jardim da residência sénior de loures

Transcrição

jardim da residência sénior de loures
cofre
Revista do Cofre de Previdência dos Funcionários e Agentes do Estado
JARDIM DA RESIDÊNCIA
SÉNIOR DE LOURES
N.º 2
IV série
Ano XX
Mar./Abr. 2016
www.cofre.org
PVP €1,00
SUMÁRIO
1EDITORIAL |
A PALAVRA DO PRESIDENTE
11AGENDA DO COFRE |
VAI ACONTECER
20CIÊNCIA |
COLUNA DE ASTRONOMIA
3PROTOCOLO |
REAL SEGUROS
ACTIVIDADE |
NÚCLEO DE DIVULGAÇÃO
DO COFRE
12CONSULTÓRIO MÉDICO |
OSTEOPATIA INFANTIL
23EFEMÉRIDES
4 CARTAS DOS LEITORES
14À MESA |
RECEITA DA CHEF
5OFERTAS AO COFRE |
LIVROS
Força Restante
6PELO MUNDO |
CIDADES CAPITAIS
EUROPEIAS DA CULTURA 2016
San Sebastian
e Wroclaw
De pequenino é que se
corrige o corpinho
2016 – Ano
Internacional
das Leguminosas
16VISITA GUIADA |
NO JARDIM
Jardim Botânico
da Ajuda
Mercúrio
24TEATRO |
PROJECTO ARTÍSTICO
Companhia Maior
26PERFIL |
NOVO SÓCIO
Paulo Borges
28QUEM É QUEM |
QUINTA DE SANTA IRIA
29CONSULTÓRIO VETERINÁRIO |
Cuidados de
Primavera
31INFORMAÇÕES ÚTEIS |
O QUE HÁ DE NOVO EM 2016
32NOTÍCIAS |
O COFRE VISTO POR DENTRO
34RESIDÊNCIAS SENIORES |
VILA FERNANDO
35AS PENSÕES E
A POUPANÇA EM PORTUGAL
36ASSEMBLEIA GERAL
ORDINÁRIA
8CENTENÁRIO |
MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO
Entre Paris e Lisboa
10AGENDA DO COFRE |
ACTIVIDADES NA QUINTA DE
SANTA IRIA
FICHA TÉCNICA
39 CONVERSAS NO COFRE
40RESIDÊNCIAS SENIORES |
PRIMAVERA EM LOURES
42EXCURSÃO AO ALENTEJO |
RUI MEIRELES
PRESIDENTE: Tomé Jardim • [email protected] | DIRECTORA: Luísa Paiva Boléo • [email protected]
EDIÇÃO: Cofre de Previdência | CONSELHO REDACTORIAL: Tomé Jardim, Elder Fernandes, Norberto Severino, Manuela Charrua, Catarina
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Nogueira Santos, Carla Filipe, Dalila Espírito Santo, Paulo Borges, Mafalda Bacalhau, Maria Delfina Machado, Teresa Azevedo
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EDITORIAL A PALAVRA
DO PRESIDENTE
Tomé Jardim
C
omo vos disse, quando tivesse notícias dar-vos ia nota delas. Em termos gerais já o fiz
na A. G. de 28 de Abril, sendo meu dever, neste grande
palco que é a nossa Revista, fazê-lo igualmente. Estamos a mais de metade do nosso
mandato, por isso, vamos fazer uma pequena síntese destes 2 anos e 3 meses. Na altura própria, no dia da vitória nas eleições,
agradeci em nome do C. A. e dos restantes
Corpos Sociais, a todos os Associados a
confiança, demonstrada na nossa lista, bem
expressiva de 70,56%. Apesar da lista opositora ter cometido vários actos ilegais, ter
mostrado não olhar a meios para atingir os
seus fins como a apropriação indevida dos
endereços electrónicos e a intrusão no gabinete do Sr. Subdirector Geral do IVA, Miguel Silva Pinto difundindo por toda a Administração Fiscal um comunicado, onde a
maldicência imperou com consequências
disciplinares para quem a praticou como,
em tempo falámos. As participações à Polícia Judiciária, ao Ministério Público e à Inspecção Geral de Finanças, permitirnos-ão
saber, com a conclusão dos processos, quem
foram os seus autores. Mas, também disse
ser uma lição a tirar e a ter presente no pensamento de todos, em futuras eleições,
principalmente daqueles que se esqueceram do momento, onde a razão e a ética
aglutinam um conjunto de valores morais
recebedores da adesão de uma comunidade
que tem esses princípios como é a família
Cofre, em detrimento daqueles que actuam
na ilegalidade e por interpostas pessoas
para atingir um fim. Serão sempre, mais
cedo ou mais tarde, desmascarados e irão
naturamente ser penalizadas por isso. E, ao
contrário do dito por todos, entendemos
não accionar civil e criminalmente o Mandatário da lista nem os respectivos Membros efectivos e suplentes, onde nem todos
souberam da estratégia delineada por alguns - por se tratar de uma campanha eleitoral com excessos - foram muitos mas em
democracia deveremos desculpá-los – e foi
o que aconteceu. Na altura não estava em
causa a Instituição Cofre, mas sim as pessoas hoje titulares dos Órgãos Sociais, efectivos e suplentes. Naturalmente com todo
este tipo de atitutes ficámos à espera de
outras surpresas e elas foram chegando em
vários momentos. Tudo se tem tentado por
parte de quem perdeu as eleições livres e
transparentes. Para muitos terão sido surpresas desagradáveis, para nós não – conhecemos bem os envolvidos em todo o
processo – temos estado sempre à espera e
em Janeiro de 2014, dias depois da nossa
tomada de posse recebemos a primeira. A
visita da Inspecção Geral de Finanças.
Apesar de parte dos Órgãos Sociais entender da ilegitimidade daquela Instituição em
efectuar a auditoria entendemos no seio do
C. A., não obstar à sua realização, colaborar em tudo e a determinar a todos os Departamentos da sede a fazerem-no igualmente. Porém no seu decurso deparou-se-nos outra surpresa a auditoria era só referente ao período do nosso mandato, mas
apenas reuniram com os Órgãos Sociais C.
A. e C. F. uma vez porque nas demais, que
foram muitas, fizeram-no com o cabeça da
lista opositora e trabalhador do Cofre, actualmente Tecnico Superior, João Paulo
Malheiro, cuja comissão de serviço como
Director de Serviços/Coordenador Geral,
este Conselho não renovou no decurso do
ano de 2012 por ilegalmente ocupar aquele
cargo há 8 anos. Exercia-o há 18 e só o podia ter feito durante dez anos. Mas voltemos à Inspecção, a auditoria segundo o despacho far-se-ia: “ao quadriénio 2010/2013
ou a outros períodos quando tal se justificar” mas quando se aperceberam da durabilidade de três anos – 2011/2013 – do nosso mandato foram apenas estes os
auditados. Apesar da chamada de atenção
feita quanto às anomalias detectadas nos
abates de bens e nos pagamentos efectuados para a Qta de Sta Iria, terminaram os
trabalhos sem se despedirem do C. A., do
C. F. e dos trabalhadores do Cofre que com
aquela Instituição colaboraram. Até hoje
ninguém nos enviou o relatório da auditoria como determina o CPA, publicaram-no
em síntese no seu sítio dias depois do 10 de
Julho de 2015, dia da visita da Polícia Judiciária e do Ministério Público ao Cofre e
quando tudo já estava calmo, o País voltou
a ouvir de novo falar do Cofre e do seu Presidente, negativamente. Os Autores do relatório e os superiores que o subscreveram
ultrapassaram a sua legitimidade, classifi-
cando per se as várias condutas com os tipos de crime, até aqui tivemos a originalidade de se substituirem, nessa classificação,
à autoridade judiciária. A ética e o respeito
que uma Instituição centenária e quem nela
trabalha devem merecer, ficou àquem. Mas
a conduta acusatória formulada por aquela
Instituição no que se referia a empréstimos
para a aquisição de habitação própria,
obras e outras finalidades de assistência social, alvo de participação pela Inspecção
Geral ao M.P. e ao Banco de Portugal, caíu
de harmonia com a notificação efectuada
em 11/04/2016, por esta Instituição, no parecer com a referência CRI/2016/00011528
que em síntese nos diz não existir qualquer
ilegalidade pela prática de tais actos por
parte do Cofre, ou seja, não são ofendidas
quaisquer normas contidas no Decreto Lei
nº 298/92 de 31 de Dezembro que regula o
Regime Geral das Instituições de Crédito e
Sociedades Financeiras. E sabem? Na A. G.
os Associados presentes regozijaram-se
com esta notícia à excepção dos Senhores
Associados Jorge Ferraz, João Pinto e João
Malheiro, nem uma palavra disseram e sabem como é de vital importância tal decisão para o Cofre, para a sua sobrevivência
e enquanto principal veículo de apoio Social aos nossos Associados. Mas, como disse, quando da parte do cabeça de lista e
naturalmente dos demais, se permite aquele tipo de actuações, é de esperar outras de
idêntica natureza ou piores. Mais tarde, utilizando indevidamente os meios informáticos do Cofre, agora como trabalhador, o
técnico superior João Malheiro no seu computador, propriedade do Cofre, divulgou o
mesmo tipo de discurso, a mesma actuação
agora no período laboral. Aqui, por ter sido
no local de trabalho e dentro das horas de
expediente caíu na alçada do Dto. Disciplinar com a instauração de um processo o
qual culminou com a sua demissão, regressando mais tarde ao serviço, até à decisão
da acção principal devido a uma providência cautelar onde invocava carência económica. São estas pessoas que têm colocado
em causa, desde a saída do aludido trabalhador do cargo de Director de Serviços/
Coordenador-Geral, todo o trabalho desenvolvido tentanto até substituir-se à decisão dos tribunais o foi caso do Associado
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1
EDITORIAL A PALAVRA
DO PRESIDENTE
Jorge Ferraz ao tentar forçar uma A. G.
para derrubar os actuais Órgãos Sociais e
tomar posse da gestão do Cofre. Devia
preocupar-se sim com a sua gestão pessoal
e respeitar a Instituição Cofre que o tem
ajudado. Todavia, assim não tem acontecido e o mesmo Associado tem, através de
providências cautelares aos negócios de
compra e venda de imóveis, tentado criar
obstáculos à gestão sabendo tratar-se – ao
que consta o Sr. Trabalha numa imobiliária
– de negócios de excelência para o Cofre e
podendo com tais actos criar graves prejuízos, não às pessoas, mas ao Cofre sendo
que todos estes actos são patrocinados pelos mesmos Advogados de outras acções
onde estiveram envolvidos o aludido técnico superior Paulo Malheiro ou o antigo
prestador de serviços Joaquim Silva. Por
isso não nos admirámos que quando foi a
julgamento a rescisão do contrato do Vau,
por quebra de confiança, onde o referido
trabalhador do Cofre, cabeça da lista B e
mais dois elementos, um da nossa primeira
direcção, Carlos Galrão e um antigo trabalhador do Cofre José Beiroco também participantes na referida lista, defendessem o
privado Joaquim Silva, o primeiro em detrimento da Instituição que o promoveu
socialmente e lhe paga a remuneração, o
segundo dizendo o contrário do escrito
num relatório que assinou a criticar o desempenho do antigo prestador de serviços
na Quinta, o terceiro a testemunhar a assinatura do Dr. Móscas num documento, cujo
original nunca apareceu, nem existe nenhuma acta da então Direcção a fazer referência à autorização para o Sr. Joaquim
Silva utilizar, em proveito próprio, o tractor do Cofre, na sua Quinta situada na localidade da Sortelha que dista da nossa Quinta de Santa Iria, 30 Km. Estes depoimentos
foram cedidos pelo Tribunal Cível de Lisboa e estão arquivados no Cofre para memória futura. Voltando à Inspecção, estranhamos o facto de passarem por
documentos de abate e outros onde não
existiu intervenção no local por parte dos
trabalhadores do Cofre com essas funções,
mas sim entre o prestador de serviços Joaquim Silva em Sta Iria e o Director de Serviços de então, em Lisboa. Este e muitos
mais documentos estão na posse do M.P. da
2
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Covilhã. E ao contrário do que disse no Tribunal Cível de Lisboa, a sua delegção de
competências para efectuar pagamentos
não era ao tempo de 800€ mas sim bem
maior, pagamentos que, nos anos de 2010 e
2011, foram de 167 925,05€ e 154 651,30€,
respectivamente. É esta a verdade dos factos, os quais só conseguimos ultrapassar
por termos trabalhado com seriedade. É
certo que nos enganamos e erramos e iremos voltar a fazê-lo por sermos humanos,
mas temos a nossa consciência tranquila de
que se o fizemos foi sem qualquer intenção.
Como referi a confiança expressa na votação pelos Associados aumentou ainda mais
a nossa responsabilidade e por isso, têm
existido dias de total disponibilidade da
nossa parte na prossecução dos objectivos
propostos e assim vai continuar apesar do
trabalho a dobrar que a resposta às acções
originadas pelas querelas nos dão. Mas
como disse na mensagem do relatório e
contas, “quem não deve não teme” e o estar
bem com a nossa consciência é fundamental para olhar de frente para todos, nomeadamente para aqueles que, procurando dificultar a nossa gestão agem apenas com um
intuito, atingir os seus fins sem olhar a
meios, mesmo que para isso se beneficiem
os interesses privados em detrimento dos
do Cofre. Todavia soubemos ter a serenidade necessária para continuar com a nossa
gestão e terminar o exercício com uma redução substancial do prejuízo verificado no
ano anterior como se constata nos números
apresentados e comentados no balanço.
Não fora a constituição de uma provisão
pela indemnização ao anterior prestador de
serviços da Quinta, a quem denunciámos
em tempo o contrato e o rescindimos no
Vau por quebra de confiança, no valor de
202.500,00€, os custos de patrocínio judicial a ele adjacentes a rondar os 250 mil €,
e a outros processos; o reforço da provisão
para a responsabilidade dos “Gastos de
previdência social” de 1.067.324,29€,
aquele resultado seria naturalmente positivo. Como sabem este montante de benefícios de previdência social tem influência no
resultado do exercício, não sendo todavia,
resultante directo da actividade. Finalmente, não podemos deixar de lembrar a aprovação por duas vezes, nas Assembleias Ge-
rais de 26/01/2015 e de 14/12/2015 dos
Orçamentos, respectivamente, dos anos
2015 e 2016, onde se encontrava a alienação da Rua dos Sapateiros e nesta última a
aquisição do edifício da Estrada das Laranjeiras, as quais permitiram dar seguimento
por parte do CA às acções de venda e compra, objecto de uma providência cautelar e
de uma acção principal de anulação dos
contratos, como referi, por parte do Associado Jorge Ferraz. A nossa Revista para
além do que vos acabo de contar tem muito
mais para ler nas quatro páginas a mais,
sem custos de expedição, por exigência dos
nossos leitores mais fiéis que já são muitos.
Tínhamos programado para o primeiro número desta Série a estreia desta novidade
mas, guardámo-la para a Revista coincidente com a Primavera, o dia 1 de Maio e o
dia da Mãe. Como podem verificar os nossos associados/as colaboraram mais com a
revista, a Carla Flipe na receita, o Rui Meireles no passeio ao Alentejo, o sócio novo e
as várias cartas, as habituais rubricas dos
Consultórios Médico e Veterinário, com informação sempre de grande utilidade. Damos espaço para as actividades do Cofre
desta vez com relevo para as Residências
seniores de Loures e Vila Fernando, da sua
ida ao teatro O Baile que esteve em cena no
Villaret, a visita guiada ao Jardim Botânico
da Ajuda pela Eng.ª Dalila Castelo Branco,
a quem pessoalmente e em nome do C.A.
agradeço, o projecto de teatro para seniores Companhia Maior, damos a conhecer os
nossos trabalhadores da recepção da Quinta em «Quem é Quem», a coluna de Astronomia com sugestões para olhar Mercúrio
no céu de Maio, as Efemérides, a biografia
de Mário de Sá-Carneiro, as nossas viagens
Cofre/Abreu, os protocolos assinados, as
Cidades Europeias da Cultura e a apresentação do livro de Paulo Mira Coelho, «Os
Meus Pés Descalços», no nosso auditório
em Lisboa, e muito mais. Lembre-se, ajudando a angariar novos Associados ajuda
na acção social que fazemos todos os dias
para os mais e os menos novos hoje, amanhã seremos nós. Continue a enviar-nos
artigos e fotos com imagens dos seus momentos. Com consideração pessoal. •
O Autor, por opção, não aderiu
ao acordo ortográfico.
