REVISTA ALIANÇA PREMONSTRATENSE, n°XV

Transcrição

REVISTA ALIANÇA PREMONSTRATENSE, n°XV
ALIANÇA PREMONSTRATENSE
REVIS TA
DAS COMUNIDADES
DE LÍNGUA PORTUGUES A E ES PANHOLA
31.06.2010
n°15
ALIANZA PREMONSTRATENSE
REVIS TA
DE LAS COMUNIDADES
DE LENGUA ES PAÑOLA Y PORTUGUES A
ITINGA
JAÚ
MONTES CLAROS
CHILE
SANTA CLOTILDE
TORO
VILLORIA
Corresponsales – responsáveis
Por las crónicas – pelas crônicas
Itinga
Fr. Ângelus Josemir Silva
[email protected]
Natal
Fr. Lino M arcos
[email protected]
Viena
Pe. Karol Wojtyla Cícero Cardoso Simão
[email protected]
Jaú
Pe. Alcides Ribeiro Filho
[email protected]
M ontes Claros
Fr. M ichel Valério
[email protected]
Osorno
Pe. Rodrigo Belmar Cifuentes
[email protected]
Toro
Sor M aria Cristina
[email protected]
Villoria de Órbigo
M adre M aría de las Nieves
[email protected]
Por la edición – pela edição
Côn. Alessandro Resende Heleno
[email protected]
(editor)
Fr. M ichael Johnny da S. Souza
[email protected]
(assistente)
Obs: A revista é editada semestralmente: nos fins dos meses de junho e dezembro.
Por favor, enviar os textos ao Côn. Alessandro antes dos dias 15 de junho e 15 de dezembro.
[email protected]
2
Editorial
I
II
III
p. 6
AS CRÔNICAS - LAS CRÓNICAS
Itinga
(Fr. Ângelus Josemir)
p. 7
Natal
(Fr. Lino M arcos)
p. 8
Viena
(Pe. Karol Wojtyla Cícero C. Simão)
p. 12
Jaú
(Pe. Alcides Ribeiro Filho)
p. 14
M ontes Claros
(Fr. M ichel Valério)
p. 16
Chile
(no ha llegado la crónica)
p. 21
Toro
(Sor M aria Cristina)
p. 22
Villoria de Órbigo
(no ha llegado la crónica)
p. 27
ES PIRITUALID ADE
A abadia como centro de serviço pastoral
Uma contribuição à espiritualidade canonical
Dom Thomas Handgrätinger - Abade geral
p. 28
Homilia no dia da vestição de Erlândio e Leandro
Pe. Antonio Galvão de Campos A. Filho - Prior de Montes Claros
p. 39
NUES TRAS CONSTITUCIONES
As constituições e o direito particular, segundo o Código atual do
Direito Canônico
Dom José Wouters - Abade de Averbode
p. 41
3
IV
ARTIGOS e RELATÓRIOS - ARTÍCULOS e INFORMES
875 da Morte de São Norberto - Eventos realizados por ocasião
do Ano Norbertino na Canonia de Jáu – SP
V
p. 42
Breve Crónica de la visita del Abad General y de la Comisión
de las Hermanas a las Canonías de España.
Sor M aría Cristina de Toro
p. 47
La Semana Santa en el M onasterio Premonstratense de Santa Sofía
Revista “TORO COFRADE - Nº 4 Semana Santa de Toro 2010”
p. 49
PAS TORAL VOCACIONAL
Perfil do Acompanhante Vocacional.
Pe. Andrés Segundo M uñoz González
p. 50
“Chamados a estar com Ele e enviados”. (M c 3, 14)
Côn. Alexandre e Côn. Josenildo
p. 52
PARABÉNS !
Profissões solenes:
M ilitão José dos Santos Neto (M ontes Claros, 02.02.2010)
Flávio Alves Soares (M ontes Claros, 02.02.2010)
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EDITORIAL
É uma grande satisfação para nós a preparação de cada número da revista Aliança
Premonstratense. Isto porque é o momento em que todas as comunidades apresentam e ao
mesmo tempo, partilham os seus trabalhos, através de fotos, artigos e crônicas. O tempo de
preparação da revista Aliança é muito rico porque as comunicações entre as casas tornam-se
mais efetivas; os irmãos e irmãs colaboradores de cada Abadia ou Priorado vão registrando os
acontecimentos da canonia, sobretudo, os momentos mais significativos e festivos e depois de
ordená-los, os enviam para serem publicados no norbal. Assim todos podem conhecer como
vivem e como se organizam os confrades das outras casas. M as a participação não é só dos
colaboradores, inclus ive, muitos outros irmãos têm dado sugestões para melhorar a revista e o
site, além de escreverem artigos para publicação. Isto é muito importante já que demonstra
um sentimento de pertença e compromisso com o Informativo Internacional Norbertino.
A revista Aliança Premonstratense tem três objetivos. O primeiro refere-se à partilha da
vida religiosa norbertina por meio das crônicas e da pastoral vocacional. O segundo objetivo é
proporcionar o crescimento espiritual. Com tal finalidade são apresentados textos muito ricos,
escritos pelo Abade Geral que tem com muito apreço e carinho assumido a função de
animador espiritual de nossa Ordem. Seus artigos sempre nos fazem pensar e repensar nossa
vida de religioso(a) norbertino(a). Nesta edição o Abade Geral nos convida a pensar se os
nossos conventos são fonte de irradiação pastoral. Ele também tem escrito sobre a
especificidade de nossa vida canonical: a vida de conversão diária, a eucaristia como centro
de nossa vida e o serviço à caridade. Nestes três elementos estão contidos a conjugação de
dois outros: a vida contemplativa e a vida apostólica. O terceiro objetivo é a comunicação e a
tradução de importantes artigos e outros textos sobre as Constituições e relatórios; como é o
caso do último relatório do Definitório que apresenta as decisões importantes do governo da
Ordem como: preparação para o Capítulo Geral; relatório das diversas comissões, inclusive o
encontro da Comissão das Cônegas Norbertinas está publicado nesta edição; visita canônica,
etc.
A revista Aliança Premonstratense tem a alegria de contar com a colaboração das Abadias e
Priorados e com todos os leitores que com muito afinco buscam enriquecerem-se cada vez
mais com a história e espiritualidade norbertina.
Boa reflexão a todos!
E não deixem de visitar o site: www.norbal.org.
Côn. Alessandro
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I
AS CRÔNICAS - LAS CRÓNICAS
PRIORADO DE S ÃO NORBERTO DE ITINGA
Fr. Ângelus Josemir
JANEIRO/2010
07 a 10 – Visita fraterna de Pe. M iguel com mais alguns paroquianos ao nosso
confrade Pe. José M aria na ilha de Itaparica em Jeribatuba, na grande Salvador.
13- Retorna a nossa comunidade de Itinga depois de uma breve experiência, Pe.
Rafael Otaniel, que esteve na mais nova missão Premonstratense na Europa.
Passou quase seis meses na cidade de Viena, em Áustria, chegou ao mês de
julho de 2009, até janeiro de 2010.
20 – A nossa Casa recebeu a visita de nosso querido Dom Paulo que
brevemente ficou conosco e que sempre é agradável sua presença em nosso
meio, estava em viagem oficial em nome do nosso amável Abade Geral, Dom
Thomas, para uma visita aos confrades do Chile.
“Se queres saber o
que cremos, vem
ouvir o que
cantamos.” E
ainda: “ Cantar é
próprio de quem
ama”.
(Santo Agostinho)
FEVEREIRO/2010
07 – Aniversário da elevação de independência da Canonia de São Norberto de
Itinga: um ano de história de vida canonical, de evangelização e de serviço ao
próximo. A gradeçamos pela intercessão de nossa querida mãe, M aria, que
acompanha por todo mundo a nossa Ordem Premonstratense, aqui venerada
como a mãe Aparecida, que ensina o amor fraterno entre os irmãos e irmãs,
fazendo de nós sinal de salvação, como bons filhos de São Norberto.
17 – A nossa comunidade envia para a missão em Viena, três jovens professos,
Fr. Joel, Fr. Fabrício e Fr. André, juntamente com o Pe. Karol, para ajudar ao
Prior de Regimine, Pe. M ilo Ambros, nesta recente missão na Europa.
13 – A formação do noviciado é assumida pelo Pe. Rafael Otoniel.
“ Vós sois a
JUNHO/2010
06 – Foi celebrada jubilosamente em dois momentos a festa de nosso Pai e fundador,
trombeta e o
saltério, a cítara, o
tímpano, o coro, as
cordas e o órgão.”
(Santo Agostinho)
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São Norberto de Gennep. O primeiro momento de nossa comemoração foi realizado
nas Laudes, presidida pelo mestre de noviços, Pe. Rafael Otaniel Onofre, com a
participação dos demais confrades presentes nesta solenidade, logo em seguida um
café da manhã festivo. O segundo momento se deu na comunidade que tem como seu
padroeiro São Norberto e lá também festejamos com os fiéis. A missa solene foi
presidida pelo Sr. Bispo Auxiliar, Dom Josafá Menezes, da Arquidiocese de São
Salvador da Bahia. O senhor bispo ressaltou como é importante a presença
premonstratense para as comunidades da Paróquia de Nossa Senhora Aparecida e
Santa Catarina de Sena, na ação de evangelização que mudou o rosto dessas
comunidades cristãs. Após a missa a comunidade ofereceu um jantar para o bispo, toda
a canonia e religiosas presentes.
São Norberto, pai espiritual dos Cônegos Regulares Premonstranteses e Apóstolo da
Eucaristia, Rogai por nós.
“Poucas coisas são
tão próprias para
excitar a piedad e
nas almas e
inflam á-las com o
fogo do amor
divino como o
canto.”
(Santo Agostinho)
MOS TEIRO NOSS A S ENHORA MEDIANEIRA
S ão Gonçalo do Amarante – Rio Grande do Norte
Fr. Lino Marcos
DEZEMBRO/2009
15/12/2009. Nosso mosteiro realizou a confraternização de Natal juntamente
com todos os benfeitores da nossa comunidade. Estavam presentes o Prior Pe.
M ilo e nossos confrades, sendo que foi a primeira confraternização com o
grupo de benfeitores, após sua fundação à cinco meses atrás. Nessa mesma
noite o Prior Pe. M ilo, voltou para a canonia de São Norberto em Itinga (Lauro
de Freitas - BA)
“Minha alma
suspira e desfalece
pelos átrios do
Senhor. Meu
coração e minha
carn e exultam pelo
Deus vivo.”
(Sl 84-3)
24/12/2009. A nossa confraternização de Natal, ou seja, com os nossos
confrades reunidos, aconteceu ao meio dia, iniciando-se com a hora média.
Após, o Fr. Gabriel falou-nos sobre a fundação da Ordem e sua importância
aqui na Área Pastoral Santo Antonio (São Gonçalo do Amarante - RN), em
seguida o almoço de confraternização foi servido, tendo presentes alguns
amigos dos nossos confrades.
29/12/2009. A Arquidiocese de Natal – RN, completou seu centenário; nesse
dia nossa comunidade se fez presente para celebrar essa grande festa, junto com
o Arcebispo Dom M atia, o clero e todo o povo de Deus, que faz parte dessa
Arquidiocese centenária.
30/12/2009. Os nossos confrades Lino e Gabriel saíram de férias.
“ Quem é bom, é
livre, ainda que
seja escravo. Quem
é mau é escravo,
ainda que seja
livre”.
(Santo Agostinho)
7
JANEIRO/2010
22/01. O Pe Filipe comemorou quatro anos de sua ordenação presbiteral,
juntamente com sua mãe, irmã, sobrinha e amigas que vieram nos visitar nesse
período acompanhadas da comunidade da Área Pastoral Santo Antonio.
26/01. Fr. Gabriel voltou das férias,
30/01. Fr. Lino também voltou de suas férias.
FEVEREIRO/2010
02/02. Chegaram os nossos postulantes Raniele e Rondinele, e nesse mesmo dia
demos início ao postulantado. Na parte da tarde o Pe. Filipe reuniu a
comunidade para fazer a distribuição das tarefas. Na celebração Eucarística, na
M atriz da Área Pastoral Santo Antonio, às 20h, tivemos a participação da
comunidade, dos confrades e familiares dos postulantes. Raniele: pertencente a
Área Pastoral Santo Antonio, tem seus pais que moram em Santo Antonio do
Potengi (São Gonçalo do Amarante-RN). Rondinele: pertencente à Paróquia
São Gonçalo do Amarante, e tem seus pais que moram em Poço de Pedra (São
Gonçalo do Amarante-RN). O Clemilson dá continuidade ao postulantado.
10/02. Na posse do novo pároco da paróquia São Lucas, no Amarante – São
Gonçalo do Amarante-RN, fizeram-se presentes o Pe. Filipe, o Fr. Lino e o Fr.
Gabriel.
“ Quantas lágrimas
verti, quão violenta
emoção
experimentad a,
Senhor, ao ouvir
em vossa Igreja os
hinos e cânticos
que o louvam. Ao
mesmo tempo em
que aqueles sons
penetrav am em
meu coração,
excitando os
movimentos de
piedade, enquanto
corriam minhas
lágrimas”...
(Conversão de
Santo Agostinho)
11/02. Completamos três anos de missão na área pastoral e da implantação do
convento premonstratense aqui em Santo Antonio do Potengi (São Gonçalo do
Amarante-RN). O Pe. Filipe celebrou esse dia de festa juntamente com todos os
fiéis pertencentes à Área pastoral, algumas comunidades da Área expressaram
suas homenagems em agradecimento a Deus por esse momento especial, e
também pela presença da Ordem Premonstratense aqui.
22/02. Voltamos a nos reunir com os benfeitores de São Norberto, estando a
frente o Pe. Filipe. O Pe. Filipe, incentivou o grupo nas suas colaborações e
redefiniu algumas funções, e convidou outras pessoas a fazerem parte do grupo
de benfeitores.
28/02. Os postulantes com o mestre Fr. Lino, iniciaram um retiro, começando
na sexta-feira à noite e terminando no sábado com a hora media, tendo como
tema “A parábola do filho pródigo”.
MARÇO/2010
02/03. O aniversário do Fr. Lino foi comemorado com um pequeno grupo de
amigos e confrades que fizeram um jantar para festejar esse dia tão especial.
04 a 06. Realizamos o tríduo em homenagem aos dez anos de beatificação dos
“ Vou escutar o que
diz o Senhor:
“ Deus anuncia a
paz ao seu povo e
seus fiéis, e aos que
se convertem de
coração.
Amor e Felicidade
se encontram,
Justiça e Paz se
abraçam.”
(Sl 85-9,11)
8
protomártires do Rio Grande do Norte, celebrando no dia 07 a grande festa, no
monumento dos protomártires em Uruaçú (São Gonçalo do Amarante-RN),
com a presença do arcebispo de Natal e a comunidade conventual.
14. A área pastoral promoveu uma caminhada penitencial, saindo da M atriz e
indo até o monumento dos protomártires em Uruaçu; os postulantes e os
confrades participaram da caminhada. O Fr. Lino, Fr. Gabriel participaram do
encontro realizado pelo núcleo de Natal da CRB (Conferências dos Religiosos
do Brasil), teve como tema: Tráfico de seres humanos.
19 a 21. Os nossos postulantes com o seu mestre Fr. Lino, participaram do
Encontro de Formação Intercongregacional, realizado pelo núcleo de Natal da
(CRB), teve como tema: Espiritualidade encarnada.
22. Reunimo-nos com os amigos de São Norberto. Durante a reunião, o Pe.
Filipe falou um pouco sobre a vida de nosso Pai São Norberto.
28. Tivemos o primeiro encontro vocacional desse ano. Contamos com a
participação de dois jovens da Área Pastoral Santo Antonio.
“ A melodia torna o
texto desejável e
agrad ável, como o
mel que se
acrescent a a um
medicamento para
dar-lhe bom
sabor.”
(São Basílio)
31. O Padre Filipe convidou a comunidade conventual para refletir sobre o
Evangelho de Lucas, o relato da Paixão de Cristo, na Semana Santa.
ABRIL/2010
01. As 9:00h, a comunidade conventual participou da missa do Crisma na
catedral de Natal. Pela parte da tarde os confrades e postulantes saíram em
missão nas comunidades da Área Pastoral. Junto com o povo participaram e
realizaram os atos do Tríduo Pascal. A pedido do Pe. Filipe, as comunidades
vieram à M atriz, para juntos celebrarmos a Vigília Pascal; os irmãos e os
postulantes, retornaram no domingo de Páscoa. Durante a oitava pascal nossa
comunidade conventual celebrou as vésperas solenes, com a presença de todos
os confrades.
19. O grupo de benfeitores de São Norberto se reuniu, Pe. Filipe deu
continuidade falando sobre a vida de São Norberto.
24. Tivemos o segundo retiro com os postulantes começando na sexta-feira à
noite e, terminando no sábado com a hora média, cujo o tema era: O Prólogo do
Evangelho de João.
“Cantarei para
25. Tivemos o segundo encontro vocacional, contamos dessa vez com a
presença de dois jovens, sendo um de Santo Antonio Potengi, o outro jovem da
mais nova comunidade da Área Pastoral, Jardim Petrópolis.
