Museus RPM

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Museus RPM
setembro 2005
17
Boletim trimestral da Rede Portuguesa de Museus
> Museus RPM – Transição para
[ editorial ] Passado um ano da publicação
novo sistema de credenciação
da Lei Quadro dos Museus Portugueses, a
Estrutura de Missão Rede Portuguesa de
> Estrutura de Missão
Rede Portuguesa de Museus
Museus tem concentrado de forma particular
a sua atenção no processo de transição dos
> Candidaturas ao PAQM em 2005
> Museus da RPM da Madeira
– Transição para novo sistema
de credenciação
museus integrados nesta rede para o novo
sistema de credenciação, criado pela lei. Se
A Lei n.º 47/2004, de 19 de Agosto introduz o conceito de museu, define
o Regulamento de Adesão à RPM prefigurava
as funções museológicas, estabelece a credenciação de museus e
> Apoio Técnico ao Museu do Pico
já procedimentos e normas enquadráveis num
– Museu da Indústria Baleeira
sistema que podemos designar de “pré-credenciação” e se todo o trabalho desenrolado por
> A minha escola adopta
Museus RPM
institucionaliza a Rede Portuguesa de Museus. O artigo 140.º desta lei
estipula a transição dos museus integrados na RPM para o novo sistema
esta Estrutura ao longo dos últimos anos foi
de credenciação, os quais dispõem de um período de dois anos para se
no sentido da qualificação dos museus, toda
adaptarem ao cumprimento das funções museológicas previstas na lei,
> Centro de Documentação –
esta realidade foi agora coerentemente inserida
visto que a sua integração se tinha regido anteriormente pelos quesitos
Destaques
no novo panorama legislativo.
um museu
É nosso objectivo apoiar os museus integrados
> Rede Regional de Museus dos
Açores: Projectos e realizações
recentes, por Maria Velasquez
> O Museu Quinta das Cruzes,
por Teresa Pais
> Notícias Museus RPM
na RPM a procederem a uma auto-reflexão
> Stephen E. Weil
> Outras Notícias
empenhamento e o esforço de cada museu na prossecução do objectivo
mas e dos aspectos a melhorar, bem como
de qualificação de cada instituição, através da concretização das acções
a preparar os instrumentos de trabalho e a
mais adequadas a esta finalidade.
planificar as medidas que contribuam para
a elevação do seu nível de qualidade. Com
volve actualmente um conjunto de acções
> Encontros
A Estrutura de Missão Rede Portuguesa de Museus (EMRPM) tem
acompanhado com especial atenção o processo de transição dos museus
da RPM para o novo enquadramento legal e, durante o referido período,
junto dos museus, as quais se iniciaram por
procurará promover, de acordo com as suas competências, medidas de
um diagnóstico da situação de cada um dos
apoio à qualificação dos museus, nomeadamente no âmbito dos programas
museus, incluindo o enunciar das principais
de apoio técnico e financeiro em vigor.
áreas mais problemáticas e da documentação
> Dissertações
Ao longo deste período de transição são considerados vitais o
que conduza à detecção dos principais proble-
este propósito, a Estrutura de Missão desen> Em Agenda
e parâmetros do Regulamento de Adesão à RPM.
Como primeira etapa deste processo, a EMRPM efectuou um diagnóstico
regulamentadora omissa. Na sequência deste
levantamento, os museus da RPM têm vindo
da situação de cada museu integrado na RPM, com base na informação
a responder às questões em presença, de uma
constante nos Relatórios de Adesão à RPM, nas candidaturas e nos
forma geral com bastante empenhamento e
relatórios de execução do Programa de Apoio à Qualificação de Museus
(cont. na página 2)
(cont. na página 2)
(continuação da página anterior)
denunciando o esforço em se equiparem com os instrumentos
gueses”, estando presentemente em funcionamento dois
de gestão que lhes permitirão de uma forma mais eficaz
grupos de trabalho, um para a segurança e outro para a
cuidar dos respectivos acervos e cumprir com maior rigor a
conservação preventiva, este último em colaboração com o
totalidade das funções museológicas.
Instituto Português de Conservação e Restauro.
A etapa de trabalho que agora atravessamos, sendo vital
Não só deste assunto se dá conta no presente número do
para o bom funcionamento individual de cada museu da
boletim, mas também, no que concerne à actividade da
RPM, é igualmente crucial para o bom funcionamento futuro
RPM, das candidaturas ao Programa de Apoio à Qualificação
do sistema da Rede Portuguesa de Museus que beneficiará
de Museus, as quais neste ano foram bastante direccionadas
da melhoria de qualidade que se espera resultar de todo este
para as áreas de carência detectadas no diagnóstico que
processo. Importa sublinhar que do empenhamento de cada
atrás referimos. Entre as actividades dos museus, destaque-
director de museu e da respectiva equipa depende o sucesso
-se o movimento de edições, designadamente roteiros, catálo-
desta iniciativa que se prolongará até Setembro de 2006,
gos e monografias que vêm auxiliar a divulgação dos museus
quando perfazem dois anos sobre a entrada em vigor da Lei
junto do público.
Quadro dos Museus Portugueses, prazo estipulado para o
Uma nota final para os artigos deste número, ambos centrados
período de adaptação dos museus integrados na RPM. Apraz-
na realidade museológica dos arquipélagos atlânticos. Nem
-nos registar já nesta fase inicial de trabalho a boa receptividade
sempre divulgadas convenientemente em território continental,
que a presente caminhada tem suscitado junto dos museus,
as instituições museológicas dos Açores e da Madeira, em
os quais estão a avançar, embora a diferentes ritmos, para
particular as dependentes dos respectivos Governos Regionais,
a concretização dos seus regulamentos, para a definição da
desenvolvem um trabalho notável em diversas áreas da
sua política de incorporação, para o estabelecimento de
acção museal. Das experiências e projectos actualmente em
normas e procedimentos de conservação preventiva, para o
curso nos museus dos Açores nos dá conta Maria Manuel
incremento da informatização dos inventários, para a supressão
Velasquez, Chefe da Divisão de Património Móvel da Direcção
das carências de equipamento de conservação, entre outros
Regional de Cultura, enquanto Teresa Pais, Directora do
aspectos.
Museu da Quinta das Cruzes nos traz a pujança deste museu
O Instituto Português de Museus tem vindo a acompanhar
de referência do Funchal.
esta fase de trabalho, mediante o contributo para a definição
de alguns dos documentos obrigatórios à luz da Lei Quadro,
como já sucedeu com a criação das “Bases orientadoras
Clara Camacho
para a elaboração do Regulamento Interno dos Museus Portu-
Coordenadora da Estrutura de Missão Rede Portuguesa de Museus
(continuação da página anterior)
Museus RPM –
Transição para novo sistema de credenciação
e do Programa de Apoio Técnico, nas visitas efectuadas
exemplo, a informatização do inventário, a monitorização
aos museus e noutra documentação diversificada prove-
das condições de conservação, a organização das reservas,
niente dos museus.
os planos de exposições e os planos de edições.
Esta análise permitiu verificar os principais problemas
A EMRPM tem estado disponível para articular linhas de
existentes e os desajustamentos relativamente ao novo
trabalho e para prestar o aconselhamento considerado
enquadramento legal. Estes desajustamentos ocorrem, quer
oportuno por parte de cada entidade. Tem facultado a
na área dos novos requisitos introduzidos pela Lei Quadro
museus interessados documentos de referência preparados
dos Museus Portugueses e que passam a ter carácter de
por museus do IPM e por outros museus da RPM, bem
obrigatoriedade, quer na dos requisitos já existentes no
como o documento intitulado “Bases Orientadoras para
âmbito do Regulamento de Adesão à RPM e que agora
elaboração do Regulamento Interno dos Museus Portugue-
foram reforçados com a Lei Quadro. A título de exemplo,
ses” produzido em colaboração com a Dra. Silvana Bessone,
é de salientar que no grupo dos novos requisitos se inclui
Directora do Museu Nacional dos Coches. Estes documentos
a obrigatoriedade de existência de política de incorporações,
têm um carácter indicativo, devendo ser adaptados à
de normas e procedimentos de conservação preventiva,
realidade de cada museu e às suas singularidades.
de plano de segurança e de regulamento. Os desajustamen-
No âmbito do acompanhamento do processo de transição
tos verificados no segundo grupo de quesitos incluem, por
para o novo sistema de credenciação, foi solicitada aos
2 | Boletim Trimestral
Notícias RPM
museus da RPM informação sobre documentos agora
e diagnosticada nos Relatórios de apreciação das respectivas
obrigatórios à luz da Lei Quadro, designadamente a Política
candidaturas à Adesão à RPM, foi solicitada informação
de incorporações, as Normas e procedimentos de conservação
actualizada sobre outros requisitos, tais como inventário e
preventiva, o Regulamento do museu, o Plano de segurança
respectiva informatização, condições de conservação e
e o Livro de sugestões e reclamações. Só aplicável aos museus
condições das reservas.
públicos, foi questionado ainda qual o período de entrada
Após a recepção e a análise dos elementos referidos, serão
gratuita.
programadas novas visitas técnicas aos museus da RPM
Tendo em conta a situação particular de cada um dos
por forma a assegurar que o processo de transição decorra
museus conhecida através de contactos, reuniões e visitas,
com sucesso. ❚
Estrutura de Missão Rede Portuguesa de Museus
Por resolução do Conselho de Ministros de 30 de Junho
As atribuições e competências actualmente cometidas
de 2005 foi criada a Estrutura de Missão “Rede
à Estrutura de Missão irão transitar futuramente para
Portuguesa de Museus”, dando total continuidade ao
o Instituto Português de Museus, no âmbito da revisão
trabalho desenvolvido pela anterior Estrutura de
da sua lei orgânica. ❚
Projecto e com as mesmas competências.
Candidaturas ao PAQM em 2005
Este ano foram quarenta e um os museus que
da região Norte (44%) e da região de Lisboa e Vale
apresentaram candidaturas ao Programa de Apoio à
do Tejo (39%), e muito menor por parte dos museus
Qualificação de Museus (PAQM), correspondendo a
do Centro (7%), do Alentejo (5%), do Algarve (2%)
cento e oito projectos remetidos à RPM até 15 de
e da Madeira (2%). Estes valores espelham de alguma
Julho para apreciação e análise.
forma o quadro tutelar e regional dos museus da RPM,
A tutela dos museus mais representativa na apresentação
excluindo os museus da administração central e
de candidaturas a este Programa foi, mais uma vez, a
regional que não são abrangidos por este Programa.
administração local (71%), seguida das tutelas privadas
Quanto à distribuição dos projectos por programa,
(24%) e das empresas públicas (5%).
destaca-se a sua expressiva incidência na área da
Como também já é habitual, a apresentação de
comunicação (44%) seguida da investigação (28%)
candidaturas foi muito elevada por parte de museus
e da conservação preventiva (27%).
Distribuição dos projectos candidatados em 2005 ao PAQM:
P1. Programação Museológica
1
1%
P2. Investigação e ao Estudo das Colecções
30
28%
P3. Conservação Preventiva
29
27%
P3.1. Aquisição de Equipamentos para a Conservação Preventiva
12
11%
P3.2. Aquisição de Equipamentos para Reservas
14
13%
P3.3. Aquisição de Serviços Especializados
3
3%
P.4 Acções de Comunicação
48
44%
P4.1. Acções de Acolhimento e de Comunicação
26
24%
P4.2. Apoio a Projectos Educativos
22
20%
Total de projectos candidatados
108
100%
De acordo com o Regulamento do PAQM, a apreciação
para Novembro, através da celebração de acordos de
dos referidos projectos está em curso até 30 de
colaboração entre a Rede Portuguesa de Museus e as
Setembro, estando prevista a formalização dos apoios
entidades beneficiárias.
Rede Portuguesa de Museus | 3
Museus da RPM
da Madeira
“A minha escola
adopta um museu”
Com ampla participação dos profissionais dos museus da
Foi celebrado um Protocolo de Colaboração entre o Instituto
RPM da Madeira, entre os dias 6 e 8 de Junho foi promovida
Português de Museus e a Direcção-Geral de Inovação e
pela RPM uma acção de formação no Funchal intitulada
de Desenvolvimento Curricular do Ministério da Educação
“Concepção de Sítios de Internet em Museus”, orientada
a 30 de Junho deste ano, destinado à realização do
pelo Dr. Adolfo Silveira, Técnico Superior do Museu Nacional
Concurso Escolar “A minha escola adopta um museu”
de Arqueologia.
que irá decorrer no ano lectivo de 2005/2006.
No dia 9 de Junho, na sequência do referido curso, foi
O Concurso irá ser divulgado a nível nacional pelas
realizada uma reunião de trabalho com os directores dos
Direcções Regionais de Educação, no início do próximo
museus dependentes da Direcção Regional dos Assuntos
ano lectivo, através do envio de materiais de divulgação
Culturais da Madeira, onde foram abordados alguns
para todas as escolas básicas e secundárias da rede pública.
aspectos relacionados com a pertença dos museus à RPM,
Com a realização deste concurso pretende-se incentivar
em especial as consequências derivadas da publicação da
professores e alunos a adoptarem metodologias de trabalho
Lei Quadro dos Museus Portugueses e da necessidade de
continuado com os museus, no sentido de construírem
assegurar o processo de transição destes museus para o
uma interacção permanente para troca de informação e
novo sistema de credenciação que a Lei Quadro vem intro-
de recursos que sirvam de motivação ao conhecimento,
duzir. Esta reunião contou com a presença do Director
apropriação e reinterpretação criativa de motivos do
Regional dos Assuntos Culturais da Madeira e com Director
património museológico nacional, e que os trabalhos a
de Serviços de Museus, tendo sido também muito proveito-
realizar tenham reflexos positivos ao nível das aprendizagens
sa a abordagem de algumas formas de colaboração institu-
escolares em contexto disciplinar ou interdisciplinar.
cionais entre os museus desta Região Autónoma e a RPM,
O Concurso irá basear-se na apresentação de trabalhos a
nomeadamente no plano da divulgação. Foram também
realizar pelos alunos nas áreas do texto, das artes plásticas
efectuadas visitas a alguns museus da RPM com o intuito
e do vídeo a partir de um testemunho ou de um conjunto
de acompanhar o respectivo trabalho. ❚
de testemunhos que integrem o acervo de um Museu da
Apoio Técnico ao
Museu do Pico
RPM da área geográfica da escola promotora. Caberá ao
Museu disponibilizar as imagens dos testemunhos seleccionados e uma pequena memória descritiva sobre as mesmas,
A RPM está a prestar apoio técnico ao Museu do Pico –
bem como homologar as candidaturas, conjuntamente
Museu da Indústria Baleeira no âmbito do inventário do
com o órgão de gestão da respectiva escola.
seu património, tendo contado, para o efeito, com a
Os candidatos deverão corresponder a grupos de até cinco
cooperação institucional do Ecomuseu Municipal do Seixal,
alunos acompanhados por um professor. Os trabalhos
dada a qualidade técnica do seu trabalho na área do patri-
efectuados deverão ser entregues no Ministério da Educação
mónio industrial. Esta cooperação incluiu a deslocação da
em data a combinar, sendo que se prevê uma exposição
Directora do Ecomuseu Municipal do Seixal, Dr.ª Graça
e a entrega dos prémios no próximo Dia Internacional
Filipe, e da técnica Dr.ª Fátima Afonso à ilha do Pico com
dos Museus.
vista a contribuir para o arranque do referido projecto,
A Rede Portuguesa de Museus dinamizou a organização
através da formação da inventariante que o está a pôr em
do concurso junto dos museus que integram a RPM, sendo
prática e de outro pessoal do Museu. Tal como definido
muito elevado o número de museus que exprimiram o
no plano delineado para a concretização do projecto, o
seu interesse em participar na iniciativa. O IPM fará parte
mesmo englobará dois períodos, um primeiro para
do júri de avaliação dos trabalhos enviados a concurso e
investigação e recolha de testemunhos e documentação
contribuirá logística e financeiramente para a realização
e um segundo para sistematização e inventariação. ❚
do catálogo da exposição. ❚
4 | Boletim Trimestral
Centro de Documentação
A par das transformações da sociedade ao longo das últimas
obras, proveniente do Ministerio per i Beni e le Attività Culturali
décadas, o aparecimento de novos museus e as mudanças
italiano, difunde as lições, estudos de caso e exercícios realizados
ocorridas no panorama museológico implicam um questionamento
durante um curso para responsáveis de museus. A segunda obra
sempre renovado no que diz respeito às práticas de gestão,
debruça-se sobre a questão do controlo da gestão nos museus.
organização e planeamento dos museus e dos seus serviços.