PROTOCOLO REAL
SEGUROS
N
o dia 28 de Abril o Presidente do Conselho de
Administração do Cofre de Previdência, Dr.
Tomé Jardim e o Administrador da Real Vida Seguros, Dr.
Joaquim Branco, celebraram uma parceria entre as duas entidades, na presença do Dr. João Santos, na qualidade
de mediador. A assinatura teve lugar
no Museu do Oriente, em Lisboa. Em
breve divulgaremos os pormenores
deste novo protocolo e todos os benefícios para os nossos associados.
Na próxima revista entrevistaremos o Dr. Joaquim Branco que nos
vai contar a história desta prestigiada Companhia de Seguros bem
como as diversas vantagens dos seguros que foram protocolados. Esteja atento! •
ACTIVIDADE NÚCLEO DE DIVULGAÇÃO
DO COFRE
F
Sara Ferreira
oi no início de 2014
que o Conselho de Administração, presidido
pelo Dr. Tomé Jardim,
deliberou
promover
uma campanha de angariação de
novos sócios. Para o efeito foi criado um Núcleo de Divulgação com
colaboradores empenhados na missão Cofre. Fomos contactando diversos institutos públicos por todo
o país com o objectivo de disseminar os princípios e valências desta
instituição.
As sessões decorrem sempre de
forma muito participativa com o
envolvimento de todos os interve-
nientes, por vezes assistidas por sócios curiosos em perceberem quais
as novas regalias que o Cofre tem
para oferecer. Após a exposição gera-se um pequeno debate onde se
sistematizam todas as ideias transmitidas e abre-se espaço para o
diálogo e para o esclarecimento de
dúvidas.
O Cofre, consciente das actuais dificuldades que os funcionários públicos passam e, num contexto global
de crise, trabalha arduamente para
as colmatar e minimizar através de
uma vasta oferta de regalias, um
apoio permanente em cada fase da
vida do associado. No entanto, não
só de apoio financeiro e social se
estrutura o Cofre, cada vez mais
apostamos numa vasta oferta na
área do lazer e da cultura. Os nossos centros de lazer cada vez mais
dinâmicos, com programas adaptados a todas as idades e em todas
as épocas do ano, as encantadoras
viagens Abreu e as propostas culturais do Cofre criam um valor
inegável na admissão de novos sócios.
Iremos continuar a nossa missão
deixando desde já a quem nos recebeu um sincero agradecimento
e aos nossos futuros sócios um
breve até já. •
www.cofre.org
3
CARTAS DOS
LEITORES
Rua do Arsenal, Letra E
1112-803 Lisboa
[email protected]
facebook.com/
cofredeprevidenciafae
A revista Cofre reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os textos não solicitados
e não prestará informação postal sobre eles. Os textos publicados são da inteira responsabilidade dos autores.
❱❱ Sou o José Abílio Batista Mourato associado do Cofre com o número 61460. A última revista do Cofre
trazia uma entrevista sobre Astronomia à Dr.ª Maria Natália Botelho.
Como sou interessado pela matéria,
procurei um endereço e-mail da
Dr.ª Natália para a contactar mas
o endereço que encontrei estava
desactivado. Se o Cofre tiver um
endereço de correio electrónico da
Dr.ª Natália e quiser fazer o favor
de lhe perguntar se ela não se importa de mo enviar, fico muito agradecido ao Cofre.
José Abílio Mourato,
Sócio n.º 61460
Com autorização da astrofísica foi-lhe
cedido o seu e-mail pessoal.
❱❱ Boa noite e continuação de um
excelente final de fim-de-semana para todos/as associados, bem
como para todos/as, funcionários
do mesmo, sem deixar de manifestar iguais votos para a administração em geral, e na pessoa do Sr.
Dr. Tomé Jardim. «Quem busca,
sempre encontra», eis que me situo num espaço, para sem muitos
rodeios, pretender manifestar os
serviços de atendimento telefónico, sito, Rua do Arsenal. Ora, contactados estes serviços, como referi, em que por escassos minutos e
após uns «blá blás», em gravação
não muito bem-vindos (especial
atenção para chamadas efectuadas de telemóveis por associados/
/as com menor limite de créditos,
me senti «chutada», para qualquer
um(a), que se disponibilizasse a
atender-me. Eis quando fui atendida por uma funcionária, creio que
jovem, pela voz, tom, educação e
amabilidade. Soube, questionando
a funcionária, tendo ficado deveras
4
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regozijada pelo facto da mudança
de Seguradora, referente ao cartão de Saúde, situação que desde
o início com a anterior C.ª me fez
bloquear a aderência ao mesmo.
Não me encontrando em Lisboa,
solicitei o envio dos documentos
inerentes à adesão por via «CTT».
Com todas as questões que formulei, sem velocidades desmedidas,
tive o acesso pretendido. É, pois,
manifestamente impossível da minha parte como ex-funcionária de
40 anos, de um serviço público,
cidadã, «obrigada», a pagar todas
as minhas despesas e forçada a
contribuir para as de outros (as),
mulher civil, filha e mãe, sensível,
sem pretensões e exageros, deixar
de evocar por este espaço, comum
a todos (as), que por aqui possam
e queiram saber do outro lado
(bastidores), do que se passa dentro de um serviço como o Cofre,
congratular-me pela forma como
fui atendida, não obstante a continuação e conclusão do processo,
que me terá levado a contactar o
Cofre, apesar de há muito tempo
atrás, o ter tentado, sem êxito.
Saliento, desta forma, o nome da
funcionária, que desconheço pessoalmente, mas de cujo nome certamente tentarei sempre que me
for necessário contactar, solicitar
o atendimento de «Sónia Abreu»,
cujo apelido não esqueci, dado o
protocolo existente há muitos,
muitos anos, com esta nossa Instituição. Bem-haja, Sónia Abreu,
pelo brio profissional e humano
demonstrado e aplicado.
À administração do Cofre, nomeadamente ao seu presidente, manifesto neste espaço os parabéns
merecidos e a continuação da sabedoria na escolha, para o desenvolvimento do serviço e das pessoas em
geral, novas, «cotas», idosas! Gos-
taria de saber publicado este meu
manifesto em qualquer que seja o
número da revista que entenderem.
Paula Luísa Dias Rodrigues
Valente, Sócia n.º 62799
❱❱ Foi através do Protocolo do Cofre/
/Abreu, que passei umas mini-férias
de Páscoa fantásticas em Paris com
visita ao mundo encantado da Disney. Aconselho todos os associados a
viajar até à «Cidade Luz». A cidade
é linda, adorei visitar a Torre Eiffel
mas aconselho os que quiserem subir a mesma que comprem o bilhete
online para não estar nas filas, aliás
o melhor é comprar online todos os
ingressos para todos os monumentos porque as filas são uma perda de
tempo. Vão visitar o Arco do Triunfo, o Museu do Louvre e subam até
ao Sacré Coeur para terem uma vista
fantástica de Paris. Existe algo que
não poderão deixar de fazer – é o
passeio de barco pelo Sena. Fantástico! E claro visitar a Torre Eiffel que
à noite é linda. Aproveitem e comam
um crepe de Nutella junto à mesma.
É magnífico. Em relação à Disney
não existe muito mais a dizer. É «Um
Mundo Encantado». Assim que se
entra perde-se a noção da realidade.
Um conselho em relação à Disney:
se puderem vão durante a semana
porque estão menos pessoas e as filas
para os entretenimentos, para comida, etc. são muito menores e terão
mais tempo para desfrutar de tudo
o que aquele mundo de fantasia nos
poderá dar. Obrigado ao Cofre pelo
magnífico protocolo com a Agência
Abreu e por esta viagem maravilhosa. Obrigado à Agência Abreu por
toda uma atenção fantástica.
Helena Guerreiro,
Sócia n.º 99968
OFERTAS LIVROS
AO COFRE
força terrena real; força espiritual,
força patriótica, força anímica e força final. Do capítulo Força Anímica
escolhemos este poema.
FORÇA RESTANTE
de Joaquim Chito Rodrigues
ed. Âncora, 2015
DESEJO
O
autor que foi recentemente entrevistado
para a nossa revista
na qualidade de presidente da Liga dos
Combatentes mostra neste livro
oferecido ao Cofre, a sua faceta de
poeta, nesta que é já a sua quinta incursão nesta arte. O livro é dedicado
«à Vida», com prefácio de António
Salvado, poeta seu conterrâneo.
Joaquim Chito Rodrigues nasceu em
Castelo Branco em Março de 1935 e
seguiu a carreira militar, tendo desem-
penhado funções em diversas áreas
nomeadamente como governador de
Macau. Foi atleta olímpico e docente
universitário. Este é o seu sétimo livro. O título um pouco surpreendente
é-nos explicado pelo próprio:
«Em determinado momento da
vida, em especial se se aproxima da
chamada esperança de vida, podemos afirmar que o ser humano passa a tentar reger-se por uma força
a que chamo “força restante”.» Os
poemas estão divididos em capítulos com outras forças: força terrena;
Porque por vezes chamo
E não respondes?
Sinal de vida adulta
Por onde andas
Onde te escondes?
Outrora eras tu que despertavas
Transmitias ondas
De potência permanente e dura
A desfazer em praia
De mar doce e ternura.
Hoje, sou eu que clamo
Para por vezes te encontrar.
Como outrora,
Bastando um mero toque
Um simples olhar
Para que um eterno desejo
Signifique despertar.
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PELO CIDADES CAPITAIS
MUNDO EUROPEIAS DA CULTURA 2016
San Sebastian e Wroclaw
A
ideia da Capital Europeia da Cultura foi
instituída, em 1983,
sob iniciativa conjunta
dos então ministros da
Cultura da Grécia, Melina Mercouri (1920-1994), e de França, Jack
Lang (1939). «A principal preocupação era dar à cultura europeia
o mesmo peso que a economia e a
política no seio das estratégias para
a consolidação da União Europeia
e, com isso, numa lógica que não
fosse de contracorrente promover
as culturas europeias na sua diversidade.»
O evento Capital Europeia da
Cultura era designado até 1999 por
Cidade Europeia da Cultura. Este título só pode ser atribuído pelo Conselho de Ministros da União Europeia. Desde 2005, a nomeação das
cidades passou a estar englobada no
âmbito comunitário. Actualmente
podem ser designadas como Capital
Europeia da Cultura uma cidade de
um Estado-membro da UE, seguindo uma ordem prevista ou uma cidade indicada por outro país europeu. «Tem por objectivos valorizar
a riqueza e a diversidade das culturas europeias, assim como as carac-
terísticas comuns, e contribuir para
um maior conhecimento mútuo dos
cidadãos europeus.»
Como tem acontecido desde 2001,
neste ano de 2016, serão duas as Capitais Europeias da Cultura: San Sebastian/Donostia no País Basco em Espanha e Wroclaw na Polónia.
San Sebastian foi escolhida pela
«capacidade da cidade basca de superar o passado violento através da
cultura» e a cidade polaca por ser
um cruzamento de culturas tendo
pertencido também a checos, austríacos, húngaros e alemães. Cidade
com cem pontes. •
A ponte Zwierzyniecki e a
cisterna de Wroclaw, duas
imponentes estruturas
desenhadas pelo arquitecto
local Karl Klimm no
início do século xx.
6
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Lista das Capitais
Europeias da Cultura
1985 – 2019
A Igreja de Santa María del
Coro e vista panorâmica de San
Sebastian com o Estádio de
Anoeta em primeiro plano.
1985 Atenas (Grécia)
1986 Florença (Itália)
1987 Amesterdão (Países Baixos)
1988 Berlim (Alemanha)
1989 Paris (França)
1990 Glasgow (Reino Unido)
1991 Dublin (Irlanda)
1992 Madrid (Espanha)
1993 Antuérpia (Bélgica)
1994 Lisboa (Portugal)
1995 Luxemburgo (Luxemburgo)
1996 Copenhaga (Dinamarca)
1997 Salonica (Grécia)
1998 Estocolmo (Suécia)
1999 Veimar (Alemanha)
2000 Avinhão (França) | Bergen
(Noruega) | Bolonha (Itália) |
Bruxelas (Bélgica) | Helsínquia
(Finlândia) | Cracóvia (Polónia)
| Reiquiavique (Islândia) | Praga
(República Checa) | Santiago de
Compostela (Espanha)
2001 Porto (Portugal)
| Roterdão (Países Baixos)
2002 Bruges (Bélgica)
| Salamanca (Espanha)
2003 Graz (Áustria)
2004 Génova (Itália) | Lille (França)
2005 Cork (Irlanda)
2006 Petras (Grécia)
2007 Luxemburgo (Luxemburgo)
| Sibiu (Roménia)
2008 Liverpool (Reino Unido)
| Stavanger (Noruega)
2009 Linz (Áustria) | Vilnius (Lituânia)
2010 Essen (Alemanha) | Pécs
(Hungria) | Istambul (Turquia)
2011 Turku (Finlândia) | Tallinn
(Estónia)
2012 Guimarães (Portugal)
| Maribor (Eslovénia)
2013 Marselha (França)
| Košice (Eslováquia)
2014 Umeå (Suécia) | Riga (Letónia)
2015 Mons (Bélgica)
| Plzen (República Checa)
2016 Donostia-San Sebastián (Espanha)
| Wroclaw (Polónia)
2017 Aarhus (Dinamarca)
| Paphos (Chipre)
2018 Leeuwarden (Países Baixos) |
Valleta (Malta)
2019 Matera (Itália) | Plovid (Bulgária)
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CENTENÁRIO MÁRIO DE
SÁ-CARNEIRO
Texto António Valdemar*
Entre Lisboa e Paris
M
ário de Sá-Carneiro é um dos
grandes poetas de
Lisboa. Porque é
natural de Lisboa;
porque referiu e assinalou Lisboa na
sua obra; porque frequentou o antigo
Liceu do Carmo e o Liceu Camões,
no início do seu funcionamento; porque ficou ligado a tertúlias em cafés
e restaurantes, em teatros e livrarias
que fazem parte da memória e da história.
Nasceu em plena baixa pombalina.
Foi a 19 de Maio de 1890 – na Rua
da Conceição. Ainda havia a freguesia de São Julião. Revive numa lápide
na casa onde nasceu, na toponímia da
cidade e outros locais. Deu o nome a
algumas escolas.
Mário de Sá-Carneiro – cujo centenário da morte está a ser evocado
em Portugal e em França – foi com
Fernando Pessoa, Almada Negreiros,
Alfredo Guisado, Luís de Montalvor
Capa da segunda edição, de 1939, da
recolha de poemas de Mário de Sá-Carneiro
Dispersão com ilustração de Júlio.
e outros intelectuais e artistas, um
dos nomes mais representativos da
revista Orpheu que promoveu a primeira grande transformação literária
e cultural, em Portugal, no tempo da
Primeira Guerra Mundial e das perturbações políticas que atingiram o
percurso da República.
Mário de Sá-Carneiro esteve em
Coimbra para frequentar Direito.
Apenas uns meses. Tal como António
Nobre foi para Paris. Também não
conseguiu tirar o curso na Sorbonne.
Contudo, apaixonou-se pela cidade
que se tornou outra componente da
sua criação literária.
Viviam então em Paris outros portugueses. Conheceu e conviveu, por
exemplo, com o escultor Francisco
Franco e com os pintores Amadeu
Sousa Cardoso, Guilherme Santa
Rita.
Num acto de desespero, suicidou-se, no hotel Nice, onde residia. Existe uma lápide que recorda ali a presença do grande poeta português que
interveio, decisivamente, na introdução de novos rumos na literatura, no
diálogo com as vanguardas europeias
que, além da poesia, da ficção e do
teatro incidiu nas artes plástica •
* Sócio efectivo da Academia das Ciências
MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO NAS PALAVRAS DE FERNANDO PESSOA
Génio na arte, não teve Sá-Carneiro nem alegria nem felicidade
nesta vida. Só a arte, que fez ou
que sentiu, por instantes o turbou
de consolação. São assim os que
os Deuses fadaram seus. Nem o
amor os quer, nem a esperança
os busca, nem a glória os acolhe.
Ou morrem jovens, ou a si mesmos sobrevivem, íncolas da incompreensão ou da indiferença.
Este morreu jovem, porque os
Deuses lhe tiveram muito amor.
