Museus RPM
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setembro 2005 17 Boletim trimestral da Rede Portuguesa de Museus > Museus RPM – Transição para [ editorial ] Passado um ano da publicação novo sistema de credenciação da Lei Quadro dos Museus Portugueses, a Estrutura de Missão Rede Portuguesa de > Estrutura de Missão Rede Portuguesa de Museus Museus tem concentrado de forma particular a sua atenção no processo de transição dos > Candidaturas ao PAQM em 2005 > Museus da RPM da Madeira – Transição para novo sistema de credenciação museus integrados nesta rede para o novo sistema de credenciação, criado pela lei. Se A Lei n.º 47/2004, de 19 de Agosto introduz o conceito de museu, define o Regulamento de Adesão à RPM prefigurava as funções museológicas, estabelece a credenciação de museus e > Apoio Técnico ao Museu do Pico já procedimentos e normas enquadráveis num – Museu da Indústria Baleeira sistema que podemos designar de “pré-credenciação” e se todo o trabalho desenrolado por > A minha escola adopta Museus RPM institucionaliza a Rede Portuguesa de Museus. O artigo 140.º desta lei estipula a transição dos museus integrados na RPM para o novo sistema esta Estrutura ao longo dos últimos anos foi de credenciação, os quais dispõem de um período de dois anos para se no sentido da qualificação dos museus, toda adaptarem ao cumprimento das funções museológicas previstas na lei, > Centro de Documentação – esta realidade foi agora coerentemente inserida visto que a sua integração se tinha regido anteriormente pelos quesitos Destaques no novo panorama legislativo. um museu É nosso objectivo apoiar os museus integrados > Rede Regional de Museus dos Açores: Projectos e realizações recentes, por Maria Velasquez > O Museu Quinta das Cruzes, por Teresa Pais > Notícias Museus RPM na RPM a procederem a uma auto-reflexão > Stephen E. Weil > Outras Notícias empenhamento e o esforço de cada museu na prossecução do objectivo mas e dos aspectos a melhorar, bem como de qualificação de cada instituição, através da concretização das acções a preparar os instrumentos de trabalho e a mais adequadas a esta finalidade. planificar as medidas que contribuam para a elevação do seu nível de qualidade. Com volve actualmente um conjunto de acções > Encontros A Estrutura de Missão Rede Portuguesa de Museus (EMRPM) tem acompanhado com especial atenção o processo de transição dos museus da RPM para o novo enquadramento legal e, durante o referido período, junto dos museus, as quais se iniciaram por procurará promover, de acordo com as suas competências, medidas de um diagnóstico da situação de cada um dos apoio à qualificação dos museus, nomeadamente no âmbito dos programas museus, incluindo o enunciar das principais de apoio técnico e financeiro em vigor. áreas mais problemáticas e da documentação > Dissertações Ao longo deste período de transição são considerados vitais o que conduza à detecção dos principais proble- este propósito, a Estrutura de Missão desen> Em Agenda e parâmetros do Regulamento de Adesão à RPM. Como primeira etapa deste processo, a EMRPM efectuou um diagnóstico regulamentadora omissa. Na sequência deste levantamento, os museus da RPM têm vindo da situação de cada museu integrado na RPM, com base na informação a responder às questões em presença, de uma constante nos Relatórios de Adesão à RPM, nas candidaturas e nos forma geral com bastante empenhamento e relatórios de execução do Programa de Apoio à Qualificação de Museus (cont. na página 2) (cont. na página 2) (continuação da página anterior) denunciando o esforço em se equiparem com os instrumentos gueses”, estando presentemente em funcionamento dois de gestão que lhes permitirão de uma forma mais eficaz grupos de trabalho, um para a segurança e outro para a cuidar dos respectivos acervos e cumprir com maior rigor a conservação preventiva, este último em colaboração com o totalidade das funções museológicas. Instituto Português de Conservação e Restauro. A etapa de trabalho que agora atravessamos, sendo vital Não só deste assunto se dá conta no presente número do para o bom funcionamento individual de cada museu da boletim, mas também, no que concerne à actividade da RPM, é igualmente crucial para o bom funcionamento futuro RPM, das candidaturas ao Programa de Apoio à Qualificação do sistema da Rede Portuguesa de Museus que beneficiará de Museus, as quais neste ano foram bastante direccionadas da melhoria de qualidade que se espera resultar de todo este para as áreas de carência detectadas no diagnóstico que processo. Importa sublinhar que do empenhamento de cada atrás referimos. Entre as actividades dos museus, destaque- director de museu e da respectiva equipa depende o sucesso -se o movimento de edições, designadamente roteiros, catálo- desta iniciativa que se prolongará até Setembro de 2006, gos e monografias que vêm auxiliar a divulgação dos museus quando perfazem dois anos sobre a entrada em vigor da Lei junto do público. Quadro dos Museus Portugueses, prazo estipulado para o Uma nota final para os artigos deste número, ambos centrados período de adaptação dos museus integrados na RPM. Apraz- na realidade museológica dos arquipélagos atlânticos. Nem -nos registar já nesta fase inicial de trabalho a boa receptividade sempre divulgadas convenientemente em território continental, que a presente caminhada tem suscitado junto dos museus, as instituições museológicas dos Açores e da Madeira, em os quais estão a avançar, embora a diferentes ritmos, para particular as dependentes dos respectivos Governos Regionais, a concretização dos seus regulamentos, para a definição da desenvolvem um trabalho notável em diversas áreas da sua política de incorporação, para o estabelecimento de acção museal. Das experiências e projectos actualmente em normas e procedimentos de conservação preventiva, para o curso nos museus dos Açores nos dá conta Maria Manuel incremento da informatização dos inventários, para a supressão Velasquez, Chefe da Divisão de Património Móvel da Direcção das carências de equipamento de conservação, entre outros Regional de Cultura, enquanto Teresa Pais, Directora do aspectos. Museu da Quinta das Cruzes nos traz a pujança deste museu O Instituto Português de Museus tem vindo a acompanhar de referência do Funchal. esta fase de trabalho, mediante o contributo para a definição de alguns dos documentos obrigatórios à luz da Lei Quadro, como já sucedeu com a criação das “Bases orientadoras Clara Camacho para a elaboração do Regulamento Interno dos Museus Portu- Coordenadora da Estrutura de Missão Rede Portuguesa de Museus (continuação da página anterior) Museus RPM – Transição para novo sistema de credenciação e do Programa de Apoio Técnico, nas visitas efectuadas exemplo, a informatização do inventário, a monitorização aos museus e noutra documentação diversificada prove- das condições de conservação, a organização das reservas, niente dos museus. os planos de exposições e os planos de edições. Esta análise permitiu verificar os principais problemas A EMRPM tem estado disponível para articular linhas de existentes e os desajustamentos relativamente ao novo trabalho e para prestar o aconselhamento considerado enquadramento legal. Estes desajustamentos ocorrem, quer oportuno por parte de cada entidade. Tem facultado a na área dos novos requisitos introduzidos pela Lei Quadro museus interessados documentos de referência preparados dos Museus Portugueses e que passam a ter carácter de por museus do IPM e por outros museus da RPM, bem obrigatoriedade, quer na dos requisitos já existentes no como o documento intitulado “Bases Orientadoras para âmbito do Regulamento de Adesão à RPM e que agora elaboração do Regulamento Interno dos Museus Portugue- foram reforçados com a Lei Quadro. A título de exemplo, ses” produzido em colaboração com a Dra. Silvana Bessone, é de salientar que no grupo dos novos requisitos se inclui Directora do Museu Nacional dos Coches. Estes documentos a obrigatoriedade de existência de política de incorporações, têm um carácter indicativo, devendo ser adaptados à de normas e procedimentos de conservação preventiva, realidade de cada museu e às suas singularidades. de plano de segurança e de regulamento. Os desajustamen- No âmbito do acompanhamento do processo de transição tos verificados no segundo grupo de quesitos incluem, por para o novo sistema de credenciação, foi solicitada aos 2 | Boletim Trimestral Notícias RPM museus da RPM informação sobre documentos agora e diagnosticada nos Relatórios de apreciação das respectivas obrigatórios à luz da Lei Quadro, designadamente a Política candidaturas à Adesão à RPM, foi solicitada informação de incorporações, as Normas e procedimentos de conservação actualizada sobre outros requisitos, tais como inventário e preventiva, o Regulamento do museu, o Plano de segurança respectiva informatização, condições de conservação e e o Livro de sugestões e reclamações. Só aplicável aos museus condições das reservas. públicos, foi questionado ainda qual o período de entrada Após a recepção e a análise dos elementos referidos, serão gratuita. programadas novas visitas técnicas aos museus da RPM Tendo em conta a situação particular de cada um dos por forma a assegurar que o processo de transição decorra museus conhecida através de contactos, reuniões e visitas, com sucesso. ❚ Estrutura de Missão Rede Portuguesa de Museus Por resolução do Conselho de Ministros de 30 de Junho As atribuições e competências actualmente cometidas de 2005 foi criada a Estrutura de Missão “Rede à Estrutura de Missão irão transitar futuramente para Portuguesa de Museus”, dando total continuidade ao o Instituto Português de Museus, no âmbito da revisão trabalho desenvolvido pela anterior Estrutura de da sua lei orgânica. ❚ Projecto e com as mesmas competências. Candidaturas ao PAQM em 2005 Este ano foram quarenta e um os museus que da região Norte (44%) e da região de Lisboa e Vale apresentaram candidaturas ao Programa de Apoio à do Tejo (39%), e muito menor por parte dos museus Qualificação de Museus (PAQM), correspondendo a do Centro (7%), do Alentejo (5%), do Algarve (2%) cento e oito projectos remetidos à RPM até 15 de e da Madeira (2%). Estes valores espelham de alguma Julho para apreciação e análise. forma o quadro tutelar e regional dos museus da RPM, A tutela dos museus mais representativa na apresentação excluindo os museus da administração central e de candidaturas a este Programa foi, mais uma vez, a regional que não são abrangidos por este Programa. administração local (71%), seguida das tutelas privadas Quanto à distribuição dos projectos por programa, (24%) e das empresas públicas (5%). destaca-se a sua expressiva incidência na área da Como também já é habitual, a apresentação de comunicação (44%) seguida da investigação (28%) candidaturas foi muito elevada por parte de museus e da conservação preventiva (27%). Distribuição dos projectos candidatados em 2005 ao PAQM: P1. Programação Museológica 1 1% P2. Investigação e ao Estudo das Colecções 30 28% P3. Conservação Preventiva 29 27% P3.1. Aquisição de Equipamentos para a Conservação Preventiva 12 11% P3.2. Aquisição de Equipamentos para Reservas 14 13% P3.3. Aquisição de Serviços Especializados 3 3% P.4 Acções de Comunicação 48 44% P4.1. Acções de Acolhimento e de Comunicação 26 24% P4.2. Apoio a Projectos Educativos 22 20% Total de projectos candidatados 108 100% De acordo com o Regulamento do PAQM, a apreciação para Novembro, através da celebração de acordos de dos referidos projectos está em curso até 30 de colaboração entre a Rede Portuguesa de Museus e as Setembro, estando prevista a formalização dos apoios entidades beneficiárias. Rede Portuguesa de Museus | 3 Museus da RPM da Madeira “A minha escola adopta um museu” Com ampla participação dos profissionais dos museus da Foi celebrado um Protocolo de Colaboração entre o Instituto RPM da Madeira, entre os dias 6 e 8 de Junho foi promovida Português de Museus e a Direcção-Geral de Inovação e pela RPM uma acção de formação no Funchal intitulada de Desenvolvimento Curricular do Ministério da Educação “Concepção de Sítios de Internet em Museus”, orientada a 30 de Junho deste ano, destinado à realização do pelo Dr. Adolfo Silveira, Técnico Superior do Museu Nacional Concurso Escolar “A minha escola adopta um museu” de Arqueologia. que irá decorrer no ano lectivo de 2005/2006. No dia 9 de Junho, na sequência do referido curso, foi O Concurso irá ser divulgado a nível nacional pelas realizada uma reunião de trabalho com os directores dos Direcções Regionais de Educação, no início do próximo museus dependentes da Direcção Regional dos Assuntos ano lectivo, através do envio de materiais de divulgação Culturais da Madeira, onde foram abordados alguns para todas as escolas básicas e secundárias da rede pública. aspectos relacionados com a pertença dos museus à RPM, Com a realização deste concurso pretende-se incentivar em especial as consequências derivadas da publicação da professores e alunos a adoptarem metodologias de trabalho Lei Quadro dos Museus Portugueses e da necessidade de continuado com os museus, no sentido de construírem assegurar o processo de transição destes museus para o uma interacção permanente para troca de informação e novo sistema de credenciação que a Lei Quadro vem intro- de recursos que sirvam de motivação ao conhecimento, duzir. Esta reunião contou com a presença do Director apropriação e reinterpretação criativa de motivos do Regional dos Assuntos Culturais da Madeira e com Director património museológico nacional, e que os trabalhos a de Serviços de Museus, tendo sido também muito proveito- realizar tenham reflexos positivos ao nível das aprendizagens sa a abordagem de algumas formas de colaboração institu- escolares em contexto disciplinar ou interdisciplinar. cionais entre os museus desta Região Autónoma e a RPM, O Concurso irá basear-se na apresentação de trabalhos a nomeadamente no plano da divulgação. Foram também realizar pelos alunos nas áreas do texto, das artes plásticas efectuadas visitas a alguns museus da RPM com o intuito e do vídeo a partir de um testemunho ou de um conjunto de acompanhar o respectivo trabalho. ❚ de testemunhos que integrem o acervo de um Museu da Apoio Técnico ao Museu do Pico RPM da área geográfica da escola promotora. Caberá ao Museu disponibilizar as imagens dos testemunhos seleccionados e uma pequena memória descritiva sobre as mesmas, A RPM está a prestar apoio técnico ao Museu do Pico – bem como homologar as candidaturas, conjuntamente Museu da Indústria Baleeira no âmbito do inventário do com o órgão de gestão da respectiva escola. seu património, tendo contado, para o efeito, com a Os candidatos deverão corresponder a grupos de até cinco cooperação institucional do Ecomuseu Municipal do Seixal, alunos acompanhados por um professor. Os trabalhos dada a qualidade técnica do seu trabalho na área do patri- efectuados deverão ser entregues no Ministério da Educação mónio industrial. Esta cooperação incluiu a deslocação da em data a combinar, sendo que se prevê uma exposição Directora do Ecomuseu Municipal do Seixal, Dr.