Grupo Visabeira

Transcrição

Grupo Visabeira
Relatório de Rating
29 de Agosto de 2014
Grupo Visabeira
Rating de Emitente
BB+
Rating de Emissões
Médio e Longo Prazo
(BB+,
BB+ , com tendência estável)
estável)
Curto Prazo
(B , com tendência positiva)
positiva)
B
B
Curto Prazo
(B,, com tendência positiva)
(B
positiva)
(Ver detalhe na página 2)
Período
Perí odo Analisado
Metodologia
2009 a Abril 2014 e previsões para 2014 a
2018
Painel de Rating
Equipa de Análise
Emma-Jane Fulcher
Acting
Officer
Chief
Ratings
Henrique Murteira
Isabel Fernandes
Analista Chefe
Analista
Robson Sato
T. N. Arun Kumar
CARE Ratings
Chief General Manager
SR Rating
Technical Director
Metodologia de Empresas não Financeiras
da ARC Ratings (www.arcratings.com)
Henrique Murteira
Isabel Fernandes
Analista Chefe
Analista
Próximo FollowFollow-up
31 de Agosto de 2015 (Médio e Longo Prazo)
2 de Março de 2015 (Curto Prazo)
ARC Ratings, S.A.
1
Grupo Visabeira
Relatório de Rating
Visabeira S.G.P.S., S.A. (GRUPO VISABEIRA SGPS)
Rating de Emitente
BB+
Médio e Longo Prazo
(BB+,
BB+ , com tendência estável)
estável)
B
Grupo Visabeira SGPS
Rating de Emissões
B
Curto Prazo
(B , com tendência positiva)
positiva)
Grupo Visabeira SGPS
Emitentes
Validade
Grupo Visabeira SGPS
20 de Dezembro de 2016
Curto Prazo
(B , com tendência positiva)
positiva)
Papel Comercial – 27,5 M€
Notas::
M€ = Milhões de Euros
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ARC Ratings, S.A.
Grupo Visabeira
Relatório de Rating
DESCRIÇÃO DAS OPERAÇÕES SUJEITAS A RATING
1.
São sujeitas a rating as emissões de papel comercial a realizar pela Grupo Visabeira SGPS, S.A. (GRUPO
VISABEIRA SGPS) ao abrigo de um programa contratado em 18 de Dezembro de 2013, que entrou em vigor a 20 de
Dezembro de 2013, com montante nominal máximo de 27,5 milhões de euros (M€). As condições deste novo contrato
de papel comercial são objecto de análise no ponto 6.2..
É sujeita a rating a capacidade de cumprimento dos compromissos financeiros de curto prazo e de médio e longo
prazo da GRUPO VISABEIRA SGPS.
As notações e as tendências atribuídas pela ARC Ratings, S.A. (ARC Ratings) (redenominação da Companhia
Portuguesa de Rating, S.A.) aos compromissos financeiros referidos são válidas até ao vencimento dos mesmos, sendo
neste período necessário proceder a follow-ups semestrais para os compromissos de curto prazo, sendo o próximo
devido até 2 de Março de 2015, e a follow-ups anuais para os compromissos de médio e longo prazo, sendo o próximo
devido até 31 de Agosto de 2015.
2.
QUADRO INSTITUCIONAL
2.1.
PERFIL DO GRUPO
A GRUPO VISABEIRA SGPS tem sede em Viseu, Portugal, e foi constituída em 1989, após nove anos de expansão da
actividade do Grupo. O Grupo Visabeira iniciou a actividade na área da prestação de serviços para infra-estruturas de
operadores de telecomunicações, e da área da energia, e diversificou posteriormente a actividade para outras áreas.
Em termos organizacionais, as cerca de 80 principais participadas do Grupo estão agrupadas em 5 sub-holdings, por
área de negócio. Em 2013 o Grupo iniciou um processo de reorganização de participadas, através da fusão e
transferência da titularidade das acções.
Na generalidade a GRUPO VISABEIRA SGPS detém a maioria do capital das suas participadas, excepto no caso em que
resultaram de parcerias, nomeadamente com entidades locais de capitais públicos da área das telecomunicações,
assumindo a gestão das participadas, pelo que as consolida pelo método integral.
Em termos geográficos o Grupo está presente na Europa, particularmente em Portugal e em França, em África,
nomeadamente em Moçambique e em Angola, Brasil, Estados Unidos da América e Caraíbas.
Para além das participadas operacionais, o Grupo continua a deter:
−
acções representativas do capital social: da Portugal Telecom, S.G.P.S., S.A. (PORTUGAL TELECOM); da
EDP - Energias de Portugal, S.A. (EDP); da NOS SGPS, S.A., que resultou da redenominação em 20 de Junho
de 2014 da ZON OPTIMUS, SGPS, S.A. (ZON OPTIMUS, SGPS), adiante referida NOS SGPS; e do Banco Comercial
Português, S.A. (BCP);
ARC Ratings, S.A.
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Grupo Visabeira
Relatório de Rating
−
uma participação indirecta de 10,9% no Banco Único, em Moçambique, de cariz comercial estimando o Grupo que
atingisse o break-even até ao final de 2013; o investimento efectuado até ao momento é de 7 milhões de dólares
dos Estados Unidos da América (MUSD), existindo um acordo de pagamento, até Setembro de 2015, de mais
4,3 MUSD; encontra-se em curso um processo de venda de metade dessa participação.
2.2.
ESTRUTURA ACCIONISTA
O capital social da GRUPO VISABEIRA SGPS é de 115,1 M€. Os principais accionistas da empresa são o seu fundador e
Presidente, o Senhor Engenheiro Fernando Campos Nunes, que detém indirectamente uma participação de 78,26% (a
que correspondem 86,96% dos direitos de voto), e os seguintes investidores institucionais:
−
a Caixa Capital - Sociedade de Capital de Risco, S.A. (CAIXA CAPITAL), que detém 6,81% do capital social; e
−
a AICEP CAPITAL GLOBAL - Sociedade de Capital de Risco, S.A. (AICEP CAPITAL), em representação de fundos de
capital de risco, com uma participação de 4,38%.
Estes investidores institucionais são accionistas da GRUPO VISABEIRA SGPS desde 2005, tendo sido subscrito um
acordo parassocial entre eles e o Senhor Engenheiro Fernando Campos Nunes. Paralelamente foram subscritos acordos
relativos à opção de venda ao principal accionista da totalidade das acções de que forem titulares. Em Setembro
de 2013 um fundo de capital de risco gerido pela CAIXA CAPITAL deixou de ser accionista e passou a participar no
capital social da principal sub-holding a Visabeira Global, SGPS, S.A. (VISABEIRA GLOBAL SGPS) encontrando-se
estabelecidas condições para a saída deste capital (em limite até 2021).
Os prazos para exercício das opções de venda das acções representativas do capital social da GRUPO VISABEIRA SGPS
detidas pelos investidores institucionais são:
−
participação da CAIXA CAPITAL, 2,50% em 31 de Maio de 2015 e 4,31% em 31 de Maio de 2016; e
−
participação indirecta da AICEP CAPITAL, 0,85% em 30 de Outubro de 2014 e 3,53% em 30 de Outubro de 2017.
3.
ACTIVIDADE OPERACIONAL
Em 2013 o volume de negócios consolidado da GRUPO VISABEIRA SGPS aumentou 5,4%, face ao de 2012,
alcançando 562,9 M€. Considerando o mesmo perímetro e métodos de consolidação, esse aumento foi de 5,0%. A
expansão da actividade consolidada foi conseguida através do desenvolvimento da actividade internacional, de 21,6%,
que mais que compensou a quebra da actividade no mercado nacional, de 3,7%, em linha com o verificado no
exercício 2012. Assim, em termos homólogos, a contribuição da área internacional para o volume de negócios
consolidado aumentou em 5,6 pontos percentuais (pp), para 41,7% (a mais elevada de sempre). Na generalidade dos
mercados externos em que o Grupo está presente verificou-se uma expansão de actividade (excepto na Bélgica e em
Espanha), expressa em euros, com destaque para Angola e França que registaram crescimentos de 40,7% e de 15,9%
entre os exercícios em análise. Assim, aumentou a importância das participadas com actividade nestes países para o
volume de negócios consolidado em respectivamente 3,2 pp, para 12,5%, e 1,1 pp, para 11,7%. A contribuição das
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participadas com actividade em Moçambique aumentou, em 0,9 pp, para 14,4%. As participadas que desenvolvem
actividade nos restantes países contribuíram com 3,1% para o volume de negócios do Grupo de 2013.
O volume de negócios das participadas com actividade em Moçambique e em Angola, e o seu contributo para o
volume de negócios consolidado, ambos expressos em euros, continuaram a ser influenciados, para além do
desenvolvimento da economia e do sector onde as participadas estão inseridas, pela evolução, face ao euro, da moeda
em que se encontra, maioritariamente, denominado, respectivamente o metical (MZN) e o USD. Constitui uma
excepção o facto de a partir de 14 de Maio de 2011 o volume de negócios da TV Cabo Angola, Lda. (TV CABO
ANGOLA) ter passado a ser denominado em moeda local, o Kuanza (AOA). Em 2013, face a 2012, e com base em
câmbios médios, verificou-se, face ao euro, depreciação do USD em 3,3% e depreciação do MZN em 9,5%.
Na medida em que os custos operacionais dessas participadas continuam a ser denominados em moeda local, o
excedente bruto de exploração (EBITDA) e o resultado operacional (EBIT), e a sua contribuição para o consolidado,
ambos denominados em euros, foram influenciados pela evolução da cotação do MZN face ao euro, no caso das
participadas em Moçambique, e da cotação, face ao euro, do USD e do AOA, no caso das participadas em Angola
(com a excepção referida). Em 2013, face a 2012, e com base em câmbios médios, verificou-se, face ao euro,
depreciação do AOA, em cerca 3,6%.
O EBITDA da GRUPO VISABEIRA SGPS em termos consolidados, de natureza corrente, registou um aumento de 20,5%
entre os exercícios em análise, para 82,5 M€ em 2013. A actividade desenvolvida no mercado externo, a que estão
associados maiores riscos como o político e cambial acima referido, apresenta uma rendibilidade operacional superior
à actividade do mercado nacional. Com efeito, a contribuição das participadas que actuam no exterior para o EBITDA
consolidado de 2013 foi de 48,6% (-5,9 pp face à de 2012)). Esta contribuição proveio principalmente de Angola, que
representou 30,4% do consolidado (-1,4 pp face à de 2012), e de Moçambique, que concorreu com 18,5% (-3,1 pp face
à de 2012). A actividade desenvolvida em França contribuiu com 1,8% para esse indicador (-0,5 pp face à de 2012). A
menor contribuição da actividade desenvolvida no exterior para o EBITDA consolidado deveu-se principalmente à
descida da rendibilidade operacional, que foi mais expressiva em Angola (de -7,8 pp, para 35,8%) atendendo à fase de
expansão, num contexto em que se verificou uma melhoria de rendibilidade no mercado nacional.
No Quadro 3.1. é apresentada a contribuição das principais participadas para o volume de negócios consolidado por
área de negócio e país.
As participadas com actuação na área de negócio de Telecomunicações, Energia, Tecnologias e Construção
(Telecomunicações, Energia, Tecnologias e Construção) geraram 69,9% do volume de negócios e 61,0% do EBITDA do
Grupo de 2013, continuando a ser destacadamente a principal área. Face a 2012 verificou-se uma descida da
representatividade, de 2,4 pp para o volume de negócios e de 6,9 pp para o EBITDA.
Nas participadas que actuam em Portugal verificou-se uma redução da actividade (em 25,7 M€, para 207,9 M€), que foi
comum às principais participadas, num contexto de quebra de investimento por parte dos operadores das
infra-estruturas e do sector da construção. As empresas da PORTUGAL TELECOM e da NOS SGPS mantêm-se como os
ARC Ratings, S.A.
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Grupo Visabeira
Relatório de Rating
QUADRO 3.1.
GRUPO VISABEIRA SGPS, EM TERMOS CONSOLIDADOS - CONTRIBUIÇÃO DAS ÁREAS DE NEGÓCIO E PAÍSES PARA O VOLUME DE NEGÓCIOS (%)
VOLUME DE NEGÓCIOS CONSOLIDADO EM M€
TELECOMUNICAÇÕES, ENERGIA, TECNOLOGIAS E CONSTRUÇÃO
Portugal
Visabeira Global, SGPS, S.A. (1)
Viatel, Tecnologia de Comunicações, S.A.
2010
2011
2012
2013
509,7
522,7
534,0
562,9
69,1
71,6
72,3
72,3
69,9
47,2
49,0
49,1
43,8
36,9
0,0
0,0
0,0
0,1
0,0
24,3
24,5
29,3
24,4
20,4
Fibroglobal - Comunicações Electrónicas, S.A.
n.a.
0,0
0,0
0,0
0,4
Edivisa, Empresa de Construções, S.A.
7,8
8,4
4,5
5,5
3,9
Visabeira, Sociedade Técnica de Obras e Projectos, Lda.
8,7
7,3
8,3
7,2
5,7
Visacasa, Serviços de Assistência e Manutenção Global, S.A.
0,4
0,4
0,4
0,5
0,6
Visabeira Digital, Sistemas de Informação e Multimédia, S.A. (5)
0,1
0,1
0,0
0,0
n.a.
Real Life - Tecnologias de Informação, S.A.
2,7
4,5
2,9
2,8
2,7
Domingos da Silva Teixeira / Visabeira, ACE
n.a.
0,0
0,0
0,0
0,0
Naturenergia - Agro-Energias, S.A.
n.a.
n.a.
0,0
0,0
0,3
PDT, Projectos de Telecomunicações, S.A. (2)
3,2
3,7
3,6
3,3
3,0
7,1
6,6
6,5
9,1
10,0
Televisa, Sociedade Técnica de Obras e Projectos, Lda.
2,5
2,1
1,6
3,4
4,1
TV Cabo Moçambique, Comunicações Multimedia, Lda.
2,1
2,2
2,5
2,7
2,8
Sogitel, Sociedade de Gestão Imobiliária, Lda.
0,0
0,3
0,5
0,3
0,2
HidroÁfrica, Comércio e Indústria, SARL
0,6
0,6
0,2
1,0
0,6
Electroctec, S.A.
1,9
1,4
1,6
1,2
1,6
Vibeiras Moçambique, S.A.
0,0
0,0
0,0
0,1
0,1
Visaqua - Gestão de Infra-Estruturas e Serviços Ambientais, S.A.
0,0
0,0
0,0
0,0
0,2
Selfenergy Moçambique, S.A
0,0
0,0
0,1
0,3
0,2
Real Life Moçambique
n.a.
0,0
0,0
0,1
0,2
Real Life Academy
n.a.
0,0
0,0
0,0
0,0
6,3
6,3
6,3
7,6
9,9
Comatel, Construção e Manutenção de Sistemas de Telecomunicações, Lda.
2,6
1,9
1,6
1,5
1,8
TV Cabo Angola, Lda.
3,6
4,4
4,6
6,0
7,9
Edivisa, Empresa de Construção, Lda.
0,0
0,0
0,1
0,1
0,2
7,9
9,1
9,6
10,6
11,7
Constructel Construções e Telecomunicações, SARL
7,4
8,4
9,0
10,0
11,3
Gatel, SAS
0,5
0,6
0,6
0,7
0,4
Outros Países
0,7
0,7
0,8
1,2
1,4
Constructel – Constructions et Telecommunications Belgique
0,7
0,7
0,8
1,1
1,0
Telesp Telecomunicações, Electricidade e Gás de Espanha, S.A.
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Constructel GMBH
n.a.
n.a.
n.a.
0,0
0,4
Constructel Republica Dominicana
n.a.
n.a.
0,0
0,0
0,0
Constructel Sweden AB
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
0,0
INDÚSTRIA
16,8
17,9
17,9
18,5
19,2
Portugal
15,0
16,7
17,1
15,6
16,4
Visabeira Indústria, SGPS, S.A.
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
MOB, Indústria de Mobiliário, S.A.
1,2
1,1
0,6
0,6
0,6
Cerutil, Cerâmicas Utilitárias, S.A.
1,3
1,1
1,0
1,1
1,1
Ambitermo - Engenharia e Equipamentos Térmicos, S.A.
2,7
1,6
1,9
2,0
2,9
Pinewells, S.A.
0,2
1,8
2,2
2,4
3,0
Granbeira, Sociedade de Exploração e Comércio de Granito, S.A.
1,2
0,8
0,6
0,4
0,2
Faianças Artisticas Bordalo Pinheiro, Lda.