Mas para Sá-Carneiro, génio
não só da arte mas da inovação
8
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nela, juntou-se, à indiferença que
circunda os génios, o escárnio que
persegue os inovadores, profetas,
como Cassandra, de verdades que
todos têm por mentira. In qua scribebat, barbara terrafuit. Mas, se
a terra fora outra, não variara o
destino. Hoje, mais que em outro
tempo, qualquer privilégio é um
castigo. Hoje, mais que nunca, se
sofre a própria grandeza. As plebes de todas as classes cobrem,
como uma maré morta, as ruínas
do que foi grande e os alicerces
desertos do que poderia sê-lo. O
circo, mais que em Roma que
morria, é hoje a vida de todos;
porém alargou os seus muros até
os confins da terra. A glória é dos
gladiadores e dos mimos. Decide
supremo qualquer soldado bárbaro, que a guarda impôs imperador. Nada nasce de grande que
não nasça maldito, nem cresce
de nobre que se não definhe,
crescendo. Se assim é, assim seja!
Os Deuses o quiseram assim.
(Fernando Pessoa na Athena – Revista de
Arte, vol. I, n.º2, de Novembro de 1924)
1890 (19 de Maio)
❱❱ Nasce em Lisboa numa família da
alta burguesia, o pai é engenheiro
militar.
1892
❱❱ Perde a mãe e fica aos cuidados de uma ama e dos avós.
1902
❱❱ Escreve os primeiros versos em
cadernos da escola.
1912
❱❱ Conhece Fernando Pessoa e nasce
uma forte amizade que dura até à
morte de Sá-Carneiro.
1911-1912
❱❱ Inscreve-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra,
mas desinteressa-se do curso.
1912
❱❱ Parte para Paris onde faz a vida
boémia dos cafés, espectáculos e
faz amizades com artistas como
Picasso e Modigliani.
❱❱ Publica a peça Amizade e as novelas Princípio.
1913-1914
❱❱ Regresso a Lisboa.
1914
❱❱ Publica os doze poemas Dispersão
e A Confissão de Lúcio (novela).
❱❱ Com o início da Grande Guerra o
pai parte para Moçambique o que
dificulta a chegada da mesada a
Paris.
1915
❱❱ Publica as doze novelas Céu em Fogo.
❱❱ Regresso a Paris.
❱❱ Com Fernando Pessoa e outros está
na origem da revista Orpheu, decisiva na introdução ao Modernismo.
EXPOSIÇÕES EM 2016
Exposição em Paredes de Coura com o título - Mil Anos me
Separam de Amanhã, no Parque de Estacionamento Central,
Largo Hintze Ribeiro, Paredes de Coura até 22 de Maio. De
Segunda-feira a Sábado das 10h00 às 18h00 - Gratuito.
Biblioteca Nacional de Lisboa - Exposição dividida em oito
secções: «Publicações em vida», «Publicações na primeira
metade do centenário da morte», «Publicações na segunda
metade do centenário da morte», «Correspondência», «Prosa»,
«Poesia», «Orpheu» e «Miscelânea». Até 31 de Agosto.
1916 (26 de Abril)
❱❱ Pôs termo à vida em Paris.
1946
❱❱ São publicadas as Poesias Completas e Cartas a Fernando Pessoa.
2016
❱❱ Diversas editoras lançam publicações
da correspondência trocada com Fernando Pessoa e Obras Completas.
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AGENDA ACTIVIDADES NA
DO COFRE QUINTA DE STA. IRIA
VAMOS AO TEATRO !
A Quinta de Sta. Iria irá acolher duas peças de teatro
pela companhia Byfurcação, em cena no nosso auditório no
mês de Maio, «O Principezinho» e os «Os 3 Mosqueteiros».
Data:
Os 3 Mosqueteiros – 15 de maio (aberto ao público);
O Principezinho – 16 de maio - público geral e escolar
Marcações e informações:
[email protected] ou 93 646 00 30
VISITAS DE ESTUDO
AO PLANETÁRIO
A Quinta de Sta. Iria tem à disposição
um roteiro para a realização de visitas
escolares ao Observatório e Planetário
da Quinta.
Aberto todo o ano.
Informações e marcações:
[email protected]
275 920 170
VERÃO RADICAL NA PRAIA AZUL
A colónia de férias
em Torres Vedras está
cheia de adrenalina!
Com actividades como a
iniciação à prática do
surf, slide, escalada,
cama elástica, escorrega na água, espaço aventura na mata,
futebol, basquetebol,
voleibol, ténis de
mesa, petanca, matraquilhos, iniciação à
prática da «Capoeira»,
ateliers de cerâmica e
Cinemateca.
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Praia Azul
TORRES VEDRAS
Inscreve-te já!!
Data da actividade: 4 a 13 Julho
Inscrições: [email protected]
4 a 13 de Julho
(dos 9 aos 15 anos)
250.00 euros
Preço por participante
AGENDA VAI
DO COFRE ACONTECER
ANIMAÇÃO E ACTIVIDADES DE VERÃO EM LISBOA
mais informações:
[email protected]
Conheça as actividades de ocupação de tempos
livres em Lisboa. O Cofre irá abrir as suas
portas para actividades com as nossas crianças. Não perca!
A 1.ª semana será dedicada ao conhecimento.
A 2.ª semana será dedicada ao teatro e encenaremos uma pequena peça para apresentar no
final da semana.
A 3.ª semana será dedicada à descoberta da zona
histórica da cidade de Lisboa.
Data: de 14 de Junho a 1 de Julho
Inscrições: [email protected]
ANIMAÇÃO E
ACTIVIDADES DE VERÃO
À semelhança do
que tem acontecido nos dois últimos anos, este
ano durante uma
parte do verão vão
decorrer actividades na Quinta.
Estas englobarão
visitas ao planetário, quinta
pedagógica (horta
e alimentação e
tratamento dos
animais), ateliers
de gastronomia,
expressão plástica, jogos, desporto, caminhadas,
actividades aquáticas, arraiais e
muito mais!
FLORESTAS ENCANTADAS
Participe na caminhada pela Mata de São Lourenço,
Covão da Ponte e a Mata de Leandres. Inclui almoço, seguro de acidentes pessoais, guias e entradas no Centro de Interpretação do Vale Glaciar.
Data: 14 de Maio
Preço: 35€ por pessoa
Idade Mínima: 12 anos
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CONSULTÓRIO OSTEOPATIA
MÉDICO
INFANTIL
Texto Gonçalo Nogueira Santos
De pequenino
é que se corrige
o corpinho
O
s bebés e crianças sofrem dores de todos
os tipos: cabeça, articulares, órgãos, stressam-se, deprimem-se,
padecem quase das mesmas patologias que o adulto. O único problema
é que não falam, «simplesmente»
choram, não dormem bem, têm cólicas, regurgitam, não comem, vomitam, têm alergias e problemas respiratórios, etc. Sinais que, ao serem
ignorados, vão marcar a infância, a
adolescência e a vida adulta.
O bebé está sujeito a sucessivas
compressões durante os últimos
meses de gestação, uma vez que à
medida que vai crescendo, o espaço
na barriga da mãe vai diminuindo.
Depois, vem o trabalho de parto,
onde as compressões se intensificam
principalmente quando é necessário o recurso a fórceps ou ventosa.
No parto de cesariana, o bebé não é
obrigado a movimentar-se, estando
ausentes muitas das manipulações
naturais que acontecem no parto
vaginal. Todos estes acontecimentos
podem provocar pequenas sequelas no bebé que, embora não sendo
graves, podem estar na origem de
muitos dos habituais problemas dos
bebés nos primeiros meses de vida.
A osteopatia infantil é um concei12
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to relativamente recente em Portugal que representa uma adaptação
da osteopatia à estrutura e crescimento do bebé ou da criança. Segundo o seu fundador, o conceito
osteopático defende que o mais
importante é a mobilidade de qualquer tecido no corpo, e o facto de
esta possibilitar que todas as estruturas funcionem sem obstáculos.
Se realmente há algo que diferencia o trabalho de osteopatia no
adulto e num bebé ou criança é que
estes estão em plena fase de crescimento e de formação. Qualquer
indício de que algo se está a formar
mal, é uma oportunidade de o corrigir com a ajuda de técnicas manuais de baixa intensidade. Podem
ser corrigidas, na medida do possível, as deformações vertebrais que
produzem uma escoliose, o mau
alinhamento dos joelhos e dos pés
e, talvez as mais importantes em
termos futuros, as deformações dos
ossos do crânio que produzem, entre outras, uma plagiocefalia (aplanamento oblíquo da cabeça), alterações na convergência/divergência
visual, otites de repetição, dificuldades na amamentação, refluxo, alterações no padrão de sono e comportamentais ou, simplesmente, no
alinhamento dentário.
A osteopatia
infantil representa
um avanço
importantíssimo
na forma como se
entende o bebé,
pois os seus
sinais gestuais e
sonoros levam
o terapeuta a
identificar a causa
do problema!
A osteopatia infantil representa
um avanço importantíssimo na forma como se entende o bebé, pois
os seus sinais gestuais e sonoros
levam-nos a identificar a causa do
problema. Por exemplo, um bebé
que está com algum incómodo na
cabeça, puxa o cabelo ou as orelhas,
um bebé que tem cólicas chora encolhendo as pernas e fazendo força
na barriga. Um bebé que gatinha
com um pé debaixo das nádegas representa uma pequena disfunção na
sua pélvis e há que corrigir essa articulação para que o seu crescimento
seja harmonioso. Este tipo de sinais
de alerta têm de estar presentes no
conhecimento geral da população e
conduzem o osteopata infantil a fazer um raciocínio clínico específico
Nota biográfica
Gonçalo Nogueira Santos, fisioterapeuta licenciado, Osteopata pela Escola de Osteopatia de Madrid, Reeducação Postural Global (R.P.G.) e ainda
a 1.ª Pós-Graduação em Osteopatia
Infantil em Portugal.
Actualmente desenvolve o seu trabalho em adultos e em crianças, na clinica Kinetic-Fisioterapia/Osteopatia,
em Lisboa.
Contacto [email protected]
e executar o seu tratamento sempre
com o objectivo de repor a mobilidade e o alinhamento às articulações,
permitindo que o desenvolvimento
seja natural e sem pressão.
Um tratamento de osteopatia infantil tem normalmente a duração
de 30-45 minutos, onde são usadas
essencialmente técnicas articulares
suaves, adaptadas à idade do bebé
ou criança. É aconselhável fazer um
check-up durante o primeiro mês
de vida do bebé e ir acompanhando
o seu crescimento com 4 consultas
durante o primeiro ano de vida.
Após este período, é aconselhável
fazer entre 2-4 consultas por ano
durante o crescimento da criança,
para garantir que tudo está a ir no
caminho certo.
A sociedade está a desenvolver-se a uma velocidade vertiginosa,
onde o conhecimento acompanha
a tecnologia e, nos dias de hoje, já
não podemos ficar indiferentes a
um bebé que tenha a cabeça «torta» e não fazer nada, ficando à espera que o tempo corrija tudo. Tal
não irá acontecer, pois o tempo só
trará novas adaptações corporais,
novos sinais. A osteopatia infantil
existe e deverá ser praticada por
profissionais com formação específica. •
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À MESA RECEITA
DA CHEF
Por Carla Filipe, Sócia n.º 104807
2016 - Ano Internacional
das Leguminosas
A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o Ano de 2016 como o
Ano Internacional das Leguminosas.
A Organização para a Alimentação e
Agricultura das Nações Unidas (FAO)
foi nomeada para facilitar a execução
do Ano em colaboração com os governos, organizações relevantes, organizações não-governamentais e demais
partes interessadas. Nesse sentido a
revista Cofre alia-se a esta iniciativa,
apresentando sempre que possível, e
com a colaboração dos sócios, receitas
com leguminosas e vegetais. Esperamos que goste das nossas propostas. •
Sopa de grão com espinafres
INGREDIENTES
350 gr. de grão cozido
1 chuchu
3 cenouras
2 cebolas
2 courgettes sem casca
1 batata-doce pequena
sal marinho a gosto
água q.b.
1 fio de azeite
1 molho de espinafres frescos (preferível biológicos)
PREPARAÇÃO
Lave e corte os legumes em pedaços uniformes de forma a que o tempo de cozedura seja aproximadamente o
mesmo. Coloque-os num tacho, cubra com água e leve
ao lume até estarem cozidos.
Entretanto, lave e arranje os espinafres. Dê-lhes uma fervura num tacho com água. Escorra-os e reserve.
Quando os legumes estiverem quase cozidos, adicione o
grão (reserve alguns grãos para o final) deixe-os aquecer
um pouco com os restantes legumes. Depois de cozidos,
tempere com o sal marinho e um fio de azeite e, com a
ajuda de uma varinha mágica, triture até obter um creme.
Adicione agora os espinafres e o grão que reservou.
14
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Salada de feijão-frade
com atum e tomilho
INGREDIENTES
(para 6 pessoas)
250 gr. de feijão-frade cozido
200 gr. de filetes de atum em azeite
1 cebola roxa picada
12 ovos de codorniz cozidos
12 tomates-cherry coloridos cortados em quatro
tomilho fresco a gosto
azeite e limão a gosto para temperar
PREPARAÇÃO
Coloque todos os ingredientes numa saladeira, tempere
com azeite, limão e tomilho fresco a gosto.
Tarte de amêndoa
INGREDIENTES
1 placa de massa folhada fresca
1 lata pequena de feijão branco escorrido
150 gr. de amêndoa laminada sem casca
80 gr. de farinha
80 gr. de margarina à temperatura ambiente
225 gr. de açúcar fino para bolos
5 ovos
açúcar em pó q.b. para polvilhar
PREPARAÇÃO
Forre uma tarteira com a massa folhada e
pique o fundo com um garfo.
Triture 100 gr. de amêndoa e reserve a
restante.
Reduza o feijão a puré.
Bata todos os ingredientes até formar
uma massa homogénea e verta na tarteira.
Disponha as restantes amêndoas sobre a
massa e polvilhe com um pouco de açúcar para que caramelizem ao cozer a tarte.
Leve a forno pré-aquecido a 180oC, cerca
de 35 minutos.
Deixe arrefecer um pouco e polvilhe com
o açúcar em pó.
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VISITA NO
GUIADA JARDIM
Texto Luísa Paiva Boléo e Sónia Ferreira
Fotos Cláudia Peres
Jardim
Botânico
da Ajuda
C
onforme agendado fomos recebidas pela
Eng.ª Dalila Espírito
Santo que nos apresentou a sua equipa antes
de iniciarmos a visita guiada.
Eng.ª Dalila – Após o terramoto
de 1755 a reconstrução de Lisboa
contemplou a construção do Colégio
dos Nobres, e entre muitos dos professores que foram chamados veio
de Pádua o arquitecto Domingos
Vandelli que, devido ao atraso das
obras sugeriu a criação de um Jardim Botânico nos terrenos ocupados
por horta, na Quinta de Cima, anteriormente comprada por D. João V.
Em 1764 Vandelli começa a delinear o futuro Real Jardim Botânico
numa área de quatro hectares.
Cofre – Vemos três pavões que se
passeiam livremente e que ostentam
as suas penas em leque, e ali um grupo de crianças com a vossa guia.
Eng.ª Dalila – Por causa deles (pavões) há muitos canteiros com plan16
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tas baixas que temos de proteger
pois são tentados a comer folhas e
frutos.
Este foi o 15.º Jardim Botânico da
Europa. Vandelli, em 1791, foi nomeado director do Real Jardim Botânico da Ajuda, Laboratório Químico, Museu de História Natural e
Casa do Risco. A colecção chegou a
mais de 5000 espécimes.
Vandelli seguiu o sistema natural
de Lineu para classificar as plantas.
Martinho de Mello mandou construir duas estufas destinadas a plantas exóticas, vindas do Brasil, Angola e Cabo Verde. João VI mandou
abrir o jardim ao público. Com as
invasões francesas em 1807 foram
roubadas muitas espécies e remetidas para Paris. O botânico Félix de
Avelar Brotero foi empossado como
administrador e director em 1811.
Os jacarandás hoje espalhados por
Lisboa vieram com certeza do Brasil
e Brotero oferecia as suas sementes
a quem os quisesse cultivar.
1726
1755
Fonte das
Quarenta Bicas
Família real
foi viver para
uma residência
provisória
conhecida por
«Real Barraca»
que ardeu
Os jacarandás
hoje espalhados
por Lisboa vieram
com certeza do
Brasil e Brotero
oferecia as suas 1811
sementes a quem
os quisesse
cultivar.
Felix Avelar
Brotero é nomeado
director do
Jardim Botânico e
introduziu grandes
melhoramentos
ACTIVIDADES
Diversos eventos e actividades decorrem no Jardim, podendo-se destacar o Halloween (considerado um
dos melhores de Lisboa) e a festa da
Primavera. Existem também ateliers e
workshops para escolas e público geral
de todas as idades. As visitas guiadas
decorrem todo o ano e são adaptadas
aos participantes de todas as idades.