29. A Área Pastoral Santo Antonio e a comunidade conventual Nossa Senhora
M edianeira se alegram com o aniversário de seu padre e superior Pe Filipe. Ao
meio-dia tivemos o almoço com a participação da comunidade conventual e
alguns paroquianos, tivemos também a presença do senhor prefeito Dr. Jaime
sempre o amor do
Senhor, anunciarei
de geração em
geração a tua
fid elidade.
Pois eu disse: Teu
amor é um edifício
eterno. Tu firmaste
a tua fidelidad e
mais que o céu.”
(Sl 89 - 2,3)
9
Calado e outros convidados. Às 19:30h, na igreja M atriz, participamos da missa
em ação de graças a Deus pela passagem do aniversário do Pe. Filipe; estavam
presentes a comunidade conventual, algumas comunidades da Área pastoral, e
alguns amigos do Pe Filipe. Logo em seguida teve um jantar, porém reservado
para alguns amigos do padre.
MAIO/2010
24. Aconteceu a reunião com os benfeitores de São Norberto; neste encontro
teve a presença do Fr. Lino, que falou de forma resumida sobre a história da
vida de São Norberto, contextualizando para o grupo dos benfeitores. Em
seguida os postulantes fizeram uma pequena apresentação sobre a vida de São
Norberto em ritmo de poesia. Nessa reunião foi combinado a celebração
eucarística em honra a São Norberto, na igreja matriz da Área Pastoral, as
10:30h. Depois o almoço de confraternização com o grupo dos benfeitores foi
servido.
“ Vivam todos,
pois, em união de
alma e coração, e
honrem a Deus uns
nos outros, do qual
vocês foram feitos
templos vivos”.
(Regra de Snato
Agostinho I – 8)
JUNHO/2010
01. Nossa comunidade recebeu de forma rápida a visita do jovem Túlio Cezar
que deseja fazer uma experiência como postulante.
04. O jovem Túlio chegou a nossa casa para conhecer melhor nosso estilo de
vida. Túlio Cezar é natural de Recife - PE, seus pais moram em Surubim - PE,
na paróquia São José. Atualmente, ele mora na cidade de Natal, freqüentava as
paróquias: Santo Antonio de Pádua - Parque dos Coqueiros, Paróquia de São
Sebastião – Alecrim, Natal.
06. Neste dia tão especial para a Ordem Premonstratense, dia do seu fundador
São Norberto, nós que fazemos parte da comunidade Nossa Senhora
M edianeira em missão aqui em Santo Antonio do Potengi (São Gonçalo do
Amarante-RN), terra dos protomártires, de uma maneira muito especial
comemoramos esse dia festivo, juntamente com o grupo de benfeitores que nos
ajudam. Ás 10:30h deu-se início à celebração eucarística presidida pelo Pe
Filipe (superior da nossa comunidade). Logo em seguida tivemos o almoço de
confraternização em nossa casa com os nossos benfeitores e confrades.
09. O postulante Raniele comemorou seu aniversário junto com sua família, os
confrades e alguns amigos. Os pais de Raniele prepararam um pequeno almoço
na casa deles.
12. Os postulantes e seu mestre Fr. Lino, participaram da festa junina
promovida pelo núcleo da CRB (núcleo de Natal), na chácara das irmãs do
Bom Pastor. Foi um momento de muita alegria, sendo que começamos com a
celebração eucarística, e em seguida todos foram convidados a participar de
uma pequena gincana, logo depois o almoço foi servido e, à tarde aconteceu a
festa junina.
“ Não há lugar para
a sabedoria onde
não há paciênci a”.
(Santo Agostinho)
“Terra inteira,
aclame ao Senhor!
Sirva ao Senhor
com alegria, e vá
até Ele cantando
jubilosos!
Saiba que somente
o Senhor é Deus:
Ele nos fez e a Ele
pertencemos,
somos seu povo e
ovelhas do seu
rebanho.”
(Sl 100-2,3)
10
MOSTEIRO DE GATTERHÖLZL - VIENA
Pfarre Gatterhölzl, Hohenberstrasse 42, A-1120 Wien
Pe. Karol Wojtyla Simão
FEVEREIRO/2010
Chegamos na missão em Viena, no dia 18 de fevereiro. Primeiramente chegou
padre M ilo juntamente com padre Rafael, a quem aproveitamos para agradecer
pelos seis meses dedicados a este priorado, e rezamos para que o senhor tenha
um frutífero ministério sacerdotal como vigário em Itinga e mestre dos noviço.
Logo no início para nós: Eu, Ir. André, Ir. Joel e Ir. Fabrício, um impacto
grande, sairmos de Salvador com a temperatura de 33 graus enquanto em Viena
estava 7 graus negativos, a língua e uma cultura totalmente diferente da nossa,
mas a missão requer doação e renúncia: " Prontos para toda boa Obra".
Tivemos um retiro espiritual de 22 a 25 em Geras, onde tivemos a alegria de
conhecer a história da Abadia fundadora da Canonia de Itinga.
A pastoral dos três candidatos á teologia, neste primeiro momento é presencial,
sinal do amor de Deus no meio do povo; eu, padre Karol concelebrei pela
primeira vez no dia 26 em alemão.
MARÇO/2010
No dia 01 começamos o nosso curso de alemão, que nos tem ajudado a se
relacionar melhor com as pessoas. Hoje já compreendemos um pouco e
começamos a dar os primeiros passos no diálogo. Neste mês foram várias as
atividades paroquiais, nos envolvemos em toda a vida celebrativa da Semana
Santa e Páscoa. Nossa vida comunitária é intensa, rezamos juntos as laudes,
hora média, vésperas e completas, temos a Santa M issa diária e adoração ao
Santíssimo nas quintas-feiras. No dia 14 de março, tivemos a alegria de visitar o
túmulo de São Norberto em Praga, aproveitamos para visitar várias igrejas,
onde tivemos a alegria de encontrar na igreja dos Carmelitas, a imagem de
Nossa Senhora Aparecida.
ABRIL/2010
Tivemos o nosso primeiro encontro com o Cardeal de Viena, Christoph
Schönborn, almoçamos com ele e marcamos a data da cerimônia de
oficialização do nosso Priorado em Viena para o dia 30 de outubro: Priorado
Beato Thiago Kern.
“ Antes de tudo,
caríssimos irmãos,
amemos Deus e
depois ao próximo,
porque estes são os
principais
mandamentos que
nos foram dados.
Eis aqui o que
mandamos que
observem vocês
que vivem em
comunidade”.
(Regra de Santo
Agostinho I – 1)
“Seguir as
Escrituras tendo
Cristo como guia”.
(São Norberto)
“ O Senhor é meu
pastor, nada me
faltará. Em verdes
prados ele me faz
repousar. Pelos
caminhos retos ele
me leva, por amor
a seu nome”.
(Sl 22-1,3)
11
MAIO/2010
No dia 01 de maio, assim como no Brasil comemoramos o dia do trabalhador.
Aproveitando o feriado fomos ao parque de diversão, no qual nos divertimos
muito com a variedade de brinquedos que lá encontramos. No dia 02 fomos
juntamente com os paroquianos em romaria a Perneg, no interior da Áustria, lá
todos puderam ver o trabalho de nossos confrades premonstratenses, padres
M ilo, Andreas e Sebastião. No final da tarde tivemos a Santa M issa na igreja
M aria das Neves celebrada pelo Abade de Geras, Dom M ichael. Eu fiquei
responsável pela missa da paróquia. No dia 16/17, Ir. Fabrício acompanhou o
grupo de crismandos á Geras. Em nossa paróquia tivemos a primeira eucaristia
celebrada pelo padre M ilo e a crisma celebrada pelo o Abade de Geras,
momento muito forte e de grande participação paroquial. No dia 24, eu, padre
Karol, Ir. André juntamente com os padres brasileiros (M ário e Jair), fomos ao
Santuário Nacional da Áustria, M aria Zell; encontramos uma grande
peregrinação de fiéis das paróquias de Viena, onde tivemos a alegria de
caminhar cinco quilômetros. Realizamos o dia das portas abertas em nosso
priorado (montamos uma apresentação de toda a história da ordem
Premonstratense).
JUNHO/2010
No dia 05/06, celebramos a festa de nosso Fundador São Norberto, vários
momentos celebrativos foram vivenciados, e no final um café de
confraternização foi servido com a participação de todos os paroquianos. Na
tarde do dia 06, fomos ao Prater almoçar e visitar a igreja M aria Grün. No dia
25 teremos a alegria de acolher nosso confrade padre M iguel e as senhoras
Bárbara e Angélica vindo de Itinga (BA).
Nos dias 11/12 e 13, organizamos a feira paroquial, onde trabalhamos com os
paroquianos nas vendas de vários artigos, dentre os quais, são chamados de
pulgas (são doações de móveis de pessoas que já faleceram). Do dia 05/julho a
06/setembro, o prior de regime, padre M ilo Ambros estará no Brasil, eu, padre
Karol, assumo a paróquia em sua ausência. No dia 07 e 28 de agosto, eu, padre
Karol, terei a alegria de assistir a dois casamentos.
Desde já agradecemos e rogamos pela intercessão de São Norberto, a bênção de
Deus sobre todos.
“ Quando saírem de
casa, vão juntos;
quando chegarem
ao lugar para onde
se dirigem,
permaneçam
juntos.
No andar, no estar
parados em todos
os seus
movimentos, não
faça nada que
incomode àqueles
que os vêem, mas
aquilo que está de
acordos com a
consagração de
vocês”.
(Regra de Santo
Agostinho IV – 2,3)
“ Espera pelo
Senhor, tem bom
ânimo, e fortifi case o teu coração;
espera, pois, pelo
Senhor”.
(Sl 27 – 14)
12
ABAD IA D E S ÃO NORBERTO DE JAÚ
Pe. Alcides Ribeiro Filho
FEVEREIRO/2010
Durante o período deste semestre não contamos com muitos acontecimentos em
nossa canonia, mas o que houve teve grande relevância e perdas para a mesma.
Em Pirapora do Bom Jesus abriu-se um espaço para a participação do povo de
Deus na missa conventual, ou seja, além das missas na paróquia eles agora
contam com a missa das 7 horas da manhã celebrada em nossa casa. A abertura
destas missas conventuais se deu no dia 05 de fevereiro, primeira sexta-feira do
mês e dia dedicado ao Sagrado Coração de Jesus. Nesta mesma missa houve a
adoração ao Santíssimo Sacramento marcando assim de uma forma Santa e
Solene a abertura das missas que doravante serão celebradas com o povo de
Deus em nosso convento.
No dia 07 de fevereiro faleceu mais um membro de nossa canonia, o Côn.
Roberto, membro da comunidade da paróquia São José no Jardim Europa, São
Paulo, SP. Após passar por um tempo de sofrimento no combate ao câncer, o
Côn. Roberto nos deixou para morar definitivamente com o Pai. Que ele
interceda por nós lá do céu.
No dia 22 de fevereiro iniciamos o ano de 2010 com a entrada de três
postulantes, Gianny dos Santos Lazaro, Eduardo Onofre (que saiu ainda neste
semestre) e João Guilherme Porcel Pintanel. Gianny veio de Campinas, SP, onde
trabalhava com moradores de rua. João Guilherme veio de Jaú, SP, e atuava
como acólito na paróquia São João Batista, onde Dom Sérgio, nosso Abade é
pároco. O postulantado é realizado em Pirapora do Bom Jesus, SP e tem como
responsável o Côn. Alcides Ribeiro Filho (vigário paroquial).
“ No oratório
ninguém faça senão
aquilo para o qual
foi destinado, daí
de onde vem o
nome; para que se
por acaso houver
alguns que, tendo
tempo, quiserem
orar fora das horas
estabelecidas, não
sejam impedidos
por aquele que ali
queira fazer outra
coisa.
Quando orarem a
Deus com salmos e
hinos, que o
coração sinta aquilo
que pro fere a voz”.
(Regra de Santo
Agostinho II – 2,3)
MARÇO/2010
A partir do mês de março passa não haver mais missa no Santuário do Senhor
Bom Jesus nas segundas-feiras. Este dia ficou livre para o descanso merecido
dos padres que administram o Santuário.
“ Confia teus
ABRIL/2010
No mês de abril nosso confrade Côn. Alvarino passou por uma cirurgia de
cuidados ao Senhor,
e ele te sustentará;
jamais permitirá
que o justo seja
abalado ”.
(Sl 55 – 22)
13
redução do estomago, mas devido a um agravamento no seu estado de saúde ele
teve que passar por um longo período de recuperação. Graças a Deus, hoje, Côn.
Alvarino se encontra bem e se recuperando. Para substituí-lo em Piracicaba, SP,
na paróquia São Judas Tadeu, contamos com a ajuda do Diácono Côn. Josenildo
e ultimamente recebemos também a ajuda do Côn. Hermano (padre) do Priorado
Nsa. Sra. Aparecida e São Norberto de M ontes Claros (M G).
MAIO/2010
Nos dias 7, 8 e 9 de maio de 2010, aconteceu nas dependências da Abadia de São
Norberto de Jaú, mais uma convivência vocacional, cujo tema foi: «Chamados a
estar com Ele e enviados» (M c 3, 14). Neste encontro foi trabalhada a
antropologia da vocação; onde tivemos a presença da psicóloga M adalena e de
Dom Sérgio Henrique van der Heyden (Abade de Jaú) que falou sobre a vocação
de um modo geral, sobretudo, partilhou a sua própria vocação. O Cônego
Alexandre (Animador Vocacional da Canonia de Jaú), conduziu os jovens e
preparou todo o encontro. O encontro iniciou-se às vinte horas do dia sete e
encerrou-se às quatorze horas do dia nove de maio; a abertura do encontro foi
com uma solene hora santa, para enfatizar São Norberto como o apóstolo da
Eucaristia. Quanto à participação, tivemos a presença de sete jovens: M urilo,
Luiz Adão, M arco Aurélio, Jeferson, José Leonardo (da cidade de Jaú – SP); e
Luiz Cláudio Pinto de Assis (da cidade de Carmo de M inas – M G) e Felipe
Fonseca Borges (da cidade de São Lourenço – M G). O encontro atingiu com
certeza seus objetivos, e o que foi mais acentuado por eles: o Deserto e o filme
que assistimos juntos.
“Escute com prazer
a Palavra de Deus,
medite-a
continuamente e
pratique-a como
convém.”
(Palavras atribuídas
a São Norberto:
tradução livre do
latim.)
JUNHO/2010
Para concluir, no mês de junho, no dia 6, tivemos uma missa solene em louvor a
São Norberto em nosso convento em Pirapora do Bom Jesus, SP. Após a missa
houve uma bonita festa, contamos com a participação de todos paroquianos.
Em Jaú também tivemos uma missa solene com a presença de todos os padres
da Canonia, inclusive de alguns padres do clero diocesano das paróquias
vizinhas. A missa foi presidida pelo nosso abade Dom Sérgio Henrique van der
Heyden. Após a missa tivemos um almoço festivo na própria Abadia.
“ Nas coisas
necess árias, a
unidade; nas
duvidosas, a
liberdade; e em
todas, a caridade”.
(Santo Agostinho)
14
PRIORADO NOSS A S ENHORA APARECID A E S ÃO NORBERTO
DE MONTES CLAROS
Fr. Michel Valério
JANEIRO/2010
02 a 10 – Juniores, noviço e postulantes participam de um retiro espiritual
Inaciano em preparação para votos solenes, renovação de votos, primeiros votos e
ingresso ao noviciado. O Retiro foi assessorado pelo jesuíta Pe. Paulo Pedreira na
Casa de Nazaré em M ontes Claros.
“ Em primeiro
FEVEREIRO/2010
01 – Nosso Priorado acolhe com alegria quatro novos irmãos para a caminhada do
Postulantado, sendo eles: os montesclarenses Daniel, Fábio e Warley e o
paraibano, Sebastião. Em M issa Solene, celebrada pelo Prior Cônego Antônio
Galvão no Priorado, o noviço M ichel Valério fez seus primeiros votos e nesta
mesma celebração houve a renovação dos votos simples dos professos Dalviney,
Edney, M aurício e Roney.
Em Vésperas Solenes, ingressaram no Noviciado os postulantes Erlândio e
Leandro, momento em que pelas mãos do Prior Cônego Antônio Galvão e do
formador Pe. Elâneo receberam o Hábito da Ordem e o livro da Regra de Santo
Agostinho e das Constituições da Ordem.
lugar – já com
este fim vocês se
congreg aram em
comunidade –
vivam unânimes
e tenham uma só
alma e um só
coração
orientados para
Deus”.
(Regra de Santo
Agostinho I – 2)
02 – Chegada de Dom Paulo no Priorado para participação na Celebração dos
votos solenes.
Retorno do Cônego Alessandro Resende que foi estudar inglês por dois meses na
Abadia de De Pere, nos EUA.
Na festa de Apresentação do Senhor, em M issa Solene celebrada pelo Prior
Cônego Antônio Galvão na Igreja do Priorado, os juniores Flávio e M ilitão
professaram os votos perpétuos.
Reunião do Conselho da Canonia de M ontes Claros.
03 – Início das atividades dos estudantes de teologia na PUC-M inas e na FAJE.
Viagem e estadia do Prior Cônego Antônio Galvão na casa de formação em
“ Não temas
Contagem.
