Congresso recebe plano para fechamento de Guantánamo
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Congresso recebe plano para fechamento de Guantánamo
INFORME OPEU – FEVEREIRO 2016 23/02/2016 Congresso recebe plano para fechamento de Guantánamo Política, Segurança Faltando menos de um ano para o fim do governo Obama, o Departamento de Defesa apresentou ao Congresso um plano para fechar a prisão de Guantánamo. A proposta, entregue no dia 23, espera corrigir uma quebra de promessa da administração. Guantánamo é uma prisão militar localizada na base naval dos EUA em Cuba. Desde 2002, cerca de 800 estrangeiros suspeitos de envolvimento com terrorismo foram presos nas instalações. Sem direito a acusação formal e julgamento, os detentos vivem um limbo jurídico. A prática de tortura física e psicológica completa o quadro de violação grave de direitos humanos. Quando assumiu a presidência em 2008, Obama anunciou o compromisso de fechar a prisão em até um ano. A ideia, no entanto, nunca conseguiu apoio no Legislativo. O plano atual não difere muito de alternativas anteriores. Dos atuais 91 prisioneiros, entre 30 e 60 prisioneiros seriam transferidos aos EUA para julgamento. Embora sem especificar, o Pentágono alega haver 13 prisões no país preparadas para a realocação. Os demais detentos seriam enviados para outros países sob a custódia de governos estrangeiros. A estimativa é que todo o processo custe até US$ 485 milhões, contra os atuais US$ 85 milhões anuais para manter a prisão em funcionamento. O Partido Republicano discorda do presidente e prefere manter os prisioneiros longe do território nacional. Alheios aos apelos dos defensores de direitos humanos, republicanos insistem que a transferência seria um risco para a segurança nacional. Esse posicionamento deverá ser mantido em ano eleitoral, quando a oposição aumenta a retórica contra o que considera fraqueza do governo em política externa. 22/02/2016 Jeb Bush desiste da corrida presidencial Política O pré-candidato à presidência pelo Partido Republicano, Jeb Bush, desistiu da campanha eleitoral, no dia 20, após terminar em quarto lugar nas primárias da Carolina do Sul. No começo da campanha, esperava-se que Bush ganhasse muitos votos, principalmente pelo peso de seu sobrenome. O republicano iniciou a corrida presidencial se posicionando como dirigente experiente, também apto ao cargo devido às ligações nos governos do pai, George H. W. Bush, e do irmão, George W. Bush. Essa perspectiva possibilitou uma arrecadação de US$ 150 milhões até o final de 2015, mais do que qualquer outro pré-candidato do partido. Mas as contribuições financeiras não conseguiram alavancar os votos esperados ou dissuadir outros republicanos de concorrer. Com apenas 7,8% dos votos no estado, onde tentara um esforço intenso de campanha dias antes da votação, Bush acabou pressionado por lideranças republicanas a desistir. O senador Tim Scott (R-SC), influente na Carolina do Sul, defendeu que Bush deixasse a campanha em prol de Rubio. Após anunciar a saída da disputa, o exgovernador disse estar orgulhoso de sua campanha, mas que a presidência fica acima de qualquer candidato. Analistas afirmam que Bush foi surpreendido no decorrer da disputa pela popularidade de concorrentes sem histórico político, como o magnata Donald Trump, ou com menos experiência, como os senadores Marco Rubio (R-FL) e Ted Cruz (R-TX). Trump, que lidera as pesquisas nacionais, ganhou na Carolina do Sul com 32% dos votos. Cruz e Rubio ficaram em segundo e terceiro, respectivamente com 22,55 e 22,3%. http://www.opeu.org.br/ 1 INFORME OPEU – FEVEREIRO 2016 22/02/2016 Apple se recusa a colaborar com Justiça e FBI Política, Segurança No dia 16, um juiz da Califórnia ordenou que a Apple coopere com o FBI no caso do tiroteio em San Bernardino, onde 14 pessoas foram assassinadas. A empresa, contudo, anunciou que recorrerá da decisão que a obriga a facilitar o acesso das autoridades aos dados armazenados no celular de um dos autores do tiroteio. Embora ao longo dos anos a empresa tenha cooperado com o governo, desde 2013 a postura tem mudado