ANAIS do coNgreSSo - RD Consultoria e Eventos

Transcrição

ANAIS do coNgreSSo - RD Consultoria e Eventos
Nefrologia
I Fórum Nacional de Nutrição em Nefrologia
I Encontro Paulista Multiprofissional em Nefrologia
XV NEFRETICO
ANAIS do
congresso
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
ÍNDICE
3
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
TEMAS LIVRES/APRESENTAÇÃO ORAL - DIAS E HORÁRIOS DE APRESENTAÇÃO
DIÁLISE
TL-01 - Associação entre Níveis de pró-BNP e Sódio com Hipertensão
Refratária em Pacientes Hemodialíticos
Bichuette-Custodio F, Tokuda BM, Costa VMP, Oliveira JFP
Data: 15 DE SETEMBRO Horário: 14h30-14h40 Local: BALLROOM B
TL-02 - Body mass index hide malnutrition revealed by albumin in
patients on peritoneal dialysis (PD)
JOSé ABRãO CARDEAL DA COSTA, VIVIANA TEIXEIRA HENRIQUES, ROBERTO PECOITS-FfILHO, JOSé
CAROLINO DIVINO-FILHO
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h30-14h40Local: BALLROOM C
TL-03 - Hemodiálise, Hemodiafiltração e Hemofiltração Curta
Diária: Análise Comparativa da dose de tratamento e da remoção
de solutos
MELO NCV, Moyses RMA, Castro MCM
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h40-14h50Local: BALLROOM C
TL-04 - Preditivos clínicos e microbiológicos da evolução das
peritonites por Staphylococcus aureus: experiência em um único
centro durante 15 anos.
PASQUAL BARRETTI, Carlos Henrique Camargo, Alessandro Lia Mondelli, Jacqueline Costa
Teixeira Caramori, Augusto Cezar Montelli, Maria de Lourdes Ribeiro Cunha
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h50-15h00Local: BALLROOM C
TL-05 - Preditores de evento cardiovascular em hemodiálise
Aline de Araujo Antunes, Francieli Delatim Vannini, Barbara Perez Vogt, Liciana Vaz de
Arruda Silveira, Pasqual Barretti, Jacqueline Costa Teixeira Caramori
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h10-15h20Local: BALLROOM B
TL-06 - Prevenção da falência de ultrafiltração e espessamento
da membrana peritoneal com o beta-bloqueador nebivolol em
modelo experimental de diálise peritoneal
ANNA RITA MORAES DE SOUZA AGUIRRE MAZO, Guadalupe González-Mateo, Hugo Abensur,
Luiz Stark Aroeira, Vanessa Millara Fernandez, Pilar Sandoval, Patricia Albar-Vizcaino,
Maria Luisa Perez-Lozano, Rafael Selgas, Manuel Lopez-Cabrera, Abelardo Aguil
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h00-15h10Local: BALLROOM C
TL-07 - Reprocessamento de Dialisadores de Alto Fluxo e Alta
Eficiência em sessões de Hemodiafiltração online Curta Diária:
Impacto sobre o Transporte de Solutos
MELO NCV , Moyses RMA , Castro MCM
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h10-15h20Local: BALLROOM C
TL-08 - Reuso de Capilares de Alto Fluxo e Alta Eficiência na
Hemodiafiltração Online Curta Diária: Impacto sobre a dose do
tratamento e a cinética de moléculas médias
MELO NCV , Moyses RMA , Castro MCM
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h20-15h30Local: BALLROOM C
TL-09 - Zinco-α2-glicoproteína está negativamente associada à
gordura corporal em pacientes em hemodiálise
VIVIANE DE OLIVEIRA LEAL, JULIE CALIXTO LOBO, MILENA BARCZA STOCKLER-PINTO, NAJLA ELIAS
FARAGE, DENISE MAFRA
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h20-15h30Local: BALLROOM B
DISTÚRBIOS DO METABOLISMO MINERAL E ÓSSEO
TL-14 - Osteodistrofia Renal: Comparação entre os modelos
experimentais NX5/6 e Adenina
GUARACIABA OLIVEIRA FERRARI, Juliana Ferreira Neves, Raquel T. Cavallari, Katia Neves,
Luciene Reis, Wagner Dominguez, Elizabeth Oliveira, Fabiana Graciolli, Jutta PasslickDeetjen, Vanda Jorgetti, Rosa Maria Affonso Moysés
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 15h10-15h20Local: ITATIBA
TL-15 - Situação atual da paratireoidectomia no Brasil: dados do
Censo Brasileiro de Paratireoidectomia
Eduardo Neves da Silva, Douglas M. F. Charpinel, José Edevanilson Barros Gueiros,
Carolina Lara Neves, Elisa de Albuquerque Sampaio, Rosa Maria Affonso Moysés, Aluizio
Barbosa de Carvalho, Vanda Jorgetti, RODRIGO BUENO DE OLIVEIRA
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 15h20-15h30Local: ITATIBA
DOENÇA RENAL CRÔNICA
TL-16 - A hiperleptinemia se associa à presença e severidade da
isquemia miocárdica em pacientes com doença renal crônica não
diálise-dependentes.
Cordeiro AC, Oliveira MAC, Smanio P, Amodeo C, AMPARO FC, Sousa AGMR, Lindholm B,
Carrero JJ
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h30-14h40Local: ITATIBA
TL-17 - Alterações glomerulares e intersticiais no modelo de
nefropatia induzida por adenina: reversibilidade e efeito do
tratamento tardio com Losartan (L)
Okabe C, Malheiros DM, Machado FG, Costa SR, Fanelli C, Sena CR, Barlette GP, Viana VL,
Camara NOS, Zatz R, Fujihara CK
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h40-14h50Local: ITATIBA
TL-18 - ASSOCIAÇÃO ENTRE A CAPACIDADE AERÓBICA, RIGIDEZ ARTERIAL
E PROTEÍNA C-REATIVA EM RENAIS CRÔNICOS EM TRATAMENTO
CONSERVADOR
FLÁVIO GOBBIS SHIRAISHI, VIVIANA RUGOLO OLIVEIRA E SILVA, FERNANDA STRINGUETTA BELIK, LUIS
CUADRADO MARTIN, RENATO S GONÇALVES, JOÃO CARLOS HUEB, ROBERTO JORGE DA SILVA FRANCO
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h50-15h00Local: ITATIBA
TL-19 - Níveis plasmáticos de acyl- grelina e sua relação com o
Índice de Massa Corporal nos pacientes em hemodiálise
Moraes C, Barros AF, Lobo JC, Stockler-Pinto MB, Mafra D
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h00-15h10Local: ITATIBA
TL-20 - PAPEL DAS CÉLULAS-TRONCO DERIVADAS DO TECIDO ADIPOSO NA
PROGRESSÃO DA DOENÇA RENAL
DONIZETTI-OLIVEIRA C, Burgos-Silva M, Semedo P, Cenedeze M, Reis MA, Malheiros DMAC,
Pacheco-Silva A, Camara NOS
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h10-15h20Local: ITATIBA
TL-21 - Screening for Occult REnal Disease (SCORED) é uma
ferramenta útil para identificar indivíduos de alto risco para
doença renal crônica
COUTINHO, IHIILS, Romão Jr, JE, Castro, MCM, Castro, JGD, Coutinho, RMFB
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h20-15h30Local: ITATIBA
FISIOPATOLOGIA RENAL / NEFROLOGIA
EXPERIMENTAL (NEFRETICO)
TL-10 - Avaliação do metabolismo mineral e ósseo de pacientes em
diálise peritoneal
TL-22 - AÇÃO DO PEPTÍDEO ATRIAL NATRIURÉTICO (ANP) NO EFEITO NÃOGENÔMICO DA ALDOSTERONA SOBRE O TROCADOR NA+/H+ DO TÚBULO
PROXIMAL RENAL
Oliveira, RA, Ferreira, JC, Britto, ZML, Pinheiro, VF, Moysés, RM, Jorgetti, V
DEISE CARLA ALMEIDA LEITE DELLOVA, CELSO BRAGA SOBRINHO, MARGARIDA DE MELLO AIRES
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h30-14h40Local: ITATIBA
Data: 14 DE SETEMBROHorário: 11h30-11h50Local: SALA LONDRINA
TL-11 - Efeito da alta concentração de glicose na função de
osteoblastos
JULIANA DE SOUZA CUNHA , Vanessa Meira Ferreira , Mirian Aparecida Boim
TL-23 - Análise comparativa da sublocalização celular e da
atividade promotora do gene da isoforma 3 do Trocador Na+/H+
(NHE3) em condições de acidose metabólica e respiratória
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h40-14h50Local: ITATIBA
Silva PHI, Neri EA , Rebouças NA
TL-12 - Efeito dos quelantes de Fósforo na expressão gênica da
Via Wnt, na Doença Óssea Adinâmica
Ferreira JC, Ferrari GO, Cavallari RT, Dominguez WV, Oliveira EM, dos Reis LM, Graciolli FG,
Neves KR, Liu S, Sabbagh Y, Jorgetti V, Schiavi S, Moysés RMa
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h50-15h00Local: ITATIBA
TL-13 - Fósforo sérico apresenta associação com calcificação
e obstrução coronarianas em pacientes com função renal
preservada
ANA LUDIMILA ESPADA CANCELA, Raul Dias Santos, Sílvia Maria Titan, Carlos Eduardo
Rochitte, Pedro A Lemos, Luciene Machado dos Reis, Fabiana Giorgetti Graciolli, Vanda
Jorgetti, Rosa Maria Affonso Moysés, Patrícia Taschmer Goldenstein
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 15h00-15h10Local: ITATIBA
Data: 14 DE SETEMBROHorário: 15h40-16h00Local: SALA LONDRINA
TL-24 - CAMUNDONGOS CÍSTICOS Pkd1cond/cond:Balcre DESENVOLVEM
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E EXPRESSÃO DE COMPONENTES DO
SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA NO EPITÉLIO DE CISTOS RENAIS
Jonathan Mackowiak da Fonseca, Ana Paula Almeida Bastos, Leandro Souza, Klaus
Piontek, Andressa Godoy Amaral, Denise M. Malheiros, Maria Cláudia Irigoyen, Terry
Watnick, Luiz Fernando Onuchic
Data: 14 DE SETEMBROHorário: 11h50-12h10Local: SALA LONDRINA
TL-25 - Efeito da nicotina nas adaptações maternas sistêmicas e
intrarenais durante a gravidez
VANESSA MEIRA FERREIRA, CLEVIA DOS SANTOS PASSOS, Mirian Aparecida Boim
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h30-15h50Local: SALA LONDRINA
5
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
TL-26 - Efeito da Própolis Vermelha sobre a Progressão da Nefropatia
Experimental em Ratos submetidos à Ablação Renal de 5/6
TL-40 - O papel da glomérulo esclerose segmentar e focal na
progressão da Nefropatia da IgA
Tarcilo Machado da Silva, Francisco Pessoa da Cruz Júnior, Paulo André Carvalho de
Sousa, Henrique Oliveira Costa, Zenaldo Porfirio da Silva, Ana Paula Fernandes Barbosa,
Flavio Teles de Farias Filho
Liliany Pinhel Repizo, Elerson Costalonga, Lilian Pires de Freitas Carmo, Igor Denizarde
Marques, Daniela Loss Mattedi, Roberto Sávio Silva Santos, Denise Maria Avancini Costa
Malheiros, Lecticia Jorge, Rui Toledo Barros, Viktoria Woronik
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h40-15h00Local: SALA LONDRINA
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h10-15h20Local: MAIRIPORÃ
TL-27 - Efeito protetor da N-acetilcisteína (NAC) na função renal e
pulmonar de ratos idosos
TL-41 - Valor Preditor das Variantes Histológicas de GESF
primária
Maria Heloisa Massola Shimizu, Ana Carolina de Bragança, Rildo Aparecido Volpini, Talita
Sanches Rojas, Daniele Canale, Lucia Andrade, Antonio Carlos Seguro
ALINE LAZARA RESENDE, SILVIA MARIA TITAN, VINICIUS SARDAO COLARES, LEONARDO TESTAGROSSA,
DENISE M MALHEIROS, RUI TOLEDO BARROS, VIKTORIA WORONIK
Data: 14 DE SETEMBROHorário: 15h00-15h20Local: SALA LONDRINA
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h20-15h30Local: MAIRIPORÃ
TL-28 - EFEITOS DO TRATAMENTO COM SILDENAFIL SOBRE A FUNÇÃO RENAL
DE CAMUNDONGOS HIPERCOLESTEROLÊMICOS
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Carminati RZ, Carneiro SS, Freitas FPS, Balarini CM, Gava AL, Vasquez EC, Meyrelles SS
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h30-14h50Local: SALA LONDRINA
TL-29 - LONG-TERM AEROBIC EXERCISE BLUNTES BLOOD PRESSURE
RESPONSIVENESS AND ENHANCES URINARY SODIUM EXCRETION IN SHR
Vinícius Rodrigues Silva, Rafael Holanda, Silmara Ciampone, Ize Penhas de Lima, Elizabeth
Cristina Cambiucci, Flávia Fernandes Mesquita, José Antônio Rocha Gontijo
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h10-15h30Local: SALA LONDRINA
TL-30 - Papel dos agentes estimuladores da eritropoiese (ESA) na
melhora da lesão renal aguda (LRA) induzida pela sepse
Rodrigues CE, Volpini RA, Shimizu MHM, Sanches TR, Souza ACCP, Kuriki PS, Camara NOS, Seguro
AC, Andrade L
Data: 14 DE SETEMBROHorário: 15h20-15h40Local: SALA LONDRINA
TL-42 - Doença
angioplastar?
renovascular
aterosclerótica:
quando
VANESSA DOS SANTOS SILVA, Rodrigo Hagemann, Luis Cuadrado Martin, Roberto Jorge da
Silva Franco, Edson Bregagnollo, Fábio Cradoso Carvalho
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h40-14h50Local: BALLROOM B
TL-43 - Poder discriminatório de características clínicas em
predizer estenose de artéria renal
PAULA DALSOGLIO GARCIA, Leandro Caetano Vilela Lemos, Vanessa dos Santos Silva, Rodrigo
Hagemann, Fábio Cardoso de Carvalho, Edson Antonio Bregagnollo, Roberto Jorge da
Silva Franco, Luis Cuadrado Martin
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h50-15h00Local: BALLROOM B
TL-31 - Participação das células NKT em modelo experimental de
nefrite tubulointersticial induzida pela adenina
TL-44 - Relação entre medidas de pressão arterial e mortalidade
em pacientes sob hemodiálise: uma análise retrospectiva de 3
anos
Cristhiane Favero de Aguiar, Angela Castoldi, Matheus Correa-Costa, Tárcio Teodoro
Braga, Marcos A. Cenedeze, Niels Olsen Saraiva Câmara, Alvaro Pacheco e Silva Filho
Natasha S S Santos, Daniela C vasconcellos, Felipe H Burgos, Brunno Augusto J Costa,
Fernando Frattini, FLAVIA SILVA REIS
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h00-14h20Local: SALA LONDRINA
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h00-15h10Local: BALLROOM B
TL-32 - Sildenafil (Sil) reduz a poliúria no Diabetes Insipidus
Nefrogénico (DIN) induzido pelo Lítio (Li)
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA
Sanches TR, Volpini RA, Shimizu MHM, de Bragança A, Oshiro-Monreal F, Seguro AC, Andrade L
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h50-15h10Local: SALA LONDRINA
TL-33 - TRANSPLANTE ALOGÊNICO E SINGÊNICO DE CÉLULAS-TRONCO
MESENQUIMAIS DERIVADAS DE TECIDO ADIPOSO REESTABELECE A FUNÇÃO
RENAL EM MODELO EXPERIMENTAL DE NEFROPATIA INDUZIDA POR
CISPLATINA
Almeida DC , Bassi EJ , Donizetti-Oliveira C , Semedo P , Burgos-Silva M , Cenedeze, MA ,
Castoldi A , Correa-Costa, M , Moraes MR , Pacheco-Silva A , Câmara NOS
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h20-14h40Local: SALA LONDRINA
TL-34 - Undernutrition Fetal Programming: Effects on Kidney
Morphology, Renal Steroid and Angiotensin Receptors Expression
and Urinary Sodium Excretion
BARBARA VACCARI , FLAVIA FERNANDES MESQUITA , JOSÉ ANTONIO ROCHA GONTIJO , PATRICIA ALINE
BOER
Data: 14 DE SETEMBROHorário: 12h10-12h30Local: SALA LONDRINA
TL-35 - UNNOURISHED BABIES HAVE MORE CHANCE TO HAVE CHRONIC
KIDNEY DISEASE AT THE ADULT AGE
FLAVIA FERNANDES MESQUITA , JOSE ANTONIO ROCHA GONTIJO , PATRICIA ALINE BOER
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h50-16h10Local: SALA LONDRINA
GLOMERULOPATIAS
TL-36 - Amiloidose Renal: Casuística do Hospital das Clínicas –
Faculdade de Medicina de São Paulo, entre 1999-2009
FERNANDO SALES, Irene Faria Duayer, Raquel de Melo Silva, Daniela Loss Mattedi, Caroline
Puliti Hermida Reigada , Lecticia Barbosa Jorge , Rui Toledo Barros , Viktoria Woronik
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h30-14h40Local: MAIRIPORÃ
TL-37 - Classificação Histológica das Glomerulonefrites Pauciimunes: Preditores de Prognóstico a Longo Prazo
Ramalho, JAM, Mattedi, DL, Sato, VAH, Caires, RA, Malheiros, DAMC, Jorge, LB, Barros, RT,
Woronik, V
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h40-14h50Local: MAIRIPORÃ
TL-45 - Avaliação da Mecânica Ventilatória de Pacientes com
Lesão Renal Aguda submetidos à Diálise Peritoneal Contínua ou
a Hemodiálise Diária
CIBELE TAÍS PUATO DE ALMEIDA , Ana Carolina dos Santos Demarchi , Daniela Ponce , André
Luis Balbi
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h30-14h40Local: BALLROOM C
TL-46 - ESTUDO DO POTENCIAL REPARADOR E PREVENTIVO DAS CÉLULAS
TRONCO MESENQUIMAIS (CTM) DA MEDULA ÓSSEA NA LESÃO RENAL
AGUDA INDUZIDA PELA GENTAMICINA
REIS LA, CRHISTO JS, BORGES FT, SIMOES M de J, SCHOR N
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h40-14h50Local: BALLROOM C
TL-47 - INDICAÇÕES E LIMITAÇÕES DA DIÁLISE PERITONEAL DE ALTO VOLUME
NA LESÃO RENAL AGUDA
DANIELA PONCE, Marina N Berbel, Milene Peron Pinto, André Luís Balbi
Tema: Insuficiência Renal Aguda
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h50-15h00Local: BALLROOM C
TL-48 - Papel dos Toll-Like Receptors 2 e 4 e da molécula adaptadora
MyD88 na Lesão Renal Aguda secundária a sepse
Castoldi A, Braga TT, Aguiar CF, Corrêa-Costa M, Silva RC, Cenedeze MA, Reis MA, PachecoSilva A, Gonçalves GM, Câmara NO
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 15h00-15h10Local: BALLROOM C
TL-49 - TERAPIA COM CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS NA LESÃO RENAL
AGUDA NEFROTÓXICA
Burgos-Silva M, Oliveira CD, Costa P, Cenedeze MA, Reis MA, Malheiros DMAC, Pacheco-Silva
A, Semedo, P, Câmara NOS
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 15h10-15h20Local: BALLROOM C
TL-50 - The heme oxygenase-1 modulation of immune response in
ischemia and reperfusion
MARIANE TAMI AMANO, MATHEUS CORRêA COSTA, GABRIELA CAMPANHOLLE, PATRICIA SEMEDO,
ÁLVARO PACHECO E SILVA FILHO, NIELS OLSEN SARAIVA CAMARA
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 15h20-15h30Local: BALLROOM C
TL-38 - GLICOSAMINOGLICANOS E NEFROPATIA DIABÉTICA: ESTUDO EM
MODELO ANIMAL
LIGAS
MAURILO LEITE JR., CONRADO LIZANDRO GOMES, CRISTINA LOUREIRO, CAROLINA VENTUROTTI, ANDRÉ
LUIS BARREIRA, CHRISTINA MAEDA TAKIYA, ALVIMAR GONÇALVES DELGADO
TL-51 - AVALIAÇÃO DE NÍVEIS PRESSÓRICOS (NP) E GLICEMIA CAPILAR (GC)
EM EVENTO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA CIDADE DE MARINGÁ -PR
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h50-15h00Local: MAIRIPORÃ
TL-39 - Infusão de células tronco mesenquimais em região
subcapsular renal promove renoproteção no modelo de
nefropatia induzido por puromicina
RAMALHO RJ, PIRES AG, MALHEIROS DMAC, NORONHA IL
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 15h00-15h10Local: MAIRIPORÃ
6
Camila Fernandes Franco da Rocha , Ricardo Oyama , Paula Nishiyama , Arnold Peter Paul
Achermann , Carlos Alberto Alvares da Silva , Alan Pinheiro de Almeida , Victor Gualda
Galoro , Sergio Seiji Yamada
Data: 14 DE SETEMBROHorário: 16h20-16h30Local: SALA ARUJÁ
TL-52 - Características clínico-laboratoriais dos pacientes
atendidos pela Liga de Doença Renal Crônica (LDRC) da Faculdade
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
de Medicina da Universidade de São Paulo
Pinesi HT, Rodrigues KR, Sato VAH, Caires RA, Abensur H , Zatz R
Mariana Ribeiro do Valle Nogueira, NATáLIA BARALDI CUNHA, Laís Baltieri Momesso, João
Luiz Amaro
Data: 14 DE SETEMBROHorário: 16h30-16h40Local: SALA ARUJÁ
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 15h10-15h20Local: BALLROOM B
TL-53 - DOENÇA RENAL CRÔNICA: RESULTADOS DE BUSCA ATIVA EM
CENÁRIOS DISTINTOS
TL-66 - Outras nefropatias no paciente diabético: estamos
negligênciando esse diagnóstico?
MARCOS ANTONIO MARTON FILHO, Edwa Bucuvic, Jacqueline Costa Teixeira Caramori
Data: 14 DE SETEMBROHorário: 16h40-16h50Local: SALA ARUJÁ
TL-54 - Presença das alterações no sedimento urinário e fatores
de risco para doença renal crônica em jovens participantes da
Campanha do Dia Mundial do Rim
Rebuski FB, Cumay A, Morales AG, Costa CC, Gregory C, Rocha E, Brisola FB, Reis FO, Diotto F,
Falleiros L, Oliveira MT, Andrade R, Hamamoto RHF, SOEIRO EMD, PEREIRA BJ
Data: 14 DE SETEMBROHorário: 16h50-17h00Local: SALA ARUJÁ
MULTIPROFISSIONAL (I ENCONTRO
MULTIPROFISSIONAL EM NEFROLOGIA)
TL-55 - A VIVÊNCIA DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE: UM ESTUDO
QUALITATIVO
GABRIELA AZEVEDO DE SOUZA BRUZOS, MARIA LÚCIA ARAÚJO SADALA, Laudilene Cristina Rebello
Marinho
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 13h40-13h50Local: SALA ARUJÁ
TL-56 - AVALIAÇÃO E MANEJO DA OCLUSÃO TROMBÓTICA DOS CATETERES
DE LONGA PERMANÊNCIA EM PACIENTES DE HEMODIÁLISE
MARCELA LARA MENDES AMARAL, Edwa Maria Bucuvic, João Henrique de Castro, Daniela Ponce
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h10-14h20Local: SALA ARUJÁ
TL-57 - CENTRO DE TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA - ACREDITADO NÍVEL 2
RELATO DE EXPERIÊNCIA DO HOSPITAL ESTADUAL BAURU - SP
ANIELA NASCIMENTO PIVOTTO, ELDA GARBO PINTO, MICHELY DAYANE CAMPOS BRITO, NATALIA
CRISTINA FERREIRA, MIRELA MARIA ALLONSO, ARIANE CORTI, LUCIANA FASSONI RUFINO, CLAUDIA
HELENA BONZATTO LUPPI, ELIANA ALVES DE LIMA
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h00-14h10Local: SALA ARUJÁ
TL-58 - ESTUDO COMPARATIVO DOS NÍVEIS DE STRESS ENTRE PACIENTES
RENAIS CRÔNICOS SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE E OUTRAS TRÊS
POPULAÇÕES
Bárbara Souza Luz Pinheiro, Fabiano Freire de Oliveira Macedo, Sara Gondim de Souza de
Toledo, Carlos Eiji Koga, MARCELLO FABIANO DE FRANCO, Carlos Alberto Balda
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 15h20-15h30Local: BALLROOM B
NUTRIÇÃO (I FORUM NACIONAL DE NUTRIÇÃO EM
NEFROLOGIA)
TL-67 - Associação do Escore de Desnutrição e Inflamação com
a força de preensão manual em pacientes com doença renal
crônica na fase não-dialítica
FERNANDA CASSULLO AMPARO, Antonio Carlos Cordeiro, Juan Jesús Carrero, Lilian Cuppari,
Bengt Lindholm, Celso Amodeo, Amanda Guerra de Moraes Rego Sousa, Maria Ayako
Kamimura
Data: 17 DE SETEMBROHorário: 8h30-8h40Local: BALLROOM A
TL-68 - Comparação do gasto energético de repouso obtido pela
calorimetria indireta com equações de predição em idosos com
doença renal crônica em hemodiálise
JULIANA CORDEIRO DIAS RODRIGUES, Fernando Lamarca Pardo, Renata Lemos Fetter,
Fernanda Guedes BIGOGNO, Carla Maria Avesani
Data: 17 DE SETEMBROHorário: 8h40-8h50Local: BALLROOM A
TL-69 - EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO COM CASTANHA-DO BRASIL SOBRE O
ESTRESSE OXIDATIVO EM PACIENTES EM HEMODIÁLISE
MILENA BARCZA STOCKLER PINTO, Julie Lobo, Cristiane Moraes, Najla Elias Farage, Gilson
Teles Boaventura, Denise Mafra, Olaf Malm
Data: 17 DE SETEMBROHorário: 8h50-9h00Local: BALLROOM A
TL-70 - Efeitos dos óleos de oliva e de linhaça em comparação
ao óleo mineral no tratamento da constipação intestinal de
pacientes em hemodiálise
DANIELA GIMENES GRILLI, ALINE FÁTIMA ANDRADE DE LIMA, LILIAN CUPPARI
Data: 17 DE SETEMBROHorário: 9h00-9h10Local: BALLROOM A
CLAUDIA MARINI LEONARDI, Paula Freire, Christiane H. Karam, Claudio S. Melaragno, Paulo
S. Luconi, Fernando Almeida
TL-71 - GORDURA DO TRONCO COMO MARCADOR DE ADIPOSIDADE
VISCERAL EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h20-14h30Local: SALA ARUJÁ
MARIANA LEISTER ROCHA, MARIA AYAKO KAMIMURA, LILIAN CUPPARI
TL-59 - ESTUDO COMPARATIVO DOS SINTOMAS DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO
ENTRE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE E
OUTRAS TRÊS POPULAÇÕES
Data: 17 DE SETEMBROHorário: 9h10-9h20Local: BALLROOM A
CLAUDIA MARINI LEONARDI, Paula Freire, Christiane H. Karam, Claudio S. Melaragno, Paulo
S. Luconi, Fernando Almeida
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 14h30-14h40Local: SALA ARUJÁ
TL-72 - Suplementação com colecalciferol em pacientes com
doença renal crônica e insuficiência de vitamina D: um estudo
controlado e randomizado
Miriam Garcia-Lopes, Roberta Pillar, Maria Ayako Kamimura, Lillian Rocha, Maria Eugênia
Canziani, Aluizio B. Carvalho, LILIAN CUPPARI
TL-60 - IMPACTO DE UM PROGRAMA DE FISIOTERAPIA NA CAPACIDADE
FUNCIONAL E NA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS
SUBMETIDOS A TERAPIA SUBSTITIVA
Data: 17 DE SETEMBROHorário: 9h20-9h30Local: BALLROOM A
Venceslau, A V C, Santos, A M , Boulitreau, K, Henriques, M
MILENE PERON RODRIGUES PINTO, Marina Nogueira Berbel, Cassiana Regina de Góes, Daniela
Ponce, André Luís Balbi
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 13h50-14h00Local: SALA ARUJÁ
NEFROLOGIA CLÍNICA
TL-61 - A Suplementação de Bicarbonato de sódio diminui a
concentração de LDL eletronegativa de pacientes renais crônicos
em tratamento conservador
FELIPE RIZZETTO SANTOS, DENISE MAFRA, DULCINÉIA SAES PARRA, DEISE DE BONI DE CARVALHO,
MAURILO LEITE JUNIOR
TL-73 - Variáveis associadas à mortalidade na primeira avaliação
nutricional realizada em pacientes com Lesão Renal Aguda
Data: 17 DE SETEMBROHorário: 9h30-9h40Local: BALLROOM A
TRANSPLANTE RENAL
TL-74 - Influência da organização do programa de transplante
na eficiência e nos resultados obtidos
Ana Paula Maia Baptista, Luciana Wang Gusukuma, Marcela Rabelo Portugal de Alencar,
Taina Veras de Sandes Freitas, Helio Tedesco Silva Junior, Jose Osmar Medina Pestana
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h30-14h40Local: BALLROOM B
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h30-14h40Local: MAIRIPORÃ
TL-62 - Avaliação dos fatores de risco para litíase renal no pósoperatório tardio de cirurgia bariátrica
TL-75 - PAPEL DA PLASMAFERESE NO TRATAMENTO DA GESF RECORRENTE
LEILA FROEDER, ALESSANDRA CALÁBRIA BAXMANN, ITA PEFEFERMAN HEILBERG
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h40-14h50Local: BALLROOM B
TL-63 - Estimativa da taxa de filtração glomerular na população
brasileira: correção para raça é necessária?
JULIANA A. ZANOCCO, SONIA K. NISHIDA, AMÉLIA RODRIGUES PEREIRA, MICHELLE TIVERON, MARCELO
S. SILVA, APARECIDO B. PEREIRA, GIANNA MASTROIANNI KIRSZTAJN
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h50-15h00Local: BALLROOM B
TL-64 - Fatores predisponentes para trombose venosa profunda
em crianças e adolescentes com síndrome nefrótica
Belangero VMS , Candelaria GTP
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 15h00-15h10Local: BALLROOM B
TL-65 - Importância do tratamento clínico associado à orientação
nutricional na prevenção da recorrência da litíase urinária
CARMEN REGINA PETEAN RUIZ AMARO, Patrícia Capuzzo Garcia Damasio, Thaísa de Assis,
TAINá VERAS DE SANDES FREITAS, Henrique Pinheiro Konigsfeld, Saurus Mayer Coutinho,
Gianna Mastroianni Kirsztajn, Karin Zattar Cecyn, Hélio Tedesco-Silva Junior, José Osmar
Medina-Pestana
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h40-14h50Local: MAIRIPORÃ
TL-76 - Participação da sinalização via MyD88, do complexo
inflamassoma e do padrão Th1 no desenvolvimento de nefrite
túbulo-intersticial.
MATHEUS CORREA-COSTA, TARCIO TEODORO BRAGA, PATRICIA SEMEDO, CAROLINE YURI HAYASHIDA,
ROSA MARIA ELIAS, CLAUDIENE RODRIGUES BARRETO, CLAUDIA SILVA-CUNHA, MEIRE IOSHIE HIYANE,
GISELLE MARTINS GONÇALVES, CLARICE FUJIHARA, ROBERTO ZATZ, ALVARO PAC
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 14h50-15h00Local: MAIRIPORÃ
TL-77 - PREVALÊNCIA DE GENES DE VIRULÊNCIA E PERFIL DE RESISTÊNCIA
A ANTIMICROBIANOS EM CEPAS DE ESCHERICHIA COLI ISOLADAS DE
PACIENTES TRANSPLANTADOS RENAIS COM BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA
PRISCILA REINA SILIANO, Jose Osmar Medina-Pestana, ITA PFEFERMAN HEILBERG
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 15h00-15h10Local: MAIRIPORÃ
7
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
TL-78 - PREVALÊNCIA DE
TRANSPLANTADOS RENAIS
HIPOVITAMINOSE
D
EM
PACIENTES
JULIANA CRISTINA FIGUEIREDO ALVES, ANDREA OLIVARES MAGALHAES, PAULA MIGLIORI RODRIGUES
DA ROCHA, MARLA MARIA CARVALHO, PATRICIA MALAFRONTE, LUANA PEDREIRA CORTES DE OLIVEIRA,
JOSE FERRAZ SOUZA, YVOTY ALVES DOS SANTOS SENS
TL-79 - Sirolimus Em Receptores De Transplante Renal: Análise De
Eficácia E Segurança Em Um Grupo De Conversão Não Protocolar
Gois, PHF, Rivelli, GG, de Carvalho, IC, da Silva, JO, Mendes, LKP, Pereira, LM , Mazzali, M
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 15h20-15h30Local: MAIRIPORÃ
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 15h10-15h20Local: MAIRIPORÃ
SESSÃO POSTER - DIAS E HORÁRIOS DE APRESENTAÇÃO
DIÁLISE
PO-01 - A experiência brasileira em Diálise Peritoneal Automatizada
Assistida (DPAA): apenas uma terapia paliativa ou uma opção?
PO-13 - Biópsia Percutânea Do Enxerto Renal: Complicações, Riscos
E Preditores
MARCIA REGINA GIANOTTI FRANCO, Natália Fernandes, Claúdia Azevedo Ribeiro, Jose
Carolino Divino Filho, Glória Lima
Gois, PHF, da Silva, JO, Esteves, ABA, de Carvalho, IC, MENDES, LKP, Rivelli, GG , Mazzali, M
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-02 - A utilização do SF36 como indicador de assistência
multidisciplinar para pacientes portadores de Doença Renal
Crônica (DRC), estágios 1, 2, 3 e 4
Pricila M Romero, Christiane Hegedus Karam, Eduardo P Luciano, Patricia Abreu, Claudio
S. Melaragno, Paulo Luconni
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-03 - Achados do Blink-reflex em pacientes urêmicos em
hemodiálise relacionados a provável neuropatia trigeminal
BERTOTTI MEZ, BALBI AL, CARAMORI JCT, MARTIN LC, BERTOTTI MFZ, BARRETTI P, RESENDE LAL
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-04 - Alterações de nervos cranianos em pacientes urêmicos em
hemodiálise
MARCIA ELAINE ZEUGNER BERTOTTI, ANDRÉ LUÍS BALBI, JACQUELINE COSTA TEIXEIRA CARAMORI, LUÍS
CUADRADO MARTIN, PASQUAL BARRETTI, LUIZ ANTONIO DE LIMA RESENDE
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-14 - Caracterização clínico-demográfica de pacientes
transplantados com Nefropatia por IgA antes e/ou depois do
transplante renal. LEMES-CANUTO, APPS, SANDES-FREITAS, TV, MEDINA-PESTANA, JO,
MASTROIANNI-KIRSZTAJN, G
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-15 - Comprometimento cognitivo em pacientes com insuficiência
renal crônica avançada (IRCA) em diferentes tratamentos
ANA TERESA DE ABREU RAMOS CERQUEIRA, QUEIROZ, C.M.T , BALBI, A
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-16 - Conhecemos as alergias dos nossos pacientes em programa
de hemodiálise?
LUCIANA SENA DE MENDONçA, Vanessa Brasil Silva, Anete Fiais Caldas, Cácia Mendes Matos
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-17 - Controle de qualidade em uma população em hemodiálise:
o desafio do desvio padrão
PO-05 - Alterações Eletrocardiográficas em Pacientes Portadores
de Doença Renal Crônica (DRC) Terminal (Estadio 5)
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Fernando Antonio de Almeida
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-06 - Alterações odontológicas em pacientes com insuficiência
renal crônica em hemodiálise
MARCIA ELAINE ZEUGNER BERTOTTI, André Luís Balbi, Jacqueline Costa Teixeira Caramori, Luís
Cuadrado Martin, Pasqual Barretti, Luiz Antonio de Lima Resende
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-07 - Análise do Risco Cardiovascular em Pacientes em
Hemodiálise Portadores de Depressão
Gabriel de Almeida Ferreira, Eduardo de Paiva Luciano, Priscila Romero, Gilson Fernandes
Ruivo
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-08 - Análise dos Eventos Adversos em Hemodiálise
LUCIANA SENA DE MENDONçA, Vanessa Brasil Silva, Anete Fiais Caldas, Maria Cristiane Sales
de Oliveira, Cácia Mendes Matos
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-09 - AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO COGNITIVA EM PACIENTES COM
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM HEMODIÁLISE
Mendonça KG, Presídio GA, Soutinho MFL, Loureiro JL, Pacheco GA, Silva AAB, Gouveia EA,
Oliveira, CAF, Ressurreição FAMS
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-10 - Avaliação da hemoglobina (Hb) baixa nos pacientes renais
crônicos em terapia de substituição renal por hemodiálise (HD)
em uma clínica conveniada ao SUS
Frazao J E , Alecrim N K N , Alves C S , Valente L. , Neiva S C
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
MANUEL CARLOS MARTINS CASTRO, Xagoraris M, Centeno JR, Gonzaga KBC, Marotta AMM,
Barros GPT, Souza JAC
PO-18 - Cuidado pré-diálise e hemodiálise prévia, mas não a
variabilidade da hemoglobina, são preditores independentes
de mortalidade associada a anemia em pacientes incidentes em
diálise peritoneal
Moraes TH, Gonçalves S, Dal Lago EA, Kloster S, Boros G, Colombo M, Raboni L, Olandoski
M, Fernandes N, Qureshi AR, Divino-Filho JC, Pecoits-Filho R
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-19 - Deficiência de Zinco em pacientes hemodialisados:
implicações para aterosclerose
JULIE CALIXTO LOBO, Milena Barcza Stockler Pinto, Najla Elias Farage, Tanize Faulin,
Dulcinéia Saes Parra Abdalla, João Paulo Machado Torres, Denise Mafra
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-20 - Demandas Apresentadas ao Serviço Social em um Centro de
Diálise: considerações através de um estudo de caso
HANNAH OLIVEIRA COUTINHO, MARIA DAS GRAÇAS GARCIA E SOUZA
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-21 - Determinantes da hipovitaminose D em pacientes
transplantados renais
Baxmann AC, Menon VB, Froeder L, Medina-Pestana J, Carvalho AB , Heilberg IP
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-22 - Ecocardiograma pré e pós diálise realizado por
nefrologista:Uma ferramenta útil e acessível para avaliação
hemodinâmica em pacientes em hemodiálise
ADRIANO LUIZ AMMIRATI, Maria Claudia Cruz Andreoli, Nadia Karina Guimaraes de Souza,
Thais Nemoto Matsui, Fellype De Carvalho Barreto, Fabiana Dias Carneiro, Ilson Jorge
Iizuka, Marisa Aparecida de Souza, Ana Claudia Mallet, Marcelo Luiz Vieira
PO-11 - Avaliação da incidência das intercorrências com cateteres
de longa permanência em pacientes renais crônicos dialíticos e
sua repercussão em curto prazo na evolução clínica
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
BENEDITO JORGE PEREIRA, GUIMARÃES EA, HERNANDEZ M, MAKIDA SCS, SILVA PP, ROMÃO MAF,
ABENSUR H, ROMÃO JR JE
MANUEL CARLOS MARTINS CASTRO, Xagoraris M, Centeno JR, Gonzaga KBC, Marotta AMM,
Barros GPT, Souza JAC
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-12 - Avaliação do consumo alimentar de pacientes sob terapia
dialítica: uma análise utilizando como referência variáveis
bioquímicas
PO-23 - Efeito cumulativo dos índices de qualidade sobre as taxas
de mortalidade em hemodiálise
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-24 - EFEITO DA BMP-7 E DO TAMOXIFENO EM MODELO DE FIBROSE
PERITONEAL DESENVOLVIDO EM RATOS URÊMICOS
JULIANA CALIXTO COUTO RAMOS, ROSIMAY LUZ DE OLIVEIRA
FILIPE MIRANDA DE OLIVEIRA SILVA, DAYANA GUMS CUNHA VILOSLADA, HUMBERTO DELLÊ, ERIK
HALCSIK, MARI CLEIDE SOGAYAR, IRENE DE LOURDES NORONHA
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
8
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
PO-25 - Efeito da heme-oxigenase1 na doença renal crônica (DRC)
induzida pelo diabetes mellitus em ratos
PO-40 - Necrose de Papila Renal em paciente portador de Anemia
Falciforme
ELLEN DE OLIVEIRA NARCISO PITLOVANCIV, Luciana A Reis, Edson A Pessoa, Fernanda T Borges,
Manuel de J Simões, Nestor Schor
ANDRADE, R, PEREIRA, BJ, MAKIDA, SCS, OLIVEIRA, RB, ROMÃO JR, JE
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-26 - EFEITOS DA REDUÇÃO DE SÓDIO NA DIETA E DO SÓDIO NO DIALISATO
SOBRE A ÁGUA CORPORAL E MARCADORES INFLAMATÓRIOS EM PACIENTES
HEMODIALISADOS
LIDIANE SILVA RODRIGUES TELINI
PO-27 - EMPREGO DOS DIAGRAMAS DE CONTROLE PARA MONITORIZAÇÃO
DAS INFECÇÕES DE CORRENTE SANGUÍNEA EM SERVIÇO DE HEMODIÁLISE
DANIELA PONCE, Silvia Eduara de Albuquerque, Sandra M Q Ricchetti, Ricardo S Cavalante,
Marcela de Lara Mendes, João Henrique Castro, Carlos Magno Fortaleza
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
CHRISTIANE HEGEDUS KARAM, Maria Claudia C. Andreoli, Nadia Karina Guimaraes Souza,
Adriano L. Ammirati, Thais N.Matsui, Fabiana D. Carneiro, Rosana M. Cardoso, Ilson J.
Iizuka, Ana Merzel Kernkraut, Bento F. Cardoso dos Santos
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Lopes MB, Araújo LMQ, Cendoroglo MS, Sesso RC
morbi-mortalidade
SANCHES M, LUCCA LJ, COSTA JAC
PO-43 - Perfil clonal de Staphylococcus aureus resistentes à
oxacilina isolados de peritonites em diálise peritoneal
CARLOS HENRIQUE CAMARGO, DANILO FLÁVIO MORAES RIBOLI, ALESSANDRO LIA MONDELLI,
JACQUELINE TEIXEIRA CARAMORI, AUGUSTO CEZAR MONTELLI, MARIA DE LOURDES RIBEIRO DE SOUZA
DA CUNHA, PASQUAL BARRETTI
PO-44 - PERFIL DOS PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA DIALÍTICA
INTERNADOS EM UMA ENFERMARIA DE CLÍNICA MÉDICA
PAULO ROBERTO SANTOS, Silbere Silva do Amaral
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
vs.
PO-42 - Orientação nutricional e do uso do quelante de fósforo
no controle da hiperfosfatemia de pacientes em hemodiálise
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-29 - Função Renal e Microalbuminúria em Octogenários e
Nonagenários Acompanhados em um Ambulatório de Geriatria
qualidade
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-28 - Função Física e Tempo de Diálise como determinantes para
sintomas de depressão
de
PO-41 - Nefrologia intervencionista: A confecção do acesso
vascular (fístula arteriovenosa) para hemodiálise pelo
nefrologista: experiência no serviço de terapia renal substitutiva
do município de Jacobina, interior da Bahia
Flávio Menezes de Paula, Sérgio Fernando Ferreira dos Santos, Monique Coutinho da
Silva Menezes de Paula, Levi Bahia, Indalécio Magalhães
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-30 - Gestão
hemodiálise
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
em
MANUEL CARLOS MARTINS CASTRO, Xagoraris M, Centeno JR, Gonzaga KBC, Marotta AMM,
Barros GPT, Souza JAC
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-31 - Hipertensão Pulmonar secundária a Fistula arteriovenosa
de alto débito
FRANCISCO RAFAEL DO NASCIMENTO ALMEIDA, MARCELO CARVALHO NAVES RIBEIRO, MARIANA
SALOMAO BRAGA, GABRIELA RODRIGUES DE SOUZA, BRUNO MARTINS TOKUDA, HEBERT HENRIQUE
CAPUCI, VERONICA MARIA PEREIRA COSTA, RAFAEL AUGUSTO BORGES PAVANI, RAFAEL DINARDI MA
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-32 - Hipertrofia ventricular e mortalidade cardiovascular em
pacientes de hemodiálise de baixo nível educacional
ROSANA DOS SANTOS E SILVA MARTIN, MARTIN LC, Franco RJS, Barretti P, Caramori JSCT, Castro
JH, Antunes AA, Basan SGZ, Matsubara BB, Martins AS
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-33 - IMPACTO DO REUSO DE DIALISADORES NOS MARCADORES INFLAMATÓRIOS E DE PEROXIDAÇÃO LIPÍDICA EM PACIENTES EM HEMODIÁLISE
CARLA BARBOSA MURARO FURLAN , HUGO ABENSUR , MANUEL CARLOS MARTINS DE CASTRO , JOAO
EGIDIO ROMAO JUNIOR
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-34 - Infecção da Corrente Sanguínea relacionada a cateter
venoso central: atuação de enfermagem
MICHELY D. C. BRITO, Claudia Cyrino, Paula Chadi Tondatti, Elaine Silva de Freitas, Deborah
Cristina Moraes Baptista, Marília Ferreira Figueiredo, Milene Mendonça
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-35 - INFLUÊNCIA DA ANEMIA NA FORÇA MUSCULAR DE PACIENTES
SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE
PEDRUZZI LM LEAL VO, BARROS AF, LOBO JC, MAFRA D
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-36 - INIBIÇÃO DA ATIVIDADE DA RENINA PELO LIPOPOLISSACARÍDEO DE
Escherichia coli
VIVIANE PEREIRA LIMA, WALDEMAR SILVA ALMEIDA, NESTOR SCHOR
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-37 - INTERVENÇÃO DIALÍTICA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
PEDIÁTRICA
Leticia de Oliveira, Ana Lúcia Carvalho, Dermilene Aparecida Martins Madeira, Francisco
Roberto Lello Santos, Edson Nogueira Alves Rodrigues Júnior
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-38 - Mortalidade cardiovascular de pacientes em hemodiálise:
Análise de dois anos de follow-up
JULIE CALIXTO LOBO, Milena Barcza Stockler Pinto, Najla Elias Farage, Luiz Guilhermo Coca
Velarde, João Paulo Machado Torres, Denise Mafra
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-39 - Mortalidade de pacientes portadores de doença crônica
em programa regular de hemodiálise no período de dez anos em
um único centro de diálise
PO-45 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INFECÇÕES ASSOCIADAS A CATETER
TEMPORÁRIO DE DUPLO LUMEN EM HEMODIÁLISE
RUY CESAR SANTOS SALOMãO SCKAYER, TULIO COELHO CARVALHO, MIGUEL MOYSES NETO, ANA
CAROLINA C F ABREU, RODOLFO ANTONIO NASCIMENTO, OSVALDO MEREGE VIEIRA NETO, NATHALIA
PEREIRA PASCHOALIN, CAROLINA TELLES BARRETO
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-46 - PERFIL SOCIOECONÔMICO DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM
TRATAMENTO HEMODIALÍTICO EM CLÍNICA PRIVADA DA CIDADE DE MACEIÓ
Presídio GA, Loureiro JL, Mendonça KG, Soutinho MFL, Pacheco GA, Silva AAB, Ressurreição
FAMS, Gouveia EA, Oliveira CAF
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-47 - Peritonite Bacteriana Causada por Staphylococcus
epidermidis Multi Resistente na Diálise Peritoneal em Paciente Sem
Acesso Vascular
BRUNO ZAWADZKI, Renata Lima, Beatriz Penedo Leite, Maurilo Leite Junior
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-48 - Polineuropatia periférica em pacientes com insuficiência
renal crônica em hemodiálise
BERTOTTI MEZ , BALBI AL, CARAMORI JCT, MARTIN LC, BERTOTTI MFZ, BARRETTI P, RESENDE LAL
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-49 - Preditores da evolução clínica das peritonites: Resultados
do estudo multicêntrico brasileiro em diálise peritoneal (BRAZ PD)
PASQUAL BARRETTI, Thyago P. Moraes, José Carolino Divino Filho, Jacqueline Teixeira
Caramori, Luis Cuadrado Martin, Marcia Olandowski, Roberto Pecoits Filho
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-50 - Preditores de calcificação em pacientes hemodialisados
FRANCIELI DELATIM VANNINI, Aline de Araújo Antunes, Bárbara Perez Vogt, João Henrique
Castro, Luis Cuadrado Martin, Altamir Sntos Teixeira, Pasqual Barretti
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-51 - PREVALENCIA DE HIPOVITAMINOSE D EM PACIENTE RENAIS CRÔNICOS
DIALÍTICOS DO COMPLEXO HOSPITALAR EDMUNDO VASCONCELOS
EDUARDO DE PAIVA LUCIANO, DAVID KORN, LILIAN C FERREIRA CUENCA, JORGE ENRIQUE PORTELA
LOPEZ
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-52 - PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES
DESNUTRIDOS EM HEMODIÁLISE
PAMELA DE ALENCAR FORTALEZA SOUSA, Marcos Kubrusly, Cláudia Maria Costa de Oliveira,
Antônio Luíz Carneiro Jerônimo, Patricia Saldanha Freire Simões, Paula Nathana Rabelo
Galdino, Rodrigo de Oliveira Lima
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-53 - Prevalência e fatores associados à anemia em pacientes
submetidos à diálise peritoneal ambulatorial
MARISA CRISTIANE CARDOSO DE OLIVEIRA, Fabio Simões Lopes, Juliana Dotti, Barbara H. B.
Moreto, Camila B. S. Barros, Maria Claudia C. Andreoli, Marcos A. Madaleto, Sergio A.
Draibe, Adriano Luiz Ammirati, Maria Eugênia F. Canziani
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-54 - Provável valor prognóstico do Blink-reflex na uremia
Caetano CP, Rabelo EC, Rabelo VC, Pereira ERS
BERTOTTI MEZ , BALBI AL, CARAMORI JCT, MARTIN LC, BERTOTTI MFZ, BARRETTI P, RESENDE LAL
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
9
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
PO-55 - Qualidade de vida (QV) de pessoas com Insuficiência Renal
Crônica Avançada (IRCA) em diferentes tratamentos
PO-69 - Evolução da Doença Mineral Óssea Nos Pacientes Dialíticos
e Impacto das Novas Diretrizes do KDIGO
ANA TERESA DE ABREU RAMOS CERQUEIRA, CAMILA MORAES TEIXEIRA QUEIROZ, ANDRÉ BALBI
Fabiano Bichuette Custodio, Bruno Martins Tokuda, João Fernando Picollo de Oliveira
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-56 - QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE
PO-70 - Expressão do fator de crescimento de fibroblasto 23 (FGF23) em tecido ósseo de pacientes litiásicos hipercalciúricos
Leonardo Diniz da Cruz Cândido, Rafael Souza da Silva, Aline Daniela Borges, VANDERLEY
GERALDO GARBAZZA
MENON, VB, ALVES, MTS, MOYSÉS, RM, JORGETTI, V, HEILBERG, IP
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-57 - Resultados clinicos no transplante renal de pacientes
obesos
PO-71 - FATORES DE RISCO PARA HIPERFOSFATEMIA EM PACIENTE
SUBMETIDOS A TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE
Gusukuma LW, Harada KM, Baptista APM, Alencar MRP, Sandes-Freitas, Tedesco-Silva,
Medina-Pestana JO
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-58 - Risco de óbito nos pacientes em hemodiálise com cateter
venoso versus fistula arteriovenosa
MANUEL CARLOS MARTINS CASTRO, Luiz JMF, Kimura LO, Paiva GH, Lima SG, Lima EMA, Ribeiro
Jr E, Martins CTB
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-59 - Sepse associada ao cateter para hemodiálise: perfil
dos pacientes e epidemiologia das infecções em uma clínica de
hemodiálise brasileira
ASTRéA RAMOS DE ARAúJO, SARA MOREIRA FRANCISCHINI, MÁRCIA BESSA, EDSON LUIZ PASCHOALIN,
SANDRA REGINA PASCHOALIN
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-72 - Hipovitaminose D em pacientes com Doença Renal Crônica
em tratamento hemodialítico
BRUNO MARTINS TOKUDA, FABIANO BICHUETTE-CUSTÓDIO, VERÔNICA MARIA PEREIRA COSTA,
MARIANA DE MORAES FRANÇOSO, JOÃO FERNANDO PICOLLO DE OLIVEIRA
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-73 - Neoplasia endócrina múltipla tipo I em doente renal
crônico não dialítico
RENATA DE ALMEIDA FRANçA, Patrícia Bento Guerra, Vinícius Bortoloti Péterle, Lilian Silva
Santos, Mirna Lucia Quevedo, Daniele Bulotto, Lauro Vasconcelos
RAFAEL SOUZA DA SILVA, LEONARDO DINIZ DA CRUZ CANDIDO, VANDERLEY GERALDO GARBAZZA
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-74 - Paratireoidectomia subtotal no tratamento do
Hiperparatireoidismo Secundário a Insuficiência Renal Crônica
PO-60 - SÍNDROME METABÓLICA EM HEMODIÁLISE: PREVALÊNCIA SEGUNDO
DOIS CRITÉRIOS
PAMELA DE ALENCAR FORTALEZA SOUSA, Paula Nathana Rabelo Galdino, Marcos Kubrusly,
Cláudia Maria Costa de Oliveira, Antônio Luíz Carneiro Jerônimo, Patricia Saldanha
Freire Simões, Rodrigo de Oliveira Lima
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-61 - TRATAMENTO CRONICO COM GLICOSE DIMINUI A ATIVIDADE DE
NHE3 EM CÉLULAS HEK-293 TRANSFECTADAS COM hSGLT1
OLIVIA BELOTO DA SILVA, Maria Oliveira de Souza
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-62 - USO DA BIOIMPEDÂNCIA BODY COMPOSITION MONITOR (BCM)
PARA AVALIAÇÃO DO EXCESSO DE ÁGUA CORPORAL DE PACIENTES EM
HEMODIÁLISE
Mariana Rambelli Bibian, Fabíola Pansani Maniglia, Renata Moneda A. dos Santos, José
Abrão Cardeal da Costa
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-63 - Validade de Escores de Desnutrição quanto ao Prognóstico
Fatal em HD
Flávia Regina Toledo, Aline de Araujo Antunes, Francieli Cristina Delatim Vannini, Liciana
Vaz de Arruda Silveira, Pasqual Barretti, Jaqueline Costa Teixeira Caramori
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
ANIETTE RENOM ESPINEIRA, José Vaner Pedigone, Maria Bernadette Moretti, Francisco Tosi
Maníglia, Célia da Penha Cornélio, Débora Augusta Teodoro Sampaio de Almeida, Aline
Junqueira Bezerra, Tasmania Ricordi Barbosa, Maria Célia Nascimento Cossi
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-75 - Relação entre PTH, fosfatase alcalina total e fosfatase
alcalina fração óssea: implicações fisiopatológicas
Santos RSS, Onusic VL, Castro MCM
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-76 - Relato de Caso: Leontíase Óssea Urêmica
Cunha TCM, Rebelo BRR, Brito ATAB, Lopes, RAS, Rebouças RFB, Costa NGS , Arimatéa GGQ,
Rebouças PFB
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-77 - Relato de Caso: Osteomalácia grave por Síndrome de
Fanconi secundária à gamopatia monoclonal de cadeia leve
DIOGO BUARQUE CORDEIRO CABRAL, BÁRBARA SOUZA LUZ PINHEIRO, FABIANO FREIRE DE OLIVEIRA
MACÊDO, MICHEL PHILIPP, MARCELINO DE SOUZA DURÃO JR., ALUÍZIO BARBOSA CARVALHO
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-78 - Síndrome de compressão medular causada por tumor
marrom secundário a hiperparatireoidismo: Relato de Caso
Rebelo BRR, Cunha TCM, Brito ATAB , Lopes, RAS, Rebouças RFB, Costa NGS, Arimatéa GGQ,
Rebouças PFB
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Distúrbios do metabolismo mineral e ósseo
PO-64 - Ca, P e hiperparatireoidismo secundário. Considerações a
respeito de um caso
PO-79 - Uso de dobutamina como modulador da cintilografia com
MIBI de paratireóides persistentes pós paratireidectomia. Relato
de 02 casos
JENNER CRUZ, SILVANA KESROUANI, RUI ALBERTO GOMES, FATIMA COSTA MATIAS PELARIGO
JANAINA DA SILVA MARTINS, ELIANE ALVES FREITAS SOUZA, PAULA RENATA RODRIGUES, ANTONIO
FIEL CRUZ JUNIOR
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-65 - Diálise como opção de tratamento para Calcinose Tumoral
Primária em paciente com uma nova mutação do FGF
DOENÇA RENAL CRÔNICA
Goldenstein PT, Castro MCM, Oliveira RB, Abensur H, Luders C, Pereira AC, Elias RM, Romão
JE, Jorgetti V, Moyses RMA
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-66 - Dificuldades para realização do teste com desferoxamina
no interior do Paraná
PO-80 - A EXPRESSÃO DA HEME OXIGENASE-1 INDUZIDA POR HEMIN EM
CÉLULAS ENDOTELIAIS DE CORDÃO UMBILICAL HUMANO E A TRANSIÇÃO
DO ENDOTÉLIO MESENQUIMAL PELO TGF-b
CLARICE SILVIA TAEMI ORIGASSA, Fábia Andrea Salvador, Flávia Balbeira Carrasco, Fernanda
Pita Costa, Eliana Nogueira, Marcos Antônio Cenedeze
JANAINA DA SILVA MARTINS, Leticia Silva Dantas
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-81 - A QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTE RENAL CRÔNICO EM
TRATAMENTO HEMODIALÍTICO
PO-67 - DISTÚRBIO MINERAL E ÓSSEO EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS
SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE
Mariella Silva Caliman Monteiro, Rafaela dos Santos Feijó, Juliana Barbosa Daleprane
Pontes DP, Araújo RG, Barbosa MSS, Arruda FG, Luz Neto LM
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-82 - A terapia combinada de Losartan (L) e Hidroclorotiazida (H)
detêm a progressão da lesão renal e reverte os eventos celulares
no modelo de ablação renal de 5/6 (Nx)
PO-68 - EFEITOS DA EXPRESSÃO DIFERENCIAL QUANTITATIVA DE Pkd1
SOBRE OS PARÂMETROS URINÁRIOS POTENCIALMENTE ENVOLVIDOS NA
NEFROLITÍASE ASSOCIADA À DOENÇA POLICÍSTICA RENAL AUTOSSÔMICA
DOMINANTE (DRPAD)
RENATO RIBEIRO NOGUEIRA FERRAZ, Jonathan Mackowiak Fonseca, Gregory Germino, Luiz
Fernando Onuchic, Ita Pfeferman Heilberg
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
10
Costa SR, Valente CP, Okabe C , Machado FG, Fanelli C, Sena CR, Barlette GP, Viana VL,
Malheiros DM, Zatz R, Fujihara CK
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-83 - Análise das alterações cardiovasculares decorrentes
de calcificação vascular, a partir dos métodos não invasivos,
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
em uma população de pacientes com doença renal crônica nos
estágios IV e V
THOMAZ CANEDO DE MAGALHAES FILHO, Lygia Maria Soares Fernandes Vieira
submetidos à hemodiálise
Juliana Saldanha, Julie Lobo, Milena Barcza Stockler Pinto, Viviane Leal, Antonio Calixto,
Bruno Geloneze, Denise Mafra
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-84 - ASSOCIAÇÃO DA FERRITINA COM O ESTADO NUTRICIONAL DE
PACIENTES RENAIS CRÔNICOS SOB TRATAMENTO HEMODIALÍTICO
PO-97 - Obestatina plasmática tem correlação com perda de massa
muscular e do apetite em pacientes de hemodiálise
RUI ALBERTO GOMES, Andrea Lopes Lípolis, Flávia B. Chiang, Fatima C.M. Pelarigo, Silvana
Kesrouani, Rogério Y. Matsuda, Jenner Cruz
CRISTIANE MORAES, Lobo JC, Stockler-Pinto MB, Barros AF , Raymundo LRS, Mafra D
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-98 - PERFIL DA VITAMINA D EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM
TRATAMENTO HEMODIALÍTICO - NOTA PRÉVIA
PO-85 - ASSOCIAÇÃO DA FUNÇÃO COGNITIVA COM NÍVEL DE ATIVIDADE
FÍSICA EM RENAIS CRÔNICOS EM HEMODIÁLISE
BELIK FS, Shiraishi FG, Silva VRO, Barretti P, Caramori JCT, Martin LC, Franco RJS
RUI ALBERTO GOMES, Caren Dias Ellerkmann, Bruna Sibon, Fátima C. M. Pelarigo, Rogério Y.
Matsuda, Silvana Kesrouani, Jenner Cruz
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-86 - Correspondência entre as fórmulas MDRD e CockcroftGault para estimativa de função renal em população de idosos
em uma unidade básica de saúde
PO-99 - PERFIL DE PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
ACOMPANHADOS EM TRATAMENTO CONSERVADOR E ENCAMINHADOS
PARA TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA (TRS)
ANA TEREZA AZEREDO BASTOS BRITO, Marilia Rodovalho Guimaraes, Edna Regina S Pereira,
Nayara Gomes S da Costa, Gustavo Guilherme Q Arimatéa, Talita Clementino M Cunha,
Bianca R Rodrigues Rebelo, Isadora Crossara A Teixeira
LUCILA VALENTE, Marcelo Pereira, VICTOR DE CARVALHO BRITO PONTES, MARINA FARIAS LOUREIRO
AMORIM, ELINE FARIAS SILVA, MARIANNA FREITAS, SANDRA MARIA NEIVA COELHO
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-100 - PERFIL DOS PACIENTES ADMITIDOS NO AMBULATÓRIO DE DOENÇA
RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO CONSERVADOR DE UM HOSPITAL
TERCIÁRIO DO RECIFE
PO-87 - Efeito do exercício resistido intradiálise em pacientes com
doença renal crônica
Bruna dos Santos Lourenço, Marcos Antonio do Nascimento, Thiago dos Santos Rosa,
Anderson S. Haro, Vicente Nicolielo Siqueira, Sergio Tufik, Marco Túlio de Mello, Maria
Eugênia Fernandes Canziani, Elisa Mieko Suemitsu Higa
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-88 - EFEITOS DO EXERCÍCIO NO MODELO 5/6NX DE LESÃO RENAL
CRÔNICA
MILTON ROCHA MORAES, Patrícia Semedo, DANILO C. ALMEIDA, CLÉVIA S. PASSOS, THIAGO ROSA
SANTOS, FERNANDO COSTA, REURY FRANK P. BACURAU, ALVARO PACHECO-SILVA, NIELS OLSEN
SARAIVA CÂMARA
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-89 - ENVOLVIMENTO DE MECANISMOS INFLAMATÓRIOS NO MODELO
EXPERIMENTAL DE DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) COM UREMIA EM
CAMUNDONGOS
TATIANA CRISTINA MANZI SENA DOS SANTOS, TATIANA RIBEIRO VALERIO, ERICSON CAVALCANTI
GOUVEIA, AMARO MEDEIROS DE ANDRADE
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-101 - PREVALÊNCIA DA DOENÇA DE FABRY EM UMA POPULAÇÃO DE
PACIENTES EM HEMODIÁLISE NO ESTADO DE ALAGOAS
Santos WAG, Barros HLFG, Santos ES , Costa AFP
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-102 - Prevalência de doença renal crônica em pacientes do
programa HIPERDIA de uma unidade básica de saúde de Maceió/AL.
Daniele Aragão de Albuquerque, Firmino Elias de Albuquerque Neto, Horácio Luis Fontes
Góes de Barros, José Montenegro Júnior, André Falcão Pedrosa Costa
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
ALEXANDRE CHAGAS DE SANTANA, HUMBERTO DELLÊ, Cleonica da Silva, Sérgio Catanozi, Sabrina
Degaspari, Cristoforo Scavone, Kim Solez, Paula Blanco, Irene de Lourdes Noronha
PO-103 - QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA
RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
LEONARDO DINIZ DA CRUZ CÂNDIDO, Aline Daniela Borges, Rafael Souza da Silva, Vanderley
Geraldo Garbazza
PO-90 - Exercício crônico com sobrecarga diminui a proteinúria
em animais com doença renal crônica (DRC) por nefrectomia 5/6
(Nx5/6)
RAFAEL DA SILVA LUIZ, RAMPASO, R. R., TEIXEIRA, L., RAZVICKAS, C., SILVA, K., SCHOR, N.
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-91 - IMPACTO DO EXERCÍCIO AERÓBICO BASEADO NA INTENSIDADE
DO PRIMEIRO LIMIAR VENTILATÓRIO SOBRE PARÂMETROS CARDIORESPIRATÓRIOS E CAPACIDADE FUNCIONAL DE PACIENTES COM EXCESSO DE
PESO PORTADORES DE DOÊNÇA RENAL CRÔNICA NA FASE NÃO-DIALÍTICA
DANILO TAKASHI AOIKE, FLAVIA BARIA, MARIANA ROCHA, MARIA AYAKO KAMIMURA, ADRIANO
AMMIRATI, MARCO TÚLIO DE MELLO, LILIAN CUPPARI
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-92 - Inflamação e rigidez arterial em renais crônicos
diabéticos: papel da capacidade aeróbica
FLáVIO GOBBIS SHIRAISHI, Fernanda Stringuetta Belik, Viviana Rugolo Oliveira e SIlva, Luis
Cuadrado Martin, João Carlos Hueb, Renato de Souza Gonçalves, Roberto Jorge da Silva
Franco
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-93 - Investigação de doença renal crônica na unidade básica
de saúde em pacientes de risco.
ANA TEREZA AZEREDO BASTOS BRITO, Edna Regina S Pereira, Nayara Gomes S da Costa,
Gustavo Guilherme Q Arimatea, Bianca Rosa Rodrigues, Talita Clementino M Cunha,
Marília Rodovalho Guimarães, Ciro Bruno Silveira Costa
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-104 - RELAÇÃO ENTRE O HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO E AS
ALTERAÇÕES ECOCARDIOGRÁFICAS EM PACIENTES NÃO DIABÉTICOS EM
PROGRAMA DE HEMODIÁLISE EM CLÍNICA PRIVADA DE MACEIÓ
JULIANA LINS LOUREIRO, Maria Fernanda Lucena Soutinho, Geórgia de Araújo Pacheco,
Katienne Goes Mendonça, Gustavo Alvares Presídio, Agenor Antônio Barros da Silva,
Ebeveraldo Amorim Gouveia, Carlos Alexandre Ferreira de Oliveira, Fernando Antônio
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-105 - Relato de caso: Insuficiência Renal Crônica e hiperparatireoidismo primário(carcinoma de paratireoide)
CAMPOS BSL, NEVES TJ, SANTOS MM, NETO ABO, NASCIMENTO GVR
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-106 - Sunitinibe (SU), um bloqueador dos receptores do VEGF,
promove microangiopatia trombótica e agrava a esclerose
glomerular no modelo de ablação renal de 5/6 (Nx)
MACHADO, FG , KURIKI, PS, CLARICE KAZUE FUJIHARA, FANELLI, C , DA COSTA, SR, OKABE, C, SENA, CR,
BARLETTE, GP, VIANA, VL, MALHEIROS, DMAC, CAMARA, NOS , ZATZ, R
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-107 - The role of Acetylcholine and the development of renal
fibrosis
Yuri Felipe de Souza Pereira Guise, BRAGA, T. T., SILVA, R. C., HIYANE, M. I., Correa-Costa M.,
PRADO, C. M., CAMARA, N. O. S.
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-94 - Mieloma múltiplo secretor associado a lesão renal grave
em paciente jovem
PO-108 - Transplante de membrana amniótica em modelos
experimentais de doença renal secundária à lesão de isquemia e
reperfusão severa
RAFAEL DINARDI MACHADO, FRANCISCO RAFAEL DO NASCIMENTO ALMEIDA, RAFAEL AUGUSTO BORGES
PAVANI, RAFAEL DINARDI MACHADO, MARIANA DE MORAES FRANÇOSO, ELBER RAFAEL GONÇALVES,
BIANCA BARBOSA LEAL, FERNANDA TOLEDO PIZA FERRAZ, VERONICA MARIA PEREIRA COST
MARIA APARECIDA DA GLORIA, Niels Olsen Saraiva Câmara, Cassiano Donizetti de Oliveira,
Luis Antônio Moura, Marlene Antônia dos Reis, Alvaro Pacheco e Silva Filho
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-95 - NEFROPATIA URICA CRÔNICA E DOENÇA RENAL CRÔNICA
PO-109 - TUBERCULOSE RENAL E DOENÇA RENAL CRÔNICA TERMINAL
Nubyhélia M.N. Carvalho, Leandro L. Carvalho, Irineu Moreno de Melo Sobrinho, Itálita F.
Linhares, Diego e Silva Almeida, Pedro Ernesto B. Lima, Geraldo B. Silva Júnior, Alexandre
B. Libório, Elizabeth F. Daher
NUBYHELIA MARIA NEGREIRO DE CARVALHO, Neiberg A. Lima , Leandro L. Carvalho, Irineu
Moreno de Melo Sobrinho, Pedro Ernesto B. Lima, Itálita F. Linhares, Diego e Silva Almeida,
Carol C. Vasconcelos, Pedro Henrique O. Filgueira , Meissa Kretzmann , T
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-96 - Nesfatin-1: um peptídeo anorexígeno recém descoberto e
sua relação com o apetite e a composição corporal de pacientes
PO-110 - URIC ACID, INATE IMMUNE RECEPTORS AND THE Th1/Th2 BALANCE
IN RENAL FIBROSIS
11
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
Tarcio Teodoro Braga, MATHEUS CORRêA COSTA, Angela Castoldi, Silva-Cunha C, Paulo Albe,
Hyiane M I, Simone Teixeira, Katia Regina Perez, Iolanda Cuccovia, Marcelo N Muscara,
Giselle Gonçalves, Niels Olsen Saraiva Camara
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Fisiopatologia renal / Nefrologia
Experimental (NEFRETICO)
PO-111 - A ANGIOTENSINA-(1-7) TEM EFEITO OPOSTO AO DA ANGIOTENSINA
II SOBRE O TROCADOR Na+/H+ NO TÚBULO RENAL PROXIMAL CORTICAL IN
VIVO
REGIANE CARDOSO CASTELO BRANCO, MARGARIDA DE MELLO AIRES
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-112 - ANÁLISE HISTOLÓGICA RENAL EM CAMUNDONGOS SUBMETIDOS
À NEFRECTOMIA DE 5/6
NERI EA, PERUZZETTO MC, REBOUÇAS NA
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-125 - Efeito de células-tronco mesenquimais(CTMs)ou seu
meio de cultura condicionado(MCC)na obstrução ureteral
unilateral(UUO)em ratas
ANDREI FURLAN DA SILVA, NESTOR SCHOR, VICENTE DE PAULO CASTRO TEIXEIRA
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-126 - EFEITOS BENEFICOS DA DENERVAÇÃO SIMPÁTICA RENAL SOBRE A
FUNÇÃO RENAL E PRESSÃO ARTERIAL DA PROLE DE RATAS DIABETICAS
Aline Fernanda de Almeida Chaves Rodrigues, Ingrid Lauren Brites de Lima, Gerhadus
Hermanus Maria Schoorlemmer, Guiomar Nascimento Gomes
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-127 - Efeitos da Benfotiamina sobre as EPCs na Disfunção Endotelial secundária ao Diabetes Mellitus tipo 2 em modelo animal
Freitas FPS, Meyrelles SS, Vasquez EC , Gava AL
GUILHERME EIICHI DA SILVA, Clévia S Passos, Clara Versolato Razsvickas, Luciana Teixeira,
Agostinho Tavares, Nestor Schor, Waldemar Silva Almeida
Data: 15 e 16 DE SETEMBRO Horário: 16h20-17h3 Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-113 - Artérias Renais Provenientes de Ratos Espontaneamente
Hipertensos (SHR) são Refratárias à Ação Vasodilatadora do
Peptídeo-1 Semelhante ao Glucagon
PO-128 - Efeitos da ingestão de probiótico sobre a função renal e
o estresse oxidativo em ratos diabéticos
Fernanda de Alcântara Savignano, Bruna Piccolo Muniz Pacheco, Adriana Castello
Costa Girardi
FABIANE ROMANO MACIEL, GIOVANA RITA PUNARO, ADELSON MARÇAL RODRIGUES, CRISTINA STUART
BITTENCOURT BOGSAN, MARCELO MACEDO ROGERO, MARICÊ NOGUEIRA DE OLIVEIRA, ELISA MIEKO
SUEMITSU HIGA
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-114 - Atividade diurética e avaliação toxicológica do extrato
etanólico de Piper amalago (Piperaceae), em ratos Wistar
PO-129 - Efeitos Renais e Cardiovasculares da Eletroacupuntura
na Progressão da Doença Renal Experimental em Ratos
ANTONIO DA SILVA NOVAES, JONAS DA SILVA MOTA, MARCIO EDUARDO DE BARROS
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-115 - AVALIAÇÃO DO EFEITO DA N-ACETILCISTEÍNA E DO ESTRESSE
OXIDATIVO NO RIM DE RATOS UNINEFRECTOMIZADOS COM DIABETES
MELLITUS
GUILHERME BAIA NOGUEIRA, ADELSON MARÇAL RODRIGUES, FABIANE ROMANO MACIEL, GIOVANA
RITA PUNARO, MARGARET GORI MOURO, ELISA MIEKO SUEMITSU HIGA
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-116 - AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA ERITROPOETINA NA PROGRESSÃO DA
DOENÇA RENAL CRÔNICA EXPERIMENTAL
Carvalho FF, Teixeira VP, Almeida WS , Schor N
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-117 - AVALIAÇÃO DOS HORMÔNIOS SEXUAIS FEMININOS NA FUNÇÃO
RENAL DE CAMUNDONGOS HIPERCOLESTEROLÊMICOS
Carneiro SS, Carminatti RZ, Freitas FPS, Vasquez EC, Meyrelles SS, Gava AL
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-118 - Cafeína pode beneficiar a função renal de ratos
hipercolesterolêmicos na infusão aguda de nicotina
Mariana dos Santos Silva, Marina Alonso Ferreira, Rubens Park, Eduardo Rissi Silva,
Fabíola Oshiro-Monreal, Claudia Maria Barros Helou
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-119 - CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS MELHORAM A FUNÇÃO RENAL E
REDUZEM A HIPERTENSÃO ARTERIAL RENOVASCULAR EXPERIMENTAL
Elisabeth B Oliveira Sales, Edgar Maquigussa, Patrícia Semedo, Luciana Guilhermino
Pereira, Vanessa Meira Ferreira, Niels OS Câmara, Cassia Toledo Bergamaschi, Rui Ribeiro
Campos, Mirian Aparecida Boim
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-120 - Efeito anti-hipertensivo do alpiste (Phalaris canariensis)
em ratos espontaneamente hipertensos: papel do triptofano
PASSOS CS, Carvalho LN, Ginoza M , Ikuta O, Campos Jr RR, Boim MA
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-121 - EFEITO CRÔNICO DA ANGIOTENSINA II SOBRE A HEMODINÂMICA
E FUNÇÃO RENAL.. *Ferreira-Figueiredo CSR e *Oliveira-Souza
M.*Universidade de São Paulo, São Paulo
CLAUDIA FERREIRA DOS SANTOS RUIZ FIGUEIREDO , Maria Oliveira de Souza
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-122 - EFEITO DA ADMINISTRAÇÃO DE RAÇÃO CONTAMINADA COM A
MICOTOXINA FUMOSINA B1 SOBRE PARÂMETROS URINÁRIOS DE RATOS
WISTAR ADULTOS
EDMARA APARECIDA BARONI, JADE CABESTRE VENANCIO, Nayra Thais D. Branquinho, Samara
Siqueira Emerich, Fernando Carlos de Souza, Maria Raquel Marçal Natali
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-123 - Efeito da hiperleptinemia experimental na função renal
de ratos
JOSNE CARLA PATERNO, Cássia T Bergamaschi, Ruy R Campos, Elisa MS Higa, Maria Fernanda
Soares, Nestor Schor, Anaflávia O Freire, Vicente de Paulo Castro Teixeira
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-130 - ESTUDO DO POTENCIAL DE REPARAÇÃO PELAS CÉLULAS TRONCO
MESENQUIMAIS (CTMS) NA SEPSE INDUZIDA POR E.COLI EM RATAS.
Christo JS, Alencar DR, Tânia ATG, Reis LA, Simões MDJ, Garcia JS, Schor N
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-131 - EVIDÊNCIA PRECOCE DE INFLAMAÇÃO RENAL EM PROLE DE MÃES
DIABÉTICAS E SEUS EFEITOS EM LONGO PRAZO
MATHEUS CORREA-COSTA, MARISTELLA ALMEIDA LANDGRAF, MARIA DE FÁTIMA CAVANAL, APARECIDA
EMIKO HIRATA, NIELS OLSEN SARAIVA CAMARA, FRIDA ZALADEK GIL
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-132 - EXPRESSÃO DE TOLL-4 E HEME OXIGENASE-1 VIA INDUÇÃO POR
LPS E HEMIN EM CÉLULA TUBULAR HUMANA IMORTALIZADA
MILTON ROCHA MORAES, FÁBIA A SALVADOR, PATRÍCIA SEMEDO, FLAVIO B CARRASCO, DANILO
CANDIDO DE ALMEIDA, MARCOS ANTÔNIO CENEDEZE, CLARICE SILVA TAEMI ORIGASSA, ELIANA
NOGUEIRA, ALVARO PACHECO-SILVA, NIELS OLSEN SARAIVA CÂMARA
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-133 - EXPRESSÃO DOS RECEPTORES TECIDUAIS DE ANGIOTENSINA
II (AngII) E MANIPULAÇÃO TUBULAR RENAL DE SODIO EM PACIENTES
OBESOS.
ALMEIDA AR, ZANINI M, SOUZA AL, SILVA CA, ETCHEBEHERE M, MESQUITA FF, ALEGRE SM, GONTIJO JAR
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-134 - EXTRATO DE CARAMBOLA (AVERRHOA CARAMBOLA) POR VIA ORAL
PRODUZ LESÕES HISTOLÓGICAS RENAIS EM RATOS.
EDNA REGINA SILVA PEREIRA, Lorena Lima Barbosa Guimarães, Adilson Donizeti Damasceno,
Vitor Alves Trindade, Aline Maria Vasconcelos Lima, Nilo Sergio Troncoso Chaves
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-135 - Função renal e pressão arterial de cães idosos sadios
ou com doença renal crônica tratados com o antioxidante
N-acetilcisteína
Galvão ALB , Carvalho MB, Vasconcellos AL, Ferreira GS, Alves MAMK
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-136 - Investigação experimental do uso do dimetilsulfóxido
(DMSO) em cães com diminuição do clearance de creatinina
LEANDRO ZUCCOLOTTO CRIVELENTI, SOFIA BORIN, MARILEDA BONAFIM CARVALHO
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-137 - Losartan reverte as alterações celulares e teciduais no
rim induzidas pelo diabetes tipo 2 e a trandiferenciação da célula
mesangial
Carine Prisco Arnoni, Edgar Maquigussa, Clévia dos Santos Passos, Luciana Guilhermino
Pereira, Mirian Aparecida Boim
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-138 - Modulação da função renal e da função autonômica em
ratos com diabetes experimental através exercício físico prévio
(EFP)
PO-124 - Efeito da variação do conteúdo de K+ na dieta sobre a
expressão de AT1R, ATRAP
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Karina Thieme, Maria Oliveira de Souza
12
KLEITON AUGUSTO DOS SANTOS SILVA , LUIZ, RS, RAMPASO, RR, de ABREU, NP, MOREIRA, ED, MOSTARDA,
CT, DE ANGELIS, K, IRIGOYEN, MC, SCHOR, N
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
PO-139 - Papel da via de sinalização BMP-7/Gremlin na transição
epitélio mesenquimal induzido por TGF-β
Denise Malheiros, Rui Toledo Barros, Viktoria Woronik
Edgar Maquigussa, Juliana de Souza Cunha, Luciana G. Pereira, Carine P. Arnoni, Mirian
A. Boim
PO-154 - Doença das Células Epiteliais Glomerulares (DCEG) nas
Glomerulonefrites Rapidamente Progressivas (GNRP)
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-140 - Participação do estresse oxidativo na lesão renal de
ratos induzida pela exposição ao losartan durante a lactação
EVELYN CRISTINA SANTANA MARIN, HELOÍSA DELLA COLETTA FRANCESCATO, ROBERTO SILVA COSTA,
CLEONICE GIOVANINI ALVES DA SILVA, TEREZILA MACHADO COIMBRA
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-141 - Participação do sulfeto de hidrogênio na lesão renal
induzida pela gentamicina
JOãO REYNALDO ABBUD CHIERICE, Heloísa Della Coletta Francescato, Cleonice Giovanini
Alves da Silva, Roberto Silva Costa, Fernando de Queiroz Cunha, Terezila Machado
Coimbra
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-142 - Possíveis mecanismos envolvidos na insensibilidade
a AngII durante a gravidez em ratos: Papel da relaxina, óxido
nítrico, receptores Rxfp1 e AT2
Carvalho LN, Passos CS, Cristovam PC, Boim MA
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-143 - RESTRIÇÃO DE SONO POR DIFERENTES PERÍODOS DURANTE A
PRENHEZ. EFEITOS SOBRE A FUNÇÃO RENAL E PRESSÃO ARTERIAL DA PROLE
Ingrid Lauren Brites de Lima, Aline Fernanda Almeida Chaves Rodrigues, Beatriz Duarte
Palma Xylaras, Sergio Tufik, Guiomar Nascimento Gomes
Data: 15 e 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
GLOMERULOPATIAS
PO-144 - Análise do Perfil de pacientes com nefrite lúpica em
Hospital de Referência no Estado do Pará:Análise de 7 anos
RENATA KELLY SOUSA PANTOJA, Ana Cristina de Lima Figueiredo Duarte, Pamela Tolentino
da Silva
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-145 - ANÁLISE QUANTITATIVA DE MASTÓCITOS NAS SUBCLASSES DA
NEFROPATIA POR IgA
LOURIMAR JOSE DE MORAIS, MARIA LAURA PINTO RODRIGUES, MARLENE ANTÔNIA DOS REIS
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-146 - Apresentações Atípicas da Crise Renal Esclerodérmica –
Relato de dois casos
BRUNO CALDIN DA SILVA, LECTICIA BARBOSA JORGE, CAMILA HITOMI NIHEI, DENISE MALHEIROS, RUI
TOLEDO BARROS, VIKTORIA WORONIK
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-147 - Associação entre Lupus Eritematoso Sistêmico (LES) e
podocitopatia
SANTOS RSS, MATTEDI DL, REPIZO LP, JORGE LB, BARROS RT, WORONIK V
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-148 - Ateroembolismo Renal: Casuística do Hospital das Clínicas
– Faculdade de Medicina de São Paulo, entre 2003-2011
FERNANDO SALES, Irene Faria Duayer, Raquel de Melo Silva, Daniela Loss Mattedi, Caroline
Puliti Hermida Reigada, Lecticia Barbosa Jorge, Rui Toledo Barros, Viktoria Woronik
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-149 - AVALIAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DAS VARIANTES DA GESF IDIOPÁTICA
EM UM ÚNICO CENTRO: RESULTADOS PRELIMINARES
GESIANE FERNANDES TAVARES, MAURÍCIO BRITO TEIXEIRA, MARIA LUIZA ANHAIA DE ARRUDA
BOTELHO, MARINA BRUNIERA ANCHIETA, FLAVIANA FERREIRA BARROS, FELIPE LESSA SOARES, DINO
MARTINI FILHO, YVOTY ALVES SANTOS SENS
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-150 - AVALIAÇÃO DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR COM CISTATINA
C SÉRICA EM GRÁVIDAS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
ANDRE GOUVEA, Omar da Rosa Santos, Eugênio Pacelle Q. Madeira, Luiz Paulo J. Marques,
Mário Meyer R. Fernandes, C. A. Basílio de Oliveira
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-155 - EVOLUÇÃO A LONGO-PRAZO DE PACIENTES COM NEFRITE LÚPICA
CLASSES III E IV (OMS)
MAURÍCIO BRITO TEIXEIRA, GESIANE FERNANDES TAVARES, Felipe Lessa Soares, MARIELA FIGUEIREDO
CONCEIÇÃO, PAULA CALDERERO LAMONATO DE OLIVEIRA, Marla Maria Carvalho, Marina
Bruniera Anchieta, Juliana Cristina Figueiredo Alves, Patricia Malafronte, Y
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-156 - EVOLUÇÃO CLÍNICA E LABORATORIAL DE GESTANTES COM
GLOMERULOPATIAS
Pereira AR, Silva GSJr, Facca TA, Mastroianni-Kirsztajn G
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-157 - Glomerulonefrite Aguda Pós-Estreptocócica ou
Glomerulonefrite Membranoproliferativa? A importância
da microscopia eletrônica para elucidação etiológica nas
glomerulopatias
MONIQUE ISABEL SILVEIRA BECHARA, EDUARDO BARCELOS RACHED, VILMAR DE PAIVA MARQUES,
MARLENE ANTONIA REIS, ALCINO REIS MENDES, JULIANA REIS MACHADO, PRECIL DIEGO MIRANDA
DE MENEZES NEVES
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-158 - Glomerulonefrite Aguda Pós-infecciosa Crescêntica –
Relato de Caso
FERNANDO SALES, Irene Faria Duayer, Raquel de Melo Silva, Daniela Loss Mattedi, Lecticia
Barbosa Jorge, Rui Toledo Barros, Viktoria Woronik
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-159 - Glomerulonefrite difusa aguda em idoso. Relato de uma
manifestação atípica e breve revisão de literatura
CHRISTIANE AKEMI KOLJIMA, polyana souto lopes da silva, paulo cesar leite santana, mary
carla estevez diaz
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-160 - Glomerulonefrite membranoproliferativa associada à
deficiência de alfa-1 antritripsina com heterozigose para o alelo
Z
VANESSA DOS SANTOS SILVA, Rodrigo Hagemann, Ricardo A Femozelli, Kunnie I R Coelho,
Carlos A Caramori, Viktória Woronic, Bruno Eduardo Pedroso Balbo, Luiz Fernando
Onuchic
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-161 - Glomerulonefrite Rapidamente Progressiva associada a
Hanseníase Virchoviana: relato de caso e revisão da literatura
RAFAEL DINARDI MACHADO, VERONICA MARIA PEREIRA COSTA, MARCELO CARVALHO NAVES RIBEIRO,
BRUNO MARTINS TOKUDA, HEBERT HENRIQUE CAPUCI, MARIANA SALOMÃO BRAGA, GABRIELA
RODRIGUES DE SOUZA, FRANCISCO RAFAEL DO NASCIMENTO ALMEIDA, RAFAEL AUGUSTO BORGES P
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-162 - GLOMERULONEFRITE RAPIDAMENTE PROGRESSIVA: UMA FORMA
DE APRESENTAÇÃO NÃO-USUAL DA GLOMERULONEFRITE AGUDA APÓS
INFECÇÃO DE VIAS AÉREAS SUPERIORES
VILMAR DE PAIVA MARQUES, Precil Diego Miranda de Menezes Neves, Marlene Antônia dos
Reis, Juliana Reis Machado, Edson Luiz Fernandes, Itsuzi Fugikaha
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-163 - GLOMERULOPATIA MEMBRANOSA: RESPOSTA A ESQUEMA DE
PONTICELLI VS. OUTROS TRATAMENTOS
JULIANA BUSATO MANSUR, LAILA ALMEIDA VIANA, Marcus Taver Costa Dantas, Thais Oliveira
Claizoni, Gianna Mastroianni Kirsztajn
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Silva GSJr, Passos MT, Pereira AR , Nishida SK, Moreira SR, Sass N, Mastroianni-Kirsztajn G
PO-164 - HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA- AVALIAÇÃO DE ALTERAÇÕES
URINÁRIAS EM GRÁVIDAS DE SÃO PAULO
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Silva GSJr, Facca TA, Moreira SR, Nishida SK, Sass N, Mastroianni-Kirsztajn G
PO-151 - CARACTERISTICAS CLÍNICAS E EPIDEMIOLÓGICAS DE GESTANTES
COM HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA EM SÃO PAULO
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Silva GSJr, Passos MT, Pereira AR , Sass N, Mastroianni-Kirsztajn G
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-152 - Caracterização de pacientes HIV-positivos acompanhados
em Ambulatório de Glomerulopatias
JULIANA BUSATO MANSUR, Michelle Tiveron Passos, Deborah de Alencar Oliveira Borborema,
Amélia Rodrigues Pereira, Gianna Mastroianni Kirsztajn
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-153 - Células CD68 positivas em Biópsia Renal predizem
prognóstico em Nefrite lúpica proliferativa
ALINE LAZARA RESENDE, Cristiane B Dias, Patrícia Malafronte, Jin Lee, Cilene C Pinheiro,
PO-165 - Influência do excesso de peso corporal sobre a excreção
urinária de proteínas
LEANDRO ZUCCOLOTTO CRIVELENTI, SOFIA BORIN, MÁRCIO ANTÔNIO BRUNETTO, TATIANA CHAMPION,
FÁBIO NELSON GAVA, AULUS CAVALIERI CARCIOFI, AUREO EVANGELISTA SANTANA
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-166 - Lúpus Eritematoso Sistêmico Soronegativo
CLARA ÁLVARES PEREIRA Leão, Silvia Marçal Botelho, Jerusa Marielle Nunes Seabra de
Oliveira, Luciana Ximenes Salustiano, Viviane Campos Ponciano, Ivana Sousa Nunes
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-167 - Micofenolato Mofetil como tratamento primário em
Glomerulonefrite Membranosa Idiopática
13
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
LILIAN DA SILVA SANTOS, ALICE PIGNATON NASERI, MIRNA LUCIA QUEVEDO ECHAGUE, PATRICIA
BENTO GUERRA, VINICIUS BORTOLOTE PETERLE, FERNANDA ZOBOLE PETERLE, MARIA CARMEN L. S.
SILVA SANTOS, LAURO VASCONCELLOS
Relato de Caso
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
MONIQUE ISABEL SILVEIRA BECHARA, EDUARDO BARCELOS RACHED, VILMAR DE PAIVA MARQUES,
ALCINO REIS MENDES, PRECIL DIEGO MIRANDA DE MENEZES NEVES, MARLENE ANTONIA REIS
PO-168 - Mutações no gene NPHS2 em pacientes com GESF familiar
Michelle Tiveron Passos, Alexandre Costa Pereira, Sonia K. Nishida, Amélia Rodrigues
Pereira, Gianna Mastroianni Kirsztajn
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-169 - Nefrite lúpica (NL) vs Glomerulonefrite “lúpus like” (GN
LES-like): são a mesma doença?
DANIELA LOSS MATTEDI, Roberto Savio Silva Santos, Janaina de Almeida Mota Ramalho,
Liliany Pinhel Repizo, Lectícia Jorge, Rui Toledo Barros , Viktoria Woronik
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-170 - Nefrite Lúpica Membranosa como Manifestação Inicial do
Lúpus Eritematoso Sistêmico em Adulto Jovem
BRUNO ZAWADZKI, Fabrício Bino Guimarães, Ana Cláudia Fontes, Alvimar Delgado, Maurilo
Leite Jr
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-171 - Nefropatia IgA com Ateroembolismo Renal – relato de
caso
FERNANDO SALES, Irene Faria Duayer, Raquel de Melo Silva, Daniela Loss Mattedi, Lecticia
Barbosa Jorge, Rui Toledo Barros, Viktoria Woronik
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-172 - Nefropatia por cilindro com Mieloma Múltiplo – relato
de caso
FERNANDO SALES, Raquel de Melo Silva, Irene Faria Duayer, Daniela Loss Mattedi, Lecticia
Barbosa Jorge, Rui Toledo Barros, Viktoria Woronik
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-173 - Pacientes adultos com diagnóstico de nefropatia por IgA
acompanhados no ambulatório de glomerulopatias do Hospital
das Clínicas de Goiânia
ANA TEREZA AZEREDO BASTOS BRITO, Marilia Rodovalho Guimaraes, Edna Regina S Pereira,
Nayara Gomes S da Costa, Gustavo Guilherme Q Arimatéa, Talita Clementino M Cunha,
Bianca R Rodrigues Rebelo, Ciro Bruno Silveira Costa
HIPERTENSÃO ARTERIAL
PO-182 - Benefícios da angioplastia em paciente portadora de Rim
Atrófico à Direita e Oclusão severa à Esquerda
MARIA PAULA SANTOS FONTES, Ricardo Sofiatti Mesquita de Oliveira, Sonia Celina Arantes
Silva Andrade, Helena Hemiko Iwamoto
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-183 - INCIDÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL EM ALUNOS DE ESCOLA
PÚBLICA E PRIVADA NO MUNICÍPIO DE CAMPINAS-SP
CILLO, FB, DAMASCENO, BL, ZANETTI, CB, MONTEMOR, ML, MENDOZA, LVG, CILLO, ACP
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-184 - MENSURAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL EM HEMODIALISE: A
IMPORTÂNCIA DA TECNICA DE AFERIÇÃO
PAMELA DE ALENCAR FORTALEZA SOUSA, Marcos Kubrusly, Cláudia Maria Costa de Oliveira,
Rafael Matos Magalhães, Marcelo de Almeida Pinheiro Lima, Matheus Bonfin de Carvalho
Rocha
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-185 - PESQUISA CLÍNICA DE DOENÇA ATEROSCLERÓTICA MULTIARTERIAL
SINTOMÁTICA EM PACIENTES COM HIPERTENSÃO RENOVASCULAR DE
MESMA ETIOLOGIA
VILMAR DE PAIVA MARQUES, Precil Diego Miranda de Menezes Neves, Arthur Alberto de
Oliveira e Oliveira, Marcela Cristina de Oliveira e Oliveira, Marco Antônio Vieira da Silva,
Helena Moisés Mendonça, Luiz Antônio Pertili Rodrigues de Resende
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-186 - Análise das interconsultas realizadas pelo Serviço de
Nefrologia do Hospital das Clínicas-UFES
PO-174 - Padrão das Glomerulopatias no Hospital de Clínicas
Gaspar Vianna.Estudo retrospectivo de 9 anos de biópsias renais.
MIRNA LUCÍA QUEVEDO ECHAGUE, Alice Pignaton Naseri, Lilian Silva Santos, Mariana Pin de
Andrade, Aedra Kapitzky Dias, Abraão Ferraz Alves Pereira, Patricia Bento Guerra, Vinicius
Bortoloti Péterle, Fernanda Zobole Péterle, Lauro Monteiro Vasconce
RENATA KELLY SOUSA PANTOJA, ANA CRISTINA DE LIMA FIGUEIREDO DUARTE, PAMELA TOLENTINO
DA SILVA
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-175 - Perfil clínico dos pacientes com glomerulopatia
membranosa em acompanhamento em um Hospital Universitário
da Região Centro-Oeste
ANA TEREZA AZEREDO BASTOS BRITO, Marilia Rodovalho Guimaraes, Edna Regina S Pereira,
Nayara Gomes S da Costa, Gustavo Guilherme Q Arimatéa, Talita Clementino M Cunha,
Bianca R Rodrigues Rebelo, Ciro Bruno Silveira Costa
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-176 - Perfil dos pacientes submetidos à biópsia renal nos
últimos cinco anos num hospital universitário do interior de São
Paulo
VANESSA DOS SANTOS SILVA , Alessandra M Bales , Luis Felipe Betti Casagrande , Rodrigo
Hagemann , Rosa Marlene Viero
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-177 - Purpura de Henoch-Schönlein em adulto
LILIAN DA SILVA SANTOS, MIRNA LUCIA QUEVEDO ECHAGUE, VINICIUS BORTOLOTE PETERLE,
PATRICIA BENTO GUERRA, MARIA CARMEN L. F. SILVA SANTOS, ALICE PIGNATON NASERI, LAUDO
VASCONCELLOS
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-178 - Recorrência precoce de glomerulonefrite aguda pósinfecciosa: Relato de Caso
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-187 - Avaliação da função renal após nefrostomia percutânea
em pacientes com nefropatia obstrutiva por neoplasia no período
de fevereiro de 2010 a fevereiro de 2011
MARCIA REGINA DE CASTRO RODRIGUES, Meire Lopes Magalhães Carneiro, Jailson Silva Alves,
Alzira Carvalho Paula de Souza, Maria de Jesus Rodrigues de Freitas, Kelly Amaral Santos,
Gracilene Lobato Cardoso Guimarães, Ana Paula Monteiro Rodrigues , Van
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-188 - Avaliação do potencial reparador da terapia celular com
células tronco mesenquimais (CTMs) na lesão renal induzida por
radiação ionizante (RI), em modelo animal
Longo, VM, Razvickas, CV, Almeida, WS, Segreto, HRC, Schor, N
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-189 - Balanço Negativo de Cálcio Induzido pela Anticoagulação
Regional com Citrato em Terapias Contínuas de Substituição
Renal
Sato, VAH, Caires, RA, Marques, IDB, Pontelli, R, Goldenstein, PT, Burdmann, EA, Costa, MC,
Moyses, RMA
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-190 - Características clínicas e mortalidade de pacientes com
injúria renal aguda (IRA) em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
submetidos à hemodiálise (HD)
HORáCIO LUIS FONTES GOES DE BARROS, Francisco Pessoa da Cruz Júnior, Tarcilo Machado
da Silva, Vítor Hugo Honorato Pereira, André Falcão Pedrosa Costa, Flávio Teles
Silva OFLLO, Belúcio-Neto J, Moysés-Neto M, Lopes PC, Basile-Filho A , Dantas M, Nicolini EA,
Romão EA
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-179 - REDUÇÃO DA PROTEINÚRIA EM PACIENTE COM DIABETES TIPO
I ATRAVÉS DO TRIPLO BLOQUEIO DO SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINAALDOSTERONA
PO-191 - Caracterização de doentes que desenvolveram
insuficiência renal aguda na Unidade de Terapia Intensiva
LILIAN DA SILVA SANTOS, ALICE PIGNATON NASERI, EDGARD AUGUSTO VILLAS BOAS, MIRNA LUCIA
QUEVEDO ECHAGUE, PATRICIA BENTO GUERRA, VINÍCIUS BORTOLOTE PETERLE, MARIA CARMEN L. F.
SILVA SANTOS, LAURO VASCONCELLOS
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Silva ADL, Freitas AA, Waters C, Cardoso LGS, Chiavone PA
PO-192 - Descrição de caso de nefrotoxicidade por pigmento
associado à anemia hemolítica macroangiopática
BURDELIS, REM; , Betti, E; , Suzuki, AYA; , Previero, B.M
Janaina Padula Picotti, DIOGO DA ROCHA VINAGRE, Paula Carbone Diaz, João Egídio Romão
Junior, Irene de Lourdes Noronha, Maria Regina de Araujo, Dino Martini Filho, Hugo
Abensur
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-181 - Síndromes Hemolítico Urêmica e de Guillain-Barré:
apresentação clínica concomitante após quadro diarreico.
PO-193 - Diferentes padrões em uma coorte de pacientes com
a forma grave de leptospirose (Doença de Weil): Efeitos de um
PO-180 - Relato de caso: Vasculite Anca+
14
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
programa educacional em uma área endêmica
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PEDRO ERNESTO BEZERRA LIMA, Geraldo Bezerra da Silva Junior, Rosa Maria Salani Mota,
Hermano A.L. Rocha, Krasnalhia Lívia Soares de Abreu, Adller G.C. Barreto, Eanes D.B.
Pereira, Sônia Maria Holanda Almeida Araújo, Alexandre Braga Libório, Rafae
PO-208 - O EFEITO DAS CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS (CTM) DA MEDULA
ÓSSEA OU DE SEU MEIO CONDICIONADO (MC) NA LESÃO RENAL AGUDA
(LRA) INDUZIDA PELO LIPOPOLISSACÁRIDE (LPS)
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-194 - EFEITO DO POTENCIAL DE REPARAÇÃO DAS CÉLULAS-TRONCO
MESENQUIMAIS (CTMS) NA INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA (IRA) INDUZIDA
PELO ACICLOVIR (AC) EM RATAS.
JOELMA SANTINA CHRISTO, Lopes PGM, Simões MDJ, Reis LA, Schor N
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-195 - FATORES PREDITIVOS DA EVOLUÇÃO A LONGO PRAZO DE PACIENTES
APÓS LESÃO RENAL AGUDA
GERMANA ALVES DE BRITO, JULIANA MARIA GERA ABRAO, DANIELA PONCE, ANDRE LUIZ BALBI
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-196 - Genotipagem de cepas isoladas de Pseudomonas
aeruginosa de pacientes em terapia renal substitutiva
VIVIANE FERREIRA, ROBERTO MARTINEZ, MIGUEL MOYSES NETO, JAQUELINE PASSAGLIA, FáBIO
CAMPIONI, JULIANA PFRIMER FALCÃO, JOSé ABRãO CARDEAL DA COSTA
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-197 - Glomerulonefrite Rapidamente Progressiva ANCArelacionada em Paciente Portador de Blastomicose
BICHUETTE-CUSTODIO F, SOUZA GR, ALMEIDA FRN, GONÇALVES ER, FRANÇOSO MM, MACHADO RD,
PAVANI RB , BAPTISTA MASF, RAMALHO HJ, LIMA EQ
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-198 - INCIDÊNCIA DE INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM PACIENTES
CRÍTICOS E SUA ASSOCIAÇÃO COM ESTADO NUTRICIONAL E MORTALIDADE
Pontes DP, Araújo RG, Barbosa MSS, Luz Neto LM, Silva JE
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-199 - INCIDÊNCIA DE INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM PÓS OPERATÓRIO
DE CORREÇÃO DE CARDIOPATIA CONGÊNITA
CILLO, FB , DAMASCENO, BL, ZANETTI, CB, MONTEMOR, ML, MENDOZA, LVG, ANTONIALI, F, CILLO, ACP
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-200 - Insuficiência renal aguda após acidente por picada de
aranha do gênero Loxosceles
Bignardi,JH, Franco,RTH, Bezerra,DA
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-201 - IRA OLIGÚRICA APÓS CRISE CONVULSIVA
IVANA SOUSA NUNES, CLARA ALVARES LEAO, MYLLENA ALVES VIEIRA, FERNANDO ANTONIO COSTA
ANUNCIAÇÃO, SIMONE DE PAULA AMORIN, LIGIA MARIA DE FARIA VIEIRA, LUCIANA XIMENES
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-202 - Leptospirose grave (Síndrome de Weil) complicada com
infarto agudo do miocárdio: relato de caso
Elizabeth F. Daher, Pedro Ernesto B. Lima, Irineu Moreno de M. Sobrinho, Nubyhélia M. N. de
Carvalho, Leandro L. Carvalho, Itálita F. Linhares, Diego S. Almeida, Alexandre B. Libório,
Geraldo B. Silva Júnior
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-203 - Lesão renal aguda em crianças com leishmaniose visceral
de acordo com o critério pRIFLE
PEDRO ERNESTO BEZERRA LIMA, Alexandre Braga Libório, Irineu Moreno de Melo Sobrinho,
Natália de Albuquerque Rocha, Michelle J.C. Oliveira, Luiz F.L.G. Franco, Graziela B.R.
Aguiar, Rodrigo S. Pimentel, Krasnalhia Lívia Soares de Abreu, Geraldo Be
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-204 - Lesão Renal Aguda induzida por Acidentes Ofídicos no
Ceará
POLIANNA LEMOS MOURA MOREIRA ALBUQUERQUE, JULIANA BARBOSA LIMA, CAROLINE BARBOSA
LIMA, MARIA DO SOCORRO BATISTA VERAS, GERALDO BEZERRA DA SILVA JÚNIOR, ELIZABETH DE
FRANCESCO DAHER
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-205 - Lesão renal aguda por rabdomiólise secundário à
ingestão de álcool e agressões físicas
Elizabeth F. Daher, Neiberg A. Lima, Irineu Moreno de M. Sobrinho, Leandro L. Carvalho,
Nubyhélia M. N. de Carvalho, Pedro Ernesto B. Lima, Itálita F. Linhares, Rafael S. A. Lima,
Pedro Henrique O. Filgueira, Meissa Kretzman, Ticiano A. S. Sinde
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-206 - Meio condicionado de células tronco mesenquimais
(CTMs) protegem células tubulares proximais humanas (HK2) das
lesões por Gentamicina (GENTA) e LPS
JéSSICA SULLER GARCIA, MARCELO ANDERY NAVES, FERNANDA TEIXEIRA BORGES, NESTOR SCHOR
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-207 - Melhora da função renal em camundongos tratados com
Ácidos Graxos de Cadeia Curta submetidos à lesão de isquemia e
reperfusão
Andrade-Oliveira V, Correa-Costa M, Amano TM, Moraes-Vieira PM, Hiyane MI, Silva-Cunha
C, Vinolo MA, Curi R, Câmara NOS
REIS LA, BORGES FT, SIMOES M de J, SCHOR N
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-209 - O EFEITO DO MEIO CONDICIONADO (MC) DERIVADO DAS CÉLULAS
TRONCO MESENQUIMAIS (CTM) DA MEDULA ÓSSEA NA LESÃO RENAL
AGUDA (LRA) INDUZIDA PELA GENTAMICINA
REIS LA, BORGES FT, SIMOES M de J, SCHOR N
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-210 - O PAPEL DA IL-1β E DOS COMPONENTES DO COMPLEXO
INFLAMASSOMA (CASPASE-1 E ASC) NA LESÃO RENAL AGUDA
DESENCADEADA PELA ISQUEMIA E REPERFUSAO
GONÇALVES GM, CORREA-COSTA M, CASTOLDI A, BRAGA T, REIS MA, ZAMBONI D, PACHECO-SILVA A,
CAMARA NOS
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-211 - O papel do meio condicionado de células-tronco
mesenquimais na morte celular induzida in vitro em células
tubulares proximais renais
Maculan, F.D., Cenedeze, M.A., Pacheco-Silva, A, Camara, N.O. , Semedo, P.