0,3
0,4
0,5
0,4
0,5
VAA – Vista Alegre Atlantis, SGPS, S.A. - consolidado
8,1
9,8
10,3
8,7
8,0
Moçambique
Angola
França
Moçambique
0,4
0,2
0,1
0,6
0,4
Marmonte, Mármores de Moçambique, SARL
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Celmoque, Cabos de Energia e Telecomunicações de Moçambique, SARL
0,3
0,2
0,1
0,6
0,4
Vista Alegre Atlantis Moçambique, Lda.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
0,1
1,5
1,1
0,8
0,9
0,8
Angola
Visaconstroi - Construção e Gestão Imobiliária, Lda.
0,9
0,5
0,2
0,3
0,3
Álamo, Indústria de Desenvolvimento Florestal, Lda. (Luanda)
0,6
0,5
0,6
0,5
0,5
Tubangol, Indústria Angolana de Tubos, Lda.
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
0,0
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
0,0
0,0
0,0
0,0
1,4
1,6
VAA Brasil - Comércio, Importação e Exportação S.A.
n.a.
n.a.
n.a.
0,3
0,5
Vista Alegre USA Corporation
n.a.
n.a.
n.a.
0,0
0,1
Vista Alegre Atlantis UK LTD
n.a.
n.a.
n.a.
0,0
0,0
VA - Vista Alegre Atlantis España, S.A.
n.a.
n.a.
n.a.
1,1
1,0
França
MOB Cuisines
Outros Países
6/36
2009
465,2
ARC Ratings, S.A.
Grupo Visabeira
Relatório de Rating
QUADRO 3.1. (cont.)
GRUPO VISABEIRA SGPS, EM TERMOS CONSOLIDADOS - CONTRIBUIÇÃO DAS ÁREAS DE NEGÓCIO E PAÍSES PARA O VOLUME DE NEGÓCIOS (%)
2009
2010
2011
2012
2013
1,5
1,1
0,7
0,6
1,9
1,0
0,7
0,2
0,2
1,3
Visabeira Imobiliária, S.A.
1,0
0,7
0,2
0,1
1,0
Ifervisa, Desenvolvimento e Promoção Imobiliária, S.A.
n.a.
n.a.
n.a.
0,0
0,3
0,5
0,5
0,5
0,5
0,6
0,5
0,5
0,5
0,5
0,6
TURISMO
6,9
6,4
6,4
6,3
5,8
Portugal
5,0
4,8
4,6
4,1
3,7
Visabeira Turismo, SGPS, S.A.
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Empreendimentos Turísticos Montebelo, Soc. de Turismo e Recreio, S.A.
1,2
1,3
1,4
1,3
1,2
Movida Empreendimentos Turísticos, S.A.
2,7
2,6
2,4
2,1
1,8
Prato Convivas - Sociedade Hoteleira Lda.
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
Ródia Sociedade Beiraltina de Turismo e Diversões, S.A.
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
Zambeze - Restauração,S.A.
n.a.
n.a.
n.a.
0,0
0,1
Mundicor, Viagens e Turismo, S.A.
0,3
0,3
0,2
0,2
0,1
1,5
1,6
1,8
2,2
2,1
1,5
1,6
1,8
2,2
2,1
0,3
0,0
0,0
0,0
0,0
Convisa Turismo, Lda. (CONVISA TURISMO)
0,3
0,0
0,0
0,0
0,0
COMÉRCIO, SERVIÇOS, SAÚDE E INVESTIMENTOS
5,7
2,9
2,7
2,3
3,2
2,8
1,2
0,6
0,3
0,1
Visabeira Participações Financeiras, SGPS, S.A.
0,0
0,0
0,1
0,0
0,0
Benetrónica, International Commerce, Importação e Exportação, S.A.
2,2
0,6
0,1
0,1
0,0
Visabeira Pro - Gestão de Serviços Partilhados, S.A. (4) (5)
0,1
0,1
0,0
0,1
n.a.
0,1
IMOBILIÁRIA
Portugal
Moçambique
Imovisa, Imobiliária de Moçambique, Lda.
Moçambique
Turvisa, Empreendimentos Turísticos, Lda.
Angola
Portugal
Digispirit - Gestão e Exploração de Eespaços Comerciais, Lda.
0,2
0,1
0,1
0,1
Iutel - Info Comunicações, S.A.
0,1
0,0
0,1
0,1
0,1
Joafil - AcessóriosAutomóveis, Lda. (6)
0,3
0,2
0,2
0,1
n.a.
Predibeira - Compra e Venda de Propriedades, Lda.
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Visabeira Estudos e Investimentos, S.A.
0,0
0,1
0,0
0,0
(0,1)
Visabeira Saúde - Serviços de Saúde, S.A.
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,9
0,8
0,9
1,1
1,3
Visabeira Moçambique, SARL
0,0
0,0
0,0
0,0
0,1
Mercury Comercial, Lda. (Maputo)
0,2
0,2
0,3
0,4
0,4
Imensis - Sociedade de Gestão de Empreendimentos Imobiliários, Lda.
0,4
0,4
0,5
0,5
0,5
Combustíveis do Songo
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
0,2
Autovisa, Serviços Auto, SARL
0,3
0,1
0,1
0,1
0,1
2,0
1,0
1,2
0,7
1,8
Visasecil Prestação de Serviços, S.A.
1,1
0,7
0,0
0,0
0,0
Mercury Comercial, Lda. (Luanda)
0,8
0,3
0,2
0,1
0,1
Catari Angola, Lda.
n.a.
n.a.
0,1
0,0
0,2
Visatur - Empreendimentos Turísticos, Lda.
n.a.
n.a.
0,2
0,0
0,0
Visauto Reparações Auto, Lda.
0,0
0,0
0,7
0,6
1,5
0,0
0,0
0,0
0,1
0,1
n.a.
n.a.
n.a.
0,1
0,1
Moçambique
Angola
Outros Países
Mercury South Africa
Notas:
Valores arredondados.
n.a. = não aplicável.
(1) Anteriormente designada Visabeira Telecomunicações e Construção, SGPS, S.A.
(2) Anteriormente designada PTC, Projectos de Telecomunicações, S.A.
(3) Até 2011, a partir de 2012 não inclui as participadas na área internacional.
(4) Anteriormente designada Ciclorama, Estudos, Projectos e Produções, Lda..
(5) Fundida em 2013 na Visabeira Estudos e Investimentos, S.A
(6) Fundida em 2013 na Benetrónica, International Commerce, Importação e Exportação, S.A.
Fonte:
Relatórios e Contas, e informação adicional, da GRUPO VISABEIRA SGPS.
principais clientes, sendo a prestação de serviços realizada ao abrigo dos contratos plurianuais (actualmente válidos até
2016 e 2015, respectivamente), detendo o Grupo uma boa avaliação da qualidade de serviço. Algumas participadas na
área das tecnologias de informação e comunicação e na construção, face ao contexto do mercado nacional, apostam
na internacionalização. Na área de infra-estruturas de electricidade o principal cliente mantém-se a EDP, sendo o
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Grupo Visabeira
Relatório de Rating
contrato plurianual válido até ao final de 2014. Na área das infra-estruturas de gás existe diversificação de clientes.
Na área internacional verificou-se uma expansão da actividade nesta área de negócio. Este desenvolvimento foi mais
notório em Angola, cuja contribuição para o volume de negócios consolidado aumentou, em 2,3 pp, para 9,9% em
2013. A maior relevância deveu-se principalmente à subida da contribuição da TV CABO ANGOLA, para 7,9%, que se
dedica à distribuição de sinal de televisão e de internet e, desde Julho de 2013, à prestação do serviço de telefone fixo
(pioneira no triple play). A empresa tem mantido uma política de investimento contínua com financiamento pelo Banco
Europeu de Investimento (BEI) e bancos locais. Neste mercado, na área da prestação de serviços destacam-se a Angola
Telecom – EP, como principal cliente nas telecomunicações, e clientes institucionais, na área da electricidade. As
participadas com actividade em Moçambique contribuíram com 10,0% (+0,9 pp em termos homólogos) para o volume
de negócios consolidado de 2013. Neste país, para além da prestação de serviços, nomeadamente à
Telecomunicações de Moçambique S.A.R.L. (ao abrigo de contrato bianual válido até ao final de 2014), o Grupo
disponibiliza, através da TV Cabo Moçambique, Comunicações Multimedia, Lda. (TV CABO MOÇAMBIQUE), um
serviço de distribuição de sinal de televisão por cabo e serviços de internet, que tem sido uma área de investimento,
incluindo na expansão geográfica. As participadas com actividade em França contribuíram com 11,7% para o volume
de negócios consolidado de 2013 (+0,9 pp em termos homólogos). Neste mercado a principal participada é a
Constructel Construções e Telecomunicações, SARL, que presta serviços no sector das telecomunicações,
nomeadamente para a France Telecom, S.A. ao abrigo de contratos válidos até 2015, cuja contribuição foi de 11,3%
para esse volume de negócios. A crescente importância da área internacional foi determinante para a melhoria da
rendibilidade desta área de negócio, em 0,8 pp, para 12,8% em 2013, considerando o indicador EBITDA sobre o
volume de negócios.
A área de negócio Indústria contribuiu com 19,2% (a mais significativa de sempre) para o volume de negócios
consolidado de 2013 e com 11,0% para o EBITDA consolidado do exercício, o que representa crescimentos face a
2012
de
0,7
pp
em
ambos
os
indicadores.
As
participadas
com
sede
em
Portugal,
em
que
a
exportação / internacionalização é um veículo de crescimento, são as mais relevantes do sector. Em termos de
importância para o volume de negócios salienta-se a VAA – Vista Alegre Atlantis, SGPS, S.A. (VAA SGPS) e suas
participadas (Grupo VAA), com uma contribuição de 9,7%, embora a sua contribuição para o EBITDA do Grupo tivesse
sido menos expressiva, de 1,9%. Assim, o desenvolvimento da Ambitermo - Engenharia e Equipamentos Térmicos, S.A.
e da Pinewells, S.A.. foi determinante para a melhoria da rendibilidade da área de negócio, em 1,3 pp, para 8,4%.
A área de negócio Turismo, desenvolvida em Portugal e em Moçambique, contribuiu com 5,8% para o volume de
negócios consolidado e com 15,6% para o EBITDA do Grupo de 2013, -0,5 pp e -3,5 pp respectivamente em termos
homólogos. A rendibilidade da actividade desta área de negócio registou uma melhoria, em 0,6 pp, para 39,4%. De
entre as participadas desta área de negócio destaca-se a Movida - Empreendimentos Turísticos, S.A. (MOVIDA) que
explora o Palácio do Gelo Século XXI, em Viseu, sendo a taxa de ocupação dos seus espaços comerciais de 84% no
final de 2013. Pela natureza da actividade, distinta da exploração hoteleira das restantes principais participadas, a
rendibilidade da MOVIDA é a mais elevada sendo a empresa responsável pela geração de 9,7% do EBITDA do Grupo.
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Grupo Visabeira
Relatório de Rating
A área de negócio do Comércio, Serviços, Saúde e Investimentos, desenvolvida em Angola, Moçambique e Portugal,
contribuiu com 3,2% para o volume de negócios consolidado e com 8,6% para o EBITDA do Grupo de 2013, +0,9 pp e
+3,0 pp respectivamente face a 2012. Assim, verificou-se uma melhoria de rendibilidade do volume de negócios, em
8,2 pp, para 40,0%.
A área de negócio Imobiliária, através das participadas a actuar no mercado nacional e em Moçambique, contribuiu
com 1,9% para o volume de negócios consolidado e com 3,7% para o EBITDA do Grupo de 2013, +1,3 pp e +6,7 pp
face a 2012. O principal contributo teve origem na Visabeira Imobiliária, S.A. (VISABEIRA IMOBILIÁRIA), a actuar em
Portugal onde o mercado atravessa uma fase difícil influenciado pela conjuntura económica desfavorável. No final de
2013 o saldo de inventários das participadas desta área de negócio ascendia a 88,5 M€, com destaque para o dessa
participada (composto principalmente por imóveis residenciais e lojas comerciais) e o da Ifervisa - Sociedade de
Promoção e Desenvolvimento Imobiliário, S.A. (de que se evidencia o projecto imobiliário da estação ferroviária de
Aveiro, em Portugal, valorizado por 14,8 M€). Em face da manutenção das dificuldades de alienação dos imóveis e com
vista à sua rentabilização estas participadas optaram também pelo arrendamento.
4.
INVESTIMENTOS FINANCEIROS
No Quadro 4.1. são apresentados os dados relativos às participações do Grupo no capital social da PORTUGAL
TELECOM, da NOS SGPS, da EDP e do BCP.
QUADRO 4.1.
PRINCIPAIS INVESTIMENTOS FINANCEIROS DO GRUPO VISABEIRA
Dados da Participação a a 31/12/2013
Valor Investido
Sector de Actividade
Número de
Acções
% de
Participação*
Total
(em m€ )
Dividendos brutos atribuídos ao
GRUPO VISABEIRA
(em m€)
Valor de Mercado
Por Acção
(em € )
Total
(em m€ )
Por Acção
(em € )
2009
2010
2011
2012
2013
7 684
PORTUGAL TELECOM (1)
Telecomunicações
23 642 885
2,64
212 486
8,99
74 712
3,16
13 595
37 238
30 736
15 368
NOS SGPS (2)
Telecomunicações
6 998 135
1,36
74 110
10,59
37 790
5,40
1 120
1 120
1 120
1 120
840
EDP
Energia
16 275 462
0,45
67 904
4,17
43 455
2,67
5 203
5 760
6 317
6 858
3 011
3 945 767
0,08
4 156
1,05
657
0,17
24
27
0
0
0
-
-
358 657
-
156 614
-
19 941
44 144
38 173
23 345
11 535
BCP
Banca
Total
-
Notas:
Podem existir pequenas diferenças decorrentes de arredondamentos.
* Calculada mediante a anulação das acções próprias, sempre que aplicável.
(1) O valor investido pelo GRUPO VISABEIRA em acções da PORTUGAL TELECOM está deduzido do valor atribuído às acções recebidas da ZON MULTIMÉDIA – Serviços de Telecomunicações e
Multimédia, SGPS, S.A. no spin-off da PORTUGAL TELECOM.
(2) Redenominação da ZON OPTIMUS em Junho de 2014.
Fontes:
Relatórios e Contas e informação adicional da GRUPO VISABEIRA SGPS.
Relatórios e Contas e informação adicional publicada pelas respectivas participadas.
Em 2013 foram atribuídos ao Grupo 11,5 M€ de dividendos brutos, -50,6% face aos dividendos ordinários recebidos
em 2012 (em 2011 os dividendos brutos atribuídos foram de 38,2 M€, dos quais 15,4 M€ foram extraordinários). A
partir de 2011 os dividendos recebidos pelo Grupo ficaram sujeitos a tributação.
No primeiro trimestre de 2013 o Grupo alienou 20 305 833 acções representativas do capital social da EDP no âmbito
da renegociação da dívida contratada para a aquisição das acções em carteira, o que permitiu amortizar 49,75 M€ da
mesma nesse período. Após esta alienação o Grupo continuou a deter acções, que se encontravam registadas pelo seu
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Relatório de Rating
valor de mercado, que são principalmente representativas do capital das seguintes entidades:
−
PORTUGAL TELECOM, correspondentes a uma participação de 2,64%, que é maior operador português de
telecomunicações, com presença internacional sobretudo no Brasil e em África; atendendo à importância do
mercado brasileiro encontra-se em curso um processo de fusão entre a PORTUGAL TELECOM e a OI, S.A.; no final
de 2013, considerando a cotação de fecho, o valor de mercado destas acções era de 74,7 M€; em Maio de 2014 o
Grupo recebeu um valor bruto de dividendo sobre o resultado líquido de 2013 de 2,4 M€ (-5,3 M€ face ao do
dividendo sobre o resultado líquido de 2012); o não reembolso, em Julho de 2014, pela Rio Forte Investments, SA
de aplicações de tesouraria subscritas pelo Grupo PORTUGAL TELECOM conduziu a quebra significativa da
cotação das acções da PORTUGAL TELECOM, sendo que no período já decorrido de 2014 até 15 de Agosto
apresentou desvalorização que ascendeu a 56,4%;
−
NOS SGPS, correspondentes a uma participação de 1,36%; esta entidade teve origem na fusão, em Agosto de
2013, entre dois operadores de telecomunicações nacionais, a ZON MULTIMÉDIA – Serviços de Telecomunicações
e Multimédia, SGPS, S.A. (ZON MULTIMÉDIA), e a Optimus SGPS, S.A., e tem também presença em África; no final
de 2013, considerando a cotação de fecho, o valor de mercado destas acções era de 37,8 M€; no período já
decorrido de 2014 até 15 de Agosto esta cotação apresentou desvalorização de 24,8%;
−
EDP, correspondentes a uma participação de 0,45%, que se mantém como empresa líder no mercado nacional de
produção, distribuição e comercialização de electricidade, tendo também presença internacional significativa,
nomeadamente em Espanha, no Brasil e nos EUA; no final de 2013, considerando a cotação de fecho, o valor de
mercado destas acções era de 43,5 M€; no período já decorrido de 2014 até 15 de Agosto esta cotação apresentou
valorização de 27,5%.