Das actividades ocupacionais desenvolvidas em período de férias, nasceu
o grupo de teatro Animarte que anima
os diversos eventos que decorrem no
Jardim.
Em 1834 foi nomeado director o
Dr. José de Sá Ferreira e Santos do
Valle. Posteriormente, o Real Museu
e Jardim Botânico da Ajuda foi confiado à administração da Academia
das Ciências.
A Eng.ª Dalila foi-nos falando de
nomes de plantas e da organização
das mesmas por regiões de proveniência: das Américas, de África,
da Ásia e as autóctones.
Em 1840 a direcção científica do
Jardim Botânico foi confiada ao Dr.
José Maria Grande.
Damos um salto no tempo para nos
falar da importância da arquitecta
paisagista Prof.ª Cristina Castel-Branco (directora do Jardim entre
1993-2001) que fez o restauro do tabuleiro superior como se pensa que
tenha sido originalmente concebido.
Eng.ª Dalila – Este é um ácer com
20 anos. Sabemos a idade das araucárias pelos andares que os ramos
formam. Em Portugal havia a tradição de os pais plantarem uma arau-
D. João V compra
a Quinta Real de
Cima, ao cimo da
encosta da Ajuda
1768
Vandelli, após
ter trabalhado
dois anos no
Jardim Botânico
de Coimbra foi
nomeado director
do Real Jardim
Botânico da Ajuda
1840
A direcção
científica do
Jardim Botânico
foi confiada ao Dr.
José Maria Grande
1910
Desde a República
passou a
denominar-se
Jardim Botânico
da Ajuda
1993
A arquitecta
paisagista Cristina
Castel-Branco é
nomeada directora
do Jardim tendo
criado o Jardim
dos Aromas no
ano seguinte
1976
Após o 25 de
Abril de 1975, uma
comissão de gestão
dirigiu o Jardim
2002
A Eng.ª Dalila
Espírito Santo
dirige o Jardim
Botânico da Ajuda
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VISITA
GUIADA
TABULEIRO SUPERIOR
Neste, onde outrora se localizava a escola de taxonomia existem hoje 1600
exemplares provindos de vários recantos do mundo, com especial incidência
nos trópicos. Destaca-se o Dragoeiro de
Vandelli que era já um exemplar adulto
quando chegou ao Jardim Botânico em
1768. Hoje encontra-se escorado por
uma estrutura em aço de onde saem vários cabos em polietileno que abraçam
todos os ramos, segurando toda a sua
opulência. Para além deste pode ainda
passear pela alameda de Jacarandás alguns que já contam com mais de dois
séculos de vida.
TABULEIRO INFERIOR
Da parte inferior do jardim pode salientar-se a Fonte das Quarenta Bicas elaborada por artesãos da Ajuda e ornamentada por diversos elementos e monstros
marinhos. Aqui observam-se também
várias plantas aquáticas. Mas para além
de várias árvores, algumas das quais
sobreviveram ao furacão de 1941, pode
percorrer o passeio ornamental contornando os 12 quilómetros do sexagenário
Buxo que respeita o desenho original
concebido por Brotero em 1868 e que
tem apenas um cuidador (podemos imaginar quanto tempo demora a cuidar e
aparar toda esta extensão).
ESTUFA DAS ORQUÍDEAS
Nesta estufa reside uma bonita coleção
de orquídeas de diferentes espécies. Um
casal Finlandês apadrinhou este projecto
e cuida das actuais 5000 orquídeas aqui
presentes. Nesta construção são ainda visíveis vestígios do edifício original como o
Brasão desenhado pelo Rei D. Luis.
18
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cária quando nascia um filho. Cada
ano, um andar.
Em 1874 o jardim foi entregue à
administração da Casa Real, tendo
decaído progressivamente. Desde a
República, em 1910, passou a denominar-se Jardim Botânico da Ajuda.
Sucederam-se várias direcções, até
que foi entregue ao Instituto Superior
de Agronomia, em 1918. Neste ano o
Prof. Joaquim Rasteiro fez a reconstituição do tabuleiro inferior, dando-lhe
o aspecto que tinha na planta de 1869.
Em Fevereiro de 1941 houve um
furacão em Lisboa que poupou o
Jardim Botânico da Escola Politécnica, mas aqui arrancou pela raiz
árvores com mais de 200 anos.
Cofre – Houve problemas no 25 de
Abril?
No 25 de Abril o Jardim foi vandalizado, mas em 1975 e 1976, uma
comissão de gestão dirigiu o Jardim
e actualizaram-se as identificações
de mais de 100 espécies de plantas
ornamentais cultivadas aqui. Entre
1993 e 1997, com o apoio do Prémio
de Conservação do Património Europeu e do Fundo de Turismo, sob
a orientação da arquitecta paisagista
A obra de
recuperação
e manutenção
do dragoeiro
é da autoria
do especialista
em árvores
monumentais, o
belga Bruno de
Grunne.
A AAJBA é uma Associação
sem fins lucrativos que surgiu
em 2000 com a finalidade de
colaborar e apoiar a Direcção
do Jardim Botânico da
Ajuda nas acções necessárias
à protecção e conservação
deste notável património da cidade
de Lisboa, bem como de desenvolver
actividades para os Associados e
público em geral que visem a promoção
e divulgação do espaço do Jardim.
http://www.aajba.com
Maria Dalila Paula
Silva Lourenço do Espírito Santo
Cristina Castel-Branco, procedeu-se
a um restauro do Jardim com a recuperação da colecção botânica e a
instalação do Jardim dos Aromas.
Eng.ª Dalila – Em 2001 apresentei
nas provas públicas de Habilitação
à Coordenação Científica um programa para conservação de plantas
raras e endémicas em Portugal e
pouco depois, com grande surpresa
minha, fui convidada para dirigir
este Jardim. Aqui estou desde 2002.
Cofre – Quantas pessoas trabalham aqui? De quem depende o
JBA?
Eng.ª Dalila – Temos quatro jardineiros, porém, contamos com os
voluntários como a Mar, o Joseph, a
Mariagiovana e a Patrícia. Os guias
são normalmente alunos de Agronomia. Depende do ISA – Instituto Superior de Agronomia, e propriedade
da Universidade de Lisboa. Agora
são horas de almoço. Temos o restaurante do Jardim para continuarmos a conversa.
E assim terminou esta visita. •
Os nossos agradecimentos à
Eng.ª Dalila Espírito Santo.
Investigadora Coordenadora do Instituto Superior de Agronomia, é diretora do
Jardim Botânico da Ajuda desde 2002,
sendo desde então a representante dos
jardins botânicos portugueses no Consórcio Europeu de Jardins Botânicos.
Foi presidente da Associação Ibero-Macaronésica de Jardins Botânicos entre
2004 e 2007 e da Associação de Herbários Ibero-Macaronésicos de 2009
a 2015. É a investigadora responsável
pelo grupo de investigação em Arquitectura Paisagista, Biodiversidade e
Conservação do Centro de Investigação
em Alimentação, Agricultura, Ecologia
e Paisagem (LEAF) e membro consultor do Colégio F3 - Farming, Food and
Forest, da Universidade de Lisboa.
Desde 1994 participou na implementação da Directiva Habitats em Portugal,
prestando informação sobre tipos de
habitats necessária para o Plano Sectorial da Rede Natura 2000 em Portugal (em 2004), incluindo a caracterização e medidas de gestão. A sua área de
investigação centra-se em aspectos de
conservação de plantas e conhecimento sobre a vegetação e flora, incluindo
a identificação de espécies de plantas
ameaçadas, detecção de ameaças e delineamento de planos de gestão para reverter o processo de declínio e garantir
a sustentabilidade futura. Interessam-lhe em particular as espécies endémicas e ameaçadas, bem como plantas
invasoras e exóticas que exercem pressão sobre os ecossistemas naturais. Algumas espécies de plantas envolvem a
conservação ex-situ de germoplasma
selvagem. Estudos de vegetação com o
objectivo de produzir tipologias directamente utilizáveis ​​em políticas e gestão
de conservação têm sido realizados,
sendo os últimos dedicados às comu-
nidades com Limonium spp. Questões
relevantes incluem a relação entre as
comunidades e os factores ambientais,
as perturbações e as mudanças climáticas. Ao nível tipológico, é importante a
contribuição para as Checklist da Flora
de Portugal (co-editora) e da Vegetação de Portugal e de Espanha. Outras
linhas de investigação incluíram a identificação de padrões de composição
de espécies de plantas e diversidade
em pastagens submetidas a diferentes
usos no leste continental português e
em charcos temporários no sudoeste.
Participou nos trabalhos de base para
a execução da lista vermelha dos habitats europeus (em curso), para um
consórcio europeu. Procura, também,
fomentar entre os Jardins Botânicos
Portugueses a contribuição que os
mesmos podem dar para os objectivos
da conservação da biodiversidade até
2020 designadamente na conservação
ex-situ e na educação.
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19
CIÊNCIA COLUNA DE
ASTRONOMIA
Texto Prof. Máximo Ferreira
Mercúrio passa
em frente do Sol
O
Estatueta de
bronze do século
xvi representando
o deus romano
Mercúrio.
20
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planeta Mercúrio recebeu o seu nome do
deus romano, mensageiro dos deuses,
muitas vezes representado com asas nos tornozelos
para que pudesse deslocar-se mais
rapidamente, como convinha a uma
rápida transmissão de recados. Tal
facto resultou de aos planetas terem
sido atribuídos nomes de deuses da
mitologia (primeiramente da grega,
da qual resultariam correspondentes na romana) e teve relação com o
rápido deslocamento do planeta em
relação às estrelas, observação efectuada desde há séculos, muito antes
de se saber que, na verdade, gira em
volta do Sol como todos os outros.
É certo que a sua visibilidade ocorre durante períodos curtos (pouco
mais de uma semana), com intervalos
de cerca de um mês e meio – ou seja,
metade do seu período orbital – a seguir ao pôr-do-sol, e quarenta e cinco dias depois, de madrugada, cerca
de uma hora antes de o Sol aparecer.
O seu brilho é sempre consideravelmente superior ao da Estrela Polar e,
por vezes, a luz reflectida por Mercúrio torna-o mais brilhante do que
a estrela de maior luminosidade em
todo o céu, que, como se sabe, é Sírio, da constelação do Cão Maior.
As diferenças de brilho resultam da
distância entre o planeta e a Terra,
a qual pode variar entre 90 e 210
milhões de quilómetros, correspondendo o segundo valor à ocasião em
que Mercúrio está «do outro lado do
Sol» e os 90 milhões de quilómetros
às ocasiões em que se encontra entre
a Terra e o Sol. Obviamente, nestas
circunstâncias extremas não é possível observá-lo, dado que a luz solar o
ofusca, sendo necessário esperar por
ocasiões em que, visto da Terra, ele
se encontre à esquerda do Sol (será
avistável ao fim do dia) ou à direita,
sendo então visível de madrugada.
Ainda antes do início da nossa
era, nos tempos em que se supunha
a Terra no centro do universo – com
todos os astros a girarem à sua volta
– existiram astrónomos que afirmavam que, tal como a Lua se interpunha, por vezes, entre a Terra e o Sol
de modo a produzir eclipses, também os planetas Mercúrio e Vénus
deveriam passar na frente do Sol.
E, se tal acontecimento não era observado, isso dever-se-ia ao facto de
tais planetas serem transparentes!
Só depois de se ter percebido a
imensidão das distâncias entre os
componentes do sistema solar e se adquirirem capacidades para avaliar os
diâmetros dos planetas, é que foi possível ter ideia de que um trânsito de
Mercúrio (nome dado à passagem do
planeta na frente do Sol) não poderia ser visto a partir da Terra, mesmo
que se olhasse para o Sol através de
recursos que diminuíssem a luz que
chega aos olhos. Ainda não havia telescópios e o planeta é demasiado pequeno para que a sua projecção sobre
o disco solar pudesse ser percebida!
Mercúrio captado
pela sonda
Messenger em 2008.
A partir de 1609, Galileu construiu
telescópios de lentes, progressivamente mais perfeitos e, pouco depois, Newton realizou instrumentos
idênticos, com espelhos. Em 1676,
Edmund Halley – então um jovem
de vinte anos, interessado por astronomia, decidiu-se partir para a ilha
de Santa Helena com o objectivo de
elaborar um catálogo de estrelas do
hemisfério celeste sul. Durante a sua
permanência na ilha, observou um
trânsito de Mercúrio, em 7 de Novembro de 1677, tendo efectuado
medições de tempos com um rigor
que o levou a concluir que os trânsitos de Mercúrio e de Vénus poderiam ser utilizados – se observados
de latitudes consideravelmente diferentes – para (pelo efeito de paralaxe) determinar o valor da Unidade
Astronómica (UA). Esta unidade de
medida, que já havia sido adoptada,
tomava como referência a distância
entre a Terra e o Sol – designando-a por «uma Unidade Astronómica»
– do que resultava a expressão das
distâncias entre o Sol e Mercúrio
ou Vénus por um número inferior a
1, enquanto para os planetas mais
distantes do Sol (Marte, Júpiter e
Saturno), as distâncias eram referidas por 1,5 UA, 5,2 UA e 9,5 UA,
respectivamente. No entanto, não se
sabia a quantos quilómetros correspondia 1 UA! Dados os tamanhos e
as velocidades orbitais de Mercúrio
e de Vénus, seria este último o escolhido para concretizar a intuição de
Halley e, uma vez obtido o valor de
1 UA, foi fácil estabelecer a tabela
de distâncias de todos os planetas
conhecidos e completá-la à medida
que outros foram sendo descobertos.
Depois disso, os «trânsitos» contêm
apenas o interesse de detectar alguns pormenores que conduzam a
maior rigor na previsão dos momentos em que ocorrem as diversas fases
do fenómeno e experimentar novas
técnicas de observação e registo.
Tendo em conta a excentricidade da
órbita de Mercúrio bem como a sua
inclinação relativamente ao plano
orbital da Terra, deduziu-se que, em
cada século, ocorrem cerca de uma
dúzia de trânsitos com intervalos de
3, 7, 10 ou 13 anos, numa sequência
quase regular e que acontecem sempre em Maio ou Novembro, ocasiões
em que Mercúrio atravessa o plano
da órbita da Terra. •
O trânsito de Mercúrio de 9 de Maio de
2016 começa cerca das 12h13 momento favorável à observação dado que o
Sol se encontra bem alto. Mais de três
horas e meia depois, às 15h56, o ponto escuro de Mercúrio estará quase no
centro do disco solar mas não se aproximará mais, prosseguindo depois para
a periferia, onde chegará às 19h40, menos de uma hora antes do pôr-do-sol.
A observação e registo de um fenómeno destes é sempre aliciante e fácil,
tornando-se apenas indispensável ter
os cuidados necessários no manuseamento de telescópios, filtros solares e
máquinas fotográficas. Como se sabe,
são graves as consequências de olhar
o Sol directamente e muito mais graves
se isso se fizer através de um instrumento com lentes ou espelhos, como
binóculos ou telescópios.
Uma técnica simples e segura consiste
na projecção da imagem para um pequeno ecrã, contemplando ou fotografando então o disco solar com o pequeno ponto preto (perfeitamente circular)
que se vai deslocando sobre o Sol, ao
contrário de eventuais «manchas solares» que, para além de aspecto quase
sempre irregular, manterão praticamente as suas posições no disco solar,
no período em que decorre o trânsito.
Sequência do trânsito de Mercúrio
de 27 de Maio de 2003, captada
por Dominique Dierick.
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EFEMÉRIDES
500 ANOS DA BEATIFICAÇÃO
DA RAINHA SANTA ISABEL
A rainha D. Isabel de Aragão
casou com o rei D. Dinis. A
sua vida está envolta em generosidade e santidade e na
lenda do Milagre das Rosas,
mas os cronistas dizem-nos
que esta era uma monarca
interventiva nos assuntos
de Estado. Evocamos aqui
os 500 anos da beatificação
da Rainha Santa Isabel em
1516. Depois de enviuvar em
1325 D. Isabel foi viver para
Coimbra onde mandou erigir,
sobre as ruínas de um outro
mosteiro, a igreja e mosteiro
de Santa Clara, na margem esquerda do rio Mondego. A primeira pedra foi lançada em 28
de Abril de 1286 e a igreja sagrada em 1330. A Rainha Santa
faleceu em Estremoz em 4 de
Julho de 1336 tendo sido o seu
corpo transportado para Coimbra o que desde logo atraiu
muitos devotos. O processo de
beatificação da rainha deve-se
ao Papa Leão X em 1516 e a
sua canonização ocorreu por
bula de Urbano VIII, em 1625.