04 – Início dos trabalhos de pintura da casa que deram nova cara à comunidade de
Contagem.
porque eu te
remi; chamei-te
pelo teu nome, tu
és meu”.
(Is 41 – 1)
15
09 – Início da formação dos Postulantes e Noviços em M ontes Claros.
10 – Os postulantes Diego e Jamilson iniciaram o curso Pré-Vestibular no Colégio
Biotécnico.
12 – Retiro de Carnaval dos Postulantes na Casa de Nazaré.
24 – Celebração no Priorado em sufrágio pelos defuntos confrades, familiares e
benfeitores.
27 – Postulantes, Noviços e o Junior Edney participaram da RAP (Reunião Ampla
de Pastoral) do setor Centro da Arquidiocese de M ontes Claros, assessorado pelo
coordenador do setor Cônego Oswaldo (Premonstratense).
MARÇO/2010
02 a 04 – Os noviços Erlândio e Leandro acompanhados do formador Cônego
Oswaldo e do Cônego Hermano, participaram do 1º Novinter deste ano no
Recanto São José (Franciscanas Alcantarinas) no bairro Betânia em BeloHorizonte. O encontro foi assessorado pelo Pe. João Holanda Cavanis, que
abordou o tema: “Formação Humana” destacando as “habilidades sociais”.
06 e 07 – Os postulantes: Daniel, Fábio, Sebastião e Warley, acompanhados pelo
Cônego M ilitão, participaram do 1º Postulinter/2010 no Colégio São José
(Escolápias) no bairro Floresta em Belo-Horizonte. Tiveram como assessor Frei
M arco Antônio Torres que desenvolveu o tema: “O eu, estrutura psíquica e
consciência”.
No Priorado aconteceu um encontro de formação para catequistas das
comunidades M ajor Prates e São Geraldo (Paróquia São Norberto), assessorado
por Eugênia que veio de Contagem.
08 – Viagem e estadia do Prior Antônio Galvão na casa de formação em
Contagem.
“ Não possuam
nada como
próprio, mas
tenham tudo em
comum, e que o
superior distribua
a cada um de
vocês o alimento
e a roupa, não
igualmente a
todos, pois nem
todos são da
mesma
compleição, mas
a cada qual
segundo o
necessitar;
con forme o que
lemos nos Atos
dos Apóstolos:
“Tinham todas as
coisas em comum
e se repartia a
cada um segundo
a sua
necessidade.”
(Regra de Santo
Agostinho I – 3)
09 – No Priorado, os postulantes e o noviço Erlândio iniciam Aula de M úsica com
o maestro Normando (Professor no Conservatório de M ontes Claros).
13 – Encontro do Núcleo da CRB de M ontes Claros, no Sítio dos Irmãos M aristas.
Com o tema “O Dia do Cuidado”, um professor esteve presente abordando sobre o
cuidado com a respiração. Logo após tivemos uma pequena confraternização, com
brincadeiras, jogos e muita animação.
“ Aclame a Deus,
Em Contagem, Pe Andrés organizou uma tarde de recolhimento paroquial que ò terra inteira,
toque em honra
contou com a animação da Comunidade “Filhos de M aria” de M ontes Claros.
15 – Em preparação para o tempo quaresmal, acontece o M utirão de Confissões
nas Comunidades Norbertinas do Priorado.
M omento de avaliação comunitária com o Vice-Prior Cônego Oswaldo, em vista
de avançarmos com passos bem direcionados. Durante o período quaresmal, às
quintas-feiras realizamos a Via-Sacra na Igreja do Priorado antes das Vésperas.
do seu nome,
cante hinos a sua
glória.
Povos bendigam
o nosso Deus,
façam ressoar o
seu louvor.”
(Sl 66-2,8)
16
19 – Na Celebração Eucarística Conventual às 11h15min, o Priorado recebe a
Romaria M issionária Arquidiocesana com os símbolos: o Críptico, o Banner do
Centenário da Arquidiocese de M ontes Claros e a Imagem de Nossa Senhora
Aparecida (a qual foi entregue pelo Papa Bento XVI no Encontro da CNBB em
Aparecida/SP). Às 14h a nossa comunidade levou os símbolos da Romaria até a
Escola Estadual Polivalente, de onde seguiriam para a Paróquia Rosa M ística e
depois em carreata para a Paróquia São Norberto.
20 – Caminhada jovem à Serra da Piedade com participação dos cônegos
“ No oratório
Alessandro e Andrés.
ninguém faça
25 – Festa da Anunciação do Senhor com início Oficial do postulantado.
Postulantes, noviços e alguns Confrades participaram da M issa da Unidade
(Benção dos Santos Óleos) na Catedral de M ontes Claros, celebrada pelo
Arcebispo Dom José Alberto.
26 – Aniversário de instalação da Canonia Nossa Senhora Aparecida e São
Norberto de M ontes Claros (9 anos).
27 – Os postulantes, o junior Edney e o Cônego M ilitão são enviados em missão
para as comunidades rurais para auxiliarem durante a Semana Santa. Outras
comunidades foram assistidas pelos padres M anoel, M arcelo e Hermano. Além
deles, contamos com a participação do Fr. Roney da comunidade Norbertina de
Contagem.
28 – Após uma pequena procissão com bênção de Ramos, deu-se início na Igreja
do Priorado a celebração de Domingo de Ramos.
senão aquilo ara
o qual foi
destinado, daí de
onde vem o
nome; para que
se por acaso
houver alguns
que, tendo
tempo, quiserem
orar fora das
horas
estabelecidas,
não sejam
impedidos por
aquele que ali
queira fazer outra
coisa”.
(Regra de Santo
Agostinho II - 2)
31 – A comunidade de Contagem tira um dia para o lazer deslocando-se para a
cidade de São Joaquim de Bicas onde aproveitaram os confortos da pousada Lagos
do Jordão, gentilmente cedida com a colaboração da Congregação dos Padres do
Trabalho.
ABRIL/2010
06 – Os noviços Erlândio e Leandro acompanhados pelo Cônego Hermano,
participaram do II Novinter na casa dos salesianos em Belo-Horizonte. O encontro
foi assessorado pelo Pe. Dejair Rossi com o tema: “Formação da Consciência
M oral”.
Padre Hermano com os noviços Erlândio e Leandro, juntamente com a casa de
formação de Contagem participaram da M issa na Paróquia Santa Edwirges
(Contagem) celebrando o aniversário natalício do Cônego Andrés.
10 – Viagem e estadia do Prior na casa de formação em Contagem - M G.
Os postulantes: Daniel, Fábio e Warley, acompanhados pelo Cônego M ilitão,
participam do 2º Postulinter no Colégio São José (Escolápias), bairro Floresta em
Belo-Horizonte. O assessor foi Frei M arco Antônio Torres que abordou o tema:
“O Eu, necessidades, atitudes e valores”.
“Como Pastor,
apascentará o seu
rebanho; entre
seus braços
recolherá os
cordeirinhos e os
levará no seio; as
que amamentam
ele guiará
mansamente”.
(Is 40 – 11)
17
11 – Aconteceu no Colégio São José (Colégio M arista) em M ontes Claros o
“Holinter” (encontro de formadores, juniores, noviços, postulantes e aspirantes) da
CRB, com o tema: “Encantamento por Jesus”, assessorado pelo Ir. Rubens
(M arista e vice-presidente da CRB-M inas). Participaram os postulantes Diego,
Jamilsom e Sebastião; os noviços Erlândio e Leandro e o Junior Edney. O Fr.
Edney fez parte da coordenação para organização do Holinter.
Viajem de Pe. Andrés ao Chile. Os familiares de nosso confrade sofreram muito,
já que residem na área mais atingida pelo terremoto que arrasou o Chile no dia 27
de fevereiro deste ano.
17 – Aconteceu nas paróquias São Norberto e Santa Edwiges em Contagem o
primeiro encontro de preparação para missão de evangelização das vilas e favelas,
tema proposto pela Arquidiocese de Belo Horizonte para este primeiro semestre de
2010. Fr. M ichel acolheu Pe. Lugio da Comunidade M issionária Villarégia que
veio assessorar o encontro.
“ Que os povos te
celebrem, ó
Deus, que todos
os povos te
celebrem. Que as
nações se
alegrem e
exultem, porque
julgas o mundo
com justiça”.
(Sl 67-4,5)
22 – Apresentação dos trabalhos de pesquisa teológica dos irmãos Roney e
M ichel. Foi uma proposta elaborada pelo departamento de teologia da Puc-M inas
que por ocasião do ano sacerdotal, promoveu um seminário que refletiu sobre a
vida presbiteral à luz do Concílio Vaticano II.
29 – O noviço Erlândio participou da reunião ocorrida na Paróquia São Norberto
com objetivo de melhor organizar as Barraquinhas de São Norberto, que
acontecerá nos quatros finais de semana de maio e o primeiro final de semana de
junho. O Priorado juntamente com a equipe de apoio trabalharam com uma
barraca de pastéis.
30 – Capítulo da casa: avaliação comunitária para o melhor andamento da
comunidade. A proposta de reflexão foi a leitura da carta de Tiago 3,1-18; 4,1-12.
MAIO/2010
“ Ama, e faz o
que quiseres”.
(Santo
Agostinho)
07 – Iniciam as Barraquinhas da Paróquia São Norberto.
08 – Os postulantes acompanhados pelo Cônego M ilitão, participaram do 3º
Postulinter no Colégio São José em Belo-Horizonte. A Ir. Selita V. Lorenski
abordou o tema: “Afetividade e Sexualidade”.
10 – Saída do postulante Warley da comunidade.
11 – Chá beneficente na comunidade norbertina de Contagem. Estiveram
presentes familiares dos confrades e amigos da comunidade que ajudaram a
renovar os utensílios básicos da casa. Na ocasião foi servido um delicioso chá. O
evento contou com grande participação da comunidade e foi organizado pelo Fr.
Dalvinei e a Equipe de Amigos da Comunidade.
10 – Viagem e estadia do Prior Cônego Antônio Galvão na casa de formação em
Contagem - M G.
“Bendito seja o
Senhor Deus que,
dia a dia, leva o
nosso fardo !
Deus é a nossa
salvação. O
nosso Deus é o
libertador; com
Ele escapamos da
morte”.
(Sl 68 – 19,20)
18
11 – Os noviços Erlândio e Leandro acompanhados pelo prior, participaram do III
Novinter na casa dos Salesianos em Belo-Horizonte. O encontro foi assessorado
pelo Pe. Antônio Pinheiro, salesiano, com o tema: “Formação da Consciência
Crítica”.
19 – Os postulantes, os noviços e Fr. Edney, participaram no espaço do Priorado
juntamente com paroquianos da Igreja Rosa M ística, do Curso de Eclesiologia
dirigido por M onsenhor Geraldo Tolentino.
21 – Encontro Vocacional Norbertino no Priorado.
29 – Os Juniores de Contagem e o Fr. Edney participaram do Acampamento da
Vida Religiosa de M inas Gerais para todos (as) os Religiosos (as) em BeloHorizonte com assessoria da Irmã M árian Ambrósio, Presidente da CRBNacional.
“Celebrem ao
Senhor,
invoquem o seu
nome, anunciem
entre os povos as
suas façanh as!
Cantem para ele,
ao som de
instrumentos,
recitem suas
maravilhas
todas.”
(Sl 105-1,2)
JUNHO/2010
02 – Abertura do Tríduo de São Norberto em Contagem. A celebração foi
presidida pelo padre redentorista Paulo Sérgio Carrara.
03 – Corpus Christi e segundo dia do Tríduo de São Norberto presidida pelo
superior da casa de Contagem Pe. Evangelista. As irmãs Alcantarinas prepararam
neste dia uma homenagem especial para os padres premonstratenses, por ocasião
do encerramento oficial do ano sacerdotal. Tivemos a presença do Confrade da
Abadia de Averbode, chamado Luc, que ficou hospedado em nossa casa até a
Festa de São Norberto.
Toda Comunidade do Priorado participou da Celebração de Corpus Christi da
Região Pastoral 06 (Paróquia Rosa M ística, Paróquia São Norberto e Paróquia São
Pedro Apóstolo) presidida pelo Pe. João Batista, O.Praem. A celebração aconteceu
no Parque M unicipal de M ontes Claros, de onde saiu a grande procissão para a
Paróquia São Pedro Apóstolo.
04 – Pe. Andrés presidiu o terceiro dia do Tríduo de São Norberto em Contagem.
“ Que el Senõr les
05 – Celebração da festa de São Norberto em Contagem. Após a M issa foi conced a observar
realizado pela primeira vez um bingo beneficente, que deu tão certo que pode virar todo esto
movidos por la
tradição.
06 – Almoço festivo na Comunidade de Contagem com a presença das Irmãs
Alcantarinas e Operárias e as lideranças das duas Paróquias atendidas pelos
premonstratenses.
O noviço Erlândio e o postulante Daniel participam da Celebração Solene na festa
do nosso Fundador na Paróquia São Norberto, presidida pelo Prior Cônego
Antônio Galvão e concelebrada pelo Pe. João Batista.
07 – Festa de São Norberto no Priorado. Depois de uma pequena procissão com o
levantamento do mastro de São Norberto, dá início a Celebração Solene. Após a
celebração tivemos um almoço na comunidade com os amigos do Priorado.
caridad, como
enamorados de la
belleza espiritual,
e inflamados por
el bueno olor de
Cristo que emana
de vuestro buen
trato; no como
siervos bajo la
ley, sino como
personas lbres
bajo la gracia”.
( Regla de San
Agustín VIII – 1)
19
Contamos com a presença do arcebispo emérito Dom Geraldo M ajela, O.Praem.
08 – Os noviços Erlândio e Leandro acompanhados pelo cônego M arcelo,
participam do IV Novinter na casa dos Salesianos em Belo-Horizonte. O encontro
foi assessorado pelo Pe. M edoro, Diocesano, que reside em Valença-RJ, com o
tema: “Eclesiologia”. No último dia houve um momento de confraternização “ Dios es nuestro
junina.
amparo y
11 – Viagem e estadia do Prior Cônego na casa de formação de Contagem.
fo rtaleza, nuestro
pronto auxilio en
lãs tribulaciones ”.
(Sl 46 – 1)
LAS COMUNIDAD ES CHILENAS
Pe. Rodrigo y comunidad
No ha llegado la crónica
20
CANONÍA DE S ANTA S OFÍA DE TORO
Sor María Cristina
DICIEMBRE/2009
Los días de Navidad estuvieron llenos de alegría y gozo espiritual por la
celebración del Nacimiento de Nuestro Señor y Salvador Jesús. Los días de
Navidad estuvieron llenos de alegría y gozo espiritual por la celebración del
Nacimiento de Nuestro Señor y Salvador, Jesús.
El día 24 y 25 la comunidad además de la celebración de la M isas de Gallo y del
día, con solemnidad y con la asistencia de muchas familias, hemos celebrado
con mucha alegría el onomástico de nuestra madre Priora, M ª Paz con la
recitación de versos por parte de nuestra hermana Sor Natividad, con cantos y
muchos regalos, hechos con mucho cariño por las hermanas.
El día 27 fiesta de la Sagrada Familia nos unimos en la oración a nuestros
Obispos y todos los fieles que se reunieron en M adrid en una celebración
multitudinaria con la asistencia de otras familias de todo el mundo. Fue un
testimonio elocuente que hace oposición a nuestro gobierno socialista que con
sus leyes anticristianas y antinaturales está destruyendo la unidad familiar
tradicional.
El día 28 celebramos el día de los Santos inocentes y como es tradición en
nuestra comunidad ocurrieron pequeñas inocentadas entre ellas la desaparición
de la mula y el buey del Nacimiento y su presencia a los pies de San Norberto
(no sabia yo que eran tan devotos), o una oveja en el teclado del órgano,
aprendiendo música. Son ocasiones de hacer reír a las hermanas y de
comentarios graciosos en los recreos.
Antiguo mirador
del castillo de
Toro que la reina
ofreció a las
hermanas.
Vista interior de
monasterio de
Santa Sofía.
(Toro/España)
El día 31 tuvimos un retiro, por la mañana un sacerdote diocesano nos habló de
la comunión de los bienes espirituales a la que debe tender toda comunidad
religiosa y más nosotras, porque es nuestro carisma. Por la tarde la M adre
expuso el Santísimo Sacramento, fue un día dedicado a la revisión de vida y de
intensa oración. Por la noche tuvimos una alegre cena y nos despedimos hasta el
próximo año, con el deseo de que Dios nos siga bendiciendo especialmente con
la santa perseverancia y nuevas vocaciones.
EN ERO/2010
Comenzamos el año con la Solemnidad de Santa M aría M adre de Dios. En la
Iglesia del
monasterio de
Santa Sofía.
21
tarde tuvimos procesión por los claustros con la Sagrada Familia cantando
villancicos y al son de las panderetas y sonajas hasta llegar a la sala Capitular
donde las hermanas les recitan poesías. Y desde allí nos dirigimos al coro donde
en manos de la M adre Priora, la Subpriora y la Cercadora son presentadas a cada
hermana para adorarlos. Seguidamente en el taller se reparte a las hermanas un
santo, una santa para que la protejan y una virtud para practicar durante el año, y Vista del patio del
un capellán espiritual por el que pedir durante el año.
monasterio de
Santa Sofía.