O Grupo pretende alienar o conjunto destas participações a médio e longo prazo.
Adicionalmente aos investimentos financeiros referidos o Grupo mantém uma participação financeira de 19% no capital
social da Fractalnema, S.A. (FRACTALNEMA), sendo o restante capital detido pelo seu accionista principal. No final de
2013 o valor de registo desta participação era de 5,5 M€. A FRACTALNEMA detém a totalidade das unidades de
participação do FIMMO - Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado. No final de 2013 o valor líquido global
deste fundo ascendia a 20,2 M€.
5.
ORGANIZAÇÃO DA GESTÃO E RECURSOS HUMANOS
O número médio de trabalhadores do Grupo de 2013 foi de 8 099, +14,3% face ao de 2012 (equivalente a mais
1 014 trabalhadores). Este aumento foi superior ao apresentando pelo volume de negócios consolidado, o que decorre
do tipo de actividade que é desenvolvida e da opção pelo menor recurso a subcontratação, particularmente nas
participadas no exterior. Estas participadas passaram a representar 53,1% do número médio de trabalhadores do
Grupo no período em análise (+5,7 pp face ao de 2012).
Ao nível da estrutura do Grupo foi iniciada em 2013, como referido, a fusão de participadas com vista à racionalização
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Relatório de Rating
de custos, processo que o Grupo continua em 2014 e pretende continuar em 2015.
6.
ANÁLISE ECONÓMICO–FINANCEIRA
As contas utilizadas na presente análise são as contas da GRUPO VISABEIRA SGPS, em termos consolidados,
apresentadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) relativas ao período de 2009 a 2013,
tendo as de 2011 sido reapresentadas em 2012. Esta reapresentação de contas espelha o valor da marca VAA em
termos brutos, correspondente ao seu justo valor apurado na data da aquisição do Grupo VAA, em Maio de 2009, de
77,5 M€, o qual foi apresentado no final de 2011 em termos líquidos de impostos diferidos passivos, de 19,3 M€, e
com impostos diferidos activos associados decorrentes de prejuízos fiscais de 1,9 M€ (que foram perdidos em 2012),
por 60,0 M€. No final de 2013 o Grupo manteve o valor da marca em termos brutos em 77,5 M€. É também
apresentado o Plano quinquenal para o período de 2014 a 2018 da GRUPO VISABEIRA SGPS, em termos consolidados,
preparado de acordo com as IFRS, que foi elaborado em Maio de 2014 com base nas contas de 2013.
As contas consolidadas em análise foram preparadas no pressuposto de continuidade das operações, sendo respeitado
o princípio do custo histórico, excepto nos seguintes casos, os quais foram mensurados ao justo valor:
−
as propriedades de investimento, que incluem no final de 2013: os espaços comerciais do Palácio do Gelo
Século XXI, de 158,4 M€; o Aldeamento Turístico e Golfe Montebelo Resort, de 60,5 M€; os terrenos e edifícios do
Grupo VAA não utilizados no decurso ordinário dos seus negócios e destinados a venda, de 22,0 M€; um
empreendimento da Visabeira Moçambique, Lda (VISABEIRA MOÇAMBIQUE), de 5,2 M€; e um edifício da MOB,
Indústria de Mobiliário, S.A. e os apartamentos arrendados pela VISABEIRA IMOBILIÁRIA de respectivamente
2,3 M€ e 0,2 M€; o justo valor da totalidade destas propriedades de investimento era superior em 3,6 M€ ao de
final de 2012 em resultado principalmente da consideração pela primeira vez do justo valor do empreendimento da
VISABEIRA MOÇAMBIQUE e da transferência de 2,3 M€ dos terrenos e edifícios do Grupo VAA para activo fixo
tangível destinados ao desenvolvimento de um projecto turístico em Ílhavo; recorde-se que em 2012 a redução do
justo valor das propriedades de investimento foi de 1,9 M€;
−
os derivados, referentes a contratos de swap de taxa de juro em vigor no final de 2013 (os quais já se encontravam
em vigor no final de 2012) – ver adiante;
−
os investimentos detidos para venda, referentes aos investimentos financeiros em participações detidas no capital
social da PORTUGAL TELECOM, da NOS SGPS e da EDP, e investimentos detidos para negociação, relativos à
participação detida no capital social do BCP;
−
a marca VAA com um valor bruto de 77,5 M€, impostos diferidos passivos de 19,3 M€ e impostos diferidos activos
de 1,9 M€.
O perímetro de consolidação das contas da GRUPO VISABEIRA SGPS de 2013 foi alterado, face ao de 2012, em
resultado da constituição de participadas, com impacto no volume de negócios consolidado do período em análise de
1,5 M€. Adicionalmente, verificou-se uma alteração de critério de consolidação da IFERVISA, que passou a ser
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Relatório de Rating
consolidada pelo método integral em vez de proporcional a 50,0%, com impacto de 0,8 M€ no volume de negócios
consolidado de 2013.
São de referir os seguintes aspectos na preparação das demonstrações financeiras do período em análise:
−
no final de 2013 o Grupo considerou que existia imparidade nas acções detidas representativas do capital social da
PORTUGAL TELECOM, atendendo ao disposto pela International Accounting Standard (IAS) 39 e à desvalorização
prolongada ou de valor significativo do justo valor dessas acções, pelo que registou directamente em resultados a
desvalorização destas acções verificada em 2013, de 13,9 M€; em sentido contrário neste período verificaram-se
valorizações das acções detidas representativas do capital social da actual NOS SGPS, de 17,0 M€, e da EDP, de
6,2 M€ que foram registadas nas respectivas reservas de justo valor em capitais próprios (no caso da NOS SGPS em
termos líquidos de imposto sobre o rendimento), e do BCP, de 0,4 M€ que foi registada em resultados; desta
forma, em 2013 foram registadas directamente em resultados perdas por imparidade, em termos líquidos, de
13,5 M€; este valor compara com 20,2 M€ de perdas por imparidade na carteira de acções detida pelo Grupo que
foram registadas em 2012 (respeitantes à totalidade da desvalorização verificada no período);
−
o reconhecimento em rendimentos financeiros do valor bruto de dividendos recebidos da PORTUGAL TELECOM,
da ZON MULTIMÉDIA, e da EDP, referidos no ponto 4., de 11,5 M€; em 2012 o valor destes dividendos ascendeu a
23,3 M€;
−
o reconhecimento de mais valia de 2,2 M€ na alienação de acções representativas do capital social da EDP;
−
em 2012 foi registado um rendimento financeiro de 1,8 M€ relativo à variação do justo valor de um dos swaps de
taxa de juro em vigor no final de 2011; a detenção destes instrumentos não teve impacto no período em análise;
−
a constituição de provisões e ajustamentos, em termos líquidos de reversões, de 1,7 M€; em 2012 o valor de
provisões e ajustamentos constituídas foi de 2,6 M€, enquanto que o valor de reversões de provisões e
ajustamentos ascendeu a 11,6 M€ (de que se destacaram 6,5 M€, constituídas em 2011, na sequência do
recebimento no final de 2012 de um valor significativo de um dos principais clientes de Angola e 5,0 M€
decorrentes da recuperação de créditos considerados incobráveis no passado);
−
o apuramento de um valor de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) diferido de -5,9 M€,
decorrente principalmente de prejuízos fiscais de -6,0 M€ relacionado com o desreconhecimento de impostos
diferidos activos associados a prejuízos fiscais por não ser provável a sua utilização antes dos respectivos prazos de
expiração, face ao registo de 3,0 M€ em 2012, incluindo 5,1 M€ de prejuízos fiscais;
−
o reforço de acções próprias, em 16,4 M€, no âmbito da operação de entrada do fundo de capital de risco gerido
pela CAIXA CAPITAL no capital social da VISABEIRA GLOBAL SGPS, para 32,7 M€ no final de 2013.
Para efeitos da análise económico-financeira que se segue, a ARC Ratings efectuou reclassificações às contas de 2009 a
2013, nomeadamente da área operacional para resultados não recorrentes relacionadas principalmente com variações
de justo valor das propriedades de investimento, imparidades e badwill. Foi também efectuada em exercícios
anteriores a reclassificação de dívida financeira a médio e longo prazo para dívida financeira a curto prazo, a qual não
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Grupo Visabeira
Relatório de Rating
foi exigida a curto prazo.
6.1.
CAPACIDADE DE GERAÇÃO DE FUNDOS
O exercício de 2013 caracterizou-se por uma expansão do volume de negócios consolidado, de 5,4% face ao de 2012,
para 562,8 M€. Este desenvolvimento de actividade, o mais elevado do último triénio, foi equivalente a 28,9 M€ e foi
determinado principalmente por crescimento orgânico, de 26,6 M€. Para este valor concorreram particularmente as
participadas da área de negócio Indústria, com 9,3 M€, da área de negócio Telecomunicações, Energia, Tecnologias e
Construção, de 7,4 M€, fruto da expansão da actividade internacional que mais que compensou a quebra da actividade
em Portugal, e da Imobiliária, de 6,6 M€, nomeadamente de Portugal. Na área de negócio Comércio, Serviços, Saúde
e Investimentos a expansão foi de 4,4 M€ enquanto na área do Turismo se verificou uma quebra de contribuição, em
1,0 M€, entre os exercícios em análise.
O EBITDA do Grupo, de natureza corrente, fixou-se em 82,5 M€ em 2013, mais 20,5% face ao de 2012. É de salientar
que o Grupo conseguiu um aumento do EBITDA na actividade desenvolvida em Portugal e na área internacional. Na
medida em que este aumento foi mais expressivo em Portugal verificou-se um maior contributo desta actividade para o
consolidado, em 5,9 pp para 51,4%. Assim, a contribuição da área internacional para o EBITDA do Grupo, de natureza
corrente, foi de 48,6%, dos quais 30,4% das participadas que desenvolvem actividade em Angola (com destaque para
a TV CABO ANGOLA) 18,5% das a operar em Moçambique, como referido no ponto 3..
Num contexto de aumento de actividade, que resultou do facto da expansão da área internacional (de 21,6%) ter mais
que compensado a ligeira quebra de actividade em Portugal (de 3,7%), verificou-se uma melhoria de rendibilidade do
Grupo considerando o rácio EBITDA sobre o volume de negócios, em 1,9 pp, para 14,7% em 2013. Este aumento
reflecte uma menor diferença entre a rendibilidade da actividade desenvolvida em Portugal, que aumentou, em 3,8 pp,
para 12,9%, e no exterior, que registou um decréscimo, em 2,3 pp, para 17,1%. Atendendo à natureza de actividade, e
ao risco país em que é desenvolvida, a rendibilidade é substancialmente mais alta em Angola (de 35,8%, -7,8 pp face a
2012 em reflexo da fase de expansão) do que em França (de 2,3%, -0,4 pp em termos homólogos), tendo-se situado
em 18,8% em Moçambique (-1,7 pp em termos homólogos). A análise dos custos operacionais, e do seu peso no
volume de negócios, indica que a melhoria da rendibilidade da actividade do Grupo a partir do EBITDA foi conseguida
principalmente através da descida do peso do custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas e,
particularmente, da redução do peso dos fornecimentos e serviços externos, que foram parcialmente compensadas
pelo aumento do peso dos gastos com pessoal para 20,2% (aproximando-se do dos subcontratos).
O resultado operacional do Grupo foi de 58,3 M€ em 2013, mais 22,9% face ao de 2012. Este aumento permitiu uma
melhoria da rendibilidade operacional do volume de negócios, em 1,5 pp, para 10,4%. Esta melhoria foi inferior à
anteriormente analisada em resultado do aumento do peso das amortizações de activos fixos tangíveis e intangíveis do
Grupo no volume de negócios, em 0,4 pp, fruto do investimento realizado que não atingiu ainda a fase cruzeiro da
actividade, e da menor relevância de rendimentos e gastos relativos à equivalência patrimonial em 2013. O peso das
provisões e ajustamentos (constituição em termos líquidos de reversão) no volume de negócios, baixou entre os
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Relatório de Rating
exercícios em análise, em 0,2 pp, para 0,3% em 2013.
QUADRO 6.1.1.
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE RESULTADOS DA GRUPO VISABEIRA SGPS (MILHARES DE EUROS)
2009
2010
2011 (*)
2012
2013
2014 (P)
2015 (P)
2016 (P)
2017 (P)
2018 (P)
VOLUME DE NEGÓCIOS
465 196
509 593
522 604
533 873
562 779
628 759
686 605
741 149
776 094
804 171
Gastos Variáveis
345 254
381 769
371 533
363 956
372 995
417 070
458 348
496 194
519 938
538 368
Custo Merc. Vend. e Mat. Cons.
133 013
136 100
150 734
155 174
160 700
184 747
194 616
205 236
213 100
221 549
Fornecimentos e Serviços Externos
212 241
245 669
220 799
208 782
212 295
232 323
263 733
290 958
306 838
316 819
119 942
127 824
151 071
169 917
189 784
211 689
228 256
244 955
256 156
265 804
Rendimentos Operacionais Diversos
21 718
28 983
12 324
7 003
12 293
13 019
13 488
13 647
13 698
14 352
Trabalhos Para a Própria Entidade
13 817
18 799
2 314
3 279
3 877
2 571
2 606
2 716
2 862
3 019
1 838
4 152
4 360
3 487
8 023
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
170
829
1 611
237
239
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
MARGEM DE CONTRIB. BRUTA
Rendimentos Suplementares
Subsídios à Exploração
Outros Rendimentos e Ganhos Operacionais
MARGEM DE CONT. OPERACIONAL
Gastos Operac. Fixos
5 893
5 203
4 038
0
153
10 448
10 883
10 931
10 836
11 333
141 660
156 807
163 395
176 920
202 077
224 708
241 745
258 603
269 854
280 156
85 771
96 020
97 935
108 457
119 565
128 486
132 627
138 124
142 465
145 868
80 565
91 503
94 876
104 588
113 550
123 527
127 572
132 748
136 751
139 888
Impostos
2 857
3 568
2 436
2 886
3 441
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
Outros Gastos Operacionais
2 350
948
623
983
2 574
4 959
5 055
5 376
5 714
5 980
Gastos com o Pessoal
EXCEDENTE BRUTO DE EXPLORAÇÃO (EBITDA (a))
55 888
60 788
65 460
68 462
82 512
96 223
109 118
120 479
127 389
134 288
Amort. de Act. Fixos Tang. e Intangíveis
16 817
16 835
18 387
19 542
22 934
30 009
32 253
35 264
35 508
35 931
(350)
2 725
947
2 526
1 673
259
0
0
0
0
(0)
89
0
0
(0)
0
0
0
0
0
Provisões
Imparidade e Variação de Justo Valor
Rendimentos e Gastos Relativos a Equivalência Patrimonial
(86)
597
1 063
988
352
(441)
1 451
2 740
3 000
3 651
39 336
41 736
47 190
47 382
58 256
65 513
78 315
87 955
94 881
102 008
RESULTADO FINANCEIRO
(21 977)
(24 363)
(78 091)
(48 289)
(42 994)
(29 478)
(30 203)
(29 895)
(26 861)
(23 165)
Rendimentos Financeiros
34 481
66 053
62 624
34 992
19 486
6 565
6 565
6 564
3 401
522
Gastos Financeiros
56 458
90 416
140 715
83 281
62 479
36 043
36 768
36 459
30 261
23 687
RESULTADO CORRENTE
17 358
17 373
(30 901)
(907)
15 263
36 035
48 112
58 060
68 020
78 843
RESULTADOS NÃO CORRENTES
63 333
3 866
46 316
12 318
5 856
0
0
0
0
0
Rendimentos Não Correntes
95 010
864
63 395
14 300
5 830
0
0
0
0
0
Gastos Não Correntes
31 677
(3 002)
17 079
1 982
(26)
0
0
0
0
0
RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS
80 692
21 239
15 414
11 411
21 119
36 035
48 112
58 060
68 020
78 843
Impostos S/ Rendimento do Exercício
25 812
6 723
(2 998)
3 835
16 677
13 795
13 889
16 197
18 618
21 395
1 470
1 343
4 214
5 424
4 210
6 883
8 239
9 660
11 211
13 006
53 410
13 173
14 198
2 153
232
15 358
25 984
32 203
38 192
44 442
RESULTADO OPERACIONAL (EBIT (b))
Interesses Minoritários
RES. CONSOL. LÍQUIDO DO PERÍODO
Distribuição de Resultados
RES. CONSOLIDADO LIQ. RETIDO
0
0
0
0
0
10 000
10 000
10 000
10 000
10 000
53 410
13 173
14 198
2 153
232
5 358
15 984
22 203
28 192
34 442
Notas:
Valores arredondados. Contas preparadas de acordo com as IFRS.
(*) = Reapresentadas; (P) = Previsões; n.d. = Não disponível.