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-212 - O PAPEL DOS RECEPTORES INTRACELULARES NOD-1 E -2 E DA
MOLÉCULA DAPTADORA DOS TLR, MYD88, EXPRESSOS NO TECIDO RENAL
APÓS LESÃO DE ISQUEMIA E REPERFUSÃO
Gonçalves GM, Correa-Costa M, Castoldi A , Braga T, Zamboni D , Pacheco-Silva A, Camara,
NOS
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-213 - O Peptídeo mimético 4F da apolipoproteína AI (4F) atenua a
lesão no rim, no coração e a disfunção endotelial na sepse
Roberto Souza Moreira, Maria Irigoyen, Maria Heloisa M. Shimizu, Niels Olsen saraiva
Camara, Rildo A. Volpini, Antonio C. Seguro, LÚCIA DA CONCEIÇÃO ANDRADE
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-214 - PAPEL DO IFNg NA RESPOSTA REPARADORA DAS CELULAS-TRONCO
MESENQUIMAIS EM MODELOS RENAIS AGUDOS
Priscilla Barbosa Costa, Marina Burgos Silva, Patricia Semedo, Denise M.A.C.Malheiros,
Álvaro Pacheco e Silva Filho, Niels Olsen Saraiva Camara
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-215 - Perfil clínico- epidemiológico da interconsulta do serviço
de Nefrologia da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna no
período de janeiro a junho 2010
RENATA KELLY SOUSA PANTOJA, Amandha Luysa Martins Leal Bittencourt, ana Cristina de
Lima Figueiredo Duarte
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-216 - Perfil dos pacientes com insuficiência renal aguda na
UTI do Hospital Ophir Loyola no período de fevereiro de 2010 a
fevereiro de 2011
MARCIA REGINA DE CASTRO RODRIGUES, Meire Lopes Magalhães Carneiro, Kelly Amaral
Santos, Jailson Silva Alves, Alzira Carvalho Paula de Souza, Vanessa Correa Pantoja,
Maria de Jesus Rodrigues de Freitas, Gracilene Lobato Cardoso Guimarães, Ana Paula
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-217 - Perfil epidemiológico dos pacientes com insuficiência renal
acompanhados pela interconsulta no Hospital da Clínicas da UFPE
MIRELLA CAVALCANTI LINS DE MELO, GISELLE VAJGEL FERNANDES, ANDRÉA C.E.P. VALENÇA, MARIA
CAROLINA N.R. NEVES, LUCILA MARIA VALENTE, SANDRA NEIVA COELHO
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-218 - Pressão Intra-Abdominal como Preditor de Injúria Renal
Aguda no Pós-Operatório de Cirurgias Abdominais
Ana Carolina dos Santos Demarchi, Cibele Taís Puato de Almeida, Meire Cristina Novelli
e Castro, Fábio Akio Yamaguti, Juliana Rigotto Grejo, Danielle Vital, Juan Llanos, Regina
Moura, Aline Roberta Danaga, Hugo Hyung Bok Yoo, Amanda Aparecida Pe
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-219 - PROFILAXIA RENAL TRIPLA PARA NEFROPATIA POR CONTRASTE
IODADO
EDUARDO DE PAIVA LUCIANO, ANDRÉ LUIZ PINTO, JULIANA GRASSI, PAULO SÉRGIO LUCONI, REJANE
MARIA SPINDOLA FURTADO, SANDRA FERREIRA S . REIS, PATRICIA FERREIRA ABREU
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-220 - Recuperação das manifestações extra-renais e evolução
renal na Síndrome Hemolítico-Urêmica atípica (SHUa) tratada com
plasmaferese
Crabi GV, Lopes AGG , Gushi L , Vidal MJA, Martini Filho D, Abensur H
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-221 - Relationship between inulin clearance and serum
15
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
creatinine continuous plot using spline cubic interpolation
Experiência
Morais.C.A, Razvickas V. C, Semedo P, Tristão R.V, Durão S.M Jr, Batista C.M, Monte.M.C.J
LUCAS RAFAEL COSTA CORTEZ, Horácio Luis Fontes Goes de Barros, Firmino Elias de
Albuquerque Neto, Caio Francisco de Araújo Cavalcanti, BRUNO DE JESUS COELHO, Flávio
Teles, André Falcão Pedrosa Costa
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-222 - Síndrome hemolítico-urêmica em transplante de pâncreas
isolado
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-235 - LIGA ACADÊMICA DE NEFROLOGIA E HIPERTENSÃO DE ALAGOAS
(LINEHAL): AMPLIANDO CAMINHOS NA FORMAÇÃO MÉDICA
PO-223 - USO DO CRITÉRIO RIFLE EM UTI GERAL PARA AUXILIAR O
DIAGNÓSTICO E ACOMPANHAMENTO PRECOCE NA LESÃO RENAL AGUDA
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Lopes AGG, Crabi GV, Abensur H
EDUARDO DE PAIVA LUCIANO, CAMILA S PINOTTI, OTAVIO AUGUSTO DE LARA LEITE, REJANE MARIA
SPINDOLA FURTADO, SANDRA FERREIRA S REIS, PATRICIA FERREIRA ABREU, PAULO SÉRGIO LUCONI
Uchôa JVM, Barbosa AWG, Cardoso SB, Bispo RKA, Neto JGA, Pinheiro CCS, Andrade ANVF,
Pinheiro ME
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-236 - Níveis de vancocinemia persistentemente elevados
agravando a nefrotoxicidade da vancomicina em paciente
oncológico
LIGAS
Rubuski FB, Oliveira MT, Hamamoto RHF, Andrade R, Saragiotto H, Marques IDB, Imanishe
MH, Soeiro EMD, BENEDITO JORGE PEREIRA
PO-224 - A informatização como aliada na adesão da população a
ações e eventos pontuais de promoção e de prevenção em saúde
CAIO FRANCISCO DE ARAÚJO CAVALCANTI, Horácio Luis Fontes Goés de Barros, FIRMINO ELIAS
DE ALBUQUERQUE NETO, Lucas Nascimento Tavares, André Falcão Pedrosa Costa, FLAVIO
TELES
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-225 - Analise do nível de conhecimento em estudantes da rede
pública e privada de Vassouras-RJ sobre a Doença Renal Crônica
Amaral JP, Mota VMR, Teixeira APSF, Baumgarten R, Pereira SL, Costa FS
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-226 - Aplicação da intersetorialidade em atividades de
promoção a saúde da LANU em comunidade carente de município
da grande Aracaju
FIRMINO ELIAS DE ALBUQUERQUE NETO, HORÁCIO LUIS FONTES GOÉS DE BARROS, CAIO FRANCISCO
DE ARAÚJO CAVALCANTI, VíTOR HUGO HONORATO PEREIRA, BRUNO DE JESUS COELHO, André Falcão
Pedrosa Costa, FLAVIO TELES
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-227 - ATENDIMENTO EM GRUPO NO AMBULATÓRIO DA LIGA DO RIM E DA
HIPERTENSÃO ARTERIAL DE BOTUCATU
MARCOS ANTONIO MARTON FILHO, Edwa Bucuvic, Cíntia Mitsue Pereira Suzuki, Juliana
Rodrigues Matsuguma, Miguel Hernandes, Vanessa Santos Silva, Gabriela Bruzos,
Jacqueline Costa Teixeira Caramori
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-228 - COMPARAÇÃO DO NÍVEL DO CONHECIMENTO SOBRE CREATININA
ENTRE AMOSTRAS DISTINTAS DA POPULAÇÃO: UNIVERSITÁRIOS, CLIENTES
DE POSTOS DE SAÚDE E USUÁRIOS DE RODOVIÁRIA
PAULO ROBERTO SANTOS, Cavalcanti JU, Silva-Filho AH, Apolônio NAM, Vieira CB, Rocha ARM,
Carvalho RM, Ponte HA, Vieira EB, Salles-Jr LD
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-229 - Determinação do perfil do ângulo de fase como indicador
do estado nutricional e progressão da doença renal crônica
não dialítica: dados preliminares
Thalita de Moura Santos Braga, Tatiana Martins Aniteli, Hugo Abensur, Roberto Zatz,
Victor A. H. Sato, Renato A. Caires, Bárbara Nogueira Palmieri, Eloisa Massaine Moulatlet,
Fernanda Neres Ribeiro de Lima, Viviane Kim
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-237 - PREVALÊNCIA DE DOADORES DE ÓRGÃOS ENTRE UNIVERSITÁRIOS,
CLIENTES DE POSTOS DE SAÚDE E POPULAÇÃO GERAL EM CIDADE DO
INTERIOR DO NORDESTE
PAULO ROBERTO SANTOS, Cavalcanti JU, Silva-Filho AH, Apolônio NAM, Vieira CB, Rocha ARM,
Carvalho RM, Ponte HA, Vieira EB, Salles-Jr LD
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-238 - VOCÊ SABE O QUE É CREATININA? – UMA ENQUETE EM CIDADE DO
INTERIOR DO NORDESTE
PAULO ROBERTO SANTOS, Cavalcanti JU, Silva-Filho AH, Apolônio NAM, Vieira CB, Rocha ARM,
Carvalho RM, Ponte HA, Vieira EB, Salles-Jr LD
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
MULTIPROFISSIONAL ( I Encontro
Multiprofissional em Nefrologia)
PO-239 - A Adesão do Portador de Insuficiência Renal Crônica ao
Tratamento Hemodialítico
ROSIMEIRE BALOG WANCELOTTI
Tema: Multiprofissional ( I Encontro Multiprofissional em Nefrologia)
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E
PO-240 - A assistência de enfermagem ao transplantado renal e o
cuidado integral
RENATA BUENO, Adriana Michelone
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E
PO-241 - A prática da atividade física de pacientes com insuficiência
renal crônica e diabetes mellitus submetidos à hemodiálise
CLAUDIA PAULETTO, Maria Auxiliadora V.P. Lima, PAULA BALDRIGUI, PAULETE MARIA DOSSENA
GRANDO
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E
PO-242 - A prática profissional do assistente social sob o olhar
de uma recém graduada inserida no Programa de Aprimoramento
Profissional “Serviço Social em Diálise”
KAREN SUSANNE E SOUZA, TATIANE GRANATTO LOPES
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E
PO-230 - DIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE À HIPERTENSÃO
ARTERIAL: ATUAÇÃO DA LIGA DE NEFROLOGIA E HIPERTENSÃO DE ALAGOAS
(LINEHAL) NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES
(HUPAA), MACEIÓ-AL
PO-243 - A prevalência do tabagismo em pacientes renais crônicos
submetidos à hemodiálise.
Uchôa JVM, Pinheiro CCS, Bispo RKA , Presídio GA, Fernandes RRO, Neto JGA, Pinheiro ME
PO-244 - ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM
AMBULATÓRIO DE TRANSPLANTE RENAL
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-231 - EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DE MEDICINA EM CAMPANHAS DE
CONSCIENTIZAÇÃO SOCIAL: COMBATE À HIPERTENSÃO EM DOIS ESPAÇOS
SOCIOECONÔMICOS DE MACEIÓ-AL, 2011
LUCIANA ALVES MOREIRA, FERNANDA CRISTINA RIBEIRO NISIHARA, RONALDO ROBERTO BÉRGAMO
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E
Pontes DP, Silva KS, Araújo RG, Pimentel MM , Peixoto JEC, Galvão MH, Monteiro EC,
Santos AS
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-245 - Associação entre parâmetros psicológicos e nutricionais
nos pacientes em diálise peritoneal
PO-232 - Liga Acadêmica de Nefrologia da Uncisal e Dia Mundial do
Rim: Relato de Experiência
Juliana Cristina Nunes Marchette, Cassiana Regina de Goes, Cristiane Lara Mendes
Chiloff, Milene Peron Rodrigues Pinto, Ana Teresa de Abreu Ramos Cerqueira, Jacqueline
Costa Teixera Caramori, Pasqual Barretti
Bispo, RKA, Fernandes, RRO, Rocha, MS , Oliveira, SBA, Uchôa, JVM, Cardoso, SB, Pinheiro, ME
Caio Francisco de Araújo Cavalcanti, Horácio Luis Fontes Goes de Barros, Firmino Elias
de Albuquerque Neto, BRUNO DE JESUS COELHO, LUCAS RAFAEL COSTA CORTEZ, André Falcão
Pedrosa Costa, Flávio Teles
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-233 - LIGA ACADÊMICA DE NEFROLOGIA DA UNCISAL: AVALIAÇÃO
EMERGENCIAL DOS INDICADORES DE SAÚDE ENTRE AS VÍTIMAS DAS
ENCHENTES DE 2010 NO MUNICÍPIO DE RIO LARGO-AL
HORáCIO LUIS FONTES GOES DE BARROS, Firmino Elias de Albuquerque Neto, BRUNO DE JESUS
COELHO, Caio Francisco de Araújo Cavalcanti, André Falcão Pedrosa Costa
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-234 - Liga Acadêmica de Nefrologia da Uncisal: Relato de
16
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E
PO-246 - Avaliação da completude e da existência do preenchimento
da ficha do HiperDia em uma unidade básica do nordeste do
Brasil
FIRMINO ELIAS DE ALBUQUERQUE NETO, Horácio Luis Fontes Goés de Barros, Caio Francisco
de Araújo Cavalcanti, André Falcão Pedrosa Costa, Flavio Teles
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E
PO-247 - Avaliação do uso de curativo com cobertura
antimicrobiana em pacientes em uso de cateter venoso central
para hemodiálise, em um centro de referência no interior do
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
Estado de São Paulo
NATALIA CRISTINA FERREIRA, ANIELA NASCIMENTO PIVOTTO, MICHELY D. C. BRITO, ARIANE CORTI, ELDA
GARBO PINTO, MIRELA MARIA ALLONSO
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E
COM ATUAÇÃO NA ENFERMARIA DE NEFROLOGIA DE UM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DA CIDADE DO RECIFE
Pontes DP, Silva KS, Araújo RG, Pimentel MM, Peixoto JEC, Galvão MH, Monteiro EC,
Santos AS
PO-248 - CASOS CLÍNICOS - CUIDADOS COM ÚLCERAS ISQUÊMICAS NA
UNIDADE DE DIÁLISE DO HOSPITAL REGIONAL DO VALE DO PARAÍBA –
TAUBATÉ - SP
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E
EDUARDO DE PAIVA LUCIANO, JEANE FLORA FERREIRA E SILVA, ELAINE C. DOS SANTOS ARANTES,
LETICIA YUMI SAKAMOTO, MARIA DE FÁTIMA P. SANTOS, SANDRA HELENA L. S. CARDOSO, FABIO
JUNIOR G OLIVEIRA, WELINGTON CARLOS DE SOUSA, LUCRECIA MARIA LOPES
FABíOLA PANSANI MANIGLIA, Renata Moneda A. Santos, José Abrão Cardeal da Costa
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E
PO-249 - Colonização nasal dos pacientes em hemodiálise
portadores de cateter venoso central e o risco de infecção
MICHELY DAYANE CAMPOS BRITO, ARIANE CORTI, NATALIA CRISTINA FERREIRA, MIRELA MARIA
ALLONSO, ANIELA NASCIMENTO PIVOTTO, ALINI CORREA HORTOLANI
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E
PO-250 - ETIOLOGIA E SUSCEPTIBILIDADE ANTIMICROBIANA DE AGENTES DE
INFECÇÃO EM RENAIS CRÔNICOS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO
TâMARA TRêLHA GAUNA, ANA MARIA MELLO MIRANDA PANIAGO, ELIZETE OSHIRO, NÁDIA C.P.
CARVALHO, FERNANDO AGUILAR LOPES, MARILENE RODRIGUES CHANG
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E
PO-251 - EXPOSIÇÃO AO ÁCIDO
REPROCESSAMENTO DE DIALISADORES
PERACÉTICO
UTILIZADO
NO
PO-262 - RELATOS DE PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM A RESPEITO DAS
ORIENTAÇÕES ALIMENTARES PARA PACIENTES EM HEMODIÁLISE
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E
PO-263 - SENTIMENTOS CONFLITANTES E LIMITAÇÕES VIVENCIADAS POR
FAMILIARES/CUIDADORES DE PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EM
DIALISE PERITONEAL AUTOMATIZADA
VIVIANY ABREU DE SOUZA, CAMILA NOGUEIRA SUNDERHUS
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E
PO-264 - Trajetória da Sistematização de Atendimento Integrado
do NAP(Nutrição, Assistente Social e Psicologia) - CLINEMGE - MG,
2011
RENATA COSTA LANA E SOUZA, MELISSA LUCIANA DE ARAÚJO, MARIO ANTONIO MAFRA MACEDO
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E
PO-265 - Variações do pH salivar em pacientes com insuficiência
renal crônica.
RENATO FINOTTI JUNIOR, REGINA TERRA
MARCIA ELAINE ZEUGNER BERTOTTI, ANDRÉ LUÍS BALBI, JACQUELINE COSTA TEIXEIRA CARAMORI, LUÍS
CUADRADO MARTIN, PASQUAL BARRETTI, LUIZ ANTONIO DE LIMA RESENDE
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E
PO-252 - FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS, CLÍNICOS, SINTOMAS
DEPRESSIVOS, E AUTO AVALIAÇÃO DE SAÚDE DE PACIENTES SUBMETIDOS A
TRANSPLANTE RENAL
Paduan VC, Carvalho, MFC, Andrade, LGM, Cerqueira, ATAR
NEFROLOGIA CLÍNICA
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E
PO-266 - ABSCESSOS HEPATICOS E PULMONAR SINCRONICOS EM PACIENTE
RENAL CRÔNICO EM HEMODIALISE
PO-253 - Implantação do Gerenciamento de Riscos na Sistematização
do Trabalho do Setor de Psicologia em Clínica de Diálise – Nefron
- Contagem/MG, 2011
FRANCISCO RAFAEL DO NASCIMENTO ALMEIDA, ELBER RAFAEL GONCALVES, FABIANO BICHUETTE
CUSTODIO, MARIANA DE MORAES FRANÇOSO, RAFAEL DINARDI MACHADO, RAFAEL AUGUSTO BORGES
PAVANI, VERONICA MARIA PEREIRA COSTA, MARCELO CARVALHO NAVES RIBEIRO, BRUNO MARTI
DENISE HELENA CAMARGO, PHILIPE HENRIQUE A. CÂNDIDO
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E
PO-254 - INDICE PROGNÓSTICO NA LESÃO RENAL AGUDA: UMA COMPARAÇÃO
ENTRE O APACHEII E SOFA
LUCIANA APARECIDA REIS, ARAUJO G de O, AZEDO FA, PINHEIRO KHE
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-267 - AMILOIDOSE RENAL APRESENTANDO-SE COM INSUFICIÊNCIA
RENAL AGUDA PROGRESSIVA NA AUSÊNCIA DE SINDROME NEFRÓTICA E
COM DEPÓSITOS AMILOIDES PREDOMINANDO EM VASOS
NAYARA GOMES SILVEIRA DA COSTA, ANA TEREZA AZEREDO BASTOS BRITO, GUSTAVO GUILHERME
QUEIROZ ARIMATEIA, EDNA REGINA SILVA PEREIRA, VALÉRIA PIGOZZI VELOSO, MAURI FELIX DE SOUSA,
Siderley Carneiro de Souza, Rafaella Marques Barbosa, Talita Clementino
PO-255 - Influência da independência funcional e da força
muscular na percepção de qualidade de vida de pacientes
portadores de doença renal crônica (DRC) em programa de
hemodiálise
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
DANIELA BARROS BONFIM COLUCCI, Paula Romero Pelegrino Hidalgo, Christiane Karam,
Adriano Luiz Ammirati, Maria Claudia Cruz Andreoli, Fellype de Carvalho Barreto, Thais
Nemoto Matsui, Ilson Jorge Iizuka, Fabiana Dias Carneiro, Bento Fortunato Card
ROSA MARIA PORTELLA MOREIRA, MAURICIO DAVID PADILLA DELGADO, PATRICIA MATTOS VIEIRA DO
PAÇO, DANIELE MAIA DE JESUS
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E
PO-256 - O PAPEL DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NO CONTROLE DA
HIPERTENSÃO ARTERIAL
EDUARDO DE PAIVA LUCIANO, LETICIA YUMI SAKAMOTO, MARIA DE FÁTIMA PEDROSA DOS SANTOS,
JEANE FLORA FERREIRA E SILVA, ELAINE CRISTINA DOS SANTOS ARANTES, WELINGTON CARLOS DE
SOUSA, FABIO JUNIOR .G. OLIVEIRA, SANDRA HELENA .L. SOARES CARDOSO, LUCRECIA
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E
PO-257 - Perfil de infeção de corrente sanguínea em clientes
portadores de cateter venoso central para hemodiálise no
Hospital Estadual Bauru
NATALIA CRISTINA FERREIRA, MICHELY DAYANE CAMPOS BRITO, ARIANE CORTI, MIRELA MARIA
ALLONSO, ANIELA NASCIMENTO PIVOTTO, ALINI CORREA HORTOLANI
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E
PO-258 - PREDITORES DE QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES EM
HEMODIÁLISE: UMA REVISÃO NA LITERATURA
REIS LA, LAMARCA P
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E
PO-259 - Projeto de Dança para a Promoção da Qualidade de Vida
aos Colaboradores de uma Clínica de Diálise, BH, 2011
DENISE HELENA CAMARGO, MELISSA LUCIANA DE ARAUJO, JULIANA C. ROQUE
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E
PO-260 - Reeducação alimentar como proposta de melhoria da
qualidade de vida dos colaboradores de uma clínica de doenças
renais em Contagem/MG
PO-268 - AVALIAÇÃO DOS FATORES DE RISCO PARA NEFROPATIA DIABÉTICA
EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO II EM ACOMPANHAMENTO
AMBULATORIAL
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-269 - Avaliação Metabólica em Nefrolitíase
NATáLIA BARALDI CUNHA, Patrícia Capuzzo Garcia Damasio, João Luiz Amaro, Carmen
Regina Petean Ruiz Amaro
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-270 - Caracterização da população diabética do Hospital
das Clínicas de Botucatu e estabelecimento da relação entre o
controle da doença e a adesão ao tratamento medicamentoso e
não medicamentoso
VANESSA DOS SANTOS SILVA, Lívia Maria Miguel, rodrigo hagemann, Luis Cuadrado Martin,
Adriana Lúcia Mendes
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-271 - COMPLICAÇÃO DE DOENÇA RENAL POLICÍSTICA DO ADULTO:
RELATO DE CASO
Linhares IF, Almeida DS, Macedo FS, Carvalho NMN, Carvalho LL, Sobrinho IMM, Lima PEB,
Silva Junior GB, Libório AB, Daher EF
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-272 - Compreensão da doença e adoecimento pela nefrite
lúpica
VANESSA CARVALHO BACHIEGA GABRIEL, Aline Lázara Resende, Isac de Castro, Viktoria
Woronik, Rui Toledo Barros
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-273 - DIABETES INSIPIDUS NEFROGÊNICO NA INFÂNCIA
PRISCILA SILVA GOMES, Alessandra Cristina da Cruz Dias
PATRÍCIA BENTO GUERRA, Suellen Cristina Klein, VINICIUS BORTOLOTE PETERLE, LILIAN DA SILVA
SANTOS, MIRNA LUCIA QUEVEDO ECHAGUE, Renata França de Almeida, FERNANDA ZOBOLE
PETERLE, Maria Isabel Lima dos Santos, LAURO VASCONCELLOS
Data: 16 DE SETEMBROHorário: 16h00-16h50Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-261 - RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
PO-274 - DIABETES MELLITUS TIPO II: COMPARAÇÃO ENTRE O USO DO
17
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
IECA, O USO DO BRA E O USO DE AMBOS NA EVOLUÇÃO DA NEFROPATIA
DIABÉTICA
secundária à Síndromes disabsortivas
ROSA MARIA PORTELLA MOREIRA, PATRICIA MATTOS VIEIRA DO PAÇO, MAURICIO DAVID PADILLA
DELGADO, DANIELE MAIA DE JESUS
HENRIQUE GITTI RAGOGNETE, CARLA LUANDA, LUCIO MAURÍCIO, DOUGLAS GEMENTE, SABRINA
POLYCARPO, MARCELLA SOARES, EVA RICUPERO, LUIZA SIMÕES, RONALDO BERGAMO, DANIEL RINALDI
DOS SANTOS
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-275 - Doença de MoyaMoya e Hipertensão Renovascular-relato
de um caso em criança
PO-289 - Relato de caso: nefrocalcinose medular em paciente com
síndrome de sjogren
PAULA RONSSE NUSSENZVEIG, MARTA LILIANE DE ALMEIDA MAIA, CLÁUDIO NILO DE FREITAS,
FERNANDA PILAN DE SOUZA, ILKA PARKER GONÇALVES, CLARICE ASSIS ROSÁRIO SAHADE, NATÁLIA
ANDRÉA DA CRUZ
FABIANA CRISTINA BARROS TORRES, JADILSON PAULO OLIVEIRA PEREIRA JUNIOR, PAULA MOREIRA
DA COSTA, CARLOS PEREZ GOMES, FABRICIO GUIMARAES BINO, BEATRIZ PEREIRA ALFRADIQUE DA
CUNHA
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-276 - Doença Renal Policística Autossômica Dominante: Relato
de caso de infecção de cisto hepático detectado por PET-CT
associado a diagnóstico incidental de neoplasia gástrica
PO-290 - Revisão dos casos de nefrite lupica classe III e IV tratados
no ambulatorio de nefrologia da FMABC
IRENE FARIA. DUAYER, BRUNO EDUARDO PEDROSO BALBO, RAQUEL MELO SILVA, FERNANDO SALES,
MARCELO TATIT SAPIENZA, LUIZ FERNANDO ONUCHIC
DOUGLAS VIEIRA GEMENTE, Prof Dr Roberto Ronaldo Bergamo, Prof Dr Daniel Rinalldi dos
Santos Carla Luanda Pereira dos Santos, Sabrina Bovino Polycarpo, Lucio Maurico
Monteiro Isoni, Luiza Pinto Simões, Eva Helena Leandrini Ricupero, Henrique Gatti
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-277 - Efeitos do Exercício Aeróbio Agudo em Pacientes com
Doença Renal Policística Autossômica Dominante
PO-291 - RIM ECTÓPICO INTRATORÁCICO ASSOCIADO À HÉRNIA
DIAFRAGMÁTICA DE BOCHDALEK: RELATO DE CASO E REVISÃO DE
LITERATURA
Reinecke NL, Cunha TM, Higa EMS, Heilberg IP, Nishiura JL, Neder JA, Almeida, WS, Schor N
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-278 - Eventos de vida e atividade da nefrite lúpica
VANESSA CARVALHO BACHIEGA GABRIEL, Aline Lázara Resende, Isac de Castro, Viktoria
Woronik, Rui Toledo Barros
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-279 - IMPLICAÇÃO DO SISTEMA IMUNE NAS GLOMERULONEFRITES: O
PAPEL DAS CÉLULAS NKT INVARIANTE (iNKT) NO DESENVOLVIMENTO DA
NEFROPATIA POR IgA (IgAN)
ROSA MARIA ELIAS, Erika Naka, Guilherme, Leandro Gustavo de Oliveira, Gianna MastroianniKirsjaint, Pamella WM Wang, Matheus Correa-Costa, Meire Ioshida Hiyane, Alexandre de
Castro Keller, Alvaro Pacheco e Silva Filho, Renato Costa Monteiro, Pr
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-280 - Infecção em cisto na doença renal policística autossômica
dominante: análise crítica do uso de PET-CT
Bruno Eduardo Pedroso Balbo, Marcelo Tatit Sapienza, Luiz Fernando Onuchic
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-281 - LITÍASE RENAL RECORRENTE: CISTINÚRIA. RELATO DE CASO
PAULA RONSSE NUSSENZVEIG, GABRIELA ALBA KURAIM, PRISCILA SOUZA SOARES, MARTA LILIANE DE
ALMEIDA MAIA, FERNANDA PILAN DE SOUZA, CLÁUDIO NILO DE FREITAS, ILKA PARKER GONÇALVES,
CLARICE ASSIS ROSÁRIO SAHADE, NATÁLIA ANDRÉA DA CRUZ
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-282 - LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO ASSOCIADO À TUBERCULOSE
RENAL: RELATO DE CASO
Linhares IF, Almeida DS, Carvalho NMN, Carvalho LL, Sobrinho IMM, Lima PEB, Silva Júnior,
Libório AB, Daher EF, Carneiro LLR
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-283 - Papel do diagnóstico genético na Febre Familiar do
Mediterrâneo
Bruno Eduardo Pedroso Balbo, André Albuquerque Silva, Andressa Godoy Amaral, Denise
Maria Avancini Costa Malheiros, Luiz Fernando Onuchic, Rui Toledo Barros
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-284 - Perfil de pacientes atendidos em um ambulatório de
nefrologia
SUELLEN REGINA GERALDO AZEVEDO, KARLA CRISTINA S PETRUCCELLI, ANA MATILDE MELIK SCHRAMM,
ALBA REGINA JORGE BRANDÃO, VÂNIA MINELVINA FERREIRA DA SILVA, LEILIANE DA SILVA OLIVEIRA,
ANDREIA DE SEIXAS MIRANDA
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-285 - PERFIL DOS PACIENTES LITIÁSICOS EM SEGUIMENTO AMBULATORIAL
EM UM HOSPITAL PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL
FABIO HUMBERTO RIBEIRO PAES FERRAZ, PAULO ROBERTO DE ARAUJO CARVALHO, RAFAEL ROCHA DE
SOUZA
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-286 - PIELONEFRITE AGUDA BILATERAL COM PIELONEFRITE ENFISEMATOSA
EM RIM DIREITO: RELATO DE CASO
NAYARA GOMES SILVEIRA DA COSTA, CLÁUDIO HUMBERTO GONÇALVES MAIA, BRUNO PEREIRA
RECIPUTTI, GUSTAVO GUILHERME QUIEROZ ARIMATEIA, EDNA REGINA SILVA PEREIRA, VALÉRIA PIGOZZI
VELOSO, MAURI FELIX DE SOUZA, PRISCILA CAIXETA DE OLIVEIRA, RODRIGO PASTOR DA
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-287 - Prevalência e perfil de resistência de cepas de Escherichia
coli isoladas de quadros de bacteriúria assintomática de
população adulta
André Maziero De Almeida, Luana Tyo Pauli Fuziy, Mirella Vitalino Bonomi, Carla Fernanda
Lima De Almeida, Marcia Zorello Laporta, PRISCILA REINA SILIANO
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-288 - Relato de caso sobre Nefrolitíase por Hiperoxalúria
18
POLYANA SOUTO LOPES DA SILVA, ALEX BAIA GUALTER LEITE, PAULO CÉSAR LEITE SANTANA, MARY
CARLA ESTEVEZ DIZ
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-292 - SINDROME DE ATIVAÇÃO MACROFÁGICA EM PACIENTE COM
DOENÇA RENAL CRÔNICA SECUNDÁRIA À NEFRITE LÚPICA EM HEMODIÁLISE:
RELATO DE CASO
FABIANA CRISTINA BARROS TORRES, BEATRIZ PEREIRA ALFRADIQUE DA CUNHA, ANA CLAUDIA PINTO
DE FIGUEIREDO FONTES, PEDRO JOSÉ DE MATTOS PATRÍCIO, MAURILO DE NAZARÉ DE LIMA LEITE
JUNIOR
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-293 - SÍNDROME DE BARTTER - RELATO DE DOIS CASOS
VILMAR DE PAIVA MARQUES, Precil Diego Miranda de Menezes Neves, Edson Luiz Fernandes,
Itsuzi Fugikaha, Helena Moisés Mendonça, Juliana Reis Machado, Marlene Antônia dos
Reis
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-294 - Síndrome de DRESS associada a lesão renal aguda após
uso de sulfametoxazol trimetropim
PAULA RONSSE NUSSENZVEIG, MARTA LILIANE DE ALMEIDA MAIA, FERNANDA PILAN DE SOUZA,
CLÁUDIO NILO DE FREITAS, ILKA PARKER GONÇALVES, CLARICE ASSIS ROSÁRIO SAHADE, CÁSSIA MARIA
PASSARELLI L. BARBOSA, NATÁLIA ANDRÉA DA CRUZ
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-295 - Síndrome de Gitelman :- diagnostico, tratamento e
evolução. Relato de um caso
Silveira Jr, SAD
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-296 - Uso de penicilina em pacientes com leptospirose e lesão
renal aguda: ainda controverso?
NUBYHELIA MARIA NEGREIRO DE CARVALHO, Geraldo Bezerra da Silva Junior, Krasnalhia Lívia
Soares de Abreu, Rosa Maria Salani Mota, Daniel Valente Batista, Natália de Albuquerque
Rocha, Sônia Maria Holanda Almeida Araújo, Alexandre Braga Libório, Eli
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Nutrição (I Forum nacional de Nutrição em
Nefrologia)
PO-297 - Adequação da Diálise, Ingestão Alimentar e Estado
Nutricional de Pacientes em Tratamento de Hemodiálise no Hospital
Universitário Professor Edgard Santos - HUPES, Salvador, Bahia
Campos SR, Souza MC, Dias FLL, Jesus NMT, Gusmão-Sena MHL
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-298 - ALBUMINA SÉRICA E AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E DIETÉTICA
EM PACIENTES EM TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA NO INSTITUTO RENAL EM
RIBEIRÃO PRETO- SÃO PAULO
Martins JC, Vannucchi MTI, Carvalho VP
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-299 - Ângulo de fase está associado com mortalidade em
pacientes com Lesão Renal Aguda
MILENE PERON RODRIGUES PINTO, Marina Nogueira Berbel, Cassiana Regina de Góes, Daniela
Ponce , André Luís Balbi
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-300 - Associação da deficiência de Vitamina D com marcadores
clínicos e nutricionais em diálise peritoneal
FRANCIELI DELATIM VANNINI, Barbara Perez Vogt, Edwa Maria Bucuvic, Aline de Araújo
Antunes, Paula Dasaglio Garcia, Fabíola Sawaguichi Faig-Leite, João Henrique Castro,
Pasqual Barretti, Jacqueline Costa Teixeira Caramori
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-301 - Associação entre fatores antropométricos e dietéticos
com o pH urinário de pacientes portadores de litíase renal.
Pinheiro VB, Ramos CI, Hattori CM, Vendramini LC, Baxmann AC, Heilberg IP
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-302 - AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL POR BIOIMPEDÂNCIA
ELÉTRICA PRÉ E PÓS HEMODIÁLISE: UM ESTUDO COMPARATIVO
PO-316 - EFEITOS DA ADESÃO À DIETA HIPOPROTÉICA SOBRE A
PROGRESSÃO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA EM PACIENTES DIABÉTICOS E
NÃO DIABÉTICOS
FELIPE RIZZETTO SANTOS, Julianne da S. Cota, Karina S. G. de Luna, Rafael Garcia Cunha,
Denise Mafra, Vanessa L. M. de Oliveira
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
VANESSA MOREIRA DE LIMA, Andressa de Araujo Moura, Silvana Reigota Naves de Araújo,
Elayne da Silva Coelho, Janaína Silva Sousa, Evandro Reis da Silva Filho
PO-317 - EFEITOS DE UM PROGRAMA INTRADIALÍTICO DE EXERCÍCIO FÍSICO
DE FORÇA MUSCULAR SOBRE A CAPACIDADE FUNCIONAL, FORÇA E MASSA
MUSCULAR EM PACIENTES SOB HEMODIÁLISE
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Bessa B, Moraes C, Lobo JC, Barros AF, Barboza JE, Silva EB, Mafra D
PO-303 - Avaliação das repercussões metabólicas da diálise
peritoneal de alto volume no tratamento de pacientes com injúria
renal aguda
CASSIANA REGINA DE GóES, Marina Nogueira Berbel, Milene Peron Rodrigues Pinto, André
Luís Balbi, DANIELA PONCE
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-304 - Avaliação do consumo alimentar de pacientes submetidos
a terapia renal substitutiva em Contagem/MG.
PRISCILA SILVA GOMES, THAISA SOARES OLIVEIRA
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-305 - AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E COMPOSIÇÃO CORPORAL
DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS PRÉ E PÓS TRANSPLANTE RENAL
Francisconi H, Netto MCAS, Sesti G, Quadros KRS, Santos RLS, Pereira LM, Minicucci WJ,
Mazzali M
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-306 - Avaliação do estado nutricional e composição corporal
de pacientes recém transplantados renais
MARIA CAROLINE DE AZEVEDO E SOUZA NETTO, Marilda Mazzali, Gentil Alves Filho
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-307 - Avaliação do impacto de um programa de educação
nutricional sobre a adesão à dieta hipoproteica em pacientes com
doença renal crônica em tratamento conservador
JULIANA GIGLIO PAES BARRETO, Maria Inês Barreto Silva, Anete Mecenas, Rachel Bregman,
Vicente Faria Cervante, Carla Maria Avesani
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-308 - Avaliação do Impacto do Acompanhamento Nutricional
na Qualidade de Vida e nos Indicadores de Morbimortalidade de
Pacientes em Terapia Dialítica Crônica. Estudo Coorte Prospectivo
QUIEREGATTO AB, LARANJA SMR, SCHOR N
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-309 - Avaliação Nutricional em pacientes com Lesão Renal
Aguda (LRA)
MARINA NOGUEIRA BERBEL, Milene Peron Rodrigues Pinto, Cassiana Regina de Góes, Daniela
Ponce, André Luis Balbi
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-310 - Circunferência da cintura como preditor de mortalidade
nos pacientes em diálise peritoneal: um estudo prospectivo
ANA CATARINA MEDEIROS CASTRO, Ana Paula Bazanelli, Lilian Cuppari, Maria Ayako
Kamimura
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-311 - Consumo de sal e sua relação com fatores demográficos
e nutricionais em pacientes em hemodiálise
MORAIS JG, KRÜGER TS, SANTOS RG, LUZ FILHO HA, NERBASS FB
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-312 - Correlação entre inflamação e hiperuricemia em pacientes
em diálise peritoneal
Black AP, Borges NA, Ferreira MP, Tancredi ML, Carraro-Eduardo JC, Mafra D
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-313 - Diagnóstico de síndrome metabólica em hemodiálise e
associações com antropometria
BARBARA PEREZ VOGT, Aline Araújo Antunes, FRANCIELI DELATIM VANNINI, Liciana Vaz de
Arruda Silveira, JACQUELINE TEIXEIRA CARAMORI
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-318 - Efeitos do exercício físico de força muscular intradialítico
sobre a composição corporal de pacientes em hemodiálise
Barros AF, Moraes C, Bessa B, Raymundo LRS, Lobo JC, Mafra D
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-319 - ESTADO NUTRICIONAL DOS PACIENTES ADMITIDOS NA ENFERMARIA
DE NEFROLOGIA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO RECIFE – PE
Pontes DP, Araújo RG, Barbosa MSS, Luz Neto LM, Barbosa SMS
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-320 - ESTADO NUTRICIONAL E GANHO DE PESO INTERDIALÍTICO DE
PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EM HEMODIÁLISE
Ferraz, S.F, Freitas, A.T.V.S, Vaz, I.M.F, Campos, M.I.V.A, Pereira, E.R.S, Peixoto, M.R.G.
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-321 - Estado quanto ao ferro e associação com dislipidemia em
Pacientes tratados por Hemodiálise
LETíCIA BERTOLDI SANCHES, Andresa Marques de Mattos, Mariana Rambelli Bibian, José
Abrão Cardeal da Costa, Paula Garcia Chiarello
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-322 - FATORES RELACIONADOS COM A CALEMIA DE PACIENTES EM
HEMODIÁLISE
RAFAELA GONZAGA DOS SANTOS, Sczip AC, Nerbass, FB, Schirmann GS, Nascimento GE,
Penteado L, Alves MC
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-323 - FORÇA DO APERTO DE MÃO DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE
Marta Izabel Valente M Campos, Edna Regina Silva Pereira, Maria do Rosário Gondin
Peixoto, Ana Tereza Vaz de Souza Freitas, Sanzia Francisca Ferraz, Inaiana Marques
Filizola Vaz
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-324 - GINCANA INCENTIVA CUIDADOS NUTRICIONAIS E MODIFICA
ROTINA DOS PACIENTES SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE
CLAUDIA PAULETTO, PAULA BALDRIGUI, PAULETE MARIA DOSSENA GRANDO, LUCIANO SALCI, JUNIOR
CESAR RATTO
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-325 - HÁ RELAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS DE ZINCO E LEPTINA EM PACIENTES
HEMODIALISADOS?
Luciana Nicolau Aranha, JULIE CALIXTO LOBO, Milena Barcza Stockler-Pìnto, Viviane de
Oliveira Leal, Najla Elias Farage, Denise Mafra
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-326 - HIPERURICEMIA EM RECEPTORES DE TRANSPLANTE RENAL:
INCIDÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS
SESTI G, Francisconi H, Quadros KRS, Santos RLS, Pereira LM, Netto MCAS, Mazzali M
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-327 - Hipovitaminose D em pacientes com doença renal crônica
em hemodiálise
Ulissiane Eugenia de Carvalho Paulini
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-328 - Hipovitaminose D em pacientes com doença renal
crônica
MONISE NARDI AVILA
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-329 - Impacto dos níveis séricos de 25-hidroxivitamina D em
parâmetros nutricionais de pacientes em hemodiálise
PO-314 - DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL DE PACIENTES RENAIS EM PROGRAMA
REGULAR DE HEMODIÁLISE
Barbara Perez Vogt, Francieli Delatim Vannini, João Henrique Castro, Edwa Maria Bucuvic,
Paula Dalsoglio Garcia, Fabíola Sawaguchi Faig-Leite, Aline Araújo Antunes, Jacqueline
Teixeira Caramori, Pasqual Barretti
Barbosa MSS, Araújo RG, Pontes DP, Arruda FG, Luz Neto LM
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-315 - Dinamometria manual e seus determinantes dialíticos em
pacientes submetidos à hemodiálise
PO-330 - Índice de massa corporal (IMC) de 23 kg/m2 é um marcador
confiável para diagnóstico da depleção energético-protéica de
pacientes em hemodiálise?
VIVIANE DE OLIVEIRA LEAL, MILENA BARCZA STOCKLER-PINTO, LUCIANA NICOLAU ARANHA, NAJLA
ELIAS FARAGE, LUIZ ANTÔNIO DOS ANJOS, DENISE MAFRA
VIVIANE DE OLIVEIRA LEAL, CRISTIANE FERREIRA MORAES, MILENA BARCZA STOCKLER-PINTO, JULIE
CALIXTO LOBO, LUCIANA NICOLAU ARANHA, NAJLA ELIAS FARAGE, DENISE MAFRA
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
19
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
PO-331 - Influência da Obesidade na Nefrolitíase
NATáLIA BARALDI CUNHA, Patrícia Capuzzo Garcia Damasio, Thaísa de Assis, Mariana Ribeiro do
Valle Nogueira, Laís Baltieri Momesso, Carmen Regina Petean Ruiz Amaro, José Goldberg
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-332 - Ingestão e adesão ao uso de quelantes de fósforo de
pacientes em hemodiálise na Unidade de Diálise do Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP (HCFMRP
- USP)
VIVIANNE RêIS BERTONSELLO, José Abrão Cardeal da Costa, Renata Moneda Alberto dos
Santos
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-333 - Marcadores nutricionais de pacientes com lesão renal
aguda (LRA) de acordo com a sobrevida
MARINA NOGUEIRA BERBEL, Milene Peron Rodrigues Pinto, Cassiana Regina de Góes, Daniela
Ponce, André Luis Balbi
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-334 - Marcadores nutricionais de pacientes com lesão renal
aguda (LRA) dialítica e não dialítica
MARINA NOGUEIRA BERBEL, Milene Peron Rodrigues Pinto, Cassiana Regina de Góes, Daniela
Ponce, André Luís Balbi
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-335 - MELHORES ÍNDICES DE ALBUMINA EM PACIENTES RENAIS
CRÔNICOS EM HEMODIÁLISE COM A ENTRADA DO SERVIÇO DE NUTRIÇÃO
Monteiro MSC, Dos Santos RF
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-336 - MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL EM PACIENTES
SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE: BIOIMPEDÂNCIA X DOBRAS CUTÂNEAS
ANDRESSA DE ARAUJO MOURA (Moura AA), VANESSA MOREIRA DE LIMA (Lima VM), SILVANA
REIGOTA NAVES DE ARAÚJO (Araújo SRN), JANAÍNA SILVA SOUSA (Sousa JS), ELAYNE DA SILVA
COELHO (Coelho ES), EVANDRO REIS DA SILVA FILHO (Silva Filho ER)
PO-346 - Perfil do Estado Nutricional de pacientes portadores
de Insuficiência Renal Crônica em programa de hemodiálise no
Hospital Universitário Getúlio Vargas
JORGELYCE BARBOSA JOSWIACK, ROSANE DIAS ROSA, CELSA DA SILVA MOURA SOUZA
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-347 - PERFIL LIPÍDICO DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS ACOMPANHADOS
EM TRATAMENTO CONSERVADOR
RENATA CARNEIRO ROCHA, NAIARA MARTINS OLIVEIRA, FRANCIANE ALVES MATOS, JULIANA PINTO
KAMIL, MARCUS GOMES BASTOS, ANITA BAPTISTA SOARES
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-348 - Perfil nutricional de pacientes diabéticos e hipertensos
em comunidade ribeirinha no estado do Amazonas
SUELLEN REGINA GERALDO AZEVEDO, HENRIQUE MARTINS, KARLA CRISTINA DA SILVA PETRUCCELLI
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-349 - PERFIL NUTRICIONAL E DEPRESSIVO EM INDIVÍDUOS COM
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA SUBMETIDOS AO TRATAMENTO DE
HEMODIÁLISE
Cardinelli CS, Lucena NC, Bento CT
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-350 - Prejuízo nutricional em pacientes encaminhados
tardiamente para primeiro atendimento em serviço de
nefrologia.
LARISSA RODRIGUES NETO ANGéLOCO, Daiane Cristina Guerra, Wander de Resende Furtado,
Mariana Rambelli Bibian, Eduardo Barbosa Coelho, Paula Garcia Chiarello
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-351 - PREVALÊNCIA DA SARCOPENIA DA OBESIDADE EM PACIENTES
IDOSOS EM HEMODIÁLISE
FERNANDO LAMARCA, JULIANA CORDEIRO DIAS RODRIGUES, RENATA LEMOS FETTER, FERNANDA
GUEDES BIGOGNO, ANA LUCIA PINHO MENDES PEREIRA, CARLA MARIA AVESANI
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-337 - MODIFICAÇÕES NA PREPARAÇÃO DE ALIMENTOS, VISANDO REDUZIR
A OFERTA DE FÓSFORO E POTÁSSIO PARA PACIENTES EM TRATAMENTO
DIALÍTICO
PO-352 - PREVALÊNCIA DE DESNUTRIÇÃO PELA AVALIAÇÃO SUBJETIVA
GLOBAL EM PACIENTES EM HEMODIÁLISE
ASTRéA RAMOS DE ARAúJO, JAMILE MELO DALTRO, ROBERTA BARREIROS, TARCISA MONTEIRO, EDSON
LUIZ PASCHOALIN
Ana Tereza Vaz de Souza Freitas, Inaiana Marques Filizola Vaz, Sanzia Francisca Ferraz,
Marta Isabel V. A. Morais Campos, Maria do Rosário Gondim Peixoto, Nélida Schmid
Fornés
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-338 - O ÂNGULO DE FASE NA AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE
PACIENTES EM HEMODIÁLISE
PO-353 - PREVALÊNCIA DE OBSTIPAÇÃO INTESTINAL EM PACIENTES RENAIS
CRÔNICOS SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE NA CLÍNICA SENHOR DO BONFIM
DE FEIRA DE SANTANA, EM SUAS DUAS UNIDADES, MATRIZ E CONVÊNIOS.
ANGELA TEODÓSIO DA SILVA, MONIQUE FERREIRA GARCIA, ANA PAULA GONÇALVES, STEFANNY
RONCHI SPILLERE, LETÍCIA MARIA FÜHR, ELISABETH WAZLAWIK
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-339 - Pacientes desnutridos em hemodiálise apresentam baixo
consumo energético-protéico.
KARINA FERNANDES DE CAMARGO, Jaqueline Salermo Santos
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-340
PACIENTES
RENAIS
CRÔNICOS
EM TRATAMENTO
HEMODIALÍTICO:ANÁLISE DO IMC EM E SUAS CORRELAÇÕES
Juliane Casas, Alberto Verduíno das Neves, Bruno Cesar Bifano, Eldina Santana da Silva,
Ligia Simões Ferreira, Enio Marcio Maia Guerra, Cibele I. S. Rodrigues, Fernando A. de
Almeida, Ronaldo D’ Ávila
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-341 - PADRÃO DE INGESTÃO ENERGÉTICO-PROTÉICA DE PACIENTES
DIABÉTICOS EM HEMODIÁLISE
FABíOLA PANSANI MANIGLIA, Renata Moneda A. Santos, José Abrão Cardeal da Costa
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-342 - Parâmetros laboratoriais utilizados na primeira
avaliação nutricional e sua associação com mortalidade em
pacientes com Lesão Renal Aguda
MILENE PERON RODRIGUES PINTO, Marina Nogueira Berbel, Cassiana Regina de Góes, Daniela
Ponce, André Luís Balbi
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-343 - Perfil antropométrico de pacientes em diálise peritoneal
ASTRéA RAMOS DE ARAúJO, JAMILLE VELOSO DIAS MUNIZ, MONALIZZA CARNEIRO FREIRE, SUZANA
CASTRO NUNES, JOSÉ ANDRDE MOURA JR., TARCISA MONTEIRO
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-354 - RELAÇÃO DA FORÇA DO APERTO DA MÃO COM INDICADORES
NUTRICIONAIS DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE
MONIQUE FERREIRA GARCIA, Angela Teodósio Silva, Ana Paula Gonçalvez, Amanda Brognoli
Donini, Elisabeth Wazlawik
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-355 - RELAÇÃO ENTRE AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL, AVALIAÇÃO
SUBJETIVA GLOBAL MODIFICADA E ESCORE DE INFLAMAÇÃO E DESNUTRIÇÃO
EM PACIENTES SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE
ANA PAULA GONÇALVES, MONIQUE FERREIRA GARCIA, ANGELA TEODÓSIO DA SILVA, Amanda
Brognoli Donini, Elisabeth Wazlawik
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-356 - Relação entre consumo de sal, percentual de ganho de
peso interdialítico (%GPID) e pressão arterial (PA) de pacientes em
hemodiálise (HD).
NERBASS FB , SANTOS RG, KRÜGER TS, LUZ FILHO HA , MORAIS JG
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-357 - Resgate da Memória Gustativa Através do 1° Concurso de
Receitas Típicas de Festa Junina - Pacientes em Diálise – CLINEMGEMG, 2011.
Black AP, Ferreira MP, Borges NA, Figueiredo NP, Tancredi ML, Carraro-Eduardo JC, Mafra D
MELISSA LUCIANA DE ARAúJO, ALINE PASSOS FERNANDES, RENATA COSTA LANA E SOUZA, WEILAMAR
GENY MADURO DE CASTRO
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-344 - Perfil de micronutrientes importantes em pacientes
portadores de Insuficiência Renal Crônica em programa de
hemodiálise no Hospital Universitário Getúlio Vargas
PO-358 - Restrição Protéica e Parâmetros Antropométricos de
Pacientes com Nefropatia Diabética
JORGELYCE BARBOSA JOSWIACK, ROSANE DIAS ROSA, CELSA DA SILVA MOURA SOUZA
PATRICIA SANTI XAVIER, Barbara Perez Vogt, Rodrigo Hagemann, Aline Araújo Antunes,
Pasqual Barretti, Luìs Cuadrado Martin
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-345 - PERFIL DO ESTADO NUTRICIONAL DE INDIVÍDUOS COM
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM HEMODIÁLISE
PO-359 - SABOR, PRAZER E SAÚDE: RECEITAS PRÁTICAS PARA RENAIS
CRÔNICOS EM DIÁLISE
Cardinelli CS, Lucena NC, Bento CT
Mariella Silva Caliman Monteiro, Rafaela Feijó dos Santos
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
20
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
PO-360 - Sistematização da Assistência do Setor de Nutrição a
Pacientes em Terapia Renal Substitutiva (TRS) – CENEMGE-BH/MG,
2011.
CARVALHO NAVES RIBEIRO, BRUNO MARTINS TOKUDA, HEBERT HENRIQUE CAPUCI, MARIANA SALOMAO
BRAGA, GABRIELA RODRIGUES DE SOUZA, RAFAEL AUGUSTO BORGES PAVANI, RAFAEL DINARDI MA
MáRCIA MACHADO CUNHA RIBEIRO, Melissa Luciana de Araújo, Gabriela Borges Palhares,
Débora Machado Cunha Ribeiro
PO-373 - FATORES ASSOCIADOS COM ANEMIA PÓS-TRANSPLANTE RENAL
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-361 - Suplementação nutricional em pacientes de hemodiálise
assegura a manutenção dos níveis de albumina
Farage NE, Moraes C, Mafra D
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
RAFAEL AUGUSTO BORGES PAVANI, RAFAEL DINARDI MACHADO, BIANCA BARBOZA LEAL, FERNANDA
TOLEDO PIZA FERRAZ, IDA MARIA MAXIMINA FERNANDES, MARIA ALICE SPERTO BAPTISTA, HORÁCIO
JOSÉ RAMALHO, MÁRIO ABBUD FILHO
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-374 - FEOHIFOMICOSE EM TRANSPLANTADOS RENAIS: RELATO DE DOIS
CASOS
PO-362 - UTILIZAÇÃO DE SUPORTE NUTRICIONAL EM PACIENTES COM
DOENÇA RENAL CRÔNICA
GESIANE FERNANDES TAVARES, Maurício Brito Teixeira, Luana Pedreira Cortes de Oliveira,
Marina Bruniera Anchieta, Juliana Cristina Figueiredo Alves, Luis Gustavo Coelho
Catelani, Flaviana Ferreira Barros, Patricia Malafronte, José Ferraz de Souza
Barbosa MSS, Pontes DP, Araújo RG, Luz Neto LM
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-363 - Validação semântica e convergente da avaliação global
subjetiva de 7 pontos em pacientes idosos em hemodiálise
RENATA LEMOS FETTER, Juliana Cordeiro Dias Rodrigues, Fernando Lamarca, Fernanda
Guedes Bigogno, Ana Lúcia Pinho Mendes Pereira, Carla Maria Avesani
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
TRANSPLANTE RENAL
PO-364 - Avaliação da ocorrência de Glomeruloesclerose Segmentar e Focal pós-transplante renal no período de 2000 – 2010.
Janaina Padula Picotti, Pércia Bezerra, Paula Carbone Diaz, DIOGO DA ROCHA VINAGRE,
Hugo Abensur, Maria Regina de Araújo, Irene de Lourdes Noronha, Dino Martini Filho,
João Egídio Romão Junior
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-375 - FIBROSE INTERSTICIAL: PARÂMETRO A SER AVALIADO NA BIÓPSIA
TEMPO ZERO ?
DANIEL MARCHI, MARIANA MORAES CONTTI, LUIS GUSTAVO MODELLI DE ANDRADE, JULIANA MARIA
GERA ABRÃO, MARIA FERNANDA CORDEIRO CARVALHO, MÁRCIA DE FÁTIMA FARALDO MARTINEZ
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-376 - FUNÇÃO RETARDADA DE ENXERTO RENAL POR OXALOSE
SECUNDÁRIA
VICTOR EMMANUEL ANDRADE CARNEIRO, DIOGO MEDEIROS, ANDREA G. MARCOS, PAULA GOULART
P. ACHADO
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-377 - Interromper o tratamento com cinacalcete no momento
do transplante renal (TR) não é um fator de risco para calcificação
do enxerto.
PO-365 - Avaliação do Uso Imediato do Tacrolimo em Receptores de
Transplante Renal com Disfunção Tardia
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Bruno Martins Tokuda, Fabiano Bichuette Custodio, Francisco Rafael N. Almeida, Ida
Maria Maximina Fernandes Charpiot, Maria Alice Sperto Ferreira Baptista, Mario Abuud
Filho
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-366 - Calcimiméticos no tratamento do Hiperparatireoidismo
secundário do paciente em lista de espera para transplante renal
(TR). Fatores que possam determinar a necessidade de manter o
tratamento depois do TR.
RAPHAEL PEREIRA PASCHOALIN, JOSE VICENTE TORREGROSA PRATS, XOANA BARROS, CARLOS
EDOARDO DURÁN REBOLLEDO, JOSEP MARIA CAMPISTOL
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-367 - Conversão Para Sirolimo Em Pacientes Com Infecção
Recorrente Por Cmv
TAINá VERAS DE SANDES FREITAS, MILA SALLENAVE, CAROLINA ARAUJO, HELIO TEDESCO JUNIOR, JOSE
OSMAR MEDINA PESTANA
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-368 - Doença De Chagas Aguda Com Comprometimento
Neurológico E Renal Grave Em Paciente Transplantado Renal:
Relato De Caso
MARIANA DE MORAES FRANçOSO, GABRIELA RODRIGUES DE SOUZA, FABIANO BICHUETTE CUSTODIO,
ELBER RAFAEL GONÇALVES, RAFAEL DINARDI MACHADO, FRANCISCO RAFAEL DO NASCIMENTO
ALMEIDA, RAFAEL AUGUSTO BORGES PAVANI, MARIANA SALOMÃO BRAGA, MARCELO CARVALHO
NAVE
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-369 - Efeito do Cinacalcete sobre a hipercalcemia em pacientes
receptores de enxerto renal com Hiperparatireoidismo (HPT)
persistente que não haviam recebido cinacalcete prévio ao
transplante
RAPHAEL PEREIRA PASCHOALIN, JOSE VICENTE TORREGROSA PRATS, XOANA BARROS, CARLOS
EDOARDO DURÁN REBOLLEDO, JOSEP MARIA CAMPISTOL
PO-378 - Manisfestações Neurológicas Após o Transplante Renal
Sinalizando Doenças Graves
GEOVANA BASSO, TAINá VERAS DE SANDES FREITAS, DENIS BERNARDI BICHUETTI, HELIO TEDESCO
SILVA JUNIOR, JOSE OSMAR MEDINA PESTANA
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-379 - Microangiopatia Trombótica “de Novo” Após O Transplante
Renal
Rivelli, GG , Calheiros de Lima, AP, Gonçalves, JG, Gois, PHF, da Silva, JO, Mazzali, M
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-380 - Necrólise Epidérmica Tóxica no Transplantado Renal:
Relato de Caso
Bastos FO, Santos TOC, Bafi AT , Freitas FGR , Totoli C, Peruzzo MB, Freitas TVS, Junior HTS,
Pestana JOM
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-381 - NEFROPATIA POR IgA ASSOCIADA COM INFECÇÃO POR VÍRUS C EM
RECEPTOR DE TRANSPLANTE SIMULTÂNEO DE PÂNCREAS-RIM
TAINá VERAS DE SANDES FREITAS, LÍVIA ZARDO TRINDADE, MARINA BAITELLO, GIANNA MASTROIANNI
KIRSZTAJN, ANTÔNIO EDUARDO BENEDITO SILVA, CLAUDIO MELARAGNO, MARCELLO FABIANO DE
FRANCO, JOSE OSMAR MEDINA-PESTANA
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-382 - PREVALÊNCIA DE ANTICOAGULANTE LÚPICO E TROMBOSE VASCULAR
EM RECEPTORES DE TRANSPLANTE RENAL:RESULTADOS PRELIMINARES
FELLIPE LESSA SOARES, MARINA BRUNIERA ANCHIETA, MARLA MARIA CARVALHO, GESIANE FERNANDES
TAVARES, MAURÍCIO BRITO TEIXEIRA, PAULA CALDERERO LAMONATO DE OLIVEIRA, JULIANA CRISTINA
FIGUEIREDO ALVES, PATRICIA MALAFRONTE, YVOTY ALVES SANTOS SENS
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
RAPHAEL PEREIRA PASCHOALIN, JOSE VICENTE TORREGROSA PRATS, XOANA BARROS, CARLOS
EDOARDO DURÁN REBOLLEDO, JOSEP MARIA CAMPISTOL
PO-383 - PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO DE POLIGLOBULIA APÓS
TRANSPLANTE RENAL
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
MARLA MARIA CARVALHO, FLAVIANA FERREIRA BARROS, JULIANA CRISTINA FIGUEIREDO ALVES,
FELIPE LESSA SOARES, GESIANE FERNANDESTAVARES, MARINA BRUNIERA ANCHIETA, MAURICIO BRITO
TEIXEIRA, PATRICIA MALAFRONTE, LUIZ ANTÔNIO MIORIN, YVOTY ALVES SANTOS SENS
PO-370 - ESTUDO PROSPECTIVO DE PACIENTES COM SOROLOGIA ANTI-HBS
REAGENTE SUBMETIDOS A TRANSPLANTE RENAL COM DOADOR ANTI-HBC
REAGENTE
DANIEL MARCHI , JULIANA MARIA GERA ABRÃO, LUÍS GUSTAVO MODELLI DE ANDRADE, MARIANA
MORAES CONTTI, MÁRCIA DE FÁTIMA FARALDO MARTINEZ, MARIA FERNANDA CORDEIRO DE
CARVALHO
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-371 - EVENTOS TROMBOEMBOLICOS APÓS O TRANSPLANTE RENAL
TAINá VERAS DE SANDES FREITAS, MILA SALLENAVE, HELIO TEDESCO JUNIOR, JOSE OSMAR MEDINA
PESTANA
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-372 - Experiência Inicial Com Everolimo: Uso De Novo E
Conversão
FRANCISCO RAFAEL DO NASCIMENTO ALMEIDA, VERONICA MARIA PEREIRA COSTA, MARCELO
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-384 - Qual a melhor opção de transplante para diabéticos
portadores de doença renal crônica: transplante renal isolado
ou transplante simultaneo rim-pâncreas?
Pablo Girardelli Mendonça Mesquita, Valter Duro Garcia, Elizete Keitel, Claudio S.
Melaragno, José Osmar Medina Pestan, Irene de Lourdes Noronha
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-385 - Relação dos polimorfismos dos sistemas Calicreina
Cininas e Renina Angiotensina com a fisiopatologia do transplante
renal
AMORIM, C.E.N., ALMEIDA, S.S., NOGUEIRA, E., CAMARA, N.O.S., ARAUJO, RCA
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
21
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
PO-386 - RELATO DE CASO - APRESENTAÇÃO ATÍPICA DE DENGUE APÓS
TRANSPLANTE RENAL
PO-389 - TRANSMISSÃO DE TUBERCULOSE DO DOADOR FALECIDO PARA
DOIS RECEPTORES DE RIM
BIANCA BARBOZA LEAL, FERNANDA FERRAZ, RAFAEL AUGUSTO BORGES PAVANI, RAFAEL DINARDI
MACHADO, MARIANA SALOMÃO BRAGA, HERBERT HERRIQUE CAPUCI, MARIA ALICE BAPTISTA, IDA
MAXIMA FERNANDES, MARIO ABBUD FILHO, MARCELO CARVALHO NAVES, VERONICA MARIA PER
FIGUEIREDO I., BAPTISTA A., CRISTELLI M., SANDES-FREITAS T, FRANCO M, TEDESCO-SILVA JR H,
MEDINA-PESTANA J
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-387 - RESPOSTA DE ANTICORPO ESPECÍFICO DAS VACINAS MONOVALENTES
CONTRA INFLUENZA A H1N1/09 COM E SEM ADJUVANTE EM RECEPTORES DE
TRANSPLANTE RENAL
GESIANE FERNANDES TAVARES, MAURO JOSÉ COSTA SALLES, PATRICIA MALAFRONTE, JOSÉ FERRAZ DE
SOUZA, LUCY VILAS BOAS, CLARICE MARTINS MACHADO, YVOTY ALVES SANTOS SENS
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-388 - Taxa de insuficiência renal aguda e parada cárdica nos
potenciais doadores de órgãos: evidências para notificação mais
precoce
Ana Paula Maia Baptista, Luciana Wang Gusukuma, Marcela Rabelo Portugal de Alencar,
Taina Veras de Sandes Freitas, Helio Tedesco Silva Junior, Jose Osmar Medina Pestana
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
22
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-390 - Uso de Doadores de Critério Estendido como Opção
Terapêutica em Transplantes Renais : Avaliação de 4 anos
Bichuette-Custodio F, Almeida FRN, Tokuda BM, Gonçalves ER, Charpiot IMMF, Batista MASF,
Abbud-Filho M
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
PO-391 - Uso do Real Time PCR na prevenção de infecção e doença
por citomegalovírus em receptores de transplante renal
MARIANA DE MORAES FRANÇOSO, GABRIELA RODRIGUES DE SOUZA, ELBER RAFAEL GONÇALVES,
RAFAEL AUGUSTO BORGES PAVANI, FRANCISCO RAFAEL DO NASCIMENTO ALMEIDA, RAFAEL DINARDI
MACHADO, VERONICA MARIA PEREIRA COSTA, MARIANA SALOMAO BRAGA, MARCELO CARVALHO
NA
Data: 15 DE SETEMBROHorário: 16h20-17h30Local: Sessão Poster - Piso E
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
RESUMOS - TEMAS LIVRES/APRESENTAÇÃO ORAL
DIÁLISE
Associação entre Níveis de pró-BNP e Sódio com Hipertensão
Refratária em Pacientes Hemodialíticos
Bichuette-Custodio F,Tokuda BM,Costa VMP,Oliveira JFP
Hemodiálise, Hemodiafiltração e Hemofiltração Curta Diária:
Análise Comparativa da dose de tratamento e da remoção de
solutos
Hospital de Base. Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - SP
MELO NCV 1,2,Moyses RMA1,Castro MCM1
Introdução: A hipertensão arterial (HA) e a hipervolemia são extremamente prevalentes nos
pacientes em hemodiálise (HD), estando associadas à elevada morbi-mortalidade. A HA tem
sua gênese associada principalmente ao excesso de volume extra-celular e ao balanço positivo de sódio (Na). Tendo em vista a dificuldade clínica em se determinar adequadamente o
peso seco, o pró-peptídeo natriurético do tipo B (pró-BNP) é tido em estudos recentes como
importante alternativa para se avaliar a volemia dos pacientes hemodialíticos. Objetivos: Avaliar os níveis pré-diálise de Na e pró-BNP de pacientes em hemodiálise, compará-los com os
valores de pressão arterial (PA) pré e pós diálise e ganho interdialítico em relação ao peso
seco (GID), avaliando a correlação desses fatores com a presença de hipertensão refratária.
Casuística e Métodos: Os pacientes foram submetidos a sessões convencionais de HD (4
horas, 3 vezes/semana, Na fixo no dialisato 138 mEq/l). Antes do início da HD foram colhidos
Na e pró-BNP (2ª sessão da 3ª semana do mês de Junho/2011). As médias da PA e do GID
foram calculadas pelos valores das 2as e 3as sessões das semanas anteriores (4 medidas).
Foi definida HAS pré diálise valores médios ≥ 140 x 90 mmhg e HA refratária (HAR) valores
médios > 135 x 80 mmHg após término da sessão. Os pacientes com insuficiência cardíaca
foram excluídos para melhor avaliação do pró-BNP. Resultados: De um total de 99 pacientes,
16 foram excluídos devido insuficiência cardíaca. Foram avaliados 83 pacientes. 51,8 % sexo
masculino. Média de idade 57,15 anos. 78,3 % apresentavam HAS pré diálise (PA média
168,3 x 95,4 mmHg). Não houve diferença dos níveis de sódio, GID e pró-BNP entre os hipertensos e normotensos pré-diálise. Ao final da diálise, 72,3 % PA controlada (PAc) e 27,7%
HAR ( 150,8 x 86,3 mmHg, em média). Entre os grupos PAc e HAR não houve diferença em
relação à idade, GID ( 4,02% vs 4,07%) e níveis de sódio (135,7 vs 136,14 mEq/l p=NS).
O grupo HAR apresentou significativamente maiores valores de pró-BNP ao ser comparado
com grupo Pac ( 6701 vs 2967 pcg/ml, p=0,02). Conclusões: Os maiores valores de pró-BNP
correlacionaram-se positivamente com a manutenção de hipertensão pós diálise, evidenciando assim uma provável associação entre hipervolemia e HAR. Estratégias de otimização do
peso seco (como a avaliação do pró-BNP) são fundamentais para melhor controle da pressão
arterial em pacientes hemodialiticos.
1 - Universidade de São Paulo, São Paulo
2 - Clínica de Doenças Renais de Brasília/Hospital Regional de Taguatingua, Distrito Federal
Introdução: Não há estudos comparando a dose de diálise ou a remoção de solutos em
sessões de hemodiálise curta diária (HD-D), de hemofiltração online curta diária (HF-OL-D)
e de hemodiafiltração online curta diária (HDF-OL-D). Objetivos: Comparar a dose de diálise e a remoção de solutos entre sessões de HD-D de alto fluxo, HF-OL-D pré-dilucional e
HDF-OL-D pós-dilucional. Métodos: 14 pacientes (47,9±13,5 anos) em programa em HD-D
(1,5-2,5h 6x/semana) foram incluídos. Coletaram-se amostras de sangue pré, pós e no meio
da sessão e o dialisato, de forma parcial e homogenia, em sessões de HD-D, HF-D e de HDFOL-D. Resultados: A dose de diálise medida diretamente pelo direct dialysis quantification
Kt/V (DDQ Kt/V) foi significativamente menor em sessões de HF-OL-D (0,43±0,12) do que
nas de HD-D (0,92±0,26) e de HDF-OL-D (0,96±0,28)(p=0,0002). A massa total extraída
(ME) e o clearance diretamente quantificado (Kdq) de ureia foram menores em sessões de
HF-OL-D (14,28±7,73g; 136,4±54,49mL/min) do que em sessões de HD-D (25,22±6,13g;
262,8±25,39mL/min) e HDF-OL-D (25,68±6,11g; 275,3±35,88mL/min) (p<0,0001). A
ME e o Kdq de fósforo também foram menores em sessões de HF-OL- D (475,8±169mg;
84,03±28,01mL/min) do que em sessões de HD-D (810,4±165mg; 149,1±24,02mL/min)
e HDF-OL-D (790,7±199mg; 142,0±23,9mL/min) (p<0,0001). A ME e o Kdq de creatinina foram menores em sessões de HF-OL-D (915,0±352mg; 97,84±30,66mL/min) do que
em sessões de HD-D (1523±397mg; 171,9±12,56mL/min) e HDF-OL-D (1512±416mg;
177,0±19,4mL/min) (p<0,0001). A ME e o Kdq de ácido úrico foram menores em sessões de
HF-OL-D (417,5±140mg; 110,4±34,82mL/min) do que em sessões de HD-D (821,7±158mg;
213,0±26,61mL/min) e HDF-OL-D (748,6±195mg; 205,8±41,63mL/min) (p<0,0001).
A ME e o Kdq de β2-microglobulina foi maior em sessões de HDF-OL-D (148,4±43,43mg;
108,0±25,82mL/min) do que em sessões de HF-OL-D (94,05±45,97mg; 67,62±14,17mL/
min) e HD-D (123,1±49,55mg; 62,95±12,07mL/min) (p<0,0001). Conclusões: A remoção de
solutos pequenos (ureia, fósforo, creatinina e ácido úrico) foi significativamente menor na HFOL-D pré-dilucional do que em sessões de HD-D de alto fluxo e de HDF-OL-D pós dilucional,
realizadas com o mesmo tipo de capilar e tempo. A remoção de β2-microglobulina foi superior
na HDF-OL-D, do que nos outros métodos estudados.
Palavras Chaves: hipertensão refratária heodiálise, pró-BNP
Body mass index hide malnutrition revealed by albumin in
patients on peritoneal dialysis (PD)
JOSé ABRãO CARDEAL DA COSTA2,VIVIANA TEIXEIRA HENRIQUES2,ROBERTO PECOITSFfILHO2,JOSé CAROLINO DIVINO-FILHO3
1 - FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRãO PRETO – USP
2 - PONTIFICA UNIVERSIDADE CATóLICA DO PARANá
3 - DIVISION OF BAXTER NOVUM AND RENAL MEDICINE, CLINTEC, KAROLINSKA INSTITUTE, STOCKHOLM,
SWEDEN
Preditivos clínicos e microbiológicos da evolução das
peritonites por Staphylococcus aureus: experiência em um
único centro durante 15 anos
PASQUAL BARRETTI1,Carlos Henrique Camargo2,Alessandro Lia Mondelli2,
Jacqueline Costa Teixeira Caramori2,Augusto Cezar Montelli1,Maria de
Lourdes Ribeiro Cunha2
1 - FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU-UNESP
2 - INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS DE BOTUCATU-UNESP
The prevalence of malnutrition in renal replacement therapy (RRT) is high. The use of different
methods to analyze the nutritional status is necessary for increased reliability of results. The
objectives were assessing the nutritional status by BMI and albumin and the influence of time
on PD and albumin in BMI. Multicenter prospective cohort study (BRAZPD). Included 531 incident patients on PD in different regions of Brazil from December 2004 to February 2007 and
evaluated for 12 months. Nutritional status was classified by body mass index (BMI), WHO
1998 and albumin classified as depletion (<3.6mg/DL) classification I, and depletion (median
value of baseline <3.8mg/DL) classification II. Regression model for mixed effects was used
to verify the influence of time and albumin in PD on BMI. The mean age was 59.22±15.48,
female 55.18%, 55.37% white. Distribution by region(%):Midwestern 2.07,Northeastern
22.79; 9.42 Northern 9.42, Eastern 52.73, Southern 12.99. As for socioeconomic income (%)
38.42 earn up to 2 minimum wages and 39.55 from to 2 and 5. Regarding education 56.31%
has primary education. DPA therapy was 49.53% and, CAPD 50.47%. Mean BMI (kg/m2)
at the baseline, 3, 6, 12 months: 24.42±4.60, 24.98±4.64, 25.05±5.19, 25.87±4.71. Mean
albumin (mg/DL):4.20±1.32;3.97±1.25, 3.77±1.12; 3.81±1.15. BMI classification (%): 6.97
malnutrition; 5.28; 7.80, 4.11, 53.30 eutrophic, 52.46, 48.62, 41.78, 29.38; overweight,
28.52, 29.82, 36.99; obesity 10.36, 13.73, 13.76, 17.12. Albumin (%) classification l: 37.85
depletion, 45.42, 50.46, 50.00; normal 62.15, 54.58, 49.54, 50.00; classification II: 43.13,
49.30, 57.80, 54.11, 56.87 normal, 50.70, 42.20, 45.89. The percentage of malnutrition patients is low by BMI compared to those who are classified by albumin depletion. The average
BMI at baseline is 24.77, and this amount grows at a monthly rate of 0.09 (p<0.01) and
underwent reduction of 0.28 when there was depletion by albumin (p<0.01) classification
I and 0.20 classification II (p<0.01). BMI is influenced by depletion of albumin. Hypoalbuminemia is associated with malnutrition. More than one method for diagnosis of nutritional
status should be used in studies and especially to verify malnutrition, since this is a serious
risk for patients on RRT.
A peritonite por Staphylococcus aureusé uma grave complicação da diálise peritoneal (DP)
associada com elevada percentagem de falência da técnica e risco de óbito, ainda que a
resistência à oxacilina seja pouco frequente nesses casos. Os registros de 62 episódios de
peritonite por Staphylococcus aureus que ocorreram entre 1996 e 2010 em um único centro
foram revisados. A incidência de peritonite foi calculada para três períodos subsequentes de
cinco anos e comparada pelo modelo de Poisson. A produção de biofilme, lipase, lecitinase,
nuclease, termonuclease, α- e β-hemolisina, enterotoxinas (SEA, SEB, SEC, SED) e toxina do
choque tóxico foi avaliada por métodos fenotípicos. A sensibilidade à oxacilina foi determinada pela concentração inibitória mínima (CIM) e pela presença do gene mec A. A influência de
fatores demográficos, clínicos e microbiológicos sobre a evolução da peritonite foi analisada
por regressão logística. As percentagens de resolução e de morte foram comparadas com
uma série de 117 casos episódios por estafilococos coagulase-negativa (ECN), do mesmo
período. A incidência de peritonite por Staphylococcus aureus apresentou redução com o
tempo, variando de 0,13 no período 1996-2000 para 0,04 episódio/paciente/ano no período
2006-2010 (p<0,05). A percentagem de isolados resistentes à oxacilina foi de 11,3%. A
produção de toxinas e enzimas foi expressiva, enquanto biofilme foi produzido por 88,7%
das cepas. A presença do gene mecA foi associada à maior frequência de febre (p<0,05) e
tendência à maior frequência de dor abdominal. A presença de diabetes mellitus (p<0,05) e a
produção de β-hemolisina (0,05) foram preditivos independentes de não resolução, enquanto
que a chance de resolução foi maior para pacientes com idade entre 41 e 60, comparando-se
com aqueles com idade > 60 anos (p<0,05). A percentagem de óbitos (9,7%) foi maior que
a observada nos episódios por ECN (2.5%, p<0,05), ainda que a percentagem de resolução
tenha sido semelhante. A despeito da redução da incidência de peritonite por S. aureus este
tipo de infecção ainda é uma grave complicação da DP com elevada percentagem de óbitos.
Sua evolução foi negativamente influenciada por fatores do hospedeiro como idade e diabetes mellitus. Adicionalmente, a produção de β-hemolisina foi preditivo independente de não
resolução, sugerindo um papel patogênico deste fator nas peritonites em DP causadas por
Staphylococcus aureus.
Palavras Chaves: Malnutrition, Peritoneal dialysis
Palavras Chaves: peritonites, Staphylococcus aureus
23
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
Preditores de evento cardiovascular em hemodiálise
Aline de Araujo Antunes, Francieli Delatim Vannini, Barbara Perez Vogt, Liciana
Vaz de Arruda Silveira,Pasqual Barretti, Jacqueline Costa Teixeira Caramori
Reprocessamento de Dialisadores de Alto Fluxo e Alta Eficiência
em sessões de Hemodiafiltração online Curta Diária: Impacto
sobre o Transporte de Solutos
Universidade Estadual Paulista- UNESP- Botucatu
MELO NCV 1,2,Moyses RMA 1,Castro MCM 1
Introdução Fatores de risco cardiovascular vêm sendo estudados dada a relevância do comprometimento cardiovascular na morbidade e mortalidade em hemodiálise (HD). Objetivo
Identificar fatores de risco para ocorrência de eventos cardiovasculares em HD. Casuística
e métodos Parâmetros clínicos, dialíticos e nutricionais foram considerados no momento da
inclusão de 105 pacientes com doença renal crônica prevalentes em HD, maiores de 18 anos,
sem diagnóstico de disfunção sistólica, neoplasia, insuficiência hepática ou doença terminal.
Os pacientes foram monitorados quanto à ocorrência de eventos cardiovasculares fatais e
não fatais: emergência hipertensiva, edema agudo pulmonar, revascularização miocárdica,
acidente vascular cerebral, ataques isquêmicos transitórios, fibrilação atrial, parada cárdiorespiratória, morte súbita, angina instável, infarto do miocárdio e eventos trombóticos. Houve
censura do paciente ao final do estudo, quando da mudança de método dialítico, transferência de Serviço ou transplante renal. Empregou-se modelo de Cox para cada variável individualmente. As variáveis que apresentaram p <0,2 foram incluídas na análise múltipla de Cox,
a qual foi ajustada para tempo em HD, diabetes e proteína C reativa. A colinearidade entre
as variáveis foi previamente testada. O nível de significância adotado foi p<0,05. Resultados
Os pacientes apresentavam idade de 57±14,5 anos, 51% masculinos e em HD há 36 (9; 66)
meses. Durante o tempo de seguimento de 28 (12; 29) meses, 28 (26,7%) pacientes apresentaram evento cardiovascular, sendo cinco destes fatais. Idade mais avançada, maior relação entre água extracelular e água corporal total, menor ganho de peso interdialítico, maiores
valores de pressão arterial sistólica e diastólica e de fósforo sérico foram preditores isolados
de eventos cardiovasculares. Na análise múltipla, fósforo sérico (HR=1,82 IC95%1,31-2,53;
p<0,001) e pressão arterial sistólica (HR=1,027 IC95%1,001-1,054; p= 0,041) foram fatores de risco independentes para ocorrência dos eventos. Conclusões Esses dados reforçam a
importância da hipertensão e dos elevados valores de fósforo sérico na ocorrência de eventos
cardiovasculares. Potenciais mecanismos para isso envolvem a calcificação vascular e a modulação do sistema endócrino.
1 - Universidade de São Paulo, São Paulo
2 - Clínica de Doenças Renais de Brasília/Hospital Regional de Taguatingua, Distrito Federal
Palavras Chaves: cardiovascular
Prevenção da falência de ultrafiltração e espessamento da
membrana peritoneal com o beta-bloqueador nebivolol em
modelo experimental de diálise peritoneal
ANNA RITA MORAES DE SOUZA AGUIRRE MAZO1,Guadalupe GonzálezMateo2,Hugo Abensur1,Luiz Stark Aroeira3,Vanessa Millara Fernandez3,Pilar
Sandoval6,Patricia Albar-Vizcaino4, Maria Luisa Perez-Lozano4, Rafael Selgas4,
Manuel Lopez-Cabrera4, Abelardo Aguilera4
1 - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
2 - Hospital Universitario La Paz – Madri
3 - Unidad de Investigación and Servicio de Nefrología, Hospital Universitario La Paz
4 - Unidad de Biología Molecular y Servicio de Nefrología, Hospital Universitario de la
Princesa
A falência de ultrafiltração (UFF) é uma causa importante de interrupção da diálise peritoneal
(DP) enquanto terapia renal substitutiva. Além da inflamação crônica e aguda causadas à
membrana peritoneal (MP) pelos produtos de degradação da glicose, produtos avançados da
glicosilação, pH ácido das soluções, hemoperitônio e infecções, b-bloqueadores (BB) também
foram implicados na gênese da UFF. A vasoconstrição arteriolar esplâncnica é considerada a
causa provável da UFF por BB. O nebivolol (NV), um bloqueador b1 adrenérgico altamente
seletivo que, diferente de outros BB, possui efeito vasodilatador por aumento de óxido nítrico
(NO) (ativa a via L-arginina-NO), foi testado em pacientes idosos com ICC e levou à redução
na mortalidade. O objetivo desse estudo é analisar os efeitos do NV sobre a ultrafiltração
(UF), MP e características do efluente em um modelo animal de DP, através do estudo de
fenômenos envolvidos na degeneração da MP e UFF, como transição epitélio mesenquimal
(EMT) e fibrose, além de parâmetros humorais e celulares de inflamação. 21 camundongos
C57BL/6 fêmeas, não urêmicos, com 12 a 14 semanas, foram submetidos à colocação de
cateter peritoneal. Após uma semana, foram divididos em 3 grupos de 7 animais: grupo controle (observação 30 dias), grupo SDP (2 mL/ dia de solução glicosada de diálise peritoneal
a 4,25% através do cateter, por 30 dias) e grupo NV (além da infusão, receberam 8 mg/kg/
dia de NV por gavagem, por 30 dias). Após 30 dias, comparou-se espessura submesotelial,
volume de UF, velocidades de transporte de pequenos solutos, marcação submesotelial de
pan-citoqueratina (para quantificar EMT), contagem de vasos, linfangiogênese diafragmática,
concentração de IL-6, IL-10 e proporções de células TCD-4, TCD-8 e BCD19+ no efluente. A
espessura da MP foi de 23,14 mm no grupo controle, no grupo SDP foi de 102,4 mm e no
grupo NV, 29,04 mm, com p<0,05. O volume de UF foi 1,94mL para o grupo controle, para
o grupo SDP, 1,56 mL e, para o grupo NV, 2,05 mL, também com p<0,05. Houve menor EMT,
menor angiogênese e tendência de transporte de solutos mais lento no grupo tratado, assim
como menor concentração de IL-6 e proporções de populações de linfócitos semelhantes
às do grupo controle. Concluímos que a droga impediu o desenvolvimento de UFF, através
do bloqueio de fenômenos como EMT, espessamento da MP e neoangiogênese, além de
preservar características de imunidade celular e humoral locais, merecendo ser estudada em
pacientes submetidos à DP.
Palavras Chaves: falência de ultrafiltração,beta-bloqueadores
24
Introdução: Na hemodiafiltração online (HDF-OL), estudos avaliando o impacto do reuso na
remoção de solutos e na adequação de diálise são escassos. Não há estudos avaliando o impacto do reuso dos filtros na extração de solutos de diversos pesos moleculares, em pacientes
submetidos à hemodiafiltração online curta diária (HDF-OL-D). Objetivos: Avaliar o impacto
da reutilização dos filtros de diálise na extração de solutos de diversos pesos moleculares em
pacientes submetidos à HDF-OL-D. Comparar o impacto do reuso do capilar na extração de
solutos entre a HDF-OL-D e a hemodiálise diária (HD-D) de alto fluxo e alta eficiência. Métodos: 14 pacientes (47,9±13,5 anos de idade) em programa em hemodiálise diária (1,5-2,5h
6x/semana) há pelo menos 6 meses, foram incluídos. Foram coletadas amostras de sangue
pré e pós diálise e coletado o dialisato de forma parcial e homogenia através da mangueira de
drenagem, em sessões de HD-D (1º, 7º, 13º uso) e, posteriormente, utilizando um novo filtro,
em sessões de HDF-OL-D (1º, 7º, 13º uso), totalizando 6 ensaios para cada paciente durante
o estudo. Resultados: Não houve diferença estatística entre a massa total extraída (ME) e o
clearance diretamente quantificado (Kdq) de solutos pequenos (ureia, fósforo, creatinina e
ácido úrico) em sessões de HD-D no 1º, 7º e 13º usos do dialisador e em sessões de HDFOL-D no 1º, 7º e 13º usos dialisador, respectivamente. A ME e o Kdq de solutos pequenos foi
semelhante entre os diferentes usos do dialisador estudados não só nas sessões de HD-D,
mas também nas sessões de HDF-OL-D. Houve um aumento de cerca de 57% do Kdq e de
23% da ME de β2-m quando as sessões de HDF-OL-D foram comparadas às de HD-D, tanto
com o filtro novo quanto no 7o e 13o uso. Na HD-D, houve uma redução de ± 15% do Kdq
(p=0,0128) e da ME de β2-microglobulina (β2-m) (p=0,0065) no 13o uso do capilar, em relação aos demais usos estudados. Nas sessões de HDF-OL-D, não houve redução do Kdq e da
ME de β2-m com o reuso. Nas sessões de HDF-OL-D houve uma redução de ± 54% da ME de
albumina no 7o e 13o usos do capilar em relação ao dialisador novo (p=0,0004). Conclusões:
A reutilização dos filtros de diálise não resulta em comprometimento da extração de solutos
de diversos pesos moleculares, na HDF-OL-D. Há um aumento significativo da eficiência de
remoção de β2-microglobulina, na HDF-OL-D, quando comparada à HD-D; sem variações
significativas na extração dos demais solutos.
Reuso de Capilares de Alto Fluxo e Alta Eficiência na
Hemodiafiltração Online Curta Diária: Impacto sobre a dose
do tratamento e a cinética de moléculas médias
MELO NCV 1,2, Moyses RMA1,Castro MCM1
1 - Universidade de São Paulo, São Paulo
2 - Clínica de Doenças Renais de Brasília/Hospital Regional de Taguatingua, Distrito Federal
Introdução: Na hemodiafiltração online, são escassos estudos avaliando o impacto do reuso
na adequação de diálise e na cinética de moléculas médias. Não há estudos avaliando o
impacto do reuso dos dialisadores na dose de diálise ou na cinética de moléculas médias,
como a β2-microglobulina (β2-m), em pacientes submetidos à hemodiafiltração online curta diária (HDF-OL-D). Objetivos: Avaliar o impacto da reutilização dos capilares na dose de
diálise e na cinética de moléculas médias em sessões de HDF-OL-D. Comparar o impacto do
reuso do capilar na dose de diálise e na cinética de moléculas médias entre a HDF-OL-D e a
hemodiálise diária (HD-D) de alto fluxo e alta eficiência. Métodos: 14 pacientes (47,9±13,5
anos) em programa em HD-D (1,5-2,5h 6x/semana) foram incluídos. Coletaram-se amostras
de sangue pré, pós e no meio da sessão e o dialisato, de forma parcial e homogenia através
da mangueira de drenagem, em sessões de HD-D (1º, 7º, 13º uso) e, com um novo filtro,
em sessões de HDF-OL-D (1º, 7º, 13º uso). Resultados: A dose de diálise – medida pelo
single-pool Kt/V, equilibrated Kt/V, standard Kt/V e direct dialysis quantification Kt/V (DDQ
Kt/V)- foi semelhante entre o 1º, 7º e 13º usos do dialisador em sessões de HD-D e o 1º,
7º e 13º usos em sessões de HDF-OL-D, respectivamente. A dose de diálise foi semelhante
entre os 1º, 7º e 13º usos do dialisador nas sessões de HD-D e nas sessões de HDF-OL-D.
O Kt/V diretamente medido de β2-m (Kt/Vdq) – utilizado para avaliação da cinética de moléculas médias- foi ± 73% maior no 1º uso do dialisador em HDF-OL-D (0,9±0,3) do que
no 1º uso em HD-D (0,53±0,15) (p=0,0006). Essa diferença foi mantida entre o 7º uso do
dialisador em HDF-OL-D (0,84±0,32) e o 7º uso em HD-D (0,52±0,18)(p=0,0001) e também
entre o 13º uso do dialisador em HDF-OL-D (0,82±0,23) e o 13º uso em HD-D (0,43±0,18)
(p=0,0001). Na HD-D, houve uma redução de ± 15% do Kt/Vdq de β2-m no 13º uso quando
comparado com o 1º e 7º usos dos dialisadores (p=0,011). Nas sessões de HDF-OL-D, não
houve diferenças do Kt/Vdq de β2-m entre o 1º, 7º e 13º usos do dialisador. Conclusões: A
reutilização dos filtros de diálise não resulta em comprometimento da dose do tratamento
ou da cinética de moléculas médias, na HDF-OL-D. Quando comparados os usos dos filtros
nos dois métodos dialíticos estudados, há um aumento significativo da eficiência de remoção
de β2-microglobulina, na HDF-OL-D, quando comparada à HD-D; sem diferenças na dose de
diálise entre os métodos.
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
Zinco-α2-glicoproteína está negativamente associada à
gordura corporal em pacientes em hemodiálise
VIVIANE DE OLIVEIRA LEAL1, JULIE CALIXTO LOBO2, MILENA BARCZA STOCKLER-PINTO2,
NAJLA ELIAS FARAGE3, DENISE MAFRA1
1 - UFF
2 - UFRJ
3 - UFRJ/RENALCOR
Introdução: Zinco-α2-glicoproteína (ZAG), uma adipocina solúvel de 41 kDa de peso molecular, está envolvida na redução da adiposidade através da mobilização lipídica, aumento do
gasto energético e inibição da lipogênese. Em pacientes em hemodiálise (HD), níveis elevados
de ZAG já foram descritos, entretanto, até o momento não existem informações sobre a
relevância clínica de ZAG nesta população. Objetivos: O presente estudo tem como objetivo
descrever os níveis plasmáticos de ZAG e sua relação com a gordura corporal em pacientes
em HD. Casuística e Métodos: Foram estudados 22 pacientes em HD anúricos não diabéticos
(12 homens, 52,1 ± 12,6 anos de idade, IMC de 24,3 ± 4,9 kg/m2, 51 (7 – 144) meses em
diálise, Kt/Vsp 1.4 ± 0.3) da Clínica RenalCor - RJ. Amostras de sangue foram coletadas em
jejum, antes de uma sessão regular de HD, e os níveis plasmáticos de ZAG determinados
por ELISA (Biovendor®) e comparados aos de indivíduos saudáveis (6 homens, 4 mulheres,
53,8 ± 14,2 anos de idade, IMC de 25,7 ± 2,3 kg/m2). A composição corporal foi avaliada
por antropometria. Para as análises estatísticas foi utilizado o programa SPSS para Windows
(versão 11.0). Resultados: Os níveis plasmáticos de ZAG foram maiores nos pacientes em
HD (160,9 ± 37,4 mg/L) quando comparados aos indivíduos saudáveis (62,5 ± 21,7 mg/L)
(p<0.0001). O percentual de gordura corporal (%GC) (25,4 ± 6,7 para homens e 32,3 ± 8,1
para mulheres) foi inversamente correlacionado aos níveis de ZAG (r= -0,47; p = 0,04) e, em
cada 1% de redução no %GC houve um aumento de 2,4 mg/L nos níveis de ZAG (p = 0,04).
Conclusão: Elevados níveis de ZAG foram observados nos pacientes HD e parecem estar
associados à redução da gordura corporal. Portanto, o papel da ZAG na depleção energética
na população em HD merece futuras investigações.
25
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
RESUMOS - TEMAS LIVRES/APRESENTAÇÃO ORAL
DISTÚRBIOS DO METABOLISMO MINERAL E ÓSSEO
Avaliação do metabolismo mineral e ósseo de pacientes em
diálise peritoneal
Oliveira, RA1, Ferreira, JC1, Britto, ZML2, Pinheiro, VF2, Moysés, RM1, Jorgetti, V1
1 - HCFMUSP
2 - CETENE
Introdução: A diálise peritoneal (DP) é uma modalidade de terapia de substituição renal (TSR)
que, quando bem indicada, proporciona uma série de benefícios aos pacientes. No entanto,
assim como na hemodiálise (HD), complicações a curto e longo prazo podem estar presentes.
Os distúrbios do metabolismo mineral e ósseo (DMO) são uma delas e guardam correlação
com desfechos clínicos desfavoráveis, inclusive aumento de mortalidade. Esses distúrbios são
uma constante na população dialítica e apresentam particularidades inerentes ao método de
TSR utilizado. Objetivos: Traçar o perfil dos DMO nos pacientes em DP e sugerir estratégias
terapêuticas para minimizar os seus danos. Casuística e Métodos: Avaliamos 28 pacientes
com média de idade de 48,2±10,7 anos, em DP há 20,4 ±18,1 meses. Esses pacientes foram
submetidos a avaliação clinica; bioquímica; radiografia de mãos e quadril para pesquisa de
calcificação vascular; e biópsia de crista ilíaca para análise histológica. Resultados: As principais queixas clinicas foram dores ósseas ou articulares (60%). A diurese residual media foi
1616 ± 755ml/dia. Apenas 11,5% utilizavam dialisato com concentração de cálcio < 3,5
mg/dl. Do ponto de vista bioquímico encontramos um fósforo (P) sérico de 4,8±1,7; cálcio
iônico (Cai) 4,8±0,3; fosfatase alcalina (FA) 110±37,3; albumina 3,5±0,57; paratormônio
(PTH) 588±650; e 25(OH) vitamina D 12,6±6,9. Calcificação vascular foi identificada em
4 pacientes(15%). A biópsia óssea revelou um padrão bastante heterogêneo, com 25% de
osteíte fibrosa; 33,8% de doença mista e 37,5% de doença adinâmica. Um paciente tinha
sinais de intoxicação por alumínio. Conclusões: A DP parece controlar melhor o P que a HD.
Por outro lado, em 100% da nossa casuística observamos deficiência/insuficiência de vitamina D. Por fim, a grande variação nos níveis de PTH, associados à heterogeneidade de padrões
histológicos encontrados reforçam a importância de se individualizar o tratamento com quelantes de fósforo, vitamina D e análogos, calcimiméticos/paratireoidectomia e a concentração
de cálcio no banho da DP.
Palavras Chaves: Diálise Peritoneal,Distúrbios do Metabolismo Mineral e
Ósseo
Efeito da alta concentração de glicose na função de
osteoblastos
JULIANA DE SOUZA CUNHA,Vanessa Meira Ferreira, Mirian Aparecida Boim
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
Alterações no tecido ósseo são encontradas em pacientes diabéticos e podem ser mais severas quando associadas a Doença Renal Crônica, entretanto a fisiopatologia das doenças
ósseas em conseqüência do Diabetes Mellitus (DM) não está totalmente esclarecida. Utilizando modelo in vitro, avaliamos o efeito do excesso de glicose na função de osteoblastos de
linhagem imortalizada de camundongo, MC3T3-E1. Após a diferenciação as células foram estimuladas com alta concentração (30mM) de glicose ou manitol (controle osmótico) durante
24hs. A expressão do RNAm do colágeno tipo 1 (COL1), principal componente da matriz extracelular, do RANKL, responsável pela ativação dos osteoclastos, da osteoprotegerina (OPG),
principal inibidor do RANKL e da fosfatase alcalina (FAL), marcador de mineralização, foram
estimados por PCR quantitativo em tempo real. A alta concentração de glicose induziu um
aumento significante da expressão do RANKL e OPG. A expressão do COL1 foi aumentada em
12x e a FAL sofreu uma diminuição em 50%, indicando um defict na mineralização. O manitol
induziu resultados similares aos da glicose, porém em menores proporções sugerindo que a
hiperosmolaridade, per se, parece ser capaz de estimular a produção de matriz orgânica. Os
resultados sugerem que o aumento da atividade dos osteoclastos dependente do RANKL
não parece ser um mecanismo preponderante da alteração óssea no DM, uma vez que este
aumento foi seguido pelo aumento da OPG. Em conclusão uma deficiência no processo de
mineralização pode estar envolvida na fisiopatologia da doença óssea provocada pelo DM.
Palavras Chaves: osteoblastos,diabetes
e Controle (dieta controle, sham-operado). Após 8 semanas, foram realizadas análises bioquímicas, histomorfométricas e de expressão gênica no tecido ósseo. Todos os animais urêmicos
apresentaram valores maiores de creatinina (1,65 Ca, 1,33 Sev, 1,29 DRC vs. 0,61mg/dl
controle; p<0,05) e fósforo (10,7 Ca, 11,3 Sev, 11,1 DRC vs. 5,4 mg/dl controle; p<0,05) e
menores de cálcio iônico (0,6 Ca, 0,49 Sev, 0,55 DRC vs. 1,15 mmol/L controle; p<0,05) que
os animais controle. Apesar dos valores similares de P entre os animais urêmicos, a fração de
excreção de P (FeP) foi menor nos grupos tratados (4,4% no Ca, 25,1% no Sev vs. 49,2%
DRC; p<0,05). Não houve diferença nos valores de FGF-23 entre os grupos.A expressão gênica de SOST foi maior no grupo DRC e só a administração de Carbonato de sevelamer diminuiu
significativamente seus níveis (3,9 Ca; 2,3 Sev; 4,1 DRC e 1,2 controle).A histomorfometria
revelou DOA em todos os animais urêmicos, visto por baixa taxa de formação óssea (0,01 Ca,
0,03 Sev, 0,02 DRC vs. 0,0832dia controle; p<0,05), diminuição do volume osteóide (0,1%
Ca, 0,3% Sev, 0,1% DRC vs. 0,8% controle; p<0,05), da superfície osteoblástica (2,4% Ca,
4,1% Sev, 1,7% DRC vs. 14,7% controle; p<0,05) e da superfície osteoclástica (2,4% Ca,
0,9% Sev, 1% DRC vs. 4,3% controle, p<0,05), além da ausência de fibrose. O volume ósseo
foi similar entre os grupos (29,1% Ca, 25,1% Sev, 24% DRC e 22,3% controle; p>0,05).
Não houve diferença histomorfométrica entre os grupos urêmicos, exceto por uma maior superfície de reabsorção no grupo Ca (10,4% vs. 6,9% Sev e 5,7% DRC; p<0,05). A expressão
gênica da SOST está elevada na DOA e diminuiu com a administração de carbonato de Sevelamer. Períodos mais longos de tratamento podem ser necessários para se observar melhora
nos parâmetros histomorfométricos.
Palavras Chaves: Osteodistrofia renal,Expressão gênica
Fósforo sérico apresenta associação com calcificação e
obstrução coronarianas em pacientes com função renal
preservada
ANA LUDIMILA ESPADA CANCELA,Raul Dias Santos, Sílvia Maria Titan, Carlos
Eduardo Rochitte, edro A Lemos, Luciene Machado dos Reis, Fabiana Giorgetti
Graciolli, Vanda Jorgetti, Rosa Maria Affonso Moysés, Patrícia Taschmer
Goldenstein
Faculdade de Medicina - Universidade de São Paulo,Instituto do Coração - Universidade de São
Paulo
Introdução: O nível sérico de fósforo tem sido associado a mortalidade e eventos cardiovasculares na população geral. Estudos in vitro demonstram que fósforo em excesso é capaz de
induzir calcificação vascular e disfunção endotelial. O fibroblast growth factor 23 (FGF23) é
um hormônio fosfatúrico que tem sido correlacionado à presença de aterosclerose na comunidade. Métodos: Este estudo transversal incluiu 290 pacientes (167 homens) com suspeita
de doença arterial coronariana, clearance de creatinina > 60ml/min/1,73m2 e indicação de
cineangiocoronariografia eletiva. A obstrução coronariana foi quantificada pelo cálculo do escore de Friesinger e a calcificação coronariana foi avaliada por tomografia computadorizada
helicoidal. Resultados: O fósforo sérico foi mais elevado no grupo de pacientes com escore de
Agatston >10HU quando comparado ao grupo com escore de Agatston 10 HU (3,630,55 vs
3,490,52mg/dL; p=0,019). Nas análises univariada e multivariada, cada 1 mg/dL de elevação
do fósforo sérico implicou em risco aumentado de se apresentar um escore de Agatston > 10
HU [Odds Ratio (OR) =1,92; CI 1,56-3,19; p=0,01]. Os pacientes foram divididos utilizando
a mediana do escore de Friesinger (4 pontos) como ponto de corte. O fósforo sérico foi maior
(3,60,5 vs. 3,50,6 mg/dl; p=0,04) e o FGF23 sérico foi menor (mediana 40,3 IQR 24,1-62,2
pg/mL vs. 45,7 IQR 31,7-76,1 pg/mL; p=0,01) no grupo que apresentou o escore de Friesinger > 4 pontos. Na regressão logística multivariada, um aumento de 1 mg/dL no fósforo
sérico aumentou em 74% o risco de apresentar um escore de Friesinger acima da mediana
(OR 1,74; CI 1,06-2,88; p=0,03) e o FGF23 foi preditor negativo do escore de Friesinger tanto
na análise univariada (OR 0,32; CI 0,14-0,71; p=0,005) quanto na multivariada (OR 0,26;
CI 0,11-0.63; p=0,002). Cálcio e paratormônio não foram associados à presença de doença
coronariana. Conclusões: Em pacientes com suspeita de doença arterial coronariana e função
renal preservada, o fósforo sérico foi preditor da presença de obstrução e calcificação coronarianas. Houve uma associação negativa entre FGF23 e obstrução coronariana.
Palavras Chaves: fósforo, Doença arterial coronariana
Efeito dos quelantes de Fósforo na expressão gênica da Via
Wnt, na Doença Óssea Adinâmica
Ferreira JC1, Ferrari GO1, Cavallari RT1, Dominguez WV1, Oliveira EM1, dos Reis
LM1, Graciolli FG1, Neves KR1, Liu S2, Sabbagh Y2, Jorgetti V1, Schiavi S2, Moysés
RMa1
1 - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
2 - GENZYME CO.
A via Wnt está envolvida na formação óssea e altos níveis séricos de esclerostina (SOST), um
inibidor da via Wnt, estão associados com osteoporose e doença óssea adinâmica (DOA).
Neste estudo, testamos a hipótese de que os quelantes de fósforo (P) podem modular a
expressão gênica da SOST em um modelo experimental de DOA. Ratos Wistar submetidos a
paratireoidectomia + nefrectomia 5/6, foram divididos em 4 grupos: Ca (tratado com 3% de
Carbonato de cálcio); Sev (tratado com 3% de Carbonato de Sevelamer); DRC (não tratado)
26
Osteodistrofia Renal : Comparação entre os modelos
experimentais NX5/6 e Adenina
GUARACIABA OLIVEIRA FERRARI1, Juliana Ferreira Neves1, Raquel T. Cavallari1,
Katia Neves1, Luciene Reis1, Wagner Dominguez1, Elizabeth Oliveira1, Fabiana
Graciolli1, Jutta Passlick-Deetjen2, Vanda Jorgetti1, Rosa Maria Affonso
Moysés1
1 - Universidade de São Paulo,Universidade de São Paulo
2 - Fresenius Medical Care
Introdução: Modelos experimentais são essenciais para o estudo da fisiopatologia e do efeito
de drogas na doença renal crônica (DRC). Dois modelos comumente utilizados são a nefrectomia 5/6 (NX5/6) e o modelo de nefrotoxicidade pela adenina (AD). No entanto, nenhum
estudo avaliou estes dois modelos ao mesmo tempo e com a mesma dieta. Além disso, dados
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
sobre a doença óssea propriamente dita são escassos. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi comparar as características bioquímicas e ósseas dos dois modelos. Métodos: Ratos
submetidos à mesma dieta, foram divididos em três grupos: Controle (função renal normal),
NX5/6 (submetidos à NX 5/6) e AD (submetidos a dieta com AD 0,75% e 0,50%, duas
semanas cada). A duração do estudo foi de 9 semanas. Resultados: Os animais submetidos
à NX5/6 apresentaram maior peso final (380±60g vs 312±17g) e pressão arterial [228(214230)vs147(131-181mmHg)]quando comparados ao grupo AD (p<0,05). Não houve diferenças em relação a creatinina (1,3±0,6 vs 1,6±0,3 mg/dl), fósforo (6,7±1,4 vs 7,4±0,7 mg/
dl), cálcio iônico (1,10±0,09 vs 1,07±0,07 mmol/l), PTH [572(197-4199) vs 681(163-1604)
pg/ml] e FGF23 [893(649-2609) vs 784(418-14476 pg/ml)]. O grupo AD apresentou fração
de excreção de fósforo maior que o grupo NX5/6 (21,2±11,0 vs 7,6±4,6%)(p<0,05). A remodelação óssea foi mais intensa no grupo AD: BFR [0.14(0.00-0.22) vs 0.02(0.00-0.03)
m m d]; OcS/BS (7.4 2.8 vs 3,2±1,6%); ObS/BS [25,8(15,4-33,2) vs 4,8(4,0-11,3%)]; ES/
BS (24,5±6,3 vs 12,4±5,4%) (p<0,05). O grupo AD apresentou maiores parâmetros osteóides {OS/BS (30,1±7,4 vs 6,9±3,0%); OV/BV [1,5(0,5-3,8) vs 0,3(0,2-0,8)%]}; maior
superfície de mineralização (MS/BS 10,6±2,1 vs 2,8±0,5%) e intervalo de mineralização
[MLT 8,4(1,4±17,7) vs 4,6(3,1± 14,8)/d](p<0,05). Conclusão: O modelo experimental de
nefrotoxicidade pela AD evolui com doença óssea mais grave que o modelo NX5/6, apesar
da mesma quantidade de cálcio e fósforo ofertadas na dieta. Essas características devem ser
levadas em consideração no momento da escolha de modelos para estudos dos distúrbios
minerais e ósseos secundários à DRC.
