Aeroporto Regional. - Prefeitura Municipal de São Francisco de Paula

Transcrição

Aeroporto Regional. - Prefeitura Municipal de São Francisco de Paula
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Plano Municipal de
Desenvolvimento do Turismo
São Francisco de Paula
Rio Grande do Sul
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1 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Sumário
Conteúdo
1.
INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 8
1.1.
SÃO F RANCISCO DE PAULA E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO TURISMO ............. 8
Eixo I - Inventário Turístico do Município
1.2.
2.
HISTÓRIA DA CIDADE .............................................................................................. 10
CONTEXTUALIZAÇÃO ................................................................................................... 49
2.1.
CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO ................................................................... 49
2.1.1.
DELIMITAÇÃO DE ÁREA ........................................................................................ 49
2.1.2.
LOCALIZAÇÃO DE LIMITES ..................................................................................... 49
2.1.3.
DIVISÃO TERRITORIAL .......................................................................................... 49
2.1.4.
SÍMBOLOS .......................................................................................................... 50
2.1.4.1.
BRASÃO ......................................................................................................... 50
2.1.4.2.
BANDEIRA ...................................................................................................... 51
2.1.4.3.
HINO .............................................................................................................. 52
2.2.
INFRAESTRUTURA .................................................................................................... 53
2.2.1.
ACESSOS ............................................................................................................ 53
2.2.1.1.
TERRESTRE ...................................................................................................... 53
2.2.1.1.1.
PAVIMENTADOS ........................................................................................... 53
2.2.1.1.2.
NÃO PAVIMENTADOS ................................................................................... 54
2.2.2.
TRANSPORTE ...................................................................................................... 55
2.2.2.1.
TERMINAIS RODOVIÁRIOS ................................................................................. 55
2.2.2.2.
AEROPORTOS .................................................................................................. 56
2.2.2.3.
INTERESTADUAL .............................................................................................. 56
2.2.2.4.
INTERMUNICIPAL ............................................................................................. 57
2.2.2.5.
MUNICIPAL URBANO ....................................................................................... 57
2.2.2.6.
MUNICIPAL RURAL .......................................................................................... 57
2.2.2.7.
TAXIS ............................................................................................................. 58
2.2.2.8.
TRANSPORTE TURÍSTICO ................................................................................... 58
2.2.3.
SANEAMENTO ..................................................................................................... 58
2.2.3.1.
2.2.3.1.1.
RESÍDUOS SÓLIDOS .......................................................................................... 58
MANEJO E DESTINAÇÃO ............................................................................... 58
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2 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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2.2.3.2.
ESGOTO ......................................................................................................... 59
2.2.4.
SAÚDE .................................................................................................................................... 61
2.2.5.
COMUNICAÇÃO ..................................................................................................................... 61
2.2.6.
ENERGIA ................................................................................................................................ 62
2.2.7.
SEGURANÇA .......................................................................................................................... 63
2.2.8.
MEIO AMBIENTE .................................................................................................................. 63
2.2.9.
INFRAESTRUTURA TURÍSTICA ............................................................................................... 64
2.2.10.
EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS PÚBLICOS ......................................................................... 65
2.2.10.1.
CENTRAL DE INFORMAÇÕES TURÍSTICAS ................................................................... 65
2.2.10.2.
ANFITEATRO N OSSAS RAÍZES ..................................................................................... 66
2.2.10.3.
PRAÇA PEDRO DA SILVA CHAVES ............................................................................... 66
2.2.10.4.
IGREJA MATRIZ ............................................................................................................ 66
2.2.10.5.
MONUMENTO AO NEGRINHO DO PASTOREIO .......................................................... 66
2.2.10.6.
MONUMENTO À CUIA ................................................................................................. 67
2.2.10.7.
LAGO SÃO BERNARDO ................................................................................................ 67
2.2.10.8.
GRUTA DO LAGO .......................................................................................................... 67
2.2.10.9.
CENTRO DE TRADIÇÕES GAÚCHAS RODEIO SERRANO ............................................. 68
2.2.10.10.
PARQUE MUNICIPAL DA RONDA ........................................................................... 68
2.2.10.11.
BIBLIOTECA E ARQUIVO HISTÓRICO MUNICIPAL ................................................. 68
2.2.10.12.
PARQUE RURAL DAVENIR PEIXOTO G OMES ......................................................... 68
2.2.10.13.
PRÉDIO HISTÓRICO DA PREFEITURA MUNICIPAL ................................................. 69
2.2.10.14.
CAPELINHA N OSSA SENHORA IMACULADA CONCEIÇÃO ...................................... 69
2.2.10.15.
BUSTO E CARTA TESTAMENTO DE GETÚLIO VARGAS .......................................... 69
2.2.10.16.
RECANTO DOS E SCOTEIROS DA SOGIPA ................................................................ 69
2.2.10.17.
MONUMENTO AO CARRETEIRO ............................................................................. 70
2.2.10.18.
FLORESTA NACIONAL DE SÃO FRANCISCO DE PAULA .......................................... 70
2.2.10.19.
BARRAGEM DA DIVISA ............................................................................................ 70
2.2.10.20.
BARRAGEM DO SALTO ............................................................................................ 71
2.2.10.21.
BARRAGEM DO BLANG ........................................................................................... 71
2.2.10.22.
BARRAGEM DA C ORSAN ......................................................................................... 71
2.2.10.23.
MONUMENTO AO TROPEIRO ................................................................................. 71
2.2.10.24.
PARQUE ESTADUAL DE TAINHAS ........................................................................... 72
2.2.10.25.
RESERVA ECOLÓGICA DA A RATINGA ..................................................................... 72
2.2.10.26.
ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL ROTA DO SOL .................................................. 72
2.2.10.27.
PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA RONDA .......................................................... 72
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3 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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2.2.10.28.
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL MIRA -SERRA ...................... 73
2.2.10.29.
ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO SÃO BERNARDO (SACIS) ........... 73
2.2.10.30.
PASSO DO INFERNO ................................................................................................ 73
2.2.10.31.
BELVEDERE DA PERA ............................................................................................... 74
2.2.10.32.
CÂNION JOSAFAZ ..................................................................................................... 74
2.2.10.33.
BELVEDERE DA SERRA DO UMBU ........................................................................... 74
EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS PRIVADOS ........................................................................ 74
2.2.11.
2.2.11.1.
DIVISA ECO LODGE - PESCA ESPORTIVA – BARRAGEM DA DIVISA ......................... 74
2.2.11.2.
CAMPING FAZENDA DOS BOSQUES ............................................................................ 75
2.2.11.3.
MUSEU DO AUTOMÓVEL ............................................................................................ 75
2.2.11.4.
LIVRARIA MIRAGEM .................................................................................................... 75
2.2.11.5.
CAMPING PASSO DA ILHA ........................................................................................... 76
2.2.11.6.
PORTAL DO SOL ........................................................................................................... 76
2.2.11.7.
CAMPING RIO SANTA C RUZ ........................................................................................ 76
2.2.11.8.
SÍTIO ÁGUA DA RAINHA ............................................................................................. 77
2.2.11.9.
MIRANTE DO POMAR .................................................................................................. 77
2.2.11.10.
PARQUE DAS CASCATAS ......................................................................................... 77
2.2.11.11.
RESERVA ECOLÓGICA TERRA DO SEMPRE ............................................................. 77
2.2.11.12.
PARQUE DAS 8CACHOEIRAS ................................................................................... 78
2.2.11.13.
PARQUE DA CACHOEIRA ......................................................................................... 78
2.2.11.14.
FAZENDA RIO DO PINTO ......................................................................................... 78
2.2.11.15.
MOINHO FASTHAR .................................................................................................. 79
2.2.11.16.
HOTEL CAVALINHO BRANCO .................................................................................. 79
2.2.11.17.
HOTEL VERANEIO HAMPEL .................................................................................... 79
2.2.11.18.
HOTEL DO CAMPO ................................................................................................... 80
2.2.12.
2.3.
RECEPTIVO TURÍSTICO ..................................................................................................... 80
PRINCIPAIS EVENTOS DO MUNICÍPIO ...................................................................................... 93
2.3.1.
CARNAVAL DE RUA ............................................................................................................... 93
2.3.3.
FESTA DO PINHÃO ................................................................................................................ 93
2.3.4.
RONCO DO BUGIO ................................................................................................................ 93
2.3.5.
SEMANA FARROUPILHA ....................................................................................................... 94
2.3.6.
RODEIO INTERESTADUAL ..................................................................................................... 95
2.3.7.
CAVALHADAS ........................................................................................................................ 95
2.3.8.
CAVALGADA DA SERRA ........................................................................................................ 95
2.3.9. CAVALGADA APARADOS DA SERRA .................................................................................... 95
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4 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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2.3.10.
CAVALGADA DA INTEGRAÇÃO ......................................................................................... 96
2.3.11.
CAVALGADA DAS PRENDAS ............................................................................................. 96
TURISMO DE EVENTOS E NEGÓCIOS ....................................................................................... 96
2.4.
Eixo II - Estudo Preliminar
3.
DIAGNÓSTICOS / PROPOSIÇÕES .................................................................................................. 98
3.1. METODOLOGIA ............................................................................................................................ 100
3.2.
INVENTÁRIO TURÍSTICO .......................................................................................................... 102
3.3.
ANÁLISE SWOT ...................................................................................................................... 107
3.3.1.
ASPECTOS GEOECONÔMICOS – TURISMO ....................................................................... 107
3.3.2.
INFRAESTRUTURA ............................................................................................................... 133
3.3.3.
ASPECTOS SÓCIO / HISTÓRICO-CULTURAIS ..................................................................... 140
3.3.4.
MEIO AMBIENTE ................................................................................................................ 147
3.3.5.
ASPECTOS DE GESTÃO INSTITUCIONAL - SOCIOECONÔMICOS ....................................... 155
Eixo III - Estudo da Base Econômica
3.4.
DIAGNÓSTICO DA INFRAESTRUTURA BÁSICA DO MUNICÍPIO ............................................. 161
3.4.1.
ACESSOS .............................................................................................................................. 161
3.4.2.
TRANSPORTE ....................................................................................................................... 161
3.4.3.
SANEAMENTO - ANÁLISE DO MANEJO DOS RESÍDUOS ................................................... 162
3.3.4
SAÚDE - ANÁLISE DO ATENDIMENTO EM SAÚDE ............................................................ 163
3.3.5.
SEGURANÇA ........................................................................................................................ 164
3.3.6.
DIAGNÓSTICO DA INFRAESTRUTURA TURÍSTICA ........................................................ 164
3.3.6.1.
EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS...................................................................................... 164
3.3.6.2.
HOTELARIA – CAPACIDADE HOTELEIRA ....................................................................... 166
3.3.6.3.
GASTRONOMIA ............................................................................................................... 166
3.4. TURISMO DE NEGÓCIOS – E VENTOS PRIVADOS - IDENTIFICAÇÃO DOS CAPTADORES DE
EVENTOS ............................................................................................................................................... 168
Eixo IV - Desenvolvimento do Plano Estratégico do Turismo
3.5. PROPOSIÇÕES E ESTRATÉGIAS PARA O F ORTALECIMENTO DO TURISMO EM SÃO F RANCISCO
DE PAULA .............................................................................................................................................. 168
3.5.1.
SAZONALIDADE E PROPOSIÇÕES INSTITUCIONAIS ........................................................... 168
3.5.2.
CRIAÇÃO DE ROTEIROS TURÍSTICOS ................................................................................. 169
3.5.2.1. ROTEIRO DE TURISMO RURAL ...................................................................................... 169
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5 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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3.5.2.2.
ROTEIRO DE ECOTURISMO ............................................................................................ 170
3.5.2.3.
ROTEIROS DE CICLOTURISMO ....................................................................................... 172
3.5.2.4.
ROTEIROS INTEGRADOS ................................................................................................. 172
3.5.2.5.
ROTEIRO DOS TROPEIROS – TURISMO EQÜESTRE ...................................................... 174
3.5.2.6.
TOUR DAS ÁGUAS – PESCA ESPORTIVA ....................................................................... 174
3.5.2.7.
TOUR DOS PARQUES ...................................................................................................... 174
CRIAÇÃO DE NOVOS EVENTOS .......................................................................................... 175
3.5.3.
3.5.3.1.
CAMPEONATO DE PESCA E SPORTIVA DO BLACK BASS ............................................... 176
3.5.3.2.
FESTIVAL INTERNACIONAL DO CHURRASCO NA VALA ................................................ 176
3.5.3.3.
FESTA NACIONAL DA BATATA ....................................................................................... 177
3.5.3.4.
CARNAVAL GAÚCHO ...................................................................................................... 178
3.5.3.5.
FESTIVAL NACIONAL DA MÚSICA GOSPEL ................................................................... 178
3.5.4.
PLANO GERAL DE MARKETING ......................................................................................... 179
3.5.5.
SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL ............................................................................................. 181
3.5.6.
QUALIFICAÇÃO DO TRADE ................................................................................................. 184
3.5.7.
ESTRUTURA INSTITUCIONAL .............................................................................................. 185
3.5.7.1.
INSTÂNCIA DE GOVERNANÇA DE TURISMO ................................................................. 186
3.5.7.2.
SISTEMA DE INTELIGÊNCIA ............................................................................................ 187
3.5.7.3.
SISTEMAS DE MONITORAMENTO – QUALITATIVOS E QUANTITATIVOS .................... 189
3.5.8.
QUALIFICAÇÃO TÉCNICA DO QUADRO PÚBLICO ............................................................. 190
3.5.9
PLANO DE OBRAS ............................................................................................................... 190
4.
QUADROS DE PROPOSIÇÕES ...................................................................................................... 192
MACRO PROGRAMAS / PROGRAMAS E AÇÕES ................................................................... 192
4.1.
4.1.1.
MACRO PROGRAMA - GESTÃO PÚBLICA ......................................................................... 192
4.1.2.
MACRO PROGRAMA - INFRAESTRUTURA BÁSICA ........................................................... 193
4.1.3.
MACRO PROGRAMA - INFRAESTRUTURA TURÍSTICA ...................................................... 197
4.1.4.
MACRO PROGRAMA - ROTEIROS TURÍSTICOS ................................................................. 198
4.1.5.
MACRO PROGRAMA APOIO AO TRADE ........................................................................... 199
4.1.6.
MACRO PROGRAMA – EVENTOS ...................................................................................... 200
5.
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................. 201
6.
EQUIPE TÉCNICA.......................................................................................................................... 203
7.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................. 204
REALIZAÇÃO
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6 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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PREFEITO
ANTÔNIO JUAREZ HAMPEL SCHILICHTING
VICE-PREFEITO
ODILO ANDRADE VIEIRA
SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO
MARCOS DAVI KIRSCH
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CULTURA E DESPORTOS
IVONE MARIA MARQUES P ALMA
SECRETÁRIO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
MAURÍCIO GILNEI PINTO GUIMARÃES
SECRETÁRIO DE SAÚDE
RINALDO COSTA SIMÕES
SECRETÁRIO DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
FLÁVIO LEANDRO P RESTES ALVES
SECRETÁRIO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, T RABALHO E HABITAÇÃO
OTÁVIO DORGEL L ENHARDT DA SILVA
SECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO
JORGE L UIZ DE ARAÚJO VALIM
SECRETÁRIO DE O BRAS E VIAÇÃO
GUSTAVO IVAN TARRADT VILELA
SECRETÁRIO DE T URISMO
FABIO APOLLO F ERREIRA
SECRETÁRIA DE FAZENDA
MARIA LUCIA BOFF
COORDENAÇÃO TÉCNICA
GRAMADO CAPTAÇÃO – PROJETOS EM CAPTAÇÃO DE RECURSOS E E VENTOS LTDA.
TUR° SIDNEI ORESTES PFAU
MARCOS AURÉLIO TARON DANIEL
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7 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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1. INTRODUÇÃO
1.1. SÃO F RANCISCO DE PAULA E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO TURISMO
São Francisco de Paula está localizada na encosta inferior do Nordeste do Rio
Grande do Sul – Brasil. A cultura desta cidade, situada a 112 km da capital gaúcha, Porto
Alegre, ainda preserva muito das tradições e da cultura gaúcha, não sendo raro
presenciar o autêntico gaúcho serrano circulando a cavalo pelo centro da Cidade
devidamente vestido com trajes típicos.
Recentemente incorporada à Região Turística das Hortênsias, que por sua vez é
composta também pelas cidades de Nova Petrópolis, Gramado e Canela, é considerada
a principal região turística do Estado do Rio Grande do Sul. Ao todo, estima-se que a
Região receba mais de seis milhões de turistas por ano, quase todos buscando as
belezas já consagradas de Gramado; esta por sua vez é considerada um dos 65 Destinos
Indutores do Turismo no Brasil, segundo o Ministério do Turismo.
A região de São Francisco de Paula era utilizada no início do século 18 como local
de parada para as tropas de gado que eram levadas para o sudeste e centro-oeste do
país. Habitada inicialmente pelos índios Caáguas e Caaguaras, mudou a sua composição
étnica por conta das doenças e pelos bandeirantes, que extinguiram a sua população.
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8 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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O nome do Município surge por devoção do Capitão Pedro da Silva Chaves à São
Francisco de Paula, após doar parte de suas terras a uma Igreja, construiu e batizou com
o atual nome do Município.
Com sua Sede Administrativa inaugurada em 07 de janeiro de 1903, é hoje o
décimo quinto maior Município do Rio Grande do Sul em área territorial, com uma
altitude média de 945 metros acima do nível do mar, localização privilegiada, imensa
concentração de atrativos naturais, grande potencial hídrico, grande proximidade com
um dos maiores destinos turísticos do Brasil, cultura preservada e clima frio durante
vários meses por ano, São Francisco de Paula é hoje, um dos melhores e mais
promissores polos de investimento turístico do Rio Grande do Sul.
No início até a metade do século XX, os gaúchos de outras querências,
principalmente da capital Porto Alegre, começaram a descobrir que o clima de “São
Chico”, como é carinhosamente conhecida, e suas águas límpidas são excelentes para
a saúde. Logo a cidade recebe o apelido de “Suíça Rio-grandense”, dado pelo emérito
escritor, político, diplomata e advogado Dr. Joaquim Francisco de Assis Brasil.
Começam então, as caravanas de turistas a subirem a serra. Além das belezas
naturais que a cidade e município oferecem, ainda há a hospitalidade serrana
recebendo todos com muito respeito e cortesia própria do serrano da época. Em
decorrência, os visitantes começam a comprar terrenos na cidade e a construírem suas
casas de veraneio.
Após 1950 esta movimentação turística passa a ser deixada em segundo plano,
pois a extração da madeira e a criação de gado passaram a ter maior importância
econômica, deixando em segundo plano a atividade turística em São Francisco de Paula.
O que temos hoje de fluxo turístico busca na paisagem serrana o legado deixado e
criado para atendimento aos turistas da primeira metade do século passado.
A Missão da Administração Municipal é fomentar a atividade turística em São
Francisco de Paula, para que este setor econômico possa a ser o vetor do
desenvolvimento sustentável da Região, preservando o meio ambiente, a
biodiversidade e a cultura local, proporcionando a geração de emprego e renda e a
melhoria da qualidade de vida da comunidade serrana.
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9 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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1.2. HISTÓRIA DA CIDADE
O município de São Francisco de
Paula está localizado no planalto do
nordeste gaúcho, na microrregião dos
Campos de Cima da Serra, incorporado
à região das Hortênsias. Sua área atual
é de 3.272,95 quilômetros quadrados,
sendo um dos maiores municípios do
estado do Rio Grande do Sul. A altitude
de quase mil metros favorece nevascas
no inverno. A cidade recebeu o apelido
carinhoso de “São Chico” dado por seus
visitantes que são presenteados há
milhares de anos com uma privilegiada
natureza cercada de rios, campos
verdejantes e ondulados com lindas
coxilhas, pinheiros-araucárias e vales
exuberantes como, por exemplo, os da
Ronda, Roça Nova, Boa Esperança,
Caconde, Pessegueiro, Boa Vista (onde
há a Toca das Andorinhas, um pequeno
cânion com cachoeira), Lagoas,
Samambaia e José Velho; além de
contar com cânions espetaculares como
o do Josafá, e serras escarpadas como a
do Umbu e do Pinto (Rota do Sol). Seus
distritos, além da Sede, são: Tainhas,
Cazuza Ferreira, Rincão dos Kroeff, Juá,
Eletra (Salto) e Lajeado Grande, outras
atrações que além de possuírem
belezas naturais remetem ao século XIX
com suas arquiteturas e costumes. Nos
Campos de Cima da Serra há
centenárias taipas, que são muros de
pedras mouras de aproximadamente
um metro de altura, de médio tamanho,
colocadas uma em cima da outra,
soltas, mas firmes na finalização,
algumas atingindo quilômetros, feitas
pelos fazendeiros para dividirem os
seus campos ou para invernarem seu
gado, e neste caso são maiores na
altura.
Os índios primitivos de dois mil anos
atrás
Os primeiros seres humanos que
aqui chegaram foram os índios de
Tradição Taquara, denominados assim
pelos arqueólogos por causa do
primeiro
local
aonde
foram
encontrados os seus vestígios, também
achados do sul paulista ao nordeste
gaúcho. Apareceram aqui há cerca de
dois mil anos, tendo sido encontrados
traços de sua passagem a dois
quilômetros do centro da cidade, em
1966. Estes índios aproveitaram como
moradias as tocas e túneis feitos por
tatus gigantes que viveram aqui entre
10 milhões e 10 mil anos atrás, quando
foram exterminados pelos silvícolas que
chegaram ao Rio Grande do Sul,
prováveis descendentes dos que
atravessaram o Estreito de Bering. Os
índios de Tradição Taquara foram um
dos poucos grupos que resistiram ao
assédio dos guaranis graças ao local que
habitavam,
pois
encontravam-se
protegidos pelo meio ambiente, com
lugares de difícil acesso, rios pequenos
e não navegáveis, mata fechada,
terrenos acidentados, altitude acima de
600 metros, muito frio e muita neblina
que deixava os inimigos indefesos. Com
o tempo, mudaram as suas habitações,
fazendo um tipo de casas-poço quase
no alto duma coxilha. Eram ótimos
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10 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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engenheiros e suas moradas eram feitas
num enorme buraco; ainda escavavam
galerias e faziam telhado de materiais
leves, troncos, barro e folhas, como
também usavam lajes de basalto.
ibirajaras, que viviam na região próxima
de onde hoje fica Caxias do Sul.
Em março de 1635, novamente
Índios caaguas e os jesuítas espanhóis
no século XVII. As investidas dos
bandeirantes
Uns dos prováveis descendentes
dos índios de Tradição Taquara foram
os índios caaguas ou caaguaras, que
significa “habitante das matas” ou
“gente do mato”. Tais foram expulsos
de outras terras gaúchas por índios
como os tapes, minuanos e guaranis,
retornando ao local de origem dos seus
antepassados para proteção pessoal. Os
jesuítas espanhóis foram os primeiros a
descrever, num mapa, esta região, e
deram o nome de Caagua, em vista que
aqui habitavam estes índios. Em 1633,
um pequeno grupo de caaguas foi pedir
ajuda aos padres missioneiros. O padre
jesuíta Romero os recebeu e descreveu
que eram índios nômades, estavam
todos nus, eram pacíficos, não
conheciam feijão, nem galinhas ou
cachorros que eram criados pelos
guaranis civilizados pelos jesuítas e
colocados em reduções. Caaguas é
designação mais usada atualmente para
estes índios. Tentaram se comunicar na
língua guarani, porém muito mal, mas o
padre
Romero
entendeu
que
precisavam de ajuda, pois os
bandeirantes paulistas estavam prestes
a invadir a sua região com a ajuda de
outros índios, os ibianguaras ou
os caaguas foram pedir ajuda aos
jesuítas, pois estavam prestes a ser
atacados pelos bandeirantes. Quem os
recebeu desta vez foi o padre Montoya,
sendo decidido que retornaria com eles
o padre Cristóvão de Mendonça
juntamente com alguns índios guaranis
recém-cristianizados. Em 8 de abril, saiu
o pequeno grupo da região das Missões
em direção à região Caagua para tratar
da vinda dos índios que ali habitavam e
trazê-los para viverem na redução Jesus
Maria, próxima da atual cidade de
Candelária. Chegando à Caagua, o
padre Cristóvão, também conhecido
como “pai querido”, foi muito bem
recebido e adorado pelos índios, e,
como viera a cavalo, este animal
impressionou a todos, pois nunca
haviam visto algo igual. Após alguns
dias, chegara a hora da partida e os
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11 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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caaguas não queriam deixar o padre
seguir viagem, mas este, mesmo assim,
deu início ao seu retorno. Antes, porém,
foi resolvido que todos os caaguas iriam
viver na redução Jesus Maria e em
poucos meses começaria esta grande
jornada, pois, no momento, não havia
comida suficiente para todos, não
sendo ainda a hora ideal de partir. O
padre Cristóvão rumou com os índios
missioneiros, em torno de três, mas no
dia 25 ou 26 de abril (há controvérsias a
respeito do dia exato), ele e seus
parceiros de viagem foram massacrados
na localidade de Água Azul, no atual
distrito de Santa Lúcia do Piaí,
pertencente atualmente a Caxias do Sul,
sendo que este local, há poucas décadas
atrás, pertencia a "São Chico". O padre
Cristóvão de Mendonça foi o primeiro
mártir da região e é de se estranhar
ainda não ter sido pedida sua
beatificação.
A maioria dessas informações
sobre os caaguas está no livro do
excelente historiador e escritor Aurélio
Porto: “Jesuítas no Sul do Brasil –
Volume III – História das Missões
Orientais do Uruguai – Primeira Parte”,
uma edição da Livraria Selbach de Porto
Alegre, do ano de 1942. Conforme
Porto, os índios tupis chamavam os
caaguaras de Iraiti-Inhacame, que
significa cera na cabeça, pois sobre as
largas coroas que usavam punham cera,
e, por isto, também eram conhecidos
como cerados, e não coroados como
erroneamente outros pesquisadores
informaram. Na língua tupi-guarani ira
significa “mel”, iraiti é “cera de abelha”
e inhaca é “cheiro ruim e insuportável”,
“iñaka” é cabeça.
Há historiadores que dizem que
entre junho e agosto de 1635, entrava,
no Rio Grande do Sul, a primeira
bandeira paulista, a “Bandeira de
Aracambi” chefiada por Fernão de
Camargo, o Tigre, com o intuito de
escravizar os índios patos, sendo que
talvez possa ter vindo um pequeno
grupo à região Caagua. Fica como fato
histórico que a bandeira chefiada pelo
famoso Antônio Raposo Tavares foi a
primeira e que passou por Caagua em
novembro de 1636, guerreando contra
os pacíficos caaguas, matando muitos
deles e tornando a maioria escravos,
ficando poucos vivos, e, no mês
seguinte, atacando as reduções jesuítas
das Missões, abrindo caminho para os
colonizadores desta terra.
Com a fuga dos poucos caaguas
ou caaguaras que sobreviveram ao
ataque dos bandeirantes tornando-se
selvagens e fugindo para as matas do
norte do Rio Grande do Sul muito se
perdeu, principalmente parte da sua
língua, pois até um novo nome é dado
por outros historiadores, o caaiagua,
falado pela nação do mesmo nome
estabelecida a oriente do rio Uruguai
até seu nascimento a oeste, sendo um
idioma
particular
de
difícil
pronunciação. Os caaiaguas ou caaguassilvestres usam língua própria, difícil de
entender, pois quando pronunciam
suas palavras não parecem falar, mas
sim assoviar ou formar acentos
confusos na garganta. Os caaiaguas
colhidos ou presos não costumam falar
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12 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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quando estão fora de sua nação e
poucos são os missionários que
puderam escrever palavras nesse
idioma. Estes não eram mais os caaguas
“originais” que viveram em São
Francisco de Paula, mas seus
descendentes sofridos e selvagens que
habitaram o norte gaúcho. Os caaguas
de nosso município falavam algo
parecido com o tupi-guarani, uma
mistura com a sua antiga língua. Dos
nossos caaguas só restaram as
lembranças de serem pacíficos e amigos
dos padres jesuítas espanhóis das
reduções das Missões também
dizimadas.
Fundador da cidade: capitão Pedro da
Silva Chaves
O primeiro proprietário com
papel passado das terras onde hoje se
encontra a cidade de São Francisco de
Paula foi o capitão Francisco Pinto
Bandeira que deu o nome da Fazenda
da Cria a uma sesmaria de campo
(13.068 hectares) de sua posse desde,
pelo menos, 1742. O capitão Bandeira
era avô do famoso general Rafael Pinto
Bandeira. Já havia nesta região, na
época, o capitão Pedro da Silva Chaves,
português de Lisboa, casado, em 1726,
com Gertrudes de Godoy Leme, de
ilustre família de Itu, São Paulo. O
capitão Chaves era dono de mais de
cem mil hectares e foi nomeado Capitão
de Ordenanças pelo Conde de
Bobadela, em 1752. Com esse fato,
deveria ser criada no povoado de Cima
da Serra do Viamão uma Companhia de
Ordenanças formada por setenta
homens. O capitão Chaves teria todas as
honras, privilégios, liberdades e
isenções, sendo obrigado a residir no
distrito senão seria revogada a cartapatente, sendo que aqui ficou e é
considerado o fundador de São
Francisco de Paula, sendo seu primeiro
governante.
Em 1777, o capitão Chaves ditou
seu testamento na Fazenda São João de
sua propriedade e próxima do distrito
de Tainhas. Neste documento consta
ser devoto dum santo, São Francisco de
Paula, a quem fez promessa de fazer
uma igreja que está sendo construída
na entrada da Serra; que fez doação de
meia-légua de terras e cinquenta vacas
para patrimônio inicial da referida igreja
e que seu corpo seja sepultado nela. A
data da morte do capitão Chaves ainda
gera controvérsias, havendo, em
registros genealógicos, o dia 12 de
setembro de 1786, mas numa
declaração de terras de 1785, seu filho,
capitão Joaquim, diz que seu pai já era
falecido naquela ocasião.
O padre José da Silva Leal Leme,
filho do capitão Chaves, foi nomeado,
em portaria episcopal de 22 de março
de 1761, para a Freguesia de São
Francisco de Paula de Cima da Serra.
Este nome ficou oficializado até 1939,
quando foi retirado o “de Cima da
Serra", sendo que os naturais desta
localidade são conhecidos como
serranos devido serem de Cima da
Serra, o outro gentílico é franciscano.
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13 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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A abertura do “Caminho dos
Tropeiros” no século XVIII. O
Tropeirismo
No início do século XVIII,
começaram a serem abertas as estradas
que consistiriam os primeiros caminhos
dos tropeiros, na verdade muitas
picadas usadas antes pelos índios,
chamada pelos serranos, ainda hoje, de
“estrada do meio”, surgindo na “Vacaria
dos Pinhais” em fevereiro de 1733.
Ficou naquelas bandas por algum
tempo e depois seguiu o rumo de
Curitiba, chegando lá em 10 de junho de
1734. Este é o marco do tropeirismo no
sul do país.
jesuítas e bandeirantes. Entre estes
caminhos um foi melhorado pelo
coronel Cristóvão Pereira de Abreu que,
seguindo o caminho já feito por Souza
Faria, chegou, em 1º de fevereiro de
1732, em Cima da Serra do Viamão,
inicialmente Caagua, atual São
Francisco de Paula, mas antes buscou
outros tropeiros que com três mil mulas
e cavalos subiram a serra. O coronel
Abreu abrira uma nova rota vinda de
Viamão, o Caminho dos Tropeiros,
passando pelo Rio Rolante, via estrada
da Serra Velha, chegando em Cima da
Serra, seguindo depois em direção a
Bom Jesus pela atual RS-110, mais
conhecida como Estrada Real no século
XVII, sendo, desde o início do século XX,
Cerca de vinte
anos
antes,
os
lagunistas estiveram
aqui explorando o
território gaúcho em
busca de riquezas nas
regiões de Viamão, do
Paranhana, do Vale
dos Sinos e em Cima da
Serra.
Encontraram
poucos índios, pois a
maioria deveria estar
na região de Caxias do
Sul,
e
quando
depararam com alguns foram com os
minuanos que eram amistosos. Ouro e
prata não havia neste território, mas as
mulas seriam de grande valor, pois
abasteceriam as minas de várias regiões
do Brasil. Alguns destes lagunistas
acabaram ficando, sendo os primeiros
brancos a morarem nesta região, mas
não é de se duvidar que já existissem
por aqui alguns changueadores, como
eram
chamados
os
primitivos
coureadores do sul do continente:
índios ou mestiços sem rumo, ótimos
cavaleiros que faziam muito bem a lida
do campo, conhecidos depois como
gaudérios e posteriormente gaúchos,
descendentes das tribos indígenas do
lado oriental do Rio da Prata,
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14 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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misturando o seu sangue com soldados
espanhóis
e
portugueses
que
“pelearam”
(guerrearam)
muito
naquelas bandas.
desses índios, enquanto que os
coroados seriam descendentes de
índios provenientes de outras regiões
do Brasil como a sudeste e mais ao sul
vindos do Paraná.
Os índios caingangues e xoclengues
nos séculos XVIII e XIX
Os coroados tinham terror dos
botocudos e de outra nação indígena
semelhante que se distinguia porque
usava nas orelhas furadas um pedaço
de pau, enquanto que os botocudos
sempre tinham no lábio inferior um
ornamento de madeira em posição
vertical, os batoques, diverso de outros
botocudos que utilizavam este adorno
em forma circular alongando o beiço. Os
coroados traziam um ódio hereditário
destas tribos desde os tempos mais
remotos, inclusive por serem atacados
por elas na época da colheita dos
pinhões, maior riqueza alimentar destas
paragens.
Ambas
as
tribos
sequestravam as mulheres uns dos
outros, que já eram poucas e de grande
serventia, pois faziam as coletas de
frutos, raízes e mel.
No final do século XVIII e início
do XIX, surgiram índios ferozes, inimigos
entre si, e ambas as tribos eram hostis
aos colonizadores. De um lado, os
coroados
(hoje
kaingangs,
aportuguesado para caingangues) que
viviam onde atualmente se encontram
os municípios da região mais ao norte e
nordeste gaúchos, como Caxias do Sul e
São Marcos que outrora pertenceu a
este município como distrito; e no outro
lado, mais próximo dos Aparados da
Serra, os botocudos (hoje xoklengs,
aportuguesado para xoclengues), na
região do município de Cambará do Sul,
também antigo distrito de São Francisco
de Paula. Os coroados eram em grande
número, enquanto que os botocudos
eram poucos, mas metiam muito medo
nos indígenas rivais, além de serem
nômades, pois não ficavam muito
tempo no mesmo local, enquanto que
seus opositores tinham tribos. O
principal motivo de suas batalhas eram
os pinhões, a semente do pinheiro
araucária e alimento predileto e
essencial para todos. É bem provável
que os botocudos fossem os
descendentes dos poucos caaguas
sobreviventes que fugiram dos
bandeirantes há cerca de 150 anos
atrás, por isso o número reduzido
Os
botocudos
faziam
instrumentos cortantes de pedra,
distinto dos coroados. Eram muito
inteligentes e industriosos. Fabricavam
ainda cunhas e machados de pedras de
silício muitas vezes encontrados pelos
arqueólogos juntos aos potes de barro.
As pedras usadas para fazerem um
machado eram bem duras, com
preferência pela do jaspe. Nesta pedra
faziam um buraco por onde passava o
cabo de madeira bem amarrado com
tiras de fibras de taquara ou outras
plantas, e não se sabe até hoje como
faziam o buraco nessa pedra tão dura.
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15 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Com essas informações e os
vestígios encontrados na região da sede
de São Francisco de Paula, como as
cerâmicas em 1966, e pontas de flechas
achadas nas proximidades, podemos
supor que não foram os coroados
habitantes desta parte do município, e
sim os antepassados dos botocudos, os
caaguas, pois quando aqui chegaram os
primeiros tropeiros, no século XVIII, já
não havia mais índios, somente nas
regiões mais afastadas da sede: os
coroados na região noroeste do
município, em Caxias do Sul, São
Marcos e Vacaria; e os botocudos nas
regiões norte e nordeste, nos Aparados
da Serra e a leste na Serra Geral.
Os botocudos davam seu grito
de alerta de intrusos, mas a palavra que
os brancos entendiam era "puxi", que
significa “o mal, ou coisa má", e que
servia para os homens civilizados. Como
o grito era também prolongado, assim
como o "pucri" dos coroados que
veremos mais adiante, para os
colonizadores o "puxi-i-i-i" dos
botocudos dava a entender que
gritavam "bugio", que como sabemos é
o macaco das nossas matas, além de
ser, nos dias de hoje, um gênero de
música gaúcha autêntica da nossa
região, exaltada no festival musical
"Ronco do Bugio" realizado em São
Francisco de Paula.
A palavra "bugre" surgiu com os
coroados, pois quando avistaram os
primeiros homens brancos ou surgia
qualquer pessoa ou coisas estranhas ao
seu acampamento, emitiam um alarme
através dum grito agudo e forte,
prolongando a última sílaba até lhes