Contas com reclassificações / ajustamentos efectuados pela ARC Ratings para efeitos de análise.
Contas certificadas pela Ernst & Young Audit & Associados de 2009 a 2013.
(a) Earnings before interests, taxes, depreciations and amortizations.
(b) Earnings before interests and taxes.
Fontes:
Relatórios e Contas e informação adicional da GRUPO VISABEIRA SGPS.
Plano para 2014 a 2018, preparado pelo Grupo em Maio de 2014, tendo por base as contas consolidadas de 2013.
A rotação do activo do Grupo foi de 0,370 em 2013, face a 0,368 em 2012. Esta variação verificou-se num contexto em
que a expansão do volume de negócios foi superior ao aumento do activo entre o final de 2012 e o final de 2013. Este
aumento do activo, equivalente a 71,0 M€, foi determinado principalmente pelo investimento realizado e ocorreu
apesar da descida da carteira de investimentos financeiros. Atendendo a que o investimento financeiro não tem, por
natureza, um contributo para o volume de negócios, a rotação do activo do Grupo acima referida está distorcida. Assim,
se, para efeitos comparativos, calcularmos a rotação do activo do Grupo excluindo do activo o investimento financeiro
em acções, obtém-se uma rotação do activo de 0,413 em 2013, apresentando uma quebra face a 0,425 em 2012.
Entre os exercícios em análise, o custo bruto do capital alheio baixou, em 1,0 pp, para 3,8% em 2013. Esta descida
traduz principalmente uma redução do valor de juros suportados (em 12,7%, para 39,8 M€), considerando o ganho
financeiro do swap em 2012, conjugado com um menor impacto das diferenças de câmbio, uma vez que o valor das
14/36
ARC Ratings, S.A.
Grupo Visabeira
Relatório de Rating
desfavoráveis foi superior em 2,1 M€ face ao valor das diferenças de câmbio favoráveis, enquanto em 2012 tinha sido
superior em 4,7 M€. Num contexto de subida do Debt to Equity Ratio, para 4,151 em 2013, verificou-se assim uma
melhoria do efeito aditivo de alavanca financeira, em 6,1 pp, assumindo, pela primeira vez no período em análise, um
valor ligeiramente positivo, de 0,2%, em 2013. O efeito aditivo dos rendimentos financeiros assumiu um valor positivo
em 2013, de 0,8%, no entanto mais baixo do que o de 2012, de 1,9%. Para a menor relevância deste efeito foi
determinante a redução do valor de dividendos que ocorreu num contexto de verificação de menor valor de
imparidade das acções detidas e do registo de uma mais valia de 2,2 M€ na alienação de acções em carteira apenas
em 2013, para além da ligeira redução dos juros obtidos (em 7,6%, para 2,0 M€).
Em 2013 a significativa melhoria do efeito aditivo de alavanca financeira, num quadro de ligeiro aumento da
rendibilidade operacional do activo e do efeito aditivo de interesses minoritários compensados pela descida do efeito
aditivo dos rendimentos financeiros, conduziu a uma melhoria da rendibilidade corrente do capital próprio do Grupo
em 6,0 pp, face a 2012, para 3,8%. Os resultados não correntes fixaram-se em 5,9 M€ em 2013 e respeitaram
principalmente ao apuramento pela primeira vez do justo valor do empreendimento da VISABEIRA MOÇAMBIQUE.
Comparativamente com os dois exercícios anteriores esse valor foi menos expressivo, permitindo ainda num contexto
de significativo agravamento da carga fiscal que a rendibilidade do capital próprio do Grupo assumisse um valor de
0,1%.
O significativo agravamento da carga fiscal em 2013 deveu-se a um conjunto de factores com destaque para: o
desreconhecimento de impostos diferidos activos associados a prejuízos fiscais (de 6,0 M€) pelo facto do Grupo
considerar não ser provável a sua utilização antes dos respectivos prazos de expiração; do final da isenção de
tributação dos resultados da TV CABO ANGOLA; e da tributação da valorização das acções representativas do capital
social da actual NOS SGPS, com impacto de 4,8 M€ em 2013 (face a 1,2 M€ em 2012). É de assinalar a continuação da
situação de não dedutibilidade das perdas por imparidade das restantes acções detidas em carteira.
Os gastos financeiros de financiamento do Grupo, considerando para o seu apuramento as diferenças de câmbio
desfavoráveis, líquidas das diferenças de câmbio favoráveis, ascenderam a 48,8 M€ em 2013, -11,9% face aos de 2012.
Este decréscimo foi conseguido por via da referida descida do valor dos juros suportados pelo Grupo, de um menor
impacto das diferenças de câmbio desfavoráveis, em termos líquidos das diferenças de câmbio favoráveis, e da
redução de outros gastos financeiros.
Atendendo a que as acções detidas continuam a estar registadas ao justo valor, e, pela sua natureza, não têm impacto
a nível do EBITDA e do EBIT, os rácios de cobertura dos gastos financeiros de financiamento por estes agregados
proporcionam uma informação incompleta. Assim, considerámos também para o cálculo destes rácios de cobertura o
valor de dividendos registados. Num contexto de redução do valor destes dividendos (em 11,8 M€ entre os exercícios
em análise, para 11,5 M€ em 2013), o aumento do EBITDA permitiu, num quadro de descida dos gastos financeiros de
financiamento, uma melhoria da cobertura destes gastos pelo EBITDA adicionado dos dividendos registados para
1,9 vezes (face a 1,7 vezes em 2012). Em termos do indicador de cobertura desses custos pelo EBIT adicionado dos
dividendos registados verificou-se também uma melhoria, embora menos expressiva, de 1,3 vezes para 1,4 vezes em
ARC Ratings, S.A.
15/36
Grupo Visabeira
Relatório de Rating
2013. Os rácios de cobertura dos gastos financeiros de financiamento líquidos dos rendimentos financeiros registaram
igualmente melhorias.
QUADRO 6.1.2.
CAPACIDADE DE GERAÇÃO DE FUNDOS CONSOLIDADA DA GRUPO VISABEIRA SGPS
2009
2010
2011 (*)
2012
2013
2014 (P)
2015 (P)
2016 (P)
2017 (P)
2018 (P)
do Capital Próprio
75,3%
(1,2%)
(3,2%)
3,7%
do Volume de Negócios
35,5%
9,5%
2,6%
2,2%
3,7%
1,3%
4,6%
6,4%
5,8%
4,7%
5,4%
11,7%
9,2%
7,9%
4,7%
3,6%
Crescimento
Rendibilidade
(1)
Margem Cont. Bruta em % do Vol. Neg.
25,8%
25,1%
28,9%
31,8%
33,7%
33,7%
33,2%
33,1%
33,0%
33,1%
(2)
Efeito de Rendimentos Operac. Diversos
1,181
1,227
1,082
1,041
1,065
1,061
1,059
1,056
1,053
1,054
(3)
Efeito de Gastos Operacionais Diversos
0,278
0,266
0,289
0,268
0,288
0,292
0,324
0,340
0,352
0,364
(4) REND. OPERAC. VOL. NEG. = (1)x(2)x(3)
8,5%
8,2%
9,0%
8,9%
10,4%
10,4%
11,4%
11,9%
12,2%
12,7%
(5)
Rotação do Activo
0,334
0,351
0,360
0,368
0,370
0,404
0,436
0,471
0,515
0,567
(6) REND. OPERAC. DO ACTIVO = (4)x(5)
2,8%
2,9%
3,3%
3,3%
3,8%
4,2%
5,0%
5,6%
6,3%
7,2%
(7)
Custo Bruto do Capital Alheio
3,9%
3,3%
3,7%
4,8%
3,8%
3,0%
3,0%
3,1%
2,8%
2,5%
(8)
"Spread" = (6)-(7)
(1,1%)
(0,4%)
(0,4%)
(1,5%)
0,0%
1,3%
1,9%
2,5%
3,5%
4,7%
(9)
Debt to Equity Ratio
3,582
3,768
3,913
3,852
4,151
4,170
3,932
3,571
3,068
2,585
(10) EFEITO ADITIVO DE ALAV. FIN. = (8)x(9)
(3,9%)
(1,6%)
(1,6%)
(5,9%)
0,2%
5,2%
7,7%
8,9%
10,7%
12,2%
(11) Custo Bruto dos Int. Minoritários
11,3%
4,7%
11,9%
13,7%
10,4%
15,5%
16,0%
15,9%
15,6%
15,4%
(12) "Spread" = (6)-(11)
(8,5%)
(1,8%)
(8,6%)
(10,5%)
(6,6%)
(11,3%)
(11,1%)
(10,3%)
(9,4%)
(8,2%)
4,3%
9,5%
12,3%
13,6%
14,0%
15,1%
16,6%
18,4%
20,3%
22,8%
(0,4%)
(0,2%)
(1,1%)
(1,4%)
(0,9%)
(1,7%)
(1,8%)
(1,9%)
(1,9%)
(1,9%)
(15) EFEITO ADITIVO DOS RENDIMENTOS FINANCEIROS
6,7%
4,3%
(12,7%)
1,9%
0,8%
2,2%
2,1%
2,0%
1,0%
0,1%
(16) REND. COR. CAP. PRÓP. = (6)+(10)+(14)+(15)
5,3%
5,4%
(12,2%)
(2,2%)
3,8%
10,0%
12,9%
14,6%
16,1%
17,7%
(17) Efeito Resultados Não Correntes
4,986
1,241
(0,319)
(0,946)
1,530
1,000
1,000
1,000
1,000
1,000
(18) Efeito Fiscal = (1-t)
0,674
0,662
1,268
0,360
0,014
0,527
0,652
0,665
0,672
0,675
(19) REND. CAP. PRÓPRIO = (16)x(17)x(18)
17,7%
4,4%
4,9%
0,7%
0,1%
5,2%
8,4%
9,7%
10,8%
12,0%
23 493
26 097
27 133
27 017
26 554
25 130
26 677
28 197
29 053
29 707
(13) Interesses Minoritários/Equity
(14) EFEITO ADITIVO INT. MIN. = (12)x(13)
Produtividade
Produtividade do Trabalho (em euros, a preços constantes de 2013) (1)
Estrutura dos Fluxos
EBITDA em % do Vol. Negócios
12,0%
11,9%
12,5%
12,8%
14,7%
15,3%
15,9%
16,3%
16,4%
16,7%
Margem da Tesouraria Operacional
9,6%
10,7%
9,6%
11,6%
14,0%
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
MDDE em % dos Receb. de Clientes
6,8%
12,8%
7,2%
7,1%
8,4%
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
Taxa de Distribuição de Resultados
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
65%
38%
31%
26%
23%
Cobertura dos Pagamentos de Juros e Similares pelos MLO e pelos dividendos
1,8
3,3
2,1
1,9
2,3
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
Cobertura dos Gastos Fin. de Financia/ pelo EBITDA + Divid. + Res. Não Correntes
3,2
2,7
3,4
1,9
2,0
2,8
3,0
3,4
4,2
5,5
Cobertura dos Gastos Fin. de Financia/ pelo EBITDA + Dividendos
1,7
2,6
2,4
1,7
1,9
2,8
3,0
3,4
4,2
5,5
Cobertura dos Gastos Fin. de Financia/ pelo EBIT + Dividendos
1,4
2,2
1,9
1,3
1,4
1,9
2,2
2,5
3,2
4,2
Cobertura dos Gastos Fin. de Financia/ Líq. pelo EBITDA + Divid.+ Res. Não Cor.
3,4
2,9
3,6
2,0
2,1
2,8
3,0
3,4
4,2
5,5
Cobertura dos Gastos Fin. de Financia/ Líq. pelo EBITDA + Dividendos
1,8
2,8
2,5
1,7
2,0
2,8
3,0
3,4
4,2
5,5
Cobertura dos Gastos Fin. de Financia/ Líq. pelo EBIT + Dividendos
1,4
2,3
2,0
1,3
1,5
1,9
2,2
2,5
3,2
4,2
22,0
9,9
16,0
15,5
13,3
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
Prazo Médio de Paga/ das Dívidas de Fin.
Dívidas de Fin./(Res. Líq. Retido + Amort.)
Dívidas de Financ./Vol. Negócios
10,8
24,9
22,6
33,7
31,5
20,8
14,9
12,0
9,3
6,8
163,5%
146,4%
140,9%
137,1%
129,8%
117,2%
104,7%
93,0%
76,6%
59,3%
18,8%
83,3%
23,7%
31,7%
38,7%
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
Cobertura da Dívida Financeira a C. Prazo pelos MDDE
Risco
Margem de Segurança Operacional
14,7%
10,0%
23,1%
23,8%
24,2%
24,8%
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
Margem de Segurança Total
(3,6%)
(9,1%)
(28,6%)
(4,7%)
1,6%
10,9%
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
(1) Grau de Alavanca Operacional
3,60
3,76
3,46
3,73
3,47
3,43
3,09
2,94
2,84
2,75
(2) Grau de Alavanca Financeira
2,27
2,40
(1,53)
(52,26)
3,82
1,82
1,63
1,51
1,39
1,29
(3) Grau de Alavanca Não Corrente
0,22
0,82
(2,00)
(0,08)
0,72
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
(4) Grau de Alavanca dos Int. Minorit.
1,02
1,07
1,38
1,91
1,25
1,24
1,21
1,20
1,20
1,20
(5) Grau Comb. de Alavanca = (1)x(2)x(3)x(4)
1,79
7,88
14,59
29,55
11,95
7,71
6,06
5,34
4,75
4,26
Notas:
Valores arredondados. Contas preparadas de acordo com as IFRS.
(*) = Reapresentadas; (P) = Previsões; n.d. = Não disponível.
Contas com reclassificações / ajustamentos efectuados pela ARC Ratings para efeitos de análise.
Contas certificadas pela Ernst & Young Audit & Associados de 2009 a 2013.
(1) Indice de Preços Implícito nas Contas Nacionais.
Fontes:
Relatórios e Contas e informação adicional da GRUPO VISABEIRA SGPS.
Plano para 2014 a 2018, preparado pelo Grupo em Maio de 2014, tendo por base as contas consolidadas de 2013.
Banco de Portugal.
O indicador de cobertura dos pagamentos de juros e similares pelos meios libertos operacionais (MLO) adicionado do
16/36
ARC Ratings, S.A.
Grupo Visabeira
Relatório de Rating
valor de dividendos recebidos registou também uma melhoria para 2,3 vezes em 2013, face a 1,9 vezes em 2012. Com
efeito, verificou-se um aumento dos MLO, em 19,0%, para 92,1 M€, que mais que compensou a quebra do valor os
dividendos recebidos, para 8,4 M€, e uma descida do valor desses pagamentos, em 14,9%, para 43,1 M€.
6.2.
POLÍTICA FINANCEIRA
Em 2013 o Grupo efectuou investimentos em activos fixos tangíveis de 98,3 M€, mais cerca de 60,0% do que em 2012.
O maior esforço de investimento foi realizado na área de negócio Telecomunicações, Energia, Tecnologias e
Construção, de cerca de 68,0 M€, nomeadamente na construção das redes de telecomunicações em Portugal, Angola
e Moçambique. Na área da Indústria destaca-se o investimento realizado pelo Grupo VAA, de 23,0 M€, em particular o
realizado na nova fábrica destinada a fornecimento ao IKEA. Em 2013 os investimentos financeiros, principalmente em
apoio financeiro a participadas, ascenderam a 12,1 M€.
No que respeita a desinvestimentos, o Grupo alienou, como referido, acções representativas do capital social da EDP.
Em Junho de 2013, aquando do vencimento do seguro de capitalização no valor de 18 M€, foi efectuado um
empréstimo neste valor ao seu accionista principal (a médio prazo e remunerado). Este empréstimo com prazo de
6 anos e pagamento bullet destinou-se à liquidação do empréstimo concedido pelo BCP ao referido accionista com a
finalidade de aumentar o capital social da GRUPO VISABEIRA SGPS, em 21 de Junho de 2005 com vencimento em
22 de Junho de 2013, garantido pelo referido seguro de capitalização de igual montante e mesmo vencimento.
Em 2013 o Grupo conseguiu uma redução das necessidades em fundo de maneio (NFM), em 14,4 M€, para 145,9 M€
no final do ano. O aumento do saldo de adiantamentos de clientes, em 19,9 M€, para 35,0 M€, foi determinante para
esta diminuição. Merece também referência a continuada descida do saldo de clientes, em termos líquidos de
imparidades (em 6,3 M€, para 133,9 M€), que compensou de forma parcial o aumento do saldo de inventários (em
15,9 M€). Este aumento, que traduziu maioritariamente o impacto da alteração do método de consolidação da
participada IFERVISA, levou a um saldo de inventários de 185,5 M€ no final de 2013. O saldo de fornecedores de
exploração, em termos líquidos de adiantamentos a estes fornecedores, não registou uma variação com significado
situando-se em 131,6 M€ nessa data.