As duas últimas obras apresentam-se como manuais de referência
As obras seleccionadas neste Boletim incidem sobre a gestão de
abrangentes, incluindo propostas orientadoras de trabalho nas
museus, indo ao encontro das necessidades dos gestores e dos
vertentes que constituem o processo de gestão. De cada uma
responsáveis de museus no intuito de divulgarem soluções e
das obras destaca-se a respectiva referência bibliográfica e um
modos de actuação eficientes e actualizados. A primeira destas
resumo sumário.
Destaques
TÍTULO: Per una gestione manageriale dei musei
italiani: atti del corso per direttori di
musei statali: Roma, novembre 1998
Resumo: A publicação das actas do curso de gestão de museu,
organizada pelo Ministerio per i Beni e le Attività Culturali (Itália) para
responsáveis de museus estatais italianos, teve como objectivo a difusão
AUTORES: ed. Adelaide Maresca Compagna,
Emilio Cabasino
PUBLICAÇÃO: Roma: Ministero per i Beni e le
Attivita Culturali. Ufficio Studi,
1999
DESC. FÍSICA: 2 vols.
a um público mais alargado dos trabalhos levados a cabo em Roma.
Perante a importância crescente do papel dos museus na vivência social,
política e cultural, espelhada no enquadramento jurídico italiano, o
curso promovido estruturou-se em 3 secções: Aspectos jurídicos e
institucionais; Aspectos económicos, administrativos e organizacionais;
Marketing e comunicação.
TÍTULO: Le contrôle de gestion dans les
musées
AUTORES: Stéphanie Chatelain; préface de
Claude Cossu
PUBLICAÇÃO: Paris: Economica, 1998
Resumo: A ocorrência de uma nova conceptualização de Museu surgiu a
acompanhar as mudanças na sociedade ao longo das últimas décadas. Para o
museu, as transformações implicam novas necessidades de gestão, com impacto
na definição da sua missão, na sua relação com os públicos ou no seu papel de
parceiro no panorama da política cultural. É perante este cenário que a presente
DESC. FÍSICA: 227 pp.
obra toma forma, propondo-se encontrar respostas quanto à possibilidade de
COLECÇÃO: Recherche en Gestión
conceber um sistema de controlo da gestão de museus que tenha em atenção
ISBN: 2-7178-3709-4
as suas especificidades.
TÍTULO: The manual of museum management
Organizada em torno de três secções – Objectivos da gestão, Estrutura
AUTORES: Barry Lord and Gail Dexter Lord
organizacional, Métodos de gestão – esta obra de referência pretende
PUBLICAÇÃO: London: Stationery Office, 1997
facultar orientação prática a todos os envolvidos na criação, desenvolvimento
DESC. FÍSICA: 261 pp.
e gestão dos museus, de modo a fazer frente aos novos desafios que se
COLECÇÃO: Professional museum and heritage series
colocam no seio da nossa sociedade, nomeadamente no que respeita a
ISBN: 0-11-290518-8
necessidades e expectativas do público. Além da sistematização de práticas
e metodologias, os autores recorrem a estudos de caso ilustrativos. Da obra
consta um Apêndice com a descrição das funções específicas de cada
profissional de museus e um Glossário.
TÍTULO: Managing new museums: a guide
to good pratice
AUTOR: Timothy Ambrose
PUBLICAÇÃO: Edinburgh: Scottish Museums
Council, 1993
DESC. FÍSICA: 141 pp.
ISBN: 0-11-495157-8
Resumo: Este manual de fácil consulta propõe-se responder às diversas questões
que surgem durante a instalação e gestão de (novos) museus, apresentando linhas
orientadoras de actuação. Ao longo de quatro secções, o autor percorre os
principais pontos a ter em conta: Primeiros passos coloca questões gerais e sugere
soluções de boas práticas; Gestão de colecções discrimina os processos de aquisição,
documentação, conservação preventiva e segurança das colecções; O museu e o
seu público examina a área do marketing e relações públicas, a concepção e
avaliação de exposições e os serviços educativos; Gestão do museu analisa as várias
responsabilidades a cargo dos gestores e funcionários, desde a gestão financeira
e orçamental aos recursos humanos. A obra inclui sugestões bibliográficas e uma
listagem com contactos de organizações para apoio e orientação.
Rede Portuguesa de Museus | 5
Artigo
Rede Regional de Museus dos Açores:
Projectos e realizações recentes
Maria Manuel Velasquez*
* Chefe da Divisão de Património Móvel
da Direcção Regional da Cultura dos Açores
De entre uma proliferação crescente – tal como no
Assim, no primeiro destes vectores, refira-se a
todo nacional – de experiências museológicas
colaboração, regulada por Protocolo de Colaboração,
dispersas pelo território, e onde as tutelas e as temá-
com a Estrutura de Projecto Rede Portuguesa de
ticas são plurais, a Rede Regional de Museus dos
Museus, de onde se destaca a realização de Acções
Açores compreende os oito museus tutelados pela
de Formação dirigidas aos Técnicos dos museus da
Presidência do Governo/Direcção Regional da
região, nomeadamente:
Cultura que, no seu conjunto, expressam a diversidade da cultura regional.
– Embalagem e transporte de bens museológicos
Com histórias e processos de criação diferentes e
(Museu Regional de Angra do Heroísmo, 6 a 8 de
descontínuos temporalmente, os oito museus
Novembro de 2002);
distribuem-se por oito das nove ilhas do arquipélago:
– Programação e produção de exposições
Museu de Santa Maria, Graciosa, S. Jorge, Pico e
(Museu Regional do Pico / Museu do Vinho, 6 a 10
Flores nas ilhas dos respectivos nomes; Museu Carlos
de Outubro de 2003)
Machado, em Ponta Delgada, ilha de S. Miguel;
– Segurança e Atendimento em Instituições Museológicas
Museu de Angra do Heroísmo, naquela cidade da
(Museu Carlos Machado, 13 a 17 de Junho de 2005)
ilha Terceira, e Museu da Horta na ilha do Faial.
Com competências ao nível da “recolha, conservação
Internamente, porém, promoveram-se também,
e exposição dos testemunhos materiais e bens
desde 1996, momentos de formação (Curso sobre
imateriais do homem e do seu meio ambiente, para
Noções Básicas de Museografia, com a seguinte
fins de estudo conservação, educação e recreio”,
organização disciplinar e carga horária: Introdução
estabelecidas no documento regulador do regime
à Museologia. Documentação museológica – 30
geral dos museus da rede, o Decreto Regulamentar
horas; Fotografia para inventário. Noções básicas –
Regional nº 13/2001/A, de 7 de Novembro, os
30 horas; Noções de conservação preventiva e
museus agrupam-se, distintamente, em Museus
manuseamento de objectos museológicos – 30 horas;
Regionais “quando abrangem o património cultural
Avaliação dos trabalhos práticos e apreciação da
existente na Região independentemente da sua
ficha de projecto – 30 horas; Património Artístico
origem” (sendo o caso dos museus de Carlos
nos Açores – 30 horas) a par do incentivo de
Machado, de Angra do Heroísmo, do Pico e da
formação de nível superior (pós-graduações e
Horta) e Museus de Ilha “quando, preferencialmente,
mestrados na área da museologia) proporcionado
aglutinam aspectos representativos das actividades
aos técnicos superiores das instituições museológicas
culturais, económicas e sociais da ilha onde se
pertencentes à rede regional.
localizam” (Museus de Santa Maria, Graciosa, S.
No segundo ponto aludido, e de entre as iniciativas
Jorge e Flores).
legais mais recentes, destaca-se a publicação do
Na óptica do organismo coordenador, importa, nesta
Regulamento Interno dos Museus, cuja pertinência
fase, pautar as práticas correntes dos museus por
radica na constatação de que tal instrumento se
critérios profissionais normalizados pelo que se têm
torna decisivo na promoção e na aplicação prática
acentuado esforços quer ao nível da formação
de normas profissionais, e na optimização da
profissional, quer ao nível da produção de textos
qualidade dos serviços que os museus prestam ao
legais.
público, pelo que a Portaria 69/2004, de 12 de
6 | Boletim Trimestral
Museu do Pico – Museu da Indústria Baleeira, Pico
Museu Carlos Machado – Núcleo de Arte Sacra
Colégio dos Jesuítas, Ponta Delgada
Agosto, aprovou o Regulamento Interno Geral dos
a implementação de um sistema informatizado de
Museus da Rede Regional e os regulamentos
bilhética, que se prevê estar em funcionamento a
específicos de cada museu.
partir de Janeiro de 2006, a montagem do Núcleo
Mas o universo das estratégias de intervenção junto
de Arte Sacra do Museu Carlos Machado e a
dos museus da rede tem outras âncoras. De facto,
conclusão do projecto de musealização do Museu
e como a informatização dos inventários dos acervos
da Indústria Baleeira de S. Roque do Pico, extensão
museológicos é uma prioridade desde 1996, cuja
do Museu do Pico.
implementação se tem vindo a verificar desde 1998,
O primeiro destes núcleos localizar-se-á na Igreja do
em 2005, com o apoio do Programa Comunitário
Colégio dos Jesuítas de Ponta Delgada e é o corolário
PRAIAÇORES, deu-se início ao Projecto “Museus
da intervenção de recuperação da fachada da Igreja
em rede – Século XXI”.
e da talha do Altar-mor. A instalação da colecção
Basicamente, pretende-se promover a divulgação
de Arte Sacra do Museu Carlos Machado desenvolver-
do património móvel existente nos museus
-se-á através da Igreja e galeria anexa, Ante-Sacristia
dependentes da Direcção Regional da Cultura através
e Sacristia com uma programação a cargo da equipa
da utilização das novas Tecnologias da Informação
de Conservadores daquele museu, num circuito
e Comunicação (TIC), potenciando a capacidade
cronológico e temático que abrange os séculos XVI
de divulgação dos museus junto dos seus públicos.
a XIX. O projecto museográfico é da responsabilidade
A criação de um portal na Web e a disponibilização
do Atelier Isabel Aires, José Cid, Lda, de Lisboa.
pública de uma base de dados e de conteúdos
No Museu da Industria Baleeira, antiga fábrica de
didácticos sobre o património regional, além do
transformação da baleia, o projecto de musealização,
incremento da comunicação entre os profissionais
que agora termina, procurou dotar aquela antiga
dos museus, são as tónicas deste projecto.
unidade industrial dos elementos de interpretação
Ainda neste contexto, foram os museus da rede
necessários à compreensão do processo produtivo
dotados com mais equipamentos informáticos e
em causa. Com o apoio da Estrutura de Projecto
promovida a acção de formação Documentação de
Rede Portuguesa de Museus e em colaboração com
colecções e divulgação em museus. Dirigida aos técnicos
o Ecomuseu Municipal do Seixal, decorreu entre 4
superiores e profissionais de museografia, a
e 9 de Julho passado uma acção de apoio técnico
realização, a cargo do Conservador do Museu Carlos
destinado à elaboração do inventário daquela fábrica,
Machado Dr. João Paulo Constância, teve como
que se prolongará por seis meses de trabalho e que
objectivos a consolidação de conhecimentos relativos
possibilitará, não só o inventário do acervo móvel,
às funcionalidades avançadas da aplicação Docbase,
mas também o inventário das estruturas físicas ainda
responsável pela gestão dos inventários museológicos,
existentes integrantes do complexo fabril.
e treinar a utilização de ferramentas informáticas
Por último, e dada a relativa visibilidade que os
destinadas à divulgação electrónica.
museus regionais ainda apresentam no panorama
Aliás, a preocupação com a divulgação e a optimização
museológico, em jeito de prenda de natal será
de contactos deu origem a um outro projecto: a
publicado o Roteiro dos Museus dos Açores, brochura
edição da IM – Intermuseus, newsletter dedicada à
profusamente ilustrada que se espera venha satisfazer
divulgação dos museus açorianos e que já conta com
os interessados nas temáticas dos museus e dar
quatro números.
informações úteis aos que pretendem conhecer e
Na esteira das preocupações actuais, avulta ainda
visitar o arquipélago. ❚
Rede Portuguesa de Museus | 7
O Museu Quinta das Cruzes
Teresa Pais*
* Directora do Museu Quinta das Cruzes
Um pouco da sua história
Esta Quinta, pela sua longa existência, foi sofrendo
A Quinta das Cruzes situa-se numa zona privilegiada
numerosas alterações, na adaptação constante dos seus
da Cidade do Funchal, à Calçada do Pico, abaixo
espaços a utilizações e vivências diferenciadas. Ela é hoje
da Fortaleza de São João Baptista, datada do século
um vasto complexo de estruturas e elementos arquitectó-
XVII e «paredes meias» com o Convento de Santa
nicos, de várias épocas. Merecem especial referência as
Clara, do período manuelino e edifício classificado
obras do século XVII, a Arcaria de volta perfeita, em
como Monumento Nacional.
pedra mole e vermelha da região, junto ao corpo sul
do edifício, assim como a Capela construída no extremo
sul da propriedade. Esta época recorda-nos a passagem
de testemunho da família Câmara para os novos
proprietários, a família Lomelino. A Capela dedicada à
«Nossa Senhora da Piedade» foi edificada, em 1692, por
Francisco Esmeraldo Correia Henriques, casado, em
1678, com Catarina Lomelino de Vasconcelos. Da época
primitiva encontramos ainda um «Altar», executado em
«cantaria mole da ilha» e talha dourada, que emoldura
a pintura a óleo sobre tela representando a «Piedade»
Enquanto espaço amuralhado, no contexto de uma
de Bento Coelho da Silveira (1618-1708).
malha urbana histórica e qualificada, é por definição
O edifício principal, que hoje conhecemos, foi harmo-
uma «Quinta Madeirense», constituída por Casa de
nizado por grandes obras decorridas depois do terramo-
Moradia, Capela e Parque Ajardinado.
to de 1748, que havia destruído, parcialmente, a Casa.