ª Graça e a entrega dos prémios no próximo Dia Internacional Filipe, e da técnica Dr.ª Fátima Afonso à ilha do Pico com dos Museus. vista a contribuir para o arranque do referido projecto, A Rede Portuguesa de Museus dinamizou a organização através da formação da inventariante que o está a pôr em do concurso junto dos museus que integram a RPM, sendo prática e de outro pessoal do Museu. Tal como definido muito elevado o número de museus que exprimiram o no plano delineado para a concretização do projecto, o seu interesse em participar na iniciativa. O IPM fará parte mesmo englobará dois períodos, um primeiro para do júri de avaliação dos trabalhos enviados a concurso e investigação e recolha de testemunhos e documentação contribuirá logística e financeiramente para a realização e um segundo para sistematização e inventariação. ❚ do catálogo da exposição. ❚ 4 | Boletim Trimestral Centro de Documentação A par das transformações da sociedade ao longo das últimas obras, proveniente do Ministerio per i Beni e le Attività Culturali décadas, o aparecimento de novos museus e as mudanças italiano, difunde as lições, estudos de caso e exercícios realizados ocorridas no panorama museológico implicam um questionamento durante um curso para responsáveis de museus. A segunda obra sempre renovado no que diz respeito às práticas de gestão, debruça-se sobre a questão do controlo da gestão nos museus. organização e planeamento dos museus e dos seus serviços. As duas últimas obras apresentam-se como manuais de referência As obras seleccionadas neste Boletim incidem sobre a gestão de abrangentes, incluindo propostas orientadoras de trabalho nas museus, indo ao encontro das necessidades dos gestores e dos vertentes que constituem o processo de gestão. De cada uma responsáveis de museus no intuito de divulgarem soluções e das obras destaca-se a respectiva referência bibliográfica e um modos de actuação eficientes e actualizados. A primeira destas resumo sumário. Destaques TÍTULO: Per una gestione manageriale dei musei italiani: atti del corso per direttori di musei statali: Roma, novembre 1998 Resumo: A publicação das actas do curso de gestão de museu, organizada pelo Ministerio per i Beni e le Attività Culturali (Itália) para responsáveis de museus estatais italianos, teve como objectivo a difusão AUTORES: ed. Adelaide Maresca Compagna, Emilio Cabasino PUBLICAÇÃO: Roma: Ministero per i Beni e le Attivita Culturali. Ufficio Studi, 1999 DESC. FÍSICA: 2 vols. a um público mais alargado dos trabalhos levados a cabo em Roma. Perante a importância crescente do papel dos museus na vivência social, política e cultural, espelhada no enquadramento jurídico italiano, o curso promovido estruturou-se em 3 secções: Aspectos jurídicos e institucionais; Aspectos económicos, administrativos e organizacionais; Marketing e comunicação. TÍTULO: Le contrôle de gestion dans les musées AUTORES: Stéphanie Chatelain; préface de Claude Cossu PUBLICAÇÃO: Paris: Economica, 1998 Resumo: A ocorrência de uma nova conceptualização de Museu surgiu a acompanhar as mudanças na sociedade ao longo das últimas décadas. Para o museu, as transformações implicam novas necessidades de gestão, com impacto na definição da sua missão, na sua relação com os públicos ou no seu papel de parceiro no panorama da política cultural. É perante este cenário que a presente DESC. FÍSICA: 227 pp. obra toma forma, propondo-se encontrar respostas quanto à possibilidade de COLECÇÃO: Recherche en Gestión conceber um sistema de controlo da gestão de museus que tenha em atenção ISBN: 2-7178-3709-4 as suas especificidades. TÍTULO: The manual of museum management Organizada em torno de três secções – Objectivos da gestão, Estrutura AUTORES: Barry Lord and Gail Dexter Lord organizacional, Métodos de gestão – esta obra de referência pretende PUBLICAÇÃO: London: Stationery Office, 1997 facultar orientação prática a todos os envolvidos na criação, desenvolvimento DESC. FÍSICA: 261 pp. e gestão dos museus, de modo a fazer frente aos novos desafios que se COLECÇÃO: Professional museum and heritage series colocam no seio da nossa sociedade, nomeadamente no que respeita a ISBN: 0-11-290518-8 necessidades e expectativas do público. Além da sistematização de práticas e metodologias, os autores recorrem a estudos de caso ilustrativos. Da obra consta um Apêndice com a descrição das funções específicas de cada profissional de museus e um Glossário. TÍTULO: Managing new museums: a guide to good pratice AUTOR: Timothy Ambrose PUBLICAÇÃO: Edinburgh: Scottish Museums Council, 1993 DESC. FÍSICA: 141 pp. ISBN: 0-11-495157-8 Resumo: Este manual de fácil consulta propõe-se responder às diversas questões que surgem durante a instalação e gestão de (novos) museus, apresentando linhas orientadoras de actuação. Ao longo de quatro secções, o autor percorre os principais pontos a ter em conta: Primeiros passos coloca questões gerais e sugere soluções de boas práticas; Gestão de colecções discrimina os processos de aquisição, documentação, conservação preventiva e segurança das colecções; O museu e o seu público examina a área do marketing e relações públicas, a concepção e avaliação de exposições e os serviços educativos; Gestão do museu analisa as várias responsabilidades a cargo dos gestores e funcionários, desde a gestão financeira e orçamental aos recursos humanos. A obra inclui sugestões bibliográficas e uma listagem com contactos de organizações para apoio e orientação. Rede Portuguesa de Museus | 5 Artigo Rede Regional de Museus dos Açores: Projectos e realizações recentes Maria Manuel Velasquez* * Chefe da Divisão de Património Móvel da Direcção Regional da Cultura dos Açores De entre uma proliferação crescente – tal como no Assim, no primeiro destes vectores, refira-se a todo nacional – de experiências museológicas colaboração, regulada por Protocolo de Colaboração, dispersas pelo território, e onde as tutelas e as temá- com a Estrutura de Projecto Rede Portuguesa de ticas são plurais, a Rede Regional de Museus dos Museus, de onde se destaca a realização de Acções Açores compreende os oito museus tutelados pela de Formação dirigidas aos Técnicos dos museus da Presidência do Governo/Direcção Regional da região, nomeadamente: Cultura que, no seu conjunto, expressam a diversidade da cultura regional. – Embalagem e transporte de bens museológicos Com histórias e processos de criação diferentes e (Museu Regional de Angra do Heroísmo, 6 a 8 de descontínuos temporalmente, os oito museus Novembro de 2002); distribuem-se por oito das nove ilhas do arquipélago: – Programação e produção de exposições Museu de Santa Maria, Graciosa, S. Jorge, Pico e (Museu Regional do Pico / Museu do Vinho, 6 a 10 Flores nas ilhas dos respectivos nomes; Museu Carlos de Outubro de 2003) Machado, em Ponta Delgada, ilha de S. Miguel; – Segurança e Atendimento em Instituições Museológicas Museu de Angra do Heroísmo, naquela cidade da (Museu Carlos Machado, 13 a 17 de Junho de 2005) ilha Terceira, e Museu da Horta na ilha do Faial. Com competências ao nível da “recolha, conservação Internamente, porém, promoveram-se também, e exposição dos testemunhos materiais e bens desde 1996, momentos de formação (Curso sobre imateriais do homem e do seu meio ambiente, para Noções Básicas de Museografia, com a seguinte fins de estudo conservação, educação e recreio”, organização disciplinar e carga horária: Introdução estabelecidas no documento regulador do regime à Museologia. Documentação museológica – 30 geral dos museus da rede, o Decreto Regulamentar horas; Fotografia para inventário. Noções básicas – Regional nº 13/2001/A, de 7 de Novembro, os 30 horas; Noções de conservação preventiva e museus agrupam-se, distintamente, em Museus manuseamento de objectos museológicos – 30 horas; Regionais “quando abrangem o património cultural Avaliação dos trabalhos práticos e apreciação da existente na Região independentemente da sua ficha de projecto – 30 horas; Património Artístico origem” (sendo o caso dos museus de Carlos nos Açores – 30 horas) a par do incentivo de Machado, de Angra do Heroísmo, do Pico e da formação de nível superior (pós-graduações e Horta) e Museus de Ilha “quando, preferencialmente, mestrados na área da museologia) proporcionado aglutinam aspectos representativos das actividades aos técnicos superiores das instituições museológicas culturais, económicas e sociais da ilha onde se pertencentes à rede regional. localizam” (Museus de Santa Maria, Graciosa, S. No segundo ponto aludido, e de entre as iniciativas Jorge e Flores). legais mais recentes, destaca-se a publicação do Na óptica do organismo coordenador, importa, nesta Regulamento Interno dos Museus, cuja pertinência fase, pautar as práticas correntes dos museus por radica na constatação de que tal instrumento se critérios profissionais normalizados pelo que se têm torna decisivo na promoção e na aplicação prática acentuado esforços quer ao nível da formação de normas profissionais, e na optimização da profissional, quer ao nível da produção de textos qualidade dos serviços que os museus prestam ao legais. público, pelo que a Portaria 69/2004, de 12 de 6 | Boletim Trimestral Museu do Pico – Museu da Indústria Baleeira, Pico Museu Carlos Machado – Núcleo de Arte Sacra Colégio dos Jesuítas, Ponta Delgada Agosto, aprovou o Regulamento Interno Geral dos a implementação de um sistema informatizado de Museus da Rede Regional e os regulamentos bilhética, que se prevê estar em funcionamento a específicos de cada museu. partir de Janeiro de 2006, a montagem do Núcleo Mas o universo das estratégias de intervenção junto de Arte Sacra do Museu Carlos Machado e a dos museus da rede tem outras âncoras. De facto, conclusão do projecto de musealização do Museu e como a informatização dos inventários dos acervos da Indústria Baleeira de S. Roque do Pico, extensão museológicos é uma prioridade desde 1996, cuja do Museu do Pico. implementação se tem vindo a verificar desde 1998, O primeiro destes núcleos localizar-se-á na Igreja do em 2005, com o apoio do Programa Comunitário Colégio dos Jesuítas de Ponta Delgada e é o corolário PRAIAÇORES, deu-se início ao Projecto “Museus da intervenção de recuperação da fachada da Igreja em rede – Século XXI”. e da talha do Altar-mor. A instalação da colecção Basicamente, pretende-se promover a divulgação de Arte Sacra do Museu Carlos Machado desenvolver- do património móvel existente nos museus -se-á através da Igreja e galeria anexa, Ante-Sacristia dependentes da Direcção Regional da Cultura através e Sacristia com uma programação a cargo da equipa da utilização das novas Tecnologias da Informação de Conservadores daquele museu, num circuito e Comunicação (TIC), potenciando a capacidade cronológico e temático que abrange os séculos XVI de divulgação dos museus junto dos seus públicos. a XIX. O projecto museográfico é da responsabilidade A criação de um portal na Web e a disponibilização do Atelier Isabel Aires, José Cid, Lda, de Lisboa. pública de uma base de dados e de conteúdos No Museu da Industria Baleeira, antiga fábrica de didácticos sobre o património regional, além do transformação da baleia, o projecto de musealização, incremento da comunicação entre os profissionais que agora termina, procurou dotar aquela antiga dos museus, são as tónicas deste projecto. unidade industrial dos elementos de interpretação Ainda neste contexto, foram os museus da rede necessários à compreensão do processo produtivo dotados com mais equipamentos informáticos e em causa. Com o apoio da Estrutura de Projecto promovida a acção de formação Documentação de Rede Portuguesa de Museus e em colaboração com colecções e divulgação em museus. Dirigida aos técnicos o Ecomuseu Municipal do Seixal, decorreu entre 4 superiores e profissionais de museografia, a e 9 de Julho passado uma acção de apoio técnico realização, a cargo do Conservador do Museu Carlos destinado à elaboração do inventário daquela fábrica, Machado Dr. João Paulo Constância, teve como que se prolongará por seis meses de trabalho e que objectivos a consolidação de conhecimentos relativos possibilitará, não só o inventário do acervo móvel, às funcionalidades avançadas da aplicação Docbase, mas também o inventário das estruturas físicas ainda responsável pela gestão dos inventários museológicos, existentes integrantes do complexo fabril. e treinar a utilização de ferramentas informáticas Por último, e dada a relativa visibilidade que os destinadas à divulgação electrónica. museus regionais ainda apresentam no panorama Aliás, a preocupação com a divulgação e a optimização museológico, em jeito de prenda de natal será de contactos deu origem a um outro projecto: a publicado o Roteiro dos Museus dos Açores, brochura