El día 5 tuvimos las hermanas mas jóvenes la tradicional parvica, en la que
disfrutamos mucho ya que después de preparar los regalos para las hermanas los
llevamos a una habitación cercana al refectorio y allí escuchamos música
mientras comemos pastas acompañadas de alguna bebida. Después tocamos por
los claustros los instrumentos musicales y las campanas del claustro durante
unos 10 minutos, luego vamos al coro a las Vísperas y 5 minutos antes de ir a
cenar salimos de la meditación a vestirnos de Reyes M agos, tomamos otro dulce
y cargamos con los regalos y nos dirigimos al refectorio donde las hermanas ya
nos están esperando. Las hacemos reír con nuestros disfraces y después les
repartimos los regalos.
El día 6 en la mañana tenemos la celebración solemne de la Eucaristía con la
adoración del niño. Y por la tarde después del rezo del santo Rosario, las
hermanas más jóvenes nos disfrazamos y hacemos un poco de teatro en el que
las hermanas se ríen mucho, después pedimos los reyes a las madres superioras
por medio de versos en los que alabamos, criticamos o pedimos cosas necesarias
para la comunidad. Este año el dinero que nos dieron, que solemos utilizarlo para
comprar cosas para la comunidad, con el permiso de la madre lo destinamos a
Caritas parroquial, ya que hace unos días nos habían visitado los 3 nuevos
párrocos y nos pidieron oraciones ya que Caritas de Toro estaba ayudando a más
de 280 familias pagándoles luz, agua, gas, libros para los estudiantes, incluso las
hipotecas de los pisos en los que viven para que no tengan que vivir en la calle.
Pero ya no dan abasto para ayudarlas. Continuamos con la formación continua.
Nos ha visitado el Vicario General de la Diócesis, nos ha animado mucho a
seguir pedir mucho por las necesidades de la Iglesia y especialmente de los
sacerdotes y nos ha explicado la situación de la Diócesis y de la Iglesia en
España
Nos han visitado los miembros de la Legión de M aría y nos hemos alegrado con
la caridad y el buen humor que tienen.
En la Semana de oración por la unidad de los cristianos, tuvimos todos los días
por la tarde exposición del santísimo y reflexión de los textos bíblicos para estos
días.
Altar de la iglesia
del monasterio de
Santa Sofía.
FEBRERO - MARZO/2010
El día 2 de Febrero, día de la vida consagrada, tuvimos la procesión de las
candelas por los claustros antes de la santa M isa. Por la tarde muchas de las
personas consagradas de Toro se reunieron en el coro de nuestro M onasterio en
una celebración solemne de Vísperas con la renovación de la consagración,
terminada la celebración bendición del Santísimo y reserva, seguidamente las
monjas y los fieles fueron al torreón para tomar algo y compartir juntos este día
Cruci fijo antiguo
en la iglesia del
convento.
22
de oración.
El día 3 hemos concluido las obras de la enfermería, en la que ya se encuentran
desde Noviembre las hermanas Sor Bronislava y Sor M ercedes. M uy contentas y
agradecidas por las comodidades y el confort que tienen.
Portón que da al
El día 12 nos visito el vicario para la vida consagrada, nos ha traído tres libros
patio del
que le dieron en la conferencia episcopal. Y nos ha hablado de la situación de
monasterio.
España y de la Iglesia. Y afirmó que el dinero endurece el corazón y esta
haciendo más daño a la Iglesia que cualquier régimen totalitario. Nos ha
animado a ser fieles a Cristo en la vivencia radical de nuestra vida canonical.
Nos hemos solidarizado con Haití y Chile y les estamos ayudando
espiritualmente, orando por la pronta recuperación de los heridos y el descanso
eterno de los difuntos y también económicamente participando en la colecta
diocesana.
Debido a la abundancia de lluvias que están asolando España e Italia también,
nos piden muchas oraciones para que cesen ya que los ríos se desbordan y las
casas son inundadas y destruidas.
Este mes la Hermana Sor Natividad dirigió la formación continua ayudada y
apoyada por el sacerdote D. Benito. Fue muy enriquecedor para todas.
D. Roberto, nos ha dado un retiro sobre la pregunta que le hizo nuestro Señor a
sus discípulos: Y ¿Vosotros, quien decís que soy yo? Nos ha ayudado a
profundizar en nuestra coherencia de vida.
Nuestra comunidad ha celebrado la Solemnidad de San José, con una vigilia y
procesión con su imagen por los claustros del M onasterio y las principales salas Imagen de Santa
Sofía, colocad a
en las que le hicimos oraciones y le cantamos.
encima del altar
de la iglesia
El Domingo de Ramos hicimos la procesión por el claustro del monasterio conventual.
acompañando a nuestro Señor en su entrada triunfal en Jerusalén.
ABRIL/2010
El M iércoles Santo, celebración penitencial para prepararnos a celebrar la
Pasión, M uerte y Resurrección del Señor, terminamos con el abrazo fraterno.
Jueves santo los oficios litúrgicos muy solemnes.
El Viernes Santo, las hermanas más jóvenes subimos al torreón para contemplar
los pasos de la Pasión de Nuestro Señor que recorren las calles de la ciudad. Este
año hubo un nuevo paso, el de la santa cena.
El sábado Santo, acompañamos a la Virgen en su soledad y adoramos la Cruz
que nos ha redimido. A las 10 de la noche celebración solemne de la Vigilia
Pascual, con la participación de los fieles.
El día de Pascua las celebraciones fueron muy solemnes, con la misa cantada en Entrega del hábito
por la Virgen a
gregoriano. Al día siguiente nos visito el Obispo de León a felicitarnos y
San Norberto
animarnos para que demos a conocer nuestro carisma y a trabajar más por las
(pintura en la
vocaciones, que según el ahora llegan a través de los nuevos medios de
iglesia
comunicación como es Internet.
del convento).
23
El día 21 llego el Padre Agustín, Prior de Régimen de Gödöllö (Hungría) a
nuestro M onasterio para pasar unos días con nosotras y aprender un poco más el
español, antes de la celebración de la reunión de la comisión de las hermanas.
Las hermanas han disfrutado mucho de su presencia, de su alegría y sobre todo
se han admirado al conocer la historia de la Orden durante los últimos decenios
en Hungría.
El día 26 por la tarde comenzaron a llegar los demás miembros de la Comisión
de las Hermanas (el presidente Eduardus Cortvriendt Ward Abad de Berne, el P.
Jean-Régis junto con el hermano Evermodo de Conques, el Padre Pierre-M arie
Jean de Laloubére, la M adre Priora M aria M agdalena M agda de Holanda y la
hermana Sor Dorota Goldstrom de Polonia), y el Abad General Thomas
Handgrätinger acompañado del Padre Pablo M eyfroot. El Padre General deseaba
visitar nuestra comunidad, como ya nos lo había manifestado en el II Encuentro
internacional de las Hermanas en M ariëngaard (Holanda). Fueron unos días muy
agradables, nos acompaño incluso el buen tiempo. Nunca nuestra comunidad
había recibido tantos hermanos y hermanas juntas. Se puede decir que es la
primera vez que recibimos una visita de las hermanas de las comunidades de
Europa. También nos ha visitado nuestra hermana Sor M ª Luisa de la
Comunidad de Villoria de Órbigo, que aprovecho el viaje realizado por el Abad
General a su Comunidad para visitarnos.
"Observar las
Escrituras
y aceitar a Cristo
como guía"
(San Norberto)
MAYO/2010
M ayo es el mes de M aría, y cada día después del rezo del Santo Rosario
hacemos una breve lectura Bíblica, le ofrecemos alguna flor espiritual, recitamos
breves jaculatorias, preces y cantamos a la Virgen con alegría por la protección y
ayuda que nos dispensa diariamente. Y pidiéndole vocaciones perseverantes para
toda la Orden, especialmente para las casas que carecen de ellas.
Día 15 comenzamos la Novena al Espíritu Santo, para prepararnos a la
Solemnidad de Pentecostés. Que este año nos ha encontrado haciendo los
ejercicios espirituales, cuyo tema era “la acción del Espíritu Santo en nuestra
vida”. Fueron dirigidos por el Obispo, emérito de Tenerife D. Damián, ya es la
tercera vez que nos los da, pero este año han sido excepcionales, tanto que tengo
intención de enviar a la revista algunas de las conferencias, no tanto por su
calidad teológica sino por su sencillez.
Es un gran admirador de nuestro Padre San Norberto, y nos ha dicho que donde
va habla de nosotras, lo cual nos ha alegrado porque es una forma de que nos
conozcan.
Hemos grabamos sus conferencias para escucharlas en el refectorio y así
aprovecharnos más de su enseñanza.
El 29 comenzamos la novena a nuestro Padre San Norberto.
JUNIO/2010
El día 6 Solemnidad del Corpus Christi, los párrocos de Toro programaron
“ Y esto há de ser
de tal modo que
ninguno trabaje en
nada para sí
mismo, sino que
todos sus trabajos
se realicen para el
bien de la
comunidad, com
mayor cuidado y
prontitud de
ánimo que si cada
uno lo hiciese
para sí”.
(Regla de San
Agustín V– 2)
24
varios repiques de las campanas de todas las iglesias y monasterios de la ciudad
durante 15 minutos. Durante la procesión con el Santísimo Sacramento expuesto
en una bella custodia que llevaban en andas los jóvenes por toda la ciudad,
parándose en los altares preparados por los fieles, uno de ellos pusieron una cuna
grande adornada de flores en la que había unos 15 niños recién nacidos que
recibieron la bendición del Santísimo junto con sus padres; en la procesión
participaron todas las cofradías, asociaciones marianas de la ciudad y las
autoridades, junto con los niños de la primera comunión y muchos fieles
acompañados de bandas de música. Nosotras subimos al torreón y a su paso lo
pusieron enfrente de nosotras para que lo pudiéramos adorar y nos bendijera y
nosotras le echamos pétalos de rosas y le cantamos “oh buen Jesús…”.
El día 7 Solemnidad de nuestro Padre San Norberto; a las 11:30 solemne
concelebración Eucarística, la homilía estuvo a cargo de José-Luis, M iranda
Domínguez uno de los párrocos que atienden la ciudad. Por la tarde a las 19 h
solemnes Vísperas y celebración de la Eucaristía con participación del pueblo; la
presidió uno de nuestros Capellanes.
Terminadas las celebraciones todos los fieles tomaron un refresco dando gracias
a Dios por celebrar un año más la fiesta de San Norberto.
El día 19 esperamos la visita del hermano fray Terrentius Robertus Lauerman, de
la abadía de De Pere. El viene a hacer un estudio sobre las antiguas abadías de la
Orden en España, para luego en el 2011 hacer un tour por todas ellas. Y mientras
hace este trabajo, durante dos meses, nos va a dar clases de Ingles a las hermanas
más jóvenes. Confiando que el Espíritu Santo nos ayude con el don de Sabiduría,
para poder participar más en la vida de la Orden y eliminar las barreras del
idioma que nos impiden comunicarnos mejor.
M uy unidos en la oración a todos los Padres, Hermanos, y amigos de la Orden de
habla Hispana-Portuguesa.
Que paséis un feliz verano. Hasta la próxima.
“Porque la
caridad, de la cual
está escrito que
«no busca los
propios
intereses», se
entiende así: que
antepone las cosas
de la comunidad,
a las propias y no
las propias a las
comunes. Por
consiguiente,
conocerán que
han adelantado en
la perfección tanto
más cuanto mejor
cuiden lo que es
común que lo que
es propio; de tal
modo que en
todas las cosas
que utiliza la
necesidad
transitoria
sobresalga la
caridad, que
permanece”.
(Regla de San
Agustín V–2)
25
MONAS TERIO DE S ANTA MARÍA DE LA AS UNCIÓN de VILLORIA DE ÓRBIGO
Parte IV
Como fue el cambio de la comunidad en Villoria
El P. Norberto Backmund en su “M onasticon Premonstratense” se expressa de
esta manera: “Desde el año 1505, Juan Duque de Colmenares, abad de A guilar,
maquinó el cambio de la casa de Villoria en un monasterio de la Orden,
reteniendo, por cierto, la dignidad abacial”.
Las cosas siguieron sin efecto hasta el año 1511, después de la muerte de este
abad. Apenas posesionado de dichos cargos, Fernando Duque de Colmenares,
nepote y sucesor de Juan Duque de Colmenares, resucitó aquel viejo proyecto,
acuciado por el interés de nombrar a su propria hija para el régimen de la nueva
comunidad. Y, apenas llegado a tales puestos, movió todos los resortes que
estaban a su alcance, logrando sin pérdida de tiempo, la codiciada aprobación de
Roma a sus proyectos. Con lo que su hija, acompañada de otras seis religiosas,
se desplazó, desde el monasterio Santa Sofia de Toro, hasta el pueblo de Villoria,
para iniciar la nueva vida, mientras que se cuidaba de llevar en Roma las
formalidades de todo, por medio de un procurador.
Previamente don Fernando Duque hubo de ocuparse también de la comunidad
desplazada de Villoria, “acallando - como escribe el P. Backmund - al último
abad comendatario y a los pocos canónigos con unas pensiones.” Se destribuyó a
los escasos premonstratenses de Villoria entre los diversos monasterios de la
Orden en España.
Imagen de Santa
María de la
Asunción,
colocad a encima
del altar principal
de la iglesia
conventual de
Villoria.
Vista exterior del
monasterio de
Villoria.
Hoy en día, las pocas religiosas de Villoria optan por un nuevo cambio de
comunidad. Ya en 2000, la madre priora pidió al Capítulo General enviar unos
canónigos para vivir en el monasterio. Desde entonces, guardando esta
esperanza, ella solicita encarecidamente la ayuda de abades para que vengan
algunos hermanos habitar en Villoria.
Extracto del libro “El Monasterio de Santa Maria de Villoria”,
por Augusto Quintana Prieto.
Órgano del siglo
XVI, en la iglesia
del monasterio.
26
II
ESPIRITUALIDADE
A ABADIA COMO CENTRO DE S ERVIÇO PAS TORAL
UMA CONTRIBUIÇÃO À ES PIRITUALID ADE C ANONICAL
1
Esclarecimentos
1.1 O turismo descobre o mosteiro
Faz uns anos que os mosteiros se tornaram
objetivos para o turismo, e bons lugares para
recolher-se. Procurando mais autenticidade e
motivação para a vida, o povo descobre cada vez
mais os mosteiros, que proporcionam um aumento
de valor mental e espiritual. Como segmento de
mercado, o ‘turismo espiritual’ vai crescendo,
porque aumenta o número dos que procuram
durante as férias reabastecer-se ou renovar-se
espiritualmente. Os mosteiros se diferenciam da
vida habitual. Neles, as pessoas encontram
tranqüilidade e proteção em vez da movimentação
contínua, experimentam tradição e historicidade em
vez de modernismo. Os mosteiros se abriram a essa
saudade e busca de pessoas estressadas e abatidas,
oferecendo-lhes um programa variado de
formações. Que têm a dizer os mosteiros de sua
maneira de reagir? Como dão uma resposta à busca e esperança do povo? Como é a relação
dos religiosos com o povo? Há verdadeiros encontros, contatos espirituais, conversas
pastorais?
1.2 Mosteiro como centro pastoral
O abade Bernhard A. Eckersdorfer de Kremsmünster escreveu um artigo sobre o significado
do mosteiro como centro pastoral, conforme a visão beneditina. 1 Foi um estímulo para refletir
sobre as nossas abadias que são inteiramente comparáveis com os centros monásticos quanto
à ‘estabilidade’ e irradiação, como também quanto à importância da vida comunitária. O
mesmo Bernhard Eckersdorfer afirma que os impulsos fundamentais e a necessidade de
precisão atingem também às outras ordens e, sobretudo a busca atual da imitação de Cristo,
embora a concepção fundamental da vida monástica e da canonical seja distinta. Enquanto os
monges saem do mundo para viverem no ‘claustro’, voltados somente para Deus, constantes
na busca dEle, os cônegos vivem em comunhão, saindo depois para o mundo, para trabalhar
pastoralmente. Originalmente o movimento monástico foi um movimento de leigos, que se
retiravam do mundo, ou em casos extremos, fugiam do mundo, para servir a Deus, totalmente
retirados e separados do mundo. Os cônegos entravam no mosteiro para levar uma vida
comunitária, e depois se preparavam para servir o povo. Essas formas ideais de vida típica não
se conservaram: muitas vezes se mesclaram. Assim se encontram na Bavária e na Áustria
1
Bernhard A. Eck ersdorfer, Das Kloster als pastoraler Ort. Die B edeutung des benediktinischen
Lebenszeugnisses. Geist und Leben 82/5 (2009) 321-335.
27
padres beneditinos e cistercienses ativos em paróquias e escolas. Há também cônegos que
levam uma vida mais contemplativa, especialmente na França. Por isso é legítimo fitar os
olhos na casa dos cônegos como esfera pastoral, e é legítimo fixar uma vez a vista no
mosteiro como espaço original de pastoral.
Como cônegos regulares, os premonstratenses receberam muito das ordens monásticas: a vida
numa abadia com um abade, o ofício coral festivo, o sistema de filiação que faz que uma casa
nova proceda de outra, a introdução dos capítulos gerais anuais (pelo menos no começo de
nossa Ordem) com uma forte tendência para centralizar e uniformizar o governo.