No Museu Nacional de Arte Antiga está patente a exposição «O Tesouro da
Rainha Santa: Imagem e Poder», de 4 de Março a 19 de Junho de 2016.
22
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A Real Biblioteca Pública da
Corte, antepassada da Biblioteca Nacional de Portugal foi
criada por alvará da rainha
D. Maria I em 29 de Fevereiro
de 1796 e veio colmatar a perda de outra grande biblioteca
criada por D. João V no torreão Ocidental do Terreiro do
Paço que ardeu no terramoto
de 1755. Esta biblioteca esteve
no Convento de São Francisco
antes de ser inaugurado o actual edifício em Entrecampos
que data de 1969, tendo sofrido ampliações já neste século
xxi. Tem na entrada uma estátua da rainha fundadora.
AS OUTRAS CONSTITUIÇÕES
Política da Monarquia Portuguesa jurada
1822Cporonstituição
D. João V, entrou em vigor em Setembro de 1822
A actual Constituição da República Portuguesa, a sexta
na nossa História, fez 40
anos no dia 2 de Abril passado e foi assinalada um
pouco por todo o país. Teve
sete revisões. O presidente
da República, Prof. Marcelo Rebelo de Sousa disse
na ocasião que o país está
muito afastado das instituições e que seria tempo de
ensinar a Constituição nas
escolas.
e continha 240 artigos. No artigo 121.º determinava-se que: «A autoridade do rei provém da Nação, e é
indivível e inalienável.»
Carta(*) Constitucional da Monarquia Portuguesa decretada pelo rei D. Pedro, imperador do Brasil em 29 de
Abril de 1826. No artigo 86.º explicita-se que reinará,
devido à abdicação do pai (D. Pedro) a rainha D. Maria II.
(*) Carta enviada do Brasil e jurada em Lisboa.
Constituição Política da Monarquia Portuguesa jurada pela
rainha D. Maria II em 4 de Abril de 1838 com 139 artigos.
1826
1838
Em 5 de Outubro de 1910 foi instaurada a República em Portugal
Constituição da República Portuguesa, votada em 21
de Agosto de 1911 com 87 artigos.
1911
onstituição da República Portuguesa aprovada pelo
1933CPlebiscito
Nacional em 19 de Março de 1933 com 142
artigos. Vigorou até Abril de 1974.
Aprovada em 2 de Abril de 1976. Contém actualmente
296 artigos.
1976
400 ANOS DA MORTE DE
WILLIAM SHAKESPEARE
William Shakespeare, um dos
fundadores do teatro inglês, é
considerado
universalmente
como um dos maiores e mais
inspirados autores de todos
os tempos. Nasceu em Abril
de 1564. Festejamos este ano
os 400 anos da sua morte em
Abril de 1616. Muitos de nós
leram, e quem não leu já terá
visto em teatro, ópera, bailado
ou cinema peças como Hamlet,
Otelo, Macbeth, Romeu e Julieta, Rei Lear, Ricardo III, A Fera
Amansada ou Sonho de uma
Noite de Verão para nomearmos
apenas as peças mais conhecidas do grande público, embora
se contem em cerca de quaren-
400 ANOS
DA MORTE DE
MIGUEL DE
CERVANTES
Acontece por vezes a obra
ser mais conhecida que o
autor. É talvez o caso de Miguel de Cervantes Saavedra
(1547-1616) autor de Dom
Quixote de La Mancha como
passou para a posteridade.
Escrito em duas partes com
um intervalo de dez anos:
1505 e 1515, o êxito foi imediato. Cervantes foi militar e
combateu na famosa Batalha de Lepanto. A sua vida
é, ela mesma, uma aventura
fascinante. Na passagem
dos 400 anos da sua morte
em 22 de Abril de 1616 muito mais podemos ficar a saber deste personagem Dom
Quixote. O livro é uma longa
viagem durante a qual Dom
Quixote e Sancho Pança,
dialogam sobre a vida. Nestas personagens estão condensados todos os valores
da humanidade entre o sonho e a realidade.
ta as obras deste inglês nascido
em Stratford-upon Avon. Tudo,
ou quase tudo já foi dito e escrito sobre Shakespeare, daí
darmos aqui notícia da estreia
do drama Otelo no nosso país,
mais precisamente no dia 23 de
Novembro de 1882 conforme
notícia em O Ocidente de 11 de
Dezembro desse ano. O actor
Eduardo Brazão (1851-1925)
não poupou esforços para montar a peça no Teatro Nacional
D. Maria II, tendo demorado
dois anos a preparar-se, tendo
estado em Londres em escolas
de teatro para desempenhar
este difícil papel dramático.
O êxito foi enorme.
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TEATRO PROJECTO
ARTÍSTICO
Texto Sónia Ferreira e Susana Inácio Fotos Bruno Simão
Companhia Maior
A
Companhia Maior distancia-se de uma mera
ocupação de tempos livres e afirma-se como
um projecto profissional abraçado com a dedicação
de quem suporta intensas horas de
ensaio que levam o corpo e a mente ao limite da sua destreza. É uma
luta contra o corpo. No seu íntimo,
estão impressas a arte, a experiência
de vida e uma imensa vocação para
os palcos. Cristina Gonçalves e Luís
Silvestre elementos deste elenco e o
produtor Luís Moreira receberam-nos para dois dedos de conversa.
Sediados no CCB – Centro Cultural de Belém (Lisboa), esta Companhia, onde artistas com menos de 60
anos não entram, enquadra-se nas
tendências artísticas contemporâneas. Surgiu em 2010 impulsionada
por Luísa Taveira, actual directora
artística da Companhia Nacional de
Bailado (CNB), inspirando a sua génese num projecto similar existente
no Reino Unido. Mas foi uma série
24
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de workshops que ditaram a sua
criação, impelindo os participantes,
todos com algum tipo de vínculo
(profissional, emocional ou vocacional) ao teatro, à música ou à dança, a
mergulharem mais intensamente no
mundo das artes cénicas.
As suas criações quebram o estigma da idade e abraçam novas estéticas e abordagens de palco que têm
mais em comum com o Teatro Experimental do que com a encenação de
temas clássicos. Não será de estranhar encontrar no seu elenco nomes
como Carlos Nery (actor), Kimberly
Ribeiro (bailarina) ou Michel (músico e bailarino de sapateado) ou
outros que já partiram, como Luna
Andermatt (bailarina e coreógrafa).
Estes espectáculos, maioritariamente físicos, desafiam as rugas que
até hoje não se têm retraído. «É um
trabalho muito desafiante» partilha
Cristina, que usou a dança em inúmeros projectos em paralelo com a
sua profissão de professora. «É um
processo por vezes doloroso, mais
emocional do que físico», acrescenta
Luís Silvestre, antigo bancário que
manteve o teatro presente no seu
tempo pós-laboral e que aguardou
pelos 60 anos para integrar o elenco, sentindo-se nas suas palavras, o
orgulho nesta pertença.
Confidenciam que «zona de conforto» é uma rede segura negada.
O mais assoberbante no processo
Nas fotografias
pode ver imagens
de ensaios e
do espetáculo
“MAIOR” (2011),
com coreografia de
Clara Andermatt e o
“O melhor e o mais
rápido, o pior e o mais
triste, o mais longo,
o mais complexo, o
mais difícil e o mais
divertido” (2014)
com texto de Tim
Etchells e encenação
de Jorge Andrade.
de criação dos seus espectáculos é o
reviver de memórias, que obrigam a
uma exposição de fragilidades e ao
reconhecimento do «eu» tantas vezes distónico das vontades do alter-ego. Os textos nascem desta nova
consciência de si mesmos. Desconstroem-se momentos e fragmentam-se memórias até incidirem nos núcleos emocionais, para então serem
reconstruídas num todo maior do
que a soma das partes. Aqui, fala-se
de guerras, de revoluções, de debilidades humanas vividas na primeira
pessoa que serão espelhadas num
público que as partilha, compreende
ou questiona.
Ainda assim, é o corpo que mais
precisa de trabalhar para corresponder às encenações propostas. É nesta aproximação entre desequilíbrios
automáticos e desequilíbrios consentidos que o actor dá corpo ao espaço que o cerca. E depois a memorização das falas, das coreografias,
das sincronias, tudo encerra uma
dificuldade que é aumentada a cada
novo projecto. Mas aqui a união e
entreajuda, funcionam como ímpeto
à concretização e ao sucesso.
Entre música e dança, numa lírica
nem sempre melódica, a narrativa
que nasce na Companhia Maior é
complexa e nem sempre a aproximação é fácil para aqueles que assistem.
Mas, nas suas peças, o divertimento,
a melancolia e a ironia tocam-se em
perfeita simbiose.
O produtor deste grupo de artistas
maiores é Luís Moreira. Ex-bailarino
da Companhia Nacional de Bailado
tem no seu currículo passagem pelo
Ballet Nacional de Cuba, colaborações em espectáculos de Filipe La
Féria, sendo hoje, entre outras funções, director artístico dos tradicionais Casamentos de Santo António.
Com estatuto de Associação Cultural, autodenominam-se essencialmente como «um projecto de criação
artística». Assim são os nossos anfitriões que, numa conversa carregada de boa disposição, nos sublinham
que a vocação desvenda um imenso
profissionalismo. Preparam novo espectáculo a estrear em Dezembro
que será sem dúvida imperdível. •
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Companhiamaiorassociacaocultural
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25
PERFIL NOVO
SÓCIO
Paulo Borges, Sócio n.º 105345
Sonhava
ser cineasta
C
hamo-me Paulo Borges
e nasci na bonita cidade
do Porto a 4 de Agosto de 1969. Da minha
infância
recordo-me
muito pouco, a não ser a forte ligação que sempre tive com a minha avó
materna. Tive aquilo que se pode dizer uma infância normal e feliz.
Sempre fomos uma família muito
unida. O meu pai infelizmente faleceu vítima de cancro, ainda muito
novo, tinha na altura 50 anos de
idade e isso marcou-nos muito como
família. Contudo, em 2013 casei-me
e com isso a família aumentou bastante. As duas famílias dão-se optimamente, o que faz delas praticamente uma só.
Amo a cidade
onde nasci, o
Porto, cidade
encantadora,
moderna mas ao
mesmo tempo
antiga.
26
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Desde pequeno que o meu sonho
era ser cineasta, pois adoro cinema
em especial o cinema português.
Sou coleccionador de artigos de
cinema português, um dos meus
maiores sonhos era expor ao público parte do meu espólio, o que
consegui no ano passado ao montar
uma exposição dedicada ao cinema português nos seus anos dourados. De entre os filmes que mais
me marcaram destaco: O Pátio das
Cantigas e O Pai Tirano entre os
filmes portugueses e nos estrangeiros a minha selecção vai para O
Diário da Nossa Paixão, Grease,
Mamma Mia ou a Bela e o Monstro da Disney. Gosto praticamente
de todo o género de cinema, desde
Palácio da Bolsa, no Porto
Nota biográfica
Nasceu na cidade do Porto a 4 de
Agosto de 1969. Aos 14 anos de idade,
sentiu despertar em si uma enorme e
profunda paixão pelo cinema, teatro e
rádio portuguesas. Passou a desenvolver extensas pesquisas, em especial sobre a história do cinema português das décadas de 1930 a 1960
e sobre os artistas portugueses que
nele trabalharam, bem como os cantores da rádio e artistas do teatro português dessa época, que posteriormente colocou em páginas pessoais na
internet. Tem colaborado activamente
na elaboração de obras de outros escritores dentro da temática do cinema
português. Estreou-se recentemente
como autor, escrevendo um livro dedicado à rádio portuguesa e ao trio
vocal português, único no seu género
que marcou uma geração – As Irmãs
Meireles.
Trabalha na administração pública desde 2000, exercendo funções de secretário clínico numa Unidade de Saúde.
Vasco Santana
e Ribeirinho em
O Pai Tirano, de
António Lopes
Ribeiro, de 1941.
A Rapariga no
Comboio, Paula
Hawkins, Top
Seller, 2015.
a comédia ao drama, passando pela
ficção científica ou suspense.
O meu segundo sonho era escrever
um livro, o que fiz recentemente e
que será editado dentro dos próximos meses.
A leitura é outra paixão, embora o
tempo não me permita ser leitor assíduo. Terminei recentemente de ler
A Rapariga no Comboio de Paula
Hawkins e adorei. Quanto a música
adoro o fado. Acho o único género
musical que nos fala à alma, mas é a
minha opinião.
A minha viagem de sonho é ao
Brasil, em especial o Rio de Janeiro,
pois adoro praia e o Brasil sempre
me fascinou, sem mesmo saber bem
porquê. Se Deus quiser hei-de cumprir esse sonho ainda este ano.
Apesar disso, amo a cidade onde
nasci, o Porto. Cidade encantadora,
moderna mas ao mesmo tempo antiga. Oferece assim de forma harmoniosa a todos os que a visitam um
leque diverso de atrações desde as
antigas às mais modernas. O Porto
está por isso repleto de belos monumentos e edifícios históricos a visitar, tais como a Torre dos Clérigos,
o Mercado do Bolhão, o Palácio da
Bolsa ou o edifício da Sé do Porto.
Não foi um acaso esta cidade ter sido
classificada pela UNESCO como Património Mundial.
Trabalho no que gosto, atendimento ao público numa Unidade de
Saúde Familiar e sinto-me realizado
pessoal e profissionalmente. Conheci o «Cofre» através do contacto de
uma associada por meio da minha
página pessoal na internet. •
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QUEM CENTRO DE LAZER
É QUEM DA QUINTA DE SANTA IRIA
Daniela
Marques
Joana Nabais
Rui Mendes
Beatriz Nabais
Entrei para o Cofre em Dezembro de 2012 onde integro
a equipa do centro de lazer da
Quinta Santa Iria exercendo
funções de assistente técnica.
Trabalho na recepção e ao longo destes três anos tenho conhecido associados do Cofre de
norte a sul do país, alguns que
chegam pela primeira vez, outros adeptos e fiéis deste sossego que aqui se faz sentir. Mas
é gratificante quando os sócios
regressam à Quinta quer com
familiares quer com amigos,
salientando o ambiente familiar
que se faz sentir.
É com muito respeito e com
um sorriso no rosto que abro
as portas da Quinta para vos
receber.
Venham visitar-nos!
28
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Chamo-me Joana Nabais, tenho
25 anos e venho da zona de Almada, na margem sul do Tejo.
Comecei a trabalhar na Quinta de Santa Iria em Junho de
2014, na secção das limpezas.
Em Dezembro iniciei o meu
percurso como recepcionista,
tendo sempre presente a polivalência e cooperação com
todas as secções da Quinta.
Brevemente vou iniciar uma
formação básica em Astronomia com o Professor Máximo
Ferreira. Procuro dar o meu
melhor contributo para que o
Campus de Ciência possa tornar-se exemplar a nível pedagógico, cultural e científico,
criando oportunidades muito
proveitosas para o Cofre de
Previdência, os sócios e a região envolvente.
Sou licenciada em Artes Plásticas na ESAD-CR, nas Caldas
da Rainha.
Gosto de fazer voluntariado,
principalmente com crianças
e usando a expressão artística
como forma de comunicação.
Gosto de viajar, de estar com
os amigos e com a família.
Caros associados sou o Rui
Mendes e comecei a trabalhar
nesta instituição, mais concretamente no centro de lazer
da Quinta de Santa Iria, no dia
13 de Setembro de 2013.
Comecei na secção de manutenção e em Março de 2014
iniciei funções na recepção,
com as quais me identifico
pelo facto de poder estar em
contacto mais directo com os
nossos associados.
Ao longo destes quase dois
anos e meio de Cofre tenho-me valorizado em áreas em
que nunca, durante o meu
percurso profissional, tinha
trabalhado. Dar a conhecer a
Quinta de Santa Iria aos nossos associados é um privilégio enorme e gratificante num
ambiente de sossego natural
e pelas infra-estruturas que a
nossa quinta possui.
É muito gratificante fazer parte
desta família e deste modo contribuir para a dignificação desta
prestigiada instituição.
Nascida e criada na vila do Teixoso, fiz 32 anos no passado
mês de Novembro.
Os meus pais, pessoas humildes e trabalhadoras, já com um
filho primogénito de 12 anos,
tiveram a feliz ideia de lhe arranjar uma maninha. E assim,
baptizada com o nome de Daniela do Carmo, aqui estou para
contar a minha história.