No final de 2013 o saldo da dívida financeira do Grupo, líquido do valor de depósitos cativos (em resultado das
condições negociadas), ascendia a 715,3 M€, -16,6 M€ face ao final de 2012. Esta variação ocorreu num contexto
nomeadamente de amortização de dívida contratada para financiar a carteira de acções (de 49,75 M€), de alteração do
método de consolidação da IFERVISA (com impacto de 6,5 M€), do financiamento de investimentos realizados e da
resolução antecipada, por sua opção, de um swap de taxa de juro (com impacto de 5 M€).
Do saldo da dívida financeira do Grupo de final de 2013 destacavam-se:
−
dois programas de papel comercial contratados em 22 de Março de 2013, no âmbito da renegociação da dívida
contratada para o financiamento da aquisição de acções, no valor global de 275,0 M€; das condições de
contratação desta dívida continuam a destacar-se: o penhor da totalidade das acções adquiridas, e antes referidas,
ARC Ratings, S.A.
17/36
Grupo Visabeira
Relatório de Rating
no âmbito da necessidade de cumprimento de um rácio de cobertura mínimo estabelecido (com base nas cotações
de fecho de 30 de Abril de 2014 a cobertura proporcionada pelas acções era superior à mínima exigida); a
necessidade de manutenção da totalidade do capital da MOVIDA e a obrigação de não alienação do Palácio do
Gelo Século XXI (salvo com o acordo prévio da Caixa Geral de Depósitos S.A. (CGD));
−
39,5 M€ referentes a emissões realizadas ao abrigo de outros programas de papel comercial, incluindo o de
27,5 M€ sujeito a rating; este programa de papel comercial foi contratado em 18 de Dezembro de 2013, junto de
um sindicato bancário, com um montante máximo de 27,5 M€, e destinou-se a substituir o programa que se venceu
a 22 de Dezembro de 2013; das condições de contratação deste programa são de referir as seguintes: um prazo de
três anos, com vencimento em 20 de Dezembro de 2016, com a possibilidade de denúncia, quer pelo emitente,
quer por cada um dos membros do sindicato bancário, até ao limite da respectiva participação, nas datas de
denúncia (19 de Junho de 2015, 18 de Dezembro de 2015 e 20 de Junho de 2016), desde que comuniquem a sua
intenção, por escrito, com um pré-aviso mínimo de 30 dias; garantia de subscrição prestada pela CGD, pelo BCP
(para 40,9% cada um do montante total do programa) e pelo Novo Banco S.A. (que resultou da separação de
activos do anterior Banco Espírito Santo, S.A.) (para os restantes 18,2% do montante total do programa), à taxa
EURIBOR para o prazo da emissão, acrescida de um spread; cláusula de ownership relativamente à detenção,
directa ou indirecta, pela GRUPO VISABEIRA SGPS de pelo menos 84,36% do capital social da VIATEL e de 99,8%
do capital social da MOVIDA e cláusulas de pari-passu e de negative pledge; a diferença de 2,5 M€ entre o valor do
programa que se venceu e o valor deste novo programa foi objecto de renegociação a médio prazo;
QUADRO 6.2.1.
MAPA DE FLUXOS CONSOLIDADO DA GRUPO VISABEIRA SGPS (MILHARES DE EUROS)
2009
2010
2011 (*)
2012
2013
2014 (P)
2015 (P)
2016 (P)
2017 (P)
2018 (P)
MEIOS LIBERTOS OPERACIONAIS (MLO)
49 068
62 662
61 191
77 427
92 121
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
MEIOS LIBERTOS CORRENTES (MLC)
32 809
78 044
48 964
46 782
59 591
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
MEIOS DISPON. P/ DECISÕES ESTRATÉGICAS (MDDE)
34 631
75 226
46 027
47 182
54 997
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
Actividades de Investimento
29 652
25 318
45 669
33 394
20 947
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
4 979
49 909
358
13 788
34 050
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
0
0
0
0
0
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
4 979
49 909
358
13 788
34 050
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
MEIOS LIBERTOS P/ ACC. E CREDORES
Pagamentos de Distribuição de Res.
SALDO DE FINANCIAMENTO
Entradas de Capital
Acréscimo dos Débitos L. Prazo
SALDO DE FINANCIAMENTO A CURTO PRAZO
0
(6 291)
(10 000)
0
(16 434)
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
(14 064)
79 188
(113 950)
41 321
4 851
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
(9 085)
122 806
(123 593)
55 109
22 467
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
5 325
(94 086)
103 286
(58 569)
(26 534)
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
(2 487)
0
0
0
0
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
0
0
0
0
0
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
(6 247)
28 720
(20 307)
(3 460)
(4 066)
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
Acréscimo Débitos C. Prazo Financiamento
Efeito de Alteração do Perímetro da Consolidação
Efeito das Diferenças de Câmbio
VARIAÇÃO DAS DISPONIBILIDADES E SEUS EQUIVALENTES
Notas:
Valores arredondados, resultando da aplicação do método directo pelo Grupo.
(*) = Reapresentadas; (P) = Previsões; n.d. = Não disponível.
Contas com reclassificações / ajustamentos efectuados pela ARC Ratings para efeitos de análise.
Contas certificadas pela Ernst & Young Audit & Associados de 2009 a 2013.
Fontes:
Relatórios e Contas e informação adicional da GRUPO VISABEIRA SGPS.
Plano para 2014 a 2018, preparado pelo Grupo em Maio de 2014, tendo por base as contas consolidadas de 2013.
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−
51,1 M€ referentes à componente de capital das rendas vincendas de contratos de locação financeira;
−
60,0 M€ referentes a um empréstimo obrigacionista com vencimento em Julho de 2014;
−
60,0 M€ referentes a empréstimos obrigacionistas contratados junto da mesma instituição financeira; 50,0 M€ foram
ARC Ratings, S.A.
Grupo Visabeira
Relatório de Rating
contratados no segundo semestre de 2013, dos quais 20 M€ com um plano de reembolso semestral até 2018 e
30,0 M€ com reembolso ao par no segundo semestre de 2018; e
−
19,2 M€ de subsídios ao investimento reembolsáveis.
QUADRO 6.2.2.
ESTRUTURA FINANCEIRA CONSOLIDADA DA GRUPO VISABEIRA SGPS
2009
2010
2011 (*)
2012
2013
2014 (P)
2015 (P)
2016 (P)
2017 (P)
2018 (P)
21,8%
20,7%
20,1%
20,8%
20,6%
20,4%
21,1%
22,4%
24,8%
27,6%
0,9%
2,0%
2,4%
2,7%
2,7%
2,8%
3,3%
3,9%
4,8%
6,0%
Autonomia Financeira incluindo Interesses Minoritários
22,8%
22,7%
22,5%
23,6%
23,2%
23,2%
24,3%
26,3%
29,5%
33,6%
Endividamento
77,2%
77,3%
77,5%
76,4%
76,8%
76,8%
75,7%
73,7%
70,5%
66,4%
Estrut. do Endividamento (C.P. em % do Total)
41,2%
36,6%
46,0%
41,2%
43,6%
39,8%
42,9%
45,8%
51,0%
51,9%
Div. Financeira / Total do Activo
54,5%
51,5%
50,7%
50,5%
47,1%
46,0%
44,4%
42,8%
38,5%
32,9%
Dív. de Fin./(Dív. Financeira + Cap. Próp. + Int. Min.)
70,5%
69,4%
69,3%
68,2%
67,4%
67,1%
65,2%
62,5%
57,2%
50,1%
Estrutura do Balanço
Autonomia Financeira
Interesses Minoritários/Activo
Dív. de Fin. Líquida / (Dív. de Fin. Líquida + Cap. Próp. + Int. Min.)
69,8%
67,6%
68,1%
64,8%
66,4%
66,3%
64,4%
59,7%
52,9%
45,4%
Risco de Liquidez
76,1%
67,9%
96,7%
87,1%
75,8%
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
Risco de Taxa de Juro
97,4%
96,9%
92,0%
90,3%
88,9%
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
Liquidez Geral
0,934
1,199
0,935
1,158
0,971
1,021
0,929
0,988
0,992
1,043
Liquidez Reduzida
0,615
0,825
0,617
0,787
0,607
0,638
0,583
0,667
0,688
0,719
1 417 885
Balanço Funcional
TOTAL DO ACTIVO
1 394 450
1 449 926
1 451 950
1 449 413
1 520 381
1 557 621
1 573 905
1 573 186
1 507 284
Capitais Permanentes
950 724
1 039 334
933 767
992 740
1 011 322
1 081 291
1 063 038
1 042 568
965 178
928 723
Activo Não Corrente
979 974
957 597
967 533
920 581
1 025 989
1 071 250
1 099 499
1 048 733
969 612
907 817
FUNDO MANEIO LIQUIDO (FML)
(29 251)
81 737
(33 766)
72 159
(14 666)
10 041
(36 460)
(6 165)
(4 434)
20 906
Necessidades Cíclicas
360 453
399 316
416 254
385 566
405 601
323 188
319 475
326 947
328 229
327 782
Recursos Cíclicos
165 552
213 005
220 077
225 285
259 686
168 205
174 280
179 118
184 493
186 385
NECESSIDADES EM FUNDO MANEIO (NFM)
194 901
186 311
196 177
160 281
145 915
154 983
145 196
147 829
143 736
141 397
Tesouraria Activa
54 022
93 013
68 163
143 265
88 791
163 183
154 931
197 506
209 443
182 285
Tesouraria Passiva
278 174
197 587
298 106
231 388
249 373
308 125
336 587
351 500
357 613
302 776
(224 152)
(104 574)
(229 943)
(88 122)
(160 581)
(144 942)
(181 656)
(153 994)
(148 170)
(120 491)
(48,2%)
(20,5%)
(44,0%)
(16,5%)
(28,5%)
(23,1%)
(26,5%)
(20,8%)
(19,1%)
(15,0%)
95
40
(157)
49
69
33
33
24
21
15
(42 815)
110 987
(115 503)
105 925
(86 825)
24 707
(46 501)
30 295
1 731
25 340
TESOURARIA LIQUIDA (TRL)
Em % do Vol. Negócios
Défice de TRL (em meses)
Variação do FML
Variação das NFM
30 940
(8 590)
9 866
(35 896)
(14 367)
9 069
(9 788)
2 633
(4 092)
(2 339)
Variação da TRL
(73 755)
119 578
(125 369)
141 821
(72 459)
15 639
(36 714)
27 662
5 824
27 679
Em % do Vol. Negócios
(15,9%)
23,5%
(24,0%)
26,6%
(12,9%)
2,5%
(5,3%)
3,7%
0,8%
3,4%
Necessidades Cíclicas em Dias do Vol. de Negócios
283
286
291
264
263
188
170
161
154
149
Recursos Cíclicos em Dias do Vol. de Negócios
130
153
154
154
168
98
93
88
87
85
CICLO FINANCEIRO DE EXPLORAÇÃO
153
133
137
110
95
90
77
73
68
64
De Recebimentos
132
132
132
95
74
64
62
64
66
66
De Pagamentos
104
133
122
130
126
136
109
102
101
98
98
122
130
136
152
n.d.
0
0
0
0
Ciclo Financeiro de Exploração
(Em Dias do Vol. de Negócios)
Prazos Médios (em Dias)
De Permanência de Matérias e Mercadorias e Activos Biológicos
Notas:
Valores arredondados.
Contas preparadas de acordo com as IFRS.
(*) = Reapresentadas; (P) = Previsões; n.d. = Não disponível.
Contas com reclassificações / ajustamentos efectuados pela ARC Ratings para efeitos de análise.
Contas certificadas pela Ernst & Young Audit & Associados de 2009 a 2013.
Fontes:
Relatórios e Contas e informação adicional da GRUPO VISABEIRA SGPS.
Plano para 2014 a 2018, preparado pelo Grupo em Maio de 2014, tendo por base as contas consolidadas de 2013.
Os restantes 210,5 M€ do saldo da dívida financeira do Grupo no final de 2013 respeitavam a financiamentos bancários
contratados a médio e longo prazos (210,0 M€, incluindo 20,0 M€ de financiamentos a projectos imobiliários) e a curto
prazo (de 0,5 M€, líquido de depósitos cativos).
Decorrente das operações de renegociação e de contratação de dívida a proporção do saldo da dívida financeira do
Grupo exigível a curto prazo registou um ligeiro decréscimo entre o final de 2012 e o final de 2013, para 19,9%,
equivalente a 142,3 M€. Esse decréscimo não foi mais significativo porque este valor passou a incluir o referido
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Grupo Visabeira
Relatório de Rating
empréstimo obrigacionista de 60,0 M€. No final de 2013 o risco de liquidez1 do Grupo ascendia a 75,8%, -11,3 pp face
ao de final de 2012, reflectindo a descida do valor da dívida financeira exigível a curto prazo, em 6,5 M€, e o aumento
do valor dos financiamentos contratados e não utilizados, em 27,2 M€, para 34,9 M€ no final de 2013. A redução do
rácio em análise não foi superior devido à diminuição do valor de activos financeiros e não correntes detidos para
venda, em 66,7 M€, para 0,5 M€, e de disponibilidades, em 4,3 M€, para 32,5 M€. É de referir que a descida do valor
desses activos esteve relacionada com a alienação de acções detidas da EDP no primeiro trimestre de 2013, registadas
por 48,9 M€ no final de 2012, destinada a amortização de dívida de acordo com as condições estabelecidas, e ao facto
do valor do seguro de capitalização, de 18 M€, ter vencido em 2013 e ter sido aplicado a médio prazo, como referido.
De entre as medidas tomadas pelo Grupo no período já decorrido de 2014, e no sentido da redução do risco de
liquidez, é de salientar a emissão de um novo empréstimo obrigacionista em Julho de 2014 no montante de 70,0 M€.
Este empréstimo tem uma maturidade de 5 anos, na modalidade bullet, com a possibilidade de reembolso antecipado
por opção do Grupo, tem cláusulas de cross default, pari passu, negative pledge, e de vencimento antecipado no caso
nomeadamente de deixar de deter, directa ou indirectamente, pelos menos 84,4% do capital social e/ou dos direitos
de voto da VIATEL e pelo menos 99,8% do capital social e/ou dos direitos de voto da MOVIDA.
No que respeita à concentração por instituição financeira do saldo da dívida financeira consolidada, sem considerar o
valor da componente de capital das rendas vincendas de contratos de locação financeira, no final de 2013 a CGD
mantinha-se o principal financiador do Grupo, representando 56,9% (-2,7 pp, face ao final de 2012). Entre as datas em
análise, em que se verificou um alargamento de entidades financiadoras, aumentou a representatividade da Caixa
Económica Montepio Geral, em 5,3 pp, para 11,2%. Das restantes entidades financiadoras destacava-se o BCP, cuja
representatividade registou um ligeiro decréscimo para 8,4%.
Ao longo de 2013 o Grupo prosseguiu a política de contratação de dívida financeira em moeda local, e a taxa fixa, em
Angola e em Moçambique. Assim, num contexto de redução do saldo da dívida denominada nas várias moedas, com
excepção do MZN, entre o final de 2012 e o final de 2013 aumentou a representatividade da dívida financeira
denominada em euros, em 1,6 pp, para 93,5%, e a representatividade da dívida financeira denominada em MZN, em
0,7 pp, para 4,3%. Em contrapartida, entre essas datas, baixou a representatividade da dívida denominada em AOA,
em 1,4 pp, para 1,1%, e em USD, em 0,9 pp, para 1,1%.
No final de 2013 o Grupo mantinha em vigor swaps de taxa de juro no valor global nocional de 32,9 M€. Na
globalidade destas operações, classificadas como de cobertura, o Grupo recebe juros à taxa EURIBOR a três meses e
paga juros a taxas anuais fixas, que variam entre 0,68% e 3,09%. No final de 2013 o passivo do Grupo referente à
valorização da totalidade das operações de swap de taxa de juro era de 1,6 M€ (face a 7,2 M€ no final de 2012, com
destaque para os 5,0 M€ relativos à operação resolvida antecipadamente).
1
Calculado pelo rácio entre a dívida financeira que se vence a curto prazo líquida de disponibilidades e de activos financeiros e não
correntes detidos para venda e a dívida financeira que se vence a curto prazo líquida de disponibilidades e de activos financeiros e
não correntes detidos para venda acrescida dos financiamentos contratados e não utilizados.
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À semelhança dos períodos anteriores, no final de 2013 o saldo da dívida financeira consolidada tinha sido contratado,
maioritariamente, a taxa de juro indexada (à EURIBOR e à LIBOR), pelo que considerando o saldo da dívida contratada
a taxa de juro fixa, ou nula, que era exigível a médio e longo prazo e a cobertura proporcionada a médio e longo prazo
pelos swaps de taxa de juro o rácio do risco de taxa de juro do Grupo era de 88,9%.