Este conjunto constitui uma oportunidade para esta
São notórios alguns elementos característicos da
Instituição, no desenvolvimento da sua definição
«arquitectura da ilha», como o aparecimento de grandes
museológica, como reserva de uma forma de ser e estar.
janelas rasgadas a um ritmo certo e com varandas debru-
A Quinta das Cruzes é a memória viva desse passado
çadas sobre o pátio principal.
cada vez mais distante. Esta é tão ou mais antiga que
O século XIX trouxe o encantamento do romantismo,
a própria criação da Cidade do Funchal que,
por uma nova concepção dos espaços ajardinados, pela
presentemente e até 2008, comemora os seus 500 anos
presença dos canteiros, dos caminhos empedrados, das
de existência. Por aqui passaram e residiram famílias
fontes em pedra de fajôco, assim como uma «casinha
ilustres da nossa história. A primitiva casa foi construída
de prazer», espaço melancólico e de convívio, bem ao
para servir de residência a João Gonçalves Zarco, 1.º
gosto da época.
Capitão Donatário (1425-1467?) e sua família. Essa
O século XX surge com novas funções e novas formas
modesta casa de moradia foi, posteriormente, ampliada
de ocupar a Casa, reflexo de importantes transformações
e engrandecida pelo seu filho que parece ter aproveitado
económicas da sociedade insular.
os mestres que trabalhavam na construção da antiga
A Quinta das Cruzes, à semelhança de outras Quintas
igreja do Convento de Santa Clara.
madeirenses, harmoniosamente integradas na paisagem
Datam do século XVI as primeiras referências às «Casas
do anfiteatro do Funchal, conserva ainda a dignidade
das Cruzes», designação que perdurou no tempo e
de outros tempos, apesar das transformações sucessivas
que, provavelmente, se relaciona com a realização,
e da adaptação constante dos seus espaços a novas
neste local, de festas religiosas de tradição minhota.
funcionalidades.
8 | Boletim Trimestral
A Génese do Museu
O museu ocupa a totalidade da área da Quinta,
A Quinta é hoje uma realidade diferente, feita de
numa extensão de 10.000 m2. O edifício principal
outros personagens, de outras hierarquias, de outras
contempla 17 salas de exposição permanente que
condicionantes culturais e sociais. Por circunstâncias
se desenvolvem pelos três andares, sendo o último
da sua história, dela se fez um Museu – Um Museu
correspondente à típica «torre avista navios». Este
de Artes Decorativas.
espaço exibe um conjunto significativo de peças de
A 19 de Dezembro de 1946, César Filipe Gomes, ourives
Mobiliário, Pinturas, Estampas e Aguarelas antigas da
de profissão e coleccionador, numa espontânea e feliz
Madeira, Esculturas em madeira, marfim e terracota,
iniciativa, doa a sua colecção à Região, entregue ao
Jóias e outros Objectos de Adorno, Faianças portugue-
cuidado da Junta Geral do Distrito Autónomo do
sas e Porcelanas europeias e orientais.
Funchal, que se responsabiliza pela criação do museu
Merece particular destaque o núcleo de Pratas legado
a instalar na Quinta das Cruzes, conforme condição
à Região por João Wetzler (cidadão checo, de origem
e vontade expressa pelo próprio doador.
judaica) em 1966, e constituído por peças de origem
A ideia de criar o museu foi desde logo acarinhada e
portuguesa e de outros centros de produção europeia,
desenvolvida pelos responsáveis por se localizar num
nomeadamente, ingleses, holandeses e alemães.
espaço que é ele próprio reflexo de memórias ligadas
Nos jardins, no final dos anos cinquenta, foi insta-
a figuras marcantes da nossa história, como por outro
lado um núcleo arqueológico constituído por Pedras
lado, por apresentar enormes potencialidades para o
de Armas, Lajes Tumulares e outras espécies prove-
desenvolvimento de um bom projecto museológico.
nientes de antigas Igrejas, Conventos e Edifícios
Assim nasce o primeiro Museu de Arte na Ilha da
Públicos. Deste conjunto, destacam-se o fragmento
Madeira.
do Pelourinho do Funchal e as duas Janelas manuelinas
O processo de aquisição desta Quinta decorre entre
que teriam pertencido à antiga Misericórdia do
o final do ano de 1946 e 1948. A primeira medida de
Funchal, mandada construir por D. Manuel I, em
salvaguarda tomada nesse sentido é a sua classificação
1508.
como Imóvel de Interesse Público (Dec. N.º 36.383,
de 28 de Julho de 1947). Realizadas as obras de
consolidação e adaptação dos seus espaços à sua nova
função, o Museu Quinta das Cruzes, na altura, também
conhecido como Museu César Gomes, em homenagem
ao seu fundador, abre as suas portas definitivamente
e oficialmente a 28 de Maio de 1953.
Não terá sido ocasional a escolha deste edifício para
acolher um museu de artes decorativas. Foi a diversidade de peças que constituiu o núcleo inicial da
doação César Gomes, na sua maioria objectos
Este museu, instalado na «mais bela casa antiga da
qualificados de uso doméstico, e a existência do espaço
ilha», como nos descreve Maria Lamas foi crescendo
Quinta, com todo o sabor de uma velha residência,
com a construção de novos elementos arquitectó-
que determinaram, decisivamente, a Imagem deste
nicos, sem nunca perder as suas características
museu.
próprias.
Desde a data da sua fundação que o Museu se encon-
As Colecções
tra aberto ao público, com carácter permanente, à
O espólio deste museu é constituído por diversos
excepção do período compreendido entre 1979 e
núcleos, respeitantes às artes decorativas, dos séculos
final do ano de 1982, momento em que decorreram
XVII, XVIII e XIX.
obras de beneficiação e conservação do edifício e
Rede Portuguesa de Museus | 9
em que se procedeu a uma mudança e reformulação
museográfica, nomeadamente na instalação e exposição das colecções.
As colecções que serviram de base ao Museu foram,
ao longo destes últimos anos, qualitativa e quantitativamente enriquecidas com elementos provenientes
de novas doações e aquisições.
O Museu Quinta das Cruzes é hoje uma importante
referência patrimonial da Região e um espaço
público de lazer privilegiado. Os seus espaços
ajardinados integram a rede regional de Jardins
acto de injustiça se aqui não referisse o apoio técnico
Botânicos e apresentam espécies botânicas indígenas
que nos tem sido proporcionado pela Rede Portuguesa
e endémicas da Ilha.
de Museus na programação de cursos de formação,
no âmbito desta temática, direccionada para guardas
As Principais Funções e Projectos
de museus, técnicos profissionais e superiores, e ainda
Globalmente, o Museu Quinta das Cruzes tem
o apoio incondicional, de longa data, do Eng.º Luís
procurado desenvolver trabalhos e acções respeitantes
Elias Casanovas.
às principais áreas e funções museológicas, na medida
da disponibilidade dos seus recursos humanos e
financeiros.
No que se refere à política de aquisições, procuramos
enriquecer o espólio do museu com peças de natureza
artística e/ou de importância histórica e patrimonial
para a Região.
Na área da conservação preventiva e restauro das colecções,
procedemos, de forma faseada, ao levantamento e
acompanhamento do estado de conservação dos
diferentes núcleos, com recurso à aceitação de alunos
A investigação e inventariação das espécies, com a
estagiários, Técnicos Profissionais do Curso de
consequente informatização de fichas na base de
Conservação e Restauro, dando simultaneamente
dados de Inventário e Gestão das Colecções – MATRIZ,
resposta às necessidades da Instituição e às solicitações
constituem uma prioridade. Presentemente, o museu
de algumas Escolas Profissionais da Região, bem como
tem informatizado um número significativo de
à aquisição de serviços técnicos mais especializados
espécies que abrangem as principais categorias e as
de Institutos e outras Entidades nacionais e regionais,
obras de referência das suas colecções. É nosso
vocacionadas para a área do restauro. Cometeria um
objectivo, muito próximo, com a criação da nossa
página na Internet, em fase de elaboração e
programação, disponibilizar essa informação, através
do programa Matrizweb.
Relacionado com estas duas áreas funcionais, é
significativo o papel que o Museu Quinta das Cruzes
tem desenvolvido, essencialmente no decurso dos
últimos 3 anos, no apoio a outras Instituições
Públicas, na realização de inventários de bens
culturais, assim como em acções de prevenção no
10 | Boletim Trimestral
âmbito da conservação preventiva das colecções.
o lançamento e a publicação do Boletim do Museu
O Centro de Documentação/Biblioteca do museu reúne
Quinta das Cruzes (1.º e 2.º números).
um acervo bibliográfico com conteúdos diversificados,
Considerando que a divulgação, a aceitação e a
versando temas relacionados com as Artes decorativas,
renovação da imagem do museu no futuro passa
História de Arte, Museologia, assim como um núcleo
também pela sensibilização do público mais jovem,
dedicado à História da Madeira. Este surge e foi
foi criado o serviço educativo, em funcionamento
crescendo com a necessidade de informação sobre
desde 1996, com o apoio da Secretaria Regional de
as colecções do próprio museu, com vista ao seu
Educação, que nos proporcionou o destacamento
estudo e inventariação. O fundo documental é consti-
de professores profissionalizados, no âmbito do
tuído principalmente por documentos impressos, dos
quadro de pessoal efectivo das Escolas, com vocação
quais se destacam as monografias, as publicações
e formação para esta função (tendo, posteriormente
periódicas e algum material iconográfico. Decorrem
recebido formação na área da museologia) para o
ainda a classificação e indexação das espécies
desenvolvimento de actividades lúdico-pedagógicas,
bibliográficas, mas é nosso objectivo criar, com a
com base na exploração das colecções, estabelecendo
brevidade possível, um espaço próprio, adequado,
pontes entre conteúdos museológicos e áreas
com recursos humanos e informáticos capazes de
curriculares, adaptadas aos diferentes níveis do
tornar este Centro/Biblioteca mais funcional e
ensino básico e secundário.
qualificado na informação que queremos prestar
Revelou-se uma experiência interessante e muito
aos seus utilizadores. A Biblioteca, ainda em fase
gratificante para nós, o estágio curricular realizado
de reestruturação, dirige-se a dois tipos de utiliza-
no nosso museu, no ano lectivo de 2004/2005, de
dores: internos (técnicos e colaboradores do museu)
duas alunas finalistas da Licenciatura em Ciências
e externos (professores, estudantes e investigadores).
de Educação, da Universidade da Madeira, tendo
Presentemente, disponibilizamos a consulta local e
proporcionado o desenvolvimento de novas
a reprodução de documentos, estando prevista, num
metodologias de abordagem pedagógica com os
futuro próximo, a pesquisa no catálogo automati-
alunos e outros grupos etários e consequentemente
zado (na base de dados informática PORBASE).
uma diversificação das actividades desenvolvidas.
A programação de exposições temporárias e de publicações
Enquanto espaço museológico, a Quinta das Cruzes
é uma actividade estruturante à função museológica.
deverá ser entendida, no contexto cultural da Região,
Neste campo, a nossa actuação, mais significativa
como uma unidade bem definida e caracteriza-
e permanente nos últimos três anos com a realização
da pela sua realidade física e pelos seus con-
de novos projectos expositivos, não tem sido
dicionalismos históricos. No entanto, e no sentido
relevada pela ausência de um espaço próprio e
de acrescentar uma mais valia à sua imagem, deverão
adequado para a realização de eventos temporários.
ser ponderados todos os elementos que constituem
No âmbito da divulgação pública da imagem do
potencialmente a sua mais correcta apresenta-
museu, foi significativo o objectivo conseguido com
ção, enquanto espaço público urbano de grande
Rede Portuguesa de Museus | 11
visibilidade. É neste sentido que se inserem alguns
público, nomeadamente a criação de espaços mais
projectos, recentemente realizados (2003/2004), caso
adequados para reservas e outras áreas técnicas (a
de um espaço edificado, próprio para o desenvol-
título de exemplo referiríamos a criação de um
vimento de funções e trabalhos técnicos relacionados
gabinete de conservação e restauro); a rentabilização
com a exploração e manutenção do Parque
dos espaços existentes, definindo áreas específicas
ajardinado ou outros em curso, nomeadamente, a
para o desenvolvimento do Centro de Docu-
construção de uma cafetaria localizada na parte sul
mentação/Biblioteca; o projecto de reformulação da
dos jardins e um «corpo» anexo para a instalação
Loja/Portaria e, mais importante que todos as outras
do Orquestrofone.
atrás referidas, a adaptação deste imóvel a deficientes
visuais e motores.
Temos consciência que se em algumas situações, a
programação e exposição do espólio carece de
reformulação pontual, noutras, exige alterações de
maior expressão, a fim de ajustar continuadamente
a coerência do discurso museológico, proporcionado
pelas colecções, às memórias, realidades e condicionantes físicas do próprio espaço Edifício/Quinta que,
em nosso entender, deverá constituir, sempre, a base
essencial da sua imagem como museu.