edição da IM – Intermuseus, newsletter dedicada à profusamente ilustrada que se espera venha satisfazer divulgação dos museus açorianos e que já conta com os interessados nas temáticas dos museus e dar quatro números. informações úteis aos que pretendem conhecer e Na esteira das preocupações actuais, avulta ainda visitar o arquipélago. ❚ Rede Portuguesa de Museus | 7 O Museu Quinta das Cruzes Teresa Pais* * Directora do Museu Quinta das Cruzes Um pouco da sua história Esta Quinta, pela sua longa existência, foi sofrendo A Quinta das Cruzes situa-se numa zona privilegiada numerosas alterações, na adaptação constante dos seus da Cidade do Funchal, à Calçada do Pico, abaixo espaços a utilizações e vivências diferenciadas. Ela é hoje da Fortaleza de São João Baptista, datada do século um vasto complexo de estruturas e elementos arquitectó- XVII e «paredes meias» com o Convento de Santa nicos, de várias épocas. Merecem especial referência as Clara, do período manuelino e edifício classificado obras do século XVII, a Arcaria de volta perfeita, em como Monumento Nacional. pedra mole e vermelha da região, junto ao corpo sul do edifício, assim como a Capela construída no extremo sul da propriedade. Esta época recorda-nos a passagem de testemunho da família Câmara para os novos proprietários, a família Lomelino. A Capela dedicada à «Nossa Senhora da Piedade» foi edificada, em 1692, por Francisco Esmeraldo Correia Henriques, casado, em 1678, com Catarina Lomelino de Vasconcelos. Da época primitiva encontramos ainda um «Altar», executado em «cantaria mole da ilha» e talha dourada, que emoldura a pintura a óleo sobre tela representando a «Piedade» Enquanto espaço amuralhado, no contexto de uma de Bento Coelho da Silveira (1618-1708). malha urbana histórica e qualificada, é por definição O edifício principal, que hoje conhecemos, foi harmo- uma «Quinta Madeirense», constituída por Casa de nizado por grandes obras decorridas depois do terramo- Moradia, Capela e Parque Ajardinado. to de 1748, que havia destruído, parcialmente, a Casa. Este conjunto constitui uma oportunidade para esta São notórios alguns elementos característicos da Instituição, no desenvolvimento da sua definição «arquitectura da ilha», como o aparecimento de grandes museológica, como reserva de uma forma de ser e estar. janelas rasgadas a um ritmo certo e com varandas debru- A Quinta das Cruzes é a memória viva desse passado çadas sobre o pátio principal. cada vez mais distante. Esta é tão ou mais antiga que O século XIX trouxe o encantamento do romantismo, a própria criação da Cidade do Funchal que, por uma nova concepção dos espaços ajardinados, pela presentemente e até 2008, comemora os seus 500 anos presença dos canteiros, dos caminhos empedrados, das de existência. Por aqui passaram e residiram famílias fontes em pedra de fajôco, assim como uma «casinha ilustres da nossa história. A primitiva casa foi construída de prazer», espaço melancólico e de convívio, bem ao para servir de residência a João Gonçalves Zarco, 1.º gosto da época. Capitão Donatário (1425-1467?) e sua família. Essa O século XX surge com novas funções e novas formas modesta casa de moradia foi, posteriormente, ampliada de ocupar a Casa, reflexo de importantes transformações e engrandecida pelo seu filho que parece ter aproveitado económicas da sociedade insular. os mestres que trabalhavam na construção da antiga A Quinta das Cruzes, à semelhança de outras Quintas igreja do Convento de Santa Clara. madeirenses, harmoniosamente integradas na paisagem Datam do século XVI as primeiras referências às «Casas do anfiteatro do Funchal, conserva ainda a dignidade das Cruzes», designação que perdurou no tempo e de outros tempos, apesar das transformações sucessivas que, provavelmente, se relaciona com a realização, e da adaptação constante dos seus espaços a novas neste local, de festas religiosas de tradição minhota. funcionalidades. 8 | Boletim Trimestral A Génese do Museu O museu ocupa a totalidade da área da Quinta, A Quinta é hoje uma realidade diferente, feita de numa extensão de 10.000 m2. O edifício principal outros personagens, de outras hierarquias, de outras contempla 17 salas de exposição permanente que condicionantes culturais e sociais. Por circunstâncias se desenvolvem pelos três andares, sendo o último da sua história, dela se fez um Museu – Um Museu correspondente à típica «torre avista navios». Este de Artes Decorativas. espaço exibe um conjunto significativo de peças de A 19 de Dezembro de 1946, César Filipe Gomes, ourives Mobiliário, Pinturas, Estampas e Aguarelas antigas da de profissão e coleccionador, numa espontânea e feliz Madeira, Esculturas em madeira, marfim e terracota, iniciativa, doa a sua colecção à Região, entregue ao Jóias e outros Objectos de Adorno, Faianças portugue- cuidado da Junta Geral do Distrito Autónomo do sas e Porcelanas europeias e orientais. Funchal, que se responsabiliza pela criação do museu Merece particular destaque o núcleo de Pratas legado a instalar na Quinta das Cruzes, conforme condição à Região por João Wetzler (cidadão checo, de origem e vontade expressa pelo próprio doador. judaica) em 1966, e constituído por peças de origem A ideia de criar o museu foi desde logo acarinhada e portuguesa e de outros centros de produção europeia, desenvolvida pelos responsáveis por se localizar num nomeadamente, ingleses, holandeses e alemães. espaço que é ele próprio reflexo de memórias ligadas Nos jardins, no final dos anos cinquenta, foi insta- a figuras marcantes da nossa história, como por outro lado um núcleo arqueológico constituído por Pedras lado, por apresentar enormes potencialidades para o de Armas, Lajes Tumulares e outras espécies prove- desenvolvimento de um bom projecto museológico. nientes de antigas Igrejas, Conventos e Edifícios Assim nasce o primeiro Museu de Arte na Ilha da Públicos. Deste conjunto, destacam-se o fragmento Madeira. do Pelourinho do Funchal e as duas Janelas manuelinas O processo de aquisição desta Quinta decorre entre que teriam pertencido à antiga Misericórdia do o final do ano de 1946 e 1948. A primeira medida de Funchal, mandada construir por D. Manuel I, em salvaguarda tomada nesse sentido é a sua classificação 1508. como Imóvel de Interesse Público (Dec. N.º 36.383, de 28 de Julho de 1947). Realizadas as obras de consolidação e adaptação dos seus espaços à sua nova função, o Museu Quinta das Cruzes, na altura, também conhecido como Museu César Gomes, em homenagem ao seu fundador, abre as suas portas definitivamente e oficialmente a 28 de Maio de 1953. Não terá sido ocasional a escolha deste edifício para acolher um museu de artes decorativas. Foi a diversidade de peças que constituiu o núcleo inicial da doação César Gomes, na sua maioria objectos Este museu, instalado na «mais bela casa antiga da qualificados de uso doméstico, e a existência do espaço ilha», como nos descreve Maria Lamas foi crescendo Quinta, com todo o sabor de uma velha residência, com a construção de novos elementos arquitectó- que determinaram, decisivamente, a Imagem deste nicos, sem nunca perder as suas características museu. próprias. Desde a data da sua fundação que o Museu se encon- As Colecções tra aberto ao público, com carácter permanente, à O espólio deste museu é constituído por diversos excepção do período compreendido entre 1979 e núcleos, respeitantes às artes decorativas, dos séculos final do ano de 1982, momento em que decorreram XVII, XVIII e XIX. obras de beneficiação e conservação do edifício e Rede Portuguesa de Museus | 9 em que se procedeu a uma mudança e reformulação museográfica, nomeadamente na instalação e exposição das colecções. As colecções que serviram de base ao Museu foram, ao longo destes últimos anos, qualitativa e quantitativamente enriquecidas com elementos provenientes de novas doações e aquisições. O Museu Quinta das Cruzes é hoje uma importante referência patrimonial da Região e um espaço público de lazer privilegiado. Os seus espaços ajardinados integram a rede regional de Jardins acto de injustiça se aqui não referisse o apoio técnico Botânicos e apresentam espécies botânicas indígenas que nos tem sido proporcionado pela Rede Portuguesa e endémicas da Ilha. de Museus na programação de cursos de formação, no âmbito desta temática, direccionada para guardas As Principais Funções e Projectos de museus, técnicos profissionais e superiores, e ainda Globalmente, o Museu Quinta das Cruzes tem o apoio incondicional, de longa data, do Eng.º Luís procurado desenvolver trabalhos e acções respeitantes Elias Casanovas. às principais áreas e funções museológicas, na medida da disponibilidade dos seus recursos humanos e financeiros. No que se refere à política de aquisições, procuramos enriquecer o espólio do museu com peças de natureza artística e/ou de importância histórica e patrimonial para a Região. Na área da conservação preventiva e restauro das colecções, procedemos, de forma faseada, ao levantamento e acompanhamento do estado de conservação dos diferentes núcleos, com recurso à aceitação de alunos A investigação e inventariação das espécies, com a estagiários, Técnicos Profissionais do Curso de consequente informatização de fichas na base de Conservação e Restauro, dando simultaneamente dados de Inventário e Gestão das Colecções – MATRIZ, resposta às necessidades da Instituição e às solicitações constituem uma prioridade. Presentemente, o museu de algumas Escolas Profissionais da Região, bem como tem informatizado um número significativo de à aquisição de serviços técnicos mais especializados espécies que abrangem as principais categorias e as de Institutos e outras Entidades nacionais e regionais, obras de referência das suas colecções. É nosso vocacionadas para a área do restauro. Cometeria um objectivo, muito próximo, com a criação da nossa página na Internet, em fase de elaboração e programação, disponibilizar essa informação, através do programa Matrizweb. Relacionado com estas duas áreas funcionais, é significativo o papel que o Museu Quinta das Cruzes tem desenvolvido, essencialmente no decurso dos últimos 3 anos, no apoio a outras Instituições Públicas, na realização de inventários de bens culturais, assim como em acções de prevenção no 10 | Boletim Trimestral âmbito da conservação preventiva das colecções. o lançamento e a publicação do Boletim do Museu O Centro de Documentação/Biblioteca do museu reúne Quinta das Cruzes (1.º e 2.º números). um acervo bibliográfico com conteúdos diversificados, Considerando que a divulgação, a aceitação e a versando temas relacionados com as Artes decorativas, renovação da imagem do museu no futuro passa História de Arte, Museologia, assim como um núcleo também pela sensibilização do público mais jovem, dedicado à História da Madeira. Este surge e foi foi criado o serviço educativo, em funcionamento crescendo com a necessidade de informação sobre desde 1996, com o apoio da Secretaria Regional de as colecções do próprio museu, com vista ao seu Educação, que nos proporcionou o destacamento estudo e inventariação. O fundo documental é consti- de professores profissionalizados, no âmbito do tuído principalmente por documentos impressos, dos quadro de pessoal efectivo das Escolas, com vocação quais se destacam as monografias, as publicações e formação para esta função (tendo, posteriormente periódicas e algum material iconográfico. Decorrem recebido formação na área da museologia) para o ainda a classificação e indexação das espécies desenvolvimento de actividades lúdico-pedagógicas, bibliográficas, mas é nosso objectivo criar, com a com base na exploração das colecções, estabelecendo brevidade possível, um espaço próprio, adequado, pontes entre conteúdos museológicos e áreas com recursos humanos e informáticos capazes de curriculares, adaptadas aos diferentes níveis do tornar este Centro/Biblioteca mais funcional e ensino básico e secundário. qualificado na informação que queremos prestar Revelou-se uma experiência interessante e muito aos seus utilizadores. A Biblioteca, ainda em fase gratificante para nós, o estágio curricular realizado de reestruturação, dirige-se a dois tipos de utiliza- no nosso museu, no ano lectivo de 2004/2005, de dores: internos (técnicos e colaboradores do museu) duas alunas finalistas da Licenciatura em Ciências e externos (professores, estudantes e investigadores). de Educação, da Universidade da Madeira, tendo Presentemente, disponibilizamos a consulta local e proporcionado o desenvolvimento de novas a reprodução de documentos, estando prevista, num metodologias de abordagem pedagógica com os futuro próximo, a pesquisa no catálogo automati- alunos e outros grupos etários e consequentemente zado (na base de dados informática PORBASE). uma diversificação das actividades desenvolvidas. A programação de exposições temporárias e de publicações Enquanto espaço museológico, a Quinta das Cruzes é uma actividade estruturante à função museológica. deverá ser entendida, no contexto cultural da Região, Neste campo, a nossa actuação, mais significativa como uma unidade bem definida e caracteriza- e permanente nos últimos três anos com a realização da pela sua realidade física e pelos seus con- de novos projectos expositivos, não tem sido dicionalismos históricos. No entanto, e no sentido relevada pela ausência de um espaço próprio e de acrescentar uma mais valia à sua imagem, deverão adequado para a realização de eventos temporários. ser ponderados todos os elementos que constituem No âmbito da divulgação pública da imagem do potencialmente a sua mais correcta apresenta- museu, foi significativo o objectivo conseguido com ção, enquanto espaço público urbano de grande Rede Portuguesa de Museus | 11 visibilidade. É neste sentido que se inserem alguns público, nomeadamente a criação de espaços mais projectos, recentemente realizados (2003/2004), caso adequados para reservas e outras áreas técnicas (a de um espaço edificado, próprio