Inicialmente, se costumava observar tempos importantes de silêncio e de jejum. Em geral, o
estilo de vida era muito ascético. Aspirava-se à auto-suficiência econômica que requeria
trabalho manual e produção própria. Os mosteiros tinham atividades econômicas próprias,
eram pequenas empresas responsáveis por toda a subsistência da comunidade. À primeira
vista, não se distingue um mosteiro de cônegos, de uma abadia beneditina. Aqui queremos
fitar o significado do mosteiro e da comunidade, como espaço pastoral.
1.3 A vida interior do mosteiro
Neste sentido, observa-se uma evolução interessante em nossa Ordem: devido à falta de novos
candidatos, as comunidades se concentram mais na vida do mosteiro. Algumas paróquias, que
foram atendidas durante séculos, são entregues à diocese. Faltam irmãos disponíveis para
viver no exterior e trabalhar nas paróquias. Em lugar de sair ao encontro do povo, se criam
oportunidades para acolher as pessoas na abadia. De fato, em quase cada abadia há um ‘centro
de espiritualidade’, um instituto de formação, uma hospedaria aberta, onde as pessoas são
acolhidas para participar da liturgia, da vida dos cônegos, de seminários e assembléias. O
mosteiro torna-se novamente um centro. Por conseguinte, se esforça para equipar estes
centros, como espaço de encontro, de meditação e de pastoral. Ainda não vamos examinar
aqui essa tendência que poderia ser avaliada como restaurativa, semelhante a um retorno que,
em termos de nossa história premonstratense chamaríamos: um retorno de M agdeburgo para
Premontré, como ponto de partida.
1.4 “Priorados paróquias”
A evolução dos priorados reduzidos de paróquia, promovidos com força em vários mosteiros
(Strahov, M ondaye) situa-se dentro da mesma tendência. O mosteiro já não envia confrades
um atrás do outro para distintas paróquias; ao contrário, são vários irmãos que vivem juntos
em priorados paroquiais, assumindo ‘in solidum’ o trabalho pastoral em torno desse centro; às
vezes assumem um decanato inteiro. Torna-se importante esse tipo de priorado como centro
de vida comunitária, que tem um vínculo estreito com o território pastoral.
1.5 O ano sacerdotal
Após o ano paulino (2008-2009), celebramos agora o ano sacerdotal (2009-2010). Assim, o
Papa Bento XVI quis comemorar o sesquicentenário aniversário da morte de João M aria
Vianney, o pároco de Ars (1786-1959) com o lema “A fidelidade de Cristo – a fidelidade do
sacerdote”. Uma ocasião para lançar uma nova meditação sobre o sacerdote, o sacerdócio, o
serviço sacerdotal na Igreja, o sacerdote como pastor. Com respeito ao sacerdócio, existe
muita inquietude e confusão e, se faz necessário esclarecer uma série de situações e
expectativas. Às vezes, o sacerdote tem a experiência de exercer a função de administrador,
de oficial de culto, de “manager”.
28
A figura do santo pároco de Ars, proposta pelo Papa como modelo, suscita adesão e
admiração, mas também provoca questionamentos e até incomoda. Será que o pároco de Ars
representa a imagem sacerdotal necessária para hoje e, suscitará vocações para o futuro?
Desconsiderando uma identificação total com este Santo do século dezenove, se descobre
nele, sobretudo um ‘eros pastoral’ que pode encaminhar a uma nova orientação. Ao
considerar a presença incansável dele na igreja e particularmente no confessionário, a
persistência de sua preocupação pastoral, a sua luta por cada alma, o seu esforço para achar e
revivificar a ovelha afastada, a sua grande obra reconciliadora, as longas horas passadas
diante do tabernáculo, podemos colocar este ano debaixo do trítono: ‘Eucaristia - sacerdócio serviço de reconciliação’. A ‘existência eucarística’ do sacerdote pode gerar uma renovação
da meditação e um aprofundamento da imagem sacerdotal. Daí poderia nascer numa ordem, e
mais ainda numa comunidade canonical, uma reflexão sobre as implicações pastorais.
2 Fontes
Em nossa Ordem há duas fontes principais. Primeiro temos a Regra de Santo Agostinho,
escolhida por nosso Fundador São Norberto para a sua primeira comunidade em Prémontré.
As nossas Constituições constituem a segunda fonte normativa para nós: foram elaborados
pelos capítulos de renovação de 1968 e 1970, como foi encomendado após o Concílio
Vaticano. Para a nova edição das constituições que se prepara atualmente, deve-se examinar
de que maneira a abadia é descrita e avaliada nas Constituições, como centro de
espiritualidade e de serviço pastoral.
2.1 A Regra de S anto Agostinho
A regra de Santo Agostinho, escrita ao redor
de 397, começa com uma expressão capital
da vida comunitária: “O primeiro motivo de
sua vida comunitária é conviver em
concórdia, com um só coração e uma alma,
orientados para Deus”. O ‘primum propter
quod’ (a primeira motivação) para a vida
canonical resume-se no conviver na casa.
Cita-se o salmo 68,7: “O Senhor dá um lar
aos deserdados”. A versão latina, usada por
Agostinho era outra. Ela dizia: “Aos
unânimes, Deus concede viver juntos numa
mesma casa”. Observa-se aqui, uma grande
diferença entre ‘deserdados’ e ‘unânimes’.
Com esta citação do salmo, Agostinho já acentua a vida comunitária no começo da Regra. A
casa é um lugar de unanimidade, de concordância geral, onde há um só coração e uma só
alma, em direção a Deus. Viver junto, debaixo do mesmo teto, não como indivíduos solteiros
num edifício alto, não como estudantes numa universidade, mas sim, vivendo
comunitariamente, tendo uma mesa comum, uma sala de recreio, um dormitório e um espaço
de oração. E tudo isso é organizado com o fim de permanecer junto, suportando-se
mutuamente. Não é semelhante a uma agremiação, onde se colabora por um tempo limitado e
para um projeto transitório; o mosteiro requer uma comunidade de vida permanente. Na sua
Regra, Santo Agostinho descreve o decorrer interior da vida religiosa, falando primeiro da
comunhão de bens, da oração comunitária, das estruturas do governo, dos casos de
29
enfermidade e conflito, falando até mesmo de assuntos inteiramente práticos, como da
lavagem de roupas, dos banhos, da biblioteca, e dos vários serviços na comunidade, menciona
perigos e recaídas, e situações de crise, agregando alguns remédios, como a correção fraterna,
a vigilância interior, conversações abertas, a desistência e a humildade, a oração e a
obediência, a busca contínua de crescer no amor e no conhecimento de Deus. Atrás destes
esclarecimentos, percebe-se a experiência de A gostinho relativa à vida comunitária e, às vezes
igualmente, a sua busca da verdade e o seu modo de proceder com amigos. Agostinho
precisava de amigos, de correligionários, de sócios na fé, de gente que compartilha a sua
busca, já que não é possível para um homem solitário viver como cristão e, a busca da
verdade precisa de diálogo e partilha. Numa pregação sobre o salmo 147,28, Agostinho
expressa, numa fórmula breve, o que lhe importa: “Caminhar juntos e unânimes, no único
Cristo, em direção do único Pai” 2 . Nesta fórmula, A gostinho destaca três vezes a unidade:
entre nós, em Cristo e no mesmo caminho para o Pai. Isto é o que mantém unidos irmãos ou
irmãs na mesma casa. M ais adiante, tratar-se-á de explicitar mais esta vida comunitária e esta
preocupação mútua no convento. Uma olhada nas Constituições nos ajudará.
2.2 As Constituições
Redigidas nos anos 1968 e 1970, e depois sempre trabalhadas, as Constituições têm um ponto
de partida indutivo: na sua introdução, elas descrevem a situação do mundo de hoje, e depois
convidam a observar ‘os sinais dos tempos’ que se referem de modo multiforme à unidade, à
unificação e à união, nos distintos níveis políticos e sociais, como também na vida humana e
pessoal. A natureza humana se manifesta em individualidade e socialidade. O homem é um
indivíduo e um ser social, e ele até mesmo precisa do outro, do ‘tu’, para tornar-se um ‘eu’,
uma pessoa autônoma. O aspecto natural do homem confronta-se com a realidade da criação e
da salvação. Fomos criados por Deus e para Ele, o Trino que é Amor. Esta estrutura trinitária
de amor e de comunicação, nos antecede e plasma toda vida cristã. Pelo nosso batismo fomos
unidos a Cristo e vinculados com Ele. Juntos formamos o Corpo do qual Cristo é a cabeça.
Sejamos um, como Cristo está unido com o Pai e, o Pai está unido com Cristo. “Que eles
também estejam unidos em nós “ (Jo 17,21). Eis o modelo inaudito e o princípio fundamental
para toda comunidade religiosa.
O n° 12 das Constituições diz:
“Comunhão quer significar uma ligação mútua entre as pessoas em uma reciprocidade de
serviço: comunhão é a nossa união interna, manifestada exteriormente.
Comunhão humana, já baseada na vontade do Criador, consiste na estima mútua, na
confiança, na sinceridade, na fé, na responsabilidade mútua: em uma palavra, numa
humanidade serviçal, que a caridade constrói (1Cor. 13). Exprime-se por toda sorte de
dedicação, de conselhos, de edificação, e de respeito, assim como de diálogo, de informações,
de consultas, de colaboração e de vida verdadeiramente comum.”
Isto se desenvolve: esta ‘união em Cristo’ (Gal. 3,28) realiza-se na comunhão de fé e
sacramentos, na comunhão com a hierarquia e na comunhão dos santos (dos cristãos). A
construção da comunhão com todas as forças, cada dia e, ‘no lugar em que nos encontramos’
será a missão fundamental e o sinal escatológico, porque neles se expressa a saudade dos que
peregrinam para o Deus Trino (n°16).
Com minuciosidade fala-se no último capítulo da seção primeira e mais espiritual (cap. I - III)
das Constituições3, sobre ‘a realização da comunhão através da prática da vida comunitária’
2
3
Comentário de Tarcisio Van Bavel sobre a Regra de Santo Agostino
antes da seção jurídica (cap. IV – VIII)
30
(n° 81-92). Com relação a isto, a regra de Santo Agostinho já oferece algumas normas
práticas, adaptáveis ao nosso tempo. A vida comunitária não é simples, nem se realiza
automaticamente. Quem vive numa comunidade, sabe que a vida religiosa não é vivida por
comunidades perfeitas. As pessoas que têm contato com conventos sabem disso também. Por
isso se necessita de orientações, pontos de referência, normas fixas e costumes; além disso se
precisa instruir, treinar, controlar, avaliar, corrigir e às vezes renovar. Falando da leitura
semanal da Regra, A gostinho usa a imagem do espelho (8,2). A Regra e as Constituições
revestem aqui um caráter pastoral, pois procuram ajudar indivíduos e comunidades no seu
caminho para Deus. Trata-se, finalmente, da salvação dos indivíduos e do último fundamento
da vida comunitária, ou seja de guiar para Deus e de encontrar nEle o destino e a realização
final.
3 Colunas do testemunho da vida canonical
Após esta introdução, devem ser tocados elementos centrais da vida religiosa, que valorizam o
espaço da vida comunitária em um convento. Aqui não se trata de descrever uma situação ou
de fazer uma declaração sobre a vida comunitária, mas sim de formular o objetivo, um
“vision-statement” como aquele proposto durante o último capítulo geral. Qual é a nossa
visão? Qual é a orientação básica para um grupo de homens e mulheres que se sentem
chamados a essa forma de vida canonical e, que a encontraram num convento determinado?
Uma outra pergunta se impõe: em que medida os indivíduos e a comunidade se afastaram
desta linha ideal? A fórmula de profissão não fala inutilmente da ‘conversão dos costumes’ e
da ‘vida de comunhão’: de maneira que a primeira condicione a segunda, ou que os dois
precisem um do outro para sair bem.
“Tenham uma só alma e um só coração orientados para Deus.” (Regra 1,2)
Nos atos dos Apóstolos encontramos um ponto essencial da Regra de Santo Agostinho, que
constitui um programa básico para a vida canonical: “Todos os que creram, pensavam e
sentiam do mesmo modo. Ninguém dizia que as coisas que possuía eram somente suas, mas
todos repartiam uns com os outros tudo o que tinham”(Atos, 4,32). Isso é seguramente uma
imagem idealizada da Igreja primitiva, na qual não faltaram discussões e situações conflitivas.
Porém todas essas tensões e esclarecimentos não conseguiram confundir a impressão
seguinte: tem lá um grupo de pessoas que se destaca por um alto grau de coesão, de
cordialidade, de unanimidade e solidariedade, um grupo que dispõe também duma base
material: a propriedade comum e, que se funda numa convicção clara: o testemunho da
ressurreição. “Deus derramava muitas bênçãos sobre todos”(v.33): estas palavras nos levam
além do aspecto puramente sociológico, para o ambiente da graça e da salvação. A
fecundidade dessa intensa comunhão de partilha e solidariedade, demostra-se pelas palavras:
“Não havia entre eles nenhum necessitado” (v.34) nem espiritualmente, nem materialmente.
Agostinho aproveitou-se deste modelo da Igreja primitiva, para dar-lhe uma nova dinâmica.
Aquele estar junto, tranforma-se num caminhar junto para Deus, ‘in Deum’. Percorrer em
comunhão o caminho para Deus, intensifica também a união entre os irmãos e entre as irmãs:
são como os raios duma roda que se tornam mais próximos no centro. Essa vida comunitária
não tem o seu fim em si mesma, mas ela nutre-se desse movimento em busca de Deus. Isso é
a orientação e o fundamento existencial da comunidade de vida cristã canonical. A meta de
nossa vida e de nossa comunidade encontra-se naquele ponto evasivo da vista ao longe, em
Deus. Isso foi a dinâmica fundamental da vida de Agostinho, e a motivação de sua busca até o
fim: viver orientado para Deus, não só para encontrar a sua própria salvação, senão para
31
encontrar Àquele que nos reúne. Isso não constitui uma coisa fechada e alcançada, não é uma
concordância, nem um ter chegado a Deus. Continua sendo uma missão fundamental
encomendada e uma tensão determinante na vida individual dos irmãos e, sobretudo para a
vida comunitária. Nisso, o Pe. Van Bavel 4 vê a perspectiva escatológica da vida religiosa,
porque Deus é o objetivo final, que por sua infinitude continua sendo inconcebível e
insondável. O que exige uma certa flexibilidade e mobilidade, uma disponibilidade para
mover e converter-se, como o menciona a fórmula de profissão. ‘Retira-se’ das estruturas
fixas que amiúde atam, nas quais procuramos sempre estabelecer-nos. Não se trata de
converter-se em nômades, senão de cultivar uma mobilidade interior, uma capacidade para
refletir e pôr-se em questão, para refletir e corrigir o conseguido, que muitas vezes tornou-se
entorpecido. Agostinho fez esse exercício em suas ‘Retractationes’: onde revisa a totalidade
de seus escritos. Que prestação espiritual! De tal maneira nós devemos nos colocar a examinar
o nosso caminho individual e comunitário. Trata-se de certificar-se de que os elementos
básicos estejam perceptíveis na vida comunitária, e aceitos por cada um. Trata-se de ter
certeza de sentir-se tocados e chamados pelo mesmo mistério, de sentir-se obrigados pela
mesma realidade indizível, de sentir-se amados e acolhidos pela mesma força inacessível,”um
só coração e uma só alma para Deus”, porém também ‘a partir de Deus’.
Daí nasce o compromisso, a responsabilidade mútua e um respeito profundo pelo mistério
ativo em cada irmão.
“Cristo solo duce” (Com Cristo como único guia)
Esta palavra é atribuida a São Norberto. Não
conservamos dele nenhuma linha autêntica. No
caminho para Freden, Norberto fez uma
experiência de conversão semelhante à de Saulo,
perto de Damasco. Nela, Norberto sentiu-se
interpelado pelo Senhor: “Senhor, que queres que
eu faça?”. Desde então empreendeu seu caminho
de maneira conseqüente, guiado pelo Senhor.
Queria seguir a Ele com radicalidade,
consagrando-lhe sua vida e todo seu trabalho.
Como sacerdote, cônego e pregador itinerante,
como bispo e político, Norberto tornou-se um
servidor resoluto do Senhor, com o intuito de levar
o povo para Ele. A sua pregação centrava-se em
Cristo. NEle estava igualmente centrada a nova
fundação em Prémontré, que segundo a tradição se
realizou após uma visão da Santa Cruz. Norberto
desejava receber o Senhor durante a celebração
eucarística diária. Até o fim de sua vida, seguiu trabalhando como um pregador itinerante,
proclamando o evangelho de Cristo.
Numa comunidade de monges, o abade coloca-se no centro, porque através dele é
Cristo que fala e guia. Porém, numa comunidade canonical é Cristo mesmo que deve ser
considerado como centro, enquanto que a comunidade forma um círculo do qual o abade faz
parte - seja como ‘primus inter pares’ (o primeiro num grupo de semelhantes). Essa
centralidade de Cristo é claramente simbolizada durante o rito da profissão, quando o
documento, assinado no altar pelo candidato e depois pelo abade, é colocado no altar:
4
Tarcísio van Bavel o.s.a., professor em Lovaina, renom ado por seus escritos e con ferênci as sobre Santo
Agostinho.