em favor da preservação da privacidade de seus clientes. O pivô para essa mudança foi a exposição do programa de coleta massiva de dados da Agência Nacional de Segurança, trazida à tona por Edward Snowden. Autoridades de outros estados dos EUA também reclamam do sistema de encriptação da empresa. O promotor distrital de Manhattan, Cyrus R. Vance Jr, afirmou que investigadores estão impedidos de investigar aparelhos em 175 casos. Vance Jr. afirmou ainda que seu escritório, assim como o FBI, está se preparando para apresentar alguns desses casos à justiça. Tim Cook, CEO da Apple, afirma que a empresa é incapaz de prover acesso ao dispositivo sem desenvolver novas ferramentas. Segundo ele, além de violar direitos civis, seria um risco à segurança nacional, pois tais ferramentas seriam facilmente exploradas por hackers ou governos estrangeiros, como a China. A Apple possui o apoio de gigantes do ramo de tecnologia, como a Google, que desenvolve seu próprio sistema de encriptação sem porta de acesso para terceiros. A Casa Branca, até o momento, não tem se mostrado disposta a recorrer ao Congresso para forçar as empresas a colaborar com as autoridades. 19/02/2016 Combate ao Estado Islâmico leva ação dos EUA para Líbia Segurança Ataques aéreos dos EUA, no dia 19, mataram mais de 30 integrantes do Estado Islâmico (EI) na Líbia. A ação aconteceu na cidade de Sabratha, a 50 Km de Tripoli, e a maioria dos militantes era originária da Tunísia. O EI tem cerca de 3 mil militantes na Líbia, que vem se tornando uma alternativa para o grupo conforme cresce o cerco das potências no Iraque e na Síria. Outra vantagem na Líbia para os terroristas é o caos político. Desde que forças ocidentais ajudaram a derrubar o ditador Muammar Gaddafi, em 2011, pelo menos duas grandes facções controlam o território nacional. Uma em Trípoli e a outra, que tem mais apoio das potências externas, em Tobruk. Em janeiro, o chefe do Estado-Maior, general Joseph Dunford, disse que os EUA e aliados consideravam iniciar uma grande operação na Líbia. A ação realizada ontem indica que o plano já estaria sendo implementado. Segundo Dunford, o presidente Barack Obama deu autorização para a investida militar em paralelo a esforços para promoção da unidade política. Para Dunford, é urgente evitar que o EI ganhe influência sobre outras redes africanas, tornando a guerra ao terror no continente ainda mais difícil. O secretário de Estado John Kerry também declarou não haver qualquer possibilidade de que os EUA permitam ao EI acesso às reservas de petróleo e gás na Líbia, entre as maiores na África. Há cerca de quatro meses, EUA e Reino Unido começaram missões clandestinas de inteligência para mapear a localidade de integrantes do EI. A maior dificuldade, no entanto, tem sido a relutância de facções líbias em colaborar com o Ocidente, que veem com desconfiança desde a intervenção de 2011. http://www.opeu.org.br/ 2 INFORME OPEU – FEVEREIRO 2016 19/02/2016 Sanders ultrapassa Clinton em pesquisa nacional Política Pela primeira vez desde o início da campanha presidencial de 2016, o senador Bernie Sanders (D-VT) ultrapassou a ex-secretária de Estado Hillary Clinton em uma pesquisa nacional. Realizada pela Fox News e divulgada no dia 18, a pesquisa mostra Sanders com 47% das intenções de votos dos eleitores democratas e Clinton com 44%. Em um mês, Sanders cresceu 10 pontos percentuais, enquanto Clinton perdeu 5% de suporte. Outras pesquisas, como a da NBC News, já vinham apontando o crescimento de Sanders, se aproximando dos números de Clinton, principalmente após as disputas em Iowa e New Hampshire. A Fox News apurou que a perda de apoio de Clinton entre as mulheres é de três pontos percentuais; entre brancos é de 13 pontos; e entre democratas em geral é de 14 pontos. Neste momento, a base eleitoral de Clinton é formada, em grande parte, pela população negra e indivíduos com nível superior completo. A pesquisa também divulgou que 72% dos eleitores democratas acreditam que Sanders seria um bom presidente. Quando questionados sobre qual pré-candidato satisfaria as expectativas dos eleitores nacionais, 30% apoiam Sanders e 24%, Clinton. De acordo com analistas, ainda é incerto se a vantagem do pré-candidato representará alguma mudança mais substancial dentro da corrida presidencial. 