Como sonhar é indispensável nesta profissão, e nessa
No entanto, para além da realidade física, imediata
perspectiva gostamos de encarar o futuro com
e perceptível ao público em geral, existe uma outra,
realismo, mas também com alguma dose de
menos visível, mas igualmente importante, constituída
optimismo, prevemos que será viável, num futuro
por toda a equipa que aqui trabalha, exerce e cumpre
próximo, a concretização de outros projectos, como
as diferentes funções, diariamente, dando corpo e
por exemplo, a iluminação integral de todo o espaço
sustentação a um conjunto de objectivos e finalidades
ajardinado e a recuperação e funcionamento do antigo
que justificam e dão sentido à nossa própria existência,
circuito dos fontanários existentes nos jardins.
relevando o papel e a importância da Instituição
A outro nível, no âmbito de um plano de reorga-
Museal num determinado contexto cultural, junto
nização estrutural e funcional do próprio museu,
da comunidade onde está inserida.
estão a ser, presentemente, realizados estudos e
O Museu Quinta das Cruzes é um organismo
programas (em colaboração com os quadros técnicos
público, dependente da Administração Regional,
da Direcção de Serviços do Património, da Direcção
tutelado pela Secretaria Regional de Turismo e
Regional dos Assuntos Culturais) para futuras
Cultura/Direcção Regional dos Assuntos Culturais
intervenções que visem uma melhoria considerável
– Madeira. Integra a Rede Portuguesa de Museus
na prestação de serviços e/ou de atendimento ao
(IPM) desde 2002. ❚
12 | Boletim Trimestral
Notícias Museus RPM*
* Notícias exclusivamente
baseadas em informações enviadas
pelos Museus integrados na RPM
Ecomuseu Municipal do Seixal
– P a s s e i o s n o Te j o
Durante os meses de Verão, o Programa de Iniciativas
prolongando-se, ainda durante o mês de Outubro, a
do Serviço Educativo do Ecomuseu Municipal surge
oferta de iniciativas a desenvolver no rio, nomeada-
fortemente associado ao rio e à nossa cultura flúvio-
mente os ateliês Nós e o Rio e Descobertas Matemáticas
-marítima. De facto, esta é a época de maior rentabili-
a Bordo do Bote de Fragata, para público escolar e
zação do património náutico flutuante junto dos
ATLs, e o passeio Tripular uma embarcação, para público
públicos que anseiam pelas horas de navegação no
juvenil e adulto.
Tejo, seja de descoberta lúdica, seja com objectivos
Embora a época de passeios termine no início do mês
didácticos e educativos que as duas embarcações
de Novembro, no Núcleo Naval do Ecomuseu onde
tradicionais – Baía do Seixal e Amoroso – proporcionam,
está patente a exposição Barcos, Memórias do Tejo, o
com as respectivas tripulações.
património náutico permanecerá alvo de iniciativas
Ateliês e passeios temáticos, realizados a bordo, tiveram
de tipologia diversa dirigidas a diferentes púbicos,
lugar nos meses de Julho, Agosto e Setembro,
durante os próximos meses de Outono e Inverno.
– 7.ª Campanha Arqueológica na Quinta de S. Pedro (Corroios, Seixal)
O Serviço de Arqueologia do Ecomuseu Municipal do
que padeceram e levantar hipóteses para as suas
Seixal tem em curso mais uma campanha de escavações
causas, conhecer os hábitos de higiene, as dietas
arqueológicas na necrópole medieval-moderna da Quinta
alimentares predominantes e, consequentemente, as
de S. Pedro, em Corroios.
economias de subsistência e as ocupações profissionais
Trata-se de um local que vem sendo investigado desde
mais marcantes, enfim, avançar no conhecimento de
1994, daí resultando a identificação de mais de duas
populações e de contextos culturais, económicos e
centenas de homens, mulheres e crianças, aqui sepultados
sociais para que, frequentemente, não dispomos de
entre as últimas décadas do século XIII e as primeiras
fontes materiais, documentais ou outras.
do século XVII, segundo os dados até agora disponíveis.
Prevê-se que a presente campanha (que se prolongará
O estudo arqueológico e antropológico destas ossadas
praticamente até final de 2005) venha a encerrar o
materializa uma parceria do Ecomuseu com o
ciclo de trabalhos de campo, para dar lugar aos estudos
Departamento de Antropologia da Universidade de
finais que terão por epílogo uma futura edição
Coimbra e, para além do número de indivíduos em
monográfica da responsabilidade da autarquia.
presença, permite-nos determinar as suas características
Para os interessados, é possível a participação voluntária
físicas (sexo, estatura, robustez), saber a idade à data
na escavação arqueológica ou a simples visita ao local,
da morte (e daí induzir a esperança média de vida ou
mediante contacto prévio com o Serviço Educativo
a taxa de mortalidade infantil), identificar doenças de
do Ecomuseu. ❚
Informações e contactos
Ecomuseu Municipal do Seixal
Praceta Francisco Adolfo Coelho
Torre da Marinha
2840-490 Seixal
Tel.: 21 227 62 90 (às 2.as e 3.as feiras)
Fax: 21 227 63 40
[email protected]
www.cm-seixal.pt/ecomuseu
Rede Portuguesa de Museus | 13
Museu do Caramulo
– Criação de Conselho Consultivo
Foi constituído no passado mês de Abril o Conselho
Welsh (Antiquário e Doador do Museu do Caramulo).
Consultivo do Museu do Caramulo – Fundação Abel de
Este órgão colegial, que se reuniu pela primeira vez
Informações e contactos
Lacerda, que irá contar com o valioso contributo de
no passado dia 10 de Julho, irá, em conjunto com a
Museu do Caramulo
Raquel Henriques da Silva (Professora da Universidade
Direcção do Museu do Caramulo, discutir ideias e
Nova de Lisboa), Rui Afonso Santos (Historiador de Arte),
projectos, pensar o posicionamento e o futuro do
Anísio Franco (Historiador de Arte), Vasco Pinto Basto
museu e delinear estratégias para captação de
Fax: 232 861 308
(Engenheiro e Doador do Museu do Caramulo) e Jorge
financiamento e de novas doações. ❚
[email protected]
Rua Jean Lurçat, 42
3475-031 Caramulo
Tel.: 232 861 270
Museu da Casa Grande
– E s c a v a ç õ e s 2 0 0 5 : C a s t a n h e i r o d o Ve n t o
Informações e contactos
Com o apoio do INTERREG e da Comissão Europeia,
Castanheiro do Vento é um sítio de tipo Los Millares
Museu da Casa Grande
desde Julho até Outubro, como resultado de uma
(Almeria, Espanha), ou Zambujal (Estremadura, Portu-
Rua Direita
colaboração entre as Universidades do Porto, Salamanca
gal), mas no Noroeste peninsular. Ao lado de locais
5155 Freixo de Numão
e Málaga, tem estado a decorrer, sob a égide da
como Castelo Velho ou como as gravuras paleolíticas
Associação Cultural Desportiva Recreativa de Freixo
do Côa, Castanheiro do Vento tornou-se um dos
de Numão, entidade de que depende o Museu da
centros internacionais de estudo da organização do
www.acdr-freixo.pt
Casa Grande, uma das maiores campanhas de trabalhos
espaço na Pré-história. ❚
www.architectures.home.sapo.pt
Tel.: 279 789 573
Fax: 279 789 573
arqueológicos em curso na Península Ibérica.
Museu da Guarda
– Duas comemorações...
20 anos crescendo e mudando
No dia 24 de Junho comemorou-se o início de uma época
âmbito da sua prestação social, afirmando-se como uma
que remonta a 1985, data de reabertura do Museu da
instituição representativa de uma região e como
Guarda, então, renovado e requalificado e, fundamen-
instrumento dinamizador de acção cultural, colocando o
talmente, o ponto de partida para a assunção de projectos
Homem no centro da sua actuação.
culturais novos na instituição. Projectos vocacionados para
A política de acção cultural e educativa assumida pelo
dar respostas às exigências da sociedade em constante
Museu assenta na apresentação permanente das suas
transformação.
colecções, tendo privilegiado as exposições temporárias
Ao longo de vinte anos, o Museu da Guarda, norteado
e, delas decorrentes, um programa de actividades de
pelos objectivos que caracterizam as instituições museais
animação lúdico-pedagógicas. O papel desempenhado
– recolher, conservar, estudar, investigar, expor, divulgar,
pelo Serviço Educativo do Museu da Guarda, criado em
educar, promover o diálogo inter-social e cultural –, tem
1985, tem sido de primordial importância na medida em
vindo a desenvolver diferenciadas acções.
que, naturalmente, comprometido com os planos de
Os projectos levados a cabo durante duas décadas, que
acção do Museu, estabelece a comunicação entre os
no passado mês de Junho se celebraram, traduzem o
objectos museais e os públicos. O Museu é entendido
papel que o Museu tem desempenhado, sobretudo, no
como um espaço vivo acessível a todos os públicos.
14 | Boletim Trimestral
[email protected]
– 65 anos de existência
Em 30 de Julho de 1940 foi inaugurado o, então
António Correia, figura ímpar na história da fotografia
designado, Museu Regional da Guarda, no âmbito do
regional, nomeadamente na década de quarenta do
programa dos Centenários. Hoje, no Museu da Guarda
século XX, esteve ligado ao processo museológico do
“não negamos o passado, avivámo-lo reinventando-o
Museu Regional, contribuindo com o registo e
num espaço que se renovou, amaciando a dureza e a
inventário fotográfico dos objectos das colecções e
frieza das pedras, abrimos-lhe as portas para a comunidade,
da própria exposição inaugural. A actualidade e
para a cidade, para o país” e também para o mundo,
importância do trabalho do fotógrafo António Correia
graças aos meios tecnológicos disponíveis.
nos planos museográfico e muselógico, entre outros,
Museu da Guarda
Nesta perspectiva, quisemos, deliberadamente, fazer
(e, porque não..., a descobrir, a reflectir) são as razões
Rua General Alves Roçadas, 30
coincidir duas comemorações – 20 anos da reabertura
da apresentação daquele evento.
Informações e contactos
6300-663 Guarda
do Museu da Guarda e 65 anos da sua existência com
Tel.: 271 213 460
Fax: 271 223 221
a apresentação da exposição temporária “Manifesto de
www.ipmuseus.pt
uma paixão – António Correia”, para assinalar dois tempos
[email protected]
da história desta instituição.
Dulce Helena Pires Borges
Directora do Museu da Guarda ❚
m|i|mo – Museu da Imagem em Movimento
– “Actualidades do Campo”
O projecto “Actualidades do Campo” é uma iniciativa
de cinema de animação nas escolas e ao processo de
do m|i|mo – museu da imagem em movimento em
montagem.
parceria com o Teatro José Lúcio da Silva que conta com
Este projecto vem criar outra mais valia ao Centro de
o apoio do programa LEADER+/ADAE e da Câmara Muni-
Documentação Artur Avelar do m|i|mo, enquanto
cipal de Leiria. Este projecto tem como objectivo a recolha
repositório de documentos audiovisuais sobre historia oral
e registo de tradições, rituais, actividades lúdicas e sociais
da região de Leiria.
da população de várias freguesias do concelho de Leiria.
O projecto está a ser desenvolvido junto das populações
O produto final deste levantamento será um vídeo
das zonas LEADER+ e será complementado posteriormente
documental ficcionado sobre as tradições culturais do
com pesquisa bibliográfica e outros documentos audio-
mundo rural de Leiria, resultado conjunto de uma dinâmica
visuais. O resultado final do projecto, que teve início em
criada entre gerações.
Abril, vai ser apresentado ao público em Setembro e divi-
O intuito deste conjunto de actividades é a valorização,
de-se em três vertentes:
recolha e preservação do património imaterial da região
1. Produção e realização de um videograma documental
e a formação criativa, artística e técnica dos jovens. Neste
ficcionado
sentido, foram realizados workshops nas escolas sobre
2. Recolha e documentação do património imaterial em
vídeo e cinema de animação, nos quais foi explicado
suporte vídeo
todo o processo de criação de pequenos filmes, tendo
3. Produção de DVD, tendo em vista a divulgação dos
Informações e contactos
sempre presente a temática geral do projecto.
conteúdos do projecto.
m|i|mo – museu da imagem
As crianças participaram activamente na produção do ví-
A estratégia documental e estética passa por conjugar o
deo, animando os seus próprios desenhos e represen-
rigor histórico-cultural com uma linguagem contempo-
tando alguns papéis. Foi também dada formação a jovens
rânea, de forma a sensibilizar quer a população local, quer
Tel.: 244 838 511
do Ensino Básico e A.T.L., tendo em vista a sua integração
os espectadores a nível regional, nacional ou, eventualmen-
[email protected]
no projecto desde a recolha de som e imagem, aos ateliers
te, internacional através da participação em festivais. ❚
em movimento
Rua Dr. Américo Cortez Pinto
2400-093 Leiria
Rede Portuguesa de Museus | 15
Museu de Lanifícios da Universidade
da Beira Interior
– Novos projectos
Durante o ano de 2005, o Museu de Lanifícios tem vindo
da Industrialização. As duas primeiras encontram-se
a ver cumpridos alguns dos objectivos que, embora
actualmente em pleno funcionamento, enquanto que o
traçados desde os primeiros passos da sua institu-
processo de musealização do novo núcleo museológico
cionalização, mais contribuem para a plena concretização
se encontra em curso, estimando-se tê-lo concluído no
da sua missão.
primeiro quartel de 2007.
A inauguração, em 30 de Abril p.p., do edifício da Real
Diversos projectos comunitários liderados pelo Museu de
Fábrica Veiga, no âmbito de uma intervenção de
Lanifícios têm constituído um considerável suporte
recuperação patrimonial empreendida num histórico
financeiro para o conjunto das intervenções até ao
complexo fabril, constituiu a primeira etapa de um
momento realizadas, destacando-se de entre eles os
Rua Marquês D’ Ávila e Bolama
processo que visa transformar este equipamento cultural
projectos transfronteiriços Rota da Lã – TRANSLANA I e II,
6201-001 Covilhã
num Centro de Interpretação dos Lanifícios no âmbito de
em decurso durante o corrente ano, contando-se ainda
uma rede de informação têxtil europeia, com as seguintes
para a conclusão do processo de musealização com a
valências instaladas: Sede do Museu de Lanifícios, Centro
aprovação de uma terceira candidatura, recentemente
[email protected]
de Documentação/Arquivo-Histórico e Núcleo Museológico
apresentada no âmbito do INTERREG III A. ❚
http://museu.ms.ubi.pt
Informações e contactos
Museu de Lanifícios da Universidade
da Beira Interior
Tel.: 275 319 712/275 319 700
(ext. 3126)
Museu Municipal de Aljustrel
– Memórias Mineiras
Em face das dificuldades e das indefinições que a Mina
de Aljustrel tem atravessado, que podem levar ao seu
encerramento, tem a Câmara Municipal de Aljustrel
mostrado empenhamento em manter viva a cultura
mineira, característica de uma vila que durante cento
e cinquenta anos dependeu das minas, tentando
recuperar ou registar para memória futura, grande
parte do seu património. É na sequência destes
pressupostos que a Câmara Municipal procedeu
recentemente à organização dos “III Encontros das
Comunidades Mineiras”, no decurso dos quais se
procedeu à edição de um livro e à inauguração de
documenta a história desta empresa mineira e ao
mais um núcleo museológico de temática industrial.
mesmo tempo da vila de Aljustrel, no decurso do
O livro Aljustrel - Um olhar sobre as minas e as gentes
século XX. Com texto de Helena Alves, investigadora
no séc. XX, editado pelo Museu Municipal de Aljustrel/
de temática mineira com diversos trabalhos publicados
Câmara Municipal de Aljustrel, pretende dar a ver ao
na área, é possível passar em revista a origem de
público grande parte da colecção de fotografias em
alguma da cultura material e imaterial própria do
posse da empresa mineira Pirites Alentejanas, SA, que
mundo mineiro.