Nutri sempre uma grande paixão pelos animais, sonhando
desde pequena poder trabalhar
junto dos mesmos. Assim, licenciei-me na Escola Superior
Agrária de Castelo Branco em
Engenharia Zootécnica, tive
várias experiências de trabalho
nesta área, diversificando desde a bovinicultura à piscicultura, mas a vida foi-me direccionando mais para um contacto
com o público. Experiências
como a de directora comercial
e de atendimento ao público
em lojas de Agropet permitiram-me aproximar-me mais
de outras vertentes e foi assim
que, de certa forma, vim trabalhar para a Quinta de Santa Iria
como recepcionista. Ironia do
destino, a Quinta de Santa Iria
tem vários animais que posso
visitar e acompanhar no seu
desenvolvimento.
CONSULTÓRIO CONSELHOS
VETERINÁRIO ÚTEIS
Texto Mafalda Bacalhau, Médica Veterinária
Cuidados de Primavera
C
om a chegada do sol e
o consequente aumento da temperatura, há
uma maior preocupação por parte dos
donos na procura de soluções para
combater os parasitas externos do
seu animal.
Existe uma grande variedade de
antiparasitários e a abertura da venda destes produtos em diferentes
canais (farmácias, lojas, online) tem
levado a uma «desinformação» crescente, conduzindo por vezes a acidentes graves.
Para nós, médicos veterinários, o
grande desafio passa por fazer chegar esses produtos aos animais com
toda a informação e aconselhamento necessários sempre na regularidade precisa, por forma a minimizar as
ocorrências graves e a maximizar a
sua actuação.
Uma desparasitação externa regular, de acordo com as indicações do
produto – mensal (spot on), 4 a 8 meses (coleiras) – é fulcral para o bom
funcionamento do produto e a protecção do animal. Surgiram recentemente outras «armas» de administração oral e que actuam durante 1
ou 3 meses na pulga e na carraça. É
importante que a este tipo de produto seja sempre associado um outro que seja repelente do mosquito
(por forma a prevenir dirofilariose e
leishmaniose).
Uma questão importante é que,
qualquer que seja a escolha do dono,
o produto usado não actue apenas
na forma adulta do parasita, mas
também nos seus estádios mais «primitivos», ovos e larvas.
No que concerne ao tratamento
efectivo e tomando como exemplo
a pulga, é importante actuar em todas as frentes: tratar durante todo o
ano (especialmente em períodos de
maior risco, Primavera e Outono)
e assegurar que todas as fontes de
infestação estão controladas (tratar
outros animais que partilhem o mesmo espaço, tratar todo o ambiente).
A carraça, que mais assusta os
donos, é um parasita externo que
se alimenta do sangue do hospedeiro, sendo responsável também pela
transmissão de doenças graves.
Não só rastejam, como voam e
saltam. Também aqui é importante
tratar todos os animais e desinfestar
todo o espaço envolvente.
Para prevenção da leishmaniose
(doença grave causada por um pro-
tozoário transmitido pelo mosquito
flebótomo) é de relevância extrema a
utilização de spot on ou coleira com a
finalidade de evitar a picada do mosquito (esta doença já foi abordada
numa publicação anterior da revista).
Também a dirofilariose (doença
parasitária do cão e do gato causada
por um parasita transmitido pela picada do mosquito) pode ser prevenida pela utilização de spot on, coleira
ou com formas orais.
Em jeito de conclusão, poderemos
dizer que é sempre necessário que
a compra de um desparasitante seja
acompanhada de um aconselhamento técnico e que a aplicação do mesmo seja feita da forma e regularidade correctas.
A prevenção é sempre o melhor remédio! •
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Exemplos:
(sujeito a simulação)
Seguro AUTOMÓVEL, desde 75,24 €/ano
Seguro AUTOMÓVEL, desde 75,24 €/ano
Multirriscos Habitação - Edifício T2-Porto ou Lisboa, desde 69,24€
Multirriscos Habitação - Edifício T2-Porto ou Lisboa, desde 69,24€
Seguro de Vida Crédito Habitação, casal com 29 e 30 anos,
Seguro de Vida Crédito Habitação, casal com 29 e 30 anos,
capital144.000
144.000€,€,
coberturas
Morte
e Invalidez
Profissional,
capital
coberturas
de de
Morte
e Invalidez
Profissional,
desde
27,18
€/mês.
desde 27,18 €/mês.
2ªs
9h9h
às às
12:30h,
2ªs ee5ªs
5ªsfeiras,
feiras,das
das
12:30h,
COFRE
Rua
dos
Sapateiros
- Lisboa
COFRE - Rua dos Sapateiros
- Lisboa
[email protected]
[email protected]
21 923 94 80 - 96 392 75 55 - 308 804 817 (custo de chamada local)
21 923 94 80 - 96 392 75 55 - 308 804 817 (custo de chamada local)
Mediador devidamente autorizado, pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, a comercializar seguros dos Ramos Vida e Não Vida.
Mediador
devidamente
autorizado,
pela
Supervisão deNão
Seguros
e Fundos
de Pensões,
a comercializar
seguros
dos Ramos
Vida exigida.
e Não Vida.
podendo
o interessado
confirmar
estaAutoridade
inscrição emde
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dispensa
a consulta
da informação
pré-contatual
e contratual
legalmente
podendo
interessado
esta inscrição em www.asf.com.pt. Não dispensa a consulta da informação pré-contatual e contratual legalmente exigida.
Em oparceria
com a confirmar
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Em parceria com a VICTORIA Seguros.
INFORMAÇÕES O QUE HÁ DE
ÚTEIS
NOVO EM 2016
Recolha de L. P. B.
Alteração à idade da reforma
Com a aprovação da Lei da Convergência de Pensões,
a idade da reforma em Portugal passou a ser igual para
os sectores público e privado: 66 anos e 2 meses de
idade em 2016 para usufruir da pensão completa. Da
mesma forma, todos os trabalhadores passam a estar
sujeitos à mesma fórmula de cálculo da pensão.
A partir de 2016, deverá mudar todos os anos,
tendo por base a evolução da esperança média de
vida. Em causa está o chamado factor de sustentabilidade. Em 2019, deverá estar nos 67 anos.
REFORMAR-SE ANTES DOS 66. É POSSÍVEL?
Em alguns casos, continua a ser possível pedir a
reforma antes dos 66 anos, sem penalização, consoante a duração da carreira contributiva.
A regra é simples: por cada ano de descontos
acima dos 40 anos de contribuições, o trabalhador
reduz quatro meses à idade de acesso à reforma.
Quem mesmo assim quiser optar pela reforma antecipada (cuja suspensão foi levantada pelo actual
governo) terá a penalização de 0,5% por cada mês
de antecipação à idade da reforma em vigor.
Nota — Este aumento da idade de reforma não
se aplica a trabalhadores legalmente impedidos
de continuar actividade além dos 65 anos como
é o caso de pilotos e condutores de pesados
que tenham exercido estas funções nos últimos
cinco anos. Outras profissões consideradas de
desgaste rápido têm condições diferentes para
aceder à pensão de velhice – mineiros, trabalhadores marítimos, profissionais de pesca,
controladores de tráfego aéreo, bailarinos,
trabalhadores portuários e bordadeiras da Madeira. Quem já reunia condições para aceder
à pensão em 2013 mas não o fez, beneficia do
regime aplicável naquela altura.
Manuais
escolares gratuitos
No ano lectivo 2016/2017 (com início em Setembro) os manuais escolares nas Escolas Públicas serão gratuitos para
todos os alunos do 1.º ano do 1.º ciclo do ensino básico.
Mais dias de licença
parental para o pai
As várias alterações ao
Código do Trabalho têm
como objectivo reforçar
os direitos de maternidade e paternidade. O diploma prevê que «o gozo
pelo pai de uma licença
parental de 15 dias úteis,
seguidos ou interpolados,
nos 30 dias seguintes ao
nascimento do filho, cinco
dos quais de modo consecutivo logo após o parto».
Assim, o número de dias
de subsídio inicial exclusivo do pai passa de 10 para
15 dias úteis.
Pai e mãe podem gozar em simultâneo a li-
cença parental inicial de
120 ou 150 dias consecutivos. Até agora a lei estabelecia que esta licença
(apenas seis semanas são
obrigatoriamente da mãe)
podia ser partilhada pelos progenitores, mas não
previa que ambos pudessem estar com o bebé ao
mesmo tempo em casa.
Há excepções: «O gozo
da licença parental inicial
em simultâneo, de mãe
e pai que trabalhem na
mesma empresa, sendo
esta uma micro-empresa, depende do acordo do
empregador.»
NOTÍCIAS O COFRE VISTO
POR DENTRO
Melhores acessos
e piscinas mais
seguras
Ida ao teatro
A pensar em todos os associados e familiares, as piscinas da Quinta de Sta.
Iria estão maiores e mais seguras cumprindo as normas em vigor. Acrescentou-se ainda uma entrada directa para
a água, adaptada aos nadadores com
mobilidade reduzida.
Quanto aos acessos contamos agora com uma nova passadeira entre o parque de estacionamento (à
entrada da Quinta) e a recepção e
entre esta e os apartamentos, facilitando a passagem de cadeiras de
rodas, carrinhos de bebés, tróleis e
outros equipamentos de ajuda à mobilidade ou transporte de bagagens.
Cada vez mais harmonizados com
as necessidades dos nossos associados vislumbra-se um Verão pleno de
mergulhos e refrescantes braçadas.
UCEMA na Quinta
Um grupo da Universidade Sénior de
Mafra (UCEMA) esteve na Quinta de
Sta. Iria. Correu tudo muito bem e com
muita animação. A opinião de todos
foi unânime, desde a recepção à cozinha, a simpatia e o profissionalismo
estiveram sempre presentes. Resta-nos
agradecer-lhes pela disponibilidade e
atenção, bem como à excelente equipa
da Quinta de Sta. Iria, pelos fantásticos
momentos que nos proporcionaram.
O nosso bem-haja a todos!
Catarina Rijo
Sessão de autógrafos
• 1816 - 2016 •
Na passagem dos 200 anos da morte
da rainha D. Maria I (1816-2016) ocorrida em 20 de Março, as Livrarias Férin
(R. Nova do Almada) e Aillaud & Lellos
(R. do Carmo) em Lisboa associaram-se
à efeméride expondo nas suas montras o
livro D. Maria I - A Rainha Louca de autoria da directora da nossa revista Cofre,
Luísa V. de Paiva Boléo, que incluiu sessões de autógrafos.
esferadoslivros.pt
32
www.cofre.org
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twitter.com/Esferadoslivros
Maria Delfina Machado,
Sócia n.º 58483
Pela Folha Informativa n.º 63, tomei conhecimento do acordo entre o Teatro Municipal Joaquim
Benite e o Cofre de Previdência
no sentido de os seus associados
poderem beneficiar de descontos
muitos vantajosos na aquisição
de bilhetes para assistirem, no dia
03/04/2016, à peça de teatro Frei
Luís de Sousa.
Era minha intenção assistir ao citado espectáculo e ao saber da existência daquele acordo, de imediato
procurei não perder a oportunidade.
Fui acompanhada de meu marido
e ambos ficámos deliciados, não só
com a peça de teatro, que é maravilhosa, mas também com a interpretação de todos os actores.
Foi uma tarde diferente, muito divertida e mais rica culturalmente,
pois pudemos conhecer um pouco
mais do pensamento e da escrita do
«nosso» Almeida Garrett, tão ilustre escritor da língua portuguesa.
Por esta iniciativa e pelos bons
momentos proporcionados, deixo
o meu sincero agradecimento, esperando poder usufruir de outras
propostas apresentadas pelo Cofre.
Por último, também uma palavra
de apreço ao pessoal do teatro que
presta apoio na recepção aos espectadores, pelo cuidado que tiveram para com o meu marido, que
é deficiente motor, na entrada e na
saída da sala, como da sua acomodação para assistir ao espectáculo.
Bem-hajam.
A arte pode contribuir
imensamente para
esse desenvolvimento,
pois é na interacção
entre a criança e seu
meio que se inicia a
aprendizagem.
Fomos ao Teatro!
Teresa Azevedo
Sócia n.º 102900
A pequena Laura, de 4 anos, gosta de
ir ao teatro. Desta vez foi de mão dada
com a mana Marta de apenas 1 ano.
Sabia que ia ver a Dona Raposa e os
outros animais e já conhecia o espaço,
a sala experimental do Teatro Municipal Joaquim Benite, em Almada.
Ia contente! A sala estava cheia, com
lugares adicionais e tudo!
Reservada e observadora, dizia que
só não queria ficar na fila da frente.
Mas no final, quis entrar no palco e
procurar a Ratinha da última história
– a actriz Vera Santana, com quem
tirou uma fotografia. Veio para casa
radiante e com mais uma experiência
para contar aos amigos da Sala Mágica no primeiro dia da semana.
A sala experimental do Teatro Municipal Joaquim Benite é confortável e
acolhedora. Desta vez calhou-nos a
última fila, tal como a pequena Laura
desejava e não perdemos o espectáculo. Num cenário simples e dinâmico, os
três actores em cena, com máscaras e
adereços bem conseguidos prenderam
a atenção do público mais exigente,
Lowenfeld, V. & Brittain, W. L.
livrando o público graúdo da elaboração de um qualquer plano de fuga
repentina da sala, por inquietudes infantis que pudessem ser mais constrangedoras embora próprias da idade.
No fim, os famosos protagonistas da
cena teatral, A Cigarra e a Formiga,
A Lebre e a Tartaruga, A Rã e o Boi
e, O Corvo e a Raposa divertiram os
mais pequenos e reavivaram a me-
O Presidente do Cofre na APPACDM – Covilhã
O Dr. Tomé Jardim, na
qualidade de Presidente do CA do Cofre e
tendo este uma importante unidade de lazer
e cultura na Covilhã,
esteve presente no dia
3 de Março passado, na
inauguração de novas
instalações da Associação Portuguesa de Pais
e Amigos do Cidadão
Deficiente Mental (APPACDM).
A cerimónia foi presidida pela secretária de
Estado, Dr.ª Ana Sofia
Antunes que frisou:
«agora esta solução inovadora vai permitir o
cumprimento daqueles
que são os verdadeiros
mória dos mais crescidos de certos
valores morais e sociais, que La Fontaine tão bem soube retratar através
dos animais.
E no primeiro dia da semana, a professora Clarice do pré-escolar disse-nos «fico tão contente quando os
ouço dizer que no fim-de-semana foram ao teatro e não andaram a passear no centro comercial».
corolários da Convenção dos Direitos
da Pessoa com Deficiência da ONU».
Presentes, entre outros, os presidentes da Câmara Municipal da Covilhã,
Dr. Victor Pinheiro Pereira, Dr. Paulo
Fernandes da C. M. do Fundão e o
Eng.º António S. Robalo da C. M. do
Sabugal. O presidente da APPACDM,
Dr. António Marques salientou que o
novo equipamento permite duplicar
a capacidade do centro de actividades ocupacionais, que de 30 passou
para 60 utentes.
Pode ajudar a APPACDM - Covilhã, sem qualquer encargo para si! Assim, pode decidir doar 0,5% do seu IRS, bastando
preencher o quadro 11, do modelo 3 da sua declaração de rendimentos, com o número de contribuinte 507 587 138.
507 587 138
RESIDÊNCIAS VILA
SENIORES
FERNANDO
Reflexões e
passeatas
Os residentes de Vila Fernando gostam de passear e conhecer espaços
culturais. Para além da visita ao Museu da Fotografia em Elvas, muitos
foram os que participaram em caminhadas.
Este ano, todos foram convidados a
recordar o 25 de Abril e as mudanças posteriores que ocorreram nas
suas vidas, compondo um quadro
de memórias que ficou exposto para
leitura de todos os residentes e familiares. Nesta actividade que aqui
retratamos cada um escreveu o seu
apontamento e depois construi-se
um mural que estimulou o trabalho
da memória e motivou a partilha entre residentes.
Numa viagem um pouco mais extensa alguns residentes acompanhados
por Adélia Caixas, Iglantina Malhado e Jorge Badalo rumaram a Lisboa
para assistir à peça de teatro O Baile. Do elenco fazia parte o Henrique,
neto do nosso querido amigo Ruy de
Carvalho, que pousou connosco para
a posteridade. Foi um serão teatral
muito agradável.