para o desenvol- título de exemplo referiríamos a criação de um vimento de funções e trabalhos técnicos relacionados gabinete de conservação e restauro); a rentabilização com a exploração e manutenção do Parque dos espaços existentes, definindo áreas específicas ajardinado ou outros em curso, nomeadamente, a para o desenvolvimento do Centro de Docu- construção de uma cafetaria localizada na parte sul mentação/Biblioteca; o projecto de reformulação da dos jardins e um «corpo» anexo para a instalação Loja/Portaria e, mais importante que todos as outras do Orquestrofone. atrás referidas, a adaptação deste imóvel a deficientes visuais e motores. Temos consciência que se em algumas situações, a programação e exposição do espólio carece de reformulação pontual, noutras, exige alterações de maior expressão, a fim de ajustar continuadamente a coerência do discurso museológico, proporcionado pelas colecções, às memórias, realidades e condicionantes físicas do próprio espaço Edifício/Quinta que, em nosso entender, deverá constituir, sempre, a base essencial da sua imagem como museu. Como sonhar é indispensável nesta profissão, e nessa No entanto, para além da realidade física, imediata perspectiva gostamos de encarar o futuro com e perceptível ao público em geral, existe uma outra, realismo, mas também com alguma dose de menos visível, mas igualmente importante, constituída optimismo, prevemos que será viável, num futuro por toda a equipa que aqui trabalha, exerce e cumpre próximo, a concretização de outros projectos, como as diferentes funções, diariamente, dando corpo e por exemplo, a iluminação integral de todo o espaço sustentação a um conjunto de objectivos e finalidades ajardinado e a recuperação e funcionamento do antigo que justificam e dão sentido à nossa própria existência, circuito dos fontanários existentes nos jardins. relevando o papel e a importância da Instituição A outro nível, no âmbito de um plano de reorga- Museal num determinado contexto cultural, junto nização estrutural e funcional do próprio museu, da comunidade onde está inserida. estão a ser, presentemente, realizados estudos e O Museu Quinta das Cruzes é um organismo programas (em colaboração com os quadros técnicos público, dependente da Administração Regional, da Direcção de Serviços do Património, da Direcção tutelado pela Secretaria Regional de Turismo e Regional dos Assuntos Culturais) para futuras Cultura/Direcção Regional dos Assuntos Culturais intervenções que visem uma melhoria considerável – Madeira. Integra a Rede Portuguesa de Museus na prestação de serviços e/ou de atendimento ao (IPM) desde 2002. ❚ 12 | Boletim Trimestral Notícias Museus RPM* * Notícias exclusivamente baseadas em informações enviadas pelos Museus integrados na RPM Ecomuseu Municipal do Seixal – P a s s e i o s n o Te j o Durante os meses de Verão, o Programa de Iniciativas prolongando-se, ainda durante o mês de Outubro, a do Serviço Educativo do Ecomuseu Municipal surge oferta de iniciativas a desenvolver no rio, nomeada- fortemente associado ao rio e à nossa cultura flúvio- mente os ateliês Nós e o Rio e Descobertas Matemáticas -marítima. De facto, esta é a época de maior rentabili- a Bordo do Bote de Fragata, para público escolar e zação do património náutico flutuante junto dos ATLs, e o passeio Tripular uma embarcação, para público públicos que anseiam pelas horas de navegação no juvenil e adulto. Tejo, seja de descoberta lúdica, seja com objectivos Embora a época de passeios termine no início do mês didácticos e educativos que as duas embarcações de Novembro, no Núcleo Naval do Ecomuseu onde tradicionais – Baía do Seixal e Amoroso – proporcionam, está patente a exposição Barcos, Memórias do Tejo, o com as respectivas tripulações. património náutico permanecerá alvo de iniciativas Ateliês e passeios temáticos, realizados a bordo, tiveram de tipologia diversa dirigidas a diferentes púbicos, lugar nos meses de Julho, Agosto e Setembro, durante os próximos meses de Outono e Inverno. – 7.ª Campanha Arqueológica na Quinta de S. Pedro (Corroios, Seixal) O Serviço de Arqueologia do Ecomuseu Municipal do que padeceram e levantar hipóteses para as suas Seixal tem em curso mais uma campanha de escavações causas, conhecer os hábitos de higiene, as dietas arqueológicas na necrópole medieval-moderna da Quinta alimentares predominantes e, consequentemente, as de S. Pedro, em Corroios. economias de subsistência e as ocupações profissionais Trata-se de um local que vem sendo investigado desde mais marcantes, enfim, avançar no conhecimento de 1994, daí resultando a identificação de mais de duas populações e de contextos culturais, económicos e centenas de homens, mulheres e crianças, aqui sepultados sociais para que, frequentemente, não dispomos de entre as últimas décadas do século XIII e as primeiras fontes materiais, documentais ou outras. do século XVII, segundo os dados até agora disponíveis. Prevê-se que a presente campanha (que se prolongará O estudo arqueológico e antropológico destas ossadas praticamente até final de 2005) venha a encerrar o materializa uma parceria do Ecomuseu com o ciclo de trabalhos de campo, para dar lugar aos estudos Departamento de Antropologia da Universidade de finais que terão por epílogo uma futura edição Coimbra e, para além do número de indivíduos em monográfica da responsabilidade da autarquia. presença, permite-nos determinar as suas características Para os interessados, é possível a participação voluntária físicas (sexo, estatura, robustez), saber a idade à data na escavação arqueológica ou a simples visita ao local, da morte (e daí induzir a esperança média de vida ou mediante contacto prévio com o Serviço Educativo a taxa de mortalidade infantil), identificar doenças de do Ecomuseu. ❚ Informações e contactos Ecomuseu Municipal do Seixal Praceta Francisco Adolfo Coelho Torre da Marinha 2840-490 Seixal Tel.: 21 227 62 90 (às 2.as e 3.as feiras) Fax: 21 227 63 40 [email protected] www.cm-seixal.pt/ecomuseu Rede Portuguesa de Museus | 13 Museu do Caramulo – Criação de Conselho Consultivo Foi constituído no passado mês de Abril o Conselho Welsh (Antiquário e Doador do Museu do Caramulo). Consultivo do Museu do Caramulo – Fundação Abel de Este órgão colegial, que se reuniu pela primeira vez Informações e contactos Lacerda, que irá contar com o valioso contributo de no passado dia 10 de Julho, irá, em conjunto com a Museu do Caramulo Raquel Henriques da Silva (Professora da Universidade Direcção do Museu do Caramulo, discutir ideias e Nova de Lisboa), Rui Afonso Santos (Historiador de Arte), projectos, pensar o posicionamento e o futuro do Anísio Franco (Historiador de Arte), Vasco Pinto Basto museu e delinear estratégias para captação de Fax: 232 861 308 (Engenheiro e Doador do Museu do Caramulo) e Jorge financiamento e de novas doações. ❚ [email protected] Rua Jean Lurçat, 42 3475-031 Caramulo Tel.: 232 861 270 Museu da Casa Grande – E s c a v a ç õ e s 2 0 0 5 : C a s t a n h e i r o d o Ve n t o Informações e contactos Com o apoio do INTERREG e da Comissão Europeia, Castanheiro do Vento é um sítio de tipo Los Millares Museu da Casa Grande desde Julho até Outubro, como resultado de uma (Almeria, Espanha), ou Zambujal (Estremadura, Portu- Rua Direita colaboração entre as Universidades do Porto, Salamanca gal), mas no Noroeste peninsular. Ao lado de locais 5155 Freixo de Numão e Málaga, tem estado a decorrer, sob a égide da como Castelo Velho ou como as gravuras paleolíticas Associação Cultural Desportiva Recreativa de Freixo do Côa, Castanheiro do Vento tornou-se um dos de Numão, entidade de que depende o Museu da centros internacionais de estudo da organização do www.acdr-freixo.pt Casa Grande, uma das maiores campanhas de trabalhos espaço na Pré-história. ❚ www.architectures.home.sapo.pt Tel.: 279 789 573 Fax: 279 789 573 arqueológicos em curso na Península Ibérica. Museu da Guarda – Duas comemorações... 20 anos crescendo e mudando No dia 24 de Junho comemorou-se o início de uma época âmbito da sua prestação social, afirmando-se como uma que remonta a 1985, data de reabertura do Museu da instituição representativa de uma região e como Guarda, então, renovado e requalificado e, fundamen- instrumento dinamizador de acção cultural, colocando o talmente, o ponto de partida para a assunção de projectos Homem no centro da sua actuação. culturais novos na instituição. Projectos vocacionados para A política de acção cultural e educativa assumida pelo dar respostas às exigências da sociedade em constante Museu assenta na apresentação permanente das suas transformação. colecções, tendo privilegiado as exposições temporárias Ao longo de vinte anos, o Museu da Guarda, norteado e, delas decorrentes, um programa de actividades de pelos objectivos que caracterizam as instituições museais animação lúdico-pedagógicas. O papel desempenhado – recolher, conservar, estudar, investigar, expor, divulgar, pelo Serviço Educativo do Museu da Guarda, criado em educar, promover o diálogo inter-social e cultural –, tem 1985, tem sido de primordial importância na medida em vindo a desenvolver diferenciadas acções. que, naturalmente, comprometido com os planos de Os projectos levados a cabo durante duas décadas, que acção do Museu, estabelece a comunicação entre os no passado mês de Junho se celebraram, traduzem o objectos museais e os públicos. O Museu é entendido papel que o Museu tem desempenhado, sobretudo, no como um espaço vivo acessível a todos os públicos. 14 | Boletim Trimestral [email protected] – 65 anos de existência Em 30 de Julho de 1940 foi inaugurado o, então António Correia, figura ímpar na história da fotografia designado, Museu Regional da Guarda, no âmbito do regional, nomeadamente na década de quarenta do programa dos Centenários. Hoje, no Museu da Guarda século XX, esteve ligado ao processo museológico do “não negamos o passado, avivámo-lo reinventando-o Museu Regional, contribuindo com o registo e num espaço que se renovou, amaciando a dureza e a inventário fotográfico dos objectos das colecções e frieza das pedras, abrimos-lhe as portas para a comunidade, da própria exposição inaugural. A actualidade e para a cidade, para o país” e também para o mundo, importância do trabalho do fotógrafo António Correia graças aos meios tecnológicos disponíveis. nos planos museográfico e muselógico, entre outros, Museu da Guarda Nesta perspectiva, quisemos, deliberadamente, fazer (e, porque não..., a descobrir, a reflectir) são as razões Rua General Alves Roçadas, 30 coincidir duas comemorações – 20 anos da reabertura da apresentação daquele evento. Informações e contactos 6300-663 Guarda do Museu da Guarda e 65 anos da sua existência com Tel.: 271 213 460 Fax: 271 223 221 a apresentação da exposição temporária “Manifesto de www.ipmuseus.pt uma paixão – António Correia”, para assinalar dois tempos [email protected] da história desta instituição. Dulce Helena Pires Borges Directora do Museu da Guarda ❚ m|i|mo – Museu da Imagem em Movimento – “Actualidades do Campo” O projecto “Actualidades do Campo” é uma iniciativa de cinema de animação nas escolas e ao processo de do m|i|mo – museu da imagem em movimento em montagem. parceria com o Teatro José Lúcio da Silva que conta com Este projecto vem criar outra mais valia ao Centro de o apoio do programa LEADER+/ADAE e da Câmara Muni- Documentação Artur Avelar do m|i|mo, enquanto cipal de Leiria. Este projecto tem como objectivo a recolha repositório de documentos audiovisuais sobre historia oral e registo de tradições, rituais, actividades lúdicas e sociais da região de Leiria. da população de várias freguesias do concelho de Leiria. O projecto está a ser desenvolvido junto das populações O produto final deste levantamento será um vídeo das zonas LEADER+ e será complementado posteriormente documental ficcionado sobre as tradições culturais do com pesquisa bibliográfica e outros documentos audio- mundo rural de Leiria, resultado conjunto de uma dinâmica visuais. O resultado final do projecto, que teve início em criada entre gerações. Abril, vai ser apresentado ao público em Setembro e divi- O intuito deste conjunto de actividades é a valorização, de-se em três vertentes: recolha e preservação do património imaterial da região 1. Produção e realização de um videograma documental e a formação criativa, artística e técnica dos jovens. Neste ficcionado sentido, foram realizados workshops nas escolas sobre 2. Recolha e documentação do património imaterial em vídeo e cinema de animação, nos quais foi explicado suporte vídeo todo o processo de criação de pequenos filmes, tendo 3. Produção de DVD, tendo em vista a divulgação dos Informações e contactos sempre presente a temática geral do projecto. conteúdos do projecto. m|i|mo – museu da imagem As crianças participaram activamente na produção do ví- A estratégia documental e estética passa por conjugar o deo, animando os seus próprios desenhos e represen- rigor histórico-cultural com uma linguagem contempo- tando alguns papéis. Foi também dada formação a jovens rânea, de forma a sensibilizar quer a população local, quer Tel.: 244 838 511 do Ensino Básico e A.T.L., tendo em vista a sua integração os espectadores a nível regional, nacional ou, eventualmen- [email protected] no projecto desde a recolha de som e imagem, aos ateliers te, internacional através da participação em festivais. ❚ em movimento Rua Dr. Américo Cortez Pinto 2400-093 Leiria Rede Portuguesa de Museus | 15 Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior – Novos projectos Durante o ano de 2005, o Museu de Lanifícios tem vindo da Industrialização. As duas primeiras encontram-se a ver cumpridos alguns dos objectivos que, embora actualmente em pleno funcionamento, enquanto que o traçados desde os primeiros passos da sua institu- processo de musealização do novo núcleo museológico cionalização, mais contribuem para a plena concretização se encontra em curso, estimando-se