16 | Boletim Trimestral
Fax: 275 319 712
Informações e contactos
Museu Municipal de Aljustrel
O núcleo museológico agora inaugurado, “Central de
com 80 anos de utilização. Paralelamente, em breve
Compressores de Algares”, situa-se num edifício onde
serão colocados cinco painéis com informação geológica,
estavam instalados os compressores que produziam ar
ambiental e patrimonial em locais estratégicos da vila
Fax: 284 600 179
comprimido para as ferramentas utilizadas pelos mineiros
e da mina, assinalando um percurso pelo património
[email protected]
no fundo da mina, com maquinaria e ferramentas já
histórico e mineiro da vila. ❚
Rua S. João de Deus, 19
7600 Aljustrel
Tel.: 284 600 170
Museu Municipal de Moura
– Azeite de Moura, um Património com História
No âmbito das Comemorações do Feriado Municipal
Não obstante a importância que reveste a cultura oleícola
e do 4º aniversário da abertura do núcleo museológico
para o Concelho de Moura, que projecta a sua imagem
“Lagar de Varas” ao público, a Câmara Municipal de
para os quatro cantos do mundo, esta temática não tinha
Moura lançou a edição Azeite de Moura, um Património
ainda sido objecto de estudo.
com História, da autoria de Marisa Bacalhau.
Para além de destacar a qualidade do azeite de Moura,
factor que desde muito cedo o distinguiu de outros,
colocando-o entre os melhores da Europa, este livro realça
um lagar de azeite do século XIX: o Lagar de Varas do
Fojo. O quotidiano do lagareiro, a história do lagar e a
reconstituição do seu modo de funcionamento são alguns
dos itens desenvolvidos, fazendo com que esta publicação
detenha uma componente pedagógica relevante. Tendo
como base as décimas do século XVIII, foi ainda elaborado
um estudo em torno dos lagares existentes em Moura
naquele século, o que permitiu a identificação dos lagares
ou respectivas ruínas ainda existentes, cuja divulgação
também é feita nesta edição. ❚
Informações e contactos
Museu Municipal de Moura
Rua da Romeira, 19
7860 Moura
Tel.: 285 253 978
[email protected]
Rede Portuguesa de Museus | 17
Museu Municipal de Penafiel
– C i d a d a n i a e I d e n t i d a d e . O m u l t i c u r a l i s m o n o m u n d o ro m a n o
O Museu Municipal de Penafiel participou na comemoração
e Vetões no limiar da romanidade e o lançamento das
do Dia Internacional dos Museus/2005 apresentando ao
actas do colóquio Castro: um lugar para habitar,
público um conjunto de actividades subordinadas ao tema
realizados no âmbito do programa INTERREG III – A,
Cidadania e Identidade. O multiculturalismo no mundo
em parceria com Ávila, Salamanca e os municípios
romano. Pretendeu-se, assim, realçar um momento
portugueses de Mogadouro e Miranda do Douro. Esta
privilegiado de bem sucedido encontro de culturas, que
exposição itinerante encontra-se actualmente em
marcou de forma indelével o futuro de muitos povos,
Mogadouro, podendo ser visitada na Casa da Cultura
incluindo aqueles que habitavam neste Finisterra peninsular.
até ao dia 20 de Setembro. No mês de Outubro estará
O dia 18 de Maio foi dedicado ao público mais jovem,
patente ao público no Museu do Ferro e da Região de
com múltiplos ateliers interpretativos e a divulgação e
Moncorvo, seguindo posteriormente para a Diputación
discussão do estudo Cidadania romana clássica – Cidadania
de Ávila. ❚
europeia, da autoria de Gerardo Pereira-Menaut, Professor
Catedrático de História Antiga da Universidade de Santiago
de Compostela, da Associação de Amigos do Museu
Informações e contactos
Museu Municipal de Penafiel
Rua Conde de Ferreira, 4560-483 Penafiel
Municipal de Penafiel.
Tel.: 255 712 760
Do programa do Dia Internacional dos Museus desta-
Fax: 255 711 066
cavam-se ainda a inauguração da exposição Galaicos
[email protected]
Museu Municipal de Vila Franca de Xira
– Reabertura do Núcleo do Mártir Santo
O Museu Municipal de Vila Franca de Xira, assumindo-
Uma escavação arqueológica levada a cabo no local
-se como uma rede de espaços museológicos descen-
revelou a ocupação doméstica do sítio previamente
tralizados no território concelhio, reabriu, no passado
ao século XVI e deu conta das vicissitudes por que
dia 28 de Junho, o Núcleo Museológico da Igreja do
passou o templo ao longo dos últimos séculos da sua
Mártir São Sebastião. A reabertura deste núcleo, agora
história. Desta história faz parte a sua destruição pelo
enriquecido com a exposição «Arte e Devoção – Formas
Terramoto de 1755 e a sua total reedificação, já em
e Olhares», devolveu ao usufruto público um espaço
pleno período pombalino. O edifício actual data,
cultural de excelência no centro da cidade de Vila
precisamente, do terceiro quartel do século XVIII.
Franca de Xira.
A Igreja do Mártir São Sebastião, localizada no extremo
noroeste da principal via de acesso à povoação, a
antiga Rua Direita (actual Rua Dr. Miguel Bombarda),
foi fundada em 1576 pelo rei D. Sebastião, por voto
à cura da Grande Peste que grassou o país no ano de
1569. À época, muitas ermidas dedicadas a São
Sebastião, o protector dos pestíferos, foram erigidas
nas zonas limítrofes das localidades.
18 | Boletim Trimestral
Informações e contactos
Núcleo Sede do Museu Municipal
Trata-se de um interessante edifício religioso, agora
A exposição “Arte e Devoção” contou com a preciosa
desafecto ao culto, classificado desde 1990 como
colaboração de várias paróquias do concelho de Vila
Imóvel de Valor Concelhio.
Franca de Xira, com quem o Museu Municipal coopera
A ideia de musealizar este edifício, propriedade
regularmente, o que veio enriquecer em muito a
municipal desde o século XVIII, foi concretizada em
diversidade e a qualidade dos bens de arte sacra
2001. O processo de musealização implicou a
patentes ao público. ❚
de Vila Franca de Xira
Rua Serpa Pinto, nº 65
recuperação e valorização de todo o conjunto
2600-263 Vila Franca de Xira
patrimonial formado pela igreja, largo fronteiriço e
Tel.: 263 280 350 Fax: 263 280 358
fonte, assim como a construção de um edifício anexo
(para área expositiva e serviços). A necessidade de
Núcleo do Mártir Santo
Rua Dr. Miguel Bombarda
obras de manutenção e de readaptação do espaço a
2600 Vila Franca de Xira
públicos com necessidades especiais levou a um
Tel.: 263 288 337
período de encerramento intercalar, agora ultrapassado.
Museu Nacional do Azulejo
– 1965-1980-2005, duas efemérides
Em 2005, o Museu Nacional do Azulejo comemora 40
entre nós desta importante autora turca, de grande
anos sobre a sua instalação no edifício do antigo
prestígio internacional.
convento da Madre de Deus em Lisboa, em 1965, ainda
Após o jantar comemorativo nos claustros do Museu
como dependência do Museu Nacional de Arte Antiga,
organizado pelo Grupo dos Amigos do Museu Nacional
e 25 anos sobre a sua elevação a Museu Nacional pelo
do Azulejo, em 26 de Setembro, dia da passagem do
decreto lei 404 de 26 de Setembro de 1980.
Museu do Azulejo a Museu Nacional do Azulejo, outras
Integrando as comemorações destas efemérides estão
exposições serão inauguradas a 22 de Novembro:
Museu Nacional do Azulejo
patentes, desde 30 de Junho passado, as exposições
Teatros de Betty Woodman, antologia da obra e
Rua Madre de Deus, 4
Cores para a Arquitectura. Azulejaria de Valência do
trabalhos recentes de uma das maiores ceramistas da
século XIII ao século XX, região de onde Portugal
contemporaneidade; L’inceste conjunto de peças
importou pela primeira vez azulejos para as suas
encenadas de Vasco Araújo, e Rafael Bordalo Pinheiro
[email protected]
arquitecturas; e A necessidade de não esquecer... da
revisitado, cerâmicas das Caldas da Rainha recriadas
www.mnazulejo-ipmuseus.pt
ceramista Alev Ebüzziya Siebye, primeira apresentação
por Paula Rego, Júlio Pomar e Pedro Cabrita Reis. ❚
Informações e contactos
1900-312 Lisboa
Tel.: 21 810 03 40
Fax: 21 810 03 69
Museu de Olaria
– Centro de Documentação sobre a Olaria
O Museu da Olaria viu recentemente aprovada uma
Cultura, Acção 3 – Tratamento e Digitalização de
candidatura ao Programa Operacional da Cultura que
Arquivos, Fundos Bibliográficos e do Património Musical
vai apoiar um projecto inovador no âmbito da Olaria,
Português do POC e seleccionado entre várias dezenas
o qual irá contribuir para o estudo, divulgação e
de candidaturas, traduz o empenhamento da Câmara
promoção desta importante actividade do concelho.
Municipal de Barcelos e do Museu em fazer do
Este projecto, apresentado à medida 2.2 – Utilização
concelho de Barcelos uma inequívoca referência no
das Novas Tecnologias da Informação para Acesso à
mundo da cerâmica.
Rede Portuguesa de Museus | 19
Com a criação de um Centro de Documentação
Centros Produtores, Base de dados de investigadores,
especializado na Olaria, o Museu de Olaria pretende
Base de dados de formas e usos, Base de dados
contribuir para a criação de um instrumento
bibliográfica (espólio documental do Museu e outros),
documental de suporte ao estudo do universo da
Base de dados de artigos de referência no universo
olaria
vertentes:
da Olaria, Base de dados de imagens relevantes para
arqueológica, histórica e etnográfica. Por outro lado,
o estudo da Olaria, Base de dados das publicações
esta iniciativa procurará ainda constituir um apoio
do Museu do Olaria e respectiva digitalização;
efectivo à indústria cerâmica, ao artesanato e ao
Divulgação de estudos/projectos de investigação e
desenvolvimento regional, através de um investimento
outras iniciativas no domínio da Olaria; CDROM
na investigação e divulgação desta temática.
“Formas e usos da Olaria”; Colóquio; Edições;
Este projecto, que tem de estar concluído em
Workshop; Sessão pública de divulgação.
nacional,
nas
suas
diversas
Informações e contactos
Rua Cónego Joaquim Gaiolas
4750-306 Barcelos
Dezembro de 2006, é constituído pelas seguintes
Tel.: 253 824 741
acções: Concepção e desenvolvimento de um Website
Ana Patrícia Remelgado
com Base de dados de oleiros, Base de dados de
Museu de Olaria ❚
Museu da Quinta de Santiago
Centro de Arte de Matosinhos
– Cursos, ateliers, oficinas e workshops
Para além de exposições, peças de teatro, concertos
a orientação do actor e encenador William Gavião,
e conferências, o Museu da Quinta de Santiago,
do Grupo de Teatro Cairte, ou a modelar em gesso,
estrutura museológica da Câmara Municipal de
barro e material reciclável no Atelier de escultura Ana
Matosinhos, acolhe uma programação para a
no País dos Dinossauros, orientado pela escultora Ana
aprendizagem de todos os públicos.
Dias.
A Casa do Bosque, Serviço Educativo da Câmara, no
A partir dos 10 anos, no Workshop de Pintura, a pintora
âmbito da fidelização de públicos diversificados,
Raquel Oliveira ajuda a descobrir como realizar a técnica
programou 12 cursos, com diferentes horários,
da Monotípia. Para quem tem mais de 14 anos, nas
disponibilidades e preços, que abrangem o período
Artes Plásticas serão aprofundados, pela mão da escultora
de 1 de Julho de 2005 até Junho de 2006.
Ana eFe, os Ateliers de Pintura/Desenho, Atelier de
As propostas passam pelas áreas de Expressão Corporal
Escultura, e o Workshop de Técnicas de Papel.
e Dramatização (Oficinas de Teatro e Técnicas de
A partir dos 16 anos, é possível participar na Oficina
Relaxamento para adultos), Artes Plásticas (Atelier de
de Teatro A Mascarada, orientada por William Gavião,
Pintura/Desenho; Escultura; Workshops de Técnicas
ou descobrir Matosinhos, pelas palavras do Historiador
de Papel e Pintura pela Monotípia; Cursos O Corpo
Joel Cleto, orientador do Curso História e Património
nas Artes Plásticas e A Escultura Contemporânea), História
do Concelho de Matosinhos.
e Património (Curso História e Património do Concelho
Para quem já atingiu a maioridade, o programa inclui
de Matosinhos) e Culinária (Workshop Aromáticas e
os Cursos O corpo nas Artes Plásticas e A Escultura
Culinária).
Contemporânea, pela Escultora Ana eFe, as necessárias
Deste modo, nas oficinas para crianças dos 6 aos 12
dicas de relaxamento após um dia árduo de trabalho,
anos, os mais pequenos são convidados a criar
na Oficina de Técnicas de Relaxamento para Adultos,
personagens, no Atelier de Teatro Os Brincantes, com
pela Professora de Bailado e coreógrafa Raquel Rua,
20 | Boletim Trimestral
Fax: 253 809 661
[email protected]
Informações e contactos
Museu da Quinta de Santiago
Rua de Vila Franca, 134
e o desvendar dos segredos das ervas aromáticas, pela
e a “Casa do Bosque” – Serviços Educativos levaram
Engenheira Sofia Valente, do Horto Municipal, no
a cabo a nona edição do “Aprender com Arte no
Fax: 22 939 09 72
Workshop Aromáticas e Culinária.