32
designando a entrega e doação (“trado meipsum offerens - ofereço-me em doação”), pela qual
nos confiamos a Cristo mesmo, simbolizado pelo altar. Nenhuma imagem pode expressar
melhor o que significa ter a Cristo como centro e guia, quando a comunidade, formando um
círculo, se reúne em torno do altar, celebrando a presença do Senhor representado pelo altar.
Acreditamos que a comunhão com Cristo deve preceder e nutrir a comunhão entre os irmãos.
A paz é oferecida e transmitida a partir do altar, pelo celebrante principal, que atua em nome
de Cristo. Assim pode constatar-se que a missa conventual diária é imprescindível e
insubstituível para a construção da comunidade. Escutando juntos a Palavra de Deus
proclamada nas leituras e meditada pelos salmos responsoriais, damos uma forma expressiva
e viva de nosso seguimento que é guiado por Cristo.
“Eu, NN.., ofereço-me em doação e me entrego à igreja de N.” (Const. n°39)
Na festa de Natal de 2009 celebramos o
888° aniversário da profissão de São
Norberto e de seus discípulos em
Prémontré. Sabemos que a nossa
fórmula
de
profissão
remonta
provavelmente àquela época e foi
transmitida inalterada em nossa Ordem.
A Vida A de São Norberto conta, no
capítulo doze, que no dia de Natal de
1121, todos fizeram livremente a
profissão, segundo a Regra de Santo
Agostinho, com o fim de se inscreverem
como habitantes da cidade de Deus,
onde há felicidade eterna. Porém a Vida A não diz qual foi a fórmula usada para aquela
profissão.
O candidato começa dizendo o seu nome “Eu, NN...”. Trata-se de um ato e momento
plenamente pessoal, o da doação de si mesmo, sem pressão ou coação, sem limite ou
condição, após muita ponderação e exame pormenorizado. “Eu” com tudo o que sou, com
tudo o que me constitui e me modelou, plenamente consciente, e do fundo do coração. Com
certeza há poucos momentos na vida duma pessoa com tal densidade e conseqüência.
Professa-se nas mãos do abade, que atua aqui mais em nome de Cristo, e como representante
da comunidade.
O início de nossa fórmula de profissão menciona uma doação total e uma entrega a uma
igreja, a um convento concreto ligado a uma igreja, a igreja de Jaú, a igreja de M ontes Claros
ou de Itinga. A entrega realiza-se numa vida que constrói igreja; assim ela se torna
compreensível. Sustentar que neste lugar a igreja existe, se constrói e se desenvolve, através
da incorporação e da entrega de novos membros, é sinal duma aspiração grande. Fala-se aqui
da igreja como uma igreja local, inserida numa diocese e, que forma sempre parte da Igreja
universal. Porém, esta pequena igreja, esta ‘ecclesiola’ fica inteiramente obrigada a Cristo,
sua cabeça e, ligada por solidariedade com todos os outros membros do Corpo de Cristo. Por
meio dela, Cristo continua a exercer sua missão, isto é, seu ministério de Profeta, Sacerdote e
Rei:
O ministério da escuta e da pregação da palavra de Deus (função profética), o ministério da
celebração litúrgica e da santificação da ordem temporal (função sacerdotal) e o ministério de
edificação da comunidade na caridade (função régia) 5. Dá-se uma dupla orientação para a
missão: em direção ao interior da comunidade:
5
Constituições n° 52 : A comunhão atuante de nossa missão que consiste de três ministérios complementares.
33
- escutar a Palavra de Deus e meditá-la juntos,
- celebrar de maneira consciente a liturgia da comunidade, com esforços para santificar-se,
- crescer no amor, apoiando-se mutuamente, aceitando como uma missão as palavras da
Regra: “um só coração e uma só alma para Deus”.
E depois, em direção ao exterior da comunidade:
- prolamar a Palavra de Deus por meio da vida e da palavra,
- celebrar a liturgia com o povo e para ele,
- promover por uma presença ativa, a construção da comunidade humana e da igreja.
O trabalho interior deve estar impregnado duma profunda preocupação pastoral. Estamos
fazendo tudo para apoiar e acompanhar o confrade no seu caminhar para Deus? Significa a
minha presença e forma de vida uma ajuda para meu irmão? E vice-versa, a vida de meu
irmão me serve de estímulo, de exemplo, de desafio e de correção?
“Que o coração sinta aquilo que profere a voz”. (Regra 2,3)
Na sua Regra, Agostinho insiste na credibilidade e na autenticidade. Isso se vê, por exemplo,
quando fala da maneira de rezar. Não se trata da maior quantidade possível de orações, senão
do modo de rezar, da nossa presença íntima. Visto que os cônegos rezam em público, e
convidam o povo para participar da oração deles, essa oração deve fazer-se sem formalidade
ou rotina, não será executada por pura obrigação. A oração é um ato pessoal diante de Deus;
mesmo efetuada em comum, o indivíduo expressa-se nela diante de Deus. Os lábios falam,
porém é o coração que entra em contato com Deus. Agostinho pensa nos dois, mas ele
conhece o perigo da superficialidade, do ato de aparecer sem profundidade, do ato puramente
exterior. Para A gostinho a oração é um espelho no qual a comunidade pode ver-se a si
mesma. Para poder estar juntos diante de Deus, é necessário escutar-nos mutuamente,
especialmente quando cantamos, para formar uma só voz, para encontramo-nos em harmonia;
o mais importante é viver em harmonia. A oração comunitária e a celebração eucarística em
comum, requerem autenticidade e credibilidade de cada um. Com razão, o Senhor exorta a
buscar a reconciliação antes de apresentar o sacrifício, a promover a paz antes de rezar. 6
Senão essa oração, especialmente quando efetuada publicamente, torna-se insignificante e
falsa. Em nossos conventos poderia referir-se às palavras “Não dê um testemunho falso”, com
respeito à atitude na oração e à forma de vida, à maneira de manifestar-nos e à pretensão na
vida. Exige-se de cada um, uma contribuição em favor da credibilidade e da correção,
reclamando ao mesmo tempo a colaboração dos outros. Cada um carregue a carga do outro, a
sua fraqueza, às vezes também a sua inconseqüência, os seus recuos e a sua imperfeição.
Interpretando livremente M ahatma Gandhi, se poderia dizer: “Sê você mesmo o câmbio que
deseja para os outros e a comunidade”.
“Aquele que nunca quer pedir perdão ou não o pede de coração, em vão se encontra na
casa religiosa.”(Regra VI,3)
Descrevendo algo exterior, Agostinho pensa em algo interior. Alguma coisa está correndo mal
quando uma pessoa, vista do exterior, vive num mosteiro, usando o hábito e sendo membro da
comunidade, sem vivê-lo o buscá-lo realmente, sem esforçar-se pela reconciliação, pela paz e
o acordo, sem querer perdoar ou aceitar o perdão após conflito ou discussão. O que importa
não é o fato mesmo, senão a atitude interior, a intensidade do amor e, a busca de
melhoramento; neles se medem a qualidade e a autenticidade de nossa vida comunitária. Um
6
« Se você estiver oferecendo no altar a sua o ferta a Deus e lembrar… » (Mt 5,23-24)
34
de meus predecessores dizia: “É melhor que não haja convento do que um convento mau”.
Esta expressão radical é uma extensão da idéia de Santo Agostinho: ‘encontrar-se em vão na
casa religiosa’. É inconveniente viver só aparentemente como religioso. É inconveniente que
alguém fique no mosteiro sem a capacidade ou a vontade para aceitar a mão estendida de
outro irmão, ou seu pedido de perdão. Na vida religiosa há suficientes instrumentos e
mecanismos para atacar problemas ou corrigir situações tortas. Temos regularmente os
capítulos da casa e da canonia, existe a possibilidade do diálogo com um irmão, ou da
correção fraterna, é possível interceder ou confiar o assunto ao superior. Deve-se pensar
também em dias de recolhimento, atos comunitários de penitência, retiros e visitas. Porém,
finalmente, tudo depende do entendimento do irmão, da sua vontade de perdoar, da sua
disponibilidade para converter-se. Depende também de sua magnanimidade que, lembrandose de seus próprios erros, não condena senão concede perdão. No seu comentário sobre o
evangelho segundo São João, A gostinho escreve: “Certo, ainda não chegamos ao Senhor,
mas conosco está o próximo. Leva aquele que caminha com você, para chegar Àquele com
quem quereria morar para sempre7”. Nisso mostra-se uma verdadeira preocupação pastoral
que não manda a passear o outro, que não o trata sem esperança. Comentando o risco da
amizade, a raposa no “Pequeno Príncipe” diz que durante toda a nossa vida, somos
responsáveis por aquilo que cativamos. Uma comunidade de vida não resulta sem essa
confiança e a responsabilidade que nasce dela.
“A comunhão de nossas comunidades deve extrapolar-se pela caridade que se estende a
todos os homens”. (Constit. n° 68)
A vida canonical de cônegos regulares é uma vida inserida, uma vida que tem forma e
estrutura, modos de pensar e agir, regras e costumes. Por isso há Constituições que tratam os
assuntos gerais, enquanto que as particularidades se organizam no livro de usos. Porém essa
vida não se es gota vivendo juntos, nem se contenta com uma certa intimidade agradável. Essa
vida é marcada por uma dupla direção: caminhar junto em direção a Deus e estar presente de
maneira ativa nos arredores do convento e no mundo. É nossa missão levar para o povo o que
almejamos e tentamos viver em nossa comunidade. Somos chamados a deixar participar o
povo de nossa vocação, convidando-o para rezar e celebrar conosco, abrindo as nossas casas
para distintas atividades, ou saindo como pastores para colaborar na construção da
comunidade e da igreja. Para este compromisso com o exterior, existe só uma limitação: a
comunidade deve ser corresponsável por todas essas atividades que se realizam e se justificam
em nome dela. Da mesma maneira que a caridade é ilimitada e supera tudo, a extensão e a
intensidade das atividades não têm limite. Dão-se exemplos magníficos duma caridade que
inunda os arredores. Um primeiro exemplo, encontra-se no trabalho pastoral usual nas
paróquias e nos municípios, em seguida aparece a mesma caridade na pastoral escolar e
juvenil, como também nas numerosas formas de pastoral categorial e nos compromissos
pastorais com grupos determinados (surdo-mudos, prisioneiros, enfermos, polícia, forças
armadas, artistas). Após o Concílio Vaticano II, todo o nosso trabalho pastoral deve fazer-se
em conexão com as estruturas diocesanas, e finalmente sob a responsabilidade do bispo.
Diante das dificuldades, as ordens religiosas prestam uma contribuição importante para
manter o conjunto das estruturas pastorais, construindo centros pastorais com grande
intensidade espiritual, com uma liturgia cuidada, lugares tranqüilos para a reflexão, a oração e
a meditação.
Podemos oferecer, somente o que nós mesmos temos, podemos pôr a disposição, somente o
que nós adquirimos, sabendo que a busca de Deus e a amizade com Ele são mais graça do que
7
Comentário sobre o Evangelho de São João 17, 7,8,9.
35
o resultado de nosso empenho. No passado, após a profissão solene de um irmão, o convento
terminava o ofício durante oito dias com o salmo 127: “Se o Senhor não construir a nossa
casa, em vão trabalharão seus construtores; se o Senhor não vigiar nossa cidade, em vão
vigiarão as sentinelas”.
“Aquele que os preside procure mais ser amado por vocês que temido.” (Regra 7,3)
No capítulo penúltimo de sua Regra, A gostinho descreve a função do superior primeiro como
vivida pela obediência dos irmãos, e depois como um serviço oferecido à comunidade. A
obediência é considerada como uma forma de consideração, como o respeito demonstrado ao
pai. Isso evoca as palavras do Decálogo que recomendam respeitar pai e mãe “para que tenha
uma vida longa na terra que o Senhor lhe dá” (Ex 20,12). O ponto de partida para Agostinho
é que cada homem merece respeito, por conseqüência, o irmão, e também o superior, devem
ser respeitados.
Segundo Agostinho, a consideração e o respeito formam o fundamento do amor sobre o qual
deve basear-se finalmente a comunidade. O ideal agostiniano da comunidade, formado a
partir de um grupo de amigos, tem como
tema fundamental o lema de São Paulo
“Que o amor faça com que vocês sirvam
uns aos outros”(Gal. 5,13). Por isso o
nosso modo de proceder com o superior
será impregnado desse respeito e amor,
como por outro lado, o serviço do
superior será também prestado por amor.
Assim, o superior encontra-se com os
seus irmãos num círculo ao redor do
centro chamado Cristo. Por isso também
usou-se
no
começo
o
termo
‘praepositus’, e não o termo monástico
‘abbas’. Usando até uma imagem
radical, Agostinho quer que o superior,
por temor diante de Deus, se prostre aos pés de seus irmãos. Através esta atitude humilde do
menor, A gostinho expressa uma dupla exigência explícita: o temor do superior diante de
Deus, e a responsabilidade dele, ligada a esse temor. Naturalmente, Agostinho confia ao
superior algumas tarefas, situando o serviço dele em meio dos outros serviços na comunidade.
“Ele é responsável pela observação dos preceitos e pela correção contínua. Que se mostre a
todos como exemplo de boas obras ; que corrija aos inquietos, console aos tímidos, acolha os
fracos, seja paciente com todos” (Regra cap. 7). O superior preocupa-se da disciplina e do
respeito, e tem o maior cuidado do bem-estar de todos. Ele é responsável diante de Deus, mas
também diante dos irmãos. O seu modo de dirigir será compreensivo e justo, o seu estilo de
guiar será transparente e confiável. O que se deve temer, é a palavra de Deus que representa, e
não a pessoa do superior. Não obstante o temor de Deus do qual nasce o começo de toda
sabedoria, o superior procurará mais ser amado pelos irmãos, que temido. Ele é também
responsável pelo seu estilo de governo, por sua apresentação, por seu modo de tratar aos
irmãos. A sua função é menos honra do que fardo, ela não é tanto esplendor, como perigo.
Assim deve ser considerada a sua função pelos irmãos, que devem compreender ao superior e
obedecer-lhe. Aqui, estão fora de seu lugar, uma direção autoritária, um mando autocrático,
ou uma atitude continuamente descontente e pessimista. Não cabe a esta concepção
agostiniana qualquer forma de egoísmo ou de exibicionismo, seja da parte do superior, seja da
parte dos irmãos. Não se trata tanto de regras democráticas - que se encontram inicialmente 36
senão da atitude fundamental de Jesus no seu serviço: “O Filho do homem não veio para ser
servido, mas para servir e dar a sua vida para salvar a muitos” (M c 10,45). Esta
preocupação, que busca conformar-se à atitude de Jesus mesmo, inclui também o cuidado
fundamental para com a salvação dos irmãos (sem negar a própria responsabilidade deles).
‘Faço caso de sua salvação’: é uma tarefa pastoral para o superior, mas também para cada
irmão. O superior vai ter que dar contas de sua maneira de conduzir a comunidade a Deus,
sem perder a ninguém. Angela M erici expressou isso para as suas superioras, de um jeito
muito maternal - adaptamos aqui as suas palavras para conventos masculinos-: “Tenham
consideração para cada um. Levem a cada um, gravado no seu coração, não só com o seu
nome, mas com a sua disposição e condição atual. Então não lhes custará muito a acolhê-lo
com amor sincero”.
Conclusão
Durante a minha visita às irmãs rigorosamente contemplativas de Tehachapi, foi enunciado
um pedido: ‘Não poderia escrever um artigo sobre a nossa vocação canonical?’. Que é, no
fundo, a nossa ‘canonical vocation’ específica, e como podemos vivê-la? É verdade que nem
o decreto conciliar “Perfectae Caritatis”, nem o texto pós-sinodal “Vita Consecrata” nos
mencionam expressamente. No manual de espiritualidade de Christian Schulz não se
encontra o termo ‘espiritualidade canonical’, porém sim, a espiritualidade monástica, a
beneditina, a franciscana, a jesuítica, a carmelitana. Para nós, premonstratenses, a nossa
espiritualidade baseia-se na inspiração de Santo A gostinho, e nas palavras fundamentais de
São Norberto. Foi o nosso propósito, articular algumas linhas fundamentais, a partir dessas
fontes.
Quero concluir aqui, com um duplo impulso para a reflexão ulterior.
- A famosa frase de M ateus “Sejam perfeitos no amor, assim como é perfeito o Pai de vocês,
que está no céu” (Mt 5,48) foi traduzido por Richard Rorh da seguinte maneira: “Tratem-se
de modo generoso e carinhoso, da mesma maneira que Deus trata a vocês”.
- Um cartão de Natal trazia uma citação de Romano Guardini:
“Neste dia queremos praticar a caridade, a fim de que os nossos olhos se abram para Cristo.
Queremos fazê-lo no lugar onde nos encontramos, para com as pessoas com quem vivemos:
Dando-lhes o direito de ser como são, aceitando-os sempre de novo e entendendo-nos com
eles com amizade.”
