jardim da residência sénior de loures
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jardim da residência sénior de loures
cofre Revista do Cofre de Previdência dos Funcionários e Agentes do Estado JARDIM DA RESIDÊNCIA SÉNIOR DE LOURES N.º 2 IV série Ano XX Mar./Abr. 2016 www.cofre.org PVP €1,00 SUMÁRIO 1EDITORIAL | A PALAVRA DO PRESIDENTE 11AGENDA DO COFRE | VAI ACONTECER 20CIÊNCIA | COLUNA DE ASTRONOMIA 3PROTOCOLO | REAL SEGUROS ACTIVIDADE | NÚCLEO DE DIVULGAÇÃO DO COFRE 12CONSULTÓRIO MÉDICO | OSTEOPATIA INFANTIL 23EFEMÉRIDES 4 CARTAS DOS LEITORES 14À MESA | RECEITA DA CHEF 5OFERTAS AO COFRE | LIVROS Força Restante 6PELO MUNDO | CIDADES CAPITAIS EUROPEIAS DA CULTURA 2016 San Sebastian e Wroclaw De pequenino é que se corrige o corpinho 2016 – Ano Internacional das Leguminosas 16VISITA GUIADA | NO JARDIM Jardim Botânico da Ajuda Mercúrio 24TEATRO | PROJECTO ARTÍSTICO Companhia Maior 26PERFIL | NOVO SÓCIO Paulo Borges 28QUEM É QUEM | QUINTA DE SANTA IRIA 29CONSULTÓRIO VETERINÁRIO | Cuidados de Primavera 31INFORMAÇÕES ÚTEIS | O QUE HÁ DE NOVO EM 2016 32NOTÍCIAS | O COFRE VISTO POR DENTRO 34RESIDÊNCIAS SENIORES | VILA FERNANDO 35AS PENSÕES E A POUPANÇA EM PORTUGAL 36ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA 8CENTENÁRIO | MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO Entre Paris e Lisboa 10AGENDA DO COFRE | ACTIVIDADES NA QUINTA DE SANTA IRIA FICHA TÉCNICA 39 CONVERSAS NO COFRE 40RESIDÊNCIAS SENIORES | PRIMAVERA EM LOURES 42EXCURSÃO AO ALENTEJO | RUI MEIRELES PRESIDENTE: Tomé Jardim • [email protected] | DIRECTORA: Luísa Paiva Boléo • [email protected] EDIÇÃO: Cofre de Previdência | CONSELHO REDACTORIAL: Tomé Jardim, Elder Fernandes, Norberto Severino, Manuela Charrua, Catarina Santos, Vitor Luz, Susana Inácio, Sónia Ferreira | EDITOR: Francisco Pinteus • [email protected] | IMAGEM DE CAPA: Cláudia Peres | FOTOGRAFIA: Cláudia Peres | DIRECÇÃO CRIATIVA E DESIGN: Átomo, Cooperativa Cultural e Social, CRL | PUBLICIDADE: Sara Ferreira | SECRETÁRIA: Sara Ferreira | COLABORADORES DESTE NÚMERO: Máximo Ferreira, António Valdemar, Rui Meireles, Gonçalo Nogueira Santos, Carla Filipe, Dalila Espírito Santo, Paulo Borges, Mafalda Bacalhau, Maria Delfina Machado, Teresa Azevedo CONTACTOS DO COFRE: Rua do Arsenal, Letra E, 1112-8O3 - Lisboa e Rua dos Sapateiros, 58, 11OO-579- -Lisboa Telefone: 213 241 O6O | Fax: 213 47O 476 • [email protected] | NIF: 5OO969442 | IMPRESSÃO: MULTIPONTO, S.A. ISSN 2182-1437 | DEPÓSITO LEGAL: 324664/11 | REGISTO ERC: 119146 | PERIODICIDADE: Bimestral | TIRAGEM: 44.0OO PVP: 1,OO€ | *A redacção da revista Cofre não obedece ao novo Acordo Ortográfico EDITORIAL A PALAVRA DO PRESIDENTE Tomé Jardim C omo vos disse, quando tivesse notícias dar-vos ia nota delas. Em termos gerais já o fiz na A. G. de 28 de Abril, sendo meu dever, neste grande palco que é a nossa Revista, fazê-lo igualmente. Estamos a mais de metade do nosso mandato, por isso, vamos fazer uma pequena síntese destes 2 anos e 3 meses. Na altura própria, no dia da vitória nas eleições, agradeci em nome do C. A. e dos restantes Corpos Sociais, a todos os Associados a confiança, demonstrada na nossa lista, bem expressiva de 70,56%. Apesar da lista opositora ter cometido vários actos ilegais, ter mostrado não olhar a meios para atingir os seus fins como a apropriação indevida dos endereços electrónicos e a intrusão no gabinete do Sr. Subdirector Geral do IVA, Miguel Silva Pinto difundindo por toda a Administração Fiscal um comunicado, onde a maldicência imperou com consequências disciplinares para quem a praticou como, em tempo falámos. As participações à Polícia Judiciária, ao Ministério Público e à Inspecção Geral de Finanças, permitirnos-ão saber, com a conclusão dos processos, quem foram os seus autores. Mas, também disse ser uma lição a tirar e a ter presente no pensamento de todos, em futuras eleições, principalmente daqueles que se esqueceram do momento, onde a razão e a ética aglutinam um conjunto de valores morais recebedores da adesão de uma comunidade que tem esses princípios como é a família Cofre, em detrimento daqueles que actuam na ilegalidade e por interpostas pessoas para atingir um fim. Serão sempre, mais cedo ou mais tarde, desmascarados e irão naturamente ser penalizadas por isso. E, ao contrário do dito por todos, entendemos não accionar civil e criminalmente o Mandatário da lista nem os respectivos Membros efectivos e suplentes, onde nem todos souberam da estratégia delineada por alguns - por se tratar de uma campanha eleitoral com excessos - foram muitos mas em democracia deveremos desculpá-los – e foi o que aconteceu. Na altura não estava em causa a Instituição Cofre, mas sim as pessoas hoje titulares dos Órgãos Sociais, efectivos e suplentes. Naturalmente com todo este tipo de atitutes ficámos à espera de outras surpresas e elas foram chegando em vários momentos. Tudo se tem tentado por parte de quem perdeu as eleições livres e transparentes. Para muitos terão sido surpresas desagradáveis, para nós não – conhecemos bem os envolvidos em todo o processo – temos estado sempre à espera e em Janeiro de 2014, dias depois da nossa tomada de posse recebemos a primeira. A visita da Inspecção Geral de Finanças. Apesar de parte dos Órgãos Sociais entender da ilegitimidade daquela Instituição em efectuar a auditoria entendemos no seio do C. A., não obstar à sua realização, colaborar em tudo e a determinar a todos os Departamentos da sede a fazerem-no igualmente. Porém no seu decurso deparou-se-nos outra surpresa a auditoria era só referente ao período do nosso mandato, mas apenas reuniram com os Órgãos Sociais C. A. e C. F. uma vez porque nas demais, que foram muitas, fizeram-no com o cabeça da lista opositora e trabalhador do Cofre, actualmente Tecnico Superior, João Paulo Malheiro, cuja comissão de serviço como Director de Serviços/Coordenador Geral, este Conselho não renovou no decurso do ano de 2012 por ilegalmente ocupar aquele cargo há 8 anos. Exercia-o há 18 e só o podia ter feito durante dez anos. Mas voltemos à Inspecção, a auditoria segundo o despacho far-se-ia: “ao quadriénio 2010/2013 ou a outros períodos quando tal se justificar” mas quando se aperceberam da durabilidade de três anos – 2011/2013 – do nosso mandato foram apenas estes os auditados. Apesar da chamada de atenção feita quanto às anomalias detectadas nos abates de bens e nos pagamentos efectuados para a Qta de Sta Iria, terminaram os trabalhos sem se despedirem do C. A., do C. F. e dos trabalhadores do Cofre que com aquela Instituição colaboraram. Até hoje ninguém nos enviou o relatório da auditoria como determina o CPA, publicaram-no em síntese no seu sítio dias depois do 10 de Julho de 2015, dia da visita da Polícia Judiciária e do Ministério Público ao Cofre e quando tudo já estava calmo, o País voltou a ouvir de novo falar do Cofre e do seu Presidente, negativamente. Os Autores do relatório e os superiores que o subscreveram ultrapassaram a sua legitimidade, classifi- cando per se as várias condutas com os tipos de crime, até aqui tivemos a originalidade de se substituirem, nessa classificação, à autoridade judiciária. A ética e o respeito que uma Instituição centenária e quem nela trabalha devem merecer, ficou àquem. Mas a conduta acusatória formulada por aquela Instituição no que se referia a empréstimos para a aquisição de habitação própria, obras e outras finalidades de assistência social, alvo de participação pela Inspecção Geral ao M.P. e ao Banco de Portugal, caíu de harmonia com a notificação efectuada em 11/04/2016, por esta Instituição, no parecer com a referência CRI/2016/00011528 que em síntese nos diz não existir qualquer ilegalidade pela prática de tais actos por parte do Cofre, ou seja, não são ofendidas quaisquer normas contidas no Decreto Lei nº 298/92 de 31 de Dezembro que regula o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras. E sabem? Na A. G. os Associados presentes regozijaram-se com esta notícia à excepção dos Senhores Associados Jorge Ferraz, João Pinto e João Malheiro, nem uma palavra disseram e sabem como é de vital importância tal decisão para o Cofre, para a sua sobrevivência e enquanto principal veículo de apoio Social aos nossos Associados. Mas, como disse, quando da parte do cabeça de lista e naturalmente dos demais, se permite aquele tipo de actuações, é de esperar outras de idêntica natureza ou piores. Mais tarde, utilizando indevidamente os meios informáticos do Cofre, agora como trabalhador, o técnico superior João Malheiro no seu computador, propriedade do Cofre, divulgou o mesmo tipo de discurso, a mesma actuação agora no período laboral. Aqui, por ter sido no local de trabalho e dentro das horas de expediente caíu na alçada do Dto. Disciplinar com a instauração de um processo o qual culminou com a sua demissão, regressando mais tarde ao serviço, até à decisão da acção principal devido a uma providência cautelar onde invocava carência económica. São estas pessoas que têm colocado em causa, desde a saída do aludido trabalhador do cargo de Director de Serviços/ Coordenador-Geral, todo o trabalho desenvolvido tentanto até substituir-se à decisão dos tribunais o foi caso do Associado www.cofre.org 1 EDITORIAL A PALAVRA DO PRESIDENTE Jorge Ferraz ao tentar forçar uma A. G. para derrubar os actuais Órgãos Sociais e tomar posse da gestão do Cofre. Devia preocupar-se sim com a sua gestão pessoal e respeitar a Instituição Cofre que o tem ajudado. Todavia, assim não tem acontecido e o mesmo Associado tem, através de providências cautelares aos negócios de compra e venda de imóveis, tentado criar obstáculos à gestão sabendo tratar-se – ao que consta o Sr. Trabalha numa imobiliária – de negócios de excelência para o Cofre e podendo com tais actos criar graves prejuízos, não às pessoas, mas ao Cofre sendo que todos estes actos são patrocinados pelos mesmos Advogados de outras acções onde estiveram envolvidos o aludido técnico superior Paulo Malheiro ou o antigo prestador de serviços Joaquim Silva. Por isso não nos admirámos que quando foi a julgamento a rescisão do contrato do Vau, por quebra de confiança, onde o referido trabalhador do Cofre, cabeça da lista B e mais dois elementos, um da nossa primeira direcção, Carlos Galrão e um antigo trabalhador do Cofre José Beiroco também participantes na referida lista, defendessem o privado Joaquim Silva, o primeiro em detrimento da Instituição que o promoveu socialmente e lhe paga a remuneração, o segundo dizendo o contrário do escrito num relatório que assinou a criticar o desempenho do antigo prestador de serviços na Quinta, o terceiro a testemunhar a assinatura do Dr. Móscas num documento, cujo original nunca apareceu, nem existe nenhuma acta da então Direcção a fazer referência à autorização para o Sr. Joaquim Silva utilizar, em proveito próprio, o tractor do Cofre, na sua Quinta situada na localidade da Sortelha que dista da nossa Quinta de Santa Iria, 30 Km. Estes depoimentos foram cedidos pelo Tribunal Cível de Lisboa e estão arquivados no Cofre para memória futura. Voltando à Inspecção, estranhamos o facto de passarem por documentos de abate e outros onde não existiu intervenção no local por parte dos trabalhadores do Cofre com essas funções, mas sim entre o prestador de serviços Joaquim Silva em Sta Iria e o Director de Serviços de então, em Lisboa. Este e muitos mais documentos estão na posse do M.P. da 2 www.cofre.org Covilhã. E ao contrário do que disse no Tribunal Cível de Lisboa, a sua delegção de competências para efectuar pagamentos não era ao tempo de 800€ mas sim bem maior, pagamentos que, nos anos de 2010 e 2011, foram de 167 925,05€ e 154 651,30€, respectivamente. É esta a verdade dos factos, os quais só conseguimos ultrapassar por termos trabalhado com seriedade. É certo que nos enganamos e erramos e iremos voltar a fazê-lo por sermos humanos, mas temos a nossa consciência tranquila de que se o fizemos foi sem qualquer intenção. Como referi a confiança expressa na votação pelos Associados aumentou ainda mais a nossa responsabilidade e por isso, têm existido dias de total disponibilidade da nossa parte na prossecução dos objectivos propostos e assim vai continuar apesar do trabalho a dobrar que a resposta às acções originadas pelas querelas nos dão. Mas como disse na mensagem do relatório e contas, “quem não deve não teme” e o estar bem com a nossa consciência é fundamental para olhar de frente para todos, nomeadamente para aqueles que, procurando dificultar a nossa gestão agem apenas com um intuito, atingir os seus fins sem olhar a meios, mesmo que para isso se beneficiem os interesses privados em detrimento dos do Cofre. Todavia soubemos ter a serenidade necessária para continuar com a nossa gestão e terminar o exercício com uma redução substancial do prejuízo verificado no ano anterior como se constata nos números apresentados e comentados no balanço. Não fora a constituição de uma provisão pela indemnização ao anterior prestador de serviços da Quinta, a quem denunciámos em tempo o contrato e o rescindimos no Vau por quebra de confiança, no valor de 202.500,00€, os custos de patrocínio judicial a ele adjacentes a rondar os 250 mil €, e a outros processos; o reforço da provisão para a responsabilidade dos “Gastos de previdência social” de 1.067.324,29€, aquele resultado seria naturalmente positivo. Como sabem este montante de benefícios de previdência social tem influência no resultado do exercício, não sendo todavia, resultante directo da actividade. Finalmente, não podemos deixar de lembrar a aprovação por duas vezes, nas Assembleias Ge- rais de 26/01/2015 e de 14/12/2015 dos Orçamentos, respectivamente, dos anos 2015 e 2016, onde se encontrava a alienação da Rua dos Sapateiros e nesta última a aquisição do edifício da Estrada das Laranjeiras, as quais permitiram dar seguimento por parte do CA às acções de venda e compra, objecto de uma providência cautelar e de uma acção principal de anulação dos contratos, como referi, por parte do Associado Jorge Ferraz. A nossa Revista para além do que vos acabo de contar tem muito mais para ler nas quatro páginas a mais, sem custos de expedição, por exigência dos nossos leitores mais fiéis que já são muitos. Tínhamos programado para o primeiro número desta Série a estreia desta novidade mas, guardámo-la para a Revista coincidente com a Primavera, o dia 1 de Maio e o dia da Mãe. Como podem verificar os nossos associados/as colaboraram mais com a revista, a Carla Flipe na receita, o Rui Meireles no passeio ao Alentejo, o sócio novo e as várias cartas, as habituais rubricas dos Consultórios Médico e Veterinário, com informação sempre de grande utilidade. Damos espaço para as actividades do Cofre desta vez com relevo para as Residências seniores de Loures e Vila Fernando, da sua ida ao teatro O Baile que esteve em cena no Villaret, a visita guiada ao Jardim Botânico da Ajuda pela Eng.