Jardim”, iniciativa que se realiza anualmente, desde
www.cm-matosinhos.pt
Em Julho e Agosto, o Museu da Quinta de Santiago
a abertura da instituição em 1996. ❚
4450 Leça da Palmeira
Tel.: 22 995 24 01/22 996 29 29
100 anos do Museu de São Roque (1905-2005)
Informações e contactos
O Museu de São Roque foi um dos primeiros museus
Para assinalar esta efeméride, o Museu de São Roque
de arte a serem criados em Portugal, numa fase em
apresenta ao público o DVD documental 100 Anos do
que se começavam a valorizar as artes decorativas e
Museu de S. Roque (1905-2005), acompanhado da
ornamentais no nosso país. A sua abertura ao público
edição de um livro, no qual a sua história foi objecto
remonta a 11 de Janeiro de 1905, acto que contou
de um estudo aprofundado. Tanto o documentário,
com a presença do Rei Dom Carlos e da Rainha Dona
como o catálogo procuram recordar as várias fases
Amélia. Todavia, já no final do século XIX era notória
de desenvolvimento do Museu nas suas diversas
a preocupação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
vertentes, seja no que concerne aos recursos
– proprietária da Igreja e antiga Casa Professa dos
implementados para melhor divulgar o seu acervo,
jesuítas desde 1768 – em divulgar o seu acervo artístico,
como no papel que vem desempenhando no campo
expondo pela primeira vez ao público, em 1898, as
da conservação e restauro e, por fim, no esforço
alfaias e paramentos do Tesouro da Capela de S. João
desenvolvido com o intuito de proporcionar aos mais
Baptista, na Sacristia da Igreja de S. Roque. Esta
diversos públicos a fruição do seu património artístico.
iniciativa incentivou o então Provedor da Santa Casa,
No dealbar deste novo milénio e numa perspectiva
Conselheiro Pereira de Miranda, a criar um museu de
de dar a conhecer o seu vasto acervo, o Museu de
arte. O projecto foi assinado pelo Arquitecto Adães
São Roque encontra-se a desenvolver um projecto de
Bermudes, que recebeu a incumbência de adaptar a
remodelação/ampliação, com vista a beneficiar as
antiga Sala de Extracções da Lotaria (outrora sala de
condições de apresentação das suas colecções, a criar
reuniões da Casa Professa dos jesuítas) em espaço
novas infra-estruturas de apoio e a melhorar as
museológico, tendo a inauguração do Museu sido, na
condições de acolhimento aos seus visitantes.
Museu de São Roque
época, amplamente divulgada em jornais e periódicos.
Largo Trindade Coelho
Com o objectivo de valorizar as suas colecções e
Teresa Freitas Morna
melhor prestar um serviço à comunidade, o Museu
Conservadora do Museu de São Roque ❚
1200-470 Lisboa
Tel.: 21 323 53 80
Fax: 21 323 50 60
de São Roque foi objecto de várias alterações que
[email protected]
acompanharam a evolução dos conceitos museológicos
www.scml.pt
em Portugal, ao longo do século XX.
Rede Portuguesa de Museus | 21
Museu do Trabalho Michel Giacometti
– Novos diálogos
simbolicamente conotadas com os grupos envolvidos
e/ou que constituem um forte apelo para novos
diálogos e interpelações inspiradas em temáticas
contemporâneas ligadas ao mundo do trabalho e aos
problemas e expectativas das comunidades imigrantes.
Nesta perspectiva, são desenvolvidas estratégias
educativas para públicos diversificados, entre as quais
se destacam as Tardes Interculturais, que têm como
objectivos trazer para o espaço museológico o espírito
O Museu do Trabalho Michel Giacometti, tendo como
das tertúlias envolvendo determinados grupos sociais,
Informações e contactos
referência as práticas museológicas orientadas para a
(re)animar a comunicação interpessoal e estimular
Museu do Trabalho Michel Giacometti
comunidade local e para os seus territórios específicos,
parcerias.
Largo Defensores da República
2910-470 Setúbal
privilegia os saberes associados aos quotidianos laborais,
Tel.: 265 537 880
as memórias sociais e as produções artísticas identitárias,
Isabel Victor
de índole diversa, que expressam culturas e sentimentos
Museu do Trabalho Michel Giacometti ❚
Museu dos Transportes e Comunicações
– N o v o s p e rc u r s o s . N o v a s F o r m a s d e C o m u n i c a r
A formação e fidelização de novos públicos é um tema
cada vez mais pertinente e comum a todos os museus.
Para além das exposições permanentes, os museus
reconhecem a importância e a necessidade de manter
um programa de actividades temporárias diversificado
e de qualidade com o objectivo de manter vivo, entre
os diferentes públicos, o desejo de sucessivas visitas.
No Museu dos Transportes e Comunicações (MTC), a
exposição permanente “O Automóvel no Espaço e no
Tempo” completou, no passado mês de Dezembro de
No entanto é necessário fazer ainda mais e, para isso, o
2005, quatro anos de existência. Durante este período
MTC desenvolveu, com o apoio da CCDRN – Operação
várias foram as acções de dinamização concretizadas:
Norte, um projecto de renovação e qualificação da
rotatividade de diferentes modelos automóveis no
exposição que contempla a instalação de um percurso
âmbito de cada núcleo temático, ciclo de conferências
áudio para invisuais e cidadãos estrangeiros.
sobre o futuro do automóvel, visitas acompanhadas e
Neste momento, um cidadão invisual poderá rea-
animadas pelo mecânico “Sr. Teixeira”, acções de
lizar a visita à exposição usufruindo de maior auto-
animação com dança e teatro, exposições temáticas,
nomia. Uma bengala de orientação e um sistema
workshops de instrumentos musicais na Garagem do
áudio são os instrumentos facilitadores para a mesma.
“Sr. Teixeira”, programas especiais para escolas e famílias
Em relação aos cidadãos estrangeiros, estes usufruem
subordinados ao tema da prevenção rodoviária, do
de postos informativos em cinco idiomas: português,
automóvel do futuro e da mobilidade, entre outras.
inglês, francês, castelhano e russo.
22 | Boletim Trimestral
Fax: 265 537 889
[email protected]
No final da visita estão disponíveis dois quiosques
Desta forma, dá-se continuidade ao trabalho, desde
multimédia onde os invisuais, através do programa
sempre desenvolvido pelo MTC, de procura e
de leitura de ecrã Hall, e os demais visitantes,
concretização de formas alternativas e facilitadoras da
respondem a um inquérito de avaliação da visita
acessibilidade física e cultural de todos os cidadãos
efectuada.
ao MTC.
– “ Vi a j a r C o m o M u s e u ” – e x p o s i ç ã o i t i n e r a n t e
O projecto “Automuseu”, apoiado pela Rede Portuguesa
jovens, adultos, idosos) é reforçada e qualificada
de Museus, tornou realidade um desejo há muito
através de visitas animadas pelos personagens
acarinhado pelo MTC, o qual procurava a criação de
“Mecânico Sr. Teixeira” e “Jornalista Rita Gralha” que,
um instrumento alternativo e inovador de comunicação
no contexto do MTC, dão vida às temáticas dos
do MTC no exterior.
transportes e das comunicações e, em alguns casos,
Assim nasceu a exposição itinerante “Viajar com o
através da realização de workshops de expressão
Museu”. Composta por cinco painéis informativos
dramática e televisão.
sobre o MTC e a sua programação, bem como sobre
A experiência tem-se revelado riquíssima do ponto de
o Edifício da Alfândega, conta ainda com um quiosque
vista do contacto com pessoas que, por razões várias,
multimédia que permite uma visita virtual ao Museu
poderão estar afastadas de algumas práticas culturais
e uma vitrine com miniaturas automóveis.
e que, desta forma, são sensibilizadas e formadas para
O mês de Janeiro de 2005 marcou o início desta
poderem, em momentos posteriores, visitar elas
autêntica viagem-aventura que já levou o MTC a
mesmas o MTC. Este objectivo começa já a tornar-se
destinos tão diferentes, como a Junta de Freguesia de
realidade visto terem sido já solicitadas visitas para
Massarelos, a Biblioteca da Escola Secundária Aurélia
detidos, em momentos de saídas precárias, e para
de Sousa, o Instituto Português de Oncologia do Porto,
grupos de crianças e idosos das freguesias onde a
Edifício da Alfândega
o Estabelecimento Prisional de Custóias, a Junta de
exposição já “estacionou”!
Rua Nova Alfândega
Freguesia da Sé, os Estabelecimentos Prisionais de
Uma vez mais se prova que a cultura deve ser um
Santa Cruz do Bispo (Masculino e Feminino) e os
direito de todos e que é sempre possível, através da
Hospitais Magalhães Lemos e Pedro Hispano.
ousadia e da vontade de inovar, criar instrumentos
[email protected]
Em cada uma das estadias, que varia entre duas a três
de comunicação entre os Museus e outros parceiros
www.amtc.pt
semanas, a relação com os diferentes públicos (crianças,
da comunidade envolvente. ❚
Informações e contactos
Museu dos Transportes e Comunicações
4050-430 Porto
Tel.: 22 340 30 00/22 340 30 58
Fax: 22 340 30 98
Rede Portuguesa de Museus | 23
Edições dos Museus da RPM
Casa-Museu Abel Salazar
Saiu o primeiro número da Revista Afinidades, iniciando a 2.ª série do Boletim da Casa-Museu Abel Salazar,
após reestruturação das suas orientações editoriais. De periodicidade semestral, a publicação divide-se
em três secções – Divulgação da vida e obra de Abel Salazar; Dossier em torno de um tema ligado a Abel
Salazar; Noticiário das actividades do Museu.
Casa-Museu Leal da Câmara
A tese de mestrado intitulada De residência privada a Casa-Museu de Leal da Câmara: um percurso singular,
apresentada por Élvio Melim de Sousa à Universidade Nova de Lisboa, foi editada pela Câmara Municipal
de Sintra com o apoio do IPM/RPM no âmbito do Programa de Apoio à Qualificação de Museus (PAQM).
Tendo como eixo de investigação a Casa-Museu Leal da Câmara, a obra, dividida em três secções, parte
do conceito de Casa-Museu para a análise do percurso museológico da Casa-Museu Leal da Câmara e
da sua estreita ligação com meio que a envolve, a Região Saloia.
Também com o apoio do IPM/RPM através do mesmo Programa, foi publicado o texto inédito A individualidade
multiforme de Leal da Câmara, de Augusto Nascimento, conservado no Arquivo da Casa-Museu de Leal
da Câmara. A obra agora recuperada e editada tem por base uma conferência proferida na Sociedade de
Belas-Artes de Lisboa, no dia 7 de Fevereiro de 1947, por Augusto Nascimento sobre a vida e obra do Mestre
Leal da Câmara, de quem foi colega.
Museu Anjos Teixeira
Foi publicado o catálogo do Museu Anjos Teixeira, edição igualmente apoiada pelo IPM/ RPM, no âmbito
do PAQM. Do catálogo bilíngue (português e inglês) consta uma introdução ao Museu e textos biográficos
sobre a vida e obra de Artur Anjos Teixeira e seu filho, Pedro Anjos Teixeira, sendo ainda de destacar a
qualidade das imagens desta publicação.
Museu de Cerâmica
A par da exposição Rafael Bordalo Pinheiro e a Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha (1884-1905),
integrada nas Comemorações do Centenário da morte de Bordalo Pinheiro, foi editado o respectivo
catálogo com textos de vários historiadores, num total de 200 páginas, ilustrado com fotografias,
documentos da antiga Fábrica de Faianças e um corpus de peças cerâmicas do acervo do Museu de
Cerâmica.
Museu Ferreira de Castro
Editado com o apoio do IPM/RPM no âmbito do PAQM, o catálogo do Museu Ferreira de Castro acompanha
as datas mais marcantes da vida e obra do escritor e encontra-se profusamente ilustrado com imagens
das colecções bibliográficas, documentais, iconográficas e artísticas do Museu. No catálogo é ainda feita
referência ao Gabinete de Trabalho e ao Centro de Documentação.
Museu de José Malhoa
O Roteiro, agora editado, dá a conhecer a história do museu, criado em 1933, com edifício construído
de raiz datado de 1940, o primeiro programado em Portugal para fins museológicos, e a história das
suas colecções. Em torno de Malhoa organiza-se um acervo naturalista, desde o Grupo do Leão até meados
do século XX, e um pequeno núcleo modernista. As colecções de escultura e de cerâmica das Caldas da
Rainha são, também, dignas de destaque no presente trabalho.
24 | Boletim Trimestral
Museu de Lamego
Tapeçarias Flamengas do Museu de Lamego destaca as tapeçarias pela sua importância artística e iconográfica
e apresenta-as na perspectiva das suas origens, concepção, temáticas retratadas e simbologia, devidamente
enquadradas na relação com exemplares do mesmo período existentes em colecções estrangeiras. Esta
publicação vem colmatar uma lacuna sentida, não só internamente, mas também ao nível da comunidade
museológica internacional.
Museu Municipal de Esposende – Museu d’Arte em Fão
Decorre desde o dia 23 de Julho de 2005 até 25 de Junho de 2006 no Museu d’Arte de Esposende,
a exposição Com-Paixão – A Virgem e as Santas Mulheres, comissariada por Maria de Lurdes Rufino. A
acompanhar a exposição, a segunda do programa expositivo definido para o Museu no triénio 2004/2007
e fruto de um protocolo com a Santa Casa da Misericórdia de Fão e Esposende, publicou-se um catálogo
com algumas das peças de arte sacra mais representativas da colecção das duas Misericórdias, tendo sido
o seu estudo apoiado pelo IPM/RPM através do PAQM.
Rede de Museus de Loures
Saiu o segundo número da Revista da Rede de Museus de Loures, prosseguindo a concretização do projecto
editorial de valorização do património de Loures e da sua difusão junto da comunidade.
Museu Nacional de Arte Antiga
O Roteiro de Pintura Europeia articula-se em dois discursos diferentes – a história da colecção permanente (e,
consequentemente, do próprio museu) e uma visita guiada, sala a sala, à colecção de pintura europeia –,
reflectindo mais de trinta anos de convivência com as pinturas e toda a actividade a elas inerente
(testemunhos recolhidos junto de antigos directores, edições que vêm sendo publicadas desde 1869,
estudos, visitas guiadas aos públicos mais diversos).
O núcleo de faiança portuguesa do Museu Nacional de Arte Antiga, constituído por
cerca de 2300 peças, no decurso de um período de mais de cem anos, através de
incorporações de diversas proveniências, traça a história da faiança portuguesa e
constitui uma notável colecção a nível nacional, abordada com rigor no Roteiro de
Faiança Portuguesa e apresentada não apenas na sua variedade e riqueza, mas
também na sua espessura temporal. O trajecto da colecção de cerâmica, nas suas
diferentes formas de exposição, seguiu de perto a história da instalação do museu.