Roma,
+ Thomas Handrätinger - Abade Geral
37
HOMILIA DO PADRE TONINHO NO DIA DA VES TIÇÃO
DE
ERLÂNDIO E LEANDRO
Caros irmãos, Leandro e Erlândio,
Caros Confrades,
Cada um de nós que, um dia se sentiu tocado e chamado pelo amor e pela graça de Deus ao
Seguimento mais de perto de Jesus Cristo, nas sendas de Santo A gostinho e de São Norberto,
iniciou essa sua caminhada de busca, de autoconhecimento, de auto-posse, de auto-oblação,
de auto-transcendência, no exemplo de nossos pais Santo Agostinho e São Norberto, com este
Rito da Admissão à nossa família religiosa premonstratense. Esta Cerimônia muito simples e
muito singela de Vestição de nosso hábito religioso, Liturgia inspirada nesse texto bíblico da
carta aos Efésios que nos foi proclamado, e que evidencia para nós a proposta da Vida Cristã,
desde a graça do nosso batismo: despidos, desvestidos do homem velho com seus vícios, com
suas concupiscências desordenadas, e revestidos do homem novo à imagem do Cristo Jesus,
para a busca de crescimento que, na mesma carta, o Apóstolo vai nos convidar a fazer, até
atingirmos a estatura da plena maturidade humana de Cristo Jesus. Esta é a nossa meta! E
sabemos que até o último dia da nossa caminhada aqui, estaremos ainda longe de chegar. M as
o que importa, como mesmo o Apóstolo Paulo fala, é: mesmo sabendo não termos ainda
atingido a meta, prescindindo do que fica para trás, caminhar firmes rumo a esse ideal,
empenhando-nos por nos desvencilharmos( despojarmos) dos pecados, das ganâncias, das
vaidades, das disputas, competições, ódios, invejas, mentiras, de tudo aquilo que, às vezes,
domina a busca, as aspirações , o empenho das pessoas deste século, deste mundo, para
procurarmos aquilo que nos identifica mais com Cristo, na sua vida de comunhão com o Pai e
de comunhão com os irmãos, na sua vida de tomar-se nas mãos e fazer-se oferenda. Que Ele
nos anime, nos ajude nesta luta.
Começa hoje o seu noviciado. Um tempo rico, bastante árduo, porque exige que nos
dediquemos a esta auto-posse. Ninguém pode oferecer aquilo que não possui. Se nós não nos
possuímos, se não nos conhecemos, se não nos temos nas mãos, não podemos nos ofertar em
plenitude. Por isso, nosso pai Santo A gostinho, grande mestre da espiritualidade cristã, na sua
oração suplicava ao Senhor: “que eu me conheça a mim mesmo e que eu vos conheça,
Senhor”.
Este processo segue os passos da humilhação do Cristo, da kénosis do Cristo que desce de sua
grandeza, de sua majestade divina e assume a nossa pequenez, nossa fragilidade. Ele se faz
pobre para nos enriquecer com sua pobreza.
Que o Espírito do Senhor os inflame neste ideal de enamoramento, de apaixonamento por
Jesus Cristo e pelos valores do seu Reino, de busca de seguimento de perto d’Ele, buscando
intensamente neste grande retiro, neste ano de retiro, no qual vocês vão se dedicar à
contemplação de Cristo e à contemplação da própria verdade, da própria realidade, para abrir
essa realidade ao M istério Pascal de Cristo.
38
Nesses anos que vão se seguir no processo de formação ao longo de toda nossa vida, o Senhor
vai nos despojando daquilo que fica para trás, daquilo que queremos sempre mais deixar: o
que seja obstáculo, o que seja empecilho à nossa mais livre adesão a Jesus Cristo, ao nosso
mais perfeito seguimento d’Ele e identificação com Ele, para com Ele realizarmos a verdade
maior e consumirmos nossa vida numa oblação de amor a Deus e aos irmãos, para o
enriquecimento do seu Reino.
Um dia, se vocês chegarem lá, na Profissão Religiosa, vocês conosco vão prometer a
CONVERSÃO dos costumes para viver a Vida de Comunhão. Abrir mão do egoísmo para
viver a Vida Comum para não ter nada para si, nada de próprio, para na verdade, ser
inteiramente para os outros, a exemplo de Cristo que se fez tudo para todos.
Que Nossa Senhora, que nossos pais Santo A gostinho e São Norberto nos ajudem nessa
caminhada. Recebam com docilidade, com abertura de coração e generosidade, a ajuda dos
irmãos da comunidade e agarrem com afinco este tempo de graça e salvação, tempo de
novidade de vida que é o Noviciado, para ser a base na qual se alicerça todo edifício espiritual
de sua vida consagrada, de nossa vida consagrada norbertina, ao longo de toda nossa vida, até
o dia de Cristo Senhor.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
Pe. Toninho Galvão,
Prior de Montes Claros
Erlândio, Leandro e confrades do P riorado de Montes Claros - MG
39
III
NUESTRAS CONSTI TUCIONES
AS CONS TITUIÇÕES E O DIREITO PARTICULAR,
S EGUNDO O CÓDIGO ATUAL DO DIREITO CANÔNICO
Em nossa re vista de dezembro 2009 foi publicada uma
primeira parte do relatório apresentado aos prelados reunidos em
Roma, no mês de se tembro de 2009, pelo abade Jos Woute rs. Ele
informou sobre as re flexões da comissão formada para pre parar
uma nova e dição de nossas Constituições. Continuamos aqui a
publicação daquele relatório.
Que eu saiba, o Concílio Vaticano Segundo foi o primeiro que
refletiu sobre uma teologia da vida consagrada. Isso aconteceu no
âmbito da elaboração da constituição dogmática sobre a Igreja: Lumen
Gentium. Alguns teólogos achavam que a vida consagrada não
constituía um elemento essencial da Igreja. Segundo eles era melhor
tratar o tema somente numa constituição pastoral apropriada. Opunham-se a uma reflexão sobre a vida
religiosa no âmbito de uma constituição dogmática. Mesmo assim encontramos uma reflexão teológica
sobre a vida religiosa no capítulo VI de Lumen Gentium, que tem como segundo plano a vocação de
cada cristão à santidade. Aquela reflexão teológica conduziu à legislação canônica atual referente às
instituições de vida consagrada.
Movidos pelo Espírito Santo, alguns cristãos são chamados para seguir Cristo
comprometendo-se a observar os conselhos evangélicos de castidade, pobreza e obediência. Inspirados
pelo Espírito Santo são chamados para viver certos aspectos da vida de Cristo, levando uma vida de
oração ou de apostolado, ou assumindo a preocupação do Senhor pelos pobres e deficientes, ou
engajados no ensino. A vocação para a vida religiosa tem uma característica geral, no sentido que não
é possível tornar-se religioso sem professar os conselhos evangélicos. Porém a vocação para a vida
consagrada sempre tem um aspecto específico, porque é um apelo ao seguimento de Cristo por uma
forma específica de vida. Esta forma de vida origina-se do dom particular do Espírito ao fundador,
pelo qual este foi movido a imitar Cristo de uma maneira específica. O dom particular do Espírito a
um fundador pode ser aceito e admitido como verdadeiro pela autoridade pastoral da Igreja; em
virtude desse reconhecimento pode transformar-se em instituição, o que chamamos instituto religioso.
A fundação dum instituto significa o reconhecimento da autonomia duma entidade (de pessoas
ou de bens) dentro dum complexo de leis gerais que regulam a sociedade. Esta observação faz
perceber que a lei e a espiritualidade se encontram no campo da legislação canônica com respeito à
vida consagrada. A lei torna-se expressão de algo espiritual. Durante as discussões da comissão
cresceu a convicção que uma nova redação de nossas Constituições vai envolver os dois elementos.
Com outras palavras: uma nova redação do que se chama a parte espiritual das Constituições vai
abranger também as normas.
Preciso esclarecer primeiro uma distinção. O conjunto de leis que regula a vida de uma ordem
religiosa se chama “ o direito particular”. O direito particular duma ordem compreende duas partes: as
constituições e as outras normas.
Como as constituições têm como objetivo a proteção fiel da vocação particular e da identidade
da ordem, elas devem conter o patrimônio de nossa Ordem. Aqui o sentido do termo ‘patrimônio’ não
é material; significa a identidade espiritual de nossa Ordem, tal como foi formada pela intenção dos
fundadores e pela sua decisão com respeito à natureza, ao objetivo, ao espírito e ao caráter da Ordem,
que tem sido ratificados pela autoridade eclesiástica competente e pelo conjunto das tradições de nossa
Ordem (cân. 578).
Dom Jos Wouters,
Abade de Averbode – Bélgica
40
IV
ARTIGOS e RELATÓRIOS - ARTÍCULOS e INFORMES
875 ANOS DA MORTE D E S ÃO NORBERTO
EVENTOS REALIZADOS POR OCAS IÃO DO ANO NORBERTINO
NA CANONIA DE JAÚ - S P
“A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava como próprias
as coisas que possuía, mas tudo entre eles era posto em comum.” (At 4,32)
(Imagem da Capela de São Norberto (esquerda) Paróquia S. Judas Tadeu (meio) em Piracicaba, SP e Paróquia
Bom Jesus em Pirapora do Bom Jesus, SP)
Projeto para o ano norbertino em nossas casas e paróquias
No ano de 2009 comemoramos os 875 anos da morte de São Norberto e da fundação
da Abadia de Averbode, mãe da Abadia de Jaú e os 30 anos da criação da canonia jauense.
Festejamos esses acontecimentos num ano chamado: Ano Norbertino. A abertura desse
evento ocorreu no capítulo de fevereiro de 2009, e teve o término no capítulo de fevereiro de
2010.
1.
A festa de São Norberto foi celebrada em nossas casas, paróquias e em suas
respectivas comunidades de forma solene e festiva.
2.
No ofício do coro comemoramos a cada mês o dia 06 como “M emória Festiva” de São
Norberto, celebrando o Ofício e M issa votiva de São Norberto no caso de não cair numa
Solenidade ou Festa.
3.
Na terceira segunda-feira fizemos a comemoração de São Norberto nas Laudes e nas
Vésperas conforme os ritos estabelecidos: um tipo de sufrágio depois da oração oficial.
4.
Também solenizamos as memórias dos Santos da Ordem nos seus respectivos dias.
41
Paróquia de S ão Judas
Piracicaba – S P.
Diocese de Piracicaba
De 05 de novembro a 05 de dezembro de 2009, a Paróquia de São Judas Tadeu em
Piracicaba viveu um M ês M issionário Premonstratense:
Esse M ês foi preenchido por atividades nas quatro principais comunidades paroquiais.
Cada comunidade viveu então a “Semana M issionária Premontratense”. O Instituto das Irmãs
do Cenáculo de Piracicaba nos ajudaram nessas missão. Nossas queridas irmãs fizeram visitas
nas casas, orações, visita aos doentes, recitação do terço em família.
As atividades em cada comunidade foram as seguintes:
•
Comunidade de Nova Jerusalém, São Pedro, Imaculada, São Norberto.
•
Durante todo o dia as famílias recebiam a visita das queridas irmãs e várias atividades
eram desencadeadas.
•
De segunda à sexta às 19:00h na capela respectiva de cada comunidade, nos
encontrávamos para a celebração da Santa missa e atividades afins: segunda, terça e quarta –
tríduo de São Norberto , onde colocamos as comunidades mais próximas da vida do nosso
padroeiro. O tríduo mostrava também o carisma da Ordem Premonstratense e o zelo que cada
um de nós devemos ter pelas coisas de Deus.
•
Quinta feira – esse momento era dedicado especialmente à Eucaristia – celebrávamos
a missa e logo após fazíamos a bênção com o Santíssimo Sacramento – orações, súplicas e
principalmente um cunho vocacional era dado em todas a quintas feiras.
•
Sexta feira – esse momento era dedicado à Nossa Senhora, padroeira de nossa Ordem.
O povo se reunia na capela e rezava o terço sempre com a intenção vocacional.
•
Sábado ou domingo – dependendo de cada comunidade – M issa de Encerramento da
Semana M issionária. Nessa missa cada comunidade mostrava com originalidade os frutos
colhidos durante a semana e também alguns projetos para o futuro. Na missa de
encerramento, a Imagem de São Norberto e a Palavra de Deus eram entregues para os
membros da comunidade que entraria em missão na semana seguinte.
Assim foi feito durante quatro semanas. Foram dias abençoados e frutuosos.
Na sede paroquial o ano jubilar norbertino ficou marcado através da arte. Foram
confeccionados mosaicos e afixados acima de cada entrada da igreja.
Na verdade esse conjunto de mosaicos celebra: O jubileu de cinqüenta anos da
Paróquia. O ano jubilar dedicado a São Paulo e o ano jubilar dedicado à São Norberto. Anexo
segue as fotos dos mosaicos.
Para o mês missionário foi confeccionado um livrinho com todas as missas, orações e
atividades.
Acreditamos que conseguimos celebrar dignamente nosso querido fundador. Sua
inspiração no amor e no seguimento do M estre sempre nos impulsionará ao caminho do bem e
da verdade.
42
Se cada paróquia que temos aprender um pouco sobre o nosso fundador, certamente
será mais rica na busca e na fidelidade ao Senhor.
Brasão de armas para comemorar o jubileu de ouro da paróquia São Judas. A parte superior
em azul com dois báculos dourados em cruz representa a Ordem Premonstratense que assiste
espiritualmente a paróquia desde o início. A parte inferior em vermelho representa o martírio
de São Judas e o peixe em dourado representa os cinqüenta anos de evangelização paroquial.
As ondas que dividem o brasão representam o Rio Piracicaba e a diocese a qual pertence a
paróquia. A cruz que sustenta o brasão representa o compromisso em Jesus Cristo de
continuar a missão até hoje realizada.
(Mosaicos situados em frente da paróquia São Judas em Piracicaba)
(Mosaicos de São Norberto, Brasão da paróquia São Judas e Santo Agostinho feitos por ocasião do Ano
Norbertino em 2009 na paróquia de São Judas Tadeu em Piracicaba)
Paróquia e S antuário do Senhor Bom Jesus,
Pirapora do Bom Jesus, S P
Diocese de Jundiaí
A Paróquia e Santuário do Senhor Bom Jesus celebrou o Ano Norbertino fanzendo
memória do nosso Fundador São Norberto. Todo dia 06 de cada mês durante o ano de 2009,
celebramos a missa em honra de São Norberto. Foi composto para o ano Norbertino um
missal e um lecionário, onde tudo tinha um cunho especial para lembrar este santo que tanto
dedicou-se a pregação e a oração. Também celebramos os santos premonstratenses, dando um
enfoque sobre a vida religiosa premonstratense que eles assumiram.
Por esta mesma ocasião foi feito o lançamento do livro “São Norberto em textos e
imagens” e com um cunho vocacional para os jovens que se interessam e querem conhecer
um pouco mais da nossa vida premosntratense.
43
O autor deste livro é o nosso confrade e vigário paroquial Côn. Godofredo Chantrain.
Houve também uma inauguração de um mural onde se fala da vida de São Norberto
com textos e fotos do santo. Estes mural está exposto no Santuário do Senhor Bom Jesus para
a visita dos paroquianos e romeiros que queiram conhecer um pouco mais da vida deste do
nosso fundador no ano de sua morte. Este Ano Norbertino foi e continuará sendo uma grande
renovação espiritual para nós premosntratenses e para o povo que nos é confiado ao pastorio.
Nesta mesma paróquia, além do que já foi dito, a comunidade de São Benedito, no
bairro Vila Nova em Pirapora do Bom Jesus, introduziu na sua capela, no início de janeiro de
2009, uma Imagem tradicional de São Norberto, apresentado como Santo Eucarístico. Cada
primeiro domingo do mês, à noite, após a M issa Dominical, se realizou uma pequena
cerimônia diante dessa Imagem, que fora colocada ao lado do altar no meio de flores. Durante
alguns instantes o celebrante focalizou em cada domingo um período da vida de São
Norberto. Em seguida todos rezavam a oração de São Norberto, composta especialmente por
nosso confrade Dom Paulo M ascarenhas Roxo, Bispo Emérito de M ogi das Cruzes, SP.
Oração: Senhor Deus, Pai das misericórdias, que nos chamais para o amor, o serviço e a
construção de vosso Reino, fazei-nos dóceis ao Espírito do vosso Filho Jesus, seguindo o
exemplo do grande bispo Norberto, no anúncio zeloso da vossa Palavra, no ardor de vida
apostólica, na alegria da comunhão fraterna. Amém.
(Dom Paulo M ascarenhas Roxo, O. Praem, Bispo Emérito de Mogi das cruzes, SP)
Em Cristo e São Norberto,
Côn. Norberto, pároco.
Côn. Godofredo Chantrain, O. Praem
(Vigário paroquial e responsável pela comunidade São Benedito.)
Paróquia de S ão Sebastião
Jaú - S P
Diocese de São Carlos
Na paróquia de São Sebastião, solenizamos todos os santos e santas da nossa Ordem
Premonstratense, inclusive São Norberto e Santo Agostinho.
Sorteamos vários livros, intitulado “São Norberto em textos e imagens” do Cônego
Godofredo Chantrain, e também distribuímos Santinhos de São Norberto. As camisetas de
São Norberto foram vendidas no valor de dez reais cada. Procuramos na medida do possível,
mostrar quem foi São Norberto.