ª Dalila Castelo Branco, a quem pessoalmente e em nome do C.A. agradeço, o projecto de teatro para seniores Companhia Maior, damos a conhecer os nossos trabalhadores da recepção da Quinta em «Quem é Quem», a coluna de Astronomia com sugestões para olhar Mercúrio no céu de Maio, as Efemérides, a biografia de Mário de Sá-Carneiro, as nossas viagens Cofre/Abreu, os protocolos assinados, as Cidades Europeias da Cultura e a apresentação do livro de Paulo Mira Coelho, «Os Meus Pés Descalços», no nosso auditório em Lisboa, e muito mais. Lembre-se, ajudando a angariar novos Associados ajuda na acção social que fazemos todos os dias para os mais e os menos novos hoje, amanhã seremos nós. Continue a enviar-nos artigos e fotos com imagens dos seus momentos. Com consideração pessoal. • O Autor, por opção, não aderiu ao acordo ortográfico. PROTOCOLO REAL SEGUROS N o dia 28 de Abril o Presidente do Conselho de Administração do Cofre de Previdência, Dr. Tomé Jardim e o Administrador da Real Vida Seguros, Dr. Joaquim Branco, celebraram uma parceria entre as duas entidades, na presença do Dr. João Santos, na qualidade de mediador. A assinatura teve lugar no Museu do Oriente, em Lisboa. Em breve divulgaremos os pormenores deste novo protocolo e todos os benefícios para os nossos associados. Na próxima revista entrevistaremos o Dr. Joaquim Branco que nos vai contar a história desta prestigiada Companhia de Seguros bem como as diversas vantagens dos seguros que foram protocolados. Esteja atento! • ACTIVIDADE NÚCLEO DE DIVULGAÇÃO DO COFRE F Sara Ferreira oi no início de 2014 que o Conselho de Administração, presidido pelo Dr. Tomé Jardim, deliberou promover uma campanha de angariação de novos sócios. Para o efeito foi criado um Núcleo de Divulgação com colaboradores empenhados na missão Cofre. Fomos contactando diversos institutos públicos por todo o país com o objectivo de disseminar os princípios e valências desta instituição. As sessões decorrem sempre de forma muito participativa com o envolvimento de todos os interve- nientes, por vezes assistidas por sócios curiosos em perceberem quais as novas regalias que o Cofre tem para oferecer. Após a exposição gera-se um pequeno debate onde se sistematizam todas as ideias transmitidas e abre-se espaço para o diálogo e para o esclarecimento de dúvidas. O Cofre, consciente das actuais dificuldades que os funcionários públicos passam e, num contexto global de crise, trabalha arduamente para as colmatar e minimizar através de uma vasta oferta de regalias, um apoio permanente em cada fase da vida do associado. No entanto, não só de apoio financeiro e social se estrutura o Cofre, cada vez mais apostamos numa vasta oferta na área do lazer e da cultura. Os nossos centros de lazer cada vez mais dinâmicos, com programas adaptados a todas as idades e em todas as épocas do ano, as encantadoras viagens Abreu e as propostas culturais do Cofre criam um valor inegável na admissão de novos sócios. Iremos continuar a nossa missão deixando desde já a quem nos recebeu um sincero agradecimento e aos nossos futuros sócios um breve até já. • www.cofre.org 3 CARTAS DOS LEITORES Rua do Arsenal, Letra E 1112-803 Lisboa [email protected] facebook.com/ cofredeprevidenciafae A revista Cofre reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os textos não solicitados e não prestará informação postal sobre eles. Os textos publicados são da inteira responsabilidade dos autores. ❱❱ Sou o José Abílio Batista Mourato associado do Cofre com o número 61460. A última revista do Cofre trazia uma entrevista sobre Astronomia à Dr.ª Maria Natália Botelho. Como sou interessado pela matéria, procurei um endereço e-mail da Dr.ª Natália para a contactar mas o endereço que encontrei estava desactivado. Se o Cofre tiver um endereço de correio electrónico da Dr.ª Natália e quiser fazer o favor de lhe perguntar se ela não se importa de mo enviar, fico muito agradecido ao Cofre. José Abílio Mourato, Sócio n.º 61460 Com autorização da astrofísica foi-lhe cedido o seu e-mail pessoal. ❱❱ Boa noite e continuação de um excelente final de fim-de-semana para todos/as associados, bem como para todos/as, funcionários do mesmo, sem deixar de manifestar iguais votos para a administração em geral, e na pessoa do Sr. Dr. Tomé Jardim. «Quem busca, sempre encontra», eis que me situo num espaço, para sem muitos rodeios, pretender manifestar os serviços de atendimento telefónico, sito, Rua do Arsenal. Ora, contactados estes serviços, como referi, em que por escassos minutos e após uns «blá blás», em gravação não muito bem-vindos (especial atenção para chamadas efectuadas de telemóveis por associados/ /as com menor limite de créditos, me senti «chutada», para qualquer um(a), que se disponibilizasse a atender-me. Eis quando fui atendida por uma funcionária, creio que jovem, pela voz, tom, educação e amabilidade. Soube, questionando a funcionária, tendo ficado deveras 4 www.cofre.org regozijada pelo facto da mudança de Seguradora, referente ao cartão de Saúde, situação que desde o início com a anterior C.ª me fez bloquear a aderência ao mesmo. Não me encontrando em Lisboa, solicitei o envio dos documentos inerentes à adesão por via «CTT». Com todas as questões que formulei, sem velocidades desmedidas, tive o acesso pretendido. É, pois, manifestamente impossível da minha parte como ex-funcionária de 40 anos, de um serviço público, cidadã, «obrigada», a pagar todas as minhas despesas e forçada a contribuir para as de outros (as), mulher civil, filha e mãe, sensível, sem pretensões e exageros, deixar de evocar por este espaço, comum a todos (as), que por aqui possam e queiram saber do outro lado (bastidores), do que se passa dentro de um serviço como o Cofre, congratular-me pela forma como fui atendida, não obstante a continuação e conclusão do processo, que me terá levado a contactar o Cofre, apesar de há muito tempo atrás, o ter tentado, sem êxito. Saliento, desta forma, o nome da funcionária, que desconheço pessoalmente, mas de cujo nome certamente tentarei sempre que me for necessário contactar, solicitar o atendimento de «Sónia Abreu», cujo apelido não esqueci, dado o protocolo existente há muitos, muitos anos, com esta nossa Instituição. Bem-haja, Sónia Abreu, pelo brio profissional e humano demonstrado e aplicado. À administração do Cofre, nomeadamente ao seu presidente, manifesto neste espaço os parabéns merecidos e a continuação da sabedoria na escolha, para o desenvolvimento do serviço e das pessoas em geral, novas, «cotas», idosas! Gos- taria de saber publicado este meu manifesto em qualquer que seja o número da revista que entenderem. Paula Luísa Dias Rodrigues Valente, Sócia n.º 62799 ❱❱ Foi através do Protocolo do Cofre/ /Abreu, que passei umas mini-férias de Páscoa fantásticas em Paris com visita ao mundo encantado da Disney. Aconselho todos os associados a viajar até à «Cidade Luz». A cidade é linda, adorei visitar a Torre Eiffel mas aconselho os que quiserem subir a mesma que comprem o bilhete online para não estar nas filas, aliás o melhor é comprar online todos os ingressos para todos os monumentos porque as filas são uma perda de tempo. Vão visitar o Arco do Triunfo, o Museu do Louvre e subam até ao Sacré Coeur para terem uma vista fantástica de Paris. Existe algo que não poderão deixar de fazer – é o passeio de barco pelo Sena. Fantástico! E claro visitar a Torre Eiffel que à noite é linda. Aproveitem e comam um crepe de Nutella junto à mesma. É magnífico. Em relação à Disney não existe muito mais a dizer. É «Um Mundo Encantado». Assim que se entra perde-se a noção da realidade. Um conselho em relação à Disney: se puderem vão durante a semana porque estão menos pessoas e as filas para os entretenimentos, para comida, etc. são muito menores e terão mais tempo para desfrutar de tudo o que aquele mundo de fantasia nos poderá dar. Obrigado ao Cofre pelo magnífico protocolo com a Agência Abreu e por esta viagem maravilhosa. Obrigado à Agência Abreu por toda uma atenção fantástica. Helena Guerreiro, Sócia n.º 99968 OFERTAS LIVROS AO COFRE força terrena real; força espiritual, força patriótica, força anímica e força final. Do capítulo Força Anímica escolhemos este poema. FORÇA RESTANTE de Joaquim Chito Rodrigues ed. Âncora, 2015 DESEJO O autor que foi recentemente entrevistado para a nossa revista na qualidade de presidente da Liga dos Combatentes mostra neste livro oferecido ao Cofre, a sua faceta de poeta, nesta que é já a sua quinta incursão nesta arte. O livro é dedicado «à Vida», com prefácio de António Salvado, poeta seu conterrâneo. Joaquim Chito Rodrigues nasceu em Castelo Branco em Março de 1935 e seguiu a carreira militar, tendo desem- penhado funções em diversas áreas nomeadamente como governador de Macau. Foi atleta olímpico e docente universitário. Este é o seu sétimo livro. O título um pouco surpreendente é-nos explicado pelo próprio: «Em determinado momento da vida, em especial se se aproxima da chamada esperança de vida, podemos afirmar que o ser humano passa a tentar reger-se por uma força a que chamo “força restante”.» Os poemas estão divididos em capítulos com outras forças: força terrena; Porque por vezes chamo E não respondes? Sinal de vida adulta Por onde andas Onde te escondes? Outrora eras tu que despertavas Transmitias ondas De potência permanente e dura A desfazer em praia De mar doce e ternura. Hoje, sou eu que clamo Para por vezes te encontrar. Como outrora, Bastando um mero toque Um simples olhar Para que um eterno desejo Signifique despertar. www.cofre.org 5 PELO CIDADES CAPITAIS MUNDO EUROPEIAS DA CULTURA 2016 San Sebastian e Wroclaw A ideia da Capital Europeia da Cultura foi instituída, em 1983, sob iniciativa conjunta dos então ministros da Cultura da Grécia, Melina Mercouri (1920-1994), e de França, Jack Lang (1939). «A principal preocupação era dar à cultura europeia o mesmo peso que a economia e a política no seio das estratégias para a consolidação da União Europeia e, com isso, numa lógica que não fosse de contracorrente promover as culturas europeias na sua diversidade.» O evento Capital Europeia da Cultura era designado até 1999 por Cidade Europeia da Cultura. Este título só pode ser atribuído pelo Conselho de Ministros da União Europeia. Desde 2005, a nomeação das cidades passou a estar englobada no âmbito comunitário. Actualmente podem ser designadas como Capital Europeia da Cultura uma cidade de um Estado-membro da UE, seguindo uma ordem prevista ou uma cidade indicada por outro país europeu. «Tem por objectivos valorizar a riqueza e a diversidade das culturas europeias, assim como as carac- terísticas comuns, e contribuir para um maior conhecimento mútuo dos cidadãos europeus.» Como tem acontecido desde 2001, neste ano de 2016, serão duas as Capitais Europeias da Cultura: San Sebastian/Donostia no País Basco em Espanha e Wroclaw na Polónia. San Sebastian foi escolhida pela «capacidade da cidade basca de superar o passado violento através da cultura» e a cidade polaca por ser um cruzamento de culturas tendo pertencido também a checos, austríacos, húngaros e alemães. Cidade com cem pontes. • A ponte Zwierzyniecki e a cisterna de Wroclaw, duas imponentes estruturas desenhadas pelo arquitecto local Karl Klimm no início do século xx. 6 www.cofre.org Lista das Capitais Europeias da Cultura 1985 – 2019 A Igreja de Santa María del Coro e vista panorâmica de San Sebastian com o Estádio de Anoeta em primeiro plano. 1985 Atenas (Grécia) 1986 Florença (Itália) 1987 Amesterdão (Países Baixos) 1988 Berlim (Alemanha) 1989 Paris (França) 1990 Glasgow (Reino Unido) 1991 Dublin (Irlanda) 1992 Madrid (Espanha) 1993 Antuérpia (Bélgica) 1994 Lisboa (Portugal) 1995 Luxemburgo (Luxemburgo) 1996 Copenhaga (Dinamarca) 1997 Salonica (Grécia) 1998 Estocolmo (Suécia) 1999 Veimar (Alemanha) 2000 Avinhão (França) | Bergen (Noruega) | Bolonha (Itália) | Bruxelas (Bélgica) | Helsínquia (Finlândia) | Cracóvia (Polónia) | Reiquiavique (Islândia) | Praga (República Checa) | Santiago de Compostela (Espanha) 2001 Porto (Portugal) | Roterdão (Países Baixos) 2002 Bruges (Bélgica) | Salamanca (Espanha) 2003 Graz (Áustria) 2004 Génova (Itália) | Lille (França) 2005 Cork (Irlanda) 2006 Petras (Grécia) 2007 Luxemburgo (Luxemburgo) | Sibiu (Roménia) 2008 Liverpool (Reino Unido) | Stavanger (Noruega) 2009 Linz (Áustria) | Vilnius (Lituânia) 2010 Essen (Alemanha) | Pécs (Hungria) | Istambul (Turquia) 2011 Turku (Finlândia) | Tallinn (Estónia) 2012 Guimarães (Portugal) | Maribor (Eslovénia) 2013 Marselha (França) | Košice (Eslováquia) 2014 Umeå (Suécia) | Riga (Letónia) 2015 Mons (Bélgica) | Plzen (República Checa) 2016 Donostia-San Sebastián (Espanha) | Wroclaw (Polónia) 2017 Aarhus (Dinamarca) | Paphos (Chipre) 2018 Leeuwarden (Países Baixos) | Valleta (Malta) 2019 Matera (Itália) | Plovid (Bulgária) www.cofre.org 7 CENTENÁRIO MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO Texto António Valdemar* Entre Lisboa e Paris M ário de Sá-Carneiro é um dos grandes poetas de Lisboa. Porque é natural de Lisboa; porque referiu e assinalou Lisboa na sua obra; porque frequentou o antigo Liceu do Carmo e o Liceu Camões, no início do seu funcionamento; porque ficou ligado a tertúlias em cafés e restaurantes, em teatros e livrarias que fazem parte da memória e da história. Nasceu em plena baixa pombalina. Foi a 19 de Maio de 1890 – na Rua da Conceição. Ainda havia a freguesia de São Julião. Revive numa lápide na casa onde nasceu, na toponímia da cidade e outros locais. Deu o nome a algumas escolas. Mário de Sá-Carneiro – cujo centenário da morte está a ser evocado em Portugal e em França – foi com Fernando Pessoa, Almada Negreiros, Alfredo Guisado, Luís de Montalvor Capa da segunda edição, de 1939, da recolha de poemas de Mário de Sá-Carneiro Dispersão com ilustração de Júlio. e outros intelectuais e artistas, um dos nomes mais representativos da revista Orpheu que promoveu a primeira grande transformação literária e cultural, em Portugal, no tempo da Primeira Guerra Mundial e das perturbações políticas que atingiram o percurso da República. Mário de Sá-Carneiro esteve em Coimbra para frequentar Direito. Apenas uns meses. Tal como António Nobre foi para Paris. Também não conseguiu tirar o curso na Sorbonne. Contudo, apaixonou-se pela cidade que se tornou outra componente da sua criação literária. Viviam então em Paris outros portugueses. Conheceu e conviveu, por exemplo, com o escultor Francisco Franco e com os pintores Amadeu Sousa Cardoso, Guilherme Santa Rita. Num acto de desespero, suicidou-se, no hotel Nice, onde residia. Existe uma lápide que recorda ali a presença do grande poeta português que interveio, decisivamente, na introdução de novos rumos na literatura, no diálogo com as vanguardas europeias que, além da poesia, da ficção e do teatro incidiu nas artes plástica • * Sócio efectivo da Academia das Ciências MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO NAS PALAVRAS DE FERNANDO PESSOA Génio na arte, não teve Sá-Carneiro nem alegria nem felicidade nesta vida. Só a arte, que fez ou que sentiu, por instantes o turbou de consolação. São assim os que os Deuses fadaram seus. Nem o amor os quer, nem a esperança os busca, nem a glória os acolhe. Ou morrem jovens, ou a si mesmos sobrevivem, íncolas da incompreensão ou da indiferença. Este morreu jovem, porque os Deuses lhe tiveram muito amor. Mas para Sá-Carneiro, génio não só da arte mas da inovação 8 www.cofre.org nela, juntou-se, à indiferença que circunda os génios, o escárnio que persegue os inovadores, profetas, como Cassandra, de verdades que todos têm por mentira. In qua scribebat, barbara terrafuit. Mas, se a terra fora outra, não variara o destino. Hoje, mais que em outro tempo, qualquer privilégio é um castigo. Hoje, mais que nunca, se sofre a própria grandeza. As plebes de todas as classes cobrem, como uma maré morta, as ruínas do que foi grande e os alicerces desertos do que poderia sê-lo. O circo, mais que em Roma que morria, é hoje a vida de todos; porém alargou os seus muros até os confins da terra. A glória é dos gladiadores e dos mimos. Decide supremo qualquer soldado bárbaro, que a guarda impôs imperador. Nada nasce de grande que não nasça maldito, nem cresce de nobre que se não definhe, crescendo. Se assim é, assim seja! Os Deuses o quiseram assim. (Fernando Pessoa na Athena – Revista de Arte, vol. I, n.