Palavras Chaves: Osteodistrofia; hiperfosfatemia
Situação atual da paratireoidectomia no Brasil: dados do
Censo Brasileiro de Paratireoidectomia
Eduardo Neves da Silva1, Douglas M. F. Charpinel1, José Edevanilson Barros
Gueiros2, Carolina Lara Neves3, Elisa de Albuquerque Sampaio4, Rosa Maria
Affonso Moysés2, Aluizio Barbosa de Carvalho5, Vanda Jorgetti2, RODRIGO
BUENO DE OLIVEIRA2,6
1 - UNISA
2 - HC-FMUSP
3 - HOSP SÃO RAFAEL
4 - HUAP
5 - UNIFESP
6 - HC-FMUSP / SOC. BRAS. NEFROLOGIA
Introdução: O hiperparatireoidismo secundário (HPS) é uma complicação comum e grave no
curso da doença renal crônica (DRC), com impacto direto sobre a morbidade e mortalidade
destes pacientes. Apesar dos avanços no tratamento clínico do HPS a falência terapêutica
ocorre de 5% a 20% dos casos. Nestes casos a paratireoidectomia (PTx) é indicada como tratamento do HPS. Este trabalho visa abordar a situação atual de pacientes com HPS com indicação de PTx no Brasil. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo observacional, descritivo, com dados
obtidos através de questionário enviado a 660 unidades de diálise no Brasil. Os dados são
descritos em valores absolutos, médias e desvio padrão. RESULTADOS: 225 (34%) unidades
de diálise responderam ao questionário, representando uma amostra de 32.084 pacientes
(41,3% da população em diálise no Brasil). A prevalência de pacientes com PTH maior do que
1.000 pg/ml foi de 3.463 (11%). Em 49 (22%) unidades de diálise não existe a possibilidade
de referenciamento para a realização de PTx. Mais de 80% dos serviços que realizam PTx
são serviços ligados a universidades Federais ou Estaduais. Em 74 (33%) unidades de HD o
tempo de espera para um paciente realizar PTx é superior a 6 meses. Foram contabilizados
64 serviços que realizam PTx no território brasileiro. A região Norte não dispõe de serviços
de PTx, e a região Centro-Oeste apenas dois. Essas duas regiões possuem 74 unidades de
HD, correpondendo a 7.771 pacientes em HD. Os Estados que possuem maior número de
serviços que realizam PTx são São Paulo e Rio de Janeiro, com respectivamente 15 (23%) e
9 (14%) dos serviços. Em relação à obtenção de medicamentos utilizados no pós-operatório
pelas unidades de diálise: 156 (69%) são obtidos através da solicitação de medicamentos
especiais junto ao Sistema Único de Saúde (SUS), 41 (18%) por doação de outros pacientes
e 18 (8%) por custeio da própria unidade de diálise. Os principais problemas relatados
pelos nefrologistas para a realização de PTx foram dificuldades com exames pré-operatórios,
escassez de cirurgiões de cabeça e pescoço, e fila de espera longa. CONCLUSÕES: A prevalência de HPS grave é elevada em nosso meio. Parcela significativa de pacientes não tem
acesso ao tratamento cirúrgico. A organização do sistema de saúde pelos gestores públicos,
nefrologistas e cirurgiões de cabeça e pescoço parece ser um dos fatores mais importantes
para a resolução do problema.
Palavras Chaves: Paratireoidectomia, Hiperparatireoidismo secundário
27
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
RESUMOS - TEMAS LIVRES/APRESENTAÇÃO ORAL
DOENÇA RENAL CRÔNICA
A hiperleptinemia se associa à presença e severidade da
isquemia miocárdica em pacientes com doença renal crônica
não diálise-dependentes
Cordeiro AC1, Oliveira MAC1, Smanio P1, Amodeo C1, AMPARO FC1, Sousa AGMR1,
Lindholm B2, Carrero JJ2
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA1
KAROLINSKA INSTITUTE2
Introdução:Estudos experimentais sugerem que receptores da leptina se expressam nas artérias coronárias e que a hiperleptinemia se associa a disfunção endotelial coronariana. Contudo, não existem estudos clínicos avaliando a associação entre hiperleptinemia e isquemia
miocárdica (IM). Métodos: Realizamos um estudo de corte transversal que avaliou 118 pacientes (idade: 59 [52 – 67] anos; 80 homens) com doença renal crônica (DRC) estágios 3 – 5
não diálise-dependentes. A presença e a extensão da IM foi avaliada através de Cintilografia
Miocárdica de Perfusão com Tecnécio 99mTc-Sestamibi. Todas as cintilografias foram analisadas pelo mesmo profissional, blindado dos demais resultados. Resultados: Cinqüenta e cinco
pacientes (33 homens) tiveram evidências cintilográficas de isquemia miocárdica. A extensão
da IM se correlacionou positivamente com o índice de massa corporal (IMC) [Spearman rho =
0,25; P < 0,01], leptina plasmática (rho = 0,26; P < 0,01) e razão leptina / IMC (rho = 0,24;
P =0,01). Os pacientes foram divididos em três grupos de acordo com os achados cintilográficos: a) ausência de IM (n=63; 64% homens); b) IM < 10% da área cardíaca (n=28; 68%
homens); e c) IM ≥ 10% da área cardíaca (n=27; 78% homens). Entre os grupos, conforme a
IM se mostrava mais severa, observamos significativo incremento no IMC (27,8 ± 5,7 vs. 31,7
± 6,6 vs. 30,8 ± 5,6 Kg/m2, respectivamente a, b e c; P < 0,01), leptina plasmática (11,9 [4,0
– 25,4] vs. 19,1 [4,9 – 44,2] vs. 26,0 [10,2 – 42,0] ng/mL, respectivamente a, b e c; P = 0,02)
e razão leptina/IMC (0,40 [0,17 – 0,85] vs. 0,64 [0,18 – 1,15] vs. 0,74 [0,48 – 1,36], respectivamente a, b e c; P = 0,03). A razão leptina/IMC se associou à severidade da IM em análise
de regressão logística multinomial (pacientes sem IM selecionados como referência) tanto
univariada (RR 1,84 [IC 95% 0,94 – 3,63] e 2,01 [1,03 – 3,95]; respectivamente IM < 10%
e ≥ 10%), quanto após o ajuste para a idade, sexo, diabetes mellitus, clearance de creatinina
(urina de 24 horas) e inflamação [definida como proteína-C reativa > 10 mg/L] (RR 2,27
[95% CI 1,05 – 4,89] e 3,33 [1,46 – 7,62]; respectivamente IM < 10% e ≥ 10%). Conclusão:
A hiperleptinemia (representada por razão leptina/IMC aumentada) se associa à presença e à
severidade da isquemia miocárdica em pacientes com DRC não diálise-dependentes. Nossos
resultados reforçam a associação entre hiperleptinemia e risco cardiovascular em pacientes
com doença renal crônica.
Palavras Chaves: Leptina, Isquemia miocárdica
Alterações glomerulares e intersticiais no modelo de
nefropatia induzida por adenina: reversibilidade e efeito do
tratamento tardio com Losartan (L)
Okabe C,Malheiros DM,Machado FG,Costa SR,Fanelli C,Sena CR,Barlette
GP,Viana VL,Camara NOS,Zatz R,Fujihara CK
Universidade São Paulo, São Paulo
A DRC induzida pela administração de adenina (ADE) caracteriza-se por inflamação intersticial grave associada à obstrução tubular causada pelos cristais de 2,8-di-hidroxiadenina. No
presente estudo investigamos se: 1. a DRC progride após o término da administração de ADE;
2. o L é capaz de promover os mesmos efeitos benéficos observados em outros modelos de
DRC. Quinze ratos Munich-Wistar adultos machos receberam ADE na ração (1 semana na
concentração de 0,75%, seguida de 0,53% por mais 2 semanas). Duas semanas após a interrupção de ADE avaliamos a pressão sistólica caudal (PC, mmHg), albuminúria (ALB, mg/d),
creatinina sérica (Cr, mg/dL), volume glomerular (VG, 106mm3), % área luminal glomerular
(%Lum), densidade de macrófagos túbulo-intersticiais (MØ, células/mm2) e % de expansão
intersticial cortical (% INT). Cinco animais foram utilizados como controle pré-tratamento
(Grupo ADEpré). Os demais animais foram divididos em: ADE+V (sem tratamento) e ADE+L
(50 mg/kg/d) e acompanhados por 3 meses. Um Grupo Controle (C) da mesma idade foi
acompanhado durante o estudo. Média EP, a p<0.05 vs. C, b p<0.05 vs. ADEpré, c p<0.05
vs. ADE+V.
PC: C 136±1, ADEpré145±4, ADE+V 194±3ab, ADE+L 139±3c
ALB: C 5±1, ADEpré 4±1, ADE+V 14±1ab, ADE+L 4±1c
Cr: C 0.6±0.1, ADEpré1.4±0.1a, ADE+V 1.3±0.2a, ADE+L 1.2±0.1a
VG: C 0.96±0.1, ADEpré 0.58±0.1a, ADE+V 0.60±0.1a, ADE+L 0.54±0.1a
%Lum: C 28.6±1.9, ADEpré 27.8± 2.1, ADE+V 21.3±1.0ab, ADE+L 23.9±1.1
MØ: C 18±2, ADEpré 196±18a, ADE+V 179±33a, ADE+L 214±22a
%INT: C 1±1, ADEpré 29±1a , ADE+V 19±2ab, ADE+L 18±3ab
O Grupo ADEpré mostrou uma elevação acentuada na Cr, %INT e infiltrado de MØ. Apesar
28
da ausência de esclerose glomerular, o VG reduziu-se drasticamente. Ao final do estudo, os
animais do Grupo ADE+V apresentaram aumento na ALB e hipertensão, associadas a uma
hipotrofia glomerular, evidenciada pelo colapso parcial do lúmen glomerular (%Lum). Além
disso, observamos persistência do infiltrado macrofágico e regressão da expansão intersticial,
provavelmente devido a desobstrução tubular parcial, sugerida por uma correlação linear
significativa entre %INT e o número de cristais. L normalizou TCP e ALB, mas não teve efeito
benéfico sobre as anormalidades estruturais. Conclusões: 1. a expansão intersticial induzida
pela ADE é parcialmente reversível após o término da sua administração. 2. o tratamento
tardio com L tem pouco efeito renoprotetor nesse modelo de DRC.
Palavras Chaves: adenina, doença renal crônica
ASSOCIAÇÃO ENTRE A CAPACIDADE AERÓBICA, RIGIDEZ ARTERIAL
E PROTEÍNA C-REATIVA EM RENAIS CRÔNICOS EM TRATAMENTO
CONSERVADOR
FLÁVIO GOBBIS SHIRAISHI,VIVIANA RUGOLO OLIVEIRA E SILVA,FERNANDA STRINGUETTA
BELIK,LUIS CUADRADO MARTIN,RENATO S GONÇALVES,JOÃO CARLOS HUEB,ROBERTO
JORGE DA SILVA FRANCO
UNESP
Introdução:A doença renal crônica (DRC) está associada à maior rigidez arterial (RA) acarretando maior risco cardiovascular. O persistente estado inflamatório, comum na DRC, leva à
produção de muitas citocinas inflamatórias, dentre elas a Proteína C-reativa (PCR). O objetivo
deste estudo foi avaliar a associação entre capacidade aeróbica, RA e estado inflamatório
em pacientes com DRC em tratamento conservador. Métodos: Foram avaliados clinicamente
e laboratorialmente 26 pacientes com DRC em tratamento conservador (estágios de II a IV).
Para avaliação da capacidade aeróbica desses pacientes realizou-se teste ergométrico (protocolo de Bruce) e através dele foi estimado o consumo máximo de oxigênio (VO2máx). Com
o aparelho Sphygmocor foram avaliados como índices de RA: a velocidade da onda de pulso
(VOP), pressão arterial central (PAC), pressão de pulso (PP) e augmentation index (AIx). Por
ultrassonografia foi mensurada a espessura da camada íntima-média das carótidas direita e
esquerda. Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com a mediana do VO2máx, Grupo I (GI) formado por pacientes com valores abaixo da mediana e Grupo II (GII) com
valores acima da mediana. Para a comparação entre os grupos utilizou o teste “t” e os dados
foram apresentados como média ± desvio-padrão, com significância estatística de p≤0,05.
Resultados: A mediana do VO2max utilizada para a divisão dos grupos foi 24,7 ml/kg/min. O
GI apresentou valor médio de VO2máx de 21,2±3,2 ml/kg/min (n=13) e GII de 32,5±5,9 ml/
kg/min (n=13).A melhor capacidade aeróbica foi associada à menor PP (p=0,03), menores
valores de PCR (p=0,02) e maior concentração de hemoglobina sérica (p=0,04). Em modelo
de regressão múltipla o principal determinante do estado inflamatório nesses pacientes foi
o VO2max (p=0,01). Conclusões: A melhor capacidade aeróbica resultou em menor estado
inflamatório sistêmico, assim como menor RA em renais crônicos em tratamento conservador.
Conclusão que sugere que o treinamento físico regular pode trazer benefícios a longo prazo
sobre o sistema cardiovascular desses pacientes. FAPESP 2009/02060-5; 2010/11755-4.
Palavras Chaves: Insuficiência Renal Crônica
Níveis plasmáticos de acyl- grelina e sua relação com o Índice
de Massa Corporal nos pacientes em hemodiálise
Moraes C1, Barros AF1, Lobo JC2, Stockler-Pinto MB1, Mafra D1
1 - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE (UFF), NITERÓI-RJ
2 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (UFRJ), RIO DE JANEIRO-RJ
Introdução: A análise dos hormônios envolvidos na regulação do apetite e da composição
corporal em pacientes com doença renal crônica (DRC) tem sido foco de diversos estudos,
pois o wasting protéico- energético é um problema comum em tais pacientes e tem relação
com o aumento da morbi mortalidade desses pacientes. A acyl grelina, um hormônio orexígeno, apresenta um comportamento atípico nesta população e parece estar relacionada
com a composição corporal.Objetivos: Este estudo teve como objetivo analisar os níveis de
acyl- grelina e a sua relação com o índice de massa corporal (IMC) e a adiposidade em pacientes de hemodiálise (HD).Métodos: Foram estudados 36 pacientes de HD (61,1% homens,
média de idade 47,0 ± 12,0 anos, 59,7 ± 42,5 meses de HD). As amostras de sangue foram
coletadas em jejum antes de uma sessão regular de HD. Os níveis de acyl- grelina plasmática foram medidos através do método de teste imunoenzimático (ELISA, Enzyme Linked
Immunosorbent Assay, Human Acylated Ghrelin EIA, SpiBio®). Parâmetros nutricionais e de
apetite foram também avaliados e, as análises estatísticas foram realizadas através do SPSS
17.0.Resultados: Os pacientes apresentaram baixos níveis plasmáticos de acyl grelina (18,4
± 12,9 pg/mL) quando comparados aos valores encontrados em indivíduos saudáveis (63 ±
64pg/mL) e a acyl grelina se correlacionou negativamente como o IMC (r= -0,37; p= 0,03)
e com o índice de conicidade, um marcador de adiposidade (r= 0,40; p= 0,019). Do total da
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
amostra 55,6% eram obesos (IMC≥25,0kg/m2) e apresentaram níveis de acyl grelina mais
baixos (13,6 ±7,9pg/mL) quando comparados aos pacientes não obesos (IMC<25kg/m2)
(21,8 ± 14,8 pg/mL) (p<0,05). A média da ingestão calórica foi de 27,1 ± 11,9 kcal/kg/dia e
a ingestão de proteínas foi de 1,4 ± 0,9 g/Kg/dia.Conclusão: Os níveis de acyl grelina foram
maiores em pacientes mais magros e menores em pacientes obesos. Tais resultados parecem
indicar uma resistência da acyl grelina em pacientes de HD.
Palavras Chaves: acyl-grelina, hemodiálise
PAPEL DAS CÉLULAS-TRONCO DERIVADAS DO TECIDO ADIPOSO NA
PROGRESSÃO DA DOENÇA RENAL
DONIZETTI-OLIVEIRA C1, Burgos-Silva M1, Semedo P1, Cenedeze M2, Reis MA1,
Malheiros DMAC1, Pacheco-Silva A1, Camara NOS1
1 - Universidade Federal de São Paulo
2 - UFTM
Células-tronco são uma promissora terapia celular para doenças renais. Entre estas células
as derivadas do tecido-adiposo (CTAd) são bastante atraentes, uma vez que são facilmente
isoladas e têm propriedades semelhantes com as células-tronco oriundas da medula óssea,
com propriedades regenerativas, principalmente por ações parácrinas. Aqui analisamos o papel da CTAd na redução da progressão da fibrose renal e de forma inovadora, na reversão de
um processo cicatricial já instalado. As CTAd foram isoladas de camundongos C57Bl/6, e caracterizadas por citometria e diferenciação. Fibrose renal foi instaurada após clampeamento
unilateral do pedículo renal por 1h. Após 4h de reperfusão, 2.105 CTAd foram administradas
por via intraperitoneal e os animais foram acompanhados por 24 horas e 6 semanas. Em
outro grupo de experimentos, 2.105 CTAd foram administradas somente após 6 semanas
de reperfusão, e os animais foram sacrificados e estudados quatro semanas mais tarde.24
horas após a reperfusão, animais tratados com CTAd apresentaram reduzida disfunção renal
e tubular e aumento do processo regenerativo. Expressão renal de RNAm de IL-6 e TNF foi
diminuída nos animais tratados com CTAd, enquanto IL-4, IL-10 e HO-1 foram aumentadas,
apesar de CTAd não serem observadas nos rins através da análise de SRY. Como esperado,
em 6 semanas, os rins dos animais não tratados diminuíram, no entanto, os rins dos animais
tratados com CTAd permaneceram com o tamanho normal e apresentaram menor deposição
de colágeno tipo 1 e FSP-1. Proteção renal observada em animais tratados com CTAd foi
seguido por redução nos níveis séricos de TNF-α, KC, RANTES e IL-1a.Surpreendentemente,
o tratamento com CTAd após 6 semanas, quando os animais já apresentavam fibrose instalada, demonstrou uma melhora em parâmetros funcionais e menos fibrose analisado pela
coloração de Picrosirius, e redução da expressão de RNAm de colágeno tipo I e vimentina.
Concluímos então que terapia com CTAd pode deter a progressão da fibrose renal, pela
modulação da resposta inflamatória precoce, provavelmente através da redução da transição
epitelial-mesenquimal.
Palavras Chaves: Fibrose, Células-tronco
SCreening for Occult REnal Disease (SCORED) é uma ferramenta
útil para identificar indivíduos de alto risco para doença
renal crônica
COUTINHO, IHIILS1, Romão Jr, JE2, Castro, MCM2, Castro, JGD1, Coutinho, RMFB3
1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS, TOCANTINS
2 - HOSPITAL DA CLÍNICAS, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO
3 - SECRETARIA DE ESTADO SAÚDE DO TOCANTINS, TOCANTINS
Introdução: O impacto da doença renal na saúde é alta para os pacientes e para os serviços
de saúde em todo o mundo, e a triagem para doença renal crônica (DRC) tem sido cada vez
mais defendida. Estudos de base populacional referentes à prevalência da DRC na comunidade são limitados. Objetivos: Nós estudamos prospectivamente se a estratificação pelos
valores do SCORED registrados poderá ser útil para identificar indivídos que estão em alto
risco de ter doença renal crônica em uma amostra da população geral. Casuística e métodos:
A freqüência de indivíduos com alto risco para a DRC foi determinada utilizando um estudo
transversal de 873 indivíduos adultos em Palmas, Tocantins, Brasil, selecionados aleatoriamente através de um método estratificado por conglomerados. Idade, sexo e raça foram
semelhantes à população urbana de Palmas. Resultados: Um ritmo de filtração glomerular
estimado em <60 ml/min/1.73 m2 estava presente em 46 (5,3%) dos participantes estudados. O risco de ter doença renal crônica foi maior em mulheres que em homens, e aumentou
com a idade de 2,7% no grupo de 18-44 anos de idade para 19,0% naqueles com 65 anos
de idade ou mais. As freqüências da DRC nos estágios 3, 4 e 5 foram de 4,8%, 0,5% e 0%,
respectivamente. Os valores do SCORED incluíram 224 (25,7%) indivíduos com altos valores (≥ 4), e 649 (74,3%) indivíduos com baixos valores. Indivíduos com maiores valores na
pontuação do SCORED tiveram um risco significativamente maior de ter doença renal crônica
em comparação com aqueles que tinham menores valores pontuados (12,9% vs 2,6%, χ2 =
35,58, p <0,001). A sensibilidade para prever DRC por esse modelo foi de 63% e a especificidade foi de 76%, o valor preditivo positivo foi de 13%, enquanto o valor preditivo negativo
foi de 76%. Conclusão: Valores elevados do SCORED foram associados com um risco maior
de ter doença renal crônica em uma amostra da população geral. Esta ferramenta simples de
triagem foi uma ferramenta útil para identificar indivíduos de alto risco para DRC.
Palavras Chaves: doença renal crônica, rastreamento
29
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
RESUMOS - TEMAS LIVRES/APRESENTAÇÃO ORAL
FISIOPATOLOGIA RENAL / NEFROLOGIA EXPERIMENTAL (NEFRETICO)
AÇÃO DO PEPTÍDEO ATRIAL NATRIURÉTICO (ANP) NO EFEITO NÃOGENÔMICO DA ALDOSTERONA SOBRE O TROCADOR NA+/H+ DO TÚBULO
PROXIMAL RENAL
CAMUNDONGOS CÍSTICOS Pkd1cond/cond:Balcre DESENVOLVEM
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E EXPRESSÃO DE COMPONENTES
DO SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA NO EPITÉLIO DE CISTOS RENAIS
DEISE CARLA ALMEIDA LEITE DELLOVA,CELSO BRAGA SOBRINHO,MARGARIDA DE MELLO
AIRES
Leandro Souza2, Ana Paula Almeida Bastos1, Jonathan Mackowiak da Fonseca1,
Klaus Piontek3, Andressa Godoy Amaral1, Denise M. Malheiros1, Maria Cláudia
Irigoyen2, Terry Watnick3, Luiz Fernando Onuchic1
UNIVERSIDADE DE SãO PAULO, SÃO PAULO
Introdução: Estudos recentes realizados em nosso laboratório demonstraram que a aldosterona modula a atividade do trocador Na+/H+ no segmento S3 do túbulo proximal de ratos, por
um mecanismo não-genômico, que envolve alterações na concentração do cálcio intracelular
([Ca2+]i. Objetivo: Considerando que o peptídeo atrial natriurético (ANP) inibe a reabsorção
proximal de sódio, o objetivo deste trabalho foi estudar a influência do ANP sobre as ações
não-genômicas da aldosterona no túbulo proximal. Métodos: Os efeitos da aldosterona e do
ANP sobre a velocidade de recuperação do pH intracelular (pHirr), mediada pelo trocador
Na+/H+, e sobre a [Ca2+]i foram investigadas em segmentos S3 isolados do túbulo proximal
de ratos (Wistar, machos, 90g), durante superfusão com solução contendo 140mM de sódio e
utilizando-se as sondas intracelulares fluorescentes BCECF-AM e FLUO4-AM, respectivamente. Resultados: Na situação controle, após a acidificação celular com a técnica do pulso de
amônia, a pHirr foi de 0.195±0.012 unidades pH/min (n=16). A aldosterona [10-12M, com
2 min de pré-incubação (pi)] elevou a pHirr para 0.310±0.026 unidades pH/min (n=6) e a
aldosterona (10-6M, 2min pi) diminuiu a pHirr para 0.096±0.009 unidades pH/min (n=5),
p<0.001. O ANP (10-6M, 2 min pi) sozinho não alterou a pHirr, contudo aboliu os efeitos
estimulatório e inibitório da aldosterona sobre a pHirr. O valor médio da [Ca2+]i foi de 104±3
nM (n=15). A aldosterona (10-12 ou 10-6M, 2 min pi) elevou a [Ca2+]i para 156±9 nM
(n=5) e 233±9 nM (n=5), respectivamente, p<0.001. O ANP (10-6M, 2 min pi) diminuiu a
[Ca2+]i para 58±2 nM (n=10) e inibiu o efeito estimulatório de ambas as doses de aldosterona sobre [Ca2+]i, p<0.05. Conclusão: Os resultados confirmam o efeito bifásico e rápido
da aldosterona sobre o trocador Na+/H+ e sugerem que o ANP bloqueia este efeito, uma vez
que inibe a elevação da [Ca2+]i. A interação entre a aldosterona e o ANP pode representar
uma regulação rápida em situações de depleção ou expansão de volume.
Palavras Chaves: ANP, ALDOSTERONA
Análise comparativa da sublocalização celular e da atividade
promotora do gene da isoforma 3 do Trocador Na+/H+ (NHE3)
em condições de acidose metabólica e respiratória
Silva PHI,Neri EA,Rebouças NA
Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo, São Paulo
Introdução: Em estudos prévios, verificamos que a acidose metabólica provoca aumento na
expressão protéica do NHE3, bem como aumento na atividade promotora do gene e dos
níveis de RNAm. Porém, nenhum efeito ativador de expressão gênica foi observado na acidose respiratória. Objetivos: A acidose respiratória crônica causa aumento de reabsorção de
bicarbonato nos rins. Assim, nosso objetivo foi verificar se há alteração na expressão do
trocador presente especificamente na membrana apical de células de túbulos proximais na
acidose respiratória e metabólica crônicas. Além disso, identificar na sequência do promotor
do gene do NHE3 quais regiões são importantes para o aumento da atividade promotora
previamente observado na acidose metabólica. Métodos: Com o intuito de quantificar a proteína NHE3 presente em membranas apicais, células OKP submetidas à acidose metabólica
(diminuição da [HCO3-] do meio de cultura) e respiratória (aumento da pCO2 na câmara
de incubação de células) por 24 horas, foram expostas à biotina, que se ligava às proteínas
presentes na superfície celular. As células eram lisadas e incubadas com resina de streptavidin, que se ligava à biotina do complexo proteína-biotina. As proteínas eram liberadas do
complexo por aquecimento e submetidas a SDS-PAGE e immunoblot para NHE3. A análise
de atividade promotora era realizada por transfecção de sequências do promotor do gene
NHE3 inseridos em um plasmídeo que continha o gene repórter Firefly luciferase. Após a
transfecção, as células eram submetidas à acidose metabólica. As sequências transfectadas
eram -2095/+55, -889/+55, -467/+55 e -152/+55. Resultados: A acidose metabólica e a
respiratória aumentaram os níveis de proteínas NHE3 presentes na membrana celular em
107,4% e 36,2%, respectivamente. A acidose metabólica aumentou a atividade promotora dos segmentos -2095/+55 (27,1%), -889/+55 (17,9%), -467/+55 (46,6%), porém não
alterou a atividade do fragmento -152/+55, (alfa=0,05). Conclusões: A acidose respiratória,
apesar da ausência de aumento de expressão de proteínas NHE3 totais em células OKP,
causa deslocamento do trocador para as membranas apicais, o que provavelmente auxilia na
reabsorção de HCO3-. A acidose metabólica, além de aumentar a expressão total, aumenta a
quantidade de proteínas NHE3 presentes na membrana. Além disso, a sequência do promotor
do gene do NHE3 correspondente às posições de -466 a -153 é importante para a atividade
transcricional aumentada na acidose metabólica.
Palavras Chaves: Acidose, NHE3
30
1 - FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
2 - INSTITUTO DO CORAÇÃO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
3 - JOHNS HOPKINS UNIVERSITY
A doença renal policística autossômica dominante (DRPAD) constitui-se na doença renal monogênica mais frequente, com uma prevalência populacional de 1:400-1000. A hipertensão
arterial sistêmica (HAS) afeta 60% dos pacientes com esta enfermidade antes do declínio
da função renal. Atualmente se propõe que o sistema renina-angiotensina (SRA) tenha um
papel central na HAS associada à DRPAD e que esta ativação seja decorrente de isquemia em
áreas intra-renais determinada pela progressiva expansão cística. Neste estudo, camundongos císticos foram obtidos por meio da combinação de alelos floxed de Pkd1 com nestin Cre
(Pkd1cond/cond:Balcre). Estes camundongos císticos (CondCre) apresentam doença renal
cística sem queda da taxa de filtração glomerular (TFG) na idade de 10-13 semanas. Sua
pressão arterial média (PAM) foi maior que a de camundongos não-císticos controles negativos para Cre (Cre-) (150,3±3,9, n=6 vs 136,1±3,4mmHg, n=6; p<0,001). Animais CondCre
(n=9) apresentaram menor fração de excreção de Na+ (FENa) e K+ (FEK) que camundogos
Cre- (n=9) (0,60±0,05% vs 0,74±0,09%; p<0,002;e 19,9±3,9% vs 23,6±2,7%; p<0,02,
respectivamente). A creatinina sérica foi levemente menor em CondCres que em Cre-s
(0,326±0,027 vs 0,364±0,029mg/dL; p<0,05),enquanto a uréia sérica seguiu um padrão
oposto (57,1±3,2 em CondCres vs 54,0±2,7mg/dL em Cre-s; p<0,05). As concentrações
plasmáticas de renina e vasopressina e sérica de aldosterona não diferiram estatisticamente
entre CondCres e Cre-s, mas foram observadas tendências de níveis mais elevados de vasopressina e aldosterona em CondCres: 711,5±647,3 vs 263,0±373,4pg/mL para vasopressina
e 39,5±17,1 vs 30,5±18,9ng/dL para aldosterona. Ensaios imunoistoquímicos, por sua vez,
mostraram expressão da enzima conversora de angiotensina (ECA) e do receptor AT1 de
angiotensina II (AT1R) em epitélio cístico de camundongos CondCre. O desenvolvimento de
hipertensão nos camundongos CondCre é consistente com um papel fundamental dos cistos
renais no desenvolvimento de HAS em pacientes com DRPAD. As reduções de FENa e FEK em
animais CondCre, acompanhadas de um leve aumento da uréia sérica e de aumento da PAM,
sugerem que a expansão cística se siga de aumento na reabsorção tubular de solutos. Esses
achados apóiam a presença de áreas focais de compressão vascular e redução da perfusão
renal. A expressão de ECA e AT1R em epitélio cístico sugere que o desenvolvimento de cistos
renais se associe à ativação do SRA intra-renal.
Palavras Chaves: Hipertensão Arterial
angiotensina
Sistêmica, Sistema
renina-
Efeito da nicotina nas adaptações maternas sistêmicas e
intrarenais durante a gravidez
VANESSA MEIRA FERREIRA ,CLEVIA DOS SANTOS PASSOS, Mirian Aparecida Boim
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SãO PAULO
A gravidez normal é acompanhada por adaptações gestacionais que incluem vasodilatação
sistêmica e intrarenal com elevação no FPR (80%) e no RFG (50%). A exposição à nicotina
causa diversas alterações na função renal, incluindo a redução do RFG, do FPR e aumento
na resistência vascular renal. O transporte tubular de íons também é prejudicado. Os efeitos
da exposição pré-natal à nicotina sobre o desenvolvimento fetal são bem conhecidos, porém
poucos estudos são direcionados aos efeitos da nicotina sobre o organismo materno durante
a gestação, particularmente sobre o rim, onde os níveis de nicotina são bastante elevados.
Esse trabalho tem como objetivo avaliar as possíveis alterações sistêmicas e renais materna
causadas pela exposição à nicotina durante a gravidez. Ratas Wistar adultas foram divididas
em 6 grupos: virgens tratadas com salina (VS) ou nicotina durante 14 (VN14)ou 28 dias
(VN28), prenhes de 14 dias tratadas com salina (PS) ou nicotina durante 14 (PN14) ou 28
dias (PN28). O tratamento foi realizado através da implantação subcutânea de mini-bombas
de liberação lenta de nicotina. Foram avaliados parâmetros sistêmicos (pressão arterial, freqüência cardíaca), e renais (clearance de creatinina, diurese, excreção urinária de eletrólitos
e proteinúria). O nível de expressão dos principais transportadores tubulares de água e eletrólitos foi avaliado por PCR em tempo real. A nicotina reduziu a PAS em ratas virgens (9%),
porém não interferiu na hipotensão relativa característica da gravidez. Houve redução no clearance de creatinina (40%) e aumento da proteinúria no grupo PN28. Os níveis de expressão
dos transportadores Na/K/2Cl, Na/H e das aquaporinas 1 e 2 aumentaram durante a gravidez
e a nicotina causou uma redução em todos os transportadores avaliados, com exceção do
trocador Na/Cl. Essas alterações poderiam ser responsáveis pelo aumento na fração de excreção de Na+ observadas nas ratas prenhes tratadas com nicotina (PN28). Esses resultados
sugerem que a nicotina pode interferir nas adaptações maternas sistêmicas e intrarenais e
pode comprometer a evolução normal da gravidez.
Palavras Chaves: gravidez, nicotina
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
Efeito da Própolis Vermelha sobre a Progressão da Nefropatia
Experimental em Ratos submetidos à Ablação Renal de 5/6.
EFEITOS DO TRATAMENTO COM SILDENAFIL SOBRE A FUNÇÃO RENAL DE
CAMUNDONGOS HIPERCOLESTEROLÊMICOS
Tarcilo Machado da Silva, Francisco Pessoa da Cruz Júnior, Paulo André
Carvalho de Sousa, Henrique Oliveira Costa, Zenaldo Porfirio da Silva, Ana
Paula Fernandes Barbosa, Flavio Teles de Farias Filho
Carminati RZ, Carneiro SS, Freitas FPS, Balarini CM, Gava AL, Vasquez EC,
Meyrelles SS
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
Introdução: O modelo de ablação renal de 5/6 (Nx) é um dos mais utilizados para o estudo
dos mecanismos de progressão da nefropatia crônica. A inflamação e o estress oxidativo
fazem parte da fisiopatologia deste modelo. Recentemente foi demonstrado que a Própolis
Vermelha (PV) tem importante atividade anti-inflamatória e antioxidante, por ser rica em
compostos como os flavanóides. Objetivo: Avaliar o impacto da PV sobre a progressão da
nefropatia experimental no modelo Nx. Casuística:Utilizamos ratos Wistar machos com 8
semanas de vida. Os animais foram divididos em 4 grupos: controle (CN) 7 animais; controle
tratado com PV (CN + PV) 6 animais; Nx sem tratamento (Nx) 6 animais e Nx tratados com PV
(Nx + PV) 6 animais. Os animais tratados receberam a PV desde o primeiro dia pós operatório
por 12 semanas. Métodos:A ablação renal foi realizada através da retirada cirúrgica do rim
direito e de 2/3 da massa renal esquerda com bisturi elétrico. A progressão da nefropatia
foi avaliada pelas seguintes variáveis: proteinúria de 24h (Uprot) mensalmente, índice de
esclerose glomerular (IEG) e creatinina sérica (Cr) ao final do estudo. Demais variáveis estudadas: peso corpóreo (PC) duas vezes por semana, pressão caudal sistólica (PS) mensalmente
até o final do estudo. Os dados foram apresentados como média ± desvio padrão e foram
comparados através do teste ANOVA de um fator. Definiu-se como significância p < 0,05.
Resultados: Não houve diferença significativa entre os grupos em relação ao PC. O grupo Nx
apresentou um aumento significativo da Uprot em relação aos dois grupos controle (CN 30
± 2 mg/dL; CN + PV 28 ± 2 mg/dL; Nx 190 ± 10 mg/dL; p < 0,05). Ocorreu uma redução
significativa da Uprot no grupo Nx + PV em relação ao grupo Nx (Nx 190 ± 10 mg/dL; Nx +
PV 91 ± 8 mg/dL; p <0,05). O grupo Nx apresentou aumento significativo do IEG em relação
aos controles (CN 0,4 ± 0,5%; CN + PV 0,6 ± 0,8%; Nx 23 ± 14%; p < 0,05). Ocorreu uma
redução significativa do IEG no grupo Nx + PV em relação ao grupo Nx (Nx 23 ± 14 %; Nx
+ PV 9 ± 5,7%; p <0,05). Os animais ablados não cursaram com PS elevada (CN 123 ±5
mmHg; Nx 125 ±8 mmHg; Nx + PV 110 ±7 mmHg), o que era esperado para este modelo cirúrgico de ablação renal de 5/6. Não ocorreu diferença significativa no nível de Cr sérica entre
os grupos. Conclusões: A própolis vermelha apresentou efeito nefroprotetor caracterizado por
redução da proteinúria e do dano glomerular, neste modelo de nefropatia crônica.
Universidade Federal do Espírito Santo, ES
Introdução: Estudos recentes demonstram que a hipercolesterolemia e a disfunção endotelial, na qual há redução da biodisponibilidade de óxido nítrico (NO), são fatores de risco ao
desenvolvimento de doença renal, pois a escassez de NO acelera tanto o prejuízo glomerular
quanto tubular. Algumas drogas podem mimetizar uma maior disponibilidade de NO e, desta
maneira, prevenir o desenvolvimento de doença renal. O uso do sildenafil está em destaque
nesse panorama. Por se tratar de um inibidor seletivo da fosfodiesterase-5 (PDE5) evita a
degradação do GMPc, o principal segundo mensageiro do NO. Objetivo: Avaliar os efeitos
do sildenafil na função renal de animais hipercolesterolêmicos. Casuística e Métodos: Foram
utilizados camundongos C57 (n=9) e ApoE knockout, machos de 8 semanas de idade. Estes
receberam dieta hipercolesterolêmica durante 7 semanas e nas últimas 2, foram tratados por
gavagem com sildenafil (40 mg/Kg/dia, n=8) ou veículo (n=7). Ao final do tratamento, foram
alocados em gaiolas metabólicas por um período de 24 horas para coleta de urina e avaliação
de creatinina e proteinúria. Em seguida, foram anestesiados e tiveram o sangue coletado para
análises de uréia e creatinina plasmática. A filtração glomerular foi inferida através do cálculo
do clearance de creatinina. Para análise estatística foi utilizada análise de variância de 1 via
(ANOVA), seguida pelo teste post hoc de Fisher. As diferenças foram consideradas significantes quando *p<0,05 e **p<0,01. Resultados e Conclusões: A hipercolesterolemia promoveu
redução da filtração nos animais ApoE veículo (41,1±6,5**) e tratados (45,1±6,4**) quando
comparados aos controles (154,8±22,5). O tratamento com sildenafil foi eficiente na melhora
do parâmetro de uréia plasmática (ApoE tratado 51,1±4,5** vs. veículo) quando comparado
aos demais grupos (ApoE veículo 90,5±4,2; C57 76,4±3,9). A proteinúria, um marcador de
lesão glomerular, foi significativamente reduzida pelo tratamento (ApoE tratado 0,49±0,05*
vs. veículo; ApoE veículo 0,70±0,08; C57 0.55±0.06). Os dados obtidos indicam que houve
melhora na função renal de camundongos ApoE tratados com sildenafil quando comparados
aos animais não tratados. Esses resultados devem-se ao efeito inibidor do sildenafil sobre a
PDE5, mimetizando uma maior biodisponibilidade de NO.
Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, Fapes
Palavras Chaves: Hipercolesterolemia, Sildenafil
Palavras Chaves: Própolis Vermelha, Ablação renal 5/6
Efeito protetor da N-acetilcisteína (NAC) na função renal e
pulmonar de ratos idosos
Maria Heloisa Massola Shimizu,Ana Carolina de Bragança,Rildo Aparecido
Volpini,Talita Sanches Rojas,Daniele Canale,Lucia Andrade,Antonio Carlos
Seguro
Laboratório de Investigação Médica (LIM-12) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
USP
O estresse oxidativo aumenta com a idade e está associado com alterações da função renal
e pulmonar. Objetivo: avaliar os efeitos da N-acetilcisteína (NAC) nos transportadores de
sódio e água no rim e no pulmão de ratos idosos. Material e Métodos: Ratos machos Wistar
normais de 8 meses de idade passaram a receber (n=6) ou não (n=6) NAC (600 mg/L na
água de beber) e foram acompanhados por 16 meses. No fim do seguimento (com 2 anos
de idade) foram medidos o volume urinário, o clearance de inulina e a concentração sérica
de substâncias reativas com o ácido tiobarbitúrico (TBARS). Os tecidos renal e pulmonar
foram retirados para determinação por imunobloting das proteínas renais (NKCC2, ENaC
e Aquaporina- AQP2) e pulmonares (ENaC, NKCC1 e AQP5). Resultados: A ingestão média
de NAC foi de 24±2 mg/dia. Os animais tratados com NAC quando comparados aos não
tratados apresentaram maior clearance de inulina (0,46±0,04 vs. 0,31±0,01 ml/min/100g
PC, p<0,01), menor volume urinário (7,6±0,4 vs. 23,1±8,0 µml/L, p<0.05) e menor TBARS
plasmático (8,4±0,3 vs. 10,6±0,7 nmol/mL, p<0,01). As expressões de NKCC2 e AQP2 foram
significantemente maiores 69% e 42%, respectivamente, nos rins dos ratos idosos tratados
com NAC. A expressão do ENaC não foi diferente entre os 2 grupos. Nos ratos tratados com
NAC, as expressões do ENaC e AQP5 no pulmão foram respectivamente 32% e 30% maiores
do que nos ratos não tratados, enquanto que a expressão de NKCC1 foi 46% menor nos
animais tratados com NAC. Conclusões: O tratamento de ratos idosos com NAC por 16 meses,
melhorou a função renal e aumentou a expressão de NKCC2 e AQP2. Estes efeitos podem
aumentar a capacidade de concentração e diluição urinária em ratos idosos e consequentemente diminuir a incidência de estados de hipo ou hipernatremia nesta população. Além
disso, verificamos que a NAC influencia profundamente o transporte de sódio e água nas
células epiteliais alveolares e estes efeitos podem diminuir a incidência de edema pulmonar
na população idosa.
Auxílio FAPESP, projeto número 08/57243-4 e CNPq.
LONG-TERM AEROBIC EXERCISE BLUNTES BLOOD PRESSURE RESPONSIVENESS AND ENHANCES URINARY SODIUM EXCRETION IN SHR.
Vinícius Rodrigues Silva, Rafael Holanda, Silmara Ciampone, Ize Penhas de
Lima, Elizabeth Cristina Cambiucci, Flávia Fernandes Mesquita, José Antônio
Rocha Gontijo
UNICAMP - FACULDADE DE CIêNCIAS MéDICAS
Aims: Progressive exercise training should be considered a therapeutic choice in cardiovascular disease including hypertension. Since the long-term changes in renal sodium handling
are associated with SHR hypertensive development, we hypothesize that aerobic exercise
(plasma lactate levels smaller than 5.5 mmol/dL and increased citrate synthase activity)
may cause changes in urinary sodium excretion and blood pressure in conscious, trained
Okamoto-Aoki rats (SHRT). To test this hypothesis, we study the tubular sodium handling,
evaluated by lithium clearance, in conscious SHRT, compared with their appropriate sedentary
controls(SHRS). Methods: To evaluate the influence of exercise training on estimate renal
function we used creatinine and lithium clearance methods. The exercise training consisting
of graded swim-training exercises, with progressive increments of overload using weights
attached to the animals’ tails. Data was analyzed using ANOVA and Student t test. Results:
The current study demonstrated that increased blood pressure in SHR was blunted and significantly reduced by long-term swim training between the ages of 6-wks and 12-wks old from
systolic blood pressure averaged 150.6 ± 4.3 mmHg in SHRS to 126.2 ± 2.2 mmHg in SHRT
(P<0.05). Additionally, the investigation observed an increased fractional urinary sodium excretion in SHRT rats from 0.2 ± 0.07 to 0.8 ± 0.03% (P<0.001) compared to SHRS, despite a
unchanged creatinine clearance. This consistently increased FENa in SHRT was accompanied
by a significant enhancement in proximal and post-proximal sodium excretion (from 4.0 ± 0.9
to 2.3 ± 0.9 %, respectively (P<0.01).This enhanced fractional sodium excretion in long-term
trained SHR was followed by a significant increase in FEK from 0.2 ± 0.03 to 0.5 ± 0.02%
when compared with SHRS animals (P<0.009). Conclusion: The present study may indicate
that, in the kidney, long-term exercise exerts a modulating effect on tubular sodium excretion
with unchanged glomerular filtration rate. In fact, the present study indicates an association
of increasing natriuresis with the fall in blood pressure levels observed in SHRT, compared
with age-matched SHRS rats.
Research support by CAPES, CNPq and FAPESP
Palavras Chaves: AEROBIC EXERCISE, URINARY SODIUM EXCRETION
31
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
Papel dos agentes estimuladores da eritropoiese (ESA) na
meLhora da lesão renal aguda (LRA) induzida pela sepse
Sildenafil (Sil) reduz a poliúria no Diabetes Insipidus
Nefrogénico (DIN) induzido pelo Lítio (Li)
Rodrigues CE1,Volpini RA1,Shimizu MHM1,Sanches TR1, Souza ACCP1, Kuriki PS2,
Camara NOS2, Seguro AC1, Andrade L1
Sanches TR,Volpini RA,Shimizu MHM,de Bragança A,Oshiro-Monreal F,Seguro
AC,Andrade L
1 - FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
2 - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Disciplina de Nefrologia, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – SP
A sepse é um estado inflamatório sistêmico, sendo a principal causa de LRA em UTI. Durante
a sepse, a ativação de TLR4 em células renais estimula a via do NFkB, com produção de
citocinas e redução da atividade de eNOS. A via inflamatória na sepse leva a LRA induzindo
infiltração leucocitária intersticial e lesão tubular, e a produção de citocinas reduz a expressão
de AQP2 renal. A alfapoetina (EPO) é uma eritropoietina recombinante usada na anemia da
doença renal. O ativador contínuo do receptor de eritropoietina (CERA) é um ESA com longa
meia-vida. Pelo modelo de ligadura e punção do ceco (CLP), o papel dos ESA na LRA da sepse
foi avaliado. Cinco grupos de ratos Wistar foram estudados:(1)controle,(2)CLP,(3)CLP+CERA
profilático (CLP+CERA),(4)CLP+EPO profilática (CLP+EPO) e (5)CLP+EPO terapêutica (EPO
TTO). CERA (5ug/Kg IP) foi aplicado 24h antes da CLP. EPO profilática (4000U/Kg IP) foi
aplicada 24h e 1h antes da CLP. EPO terapêutica (4000U/Kg IP) foi aplicada 1h e 4h após
a CLP. Foram realizados clearance de inulina (Cin, mL/min/100g) e de creatinina (ClCr, mL/
min/100g), e medidas de pressão arterial (PAM). Em tecido renal avaliou-se a expressão de
NFkB, TLR4, eNOS, AQP2 e NKCC2 por Western blotting. Níveis de IL2, IL1b, IL6, IFNg e TNFa
em plasma foram dosados por Luminex. A presença de macrófagos em interstício renal foi
avaliada por imuno-histoquímica para CD68. Em 24 h, os ratos CLP tiveram redução significativa do ClCr em relação aos controles, sendo que os ESA preveniram a queda. O Cin também
foi menor no grupo CLP em relação ao controle, sendo que a EPO preveniu a queda. Este
efeito é persistente mesmo com a administração da EPO após a CLP. A ativação de TLR4 foi
prevenida com o CERA, assim como a expressão de NFkB. Houve redução em todas as citocinas medidas, além de redução na infiltração de macrófagos em rim, com o uso do CERA. O
grupo CLP teve menor expressão de eNOS em relação ao controle, sendo que a administração
de EPO preveniu essa queda. Quando L-NAME (10mg/Kg) foi administrado juntamente com
EPO, não houve proteção da função renal. O uso do CERA reverteu a redução das expressões
de AQP2 e NKCC2 em rim. Em 24h o uso do CERA não alterou a PAM dos animais em relação
ao CLP, mas em 48h o uso de EPO restaurou a queda de PAM encontrada em CLP. Após 5
semanas a PAM foi maior no grupo que recebeu EPO em relação ao controle. A renoproteção
dos ESA é dependente eNOS; e é mediada por TLR4 e pela resposta inflamatória relacionada
a essa via.
Palavras Chaves: lesão renal aguda, eritropoietina
Participação das células NKT em modelo experimental de
nefrite tubulointersticial induzida pela adenina
Cristhiane Favero de Aguiar1, Angela Castoldi1, Matheus Correa-Costa2, Tárcio
Teodoro Braga2, Marcos A. Cenedeze1, Niels Olsen Saraiva Câmara1,2, Alvaro
Pacheco e Silva Filho1
1 - UNIFESP
2 - USP
As doenças que afetam o compartimento túbulo-intersticial renal são numerosas e variadas.
A patogênese das doenças renais envolve a participação de vários elementos da resposta
imune. As células NKT constituem uma população distinta de linfócitos caracterizada pela reatividade a glicolipídeos apresentados pela molécula CD1d. O objetivo do nosso trabalho foi
analisar a participação das células NKT em modelo experimental de nefrite túbulo-intersticial
induzida pela ingestão excessiva de adenina. Materiais e métodos: Utilizamos camundongos
selvagens C57Bl/6 e camundongos nocaute (KO) Jα18 e CD1d de 8-10 semanas. A ração
contendo 0.25% de adenina foi oferecida aos animais durante 10 dias e os animais controle
receberam a dieta padrão. Os animais foram sacrificados no 10º dia após início da ração
de adenina e amostras de sangue e tecido renal foram coletadas. Uréia e creatinina foram
dosadas do soro coletado. Do tecido renal, extraímos RNA e sintetizamos cDNA para realização do PCR em tempo real para os genes IFN-γ, IL-6, IL-1β, TNF-α e KIM-1. Para análise
histológica e quantificação da fibrose intersticial, amostras de tecido renal foram processadas,
coradas com PicroSirius e visualizadas sob luz polarizada para quantificação do colágeno.
Resultados: Os níveis de uréia e creatinina aumentaram nos animais que receberam a ração
com adenina e esse aumento foi significativamente maior nos animais selvagens (WT) em
relação aos Jα18 KO. A expressão do RNA mensageiro dos genes IFN-γ, IL-6, IL-1β, TNF-α e
KIM-1 estava aumentada nos animais alimentados com a ração de adenina. Esse aumento foi
significativamente maior nos animais CD1d KO em relação aos WT para os genes IL-6 e KIM-1
e maior nos Jα18 KO em relação aos CD1d KO, para o gene TNF-α. No entanto observamos
um aumento significativo da fibrose nos animais Jα18 KO alimentados com adenina quando
comparados com os WT com a mesma ração. Conclusão: A ingestão elevada de adenina
induz lesão renal que pode ser verificada pelos níveis elevados de uréia e creatinina, desenvolvimento de fibrose intersticial e aumento na expressão de genes pró-inflamatórios. Além
disso, os animais nocaute apresentaram maior fibrose intersticial e aumento de expressão
de TNF-α, KIM-1 e IL-6, demonstrando que as células NKT podem ter um papel protetor na
nefrite túbulo-intersticial.
Palavras Chaves: Nefrite Tubulointersticial, NKT
32
Pacientes que usam Li podem apresentar poliúria e deficiência de concentração urinária, condição conhecida como DIN que pode vir acompanhado de excreção urinária de sódio aumentada. O Sil, um inibidor da fosfodiesterase 5 (PDE5) eleva os níveis de GMPc, levando a inserção de AQP2 por uma via independente de hormônio antidiurético (HAD). Nós investigamos
a ação do Sil no tratamento do DIN. Ratos Wistar foram divididos em 4 grupos que receberam
as seguintes dietas: controle – dieta normal; Li – dieta com Li (40mmol/kg) por 4 semanas;
Li+Sil - dieta com Li (40mmol/kg) por 4 semanas e Sil (200mg/kg) a partir da segunda semana; Sil – dieta normal por 1 semana e dieta com Sil (200mg/kg) a partir da segunda semana.
Foram realizadas dosagens bioquímicas; Clearance de inulina (Cin) e de água livre (CH2O);
western blotting e imunohistoquímica em tecido renal de proteínas transportadoras de sódio,
água e ureia; dosagem dos níveis de GMPc em suspensão de túbulos; medida da resistência
vascular renal (RVR). O grupo Li desenvolveu poliúria, diminuição da osmolalidade urinária,
aumento do CH20 e diminuição da expressão da AQP2 e UT-A1. O tratamento com Sil reverteu parcialmente estes distúrbios. Não houve diferença nos níveis séricos de Li e HAD entre os
grupos Li e Li+Sil. Não houve diferença no Cin entre os grupos. Observamos aumento da RVR
no grupo Li e houve normalização no grupo Li+Sil. Nesta linha, demonstramos diminuição da
expressão da eNOS em tecido renal no grupo Li e o Sil reestabeleceu a expressão no grupo
Li+Sil. Foi observado aumento da excreção urinária de sódio no grupo Li. A expressão das
proteínas NKCC2 e NHE3 apresentavam-se aumentadas no grupo Li, e o Sil não foi capaz de
normaliza-la. Não houve diferença na expressão das subunidades α e βENaC entre os grupos.
Já a expressão de γENaC estava diminuída no grupo Li, e o tratamento com Sil reverteu essa
diminuição. O grupo Li+Sil apresentou diminuição da excreção de sódio em relação ao grupo
Li. No estudo do mecanismo da ação do Sil no tratamento do DIN, observamos que a concentração de GMPc estava aumentada nos grupos Li+Sil e Sil em relação aos outros grupos.
O Sil aumentou a inserção de AQP2 em membrana plasmática, sem aumento significativo em
vesículas intracelulares. Observamos ainda uma provável ação do Sil no fator de transcrição
CREB, aumentando sua fosforilação. Concluímos assim que o tratamento com Sil pode ser
benéfico para pacientes que sofrem com DIN induzido pelo Li.
Palavras Chaves: Aquaporina 2,Lítio
TRANSPLANTE ALOGÊNICO E SINGÊNICO DE CÉLULAS-TRONCO
MESENQUIMAIS DERIVADAS DE TECIDO ADIPOSO REESTABELECE A
FUNÇÃO RENAL EM MODELO EXPERIMENTAL DE NEFROPATIA INDUZIDA
POR CISPLATINA
Almeida DC1, Bassi EJ2, Donizetti-Oliveira C1, Semedo P1, Burgos-Silva M1,
Cenedeze, MA1, Castoldi A1, Correa-Costa, M2, Moraes MR2, Pacheco-Silva
A1,Câmara NOS1,2
1 - Laboratório de Imunologia Clínica e Experimental, Departamento de Medicina -Nefrologia,
Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, São Paulo, Brasil
2 - Laboratório de Imunologia de transplantes, Departamento de Imunologia, Universidade de
São Paulo - USP, São Paulo, Brasil
Atualmente as doenças renais apresentam-se como uma problemática crescente de saúde
publica e atinge milhares de pessoas ao redor do mundo. Neste sentido, o uso de célulastronco mesenquimais constitui uma estratégia inovadora e acessível para tratamento de
diversas nefropatias principalmente devido a sua ação trófica envolvidas com os mecanismos de imunorregulação, ação anti-fibrótica, indutora da proliferação de células endógenas,
anti-apoptótica, e pró-angiogênica. O objetivo central desse estudo foi avaliar o potencial
terapêutico das células-tronco mesenquimais de tecido adiposo (CTMs-TA) em modelo experimental de nefropatia induzida por cisplatina sob duas condições diferentes: transplante
alogênico e singênico. Inicialmente nós realizamos uma curva dose resposta para diferentes
concentrações de cisplatina (10, 12,5, 15 e 20 mg/kg) e avaliamos parâmetros fisiológicos
para o estabelecimento da melhor dose. Em seguida, as CTMs-TA foram caracterizadas in
vitro para três aspectos: morfológico fenotípico e funcional. Por meio de uma analise crítica
de diversos parâmetros como: peso, score clinico, níveis de creatinina, ureia, lactato, glicemia e índice de apoptose, foi escolhida a dose de 15 mg/kg como sendo a mais adequada
para o nosso modelo experimental. Como resultados prévios, as CTMs-TA mostraram uma
morfologia fibroblastóide com longas projeções citoplasmáticas, expressão de marcadores
típicos de célula-tronco mesenquimal (CD44, CD90, CD73 e CD105) e ausência de expressão
de marcadores hematopoéticos e endoteliais (CD45, CD11b, Cd11c, CD34, CD31), além de
potencial para diferenciação em adipócito e osteõcito in vitro. Terapeuticamente o tratamento
com CTMs-TA (1x106 células) independente da origem (singênico ou alogênico) demonstrou
melhora clinica e funcional nos animais transplantados como: menos perda de peso (≈6g vs
2g), melhora do score clínico, diminuição dos níveis sérico de creatinina (≈1,8 vs 1,0 mg/dL) e
ureia (≈300 vs 100 mg/dL), redução no índice de lactato sanguíneo (5 vs 3 mmol/L) e menor
relação proteinúria/creatinúria. Em conclusão, esse trabalho demonstra que o uso de CTMsTA tanto alogênico como singênico pode ser uma opção segura e eficaz para o tratamento
da insuficiência renal aguda induzida por cisplatina. Futuramente, nós esperamos demonstrar
o preciso mecanismo por traz desse processo terapêutico, facilitando a tradução mais rápida
para o uso dessas células na prática clínica.
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
Undernutrition Fetal Programming: Effects on Kidney
Morphology, Renal Steroid and Angiotensin Receptors
Expression and Urinary Sodium Excretion
UNNOURISHED BABIES HAVE MORE CHANCE TO HAVE CHRONIC KIDNEY
DISEASE AT THE ADULT AGE
PATRICIA ALINE BOER1, JOSÉ ANTONIO ROCHA GONTIJO2, FLAVIA FERNANDES MESQUITA2,
BARBARA VACCARI1
1 - UNICAMP - FACULDADE DE CIêNCIAS MéDICAS
2 - UNESP- INSTITUTO DE BIOCIENCIAS DE BOTUCATU
1 - UNESP-INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS DE BOTUCATU
2 - UNICAMP - FACULDADE DE CIêNCIAS MéDICAS
The “fetal programming” hypothesis suggests adaptations occurring during the fetal life may
have long-term consequences causing cardiovascular, renal and metabolic disorders in adult
life. Low birth weight (LBW) rats has been related to have a reduced number of nephrons. Our
hypothesis is that a reduction in nephron number in LBW is associated with compensatory
glomerular hypertrophy, podocytes injury and an increased susceptibility to renal disease progression. Female Wistar rats were fed with normal (NP) or low protein (LP) diet during all the
gestation. Only male pups were used. Arterial pressure was measured from the 6th to 16th
wk every two weeks by tail cuff method. At the end of measurement, the urine was collected
to creatinine and albumin tests. Kidneys were collected and processed for each experiment:
electronic microscopy – scanning (SEM) and transmission (TEM), stereology, western blotting
(WB) and immunohystochemistry against nephrin. After 12th week, the arterial pressure was
higher in LP rats (p<0.01). Fractional urinary sodium excretion (FENa) was significantly lower
in LP rats, when compared with the NP intake age-matched group (LP 0.32 ±0.012 % vs.
NP: 0.48 ± 0.087%, P<0.05). The decreased FENa in LP rats was accompanied by decreased proximal sodium excretion (FEPNa) (P<0.05). The GFR did not significantly differ among
the groups. The albuminury test showed that LP rats have a significant proteinury at 16th
week-age. The SEM micrographs of glomeruli showed that LP rat glomerulus has an intensive
cohesive arrangement and bulbous and crushed podocytes with irregular surface of cell body
with enlarged processes, pseudocists formation, width and club-shaped pedicels and reduced
number of filtration slits. TEM confirmed these results and showed electron-dense clumps of
amorphous bodies in the citosol of podocytes prolongaments. The LP kidney has 27% less
glomeruli than NP. WB showed a lower nephrin expression in LP. Nephrin immunolocalization
showed a disrupted visceral epithelium in kidneys of LP rats. These results show a possible
mechanism through the protein maternal undernutrition is linked to CKD in adult age. The
compensatory glomerular hypertrophy leads to podocyte damage, a diminished number of
cells in the visceral epithelium and lost of glomerular barrier function. All these factors put
together may generate the CKD. Our study shows for the first time a possible way that links
LBW with CKD. Grants: FAPESP
Aims: The present study investigates, in adult male rats, the effect of food restriction in utero
on arterial blood pressure changes (AP), and its possible association with the number of
nephrons, renal function and angiotensin II (AT1R/AT2R) and glucocorticoid (GR) receptors
expression. Methods: The daily food supply to pregnant rats was measured and one group
(n=5) received normal quantity of food (NF) while the other group received 50% of that
(FR50) (n=5). The birth weight (BW) of offspring was evaluated and the AP was measured
weekly, since six-week-old. At 16th week of life, the renal function was estimate by creatinine
and lithium clearances. Blood and urine samples were collected to biochemical determination
of creatinine, sodium, potassium and lithium. Fractionator’s method was used to estimate
glomeruli number in histological slices. Kidneys were also processed to AT1, AT2 and GR
immunolocalization and for western blotting analysis. Results: FR50 offspring shows a significant reduction in BW (FR59: 5.67 ± 0.16 vs.6.84 ± 0.13g in NF, P<0.001) and increased AP
from 6th to 12nd week (6thwk FR50: 149.1 ± 3.4 vs. 125.1 ± 3.2mmHg in NF, P<0.001 and,
12ndwk FR50: 164.4 ±4.9 vs. 144.0 ±3.3 mmHg in NF, P=0.02). By stereological analyses,
FR50 offspring present a reduction of nephron numbers per kidney (47%, P=0.007) with
unchanged renal volume when compared with NF group. Expression of AT1 and AT2 were
significantly decreased in FR50 (AT1, 59080 ± 2709 vs. 77000 ± 3591 in NF, P=0.05; AT2,
27500 ± 955 vs. 67870 ± 1509 in NF, P=0.001) while the expression of GR increased in
FR50 (36090 ± 781.5 vs. 4446 ± 364.5 in NF, P=0.0007).We also verified a pronounced
decrease in fractional urinary sodium excretion in FR50 offspring (0.03±0.02 vs. 0.06±0.04
in NF, p=0.03). This occurred despite unchanged creatinine clearance. Conclusion: The study
led us to suggest that fetal undernutrition, with increased fetal exposure to maternal corticosteroids, program to persistent renal glucocorticoid receptor upregulation in adulthood life.
That effect may be related to development of hypertension in progenies. Additionally, the
reduction in nephron number and downregulation of the angiotensin II receptors may result
in lack of ability of renal tubules water and salt handling, which in turn may also contribute
to hypertension establishment.
FLAVIA FERNANDES MESQUITA1, JOSE ANTONIO ROCHA GONTIJO1, PATRICIA ALINE BOER2
Palavras Chaves: CHRONIC KIDNEY DISEASE,FETAL PROGRAMMING
Palavras Chaves: ANGIOTENSIN, KIDNEY MORPHOLOGY
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Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
RESUMOS - TEMAS LIVRES/APRESENTAÇÃO ORAL
GLOMERULOPATIAS
Amiloidose Renal: Casuística do Hospital das Clínicas –
Faculdade de Medicina de São Paulo, entre 1999-2009
GLICOSAMINOGLICANOS E NEFROPATIA DIABÉTICA: ESTUDO EM
MODELO ANIMAL
FERNANDO SALES, Irene Faria Duayer, Raquel de Melo Silva, Daniela Loss Mattedi,
Caroline Puliti Hermida Reigada, Lecticia Barbosa Jorge, Rui Toledo Barros,
Viktoria Woronik
MAURILO LEITE JR., CONRADO LIZANDRO GOMES,CRISTINA LOUREIRO, CAROLINA
VENTUROTTI, ANDRÉ LUIS BARREIRA, CHRISTINA MAEDA TAKIYA, ALVIMAR GONÇALVES
DELGADO
HOSPITAL DAS CLíNICAS - FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SãO PAULO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Introdução: A amiloidose é uma doença caracterizada pela deposição de proteínas autólogas de maneira localizada ou sistêmica. O rim é acometido em várias formas de amiloidose, levando freqüentemente a insuficiência deste órgão. Objetivos: O objetivo do estudo
foi avaliar a apresentação e evolução de pacientes com acometimento renal na amiloidose
que foram biopsiados em nosso serviço no período de 1999 a 2009. Métodos: Foi realizado
um estudo retrospectivo, com análise de dados clínicos e laboratoriais de 24 pacientes com
diagnóstico de amiloidose renal firmado por biópsia. Resultados: A idade ao diagnóstico foi
em média de 50,5 anos (±13,8) e 54% (13) eram do sexo masculino. A creatinina média no
início do acompanhamento dos pacientes era de 1,92 mg/dl (±3,46). Proteinúria nefrótica
foi observado em 79% dos pacientes, com quantificação em urina de 24 horas de 7,14 g
(±4,46) e albumina de 2,04 (±0,95). O nível de hemoglobina foi de 12 (±2,2); 63% dos
pacientes apresentavam pico monoclonal de proteínas na eletroforese sérica, com 6 apresentando pico em fração gama. Dos 10 pacientes submetidos a mielograma, 30% apresentaram
mais de 10% de plasmócitos em medula óssea, com diagnóstico de mieloma múltiplo em 4
pacientes. A média de seguimento dos 24 pacientes foi de 2,5 anos (±2,3). Esses pacientes
foram avaliados quanto aos seguintes desfechos: duplicação de creatinina, necessidade de
diálise e/ou óbito. 9 pacientes evoluíram com óbito, 11 apresentaram duplicação dos níveis
de creatinina no tempo médio de 14,6 meses (±10,2) e 1 paciente evoluiu com necessidade
de terapia renal substitutiva por doença renal crônica estadio V.Os pacientes sobreviventes
apresentaram média de idade e de nível de creatinina ao diagnóstico de 45,7 (±14,3) e de
1,1 (±0,6), respectivamente, contra 51,8 (±13,8) e 4,6 (±7,3) entre os que evoluíram com
óbito. Conclusões: Destaca-se na casuística levantada o prognóstico reservado dos casos de
amiloidose renal, demonstrando a importância do reconhecimento e abordagem terapêutica
precoces dessa glomerupatia.
INTRODUÇÃO: A nefropatia diabética (ND) é uma das principais complicações do diabetes
mellitus (DM). A ND apresenta fisiopatologia multifatorial, sendo necessário o estudo de
novas opções terapêuticas para a sua prevenção e reversão. O presente estudo tem como
objetivo o uso de glicosaminoglicanos (GAGs) - condroitin sulfato fucosilado (CS) e heparina
de baixo peso molecular (HBPM) - na evolução da nefropatia experimental, uma vez que
uma das alterações estruturais encontradas é atenuação das cargas negativas na MBG, pela
degradação do heparan sulfato, gerando microalbuminúria e dano renal inicial. MATERIAIS
E MÉTODOS: O DM foi induzido em 15 ratos Wistar, entre 8 e 10 semanas de idade, através
de estreptozotocina (65mg/Kg) (STZ) via veia da causa. Ratos controle foram injetados com
o tampão. Oito semanas após, os ratos foram divididos em 4 grupos: 1) Controle; 2) DM sem
tratamento; 3) DM + CS, dose 8mg/Kg; 4) DM + HBPM, dose de 4 mg/Kg, administrados
pela via SC, diariamente por 6 semanas e após em dias alternados, por 6 semanas. Após 20
semanas, foi medida a pressão arterial (PA), pesados, anestesiados e perfundidos com sol.
salina. RESULTADOS: Ao longo do estudo, houve diferença significativa entre os níveis de glicose nos 3 grupos diabéticos (G2: 509,52 ± 40; G3:529,96±23,14 e G4:503,92±51,4 mg/dl;
p=0,97), comparado ao grupo controle (96,6±5,3; p=0,0014). Não houve diferença quanto
a PA sistólica final (G1: 107,8±17,05; G2: 129,7±19,11; G3: 117,7 ± 23,27 e G4: 118,5 ±
31,4 mmHg; P=0,247). Houve redução significativa da microalbuminúria ( G2: 16,38±4,3 x
G1:3,049±0,98; G3: 5,35±3,05; G4:5,06±3,07 mg/24hrs; p=0,0017). Observamos expansão da MM no grupo DM não tratado comparado aos grupos tratados (G2=14,19±3,01 x
G1=9,5±2,8; G3: 10,2±2,6 e G4: 8,19±2,5, em % da área mesangial; p <0,0001), e através
da IH, observamos aumento de macrofagos glomerulares no grupo diabético comparado aos
grupos controle e tratados (G2: 0.12 x G1:0,04, G3:0,05 e G4:0,05, em densidade/mm2,
P<0,001), confirmando a nefroproteção dos GAGs. CONCLUSÃO: GAGs administrados em
ratos diabéticos resultaram em diminuição da microalbuminúria, da expansão da matriz mesangial e da infiltração macrofágica. Tal fato não se explica pela redução da glicemia ou da
pressão arterial, uma vez que não houve diferença nesses aspectos entre os grupos.
Palavras Chaves: Amiloidose
Classificação Histológica das Glomerulonefrites Pauciimunes: Preditores de Prognóstico a Longo Prazo
Ramalho, JAM, Mattedi, DL, Sato, VAH, Caires, RA, Malheiros, DAMC, Jorge, LB,
Barros, RT, Woronik, V
Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo
Introdução: Ainda que a biópsia renal seja o método padrão ouro no diagnóstico das vasculites pauci-imunes, a classificação histológica das vasculites com o objetivo de definir prognóstico renal é tema controverso. Uma recente classificação histológica propõe quatro categorias
de lesões: focal, crescêntica, mista e esclerótica. Objetivo: Reclassificar as biopsias renais
do nosso serviço e avaliar o valor prognóstico desta classificação em categorias. Métodos:
Foram analisados 58 pacientes com diagnóstico histológico confirmado de glomerulonefrite
pauci-imune em nosso centro, no período de 2000 a 2010. Cinqüenta e um pacientes foram
excluídos da análise estatística (5 excluídos por dados incompletos e 1 pela biópsia pouco
representativa). O material histológico foi revisto e a seguir foi aplicada a nova classificação.
Testes qui-quadrado, ANOVA e regressão logística múltipla foram empregados na análise
estatística. A taxa de filtração glomerular (GFR) foi estimada pela equação simplificada do
MDRD. Resultados: Como características basais, os pacientes tinham média de idade de
45±20 anos, sendo 62,8% do sexo feminino. ANCA foi positivo em 37,3%, negativo em
43,1% e 19,6% não dispunham deste dado. O GFR médio ao diagnóstico foi de 19±24 ml/
min/1,73m². Vinte e três pacientes (53%) apresentaram lesões escleróticas, 17 (33%) mistas,
9 (17%) crescentes e 2 (4%) lesões focais. O GFR do diagnóstico foi melhor nas lesões focais
(110±41 ml/min/1,73m²) e pior nas lesões crescênticas (8,4 ±4,1 ml/min/1,73m²); este padrão se manteve após 12 meses (Focal n=2, com GFR de 129±67 ml/min/1,73m²; Crescêntica n=4, com GFR 25,8±6,8 ml/min/1,73m²). As categorias mista e esclerótica apresentaram
valores intermediários de GFR ao diagnóstico e após 12 meses. As categorias histológicas
tiveram correlação com a função renal ao diagnóstico (p=0,02), e mantiveram tendência a
esta correlação após 1 ano de seguimento (p=0,08). Não é possível analisar o impacto dos
subtipos no desfecho pelo pequeno número de pacientes em cada grupo. Regressão logística
mostrou que a classe histológica esclerótica foi associada ao pior desfecho após um ano
de seguimento, mesmo após ajuste pelo GFR basal (OR: 4,7, 95% IC 1,17-19,2, p=0,02).
Conclusão: Neste estudo, a classificação histológica nas vasculites teve correlação com a
função renal basal, e esteve associada à pior desfecho renal em um ano de seguimento,
independente do GFR basal.
Palavras Chaves: vasculite, histologia
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Palavras Chaves: GLICOSAMINOGLICANOS, NEFROPATIA DIABÉTICA
Infusão de células tronco mesenquimais em região
subcapsular renal promove renoproteção no modelo de
nefropatia induzido por puromicina
NORONHA IL,MALHEIROS DMAC,PIRES AG,RAMALHO RJ
Laboratório de Nefrologia Celular, Genética e Molecular – LIM 29, Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo, São Paulo
Alguns estudos têm demonstrado que as células tronco mesenquimais (CTm) tem efeito renoprotetor em modelos de insuficiência renal. Entretanto, o papel das CTm em modelos de
glomerulopatia permanece controverso. O objetivo do estudo é analisar o efeito da infusão
subcapsular renal de CTm em modelo experimental de nefropatia caracterizada por proteinúria induzida por puromicina (PAN). O modelo foi induzido com aplicações intraperitoneais
de PAN, associado à nefrectomia unilateral para agravar o processo de lesão glomerular.
As CTm foram isoladas da medula óssea de ratos Wistar, colocadas em cultura e caracterizadas por citometria de fluxo, diferenciação osteogênica e adipogênica. As CTm (2x105
cels) foram inseridas na região subcapsular renal dos animais. Estes foram divididos em três
grupos:Controle, PAN, PAN+CTm e seguidos por 60 dias. Os seguintes parâmetros foram
analisados: proteinúria(Prot24h), pressão caudal (PC), creatinina sérica(Scr), histologia, imunohistoquímica, microscopia eletrônica(ME) e RT-PCR. Houve melhora significativa da Prot24h com 30 e 60 dias no grupo PAN+CTm em relação ao grupo PAN (133,0±24,6mg/24h
vs 217,8±16,86mg/24h;p<0,05) e (44,3±13,76mg/24h vs 79,4±6,46mg/24h;p<0,05),
respectivamente. A infusão de CTm também diminuiu significativamente a PC analisada
aos 60 dias de seguimento no grupo PAN+CTm (143±6mmHg) em relação ao grupo PAN
(161±5mmHg;p<0,05). A Scr foi maior no grupo PAN, porém sem significância estatística.
Houve maior atividade proliferativa (PCNA) no grupo PAN+CTm (11,6±3cels/mm2) em relação ao grupo PAN (5,7±1cels/mm2;p<0,05). A área marcada com WT1 também foi significantemente maior no grupo PAN+CTm (2,06±0,1%) vs PAN (1,45±0,1%;p<0,05). Índice
de glomeruloesclerose, expansão intersticial, número de linfócitos, macrófagos e miofibroblastos, embora menores no grupo PAN+CTm, não apresentaram significância em relação
ao grupo PAN. A ME evidenciou área significativamente menor de fusões podocitárias no
grupo PAN+CTm (103,9±3,8nm) em relação ao grupo PAN (173,8±9,0nm;p<0,05). As CTm
aumentaram a expressão relativa de nefrina, podocina, sinaptopodina, podocalixina, WT1 e
VEGF no grupo PAN+CTm, embora sem significância quando comparado ao grupo PAN. Os
resultados no modelo PAN demonstraram que as CTm induziram proteção renal caracterizada
por diminuição da proteinúria e da pressão caudal, associado com maior atividade proliferativa, recuperação dos podócitos e melhora dos processos de fusão dos pedicelos.
Palavras Chaves: células tronco, glomerulopatias
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
O papel da glomérulo esclerose segmentar e focal na
progressão da Nefropatia da IgA
Liliany Pinhel Repizo, Elerson Costalonga, Lilian Pires de Freitas Carmo, Igor
Denizarde Marques, Daniela Loss Mattedi, Roberto Sávio Silva Santos, Denise
Maria Avancini Costa Malheiros, Lecticia Jorge, Rui Toledo Barros, Viktoria
Woronik
HOSPITAL DAS CLíNICAS - FMUSP
Introdução: Lesões morfologicamente idênticas a glomeruloesclerose segmentar e focal
(GESF) podem aparecer na Nefropatia da IgA (NIgA). O objetivo deste estudo foi avaliar
o papel da GESF na NIgA. Métodos: Foram analisadas biópsias renais unicêntricas de 165
pacientes com o diagnóstico de NIgA realizadas no período de 1999 a 2009. Destes foram
incluídos 57 pacientes que preenchiam os seguintes critérios de inclusão: idade maior do que
18 anos, bióspsias com pelo menos 8 glomérulos e tempo de seguimento de pelo menos dois
anos. As biopsias foram revisadas e classificadas pela classificação de Columbia de GESF no
contexto de NIgA. O desfecho primário foi redução do ritmo de filtração glomerular estimado
pela fórmula de MDRD simplificada (RFGe) e/ou progressão para hemodiálise. Os resultados
foram expressos em mediana e variação interquartil. Para análise estatística foram usados o
teste T , qui-quadrado e análise univariada. Resultados: Foi possível classificar 30 das 57 biópsias nos subtipos de GESF, nas seguintes categorias: 25 (83,3%) NOS, 4 (13,3%) tip lesions
e 1 (3,3%) forma colapsante. Nas demais bióspsias sem GESF, 8 (14%) apresentavam lesões
glomerulares não definidas como GESF e 19 casos (33,3%) não mostravam alterações na
microscopia óptica, com exceção de discreta expansão mesangial em algumas. As características encontradas no grupo sem GESF (grupo 1) e com GESF (grupo 2) foram respectivamente:
idade 33 anos (25-42) vs 33 anos (25-50); 15 (55,5%) vs 15 (56,6%) eram do sexo feminino;
o RFGe (ml/min) inicial foi 74 (50-91) vs 34,5 (25,5-64,7); proteinúria (g/dia) 2,1 (0,8-4,4)
vs 2 (1-4); hipertensão em 11 (40,7%) vs 21 (70%) pacientes; tempo de seguimento foi 4,5
anos (3-6,1) vs 4,8 anos (3,2-7,4); presença de fibrose intersticial maior do que 25% em
pacientes 6 (22,2%) vs 18 pacientes (60%); presença de crescentes em 7 pacientes (25,9%)
vs 13 pacientes (43,3%); o RFGe (ml/min) ao final do seguimento foi 74 (53-100) vs 31,5
(16,7-63,2). O desfecho primário foi encontrado em 3 (11,1%) dos pacientes do grupo 1 e
em 10 (33,3%) do grupo 2. Na análise univariada, o grupo 2 mostrou uma tendência a menor sobrevida renal ao final do seguimento (p0,06; OR 4,0 IC 95% 0,9-16). Não foi possível
analisar o impacto dos subtipos de GESF na sobrevida renal devido ao pequeno número de
pacientes. Conclusão: Nossos resultados sugerem que a lesão histológica de GESF na NIgA
pode impactar negativamente na lesão renal destes pacientes.
Valor Preditor das Variantes Histológicas de GESF primária
ALINE LAZARA RESENDE, SILVIA MARIA TITAN, VINICIUS SARDAO COLARES, LEONARDO
TESTAGROSSA, DENISE M MALHEIROS, RUI TOLEDO BARROS, VIKTORIA WORONIK
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FM-USP)
Introdução: Acredita-se que as variantes histológicas de Glomerulosclerose Segmentar e Focal (GESF) definidas pela classificação de Columbia correspondam a patologias com etiologia, mecanismos fisiopatológicos e prognóstico diferentes.
Objetivo: O objetivo deste trabalho é analisar as características clínico-laboratoriais e o prognóstico renal das variantes histológicas de GESF. Métodos: Critérios de inclusão: diagnóstico
de GESF primária com biópsia renal realizada entre 1999-2009; tempo de seguimento > 4
meses; material disponível para reclassificação histológica de acordo com os critérios de Columbia. Dados clínicos e laboratoriais foram retrospectivamente coletados. A reclassificação
histológica foi realizada por patologistas que não tinham o conhecimento prévio da evolução
clínico-laboratorial dos pacientes estudados. A resposta inicial ao tratamento foi avaliada
após 16 semanas do diagnóstico. O desfecho primário foi definido como duplicação da creatinina ou necessidade de terapia renal substitutiva. Resultados: Dos 57 casos analisados,
23 (40,3%) correspondiam a formas colapsante ou celular (COL-CEL), 23 (40,3%) foram
classificadas como variantes perihilar ou not otherwise specified (PHI-NOS) e 11 (19,4%)
como variante TIP (TIP). As variáveis clínicas e laboratoriais basais foram semelhantes nos
grupos histológicos estudados. O grau de fibrose intersticial foi significativamente superior
nas variantes COL-CEL, e inferior na variante TIP (p=0,01). As taxas de não resposta ao
tratamento inicial foram: 76,2% no grupo COL-CEL, 36,4% no grupo PHI-NOS e 0% na
variante TIP (p < 0,0001). O desfecho primário ocorreu em 68,4% dos pacientes do grupo
COL-CEL, 31,6% dos casos de PHI-NOS e 0% dos casos da variante TIP (p = 0,003). Modelos
de regressão de Cox demonstraram que o grupo COL-CEL está significativamente relacionado
a um pior prognóstico renal (OR 3,81; IC 95% 1,44-10,04; p = 0,01), mesmo após ajustes
para idade e fibrose renal. As curvas de Kaplan-Meier confirmaram estes achados. Conclusão:
A classificação histológica de Columbia foi um fator preditor independente de prognóstico
renal na GESF primária.
Palavras Chaves: glomerulosclerose
histológicas
segmentar
e
focal,variantes
Palavras Chaves: GESF, Nefropatia da IgA
35
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
RESUMOS - TEMAS LIVRES/APRESENTAÇÃO ORAL
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Doença
renovascular
angioplastar?
aterosclerótica:
quando
VANESSA DOS SANTOS SILVA,Rodrigo Hagemann,Luis Cuadrado Martin,Roberto
Jorge da Silva Franco,Edson Bregagnollo,Fábio Cradoso Carvalho
Faculdade de medicina de Botucatu - UNESP
Introdução: A doença renovascular aterosclerótica (DRA)apresenta prevalência crescente e
o papel da angioplastia é controverso. É necessário identificar subgrupos que se beneficiem
desta terapêutica. Estudo observacional não controlado e com número reduzido de pacientes
mostrou benéfico desta terapêutica nos pacientes com declínio progressivo da função renal.
Objetivo: Avaliar o efeito da angioplastia renal em pacientes com declínio progressivo da
função renal em estudo observacional longitudinal controlado, não randomizado. Material
e métodos: Foram incluídos portadores de estenose superior a 60 % do diâmetro do vaso
confirmada por angiografia e excluídos pacientes que não tinham pelo menos cinco dosagens
de creatinina antes do procedimento e cinco após, ou pacientes submetidos a mais de uma
angioplastia. Foi calculado o “slope” do inverso da creatinina antes da angiografia renal e
após a angioplastia para os pacientes aangioplastados e após a angiografia para os grupos
controle. Os pacientes foram divididos em quatro grupos: gA1: grupo angioplastia com slope
da creatinina negativo prévio à angiografia; gA2 grupo angioplastia com slope da creatinina
prévio à angiografia maior ou igual a zero; gNA1: grupo que não foi realizada angioplastia
com slope da creatinina negativo prévio à angiografia; gNA2: grupo que não foi realizada
angioplastia com slope da creatinina prévio à angiografia maior ou igual a zero. Os grupos foram comparados quanto a suas características clínicas, bem como quanto ao slope do inverso
da creatinina após o procedimento angioplastia ou simples angiografia renal. Resultados. 54
pacientes foram incluídos. Os quatro grupos apresentaram características clínicas semelhantes. O inverso do slope da creatinina foi de -0,0142 no gA1 (n= 18) antes da angioplastia
e +0,0055mg/dl de creatinina -1/mês após (P <0,01pré vs pós), no gA2 (n= 10) o inverso
do slope da creatinina foi de 0,0181 antes da angioplastia e -0,0001mg/dl de creatinina -1/
mês após (P =0,04). O inverso do slope da creatinina foi de -0,0243 no gNA1(n= 16) antes
da arteriografia e -0,0083mg/dl de creatinina -1/mês após (P =0,10 pré vs pós), no gNA2
(n= 8)o inverso do slope da creatinina foi de 0,0199 antes da angiografia e -0,0014mg/dl de
creatinina -1/mês após (P =0,02). Conclusão: A angioplastia renal associou-se a benefício
evidenciado pela inclinação do inverso da creatinina apenas nos pacientes que apresentavam
redução progressiva da função renal.
Palavras Chaves: renovascular, angioplastia
Poder discriminatório de características clínicas em predizer
estenose de artéria renal
PAULA DALSOGLIO GARCIA, Leandro Caetano Vilela Lemos, Vanessa dos Santos
Silva, Rodrigo Hagemann, Fábio Cardoso de Carvalho, Edson Antonio
Bregagnollo, Roberto Jorge da Silva Franco, Luis Cuadrado Martin
Faculdade de Medicina de Botucatu - Unesp
Introdução: apesar da importância da doença renovascular e das dificuldades envolvidas no
seu diagnóstico, há poucos estudos que validam as características clínicas como preditoras da
doença. Objetivo: avaliar o poder discriminatório de características clínicas em afastar o diagnóstico de estenose de artéria renal (EAR) em pacientes com indicação clínica de arteriografia
renal. Casuística e métodos: foram avaliados 122 pacientes no período de janeiro de 2004
a dezembro de 2008 submetidos à arteriografia renal. Verificou-se o poder discriminatório
de diversas características clínicas. Traçaram-se curvas ROC e o melhor ponto de corte foi
determinado para as variáveis com significância estatística. Da casuística apenas 52 pacientes
realizaram Doppler renal antes da arteriografia. Estas variáveis foram avaliadas isoladamente
e em combinação. Resultados: as curvas ROC da idade (área sobre a curva de 0,666 com IC
95%: 0,569 – 0,763; p = 0,002) e da taxa de filtração glomerular (TFG), avaliada pelo MDRD
(área sobre a curva de 0,731 com IC 95%: 0,641 – 0,821; p < 0,001), foram estatisticamente
significantes. O melhor ponto de corte para idade foi ≥ 55,5 anos e para a TFG de ≤ 71 ml/
min/1,73m2. Entre os 24 pacientes que apresentavam idade ≤ 55,5 anos e TFG ≥ 71 ml/
min/1,73m2, apenas dois (8,3%) tinham EAR significativa à arteriografia. Em contrapartida,
quando presentes idade ≥ 55,5 anos (16 pacientes), TFG ≤ 71 ml/min/1,73m2 (17 pacientes)
ou as duas características associadas (65 pacientes), a freqüência de EAR significativa foi de
18,7%, 52,9% e 63,1%, respectivamente. O Doppler isoladamente apresentou sensibilidade
de 75% e especificidade de 68%. Quando somadas as características clínicas (idade ≥ 55,5
anos e TFG ≥ 71 ml/min/1,73m2) e o doppler de artérias renais positivo obteve-se um valor
preditivo positivo (VPP) de 89% e, na ausência destas, um valor preditivo negativo (VPN) de
100%; quando avaliadas isoladamente, temos VPP de 63% e VPN de 74% para as características clínicas e 80% e 61%, respectivamente, quando avaliado apenas o Doppler renal.
Conclusão: quando estamos diante de uma população selecionada, com alto risco de EAR,
a combinação das características clínicas acima citadas e Doppler renal podem predizer de
maneira confiável a presença ou ausência de EAR.
36
Relação entre medidas de pressão arterial e mortalidade em
pacientes sob hemodiálise: uma análise retrospectiva de 3
anos
Natasha S S Santos1, Daniela C vasconcellos1, Felipe H Burgos1, Brunno Augusto
J Costa1, Fernando Frattini2, FLAVIA SILVA REIS1,2
1 - Faculdade de Medicina de Jundiaí - Jundiaí-SP
2 - UNICOM - União Cooperativa Médica - Unidade Prudente, Jundiaí-SP
Introdução: O significado prognóstico da carga pressórica de exposição durante uma sessão de
hemodiálise ainda é alvo de investigação na literatura médica; a despeito da elevada prevalência da hipertensão arterial e do elevado risco cardiovascular de pacientes em terapia
renal, não há consenso quanto ao nível pressórico alvo a ser mantido durante uma sessão de
hemodiálise. Objetivos: O presente estudo teve o propósito de demonstrar a associação entre
a carga pressórica do período intradialítico e a mortalidade de pacientes submetidos à hemodiálise. Casuística e Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo, com tempo de observação
de 3 anos. Os prontuários médicos dos pacientes que estavam em programa de hemodiálise
em julho de 2007foram revisados para avaliação da carga pressórica dos períodos pré-diálise,
intradialítico e pós-diálise, utilizando-se os parâmetros de pressão sistólica, diastólica e de
pressão de pulso (PP); variáveis demográficas, clínicas e laboratoriais (albumina, hemoglobina, cálcio, fósforo, ferritina e PTH)foram revisadas. A medida de tendência da PP ao longo
de cada sessão de hemodiálise para cada paciente foi determinada por análise de regressão
linear simples em 12 sessões consecutivas de hemodiálise. A mudança foi dada pela inclinação da reta (slope) a cada 30 minutos de sessão, totalizando seis medidas intradialíticas por
sessão. O percentual de mudança foi obtido a partir da variação em relação ao intercepto da
curva de regressão. Foram analisados dados de internação hospitalar, transplante renal e óbito. Resultados e Conclusões: Dos 171 pacientes identificados em programa de hemodiálise
em julho de 2007, treze foram excluídos por tempo de terapia inferior a 3 meses e 6 pacientes
por idade acima de 80 anos, três por abandono e retorno à terapia renal em tempo variável,
em concordância aos critérios de inclusão e exclusão; cinco pacientes apresentaram dados
incompletos no prontuário. Um total de 144 pacientes foi incluído na análise. Foram recordadas 10368 medidas de pressão sanguinea registradas no período intradialítico. Pacientes
com percentual de mudança na PP acima de 15%, com inclinação positiva ou negativa da
reta de regressão apresentaram mortalidade de 22 a 23,7%; em contrapartida, pacientes
cujo percentual de mudança na PP variou entre -14 a +15% apresentaram uma mortalidade
de 17,8%; os resultados demonstram uma associação entre grandes variações na PP intradialítica e mortalidade em longo prazo.
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA
Avaliação da Mecânica Ventilatória de Pacientes com Lesão
Renal Aguda submetidos à Diálise Peritoneal Contínua ou a
Hemodiálise Diária
CIBELE TAÍS PUATO DE ALMEIDA,Ana Carolina dos Santos Demarchi,Daniela
Ponce,André Luis Balbi
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP
Introdução: Os efeitos sobre a função pulmonar de pacientes com Lesão Renal Aguda (LRA)
submetidos à Diálise Peritoneal Contínua (DPC) ou a Hemodiálise Diária (HD) são controversos, pois podem ocorrer alterações relacionadas à hipóxia, à retirada de líquidos e toxinas
urêmicas e, no caso da DPC, ao aumento da pressão intra-abdominal (PIA). Objetivo: Avaliar
a mecânica ventilatória de pacientes com LRA internados em Unidades de Terapia Intensiva
em ventilação mecânica invasiva (VMI), submetidos a DPC e HD e a PIA nos pacientes em
DPC. Métodos: Estudo prospectivo em que foram avaliadas complacência estática (Cest, expresso em mL/cmH2O) e resistência do sistema respiratório (Rsr, expresso em cmH2O/L/s) nos
Grupos HD e DPC e PIA (expresso em mmHg) naqueles em DPC . Os pacientes do Grupo DPC
foram avaliados nos momentos M0 (pré-diálise) e M1, M2 e M3 (após cada sessão de DP) e
do Grupo HD nos momentos M1, M3 e M5 (pré-diálise) e M2, M4 e M6 (pós-diálise). Análise
Estatística: Foi realizado o modelo de medidas repetidas usando Proc Mixed do SAS versão
9.2, ajustado por Tukey, para comparar as variáveis de Cest, Rsr e PIA no tempo. Nível de
significância de 5%. Resultados: Foram avaliados 48 pacientes em 96 sessões no Grupo HD.
70,8% deles realizaram HD Estendida e 29,2% HD Convencional. A idade foi 62 ± 15 anos, o
APACHE II foi de 24,4±5 e o ATN-ISS foi 0,66±13.A Rsr manteve-se constante (M1:11,4±6,8;
M2: 10,6±7,6; M3: 11,8±5,8; M4: 10,8±5,4; M5: 12,6±7,9 e M6: 11,3±4,5), enquanto a
Cest apresentou tendência a melhora (M1: 39,2±25,1; M2: 40,3±19,7; M3: 35,5± 21; M4:
40,7±19,2; M5: 36,9±16 e M6: 47,9±27,4). No grupo DPC foram avaliados 20 pacientes
em 44 sessões. A média de idade foi de 73,2± 11 anos, o APACHE II foi 24,1±4 e o ATNISS foi 0,64±23. A Rsr também foi constante (M0:10,5±5,5; M1:13±8,4; M2:11,7±5,8 e
M3:14,2±6,3), enquanto a Cest aumentou progressivamente (M0: 36±14,7; M1: 38,4±13,4;
M2: 40,6±13,5 e M3:53,4±21,9; p=0,02 M0 x M3). Não houve alteração nos valores da PIA
(M0: 8,3±4,4; M1:10,2±5,9; M2: 9±4,2 e M3: 8,2±4,9). Conclusão: Os dados sugerem que
pacientes com LRA em VMI submetidos à DPC ou a HD apresentam melhora da mecânica
ventilatória e que a DPC não altera a PIA.
Palavras Chaves: Lesão Renal Aguda,Mecânica Ventilatória
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
ESTUDO DO POTENCIAL REPARADOR E PREVENTIVO DAS CÉLULAS
TRONCO MESENQUIMAIS (CTM) DA MEDULA ÓSSEA NA LESÃO RENAL
AGUDA INDUZIDA PELA GENTAMICINA
REIS LA,CRHISTO JS, BORGES FT, SIMOES M de J, SCHOR N
Disciplina de Nefrologia, UNIFESP/EPM
A lesão renal aguda (LRA) é uma doença comum causada por várias etiologias incluindo algumas toxinas como a G. Tem sido demonstrado que as CTM poderiam participar no processo
de reparação celular como na LRA. O objetivo deste estudo foi avaliar se as CTM previnem ou
atenuam o dano renal causado pela G. Ratas Wistar receberam G (40mg/Kg/peso, i.p.) ou veículo (CTL) por 10, 11, 12, 15 ou 20 dias. Após 24, 48h ou 5, 20 dias, foram coletadas amostras
de sangue e urina 24 horas para análise da creatinina (Cr) e FENa. No 10º dia de tratamento
com G, as ratas receberam injeções de CTM i.v. na dose de (1X106). Para o grupo prevenção,
as ratas receberam CTM i.v. 24 horas antes (P-24h) ou após 10º dia (P+5d) de G. Ao final
dos experimentos, os rins foram utilizados para análise do HE, KI67, caspase 3 e cromossomo
Y. Foi observado que a Cr(1,9±0,07; 2,3±0,04; 2,7±0,03; 2,9±0,04; 3,4±0,08 vs. 0,5±0,03;
p<0,05) e FENa(1,5±0,04; 1,6±0,02; 1,7±0,02; 1,7±0,03; 2,1±0,04 vs. 0,6±0,02; p<0,05);
aumentaram em todos os tempos de tratamento com G quando comparadas ao CTL. Contudo, as ratas as CTMs apresentaram uma diminuição da Cr(1,0±0,04; 0,7±0,03; 0,6±0,01;
0,9±0,02 vs. 2,3±0,04; 2,7±0,03; 2,9±0,04; 3,4±0,08; p<0,05) e FENa(1,0±0,03; 0,7±0,01;
0,7±0,03; 1,0±0,01 vs. 1,6±0,02; 1,7±0,02; 1,7±0,03; 2,1±0,04; p<0,05) quando comparadas a G. Não houve diferença significativa na Cr(1,2±0,04; 1,8±0,03 vs. 1,9±0,07;
p<0,05) e FENa(1,2±0,01; 2,0±0,03 vs. 1,5±0,04; p<0,05) dos grupos P-24 e P+5 versus
G10d, respectivamente, sugerindo que necessita haver algum grau de lesão para que as CTM
se direcionem para o local. O grupo tratamento com G sozinho apresentou necrose tubular
aguda (NTA) e não marcou para o KI67. Notavelmente, os animais tratados com G+CTM
não apresentaram NTA, seguido de uma intensa marcação do KI67. Interessantemente, se
observou a presença do cromossomo Y nas ratas fêmeas tratadas com CTM de ratos machos,
sugerindo um mecanismo adicional como um efeito parácrino/endócrino nas células tubulares residentes. Este efeito sugere que a permanência das CTM no sítio da lesão, se deve a
persistência da agressão pela G. Esses resultados sugerem que as CTM podem minimizar a
lesão renal causada pela G neste modelo de nefrotoxicidade.
Palavras Chaves: celulas tronco mesenquimais,nefrotoxicidade
INDICAÇÕES E LIMITAÇÕES DA DIÁLISE PERITONEAL DE ALTO VOLUME
NA LESÃO RENAL AGUDA
DANIELA PONCE, Marina N Berbel, Milene Peron Pinto, André Luís Balbi
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU
A utilização da diálise peritoneal (DP) no tratamento de pacientes com lesão renal aguda
(LRA) tem sido menos freqüente e progressivamente substituída pelas terapias venovenosas
contínuas. Objetivos: Avaliar a efetividade da DP de alto volume (AV) como método de tratamento de pacientes com LRA em relação aos controles metabólico e volêmico e identificar
fatores de risco associados ao óbito. Metodologia: Estudo coorte prospectivo que avaliou a
evolução de 150 pacientes com LRA internados em hospital terciário de 01/2004 a 01/2011,
tratados por DPAV (Kt/V prescrito de 0,6 por sessão). Incluídos maiores de 18 anos, com
indicações clássicas de diálise e submetidos a pelo menos uma sessão de DPAV (24 h). Resultados apresentados como média±desvio padrão ou mediana e considerado significância estatística quando p<0,05. Para comparação evolutiva das variáveis foi realizado o modelo de
medidas repetidas usando proc mixed, ajustado por Tukey e para comparação entre 2 grupos,
teste t ou Mann-Whitney. A associação entre variáveis e presença de óbito foi avaliada pela
análise de Regressão Logística Longitudinal. Resultados: A média de idade foi 63,8±15,81
anos e 70% estavam internados em UTI. Sepse foi a etiologia da doença de base mais
frequente (54,7%).Os níveis de uréia e creatinina foram mantidos próximos de 100 e 4 mg/
dl, respectivamente, a partir da 4ª sessão. Houve elevação progressiva do pH e bicarbonato,
com normalização do estado ácido-básico após a 3ª sessão. A ultra-filtração (UF) aumentou
progressivamente, mantendo-se estável em torno de 1200 ml a partir da 4ª sessão, o mesmo
ocorrendo com o balanço nitrogenado (BN).O Kt/V semanal recebido foi 3,5±0,68, 23% dos
pacientes recuperaram a função renal, 6,6% permaneceram em diálise e 57,3 % foram a óbito.
Identificados como fatores de risco associados ao óbito a idade (OR=1,025,IC95%=1,0081,063,p=0,01) e a presença de sepse (OR=1,31,IC95%=1,16–1,75,p=0,02) e como fatores
de proteção o débito urinário (OR=0,98,IC95%=0,97-0,99,p=0,005), o número de sessões
(OR=0,88,IC95%=0,81-0,98,p=0,01), o aumento de 1g no BN e de 500 ml na UF a partir da
3ª sessão (OR=0,69,IC95%=0,54-0,91,p=0,001 e OR=0,91,IC95%=0,86-0,97,p=0,001,
respectivamente). Conclusão: DPAV é um método efetivo de tratamento para pacientes com
LRA, embora tenha limitações em pacientes sépticos ou hipervolêmicos, devendo ser suspensa em pacientes com UF inferior a 500 ml ou com BN negativo. Novos estudos devem ser
realizados sobre DP na LRA.
Palavras Chaves: Diálise peritoneal de alto volume,Lesão Renal Aguda
Papel dos Toll-Like Receptors 2 e 4 e da molécula adaptadora
MyD88 na Lesão Renal Aguda secundária a sepse
Castoldi A1, Braga TT2, Aguiar CF1, Corrêa-Costa M2, Silva RC1, Cenedeze MA1, Reis
MA3, Pacheco-Silva A1,4, Gonçalves GM2, Câmara NO2,5
1 - DISCIPLINA DE NEFROLOGIA - DEPARTAMENTO DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO,
SÃO PAULO
2 - DEPARTAMENTO DE IMUNOLOGIA, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO
3 - PATOLOGIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO, MINAS GERAIS
4 - IIEP, HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN
5 - DEPARTAMENTO DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, SÃO PAULO
Introdução: A sepse é considerada uma das principais causas de Lesão Renal Aguda (LRA)
em pacientes de UTI e tem como um dos principais agentes etiológicos a bactéria. Os TLR2
e TLR4 são importantes receptores da imunidade inata responsáveis pelo reconhecimento
de padrões moleculares associados a patógenos que quando ativados desencadeiam juntamente com a molécula adaptadora MyD88 uma cascata de sinalização que resulta na
expressão de citocinas pró-inflamatórias. Objetivo: Estudar a participação dos TLR2, TLR4
e da molécula adaptadora MyD88 na LRA induzida por sepse. Metodologia: Camundongos machos C57BL/6 e nocautes (KO) TLR2, TLR4 e MyD88 foram submetidos a sepse por
ligação e perfuração do cecum (CLP) com duas perfurações utilizando agulha 23G por um
período de 24 horas. Amostras de sangue e tecido renal foram coletados após 24 horas
para análises. Resultados: Após 24 horas, animais TLR2KO, TLR4KO e MyD88KO submetidos
a CLP apresentaram preservação da morfologia renal, com menores índices de NTA. Através
de imuno-histoquímica, observamos menos áreas de hipóxia, e apoptose de células tubulares nos camundongos KO quando comparados com os WT. Os camundongos KO também
mostraram-se protegidos do aumento da permeabilidade vascular renal. No entanto, quanto
à função renal avaliada através dos níveis de creatinina e uréia sérica, os animais TLR2KO
e TLR4KO apresentaram tendência de melhora (sem diferença estatística) enquanto que os
animais MyD88KO foram totalmente protegidos comparados ao WT (Uréia WT: 237.57 ±
28.9; MyD88 KO: 91.71± 4.9) (Creatinina WT: 1.86 ± 0.54; MyD88 KO: 0.44±0.02). Quando
avaliada a expressão gênica de mRNA de KIM-1 observamos proteção em todos os grupos de
KO. Também observamos menor expressão de RNAm de citocinas pró- inflamatórias (IL1-β,
TNF-α, IL-6, IL17 e KC), no rim dos camundongos nocautes comparados ao WT. Por citometria
de fluxo observamos menor infiltrado de neutrófilos no rim dos camundongos KO após CLP.
Ao depletarmos neutrófilos nos camundongos WT observamos uma significativa proteção da
função renal e diminuição significativa da expressão de citocinas pró-inflamatórias apósCLP.
Conclusão: Com isso concluímos que a imunidade inata participa da LRA induzida por sepse
polimicrobiana, desencadeando uma resposta mais branda nos animais TLR2KO, TLR4KO e
principalmente nos MyD88KO levando a uma diminuição da migração de neutrófilos para o
rim. Desta maneira estes receptores podem ser um bom alvo terapêutico para disfunção renal
secundária a sepse. Apoio Financeiro: CAPES, FAPESP 07/07139-3, CNPq. CEP 1047/09.
TERAPIA COM CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS NA LESÃO RENAL
AGUDA NEFROTÓXICA
Burgos-Silva M1, Oliveira CD1, Costa P1, Cenedeze MA1, Reis MA2, Malheiros DMAC1,
Pacheco-Silva A1, Semedo, P1, Câmara NOS1
1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, SÃO PAULO
2 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO, MINAS GERAIS
HOSPITAL ALBERT EINSTEIN, SÃO PAULO
INTRODUÇÃO: Lesão nefrotóxica é caracterizada por um processo inflamatório exacerbado
e necrose no tecido renal. Pesquisas demonstram que células-tronco mesenquimais (CTM)
possuem grande capacidade imunomoduladora e regenerativa sob diversas patologias. O
mecanismo de ação das CTMs em um ambiente nefrotóxico é ainda pouco conhecido. OBJETIVO: Analisar o efeito da terapia com CTMs em um modelo nefrotóxico, avaliando seu
potecial imunomodulador. CASUÍSTICA e MÉTODOS: Para indução de lesão renal aguda (LRA)
nefrotóxica, camundongos C57Bl/6 fêmeas de 8-10 semanas (n=5) receberam ácido fólico
(AF) por via intraperitoneal na dose de 200mg/kg de massa corpórea. CTMs da medula óssea de camundongos C57Bl/6 machos de 6 semanas foram expandidas em cultura (Meio
Mesencult-Stem Cell Technologies) e caracterizadas imunofenotipicamente para os marcadores de CTM e quanto ao potencial de diferenciação para adipócito e osteócito. Após 24h
da administração de AF, 5.105 CTM/animal foram administradas por via endovenosa. Após
48h da administração de AF foram coletadas amostras de soro para análises bioquímicas de
função renal. Também foram coletados os rins para análise histomorfológica e de moléculas
inflamatórias e de sobrevida celular por Real Time PCR, tais como TNF-α, IL-1βe IL-6 e indicadores de padrão apoptótico celular pela razão (Bcl-2/Bax). RESULTADOS: Os animais tratados com CTM tiveram uma queda significativa nos valores de creatinina sérica (Creatinina
AF 48h= 1,29±0,35 mg/dL vs. Creatinina AF 48h+CT = 0,96±0,38mg/dL, com p<0.05). A
mesma tendência foi observada para os níveis de uréia sérica (Uréia AF 48h= 119,53±30,84
mg/dL vs. Uréia AF 48h+CT = 76,67±27,14 mg/dL, com p<0.05). Ainda, houve diminuição
significativa na expressão de RNAm de citocinas pró-inflamatórias: TNF-a, IL-6, e IL-1b no rim
e maior tendência antiapoptótica, vista pela maior razão (Bcl-2/Bax) de expressão tecidual
para o grupo tratado com CTM em relação ao grupo não tratado com CTMs. Paralelamente,
a análise histomorfológica, feita em ensaio cego, também confirmou menor índice de necrose e maior índice de reparo tecidual para o grupo tratado com as células. CONCLUSÃO:
Células-tronco mesenquimais possuem grande potencial no tratamento da LRA, sendo esta
observada pela melhora funcional e histológica no modelo renal agudo. Essa melhora possivelmente decorre da redução do perfil inflamatório e apoptótico no rim. Apoio Financeiro:
CNPq (573815/2008-9) e FAPESP (07/07139-3). CEP:1664/08.