faltar a respiração, como se fosse "pucri-i-i-i”. Na pronúncia desta palavra "pucri" - os portugueses entendiam
"bugri" ou "bugre".
Os coroados arrumavam os
seus cabelos, que eram finos, pretos,
lisos, brilhosos e muito abundantes, em
formato de coroa, arrancando-os na
parte central de cima da cabeça com as
próprias mãos, ficando somente a
tonsura, cortando horizontalmente,
com talas de taquara (são bem
cortantes quando maduras), a parte
inferior à altura de meia-testa,
permanecendo uma coroa de cabelos
ao redor da cabeça com uma largura
perpendicular de dez centímetros
muito semelhante ao corte dos padres
franciscanos. Tiravam todos os pelos do
corpo, inclusive as pestanas, o que
permitia melhorar a visão para longe e
enxergar objetos pequenos muito além
de onde brancos não conseguiriam
distingui-los. As mulheres também
retiravam todos os seus pelos e cabelos,
menos num local da parte alta da
cabeça, deixando cerca de 30 cm de
comprimento, e então faziam uma
trança em três partes bem finas. Alguns
diziam que ficando assim, sem nenhum
pelo, os brancos ou outros indígenas os
achavam
muito
jovens
e
se
aproximavam, momento em que
partiam para o ataque. Andavam
sempre nus, apesar do rigoroso inverno.
Tinham uma memória excelente e
apesar de não possuírem uma escrita
passavam, através da tradição oral,
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16 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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causos que tinham acontecido com seus
antepassados.
O fogo para os coroados era um
atrativo em qualquer época do ano,
preferindo passar o dia inteiro em volta
da fogueira, admirando-a, e não
fazendo mais nada. Somente saíam
quando houvesse alguma “correria”
para guerrearem contra os seus
inimigos
ou
saquearem
os
colonizadores brancos. Quando faziam
estas “correrias” caminhavam um no
passo do outro, como se apenas uma
pessoa tivesse passado naquele local, e
sempre com os pés virados para a
frente. Na volta, se não tinham o que
fazer além de confeccionarem mais
flechas, seu maior bem, retornavam
para ficar em volta da fascinante
fogueira, mas não davam sinal de
satisfação por se esquentarem, pois não
sentiam o frio extremo e nem muito
calor, suportando facilmente as
mudanças atmosféricas; quando iam
dormir apagavam a fogueira para não
atrair, pela luz, algum possível invasor,
e quando acordavam acendiam
novamente o fogo. Tinham uma
insensibilidade incrível e rara para o
frio.
Os coroados delimitavam seus
territórios através duma marca própria
nos pinheiros (também pintada em
flechas e no corpo; os botocudos do
mesmo modo assinalavam os seus
pinheiros e suas flechas) que
pertenciam àquela tribo dona da marca
e, às vezes, lutavam pelas suas
mulheres, pois a proporção naquela
época era de sete homens para três
mulheres. Não disputavam por amor,
mas porque as mulheres eram
essencialmente úteis, na realidade suas
escravas submissas. Muitos já ouviram
falar ou já disseram: “Minha bisavó foi
pega a cachorro no mato”, havendo
muitos serranos que possuem no seu
sangue uma origem indígena bem
recente. A maior riqueza desses índios
era o pinhão, o alimento predileto e sua
base alimentar. O pinhão era um grande
motivo de ocorrer muitas batalhas
entre outras tribos de coroados e
demais indígenas com a mesma
predileção. Nas épocas de colheita dos
pinhões, as mulheres enterravam
muitas pinhas num chão arenoso e
úmido, mantendo-os comestíveis por
todo o ano e ingerindo-os nos períodos
em que ainda não havia nos pinheirais.
Designações oficiais e extraoficiais
Nos tempos dos padres jesuítas da
Companhia de Jesus, nos anos 1600, já
chamavam o local e uma grande região
adjacente da atual cidade de São
Francisco de Paula de Caagua; depois,
na época dos tropeiros, nos anos 1700,
de Povoado de Cima da Serra do
Viamão; em 1809, na situação de
distrito pertencente a Santo Antônio da
Patrulha, como Povoado de Cima da
Serra no tempo da Capitania de São
Pedro do Rio Grande do Sul
(1807/1821). No tempo da Guerra dos
Farrapos já possuía a designação de
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17 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Capela de Cima da Serra, sendo que a
capela foi benta em 21 de dezembro de
1761, e a inauguração da primeira igreja
em 1793. Em 30 de
novembro
de
1852, foi elevado à
categoria
de
Freguesia de Cima
da Serra, a 53ª da
Província de São
Pedro do Rio
Grande,
pertencendo
ainda
como
distrito
do
município
de
Santo Antônio da
Patrulha. Em 21 de
maio de 1878, é elevado à categoria de
Vila de São Francisco de Paula de Cima
da Serra.
Em 5 de agosto de 1878, é
criado, pela primeira vez, o município
de São Francisco de Paula de Cima da
Serra, desencilhando-se do antigo
município de Santo Antônio da
Patrulha. Em 15 de março de 1889, foi
extinto o município de Cima da Serra,
tornando-se distrito do município de
Taquara, mas, em 6 de novembro do
mesmo ano é revogada a Lei, e pela
segunda vez, retorna a município e
“manda no próprio nariz”. Devido a
questões políticas, novamente é extinto
o município em 1º de setembro de
1892, retornando a ser distrito de
Taquara. Somente por decreto de 23 de
dezembro de 1902, pela terceira e
última vez é feita a reestruturação
política, sendo a sua instalação
perpetrada em 7 de janeiro de 1903.
São Francisco de Paula de Cima da Serra
oficialmente deixou de ser vila em
março de 1938, elevando-se à categoria
de cidade e sendo retirada parte do seu
nome, o “Cima da Serra”, o qual
originou a denominação, para os seus
filhos naturais, de serranos, e assim
tomamos o nome de São Francisco de
Paula desde 1º de janeiro de 1939.
O início da colonização da região de
São Francisco de Paula
Os colonizadores brancos desta
terra vieram em massa no século
dezoito, na época do capitão Chaves,
sendo alguns poucos portugueses do
continente, além de paulistas, mineiros
e lagunenses, vindo, com eles, seus
escravos africanos e descendentes
nascidos no Brasil. Com a chegada ao sul
do Brasil, em 1748, dos portugueses do
Arquipélago dos Açores, os açorianos, a
miscigenação no Povoado de Cima da
Serra tornou-lhe um povo hospitaleiro e
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18 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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de bom trato com escravos que
tratavam da lida do campo, diferente da
região da outra São Francisco de Paula
de Pelotas, onde haviam as
charqueadas que assolavam os
escravizados. Em 1878, quando é
elevado a município pela primeira vez,
vieram novos colonizadores, muitos de
origem alemã e italiana, além de alguns
sírio-libaneses, ingleses, franceses e
espanhóis.
As Cavalhadas do distrito de Cazuza
Ferreira representadas há mais de 100
anos
As Cavalhadas representam a
luta entre mouros e cristãos, e esta
encenação é feita a campo aberto, ao ar
livre, pelos Corredores de Cavalhadas
de Cazuza Ferreira. Desde 1885,
preservando esta tradição secular, são
realizadas no distrito de Cazuza
Ferreira, e os Corredores de Cavalhadas
também se apresentam em diversas
localidades serranas, como em outros
municípios gaúchos e da região sul do
Brasil. O distrito ainda mantém hoje
muitas características do século XIX.
Oriundas da Europa e apresentadas em
poucas localidades do Brasil, há muitas
diferenças entre elas. Quando a
apresentação não é na festa do distrito,
são bem resumidas as exibições em
outras localidades. A do distrito de
Cazuza
Ferreira,
conforme
o
tradicionalista, historiador e escritor
João Carlos D’Ávila Paixão Cortes, é a
mais original do Brasil, simples e sem
artifícios, apresentada desde o final do
século XIX. As Cavalhadas eram
amplamente divulgadas, com bravura e
lealdade cristã, por trovadores que
viajavam por toda a Europa. A
cavalhada é uma tradição dos torneios
da Idade Média (476-1453), onde os
aristocratas exibiam em espetáculos
públicos sua destreza e valentia.
“Carlos Magno e os doze pares
da França" é um romance muito
popular em Portugal e no Brasil há
centenas de anos, sendo reimpresso
várias vezes (fornece material aos
trovadores e cantadores sertanejos, e
muitos dos seus episódios tiveram
adaptação em versos, transformandose em temas de cantos entusiásticos),
incentivando muito a população cristã
contra as investidas dos exércitos
islâmicos. O original francês data de
1485, e se intitula “Conquistas do
Grande Carlos Magno”. Incorporada ao
folclore durante séculos, a história de
Carlos Magno era atração nas vozes dos
trovadores, e somente em idos do
século XIII, em Portugal, é que a Rainha
Isabel resolveu instituí-la como uma
festividade aos moldes de uma
representação dramática, quase que
como um jogo de xadrez, a fim de
incentivar a instituição cristã e o
repúdio aos mouros. A sua realização
está ligada à Festa do Divino Espírito
Santo que tem origem na tradição
portuguesa e leva em conta o
calendário da Igreja Católica que,
segundo a liturgia religiosa, é o dia de
Pentecostes, exatamente 50 dias após a
Páscoa. Provavelmente, a Festa do
Divino Espírito Santo foi instituída pela
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19 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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rainha Isabel, esposa do rei trovador
Dom Dinis de Portugal.
No Brasil, essa tradição teria
chegado por volta de 1756, com os
portugueses, ganhando perfil próprio
em cada estado, em cada região
brasileira. O romance foi reimpresso em
Lisboa, Portugal, em 1615, através de
Domingos Fonseca.
Honero Castilhos de Lucena,
muitas vezes narrador da Corrida de
Cavalhada de Cazuza Ferreira, contanos como é a encenação do Grupo de
Corredores de Cavalhada do distrito de
Cazuza Ferreira:
“Tudo começa pela manhã,
numa cancha. Os cristãos estão vestidos
de azul, enquanto que os mouros se
vestem de vermelho. Então, começa o
enredo: Um espião mouro é infiltrado
entre os cristãos, que descobrem o
“espia” e o matam, originando uma
batalha. A partir deste momento
começam as “escaramuças”, isto é,
estratégias de guerra, evoluções e
combates, com três tipos de armas lanças, pistolas e espadas -, entre os
cristãos, que são representados pelos
Doze Pares de França, o guia
(comandante), contraguia, estandarte
(que leva a bandeira) e os soldados, pela
ordem; e os Mouros, com sua guia
Floripa (a princesa moura que está
apaixonada por um dos cristãos, neste
caso representada na encenação por
uma menina), contraguia, estandarte e
soldados, respectivamente.
Num certo momento,
reuniões são realizadas no meio do
campo com uma diplomacia entre
ambos para discutir a paz através dos
guias, seguindo-se novas evoluções de
manobras a cavalo (as escaramuças),
até que os embaixadores levam
mensagens aos castelos (representados
pelo empinar dos cavalos por dois de
seus
cavaleiros),
tendo
como
consequência o sequestro de Floripa que
acaba se convertendo ao cristianismo.
Este ato de conversão leva os mouros a
serem aprisionados e desarmados,
consequentemente
também
convertidos à fé cristã e batizados na
igreja. Na parte da tarde os cavaleiros
cristãos e mouros demonstrarão as suas
habilidades e peripécias.
Cabeças: é a parte
individual em que cada corredor tenta
acertar um alvo com uma de suas três
armas.
Argolinhas: em dupla
(azul e vermelha), procuram tirar com a
lança uma argola posta no meio do
campo pendurada em uma trave.
Os corredores ganham,
para representar, o prêmio pelas
vitórias: argolinhas, normalmente três,
com uma fitinha amarrada nelas, na cor
do grupo vitorioso (azul para cristãos e
vermelha para os mouros), e que são
distribuídas a amigos ou amigas,
esposas e namoradas.
O
significado
das
argolinhas é especial: amigos - pela
amizade; esposa - pelo carinho, amor e
companheirismo; namoradas - além do
aspecto sentimental, é também um
convite para o baile dos corredores que
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20 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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normalmente é realizado à noite
iniciando-se com a música “polonese”.
Em retribuição, a pessoa
que recebe a argolinha oferece: esposa
- um beijo, um lenço ou qualquer objeto
que marque a ocasião; namorada - um
lenço, um mimo ou qualquer objeto,
além de aceitar o convite para o baile;
amigo - normalmente oferece dinheiro.
O baile tem como ponto
alto o início feito pelos corredores,
sendo que as outras pessoas somente
poderão dançar após encerrada a
polonese.
A parte final da Corrida
de Cavalhada, além de assemelhar-se
com uma escaramuça, que é feita com a
lança, também apresenta o acenar de
lenços brancos em sinal de paz.
A figura dos palhaços tem como
significado: homens que espiavam, isto
é, espiões à espreita dos inimigos;
porém,
nesta
encenação,
são
encarregados de auxiliarem os
corredores no campo e também na
apresentação. ”
As Revoluções em Cima da Serra
Com a chegada do século XIX,
vieram as revoltas no solo gaúcho,
como a Guerra dos Farrapos (1835/45)
contra o Império Brasileiro, e a Guerra
Federalista (1893/95) entre os próprios
gaúchos devido a rusgas políticas. Esta
última foi mais sangrenta que a dos
farroupilhas e também ficou conhecida
como “Revolta das Degolas”. Cima da
Serra era um local de difícil acesso e, na
época, conhecida como terra onde se
escondiam os piores bandidos do
Estado devido à mata fechada e às suas
quase intransponíveis serras. No século
XX, as revoluções dos anos 20/30
também foram bem movimentadas em
São Francisco de Paula, mas o principal
episódio nestas revoluções aconteceu
na Guerra dos Farrapos.
A Revolução Farroupilha (1835/45)
Na metade da Guerra dos
Farrapos, no final de 1840, quase
aconteceu um grande confronto nos
Campos de Cima da Serra. Seria umas
das grandes batalhas da Revolução
Farroupilha, mas alguns fatos inusitados
foram acontecendo durante aqueles
dias nas regiões norte e nordeste da
Província de São Pedro do Rio Grande
do Sul. A natureza interveio com toda
sua força em Cima da Serra. Os índios
coroados (caingangues) mostraram de
quem eram simpatizantes nesta guerra,
e Bento Gonçalves e David Canabarro
subiam a serra ao encontro de um
general do império brasileiro, francês
de nascimento e um herói das guerras
da Independência do Brasil. No quinto
ano da Revolução Farroupilha, Porto
Alegre estava cercada há três anos
pelos revolucionários, e a pedido de
Soares de Andréas, presidente da
província gaúcha, foi articulado um
plano que consistia em pegar de
surpresa, pela retaguarda, as tropas de
Bento Gonçalves que sitiavam a cidade.
Enviaram Pierre Labatut, dito Pedro
Labatut, um mercenário francês que
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21 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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serviu no exército de Napoleão
Bonaparte.
Proclamada
a
Independência do Brasil, em 1822,
ofereceu seus serviços a D. Pedro I que
aceitou e deu-lhe o posto de brigadeiro
no exército brasileiro.
Em 1840, era esperança de o
império acabar de vez com o cerco de
Porto Alegre, destruir as tropas de
Bento Gonçalves e quiçá encerrar a
insurreição gaúcha.
O brigadeiro Labatut vinha de
São Paulo seguindo o caminho das
tropas, passando por Lages e Vacaria,
atravessando os nossos campos com
uma coluna de três armas e chegando
em Cima da Serra por onde permaneceu
algum tempo. Quanto à localidade onde
Labatut permaneceu em nossa região
ainda não encontrei alguma referência,
mas pode ter sido próxima do rio
Tainhas, numa fazenda. Labatut e seus
homens deveriam cercar as forças de
Bento Gonçalves ficando estas entre
fogo cruzado, encurralando-as, além de
impedi-las que fugissem para a região
litorânea através da serra.
Para um bom plano dar certo o
segredo é tudo, mas eis que vazou o
plano dos caramurus. Bento Gonçalves
ficou sabendo, antes de Labatut chegar
à Cima da Serra, que este estava vindo
com cerca de mil homens e armou um
“pega-ratão”. Tomou as medidas
necessárias para liquidar com o plano
imperialista e determinou que David
Canabarro seguisse com uma coluna
para São Francisco de Paula de Cima da
Serra (subiu através do vale do Rolante
pelo Caminho dos Tropeiros, atual
Estrada da Serra Velha). Chegando aos
Campos de Cima da Serra “serviu-se” do
gado dos fazendeiros locais para
alimentação da tropa e das mulheres e
crianças que seguiam junto, além de
descansarem da cavalgada. Enquanto
isso, Bento Gonçalves seguia pelo litoral
até Torres, subindo a serra do
Cavalinho, nas proximidades dos
Aparados, transpondo depois o rio São
Gonçalo, no Passo da Garrafa, e o rio
das Antas, no Passo do Matemático.
O experiente Pedro Labatut, nos
seus 72 anos bem vividos, recebe a
notícia, em Cima da Serra, que os
farroupilhas estavam vindo ao seu
encontro
numa
manobra
de
envolvimento nos campos serranos.
Precipitadamente começa uma fuga
desesperada em direção a Lages e Passo
Fundo, seguindo para Rio Pardo, mas
não se sabia o que havia acontecido
logo depois com a tropa de Canabarro.
A natureza humana foi mais forte.
Labatut, com desespero e medo de ser
exterminado pelos legalistas, se pôs a
correr; por outro lado, a natureza do
planeta Terra mandou um vendaval
para liquidar com os farrapos de
Canabarro e sua tropa, sendo pegos por
uma tempestade que por muitas horas
os afligiu, e foi tão violenta esta
tempestade que muitos animais foram
mortos, além da perda de quase toda a
artilharia. Muitas pessoas pereceram
neste temporal que ocorreu em mata
fechada entre o rio Tainhas e o rio das
Antas, e sabe-se que os sobreviventes
chegaram a comer carne de cavalo.
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22 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Labatut e seus homens, sem
saberem do ocorrido, nem olhavam
para trás. Ao “bater em retirada” foram
perdendo-se muitos homens, pois
vários desertaram e outros pereceram
pela fome e doenças. Alguns foram
mortos pelos índios coroados que não
haviam esquecido que foram expulsos
de suas terras pelos portugueses em
São Paulo e no Paraná, e que graças a
eles estavam cada vez mais exprimidos
neste mundo de brancos, vivendo agora
nas florestas da Província de São Pedro
do Rio Grande do Sul; mas, em relação
aos farroupilhas, nenhum mal foi feito.
Labatut foi se livrando do peso
de suas armas, abandonando os feridos,
fugindo dum inimigo que nunca viu e
perdendo uma batalha sem ter dado um
único tiro. Seus homens estavam sujos
e famintos, eram os farrapos do
momento, e chegaram a Rio Pardo
vindos de Passo Fundo. Mais uma vez
Labatut seria julgado pelo conselho de
guerra. Faleceu em 1849, em Salvador,
na Bahia, onde era, e ainda é
considerado um grande herói.
quarenta pistolas, algumas espadas,
munições, 200 serigotes e outras
miudezas. O povo de Lages e quase
todos os homens que acompanhavam o
estrangeiro, de Cima da Serra a Vacaria,
ou que estavam asilados nos matos,
estão se apresentando, e muito em
breve terei uma boa divisão na
Vacaria”.
O início do turismo em São Francisco
de Paula
No início até a metade do século
XX, os gaúchos de outras querências,
principalmente da capital Porto Alegre,
começaram
a
descobrir
Bento Gonçalves da Silva
escreve uma carta em Passo Fundo,
datada de 05/01/1841, a Domingos José
de Almeida, ministro do Interior, que
em resumo diz:
“A deserção de Labatut foi
espantosa; sua força reduziu-se a 400
homens; em sua fuga lançou seis bocasde-fogo no rio das Antas, grande porção
de munições. O depósito que tinha em
Lages ficou em nosso poder; nele
acharam-se 800 armas de infantaria,
que o clima de “São Chico”, como é
carinhosamente conhecida, e suas
águas límpidas são excelentes para a
saúde. Logo a cidade recebe o apelido
de “Suíça Rio-grandense”, dado pelo
emérito escritor, político, diplomata e
advogado Dr. Joaquim Francisco de
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23 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Assis Brasil, em 1914, aos 23 anos, que
escreve um texto sobre Cima da Serra
no Dicionário Geográfico Histórico e
Estatístico:
“A água serrana é afamada e
parece que ella por si só convalesce os
doentes que, de outras paragens
demandam para esta salubérrima
região, a qual, devido a sua
configuração geographica, pode, com
razão, ser appelidada a Suíssa Riograndense”.
Começam caravanas de turistas
a subirem a serra. Além das belezas
naturais que a cidade e município
oferecem, ainda há a hospitalidade
serrana recebendo todos com muito
respeito e cortesia própria do serrano
da época. Em decorrência, os visitantes
começam a comprar terrenos na cidade
e a construírem suas casas de veraneio.
Na segunda metade do século
XX, surgem as festas e exposições
agropecuárias, dirigidas principalmente
aos visitantes, como, por exemplo, a
Festa do Pinhão realizada sempre no
inverno. Temos os rodeios crioulos,
organizados pelos piquetes de
laçadores; as exposições agropecuárias,
realizadas pela Associação Rural,
fundada em 1934; e o Centro de
Tradições Gaúchas Rodeio Serrano,
fundado em 1955, com seus bailes
regados à hospitalidade e tradição
gaúchas.
Uma pergunta sempre roda na
cabeça dos serranos: Por que o nosso
município não desenvolve a parte
turística como os outros vizinhos da
Região das Hortênsias, pois nos anos 50
éramos mais conhecidos que Gramado,
Canela e Nova Petrópolis? Quem soube
responder esta pergunta foi um exsecretário de Turismo do Rio Grande do
Sul, o senhor Milton Zuanazzi, em
crônica para o Jornal Hora H de
setembro de 1999:
“O Turismo no Rio
Grande do Sul iniciou, cerca de 45 anos
atrás (em 1954), principalmente em São
Francisco de Paula e nos Campos de
Cima da Serra, através dos antigos
veraneios. Depois, possivelmente em
função da importância da madeira na
economia da região e do Estado, e
também da criação de gado, o
município parou a dar prioridade a estas
atividades econômicas em detrimento
do
turismo.
Gramado
cresceu
exatamente neste espaço. À medida
que
tinha
dificuldades
na
comercialização da madeira e não
possuía um plantel bovino de volume,
acabou se desenvolvendo pelo turismo e
veraneio e depois pelo turismo de
inverno, tornando-se essa potência que
é hoje para o setor. Posteriormente,
Canela também adotou a mesma
atitude, como Nova Petrópolis. ”
Em 26 e 27 de novembro de
1996, foi organizado um seminário pela
Associação Comercial e Industrial de
São Francisco de Paula para fazer um
perfil de exploração turística no
município. Foram selecionadas treze
pessoas que deveriam se reunir em
certos
períodos
para
dar
prosseguimento ao desenvolvimento
deste setor. O grupo foi chamado de
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24 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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CAPI (Combinar Autoridade Poder e
Influência). Foi elaborado o seguinte
conceito: “Satisfazer os anseios de
liberdade,
espaço,
expansão,
movimento, bem-estar, repouso, lazer,
alimentação serrana e de outras etnias,
inclusive
com
qualidade
de
atendimento aos visitantes que estão
longe de cotidianos; com atrações,
eventos e opções baseadas em nossas
belezas naturais, topografia típica,
artesanato e indumentária gaúcha,
vivência e participação em hábitos e
cultura gaúcha, pontos turísticos,
realização de eventos como cross,
pesca, cavalgadas, com orientação
turística, oferecendo ainda opções e
itinerários que estimulem o descanso,
paz de espírito e saúde física e mental.
Sempre dentro das diretrizes de
oferecer uma experiência vivencial
gratificante e satisfatória aos visitantes,
valorizar as potencialidades naturais,
características geográficas e aspectos
culturais de nosso município e
orientar/educar nossa comunidade
quanto à preservação e valorização de
nossos produtos turísticos e do
potencial turístico de São Francisco de
Paula”.
Centro de Informações Turísticas
Em 14 de novembro de 1992, foi
inaugurado o Centro de Informações
Turísticas de São Francisco de Paula. O
secretário de Turismo da época disse
que o principal objetivo seria dar a
primeira saudação do município aos
visitantes que aqui chegam. O Centro
de Turismo está instalado em uma área
de 500 metros quadrados, no
entroncamento que dá acesso aos
municípios de Taquara e Canela, na RS020. Representa a sede de uma fazenda
caracteristicamente serrana, onde
funcionaria, além de uma central de
informações turísticas para o município
e região, um “bolicho” que teria à
disposição produtos elaborados na
serra e o tradicional fogo de chão onde
o turista é recepcionado com um
gostoso chimarrão enquanto aprecia a
boa música nativista.
Miragem Livraria
Em março de 2008, foi
inaugurado um prédio espetacular no
centro da cidade, localizado na Avenida
Júlio de Castilhos esquina com a Rua
Barão de Santo Ângelo, que logo nos
primeiros dias tornou-se um dos pontos
turísticos
mais
visitados,
principalmente por turistas e amantes
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25 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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dos livros e das artes. Um local para a
cultura do Rio Grande do Sul se
vangloriar. É onde se encontra a
Miragem Livraria, e sua proprietária é a
professora de História aposentada
Luciana Olga Soares que salienta:
“Nossa intenção é transmitir bons
valores através dos livros, da música, da
arte e de uma alimentação saudável. A
realização deste projeto significa a
concretização de um sonho”.
A livraria foi planejada pelos
arquitetos Cláudia Tubino Fegapani e
Ricardo Luís Segatti, privilegiando em
suas instalações a diversidade e a
vaporização do resgate histórico da
região. A construção conta com dois mil
metros quadrados, com paredes de
alvenaria no primeiro piso, sendo o
restante todo feito em madeira, e parte
da estrutura interna foi construída com
madeira de demolição, materiais antes
desprezados em reformas, que
conferem personalidade em estantes,
armários e portas da livraria. O espaço
conta com dois mezaninos. São três
pisos que abrigam de tudo nas belas
prateleiras, vários espaços culturais, um
sebo e um local especial, inaugurado
em 2014, que resguarda as obras dos
escritores serranos e gaúchos. Nosso
maior poeta Léo Ribeiro de Souza disse
na inauguração: “É um lugar que traz a
cultura serrana e contribuirá para a
autoestima das pessoas da região,
contrariando a lenda dos porcos que
dizia que as coisas e pessoas dali teriam
dificuldades de progredir”.
Em poucos anos será construída
a réplica da Igreja de Pedra que havia
em São Francisco de Paula e que foi
demolida em 1961, e já há no local um
prédio que é a miniatura do antigo
Banco Nacional do Comércio, fundado
em 1918, espaço usado para palestras e
lançamentos de livros, como também
galeria de exposições de fotografias ou
de pinturas e apresentações musicais.
Neste local há várias fotos antigas e em
tamanho grande de alguns prédios e
lugares em “São Chico”. Antes de ser
erguido e inaugurado este prédio a
Miragem Livraria já existia desde 2000,
mas em outro local, agora localizada
num lugar extraordinário.
Projeto “Ilumine uma Araucária”
Em junho de 2008, um novo
projeto para embelezar a cidade na
época de Natal foi implantado por uma
comissão organizadora escolhida pela
administração municipal: o Projeto
“Ilumine uma Araucária”, e o texto
divulgado por esta comissão, foi o
seguinte:
“São Francisco de Paula
é considerada um importante reduto da
natureza, cercada por matas, montes,
cachoeiras, barragens e outros
atrativos”.
Neste
contexto,
a
preocupação quanto à preservação
deste valioso “patrimônio natural” deve
ser constante. Para isto, e por isto,
imbuídos deste espírito, surgiu o Projeto
ILUMINE UMA ARAUCÁRIA.
O projeto é encarado
como uma ação comunitária e prima
pela simplicidade e objetividade,
buscando valorizar, destacar e
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26 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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preservar o presente que nos foi dado
por Deus: esta natureza ímpar, em
especial a “ARAUCÁRIA”. O que
queremos é semear, principalmente,
entre as crianças e os jovens, o amor, o
respeito e o espírito de luta, por esta
causa que é de suma importância para
nós e para as gerações futuras.
O
ILUMINE
UMA
ARAUCÁRIA foi a melhor forma que
encontramos para incentivar esta
batalha. Através de uma iluminação
sutil e elegante, almejamos fazer que a
comunidade e os visitantes admirem a
beleza exuberante de uma araucária,
mesmo durante a noite, e pensem nos
benefícios que ela traz ao meio
ambiente e na necessidade de preservála.
Escolhemos o mês de
dezembro para a execução do Projeto,
também chamado de ARAUCÁRIAS: UM
CAMINHO DE LUZ, porque queremos
aliar o espírito de preservação da
natureza ao espírito de Natal, tornando
a nossa cidade mais bonita aos nossos
olhos e aos olhos daqueles que a
visitarem nessa época. ”
Turismo a Cavalo
São Francisco de Paula, na
década de 90, foi palco do surgimento
de duas iniciativas notáveis - duas
atividades distintas, mas cada uma, a
seu modo, "protagonista" no cenário
turístico gaúcho e brasileiro: o
churrasco na vala, do Pomar Cisne
Branco, e as viagens a cavalo da
Fazenda Campo Fora (nascida como
Horseback).
O turismo a cavalo surgiu (aqui e no
Brasil), como sugestão promocional
para a raça crioula, da mão de Paulo
Hafner, um publicitário porto-alegrense
com raízes nos Campos de Cima da
Serra - seu avô Walter Jorge Herrmann
era o proprietário da Fazenda
Taquaruçu desde quase cem anos, e
talvez o primeiro land-developer da
região: trouxe pra cá o gado hereford,
foi um dos primeiros florestadores e
com certeza o primeiro "batateiro" de
São Chico (década de 50), além de criar
o Remanso Indianópolis, até hoje
referência de loteamento para
"veranistas", ao lado do Hampel, e que
se confunde com o próprio nome do
hotel (que também merece registro na
História do Turismo - mais antigo hotel
da Serra Gaúcha e ainda em pleno
funcionamento com seus mais de 115
anos).
Como os criadores da raça
crioula (clientes da agência de Paulo)
não se interessaram pela proposta do
turismo equestre, Paulo e sua esposa
Ângela, apaixonados pela ideia,
resolveram recorrer a cavalo os
arredores de São Francisco de Paula e
começaram a atrair turistas focados em
cavalgadas, ao mesmo tempo em que
buscavam - e conseguiam - uma
cobertura impressionante de revistas,
jornais e televisão, com mais de 500
páginas publicadas, transformando São
Francisco de Paula como sua sede em
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27 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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referência da atividade no Brasil e no
mundo.
No princípio, pelas estradinhas
de colônia e antigos corredores - José
Velho, Linha São Paulo, Bugres, Salto,
Corredor dos Dutra, Lava-Pé, Vaca
Velha, Passo do Inferno, Carapina,
Samambaia, Lagoas, Serra Velha,
Caconde, Mato das Flores, Sumidouro,
"Cervejaria",
Oito
Cachoeiras,
Rolantinho, e logo adiante, se
espraiando
e
mostrando
aos
proprietários que sua passagem era
respeitadora de todos e quantos no
caminho estivessem. Conseguindo
permissão de passagem pelos campos e
matas das fazendas da região, alargou
as trilhas até Cambará do Sul, Jaquirana
e São José dos Ausentes.
uma das mais baixas densidades
demográficas do Rio Grande - a campo
fora, como bem
disseram
os
Bertussi, sugerindo
a própria marca
dessa dupla que
ajuda a escrever a
história do turismo
de São Chico, onde
“tem
caminhos
que só a cavalo se
conhece...”.
Churrasco feito na
Vala
Através do Pomar Cisne Branco,
por quase duas décadas foi oferecido
aos turistas que foram almoçar ou
jantar no galpão do Pomar o famoso
Churrasco na Vala, tão reconhecido
que, em dezembro de 1996, quando o
então presidente Fernando Henrique
Cardoso visitou o Rio Grande do Sul e
“apeou” em Gramado, o Churrasco na
Vala foi importado do Pomar Cisne
Branco direto para Gramado. Muitas
autoridades presentes “lamberam os
beiços” naquela ocasião, de tanto que
apreciaram o sabor daquela carne. O
churrasco feito na vala, após ser muito
bem temperado, é assado lentamente
durante seis horas em peças inteiras
que ficam agarradas em espetos de
madeira sobre uma vala abarrotada de
brasas, depois de feito, a carne fica
macia e saborosa, seja de gado como a
picanha, alcatra e a costela, pernil de
porco ou de cordeiro. Acompanhava a
Hoje, após 22 anos e a passagem
de pelo menos 13 mil turistas, Paulo e
Ângela continuam conduzindo gente
diferenciada dos quatro cantos do
mundo que buscam a oportunidade de
passar dois, três ou até sete dias a
cavalo numa região como a nossa, com
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28 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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carne a típica comida serrana que é do
tempo dos tropeiros, um arroz
carreteiro de charque, arroz com
galinha, feijão com charque ou feijão
mexido, paçoca de pinhão, moranga
caramelada, batata doce, farofa de
charque socado no pilão e aipim
(mandioca); de sobremesa: arroz doce
com leite, pudim, ambrosia e compotas
de frutas da época. Outra comida muito
apreciada era o “Enrolado no Pau” que
é feito da seguinte forma: junta-se um
pouco de carnes bovina e suína moídas,
condimentadas com temperos verdes e
sal; depois de bem misturada, é
grudada esta massa num espeto de
madeira que é levado ao fogo e em
poucos minutos está pronto.
A falta de Museus para visitação dos
turistas
Vocação Natural.
Pioneira na utilização de
ícones da tradição gaúcha
em atividades Turísticas, São
Francisco de Paula na
década de 90, foi palco do
surgimento
de
duas
iniciativas notáveis - duas
atividades distintas, mas
cada uma, a seu modo,
"protagonista" no cenário
turístico gaúcho e brasileiro:
o churrasco na vala e o
Turismo Equestre.
Uma grande fonte de arrecadação para
um município como o nosso, com tantas
Enfatizamos a necessidade
riquezas naturais e uma cultura gaúcha
de divulgação e estruturação
invejável por muitos, é sem dúvida o
do
produto
turístico
turismo. Temos que ter um museu
presentes nestas iniciativas.
público sobre os nossos índios caaguas,
quem sabe o Museu Caagua, onde
haveriam de ser expostos artefatos
indígenas, além de ter desenhado nas
paredes o modo de vida que tinham
aqui e, por que não, agregarmos junto
nossa história tropeira, açoriana e
gaúcha. Mas, para isso, precisamos
recuperar o que nos foi retirado no
decorrer dos anos e levado para o
museu de Taquara, localizado antes da
Polícia Rodoviária, sendo que neste
local existem vários pedaços de
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29 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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cerâmica, pontas de flechas e outros
artefatos.
Seria interessante fazer uma
campanha para acrescentarmos ao
nosso museu todas as relíquias que
muitos serranos e outros devem ter
guardadas nas suas casas e que se
referem aos índios. Estes colaboradores
as doariam (mencionando o nome do
doador junto à peça) e tais seriam
exibidas aos turistas e aos serranos,
cobrando-se uma pequena taxa de
manutenção do local. Também caberia
resgatar as pesquisas arqueológicas e
antropológicas da nossa região, como
as que foram feitas nos anos sessenta e
nas quais foram encontradas mais de
mil habitações indígenas, tipo cavernas,
e enormes buracos escavados no chão
nos Campos de Cima da Serra, entre
“São Chico” e Bom Jesus. Quantos
mistérios indígenas estão soterrados na
nossa região à espera duma escavação
profissional?
Arquitetura das Antigas Casas de
Madeira
No século XX, no final dos anos
20, e nos anos 30/40, dois alemães,
excelentes técnicos na arte da
construção
em
madeira,
revolucionaram o estilo das casas de
madeira em São Francisco de Paula.
Seus nomes: Augusto Thiele e Otto
Mack, que fizeram por volta de 50
residências, muitas já desmanchadas e
outras literalmente “caindo aos
pedaços”. Além de construir casas e
prédios em madeira, Mack fez uma
dezena de pontes no interior do
município nos anos 30/40, falecendo
em 1944, aos 62 anos. Thiele fez
algumas escolas, vindo a falecer aos 91
anos, em 1984. As principais atividades
do município na época destes alemães
eram a industrialização da madeira, do
couro e da lã. O início do
desenvolvimento de São Francisco de
Paula começou na exploração da
madeira,
principalmente
das
araucárias,
chegando
a
serem
derrubadas milhões de árvores nesta
época.
Ambos
deixaram
uma
arquitetura riquíssima.
Uma das casas que atrai
fotógrafos e olhares dos turistas e
moradores muito apaixonados por esta
residência, pertenceu a Napoleão
Emygdio de Moura, que contratou
Thiele para construí-la em 1926. Hoje é
parte do inventário dum espólio da
família Breyer. Esta casa fica em
diagonal com a Miragem Livraria, na
Avenida Júlio de Castilhos. Outra casa
interessante,
que
tem
como
revestimento externo retalhos de
madeira em quadradinhos, é a da
família de Mack, e está localizada na
Avenida Getúlio Vargas, esquina com a
Rua dos Pessegueiros.
Avenida Júlio de Castilhos, a antiga Rua
Grande
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30 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Nossa principal artéria é a
Avenida Júlio de Castilhos, a antiga Rua
Grande por onde passavam os tropeiros
no século XVIII, e posteriormente, no
século XIX e início do século XX, os
carreteiros que levavam o famoso
queijo serrano, além de muitos
produtos originários das fazendas e
sítios locais. Todos praticamente
fizeram essa rua tornar-se muito ampla
com o constante passar de suas tropas,
rebanhos e carretões. Atualmente, a
Avenida Júlio de Castilhos tem quase
dois mil metros de extensão, sendo
totalmente arborizada, com passeio
central e vários monumentos como o do
“Negrinho do Pastoreio”, obra de Vasco
Prado, trazida da localidade da
Aratinga, no distrito de Tainhas, onde
foi inaugurada em 1956, para o centro
da cidade. Outros monumentos são em
homenagem aos tropeiros, criação de
Edmilson Duarte Almeida; ao gaúcho
carreteiro, obra do artista plástico
uruguaio Sérgio Centurion; e à cuia,
inaugurada em dezembro de 1959, que
representa nossa forte tradição gaúcha.
A Igreja Matriz de São Francisco de
Paula
No dia 14 de junho de 1964, foi
inaugurada a monumental Igreja Matriz
de São Francisco de Paula com todas as
pompas que merece uma grande obra.
Possui lindos vitrais e trabalhos
artesanais feitos na madeira das portas
e nos oratórios.
A Festa da Macela
A Festa da Macela reúne
milhares de motociclistas e recebe um
público de aproximadamente trinta mil
pessoas. A tradição é centenária entre
os serranos do campo. A macela deve
ser colhida antes do sol nascer. A planta
macela
(Achyroclinesatureioides),
quando
colhida
na
madrugada da sexta-feira
santa, fará com que o chá
fique bento, devido ao
orvalho santo, e, por
conseguinte, santificará a
saúde da pessoa que a ingerir.
Dizem que suas propriedades
são:
adstringente,
antiasmática,
antiespasmódica,
anti-inflamatória,
antisséptica, bactericida, carminativa,
digestiva, sedativa, sudorífera e tônica.
Indicada para casos de azia, cálculo
biliar, cólicas intestinais, diarreia,
disfunções gástricas, gastrite e má
digestão. Também é benéfica para
dores de cabeça, principalmente depois
da ressaca por ter ingerido muita
bebida alcoólica. As flores da macela
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31 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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costumam ser usadas pela população
como estofo de travesseiros para os
bebês, por se acreditar que tenha
efeitos calmantes.
A visitação de motociclistas vem
do final dos anos 70 e início dos 80,
quando eram apenas poucas dezenas
de pessoas. Com o tempo o número de
motociclistas foi aumentando e as
arruaças e brigas também. A partir de
1997, a festa começou a ser organizada
pela administração local, com proteção
da Brigada Militar, e deste momento em
diante milhares vieram para a cidade,
não só para recolherem a planta nos
Campos de Cima da Serra, mas também
para assistirem aos shows musicais e
apreciarem as motocicletas que
impressionavam pela cilindrada, pela
raridade e beleza dos enfeites que
continham, havendo algumas, porém,
adornadas com um gosto suspeito e
macabro em relação ao da maioria dos
apreciadores destas máquinas.
Festa do Pinhão:
tradicional
a
festa
mais
A primeira Festa do Pinhão foi
realizada com a intenção de
homenagear o primeiro ano da
inauguração do Setor Municipal de
Educandários Gratuitos, o qual levou à
criação da Escola Técnica de Comércio,
a primeira instituição escolar da cidade
com oferecimento de um curso técnico.
Foi uma grande festa repleta de
atrações e o nome escolhido para este
evento foi “Festa do Pinhão”, ocorrendo
num único dia, em 2 de abril de 1961,
num domingo de Páscoa, realizada no
Parque de Exposições Davenir Peixoto
Gomes,
a
famosa
“Balança”,
pertencente à Associação Rural. A data
de 2 de abril é também um feriado
municipal desde 1938, por ser o dia do
santo padroeiro deste município: São
Francisco de Paula. A 2ª Festa foi
organizada pela prefeitura municipal
em 1962, depois vieram a 3ª em 1968, a
4ª em 1970, a 5ª em 1972, e em 1974
foi realizada a 6ª Festa do Pinhão.
Após uma lacuna de 23 anos, foi
realizada uma nova festa que continua
até hoje, com numeração nova desde
1997, sendo essa a 1ª Festa do Pinhão
da nova geração, não havendo mais
interrupções de anos, sendo, na maioria
das vezes, realizadas no início do mês de
junho pela tendência para queda de
neve, umas das grandes características
do clima ameno de “São Chico”.
Na sua primeira Edição, em
1997, a Festa aconteceu na Avenida
Júlio de Castilhos. De 1998 a 2000, a
festa foi realizada no Ginásio Municipal
de Esportes; de 2001 a 2004, na Praça
Podalyro Alves da Silva e na frente desta
praça, na Avenida Júlio de Castilhos; de
2005 a 2008, na Sociedade Cruzeiro,
dentro do seu perímetro; em 2009 e
2010, no Parque de Exposições Davenir
Peixoto Gomes; em 2011, numa área
alugada
da
empresa
Gaúcha
Madeireira, no seu Parque de Eventos;
em 2012 a Festa ocorreu no Ginásio
Municipal de Esportes, e em 2013 e
2014, retornou para a Avenida Júlio de
Castilhos, entre as ruas Assis Brasil e
intersecção da Gaspar Martins e
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32 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Henrique Lopes da Fonseca,
em 2015 foi realizada no
Centro
Municipal
de
Esportes na Rua Frederico
Tedesco, atingindo sua 19ª
edição.
O
Pinheiro
Angustifolia
Araucária
É muito importante
conhecer um pouco da
árvore que produz este
fruto saboroso chamado pinhão, e que
por milhares de anos foi o alimento
principal dos índios da Tradição Taquara
que aqui viveram, depois vieram os
caaguas e, por fim, os botocudos
(xoclengues) e coroados (caingangues)
que guerreavam pelas conquistas dos
pinheirais.
A madeira desta árvore é de
ótima qualidade e possui um tronco
retilíneo, sem curvaturas. O pinheiro do
sul da colônia atraiu os colonizadores
portugueses, chegando sua fama no
reino de Portugal, e por ordem do rei
Dom João V, em 1765, foi autorizado o
corte de pinheiros em Curitiba para a
construção da nau São Sebastião que
navegou por mais de cinquenta anos
pelos mares do Oceano Atlântico. As
araucárias são árvores coníferas, do
gênero Araucárias da família das
Araucariaceae. Existem dezenove
espécies do gênero, bem distribuídas no
planeta: na Nova Caledônia (onde treze
espécies são endêmicas), nas Ilhas
Norfolk, no sudeste da Austrália, na
Nova Guiné, na Argentina, no Chile, e
nas regiões sul e sudeste do Brasil,
sendo que a nossa espécie é a
angustifólia, mais conhecida como
Pinheiro-do-Paraná, e desta espécie
temos algumas variedades como
veremos a seguir:
Araucariaangustifolia (variedade
angustifólia)