º2, de Novembro de 1924) 1890 (19 de Maio) ❱❱ Nasce em Lisboa numa família da alta burguesia, o pai é engenheiro militar. 1892 ❱❱ Perde a mãe e fica aos cuidados de uma ama e dos avós. 1902 ❱❱ Escreve os primeiros versos em cadernos da escola. 1912 ❱❱ Conhece Fernando Pessoa e nasce uma forte amizade que dura até à morte de Sá-Carneiro. 1911-1912 ❱❱ Inscreve-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, mas desinteressa-se do curso. 1912 ❱❱ Parte para Paris onde faz a vida boémia dos cafés, espectáculos e faz amizades com artistas como Picasso e Modigliani. ❱❱ Publica a peça Amizade e as novelas Princípio. 1913-1914 ❱❱ Regresso a Lisboa. 1914 ❱❱ Publica os doze poemas Dispersão e A Confissão de Lúcio (novela). ❱❱ Com o início da Grande Guerra o pai parte para Moçambique o que dificulta a chegada da mesada a Paris. 1915 ❱❱ Publica as doze novelas Céu em Fogo. ❱❱ Regresso a Paris. ❱❱ Com Fernando Pessoa e outros está na origem da revista Orpheu, decisiva na introdução ao Modernismo. EXPOSIÇÕES EM 2016 Exposição em Paredes de Coura com o título - Mil Anos me Separam de Amanhã, no Parque de Estacionamento Central, Largo Hintze Ribeiro, Paredes de Coura até 22 de Maio. De Segunda-feira a Sábado das 10h00 às 18h00 - Gratuito. Biblioteca Nacional de Lisboa - Exposição dividida em oito secções: «Publicações em vida», «Publicações na primeira metade do centenário da morte», «Publicações na segunda metade do centenário da morte», «Correspondência», «Prosa», «Poesia», «Orpheu» e «Miscelânea». Até 31 de Agosto. 1916 (26 de Abril) ❱❱ Pôs termo à vida em Paris. 1946 ❱❱ São publicadas as Poesias Completas e Cartas a Fernando Pessoa. 2016 ❱❱ Diversas editoras lançam publicações da correspondência trocada com Fernando Pessoa e Obras Completas. www.cofre.org 9 AGENDA ACTIVIDADES NA DO COFRE QUINTA DE STA. IRIA VAMOS AO TEATRO ! A Quinta de Sta. Iria irá acolher duas peças de teatro pela companhia Byfurcação, em cena no nosso auditório no mês de Maio, «O Principezinho» e os «Os 3 Mosqueteiros». Data: Os 3 Mosqueteiros – 15 de maio (aberto ao público); O Principezinho – 16 de maio - público geral e escolar Marcações e informações: [email protected] ou 93 646 00 30 VISITAS DE ESTUDO AO PLANETÁRIO A Quinta de Sta. Iria tem à disposição um roteiro para a realização de visitas escolares ao Observatório e Planetário da Quinta. Aberto todo o ano. Informações e marcações: [email protected] 275 920 170 VERÃO RADICAL NA PRAIA AZUL A colónia de férias em Torres Vedras está cheia de adrenalina! Com actividades como a iniciação à prática do surf, slide, escalada, cama elástica, escorrega na água, espaço aventura na mata, futebol, basquetebol, voleibol, ténis de mesa, petanca, matraquilhos, iniciação à prática da «Capoeira», ateliers de cerâmica e Cinemateca. 10 www.cofre.org Praia Azul TORRES VEDRAS Inscreve-te já!! Data da actividade: 4 a 13 Julho Inscrições: [email protected] 4 a 13 de Julho (dos 9 aos 15 anos) 250.00 euros Preço por participante AGENDA VAI DO COFRE ACONTECER ANIMAÇÃO E ACTIVIDADES DE VERÃO EM LISBOA mais informações: [email protected] Conheça as actividades de ocupação de tempos livres em Lisboa. O Cofre irá abrir as suas portas para actividades com as nossas crianças. Não perca! A 1.ª semana será dedicada ao conhecimento. A 2.ª semana será dedicada ao teatro e encenaremos uma pequena peça para apresentar no final da semana. A 3.ª semana será dedicada à descoberta da zona histórica da cidade de Lisboa. Data: de 14 de Junho a 1 de Julho Inscrições: [email protected] ANIMAÇÃO E ACTIVIDADES DE VERÃO À semelhança do que tem acontecido nos dois últimos anos, este ano durante uma parte do verão vão decorrer actividades na Quinta. Estas englobarão visitas ao planetário, quinta pedagógica (horta e alimentação e tratamento dos animais), ateliers de gastronomia, expressão plástica, jogos, desporto, caminhadas, actividades aquáticas, arraiais e muito mais! FLORESTAS ENCANTADAS Participe na caminhada pela Mata de São Lourenço, Covão da Ponte e a Mata de Leandres. Inclui almoço, seguro de acidentes pessoais, guias e entradas no Centro de Interpretação do Vale Glaciar. Data: 14 de Maio Preço: 35€ por pessoa Idade Mínima: 12 anos www.cofre.org 11 CONSULTÓRIO OSTEOPATIA MÉDICO INFANTIL Texto Gonçalo Nogueira Santos De pequenino é que se corrige o corpinho O s bebés e crianças sofrem dores de todos os tipos: cabeça, articulares, órgãos, stressam-se, deprimem-se, padecem quase das mesmas patologias que o adulto. O único problema é que não falam, «simplesmente» choram, não dormem bem, têm cólicas, regurgitam, não comem, vomitam, têm alergias e problemas respiratórios, etc. Sinais que, ao serem ignorados, vão marcar a infância, a adolescência e a vida adulta. O bebé está sujeito a sucessivas compressões durante os últimos meses de gestação, uma vez que à medida que vai crescendo, o espaço na barriga da mãe vai diminuindo. Depois, vem o trabalho de parto, onde as compressões se intensificam principalmente quando é necessário o recurso a fórceps ou ventosa. No parto de cesariana, o bebé não é obrigado a movimentar-se, estando ausentes muitas das manipulações naturais que acontecem no parto vaginal. Todos estes acontecimentos podem provocar pequenas sequelas no bebé que, embora não sendo graves, podem estar na origem de muitos dos habituais problemas dos bebés nos primeiros meses de vida. A osteopatia infantil é um concei12 www.cofre.org to relativamente recente em Portugal que representa uma adaptação da osteopatia à estrutura e crescimento do bebé ou da criança. Segundo o seu fundador, o conceito osteopático defende que o mais importante é a mobilidade de qualquer tecido no corpo, e o facto de esta possibilitar que todas as estruturas funcionem sem obstáculos. Se realmente há algo que diferencia o trabalho de osteopatia no adulto e num bebé ou criança é que estes estão em plena fase de crescimento e de formação. Qualquer indício de que algo se está a formar mal, é uma oportunidade de o corrigir com a ajuda de técnicas manuais de baixa intensidade. Podem ser corrigidas, na medida do possível, as deformações vertebrais que produzem uma escoliose, o mau alinhamento dos joelhos e dos pés e, talvez as mais importantes em termos futuros, as deformações dos ossos do crânio que produzem, entre outras, uma plagiocefalia (aplanamento oblíquo da cabeça), alterações na convergência/divergência visual, otites de repetição, dificuldades na amamentação, refluxo, alterações no padrão de sono e comportamentais ou, simplesmente, no alinhamento dentário. A osteopatia infantil representa um avanço importantíssimo na forma como se entende o bebé, pois os seus sinais gestuais e sonoros levam o terapeuta a identificar a causa do problema! A osteopatia infantil representa um avanço importantíssimo na forma como se entende o bebé, pois os seus sinais gestuais e sonoros levam-nos a identificar a causa do problema. Por exemplo, um bebé que está com algum incómodo na cabeça, puxa o cabelo ou as orelhas, um bebé que tem cólicas chora encolhendo as pernas e fazendo força na barriga. Um bebé que gatinha com um pé debaixo das nádegas representa uma pequena disfunção na sua pélvis e há que corrigir essa articulação para que o seu crescimento seja harmonioso. Este tipo de sinais de alerta têm de estar presentes no conhecimento geral da população e conduzem o osteopata infantil a fazer um raciocínio clínico específico Nota biográfica Gonçalo Nogueira Santos, fisioterapeuta licenciado, Osteopata pela Escola de Osteopatia de Madrid, Reeducação Postural Global (R.P.G.) e ainda a 1.ª Pós-Graduação em Osteopatia Infantil em Portugal. Actualmente desenvolve o seu trabalho em adultos e em crianças, na clinica Kinetic-Fisioterapia/Osteopatia, em Lisboa. Contacto [email protected] e executar o seu tratamento sempre com o objectivo de repor a mobilidade e o alinhamento às articulações, permitindo que o desenvolvimento seja natural e sem pressão. Um tratamento de osteopatia infantil tem normalmente a duração de 30-45 minutos, onde são usadas essencialmente técnicas articulares suaves, adaptadas à idade do bebé ou criança. É aconselhável fazer um check-up durante o primeiro mês de vida do bebé e ir acompanhando o seu crescimento com 4 consultas durante o primeiro ano de vida. Após este período, é aconselhável fazer entre 2-4 consultas por ano durante o crescimento da criança, para garantir que tudo está a ir no caminho certo. A sociedade está a desenvolver-se a uma velocidade vertiginosa, onde o conhecimento acompanha a tecnologia e, nos dias de hoje, já não podemos ficar indiferentes a um bebé que tenha a cabeça «torta» e não fazer nada, ficando à espera que o tempo corrija tudo. Tal não irá acontecer, pois o tempo só trará novas adaptações corporais, novos sinais. A osteopatia infantil existe e deverá ser praticada por profissionais com formação específica. • www.cofre.org 13 À MESA RECEITA DA CHEF Por Carla Filipe, Sócia n.º 104807 2016 - Ano Internacional das Leguminosas A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o Ano de 2016 como o Ano Internacional das Leguminosas. A Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO) foi nomeada para facilitar a execução do Ano em colaboração com os governos, organizações relevantes, organizações não-governamentais e demais partes interessadas. Nesse sentido a revista Cofre alia-se a esta iniciativa, apresentando sempre que possível, e com a colaboração dos sócios, receitas com leguminosas e vegetais. Esperamos que goste das nossas propostas. • Sopa de grão com espinafres INGREDIENTES 350 gr. de grão cozido 1 chuchu 3 cenouras 2 cebolas 2 courgettes sem casca 1 batata-doce pequena sal marinho a gosto água q.b. 1 fio de azeite 1 molho de espinafres frescos (preferível biológicos) PREPARAÇÃO Lave e corte os legumes em pedaços uniformes de forma a que o tempo de cozedura seja aproximadamente o mesmo. Coloque-os num tacho, cubra com água e leve ao lume até estarem cozidos. Entretanto, lave e arranje os espinafres. Dê-lhes uma fervura num tacho com água. Escorra-os e reserve. Quando os legumes estiverem quase cozidos, adicione o grão (reserve alguns grãos para o final) deixe-os aquecer um pouco com os restantes legumes. Depois de cozidos, tempere com o sal marinho e um fio de azeite e, com a ajuda de uma varinha mágica, triture até obter um creme. Adicione agora os espinafres e o grão que reservou. 14 www.cofre.org Salada de feijão-frade com atum e tomilho INGREDIENTES (para 6 pessoas) 250 gr. de feijão-frade cozido 200 gr. de filetes de atum em azeite 1 cebola roxa picada 12 ovos de codorniz cozidos 12 tomates-cherry coloridos cortados em quatro tomilho fresco a gosto azeite e limão a gosto para temperar PREPARAÇÃO Coloque todos os ingredientes numa saladeira, tempere com azeite, limão e tomilho fresco a gosto. Tarte de amêndoa INGREDIENTES 1 placa de massa folhada fresca 1 lata pequena de feijão branco escorrido 150 gr. de amêndoa laminada sem casca 80 gr. de farinha 80 gr. de margarina à temperatura ambiente 225 gr. de açúcar fino para bolos 5 ovos açúcar em pó q.b. para polvilhar PREPARAÇÃO Forre uma tarteira com a massa folhada e pique o fundo com um garfo. Triture 100 gr. de amêndoa e reserve a restante. Reduza o feijão a puré. Bata todos os ingredientes até formar uma massa homogénea e verta na tarteira. Disponha as restantes amêndoas sobre a massa e polvilhe com um pouco de açúcar para que caramelizem ao cozer a tarte. Leve a forno pré-aquecido a 180oC, cerca de 35 minutos. Deixe arrefecer um pouco e polvilhe com o açúcar em pó. www.cofre.org 15 VISITA NO GUIADA JARDIM Texto Luísa Paiva Boléo e Sónia Ferreira Fotos Cláudia Peres Jardim Botânico da Ajuda C onforme agendado fomos recebidas pela Eng.ª Dalila Espírito Santo que nos apresentou a sua equipa antes de iniciarmos a visita guiada. Eng.ª Dalila – Após o terramoto de 1755 a reconstrução de Lisboa contemplou a construção do Colégio dos Nobres, e entre muitos dos professores que foram chamados veio de Pádua o arquitecto Domingos Vandelli que, devido ao atraso das obras sugeriu a criação de um Jardim Botânico nos terrenos ocupados por horta, na Quinta de Cima, anteriormente comprada por D. João V. Em 1764 Vandelli começa a delinear o futuro Real Jardim Botânico numa área de quatro hectares. Cofre – Vemos três pavões que se passeiam livremente e que ostentam as suas penas em leque, e ali um grupo de crianças com a vossa guia. Eng.ª Dalila – Por causa deles (pavões) há muitos canteiros com plan16 www.cofre.org tas baixas que temos de proteger pois são tentados a comer folhas e frutos. Este foi o 15.º Jardim Botânico da Europa. Vandelli, em 1791, foi nomeado director do Real Jardim Botânico da Ajuda, Laboratório Químico, Museu de História Natural e Casa do Risco. A colecção chegou a mais de 5000 espécimes. Vandelli seguiu o sistema natural de Lineu para classificar as plantas. Martinho de Mello mandou construir duas estufas destinadas a plantas exóticas, vindas do Brasil, Angola e Cabo Verde. João VI mandou abrir o jardim ao público. Com as invasões francesas em 1807 foram roubadas muitas espécies e remetidas para Paris. O botânico Félix de Avelar Brotero foi empossado como administrador e director em 1811. Os jacarandás hoje espalhados por Lisboa vieram com certeza do Brasil e Brotero oferecia as suas sementes a quem os quisesse cultivar. 1726 1755 Fonte das Quarenta Bicas Família real foi viver para uma residência provisória conhecida por «Real Barraca» que ardeu Os jacarandás hoje espalhados por Lisboa vieram com certeza do Brasil e Brotero oferecia as suas 1811 sementes a quem os quisesse cultivar. Felix Avelar Brotero é nomeado director do Jardim Botânico e introduziu grandes melhoramentos ACTIVIDADES Diversos eventos e actividades decorrem no Jardim, podendo-se destacar o Halloween (considerado um dos melhores de Lisboa) e a festa da Primavera. Existem também ateliers e workshops para escolas e público geral de todas as idades. As visitas guiadas decorrem todo o ano e são adaptadas aos participantes de todas as idades. Das actividades ocupacionais desenvolvidas em período de férias, nasceu o grupo de teatro Animarte que anima os diversos eventos que decorrem no Jardim. Em 1834 foi nomeado director o Dr. José de Sá Ferreira e Santos do Valle. Posteriormente, o Real Museu e Jardim Botânico da Ajuda foi confiado à administração da Academia das Ciências. A Eng.ª Dalila foi-nos falando de nomes de plantas e da organização das mesmas por regiões de proveniência: das Américas, de África, da Ásia e as autóctones. Em 1840 a direcção científica do Jardim Botânico foi confiada ao Dr. José Maria Grande. Damos um salto no tempo para nos falar da importância da arquitecta paisagista Prof.ª Cristina Castel-Branco (directora do Jardim entre 1993-2001) que fez o restauro do tabuleiro superior como se pensa que tenha sido originalmente concebido. Eng.