17/02/2016 Obama divulga proposta de orçamento Política O presidente Barack Obama divulgou, no dia 9, proposta de orçamento para o ano fiscal de 2016-2017. O documento prevê gastos de US$ 4,15 trilhões, um aumento de 4,9% originado principalmente dos programas mandatórios como Medicare, Medicaid e Seguridade Social, e de juros da dívida pública. Os gastos discricionários teriam menos de 1% de aumento, mantendo o acordo bipartidário negociado em dezembro. O déficit federal projetado para 2016 é de US$ 616 bilhões, maior que os US$ 438 bilhões alcançados em 2015. Em 2017, o déficit cairia para US$ 503 bilhões e seria estabilizado em torno de 2,6% do PIB na próxima década. Isso seria atingido com acréscimo de receita de US$ 2,8 trilhões nos próximos dez anos, com mudanças tributárias que afetariam grandes empresas e famílias mais ricas. O orçamento traz pontos polêmicos, como uma taxa de US$ 10,25 por barril de petróleo importado ou produzido no país, que seria destinada para financiar projetos de transporte com energia limpa. A taxa não tem chance de aprovação, mas outras propostas podem conseguir apoio bipartidário. Obama solicitou uma verba de US$ 19 bilhões para segurança cibernética, 35% acima dos gastos atuais. O presidente também pediu US$ 1 bilhão para projetos de combate ao câncer, US$ 1,2 bilhão para tratamento e prevenção de drogas, e mais investimento no combate ao vírus zika. A maioria dos republicanos já mostrou discordância. O partido quebrou o protocolo e não convidará o diretor de Orçamento da Casa Branca, Shaun Donovan, para explicar a proposta na Câmara. Nas próximas semanas, Câmara e Senado devem apresentar seus planos de orçamento e dar seguimento ao processo até o fim de setembro. http://www.opeu.org.br/ 3 INFORME OPEU – FEVEREIRO 2016 17/02/2016 Companhias aéreas dos EUA poderão voar para Cuba Economia, Segurança O Departamento de Transporte dos EUA anunciou, no dia 16, que companhias aéreas poderão realizar voos entre EUA e Cuba em breve. O anúncio foi feito após encontro em Havana, onde o acordo foi assinado entre os dois países. As empresas irão operar, diariamente, 20 voos para Havana e outras 10 viagens para os demais aeroportos internacionais de Cuba. Segundo o secretário de Transporte Anthony Foxx, permitir voos comerciais é um esforço para a normalização das relações. Em julho de 2015, os dois países deram início ao processo de retomada das relações, após mais de 50 anos de ruptura. Rodrigo Malmierca, ministro dos Negócios e Investimento Estrangeiro de Cuba, afirmou que é preciso criar condições propícias para os negócios florescerem. Para ele, há muitas empresas interessadas em se instalar na ilha, mas elas acabam impedidas por limbos regulatórios. A primeira licença para que uma fábrica dos EUA seja implantada na ilha desde o início do embargo foi concedida a uma empresa de tratores do Alabama, no dia 15. A total liberalização das relações comercias, porém, depende de o Congresso remover as sanções advindas do embargo. Atualmente, republicanos detêm a maioria das cadeiras no Congresso, diminuindo a possibilidade de remoção dos empecilhos. Tendo em vista o impasse, o ministro Malmierca pediu que o presidente Barack Obama tome medidas unilateralmente para melhorar as condições de comércio entre os países. Uma ação, por exemplo, seria permitir o uso do dólar em transações com Cuba. Obama pretende visitar Havana antes do fim de seu mandato na Casa Branca. 