Árvore grande, de 30 a 52
metros de altura, com tronco
reto simples ou com pequenas
ramificações ou perfilhos (de 1 a
15). Alguns pinheiros atingem
mais de dois metros de
diâmetro.

Galhos dispostos na parte
superior do tronco (com
exceção dos pinheiros de
campo); ramos 4 a 8 dispostos
em verticilos distantes entre si,
com afastamento que se reduz,
gradativamente, até o ápice do
tronco. Nas árvores novas a
ramificação forma uma copa
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33 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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piramidal que se reduz, por
derramagem natural, a um
corimbo, nas adultas.

Os galhos ou ramos primários
são cilíndricos com até 9 metros
de comprimento e alcançando
até 22 cm de diâmetro, às vezes,
ramificados, curvos para cima,
sendo maiores os de verticilos
inferiores;
raminhos
secundários
ou
grimpas,
alternos,
agrupados
na
extremidade
dos
ramos
primários, os quais, também,
podem frutificar.

Casca do caule grossa, resinosa,
com até 18 cm de espessura cuja
superfície externa se desprende
em placas cinzento-escuras,
muitas vezes avermelhadoescuras ou vináceas, lisas,
soltando externamente placas
coriáceas e finas com cerca de 1
mm de espessura. Quando
muito
velha
apresenta-se
profundamente
gretada
(formando o “caxé”).

Folhas de 2 a 7 cm de
comprimento e 5 a 7 mm de
largura, simples coriáceas,
sésseis, lanceadas, agudíssimopungentes, mais ou menos
côncavas, quase sempre verdeescuras,
com
tonalidade
azulada;
planta
dióica,
raramente monóica, flores
unissexuadas.

As inflorescências masculinas
constituem
um
amento
cilíndrico ou “mingote” com 10 a
15,5 cm de comprimento ou
mais e 1,5 a 3,5 cm de diâmetro,
com
estames
achatados,
pedicelados, com 10 a 25
anteras alongadas e presas na
face ventral de cada escama.
Estas
se
abrem,
longitudinalmente,
deixando
livre o pólen. As escamas se
arranjam na inflorescência
masculina em espiral e se abrem
primeiramente, as da base para
deixarem o pólen livre e à
disposição do vento para ser
transportado até o cone
feminino.

Flores femininas constituindo
um cone sub-arredondado, no
ápice de um pedúnculo,
protegido por numerosas folhas
muito próximas umas das
outras. Cerca de 600 brácteas
escamiformes,
coriáceas,
inserem-se sobre um eixo
central, mais ou menos cônico,
branco-amarelado constituído
de um tecido mais ou menos
mole. As brácteas escamiformes
férteis ou escamas seminíferas
sustentam, em sua base, apenas
um óvulo, as quais, após a
fecundação do óvulo vão
envolvendo-o à medida que o
pinhão se desenvolve e soldam
seus bordos com os da bráctea
superior ou escama tectriz.
______________________________________________________________________
34 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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


Cada estróbilo contém de 20 a
198 sementes ou “pinhões” (10
a 150), segundo Leonardis
(1948), com 5 a 7 cm de
comprimento e 1 a 2 cm de
diâmetro,
obovadocuneiformes,
lisas
ou
ligeiramente
estriadas,
achatadas ou não, com a face
ventral, geralmente plana e a
dorsal abaulada, ápice ou
“cabeça” formado de um tecido
frouxo e seco, terminando num
apêndice espiniforme achatado
e curvo para a base do estróbilo.
Amêndoa com cerca de 3 a 7 cm
de comprimento, branca ou
rosado-clara é constituída,
principalmente, de matéria
amilácea,
envolvida
pelas
brácteas ventral e dorsal,
soldadas pelos contornos, com
exceção da base na qual podem
ficar parcialmente ligadas. No
centro encontra-se o embrião
branco ou rosa-claro.

Distribuição geográfica: Brasil,
nos estados do Rio Grande do
Sul, Santa Catarina, Paraná, e
com manchas esparsas nos
estados de Minas Gerais e São
Paulo (principalmente em São
Carlos do Pinhal e Campos do
Jordão).
Araucariaangustifolia (variedade
caiová ou cajuvá)
Esta variedade difere da típica
por ter sementes vermelho-escuras
com ponta branca que se desprendem
da pinha madura e maturação tardia, de
julho até a primeira quinzena de agosto.

Tipo: Estado de Santa Catarina:
Canoinhas, no Parque Florestal
“Joaquim Fiuza Ramos”.

Nomes vulgares: Pinheiro cajuvá
e pinheiro caiová.

Distribuição geográfica: Brasil,
do Paraná ao Rio Grande do Sul.
Cotilédones 2 a 3, com 2 cm de
comprimento reto ou com a
extremidade dobrada, de secção
Araucariaangustifolia (variedade
plano-convexa, constituindo 5/6
indehiscens)
do comprimento do embrião.
Este é cilíndrico constituído
Esta variedade difere da típica
ainda do hipocótilo de 3 mm de
por ter cor vermelho-escura com a base
comprimento e pela radícula de
branca
ou
branco-amarelada,
2,95 mm de comprimento, na
constituída pelo apêndice testáceo que
base.
Na
inserção
dos
pode alcançar até a metade do
cotilédones
encontra-se
o
tamanho dos pinhões, amadurecendo,
caulículo, visível apenas na
germinação.
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35 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Geralmente, a
partir de novembro, e
os pinhões não se
desprendem da pinha.

Tipo:
Brasil,
Santa Catarina:
São Joaquim.

Nomes
vulgares:
Pinheiro
macaco
pinhão
macaco.

ou
Distribuição geográfica: Sua
dispersão abrange Rio Grande
do Sul e Santa Catarina.
Araucariaangustifolia (variedade
dependens Mattos) Mattos,
Loefgrênia
Esta variedade difere da típica
por ter as grimpas ou ramos
secundários pendentes, delgados,
simples, raramente com alguma
ramificação, com até 1,8 m de
comprimento.

Tipo: Estado do Rio de Janeiro,
perto de Mauá.

Distribuição
geográfica:
conhecida apenas da coleta
típica.

Nome vulgar: “pinheiro chorão”.
Araucariaangustifolia (forma
catharinensis)
Esta forma se caracteriza por ter
os pinhões com a bráctea escamiforme
superior ultrapassando 0,5 cm ou mais
ao comprimento da escama fértil. Seus
pinhões
são
vermelhos,
com
amadurecimento em julho.

Tipo: São
Catarina.

Distribuição geográfica: Estado
de Santa Catarina, São Joaquim.
Joaquim,
Santa
Hotel Veraneio Hampel
Reportagens do final do século
XX citam que este hotel foi fundado no
término do século XIX, em 1899, pelo
casal de alemães José e Albertina Aguiar
Hampel, sendo construído num local de
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36 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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clima tipicamente europeu, onde até
neva de vez em quando. Deram o nome
de Quisisana - Pensão Hampel - Bocca
da Serra. Um antigo jornal da cidade,
Folha da Serra (1938/1971), cita, em
1953, como fundador da Pensão
Hampel o austríaco Francisco (José)
Hampel. É o hotel mais antigo da cidade
e ainda está em pleno funcionamento,
hoje chamado de Hotel Parque
Veraneio Hampel.
Possui este hotel um dos
parques mais bonitos da região das
hortênsias, um lugar onde a natureza
deslumbra-se aos olhos dos visitantes.
Situa-se na Boca da Serra, um local
histórico, pois por ali passava a antiga
estrada que levava as pessoas que iam
para o sul do estado ou que vinham
para Cima da Serra, cruzando bem em
frente ao Veraneio Hampel, um
estabelecimento tradicional e pioneiro
no turismo de São Francisco de Paula.
No parque do Veraneio Hampel foram
filmadas algumas cenas do filme “A
Quadrilha do Perna Dura”, uma película
de Teixeirinha filmada toda em “São
Chico" em 1975. A propriedade é de 27
hectares, com muitos passeios, trilhas,
cascata e lago límpido, sendo para os
amantes dos pássaros um paraíso, um
prato cheio para fotografias e
filmagens. Um lugar sossegado e lindo.
As hortênsias que lá existem foram
provavelmente as primeiras plantadas
na região serrana, e as mudas originais
foram trazidas pelos Hampel da Europa,
quando estes vieram para o Brasil.
Hotel Cavalinho Branco
Por volta de 1947, um grupo de
empresários resolveu construir um
hotel/cassino próximo ao Lago São
Bernardo que já atraía a atenção dos
turistas da cidade. Como o jogo era
liberado no Brasil, a ideia foi avante,
começando a construção por volta de
1948. O nome do hotel seria
Hotel/Cassino São Bernardo, pois já
havia um loteamento com este nome e
com o qual o novo lago foi batizado
tempos depois. Com a ideia de fazer
uma estrutura parecida com o Hotel
Cavalinho Branco na Alemanha, o qual
foi também imitado na construção do
Palácio Quitandinha no Rio de Janeiro,
resolveu-se batizar a construção do
hotel em “São Chico” com o mesmo
nome do hotel alemão. Mas o jogo foi
proibido no governo do presidente
Eurico Gaspar Dutra e o sonho do
cassino acabou. As obras foram
abandonadas e por dentro o hotel ficou
inacabado. No final de 1969, foi
declarado pela administração municipal
como de utilidade pública para fins de
desapropriação. Através da Lei
Municipal nº 875, de 21 de setembro de
1977, a Prefeitura Municipal permutou
as
ações
que
possuía
do
empreendimento por ações da
Turinvest, integrando-se não só a
Turinvest àquela comunidade, como a
cidade de São Francisco de Paula à
Turinvest, ficando ambas irmanadas e
associadas. O hotel, que passaria a ser a
mais nova unidade hoteleira da
Turinvest, retomou a construção e, em
1979, já estava em funcionamento.
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37 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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As Barragens do Salto, Blang e da
Divisa
São Francisco de Paula possui
um grande manancial de água. O
município é repleto de rios, arroios,
sangas e açudes, além de suas dezenas
de cascatas e cachoeiras. Nossas
barragens hoje e desde que foram
construídas são verdadeiros pontos
turísticos, e a barragem do Salto, no
distrito de Eletra, é a mais visitada no
verão.
A Barragem do Salto foi
inaugurada em janeiro de 1951,
estando a 22 km da cidade, e o seu rio é
o Santa Cruz. A barragem tem 583
metros e uma altura de 12 metros; a sua
bacia de acumulação é de 14 milhões de
metros cúbicos.
A Barragem do Blang foi
inaugurada em fevereiro de 1958,
ficando a 15 km da cidade, e o rio
aproveitado é o Santa Cruz. A barragem
tem 507 metros e uma altura de 17
metros; a sua bacia de acumulação é de
50 milhões de metros cúbicos.
A Barragem da Divisa foi
inaugurada em agosto de 1960, com
distância de 22 km da cidade, aproveita
as águas do Arroio da Divisa. A
barragem tem 239 metros e uma altura
de 26 metros; sua bacia de acumulação
é de 14 milhões de metros cúbicos.
Toca e do Passo
do
Inferno,
constatando-se
que na Queda do
Salto a descarga
era de 1,374 m³,
um desnível de
7,818 metros e
um
potencial
hidráulico de 180
HP. Na Queda da
Toca a descarga
era de 1,817 m³,
um desnível de
43.031 metros e
um
potencial
hidráulico
de
1.042,5 HP. Na
Queda do Passo
do Inferno a
descarga era de
2,306 m³, um
desnível
de
23,343 metros e
um
potencial
hidráulico
de
717,7 HP.
A Usina da
Toca
foi
inaugurada pelo
Presidente
Getúlio Vargas em
25 de julho de
1930. Em 9 de
julho de 1928, o
intendente de São
Francisco
de
Paula,
coronel
Elisiario
Paim
Neto, assina o
Potencial Hídrico
=
Potencial Turístico.
Reforçamos o potencial
para a o desenvolvimento
de turismo de pesca
esportiva. Ecoturismo e
turismo náutico.
São Francisco de Paula
possui um grande manancial
de água. O município é
repleto de rios, arroios,
sangas e açudes, além de
suas dezenas de cascatas e
cachoeiras.
Nossas
barragens hoje e desde que
foram
construídas
são
verdadeiros
pontos
turísticos, e a barragem do
Salto, no distrito de Eletra, é
a mais visitada no verão.
As três barragens acumulam
água, para geração nas usinas de Bugres
e Canastra, de 51.000 kW/h, e
beneficiam vários municípios. Em 1922,
foram medidas as quedas do Salto, da
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38 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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termo de entrega provisória da Usina do
Salto, que deveria ser disponibilizada
em definitivo treze meses depois;
porém, foi entregue provisoriamente
pelo Estado em 16 de maio de 1928. A
Usina do Passo do Inferno foi a primeira
usina projetada e construída pela CEEE
em São Francisco de Paula. Foi
arquitetada em 1930, sendo inaugurada
em 15 de novembro de 1948, mas
desde setembro já estava em
funcionamento. A Usina do Passo do
Inferno, a partir de janeiro de 1922 já
operava de forma automatizada, sem
nenhum operador, e desde a metade da
década
dos
anos
2000
está
modernizada e sendo telecomandada
pela Usina da Canastra.
O Sistema Salto surgiu na
década de 40. As águas do Rio Santa
Cruz correm numa altitude em média de
700 metros, são represadas e
regularizadas pelas barragens do Salto,
Blang e Divisa, em nosso município, e
conduzidas, através do túnel do Salto,
para o vale do Rio Santa Maria, no
município vizinho de Canela, onde são
aproveitadas nas usinas dos Bugres e da
Canastra. Este túnel do Salto tem 2.089
metros de comprimento por 2 metros
de diâmetro. A ponte do Passo do
Inferno, feita de ferro, é um grande
atrativo turístico, sendo aproveitada
numa cena duma novela da TV Globo:
“Chocolate com Pimenta” (2003/04).
O prédio do Hospital de
Caridade foi inaugurado em 16 de
março de 1944, mas a Sociedade
Hospital de Caridade iniciou-se em 23
de dezembro de 1936. Na inauguração
do prédio, em 1944, esteve o General
Ernesto Dornelles, Interventor Federal
do Estado e o primeiro governante do
Rio Grande do Sul a visitar nosso
município. A ideia da criação do nosso
hospital surgiu no carnaval de 1932,
num baile à fantasia no extinto Hotel
dos Viajantes, onde hoje está localizado
o prédio do Fórum, com a menina Leda,
de quase dez anos, que arrecadou os
primeiros 30 mil réis lendo a sorte de
todos os presentes fantasiada de
ciganinha. Era filha de Paulo Hecker que
entregou a quantia arrecadada ao Dr.
Armando Severo, juiz distrital de São
Francisco de Paula, e esse passou esta
importância à Dona Alice de Moraes
Fogaça, aclamada por todos para
presidir os destinos de uma Associação
de Damas de Caridades para fins de
construir o Hospital. Dona Alice pediu
que
Paulo
Hecker,
renomado
palestrante
espiritualista,
fizesse
algumas conferências na antiga
Sociedade Cruzeiro com entrada paga,
sendo arrecadado mais de 600 mil réis,
os quais, junto com os 30 mil, foram
depositados no Banco do Rio Grande do
Sul, em 4 de março de 1932. Em 1940,
foi entregue um conto de réis para
auxiliar na construção do nosso Hospital
de Caridade já em andamento.
Hospital de Caridade de São Francisco
de Paula
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39 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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O Colegião
“Colegião” ficou estabelecido ali até
1944, já recebendo o nome de José de
Alencar, sendo então transferido para
prédio próprio e novo construído em
1944, onde está estabelecida a Escola
Francisco da Costa Lisboa. Os
professores que educavam naquela
época nossos habitantes eram Carlos
Wortmann, Rita Costa de Lucena, e
O nosso grupo escolar, chamado
por todos da época de “Colegião”,
iniciou suas atividades em 1914, e seu
prédio é o mesmo onde fica atualmente
a Brigada Militar. Em 1º de abril de
1918, passou à denominação de Grupo
Escolar Estadual, e o prédio, que era do
município, foi doado ao Estado. O
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40 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Francisco Bertz que instituiu um curso
superior particular, um tipo de prévestibular que ajudou muitos jovens a
ingressarem num curso superior; à
noite os alunos aprendiam música com
o
maestro
Francisco
Paglioli.
Atualmente a Escola Estadual José de
Alencar está estabelecida no antigo
Colégio São José, anteriormente
conhecido como “Ginásio das Irmãs”.
O prédio mais antigo
O primeiro prédio de alvenaria
de dois andares construído na cidade foi
o do imigrante italiano Francisco Paglioli
- “Seu Cheque”, em 1910, conforme
escreveu em sua biografia datada de
1942. Este prédio é destacado nas
antigas fotos da cidade, e é o mesmo
onde está localizada a Farmácia São
José e o Sindicato dos Trabalhadores
Rurais, sendo o mais antigo da cidade e
que mantém ainda, na maior parte da
sua fachada, a arquitetura original.
Francisco Paglioli chegou ao recém
emancipado município de São Francisco
de Paula de Cima da Serra em 1903,
vindo de Caxias do Sul com seus filhos
menores. Posteriormente, nasceram
outros filhos aqui na cidade, mas entre
aqueles que vieram de Caxias do Sul
estava uma criança que se tornou um
famoso neurocirurgião, reitor da
UFRGS, ministro da saúde no governo
do presidente João Goulart e prefeito
de Porto Alegre, o Dr. Elyseu Paglioli, o
qual recebeu, anos depois, a
homenagem de ter seu nome
incorporado ao da Biblioteca Pública
Municipal.
A tradição gaúcha muito
representada na sua música
bem
Nossa terra é querência de
ótimos músicos, como “Os Irmãos
Bertussi”, naturais do antigo distrito de
Criúva, hoje pertencente a Caxias do
Sul. Esta dupla é autora da música “São
Chico é Terra Boa”, hino oficial do nosso
município. Outros músicos de tradição
gaúcha e naturais daqui fizeram sucesso
neste município e em todas as partes
em que a música tradicionalista é
apreciada, como os conjuntos ”Os
Mirins”, “Os Tiranos” e “Gonzaga dos
Reis”, além de muitos outros, em
especial nossos grandes gaiteiros
(sanfoneiros) como Albino Maniqué,
Honeyde e Adelar Bertussi, entre
tantos. No final do século XX, nos anos
80, foi criado um festival de música
típico da nossa região, o “Ronco do
Bugio”, que traz à nossa cidade muitos
admiradores da música gaúcha e
excelentes músicos.
Festival Ronco do Bugio
São Francisco de Paula possuiu o
festival de música gaúcha considerado o
mais autêntico do Rio Grande do Sul.
Somente um ritmo é permitido, o Bugio,
mas a temática diversificada das letras é
liberada. Para buscar está história tive
que pesquisar no livro “Festival do
Ronco do Bugio” de Léo Ribeiro de
Souza, coordenador de muitas edições
deste festival que começou em maio de
1986. Léo, além de poeta serrano, é
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41 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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advogado e tradicionalista de muita
grandeza, sendo simpatizante da
corrente de que devesse adotar o nome
de Bugiu para este ritmo em vez de
manter o nome bugio, que é o do
macaco da nossa mata atlântica e que
está em extinção. A origem do ritmo
gera muitas controvérsias: uma,
contada pelo acordeonista Honeyde
Bertussi, é de que surgiu pelas mãos de
Vergílio Leitão, no distrito de Juá, que
teria imitado o ronco do macaco com
sua gaita de botão num jogo-de-foles e
nos baixos. A segunda origem seria
advinda de São Francisco de Assis pelos
dedos de Neneca Gomes, fazendo o
mesmo que Vergílio, tentando imitar o
ronco do bugio. Para Edson Dutra, do
grupo musical Os Serranos, o ritmo é
originário dos Campos de Cima da Serra.
A pessoa que teve a grande ideia de
fazer este festival aqui na cidade foi
João Cincinato Lucena Terra.
Piquetes de Laçadores: entre os
melhores do Rio Grande do Sul
São Francisco de Paula possuiu e
ainda tem entre seus filhos os melhores
laçadores de gado do Rio Grande do Sul,
ganhadores de vários torneiros, sendo
que muitas vezes os nossos serranos
tiveram êxito, nestas competições de
laço, em outros estados e países do sul
do continente americano. Obtiveram
estas habilidades graças à forma dos
nossos campos, com muitas colinas com
pedras mouras, basalto e capões
fechados, exigindo uma capacidade e
destreza para laçarem rápido uma rês
antes que ela escape para tais locais de
difícil arremate, diferente da fronteira
com os países do Rio da Prata, onde os
campos são abertos, isso é, uma
planície interminável sem as lindas
coxilhas que existem muito aqui neste
belo torrão gaúcho. Há por volta de
cinquenta Piquetes de Laçadores (P.L.)
em São Francisco de Paula, entre os
mais antigos estão o P.L. Rodeio Crioulo,
Juca da Rata, Sinuelo de São Chico e
Ilhapa de São Francisco.
O Lago São Bernardo: a mais linda
atração da cidade
Com a pequena represa
construída no final de 1943, onde havia
dois açudes naturais e com várias
vertentes surgiu, no princípio de 1944,
um lindo lago, o Lago São Bernardo, que
é o principal cartão postal da cidade e
está somente a dois quilômetros da
principal avenida. É um lago que dá
inveja aos municípios vizinhos de onde
procedem moradores que vêm à nossa
cidade para desfrutá-lo. O Lago São
Bernardo tem oito vertentes naturais,
quase
dois
quilômetros
de
circunferência, de comprimento por
volta de 800 metros, e atinge de 100 a
200 metros de largura, com
profundidade média de dois metros.
No meio dos dois açudes havia
um banhado, além de outro após o
açude de água limpa em direção ao
Hotel Cavalinho Branco. Também neste
local de água límpida havia uma cerca
fazendo a divisória das terras das
famílias
Traslatti
e
Andrade,
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42 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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proprietárias da mata à direita do atual
Lago São Bernardo. Na parte dos
Traslatti, depois deste açude límpido, é
que foi feito o loteamento São Bernardo
que deu origem, mais tarde, ao nome
do lago. Era nesse açude de águas claras
e convidativas que os moradores
preferiam tomar seus banhos nas
tardes de verão: as crianças se
divertiam
e
os
serranos
confraternizavam num lindo momento
de lazer.
O coronel Alziro Torres Filho,
prefeito municipal nomeado no tempo
do Estado Novo, foi homenageado
pelos serranos, recebendo seu nome a
via em torno do Lago São Bernardo, pois
foi ele quem mandou construir uma
represa, ou seja, uma contenção de
pedras-ferro, também conhecidas
como pedras-mouras, e que até hoje
ainda existe no local onde foi
construída, no outro lado dos dois
açudes, bem onde escoavam o arroio
que vinha do centro e a água que vinha
da vertente do morro que vai para a
SACIS (Sociedade Amigos de
Cima da Serra). Essas águas
iam se unir mais adiante às
águas das várias cachoeiras
do vale da Roça Nova, que faz
parte do Parque Municipal da
Ronda em direção ao vale do
Rolante, e esta união começa
onde temos atualmente o
Parque das 8 Cachoeiras. Esta
pequena represa fez os dois
açudes se unirem formando
um grande açude, além das
águas da chuva que agora represadas
ajudaram a enchê-lo. Mais adiante
deixou-se escoar as águas do enorme
açude.
O Decreto nº 766/2011
considera que o Lago São Bernardo e
seu entorno são instrumentos de
relevante interesse ambiental, sendo
utilizado para práticas de atividades
físicas e turismo contemplativo, entre
outras. Disciplina o uso das águas do
lago não permitindo a prática de banho
e
natação,
excetuando-se
as
competições esportivas que venham a
ser realizadas com a autorização da
administração municipal. Proíbe a
pesca, a não ser as autorizadas, como as
esportivas,
e,
excepcionalmente,
quando houver superlotação de peixes,
na Quinta-Feira Santa. Proíbe as
embarcações movidas a motores,
incluindo jet-skis e similares. Fica
autorizada a utilização de embarcações
movidas por motores elétricos, vela ou
remo.
Até os anos 90, recebia provas
oficiais dos campeonatos gaúchos de
triathlon, motonáutica e esquiaquático, além de pescarias promovidas
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43 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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por uma empresa que fez um contrato
com a prefeitura municipal. Na semana
santa é permito pescar.
Em 24 e 30 de dezembro de
2007, foi promovido um show no lago:
“A Odisseia das Águas”. Uma
infraestrutura foi montada e mais de
400 pessoas estavam envolvidas na
produção, organização, elenco e
técnica. A direção foi de Jerry Marquês.
O evento consistia em contar a história
do meio-ambiente até a sua destruição
pelo homem. Eram os personagens: o
Pinheiro Milenar, o Ar Puro, a Pureza
das Águas, a Brisa, a Mãe Terra e a
Floresta. A apresentação de evolução
de jatos de águas feitos por “canhões”
de água misturando com diversas cores
exibiu um lindo visual. Em 26 e 28 de
julho de 2008, novamente foi
apresentado este show com exibição de
quase uma hora, e o público presente
acompanhou
de
arquibancadas
montadas próximas às margens do Lago
São Bernardo a movimentação dos
chafarizes, os tambores, o tropel dos
cavalos e os gritos dos atores. Ainda
havia quatro telões passando as cenas
das paisagens serranas. A direção foi de
Ana Rita dos Santos Jung, coreógrafa e
proprietária do Grupo Ana Terra de
danças folclóricas.
FLONA (Floresta Nacional) de São
Francisco de Paula
O Decreto Lei n° 3.124, de 19 de
março de 1941, criou o Instituto
Nacional do Pinho, órgão federal oficial
dos interesses relacionados ao pinho.
Entre várias atribuições do Instituto,
uma delas deu origem às atuais
Florestas Nacionais das regiões sul e
sudeste do Brasil. A Portaria nº 561, de
25 de outubro de 1968, adequou a
denominação das áreas dos Parques
Florestais do Instituto Nacional do
Pinho que passam a denominarem-se
Florestas Nacionais, em conformidade
ao novo Código Florestal de 1965.
O Bioma da FLONA de São
Francisco de Paula é a Mata Atlântica e
possui uma área de preservação de
1.615,59 hectares. A coordenação é do
CR-9 de Florianópolis – SC.
As espécies ameaçadas de
extinção que são protegidas nesta
unidade de conservação são: Papagaiode-peito-roxo (Amazona vinacea);
Papagaio-charão (Amazona petrei);
Gato-do-mato
(Leopardustigrinus);
Lobo-guará
(Chrysocionbrachyurus);
Gato-maracajá
(Leoparduspardalismitis);
Morcego
vermelho (Myotisruber); Caneleirinhode-chapéu-preto
(pipritespileata);
Onça-parda
(Puma
concolorcapricornensis)
e
Águiacinzenta (Harpyhaliaetuscoronatus).
Eis o texto que há no site do
Instituto Chico Mendes:
“A Flona de São Francisco de
Paula localiza-se no município de
mesmo nome (no nordeste do Rio
Grande do Sul), caracterizado pelos
Campos de Cima da Serra (Estepe) e
pelas matas com araucária (Floresta
Ombrófila Mista ou Mata Atlântica
- lato sensu). A região é uma das mais
úmidas do estado, com pluviosidade
superior a 2.000mm e com temperatura
______________________________________________________________________
44 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
média anual de aproximadamente 14,5°
C.
A FLONA-SFP tem uma área
de 1.606 ha, com altitudes superiores a
900 metros, apresentando uma
variação altitudinal de 300 metros. Esta
Unidade é parte da área abrangida pela
Reserva da Biosfera da Mata Atlântica
como Área Núcleo, sendo considerada
uma região de “alta” a “altíssima
prioridade” para a conservação pelo
Workshop de Áreas Prioritárias para a
Conservação da Mata Atlântica (MMA,
2001). Ela está estrategicamente
inserida no Corredor Ecológico do Rio
dos Sinos, entre os Corredores
Ecológicos dos rios Caí e Tainhas
(Patrimônio Natural da Região das
Hortênsias,
Projeto
Hortênsia,
METROPLAN e CPRM, 1995).
O conjunto de várias UCs
estabelecidas ou em processo de
implantação (áreas públicas: Parques
Nacionais de Aparados da Serra e da
Serra Geral, Reserva Biológica da Serra
Geral, Estação Ecológica de Aratinga,
Florestas Nacionais de SFP e de Canela,
Parque Estadual do Caracol, Parque
Estadual do Tainhas, Área de Proteção
Ambiental da Rota do Sol, Reserva
Biológica da Mata Paludosa, Parque
Natural Municipal da Ronda; área
particular: CPCN Pró-Mata - PUCRS)
abrangidas em um raio de 60 km, forma
um grande e importantíssimo “arco” e
corredor de biodiversidade ao longo das
escarpas do planalto.
A FLONA SFP recebe grupos
agendados e disponibiliza alojamento,
conforme a necessidade, e mediante
pagamento de taxas. Entre estes,
alunos de escolas da região ou da
grande Porto Alegre, alunos de
graduação e pós-graduação de
universidades do Estado, pesquisadores
e
visitantes.
No
momento,
pesquisadores de oito universidades
(UFRGS, UNISINOS, PUCRS, UFSM, UFP,
USP, UFRJ e UFPEL), além da Fundação
Zoobotânica, desenvolvem atividades
de pesquisa na Floresta Nacional de São
Francisco de Paula.
Duas trilhas ecológicas são
disponibilizadas aos visitantes, com o
acompanhamento de um guia da
FLONA e agendamento prévio, além de
cinco hospedarias para grupos de
alunos e pesquisadores, totalizando 50
leitos. As trilhas dão acesso às
araucárias centenárias, à cachoeira
Bolo de Noiva e ao mirante, com vista
para a Cascata da Usina, Perau do
Macaco Branco, floresta nativa e
povoamento de araucária de 1946.
COMO CHEGAR
A partir da sede do
município de São Francisco de Paula
siga em direção a Tainhas pela RS 020
por 15 km, até o trevo de acesso a Serra
do Umbu, dobrando a direita na RS 484,
percorrendo 6 km até o portão de
acesso a FLONA SFP.
Chegando pela RS 453
(Rota do Sol), de Tainhas siga 15 km em
______________________________________________________________________
45 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
direção à sede de São Francisco de
Paula, até o trevo de acesso a Serra do
Umbu, dobrando a esquerda na RS 484,
percorrendo 6 km até o portão de
acesso a FLONA SFP.
Obs.: RS 484 - estrada não
pavimentada, mas o trecho de 6 km
permite trânsito com qualquer tempo.
Informações Gerais Sobre
Visitação e Hospedagem
A Floresta Nacional de São
Francisco de Paula é uma Unidade de
Conservação de Uso Sustentável que
tem, entre vários objetivos, o de
promover e/ou apoiar o Uso Público e a
Educação Ambiental, além da pesquisa
na UC. Assim, temos trilhas demarcadas
para visitação, museu, auditório e
hospedarias. As visitas (com ou sem
hospedagem) devem ser agendadas
com antecedência via telefone ou email. ”
O Hino Oficial do Município
“São Francisco é Terra Boa”
De Adelar Bertussi e Honeyde Bertussi
Tom: C
______________________________________________________________________
46 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Introdução: FC7F
C7F
Com licença meus amigos, vou falar da minha terra,
C7F
Vou contar de São Francisco dos campos de cima da serra.
C7F
Eu sou filho daqueles pagos, terra boa e sem luxo,
C7F
É o coração serrano no Rio Grande o mais gaúcho.
(Introdução)
C7F
São Francisco é terra boa, gente forte e hospitaleira,
C7F
Todo serrano é pachola e a serrana é faceira.
C7F
Muito gado na coxilha, no bolso muito dinheiro,
C7F
Prá cantar de improviso serrano não tem parceiro.
(Introdução)
C7F
São Francisco é um município entre os maiores do estado,
C7F
A sua maior riqueza é a criação do gado.
C7F
Fazendas de campo aberto, coxilhas a campo fora,
C7F
Onde canta o quero-quero e onde o minuano chora.
(Introdução)
C7F
Eu saí de São Francisco, o interior fui visitar,
C7F
Por Tainhas e Contendas, Aratinga e Cambará.
C7F
______________________________________________________________________
47 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Almocei na Jaquirana, resolvi continuar,
C7F
Só em Cazuza Ferreira é que eu fui pernoitar.
(Introdução)
C7F
Vila Seca e Criúva, Apanhador e Juá,
C7F
Passei no Passo do Inferno e o Salto fui visitar.
C7F
Nunca vi tanta beleza, no mundo igual não há,
C7F
O que eu quero nestes versos é minha terra cantar.
(Introdução)
C7F
Quando chega fim de setembro, na saída do verão,
C7F
O serrano então demonstra de gaúcho a tradição.
C7F
Montando no seu cavalo, ou nas lidas de galpão,
C7F
Da ilhapa até a presilha o serrano é campeão.
(Introdução)
______________________________________________________________________
48 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
C7F
Quando estou longe dos pagos a saudade é de matar,
C7F
Eu me sinto acabrunhado com vontade de voltar.
C7F
O serrano é um homem triste vivendo em outra terra,
C7F
O serrano só morre feliz, morrendo em cima da serra.
2. CONTEXTUALIZAÇÃO
2.1. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO
2.1.1.
DELIMITAÇÃO DE ÁREA
O Município de São Francisco de Paula tem 3.272,948 km² de área, com uma
densidade populacional de 6,27 habitantes por km². Está localizado na microrregião
Vacaria, mesorregião Nordeste Rio-Grandense e Região Geográfica Sul, região Turística
das Hortênsias. Possui área urbana de 190 km² e área Rural de 3.273,498 km², sendo o
quarto maior município do Rio Grande do Sul. Latitude Sul: 29°26'52'' e Longitude:
51°30'21'', altitude média de 945 metros em relação ao nível do mar.
2.1.2.
LOCALIZAÇÃO DE LIMITES
Localizado na Encosta Inferior do Nordeste, no Rio Grande do Sul, mais precisamente
na Região das Hortênsias, São Francisco de Paula esta 112 quilômetros distante da
capital do estado, Porto Alegre. Possui como municípios limítrofes ao Norte: Monte
Alegre dos Campos (146 km) e Bom Jesus (102 km), ao sul: Maquine (60 km), Riozinho
(66 km), Rolante (60 km), Taquara (40 km) e Três Coroas (24 km), a leste: Jaquirana (77
km), Cambará do Sul (78 km), Praia Grande (93 km), Três Forquilhas (73 km) e Itati (80
km) e a oeste: Canela (32 km) e Caxias do Sul (130 km).
2.1.3. DIVISÃO TERRITORIAL
O Município teve sua sede administrativa inaugurada em 07 de janeiro de 1903 e
hoje, carinhosamente chamado de São Chico, é o quarto maior município do Rio Grande
Sul, com quase 3.300 Km² de área.
______________________________________________________________________
49 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
São Francisco de Paula teve seu início com Pedro da Silva Chaves, militar, natural de
Lisboa - Portugal, casado com Gertudres de Godoy, descendente de ilustre família
paulista, natural de Itu.
Em 1809, a Capitania do Rio Grande de São Pedro do Sul, hoje estado do Rio Grande
do Sul, era dividida em quatro grandes municípios: Porto Alegre, Rio Grande, Rio Pardo
e Santo Antônio da Patrulha, que por sua vez, era constituída pela sede - Vila de Santo
Antônio da Patrulha – e pelas freguesias (distritos) de Nossa Senhora da Conceição do
Arroio (hoje Osório) e Nossa Senhora da Oliveira da Vacaria (hoje Vacaria) e do povoado
de Cima da Serra (hoje São Francisco de Paula).
Em 24 de maio de 1878, pela Lei n.º 1.152, a então freguesia, passou à categoria de
Vila, ficando assim, com a denominação de Vila de São Francisco de Paula de Cima da
Serra, fato que ocorreu em 15 de outubro de 1878.
Pela Lei n.º 1.750, de 15 de março de 1889, foi extinto o Município de São Francisco,
anexando-o ao de Taquara do Mundo Novo (atual Taquara).
Porém no mesmo ano (1889), em 06 de dezembro, o Governo do Estado, por Ato n.º
26, revogou a referida lei e, através do Decreto n.º 563, de 23 de dezembro de 1902,
foi restabelecido, definitivamente, o Município de São Francisco de Paula de Cima da
Serra.
2.1.4. SÍMBOLOS
2.1.4.1. BRASÃO
O Brasão do Município apresenta as principais vocações econômicas de São
Francisco de Paula: agricultura e fruticultura, extração da madeira (posteriormente
passou-se a utilizar o plantio para posterior retirada da madeira), criação de gado e as
belezas naturais e recursos hídricos.
Com isso, percebe-se a vocação natural do Município para a atividade turística.
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50 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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2.1.4.2. BANDEIRA
A bandeira do Município de São Francisco de Paula é exatamente o Brasão do
Município estampado sobre um fundo branco, conforme abaixo:
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51 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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2.1.4.3. HINO
São Francisco É Terra Boa
Composição: Adelar Bertussi e Honeyde Bertussi
Com licença meu senhor vou falar da minha terra
Vou contar de São Francisco dos campos de cima da serra
Eu sou filho daqueles pagos terra boa e sem luxo
É o coração serrano no Rio Grande o mais gaúcho
São Francisco é terra boa gente forte e hospitaleira
Todo serrano é pachola e a serrana é faceira
Muito gado na coxilha no bolso muito dinheiro
Prá cantar de improviso serrano não tem parceiro
São Francisco é um município entre os maiores do estado
A sua maior riqueza é a criação do gado
Fazendas de campo aberto coxilhas a campo fora
Onde canta o quero-quero e onde o minuano chora
Eu saí de São Francisco, o interior fui visitar
Por Tainhas e Contendas, Aratinga e Cambará
Almocei na Jaquirana, resolvi continuar
Só em Cazuza Ferreira é que eu fui pernoitar
Vila Seca e Criúva, Apanhador e Juá
Passei no Passo do Inferno e o Salto fui visitar
Nunca vi tanta beleza, no mundo igual não há
O que eu quero nestes versos é minha terra cantar
Quando chega fim de setembro, na saída do verão
O serrano então demonstra de gaúcho a tradição
Montando no seu cavalo ou nas lidas de galpão
Da ilhapa até a presilha o serrano é campeão
Quando estou longe dos pagos a saudade é de matar
Eu me sinto acabrunhado com vontade de voltar
O serrano é um homem triste vivendo em outra terra
O serrano só morre feliz, morrendo em cima da serra
______________________________________________________________________
52 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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2.2. INFRAESTRUTURA
2.2.1. ACESSOS
2.2.1.1. TERRESTRE
2.2.1.1.1. PAVIMENTADOS
Trajeto Porto Alegre/Gravataí/Taquara/ São Francisco de Paula – BR 290 – RS 020.
O turista, através da Free-Way (BR-101/BR-290), no município de Gravataí (Distrito
Industrial), acessa a RS 020, que liga Cachoeirinha à Taquara. A partir de Taquara devese seguir pela mesma rodovia até São Francisco de Paula, em um trecho de 35 km, que
passa por belíssimas paisagens.
Trajeto Porto Alegre/Novo Hamburgo/Taquara/São Francisco de Paula – BR 116 – RS
239 – RS 020.
É uma das Rotas alternativas para acessar o Município de São Francisco de Paula,
percorrendo neste trecho diversos centros de compra direto de fábrica, especialmente
no ramo calçadista. Com pistas duplicadas entre Porto Alegre a Taquara, possui apenas
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53 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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o inconveniente tráfego intenso. Em Novo Hamburgo, saindo da BR 116, toma-se a RS239, até Taquara, de onde parte-se para São Francisco de Paula pela RS-020.
Trajeto Porto Alegre / Novo Hamburgo / Nova Petrópolis / Gramado / Canela / São
Francisco de Paula–BR 116 – RS 235.
A BR-116 corta a Serra Gaúcha em sua maior e principal extensão. Passando por
cidades pequenas, mas simpáticas, que contam um pouco da história da imigração
alemã e italiana no Rio Grande do Sul. Duplicada no trecho Porto Alegre/ Novo
Hamburgo, a partir desta cidade ela possui pista simples e sinuosa até chegar à Nova
Petrópolis, onde se acessa a RS 235 até Gramado para depois acessar Canela e então,
São Francisco de Paula, neste trajeto o turista passa pelas principais e mais
movimentadas cidades turísticas do Rio Grande do Sul e passando por todos os
Municípios da Região das Hortênsias.
Trajeto Litoral Norte /Terra de Areia / Tainhas / São Francisco de Paula – BR101 – RS
453 – Rota do Sol.
Terra de Areia, no Litoral Norte do Estado do Rio Grande do Sul é o ponto de partida
da Rota do Sol. Passando pela Serra do Pinto, é uma estrada que possui uma série de
túneis e viadutos. Popularmente conhecida como Rota do Sol, a RS 453 dá acesso à
RS020 até São Francisco de Paula.
2.2.1.1.2. NÃO PAVIMENTADOS
Trajeto Santa Catarina / Litoral Norte / Cambará do Sul / São Francisco de Paula–
BR101–RS 020/Serra do Faxinal.
Vindo pela BR 101 acessa-se a SC 450, que cruza o Parque Nacional dos Aparados da
Serra, conhecido como Itaimbezinho, chega-se a Cambará do Sul, toma-se a RS 020,
com destino a São Francisco de Paula.
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54 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Trajeto Bom Jesus / Jaquirana / São Francisco de Paula
–RS110.
Embora em precárias condições, esta opção de acesso
oferece paisagens encantadoras. Percorrendo o interior
dos três municípios, chega-se São Francisco de Paula.
Trajeto Litoral Norte / Maquiné / São Francisco de Paula
– BR 101 – RS 484 – RS020/ Serra do Umbú.
Uma opção interessante para quem vem do Litoral
Norte é acessar a Estrada da Serra do Umbú, pela cidade
de Maquiné. A Serra do Umbu apresenta um visual
fantástico cortando uma região ainda bem preservada da
Mata Atlântica. Seguindo até São Francisco de Paula.
Aeroporto Regional.
Reforçamos
a
importância
da
mobilização de lideranças
políticas da Região para a
implantação
de
um
aeroporto regional na
Região das Hortênsias, o
que trará um aumento de
competitividade em nível
doméstico e internacional
certamente.
Trajeto Caxias do Sul / São Francisco de Paula – RS 453
– RS 476– RS 235/ Estrada Passo do Inferno.
Uma opção que reduz significativamente a distância
entre Caxias do Sul e São Francisco de Paula, embora
precária, é esta estrada que passa por um importante
ponto turístico do interior do Município – a Ponte de
Ferro do Passo do Inferno.
2.2.2. TRANSPORTE
2.2.2.1. TERMINAIS RODOVIÁRIOS
São Francisco de Paula possui atualmente um
Terminal Rodoviário situado na Avenida Júlio de
Castilhos, n° 682, sala 01 – Centro – Telefone (54)
3244 2278. Este Terminal abrange todas as linhas de
ônibus intermunicipais que atendem o Município.
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55 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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2.2.2.2. AEROPORTOS
Sabemos da importância que a infraestrutura turística possui para determinados
destinos, muitas vezes é fator de peso na escolha por determinado destino turístico.
Diante disto e visando fomentar o fluxo turístico de toda a Região Turística na qual
o Município está inserido, autoridades locais vêm buscando a instalação de um
Aeroporto Regional da Região das Hortênsias, o que, para as autoridades e
empresários locais, é cada vez mais imprescindível.
Existem inclusive estudos de locais apontando dois possíveis: um que fica na
cidade vizinha de Canela e outro no Município de Caxias do Sul, porém em um local
mais próximo à divisa com o Município de Gramado do que o atual aeroporto
daquela Cidade.
Em se confirmando o cenário de implantação de um Aeroporto Regional na
Cidade de Canela, teremos um grande avanço para a melhoria do acesso à Região
das Hortênsias por parte dos turistas que optam por avião como meio de
transporte. Atualmente estes turistas precisam utilizar o Aeroporto Internacional
Salgado Filho, em Porto Alegre para, a partir disso, acessar São Francisco de Paula
por meio de transporte terrestre, aumentando em mais 2 horas o trajeto até São
Francisco de Paula.
Reforçamos a importância da mobilização de lideranças políticas da Região para
a implantação de um aeroporto regional na Região das Hortênsias, o que trará um
aumento de competitividade em nível doméstico e internacional certamente.
2.2.2.3. INTERESTADUAL
São Francisco de Paula não dispõe de serviço de transporte interestadual.
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56 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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2.2.2.4. INTERMUNICIPAL
Para outras cidades dentro do Estado do Rio Grande do Sul, São Francisco de Paula
é atendida por uma empresa (Citral Transporte e Turismo) que presta serviço regular
com periodicidade diária, atendendo as cidades de Cambará do Sul, Canela, Caxias do
Sul, Gramado, Igrejinha, Novo Hamburgo, Porto Alegre, Santo Antônio da Patrulha, São
Leopoldo, Taquara e Três Corroas.
2.2.2.5. MUNICIPAL URBANO
Dentro do perímetro urbano do Município temos todos os Bairros atendidos por
transporte público urbano. Existem também linhas regulares que atendem as
Comunidades Rurais do Interior do Município.
2.2.2.6. MUNICIPAL RURAL
______________________________________________________________________
57 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Neste ponto São Francisco de Paula possui um grande déficit, temos uma grande
brecha de horários, uma queixa dos moradores das Comunidades Rurais do Município,
muitas contam com o serviço apenas duas vezes ao dia (localidade – centro pela manhã
e centro – localidade no final da tarde). Embora saibamos que a demanda é muito
pequena, inviabilizando economicamente para as empresas este tipo de serviço,
sugerimos um estudo para dimensionamento desta demanda.
2.2.2.7. TAXIS
Um dos meios de transporte preferido pelos turistas merece especial atenção no
Município de São Francisco de Paula. Temos hoje 42 taxis licenciados em São Francisco
de Paula; com isso, o Município tem uma média de 01 taxi para cada 488 habitantes.
Na maioria das cidades turísticas do Brasil e do mundo, temos uma média de 01 taxi
para cada 800 habitantes, diante deste dado, verificamos que a atual capacidade de
carga deste serviço está superdimensionada, o que será excelente para qualquer
aumento do fluxo turístico do Município. Ademais, recomendamos, inclusive para
atendimento das normativas do Ministério Público Federal, que a Administração
Pública Municipal, realize processo licitatório para o serviço de transporte individual de
passageiros (taxi), pois segundo o Ministério Público Federal: todo e qualquer serviço
público deve passar por processo licitatório.
2.2.2.8. TRANSPORTE TURÍSTICO
São Francisco de Paula possui poucas empresas, todas para fretamento e não
possuem transporte turístico periódico dentro do Município. Devido à extensão
territorial do Município e ao fluxo turístico atual não existe viabilidade técnica de
implantação do sistema Sightseeing, apenas de transporte turístico para um Roteiro
Turístico específico – sugestão para implantação dentro do Capítulo Proposições deste
documento.
2.2.3. SANEAMENTO
2.2.3.1. RESÍDUOS SÓLIDOS
2.2.3.1.1. MANEJO E DESTINAÇÃO
______________________________________________________________________
58 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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O funcionamento do Processo de Coleta de Resíduos
Sólidos no município de São Francisco de Paula consiste
em coleta seletiva de resíduos secos, que é realizada com
o uso de caminhão baú em horário distinto ao da coleta
de resíduo orgânico que é feita por meio de caminhão
compactador. A coleta e o transporte dos resíduos são
feitos com caminhões de empresa terceirizada tanto no
perímetro urbano quanto rural do Município.
O lixo é encaminhado para Aterro Sanitário licenciado
no município de São Leopoldo, distante 91 km do
Município de São Francisco de Paula, o transporte até o
aterro sanitário também é feito por meio de empresa
terceirizada.
Visando atender preceitos de sustentabilidade e
otimização de recursos, sugerimos que a Administração
Pública busque parceiros para implantação de sistema de
compostagem para os resíduos orgânicos. Esta parceria
deverá contemplar também a questão de educação
ambiental e que estes sistemas de compostagem sejam
públicos, possibilitando que todos os contribuintes
retirem adubo orgânico para utilização em suas hortas e
flores, incentivando que a cidade fique mais florida e
ainda mais bonita.
Sugerimos a implantação de usinas (as) de triagem
para os resíduos recicláveis (plástico, papel, vidro, metal)
para que sejam separados para posterior prensagem e
encaminhamento para empresas de reciclagem,
tornando o Município referência em destinação e
tratamento de resíduos sólidos.
Preservação dos
Recursos Hídricos.
Este é um item que
merece especial atenção por
parte da Administração
Pública. Recursos Hídricos
sempre
foram
fonte
motivadora
e
que
proporcionam grande grau
de atratividade aos destinos
turísticos. São Francisco de
Paula possui dezenas de
atrativos turísticos hídricos:
cascatas,
cachoeiras,
lajeados, córregos, lagos,
barragens, corredeiras e
rios.
2.2.3.2. ESGOTO
Este é um item que merece especial atenção por parte
da Administração Pública. Recursos Hídricos sempre
foram fonte motivadora e que proporcionam grande
grau de atratividade aos destinos turísticos. São
______________________________________________________________________
59 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Francisco de Paula possui dezenas de atrativos turísticos hídricos: cascatas, cachoeiras,
lajeados, córregos, lagos, barragens, corredeiras e rios.
Cidades vizinhas possuem estes mesmos atrativos, porém em um número muito
menor e com qualidade infinitamente inferior em relação à qualidade da água destes
atrativos. Cascatas com alto índice de contaminação por agrotóxicos e efluentes
diversos, lagos e barragens com mau cheiro, rios visivelmente poluídos, enfim, atrativos
que poderiam ser competitivos para estes destinos e que, por falta de atitudes de
preservação e tratamento adequado, são deixados de lado e saem dos catálogos de
atrativos destes municípios.
Na inexistência de dados precisos no âmbito que tange coleta e tratamento de
efluentes em São Francisco de Paula, vimos a necessidade de criar parâmetros de
qualidade. Para que isso ocorra é necessária a criação de leis específicas sobre crimes
ambientais contra o patrimônio turístico Municipal. Além dessa ação, também é
indispensável a atuação e fiscalização dos Órgãos Públicos neste quesito.
Sugerimos a implantação de um sistema de esgoto eficaz no Município. Existem
diversos recursos federais (a fundo perdido – sem necessidade de devolução dos
valores captados) para melhoria da qualidade dos recursos hídricos e reuso das águas.
Sugerimos, ainda dentro de questões de sustentabilidade e com foco no ecoturismo e
turismo pedagógico e científico, a implantação de estações de tratamento de efluentes
utilizando técnicas alternativas. Estas técnicas possuem baixo custo de implantação e
sugerimos que os novos empreendimentos turísticos do Município utilizem este tipo de
tecnologia.
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60 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Com estas pequenas ações, vamos tratar os efluentes nos locais onde são gerados,
agregando valor a estes empreendimentos, ao conceito de sustentabilidade de São
Francisco de Paula e exonerando a Administração Pública de adotar medidas paliativas
para sanar os problemas causados pela contaminação dos recursos naturais presentes
no Município.
Acatando as premissas de sustentabilidade e visando promover e fomentar a
Atividade Turística dentro desses conceitos, faz-se necessária a ampliação da rede de
coleta e tratamento de esgoto do Município o que, por sua vez, é dever da Empresa que
detém a concessão para o serviço de fornecimento de água no Município.
2.2.4. SAÚDE
Segundo dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE 2010),
o Município de São Francisco de Paula possui 11 estabelecimentos de saúde, 01
Hospital e 10 Postos de saúde – 06 no interior e 04 na área urbana do Município,
totalizando 60 leitos.
2.2.5. COMUNICAÇÃO
Neste item básico de infraestrutura turística, temos um déficit na qualidade do sinal
de telefonia móvel, não apenas em áreas rurais isoladas, mas também em diversas
áreas urbanas do Município, dependendo da operadora.
Na área central, o Município de São Francisco de Paula não apresenta maiores
dificuldades no item telefonia fixa, porém existe uma grande deficiência no item
infraestrutura de transmissão de dados, impossibilitando a realização de grandes
eventos na área de tecnologia / informática e telecomunicações.
Sabemos que este déficit não é exclusividade de São Francisco de Paula, mas de toda
a Região das Hortênsias, embora esta Região tenha um fluxo muito grande de turistas
/ ano, as operadoras responsáveis não realizaram investimentos suficientes para
garantir a qualidade do serviço oferecido.
Ainda dentro do item Comunicação, levantamos os dados acerca dos Meios de
Comunicação disponíveis no Município. Temos os seguintes meios de comunicação:


Rádio Comunidade FM - (105.9);
Rádio Universal FM - (103.9);
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61 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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






Jornal Correio Serrano;
Jornal Correio do Povo;
Jornal Zero Hora;
Jornal Pioneiro Caxias do Sul;
Jornal NH Novo Hamburgo;
Jornal NH Taquara;
RBS Canal 12 POA.
2.2.6. ENERGIA
No quesito fornecimento de energia
elétrica não identificamos grandes
deficiências, com exceção em alguns
pontos isolados do interior do Município,
em áreas de difícil acesso e sem
viabilidade
econômica
para
a
Concessionária de Energia que atende São
Francisco de Paula.
Identificamos apenas a necessidade de
estabelecimento de fontes alternativas de
energia. Temos um imenso potencial para
geração de energia limpa e renovável,
como eólica e hidroelétrica em diversos
pontos do Município, com isso podemos
diversificar a matriz energética de São Francisco de Paula, buscando maior inserção e
identificação com questões de sustentabilidade, com isso, teremos ainda mais força
para apostas em investimentos na área turística de empreendimentos sustentáveis.
Juntamente com a questão da matriz energética do Município, sugerimos a aplicação
de um estudo para a criação de linhas com tecnologia PLC, possibilitando a distribuição
de sinal de internet para pontos isolados do interior do Município, viabilizando ainda
mais, empreendimentos turísticos com aposta nos segmentos de ecoturismo e turismo
de aventura.
A tecnologia supracitada possibilita a disponibilização de internet através das linhas
de transmissão de energia elétrica, dispensando grandes investimentos em
infraestrutura de rede específica para este fim.
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62 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Muitos perguntam se o público que possui o foco nestes segmentos turísticos,
realmente vê como item indispensável o acesso à internet? Respondemos que não,
estes turistas não elencam como item indispensável o acesso à internet, porém 97%
vêm como um diferencial na escolha por determinado empreendimento. Além disso, o
acesso à internet em áreas mais remotas do Município possibilita a inserção do turismo
pedagógico em empreendimentos que possuam o foco em sustentabilidade, eficiência
energética e preservação ambiental, com isso, a viabilidade econômica do
empreendimento é maior, aumentando a possibilidade de atração de novos
investidores.
2.2.7. SEGURANÇA
São Francisco de Paula possui baixo nível de criminalidade se comparada a outras
cidades interioranas do Brasil. Pequenos delitos e roubos são as principais ocorrências
de acordo com a Polícia Militar e Polícia Civil do Município. Poucas são as ocorrências
consideradas graves no âmbito de segurança pública.
Temos em São Francisco de Paula unidades da Polícia Militar (Brigada Militar), Polícia
Civil e Corpo de Bombeiros.
2.2.8. MEIO AMBIENTE
A preocupação pela preservação de ambientes naturais deve ser uma constante nas
ações públicas em todas as Secretarias da Administração Pública Municipal,
especialmente quando falamos em desenvolvimento sustentável e fomento da
atividade turística inclusiva e participativa.
Atualmente a Secretaria Municipal de Meio Ambiente possui leis que proporcionam
esta diretriz, porém sabemos que é necessário aumentar o poder de fiscalização. Com
uma área territorial tão vasta como possui o Município de São Francisco de Paula, torna
árdua a tarefa de fiscalizar todo o território de forma eficiente, sabemos que os recursos
da Administração Pública Municipal no Brasil são escassos e quase integralmente
destinados à educação, saúde, agricultura e pagamento de servidores públicos todos
estes, com percentual mínimo e máximo definidos por leis específicas, sobrando muito
pouco recurso para investimento em infraestrutura, projetos, fiscalizações e criação de
novos programas municipais.
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63 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Na Atividade Turística a disponibilização de paisagens naturais
preservadas é, além de diferencial turístico, um dos fatores que
pesam na escolha por determinado destino. São Francisco de
Paula (e algumas cidades da região dos Campos de Cima da Serra)
possuem uma paisagem única no mundo. Esta belíssima paisagem,
juntamente com a rica fauna e flora ainda encontradas em muitas
partes do Município estão desaparecendo. No lugar dos campos
nativos, muitas culturas que proporcionam a descaracterização da
paisagem.
Sugerimos a implantação de Lei específica para definição de
áreas restritas para a plantação de culturas que descaracterizem a
paisagem, preferencialmente com determinações claras sobre a
criação de cinturões verdes no entorno das estradas de acesso e
áreas de atrativos naturais do Município. Com isso,
perpetuaremos a paisagem singular da Região e, através da
atividade turística possibilitaremos a permanências das famílias
em suas propriedades gerando emprego e renda através dos
preceitos de arranjos produtivos locais e de turismo de base
comunitária.
2.2.9. INFRAESTRUTURA TURÍSTICA
Em São Francisco de Paula, o turista encontrará uma paisagem
única e fascinante, emoldurada por belíssimas araucárias e com
atrativos naturais diversos. Além disso, possui diversas
construções em madeira, muitas do início do século passado
(centenárias) ainda preservadas e algumas sedes de fazendas que
são uma aula de história.
Deficiências ou
Diferenciais
Mercadológicos?
A infraestrutura urbana
atual, a facilidade de
locomoção
interna,
a
tranquilidade, ausência de
filas e dificuldade de
estacionamento, além do
posicionamento geográfico
estratégico do Município
são, por si só, diferenciais
competitivos em relação a
outros Municípios da Região
das Hortênsias.
Sabemos que o atual grau
de atratividade se dá pelos
inúmeros atrativos naturais,
mas estes pontos poderão
ser
utilizados
como
diferenciais mercadológicos.
A insfraestrutura urbana é muito satisfatória, com exceção da
parte gastronômica que opera com horário bem escasso de
atendimento, muitas vezes não atendendo após as 14 horas para
almoço, por exemplo. A rede hoteleira da cidade é bem variada,
com excelentes opções inclusive para camping.
Contando com 46 meios de hospedagem, totalizando mais de
1.600 leitos, São Francisco de Paula possui opções para todos os
gostos e bolsos, contando desde pousadas pertencentes a
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64 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Associação Roteiros de Charme (o que apenas 55 destinos no Brasil possuem), até
camping com diárias extremamente acessíveis, proporcionando boas opções para
qualquer perfil de turista.
A natureza exuberante somada à beleza da paisagem única da Região transforma
São Francisco de Paula em um destino a ser desenvolvido e estruturado para a atividade
turística.
A infraestrutura urbana atual, a facilidade de locomoção interna, a tranquilidade,
ausência de filas e dificuldade de estacionamento, além do posicionamento geográfico
estratégico do Município são, por si só, diferenciais competitivos em relação a outros
Municípios da Região das Hortênsias.
Sabemos que o atual grau de atratividade se dá pelos inúmeros atrativos naturais,
mas os itens citados no parágrafo anterior poderão ser utilizados como diferencial
mercadológico em relação à Região das Hortênsias. Já em relação à região dos Campos
de Cima da Serra, poderemos utilizar justamente a distância reduzida que temos até
Porto Alegre e Gramado, que são dois dos destinos indutores do Estado do Rio Grande
do Sul.
2.2.10.
EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS PÚBLICOS
2.2.10.1.
CENTRAL DE INFORMAÇÕES TURÍSTICAS
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 27’ 18.5’’
LONGITUDE W 50° 36’23.0’’
ELEVAÇÃO: 875 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
ENDEREÇO: ENTRONCAMENTO DAS RODOVIAS RS 020 E RS 235
FONE: (54) 3244-3822
São Francisco de Paula possui hoje um Centro de Informações Turísticas em um
ponto estratégico e privilegiado: o entroncamento das Rodovias RS 020 e RS 235.
Construída com o intuito de reproduzir a sede de uma fazenda típica serrana, contendo
o característico fogo de chão, o tradicional chimarrão, em um local que reproduz um
autêntico bolicho serrano.
Este CAT – Centro de Atendimento ao Turista, foi criado em parceria com a Secretaria
de Turismo do Rio Grande do Sul para atendimento dos turistas que chegam à Serra
Gaúcha pela RS 020. Percebe-se que neste local os atendentes prestam serviço de
forma cortes e imparcial a todos os turistas.
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65 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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O material institucional fornecido atende parcialmente a demanda dos turistas, que
buscam principalmente mapas da região. Outra questão acerca dos materiais
distribuídos é a carência de material em idioma estrangeiro, assim como o domínio de
idiomas estrangeiros por parte dos atendentes.
2.2.10.2.
ANFITEATRO N OSSAS RAÍZES
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 26’ 56.1’’
LONGITUDE W 50° 35’ 00.1’’
ELEVAÇÃO: 923 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
ENDEREÇO: AVENIDA GETÚLIO VARGAS, S/N°
Criado para apresentações artísticas e culturais, localizado no Centro da cidade,
junto ao busto de Bento Gonçalves. O palco possui 150 m² e possui arquibancadas para
1.500 pessoas. Dispõe de camarins e sanitários.
2.2.10.3.
PRAÇA PEDRO DA SILVA CHAVES
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 26’ 53.9’’
LONGITUDE W 50° 34’57.7’’
ELEVAÇÃO: 911 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
ENDEREÇO: RUA FREDERICO TEDESCO, 94
Igualmente localizado no Centro da cidade, ao lado da igreja Matriz, possui o busto
de José Bonifácio e a estátua (feita com material reciclado) do padroeiro do Município,
o Santo São Francisco de Paula.
2.2.10.4.
IGREJA MATRIZ
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 26’ 34.2’’
LONGITUDE W 50° 34’ 39.2’’
ELEVAÇÃO: 898 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
Inaugurada em 14 de junho de 1964, possui um valoroso conjunto de vitrais,
retratando a devoção do povo serrano. As Portas da Igreja foram feitas pelo escultor
Tarcísio Nodari, entre 1967 e 1968, levando em torno de seis meses para conclusão da
obra. Os vitrais da Igreja Matriz, que retratam a história da Via Sacra, foram doados por
famílias da cidade.
2.2.10.5.
MONUMENTO AO NEGRINHO DO PASTOREIO
______________________________________________________________________
66 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 26’ 37.2’’
LONGITUDE W 50° 34’47.4’’
ELEVAÇÃO: 909 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
Monumento confeccionado pela Artista Plástico Vasco Prado, por intermédio do CTG
Rodeio Serrano, retrata um dos mais famosos ícones do folclore gaúcho. Situado ao
longo da Avenida Júlio de Castilhos.
2.2.10.6.
MONUMENTO À CUIA
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 26’ 36.5’’
LONGITUDE W 50° 34’48.1’’
ELEVAÇÃO: 906 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
Monumento também situado ao longo da Avenida Júlio de Castilhos retrata
igualmente a Cultura Tradicionalista Gaúcha, simbolizando a tradição e a hospitalidade
do povo gaúcho.
2.2.10.7.
LAGO SÃO BERNARDO
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 27’ 04.6’’
LONGITUDE W 50° 34’25.2’’
ELEVAÇÃO: 878 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
Principal Atrativo Turístico localizado na da área central do Município. Usualmente
utilizado como Cartão Postal do Município. Atualmente o Lago está despoluído e possui
inclusive peixes de algumas espécies, com destaque para o Black Bass. Muito utilizado
para práticas esportivas, concentra em seu entorno grande número de meios de
hospedagem e algumas opções de passeio de bicicleta e a cavalo.
2.2.10.8.
GRUTA DO LAGO
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 27’ 05.1’’
LONGITUDE W 50° 34’24.7’’
ELEVAÇÃO: 880 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
Localizada junto ao Principal Atrativo Turístico do Município é mais um dos locais de
expressão da fé do povo serrano. Segundo alguma informação histórica catalogadas
acredita-se que o local era utilizado pelo povo indígena da região para orações.
Composta de esculturas de diversos Santos (São Francisco de Paula, inclusive) possui
em seu interior, água pura e cristalina, onde muitos realizam cerimônias de batismo.
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67 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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2.2.10.9.
CENTRO DE TRADIÇÕES GAÚCHAS RODEIO SERRANO
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 44’ 32.6’’
LONGITUDE W 50° 57’ 65.20’’
ELEVAÇÃO: 901 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
FONE: (54) 3244-2785
O Centro de Tradições Gaúchas possui um restaurante com o mesmo nome, além de
exposição de indumentárias e objetos de uso campeiro, além de mamíferos e aves
empalhadas.
2.2.10.10. PARQUE MUNICIPAL DA RONDA
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 26’32.8’’
LONGITUDE W 50° 33’19.9’’
ELEVAÇÃO: 877 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
Composto por um conjunto de 05 quedas d’água, em uma extensão de 4,5 km possui
aproximadamente 100 metros de altitude, em diversos patamares. Possui vegetação
nativa preservada e belíssimas paisagens.
2.2.10.11. BIBLIOTECA E ARQUIVO HISTÓRICO MUNICIPAL
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 44’ 27.5’’
LONGITUDE W 50° 58’ 26.1’’
ELEVAÇÃO: 912 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
FONE: (54) 3244-1175
O local possui valoroso acervo que conta e documenta fatos históricos da Região e
do Município.
2.2.10.12. PARQUE RURAL DAVENIR PEIXOTO G OMES
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 24’ 40.5’’
LONGITUDE W 50° 34’ 56.1’’
______________________________________________________________________
68 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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ELEVAÇÃO: 906 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
FONE: (54) 3244-1899
Situa-se a 03 km da Sede do Município, possui estrutura que possibilita Rodeios e
Eventos que não demandem uma infraestrutura mais sofisticada.
2.2.10.13. PRÉDIO HISTÓRICO DA PREFEITURA MUNICIPAL
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 26’ 37.2’’
LONGITUDE W 50° 34’46.4’’
ELEVAÇÃO: 908 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
Todo construído em madeira, no ano de 1907, abriga as Secretarias Municipais da
Fazenda e Agricultura, neste local é possível admirar as típicas construções em madeira
ainda presentes do Município.
2.2.10.14. CAPELINHA N OSSA SENHORA IMACULADA CONCEIÇÃO
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 45’ 19.7’’
LONGITUDE W 50° 57’ 65.3’’
ELEVAÇÃO: 935 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
Recanto que demonstra a devoção e religiosidade do povo serrano. Deste local se
tem uma bela vista da cidade.
2.2.10.15. BUSTO E CARTA TESTAMENTO DE GETÚLIO VARGAS
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 44’ 90.0’’
LONGITUDE W 50° 58’ 55.5’’
ELEVAÇÃO: 906 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
Monumento erguido em homenagem ao mais importante e influente Presidente da
República do Brasil. No local além do busto, encontra-se a carta testamento deixada
por este líder político.
2.2.10.16. RECANTO DOS E SCOTEIROS DA SOGIPA
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 43’ 87.9’’
LONGITUDE W 50° 55’ 55.5’’
ELEVAÇÃO: 912 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
______________________________________________________________________
69 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Sede Campestre e dos Escoteiros da Sociedade Ginástica Porto Alegre – SOGIPA.
Dotada de boa infraestrutura, fica no Bairro Rondinha e é de uso exclusivo dos
associados e escoteiros do Grupo George Black.
2.2.10.17. MONUMENTO AO CARRETEIRO
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 26’ 36.3’’
LONGITUDE W 50° 34’48.4’’
ELEVAÇÃO: 906 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
Monumento também situado ao longo da Avenida Júlio de Castilhos retrata
igualmente a Cultura Tradicionalista Gaúcha, simbolizando a saga e bravura dos
carreteiros e sua marcante presença nos altiplanos serranos.
2.2.10.18. FLORESTA NACIONAL DE SÃO FRANCISCO DE PAULA
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 23’ 33.9’’
LONGITUDE W 50° 22’ 49.0’’
ELEVAÇÃO: 918 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
SITE: WWW.FLORESTANACIONAL.COM.BR
FONE: (54) 3244-1347
A Floresta Nacional de São Francisco de Paula foi criada em 1945, como Estação
Florestal de Morrinhos, pelo extinto INP – Instituto Nacional do Pinho (araucária),
passando a denominar-se Floresta Nacional em 1968.
A Floresta Nacional de São Francisco de Paula (FLONA) é uma Unidade de
Conservação de Uso Sustentável, cujo objetivo fundamental é proporcionar a
conservação da natureza com o uso sustentável de parte de seus recursos.
Possibilita a hospedagem para estudantes e pesquisadores, mediante agendamento
prévio.
2.2.10.19. BARRAGEM DA DIVISA
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 17’ 54.3’’
LONGITUDE W 50° 34’ 25.4’’
ELEVAÇÃO: 845 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
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70 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Distante 22 km da Sede do Município, acumula água para geração de energia e
abastecimento do Sistema Energético Salto. Possui extensas áreas de lazer, com um
grande potencial para Pesca Esportiva do Black Bass. Possui uma bacia de acumulação
de 14.000.000 m3, a barragem possui 239 metros de comprimento e 26 metros de
altura. Foi inaugurada em agosto de 1960.
2.2.10.20. BARRAGEM DO SALTO
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 18’ 53.8’’
LONGITUDE W 50° 40’ 53.0’’
ELEVAÇÃO: 824 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
Distante 22 km da Sede do Município, acumula água para geração de energia e
abastecimento do Sistema Energético Salto. Também possui extensas áreas de lazer,
com uma bacia de acumulação de 14.000.000 m3, a barragem possui 583 metros de
comprimento e 12 metros de altura. Foi inaugurada em janeiro de 1951.
2.2.10.21. BARRAGEM DO BLANG
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 19’ 46.9’’
LONGITUDE W 50° 37’ 11.8’’
ELEVAÇÃO: 594 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
Distante 15 km da Sede do Município, igualmente acumula água para geração de
energia e abastecimento do Sistema Energético Salto. Possui extensas áreas de lazer,
com uma bacia de acumulação de 50.000.000 m3, a barragem possui 507 metros de
comprimento e 17 metros de altura. Foi inaugurada em fevereiro de 1958.
2.2.10.22. BARRAGEM DA C ORSAN
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 19’ 46.9’’
LONGITUDE W 50° 37’ 11.8’’
ELEVAÇÃO: 794 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
Localizada junto à Sede do Município, a principal função é o abastecimento do
Município de São Francisco de Paula. Belíssima paisagem de entorno, junto ao Centro
de Informações Turísticas do Município.
2.2.10.23. MONUMENTO AO TROPEIRO
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 26’ 36.2’’
______________________________________________________________________
71 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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LONGITUDE W 50° 34’48.1’’
ELEVAÇÃO: 907 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
Monumento também situado ao longo da Avenida Júlio de Castilhos retrata
igualmente a Cultura Tradicionalista Gaúcha, simbolizando a trajetória e heroísmo dos
que foram os responsáveis pelo povoamento de São Francisco de Paula.
2.2.10.24. PARQUE ESTADUAL DE TAINHAS
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 05’ 35.0’’
LONGITUDE W 50° 21’ 52.0’’
ELEVAÇÃO: 963 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
Localizado no Distrito de Tainhas, embora tenha apenas 20,6% de sua área dentro
do Município de São Francisco de Paula, compõe um cenário de rara beleza, com grande
potencial e atratividade turística.
2.2.10.25. RESERVA ECOLÓGICA DA A RATINGA
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 21’ 30.0’’
LONGITUDE W 50° 11’ 34.0’’
ELEVAÇÃO: 634 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
Localizado nos Municípios de são Francisco de Paula e Itati. Criada em 1997, busca
preservar ecossistemas pertencentes ao Bioma Mata Atlântica: floresta ombrófila
densa, floresta ombrófila mista e savana gramíneo-lenhosa. Preserva também o Arroio
Carvalho, contribuinte do Rio Três Forquilhas.
2.2.10.26. ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL ROTA DO SOL
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 23’ 22.0’’
LONGITUDE W 50° 11’ 03.0’’
ELEVAÇÃO: 654 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
FONE: (54) 3244-3961
Localizado nos Municípios de São Francisco de Paula (com 50% da área), Cambará
do Sul, Itati, e Três Forquilhas, foi criado para servir de corredor ecológico entre o
Parque Nacional da serra Geral e a Reserva Biológica da Serra Geral, além de proteger
as nascentes dos Rios Tainhas e Três Forquilhas.
2.2.10.27. PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA RONDA
______________________________________________________________________
72 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 26’ 34.8’’
LONGITUDE W 50° 33’ 26.3’’
ELEVAÇÃO: 654 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
FONE: (54) 3244-3214
Localizado exclusivamente no Municípios de são Francisco de Paula, foi criado para
o desenvolvimento de atividades de educação ambiental, pesquisa científica e
atividades de ecoturismo.
Embora muito próximo ao centro urbano do Município, o Parque conta com
vegetação muito preservada a com águas de boa qualidade.
2.2.10.28. RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL MIRA -SERRA
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 47’ 91.0’’
LONGITUDE W 50° 61’ 87.0’’
ELEVAÇÃO: 383 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
FONE: (54) 9661-9564
Reserva Particular do Patrimônio Natural, o Projeto Mira-Serra conta com diversas
relíquias arqueológicas e natureza que abrange algumas espécies ameaçadas de
extinção que habitam também, a área desta Reserva. Com foco em ações científicas,
atua fortemente na área de preservação ambiental e sensibilização / conscientização
sobre aspectos preservacionistas.
2.2.10.29. ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO SÃO BERNARDO (SACIS)
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 45’ 29.6’’
LONGITUDE W 50° 56’ 47.7’’
ELEVAÇÃO: 956 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
Local de relevante interesse ecológico e turístico, pois representa o ponto mais
elevado do Município dentro da área urbana, com vista panorâmica da cidade e do
Parque Municipal da Ronda.
2.2.10.30. PASSO DO INFERNO
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 16’ 28.9’’
LONGITUDE W 50° 44’ 19.5’’
ELEVAÇÃO: 819 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
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73 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Local de confluência dos Rios Santa Cruz e Cará, possui uma Ponte de Ferro que foi
construída em 1935 com um vão de 74 metros sem pilares.
2.2.10.31. BELVEDERE DA PERA
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 46’ 76.6’’
LONGITUDE W 50° 63’ 86.7’’
ELEVAÇÃO: 847 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
Linda vista para o Vale do Venturão, do Rio Padilha e da Encosta da Serra.
2.2.10.32. CÂNION JOSAFAZ
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 22’ 42.8’’
LONGITUDE W 50° 02’ 56.4’’
ELEVAÇÃO: 912 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
Local com grande atratividade, de nível internacional, pode-se comparar aos
Cânions existentes no Parque Aparados da Serra e da Serra Geral. O acesso é precário,
sendo impossível chegar com veículo de passeio convencional, apenas veículos 4x4
podem vencer os mais de 22 km de estrada não pavimentada.
2.2.10.33. BELVEDERE DA SERRA DO UMBU
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 29’ 59.6’’
LONGITUDE W 50° 19’ 30.1’’
ELEVAÇÃO: 857 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
Uma das mais belas vistas da Serra Gaúcha, possibilita a visualização da Praia de
Capão da Canoa em dias claros. Neste local também é possível visualizar a Cascata
Potreiro Velho e a Cascata Água Branca.
2.2.11. EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS PRIVADOS
2.2.11.1.
DIVISA ECO LODGE - PESCA ESPORTIVA – BARRAGEM DA DIVISA
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 17’ 54.3’’
LONGITUDE W 50° 34’ 25.4’’
ELEVAÇÃO: 845 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
SITE: WWW.DIVISAECOLODGE .COM.BR
______________________________________________________________________
74 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
FONE: (54) 3278-9800
Localizado no Distrito de Elétra, junto à Barragem da Divisa, possui um dos melhores
equipamentos de hospedagem do Município, contando com alto padrão de serviços e
estrutura, agregando a pesca esportiva como o principal diferencial mercadológico do
empreendimento. Também possui excelente plano de sustentabilidade do
empreendimento.
2.2.11.2.
CAMPING FAZENDA DOS BOSQUES
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 26’32.8’’
LONGITUDE W 50° 33’19.9’’
ELEVAÇÃO: 845 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
FONE: (54) 3244-1331
Local onde é possível passar o dia usufruindo das opções de lazer disponíveis. Possui
belíssima paisagem e está localizado na divisa do Parque Municipal da Ronda. Possui
também opções para imersão à vida no campo, possibilitando os visitantes à realizarem
as tarefas típicas das fazendas serranas, como ordenhar vacas, por exemplo.
2.2.11.3.
MUSEU DO AUTOMÓVEL
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 44’ 12.6’’
LONGITUDE W 50° 56’ 80.1’’
ELEVAÇÃO: 912 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
SITE: WWW.TATOSGARAGE . COM.BR
FONE: (54) 3278-9800
Mais um empreendimento turístico privado digno dos melhores destinos turísticos.
Trata-se de uma coleção de 35 automóveis, das décadas de 30 a 60, todos em magnífico
estado de conservação.
2.2.11.4.
LIVRARIA MIRAGEM
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 26’ 37.0’’
LONGITUDE W 50° 34’47.6’’
ELEVAÇÃO: 909 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
FONE: (54) 3244-2592
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75 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Na área Central do Município, junto à Avenida Júlio de Castilhos, encontra-se um
excelente exemplo de empreendimento turístico privado. A Livraria conta com uma
réplica do primeiro banco da cidade, funcionando como museu e memorial. Também
existem homenagens à São Francisco de Paula e ao Sr. Carlos Wortmann, primeiro
professor do Município, nomeado em 1903.
A construção buscou incorporar elemento de baixo impacto ambiental e conta com
uma casa de chás, onde é possível saborear maravilhas da gastronomia vegetariana e
orgânica.
2.2.11.5.
CAMPING PASSO DA ILHA
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 07’ 20.7’’
LONGITUDE W 50° 21’ 24.2’’
ELEVAÇÃO: 810 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
SITE: WWW.CAMPINGPASSODAILHA .COM.BR
FONE: (54) 3244-3937
Local ideal para camping e lazer, possui infraestrutura de apoio completa. Formado
pelo Rio Tainhas, pode-se acessar por passarela para pedestres ou mesmo dentro de
veículos de passeio, pois o nível do curso d’água permite a travessia.
2.2.11.6.
PORTAL DO SOL
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 37’ 30.3’’
LONGITUDE W 50° 64’ 77.2’’
ELEVAÇÃO: 945 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
SITE: WWW.PORTALDOSOL. ORG.BR
Trata-se de uma Associação Ecológica, formada por pessoas que possuem o mesmo
interesse e visão de mundo. Localizada às margens da RS 235, possui trilha
interpretativa e projetos de sensibilização e educação ambiental.
2.2.11.7.
CAMPING RIO SANTA C RUZ
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 21’ 26.8’’
LONGITUDE W 50° 31’38.3’’
ELEVAÇÃO: 873 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
FONE: (54) 9948-5865
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76 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Localizado junto ao Rio Santa Cruz, possui infraestrutura completa de camping,
pesca esportiva e lazer.
2.2.11.8.
SÍTIO ÁGUA DA RAINHA
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 49’ 31.8’’
LONGITUDE W 50° 57’ 27.7’’
ELEVAÇÃO: 678 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
SITE: WWW.SITIOAGUADARAINHA .COM. BR
FONE: (54) 9123-2879
Localizado em meio ao Bioma Mata Atlântica, possui infraestrutura de hospedagem
completa e possibilidades de passeios, visitações e compra de produtos locais.
2.2.11.9.
MIRANTE DO POMAR
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 44’ 81.4’’
LONGITUDE W 50° 55’ 14. ’’
ELEVAÇÃO: 885 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
Com visão privilegiada para o Parque Municipal da Ronda, onde é possível
contemplar o conjunto de Cascatas do Parque, local aberto à visitação.
2.2.11.10. PARQUE DAS CASCATAS
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 05’ 02.3’’
LONGITUDE W 50° 37’ 43.2’’
ELEVAÇÃO: 867 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
SITE: WWW.PARQUEDASCASCATAS .COM.BR
Localizado no Distrito de Lajeado Grande, o empreendimento dispõe de piscinas
naturais, toboágua, passeios a cavalo, gastronomia, camping e hospedagem. Local de
muitas belezas naturais que a posicionam esta atração turística em um nível de alto
grau de atratividade, com cascatas e trilhas em meio a belas coxilhas e rios de água
cristalina.
2.2.11.11. RESERVA ECOLÓGICA TERRA DO SEMPRE
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 27’ 51.8’’
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77 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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LONGITUDE W 50° 33’16.1’’
ELEVAÇÃO: 684 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
SITE: WWW.TERRADOSEMPRE .COM.BR
FONE: (514) 8461-2954
Estabelecimento diferenciado com fauna e flora de rara beleza e com a maior
concentração de quedas d’água da Região. Possui trilhas ecotécnicas autoguiadas para
cachoeiras balneáveis. É parte integrante da reserva da Biosfera – área de preservação,
promove a proteção e valorização da Biota.
Possui opções de hospedagem com café da manhã e o foco do empreendimento é o
Turismo Ecológico, Turismo de Aventura, Apiturismo e Turismo Contemplativo.
2.2.11.12. PARQUE DAS 8 CACHOEIRAS
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 27’ 17.3’’
LONGITUDE W 50° 33’ 35.6’’
ELEVAÇÃO: 688 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
Local que concentra em um perímetro relativamente pequeno, 8 cascatas de
diferentes alturas e níveis de trilhas de acesso. Possui infraestrutura de apoio com
sanitários e possibilidade de acomodação. Trilhas bem sinalizadas e uma paisagem
cênica encantadora junto a natureza preservada compõe o local.
2.2.11.13. PARQUE DA CACHOEIRA
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 16’ 28.9’’
LONGITUDE W 50° 44’ 19.5’’
ELEVAÇÃO: 819 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
SITE: WWW.PARQUEDACACHOEIRA .COM.BR
FONE: (54) 3504-1446
Junto à Ponte do Passo do Inferno (construída em 1935 e com um vão de 74 metros
sem pilares), o Parque possui infraestrutura de lazer composta de toboágua,
pedalinhos, criação de trutas, piscinas naturais, camping, churrasqueiras, aluguel de
caiaques, lancheria e mirante, junto à confluência dos Rios Santa Cruz e Cará.
2.2.11.14. FAZENDA RIO DO PINTO
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 31’ 06.4’’
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78 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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LONGITUDE W 50° 48’ 47.9’’
ELEVAÇÃO: 892 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
FONE: (54) 9968-7394
Local ideal para atividades típicas de fazenda, permitindo aos visitantes sentirem a
verdadeira essência da vida serrana dentro de uma fazenda igualmente típica. A troca
de vivências e aprendizado da cultura e costumes é uma experiência única.
2.2.11.15. MOINHO FASTHAR
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 28’ 09.0’’
LONGITUDE W 50° 25’ 07.3’’
ELEVAÇÃO: 599 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
Moinho histórico, localizado junto ao Rio Sumidouro, ainda em condições de
funcionamento. Pouco conhecido e explorado, possui potencial para participação em
Roteiros Turísticos.
2.2.11.16. HOTEL CAVALINHO BRANCO
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 27’ 30.2’’
LONGITUDE W 50° 34’13.8’’
ELEVAÇÃO: 885 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
SITE: WWW.HOTELCAVALINHOBRANCO .COM. BR
FONE: (54) 3244-1263
Localizado em ponto privilegiado, em frente ao Lago São Bernardo, possui
arquitetura tipicamente serrana e com bela área verde junto ao empreendimento,
passeios a cavalo e de bicicleta são disponibilizados aos clientes.
2.2.11.17. HOTEL VERANEIO HAMPEL
COORDENADAS:
LATITUDE S 29° 44’ 27.2’’
LONGITUDE W 50° 61’10.9’’
ELEVAÇÃO: 889 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
SITE: WWW.VERANEIOHAMPEL.COM.BR
FONE: (54) 3244-1363
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79 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Hotel histórico, pioneiro na Serra Gaúcha no segmento turístico, dentro dos atuais
conceitos da terminologia. Possui paisagismo deslumbrante em um local
agradabilíssimo. Aberto a visitações.
2.2.11.18. HOTEL DO CAMPO
COORDENADAS:
LATITUDE S 28° 55’ 53.6’’
LONGITUDE W 50° 39’18.0’’
ELEVAÇÃO: 911 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR
FONE: (54) 3244-8000
Hotel histórico, localizado no Distrito de Cazuza Ferreira. Construído integralmente
com madeira nativa (em período em que isso era permitido, abriga na construção um
cinema pioneiro na região, também integralmente construído com madeira, ambos do
início construídos na primeira metade do século passado.
2.2.12.
RECEPTIVO TURÍSTICO
São Francisco de Paula conta comum número escasso de Agências de Receptivo
Turístico, estas operam apenas roteiros personalizados dentro do Município, mas a
maior parte da procura é por passeios em cidades da Região (principalmente Cambará
do Sul).
As Agências de Turismo existentes em São Francisco de Paula para receptivo são as
seguintes:
Caminhos de Cima da Serra Agência de Ecoturismo
Site: www.caminhosdecimadaserra.com.br
E-mail: [email protected]
Rua Marechal Floriano, 169 - Centro
Fones: (54) 9941-4044 ou (54) 3244-3602.
Agência de Viagens Rotas e Trilhas – Ecoturismo e Turismo de Aventura
E-mail: [email protected]
Estrada da Serra Velha, 669
Fones: (54) 8416-4070 ou (54) 9920-1516.
Agência de Viagens Eu Amo São Chico