ª Dalila – Este é um ácer com 20 anos. Sabemos a idade das araucárias pelos andares que os ramos formam. Em Portugal havia a tradição de os pais plantarem uma arau- D. João V compra a Quinta Real de Cima, ao cimo da encosta da Ajuda 1768 Vandelli, após ter trabalhado dois anos no Jardim Botânico de Coimbra foi nomeado director do Real Jardim Botânico da Ajuda 1840 A direcção científica do Jardim Botânico foi confiada ao Dr. José Maria Grande 1910 Desde a República passou a denominar-se Jardim Botânico da Ajuda 1993 A arquitecta paisagista Cristina Castel-Branco é nomeada directora do Jardim tendo criado o Jardim dos Aromas no ano seguinte 1976 Após o 25 de Abril de 1975, uma comissão de gestão dirigiu o Jardim 2002 A Eng.ª Dalila Espírito Santo dirige o Jardim Botânico da Ajuda www.cofre.org 17 VISITA GUIADA TABULEIRO SUPERIOR Neste, onde outrora se localizava a escola de taxonomia existem hoje 1600 exemplares provindos de vários recantos do mundo, com especial incidência nos trópicos. Destaca-se o Dragoeiro de Vandelli que era já um exemplar adulto quando chegou ao Jardim Botânico em 1768. Hoje encontra-se escorado por uma estrutura em aço de onde saem vários cabos em polietileno que abraçam todos os ramos, segurando toda a sua opulência. Para além deste pode ainda passear pela alameda de Jacarandás alguns que já contam com mais de dois séculos de vida. TABULEIRO INFERIOR Da parte inferior do jardim pode salientar-se a Fonte das Quarenta Bicas elaborada por artesãos da Ajuda e ornamentada por diversos elementos e monstros marinhos. Aqui observam-se também várias plantas aquáticas. Mas para além de várias árvores, algumas das quais sobreviveram ao furacão de 1941, pode percorrer o passeio ornamental contornando os 12 quilómetros do sexagenário Buxo que respeita o desenho original concebido por Brotero em 1868 e que tem apenas um cuidador (podemos imaginar quanto tempo demora a cuidar e aparar toda esta extensão). ESTUFA DAS ORQUÍDEAS Nesta estufa reside uma bonita coleção de orquídeas de diferentes espécies. Um casal Finlandês apadrinhou este projecto e cuida das actuais 5000 orquídeas aqui presentes. Nesta construção são ainda visíveis vestígios do edifício original como o Brasão desenhado pelo Rei D. Luis. 18 www.cofre.org cária quando nascia um filho. Cada ano, um andar. Em 1874 o jardim foi entregue à administração da Casa Real, tendo decaído progressivamente. Desde a República, em 1910, passou a denominar-se Jardim Botânico da Ajuda. Sucederam-se várias direcções, até que foi entregue ao Instituto Superior de Agronomia, em 1918. Neste ano o Prof. Joaquim Rasteiro fez a reconstituição do tabuleiro inferior, dando-lhe o aspecto que tinha na planta de 1869. Em Fevereiro de 1941 houve um furacão em Lisboa que poupou o Jardim Botânico da Escola Politécnica, mas aqui arrancou pela raiz árvores com mais de 200 anos. Cofre – Houve problemas no 25 de Abril? No 25 de Abril o Jardim foi vandalizado, mas em 1975 e 1976, uma comissão de gestão dirigiu o Jardim e actualizaram-se as identificações de mais de 100 espécies de plantas ornamentais cultivadas aqui. Entre 1993 e 1997, com o apoio do Prémio de Conservação do Património Europeu e do Fundo de Turismo, sob a orientação da arquitecta paisagista A obra de recuperação e manutenção do dragoeiro é da autoria do especialista em árvores monumentais, o belga Bruno de Grunne. A AAJBA é uma Associação sem fins lucrativos que surgiu em 2000 com a finalidade de colaborar e apoiar a Direcção do Jardim Botânico da Ajuda nas acções necessárias à protecção e conservação deste notável património da cidade de Lisboa, bem como de desenvolver actividades para os Associados e público em geral que visem a promoção e divulgação do espaço do Jardim. http://www.aajba.com Maria Dalila Paula Silva Lourenço do Espírito Santo Cristina Castel-Branco, procedeu-se a um restauro do Jardim com a recuperação da colecção botânica e a instalação do Jardim dos Aromas. Eng.ª Dalila – Em 2001 apresentei nas provas públicas de Habilitação à Coordenação Científica um programa para conservação de plantas raras e endémicas em Portugal e pouco depois, com grande surpresa minha, fui convidada para dirigir este Jardim. Aqui estou desde 2002. Cofre – Quantas pessoas trabalham aqui? De quem depende o JBA? Eng.ª Dalila – Temos quatro jardineiros, porém, contamos com os voluntários como a Mar, o Joseph, a Mariagiovana e a Patrícia. Os guias são normalmente alunos de Agronomia. Depende do ISA – Instituto Superior de Agronomia, e propriedade da Universidade de Lisboa. Agora são horas de almoço. Temos o restaurante do Jardim para continuarmos a conversa. E assim terminou esta visita. • Os nossos agradecimentos à Eng.ª Dalila Espírito Santo. Investigadora Coordenadora do Instituto Superior de Agronomia, é diretora do Jardim Botânico da Ajuda desde 2002, sendo desde então a representante dos jardins botânicos portugueses no Consórcio Europeu de Jardins Botânicos. Foi presidente da Associação Ibero-Macaronésica de Jardins Botânicos entre 2004 e 2007 e da Associação de Herbários Ibero-Macaronésicos de 2009 a 2015. É a investigadora responsável pelo grupo de investigação em Arquitectura Paisagista, Biodiversidade e Conservação do Centro de Investigação em Alimentação, Agricultura, Ecologia e Paisagem (LEAF) e membro consultor do Colégio F3 - Farming, Food and Forest, da Universidade de Lisboa. Desde 1994 participou na implementação da Directiva Habitats em Portugal, prestando informação sobre tipos de habitats necessária para o Plano Sectorial da Rede Natura 2000 em Portugal (em 2004), incluindo a caracterização e medidas de gestão. A sua área de investigação centra-se em aspectos de conservação de plantas e conhecimento sobre a vegetação e flora, incluindo a identificação de espécies de plantas ameaçadas, detecção de ameaças e delineamento de planos de gestão para reverter o processo de declínio e garantir a sustentabilidade futura. Interessam-lhe em particular as espécies endémicas e ameaçadas, bem como plantas invasoras e exóticas que exercem pressão sobre os ecossistemas naturais. Algumas espécies de plantas envolvem a conservação ex-situ de germoplasma selvagem. Estudos de vegetação com o objectivo de produzir tipologias directamente utilizáveis em políticas e gestão de conservação têm sido realizados, sendo os últimos dedicados às comu- nidades com Limonium spp. Questões relevantes incluem a relação entre as comunidades e os factores ambientais, as perturbações e as mudanças climáticas. Ao nível tipológico, é importante a contribuição para as Checklist da Flora de Portugal (co-editora) e da Vegetação de Portugal e de Espanha. Outras linhas de investigação incluíram a identificação de padrões de composição de espécies de plantas e diversidade em pastagens submetidas a diferentes usos no leste continental português e em charcos temporários no sudoeste. Participou nos trabalhos de base para a execução da lista vermelha dos habitats europeus (em curso), para um consórcio europeu. Procura, também, fomentar entre os Jardins Botânicos Portugueses a contribuição que os mesmos podem dar para os objectivos da conservação da biodiversidade até 2020 designadamente na conservação ex-situ e na educação. www.cofre.org 19 CIÊNCIA COLUNA DE ASTRONOMIA Texto Prof. Máximo Ferreira Mercúrio passa em frente do Sol O Estatueta de bronze do século xvi representando o deus romano Mercúrio. 20 www.cofre.org planeta Mercúrio recebeu o seu nome do deus romano, mensageiro dos deuses, muitas vezes representado com asas nos tornozelos para que pudesse deslocar-se mais rapidamente, como convinha a uma rápida transmissão de recados. Tal facto resultou de aos planetas terem sido atribuídos nomes de deuses da mitologia (primeiramente da grega, da qual resultariam correspondentes na romana) e teve relação com o rápido deslocamento do planeta em relação às estrelas, observação efectuada desde há séculos, muito antes de se saber que, na verdade, gira em volta do Sol como todos os outros. É certo que a sua visibilidade ocorre durante períodos curtos (pouco mais de uma semana), com intervalos de cerca de um mês e meio – ou seja, metade do seu período orbital – a seguir ao pôr-do-sol, e quarenta e cinco dias depois, de madrugada, cerca de uma hora antes de o Sol aparecer. O seu brilho é sempre consideravelmente superior ao da Estrela Polar e, por vezes, a luz reflectida por Mercúrio torna-o mais brilhante do que a estrela de maior luminosidade em todo o céu, que, como se sabe, é Sírio, da constelação do Cão Maior. As diferenças de brilho resultam da distância entre o planeta e a Terra, a qual pode variar entre 90 e 210 milhões de quilómetros, correspondendo o segundo valor à ocasião em que Mercúrio está «do outro lado do Sol» e os 90 milhões de quilómetros às ocasiões em que se encontra entre a Terra e o Sol. Obviamente, nestas circunstâncias extremas não é possível observá-lo, dado que a luz solar o ofusca, sendo necessário esperar por ocasiões em que, visto da Terra, ele se encontre à esquerda do Sol (será avistável ao fim do dia) ou à direita, sendo então visível de madrugada. Ainda antes do início da nossa era, nos tempos em que se supunha a Terra no centro do universo – com todos os astros a girarem à sua volta – existiram astrónomos que afirmavam que, tal como a Lua se interpunha, por vezes, entre a Terra e o Sol de modo a produzir eclipses, também os planetas Mercúrio e Vénus deveriam passar na frente do Sol. E, se tal acontecimento não era observado, isso dever-se-ia ao facto de tais planetas serem transparentes! Só depois de se ter percebido a imensidão das distâncias entre os componentes do sistema solar e se adquirirem capacidades para avaliar os diâmetros dos planetas, é que foi possível ter ideia de que um trânsito de Mercúrio (nome dado à passagem do planeta na frente do Sol) não poderia ser visto a partir da Terra, mesmo que se olhasse para o Sol através de recursos que diminuíssem a luz que chega aos olhos. Ainda não havia telescópios e o planeta é demasiado pequeno para que a sua projecção sobre o disco solar pudesse ser percebida! Mercúrio captado pela sonda Messenger em 2008. A partir de 1609, Galileu construiu telescópios de lentes, progressivamente mais perfeitos e, pouco depois, Newton realizou instrumentos idênticos, com espelhos. Em 1676, Edmund Halley – então um jovem de vinte anos, interessado por astronomia, decidiu-se partir para a ilha de Santa Helena com o objectivo de elaborar um catálogo de estrelas do hemisfério celeste sul. Durante a sua permanência na ilha, observou um trânsito de Mercúrio, em 7 de Novembro de 1677, tendo efectuado medições de tempos com um rigor que o levou a concluir que os trânsitos de Mercúrio e de Vénus poderiam ser utilizados – se observados de latitudes consideravelmente diferentes – para (pelo efeito de paralaxe) determinar o valor da Unidade Astronómica (UA). Esta unidade de medida, que já havia sido adoptada, tomava como referência a distância entre a Terra e o Sol – designando-a por «uma Unidade Astronómica» – do que resultava a expressão das distâncias entre o Sol e Mercúrio ou Vénus por um número inferior a 1, enquanto para os planetas mais distantes do Sol (Marte, Júpiter e Saturno), as distâncias eram referidas por 1,5 UA, 5,2 UA e 9,5 UA, respectivamente. No entanto, não se sabia a quantos quilómetros correspondia 1 UA! Dados os tamanhos e as velocidades orbitais de Mercúrio e de Vénus, seria este último o escolhido para concretizar a intuição de Halley e, uma vez obtido o valor de 1 UA, foi fácil estabelecer a tabela de distâncias de todos os planetas conhecidos e completá-la à medida que outros foram sendo descobertos. Depois disso, os «trânsitos» contêm apenas o interesse de detectar alguns pormenores que conduzam a maior rigor na previsão dos momentos em que ocorrem as diversas fases do fenómeno e experimentar novas técnicas de observação e registo. Tendo em conta a excentricidade da órbita de Mercúrio bem como a sua inclinação relativamente ao plano orbital da Terra, deduziu-se que, em cada século, ocorrem cerca de uma dúzia de trânsitos com intervalos de 3, 7, 10 ou 13 anos, numa sequência quase regular e que acontecem sempre em Maio ou Novembro, ocasiões em que Mercúrio atravessa o plano da órbita da Terra. • O trânsito de Mercúrio de 9 de Maio de 2016 começa cerca das 12h13 momento favorável à observação dado que o Sol se encontra bem alto. Mais de três horas e meia depois, às 15h56, o ponto escuro de Mercúrio estará quase no centro do disco solar mas não se aproximará mais, prosseguindo depois para a periferia, onde chegará às 19h40, menos de uma hora antes do pôr-do-sol. A observação e registo de um fenómeno destes é sempre aliciante e fácil, tornando-se apenas indispensável ter os cuidados necessários no manuseamento de telescópios, filtros solares e máquinas fotográficas. Como se sabe, são graves as consequências de olhar o Sol directamente e muito mais graves se isso se fizer através de um instrumento com lentes ou espelhos, como binóculos ou telescópios. Uma técnica simples e segura consiste na projecção da imagem para um pequeno ecrã, contemplando ou fotografando então o disco solar com o pequeno ponto preto (perfeitamente circular) que se vai deslocando sobre o Sol, ao contrário de eventuais «manchas solares» que, para além de aspecto quase sempre irregular, manterão praticamente as suas posições no disco solar, no período em que decorre o trânsito. Sequência do trânsito de Mercúrio de 27 de Maio de 2003, captada por Dominique Dierick. www.cofre.org 21 EFEMÉRIDES 500 ANOS DA BEATIFICAÇÃO DA RAINHA SANTA ISABEL A rainha D. Isabel de Aragão casou com o rei D. Dinis. A sua vida está envolta em generosidade e santidade e na lenda do Milagre das Rosas, mas os cronistas dizem-nos que esta era uma monarca interventiva nos assuntos de Estado. Evocamos aqui os 500 anos da beatificação da Rainha Santa Isabel em 1516. Depois de enviuvar em 1325 D. Isabel foi viver para Coimbra onde mandou erigir, sobre as ruínas de um outro mosteiro, a igreja e mosteiro de Santa Clara, na margem esquerda do rio Mondego. A primeira pedra foi lançada em 28 de Abril de 1286 e a igreja sagrada em 1330. A Rainha Santa faleceu em Estremoz em 4 de Julho de 1336 tendo sido o seu corpo transportado para Coimbra o que desde logo atraiu muitos devotos. O processo de beatificação da rainha deve-se ao Papa Leão X em 1516 e a sua canonização ocorreu por bula de Urbano VIII, em 1625. No Museu Nacional de Arte Antiga está patente a exposição «O Tesouro da Rainha Santa: Imagem e Poder», de 4 de Março a 19 de Junho de 2016. 22 www.cofre.org A Real Biblioteca Pública da Corte, antepassada da Biblioteca Nacional de Portugal foi criada por alvará da rainha D. Maria I em 29 de Fevereiro de 1796 e veio colmatar a perda de outra grande biblioteca criada por D. João V no torreão Ocidental do Terreiro do Paço que ardeu no terramoto de 1755. Esta biblioteca esteve no Convento de São Francisco antes de ser inaugurado o actual edifício em Entrecampos que data de 1969, tendo sofrido ampliações já neste século xxi. Tem na entrada uma estátua da rainha fundadora. AS OUTRAS CONSTITUIÇÕES Política da Monarquia Portuguesa jurada 1822Cporonstituição D. João V, entrou em vigor em Setembro de 1822 A actual Constituição da República Portuguesa, a sexta na nossa História, fez 40 anos no dia 2 de Abril passado e foi assinalada um pouco por todo o país. Teve sete revisões. O presidente da República, Prof. Marcelo Rebelo de Sousa disse na ocasião que o país está muito afastado das instituições e que seria tempo de ensinar a Constituição nas escolas. e continha 240 artigos. No artigo 121.