventos e capelas antigas
desta cidade. Edição ilustrada com 75 gravuras nas páginas do texto.
2842 — VULLIETY (H.).- LA SUISSE À TRAVERS LES ÂGES. Histoire de la Civilisation
Depuis les temps préhistoriques jusqu’à la fin du XVIIIme siècle. Bale et Genève. Georg & Cie,
Éditeurs. [S.d.] In-4.º gr. de VIII-466-II págs. E.
Excelente monografia histórica impressa provavelmente no início do século XX, em papel de escolhida
qualidade e ilustrada com 853 reproduções fotográficas e desenhos estampados nas páginas do texto.
Revestido de boa encadernação com cantos e lombada em pele com dizeres e ferros dourados: capa da
brochura artísticamente ilustrada a cores.
2843 — WARNTJE (Erna).- À BEIRA DO OUTONO. Versos. Porto. 1959. [Empresa de
Publicidade do Norte]. In-8.º de 47-I págs. B.
Dedicatória da autora “A Salazar, ao Estadista genial e ao Homem de Alma Grande estes modestos
versos em lingua portuguesa, já que sua Sua Excelência não os compreende em alemão... da fiel admiradora Erna Warntje.”
2845 — WERNECK.- CARTA AUTÓGRAFA, datada de 27 de Novembro, sem ano, mas talvez
de meados do século XIX. Dim. 13,5 x 20,5 cm.
Sem mencionar o nome do destinatário, diz: “Estava a pegar da penna pª lhe escrever, e vem me entregar
a m.to estimada carta de V. Ex.ª a q. dou todo o apreço p.r me trazer noticias da mª boa am.ª; e saber
q. todos passaõ bem, m.s deveras sinto o desgosto q. teve e dezejava servir-lhe de algua conçolaçaõ
p.ª coizas à q. m.to custaõ a soffrer. (...) Alegra-me, os festejos dos annos da Snrª D. Ignacia, e as pazes
com os Souzas. (...) Pouco tenho a contarlhe de mim, tenho tomado seis banhos do Mar e (também?)
minha mª Irmaã Joaqn.ª foi ao theatro (...). O Fran.co Calheiros foi pª o Porto no dia 17, o meu Irmaõ
foi pª Barcellos”, continuando a tratar de assuntos de pouco interesse, depreendendo-se da carta que a
remetente é uma senhora, cujo nome próprio é indecifrável.
Inocêncio refere dois autores de apelido Werneck, dizendo a G. E. P. e B. que Werneck é uma “Família
da Baviera, que passou a Portugal no reinado de D. João IV na pessoa de Gaspar Werneck, que se fixou
em Viana do Castelo, que casou com D. Maria de Magalhães, “da qual houve descendência muito
distinta, de que passou um ramo ao Brasil.”
2846 — WILDE (Oscar).- SALOMÉ. Drame en un acte. Dessins de Alastair. Paris. Les Éditions
G. Crès & Ce. MCMXXV. In-8.º de VII-I-89-VII págs. E.
As belas ilustrações modernistas de Alastair, a cores, foram impressas em folhas de papel couché.
Edição cuidada, com o frontispício impresso a duas cores.
Encadernação com cantos e lombda em pele.
2847 — WRIGHT (G. N.).- THE LIFE AND REIGN OF WILLIAM THE FOURTH. Fisher,
Son, & Co., London & Paris. [1837]. 2 vols. In-8.º gr. de 416 e 417 a 868 págs. E.
Obra ilustrada com 15 muito finas gravuras abertas em chapa de aço, entre as quais se contam os retratos
do rei, da rainha e de outras grandes personalidades da época, todos impressas em folhas à parte.
Encadernações editoriais em percalina, com ferros a seco, um tanto cansadas.
2848 — XAVIER (Alberto).- A ANSIEDADE DO AMOR, A ANGÚSTIA DE MORRER E
O APETITE DA MORTE NOS ROMANCES DE CAMILO. Edições “Círculo Camiliano”.
Lisboa. S.d. [1950?]. In-8.º de 16 págs. B.
Conferência realizada no Museu “João de Deus” em 29 de Abril de 1950.