E-mail: [email protected]
Fones: (54) 9167-4346.
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80 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Grupo de Condutores Ambientais de São Francisco de Paula
E-mail: [email protected]
Fones: (54) 9941-4944 ou (54)
9172-1610 ou (54) 9156-8709.
Os
profissionais
são
especialistas em receber e
conhecem cada detalhe dos
estabelecimentos,
serviços,
atrações
e
história
do
Município. Percebe-se apenas,
a
necessidade
de
aperfeiçoamento profissional
no quesito idioma estrangeiro,
visando atender o público de
turistas
estrangeiros
em
potencial que teremos nos
próximos anos em função do
legado da Copa do Mundo de
Futebol – FIFA e dos Jogos
Olímpicos (período de grande
exposição do Brasil no cenário
internacional).
Além destas agências que operam o receptivo turístico no Município, podemos
elencar também duas empresas que atuam na área de passeios turísticos específicos:
RB - Passeios a Cavalo - Cavalgadas
Site: www.rbcavalos.blogspot.com.br
E-mail: [email protected]
Estrada do Blang, 1079
Fones: (54) 9136-9053 ou (54) 9159-8701.
Agência de Turismo Campo Fora - Cavalgadas
Site: www.campofora.com.br
E-mail: [email protected]
Fones: (54) 3244-2993 ou (54) 9971-4000.
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81 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Hotel Fazenda Invernadinha - Cavalgadas
Site: www.invernadinha.com.br
E-mail: [email protected]
Endereço: Rodovia RS 235, Km 56 – Elétra
Fones: (54) 9969-6048 ou (54) 9984-7256
Centro de Treinamento Mundo do Cavalo - Cavalgadas
Fones: (54) 9949-2797 ou (54) 9112-6446
BikeTur Passeios de Bicicleta
Site: www.facebook.com/biketur
E-mail: [email protected]
Fones: (54) 8444-6333 ou (51) 8196-9190.
2.2.13.
MEIOS DE HOSPEDAGEM
Pousada e Camping Fazenda dos Bosques
Site: www.pousadafazendadosbosques.com.br
Endereço: Rodovia RS 020- ao lado do DAER – Santa Isabel
Fone: (54) 3244-1099 ou 9178-7506.
Pousada Mirante da Recosta
Site: www.miranterecosta.com
E-mail: chalé@miranterecosta.com.br
Endereço: Rodovia RS 020 s/n° - Recosta
Fone: (51) 9981-9600.
Nanda’s House Pousada
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Alpes, 27 - São Bernardo
Fone: (54) 4062-9343 ou (54) 8215-4426.
Pousada Vale das Araucárias
Site: www.valedasaraucarias.com.br
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Osvaldo Aranha, 285 - Britadeira
Fone: (54) 3244-1603 ou (51) 9106-1552.
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82 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Pousada Fazenda Capão do Ipê
E-mail: [email protected]
Endereço: Rodovia RS 476, s/n° - Distrito de Lajeado
Fone: (54) 3504-2547 ou (54) 8423-5465.
Pousada Mirão
Endereço: Rua Benjamim Constant, s/n - Centro
Fone: (54) 3244-2607.
Pousada Pedacinho do Paraíso
Endereço: Estrada Boa Esperança, s/n° - Caconde
Fone: (54) 9973-4739.
Pousada Parador Campo do Meio
Endereço: Avenida Getúlio Vargas, 614 – Campo do Meio
Fone: (54) 3244-1341.
Pousada Refúgio do Lago
Site: www.pousadarefugiodolago.com.br
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Frei Caneca, 166 – São Bernardo
Fone: (54)3244-3431ou (54) 3244-2837.
Divisa Eco Lodge
Site: www.divisaecolodge.com.br
E-mail: [email protected]
Endereço: Estrada Barragem da Divisa, s/n° - Barragem da Divisa
Fone: (54) 3278-9800.
Pousada Serra Velha
E-mail: [email protected]
Endereço: Estrada Serra Velha, 2050 – Serra Velha
Fone: (54) 3244-3863 ou (54) 9903-0594.
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83 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Pousada São Chico Ecovillage
Site: www.pousadasaochico.com.br
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua das Valquírias, 288 – São Bernardo
Fone: (54) 3244-1063.
Hotel Fazenda Rio do Pinto
Endereço: Estrada RS 110, km 08 – Várzea do Cedro
Fone: (54) 3244-2350 ou (54) 9968-7394.
Camping Santa Cruz
Endereço: Estrada RS 110, km 10 – Várzea do Cedro
Fone: (54) 9948-5865.
Pousada Recanto das Estrelas
Site: www.hotelrecantodasestrelas.com.br
E-mail: [email protected]
Endereço: Rodovia RS 020, 600 - Km 78 – Boca da Serra
Fone: (54) 3244-1343.
Pousada Holly Land
Endereço: Estrada Carapina, s/n° - Carapina
Fone: (51) 3312-1695 ou (54) 9967-2253.
Pousada do Lagarto
Site: www.gnt.com.br/lagartopousada
E-mail: [email protected]
Endereço: Estrada Carapina, s/n° - Carapina
Fone: (54) 9984-9630 ou (54) 9957-3435.
Pousada Casa de Pedra
Site: www.pousadacasadepedra.com
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Engadin, n° 38 – São Bernardo
Fone: (54) 3244-3050.
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84 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Pousada do Engenho
Site: www.pousadadoengenho.com.br
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Odon Cavalcante, n° 330 – São Bernardo
Fone: (54) 3244-3887 ou 3244-1270.
Pousada e Camping Parque das Cascatas
Site: www.parquedascascatas.com.br
E-mail: [email protected]
Endereço: Rodovia RS 453 s/n° - Lajeado Grande
Fone: (54) 3504-2641 ou (54) 9973-5530.
Pousada Casarão
Endereço: Estrada Barragem do Salto, s/n° - Salto.
Fone: (54) 9929-4906.
Pousada e Camping Parque das 8 Cachoeiras
Site: www.parque8cachoeiras.com.br
E-mail: [email protected]
Endereço: Moinho Velho s/n° - São Bernardo.
Fone: (54) 3244-2768 ou (54) 9965-7526.
Pousada Terra do Sempre
Site: www.terradosempre.com.br
E-mail: [email protected]
Endereço: Estrada Roça Nova, 3350 – São Bernardo
Fone: (54) 9684-3948 ou (51) 8461-2954.
Pousada da Torre
Site: www.pousadadatorre.tur.br
Endereço: Estrada Serra Velha, 655 – Serra Velha
Fone: (54) 3244-3131.
Pousada e Camping Parque da Cachoeira
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85 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Site: www.parquedacachoeira.com.br
E-mail: [email protected]
Endereço: RS 476, km 10 – Passo do Inferno
Fone: (54) 3504-1446 ou (54) 9166-0071.
Pousada Recanto da Mata
Site: www.recantodamata.com
E-mail: [email protected]
Endereço: Estrada Serra Velha, 669 – Serra Velha
Fone: (54) 3244-1006 ou (54) 9671-0665.
Pousada Rural Sitio Água da Rainha
Site: www.sitioaguadarainha.com.br
E-mail: [email protected]
Endereço: Estrada Serra Velha, s/n° - Serra Velha
Fone: (51) 9243-1916 ou (54) 9123-2879.
Pousada Novo Horizonte
Site: www.novohorizontepousada.com.br
E-mail: [email protected]
Endereço: Benjamim Constant, s/n° - Santa Isabel
Fone: (54) 3244-3000.
Hotel das Araucárias
Site: www.hoteldasaraucarias.com.br
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Ipiranga, 20 – Campo do Meio
Fone: (54) 3244-1701 ou 3244-1395.
Hotel Veraneio Hampel
Site: www.veraneiohampel.com.br
E-mail: info@[email protected]
Endereço: Rua Boca da Serra, 445 – Veraneio Hampel
Fone: (54) 3244-1363.
Hotel Fazenda Invernadinha
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86 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Site: www.invernadinha.com.br
E-mail: [email protected]
Endereço: Rodovia RS 235, Km 56 - Eletra
Fone: (54) 9984-7256 ou 9969-6048.
Hotel Village da Serra
Site: www.villagedaserra.com.br
E-mail: [email protected]
Endereço: Avenida Júlio de Castilhos, 1650 – Pedra Branca
Fone: (54) 3244-2853 ou (54) 3244-3889.
Hotel Cavalinho Branco
Site: www.hotelcavalinhobranco.com.br
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Tiradentes, 50 – São Bernardo
Fone: (54) 3244-1263.
Hotel Fazenda Boa Vista
Site: www.boavistahotelfazenda.com.br
E-mail: [email protected]
Endereço: Estrada da Samambaia, s/n°
Fone: (54) 9946-8299.
Pousada Unser Haus
Endereço: Rua Frei Caneca, 370 – São Bernardo
Fone: (54) 3244-3001.
Pousada Sobrado da Serra
Endereço: Rua Pinheiro Machado, 174 – Centro
Fone: (54) 3244-2942 ou (54) 3244-2038.
Pousada Entrada dos Cânions
Endereço: Estrada Josafáz, s/n° - Distrito de Tainhas
Fone: (54) 9632- 0132 ou (54) 9673-4791.
______________________________________________________________________
87 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Pousada Casa no Campo
Site: www.pousadacasanocampo.blogspot.com.br
E-mail: [email protected]
Endereço: Rodovia RS 476, s/n° - Lajeado Grande
Fone: (54) 3244-7002.
Hotel do Campo
E-mail: [email protected]
Endereço: Avenida José Ferreira de Castilhos, s/n° - Cazuza Ferreira
Fone: (54) 3244-8000.
Sítio Rural Olhos D’Água
Endereço: Estrada da Lagoa, s/n°
Fone: (51) 9115-8653.
Motel Pousada dos Anjos
Endereço: Rua Franklin Roosevelt, 100 - Centro
Fone: (54)3244-1818 ou (54) 9976-9394.
Camping Barragem do Salto
Site: www.caiaquesbar.com.br
E-mail: [email protected]
Endereço: Barragem do Salto, s/n° - Salto
Fone: (51) 9528-5864.
Camping Passo da Ilha
Site: www.campingpassodailha.com.br
E-mail: [email protected]
Endereço: Estrada Passo da Ilha, 11000 – Passo da Ilha.
Fone: (54) 3504-9771 ou (54) 9966-6636.
Camping SZDM Macedo
Endereço: Estrada de Lajeado Grande, s/n° - Lajeado Grande
Fone: (54) 9979-5324.
______________________________________________________________________
88 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Camping Querência Amada
Endereço: Estrada do Meio, s/n°
Fone: (54) 9658-2033 ou (54) 9136-3351.
2.2.14. GASTRONOMIA
Churrascaria e Restaurante Campo do Meio
(54) 9710-0670
Avenida Getúlio Vargas, 656 – Bairro Campo do Meio.
Churrascaria e Restaurante CTG
(54) 3244-1028
Rua Benjamin Constant, 582.
Galeteria Casa da Dinda
(54) 3244-1968
www.galeteriacasadadinda.com.br
Rua 3 de Outubro, 21.
Restaurante Minuano
(54) 9688-5353
Rua Manoel Vicente Ferreira, s/n°.
Restaurante Bono Mangiare
(54) 3244-1824
Rua Santos Dumont, 612.
Restaurante Cantina Casa no Campo
(54) 9917-7572
www.pousadacasanocampo.com.br
Distrito de Lajeado Grande.
Restaurante e Pizzaria Morosko
______________________________________________________________________
89 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
(54) 3244-2409
Avenida Júlio de Castilhos, 1099.
Restaurante Sabor da Serra
(54) 3244-2038
Avenida Júlio de Castilhos, 548.
Restaurante e Pizzaria Tertúlia Bar
(54) 3244-1840
Avenida Júlio de Castilhos, 555.
Sementi’s Bistrô
(54) 3244-1418
Rua Pinheiro Machado, 342.
Restaurante Macela’s
(54) 3244-2909
www.marcelascafeebistro.com.br
Avenida Getúlio Vargas, 438
Restaurante Paladar
(54) 3244-2318
Rua 3 de Outubro, 51.
Petiscaria Nossa Casa
(54) 3244-3759
Rua Assis Brasil, 506.
Amaretto Bistrô
(54) 3244-3130
Avenida Júlio de Castilhos, 820.
Café do Frigideira
(54) 3244-3120
Avenida Júlio de Castilhos, 898.
______________________________________________________________________
90 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Café Serrano Araucárias
(54) 3244-1701
www.hoteldasharaucarias.com.br
Rua Ipiranga, 20.
Pizzaria London
(54) 3244-2687
Rua Coronel Serrano, 160.
Cafeteria e Pastelaria Água na Boka
(54) 3244-1506
www.pastelariaaguanaboka.com.br
Rua Assis Brasil, 258.
Café Tainhas
(54) 3404-9309
www.cafetainhas.com.br
Trevo RS 020 - BR 453 – Tainhas.
Lanches Dona Laura
(54) 3244-2319
Avenida Júlio de Castilhos, 757.
Lanches Xis do Japa
(54) 3244-3713
Avenida Júlio de Castilhos, 968.
Lanches do Vandi
(54) 3244-2297
Avenida Júlio de Castilhos, 693.
Lanches Lima
(54) 3244-2032
Avenida Júlio de Castilhos 462.
______________________________________________________________________
91 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Bar da Rodoviária
(54) 3244-3120
Avenida Júlio de Castilhos, 694.
Tratoria Pasta Nostra
(54) 3244-2504
Rua Henrique Lopes da Fonseca, 134.
Restaurante Castelli Resto Pub
(54) 3244-1095 ou (51) 9364-7677
Rodovia RS 020 – km 87 – Bairro Colinas.
Café Pão e Cia
(54) 3244-1090
Avenida Júlio de Castilhos, 620.
Café Bolo Frito
Rua Frederico Tedesco, s/n°.
Café Delícias
(54) 3244-1314
Rua Curupaiti, 193 – Bairro Cipó.
Café da Mata
(54) 3244-1006
Estrada da Serra Velha, 669 – Bairro São Bernardo.
Café Big Pão
(54) 3244-1862
Avenida Júlio de Castilhos, 369.
Taylor’s Pub
(54) 9152-3227
Rua Assis Brasil, 116.
______________________________________________________________________
92 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Lancheria Querência
(54) 9985-6643
Estrada de Contendas, 15.553 - Tainhas.
2.3. PRINCIPAIS EVENTOS DO MUNICÍPIO
2.3.1. CARNAVAL DE RUA
Realizado desde a década de 70, conta com a participação de diversos Blocos e
Escolas de Samba de cidades vizinhas. É promovido pela Administração Pública
Municipal.
2.3.2. COLHEITA DA MACELA
Tradicional encontro para a colheita da Macela, este evento atrai mais de 15 mil
pessoas para o Município, a grande maioria de cidades da região e da grande Porto
Alegre, a maioria motociclistas.
O encontro acontece sempre na véspera da sexta-feira Santa, onde os visitantes
colhem a Macela dos campos antes do amanhecer. Após o raiar do dia, todos se
encontram na Avenida Júlio de Castilhos.
2.3.3. FESTA DO PINHÃO
A Festa do Pinhão é hoje o principal e mais consolidado Evento de São Francisco
de Paula. Geralmente acontecendo no mês de junho, atrai um público crescente de
visitantes e busca além de promover o turismo na cidade, busca incentivar o plantio de
Araucária, a divulgação da gastronomia serrana e dos pratos criados a partir do pinhão.
Também conta com diversas atrações culturais locais e nacionais. Dança, música
e demonstrações culturais fazem parte do Evento.
2.3.4. RONCO DO BUGIO
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93 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Criado em 1986, tem por objetivo resgatar e valorizar a tradição, a arte e a cultura
gaúcha e tem se tornado por este motivo, um dos grandes festivais da cultura e música
gaúcha.
Considerado um dos mais autênticos Festivais do gênero no mundo, pois enaltece o
ritmo bugio, típico e original dos Campos de Cima da Serra. Geralmente acontece no
mês de agosto, aliando o frio típico serrano neste período com a calorosa disputa entre
os concorrentes e as diversas apresentações nativistas é um Evento autêntico e
imperdível.
2.3.5. SEMANA FARROUPILHA
Evento tradicional no Estado do Rio Grande do Sul e, especialmente em São
Francisco de Paula, onde a acultura e tradições gaúchas estão presentes no dia-a-dia da
comunidade.
Ocorre a mobilização dos Centros de Tradição Gaúcha (CTG’s) do Município,
Escolas e Comunidade em geral para a Gincana Farroupilha, com provas sobre a cultura
gaúcha e invernadas de danças e grupos folclóricos.
Também ocorre a Cavalgada das Prendas, que reúne cerca de 110 mulheres que
é um dos pontos mais esperados do Evento. Elas visitam uma das localidades do
Município, valorizando a mulher gaúcha e seus feitos e conquistas.
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94 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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No dia 20 de setembro, se reúnem centenas de cavaleiros dos mais variados
CTG’s para a Cavalgada de encerramento do Evento, que ocorre na Avenida Júlio de
Castilhos, no Centro da Cidade.
2.3.6. RODEIO INTERESTADUAL
Tradicional Evento do Município, ocorrendo no mês de dezembro, cultua as
tradições e gostos do autentico gaúcho serrano. Provas campeiras, de laço, gineteadas
e as paleteadas são destaque comprovando o gosto do gaúcho pela lida com o gado.
Existem também as apresentações artísticas onde as invernadas são o ponto
alto. O Evento termina com um grande baile tipicamente nativista.
2.3.7. CAVALHADAS
Um Evento muito tradicional, que ocorre a mais de 120 anos na localidade de
Cazuza Ferreira.
Ocorre a cada dois anos e é um dos poucos locais do Brasil onde acontece este
tipo de Evento, reproduzindo do mesmo modo que as primeiras edições deste evento,
contam a história da luta entre mouros e cristãos.
Esta encenação é feita a campo aberto, ao ar livre, pelos Corredores de
Cavalhadas de Cazuza Ferreira, desde 1885.
2.3.8. CAVALGADA DA SERRA
Centenas de cavaleiros dos mais variados Centros de Tradição Gaúcha se
reúnem para uma cavalgada que tem o início em Picada Café e vai até São Francisco de
Paula.
No ano seguinte a Cavalgada faz o sentido inverso, sai de São Francisco de Paula
e vai até Picada Café.
2.3.9. CAVALGADA APARADOS DA SERRA
Outra grande Cavalgada ocorre entre os municípios de Bom Jardim da Serra (SC)
e São Francisco de Paula, no mesmo formato da Cavalgada da Serra, reúne igualmente
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95 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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centenas de cavaleiros e reveza a cidade de destino e partida a cada edição, sempre
realizando o mesmo trajeto.
2.3.10.
CAVALGADA DA INTEGRAÇÃO
Realizada para trazer a são Francisco de Paula um dos maiores símbolos da
tradição gaúcha: a Chama Crioula. Sai de Porto Alegre com dezenas de cavaleiros.
2.3.11.
CAVALGADA DAS PRENDAS
Reúne cerca de 110 mulheres que é um dos pontos mais esperados da Semana
Farroupilha. As prendas visitam uma das localidades do Município, valorizando a
mulher gaúcha e seus feitos e conquistas.
2.4. TURISMO DE EVENTOS E NEGÓCIOS
Embora exista uma pequena distância geográfica entre os dois principais
destinos de Turismo de Negócios e Eventos do Rio Grande do Sul e São Francisco de
Paula, a distância entre Eventos captados por Porto Alegre e Gramado em relação ao
Município ainda é muito grande.
Detentoras de boa parte dos eventos de grande porte do Estado, os dois
destinos indutores supracitados possuem eventos grandiosos e potencial de captação
internacional, estando entre as principais candidatas à captação de grandes eventos no
Brasil.
Para São Francisco de Paula, incentivar a implantação de Centros de Eventos
privados é essencial, encorajar empreendedores e investidores para este segmento
passa a ser prioridade para a Administração Pública Municipal, pois sabemos que este
nicho de mercado traz um retorno financeiro fantástico para o destino que recebe o
evento, e também para os investidores envolvidos.
Além disso, sugerimos que o Município realize uma força tarefa para a obtenção
de um Centro de Eventos Público, com capacidade para comportar eventos de médio e
médio-grande portes, trazendo São Francisco para o mapa dos eventos que geram
grande fluxo de visitantes.
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96 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Sabemos que os investimentos neste tipo de
equipamento são grandiosos, mas os benefícios deste
investimento virão a longo-prazo, de forma gradativa,
garantindo contínuo progresso no que tange a área
turística da cidade.
Dimensionando financeiramente o retorno deste
investimento, utilizemos uma média de gastos per capta
diária do público captado pelos eventos em 2012 no Rio
Grande do Sul, em que cada participante gasta, em
média, R$ 783,00 por dia no município, sendo que cada
visitante permanece na cidade em média três dias.
Dentro de um cenário realista /pessimista, a
captação de apenas 05 eventos anuais de médio porte
(1.500 participantes) gerará um gasto total de R$
17.617.500,00. Suponhamos ainda dentro do cenário
realista /pessimista que metade desse valor permaneça
dentro do Município, somente em arrecadação de ISSQN
São Francisco de Paula poderá arrecadar por ano o
montante de R$ 528.525,00.
A hotelaria, gastronomia, comércio e todos os
setores econômicos do município são beneficiados com
a realização de eventos. São Francisco de Paula possui
hoje o Parque Rural Davenir Peixoto Gomes - Parque de
Rodeio, como o principal espaço público para a
realização de eventos de médio ou grande porte, porém
a atual estrutura deste local é muito aquém do que se
espera para feiras, congressos e exposições.
Ações Prioritárias.
Para São Francisco de
Paula,
incentivar
a
implantação de Centros de
Eventos privados é essencial,
encorajar empreendedores
e investidores para este
segmento passa a ser
prioridade
para
a
Administração
Pública
Municipal, pois sabemos que
este nicho de mercado traz
um
retorno
financeiro
fantástico para o destino que
recebe o evento, e também
para
os
investidores
envolvidos.
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97 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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3. DIAGNÓSTICOS / PROPOSIÇÕES
Quando se fala em turismo é necessário pensar em sustentabilidade e
envolvimento comunitário, aliando preservação ambiental, geração de emprego e
renda, inclusão social, melhoria da autoestima e consequente resgate e valorização da
cultura local.
A gama de setores envolvidos na atividade turística faz com que uma média de
100 turistas por dia em determinado destino gere 134,74 empregos, sendo uma das
atividades econômicas que mais gera empregos.
A ascensão deste segmento no Brasil vem crescendo gradativamente e este
dado é comprovado por diversas pesquisas realizadas por órgãos do Ministério do
Turismo e EMBRATUR. No início do século passado, viajar era privilégio e exclusividade
de uma pequena parcela da população. Hoje, o cenário econômico, aliado à
estabilidade da moeda, as políticas públicas de fomento ao turismo, juntamente com
as infinitas facilidades oferecidas pelas operadoras e agências de viagem, viajar tornouse algo possível e incorporado à realidade de grande parte da população brasileira,
assim como dos países desenvolvidos e dos países emergentes, inclusive com pacotes
que atendem exclusivamente às classes C e D, oferecendo atrativos e destinos que
respeitam o poder aquisitivo do turista.
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98 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Mas para onde vão estes turistas? O boom do turismo abriu espaço a uma
concorrência saudável entre destinos, gerando o crescimento acelerado de seus
atrativos. Hoje, o turista busca viajar a lugares que ofereçam uma boa variedade de
possibilidades, um destino que disponha de boa e variada gastronomia, hotelaria,
eventos, belas paisagens, história e, principalmente, imersão em novas culturas e novos
costumes.
Diante disso, podemos afirmar que São Francisco de Paula possui os prérequisitos básicos e indispensáveis para receber turistas. O desafio é proporcionar um
crescimento do fluxo com a responsabilidade de preservar o meio ambiente e as
tradições e costumes locais, sem excluir a comunidade receptora dos benefícios
gerados pela atividade turística.
Aliado ao turismo de passeio não podemos desconsiderar a importância e
potencial do Turismo de Eventos, que atualmente, por falta de infraestrutura para a
realização de Congressos, Feiras e Convenções é praticamente inexistente em São
Francisco de Paula, surgindo como fator primordial para o desenvolvimento da
atividade turística a implantação de um Centro de Eventos.
Além de incentivar o desenvolvimento socioeconômico local, é grande gerador
de emprego e renda, beneficiando de forma significativa a população do núcleo
receptor. Além disso, eventos ajudam a diminuir os efeitos da sazonalidade, típica da
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99 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Região e fortemente criticada pelos empresários do setor turístico.
Outro ponto importante é a geração da imagem do destino turístico para este
público participante de eventos, que usualmente retorna ao Município trazendo a
família e indicando para amigos os locais que mais lhe agradaram, gerando uma
imagem e mudando o perfil e fluxo de visitantes de determinado destino.
Dentro do quesito infraestrutura, devemos deixar clara a importância de
investidores e do capital privado para a criação de novas estruturas e atrações. Em
contrapartida as esferas governamentais devem dar apoio e muitas vezes incentivos
para que estes investimentos sejam realizados no Município.
Sabemos da diversidade de recursos federais, estaduais e institucionais
disponíveis para a qualificação e estruturação dos destinos turísticos, o que falta,
segundo técnicos destas entidades são bons Projetos. Este documento servirá de base
para a elaboração destes projetos dentro das macro ações propostas e tecnicamente
embasadas.
Vale ressaltar a intrínseca e valorosa característica serrana por bem receber, o
que fará grande diferença na consolidação da imagem de São Francisco de Paula no
cenário turístico nacional e, muito em breve internacional.
O potencial hídrico, o clima, a paisagem única, a cultura autêntica,
proporcionam um cenário propício para o desenvolvimento do turismo fortemente na
área rural do Município, valorizando os saberes, costumes e tradições do homem do
campo, o nosso autentico gaúcho.
3.1.METODOLOGIA
Neste Plano utilizamos a metodologia de pesquisa qualitativa. Esta apresenta um
método que valoriza as observações e intuições do pesquisador de forma empírica. Esta
metodologia também permite uma maior liberdade teórico-metodológica para realizar
as pesquisas.
Temos ainda neste Plano, como quadro de referência, a dialética histórico-estrutural
(DHE), por entender o Turismo como fenômeno social.
Considerando os objetivos da abordagem e conclusões necessárias, aplica-se uma
pesquisa qualitativa, por melhor adaptar-se a seu pressuposto teórico. A pesquisa
qualitativa, como dito anteriormente:
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100 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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“trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações,
crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais
profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não
podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis. [ ... ] a
abordagem qualitativa aprofunda-se no mundo dos significados
das ações e relações humanas, um lado não perceptível e não
captável em equações, médias e estatísticas” (MINAYO, 1994, p.
22).
Acrescentamos o caráter descritivo-explicativo, que:
“As pesquisas deste tipo têm o objetivo primordial a descrição
do fenômeno ou estabelecimento de relações entre variáveis. [ ...
] algumas vão além da simples identificação da existência de
relação entre variáveis; pretendendo determinar a natureza dessa
relação. [ ... ] uma pesquisa explicativa pode ser a continuação de
outra descritiva“. (Gil 1987, p.45).
O referencial teórico que utilizamos neste trabalho foi enriquecido com leituras de
alguns autores como Krippendorf, Swarbrooke, Ruschmann, Molina, Morin,
principalmente. Estes autores propõem um desenvolvimento da Atividade Turística
pensado de forma global e sustentável.
Buscando a origem do termo dialética origina-se no grego diaektikê, que significa a
arte da conversação ou do debate. Porém Hegel foi além:
"todo o mundo da natureza, da história e do espírito como um
processo, isto é, em constante movimento, mudança,
transformação e desenvolvimento, intentando, além disso, pôr
relevo a conexão interna deste movimento de desenvolvimento”.
(MARX e ENGELS apud TRIVINOS, 1987, p.53).
Buscando entender a nossa abordagem, citamos TRIVINOS, que fala sobre a dialética
como:
"a interdependência e a mais íntima e indissolúvel conexão
entre todos os aspectos de cada fenômeno (a história desvendando
sempre novos aspectos), uma interconexão da qual resulta um
processo de movimento único e universal, com leis imanentes [ .. .]"
(TRIVINOS, 1987, p.53).
Empiricamente sabemos da complexidade de todas as relações adjacentes e
derivadas da Atividade Turística, com isso percebemos é um processo no qual todos os
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101 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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elementos estão em constante interação e movimento:
“A reflexão crítica e dialética só se desenvolve em oposição a
corpos teóricos estabelecidos, a experiências já conhecidas. A
crítica Dialética é aqui concebida como demolição de todos os
conceitos estabelecidos, adquiridos, cristalizados, mumificados, e
dos quadros de referência teóricos. É um apelo à derrubada
perpétua dos sistemas em benefício do aprofundamento sempre
renovado dos problemas. Mas a própria existência dessas
problemáticas, fundamentos genéticos da teorização, só é
manifestada por soluções teóricas particulares desses problemas”.
(DEMO, 1980, p.16).
Finalizando, de acordo com Trivinos (1987):
“Para a DHE, as categorias se formam no desenvolvimento
histórico do conhecimento e na prática social. O sistema de
categorias surge como resultado da unidade do histórico e do
lógico e do movimento do abstrato ao concreto, do exterior ao
interior, do fenômeno à essência. Elas não constituem um número
definido. Aparecem em razão das atividades, que desenvolve o
homem, atuando sobre a natureza, e a sociedade, em seu afã de
conhecer e transforma-la”. (TRIVINOS, 1987, p. 58).
Portanto, a escolha desta metodologia, que propõe o mesmo grau de relevância
tanto para as condições objetivas quanto para as subjetivas é a mais coerente, no nosso
ponto de vista, a ser aplicada ao Turismo e suas mais variadas atividades e dinâmicas
sociais, culturais e econômicas.
3.2.
INVENTÁRIO TURÍSTICO
O Inventário Turístico é uma ferramenta que serve de base para a elaboração de
qualquer intervenção planejada da atividade turística. Nesta fase coletamos
informações detalhadas acerca dos atrativos turísticos, infraestrutura e demais
equipamentos e entidades ligadas à Atividade Turística, utilizamos para isso a
metodologia de inventariação proposta pelo Ministério do Turismo - INVTUR.
Em 1958 foi criada a Comissão Brasileira de Turismo que levantou oficialmente a
importância e a necessidade do Inventário Turístico. É através deste que ficam
delineados os locais de interesse turísticos e, a partir daí podemos promover ações para
proteção da paisagem e outros motivos considerados como atração turística.
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102 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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A inventariação dos atrativos e demais itens de interesse turístico também é o
momento que identificamos as possibilidades, as falhas, os pontos críticos e as
oportunidades de uma determinada localidade, além de dimensionamos a oferta.
Geralmente volumosos impressos são gerados nesta atividade o que causa demora
e custos para cada atualização, além da necessidade de um trabalho de campo
usualmente demorado. Atualmente com as ferramentas digitais disponíveis, e a um
valor cada vez menor, podemos disponibilizar toda esta informação dos atrativos
turísticos e da infraestrutura associada ao Turismo por meio eletrônico (internet), tanto
à comunidade local, quanto aos visitantes. Também é fundamental lembrar que esta
ferramenta tem a opção de atualização dos dados em tempo real, o que é muito mais
que um diferencial de mercado do destino turístico, é algo fundamental para o
planejamento de ações de promoção de um determinado núcleo receptor.
Ainda falando da importância de disponibilização das informações do Inventário
Turístico por meio eletrônico, vale salientar que 35% das vendas correlatas ao turismo
são realizados em ambiente virtual. Diante dessa realidade mercadológica fica
evidenciada a necessidade de disponibilização dos dados inventariados em sites de
internet.
Em 2006 o Ministério do Turismo identificou a necessidade de criar uma
metodologia eficaz e iniciou um Projeto para inventariar os municípios do Brasil – o
______________________________________________________________________
103 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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INVITUR, que visa:
“...funcionar como equipamento de consulta para estudantes,
empresários
e
pesquisadores,
a
fim
de:
- Disponibilizar aos visitantes, planejadores e gestores dados confiáveis
sobre
a
oferta
turística
brasileira;
- Permitir a análise do significado econômico do turismo e seu efeito
multiplicador
no
desenvolvimento
municipal;
- Permitir a identificação e a classificação de municípios turísticos e com
potencial
turístico;
- Permitir o diagnóstico de deficiências, pontos críticos e
estrangulamentos e os desajustes existentes entre a oferta e a demanda;
e
- Coletar informações que subsidiem a elaboração de roteiros turísticos.”
(MTur - http://www.inventario.turismo.gov.br/invtur/jsp/sobre_invtur/)
______________________________________________________________________
104 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Uma das questões é que a Administração Pública
Municipal nomeie um servidor público (turismólogo)
para cuidar das atualizações e inserções no sistema
INVTUR.
Diante de todas as perspectivas e da necessidade de
criação de proposições coerentes com a atual situação
da atividade turística no Município e convergentes com
os interesses e demandas de todos os atores envolvidos
nesta atividade.
Localização
Privilegiada.
Atualmente São Francisco
de Paula conta com
excelentes acessos e, a
localização
geográfica
privilegiada facilita esta
condição. Muito próxima à
Caxias do Sul e Porto Alegre,
as duas maiores cidades do
Estado do Rio Grande do Sul,
possui
também
uma
distância reduzida até o
litoral gaúcho e catarinense.
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105 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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106 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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3.3. ANÁLISE SWOT
3.3.1. ASPECTOS GEOECONÔMICOS – TURISMO
Existência de Centro de
Informações Turísticas em
localização estratégica
para atendimento ao
Turista (Centro de
Visitantes).
Existência de Patrimônio
Histórico Urbano do
perímetro urbano da
cidade e no perímetro
urbano dos distritos.
Turismo
Forças
Hospitalidade Marcante e
Natural do povo serrano e
Patrimônio Cultural bem
preservado.
Localização estratégica do
Município na Região do
polo da Serra Gaúcha –
Região das Hortênsias e
Campos de Cima da Serra.
______________________________________________________________________
107 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Os Distritos de Cazuza
Ferreira, Lajeado Grande
e Tainhas como destino
consolidado de turismo
rural.
Grande Potencial para o
Desenvolvimento do
Turismo de Eventos.
Turismo
Forças
São Francisco de Paula
como Produto Cultural de
inserção Regional e
Nacional.
Existência de grande
potencial para Turismo
Náutico - Barragens.
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108 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Grande Potencial para
Formatação de Novos
Produtos Turísticos – Média
de 945 metros acima do nível
do mar, clima frio (neve) e
extensa área territorial.
Distrito de Juá e Rincão
dos Kroeff como atrativo
e grande potencial para o
Desenvolvimento de
Turismo Ecológico.
Turismo
Forças
Grande concentração de
atrativos naturais dentro do
perímetro do Município,
muitos preservados através de
Unidades de Conservação e
Áreas de Preservação
Ambiental.
Cultura Gaúcha presente
e enraizada no cotidiano
do Município.
______________________________________________________________________
109 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Informação ao turista na
chegada ao Município e
Região – Possibilidade de
Divulgação de São
Francisco de Paula.
Criação de postos de
trabalhos para estudantes
de graduação em
Turismo.
Turismo