Museu de São Roque
A assinalar o Centenário do Museu de São Roque, a Santa Casa da Misericórdia, com o apoio do IPM/RPM
no âmbito do PAQM, publicou o catálogo “100 anos do Museu de São Roque”. Dividido em três secções,
o catálogo faz a apresentação das várias fases de desenvolvimento do Museu, das intervenções de
reabilitação, conservação e restauro levadas a cabo na Igreja e no Museu e do trabalho desenvolvido pelo
Serviço Educativo. A acompanhar o catálogo em suporte de papel foi lançado um CD-Rom com imagens
do Museu ao longo do seu tempo de existência.
Rede Portuguesa de Museus | 25
Em Agenda
Malhoa e Bordalo: confluências duma geração
Museu de José Malhoa
Até 16 de Outubro de 2005
Malhoa e Bordalo: confluências duma geração tem por objectivo
assinalar as importantes efemérides que passam em 2005. É uma
exposição antológica das obras de José Malhoa (1855-1933) e
de Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905), contextualizando-as no
panorama cultural da sua época. A exposição apresenta uma
José Malhoa (1855-1933)
As Promessas, 1933
Óleo sobre madeira
MJM inv. 58
Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905)
O Soberano! – Zé Povinho
Álbum das Glórias
Setembro de 1882
selecção desenvolvida dos trabalhos de Malhoa e de Bordalo
provenientes de colecções públicas e privadas, abordando as diversas vertentes ou temáticas das suas intervenções e constrói um discurso em
torno da actuação que exerceram, adequando o título da exposição às confluências em análise.
Inserindo-os no seu tempo, a exposição mostra uma representação dos vários artistas do “Grupo do Leão” (1881-1889) – formação que Malhoa
e Bordalo integraram, a par de Silva Porto, Columbano, Moura Girão, Rodrigues Vieira, Henrique Pinto, António Ramalho, João Vaz, Ribeiro Cristino
–, e dos seus contemporâneos, como Marques de Oliveira, Pousão, Aurélia de Sousa ou Soares dos Reis.
A 23 de Janeiro de 2005 teve lugar o Centenário da Morte de Rafael Bordalo Pinheiro. Artista multifacetado instala-se na vila, em 1884, como
Director Artístico da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, assim se fazendo “oleiro” num momento decisivo para a renovação e o desenvolvimento
plástico e técnico da cerâmica local; era também a oportunidade de intervenção do seu génio no tecido social da terra, que assim logra um
comentário regular e humorado nas revistas e desenhos de Bordalo.
A 28 de Abril de 2005 passaram 150 Anos do Nascimento de José Malhoa, nas Caldas da Rainha, data que o Museu sublinhou com sessão
evocativa. Artista notável no panorama cultural português, a criação do Museu de José Malhoa foi um desiderato que teve lugar ainda em vida
do pintor, sendo inaugurado a 28 de Abril de 1934, no primeiro aniversário natalício após a sua morte.
A exposição apresenta cerca de 300 obras e o seu programa desenvolve-se por um circuito alargado do Museu de José Malhoa, permitindo ao
visitante retomar o percurso permanente do Museu, na representação duma época que vem dar continuidade ao discurso da exposição.
Parque D. Carlos I › 2500-109 Caldas da Rainha › Tel.: 262 831 984 › Fax: 262 843 420 › [email protected] › www.ipmuseus.pt
Núcleo Naval
A Arrentela e o Terramoto de 1755
Barcos, memórias do Tejo
Público-alvo: juvenil e adulto/famílias
Núcleo da Mundet
Salão Nobre do Centro de Dia de Arrentela
Núcleo da Quinta da Trindade
Edifício das Caldeiras Babcock
Arrentela e Nossa Senhora da Soledade: memória e
Os Romanos entre nós
Circuito Museológico Industrial – Entre documentar
identidade de uma comunidade
Público-alvo: juvenil e adulto/famílias
o passado e projectar o futuro
29 de Outubro a 2 de Novembro
Até Outubro
Exposição em parceria com Paróquia de Arrentela/ Comis-
Praceta Francisco Adolfo Coelho
Património e Indústria, o fascínio do encontro
são de Festas em honra de Nossa Senhora da Soledade
Torre da Marinha, 2840-490 Seixal
Ecomuseu Municipal do Seixal
Exposições temporárias
Tel.: 21 227 62 90 (às 2.as e 3.as feiras) Fax: 21 227 63 40
Fotografia de Rosa Reis
A partir de Outubro
Serviço Educativo
[email protected]
Outubro e Novembro
www.cm-seixal.pt/ecomuseu
Edifício das Caldeiras de Cozer
Bote de fragata Baía do Seixal
Quem diz cortiça diz Mundet , quem diz Mundet
Descobertas matemáticas no bote de fragata
diz cortiça
Nós e o Rio
A partir de Outubro
Público-alvo: escolar/turmas do ensino básico
Museu de Arqueologia
e Numismática de Vila Real
Tripular uma embarcação
Ciclo “História ao Café” – Tertúlias
Público-alvo: juvenil e adulto/famílias
O Bairro Novo da Cidade, à Boavista, por António
Belém Lima
26 | Boletim Trimestral
Núcleo Naval
11 de Outubro de 2005
Estaleiro de Brincadeiras
Casos de Polícia na viragem do séc. XIX para o séc.
Público-alvo: escolar/turmas do ensino pré-escolar e do
XX, por Paulo Mesquita Guimarães
1.º ciclo do ensino básico (1.º e 2.º ano)
25 de Outubro de 2005
Dança dos Barcos
Ao encontro do espólio arqueológico do Museu de Vila
Público-alvo: escolar/turmas do 1.º ciclo do ensino básico
Real, por João Ribeiro da Silva
(3.º e 4.º ano) e do 2.º ciclo do ensino básico; ensino especial
8 de Novembro de 2005
Tema(s) a divulgar oportunamente
22 de Novembro de 2005
O Teatro Circo, por Vítor Nogueira
13 de Dezembro de 2005
Edição de fac-símiles
Da Alameda do Caminho-de-Ferro ao Jardim da
Estação, por Elísio Amaral Neves
Museu de Cerâmica
Exposição
Museu Etnográfico e
Arqueológico Dr. Joaquim Manso
Rafael Bordalo Pinheiro e a Fábrica de Faianças das
Exposição
Caldas da Rainha (1884-1905)
O Chão que os Dinossauros
Até final de Outubro
pisaram na Nazaré
Comemorações do Centenário da morte de Bordalo Pinheiro
Do Santuário Geológico e Paleon-
27 de Dezembro de 2005
teológico na serra da Pescaria até
Tertúlia complementada com uma grande surpresa
ao santuário de Nossa Senhora
da Nazaré, no Sítio
Refeições gastronómicas – especialidades locais
Inauguração a 18 de Agosto
Refeição da desmancha
16 de Dezembro de 2005
Rua D. Fuas Roupinho – Sítio
Rua do Rossio
2450-065 Nazaré
5000-657 Vila Real
Tel.: 262 562 801 Fax: 262 561 246
Tel.: 259 325 730/1/2 Fax: 259 308 161
[email protected]
[email protected]
Museu de Arte Sacra e Etnologia
Exposição
Este Homem era Realmente Bom (Lc. 23, 47)
Pintura de Jorge de Melo
Até 2 de Novembro de 2005
www.ipmuseus.pt
Rua Dr. Ilídio Amado Ap.97
2504 Caldas da Rainha
Museu Etnográfico da Madeira
Tel. 262 840 280
Exposição
Fax 262 840 281
Arquitectura Tradicional
[email protected]
Até 23 de Outubro
www.ipmuseus.pt/museus
Rua de S. Francisco, 24
Rua Francisco Marto, 52, Apt. 5
2496-908 Fátima
Tel.: 249 539 470
Fax: 249 539 479
[email protected]
www.consolata.pt
Museu de Arte Sacra do Funchal
Exposição
A Madeira nas Rotas do Oriente
13 de Novembro de 2005 a Março de 2006
9350-211 Ribeira Brava
Museu das Comunicações
Tel.: 291 952 598 Fax: 291 957 313
Exposições Permanentes
[email protected]
Vencer a Distância – Percurso das Comunicações em
Portugal
História das Telecomunicações em Portugal
Museu da Guarda
Casa do Futuro Inclusiva
Exposições
Manifesto de uma paixão – António Correia
Exposições Temporárias
Até 30 de Outubro de 2005
Comemoração dos 150 Anos da Telegrafia Eléctrica
Confrontos, Dessacralização e Vanguarda
em Portugal
Até 30 de Outubro de 2005
Até 30 de Setembro de 2005
Correios On line
Rua do Bispo, 21
9000-073 Funchal
Tel.: 291 228 900
Até 31 de Dezembro de 2005
200 Anos da Malaposta em Portugal
Até Março de 2006
Fax: 291 231 341
[email protected]
members.netmadeira.com/MASF
Ateliers e Oficinas Pedagógicas
“O Jogo das Comunicações” (dos 6 aos 12 anos)
“D. Genoveva na Casa do Futuro” (dos 6 aos 12 anos)
Museu do Caramulo
Exposição
Os Automóveis e as Figuras Históricas
Até 9 de Outubro de 2005
Colecção de miniaturas e brinquedos antigos
Permanente
I Feira de Miniaturas e Brinquedos Antigos
“Avozinha do Futuro” (dos 6 aos 12 anos)
Rua General Alves Roçadas, 30
“Animação Mala-Posta” (a partir dos 6 anos)
6300-663 Guarda
“A Dama da Mala-Posta” (a partir dos 6 anos)
Tel.: 271 213 460 Fax: 271 223 221
Programas de acção pedagógica e percursos temáticos organizados
www.ipmuseus.pt
em função dos interesses, necessidades e acessibilidades dos
[email protected]
visitantes.
Actividades complementares a programas de disciplinas dos
três ciclos do ensino básico e do ensino secundário.
8 de Outubro de 2005
10h00-18h00
Rua Jean Lurçat, 42
3475-031 Caramulo
Tel.: 232 861 270 Fax: 232 861 308
[email protected]
www.museu-caramulo.net
Museu da Quinta das Cruzes
Exposição
Rua do Instituto Industrial, 16
Um olhar do Porto – Colecção Dr. Jorge Mota
1200-225 Lisboa
12 de Novembro de 2005 a Fevereiro de 2006
Tel.: 800 215 216 ou 21 393 51 08/ 59
Fax: 21 393 50 06
Calçada do Pico, nº1
[email protected]
9000-206 Funchal
www.fpc.pt
Tel.: 291 740 670 Fax: 291 741 384
[email protected]
Rede Portuguesa de Museus | 27
Os seres imaginários. Xilogravuras
Museu Monográfico
de Conímbriga
Biblioteca Nacional
Museu da Pólvora Negra
Até 5 de Novembro de 2005
Com a Escola no Museu!
Esta iniciativa engloba as seguintes acções:
Exposição
50 Anos de Arqueologia da Lusitânia
Rua da Madre de Deus, 4
Atendimento aos professores
Instituto de Arqueologia da Faculdade de Letras da
1900-312 Lisboa
Quartas-feiras das 10h00 às 12h30, mediante marcação
Universidade de Coimbra (1955-2005)
Tel.: 21 810 03 40
prévia
Exposição organizada no âmbito do 43º Aniversário do
[email protected]
O Museu vai à Escola/A Escola vai ao Museu
Museu Monográfico de Conímbriga (10 de Junho de 2005)
1.º e 2.º ciclo do Ensino Básico
e do cinquentenário do IAFLUC.
Segundas-feiras das 10h00 às 12h30, mediante marcação
Museu Municipal de Penafiel
prévia
Exposições
Manual Pedagógico e Mapa Explosivo
Conímbriga
Um Museu para Penafiel (1884-2005)
1.º e 2.º ciclo do Ensino Básico
3150-220 Condeixa-a-Velha
Inclui a apresentação do projecto das futuras instalações do Museu
Visitas dialogadas
Tel.: 239 941 177
Municipal da autoria dos arquitectos Fernando e Bernardo Távora
Terças e Quintas-feiras, mediante marcação prévia
Fax: 239 941 474
Até final do ano
[email protected]
Monte Mozinho, sítio arqueológico
Fábrica da Pólvora de Barcarena
www.conimbriga.pt
Até final do ano
Estrada das Fontaínhas
Até Dezembro de 2005
2745-615 Barcarena
Rua Conde de Ferreira, 4560-483 Penafiel
Tel.: 21 438 14 00 Fax: 21 437 11 65
Museu Municipal de Coruche
Tel.: 255 712 760 Fax: 255 711 066
[email protected]
Exposição
[email protected]
Coruche na obra do Arq. Ribeiro Telles
Museu da Quinta de Santiago
Até 31 de Dezembro de 2005
O Homem e o Trabalho – a Magia da Mão
Exposição de longa duração
Museu Municipal
de Vila Franca de Xira
Núcleo Sede
Rua Júlio Maria de Sousa
Exposição
2100-192 Coruche
Vila Franca de Xira, Tempos do Rio, Ecos da Terra
Tel.: 243 610 823 Fax: 243 610 821
Exposição
Agostinho Salgado. O Pintor de Leça
Até 31 de Outubro de 2005
Rua de Vila Franca, 134
4450 Leça da Palmeira
[email protected]
Rua Serpa Pinto, n.º 65
Tel.: 22 995 24 01/22 996 29 29 Fax: 22 939 09 72
www.museu-coruche.org
2600-263 Vila Franca de Xira
www.cm-matosinhos.pt
Tel.: 263 280 350
Fax.: 263280358
Museu Nacional do Azulejo
Exposições
Núcleo do Mártir Santo
Museu do Trabalho
Michel Giacometti
A necessidade de não esquecer
Exposição
Exposição
Cerâmicas de Alev Ebüzzia
Arte e Devoção – Formas e Olhares
Mitos Urbanos – Pintura de Mónica Silva
Siesbye
Visitas guiadas: 16 de Outubro, 6 de Novembro e 4 de Dezembro
17 de Setembro a 29 de Outubro de 2005
Até 18 de Setembro de 2005
às 15h00
Cores para a arquitectura
Actuação de um Grupo Coral no final. Entrada livre.