Adélia Caixas e Iglantina Malhado no Teatro
Villaret com o actor Ruy de Carvalho
As várias etapas do quadro de
memórias sobre o 25 de Abril
34
www.cofre.org
NOTÍCIAS
As Pensões e a
Poupança em Portugal
L. P. B.
Na manhã do passado dia 18 de Março teve lugar na Fundação Calouste
Gulbenkian, em Lisboa (Auditório 3)
o debate em torno do nível de conhecimento da população portuguesa no
que respeita aos sistemas de pensões,
às suas escolhas, atitudes e comportamentos em termos de poupança, tendo por base os resultados da 3.ª Sondagem do Instituto BBVA de Pensões,
sob o lema «As Pensões e a Poupança
em Portugal». Estiveram presentes, a
convite do Instituto BBVA de Pensões
o Presidente do CA do Cofre de Previdência, Dr. Tomé Jardim e a directora da revista Cofre, Dr.ª Luísa Paiva
Boléo que seguiram com interesse o
estudo e conclusões.
Na primeira parte a Dr.ª Adelaide
Marques Cavaleiro do Instituto BBVA
de Pensões, fez a apresentação dos dados da referida sondagem, que procurou saber quais os conhecimentos da
população portuguesa sobre a temática das pensões de reforma.
A conclusão geral dos dados apresentados aponta para uma elevada indiferença ou desconhecimento no que se
refere ao funcionamento dos sistemas
de pensões ou mesmo da própria situação contributiva, bem como uma
fraca propensão à poupança.
Na segunda parte participaram na discussão dos resultados da sondagem,
moderada pelo professor universitário
Dr. Jorge Bravo da Universidade Nova
de Lisboa, o antigo ministro da Economia Dr. Miguel Cadilhe, o professor
da Universidade de Lisboa, Dr. Pedro
Magalhães e o economista e ex-secretário de Estado, Dr. Fernando Alexandre, da Universidade do Minho.
O Dr. Miguel Cadilhe comentou que
nem sempre podemos levar à letra as
respostas inadequadas dos inquiridos
tendo em conta que «num contexto
como o actual e depois de anos a atravessar o “desfiladeiro da troika”, estas
respostas reflectem mais uma “atitude
de protesto” do que uma verdadeira
falta de cultura financeira».
O Dr. Pedro Magalhães fez questão
de ressaltar que a iliteracia financeira é ainda significativa na população
portuguesa e que uma formação base
nessa área seria importante para que
as pessoas pudessem fazer melhores
opções de poupança. O Dr. Fernando Alexandre destacou que a poupança global em Portugal tem vindo
a crescer, mas está em decréscimo
a poupança das famílias. Teceu considerações sobre poupança versus
investimento e como Portugal está
nos níveis mais baixos dos países da
OCDE.
A POUPANÇA – números
11%
30%
dos portugueses conseguiram
poupar em 2015, mas
paralelamente diminuiu a média
mensal de poupança relativamente
ao resultado de 2014.
indica que deixará de
trabalhar quando atingir
a idade da reforma.
44%
Por cada 100 euros de
rendimento disponível,
os portugueses
poupam
tem como opinião que
ao atingir a reforma
continuarão a trabalhar,
mas a um ritmo mais
moderado.
4,2€
35
ANOS
é considerada ainda
como idade muito
jovem para começar
a poupar.
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35
NOTÍCIAS ASSEMBLEIA
GERAL ORDINÁRIA
Teve lugar no dia 28 de Abril a Assembleia
Geral Ordinária com a seguinte ordem de trabalhos:
- Apresentação, discussão e votação do Relatório e Contas de 2015
- Informações
A Assembleia teve início pelas 20,25 horas
tendo presidido aos trabalhos o Dr. Norberto
Severino, na qualidade de 1.º Secretário, em
substituição do presidente da Mesa da Assembleia Geral, Dr. João Adelino Marques Pereira
por se encontrar em convalescença*, integrou
também a mesa o Dr. Artur Freire, na qualidade de suplente, e em substituição do Dr.
Laudelino Pinheiro, bem como os presidentes
do C. A. e do C. F., Drs. Tomé Jardim e Elder
Fernandes, respectivamente.
O sócio nº 41034, João M. Alves Neves apresentou dois requerimentos à Mesa que o presidente em exercício leu e colocou à votação,
como não obtiveram maioria, não foram apreciados, mas no decorrer da assembleia soube-se que tinham a ver com sugestões sobre procedimentos nestas assembleias. Ainda antes
do início da Assembleia o sócio Carlos Vieira
denunciou aquilo que considerou um abuso
de confiança o sócio Jorge Ferraz ali presente
usar no Facebook o logotipo do Cofre como se
fosse porta-voz desta Instituição, deixando à
consideração da Mesa se, se deve proceder criminalmente ou apenas com uma advertência.
Teve início a Assembleia propriamente dita
pelas 20,50 horas. Foi dada a palavra ao Dr.
Tomé Jardim que dado este Conselho de Administração estar «a meio do mandato» fez
uma síntese do que considerou mais relevante
durante esse tempo, fazendo menção à auditoria realizada pela Inspecção Geral de Finanças,
aos acontecimentos de 10 de Julho de 2015,
quando da visita às instalações do Cofre pela
Polícia Judiciária e do Ministério Público como
foi divulgado em vários órgãos de comunicação, ao julgamento no Tribunal Cível de Lisboa
accionado pelo antigo prestador de serviços da
Quinta de St.ª Iria e ao seu efeito para o ganho da causa para aquele prestador. Segundo a
sentença do tribunal, dos depoimentos das testemunhas trabalhadores do Cofre João Paulo
Malheiro Alves este em pleno exercício de funções e o aposentado José Beiroco, que defenderam um privado em detrimento do Cofre.
O associado João Gonçalves Pinto comentou
que esta era uma assembleia para discutir o
Relatório e Contas e não para se fazerem considerações sobre esses assuntos. O Dr. Tomé
Jardim respondeu ser essencial falar neles antes de o fazer sobre as Contas apresentadas
por aqueles assuntos terem influenciado o seu
resultado. Resumiu a carta recebida do Banco
de Portugal onde este esclarece que o Cofre
de Previdência não comete qualquer ilegalidade quando faz empréstimos aos sócios nas
suas várias modalidades, como a Inspecção
36
www.cofre.org
Geral de Finanças sustentava.
A Dr.ª Gisela Martins apresentou o Relatório
e Contas. Seguiram-se as intervenções dos associados que vamos resumir:
Preocupações com a perda de associados,
apesar de em 2015 ter havido um significativo
número de novos sócios (824) que não conseguem colmatar os que desistem (222) por
problemas materiais e pelos que pereceram
em número de 788.
Preocupação do associado João Pinto acerca
dos montantes elevados constantes das verbas
salariais, assim como os valores referenciados
em rubricas do Balanço, o não aumento das
rendas, das residências e dos Centros de Lazer,
onde só se beneficiam os sócios que as utilizam.
O Associado Rodrigues Lopes fez uma prolongada exposição a que chamou de “reflexão
sobre o Cofre” onde mostrou a preocupação
pelos parcos rendimentos de alguns espaços
dizendo; «Temos de ter cuidado com os aumentos dada a nossa dificuldade remuneratória, temos de reflectir e ter cuidado devendo
analisar os contras quando avançamos com
uma providência cautelar e saber quem estamos a prejudicar, neste caso poder-se-á prejudicar em muito o Cofre.» Mostrou ainda
preocupação pelas várias unidades do CPFAE
em continuarem a não dar o rendimento mais
próximo das despesas, embora as Residências
Universitárias estejam completas e ter havido
mais ocupantes nos centros de lazer. Temos de
reflectir como ajudar a dar a conhecer o Cofre.
Foi perguntado pela sócia Luísa Boléo se as
residências de estudantes não terão preços
«demasiado baixos». A Dr.ª Gisela informou
que se baseiam no IRS dos pais e encarregados de educação. O sócio nº 57504, Jorge Ferraz diz-se continuar preocupado com o rumo
do Cofre e do aumento das despesas.
O Dr. Tomé Jardim lembrou ser a Economia
Social aquela onde o Cofre se insere e se hoje
ajudamos uns amanhã naturalmente outros. É
assim a vocação do Cofre. Por não obtermos
lucro nas nossas contas temos o dever de saber
aproveitar as melhores ocasiões para vender
imobiliário como aconteceu com a venda do
edifício da Rua dos Sapateiros e como irá acontecer com a Rua da Prata, onde os preços de
venda atingem já valores superiores ao indicado para o m2. Os prédios da Rua da Prata com
valor considerado bastante bom, assim como o
do edifício da Rua dos Sapateiros vendido por
2 milhões de euros, a aguardar o resultado da
providência cautelar.
O Dr. Tomé Jardim mais uma vez explicou,
que desde a entrada das administrações a
que preside (2011), com a quebra do dinheiro vivo, tivemos de adquirir activos como o
edifício do Porto com um lote de terreno para
construção, o edifício de Lisboa para a residência Universitária, a construção do Campus
de Ciência Viva, o lote no Vau onde foram
construídas as piscinas e o campo multiusos
efectuados melhoramentos em todas as unidades como caixilharias duplas e ar condicionado em todos os quartos do edifício do Vau,
piscinas novas ou renovadas, obras de recuperação e melhoramentos cujo retorno, como
sabemos, não é imediato. Lembrando ter sido
esta Administração aquela que ainda não vendeu qualquer património. Relativamente aos
valores salariais e ao número de trabalhadores lembrou o Sr. Presidente que a legislação
relativamente às Residência Seniores obriga
ao aumento de trabalhadores face ao número
de dependentes. É o que acontece nas nossas
residências.
O sócio Paulo Malheiro quis saber porque se
tinha feito uma fusão referenciando a alínea
n) do art.º 97 dos Estatutos com a IBIS da Beira Interior sem passar pela Assembleia Geral.
O Dr. Tomé Jardim questionou se o Associado,
sendo jurista, sabia o que era uma fusão, ao
que o Associado não respondeu; adiantou o
Sr. Presidente não se tratar de nenhuma fusão,
mas sim de um protocolo com um conjunto de
instituições da Beira Interior do qual o Cofre
faz parte para defender os interesses daquela
Região junto de outras instituições, sendo esta
parceria importante para a dinamização da
Quinta de Sta. Iria.
Os sócios João Nunes e Rodrigues Lopes foram muito críticos em relação ao facto de os
sócios, trabalhadores do Cofre, não serem por
vezes «menos livres» a votar por estarem perante decisões dos seus «patrões» (dirigentes
e CA). O associado Artur Freire elogiou os
sócios/trabalhadores que conhece há muitos
anos. Três trabalhadores do Cofre, João Máximo, Carlos Vieira e Alves da Silva confirmaram que votam em consciência e de harmonia
com os seus interesses, ora contra ora a favor
sem constrangimentos. Perante considerações de que algo está a falhar na divulgação
do Cofre um associado que veio do Alentejo
disse que, na sua opinião, quem tem culpa de
não estarem mais pessoas presentes são os
próprios Associados, que sabem das reuniões
e não aparecem não se devendo imputar «culpas» a ninguém, nem falta de comunicação.
Houve sugestões para uma nova estrutura de
estudantes no Centro (Coimbra, Leiria e Aveiro e Viseu) visto somarem cerca de 4000 sócios. Os associados entre os 19 e 40 anos são
apenas 6,65% e entre os 41 e os 60, 44,26%,
Como chegar aos mais novos?
O relatório e Contas foi votado no final das
intervenções com 30 votos a favor, 3 contra
e 6 abstenções. Foi votado o louvor proposto,
no Relatório do Conselho Fiscal, ao Conselho
de Administração com 27 votos a favor e 5
contra. A Assembleia foi dada por encerrada
já passava das 24,15 horas, dado o adiantado
da hora com menos alguns sócios.
O texto integral desta Assembleia estará, logo
que possível à disposição no sítio do Cofre.
(*) O Dr. Norberto Severino fará chegar
ao Presidente da Mesa, em nome de todos
os presentes, votos de rápidas melhoras.
PROPOSTA DE ADMISSÃO
FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO DE SÓCIO DO COFRE DE PREVIDÊNCIA
A Identificação
1 Nome completo (em maiúsculas) ______________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
2 B.I./C.C.*__________________ 3 Data de nascimento ___/___/___ 4 NIF*____________________
5 Naturalidade______________________________ 6 Concelho_______________________________
7 Filiação (pai)_______________________________________________________________________
8 Filiação (mãe)______________________________________________________________________
9 Estado civil_________________ 10 Cônjuge_______________________________________________
11 Morada____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
12 Localidade_____________________________ 13 Código postal______________________________
14 Telefone________________ 15 Telemóvel________________ 16 E-mail________________________
* Anexar fotocópia do documento
B Declara que pretende inscrever-se como sócio
nos termos da alínea a)
b)
c)
do nº 1 do art. 19º dos Estatutos aprovados pelo Decreto
Lei 465/76, com o subsídio por morte de ___ ___ ___ ___ ___, ___ €
nos termos da alínea c)
do nº 3 do art. 4º dos Estatutos aprovados pelo Decreto Lei 465/76,
sem subsídio por morte**.
categoria__________________________________________ vencimento ___ ___ ___ ___, ___ €
serviço____________________________________________ ministério________________________________________
serviço processador do vencimento_____________________________________________________________________
morada_____________________________________________________________________________________________
local e data_______________________ ___/ ___/ ___ assinatura do candidato_________________________________
** Anexar fotocópia do último recibo de vencimento/pensão
C Declaração dos Serviços do Candidato a Sócio
Confirmo as declarações prestadas.
assinatura do responsável autenticada com o selo em uso__________________________________________________
D Reservado aos Serviços do Cofre
sócio nº_________________________ admitido em ___/ ___/ ___ nos termos da alínea ___do nº___ do art.___dos estatutos
idade___________________________ subsídio inscrito ___ ___ ___ ___, ___ € quota mensal ___ ___ ___ ___ €
o funcionário
o coordenador
_______________________________ _________________________________
o secretário-adjunto do cofre
________________________________
REGALIAS DOS ASSOCIADOS
ABONO REEMBOLSÁVEL
Os associados, com pelo menos
1 ano de vida associativa, podem
usufruir de um abono reembolsável para acorrer a despesas com
melhoramentos da habitação permanente ou, ainda, para saúde do
próprio ou dos seus familiares.
O abono máximo é de 5.000€
desde que não ultrapasse 5 meses
de vencimento e é amortizável até
60 prestações mensais, à taxa de
8%. Este limite de financiamento pode ser ultrapassado em casos devidamente comprovados e
justificados que possam envolver
risco de vida ou deficiência permanente.
FINANCIAMENTO
DE CASA PRÓPRIA
Financiamento para aquisição de
casa, construção ou transferência
de hipoteca, para o Cofre, para
habitação própria e permanente.
O montante máximo de financiamento a cada sócio é de 125.000€,
à taxa de 3,25%, a amortizar até
30 anos em regime de prestações
constantes ou progressivas.
FINANCIAMENTO PARA
OBRAS DE BENEFICIAÇÃO
Pode ser concedido empréstimo,
até ao montante de 20.000€, a
amortizar até 15 anos, para obras
de beneficiação a efectuar em casa
própria dos sócios, destinada a
habitação permanente, desde que
não estejam hipotecadas ou cuja
hipoteca seja transferida para o
Cofre. Neste último caso o valor
do financiamento não pode ultrapassar os 125.000€.
REEMBOLSO DE
VENCIMENTOS PERDIDOS
POR DOENÇA
Os sócios podem usufruir do
reembolso de vencimentos perdidos por doença, não podendo
exceder a parte do vencimento
base perdido pelo sócio, durante
noventa dias em cada ano, nem
exceder o produto da percentagem de 7,5% sobre o subsídio inscrito, excepto para os sócios que
não tenham subsídio inscrito, para
os quais será considerado o valor
equivalente à soma de 10 quotas
(Acta n.º 35/12 de 3 de Julho).
Para ser concedido o reembolso é
necessário que o sócio o solicite
até ao último dia do terceiro mês
seguinte ao do desconto no vencimento.
RENDA VITALÍCIA
O subsídio por morte, que é inscrito no acto da admissão, poderá
ser transformado em renda vitalícia, a favor do próprio desde que
tenha completado 35 anos de vida
associativa e 65 de idade ou à pessoa nomeada em Declaração Testamentária.
CARTÃO DE SAÚDE
COFRE PREVIDÊNCIA
Foi criado em 2012 o Cartão de
Saúde Cofre Previdência que
permite aceder à rede médica de
prestadores «Future Healthcare»
a preços convencionados.
SUBSÍDIO POR MORTE
O subsídio por morte é inscrito no
acto da admissão.
