Muito verde e uma indefinível mas agradável sensação de espaço
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Muito verde e uma indefinível mas agradável sensação de espaço
Instalado numa fazenda de coqueiros com 100 hectares, 48 quilómetros a norte de Ilhéus e 15 a sul de Itacaré, o Txai é um resort profundamente bahiano e onde cada detalhe nos faz amar mais intensamente o Brasil Txai resort é um dos resorts mais falados e badalados do momento. e com razão. Em pleno estado da bahia (Itacaré), o txai é um estilo de vida, de férias, de lazer Muito verde e uma indefinível mas agradável sensação de espaço, de tranquilidade São 20 bungalows e 7 suites dispersos numa encosta sobre uma praia belíssima — a praia de Itacarézinho, com quase três quilómetros de extensão –, com muita mata atlântica, coqueiros, jardins, flores, pássaros… e uma arquitectura sóbria Txai é uma palavra da língua dos Kaxinawa, adoptada por índios, seringueiros e ribeirinhos. É utilizada no Acre como tratamento de respeito e carinho com todos os aliados dos povos da floresta Txai é fruto da amizade de pessoas de muitas raças, dos povos dos rios, cerrados e florestas... Néu faz todos os arranjos florais do Txai. Nasceu ali mas, hoje, vive "num sítio onde não se vê o azul do mar, só se ouve." Com 6 filhos que estudam, trabalham, pintam "nas paredes de nossa casa", é uma figura essencial do dia-a-dia do resort Txai J á se sabe que um resort tem de ter praia, piscina, áreas verdes, restaurante e, agora, também um spa... ou algo semelhante. Pois bem, o Txai tem tudo isso. Mas incorporou na perfeição um conceito de estilo de vida trazido pelos proprietários, Vera e Nelson Moraes.Chegaram ali há 7 anos: "não havia estrada, não tinha nada... mas tinha tudo. Este visual, esta praia! Chegámos com a preocupação de não estragar, de a arquitectura não ser mais apelativa que a natureza. Por isso, tem um imenso pé de dendê dentro do escritório. A casa dos nossos pais, na praia, vivia cheia de gente – conta Vera. Meu pai gostava muito do mar, e viajávamos constantemente pelo litoral brasileiro. Passávamos grandes temporadas em Guarujá, na época aúrea, na década de 70. Meu avô era fazendeiro, tinha uma fazenda de café e leite no sul de Minas, em Guaxupé. A história da novela Terranostra é um pouco a do meu avô – aliás, a fazenda onde vivia o Raul Cortez, era nossa. Somos descendentes de portugueses e italianos. Por mais que tenha nascido em S. Paulo, tive desde sempre uma grande afinidade com a natureza." Nunca tinham trabalhado em hotelaria, "mas a vida deu-me o prazer de sempre gostar de receber. Já o Txai é companheiro: uma metade de mim... faziamos muito na nossa casa de praia, no Condomínio das Laranjeiras, em Paraty. Nelson – 30 anos de mercado financeiro em S. Paulo –, adora cozinhar, e lá já recebíamos os nossos amigos, com o mesmo conceito que trouxemos aqui para o Txai." E é isso mesmo que faz dele um dos locais da moda e um dos refúgios mais chiques do Brasil. O arquitecto paulista Leo Laniado desenhou o sonho e aplicou esse conceito de levar a vida a uma fazenda de coqueiros com 100 hectares, rodeada por mata atlântica e em cima da belíssima praia de Itacarézinho. A vegetação luxuriante, a praia, o verde das palmeiras, as folhas de bananeira e os coqueiros que crescem por todo o lado enquadram os vinte bungalows e sete suites em tons ocre que variam entre o verde, o rosa e o amarelo. Com os beirais do telhado forrados de piaçava, foram construídos numa estranha mas bela e original mistura de madeira e tijolos nas paredes – a lembrar as velhas construções de pau-a-pique. Para além de números, os bungalows têm nomes de plantas e frutos, para que ninguém esqueça a ideia original: a arquitectura não deve ser mais apelativa que a natureza. Isolados ou geminados – construídos em grupos de três –, todos apresentam vista para o mar (a vista do bungalow número 1 é de cortar a respiração). Os quartos são amplos e dispõem de uma enorme cama com mosquiteiro, bancada com dois lavatórios e casa de banho separada. No Que as pessoas superem os preconceitos e reconheçam as diferenças e qualidades de cada um... Paulinho, 28 anos, paulista, é um chef de calções e havaianas. Estudou direito para ser advogado, a indecisão levou-o a pensar ser juiz, mas a vida chamou-o para a cozinha. Esteve 4 anos em Cambori, no célebre Manacá, foi depois para Paris, regressou, e instalouse em 2003, de tachos e