Palavras Chaves: Insuficiência Renal Aguda,Células-tronco Mesenquimais
37
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
The heme oxygenase-1 modulation of immune response in
ischemia and reperfusion
MARIANE TAMI AMANO1, MATHEUS CORRêA COSTA1, GABRIELA CAMPANHOLLE1, PATRICIA
SEMEDO2, ÁLVARO PACHECO E SILVA FILHO2, NIELS OLSEN SARAIVA CAMARA1
1 - Universidade de São Paulo
2 - Universidade Federal de São Paulo
Heme oxygenase (HO)-1 is an enzyme able to convert the molecule heme to biliverdin and
releasing other products such as carbon monoxide and free iron. This enzyme has been associated to renal function regulation and protection during inflammatory diseases. Ischemia
and reperfusion injury (IRI) is an acute inflammatory response considered to be the main
cause of acute renal injury in kidneys. T cells have been recently associated to have a role
in IRI. We investigated if mice treated with hemin, a HO-1 inducer, were protected from IRI
and the possible changes in dendritic cells (DC) and T cells in this model. We treated C57Bl/6
mice with 25 mg/kg of hemin 24h before surgery. We used sham treated and non-treated
control groups. One day after surgery, we collected renal lymph nodes and kidneys and we
analyzed cells and cytokines by FACS, quantitative PCR and bioplex. The renal function was
evaluated by urea and creatinine levels in the serum. After IR we observed that hemin treated
animals were protected from IRI presenting lower levels (85±12mg/dL) of urea comparing
to control (212 ±18mg/dL). The same difference was observed measuring the creatinine. The
hemin group presented two-fold the levels of HO-1 by real-time PCR, corroborating with the
idea that this enzyme is involved in renal protection in inflammatory insults. We checked the
phenotype of DC and T cells and we observed that DC from hemin treated group expressed
higher levels of CD86 and MHC class II then control group, but no difference was observed
in CD80 and CD40 levels. The population of activated T cells (CD4+CD69+) was increased
in hemin treated animals. Then, we measured the expression and levels of pro-inflammatory
cytokines as IL-12p40, IL-6 and IFN-g which were increased in the hemin group. On the other
hand we also have an increase in IL-10 cytokine in this group, which seems that it is not an
exacerbation of a pro-inflammatory response only, it is a general augmentation of immune
response, involving anti-inflammatory cytokines at the same time. Thus, we concluded that
hemin is involved in IRI protection, which is probably due to an increase of HO-1 expression.
However, the HO-1 seems to activate DC and T cells more than in non treated mice after IR,
providing a different environment that might have an influence in the protection of the injury.
Support: FAPESP and CNPq.
Palavras Chaves: isquemia e reperfusão
38
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
RESUMOS - TEMAS LIVRES/APRESENTAÇÃO ORAL
LIGAS
AVALIAÇÃO DE NÍVEIS PRESSÓRICOS (NP) E GLICEMIA CAPILAR (GC) EM
EVENTO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA CIDADE DE MARINGÁ -PR
DOENÇA RENAL CRÔNICA: RESULTADOS DE BUSCA ATIVA EM CENÁRIOS
DISTINTOS
Camila Fernandes Franco da Rocha, Ricardo Oyama, Paula Nishiyama,Arnold
Peter Paul Achermann, Carlos Alberto Alvares da Silva, Alan Pinheiro de
Almeida, Victor Gualda Galoro, Sergio Seiji Yamada
MARCOS ANTONIO MARTON FILHO, Edwa Bucuvic, Jacqueline Costa Teixeira
Caramori
Universidade Estadual de Maringá
Introdução: A prevalência de Doença Renal Crônica (DRC) em estágios precoces ainda é
desconhecida. Dados de 2009 mostram prevalência de 15,4% para diabetes e 39,5% para
hipertensão. No estagio V houve aumento do número de pacientes em diálise, que passou
de 42.695 em 2000 para 92.091 em 2010. Objetivos: Estabelecer o perfil de duas amostras
atendidas pela Liga do Rim e da Hipertensão Arterial de Botucatu, delinear comparações
entre elas e traçar estratégias para maior efetividade na busca ativa da Doença Renal Crônica.
Casuística e Métodos: Serão analisados dados colhidos em duas buscas ativas de DRC, uma
no ambiente de transito de acompanhantes e pacientes de um Hospital Universitário – HU
durante o Dia Mundial do Rim, com 103 participantes e outra em praça pública- PP, com
163 participantes. Em ambas realizamos testes de peso, altura, pressão arterial (PA) e hemoglicoteste. No HC dosamos também creatinina sérica. A análise caracterizou as amostras
segundo idade, peso, sexo e IMC. Estabelecemos comparações entre prevalências de diabetes,
hipertensão e proteinúria. Também analisamos os valores pressóricos e de glicemia no momento da campanha, independente do diagnóstico já estabelecido. A análise estatística foi
realizada com o teste z de hipóteses, comparados os parâmetros HGT, PAS e PAD nas duas
amostras. Resultados: Encontramos no HU 21,36% de diabéticos, 48,54% de hipertensos,
8% das amostras de urina com proteinúria. A média de PA foi de 137/83 mmHg e de IMC de
28,53. A TFG estimada foi menor que 90 ml/min/ em 26% dos avaliados. Na PP identificouse 11,98% de diabéticos, 41,92% de hipertensos e 8,33% das amostras com proteinúria. A
média de PA foi de 130/84 mmHg e de IMC de 27,16. A análise estatística mostrou diferença
significativa apenas para PAS (p=0,0149). Conclusões: O presente trabalho mostrou que o
local onde a busca ativa da DRC é realizada não interfere nos achados, com semelhante
prevalência dos fatores de risco. Os achados de proteinúria concordam com dados da literatura e representaram nas campanhas motivo isolado de encaminhamento para serviços de
referência. O IMC observado em ambas as amostras revela o sobrepeso, que sinaliza para o
risco de HAS e DM.
Introdução: A Hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o Diabetes Mellitus (DM) são os principais fatores de risco para a Insuficiência Renal Crônica. A análise dos níveis pressóricos
(NP) e da glicemia capilar (GC) na população permite identificar essas patologias e também,
avaliar a eficácia dos seus tratamentos. Objetivos: detectar pessoas com NP e GC elevados
em uma população aleatória. Casuística e Métodos: Fez-se o recolhimento dos dados em
29 de agosto de 2010, durante evento de extensão universitária realizado em Maringá- PR,
simultaneamente à maratona “Vanderlei Cordeiro de Lima- Pare de Fumar Correndo”. Foram
avaliadas 155 pessoas, sendo que, em 13, aferiu-se somente os NP, enquanto em 3, aferiu-se
apenas a CG. Previamente às aferições os participantes foram indagados sobre HAS e DM
prévios. As aferições de NP respeitaram um período de repouso maior que 30 minutos e
foram realizadas com o participante sentado. Foram realizadas 3 medidas, sendo calculada a
média das mesmas. Considerou-se elevados NP maiores que 139x89 mmHg e GC acima de
200mg/dL. Os participantes foram divididos em: a) Participantes que já sabiam ter HAS/DM,
sendo subdivididos conforme as medidas obtidas no evento em: 1 – Com NP/CG sob controle
e 2 - Sem controle de NP/CG. b) Participantes que não referiram HAS/DM prévios, sendo
subdivididos em: 1 – Sem alterações de NP/ CG e 2 – Com NP/CG elevados. Resultados: 22%
dos participantes (35) se referiram como previamente hipertensos e, 4% (6), como diabéticos.
1,3 % dos participantes (2) declaram-se hipertensos e diabéticos. Em 17% dos participantes
com HAS prévia (6), os NP encontraram-se elevados. Nos que não se definiram com HAS,
nenhum apresentou NP elevados. Em 83% dos pacientes previamente diabéticos (5), a CG
estava elevada. Nos que não se definiram com DM, 1,4% apresentaram GC elevada (2). Em
pacientes com HAS e DM, 100% (2) apresentaram CG elevada com NP normais. Em todos os
casos de NP e/ou CG elevados, os pacientes foram orientados a procurar atendimento médico
para investigação diagnóstica ou adequação do tratamento. Conclusão: A prevalência de HAS
na população avaliada foi de 22% destes 17% não controlavam adequadamente os NP. A
prevalência de DM foi de 4% desses a maioria não tinham sua GP controlada. Considerações
finais: A HAS e o DM são doenças silenciosas que necessitam de triagens populacionais para
diagnóstico precoce e devem ser acompanhados pelos profissionais de saúde para que sejam
tratadas adequadamente.
Características clínico-laboratoriais dos pacientes atendidos
pela Liga de Doença Renal Crônica (LDRC) da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo
Pinesi HT,Rodrigues KR,Sato VAH,Caires RA,Abensur H,Zatz R
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU,Hospital das Clínicas de Botucatu
Palavras Chaves: DRC,Prevenção
Presença das alterações no sedimento urinário e fatores de
risco para doença renal crônica em jovens participantes da
Campanha do Dia Mundial do Rim
Rebuski FB1,Cumay A1, Morales AG1, Costa CC1,Gregory C1, Rocha E1,Brisola FB1,
Reis FO1,Diotto F1, Falleiros L1, Oliveira MT1, Andrade R1, Hamamoto RHF1, SOEIRO
EMD2, PEREIRA BJ2
Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)
1 - LIGA DE NEFROLOGIA DA UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
2 - DISCIPLINA DO SISTEMA URINÁRIO DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
Introdução: A LDRC da FMUSP tem funcionado desde 2004, atendendo pacientes com DRC
em tratamento conservador. Com a recente adoção de um sistema de registro eletrônico,
tornou-se possível o acesso a um banco de dados contendo informações clínicas e laboratoriais dos pacientes atendidos nesta instituição, permitindo a rápida análise da evolução desses indivíduos e a coleta de dados para pesquisas. Objetivo: Caracterizar transversalmente a
população atendida pela LDRC e buscar variáveis que se associem à gravidade da DRC nesses
pacientes. Métodos: Foram coletados dados clínicos e laboratoriais da consulta mais recente
no período de abril de 2008 a dezembro de 2009. Foram considerados proteinúricos os pacientes com proteinúria > 0,5g/24h. Os resultados foram expressos como média±desvio padrão e analisados utilizando os testes t de Student e o de correlação de Pearson. Resultados:
sexo masculino: 70,3%; idade: 68±13 anos; IMC: 27,2±5,1 kg/m2; circunferência abdominal: 97,5±13,9 cm; pressão arterial sistólica (PAS): 132±21 mmHg e pressão arterial diastólica (PAD): 71±14 mmHg; creatinina: 3,0±2,3 mg/dl; ureia: 95,1±48,7 mg/dl; potássio (K+):
4,7±0,6 mmol/L; cálcio iônico (Cai): 5,0±0,3mg/dL; fósforo (Pi): 4,0±1,1mg/dl; hemoglobina
(Hb): 12,4±2,2 g/dl; Hb glicada: 6,4±1,3%; PTH: 208±275 pg/ml. A proteinúria foi de 0,8±1
g/24h. O RFGe foi de 32,2±17,1 mL/min/1,73m2 segundo a fórmula de Cockcroft-Gault
e de 30,7±17,5 mL/min/1,73m2 segundo a do MDRD simplificada (p>0,10). Os pacientes
proteinúricos apresentaram PAS, PAD, creatinina, Cai, Pi e PTH aumentados em relação aos
não proteinúricos (p<0,05). A creatinina correlacionou-se positivamente com os níveis de
PTH, Pi e proteinúria e negativamente com os de Hb, enquanto a proteinúria associou-se
positivamente à Hb glicada (p<0,005). Conclusão: Os pacientes da LDRC encontraram-se
em sua maioria no estádio 3 da DRC, com bom controle pressórico e metabólico no período
analisado. Contudo, o PTH mostrou-se de difícil controle, especialmente nos pacientes proteinúricos, que também apresentaram um pior quadro clínico-laboratorial em relação aos
não proteinúricos. Nessa população, as fórmulas de Cockcroft-Gault (corrigida pela superfície
corpórea) e MDRD são equivalentes e as correlações observadas corroboram estudos nacionais e internacionais. Assim, a LDRC é um espaço apropriado para a assistência, o ensino e a
pesquisa clínica relacionados à DRC não dialítica.
Nas campanhas preventivas da doença renal crônica (DRC) deve haver atenção especial ao
diagnóstico das suas principais causas: diabetes, hipertensão arterial e glomerulonefrites. As
campanhas são realizadas na segunda quinta-feira de março (Dia Mundial do Rim). Objetivos:
avaliar a presença de alterações do sedimento urinário entre jovens de uma universidade que
participaram da Campanha do Dia Mundial do Rim e correlacionar as alterações urinárias
com a presença das outras doenças sistêmicas e fatores predisponentes para DRC. Material
e Métodos: Foi realizada a captação dos voluntários pelos alunos integrantes da Liga de
Nefrologia da UNINOVE/SP, com coleta de dados pela ficha padrão sugerida pela SBN. Com
termo de consentimento assinado, os voluntários eram encaminhados para medidas antropométricas, medidas da PA, glicemia capilar, coleta e análise da urina por alunos e professores
dos cursos de nutrição, enfermagem e biomedicina. A avaliação dos resultados e orientação
finalizada pelos alunos da medicina e médicos nefrologistas professores da Disciplina do
Sistema Urinário. Após a análise dos resultados de todos os participantes, foram analisados
aqueles com alterações no sedimento urinário (hematúria e/ou proteinúria), excluindo os
casos com leucocitúria ou que relatavam quadros sugestivos de infecção urinária. Aqueles
com essas alterações foram orientados a procurar um serviço de atendimento médico. Resultados: Dos 168 participantes da campanha, 20,2 % (n=34) apresentaram alterações no
sedimento urinário. Estes participantes tinham idade de 32,3±11,3 anos, 53% mulheres e
47,0% homens. Das alterações urinárias: 94,1% com proteinúria (n=32), 26,4% hematúria
(n=9) e 23,5% com ambas as alterações (n=8). Foram encontrados: 20,5% que referiam ter
alguma doença renal diagnosticada (n=7); 15,1% hipertensos (n=5), sendo que somente 1
deles sabia desse diagnóstico; 6,0% pacientes com glicosúria concomitante (n=2), sendo que
1 deles já sabia que era diabético. Alguns fatores de risco: 8,8% fumantes, 47% sedentários;
52,9% com IMC>25; 26,4% com risco de complicação metabólica aumentada baseada na
circunferência abdominal (n=9). Conclusões: os achados apontaram para uma importante
presença de alterações do sedimento urinário numa população jovem e sem diagnóstico
prévio de doença renal, hipertensão e diabetes, o que valida e reforça a importância da
campanha ao contribuir para encaminhamento precoce do diagnóstico das doenças renais e
seus fatores de risco.
Palavras Chaves: doença renal crônica
Palavras Chaves: PREVENÇÃO, DOENÇA RENAL CRÔNICA
39
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
RESUMOS - TEMAS LIVRES/APRESENTAÇÃO ORAL
MULTIPROFISSIONAL ( I ENCONTRO MULTIPROFISSIONAL EM NEFROLOGIA)
A vivência
qualitativo
de
pacientes
em
hemodiálise:
um
estudo
Centro de Terapia Renal Substitutiva - Acreditado Nível 2
Relato de Experiência do Hospital Estadual Bauru - SP
Laudilene Cristina Rebello Marinho3, MARIA LÚCIA ARAÚJO SADALA2, GABRIELA
AZEVEDO DE SOUZA BRUZOS1
ANIELA NASCIMENTO PIVOTTO,ELDA GARBO PINTO,MICHELY DAYANE CAMPOS
BRITO,NATALIA CRISTINA FERREIRA,MIRELA MARIA ALLONSO,ARIANE CORTI,LUCIANA
FASSONI RUFINO,CLAUDIA HELENA BONZATTO LUPPI,ELIANA ALVES DE LIMA
1 - RENALCARE SERVIÇOS MÉDICOS LTDA
2 - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”, FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU,
UNESP
3 - UNIDADE DE DIÁLISE DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE BOTUCATU
Introdução: No cuidado ao paciente em hemodiálise (HD) é essencial uma assistência individualizada, que promova a sua adesão efetiva ao tratamento. O enfermeiro, que tem
presença constante junto ao paciente, é responsável por desenvolver atividades educativas,
preparando-o para a aceitação e adaptação às normas restritivas e exigentes que a HD lhe
impõe. Objetivo: Conhecer a vivência dos pacientes em hemodiálise, a fim de aprimorar os
programas de assistência que lhes são oferecidos.Método: No presente estudo, utilizou-se a
Fenomenologia Existencial de Merleau Ponty (1945), que busca a essência da experiência
humana, partindo da percepção das pessoas que a vivenciam. Ao descreverem o fenômeno:
“a experiência de realizar a hemodiálise”, cada participante o faz de acordo com a própria
percepção do fenômeno, individual e única, peculiar ao seu modo de existir no mundo. Buscando as convergências, ou significados comuns atribuídos pelos participantes, o pesquisador alcança as verdades gerais que descrevem o fenômeno na perspectiva do paciente.
O estudo foi desenvolvido na Unidade de Diálise de um hospital público no interior de São
Paulo. Foram entrevistados 16 pacientes com, pelo menos, 6 meses em HD. As entrevistas foram orientadas pela questão: “Como tem sido a sua experiência de ser submetido
ao tratamento de hemodiálise?”. Resultados: Nos depoimentos, os pacientes relatam suas
dificuldades, angústias e as barreiras trazidas pelo tratamento. Eles descrevem a imposição
de uma alimentação especial, a restrição de água, o horário fixo para realizar o tratamento, a
dor dos procedimentos invasivos e limitações à sua vida pessoal e social. Alguns conseguem
contornar a situação e viver uma vida relativamente normal. Outros, porém, não conseguem
se adequar às inúmeras dificuldades, sofrendo a cada dia com o tratamento. Todos possuem
a consciência de que não podem deixar de fazer o tratamento, é o único modo de sobreviver.
Um dado essencial que emergiu do estudo refere-se à necessidade de estimular a autonomia
do paciente, ajudando-o a se perceber como responsável pelo próprio cuidado. Conclusões.
Os dados obtidos revelam que é crucial um plano de cuidado individualizado para cada
paciente em hemodiálise, confirmando a importância da comunicação e do relacionamento
profissional nesse cuidado; apontando para a necessidade de preparo do enfermeiro e de
toda equipe, buscando um atendimento integral.
Hospital Estadual Bauru
Introdução:O HEB atende usuários exclusivamente do Sistema Único de Saúde provenientes
da região de cobertura da DRS6. O Centro de Terapia Renal Substitutiva, recebe pacientes
com diagnóstico de Doença Renal (aguda ou crônica), submetidos à Hemodiálise ou Diálise
Peritoneal. Atualmente conta com 158 pacientes em hemodiálise e 26 em diálise peritoneal.
A certificação da Acreditação é fruto da dedicação de cada individuo envolvido no processo,
pois nos dá a possibilidade de diagnóstico do desempenho de todos as atividades executadas no hospital, centrando no paciente, porém sem deixar de lado os profissionais e o próprio ambiente, com a finalidade implementar uma rede de serviços estruturada, capacitada
e produtiva, reduzindo gasto e eliminando os desperdícios. Objetivo: descrever o processo
de Acreditação do CTRS nível 2. Casuística e Método: trata-se de um relato de experiência
baseada na Acreditação Hospitalar e Manual de Acreditação ONA (NR MA 2/12). Resultados: na qualidade de Setor Acreditado Nível 2 e de acordo com o manual supra citado, foi
instituído para o setor: 1. Interações clientes (ambulatório, unidades de internação, UTI e
emergência) e fornecedores (farmácia, higiene, lavanderia, CDI, Hemodinâmica, engenharia
clínica, nutrição, laboratório, hemoterapia etc. 2. Mapeamento de Risco: pesagem incorreta,
troca de circuito, hematoma em FAV, perda acidental CVC, programação incorreta, infecção
e falta de água; 3. Plano de Ação (baseado nas oportunidades de melhoria detectadas pela
ONA): definir metodologia para acompanhamento das taxas de infecção; implantação de
plano seguro de medicação; reforçar ações de gerenciamento de risco; reforçar plano de ação
frente ao controle de água. 4. Indicadores de Qualidade: Análise Diária de Água; Índice de
Sessões Realizadas; Índice de Kt/v acima de 1.2; Índice de Hematomas em Portadores de FAV.
5. Lista de Verificação, em resposta à Auditoria Interna, para avaliação do setor no que tange
à Organização do Ambiente, Estrutura Física, Segurança Ocupacional, Controle de Estoque,
Documentação da Qualidade, Gestão de Pessoas, Expurgo, DML, Resíduos, Equipamentos,
Gestão por Processos, Indicadores, Cadastro e Prontuário e Processos. A Estrutura e o Fluxo
do Processo encontram-se em elaboração.Conclusões: Trabalhar a gestão de forma a otimizar
os resultados é, fator crítico para a sobrevivência e crescimento das organizações, assim
sendo, investir na Qualidade e no seu reconhecimento é imprescindível
Palavras Chaves: ACREDITAÇÃO HOSPITALAR, HEMODIALISE
Palavras Chaves: Hemodiálise, Enfermagem
Avaliação e manejo da oclusão trombótica dos cateteres de
longa permanência em pacientes de hemodiálise
MARCELA LARA MENDES AMARAL, Edwa Maria Bucuvic, João Henrique de Castro,
Daniela Ponce
Hospital das Clínicas de Botucatu
ESTUDO COMPARATIVO DOS NÍVEIS DE STRESS ENTRE PACIENTES RENAIS
CRÔNICOS SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE E OUTRAS TRÊS POPULAÇÕES
Paulo S. Luconi1,Claudio S. Melaragno1, Christiane H. Karam1, Paula Freire1,
CLAUDIA MARINI LEONARDI1, Fernando Almeida2
1 - CLINICA PAULISTA DE NEFROLOGIA, DIÁILISE E TRANSPLANTE
2 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
Introdução: A trombose do cateter tuneilizado em pacientes em hemodiálise é complicação
mecânica comum e pode ocasionar inadequação da dose dialítica e mudanças freqüentes dos
locais de cateter, que por sua vez levam à eliminação de sítios vasculares. Objetivo: Avaliar
a incidência da obstrução trombótica dos cateteres de longa permanência (CVC p) nos pacientes em hemodiálise, avaliar a eficácia do tratamento da oclusão com o uso da alteplase
e padronizar a utilização, a criopreservação e armazenamento deste trombolítico. Métodos:
Estudo tipo de coorte prospectivo que avaliou pacientes em hemodiálise e com CVC p como
acesso dialítico acompanhados no HC-FMB durante 13 meses consecutivos, de março 2010 a
abril 2011. A oclusão do cateter foi definida como a incapacidade ou a dificuldade de infundir
ou retirar o líquido das suas vias. Assim que diagnosticada a oclusão, a dose de alteplase foi
infudida conforme o volume real da luz de cada cateter, com tempo de permanência de 50
minutos. Após o tempo determinado, se não houve a desobstrução do cateter foi realizada
a repetição do procedimento. Para que não houvesse ônus financeiro para a instituição,
a criopreservação da alteplase foi realizada, sendo o frasco de 50mg de alteplase diluído
em 50ml de água estéril e posteriormente dividido em 12 seringas com doses individuais
contendo 5ml e armazenadas a -20°C por no máximo 30 dias. Resultados: Foram avaliados
e seguidos 152 CVC p em 102 pacientes nesse período, totalizando 8007 CVC p /dia. Foram
diagnosticados 179 episódios oclusão (22,3 episódios por 1000 cateteres dia), nos quais
foram utilizados alteplase, com sucesso primário em 147 episódios (82,12%) e secundário
em 27 casos (15,08%). Em 5 episódios (2,80%) não foi obtido sucesso após a segunda dose
de alteplase. Em média foi consumido 1 ampola/mês de alteplase, totalizando R$ 1375,00.
Conclusão: Esses dados mostram que a oclusão trombótica de CVC p é freqüente e o sucesso
com o uso da alteplase ocorre em mais de 97% dos casos. A criopreservação da alteplase
torna a sua utilização financeiramente viável, não acarretando reação adversa.
Introdução: O diagnóstico de uma doença crônica traz ao paciente, sintomas psicológicos
importantes, entre estes, stress. Objetivos: Comparar os níveis de stress nos pacientes submetidos à hemodiálise (DRC) em uma unidade intra-hospitalar de tratamento dialítico, com
outros três grupos distintos: pacientes urológicos com disfunção miccional (URO), cuidadores
familiares de pacientes renais crônicos (CUID) e sujeitos sem patologia (NORM). Casuística
e Método: Aplicação do Inventário de Levantamento de Sintomas de Stress LIPP (ISSL), para
caracterização dos sintomas. Este inventário apresenta três modalidades de respostas: Não
stress, sintomas de stress (Alerta, Resistência, Quase Exaustão e Exausta), características dos
sintomas de stress (Psíquicos, Físicos, ou Ambos). Para a avaliação da fase do stress (alerta,
resistência, exaustão, quase exaustão), bem como dos sintomas (físicos, psíquicos, ambos),
foram considerados apenas os pacientes que apresentaram stress. Resultados: Foram avaliados 280 sujeitos. 80 pacientes com DRC, 100 pacientes da URO, 50 CUID e 50 NORM.
Dos 80 pacientes com DRC, 47 pacientes (58,8%) do sexo feminino, idade média de 53,6
anos, com desvio padrão de ±16,1, 49 (61,3%) são casados, 36 (45,0%) cursaram o ensino
fundamental. Dos 80 pacientes renais crônicos avaliados, 32 (38,6%) pacientes apresentaram sintomas de stress; 24 (75,0%) dos pacientes DRC que apresentaram sintomas de
stress encontravam-se na Fase de Resistência; 22 (68,7%) dos pacientes DRC apresentaram
sintomas psíquicos. A comparação dos níveis de stress, através do Inventário ISSL, identificou
32 (38,6%) pacientes no grupo DRC, 73 (74,5%) pacientes do grupo URO, 12 (25,5%) do
grupo CUID e 18 (36,0%) do grupo NORM, com diferença estatística significante entre os
grupos, p<0,001. Conclusão: A literatura confirma nossos resultados, os pacientes com sintomas de stress apresentam predominância na fase de resistência de stress. Avaliação dos
pacientes DRC, através da aplicação do Inventário ISSL é realizada anualmente e tem como
objetivo a monitoração dos sintomas e melhor acompanhamento dos mesmos pelo serviço
de psicologia.
Palavras Chaves: cateter, obstrução
Palavras Chaves: Stress
40
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
ESTUDO COMPARATIVO DOS SINTOMAS DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO
ENTRE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE E
OUTRAS TRÊS POPULAÇÕES
Impacto de um programa de fisioterapia na capacidade
funcional e na qualidade de vida de pacientes renais crônicos
submetidos a terapia substitiva.
Fernando Almeida2, Paulo S. Luconi1, Claudio S. Melaragno1, Christiane H.
Karam1, Paula Freire1, CLAUDIA MARINI LEONARDI1
Venceslau, A V C,Santos, A M,Boulitreau, K,Henriques, M
1 - CLINICA PAULISTA DE NEFROLOGIA, DIÁILISE E TRANSPLANTE
2 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
Introdução: O diagnóstico de uma doença crônica traz ao paciente, sintomas psicológicos
importantes, entre estes, ansiedade e depressão Objetivos: Comparar os índices de ansiedade
e depressão nos pacientes submetidos à hemodiálise (DRC) em uma unidade intra-hospitalar
de tratamento dialítico, com outros três grupos distintos: pacientes urológicos com disfunção
miccional (URO), cuidadores familiares de pacientes renais crônicos (CUID) e sujeitos sem
patologia (NORM). Casuística e Métodos: Aplicação da Escala Hospitalar de Ansiedade e
Depressão (HADS) para caracterização dos sintomas. As pontuações obtidas são categorizadas em grupos: ANSIEDADE, DEPRESSÃO e AMBOS (ANSIEDADE E DEPRESSÃO). Resultados:
Foram avaliados 280 sujeitos. 80 pacientes com DRC, 100 pacientes da URO, 50 CUID e 50
NORM. Dos 80 pacientes com DRC, 47 pacientes (58,8%) do sexo feminino, idade média de
53,6 anos, com desvio padrão de ±16,1, 49 (61,3%) são casados, 36 (45,0%) cursaram o
ensino fundamental. Com relação à Escala HADS, 12 (14,5%) pacientes apresentaram índice
para ansiedade, 19 pacientes (22,9%) para depressão e 7 pacientes (8,4%) para ambos. A
avaliação através da Escala HADS indicou que 12 (14,5%) pacientes do grupo DRC, comparado com 44 (44,9%) pacientes do grupo URO, 24 (51,1%) do grupo CUID e 21 (42,0%) do
grupo NORM apresentavam ansiedade. A comparação entre os grupos foi estatisticamente
significante (p<0,001) mostrando principalmente que a prevalência da ansiedade foi menor
no grupo DRC do que nos grupos URO, CUID e NORM. Com relação à depressão, não foi
observado diferença estatística significante entre os grupos (p=0,300), sendo 19 (22,9%)
no grupo DRC, 30 (30,6%) dos pacientes no grupo URO, e 14 (29,8%) no grupo CUID e 7
(14,0%) do NORM.Contabilizando-se apenas os pacientes com ambas (ansiedade e depressão), foi verificado diferença significante entre os grupos (p=0,038), sendo a maior prevalência observada no grupo URO 22 (22,5%), seguido de 10 (21,3%), do grupo CUID seguido de
6 (12,0%) grupo NORM e por último 7 (8,4%) do grupo DRC. Conclusão: Não encontramos
na literatura nenhum trabalho com estes grupos, utilizando esta escala. Avaliação dos pacientes DRC através da Escala HADS é realizada anualmente e tem como objetivo a monitoração
dos sintomas e melhor acompanhamento dos mesmos pelo serviço de psicologia.
Palavras Chaves: Ansiedade, Depressão
UNINEFRON
Introdução: A doença renal crônica (DRC) é considerada um sério problema mundial de
saúde pública. No mundo cerca de 1,2 milhões de pessoas encontram-se sob tratamento
dialítico. O paciente com DRC apresenta baixa tolerância ao exercício e como conseqüência
apresenta limitações na capacidade funcional porduzindo efeitos negativos na sua qualidade de vida. Objetivos: Avaliar o impacto de um programa de fisioterapia aplicado durante as
sessões de hemodiálise na capacidade funcional e na qualidade de vida desses pacientes.
Metodologia: Foram estudados 21 pacientes de ambos os sexos com idade de 26 e 87
anos, em programa de hemodiálise na UNINEFRON - PE. Os pacientes foram previamente
avaliados pela psicologia e pela fisioterapia sobre aspectos psicossociais e físicos, respectivamente. A avaliação física foi fundamentada na mensuração dos sinais vitais, saturação de
oxigênio periférica e tolerância ao esforço. Dados subjetivos foram colhidos através de um
questionário que contemplou aspectos relacionados à dor, limitação funcional, expectativas
e qualidade de vida. O aspecto qualidade de vida foi avaliado objetivamente pela psicologia
no início e no final do programa usando o instrumento genérico SF-36 QVRS. Após a avaliação foi iniciado um programa de atividade física com exercícios aeróbicos, ativos livres
e ativos resistidos, durante 52 semanas, realizados 02 vezes por semana por aproximadamente 40 minutos, sempre nas duas horas iniciais das sessões de hemodiálise. Ao final de
12 meses de programa os pacientes foram reavaliados e seus resultados comparados entre
si. Resultado: Os valores obtidos evidenciam comprometimento nas diferentes dimensões
analisadas pelo SF-36 quando comparadas as médias de populações sadias. Entretanto
houve melhora em todos os domínios avaliados quando comparados entre si. Os domínios
da componente aspecto físico (capacidade funcional, dor e limitação física) foram os responsáveis pelas maiores variações. Conclusão: É notório que o programa de fisioterapia
estabeleceu um diferencial na qualidade de vida dos pacientes. O SF-36 permitiu avaliar de
maneira genérica uma grande variação individual nas diferentes dimensões. A fisioterapia
intradialítica trata-se de um recurso coadjuvante na criação de um novo horizonte para o
doente renal crônico, porém as pesquisas nesta área ainda encontram se em fase primária
fazendo-se necessário ampliar o empenho em novos estudos.
Palavras Chaves: Fisioterapia, Hemodiálise
41
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
RESUMOS - TEMAS LIVRES/APRESENTAÇÃO ORAL
NEFROLOGIA CLÍNICA
A Suplementação de Bicarbonato de sódio diminui a
concentração de LDL eletronegativa de pacientes renais
crônicos em tratamento conservador.
FELIPE RIZZETTO SANTOS1, DENISE MAFRA2, DULCINÉIA SAES PARRA3, DEISE DE BONI DE
CARVALHO4, MAURILO LEITE JUNIOR1
1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
2 - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
3 - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
4 - HOSPITAL GERAL DE BONSUCESSO
Pacientes com insuficiência renal crônica (IRC) apresentam acidose com uma série de conseqüências metabólicas incluindo desnutrição. Esta está associada ao estado inflamatório
sistêmico. Além disso, a suplementação oral de bicarbonato de sódio (Na HCO3) em pacientes
com IRC exerce efeitos benéficos sobre o estado nutricional e diminui a progressão da doença
renal. Estudo recente de nosso grupo mostrou que pacientes portadores de IRC estágios 3
e 4 apresentam níveis séricos aumentados de LDL eletronegativa (LDL(-)), uma LDL minimamente modificada, com efeito pró-inflamatório e associada a doença aterosclerótica. Este
estudo teve como objetivo a investigação do efeito da suplementação oral de bicarbonato em
pacientes com IRC em tratamento conservador, sobre os níveis séricos de LDL(-). Pacientes e
métodos: Vinte pacientes portadores de IRC em tratamento conservador (clearance de creatinina [ClCr]: 15-30 ml/min/1,73 m2) e acidóticos (HCO3- entre16 e 20 mEq/L), do Hospital
Federal de Bonsucesso (HFB), Rio de Janeiro, foram selecionados. Durante um período de 5
meses, os pacientes foram acompanhados (média de 46,1 ± 11 anos; 10 homens). Desse
grupo, 9 pacientes foram submetidos à suplementação com bicarbonato de sódio oral e 11
com placebo (amido de milho). A suplementação oral com bicarbonato de sódio ocorreu na
dose de 1 mEq/kg. Foram colhidas amostras de sangue para dosagem pré e pós de LDL(-),
perfil lipídico e parâmetros bioquímicos. Resultados: O colesterol total acima de 200 mg / dL
foi observado em 7 (35%). Houve um aumento do colesterol LDL (³ 130 mg / dL) em 8 (40%).
A Hipertrigliceridemia (³ 150mg/dL) esteve presente em 5 pacientes (25%). No ponto zero da
suplementação, não havia diferença significativa na concentração de LDL(-) entre o grupo que
foi suplementado e o grupo placebo.(0,40ud/L ± 0,16 vs 0,36 ud/L ±0,13). Após 5 meses de
suplementação, observamos uma diminuição na concentração sérica de LDL(-) no grupo que
foi suplementado com bicarbonato de sódio,(0,27 ud/L ±0,15), o que não foi observado no
grupo placebo. Conclusão: A suplementação oral de bicarbonato de sódio promoveu diminuição da LDL(-) em pacientes renais em tratamento conservador. Estes dados sugerem que a
correção da acidose metabólica crônica nestes pacientes pode prevenir a modificação do LDL
no sentido da sua transformação em LDL(-), como uma evidência de seu efeito benéfico sobre
a aterogênese do paciente renal em tratamento conservador.
Palavras Chaves: LDL ELETRONEGATIVA, BICARBONATO DE SÓDIO
Avaliação dos fatores de risco para litíase renal no pósoperatório tardio de cirurgia bariátrica.
LEILA FROEDER,ALESSANDRA CALÁBRIA BAXMANN,ITA PEFEFERMAN HEILBERG
UNIFESP
Introdução:Tem sido sugerido que a cirurgia bariátrica pode predispor à maior ocorrência
de litíase renal, possivelmente devido à reduzida ingestão hídrica e anormalidades urinárias
tais como hiperoxalúria e hipocitratúria. Objetivos:Avaliar o padrão nutricional e os distúrbios metabólicos relacionados à litíase renal no pós-operatório tardio (>6 meses) de cirurgia
bariátrica (CB). A absorção de oxalato dietético e sua excreção urinária também foram avaliadas. Métodos:Foram investigados 60 pacientes submetidos à gastroplastia em Y-de-Roux
(51F/9M; 47±10 anos) em comparação com 30 obesos mórbidos (OM) e 68 litíasicos (LIT),
através de inquérito alimentar e dosagens urinárias (amostras de 24 horas) de cálcio, oxalato, ácido úrico, magnésio, citrato, sódio, uréia, creatinina e pH. Em 20 CB e 21 OM, foi
realizado teste de sobrecarga oral de oxalato (TOx) com coletas de urina isolada basal, 2,
4 e 6 horas após ingestão de 375mg de oxalato. Um subgrupo adicional de 8 pacientes
também submeteu-se ao TOx antes (CB-pré) e após 6 meses da cirurgia bariátrica (CB-pós).
A excreção cumulativa de oxalato durante o teste foi calculada através da área sobre a curva (AUC). Resultados:O consumo de energia, carboidratos e proteínas foi significantemente
menor entre os CB vs OM e LIT. A média de ingestão de oxalato dos bariátricos também foi
menor vs OM (135±85 vs 170±91 mg/dia; p<0,05). A % de pacientes com diurese reduzida
(<1,5L/dia) foi maior nos CB vs OM e LIT (82 vs 37 vs 38%; P<0,05). A % de hipocitratúria
também foi elevada nos CB (33%), embora significantemente menor se comparada aos LIT
(51%). Os demais distúrbios metabólicos não diferiram entre os grupos. A prevalência de
hiperoxalúria, apesar de não ter atingido significância estatística, foi maior entre os CB vs OM
e LIT (18vs13vs12%). Comparando-se com o período basal, a excreção urinária de oxalato
(corrigida pela creatinina) durante todos os períodos pós sobrecarga de oxalato foi significantemente maior nos CB vs OM e nos CB-pós vs CB-pré. A AUC também foi maior nos CB vs
OM (0,20±0,05 vs 0,13±0,04; p<0,001) e nos CB-pós vs CB-pré (0,18±0,05 vs 0,14±0,04;
p<0,001). Conclusão:Os bariátricos apresentaram um reduzido volume urinário, hipocitratúria e hiperoxalúria como fatores de risco para nefrolitíase. A resposta à sobrecarga de oxalato
dietético sugere a presença de hiperabsorção intestinal de oxalato, sendo este mecanismo,
pelo menos em parte, responsável pela hiperoxalúria nesta população.
Palavras Chaves: CIRURGIA BARIÁTRICA, CÁLCULO RENAL
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Estimativa da taxa de filtração glomerular na população
brasileira: correção para raça é necessária?
JULIANA A. ZANOCCO, SONIA K. NISHIDA, AMÉLIA RODRIGUES PEREIRA, MICHELLE
TIVERON, MARCELO S. SILVA, APARECIDO B. PEREIRA, GIANNA MASTROIANNI KIRSZTAJN
Setor de Glomerulopatias, UNIFESP
Introdução: A avaliação da taxa de filtração glomerular (TFG) é considerada como o melhor marcador de função renal em
indivíduos saudáveis ou doentes. Entretanto os métodos mais precisos para tal fim são pouco aplicáveis na prática clínica,
por serem de alto custo, execução trabalhosa e demorada e, freqüentemente, envolverem o uso de marcadores radioativos.
Objetivo: Determinar a melhor fórmula para a estimativa da TFG na população brasileira,
considerando suas peculiaridades étnicas, utilizando como padrão-ouro a depuração de iohexol. Métodos: Avaliamos 244 indivíduos brasileiros normais e portadores de doença renal
crônica (DRC) estágios 1-5, de etnias diversas (definidas pelo próprio indivíduo), utilizando a
depuração de iohexol (medida por eletroforese capilar) como padrão-ouro, comparada com
creatinina sérica (e sua depuração) e fórmulas para estimativa da TFG. Resultados: Coeficientes de correlação intraclasse entre a depuração de iohexol e as fórmulas de Cockcroft-Gault,
MDRD com e sem correção para etnia, CKD-EPI (com e sem correção para etnia) e Mayo Clinic
foram respectivamente: 0,730; 0,848 e 0,817; 0,869 e 0,845; 0,804 (p<0,001), observandose maior concordância (análise de concordância entre métodos de Bland-Altman) com a fórmula do CKD-EPI. Conclusões: Constatamos que, na amostra populacional estudada, a qual
incluiu todas as faixas de filtração glomerular, as diferentes equações para estimativa da TFG
apresentaram forte correlação com a depuração de iohexol, tendo a fórmula do CKD-EPI o
melhor desempenho. Na nossa população, a correção das fórmulas do MDRD e CKD-EPI para
etnia que poderia resultar em maior precisão do resultado, não se mostrou necessária, o que
simplifica o uso de tais equações.na prática clínica.
Palavras Chaves: taxa de filtração glomerular,doença renal crônica
Fatores predisponentes para trombose venosa profunda em
crianças e adolescentes com síndrome nefrótica
Belangero VMS, Candelaria GTP
Hospital de Clínicas, Universidade Estadual de Campinas, São Paulo
Introdução: A Síndrome Nefrótica (SN) está associada a um estado de hipercoagulabilidade.
Esse estado é multifatorial e depende não apenas de modificações nos fatores pró e anticoagulantes, mas também de características hemodinâmicas favoráveis ao desenvolvimento
da trombose, como a tendência à hipovolemia e hemoconcentração. Objetivos: Determinar
os fatores predisponentes para a ocorrência de trombose venosa profunda (TVP) em crianças e adolescentes com SN. Casuística e Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo de
casos, selecionando todos os prontuários de crianças e adolescentes em acompanhamento
ambulatorial no Hospital de Clínicas da UNICAMP, com diagnóstico de SN. “Com TVP” corresponde à pacientes com SN descompensada que apresentaram diagnóstico de TVP. “Sem
TVP” corresponde aos mesmos pacientes, com SN descompensada, num período seis meses
a um ano e seis meses anterior à ocorrência do episódio de TVP, porém sem a ocorrência de
TVP. As variáveis de predição analisadas foram: nível hemoglobina – hematócrito; dose de
prednisona; nível de lipídios; valor plaquetário; albuminemia; creatinina sérica; infecção ou
evento sistêmico grave; uso de outro imunossupressor; antecedente de desidratação; uso
de diuréticos; uso de ácido acetilsalicílico e antecedente de trauma. Resultados: A razão de
chances para a ocorrência de TVP em pacientes com nível de triglicérides maior ou igual a
300mg/dL foi de 3,14 (IC95% 1,14 a 8,64). Para nível de hematócrito maior ou igual a 43%
e presença de infecção ou evento sistêmico grave, a razão de chances foi de 4,37 (IC95%
1,23 a 15,53). Conclusões: O encontro de fatores significativos de risco à trombose venosa
em crianças com SN é relevante como alerta para a suspeita da trombose venosa.
Palavras Chaves: síndrome nefrótica,trombose venosa
Importância do tratamento clínico associado à orientação
nutricional na prevenção da recorrência da litíase urinária
CARMEN REGINA PETEAN RUIZ AMARO, Patrícia Capuzzo Garcia Damasio, Thaísa de
Assis, Mariana Ribeiro do Valle Nogueira, NATáLIA BARALDI CUNHA, Laís Baltieri
Momesso, João Luiz Amaro
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina de Botucatu/UNESP
Introdução e Objetivo: A urolitíase é uma doença que afeta pacientes em sua fase produtiva
e apresenta recorrência de aproximadamente 50% dos casos em 5 a 10 anos após o primeiro episódio de cólica renal. Vários são os fatores que influenciam na sua formação, dentre
eles a alimentação desempenha um papel importante, visto que pode ser modificada a para
prevenção da recorrência de cálculo em longo prazo. Este estudo tem o objetivo de avaliar a
influência da orientação dietética e do tratamento farmacológico na recorrência da urolitíase.
Pacientes e Métodos: 57 pacientes portadores de litíase recorrente foram acompanhados
em um protocolo de investigação metabólica durante pelo menos 5 anos no Ambulatório
de Metabolismo em Litíase Urinária - UNESP. Este protocolo consistiu em coletas não consecutivas de 2 amostras de urina de 24h para realizar as dosagens de Ca, Na, Ácido úrico,
Citrato, Oxalato, Mg e volume urinário. Os diagnósticos de urolitíase foram realizados por
meio de exames de imagem. A reincidência de litíase foi investigada pelo histórico clínico de
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
excreção de cálculos, bem como pela avaliação de imagem realizada antes da 1ª consulta e
durante o período de acompanhamento, considerando recorrência o aparecimento de novo
cálculo ou um aumento superior a 50% do diâmetro do preexistente. O tratamento dietético individualizado consistia em: orientação sobre a necessidade de ingestão de líquidos
(suficiente para formar volume urinário ≥ 2 l/dia), ingestão de sal (<5 g/dia) e de proteínas
(0,8-1g/kg peso corporal /dia) e a importância da ingestão adequada de cálcio (800-1000mg/
dia). Os pacientes receberam tratamento farmacológico específico de acordo com a alteração
metabólica apresentada. Resultados: 70% dos pacientes apresentaram volume urinário em
24 h entre 1000-2000 ml, e somente em 23% maior que 2000 ml. Não houve diferença no
volume urinário médio no pré e após tratamento. A excreção urinária de cálcio e ácido úrico
diminuíram significativamente após os 5 anos de seguimento. O nº de cálculos formados no
seguimento de 5 anos diminuiu significativamente em relação ao pré tratamento (1,05 ±
1,33 vs. 0,19 ±0,28 cálculos/ano, p< 0,001). Conclusão: Ações preventivas e terapêuticas
específicas (orientação dietética individualizada e tratamento farmacológico) devem ser adotadas de acordo com os distúrbios metabólicos identificados em pacientes litiásicos, vistos
que são capazes de prevenir e reduzir a recorrência da à longo prazo.
Palavras Chaves: recorrência,litíase urinária
Outras nefropatias no paciente
negligênciando esse diagnóstico?
diabético:
estamos
Fabiano Freire de Oliveira Macedo, Bárbara Souza Luz Pinheiro, Sara Gondim
de Souza de Toledo, Carlos Eiji Koga, MARCELLO FABIANO DE FRANCO, Carlos
Alberto Balda
Universidade Federal de São Paulo,Universidade Federal de São Paulo
Introdução: O diabetes melitus (DM) é uma doença de grande prevalência, com cerca de
120 milhões de indivíduos acometidos em todo o mundo. A doença renal nesses indivíduos
pode ser bastante heterogênea, variando entre a clássica nefropatia diabética(ND) ou outra
nefropatia não relacionada ao diabetes(NNRD). Essa diferença, no entanto, não tem sido facilmente estabelecida pelos parâmetros clínicos tradicionalmente usados, como presença de
retinopatia diabética(RD) e tempo de doença.Objetivo: Correlacionar os achados clínicos que
sugerem a presença de NNRD, nos pacientes diabéticos, com os achados histopatológicos
Métodos: Dos pacientes submetidos à biópsia renal no período entre janeiro de 2008 e março de 2011 nesse serviço, foram selecionados 26 casos de biópsia em pacientes diabéticos
com suspeita clínica de NNRD. Todas as lâminas foram avaliadas pelo mesmo patologista.
Os dados foram analisados retrospectivamente e, conforme os achados histopatológicos, os
casos foram divididos em Grupo I, ND isolada e Grupo II, NNRD com ou sem ND concomitante. A relação entre os achados clínicos e histológicos de cada grupo foi estatisticamente
avaliada pelos métodos de t-student e Qui-quadrado de Pearson. Resultados: Dentre os pacientes, dezessete (65,6%) eram do sexo feminino. A idade média foi de 50 anos. A duração
média do DM foi de 10 anos, sendo que 14 (58,3%) tinham mais de dez anos de doença.
Vinte casos (75%) apresentavam FO sem retinopatia diabética e catorze (63%), proteinúria
nefrótica. No grupo II foram incluídos catorze pacientes (63%) e no Grupo I, 12 ( 37%).
Nefrite lúpica e Glomerulonefrite membranosa foram os principais achados no Grupo II, com
3 casos cada um. É importante dizer que ambos os grupos apresentaram perfis estatisticamente iguais quanto à idade, MDRD, creatinina, proteinúria de 24 horas, gênero, hipertensão
arterial sistêmica e hematúria . O tempo médio dos indivíduos com nefropatia diabética foi
estatisticamente maior (15,67 anos) que o tempo médio dos indivíduos com outra nefropatia
(5,08 anos) (p<0,001).Conclusão: A prevalência de NNRD, isolada ou superimposta à ND,
não é desprezível, no entanto, ainda nos faltam dados clínicos específicos para predizer esse
achado. No presente estudo foi possível detectar relação significante entre tempo maior de
diabetes e presença de ND. A presença de retinopatia diabética mostrou tendência à identificar pacientes com ND (grupo I).
Palavras Chaves: nefropatia diabética,biópsia renal
43
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
RESUMOS - TEMAS LIVRES/APRESENTAÇÃO ORAL
NUTRIÇÃO (I FORUM NACIONAL DE NUTRIÇÃO EM NEFROLOGIA)
Associação do Escore de Desnutrição e Inflamação com a
força de preensão manual em pacientes com doença renal
crônica na fase não-dialítica
FERNANDA CASSULLO AMPARO1, Antonio Carlos Cordeiro2, Juan Jesús Carrero3,
Lilian Cuppari4, Bengt Lindholm3, Celso Amodeo5, Amanda Guerra de Moraes
Rego Sousa3, Maria Ayako Kamimura4
1 - INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA; PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, SÃO PAULO
2 - INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA; BAXTER NOVUM AND RENAL MEDICINE, KAROLINSKA
INSTITUTE, ESTOCOLMO, SUÉCIA
3 - BAXTER NOVUM AND RENAL MEDICINE, KAROLINSKA INSTITUTE, ESTOCOLMO, SUÉCIA
4 - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, SÃO PAULO
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA
Introdução: A força de preensão manual é um marcador de função muscular que tem sido
associado com morbidade e mortalidade nos pacientes com doença renal crônica (DRC). A
desnutrição energético-protéica e a inflamação são condições altamente prevalentes na população com DRC e que afetam a função muscular. O objetivo deste trabalho foi investigar se
o Escore de Desnutrição e Inflamação (Malnutrition-Inflammation Score - MIS) desenvolvido
para pacientes em diálise é capaz de predizer a força de preensão manual nos pacientes com
DRC na fase não dialítica. Métodos: Neste estudo de corte transversal foram avaliados 166
pacientes nos estágios 2 a 5 [59 (51-67) anos, 63% homens]. O MIS, que inclui os componentes da avaliação global subjetiva do estado nutricional, o índice de massa corporal, a
albumina sérica e a transferrina sérica, foi utilizado desconsiderando-se o tempo em diálise.
A força de preensão manual foi avaliada utilizando-se o dinamômetro na mão dominante.
A bioimpedância elétrica e os exames laboratoriais foram realizados. Resultados: A força
de preensão manual correlacionou-se positivamente com o índice de massa magra (r=0,40;
P<0,01), a massa celular corporal (r=0,63; P<0,01) e o clearance de creatinina (r=0,42;
P<0,01) e negativamente com a idade (r=-0,18; P=0,02) e o MIS (r=-0,42; P<0,01). Os
pacientes foram divididos em dois grupos conforme a mediana da força de preensão manual
de acordo com o sexo. O grupo com menor força de preensão manual (25,7±7,3kg; n=80)
apresentava idade mais avançada [63 (55-69) vs 57 (50-64) anos; P<0,01], menor índice de
massa magra (19,8±3,3 vs 21±3,3kg/m2; P=0,02), menor massa celular corporal (23,5±6,4
vs 28,1±6,3kg; P<0,01), menor clearance de creatinina [15,3 (10,3-25,6) vs 24,4 (12,1-36,4)
ml/min/1.73m2; P <0,01] e maior MIS [8 (5-10) vs 5 (3-7); P<0,01] em relação ao grupo com
maior força de preensão manual (41,7±10,1kg; n=86). A associação do MIS com a força de
preensão manual foi observada na análise de regressão linear tanto univariada [b=-1,36
(IC 95% -1,82 a -0,90); P<0,01; R2=0,17], como multivariada ajustando para idade, sexo,
diabetes, clearance de creatinina, massa celular corporal e proteína-C reativa [b=-0,55 (IC
95%: -0,99 a -0,11); P=0,02; R2=0,53]. Conclusões: O MIS esteve associado com a força de
preensão manual nos pacientes do presente estudo, sugerindo que este instrumento pode ser
utilizado para predizer a função muscular nos pacientes com DRC na fase não dialítica.
Palavras Chaves: Força de Preensão Manual,Escore de Desnutrição e
Inflamação
Comparação do gasto energético de repouso obtido pela
calorimetria indireta com equações de predição em idosos
com doença renal crônica em hemodiálise.
Carla Maria Avesani, Fernanda Guedes BIGOGNO, Renata Lemos Fetter,
Fernando Lamarca Pardo, JULIANA CORDEIRO DIAS RODRIGUES
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
A calorimetria indireta (CI) é um método acurado para avaliar o gasto energético de repouso
(GER). Alguns fatores como a necessidade de jejum, repouso, de profissional treinado, além
do custo elevado do equipamento limitam a utilização deste método. Na prática clínica as
equações de Harris & Benedict (HB), Schofield e FAO/OMS/UNU/ 2001 (FAO 2001) são as
mais utilizadas para estimar o GER de indivíduos saudáveis ou enfermos. Kamimura et al
(2011) mostraram que as equações de HB e Schofield superestimam o GER avaliado por CI
em pacientes com doença renal crônica (DRC). Contudo, o seu desempenho em pacientes
idosos com DRC em hemodiálise (HD) ainda não foi avaliado. Objetivo: Avaliar a concordância
entre a CI e as equações HB, Schofield e FAO 2001 em pacientes idosos em HD. Foram avaliados 19 pacientes idosos com idade ³ 60 anos (12 Masc (63%); 69,1 ±6,2 anos; média ±DP) e
em HD por mais de 3 meses. O GER foi realizado por CI (Vmax Encore 29n,EUA) após jejum de
12 horas e repouso de 30 minutos. A concordância entre a CI e as equações foi avaliada pelo
coeficiente intraclasse (r; 95% de intervalo de confiança) e pela análise de Bland&Altman
(média de diferenças entre CI e a equação; limite de concordância). Será considerada superestimação quando a razão entre o GER obtido pela CI e pelas equações for > 1,10. Resultados:
Ao comparar o GER obtido pela CI (1210±314 kcal/dia) com a equação de HB (1355±234
kcal/dia), Schofield (1395±208 kcal/dia) e FAO 2001 (1367±191 kcal/dia), notou-se que o
obtido pela CI foi menor do que o estimado pelas equações (P<0,05). A concordância entre
o GER obtido pela CI com o estimado pelas equações foi: CI vs HB: r=0,61 (0,23;0,82); CI
vs Schofield: r=0,60 (0,21;0,82) e CI vs FAO 2001: r=0,58 (0,19;0,82). Além disso, a análise
Bland&Altman entre o GER obtido pela CI e o estimado pelas equações foi: CI vs HB: -145,2;
-624 a 334 kcal; CI vs Schofield: -185,5; -666 a 283±238,9 kcal e CI vs FAO 2001:-157,1;
-621 a 307 kcal. A razão CI/HB foi 1,16 ±0,22; CI/Schofield 1,2 ±0,24 e CI/FAO 2001 foi
44
1,17±0,23. O percentual de pacientes que apresentaram superestimação das equações em
relação à CI foi 57,8% (n=11) para equação de HB; 73,7% (n=14) para Schofield e 68,4%
(n=13) para FAO 2001. Conclusão: As três equações, em especial a de Schofield, superestimaram o GER avaliado pela CI. Esses resultados sugerem que em pacientes idosos em HD há
uma concordância moderada entre a CI e as equações de HB, Schofield e FAO 2001.
Palavras Chaves: Gasto Energético de Repouso,Hemodiálise
EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO COM CASTANHA-DO BRASIL SOBRE O
ESTRESSE OXIDATIVO EM PACIENTES EM HEMODIÁLISE
MILENA BARCZA STOCKLER PINTO,Julie Lobo,Cristiane Moraes,Najla Elias
Farage,Gilson Teles Boaventura,Denise Mafra,Olaf Malm
UFRJ
Introdução: A diminuição das defesas oxidantes e o aumento da produção das espécies reativas de oxigênio (EROs) levam ao estresse oxidativo (EO) nos pacientes em hemodiálise (HD).
A ingestão de alguns antioxidantes como o selênio (Se), mineral encontrado na castanha-dobrasil, está associada com a redução EO, através da ação da atividade da enzima glutationa
peroxidase (GSH-Px). Objetivo: Avaliar os efeitos da suplementação com castanha-do-brasil
sobre os níveis dos marcadores de estresse oxidativo (8-isoprostano, 8-hydroxy- 2-deoxyguanosina [8-OHdG] e GSH-Px) em pacientes em HD. Materiais e Métodos: Foram estudados 40
pacientes em HD (57,5% homens, 53,3 ± 16,1 anos) atendidos na clínica Renalcor no Rio
de Janeiro-RJ. Todos pacientes receberam uma castanha-do-brasil (5g) por dia durante três
meses. O sangue foi coletado em jejum, antes da sessão de HD, e o DNA foi extraído e armazenado com DMEM (Dulbecco’s Modified Eagle’s Medium). Os níveis de 8-isoprostano (marcador de EO), 8-OHdG (marcador de dano do DNA) e GSH-Px (enzima antioxidante) foram
avaliados por kits de Elisa (Cayman®) antes e após a suplementação. Análises estatísticas
foram realizadas utilizando o programa SPSS 17.0. Resultados: Após 3 meses de suplementação os níveis de 8-isoprostano (12,2 ± 4,5 pg/mL) e de 8-OHdG (214,5 [1,0-1042,0] pg/mL)
reduziram significativamente para 6,6 ± 4,6 pg/mL e 18,7 [1,0-78,8] pg/mL, respetivamente
(p<0,0001). Em contrapartida, a atividade da enzima antioxidante GSH-Px aumentou de
de 34,0 ± 5,2 nmol/ml/min para 40,3 ± 8,4 nmol/ml/min(p<0,0005). Conclusão: Nossos
resultados sugerem que a ingestão diária de uma castanha-do-brasil protege o paciente em
HD contra o estresse oxidativo, o dano no DNA e, melhora a capacidade antioxidante desses
pacientes. Apoio: FAPERJ e CNPq.
Palavras Chaves: hemodiálise,estresse oxidativo
Efeitos dos óleos de oliva e de linhaça em comparação ao
óleo mineral no tratamento da constipação intestinal de
pacientes em hemodiálise
DANIELA GIMENES GRILLI1,2, ALINE FÁTIMA ANDRADE DE LIMA1, LILIAN CUPPARI1
1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SãO PAULO
2 - FUNDAÇÃO OSWALDO RAMOS
Introdução: A prevalência de constipação intestinal (CI) é elevada em pacientes em hemodiálise (HD). Em geral, o tratamento da CI baseia-se na adoção de alimentação rica em fibras
e líquidos. Em virtude das restrições dietéticas, esse tipo de intervenção dificilmente pode ser
empregado para esses pacientes. Assim, é necessário buscar alternativas para o tratamento
da CI. Nesse sentido, os óleos alimentares poderiam ser uma opção para auxiliar no alívio dos
sintomas da CI. Objetivo: Avaliar os efeitos dos óleos de linhaça e de oliva em comparação ao
óleo mineral no tratamento da CI de pacientes em HD. Casuística e métodos: Ensaio clínico
randomizado, duplo-cego e controlado com 4 semanas de duração. Por meio do questionário
de Roma III (QR), 47 pacientes foram diagnosticados com CI, destes, 14 não quiseram participar ou não preencheram os critérios de inclusão. Assim, 33 pacientes iniciaram o estudo,
porém somente 29 [51,7% homens;51±12 anos;39,7% diabéticos, tempo em HD 48 meses
(2-240)] completaram o protocolo. Os pacientes foram divididos aleatoriamente em 3 grupos:
controle (GC óleo mineral;n=9), óleo de oliva (GO; n=11) e óleo de linhaça (GL; n=9). Cada
paciente recebeu um frasco contendo o óleo e uma colher medida (4mL). A dose inicial foi de
8mL/dia sendo modificada dependendo da resposta ao tratamento. Os pacientes foram orientados a preencher um diário (Escala de Bristol) para avaliação da consistência e a frequência
das evacuações e, ao final, o QR foi reaplicado. Resultados: Os grupos não diferiram quanto
aos parâmetros demográficos, clínicos e laboratoriais iniciais. A quantidade semanal de óleo
utilizada ao final foi semelhante entre os grupos (GC=39,5±15,5 mL; GO=46,7±15,1 mL;
GL= 47,1±25,0 mL; P=0,57). A frequência de pacientes com queixa de fezes endurecidas
ou fragmentadas diminuiu nos 3 grupos (GC 88,9% para 44,4%; GO 90,9% para 27%; GL
88,9% para 22,2%; P<0,05). Somente no GO houve uma redução significante na frequência de pacientes que relatava empregar força para evacuar (81,8% para 27,3%; P<0,01) e
somente no GL houve uma tendência à melhora no escore relativo à consistência das fezes
(1,56±0,5 para 2,06±0,4; P=0,06). Conclusão: Esses resultados sugerem que os óleos de
oliva e de linhaça podem constituir uma alternativa mais eficiente que o óleo mineral no
tratamento da CI em pacientes em HD.
Palavras Chaves: CONSTIPAÇÃO INTESTINAL,HEMODIÁLISE
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
GORDURA DO TRONCO COMO MARCADOR DE ADIPOSIDADE VISCERAL
EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA
Variáveis associadas à mortalidade na primeira avaliação
nutricional realizada em pacientes com Lesão Renal Aguda
MARIANA LEISTER ROCHA,MARIA AYAKO KAMIMURA,LILIAN CUPPARI
MILENE PERON RODRIGUES PINTO, Marina Nogueira Berbel, Cassiana Regina de
Góes, Daniela Ponce, André Luís Balbi
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
Introdução: Estudos em pacientes com doença renal crônica (DRC) demonstraram que a gordura visceral avaliada pela tomografia computadorizada está associada com uma série de
distúrbios metabólicos, inflamatórios e aumento no risco para eventos cardiovasculares. A
gordura do tronco medida pela absortometria de raios-X de dupla energia (DEXA) tem sido
empregada como marcador de gordura visceral. No entanto, a gordura do tronco enquanto
preditor de gordura visceral na população com DRC não foi investigada até o momento.
Objetivos:Investigar a associação entre a gordura do tronco medida pela DEXA e a gordura visceral medida pela tomografia computadorizada (TC) e avaliar se as mudanças da
gordura do tronco acompanham as mudanças da gordura visceral. Casuística e Métodos:
Foram estudados 111 pacientes com DRC na fase não dialítica (69 homens, 55,4± 10,6 anos,
32% diabéticos, IMC 27,3±5,1kg/m2, taxa de filtração glomerular estimada 34,9±15,0mL/
min/1,73m²). Os pacientes foram submetidos à avaliação da gordura do tronco pela DEXA e
da gordura visceral pela TC no início do estudo e após 12 meses. O perfil lipídico, adipocinas
e proteína C-reativa foram avaliados no início do estudo. Resultados: A gordura do tronco
correlacionou-se fortemente com a gordura visceral (mulheres r=0,84; p<0.01; homens r=
0,9; p<0.01). A gordura visceral e a gordura do tronco correlacionaram-se positivamente
com o índice HOMA (r=0,50; p<0,01e r=0,47; p<0,01, respectivamente), proteína C-reativa
(r=0,23; p<0,05 e r=0,23; p<0,01); e LDL-colesterol (r=0,23; p<0,05 e 0,28; p<0,05), e
negativamente com adiponectina (r= -0,39; p<0,01 e r=-0,23, p<0,05). A análise da curva
ROC mostrou que a gordura do tronco foi sensível para predizer a gordura visceral (área
sob a curva de 0,82). Na análise prospectiva, observou-se que as mudanças na gordura do
tronco correlacionaram-se com as mudanças na gordura visceral (mulheres r=0,42; p<0.01;
homens r= 0,43; p<0.01). As mudanças na gordura do tronco foram sensíveis para predizer
as mudanças na gordura visceral (área sob a curva de 0,79). Na análise de regressão logística ajustada por sexo, idade e mudanças na gordura subcutânea, as mudanças na gordura
do tronco estiveram independentemente associadas com as mudanças na gordura visceral
(b=1,4; erro padrão= 0,56; p=0,01). Conclusão: A gordura do tronco é um bom marcador de
gordura visceral medida pela TC em pacientes com DRC na fase não dialítica.
Palavras Chaves: GORDURA DO TRONCO ,GORDURA VISCERAL
Disciplina de Nefrologia do Departamento de Clínica Médica e Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina de Botucatu – UNESP
Introdução: A avaliação nutricional de pacientes com Lesão Renal Aguda (LRA) é uma ferramenta fundamental para a identificação de possíveis distúrbios nutricionais que comprometam sua sobrevida. Objetivo: a partir da primeira avaliação nutricional realizada em pacientes
com LRA identificar variáveis associadas ao óbito. Metodologia: Estudo prospectivo transversal realizado no HC FM Botucatu, em que foram avaliados 278 pacientes com LRA. Utilizado
protocolo clínico e antropométrico, aplicado somente na primeira avaliação nutricional. Os
resultados foram expressos como média e desvio-padrão ou mediana com significância de
5% (p<0.05), sendo utilizados os testes Mann-Whitney, Qui-quadrado e Teste t para análise
univariada e modelo de regressão logística para análise multivariada. Resultados: A mediana de idade dos pacientes foi de 65 anos, 23,7% apresentavam diabetes mellitus, 40,6%
hipertensão arterial e 28,7% sepse. A mediana do ATN-ISS (índice de severidade da LRA) foi
de 0,49 com óbito em 39,9% dos casos. A média do balanço nitrogenado (BN) foi de - 4,8
± 9,0. BN negativo esteve presente em 69,2% da população e o grau severo do UNA foi o
mais frequente (48,1%). Houve predomínio da eutrofia (43,9%) e da classe A da Avaliação
Subjetiva Global (51%). Quanto à avaliação dos sobreviventes (S) e não sobreviventes (NS),
a análise univariada mostrou que houve diferença estatística significante em relação ao sexo
(S= 61,8% e NS= 38,2%; p=0,0002), mediana de idade (62 e 67 anos, p=0,01), ATN-ISS
(0,41±0,2 e 0,61±0,2; p<0,0001), internação em UTI (48,5 e 78,3%; p<0,0001), sepse
(19,2 e 42,3%; p<0,0001), oligúria (11,3 e 38,7%; p<0,0001), presença de diálise (29,5
e 72,1%; p<0,0001), uso de dieta oral (52,4 e 17,7%; p<0,0001), ingestão calórica/kg/
dia (14,8 e 7,2; p<0,0001), ingestão protéica/kg/dia (0,59 e 0,33; p<0,0001) e IMC (25
e 24,2 kg/m2; p=0,05). Após análise multivariada ajustada para o edema, as presenças de
sepse (OR = 2,04; p=0,02), oligúria (OR = 2,7; p=0,007), necessidade de diálise (OR = 2,94;
p=0,0008) e dieta oral comparada ao jejum (OR = 0,09; p<0,0001)estiveram associados a
maior mortalidade, enquanto uso de dieta parenteral comparada ao jejum esteve associado
a maior mortalidade (OR = 1,46; p=0,04). Conclusão: A primeira avaliação nutricional, associada à avaliação inicial do nefrologista, é capaz de identificar variáveis associadas ao óbito,
auxiliando, desta forma, a condução clínica dos pacientes com LRA.
Palavras Chaves: Avaliação nutricional,Lesão Renal Aguda
Suplementação com colecalciferol em pacientes com doença
renal crônica e insuficiência de vitamina D: um estudo
controlado e randomizado.
Miriam Garcia-Lopes1, Roberta Pillar1, Maria Ayako Kamimura1, Lillian Rocha2,
Maria Eugênia Canziani2, Aluizio B. Carvalho2, LILIAN CUPPARI3
1 - Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Disciplina de Nefrologia. Universidade Federal
de São Paulo
2 - Disciplina de Nefrologia. Universidade Federal de São Paulo
3 - FUNDAçãO OSWALDO RAMOS/UNIVERSIDADE FEDERAL DE SãO PAULO
Introdução: A hipovitaminose D é uma condição frequentemente observada em pacientes
com doença renal crônica (DRC). Porém, o protocolo efetivo para o seu tratamento ainda não
foi estabelecido. Objetivo: Avaliar o impacto da suplementação com colecalciferol sobre os níveis de paratormônio (PTH) utilizando o protocolo de tratamento proposto pelo K/DOQI para
pacientes com insuficiência de vitamina D. Casuística e Métodos: Estudo prospectivo, randomizado controlado por placebo. Setenta e cinco pacientes (51% mulheres; idade 62,2±13,6
anos; clearance de creatinina 35,6 ± 12,8 mL/min; 29% diabéticos e 57% pele escura) com
insuficiência de vitamina D [25(OH)D³15 e <30 ng/mL] foram aleatoriamente alocados ao
Grupo Colecalciferol (GCole;n=38) ou Grupo Placebo (GP;n=37). O Gcole recebeu 50.000 UI
de colecalciferol mensalmente no momento da consulta e o GP recebeu um produto similar
sem princípio ativo. Os pacientes foram avaliados no início e após 3 e 6 meses de suplementação. Todos os pacientes receberam protetor solar. Resultados: Os grupos não diferiam quanto
aos parâmetros demográficos, clínicos e laboratoriais no início do estudo. Após 3 e 6 meses a
25(OH)D aumentou no GCole (21,4 ± 3,7; 28,6 ± 12,7; 32,1±13,7 ng/mL respectivamente
P<0,05) e se manteve no GP (21,6 ± 4,4; 24,5 ± 9,9; 26,9 ± 11,7 ng/mL P>0,05). Após 6
meses, 46% dos pacientes do GCole não atingiram 25(OH)D ≥ 30 ng/mL. Esses pacientes
apresentaram maior quantidade de gordura corporal quando comparados com aqueles que
alcançaram esses níveis. Já no GP, 40,5% dos pacientes atingiram inesperadamente 25(OH)
D > 30 ng/mL após 6 meses. Em ambos os grupos não foram observadas modificações nos
níveis de PTH (Gcole:118,7 ± 65,3; 115,8 ± 65,7 pg/mL; 116,9 ± 86,9 pg/mL vs GP:110,9
± 84,6; 115,5 ± 89,8; 129,5 ± 107,2 pg/mL P>0,05), 1,25(OH)2D, FGF-23, cálcio e fósforo.
Conclusão: Os resultados do presente estudo demonstram que o protocolo de tratamento
proposto pelo K/DOQI para pacientes com insuficiência de vitamina D parece não ser efetivo
em restaurar o status de vitamina D numa proporção significativa de pacientes, particularmente naqueles com excesso de gordura corporal. A resposta insuficiente à suplementação
e a inesperada normalização dos níveis de 25(OH)D em uma grande proporção de pacientes
do GP podem ter contribuído, em parte, para falta de resposta sobre os níveis de PTH após
a suplementação.
Palavras Chaves: Vitamina D
45
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
RESUMOS - TEMAS LIVRES/APRESENTAÇÃO ORAL
TRANSPLANTE RENAL
Influência da organização do programa de transplante na
eficiência e nos resultados obtidos
MEIRE IOSHIE HIYANE, GISELLE MARTINS GONÇALVES, CLARICE FUJIHARA, ROBERTO ZATZ,
ALVARO PACHECO-SILVA, DARIO ZAMBONI, NIELS OLSEN SARAIVA CÂMARA
Ana Paula Maia Baptista,Luciana Wang Gusukuma,Marcela Rabelo Portugal
de Alencar,Taina Veras de Sandes Freitas,Helio Tedesco Silva Junior,Jose Osmar
Medina Pestana
Universidade de São Paulo
TAINá VERAS DE SANDES FREITAS,Henrique Pinheiro Konigsfeld,Saurus Mayer
Coutinho,Gianna Mastroianni Kirsztajn,Karin Zattar Cecyn,Hélio TedescoSilva Junior,José Osmar Medina-Pestana
Introdução:A nefrite túbulo-intersticial (NTI) resulta em diminuição da função renal e inflamação intersticial, podendo levar à fibrose renal. A ingestão excessiva de adenina representa um
modelo de NTI, uma vez que a xantina desidrogenase (XDH) pode converter o excesso dessa
purina em um composto insolúvel, que precipita nos túbulos renais. Receptores da imunidade
inata, tais como Toll-like receptors (TLR) e complexo inflamassoma, desempenham um papel
crucial na iniciação da inflamação. Além disso, sabe-se que a presença de quimiocinas e a
diferenciação de células T CD4 para o perfil Th1 participam diretamente do desenvolvimento
da doença. O objetivo deste estudo foi avaliar os papéis de TLR-2 e -4, MyD88, do complexo
inflamassoma, bem como de receptores de quimiocinas e do perfil Th1/Th2 em um modelo
experimental de NTI. Métodos:Camundongos C57/bl6 selvagem (WT) e nocautes para TLR-2,
-4, MyD88, ASC, Caspase-1, CCR-2, -4, -5, MIP-1α, IL-12/IFN e IL-4 foram usados. Os animais
foram alimentados com ração suplementada com adenina por 10 dias. Foi dosada creatinina
sérica, feita avaliação histológica, além de expressão gênica e protéica de moléculas próinflamatórias e pró-fibróticas. Foram dosados os níveis de ox-LDL e ácido úrico, bem como
realizado WB para IKK. Resultados:Animais WT alimentados com ração acrescida de adenina exibiram disfunção renal significativa e infiltração celular acompanhada por deposição
de colágeno. Eles também apresentaram maior expressão gênica e protéica de moléculas
pró-inflamatórias. Em contraste, animais TLR-2, -4, MyD88, ASC e Caspase-1 KO mostraram
proteção renal associada com a expressão de moléculas inflamatórias em níveis comparáveis
aos controles. Além disso, o tratamento de animais WT com alopurinol, um inibidor de XDH,
levou à redução dos níveis de ácido úrico, estresse oxidativo, deposição de colágeno e uma
regulação negativa da via de sinalização NF-kB. Os animais nocautes para MIP-1α, CCR2,
CCR4, e CCR5 também exibiram citoproteção, com melhor função renal e menor inflamação.
Por fim, verificamos que a doença tem um perfil do tipo Th1, já que animais IL-12/IFN KO
ficaram protegidos da NTI, o que não ocorreu nos animais IL-4 KO. Conclusão:mecanismos
imunológicos participam do desenvolvimento da NTI, com clara participação de elementos da
imunidade inata, de quimiocinas e de um perfil do tipo Th1. A modulação de um desses mecanismos pode ser crucial para a busca de novos alvos terapêuticos para combater a doença.
Hospital do Rim e Hipertensão,Universidade Federal de São Paulo
Palavras Chaves: imunidade inata,reposta imune adquirida
Hospital do Rim e Hipertensão/UNIFESP, SP
Introdução: A organização do programa de transplante de orgaos no estado de Sao Paulo é
referencia para outras regioes do país. Objetivo: Este trabalho analisou a epidemiologia do
programa de transplante de rim com doador falecido no estado de São Paulo nos últimos dez
anos. Metodologia: Foram coletados dados provenientes da Secretaria Estadual de Saúde
de São Paulo entre os anos 2000 e 2010, referentes ao programa de transplante renal com
doador falecido. Resultados: No período, ocorreram 20272 notificações de potenciais doadores falecidos. Entre 2000 e 2010 houve um aumento de 66% no número de notificações
(38,3 vs. 63,5/pmp) e de 173% no número de doadores efetivos (7,7 vs. 21/pmp). A média
de idade elevou-se de 32,9 para 42,2 anos, havendo maior contribuição de doadores com
idade > 65 anos. A proporção de doenças cérebro-vasculares como causa de morte encefálica
não se modificou. Foram realizados no perído 13403 transplantes de órgãos vascularizados.
Houve um aumento de 63% no número de transplantes de rim. A sobrevida cumulativa dos
transplantados de rim nestes dez anos foi de 72,06% e do enxerto de 65,42%. A sobrevida
do paciente após um ano de seguimento aumentou de 85,8% em 2002 para 88,06% em
2009, assim como a sobrevida do enxerto (81,59% para 84,51%, p<0,05). A sobrevida do
enxerto foi menor para rins de doadores com idade maior que 60 anos (51,3% vc 63,38%,
p<0,05). Conclusão: O número de doadores falecidos e de transplante renal, assim como a
sobrevida do receptor e do enxerto, aumentou significativamente no estado de São Paulo.
A organização do serviço de transplante alcança desempenho e resultados semelhantes a
centros internacionais.
Palavras Chaves: notificação
PAPEL DA PLASMAFERESE NO TRATAMENTO DA GESF RECORRENTE
INTRODUÇÃO: A glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF) recorre em 30% dos casos
após o 1º transplante renal (TxR) e em 80-90% após re-transplante. Não há um tratamento
bem estabelecido para a recorrência de GESF, entretanto a plasmaférese (PF), isolada ou
associada a outras terapias, tem sido o tratamento mais empregado na maioria dos centros,
com resultados diversos. OBJETIVO: Avaliar perfil clínico-laboratorial e a evolução de pacientes com recorrência de GESF submetidos a PF. METODOLOGIA: Os dados foram retrospectivamente coletados de prontuários médicos dos pacientes com diagnóstico de recorrência
provável de GESF que foram submetidos a tratamento com PF entre março/05 e maio/11.RESULTADOS: 4403 pacientes foram submetidos a TxR no período, dentre os quais 161 tinham
GESF como causa documentada da DRC e 37 pacientes foram submetidos a tratamento da
recorrência com PF. Destes, 23 (62%) tinham GESF como etiologia documentada da DRC, 5
(14%) glomerulonefrite crônica não especificada e, em 9 (24%), a etiologia era indeterminada. A média de idade foi 26 anos e a maioria era do sexo masculino (62%) e da raça branca
(60%), com mediana do tempo em diálise de 18 meses. 54% dos pacientes receberam rim
de doador falecido e 80% destes tiveram função tardia do enxerto (FRE). Entre os 17 pacientes que receberam rim de doador vivo, 18% apresentaram FRE. A mediana do tempo para
surgimento de proteinuria nefrótica foi de 10 dias (1-91) e apenas 8% dos pacientes tinham
lesões histológicas de GESF na primeira biópsia, as quais surgiram em torno de 2 meses
após o transplante. Os pacientes realizaram em média 23 sessões de PF e 51% deles apresentaram alguma infecção durante o tratamento. Remissão parcial foi observada em 49% e
remissão total em 27% dos casos. A sobrevida do paciente em 1 e 3 anos foi de 95 e 79%,
respectivamente, e a principal causa de óbito foi infecção. A sobrevida do enxerto em 1 e 3
anos foi 72 e 53%, respectivamente, e todas as perdas foram devidas à recorrência de GESF.
CONCLUSÃO: Recorrência de GESF após o TxR foi precoce e o quadro clínico surgiu semanas
antes das manifestações histológicas. Além de proteinúria precoce,FRE deve alertar para esse
diagnóstico, especialmente em receptores de TxR com doador vivo. O tratamento com PF
mostrou-se seguro, mas as taxas de remissão e a menor sobrevida do enxerto corroboram
conhecimentos prévios relativos à baixa eficácia dos tratamentos disponíveis.
Palavras Chaves: GESF,Transplante Renal
Participação da sinalização via MyD88, do complexo
inflamassoma e do padrão Th1 no desenvolvimento de nefrite
túbulo-intersticial.
MATHEUS CORREA-COSTA, TARCIO TEODORO BRAGA, PATRICIA SEMEDO, CAROLINE YURI
HAYASHIDA, ROSA MARIA ELIAS, CLAUDIENE RODRIGUES BARRETO, CLAUDIA SILVA-CUNHA,
46
PREVALÊNCIA DE GENES DE VIRULÊNCIA E PERFIL DE RESISTÊNCIA
A ANTIMICROBIANOS EM CEPAS DE ESCHERICHIA COLI ISOLADAS
DE PACIENTES TRANSPLANTADOS RENAIS COM BACTERIÚRIA
ASSINTOMÁTICA
PRISCILA REINA SILIANO,Jose Osmar Medina-Pestana,ITA PFEFERMAN HEILBERG
UNIFESP/Disciplina de Nefrologia
Introdução: Bacteriúria assintomática (BA) é definida como a ocorrência de proliferação bacteriana na urina com ausência de sintomas. A prevalência e a patogênese da BA assim como
os fatores de risco para progressão para cistite ou pielonefrite em pacientes transplantados
renais são pouco conhecidos, porém a presença de genes bacterianos de virulência podem
potencializar a patogenicidade da bactéria. Objetivo: Detectar genes de virulência e resistência aos antimicrobianos em cepas de Escherichia coli isoladas de quadros de BA em pacientes
transplantados renais e comparar com o perfil dos isolados de quadros de cistite. Metodologia: Um total de 17 E. coli isoladas de uroculturas de pacientes transplantados renais com
BA e 110 isoladas de pacientes transplantados com quadros de cistite, foram submetidas à
análise molecular através de reação em cadeia de polimerase (PCR) para detecção dos seguintes genes de virulência: papC, papGII, papGIII (subunidades da fímbria P), bmaE (fímbria
M), gafD (fímbria G) e aer (aerobactina). A resistência a antimicrobianos foi verificada através
de antibiograma por difusão de disco. Resultados: Comparando-se as prevalências dos genes
de virulência das cepas de E. coli isoladas foram encontrados os seguintes resultados, respectivamente para quadros de BA e cistite: papC (35,3 vs 16,5%, p<0,09); papGII (35,3 vs
11,0%, p<0,02); papGIII (11,8 vs 13,6%, p<0,8); fímbria M (11,8 vs 4,6%, p<0,5); fímbria
G (0 vs 1,8%, p<0,6) e aerobactina (41,2 vs 21,8%, p<0,2). Quanto à comparação para
resistência aos antimicrobianos entre as cepas causadoras de BA e de cistite foram obtidos
os seguintes dados respectivamente: Sulfametoxazol/trimetoprima (58,2 vs 51,8% p<0,8);
ácido nalidíxico (23,5 vs 37,3%, p<0,4); ácido pipemídico (29,4 vs 41,8%, p< 0,5); ciprofloxacina e norfloxacina (23,5 vs 33,9%, p<0,6); ampicilina (41,2 vs 58,2%, p<0,3); cefalotina
(41,2 vs 35,4%, p<0,9); ceftriaxona (0 vs 1,8%, p<0,6); gentamicina (0 vs 10,0%, p<0,4)
e nenhuma resistência para nitrofurantoína foi encontrada em ambos os grupos. Conclusão:
Esses dados sugerem que as cepas de BA são potencialmente patogênicas por apresentaram
importantes genes de virulência principlamante o papGII, um gene altamente relacionado
com cepas de E. coli causadoras de pielonefrite.
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
PREVALÊNCIA DE HIPOVITAMINOSE D EM PACIENTES TRANSPLANTADOS
RENAIS
JULIANA CRISTINA FIGUEIREDO ALVES, ANDREA OLIVARES MAGALHAES, PAULA MIGLIORI
RODRIGUES DA ROCHA, MARLA MARIA CARVALHO, PATRICIA MALAFRONTE, LUANA
PEDREIRA CORTES DE OLIVEIRA, JOSE FERRAZ SOUZA, YVOTY ALVES DOS SANTOS SENS
Sirolimus Em Receptores De Transplante Renal: Análise
De Eficácia E Segurança Em Um Grupo De Conversão Não
Protocolar.
Gois, PHF,Rivelli, GG, de Carvalho, IC, da Silva, JO, Mendes, LKP, Pereira, LM,
Mazzali, M
SANTA CASA DE MISERICORDIA DE SãO PAULO
Disciplina de Nefrologia-DCM-FCM Unicamp
INTRODUÇÃO: Estudos tem demonstrado elevada prevalência de hipovitaminose D em pacientes com e sem doença renal crônica (DRC). Pacientes transplantados renais tem maior risco de desenvolver câncer de pele provavelmente secundário a imunossupressão e, portanto,
são orientados a evitar a exposição solar e a utilizar filtro solar, o que contribui para que esses
pacientes desenvolvam hipovitaminose D, que pode piorar ou favorecer a doença óssea além
de diminuir sua competência imunomoduladora. OBJETIVO: Avaliar a concentração sérica
de 25-Hidroxivitamina D (25(OH)D) em pacientes transplantados renais visando analisar a
prevalência de hipovitaminose D na população estudada, e sua correlação com os níveis de
hormônio paratireóide (PTH), clearence de creatinina, e proteína C reativa (PCR). MÉTODO:
Foram analisados 44 pacientes transplantados renais de um único centro, sendo avaliados
os dados demográficos, as concentrações séricas de 25(OH)D e hormônio paratireóide (PTH)
pelo método de quimioluminescência, proteina C reativa e clearence de creatinina, no período de dezembro/2010 a março/2011. RESULTADOS: Dos 44 pacientes analisados, 24 eram
do sexo feminino, com idade de 44,4 ± 13,0 anos e o tempo após transplante renal foi de
20±18 anos. Oitenta e um por cento (81%) dos pacientes apresentaram hipovitaminose D,
sendo que 79,5% apresentaram insuficiência (10-29,9 ng/ml) e 2,2% deficiência (<10 ng/
ml) de 25(OH)D. Vinte e sete pacientes apresentaram clearence de creatinina menor que
60ml/min ( 61%), O nível médio de PCR foi de 1,7±0,75mg/dl. . A Vitamina D se correlacinou
positivamente com clearence de creatinina e negativamente com PTH e PCR. CONCLUSÃO:
A prevalência de hipovitaminose D no paciente transplantado renal foi elevada e observamos
uma correlação estatisticamente significante entre as variáveis vitamina D/PTH e vitamina D/
PCR. Orientação dietética, exposição solar ou mesmo suplementação com vitamina D seriam
medidas simples para assegurar os níveis adequados dessa vitamina e mesmo prevenir doença óssea e regular a atividade imunomoduladora.
Introdução: As principais indicações para conversão para sirolimo em transplante renal são
disfunção crônica do enxerto (DCE) e neoplasia, além de protocolos de conversão. Objetivo:
Avaliar os indicadores de segurança e eficácia terapêutica em um grupo de transplantados
cuja imunossupressão foi alterada para sirolimus. Método: Estudo retrospectivo. Avaliados
receptores de transplante renal com idade >18 anos que tiveram o esquema imunossupressor
convertido para sirolimo. Resultados: Do total de 1821 transplantes renais realizados no período de janeiro/1984 a fevereiro/2011, 112(6%) tiveram o regime imunossupressor alterado
para sirolimus. As indicações para conversão foram: infecção (n=32: fúngicas, Poliomavirus ou
CMV), disfunção crônica do enxerto (DCE, n=30), neoplasia (n=21), rejeição (n=3) e outros
(n=26). O tempo médio para conversão após o transplante foi de 41±57 meses (0-273),
sendo mais tardia no grupo neoplasia (114 ± 80 meses) e mais precoce no grupo infecção
(15.9±12.7meses). Nos demais grupos a alteração de imunossupressão foi indicada, em média, 24 meses pós transplante (p<0.05 x infecção e neoplasia). Perda de enxerto ocorreu
em 19 casos, com sobrevida de enxerto de 88% (1 ano) e 80% (3 anos), e 6 óbitos foram
registrados no período. Sirolimus foi interrompido em 9 pacientes por eventos adversos. Nos
87 pacientes com enxerto funcionante, a relação proteína/creatinina urinária aumentou de
0.28±0.3 mg/g (conversão) para 0.63±0.09 mg/g (após 6 meses) (p<0,001). O grupo DCE
apresentava os maiores valores de proteinúria na coversão (0.40±0.36, p<0.05 vs. Outros
grupos). Não houve diferença na proteinúria final entre os grupos. A avaliação de função
renal global mostrou melhora 6 meses após conversão (creatinina sérica: 2.24±0.13 mg/dL
vs. 1.89±0.75 mg/dL, conversão vs. 6 meses, p<0,001). Entretanto, não houve variação de
função renal nos grupos infecção, neoplasia e rejeição, e nos outros 2 grupos (DCE e outros)
houve redução significativa da creatinina sérica (p < 0.05 conversão x 6 meses). Conclusão:
Os melhores resultados foram observados no grupo cuja indicação para conversão foi neoplasia. Nos grupos DCE e Infecciosas (a maioria poliomavírus), a conversão foi feita com
creatinina mais elevada, evoluindo com maior perda de enxerto e sem recuperação de função
renal, além de maior necessidade de suspensão do medicamento. Isto pode ser justificado
pela conversão em presença de lesão histológica avançada do enxerto.
Palavras Chaves: HIPOVITAMINOSE D,TRANSPLANTE RENAL
Palavras Chaves: Sirolimus,Transplante renal
47
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
RESUMOS - SESSÃO POSTER
DIÁLISE
A experiência brasileira em Diálise Peritoneal Automatizada
Assistida (DPAA): apenas uma terapia paliativa ou uma opção?
MARCIA REGINA GIANOTTI FRANCO1, Natália Fernandes2, Claúdia Azevedo Ribeiro1,
Jose Carolino Divino Filho3, Glória Lima1
1 - CLÍNICA GAMEN, RIO DE JANEIRO
2 - UNIVERSITY OF JUIZ DE FORA, JUIZ DE FORA
3 - KAROLINSKA INSTITUTET, STOCKHOLM, SWEDEN
Introdução: A diálise peritoneal automatizada assistida (DPAA) é atualmente utilizada em
vários países europeus. No início de 2003, iniciamos um programa de DPAA na Gamen, uma
clínica de diálise no Rio de Janeiro. Objetivo: Descrever um programa de DPAA numa coorte
de pacientes renais crônicos terminais, avaliar o método como primeira terapia e os fatores
associados ao risco de mortalidade. Pacientes e Métodos: Realizamos um estudo retrospectivo de uma coorte de 30 pacientes em DPAA durante o período de janeiro de 2003 até
julho de 2009. Os critérios de inclusão foram pacientes com dependência física e/ou vivendo
sozinhos, sem possibilidade de realizar seu próprio tratamento, assim como pacientes com
instabilidade hemodinâmica, em hemodiálise (HD). Dados demográficos, clínicos e laboratoriais, sobrevida do paciente e da técnica e causas de morte, foram analisados. Resultados: Dos
30 pacientes, 50% eram mulheres, 76.7% da raça branca, idade média 69.2 ± 12, 6 anos
(intervalo:47-93), 60% idosos, sendo 50% com 80 anos ou mais. O tempo total de DPAA foi
de 20 até 60 meses (média: 17.5 ± 13.3). Durante o período do estudo, 47% dos pacientes
tiveram peritonite. Nas culturas realizadas, 22% foram negativas e 61% foram por germes
Gram negativos. A taxa de peritonite foi de 1 episódio/37pac/mês.O escore de Davies foi
maior que 2 em 73.3% e o índice de Karnofsky foi menor que 70 em 40% dos casos. Depois
disso, dividimos em dois grupos, comparando pacientes que tiveram DPAA como primeira
terapia (grupo DP, n=9) e pacientes transferidos de HD (grupo HD, n=21). No grupo HD,
67% dos pacientes foram hospitalizados enquanto no grupo DP, somente 33%. Observamos
que no grupo DP, nenhum paciente necessitou de internação por causa de peritonite durante
o período estudado (p = 0.03). A sobrevida do paciente considerando o período total de 60
meses foi de 78% em 12 meses, 40% em 24 meses e 8% em 48 meses. A causa mais comum
de morte foi doença cardiovascular (69.6%). A sobrevida da técnica no período estudado foi
de 93.3%. Conclusão:Neste estudo demonstramos que a DPAA cumpriu o papel esperado,
oferecendo além de alternativa oportuna, eficiente e segura, a possibilidade de prolongar a
vida de pacientes, sem outras opções de terapia renal substitutiva.
Palavras Chaves: diálise peritoneal, idoso
A utilização do SF36 como indicador de assistência
multidisciplinar para pacientes portadores de Doença Renal
Crônica (DRC), estágios 1, 2, 3 e 4, ”
Pricila M Romero,Christiane Hegedus Karam,Eduardo P Luciano, Patricia
Abreu, Claudio S. Melaragno, Paulo Luconni
voso central. Entretanto, o estudo eletrofisiológico deste reflexo é um método quantitativo
também confiável para avaliar a condução aferente pelo nervo trigêmio. Objetivo: Pesquisar
neuropatia trigeminal em pacientes urêmicos em hemodiálise através do estudo do Blink
reflex. Métodos: Foram realizados exames eletrofisiológicos dos nervos cranianos trigêmio e
facial, pela pesquisa do Blink reflex, em 20 pacientes urêmicos em hemodiálise, sem histórico
de diabetes e/ou alcoolismo, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP. Estudo normativo prévio do serviço de neurofisiologia do Hospital, mostrou
limite superior normal para latências R1 de 12,8 milissegundos. Resultados e Conclusões:
Nas alterações do arco reflexo encontradas, 7 pacientes apresentaram padrão provavelmente
axonal de comprometimento bilateral das aferências trigeminais (35% dos casos) com baixas
amplitudes de respostas R1, coexistindo com respostas diretas normais do nervo facial. Outros 5 pacientes apresentaram um padrão provavelmente de desmielinizações segmentares
de comprometimento bilateral ou unilateral das aferências trigeminais – 25% dos casos. O
Blink reflex mostrou alterações provavelmente indicativas de comprometimento das aferências trigeminais em 12 pacientes (60% dos casos).
Palavras Chaves: NEUROPATIA TRIGEMINAL, UREMIA
Alterações de nervos cranianos em pacientes urêmicos em
hemodiálise
MARCIA ELAINE ZEUGNER BERTOTTI, ANDRÉ LUÍS BALBI, JACQUELINE COSTA TEIXEIRA
CARAMORI, LUÍS CUADRADO MARTIN, PASQUAL BARRETTI, LUIZ ANTONIO DE LIMA
RESENDE
Disciplinas de Neurologia e de Nefrologia da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP
Introdução: A polineuropatia periférica axonal na uremia é bem documentada, no entanto
relatos de neuropatias de nervos cranianos são escassos. Objetivo: Avaliar alterações clínicas
de nervos cranianos em pacientes com urêmicos em hemodiálise. Métodos: Foi realizado o
exame clínico dos XII pares de nervos cranianos em 44 pacientes urêmicos em hemodiálise.
Resultados e Conclusões: Alterações de nervos cranianos foram encontradas em 36 pacientes
(81,8%), com maior incidência no sexo masculino, 22 pacientes (61%). Encontraram-se, em
ordem decrescente: nervo vestíbulo coclear (26 pacientes), nervo óptico – 21, nervo trigêmio
– 20, nervo olfatório – 10, nervo facial e/ou intermédio de Wrisberg – 6 (1 paciente com
paralisia facial periférica à direita), glossofaríngeo – 3, hipoglosso – 2. Nenhum paciente
apresentou paralisias de III, IV ou VI nervos, embora uma paciente tivesse oftalmoplegia
internuclear anterior de causa indeterminada. Os nervos X e XI não apresentaram alterações
clínicas. Concluímos que as alterações clínicas de nervos cranianos em pacientes urêmicos
são freqüentes, devendo ser consideradas no diagnóstico de várias manifestações clínicas,
nessa população.
Palavras Chaves: Nervos cranianos, Uremia
Centro Estadual de Doenças Renais do Vale do Paraíba
Introdução: Tradicionalmentea avaliação da efetividade do tratamento de doenças crônicas,
considera a redução da morbidade e mortalidade. É pertinente incluir como mais uma medida
de efetividade do tratamento, a percepção do paciente em relação à sua qualidade de vida
(QV), no período de admissão e após tempo de tratamento período pré-estabelecido. Objetivos: 1.Avaliar a QV de uma amostra representativa de grupo de pacientes nos estágios 1, 2,
3 e 4 da doença renal (K/DOQI), no momento da admissão e após 6 a 8 meses de tratamento
multidisciplinar. 2. Avaliar a diferença de percepção entre o grupo de diabéticos e não diabéticos. Método: Estudo observacional, prospectivo. A partir da rotina do Centro Estadual de
Tratamento de Doenças Renais do Vale do Paraíba, avaliou-se uma amostra aleatória simples
(erro amostral máximo de 3,8%) de pacientes, atendidos no Serviço, utilizando o Inventário
The Medical OutcomesStudy 36 – Short FormHealthSurvey - SF-36. Dados demográficos e
clínicos foram coletados nos prontuários de cada paciente. Análise estatística: teste não paramétrico Brown-forsythe (BF), bonferroni ou Dunett, análise de variância (ANOVA), teste Qiquadrado. Os resultados encontraram uma diferença favorável e significativa (p<0,05) para
todos os domínios de qualidade de vida, medidos através do SF36. Conclusão: A despeito da
evolução da doença, utilizar a percepção dos pacientes em relação à qualidade de vida, é
um dos parâmetros para avaliar a eficácia das intervenções. Esta análise manteve o caráter
multiprofissional, e assegurou mudanças favoráveis na qualidade de vida destes pacientes,
confirmando a eficiência do trabalho realizado pela equipe do CETDRVP.
Achados do Blink-reflex em pacientes urêmicos em hemodiálise
relacionados a provável neuropatia trigeminal
BERTOTTI MEZ, BALBI AL, CARAMORI JCT, MARTIN LC, BERTOTTI MFZ, BARRETTI P,
RESENDE LAL
Disciplinas de Neurologia e de Nefrologia da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP
Introdução: Há poucos relatos de estudos eletrofisiológicos do reflexo trigêmino-facial (Blinkreflex) na insuficiência renal crônica (IRC). Em 2002 nosso grupo forneceu descrição das
alterações do reflexo trigêmino-facial na IRC, com ênfase para alterações do sistema ner48
Alterações Eletrocardiográficas em Pacientes Portadores de
Doença Renal Crônica (DRC) Terminal (Estadio 5)
FERNANDO ANTONIO DE ALMEIDA
Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde - PUC/SP
Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) são as principais causas de morte nos pacientes com DRC desde o estadio 3 até o estadio 5, em tratamento dialítico. Aproximadamente
metade dos pacientes portadores de DRC morre devido às DCV. No Brasil a hipertensão
arterial (HA) e o diabetes mellitus (DM) são responsáveis por 2/3 dos casos de DRC terminal.
Objetivos: Este estudo teve por objetivo avaliar, em um único centro de tratamento dialítico,
as alterações eletrocardiográficas presentes nos pacientes portadores de DRC no inicio da
terapia renal substitutiva. Causuística e Métodos: Avaliamos o eletrocardiograma (ECG) de
199 pacientes portadores de DRC que iniciaram tratamento dialítico no período de dezembro de 2005 a junho de 2009. Adotamos os critérios da Diretrizda Sociedade Brasileira de
Cardiologia sobre Análise e Emissão de Laudos Eletrocardiográficos de 2009. Os resultados
serão apresentados de forma descritiva. A comparação da prevalência de sobrecarga ventricular esquerda (SVE) foi analisada pelo método do qui-quadrado. Resultados: A Idade
foi 52,7±15,4 (média±DP), 56,2% eram homens e 81% brancos. A maioria dos pacientes
tem DRC por diabetes mellitus tipo 2 (36,7%) ou hipertensão arterial (29,6%). Observamos
apenas 12% dos ECGs com traçados normais. As alterações eletrocardiográficas mais comuns
foram a sobrecarga atrial esquerda (31%), a SVE (30%, sendo 14% com padrão “strain”) e
as alterações de repolarização secundárias à hiperpotassemia (26%). A prevalência de SVE
foi maior nos pacientes com DRC por HA (38%) quando comparada à DM (25%) e a outras
causas de DRC (31%), p<0,01. Conclusões: Sendo o ECG um exame de fácil execução, sem
risco e de baixo custo, deve ser realizado em todos os pacientes com DRC e dele extraídas
todas as informações que possam contribuir para a estratificação dos fatores de risco e comprometimento cardiovasculares, resultando em tratamento mais adequado e possível melhora
da sobrevida e qualidade de vida.
Palavras Chaves: eletrocardiograma, doença renal crônica terminal
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
Alterações odontológicas em pacientes com insuficiência
renal crônica em hemodiálise
MARCIA ELAINE ZEUGNER BERTOTTI, André Luís Balbi, Jacqueline Costa Teixeira
Caramori, Luís Cuadrado Martin, Pasqual Barretti, Luiz Antonio de Lima
Resende
Disciplinas de Neurologia e de Nefrologia da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP
Introdução: A insuficiência renal crônica (IRC) se associa a várias anormalidades na cavidade
bucal, tanto em tecidos moles, quanto em tecidos duros. As alterações descritas na literatura
são controversas em relação à cárie e doença periodontal, sendo importante a manutenção
da saúde bucal nestes pacientes uma vez que a saúde bucal é imprescindível para melhor
qualidade de vida. Ainda, a doença periodontal tem sido apontada como uma causa de
inflamação crônica, nesses pacientes. Objetivo: Diagnosticar alterações odontológicas em
pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise. Métodos: Exame clínico odontológico em 44 pacientes com insuficiência renal crônica terminal em hemodiálise (Grupo 1) e 44
pacientes internados em outras disciplinas, atendidos no Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina de Botucatu – UNESP (Grupo 2). Foram estudados o índice CPOD (dentes cariados, perdidos e obturados) em 14 pacientes dentados, e presença de doença periodontal.
A análise estatística entre os 2 grupos, para pacientes desdentados totais e doença periodontal foi realizada pelo teste X2 para proporção, e para o índice CPOD foi utilizado o teste
não paramétrico de Mann-Whitney. Resultados e Conclusões: Dos 44 pacientes com IRC,
23 eram desdentados totais, 7 desdentados parciais e 14 dentados. A comparação entre os
dois grupos revelou diferença estatística significativa para desdentados totais, com predominância na IRC (p=0,0007). Não houve diferença estatística significante para o índice CPOD,
dentes cariados, perdidos e obturados e doença periodontal, no entanto observou-se doença
periodontal mais severa nos pacientes com IRC. O número de pacientes desdentados totais
na IRC foi maior que o grupo controle. A doença periodontal apresentou-se mais severa nos
pacientes com IRC, sendo necessário maior controle da saúde bucal nesses pacientes.
Palavras Chaves: Hemodiálise, Alterações odontológicas
Análise do Risco Cardiovascular em Pacientes em Hemodiálise
Portadores de Depressão.
Gabriel de Almeida Ferreira1, Eduardo de Paiva Luciano2, Priscila Romero2,
Gilson Fernandes Ruivo3
1 - UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
2 - CENTRO ESTADUAL DE TRATAMENTO DE DOENÇAS RENAIS DO VALE DO PARAÍBA - HOSPITAL REGIONAL DE
TAUBATÉ - SOCIEDADE BENEFICENTE SÃO CAMILO
3 - HOSPITAL REGIONAL DE TAUBATÉ - SOCIEDADE BENEFICENTE SÃO CAMILO
Introdução: Uma das maiores causas de óbito na sociedade moderna são as doenças cardiovasculares, sendo a depressão um fator de risco. Pacientes nefropatas em hemodiálise apresentam prevalência elevada de doença cardiovascular, e a baixa qualidade de vida observada
nestes pacientes pode colaborar para a presença de depressão agravando o quadro. Poucos
estudos correlacionam o risco cardiovascular (RCV) com a depressão e qualidade de vida em
tais pacientes. Objetivo: Avaliar o Risco Cardiovascular em pacientes hemodialíticos portadores de depressão. Casuística e Métodos: Foram estudados 79 pacientes em hemodiálise
no Hospital Regional do Vale do Paraíba, no ano de 2011. O estado psicológico foi avaliado
pelo Inventário de Depressão de Beck e pelo Kidney Disease Quality of Life - Short Form
(KDQOL-SF™ 1.3). O risco cardiovascular foi avaliado pelo Score de Framinghan. Os dados
foram analisados pelo software SPSS versão 14.0, sendo considerado significativo p<0,05.
Resultados: Analisou-se 46 homens (58,2%) e 33 mulheres (41,8%) com idade de 60,7 ±
13,4 anos, variando de 26 a 90 anos. Constatou-se a ausência de depressão em 44,1% dos
pacientes, 35,4% com depressão leve a moderada, 19,0% com depressão moderada a grave
e 1,3% grave. Quanto à avaliação da qualidade de vida observou-se que era adequada na
maioria dos pacientes. O Escore de Framinghan teve uma média de 6,6 ± 3,9, independente
do sexo. Variou de -8 a 16. Analise quanto ao gênero demostrou que o sexo feminino apresentava maior (p=0,008) RCV em comparação ao masculino (8,0 ± 0,8 vs 5,6 ± 0,4). Não se
observou diferença quanto à presença de depressão e o RCV entre os sexos (p>0,05) e o grau
de depressão dos pacientes, de forma geral (p>0,05). Conclusão: Os pacientes apresentaram
baixo RCV, com risco médio de 10% para eventos cardiovasculares em 10 anos. A depressão
não promoveu impacto sobre o RCV, independente do sexo, sendo que uma das explicações
possíveis foi o bom padrão qualidade de vida apresentado por esses pacientes.
Análise dos Eventos Adversos em Hemodiálise.