tê-lo concluído no da sua missão. primeiro quartel de 2007. A inauguração, em 30 de Abril p.p., do edifício da Real Diversos projectos comunitários liderados pelo Museu de Fábrica Veiga, no âmbito de uma intervenção de Lanifícios têm constituído um considerável suporte recuperação patrimonial empreendida num histórico financeiro para o conjunto das intervenções até ao complexo fabril, constituiu a primeira etapa de um momento realizadas, destacando-se de entre eles os Rua Marquês D’ Ávila e Bolama processo que visa transformar este equipamento cultural projectos transfronteiriços Rota da Lã – TRANSLANA I e II, 6201-001 Covilhã num Centro de Interpretação dos Lanifícios no âmbito de em decurso durante o corrente ano, contando-se ainda uma rede de informação têxtil europeia, com as seguintes para a conclusão do processo de musealização com a valências instaladas: Sede do Museu de Lanifícios, Centro aprovação de uma terceira candidatura, recentemente [email protected] de Documentação/Arquivo-Histórico e Núcleo Museológico apresentada no âmbito do INTERREG III A. ❚ http://museu.ms.ubi.pt Informações e contactos Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior Tel.: 275 319 712/275 319 700 (ext. 3126) Museu Municipal de Aljustrel – Memórias Mineiras Em face das dificuldades e das indefinições que a Mina de Aljustrel tem atravessado, que podem levar ao seu encerramento, tem a Câmara Municipal de Aljustrel mostrado empenhamento em manter viva a cultura mineira, característica de uma vila que durante cento e cinquenta anos dependeu das minas, tentando recuperar ou registar para memória futura, grande parte do seu património. É na sequência destes pressupostos que a Câmara Municipal procedeu recentemente à organização dos “III Encontros das Comunidades Mineiras”, no decurso dos quais se procedeu à edição de um livro e à inauguração de documenta a história desta empresa mineira e ao mais um núcleo museológico de temática industrial. mesmo tempo da vila de Aljustrel, no decurso do O livro Aljustrel - Um olhar sobre as minas e as gentes século XX. Com texto de Helena Alves, investigadora no séc. XX, editado pelo Museu Municipal de Aljustrel/ de temática mineira com diversos trabalhos publicados Câmara Municipal de Aljustrel, pretende dar a ver ao na área, é possível passar em revista a origem de público grande parte da colecção de fotografias em alguma da cultura material e imaterial própria do posse da empresa mineira Pirites Alentejanas, SA, que mundo mineiro. 16 | Boletim Trimestral Fax: 275 319 712 Informações e contactos Museu Municipal de Aljustrel O núcleo museológico agora inaugurado, “Central de com 80 anos de utilização. Paralelamente, em breve Compressores de Algares”, situa-se num edifício onde serão colocados cinco painéis com informação geológica, estavam instalados os compressores que produziam ar ambiental e patrimonial em locais estratégicos da vila Fax: 284 600 179 comprimido para as ferramentas utilizadas pelos mineiros e da mina, assinalando um percurso pelo património [email protected] no fundo da mina, com maquinaria e ferramentas já histórico e mineiro da vila. ❚ Rua S. João de Deus, 19 7600 Aljustrel Tel.: 284 600 170 Museu Municipal de Moura – Azeite de Moura, um Património com História No âmbito das Comemorações do Feriado Municipal Não obstante a importância que reveste a cultura oleícola e do 4º aniversário da abertura do núcleo museológico para o Concelho de Moura, que projecta a sua imagem “Lagar de Varas” ao público, a Câmara Municipal de para os quatro cantos do mundo, esta temática não tinha Moura lançou a edição Azeite de Moura, um Património ainda sido objecto de estudo. com História, da autoria de Marisa Bacalhau. Para além de destacar a qualidade do azeite de Moura, factor que desde muito cedo o distinguiu de outros, colocando-o entre os melhores da Europa, este livro realça um lagar de azeite do século XIX: o Lagar de Varas do Fojo. O quotidiano do lagareiro, a história do lagar e a reconstituição do seu modo de funcionamento são alguns dos itens desenvolvidos, fazendo com que esta publicação detenha uma componente pedagógica relevante. Tendo como base as décimas do século XVIII, foi ainda elaborado um estudo em torno dos lagares existentes em Moura naquele século, o que permitiu a identificação dos lagares ou respectivas ruínas ainda existentes, cuja divulgação também é feita nesta edição. ❚ Informações e contactos Museu Municipal de Moura Rua da Romeira, 19 7860 Moura Tel.: 285 253 978 [email protected] Rede Portuguesa de Museus | 17 Museu Municipal de Penafiel – C i d a d a n i a e I d e n t i d a d e . O m u l t i c u r a l i s m o n o m u n d o ro m a n o O Museu Municipal de Penafiel participou na comemoração e Vetões no limiar da romanidade e o lançamento das do Dia Internacional dos Museus/2005 apresentando ao actas do colóquio Castro: um lugar para habitar, público um conjunto de actividades subordinadas ao tema realizados no âmbito do programa INTERREG III – A, Cidadania e Identidade. O multiculturalismo no mundo em parceria com Ávila, Salamanca e os municípios romano. Pretendeu-se, assim, realçar um momento portugueses de Mogadouro e Miranda do Douro. Esta privilegiado de bem sucedido encontro de culturas, que exposição itinerante encontra-se actualmente em marcou de forma indelével o futuro de muitos povos, Mogadouro, podendo ser visitada na Casa da Cultura incluindo aqueles que habitavam neste Finisterra peninsular. até ao dia 20 de Setembro. No mês de Outubro estará O dia 18 de Maio foi dedicado ao público mais jovem, patente ao público no Museu do Ferro e da Região de com múltiplos ateliers interpretativos e a divulgação e Moncorvo, seguindo posteriormente para a Diputación discussão do estudo Cidadania romana clássica – Cidadania de Ávila. ❚ europeia, da autoria de Gerardo Pereira-Menaut, Professor Catedrático de História Antiga da Universidade de Santiago de Compostela, da Associação de Amigos do Museu Informações e contactos Museu Municipal de Penafiel Rua Conde de Ferreira, 4560-483 Penafiel Municipal de Penafiel. Tel.: 255 712 760 Do programa do Dia Internacional dos Museus desta- Fax: 255 711 066 cavam-se ainda a inauguração da exposição Galaicos [email protected] Museu Municipal de Vila Franca de Xira – Reabertura do Núcleo do Mártir Santo O Museu Municipal de Vila Franca de Xira, assumindo- Uma escavação arqueológica levada a cabo no local -se como uma rede de espaços museológicos descen- revelou a ocupação doméstica do sítio previamente tralizados no território concelhio, reabriu, no passado ao século XVI e deu conta das vicissitudes por que dia 28 de Junho, o Núcleo Museológico da Igreja do passou o templo ao longo dos últimos séculos da sua Mártir São Sebastião. A reabertura deste núcleo, agora história. Desta história faz parte a sua destruição pelo enriquecido com a exposição «Arte e Devoção – Formas Terramoto de 1755 e a sua total reedificação, já em e Olhares», devolveu ao usufruto público um espaço pleno período pombalino. O edifício actual data, cultural de excelência no centro da cidade de Vila precisamente, do terceiro quartel do século XVIII. Franca de Xira. A Igreja do Mártir São Sebastião, localizada no extremo noroeste da principal via de acesso à povoação, a antiga Rua Direita (actual Rua Dr. Miguel Bombarda), foi fundada em 1576 pelo rei D. Sebastião, por voto à cura da Grande Peste que grassou o país no ano de 1569. À época, muitas ermidas dedicadas a São Sebastião, o protector dos pestíferos, foram erigidas nas zonas limítrofes das localidades. 18 | Boletim Trimestral Informações e contactos Núcleo Sede do Museu Municipal Trata-se de um interessante edifício religioso, agora A exposição “Arte e Devoção” contou com a preciosa desafecto ao culto, classificado desde 1990 como colaboração de várias paróquias do concelho de Vila Imóvel de Valor Concelhio. Franca de Xira, com quem o Museu Municipal coopera A ideia de musealizar este edifício, propriedade regularmente, o que veio enriquecer em muito a municipal desde o século XVIII, foi concretizada em diversidade e a qualidade dos bens de arte sacra 2001. O processo de musealização implicou a patentes ao público. ❚ de Vila Franca de Xira Rua Serpa Pinto, nº 65 recuperação e valorização de todo o conjunto 2600-263 Vila Franca de Xira patrimonial formado pela igreja, largo fronteiriço e Tel.: 263 280 350 Fax: 263 280 358 fonte, assim como a construção de um edifício anexo (para área expositiva e serviços). A necessidade de Núcleo do Mártir Santo Rua Dr. Miguel Bombarda obras de manutenção e de readaptação do espaço a 2600 Vila Franca de Xira públicos com necessidades especiais levou a um Tel.: 263 288 337 período de encerramento intercalar, agora ultrapassado. Museu Nacional do Azulejo – 1965-1980-2005, duas efemérides Em 2005, o Museu Nacional do Azulejo comemora 40 entre nós desta importante autora turca, de grande anos sobre a sua instalação no edifício do antigo prestígio internacional. convento da Madre de Deus em Lisboa, em 1965, ainda Após o jantar comemorativo nos claustros do Museu como dependência do Museu Nacional de Arte Antiga, organizado pelo Grupo dos Amigos do Museu Nacional e 25 anos sobre a sua elevação a Museu Nacional pelo do Azulejo, em 26 de Setembro, dia da passagem do decreto lei 404 de 26 de Setembro de 1980. Museu do Azulejo a Museu Nacional do Azulejo, outras Integrando as comemorações destas efemérides estão exposições serão inauguradas a 22 de Novembro: Museu Nacional do Azulejo patentes, desde 30 de Junho passado, as exposições Teatros de Betty Woodman, antologia da obra e Rua Madre de Deus, 4 Cores para a Arquitectura. Azulejaria de Valência do trabalhos recentes de uma das maiores ceramistas da século XIII ao século XX, região de onde Portugal contemporaneidade; L’inceste conjunto de peças importou pela primeira vez azulejos para as suas encenadas de Vasco Araújo, e Rafael Bordalo Pinheiro [email protected] arquitecturas; e A necessidade de não esquecer... da revisitado, cerâmicas das Caldas da Rainha recriadas www.mnazulejo-ipmuseus.pt ceramista Alev Ebüzziya Siebye, primeira apresentação por Paula Rego, Júlio Pomar e Pedro Cabrita Reis. ❚ Informações e contactos 1900-312 Lisboa Tel.: 21 810 03 40 Fax: 21 810 03 69 Museu de Olaria – Centro de Documentação sobre a Olaria O Museu da Olaria viu recentemente aprovada uma Cultura, Acção 3 – Tratamento e Digitalização de candidatura ao Programa Operacional da Cultura que Arquivos, Fundos Bibliográficos e do Património Musical vai apoiar um projecto inovador no âmbito da Olaria, Português do POC e seleccionado entre várias dezenas o qual irá contribuir para o estudo, divulgação e de candidaturas, traduz o empenhamento da Câmara promoção desta importante actividade do concelho. Municipal de Barcelos e do Museu em fazer do Este projecto, apresentado à medida 2.2 – Utilização concelho de Barcelos uma inequívoca referência no das Novas Tecnologias da Informação para Acesso à mundo da cerâmica. Rede Portuguesa de Museus | 19 Com a criação de um Centro de Documentação Centros Produtores, Base de dados de investigadores, especializado na Olaria, o Museu de Olaria pretende Base de dados de formas e usos, Base de dados contribuir para a criação de um instrumento bibliográfica (espólio documental do Museu e outros), documental de suporte ao estudo do universo da Base de dados de artigos de referência no universo olaria vertentes: da Olaria, Base de dados de imagens relevantes para arqueológica, histórica e etnográfica. Por outro lado, o estudo da Olaria, Base de dados das publicações esta iniciativa procurará ainda constituir um apoio do Museu do Olaria e respectiva digitalização; efectivo à indústria cerâmica, ao artesanato e ao Divulgação de estudos/projectos de investigação e desenvolvimento regional, através de um investimento outras iniciativas no domínio da Olaria; CDROM na investigação e divulgação desta temática. “Formas e usos da Olaria”; Colóquio; Edições; Este projecto, que tem de estar concluído em Workshop; Sessão pública de divulgação. nacional, nas suas diversas Informações e contactos Rua Cónego Joaquim Gaiolas 4750-306 Barcelos Dezembro de 2006, é constituído pelas seguintes Tel.: 253 824 741 acções: Concepção e desenvolvimento de um Website Ana Patrícia Remelgado com Base de dados de oleiros, Base de dados de Museu de Olaria ❚ Museu da Quinta de Santiago Centro de Arte de Matosinhos – Cursos, ateliers, oficinas e workshops Para além de exposições, peças de teatro, concertos a orientação do actor e encenador William Gavião, e conferências, o Museu da Quinta de Santiago, do Grupo de Teatro Cairte, ou a modelar em gesso, estrutura museológica da Câmara Municipal de barro e material reciclável no Atelier de escultura Ana Matosinhos, acolhe uma programação para a no País dos Dinossauros, orientado pela escultora Ana aprendizagem de todos os públicos. Dias. A Casa do Bosque, Serviço Educativo da Câmara, no A partir dos 10 anos, no Workshop de Pintura, a pintora âmbito da fidelização de públicos diversificados, Raquel Oliveira ajuda a descobrir como realizar a técnica programou 12 cursos, com diferentes horários, da Monotípia. Para quem tem mais de 14 anos, nas disponibilidades e preços, que abrangem o período Artes Plásticas serão aprofundados, pela mão da escultora de 1 de Julho de 2005 até Junho de 2006. Ana eFe, os Ateliers de Pintura/Desenho, Atelier de As propostas passam pelas áreas de Expressão Corporal Escultura, e o Workshop de Técnicas de Papel. e Dramatização (Oficinas de Teatro e Técnicas de A partir dos 16 anos, é possível participar na Oficina Relaxamento para adultos), Artes Plásticas (Atelier de de Teatro A Mascarada, orientada por William Gavião, Pintura/Desenho; Escultura; Workshops de Técnicas ou descobrir Matosinhos, pelas palavras do Historiador de Papel e Pintura pela Monotípia; Cursos O Corpo Joel Cleto, orientador do Curso História e Património nas Artes Plásticas