º determinava-se que: «A autoridade do rei provém da Nação, e é indivível e inalienável.» Carta(*) Constitucional da Monarquia Portuguesa decretada pelo rei D. Pedro, imperador do Brasil em 29 de Abril de 1826. No artigo 86.º explicita-se que reinará, devido à abdicação do pai (D. Pedro) a rainha D. Maria II. (*) Carta enviada do Brasil e jurada em Lisboa. Constituição Política da Monarquia Portuguesa jurada pela rainha D. Maria II em 4 de Abril de 1838 com 139 artigos. 1826 1838 Em 5 de Outubro de 1910 foi instaurada a República em Portugal Constituição da República Portuguesa, votada em 21 de Agosto de 1911 com 87 artigos. 1911 onstituição da República Portuguesa aprovada pelo 1933CPlebiscito Nacional em 19 de Março de 1933 com 142 artigos. Vigorou até Abril de 1974. Aprovada em 2 de Abril de 1976. Contém actualmente 296 artigos. 1976 400 ANOS DA MORTE DE WILLIAM SHAKESPEARE William Shakespeare, um dos fundadores do teatro inglês, é considerado universalmente como um dos maiores e mais inspirados autores de todos os tempos. Nasceu em Abril de 1564. Festejamos este ano os 400 anos da sua morte em Abril de 1616. Muitos de nós leram, e quem não leu já terá visto em teatro, ópera, bailado ou cinema peças como Hamlet, Otelo, Macbeth, Romeu e Julieta, Rei Lear, Ricardo III, A Fera Amansada ou Sonho de uma Noite de Verão para nomearmos apenas as peças mais conhecidas do grande público, embora se contem em cerca de quaren- 400 ANOS DA MORTE DE MIGUEL DE CERVANTES Acontece por vezes a obra ser mais conhecida que o autor. É talvez o caso de Miguel de Cervantes Saavedra (1547-1616) autor de Dom Quixote de La Mancha como passou para a posteridade. Escrito em duas partes com um intervalo de dez anos: 1505 e 1515, o êxito foi imediato. Cervantes foi militar e combateu na famosa Batalha de Lepanto. A sua vida é, ela mesma, uma aventura fascinante. Na passagem dos 400 anos da sua morte em 22 de Abril de 1616 muito mais podemos ficar a saber deste personagem Dom Quixote. O livro é uma longa viagem durante a qual Dom Quixote e Sancho Pança, dialogam sobre a vida. Nestas personagens estão condensados todos os valores da humanidade entre o sonho e a realidade. ta as obras deste inglês nascido em Stratford-upon Avon. Tudo, ou quase tudo já foi dito e escrito sobre Shakespeare, daí darmos aqui notícia da estreia do drama Otelo no nosso país, mais precisamente no dia 23 de Novembro de 1882 conforme notícia em O Ocidente de 11 de Dezembro desse ano. O actor Eduardo Brazão (1851-1925) não poupou esforços para montar a peça no Teatro Nacional D. Maria II, tendo demorado dois anos a preparar-se, tendo estado em Londres em escolas de teatro para desempenhar este difícil papel dramático. O êxito foi enorme. www.cofre.org 23 TEATRO PROJECTO ARTÍSTICO Texto Sónia Ferreira e Susana Inácio Fotos Bruno Simão Companhia Maior A Companhia Maior distancia-se de uma mera ocupação de tempos livres e afirma-se como um projecto profissional abraçado com a dedicação de quem suporta intensas horas de ensaio que levam o corpo e a mente ao limite da sua destreza. É uma luta contra o corpo. No seu íntimo, estão impressas a arte, a experiência de vida e uma imensa vocação para os palcos. Cristina Gonçalves e Luís Silvestre elementos deste elenco e o produtor Luís Moreira receberam-nos para dois dedos de conversa. Sediados no CCB – Centro Cultural de Belém (Lisboa), esta Companhia, onde artistas com menos de 60 anos não entram, enquadra-se nas tendências artísticas contemporâneas. Surgiu em 2010 impulsionada por Luísa Taveira, actual directora artística da Companhia Nacional de Bailado (CNB), inspirando a sua génese num projecto similar existente no Reino Unido. Mas foi uma série 24 www.cofre.org de workshops que ditaram a sua criação, impelindo os participantes, todos com algum tipo de vínculo (profissional, emocional ou vocacional) ao teatro, à música ou à dança, a mergulharem mais intensamente no mundo das artes cénicas. As suas criações quebram o estigma da idade e abraçam novas estéticas e abordagens de palco que têm mais em comum com o Teatro Experimental do que com a encenação de temas clássicos. Não será de estranhar encontrar no seu elenco nomes como Carlos Nery (actor), Kimberly Ribeiro (bailarina) ou Michel (músico e bailarino de sapateado) ou outros que já partiram, como Luna Andermatt (bailarina e coreógrafa). Estes espectáculos, maioritariamente físicos, desafiam as rugas que até hoje não se têm retraído. «É um trabalho muito desafiante» partilha Cristina, que usou a dança em inúmeros projectos em paralelo com a sua profissão de professora. «É um processo por vezes doloroso, mais emocional do que físico», acrescenta Luís Silvestre, antigo bancário que manteve o teatro presente no seu tempo pós-laboral e que aguardou pelos 60 anos para integrar o elenco, sentindo-se nas suas palavras, o orgulho nesta pertença. Confidenciam que «zona de conforto» é uma rede segura negada. O mais assoberbante no processo Nas fotografias pode ver imagens de ensaios e do espetáculo “MAIOR” (2011), com coreografia de Clara Andermatt e o “O melhor e o mais rápido, o pior e o mais triste, o mais longo, o mais complexo, o mais difícil e o mais divertido” (2014) com texto de Tim Etchells e encenação de Jorge Andrade. de criação dos seus espectáculos é o reviver de memórias, que obrigam a uma exposição de fragilidades e ao reconhecimento do «eu» tantas vezes distónico das vontades do alter-ego. Os textos nascem desta nova consciência de si mesmos. Desconstroem-se momentos e fragmentam-se memórias até incidirem nos núcleos emocionais, para então serem reconstruídas num todo maior do que a soma das partes. Aqui, fala-se de guerras, de revoluções, de debilidades humanas vividas na primeira pessoa que serão espelhadas num público que as partilha, compreende ou questiona. Ainda assim, é o corpo que mais precisa de trabalhar para corresponder às encenações propostas. É nesta aproximação entre desequilíbrios automáticos e desequilíbrios consentidos que o actor dá corpo ao espaço que o cerca. E depois a memorização das falas, das coreografias, das sincronias, tudo encerra uma dificuldade que é aumentada a cada novo projecto. Mas aqui a união e entreajuda, funcionam como ímpeto à concretização e ao sucesso. Entre música e dança, numa lírica nem sempre melódica, a narrativa que nasce na Companhia Maior é complexa e nem sempre a aproximação é fácil para aqueles que assistem. Mas, nas suas peças, o divertimento, a melancolia e a ironia tocam-se em perfeita simbiose. O produtor deste grupo de artistas maiores é Luís Moreira. Ex-bailarino da Companhia Nacional de Bailado tem no seu currículo passagem pelo Ballet Nacional de Cuba, colaborações em espectáculos de Filipe La Féria, sendo hoje, entre outras funções, director artístico dos tradicionais Casamentos de Santo António. Com estatuto de Associação Cultural, autodenominam-se essencialmente como «um projecto de criação artística». Assim são os nossos anfitriões que, numa conversa carregada de boa disposição, nos sublinham que a vocação desvenda um imenso profissionalismo. Preparam novo espectáculo a estrear em Dezembro que será sem dúvida imperdível. • www.facebook.com/ Companhiamaiorassociacaocultural www.cofre.org 25 PERFIL NOVO SÓCIO Paulo Borges, Sócio n.º 105345 Sonhava ser cineasta C hamo-me Paulo Borges e nasci na bonita cidade do Porto a 4 de Agosto de 1969. Da minha infância recordo-me muito pouco, a não ser a forte ligação que sempre tive com a minha avó materna. Tive aquilo que se pode dizer uma infância normal e feliz. Sempre fomos uma família muito unida. O meu pai infelizmente faleceu vítima de cancro, ainda muito novo, tinha na altura 50 anos de idade e isso marcou-nos muito como família. Contudo, em 2013 casei-me e com isso a família aumentou bastante. As duas famílias dão-se optimamente, o que faz delas praticamente uma só. Amo a cidade onde nasci, o Porto, cidade encantadora, moderna mas ao mesmo tempo antiga. 26 www.cofre.org Desde pequeno que o meu sonho era ser cineasta, pois adoro cinema em especial o cinema português. Sou coleccionador de artigos de cinema português, um dos meus maiores sonhos era expor ao público parte do meu espólio, o que consegui no ano passado ao montar uma exposição dedicada ao cinema português nos seus anos dourados. De entre os filmes que mais me marcaram destaco: O Pátio das Cantigas e O Pai Tirano entre os filmes portugueses e nos estrangeiros a minha selecção vai para O Diário da Nossa Paixão, Grease, Mamma Mia ou a Bela e o Monstro da Disney. Gosto praticamente de todo o género de cinema, desde Palácio da Bolsa, no Porto Nota biográfica Nasceu na cidade do Porto a 4 de Agosto de 1969. Aos 14 anos de idade, sentiu despertar em si uma enorme e profunda paixão pelo cinema, teatro e rádio portuguesas. Passou a desenvolver extensas pesquisas, em especial sobre a história do cinema português das décadas de 1930 a 1960 e sobre os artistas portugueses que nele trabalharam, bem como os cantores da rádio e artistas do teatro português dessa época, que posteriormente colocou em páginas pessoais na internet. Tem colaborado activamente na elaboração de obras de outros escritores dentro da temática do cinema português. Estreou-se recentemente como autor, escrevendo um livro dedicado à rádio portuguesa e ao trio vocal português, único no seu género que marcou uma geração – As Irmãs Meireles. Trabalha na administração pública desde 2000, exercendo funções de secretário clínico numa Unidade de Saúde. Vasco Santana e Ribeirinho em O Pai Tirano, de António Lopes Ribeiro, de 1941. A Rapariga no Comboio, Paula Hawkins, Top Seller, 2015. a comédia ao drama, passando pela ficção científica ou suspense. O meu segundo sonho era escrever um livro, o que fiz recentemente e que será editado dentro dos próximos meses. A leitura é outra paixão, embora o tempo não me permita ser leitor assíduo. Terminei recentemente de ler A Rapariga no Comboio de Paula Hawkins e adorei. Quanto a música adoro o fado. Acho o único género musical que nos fala à alma, mas é a minha opinião. A minha viagem de sonho é ao Brasil, em especial o Rio de Janeiro, pois adoro praia e o Brasil sempre me fascinou, sem mesmo saber bem porquê. Se Deus quiser hei-de cumprir esse sonho ainda este ano. Apesar disso, amo a cidade onde nasci, o Porto. Cidade encantadora, moderna mas ao mesmo tempo antiga. Oferece assim de forma harmoniosa a todos os que a visitam um leque diverso de atrações desde as antigas às mais modernas. O Porto está por isso repleto de belos monumentos e edifícios históricos a visitar, tais como a Torre dos Clérigos, o Mercado do Bolhão, o Palácio da Bolsa ou o edifício da Sé do Porto. Não foi um acaso esta cidade ter sido classificada pela UNESCO como Património Mundial. Trabalho no que gosto, atendimento ao público numa Unidade de Saúde Familiar e sinto-me realizado pessoal e profissionalmente. Conheci o «Cofre» através do contacto de uma associada por meio da minha página pessoal na internet. • www.cofre.org 27 QUEM CENTRO DE LAZER É QUEM DA QUINTA DE SANTA IRIA Daniela Marques Joana Nabais Rui Mendes Beatriz Nabais Entrei para o Cofre em Dezembro de 2012 onde integro a equipa do centro de lazer da Quinta Santa Iria exercendo funções de assistente técnica. Trabalho na recepção e ao longo destes três anos tenho conhecido associados do Cofre de norte a sul do país, alguns que chegam pela primeira vez, outros adeptos e fiéis deste sossego que aqui se faz sentir. Mas é gratificante quando os sócios regressam à Quinta quer com familiares quer com amigos, salientando o ambiente familiar que se faz sentir. É com muito respeito e com um sorriso no rosto que abro as portas da Quinta para vos receber. Venham visitar-nos! 28 www.cofre.org Chamo-me Joana Nabais, tenho 25 anos e venho da zona de Almada, na margem sul do Tejo. Comecei a trabalhar na Quinta de Santa Iria em Junho de 2014, na secção das limpezas. Em Dezembro iniciei o meu percurso como recepcionista, tendo sempre presente a polivalência e cooperação com todas as secções da Quinta. Brevemente vou iniciar uma formação básica em Astronomia com o Professor Máximo Ferreira. Procuro dar o meu melhor contributo para que o Campus de Ciência possa tornar-se exemplar a nível pedagógico, cultural e científico, criando oportunidades muito proveitosas para o Cofre de Previdência, os sócios e a região envolvente. Sou licenciada em Artes Plásticas na ESAD-CR, nas Caldas da Rainha. Gosto de fazer voluntariado, principalmente com crianças e usando a expressão artística como forma de comunicação. Gosto de viajar, de estar com os amigos e com a família. Caros associados sou o Rui Mendes e comecei a trabalhar nesta instituição, mais concretamente no centro de lazer da Quinta de Santa Iria, no dia 13 de Setembro de 2013. Comecei na secção de manutenção e em Março de 2014 iniciei funções na recepção, com as quais me identifico pelo facto de poder estar em contacto mais directo com os nossos associados. Ao longo destes quase dois anos e meio de Cofre tenho-me valorizado em áreas em que nunca, durante o meu percurso profissional, tinha trabalhado. Dar a conhecer a Quinta de Santa Iria aos nossos associados é um privilégio enorme e gratificante num ambiente de sossego natural e pelas infra-estruturas que a nossa quinta possui. É muito gratificante fazer parte desta família e deste modo contribuir para a dignificação desta prestigiada instituição. Nascida e criada na vila do Teixoso, fiz 32 anos no passado mês de Novembro. Os meus pais, pessoas humildes e trabalhadoras, já com um filho primogénito de 12 anos, tiveram a feliz ideia de lhe arranjar uma maninha. E assim, baptizada com o nome de Daniela do Carmo, aqui estou para contar a minha história. Nutri sempre uma grande paixão pelos animais, sonhando desde pequena poder trabalhar junto dos mesmos. Assim, licenciei-me na Escola Superior Agrária de Castelo Branco em Engenharia Zootécnica, tive várias experiências de trabalho nesta área, diversificando desde a bovinicultura à piscicultura, mas a vida foi-me direccionando mais para um contacto com o público. Experiências como a de directora comercial e de atendimento ao público em lojas de Agropet permitiram-me aproximar-me mais de outras vertentes e foi assim que, de certa forma, vim trabalhar para a Quinta de Santa Iria como recepcionista. Ironia do destino, a Quinta de Santa Iria tem vários animais que posso visitar e acompanhar no seu desenvolvimento. CONSULTÓRIO CONSELHOS VETERINÁRIO ÚTEIS Texto Mafalda Bacalhau, Médica Veterinária Cuidados de Primavera C om a chegada do sol e o consequente aumento da temperatura, há uma maior preocupação por parte dos donos na procura de soluções para combater os parasitas externos do seu animal. Existe uma grande variedade de antiparasitários e a abertura da venda destes produtos em diferentes canais (farmácias, lojas, online) tem levado a uma «desinformação» crescente, conduzindo por vezes a acidentes graves. Para nós, médicos veterinários, o grande desafio passa por fazer chegar esses produtos aos animais com toda a informação e aconselhamento necessários sempre na regularidade precisa, por forma a minimizar