44
No Natal, o M enino Jesus, usou hábito e casula, que foi feito no tamanho da imagem,
a casula com a Flor de Liz, isso para enfatizar o M enino Deus como o Eterno Sacerdote, já
que estamos vivendo o Ano Sacerdotal e para destacar a origem da nossa Ordem na Noite do
Natal. Buscamos inspiração com os Arautos do Evangelho.
Côn. Alexandre, pároco
Paróquia de S ão João batista
Jaú - S P
Diocese de São Carlos
Sou +Dom Sérgio Henrique, Abade da Canonia Jauense.
Sou também o Pároco da Paróquia de São João Batista - Jaú, SP.
Ao celebrarmos o ano Norbertino na Ordem Premonstratense,
procurei também estender essa festa à Paróquia a qual sou
responsável.
A festa aconteceu durante o ano todo, ou seja, de fevereiro
de 2009 a Janeiro de 2010. Foram vários momentos, e isso tanto
na Matriz de São João Batista, como nas comunidades da mesma
Paróquia.
Celebramos M issas votivas de São Norberto e sempre
fazendo memória dele, contando a sua vida, exaltando as suas virtudes e principalmente a sua
CONVERSÃO e FUNDAÇÃO da nossa ORDEM . Inclusive numa oportunidade, imprimimos
santinhos de nosso fundador, distribuimos ao povo como lembrança deste Santo que foi tão
importante para a Igreja e ainda continua sendo através de seus sucessores e discípulos.
Por ocasião da festa de São Norberto, em 2009, aproveitamos para convidar o povo a
participar da Solenidade de nosso fundador na Igreja Abacial. Nesse mesmo dia o diácono
Côn. Josenildo e Côn. Alcides professaram solenemente os três votos de POBREZA,
OBEDIÊNCIA e CASTIDADE. Para nós, seus confrades, foi uma oportunidade única para
reafirmar também nossos votos de estamos ligados a Cristo por São Norberto, de modo
especial nesse ano festivo. Esse evento por si só já nos remonta a São Norberto que acolheu
os irmãos na Ordem e com seu exemplo de servo fiel fez com que se multiplicassem aos
milhares. Por essa mesma ocasião, o Côn. Alcides foi
ordenado Sacerdote pelas mãos de Dom Paulo
M ascarenhas Roxo, nosso confrade! Assim sendo, foi
um ano muito rico de reflexões vocacionais em nossa
Ordem, principalmente em nossa Canonia.
Tenho o hábito de falar muito de São Norberto!
O povo jauense tem um carinho especial pelos cônegos
premonstratenses. Na verdade, há toda uma história de
São Norberto em Jaú deixada pelos cônegos que aqui
evangelizaram durante todos esses anos e continuam em
nossos dias. Desta maneira podemos concluir que São Norberto é padrinho querido de muita
gente.
QUE SÃO NORBERT O E SÃO JOÃO BAT IST A, ROGUEM POR NÓS !
+Dom Sérgio Henrique, pároco
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BREVE C RÓNICA DE LA VIS ITA D EL ABAD GEN ERAL Y D E
LA COMIS ÍON DE LAS HERMANAS A LAS CANONIAS DE ES PAÑA
Durante el tiempo Pascual, nuestra comunidad ha
vivido con alegría dos acontecimientos importantes.
Y con la feliz coincidencia de que los dos han
ocurrido al mismo tiempo: el encuentro de la
Comisión de las Hermanas y la visita del Abad
General, Thomas Handgrätinger, acompañado del
Padre Pablo M eyfroot.
El día 26 por la tarde comenzaron a llegar los
miembros de la comisión, el Padre A gustín ya se
encontraba en Toro desde el día 21 para pasar unos
días con la comunidad, conocerla un poco más y
estudiar el español. Primero llegaron los miembros
de Francia con la hermana Sor Dorota de Krakow (Polonia), despues el presidente de la
Comisión Eduardo Cortvriendt, abad de Berne, con la M adre Priora M aria M agdalena de
Oosterhout (Holanda).
El Abad General y el Padre Pablo, llegaban en autobús desde M adrid. Así que la M adre
Subpriora sor Visitación y yo salimos del monasterio a su encuentro, para recibirlos y
ayudarles con las maletas, ya que por experiencia sabemos que los viajes son muy cansados, y
más si hace calor, como ese día que parecía verano. Un poco antes de llegar a la Plaza de
Santa M arina nos los encontramos, sus caras se iluminaron con una gran sonrisa al vernos, y
nosotras nos alegramos mucho también. Después de los saludos y de luchar un poco para que
nos dejaran llevarles las maletas nos dirigimos a nuestro monasterio hablando alegremente.
Cuando llegamos les acompañamos a la hospedería y les servimos café y refrescos, y
quedaron descansando hasta la hora de la cena.
La comunidad junto con los miembros de la Comisión fuimos al coro para cantar la hora de
Vísperas. Al día siguiente todos juntos participamos en la Eucaristía y cantamos las Laúdes y
las Vísperas. Era emocionante porque parecía que detrás de mi cantaba un gran coro. Les
habíamos preparado unos folletos con las Laúdes y
las Vísperas, y como el español es muy parecido al
latín, pues todos cantaban. Y aún las hermanas
cantaban con más alegría al verlos a ellos cantar.
Algunas hermanas me dijeron que estaban
emocionadas por la alegría de estar tantos padres y
hermanas juntas y de la comunión que existía en el
canto a pesar de origen, lengua, cultura y edad, y
que así tendría que ser la unión de mente y
corazón, que nos dice nuestro Padre San Agustín.
Por la tarde el Abad general junto con el Padre
Pablo se reunió con la comunidad en la sala
capitular, para saludarnos y hablarnos de los
encuentros e viajes y de la situación de la Orden. De cómo mientras en algunas casas tienen
abundantes vocaciones como en la India, Estados Unidos, Brasil y África., en otras casas de
Europa hay escasez y decae la vitalidad.
El abad general expresó su alegría de estar otra vez con nosotras, y las hermanas estaban
felices de tenerlo entre nosotras. Nos animó mucho a vivir muy unidas y con la Orden y para
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ello nos expresó la necesidad de estudiar Inglés. Le comentamos la próxima visita del
hermano fray Terrentius Robertus Lauerman, de la abadía de De Pere, y se alegró.
Se interesó por los santos premonstratenses españoles
San Juan de Organyá y por Santa Radegunda, ambos
del siglo XII.
La M adre Priora les regaló a cada uno un libro sobre el
arte romanico premonstratense.
En la recreación de la noche, cumplimos lo que nos
habían pedido, que les cantáramos la Canción de “la
alegría canonesa”, que tanto les había gustado en el
Encuentro de Holanda del año pasado. Y también les
cantamos una del Espíritu Santo: “Ven lléname”. La
madre Priora y Sor Guadalupe tocaban la Guitarra.
Al día siguiente por la mañana, nos hicimos fotos en la
puerta principal con todos los miembros de la Comisión y el Padre General; al padre Pablo lo
teníamos de fotógrafo, con su cámara profesional.
Ese mismo día se fueron a visitar a nuestras hermanas en Villoria de Órbigo (León).
Regresaron al día siguiente.
Por la tarde la Comisión hizo una pequeña visita al monasterio y se reunió con la comunidad
para darse a conocer y conocerla a su vez. Nos explicaron sus proyectos para el aumento de la
comunión entre las comunidades de hermanas. El presidente Ward Cortvriendt nos explicó
que el Abad General lo ha nombrado presidente de la Comisión preparatoria del próximo
Capitulo General 2012, y que los actos más importantes serán retransmitidos para que todos
los miembros de la Orden puedan vivir y participar de esta manera en el Capitulo General.
Las hermanas les expresaron la alegría de tenerlos entre nosotros. Ha sido un acontecimiento
muy importante porque nunca nos han visitado tantos hermanos y es la primera vez que nos
visitan las hermanas internacionales de la Orden.
Nos despedimos de ellos ya que todos se iban al día siguiente.
El día 29 después de cenar entraron a la recreación el Abad General y el Padre Pablo, primero
nos pasamos un buen rato intentando sacar una
foto todos juntos, pero al final lo conseguimos.
Después fueron a la enfermería a visitar a
nuestra hermana Sor Bronislava, que está
paralizada en cama, la cual se alegró muchísimo
y yo les saqué unas fotos. El abad General le
dijo que le recordaba a su abuela que ponía el
rosario en el cuello para que no se le perdiera, y
es que Sor Bronislava lo pone en su brazo
izquierdo, lo cual fue causa de risa para todos.
Luego fuimos a la recreación donde nos habló
de sus próximos viajes y encuentros y de las
nuevas comunidades que entrarán a formar parte
de la Orden. Le dimos las gracias por su visita y le dijimos que no tardará otros seis años en
volver, y nos prometió que volvería antes. Nos dió la bendición y cada uno nos despedimos de
ellos afectuosamente. Al día siguiente tenían que irse para M adrid después de celebrar la M isa
de nuestra titular santa Sofía, ya que había huelga en el servicio público. Les buscamos
alojamiento para pasar el día en M adrid y poder regresar a sus comunidades con paz y alegría;
así se lo pedimos al Señor en nuestras oraciones.
Sor M aria Cristina,
Monasterio de Toro - Espanha
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LA S EMAN A S ANTA EN EL MONAS TERIO PREMONS TRATENS E
DE
S ANTA S OFÍA
Articulo escrito para la revista “TORO COFRAD E - Nº 4 S emana S anta de Toro 2010”.
Publicado por la Junta Pro-S emana S anta
La comunidad de canónigas Norbertinas Premonstratenses de Santa Sofía, celebramos con
intensidad la Semana Santa. Es la recta final del camino cuaresmal. La vivimos con espíritu
de oración, silencio absoluto, recogimiento, penitencia, conversión del corazón y gozo
espiritual, por el gran amor que nos ha tenido el Señor entregándose por nosotros.
Seguimos el programa de Semana Santa llevándolo a la oración y uniéndonos espiritualmente
a todos los actos y procesiones para que sean de mucho fruto espiritual para todos.
El Domingo de Ramos, en procesión por los claustros con himnos y cantos, acompañamos a
Jesús en su entrada triunfal en Jerusalén. A la hora de la comida llevamos una imagen de
Jesús al refectorio (comedor), lo colocamos en el lugar presidencial, para conmemorar la
acogida que le dieron en Betania.
El M iércoles tenemos un acto penitencial, en el que escuchamos la Palabra de Dios y nos
reconciliamos mutuamente, terminando la celebración con un abrazo fraterno.
En la mañana del Jueves rezamos en comunidad los siete salmos penitenciales. Por la tarde
después de la celebración “In Cena Domini”, la comunidad permanece ante el monumento en
adoración y acción de gracias, por el inmenso amor de Jesús al quedarse con nosotros en la
Eucaristía, que es una de las principales características de nuestra espiritualidad, y por la
institución del sacerdocio, que a nuestro Padre Fundador San Norberto le impulsó a decir con
entusiasmo: “¡Oh sacerdote, tú no eres tú, porque eres Dios!”.
A las 23h. comienza la Hora Santa, en la que escuchamos y meditamos la Palabra de Dios
propia para estos momentos. La comunidad permanece en oración toda la noche hasta la
celebración de la Pasión del Señor. En la mañana del Viernes, algunas hermanas subimos al
torreón para contemplar los pasos de la procesión. A las 11:30h. hacemos un Vía Crucis
cantado, nos acompañan las personas que quieren participar con nosotras; al igual que en las
demás celebraciones.
Después de la celebración de la Pas ión del Señor, la Santa Cruz queda expuesta para la
adoración. Interiormente desde esa hora hasta la Vigilia Pascual, acompañamos a Nuestra
M adre la Virgen Dolorosa.
El Sábado Santo, celebramos con toda solemnidad la Vigilia Pascual a las primeras horas
nocturnas; después vivimos la alegría Pascual de Cristo Resucitado.
El Domingo de Resurrección, gozamos de la alegría pascual celebrando solemnemente toda la
liturgia, que es una característica propia de nuestra Orden.
Animamos a los cofrades y a todos los cristianos, a que sigan viviendo con entusiasmo la fe
que profesan. ¡Contad siempre, con nuestro apoyo y oración!
Redação,
Revista Toro Cofrade
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V
PASTORAL VOCACIONAL
PERFIL DO ACOMPANHANTE VOCACIONAL
*escatológica
•
Sua liderança é:
Integração de três
dimensões:
1. O reino como meta
de vida cristã
2. A auto-realização
3. Disponibilidade para
servir
•
Expectativas e percepções
distorcidas
Considerar o/a
acompanhante como
ameaça.
Percebê-lo/a como “grande
fiscal”
Vê-lo/a como “fonte de
lucro”.
Cuidado na hora de decidir
– escolha ou seleção do
candidato.
•
Atitudes do (a) acompanhante
diante do (a) vocacionado:
Educador / educadora
Alegre, flexível...
CARACTERÍSTICAS:
• Pessoa com personalidade própria
• Com liderança
• É específico: - poder legítimo
- competência
- referencial
- testemunho
• Tem consciência e testemunha o
chamado
• Colabora para a libertação do/a
vocacionado /a
• O agir pedagógico humanizado
do/a acompanhante vocacional
deve ser:
•
- respeito
Com
- paixão
- paciência
- empatia
Podemos dizer que realiza o papel
de:
Intérprete
M ediador/a
Bom comunicador/a
E com uma profunda
espiritualidade:
*concreta
•
Acolhida
Escuta
Profecia
Qualidade das relações
Oração
Tipos negativos de liderança:
Líder funcional
Rigoroso
Fraco
Isolado
Com delírio persecutório
Grandioso = sucesso
Acomodado
Tarefeiro
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•
Liderança cristã tem:
O dom da convivência
Dom da escuta
Dom da atenção
Dom da concretização
Dom da consciência política
Dom da ternura
Dom da festa
A capacidade de ser dom
MODELO DE ACOMPANHANTE VOCACIONAL
Itinerante.
3.
JESUS CULTIVA
OS GERM ES DA VOCAÇÃO:
Cria o gosto, a paixão,
educa e dá atenção às reais
necessidades dos
vocacionados.
Fica com eles... Oferece
algo concreto.
4. JESUS ACOM PANHA O
PROCESSO VOCACIONAL:
1. JESUS DESPERTA OS
VOCACIONADOS E
VOCACIONADAS
Ele quer ser para o
vocacionado
Ter tempo para estar
com...
Dá prioridade... Sabe
retirar-se...
E prepara vocações
adultas
Aproxima-se
Faz caminho com eles
Provoca, desperta
diante da indiferença.
Acolhe a reação com
interesse e atenção
Escuta, silencia, deixa
a pessoa ser
2. JESUS AJUDA NO
DISCERNIM ENTO DA VOCAÇÃO.
M ostra as possíveis
ilusões, é verdadeiro, fala
claro, é contrário a
negociação do
inegociável.
Catequiza = anúncio
da Palavra, respeita o
processo
5. JESUS PREPARA OS
DISCÍPULOS E DISCÍPULAS
PARA A MISSÃO:
Vocacionadas e
vocacionados:
-com visão crítica,
-apaixonados,
encantados,
-disponíveis ao anúncio.
-ajudá-los a inserir-se na
comunidade e torná-los
discípulos missionários.
Pe. Andrés Segundo M uñoz González,
Promotor Vocacional do Priorado de Montes Claros
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“CHAMADOS A ES TAR COM ELE E EN VIADOS ”. (Mc 3, 14)
Nos dias sete, oito e nove de maio
de dois mil e dez, aconteceu nas
dependências da Abadia de São
Norberto de Jaú, mais uma
convivência vocacional, cujo tema
foi: “Chamados a estar com Ele e
enviados – Mc 3, 14”.
Neste encontro foi trabalhado a
antropologia da vocação; onde
tivemos a presença da psicóloga
M adalena, e do Abade Sérgio
Henrique van der Heyden que nos
falou sobre a vocação de um modo
geral, sobretudo, partilhou sobre a sua vocação. Já o Côn. Alexandre conduziu e preparou o
encontro de um modo geral.
O encontro iniciou-se ás vinte horas do dia sete e encerrou-se ás quatorze horas do dia nove
de maio; a abertura do encontro foi com uma solene hora santa, para enfatizar São Norberto
como o apóstolo da Eucaristia.
Quanto à participação, tivemos a presença de sete jovens: M urilo, Luiz Adão, M arco Aurélio,
Jeferson, José Leonardo (estes todos da cidade de Jaú – SP); e Luiz Claudio Pinto de Assis
(da cidade de Carmo de M inas – M G) e Felipe Fonseca Borges (da cidade de São Lourenço –
MG).
O encontro atingiu seus objetivos, e o que foi mais acentuado por eles: o Deserto e o filme
que assistimos “A Travessia da Serra que Chora”.
Além desta convivência, teremos mais duas:
03, 04 e 05 de Setembro – Na cidade de Pirapora do Bom Jesus – S P.
26, 27 e 28 de Novembro – Na cidade de Piracicaba – S P.
Côn. Alexandre e Côn. Josenildo,
Animadores vocacionais da Abadia de Jaú
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Nossos Pais São Norberto e Santo Agostinho, rogai por nós!
S. Norberto recebe a regra de S. Agostinho para a Ordem Premonstratense
(Desenho de manuscrito alemão do século XII)
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