e A Escultura Contemporânea), História do Concelho de Matosinhos. e Património (Curso História e Património do Concelho Para quem já atingiu a maioridade, o programa inclui de Matosinhos) e Culinária (Workshop Aromáticas e os Cursos O corpo nas Artes Plásticas e A Escultura Culinária). Contemporânea, pela Escultora Ana eFe, as necessárias Deste modo, nas oficinas para crianças dos 6 aos 12 dicas de relaxamento após um dia árduo de trabalho, anos, os mais pequenos são convidados a criar na Oficina de Técnicas de Relaxamento para Adultos, personagens, no Atelier de Teatro Os Brincantes, com pela Professora de Bailado e coreógrafa Raquel Rua, 20 | Boletim Trimestral Fax: 253 809 661 [email protected] Informações e contactos Museu da Quinta de Santiago Rua de Vila Franca, 134 e o desvendar dos segredos das ervas aromáticas, pela e a “Casa do Bosque” – Serviços Educativos levaram Engenheira Sofia Valente, do Horto Municipal, no a cabo a nona edição do “Aprender com Arte no Fax: 22 939 09 72 Workshop Aromáticas e Culinária. Jardim”, iniciativa que se realiza anualmente, desde www.cm-matosinhos.pt Em Julho e Agosto, o Museu da Quinta de Santiago a abertura da instituição em 1996. ❚ 4450 Leça da Palmeira Tel.: 22 995 24 01/22 996 29 29 100 anos do Museu de São Roque (1905-2005) Informações e contactos O Museu de São Roque foi um dos primeiros museus Para assinalar esta efeméride, o Museu de São Roque de arte a serem criados em Portugal, numa fase em apresenta ao público o DVD documental 100 Anos do que se começavam a valorizar as artes decorativas e Museu de S. Roque (1905-2005), acompanhado da ornamentais no nosso país. A sua abertura ao público edição de um livro, no qual a sua história foi objecto remonta a 11 de Janeiro de 1905, acto que contou de um estudo aprofundado. Tanto o documentário, com a presença do Rei Dom Carlos e da Rainha Dona como o catálogo procuram recordar as várias fases Amélia. Todavia, já no final do século XIX era notória de desenvolvimento do Museu nas suas diversas a preocupação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vertentes, seja no que concerne aos recursos – proprietária da Igreja e antiga Casa Professa dos implementados para melhor divulgar o seu acervo, jesuítas desde 1768 – em divulgar o seu acervo artístico, como no papel que vem desempenhando no campo expondo pela primeira vez ao público, em 1898, as da conservação e restauro e, por fim, no esforço alfaias e paramentos do Tesouro da Capela de S. João desenvolvido com o intuito de proporcionar aos mais Baptista, na Sacristia da Igreja de S. Roque. Esta diversos públicos a fruição do seu património artístico. iniciativa incentivou o então Provedor da Santa Casa, No dealbar deste novo milénio e numa perspectiva Conselheiro Pereira de Miranda, a criar um museu de de dar a conhecer o seu vasto acervo, o Museu de arte. O projecto foi assinado pelo Arquitecto Adães São Roque encontra-se a desenvolver um projecto de Bermudes, que recebeu a incumbência de adaptar a remodelação/ampliação, com vista a beneficiar as antiga Sala de Extracções da Lotaria (outrora sala de condições de apresentação das suas colecções, a criar reuniões da Casa Professa dos jesuítas) em espaço novas infra-estruturas de apoio e a melhorar as museológico, tendo a inauguração do Museu sido, na condições de acolhimento aos seus visitantes. Museu de São Roque época, amplamente divulgada em jornais e periódicos. Largo Trindade Coelho Com o objectivo de valorizar as suas colecções e Teresa Freitas Morna melhor prestar um serviço à comunidade, o Museu Conservadora do Museu de São Roque ❚ 1200-470 Lisboa Tel.: 21 323 53 80 Fax: 21 323 50 60 de São Roque foi objecto de várias alterações que [email protected] acompanharam a evolução dos conceitos museológicos www.scml.pt em Portugal, ao longo do século XX. Rede Portuguesa de Museus | 21 Museu do Trabalho Michel Giacometti – Novos diálogos simbolicamente conotadas com os grupos envolvidos e/ou que constituem um forte apelo para novos diálogos e interpelações inspiradas em temáticas contemporâneas ligadas ao mundo do trabalho e aos problemas e expectativas das comunidades imigrantes. Nesta perspectiva, são desenvolvidas estratégias educativas para públicos diversificados, entre as quais se destacam as Tardes Interculturais, que têm como objectivos trazer para o espaço museológico o espírito O Museu do Trabalho Michel Giacometti, tendo como das tertúlias envolvendo determinados grupos sociais, Informações e contactos referência as práticas museológicas orientadas para a (re)animar a comunicação interpessoal e estimular Museu do Trabalho Michel Giacometti comunidade local e para os seus territórios específicos, parcerias. Largo Defensores da República 2910-470 Setúbal privilegia os saberes associados aos quotidianos laborais, Tel.: 265 537 880 as memórias sociais e as produções artísticas identitárias, Isabel Victor de índole diversa, que expressam culturas e sentimentos Museu do Trabalho Michel Giacometti ❚ Museu dos Transportes e Comunicações – N o v o s p e rc u r s o s . N o v a s F o r m a s d e C o m u n i c a r A formação e fidelização de novos públicos é um tema cada vez mais pertinente e comum a todos os museus. Para além das exposições permanentes, os museus reconhecem a importância e a necessidade de manter um programa de actividades temporárias diversificado e de qualidade com o objectivo de manter vivo, entre os diferentes públicos, o desejo de sucessivas visitas. No Museu dos Transportes e Comunicações (MTC), a exposição permanente “O Automóvel no Espaço e no Tempo” completou, no passado mês de Dezembro de No entanto é necessário fazer ainda mais e, para isso, o 2005, quatro anos de existência. Durante este período MTC desenvolveu, com o apoio da CCDRN – Operação várias foram as acções de dinamização concretizadas: Norte, um projecto de renovação e qualificação da rotatividade de diferentes modelos automóveis no exposição que contempla a instalação de um percurso âmbito de cada núcleo temático, ciclo de conferências áudio para invisuais e cidadãos estrangeiros. sobre o futuro do automóvel, visitas acompanhadas e Neste momento, um cidadão invisual poderá rea- animadas pelo mecânico “Sr. Teixeira”, acções de lizar a visita à exposição usufruindo de maior auto- animação com dança e teatro, exposições temáticas, nomia. Uma bengala de orientação e um sistema workshops de instrumentos musicais na Garagem do áudio são os instrumentos facilitadores para a mesma. “Sr. Teixeira”, programas especiais para escolas e famílias Em relação aos cidadãos estrangeiros, estes usufruem subordinados ao tema da prevenção rodoviária, do de postos informativos em cinco idiomas: português, automóvel do futuro e da mobilidade, entre outras. inglês, francês, castelhano e russo. 22 | Boletim Trimestral Fax: 265 537 889 [email protected] No final da visita estão disponíveis dois quiosques Desta forma, dá-se continuidade ao trabalho, desde multimédia onde os invisuais, através do programa sempre desenvolvido pelo MTC, de procura e de leitura de ecrã Hall, e os demais visitantes, concretização de formas alternativas e facilitadoras da respondem a um inquérito de avaliação da visita acessibilidade física e cultural de todos os cidadãos efectuada. ao MTC. – “ Vi a j a r C o m o M u s e u ” – e x p o s i ç ã o i t i n e r a n t e O projecto “Automuseu”, apoiado pela Rede Portuguesa jovens, adultos, idosos) é reforçada e qualificada de Museus, tornou realidade um desejo há muito através de visitas animadas pelos personagens acarinhado pelo MTC, o qual procurava a criação de “Mecânico Sr. Teixeira” e “Jornalista Rita Gralha” que, um instrumento alternativo e inovador de comunicação no contexto do MTC, dão vida às temáticas dos do MTC no exterior. transportes e das comunicações e, em alguns casos, Assim nasceu a exposição itinerante “Viajar com o através da realização de workshops de expressão Museu”. Composta por cinco painéis informativos dramática e televisão. sobre o MTC e a sua programação, bem como sobre A experiência tem-se revelado riquíssima do ponto de o Edifício da Alfândega, conta ainda com um quiosque vista do contacto com pessoas que, por razões várias, multimédia que permite uma visita virtual ao Museu poderão estar afastadas de algumas práticas culturais e uma vitrine com miniaturas automóveis. e que, desta forma, são sensibilizadas e formadas para O mês de Janeiro de 2005 marcou o início desta poderem, em momentos posteriores, visitar elas autêntica viagem-aventura que já levou o MTC a mesmas o MTC. Este objectivo começa já a tornar-se destinos tão diferentes, como a Junta de Freguesia de realidade visto terem sido já solicitadas visitas para Massarelos, a Biblioteca da Escola Secundária Aurélia detidos, em momentos de saídas precárias, e para de Sousa, o Instituto Português de Oncologia do Porto, grupos de crianças e idosos das freguesias onde a Edifício da Alfândega o Estabelecimento Prisional de Custóias, a Junta de exposição já “estacionou”! Rua Nova Alfândega Freguesia da Sé, os Estabelecimentos Prisionais de Uma vez mais se prova que a cultura deve ser um Santa Cruz do Bispo (Masculino e Feminino) e os direito de todos e que é sempre possível, através da Hospitais Magalhães Lemos e Pedro Hispano. ousadia e da vontade de inovar, criar instrumentos [email protected] Em cada uma das estadias, que varia entre duas a três de comunicação entre os Museus e outros parceiros www.amtc.pt semanas, a relação com os diferentes públicos (crianças, da comunidade envolvente. ❚ Informações e contactos Museu dos Transportes e Comunicações 4050-430 Porto Tel.: 22 340 30 00/22 340 30 58 Fax: 22 340 30 98 Rede Portuguesa de Museus | 23 Edições dos Museus da RPM Casa-Museu Abel Salazar Saiu o primeiro número da Revista Afinidades, iniciando a 2.ª série do Boletim da Casa-Museu Abel Salazar, após reestruturação das suas orientações editoriais. De periodicidade semestral, a publicação divide-se em três secções – Divulgação da vida e obra de Abel Salazar; Dossier em torno de um tema ligado a Abel Salazar; Noticiário das actividades do Museu. Casa-Museu Leal da Câmara A tese de mestrado intitulada De residência privada a Casa-Museu de Leal da Câmara: um percurso singular, apresentada por Élvio Melim de Sousa à Universidade Nova de Lisboa, foi editada pela Câmara Municipal de Sintra com o apoio do IPM/RPM no âmbito do Programa de Apoio à Qualificação de Museus (PAQM). Tendo como eixo de investigação a Casa-Museu Leal da Câmara, a obra, dividida em três secções, parte do conceito de Casa-Museu para a análise do percurso museológico da Casa-Museu Leal da Câmara e da sua estreita ligação com meio que a envolve, a Região Saloia. Também com o apoio do IPM/RPM através do mesmo Programa, foi publicado o texto inédito A individualidade multiforme de Leal da Câmara, de Augusto Nascimento, conservado no Arquivo da Casa-Museu de Leal da Câmara. A obra agora recuperada e editada tem por base uma conferência proferida na Sociedade de Belas-Artes de Lisboa, no dia 7 de Fevereiro de 1947, por Augusto Nascimento sobre a vida e obra do Mestre Leal da Câmara, de quem foi colega. Museu Anjos Teixeira Foi publicado o catálogo do Museu Anjos Teixeira, edição igualmente apoiada pelo IPM/ RPM, no âmbito do PAQM. Do catálogo bilíngue (português e inglês) consta uma introdução ao Museu e textos biográficos sobre a vida e obra de Artur Anjos Teixeira e seu filho, Pedro Anjos Teixeira, sendo ainda de destacar a qualidade das imagens desta publicação. Museu de Cerâmica A par da exposição Rafael Bordalo Pinheiro e a Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha (1884-1905), integrada nas Comemorações do Centenário da morte de Bordalo Pinheiro, foi editado o respectivo catálogo com textos de vários historiadores, num total de 200 páginas, ilustrado com fotografias, documentos da antiga Fábrica de Faianças e um corpus de peças cerâmicas do acervo do Museu de Cerâmica. Museu Ferreira de Castro Editado com o apoio do IPM/RPM no âmbito do PAQM, o catálogo do Museu Ferreira de Castro acompanha as datas mais marcantes da vida e obra do escritor e encontra-se profusamente ilustrado com imagens das colecções bibliográficas, documentais, iconográficas e artísticas do Museu. No catálogo é ainda feita referência ao Gabinete de Trabalho e ao Centro de Documentação. Museu de José Malhoa O Roteiro, agora editado, dá a conhecer a história do museu, criado em 1933, com edifício construído de raiz datado de 1940, o primeiro programado em Portugal para fins museológicos, e a história das suas colecções. Em torno de Malhoa organiza-se um acervo naturalista, desde o Grupo do Leão até meados do século XX, e um pequeno núcleo modernista. As colecções de escultura e de cerâmica das Caldas da Rainha são, também, dignas de destaque no presente trabalho. 