as ocorrências graves e a maximizar a sua actuação. Uma desparasitação externa regular, de acordo com as indicações do produto – mensal (spot on), 4 a 8 meses (coleiras) – é fulcral para o bom funcionamento do produto e a protecção do animal. Surgiram recentemente outras «armas» de administração oral e que actuam durante 1 ou 3 meses na pulga e na carraça. É importante que a este tipo de produto seja sempre associado um outro que seja repelente do mosquito (por forma a prevenir dirofilariose e leishmaniose). Uma questão importante é que, qualquer que seja a escolha do dono, o produto usado não actue apenas na forma adulta do parasita, mas também nos seus estádios mais «primitivos», ovos e larvas. No que concerne ao tratamento efectivo e tomando como exemplo a pulga, é importante actuar em todas as frentes: tratar durante todo o ano (especialmente em períodos de maior risco, Primavera e Outono) e assegurar que todas as fontes de infestação estão controladas (tratar outros animais que partilhem o mesmo espaço, tratar todo o ambiente). A carraça, que mais assusta os donos, é um parasita externo que se alimenta do sangue do hospedeiro, sendo responsável também pela transmissão de doenças graves. Não só rastejam, como voam e saltam. Também aqui é importante tratar todos os animais e desinfestar todo o espaço envolvente. Para prevenção da leishmaniose (doença grave causada por um pro- tozoário transmitido pelo mosquito flebótomo) é de relevância extrema a utilização de spot on ou coleira com a finalidade de evitar a picada do mosquito (esta doença já foi abordada numa publicação anterior da revista). Também a dirofilariose (doença parasitária do cão e do gato causada por um parasita transmitido pela picada do mosquito) pode ser prevenida pela utilização de spot on, coleira ou com formas orais. Em jeito de conclusão, poderemos dizer que é sempre necessário que a compra de um desparasitante seja acompanhada de um aconselhamento técnico e que a aplicação do mesmo seja feita da forma e regularidade correctas. A prevenção é sempre o melhor remédio! • www.cofre.org 29 Conheça as soluções de Seguros que desenhámos a pensar em si! A pensar especificamente nos Associados COFRE de Previdência Conheça as soluções dedoSeguros desenvolvemos uma oferta de seguros com condições preferênciais que desenhámos a pensar em si! em seguros de Vida, Saúde, Multirriscos Habitação e Automóvel. A pensar especificamente nos Associados do COFRE de Previdência Contacte-nos e saiba já hoje como reforçar a sua proteção, desenvolvemos uma oferta de seguros com condições preferênciais poupando até 60% nos seus seguros. em seguros de Vida, Saúde, Multirriscos Habitação e Automóvel. Contacte-nos e saiba já hoje como reforçar a sua proteção, poupando até 60% nos seus seguros. 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Mediador devidamente autorizado, pela Supervisão deNão Seguros e Fundos de Pensões, a comercializar seguros dos Ramos Vida exigida. e Não Vida. podendo o interessado confirmar estaAutoridade inscrição emde www.asf.com.pt. dispensa a consulta da informação pré-contatual e contratual legalmente podendo interessado esta inscrição em www.asf.com.pt. Não dispensa a consulta da informação pré-contatual e contratual legalmente exigida. Em oparceria com a confirmar VICTORIA Seguros. Em parceria com a VICTORIA Seguros. INFORMAÇÕES O QUE HÁ DE ÚTEIS NOVO EM 2016 Recolha de L. P. B. Alteração à idade da reforma Com a aprovação da Lei da Convergência de Pensões, a idade da reforma em Portugal passou a ser igual para os sectores público e privado: 66 anos e 2 meses de idade em 2016 para usufruir da pensão completa. Da mesma forma, todos os trabalhadores passam a estar sujeitos à mesma fórmula de cálculo da pensão. A partir de 2016, deverá mudar todos os anos, tendo por base a evolução da esperança média de vida. Em causa está o chamado factor de sustentabilidade. Em 2019, deverá estar nos 67 anos. REFORMAR-SE ANTES DOS 66. É POSSÍVEL? Em alguns casos, continua a ser possível pedir a reforma antes dos 66 anos, sem penalização, consoante a duração da carreira contributiva. A regra é simples: por cada ano de descontos acima dos 40 anos de contribuições, o trabalhador reduz quatro meses à idade de acesso à reforma. Quem mesmo assim quiser optar pela reforma antecipada (cuja suspensão foi levantada pelo actual governo) terá a penalização de 0,5% por cada mês de antecipação à idade da reforma em vigor. Nota — Este aumento da idade de reforma não se aplica a trabalhadores legalmente impedidos de continuar actividade além dos 65 anos como é o caso de pilotos e condutores de pesados que tenham exercido estas funções nos últimos cinco anos. Outras profissões consideradas de desgaste rápido têm condições diferentes para aceder à pensão de velhice – mineiros, trabalhadores marítimos, profissionais de pesca, controladores de tráfego aéreo, bailarinos, trabalhadores portuários e bordadeiras da Madeira. Quem já reunia condições para aceder à pensão em 2013 mas não o fez, beneficia do regime aplicável naquela altura. Manuais escolares gratuitos No ano lectivo 2016/2017 (com início em Setembro) os manuais escolares nas Escolas Públicas serão gratuitos para todos os alunos do 1.º ano do 1.º ciclo do ensino básico. Mais dias de licença parental para o pai As várias alterações ao Código do Trabalho têm como objectivo reforçar os direitos de maternidade e paternidade. O diploma prevê que «o gozo pelo pai de uma licença parental de 15 dias úteis, seguidos ou interpolados, nos 30 dias seguintes ao nascimento do filho, cinco dos quais de modo consecutivo logo após o parto». Assim, o número de dias de subsídio inicial exclusivo do pai passa de 10 para 15 dias úteis. Pai e mãe podem gozar em simultâneo a li- cença parental inicial de 120 ou 150 dias consecutivos. Até agora a lei estabelecia que esta licença (apenas seis semanas são obrigatoriamente da mãe) podia ser partilhada pelos progenitores, mas não previa que ambos pudessem estar com o bebé ao mesmo tempo em casa. Há excepções: «O gozo da licença parental inicial em simultâneo, de mãe e pai que trabalhem na mesma empresa, sendo esta uma micro-empresa, depende do acordo do empregador.» NOTÍCIAS O COFRE VISTO POR DENTRO Melhores acessos e piscinas mais seguras Ida ao teatro A pensar em todos os associados e familiares, as piscinas da Quinta de Sta. Iria estão maiores e mais seguras cumprindo as normas em vigor. Acrescentou-se ainda uma entrada directa para a água, adaptada aos nadadores com mobilidade reduzida. Quanto aos acessos contamos agora com uma nova passadeira entre o parque de estacionamento (à entrada da Quinta) e a recepção e entre esta e os apartamentos, facilitando a passagem de cadeiras de rodas, carrinhos de bebés, tróleis e outros equipamentos de ajuda à mobilidade ou transporte de bagagens. Cada vez mais harmonizados com as necessidades dos nossos associados vislumbra-se um Verão pleno de mergulhos e refrescantes braçadas. UCEMA na Quinta Um grupo da Universidade Sénior de Mafra (UCEMA) esteve na Quinta de Sta. Iria. Correu tudo muito bem e com muita animação. A opinião de todos foi unânime, desde a recepção à cozinha, a simpatia e o profissionalismo estiveram sempre presentes. Resta-nos agradecer-lhes pela disponibilidade e atenção, bem como à excelente equipa da Quinta de Sta. Iria, pelos fantásticos momentos que nos proporcionaram. O nosso bem-haja a todos! Catarina Rijo Sessão de autógrafos • 1816 - 2016 • Na passagem dos 200 anos da morte da rainha D. Maria I (1816-2016) ocorrida em 20 de Março, as Livrarias Férin (R. Nova do Almada) e Aillaud & Lellos (R. do Carmo) em Lisboa associaram-se à efeméride expondo nas suas montras o livro D. Maria I - A Rainha Louca de autoria da directora da nossa revista Cofre, Luísa V. de Paiva Boléo, que incluiu sessões de autógrafos. esferadoslivros.pt 32 www.cofre.org facebook.com/aEsferadosLivros twitter.com/Esferadoslivros Maria Delfina Machado, Sócia n.º 58483 Pela Folha Informativa n.º 63, tomei conhecimento do acordo entre o Teatro Municipal Joaquim Benite e o Cofre de Previdência no sentido de os seus associados poderem beneficiar de descontos muitos vantajosos na aquisição de bilhetes para assistirem, no dia 03/04/2016, à peça de teatro Frei Luís de Sousa. Era minha intenção assistir ao citado espectáculo e ao saber da existência daquele acordo, de imediato procurei não perder a oportunidade. Fui acompanhada de meu marido e ambos ficámos deliciados, não só com a peça de teatro, que é maravilhosa, mas também com a interpretação de todos os actores. Foi uma tarde diferente, muito divertida e mais rica culturalmente, pois pudemos conhecer um pouco mais do pensamento e da escrita do «nosso» Almeida Garrett, tão ilustre escritor da língua portuguesa. Por esta iniciativa e pelos bons momentos proporcionados, deixo o meu sincero agradecimento, esperando poder usufruir de outras propostas apresentadas pelo Cofre. Por último, também uma palavra de apreço ao pessoal do teatro que presta apoio na recepção aos espectadores, pelo cuidado que tiveram para com o meu marido, que é deficiente motor, na entrada e na saída da sala, como da sua acomodação para assistir ao espectáculo. Bem-hajam. A arte pode contribuir imensamente para esse desenvolvimento, pois é na interacção entre a criança e seu meio que se inicia a aprendizagem. Fomos ao Teatro! Teresa Azevedo Sócia n.º 102900 A pequena Laura, de 4 anos, gosta de ir ao teatro. Desta vez foi de mão dada com a mana Marta de apenas 1 ano. Sabia que ia ver a Dona Raposa e os outros animais e já conhecia o espaço, a sala experimental do Teatro Municipal Joaquim Benite, em Almada. Ia contente! A sala estava cheia, com lugares adicionais e tudo! Reservada e observadora, dizia que só não queria ficar na fila da frente. Mas no final, quis entrar no palco e procurar a Ratinha da última história – a actriz Vera Santana, com quem tirou uma fotografia. Veio para casa radiante e com mais uma experiência para contar aos amigos da Sala Mágica no primeiro dia da semana. A sala experimental do Teatro Municipal Joaquim Benite é confortável e acolhedora. Desta vez calhou-nos a última fila, tal como a pequena Laura desejava e não perdemos o espectáculo. Num cenário simples e dinâmico, os três actores em cena, com máscaras e adereços bem conseguidos prenderam a atenção do público mais exigente, Lowenfeld, V. & Brittain, W. L. livrando o público graúdo da elaboração de um qualquer plano de fuga repentina da sala, por inquietudes infantis que pudessem ser mais constrangedoras embora próprias da idade. No fim, os famosos protagonistas da cena teatral, A Cigarra e a Formiga, A Lebre e a Tartaruga, A Rã e o Boi e, O Corvo e a Raposa divertiram os mais pequenos e reavivaram a me- O Presidente do Cofre na APPACDM – Covilhã O Dr. Tomé Jardim, na qualidade de Presidente do CA do Cofre e tendo este uma importante unidade de lazer e cultura na Covilhã, esteve presente no dia 3 de Março passado, na inauguração de novas instalações da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM). A cerimónia foi presidida pela secretária de Estado, Dr.ª Ana Sofia Antunes que frisou: «agora esta solução inovadora vai permitir o cumprimento daqueles que são os verdadeiros mória dos mais crescidos de certos valores morais e sociais, que La Fontaine tão bem soube retratar através dos animais. E no primeiro dia da semana, a professora Clarice do pré-escolar disse-nos «fico tão contente quando os ouço dizer que no fim-de-semana foram ao teatro e não andaram a passear no centro comercial». corolários da Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da ONU». Presentes, entre outros, os presidentes da Câmara Municipal da Covilhã, Dr. Victor Pinheiro Pereira, Dr. Paulo Fernandes da C. M. do Fundão e o Eng.º António S. Robalo da C. M. do Sabugal. O presidente da APPACDM, Dr. António Marques salientou que o novo equipamento permite duplicar a capacidade do centro de actividades ocupacionais, que de 30 passou para 60 utentes. Pode ajudar a APPACDM - Covilhã, sem qualquer encargo para si! Assim, pode decidir doar 0,5% do seu IRS, bastando preencher o quadro 11, do modelo 3 da sua declaração de rendimentos, com o número de contribuinte 507 587 138. 507 587 138 RESIDÊNCIAS VILA SENIORES FERNANDO Reflexões e passeatas Os residentes de Vila Fernando gostam de passear e conhecer espaços culturais. Para além da visita ao Museu da Fotografia em Elvas, muitos foram os que participaram em caminhadas. Este ano, todos foram convidados a recordar o 25 de Abril e as mudanças posteriores que ocorreram nas suas vidas, compondo um quadro de memórias que ficou exposto para leitura de todos os residentes e familiares. Nesta actividade que aqui retratamos cada um escreveu o seu apontamento e depois construi-se um mural que estimulou o trabalho da memória e motivou a partilha entre residentes. Numa viagem um pouco mais extensa alguns residentes acompanhados por Adélia Caixas, Iglantina Malhado e Jorge Badalo rumaram a Lisboa para assistir à peça de teatro O Baile. Do elenco fazia parte o Henrique, neto do nosso querido amigo Ruy de Carvalho, que pousou connosco para a posteridade. Foi um serão teatral muito agradável. Adélia Caixas e Iglantina Malhado no Teatro Villaret com o actor Ruy de Carvalho As várias etapas do quadro de memórias sobre o 25 de Abril 34 www.cofre.org NOTÍCIAS As Pensões e a Poupança em Portugal L. P. B. Na manhã do passado dia 18 de Março teve lugar na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa (Auditório 3) o debate em torno do nível de conhecimento da população portuguesa no que respeita aos sistemas de pensões, às suas escolhas, atitudes e comportamentos em termos de poupança, tendo por base os resultados da 3.ª Sondagem do Instituto BBVA de Pensões, sob o lema «As Pensões e a Poupança em Portugal». Estiveram presentes, a convite do Instituto BBVA de Pensões o Presidente do CA do Cofre de Previdência, Dr. Tomé Jardim e a directora da revista Cofre, Dr.ª Luísa Paiva Boléo que seguiram com interesse o estudo e conclusões. Na primeira parte a Dr.ª Adelaide Marques Cavaleiro do Instituto BBVA de Pensões, fez a apresentação dos dados da referida sondagem, que procurou saber quais os conhecimentos da população portuguesa sobre a temática das pensões de reforma. A conclusão geral dos dados apresentados aponta para uma elevada indiferença ou desconhecimento no que se refere ao funcionamento dos sistemas de pensões ou mesmo da própria situação contributiva, bem como uma fraca propensão à poupança. Na segunda parte participaram na discussão dos resultados da sondagem, moderada pelo professor universitário Dr. Jorge Bravo da Universidade Nova de Lisboa, o antigo ministro da Economia Dr. Miguel Cadilhe, o professor da Universidade de Lisboa, Dr. Pedro Magalhães e o economista e ex-secretário de Estado, Dr. Fernando Alexandre, da Universidade do Minho. O Dr. Miguel Cadilhe comentou que nem sempre podemos levar à letra as respostas inadequadas dos inquiridos tendo em conta que «num contexto como o actual e depois de anos a atravessar o “desfiladeiro da troika”, estas respostas reflectem mais uma “atitude de protesto” do que uma verdadeira falta de cultura financeira». O Dr. Pedro Magalhães fez questão de ressaltar que a iliteracia financeira é ainda significativa na população portuguesa e que uma formação base nessa área seria importante para que as pessoas pudessem fazer melhores opções de poupança. O Dr. Fernando Alexandre destacou que a poupança global em Portugal tem vindo a crescer, mas está em decréscimo a poupança das famílias. Teceu considerações sobre poupança versus investimento e como Portugal está nos níveis mais baixos dos países da OCDE. A POUPANÇA – números 11% 30% dos portugueses conseguiram poupar em 2015, mas paralelamente diminuiu a média mensal de poupança relativamente ao resultado de 2014. indica que deixará de trabalhar quando atingir a idade da reforma. 