panelas, no Txai. Hoje é responsável pela criação de 42 pratos diferentes, 14 saladas e 14 sobremesas: "Assim passo uma semana sem repetir o mesmo prato. Mas o cliente, se não gosta, pode pedir. Já tive quatro patrícios vossos que entraram na cozinha pra fazer bolinhos de bacalhau. Vocês chamam de pastéis? Mas o meu xodó é o jantar especial-degustação, feito à noite à beira da piscina, um jantar romântico para um casal ou um grupo de amigos. São 6 pratos com trufas, vieiras, lagosta, foie gras..." Txai número 26, por exemplo, o chuveiro parece estar ao ar livre – aparentemente coberto apenas por um tecto em palhinha –, mas uma cobertura de vidro dá-lhe um toque de conforto; o 15, por seu lado, tem banheira de hidromassagem. À entrada, antes da pequena escada de três degraus que acompanha a altura das palafitas que nivelam os bungalows nos declives da encosta, pequenos e refrescantes lava-pés com pétalas de hibiscos. Cá fora, antes do quarto – ou para lá dele –, uma varanda em forma de deck parece entrar pela natureza dentro. Uma rede e confortáveis almofadas convidam os hóspedes a ficarem por ali, na modorra, embalados pela indolência que a suave brisa do lugar parece trazer, e ouvindo as ondas lá em baixo, na praia, no seu ritmo de sete em sete, sete em sete, sete em sete... Ao entardecer, por volta das seis, um imenso bando de piriquitos de um verde forte aparece dançando no céu, acrobatas, brincalhões, estridentes no seu bater de asas e nas suas conversas gritadas, num grupo só, primeiro, dividindose em vários bandos, depois, poisando de palmeira em palmeira, num barulho repentinamente ensurdecedor. É assim todos os dias, numa espécie de bailado do entardecer. C om a lua cheia, a maré ocupa quase toda a língua de areia da praia de Itacarezinho. Na maré baixa, a praia parece saída de um daqueles enormes ecrãs cinemascope em que as cores tomam tons quase irreais – os verdes muito verdes, os azuis fortíssimos –, com uma curva suavemente desenhada pela margem de coqueiros que a ladeia, e os contrastes entre o azul forte da água, o branco da areia e o verde da vegetação exuberante que sobe encosta acima e parece querer lançar sombras e imagens sempre diferentes sobre a praia. O Txai está instalado quase no centro da praia – com três quilómetros de extensão. Para um lado e outro, a maresia levanta uma espécie de bruma que dilui o princípio e o fim, dando-lhe uma aparente extensão – bem maior do que é na realidade – quase infinita. No meio do imenso jardim que abraça a areia da praia – no sopé da encosta –, uma piscina comprida, rectangular, com 25 metros. A envolvê-la, grandes pedras – também rectangulares – e um deck de madeira onde repousam Peças arranjadas nos quatro cantos do mundo marcam a decoração espreguiçadeiras de madeira com colchões e amplos chapéus de sol de um branco puro que, aqui e ali, são interrompidos na sua alvura por enormes e acolhedores almofadões coloridos. Numa das extremidades, a piscina corta a sua rigorosa geometria numa inspirada passadeira neo-clássica. Na outra, um bar e uma zona de areia onde se espalham algumas mesas e cadeiras de madeira escura. Solícitos, elegantes, empregados vestidos de calças e blusas brancas com um lenço colorido na cabeça e outro do mesmo tecido e motivos à cintura, satisfazem imediatamente qualquer capricho dos hóspedes, seja uma toalha seca, uma bebida, outro almofadão confortável ou uma revista da enorme pilha que descansa na cesta perto do quadro de lousa verde onde todos os dias se escreve o menu do almoço e os petiscos – que podem ser pedidos e tomados no bar ou na piscina. Antes – ou em substituição do almoço – os petiscos são uma excelente opção para contornar os rígidos horários das refeições no Txai: entre as 7 e as 11 da manhã, pequeno-almoço; até às duas da tarde há chá e bolinhos para quem não tomou o pequeno-almoço; entre as 2 e as 5, almoço; e das 9 às 11 da noite, jantar. Mas voltando aos petiscos: krudité – grossas fatias de pepino e cenoura num copo alto com sal grosso no fundo, e uma pequena tijela com molho de soja –, super-refrescante Adónis prepara uma caipirosca de kiwi, enquanto a voz de Caetano Veloso, mansa e doce, soa luminada pela luz das velas coloridas que se espalham na sala. É ali que se encontram os jornais e revistas, e é também o ponto de encontro antes do jantar. Uma pequena escada dá acesso à sala de jogos e uma ponte de madeira liga com a sala da televisão. Adónis, 