Oportunidades
Desenvolvimento de
capacitação profissional
e formação continuada.
Atração de demanda
Regional e Nacional,
propício aos Segmentos
de Ecoturismo, Turismo
Cultural, Gastronômico,
Turismo de Aventura.
______________________________________________________________________
110 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Criação de Processo de
Gestão Participativa –
Conselho Municipal de
Turismo – Articulação
Regional.
Melhoria da
infraestrutura básica dos
perímetros urbanos da
Sede e dos distritos.
Turismo
Oportunidades
Capacitação e
qualificação da prestação
dos serviços.
Captação do Fluxo de
Turistas de outros
Municípios.
______________________________________________________________________
111 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Atração de grande fluxo
de turistas regional e
nacional para o município
devido ao acesso pela
Rotado Sol que atravessa
03 distritos.
Fortalecimento do
Calendário de Eventos e
Diminuição da
sazonalidade.
Turismo
Oportunidades
Criação de roteiros para
distribuição desse fluxo –
Fomentando e
incentivando o
agenciamento turístico.
Oferecer um produto
cultural competitivo em
nível regional e nacional.
______________________________________________________________________
112 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Inventário Turístico
dentro da Metodologia
do INVTUR – Ministério
do Turismo.
Fortalecimento das
Governanças locais e
Regionais ligadas ao
Turismo.
Turismo
Oportunidades
Criação do Conselho
Municipal de Turismo
(deliberativo) e Criação
do Fundo Municipal de
Turismo, gerida por este
Conselho.
Melhoria da Estruturação e
Dotação Orçamentária da
Secretaria Municipal do
Turismo e Criação de
Autarquia Municipal para
dedicação exclusiva aos
Eventos Públicos.
______________________________________________________________________
113 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Criação de parcerias
Público-Privadas para a
Estruturação de Produtos
Turísticos Sustentáveis e
do Destino Turístico São
Francisco de Paula.
Existência de Empresas
de Receptivo Turístico
Local e existência de
Equipamentos e serviços
em diferentes categorias
de preços.
Turismo
Oportunidades
Oportunidade de Criação
de Roteiro Turístico na
área Central do Município
devidamente sinalizado
com baixo custo de
implantação.
Promoção da riqueza do
patrimônio gastronômico de
São Francisco de Paula,
valendo-se das
classificações de qualidade
controlada e da
denominação de origem.
______________________________________________________________________
114 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Potencial para se
consolidar como Destino
de Turismo Náutico e de
Pesca Esportiva.
Potencial para Atração de
Investimentos
Diferenciados – Público
Segmentado.
Turismo
Oportunidades
Paisagem propícia para
cavalgadas, trilhas,
observação de fauna e
flora, Turismo Científico e
Turismo Esportivo.
Grande potencial para
atração de demanda
regional e nacional devido
as suas belezas naturais e
culturais.
______________________________________________________________________
115 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Possibilidade de
certificação de diversos
produtos locais,
garantindo a qualidade e
autenticidade regional.
Certificação como fator
atrativo e diferenciador da
Região.
Turismo
Oportunidades
A variedade de itinerários
temáticos e lúdicos
possíveis a serem criados
e explorados através do
levantamento turístico do
Município,
Estar dentro da Região
das Hortênsias – Serra
Gaúcha, marca
consolidada no
imaginário nacional.
______________________________________________________________________
116 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Possibilidade de
ampliação dos Centros de
Atendimento ao Turista
em outros pontos
estratégicos existentes no
Município.
Presença no catálogo dos
operadores
especializados do Brasil e
presença em guias
turísticos gerais e
segmentados.
Turismo
Oportunidades
Possibilidade de Criação de
parcerias entre Meios de
Hospedagem e Empresas de
Receptivo Local para
agregação do valor à ambos
os produtos, valorizando o
Destino Turístico.
Oferta de atividades que
exigem pouco esforço
físico, sem necessidade
de conhecimento técnico
e/ou experiência prévia.
______________________________________________________________________
117 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Criação de Plano de
Marketing Turístico do
Município e Criação de Marca
com grande apelo comercial
(Marketing Mix), explorando
todo o potencial turístico do
Município.
Possibilidade de Adesão por
parte de Empreendedores
do Trade à Sistemas de
Comercialização e
Distribuição da Oferta
Turística do Destino.
Turismo
Oportunidades
Implantação de Centro de
Eventos (Público ou
Privado) para fomentar a
Captação de Eventos e
Congressos.
Oportunidade de Qualificação
e Profissionalização dos
trabalhadores do ramo do
Turismo em São Francisco de
Paula através de Programas
gratuitos existentes.
______________________________________________________________________
118 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Possibilidade de geração
de novos negócios,
emprego e renda através
da Estruturação de
Arranjos Produtivos
Locais.
Possibilidade de geração
de novos negócios,
emprego e renda através
da Produção Associada.
Turismo
Oportunidades
Possibilidade de geração
de novos negócios,
emprego e renda através
da Estruturação e
Diversificação da Oferta
Turística.
Possibilidade de geração
de novos negócios,
emprego e renda através
da Estruturação e
Diversificação da
Economia Criativa.
______________________________________________________________________
119 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Não existência de
Informações
complementares para o
turista que visita o
Município e a Região.
Redução do fluxo turístico
regional e nacional pela
falta de informação.
Turismo
Ameaças
Dificuldade de conquista
de novos segmentos
turísticos.
Diminuição da
comercialização dos
produtos em virtude do
perfil de turistas
atingidos.
______________________________________________________________________
120 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Não manutenção
adequada do patrimônio
Histórico e degradação
urbana.
Falta de capacitação dos
recepcionistas no Centro
de Informações
Turísticas, Pousadas e
Restaurantes.
Turismo
Ameaças
Grande impacto nos
hábitos e costumes das
Comunidades locais.
Não atendimento das
necessidades dos turistas.
______________________________________________________________________
121 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Não continuidade do
atendimento aos
requerimentos do
mercado.
Aumento da ocupação
urbana desordenada no
Município e Região.
Turismo
Ameaças
Saturação dos serviços
básicos do Município.
Problemas de
acessibilidade nos
equipamentos turísticos e
prédios públicos.
______________________________________________________________________
122 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Falta de gestão adequada
do patrimônio natural e
cultural para a atividade
turística.
Interesse da comunidade
em participar do projeto.
Turismo
Ameaças
Pressão da demanda
sobre os serviços públicos
e ocupação urbana
desordenada.
Pressão da indústria
madeireira e setor
hortifrutigranjeiro.
______________________________________________________________________
123 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
O aumento da competitividade
entre os destinos da Serra
Gaúcha, com a mesma
tipologia de oferta, podendo
resultar decréscimo na quota
de mercado da Região dos
Campos de Cima da Serra.
Falta de instrumentos e
mecanismos para atração
de investimentos privados
para consolidação do
Distrito de Elétra como
destino de lazer.
Turismo
Ameaças
Proximidade com outros
Destinos de Turismo de
Aventura e Ecoturismo.
Incentivos propostos por
outros Municípios para
atração de investimentos
privados nos Segmentos
alvo.
______________________________________________________________________
124 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Participação
descontinuada nas Ações
das Esferas Federais e
Estaduais em Divulgação
e Estruturação do
Produto Turístico.
Descaracterização do
Produto.
Turismo
Ameaças
Falta de credibilidade no
serviço por parte dos
Turistas.
Falta de Adesão por parte
dos Taxistas às linhas de
financiamento e aos
Cursos de Qualificação.
______________________________________________________________________
125 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Estruturação de Produtos
Turísticos típicos de São
Francisco de Paula por
Municípios da Região que
já possuem fluxo turístico
consolidado.
Desconhecimento de
grande parte dos
atrativos e dificuldade
para chegar aos mesmos
por parte dos Turistas.
Turismo
Ameaças
Não participação e
envolvimento da
Comunidade e do Trade
Turístico nas Ações de
Desenvolvimento e
Fomento promovidas pela
Administração Pública.
Timidez nos
investimentos hoteleiros
e degradação da
qualidade da oferta de
hospedagem do
Município.
______________________________________________________________________
126 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Riscos de Degradação do
Produto Turístico por
falta de Saneamento
Ambiental adequado.
Taxis com profissionais
despreparados para a
atividade turística.
Turismo
Fraquezas
Material institucional
insuficiente e não
contemplando outros
idiomas.
Falta de criação de
Parcerias Público-Privadas
para a Elaboração de
Produtos Turísticos no
Município.
______________________________________________________________________
127 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Falta de fomento para o
Desenvolvimento do
Turismo – Promoção,
Recursos para realização
de Eventos.
Falta de Integração entre
o trade turístico do
Município.
Turismo
Fraquezas
Sinalização Turística
insuficiente ou
inexistente.
Concentração das ofertas
de restaurante e
alojamento quase
exclusivamente na sede
do Município.
______________________________________________________________________
128 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Dificuldade de divulgação
e dispersão dos fluxos
turísticos de São
Francisco de Paula.
Oferta Gastronômica
limitada.
Turismo
Fraquezas
Falta de Recursos Humanos
qualificados, tendo implicações
a vários níveis, especialmente
na oferta do produto turístico,
prestação de serviços de
informação turística, hotelaria
e restaurantes.
Inexistência de Produto
Turístico exclusivo do
Destino São Francisco de
Paula.
______________________________________________________________________
129 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Ausência de Estratégias
de Promoção e
Divulgação /
Comunicação do Destino
Turístico São Francisco de
Paula.
Inexistência de Estrutura
Privada para Eventos e
consequente ausência de
Captação e Eventos e
Congressos.
Turismo
Fraquezas
Inexistência de Produtos
ou Roteiros Turísticos
Integrando diversos
Equipamento (Públicos ou
Privados).
Utilização de Preço como
diferencial mercadológico
por parte dos Meios de
Hospedagem e demais
equipamentos turísticos
do Município.
______________________________________________________________________
130 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Sistema de Informações
Turística ineficiente no
perímetro do Município
– Necessidade de
Descentralização.
Falta de Qualificação em
grande parte dos
equipamentos e
empreendimentos
Turísticos do Município.
Turismo
Fraquezas
A maior parte da oferta
hoteleira do Município abrange
categorias inferiores, captando
um perfil de turistas com baixo
padrão de gastos impactando
negativamente na arrecadação
de impostos.
Escassos recursos
humanos empregados na
captação de recursos para
obras de estruturação e
investimentos na
atividade turística.
______________________________________________________________________
131 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Baixo interesse da
comunidade por cursos de
Qualificação Profissional em
todas as Áreas, inclusive nas
áreas de turismo, hotelaria
e gastronomia.
Sub-aproveitamento das
potencialidades dos
Parques e Unidades de
Conservação existentes
no Município.
Turismo
Fraquezas
Falta de mão de obra
qualificada e preparada
para os atuais
equipamentos turísticos e
para futuros
empreendimentos.
Utilização do Município
apenas como passagem
pelos turistas que utilizam
as rodovias existentes no
território de São
Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
132 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
3.3.2. INFRAESTRUTURA
Diversas opções de
Acesso ao Município: RS
020, RST 473, RS 235, RS
476 e RS 110 com boa
pavimentação.
Bons espaços de lazer em
áreas abertas e muitas
opções de espaços para
expansão da
infraestrutura turística.
Infraestrutura
Forças
Proximidade dos
Aeroportos de Porto
Alegre (112 km), Caxias
do Sul (116 km) e
Florianópolis (399 km).
Vasta oferta de Meios de
Hospedagem na área
urbana do Município e
boa rede bancária.
______________________________________________________________________
133 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Implantação de Pousadas e
de Restaurantes Temáticos
ao longo das Rodovias que
atravessam as áreas Rurais do
Município com a
possibilidade de criação de
Rede Integrada de Reservas.
Criação de ambientes
propícios à convivência
urbana e ao Turismo,
proporcionando a
estruturação de produtos
urbanos diferenciados.
Infraestrutura
Oportunidades
Devido aos Acessos e Rodovias
que ligam importantes polos
emissivos e receptivos
turísticos, surge a possibilidade
de instigar viajantes de outros
estados e países à conhecer
São Francisco de Paula.
Existência de diversos
Programas Federais,
Estaduais e de Bancos para
captação de recursos para
melhoria da infraestrutura
turística do Município.
______________________________________________________________________
134 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Criação de Programa de
Saneamento Básico
envolvendo entidades e
comunidade para a criação
de soluções alternativas e
sustentáveis para o manejo e
destinação dos resíduos.
Expansão do abastecimento
de água e criação de
alternativas sustentáveis
para tratamento dos
efluentes nas áreas rurais
do Município.
Infraestrutura
Oportunidades
Implantação (através da
captação de recursos à
fundo perdido) para
implantação de
sinalização turística
trilíngue.
Criação de Plano Diretor de
Limpeza urbana,
contemplando fortemente a
necessidade de
sensibilização da população
quanto à limpeza urbana
para o turismo.
______________________________________________________________________
135 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Acessibilidade aérea
restrita e Serviços da
Estação Rodoviária
limitados.
Transtornos e acidentes
causados pela falta de
sinalização (indicativa e
turística) das rodovias.
Infraestrutura
Ameaças
Má conservação de
alguns trechos das
rodovias pavimentadas
dentro dos limites do
Município e de algumas
Estradas Vicinais.
Descontinuidade das ações
de qualificação da
infraestrutura turística do
Município especialmente
em acessibilidade,
ordenamento paisagístico e
qualidade ambiental.
______________________________________________________________________
136 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Diminuição do Fluxo
Turístico por medo de
doenças proliferadas no
Destino por precariedade
no Sistema de
saneamento básico.
Não implantação das
recomendações e das
exigências do Plano Diretor
pode tornar-se agente
inibidor ao Desenvolvimento
do Turismo.
Infraestrutura
Ameaças
______________________________________________________________________
137 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Saneamento Básico
merecedor de
investimentos e
melhorias significativas.
Ausência de sinalização
turística trilíngue no
Município.
Infraestrutura
Fraquezas
Problemas na
Administração dos
Resíduos Sólidos e na
Limpeza Urbana do
Município.
Grande número e extensão
das Estradas Vicinais,
dificultando a manutenção e
investimento na melhoria
dos sistemas de drenagem e
sinalização viária.
______________________________________________________________________
138 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Infraestrutura da Estação
Rodoviária limitada.
Impedindo o recebimento
de ônibus de excursão e
turísticos.
Ausência de Centros de
Interpretação nas
Unidades de Conservação
e Áreas de Proteção
Ambiental.
Infraestrutura
Fraquezas
Infraestrutura ineficiente
para os segmentos de
Turismo Náutico e de
Pesca Esportiva junto às
Barragens.
Infraestrutura ineficiente
no Parque Rural Davenir
Peixoto Gomes.
______________________________________________________________________
139 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
3.3.3. ASPECTOS SÓCIO / HISTÓRICO-CULTURAIS
Patrimônio Cultural e
etnográfico como um dos
mais importantes recursos
turísticos: riqueza,
variedade e genuinidade
dos costumes e tradições.
Existência de Expressões
Folclóricas ligadas à
religiosidade e às próprias
expressões linguísticas.
Aspectos
Histórico
Culturais
Forças
Existência de valoroso
Patrimônio Arquitetônico
nos perímetros urbanos
da sede e nos Distritos,
além de diversas sedes de
Fazendas no Município.
Singularidade e Grande
expressividade da Cultura
Local.
______________________________________________________________________
140 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Gastronomia utilizada
como forte expressão
cultural e com alto poder
agregador ao destino São
Francisco de Paula.
Presença em todo o
Município de bens
culturais e arqueológicos,
tangíveis e intangíveis.
Aspectos
Histórico
Culturais
Forças
______________________________________________________________________
141 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Potencial para Criação de
Roteiros Turísticos que
evidenciam estes acervos,
passando pelos monumentos
históricos e fazendas antigas
distribuídas no interior do
Município.
Criação de Produto Turístico
utilizando este rico
patrimônio para ofertar nos
mercados regionais e em
nível nacional e
internacional, inclusive.
Aspectos
Histórico
Culturais
Oportunidades
Crescente procura pelos
segmentos de Turismo de
Experiência / Base
Comunitária e Turismo
Cultural, todos estes com
grande enfoque na cultura e
tradições locais.
Alta potencializada em
termos de revitalização
econômica nas
comunidades receptoras.
______________________________________________________________________
142 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Complementaridade dos
produtos de Turismo
Rural, Turismo Ecológico
e Turismo de Aventura no
Município, agregando
valor para ambos.
Atuação em segmentos
que proporcionam
diminuição da
sazonalidade por suas
peculiaridades (público
alvo).
Aspectos
Histórico
Culturais
Oportunidades
Possibilidade da
Elaboração de Projeto
para conservação do
Patrimônio Cultural e
Histórico do Município.
Criação de Programas de
sensibilização para a
importância da Cultura para
a Atividade Turística e como
esta atividade pode
preservar e valorizar este
patrimônio e história.
______________________________________________________________________
143 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Falta de gestão adequada
do patrimônio históricocultural para a Atividade
Turística.
Degradação dos
monumentos culturais e
acervo arquitetônico por
falta de manutenção.
Aspectos
Histórico
Culturais
Ameaças
Especulação imobiliária e
Pressão de demanda
sobre os serviços públicos
para a ocupação urbana
desordenada.
Depreciação, por parte da
população, dos hábitos e
costumes serranos
colocando em risco a
descaracterização da cultura
e do patrimônio
arquitetônico existentes.
______________________________________________________________________
144 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Falta de valorização do
Acervo Cultural e falta de
tombamento na esfera
Federal e Estadual
possibilitando sua perda ou
descaracterização de forma
irreversível.
A falta de Revitalização
do Perímetro urbano da
Sede e dos Distritos do
Município.
Aspectos
Histórico
Culturais
Ameaças
Pouca visibilidade e
agregação de valor ao
artesanato local.
Ocupação desordenada, a
falta de conservação por
parte dos proprietários de
prédios históricos e
ausência de meios de
fiscalização e ordenação.
______________________________________________________________________
145 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Falta de integração das
construções mais
recentes com a paisagem
serrana e a arquitetura
histórica presente em
alguns núcleos.
Desconhecimento sobre a
capacidade de carga dos
equipamentos históricos
e seu potencial de
atratividade.
Aspectos
Histórico
Culturais
Fraquezas
Inexistência de Planos de
Revitalização e Preservação
como instrumentos de
conservação para Áreas de
Interesse histórico-culturais.
Carência de critérios
rigorosos na recuperação
e restauração das
construções mais antigas.
______________________________________________________________________
146 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
3.3.4. MEIO AMBIENTE
Atrativos Naturais
Singulares de
expressividade nacional e
internacional com
demanda turística a ser
consolidada.
Existência dos Biomas
Mata Atlântica, Campos
de Altitude, Floresta
Ombrófila Mista e
Floresta Ombrófila.
Meio
Ambiente
Forças
Possibilidade de
Desenvolvimento de
Atividades Econômicas
Sustentáveis vinculadas à
Atividade Turística.
Existência de Programas
de Proteção Ambiental
implantados ou em
elaboração. Existência de
Plano Diretor Municipal
______________________________________________________________________
147 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Existência de Unidades de
Conservação Federais,
Estaduais e Municipais e
ONG’s e Associações
correlatas à área
Ambiental.
Diversidade, riqueza e
qualidade dos Recursos
Naturais Existentes.
Meio
Ambiente
Forças
Complementaridade dos
produtos de Turismo
Ecológico e Rural, que
podem utilizar as
Unidades de Conservação
e entorno.
______________________________________________________________________
148 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Criação de Roteiros
Integrados percorrendo
as diversas composições
de paisagem e formação
da fauna e flora de São
Francisco de Paula.
Grande potencial para o
Turismo / Pesquisa
Científica e para
desenvolvimento do
Turismo Rural nas
Fazendas do Município
Meio Ambiente
Oportunidades
Geração de emprego e
renda através de
atividades econômicas
sustentáveis e de baixo
impacto ambiental, pois
existem muitos atrativos
preservados.
Possibilidade de atração
de investimentos
turísticos em áreas
preservadas justamente
por este motivo.
______________________________________________________________________
149 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Alta Valorização dos
Segmentos Turísticos
desenvolvidos em áreas
preservadas e com
intenso contato com a
natureza.
Possibilidade de Captação
de Recursos de
Organismos e instituições
Nacionais e
Internacionais.
Meio Ambiente
Oportunidades
Possibilidade de
Envolvimento e
Participação popular e
comunitária nos
Processos Permanentes
de Educação Ambiental.
Possibilidade de
Desenvolvimento de
Produtos Turísticos
Sustentáveis únicos na
Região.
______________________________________________________________________
150 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Intensificação no plantio
de Pinus Elliottii e a
utilização dos campos
nativos para plantio de
hortifrutigranjeiros
(Batata, Alho, Repolho).
Deposição de Resíduos –
Instalação de Aterros
Sanitário e Industrial.
Meio
Ambiente
Ameaças
Perda da Biodiversidade
através da Utilização
indiscriminada de árvores
nativas para confecção de
lenha e caça da fauna nativa
pela população carente de
baixa renda do Município.
Exploração descontrolada e
sem qualquer manejo dos
Recursos Naturais /
Implantação de
Empreendimentos e
Atividades Turísticas nocivas
ao Meio Ambiente.
______________________________________________________________________
151 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Poluição e degradação
dos Recursos Naturais
Existentes e de Áreas
Potencialmente
Turísticas.
Descaracterização da
Paisagem única existente
no Município.
Meio
Ambiente
Ameaças
Poluição dos Recursos
Hídricos Existentes.
Uso indevido do solo e
Ocupação urbana e rural
desordenadas.
______________________________________________________________________
152 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Ausência de Incentivos
Fiscais para
Empreendimentos e
Empresas que utilizem
Práticas Sustentáveis em
seus negócios.
Descontinuidade dos
Programas e Políticas
Públicas por mudança de
governo e lideranças.
Meio
Ambiente
Fraquezas
Baixo Investimento em
todas as Esferas da
Administração Pública em
Saneamento Ambiental –
Coleta e Tratamento de
resíduos e efluentes.
Dificuldade na
Fiscalização das
Exigências do Plano
Diretor.
______________________________________________________________________
153 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Ocupação irregular de
áreas de Preservação
Ambiental protegidas por
Legislação Específica.
Inexistência de Programas
de Conscientização /
Educação Ambiental.
Meio
Ambiente
Fraquezas
Ausência de
Infraestrutura
Complementar (Centro de
Visitantes / nas Áreas de
Conservação Municipais.
Abandono das práticas
agrícolas pastoris,
representando um risco na
manutenção da paisagem
única, que em alguns locais já
apresenta descaracterização
de caráter irreversível.
______________________________________________________________________
154 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
3.3.5. ASPECTOS DE GESTÃO INSTITUCIONAL - SOCIOECONÔMICOS
A Diversidade do
Artesanato Regional
constitui outro elemento
diferenciador da
identidade de São
Francisco de Paula.
Polo de Educação
Universitária Especializada
em Meio Ambiente,
Desenvolvimento
Sustentável e Educacional.
Aspectos
Socioeconômicos
Forças
A placidez e a
tranquilidade da região e
franqueza do trato da
população rotulam a
Região como um Destino
Seguro.
Existência de Eventos
Consolidados e com
enfoque na Cultura
Serrana – Ronco do
Bugio, Colheita da Macela
e a Festa do Pinhão.
______________________________________________________________________
155 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Criação de projeto em
Parcerias com Instituições
do Sistema S para
qualificação, capacitação e
agregação de identidade
mercadológica e valor ao
Artesanato Local.
Consolidar São Francisco
de Paula como Polo
Referência em Educação
e Pesquisa na Área
Ambiental.
Aspectos
Socioeconômicos
Oportunidades
Aproveitamento da Atividade
Turística para Promover o
Desenvolvimento Sustentável
do Município, reduzindo as
Desigualdades Sociais,
tornando o Turismo um Vetor
de Distribuição de Renda.
Criação de Selo de
Procedência e Origem do
Artesanato e Produtos
Locais, agregando valor ao
Produto e melhorando a
condição de vida da
População.
______________________________________________________________________
156 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Criação de Leis Modelo
para Incentivo aos
Empreendedores e
Investidores do Setor
Turístico.
Articulação para
Envolvimento e
integração dos demais
setores econômicos com
o Setor Turístico.
Aspectos
Socioeconômicos
Oportunidades
Criação de Sistemas de
Monitoramento em Parceria
com outros Órgãos de Turismo
(Esfera Federal e Estadual)
para dimensionamento e
qualificação da demanda
turística.
______________________________________________________________________
157 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Descaracterização da
Autenticidade do
Artesanato Local por
aumento excessivo do
fluxo turístico.
Falta de Interesse
Institucional na Criação
de Cursos de Turismo e
Correlatos.
Aspectos
Socioeconômicos
Ameaças
Diminuição do Fluxo
Turístico - Perda do Poder
Aquisitivo dos Centros
Emissores de Turista da
Região e do MERCOSUL.
Desinteresse de
Articulação dos demais
Setores Econômicos com
o Setor Turístico.
______________________________________________________________________
158 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Ausência ou tímida
presença de Cursos na
área do Turismo.
Desarticulação dos outros
Setores Econômicos com
o Turismo.
Aspectos
Socioeconômicos
Fraquezas
Ausência de Dados
Estatísticos sobre o
Turismo.
Desigualdade Social e
Econômica muito
acentuada no Município.
______________________________________________________________________
159 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Descontinuidade nos
Processos de
Sensibilização para
aspectos Culturais e
Ambientais na Rede
Pública de Ensino.
Falta de Organização,
Articulação e Capacitação
dos Artesãos Locais.
Aspectos
Socioeconômicos
Fraquezas
Ausência de Programa de
acesso ao Crédito e
Projetos para Capacitação
para Artesão Locais.
______________________________________________________________________
160 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
3.4.
DIAGNÓSTICO DA INFRAESTRUTURA BÁSICA DO MUNICÍPIO
3.4.1. ACESSOS
Atualmente São Francisco de Paula conta com excelentes acessos e, a localização
geográfica privilegiada facilita esta condição. Muito próxima à Caxias do Sul e Porto
Alegre, as duas maiores cidades do Estado do Rio Grande do Sul, possui também uma
distância reduzida até o litoral gaúcho e catarinense.
A grande dificuldade do Município é a manutenção das Estradas Vicinais, que
somadas totalizam quase 3.000 km de estradas. Desenvolver o turismo nas
comunidades rurais representa um desafio que trará benefícios imediatos para os
moradores, para o meio ambiente e para a cultura serrana.
Dentro do quesito acesso, podemos citar a necessidade de melhoria dos
equipamentos auxiliares – as Placas de Sinalização Viária e Turística. Neste quesito fazse necessário investimento substancial para que comecemos a instigar os turistas que
passam pelas estradas do Município a visitarem os Pontos de Interesse elencados nestas
placas, incentivando a parada e visitação que, a médio e longo prazos, poderão significar
aumento significativo do fluxo turístico.
Temos hoje um grande ponto que merece imensa atenção: a implantação de um
Aeroporto Regional. Este item possibilitaria um acréscimo substancial na pontuação e
diferencial mercadológico da Região e de São Francisco de Paula no quesito acessos.
Contando como um diferencial frente a outros destinos de inverno e de ecoturismo do
Brasil.
3.4.2. TRANSPORTE
O item transporte é fator diretamente associado ao Turismo e quando oferecido com
qualidade e pontualidade trabalha a favor do destino. Além de facilidades de acesso,
São Francisco de Paula conta com um perfil de visitantes que possui veículo próprio,
segundo dados dos atendimentos aos Turistas do Centro de atendimento ao Turista do
Município e dados da rede hoteleira da cidade.
A questão transporte, merece atenção quanto à Estação Rodoviária do Município,
que conta com poucos serviços e espaço físico reduzido para atendimento à ônibus de
excursões e grupos. Sugerimos a revitalização deste, com aumento e melhorias
______________________________________________________________________
161 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
significativas na plataforma de embarque, rampas de acessibilidade, treinamento
visando excelência em atendimento pelos colaboradores e aumento dos serviços
prestados por este terminal.
Ainda dentro do item transporte diagnosticamos a necessidade de licitação para a
concessão do serviço
de
transporte
público
de
passageiros, tanto
municipal
quanto
intermunicipal.
Além desses também
é indispensável a
licitação
das
concessões
de
serviço de transporte
individual
de
passageiros – taxis,
para legitimar as
concessões
desses
serviços públicos e
atender
as
determinações do
Ministério
Público
Federal que, previa
para até o final de
2010 a licitação de
todos os serviços
públicos
no
território Nacional.
Vale
ressaltar
também
a
precariedade
dos
serviços
de
transporte
público
para as áreas rurais
do Município e a
dificuldade
de
viabilidade financeira e operacional para as empresas atenderem esta pequena, mas
legítima demanda.
Observa-se a grande necessidade de estudos de viabilidade técnica e mobilização
política para prospecção de recursos financeiros para a implantação de um Aeroporto
Regional – Região das Hortênsias. Citamos este item como de máxima prioridade para
a atividade turística do Município e Região, pois com isso, aumentamos o grau de
competitividade do destino e incorporamos a possibilidade de novos polos emissores.
Com isso teremos reduzido em distância e tempo o acesso ao Município o que, como já
dito anteriormente, será mais um diferencial mercadológico para o destino São
Francisco de Paula.
3.4.3. SANEAMENTO - ANÁLISE DO MANEJO DOS RESÍDUOS
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162 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Como dito anteriormente este é um item que merece especial atenção por parte da
Administração Pública Municipal. Sabemos que os Recursos Hídricos sempre foram
utilizados como atrativos turísticos e são fontes motivadoras que agregam atratividade
aos destinos turísticos.
Sugerimos a implantação de um sistema de esgoto eficaz no Município que, segundo
levantamentos preliminares, recebe grande incremento de geração de efluentes devido
a Atividade Turística, que diante do que propomos neste Plano Municipal de Turismo
deverá ser uma atividade desenvolvida dentro das premissas de sustentabilidade.
Com foco nesses conceitos de sustentabilidade, faz-se necessária a ampliação da
rede de coleta e tratamento de esgoto no Município e também um trabalho de
conscientização da população local para questões ambientais, proporcionando a
perpetuação desta preocupação, permeando na comunidade a conscientização de seu
papel de agente atuante nesta questão.
Temos evidenciados problemas na coleta e destinação dos resíduos sólidos e
problemas de infraestrutura para coleta e tratamento de esgoto no Município.
Para tanto são necessários investimentos em infraestrutura que deve ser
proporcionada pela Empresa que detém a concessão para os serviços de distribuição de
água e coleta e tratamento de esgoto no Município, visando à sustentabilidade do
destino e não comprometimento do patrimônio natural existente no Município.
3.3.4 SAÚDE - ANÁLISE DO ATENDIMENTO EM SAÚDE
Diante dos dados levantados no diagnóstico dos atendimentos em estabelecimentos
de saúde no Município de São Francisco de Paula, não se nota uma situação
preocupante. Apenas ressalvamos a ausência de leitos e especialistas / equipamentos
para tratamentos de maior complexidade. Sendo necessários constantes deslocamentos
para complexos hospitalares da Capital para estes atendimentos.
Uma opção para solução desta questão pode ser a disponibilização de transporte
aéreo (helicóptero) para remoção de pacientes que necessitem de tratamentos mais
complexos. Estudo de uma parceria público – privada seria algo financeiramente viável
e que traria mais qualidade aos atendimentos em saúde, atraindo mais turistas e
melhorando o posicionamento da cidade para captação de Eventos de médio e grande
porte.
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163 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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3.3.5. SEGURANÇA