44% Por cada 100 euros de rendimento disponível, os portugueses poupam tem como opinião que ao atingir a reforma continuarão a trabalhar, mas a um ritmo mais moderado. 4,2€ 35 ANOS é considerada ainda como idade muito jovem para começar a poupar. www.cofre.org 35 NOTÍCIAS ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA Teve lugar no dia 28 de Abril a Assembleia Geral Ordinária com a seguinte ordem de trabalhos: - Apresentação, discussão e votação do Relatório e Contas de 2015 - Informações A Assembleia teve início pelas 20,25 horas tendo presidido aos trabalhos o Dr. Norberto Severino, na qualidade de 1.º Secretário, em substituição do presidente da Mesa da Assembleia Geral, Dr. João Adelino Marques Pereira por se encontrar em convalescença*, integrou também a mesa o Dr. Artur Freire, na qualidade de suplente, e em substituição do Dr. Laudelino Pinheiro, bem como os presidentes do C. A. e do C. F., Drs. Tomé Jardim e Elder Fernandes, respectivamente. O sócio nº 41034, João M. Alves Neves apresentou dois requerimentos à Mesa que o presidente em exercício leu e colocou à votação, como não obtiveram maioria, não foram apreciados, mas no decorrer da assembleia soube-se que tinham a ver com sugestões sobre procedimentos nestas assembleias. Ainda antes do início da Assembleia o sócio Carlos Vieira denunciou aquilo que considerou um abuso de confiança o sócio Jorge Ferraz ali presente usar no Facebook o logotipo do Cofre como se fosse porta-voz desta Instituição, deixando à consideração da Mesa se, se deve proceder criminalmente ou apenas com uma advertência. Teve início a Assembleia propriamente dita pelas 20,50 horas. Foi dada a palavra ao Dr. Tomé Jardim que dado este Conselho de Administração estar «a meio do mandato» fez uma síntese do que considerou mais relevante durante esse tempo, fazendo menção à auditoria realizada pela Inspecção Geral de Finanças, aos acontecimentos de 10 de Julho de 2015, quando da visita às instalações do Cofre pela Polícia Judiciária e do Ministério Público como foi divulgado em vários órgãos de comunicação, ao julgamento no Tribunal Cível de Lisboa accionado pelo antigo prestador de serviços da Quinta de St.ª Iria e ao seu efeito para o ganho da causa para aquele prestador. Segundo a sentença do tribunal, dos depoimentos das testemunhas trabalhadores do Cofre João Paulo Malheiro Alves este em pleno exercício de funções e o aposentado José Beiroco, que defenderam um privado em detrimento do Cofre. O associado João Gonçalves Pinto comentou que esta era uma assembleia para discutir o Relatório e Contas e não para se fazerem considerações sobre esses assuntos. O Dr. Tomé Jardim respondeu ser essencial falar neles antes de o fazer sobre as Contas apresentadas por aqueles assuntos terem influenciado o seu resultado. Resumiu a carta recebida do Banco de Portugal onde este esclarece que o Cofre de Previdência não comete qualquer ilegalidade quando faz empréstimos aos sócios nas suas várias modalidades, como a Inspecção 36 www.cofre.org Geral de Finanças sustentava. A Dr.ª Gisela Martins apresentou o Relatório e Contas. Seguiram-se as intervenções dos associados que vamos resumir: Preocupações com a perda de associados, apesar de em 2015 ter havido um significativo número de novos sócios (824) que não conseguem colmatar os que desistem (222) por problemas materiais e pelos que pereceram em número de 788. Preocupação do associado João Pinto acerca dos montantes elevados constantes das verbas salariais, assim como os valores referenciados em rubricas do Balanço, o não aumento das rendas, das residências e dos Centros de Lazer, onde só se beneficiam os sócios que as utilizam. O Associado Rodrigues Lopes fez uma prolongada exposição a que chamou de “reflexão sobre o Cofre” onde mostrou a preocupação pelos parcos rendimentos de alguns espaços dizendo; «Temos de ter cuidado com os aumentos dada a nossa dificuldade remuneratória, temos de reflectir e ter cuidado devendo analisar os contras quando avançamos com uma providência cautelar e saber quem estamos a prejudicar, neste caso poder-se-á prejudicar em muito o Cofre.» Mostrou ainda preocupação pelas várias unidades do CPFAE em continuarem a não dar o rendimento mais próximo das despesas, embora as Residências Universitárias estejam completas e ter havido mais ocupantes nos centros de lazer. Temos de reflectir como ajudar a dar a conhecer o Cofre. Foi perguntado pela sócia Luísa Boléo se as residências de estudantes não terão preços «demasiado baixos». A Dr.ª Gisela informou que se baseiam no IRS dos pais e encarregados de educação. O sócio nº 57504, Jorge Ferraz diz-se continuar preocupado com o rumo do Cofre e do aumento das despesas. O Dr. Tomé Jardim lembrou ser a Economia Social aquela onde o Cofre se insere e se hoje ajudamos uns amanhã naturalmente outros. É assim a vocação do Cofre. Por não obtermos lucro nas nossas contas temos o dever de saber aproveitar as melhores ocasiões para vender imobiliário como aconteceu com a venda do edifício da Rua dos Sapateiros e como irá acontecer com a Rua da Prata, onde os preços de venda atingem já valores superiores ao indicado para o m2. Os prédios da Rua da Prata com valor considerado bastante bom, assim como o do edifício da Rua dos Sapateiros vendido por 2 milhões de euros, a aguardar o resultado da providência cautelar. O Dr. Tomé Jardim mais uma vez explicou, que desde a entrada das administrações a que preside (2011), com a quebra do dinheiro vivo, tivemos de adquirir activos como o edifício do Porto com um lote de terreno para construção, o edifício de Lisboa para a residência Universitária, a construção do Campus de Ciência Viva, o lote no Vau onde foram construídas as piscinas e o campo multiusos efectuados melhoramentos em todas as unidades como caixilharias duplas e ar condicionado em todos os quartos do edifício do Vau, piscinas novas ou renovadas, obras de recuperação e melhoramentos cujo retorno, como sabemos, não é imediato. Lembrando ter sido esta Administração aquela que ainda não vendeu qualquer património. Relativamente aos valores salariais e ao número de trabalhadores lembrou o Sr. Presidente que a legislação relativamente às Residência Seniores obriga ao aumento de trabalhadores face ao número de dependentes. É o que acontece nas nossas residências. O sócio Paulo Malheiro quis saber porque se tinha feito uma fusão referenciando a alínea n) do art.º 97 dos Estatutos com a IBIS da Beira Interior sem passar pela Assembleia Geral. O Dr. Tomé Jardim questionou se o Associado, sendo jurista, sabia o que era uma fusão, ao que o Associado não respondeu; adiantou o Sr. Presidente não se tratar de nenhuma fusão, mas sim de um protocolo com um conjunto de instituições da Beira Interior do qual o Cofre faz parte para defender os interesses daquela Região junto de outras instituições, sendo esta parceria importante para a dinamização da Quinta de Sta. Iria. Os sócios João Nunes e Rodrigues Lopes foram muito críticos em relação ao facto de os sócios, trabalhadores do Cofre, não serem por vezes «menos livres» a votar por estarem perante decisões dos seus «patrões» (dirigentes e CA). O associado Artur Freire elogiou os sócios/trabalhadores que conhece há muitos anos. Três trabalhadores do Cofre, João Máximo, Carlos Vieira e Alves da Silva confirmaram que votam em consciência e de harmonia com os seus interesses, ora contra ora a favor sem constrangimentos. Perante considerações de que algo está a falhar na divulgação do Cofre um associado que veio do Alentejo disse que, na sua opinião, quem tem culpa de não estarem mais pessoas presentes são os próprios Associados, que sabem das reuniões e não aparecem não se devendo imputar «culpas» a ninguém, nem falta de comunicação. Houve sugestões para uma nova estrutura de estudantes no Centro (Coimbra, Leiria e Aveiro e Viseu) visto somarem cerca de 4000 sócios. Os associados entre os 19 e 40 anos são apenas 6,65% e entre os 41 e os 60, 44,26%, Como chegar aos mais novos? O relatório e Contas foi votado no final das intervenções com 30 votos a favor, 3 contra e 6 abstenções. Foi votado o louvor proposto, no Relatório do Conselho Fiscal, ao Conselho de Administração com 27 votos a favor e 5 contra. A Assembleia foi dada por encerrada já passava das 24,15 horas, dado o adiantado da hora com menos alguns sócios. O texto integral desta Assembleia estará, logo que possível à disposição no sítio do Cofre. (*) O Dr. Norberto Severino fará chegar ao Presidente da Mesa, em nome de todos os presentes, votos de rápidas melhoras. PROPOSTA DE ADMISSÃO FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO DE SÓCIO DO COFRE DE PREVIDÊNCIA A Identificação 1 Nome completo (em maiúsculas) ______________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ 2 B.I./C.C.*__________________ 3 Data de nascimento ___/___/___ 4 NIF*____________________ 5 Naturalidade______________________________ 6 Concelho_______________________________ 7 Filiação (pai)_______________________________________________________________________ 8 Filiação (mãe)______________________________________________________________________ 9 Estado civil_________________ 10 Cônjuge_______________________________________________ 11 Morada____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ 12 Localidade_____________________________ 13 Código postal______________________________ 14 Telefone________________ 15 Telemóvel________________ 16 E-mail________________________ * Anexar fotocópia do documento B Declara que pretende inscrever-se como sócio nos termos da alínea a) b) c) do nº 1 do art. 19º dos Estatutos aprovados pelo Decreto Lei 465/76, com o subsídio por morte de ___ ___ ___ ___ ___, ___ € nos termos da alínea c) do nº 3 do art. 4º dos Estatutos aprovados pelo Decreto Lei 465/76, sem subsídio por morte**. categoria__________________________________________ vencimento ___ ___ ___ ___, ___ € serviço____________________________________________ ministério________________________________________ serviço processador do vencimento_____________________________________________________________________ morada_____________________________________________________________________________________________ local e data_______________________ ___/ ___/ ___ assinatura do candidato_________________________________ ** Anexar fotocópia do último recibo de vencimento/pensão C Declaração dos Serviços do Candidato a Sócio Confirmo as declarações prestadas. assinatura do responsável autenticada com o selo em uso__________________________________________________ D Reservado aos Serviços do Cofre sócio nº_________________________ admitido em ___/ ___/ ___ nos termos da alínea ___do nº___ do art.___dos estatutos idade___________________________ subsídio inscrito ___ ___ ___ ___, ___ € quota mensal ___ ___ ___ ___ € o funcionário o coordenador _______________________________ _________________________________ o secretário-adjunto do cofre ________________________________ REGALIAS DOS ASSOCIADOS ABONO REEMBOLSÁVEL Os associados, com pelo menos 1 ano de vida associativa, podem usufruir de um abono reembolsável para acorrer a despesas com melhoramentos da habitação permanente ou, ainda, para saúde do próprio ou dos seus familiares. O abono máximo é de 5.000€ desde que não ultrapasse 5 meses de vencimento e é amortizável até 60 prestações mensais, à taxa de 8%. Este limite de financiamento pode ser ultrapassado em casos devidamente comprovados e justificados que possam envolver risco de vida ou deficiência permanente. FINANCIAMENTO DE CASA PRÓPRIA Financiamento para aquisição de casa, construção ou transferência de hipoteca, para o Cofre, para habitação própria e permanente. O montante máximo de financiamento a cada sócio é de 125.000€, à taxa de 3,25%, a amortizar até 30 anos em regime de prestações constantes ou progressivas. FINANCIAMENTO PARA OBRAS DE BENEFICIAÇÃO Pode ser concedido empréstimo, até ao montante de 20.000€, a amortizar até 15 anos, para obras de beneficiação a efectuar em casa própria dos sócios, destinada a habitação permanente, desde que não estejam hipotecadas ou cuja hipoteca seja transferida para o Cofre. Neste último caso o valor do financiamento não pode ultrapassar os 125.000€. REEMBOLSO DE VENCIMENTOS PERDIDOS POR DOENÇA Os sócios podem usufruir do reembolso de vencimentos perdidos por doença, não podendo exceder a parte do vencimento base perdido pelo sócio, durante noventa dias em cada ano, nem exceder o produto da percentagem de 7,5% sobre o subsídio inscrito, excepto para os sócios que não tenham subsídio inscrito, para os quais será considerado o valor equivalente à soma de 10 quotas (Acta n.º 35/12 de 3 de Julho). Para ser concedido o reembolso é necessário que o sócio o solicite até ao último dia do terceiro mês seguinte ao do desconto no vencimento. RENDA VITALÍCIA O subsídio por morte, que é inscrito no acto da admissão, poderá ser transformado em renda vitalícia, a favor do próprio desde que tenha completado 35 anos de vida associativa e 65 de idade ou à pessoa nomeada em Declaração Testamentária. CARTÃO DE SAÚDE COFRE PREVIDÊNCIA Foi criado em 2012 o Cartão de Saúde Cofre Previdência que permite aceder à rede médica de prestadores «Future Healthcare» a preços convencionados. SUBSÍDIO POR MORTE O subsídio por morte é inscrito no acto da admissão. No acto da inscrição, o proponente a sócio define um valor que será entregue, por morte, aos herdeiros ou a quem ele indicar em Declaração Testamentária. Este valor – Subsídio Inscrito – será a base para o cálculo das quotizações mensais. Esta forma de inscrição tem origem na fundação do Cofre, em 1901, uma vez que este foi constituído para «fazer face às despesas de funeral». BOLSA DE ESTUDO / BOLSA SÉNIOR O Cofre atribui anualmente bolsas de estudo aos filhos e netos dos sócios, e ainda bolsas seniores, igualmente anuais, aos associados, cônjuges, pais e sogros. IMÓVEIS PARA ARRENDAMENTO O Cofre oferece condições vantajosas, em termos de prioridade de acesso e preços, no arrendamento do seu parque imobiliário. OUTRAS REGALIAS: ❱❱ Centros de Lazer ❱❱ Residências Sénior ❱❱ Residências Universitárias ❱❱ Protocolos Mais esclarecimentos para se fazer associado contacte: Tel.: (+351) 210123008 e/ou [email protected] NOTÍCIAS CONVERSAS NO COFRE OS MEUS PÉS DESCALÇOS de Paulo Mira Coelho Retomámos esta Primavera as «Conversas do Cofre», no dia 14 de Abril, num fim de tarde pluvioso. No auditório do Cofre na Rua do Arsenal teve lugar o lançamento de mais uma obra de Paulo Mira Coelho, Os Meus Pés Descalços. O Presidente do CA do Cofre, Dr. Tomé Jardim manifestou o seu gosto em ter de novo oportunidade de ter entre nós o autor, com um livro «difícil» de ler mas que vai cativar os leitores. Sónia Silveira em nome da editora Apolo 70 falou do entusiasmo em editar o livro e a prefaciadora, Paula Carvalho, mulher de Paulo Mira Coelho disse conhecer bem os seus anseios e o que pensa sobre a vida. No prefácio interroga-se: «Existirá mesmo um plano para a vida? […] Esse plano é afinal um ritual diário de combate, de conquista do tal Criador que temos em nós, dessa força inebriante que ilumina o acordar e o deitar […].» Paulo Mira Coelho tomou a palavra para falar dos mistérios da vida humana, o cruzamento das três religiões monoteístas – Cristianismo, Islamismo e Judaísmo – e a caminhada do homem na Terra e o momento que vivemos que, no seu entender, vai ser de uma viragem importante. Recorrendo ao Power Point foi apresentando no ecrã o começo da vida desde um simples ponto até à complexidade da vida humana. Falou das origens do pensamento de Euclides de Alexandria, filósofo e geómetra grego que faleceu cerca do ano 300 a. C. e que escreveu Os Elementos uma obra filosófica e matemática de extrema importância onde se aborda a ordem do próprio Título: Os Meus Pés Descalços Autor: Paulo Mira Coelho Editora: Apolo 70 universo, tendo sido impresso logo após a Bíblia, aquando da invenção da imprensa no século xv. Um dos livros de maior circulação até aos tempos medievais. «Somos todos representantes do “antes” e “depois”, com os dons que a vida contém, as capacidades que a vida traz e os códigos que a mente encerra. Somos um Todo!» Os protagonistas da obra Artur e Maria Ana vivem e dialogam com diversas figuras de ficção e reais onde o autor fala também de coisas bem concretas como o poder dos homens e das instituições. Cremos ser um livro especialmente destinado aos leitores que apreciam a temática dua- O 1.