20 anos, está desde o início no Txai. Esteve fora 45 dias, quando foi para S.Paulo jogar futebol, mas não aguentou o clima, “fazia frio demais,não tinha esta brisa boa. Não tinha jeito: o paulista só anda de terno e gravata. Eu gosto de andar de bermudas e descalço. Uns caras sisudos, com olhar de medo. Voltei! Já viram a lua cheia que está hoje? Nossa, aqui dá para eu botar o colchão na rua, à porta de casa, adormecer olhando a lua, e só acordar na manhã seguinte, sem me preocupar com nada”. Que se realize o sonho de descobrir em cada pessoa uma outra metade de nós mesmos... e nutritivo; camarão à paulista (alho e óleo), lula doré (à espanhola) e uma imensa variedade de sucos. O almoço, se não chover, também pode ser tomado na área da piscina. Ao jantar, servido na sala de jantar ternamente iluminado por pequenas candeias, há normalmente uma opção de peixe – em crosta de castanha de caju, por exemplo –, outra de carne – picanha com molho mexicano, outro exemplo – e um prato de massa – porque não fetuccine com tomates, azeitonas pretas e ervas. Uma salada – pode ser de feijão fradinho e coentros? –, uma sobremesa – deliciosa torta trufada de maracujá é uma opção – e um prato especial de lagosta completam as opções. Às quartas e sábados há opção de pizza no forno de lenha. Para a escolha do vinho, Luci, com a sua caneta lanterninha, é uma preciosa ajuda. Através da participação em projectos que implicam o trabalho da comunidade, o Txai desenvolve ainda uma missão social importante: ajuda a população local a obter uma actividade economicamente viável, ecologicamente correcta e socialmente justa Txai é um astral descontraído que alia conforto e natureza. É boa onda! O Txai é também reconhecido pelo seu excelente Spa. Instalado no topo da encosta, tem salas com nomes de plantas – Manjericão ou Hortelã, Alecrim e Camomila, por exemplo – e um ofurô externo. É imprescindível fazer uma massagem na sala Hortelã, com uma vista de perder o fôlego: toda em madeira, sem parede num dos lados, o mar e os coqueiros aos nossos pés, um pequeno altar ao fundo, com velas e um quadro de krishna, no chão um lençol branco salpicado por pétalas de rosas e pequenas f lores em cima das almofadas. As massagens são dadas na sala Camomila, a Alecrim é a sala de estética, na Lavanda está instalado o ofurô interno, e a Lotus é indicada para ioga e massagens. O Spa dispõe ainda de um espaço para beber chás naturais, todos feitos com plantas vindas do Herbarium do Txai Saúde. Se tiver tempo deve também experimentar o Watsu (shiatsu dentro de água) – um tratamento de efeito profundo e grande potencial terapêutico. O terapeuta – normalmente Helena – faz movimentos leves, lentos e contínuos de alongamento, que aliviam o stress e a insónia. No fundo, um complemento perfeito para a sua estadia num lugar relaxante, descontraído, bonito e onde conforto e estilo de vida andam de mãos dadas. Helena, irmã de Vera, é responsável pelo Spa Txai Saúde. Apaixonada pela Índia e a sua cultura desde sempre, lia muito krishna, dançou durante muitos anos. Quando engravidou começou a praticar ioga "porque não podia dançar". E, a partir daí, ainda se interessou mais pelos ensinamentos indianos e pela meditação. Há 11 anos atrás resolveu ir à India. Esteve lá 50 dias e, quando voltou para S.Paulo, fez cursos de ioga, astrologia védica e medicina ayurvédica, dedicando 7 anos da sua vida a colher os seus ensinamentos. Um ano antes de abrir o Txai Saúde “deu-me um siricutico, enfiei a minha cachorrinha num saco, agarrei nas roupas, e fiz 1.700 km de carro até aqui. Aluguei uma casinha em Serra Grande, que é aqui perto. Hoje já me mudei para uma casa maior e tenciono continuar a viver por aqui. Dei aulas de ioga em Itacaré, e foi aí que comecei a escolher as meninas que vi terem perfil para trabalhar aqui. Assim escohli a minha equipe. Chamei a Alice, braço direito de Helena, e experiente em massagens ayurvédicas e thai, que veio de S. Paulo e me ajudou a montar tudo." ficha técnica Morada: Rodovia Ilhéus-Itacaré, km 48, Itacaré, Bahia Tel: 00.55.73-634 6936 Email: [email protected] Web Adress: www.txai.com.br Nº de quartos: 20 bangalows e 7 quartos (não têm televisão) Serviços: restaurante, biblioteca, piscina, spa, desportos Inclui: alojamento em regime de pensão completa Como chegar: O Txai fica antes de Itacaré, a 48 km de Ilhéus e tem transfer próprio desde o aeroporto de Ilhéus até ao resort.