Entre o final de 2012 e o final de 2013 o rácio da dívida de financiamento do Grupo, na soma desta dívida com o
capital próprio e interesses minoritários do Grupo, baixou, em 0,8 pp, para 67,4%. Esta evolução reflectiu
principalmente a descida do saldo da dívida financeira e o aumento do capital próprio. Este aumento, em 3,7%, para
313,1 M€ final de 2013, ocorreu num contexto em que o aumento da reserva de justo valor associada às acções detidas
e do valor dos subsídios ao investimento não reembolsáveis reconhecidos no capital próprio do Grupo (em termos
líquidos de impostos diferidos) mais que compensou o efeito do reforço de acções próprias e do agravamento do valor
da reserva de conversão cambial (em 3,0 M€, para –21,6 M€). O resultado consolidado líquido de 2013 assumiu um
valor positivo de baixa expressão e foi influenciado de forma decisiva pelo registo diferenciado da valorização das
acções em carteira. Entre as datas em análise o rácio da dívida de financiamento em termos líquidos de activos
financeiros e não correntes detidos para venda e de disponibilidades, na soma desta dívida com o capital próprio e
interesses minoritários do Grupo aumentou, em 1,6 pp, para 66,4%, devido à redução do valor desses activos.
Num contexto de aumento do valor do activo do Grupo, em 71,0 M€, para 1 520,4 M€ no final de 2013, o rácio de
autonomia financeira registou um ligeiro decréscimo para 20,6% ou para 23,2% se forem incluídos interesses
minoritários.
Os seguintes aspectos influenciam de forma decisiva a evolução do rácio de autonomia financeira do Grupo: a
valorização da carteira de acções detida e a variação do justo valor das propriedades de investimento (a cada variação
de 1% no valor desses activos corresponde uma variação de cerca de 0,2 pp no rácio); a eventual desvalorização da
carteira de imóveis que não se encontram contabilizados pelo justo valor (detidos principalmente pela VISABEIRA
IMOBILIÁRIA), sendo que a cada variação de 10% no seu valor corresponderá uma variação de cerca de 0,3 pp no
rácio); a verificação de eventuais prejuízos pelo Grupo VAA, cuja consolidação teve um impacto positivo significativo no
rácio (em 2013 o resultado líquido do Grupo VAA foi ainda negativo, em 4,0 M€).
Para além do saldo da dívida financeira, no final de 2013, o Grupo apresentava responsabilidades decorrentes: da
realização de operações de factoring, com recurso (excepto referente aos principais clientes na área de negócio de
Telecomunicações), no valor de 51,6 M€; e de garantias bancárias prestadas a terceiros, de natureza financeira e
técnica, cujo saldo ascendia a cerca de 76,4 M€.
No final de 2013 o Grupo tinha em vigor apólices de seguro que incluem as coberturas de: danos materiais do activo
fixo tangível, com um capital seguro a 667,2 M€, que era superior em 167,9 M€ ao montante do referido activo nessa
data, em termos líquidos, excluindo o valor dos terrenos e recursos naturais, a diferença entre o valor contabilístico e o
justo valor das propriedades de investimento e o valor de adiantamento por conta desse activo não respeitante a
investimento; responsabilidade civil, incluindo decenal, com capital seguro de 94,5 M€; e decorrentes de obras e
montagens para entidades que não foram objecto de consolidação integral pela GRUPO VISABEIRA SGPS, com capital
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seguro de 97,4 M€. É de referir que não se encontram cobertos através de apólices de seguros os riscos de perda de
lucros, com excepção das contratadas pela TV CABO ANGOLA, que cobre as perdas de lucros por interrupção de
actividade pelo período de um ano (com um capital seguro de 8,0 MUSD) e que foi exigida pelo BEI, e por algumas
participadas com actividade em Moçambique, com destaque para a TV CABO MOÇAMBIQUE, com um capital seguro
equivalente a 1,3 M€.
7.
PERSPECTIVAS
Segundo as Perspectivas Económicas Mundiais do Fundo Monetário Internacional (FMI) de Abril de 2014, actualizadas
em Julho de 2014, a economia mundial terá crescido, em termos homólogos, 3,2% em 2013, ou seja, com uma
desaceleração face ao crescimento de 3,5% em 2012. Na actualização de Julho de 2014 dessas perspectivas, o FMI
reviu em baixa a estimativa de crescimento da economia mundial em 2014, dos 3,7% previstos no relatório de Abril
para 3,4%. Para 2015 o FMI prevê uma recuperação do crescimento para 4,0% (+2,4% nas economias desenvolvidas e
+5,2% nas economias emergentes). O conjunto das economias da zona Euro deverá regressar à fase de crescimento,
de 1,1% em 2014 e de 1,5% em 2015 de acordo com esse organismo internacional, com França a registar taxas de
crescimento respectivamente de 0,7% e de 1,4% e a Alemanha de 1,9% e de 1,7%. Para Portugal o FMI prevê, nas
Perspectivas Económicas Mundiais de Abril de 2014, uma recuperação de 1,2% em 2014, face a retracção de 1,4% em
2013, e de 1,5% em 2015. Para os países da África Subsariana as previsões do FMI apontam para crescimentos de 5,4%
em 2014 e de 5,8% em 2015 (em aceleração face a 5,1% em 2013). Para os países em que o Grupo desenvolve
actividade, as perspectivas são de reforço do crescimento em 2014 e em 2015, para respectivamente 5,3% (+1,2 pp
face a 2013) e 5,5% em Angola e para 8,3% (+1,2 pp face a 2013) e 7,9% em Moçambique.
Para os países em que o Grupo desenvolve actividade, as perspectivas de crescimento são apresentadas no
Quadro 7.1..
QUADRO 7.1.
PRINCIPAIS PAÍSES EM QUE O GRUPO ACTUA
Crescimento do PIB Real (em %)
2013
2014 (P)
Mundo (1)
3,2
3,1
4
Economias Avançadas (1)
1,3
1,8
2,4
Zona Euro (1)
(0,4)
1,1
1,5
Portugal
(1,4)
1,2
1,5
França (1)
0,3
0,7
1,4
Bélgica
0,2
1,2
1,2
Alemanha (1)
0,5
1,9
1,7
4,7
4,6
5,2
Economias Emergentes e em Desenvolvimento (1)
Africa Subsariana
2015 (P)
4,9
5,4
5,5
Angola
4,1
5,3
5,5
Moçambique
7,1
8,3
7,9
Notas:
(1) FMI - World Economic Outlook Update - July 2014.
Fonte:
FMI - World Economic Outlook - April 2014.
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O Grupo, em Maio de 2014, preparou segundo as IFRS o Plano 2014-2018, com base nas contas de 2013. Como
principais pressupostos para a elaboração deste orçamento o Grupo considerou os seguintes:
−
a manutenção das propriedades de investimento e do seu valor em 248,7 M€;
−
a manutenção das acções detidas em carteira e a estabilidade do seu valor de mercado em 155 M€ até ao final de
2016; a alienação progressiva ao longo dos anos seguintes pelo seu valor de registo; o registo da totalidade das
acções detidas, com excepção das representativas do capital social do BCP, em activo não corrente; para efeitos de
análise a ARC Ratings reclassificou para activo corrente o valor previsto de alienações de acções no ano seguinte
(de 47,4 M€ no final de 2016, de 62,8 M€ no final de 2017 e de 44,9 M€ no final de 2018);
−
o recebimento de um valor bruto anual de dividendos de 6,6 M€ de 2014 a 2016 e de 3,4 M€ em 2017 e 0,5 M€
em 2018;
−
a estabilidade da valorização da marca VAA em 77,5 M€, e da cotação do AOA, do MZN e do USD face ao euro,
não prevendo assim a verificação de diferenças de câmbio e variação da reserva de conversão cambial;
−
um médio de trabalhadores de cerca de 8 400, o que representa um aumento de 3,7% face ao de 2013;
−
um custo médio (all in cost) anual da dívida financeira, incluindo a contratada para o financiamento da aquisição das
acções, de 5,02% em 2014, de 5,38% em 2015, de 5,54% em 2016, de 5,29% em 2017 e de 4,96% em 2018;
−
a manutenção dos contratos de swap de taxa de juro em vigor no final de 2013, de acordo com as condições dos
mesmos, e do seu justo valor;
−
a distribuição anual de 10,0 M€ de dividendos ao accionista fundador, através da NCFGEST, para efeitos de análise
a ARC Ratings reclassificou de capitais próprios para a tesouraria passiva o valor de dividendos sobre o resultado
líquido do exercício a distribuir no ano seguinte;
−
a realização de investimentos em activos fixos tangíveis, de investimentos financeiros e em projectos imobiliários
(capitalização de juros) de cerca de 200,0 M€ no período de 2014 a 2018; está prevista a realização de valores mais
expressivos nos primeiros anos, de 74,3 M€ em 2014, de 60,3 M€ em 2015 e de 30,5 M€ em 2016; o valor total de
investimentos inclui:
•
investimentos em activos fixos tangíveis de 173,4 M€;
•
investimentos financeiros de 22,1 M€, com destaque para a prestação de apoio financeiro a participadas (dos
quais 9,8 M€ à FRACTALNEMA) e 7,3 M€ referente à previsão inicial de financiamento por capitais próprios do
investimento a realizar na construção de uma central a ciclo combinado em Moçambique (com data limite de
entrada em exploração em Janeiro de 2017) para a produção de energia eléctrica; considerando o actual grau
de incerteza quanto à tecnologia a implementar, a qual irá depender, nomeadamente, do tipo de fornecimento
de energia eléctrica pretendida pelo cliente, e em consequência do valor do investimento a realizar, o Grupo
optou pela consolidação da participada pelo método da equivalência patrimonial; o Grupo perspectiva financiar
este investimento na modalidade de project finance, processo que está em curso;
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−
a realização de desinvestimentos em activos fixos tangíveis de 6,4 M€.
Do valor global de investimento previsto para o período em análise, cerca de 37,5% será realizado em Portugal, 28,6%
em Moçambique e 27,9% em Angola. No conjunto o Grupo estima que 60% do investimento total previsto realizar no
período em análise seja financiado por capitais alheios, incluindo subsídios, e 40% por capitais próprios.
Ao nível operacional o Grupo estima que o volume de negócios registe uma taxa de crescimento média anual de 6,3%
entre 2014 e 2018. Estão previstos crescimentos mais significativos em 2014 (de 11,7%, equivalente a 66,0 M€), em
2015 (de 9,2%, equivalente a 58,0 M€) e em 2016 (de 7,9%, equivalente a 54,5 M€). Os dois anos seguintes serão
também de crescimento, embora menos expressivo, estimando o Grupo atingir um volume de negócios consolidado
de 804,2 M€ em 2018.
O contínuo desenvolvimento da actividade na principal área de negócio, das Telecomunicações, Energia, Tecnologias
e Construção, será determinante para atingir o objectivo de expansão do volume de negócios do Grupo a médio prazo.
As estimativas apontam para que a contribuição desta área de negócio se mantenha acima dos 69% ao longo do
período analisado (e atinja 70,6% em 2014). A área de negócio da indústria deverá registar um crescimento, que será
mais notório em 2014 e em 2015, aumentando a sua contribuição para o volume de negócios consolidado para cerca
de 21% nestes anos. De entre as participadas desta área de negócio destaca-se o Grupo VAA cuja contribuição para o
volume de negócios consolidado deverá aumentar para 12,2% em 2014, e manter-se em 2015, em resultado do
desenvolvimento da actividade em Portugal e da crescente internacionalização. Das restantes áreas de negócio o
Grupo estima: um aumento da contribuição do Turismo a partir de 2016 para 6,8%, através da entrada em exploração
das novas unidades hoteleiras e da perspectiva de melhoria das taxas de ocupação das unidades já em exploração;
uma subida da contribuição da área do Comércio, Serviços, Saúde e Investimentos (para entre 3% e 4% no período de
2016 a 2018), decorrente nomeadamente do desenvolvimento da actividade na área da saúde e produtos
farmacêuticos.
Em termos geográficos, o Grupo prevê um ligeiro aumento progressivo da contribuição das participadas a actuar na
área internacional para o volume de negócios consolidado, de 39,4% em 2014 para 43,1% em 2018.
As previsões do Grupo apontam para a geração de EBITDA crescente, passando de 96,2 M€ em 2014 a 134,3 M€ em
2018. Para este aumento deverão contribuir quer as participadas com sede em Portugal, embora com uma vertente de
exportação importante, como as que actuam na área internacional. A contribuição desta área é estimada em 51,2% em
2014 e deverá baixar de forma ligeira nos anos seguintes para 49,2% em 2018. Desta área continuam a destacar-se as
contribuições de Angola (de 25,5%, em média) e de Moçambique (de 18,9%, em média).
O Grupo estima assim uma melhoria gradual do rácio EBITDA sobre o volume de negócios, para 15,3% em 2014 e para
16,7% em 2018. Este aumento de rendibilidade deverá ser obtido através da melhoria do rácio nas participadas com
sede em Portugal a partir de 2015 (para 13,7% neste ano e para 14,9% em 2018) em resultado: de melhorias na área
das Telecomunicações, Energia, Tecnologias e Construção em 2015 (em 0,7 pp, para 8%) e na área da Indústria (em
2,5 pp, para 14,1% em 2015 e nos anos seguintes por forma a atingir 15,5% em 2018); e de um ligeiro aumento de
contribuição das restantes áreas de negócio que apresentam rendibilidades superiores. O plano considera uma relativa
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estabilidade do rácio EBITDA sobre o volume de negócios na área internacional. Nesta área o Grupo perspectiva uma
melhoria de rendibilidade nas participadas a actuar em Moçambique (para 21,8% em 2014 e para 23,9% em 2018) e
em França (para 3,3% em 2014 e para 4,7% nos anos seguintes) que deverá compensar a previsão de quebra de
rendibilidade nas participadas que desenvolvem actividade em Angola (para 32,4% em 2015 e para 29,1% em 2018).
Num contexto, em que o Grupo estima que o peso das amortizações no volume de negócio aumente em 2014 fruto da
entrada em exploração do investimento realizado e seja decrescente em 2017 e 2018, não prevê qualquer necessidade
de reconhecimento de ajustamentos e de constituição de provisões (em termos líquidos de reversão, com excepção de
2014 em que ascenderão a 0,3 M€), e estima um contributo crescente das participadas reconhecidas pelo método da
equivalência patrimonial (com destaque para a da exploração da central a ciclo combinado), perspectiva-se uma
melhoria gradual da rendibilidade operacional para 12,7% em 2018 (+2,3 pp face à estimada para 2014). Assim, o EBIT
do Grupo deverá aumentar para 65,5 M€ em 2014 e atingir 102,0 M€ em 2018.
Do ponto de vista financeiro o Grupo estima um desagravamento considerável do prejuízo financeiro, para 29,5 M€ em
2014 (-31,4% face ao de 2013, que foi significativamente influenciado pela evolução da cotação das acções detidas e
pelo critério de registo em resultados ou directamente nas respectivas reservas de justo valor em capitais próprios)
seguido de uma relativa estabilidade até 2016, e para 26,9 M€ em 2017 e 23,2 M€ em 2018. Com efeito, nestes dois
exercícios o Grupo prevê uma redução significativa dos juros suportados com o restante saldo da dívida financeira que
mais que compense o aumento da diferença entre os juros suportados com a dívida contratada para o financiamento
da carteira de acções detida e o valor de dividendos registados.
Assumindo como pressuposto a não verificação de diferenças de câmbio e a referida redução dos juros suportados,
num quadro de aumento esperado do EBITDA e do EBIT e de descida dos dividendos registados, o Grupo estima uma
melhoria assinalável dos indicadores de cobertura dos gastos financeiros de financiamento ao longo do período em
análise. Com efeito, a cobertura destes gastos pelo EBITDA adicionado do valor de dividendos registados deverá
atingir 5,5 vezes em 2018 e a cobertura pelo EBIT adicionado do valor de dividendos registados situar-se-á em
4,2 vezes (face a respectivamente 2,8 vezes e 1,9 vezes previstas para 2014).
Considerando uma carga fiscal efectiva decrescente o Grupo prevê atingir valores crescentes de resultado líquido (de
22,2 M€ em 2014 a 57,4 M€ em 2018). A proporção deste resultado que será atribuível a interesses minoritários deverá
baixar. Assim, neste contexto o Grupo perspectiva efectuar uma distribuição anual de dividendos de 10,0 M€ sobre o
resultado líquido de cada um dos exercícios em análise, e reter resultados significativos (da ordem dos 5,4 M€ em 2014
a 34,4 M€ em 2018).
Num quadro de expansão de actividade o Grupo prevê, no que respeita à exploração, num quadro de menor recurso a
operações de factoring, um aumento progressivo do saldo de clientes em termos líquidos de adiantamentos (para
110,4 M€ no final de 2014 e para 144,8 M€ no final de 2018) aproximando-o do saldo de fornecedores de exploração
em termos líquidos de adiantamentos (face a 130,6 M€ no final de 2014); uma redução progressiva do saldo de
inventários para 176,8 M€ no final de 2015 e para 158,2 M€ no final de 2018.