LUCIANA SENA DE MENDONçA, Vanessa Brasil Silva, Anete Fiais Caldas, Maria
Cristiane Sales de Oliveira, Cácia Mendes Matos
Instituto de Nefrologia e Diálise - INEDD
Introdução: A segurança do doente deve ser considerada como a base da qualidade dos
cuidados na terapia renal substitutiva. A prevenção de eventos adversos é importante para
a segurança do paciente, pois a sua ocorrência durante a hemodiálise pode trazer danos e,
inclusive, colocar em risco a vida do paciente. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar
a ocorrência de eventos adversos relacionados com a assistência de enfermagem na terapia
hemodialítica e identificar oportunidades de melhorias e prevenção de danos no Instituto
de Nefrologia e Diálise (INED) na cidade do Salvador. METODOLOGIA: Estudo prospectivo,
realizado entre junho de 2010 a maio 2011, no qual as enfermeiras da diálise registraram a
ocorrência dos seguintes eventos durante as sessões de hemodiálise: infiltração da FAV, perda
sanguínea, reação ao esterilizante, reação a medicamentos, coagulação de sistema, reação
transfusional, queda, embolia, hemólise e troca de sistema. Os dados foram coletados em impresso específico, denominado “Notificação de Evento Adverso”, e analisados mensalmente
pelo Núcleo de Qualidade. RESULTADOS: Durante o período foram realizadas 22.468 sessões
de hemodiálise em 201 pacientes. Neste período foram notificados 74 eventos adversos(
3,3/1000sessões), assim distribuídos: 56 infiltrações de FAV (76%), 13 pacientes tiveram
perda sanguínea (17,6%), 02 sofreram queda ( 2,7%), 03 manifestaram reação ao esterilizante (4%). Não foram notificados casos de reação ao uso de medicamentos, coagulação de
sistema, reação transfusional, embolia, hemólise e troca de sistema. Nenhuma hospitalização
ou óbito ocorreu em conseqüência dos eventos adversos registrados no período. Todos os
eventos foram revistos, gerando relatórios analíticos mensais, com ações corretivas e preventivas, como por exemplo elaboração de plano de segurança do paciente, elaboração e implantação de rotina de cuidados especiais para as punções difíceis, re-treinamento da equipe e
modificações de rotinas. CONCLUSÃO: O monitoramento e controle dos eventos adversos é
uma ferramenta importante no gerenciamento de risco e no desenvolvimento da cultura de
segurança do paciente, contribuindo para prevenção de danos e melhoria da qualidade da
assistência em hemodiálise.
Palavras Chaves: Segurança do paciente, Qualidade em saude
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO COGNITIVA EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA
RENAL CRÔNICA EM HEMODIÁLISE.
Mendonça KG, Presídio GA, Soutinho MFL, Loureiro JL, Pacheco GA, Silva AAB,
Gouveia EA, Oliveira, CAF, Ressurreição FAMS
UNIDADE DE NEFROLOGIA DE ALAGOAS
Introdução: A Insuficiência Renal Crônica (IRC) traz uma série de consequências físicas relevantes para o organismo, podendo levar redução significativa da qualidade de vida e comprometimento cognitivo. Com o início do tratamento dialítico, o individuo passa por processo
de adaptação, devido às modificações da sua rotina, restrições alimentares e limitações físicas, processo que pode afetar a função cognitiva, e piorar a qualidade de vida. Esse déficit
caracteriza-se pelo prejuízo do estado de alerta, intelectual, de aprendizado, de atenção, de
concentração, de memória e de coordenação percepto-motora. Objetivo: Avaliar a função
cognitiva dos pacientes com IRC em hemodiálise na UNIRIM - serviço de nefrologia de Alagoas no período de Janeiro a Junho de 2011. Casuística e Métodos: Este estudo descritivo
transversal avaliou 46 pacientes em tratamento na UNIRIM. O instrumento utilizado para a
obtenção dos dados foi o Mini Exame do Estado Mental. Várias pesquisas apontam maior
comprometimento cognitivo entre pacientes com IRC em tratamento dialítico comparativamente à população geral. Nos atuais estudos, a prevalência de prejuízo cognitivo é variável,
podendo identificar 27% a 87,3% de déficit em pacientes com IRC terminal. Resultados e
Conclusões: A amostra foi composta por 19 mulheres (41,3%) e 27 homens (58,7%), sendo
a média da idade de 47,7 anos. Dos 46 pacientes da amostra, 7(15,2%) foram excluídos por
baixa acuidade visual. Quanto aos 39 pacientes restantes, 12(30%) apresentaram comprometimento da função cognitiva, sendo 5 de baixa e média escolaridade (n=8) e 7 de alta
escolaridade (n=31). Dentre os pacientes com alta escolaridade a média de pontuação foi de
28,3, enquanto que a do grupo de média e baixa foi de 17,3. Observou-se que a prevalência
de comprometimento cognitivo, entre portadores de IRC em hemodiálise nesse serviço foi
semelhante ao encontrado na literatura, chamando a atenção uma maior ocorrência desse
déficit em pacientes com grau de escolaridade baixo e médio.
Palavras Chaves: Déficit cognitivo, Hemodiálise
Avaliação da hemoglobina (Hb) baixa nos pacientes renais
crônicos em terapia de substituição renal por hemodiálise
(HD) em uma clínica conveniada ao SUS
Frazao J E1, Alecrim N K N1, Alves C S2, Valente L. 2, Neiva S C2
1 - UFPE
2 - CTR
Nível baixo de hemoglobina em pacientes com doença renal crônica está associado a condições
como: déficit de eritropoietina, de ferro, co-morbidades, falta da medicação prescrita, entre outras.
No CENSO GERAL DE DIÁLISE DA SBN (2009/2010) cerca de 40% dos pacientes apresentaram
Hb <11. Objetivo: Avaliar o nível de Hb dos pacientes em HD, em um centro de tratamento renal
conveniado ao SUS. Relacionar nível baixo de Hb com ferritina (F), saturação de transferrina (ST).
Material e método: Estudo retrospectivo dos registros dos pacientes em hemodiálise em um centro
conveniado com o SUS em Pernambuco que recebem prescrição de eritropoietina e ferro venoso
de acordo com o recomendado. Os pacientes selecionados para análise foram os que estavam em
HD entre dezembro de 2010 e maio de 2011. A coleta de dados foi realizada a partir de busca em
prontuário eletrônico (Nefrodata). As variáveis estudadas foram: sexo, idade e exames laboratoriais
(Hb, ST, F) referentes ao intervalo do estudo. Considerou-se nível baixo de Hb do paciente quando
eles apresentavam Hb <11g. Resultados: No período estudado, foram avaliados 227 registros, 88
(39%) eram do sexo feminino e 139 (61%) do masculino. A idade dos pacientes variou de 19 a 82
anos, com média de 52 anos. A hemoglobina (Hb) no período variou entre 6,7 e 16,8 e a média da
Hb foi 11,2. Em dezembro de 2010, 95 (42%) pacientes apresentavam Hb < 11 e 92 (40%) em
maio/2011. Entre os pacientes que apresentavam HB< 11, 26/95 (27%) apresentavam ST< 20 e
11 /95 (11%) apresentavam F < 20 em dezembro. Em maio/2011 10/92 (11%) pacientes apresentavam F < 200, 14/92 (15%) apresentavam ST < 20%. Conclusão: O número de pacientes que
apresentaram nível baixo de Hb foi similar nos 2 períodos analisados, e comparável ao do CENSO
DA SBN. Na nossa análise, o estoque de ferro baixo foi uma das causas da Hb baixa em cerca de
até 27% dos casos analisados. Outros motivos da Hb baixa encontrada como: a doença de base,
co-morbidades, a falta de medicação (não fornecimento ou não aderência) podem ter corroborado
para o quadro encontrado e devem ser analisados.
Palavras Chaves: Anemia
49
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
Avaliação da incidência das intercorrências com cateteres de
longa permanência em pacientes renais crônicos dialíticos e
sua repercussão em curto prazo na evolução clínica
BENEDITO JORGE PEREIRA,GUIMARÃES EA,HERNANDEZ M,MAKIDA SCS,SILVA PP,ROMÃO
MAF,ABENSUR H,ROMÃO JR JE
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Objetivos: avaliar a presença de intercorrências com cateteres para hemodiálise de longa permanência, identificar quais os principais eventos e desfechos em relação à complicação ocorrida. Material e Métodos: foram acompanhados durante 2 meses, 18 pacientes portadores
insuficiência renal crônica em programa de hemodiálise através de cateteres de longa permanência, sendo 5 homens e 13 mulheres, idade 38,31±19,65 anos, glomerulonefrite crônica
(n=7), doença renal hipertensiva(n=3), diabetes(n=3), pielonefrite crônica(n=2), doença renal policístican(n=1), síndrome cardio-renal(n=1), deficiência de FGF 23(n=1). As principais
razões para uso do cateter foram: por não terem condições de realizarem acesso vascular
definitivo (n=9) ou por estarem no momento inicial de dialítica (n=6). Feito anotações dados
clínicos do paciente, número de intercorrências ocorridas no período, condutas terapêuticas
decididas e evolução clínica. Resultados: foram encontrados 31 eventos no período (n=18).
Observou-se que a principal intercorrência com os cateteres se relacionava com o mau funcionamento do acesso em 74,1% (n=23), seguido de eventos de infecção relacionada ao cateter
12,9% (n=4), sangramento do óstio em 9,7% (n=3) . Na avaliação laboratorial observou-se
os níveis hemoglobina=10,2 ± 1,2 g/L; Hematocrito= 33,0±3,9 %, sem diferença naqueles
com o mau funcionamento do cateter. A conduta terapêutica presenciada em relação aos
principais eventos foi: uso de alteplase para tratar o mau funcionamento do acesso; antibioticoterapia sistêmica seguindo os agentes encontrados nas culturas eventos de bacteremia
relacionadas aos cateteres. Não foram observados: internação por conta dos eventos, retirada
do acesso e óbitos no período. Conclusões: as intercorrências com os cateteres de longa
permanência são freqüentes em pacientes em hemodiálise e estão ligadas principalmente a
eventos relacionados ao mau funcionamento do acesso, revertidas em curto prazo com uso
de alteplase, sem necessidade da troca imediata do cateter.
Palavras Chaves: cateter de longa permanência, hemodiálise
transplantados renais submetidos à bx percutânea do enxerto, no período de agosto/2010
a abril/2011. Critérios de inclusão: idade>18 anos, indicação de bx percutânea do enxerto,
PAS<150mmHg e PAD<100mmHg, contagem de plaquetas>100.000/mm3, uréia<200mg/
dL, PTTA (R)<1,3, INR<1,3 e suspensão de anti-agregantes plaquetários>7 dias. A Bx renal
foi realizada no leito, por equipe de nefrologia, e guiada por ultrassonografia. RESULTADOS:
Foram analisados 72 procedimentos de bx. A incidência de complicações foi de 23% (17/72),
sendo a maioria de complicações menores (14/17, 82,3%). A complicação mais frequente
foi hematúria macroscópica transitória (n=9), seguido de hematoma laminar (n=3) e dor
local por mais de 12h, com necessidade de opioide (n=2). Complicações maiores ocorreram
em apenas 3 casos, caracterizados por queda de hemoglobina > 1g/dl (n=2) e hipotensão
arterial (n=1). Não houve óbito, perda de enxerto ou necessidade de intervenção cirúrgica
neste grupo. A avaliação de possíveis fatores de risco para complicações, mostrou que, para
pacientes com índice de massa corporal (IMC) > 35kg/m2, a incidência de complicações foi
de 50%. No grupo com complicações, obervamos queda significativa do hematócrito pós-bx
(27+5 vs. 26,4+5,5, pré x pós bx p=0.04). Outros parâmetros avaliados, como sexo, idade,
tempo pós transplante, pressao arterial (1, 6 e 24 horas pós-bx), hemoglobina, número de
plaquetas (pré e pós-biópsia), uréia, INR e PTTA (pré-bx) não apresentaram diferença estatisticamente significativa entre os grupos com e sem complicação (p=ns). CONCLUSÕES:
Biópsia percutânea de enxerto renal foi um procedimento seguro, sendo hematúria transitória
a complicação mais frequente. Nesta série, excetuando-se os pacientes com IMC > 35kg/m2,
parece não ser possível prever eventos adversos relacionados à bx percutanea do enxerto. O
controle de hematócrito pode ser um bom marcador para avaliação de complicações, especialmente de hematomas laminares pós-bx.
Palavras Chaves: Biópsia renal, Transplante
Caracterização clínico-demográfica de pacientes transplantados com Nefropatia por IgA antes e/ou depois do
transplante renal.
LEMES-CANUTO, APPS; SANDES-FREITAS, TV; MEDINA-PESTANA, JO; MASTROIANNIKIRSZTAJN, G;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SãO PAULO
Avaliação do consumo alimentar de pacientes sob terapia
dialítica: uma análise utilizando como referência variáveis
bioquímicas.
JULIANA CALIXTO COUTO RAMOS1,ROSIMAY LUZ DE OLIVEIRA2
1 - IDR INSTITUTO DE DOEANçAS RENAIS
2 - CONSULTÓRIO PARTICULAR
Introdução: A ingestão incorreta de nutrientes contribui para o agravamento do estado nutricional de pacientes com Insuficiência Renal Crônica (IRC). Objetivo: avaliar o consumo
alimentar utilizando como referência avaliações bioquímicas de pacientes com IRC em hemodiálise. Método: Foi realizado um estudo transversal, com 37 homens e 31 mukheres,
com idade entre 17 e 81 anos. Para classificação do estado nutricional foi utilizado o índice
de massa corporal (IMC) utilizando o peso após a diálise. Coletamos os últimos resultados
dos níveis bioquímicos de uréia, sódio, cálcio e fósforo. Aplicamos o recordatório alimentar
habitual e os dados coletados neste foram calculados utilizando-se o software de Apoio à
Nutrição, da Escola Paulista de Medicina. Os resultados foram comparados às recomendações
especificas para pacientes renais em hemodiálise. Discussão: Nosso estudo confirma a baixa
ingestão calórica dessa população (< 23 kcal/kg/dia). No entanto, a média de adequação do
IMC estava dentro da faixa de normalidade (IMC 23,5 + 4,52). A média de consumo protéico
apresentou níveis abaixo dos aceitáveis, o que mostrou-se inversamente proporcional aos
níveis de Fósforo (P), provavelmente por conta dos procedimentos dialíticos serem pouco
eficientes em sua remoção. Encontramos alta correlação positiva com o parâmetro bioquímico de potássio, onde a média de consumo foi de 1661mg/dia + 845,57 e a bioquímica
apresentou 4,8 mg/dl + 0,88, sugerindo que há um consumo adequado, porém, os níveis
séricos apresentaram-se acima do desejado. A média de consumo de Cálcio ficou abaixo das
recomendações para esta população (531 mg/dia + 259,19) com níveis bioquímicos também
insuficientes (8,5 mg/dl + 1,08). Todas as probabilidades de significância apresentadas foram
considerados estatisticamente significativas. Conclusão: Os parâmetros bioquímicos avaliados encontravam-se dentro do esperado para pacientes em hemodiálise crônica. No entanto,
no que diz respeito à ingestão alimentar, acreditamos que os pacientes têm a tendência a
substimar ou omitir o consumo real dos alimentos. As evidências disponíveis sugerem que
fatores dietéticos têm um papel importante na qualidade de vida desses pacientes, assim a
interação entre conhecimentos nutricionais e tratamento dietoterápico aliados ao tratamento
medicamentoso são primordiais para esta população.
Palavras Chaves: Consumo Alimentar em Hemodiálise
Biópsia Percutânea Do Enxerto Renal: Complicações, Riscos E
Preditores
Gois, PHF, da Silva, JO, Esteves, ABA, de Carvalho, IC, MENDES, LKP, Rivelli, GG,
Mazzali, M
Disciplina de Nefrologia-DCM-FCM Unicamp,
INTRODUÇÃO: Biópsia (bx) renal é um procedimento diagnóstico essencial no acompanhamento pós-transplante renal. Apesar de baixa incidência de complicações, hematúria macroscópica e hematomas peri-enxerto podem ocorrer, comprometendo a sobrevida de paciente e
enxerto. OBJETIVO: Avaliar a incidência de complicações de bx percutânea de enxerto renal e
possíveis fatores de risco para sua ocorrência. MÉTODOLOGIA: Estudo prospectivo, incluindo
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Introdução: A Nefropatia por IgA (NIgA) é a glomerulonefrite primária mais comum em
todo o mundo, cerca de 15 a 40% dos pacientes irão eventualmente ter doença renal em
estágio final, sendo necessário terapia renal substitutiva, inclusive A recorrência da NIgA,
após o transplante renal, pode resultar em declínio da função renal e perda do enxerto; é
considerada a terceira causa mais frequente de perda do enxerto em 10 anos, em pacientes
com glomerulonefrite subjacente. Objetivos: Avaliar o perfil dos pacientes com NIgA como
etiologia da doença renal crônica que foram submetidos a transplante renal e comparar com
aqueles com diagnóstico de NIgA pós-transplante, tentando identificar possíveis fatores de
risco para a recorrência da doença de base. Métodos: Os dados foram coletados retrospectivamente dos prontuários médicos e banco de dados de 146 pacientes submetidos a transplante renal no período de ago/98 e dez/10, divididos em 2 grupos para comparação: Grupo
1 (n=128): pacientes com NIgA como doença de base, submetidos a transplante renal e que
não apresentaram recorrência; grupo 2 (n=18): pacientes submetidos a transplante renal e
que apresentaram NIgA após o transplante (recorrência ou “de novo”). Resultados: A idade
média foi de 35 anos, com predomínio do sexo masculino (62%) e da raça branca (69%), não
havendo diferenças entre os grupos. Nos dois grupos, os pacientes eram predominantemente
não obesos (índice de massa corporal de 23,3 kg/m2) e o tipo sanguíneo mais prevalente
foi o tipo O (49%). Não encontramos diferenças também em relação ao tratamento anterior
(82% provinham da hemodiálise), ao tempo em diálise (média de 18 meses) e ao tipo de doador (81% de doadores vivos relacionados). Ao avaliar a idade dos doadores, houve diferença
estatística entre os grupos (p=0,004), no grupo 1 a idade média foi de 43,6 anos e no grupo
2 foi de 35,0 anos. No grupo 2, apenas dois pacientes tinham NIgA como doença de base.
Conclusões: Os grupos não diferiram de forma significativa no que tange às características
clínicas e demográficas dos receptores, mas diferiram em relação à idade dos doadores. Traçar
um perfil dos pacientes submetidos a transplante renal pode contribuir para a identificação
de possíveis fatores de risco para recorrência da doença de base. Certamente amostragens
mais abrangentes de indivíduos com NIgA recorrente poderão definir a relevância da idade
do doador e outros fatores de risco nesta população.
Palavras Chaves: TRANSPLANTE RENAL, NEFROPATIA POR IGA
Comprometimento cognitivo em pacientes com insuficiência
renal crônica avançada (IRCA) em diferentes tratamentos
ANA TERESA DE ABREU RAMOS CERQUEIRA,QUEIROZ, C.M.T,BALBI,A
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP
INTRODUÇÃO: Comprometimento cognitivo entre pacientes portadores de IRCA em tratamento dialítico é superior ao observado na população geral, havendo uma diferenciação
desse comprometimento entre os indivíduos em diferentes tratamentos. Porém, os efeitos da
doença e da terapia dialítica na função cognitiva são ainda inconsistentes e contraditórios.
OBJETIVOS: Estimar a prevalência de comprometimento cognitivo em pacientes com insuficiência renal crônica avançada em diferentes formas de tratamento e estudar a associação
desses desfechos com variáveis sociodemográficas e clínicas. MÉTODO: Desenho de corte
transversal com 182 pacientes (75,2%) dos 242 em tratamento na Unidade de Diálise em
um Hospital de Clínicas (39 em diálise peritoneal, 112 em hemodiálise e 31 em pré-diálise).
Instrumentos utilizados:: formulário sociodemográfico e clínico; Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) para avaliação da função cognitiva; inventário de depressão de Beck (BDI), para
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
avaliação de sintomas depressivos. RESULTADOS: Eram homens 55.0% dos sujeitos, com
idade média de 57,5 anos (IC 54,8-59,3; 18-88 anos), com em média 36 meses de tratamento (30,1-41,9). Diabetes foi a doença de base predominante (32,5%).A prevalência de
comprometimento cognitivo foi de 56,6%., e quase metade dos pacientes (44,9%) apresentava sintomas depressivos. A partir da análise univariada verificou-se associação de casos de
comprometimento cognitivo com variáveis sociodemográficas e clínicas e elaborou-se o modelo de regressão logística (stepwise forward). Na análise multivariada constatou-se que os
prováveis fatores de risco para comprometimento cognitivo, após se ajustar para idade, sexo
e renda, foram: apresentar baixa escolaridade (OR 3,05; IC 1,38-6,77); ter diabetes mellitus
(OR 2,34; IC 1,24-9,02), estar em hemodiálise (OR 3,34; IC 1,24-9,02) e em pré-diálise
(OR 6,79; 1,83-25,18). CONCLUSÃO: A prevalência de comprometimento cognitivo, entre
portadores de doença renal em estágio 5, em pré-diálise, hemodiálise e diálise peritoneal,
foi superior à da população geral, sugerindo que esses indivíduos sejam sistematicamente
avaliados e monitorados em relação à função cognitiva. Devem ser oferecidos cuidados especiais aos pacientes nas condições identificadas como fatores de risco para comprometimento
cognitivo, uma vez que esses indivíduos podem ter a compreensão sobre sua doença e tratamento prejudicada, interferindo na adesão às condutas propostas e promovendo piora em
sua qualidade de vida.
Palavras Chaves: Comprometimento cognitivo, diálise
Conhecemos as alergias dos nossos pacientes em programa
de hemodiálise?
LUCIANA SENA DE MENDONçA, Vanessa Brasil Silva,Anete Fiais Caldas, Cácia
Mendes Matos
Instituto de Nefrologia e Diálise - INED
INTRODUÇÃO: O conhecimento das alergias medicamentosas dos pacientes constitui um
aspecto importante para a prevenção de erros relacionados à administração de medicação.
OBJETIVO: Avaliar a frequência do relato de alergias ou intolerância medicamentosa nos pacientes em programa de hemodiálise no Instituto de Nefrologia e Diálise (INED), e comparar
os achados com os respectivos registros da admissão no prontuário médico do paciente.
Método:Estudo de corte transversal, realizado no mês de dezembro de 2010, com 139 pacientes adultos em programa de hemodiálise em uma clínica satélite. Os pacientes foram
questionados, pela enfermeira do seu turno, sobre a história prévia de alergia ou intolerância
a medicações de uso comum em serviços de diálise como analgésicos, antibióticos, antiinflamatório, heparina, ferro endovenoso. Em impresso específico, as respostas foram comparadas
com as informações registradas no prontuário médico. Resultados:Dos 139 pacientes entrevistados, 36% referiu alergia ou intolerância a pelo menos um tipo de medicação ou material
hospitalar. Alergia a esparadrapo ou fita adesiva foi referida por 14% dos pacientes. Alergia a
betalactâmicos (penicilina e cafalosporina), sulfonamidas ou quinolonas e tetraciclina foram
respectivamente 6%, 1,4%, 0,7%. Alergia à dipirona, ácido acetil salicilico e paracetamol/codeína foi relatada por 6%, 3% e 0,7% respectivamente. Intolerância ao ferro endovenoso foi
referida por 5% dos pacientes e reação adversa a anti-hipertensivos por 6% dos pacientes.
De todas as alergias ou intolerâncias referidas apenas 40% estavam registradas no prontuário do paciente. Visando facilitar a identificação e proporcionar maior segurança aos pacientes, foi confeccionado um quadro para relato de tais alergias ou intolerâncias. na ficha de HD.
Conclusão: O histórico de alergia ou intolerância a medicações de uso comum em pacientes
dialíticos foi pobremente documentado no prontuário médico do paciente. Este resultado
sugere que a falta de conhecimento da equipe sobre o histórico de alergia ou intolerância
medicamentosa nos pacientes em programa ambulatorial de diálise, pode oferecer riscos de
eventos adversos e anafilaxia, comprometendo a segurança na assistência ao paciente.
Palavras Chaves: Segurança do paciente, Qualidade em saude
Controle de qualidade em uma população em hemodiálise: o
desafio do desvio padrão
MANUEL CARLOS MARTINS CASTRO, Xagoraris M, Centeno JR, Gonzaga KBC,
Marotta AMM, Barros GPT,Souza JAC
Instituto de Nefrologia de Taubaté (Inefro) – Taubaté/SP
Introdução: Diretrizes têm estabelecido índices a serem atingidos nos pacientes em hemodiálise (HD); entretanto, elas não têm definido o padrão de distribuição desses índices para uma
população em diálise. Objetivos: Este estudo teve como objetivo avaliar o comportamento de
sete índices de qualidade em uma população em HD em um centro único de tratamento. Casuística e Métodos: No período de 12 meses, a cada 3 meses, foram avaliados os índices Kt/V,
hemoglobina (Hb), fósforo (P), produto CaxP, albumina (alb), saturação de transferrina (ST) e
ferritina (F).A média (M) das 4 médias e dos 4 DP foi calculada, compondo a M±DP anual.
Os objetivos a serem atingidos foram: Kt/V>1,2; Hb>11g/dl; P≤5,5mg/dl, CaxP<55mg2/dl2;
alb≥3,5g/dl; ST>20% e F>100ng/ml. A seguir, calculou-se o DP em % da M e, posteriormente, um novo DP ideal (DP ideal) de forma que a % em relação a M representasse que
no máximo 2,5% dos pacientes estivessem acima ou abaixo dos valores estabelecidos nos
objetivos. Resultados: Foram avaliados, em média, 230 pacientes em cada um dos 4 períodos
de observação. Os númerosmostram a M±DP anual / o DP em % da M / e o DP ideal em %
da M: Kt/V – 1,42±0,26 / 18,3% / 15,5%; Hb – 11,4±1,9g/dl / 16,8% / 12,7%; P – 5,2±1,7
mg/dl / 33,1% / 4,7%; CaxP – 48,8±17,6mg2/dl2 / 36,2% / 12,7%; A – 3,8±0,4g/dl /
12% / 8,4%; ST – 37,7±17,2% / 47,2% e F – 725±543ng/ml / 74,9%. Para a ST e F não
se calculou o DP ideal, pois para essas variáveis a curva de distribuição se deslocou para a
direita ficando acima dos valores estabelecidos nos objetivos. Conclusões: Nossos resultados
mostram que em uma população em HD: 1) obter, na média, os objetivos estabelecidos pelas
diretrizes é fácil; entretanto, 2) o amplo DP aumenta a base da curva de Gauss fazendo com
que vários pacientes se localizem em regiões da curva fora do estabelecido pelas diretrizes;
conseqüentemente, 3) para um bom controle de qualidade em diálise é importante adotar
medidas para reduzir a amplitude do DP.
Palavras Chaves: Controle de qualidade em hemodiálise, Diretrizes em
hemodiálise
Cuidado pré-diálise e hemodiálise prévia, mas não a
variabilidade da hemoglobina, são preditores independentes
de mortalidade associada a anemia em pacientes incidentes
em diálise peritoneal
Moraes TH, Gonçalves S, Dal Lago EA, Kloster S, Boros G, Colombo M, Raboni
L,Olandoski M, Fernandes N, Qureshi AR, Divino-Filho JC,Pecoits-Filho R
Pontificia Universidade Católica do Paraná
Introdução: Anemia é uma complicação comum da doença renal crônica (DRC) associada com
complicações cardiovasculares e um fator de risco independente para desfechos adversos
de pacientes em todos os estágios de DRC, principalmente naqueles em hemodiálise (HD)
e diálise peritoneal (DP). Estudos publicados recentemente mostraram que não somente a
presença de anemia mas também a variabilidade da hemoglobina se associam a um maior
risco de morte em indivíduos em hemodiálise. Além disso, o cuidado pré-diálitico também
tem sido relacionado a melhores desfechos incluindo menor taxa de mortalidade após o
início da diálise. Objetivos: O objetivo desse estudo foi analisar a prevalência de anemia e
a variabilidade da hemoglobina em pacientes em DP, estabelecer seus fatores associados e
seu impacto clínico nos desfechos de uma grande coorte de pacientes incidentes em diálise
peritoneal. Métodos: Estudo de coorte, multicêntrico, prospectivo e nacional. Nós avaliamos
2156 pacientes incidentes em DP entre 2004 e 2007 de 114 centros Brasileiros de diálise.
Os fatores preditores estudados foram as características demográficas dos pacientes, cuidado
pré-dialítico, hemodiálise prévia, comorbidades, níveis de hemoglobina e sua variabilidade.
Os desfechos analisados foram mortalidade por todas as causas censurado para transplante
renal, recuperação da função renal, e perda de seguimento. Além disso nós examinamos os
fatores associados a mortalidade relacionada a anemia. Um modelo de regressão proporcional de Cox foi utilizado para analizar as associações com mortalidade. Resultados: a prevalência de Hb inferior a 11g/dL foi de 57% na medida basal xom redução para 38% no quarto
mês. A razão de risco para mortalidade de acordo com os valores de hemoglobina medidos
no período basal e após 6 meses de DP mostrou que o cuidado pré-diálise (HR 1,41 (CI 95%
0,86-2,3) e HR 1.65 (CI95%1.19-2.28)) e história de hemodiálise prévia (HR 1,9 (1,24-2,91)
e HR 1.25 (0.95-1.65)) foram preditores independentes de mortalidade associada a anemia.
não houve diferença na sobrevida do paciente através das diferentes faixas de variabilidade
de hemoglobina. Conclusão: O cuidado pré-dialítico e ter sido transferido da HD foram fatores
preditores de anemia em pacientes incidentes em DP, contudo níveis baixos de HB foram preditores independentes de mortalidade. A variabilidade da Hb não se associou a mortalidade.
Palavras Chaves: Diálise Peritoneal,Anemia
Deficiência de Zinco em pacientes hemodialisados: implicações
para aterosclerose
JULIE CALIXTO LOBO1, Milena Barcza Stockler Pinto1, Najla Elias Farage2, Tanize
Faulin3, Dulcinéia Saes Parra Abdalla3, João Paulo Machado Torres4, Denise
Mafra5
1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
2 - Clínica Renalcor
3 - Universidade de São Paulo
4 - Universidade Federal do Rio de Janeiro
5 - Universidade Federal Fluminense5
Introdução: O zinco (Zn) parece ter efeitos anti-aterogênicos por ser crucial na proteção contra citocinas inflamatórias e na redução do dano oxidativo através da diminuição da formação
de espécies reativas de oxigênio. Sabe-se que pacientes portadores de doença renal crônica
(DRC) apresentam deficiência de Zn e tal fato poderia exacerbar o risco de aterosclerose
desta população. Objetivo: Investigar se existe associação entre os níveis de Zn plasmático, LDL eletronegativa [LDL(-)], uma subfração pro-aterogênica da LDL, e TNF- α, marcador
inflamatório, em pacientes sob tratamento hemodialítico (HD). Materiais e Métodos: Foram
estudados 47 pacientes HD (28M/17F; 54,6±14,8 anos; tempo de diálise 49,7±46,5 meses)
e comparados com 20 indivíduos saudáveis (9M/11F; 51,5±10,6 anos). Os níveis de LDL(-)
foram mensurados por ELISA, os níveis de Zn por espectrofotometria de absorção atômica,
e TNF-α por kit multiplex R&D Systems®. Resultados: Os pacientes HD apresentaram níveis
aumentados de LDL(-) (p<0,05) e TNF-α (p=0,0001) (0,18±0,12 U/L e 5,5±2,1 pg/mL respectivamente) quando comparados aos indivíduos saudáveis (0,10±0,08 U/L e 2,4±1,1 pg/
mL, respectivamente). Em contraste, os níveis de Zn dos pacientes HD estavam diminuídos
(54,9±16,1 µg/dL) com relação aos indivíduos saudáveis (78,8±9,44 µg/dL) (p<0,0001) e
foram negativamente correlacionados aos de LDL(-)(r=-0,33; p=0,008) e TNF-α (r=-0,49;
p=0,0001). Conclusão: Os resultados do presente estudo nos permitem sugerir que a deficiência de Zn predispõe os pacientes HD ao estresse oxidativo e à inflamação, o que poderia
aumentar o risco de doenças cardiovasculares nesses pacientes.
Apoio FAPERJ, CNPq e Grupo Renalcor.
51
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
Demandas Apresentadas ao Serviço Social em um Centro de
Diálise: considerações através de um estudo de caso.
HANNAH OLIVEIRA COUTINHO, MARIA DAS GRAÇAS GARCIA E SOUZA
HOSPITAL UNIVERSITáRIO ANTONIO PEDRO - HUAP/UFF
Introdução: Por insuficiência renal crônica entende-se a condição na qual os rins perdem
capacidade de efetuar suas funções básicas de maneira lenta, progressiva e irreversível. Ao
ser encaminhado à diálise, o usuário começa a ver sua rotina não só de trabalho, mas também
social, econômica e familiar modificar drasticamente. Em muitos casos, as sessões freqüentes
de diálise dificultam o exercício do trabalho e atividades de convívio social.Objetivo: Identificar através dos instrumentos de intervenção do serviço social não só necessidades aparentes,
mas também as demandas “reprimidas”, que são descobertas através da fala do usuário e de
sua família. Então, é realizado uma análise das informações, bem como sua sistematização
para que estas sejam traduzidas em ações que apontem alternativas as questões trazidas
pelo usuário.Casuística e Método:V.A, 55 anos, desempregado, internou-se no referido hospital sob suspeita de insuficiência renal crônica. Após alta hospitalar, foi encaminhado ao
Centro de Diálise para sessões freqüentes de hemodiálise. Durante a abordagem do Serviço
Social, com o usuário e sua rede social, foram identificadas questões a cerca da insuficiência
de recursos econômicos, falta de vínculo familiar, insalubridade do local de moradia trazendo
conseqüências ligadas a atenção a higiene dentre outros. Trata-se de um estudo de caráter
descritivo, em forma de relato de caso, realizado através da coleta de dados, de observação e
realização de entrevista social, bem como sua análise, através de literatura especializada para
o embasamento da intervenção.Resultados: Foi realizado o acesso à rede de serviços do município de origem do usuário com a intenção de viabilizar e resolver as questões ligadas não
só a saúde do usuário e de seus familiares, mas também questões ligadas à saúde pública.
Desta forma, pudemos concretizar o acesso aos direitos garantidos aos usuários do Sistema
de Saúde, que apesar de apresentar grandes limitações, conseguiu minimamente garantir a
integralidade da saúde do usuário e de seus familiares.Conclusão: Após análise criteriosa
da intervenção, Percebe-se que o papel que o assistente social desenvolve na sua prática
torna-se imprescindível na garantia do acesso aos direitos sociais dentro e fora da instituição.
Apesar de sua presença nos Centros de Diálise inicialmente constituir uma necessidade cumprimento legal, é notável sua participação de forma ativa e indispensável à atenção à saúde
da população usuária.
Palavras Chaves: DIÁLISE, ATENÇÃO À SAÚDE
Determinantes
da
hipovitaminose
transplantados renais
D
em
pacientes
Baxmann AC, Menon VB, Froeder L, Medina-Pestana J, Carvalho AB, Heilberg IP
UNIFESP
Objetivos:Avaliar o “status” de vitamina D e os fatores de risco para hipovitaminose D em
transplantados renais.Métodos:Os níveis séricos de 25(OH)D foram determinados em noventa (90) transplantados (58M/32M,43±10anos), com creatinina sérica<2,0mg/dL, após
6 meses de transplante (6-165 meses). Os pacientes foram submetidos à avaliação antropométrica e da composição corporal, e coleta de sangue e urina para determinações bioquímicas e hormonais. Dados clínicos foram obtidos dos prontuários.Resultados: A hipovitaminose D [25(OH)D<30 ng/mL] foi observada em 65% dos pacientes (Insuficiência:53% e
deficiência:11%). Quando os indivíduos foram avaliados de acordo com os níveis de 25(OH)D,
observou-se que o grupo com hipovitaminose D apresentava maior % de coletas de sangue
obtidas no inverno (65 vs 29%;p<0,001), maior % de pacientes em esquema imunossupressor com ciclosporina vs tacrolimus (45 vs 19%,p<0,05), maior valor médio de PTH (131±79
vs 90±43pg/mL;p<0,05), gordura corporal (31±10 vs 20±7%;p<0,001), circunferência de
cintura (93±12 vs 87±12cm;p<0,05) e maior % de pacientes com índice de massa corporal
(IMC)>25 (76 vs 39%,p<0,001) em comparação aos suficientes em vitamina D. Não foi
observada diferença significante entre os dois grupos com relação à idade, raça, função renal,
níveis séricos de albumina, cálcio, fósforo e FGF23, e quanto aos níveis urinários de cálcio,
fósforo, fração de excreção de fósforo e albuminúria. A 25(OH)D se correlacionou inversamente com IMC (r=-0,49;p=0,001), gordura corporal (r=-0,65;p=0,001) e circunferência de
cintura (r=-0,32;p=0,003). Uma análise de regressão logística revelou que a gordura corporal
foi um preditor independente de hipovitaminose D (odds ratio 1.25;95%CI 1.1-1.4;p<0.001),
mesmo quando ajustado para a variação sazonal.Conclusão: A prevalência de hipovitaminose
D foi elevada nos transplantados renais e o % de gordura corporal representou um relevante
fator preditivo associado com esta condição.
Palavras Chaves: Vitamina D, Transplante renal
Ecocardiograma pré e pós diálise realizado por
nefrologista:Uma ferramenta útil e acessível para avaliação
hemodinâmica em pacientes em hemodiálise
ADRIANO LUIZ AMMIRATI, Maria Claudia Cruz Andreoli, Nadia Karina Guimaraes
de Souza, Thais Nemoto Matsui, Fellype De Carvalho Barreto, Fabiana Dias
Carneiro, Ilson Jorge Iizuka, Marisa Aparecida de Souza, Ana Claudia Mallet,
Marcelo Luiz Vieira, Wercules Antonio Alves de Oliveira, Claudio Henrique
Fischer, Bento Fortunato Cardoso dos Santos
Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo – SP
Introdução: Os parâmetros do ecocardiograma (ECO) têm sido utilizados para estimar o estado hemodinâmico e o volume intravascular de pacientes em hemodiálise (HD). Objetivo:
Neste estudo foi avaliada a viabilidade da realização de ECO portátil pelo nefrologista e a correlação de diferentes parâmetros deste método com o estado volemico e hemodinâmico de
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pacientes em HD. Casuística e Métodos: Os pacientes foram recrutados de um centro único de
HD e submetidos no começo e no final da sessão de HD a um ECO transtoracico realizado por
nefrologista treinado. As variáveis avaliadas foram: fração de encurtamento, diâmetro e índice
de colapso de vai cava inferior (ICVC), velocidade de fluxo diastólico inicial de válvula mitral
(onda E), velocidade de enchimento atrial (onda A), velocidade de relaxamento precoce (onda
E’) e VTI (integral velocidade-tempo no fluxo de válvula aórtica). Estes parâmetros foram
comparados com a pressão arterial pré e pós HD, dados de volume de monitoramento sanguíneo (BVM Fresenius 4008®, Alemanha) e volume de ultrafiltração (UF). Resultados: Onze
pacientes foram avaliados (idade=70,5 ±13 anos). A UF média = 1,43 ± 0,9 kg. Os valores
dos parâmetros do ECO pré e pós HD foram: VTI (15,6 ± 4; 13,7± 4 cm); ICVC (28,9 ±14%;
29,4± 14%), fração de encurtamento (33,6 ± 10,5%; 32,4 ± 6%), razão E/A (0,62±0,2;
0,61 ± 0,2). A variação do ICVC se correlacionou com a UF (r=0,70; p=0,03) e alterações
na onda A (r=0,73; p=0,04). Houve uma tendência de correlação entre a variação do ICVC
e do volume sanguíneo relativo pela BVM (r=-0,54; p= 0,10). Além disso, os valores da
ICVC pós HD se relacionaram com a variação da pressão arterial sistólica (r=0,78; p=0,02).
Conclusão: Os parâmetros de ECO, especialmente a ICVC, se associaram com a remoção de
líquidos e a variação da pressão arterial durante a HD. O ECO a beira do leito, realizado por
nefrologista, pode ser uma ferramenta útil e acessível na avaliação hemodinâmica e do peso
seco de pacientes em HD.
Palavras Chaves: volemia, ecocardiograma
Efeito cumulativo dos índices de qualidade sobre as taxas de
mortalidade em hemodiálise
MANUEL CARLOS MARTINS CASTRO, Xagoraris M, Centeno JR, Gonzaga KBC,
Marotta AMM, Barros GPT, Souza JAC
Instituto de Nefrologia de Taubaté (Inefro) – Taubaté/SP
Introdução: Diversas diretrizes em hemodiálise (HD) têm estabelecido objetivos a serem atingidos nos pacientes em diálise. Com relação às taxas de mortalidade os índices mais estudados são: hemoglobina (Hb), produto cálcio-fósforo (Ca-P), Kt/V, albumina sérica (Alb) e tipo
de acesso vascular. Objetivos: Neste estudo avaliamos o impacto do nº de objetivos atingidos
sobre a taxa de mortalidade em uma coorte de pacientes em HD. Casuística e Métodos:
Estudo de corte transversal envolvendo 218 pacientes prevalentes em HD (tempo de diálise
>90 dias), os quais foram avaliados pelos seguintes índices: 11≤Hb≤12g/dl; Ca-P≤55mg2/
dl2; Kt/V≥1,4; Alb≥4g/dl e fistula artériovenosa como acesso vascular. Os pacientes foram
classificados de acordo com o nº de objetivos atingidos. A seguir as taxas de mortalidade
foram avaliadas no período de seis meses. Resultados: A idade média foi de 58,7±13,5 anos
e o tempo de diálise de 56,1±35,5 meses. Para Hb 24,8% dos pacientes atingiram o objetivo,
para o produto Ca-P – 53,7%, para Kt/V – 53,2%, para Alb – 44,9% e para FAV – 90,8%.
Dois (0,9%) pacientes atingiram 0 objetivos; 17 (7,8%) 1 objetivo; 79 (36,2%) 2 objetivos;
82 (37,6%) 3 objetivos; 33 (15,2%) 4 objetivos e 5 (2,3%) 5 objetivos.A taxa de mortalidade
global em 6 meses foi de 5,96% (13 pacientes). Como o numero de pacientes que não atingiram nenhum objetivo foi pequeno e não houve óbito nesse grupo, na análise final esses pacientes não foram considerados. A taxa de mortalidade de acordo com o numero de objetivos
atingidos foi: 1 objetivo – 11,8%; 2 objetivos – 6,3%; 3 objetivos – 7,3%; 4 objetivos – 0%
e 5 objetivos – 0%. Conclusões: Nossos resultados mostram que quanto maior o numero de
objetivos atingidos pelo paciente menor é a taxa de mortalidade em HD.
Palavras Chaves: Índices de qualidade em hemodiálise, Mortalidade em
hemodiálise
EFEITO DA BMP-7 E DO TAMOXIFENO EM MODELO DE FIBROSE
PERITONEAL DESENVOLVIDO EM RATOS URÊMICOS
FILIPE MIRANDA DE OLIVEIRA SILVA, DAYANA GUMS CUNHA VILOSLADA, HUMBERTO
DELLÊ, ERIK HALCSIK, MARI CLEIDE SOGAYAR, IRENE DE LOURDES NORONHA
FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
O espessamento peritoneal e a conseqüente formação de fibrose são importantes complicações tardias da diálise peritoneal.Estratégias terapêuticas que bloqueiem a formação de fibrose peritoneal (FP)são de extrema relevância,porém ainda não há um tratamento efetivo.Neste
contexto, moléculas com propriedades anti-fibróticas como a BMP-7 (bone morphogenic protein-7) e o tamoxifeno (TAM)podem ser extremamente promissoras. O objetivo foi analisar o
efeito da BMP-7 e do TAM em modelo experimental de FP induzido por gluconato de clorexidina (GC) em ratos com doença renal crônica (DRC)com uremia. A DRC foi induzida em ratos
Wistar através de dieta rica em adenina por 30 dias.No 15º dia,ratos com DRC, caracterizada
por hipertensão, altos níveis séricos de uréia e creatinina, foram submetidos a injeções intraperitoneais diárias de GC a 0,1% por um período de 15 dias. Vinte animais foram separados em
4 grupos:DRC, ratos com DRC; DRC+FP, ratos com DRC que receberam GC para desenvolver
FP;DRC+FP+BMP7, ratos com DRC e FP tratados com BMP-7 (ip 30ng/Kg);e DRC+FP+TAM,
ratos com DRC e FP tratados com TAM (gavagem, 10mg/Kg/dia).Foram analisados:espessura
peritoneal (µm),macrófagos e linfócitos T (imunohistoquímica) e expressão de TNF-α e colágeno III (qPCR). A espessura peritoneal foi significativamente maior no DRC+FP comparado com o grupo DRC(123±32 vs 30±11; p<0,05)e os tratamentos com BMP-7 e TAM
diminuíram significativamente este parâmetro (41±10 e 44±4,respectivamente;p<0,05 vs
DRC+FP).O grupo DRC+FP apresentou um aumento significativo de macrófagos no peritônio
(1.380±295 vs 311±115 no DRC; p<0,05)e os tratamentos com BMP-7 e TAM diminuíram
significativamente (685±185 e 453±65, respectivamente;p<0,05 vs DRC+FP).Houve aumento do número de linfócitos T no DRC+FP (119±71 vs 14±12 no DRC)e os tratamentos
com BMP-7 e TAM reduziram este número (89±20 e 31±17, respectivamente).A expressão de TNF-α foi significativamente maior no DRC+FP (relação de 8,0±0,3 vs 1,0±0,8 no
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
DRC;p<0,001)com redução com os tratamentos com BMP-7 e TAM (1,4±0,9 e 2,9±0,5,
respectivamente;p<0,001 vs DRC+FP). A expressão de colágeno III foi maior no DRC+FP (relação 18,9±2,4 vs 1,0±0,8 no DRC;p<0,001)e a BMP-7 e o TAM promoveram uma redução
significativa (2,6±1,5 e 2,6±1,5, respectivamente;p<0,001 vs DRC+FP). BMP-7 e TAM foram
eficazes em reduzir a espessura da membrana peritoneal em modelo experimental de fibrose
peritoneal, possivelmente através de seus efeitos anti-fibróticos.
Palavras Chaves: Diálise peritoneal,BMP7 e Tamoxifeno
Efeito da heme-oxigenase1 na doença renal crônica (DRC)
induzida pelo diabetes mellitus em ratos
ELLEN DE OLIVEIRA NARCISO PITLOVANCIV, Luciana A Reis, Edson A Pessoa, Fernanda
T Borges, Manuel de J Simões, Nestor Schor
UNIFESP
Nefropatia diabética é uma das principais causas da DRC e da lesão crônica induzida por hiperglicemia e envolve a produção de espécies reativas de oxigênio. Heme oxigenase-1 (HO-1)
degrada heme da hemoglobina liberando substâncias anti-e pró-oxidantes. O objetivo do
presente estudo foi avaliar o papel da HO-1 em DRC induzida por diabetes mellitus tipo I
(DM1). Ratos machos Wistar foram tratados com água (CTL), estreptozotocina (STZ, 60mg/
kg) ou STZ + Hemin (0,01 mg/kg), indutor de HO-1, por 60 dias. Os animais foram pesados,
foram coletadas e analisadas sangue e urina de 24h para glicose plasmática, creatinina, uréia
e microalbuminúria, no início e final dos tratamentos. Os rins foram removidos e analisados
para histologia com HE e PAS. Após 60 dias da indução do diabetes, houve um aumento
significante na glicose plasmática (STZ: 544 ± 34 X CTL: 109 ± 3 mg/dL), uréia (STZ: 90,4 ±
9,8 X CTL: 44,7 ± 2,1 mg/24h), microalbuminúria (STZ: 0,46 ± 0,07 X CTL: 0,26 ± 0,03 ug /
ml), creatinina (STZ:0.71 ± 0.06X CTL: 0.47 ± 0.03 mg/dl) e peroxidação lipídica (STZ: 18,3
± 3,5 X CTL: 8,1 ± 2,3nMol/mg) seguido de uma diminuição no peso corporal (STZ: 242 ±
20 X CTL: 450 ± 14 g). A administração de Hemin (H) por 60 dias associada ao STZ diminuiu
significativamente a glicemia (STZ + H: 338 ± 26 mg / dL) e a peroxidação lipídica (STZ + H:
9,1 ± 0,2nMol/mg); aumentou a creatinina (STZ + H: 1,06 ± 0,05 mg / dl) e a microalbuminúria (STZ + H: 1,41 ± 0,03 ug / ml). Esses resultados sugerem que a indução da HO-1 diminui
a hiperglicemia e uréia, controla as alterações metabólicas observadas em DM1. O grupo H
teve um efeito antioxidante, diminuindo a peroxidação lipídica, mas observou-se um efeito
nefrotóxico direto e aumento de creatinina e microalbuminúria. Esse efeito antioxidante pode
interferir na evolução da hiperglicemia e na função renal.
Palavras Chaves: Doença renal crônica,Heme-oxigenase 1
EFEITOS DA REDUÇÃO DE SÓDIO NA DIETA E DO SÓDIO NO DIALISATO
SOBRE A ÁGUA CORPORAL E MARCADORES INFLAMATÓRIOS EM
PACIENTES HEMODIALISADOS
LIDIANE SILVA RODRIGUES TELINI
Faculdade de Medicina de Botucatu
INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte em pacientes tratados por hemodiálise (HD), sendo a inflamação apontada como fator independente
de risco para essas doenças. Recentemente, a expansão de volume foi apontada como uma
das causas de inflamação nesses pacientes. OBJETIVOS: Avaliar os efeitos da diminuição da
quantidade de sódio na dieta e na concentração de sódio na solução de HD sobre a evolução
do volume de água corporal e dos marcadores inflamatórios. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram
incluídos pacientes adultos tratados por HD há pelo menos 90 dias, com níveis séricos da
proteína C reativa (PCR) ≥ 0,7 mg/dL, randomizados em três grupos: Grupo A, dieta, com
21 pacientes para os quais foram prescrita dieta com redução em 2 gramas/dia no teor de
sódio, Grupo B, banho, com 20 pacientes nos quais a concentração de sódio na solução de
HD foi reduzida de 138 para 135 mEq/L e Grupo C, controle, com 18 pacientes. Pacientes
com processos infecciosos ou inflamatórios agudos e crônicos foram excluídos. Na 1ª, 8ª e
16ª semanas foram determinados marcadores inflamatórios, bioquímicos e o volume de água
corporal pela bioimpedância elétrica. Os dados foram avaliados pela análise de variância
para medidas repetidas ou pelo teste de Friedman. RESULTADOS: Não houve alterações
significantes no volume de água corporal, pressão arterial e dados bioquímicos. No grupo
A houve diminuição significante da PCR entre o início e a 8ª semana de estudo (p=0,022)
e entre os pacientes do grupo B, houve tendência à redução das medianas da PCR entre o
início e a 16ª semana. Redução significante das medianas das concentrações do TNF-α e da
IL-6, entre a avaliação inicial e a 8ª semana e entre esta a 16ª semana, foram observadas nos
grupos (p<0,05). No grupo C não houve variações significantes nas concentrações séricas
dos marcadores inflamatórios. A frequência de efeitos adversos como câimbras e hipotensão
aumentou no grupo B, em relação ao período anterior à intervenção (p<0,05), o que não foi
observado nos grupos A e C. CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que restrição dietética de
sódio ou sua redução na solução de HD são estratégias válidas, com potencial efeito benéfico
no prognóstico de pacientes com DRC tratados por HD. A possibilidade de ocorrência de
complicações intradialíticas em pacientes tratados pela redução da concentração de sódio na
solução de HD deve ser levada em conta, no acompanhamento dos pacientes.
EMPREGO DOS DIAGRAMAS DE CONTROLE PARA MONITORIZAÇÃO DAS
INFECÇÕES DE CORRENTE SANGUÍNEA EM SERVIÇO DE HEMODIÁLISE
DANIELA PONCE, Silvia Eduara de Albuquerque, Sandra M Q Ricchetti, Ricardo
S Cavalante, Marcela de Lara Mendes, João Henrique Castro, Carlos Magno
Fortaleza
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU
INTRODUÇÃO: Embora seja exigida por legislação, a vigilância de Infecções de Corrente Sanguínea (ICS) em serviços de hemodiálise, há uma carência de padrões de comparação entre
serviços (“benchmarking”). Nesse sentido, os diagramas de controle são importante recurso
para comparação prospectiva do serviço ao longo do tempo e detecção de situações não usuais (surtos). OBJETIVO: Construir diagrama de controle para incidência de ICS em pacientes
em hemodiálise, estratificados por uso de dispositivos intravasculares. MÉTODOS: Realizouse vigilância prospectiva das ICS entre março de 2010 e abril de 2011, utilizando critérios
de definição da “National Healthcare Safety Network” (NHSN). Diagramas de controle para
distribuição de Poisson foram construídos para três grupos de pacientes em hemodiálise:
portadores de fístula arteriovenosa(FAV); portadores de cateter venoso central permanente
(CVC-P) e portadores de cateter venoso central tempor ário (CVC-T). O limite de controle
foi estabelecido em três desvios-padrão acima da média. Após identificação de taxas não
usuais (“outliars”), estas foram excluídas do cálculo de médias típicas por grupo. Tais médias
foram comparadas utilizando o Teste Mid-P, com limite de significância de 5%. RESULTADOS:
O emprego do diagrama de controle permitiu identificação de um surto em portadores de
FAV em abril de 2010. As demais medidas permaneceram em controle estatístico ao longo
do estudo para os três grupos. As taxas de incidência de ICS obtidas foram: 0,6 episódios de
ICS por 1000 FAV-dia, 7,3 por 1000 CVC-T-dia e 1,2 por 1000 CVC-P-dia. Pacientes com
CVC-T apresentaram risco aumentado de desenvolver ICS em relação aos portadores de FAV
(RR=12,66 IC95%=4,91-32,67) e CVC-P (RR=5,84, IC95%=2,48-13,75). CONCLUSÃO: Os
diagramas de controle mostraram-se úteis para identificação de surto e determinação das
taxas de incidência de ICS. Esta incidência foi significantemente maior nos portadores de
cateteres temporários.
Palavras Chaves: INFECÇÕES DE CORRENTE SANGUÍNEA, HEMODIÁLISE
Função Física e Tempo de Diálise como determinantes para
sintomas de depressão.
CHRISTIANE HEGEDUS KARAM, Maria Claudia C. Andreoli, Nadia Karina Guimaraes
Souza, Adriano L. Ammirati, Thais N.Matsui, Fabiana D. Carneiro,Rosana M.
Cardoso, Ilson J. Iizuka, Ana Merzel Kernkraut, Bento F. Cardoso dos Santos
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN
Introdução: A presença de depressão maior está associada a risco de evolução desfavorável,
independente do estágio da doença renal crônica (DRC) e das comorbidades existentes. Objetivo: Identificar variáveis clínicas e de qualidade de vida associadas ao desenvolvimento dos
sintomas de depressão, em pacientes com DRC em tratamento hemodialítico. Método: Foram
incluídos no estudo adultos em tratamento hemodialítico no Centro de Diálise Einstein que
responderam ao Inventário de Depressão de Beck e do Kidney Disease and Quality of Life Short Form (KDQOL-SFTM1). Dados demográficos e clínicos foram coletados dos prontuários
de cada paciente. Pacientes foram classificados como apresentando ou ausência de sintomas
de depressão. As análises estatísticas foram realizados com SPSS 16.0 software, os resultados
foram expressos em média e erro padrão. Teste T de student foi utilizado para comparar
os grupos e regressão logística para determinar fatores de risco. Resultados: Pacientes com
sintomas de depressão estavam em tratamento dialítico por mais tempo do que os sem depressão (32.83±7.52 e 24,35±4.57 p=0.009). Não houve diferença estatística quanto à idade, sexo e estado civil, entretanto, embora não estatísticamente significante, pacientes com
menor grau de escolaridade apresentaram menos sintomas de depressão. A adequação de diálise, presença de anemia e internação não influenciou sintomas de depressão. Sintomas de
depressão associaram-se a: Função Física (22.22±6.02 e 47,83±8.01 p=0,032), Bem Estar
Emocional (54,22±5,99 e 86.09±2,56 p=0.04), Função sexual (24,31±8,21 e 31,52±9,42
p=0,03), Sono (58,47±6,52 e 79,46±3,40 p=0.05), Satisfação Tratamento (86,51±4,82 e
91,60±2,55 p=0,02) e Estímulo Equipe diálise (69,44±6,56 e 88,04±3,46 p=0,039). Foram
fatores independentes de risco para depressão tempo de diálise (p=0.009) e Função física
(p=0,019). Discussão/Conclusão: A permanência por período prolongado em hemodiálise,
assim como percepção da piora da função física, medida através da qualidade de vida, estão
associados a sintomas de depressão. Estas informações contribuem para identificação do
grupo de risco para esta condição, possibilitando a inclusão de estratégias de diagnóstico
específico e tratamento que potencialmente podem influir na evolução destes pacientes.
Palavras Chaves: depressão, qualidade de vida
Função Renal e Microalbuminúria em Octogenários e
Nonagenários Acompanhados em um Ambulatório de
Geriatria
Lopes MB,Araújo LMQ,Cendoroglo MS,Sesso RC
Universidade Federal de São Paulo
Introdução: Os idosos constituem o segmento de maior crescimento da população portadora
de doença renal, mas o perfil da doença renal nos longevos (pacientes com 80 ou mais
anos de idade) é pouco conhecido, sendo, portanto, um relevante tema de pesquisa. Métodos: Este é um estudo transversal, sua população é de indivíduos com idade> 80 anos,
proveniente da comunidade e sem sinais clínicos de demência. Encontram-se em condições
clínicas estáveis, sendo seguidos em ambulatório de Geriatria em um centro médico universitário. TFG foi estimada com utilizando as fórmulas: CKD-EPI e MDRD; microalbuminúria foi
detectada em amostras de urina utilizando o método de imunoensaio fluorescente de fase
sólida e considerado positivo quando apresentava valores acima de 20 mg/g de creatinina
. RESULTADOS: 98 indivíduos idosos com idade média de 88,21 (intervalo de 80-99), 70
(72%) do sexo feminino, foram avaliados. Quando utilizado a fórmula CKD-EPI para calcular
a TFGe, 12,2% (n=12) pacientes apresentavam valores entre 15 e 45 ml/minuto/1,73m2.
Utilizando a fórmula MDRD, 11,2% (n=11) dos pacientes apresentavam valores entre 15 e
53
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
45 15 e 45 ml/minuto/1,73m2. Microalbuminúria foi positivo em 44%(n=43) dos pacientes
estudados. 11,7% (4) dos pacientes considerados positivos apresentavam TFGe (CKD-EPI ou
MDRD) entre 15 e 45 ml/minuto/1,73m2. CONCLUSÕES: A maioria dos indivíduos longevos,
acompanhados no ambulatório e que vivem na comunidade, tem função renal satisfatória,
quando ela é estimada por equações baseadas em creatinina. Microalbuminúria é freqüente
nesta população.
Hipertrofia ventricular e mortalidade cardiovascular em
pacientes de hemodiálise de baixo nível educacional
Palavras Chaves: Função Renal, Idosos
Fundamento. A hipertrofia ventricular esquerda é potente preditor de mortalidade em renais
crônicos. Pacientes em diálise com baixa escolaridade têm expectativa de vida adicionalmente
reduzida. Estudo prévio de nosso grupo mostrou que renais crônicos com menor escolaridade têm hipertrofia ventricular mais intensa. Objetivo: Verificar se a hipertrofia ventricular
esquerda pode justificar a associação entre escolaridade e mortalidade cardiovascular de
renais crônicos em hemodiálise. Métodos. Foram avaliados 113 pacientes em hemodiálise
entre janeiro de 2005 e março de 2008 seguidos até outubro de 2010. A massa ventricular
esquerda foi indexada para a altura elevada à potência de 2,7 (IMVE; g/m2,7). Foram traçadas curvas de sobrevida comparando a mortalidade cardiovascular e por todas as causas
dos pacientes com escolaridade de até três anos (a mediana da escolaridade foi de três anos)
(Grupo 1) e traçadas as mesmas curvas dos pacientes com escolaridade igual ou superior a
quatro anos (Grupo 2). Foram construídos modelos múltiplos de Cox levando em conta as
variáveis de confusão. Dados expressos em média ± desvio padrão. Resultados. Observou-se
associação entre nível de escolaridade e hipertrofia ventricular; o Grupo 1 apresentou IMVE
de 82,3±28,64 g/m2,7 e o Grupo 2 apresentou IMVE de 70,9±22,12 g/m2,7. A diferença
estatística de mortalidade de origem cardiovascular e por todas as causas entre os grupos
ocorreu aos cinco anos e meio de seguimento (p=0,029: 32% no Grupo 2 VS 68% no Grupo
1 para mortalidade por todas as causas; p=0,042: 15% no Grupo 2 VS 36% no Grupo 1
para mortalidade cardiovascular). No modelo múltiplo de Cox, ajustando-se para as variáveis
de confusão, o IMVE e a PCR associaram-se de maneira independente à mortalidade por
todas as causas (“hazard ratio”: 1,020; IC95%: 1,005-1,035; p=0,007) e (“hazard ratio”:
1,573; IC: 1,269-1,950; p<0,001) respectivamente e de origem cardiovascular (“hazard ratio”: 1,035; IC95%: 1,013-1,057; p=0,002) e (“hazard ratio”: 1,614; IC: 1,089 - 2,393;
p= 0,017) respectivamente. A etiologia da insuficiência renal associou-se à mortalidade por
todas as causas e a creatinina associou-se à mortalidade cardiovascular. A associação entre
escolaridade e mortalidade perdeu significância estatística no modelo ajustado. Conclusão. A
maior mortalidade cardiovascular observada nos pacientes com menor escolaridade pôde ser
explicada por fatores de risco ordem bioquímica e de morfologia cardíaca.
Gestão de qualidade vs. morbi-mortalidade em hemodiálise
MANUEL CARLOS MARTINS CASTRO, Xagoraris M, Centeno JR, Gonzaga KBC,
Marotta AMM, Barros GPT, Souza JAC
Instituto de Nefrologia de Taubaté (Inefro) - Taubaté /SP
Introdução: O impacto de um programa de metas para atingir os objetivos estabelecidos
pelas diretrizes em diálise vem despertando o interesse dos nefrologistas. Paralelamente, a
obtenção dos objetivos está sendo utilizada como um parâmetro para avaliar a qualidade do
tratamento. Objetivos: Neste estudo descrevemos nossa experiência com esse tipo de instrumento de avaliação em um centro único de diálise. Casuística e Métodos: Estudo prospectivo
com 12 meses de duração. A cada três meses foram avaliados os seguintes parâmetros de
qualidade: Kt/V>1,2 em mais de 90% dos pacientes; 11<Hb<13g/dl em mais de 75% dos
pacientes; saturação de transferrina>20% em mais de 90% dos pacientes; ferritina>100ng/
ml em mais de 90% dos pacientes; fósforo<5,5mg/dl em mais de 75% dos pacientes; produto CaxP<55mg2/dl2 em mais de 75% dos pacientes; albumina≥3,5g/dl em mais de 85%
dos pacientes e fistula arteriovenosa para acesso vascular em mais de 90% pacientes. A cada
trimestre os resultados foram avaliados e condutas eram estabelecidas para aproximar os
resultados às metas. Neste estudo os objetivos foram definidos arbitrariamente. Os resultados
são apresentados em porcentagem de pacientes que atingiram o objetivo e representam a
média dos quatro períodos de observação. Durante o estudo as taxas de internação e mortalidade foram calculadas. Resultados: O número médio de pacientes em tratamento foi de 230/
mês. A porcentagem de pacientes que atingiu a meta para o Kt/V foi de 84,5%; Hb – 47,7%;
saturação de transferrina – 86,6%; ferritina – 95,7%; fósforo – 58,6%; produto CaxP – 68%;
albumina – 83,5% e FAV – 86,3%. No período de 12 meses, 30% dos pacientes foram internados. A taxa de internação foi de 0,46 int/pac/ano e a taxa global de mortalidade foi de
15,8%. Para os pacientes prevalentes (>90 dias em HD) a taxa de mortalidade foi de 11,7%.
Conclusões: Nossos resultados mostram que: 1) dependendo da variável estudada atingir o
objetivo é difícil, particularmente para Hb, fósforo e produto CaxP; 2) a implantação de um
programa de metas pode ajudar a reduzir os índices de morbi-mortalidade de uma clínica de
diálise; e 3) futuras diretrizes em diálise devem estabelecer objetivos a serem atingidos pelas
clínicas, pois isto permitirá avaliar o desempenho do centro de diálise ao longo do tempo,
além de permitir a comparação entre diferentes centros de tratamento.
Palavras Chaves: morbi-mortalidade em hemodiálise, qualidade em
hemodiálise
Hipertensão Pulmonar secundária a Fistula arteriovenosa de
alto débito
FRANCISCO RAFAEL DO NASCIMENTO ALMEIDA, MARCELO CARVALHO NAVES RIBEIRO,
MARIANA SALOMAO BRAGA,GABRIELA RODRIGUES DE SOUZA, BRUNO MARTINS TOKUDA,
HEBERT HENRIQUE CAPUCI, VERONICA MARIA PEREIRA COSTA, RAFAEL AUGUSTO BORGES
PAVANI, RAFAEL DINARDI MACHADO, MARIANA DE MORAES FRANÇOSO, ELBER RAFAEL
GONÇALVES, BIANCA BARBOSA LEAL, FERNANDA TOLEDO PIZA FERRAZ, FERNANDA
CAMELO SANCHEZ, HORACIO JOSE RAMALHO
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto – SP
Introdução: A Hipertensão Pulmonar é classificada conforme etiologia e também pela classe
funcional. Ela é pode ser definida como pressão sistólica de ventriculo direito que excede
40mmhg.OBJETIVO: Relato de caso de Hipertensão Pulmonar secundária a Fistula Arteriovenosa de alto debito para hemodialise .Relato de Caso: Paciente do sexo masculino, 44
anos, natural de São Paulo, trabalhador rural.Tem hipertensão arterial sistêmica há 9 anos
e Insuficiência Renal Crônica com agudização há 8 anos.Na ocasião da piora de função
renal foi confeccionado fistula arteriovenosa para hemodiálise. Permaneceu em programa
dialítico por 4 meses .Apresenta história de dispnéia progressiva há 1 ano , evoluindo com
ortopnéia , dispnéia paroxística noturna e atualmente com dispnéia em repouso .Ao exame
facie pletórica , estase de jugular e presença de fistula braquiocefálica em membro superior
esquerdo de alto débito,dilatação importante da veia e circulação colateral região anterior do
toráx. Realizado gasometria arterial que mostrou hipoxemia PO2 56 , ecocardiograma revelou
pressão sistólica de ventriculo direito 76mmHg, FE 73% , espessura septal 13mm e discreta
hipertrofia de ventriculo esquerdo.Cintilografia pulmonar sem alterações.Espirometria com
distúrbio ventilatório obstrutivo moderado.Pelo quadro clínico apresentado optado por fechamento cirúrgico da fistula.Houve melhora significativa já no primeiro dia pós operatório.
Realizado após uma semana novo ecocardiograma com normalização da pressão sistólica
de ventriculo. Nova gasometria arterial sem hipoxemia PO2 80.Paciente encontra-se assintomático em acompanhamento ambulatorial.Conclusão : A hipertensão pulmonar grave causa
grande limitação funcional. Nosso caso ressalta a importância dessa etiologia de hipertensão
pulmonar em pacientes renais crônicos com fistula arteriovenosa para hemodiálise .
Palavras Chaves: HIPERTENSÃO PULMONAR, FISTULA ARTERIOVENOSA
ROSANA DOS SANTOS E SILVA MARTIN, MARTIN LC, Franco RJS, Barretti P, Caramori
JSCT, Castro JH, Antunes AA, Basan SGZ, Matsubara BB, Martins AS
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP
Palavras Chaves: DIÁLISE, HIPERTROFIA VENTRICULAR
IMPACTO DO REUSO DE DIALISADORES NOS MARCADORES
INFLAMATÓRIOS E DE PEROXIDAÇÃO LIPÍDICA EM PACIENTES EM
HEMODIÁLISE
CARLA BARBOSA MURARO FURLAN, HUGO ABENSUR, MANUEL CARLOS MARTINS DE
CASTRO, JOAO EGIDIO ROMAO JUNIOR
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Introdução:O reuso de dialisadores é praticamente universal nas unidades de diálise do Brasil, porém na Europa esta prática já foi abandonada.Quando o programa de diálise crônica
começou a ser implementado, o ítem de maior custo era o dialisador,e várias técnicas de
reuso foram desenvolvidas,procurando aliar diminuição de custos a uma qualidade aceitável de tratamento.Os estudos que procuram avaliar o impacto do reuso de dialisadores na
mortalidade dos pacientes ainda não são conclusivos.Uma altyernativa seria avaliar alguns
marcadores relacionados à morbimortalidade,em pacientes submetidos ou não ao reuso de
dialisadores,bem como os níveis dos produtos de peroxidação lipidica, como forma de avaliação para o aumento do estresse oxidativo e inflamação nos pacienes em hemodialise.
Objetivamos também avaliar um possivel efeito protetor da N-acetilcisteina sobre os marcadores de peroxidação lipidica,em pacientes com reuso de dialisadores.Métodos: Estudamos
30 pacientes em hemodialise,os quais permaneceram por periodos de 6 semanas realizando
hemodialise com reuso de capilares (periodo A),então passaram a 6 semanas com uso único de capilares (periodo B),retornaram ao periodo de 6 semanas com reuso de capilares
(periodo C),e por ltimo realizaram hemodialise com reuso de capilares e uso de N-acetilcisteina (periodo D), na dose de 1200 mg/dia.foram coletadas amostras de sangue no final
de cada periodo de 6 semanas,para dosagens como albumina, IL6 e TBARS.Resultados:Os
valores das médias e desvio padrão da albumina (g/dl), nos periodos A,B,C e D foram
respectivamente:4,24+0,28; 4,08+0,77;4,24+0,35 e 4,09+0,29; de Interleucina 6 (pg/ml)
nos mesmos periodos:1,45+3,43; 2,02+4,46; 1,55+3,61 e 2,24+5,12, e com relação ao
TBARS (nmol/ml)tivemos 8,75+6,79 no periodo A,11,14+4,90 no periodo B,10,58+6,79 no
periodo C e 6,93+5,20 no periodo D.Após analise dos grupos utilizando ANOVA,verificamos
diferença significativa entre os grupos de uso unico de capilares (periodo B) e reuso com
N-acetilcisteina (periodo D), com p=0,04.Conclusoes:O reuso de dialisadores não traz prejuizos quando analisamos TBARS,IL¨e albumina.A N-acetilcisteina certa proteção em termos
de TBARS,IL6 e albumina.
Palavras Chaves: ESTRESSE OXIDATIVO,REUSO DE DIALISADORES
Infecção da Corrente Sanguínea relacionada a cateter
venoso central: atuação de enfermagem.
MICHELY D. C. BRITO, Claudia Cyrino, Paula Chadi Tondatti, Elaine Silva de
Freitas, Deborah Cristina Moraes Baptista, Marília Ferreira Figueiredo, Milene
Mendonça
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU
Introdução: Como definição, infecção relacionada à assistência a saúde é aquela adquirida
54
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
após a admissão do paciente e que se manifesta durante a internação ou após a alta, quando relacionada à internação ou procedimentos hospitalares.Na prática clínica do paciente
hospitalizado, a infecção relacionada à assistência a saúde representa um desafio, assim
como sua prevenção e controle de procedimentos invasivos.Os cateteres vasculares centrais
são dispositivos indispensáveis para o tratamento e cuidado de pacientes em hemodiálise,
porém o uso destes dispositivos predispõe o aparecimento de infecções locais e sistêmicas,
cuja incidência varia de acordo com o tipo, local de inserção e cuidados na manipulação deste
cateter, bem como os fatores relacionados a características do paciente.Dentro deste cenário o papel do enfermeiro é de extrema importância, na adoção de técnicas adequadas na
manipulação deste cateter, e também na orientação e supervisão da equipe de enfermagem
Objetivos: Identificar e analisar publicações cientificas que abordem a atuação preventiva do
profissional enfermeiro na redução de infecções relacionada ao uso de cateter venoso central
em pacientes críticos. Problema de pesquisa: Qual a atuação do profissional enfermeiro para
prevenção de infecção de cateter venoso central? Casuística e Métodos: trata-se de uma
revisão sistematizada, na qual foi referenciado publicações correspondentes ao período de
2006 a 2010 encontradas nas bases de dados: Lilacs, Medline e Scielo referentes à atuação
do enfermeiro na prevenção de infecção da corrente sanguínea relacionada à cateter venoso
Central. Resultados e Conclusões: Pode-se concluir que há poucos estudos que abordem a
atuação deste profissional na prevenção de infecção por cateter venoso central. Como principais recomendações para prevenção de infecção relacionada ao uso de cateter identificou-se
a necessidade de estimular o treinamento e educação continuada à equipe de saúde, em
especial a equipe de enfermagem, o exame diário do sitio de inserção do cateter, a fim de
identificar precocemente sinais flogisticos, bem como o uso de técnica asséptica para a realização do curativo e manipulação de suas conexões e redução do tempo de permanência.
Acredita-se que há necessidade de esclarecimentos sobre os fatores de risco e preventivos,
uma vez que poucos trabalhos utilizaram grupo controle para certificar-se da melhoria ou
não da técnica proposta.
Palavras Chaves: cateter venoso central, infecção
INFLUÊNCIA DA ANEMIA NA FORÇA MUSCULAR DE PACIENTES
SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE
PEDRUZZI LM, LEAL VO, BARROS AF, LOBO JC, MAFRA D
UFF
Introdução: A anemia é uma das comorbidades mais frequentes em pacientes submetidos à
hemodiálise (HD). A redução da capacidade de trabalho é uma das condições mais limitantes
relatadas por pacientes anêmicos e, desta forma, podemos supor que a anemia é capaz
também de comprometer a força muscular. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo
foi avaliar a influência da anemia na força muscular de pacientes em HD. Casuística e Métodos: Foram estudados 55 pacientes (38 homens, 6 diabéticos, 49,0 ± 14,0 anos de idade)
em programa regular de HD na clínica RenalVida-RJ. Para o diagnóstico de anemia foram
considerados valores de hemoglobina (Hb) inferiores a 11g/dL. O dinamômetro mecânico tipo
Smedley (Jamar) foi utilizado para aferição da dinamometria manual (DNM) no braço sem
acesso vascular funcionante após a sessão de HD. Foram realizadas três leituras e apenas o
valor máximo foi considerado. A função muscular foi considerada comprometida quando os
valores de DNM foram inferiores ao percentil 10 correspondente, segundo gênero e idade,
aos valores de referência obtidos para população urbana do RJ. Dados bioquímicos e de
composição corporal também foram avaliados. A análise estatística foi realizada no Programa
SPSS 17.0. Resultados: A maioria dos pacientes avaliados (61,8%) apresentou anemia e,
aproximadamente 34,5% exibiram função muscular comprometida. Valores de DNM foram
significativamente maiores nos homens (31,5 ± 10,0kg) quando comparados as mulheres
(17,9 ± 6,2kg, p<0.0001). A DNM foi positivamente correlacionada com estatura, peso, índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC), circunferência do braço (CB),
circunferência do antebraço (CAnt), área muscular do braço corrigida (AMBc) e massa livre de
gordura (MLG). Idade e eficiência dialítica (Kt/V) foram inversamente associadas aos valores
de DNM. Valores de Hb e o hematócrito (Ht) não se correlacionaram com a função muscular.
Palavras Chaves: força muscular,anemia
INIBIÇÃO DA ATIVIDADE DA RENINA PELO LIPOPOLISSACARÍDEO DE
Escherichia coli
VIVIANE PEREIRA LIMA, WALDEMAR SILVA ALMEIDA, NESTOR SCHOR
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA
Introdução/ Objetivos: Recentemente, em nosso laboratório, avaliamos o efeito direto do
lipopolissacarídeo (LPS) de E. coli sobre o SRA em células mesangiais humanas (CMH) e
demonstramos que a sua administração reduziu significantemente os níveis de Ang I e Ang II
e seus metabólitos nas células. A expressão protéica não foi alterada pelo LPS, indicando que
o LPS inibiu a atividade da renina ou enzimas com atividade semelhantes sobre o angiotensinogênio. Neste estudo, avaliamos se a inibição da atividade enzimática da renina pelo LPS foi
devido a interação físico-química entre estas moléculas. Metodologia: Utilizamos três amostras, A1, A2 e A3, de proteína total (200µg) obtida de célula mesangial humana imortalizada
(CMHI) incubadas com diferentes concentrações de LPS-FITC: 0,01 µg/mL; 0,10 µg/mL; 1,00
µg/mL, respectivamente, durante 1 hora; um grupo controle negativo (CT) contento apenas
lisado celular e um grupo controle positivo (A4) contento apenas renina recombinante humana, tratada com 0,10 µg/mL de LPS-FITC , também incubado por 1 hora. Então procedeu-se
ao isolamento do complexo renina+ LPS-FITC através da técnica de imunopreciptação em
todas as amostras, utilizando anticorpo policlonal anti-renina. Logo após, determinamos os
níveis de fluorescência dos imunoprecipitados, através do espectrofluorímetro. Posteriormente, quantificaremos os níveis de Ang I e II produzidos nos imunoprecipitados na presença de
angiotensinogênio em excesso. Os grupos foram comparados utilizando-se teste T pareado
(P < 0.05). Os dados são apresentados como média ± erro padrão. Resultados Parciais: foi
observado um aumento da fluorescência média do imunoprecipitado tratado com a concentração de 1,0 µg/mL de LPS-FITC (A3) em comparação com o controle negativo (CT) e deste
com o controle positivo (A4): 13383,5 nm vs 7418,25 nm vs 9616,5 nm, p< 0.05; n=4. Conclusão: Nossos resultados preliminares sugerem uma provável interação físico-química entra
as moléculas de LPS e renina. O estudo está em andamento e na próxima etapa buscaremos
determinar se essa interação inibe, efetivamente, a atividade enzimática da renina.
Palavras Chaves: RENINA, LPS
INTERVENÇÃO DIALÍTICA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
PEDIÁTRICA
Leticia de Oliveira, Ana Lúcia Carvalho, Dermilene Aparecida Martins Madeira,
Francisco Roberto Lello Santos, Edson Nogueira Alves Rodrigues Júnior
UNIFENAS - MG
Introdução: A terapia renal substitutiva pode prevenir e corrigir os efeitos adversos e as complicações potencialmente fatais da insuficiência renal. Diversas causas acarretam insuficiência
renal na unidade de terapia intensiva (UTI), contribuindo de maneira significativa para a
mortalidade e morbidade. Neste contexto, a terapia dialítica pode ser realizada por meio de
circuitos extracorpóreos (hemodiálise-HD), ou via peritoneal (diálise peritoneal-DP). Neste
estudo, analisamos as intervenções dialíticas aplicadas na UTI pediátrica do Hospital Universitário Alzira Velano (HUAV), causas e desfechos clínicos. Material e métodos: De janeiro
de 2009 a maio de 2011, vinte crianças necessitaram de diálise na UTI pediátrica do HUAV.
A indicação de diálise seguiu critérios de acordo com o pRIFLE (risk, injury, failure, loss, and
end-stage renal disease). A opção do método, HD ou DP, foi definida pela equipe profissional
no momento da avaliação. Para HD foi utilizada a máquina Fresenius® 4008S, com capilares
polissulfona F3 a F5, cateteres venosos de 7 a 11fr. Para DP foi implantado cateter tunelizado,
soluções de 1,5% a 4,25%, 10 20 ml̸Kg, atingindo 50ml̸Kg̸troca, com permanência de 30
a 120̕ na cavidade. Resultados expressos em média±SE. Student’s t-test. Resultados: Vinte
pacientes, sendo doze do sexo masculino, com idade variando de menos de 30 dias até nove
anos, submeteram-se a terapia dialítica, dez em HD e dez em DP. Distribuídas em 11 casos de
sepsis, 04 causas glomerulares, 02 isquêmicas e 03 pacientes tiveram diagnósticos de doença
renal crônica. A idade média dos pacientes em HD foi superior (46,6±13,9 e 14,2±4,7meses,
p=0,04). Menor débito urinário no grupo HD (1,1±0,4ml̸Kg̸h) quando comparado com os
pacientes em DP (2,6±0,6ml̸Kg̸h, p=0,07). A ureia plasmática pré diálise foi de 141,2±43,6
na HD e 123,0±23,5mg̸dl na DP (p=0,61).. Níveis superiores de potássio séricos pré dialíticos, não significativos, em HD (4,5±1,7 e 3,7 ±0,9mg̸dl, p=0,23). Quase dois terços dos
pacientes sépticos submeteram-se a DP. A mortalidade global foi de 55% sem diferenças
nos grupos HD e DP. Na sepsis dialítica este valor atingiu 63,6%. Conclusão: A intervenção
dialítica em UTI ocorre num cenário de alta mortalidade. A HD tem preferência em situações
de hipervolemia, hipercatabolismo e hipercalemia. A DP fornece uma gradativa depuração de
solutos e ultrafiltração, favorecendo sua indicação em situações de instabilidade cardiovascular e em faixas etárias reduzidas.
Palavras Chaves: diálise,pediatria
Mortalidade cardiovascular de pacientes em hemodiálise:
Análise de dois anos de follow-up
JULIE CALIXTO LOBO1, Milena Barcza Stockler Pinto1, Najla Elias Farage2, Luiz
Guilhermo Coca Velarde3, João Paulo Machado Torres1, Denise Mafra3
1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
2 - Clínica Renalcor
3 - Universidade Federal Fluminense
Introdução: A principal causa de mortalidade dos pacientes renais crônicos sob hemodiálise
(HD) é a doença cardiovascular, no entanto; apenas os fatores de risco tradicionais como
diabetes, hipertensão, hiperlipidemia e obesidade, não conseguem explicar esta situação na
doença renal crônica (DRC), já estresse oxidativo e a inflamação parecem desempenhar um
papel central no desenvolvimento e progressão da doença cardiovascular e suas complicações na DRC. Objetivo: Verificar a influência de marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo na mortalidade cardiovascular de pacientes HD em um follow-up de dois anos. Métodos:
A mortalidade cardiovascular foi avaliada em um estudo prospectivo de follow-up de 2 anos
(Março 2008 a Março 2010) em 47 pacientes em tratamento hemodialítico da clínica RenalCor – RJ (29M/18F; tempo de diálise 57,5 ± 50,1 meses). Níveis de IL-6, TNF-α, MCP-1, PAI-1
e proteína C-reactiva (PCR) foram determinados através do ensaio multiplex R&D Systems®.
O colesterol total foi mensurado por métodos enzimáticos. Foi utilizado o programa S-Plus
para a realização dos testes estatísticos. Resultados: Os níveis de IL-6, TNF-α, PCR, MCP-1,
PAI-1 e colesterol total dos pacientes HD foram 4,1 ± 1,6 pg/ml, 5,5 ± 2,1 pg/ml, 0,32 ± 0,30
mg/ml, 47,6 ± 24,2 pg/ml, 7,0 ± 2,7 ng/ml e 155 ± 38,2 mg/dL respectivamente. As análises
de regressão de Cox revelaram que após o follow-up de 24 meses, ocorreram 11 óbitos, todos
decorrentes de causas cardiovasculares e os níveis de colesterol total, PCR, TNFα, IL-6 e o
tempo de diálise tiveram influência significativa na mortalidade desses pacientes.. Conclusão:
Nossos resultados afirmam que os níveis de colesterol total, PCR, TNFα, IL-6 e tempo de diálise são fatores preditores independentes de mortalidade cardiovascular nesta população de
pacientes HD que foi seguida por dois anos. Apoio FAPERJ, CNPq, Grupo Renalcor.
Palavras Chaves: Mortalidade Cardiovascular, Follow-up
55
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
Mortalidade de pacientes portadores de doença crônica em
programa regular de hemodiálise no período de dez anos em
um único centro de diálise
Caetano CP1, Rabelo EC2, Rabelo VC3, Pereira ERS4
1 - CENTRO EDUCACIONAL SERRA DO ÓRGÃOS
2 - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS (UNIEVANGÉLICA)
3 - PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA
4 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Introdução: A mortalidade em pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) em terapia de
substituição renal é elevada quando comparada à população em geral, sendo a doença cardiovascular a principal causa de óbito nesses pacientes. Objetivos: Analisar as causas de óbito
e descrever as características demográficas e clínicas destes pacientes. Casuística e métodos:
Estudo retrospectivo, descritivo, realizado em uma unidade de hemodiálise, Nefroclínica –
Clínica de Doenças Renais, em Goiânia-GO. Foram incluídos no estudo 96 pacientes que
estavam em programa crônico de hemodiálise, e que foram a óbito no período de janeiro de
2000 a dezembro de 2010. Foram excluídos pacientes com insuficiência renal aguda. Resultados: Dos 96 pacientes que foram a óbito, 64% eram do sexo masculino, 65% maiores de
60 anos e 49% brancos, com tempo médio em hemodiálise de 36,01 meses (desvio padrão
de 36,03). Quanto ao índice de massa corpórea (IMC) observou-se que 14,6% apresentavam
IMC > 24,9, enquanto 19,8% eram baixo peso. Quanto aos hábitos 23% referiam tabagismo
e 7,3% etilismo. A doença de base mais comum foi o diabetes melitos com 40,6%, seguido
de hipertensão arterial, 30,2%. A co-morbidade relatada de maior relevância foi a doença
coronariana em 26%. O número de óbito por ano variou de 7 a 13 ao longo do período avaliado, correspondendo a uma taxa anual de óbito de 9 a 13%. Sendo as causas de óbito de
maior prevalência a cardiovascular (41%), infecciosa (15%) e neoplásica (10%). Parâmetros
laboratoriais dos pacientes analisados foram: uréia sérica pré-hemodiálise média de 126,79
mg/dL, creatinina sérica média 7,16 mg/dL (desvio padrão de 2,29), o hematócrito com média
de 15,72% (desvio padrão de 18,42). O KTV médio foi de 1,52 (desvio padrão de 0,46) sendo
que 75% dos pacientes apresentaram KTV ≥ 1,3.Conclusões: As principais causas de mortalidade nos pacientes com DRC em hemodiálise analisados foram as cardiovasculares seguida
das infecciosas, com predomínio de pacientes do sexo masculino e idosos.
Palavras Chaves: doença renal crônica, causas de mortalidade
Necrose de Papila Renal em paciente portador de Anemia
Falciforme
ANDRADE , R1, PEREIRA, BJ12, MAKIDA, SCS2, OLIVEIRA, RB1, ROMÃO JR, JE2
1 - UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO, SÃO PAULO-SP
2 - HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO
A anemia falciforme (AF) pode comprometer a função renal gravemente através de complicações vasculares que cuminam com a necrose de papila renal. Objetivo: relatar caso clínico
de paciente com AF e insuficiência renal dialítica por necrose de papila renal. Caso clínico:
paciente 30 anos, masc, pardo, natural e procedente São Paulo (SP), casado, chegou ao
pronto socorro (PS), com queixas de três dias de dispnéia, tosse com expectoração amarelada, episódios de dor torácica bilateral, dores difusas no corpo e flanco direito e hematúria
macroscópica. Sem seguimento há três anos hematologia. Tabagista, etilista (2-3cervejas/
dia), uso maconha, cocaína inalatória e injetável. Exame físico: regular estado geral, descorado 2+/4+, ictérico 2+/4+. PA :200x 110mmhg, FC 96bpm. Ausculta pulmonar estertores
crepitantes em base esquerda, FR 18 mpm, Ausculta cardíaca sopro sistólico 1+/6+ panfocal.
Abdome cicatriz de esplenectomia, dor palpação flanco direito, teste descompressão brusca
negativa, Giordano negativo. Membros inferiores sem alterações. Exames prévios à internação: Uréia(U)=17 mg/dL, Creatinina(Cr)=0,65 mg/dL. No PS, radiografia de tórax normal,
U=141mg/dL,Cr=4,66mg/dL,Na=130mEq/L,K=3,7mEq/L, Hb=7,2g/L, Hto=20,4%, Leucócit
os=27.260,Plaquetas=337.000,urinaI:pH=6,0;Densidade=1010, proteína=1,0 g/L , leucocitúria e hematúrias intensas, sem hemácias dismórficas. Identificada emergência hipertensiva
e insuficiência renal associado a crise álgica lombar e possível infecção urinária concomitante.
Indicado nitroprussiato de sódio, Ceftriaxone e Claritromicina, terapia dialítica de urgência e
investigação do quadro. No USG Doppler hidronefrose renal direita com rim direito hiperecogênico, sem obstrução, sem trombos em artérias e veias renais; TC abdome e pelve: discreta/
moderada dilatação pielocalicial direita, ectasia ureteral proximal com material hiperatenuante em terço médio (coágulo). Feito a hipótese diagnóstica da presença de infarto renal e
necrose de papila renal. Após estabilização do quadro pressórico e término do tratamento
com antibióticos permaneceu em tratamento dialítico crônico. Conclusão: acompanhamento
de pacientes com anemia falciforme deve ser realizado regularmente a fim de identificar
as alterações renais precoces, apesar de eventos vasculares graves serem difíceis de prever,
devem ser diagnosticados prontamente a fim de tratar adequadamente e evitar a elevada
morbidade e mortalidade associada.
Introdução: A confecção de fistulas arteriovenosas para hemodiálise (FAVs) na clínica Lauro
de Freitas, em Jacobina, a 330 km de Salvador, dependia do deslocamento de um cirurgião
vascular da capital, o que acarretava um tempo de permanência de cateter temporário alto,
além de um custo adicional do deslocamento do cirurgião. Após participação em 160 acessos
em 3 anos (240 horas de treinamento) o nefrologista assumiu a responsabilidade pela realização das FAVs, o que é permitido pela legislação brasileira. Objetivo: Análise descritiva das
confecções de FAVs realizadas por nefrologista, em Jacobina (BA), no período de 15/10/2009
a 19/04/2011. Metodologia: Os procedimentos foram executados pelo mesmo nefrologista,
auxiliado por enfermeiro graduado ou técnico de enfermagem, no centro cirúrgico do Hospital
Municipal Antonio Teixeira Sobrinho. As anestesias locais eram feitas pelo nefrologista, sendo
outros procedimentos anestésicos realizados por anestesista. A presença de frêmito era avaliada pelo exame clínico. Resultados: Foram realizados 106 acessos distribuídos da seguinte
forma: Fístula rádio-cefálica (FAVRC) = 47 (44,34%), fístula bráquio-cefálica (FAVBC) = 37
(34,90%), fístula bráquio-basílica com transposição da veia basílica (FAVBB) = 20 (18,87%),
fístula ulnar-basílica (FAVUB) =01 (0,94%) e fístula rádio-basílica com transposição da veia
basílica no antebraço (FAVRB) = 01 (0,94%). Tivemos 102 (96,23%) acessos com frêmito
presente no pós-operatório imediato e 04 (3,77%) acessos sem frêmito, considerados como
falha primária. Após 30 dias, 93 (87,74%) acessos apresentavam frêmito e 13 (12,26%)
não apresentaram frêmito. Considerando apenas as FAVs realizadas nos 31 pacientes ainda
em tratamento conservador, tivemos 21 (67,74%) FAVRC, 09 (29,03%) FAVBC, 01 (3,22%)
FAVBB, com sucesso de maturação em 30 dias em 28 (90,32%) acessos. Conclusão: Os
acessos vasculares realizados por nefrologista apresentaram um bom índice de sucesso, diminuindo o tempo de permanência do acesso vascular provisório. Além disso, um número significativamente maior de FAVs puderam ser feitas em pacientes em tratamento conservador,
permitindo a realização de FAVs mais simples e distais. A realização do acesso vascular pelo
nefrologista é possível, trazendo vários benefícios aos pacientes e aos serviços.
Orientação nutricional e do uso do quelante de fósforo no
controle da hiperfosfatemia de pacientes em hemodiálise.
SANCHES M1, LUCCA LJ2, COSTA JAC2
1 - Universidade de São Paulo
2 - Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto
Introdução: Alterações nos mecanismos de controle da homeostase do cálcio e do fósforo e
o distúrbio mineral e ósseo (DMO) são complicações comuns na doença renal crônica (DRC)
e constituem-se em importante causa de morbidade e decréscimo da qualidade de vida. A
orientação dietética é essencial nos pacientes em hemodiálise (HD), uma vez que o consumo
de alimentos fonte de fósforo está diretamente associado com a hiperfosfatemia. A associação entre restrição dietética de fósforo e uso de quelantes deve ser empregada como rotina
para os pacientes em HD na tentativa de normalizar a fosfatemia. Objetivo: Caracterizar os
níveis séricos de fósforo de pacientes em HD antes e após orientações da dieta e do uso
adequado da medicação quelante. Casuística e Métodos: Foram incluídos 11 pacientes com
diagnóstico de DMO-DRC atendidos no Ambulatório de Distúrbio Mineral e Ósseo (ADMO)
localizado na Unidade de Diálise. Variáveis demográficas e clínicas, bem como exames séricos
de fósforo foram obtidas por meio da consulta ao Prontuário Médico. Utilizou-se o método
Recordatório de 24 horas para conhecer o consumo alimentar habitual dos participantes.
Um questionário de conhecimento foi aplicado com a finalidade de orientar os pacientes
para adoção de uma dieta restrita em fósforo associado ao uso correto do quelante visando
normalizar a fosfatemia. No retorno verificou-se novamente o último exame bioquímico de
fósforo. O teste t-student foi aplicado para comparar os valores de fósforo sérico antes e após
a intervenção. A significância estatística foi definida como p < 0,05. Resultados: Dentre os
participantes, 54,5% eram do sexo masculino, com média de idade de 42,2 (± 9,6) anos e
tempo em HD de 7,3 (±3,3) anos. A maioria dos indivíduos (45,5%) possuía escolaridade de
nível fundamental incompleto. Os valores médios de peso, estatura e IMC foram 67,2 (±22,1)
kg, 1,60 (±0,1)m e 25,0 (±7,2)kg/m², respectivamente. A ingestão energética diária foi 22,6
(±9,8)kcal/kg, e a protéica de 1,1(±0,5)g ptn/kg, valores abaixo do recomendado; o consumo
de fósforo esteve dentro da normalidade (857,1±336,4mg). Houve diferença estatística entre
a fosfatemia inicial e final (7,5±1,10 e 6,3±0,84mg/dL) com valor de p<0,05. Conclusão: A
atuação do profissional nutricionista na promoção da educação aos pacientes sobre dieta e
uso adequado dos quelantes pode contribuir significativamente no tratamento da hiperfosfatemia de pacientes renais crônicos em HD.
Palavras Chaves: hiperfosfatemia, hemodiálise
Perfil clonal de Staphylococcus aureus resistentes à
oxacilina isolados de peritonites em diálise peritoneal
CARLOS HENRIQUE CAMARGO1, DANILO FLÁVIO MORAES RIBOLI2, ALESSANDRO LIA
MONDELLI1, JACQUELINE TEIXEIRA CARAMORI1, AUGUSTO CEZAR MONTELLI1, MARIA DE
LOURDES RIBEIRO DE SOUZA DA CUNHA2, PASQUAL BARRETTI1
Palavras Chaves: anemia falciforme, hemodiálise
1 - FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU, UNESP
2 - INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS DE BOTUCATU, UNESP
Nefrologia intervencionista: A confecção do acesso vascular
(fístula arteriovenosa) para hemodiálise pelo nefrologista:
experiência no serviço de terapia renal substitutiva do
município de Jacobina, interior da Bahia.
A peritonite por Staphylococcus aureus é uma grave complicação da diálise peritoneal (DP)
associada com elevada percentagem de falência da técnica e alto risco de óbito. A resistência
à oxacilina mediada pelo gene mecA é um importante preditivo de resistência aos demais
beta-lactâmicos. O cassete cromossômico estafilocóccico mec (SCCmec) e um elemento genético composto de estruturas variáveis que permite sua tipagem e pode auxiliar na epidemiologia dos S. aureus resistentes à oxacilina. A tipagem utilizando a análise DNA cromossômico
bacteriano também fornece subsídios importantes para caracterização da epidemiologia
dessas infecções. Assim, este estudo objetivou avaliar a prevalência de S. aureus resistentes
Flávio Menezes de Paula1, Sérgio Fernando Ferreira dos Santos2, Monique
Coutinho da Silva Menezes de Paula1, Levi Bahia1, Indalécio Magalhães1
1 - CLINICA DE HEMODIáLISE LAURO DE FREITAS LTDA
2 - Universidade Estadual do Rio de Janeiro
56
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
à oxacilina, tipar o SCCmec e analisar a diversidade clonal de isolados de peritonites por S.
aureus de pacientes em DP tratados num único centro durante um período 15 anos. A técnica
de PCR foi utilizada para detecção do gene mecA e tipagem do SCCmec, e a análise da clonalidade foi realizada por digestão do DNA cromossômico por SmaI seguida de eletroforese em
campo pulsado (PFGE). Amostras relacionadas foram definidas ao coeficiente de similaridade
de Dice de 80%. Durante 15 anos, 73 episódios de peritonites por S. aureus ocorreram em
56 pacientes. O gene mecA foi detectado em 9 (12,3%) amostras. A tipagem do SCCmec
permitiu a classificação de apenas três isolados: dois apresentaram o SCCmec tipo III e um
apresentou o SCCmec tipo I. Oito clusters puderam ser definidos pela tipagem por PFGE.
Historicamente, os SCCmec tipos I a III são relacionados ao ambiente hospitalar, enquanto
os SCCmec tipo IV e V relacionam-se à comunidade. As amostras de S. aureus com SCCmec
tipo III deste trabalho apresentaram coeficiente de similaridade >80%, mostrando-se, portanto, relacionadas. Essas amostras foram isoladas de pacientes diferentes em um intervalo
de tempo de 14 meses. Os resultados sugerem fortemente a presença de um fator comum
na disseminação dessas microrganismos relacionados. Considerando que o SCCmec destes
isolados é tipo III, supõe-se a origem hospitalar destas amostras. Agradecimento: FAPESP.
resistência a Vancomicina, quando testado para as bactérias gram positivas. Houve também
uma prevalência de 5% de infecções por Pseudomonas. CONCLUSÕES: a porcentagem de
positividade poderia aumentar se houvesse coleta das pontas dos cateteres e/ou hemoculturas diretamente coletadas dos cateteres, embora aumentasse os custos. Entretanto, como os
agentes mais comuns foram os gram positivos, a maioria sensíveis a cefalexina e também a
vancomicina, demonstramos que esse protocolo utilizado foi adequado para a grande maioria
dos casos de infecção.
Palavras Chaves: PERITONITE, STAPHYLOCOCCUS AUREUS
Introdução: A doença renal crônica (DRC) emerge como um sério problema de saúde pública
mundial, sendo considerada uma “epidemia” de crescimento alarmante. Com envelhecimento da população, deve-se chamar atenção para mudanças do perfil de pacientes dialíticos e
aumento da quantidade de pacientes dependentes desse tratamento. Objetivo: Este estudo
visa analisar as características clínicas e socioeconômicas dos pacientes renais crônicos em
hemodiálise na UNIRIM. Métodos e Casuística: Estudo descritivo transversal realizado na
Unidade de Nefrologia, Maceió, Alagoas. Para coleta dos dados foi utilizado questionário socioeconômico padronizado e revisão de prontuário referente aos 46 pacientes em tratamento
no período de janeiro a junho de 2011. O conhecimento do perfil de pacientes atendidos em
uma unidade de tratamento dialítico é essencial para auxiliar no planejamento e posterior
desenvolvimento de processos de assistência a esses pacientes. Resultados e Conclusão: A
amostra foi constituída por 19 mulheres (41,3%) e 27 homens (58,7%), sendo a média da
idade do grupo de 47,7 anos, tempo médio de tratamento de diálise 28 meses; composta por
22 (47,8%) pacientes brancos, 8 (17,4%) negros e 16 (34,8%) pardos. Quanto à ocupação,
52,2% são aposentados. Segundo escolaridade, a prevalência de ensino superior foi 34,8%,
seguido de ensino médio incompleto com 26,1% e 6,5% com ensino fundamental incompleto. Quanto à renda salarial em salário mínimo (sm), 37% dos pacientes recebem de 1 a
3 sm e 6,5% menos de 1 sm. Em relação à etiologia, a hipertensão foi a principal causa de
IRC com 50%, seguido por diabetes mellitus com 37%, glomerulopatias com 4,3%, doença
policística 2,1%. 21,7% dos pacientes são etilistas e 95,6% não são tabagistas, entretanto
28,3% destes pacientes fumaram anteriormente com média de tempo de uso de 16 anos.
Nas comorbidades encontradas, a principal foi HAS com 26%, seguida de 19,5% com dislipidemias, 10,8% com neoplasias. A maioria dos pacientes é do sexo masculino, caucasianos,
aposentados, com nível superior, renda mensal baixa entre 1 a 3 sm.
PERFIL DOS PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA DIALÍTICA
INTERNADOS EM UMA ENFERMARIA DE CLÍNICA MÉDICA
PAULO ROBERTO SANTOS1, Silbere Silva do Amaral2
1 - Faculdade de Medicina de Sobral, Universidade Federal do Ceará
2 - Santa Casa de Misericórdia de Sobral, CE
Introdução: O conhecimento do perfil de pacientes em diálise internados em hospital de
referência pode colaborar na elaboração de estratégias e planos de atendimento ao portador
de doença renal crônica (DRC). Objetivo: Descrever o perfil demográfico, clínico e laboratorial
de pacientes com DRC dialítica internados em uma enfermaria de Clínica Médica. Casuística e
Métodos: O local de estudo foi a Enfermaria de Clínica Médica da Santa Casa de Misericórdia
de Sobral, único hospital terciário da zona norte do estado do Ceará, onde funciona o único
centro de diálise da região. Foram incluídos os pacientes com DRC dialítica que se internaram
na referida Enfermaria no período entre agosto e novembro de 2010. Foram coletados dados
sócio-demográficos, laboratoriais, tipo de acesso para diálise, motivo de internação, ocorrência
de óbito e condição clínica na alta hospitalar. Os critérios da Associação Brasileira de Pesquisa
de Mercado foram utilizados para definição da classe social. O Índice de Gravidade da Doença
Renal foi aplicado para estratificação das co-morbidades. Resultados: Foram estudados 39
pacientes, 25 (64,1%) homens e 14 (35,9%) mulheres, idade média de 57,1 ± 13,7 anos e
tempo médio em diálise de 9,6 ± 19,0 meses. Todos os pacientes pertenciam à classe social
E. Todos os pacientes eram submetidos à hemodiálise. As etiologias da DRC foram: diabetes
(51,2%), nefroesclerose hipertensiva (25,6%), glomerulonefrite crônica (13,9%), pielonefrite
crônica (7,0%) e doença renal policística (2,3%). Os motivos de internação foram: uremia
(53,5%), infecção (30,2%), emergência hipertensiva (4,7%), insuficiência cardíaca (4,7%) e
outros motivos (6,9%). Em relação a co-morbidades, 76,9% foram classificados na categoria
leve, 20,5% leve para moderada e 2,6% sem co-morbidades. Vinte e três (59,0%) tinham
como acesso vascular cateter duplo-lúmen e 16 (41,0%) fístula artério-venosa. As médias dos
valores laboratoriais foram: 8,0 ± 1,7 g/dl de hemoglobina, 3,2 ± 0,6 g/dl de albumina, 8,9 ±
1,4 mg/dl de cálcio 5,4 ± 1,2 mg/dl de fósforo. Trinta e sete (94,8%) tiveram alta com melhora clinica da condição que motivou a internação e 2 (5,2%) evoluíram para óbito. Conclusões:
Uremia como principal causa de internação e alta percentagem de acesso provisório para
diálise indicam falta de acompanhamento especializado prévio. O estudo aponta que deve se
fazer esforço na região para que a DRC seja diagnosticada em estágios mais precoces.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INFECÇÕES ASSOCIADAS A CATETER
TEMPORÁRIO DE DUPLO LUMEN EM HEMODIÁLISE
RUY CESAR SANTOS SALOMãO SCKAYER, TULIO COELHO CARVALHO, MIGUEL MOYSES
NETO, ANA CAROLINA C F ABREU, RODOLFO ANTONIO NASCIMENTO, OSVALDO MEREGE
VIEIRA NETO, NATHALIA PEREIRA PASCHOALIN, CAROLINA TELLES BARRETO
SENERP
INTRODUÇÃO: A utilização de cateter temporário Duplo-Lúmen(CDL), inseridos em veias de
grande calibre também denominado de cateter venoso não tuneilizado, trouxe como benefício a praticidade e rapidez na implantação permitindo seu uso imediato. Entretanto, a Incidência de infecção associada a CDL é elevada, com os agentes gram positivos sendo os mais
prevalentes (em torno de 61%). OBJETIVOS: Traçar o perfil epidemiológico das infecções de
CDL em hemodiálise, bem como analisar a sensibilidade aos antibióticos das bactérias mais
prevalentes, e verificar se o protocolo utilizado foi adequado.MATERIAIS E MÉTODOS: Esse
trabalho de cunho retrospectivo, foi realizado de janeiro de 2008 a dezembro de 2010. Foram
verificados os prontuários dos pacientes submetidos a hemodiálise por cateter e analisadas
as hemoculturas positivas em cada episódio. Nesse Serviço pacientes com suspeita de infecção apresentaram febre nos períodos entre as sessões de hemodiálise ou pirogenia durante
as sessões. O protocolo do Serviço é retirar o cateter nessas ocasiões, colher hemocultura de
veia periférica e iniciar tratamento com antibiótico durante 5 dias até obter o resultado da
cultura. A cefalexina foi o antibiótico mais utilizado e em segundo lugar a vancomicina em
casos mais graves com suspeita de envolvimento sistêmico. RESULTADOS: Foram solicitadas
x hemoculturas nesse período em pacientes com suspeita de infecção. Das hemoculturas
solicitadas, 31 % foram positivas, sendo o S. aureus o mais prevalente com 65%, seguidos
por S. coagulase negativa, 20%. O perfil de resistência a cefalexina foi de 12%, apresentando
6% a S.aureus e 25% a S. coagulase negativa. A oxacilina apresentou 2% de resistência,
sendo 100% sensível a S. aureus e 10% de resistência a S. coagulase negativa. Não houve
Palavras Chaves: INFECÇÃO, CATETER
PERFIL SOCIOECONÔMICO DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM
TRATAMENTO HEMODIALÍTICO EM CLÍNICA PRIVADA DA CIDADE DE
MACEIÓ.