Largo Defensores da República
Azulejaria valenciana do século XIII ao século XX
2910-470 Setúbal
Até 2 de Outubro de 2005
Rua Dr. Miguel Bombarda
Tel.: 265 537 880
Hein Semke: Os objectos da expressão. Cerâmicas
2600 Vila Franca de Xira
Fax: 265 537 889
Até 5 de Novembro de 2005
Tel.: 263 288 337
[email protected]
Exposição integrada na iniciativa Hein
Semke, dez anos depois. 1995-2005
que marca a passagem dos dez anos
Museu da Pedra
sobre a morte deste artista alemão,
Exposição
Museu dos Transportes
e Comunicações
residente em Portugal desde 1932,
O calcário na ciência, na tecnologia e na arte
Exposições
e que é constituída por mais três
22 de Outubro de 2005 a 29 de Janeiro de 2006
Miniaturas – ciclo de exposições temáticas
apresentações em diferentes espaços
Organização: Museu da Pedra do Município de
O Automóvel no Espaço e no Tempo
de Lisboa:
Cantanhede e Museu Nacional de História Natural da
Comunicação do Conhecimento e da Imaginação
Retratos e auto-retratos. Esculturas e desenhos
Universidade de Lisboa
Memória do Edifício da Alfândega
Museu do Chiado/ Museu Nacional de Arte
Coordenação científico-pedagógica: Prof. Galopim de
Contemporânea
Carvalho
Até 30 de Outubro de 2005
Edifício da Alfândega – Rua Nova Alfândega
4050-430 Porto
Sinais de guerras. Esculturas, desenhos e
Largo Cândido dos Reis n.º 4
Tel.: 22 340 30 00/22 340 3058 Fax: 22 340 30 98
cerâmicas
3060-174 Cantanhede
[email protected]
Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva
Tel.: 231 423 730 Fax: 231 423 732
www.amtc.pt
Até 2 de Outubro de 2005
[email protected]
www.cantanhedeonline.pt
28 | Boletim Trimestral
Actual
Stephen E. Weil
Stephen E. Weil, académico jubilado no Smithsonian
Creators and Collectors (1986), recebeu em 1987 o Scribes
Institution’s Center for Education and Museum Studies e
Book Award para o melhor livro de legislação.
durante muito tempo director do Hirshhorn Museum and
Sculpture Garden, faleceu no dia 9 de Agosto, com 77
Conferência em Portugal a convite do IPM/RPM e
anos em Washington.
do Museu da Farmácia
Weil Começou a sua carreira, em 1967, como adminis-
No dia 29 de Outubro do ano de 2001, a convite do
trador no Whitney Museum of American Art, em Nova
IPM-RPM e do Museu da Farmácia, o Professor Stephen
York. Ingressou no Smithsonian’s Hirshhorn em 1974 e
Weil proferiu uma conferência, no Museu da Farmácia,
reformou-se em 1995. De 1995 a 2000 foi nomeado pela
que incidiu sobre o tema Museus e Comunidade: Uma
presidência para a Comissão de Aconselhamento sobre
Relação em Mudança.
a Propriedade Cultural do Departamento de Estado.
A análise de Stephen Weil concentrou-se em três
Colaborou em várias vertentes com a Associação Americana
questões emergentes nos museus americanos:
de Museus, também como membro do comité executivo
•
e foi presidente do Comité Internacional para a Gestão
e de colaborações com outras instituições ao serviço da
(INTERCOM) do ICOM.
comunidade, quebrando a prática de trabalhar “a solo”;
Weil distinguiu-se através da comunicação, do ensino e
•
da publicação de temas relacionados com museus, arte
dos museus através das suas colecções ou até dos seus
e legislação e recebeu numerosos prémios, entre os quais
objectos, perante a nova exigência de prestação de
o Distinguished Service Award em 1995 da Associação
serviço à comunidade;
Americana de Museus.
•
Este reconhecido museólogo costumava defender que o
museus alarguem o tradicional conceito de avaliação
objectivo último de um museu era contribuir para melhorar
com a adopção de medidas quantitativas na avaliação
a qualidade de vida das populações. Ao longo dos anos,
do sucesso ou do insucesso dos seus programas.
o seu conhecimento e experiência estimularam a reflexão
Considerando a colaboração entre as instituições como
sobre as transformações e as polémicas no mundo dos
um meio para potenciar recursos escassos e unir esforços
museus e da arte.
individuais, num processo de valorização criado a partir
«A Arte não foi feita para ser aceite». Weil fez esta afirmação
das interacções colectivas entre colaboradores, S. Weil
em 1989, quando um grupo de artistas protestou contra
relatou alguns exemplos de cooperação entre museus
o cancelamento de uma exposição de Robert
e bibliotecas, entre museus e escolas e entre museus e
Mapplethorpe, considerada provocadora, na Corcoran
outras organizações culturais sem fins lucrativos (tais
Gallery of Art.
como, estações de rádio ou de televisão públicas), tendo
Weil acompanhou as grandes mudanças operadas nos
em conta o interesse e o objectivo comum de servirem
museus nas últimas décadas. Salientava que, anteriormente,
como recursos para a aprendizagem ao longo da vida.
os museus se consagravam aos objectos e que, na
Como conclusão ficaram algumas perplexidades perante
actualidade, se deveriam centrar em processos, em
a dificuldade dos museus na utilização de técnicas
particular em processos históricos.
padronizadas para a avaliação dos desempenhos e dos
Entre a sua bibliografia destacam-se: Making Museums
impactos (subtis e indirectos) que um museu possa provocar
Matter (2002), A Cabinet of Curiosities: Inquiries Into Museums
no indivíduo ou na comunidade: “Nobody knows better
and Their Prospects (1995), Rethinking the Museum and
than we who spend our daily lives in them the tremendous
Other Meditations (1990) e Beauty and the Beasts: On
capability of museums – the capability to impart knowledge,
Museums, Art, the Law and the Market (1983). Um dos
to stimulate inquiry, to develop skills, to provide aesthetic and
livros de que é co-autor, Art Law: Rights and Liabilities of
other affective experiences, to strengthen communal ties, to
a tendência para o estabelecimento de cooperações
a reflexão sobre a imprescindibilidade da caracterização
a crescente pressão por parte das tutelas para que os
Rede Portuguesa de Museus | 29
kindle individual ambition, to offer perspective, to influence
À conferência do Professor Stephen Weil assistiram
attitudes, to shape behavior, to convey values, to generate
cerca de 50 profissionais de museus, tendo os temas
respect – and ever so much. Those are things that we should
abordados gerado um interessante debate e fornecido
want to do better”.
pistas para reflexão. ❚
No Centro de Documentação da RPM
– Stephen Weil
Making museums matter
Washington: Smithsonian Institution Press, 2002.
Divididos em 4 secções – O museu e a excelência; O museu como local de trabalho; O museu como
palácio; O museu na esfera pública –, os 29 ensaios incluídos nesta obra desenvolvem-se a partir do
questionamento da importância dos museus na sociedade contemporânea e da reflexão acerca dos meios
de que dispõem para cumprir o seu papel social, particularmente na relação que estabelecem com o(s)
público(s) que servem.
A cabinet of curiosities: inquiries into museums and their prospects
Washington: Smithsonian Institution Press, 1995.
Face aos desafios que se apresentam ao museu, o Autor examina alguns dos aspectos mais polémicos em
jogo, essenciais para a sobrevivência e sucesso dos museus na sociedade do presente e do futuro. Os textos
compilados apresentam reflexões em torno das potencialidades e limitações do papel dos museus, em
especial dos museus de arte, e da sua implicação no domínio social, educativo, económico, ético e legal.
Rethinking the museum: and other meditations
Washington: Smithsonian Institution Press, 1990.
Neste conjunto de 19 textos – “meditações” –, o Autor explora as potencialidades dos museus, “artefactos
sociais” em constante evolução. Centrando-se, nos primeiros textos, nas especificidades de cada museu
e dos seus profissionais, Weil analisa de seguida as funções do museu, reflectindo sobre a (re)definição
do seu papel social e a sua relação dinâmica com o Direito e com o património, três importantes vectores
do processo social.
A deaccession reader
Washington: American Association of Museums, 1997.
Editada por Stephen E. Weil – que escreveu também a Introdução –, a obra reúne textos publicados ao
longo de duas décadas acerca da controversa questão da venda de objectos das colecções.
Artigos
• “Museums and communities: their changing relationship” IN Domingues, Álvaro ... [et al.], org. –
A cultura em acção: impactos sociais e território. Porto: Afrontamento, 2003.
• “Introduction” IN Museums for the new millenium: a symposium for the museum community. Washington:
Center for Museum Studies-Smithsonian Institution: American Association of Museums, 1996.
30 | Boletim Trimestral
Outras Notícias
Candidaturas ao Programa Cultura 2000
Projectos a desenvolver em 2006
Encontram-se abertas as candidaturas ao programa
candidaturas, aos critérios de elegibilidade e
Cultura 2000 para projectos anuais de cooperação
demais informações, consultar o sítio na Internet
entre agentes culturais a desenvolver ao longo do ano
www.cultura2000.mincultura.pt.
de 2006.
No sentido de fomentar a procura de parceiros por
O programa Cultura 2000 tem como grande objectivo
parte de entidades nacionais que tenham já neste
“encorajar a criatividade e mobilidade dos artistas, o
momento em vista uma candidatura ao Programa
acesso à cultura, a divulgação das artes e da cultura,
Cultura 2000 para o ano de exercício de 2006, o
o diálogo intercultural e o conhecimento da história
Ponto de Contacto Cultural encontra-se disponível
e do património cultural dos povos da Europa.”
para fazer circular informação relativa aos projectos a
Os prazos de apresentação das candidaturas são: 17
desenvolver por toda a rede de Pontos de Contacto
de Outubro para projectos anuais e projectos de
Cultural. Esta disseminação de informação mais
tradução; 28 de Outubro para projectos plurianuais
direccionada poderá contribuir para facilitar o
e projectos de cooperação com países terceiros.
estabelecimento de contactos para parcerias. Os
Os valores máximos de comparticipação dos custos
interessados poderão remeter informação em inglês
elegíveis são: 50% no caso de projectos anuais e
relativa aos projectos que pensam desenvolver e indicar
projectos de cooperação com países terceiros até um
a tipologia de entidades que procuram como parceiros.
máximo de 150 000 euros; 60% no caso de projectos
O registo do projecto, com o intuito de estabelecimento
Ana Paula Silva
plurianuais, até um máximo de 300 000 euros ano.
de parcerias, pode ser efectuado no site para procura
Tel.: 21 361 93 13
Para acesso ao convite para apresentação de
de parceiros, em http://agora.mcu.es. ❚
Informações e contactos
Ponto de Contacto Cultural
Vanessa Albino
Tel.: 21 361 93 10
Bases de Dados de Organismos Nacionais
O programa Cultura 2000 pretende contribuir para a
Pontos de Contacto Cultural dos países participantes no
valorização de um espaço cultural comum aos povos da
programa a informação relativa aos organismos nacionais.
Europa. Neste contexto, fomenta a cooperação entre
Os interessados em constar da referida Base de Dados
criadores, agentes culturais, promotores privados e
de Organismos Nacionais a disponibilizar para procura
públicos, actividades das redes culturais e outros parceiros,
de parcerias deverão remeter por correio electrónico
bem como instituições culturais dos Estados-Membros
([email protected]), em português e em inglês,
e dos outros Estados participantes.
um breve descritivo das suas actividades, bem como a
Assim sendo, e consciente de que o desenvolvimento
indicação do domínio de actividade no qual gostariam
de parcerias e de redes de contactos a nível europeu é
de ver o seu organismo inserido. Os domínios utilizados
a base de funcionamento e a razão de ser deste programa,
serão os domínios elegíveis ao abrigo do Cultura 2000:
o Ponto de Contacto Cultural decidiu criar no seu site,
Artes do Espectáculo; Artes Visuais; Cooperação Cultural
para além das categorias de busca de parcerias já
com Países Terceiros; Literatura, Livros e Leitura; Património
existentes, uma outra que permita o acesso dos diversos
Cultural; Pluridisciplinares. ❚
Dissertações
• Na Universidade Nova de Lisboa, em 15 de Março
a apresentação da dissertação Radiografia documental
de 2005, Maria João Canha Ferreira dos Santos, obteve
dos museus portugueses. ❚
o grau de Mestre em Museologia e Património mediante
Rede Portuguesa de Museus | 31
Estrutura de Projecto Rede Portuguesa de Museus
Calçada da Memória, 14 • 1300-396 Lisboa
Tel: 351. 21 361 74 90
Fax: 351. 21 361 74 99
Email: [email protected]
Web Site: www.rpmuseus-pt.org
DESIGN Artlandia
IMPRESSÃO Facsimile
3000 Exemplares
DEPÓSITO LEGAL
ISSN 1645-2186
Encontros
Encontro Práticas de Conservação
6.º Encontro do Comité para as
XI Encontro Internacional do MINOM
Preventiva em Museus da RPM
Casas-Museu do ICOM-DEMHIST
Molinos II
23 de Setembro de 2005
Guardiães da memória: a conservação
10 a 11 de Novembro de 2005
Museu Municipal de Faro
de edifícios e das suas colecções
Molinos, Espanha
Organização
12 a 15 de Outubro de 2005
Organização MINOM – Movimento Internacional
IPM/RPM – Instituto Português de Museus/Rede
Museu Nacional de Etnologia, Lisboa
para uma Nova Museologia
Portuguesa de Museus
Organização
Tema Património, Território Sustentável 21.
Objectivos
ICOM-DEMHIST – Comité Internacional para as
Nova Museologia
Apresentação e divulgação de práticas e de
Casas-Museu; IPM/RPM – Instituto Português de
Informações e contactos
projectos desenvolvidos na área da conservação
Museus/Rede Portuguesa de Museus; Dr.ª Maria
ADEMA – C/ Pueyo 33 Molinos (Teruel), Espanha
preventiva por museus que integram a Rede
de Jesus Monge, Directora do Museu Biblioteca
Tel.: 00 34 978 84 97 11
Portuguesa de Museus.
da Casa de Bragança – Paço Ducal de Vila Viçosa.
[email protected]
Informações e contactos
Informação e contactos
[email protected]
Rede Portuguesa de Museus
Maria de Jesus Monge
www.maestrazgo.org
Calçada da Memória, n.º 14
[email protected]
1300-396 Lisboa
Rede Portuguesa de Museus
4.º Encontro do IPCR
Tel.: 21 361 74 90 Fax: 21 361 74 99
Calçada da Memória, 14, 1300-396 Lisboa
– A História, a formação e as boas
[email protected]
Tel.: 21 361 74 90 Fax: 21 361 74 99
práticas em conservação e restauro
www.rpmuseus-pt.org
[email protected]
40 anos da criação do Instituto de
www.rpmuseus-pt.org
José de Figueiredo
Encontro Conservação de Fotografia:
24 a 25 de Novembro de 2005
Encarando o Futuro
Colóquio APOM 2005
Museu Nacional de Etnologia, Lisboa
10 a 11 de Outubro de 2005
20 a 21 de Outubro de 2005
Organização Instituto Português de Conservação
Biblioteca Nacional, Lisboa
Organização
e Restauro – IPCR
Organização Fundação Oriente
APOM – Associação Portuguesa de Museologia
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Coordenação Luís Pavão
Tema Os Museus e o Turismo
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Informações e contactos
Informações e contactos
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Fundação Oriente
APOM – Associação Portuguesa de Museologia
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Direcção de Cultura e Assuntos Sociais
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