24 | Boletim Trimestral Museu de Lamego Tapeçarias Flamengas do Museu de Lamego destaca as tapeçarias pela sua importância artística e iconográfica e apresenta-as na perspectiva das suas origens, concepção, temáticas retratadas e simbologia, devidamente enquadradas na relação com exemplares do mesmo período existentes em colecções estrangeiras. Esta publicação vem colmatar uma lacuna sentida, não só internamente, mas também ao nível da comunidade museológica internacional. Museu Municipal de Esposende – Museu d’Arte em Fão Decorre desde o dia 23 de Julho de 2005 até 25 de Junho de 2006 no Museu d’Arte de Esposende, a exposição Com-Paixão – A Virgem e as Santas Mulheres, comissariada por Maria de Lurdes Rufino. A acompanhar a exposição, a segunda do programa expositivo definido para o Museu no triénio 2004/2007 e fruto de um protocolo com a Santa Casa da Misericórdia de Fão e Esposende, publicou-se um catálogo com algumas das peças de arte sacra mais representativas da colecção das duas Misericórdias, tendo sido o seu estudo apoiado pelo IPM/RPM através do PAQM. Rede de Museus de Loures Saiu o segundo número da Revista da Rede de Museus de Loures, prosseguindo a concretização do projecto editorial de valorização do património de Loures e da sua difusão junto da comunidade. Museu Nacional de Arte Antiga O Roteiro de Pintura Europeia articula-se em dois discursos diferentes – a história da colecção permanente (e, consequentemente, do próprio museu) e uma visita guiada, sala a sala, à colecção de pintura europeia –, reflectindo mais de trinta anos de convivência com as pinturas e toda a actividade a elas inerente (testemunhos recolhidos junto de antigos directores, edições que vêm sendo publicadas desde 1869, estudos, visitas guiadas aos públicos mais diversos). O núcleo de faiança portuguesa do Museu Nacional de Arte Antiga, constituído por cerca de 2300 peças, no decurso de um período de mais de cem anos, através de incorporações de diversas proveniências, traça a história da faiança portuguesa e constitui uma notável colecção a nível nacional, abordada com rigor no Roteiro de Faiança Portuguesa e apresentada não apenas na sua variedade e riqueza, mas também na sua espessura temporal. O trajecto da colecção de cerâmica, nas suas diferentes formas de exposição, seguiu de perto a história da instalação do museu. Museu de São Roque A assinalar o Centenário do Museu de São Roque, a Santa Casa da Misericórdia, com o apoio do IPM/RPM no âmbito do PAQM, publicou o catálogo “100 anos do Museu de São Roque”. Dividido em três secções, o catálogo faz a apresentação das várias fases de desenvolvimento do Museu, das intervenções de reabilitação, conservação e restauro levadas a cabo na Igreja e no Museu e do trabalho desenvolvido pelo Serviço Educativo. A acompanhar o catálogo em suporte de papel foi lançado um CD-Rom com imagens do Museu ao longo do seu tempo de existência. Rede Portuguesa de Museus | 25 Em Agenda Malhoa e Bordalo: confluências duma geração Museu de José Malhoa Até 16 de Outubro de 2005 Malhoa e Bordalo: confluências duma geração tem por objectivo assinalar as importantes efemérides que passam em 2005. É uma exposição antológica das obras de José Malhoa (1855-1933) e de Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905), contextualizando-as no panorama cultural da sua época. A exposição apresenta uma José Malhoa (1855-1933) As Promessas, 1933 Óleo sobre madeira MJM inv. 58 Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905) O Soberano! – Zé Povinho Álbum das Glórias Setembro de 1882 selecção desenvolvida dos trabalhos de Malhoa e de Bordalo provenientes de colecções públicas e privadas, abordando as diversas vertentes ou temáticas das suas intervenções e constrói um discurso em torno da actuação que exerceram, adequando o título da exposição às confluências em análise. Inserindo-os no seu tempo, a exposição mostra uma representação dos vários artistas do “Grupo do Leão” (1881-1889) – formação que Malhoa e Bordalo integraram, a par de Silva Porto, Columbano, Moura Girão, Rodrigues Vieira, Henrique Pinto, António Ramalho, João Vaz, Ribeiro Cristino –, e dos seus contemporâneos, como Marques de Oliveira, Pousão, Aurélia de Sousa ou Soares dos Reis. A 23 de Janeiro de 2005 teve lugar o Centenário da Morte de Rafael Bordalo Pinheiro. Artista multifacetado instala-se na vila, em 1884, como Director Artístico da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, assim se fazendo “oleiro” num momento decisivo para a renovação e o desenvolvimento plástico e técnico da cerâmica local; era também a oportunidade de intervenção do seu génio no tecido social da terra, que assim logra um comentário regular e humorado nas revistas e desenhos de Bordalo. A 28 de Abril de 2005 passaram 150 Anos do Nascimento de José Malhoa, nas Caldas da Rainha, data que o Museu sublinhou com sessão evocativa. Artista notável no panorama cultural português, a criação do Museu de José Malhoa foi um desiderato que teve lugar ainda em vida do pintor, sendo inaugurado a 28 de Abril de 1934, no primeiro aniversário natalício após a sua morte. A exposição apresenta cerca de 300 obras e o seu programa desenvolve-se por um circuito alargado do Museu de José Malhoa, permitindo ao visitante retomar o percurso permanente do Museu, na representação duma época que vem dar continuidade ao discurso da exposição. Parque D. Carlos I › 2500-109 Caldas da Rainha › Tel.: 262 831 984 › Fax: 262 843 420 › [email protected] › www.ipmuseus.pt Núcleo Naval A Arrentela e o Terramoto de 1755 Barcos, memórias do Tejo Público-alvo: juvenil e adulto/famílias Núcleo da Mundet Salão Nobre do Centro de Dia de Arrentela Núcleo da Quinta da Trindade Edifício das Caldeiras Babcock Arrentela e Nossa Senhora da Soledade: memória e Os Romanos entre nós Circuito Museológico Industrial – Entre documentar identidade de uma comunidade Público-alvo: juvenil e adulto/famílias o passado e projectar o futuro 29 de Outubro a 2 de Novembro Até Outubro Exposição em parceria com Paróquia de Arrentela/ Comis- Praceta Francisco Adolfo Coelho Património e Indústria, o fascínio do encontro são de Festas em honra de Nossa Senhora da Soledade Torre da Marinha, 2840-490 Seixal Ecomuseu Municipal do Seixal Exposições temporárias Tel.: 21 227 62 90 (às 2.as e 3.as feiras) Fax: 21 227 63 40 Fotografia de Rosa Reis A partir de Outubro Serviço Educativo [email protected] Outubro e Novembro www.cm-seixal.pt/ecomuseu Edifício das Caldeiras de Cozer Bote de fragata Baía do Seixal Quem diz cortiça diz Mundet , quem diz Mundet Descobertas matemáticas no bote de fragata diz cortiça Nós e o Rio A partir de Outubro Público-alvo: escolar/turmas do ensino básico Museu de Arqueologia e Numismática de Vila Real Tripular uma embarcação Ciclo “História ao Café” – Tertúlias Público-alvo: juvenil e adulto/famílias O Bairro Novo da Cidade, à Boavista, por António Belém Lima 26 | Boletim Trimestral Núcleo Naval 11 de Outubro de 2005 Estaleiro de Brincadeiras Casos de Polícia na viragem do séc. XIX para o séc. Público-alvo: escolar/turmas do ensino pré-escolar e do XX, por Paulo Mesquita Guimarães 1.º ciclo do ensino básico (1.º e 2.º ano) 25 de Outubro de 2005 Dança dos Barcos Ao encontro do espólio arqueológico do Museu de Vila Público-alvo: escolar/turmas do 1.º ciclo do ensino básico Real, por João Ribeiro da Silva (3.º e 4.º ano) e do 2.º ciclo do ensino básico; ensino especial 8 de Novembro de 2005 Tema(s) a divulgar oportunamente 22 de Novembro de 2005 O Teatro Circo, por Vítor Nogueira 13 de Dezembro de 2005 Edição de fac-símiles Da Alameda do Caminho-de-Ferro ao Jardim da Estação, por Elísio Amaral Neves Museu de Cerâmica Exposição Museu Etnográfico e Arqueológico Dr. Joaquim Manso Rafael Bordalo Pinheiro e a Fábrica de Faianças das Exposição Caldas da Rainha (1884-1905) O Chão que os Dinossauros Até final de Outubro pisaram na Nazaré Comemorações do Centenário da morte de Bordalo Pinheiro Do Santuário Geológico e Paleon- 27 de Dezembro de 2005 teológico na serra da Pescaria até Tertúlia complementada com uma grande surpresa ao santuário de Nossa Senhora da Nazaré, no Sítio Refeições gastronómicas – especialidades locais Inauguração a 18 de Agosto Refeição da desmancha 16 de Dezembro de 2005 Rua D. Fuas Roupinho – Sítio Rua do Rossio 2450-065 Nazaré 5000-657 Vila Real Tel.: 262 562 801 Fax: 262 561 246 Tel.: 259 325 730/1/2 Fax: 259 308 161 [email protected] [email protected] Museu de Arte Sacra e Etnologia Exposição Este Homem era Realmente Bom (Lc. 23, 47) Pintura de Jorge de Melo Até 2 de Novembro de 2005 www.ipmuseus.pt Rua Dr. Ilídio Amado Ap.97 2504 Caldas da Rainha Museu Etnográfico da Madeira Tel. 262 840 280 Exposição Fax 262 840 281 Arquitectura Tradicional [email protected] Até 23 de Outubro www.ipmuseus.pt/museus Rua de S. Francisco, 24 Rua Francisco Marto, 52, Apt. 5 2496-908 Fátima Tel.: 249 539 470 Fax: 249 539 479 [email protected] www.consolata.pt Museu de Arte Sacra do Funchal Exposição A Madeira nas Rotas do Oriente 13 de Novembro de 2005 a Março de 2006 9350-211 Ribeira Brava Museu das Comunicações Tel.: 291 952 598 Fax: 291 957 313 Exposições Permanentes [email protected] Vencer a Distância – Percurso das Comunicações em Portugal História das Telecomunicações em Portugal Museu da Guarda Casa do Futuro Inclusiva Exposições Manifesto de uma paixão – António Correia Exposições Temporárias Até 30 de Outubro de 2005 Comemoração dos 150 Anos da Telegrafia Eléctrica Confrontos, Dessacralização e Vanguarda em Portugal Até 30 de Outubro de 2005 Até 30 de Setembro de 2005 Correios On line Rua do Bispo, 21 9000-073 Funchal Tel.: 291 228 900 Até 31 de Dezembro de 2005 200 Anos da Malaposta em Portugal Até Março de 2006 Fax: 291 231 341 [email protected] members.netmadeira.com/MASF Ateliers e Oficinas Pedagógicas “O Jogo das Comunicações” (dos 6 aos 12 anos) “D. Genoveva na Casa do Futuro” (dos 6 aos 12 anos) Museu do Caramulo Exposição Os Automóveis e as Figuras Históricas Até 9 de Outubro de 2005 Colecção de miniaturas e brinquedos antigos Permanente I Feira de Miniaturas e Brinquedos Antigos “Avozinha do Futuro” (dos 6 aos 12 anos) Rua General Alves Roçadas, 30 “Animação Mala-Posta” (a partir dos 6 anos) 6300-663 Guarda “A Dama da Mala-Posta” (a partir dos 6 anos) Tel.: 271 213 460 Fax: 271 223 221 Programas de acção pedagógica e percursos temáticos organizados www.ipmuseus.pt em função dos interesses, necessidades e acessibilidades dos [email protected] visitantes. Actividades complementares a programas de disciplinas dos três ciclos do ensino básico e do ensino secundário. 8 de Outubro de 2005 10h00-18h00 Rua Jean Lurçat, 42 3475-031 Caramulo Tel.: 232 861 270 Fax: 232 861 308 [email protected] www.museu-caramulo.net Museu da Quinta das Cruzes Exposição Rua do Instituto Industrial, 16 Um olhar do Porto – Colecção Dr. Jorge Mota 1200-225 Lisboa 12 de Novembro de 2005 a Fevereiro de 2006 Tel.: 800 215 216 ou 21 393 51 08/ 59 Fax: 21 393 50 06 Calçada do Pico, nº1 [email protected] 9000-206 Funchal www.fpc.pt Tel.: 291 740 670 Fax: 291 741 384 [email protected] Rede Portuguesa de Museus | 27 Os seres imaginários. Xilogravuras Museu Monográfico de Conímbriga Biblioteca Nacional Museu da Pólvora Negra Até 5 de Novembro de 2005 Com a Escola no Museu! Esta iniciativa engloba as seguintes acções: Exposição 50 Anos de Arqueologia da Lusitânia Rua da Madre de Deus, 4 Atendimento aos professores Instituto de Arqueologia da Faculdade de Letras da 1900-312 Lisboa Quartas-feiras das 10h00 às 12h30, mediante marcação Universidade de Coimbra (1955-2005) Tel.: 21 810 03 40 prévia Exposição organizada no âmbito do 43º Aniversário do [email protected] O Museu vai à Escola/A Escola vai ao Museu Museu Monográfico de Conímbriga (10 de Junho de 2005) 1.º e 2.º ciclo do Ensino Básico e do cinquentenário do IAFLUC. Segundas-feiras das 10h00 às 12h30, mediante marcação Museu Municipal de Penafiel prévia Exposições Manual Pedagógico e Mapa Explosivo Conímbriga Um Museu para Penafiel (1884-2005) 1.º e 2.º ciclo do Ensino Básico 3150-220 Condeixa-a-Velha Inclui a apresentação do projecto das futuras instalações do Museu Visitas dialogadas Tel.: 239 941 177 Municipal da autoria dos arquitectos Fernando e Bernardo Távora Terças e Quintas-feiras, mediante marcação prévia Fax: 239 941 474 Até final do ano [email protected] Monte Mozinho, sítio arqueológico Fábrica da Pólvora de Barcarena www.conimbriga.pt Até final do ano Estrada das Fontaínhas Até Dezembro de 2005 2745-615 Barcarena Rua Conde de Ferreira, 4560-483 Penafiel Tel.: 21 438 14 00 Fax: 21 437 11 65 Museu Municipal de Coruche Tel.: 255 712 760 Fax: 255 711 066 [email protected] Exposição [email protected] Coruche na obra do Arq. Ribeiro Telles Museu da Quinta de Santiago Até 31 de Dezembro de 2005 O Homem e o Trabalho – a Magia da Mão Exposição de longa duração Museu Municipal de Vila Franca de Xira Núcleo Sede Rua Júlio Maria de Sousa Exposição 2100-192 Coruche Vila Franca de Xira, Tempos do Rio, Ecos da Terra Tel.: 243 610 823 Fax: 243 610 821 Exposição Agostinho Salgado. O Pintor de Leça Até 31 de Outubro de 2005 Rua de Vila Franca, 134 4450 Leça da Palmeira [email protected] Rua Serpa Pinto, n.º 65 Tel.: 22 995 24 01/22 996 29 29 Fax: 22 939 09 72 www.museu-coruche.org 2600-263 Vila Franca de Xira www.cm-matosinhos.pt Tel.: 263 280 350 Fax.: 263280358 Museu Nacional do Azulejo Exposições Núcleo do Mártir Santo Museu do Trabalho Michel Giacometti A necessidade de não esquecer Exposição Exposição Cerâmicas de Alev Ebüzzia Arte e Devoção – Formas e Olhares Mitos Urbanos – Pintura de Mónica Silva Siesbye Visitas guiadas: 16 de Outubro, 6 de Novembro e 4 de Dezembro 17 de Setembro a 29 de Outubro de 2005 Até 18 de Setembro de 2005 às 15h00 Cores para a arquitectura Actuação de um Grupo Coral no final. Entrada livre. Largo Defensores da República Azulejaria valenciana do século XIII ao século XX 2910-470 Setúbal Até 2 de Outubro de 2005 Rua Dr. Miguel Bombarda Tel.: 265 537 880 Hein Semke: Os objectos da expressão. Cerâmicas 2600 Vila Franca de Xira Fax: 265 537 889 Até 5 de Novembro de 2005 Tel.: 263 288 337 [email protected] Exposição integrada na iniciativa Hein Semke, dez anos depois. 1995-2005 que marca a passagem dos dez anos Museu da Pedra sobre a morte deste artista alemão, Exposição Museu dos Transportes e Comunicações residente em Portugal desde 1932, O calcário na ciência, na tecnologia e na arte Exposições e que é constituída por mais três 22 de Outubro de 2005 a 29 de Janeiro de 2006 Miniaturas – ciclo de exposições temáticas apresentações em diferentes espaços Organização: Museu da Pedra do Município de O Automóvel no Espaço e no Tempo de Lisboa: Cantanhede e Museu Nacional de História Natural da Comunicação do Conhecimento e da Imaginação Retratos e auto-retratos. Esculturas e desenhos Universidade de Lisboa Memória do Edifício da Alfândega Museu do Chiado/ Museu Nacional de Arte Coordenação científico-pedagógica: Prof. Galopim de Contemporânea Carvalho Até 30 de Outubro de 2005 Edifício da Alfândega – Rua Nova Alfândega 4050-430 Porto Sinais de guerras. Esculturas, desenhos e Largo Cândido dos Reis n.