Presídio GA, Loureiro JL, Mendonça KG, Soutinho MFL, Pacheco GA, Silva AAB,
Ressurreição FAMS, Gouveia EA, Oliveira CAF
UNIRIM – Unidade de Nefrologia de Alagoas
Palavras Chaves: PERFIL SOCIOECONÔMICO, INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
Peritonite Bacteriana Causada por Staphylococcus epidermidis
Multi Resistente na Diálise Peritoneal em Paciente Sem Acesso
Vascular
BRUNO ZAWADZKI, Renata Lima, Beatriz Penedo Leite, Maurilo Leite Junior
UFRJ
Introdução: A peritonite bacteriana (PB) é uma das maiores complicações nos pacientes em
diálise peritoneal (DP), sendo a principal razão de “drop out” do método. O Staphylococcusepidermidis multi sensível, é um dos patógenos mais associado aos episódios de PB em DP,
apresentando resposta terapêutica satisfatória. Objetivos: Relatar o caso de uma paciente em
DP, sem acesso vascular, que apresentou PB causada por Staphylococcus epidermidis multi resistente. Casuística e Métodos: L.M.P, 46 anos, natural do RJ,portadora de nefrite lúpica desde
1993. Evoluiu com doença renal crônica terminal, secundária a patologia de base, iniciando
hemodiálise (HD) em 2007. Em 2009 perdeu a fístula arteriovenosa e foi constatado que não
havia novos acessos vasculares, sendo transferida para DP. Em agosto de 2010, evoluiu com
sinais clínicos de PB. No dia 31/08/10 foram coletadas 2 amostras de líquido peritoneal (LP) e
iniciado cefazolina intraperitoneal e ciprofloxacina oral empiricamente. As culturas revelaram
o crescimento do Staphylococcus epidermidis, multi sensível, que foi tratado por 14 dias conforme protocolo do serviço. No final de setembro de 2010, a paciente apresentou sintomas
compatíveis com PB, confirmada através da cultura do LP que demonstrou o crescimento do
Staphylococcus epidermidis multi resistente. Foi realizado tratamento com vancomicina por
21 dias, resultando em melhora clínica. No início de novembro 2010, a paciente apresentou
novo quadro de PB, com a cultura do LP revelando novamente o crescimento do Staphylococcus epidermidis multi resistente, sensível a vancomicina, com concentração inibitória mínima
para vancomicina (MIC) de 4. Foi iniciado 1 g diário de vancomicina intravenosa, sem melhora
clínica nas primeiras 72h. Acrescentado rifampicina oral e realizada a troca simultânea do
cateter de Tenckhoff (TK) após 72h de tratamento. Resultados: Após o acréscimo da rifampicina houve importante melhora. A paciente apresentou boa evolução, sem novas recidivas
ou recorrências até o momento. Conclusão: A PB secundária a DP por Staphylococcus epidermidis resistente é uma intercorrência incomum, sendo eventualmente necessário associar
antibióticos sinérgicos ao antibiótico de escolha para o tratamento de acordo com sua MIC.
Essa conduta é primordial nos casos de colonização do cateter de TK que necessitam de troca
simultânea do cateter de TK por falência vascular, para obtenção de um tratamento efetivo,
preservando a membrana peritoneal.
Palavras Chaves: Peritonite Bacteriana, Staphylococcus multi resistente
57
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
Polineuropatia periférica em pacientes com insuficiência
renal crônica em hemodiálise.
BERTOTTI MEZ, BALBI AL, CARAMORI JCT, MARTIN LC, BERTOTTI MFZ, BARRETTI P,
RESENDE LAL
Disciplinas de Neurologia e de Nefrologia da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP
Introdução: A ocorrência de polineuropatia periférica em pacientes com insuficiência renal
crônica (IRC) varia de 10 a 83% dos casos, segundo diferentes autores, com predomínio
no sexo masculino. A polineuropatia periférica da uremia é distal, simétrica, do tipo misto,
motora e sensitiva, afetando mais as pernas que os membros superiores, usualmente com
sintomas sensoriais positivos, do tipo parestesias e disestesias. A diálise pode prevenir ou
melhorar a polineuropatia clinicamente instaladas, com pouco efeito sobre a melhora da
condução nervosa. Objetivo: Pesquisar polineuropatia periférica em pacientes com IRC em
hemodiálise. Métodos: Foi realizada condução nervosa sensitiva e motora em 30 pacientes
urêmicos em hemodiálise do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu.
A condução nervosa sensitiva, através de técnicas antidrômicas nos nervos mediano, ulnar e
fibular superficial, e a condução nervosa motora nos nervos medianos e fibulares profundos,
por técnicas convencionais. Resultados e conclusões: Dos 30 pacientes avaliados, 17 (56,6%)
apresentaram polineuropatia periférica, com predomínio no sexo masculino – 13 (76,4%).
Excluindo-se os pacientes com histórico de diabetes ou alcoolismo, 20 apresentaram polineuropatia periférica (40%). O predomínio no sexo masculino, desta casuística, está em
conformidade com a literatura antiga e recente.
Palavras Chaves: Polineuropatia periférica,uremia
Preditores da evolução clínica das peritonites: Resultados do
estudo multicêntrico brasileiro em diálise peritoneal (BRAZ
PD).
PASQUAL BARRETTI1,Thyago P. Moraes2,José Carolino Divino Filho3,Jacqueline
Teixeira Caramori1,Luis Cuadrado Martin1,Marcia Olandowski3,Roberto
Pecoits Filho3
1 - FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU-UNESP1
2 - FUNDAÇÃO PRÓ-RENAL, CURITIBA-PR, BRASIL2
3 - KAROLINSKA INSTITUTE, STOCKHOLM, SWEDEN3
4 - PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA, CURITIBA-PR, BRASIL3
Introdução: Poucos estudos têm avaliado os fatores preditivos do curso clínico das peritonites
em diálise peritoneal (DP), além da influência do agente etiológico e da presença concomitante de infecção do óstio de saída ou do túnel do cateter de diálise. Material e métodos:
Neste estudo analisamos a influência de parâmetros demográficos, clínicos, microbiológicos
e laboratoriais sobre os desfechos resolução e falência da técnica de DP após o primeiro
episódio de peritonite em uma coorte prospectiva brasileira de 2032 pacientes adultos em
DP (BRAZPD). Resultados: De dezembro de 2004 a outubro de 2004, 474 pacientes incidentes tiveram um primeiro episódio peritonite. Houve 143 episódios causados por bactérias
gram-positivas, 98 por gram-negativos, 192 com cultura negativa, oito episódios de peritonite
fúngica e 32 nos quais a cultura não foi realizada. Vancomicina foi prescrita para 97 pacientes. A percentagem de resolução foi de 85,9% e falência da técnica ocorreu em 31,2% dos
casos. Peritonite fúngica foi associada com maior percentagem de falência da técnica, considerando-se todos os episódios. Entre episódios de peritonite causada por Gram-positivos
o uso de vancomicina foi preditor independente da falência da técnica, enquanto entre os
causados por Gram-negativos a etiologia por Pseudomonas aeruginosa se associou a maior
percentagem de falência da técnica. Fatores demográficos, clínicos e microbiológicos não se
associaram à chance de resolução do episódio. Conclusão: Nossos resultados confirmam que
peritonites por fungos e Pseudomonas aeruginosa se associam ao pior prognóstico. A maior
falência da técnica dos pacientes tratados com Vancomicina possivelmente se deve a sua
associação com episódios mais graves. Diferentemente de estudos anteriores, a etiologia por
S.aureus e cultura negativa não influenciaram a evolução da peritonite.
Palavras Chaves: peritonites,BRAZPD
Preditores de calcificação em pacientes hemodialisados
FRANCIELI DELATIM VANNINI, Aline de Araújo Antunes, Bárbara Perez Vogt, João
Henrique Castro, Luis Cuadrado Martin, Altamir Sntos Teixeira, Pasqual
Barretti
Faculdade de Medicina de Botucatu
A doença cardiovascular é principal causa de morte na população renal crônica, sendo a calcificação vascular o principal fator para doença vascular que está relacionada a outros fatores
de risco tradicionais e não tradicionais. O objetivo deste trabalho foi avaliar a associação de
parâmetros clínicos, laboratoriais e nutricionais com a presença de calcificação em pacientes
tratados por hemodiálise. A calcificação valvar foi avaliada através das radiografias de mãos
e pelve descritas pelo médoto de Adragão , que consiste em divisão em quadrantes das
radiografias das mãos e da pelve. Os parâmetros clínicos observados foram: tempo em HD,
idade, sexo, presença de diabetes (DM), doença de base, uso de quelante e vitamina D ativa
e não ativa, pressão arterial sistólica e diastólica e Kt/v. Quanto aos marcadores nutricionais
considerou-se: IMC, ângulo de fase, CMB, aparecimento do nitrogênio protéico e laboratoriais
foram dosados a hemoglobina, transferrina, saturação da transferrina, PTH intacto, creatinina,
uréia, fósforo, proteína C reativa, glicose, albumina, colesterol total, triglicérides, cálcio e
fosfatase alcalina. Foi realizada análise univariada para verificar associações entre variáveis
clínicas, laboratoriais e nutricionais com a presença de calcificação. A seguir foi aplicado o
modelo de regressão logística incluindo como variáveis independentes as que previamente
58
apresentaram p<0,2 e, como variável dependente, a presença de calcificação. Foram incluídos
41 pacientes, com média da idade foi de 58 anos ( ±14,1) , 66% sexo masculino, 76% eram
calcificados e 41,4 % eram diabéticos. Saturação da transferrina (p= 0,0189) e DM (p=
0,0065) se associaram independentemente com a presença de calcificação. Os resultados
mostram a associação sabidamente discutida na literatura entre o DM e a calcificação vascular em pacientes em HD. Além disso, corroboram os achados de associação entre menor saturação da transferrina e presença de calcificação, que possivelmente ocorre pelo uso elevado
de eritropoietina e aumento do estresse oxidativo.
Palavras Chaves: Calcificação
PREVALENCIA DE HIPOVITAMINOSE D EM PACIENTE RENAIS CRÔNICOS
DIALÍTICOS DO COMPLEXO HOSPITALAR EDMUNDO VASCONCELOS
DAVID KORN, EDUARDO DE PAIVA LUCIANO, LILIAN C FERREIRA CUENCA, JORGE ENRIQUE
PORTELA LOPEZ
COMPLEXO HOSPITALAR EDMUNDO VASCONCELOS - SP
INTRODUÇÃO: A hipovitaminose tem alta prevalencia entre os pacientes dialíticos sobretudo
para a deficiencia de 25 (OH) VITD; este estudo tem o objetivo de demonstrar a prevalência
de insuficiência ou deficiencia de 25(OH) D nos pacientes renais crônicos em hemodiálise no
Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos (CHEV) localizado na região sul da cidade de São
Paulo - SP. MÉTODOS: Foram estudados 47 pacientes em hemodiálise (56% homens; idade
73,1 ± 9,3 anos; 40% diabéticos e 12% negros). As concentrações de 25(OH)D foram avaliadas pelo método da quimiluminescência. Nenhum paciente estava em uso de qualquer tipo
de vitamina D ou análagos. Resultados: A prevalência de hipovitaminose D [25(OH)D <30 ng/
mL] foi de 86% sendo 37% e 49% de deficiência (<15 ng/mL) e insuficiência (15 – 30 ng/
mL), respectivamente. Os níveis de 25(OH)D foram menores nos diabéticos (18,6 ± 6,8 ng/
ml) em relação aos não diabéticos (23,4 ± 7,5 ng/ml) (P=0,01). Conclusão: conclui-se que
existe uma elevada prevalência de hipovitaminose D na população em hemodiálise no CHEV
assim como demonstrado na literatura.
PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES DESNUTRIDOS
EM HEMODIÁLISE
PAMELA DE ALENCAR FORTALEZA SOUSA,Marcos Kubrusly,Cláudia Maria Costa de
Oliveira,Antônio Luíz Carneiro Jerônimo,Patricia Saldanha Freire Simões,Paula
Nathana Rabelo Galdino,Rodrigo de Oliveira Lima
FACULDADE CHRISTUS
Introdução: A desnutrição (DN) protéico-calórica tem prevalência elevada e variável em Hemodiálise (HD) (25-80%) e também contribui para a sua morbi-mortalidade. Os processos
inflamatórios ocasionados em pacientes em HD poderiam desencadear a SM, mesmo em pacientes desnutridos. A interrelação entre SM e DN em HD não foi previamente estudada. Objetivos: Avaliar a prevalência de pacientes em HD com DN e SM, utilizando como parâmetros
para DN a albumina, o índice de massa corporal (IMC) e o índice de risco geriátrico nutricional
(INRG) e como critérios para SM aqueles da National Cholesterol Education Program’s Adult
Treatment Panel III (NCEP-ATP III). Casuística e Métodos: Foram avaliados pacientes em HD
com tempo de diálise > 3 meses e com idade ≥ 18 anos. Os pacientes foram submetidos à
medição do peso e altura pós-HD para cálculo do IMC e foi realizada a dosagem de albumina
(verde de bromocresol). O INRG foi calculado através da seguinte equação: [1.489 x albumina
(g/L)] + [41,7 x peso / peso ideal]. Foram considerados desnutridos os pacientes com IMC <
23 kg/m2, albumina < 4g/dl e INRG < 98. Para avaliar a prevalência de SM, foi realizada a
medição da pressão arterial pré-HD, da circunferência abdominal pós-HD e as dosagens de
glicose, HDL-colesterol e triglicerídeos em jejum. Resultados: Foram incluídos 115 pacientes,
com idade média de 50,2 ± 14,7 anos e tempo médio em HD de 62,1 ± 58,3 meses, sendo
50,4% do gênero feminino. A prevalência de SM foi de 41,7% segundo o NCEP-ATP III. A
prevalência de DN de acordo com o IMC foi 50,4% (n= 58), com a albumina foi 13,9% (n =
16) e com o INRG foi 10,4% (n = 12). Entre os pacientes desnutridos, a prevalência de SM
variou entre 16,6-25% de acordo com o parâmetro estudado: pacientes com IMC < 23 kg/
m2: 17,2% apresentavam SM; pacientes com albumina < 4g/dl: 25% com SM; e pacientes
com INRG < 98: 16,6% com SM. A frequência de SM foi significativamente diferente segundo
o IMC (66,7% nos pacientes com IMC ≥ 23 kg/m2 e 17,2% naqueles com IMC < 23 kg/m2;
p = 0,0000), mas não de acordo com o INRG e a albumina. Conclusões: A prevalência de SM
na população em estudo HD foi elevada (41,7%) e a prevalência de DN foi variável segundo o
parâmetro utilizado (10,4-50,4%). Entre os pacientes desnutridos, a prevalência de SM variou
entre 16,6-25%. A avaliação regular do diagnóstico de SM em HD ainda que em pacientes
desnutridos deve ser introduzida na prática clínica.
Palavras Chaves: Síndrome Metabólica e Desnutrição,Hemodiálise
Prevalência e fatores associados à anemia em pacientes
submetidos à diálise peritoneal ambulatorial
MARISA CRISTIANE CARDOSO DE OLIVEIRA, Fabio Simões Lopes, Juliana Dotti,
Barbara H. B. Moreto, Camila B. S. Barros, Maria Claudia C. Andreoli, Marcos A.
Madaleto, Sergio A. Draibe, Adriano Luiz Ammirati, Maria Eugênia F. Canziani
Universidade Federal de São Paulo, São Paulo
Introdução: A anemia é uma das complicações mais comuns na evolução da doença renal
crônica (DRC). Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia demonstraram que 36% dos pacientes em hemodiálise apresentavam anemia. Entretanto, poucos estudos avaliaram a anemia em pacientes submetidos à diálise peritoneal (DP). Objetivo: Caracterizar a prevalência da
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
anemia e de fatores associados em pacientes submetidos à DP. Casuística e Métodos: Estudo
transversal, analisando variáveis demográficas, clínicas e laboratoriais de pacientes submetidos à DP no Hospital do Rim e Hipertensão (UNIFESP), prevalentes em janeiro de 2010, com,
no mínimo, três meses de terapia. Na avaliação dos dados laboratoriais foram consideradas
as médias dos dados de 3 meses consecutivos e a presença de anemia foi definida como hemoglobina <11g/dl. Resultados: Foram avaliados 120 pacientes (47,5% sexo masculino; idade média=58 ± 16,5 anos). As principais etiologias da DRC foram diabetes mellitus (21,7%)
e hipertensão arterial sistêmica (12,5%). O tempo médio de DP foi de 26,4 ± 24,4 meses
e a maioria dos pacientes (71,7%) realizavam DP automatizada. Do total dos pacientes, 34
(28,3%) apresentaram anemia. Quando comparados com os que não apresentaram anemia,
os pacientes com anemia eram na sua maioria mulheres (64,7%; p=0,09); usaram dose mais
alta de hidróxido de ferro (p=0,02), apresentaram menor saturação de transferrina (p=0,05),
menor concentração de albumina (p=0,05) e de triglicerídeos (p=0,06). Conclusão: Observamos neste estudo que quase um terço dos pacientes em DP apresentavam anemia, com
fatores associados semelhantes aos já descritos para pacientes em hemodiálise. A relação
entre anemia, deficiência de ferro e queda de albumina pode estar relacionada ao processo
inflamatório existente nestes pacientes. Novos estudos são necessários para que possamos
descrever melhor os fatores associados á anemia na DP.
Palavras Chaves: Diálise Peritoneal,Anemia
Provável valor prognóstico do Blink-reflex na uremia
BERTOTTI MEZ, BALBI AL, CARAMORI JCT, MARTIN LC, BERTOTTI MFZ, BARRETTI P,
RESENDE LAL
Disciplinas de Neurologia e de Nefrologia da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP
Introdução: Nos trabalhos publicados sobre o exame do Blink reflex na uremia, alguns autores enfatizaram as prováveis alterações do sistema nervoso central. No entanto, não encontramos dados sobre possível valor prognóstico do Blink reflex nesta doença. Objetivo:
Avaliar possíveis alterações do tronco encefálico em pacientes urêmicos através do Blink
reflex. Métodos: Foram realizados exames eletrofisiológicos dos nervos cranianos trigêmio e
facial pela pesquisa do Blink reflexem 30 pacientes urêmicos em hemodiálise. Após 3 anos
da coleta de dados, comparou-se os padrões de anormalidades de pacientes que faleceram
com os ainda vivos. A análise estatística foi realizada pelo teste X2 para proporção e pelo
teste exato de Fisher. Resultados e Conclusões: Nas alterações do Blink reflex, relacionadas
ao tronco encefálico, encontrou-se 3 pacientes com hiperexcitabilidade de resposta R1 e 3
pacientes com hiperexcitabilidade de resposta R2. A hipoexcitabilidade de resposta R2 foi
encontrada em 13 pacientes. Após 3 anos do exame, 12 pacientes haviam falecido, sendo
que destes 9 apresentaram anormalidades da resposta R2, do tipo hipoexcitabilidade, geralmente assimétricas (75%). Dos 18 sobreviventes, apenas 4 tinham alterações da resposta R2,
do tipo hipoexcitabilidade. Os pacientes urêmicos que morreram apresentaram com maior
freqüência hipoexcitabilidade da resposta R2, quando comparados aos vivos, com diferença
estatística significante (p<0,05). O exame do Blink reflex mostrou alterações indicativas de
provável comprometimento da ponte e bulbo na maioria dos pacientes. Essas alterações
foram do tipo “provável hiperexcitabilidade” e “provável hipoexcitabilidade”. As alterações
das respostas R2, do tipo hipoexcitabilidade, são geralmente assimétricas e possivelmente
estão relacionadas a mau prognóstico em pacientes dialisados.
Palavras Chaves: BLINK REFLEX,UREMIA
Qualidade de vida (QV) de pessoas com Insuficiência Renal
Crônica Avançada (IRCA) em diferentes tratamentos
ANA TERESA DE ABREU RAMOS CERQUEIRA, CAMILA MORAES TEIXEIRA QUEIROZ,
ANDRÉ BALBI
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP
INTRODUÇÃO: Avaliar QV é importante para verificar a efetividade de intervenções em saúde,
e estudar o impacto das doenças crônicas na vida dos pacientes. A própria doença e os tratamentos propostos para IRCA impõem aos pacientes mudanças no cotidiano, dependência de
serviços de saúde e limitações em atividades que influenciam sua QV. OBJETIVOS: Descrever
índices de QV e estudar sua associação com variáveis sociodemográficas e clínicas, comparando os resultados entre os indivíduos em pré-diálise, diálise peritoneal e hemodiálise. MÉTODO: Desenho de corte transversal com 182 pacientes (75,2%) dos 242 em tratamento na
Unidade de Diálise em um Hospital de Clínicas (39 em diálise peritoneal, 112 em hemodiálise
e 31 em pré-diálise). Instrumentos utilizados: formulário sociodemográfico e clínico; inventário de depressão de Beck (BDI), para avaliação de sintomas depressivos e para avaliar QV
relacionada à saúde a medida genérica obtida pelo SF-36 – The Medical Outcomes Study 36
item Short-Form Health Survey. Após a analise univariada que estudou a associação de cada
domínio do SF-36 com características clínicas e sociodemográficas (Mann-Whitney e Kruskal
Wallis), utilizou-se na análise multivariada a regressão linear múltipla, stepwise backward,
ajustando-se para idade e sexo. RESULTADOS: Observaram-se prejuízos nos índices de QV,
nos componentes físicos e mentais, sendo o domínio mais prejudicado aspectos físicos, com
média de 38,9 (IC 33,9-44,5) e o menos prejudicado aspectos sociais (M=70,6;IC 66,175,2). A análise multivariada indicou que foram preditores de pior QV no domínio capacidade
funcional ser mulher, ser mais jovem, apresentar mais de uma comorbidade, diabetes e sintomas depressivos. Para aspectos físicos, foram preditores de pior nível de QV, ser homem, ter
mais de 60 anos, apresentar mais de uma comorbidade, ter infecção e sintomas depressivos.
Apresentar sintomas depressivos manteve-se associado independentemente a piores índices
de QV em todos os outros domínios. Diferenças nos índices de QV entre os indivíduos em
diferentes tratamentos não foram observadas. CONCLUSÃO Estes resultados sugerem que
além do instrumento genérico de avaliação de QV, instrumentos específicos para portadores
de IRCA devem ser desenvolvidos, e que atenção especial deve ser oferecida para os indivíduos com sintomas que indiquem sofrimento psíquico que deve ser identificado e cuidado pela
sua importância para manutenção da QV.
Palavras Chaves: DIÁLISE,QUALIDADE DE VIDA
QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE
Leonardo Diniz da Cruz Cândido1,Rafael Souza da Silva,Aline Daniela
Borges2,VANDERLEY GERALDO GARBAZZA3
1 - Nefron LTDA Clínica de Doenças Renais
2 - Hospital Felicio Rocho
3 - Unifenas – BH
Introdução: doença renal Crônica (DRC) é considerada um problema de saúde pública devido
as altas taxas de morbidade e mortalidade e pelo custo elevado que é gerado ao Estado. No
Brasil, atualmente, existem 70.872 pacientes em terapia renal substitutiva, (TRS) conforme o
Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia de 2006, sendo 90,7% em hemodiálise. Nesta
modalidade de (TRS), alem das inúmeras complicações clínicas, os pacientes ainda referem
alterações na Qualidade de vida (QV). Objetivo: Objetivou-se com este trabalho,Identificar o
impacto do tratamento hemodialítico na vida dos pacientes com DRC, e quais as atividades
cotidianas foram mais comprometidas após o seu início. Métodos: O trabalho constou de
duas etapas, a primeira através de pesquisa bibliográfica. Sendo utilizado a base de dados
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) a biblioteca Scientific
Eletronic Library Online (SCIELO). A segunda etapa através de pesquisa quanti-qualitativa
direta através de entrevista semi-estruturada contendo duas perguntas abertas. Sendo aplicada aleatoriamente entre os pacientes que se encontravam em tratamento hemodialítico há
mais de um ano. Resultados: Identificou-se que 67% consideram as mudanças ocorridas um
fator negativo, já 33% consideraram positivas. Quando perguntado sobre “o que é qualidade
de vida” 50% julgaram os valores familiares como sendo primordial e 40% responderam
que a (QV) é ter saúde. Em relação a outra pergunta “mudou alguma coisa na sua vida”,
novamente a variável família se destacou em relação as outras, seguida da variável restrição
da vida cotidiana. Um ponto a ser salientado, foi o emprego excessivo da palavra “não” nas
respostas: o emprego constante da negativa, desperta atenção não somente pelo aspecto da
linguagem, mas sim o que ele nos transmite. Na verdade estes “nãos”, revelam claramente
as inúmeras perdas consequentes da DRC e do tratamento ao qual estão submetidos. Conclusão: Foi Possível concluir que houve prejuízo da (QV) dos pacientes com DRC quanto aos laços
familiares, atividades físicas, saúde e emprego. Verificamos também que não é somente a
doença ou a história de cada paciente que influencia no seu estado emocional, mas também
as perdas a que ele é submetido. Vale ressaltar ainda a importância do papel educativo do enfermeiro no cuidado do paciente com DRC, pois quando o paciente recebe mais informações
tem uma melhor aceitação da doença e reaprende a viver na sua nova realidade.
Palavras Chaves: Qualidade de Vida,Hemodiálise
Resultados clinicos no transplante renal de pacientes
obesos.
Gusukuma LW,Harada KM,Baptista APM,Alencar MRP,Sandes-Freitas,TedescoSilva, Medina-Pestana JO
HOSPITAL DO RIM E HIPERTENSãO
Introdução: A realização de transplante renal em pacientes obesos é tema controverso.Este
estudo teve como objetivo avaliar a sobrevida do paciente e do enxerto e complicações póstransplante entre os receptores obesos e não obesos. Métodos: Os pacientes (N= 3054) transplantados entre agosto de 1998 e dezembro de 2008 foram divididos de acordo com o índice
de massa corporal (IMC) em três grupos para análise: grupo 1: IMC<30 (não-obesos), grupo
2:≥30-34,9 (obesos classe I) e grupo 3:≥ 35kg/m2 (obesos classe II e III). Resultados: Dos
3.054 pacientes transplantados, 70% receberam o enxerto de doador vivo, sendo que 2822
(92%) pacientes pertenciam ao grupo 1, 185 (6%) ao grupo 2 e 47 (2%) ao grupo 3. A média
do IMC foi de: 22,6±3,3, 31,9±1,3 e 36,8±1,7, respectivamente. Não houve diferenças entre
os três grupos quanto a variáveis demográficas dos pacientes com relação ao gênero, etnia
ou origem do órgão. A sobrevida do paciente com um ano (98%vs98%vs95%) e cinco anos
(90%vs92%vs89%) foi semelhante nos três grupos. A sobrevida do enxerto em um ano foi
de 96% para o grupo 1 e 2, e 91,5% para o grupo 3 e em cinco anos de 81%vs96%vs79%
para os três grupos. Óbito com o enxerto funcionante foi a causa mais comum de perda do
enxerto. Não havendo diferenças nas outras causas de perda do enxerto e nas causas de
óbito entre os grupos. A etiologia mais comum do óbito foi infecção (47,5%vs50%vs83,3%,
p<0,220). Não se observou nenhum óbito por doença cardiovascular no grupo 3. A incidência
de função retardada do enxerto (DGF) foi: 57,4%vs61,3%vs61,1%, respectivamente. Rejeição aguda foi observada em 31,1%vs34,6%vs34% nos três grupos. Os pacientes obesos
apresentaram maior probabilidade de deiscência de ferida operatória (1,9%vs7,6%vs19,1%,
p<0,001), mas não de linfocele, fístula urinária, trombose, hematoma e hérnia incisional.
Os pacientes do grupo 2 e 3 desenvolveram significativamente mais diabetes mellitus póstransplante (DMPT) do que o grupo 1 (16,2%vs27%vs36%, p<0,001). Conclusões: Durante
a análise de cinco anos do estudo, os receptores de transplante renal obesos demonstraram
resultados similares aos não-obesos com relação à sobrevida do paciente e do enxerto. Além
disso, pacientes obesos não apresentaram maior incidência de rejeição aguda ou DGF do que
os não-obesos. No entanto, eles permaneceram mais tempo hospitalizados, apresentaram
maiores taxas de deiscência de ferida operatória e de DMPT.
Palavras Chaves: Transplante renal,Obesos
59
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
Risco de óbito nos pacientes em hemodiálise com cateter
venoso versus fistula arteriovenosa
MANUEL CARLOS MARTINS CASTRO, Luiz JMF, Kimura LO, Paiva GH, Lima SG, Lima
EMA,Ribeiro Jr E, Martins CTB
Centro Integrado de Nefrologia (CINE) – Guarulhos/SP
Introdução: Pacientes em hemodiálise (HD) com cateter temporário ou permanente têm um
risco maior de mortalidade. Em nosso meio poucos trabalhos têm avaliado esse risco. Objetivos: Este estudo teve como objetivo comparar o risco de morte associado à HD com cateter
vs. fistula arteriovenosa (FAV) em uma população em um centro único de diálise. Casuística
e Métodos: No período de 01/01 a 31/04 de 2011, 277 pacientes foram submetidos a HD,
sendo que 30 (11%) evoluíram para óbito. O risco de óbito foi avaliado em relação ao tipo
de acesso vascular tanto em pacientes prevalentes (>90 dias em HD) quanto nos incidentes
(<90 dias em HD). Não se levou em consideração o tipo de cateter (temporário ou permanente). Para análise estatística foi utilizado o teste do qui-quadrado. Resultados: 221 (76%)
pacientes eram prevalentes e 66 (24%) incidentes. Quando analisados em conjunto, dos 151
pacientes com FAV, 11(7%) foram a óbito e dos 126 com cateter, 19 (15%) foram a óbito
(Odds ratio (OR) = 2,070; IC 95%: 0,9494-4,513, p=0,063). Nos pacientes prevalentes, dos
121 com FAV, 9 (7%) foram a óbito e dos 90 com cateter, 15 (17%) foram a óbito (OR =
2,241; IC 95%: 0,9383-5,351, p=0,064). Nos pacientes incidentes, dos 30 com FAV, 2 (7%)
foram a óbito e dos 36 com cateter, 4 (11%) foram a óbito (OR = 1,667; IC 95%: 0,28519,742), p=0,5673). Conclusões: Embora nossos resultados não tenham atingido nível de
significância estatística, eles sugerem que HD com cateter eleva o risco de óbito em duas
vezes. O impacto do tipo de acesso vascular foi menos significativo nos pacientes prevalentes,
provavelmente porque outros fatores de risco estão contribuindo para a taxa de mortalidade
nesses pacientes.
Palavras Chaves: Acesso vascular, Hemodiálise
Sepse associada ao cateter para hemodiálise: perfil dos
pacientes e epidemiologia das infecções em uma clínica de
hemodiálise brasileira
RAFAEL SOUZA DA SILVA, LEONARDO DINIZ DA CRUZ CANDIDO, VANDERLEY GERALDO
GARBAZZA
HOSPITAL FELÍCIO ROCHO
Introdução: A partir de 1980, os cateteres duplo-lúmen (CDL) foram adotados para a realização do tratamento hemodialítico e têm sido utilizados na ausência de acessos vasculares
definitivos. Entretanto, as sepses associadas ao seu uso constituem o principal evento adverso
e motivo de retirada dos mesmos. Objetivo: Objetivou-se realizar uma análise descritiva dos
pacientes que tiveram CDL retirados por suspeitas de infecção, bem como da epidemiologia
das infecções associadas ao seu uso em uma clínica de hemodiálise brasileira. Métodos:
Foram avaliados 167 pacientes que tiveram 316 cateteres retirados por suspeitas de infecções entre 2007 e 2011. Os dados foram compilados em um banco de dados elaborado no
programa Pacote Estatístico para Ciências Sociais, versão 13. Foram realizadas análises de
frequência simples, de dispersão e tendência central. Resultados: Identificou-se 54,5% de
pacientes do sexo masculino, média global de idade de 57,4 anos, média de 1,6 cateter/
paciente e média de 27,2 dias de uso/cateter. Os principais sítios de punção foram as veias
jugulares internas direita (43,4%) e esquerda (20,9%), com médias 32 e 24 dias de uso em
cada. Foram enviados para análise laboratorial 88% dos CDL, com crescimento de 197 microrganismos em 56,8% das amostras. Foram processadas 268 primeiras amostras de sangue
e 264 segundas amostras, com crescimento de 172 e 155 microrganismos em 60,8 e 54,9%
delas, respectivamente. Os microrganismos mais prevalentes foram o Staphylococcus epidermides e Staphylococcus aureus. Em 7,3% dos casos não foram coletados espécimes clínicos,
em 15,5% as três amostras foram negativas, em 19,3% foram identificados microrganismos
iguais, em 19,3% somente as hemoculturas (HC) positivaram com mesmos microrganismos
e em 3,2% uma das HC positivou com o mesmo agente encontrado no CDL. Portanto, pareando o CDL e as HC, apenas 19,3% dos casos confirmaram infecções associadas ao cateter
e, pareando o CDL com uma das HC, a taxa aumentou para 22,5%. Conclusão: Os pacientes
avaliados utilizaram CDL por cerca de um mês e apresentaram episódios de infecção em
mais de um momento. Os achados reforçam a importância da análise pareada do CDL com
as demais culturas para a associação das infecções ao uso do CDL e que os microrganismos
colonizantes naturais da pele são seus principais agentes etiológicos, endossando a necessidade de atenção com a conservação/manipulação dos cateteres e de seus curativos, bem
como da retirada deles tão logo possível.
Palavras Chaves: Infecção, Diálise
SÍNDROME METABÓLICA EM HEMODIÁLISE: PREVALÊNCIA SEGUNDO
DOIS CRITÉRIOS
PAMELA DE ALENCAR FORTALEZA SOUSA, Paula Nathana Rabelo Galdino, Marcos
Kubrusly, Cláudia Maria Costa de Oliveira, Antônio Luíz Carneiro Jerônimo,
Patricia Saldanha Freire Simões,Rodrigo de Oliveira Lima
FACULDADE CHRISTUS
Introdução: A principal causa de mortalidade em pacientes portadores de doença renal crônica são as doenças cardiovasculares e um dos principais fatores de risco é a Síndrome Metabólica (SM). O diagnóstico desta síndrome tem sido dificultado pela ausência de consenso na
sua definição e nos pontos de corte de suas variáveis. Objetivos: Avaliar a prevalência de SM
em Hemodiálise (HD) segundo os critérios do National Cholesterol Education Program’s Adult
Treatment Panel III (NCEP-ATP III) e da International Diabetes Federation (IDF), bem como
60
a concordância entre os métodos. Casuística e Métodos: Foram avaliados pacientes em HD
em duas clínicas de Fortaleza, com tempo de diálise superior a 3 meses e com idade maior
ou igual a 18 anos. Os pacientes foram submetidos à medição da Circunferência Abdominal
(CA) após a HD e da Pressão Arterial (PA) antes da HD. Foram realizadas as dosagens de
glicose, triglicerídeos (TGR) e HDL-colesterol em jejum.O teste de MacNemar foi utilizado
para avaliar se os dois métodos (NCEP-ATP III e IDF) estimam a mesma prevalência de SM e a
concordância entre os métodos foi avaliada de acordo como o coeficiente kappa. Resultados:
Foram incluídos 115 pacientes, com idade média de 50,2 ± 14,7 anos (21 a 88 anos), tempo
médio em HD de 62,1 ± 58,3 meses, sendo 50,4% do gênero feminino. A prevalência de SM
foi de 41,7% segundo o NCEP-ATP III e de 42,6% segundo o IDF (MacNemar = 1,0; os dois
métodos estimam a mesma prevalência de SM) e a concordância entre os métodos foi boa
(kappa = 0,768). Entre os 48 pacientes com diagnóstico de SM de acordo com NCEP-ATP III,
42 (87,5%) também foram diagnosticados pelo IDF. Entre os 67 pacientes não portadores de
SM pelo NCEP-ATP III, 60 (89,5%) também não foram pelo IDF. A prevalência das variáveis
da SM segundo o NCEP foi de 83,4% dos pacientes com HDL-col < 50 mg/dl (mulheres) ou
< 40 mg/dl (homens); 81,3% com PA ≥ 130/85 mmHg ou uso de anti-hipertensivos; 66,7%
com CA > 88 cm (feminino) ou > 102 cm (masculino); 65% com TGR ≥ 150 mg/dl ou uso de
hipolipemiantes e 35,4% com glicemia ≥ 100 mg/dl ou uso de hipoglicemiantes. Conclusões:
A prevalência de SM na população em estudo HD foi elevada e independente do critério
utilizado. As variáveis que mais contribuíram para o diagnóstico de SM foram o HDL-col e a
PA. A avaliação regular do diagnóstico de SM em HD deve ser implementada, pois poderá
contribuir para redução da mortalidade cardiovascular.
Palavras Chaves: Síndrome Metabólica, Hemodiálise
TRATAMENTO CRONICO COM GLICOSE DIMINUI A ATIVIDADE DE NHE3
EM CÉLULAS HEK-293 TRANSFECTADAS COM hSGLT1
Maria Oliveira de Souza, OLIVIA BELOTO DA SILVA
Universidade de São Paulo,UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
A glicose é um dos principais substratos energéticos do organismo e alterações na sua concentração extracelular, modifica a atividade de proteínas de transporte. Dados recentes de
nosso laboratório demonstram que o tratamento crônico com alta concentração de glicose
aumenta a velocidade de recuperação do pH intracelular (dpHi/dt) em células HEK-293 (Human Embrionic Kidney cells – clone 293), as quais expressam duas isoformas (1 e 3) do trocador Na+/H+ (NHE1 e NHE3, respectivamente). Objetivo: Nesse estudo avaliamos o efeito
do tratamento crônico com alta glicose sobre a dpHi/dt em células HEK-293 transfectadas
com SGLT1 humano wild-type (hSGLT1-WT). Materiais e Métodos: O cDNA do hSGLT1-WT
foi clonado no vetor de expressão pEGFP-N1 e o recombinante hSGLT1-WT/pEGFP-N1 foi
transfectado em células HEK-293. As células HEK-293 não-transfectadas (NT) ou transfectadas com hSGLT1-WT (WT) foram cultivadas em meio de cultura DMEM contendo glicose 25
mM por 20 dias. A dpHi/dt foi analisada por microscopia de fluorescência, utilizando a sonda
fluorescente, BCECF-AM. Resultados:O tratamento crônico diminuiu a dpHi/dt em células WT
quando comparado com células NT [0.148±0.02 (n=5) vs 0.432±0.02 (n=7)]. A inibição
de NHE3, utilizando um inibidor específico – S3226 (100 uM), diminuiu significantemente
a dpHi/dt em células NT e manteve o efeito inibitório, gerado pelo tratamento crônico, em
células WT [0.104±0.011(n=6) vs 0.100±0.012(n=6)]. Conclusões: Nossos resultados indicam que, em células HEK-293, cerca de 70% da recuperação do pHi, depende do NHE3. O
tratamento crônico com alta concentração de glicose, nesse mesmo tipo celular expressando
o hSGLT1-WT, diminuiu significantemente a dpHi/dt, indicando que a atividade do NHE3 diminuiu. Essa resposta pode estar vinculada à diminuição da quantidade de NHE3 na membrana
celular, gerada pelo tratamento crônico em células WT.
Apoio Financeiro: FAPESP e CNPq.
USO DA BIOIMPEDÂNCIA BODY COMPOSITION MONITOR (BCM) PARA
AVALIAÇÃO DO EXCESSO DE ÁGUA CORPORAL DE PACIENTES EM
HEMODIÁLISE
Mariana Rambelli Bibian1,Fabíola Pansani Maniglia1,Renata Moneda A. dos
Santos2,José Abrão Cardeal da Costa1
1 - FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRãO PRETO/USP
2 - Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
INTRODUÇÃO: A obtenção do equilíbrio hídrico ideal é um grande desafio clínico. A bioimpedância body composition monitor (BBCM) é o único dispositivo que identifica a superhidratação como um terceiro compartimento, além da massa magra e massa gorda. OBJETIVO:
estimar o excesso de água corporal de pacientes em programa de hemodiálise por meio do
uso BBCM. MÉTODOS: a avaliação foi realizada por profissionais treinados em 21 pacientes
em jejum de 8 horas, no momento anterior à diálise, sendo que 3 pacientes estavam há dois
dias sem dialisar e os demais há 1 dia. Dados de peso, estatura e pressão arterial foram
aferidos. A medição foi realizada com o paciente deitado após descanso de 15 minutos com
os eletrodos fixados nos membros superior e inferior, do lado oposto à fístula. RESULTADOS:
A idade média dos pacientes avaliados foi de 48,1±14,6 anos (23 a 79 anos), sendo 66,66%
do sexo masculino. A média do IMC foi de 24,93±4,17kg/m² e a pressão arterial variou entre
100X60 e 200X130mmHg. Os pacientes que encontravam-se sem dialisar há 2 dias apresentaram uma média de superhidratação equivalente a 3,07±1,11litros. Entre os pacientes
com período interdialítico de 1 dia, 19 apresentaram valor de superhidratação médio de
2,61±1,52; 1 apresentou valor negativo e 1 apresentou valor nulo, correspondentes à desidratação e à ausência de água corporal excessiva, respectivamente. Ressalta-se que foram
aceitos resultados com índice de qualidade considerados bons pelo aparelho. CONCLUSÃO:
uma vez que a avaliação do excesso de água corporal foi realizada em um único momento,
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
não foi possível estabelecer uma relação precisa com o peso ideal pós diálise avaliado pela
equipe médica de modo convencional. Medidas seriadas do ganho de peso interdialítico por
meio da bioimpedância elétrica BCM, além da avaliação clínica dos sintomas e queixas dos
pacientes são necessárias. No entanto, a bioimpedância BCM parece ser uma ferramenta
coadjuvante importante para a estimativa do excesso de água corporal nos pacientes em
programa de hemodiálise.
Palavras Chaves: excesso de água corporal, bioimpedância elétrica
Validade de Escores de Desnutrição quanto ao Prognóstico
Fatal em HD
Flávia Regina Toledo, Aline de Araujo Antunes, Francieli Cristina Delatim
Vannini, Liciana Vaz de Arruda Silveira, Pasqual Barretti, Jaqueline Costa
Teixeira Caramori
UNESP
Introdução A desnutrição é um forte preditor de mortalidade em pacientes tratados por
hemodiálise (HD). Parâmetros clínicos, antropométricos e laboratoriais são considerados de
formas diferentes nos diversos escores propostos, divergindo quanto ao diagnóstico de desnutrição. Com isso, escores nutricionais merecem ser confrontados com resultados clínicos
para serem validados. Objetivo Identificar dentre escores para desnutrição qual é o mais efetivo preditor de mortalidade em HD. Casuística e métodos Estudo de coorte prospectiva com
106 pacientes prevalentes em HD crônica, maiores de 18 anos, sendo excluídos aqueles com
disfunção sistólica, neoplasia, insuficiência hepática ou doença terminal. Quanto ao estado
nutricional foram classificados como desnutridos ou eutróficos de acordo com os escores
diagnósticos propostos por Wolfson [W] (1984), Fouque [F] (2008) e Beberashvili [B] (2010).
Os pacientes foram seguidos por 25,7 (14,8; 34,1) meses, sendo observada a ocorrência
de óbito. Empregou-se curva de Kaplan-Meier, testada por log rank, e modelo de Cox, um
para cada escore, ajustado para diabetes, sexo, proteína C reativa, tempo em HD, idade e
depuração fracional da uréia. O nível de significância adotado foi p<0,05. Resultados Os
pacientes apresentavam idade de 56,3±14,9 anos, 52% masculinos, em HD há 34 (6; 63,5)
meses, sendo nefropatia diabética a principal causa de doença renal. Durante o período de
seguimento ocorreram 23 (21,5%) óbitos, sendo 50% por causa cardiovascular. O percentual
de pacientes desnutridos foi de 53,9% por [W], 19,8% por [F] e 46,5% por [B]. Na análise
univariada, os pacientes desnutridos por [W] não diferiram dos eutróficos quanto à mortalidade (p=0,111), já os desnutridos por [F] (p=0,001) e por [B] (p=0,034) apresentaram pior
prognóstico. Na análise multivariada, a desnutrição por [F] foi preditora independente de
mortalidade (HR= 4,07 IC95% 1,61-10,31; p=0,003), o que não ocorreu com os outros escores. Conclusão Nesta amostra foi possível validar o escore de desnutrição proposto por [F],
pois foi mais efetivo para predizer a mortalidade em HD. Isso pode ser justificado pelo escore
considerar parâmetros antropométricos, laboratoriais e de ingestão alimentar, possibilitando
diagnosticar precisamente a desnutrição.
Palavras Chaves: desnutrição, hemodiálise
61
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
RESUMOS - SESSÃO POSTER
Distúrbios do metabolismo mineral e ósseo
Ca, P e hiperparatireoidismo secundário. Considerações a
respeito de um caso.
JENNER CRUZ, SILVANA KESROUANI, RUI ALBERTO GOMES, FATIMA COSTA MATIAS
PELARIGO
Instituto de Nefrologia de Mogi das Cruzes
Introdução e objetivo: Nas últimas cinco décadas, desde a hipótese do néfron intacto desenvolvida por Bricker em 1960, o mecanismo responsável pelo hiperparatireoidismo secundário,
da calcificação vascular e da regulação do metabolismo do P na doença renal crônica cresceu
significativamente. O Prof. Slatopolsky defende a idéia de que o fosfato, per se, independentemente do Ca e do calcitriol, afeta diretamente o desenvolvimento da hiperplasia das glândulas paratireoides e do hiperparatireoidismo secundário. Ele sugere também a possibilidade
da existência de uma fosfatonina intestinal que condicionaria fosfatúria independentemente
do FGF-23 fator de crescimento de fibroblasto-23). Portanto o fosfato e não o cálcio teria um
papel fundamental na hiperplasia das glândulas paratireóides. Vamos mostrar um paciente
onde a Ca e não o P foi responsável pelo aumento do PTH (hormônio da paratireóide). Caso
clínico: Homem branco de 82 anos de idade, com doença renal crônica estágio 2, cujo pai
e dois tios tinham tido fratura patológica do colo do fêmur realizou densitometria ósea que
revelou osteoporose da extremidade proximal do fêmur, com coluna vertebral normal. Resultados: O estudo do metabolismo do Ca e do P mostrou calciúria muito baixa, variando de
1,16 a 10,15 mg;24 hs, hipocalcemia, variando de 8,6 a 9,5 mg/mL, hipofosfatemia variando
de 2,1 a 2,9 mg/mL, vitamina D baixa, variando de 17 a 37 ng/mL e PTH variando de 59 a 160
pg/mL. Variações não sequenciais. Tratamento: Desde janeiro de 2006 até a presente data o
paciente foi tratado por diferentes maneiras: vitamina D2 de 400 a 800 UI/dia, calcitriol 0,25
mcg/dia, vitamina D3 12.000 UI/semana, carbonato de cálcio 500 mg/dia, alternadamente
sem conseguir elevar a calciúria e manter o PTH sempre normal. Porém o tratamento está
conseguindo reverter a osteoporose para osteopenia. Conclusão: Os exames demonstram
que apenas a hipocalcemia deve ter sido responsável pelas elevações do PTH desse paciente.
Não temos explicação da causa da hipocalciúria ainda não revertida. Não elevamos a dose de
carbonato de cálcio para não provocar calcificações não desejadas. Referência: Slatopolsky E:
The intact nephron hypotesis: the concept and its implications for phosphate management in
CKD-related mineral and bone disorder. Kidney Int 2011; 79(Suppl 121): S3-S8.
Palavras Chaves: hiperparatireoidismo secundário, hipocalciúria
Diálise como opção de tratamento para Calcinose Tumoral
Primária em paciente com uma nova mutação do FGF
Goldenstein PT, Castro MCM, Oliveira RB, Abensur H, Luders C, Pereira AC, Elias
RM, Romão JE, J orgetti V, Moyses RMA
Hospital das Clínicas da FMUSP
Introdução: Calcinose Tumoral Primária (CTP) é uma doença metabólica autossômica recessiva rara, caracterizada por massas tumorais calcificadas ectópicas e anormalidades dentárias,
assim como calcificações vasculares e de partes moles periarticulares. Até o momento, mutações em 3 genes foram descritas como responsáveis pela doença em humanos. Objetivo e
Métodos: Neste estudo apresentamos um paciente de 24 anos, sexo masculino, portador de
CTP, com uma nova mutação no FGF23 e uma nova opção terapêutica na tentativa de controlar mais efetivamente o fósforo sérico, e reduzir as lesões calcificadas. Resultados: O paciente
apresentava nódulos subcutâneos, assim como calcificações periarticulares e vasculares. A
análise bioquímica mostrou hiperfosfatemia (9.0 mg/dl), normocalcemia (4.8 mg/dl), função
renal normal e FeP = 3%. O PTH estava suprimido (15 pg/ml), associado à leve redução da
25-OH-vitamina D (26 ng/ml). O FGF23 sérico intacto foi indetectável. Para o FGF23, um
estado heterozigótico foi observado, definido por p.Q67H (éxon 1) e p.Q156stop (éxon 3).
Apesar de 4 cirurgias para ressecção tumoral e tratamento medicamentoso com hidróxido de
alumínio, sevelamer e acetazolamida, as lesões continuaram a progredir. Devido à falta de
opções terapêuticas, o paciente foi incluído num programa de hemodiálise diária, levando a
um melhor controle do fósforo. Após 24 meses de tratamento, as lesões da CTP diminuíram
em tamanho e o paciente recuperou grande parte de sua mobilidade. Este é o primeiro relato
de uma nova mutação no gene FGF e o primeiro caso descrito do uso de hemodiálise como
tratamento eficaz para CTP em paciente com função renal normal. Conclusões: Este paciente,
com sua doença genética rara, nos deu a oportunidade de testar in vivo o papel do fósforo
na calcificação extra-óssea e enfatiza a necessidade de seu controle no contexto da doença
renal crônica.
Dificuldades para realização do teste com desferoxamina no
interior do Paraná.
JANAINA DA SILVA MARTINS, Leticia Silva Dantas
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
Introdução: O diagnóstico histológico é o padrão ouro para doença relacionada ao alumínio
(dAl), mas o teste com desferoxamina (tDFO) é recomendado como screening pela Sociedade
Brasileira de Nefrologia (SBN). Por outro lado, dificuldades regionais para obteção da droga
para fins diagnósticos tem levado a substituição do tDFO pela dosagem basal do alumínio,
muito menos sensível. Objetivo: Realizar o tDFO em pacientes em hemodiálise conforme
diretrizes da SBN e relatar as dificuldades encontradas. Metodologia: Abordamos todos pa62
cientes de um serviço em Maringá-Pr com mais de 18 anos e 03 meses de tratamento, com
Al basal menor que 200mcg/L e ferritina entre 200 e 800ng/mL. A desferoxamina nos foi
negada por órgãos públicos, porém conseguimos “sobras” de entidade ligada a hematologia,
visto que pelos CIDs relativos a doença renal ou osteodistrofia não seria possível para fins de
diagnóstico.O teste se deu como descrito em literatura, e a dosagem do Al foi em laboratório
de referência por espectofotometria de absorção atômica. Resultados: Incluimos 76 de 135
pacientes (56,2%), media de idade de 55,2 anos e 3,9 anos em diálise. O tDFO foi positivo
em 9,21% dos casos de pacientes com caracteristicas epidemiológicas semelhantes a toda
população. Os valores de PTHi foram superiores a 300pg/dL em toda população e os valores
de cálcio, fósforo, fosfatase alcalina ou qualquer outro marcador bioquímico não diferiu entre
os grupos com tDFO positivo e negativo. Discussão: Realizamos o tDFO em toda população
elegível desse centro, e relatamos a dificuldade para a obtenção da desferoxamina para esse
fim. Os pacientes com intoxicação por Al foram em valor muito superior ao relatado na literatura mundial, em torno de 01%, e principalmente, os valores de PTHi, cálcio, fósforo ou
qualquer outra bioquímica não se relacionaram a esse diagnóstico. Conclusão: O teste com
DFO embora útil e desejável no diagnóstico da intoxicação por Al acaba sendo subutilizado,
em parte devido as dificuldades na obteção da droga em algumas regiões do Brasil.
Palavras Chaves: Teste com desferoxamina, Dificuldades
DISTÚRBIO MINERAL E ÓSSEO EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS
SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE
Pontes DP1Araújo RG1, Barbosa MSS1, Arruda FG2, Luz Neto LM1
1 - HOSPITAL DAS CLíNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
2 - HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
A perda das funções renais pode acarretar em uma série de complicações metabólicas e
têm sido associadas ao aumento da morbimortalidade. Dentre estas desordens, encontrase o distúrbio mineral e ósseo (DMO) secundário à doença renal crônica (DRC), podendo
apresentar-se somente com alterações laboratoriais, doença óssea estabelecida e calcificações extra-esqueléticas. Os distúrbios do metabolismo do paratormônio (PTH), assim como
do cálcio (Ca), do fósforo (P) e do calcitriol ocorrem precocemente nos pacientes com DRC e
desempenham papel fundamental na fisiopatologia das doenças ósseas que os acometem.
Este estudo tem como objetivo verificar a ocorrência de DMO secundário a DRC, através de
alterações laboratoriais, em pacientes submetidos à hemodiálise. Foi realizado um estudo
observacional com 31 pacientes com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos,
inscritos há no mínimo seis meses no programa regular de hemodiálise do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Foram coletados das fichas de acompanhamento nutricional os seguintes dados: idade, sexo, tempo em tratamento hemodialítico, níveis
séricos de PTH, P, Ca e produto Ca x P. Os valores do Ca foram corrigidos pelos níveis séricos
de albumina de acordo com o National Kidney Foundation/Kidney Disease Outcomes Quality
Initiative (K/DOQI, 2003). Os dados foram analisados pelo software estatístico SPSS versão
18.0. A amostra apresentou média de idade de 52,16 ± 17,13 anos, tempo de tratamento
hemodialítico de 61,52 ± 60,62 meses e 64,5% eram do sexo feminino. Foi observado que a
média dos níveis de PTH foi de 723,7 ± 623,3 pg/ml, onde 71% e 25,8% apresentaram, respectivamente, hiper e hipoparatireoidismo. Em relação aos níveis de Ca, 71% dos indivíduos
foram encontrados dentro da normalidade, com média de 9,8 ± 0,9 mg/dl. Foi verificado que
35,5% apresentaram hiperfosfatemia, com média de 5,2 ± 2,5 mg/dl. A média do produto
Ca x P foi de 50,8 ± 22,8, encontrando-se dentro da normalidade, entretanto, 32,3% dos pacientes apresentaram valores acima. Foi observado, ainda, que 100% dos indivíduos apresentaram algum tipo de alteração no metabolismo do PTH, Ca ou P. Diante do exposto, pode-se
concluir que houve uma maior prevalência de hiperparatireoidismo e percentuais importantes
de hiperfosfatemia e elevação do produto Ca x P, o que contribui para um maior risco de
calcificações extra-ósseas. Constatou-se, ainda, que todos os pacientes apresentaram DMO.
Palavras Chaves: Distúrbio mineral e ósseo, Hemodiálise
EFEITOS DA EXPRESSÃO DIFERENCIAL QUANTITATIVA DE Pkd1 SOBRE
OS PARÂMETROS URINÁRIOS POTENCIALMENTE ENVOLVIDOS NA
NEFROLITÍASE ASSOCIADA À DOENÇA POLICÍSTICA RENAL AUTOSSÔMICA
DOMINANTE (DRPAD)
RENATO RIBEIRO NOGUEIRA FERRAZ1, Jonathan Mackowiak Fonseca2, Gregory
Germino3, Luiz Fernando Onuchic2, Ita Pfeferman Heilberg1
1 - Disciplina de Nefrologia – Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, São Paulo – SP
2 - Laboratório de Nefrologia Celular, Genética e Molecular (LIM-29) da Disciplina de Nefrologia
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – FMUSP, São Paulo – SP
3 - National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases, Bethesda – MD, USA
Introdução: A elevada prevalência de litíase urinária na DRPAD pode ser consequente às
anormalidades estruturais decorrentes do crescimento dos cistos, à presença de alterações
metabólicas, ou a uma combinação desses fatores. Pacientes com DRPAD apresentam maior
frequência de hipocitratúria mesmo na ausência de nefrolitíase, sugerindo que alterações
metabólicas poderiam estar associadas à DRPAD per se. Objetivo: Identificar se anormalidades metabólicas potencialmente relacionadas com a elevada prevalência de litíase urinária
em DRPAD devem-se à haploinsuficiência de Pkd1 ou ao fenótipo renal cístico. Método:
Parâmetros como oxalato, cálcio, magnésio, citrato, ácido úrico, sódio, potássio, creatinina
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
e pH foram determinados em amostras de urina de 24 horas coletadas durante 3 dias não
consecutivos, de camundongos geneticamente modificados ou não com 12 semanas de idade, divididos nos seguintes grupos: Pkd1+/- (n=12, animais haploinsuficientes para Pkd1),
Pkd1+/+(n=11, animais selvagens, controles de Pkd1+/-), Pkd1cond/cond:BalCre (n=17, císticos) e Pkd1cond/cond(n=18, controles não-císticos de Pkd1cond/cond:BalCre). Resultados:
Os animais Pkd1+/- apresentaram elevação da calciúria quando comparados a seus controles
selvagens (0,41 ± 0,07 vs. 0,28 ± 0,17), situação não observada em Pkd1cond/cond:BalCre.
Quando comparados a Pkd1cond/cond, animais Pkd1cond/cond:BalCre apresentaram redução na fração de excreção (FE%) de sódio (0,59 ± 0,07 vs. 0,75 ± 0,18) e potássio (19,1 ±
2,9 vs. 23,4 ± 4,3), além de redução na oxalúria (0,10 ± 0,04 vs. 0,16 ± 0,06). Conclusão:
Os presentes achados não reproduziram os principais distúrbios metabólicos observados em
pacientes litiásicos com DRPAD, especialmente a hipocitratúria. Estes resultados sugerem que
mecanismos mais complexos possam estar envolvidos nas alterações metabólicas associadas
à nefrolitíase na DRPAD, evidenciando as limitações deste modelo animal.
Palavras Chaves: DRPAD, Litíase
Evolução da Doença Mineral Óssea Nos Pacientes Dialíticos e
Impacto das Novas Diretrizes do KDIGO.
Fabiano Bichuette Custodio, Bruno Martins Tokuda, João Fernando Picollo
de Oliveira
Disciplina de Nefrologia - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
Introdução: A Doença Mineral Óssea (DMO) está associada à elevada morbi-mortalidade em
pacientes dialíticos. As diretrizes do KDIGO (Kidney Disease Improvement Global Outcomes)
publicadas em 2009 estipularam valores mais elevados de paratormônio (PTH) para indicação
de tratamento. Objetivos: Através de exames laboratoriais, avaliar a prevalência da DMO
de pacientes em hemodiálise em 2 períodos (final de 2009, após publicação do KDIGO, e
2011), porcentagem de pacientes acima do alvo de PTH (a serem tratados) e evolução da
doença. Materiais e Métodos: Foram selecionados pacientes em hemodiálise desde 2009 que
mantinham acompanhamento até 2011. Exclusão: menores de 18 anos, paratireoidectomizados, troca de método, transplantados, óbitos e perda de seguimento. Foram avaliados dados
demográficos, valores de Cálcio (Ca mg/dl) Fósforo ( P mg/dl), Ca x P , fosfatase alcalina ( FA
U/L) e PTH (pg/ml). Os valores são a média do último trimestre de 2009 e segundo trimestre
de 2011. Até KDIGO/2009, era indicativo de tratamento valores de PTH acima de 300. Após, 9
vezes maiores que os valores de referência (PTH > 585). Resultados: Foram avaliados 117 pacientes, média de idade 57,7 ± 14,2 anos; 59,8 % masculinos; tempo médio de hemodiálise
5,9 ± 3,1 anos. Em 2009 as médias de Ca , P , Ca x P e medianas de FA e PTH foram respectivamente (8,8 - 5,4 - 47,1 - 107 - 285). Em 2011: 9,3 – 5,1 – 47,9 – 149 - 391 (p<0,001 para
Ca e FA e p=0,002 PTH). Em 2009, 41,8% apresentavam PTH maior que 300, já em 2011
64,9 %, sendo que 40,1% do total PTH > 585. Em 2009, 24% (n=28) apresentavam PTH entre 300 e 585, passando para faixa alvo do PTH. Desses pacientes, em 2011, 61% evoluíram
com PTH > 585, sendo que em geral houve aumento de Ca, FA e PTH ( p < 0,05). Aqueles
com PTH > 585 em 2011 apresentaram maiores valores de Ca (9,76 x 8,92 p<0,001), FA
(218 x 130 ; p<0,001) e PTH (945 x 608 ; p<0,001) em comparação aos com PTH > 300 em
2009. Conclusões: Observamos elevada prevalência de DMO na população dialítica. Além da
própria evolução da doença, o aumento do valor alvo do PTH parece ter contribuído com o
progredir da DMO Mesmo com o esse aumento, não houve diferença entre a porcentagem
de pacientes a serem tratados, contudo esses apresentam atualmente PTH, Ca e FA mais
elevados, sugerindo DMO mais grave e com menor resposta ao tratamento. Uma análise mais
crítica deve ser considerada para propor o melhor alvo do PTH em pacientes dialíticos.
Palavras Chaves: PTH hemodiálise, KDIGO 2009
Expressão do fator de crescimento de fibroblasto 23 (FGF-23)
em tecido ósseo de pacientes litiásicos hipercalciúricos.
MENON, VB, ALVES, MTS, MOYSÉS, RM, JORGETTI, V, HEILBERG, IP
UNIFESP, São Paulo
INTRODUÇÃO: Alterações histomorfométricas representadas por reduzida formação, elevada
reabsorção óssea e defeitos na mineralização óssea têm sido evidenciados em pacientes
litiásicos com hipercalciúria idiopática (HI). Um estudo observou que 20% dos litiásicos apresentavam fosfatúria elevada associada a um aumento do FGF-23 sérico. Dados de literatura
sugerem que a superexpressão óssea de FGF-23 pode suprimir a mineralização óssea independente dos seus efeitos fosfatúricos. OBJETIVO: Avaliar a expressão de FGF-23 em tecido
ósseo de pacientes litiásicos HI. MÉTODOS: Análise imunohistoquímica foi realizada em 31
amostras de tecido ósseo descalcificado obtidas de biópsias de litiásicos HI (13F/18M, 36
± 9 anos) e função renal normal e material post-mortem de 33 controles sadios (15F/18M,
34 ± 4 anos). A imunopositividade da expressão óssea de FGF-23 foi quantificada nos osteócitos e corrigida pela área total da biópsia óssea analisada. Os valores dos parâmetros
histomorfométricos, cálcio urinário e níveis séricos de cálcio total, 1,25(OH)2D3 e paratormônio (PTH) foram obtidos dos prontuários dos pacientes. RESULTADOS: Todos os pacientes
apresentaram níveis séricos de cálcio e de PTH normais. Hipofosfatemia foi observada em
apenas 3 pacientes. Seis (6) pacientes apresentaram níveis de 1,25(OH)2D3 no limite inferior
da normalidade. A mediana da expressão óssea de FGF-23 não diferiu entre os HI e controles
(4,98 vs 5,13%, p=0,84) e não foi observada correlação significante entre a expressão de
FGF-23 e o fósforo sérico, PTH, cálcio urinário e 1,25(OH)2D3. A expressão de FGF-23 não
diferiu entre os pacientes normo e hipofosfatêmicos. De acordo com a histomorfometria, os
pacientes litiásicos HI apresentaram atraso no tempo para mineralização quando comparados
aos controles (48,40 ± 32,20 vs 23,00 ± 2,40 dias), mas esse parâmetro não se correlacionou com a expressão de FGF-23. CONCLUSÃO: O presente estudo não sugere que o FGF-23
exerça influência importante sobre o defeito de mineralização evidenciado nos pacientes
litiásicos HI.
Palavras Chaves: FGF-23, Litíase
FATORES DE RISCO PARA HIPERFOSFATEMIA EM PACIENTE SUBMETIDOS
A TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE
ASTRéA RAMOS DE ARAúJO, SARA MOREIRA FRANCISCHINI,MÁRCIA BESSA,EDSON LUIZ
PASCHOALIN,SANDRA REGINA PASCHOALIN
CLÍNICA SENHOR DO BONFIM - HEMODIÁLISE
A hiperfosfatemia é considerada um importante fator de risco para pacientes em tratamento
dialítico, principalmente pela sua relação com eventos ósseos e cardiovasculares, que podem
resultar em hiperparatireoidismo secundário ou calcificações em tecidos moles. Por ser uma
condição que proporciona sintomatologia de evolução lenta e discreta, em geral configura
menor grau de importância por parte dos pacientes, o que pode resultar muitas vezes em
intervenção tardia, com necessidade de uso de altas doses de quelante e, em casos mais graves, intervenção cirúrgica na paratireóide. Esse estudo, realizado na Clínica Senhor do Bonfim
– Hemodiálise em Feira de Santana-Ba, contou com a participação de 167 pacientes, sendo
104(62%) do sexo masculino e 63(38%) do sexo feminino com idades entre 17 e 60 anos.
Objetivos: avaliar a influência de diversos fatores no desenvolvimento da hiperfosfatemia
em pacientes submetidos a tratamento de hemodiálise, visando identificar pontos críticos,
que possam de alguma maneira nortear as condutas nas orientações fornecidas, sejam elas
dietéticas ou de comportamento. Material e métodos: foi realizada uma análise retrospectiva,
do período de janeiro/2009 a fevereiro/2010, onde foram observados exames e colhidas
informações nos prontuários de 2 grupos de pacientes; o primeiro com 67 pacientes que
apresentaram hiperfosfatemia persistente (fósforo sérico ≥ 5,5mg/dl por 6 meses ou mais,
consecutivos), comparados à outro grupo com níveis normais de fósforo sérico (entre 2,5 e
5,5mg/dl por seis meses ou mais consecutivos). Nas duas amostras, foram observados aspectos como gênero, idade, escolaridade, estado civil, domicílio, prescrição e adesão ao uso de
quelante de fósforo e peso de acordo com o Índice de Massa Corporal (IMC). Resultados: dos
fatores avaliados, o estado civil teve relação com o aumento do risco de hiperfosfatemia (p
0,02) OR=2,17 [1,12 – 4,19]; a avaliação do peso pelo IMC também apresentou resultados
significativos com (p 0,001) OR=[1,71 – 33,9], sugerindo que pacientes com peso normal e
acima do normal apresentam maior risco de hiperfosfatemia. Os demais aspectos avaliados,
como gênero, idade, escolaridade, domicílio, prescrição e adesão ao uso de quelante, não
apresentaram relação significativa com a hiperfosfatemia. Conclusão: pacientes que não contam com o apoio de um companheiro(a), assim como aqueles que se mantêm com o peso
normal ou acima do normal com base no IMC, apresentam maior risco de hiperfosfatemia.
Palavras Chaves: HIPERFOSFATEMIA,HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO
Hipovitaminose D em pacientes com Doença Renal Crônica em
tratamento hemodialítico
BRUNO MARTINS TOKUDA, FABIANO BICHUETTE-CUSTÓDIO, VERÔNICA MARIA PEREIRA
COSTA, MARIANA DE MORAES FRANÇOSO, JOÃO FERNANDO PICOLLO DE OLIVEIRA
FAMERP
INTRODUÇÃO: A hipovitaminose D contribui para o desenvolvimento de hiperparatireoidismo
secundário, osteodistrofia renal além do impacto no risco cardiovascular em pacientes com
Doença Renal Crônica. A dosagem da Vitamina D (VIT D) é importante para direcionar o tratamento adequado destes pacientes. OBJETIVOS: Avaliar o nível sérico de VIT D em pacientes
que realizam tratamento através de hemodiálise e sua associação com sexo, raça, idade, tempo em hemodiálise (HD), marcadores bioquímicos de doença óssea, proteina C reativa (PCR),
dose de eritropoetina (EPO) e presença de diabetes. PACIENTES e MÉTODOS:Foram avaliados
os níveis séricos de VIT D, dos pacientes em tratamento hemodialítico no Hospital de Base da
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP),sexo, raça, níveis de cálcio, fósforo, fosfatase alcalina (FA), paratohormônio (PTH), PCR e dose EPO. De acordo com as Diretrizes Brasileiras de Prática Clínica para o Distúrbio Mineral e Óssea na Doença Renal Crônica,
os pacientes foram classificados em três grupos: suficientes (>30 ng/mL), insuficientes (15 a
30 ng/mL) e deficientes (<15 ng/mL). A análise estatística foi feita utilizando os testes Quiquadrado, Exato de Fischer e t de Student quando apropriado. RESULTADOS: Foram analisado
215 pacientes em programa hemodialítico, dos quais 105 (48,8%) apresentavam valores
abaixo de 30 ng/mL de VIT D. Este grupo era composto por 55 mulheres (52,4%) (p<0,01),
33 negros (31,4%) (p=ns), idade de 60,4 ± 14 anos (p<0,05), tempo em HD 35,4 ± 33,4
meses (p<0,01), 32 diabéticos (30,5%) (p<0,05), PCR 1,25 ± 1,9 mg/dL (p=ns), cálcio sérico
9,2 ± 0,9 mg/dL (p=ns), fósforo sérico 4,5 ± 1,2 mg/dL (p=ns), FA 128 ± 104 U/L (p<0,01),
PTH 401,5 ± 460,2 pg/mL (p=ns), dose de EPO 244,3 ± 132,6 U/kg/semana (p=ns). Destes
105 pacientes com valores baixos de VIT D, 29 (27,6%) tinham dosagem abaixo de 15ng/
mL, 19 eram mulheres (65,5%), 5 eram negros (17,2%), idade de 64,3 ± 11,4 anos, tempo
em HD 32,2 ± 31,4 meses, 11 diabéticos (37,9%) PCR média 1,15 ± 0,99 mg/dL, Cálcio 9,2
± 0,8 mg/dL, Fósforo 4,4 ± 1,2 mg/dL, FA 122,2 ± 72,8 U/L, PTH 360,9 ± 416,3 pg/mL e
dose de EPO 249,9 ± 150,3U/kg/semana. CONCLUSÃO: A prevalência de hipovitaminose
D é comum em pacientes em programa de HD. Esteve associada positivamente com o sexo
feminino, idade e presença de diabetes e negativamente com tempo de hemodiálise, valores
de FA. Estas diferenças foram mais acentuadas no subgrupo com deficiência de VIT D.
Palavras Chaves: vitamina D,doença renal crônica
63
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
Neoplasia endócrina múltipla tipo I em doente renal crônico
não dialítico
Relação entre PTH, fosfatase alcalina total e fosfatase
alcalina fração óssea: implicações fisiopatológicas
RENATA DE ALMEIDA FRANçA, Patrícia Bento Guerra, Vinícius Bortoloti Péterle,
Lilian Silva Santos, Mirna Lucia Quevedo, Daniele Bulotto,Lauro Vasconcelos
Santos RSS, Onusic VL, Castro MCM
Universidade Federal do Espírito Santo
Introdução: A fosfatase alcalina total (FAt) é uma enzima com seis isoenzimas: hepática,
óssea, placentária, intestinal, renal e tumoral. A fração óssea (FAo) é produzida pelo osteoblasto durante o processo de síntese e mineralização óssea, sendo considerada um bom
parâmetro para essa finalidade. Diante dessas relações a FAt tem sido utilizada para estimar
o grau de remodelação óssea mediada pelo PTH. Objetivos: Neste estudo analisamos a relação entre FAt, FAo e PTH em uma coorte de pacientes em hemodiálise (HD). Casuística e
Métodos: Estudo de corte transversal onde se avaliou a FAt, FAo e PTHi em 63 pacientes em
programa crônico de HD. As isoenzimas da FA foram analisadas de maneira semi-quantitativa
em frações de % da FAt, após separação por eletroforese em gel de agarose. Os valores são
apresentados como M±DP e as correlações foram realizadas através do r de Spearman. Para
testar a hipótese de que os valores de FAt e FAo eram intercambiáveis foi utilizado o método
gráfico de Bland-Altman. Resultados: O valor médio do PTHi foi de 473±626pg/ml, da Fat
141±238U/L e da FAo 45,8±18,1% da FAt. Houve uma correlação significante entre FAt
e FAo ( r=0,34; p=0,006), PTHi e FAt (r=0,39; p=0,002) e PTHi e FAo (r=0,38; p=0,002).
Entretanto, quando os valores foram analisados individualmente houve uma grande variabilidade nos resultados. A análise gráfica de Bland-Altman revelou que os valores de FAt e FAo
são, dentro de certos limites, intercambiáveis. Conclusões: Nossos resultados mostram que: 1)
PTH elevado nem sempre está associado a doença ósseo de alto turnover; 2) nível elevado
de PTH sem elevação da FAo pode estar associado com uma resistência do osteoblasto à ação
do PTH; 3) dissociação entre PTH e FAo pode refletir um desacoplamento na relação reabsorção e formação óssea, e; 4) nos pacientes em programa de HD a FAt pode ser utilizada
para estimar a atividade da FAo.
RELATO DE CASO: A.S.D., 53 anos, masculino, hipertenso em acompanhamento ambulatorial
pela nefrologia no HUCAM devido à doença renal crônica estágio III, apresentou quadro de
hipercalcemia refratária, tendo sido iniciada investigação de hiperparatireoidismo primário
através da dosagem de paratormônio, que se demonstrou desproporcionalmente elevado.
Foram realizados também: ultrassonografia de tireóide, com imagens nodulares hipoecóicas
em pólos inferiores de lobos direito e esquerdo; e punção aspirativa por agulha fina da tireóide inconclusiva. Em última consulta no ambulatório de nefrologia, apresentou hipercalcemia
sintomática, com constipação e hiporexia, tendo sido internado no setor de nefrologia para
tratamento e investigação do quadro. Iniciou o tratamento com hidratação venosa vigorosa e
furosemida, e, posteriormente, pamidronato. Apresentava história pregressa de: gastrectomia
subtotal com Billroth II, devido a úlceras gástricas de repetição; diagnóstico de síndrome
de Zollinger-Ellison e pancreatectomia caudal e esplenectomia para retirada de gastrinoma
em pâncreas; adrenalectomia esquerda devido à adenoma de supra-renal; e gastrectomia
total por diagnóstico histológico de tumor carcinóide. Apresenta história familiar de falecimentos por doença na paratireóide e por complicações de úlceras gástricas de repetição, e
de hiperprolactinemia. Com critérios clínicos suficientes para diagnóstico de NEM I, foram
realizados diversos exames que demonstraram: elevação do paratormônio e da prolactina, e
níveis normais de cortisol, FSH, insulina, TSH, T4 livre, testosterona e cálcio urinário. Realizou
tomografias de pescoço, tórax e sela turca, que demonstraram nódulo hipodenso em topografia de paratireóide esquerda sem captação anômala de contraste. Recebeu alta hospitalar
com risco cirúrgico realizado e encaminhado ao ambulatório de cirurgia para agendamento
de paratireoidectomia. CONCLUSÃO: A doença renal crônica, quando clearance inferior a 60
ml/minuto, cursa com hipercalcemia geralmente devido ao hiperparatireoidismo secundário.
Diante de quadros de hipercalcemia devemos solicitar dosagem de paratormônio e, caso este
se mostre muito elevado para o estágio da doença renal, deve-se investigar hiperparatireoidismo primário. Este pode fazer parte de uma síndrome genética, a NEM I, composta por
tumores de paratireóides, pâncreas e hipófise.
Palavras Chaves: neoplasia endócrina múltipla tipo I,hiperparatireoidismo
primário
Paratireoidectomia
Hiperparatireoidismo
Crônica
subtotal
no
tratamento
do
Secundário a Insuficiência Renal
Francisco Tosi Maníglia, Maria Bernadette Moretti, José Vaner Pedigone,
ANIETTE RENOM ESPINEIRA, Célia da Penha Cornélio, Débora Augusta Teodoro
Sampaio de Almeida, Aline Junqueira Bezerra, Tasmania Ricordi Barbosa, Maria
Célia Nascimento Cossi, Fabiana Amaral de Souza, Eduardo Ruas Martins
Batista, Donizete Scudeler
SANTA CASA DE MISERICóRDIA DE FRANCA
INTRODUÇÃO: O tratamento clínico do hiperparatireoidismo secundário (HPTS) à Insuficiência Renal Crônica (IRC) freqüentemente não consegue a supressão da secreção patológica de
PTH, sendo necessário a paratireoidectomia (PTx). OBJETIVOS: Avaliar o metabolismo ósseo
no pré e no pós-operatório de pacientes com IRC em diálise com HPTS e as características
anatomo-histológicas das glândulas paratireóides ressecadas. MÉTODOS: n=11 (8/72%, mulheres). Intervenção:PTx subtotal entre junho/2009 e novembro/2010. Variáveis: Gerais: sexo,
idade, tempo em diálise, modalidade de diálise; Pré-operatórias e Pós-operatórias (1 dia, 15
dias, 1, 3, 6 ,12, 18 e 24 meses): cálcio total, cálcio iônico, fósforo, PTHi, fosfatase alcalina
(FA); Anatomo-histológicas: tamanho, localização e padrão de hiperplasia (nodular, difusa,
mista) de cada glândula. Estatística: χ2-Quadrado, Mann Whitney, ANOVA amostras pareadas,
p<0,05. RESULTADOS: A idade média no momento da cirurgia foi de 49 anos e o tempo em
Terapia Renal Substitutiva de 122 meses (10 anos), a maioria deles em hemodiálise (82%). O
PTHi pré-operatório foi de 2543,7 ± 903,1 pg/mL, cálcio total de 9,1 ± 0,64 mg/dL, fósforo
de 6,0 ± 0,69 mg/dL e FA de 834 ± 458,2 mg/dL. Foram estudadas 43 glândulas, delas 58 %
com hiperplasia nodular, 28% com hiperplasia difusa e 14% com padrão misto. As glândulas
nodulares foram significativamente maiores àquelas com padrão difuso (2,0±0,6 vs.1,4±0,7
cm; p<0,05) e misto (2,0±0,6 vs.1,4±0,7 cm; p<0,05). As glândulas maiores de 1 cm apresentaram maior chance de hiperplasia nodular do que as glândulas menores que 1 cm (OR:
23 ; p=0,01). O PTHi aos 18 meses pós-cirurgia foi significativamente maior do que o do
primeiro mês pós-cirurgia (97,8±63,6 vs. 28,2 ±27,3 pg/mL, p<0,05) mas sem diferença significativa com às do 12 mês de pós-operatório (97,8±63,6 vs. 127,6±121 pg/mL, p>0,05). O
fósforo aos 18 meses foi significativamente inferior ao fósforo pré-operatório (4,8±1,5 mg/dL
vs. 6,0±0,7), mas significativamente superior ao dos 6 meses de pós-operatório (4,8±1,5 vs.
3,5±0,7 mg/dL). A FA aos 18 meses (158,9±63,1 mg/dL) permaneceu significativamente inferior à pré-operatória e à dos primeiros 3 meses de pós-operatório (p<0,05).CONCLUSÕES:
A hiperplasia nodular das paratireóides parece estar associada à autonomia das glândulas
e à falha ao tratamento clínico. A PTx subtotal é eficiente no controle das concentrações
plasmáticas de PTH, fósforo e turnover ósseo nesses pacientes.
Palavras Chaves:
secundário
64
Paratireoidectomia
subtotal,hiperparatireoidismo
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Palavras Chaves: Metabolismo ósseo,Fosfatase alcalina
Relato de Caso: Leontíase Óssea Urêmica
Cunha TCM, Rebelo BRR, Brito ATAB, Lopes, RAS, Rebouças RFB, Costa NGS, Arimatéa
GGQ, Rebouças PFB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIáS
Introdução: A leontíase óssea urêmica é caracterizada por hipertrofia dos ossos da face e do
crânio devido a hiperparatireoidismo secundário a insuficiência renal crônica. Essa hipertrofia
pode cursar com neuropatias compressivas, obstrução das vias aéreas superiores, disfagia e
disartria, ocasionados pelas graves deformidades ósseas faciais. Descrição do Caso: Paciente
sexo feminino, 29 anos, teve diagnóstico de disgenesia renal aos 12 anos e evoluiu com insuficiência renal crônica, em diálise desde então, HAS severa e refratária, pneumonias e sinusites de repetição, anemia crônica e hiperparatireoidismo secundário, este diagnosticado há 13
anos (PTH: 1050 pmol/l). A TC de crânio evidenciou espessamento cortical da calota craniana
e dos ossos da face, além de múltiplas lesões nos ossos do crânio e da coluna cervical. Após
afastados outros diagnósticos etiológicos para leontiase óssea (doença de Paget, displasia
fibrosa, doença óssea inflamatória reativa), o diagnóstico clínico-radiológico foi estabelecido
como Leontíase Óssea Urêmica. Discussão: A insuficiência renal crônica altera o metabolismo
ósseo por múltiplos mecanismo. A leontíase óssea urêmica representa o extremo do espectro de alterações da osteodistrofia renal. É uma doença rara, com descrição de menos de
cinquenta casos, sobretudo na literatura cirúrgica dental e oral. Formas leves dessa entidade
podem ser subdiagnosticadas. O reconhecimento de alterações precoces é essencial para prevenir a progressão para as formas graves que resultam do hiperparatireoidismo secundário
não tratado de longa duração como visto no nosso relato.
Palavras Chaves:
secundário
Leontíase
Óssea
Urêmica,
Hiperparatireoidismo
Relato de Caso: Osteomalácia grave por Síndrome de Fanconi
secundária à gamopatia monoclonal de cadeia leve.
DIOGO BUARQUE CORDEIRO CABRAL, BÁRBARA SOUZA LUZ PINHEIRO, FABIANO FREIRE
DE OLIVEIRA MACÊDO, MICHEL PHILIPP, MARCELINO DE SOUZA DURÃO JR., ALUÍZIO
BARBOSA CARVALHO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SAO PAULO
Introdução: síndrome de Fanconi (SF) é uma rara complicação das gamopatias monoclonais
(GM), caracterizada por uma disfunção completa do túbulo proximal, com acidose metabólica, glicosúria, aminoacidúria, hiperfosfatúria, dentre outras. A Osteomalácia associada
à SF adquirida é geralmente secundária à hipofosfatemia, bem como à deficiência relativa
de 1,25-dihidroxivitamina D (1,25-OHD). Relato: em junho de 2011, foi admitida em nosso
serviço uma mulher de 40 anos, natural e procedente do Piauí. Na ocasião, queixava-se de
fraqueza muscular proximal e dores no corpo há cerca de dois anos, com piora progressiva,
que a impede de deambular nos últimos 12 meses. À investigação inicial, foram evidenciados
acidose metabólica, níveis séricos de fósforo de 1,7mg/dL , ácido úrico 1,3mg/dL e glicose
82mg/dL. A função renal era preservada e a dosagem de paratormônio, normal. Na urina de
24 horas foram evidenciados hiperuricosúria, hiperfosfatúria, pH urinário de 6.5, proteinúria
de 3,6g, além da presença de glicosúria em amostra isolada. A investigação óssea demonstrou hipercaptação difusa, em ombros, arcos costais e sacro-ilíacas na cintilografia, além de
osteoporose em coluna lombar e fêmur proximal na densitometria óssea. Optou-se por realizar biópsia óssea com diagnóstico de osteomalácia grave. Nesse momento, a paciente iniciou
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
reposição de citrato, fósforo, vitamina D ativa e cálcio, sem melhora clínica. No seguimento
foram dosadas albuminúria em 24h de 151mg e proteína ligadora de retinol (RBP) > 60mg/L.
Neste contexto, na suspeita da presença de paraproteínas, foi realizada imunofixação de
proteínas urinárias que confirmou o predomínio de cadeia leve do tipo kappa (κ). A paciente
foi então submetida à coleta de mielograma, que identificou 8,2% de plasmócitos displásicos
com inclusões citoplasmáticas eosinofílicas. Aqui, vale ressaltar que do início da investigação,
já havia pesquisa de proteína de Bence Jones negativa e mielograma normal. Dessa forma,
foi iniciado ciclo de quimioterapia com dexametasona. Conclusão: o relato ilustra evolução
insidiosa da gamopatia monoclonal por cadeia leve, diagnosticada dois anos após início dos
sintomas relacionados à SF. Apesar da grande morbidade conferida, falta evidência consistente quanto ao melhor tratamento e prognóstico da disfunção tubular associada à GM.
Palavras Chaves: FANCONI, OSTEOMALACIA
Síndrome de compressão medular causada por tumor marrom
secundário a hiperparatireoidismo: Relato de Caso
Rebelo BRR, Cunha TCM, Brito ATAB, Lopes, RAS, Rebouças RFB, Costa NGS, Arimatéa
GGQ, Rebouças PFB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIáS
Introdução: Tumor marrom ou osteoclastoma é uma lesão erosiva óssea causada por uma
rápida atividade osteoclástica e fibrose peritrabecular. Ele pode estar associado com hiperparatireoidismo secundário, acometendo principalmente os ossos da face e mandíbula.
O envolvimento da coluna vertebral com sintomatologia neurológica é raro. Descrição do
Caso: Paciente masculino, 40 anos, em hemodiálise, com hiperparatireoidismo secundário a
insuficiência renal crônica. O paciente desenvolveu uma síndrome de compressão medular
com paraplegia e anestesia com nível sensitivo em T5. Durante investigação, foi encontrada
lesão expansiva tibial na radiografia simples perna. A tomografia computadorizada de coluna
revelou presença de lesões líticas em T10 e L4, enquanto a ressonância nuclear magnética
da coluna mostrou degeneração óssea difusa avançada, com acometimento maior ao nível
de T3-T4, com sinais de isquemia medular. O paciente foi então submetido à cirurgia para
descompressão medular com biópsia incisional do tumor. O anátomo-patológico do material
da coluna torácica foi compatível com tumor marrom. O paciente não foi submetido à nova
intervenção cirúrgica para exérese total do tumor pelo quadro de caquexia grave a que já alcançara. Discussão: A prevalência de hiperparatireoidismo secundário em pacientes com IRC
ainda permanece elevada apesar de todos os avanços na terapêutica. Portanto, o diagnóstico
de tumor marrom deve sempre ser aventado precocemente, mesmo quando associado a
quadros raros como sintomas compressivos.
Uso de dobutamina como modulador da cintilografia com
MIBI de paratireóides persistentes pós paratireidectomia.
Relato de 02 casos.
ANTONIO FIEL CRUZ JUNIOR2, PAULA RENATA RODRIGUES1, ELIANE ALVES FREITAS SOUZA1,
JANAINA DA SILVA MARTINS1
1 - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
2 - MARINGÁ MEDICINA NUCLEAR
Introdução: O hiperparatiroidismo persistente (HPP) após paratireoidectomia ocorre em até
15% dos casos. O MIBI-99mTC é o nucleotídeo de referência para o mapemaneto cintilográfico dde paratireóides, com sensibilidade relacionada ao tamanho glandular, quantidade de
mitocôndrias teciduais, ao fluxo sanguineo local e a expressão de glicoprotína-P, relacionada
a resitência a drogas. O uso de dobutamina seria moduladora da sensibilidade paratireodiana
ao MIBI. Relatamos 02 casos de HPP em que a localização da glandula só foi possivel com
o uso da dobutamina. Metodologia: Pacientes de 35 e 28 anos, paratireoidectomizados há
mais de 12 meses com queda temporária de PTHi, sendo indicadas novas intervenções, porem
sem sucesso pela falta de localização precisa da glândula remanescente, quer por ultra-som,
tomografias ou cintilografias com MIBI. Após descartada doença tireoidiana, receberam a
infusão de 02μg/Kg/min por 60 minutos e então submetidos a nova cintolografia com MIBI.
Como reação adversa apresentaram taquicardia sinusal. Nas imagens da projeção cervical
e torácica, aos 15 min,0 2 e 03 horas pudemos identificar as glândulas hiperfuncionantes
cervicais remanescentes dos dois pacientes, além de vários tumores marrons em um deles.
Discussão: Em paratireóides normais ou neoplásicas a importância do controle adrenérgico
sobre a atividade mitótica e secreção de PTH é bem definida. Provavelmente a dobutamina
através desse estímulo foi capaz de induzir a hiperpolarização celular, determinado alterações
mitocondriais perceptíveis pela captação do MIBI. O aumento de fluxo sanguíneo poderia se
relacionar com o aumento da sensibilidade ao MIBI, embora não possa justificá-lo isoladamente. Modificações na expressão da glicoproteína-P poderia estar envolvida com o achado.
Conclusão: A infusão de dobutamina foi capaz de determinar a maior retenção do MIBI-99mTC por células paratireoidianas, possibilitando sua localização cintilográfica. O tema merece
mais estudos, pela sua aplicabilidade prática.
Palavras Chaves: CINTILOGRAFIA DE PARATIREÓIDES, DOBUTAMINA
Palavras Chaves: Tumor marrom, Hiperparatireoidismo secundário
65
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
RESUMOS - SESSÃO POSTER
DOENÇA RENAL CRÔNICA
A EXPRESSÃO DA HEME OXIGENASE-1 INDUZIDA POR HEMIN EM
CÉLULAS ENDOTELIAIS DE CORDÃO UMBILICAL HUMANO E A TRANSIÇÃO
DO ENDOTÉLIO MESENQUIMAL PELO TGF-b
A terapia combinada de Losartan (L) e Hidroclorotiazida (H)
detêm a progressão da lesão renal e reverte os eventos
celulares no modelo de ablação renal de 5/6 (Nx).
CLARICE SILVIA TAEMI ORIGASSA, Fábia Andrea Salvador, Flávia Balbeira Carrasco,
Fernanda Pita Costa, Eliana Nogueira, Marcos Antônio Cenedeze
Costa SR,Valente CP, Okabe C, Machado FG, Fanelli C, Sena CR, Barlette GP, Viana
VL, Malheiros DM, Zatz R, Fujihara CK
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SãO PAULO
UNIVERSIDADE DE SãO PAULO
A incidência de nefropatias crônicas progressivas tem crescido consideravelmente nas últimas décadas. A fibrose túbulo-intersticial é um evento marcante da doença renal crônica e
considerado um importante preditor de disfunção renal. A fibrose é resultante do acúmulo
de fibroblastos, miofibroblastos e matriz extracelular. Os miofibroblastos podem ser derivados dos fibroblastos residentes e de células epiteliais renais. Recentemente, outro fator foi
adicionado a este complexo sistema: os fibroblastos podem também ser derivados de células
endoteliais pelo processo de transição do endotélio mesenquimal (TEndM). A TEndM renal é
um processo em que as células do endotélio perdem as características fenotípicas endoteliais
e adquiri novas, que são características das células mesenquimais, proporcionando uma fonte
rica e renovável de miofibroblastos. A heme oxigenase-1 (HO-1) pode suprimir a disfunção
renal, mesmo após a instalação efetiva da fibrose renal. Este estudo teve como objetivo estabelecer a transição endotélio mesenquimal induzida por TGF-b (10ng/mL), e mostrar que a
HO-1 pode revertê-la. A TEndM foi analisada pela expressão de marcadores de superfície celular como a-SMA, FSP1 e vimentina. Após o tratamento com TGF-b1 verificamos que houve
diferença significativa na expressão de marcadores a-SMA (p < 0.0001) e FSP1 (p < 0.05) de
células mesenquimais pela TEndM das Huvecs, para a expressão gênica da vimentina houve
um aumento de 5 vezes em relação ao controle. Na TEndM a expressão da HO-1 está baixa
resultado de estresse celular e/ou injúria tecidual. Numa forma de induzir a expressão de
HO-1, as Huvecs foram tratadas com hemin nas concentrações 1uM, 5uM, 10uM e 20uM durante 6 horas, resultando na superexpressão da HO-1 (P < 0.0024). Quando há um aumento
da expressão HO-1 após um quadro de fibrose renal crônica, este pode ser revertido, talvez
pela capacidade de ser anti-oxidante, anti-inflamatória e anti-apoptótica, pois a inflamação
é um dos principais componentes da progressão da função renal crônica. Dados do nosso
laboratório mostram que a expressão da HO-1, pode suprimir a lesão renal crônica, mesmo
após a instalação efetiva da fibrose, sendo capaz de reverter à cicatriz tecidual ao inibir a infiltração de células inflamatórias, sendo assim a amplificação da HO-1 pode ser uma ferramenta
molecular para identificar a progressão da doença renal crônica. Este trabalho é financiado
pela FAPESP (2010/02024-6, 07/07139-3), CNPq e Capes.
Recentemente mostramos que a associação L+H reduz as lesões renais e reverte a proliferaçãocelular túbulo-intersticial mesmo em fases avançadas da DRC. Para avaliar o efeito
protetor desse mecanismo investigamos: 1) o papel da hipertensão sistêmica (HTN); 2) os
segmentos do néfron alvos da ação antiproliferativa; 3) a participação dos miofibroblastos
nesse processo. Ratos Munich-Wistar adultos machos foram submetidos a Nx. Após 4 meses,
determinaram-se: pressão caudal (PC, mmHg), creatinina sérica (Scr, mg/dL), esclerose glomerular (%EG), % de área cortical intersticial (%INT), intensidade de infiltração intersticial por
células + para Angiotensina II (AII, céls/mm2), α-actina de músculo liso (SMAint) e avaliou-se
a intensidade de proliferação celular nos túbulos em geral (PCNAtub, céls/mm2) e nos túbulos distais (PCNAdist, céls/mm2). Nessa fase, 15 animais foram utilizados como controles
pré-tratamento (Nxpré) e o restante dividido em Nx (sem tratamento), NxLH (L, 50 mg/kg/d
e H, 6 mg/kg/d) e um terceiro grupo, NxAHHd (Amlodipina, 5 mg/kg/d, H e Hidralazina, 12
mg/kg/d), serviu para avaliar o papel da HTN. Durante o mesmo período, 15 ratos Sham (S)
foram acompanhados. Resultados após 3 meses: Média±EP, a, b, c, dp <0,05 vs S, Nxpre, Nxe
NxAHHd, respectivamente.
A QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTE RENAL CRÔNICO EM TRATAMENTO
HEMODIALÍTICO
Mariella Silva Caliman Monteiro, Rafaela dos Santos Feijó, Juliana Barbosa
Daleprane
Instituto de Doenças Renais
Introdução: A Insuficiência Renal Crônica (IRC) e o tratamento hemodiálitico, provocam um
conjunto de mudanças e exigências biopisossociais no paciente, que os comprometem em
diversos aspectos com repercussões pessoais, familiares e sociais. A qualidade de vida (Q.V.)
tem se tornado importante critério de avaliação da efetividade do tratamento e de intervenções na área da saúde. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida do paciente renal crônico através
da análise da produção científica atualizada, em que foi avaliada a Q.V. de pacientes em
hemodiálise e as variáveis que podem intervir nesse contexto. Causuísticas e Métodos: Foram
investigadas as bibliografias atualizadas de pesquisas realizadas no Brasil que utilizaram os
seguintes instrumentos de avaliação da qualidade de vida dessa população: SF-36 _ Medical
Outcomes Study 36 - Item Short-Form Health Surve, Kidney Disease and Quality-of-Life ShortForm (KDQOL-SF), Índice de qualidade de vida (Quality of Life Index - QOL) e World Health
Organization Quality of Life (WHOQOL-Bref). A partir do material encontrado, foi tabelada a
síntese das descobertas alcançadas por cada pesquisa, de acordo com os diferentes instrumentos de avaliação da Q.V. Resultados: Os resultados apontam um acordo entre os muitos
pesquisadores acerca da piora da qualidade de vida dos pacientes renais crônicos em relação
à população geral nos vários itens avaliados. O estudo evidenciou como fatores que indicam
interferência na qualidade de vida dessa população: o tempo de terapia dialítica, que tende
a influenciar negativamente de forma mais proeminente os aspectos físicos do que mentais e
emocionais de Q.V.; idade avançada, correlação negativa entre a mesma e as dimensões, capacidade funcional, aspectos físicos, dor e vitalidade; presença de co-morbidades (no diabetes
correlação negativa com a Q.V.); quanto ao sexo encontram-se divergências, alguns estudos
apontam não haver relação entre o nível de Q.V. o sexo do paciente, porém outros indicam
que mulheres apresentam menores escores gerais em relação aos homens, (independente de
comorbidades); e escolaridade, aspectos emocionais correlacionaram-se positivamente com
os anos de estudo. Conclusão: Averiguou-se então, que apesar da hemodiálise ser uma
eficiente forma de tratamento da IRC, a mesma tem contribuído para comprometimento na
qualidade de vida dessa população.
Palavras Chaves: Renal Crônico
66
PC: S=141±1, Nxpré=207±3a, Nx=212±4a,NxAHHd=172±9abc,NxLH=164±3abc
SCr:S=0.6±0.1, Nxpré=1.4±0.1a, Nx=2.4±0.1ab,NxAHHd=2.1±0.1abc,NxLH=1.6±0.1acd
%EG: S=1±1, Nxpré=26±3a, Nx=58±4ab,NxAHHd=47±7abc,NxLH=25±3acd
%INT: S=0.7±0.1, Nxpré=4.2±0.4a, Nx=6.9±0.4ab,NxAHHd=5.5±0.6ac,NxLH=4.0±0.4ac
AII: S=1±1, Nxpré=13±2a, Nx=19±2ab,NxAHHd=20±1ab,NxLH=10±1acd
%SMAint: S=0.10.1, Nxpré=6.40.9a, Nx=6.70.8a,NxAHHd=7.81.2a,NxLH=4.5±0.7ad
PCNAtub: S=9±1, Nxpré=68±6a, Nx=70±9a, NxAHHd=55±6a,NxLH=26±2abcd
PCNAdist:S=0.2±0.1, Nxpré=3.9±0.9a, Nx=2.6±0.3a,NxAHHd=2.1±0.4ab,NxLH=0.2
±0.1bcd
O grupo Nxpré apresentou HTN grave, EG, %INT, infiltração de AII e SMAint e acentuada
proliferação tubular (em parte no distal). Ao final do estudo, o grupo Nx apresentou piora da
função e lesão renal. O tratamento com LH manteve as lesões renais em nível semelhante
ao Nxpré e reverteu a proliferação. Apesar da semelhança na PC entre NxLH e NxAHHd, as
lesões renais e a hiperplasia tubular foram mais intensas neste último. Conclusão: 1) eventos
celulares predominam sobre a HTN na patogênese da DRC; 2) a infiltração de miofibroblastos,
possivelmente originados de células de túbulos proximais, desempenham um papel chave
nesse processo.
Palavras Chaves: Ablação Renal de 5/6, Proliferação Celular
Análise das alterações cardiovasculares decorrentes de
calcificação vascular, a partir dos métodos não invasivos,
em uma população de pacientes com doença renal crônica
nos estágios IV e V.
THOMAZ CANEDO DE MAGALHAES FILHO, Lygia Maria Soares Fernandes Vieira
Hospital Universitário Gafree e Guinle (HUGG), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro
As doenças cardiovasculares (DCV) constituem a principal causa de mortalidade em pacientes
com DRC. Dentre as alterações cardiovasculares, o processo de calcificação vascular ou valvar
é um achado freqüente e confere valor prognóstico negativo. Objetivo:Pesquisar calcificações valvares e vasculares através de métodos não invasivos como a ecocardiografia transtorácica e a radiografia simples de pelve e mãos na incidência antero-posterior. Casuística e
Metodos:Temos um estudo prospectivo de coorte, realizado entre janeiro de 2010 e fevereiro
de 2011 no ambulatório de DRC, estagios IV e V em tratamento conservador do HUGG.A
amostra foi composta por 33 pacientes, com idade > 18 anos.A taxa de filtração glomerular
foi estimada pela formula do M.D.R.D.;Foramrealizados ecocardiograma transtorácico e rx
simples de pelve e das mãos e calculadas as pressões de pulso e os índices de massa corporal
(IMC). Resultados:Participaram do estudo 33 pacientes, 42,4% do sexo feminino e 57,6%
do sexo masculino. A média de idade foi de 66,61 ± 13,65 anos.Dentre as mulheres, 14,3%
eram diabéticas e 78,6% eram hipertensas.Entre os homens, 84,2% eram hipertensos, enquanto 26,3% eram diabéticos. A taxa de filtração glomerular estimada pelo MDRD foi de
21,67 ± 5,23 ml/min.A média do índice de massa corporal (IMC) foi de 24,82 ± 4,54.Os
pacientes com idade ≥ 65 anos tinham menor excesso de peso e tendiam a desnutrição.A
média das pressoes de pulso foi de 60,61 ± 18,02.Não conseguimos correlacionar na análise
de regressão múltipla a pressão de pulso com as outras variáveis.O exame de Ecocardiografia
transtorácico monstrou hipertrofia de ventrículo esquerdo em 45,5% dos pacientes, disfunção diastólica em 27,3%, disfunção sistólica em 15,2%, calcificaçoes em valva Tricúspide em
18,2%, em valva Mitral em 93,4% e em valva Aórtica em 90,1%;Houve uma correlação positiva entre número de calcificações valvares e idade.As radiografias em AP de mãos e bacia,
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
demonstraram calcificações vasculares em 6,06% dos exames. Conclusões:Ecocardiograma
mostrou ser um método eficaz para visualização de calcificações valvares. A Radiografia de
mãos e pelve não são bons métodos para detectar precocemente a(s) calcificações vasculares.Não conseguimos estabelecer relação das medidas de pressão de pulso com as outras
variáveis;As conseqüências do desequilíbrio do metabolismo do Ca e do P na calcificação
metastática indica a necessidade de um controle rigoroso; parece que o P tem um papel
mais importante.
Correspondência entre as fórmulas MDRD e Cockcroft-Gault
para estimativa de função renal em população de idosos em
uma unidade básica de saúde
Palavras Chaves: doenca renal cronica, calcificacao vascular e valvar
Introdução: a fórmula de Cockcroft-Gault (CG) é tradicionalmente utilizada e recomendada
pela Sociedade Brasileira de Nefrologia para estimativa da filtração glomerular (FG). Uma
nova fórmula tem sido proposta baseada no estudo MDRD, onde são incluídas as variáveis:
cor de pele, idade, sexo e creatinina sérica. Como a população idosa é a que mais cresce
no Brasil, com uma expectativa de em 2025 representarem 14% da população, torna-se
necessário estudos que analisem esta parcela da população. Poucos são os estudos da FG em
idosos e sobre a correspondência entre as fórmulas MDRD e CG. Objetivos: avaliar a correspondência entre as fórmulas de CG e MDRD para estimativa da taxa de FG entre os idosos
participantes do Programa do Idoso em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Goiânia-GO.
Casuística e métodos: avaliação, no período de agosto a dezembro de 2009, dos prontuários
de pacientes acima de 60 anos cadastrados em uma UBS, o CIAMS Novo Horizonte, em Goiânia-GO. Foram incluídos no estudo participantes de ambos os sexos do Programa do Idoso e
foram excluídos os pacientes que não estão ativos no Programa do Idoso há mais de 6 meses.
Resultados: dos 50 prontuários analisados 88% eram mulheres. A média de idade foi de 66,2
anos com desvio padrão de 5,1; destes 28% eram pardos, 2 % amarelos, 6 % negros e 64%
brancos. Dos pacientes analisados, 52% apresentaram DRC estádio 2 e 4% DRC estádio 3,
segundo a fórmula CG. Já se utilizarmos a estimativa de filtração glomerular pela fórmula do
MDRD e assumindo como não brancos negros e pardos, 34% seriam classificados como DRC
estágio 2 e não haveria pacientes em estágios inferiores (4 e 5). Ao correlacionarmos as duas
estimativas segundo Pearson com um intervalo de confiança de 95% observamos uma correlação fracamente positiva (r= 0,2361) com um p> 0,05 (p=0,1024) o que nos mostra que,
em somente uma pequena porcentagem dos pacientes há uma correlação fidedigna entre os
dois valores de estimativa de FG. Conclusão: a fraca correlação entre as fórmulas avaliadas
nos leva a sugerir a necessidade de estudos com metodologia mais adequada utilizando a
fórmula do MDRD para estimativa de FG na população idosa brasileira. Em especial,na UBS
onde exames mais sensíveis como a FG por radioisótopo não são disponíveis e são onerosos
para o sistema de saúde.
ASSOCIAÇÃO DA FERRITINA COM O ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES
RENAIS CRÔNICOS SOB TRATAMENTO HEMODIALÍTICO
RUI ALBERTO GOMES, Andrea Lopes Lípolis,Flávia B. Chiang, Fatima C.M. Pelarigo,
Silvana Kesrouani, Rogério Y. Matsuda,Jenner Cruz
INSTITUTO DE NEFROLOGIA DE MOGI DAS CRUZES
Introdução: A síndrome da desnutrição e inflamação é freqüente em pacientes com insuficiência renal crônica em terapia hemodialítica e está associada ao aumento da morbimortalidade.
A ferritina, usada como um marcador do status de ferro do organismo é também um reagente
da fase aguda da inflamação e pode estar elevada nestas pessoas, independentemente do
estoque de ferro.Objetivos: Estudar a associação da ferritina com o estado nutricional de
pacientes renais crônicos em hemodiálise. Casuística e Métodos: Avaliados 230 pacientes em
tratamento hemodialítico ambulatorial. Analisados os níveis de hemoglobina (Hb) e ferritina,
o índice de hemodiálise depuração/tempo/volume (KtV), tempo em terapia renal substitutiva
(TRS), acesso vascular, taxa de internação no último trimestre (Tx int) e o estado nutricional,
através do Malnutrition-Inflammation Score (MIS). Os pacientes foram divididos em quatro grupos, de acordo com o estado nutricional: 1.Desnutridos protéicos (albumina sérica
< 3,5 g/dL; 2.Desnutridos calóricos (índice de massa corpórea menor que 18,5); 3.Obesos;
4.Adequados. As médias das variáveis de cada grupo foram determinadas. Usado teste t de
student e ANOVA. Resultados: Foram avaliados 138 homens (60%) e 92 mulheres (40%),
com média de idade de 55,63 ± 14,62 anos. Grupo 1. Número de pacientes (n):20 (8,6%);
diabéticos (DM): 50%; tempo em TRS: 30,95 ± 36,12 meses; KtV: 1,29 ± 0,19; Hemoglobina
(Hb): 10,23 ± 2,53 g/dL; Ferritina: 834,1 ± 563,9 ng/mL; taxa de uso de cateter duplo lumen
(CDL): 45%; Tx int: 25%. Grupo 2. n:18 (7,8%); DM: 22%; tempo em TRS: 69,72 ± 47,87
meses; KtV: 1,67 ± 0,26; Hb:11,53± 1,68 g/dL; Ferritina: 999,2 ± 375,5 ng/mL;CDL: 5,5%; Tx
int: 16,6%. Grupo 3.n:32 (14%); DM: 31%; tempo em TRS: 46,31 ± 41,14 meses; KtV: 1,56
± 0,42; Hb: 10,89± 1,92 g/dL; Ferritina: 739,7 ± 350,1 ng/mL;CDL: 12,5%; Tx int: 9,3%.