º volume desta trilogia será disponibilizado no site da editora Apolo 70 www.livapolo.pt com acesso gratuito. lista da vida/morte; luz/trevas; fogo/ /água; divino/profano bem como problemas dos nossos dias. Como frisou o autor trata-se afinal de «um livro de esperança». E confessou que este é um tema recorrente nas suas obras, algo que o fascina há cinquenta anos. «Estamos numa época de escolhas.» No final do evento tivemos mais uma vez o momento musical com três temas da dupla de mestres de música e compositores, Ricardo Gama em guitarra portuguesa e João Correia guitarra clássica, entusiasticamente aplaudida. Seguiu-se a sessão de autógrafos e conversas com o autor. www.cofre.org 39 RESIDÊNCIAS PRIMAVERA SENIORES EM LOURES A Residência Sénior de Loures enche-se novamente de acção. Desde a plantação de árvores, às actividades físicas, cognitivas, emocionais, culturais ou de sensibilização para a saúde, de todos houve uma pitada. Toca a Mexer Iniciamos com as palavras da terapeuta Mariana que nos deixa uma breve descrição da actividade «Toca a Mexer». Muitas são as actividades que se realizam na Residência Sénior de Loures, mas não podíamos deixar de destacar uma que foi iniciada este ano. O «Toca a Mexer» é uma actividade com periodicidade mensal, tem o objectivo de proporcio- nar uma maior socialização entre os residentes bem como melhorar a sua condição física e cognitiva. Em tom de brincadeira e boa disposição vamos ao longo das várias actividades exercitar os músculos e melhorar a coordenação motora e a atenção. Temos vários jogos programados durante o ano. Jogos mais antigos para relembrar o passado, mas também jogos mais modernos para abrir portas ao futuro. Recordar é Viver Dia da Árvore E sabendo que por vezes voltar atrás é andar para frente, a psicóloga Ana Jardim, desenvolve as sessões do «Recordar é viver» que acontecem semanalmente com o objectivo de relembrar momentos de vida guardados nos baús de memórias, que possam ser partilhados e revividos em grupo, enfatizando momentos que compõem toda uma história de vida, desde a infância aos nossos dias. Continuando, o Sr. Fernando Silva (residente) presenteia-nos com um bonito poema de sua autoria especialmente redigido para a celebração do Dia da Árvore e da Poesia. A árvore hoje aqui plantada com toda a nossa alegria por Deus é abençoada uma graça por magia. Árvore ora plantada cheia de brilho e de cor por Deus abençoada num poema de amor. Linda planta radiosa da vida és um destino lindos botões de rosa o amanhecer de um hino. Planta cheia de alegria que tanto nos faz pensar uma terna sinfonia para a vista contemplar. 40 www.cofre.org Dia Mundial da Saúde O Baile Por último fica o bonito testemunho deixado pela D. Maria da Luz Barreto, também residente, sobre a ida a O Baile, peça de teatro em cena no Teatro Villaret. «Fomos ao teatro! E que dizer? Que foi uma noite inesquecível! Éramos seis – a carrinha não comportava mais ninguém – vieram certamente tão contentes como eu. Foi uma noite diferente, sentimo-nos “crescidos”, por irmos assistir a um espectáculo nocturno. E tudo correu muito bem, como é apanágio do nosso lar, da nossa casa. As nossas assistentes, as nossas amigas, Mafalda Queiroz e Mariana Moita, sempre incansáveis com o nosso bem-estar. À nossa espera estava o nosso Presidente do Cofre, uma surpresa agradável, com que eu não contava, confesso. E depois a peça, tão levezinha, tão engraçada, tão bem representada que a todos certamente cativou. Por fim, mais uma surpresa: tirámos uma fotografia com o Sr. Ruy de Carvalho, esse actor excelente com quem me cruzei várias vezes enquanto estive na minha casa em Benfica. E foi o final de uma noite muito bem passada. Que hajam mais! Não posso deixar de agradecer a quem planeou a realização deste evento com que nos brindaram. Estou eternamente agradecida pelos mimos recebidos ao longo destes nove anos.» Sendo o comportamento para a saúde um elemento fulcral das nossas vidas, as enfermeiras Marta Silva e Elsa Costa partilham o que idealizaram: No dia 7 de Abril assinalámos o Dia Mundial da Saúde com uma actividade preparada pelas nossas enfermeiras. Debatemos o tema «Ser Saudável» e partilhámos várias experiências e ideias sobre o mesmo. Realizámos um pequeno jogo que nos permitiu através de imagens e/ /ou frases, distinguir entre o que é bom para a saúde e o que é prejudicial. Este espaço de diálogo foi muito importante para mudar alguns hábitos, mas também para relembrar alguns cuidados que devemos ter e ainda para tirar algumas dúvidas. Não se esqueça, cuide de si… Seja saudável! www.cofre.org 41 EXCURSÃO ALENTEJO DA MINH'ALMA AO ALENTEJO TÃO LONGE ME VAIS FICANDO Texto Rui Meireles, Sócio n.º 44164 Fotos Álvaro Rosa, Sócio n.º 35967 e Filomena Santos, Sócia n.º 103721 Eram 7 horas do dia 8 de Abril. Pontualidade dos excursionistas e do autocarro junto ao Jardim Zoológico. Embarcámos um grupo de 34 rumo ao Alentejo com uma agenda meticulosamente programada e um guia amante de história e sábio nas descrições da paisagem, da monumentalidade e dos factos históricos do registo biográfico daquela parcela de Portugal desde o antes e o depois de Cristo com incidência na ocupação romana e islâmica. Foram três bons dias de convívio e aprendizagem da história dos sítios e das coisas, dos costumes e das tradições das gentes e do acervo arqueológico e artístico. O Alentejo evidenciou-nos a riqueza do seu património artístico dos estilos mudéjar e gótico das igrejas e conventos, testemunhando a sua história de conquista e reconquista islâmica e cristã. De salientar a decoração barroca no interior das igrejas e basílicas com destaque para a igreja do Convento da Conceição em Beja, hoje transformado em Museu Rainha D. Leonor e a rica colecção de azulejos historiados dos séculos xvii e xviii que revestem o interior de igrejas, conventos, de inestimável valor artístico. Para cada monumento o Nuno (nosso guia) tinha um esclarecimento que «passava a explicar» sobre as várias lendas que constam ou constavam à margem dos compêndios escolares. Mas voltemos à marcha da viagem. Saídos de Lisboa, parámos em Tróia para um breve olhar sobre o plano urbanístico daquele paradisíaco promontório, rumando de seguida para Santiago de Cacém onde se situam as ruínas romanas de Miróbriga classificadas como Imóvel de Interesse Público desde 1940. Trata-se de um aglomerado urbano habitado desde a Idade do Ferro até ao século iv d. C. São visíveis 42 www.cofre.org vestígios da estadia de romanos através das ruínas do fórum, zona comercial «tabernae», praça pública, templo e casas de habitação. E daí até Castro Verde desfrutámos da contemplação da paisagem e das estevas floridas que marginam a estrada. Nesta localidade visitámos a basílica que exibe uma rica colecção de azulejos historiados e aí jantámos e pernoitámos. No 2.º dia, o destino último foi Beja, com passagem pela «vila museu de Mértola», centro de confluência de culturas e civilizações, com o rio Guadiana a seus pés, o castelo de atalaia na parte cimeira, a igreja de arquitectura mudéjar no sopé do mesmo e a alcáçova onde se pode ver o conjunto monumental de Mirtilis, parte de um possível fórum romano. Aí almoçámos na margem esquerda do Guadiana com vista para a branca vila defendida pela torre de menagem de 30 metros de altura e por uma cintura muralhada. O nosso próximo paradeiro foi no complexo das Minas de S. Domingos. Estação de extracção essencialmente de pirite foi uma desilusão. O abandono das minas, não justifica a degradação a que estão devotadas as oficinas, autênticos esqueletos mortos. As entradas das toupeiras humanas nem se enxergam. Aquele complexo poderia ser explorado turísticamente com acesso seguro às galerias que atingem uma profundidade de 400 metros, garantindo postos de trabalho com guias classificados. Como está, é uma vergonha nacional. Dali rumámos a Beja por entre searas convertidas em vinhedos e olivais. Beja surpreendeu-nos com o seu Museu D. Leonor, antigo Convento da Conceição, cuja igreja é uma jóia do barroco português e os corredores da quadra de S. João Batista e sala do capítulo deslumbram-nos pela soberba colecção de azulejos e pinturas murais. Na manhã do terceiro e último dia, visitámos, em Serpa, o Museu do Relógio com um acervo de 2600 relógios de um coleccionador particular com espécies raras e quase únicas destas máquinas de contar o tempo. Um museu com a particularidade de possuir oficina própria dedicada ao conserto e criação de relógios com projecção internacional. A visita ao Alqueva, onde almoçámos e navegámos naquele lago artificial, o maior da Europa, com a área de 250 km quadrados, foi um dos pontos altos desta digressão. De Monsaraz a Évora foi o desfrutar de uma planície verde onde sobressaíam os vinhedos e os oliveirais alinhados a fio de prumo. A economia alentejana está realmente a mudar. Jantámos em Évora e daí regressámos ao sítio de onde partimos para esta inesquecível viagem por terras alentejanas. www.cofre.org 43 ÉPOCA ALTA 2016 CENTRO DE LAZER DA PRAIA DO VAU Perguntas frequentes Como posso efectuar o pagamento, em caso de atribuição? O pagamento pode ser efectuado por transferência bancária, multibanco (pagamento de serviços) ou directamente na Rua do Arsenal e Rua dos Sapateiros. Tenho de pagar na totalidade? Não. O pagamento pode ser realizado: ❱❱ 10% com a inscrição e os restantes 90% até quinze dias antes do início da ocupação; ❱❱ 10% com a inscrição, 20% até quinze dias antes do início da ocu- pação e o valor restante até 8 prestações, devendo neste caso indicar o IBAN. ❱❱ O não pagamento, dentro do prazo, do reforço de 20% ou 90%, implica o cancelamento da ocupação e a perda dos 10% da inscrição, de harmonia com o regulamento. É possível fazer alteração à forma de pagamento após já ter sinalizado com os 10%? Sim. Sob pena de não ser aceite, o associado pode até 15 dias antes do início da ocupação, proceder à alteração da forma de pagamento. É possível fazer alterações em período de época alta após a atribuição? Não é possível fazer alterações no período de época alta. O associado deve ter em conta os seguintes prazos: ❱❱ 30 dias ou mais antes do início da utilização prevista, taxa de desistência (12,50 euros); O que devo fazer em caso de desistência? Deverá comunicar ao Cofre por escrito a vontade de desistir. ❱❱ 15 dias ou mais antes do início da utilização prevista, 50% do valor total; menos de 15 dias antes do início da utilização prevista, 100% do valor. Em caso de desistência, há lugar a penalização? Sim. A desistência da atribuição na época alta, mesmo que ainda não tenha sido objecto de pagamento, será sempre considerada como utilização efectiva para feitos de concurso nos anos seguintes. Ficarão isentos da penalização referida, sendo cobrada apenas a taxa de desistência, aquelas que forem justificadas por falecimento ou doença que implique internamento ou assistência hospitalar dos sócios ou seus familiares directos. UM JORNAL DE REFERÊNCIA NA REGIÃO FAÇA-SE ASSINANTE www.cincoquinas.net [email protected] saúde cultura educação lazer PROTOCOLOS Descontos e benefícios para os nossos associados Hotéis Vila Galé Orbitur de desconto calculado sobre a tarifa online publicada no site. 50% na aquisição/revalidação 5% do cartão Orbitur Camping Club. NOV OS Envy - Health Club 15% de desconto no restaurante Natural Living; mensalidades específicas para associados. O SM CAMPI bYfurcação Museu de Portimão Badoca Park 20% de desconto em todos os Museu de Portimão e o Centro de Interpretação de Alcalar: 2,50 €. 5% de desconto no preço de tabela para sócios, extensível ao máximo de 3 acompanhantes. espectáculos (bilhetes adquiridos apenas através de reserva). mais informações: www.cofre.org Tailândia 27 nov. a 7 dez.’16 Itinerário: 1º dia: Lisboa / Dubai 2º dia: Dubai / Bangkok 3º dia: Bangkok 4º dia: Bangkok / Kanchanaburi / Ayutthaya 5º dia: Ayutthaya / Lopburi / Phitsanulok 6º dia: Phitsanulok / Sukhothai / Chiang Rai 7º dia: Chiang Rai 8º dia: Chiang Rai / Chiang Mai 9º dia: Chiang Mai 10º dia: Chiang Mai / Bangkok 11º dia: Bangkok / Dubai / Lisboa Preço por pessoa: Duplo Suplemento Individual Mínimo 40 participantes € 1.905 € 2.115 Mínimo 30 participantes € 1950 € 2.155 Mínimo 20 participantes € 2.020 € 2.235 Condições Inclui: avião (Emirates) Lisboa / Dubai / Bangkok / Dubai / Lisboa + avião (Bangkok Airways) Chiang Mai / Bangkok + transfers privados aeroporto / hotel / aeroporto + 10 noites de alojamento em hotéis de 4 estrelas, em regime de meia-pensão + refeições incluídas + entradas e visitas conforme descrito no itinerário acompanhadas por guia local a falar português ou espanhol + seguro multiviagens + taxas de aeroporto, segurança e combustível (€340). Exclui: bebidas às refeições + despesas de carácter particular + tudo o que não estiver devidamente mencionado como incluído no programa. Nota: os preços foram calculados com base nas tarifas hoteleiras vigentes. Poderão eventualmente ser alterados caso se verifiquem variações significativas. Não efectuamos qualquer tipo de reserva. Passaporte com validade mínima de 6 meses na data de partida. SEGURANÇA E COMPETÊNCIA 6 201 A Agência em que os portugueses mais confiam para viajar. ESCOLHA DO CONSUMIDOR AGÊNCIAS DE VIAGENS A Agência de Viagens escolhida pelos portugueses. Consulte as facilidades de pagamento em: www.cofre.org Para mais informações e reservas: Cofre: 21 324 10 60 Agência Abreu: 21 355 21 70 NA SUA LOJA ABREU | ABREU DIRETO Telef.: 707 20 1840 | Web: www.abreu.pt Viagens Abreu, S.A • Capital Social € 7.500.000 • Sede: Av. dos Aliados, 207 • 4000-067 Porto • RNAVT 1702 • Operador • Cons. Reg. Com. do Porto nº 15809 • NIF: 500 297 177 • 2016 A sua marca de confiança
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