Neste ponto diagnosticamos a necessidade de
implantação de uma delegacia especializada no atendimento
aos turistas, com policiais e escrivães com conhecimento de
idiomas estrangeiros, que possam atender aos turistas de
forma rápida e identificar pormenores necessários às
investigações policiais.
Sabemos que cidades turísticas identificam o papel de
cada agente de segurança como um promotor em potencial
do destino. Neste ponto podemos sugerir investimentos em
estruturação do policiamento no perímetro do Município,
evitando e coibindo os pequenos furtos e contravenções
existentes hoje nas tabulações das ocorrências do Município.
3.3.6. DIAGNÓSTICO DA INFRAESTRUTURA TURÍSTICA
3.3.6.1.
EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS
Temos hoje no Município, uma grande variedade de
atrativos, a grande maioria deles naturais, alguns
inclusive, no núcleo urbano e outros não muito afastados
deste mesmo núcleo.
A maior parte dos atrativos naturais se encontra
dentro de propriedades privadas, algumas sem acesso
possível para o público em geral.
Infraestrutura
Essencial –
Sinalização
Turística.
Podemos destacar a
grande necessidade de
implantação e qualificação
da sinalização turística como
fator primordial para a
qualificação
dos
equipamentos e atrativos
turísticos do Município. A
sinalização dos atrativos
poderá instigar os viajantes
que passam pelas estradas
que cruzam o território de
São Francisco de Paula à
visitar o Município e se
encantar com as belezas
deste lugar encantador.
Podemos destacar a variedade de monumentos
existentes na Avenida Júlio de Castilhos, principal Avenida
de São Francisco de Paula e de arquitetura em madeira
que são uma atração à parte. Além desses, ainda na região
central, podemos destacar a Livraria Miragem que possui
uma grande empreendedora com visão privilegiada para
questões de sustentabilidade.
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164 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Diante disso, podemos afirmar que o município possui bom grau de atratividade
turística, necessitando apenas de qualificação destes equipamentos no quesito
manutenção e visibilidade – instalação de iluminação cênica nos monumentos e
prédios históricos poderá incrementar a visibilidade do Município aos olhos dos
visitantes.
Além deste ponto, podemos destacar ainda a necessidade de sinalização turística
como fator primordial para a qualificação destes equipamentos e atrativos.
Sinalização dos atrativos poderá instigar os viajantes que passam pelas estradas que
cruzam o território de São Francisco de Paula a visitar o Município e se encantar com
as belezas deste lugar encantador.
Podemos citar como satisfatório para o aumento do fluxo turístico a capacidade
hoteleira do Município e sua variedade de opções; com ressalva apenas para
questões de tarifário aplicado, pois muitos empreendimentos deste setor buscam
conquistar o cliente pelo valor baixo oferecido pela hospedagem. A melhor estratégia
seria agregar valor ao produto e buscar novos nichos, dispostos a desembolsar
valores mais significativos em estabelecimentos mais diferenciados.
Ainda dentro da análise dos equipamentos, alertamos para a área gastronômica
ofertada aos visitantes: muito limitada. Horários restritos, assim como as opções
oferecidas. Embora tenhamos a implantação de novos empreendimentos
gastronômicos, este é um item a ser fomentado na oferta turística do Município,
através de incentivos e formação de parcerias privadas (à exemplo do que ocorre na
Livraria Miragem, onde um estabelecimento gastronômico agrega valor a outro
produto turístico).
Dentro das Unidades de Conservação presentes no Município, a estrutura para
visitantes é precária, possuindo poucos sanitários e em condições aquém do
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165 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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esperado pelos turistas que vislumbram tamanha beleza natural presente nestes
locais.
Seguindo a análise, citamos como ponto primordial, além das Placas de Sinalização
Turística, a necessidade de fomentar e incentivar através de incentivos fiscais, se
necessário, a implantação de um Centro de Eventos no Município, público ou privado.
São Francisco de Paula não pode mais ficar de fora da captação de Feiras, Congressos
e Convenções. Além de localização estratégica, este equipamento fomentará a
ocupação dos meios de hospedagem do Município e será a principal ferramenta para
combate aos efeitos negativos da sazonalidade muito presente na Serra Gaúcha e
Catarinense, em função de períodos bem definidos de alta temporada – em função
do clima frio e eventuais ocorrências de neve.
3.3.6.2.
HOTELARIA – CAPACIDADE HOTELEIRA
Tão importante quanto à gastronomia, atrativos, passeios e bons momentos de
lazer, é sentir-se à vontade durante uma viagem e, para isso, o destino deve dispor de
uma rede hoteleira estruturada que atenda as preferências de cada turista. São
Francisco de Paula possui 48 meios de hospedagem. Grande parte da capacidade de
leitos encontra-se em pequenos meios de hospedagem – com até 20 Unidades
Habitacionais - hotéis, pousadas, campings e motéis; totalizando mais de 1.400 leitos.
Engana-se quem pensa que São Francisco de Paula oferece hospedagem
somente para aqueles que não dispõem de bom poder aquisitivo. Na cidade, o visitante
tem a opção de escolher a hospedagem que mais se enquadre com suas condições
financeiras e, atualmente temos opções requintadas e de alto padrão no Município.
Podemos citar como destaque a cultura hospitaleira do povo serrano,
culturalmente acolhedor, autêntico e prestativo.
3.3.6.3.
GASTRONOMIA
A culinária serrana conta com iguarias fantásticas, muitas delas de ocorrência
regional e local, podendo inclusive explorar as possibilidade e benefícios gerados pelo
controle de origem e procedência, o que pode ser oportunizado pelo queijo serrano, por
exemplo.
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166 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Os diversos restaurantes e lancherias da cidade não possuem um horário de
atendimento ampliado para satisfazer as necessidades dos turistas que, se decidirem
por almoçar às 15:00 horas, por exemplo, não conseguirão opções para atender a
necessidade de uma refeição satisfatória.
Temos no churrasco o carro-chefe da gastronomia local. Prato que agrada os mais
diferentes paladares e é certamente um diferencial para o destino. Aqui no Município,
o churrasco é preparado e servido por gaúchos autênticos, proporcionando ao turista
um momento de convívio único, diferentemente do que esta acostumando em
churrascarias de cidades tipicamente turísticas, onde os atendentes vestem os
tradicionais trajes do gaúcho para atender os clientes. Aqui em São Francisco de Paula
o cliente será atendido por um funcionário que realmente usa no seu dia-a-dia estas
vestimentas.
Sugerimos que este setor seja fomentado através de incentivos a parcerias privadas
para que se agregue valor aos empreendimentos turísticos e hoteleiros do Município
através da incorporação de estabelecimentos gastronômicos.
Incentivar a criação de Cursos de gastronomia e reter os talentos do Município
ajudam a agregar valor ao destino Turístico São Francisco de Paula. Além disso,
incentivar à participação dos Chef’s locais em concursos e competições gastronômicas,
ajuda a divulgar o Município e os estabelecimentos em que trabalham ou são
proprietários.
Além disso, podemos citar a possibilidade de incentivo à implantação de vinícolas e
à implantação do cultivo de oliveiras – olivicultura na região, pois segundo estudos da
EMBRAPA e da EMATER / ASCAR, a região possui possibilidade de desenvolver bons
frutos de algumas castas de uva e oliveira de boa qualidade, proporcionando a criação
de roteiros enogastronômicos, o que é mais um nicho que trará um fluxo turístico
qualificado e de alto poder aquisitivo.
Também como sugestão, podemos citar o incentivo à utilização de plantas não
convencionais, temperos exóticos e carnes especiais nestes empreendimentos, pois
estes elementos por si só, já representam certo grau de atratividade para turistas de
locais e polos emissores próximos a São Francisco de Paula, introduzindo estes
ingredientes à oferta existente de gastronomia serrana, que deve ser resgatada e
valorizada nestes empreendimentos.
Outra sugestão, em um segundo momento, é desenvolver um projeto visando
classificar os Restaurantes e Empreendimentos Gastronômicos do Município, ao
exemplo do que existe hoje em algumas cidades do Mundo – New York, por exemplo.
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167 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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3.4.
TURISMO DE NEGÓCIOS – E VENTOS PRIVADOS - IDENTIFICAÇÃO DOS CAPTADORES DE
EVENTOS
A Captação de Eventos Privados para o Município é realizado oficialmente pela
Administração Pública Municipal, embora tenhamos a atuação paralela do Convention
& Visitors Bureau da Região das Hortênsias, que tem sede em Gramado. Temos também
o trabalho da iniciativa privada que busca e consegue captar os mais variados tipos de
eventos para o Município.
Em São Francisco de Paula, temos muito poucos Eventos captados pelos Hotéis e
Pousadas, a grande maioria deles privados e com um pequeno número de participantes,
não gerando fluxo turístico significativo para o Município.
Hoje, São Francisco de Paula não possui espaços adequados para receber feiras e
convenções, o que limita muito a prospecção de eventos privados e de empresas.
Sugerimos que, assim como ocorre com a lei n° 1.059, de 15 de maio de 1989 (que
concede benefício para a instalação de indústrias no Município), seja criada uma lei
específica para incentivar a implantação de Centros de Eventos, assim como
empreendimentos turísticos para o Município.
Sugerimos que somente seja viabilizado algum tipo de benefício para
empreendimentos que se adéquem às normativas do Ministério do Turismo de
Ecoeficiência em Empreendimentos Turísticos, utilizando tecnologias para economizar
água e energia, reduzir o desperdício de alimentos, realizar a gestão eficiente dos
resíduos e efluentes gerados pelo empreendimento e utilizem os preceitos de
responsabilidade social, ou seja, empreendimentos sustentáveis.
Além disso, sugerimos uma mobilização política para, a partir da apresentação e
homologação deste Plano de Desenvolvimento Turístico de São Francisco de Paula junto
ao Ministério do Turismo, a captação de recursos federais para a construção de um
Centro de Eventos Público, gerido pela Administração Pública Municipal, através da
Secretaria Municipal de Turismo.
3.5.
PROPOSIÇÕES E ESTRATÉGIAS PARA O F ORTALECIMENTO DO TURISMO EM SÃO F RANCISCO
DE PAULA
3.5.1. SAZONALIDADE E PROPOSIÇÕES INSTITUCIONAIS
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168 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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O Turismo é uma das atividades econômicas mais dinâmicas e com o maior grau de
abrangência nos demais setores da economia, porém sofre com influências políticas,
econômicas, culturais e sociais.
Essas influências podem causar, entre outros problemas, a sazonalidade, causada,
segundo Mota (2003), por férias escolares ou dos trabalhadores, aumento ou
decréscimo do poder aquisitivo da população, variações cambiais, guerras, epidemias,
distúrbios políticos, falta de segurança, moda, concorrência, etc. Ainda, conforme Mota
(2003, p.20), "esse
fenômeno é decorrente
da concentração das
atividades turísticas no
espaço e no tempo".
Dentre
as
consequências
da
sazonalidade temos o
desemprego, inflação
dos preços praticados,
queda da qualidade do
atendimento que, por
sua vez, desencadeia queda no faturamento e mortalidade de empresas turísticas,
afetando a oferta turística do destino.
No intuito de evitar as consequências da sazonalidade propomos algumas
intervenções, listadas abaixo.
3.5.2.
3.5.2.1.
CRIAÇÃO DE ROTEIROS TURÍSTICOS
ROTEIRO DE TURISMO RURAL
Temos no Município de São Francisco de Paula, especialmente nas áreas rurais do
Município um grande número de fazendas e atrativos naturais preservados e com alto
grau de atratividade. Casas de madeiras centenárias, campos com paisagem única,
tradições e costumes ainda presentes no cotidiano das famílias destas áreas rurais, que
poderão encantar os turistas pela autenticidade e espontaneidade do serrano.
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169 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Podemos através desta ação, promover a geração de novos postos de trabalho para
as famílias das áreas rurais, incentivar à permanência destas famílias em suas
propriedades, mantendo suas origens, aumentando a geração de renda e possibilitando
a melhoria da qualidade de vida de algumas comunidades do interior, evitando também,
o aumento de ocupações irregulares nas áreas urbanas do Município e a criação de
bolsões de pobreza no entorno das áreas urbanas.
Sugerimos explorar a temática “vida no campo – experiência”, como forma de iniciar
os trabalhos de desenvolvimento deste Roteiro, possibilitando ao turista a imersão na
vivência e cultura do povo gaúcho serrano.
Existem Programas Federais – Ministério do Turismo, que incentivam e fornecem
recursos financeiros para estas ações e implantações, evitando grandes investimentos
para a criação, conceitualização e implantação deste Roteiro, muitas vezes
disponibilizando verbas inclusive, para a sinalização turística do Roteiro.
3.5.2.2.
ROTEIRO DE ECOTURISMO
Atualmente um dos grandes nichos de mercado turístico passou a ser o turismo
de aventura. O Ecoturismo passou a ser um produto turístico com grande aceitação no
mercado. Os turistas atuais buscam cada vez mais conhecer culturas novas, buscam
sempre conhecer locais com belezas naturais ainda pouco conhecidas, mesmo para
maior parte dos habitantes do país visitado.
Não podemos simplesmente ter os recursos naturais e, contarmos com a sorte
de serem descobertos por algum viajante aventureiro. Para que os recursos naturais se
tornem atrativos turísticos, é necessária a criação de algumas facilidades. Para Beni
(2001:126), podemos afirmar que essas facilidades são:
“... a infraestrutura de acesso com seus componentes
viários e de transportes e a infraestrutura urbana, ou seja,
aquela que reúne as condições básicas de é de que a
habilidade e apoio aos equipamentos e serviços turísticos”.
Diante disso a Administração Pública Municipal deve buscar recursos para a
implantação de Infraestrutura Turística nos Parques Municipais, que serão os principais
atrativos públicos para este segmento.
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170 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Entendemos o Ecoturismo como um processo complexo e de mobilização
comunitária, conciliando as atividades de Agro Turismo com as de Turismo de Aventura
e sensibilização de moradores e turistas aos aspectos conservacionistas intrinsecamente
propostos pelo Ecoturismo.
Todos os produtos turísticos estão sujeitos ao fator multiplicador de
demanda, porém no contexto atual, temos nesta categoria de Turismo uma grande
possibilidade de diversificação e fomento do fluxo de turistas no Município. Esse efeito,
para Swarbrooke (2000:40) é provocado pela indicação do destino à amigos, colegas e
parentes, que por sua vez falam para amigos, colegas e parentes, e assim por diante.
Segundo o autor:
“... se cem pessoas comprarem e desfrutar de um produto
de eco turismo neste ano, e contarem aos amigos, esse
número poderia aumentar em vários milhares em três
anos”.
Muitos locais, que contam com diversos recursos naturais e com uma
infraestrutura básica, que consegue suprir apenas as necessidades dos seus moradores
pode, de um ano para outro, se tornar um destino turístico muito requisitado. Portanto,
qualquer plano de desenvolvimento turístico deve estar estreitamente unido à
consciência ecológica e turística da população e, principalmente dos turistas, tanto que
para Beni (2001:55):
"Devemos proclamar que o Ecoturismo não é apenas
turismo tradicional em áreas naturais. É atividade que tem
de estar indissoluvelmente ligada ao trabalho de educação
ambiental”.
Faz-se então necessária a ação pública de planejar a ocupação turística
das áreas com Natureza preservada no perímetro do município. Este planejamento deve
buscar suas bases nos conceitos de turismo sustentável, pois esta ocupação turística
poderá trazer, além de retorno econômico, muitas situações indesejáveis para o Poder
Público e, principalmente, para toda a comunidade envolvida nesta nova atividade
econômica.
Os benefícios econômicos e os sociais que o turismo proporciona são
indiscutíveis, se o planejamento for embasado nos princípios da sustentabilidade.
Empregos e aumento na qualidade de vida, assim como efeito multiplicador econômico,
estão entre os benefícios que o turismo traz.
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171 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Com isso, sugerimos primeiramente a retomada imediata das ações de
sensibilização e educação ambiental na rede pública de ensino, para em um segundo
momento, buscar verbas em Programas Federais – Ministério do Turismo que
incentivam e fornecem recursos financeiros para estas ações e implantações, evitando
grandes investimentos para a criação, conceitualização e implantação deste Roteiro,
muitas vezes disponibilizando verbas inclusive, para a sinalização turística do Roteiro.
Citamos ainda os nichos de mercado de observação de aves e turismo científico
como sendo de grande potencial de desenvolvimento para o entorno dos Parques e
Unidades de Conservação existentes no Município.
3.5.2.3.
ROTEIROS DE CICLO TURISMO
Uma tendência cada vez mais crescente de Turismo é o Ciclo Turismo, muito
difundido na Europa é uma modalidade que alia sustentabilidade, imersão cultural e
integração com a natureza.
O Turista que busca esta opção, geralmente busca maior interação com as
comunidades visitadas, abrindo uma boa perspectiva para o Turismo de Base Local e o
Turismo Rural, já que este turista não se importa em enfrentar estradas em condições
duvidosas de manutenção. Além disso, estes turistas buscam se envolver de maneira
interativa a Comunidade receptora, muitas vezes, as hospedagens ocorrem em casas de
famílias locais.
Sinalização e criação de ciclovias são investimentos prioritários para desenvolver este
segmento turístico que, além de proporcionar melhoria da mobilidade urbana, promove
também aumento da qualidade de vida da comunidade local e apresenta mais uma
opção de passeio para os turistas e moradores.
Sugerimos estudos para definir o traçado e locais propícios para este tipo de turismo.
Este estudo é indispensável para adaptarmos o trajeto para o maior número de
visitantes possíveis, pois em função do relevo acidentado muitos terão limitações físicas
de percorrer a integralidade do circuito proposto.
3.5.2.4.
ROTEIROS INTEGRADOS
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172 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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A proximidade com destinos consolidados e indutores do Turismo no Estado
poderão proporcionar a criação desta modalidade de Roteiro. Temos diversos
empresários de receptivo turístico em Gramado e Canela que estão ávidos pela criação
de novos produtos Turísticos, diversificando a oferta de produtos hoje oferecidos aos
Turistas.
As Administrações públicas destes destinos sabem da importância da criação de
novos produtos com alto grau de atratividade para que se renove o público visitante e
se mantenha o fluxo
turístico
necessário
para a manutenção de
toda a cadeia produtiva
do turismo instalada
nestes locais.
Se buscarmos
em
um
primeiro
momento 10% do
público
total
de
visitantes
destes
destinos
certamente
transformará o fluxo
turístico
de
São
Francisco de Paula,
possibilitando
maior
visibilidade ao destino.
Esta proposição
de criação de Roteiros
Integrados
poderá
buscar
e
formar
parcerias
com
as
cidades de Cambará do
Sul, Canela, Gramado,
Jaquirana, Rolante, Riozinho, Bom Jesus, Maquiné, Praia Grande e Três Forquilhas,
principalmente, através da integração dos atrativos correlatos destas localidades com
os atrativos de São Francisco de Paula.
Podemos também, criar parcerias comerciais entre os empreendimentos
privados turísticos destes municípios para, após estudos de viabilidade e
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173 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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conceitualização do Roteiro, operar com empresas da Região ou, preferencialmente do
Município, se houver interesse.
3.5.2.5.
ROTEIRO DOS TROPEIROS – TURISMO EQUESTRE
Este talvez seja o Roteiro de mais fácil operacionalização e conceitualização que
temos hoje em potencial em São Francisco de Paula. Já existem diversas opções de
passeio desenvolvidas por fazendas e agencias de receptivo especializadas neste tipo de
produto turístico.
Temos a convicção de que este é um excelente produto e que poderá, com a devida
estratégia de marketing e ações de divulgação, constar em catálogos de diversas
operadoras de turismo do Brasil e do Exterior, pois possui grande grau de atratividade
pela facilidade de aceitação do produto e pela paisagem cênica convidativa a este tipo
de atividade.
3.5.2.6.
TOUR DAS ÁGUAS – PESCA ESPORTIVA
Temos no Município grande potencial para desenvolver atividades náuticas e de
pesca esportiva. A quantidade e qualidade dos Recursos Hídricos são abundantes,
possibilitando a criação de Roteiros de Pesca Esportiva nas Barragens do Município,
possibilitando aos turistas diversas experiências de pesca em diferentes níveis técnicos
existentes em uma mesma região.
Além disso, podemos citar atividades de lazer nestas barragens como possíveis
Roteiros para um público não tão específico quanto o anterior.
3.5.2.7.
TOUR DOS PARQUES
Diante da grande variedade de Parques e Unidades de Conservação, podemos criar
um Roteiro de Turismo Pedagógico e/ ou Científico, onde as crianças e adolescentes (ou
pesquisadores) poderão ter contato direto com o Meio Ambiente Natural preservado
existente nestes locais.
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174 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Ações deste tipo são pensadas com foco no interesse do turista que vem ao
Município e Região, otimizando o tempo e possibilitando a visitação de diversos Parques
e Unidades de Conservação na mesma visita – buscando que estes visitantes fiquem
hospedados no Município, em estabelecimentos que tenham como premissas conceitos
de sustentabilidade e baixo impacto ambiental, harmonizando a hospedagem com as
ações propostas nas visitações.
3.5.3. CRIAÇÃO DE NOVOS EVENTOS
São Francisco de Paula possui hoje bons e consolidados eventos públicos, porém
os recursos disponíveis para ampliação, divulgação e qualificação destes eventos são
escassos.
Estes Eventos possuem grande embasamento na cultura tradicionalista e
serrana, por este motivo, estão perdurando por diversas edições e com alto grau de
pertencimento por parte da comunidade do Município, o que é fundamental para
buscar recursos para a qualificação e aumento da visibilidade destes Eventos e do
Destino Turístico São Francisco de Paula.
Devemos ter como norte a Divulgação Regional e Nacional do Calendário de
Eventos da Cidade e na Captação de Novos Eventos, especialmente (após a implantação
de um espaço apropriado – Centro de Eventos) com foco na captação de Feiras,
Congressos e Convenções.
Visando o fortalecimento do Calendário de Eventos do Município e preencher a
sazonalidade típica da Serra Gaúcha, propomos a criação de Novos Eventos Públicos
para compor este Calendário.
Além do Ronco do Bugio, da Festa da Colheita da Macela e da Festa do Pinhão,
acreditamos que a cidade deverá criar mais três Eventos de Médio / Grande porte, que
darão uma importante contribuição para o fortalecimento do Calendário de Eventos,
incrementando o fluxo turístico em períodos de baixa sazonalidade.
Para isso sugerimos a criação do Campeonato de Pesca Esportiva do Black Bass,
o Festival Internacional do Churrasco na Vala e a Festa da Batata. Além destes,
sugerimos também o estudo de viabilidade dos seguintes Eventos: Festival de Música
Gospel e Carnaval Gaúcho, ambos como possibilidade de aumento significativo no fluxo
dos Meios de Hospedagem, restaurantes, comércios e demais empreendimentos
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175 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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turísticos nos períodos de baixa ocupação. Serão propostos da seguinte forma: Carnaval
Gaúcho no exato período do Carnaval (fevereiro / março) e o Festival de Música Gospel
em outubro.
Ainda dentro da questão Eventos, sugerimos a criação de uma Autarquia
Municipal de Turismo, que irá gerenciar os principais eventos da Cidade, deixando a
Secretaria Municipal de Turismo apenas para decisões estratégicas, divulgação
institucional do destino e demais atribuições, evitando que se sobrecarregue o pequeno
quadro de servidores com a organização e gestão dos Eventos Públicos Municipais.
Se existir êxito na implantação de um Centro de Eventos Público no Município,
sugerimos que este local seja a principal fonte de arrecadação de receitas para esta
Autarquia, que por sua vez deverá utilizar estes recursos na manutenção do Calendário
de Eventos do Município e para a manutenção do Centro de Eventos, colaborando com
um determinado percentual para a divulgação e ações da Secretaria Municipal de
Turismo de São Francisco de Paula.
3.5.3.1.
CAMPEONATO DE PESCA E SPORTIVA DO BLACK BASS
Já foi exposto a potencial hídrico do Município que, além de excelentes pontos
para pesca esportiva possui a presença de um dos peixes mais apreciados pelos
aficionados por este esporte: o Black Bass.
Este é um peixe que possui características que impossibilitam o desenvolvimento
da espécie em locais que apresentam poluição ou calor excessivo. Em São Francisco de
Paula encontraram um local adequado para a procriação e se adaptaram muito bem em
açudes, lagos e barragens do Município e da Região.
O público consumidor do segmento pesca esportiva é um público com alto poder
aquisitivo e possui grande peso na formação de opinião sobre determinado destino.
Diante disso, sugerimos a formação de parceria público privada com o empreendimento
que buscou em sua concepção este segmento: o Divisa Eco Lodge.
O período ideal para este evento é o mês de março, pois não implica em período
de reprodução e o clima é mais aprazível para os esportistas, que precisam entrar em
contato com a água eventualmente.
3.5.3.2.
FESTIVAL INTERNACIONAL DO CHURRASCO NA VALA
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176 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Ícone da cultura gastronômica dos Campos de Cima da Serra, o Churrasco na vala
pode ser considerado patrimônio cultural do Rio Grande do Sul e, aqui em São Francisco
de Paula encontra um dos locais onde é mais bem incorporado no cotidiano do povo
serrano.
Sugerimos este evento durante a semana Farroupilha, aumentando a
atratividade das Festividades típicas do mês de setembro, a parceria com entidades
tradicionalistas (CTG’s), Grupos de Invernada e Piquetes da Região é fundamental para
que este Evento não fique descaracterizado e não seja incorporado pela população local.
3.5.3.3.
FESTA NACIONAL DA BATATA
Por São Francisco de Paula ser um dos maiores produtores de batata do Brasil,
surge a relevância de enfatizarmos a importância deste produto para a economia do
Município e o potencial de geração de emprego e renda desta atividade econômica.
Sabemos
que
muitos
ambientalistas
não consideram
esta uma das
culturas mais
amigas do meio
ambiente e, por
este
motivo,
sugerimos que a
Festa Nacional
da
Batata
possua dentro
da
sua
programação workshops para tratar de assunto de manejo e técnicas que reduzam os
impactos ambientais da atividade.
O período indicado seria de 15 de novembro até no máximo 15 de dezembro
para a realização deste Eventos, não ocupando mais do que dois ou três dias do
calendário de Eventos Municipais em suas primeiras edições.
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177 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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O Evento, além de workshops, contaria com vasta atração cultural com shows de
artistas locais, regionais e nacionais, além de gastronomia e pratos e quitutes feitos com
batata.
3.5.3.4.
CARNAVAL GAÚCHO
Dentro dos moldes do Festival do Churrasco na Vala, sugerimos a realização de um
Evento com forte apelo tradicionalista, exatamente dentro de um período que os
integrantes e frequentadores dos Centros de Tradições Gaúchas ficam com poucas
opções de bailes típicos.
A sugestão surge exatamente nesta lacuna, e por São Francisco de Paula possuir forte
cultura tradicionalista, poderá reunir diversos Grupos de Invernada de várias regiões do
Estado e dos Estados vizinhos.
Além do clima ameno das noites de verão dos altiplanos serranos, os visitantes
poderão participar de Bailes à Moda Antiga, à luz de candeeiros e regado à boa mesa
tradicional destes Bailes.
Com esta ação poderemos minimizar os efeitos da sazonalidade que ocorre no
período de férias de verão, onde o principal destino dos turistas é o litoral. Com o clima
usualmente mais ameno do que os tradicionais destinos litorâneos, este Evento
proporcionará maior conforto aos frequentadores, além de direcionar mais uma ação
buscando a intensificação do Calendário de Eventos do Município.
3.5.3.5.
FESTIVAL NACIONAL DA MÚSICA GOSPEL
Ainda seguindo os conceitos de diferenciação mercadológica propostos no Evento
Carnaval Gaúcho, o Festival Nacional da Música Gospel poderá surgir como um ícone na
Região.
Com possibilidade de acontecer estrategicamente no mês de outubro, poderá ser
realizado também em janeiro, de acordo com calendário de eventos de algumas igrejas
participantes.
É um segmento que cresce em todo o Brasil e possui poucas oportunidades de
encontro dos apreciadores e cantores deste estilo musical.
O Evento traria a apresentação de artistas deste segmento e também contaria com
diversas atrações ao estilo Flash Mobs - aglomerações instantâneas de pessoas em certo
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178 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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lugar para realizar determinada ação inusitada previamente combinada, estas se
dispersando tão rapidamente quanto se reuniram. Isso traria inovação e criatividade nas
apresentações.
Este Evento procura preencher a lacuna sazonal entre as festividades da Semana
Farroupilha e as festas de final de ano. Com isso ganharemos mais um evento que pode
tomar grandes proporções e alavancar ainda mais a exposição de São Francisco de Paula
como destino turístico e possuidor de variado Calendário de Eventos.
3.5.4. PLANO GERAL DE MARKETING
A divulgação da cidade em eventos nacionais e internacionais, workshops, salões e
festivais é essencial para a disseminação dos atrativos turísticos do Município, mas
primeiramente sugerimos a formatação de Roteiro Turístico para então, impulsionar a
divulgação e fomento à inserção deste produto no mercado das operadoras turísticas
nacionais e internacionais.
Nestes esforços, devemos citar a importância de divulgação do destino nos mais
variados equipamentos turísticos do Município, pois sabemos a importância da união
entre a Administração Pública e a iniciativa privada. O trabalho conjunto soma em prol
do crescimento turístico da cidade. Restaurantes e hotéis são os locais que fazem o
primeiro contato com o turista, por isto a importância destes estabelecimentos estarem
bem informados sobre os atrativos da cidade.
Além desta divulgação devemos enfatizar a importância de esclarecimento do
empresariado local para a importância de que todos os estabelecimentos se cadastrem
no Cadastur (Sistema de Cadastro de pessoas físicas e jurídicas que atuam no setor do
turismo). Devem se cadastrar, obrigatoriamente, agências de turismo, meios de
hospedagem, guias de turismo, organizadores de eventos, acampamentos turísticos e
parques temáticos.
Além destes ainda podem se cadastrar, mas sem obrigatoriedade, casas de
espetáculos, centros de convenções, estruturas de apoio ao turismo náutico, locadoras
de veículos, parques aquáticos, parques de diversões, prestadores de serviços de
infraestrutura para eventos, prestadores especializados, restaurantes, cafeterias, bares
e similares.
A meta da Administração Pública Municipal é fomentar o fluxo de turistas regionais
e nacionais, trabalhando para que este número seja superado ano a ano, além de
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179 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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trabalhar na articulação de ações conjuntas com a iniciativa privada e trade para ações
de mobilização e fortalecimento institucional do destino São Francisco de Paula.
Montar um calendário de participação em Feiras é uma tarefa a ser desenvolvida em
conjunto com o trade e com o Conselho Municipal de Turismo (que como já dito
anteriormente deverá ser deliberativo e atuante, gerindo o fundo Municipal de
Turismo).
Vale lembrar a importância da
criação da marca institucional de São
Francisco de Paula com criação de
material de marketing: logomarca,
slogan, folheterias e site com apelo
comercial intenso em mais de um
idioma estrangeiro (sugerimos inglês
e espanhol). Com isso, podem-se
iniciar as ações de divulgação da
cidade
no
exterior. Tivemos
recentemente a Copa do Mundo FIFA
2014, que proporcionou grande exposição da marca Brasil no exterior. Além deste
megaevento, teremos também as Olimpíadas e Paraolimpíadas no Rio de Janeiro em
2016, aumentando ainda mais esta exposição e divulgação.
Hoje São Francisco de Paula atende principalmente os seguimentos de Turismo de
Aventura, Turismo de Lazer, Turismo de Inverno e Turismo Rural (Agro Turismo). É
sabido que temos outros segmentos turísticos ainda pouco explorados neste destino.
Dentro dos Parâmetros dos Marcos Conceituais de Segmentação Turística do Ministério
do Turismo, temos a possibilidade de atuação em segmentos como o Turismo de
Equestre, o Turismo Étnico, o Turismo de Saúde, o Turismo Religioso e o Turismo
Enogastronômico, todos com bons níveis de atratividade, podendo depois de devido
planejamento, serem comercializados imediatamente.
Com este cenário, sendo a Atividade Turística uma fonte potencial de renda e de
geração de emprego desta cidade, vê-se a necessidade de se criar um Plano Municipal
de Marketing, abrangendo todos os atuais segmentos turísticos do Município e
apontando ações para divulgação e promoção do destino São Francisco de Paula.
Temos hoje Gramado não penas como um destino turístico consolidado, mas como