º 4 Tel.: 22 340 30 00/22 340 3058 Fax: 22 340 30 98 cerâmicas 3060-174 Cantanhede [email protected] Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva Tel.: 231 423 730 Fax: 231 423 732 www.amtc.pt Até 2 de Outubro de 2005 [email protected] www.cantanhedeonline.pt 28 | Boletim Trimestral Actual Stephen E. Weil Stephen E. Weil, académico jubilado no Smithsonian Creators and Collectors (1986), recebeu em 1987 o Scribes Institution’s Center for Education and Museum Studies e Book Award para o melhor livro de legislação. durante muito tempo director do Hirshhorn Museum and Sculpture Garden, faleceu no dia 9 de Agosto, com 77 Conferência em Portugal a convite do IPM/RPM e anos em Washington. do Museu da Farmácia Weil Começou a sua carreira, em 1967, como adminis- No dia 29 de Outubro do ano de 2001, a convite do trador no Whitney Museum of American Art, em Nova IPM-RPM e do Museu da Farmácia, o Professor Stephen York. Ingressou no Smithsonian’s Hirshhorn em 1974 e Weil proferiu uma conferência, no Museu da Farmácia, reformou-se em 1995. De 1995 a 2000 foi nomeado pela que incidiu sobre o tema Museus e Comunidade: Uma presidência para a Comissão de Aconselhamento sobre Relação em Mudança. a Propriedade Cultural do Departamento de Estado. A análise de Stephen Weil concentrou-se em três Colaborou em várias vertentes com a Associação Americana questões emergentes nos museus americanos: de Museus, também como membro do comité executivo • e foi presidente do Comité Internacional para a Gestão e de colaborações com outras instituições ao serviço da (INTERCOM) do ICOM. comunidade, quebrando a prática de trabalhar “a solo”; Weil distinguiu-se através da comunicação, do ensino e • da publicação de temas relacionados com museus, arte dos museus através das suas colecções ou até dos seus e legislação e recebeu numerosos prémios, entre os quais objectos, perante a nova exigência de prestação de o Distinguished Service Award em 1995 da Associação serviço à comunidade; Americana de Museus. • Este reconhecido museólogo costumava defender que o museus alarguem o tradicional conceito de avaliação objectivo último de um museu era contribuir para melhorar com a adopção de medidas quantitativas na avaliação a qualidade de vida das populações. Ao longo dos anos, do sucesso ou do insucesso dos seus programas. o seu conhecimento e experiência estimularam a reflexão Considerando a colaboração entre as instituições como sobre as transformações e as polémicas no mundo dos um meio para potenciar recursos escassos e unir esforços museus e da arte. individuais, num processo de valorização criado a partir «A Arte não foi feita para ser aceite». Weil fez esta afirmação das interacções colectivas entre colaboradores, S. Weil em 1989, quando um grupo de artistas protestou contra relatou alguns exemplos de cooperação entre museus o cancelamento de uma exposição de Robert e bibliotecas, entre museus e escolas e entre museus e Mapplethorpe, considerada provocadora, na Corcoran outras organizações culturais sem fins lucrativos (tais Gallery of Art. como, estações de rádio ou de televisão públicas), tendo Weil acompanhou as grandes mudanças operadas nos em conta o interesse e o objectivo comum de servirem museus nas últimas décadas. Salientava que, anteriormente, como recursos para a aprendizagem ao longo da vida. os museus se consagravam aos objectos e que, na Como conclusão ficaram algumas perplexidades perante actualidade, se deveriam centrar em processos, em a dificuldade dos museus na utilização de técnicas particular em processos históricos. padronizadas para a avaliação dos desempenhos e dos Entre a sua bibliografia destacam-se: Making Museums impactos (subtis e indirectos) que um museu possa provocar Matter (2002), A Cabinet of Curiosities: Inquiries Into Museums no indivíduo ou na comunidade: “Nobody knows better and Their Prospects (1995), Rethinking the Museum and than we who spend our daily lives in them the tremendous Other Meditations (1990) e Beauty and the Beasts: On capability of museums – the capability to impart knowledge, Museums, Art, the Law and the Market (1983). Um dos to stimulate inquiry, to develop skills, to provide aesthetic and livros de que é co-autor, Art Law: Rights and Liabilities of other affective experiences, to strengthen communal ties, to a tendência para o estabelecimento de cooperações a reflexão sobre a imprescindibilidade da caracterização a crescente pressão por parte das tutelas para que os Rede Portuguesa de Museus | 29 kindle individual ambition, to offer perspective, to influence À conferência do Professor Stephen Weil assistiram attitudes, to shape behavior, to convey values, to generate cerca de 50 profissionais de museus, tendo os temas respect – and ever so much. Those are things that we should abordados gerado um interessante debate e fornecido want to do better”. pistas para reflexão. ❚ No Centro de Documentação da RPM – Stephen Weil Making museums matter Washington: Smithsonian Institution Press, 2002. Divididos em 4 secções – O museu e a excelência; O museu como local de trabalho; O museu como palácio; O museu na esfera pública –, os 29 ensaios incluídos nesta obra desenvolvem-se a partir do questionamento da importância dos museus na sociedade contemporânea e da reflexão acerca dos meios de que dispõem para cumprir o seu papel social, particularmente na relação que estabelecem com o(s) público(s) que servem. A cabinet of curiosities: inquiries into museums and their prospects Washington: Smithsonian Institution Press, 1995. Face aos desafios que se apresentam ao museu, o Autor examina alguns dos aspectos mais polémicos em jogo, essenciais para a sobrevivência e sucesso dos museus na sociedade do presente e do futuro. Os textos compilados apresentam reflexões em torno das potencialidades e limitações do papel dos museus, em especial dos museus de arte, e da sua implicação no domínio social, educativo, económico, ético e legal. Rethinking the museum: and other meditations Washington: Smithsonian Institution Press, 1990. Neste conjunto de 19 textos – “meditações” –, o Autor explora as potencialidades dos museus, “artefactos sociais” em constante evolução. Centrando-se, nos primeiros textos, nas especificidades de cada museu e dos seus profissionais, Weil analisa de seguida as funções do museu, reflectindo sobre a (re)definição do seu papel social e a sua relação dinâmica com o Direito e com o património, três importantes vectores do processo social. A deaccession reader Washington: American Association of Museums, 1997. Editada por Stephen E. Weil – que escreveu também a Introdução –, a obra reúne textos publicados ao longo de duas décadas acerca da controversa questão da venda de objectos das colecções. Artigos • “Museums and communities: their changing relationship” IN Domingues, Álvaro ... [et al.], org. – A cultura em acção: impactos sociais e território. Porto: Afrontamento, 2003. • “Introduction” IN Museums for the new millenium: a symposium for the museum community. Washington: Center for Museum Studies-Smithsonian Institution: American Association of Museums, 1996. 30 | Boletim Trimestral Outras Notícias Candidaturas ao Programa Cultura 2000 Projectos a desenvolver em 2006 Encontram-se abertas as candidaturas ao programa candidaturas, aos critérios de elegibilidade e Cultura 2000 para projectos anuais de cooperação demais informações, consultar o sítio na Internet entre agentes culturais a desenvolver ao longo do ano www.cultura2000.mincultura.pt. de 2006. No sentido de fomentar a procura de parceiros por O programa Cultura 2000 tem como grande objectivo parte de entidades nacionais que tenham já neste “encorajar a criatividade e mobilidade dos artistas, o momento em vista uma candidatura ao Programa acesso à cultura, a divulgação das artes e da cultura, Cultura 2000 para o ano de exercício de 2006, o o diálogo intercultural e o conhecimento da história Ponto de Contacto Cultural encontra-se disponível e do património cultural dos povos da Europa.” para fazer circular informação relativa aos projectos a Os prazos de apresentação das candidaturas são: 17 desenvolver por toda a rede de Pontos de Contacto de Outubro para projectos anuais e projectos de Cultural. Esta disseminação de informação mais tradução; 28 de Outubro para projectos plurianuais direccionada poderá contribuir para facilitar o e projectos de cooperação com países terceiros. estabelecimento de contactos para parcerias. Os Os valores máximos de comparticipação dos custos interessados poderão remeter informação em inglês elegíveis são: 50% no caso de projectos anuais e relativa aos projectos que pensam desenvolver e indicar projectos de cooperação com países terceiros até um a tipologia de entidades que procuram como parceiros. máximo de 150 000 euros; 60% no caso de projectos O registo do projecto, com o intuito de estabelecimento Ana Paula Silva plurianuais, até um máximo de 300 000 euros ano. de parcerias, pode ser efectuado no site para procura Tel.: 21 361 93 13 Para acesso ao convite para apresentação de de parceiros, em http://agora.mcu.es. ❚ Informações e contactos Ponto de Contacto Cultural Vanessa Albino Tel.: 21 361 93 10 Bases de Dados de Organismos Nacionais O programa Cultura 2000 pretende contribuir para a Pontos de Contacto Cultural dos países participantes no valorização de um espaço cultural comum aos povos da programa a informação relativa aos organismos nacionais. Europa. Neste contexto, fomenta a cooperação entre Os interessados em constar da referida Base de Dados criadores, agentes culturais, promotores privados e de Organismos Nacionais a disponibilizar para procura públicos, actividades das redes culturais e outros parceiros, de parcerias deverão remeter por correio electrónico bem como instituições culturais dos Estados-Membros ([email protected]), em português e em inglês, e dos outros Estados participantes. um breve descritivo das suas actividades, bem como a Assim sendo, e consciente de que o desenvolvimento indicação do domínio de actividade no qual gostariam de parcerias e de redes de contactos a nível europeu é de ver o seu organismo inserido. Os domínios utilizados a base de funcionamento e a razão de ser deste programa, serão os domínios elegíveis ao abrigo do Cultura 2000: o Ponto de Contacto Cultural decidiu criar no seu site, Artes do Espectáculo; Artes Visuais; Cooperação Cultural para além das categorias de busca de parcerias já com Países Terceiros; Literatura, Livros e Leitura; Património existentes, uma outra que permita o acesso dos diversos Cultural; Pluridisciplinares. ❚ Dissertações • Na Universidade Nova de Lisboa, em 15 de Março a apresentação da dissertação Radiografia documental de 2005, Maria João Canha Ferreira dos Santos, obteve dos museus portugueses. ❚ o grau de Mestre em Museologia e Património mediante Rede Portuguesa de Museus | 31 Estrutura de Projecto Rede Portuguesa de Museus Calçada da Memória, 14 • 1300-396 Lisboa Tel: 351. 21 361 74 90 Fax: 351. 21 361 74 99 Email: [email protected] Web Site: www.rpmuseus-pt.org DESIGN Artlandia IMPRESSÃO Facsimile 3000 Exemplares DEPÓSITO LEGAL ISSN 1645-2186 Encontros Encontro Práticas de Conservação 6.º Encontro do Comité para as XI Encontro Internacional do MINOM Preventiva em Museus da RPM Casas-Museu do ICOM-DEMHIST Molinos II 23 de Setembro de 2005 Guardiães da memória: a conservação 10 a 11 de Novembro de 2005 Museu Municipal de Faro de edifícios e das suas colecções Molinos, Espanha Organização 12 a 15 de Outubro de 2005 Organização MINOM – Movimento Internacional IPM/RPM – Instituto Português de Museus/Rede Museu Nacional de Etnologia, Lisboa para uma Nova Museologia Portuguesa de Museus Organização Tema Património, Território Sustentável 21. Objectivos ICOM-DEMHIST – Comité Internacional para as Nova Museologia Apresentação e divulgação de práticas e de Casas-Museu; IPM/RPM – Instituto Português de Informações e contactos projectos desenvolvidos na área da conservação Museus/Rede Portuguesa de Museus; Dr.ª Maria ADEMA – C/ Pueyo 33 Molinos (Teruel), Espanha preventiva por museus que integram a Rede de Jesus Monge, Directora do Museu Biblioteca Tel.: 00 34 978 84 97 11 Portuguesa de Museus. da Casa de Bragança – Paço Ducal de Vila Viçosa. [email protected] Informações e contactos Informação e contactos [email protected] Rede Portuguesa de Museus Maria de Jesus Monge www.maestrazgo.org Calçada da Memória, n.º 14 [email protected] 1300-396 Lisboa Rede Portuguesa de Museus 4.º Encontro do IPCR Tel.: 21 361 74 90 Fax: 21 361 74 99 Calçada da Memória, 14, 1300-396 Lisboa – A História, a formação e as boas [email protected] Tel.: 21 361 74 90 Fax: 21 361 74 99 práticas em conservação e restauro www.rpmuseus-pt.org [email protected] 40 anos da criação do Instituto de www.rpmuseus-pt.org José de Figueiredo Encontro Conservação de Fotografia: 24 a 25 de Novembro de 2005 Encarando o Futuro Colóquio APOM 2005 Museu Nacional de Etnologia, Lisboa 10 a 11 de Outubro de 2005 20 a 21 de Outubro de 2005 Organização Instituto Português de Conservação Biblioteca Nacional, Lisboa Organização e Restauro – IPCR Organização Fundação Oriente APOM – Associação Portuguesa de Museologia Associação para o Desenvolvimento da Conservação Coordenação Luís Pavão Tema Os Museus e o Turismo e Restauro – ADCR Informações e contactos Informações e contactos Informações e contactos Fundação Oriente APOM – Associação Portuguesa de Museologia IPCR Direcção de Cultura e Assuntos Sociais Ana Penisga Rua das Janelas Verdes, 37 R. Salitre, 66-68, 1269-065 Lisboa Praça B à Travessa Sargento Abílio, Lote C1, 1249-018 Lisboa Tel.: 21 358 52 00 Fax: 21 353 4746 Loja 1.ª, 1500-567 Lisboa Tel.: 213 934 200 Fax: 213 970 067 dcultura@[email protected] Tel.: 21 778 06 42 [email protected] www.foriente.pt [email protected] ou [email protected] www.ipcr.pt