15/02/2016 Congresso pode demorar para aprovar TPP Política A Parceria Transpacífica (TPP, na sigla em inglês), finalizada em outubro de 2015, teve a sua cerimônia de assinatura realizada em Auckland, Nova Zelândia, no dia 4. Contudo, sua ratificação por todos os membros e aprovação pelo Congresso dos EUA, em particular, ainda é necessária para que o acordo comercial entre em vigor. Logo após a cerimônia de assinatura, o presidente Barack Obama convocou republicanos e democratas para trabalharem juntos a fim de que a ratificação do TPP possa ocorrer em 2016. No Congresso, tanto na Câmara quanto no Senado, republicanos e democratas estão divididos em torno do tratado e sem pressa para levá-lo à votação. O deputado Dave Reichert (R-WA), presidente do Subcomitê de Comércio da Câmara, anunciou que há muito trabalho a caminho e que não espera que o Congresso considere a matéria esse ano. De acordo com ele, a total renegociação do acordo não está descartada, mesmo considerando as dificuldades envolvidas. O porta-voz da Câmara, Paul Ryan (R-WI), que apoia o acordo, afirmou que ainda não existe suporte suficiente para apresentar ao Senado um projeto de lei para ratificação do mesmo. A preocupação de Obama em promover a aprovação do acordo o mais rápido possível deve-se em grande medida às eleições presidenciais em novembro. Pré-candidatos à Casa Branca de ambos os partidos já anunciaram ser contrários ao TPP. Entre eles, os principais pré-candidatos do Partido Democrata, Hillary Clinton e Bernie Sanders. A não aprovação do TPP ainda esse ano pode significar o eventual cancelamento do acordo na próxima gestão presidencial. http://www.opeu.org.br/ 4 INFORME OPEU – FEVEREIRO 2016 11/02/2016 Rússia e EUA fazem cessar-fogo parcial na Síria Segurança Rússia e EUA chegaram ao acordo para suspensão temporária da violência na Síria, após reunião com representantes de Irã, Síria, Arábia Saudita, Turquia e países europeus. Anunciado pelo secretário de Estado John Kerry e o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, no dia 11, o plano é prover ajuda humanitária de urgência à população atualmente cercada por forças governistas ou oposicionistas, até que um cessar-fogo definitivo seja negociado. Outro objetivo é viabilizar a retomada das negociações diplomáticas entre as partes envolvidas. No dia 3, representantes oposicionistas abandonaram as reuniões de paz da ONU, alegando que a Rússia desrespeita a Resolução 2245, que condiciona as tratativas de paz à suspensão de investidas militares. Enquanto a negociação se desenvolvia em Genebra, bombardeios russos permitiram que o regime sírio recuperasse boa parte das áreas controladas pela oposição na cidade de Aleppo. A oposição acusa os EUA de leniência com o apoio russo ao governo de Bashar al-Assad e teme que as iniciativas diplomáticas signifiquem na prática vantagem militar para o regime. Os russos, por sua vez, afirmam que a dominação dos rebeldes em Aleppo causa sofrimento civil, incluindo privação de alimentos e água pela população. Se executado o plano, será a primeira vez em cinco anos de guerra que haverá interrupção da violência. O acordo não acaba com os ataques contra o Estado Islâmico e a Frente al-Nusra. Ao contrário dos rebeldes sírios, que são vistos de forma diferente por EUA e Rússia, esses grupos são tidos como terroristas por ambos os países. 02/02/2016 Cruz vence em Iowa mesmo sendo contra o incentivo ao etanol Energia, Política A vitória do pré-candidato Ted Cruz no caucus republicano, no dia 2, rompe com certa tradição de Iowa em relação à política de etanol. Com margem de cerca de 4%, Cruz deixou para traz o polêmico Donald Trump, que até então liderava as pesquisas de intenção de voto no estado. Outra surpresa é o fato de Cruz ser contra o incentivo à produção de etanol de milho. Iowa tem 41 usinas de etanol, que são responsáveis pela produção de 25% do biocombustível nos EUA. Quase metade do milho no estado é destinada à produção do etanol. O papel do governo federal tem sido fundamental para garantir mercado aos produtores. Devido a regras da Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês), as refinarias são obrigadas a misturar até 15% de etanol à gasolina. Cruz, que defende a baixa intervenção do Estado na economia, disse que as normas precisavam ser extintas. Nos meses que antecederam o caucus, Trump questionou essa posição, esperando colocar os eleitores do estado contra o concorrente. Temendo que a estratégia do rival surtisse efeito, Cruz chegou a minimizar sua opinião, dizendo que o problema era o