um polo receptor, que atua como fator decisivo na escolha da Região das Hortênsias
pelos turistas, impulsionando a atividade turística em outras Regiões próximas, como é
o caso da Região dos Campos de Cima da Serra e da Região da Uva e do Vinho,
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180 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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beneficiando diretamente São Francisco de Paula. E esta proximidade deve ser mais
bem aproveitada e explorada, através de ações de marketing estratégico.
Considerando que a escolha por um destino turístico é diretamente influenciada por
estímulos promocionais, pela infraestrutura que apresenta e pelo imaginário que ele
pode representar; o Plano Municipal de Marketing de São Francisco de Paula se torna
indispensável para o Município, aproveitando a proximidade dos dois maiores Destinos
Indutores do Turismo no Estado.
Destinos turísticos têm que inovar e buscar novas atrações e investimentos para
manter, incrementar e renovar seus visitantes, surgindo com isto, mais uma grande
oportunidade para São Francisco de Paula compor Roteiros Regionais em parceria com
estes destinos.
3.5.5. SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL
Levantamos também a dificuldade de se desenvolver um turismo sustentável em
ambientes urbanos, assim como aspectos que versam sobre a sensibilização ecológica
de turistas e moradores através das atividades turísticas, desenvolvidas nos ambientes
naturais da cidade.
Sabemos que, um dos pressupostos básicos para o desenvolvimento de turismo,
é que exista recurso natural de interesse turístico. Para o autor Pierre Defert, citado no
livro de Beni (2001:162) os atrativos turísticos primários ou a oferta original são
classificados em quatro grupos, que formam o diferencial turístico do destino:
"Hidromo (do grego hýdor: água) – É constituído por todos
os elementos hídricos e pelágicos sobre todas as suas
formas, todos os seus aspectos, toda a sua abrangência,
incluindo a neve e o gelo, as águas minerais e termais.
Fitomo (do grego phytón: vegetal, árvore) – Compreende
tudo de que o turismo se serve na flora (florestas, bosques,
prados, matas) e todas as superfícies naturais recobertas
de vegetação relação voluntária do homem.
Litomo (do grego líthos: pedra) – Abarca todos os atrativos
decorrentes de processos geológicos provenientes de
vulcanismo, de tectonismo, de processos sedimentares ou
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181 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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erosivos tais como montanhas, picos, cordilheiras, vulcões,
cavernas, ravinas, cânions, cachoeiras, cataratas, lagos,
mares, golfos, istmos, planícies e outros.
Antropomo (do grego ánthropos: homem) – Refere-se às
atividades tanto antigas quanto modernas do homem,
englobando os valores por ele criados. A história, a religião,
as cerimônias, as tradições, o folclore, a cultura, os
monumentos históricos, os sítios arqueológicos, os lugares
de peregrinação e outros. ”
Verificamos que a gama de atrativos turísticos naturais é muito grande. Esses
atrativos podem ser transformados em recursos turísticos. Porém o que são de fato
recursos turísticos naturais? Buscamos uma definição de Beni (2001:58):
"... são aqueles elementos da natureza com determinada
atração, que motivam as pessoas a sair de seus domicílios
e permanecer fora deles um certo tempo”.
Os atrativos naturais são, sem dúvida, a principal mola propulsora e uma das
principais, senão a principal motivação, da maior parte das viagens turísticas. O
interesse nesse tipo de turismo (contemplação de paisagens da natureza) começou no
século XVIII, segundo Barretto (1995:50), na etapa do chamado turismo “romântico”.
Definimos então um aspecto fundamental do turismo: os atrativos naturais.
Porém esses atrativos são apenas requisitos para se desenvolver um turismo.
Necessitam antes de tudo de uma infraestrutura básica turística. Para Tulik (1996:27):
“Os recursos naturais básicos constituem elementos
primários da oferta e, embora presente em todos os
lugares, só podem ser considerados como os turísticos
quando explorados para tal fim. Antes disso, integram a
oferta potencial”.
A tendência contemporânea do mercado turístico passou a ser de um turismo
cada vez mais em contato com o ambiente natural, de preferência mais puro possível,
quanto menos contato teve com o homem melhor. Cada vez mais o homem busca o
contato com seu eu mais íntimo, e nada melhor para isso do que a própria natureza
selvagem, que foi durante milhares de anos o único habitat possível dos ancestrais
humanos. Para Moesch (1999:20):
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182 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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“... Herdeiros de ambos,
nomadismo e sedentarismo, a
sociedade contemporânea é
sedentária, mas leva em seu
inconsciente profundo uma
recordação obscura de uma
etapa da humanidade que durou
milênios: a etapa nômade,
móvel, de aventura e medo; mas
de intensa Comunicação com a
natureza”.
Já temos algumas ações que buscam este enfoque,
como é o caso da implantação da Floresta Nacional de São
Francisco de Paula e do Portal do Sol, que possuem entre
outras atividades, ações voltadas à educação ecológica dos
visitantes e interesse em desenvolver atividades com as
crianças matriculadas em Escolas Públicas do Município.
Uma proposição é que implantemos em São Francisco
de Paula, trilhas interpretativas e trilhas adaptadas ao uso por
deficientes, ambas abertas ao público morador do Município,
cidades vizinhas e visitantes. O principal intuito desta ação é
proporcionar opções de Ecoturismo no Município e iniciar o
processo de sensibilização ambiental da população local, pois
sabemos que, enxergando com olhos de turista, a
comunidade local passa a valorizar e se “apoderar” do
riquíssimo patrimônio ambiental que existe em São Francisco
de Paula.
Ainda dentro do quesito sustentabilidade, temos mais
uma possibilidade: o Ciclo Turismo. Hoje temos em diversas
cidades da Europa a possibilidade de locação de bicicletas e
estas, citadas nos principais guias de viagem, como uma das
melhores opções de visitação da cidade receptora.
Existe hoje em São Francisco de Paula alguns Roteiros
que utilizam a bicicleta como meio de locomoção, sugerimos
promover e incentivar estas ações, buscando a incorporação
de condutores ambientais locais para estas ações.
Engajamento
Comunitário e
Sensibilização
Ambiental.
Uma proposição é
que implantemos em São
Francisco de Paula, trilhas
interpretativas e trilhas
adaptadas ao uso por
deficientes, ambas abertas
ao público morador do
Município, cidades vizinhas e
visitantes. O principal intuito
desta ação é proporcionar
opções de Ecoturismo no
Município e iniciar o
processo de sensibilização
ambiental da população
local, pois sabemos que,
enxergando com olhos de
turista, a comunidade local
passa a valorizar e se
“apoderar” do riquíssimo
patrimônio ambiental que
existe em São Francisco de
Paula.
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183 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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3.5.6. QUALIFICAÇÃO DO TRADE
A
hospitalidade
presente na cultura do
gaúcho, especialmente
do povo serrano será
sem dúvida um dos
diferenciais
que
teremos
para
o
desenvolvimento
da
atividade turística no
Município. Temos hoje
importantes
ferramentas
que
ajudam a criar boas
reputações virtuais de
destinos
e
empreendimentos ao
redor do mundo, são
redes e comunidades
sociais que ajudam a
compartilhar
informações
e
impressões deixadas e
obtidas durantes as
viagens.
Essas ferramentas
que podem nos ajudar a fidelizar e aumentar o fluxo de turistas através de criação de
boa reputação e avaliações positivas dos clientes, por outro lado, um atendimento mal
realizado ou com falta de profissionalismo poderá comprometer esta imagem e, se
seguirem as más avaliações, muitos turistas deixarão de recomendar e indicar
determinado destino.
Temos as regras de mercado que faz com que estes empreendimentos mal
administrados e com baixa qualidade no atendimento, possuidores de profissionais mal
qualificados realizem uma readequação para atender com maior qualidade os clientes,
sob pena de encerramento das atividades do empreendimento.
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184 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Temos por outro lado a forca desta mesma ferramenta,
que possibilita a satisfação de determinado turista ser
transmitida aos amigos, colegas e familiares, recomendando
determinado destino e possibilitando uma promoção em
cadeia. Esta divulgação boca-a-boca representa 37% do peso
de escolha por determinado destino.
Daí a importância de qualificação profissional tanto para
empreendimentos turísticos, quanto para o Destino Receptor.
Diante disso, sugerimos algum tipo de incentivo as
empresas do Município para que disponibilizem programas de
treinamento e reciclagem profissional aos seus
colaboradores. Também sugerimos que fomentem a
articulação local para realização e ampliação das vagas
oferecidas pelo Pronatec em São Francisco de Paula (não
gerando ônus financeiro para os cofres públicos Municipais,
pois trata-se de um Programa Gratuito já disponibilizado pelo
Governo Federal), possibilitando a qualificação, no eixo do
Turismo, Gastronomia e Hospitalidade, do maior número de
trabalhadores possível, qualificando com isso, a oferta
turística e o Destino São Francisco de Paula.
3.5.7. ESTRUTURA INSTITUCIONAL
Elencamos abaixo algumas ações pertinentes e que
tangem a questão de gestão institucional do Turismo em São
Francisco de Paula, onde fica o Poder Público Local
responsável, junto com as instituições privadas e sociedade
civil, pelas definições e realizações referentes à gestão das
políticas públicas e ações locais.
Hoje temos diversos órgãos atuando simultaneamente,
porém sem coordenação, articulação e mobilização
necessárias para o resultado esperado. Quando propomos a
criação de Instrumentos reguladores da Instância de
Governança do Turismo ou Fortalecimento do Conselho
Estrutura
Institucional.
Propomos a criação de
parcerias, tanto em esferas
federais, quanto estaduais,
regionais e locais, além de
instituições
não
governamentais
e
da
iniciativa privada.
Além disso, enfatizamos a
questão da sustentabilidade,
que busca conciliar de forma
harmoniosa e permanente
os aspectos econômicos,
sociais, ambientais, culturais
e políticos do Município.
Em se falando de
sustentabilidade nas Ações
Públicas
do
Turismo,
devemos
atentar
à
importância da mobilização
comunitária, que legitima as
tomadas de decisão quando
conseguimos
ter
a
participação efetiva da
comunidade.
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185 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Municipal de Turismo temos o intuito de direcionar forças e ordenar ações para o
fortalecimento do destino turístico São Francisco de Paula.
Como dito anteriormente, sugerimos a criação de um Conselho Municipal de Turismo
deliberativo, atuante, representativo e autônomo, composto por técnicos, empresários
do setor, membros da Administração Pública, responsável por definir as ações às
prioridades do Turismo no Município.
Ainda sugerimos que seja criada uma Autarquia Municipal de Turismo, responsável
pela gestão dos Eventos Públicos Municipais, deixando as ações estratégicas e de
representação institucional o Órgão Oficial de Turismo do Município – Secretaria
Municipal de Turismo de São Francisco de Paula. Com isso teremos funções bem
definidas e informadas a todos os envolvidos na Atividade Turística do Município.
A proposição acima também sugere a criação de parcerias, tanto em esferas federais,
quanto estaduais, regionais e locais, além de instituições não governamentais e da
iniciativa privada.
Além disso, enfatizamos a questão da sustentabilidade, que busca conciliar de forma
harmoniosa e permanente os aspectos econômicos, sociais, ambientais, culturais e
políticos do Município.
Em se falando de sustentabilidade nas Ações Públicas do Turismo, devemos atentar
à importância da mobilização, que legitima as tomadas de decisão quando conseguimos
ter a participação da comunidade.
3.5.7.1.
INSTÂNCIA DE GOVERNANÇA DE TURISMO
O Plano Municipal de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula é
baseado em ações estratégicas para o desenvolvimento do Turismo Sustentável no
Município, visando soluções para o futuro e auxiliando a Administração Pública
Municipal a resolver problemas de organização do Turismo.
Sabemos do dinamismo que é a Atividade Turística em todos os campos,
especialmente no campo econômico. Por esse motivo temos a necessidade de
implantação de um grupo multidisciplinar para mobilizar a sociedade civil, empresários,
profissionais do trade, acadêmicos e poder público para definir ações e estratégias em
prol do desenvolvimento do Turismo no Município.
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186 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Esse grupo deve também buscar prioridades e definir metas plausíveis de
investimentos e obras de infraestrutura demandadas pelo setor. Portanto, sugerimos
que seja reformulado o Conselho Municipal de Turismo para que tenhamos respaldo
popular nas decisões desta Instância, visando fortalecer o Conselho Municipal de
Turismo e aumentar a participação deste nas decisões Estratégicas de Interesse
Turístico.
A nossa sugestão é que este órgão tenha como definição de que o Conselho, ou
Instância de Governança do Turismo, seja deliberativo, com isso se ganha
representatividade comunitária e política para este órgão máximo do Turismo no
Município.
Essa Instância deverá propor a Ativação do Fundo Municipal de Turismo, assim como
propor estudos para Implantação do Room Tax, Taxa Municipal de Turismo, que irá
fornecer os valores necessários para a composição deste Fundo, que deverá ser utilizado
única e exclusivamente para ações em prol do Desenvolvimento Turístico do Município.
3.5.7.2.
SISTEMA DE INTELIGÊNCIA
Atualmente um dos grandes desafios que temos no turismo é dimensionar o fluxo
exato de turistas que determinado núcleo ou destino turístico recebe durante os meses
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187 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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do ano e consequentemente, em sua totalidade. Dados estatísticos são fundamentais
para definirmos políticas públicas e planejar a Atividade Turística em qualquer outro
destino turístico.
Com a tecnologia atual, sugerimos a criação de uma ferramenta não apenas para
dimensionar o Fluxo de Turistas de Gramado, mas também criar um banco de dados
para utilização como ferramenta de marketing e CRM (Customer Relationship
Management). Com isso poderemos conhecer nossos turistas, saber hábitos de
consumo, preferências e tempo de permanência, entre outros.
A nossa proposição é criar um portal virtual do Turismo em São Francisco de Paula e
disponibilizar rede wii-fi aberta em todo o núcleo urbano e também nos principais
pontos turísticos do Município. A vantagem de utilização desse sistema por parte dos
usuários seria a oferta de descontos em Hotéis, lojas, restaurantes, museus, parques e
empreendimentos turísticos.
Outra importante função desta ferramenta é a possibilidade de confronto dos dados
de ocupação e venda dos Meios de Hospedagem, lojas, museus e parques, pois este
sistema poderá ser integrado com o sistema de emissão de Notas Fiscais Eletrônicas,
que também é outra sugestão deste Plano para que seja implantado no Município de
São Francisco de Paula.
Aliado a esta ferramenta, temos a proposição de implantar um banco de dados dos
registros de hóspedes acomodados nos hotéis e em outros meios de hospedagem do
Município, integrado ao SNRHos – Sistema Nacional de Registro de Hóspedes – do
Ministério do Turismo; desta forma temos melhorada esta ferramenta estratégica e
poderemos conflitar dados de ocupação hoteleira com os dados de arrecadação de
impostos por parte desses empreendimento, além de integrar às ações e programas
desenvolvidos pelo Ministério do Turismo. Uma vez em posse destas informações
poderemos aumentar a arrecadação de ISSQN do Município, pois clientes farão questão
de registrar seus consumos e gastos para com isso aumentar o índice de desconto
proposto nesta ação. O turista, uma vez conectado no sistema – que detecta a trajetória
e chegada destes nos pontos comerciais realiza automaticamente o seu check-in –
recebe automaticamente cupons promocionais, com isso teremos uma estimativa
qualitativa e quantitativa dos turistas em São Francisco de Paula.
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188 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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3.5.7.3.
SISTEMAS DE MONITORAMENTO – QUALITATIVOS E QUANTITATIVOS
Sabemos estatisticamente que, se determinado visitante possui boa impressão do
destino visitado, a recomendação a amigos e familiares chega ao patamar de 37%. Daí
a importância da qualidade no atendimento dos nossos visitantes, pois estes tornam-se
promotores deste destino.
A importância de criação de ferramentas de observação do fluxo e perfil dos
visitantes é uma ferramenta que nos possibilita direcionar ações de divulgação e
marketing diretamente nos mercados prioritários e nichos pretendidos.
Temos hoje desenvolvidas ferramentas deste nível na Secretaria de Turismo do
Estado – SETUR-RS. Por ser um processo demorado e relativamente oneroso para
pequenos municípios, surge a possibilidade de firmar parcerias entre o Administração
Pública Municipal e a Secretaria de Estado do Turismo, para que seja replicada esta
ferramenta e utilizada no cruzamento de dados turísticos (quantitativos e qualitativos).
Em um segundo momento, é possível a implantação de pesquisas de satisfação e
monitoramento da qualidade de atendimento aos turistas no Município, sendo uma
ferramenta de inteligência proposta que abre um novo leque de opções de interação
com o turista que visita a Cidade: a possibilidade de avaliação dos serviços oferecidos.
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189 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Com isso podemos direcionar esforços para a qualificação profissional dos
profissionais da área e criar / promover cursos de reciclagem, idiomas e / ou excelência
de atendimento.
Com esta ferramenta temos o trabalho de milhares de consultores gratuitamente,
abastecendo o banco de dados com informações precisas e valiosas para todas as ações
de marketing e investimentos em Infraestrutura Turística.
3.5.8. QUALIFICAÇÃO TÉCNICA DO QUADRO PÚBLICO
Em São Francisco de Paula, onde temos apenas 14,88% da arrecadação Municipal
oriunda da Atividade Turística e Serviços (segundo dados da Secretaria da Fazenda do
Estado do Rio Grande do Sul - SEFAZ) temos dimensionada a necessidade que a
Administração Pública deve dar ao Órgão Oficial de Turismo do Município.
A qualificação técnica adequada dos profissionais atuantes na Secretaria Municipal
de Turismo é fundamental. As Diretrizes e o trabalho de Planejamento Público das
Atividades Turísticas devem ser apolíticos, pois sabemos que trabalhos de planejamento
nesta Atividade são pensados em médios e longos prazos. Por este motivo sugerimos
que seja realizado concurso público para o quadro técnico da Secretaria Municipal de
Turismo, com contratação de Turismólogos.
Com esta ação poderemos ter continuidade de trabalho de Planejamento Turístico,
evitando com isso desperdício de tempo, recursos e trabalho, possibilitando um
aumento de profissionalismo não só nas Ações Públicas do Turismo, como também em
toda a cadeia produtiva envolvida.
3.5.9 PLANO DE OBRAS
Um dos pilares para o desenvolvimento sustentável de determinada cidade é
sem dúvida o Plano Diretor Municipal. Felizmente temos hoje em São Francisco de Paula
um Plano Diretor bem estruturado, porém ainda com dificuldades na fiscalização das
proposições e regulamentações deste.
Sabemos também que infraestrutura é um dos pilares para o desenvolvimento
da atividade turística, daí a necessidade de uma Administração Pública Municipal focada
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190 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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e atuante na busca e direcionamento de recursos para melhor receber os turistas e
visitantes.
Para que haja a atividade turística em um município, não é suficiente que este
possua apenas atrativos ou equipamentos turísticos. É indispensável que exista uma
superestrutura e infraestrutura propícias ao atendimento dessa demanda, como por
exemplo, a capacidade de atendimento médico, fornecimento confiável de energia para
os diversos equipamentos, meios de hospedagem e atrativos turísticos, serviços de
atenção e proteção ao turista, permitindo uma real segurança aos mesmos, além da
estrutura urbana e de excelentes condições de saneamento básico.
Nem todos os itens que usamos a nomenclatura de infraestrutura são utilizados
exclusivamente pelos turistas, mas essencialmente pelos residentes. Acreditamos
piamente que uma cidade só poderá ser boa para os turistas se for uma boa cidade para
se viver. No entanto, caso esta infraestrutura exista e seja suficiente, será utilizada por
seus visitantes. É importante salientar que existe a necessidade de adequação e
incremento da atual infraestrutura geral para uma crescente demanda.
Sabemos que essa demanda é crescente empiricamente, porém percebe-se a
necessidade de estudos (conforme sugerimos anteriormente) dimensionamento e
projeção desses fluxos, dessa forma será possível direcionar investimentos e melhorias
de forma planejada e, com isso, promover de forma ordenada o desenvolvimento da
Atividade Turística.
Sugerimos melhor estruturação do Órgão ou Secretaria responsável pela
captação de recursos da administração Pública Municipal. Sabemos da dificuldade e
escassez de recursos para novos investimentos nas mais diversas áreas, incluindo
principalmente, saúde, educação, segurança, cultura e infraestrutura, espraiando os
investimentos em todas as áreas e bairros da cidade, não apenas nas áreas turísticas e
urbanas do Município.
Neste sentido, comprova-se a importância do poder público, abrangendo todas
as esferas de atuação (Federal, Estadual e Municipal) no planejamento das ações e na
condução das políticas públicas voltadas ao desenvolvimento planejado da atividade
turística.
Atualmente temos em elaboração o PDITS – Plano de Desenvolvimento
Integrado do Turismo Sustentável (Documento que definirá ações estratégicas para o
planejamento e desenvolvimento da atividade Turística no corredor Serra Gaúcha –
Porto Alegre). Esse documento possibilitará a contemplação de novos convênios
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191 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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(vinculados aos recursos oriundos do PRODETUR, BIRD, BID e / ou BNDES) e
consequentemente, a realização destas demandas por infraestrutura turística.
4.
4.1.
QUADRO DE PROPOSIÇÕES
MACRO PROGRAMAS / PROGRAMAS E AÇÕES
4.1.1. MACRO PROGRAMA - GESTÃO PÚBLICA
Plano de
Marketing
Turístico
Elaborar Plano de Marketing
Turístico de São Francisco de
Paula.
Divulgar o Município em
todos os Mercados
Prioritários definidos pela
EMBRATUR.
Fomentar os Segmentos
Turísticos ainda pouco
explorados: Agroturismo,
Turismo Enogastronômico,
Observação de Aves, Turismo
Ferroviário e Turismo de
Eventos.
Promover e Intensificar a
Promoção do Destino São
Francisco de Paula no
Mercado Nacional - Ações de
Divulgação E Marketing.
Aumentar a participação do
Município em Feiras
Nacionais de Turismo, com
foco nos segmentos alvo.
______________________________________________________________________
192 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Plano de
Sensibilização
Ambiental
Promover Ações de
Sensibilização Ambiental
para Profissionais que
Atuam no Segmento
Turístico.
Promover Ações de
Sensibilização Ambiental
para a Comunidade do
Município.
Melhorar e Incentivar o
uso do Sistema de Coleta
Seletiva.
Incentivar o Uso de
Energias Limpas pela
Comunidade e por
Empreendimentos
Turísticos.
Gestão
Institucional
Reativação do Conselho
Municipal de Turismo Deliberativo,
Representativo,
Multidisciplinar.
Criar o Fundo Municipal
de Turismo - Estudo para
Cobrança de Room Tax.
Realizar Concurso Público
para Turismólogo Continuidade ProjetosQualificação Técnica
Quadro .
Implantar “Sistemas de
Monitoramento” e
Controle de Qualidade.
Credenciar o Município
no Invitur – Definir
Turismólogo Responsável
para atualizações e
Inserções
4.1.2. MACRO PROGRAMA - INFRAESTRUTURA BÁSICA
______________________________________________________________________
193 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Melhorias de
Acessos
Melhorar a
Sinalização de Acessos
e Turística.
Melhorar e Adaptar o
Município - Questões
de Acessibilidade –
Equipamentos
Turísticos.
Qualificar as Estradas
Vicinais do Município.
Sinalizar as Estradas
Vicinais do Município.
Matriz
Energética
Analisar a viabilidade de
Diversificação da Matriz
Energética.
Incentivar
Empreendimentos
Turísticos a Adotar o uso
de Energias Limpas Eólica / Solar.
Incentivar
Empreendimentos
Turísticos a Adotar o uso
de Energia Eólica e/ou
Solar.
______________________________________________________________________
194 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Segurança
Pública
Implantar uma
Delegacia
Especializada no
Atendimento aos
Turistas.
Promover Cursos de
Idioma Estrangeiro
para Agentes de
Segurança - Polícia
Civil e Polícia Militar.
Sistema de
Saúde
Levantar a necessidade de
transporte aéreo para
tratamentos mais
complexos.
Diagnosticar a demanda
por leitos no Município.
Estudar a possibilidade de
ampliação de oferta de
leitos para tratamento de
situações críticas de
saúde.
______________________________________________________________________
195 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Melhorias nos
Sistemas de
Comunicação
Promover Apoio e Suporte
para a Melhoria de Sinal
de Telefonia no Interior
do Município.
Promover Apoio e Suporte
para a Melhoria da
Infraestrutura de
Transmissão de Dados
Realizar estudo para
viabilização de Sinal de
Internet nas áreas rurais
através de Tecnologia
PLC - Comunicação via
Rede Elétrica.
Melhorias no
Sistema de
Transporte
Licitar Serviços
Públicos - Concessão
de Taxis / Linhas de
Transporte Público.
Melhorar e Adaptar o
Município - Questões
de Acessibilidade –
Equipamentos
Turísticos.
Promover Apoio e
Suporte para a
Captação de Aeroporto
Regional.
Disponibilizar Local
Público para a
Implantação do
Aeroporto Regional.
______________________________________________________________________
196 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
______________________________________________________________________
Melhorias no
Sistema de
Saneamento
Criação de Novos
Sistemas de
Tratamento de
Efluentes.
Criação de Leis
Municipais mais
rígidas em relação às
Ligações Irregulares.
Criação de Projeto de
Conscientização
Ambiental da
Comunidade e dos
Visitantes.
Criação de Campanha
para Conscientização
da Importância da
Coleta Seletiva.
4.1.3. MACRO PROGRAMA - INFRAESTRUTURA TURÍSTICA
Centro de
Eventos
Promover a Captação de
Investidores ou viabilizar a
Captação de Recursos
Públicos para a Implantação
de Novo Centro de Evetnos.
Revitalizar e adequar o
Parque Rural Davenir Peixoto
Gomes.
Disponibilizar Local Público
para a Implantação do
Centro de Eventos e Criar Leis
de Incentivo para viabilizar
esta Implantação.
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197 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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Revitalização
dos Atrativos e
Equipamentos
Implantação de
Sianlização Turística no
Município.
Implantação de
Iluminação Cênica nos
Principais Atrativos
Turísticos
Estudo de Viabilidade de
Criação de Ferrovia
Turística – Parceria
Público Privada.
Se a implantação de
Aeroporto Regional não
for viável, buscar
incentivos para melhoria
do Aeródromo mais
próximo.
Promover acessibilidade
nos Equipamentos
Turísticos e Atrativos
Turísticos – Manual
Ministério do Turismo.
4.1.4. MACRO PROGRAMA - ROTEIROS TURÍSTICOS
Criação dos
Roteiros
Turísticos
Segmentados
Criação de Roteiro
Integrado Sustentável nas
Comunidades Rurais do
Município.
Criação de Identidade
Visual do Destino São
Francisco de Paula.
Definir Política Comercial
do Roteiro.
Viabilizar a
Acessibilidade desses
Roteiros - Planejamento
Prévio.
Identificação do Circuito
do Roteiro através de
Sinalização Turística.
Definir os Deveres e os
Direitos dos Operadores
destes Roteiros e Licitar a
Concessão destes Serviços.
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198 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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4.1.5. MACRO PROGRAMA APOIO AO TRADE
Formalização
Empresas e
Profissionais
Incentivar e
proporcionar suporte
técnico para adesão ao
CADASTUR por parte
das Empresas.
Incentivar a
Participação do
Empresariado nas
Ações de Divulgação
do Município.
Incentivar e
proporcionar suporte
técnico para adesão ao
CADASTUR por parte
dos Profissionais.
Identificar e viabilizar
cursos de Qualificação
Profissional para os
colaboradores.
Qualificação
Profissional e
Parcerias
Promover Articulação
Local para a mobiliação
comunitária na busca de
Cursos de Qualificação
Profissional.
Identificar e Viabilizar
Cursos de Qualificação
Profissional aos Membros
do Trade.
Criar Parcerias com
Empreendimentos
Turísticos e Empresários
Locais.
Criar Parcerias com
Instituições para
Parcerias de Cooperação
Técnica.
Criar Parcerias com
Órgãos de
Representatividade
Turística para Divulgação
do Município.
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199 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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4.1.6. MACRO PROGRAMA – EVENTOS
Eventos
Realizar Estudo de
Mercado e Viabilidade
Técnica e Financeira para
a Realização dos Eventos
Propostos.
Firmar Parcerias Público
- Privadas para
Viabilização destes
Eventos - Captação de
Recursos.
Promover a Divulgação
no Mercado Turístico
Local, Regional e
Nacional destes Eventos.
Divulgar oCalendário de
Eventos de São Francisco
de Paula no Mercado
Local, Regional e
Nacional.
Realizar Estudos para
Captação de Novos
Eventos.
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200 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A humanidade sempre buscou o desconhecido, superar as fronteiras
naturais e superar os próprios limites, tendo a natureza como cenário e, atualmente,
volta a buscar o que perdemos com a modernidade: o contato com a natureza
preservada.
Negar a
importância do Turismo
em nível mundial é uma
atitude
demagógica,
pois o ato de viajar está
inserido na alma das
pessoas. Desde sempre
o homem viaja. Tentar
que essas viagens se
tornem novamente a
grande conquista e
realização pessoal é um
grande desafio para
todos nós.
Assim
como
ainda
hoje
existem
povos
nômades, ainda há
atualmente
formas
impactantes de turismo,
que degradam o meio
ambiente natural e
prejudicam, sob todas as
formas,
o
núcleo
receptor. As pessoas
ignoram o fato de que
aquele local existe, e
continuará existindo, após a sua estada e visita.
As pessoas começam a perceber que as questões ambientais, não são
assuntos meramente restritos a atitudes politicamente corretas. Não podemos decidir
o que será do mundo amanhã, sem consultarmos as futuras gerações, e como isso não
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201 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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é possível, partimos do princípio que devemos propiciar às futuras gerações, o que
temos hoje à nossa disposição, ou seja, o princípio da sustentabilidade.
Diante destas afirmações, podemos evidenciar o posicionamento
estratégico que São Francisco de Paula possui na Região em que está inserida,
disponibilizando cenários preservados de rara beleza cênica. Sendo um dos municípios
com maior concentração de atrativos naturais do Estado e tendo um dos menores
índices de habitantes por km2 do Rio Grande do Sul, São Chico, instiga este Turismo
Transformador.
A renovação dos princípios da sociedade, implicará numa nova forma de
pensar e de fazer o turismo. É fato que podemos, devemos e estamos, mudando a visão
de atividade turística, principalmente quando nos preocupamos não somente nas
questões econômicas da atividade, mas também com as questões ambientais, culturais
e sociais, assim quando pensamos nas futuras gerações, que poderão pagar muito caro
por nossa concepção economicista e utilitarista, contrapondo qualquer
sustentabilidade possível.
O Turismo fornece grandes possibilidades também no que se refere à
emancipação do homem. Cidades cada vez maiores e menos humanas, criando um
cenário que incita à fuga. Aproveitar recursos naturais dessas cidades, propiciando
atividades turísticas para os moradores e promover a conscientização ambiental,
poderá se tornar a melhor forma de produzirmos um Turismo responsável.
Dentro desse mote é que desenvolvemos este estudo e embasamos
firmemente nos princípios da sustentabilidade, inserindo a perspectiva ecológica em
todas as etapas do planejamento, buscando promover um Desenvolvimento Integral do
Município e sua Comunidade, gerando renda e emprego para um grande número de
pessoas, buscando sempre, e veementemente, valorizar e preservar os valorosos
patrimônios existentes neste fascinante Município.
Lembramos que singularidades fazem a diferença em Turismo. Diante
disso afirmamos que temos grande potencial e material para que o Turismo se torne
um grande vetor de desenvolvimento econômico, social, cultural e ambiental.
Em um mundo onde a cada dia dezenas de espécies entram em extinção,
e muitas sem nem mesmo terem sido descobertas pela ciência, onde presenciamos um
descaso com a preservação do nosso planeta, onde a natureza sempre é deixada atrás
de interesses econômicos, propiciando muito lucro, em curto prazo, para pouquíssimas
pessoas, o Turismo Ecológico, planejado responsavelmente, pode ser um processo
pedagógico tanto para a população local, quanto para os visitantes.
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202 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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6. EQUIPE TÉCNICA
COORDENAÇÃO GERAL
TUR° SIDNEI ORESTES PFAU
CORPO TÉCNICO
DIEGO HACKBART – TURISMÓLOGO
ADÃO SAMIR EGER – TURISMÓLOGO
JOSÉ CARLOS SANTOS DA FONSECA – HISTORIADOR
MARCELO SANCHEZ – TÉCNICO DE CAMPO
PROA SUL HELICÓPTEROS – FOTOS AÉREAS
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203 │ Plano de Desenvolvimento do Turismo de São Francisco de Paula.
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