Grupo 4. n:160 (69,5%); DM: 39%; tempo em TRS: 49,48 ± 47,73 meses; KtV: 1,55 ± 0,32;
Hb: 11,53± 1,88 g/dL; Ferritina: 774,3 ± 445,6 ng/mL;CDL: 13%; Tx int: 7,5%. Observado
variação significativa da ferritina entre os grupos 2 e 3 (p=0,0179) e entre 2 e 4 (p=0,0409).
Conclusões: Os pacientes desnutridos, significativamente os desnutridos calóricos, apresentaram maiores níveis de ferritina, estando a mais tempo em TRS, com maior taxa de internação,
apesar de níveis de Hb satisfatórios. A ferritina se mostrou como um importante e acessível
marcador da síndrome da desnutrição e inflamação nestes pacientes.
Palavras Chaves: Ferritina, DRC
ANA TEREZA AZEREDO BASTOS BRITO, Marilia Rodovalho Guimaraes, Edna Regina
S Pereira, Nayara Gomes S da Costa, Gustavo Guilherme Q Arimatéa, Talita
Clementino M Cunha, Bianca R Rodrigues Rebelo, Isadora Crossara A Teixeira
HC-UFG
Palavras Chaves: fórmulas MDRD e Cockcroft-Gault, idosos
Efeito do exercício resistido intradiálise em pacientes com
doença renal crônica
Bruna dos Santos Lourenço, Marcos Antonio do Nascimento, Thiago dos
Santos Rosa, Anderson S. Haro, Vicente Nicolielo Siqueira, Sergio Tufik, Marco
Túlio de Mello, Maria Eugênia Fernandes Canziani, Elisa Mieko Suemitsu Higa
Universidade Federal de São Paulo, SP
Introdução e Objetivos: Sedentarismo e pobre desempenho cognitivo são características presentes em pacientes com Doença Renal Crônica (DRC). O objetivo deste estudo foi verificar
possível associação entre a função cognitiva e o nível de atividade física em pacientes em
programa de hemodiálise crônica (HD). Casuística e Métodos: 102 pacientes que realizam HD
(4hs/3x semana) foram submetidos ao Mini Exame do estado Mental (MEEM) que verifica a
função cognitiva. O nível de atividade física foi avaliado por meio do Questionário Internacional do Nível de Atividade Física (IPAQ). Foram formados três grupos de acordo com a classificação do IPAQ: Grupo I (ativos e muito ativos, n=26), II (irregularmentes ativos, n=35) e III
(sedentários, n=41). Análise Estatística: Aplicou-se a análise de variância ou o qui quadrado
quando apropriado. As variáveis com probabilidade de diferença estatística menor que 0,1
compuseram o modelo de regressão múltiplo. Os dados foram apresentados como média e
desvio padrão ou mediana (primeiro; terceiro quartil) quando apropriado. Significância estatística foi considerada quando p menor que 0,05. Resultados: Os grupos foram semelhantes
quanto à idade, tempo de HD, escolaridade e tabagismo. Apresentaram diferença estatísticamente significante quanto à raça (p=0,01), índice de massa corporal (p=0,004), presença de
diabetes melito (p=0,002) e doença de base (p=0,048). Os grupos se diferenciaram quanto
ao grau de déficit cognitivo (p= 0,003). Quanto aos dados laboratoriais, os grupos diferiram
quanto à creatinina (p=0,014), glicemia (p=0,012), hemoglobina (p=0,027) e hematócrito
(p=0,041). No modelo de regressão múltiplo, houve associação entre função cognitiva e
nível de atividade física (p=0,001). Conclusão: Desempenho cognitivo associou-se ao nível de
atividade física em pacientes em hemodiálise, independentemente de outros fatores de confusão. Essa proposta implica que um trabalho prospectivo seria fundamental para confirmar
nossa premissa. FAPESP 2009/10793-2.
Introdução: A perda de massa muscular é comum em pacientes com doença renal crônica
(DRC) e um forte preditor de mortalidade nesta população. Estima-se que 91% dos pacientes
diagnosticados com DRC utilizam como terapia renal substitutiva a hemodiálise (HD). No
Brasil o número de pacientes utilizando este meio de tratamento no ano de 2009 foi de
77.589. A redução da qualidade de vida nesta população pode ser atribuída além da perda
de massa muscular a fatores como: alterações psicológicas, comorbidades, envelhecimento
biológico, desnutrição, estresse oxidativo, utilização de corticóides e o próprio processo de
hemodiálise. Estudos mostram que o treinamento resisitido (TR) pode ser eficiente no ganho
de força e melhora da qualidade de vida dos pacientes com DRC analisados por meio de
questionários e teste de capacidade funcional. Objetivos: Avaliar os valores de força pré e
pós treinamento com exercício resistido, intradiálise, em pacientes renais crônicos. Casuística
e Métodos: Foram recrutados 11 pacientes em HD da Clínica Oswaldo Ramos (UNIFESP),
de ambos os sexos, com idade entre 20 e 76 anos e tempo de diálise >3 meses. O Índice
de Massa Corpórea (IMC) da amostra foi de 25,2±5,2 caracterizando-os nas faixas eutrófico e sobrepeso. Previamente ao TR os voluntários foram submetidos à realização do teste
ergométrico, ecocardiografia e avaliação física. Então, foi realizado o teste de 1 Repetição
Máxima (1RM), durante a hemodiálise, pré e pós treinamento, para obtenção dos valores de
força e estimativa de peso (carga) para cada exercício. O TR foi constituído por 7 exercícios,
sendo: 3 para membros superiores e 4 para membros inferiores realizados por um período
de 6 semanas com intensidade de 40% de 1RM nas três semanas iniciais e 60% de 1RM
nas demais. Cada sessão foi composta por 3 séries de 12 repetições com intervalos de 1’de
descanso e de 2’ entre os exercícios. Para análise dos dados (média ± erro padrão) foi utilizado o teste t de student com valor de P≤0,05. Resultados: Encontramos nos testes de 1RM
realizados pré e pós treinamento diferenças significantes para o aumento de força (kg) nos
seguintes exercícios: ombro 7±0,51 vs 8±0,55; bíceps 7±0,61 vs 8±0,47; tríceps 4±0,82 vs
5±0,56 e extensão de joelho 7±0,70 vs 10±1,32. Conclusão: O exercício resistido intradiálise
promoveu um aumento da força em pacientes portadores de DRC podendo vir a melhorar
sua qualidade de vida.
Palavras Chaves: doença renal crônica, função cognitiva
Palavras Chaves: Hemodiálise, Treinamento físico
ASSOCIAÇÃO DA FUNÇÃO COGNITIVA COM NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA
EM RENAIS CRÔNICOS EM HEMODIÁLISE
BELIK FS, Shiraishi FG, Silva VRO, Barretti P, Caramori JCT, Martin LC, Franco RJS
Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP
67
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
EFEITOS DO EXERCÍCIO NO MODELO 5/6NX DE LESÃO RENAL CRÔNICA
MILTON ROCHA MORAES1, Patrícia Semedo2,DANILO C. ALMEIDA2, CLÉVIA S. PASSOS2,
THIAGO ROSA SANTOS2, FERNANDO COSTA4, REURY FRANK P. BACURAU2, ALVARO
PACHECO-SILVA2, NIELS OLSEN SARAIVA CÂMARA2
1 - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
2 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
3 - FACULDADE NAUTICO MOGIANO
Introdução: Pacientes portadores de doença renal crônica (DRC) apresentam alterações na
função renal e pressão arterial (PA). Estudos têm demonstrado que um programa de exercício
físico (EF) aeróbio para estes pacientes contribui para melhora da função renal, hipertensão
arterial, capacidade funcional, função cardíaca, força muscular e, conseqüentemente, melhor
qualidade de vida. O treinamento de força (TF), recentemente mostrou-se eficaz em atenuar
os efeitos deletérios causados pela DRC em pacientes submetidos à hemodiálise. Um modelo
animal de DRC é o rato nefrectomizado (5/6NX), que vem sendo utilizado como ferramenta
para avaliar os efeitos do EF aeróbio na DRC. No entanto, estudos com o TF não foram realizados com esse modelo de DRC. Objetivo: Investigar os efeitos do TF na lesão renal crônica
de ratos nefrectomizados. Metodologia: Vinte ratos Wistar (250 g) foram divididos em grupos:
controle não-nefrectomizado; sedentário (GS, n=5) e treinado (GT, n=5); e, nefrectomizados
5/6NX; sedentário (G5/6NX-S, n=5) e treinado (G5/6NX-T, n=5). O TF foi realizado 3 vezes
por semana em dias alternados por 8 semanas, em uma escada de 1,20m de altura com 85º
de inclinação, os animais realizaram 8 séries de subida na escada com pesos acoplados a
cauda, equivalente a 70% da massa corporal total (MCT), e, com 1 min de intervalo entre as
séries. Foram realizadas dosagens de creatinina (Crt) e uréia sérica, medida da PA caudal e
pesagem da MCT no término das 8 semanas. Para análise estatística foi feita utilizada ANOVA
de medidas repetidas, e foi considerado significante P<0,05. Resultados: Houve uma redução
significativa da Crt (2,0±0,3 vs 1,1±0,1 mg/dl, P<0,01) e uréia (200±12 vs 100 mg/dl,
P<0,01) quando comparamos os grupos G5/6NX-S e o G5/6NX-T, respectivamente. Os GS e
GT não apresentaram diferenças significativas. A PA foi menor após o TF no G5/6NX-T, aproximadamente 74 mmHg, quando comparada com G5/6NX-S (150±22 vs 224±19 mmHg,
P<0,01, respectivamente), não observamos diferenças entre o GS e o GT (117±19 vs 104±6
mmHg, respectivamente). A MCT entre os grupos não apresentou diferença significativa.
Conclusão: Nossos dados demonstram pela primeira vez que ratos com DRC (modelo 5/6NX)
submetidos ao TF melhoram a função renal e reduzem a pressão arterial. No entanto, mais
estudos serão necessários para melhor compreensão dos efeitos do treinamento de força na
lesão renal crônica.
Palavras Chaves: Doênça Renal Crônica; Exercício; Pressão Arterial
ENVOLVIMENTO DE MECANISMOS INFLAMATÓRIOS NO MODELO
EXPERIMENTAL DE DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) COM UREMIA EM
CAMUNDONGOS
ALEXANDRE CHAGAS DE SANTANA1, HUMBERTO DELLÊ1, Cleonica da Silva1, Sérgio
Catanozi2, Sabrina Degaspari3, Cristoforo Scavone3, Kim Solez4, Paula Blanco4,
Irene de Lourdes Noronha1
1 - LABORATÓRIO DE NEFROLOGIA CELULAR, GENÉTICA E MOLECULAR – LIM 29 (FACULDADE DE MEDICINA
DA UNIVERSIDADE DA USP)
2 - LABORATÓRIO DE LÍPIDES – LIM 10 (FACULDADE DE MEDICINA DA USP)
3 - LABORATÓRIO DE NEUROFARMACOLOGIA MOLECULAR (INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS DA USP)
4 - LABORATÓRIO DE MEDICINA E PATOLOGIA (UNIVERSIDADE DE ALBERTA)
O acúmulo de 2,8-dihidroxiadenina (DHA) no rim proveniente do metabolismo da adenina
causa disfunção renal progressiva acompanhada por manifestações urêmicas e lesões histopatológicas que se assemelham ao estágio 5 da DRC. Neste estudo, desenvolvemos este
modelo experimental de DRC em camundongos e analisamos os mecanismos inflamatórios
envolvidos nessa condição, através da análise de marcadores inflamatórios, bem como o uso
de uma droga anti-inflamatória (talidomida (Talid)). A DRC foi induzida em camundongos
C57/BL6 através de uma dieta rica em adenina por 6 semanas. Os animais foram divididos
em 3 grupos (n=48): Controle, recebendo dieta normal, Adenina, recebendo adenina para
desenvolver DRC, e Adenina+Talid, recebendo adenina para desenvolver DRC e tratados
com Talid. Foram analisados parâmetros bioquímicos, alterações histopatológicas, infiltrado
inflamatório, bem como a IL-1β, TNF-α e IL-6 no soro (MULTIPLEX) e no tecido renal (RTPCR). Camundongos que receberam dieta com adenina desenvolveram DRC e evoluíram com
aumento significativo dos níveis séricos de uréia (287±10,2 vs 46±3,3 mg/dl no Controle;
p<0,001) e creatinina (0,87±0,03 vs 0,34±0,01 mg/dl no Controle; p<0,05). Os animais
do grupo Adenina também apresentaram níveis significativamente elevados de mediadores
inflamatórios no soro (IL-1β: 57,8±23,5 vs 13,2±5,1 pg/ml; p<0,05; TNF-α: 21,9±8,0 vs
0,8±0,1 pg/ml; p<0,05; IL-6: 145,8±19,7 vs 14,0±4,3 pg/ml; p<0,05) e no tecido renal
(IL-1β: 16,4±0,7 vs 1,0±0,2; p<0,05; TNF-α: 24,2±0,8 vs 1,0±0,3; p<0,05; IL-6: 24,7±1,0
vs 1,0±0,7; p<0,05) comparados com Controle. O tratamento com Talid reduziu significativamente os níveis de uréia (102±3,9 mg/dl; p<0,05) e creatinina (0,50±0,03 mg/dl, p<0,05),
bem como os níveis dos mediadores inflamatórios tanto no soro IL-1β (7,2±3,0; p<0,05),
TNF-α (1,3±0,5; p<0,05) e IL-6 (4,8±2,7; p<0,05), como no tecido renal IL-1β (5,0±0,7;
p<0,05), TNF-α (15,8±0,3; p<0,05) e IL-6 (9,0±0,5; p<0,05) comparados com o grupo Adenina. O modelo Adenina induz DRC com uremia também em camundongos constituindo um
interessante modelo experimental para o estudo de eventos associados à uremia. Embora a
principal característica deste modelo seja o acúmulo de DHA nos túbulos renais, mecanismos
inflamatórios também são importantes na patogênese da DRC. Os efeitos renoprotetores da
Talid neste modelo, com diminuição da inflamação local e sistêmica, confirmam a participação deste mecanismo.
Palavras Chaves: Adenina,Uremia
68
Exercício crônico com sobrecarga diminui a proteinúria em animais com doença renal crônica (DRC) por nefrectomia 5/6 (Nx5/6
RAFAEL DA SILVA LUIZ, RAMPASO, R. R., TEIXEIRA, L., RAZVICKAS, C., SILVA, K., SCHOR, N.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - DISCIPLINA DE NEFROLOGIA
Introdução e objetivo: Estudos anteriores indicam que o efeito do exercício aeróbio promove
melhora da função renal na DRC. Entretanto, pouco se sabe sobre o exercício crônico com
sobrecarga nesta situação. O objetivo deste estudo é avaliar os efeitos do exercício aeróbio,
crônico (5 semanas), através de natação com sobrecarga e a função renal em ratos Nx5/6.
Métodos:Foram utilizados ratos Wistar adultos divididos em 4 grupos: Controle (C), Controle
+ exercício (E), Nx5/6 sedentário (NxS) e Nx5/6 + exercício (NxE). O exercício de natação foi
durante 30 minutos, com sobrecarga de 70% da carga máxima atingida por 5 dias/semana,
durante 5 semanas. Avaliamos a proteinúria, creatinina sérica, clearance de creatinina e índice de esclerose glomerular. Resultados:A creatinina sérica foi significativamente diferentes
entre os grupos NxS e NxE (0,59±0,05 vs. 0,84±0,07 mg/dL, p<0,05). O exercício minimizou
a redução do clearance de creatinina do grupo NxE (1,10±0,09 ml/min) ao compararmos
com o grupo NxS (0,90±0,11 ml/min). A proteinúria apresentou-se diferente entre os grupos
NxS e NxE em relação aos demais grupos, porém com redução significante no grupo NxE
(96,94±9,99 vs. 51,37±9,85 mg/24h p<0,05). O índice de esclerose glomerular (200 glomérulos avaliados), NxS apresentou-se mais alto (16% vs 2%, p<0,05) vs NxE. Conclusão:
Os resultados sugerem que apesar de um menor efeito do exercício no clearance (~20%),
ocorreu uma significante redução da proteinúria (~50%) e uma importante minimização da
esclerose glomerular nos ratos com NxE. Pode-se assim, sugerir que estes animais teriam uma
progressão da doença renal em menor velocidade, o que indica que o exercício, conforme este
protocolo poderia contribuir para uma melhor evolução na função renal.
Apoio: CNPq, FAPESP, CAPES e FOR
Palavras Chaves: DOENÇA RENAL CRÔNICA,EXERCÍCIO
IMPACTO DO EXERCÍCIO AERÓBICO BASEADO NA INTENSIDADE DO
PRIMEIRO LIMIAR VENTILATÓRIO SOBRE PARÂMETROS CARDIORESPIRATÓRIOS E CAPACIDADE FUNCIONAL DE PACIENTES COM EXCESSO
DE PESO PORTADORES DE DOÊNÇA RENAL CRÔNICA NA FASE NÃODIALÍTICA
DANILO TAKASHI AOIKE1,FLAVIA BARIA2,MARIANA ROCHA2,MARIA
KAMIMURA2,ADRIANO AMMIRATI1,MARCO TÚLIO DE MELLO3,LILIAN CUPPARI2
AYAKO
1 - DEPARTAMENTO DE MEDICINA/NEFROLOGIA E CENTRO DE ESTUDOS EM PSICOBIOLOGIA E EXERCÍCIO,
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – SP
2 - DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – SP
3 - DEPARTAMENTO DE PSICOBIOLOGIA E CENTRO DE ESTUDOS EM PSICOBIOLOGIA E EXERCÍCIO, UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SÃO PAULO – SP
Introdução: O sedentarismo é uma condição frequente em indivíduos com sobrepeso/obesidade e está associada à baixa capacidade cardiorespiratória (CR) e funcional (CF). O excesso
de peso é cada vez mais prevalente em pacientes com doença renal crônica (DRC) e a
associação dessas duas enfermidades poderia contribuir para um agravamento da CR e CF.
Métodos indiretos são comumente empregados para a prescrição da intensidade do exercício
aeróbico (IEA), e não consideram a condição clínica do paciente. Por meio do valor obtido
no 1º limiar ventilatório (LV1) no teste ergoespirométrico é possível determinar diretamente
a IEA mais adequada à capacidade física do paciente. O LV1 representa a maior IEA sustentado plenamente pela via aeróbica, caracterizando uma intensidade leve a moderada. Não
existem estudos que tenham empregado o LV1 para a prescrição da IEA em pacientes com
DRC. Objetivo: Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar o impacto do treinamento
aeróbico baseado na intensidade do LV1 sobre a CR e CF de pacientes com excesso de peso
e portadores de DRC na fase não dialítica. Métodos: Foram incluídos 10 pacientes sedentários
(8 homens; 49±10,1 anos, IMC 30,4±3,5kg/m2, depuração de creatinina 39,4±9,8 ml/min).
Os pacientes foram submetidos à ergoespirometria e aos testes de capacidade funcional, no
início e após 12 semanas de treinamento. O treinamento foi realizado em esteira rolante, 3
vezes por semana, e os pacientes foram monitorados durante todo o período das sessões.
Resultados: O treinamento resultou em aumento de 20% no consumo pico de O2 (23,1±5,3
vs 27,6±6,7ml/kg/min;p=0,002) e 9,2% no teste de caminhada de 6 minutos (578,9±49,9
vs 631,8±62,7m;p=0,001). Houve melhora na marcha estacionária (p<0,001), no teste de
sentar e levantar (p=0,001), na resistência muscular de membro superior (p=0,001) e no
tempo de ir e voltar (p=0,002). Além disso, observou-se redução na pressão arterial sistólica
(p=0,002) e na diastólica (p=0,02) sem modificação na dose da medicação antihipertensiva,
no peso corporal ou no consumo de sódio. Houve diminuição da uréia sérica (109±44 vs
90±40 mg/dL;p=0,008) e uma tendência à elevação do bicarbonato sérico (19,7±3,6 vs
21,1±3,6mmol/L;p=0,06). Nenhum efeito adverso foi observado. Conclusão: Os resultados
indicam que o exercício aeróbico baseado na intensidade do LV1 é eficaz e pode ser empregada com segurança.para pacientes com excesso de peso e portadores de DRC na fase não
dialítica.
Palavras Chaves: exercício aeróbico
Inflamação e rigidez arterial em renais crônicos diabéticos:
papel da capacidade aeróbica
FLáVIO GOBBIS SHIRAISHI,Fernanda Stringuetta Belik, Viviana Rugolo Oliveira
e SIlva, Luis Cuadrado Martin, João Carlos Hueb, Renato de Souza Gonçalves,
Roberto Jorge da Silva Franco
FMB UNESP
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
O persistente estado inflamatório é comum no diabetes e na doença renal crônica (DRC) o
que leva a excessiva produção de citocinas inflamatórias e proteína C-reativa (PCR). Estes
pacientes usualmente apresentam intolerância ao exercício e aumento da rigidez arterial.
A atividade física aeróbica tem sido associada à melhor complacência arterial, a efeitos antiinflamatórios e anti-diabéticos. Foi avaliada a hipótese que em pacientes com ambas as
condições, DRC e diabetes, a melhor capacidade aeróbica é associada com menor estado inflamatório e rigidez arterial. O objetivo desse estudo foi determinar se a capacidade aeróbica,
avaliada pela VO2 máximo, possui função protetora, influenciando no estado inflamatório, rigidez arterial e espessura da camada íntima-média de carótida em renais crônicos diabéticos
e não diabéticos. Trinta e nove pacientes foram clinicamente e laboratorialmente avaliados.
De acordo com a etiologia da doença renal dois grupos de pacientes foram obtidos: Grupo
diabético (GD) e grupo não-diabético (GND). A pressão arterial central e a rigidez arterial foram avaliadas pelo aparelho Sphygmocor. As espessuras média e máxima da camada íntimamédia de carótida foram realizadas por ultra-sonografia. A capacidade aeróbica foi avaliada
pelo VO2 máximo estimado de acordo com o teste ergométrico (Protocolo de Bruce). O GD
apresentou maior frequência de PCR elevada (p=0,044), mais indivíduos do gênero masculino e menores valores do VO2 máximo. A espessura da camada íntima-média de carótida foi
similar entre os grupos. Em modelo de regressão múltipla, ajustado para diabetes, gênero
masculino e VO2 máximo, somente a melhor capacidade aeróbica foi associada à menor
frequência de PCR elevada. Em conclusão, a capacidade aeróbica foi associada ao estado
inflamatório em renais crônicos, independentemente da presença de diabetes.
mais comum. Objetivo: Relato de caso de mieloma múltiplo secretor associado a lesão renal
grave em paciente jovem. Relato de Caso: Sexo masculino, 39 anos, previamente hígido,
com náuseas, vômitos, mialgia difusa há 15 dias. Exames da admissão: creatinina=27mg/
dL, ureia=277mg/dL, cálcio total/ionizado=14,3/1,65 mg/dL, hemoglobina=7 g/dl,
hematócrito=19%g/dl, leucócitos=15830mm3, potássio=6,5 mg/dL, ácido úrico=13 mg/dL
, Fósforo=6,4 mg/dL, PTH=9 pmol/mL, associado à proteinúria e hematúria ao exame de
Urina I. Rx de calota craniana com lesões líticas difusas, e eletroforese de proteínas com pico
monoclonal em gama. O mielograma comprovou MM secretor com 40% de plasmócitos/
plasmoblastos e a biópsia renal com rim mielomatoso e alterações crônicas em grau moderado. Além de: ß2-microglobulina > 20mg/dL e IgM sérica de 313 mg/dl. A quimioterapia
(QT) de indução foi dexametasona e talidomida. Paciente mantém-se anúrico em terapia
renal substitutiva desde a admissão há 5 meses, com talidomida como QT de manutenção.
Discussão: A idade média do diagnóstico do MM é 70 anos, com 50% dos pacientes com
+ 65 anos e apenas 2% dos casos ocorre em indivíduos abaixo dos 40 anos de idade. A IR,
anemia, hipercalcemia e lesões ósseas apresentam-se em 48%, 73%, 28% e 80% dos casos,
respectivamente. A associação de lesão tubular direta pelo excesso de depósito de cadeias leves, desidratação, hipercalcemia e uso de drogas nefrotóxicas levam à IR, com recuperação da
função renal em 26% dos casos. A sobrevida média dos pacientes com MM sem IR é de 28
meses, e de 4 meses naqueles com IR. Conclusão: O caso relatado é raro pela manisfetação
do MM em paciente jovem, com IR e pico de IgM - e ainda com sobrevida acima da média,
tornando-o um candidato ao transplante duplo - rim/medula óssea.
Palavras Chaves: inflamação, capacidade aeróbica
Palavras Chaves: mieloma multiplo
Investigação de doença renal crônica na unidade básica de
saúde em pacientes de risco.
ANA TEREZA AZEREDO BASTOS BRITO, Edna Regina S Pereira, Nayara Gomes S
da Costa, Gustavo Guilherme Q Arimatea, Bianca Rosa Rodrigues, Talita
Clementino M Cunha, Marília Rodovalho Guimarães, Ciro Bruno Silveira
Costa
HC-UFG
Introdução: A presença de taxa de filtração glomerular (TFG) menor que 60ml/min/1.73m2
está associada com aumento do risco de progressão para doença renal crônica terminal
(DRCT) e morte por eventos cardiovasculares. A detecção da DRC em sua fase inicial, ainda
assintomática, pode com o tratamento adequado retardar e alguns casos reverter a evolução
da doença ou prolongar o tempo livre de terapia renal substitutiva, principalmente quando
referenciados ao nefrologista. Apesar do screening geral da população não ser recomendado,
grupos de alto risco, tais como hipertensos, diabéticos e idosos devem ser monitorados com
a TFG e albuminúria. Objetivos: Verificar a prevalência de DRC em pacientes do programa
HiperDia do CIAMS Novo Horizonte e dos idosos atendidos neste serviço. Avaliar se o controle
glicêmico e da pressão arterial está dentro dos valores preconizados e se uso de inibidores da
enzima conversora de angiotensina (IECA) ou bloqueadores do sistema renino angiotensina
aldosterona (BRA) nestes grupos de risco está efetivo. Casuística e Métodos: Foram avaliados
os prontuários de todos os pacientes cadastrados no programa HiperDia e dos idosos da
Unidade de Atenção Básica à Saúde - CIAMS Novo Horizonte em Goiânia - GO entre 2008 e
2010. Os pacientes foram divididos em dois grupos: Grupo Diabéticos e/ou Hipertenso e/ou
Idosos sem lesão renal e Grupo com lesão renal. Os valores foram expressos como média ±
desvio padrão. Resultados: Foram analisados 304 prontuários, sendo 66,7% do sexo feminino, 54% da cor negra ou parda, 71% com diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica (HAS)
e 41% de diabetes melitos (DM). Média de idade de 53,8 anos (Desvio padrão=14,14.), 13%
de tabagistas, 11% com antecedente de doença renal, 34% com sobrepeso e 22% obesos,
48% usavam IECA ou BRA. O controle da PA (<130/80 mmHg) ocorreu em 47% e da DM em
58%. Dos 254 pacientes que tiveram sua FG analisada, 30 (11,8%) tinham FG < 60 ml/min.
Neste grupo 93% eram idosos, 65% DM, 82% HAS. Apenas 17% tinham controle pressórico,
37% peso ideal e 17% sem dislipidemia. Conclusões: este estudo demonstrou que os pacientes com TFG < 60 mL/min, eram em sua maioria idosos com HAS e/ou DM. Apesar do uso de
IECA ou BRA a pressão arterial não estava dentro dos parâmetros recomendados assim como
o peso. Estes dados permitem à Unidade Básica de Saúde rever suas medidas terapêuticas e
aperfeiçoar o cuidado com os pacientes com DRC assintomática e prevenir a DRCT.
Palavras Chaves: DRC,UBS
Mieloma múltiplo secretor associado a lesão renal grave em
paciente jovem
RAFAEL DINARDI MACHADO, FRANCISCO RAFAEL DO NASCIMENTO ALMEIDA, RAFAEL
AUGUSTO BORGES PAVANI, RAFAEL DINARDI MACHADO, MARIANA DE MORAES
FRANÇOSO, ELBER RAFAEL GONÇALVES, BIANCA BARBOSA LEAL, FERNANDA TOLEDO
PIZA FERRAZ, VERONICA MARIA PEREIRA COSTA, MARCELO CARVALHO NAVES RIBEIRO,
BRUNO MARTINS TOKUDA, HEBERT HENRIQUE CAPUCI, MARIANA SALOMÃO BRAGA,
GABRIELA RODRIGUES DE SOUZA, HORACIO JOSE RAMALHO, FERNANDA CRISTINA GOMES
CAMELO,IDA MARIA MAXIMINA FERNANDES CHARPIOT
HOSPITAL DE BASE/ FAMERP
Introdução: O mieloma múltiplo (MM) representa 1% de todos os tipos de neoplasia e 13%
das neoplasias hematológicas, com incidência anual de 5,6 por 100.000. A Insuficiência renal
(IR) está presente em 20-40% dos casos de MM, e ocorre por lesão glomerular, tubular e/
ou intersticial. A lesão tubular direta pelo excesso de depósito de cadeias leves é a etiologia
NEFROPATIA URICA CRÔNICA E DOENÇA RENAL CRÔNICA
Nubyhélia M.N. Carvalho1, Leandro L. Carvalho1, Irineu Moreno de Melo
Sobrinho1, Itálita F. Linhares1, Diego e Silva Almeida2, Pedro Ernesto B. Lima2,
Geraldo B. Silva Júnior1,2, Alexandre B. Libório1, Elizabeth F. Daher2
1 - Curso de Medicina, Centro de Ciências da Saúde, Universidade de Fortaleza
2 - Departamento de Medicina Clínica, Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, Ceará, Brasil
Introdução:A nefropatia úrica crônica é decorrente da deposição de ácido úrico no interstício
renal. Este artigo relata um caso que evoluiu com insuficiência renal crônica. Os aspectos do
diagnóstico, conduta e prevenção são discutidos. Relato de caso:Paciente do sexo feminino,
38 anos. Referiu artrite em tornozelo há 22 anos. Fez uso de Butazona e Diclofenaco, por 3
anos. Referiu aumento dos sintomas, passando a usar Prednisona e permanecendo assintomática por 1 ano, quando referiu retorno da artrite, que passou a atingir joelho esquerdo,
quadril e punhos. Passou a fazer uso de Celestone, evoluindo com melhora, mas suspendeu
devido a aumento de tecido adiposo em face e dorso e retorno da artrite. Apresentou níveis
elevados de Uréia e Creatinina (Cr) e passou a ser acompanhada com suspeita de Lúpus,
mesmo com exames para colagenoses negativos. Há 19 anos apresentou tofos adjacentes à
região cubital, sendo iniciado tratamento para artrite gotosa e hiperuricemia, mas complicou
com eritrodermia importante ao uso de alopurinol há 19 anos, sendo internada e, com dessensibilização sem sucesso, permaneceu em acompanhamento em uso irregular de narcarecina. Há 16 anos foi internada para reavaliação, já que também apresentava disfunção renal
persistente. Foi diagnosticada com gota primária e insuficiência renal crônica. Evoluiu com
piora progressiva dos tofos e ulcerações, sendo realizadas intervenções cirúrgicas. Evoluiu
ainda piora progressiva da função renal, sendo diagnosticada há 11 anos com nefropatia
úrica, apresentando diminuição gradativa do Clearence de Creatinina (ClCr), sendo discutida
a perspectiva de uso de fístula artério-venosa, que a paciente não concordou, perdendo
seguimento por 1 ano. Há 8 anos iniciou uso de Calcitriol, evoluindo com aumento gradativo
dos níveis de Cr, apresentando, após 7 meses, ClCr=8ml/min, necessitando de fístula artériovenosa, tendo iniciado hemodiálise 4 meses depois, permanecendo por 2 anos. Atualmente
há 1 ano em diálise peritoneal. Discussão:Este caso demonstra a dificuldade no diagnóstico
de nefropatia úrica crônica. Além disso, atentamos para seu papel como fator de risco para insuficiência renal crônica. O paciente deve manter sua pressão e glicemia controlados e reduzir
a proteinúria, se presente, com inibidor da ECA ou BRA. Frente a casos de nefropatia úrica
crônica, a conduta deve visar reduzir os níveis de ácido úrico, com alupurinol e a sobrevida
assemelha-se a de um paciente com insuficiência renal crônica.
Nesfatin-1: um peptídeo anorexígeno recém descoberto e sua
relação com o apetite e a composição corporal de pacientes
submetidos à hemodiálise
Bruno Geloneze1, Antonio Calixto1, Viviane Leal2, Milena Barcza Stockler
Pinto3, Julie Lobo3, Juliana Saldanha2, Denise Mafra2
1 - Universidade Estadual de Campinas
2 - Universidade Federal Fluminense
3 - Universidade Federal do Rio de Janeiro
Introdução: Nesfatin-1 é um peptídeo anorexígeno recém-identificado que age na regulação
do apetite, sendo modulado pela redução de peso e/ou desnutrição. A anorexia e a desnutrição são distúrbios comuns na doença renal crônica (DRC) que predispõe os pacientes a
desfechos negativos. Contudo, o mecanismo para ocorrência da anorexia na DRC não está
elucidado. Objetivo: Avaliar uma possível alteração da nesfatin-1 nos pacientes em hemodiálise (HD) e seus efeitos no apetite e na composição corporal destes pacientes. Material e
Métodos: Nesfatin-1 plasmática foi analisada por ELISA em 25 pacientes HD (15 homens e
10 mulheres; 53,2±11,9 anos; IMC=23,1±2,8 Kg/m², % gordura corporal = 28,6±6,5%)
que foram pareados por IMC, % gordura corporal e idade com 15 indivíduos saudáveis
69
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
(10 homens e 5 mulheres; 47.9±14.8 anos; IMC=24,9±3,9 Kg/m², % gordura corporal =
29,3±5,2%). A leptina, outro peptídeo de ação anorexígena, foi avaliada pelo método de
ELISA. O padrão de apetite foi avaliado através de um questionário validado e específico. Um
recordatório de 24h de 3 dias foi aplicado para avaliar a ingestão alimentar. Resultados: Os
níveis de nesfatin-1 não foram diferentes entre pacientes HD (0,16 ± 0,07ng/mL) e indivíduos saudáveis (0,17 ± 0,10ng/mL) e foram correlacionados negativamente com a ingestão
de proteína (r=-0,42; p=0,03) e, positivamente com IMC (r=0,33; p=0,03), % de gordura
corporal (r=0,35; p=0,03) e dobra cutânea triciptal (r=0,36; p=0,02). Os níveis de nesfatin-1
também tiveram correlação positiva com os níveis de leptina (r=0,45; p=0,006). Conclusão:
Os níveis de nesfatin-1 não foram diferentes entre pacientes em HD e indivíduos saudáveis
pareados por IMC, % de gordura corporal e idade. Entretanto, a nesfatin-1 parece influenciar
a ingestão alimentar e a composição corporal nos pacientes em HD.
Obestatina plasmática tem correlação com perda de massa
muscular e do apetite em pacientes de hemodiálise
CRISTIANE MORAES, Lobo JC,Stockler-Pinto MB, Barros AF, Raymundo LRS, Mafra D
Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói-RJ
Introdução e objetivos: Pacientes com doença renal crônica (DRC) sofrem de síndrome wasting onde está implicada a anorexia e a perda de massa muscular. A obestatina é um hormônio supressor do apetite e pode contribuir para o agravamento das complicações existentes
nos pacientes que realizam hemodiálise (HD). O objetivo deste trabalho foi verificar se os
níveis de obestatina estão relacionados à perda do apetite e a massa muscular em pacientes
HD.Métodos: Foram avaliados 36 pacientes HD (61,1% homens, 46,8±14,9 anos, 59,7±42,5
meses em HD, 30,4±6,8% gordura corporal, IMC 22,9±3,9 kg/m2). A obestatina plasmática
foi medida através de método imunoenzimático (ELISA, Enzyme Linked Immunosorbent Assay,
Human Obestatin, Bachen®). O apetite foi avaliado pela ferramenta ADAT (ADAT) onde a
maior pontuação significa menor apetite e a creatinina sérica foi usada como parâmetro de
avaliação de massa muscular. A análise estatística foi feita através do SPSS 17.0.Resultados:
Os níveis de obestatina plasmática (3,0 ± 0,1pg/mL) e os valores do ADAT não apresentaram
diferença entre os gêneros e os grupos do IMC (ponto de corte IMC 25,0 kg/m2). Os níveis de
obestatina plasmática tiveram correlação positiva com os valores do ADAT (r= 0,5; p= 0,003)
e negativa com creatinina (Cr) (r=-0,4; p=0,019). Os valores de ADAT e os níveis de Cr apresentaram correlação negativa (r= -0,4; p=0,017). Entre as mulheres os níveis de obestatina
plasmática se correlacionaram com o percentual de gordura (r= 0,5; p=0,041).Conclusão:
A obestatina (peptídeo anorexígeno) plasmática parece estar elevada em pacientes de HD
que têm apetite diminuído, além disso, parece ter relação com perda de massa magra (avaliada pelos níveis de Cr e alto percentual de gordura corporal em mulheres). Desta forma,
elevados valores de obestatina podem estar relacionados ao wasting proteico- energético
em pacientes HD.
Palavras Chaves: obestatina, apetite
PERFIL DA VITAMINA D EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM
TRATAMENTO HEMODIALÍTICO - NOTA PRÉVIA
RUI ALBERTO GOMES, Caren Dias Ellerkmann,Bruna Sibon, Fátima C. M. Pelarigo,
Rogério Y. Matsuda, Silvana Kesrouani, Jenner Cruz
Instituto de Nefrologia de Mogi das Cruzes, SP
Introdução: Na doença renal crônica (DRC) ocorrem alterações bioquímicas e fisiológicas em
todos os sistemas, dentre elas, no eixo paratormônio-calcitriol, com conseqüente distúrbio
metabólico mineral e ósseo. Estudos têm identificado uma gama de funções biológicas da
vitamina D: cardiovasculares, osteomusculares, imunológicas, bem como as conseqüências
de sua deficiência na população geral e no paciente renal crônico. Medir os níveis séricos
da 25-hidroxi vitamina D (25-OHD) nos portadores de DRC e fazer suplementação quando
abaixo de 30 ng/mL é recomendado. Objetivos: Avaliar o perfil da 25-OHD em pacientes
renais crônicos em hemodiálise. Casuística e Métodos: Dados de 31 pacientes em tratamento
hemodialítico ambulatorial. Analisados os níveis séricos da 25-OHD; cálcio (Ca); fósforo (P);
paratormônio (PTH); tempo em diálise (TD); diagnóstico da nefropatia; taxa de infecção no
último ano (tx infec); taxa de internação no último ano (tx int); taxa de acesso por cateter
venoso de qualquer tipo (CDL). Os pacientes foram classificados de acordo com o nível sérico
da 25-OHD em: grupo 1: deficientes (abaixo de 15 ng/mL); grupo 2: insuficientes (entre
15 e 30 ng/mL) e adequados (acima de 30 ng/mL). Foram calculadas as porcentagens e as
médias ± desvio padrão. Análise estatística usou ANOVA e teste de correlação de Sperman.
Resultados: Avaliados 18 homens (58%) e 13 mulheres (42%), média de idade de 53,5±12,6
anos. Nove (29%) tinham nefropatia diabética; 9(29%) nefroesclerose hipertensiva; 5(16%)
rins policísticos; 4(13%) glomerulonefrite crônica; 3(9,7%) indeterminada e 1(3,2%) nefrite
intersticial crônica. Grupo 1: número de pacientes (n): 11(35,5%);TD: 27,2±21,4 meses; 25OHD: 10,5±2,8 ng/mL; P: 4,6±1,01; Ca: 8,9±0,8; PTH: 321,5±276,2; CDL: 45%; tx infec:
181%; tx int: 73%. Grupo 2: n: 11(35,5%); TD: 53±53,8 meses; 25-OHD: 24,9±3,6 ng/mL;
P: 4,4,±0,9; Ca: 9,2±1,1; PTH: 368±248,8; CDL: 27%; tx infec: 118%; tx int: 45%. Grupo
3: n: 9(29%); TD: 33±36,8 meses; 25-OHD:45,9±14,7 ng/mL; P: 4,6±1,3; Ca: 9±0,8; PTH:
390,5±530,1; CDL: 33%; tx infec: 111%; tx int: 67%. A variação da 25-OHD (p<0.0001) e
do PTH (p=0,0478) foram significativos. Conclusões: 71% de 25-OHD baixa. Sua deficiência
foi observada no grupo com maiores taxas de infecção e internação, que também apresentou
o menor tempo em diálise e maior porcentagem de cateter vascular. Menor taxa de infecção
observada no grupo com nível sérico de 25-OHD adequado, a despeito de taxa de 33% de
CDL.
70
PERFIL DE PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
ACOMPANHADOS EM TRATAMENTO CONSERVADOR E ENCAMINHADOS
PARA TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA (TRS)
LUCILA VALENTE, Marcelo Pereira, VICTOR DE CARVALHO BRITO PONTES, MARINA
FARIAS LOUREIRO AMORIM, ELINE FARIAS SILVA, MARIANNA FREITAS, SANDRA MARIA
NEIVA COELHO
HOSPITAL DAS CLINICAS- UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
O tratamento conservador da DRC tem como finalidade esclarecer sobre a doença; tentar
diminuir sua velocidade de progressão; orientar sobre os tipos de TRS bem como confecção
do acesso vascular ou peritoneal quando necessário; vacinação para hepatites dos pacientes
susceptíveis entre outras ações. Todas as condutas são de importância na diminuição da
morbidade e mortalidade. Objetivo- Avaliar as características dos pacientes encaminhados
para TRS em um ambulatório de tratamento conservador da DRC de um hospital universitário.
Casuística e Método- Avaliamos os prontuários do ambulatório de pacientes encaminhados
para TRS no período de 2001 – 2009. As variáveis estudadas foram sexo, idade, etiologia da
DRC e encaminhamento para a TRS no primeiro ano. Resultados- Avaliamos os prontuários
de 96 pacientes do ambulatório que foram encaminhados para TRS no período. A amostra
era composta de 48 homens e 48 mulheres com idade média de 53 ± 15 anos, a maioria
procedente da região metropolitana. Como etiologia da DRC, o diabetes mellitus (36%) e
HAS (30%) foram as mais frequentes. Nove (9 %) pacientes foram encaminhados para diálise peritoneal e 87(91%) para hemodiálise. Onze (11 %) pacientes foram encaminhados
na primeira consulta e 31(32 %) no primeiro ano de acompanhamento. Dezessete (18%)
tinham acesso vascular confeccionado no momento do início da TRS. Quase metade (44%)
dos pacientes necessitaram de TRS no primeiro ano de acompanhamento. Conclusão- Nossos
achados demonstraram que o encaminhamento ao especialista é retardado ao máximo, poucos pacientes optaram por diálise peritoneal e a minoria foi encaminhada para tratamento
dialítico com acesso vascular confeccionado. A maioria dos pacientes encaminhados para o
ambulatório de tratamento conservador da DRC chegou em estágio avançado o que dificultou a preparação para TRS.
Palavras Chaves: DOENÇA RENAL CRÔNICA, TRATAMENTO CONSERVADOR
PERFIL DOS PACIENTES ADMITIDOS NO AMBULATÓRIO DE DOENÇA
RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO CONSERVADOR DE UM HOSPITAL
TERCIÁRIO DO RECIFE
TATIANA CRISTINA MANZI SENA DOS SANTOS,TATIANA RIBEIRO VALERIO,ERICSON
CAVALCANTI GOUVEIA,AMARO MEDEIROS DE ANDRADE
INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA
INTRODUÇÃO: A doença renal crônica (DRC) é considerada um problema de saúde pública
devido as suas crescentes taxas de prevalência. É necessária a identificação precoce desses
pacientes para permitir intervenções que modifiquem a progressão da doença. OBJETIVO:
Avaliar o perfil demográfico, clínico e laboratorial dos pacientes admitidos no ambulatório de
DRC em tratamento conservador no Instituto de Medicina Integral Professor Antonio Figueira
(IMIP). MÉTODOS: Estudo retrospectivo dos pacientes acompanhados no ambulatório de DRC
em tratamento conservador do IMIP, um hospital terciário com atendimento ao SUS, no período de março de 2009 a dezembro de 2010. Os dados foram obtidos através da análise dos
prontuários dos pacientes atendidos neste período. As variáveis analisadas foram: sexo, idade,
procedência, local de referência, doença de base, clearance de creatinina (calculado pela
fórmula de Cockcroft-Gault), nível de hemoglobina, pressão arterial e proteinúria. RESULTADOS: Dos 250 pacientes acompanhados a idade média foi de 65 ± 15 anos, sendo 53%
homens. A maioria dos pacientes era procedente da região metropolitana de Recife (45,3%)
e 58,5% encaminhados do próprio serviço, sendo apenas 14% referidos por unidades básicas de saúde. A etiologia da doença renal foi 28,4% por nefropatia diabética e 23,2% por
nefroesclerose hipertensiva. A média do clearance de creatinina de admissão foi de 34,5 ±
16,4 ml/min, sendo a distribuição pelo estágio da doença renal: 6,5 % no estagio II, 46,1%
no estagio III, 37,8 % no estagio IV 9,6% no estagio V. A média da hemoglobina foi de 11,4
± 1,8g/dl e 55,6% tinham a pressão arterial maior que 130/80 mmHg. Entre os pacientes
que apresentavam proteinúria, 34,2% demonstravam níveis maiores que 1g. CONCLUSÃO:
Os achados mostram que os pacientes admitidos são em sua maioria idosos e estão sendo
referidos em fases avançadas da doença, limitando os benefícios que o ambulatório de DRC
conservador pode proporcioná-los. Apesar da doença de base em sua maioria ser diabetes
mellitus e hipertensão arterial, ainda é muito pequeno o número de pacientes encaminhados
de unidades básicas de saúde, onde a maioria desses pacientes é acompanhada, mostrando
a necessidade de campanhas para a conscientização desses profissionais.
Palavras Chaves: DRC, CONSERVADOR
PREVALÊNCIA DA DOENÇA DE FABRY EM UMA POPULAÇÃO DE PACIENTES
EM HEMODIÁLISE NO ESTADO DE ALAGOAS
Santos WAG,Barros HLFG,Santos ES,Costa AFP
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
Introdução: A doença de Fabry é uma doença hereditária recessiva ligada ao X, muitas
vezes grave, progressiva e potencialmente fatal, causada pela deficiência ou ausência da
alfa-galactosidase A (α-GAL A). Tal alteração enzimática leva ao acúmulo nos lisossomos do
glicoesfingolipídeo, globotriaosilceramida (Gb3) nas células de diversos sistemas orgânicos
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
o que produz um quadro clínico bastante variável. Estima-se uma prevalência de 1 em 117
000 nascidos vivos; o que a torna uma doença rara e muitas vezes negligenciada. Entre os
pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) estágio 5, há relatos de uma prevalência de 0,5
%. Objetivos: Observar a prevalência da Doença de Fabry em uma população de pacientes
Renais Crônicos em Hemodiálise no Estado de Alagoas. Método: A amostra foi constituída
por todos os pacientes maiores de 16 anos, submetidos à hemodiálise, de cinco centros de
nefrologia do Estado de Alagoas, cujo diagnóstico etiológico da DRC não estivesse bem estabelecido. Amostras de sangue em papel filtro colhidas dos homens e de DNA colhidas entre as
mulheres foram enviadas ao Laboratório de Genética do Hospital das Clínicas de Porto Alegre
– que realizou todas as análises laboratoriais. Os pacientes que apresentassem atividade
enzimática em papel filtro inferior a 2,0 μMol/L/h, eram submetidos a análise da atividade
enzimática em plasma e leucócitos periféricos. O diagnóstico era confirmado quando a dosagem enzimática apresentava-se menor que 1,4ηMol/mg de proteína/h. Resultados: Foram
incluídos 542 pacientes (344 M e 198 F), com idade 46 ± 15,8 anos, cujo tempo em diálise
era de 4,5 ± 3 anos. 36 pacientes (20 M e 16 F) apresentavam baixa atividade enzimática
na análise em papel filtro. Confirmando-se tal alteração no plasma e leucócitos periféricos
em 3 pacientes do sexo masculino. As análises das pacientes femininas, ainda não foram
realizadas. Assim, até o presente, a prevalência observada foi de 0,5 %. Em relação aos sintomas, um paciente apresentava angioqueratomas; todos apresentavam hipertrofia ventricular
esquerda, hipohidrose e acroparestesias. 4 familiares desses pacientes foram identificados
como portadores da doença. Conclusão: Apesar da baixa prevalência, a disponibilidade de
reposição enzimática e o aconselhamento genético justificam a necessidade de investigação
diante de pacientes com etiologia de DRC não esclarecida, com história familiar de nefropatia
ou quando apresentar algum sinal ou sintoma sugestivo da doença.
Palavras Chaves: Doença de Fabry, Doença Renal Crônica
Prevalência de doença renal crônica em pacientes do
programa HIPERDIA de uma unidade básica de saúde de Maceió/
AL.
André Falcão Pedrosa Costa,José Montenegro Júnior,Horácio Luis Fontes
Góes de Barros,Firmino Elias de Albuquerque Neto,Daniele Aragão de
Albuquerque
Faculdade de medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
Introdução: É esperado que 10% dos pacientes hipertensos e/ou diabéticos apresentem alguma forma de doença renal. A incidência anteriormente relatada foi de 6,63%. Os fatores
claramente envolvidos na presença de doença renal (SBN, 2008) são: o distúrbio subjacente,
a excreção urinária de proteínas e a presença e gravidade da hipertensão. Ou seja: a doença
tende a progredir mais rapidamente no paciente que excreta quantidade significativa de
proteína ou que apresenta pressão arterial elevada, comparado àquele sem esses distúrbios.
Assim, os portadores dessas doenças devem ser tratados adequadamente para prevenir ou
retardar o aparecimento da doença renal crônica (DRC). Para isso, é necessário que sejam
submetidos a exames para averiguar a presença de lesão renal (análise de proteinúria) e para
estimar o nível de função renal (ritmo de filtração glomerular) a cada ano. Portanto a prevenção e o diagnóstico precoce da DRC devem ser buscados pelos profissionais que cuidam destas patologias em especial na atenção básica para que se possa diminuir a incidência da DRC
terminal com necessidade de terapia de substituição renal, a qual produz enorme ônus para
o sistema público e saúde assim como contribui para desfechos desfavoráveis para paciente e
seus familiares. Objetivos: Verificar a prevalência de DRC em pacientes do programa HiperDia
atendidos numa Unidade Básica de Saúde. Casuística e métodos: Estudo observacional de
prevalência, não intervencionista, de caráter retrospectivo em uma comunidade de baixo
estrato socioeconômico assistida pelo programa HiperDia de uma Unidade de Saúde da
Família localizada na área urbana da periferia do município de Maceió, Alagoas, cuja população estimada é de 24,2 mil habitantes (IBGE, 2000). Foi realizado um questionário padrão
preenchido a partir dos prontuários e em seguida, análise de frequência e média dos dados
relevantes por meio do programa Epi info 3.2.2. Resultados: Na população estudada, foi
encontrada uma prevalência de 2,4% de doença renal crônica. Porém apenas metade desses
pacientes foi submetida ao exame de creatinina e/ou microalbuminúria ou quaisquer outros
exames para avaliar presença de nefropatia. Conclusão: Na Unidade de Saúde avaliada, a
baixa prevalência se deve provavelmente à subnotificação.
Palavras Chaves: Prevalênca, Doença renal
QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA RENAL
CRÔNICA EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO
LEONARDO DINIZ DA CRUZ CÂNDIDO1, Aline Daniela Borges1, Rafael Souza da
Silva2, Vanderley Geraldo Garbazza3
1 - NEFRON LTDA CLINICA DE DOENÇAS RENAIS
2 - HOSPITAL FELICIO ROCHO
3 - UNIFENAS
Introdução: A insuficiência renal crônica (IRC) é uma doença crônico-degenerativa que vem
crescendo em proporções “epidêmicas” na população mundial, gerando um importante impacto financeiro para o Estado e psico-social para os pacientes. Estudos apontam que 90,7%
dos pacientes em terapias renais substitutivas (TRS) são submetidos à hemodiálise (HD) e
que, além da baixa adesão ao tratamento, os pacientes referenciam má qualidade de vida
(QV) associada à terapia.Objetivo: Objetivou-se discutir o impacto da terapia hemodialítica
na vida do paciente com IRC, identificando fatores que contribuem para a baixa adesão ao
tratamento e mecanismos para melhoria da QV dos mesmos.Metodologia: Tratou-se de uma
revisão bibliográfica sobre a QV dos pacientes em HD, compreendendo 2001 a 2010, com 19
artigos nacionais retirados da base de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde e da biblioteca Scientific Eletronic Library Online, cujos descritores foram
qualidade de vida, hemodiálise e insuficiência renal crônica. Resultados: Verificou-se que os
pacientes com IRC tem baixa QV em função das limitações principalmente físicas e dietéticas.
Quando avaliado o tratamento hemodialítico, o problema se torna mais sério, pois a HD favorece eventos adversos como hipotensão arterial, vômitos e tontura e impões limitações nas
atividades profissionais, de lazer e recreação. Contudo, verificou-se o transplante renal como
principal expectativa dos pacientes, sendo que em torno de 82,0% estão na fila de transplantes e quase 47,0% deparam com a recusa dos familiares para a doação. Trabalhos mostraram que a prática da assistência à saúde individualizada e continuada diminui o impacto
do tratamento, contribuindo para o aumento da adesão ao e consequente amenização dos
efeitos desmotivantes e depressores, de forma que a HD não se torne apenas um mecanismo
de aumento da expectativa de vida, mas de oferecer sobretudo QV.Conclusão: Os achados
deste trabalho reafirmam que o paciente com IRC terá maior QV quando tiver ao seu alcance
um sistema de suporte e reabilitação eficaz que o permita levar uma vida ativa, produtiva e
autosuficiente. Tal fato reforça a importância da equipe multidisciplinar na promoção do bem
estar e melhoria da QV dos pacientes com nefropatia crônica em tratamento hemodialítico,
com destaque para o papel do enfermeiro, amplamente reconhecido como principal referência dos serviços de hemodiálise para os pacientes.
Palavras Chaves: Qualidade de Vida, Doença Renal Crônica
RELAÇÃO ENTRE O HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO E AS
ALTERAÇÕES ECOCARDIOGRÁFICAS EM PACIENTES NÃO DIABÉTICOS
EM PROGRAMA DE HEMODIÁLISE EM CLÍNICA PRIVADA DE MACEIÓ.
JULIANA LINS LOUREIRO1, Maria Fernanda Lucena Soutinho2, Geórgia de Araújo
Pacheco1, Katienne Goes Mendonça1, Gustavo Alvares Presídio2, Agenor
Antônio Barros da Silva3, Ebeveraldo Amorim Gouveia3, Carlos Alexandre
Ferreira de Oliveira3, Fernando Antônio Melro da Silva Ressurreição3
1 - FACULDADE DE MEDICINA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
2 - FACULDADE DE MEDICINA - UNIVERSIDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS
3 - UNIRIM - UNIDADE DE NEFROLOGIA DE ALAGOAS
Introdução: Os doentes renais crônicos (DRC) possuem maior risco de complicações cardiovasculares (DCV), como insuficiência cardíaca (ICC) e as doenças coronarianas. Em torno de
85% dos pacientes apresentam alterações na estrutura e função do ventrículo esquerdo ao
iniciar a terapia dialítica. Os fatores de risco, tradicionais ou não, associam-se na causa da
DCV. Os distúrbios do metabolismo mineral são fatores de risco modificáveis, relacionados
com calcificação vascular, mortalidade geral e cardiovascular. O PTH atua na remodelação cardíaca e, portanto, sobre a morfologia e a função deste órgão. Objetivos: Investigar a relação
entre os níveis séricos de PTH, cálcio e fósforo e as alterações ecocardiográficas encontradas
em pacientes não diabéticos em programa de hemodiálise. Casuística e Métodos: Cerca de
metade dos indivíduos com DRC no estágio 5 morrem por DCV, sendo o risco por faixa etária
15-30 vezes maior que a população geral. Estudo individuado, descritivo, analítico, transversal. Foram selecionados os pacientes em tratamento dialítico crônico na UNIRIM, excluindo-se
pacientes diabéticos e maiores de 70 anos. Cada um foi submetido a ecodopplercardiograma
colorido e se dosaram cálcio, fósforo e PTH séricos. Para a análise dos dados, aplicou-se
o teste qui-quadrado para variáveis categóricas e t-student para variáveis numéricas, sendo considerada significância p<0,05. Resultados: A amostra consistiu de 13 pacientes, 7
(53,85%) homens e 6 (46,15%) mulheres, com idade média de 38,18 anos, entre 25 e 61
anos. Todos pacientes com PTH maior que 200 pg/dL apresentaram alterações ecocardiográficas, como disfunção diastólica, hipertrofia ventricular concêntrica e refluxo valvar. Conclusões:
Nos pacientes que apresentaram níveis de PTH mais altos, encontrou-se maior prevalência de
alterações ecocardiográficas, corroborando com a literatura.
Palavras Chaves: paratormônio, ecocardiograma
Relato
de
caso:
Insuficiência
Renal
Crônica
e
hiperparatireoidismo primário(carcinoma de paratireoide)
CAMPOS BSL, NEVES TJ, SANTOS MM, NETO ABO, NASCIMENTO GVR
Faculdade Integral Diferencial, Piauí
INTRODUÇÂO: O HPT2ario é um grande problema para os médicos que acompanham pacientes em diálise, devido à sua alta prevalência em indivíduos com insuficiência renal crônica
(IRC). As alterações na glândula paratireóide ocorrem precocemente, antes mesmo de o paciente necessitar de diálise. Porem nem sempre pode ser atribuída a causa secundário, a IRC
pode cursar em com hiperparatireoidismo primário (HPT1ario). O HPT1ario é uma doença metabólica decorrente da hiperfunção autônoma de uma ou mais das glândulas paratireoideas.
A etiologia mais comum é o adenoma,sendo raro o carcinoma de paratireoide. OBJETIVO: O
objetivo do presente trabalho é relatar um caso raro e de difícil diagnóstico, pois o HPT1ario
e o HPT2ario possuem os mesmos sintomas clínicos. A diagnóstico é de extrema importância,
pois o tratamento do HPT1ario é mais agressivo. RELATO: F. A. S. A., 55 anos, natural de Bom
Jesus-PI, portadora de IRC desde 1988. Dialítica desde 2001. Em 2010, apresentou ao exame
físico perda ponderal, prurido e calos ósseos, sem massa cervical palpável. Exames complementares: PTH= 1500, Cálcio iônico 1,59 mmol/L e Fosfatase Alcalina 152 U/L e cintilografia
com concentração anormal de radiotraçador na projeção dos pólos inferiores da tireóide,
sugestivo de hiperplasia paratireoideana. Aumento do PTH refratário ao tratamento com calcitriol é indicada paratireoidectomia. Após paratireoidectomia parcial e histopatológico, foi
71
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
diagnosticado carcinoma de paratireóide e realizada tireoidectomia total. DISCUSSÃO: Na
maioria das vezes o diagnóstico é feito no pós-operatório por meio de estudo histológico. A
neoplasia pode ser suspeitada através de massa cervical palpável (30 a 76%). Os sintomas
clínicos são devidos ao aumento do PTH e podem ser gerais como fadiga, fraqueza, perda de
peso, anorexia além de sintomas ósseos (dor e fraturas) e renais (nefrolitíase, nefrocalcinose e cólica renal). O PTH e a fosfatase alcalina frequentemente encontram-se aumentados,
nesse caso somente o PTH. O tratamento consiste em ressecção ampla, em bloco do tumor
sempre que se suspeite de neoplasia maligna. A ressecção deve incluir a paratireóide, o lobo
tireoidiano ipsilateral, o istmo e os linfonodos do compartimento central. Deve-se controlar
rigidamente a hipocalcemia. A radioterapia e a quimioterapia são ineficaz. A recidiva ocorre
em 50% dos casos e a mortalidade varia de 51 a 78% em 10 anos. CONCLUSÃO: Não se
pode descartar HPT1ario em pacientes com IRC.
sions: Absence of acetylcholine signaling is associated with worsen renal injury after unilateral
obstruction of the kidney.
Palavras Chaves: Insuficiência Renal Crônica, Hiperparatireoidismo
Primário
UNIFESP
Sunitinibe (SU), um bloqueador dos receptores do VEGF,
promove microangiopatia trombótica e agrava a esclerose
glomerular no modelo de ablação renal de 5/6 (Nx)
MACHADO, FG,KURIKI, PS,CLARICE KAZUE FUJIHARA,FANELLI, C,DA COSTA, SR,OKABE,
C,SENA, CR,BARLETTE, GP,VIANA, VL,MALHEIROS, DMAC,CAMARA, NOS,ZATZ, R
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Recentemente descrevemos que a administração de SU, como terapia anti-angiogênica, não
altera a densidade de capilares peritubulares (DCP) nos animais Nx, sugerindo que não ocorre
um aumento no ritmo de formação de novos vasos nesse modelo. Entretanto, o tratamento
com SU agravou significativamente a esclerose glomerular (EG). No presente estudo investigamos se esse efeito deletério do bloqueio do VEGF envolve lesão de podócito (POD) e/ou a
formação de microtrombos (MT) nos glomérulos. Para tanto, utilizamos ratos Munich-Wistar
adultos machos submetidos a Nx e divididos nos grupos Nx+V (veículo) ou Nx+SU (SU, 4mg/
Kg/d, v.o). Após 45 dias, foram analisados a %EG, % área endotelial glomerular (%EndG),
%MT glomerular (%MTG), % área de zonula occludens 1 (%ZO1), número de POD por glomérulo (POD/G), % área intersticial cortical (%INT), DCP (perfis de capilares peritubulares/
mm2), volume glomerular (VG, x106μm3) e SCr (creatinina sérica, mg/dL) em 10 ratos Nx+V
e 10 ratos Nx+SU. Quatorze ratos Sham operados que receberam veículo (S+V) ou SU (S+SU)
foram também avaliados. Resultados: (Média±EP, ap<0,05 vs. respectivo S, bp<0,05 vs. respectivo não-tratado)
%EG: S+V=0±0; S+SU=0±0; Nx+V=7±2a; Nx+SU=22±4ab
%EndG: S+V=53±3; S+SU=55±3; Nx+V=40±3a; Nx+SU=38±2a
%MTG: S+V=0±0; S+SU=1±1; Nx+V=2±1a; Nx+SU=7±3ab
%ZO1: S+V=84±3; S+SU=85±1; Nx+V=68±3a; Nx+SU=61±5a
POD/G: S+V=16±1; S+SU=16±1; Nx+V=13±1; Nx+SU=13±1
%INT: S+V=0,1±0,1; S+SU=0,1±0,1; Nx+V=2,5±0,4a; Nx+SU=3,1±0,4a
DCP: S+V=609±42; S+SU=609±30; Nx+V=356±39a; Nx+SU=298±33a
VG: S+V=1,0±0,1; S+SU=0,9±0,1; Nx+V=1,7±0,1a; Nx+SU=1,4±0,1ab
SCr: S+V=0,6±0,1; S+SU=0,6±0,1; Nx+V=1,2±0,1a; Nx+SU=1,5±0,1ab
A administração de SU não promoveu alterações significativas nos S, porém resultou em
perda da função renal e exacerbou a EG nos Nx. Esse efeito não pode ser explicado por uma
redução no número de podócitos ou de células endoteliais, ou ainda por uma alteração funcional dos podócitos. Entretanto, o tratamento com SU resultou em um aumento marcante na
frequência de MT nos Nx, sugerindo que a organização dessas lesões pode ser a base para o
agravamento da EG. A inibição crônica do VEGF promove lesão endotelial glomerular quando
há um comprometimento prévio do rim. No entanto, o efeito anti-angiogênico do bloqueio do
VEGF parece ter pouca influência sobre as lesões intersticiais e glomerulares características
do modelo Nx.
Palavras Chaves: VEGF, MICROANGIOPATIA TROMBÓTICA
The role of Acetylcholine and the development of renal
fibrosis.
Yuri Felipe de Souza Pereira Guise1,2, BRAGA, T. T. 1, SILVA, R. C. 1, HIYANE, M. I. 1,
Correa-Costa M. 1, PRADO, C. M. 2, CAMARA, N. O. S. 1
1 - IMUNOLOGIA/UNIVERSIDADE DE SAO PAULO, USP
2 - DEPARTAMENTO DE CIENCIAS BIOLOGICAS, UNIFESP
Introduction: Acetylcholine (Ach) is known as anti-inflammatory neurotransmitter that is capable, through the cholinergic anti-inflammatory pathway, to inhibit inflammation and fibrosis in damaged tissue. VAChT knockdown mice, by consequence, have less released Ach
which leads to an pro-inflammatory pattern. Objective: To evaluate the effect of acetylcholine
in renal fibrogenesis. Methods and Results: Female VAChT homozygous, heterozygous and
wild type knockdown mice, aged 6-8 weeks were used. Animals were subjected to unilateral
ureter obstruction (UUO) and killed after 7 days. Urine from the bladder and from the pelvis were collected for proteinuria and creatinuria measurements. Pro and antiinflammatory
cytokines were measured by qPCR. Statistical analyses were performed (parametric t-test)
and p value of 0.05 was considered significant. Protocol was approved by ethic committee on
animal research. VAChT homozygous presented a significant reduction in body weight 7 days
after surgery. Furthermore, these animals showed a significant increase in bladder and pelvic
proteinuria as compared to heterozygous (p<0.05) and wild type animals (p<0.05). Finally,
this increase in proteinuria was associated with higher expression of pro-fibrotic (TGF-b) and
pro-inflammatory cytokine. These data were corroborated by histological analysis. Conclu72
Financial Support: CNPq
Palavras Chaves: acetilcolina, inflamação
Transplante de membranaamniótica em modelos experimentais
de doença renal secundária à lesão de isquemia e reperfusão
severa
MARIA APARECIDA DA GLORIA, Niels Olsen Saraiva Câmara, Cassiano Donizetti
de Oliveira, Luis Antônio Moura, Marlene Antônia dos Reis, Alvaro Pacheco
e Silva Filho
Introdução: A principal causa da lesão renal aguda é provocada por fatores isquêmicos, que
é caracterizada pela redução geralmente transitória da filtração glomerular com conseqüente
aumento dos níveis séricos de creatinina. A recuperação da função renal depende da proliferação de células e da substituição das células necróticas e lesadas por células recém formadas. Nos últimos anos tem havido um avanço na busca por terapias eficazes no tratamento
de reparo a algum dano tecidual. A utilização da terapia celular demonstra ser o futuro da
medicina regenerativa de órgãos e tecidos. A membrana amniótica (MA), parte interna da
placenta, tem sido utilizada clinicamente há várias décadas como enxerto em queimaduras
de pele e em outros procedimentos cirúrgicos. Sua utilização é baseada na capacidade de
beneficiar o processo de epitelização por facilitar a adesão e migração das células epiteliais,
prevenir a apoptose e restaurar fenótipo epitelial. Objetivo: Determinar o papel regenerativo
da MA em lesão renal aguda e sua influência no desencadeamento de fibrose tardia. Material e métodos: Foi utilizado um modelo de isquemia renal (IR) unilateral por 45 minutos
em camundongos C57BL/6 entre 8 a 12 semanas. Os rins foram envoltos pela MA obtida de
placentas provenientes de cesáreas eletivas. Após um período de 6 semanas os animais foram
sacrificados e foram avaliados índices de uréia e creatinina séricas. Os rins foram retirados
para análise histológica e quantificação da fibrose por coloração com picrosírus. Serão realizadas análises de RT-PCR para IL-1β, IL-10, TNF-α. Os animais foram divididos nos seguintes
grupos: Grupo Controle (CTL), Grupo IR, Grupo IR+MA e Grupo contralateral (CL). Resultados: Através das análises preliminares foi possível constatar que os rins do grupo com MA
tiveram menos alteração de tamanho quando comparados aos rins do grupo IR. A quantificação da fibrose nos grupos CTL, CL, IR e IR+MA (2,2±0,29; 0,9±0,35; 6,9±2,81; 6,7±4,53)
respectivamente demonstraram que não houve alteração entre os grupos IR e IR+MA. Os
índices de uréia e creatinina séricas para os grupos IR e IR+MA foram similares com valores
em torno de 105,6 e 0,71 respectivamente. Conclusão: Pelo fato de ser um modelo de isquemia renal unilateral, os valores de creatinina e uréia diferem, pois ocorre compensação da
função renal pelo rim contralateral. Houve melhora no aspecto morfológico dos rins do grupo
IR+MA quando comparados ao grupo IR.
Palavras Chaves: isquemia renal
TUBERCULOSE RENAL E DOENÇA RENAL CRÔNICA TERMINAL
NUBYHELIA MARIA NEGREIRO DE CARVALHO1, Neiberg A. Lima2,Leandro L. Carvalho1,
Irineu Moreno de Melo Sobrinho1,Pedro Ernesto B. Lima1, Itálita F. Linhares1,
Diego e Silva Almeida3, Carol C. Vasconcelos2, Pedro Henrique O. Filgueira2,
Meissa Kretzmann2, Ticiano A. S. Sindeaux2, Beni Feitosa Neto2, Geraldo B. Silva
Júnior1,2, Alexandre B. Libório2, Elizabeth F. Daher1,3
1 - CURSO DE MEDICINA, CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, UNIVERSDADE DE FORTALEZA. FORTALEZA, CEARÁ,
BRASIL
2 - SERVIÇO DE NEFROLOGIA, HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA. FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL
3 - DEPARTAMENTO DE MEDICINA CLÍNICA, FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ,
FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL
Introdução:A tuberculose (TB) renal é uma doença causada, na maioria dos casos, pelo M.
tuberculosis, mas outras bactérias também podem ser o agente causador. O objetivo deste
trabalho é mostrar um caso de TB renal evoluindo com doença renal crônica terminal. Relato
de caso:Paciente do sexo masculino, 33 anos, admitido na emergência com fadiga, anorexia,
vômitos, dispneia progressiva em repouso, ortopnéia, dispneia paroxística noturna e edema
crescente em membros inferiores (MMII) há 2 meses. Também referia historia de dor crônica
em flanco de intensidade fraca a moderada com inicio há 3 anos com irradiação para quadrante inferior do abdome. Referia ainda antecedentes de TB pulmonar tratada por 6 meses
há 2 anos e meio. Ao exame físico apresentava-se pálido (3+/4+), hipotrófico, pressão arterial
de 160x110mmHg. Apresentava ainda murmúrio sistólico pancardíaco (2+/6+), crepitação
difusa no tórax e edema em MMII (3+/4+). Exames complementares mostraram sorologia
negativa para hepatites virais e anti-HIV, Hb 4,6g/dL, Ht 14,5%, leucócitos 1140/mm³, plaquetas 261000/mm³, ureia 273mg/dL, Cr 13,6mg/dL, HCO3- 21mEq/L, Na 138mEq/L, K
5,5mEq/L, Ca total 7,1mg/dL, P 11,4mEq/L e PTH 1715mg/dL. Apresentava ainda oligúria
e a hemodiálise foi iniciada imediatamente. O exame de urina mostrou pH 6, leucócitos 1+,
proteína 4+, eritrócitos 3+ e urinocultura negativa para agentes piogênicos. Ultrassonografia
renal mostrou rim direito diminuído, rim esquerdo aumentado, nefrolitíase bilateral, hidronefrose esquerda com parênquima renal reduzido e cisto esquerdo com calcificações periféricas.
A tomografia computadorizada de abdome e tórax mostrou alterações compatíveis com TB.
Com hipótese de TB disseminada foram solicitados teste cutâneo (PPD) que obteve 10mm,
dez amostras de urina para cultura de micobactérias, broncoscopia com cultura do lavado
broncoalveolar e toracocentese com biopsia pleural. Todas as culturas apresentaram resultado negativo. Durante o acompanhamento, foi diagnosticado TB renal e pleural e o tratamento
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
foi iniciado com agentes tuberculoestáticos. O paciente deixou o hospital com seus sintomas controlados para concluir o tratamento durante 6 meses. Conclusão:Os sintomas foram
controlados com diálise e tratamento farmacológico específico para TB. A quimioterapia foi
instituída de acordo com as diretrizes brasileiras para o tratamento da TB. A TB renal é uma
complicação importante da TB pulmonar que pode evoluir para perda irreversível da função
renal.
Palavras Chaves: Tuberculose Renal, Tuberculose extrapulmonar
URIC ACID, INATE IMMUNE RECEPTORS AND THE Th1/Th2 BALANCE IN
RENAL FIBROSIS
Tarcio Teodoro Braga,MATHEUS CORRêA COSTA,Angela Castoldi,SilvaCunha C,Paulo Albe,Hyiane M I,Simone Teixeira,Katia Regina Perez,Iolanda
Cuccovia,Marcelo N Muscara,Giselle Gonçalves,Niels Olsen Saraiva Camara
Universidade de São Paulo
Introduction The chronic renal failure is an immune mediated disease characterized by renal
fibrosis. The injured tissue releases molecules, such as uric acid, resulting from extracellular
matrix degradation or dying cells, which can activate Toll-like receptors (TLRs), and leads to
translocation MyD88 in many cell types. This immune system modulation interferes in the
macrophage and TCD4+ cell activity, with the Th1/Th2 paradigm considered a possible effector mechanism of fibrosis. Objective We aimed to investigate the role of uric acid signaling
via TLR 2, TLR 4 and MyD88 and the function of M1/M2 macrophage in the development of
renal fibrosis. Methods We used the Unilateral Ureter Obstruction (UUO), where the animals
were sacrificed at seven days after the surgery. Some animals were treated with allopurinol,
a xanthine oxidase inhibitor. Proteinuria and uric acid levels were measured in wild-type
(C57Bl/6) and IL-12, IL-4, TLR2, TLR4 and MyD88 knockout (KO) mice. TGF-β Elisa assay
and hydroxyproline quantification of kidneys tissues were done. Macrophage culture was
supplemented with uric acid and Th1/Th2 cytokines was quantified by qPCR and Elisa assay.
Results UUO increases macrophage entrance in obstructed kidneys, as seen by flow cytometry. IL-12 KO mice presented higher levels of TGF-β compared to WT mice. Besides, TGF-β and
type 1 collagen mRNA was decreased in TLRs KO mice, compared to WT mice. Allopurinol
treated animals showed preserved renal function and decreased fibrosis formation. MyD88
KO mice showed a renal protection. Uric acid stimulated pro-fibrotic cytokines production by
macrophage in vitro. These data were corroborated by Sirius red staining and hydroxyproline
quantification. Conclusion Uric acid crystals are responsible to stimulate Th2 immune response, which leads to fibrosis. This suggests future therapeutic strategies against renal fibrosis
should be based on uric acid formation blockage and finally, in the Th1/Th2 balance. Support
CNPq and Fapesp
ANÁLISE HISTOLÓGICA RENAL EM CAMUNDONGOS SUBMETIDOS À
NEFRECTOMIA DE 5/6
Freitas FPS, Meyrelles SS, Vasquez EC, Gava AL
Universidade Federal do Espírito Santo, ES
INTRODUÇÃO: A insuficiência renal crônica (IRC) é uma doença grave resultante da perda da
filtração glomerular e está associada a diversas alterações estruturais renais. Experimentalmente, a IRC pode ser induzida através da nefrectomia de 5/6 (Nx), modelo amplamente utilizado, porém poucos trabalhos avaliam os animais na fase precoce da doença. Desta maneira,
torna-se importante a realização de estudos que analisem as modificações histológicas induzidas pela Nx na fase inicial da doença. OBJETIVOS: Avaliar as alterações histológicas renais
ocorridas nas fases iniciais da IRC induzida pela Nx. MATERIAIS E MÉTODOS: Camundongos
C57 machos foram submetidos à Nx ou cirurgia fictícia (Sham, n=8). Após 1 (Nx1s, n=8),
2 (Nx2s, n=8) ou 4 semanas (Nx4s, n=8) os animais foram sacrificados e o rim esquerdo
foi retirado para realização dos cortes histológicos, que foram corados com hematoxilinaeosina, tricrômico de Masson e ácido periódico de Schiff. Foram avaliadas a quantidade de
glomérulos por corte, fração de colágeno glomerular e tubulointersticial, fração de área mesangial e as áreas glomerular e tubular. Os dados estão expressos como média ± EPM. Para
análise estatística foi utilizada ANOVA 1 via, seguida pelo teste post hoc de Fisher. *p<0,05 e
**p<0,01 vs. sham. RESULTADOS: Houve redução na quantidade de glomérulos 1 (46±7**),
2 (51±4**) e 4 (57±8**) semanas após a Nx em comparação ao grupo Sham (142±8). A
área glomerular foi maior nos grupos Nx2s (2,8±0,2x103µm2*) e Nx4s (2,8±2,5x103µm2*)
sem diferenças entre Nx1s (2,6±2,8x103µm2) e Sham (2,1±0,8x103µm2). Comparado
ao Sham (13±0,2%), a expansão mesangial foi observada 1 (22±1,5%*), 2 (20±1,2%*)
e 4 semanas (23±2,1%*) após a Nx. O colágeno glomerular aumentou apenas no grupo Nx2s (40±2,2%*), sem diferenças entre Sham (31±1,7%), Nx1s (31±3,7%) e Nx4s
(36±1,5%). Não foram encontradas diferenças na área tubular (Sham: 1,8±0,2x103µm2;
Nx1s: 1,9±0,2x103µm2; Nx2s: 1,5±0,1x103µm2; Nx4s: 1,5±0,3x103µm2) e no colágeno
tubulointersticial (Sham: 24±2,1%; Nx1s: 23±3,3%; Nx2s: 30±10,7% e Nx4s: 24±3,1%).
CONCLUSÕES: Estes achados demonstram que nas fases iniciais já são encontradas alterações histológicas envolvidas no agravamento da IRC, as quais ocorrem prioritariamente nos
glomérulos. Estes dados são importantes pois podem auxiliar no desenvolvimento de novas
terapias a serem utilizadas em fases mais precoces da doença, retardando a sua progressão.
APOIO: CNPq, CAPES, FAPES, FACITEC
Palavras Chaves: Nefrectomia de 5/6, Histologia renal
Palavras Chaves: macrophage, uric acid
Fisiopatologia renal / Nefrologia
Experimental (NEFRETICO)
A ANGIOTENSINA-(1-7) TEM EFEITO OPOSTO AO DA ANGIOTENSINA II
SOBRE O TROCADOR Na+/H+ NO TÚBULO RENAL PROXIMAL CORTICAL
IN VIVO.
REGIANE CARDOSO CASTELO BRANCO, MARGARIDA DE MELLO AIRES
INSTITUTO DE CIêNCIAS BIOMéDICA (USP)
Introdução: o heptapeptídeo vasodilatador angiotensina-(1-7) [Ang 1-7], membro do sistema
renina-angiotensina, tem efeito antagonista da angiotensina II (Ang II) na vasculatura sistêmica. No túbulo proximal, a Ang II apresenta ação bifásica no Na+/H+, ou seja, em baixa
concentração estimula e em alta inibe o trocador, exibindo importante papel na regulação
do pH e do volume extracelular. Entretanto, apesar da demonstração de Ang 1-7 no tecido
renal, seu papel na regulação da função renal não é bem conhecido. Objetivo: determinar a
ação da Ang 1-7 sobre o Na+/H+ no túbulo proximal in vivo. Método: a ação da Ang 1-7
na reabsorção tubular de bicarbonato (JHCO3-), via Na+/H+, foi avaliada por microperfusão
estacionária do túbulo renal proximal cortical (segmento S2) de rato, utilizando microeletrodo
sensível a H+. Resultados: Na situação controle o JHCO3 é 2,84 ± 0,08 nmol.cm-2. s-1
[49/19 (n° de medidas/n° de túbulos)]. Ang 1-7 (10-12 ou 10-9 M) perfundida na luz tubular
diminui (P <0,01) o JHCO3- para, respectivamente, 1,80 ± 0,21 nmol.cm-2.s-1 (52/14) ou
1,11 ± 0,119 nmol.cm-2.s-1 (78/15). Porém, Ang 1-7 (10-6 M) aumenta o JHCO3- para 4,43
± 0,523 nmol.cm-2.s- 1 (80/21). O S3226 (10-6 M), um inibidor da isoforma NHE3 do Na+/
H+, perfundido sozinho na luz tubular diminui o JHCO3- em relação ao controle, mantém o
efeito inibidor da Ang 1-7 (10-9 M) e muda o efeito estimulador da Ang 1-7 (10-6 M) para
efeito inibidor; em conjunto, esses dados indicam que o efeito bifásico da Ang 1-7 sobre o
JHCO3- se dá via NHE3. O A779 (10-6 M), um antagonista do receptor Mas da Ang 1-7,
perfundido sozinho na luz tubular aumenta o JHCO3- em relação ao controle e abole tanto o
efeito inibidor (10-12 ou 10- 9 M) como o estimulador (10-6 M) da Ang 1-7 sobre o JHCO3-.
Conclusão: Os dados evidenciam que na situação controle há Ang 1-7 sistêmica na luz do
túbulo proximal cortical, diminuindo o JHCO3- via inibição da NHE3. A Ang 1-7 apresenta
um efeito dose-dependente, bifásico, sobre a NHE3, via receptor Mas, que atua ao contrário
do efeito bifásico sobre esse trocador descrito para a Ang II, via receptor AT1, nesse mesmo
segmento tubular. Assim, os resultados indicam que a interação desses dois hormônios no
trocador Na+/H+ pode representar relevante regulação fisiológica, em condições de variação
do volume e/ou do pH extracelular no animal intacto.
Palavras Chaves: ANGIOTENSINA-(1-7)
Artérias Renais Provenientes de Ratos Espontaneamente
Hipertensos (SHR) são Refratárias à Ação Vasodilatadora do
Peptídeo-1 Semelhante ao Glucagon
Fernanda de Alcântara Savignano, Bruna Piccolo Muniz Pacheco, Adriana
Castello Costa Girardi
Instituto do Coração, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo
O peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1) é um hormônio incretina que exerce uma
série de ações insulinotrópicas que contribuem para a manutenção da glicemia, constituindo,
portanto, um potencial alvo terapêutico para o tratamento do diabetes melittus tipo 2 (DM2).
Estudos reportados na literatura e conduzidos em nosso laboratório demonstraram que esta
incretina causa diurese e natriurese em animais normotensos por meio de mecanismos tubulares e hemodinâmicos. Ademais, observamos que o GLP-1 promove vasodilatação em anéis
isolados de artérias renais provenientes de ratos Wistar, sugerindo que tal peptídeo possa
modular a resistência do leito vascular renal. Curiosamente, ratos espontaneamente hipertensos (SHR), em fase de hipertensão estabelecida, são refratários ao efeito vasodilatador deste
peptídeo. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é verificar porque anéis de artéria renal provenientes de SHR adultos não respondem ao tratamento com GLP-1. Experimentos de Real
Time RT-PCR mostraram que o receptor de GLP-1 (GLP-1R) está expresso tanto no endotélio
quanto no músculo liso dos vasos. Contudo, notou-se que não há diferença estatisticamente
significante na expressão do GLP-1R em artérias renais de SHR quando comparados aos
Wistar. Observou-se também que a atividade e expressão da enzima dipeptidil peptidase
IV (DPPIV), responsável pela degradação do GLP-1, está significativamente aumentada em
artéria renal de SHR quando comparados aos Wistar. Ademais, observou-se que, embora não
haja diferença na concentração basal de adenosina 3’,5’-monofosfato cíclico (cAMP) entre
artérias renais de animais Wistar e SHR, o Wistar, diferente do SHR, possui aumento na concentração de cAMP na presença de 100 nM de GLP-1; e também que há uma diminuição na
concentração de cAMP de SHR que tiveram suas artérias renais incubadas com GLP-1 quando
comparados aos Wistar. Em conjunto, estes dados sugerem que o GLP-1 possui ação vasodilatadora em artéria renal de Wistar, possivelmente por atuar no músculo liso destes vasos, por
meio da ligação do GLP-1 ao seu receptor GLP-1R e ativação da via cAMP/PKA. Além disso,
animais SHR adultos não respondem ao efeito vasodilatador do GLP-1, possivelmente, devido
ao aumento da atividade e expressão da DPPIV em artéria renal, levando a uma maior degradação de GLP-1, e/ou uma alteração da via de sinalização correspondente ao acoplamento
do GLP-1 ao seu receptor.
Palavras Chaves: Peptídeo-1 Semelhante ao Glucagon, Leito Vascular
Renal
73
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
Atividade diurética e avaliação toxicológica do extrato
etanólico de Piper amalago (Piperaceae), em ratos Wistar
ANTONIO DA SILVA NOVAES1, JONAS DA SILVA MOTA2, MARCIO EDUARDO DE BARROS1
1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS
2 - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MATO GROSSO DO SUL
Introdução: Piper amalago, também conhecida como Jaborandi, é distribuída desde o México
até o Brasil, é usado para aliviar dores, agindo como antiinflamatório. Algumas plantas do
gênero Piper, como falso jaborandi, jaborandi, pariparoba, jaborandi anestesiol, são utilizadas na região de Dourados/MS como analgésicos, anestésicos, também para tratamento de
queimaduras, má digestão e diuréticos. Objetivos: A atividade diurética dessa planta ainda
não havia sido investigada cientificamente, portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar
o potencial efeito diurético do extrato etanólico de Piper amalago em ratos normais após a
administração oral aguda, assim como também averiguar o efeito tóxico. Materiais e Métodos: Ratos Wistar machos foram divididos em 6 grupos (n=5/por grupo). O grupo controle
negativo recebeu via oral água filtrada. No segundo grupo foi administrado o veículo. Nos
grupos testados, os animais receberam extrato etanólico de Piper amalago 125, 250 e 500
mg/kg respectivamente e o grupo controle positivo, recebeu furosemida (10mg/kg). Os animais foram alojados individualmente em gaiolas metabólicas e a urina foi quantificada em
intervalos de tempo até 24h após a administração da dose única. Para o ensaio de toxicidade
aguda, dois grupos com 3 ratas Wistar receberam dose única (2g/kg) do extrato etanólico
de Piper amalago. Imediatamente após a administração da dose, as ratas foram observadas
continuamente para evidenciar sinais tóxicos, durante 14 dias. No 15o dia, os animais foram
eutanasiados e os órgãos vitais foram retirados para avaliação histológica. Além disso, foi
coletado sangue para dosagens bioquímicas. Resultados e Conclusões: Após a administração
das doses da planta, o débito urinário foi significantemente maior após 24h em todas as concentrações, comparados ao grupo controle negativo e ao grupo veículo e, o volume total de
urina excretada foi semelhante entre o extrato na concentração de 500 mg/kg e o furosemida.
Nos testes de toxicidade, não foram evidenciadas nenhuma alteração. Os resultados sugerem
que o extrato etanólico de Piper amalago contém componentes responsáveis para atividade
diurética e que também o extrato não apresentou sinais de toxicidade nos animais.
Palavras Chaves: Piper amalago, atividade diurética
AVALIAÇÃO DO EFEITO DA N-ACETILCISTEÍNA E DO ESTRESSE OXIDATIVO
NO RIM DE RATOS UNINEFRECTOMIZADOS COM DIABETES MELLITUS
GUILHERME BAIA NOGUEIRA, ADELSON MARÇAL RODRIGUES, FABIANE ROMANO
MACIEL,GIOVANA RITA PUNARO, MARGARET GORI MOURO,ELISA MIEKO SUEMITSU HIGA
UNIFESP
INTRODUÇÃO: Diabetes mellitus (DM) induz a mudanças intra e extracelulares, com aumento
substancial de espécies reativas de oxigênio (ROS). As ROS causam danos na microvasculatura sistêmica e renal, o que poderia ser um dos mecanismos envolvidos na fisiopatologia da
nefropatia diabética. Estas também modulam outras substâncias como o óxido nítrico (NO),
um potente vasodilatador com papel importante na função renal. A N-acetilcisteína (NAC)
é um antioxidante muito utilizado para evitar lesão induzida por contraste renal. OBJETIVO:
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da NAC e do estresse oxidativo no rim de ratos
uninefrectomizados com DM. MATERIAL E MÉTODOS: Utilizamos 20 ratos machos Wistar
adultos que foram submetidos à nefrectomia unilateral (UNx) e outros não (controles, CTL).
O diabetes foi induzido em metade dos animais UNx, com estreptozotocina (60mg/kg, iv)
(DM+UNx) e os demais receberam o seu veículo (CTL+UNx). Metade dos animais CTL+UNx
e DM+UNx receberam suplementação com NAC (600mg/L de água, ad libitum). Portanto,
formaram-se cinco grupos (N=4 para todos): CTL, CTL+UNx, CTL+UNx+NAC, DM+UNx e
DM+UNx+NAC. Antes e depois de oito semanas com a NAC, foram coletadas amostras de
urina (24 horas) e sangue. Os dados foram expressos como média±EP, com análise one-way
ANOVA, com o pós-teste Tukey, sendo considerados estatisticamente significantes quando
P<0,05. RESULTADOS: DM+UNx comparado com CTL+UNx mostraram aumento dos níveis
de glicemia (427,5±30,7 vs 189,2±24,8) e função renal alterada, com aumento da creatinina
(2,0±0,1 vs 1,2±0,1) e uréia plasmática (70,9±4,7 vs 38,4±7,7) e da proteinúria (40,0±9,6
vs 15,3±0,9). DM+UNx apresentou aumento do TBARS (8,9±1,3 vs 3,2±0,1 e 517,2±44,0
vs 94,8±6,0) e redução do NO (54,9±9,1 vs 62,0±3,7 e 7,5±0,2 vs 10,5±1,6), tanto no
plasma quanto na urina, respectivamente. A suplementação de NAC em ratos DM reduziu a
proteinúria (16,2±3,9), creatinina plasmática (1,5±0,1) e uréia (60,7±2,3) e atenuação dos
níveis de TBARS, no plasma e na urina (3,3±0,4 e 351,6±26,7), bem como aumento do NO
no plasma (82,6±9,2), todos P<0,05. CONCLUSÃO: Nós demonstramos que em ratos diabéticos uninefrectomizados, a NAC atenuou a lesão renal, provavelmente devido a redução do
estresse oxidativo e/ou aumento da biodisponibilidade de NO, sugerindo que a NAC pode ser
útil no tratamento de pacientes diabéticos.
Palavras Chaves: ÓXIDO NÍTRICO, DIABETES MELLITUS
AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA ERITROPOETINA NA PROGRESSÃO DA
DOENÇA RENAL CRÔNICA EXPERIMENTAL
Carvalho FF, Teixeira VP, Almeida WS, Schor N
Universidade Federal de São Paulo
INTRODUÇÃO: A eritropoetina (EPO) tem sido utilizada principalmente para tratamento da
anemia causada por doença renal crônica. Recentes estudos demostram propriedades pleiotrópicas da EPO em diversos tecidos. O objetivo deste estudo é verificar a influência da EPO
na progressão da doença renal em modelo de doença renal crônica progressiva experimental.
Materiais e MéTODO: 12 ratos Wistar com peso entre 280 – 300 gramas foram submetidos a
74
nefrectomia de 5/6. Os animais foram divididos em 2 grupos (n=6): (NX) nefrectomizado sem
tratamento e (NX-EPO) nefrectomizado tratado com dose semanal de 250UI/kg/ip de eritropoetina. Os animais foram sacrificados 8 semanas pós-cirurgia. Os parâmetros basais e finais
avaliados foram: creatinina sérica, proteinúria, hematócrito, pressão arterial caudal. O índice
de esclerose glomerular foi determinado pela porcentagem média de glomérulos esclerosados
de um total de 200 glomérulos analisados por lâmina. O grau de fibrose túbulo-intersticial foi
determinado pela classificação de Banff. RESULTADOS: O grupo NX-EPO apresentou valores
menores de creatinina sérica (NX 1,6 ± 0,4 versus NX-EPO 0,8 ± 0,1; P≤0,001) e relação
proteína/creatinina urinária (NX 11,2 ± 6,0 versus NX-EPO 4,1 ± 2,2; P=0,021). Estudos preliminares sugerem um menor índice de esclerose glomerular (NX 33% versus NX-EPO 17%)
e fibrose túbulo-intersticial (NX grau III versus NX-EPO grau I) nos animais tratados com EPO.
Não houve diferenças significantes no hematócrito e pressão arterial entre os dois grupos.
CONCLUSÃO: O nosso estudo sugere um efeito benéfico da EPO no modelo nefrectomia 5/6
refletido pela atenuação da creatinina sérica e proteinúria, assim como tendência a um menor
índice de esclerose glomerular e fibrose túbulo-intersticial, independentemente dos efeitos
hematopoiéticos e pressão arterial.
Palavras Chaves: eritropoetina, proteinúria
AVALIAÇÃO DOS HORMÔNIOS SEXUAIS FEMININOS NA FUNÇÃO RENAL
DE CAMUNDONGOS HIPERCOLESTEROLÊMICOS
Freitas FPS,Carminatti RZ,Carneiro SS,Vasquez EC,Meyrelles SS,Gava AL
Universidade Federal do Espírito Santo, ES
INTRODUÇÃO: Os rins desempenham um papel de extrema importância na manutenção da
homeostasia corporal e o seu funcionamento normal pode ser afetado por várias doenças como
a hipercolesterolemia. Por outro lado, sabe-se que o estrogênio pode exercer um papel protetor
contra o desenvolvimento de doenças renais. Considerando-se, então, estas interações, torna-se
necessária a realização de estudos que visem um melhor esclarecimento da influência dos hormônios sexuais femininos e da hipercolesterolemia sobre a função renal. OBJETIVOS: Avaliar o
efeito dos hormônios sexuais femininos sobre a função renal de camundongos hipercolesterolêmicos. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram utilizados camundongos fêmeas normocolesterolêmicas
(C57, n=10), e hipercolesterolêmicas (ApoE, n=5), submetidas a cirurgia fictícia ou à castração
(C57 OVX, n=4 e ApoE OVX, n=4) com 3 meses de idade. Os animais foram alocados em
gaiolas metabólicas por um período inicial de adaptação de 24 horas, seguindo-se pelo período
experimental de 24 horas no qual a urina foi coletada para determinação do volume urinário
e dosagem de creatinina. Em seguida, o sangue foi retirado através do plexo retro-orbital para
dosagem de creatinina e o clearance de creatinina foi determinado. Os dados estão expressos
como média ± EPM. Para análise estatística foi utilizado ANOVA 2 vias seguido do post hoc de
fisher. *p<0,05 e **p<0,01. RESULTADOS: A creatinina plasmática mostrou-se aumentada no
grupo ApoE OVX (0,67±0,12mg/dL*) quando comparada com os grupos C57 (0,49±0,03mg/
dL), C57 OVX (0,43±0,04mg/dL) e ApoE (0,28±0,04mg/dL). A creatinina urinária foi menor no
ApoE OVX (38,4±10,3mg/dL**) quando comparada com o C57 (70,0±4,6mg/dL), sem diferenças entre os grupos C57, C57 OVX (49,7±4,9mg/dL) e ApoE (47,5±4,4mg/dL). Não houve
diferenças no volume urinário entre os grupos C57 (1,9±0,2mL), C57 OVX (1,8±0,3mL), ApoE
(1,6±0,4mL) e ApoE OVX (1,5±0,4mL). O clearance de creatinina esteve diminuído no ApoE
OVX (50,7±10,6µL/min*) quando comparado com os demais grupos (C57: 171,0±17,7µL/
min; C57 OVX: 134,9±6,1µL/min; ApoE: 200,2±34,1µL/min). CONCLUSÕES: Os dados obtidos
indicam que a função renal apresenta-se comprometida em camundongos ovariectomizados
e hipercolesterolêmicos. Isso provavelmente ocorre devido à ausência do efeito protetor do
estrogênio e ao papel deletério da hipercolesterolemia nos rins destes animais, promovendo
uma redução na filtração glomerular.
APOIO: CNPq, CAPES, FAPES, FACITEC
Palavras Chaves: Função renal, Hipercolesterolemia
Cafeína pode beneficiar a função renal de
hipercolesterolêmicos na infusão aguda de nicotina
ratos
Mariana dos Santos Silva, Marina Alonso Ferreira, Rubens Park, Eduardo Rissi
Silva, Fabíola Oshiro-Monreal, Claudia Maria Barros Helou
Hospital das Clínicas - Faculdade de Medicina USP, São Paulo
A nicotina age no sistema adrenérgico elevando a pressão arterial (PA) em ratos alimentados
com dieta padrão (N) ou com dieta enriquecida com colesterol 4% e ácido cólico 1% (H)
por 8 dias. Entretanto, a nicotina reduz a filtração glomerular (FG) em N e não modifica em
H e N denervados. Então, a perda da auto-regulação renal em H foi constatada: PA e fluxo
sanguíneo renal elevaram-se sem modificações da resistência vascular renal (Am J Nephrol
2009;30:377-382). Considerando que os fumantes consomem café, o objetivo deste estudo
é verificar o efeito da associação da cafeína com nicotina na PA e na FG em N e H. O clearance de inulina foi usado para medir a FG em N e H durante os períodos: basal e infusão
aguda de cafeína (25 mg/kg) associada ou não à nicotina (0,1 g/kg). Inicialmente, testou-se
apenas a infusão de cafeína e esta não modificou a PA e a FG em N (n=6) e H (n=7). Mas,
a infusão de cafeína associada à nicotina em N (n=8) não impediu a elevação da PA de 116
± 3 para 144 ± 10 mm Hg (p<0.05) e a redução da FG de 0,91 ± 0,03 para 0,69 ± 0,07
ml/min/100 g peso (p<0.05). Esses resultados corroboraram as observações acima descritas
sobre o efeito agudo da nicotina em N. Entretanto, a infusão de cafeína associada à nicotina
em H (n = 6) impediu a elevação da PA (basal = 116 ± 4 vs experimental = 126 ± 12 mm
Hg) e causou pequena, mas significativa diminuição da FG de 0,86 ± 0,04 para 0,75 ±
0,05 (p<0,05). Então, a ausência da elevação da PA em H pode ter impedido que a FG se
mantivesse inalterada nestes animais. Outra série de animais foi utilizada com o intuito de se
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
verificar o efeito do uso crônico da cafeína. Para isso, N (n = 6) e H (n = 6) receberam 0,1%
de cafeína dissolvida na água de beber por 8 dias. Neste estudo, não houve diferenças entre
N e H. A infusão aguda de nicotina causou a elevação da PA de 121 ± 3 para 154 ± 8 mm
Hg p<0,01 em N e de 113 ± 3 para 148 ± 6 mm Hg p<0,001 em H e a diminuição da FG de
0,93 ± 0,05 para 0,53 ± 0,05 ml/min/100 g p<0,001 em N e de 0,87 ± 0,06 para 0,50 ±
0,06 mm Hg p<0,001 em H. Portanto, a infusão aguda de cafeína associada à nicotina não
modificou os efeitos na PA e na FG em N. Mas, pode ter sido benéfica em H porque impediu
a elevação da PA apesar da discreta diminuição da FG. Entretanto, o uso crônico da cafeína
não confirmou estes achados. É possível que o efeito da cafeína possa ser dose-dependente
na situação da hipercolesterolemia.
Palavras Chaves: nicotina, cafeína
CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS MELHORAM A FUNÇÃO RENAL E
REDUZEM A HIPERTENSÃO ARTERIAL RENOVASCULAR EXPERIMENTAL
Elisabeth B Oliveira Sales,Edgar Maquigussa,Patrícia Semedo,Luciana
Guilhermino Pereira,Vanessa Meira Ferreira,Niels OS Câmara,Cassia Toledo
Bergamaschi,Rui Ribeiro Campos,Mirian Aparecida Boim
Universidade Federal de São Paulo
A hipertensão renovascular (2 Rins- 1 clipe), é um modelo renina-angiotensina (SRA) dependente e resulta na rarefação vascular e disfunção renal. O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos do tratamento de células tronco mesenquimais (CTM) sobre a pressão arterial,
a função renal e os componentes do SRA no rim clipado (2R-1C). Ratos Wistar machos foram
divididos em 4 grupos: Sham (n=5), Sham tratados com CTM (n=5), 2R-C (n=8) e 2R-1C
tratados (n=7). As CTM foram obtidas da medula óssea de fêmur e tíbias de ratos Wistar
e expandidas durante 7-15 dias. Após a caracterização por diferenciação (para adipócito e
osteócito) e por imunofenotipagem; as CTM foram marcadas com fluorescência (Qtracker)
e injetadas (2x105células/animal) na veia caudal na 3ª. e 5ª. semana após a clipagem da
artéria renal. Os animais foram sacrificados e os rins retirados após seis semanas da cirurgia
para indução de hipertensão. Foram avaliados a pressão arterial sistólica (PAS), clearance de
creatinina, proteinúria, sódio e potássio plasmáticos. Os níveis de angiotensinogênio (AGTN),
renina, ECA, receptores de Ang II (AT1 e AT2) foram determinados através do western blot
na medula do rim clipado. As CTM marcadas foram identificadas no córtex e medula do rim
clipado através de citometria de fluxo. O tratamento com CTM induziu redução significativamente na PAS (224±8 vs 173±6 mmHg). Houve aumento importante na proteinúria nos
animais do grupo 2R-1C (15±3 vs 80±19 mg/24h, p<0.05) a qual diminuiu significativamente após tratamento (48±8 mg/24h). Os níveis de AGTN, renina, ECA e AT-1 aumentaram
(49, 25, 30 and 43%, respectivamente) enquanto que o de AT2 diminuiu no rim clipado, os
quais foram normalizados após o tratamento com CTM. Além do efeito benéfico sobre a PAS,
a terapia com CTM suprimiu o SRA intrarenal, sugerindo que esta pode ser uma estratégia
em potencial para minimizar os efeitos renais da isquemia renal crônica como a induzida no
modelo 2R-1C.
Palavras Chaves: hipertensão, célula tronco mesenquimal
Efeito anti-hipertensivo do alpiste (Phalaris canariensis) em
ratos espontaneamente hipertensos: papel do triptofano
EFEITO CRÔNICO DA ANGIOTENSINA II SOBRE A HEMODINÂMICA E
FUNÇÃO RENAL.. *Ferreira-Figueiredo CSR e *Oliveira-Souza
M.*Universidade de São Paulo, São Paulo.
CLAUDIA FERREIRA DOS SANTOS RUIZ FIGUEIREDO,Maria Oliveira de Souza
Universidade de São Paulo, São Paulo
Introdução e objetivos: A angiotensina II (Ang II) é um importante regulador do balanço de
sódio e da pressão arterial (PA). No entanto, em níveis plasmáticos elevados por períodos
prolongados, a Ang II induz hipertensão e doenças renais. Assim, o objetivo desse estudo
foi avaliar a função renal de ratos tratados cronicamente com Ang II. Métodos: Ratos machos Wistar com 4 semanas de vida foram divididos em 2 grupos: cirurgia fictícia (Sham,
n = 7) ou hipertensos (n = 7). A hipertensão arterial foi induzida pela infusão de Ang II
(200 ng/kg/min) por 28 dias, utilizando minibombas osmóticas (Alzet). A PA foi monitorada
semanalmente por pletsmografia de cauda. Após o tratamento, animais sham ou tratados
foram submetidos aos estudos de função renal, incluindo o Fluxo Plasmático Renal (FPR) e
o Ritmo de Filtração Glomerular (RFG), avaliados pelo clearance de paraamino-hipurato de
sódio (PAH) e de inulina, respectivamente. Foram avaliados também os níveis de Na+ e K+, a
osmolaridade e pH do plasma e urina. Ao final de cada experimento, o animal foi perfundido
com tampão fosfato salina (PBS), um rim foi removido para análise da expressão proteica e
o outro fixado com formalina a 4% para análise histológica. Resultados: A Ang II na dose
utilizada induziu a hipertensão arterial [Sham: 111 ± 2,3 versus Ang II: 163 ± 3,6 mmHg, p <
0,0001]. Nessa condição, O FPR e o RFG foram reduzidos (em mEq/min/kg) [(Sham: 14,29 ±
0,56 vs Ang II: 7,05 ± 0,29, p<0,05) e (Sham: 8,46 ± 0,32 vs Ang II: 4,60 ± 0,35, p<0,05),
respectivamente]. A Ang II reduziu a carga excretada (CE) de Na+ e K+ (em mEq/min/kg)
[(Sham: 7,98 ± 1,70 vs Ang II: 3,25 ± 0,82, p < 0,05) e (Sham: 14,40 ± 2,20 vs Ang II: 11,44
± 2,0, p<0,05), respectivamente]. Os estudos de Western blot indicam que a expressão das
isoformas 1 e 3 do trocador Na+/H+ (NHE1 e NHE3 respectivamente) não foi alterada. NHE1
[Sham: 0,86 ± 0,13 vs Ang II: 0,88 ± 0,09], e NHE3 [Sham: 0,93 ± 0,12 vs Ang II: 1,07 ±
0,08]. Conclusões: Este estudo indica que a infusão crônica de Ang II induziu alterações na
hemodinâmica renal e na função tubular, mas não modificou a expressão de NHE1 e NHE3.
Os estudos morfológicos e de expressão de outros transportadores de Na+, receptores AT1 e
AT2, de mineralocorticoide (MR), nefrina e desmina estão em andamento e contribuirão para
o esclarecimento dos efeitos da Ang II sobre a função renal.
Apoio Financeiro: FAPESP e CNPq.