limite de mistura da EPA. Passou a dizer que as regras deveriam ser suspensas para que o percentual de etanol misturado também pudesse subir com a demanda. O resultado da votação parece indicar que o eleitorado já não tem como prioridade proteger o etanol. Alguns analistas acreditam que a percepção geral é que a indústria do biocombustível esteja madura para dispensar o incentivo. Outros apontam que Trump perdeu por não conseguir conquistar os votos da direita cristã, o que também corrobora a percepção de que o etanol deixou de ser a questão mais sensível. http://www.opeu.org.br/ 5 INFORME OPEU – FEVEREIRO 2016 31/01/2016 Petróleo baixo não impulsiona economia dos EUA Economia, Energia O baixo preço do petróleo no mercado mundial não deverá beneficiar a economia dos EUA no curto prazo. Segundo estimativas dos bancos J.P. Morgan e Goldman Sachs, o crescimento econômico relacionado à queda de preço será praticamente nulo em 2016. As previsões vão de encontro às estatísticas históricas. Uma regra de ouro no mercado é que cada 10% de redução no preço gera crescimento econômico entre 0,1% e 0,5%. Considerando que os preços caíram cerca de 70% nos últimos dois anos, a expectativa era de efeitos muito positivos. O problema com a situação atual é que os EUA importam menos petróleo do que no passado, com a deflação afetando principalmente os produtores domésticos e a cadeia produtiva. Endividadas e começando a fechar inúmeros poços de exploração no país, as operadoras independentes vêm demitindo milhares de funcionários. Do ponto de vista macroeconômico, o baixo preço da gasolina tende a elevar o risco inflacionário. Essa tendência, no entanto, ainda não se confirmou. Economistas divergem sobre o que estaria intimidando os consumidores. Alguns acreditam que as pessoas têm usado a economia com combustível para pagar dívidas; outros creem que o baixo consumo se deve à percepção de que uma nova crise econômica pode estar próxima. O conservadorismo do consumidor interfere nos planos do Fed de aumentar a taxa de juros para até 1% ainda este ano. Em dezembro do ano passado, o Fed aumentou os juros em 0,25%, o primeiro aumento em quase uma década. O plano era subir novamente em março deste ano, mas a falta de perspectiva de aumento da inflação deverá retardar medidas nesse sentido. 21/01/2016 Financiamento público tenta resgatar indústria nuclear Energia Duas empresas nos EUA terão financiamento do governo Obama para desenvolver reatores nucleares mais avançados. O anúncio, no dia 21, informa que cada uma receberá US$ 40 milhões nos próximos 5 anos, sendo US$ 6 milhões já em 2016. A ajuda indica a disposição do governo em estimular a atividade. Energia nuclear corresponde a 19% da matriz energética do país, mas o segmento vem sofrendo declínio. Os riscos de acidente radioativo, a indefinição sobre o destino do lixo tóxico e o custo das usinas são alguns desafios. A indústria também foi muito abalada pela concorrência do gás natural nos últimos anos e pelo acidente na usina japonesa de Fukushima em 2011. Os EUA possuem cerca de 100 usinas em funcionamento, mas a maioria terá a licença expirada até 2030 e existem apenas 5 em construção. O objetivo do governo é desenvolver um modelo de reator menor que, apesar de ter menos potência do que os tradicionais, pode ser acrescido com módulos conforme a necessidade. Além de gerar eletricidade, os reatores modulares poderão ser usados em atividades industriais, incluindo dessalinização de mares. Outro ponto é que a tecnologia usa gás, e não água, para resfriar o material físsil. Isso permitirá que as usinas sejam instaladas próximas a grandes centros populacionais, embora com menor risco de contaminação em caso de acidente. O apoio financeiro é divulgado como parte do plano de combate à mudança climática, mas outra motivação é a competição tecnológica e comercial com a China. Os chineses já desenvolveram reatores modulares e usinas flutuantes, e vem fechando acordos bilionários com aliados dos EUA, como Reino Unido e França. http://www.opeu.org.br/ 6
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