2849 — XAVIER (Alberto).- INSÓLITAS ATITUDES CRÍTICAS A PROPÓSITO DO
LIVRO «CAMILO ROMÂNTICO». Edição do autor. [Tipografia Ideal. Lisboa. 1947]. In-8.º gr.
de II-27-III págs. B.
A propósito das reacções de Jacinto do Prado Coelho e João Gaspar Simões ao acima referido livro de
Alberto Xavier.
2850 — O ZÉ. Successor do Jornal O Xuão. Lisboa. N.º 1 (123) 3.º anno. 1 de Novembro de
1910 [a N.º 59, 4.º anno. 26 de Dezembro de 1911]. Director e editor Estevão de Carvalho.
Caricaturista Silva e Sousa [e depois Stvart Carvalhaes e de novo Silva e Sousa]. In-fólio. E.
Muito interessante volume sobre quanto interessa a quem deseja conhecer os usos e costumes japoneses,
com cerca de 900 ilustrações, numa das suas tradicionais edições em finissimo papel impresso apenas
numa das suas faces, cosido também à maneira japonesa com os fios que unem as folhas à vista.
Encadernação em tecido estampado com motivos japoneses e portfólio também em papel estampado.
Cremos que é a colecção completa deste interessantíssimo e irreverente jornal humorístico, sucessor
de «O Xuão», importante, sobretudo para a política da época, iniciando a sua publicação um mês
depois da implantação da República. Além de inúmeros retratos de figuras políticas da época e outras
(Afonso Costa, Alfredo Costa, António José de Almeida, Bernardino Machado, Cândido dos Reis,
João Chagas, José Relvas, Junqueiro, Manuel Buiça, Miguel Bombarda, entre outros) e ácidas
caricaturas litográficas a cores de Silva e Sousa e Stvart. Insere colaboração, por vezes com bastante
liberdade de linguagem, de Alberto Barbosa, Bernardino Machado, Brito Camacho, Félix Bermudes,
França Borges, Henrique de Carvalho, João de Deus, Joaquim Neves, Magalhães Lima, Manuel
Chagas, Mayer Garção, Renato Feio, Victor Gomes, Xavier de Magalhães, etc., sendo a maior parte
da colaboração publicada sob pseudónimo.
Encadernação simples.
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2844 — WE JAPANESE. Being descriptions of many of the customs, manners, ceremonies, festivals, arts and crafts of the japanese besides numetous other subjects. With a few exceptions
each subject is complete on on page. Fujiya Hotel, Ltd. Miyanoshita, Hakone. Japan. [1950?].
In-4.º peq. de XX-591-I págs. E.
2851 — ZURARA (Gomes Eanes de).- CRÓNICA DA TOMADA DE CEUTA POR EL REI D.
JOÃO I, composta por... Publicada por ordem da Academia das Sciências de Lisboa, segundo os
manuscritos Nos. 368 e 355 do Arquivo Nacional por Francisco Maria Esteves Pereira.
Academia das Sciências de Lisboa. Lisboa. [Coimbra. Imprensa da Universidade. 1915].
In-fólio de CXV-I-341-I págs. E.
Disse Esteves Pereira que “A Crónica da tomada de Cepta é a narração da conquista da mesma cidade
por D. João I, rei de Portugal, efectuada em 21 de agosto de 1415. Esta narração é a mais circunstanciada
e verídica que se conhece; e dela provêm todas as memórias e notícias, que escreveram os escritores
posteriores. Esta crónica é a epopeia da primeira empreza cometida pelos Portugueses alêm mar;
nenhuma obra literária, escrita em língua portuguesa no século XV, a iguala em merecimento e valôr
estético; e a todas excede pela regularidade da narração e pela eloquência dos discursos dos personagens;
nela sente-se por vezes perpassar um sôpro épico, inspirado pela grandeza do feito, que foi preparado
com grande cuidado e ponderação, efectuado com o maior valor e constância, e coroado de maravilhosa
felicidade”.
Edição cuidada e muito invulgar.
Encadernação com cantos e lombada em pele, esta com título e leves ferros dourados. Conserva as
capas da brochura e está só minimamente aparado.
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