Num contexto de aumento do activo em 2014 e em 2015, de estabilidade em 2016 e de descida nos anos seguintes
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(para 1 417,9 M€ no final de 2018), as perspectivas apontam para melhorias contínuas do rácio de autonomia financeira
para 27,6% no final de 2018, ou 33,6% se forem considerados os interesses minoritários (+7,2 pp e +10,4 pp,
respectivamente, face aos estimados para o final de 2014).
O Grupo estima que o saldo da dívida registe um ligeiro aumento no final de 2014 (de 1,9 M€, para 717,2 M€) e
sucessivas descidas nos anos seguintes, mais expressivas em 2017 e 2018 para 466,2 M€ no final deste ano. Ou seja,
no período em análise, o Grupo estima uma redução do saldo da dívida de 249,1 M€, dos quais 165,1 M€ do saldo da
dívida contratada para o financiamento da carteira de acções detida. O saldo desta dívida deverá baixar para 109,9 M€
no final de 2018, equivalente a 23,6% do saldo da dívida consolidada.
É de referir que de acordo com as estimativas do Grupo, o rácio mínimo estabelecido num dos programas de papel
comercial contratados para o financiamento da aquisição de acções será cumprido, com folga, se se mantiverem as
cotações das acções face à cotação de fecho de final de 2013. A única excepção verificar-se-ia no final de 2018,
situação que já se verificou no passado e em que não foi solicitado o reforço de garantias pelo Grupo. Note-se que no
período mais recente se verificou a queda da cotação das acções representativas do capital social da PORTUGAL
TELECOM, levando a que esse rácio mínimo não tenha sido respeitado, não tendo sido solicitado o reforço de
garantias.
No horizonte temporal em análise, o Grupo perspectiva um aumento de maturidade da dívida financeira,
nomeadamente com a colocação de um empréstimo obrigacionista de 70,0 M€ em meados de 2014, já realizado.
Assim, a proporção da dívida exigível a curto prazo deverá baixar para 12,2% no final de 2014. Nos anos seguintes esta
proporção deverá aumentar até ao final de 2017, atingindo o máximo de 24,6%, e baixar para 19,7% no final de 2018
(equivalente a 91,8 M€, incluindo os referidos 70,0 M€ do novo empréstimo obrigacionista).
É de referir que adicionalmente o Grupo está a ponderar efectuar um alongamento da maturidade da dívida financeira
ainda em 2014, tendo já iniciado contactos para a colocação de um novo empréstimo obrigacionista (entre 50,0 M€ e
75 M€), para além do previsto no plano em análise.
A actividade do Grupo é caracterizada por alguma sazonalidade, particularmente na área da indústria (Grupo VAA).
Nos primeiros quatro meses de 2014, em termos homólogos, verificou-se uma expansão do volume de negócios, de
12,1% para 186,2 M€. O EBITDA situou-se em 25,3 M€, conduzindo a uma melhoria do rácio EBITDA sobre o volume
de negócios de 0,9 pp, para 13,6% no período em análise. Num contexto em que a actividade e a sua rendibilidade
evoluíram no sentido previsto no plano a médio prazo, o EBIT atingiu 15,7 M€, mais 23,2% em termos homólogos.
O prejuízo financeiro dos primeiros quatro meses de 2014 foi de 17,1 M€, o qual não é directamente comparável com
o do período homólogo anterior (de 6,7 M€), devido ao registo da variação de cotação das acções detidas,
directamente em capitais próprios ou em resultados, e pelo facto de no período homólogo anterior ter sido registada
uma mais valia proveniente da alienação de acções da EDP. É de assinalar assim, em termos homólogos: a descida de
cerca de 44,0% do valor da especialização de dividendos registados que foi parcialmente compensada com a
diminuição de cerca de 23% do valor de juros suportados com a dívida contratada para o financiamento da carteira de
acções; o aumento na ordem dos 10% do valor de juros suportados com a outra dívida financeira, decorrente
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nomeadamente do aumento do seu saldo; e a verificação de diferenças de câmbio desfavoráveis de valor superior em
0,8 M€ face ao valor das diferenças de câmbio favoráveis (ao contrário do verificado no período homólogo anterior, em
que essa diferença foi de -0,6 M€). Num contexto de apuramento de imposto sobre o rendimento de 2,9 M€, o
resultado líquido dos primeiros quatro meses de 2014 foi de -4,2 M€, dos quais 0,7 M€ de interesses minoritários
e -4,9 M€ de accionistas.
Num quadro de expansão de actividade, e de menor recurso a operações de factoring face ao final de 2013 em 8,6 M€,
verificou-se que o saldo de fornecedores de exploração, em termos líquidos de adiantamentos, acompanhou
largamente o aumento do saldo de inventários e de clientes, igualmente em termos líquidos de adiantamentos. No que
respeita à actividade de investimento foram realizados cerca de 32,1 M€ nos primeiros quatro meses de 2014, cujo
financiamento contribuiu para um aumento do saldo da dívida financeira em 21,8 M€, para 737,2 M€, e à descida do
valor de disponibilidades, em 9,0 M€, para 24,0 M€ no final de Abril de 2014. O aumento da dívida foi também
influenciado pelo alargamento do perímetro de consolidação. Num contexto de ligeiro aumento do activo não se
verificou uma variação com significado no rácio de autonomia financeira do Grupo.
É de salientar que o atingir da expansão de actividade, das melhorias de rendibilidade e de estrutura previstas pelo
Grupo no plano em análise está dependente da concretização dos pressupostos assumidos. Assim, a eventual menor
expansão de actividade ou desvios nas perspectivas de melhoria da rendibilidade, variações das NFM, assim como a
verificação de diferenças de câmbio na área internacional ou custo médio da dívida mais elevado, a evolução da
cotação das acções, a variação de justo valor das propriedades de investimento e do valor da carteira de imóveis (que
o Grupo ainda perspectiva manter) terão influência na evolução da situação económico-financeira do Grupo.
ANÁLISE DE SENSIBILIDADE DA ARC RATINGS À CAPACIDADE DE
GERAÇÃO DE FUNDOS PELO GRUPO
De forma a analisar para o período de 2014 a 2018 a capacidade do Grupo honrar os compromissos financeiros de
curto e de médio e prazo sujeitos a rating a ARC Ratings considerou o Plano 2014-2018 elaborado pelo Grupo (cenário
base). Neste cenário a geração de fundos para o Grupo deverá ser crescente, com excepção de 2016, de acordo com o
Quadro 7.2., e poderá ascender a 113,4 M€ em 2014, a 141,3 M€ em 2015, a 125,4 M€ em 2016, a 177,4 M€ em 2017
e a 197,4 M€ em 2018.
A capacidade de geração de EBITDA será determinante para a geração de fundos do Grupo, estimando o Grupo que
assuma valores crescentes, de 96,2 M€ em 2014 a 134,3 M€ em 2018. Ou seja, são estimados crescimentos
significativos, embora a taxas decrescentes de 16,6% em 2014 para 5,4% em 2018.
O desinvestimento, particularmente da carteira de acções detidas, contribuirá também de forma expressiva para a
geração de fundos do Grupo, e gerará, num contexto de manutenção das cotações de final de 2013, 47,4 M€ em 2017
e 62,8 M€ em 2018. Adicionalmente o Grupo perspectiva obter fundos da alienação de activos fixos tangíveis de
3,0 M€ em 2013 e de 3,4 M€ em 2015. Atendendo ao pressuposto de alienação de acções, os fundos provenientes do
recebimento de dividendos, em termos líquidos de IRC retido, deverão ser sucessivamente menos expressivos, de
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4,9 M€ de 2014 a 2016 e de 2,6 M€ em 2017 e 0,4 M€ em 2018.
O Grupo perspectiva que das condições de desenvolvimento da actividade, nomeadamente das NFM, resulte a
geração de fundos de 9,2 M€ em 2014 e de 23,9 M€ em 2015. Esta situação dever-se-á inverter nos anos seguintes.
As necessidades de fundos do Grupo para o período de 2014 a 2018 poderão ascender a 266,4 M€ em 2014, a
208,8 M€ em 2015, a 205,1 M€ em 2016, a 213,3 M€ em 2017 e a 220,5 M€ em 2018.
QUADRO 7.2.
GRUPO VISABEIRA SGPS, EM TERMOS CONSOLIDADOS - CENÁRIO BASE DE GERAÇÃO E
NECESSIDADES DE FUNDOS PARA O PERÍODO DE 2014 A 2018
2014 (P)
2015 (P)
2016 (P)
2017 (P)
2018 (P)
113 353,1
141 347,2
125 401,8
177 367,7
197 444,9
Valores em M€
I) Geração de Fundos
dos Quais:
EBITDA
96 222,6
109 117,8
120 478,8
127 388,7
134 288,2
Dividendos, Líquido de IRC Retido
4 923,8
4 923,7
4 923,0
2 550,4
391,2
Variação das NFM ou de Outra Natureza
9 206,8
23 942,6
0,0
0,0
0,0
Desinvestimento, do Qual:
3 000,0
3 363,1
0,0
47 428,6
62 765,4
Alienação Edíficio Porto
3 000,0
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
3 363,1
n.a.
n.a.
n.a.
Recuperação de Investimento Realizado no Projecto de uma Unidade Hospital
Alienação Acções
II) Necessidades de Fundos
0,0
0,0
0,0
47 428,6
62 765,4
266 395,2
208 782,7
205 093,9
213 271,0
220 463,3
das Quais:
Saldo de Dívida Financeira, exigível no final do ano anterior
142 282,6
87 827,3
108 975,2
129 994,1
142 900,9
Pagamento de Encargos Financeiros
36 043,2
36 768,1
36 458,8
30 261,3
23 686,6
Pagamento de IRC
13 794,5
13 889,1
16 197,0
18 617,8
21 395,4
Investimento a Realizar
74 275,0
60 298,2
30 548,4
17 294,6
17 533,4
Variação das NFM ou de Outra Natureza
0,0
0,0
2 914,5
7 103,2
4 947,0
Distribuição de Dividendos à NCFGEST
0,0
10 000,0
10 000,0
10 000,0
10 000,0
(153 042,1)
(67 435,6)
(79 692,1)
(35 903,3)
(23 018,4)
144 169,9
70 174,3
82 179,6
37 738,6
28 611,0
V) Variação de Disponibilidades
(8 872,3)
2 738,8
2 487,5
1 835,3
5 592,6
VI) Disponibilidades no Final do Período
23 633,7
26 372,5
28 860,0
30 695,3
36 287,9
717 226,5
699 573,5
672 777,9
580 522,4
466 232,6
III = I - II
IV) Contratação de Nova Dívida (Divida que se Vence + Variação Saldo da Dívida)
VII) Saldo da Dívida Financeira no Final do Período
Notas:
(P) = Previsões; n.a. = Não aplicável.
Fonte:
Plano para 2014 a 2018, preparado pelo Grupo em Maio de 2014, tendo por base as contas consolidadas de 2013.
Assim, num contexto de realização de investimento significativo no ano em curso e nos dois próximos anos e de
desinvestimento mais expressivo em 2017 e em 2018, o cenário base aponta para a necessidade de
renovação / contratação de dívida na ordem dos 144,2 M€ em 2014, de 70,2 M€ em 2015, de 82,2 M€ em 2016, de
37,7 M€ em 2017 e de 28,6 M€ em 2018. De referir que, relativamente às necessidades para 2014 o Grupo em Julho
de 2014 realizou a emissão de um novo empréstimo obrigacionista no valor de 70 M€, contratou dois novos
financiamentos no valor global de 16 M€ (dos quais 10,0 M€ para reestruturação de dívida) e no que respeita ao
financiamento de investimento: encontram-se aprovados 18,7 M€ para o financiamento das unidades hoteleiras; e
encontram-se em fase adiantada de negociação o destinado a financiar o investimento a realizar pela TV CABO
ANGOLA, junto do BEI (no valor de 20,0 M€) e de outros bancos comerciais (no valor de cerca de 12,0 M€, tendo já
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Grupo Visabeira
Relatório de Rating
sido obtida a autorização do BEI).
Adicionalmente, no final de 2013 o Grupo dispunha de disponibilidades no valor de 32,5 M€. Após uma redução
estimada de 8,9 M€ em 2014, o Grupo prevê sucessivos aumentos moderados deste saldo que deverá ascender a
36,3 M€ no final de 2018.
QUADRO 7.3.
GRUPO VISABEIRA SGPS, EM TERMOS CONSOLIDADOS - CENÁRIO A DE GERAÇÃO E
NECESSIDADES DE FUNDOS PARA O PERÍODO DE 2014 A 2018
2014 (P)
2015 (P)
2016 (P)
2017 (P)
2018 (P)
98 919,7
124 979,5
107 330,0
158 259,4
177 301,6
Valores em M€
I) Geração de Fundos
dos Quais:
EBITDA
81 789,2
92 750,1
102 407,0
108 280,4
114 145,0
Dividendos, Líquido de IRC Retido
4 923,8
4 923,7
4 923,0
2 550,4
391,2
Variação das NFM ou de Outra Natureza
9 206,8
23 942,6
0,0
0,0
0,0
Desinvestimento, do qual:
3 000,0
3 363,1
0,0
47 428,6
62 765,4
Alienação Edíficio Porto
n.a.
3 000,0
n.a.
n.a.
n.a.
Recuperação de Investimento Realizado no Projecto Unidade Hospital
n.a.
3 363,1
n.a.
n.a.
n.a.
Alienação Acções
0,0
0,0
0,0
47 428,6
62 765,4
266 395,2
208 782,7
205 093,9
213 271,0
220 463,3
II) Necessidades de Fundos
das Quais:
Saldo de Dívida Financeira, Exigível no Final do Ano Anterior
142 282,6
87 827,3
108 975,2
129 994,1
142 900,9
Pagamento de Encargos Financeiros
36 043,2
36 768,1
36 458,8
30 261,3
23 686,6
Pagamento de IRC
13 794,5
13 889,1
16 197,0
18 617,8
21 395,4
Investimento a Realizar
74 275,0
60 298,2
30 548,4
17 294,6
17 533,4
Variação das NFM ou de Outra Natureza
0,0
0,0
2 914,5
7 103,2
4 947,0
Distribuição de Dividendos à NCFGEST
0,0
10 000,0
10 000,0
10 000,0
10 000,0
(167 475,5)
(83 803,2)
(97 763,9)
(55 011,6)
(43 161,6)
158 603,2
86 542,0
100 251,4
56 846,9
48 754,3
V) Variação de Disponibilidades
(8 872,3)
2 738,8
2 487,5
1 835,3
5 592,6
VI) Disponibilidades no Final do Período
23 633,7
26 372,5
28 860,0
30 695,3
36 287,9
731 659,9
730 374,6
721 650,8
648 503,5
554 357,0
III = I - II
IV) Contratação de Nova Dívida (Divida que se Vence + Variação Saldo da Dívida)
VII) Saldo da Dívida Financeira no Final do Período
Notas:
(P) = Previsões; n.a. = Não aplicável.
Fonte:
Plano para 2014 a 2018, preparado pelo Grupo em Maio de 2014, tendo por base as contas consolidadas de 2013.
É de salientar que a previsão de necessidades de fundos e de geração de recursos pelo Grupo apresenta sensibilidade,
entre outros, à capacidade de geração de EBITDA conforme previsto e à evolução da taxa de juro e / ou spreads
praticados no saldo da dívida financeira do Grupo, particularmente não relacionada com o financiamento da aquisição
das acções. Assim, para efeitos de análise a ARC Ratings considerou, neste período, dois cenários de stress:
−
o cenário A, que reflecte alterações ao cenário base apenas ao nível da capacidade de geração de fundos,
assumindo a verificação de: uma menor capacidade de geração de EBITDA em 15%, para 81,8 M€ em 2014
(ligeiramente inferior à obtida 2013) e crescente nos anos seguintes atingindo 114,1 M€ em 2018; neste cenário A
verifica-se uma eventual necessidade do Grupo de renovação / contratação de dívida de 158,6 M€ em 2014 (+10%
face ao cenário base), 86,5 M€ em 2015, 100,3 M€ em 2016, 56,8 M€ em 2017 e 48,8 M€ em 2018; e
−
o cenário B, que reflecte alterações ao cenário base apenas ao nível das necessidades de fundos que aumentariam
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em consequência do aumento de 1,0 pp no custo médio da dívida a que corresponderão mais encargos financeiros
de cerca de 7,2 M€ em 2014 e decrescente nos anos seguintes para 5,2 M€ em 2018; neste cenário B verifica-se
uma eventual necessidade do Grupo de renovação / contratação de dívida de 151,3 M€ em 2014 (+5% face ao
cenário base), de 77,3 M€ em 2015, de 89,0 M€ em 2016, de 44,0 M€ em 2017 e de 33,8 M€ em 2018.