No acto da inscrição, o proponente
a sócio define um valor que será
entregue, por morte, aos herdeiros
ou a quem ele indicar em Declaração Testamentária. Este valor –
Subsídio Inscrito – será a base para
o cálculo das quotizações mensais.
Esta forma de inscrição tem origem na fundação do Cofre, em
1901, uma vez que este foi constituído para «fazer face às despesas
de funeral».
BOLSA DE ESTUDO /
BOLSA SÉNIOR
O Cofre atribui anualmente bolsas de estudo aos filhos e netos
dos sócios, e ainda bolsas seniores,
igualmente anuais, aos associados,
cônjuges, pais e sogros.
IMÓVEIS PARA
ARRENDAMENTO
O Cofre oferece condições vantajosas, em termos de prioridade de
acesso e preços, no arrendamento
do seu parque imobiliário.
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Tel.: (+351) 210123008 e/ou [email protected]
NOTÍCIAS CONVERSAS
NO COFRE
OS MEUS PÉS DESCALÇOS
de Paulo Mira Coelho
Retomámos esta Primavera as
«Conversas do Cofre», no dia 14 de
Abril, num fim de tarde pluvioso.
No auditório do Cofre na Rua do
Arsenal teve lugar o lançamento de
mais uma obra de Paulo Mira Coelho, Os Meus Pés Descalços. O Presidente do CA do Cofre, Dr. Tomé
Jardim manifestou o seu gosto em
ter de novo oportunidade de ter entre nós o autor, com um livro «difícil» de ler mas que vai cativar os
leitores. Sónia Silveira em nome da
editora Apolo 70 falou do entusiasmo em editar o livro e a prefaciadora, Paula Carvalho, mulher de Paulo
Mira Coelho disse conhecer bem os
seus anseios e o que pensa sobre
a vida. No prefácio interroga-se:
«Existirá mesmo um plano para a
vida? […] Esse plano é afinal um ritual diário de combate, de conquista
do tal Criador que temos em nós,
dessa força inebriante que ilumina
o acordar e o deitar […].»
Paulo Mira Coelho tomou a palavra para falar dos mistérios da vida
humana, o cruzamento das três religiões monoteístas – Cristianismo, Islamismo e Judaísmo – e a caminhada do homem na Terra e o momento
que vivemos que, no seu entender,
vai ser de uma viragem importante. Recorrendo ao Power Point foi
apresentando no ecrã o começo da
vida desde um simples ponto até à
complexidade da vida humana. Falou das origens do pensamento de
Euclides de Alexandria, filósofo e
geómetra grego que faleceu cerca
do ano 300 a. C. e que escreveu Os
Elementos uma obra filosófica e
matemática de extrema importância
onde se aborda a ordem do próprio
Título: Os Meus
Pés Descalços
Autor: Paulo
Mira Coelho
Editora: Apolo 70
universo, tendo sido impresso logo
após a Bíblia, aquando da invenção
da imprensa no século xv. Um dos
livros de maior circulação até aos
tempos medievais.
«Somos todos representantes do
“antes” e “depois”, com os dons
que a vida contém, as capacidades
que a vida traz e os códigos que a
mente encerra. Somos um Todo!»
Os protagonistas da obra Artur e
Maria Ana vivem e dialogam com diversas figuras de ficção e reais onde
o autor fala também de coisas bem
concretas como o poder dos homens
e das instituições. Cremos ser um livro especialmente destinado aos leitores que apreciam a temática dua-
O 1.º volume desta trilogia
será disponibilizado no
site da editora Apolo 70
www.livapolo.pt
com acesso gratuito.
lista da vida/morte; luz/trevas; fogo/
/água; divino/profano bem como
problemas dos nossos dias. Como
frisou o autor trata-se afinal de
«um livro de esperança». E confessou que este é um tema recorrente
nas suas obras, algo que o fascina
há cinquenta anos. «Estamos numa
época de escolhas.»
No final do evento tivemos mais
uma vez o momento musical com
três temas da dupla de mestres de
música e compositores, Ricardo
Gama em guitarra portuguesa e
João Correia guitarra clássica, entusiasticamente aplaudida. Seguiu-se a sessão de autógrafos e conversas com o autor.
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RESIDÊNCIAS PRIMAVERA
SENIORES
EM LOURES
A Residência Sénior de Loures enche-se novamente de acção. Desde
a plantação de árvores, às actividades físicas, cognitivas, emocionais,
culturais ou de sensibilização para a saúde, de todos houve uma pitada.
Toca a Mexer
Iniciamos com as palavras da terapeuta Mariana que nos deixa uma
breve descrição da actividade «Toca
a Mexer».
Muitas são as actividades que se
realizam na Residência Sénior de
Loures, mas não podíamos deixar
de destacar uma que foi iniciada
este ano. O «Toca a Mexer» é uma
actividade com periodicidade mensal, tem o objectivo de proporcio-
nar uma maior socialização entre
os residentes bem como melhorar
a sua condição física e cognitiva.
Em tom de brincadeira e boa disposição vamos ao longo das várias
actividades exercitar os músculos
e melhorar a coordenação motora e a atenção. Temos vários jogos
programados durante o ano. Jogos
mais antigos para relembrar o passado, mas também jogos mais modernos para abrir portas ao futuro.
Recordar é Viver
Dia da Árvore
E sabendo que por vezes voltar atrás
é andar para frente, a psicóloga Ana
Jardim, desenvolve as sessões do
«Recordar é viver» que acontecem
semanalmente com o objectivo de
relembrar momentos de vida guardados nos baús de memórias, que
possam ser partilhados e revividos
em grupo, enfatizando momentos
que compõem toda uma história de
vida, desde a infância aos nossos
dias.
Continuando, o Sr. Fernando Silva (residente) presenteia-nos com
um bonito poema de sua autoria
especialmente redigido para a celebração do Dia da Árvore e da
Poesia.
A árvore hoje aqui plantada
com toda a nossa alegria
por Deus é abençoada
uma graça por magia.
Árvore ora plantada
cheia de brilho e de cor
por Deus abençoada
num poema de amor.
Linda planta radiosa
da vida és um destino
lindos botões de rosa
o amanhecer de um hino.
Planta cheia de alegria
que tanto nos faz pensar
uma terna sinfonia
para a vista contemplar.
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Dia Mundial da Saúde
O Baile
Por último fica o bonito testemunho deixado pela D. Maria da
Luz Barreto, também residente,
sobre a ida a O Baile, peça de
teatro em cena no Teatro Villaret.
«Fomos ao teatro! E que dizer?
Que foi uma noite inesquecível!
Éramos seis – a carrinha não
comportava mais ninguém – vieram certamente tão contentes
como eu. Foi uma noite diferente, sentimo-nos “crescidos”, por
irmos assistir a um espectáculo
nocturno. E tudo correu muito
bem, como é apanágio do nosso lar, da nossa casa. As nossas
assistentes, as nossas amigas,
Mafalda Queiroz e Mariana
Moita, sempre incansáveis com
o nosso bem-estar.
À nossa espera estava o nosso
Presidente do Cofre, uma surpresa agradável, com que eu
não contava, confesso.
E depois a peça, tão levezinha,
tão engraçada, tão bem representada que a todos certamente
cativou.
Por fim, mais uma surpresa:
tirámos uma fotografia com o
Sr. Ruy de Carvalho, esse actor
excelente com quem me cruzei
várias vezes enquanto estive na
minha casa em Benfica.
E foi o final de uma noite muito
bem passada. Que hajam mais!
Não posso deixar de agradecer
a quem planeou a realização deste evento com que nos brindaram.
Estou eternamente agradecida
pelos mimos recebidos ao longo
destes nove anos.»
Sendo o comportamento para a saúde um elemento fulcral das nossas
vidas, as enfermeiras Marta Silva e
Elsa Costa partilham o que idealizaram:
No dia 7 de Abril assinalámos o Dia
Mundial da Saúde com uma actividade preparada pelas nossas enfermeiras. Debatemos o tema «Ser
Saudável» e partilhámos várias experiências e ideias sobre o mesmo.
Realizámos um pequeno jogo que
nos permitiu através de imagens e/
/ou frases, distinguir entre o que é
bom para a saúde e o que é prejudicial. Este espaço de diálogo foi muito importante para mudar alguns
hábitos, mas também para relembrar alguns cuidados que devemos
ter e ainda para tirar algumas dúvidas. Não se esqueça, cuide de si…
Seja saudável!
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EXCURSÃO
ALENTEJO DA MINH'ALMA
AO ALENTEJO TÃO LONGE ME VAIS FICANDO
Texto Rui Meireles, Sócio n.º 44164
Fotos Álvaro Rosa, Sócio n.º 35967 e Filomena Santos, Sócia n.º 103721
Eram 7 horas do dia 8 de Abril. Pontualidade dos excursionistas e do autocarro junto ao Jardim Zoológico.
Embarcámos um grupo de 34 rumo
ao Alentejo com uma agenda meticulosamente programada e um guia
amante de história e sábio nas descrições da paisagem, da monumentalidade e dos factos históricos do
registo biográfico daquela parcela de
Portugal desde o antes e o depois de
Cristo com incidência na ocupação
romana e islâmica.
Foram três bons dias de convívio e
aprendizagem da história dos sítios e
das coisas, dos costumes e das tradições das gentes e do acervo arqueológico e artístico.
O Alentejo evidenciou-nos a riqueza
do seu património artístico dos estilos
mudéjar e gótico das igrejas e conventos, testemunhando a sua história
de conquista e reconquista islâmica e
cristã. De salientar a decoração barroca no interior das igrejas e basílicas
com destaque para a igreja do Convento da Conceição em Beja, hoje
transformado em Museu Rainha D.
Leonor e a rica colecção de azulejos
historiados dos séculos xvii e xviii que
revestem o interior de igrejas, conventos, de inestimável valor artístico.
Para cada monumento o Nuno (nosso guia) tinha um esclarecimento que
«passava a explicar» sobre as várias
lendas que constam ou constavam à
margem dos compêndios escolares.
Mas voltemos à marcha da viagem.
Saídos de Lisboa, parámos em Tróia
para um breve olhar sobre o plano
urbanístico daquele paradisíaco promontório, rumando de seguida para
Santiago de Cacém onde se situam as
ruínas romanas de Miróbriga classificadas como Imóvel de Interesse Público
desde 1940. Trata-se de um aglomerado urbano habitado desde a Idade do
Ferro até ao século iv d. C. São visíveis
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vestígios da estadia de romanos através das ruínas do fórum, zona comercial «tabernae», praça pública, templo
e casas de habitação. E daí até Castro
Verde desfrutámos da contemplação
da paisagem e das estevas floridas que
marginam a estrada. Nesta localidade
visitámos a basílica que exibe uma rica
colecção de azulejos historiados e aí
jantámos e pernoitámos.
No 2.º dia, o destino último foi Beja,
com passagem pela «vila museu de
Mértola», centro de confluência de
culturas e civilizações, com o rio
Guadiana a seus pés, o castelo de
atalaia na parte cimeira, a igreja de
arquitectura mudéjar no sopé do
mesmo e a alcáçova onde se pode ver
o conjunto monumental de Mirtilis,
parte de um possível fórum romano.
Aí almoçámos na margem esquerda
do Guadiana com vista para a branca vila defendida pela torre de menagem de 30 metros de altura e por
uma cintura muralhada.
O nosso próximo paradeiro foi no
complexo das Minas de S. Domingos.
Estação de extracção essencialmente
de pirite foi uma desilusão. O abandono das minas, não justifica a degradação a que estão devotadas as oficinas, autênticos esqueletos mortos.
As entradas das toupeiras humanas
nem se enxergam. Aquele complexo
poderia ser explorado turísticamente com acesso seguro às galerias que
atingem uma profundidade de 400
metros, garantindo postos de trabalho com guias classificados. Como
está, é uma vergonha nacional.
Dali rumámos a Beja por entre searas
convertidas em vinhedos e olivais.
Beja surpreendeu-nos com o seu Museu D. Leonor, antigo Convento da
Conceição, cuja igreja é uma jóia do
barroco português e os corredores da
quadra de S. João Batista e sala do
capítulo deslumbram-nos pela soberba colecção de azulejos e pinturas
murais.
Na manhã do terceiro e último dia,
visitámos, em Serpa, o Museu do
Relógio com um acervo de 2600
relógios de um coleccionador particular com espécies raras e quase
únicas destas máquinas de contar o
tempo. Um museu com a particularidade de possuir oficina própria
dedicada ao conserto e criação de
relógios com projecção internacional.
A visita ao Alqueva, onde almoçámos e navegámos naquele lago artificial, o maior da Europa, com a
área de 250 km quadrados, foi um
dos pontos altos desta digressão.
De Monsaraz a Évora foi o desfrutar de uma planície verde onde
sobressaíam os vinhedos e os oliveirais alinhados a fio de prumo.
A economia alentejana está realmente a mudar. Jantámos em Évora e daí regressámos ao sítio de
onde partimos para esta inesquecível viagem por terras alentejanas.
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43
ÉPOCA ALTA 2016
CENTRO DE LAZER DA PRAIA DO VAU
Perguntas frequentes
Como posso efectuar o
pagamento, em caso de
atribuição?
O pagamento pode ser
efectuado por transferência bancária, multibanco
(pagamento de serviços)
ou directamente na Rua
do Arsenal e Rua dos Sapateiros.
Tenho de pagar na totalidade?
Não.
O pagamento pode ser
realizado:
❱❱ 10% com a inscrição e
os restantes 90% até
quinze dias antes do
início da ocupação;
❱❱ 10% com a inscrição,
20% até quinze dias
antes do início da ocu-
pação e o valor restante
até 8 prestações, devendo neste caso indicar o
IBAN.
❱❱ O não pagamento, dentro
do prazo, do reforço de
20% ou 90%, implica o
cancelamento da ocupação e a perda dos 10%
da inscrição, de harmonia com o regulamento.
É possível fazer alteração à forma de pagamento após já ter sinalizado
com os 10%?
Sim. Sob pena de não ser
aceite, o associado pode
até 15 dias antes do início da ocupação, proceder à alteração da forma
de pagamento.
É possível fazer alterações em período de época alta após a atribuição?
Não é possível fazer alterações no período de
época alta.
O associado deve ter em
conta os seguintes prazos:
❱❱ 30 dias ou mais antes do
início da utilização prevista, taxa de desistência (12,50 euros);
O que devo fazer em
caso de desistência?
Deverá comunicar ao
Cofre por escrito a vontade de desistir.
❱❱ 15 dias ou mais antes
do início da utilização
prevista, 50% do valor
total; menos de 15 dias
antes do início da utilização prevista, 100%
do valor.
Em caso de desistência,
há lugar a penalização?
Sim. A desistência da
atribuição na época alta,
mesmo que ainda não
tenha sido objecto de
pagamento, será sempre
considerada como utilização efectiva para feitos
de concurso nos anos seguintes.
Ficarão isentos da penalização referida, sendo cobrada
apenas a taxa de desistência, aquelas que forem justificadas por falecimento
ou doença que implique
internamento ou assistência hospitalar dos sócios ou
seus familiares directos.
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cultura
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máximo de 3 acompanhantes.
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Itinerário:
1º dia: Lisboa / Dubai
2º dia: Dubai / Bangkok
3º dia: Bangkok
4º dia: Bangkok / Kanchanaburi /
Ayutthaya
5º dia: Ayutthaya / Lopburi / Phitsanulok
6º dia: Phitsanulok / Sukhothai /
Chiang Rai
7º dia: Chiang Rai
8º dia: Chiang Rai / Chiang Mai
9º dia: Chiang Mai
10º dia: Chiang Mai / Bangkok
11º dia: Bangkok / Dubai / Lisboa
Preço por pessoa: Duplo
Suplemento
Individual
Mínimo
40 participantes
€ 1.905
€ 2.115
Mínimo
30 participantes
€ 1950
€ 2.155
Mínimo
20 participantes
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Inclui: avião (Emirates) Lisboa / Dubai / Bangkok /
Dubai / Lisboa + avião (Bangkok Airways) Chiang Mai
/ Bangkok + transfers privados aeroporto / hotel /
aeroporto + 10 noites de alojamento em hotéis de
4 estrelas, em regime de meia-pensão + refeições
incluídas + entradas e visitas conforme descrito no
itinerário acompanhadas por guia local a falar português
ou espanhol + seguro multiviagens + taxas de
aeroporto, segurança e combustível (€340).
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particular + tudo o que não estiver devidamente
mencionado como incluído no programa.
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hoteleiras vigentes. Poderão eventualmente ser
alterados caso se verifiquem variações significativas.
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