QUADRO 7.4.
GRUPO VISABEIRA SGPS, EM TERMOS CONSOLIDADOS - CENÁRIO B DE GERAÇÃO E
NECESSIDADES DE FUNDOS PARA O PERÍODO DE 2014 A 2018
2014 (P)
2015 (P)
2016 (P)
2017 (P)
2018 (P)
113 353,1
141 347,2
125 401,8
177 367,7
197 444,9
Valores em M€
I) Geração de Fundos
dos Quais:
EBITDA
96 222,6
109 117,8
120 478,8
127 388,7
134 288,2
Dividendos, Líquido de IRC Retido
4 923,8
4 923,7
4 923,0
2 550,4
391,2
Variação das NFM ou de Outra Natureza
9 206,8
23 942,6
0,0
0,0
0,0
Desinvestimento, do qual:
3 000,0
3 363,1
0,0
47 428,6
62 765,4
Alienação Edíficio Porto
n.a.
3 000,0
n.a.
n.a.
n.a.
Recuperação de Investimento Realizado no Projecto de uma Unidade Hospital
n.a.
3 363,1
n.a.
n.a.
n.a.
Alienação Acções
0,0
0,0
0,0
47 428,6
62 765,4
273 558,1
215 866,7
211 955,7
219 537,5
225 697,1
II) Necessidades de Fundos
das Quais:
Saldo de Dívida Financeira, Exigível no Final do Ano Anterior
142 282,6
87 827,3
108 975,2
129 994,1
142 900,9
Pagamento de Encargos Financeiros
43 206,0
43 852,1
43 320,6
36 527,8
28 920,4
Pagamento de IRC
13 794,5
13 889,1
16 197,0
18 617,8
21 395,4
Investimento a Realizar
74 275,0
60 298,2
30 548,4
17 294,6
17 533,4
Variação das NFM ou de Outra Natureza
0,0
0,0
2 914,5
7 103,2
4 947,0
Distribuição de Dividendos à NCFGEST
0,0
10 000,0
10 000,0
10 000,0
10 000,0
(160 204,9)
(74 519,6)
(86 553,9)
(42 169,8)
(28 252,2)
151 332,7
77 258,3
89 041,4
44 005,1
33 844,8
V) Variação de Disponibilidades
(8 872,3)
2 738,8
2 487,5
1 835,3
5 592,6
VI) Disponibilidades no Final do Período
23 633,7
26 372,5
28 860,0
30 695,3
36 287,9
724 389,4
706 657,5
679 639,7
586 788,9
471 466,3
III = I - II
IV) Contratação de Nova Dívida (Divida que se Vence + Variação Saldo da Dívida)
VII) Saldo da Dívida Financeira no Final do Período
Notas:
(P) = Previsões; n.a. = Não aplicável.
Fonte:
Plano para 2014 a 2018, preparado pelo Grupo em Maio de 2014, tendo por base as contas consolidadas de 2013.
A análise da geração e necessidade de fundos prevista para o período de 2014 a 2018 com a verificação em
simultâneo dos dois cenários de stress considerados, mantendo tudo o resto constante, indica uma necessidade de
renovação / contratação de dívida na ordem dos 165,8 M€ em 2014, de 93,6 M€ em 2015, de 107,1 M€ em 2016, de
63,1 M€ em 2017 e de 54,0 M€ em 2018.
Atendendo à representatividade da CGD como entidade financiadora do Grupo, para além de accionista indirecta, é
de referir que as notações de rating atribuídas aos seus compromissos financeiros de médio prazo e de curto prazo
pelas seguintes agências de rating internacionais são as seguintes: de BB+, com outlook negativo, e de B, pela FITCH;
de BB-, com outlook estável, e de B, com outlook estável, pela S&P; de Ba3, com outlook negativo, e de Not-Prime,
com outlook negativo, pela MOODY'S; e de BBB low e R-2 mid, pela DBRS.
8.
NOTAÇÃO
A ARC Ratings é da opinião que o pagamento atempado e na íntegra dos compromissos financeiros da GRUPO
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VISABEIRA SGPS sujeitos a rating depende da geração de fundos do Grupo, principalmente do desenvolvimento da
actividade operacional, da evolução dos seus investimentos financeiros, das taxas de juro e da capacidade e vontade
do sistema financeiro para acomodar as necessidades de financiamento do Grupo. Na medida em que em termos
operacionais o Grupo estima uma contribuição equitativa do mercado nacional e internacional, a capacidade de
geração de fundos é influenciada pela evolução dos riscos a que a actividade internacional está sujeita (nomeadamente
cambial e político). Na opinião da ARC Ratings, a GRUPO VISABEIRA SGPS apresenta capacidade razoável para
cumprir os seus compromissos financeiros, estando no entanto exposto a situações que poderão levar a uma
inesperada deterioração desta capacidade. Assim, a ARC Ratings atribui a notação B, com tendência positiva, aos
compromissos financeiros de curto prazo e BB+, com tendência estável, aos compromissos financeiros de médio e
longo prazo.
Na medida em que poderão influenciar a capacidade da GRUPO VISABEIRA SGPS honrar, atempadamente e na
íntegra, os compromissos financeiros sujeitos a rating, a ARC Ratings manterá sob observação os seguintes aspectos:
−
a capacidade de geração, e recebimento, de EBITDA e a evolução dos riscos cambiais e políticos a que se encontra
sujeita, num contexto em que o Grupo estima uma contribuição mais equitativa entre os mercados nacional e
internacional, mantendo uma dependência significativa da actividade desenvolvida em Angola e em Moçambique;
−
a evolução da cotação das acções em carteira, e dos respectivos dividendos;
−
a capacidade do Grupo em renovar e / ou obter novos financiamentos que sejam necessários;
−
a taxa de juro e / ou spreads praticados no saldo da dívida financeira do Grupo, particularmente da não relacionada
com o financiamento da aquisição das acções;
−
a concretização do plano de investimentos conforme previsto; e
−
a evolução da autonomia financeira consolidada da GRUPO VISABEIRA SGPS.
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NOTAÇÕES DE MÉDIO E LONGO PRAZO DE EMITENTE
Grau de Risco Baixo
AAA
“AAA” é a notação de emitente mais elevada atribuída pela ARC Ratings. Um emitente com notação “AAA” não
apresenta apenas uma capacidade extremamente forte de honrar seus compromissos financeiros mas beneficia
também de um conjunto de circunstâncias que, de facto, tornam a possibilidade de incumprimento de crédito num
evento estritamente remoto.
AA
Um emitente com uma notação “AA” também tem uma capacidade muito forte para cumprir os seus
compromissos financeiros. Esta notação difere da “AAA” apenas em pequeno grau.
A
Um emitente com uma notação “A” tem uma capacidade bastante forte para cumprir os seus compromissos
financeiros, sendo, no entanto, mais susceptível a modificações adversas de conjuntura ou outras, do que os
emitentes com as notações mais elevadas.
Grau de Risco Moderado
BBB
Um emitente com uma notação “BBB” apresenta uma adequada capacidade para cumprir os seus compromissos
financeiros. No entanto, modificações adversas de conjuntura ou alterações súbitas de circunstâncias, poderão
levar a uma capacidade mais enfraquecida do emitente para cumprir os seus compromissos financeiros.
BB
Um emitente com uma notação “BB” apresenta uma capacidade razoável para cumprir os seus compromissos
financeiros. Contudo, o emitente enfrenta importantes incertezas ou está exposto a condições adversas do
negócio, financeiras ou económicas, que o poderão levar a uma inesperada deterioração da sua capacidade para
cumprir os seus compromissos financeiros.
Grau de Risco Elevado
B
Um emitente com uma notação “B” é mais vulnerável do que os emitentes com notação “BB”, no sentido de que
condições adversas do negócio, financeiras, ou económicas deverão provavelmente prejudicar essa capacidade ou
até a vontade em honrar o respectivo serviço da dívida.
CCC
Um emitente com uma notação “CCC” está muito vulnerável e estritamente dependente de condições favoráveis
do negócio, financeiras e económicas para cumprir os seus compromissos financeiros.
Incumprimento Iminente ou Verificado
CC
Um emitente com uma notação “CC” está altamente vulnerável a não ser capaz de cumprir as obrigações futuras,
apesar de presentemente não apresentar atrasos de pagamento.
C
Probabilidade iminente de incumprimento dos compromissos financeiros. Um processo de reestruturação da dívida
poderá estar em curso, quer por iniciativa dos credores ou por acção judicial.
D
Uma notação “D” indica que o emitente se encontra presentemente em incumprimento de compromissos
financeiros.
Os ratings de “AA” a “CCC” podem ser complementados com a adição de “+” ou “-“, que indicam a posição relativa em cada notação.
Complementarmente à notação é apresentada a tendência: indicação da possível evolução da notação (positiva
positiva,
positiva estável,
estável negativa ou indefinida)
indefinida
durante um ano, embora tal não implique necessariamente uma alteração futura da notação ou um follow-up antecipado.
*
A ARC Ratings procedeu à actualização das suas tabelas de notações em 18 de Junho de 2013, mantendo-se a equivalência entre as notações
das tabelas anteriores e as das mais recentes.
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Relatório de Rating
NOTAÇÕES DE CURTO PRAZO DE EMITENTE
A-1
Esta notação é atribuída aos emitentes com uma forte capacidade de pagamento dos seus compromissos
financeiros de curto prazo. Um emitente com notação “A-1” encontra-se na categoria mais elevada atribuída pela
ARC Ratings. Os emitentes com uma capacidade de pagamento muito forte serão distinguidos com o sinal mais
(+).
A-2
Um emitente com notação "A-2", apesar de pertencer à categoria de notações com capacidade de pagamento
forte, poderá estar um pouco vulnerável a certas modificações nas condições económicas. No entanto, a
capacidade do emitente para satisfazer os seus compromissos financeiros é considerada muito satisfatória.
A-3
Um emitente com notação "A-3" apresenta capacidade endógena de pagamento satisfatória. Contudo, condições
económicas adversas ou alterações de circunstâncias têm maior possibilidade de enfraquecer a capacidade do
emitente honrar os seus compromissos financeiros. As condições exógenas tornam-se assim num aspecto relevante
neste caso.
B
Um emitente com notação “B” é considerado como tendo significativas vulnerabilidades a alterações do meio
envolvente. Não obstante o emitente deter actualmente capacidade para cumprir os seus compromissos
financeiros, depara-se com significativas incertezas que podem influenciar o seu pagamento atempado e na
íntegra.
C
Um emitente com notação “C” tem actualmente maior probabilidade de não pagamento do que de pagamento, e
portanto o cumprimento integral dos seus compromissos financeiros de curto prazo permanece muito dependente
da evolução favorável do negócio, da situação financeira do emitente e da conjuntura económica.
D
Esta notação indica que o emitente está ou poderá vir a estar em incumprimento em pelo menos um dos seus
compromissos financeiros de curto prazo.
Complementarmente à notação é apresentada a tendência: indicação da possível evolução da notação (positiva
positiva,
positiva estável,
estável negativa ou indefinida)
indefinida
durante seis meses, embora tal não implique necessariamente uma alteração futura da notação ou um follow-up antecipado.
*
A ARC Ratings procedeu à actualização das suas tabelas de notações em 18 de Junho de 2013, mantendo-se a equivalência entre as notações
das tabelas anteriores e as das mais recentes.
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Relatório de Rating
NOTAÇÕES DE CURTO PRAZO DE EMISSÕES
A-1
Um compromisso financeiro de curto prazo com notação “A-1” encontra-se na categoria mais elevada atribuída
pela ARC Ratings. Esta notação é atribuída quando a capacidade e a vontade de pagamento do emitente relativa
ao compromisso financeiro em causa é forte. Os compromissos financeiros em que se considere que o emitente
possui uma capacidade muito forte de pagamento serão distinguidos com o sinal mais (+).
A-2
Um compromisso financeiro de curto prazo com notação "A-2", apesar de pertencer à categoria de notações com
capacidade de pagamento forte, poderá ser um pouco vulnerável a certas modificações nas condições
económicas. No entanto, a capacidade do emitente para satisfazer o compromisso financeiro notado é
considerada muito satisfatória.
A-3
Um compromisso financeiro de curto prazo com notação "A-3" apresenta parâmetros endógenos de protecção
adequados. Contudo, condições económicas adversas ou alterações de circunstâncias têm maior possibilidade de
enfraquecer a capacidade do emitente honrar o compromisso financeiro notado. As condições exógenas tornamse assim num aspecto relevante neste caso.
B
Um compromisso financeiro de curto prazo com notação “B” é considerado como tendo significativas
vulnerabilidades a alterações do meio envolvente. Não obstante o emitente deter actualmente capacidade para
cumprir os seus compromissos financeiros, depara-se com significativas incertezas que podem influenciar o seu
pagamento atempado e na íntegra.
C
Um compromisso financeiro de curto prazo com notação “C” tem actualmente maior probabilidade de não
pagamento do que de pagamento, e portanto o seu cumprimento integral permanece muito dependente da
evolução favorável do negócio, da situação financeira do emitente e da conjuntura económica.
D
Esta notação indica que o compromisso financeiro em causa está ou estará em incumprimento na sua maturidade.
Complementarmente à notação é apresentada a tendência: indicação da possível evolução da notação (positiva
positiva,
positiva estável,
estável negativa ou indefinida)
indefinida
durante seis meses, embora tal não implique necessariamente uma alteração futura da notação ou um follow-up antecipado.
*
A ARC Ratings procedeu à actualização das suas tabelas de notações em 18 de Junho de 2013, mantendo-se a equivalência entre as notações
das tabelas anteriores e as das mais recentes.
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10501050 -139 Lisboa
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Site:
www.arcratings.com
A ARC Ratings, S.A. está registada como Agência de Notação de Risco (CRA) junto da European Securities and Markets
Authority (ESMA), de acordo com o REGULAMENTO (CE) Nº 1060/2009 DO PARLAMENTO EUROPEU E DO
CONSELHO, de 16 de Setembro de 2009, e reconhecida como External Credit Assessment Institution (ECAI) para
Empresas pelo Banco de Portugal.
As notações de rating atribuídas pela ARC Ratings são opiniões sobre a capacidade e vontade de uma entidade honrar,
atempadamente e na íntegra, os compromissos financeiros sujeitos a rating.
O(s) rating(s) atribuído(s) pela ARC Ratings neste relatório foi(ram) solicitado(s) pela entidade cujos compromissos são sujeitos a rating.
As taxas de incumprimento históricas da ARC Ratings são publicadas na European Securities and Markets Authority Central Repository
(CEREP) e podem ser consultadas no website cerep.esma.europa.eu/cerep-web/. A ARC Ratings define taxa de incumprimento como
a probabilidade de o devedor não realizar o pagamento integral e atempado do capital ou dos juros dos compromissos sujeitos a
rating, ou da ocorrência de qualquer facto que indique explicitamente que o pagamento integral e atempado destes compromissos
não irá acontecer no futuro (por exemplo, no caso de insolvência).
Posteriormente à atribuição da notação de rating pelo Painel de Rating cabe à entidade cujos compromissos são sujeitos a rating a
decisão de publicação ou não da mesma, não havendo possibilidade de qualquer alteração da mesma por parte da ARC Ratings.
Constituem excepções a esta opção os casos previstos legalmente e a divulgação da contratação de qualquer trabalho de rating
sobre produtos estruturados.
Os ratings não constituem recomendações de compra ou venda, sendo apenas um dos elementos a ponderar pelos investidores.
A ARC Ratings procede, ao longo de todo o período em que as notações de rating se encontram válidas, a um acompanhamento
constante da evolução do emitente, podendo, inclusivamente, antecipar a data de realização do follow-up. Assim, previamente à
utilização da notação do rating pelo investidor a ARC Ratings recomenda a sua confirmação, nomeadamente através da consulta da
lista de ratings públicos no web site www.arcratings.com.
Os ratings baseiam-se em informação recolhida junto de um conjunto alargado de fontes de informação, com destaque para a
prestada pela entidade cujos compromissos financeiros são sujeitos a rating, incluindo informação confidencial, a qual é utilizada e
trabalhada, com todo o cuidado, pela ARC Ratings. Não obstante os cuidados na obtenção, cruzamento e tratamento da informação
para efeitos da análise de rating, a ARC Ratings não se pode responsabilizar pela sua veracidade, sendo exigível a percepção por
parte da ARC Ratings de um nível mínimo de qualidade da informação para que se proceda à atribuição das notações de rating.
No processo de rating a ARC Ratings adopta procedimentos e metodologias no sentido de assegurar a transparência, a credibilidade,
a independência, e que a atribuição de notações de rating não seja influenciada por situações de conflito de interesse. Excepções
quanto a estes princípios são divulgadas pela ARC Ratings em conjunto com a notação de rating do compromisso financeiro.
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ARC Ratings, S.A.

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