Palavras Chaves: Função renal, ANG II
EFEITO DA ADMINISTRAÇÃO DE RAÇÃO CONTAMINADA COM A
MICOTOXINA FUMOSINA B1 SOBRE PARÂMETROS URINÁRIOS DE RATOS
WISTAR ADULTOS
EDMARA APARECIDA BARONI, JADE CABESTRE VENANCIO, Nayra Thais D. Branquinho,
Samara Siqueira Emerich, Fernando Carlos de Souza, Maria Raquel Marçal
Natali
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGá
O alpiste (Phalaris canariensis -Pc) popularmente conhecido como um agente anti-hipertensivo tem sido utilizado como adjuvante aos tratamentos convencionais. Pc é rico em triptofano, que pode ser metabolizado pela via da quinurenina, um agente vasodilatador, através da
enzima indoleamina 2,3 dioxigenase (IDO). Os objetivos deste estudo foram avaliar o efeito
do extrato aquoso de Pc (EAPc) sobre a pressão arterial sistólica (PAS) e função renal de ratos
normotensos e espontaneamente hipertensos (SHR), assim como, avaliar se o tratamento com
EAPc seria capaz de impedir o desenvolvimento de hipertensão em SHR jovens administrando
o EAPc logo após o desmame quando os animais são normotensos. A participação da via
da quinurenina foi avaliada utilizando-se o EAPc na presença do inibidor da enzima IDO, o
1-metil-d-triptofano (1MT). Método: foram utilizados ratos machos adultos Wistar, SHR e
SHR jovens (3 semanas). Os animais foram divididos em grupos controle (recebendo água) e
tratados com EAPc (400 mg/ kg/dia, v.o.) por 30 dias (EAPc 30). Após este período o grupo
tratado foi dividido em dois sub-grupos: tratados por mais 30 dias (EAPc 60) e um grupo onde
o EAPc foi substituído por água durante 30 dias. A dose do EAPc foi previamente determinada
através do efeito agudo de doses crescentes sobre a PAM em ratos acordados e cateterizados,
na ausência ou presença do inibidor da IDO (200 e 50 mg/kg ip). Resultados: A administração
do EAPc por 60 dias propiciou uma redução significante na PAS (mmHg) em ambos os grupos
de animais adultos, Wistar (122±2 vs 103±4, p <0,05) e SHR (210±1 vs 171±1, p <0,05).
No entanto, a interrupção do tratamento foi seguida de um retorno gradual da PAS aos
níveis basais em ambos os grupos Wistar e SHR. O EAPC minimizou o aumento da PAS nos
SHR jovens comparado com os não tratados (148±4 vs 195±4, p<0,05). A interrupção do
tratamento resultou em aumento da PAS similar ao observado no grupo não tratado. O efeito
do EAPc foi abolido nos animais hipertensos que receberam concomitantemente o inibidor
da IDO (1MT). Não houve mudanças significantes nos parâmetros da função renal ou na
excreção urinária de sódio entre os grupos. Conclusão: O EAPc apresentou significante efeito
anti-hipertensivo provavelmente relacionado à ação relaxante vascular da quinurenina. Não
foi observado qualquer ação nefrotóxica do EAPc e portanto uso deste produto natural pode
ser útil como tratamento adjuvante da hipertensão.
Introdução: Fumosinas são micotoxinas produzidas por fungos do gênero Fusarium. Diversos
trabalhos demonstraram a contaminação de colheitas de milho por essa toxina. O milho é
uma importante base alimentar na dieta ocidental. Dentre as fumosinas, a fumosina B1 (FB-1)
é o contaminante mais abundante, sendo resistente a vários processos de industrialização.
Objetivo: Esse trabalho teve como objetivo analisar o efeito da administração de dieta contaminada com FB-1, nas doses de 2 mg e 6 mg/Kg de ração, sobre parâmetros urinários de
ratos Wistar adultos. Métodos: Os animais foram divididos em 3 grupos: G-1 (sem fumosina),
G-2 (2 mg de FB-1/Kg de ração) e G-3 (6 mg de FB-1/Kg de ração). E a dieta foi administrada
por quatro semanas. Após esse período, os animais foram colocados em gaiolas metabólicas
para análise da ingestão hídrica e do volume urinário. No dia do sacrifício, foi feita coleta do
sangue para análise da creatinina plasmática, que foi quantificada pela metodologia colorimétrica com o picrato alcalino. A osmolaridade urinária foi quantificada com uso do osmômetro (modelo VAPRO 5520) e a quantidade de Na+ e K+ na urina foi medida por fotometria
de chama. Resultados: Não observamos diferença significativa entre os grupos na creatinina
plasmática (G-1= 0,55 ± 0,04; G-2= 0,47 ± 0,04 mg/dL, p= 0,1174 e G-3 = 0,5 ± 0,03 mg/
dL p=0,1340) e na ingestão hídrica (G-1= 28 ± 3; G-2= 26 ± 6 mL/24h p=0,6216 e G-3=
28 ± 13 mL/24h p=0,9881). No entanto, em ambos os grupos que receberam a toxina, houve
diminuição significativa no volume urinário (G-1 = 25 ± 3; G-2= 15 ± 3 mL/24h p= 0,0039
e G-3 =18 ± 5 mL/24h p=0,0137) e aumento significativo na osmolaridade urinária (G-1=
388 ± 97; G-2= 732 ± 136 mMol/L p= 0,0059 e G-3= 673 ±108 mMol/L p= 0,0052) e na
excreção urinária de K+ (G-1 = 47 ± 14; G-2= 72 ± 3 mEq/L p= 0,0179 e G-3 = 68 ± 6
mEq/L p= 0,0414). Foi observado aumento na excreção urinária de sódio apenas no grupo
que recebeu 6 mg de FB-1/Kg de ração (G-1 = 31 ± 10 e G-3 = 47 ± 6 mEq/L p= 0,0289).
Conclusão: A ingestão de dieta contaminada com FB-1 (nas doses de 2 mg e 6 mg/Kg de
ração) por quatro semanas, provocou aumento da osmolaridade urinária em ratos Wistar
adultos. Esse aumento esteve relacionado com a diminuição no volume urinário e aumento
na excreção do K+. A ingestão de dieta contaminada com 2mg/ Kg de FB-1 não alterou a
excreção de Na+, porém a de 6 mg/Kg provocou aumento significativo na excreção urinária
desse íon.
Palavras Chaves: Anti-hipertensivo, Alpiste_P canariensis
Palavras Chaves: Fumosina B1, Parâmetros Urinários
PASSOS CS, Carvalho LN, Ginoza M, Ikuta O, Campos Jr RR, Boim MA
Disciplina de Nefrologia - Universidade Federal de São Paulo, São Paulo
75
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
Efeito da hiperleptinemia experimental na função renal de
ratos
Maria Oliveira de Souza, Karina Thieme
INSTITUTO DE CIêNCIAS BIOMéDICAS - ICB/USP
Introdução e Objetivo: Estudos apontam para uma importante participação da leptina no
processo de hipertensão arterial relacionada à obesidade e não apenas como um hormônio
anti-obesidade. Ela exerce seus efeitos no rim direta e indiretamente. Assim, o objetivo deste
estudo é avaliar os efeitos da hiperleptinemia experimental num período de 7 dias, sobre a
pressão arterial (PA), função e morfologia renal e expressão de proteínas renais em ratos.
Métodos: Ratos machos Wistar, com 40 dias de vida foram divididos em 3 grupos: sham (n
= 6; com operação fictícia), tratados com leptina (n= 8; infusão subcutânea por mini-bomba
osmótica na dose de 0.5mg/kg/dia) e tratados com leptina e losartan (n=4; losartan na dose
de 10mg/kg/dia por injeção s.c.). A PA foi avaliada por pletismografia de cauda. No 8º dia, os
ratos foram anestesiados e submetidos ao experimento de clearance renal. As concentrações
urinárias de Na+, K+ e amônio foram analisadas. Resultados: O tratamento com leptina
aumentou a PA final (sham: 105,8 ± 0,66 vs leptina: 118,0 ± 1,528 mmHg; *p<0.0001) e o
tratamento com losartan diminuiu este parâmetro. Nossos resultados preliminares demonstram que o tratamento com leptina induziu um aumento no fluxo plasmático renal (FPR) e
o tratamento com losartan não foi capaz de normalizar este parâmetro (sham: 3,99 ± 0,72;
leptina: 10,24 ± 1,16; losartan 6,88 ± 0,96 ml/min/kg *p<0.01). Não houve alteração no
ritmo de filtração glomerular (RFG) no tratamento com leptina (sham: 8,22 ± 0,58 vs leptina:
9,20 ± 0,79 ml/min/kg), no entanto o tratamento com losartan levou a uma queda neste
parâmetro (4.75 ± 0.71 ml/min/kg *p<0.001). O fluxo urinário foi reduzido em ambos os
grupos tratados (sham: 0,26 ± 0,02; leptina: 0,19 ± 0,01; losartan 0,19 ± 0,012 ml/min/
kg; *p<0.001). A excreção de amônio foi reduzida no tratamento com leptina (sham: 2,23
± 0,14 vs leptina: 1,46 ± 0,13; *p<0.001) e normalizada com o losartan (2,02 ± 0,17). A
carga excretada de Na+ foi diminuída após os tratamentos (sham: 21,18 ± 2,72; leptina:
8,21 ± 1,47; losartan 11,21 ± 0,71 mmol/min/kg; *p<0.05). Já a de K+ diminuiu apenas no
tratamento com losartan (sham: 13,07 ± 1,29; leptina: 11,09 ± 0,71; losartan: 5,78 ± 1,09
mmol/min/kg; *p<0.01). Discussão: O aumento no FPR sugere que a leptina reduz a resistência vascular renal. Apesar da manutenção do RFG, a redução na excreção de íons indica que a
leptina pode estar atuando sobre a reabsorção tubular. Suporte: Fapesp e CNPq.
Palavras Chaves: Função Renal, Hiperleptinemia Experimental
Efeito da variação do conteúdo de K+ na dieta sobre a
expressão de AT1R, ATRAP
NERI EA, PERUZZETTO MC, REBOUÇAS NA
Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo, São Paulo
O K+ participa de várias funções importantes no organismo, como na atividade cardíaca,
resistência vascular, atividade neuromuscular, manutenção do volume celular e regulação
do pH intracelular. O mecanismo mais importante para a homeostase de potássio (K+)é a
modulação da excreção renal de K+ frente a flutuações na ingesta deste íon. O objetivo
deste trabalho foi analisar a função renal e a variação do nível de expressão das proteínas
ATRAP (proteína associada ao receptor de angiotensina II) e do receptor de angiotensina II
(AT1R) frente à variação do conteúdo de K+ na dieta. Ratos Wistar machos foram divididos
em 3 grupos de tratamento por 7 dias: grupo 1) conteúdo de K+ normal, 2) sobrecarga de
K+ (9%) e 3) depleção de K+. No 6º dia os animais foram colocados em gaiolas metabólicas
por 24 hrs para coleta da urina. No 7º dia os ratos foram sacrificados e realizados a extração
de proteínas totais, membranas totais e extrato nuclear de córtex renal e submetidos a “western/imunobloting” com os anticorpos anti-AT1R e ATRAP. Nos animais com depleção de K+
observamos uma redução no ganho de peso corporal em torno de 59% (n=7) (45.00±2.01 vs
20.75±3.87), hipertrofia renal por volta de 26% (n=6), poliúria acentuada e redução de 83%
na Fração de Excreção (FE) de Na+ e de 99% na FE de K+ (22,02±2.86 vs 0,2582±0,02) vs
grupo controle. No grupo com sobrecarga de K+ observamos aumento do Ritmo de Filtração
Glomerular (RFG) em torno de 40% (n=8) (0.87±0.06 vs 1.22±0.12) e aumento da osmolaridade urinária em 15% (n=12) (857,4±51,97 vs 984,1±112,7). Na avaliação do nível de
expressão das proteínas, notamos redução da expressão de ATRAP em proteínas totais (23%)
e membranas totais (16%) no grupo com sobrecarga de K+. No grupo com depleção de K+,
observamos aumento de ATRAP em proteínas totais (7%) e membranas totais (106%). Ao
analisarmos AT1R na fração nuclear, observamos redução no grupo com sobrecarga de K+
em torno de 83% e aumento de 71% no grupo com depleção. Embora nossos dados ainda
sejam preliminares, foi possível observar que a variação na ingesta de K+ modifica significativamente a expressão de AT1R e da proteína ATRAP, podendo interferir significativamente com
a sinalização decorrente da ligação de angiotensina II ao seu receptor.
Palavras Chaves: Hipokalemia ,Hiperkalemia
Efeito de células-tronco mesenquimais(CTMs)ou seu meio
de cultura condicionado(MCC)na obstrução ureteral
unilateral(UUO)em ratas.
ANDREI FURLAN DA SILVA,NESTOR SCHOR,VICENTE DE PAULO CASTRO TEIXEIRA
UNIFESP
Introdução: Muito tem se descoberto sobre o potencial terapêutico das CTMs ou o seu MCC.
Sabe-se da sua capacidade em reparar tecidos e em diminuir a inflamação local. É sabido
76
que a inflamação do compartimento túbulointersticial renal pode levar o orgão a desenvolver
lesão crônica, acarretando fibrose total. Um modelo de fibrose renal é a UUO. No presente estudo avaliamos alguns fatores influenciados pela administração das CTMs ou seu MCC. Objetivos: Avaliar efeito das CTMs ou do seu MCC na UUO em ratas. Métodos: CTMs extraídas da
medula óssea de ratos Wistar foram cultivadas in vitro e caracterizadas por citometria de fluxo
e diferenciação celular. Quatro grupos de ratas Wistar foram usados nos experimentos in vivo
(n=7): SHAM, UUO (obstrução ureteral unilateral), MSC (obstrução + CTMs) e MC (obstrução
+ MCC). As células, ou seu MCC, foram administradas via veia cava abdominal logo após a
ligadura total do ureter. Após 7 dias os animais foram sacrificados e tiveram soro e rim obstruído coletados. A análise da função renal foi avaliada pela concentração de creatinina sérica
e a fibrose foi avaliada pela deposição de colágeno visualizada na coloração por Picro Sirius
Red. Resultados:Verificamos melhora significativa na função renal dos animais obstruídos
tratados com CTMs (MSC 0.78±0.18 vs UUO 1.07±0.10, p<0.05) e MCC (MC 0.85±0.04 vs
UUO 1.07±0.10, p<0.5). Também avaliamos melhora significativa na progressão da fibrose
dos animais obstruídos tratados com CTMs (MSC 0.12±0.07 vs UUO 1.19±0.31, p<0.0001)
e MCC (MC 0.18±0.08 vs UUO 1.19±0.31, p<0.0001). Conclusão: Os resultados sugerem
que tanto a administração i.v. das CTMs quanto do seu MCC melhoram a função renal e a
progressão da fibrose em ratas Wistar submetidas à obstrução ureteral unilateral sugerindo
potencialidade no tratamento desta situação fisiopatológica com evolução para perda renal.
Palavras Chaves: CÉLULAS-TRONCO, FIBROSE
EFEITOS BENEFICOS DA DENERVAÇÃO SIMPÁTICA RENAL SOBRE A
FUNÇÃO RENAL E PRESSÃO ARTERIAL DA PROLE DE RATAS DIABETICAS
Aline Fernanda de Almeida Chaves Rodrigues, Ingrid Lauren Brites de Lima,
Gerhadus Hermanus Maria Schoorlemmer, Guiomar Nascimento Gomes
Departamento de Fisiologia, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SãO PAULO
Introdução: A hiperglicemia durante o desenvolvimento embrionário ocasiona hipertensão
arterial e disfunção renal na prole em idade adulta. Objetivo: Avaliar o efeito da denervação
simpática renal sobre a pressão arterial e a função renal dos filhotes de mães diabéticas.
Métodos: Foram estudados filhotes de ratas Wistar controle divididos em dois grupos: sham
(FCS) e denervado (FCDn) e filhotes de ratas induzidas ao diabetes mellitus pela administração de streptozotocina (60mg/kg.ip). Os filhotes de mães diabéticas também foram divididos em grupo: sham (FDS) e grupo denervado (FDDn). A partir de 2 meses de idade foram
aferidas as pressões arteriais (PA) e aos 3 meses os animais foram submetidos à cirurgia de
denervação renal ou a manipulação do pedículo renal. 14 dias após as cirurgias avaliamos
novamente as PAs e estudamos os parâmetros de função renal: fluxo urinário, ritmo de filtração glomerular (RFG), fluxo plasmático renal (FPR), fração de excreção de Na+ (FeNa+) e de
K+ (FeK+). A confirmação da denervação renal foi feita por imunoistoquímica com anticorpo
anti-tirosina hidroxilase (TH). Valores expressos como médias ± ep; teste estatístico: ANOVA
e Bonferroni, p<0,05. Resultados: A presença de TH ao redor de vasos e no pedículo renal foi
notada em FCS e FDS. A ausência de marcação em FCDn e FDDn confirma a eficácia da denervação nestes grupos. Após as cirurgias, houve redução significativa da PA no grupo FDDn em
comparação com FDS. Não houve alterações nos valores de PA nos grupos FCS e FCDn [FCS:
117,7±1,3; FCDn: 117,8±0,1; FDS: 141,2±0,9; FDDn: 114,0±1,3mmHg]. Em FDS, houve
redução no fluxo urinário, do RFG e da FeNa+, quando comparado a FCS; já no grupo FDDn
houve normalização destes parâmetros [Fluxo urinário: FCS: 0,12±0,01; FCDn: 0,13±0,01;
FDS: 0,096±0,01; FDDn: 0,12±0,01 ml/min/kg]; [RFG: FCS: 6,6±0,2; FCDn: 6,8±0,1; FDS:
5,6±0,1; FDDn: 6,4±0,3ml/min/kg] [FeNa+: FCS: 1,1±0,06; FCDn: 1,3±0,09; FDS: 0,7±0,04;
FDDn: 1,4±0,1 %]. Não foram observadas alterações significativas na FeK+ e no FPR.
Conclusões: Os resultados sugerem que a ativação simpática renal contribui para o desenvolvimento da hipertensão arterial, sendo a denervação renal capaz de promover a normalização
da PA e dos parâmetros de função renal neste modelo experimental.
Apoio Financeiro: CAPES
Efeitos da Benfotiamina sobre as EPCs na Disfunção Endotelial
secundária ao Diabetes Mellitus tipo 2 em modelo animal
GUILHERME EIICHI DA SILVA, Clévia S Passos, Clara Versolato Razsvickas, Luciana
Teixeira, Agostinho Tavares, Nestor Schor, Waldemar Silva Almeida
UNIFESP
Introdução: Dentre as complicações causadas pelo Diabetes Mellitus (DM), uma das mais
importantes é a nefropatia diabética, responsável por aproximadamente 25% dos pacientes
renais crônicos em diálise no Brasil. O DM tipo 2, o mais prevalente, é caracterizado pela
intolerância à glicose e resistência insulínica. Um modelo animal para estudo do DM tipo
2 consagrado na literatura é a linhagem Zucker Diabetic Fatty (ZDF), que apresenta uma
mutação autossômica recessiva no gene do receptor da leptina, resultando em obesidade,
intolerância à glicose, resistência insulínica e hiperlipidemia. Na literatura é sugerido que
esses animais desenvolvem nefropatia diabética a partir da 40ª semana. Estudos em animais
sugerem que o uso da benfotiamina, um derivado anfifílico da vitamina B1 de maior absorção
intestinal, promove melhora na retinopatia, neuropatia e nefropatia diabética, por inibir os
efeitos adversos da hiperglicemia. Além disso, estudos indicam que essa substância mobiliza
Células Endoteliais Progenitoras (EPCs). Objetivos: Pretendeu-se, em um primeiro momento,
estudar as alterações da linhagem Zucker através de parâmetros como peso e glicemia capilar
em um intervalo de tempo e avaliar as dosagens de uréia, creatinina e proteinúria na idade
de 44 semanas. Materiais e Métodos: Foram estudados 10 ratos da linhagem ZDF, machos,
com idade inicial de 24 semanas. Foi realizada a pesagem e glicemia capilar dos animais. Foi
colhida a urina de 24 horas em gaiola metabólica para dosagem de proteinúria e creatinina
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
urinária. Foram colhidas amostras de sangue através do plexo venoso retro-orbitário para
dosagem de creatinina, e identificação/quantificação posterior de EPCs através da citometria
de fluxo. Resultados: O peso dos animais apresentou aumento significativo durante o período
estudado, atingindo a média de 777,06 g. Foram observados níveis elevados e sustentados
de glicemia nas idades de 24, 25 e 44 semanas.A creatinina plasmática do grupo ZDF não
apresentou diferença estatística relevante em relação ao grupo controle (p = 0, 287). A razão
entre a proteinúria e a creatinina urinária do grupo ZDF apresentou uma diferença significativa em relação ao grupo controle (p < 0, 001). Na próxima etapa avaliaremos o grupo
tratado com benfotiamina, bem como o seu efeito sobre as EPCs. Conclusão: Nossos dados
preliminares confirmam a resistência insulínica, diabetes mellitus tipo 2 e a lesão endotelial
glomerular nesses animais a partir da 40ª semana de vida.
Palavras Chaves: nefropatia diabética, benfotiamina
Efeitos da ingestão de probiótico sobre a função renal e o
estresse oxidativo em ratos diabéticos
FABIANE
ROMANO
MACIEL,GIOVANA
RITA
PUNARO,ADELSON
MARÇAL
RODRIGUES,CRISTINA STUART BITTENCOURT BOGSAN,MARCELO MACEDO ROGERO,MARICÊ
NOGUEIRA DE OLIVEIRA,ELISA MIEKO SUEMITSU HIGA
UNIFESP
INTRODUÇÃO: Probióticos são definidos como microrganismos vivos que administrados em
quantidades adequadas podem conferir benefício à saúde, talvez por interagir com o sistema
antioxidante. Estudos anteriores em nosso Laboratório mostraram que após 8 semanas de
indução do diabetes melittus (DM) o tratamento com probiótico reduziu o estresse oxidativo e
aumentou o óxido nítrico (NO), sem mudanças significativas sobre a função renal. OBJETIVO:
Avaliar os efeitos da ingestão precoce de probiótico sobre a função renal e o estresse oxidativo em ratos diabéticos. MATERIAL E MÉTODOS: DM foi induzido em ratos Wistar machos
adultos, com estreptozotocina (45mg/kg, iv). Os animais receberam probiótico (P) ou seu
veículo 1,8 mL/dia por gavagem, com início do 5º dia após indução do DM, durante 8 semanas, sendo distribuídos em 4 grupos (n=4 cada): CTL; CTLP; DM e DMP. Antes e depois do
tratamento, foi coletada urina de 24 horas para determinar as substâncias reativas ao ácido
tiobarbitúrico (TBARS) (nmol/24h), NO (µmol/24h) e proteinúria (mg/24h) e o plasma foi
obtido para a dosagem de uréia (mg/dL). Os resultados são apresentados como média ±EP,
analisados por one way ANOVA, com pós-teste de Newman–Keuls, sendo considerados estatisticamente significantes quando P<0,05. RESULTADOS: DM x CTL apresentaram aumento
de TBARS (293±19 x 81±2), proteinúria (32 ±8 x 9±0,7) e uréia plasmática (61±8 x 32±2)
e redução do NO urinário (4±3 x 23±2); todos com P<0,05. Após tratamento com probiótico,
no grupo DM houve redução das concentrações de TBARS (247±17), proteinúria (16±2) e
uréia plasmática (47±3), com aumento dos níveis de NO (32±5), todos com P<0,05. Alguns
estudos sugerem a participação do estresse oxidativo e do NO na fisiopatologia da nefropatia
diabética. Neste estudo, TBARS, um indicador de peroxidação lipídica, estava aumentado e
NO estava reduzido no grupo DM. O uso de probiótico atenuou estes efeitos e, ao mesmo
tempo, reduziu a concentração de uréia plasmática nestes animais. CONCLUSÃO: Nosso estudo sugere que a utilização precoce de probiótico pode proteger contra os efeitos deletérios
do DM nos rins, controlando o estresse oxidativo e recuperando os níveis de NO.
Palavras Chaves: ÓXIDO NÍTRICO, DIABETES
Efeitos Renais e Cardiovasculares da Eletroacupuntura na
Progressão da Doença Renal Experimental em Ratos
JOSNE CARLA PATERNO,Cássia T Bergamaschi,Ruy R Campos,Elisa MS Higa,Maria
Fernanda Soares,Nestor Schor,Anaflávia O Freire,Vicente de Paulo Castro
Teixeira
UNIFESP-EPM
Introdução: A progressão da doença renal (PDR) é o processo pelo quais diversas doenças
acarretam um declínio persistente e irreversível da função renal até a fase de Insuficiência
Renal Crônica Terminal. A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) apresenta conceitos diferenciados de fisiologia, propedêutica e tratamento. Neste contexto a acupuntura, uma técnica de
estimulação sensorial e periférica, utiliza as propriedades integradas do sistema nervoso para
realizar a função terapêutica, sendo explicada à luz da neuroanatomia e da neurofisiologia.
Objetivo: Investigar os efeitos renais e cardiovasculares da eletroacupuntura (EA) nos pontos
E-36 (Zusanli) e R-3 (Taixi) associada com a moxabustão (MO) no ponto B-23 (Senshu) sobre
a doença renal progressiva instalada no modelo de nefrectomia 5/6. Método: Ratos Wistar
machos, nefrectomia de 5/6; controle da pressão arterial; dosagens bioquímicas, análise indireta de óxido nítrico (NO), frequência cardíaca, análise da atividade nervosa simpática renal
(ANSR), estudo histopatológico e análise estatística. Os animais foram divididos em 3 grupos
experimentais: 1-Normal: animais normais; NX: animais submetidos nefrectomia de 5/6 ;
2-NX-AS: animais submetidos nefrectomia de 5/6 e a EA e MO em pontos não verdadeiros
de acupuntura; 3-NX-AM animais submetidos nefrectomia de 5/6 e a EA nos pontos E-36
(Zusanli) e R-3 (Taixi) associada com MO no ponto B-23 (Senshu). Resultados: Ao final dos
experimentos, os animais do grupo NX-AM apresentaram os seguintes parâmetros com diferença estatisticamente significante em relação aos outros grupos: menor valor de creatinina
sérica, menor proteinúria de 24 horas, menor valor de pressão arterial média, menor valor de
ANSR, aumento do valor de NO sérico e renal, menor índice de glomeruloesclerose e menor
escore de lesão túbulo-intersticial. Conclusão: A EA nos pontos E-36 (Zusanli) e R-3 (Taixi) e
MO no ponto B-23 (Senshu) têm um efeitobenéfico sobre a PDR no modelo experimental de
nefrectomia de 5/6, demonstrados pelos melhores parâmetros funcionais, entre os quais, a
menor pressão arterial sistêmica e diminuição da proteinúria. Tais efeitos podem, em parte,
ser devidos à redução da ANSR, aumento do NO sérico e a manutenção da integridade do
espaço túbulo-intersticial.
Palavras Chaves: progressão da doença renal, hipertensão arterial
sistêmica
ESTUDO DO POTENCIAL DE REPARAÇÃO PELAS CÉLULAS TRONCO
MESENQUIMAIS (CTMS) NA SEPSE INDUZIDA POR E.COLI EM RATAS
Christo JS1, Alencar DR1, Tânia ATG2, Reis LA1, Simões MDJ3, Garcia JS1, Schor N1
1 - DEPARTAMENTO DE MEDICINA, UNIFESP EPM
2 - DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA, UNIFESP EPM
3 - DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA, UNIESP EPM
INTRODUÇÃO: A CTM tem habilidade em renovação de diversos tipos celulares. O potencial
das CTMs são significantes e seu mecanismo de ação pode ser decorrentes da modulação
parácrina. Como a sepse envolve vários moduladores humorais elas potencialmente poderiam interferir na sua evolução minimizando o impacto na função renal. OBJETIVO: Avaliamos
o potencial efeito de reparação celular e ou modulação CTMs na sepse induzida por E.coli
em ratas. MATERIAL E MÉTODOS: As CTMs foram coletadas da tíbia e fêmur de ratos adultos
Wistar machos. Em experimentos anteriores, as CTMs foram caracterizadas por citometria
de fluxo e também diferenciadas em osteócitos e adipócitos. Em seguida, as ratas Wistar
fêmeas receberam E.coli intra-renal, em ambos os rins, em uma dose de 109 e após 24 horas
através de múltipla punções, Os animais receberam 1X106 de CTM em 200μl de PBS via veia
caudal em seguida das punções. A função renal foi avaliada após 24,48 e 72 horas. Ao final
do protocolo foram coletadas amostras de sangue e urina para a determinação da creatinina,
uréia, Os resultados foram expressos como média ± EP; e analisados pelo método One-Way
ANOVA, sendo consideados significantes quando P< 0,05. RESULTADOS: Após 24 horas observamos aumento significante (P<0,05) dos níveis de creatinina (1,3 ± 0,1 vs. 0,9±0,1 mg/
dl) e uréia (92,1± 0,2 vs. 40,6±0,1 mg/dl) séricas nos animais que receberam E.coli quando
comparados aos animais do grupo CTL, respectivamente. Um significante (P<0,05) efeito
protetor foi observado após 24 hs (0,8±0,3 e 76,1±0,1 mg/dl,respectivamente creatinina e
uréia), 48 hs (0,9±0,2 e 46,5±0,2 mg/dl) e após 72 hs redução apenas da uréia (1,0±0,2
e 58,0±0,1 mg/dl). CONCLUSÃO: Os resultados preliminares indicam um importante efeito
protetor das CTMs neste modelo de sepse porém com possível reversibilidade do seu efeito
após 72 hs, sugerindo necessidade de múltiplas aplicações das CTMs nesta importante forma
de sepse induzida. Mas, apesar de possível efeito tempo dependente das CTMs neste modelo,
o significante impacto na função renal abre perspectivas de seu emprego nesta situação patológica de elevada morbi-mortalidade. Esses dados sugerem um possível efeito de reparação
das CTMs em nosso modelo de sepse.
Palavras Chaves: células tronco,sepse
EVIDÊNCIA PRECOCE DE INFLAMAÇÃO RENAL EM PROLE DE MÃES
DIABÉTICAS E SEUS EFEITOS EM LONGO PRAZO
MATHEUS CORREA-COSTA, MARISTELLA ALMEIDA LANDGRAF, MARIA DE FÁTIMA CAVANAL,
APARECIDA EMIKO HIRATA, NIELS OLSEN SARAIVA CAMARA, FRIDA ZALADEK GIL
Universidade de São Paulo
Introdução: O modelo de programação fetal de doenças adultas reflete o conceito de que
o microambiente em que o feto se desenvolve pode ser crucial para o desenvolvimento de
doenças na vida adulta. O diabetes durante a gestação está associado a doenças adultas
crônicas, como hipertensão arterial sistêmica. Além disso, sabe-se que a resposta imune está
intimamente relacionada com o desenvolvimento da hipertensão, especialmente pela presença de moléculas pró-inflamatórias. A administração de L-arginina pode atenuar esse processo
inflamatório. O objetivo desse estudo foi investigar se existe uma modulação precoce de
citocinas pró-inflamatórias em proles de mães diabéticas, que em último estágio terão uma
disfunção renal e hipertensão, bem como avaliar se a administração de L-arg promoveria uma
proteção nesse modelo. Materiais e métodos: Ratos Wistar machos com idade de 2 e 6 meses
foram divididos em 4 grupos: controle (CO), filhos de mães diabéticas (DO), controle que receberam L-arg (CL) e filhos de mães diabéticas que receberam L-arg (DL). Foi feita aferição da
pressão arterial, avaliação da função renal, mensuração histológica, dosagem de triglicérides,
teste de resistência à insulina, e realizado RT-PCR para citocinas pró-inflamatórias e também
analisada a expressão protéica no tecido renal de moléculas pró-inflamatórias. Resultados:
Nos animais com 2 meses não foi observada diferença em relação à pressão arterial e na
avaliação da função renal, como clearance de inulina e ritmo de filtração glomerular. Entretanto, a expressão gênica e protéica de moléculas pró-inflamatórias foi maior nos animais
DO, situação não verificada nos animais tratados com L-arg. Porém, nos animais com 6 meses
de idade já se verifica um aumento da pressão arterial e maior disfunção renal no grupo DO
quando comparados com os demais grupos. Além disso, há um aumento significativo das
expressões gênicas e protéicas de moléculas pró-inflamatórias no grupo DO. Esse mesmo
grupo apresentou maior resistência à insulina e dislipidemia. Além disso, o tratamento com
L-arg parece conseguir modular essa resposta inflamatória, evidenciado através da proteção
nos diversos parâmetros analisados. Conclusão: Os resultados sugerem que a inflamação está
presente muito precocemente após o nascimento no grupo DO e que esse processo se torna
cada vez mais evidente com o avanço da idade. Tal situação pode predizer o desenvolvimento
futuro de hipertensão e doenças renais nesses animais.
Palavras Chaves: programação fetal de doenças adultas, inflamação
renal
77
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
EXPRESSÃO DE TOLL-4 E HEME OXIGENASE-1 VIA INDUÇÃO POR LPS E
HEMIN EM CÉLULA TUBULAR HUMANA IMORTALIZADA
MILTON ROCHA MORAES, FÁBIA A SALVADOR, PATRÍCIA SEMEDO, FLAVIO B CARRASCO,
DANILO CANDIDO DE ALMEIDA, MARCOS ANTÔNIO CENEDEZE, CLARICE SILVA TAEMI
ORIGASSA, ELIANA NOGUEIRA, ALVARO PACHECO-SILVA, NIELS OLSEN SARAIVA CÂMARA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
Introdução: A expressão de Heme Oxigenase-1 (HO-1) e Toll-Like Receptor-4 (TLR-4) representam um elo evolutivo entre as respostas imunes inatas e adaptativas, tendo um papel
importante na imunofisiologia renal. O aumento da expressão da HO-1 pode reduzir os danos
inflamatórios agudos e crônicos tanto nos tecidos renais primariamente acometidos, como
nos tecidos lesados à distância. Objetivo: Verificar se o lipossacarideo (LPS) um agonista de
Toll-4 (TRL-4) e o hemin, um indutor típico da HO-1, modularia positiva ou negativamente a
expressão de HO-1 e TRL-4 em um modelo in vitro. Metodologia: Para o ensaio in vitro foram utilizadas células tubulares humanas imortalizadas (HK-2) (Ryan et al., 1994). As células
foram cultivadas e divididas em três grupos: controle, um induzido com LPS (100 ng/ml) e
outro com hemin em diversas concentrações (1, 5, 10, 20 uM), todos por um período de 6hs.
Realizaram-se RT-PCR para verificar a expressão de HO-1 e TRL-4. Os testes t de Student e
ANOVA foram usados para comparar os dados. Diferenças foram consideradas estatisticamente significantes com valor de P < 0,05. Resultados: Houve um aumento significativo na
expressão de TLR-4 após estimulação com LPS, e de HO-1 nas concentrações de 10 e 20 uM
com hemin, quando comparados com o grupo controle (P < 0,05). Conclusão: O tratamento
com hemim e LPS induziu a expressão de HO-1 e TLR-4, respectivamente, em células tubulares humanas imortalizadas (HK-2). Em vista desses resultados, é esperado que exista um
papel imuno-regulatório na expressão de HO-1 e TRL-4 em células renais humanas.
ao estado de consciência, comportamento, atitude, postura e locomoção. Para análise sérica
de uréia, creatinina e alanina transaminase (ALT) foi colhido sangue por punção do plexo
coróide. Análises histológicas de fragmentos de cérebro, fígado e rins foram realizadas após
fixação em formol, desidratação em álcool, seccionados com espessura de 5µm e corados em
hematoxilina e eosina. Na análise estatística foram empregados os testes Student-NewmanKeuls para dados paramétricos e Kuskall-Wallis para os não paramétricos. Resultados: Os
animais do G1, G2, G3 reduziram a ingestão de ração no 3°, 4° e 5° dias, voltando ao
consumo normal no 6° dia até o final do experimento. Macroscopicamente os rins do G3
apresentavam palidez, alterações estas não observadas no cérebro ou fígado. Na histologia o
grupo G3 apresentou congestão hepática e renal variando de discreta à moderada, o que não
foram observadas nos cérebros. De importância nos rins foram observadospequenos focos de
necrose tubular com presença de cilindros hialinos no interior da luz de alguns túbulos renais.
Quanto às dosagens de uréia e ALT não houve diferença entre os grupos. Quanto a creatinina
sérica não foram observadas elevações estatisticamente significativas. Conclusões: Neste
estudo observou-se que ingestão de extrato de carambola em ratos hígidos pode provocar
lesão renal do tipo necrose tubular aguda como demonstrada na histologia, porém, sem
elevação da creatinina sérica.
Palavras Chaves: Insuficiência renal aguda, Averrhoa carambola
Função renal e pressão arterial de cães idosos sadios ou
com doença renal crônica tratados com o antioxidante
N-acetilcisteína
Galvão ALB, Carvalho MB, Vasconcellos AL, Ferreira GS, Alves MAMK
Universidade Estadual Paulista (UNESP) – campus de Jaboticabal-SP.
EXPRESSÃO DOS RECEPTORES TECIDUAIS DE ANGIOTENSINA II (AngII) E
MANIPULAÇÃO TUBULAR RENAL DE SODIO EM PACIENTES OBESOS.
ALMEIDA AR,ZANINI M,SOUZA AL,SILVA CA,ETCHEBEHERE M,MESQUITA FF,ALEGRE
SM,GONTIJO JAR
UNICAMP - FACULDADE DE CIêNCIAS MéDICAS
A obesidade é um distúrbio prevalente e multifatorial. O tecido adiposo tem função endócrina ativa secretando hormônios e substâncias que influenciam na função de muitos órgãos
e sistemas. Estes hormônios/substâncias modificam a pressão arterial ativando o sistema
nervoso simpático (SNS), modificando o balanço hidroelétrolitico, promovendo resistência
insulínica, inflamação e fibrose renal. A resistência à insulina e a hiperinsulinemia ativam o
sistema renina angiotensina aldosterona e o SNS, aumentando reabsorção tubular de sódio e água, estimulando a proliferação endotelial e deposição de matriz extracelular renal
comprometendo a função glomérulo-tubular. O presente estudo investigou a função renal
(clearances de lítio e creatinina) após sobrecarga oral de glicose (SOG) em indivíduos com
obesidade (IMC ≥ 30) e controles (IMC ≤ 24,9), entre 18 e 60 anos, normotensos e não diabéticos, sem parentesco de primeiro grau com as mesmas patologias. Os níveis plasmáticos
e a concentração urinária de glicose, Na, K, Li e creatinina foram avaliados. Posteriormente,
foram coletados por biopsia tecido adiposo periférico e muscular esquelético, para investigação da via da AngII através de western blotting. Os resultados mostram que o paciente
obeso apresenta redução basal da fração de excreção proximal de Na(%) (controle: 0.52±
0.59; obeso: 0.2 ±0.055; P<0.05) inalterada após a SOG. Os demais parâmetros funcionais
estudados não apresentaram diferenças significativas. O grupo de obesos apresentou uma
resposta a SOG semelhante aos controles, no entanto, com hiperinsulinemia persistente aos
120 minutos. O estudo também mostrou que o controle apresenta um aumento da expressão
de AT2R em tecido muscular quando comparado ao obeso. Já no tecido adiposo os receptores
AT1, AT2 e SOCS3 não apresentaram diferenças significativas. Os resultados acima sugerem
que indivíduos obesos apresentam uma maior retenção renal de Na+ associada a uma menor
expressão tecidual de AT2R o que poderia colaborar para a elevação pressórica futura nestes
pacientes. Adicionalmente, a elevação insulínica tardia nos obesos pode sugerir o desenvolvimento de resistência insulínica neste grupo.
Apoio Financeiro: CAPES, CNPq and FAPESP
Palavras Chaves: FUNÇÃO RENAL, VIA DA ANGIOTENSINA
EXTRATO DE CARAMBOLA (AVERRHOA CARAMBOLA) POR VIA ORAL
PRODUZ LESÕES HISTOLÓGICAS RENAIS EM RATOS.
EDNA REGINA SILVA PEREIRA,Lorena Lima Barbosa Guimarães,Adilson Donizeti
Damasceno, Vitor Alves Trindade,Aline Maria Vasconcelos Lima,Nilo Sergio
Troncoso Chaves
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIàS
Introdução: Intoxicação pela ingestão de carambola (Averrhoa carambola) com alteração de
sistema nervoso central tem sido descrita em pacientes renais crônicos submetidos à hemodiálise. Entretanto raros tem sido os relatos de nefrotoxicidade atribuídos à carambola.
Objetivos: Correlacionar à ingestão de extrato de carambola em ratos hígidos com alterações
clínicas e histológicas em cérebro, fígado e rins. Casuística e métodos: Foram avaliados vinte
ratos Wistar distribuídos em quatro grupos de cinco animais e mantidos com o mesmo tipo
de ração e água à vontade. Cada animal dos grupos 1 (G1), 2 (G2) e 3(G3) receberam diariamente 0,5 mL de extrato de carambola obtido por meio de microprocessador e administrado
por gavagem, exceto os do grupo controle(GC). Os ratos foram sacrificados sob anestesia no
sétimo (G1), décimo quinto (G2) e trigésimo dia (G3). Foram avaliados a cada 8 horas, quanto
78
Os mecanismos fisiopatológicos das doenças renais incluem lesão secundária e perda celular
relacionadas ao acúmulo de espécies reativas do metabolismo do oxigênio. A progressão da
doença renal crônica (DRC) também envolve a hipertensão arterial sistêmica e proteinúria associadas à ativação crônica do sistema renina-angiotensina-aldosterona e ao estresse oxidativo. A intervenção terapêutica com os chamados antioxidantes pode conferir proteção renal
por meio da remoção de substâncias reativas. A N-acetilcisteína (NAC) é um antioxidante que
tem sido empregado para tal fim em casos de isquemia renal, exposição a fármacos nefrotóxicos e na insuficiência renal crônica. O objetivo do presente trabalho foi avaliar os efeitos
do tratamento com NAC sobre o estado clínico, a concentração sérica de creatinina (Scr), o
clearance de creatinina (Ccr), a razão proteína/creatinina urinária (U-P/C) e a pressão arterial
sistêmica (PAS) de cães sadios e de cães com DRC naturalmente adquirida, nos estágios 1, 2 e
3, e clinicamente estáveis. Foram avaliados quatro grupos de cães idosos (9 a 15 anos), compreendendo o normal controle (N-C; n=4), normal tratado (N-T; n=5), DRC controle (DRC-C;
n=5) e DRC tratado (DRC-T; n=4). Os cães dos grupos N-T e DRC-T receberam como tratamento único a NAC na dose de 10mg/kg, V.O., b.i.d, durante 60 dias. Os cães dos grupos N-C
e DRC-C não receberam qualquer tipo de tratamento. Os parâmetros Scr, Ccr, U-P/C e PAS foram avaliados nos dias zero (basal), 15, 30, 45 e 60. Os dados foram submetidos a ANOVA e
teste Tukey-Kramer (α=0,05). As médias gerais de Scr, Ccr, U-P/C e PAS dos cães sadios foram
0,98±0,2mg/dL, 2,2±0,5mL/min/kg, 0,19±0,1 e 130±14,5mmHg, respectivamente, e dos
cães com DRC foram 2,4±0,9mg/dL, 1,3±0,6mL/min/kg, 0,86±0,6 e 151±16,5mmHg, respectivamente. No grupo DRC-T houve melhora do apetite e da disposição geral e diminuição
significativa da Scr aos 15 dias (1,88±1,0mg/dL) em relação à média basal (2,03±1,0mg/dL),
sem que houvesse, contudo, variação significativa do Ccr ou de outros parâmetros. Embora
tenha havido tendência de redução da PAS no período de tratamento de alguns cães sadios
(N-T), não ocorreu modificação com significado clínico da PAS dos cães do grupo DRC-T.
Concluiu-se que a NAC pode ser indicada para cães idosos sadios ou com DRC (estágios 1, 2
e 3), uma vez que não se observaram efeitos adversos, houve melhora clínica e não ocorreu
deterioração da função renal.
Palavras Chaves: clearance de creatinina, estresse oxidativo
Investigação experimental do uso do dimetilsulfóxido (DMSO)
em cães com diminuição do clearance de creatinina
LEANDRO ZUCCOLOTTO CRIVELENTI, SOFIA BORIN, MARILEDA BONAFIM CARVALHO
Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Jaboticabal
O dimetilsulfóxido (DMSO) tem diversas aplicações médicas tanto para preservação celular
como tratamentos. As propriedades farmacológicas primárias do DMSO incluem ação carreadora e potencializadora de outros fármacos, anti-inflamatória, vasodilatadora, antioxidante,
analgésica, diurética, imunomoduladora, miorrelaxante, antimicrobiana e citoprotetora, dentre outras. Apesar das controvérsias, há várias décadas o DMSO vem sendo empregado na
medicina e na medicina veterinária. Independentemente da via de administração, a maior
parte do produto é excretada por via urinária como dimetilsulfóxido inalterado e, em menor
quantidade, sob a forma de dimetilsulfona, além do dimetilsulfato que é excretado por via
respiratória. Quando indicado e sob dosagem correta, o DMSO não resulta em efeitos adversos relevantes, contudo, a condição pode ser modificada em pacientes com doença renal
crônica (DRC). Assim, avaliaram-se os efeitos do tratamento com DMSO sobre o clearance
de creatinina (Ccr), a excreção urinária de eletrólitos, débito urinário, bioquímica sérica, hemograma e condição clínica de seis cães sadios com Ccr de 2,12±0,25 mL/min./kg e dois
grupos de cães nefropatas não diabéticos, sendo um de seis cães com DRC em estágios 2
e 3 com Ccr de 1,21±0,21mL/min./kg e outro de quatro cães com DRC em estágio 4 com
Ccr < 0,5mL/min./kg. As análises foram feitas antes, durante e um, dois e 30 dias após a
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
administração de DMSO a 10% na dose de 0,5g/kg, cada 24h, por três dias consecutivos.
Os resultados indicaram que o DMSO pode modificar levemente a função renal, tanto em
cães sadios quanto em cães com DRC. Nos grupos com DRC, houve redução dos valores de
hemácias e hematócrito, mas após o término do tratamento os parâmetros voltaram para os
valores iniciais. Observaram-se graus variados de diminuição do apetite, vómitos e apatia,
relacionados ao tratamento na maioria dos animais. Os cães com DRC em estágio 4 tiveram
os sinais mais graves, incluindo alteração da pressão arterial e três casos de óbito. Concluiuse que, em relação à função renal, não há contraindicações para o uso do DMSO em cães
sadios ou com DRC nos estágios 2 ou 3. Entretanto, os efeitos adversos ocorridos com maior
frequência e gravidade nos cães com DRC no estágio 4, possivelmente associados aos óbitos,
constituem contraindicações para o uso do DMSO.
Palavras Chaves: Doença renal crônica, Estudo experimental
Losartan reverte as alterações celulares e teciduais no rim
induzidas pelo diabetes tipo 2 e a trandiferenciação da célula
mesangial
Carine Prisco Arnoni,Edgar Maquigussa,Clévia dos Santos Passos,Luciana
Guilhermino Pereira,Mirian Aparecida Boim
UNIFESP
A transdiferenciação miofibroblática (TMF) e a transição epitélio mesenquimal (TEM) são
alterações fenotípicas que contribuem para a patogênese da nefropatia diabética (ND). A
angiotensina II (AII) possui um papel importante nestes processos. Este trabalho tem como
objetivo avaliar a presença de TMF e TEM em ratos com diabetes tipo 2 induzido por dieta
hipercalórica e tratados com bloqueador do receptor AT1, losartan. Também avaliamos células mesangiais (CMs) expostas à alta glicose e AII e a capacidade do losartan em reverter as
alterações fenotípicas observadas nestas células. Ratos Wistar receberam dieta hipercalórica
durante todo o protocolo de estudo, sendo que após a 5ª semana os animais receberam baixa
dose de estreptozotocina (30mg/Kg). Após o estabelecimento da ND (12 semanas, grupo
D12), um grupo de animais recebeu losartan (50mg/Kg/dia,vo). Os animais dos grupos controle (CT), diabético sem tratamento (D20) e diabético tratado (D20Los) foram sacrificados na
20ª semana. Foram avaliados peso corpóreo, glicemia, pressão arterial sistólica, proteinúria,
insulina e colesterol plasmáticos e a resistência a insulina. No modelo in vitro, a TMF foi
induzida em CM estimuladas com alta concentração de glicose (30mM) e AII (10-7M) por
4 dias. Após esse período as células foram tratadas com doses crescentes de losartan (104M-10-6M) por mais 48 h. Foram avaliadas as expressões de fibronectina, colágeno, TGF-β
e marcadores de TMF e TEM (α-SMA), desmina e proteína específica de fibroblasto (FSP1).
A presença de TMF foi avaliada pelo ensaio de migração celular. Após 12 semanas os animais diabéticos apresentaram hiperglicemia, hipertensão, hipercolesterolemia e resistência à
insulina. A ND foi caracterizada pela presença de proteinúria, de marcadores de TMF e TEM
e de fibrose renal. O tratamento com losartan reverteu todos os sinais de nefropatia, dos
marcadores de TMF e de TEM e de fibrose em comparação aos animais não tratados. CMs
estimuladas com glicose e AngII apresentaram aumento na expressão de α-SMA e a migração
celular aumentou mais de 100%, indicando um fenótipo miofibroblástico. O losartan regrediu
de maneira dose dependente a expressão da α-SMA e reverteu totalmente a capacidade
migratória. Estes resultados indicam que o losartan pode ser uma estratégia terapêutica para
reverter o processo fibrogênico previamente instalado estimulando as células a retornar ao
seu fenótipo original podendo contribuir para restabelecer a função renal.
Palavras Chaves: diabetes tipo 2, fibrose renal
Modulação da função renal e da função autonômica em
ratos com diabetes experimental através exercício físico
prévio (EFP).
KLEITON AUGUSTO DOS SANTOS SILVA1, LUIZ, RS1, RAMPASO, RR1, de ABREU, NP1,
MOREIRA, ED2, MOSTARDA, CT2, DE ANGELIS, K3, IRIGOYEN, MC2, SCHOR, N1
1 - DISCIPLINA DE NEFROLOGIA - DEPARTAMENTO DE MEDICINA – UNIFESP
2 - LABORATÓRIO DE HIPERTENSÃO EXPERIMENTAL - INSTITUTO DO CORAÇÃO – USP
3 - UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
Neste trabalho avaliamos o efeito do EFP nas alterações renais e na sensibilidade do barorreflexo induzidas pelo diabetes por estreptozotocina (STZ). Foram utilizados ratos Wistar
(300- 320g peso de indução), divididos em 4 grupos: controle (C), diabético (D), diabético
treinado por 10 semanas (DT10), e diabético pré-treinado (4 semanas antes STZ + 10 semanas de treinamento pós STZ, DPT14). A função renal foi avaliada pelo clearance de creatinina
e creatinina plasmática. Foram avaliadas as respostas taquicárdica (ITR) e bradicárdica (IBR)
desencadeadas pela infusão de drogas vasoativas. A glicemia foi semelhante entre o DT10 e
o DPT14 (379±33 e 372±28 mg/dL). O grupo D apresentou valor de glicemia 73% (p<0,05)
maior que os grupos diabéticos exercitados. O peso corporal do grupo D foi 26% menor ao
seu peso de indução (317±17 g vs. 237±9 g, p<0,05). O clearance de creatinina foi diferente
entre os grupos D vs. DT10 (0,1±0,01 vs. 1,84±0,3 ml/min, p<0,05), respectivamente e D
vs. DPT14 (0,1±0,01 vs. 2±0,3 ml/min, p<0,05), a creatinina plasmática foi elevada nos
animais do grupo D em relação aos demais grupos. A PAS foi menor no grupo D (15%) e
DT10 (12%) em comparação ao grupo C (p< 0,05). Entretanto o grupo DPT14 apresentou
níveis pressóricos semelhantes ao grupo C. Os índices IBR e ITR foram menores no grupo D
(-1,24±0,2 e 1,70±0,09 bpm/mmHg) em relação ao grupo C (-2,21±0,1 e 3,44±0,3 bpm/
mmHg, p<0,05). O grupo DPT14 apresentou aumento no ITR e IBR (3,66±0,3 e -2,49±0,2
bpm/mmHg) em comparação ao grupo C (p<0,05). Entretanto, o grupo DT10 apresentou aumento apenas no ITR (2,26±0,09 bpm/mmHg e 1,70±0,09 bpm/mmHg, p<0,05) em relação
ao grupo D. Estes resultados sugerem que o exercício físico aeróbio prévio ao diabetes previne os impactos cardiovasculares e renais, potencializando os benefícios funcionais induzidos
pelo treinamento físico após o estabelecimento do diabetes.
Suporte: FAPESP,CAPES,CNPq e FOR
Palavras Chaves: DIABETES MELLITUS, FUNÇÃO RENAL
Papel da via de sinalização BMP-7/Gremlin na transição
epitélio mesenquimal induzido por TGF-β
Edgar Maquigussa, Juliana de Souza Cunha, Luciana G. Pereira,Carine P.
Arnoni, Mirian A. Boim
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
Introdução: O fator de crescimento transformador β (TGF-β) é um potente indutor da transição epitélio mesenquimal (TEM). Células tubulares em estado de TEM invadem o interstício e
sintetizam matriz extracelular contribuindo para a fibrose tubulointersticial. Proteínas morfogenéticas do osso (BMPs) desempenham um papel critico no processo de reparo por induzir
a reversão da TEM através da transição mesenquimal epitelial (TME). A atividade endógena
das BMPs é controlada por antagonistas de BMPs, entre eles o gremlin. Nosso objetivo foi
avaliar o papel da via BMP7/gremlin na indução e na reversão da TEM induzida por TGF-β em
linhagem de células tubulares humanas imortalizadas (HK-2). Métodos: HK-2 foram tratados
com TGF-β (5ng/ml) por 72 horas. O papel da via do BMP7/gremlin foi analisado através
do silenciamento do gremlin pela técnica de RNA de interferência (siRNA). A expressão de
marcadores da TEM (a-SMA, FSP1, e-caderina), fibronectina, colágeno, BMP7 e gremlin foram
avaliadas por PCR em tempo real e western blot. Resultados:TGF-β induziu TEM evidenciado
através de um aumento na expressão de a-SMA e fibronectina e diminuição de e-caderina.
A expressão do gremlin aumentou após estimulação com TGF-β e o silenciamento do seu
mRNA foi capaz de impedir o estabelecimento da TEM, avaliado pela redução dos marcadores fibronectina e FSP1. Em contraste, a adição de BMP7 ao meio de cultura não preveniu a
instalação da TEM uma vez que não alterou a expressão desses marcadores. Conclusão: Os
resultados sugerem que o BMP7 isoladamente não foi capaz de evitar que as células tubulares entrassem em processo de TEM porém o gremlin pode ter um efeito independente do
BMP7 contribuindo para indução da TEM nas HK-2 estimuladas por TGF-β.
Palavras Chaves: gremlin, transição epitelio mesenquimal
Participação do estresse oxidativo na lesão renal de ratos
induzida pela exposição ao losartan durante a lactação
EVELYN CRISTINA SANTANA MARIN,HELOÍSA DELLA COLETTA FRANCESCATO,ROBERTO
SILVA COSTA,CLEONICE GIOVANINI ALVES DA SILVA,TEREZILA MACHADO COIMBRA
FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRãO PRETO-USP
Ratos expostos a antagonistas da angiotensina II durante a lactação apresentam distúrbios
progressivos da estrutura e função renal. Esse estudo avalia a participação do estresse oxidativo em ratos expostos ao losartan durante a lactação. Ratos Wistar machos foram divididos
em três grupos: controle (C), filhotes de mães que receberam sacarose a 2%, n=15; losartan
(LO), filhotes de mães que receberam losartan (100 mg/kg/dia) diluído em sacarose a 2%,
n=26; losartan-tempol (LOT), filhotes de mães que receberam losartan (100 mg/kg/dia) diluído em sacarose a 2% e o antixodante tempol (0,34 g/L), n=22. Losartan e/ou tempol foram
administrados na água de bebedouro durante a lactação. Aos 21 dias de idade, amostras
de sangue e urina foram coletadas para avaliação da função renal e os rins removidos para
estudo imuno-histoquímico, dos níveis da glutationa e das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (SRATB). Não houve diferença da creatinina plasmática entre os grupos. O grupo
LO apresentou maior fração de excreção (%) de sódio (3,28 ± 0,67) e potássio (83,57 ±
17,31), comparada ao grupo C (0,34 ± 0,08; 37,81 ± 5,99, respectivamente), sendo esses
valores menores no grupo LOT (1,68 ± 0,44 e 57,93 ± 10,79, respectivamente), comparados
ao grupo LO. Aumento do número de macrófagos e monócitos foi observado na área túbulointersticial do córtex renal dos animais LO comparados aos C (23,91 ± 3,15 vs 5,13 ± 0,60
por área de 0,245 mm2), sendo que o tratamento com tempol atenuou essa alteração no grupo LOT (10,62 ± 1,21). O grupo LO apresentou aumento da glutationa (mmol/g) e das SRATB
(nmol/ml) [21,75 (17,84; 29,56) e 1,09 (0,83; 1,72), respectivamente], em relação do grupo
C [15,89 (13,82; 19,47) e 0,10 (0,07; 0,13), respectivamente] e esse aumento foi atenuado
no grupo LOT [16,76 (14,39; 22,93) e 0,89 (0,09; 1,88), respectivamente]. O tratamento com
tempol reduziu o estresse oxidativo causado pela exposição ao losartan na lactação, atenuando o aumento da fração de excreção de sódio e potássio e a infiltração de macrófagos e
monócitos na área túbulo-intersticial do córtex renal. Suporte Financeiro: FAPESP
Participação do sulfeto de hidrogênio na lesão renal induzida
pela gentamicina
JOãO REYNALDO ABBUD CHIERICE, Heloísa Della Coletta Francescato, Cleonice
Giovanini Alves da Silva, Roberto Silva Costa, Fernando de Queiroz Cunha,
Terezila Machado Coimbra
Departamento de Fisiologia Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP
Objetivos: O tratamento com gentamicina (Genta) pode provocar necrose tubular aguda
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Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
(NTA) que está associada com inflamação e queda da função renal. O aumento da produção
endógena de sulfeto de hidrogênio (H2S) pode estar contribuindo com a inflamação e a
intensificação da lesão renal. Este estudo avalia o efeito da DL-propargilglicina (PAG), um
inibidor da formação endógena de H2S, na lesão renal causada pela Genta. Materiais e Métodos: Foram utilizados 49 ratos Wistar machos de 200–250 g. Os ratos receberam injeções
de Genta (40 mg/kg, i.m.) ou salina (NaCl 0,15 M, i.m.) duas vezes ao dia durante 9 dias.
Um grupo de animais (N = 19) recebeu PAG (10 mg/kg/dia, i.p.) do 5º ao 9º dia. Os animais
controles (N = 12) foram tratados apenas com NaCl 0,15 M. Amostras de urina e sangue
foram coletadas no final do tratamento para avaliação da função renal e os rins foram retirados para as análises histológica, morfométrica, imuno-histoquímica e para a quantificação
da formação de H2S. Resultados: Os resultados mostram que os animais tratados com Genta
apresentaram aumento dos níveis plasmáticos de creatinina e uréia e da fração de excreção
de sódio e potássio. Houve uma tendência à redução das alterações nos animais tratados com
Genta+PAG. O tratamento com Genta provocou NTA, aumento da área intersticial relativa
(15,00 ± 1,82%) e do número de células ED1+ (macrófagos; 153,9 ± 9,38) no córtex renal,
que estavam associados com maior formação de H2S nessa região. O tratamento com PAG
atenuou essas alterações [(12,45 ± 3,02%) e (macrófagos; 114,3 ± 15,53), respectivamente
(p<0,05)] e reduziu a produção renal de H2S. Conclusões: O tratamento com PAG atenuou o
processo inflamatório e o alargamento da área intersticial no córtex renal. Este efeito estava
relacionado com a diminuição da formação de H2S nos animais tratados com Genta+PAG.
Contudo, o efeito protetor do PAG foi parcial, possivelmente devido ao fato do tratamento ter
sido iniciado após o estabelecimento da lesão renal.
Possíveis mecanismos envolvidos na insensibilidade a AngII
durante a gravidez em ratos: Papel da relaxina, óxido nítrico,
receptores Rxfp1 e AT2
Carvalho LN,Passos CS,Cristovam PC,Boim MA
Disciplina de Nefrologia, Universidade Federal de São Paulo - São Paulo - S.P
Introdução: A gravidez normal é caracterizada por vasodilatação sistêmica e intrarenal com
aumento do fluxo plasmático e da filtração glomerular (FG). O tônus das células mesangiais
(CM) influencia diretamente o coeficiente de ultrafiltração glomerular e, portanto a FG. Foi
observado previamente que, a semelhança de células da vasculatura lisa, CM provenientes de
ratas prenhes apresentam relativa insensibilidade a AngII, a qual induziu menor elevação na
concentração de cálcio intracelular (Cai) nestas células. O objetivo deste trabalho foi avaliar
os possíveis mecanismos envolvidos na modulação do tônus das CM em resposta a AngII
durante a gravidez, bem como a participação do hormônio relaxina e de seu receptor tipo 1
nesta resposta. Método: CM foram cultivadas a partir de rins de ratas virgens (V) e prenhes
(P). Essas células foram separadas em grupos controle (V e P), tratadas com bloqueador
do receptor AT2 (PD123391,10-6M), com inibidor da NO sintase (L-NAME, 10-6M) ou com
relaxina (Rlx,100ng/ml). Foi avaliado o efeito dessas substancias sobre a Cai antes e após
administração de Ang II. Os níveis de expressão da Rlx e seu receptor Rxfp1, da iNOS e do
receptor AT2 foram avaliados por PCR em tempo real e por western blot. Resultados: O
aumento no Cai em resposta a AngII foi atenuado no grupo P comparado com grupo V. CM
do grupo V estimuladas com Rlx apresentaram resposta semelhante ao grupo P, sugerindo
um papel da Rlx na insensibilidade dessas células à AngII durante a gravidez. A redução da
resposta à AngII foi parcialmente revertida pelo enquanto que o PD123391 não interferiu
nesta resposta. Conclusão: Estes resultados sugerem que a relaxina é atua como importante
mediador da menor sensibilidade das CM à Ang II, podendo participar na modulação do
tônus da CM e contribuindo para manter elevada a filtração glomerular durante a gravidez,
mesmo na presença de elevados níveis de Ang II.
Palavras Chaves: Relaxina, gravidez
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RESTRIÇÃO DE SONO POR DIFERENTES PERÍODOS DURANTE A PRENHEZ.
EFEITOS SOBRE A FUNÇÃO RENAL E PRESSÃO ARTERIAL DA PROLE.
Guiomar Nascimento Gomes1, Sergio Tufik2, Beatriz Duarte Palma Xylaras2,
Aline Fernanda Almeida Chaves Rodrigues1, Ingrid Lauren Brites de Lima1
1 - Departamento de Fisiologia, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SãO PAULO
2 - Departamento de Psicobiologia, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SãO PAULO
Introdução: Diversos estudos têm demonstrado que a restrição de sono resulta em diferentes
efeitos adversos, como hipertensão arterial, distúrbios glicêmicos, obesidade, etc. Objetivos:
Avaliar o impacto da restrição do sono por diferentes períodos durante a prenhez sobre a
função renal e pressão arterial da prole. Métodos: Fêmeas Wistar, com 3 meses de idade
foram divididas em três grupos experimentais: C (controle), RST (restrição de sono por toda
a prenhez) e RS (restrição de sono entre o 14º e o 20º dia de prenhez). O início da prenhez
foi confirmado pela análise do esfregaço vaginal. As ratas dos grupos RST e RS foram submetidas à restrição de sono (20 horas diárias) pelo método da plataforma múltipla. Após o
nascimento, as proles foram reduzidas a 6 filhotes machos, designados como FC (filhos de
C), FRST (filhos de RST) e FRS (filhos de RS). Aos 3 meses de idade a pressão arterial (PA) das
proles foi aferida através da pletismografia e foram avaliados: fluxo plasmático renal (FPR),
ritmo de filtração glomerular (RFG), proteinúria, concentração plasmática de sódio [Na+]pl
e de potássio [K+]pl e carga excretada de sódio (CENa+) e de potássio (CEK+). Resultados:
Observamos em FRST e FRS aumento significativo da PA em relação ao grupo FC (FC: 126
± 0,8; FRST: 145 ± 0,9; FRS: 152 ± 1,4 mmHg). Quanto aos parâmetros de função renal
observamos aumento do RFG e do FPR em FRST quando comparado ao FC (RFG: FC: 6,4 ±
0,2; FRST: 7,4 ± 0,3; FRS: 7,2 ± 0,28 ml/min/kg), (FPR: FC: 19,6 ± 0,6; FRST: 25,4 ± 1,6;
FRS: 23,9 ± 1,6 ml/min/kg). Em relação à homeostase do Na+, verificamos que os animais
dos grupos FRST e FRS apresentaram aumento da concentração plasmática deste íon ([Na+]
pl: FC: 140,6 ± 0,8; FRST: 147,4 ± 3,1; FRS: 148,5 ± 3,3 µeq/ml). Observamos também que
houve aumento de CENa+ nos grupos FRS e FRST em relação ao FC (CENa+: FC: 8,9 ± 0,7;
FRST: 17,7 ± 1,9; RS: 17,5 ± 4,2; µeq/min/kg). Quanto à CEK+, verificamos que os animais
dos grupos FRS e FRST apresentaram aumento desta em comparação aos animais FC (CEK+:
FC: 7,2 ± 0,3; FRST: 11,0 ± 1,2; FRS: 11,5 ± 1,5; µeq/min/kg). Conclusões: Considerandose os grupos FRS e FRST apresentaram: aumento da pressão arterial e do FPR, bem como
comprometimento dos mecanismos de regulação do transporte de sódio, concluímos que a
privação de sono durante a prenhez pode modificar o ambiente intra-uterino, promovendo
alterações funcionais na prole.
Auxílio financeiro: CNPq/AFIP
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
RESUMOS - SESSÃO POSTER
GLOMERULOPATIAS
Análise do Perfil de pacientes com nefrite lúpica em Hospital
de Referência no Estado do Pará:Análise de 7 anos
Pamela Tolentino da Silva, Ana Cristina de Lima Figueiredo Duarte, RENATA
KELLY SOUSA PANTOJA
Hospital de Clínicas Gaspar Viana
Objetivo: Avaliar a casuística de um centro de referência nefrologica no Estado do Pará. Método: Analisou-se retrospectivamente todos os casos de biópsia renais de pacientes lúpicos
internados no período de junho de 2004 a junho de 2011. Em todos os casos foram realizados MO e IF , pelo laboratório Morphos-SP. Foram estudados os seguintes parâmetros: Idade,
sexo, indicação clínica, histologia. Resultados: Do total de 168 biópsias renais, 47(28%) dos
casos corresponderam a nefrite lúpica, destes 41(87%) eram mulheres e 6(13%) homens
com média de idade de 24 anos (+/- 15). As indicações para o procedimento foram: Síndrome
nefrótica rapidamente progressiva 21(45%), alterações do sedimento urinário assintomática
11(23%) e avaliação de esquema terapêutico 1(2%). Segundo a classificação da OMS referente as lesões histológicas no LES, predominou a nefrite lúpica classe IV com 24 casos
(51%), seguida das classes V com 11 casos (23,4%), classe IV+V 9 casos (19,1%) e 3 casos
(6,5%) com classe III. Conclusões: A nefrite lúpica em nossa casuística foi mais frequente no
sexo feminino com quadro clínico de nefropatia severa com insuficiência renal onde predominou a classe IV.
Palavras Chaves: nefrite lúpica, biópsia renal
ANÁLISE QUANTITATIVA DE MASTÓCITOS NAS SUBCLASSES DA
NEFROPATIA POR IgA
LOURIMAR JOSE DE MORAIS, MARIA LAURA PINTO RODRIGUES, MARLENE ANTÔNIA DOS
REIS
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Introdução: A nefropatia por IgA (NIgA) é a doença glomerular primária mais comum em
todo o mundo, com aspectos histopatológicos e clínicos variáveis. O papel dos mastócitos no
contexto das doenças renais ainda é pouco conhecido e estudado. A hipótese deste estudo
é que a gravidade das lesões existentes na NIgA apresentem relação com a densidade de
mastócitos. Assim, os objetivos foram: a) analisar a densidade de mastócitos no compartimento intersticial renal; b) verificar o conteúdo granular, a localização e a morfologia nuclear
dos mastócitos; c) avaliar dados demográficos dos pacientes diagnosticados com NIgA, nas
diferentes subclasses. Casuística e Métodos: Foram incluídos neste estudo, pacientes adultos
com diagnóstico de NIgA na biópsia renal realizado na Universidade Federal do Triângulo
Mineiro, entre 2009 e 2010. Dados clínicos dos pacientes foram registrados em planilhas e
analisados. Cortes histológicos foram corados pelo azul de toluidina 0,02% e os mastócitos
quantificados. As imagens dos fragmentos obtidas através de câmera digital foram analisadas
através do programa Imagem J. Resultados e Conclusões: Foram examinadas 70 biópsias,
sendo a subclasse I (lesões histológicas mínimas) e a subclasse II (esclerose glomerular segmentar e focal) os tipos histológicos mais freqüentes, representando 21,4% e 58,6% dos
casos, respectivamente. Existiu uma discreta predominância do gênero feminino (52,8%) e
a idade média dos pacientes foi de 34,3±4,9 anos. A densidade de mastócitos foi maior
nas subclasses II e IV (33,2 e 32,6mastócitos/mm2 respectivamente), não existindo diferenças estatísticas entre todas as subclasses. Em relação ao conteúdo granular, 57,7% dos
mastócitos encontravam-se degranulados. A localização foi predominantemente intersticial
(85,5%), embora alguns mastócitos (13,7%) apresentassem localização perivascular e 0,8%
na parede dos vasos. Nas secções onde foi possível observar o núcleo dos mastócitos, 83,7%
apresentavam morfologia ovalada. Infiltrado inflamatório estava presente em 90% dos casos.
Nossos resultados mostraram que o diagnóstico da NIgA tem sido realizado predominantemente nas fases iniciais da doença e que a densidade dos mastócitos na NIgA é maior nas
subclasses II e IV.
Palavras Chaves: Mastócito, nefropatia
Apresentações Atípicas da Crise Renal Esclerodérmica – Relato
de dois casos
BRUNO CALDIN DA SILVA, LECTICIA BARBOSA JORGE, CAMILA HITOMI NIHEI, DENISE
MALHEIROS, RUI TOLEDO BARROS,VIKTORIA WORONIK
HOSPITAL DAS CLíNICAS/FMUSP
A crise renal esclerodérmica (CRE) é uma síndrome clínica com elevada taxa de evolução
para doença renal crônica terminal (DRCT), sendo a segunda causa de mortalidade dentre
os pacientes com Esclerose Sistêmica (ES). Essa síndrome classicamente apresenta-se com
hipertensão arterial (HA) severa e microangiopatia trombótica em pacientes com ES ativa.
Apresentamos a seguir 2 casos atípicos de pacientes com CRE que não apresentavam HA
grave. Caso1: paciente de 49 anos, feminina, com diagnóstico de ES cutânea difusa há 2 anos
e meio, com fibrose pulmonar, dismotilidade esofágica, artrite e espessamento cutâneo, em
tratamento imunossupressor com ciclofosfamida endovenosa e prednisona. Era previamente
hipertensa, em uso de enalapril 20 mg 12/12h. Evoluiu com insuficiência renal aguda (IRA)
(creatinina de 1,5 para 4,6 mg/dL), oligúria, sem aumento da pressão arterial (PA) basal
(150/90 mmHg), e urina I com proteinúria de 1,0 g/L, sem hematúria. Apresentava também
anemia crônica, com provas de hemólise negativas. Caso 2: paciente de 28 anos, feminina,
com diagnóstico de ES limitada há 15 anos, em uso de prednisona 5 mg/dia e HA controlada com diltiazem 30 mg 8/8h. Complicou com tosse e dispneia de piora progressiva há
7 dias, associada à IRA (creatinina 0,85 mg/dL para 5,57 mg/dL) e oligoanúria, PA medida
de 160/100 mmHg. Urina I apresentava proteinúria de 1,0 g/L, sem hematúria. Detectada
anemia hemolítica (hemoglobina 8,9 g/dL, DHL 1420 U/L e haptoglobina 11,4). Os dois casos
apresentados estavam em uso de prednisona. A biópsia renal foi realizada em ambos os
casos e revelou microangiopatia trombótica em cronificação. As pacientes evoluíram para
DRCT, a despeito do tratamento com inibidores de enzima conversora de angiotensina em
dose máxima. Apresentamos dois casos de CRE com apresentações atípicas que podem ter
dificultado o diagnóstico e tratamentos precoces e contribuído para o desfecho negativo.
Ambos os casos não apresentavam hipertensão severa (usualmente encontrada em 90%
dos casos) e no segundo caso a paciente inicialmente apresentava uma esclerose limitada,
doença normalmente não relacionada com CRE.
Palavras Chaves: CRISE RENAL ESCLERODÉRMICA
Associação entre Lupus Eritematoso Sistêmico (LES) e
podocitopatia
SANTOS RSS, MATTEDI DL, REPIZO LP, JORGE LB, BARROS RT, WORONIK V
Faculdade de Medicina da USP
A associação entre LES e doença de lesões mínimas (DLM) e glomeruloesclerose segmentar e
focal (GESF) é descrita. Com o objetivo de avaliar as características clínico-laboratoriais e histológicas de pacientes (PCTs) com LES e podocitopatia, foi realizado um estudo retrospectivo
de 17 PCTs com LES pelos critérios da Sociedade Americana de Reumatologia, proteinúria
(PTU) e diagnóstico (dx) de DLM, GESF e glomerulonefrite proliferativa mesangial. Dados
expressos como média±desvio padrão. A maioria dos PCTs era do sexo feminino (82%), com
idade 34,3±9,7 anos. Quinze PCTs apresentaram síndrome nefrótica, sendo que em 13 o dx
de LES foi realizado ao seu aparecimento e 4 possuíam dx de LES há mais de 1ano. Ao início
do seguimento, apresentavam creatinina sérica (CrS) 1,3±0,9 mg/dL, PTU 5,0±3,9g/24h,
albumina sérica 1,8±0.6g/dL, 88% deles com FAN + e 35% com hipocomplementemia. Hematúria ocorreu em 35% dos casos e 41% dos PTCs eram hipertensos. Lesão renal aguda
ocorreu em 35% dos PTCs, 1 com necessidade de diálise. Os PCTs foram tratados com prednisona apenas ou associada a ciclofosfamida, azatioprina ou ciclosporina. Remissão completa
ou parcial foi atingida em 65% dos PCTs. Ao final dos 82,5±73,9 meses de seguimento, apresentavam CrS 0,9±0,2mg/dL, PTU 1,2±0,9g/24h e albumina sérica 3,6±0,6g/dL. Nenhum
PCT progrediu para doença renal crônica dialítica (DRCd), dois morreram por complicações
infecciosas relacionadas à imunossupressão. As biópsias mostraram 11,8% de DLM, 11,8%
de proliferação mesangial, 52% de GESF e 23,5% de GESF e proliferação mesangial. A imunofluorescência (IF) revelou IgM e C3 segmentar e focal em 52% das biópsias e IgG, IgM, C3
e C1q mesangial em 24% delas. As demais foram negativas à IF. Dois PCTs foram submetidos
a nova biópsia por síndrome nefrítica, com dx de nefrite lúpica proliferativa difusa em ambos.
Dessa forma, conclui-se que a podocitopatia associada ao LES apresenta-se em sua maioria
com síndrome nefrótica, evolui com boa resposta à imunossupressão e parece ter baixo risco
de progredir para DRCd.
Palavras Chaves: lúpus eritematoso sistêmico, podocitopatia
Ateroembolismo Renal: Casuística do Hospital das Clínicas –
Faculdade de Medicina de São Paulo, entre 2003-2011
FERNANDO SALES,Irene Faria Duayer,Raquel de Melo Silva,Daniela Loss
Mattedi,Caroline Puliti Hermida Reigada,Lecticia Barbosa Jorge,Rui Toledo
Barros,Viktoria Woronik
HOSPITAL DAS CLíNICAS - FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SãO PAULO
Introdução: Ateroembolismo renal é causado por embolização de vasos renais de menor calibre por cristais de colesterol originados após ruptura de placas de ateroma em aorta e outras
artérias de maior calibre. A incidência da doença é desconhecida, a qual está associada a mau
prognóstico renal e elevados índices de evolução com necessidade de terapia renal substitutiva. Objetivos: O objetivo do estudo foi avaliar a apresentação e evolução de pacientes com
acometimento renal por ateroembolismo, que foram biopsiados em nosso serviço no período
de 2003 a 2011. Métodos: Realizamos um estudo retrospectivo onde foram analisados dados
clínicos e laboratoriais de 07 pacientes com diagnóstico de ateroembolismo renal firmado por
biópsia. Resultados: A idade ao diagnóstico foi em média de 45,42 anos (± 23), 85% (6 dos
7) eram do sexo masculino, todos da raça branca – com perfil demográfico compatível com
casuísticas publicadas previamente. A creatinina média no início do acompanhamento dos
pacientes era de 3,58 mg/dl (± 1,66). Os níveis de hemoglobina foram de 11,74 mg/dL (±
2,18). Quadro de lesão renal aguda foi encontrado em 2 pacientes na apresentação inicial,
um dos quais com relação temporal bem demarcada com manipulação vascular. Quanto a
etiologia, 85% dos pacientes não apresentaram associação com manipulação vascular ou
81
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
uso de terapia fibrinolítica / anticoagulante. 57% dos casos apresentavam associação com
glomerulopatias, sendo 3 casos de glomerulopatia mesangial (2 nefropatia da IgA e 1 com
proliferação mesangial não-IgA) e 1 caso de doença da membrana fina (Síndrome de Alport).
O período médio de seguimento foi de 2 anos (± 1,73), com evolução para necessidade de
terapia renal substitutiva em 60% dos casos. Conclusões: A casuística estudada demonstrou
prognóstico renal reservado nos casos levantados, desde o momento inicial do diagnóstico
de ateroembolismo. Além disso, houve a associação pouco relatada em literatura de glomerulopatias com casos de ateroembolismo renal.
AVALIAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DAS VARIANTES DA GESF IDIOPÁTICA EM
UM ÚNICO CENTRO: RESULTADOS PRELIMINARES.
GESIANE FERNANDES TAVARES, MAURÍCIO BRITO TEIXEIRA, MARIA LUIZA ANHAIA DE
ARRUDA BOTELHO, MARINA BRUNIERA ANCHIETA, FLAVIANA FERREIRA BARROS, FELIPE
LESSA SOARES, DINO MARTINI FILHO, YVOTY ALVES SANTOS SENS
SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO
INTRODUÇÃO: A glomeruloesclerose segmentar e focal primária (GESF) é causa comum de
síndrome nefrótica em nosso meio. Em 2004, a classificação de Columbia definiu os critérios
histológicos da GESF idiopática usando cinco categorias: clássica (CL), colapsante (COL), celular (CEL), perihilar (PH) e tip lesion (TIP). Estas diferentes apresentações morfológicas podem
estar associadas a diferentes quadros clínicos e evolutivos. OBJETIVO: Avaliar a prevalência
das variantes da GESF primária em um único centro. MÉTODO: Foram revisadas 22 lâminas
de biópsias renais de 53 pacientes com diagnóstico de GESF, realizadas durante o período de
julho de 1999 a dezembro de 2010, e categorizadas de acordo com a classificação de Columbia. Foram excluídas biópsias renais com número de glomérulos < 8, de rins transplantados
e de pacientes com sorologia positiva para vírus da imunodeficiência humana. RESULTADOS:
A idade média dos pacientes foi 35+14anos, sendo 54,5% (12/22) do sexo feminino. Entre
as 22 biópsias revisadas, 59% (13/22) dos casos foram da variante celular, 27,5% (6/22)
da variante colapsante,9% (2/22) da variante peri-hilar e 4,5% (1/22) da variante tip-lesion.
CONCLUSÃO: Na amostra estudada a variante histológica mais comum foi a celular, seguida
da colapsante e a menos frequente foi a tip-lesion.
Palavras Chaves: GESF, VARIANTES HISTOLÓGICAS
AVALIAÇÃO DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR COM CISTATINA C
SÉRICA EM GRÁVIDAS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA
Silva GSJr1, Passos MT1, Pereira AR1, Nishida SK1, Moreira SR2, Sass N3, MastroianniKirsztajn G1
1 - Setor de Glomerulopatias da UNIFESP, São Paulo-SP
2 - Hospital do Rim e Hipertensão
3 - Departamento de Ginecologia-Obstetrícia da UNIFESP, São Paulo-SP
Introdução: A alteração da função renal na hipertensão arterial crônica gestacional (HAC)
está relacionado com o aumento da freqüência de HA superposta com pré-eclâmpsia. Marcadores de fitração glomerular endógenos podem ser utilizados para o diagnóstico precoce
de doença renal crônica (DRC) e entre estes, temos a Cistatina C e Creatinina séricas. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico de pacientes com HAC, seguidas no ambulatórios de
gestação de alto risco e que apresentem níveis de cistatina C elevados. Material e métodos:
Avaliação de dados de 79 gestantes com HAC (pressão arterial [PA] acima de 140x90 mmHg
identificada previamente à gestação ou até a 20ª semana), acompanhadas no ambulatório de
Ginecologia-Obstetrícia, pelo grupo de Nefrites da UNIFESP-EPM, de Jan/ 2008 a Mar/2011,
e submetidas a dosagem sérica de cistatina C. Resultados: Os níveis de cistatina C variaram
de 0,54 a 2,22 mg/ L.Cistatina C mostrou elevada mais frequentemente que a creatinina,
neste grupo de paciente. Das pacientes avaliadas, 7 tinham valores elevados de cistatina
C (valor de referência para <50 anos: 0,55-1,15 mg/L). A idade variou de 25 a 40 anos, e
a idade gestacional de 19 a 38 semanas; 3 primigestas, 2 secundigestas e 2 multigestas; 1
caso com antecedente de pré-eclâmpsia e 1 caso com eclâmpsia prévia; 2 com HAS > ou =
10 anos, todos já em tratamento medicamentoso. Três casos tinham nefropatia previamente
conhecida e 4 não. Nenhuma gestante estava com infecção urinária ou tinha diagnóstico de
diabetes melito previamente à coleta. Conclusão: Neste estudo, 8.8% das gestantes tinham
cistatina C elevada, traduzindo déficit de filtração glomerular. A dosagem sérica de cistatina
C pode ser importante no diagnóstico precoce de DRC em gestantes, quando a creatinina
sérica é especialmente pouco sensível para esse fim, face à redução considerada fisiológica
em seus níveis.
Palavras Chaves: CISTATINA C,HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA
CARACTERISTICAS CLÍNICAS E EPIDEMIOLÓGICAS DE GESTANTES COM
HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA EM SÃO PAULO
Silva GSJr1, Passos MT1, Pereira AR1, Sass N2, Mastroianni-Kirsztajn G1
1 - Setor de Glomerulopatias da UNIFESP, São Paulo-SP
2 - Departamento de Ginecologia-Obstetrícia da UNIFESP, São Paulo-SP
Introdução: A hipertensão arterial é a complicação médica mais comum da gravidez. A hipertensão arterial crônica gestacional (HAC), definida como pressão arterial (PA) acima de
140x90mmHg identificada previamente à gestação ou até a 20ª semana. Objetivo: Descrever o perfil clinico e epidemiológico de pacientes com HAC do ambulatório de gestação de
82
alto risco. Material e métodos: Foram avaliadas 130 mulheres com HAC, acompanhadas de
Jan/2008 a Mar/2011 no ambulatório de Ginecologia-Obstetrícia, também seguidas pelo
grupo de Nefrites da UNIFESP-EPM. Resultados: A idade das pacientes variou de 21 a 51
anos, com média de 33,6 anos; somente 41% tinham >35 anos. Avaliando cor/raça, 56%
eram pardas, 32% brancas e 12% negras; 12% eram primigestas, 62% tiveram múltiplas
gestações (> ou = a 3) e o restante era secundigesta. Antecedente de pré-eclâmpsia ocorreu
em 24%. Na primeira consulta com o grupo de Nefrites, a idade gestacional variou de 8-39
semanas. Avaliando níveis de PA (sentado), a PA sistólica variou de 91 a 170, e a diastólica
de 56 a 110mmHg, estando somente 14% com PA > 140x90 mmHg, já em tratamento medicamentoso. A hipertensão arterial foi identificada na gestação em 18% dos casos e 82%
já sabiam ser hipertensas. Hipertensão foi considerado primária em 94,5% dos casos e no
restante secundária. Quando sabiam informar o tempo de hipertensão arterial (93%), 22%
tinha hipertensão < 1ano, 48% > ou = 5 anos e 26% > ou = a 10 anos. Conclusão: A HAC
é considerada um fator de risco importante na morbimortalidade materno-fetal, com maior
chance se sobreposição com pré-eclâmpsia em multíparas idosas. Na população estudada,
houve maior prevalência de HAC de 21 a 51 anos, em pardas, com múltiplas gestações; a
grande maioria já sabia ser hipertensa e tinha hipertensão primária há > 1 não, sem antecedente de pré-eclâmpsia.
Palavras Chaves: HIPERTENSÃO, GESTANTES
Caracterização de pacientes HIV-positivos acompanhados em
Ambulatório de Glomerulopatias
JULIANA BUSATO MANSUR,Michelle Tiveron Passos,Deborah de Alencar Oliveira
Borborema,Amélia Rodrigues Pereira,Gianna Mastroianni Kirsztajn
UNIFESP
Introdução: A glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF) é a glomerulopatia mais associada ao vírus HIV, mais especificamente a forma colapsante. Em 50% dos soropositivos aparece
antes da síndrome de imunodeficiência adquirida (SIDA). Ocorre com mais frequencia em
negros, no sexo masculino e em usuários de drogas endovenosas. Observa-se melhora clínica
e laboratorial com o uso da terapia antiretroviral. Materiais e Métodos: Análise retrospectiva,
transversal, com base em análise de prontuários dos pacientes com sorologia positiva para
HIV com primeira consulta entre 1988 e 2011. Resultados: 41 pacientes HIV(+), 33 do sexo
masculino, idade média de 50 anos; 6 também com sorologia positiva para HCV e 4 para
HBV. Apresentavam à admissão: creatinina sérica média de 1,61 mg/dl (mínima 0,8, máxima
3,9) e proteinúria de 24h (P24H) de 1,46 g (mínima zero, máxima 7,74g). Os principais
motivos de encaminhamento ao ambulatório foram: proteinúria e elevação da creatinina sérica (52,5%), edema (17,5%) e hematúria (12,5%). Somente 24% (10) dos pacientes foram
submetidos a biópsia renal, 5 com diagnóstico de GESF (3 forma colapsante), 1 de glomerulonefrite membranoproliferativa, 1 de glomerulonefrite proliferativa difusa e 1 de nefropatia
crônica associada ao HIV. Apenas 9,75% (4/41) dobraram o valor da Creatinina sérica após
uma média de 9 anos de acompanhamento (mínimo 3, máximo 23 anos). A piora da função
renal não se associou a piora da proteinúria. Entre outros diagnósticos, 25 apresentavam doenças oportunistas ligadas à SIDA, 29 eram hipertensos e 6 diabéticos. O nível de CD4 médio
foi de 498 cópias/mL. Todos os pacientes faziam uso de terapia anti-retroviral, entre elas,
Lamivudina (75%), D4T (37,5%), Efavirenz (32,5), Biovir e Kaletra (20%), Atazanavir e AZT
(27,5%). Conclusão: Apesar do pequeno número de pacientes, no que se refere aos aspectos
clínicos, síndrome nefrótica foi a principal apresentação e, em metade das biópsias renais,
diagnosticou-se GESF, como descrito em vários estudos. Antiretrovirais e bloqueio do sistema
renina-angiotensina (estes administrados à maior parte dos pacientes) foram os tratamentos
mais comumente utilizados nesta população.
Palavras Chaves: glomerulopatia, HIV
Células CD68 positivas em Biópsia Renal predizem prognóstico
em Nefrite lúpica proliferativa
ALINE LAZARA RESENDE,Cristiane B Dias,Patrícia Malafronte, Jin Lee, Cilene C
Pinheiro, Denise Malheiros, Rui Toledo Barros, Viktoria Woronik
Disciplina de Nefrologia e Patologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo
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New Roman”; mso-fareast-theme-font:minor-fareast; mso-hansi-font-family:Calibri; msohansi-theme-font:minor-latin;} O objetivo deste estudo foi avaliar a relação de macrófagos
(CD68+) expressos em biópsia renal ao diagnóstico com a evolução de pacientes com nefrite
lúpica proliferatibva (NL). Trinta e quatro pacientes do sexo feminino recém-diagnosticados
com a NL proliferativa foram prospectivamente acompanhados durante 3,5 (3,2-4,0) anos.
Biópsia renal foi feita ao diagnóstico e estudo imuno-histoquímico foi realizado com o anticorpo monoclonal anti-CD68 e os resultados expressos em células / campos microscópicos.
Os pacientes foram estratificados em dois grupos de acordo com a evolução renal ao final do
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
seguimento: TFG ≤ 60 mL/min/1.73m2 (n = 14) e TFG> 60mL/min/1.73m2 (n = 20). O grupo
com pior evolução renal apresentou maior índice de cronicidade a biópsia renal quando comparado com o grupo de melhor evolução (4.0 (2.0 – 5.0) vs 1.0 (0.0 - 4.0), p=0.04), maior
creatinina inicial (2.6 ± 1.0 vs 1.4 (1.0 – 2.1) mg/dL, p=0.03), maior número de recidivas
(1.2 ± 0.5 vs 0.4 ± 0.5, p= 0.03) e maior CD68+ tubule-interstitial células/campo (65.8 ±
58.0 vs 6.1 (4.5 – 10.5), p= 0.0006). CONCLUSÃO- Expressão de células CD68+ no túbulointerstício em biópsia renal prediz TFG a longo prazo.
Palavras Chaves: nefrite lúpica, CD68
Doença das Células Epiteliais Glomerulares (DCEG) nas
Glomerulonefrites Rapidamente Progressivas (GNRP)
ANDRE GOUVEA1, Omar da Rosa Santos2, Eugênio Pacelle Q. Madeira2, Luiz Paulo
J. Marques2, Mário Meyer R. Fernandes2, C. A. Basílio de Oliveira2
1 - WALTER GOUVEA SERVIçOS DE NEFROLOGIA E CLINICA GERAL,Clinica Médica C; Escola de Medicina
e Cirurgia – UNI-RIO – Rio de Janeiro
2 - Clinica Médica C; Escola de Medicina e Cirurgia – UNI-RIO – Rio de Janeiro
Na última década a DCEG vem sendo descrita em diversas formas de GNRP, além de na GSSF
e na GN-HIV. As células epiteliais viscerais (CEV) tornam-se exuberantes, contêm gotículas e
vacúolos reabsorvidos e coroam os tufos capilares, perdendo o caráter maduro, proliferando e dediferenciando-se. As células parietais (CEP) proliferam, sofrem apoptose, desfolham,
experimentam transformação mesenquimal e em CEV, cooperando CEP, CEV e macrófagos
nos crescentes.
# Examinamos a DCEG em duas séries: 1) uma de GN-HIV de 18 pacientes [12 com GSSF, 4
com numerosos crescentes – 3 rebiopsiados] – 2) outra de GN-LES de 160 pacientes [26 com
GNRP crescêntica (>50% dos glomérulos) – 3 rebiopsiados]
# Observamos as alterações nas CEV e CEP descritas acima, incluindo, nas rebiópsias, progressão dos crescentes celulares para fibrocelulares/fibróticos em 1 mês.
# Verificamos, em 5 pacientes cujos crescentes mergulhavam nos tubos proximais, clearances
de creatinina médios 25 e 10 ml/mim após 6 meses e 2 anos, notoriamente inferiores àqueles
(50 e 47 ml/min, respectivamente) calculados em 6 pacientes sem crescentes mergulhantes.
1. • Observamos, pela microscopia óptica convencional, indicações de doença ativa nas CEV
e nas CEP.
2. • Provavelmente, os crescentes que se estendam pelos tubos proximais constituem marca
de prognóstico desfavorável.
EVOLUÇÃO A LONGO-PRAZO DE PACIENTES COM NEFRITE LÚPICA
CLASSES III E IV (OMS)
MAURÍCIO BRITO TEIXEIRA, GESIANE FERNANDES TAVARES, Felipe Lessa Soares,
MARIELA FIGUEIREDO CONCEIÇÃO, PAULA CALDERERO LAMONATO DE OLIVEIRA, Marla
Maria Carvalho, Marina Bruniera Anchieta, Juliana Cristina Figueiredo Alves,
Patricia Malafronte, Yvoty Alves Santos Sens
SANTA CASA DE MISERICORDIA DE SAO PAULO
INTRODUÇÃO: Entre as diversas alterações histopatológicas dos rins na nefrite lúpica (NL),
destacam-se as glomerulonefrites proliferativas focais e difusas (classes III e IV da OMS) que
apresentam pior evolução. OBJETIVO: Avaliar a evolução a longo-prazo de pacientes com
NL classes III e IV acompanhados em um único centro. MÉTODO: Foram avaliados todos os
pacientes com idade ≥ 16 anos e diagnóstico de NL classes III e IV com duração do acompanhamento ambulatorial ≥ 5 anos. Foram analisados dados demográficos, pressão arterial,
sedimento urinário, creatinina sérica (Cr) e proteinúria de 24h (Pt24h). A evolução após 5, 7
e 10 anos foi analisada considerando como remissão completa, parcial ou ausente de acordo
com os critérios de Petri et al.(Arthritis Rheum 2008;58:1784) que considera a Cr e a soma
da pontuação obtida pelas alterações do sedimento urinário (hemácias > 10 p/c = 3 pontos;
Leucócitos > 10p/c = 1 pt) e Pt24h (≤ 0,5g= 0 pt; >0,5 a ≤1 g = 3 pts; > 1 a ≤ 3g = 5 pts;
> 3 = 11 pts). Foi considerado remissão completa quando Cr ≤ 1,3 mg/dL e a pontuação
do sedimento urinário inicial foi > 0 pt e após 5 anos = 0 pt. Remissão parcial quando
Cr ≤ 1,3 mg/dL e pontuação do sedimento urinário final menor que o inicial e diferente
de zero. Resposta ausente quando há piora da função renal ou a pontuação do sedimento
urinário é maior que a inicial. RESULTADOS: Foram acompanhados 59 pacientes no período
de 1986 a 2010, sendo 23 (38,9%) por período ≥ 5 anos. Dezessete do sexo feminino e 6
masculino, com idade de 29,2±11,7 anos, 16 brancos e 7 não-brancos. No início da doença
73,9% apresentavam PA≥130x80 mmHg, 34,7% apresentavam Cr > 1,3 mg/dL (1,44± 0,8)
e 60,8% Pt 24h ≥ 0,5g (2,1± 2,7mg/dL). Em relação à evolução, observou-se que em 5
anos 21,7% (5/23) dos pacientes apresentaram remissão completa, 26% (6/23) remissão
parcial e 52% (12/23) sem resposta. Em sete anos apenas 13 pacientes ainda continuavam
em seguimento, sendo que três estavam em remissão completa, seis em remissão parcial
e quatro sem resposta. Observou-se que após 10 anos de acompanhamento apenas sete
pacientes mantiveram em seguimento. CONCLUSÃO: A evolução a longo-prazo de pacientes
com NL classes III e IV acompanhados por período ≥ 5 anos foi na maioria com ausência de
resposta à terapia instituída e o índice proposto por Petri et al mostrou uma boa correlação
com a evolução, mas novos estudos com um maior número de pacientes são necessários para
poder validar tal índice.
Palavras Chaves: NEFRITE LÚPICA
EVOLUÇÃO CLÍNICA
GLOMERULOPATIAS
E
LABORATORIAL
DE
GESTANTES
COM
Pereira AR1, Silva GSJr1, Facca TA2, Mastroianni-Kirsztajn G1
1 - Setor de Glomerulopatias da UNIFESP, São Paulo-SP
2 - Departamento de Ginecologia-Obstetrícia da UNIFESP, São Paulo-SP
Objetivo: Descrever a evolução clínica, alterações laboratoriais e perfil histológico de grávidas com glomerulopatias. Material e métodos: Estudo retrospectivo de 19 prontuários de
pacientes grávidas com glomerulopatias seguidas no Ambulatório de Nefrites (UNIFESP).
Resultados: A idade das pacientes variou de 20 a 46 anos, com mediana de 29a, 2 casos
eram primigestas, 8 secundigestas, 2 multigestas (> ou = a 3) e 7 sem informação. O tempo
de gestação (disponível em 12/19) foi: até o 1º trimestre- 2, 2º trimestre- 4, 3º trimestre- 5
casos, e apenas uma gestação de termo. Aborto ocorreu em 6 casos e 1 óbito neo-natal, 6
sem informação. Pré-eclâmpsia ocorreu em 5, eclâmpsia em 2 e somente Hipertensão arterial
na gestação- 4 casos. Diabetes gestacional- 1 caso. 16 casos tinham biópsias prévias à gestação, 1 caso confirmou síndrome hemolítico-urêmica (SHU) no final da gestação e 2 casos,
glomerulopatia após biópsia renal (BxR), no pós- transplante renal (TxR). Seis casos eram de
Glomeruloesclerose segmentar e focal (1 caso pós-TxR), Glomerulonefrite (GN) membranoproliferativa- 2, GN crescêntica- 1, Nefropatia por IgA- 1, Nefrite lúpica (NL)-3 (2 casos NL
classe IV), GN membranosa- 4 e 1 caso de GN proliferativa mesangial. Apresentavam exames:
Creatinina sérica inicial [0,7-2,5 mg/dL] e final [0,6-6,1 mg/dL]; Prot 24h inicial [0- 4,1g/24h]
e final [0- 6,4g/24h]; Proteinúria em amostra isolada- inicial [<0,05- 6,3 g/L] e Proteinúria
em amostra isolada- final [<0,05- 10,4 g/L]. Dez casos tiveram alguma piora de creatinina
na gestação (1,6 a 6,1 mg/dL) e destes, 3 casos evoluíram para tto dialítico após a gestação;
destes, todos foram submetidos a transplante renal posteriormente. Em 4, houve aumento
da proteinúria na gestação, sendo que em 2 casos acompanhou-se de piora de creatinina
sérica. Das 19 pacientes, apenas 7 continuaram fazendo seguimento no Ambulatório de Nefrites. Conclusão: A glomerulopatia que se instala pela primeira vez na gravidez é condição
usualmente preocupante, diante das implicações que têm sobre a saúde materna e fetal,
particularmente quando se observa perda de função renal. Observamos entre os desfechos
deletérios perda fetal e piora da função renal (em sua maioria quando a creatinina sérica
inicial já estava alterada), culminando com a necessidade de terapia de substituição renal;
mas agravamento da proteinúria também foi observado e as implicações de tais alterações só
poderão ser definidas no longo prazo.
Palavras Chaves: Glomerulopatias,Gravidez
Glomerulonefrite Aguda Pós-Estreptocócica ou Glomerulonefrite Membranoproliferativa? A importância da
microscopia eletrônica para elucidação etiológica nas
glomerulopatias
MONIQUE ISABEL SILVEIRA BECHARA,EDUARDO BARCELOS RACHED,VILMAR DE PAIVA
MARQUES,MARLENE ANTONIA REIS,ALCINO REIS MENDES,JULIANA REIS MACHADO,PRECIL
DIEGO MIRANDA DE MENEZES NEVES
Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Minas Gerais
Introdução: As glomerulopatias com apresentação sob a forma de síndromes nefrítica e nefrótica concomitantes são, algumas vezes, de difícil diagnóstico etiológico, sendo a biópsia renal item indispensável, requerendo certos casos que a diferenciação etiológica seja
feita em nível utraestrutural, através da microscopia eletrônica. Relatamos o caso de uma
síndrome nefrítico/nefrótica cujo diagnóstico etiológico só pôde ser descoberto através da
microscopia eletrônica. Relato de Caso: Paciente do gênero masculino, 16 anos, encaminhado por edema há 10 dias, de início em membros inferiores com progressão para anasarca,
associado a oligúria e urina avermelhada, sem febre, negava história prévia de faringite,
piodermite, uso de medicamentos ou internações. Ao exame físico: corado, hidratado, afebril,
Murmúrio Vesicular presente e reduzido em bases, sem Ruídos Adventícios, PA: 150x100
mmHg, edema de MMSS e MMII 4+/4+. Exames: Hb:13,3g/dl, leucócitos:7390, plaquetas:
242000, Ur: 98,4mg/dl, Cr: 1,71mg/dl, PCR: 2,2, Colesterol total: 292mg/dl, LDL: 191,4mg/
dl, HDL:73mg/dl, TG: 138mg/dl, DHL: 352mg/dl, FAN hep2, VDRL e sorologias para Hepatites
B e c: negativos, ASLO: 298,93UI, Proteínas totais: 4,48, Albumina 1,51, Globulina, 2,97, C3:
0,36 e C4 normal. Urina tipo I: Prot +++ / Hb +++, LC: 229000, HC: 193000, Proteinúria
24h: 4190mg. Diante do quadro de síndrome nefrótica, o paciente foi submetido à biópsia
renal que revelou hipercelularidade endocapilar por proliferação e infiltração, duplicação da
membrana basal glomerular e focos moderados com infiltrado inflamatório mononuclear. À
imunofluorescência depósitos de C3 e IgG em alças capilares glomérulares e parede vascular,
gerando dúvida entre GNAPE e GNMP. Diante disso, foi realizada a microscopia eletrônica
onde foram evidenciados depósitos subepiteliais, os “humps”, confirmando o diagnóstico de
GNDA. Recebeu alta hospitalar com melhora do edema, retornando ao ambulatório 3 meses após novamente em anasarca, Cr:1,5, Hb: 9,5; Lc: 6900; Plaq: 284000, Colesterol total:
348, Trig:121. Proteinúria 24horas: 13,05g, Urina I: pH: 7, d: 1015, PT +++, Hb ++++, Hc:
80.000, Lc: 7000, Se comportando como um quadro atípico de GNDA, com manutenção da
proteinúria por muito tempo. Conclusão: O diagnostico diferencial entre a GNDA atípica e a
GNMP em alguns casos pode ser difícil, requerendo análise a nível ultraestrutural (microscopia eletrônica) para que a etiologia da glomerulopatia seja elucidada.
Palavras Chaves: BIOPSIA RENAL, MICROSCOPIA ELETRONICA
83
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
Glomerulonefrite Aguda Pós-infecciosa Crescêntica – Relato
de Caso
FERNANDO SALES,Irene Faria Duayer,Raquel de Melo Silva,Daniela Loss
Mattedi,Lecticia Barbosa Jorge,Rui Toledo Barros,Viktoria Woronik
HOSPITAL DAS CLíNICAS - FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SãO PAULO
Introdução: Glomerulonefrite pós-infecciosa (GNPI) é consequência de uma lesão renal causada por resposta imunológica inapropriada, desencadeada por estímulo antigênico por uma
infecção primária “não renal”. Atualmente, tem ocorrido uma mudança do perfil da GNPI,
com aumento de freqüência em adultos e pacientes com co-morbidades, como alcoolismo
e diabetes mellitus. Tem surgido apresentações histológicas e clínicas variadas, chegando a
25% a incidência de GNPI com crescentes. Relato: VJB, 39 anos, solteiro, negro, procedente
de São Paulo-SP, pedreiro. Em fevereiro de 2011, refere início de edema de MMII ascendente
até raiz da coxa, espuma na urina e aumento da freqüência urinária a noite. 1 episódio de hematúria macroscópica . Piora de controle pressórico. Ganho de peso de 5 Kg. Negava episódios recentes de infecção de vias aéreas. Negava diarréia, lesões cutâneas, fotossensibilidade
ou artralgias. Presença de lesão oral fibromatosa em mucosa que recobre arcadas dentárias,
além de presença de dentes com mau aspecto de conservação. Antecedentes: Hipertensão
arterial sistêmica com diagnóstico há 12 anos, em tratamento irregular; tabagismo ativo (23
anos/maço); etilismo importante desde os 20 anos. Exames ambulatoriais acusando presença
de proteinúria nefrótica (4,47g), perfil lipídico alterado (colesterol total 309), hipoalbuminemia (2,6) e hematúria (+100/campo). Evolui com rápida piora de função renal (Cr 0,97 >
1,58), sendo optado por internação hospitalar na enfermaria da Nefrologia em 25/03/2011.
Iniciado pulsoterapia com metilprednisolona, 1 g/dia, por 3 dias, pela hipótese de glomerulonefrite rapidamente progressiva. Submetido à biópsia renal em 28/03/2011, com amostra de
13 glomérulos, apresentando volume aumentado e hipercelularidade mesangial, endotelial
e de neutrófilos; hipertrofia de podócitos; presença de crescentes celulares focais em 2 glomérulos; membrana basal com desdobramentos ocasionais; proliferação endocapilar; vasos
com arteriosclerose, com conclusão de glomerulonefrite difusa endocapilar aguda, com crescentes celulares. Evoluiu com melhora progressiva de função renal (creatinina alta hospitalar
1,12, em 01/04/2011), estando atualmente em acompanhamento ambulatorial, tendo sido
feito desmame de corticoterapia. Conclusão: O caso relatado ilustra o novo perfil que tem
surgido para GNPI, com maior gravidade em pacientes com co-morbidades prévias, como
alcoolismo.
Glomerulonefrite membranoproliferativa associada à
deficiência de alfa-1 antritripsina com heterozigose para o
alelo Z
VANESSA DOS SANTOS SILVA1, Rodrigo Hagemann1, Ricardo A Femozelli1, Kunnie
I R Coelho1, Carlos A Caramori1, Viktória Woronic2, Bruno Eduardo Pedroso
Balbo2, Luiz Fernando Onuchic2
1 - UNESP
2 - FACULDADE DE MEDICINA DA USP-SP
Introdução: A deficiência de alfa-1 antitripsina (DAAT) é doença autossômica recessiva, causada por mutações no gene SERPINA1. Apresenta fenótipo variável, sendo o enfisema pulmonar a manifestação mais freqüente, seguida de manifestações hepáticas, as quais se correlacionam com os alelos Z e M (Malton). Glomerulonefrite membranoproliferativa (GNMP)
é manifestação rara; quando presente, associa-se à cirrose hepática e ao alelo Z em homozigose. Objetivos: Relatar caso de GNMP associada à DAAT com heterozigose para o alelo
Z. Casuística e Métodos: Paciente masculino, 61 anos, encaminhado com síndrome nefrítica.
Apresentava história de astenia, desnutrição e ascite há 6 meses e internações recentes por
encefalopatia hepática. Referia HAS e tabagismo; negava diabetes e etilismo. Ao exame apresentava ascite, edema e fígado palpável. PA:135x80 mmHg. Exames revelaram creatinina
sérica de 3,4 mg/dL, hematúria e proteinúria (1,6g/24h). Detectado anemia (Hb8,4g/dL),
hipoalbuminemia (2,2g/dL), níveis normais de TGO/TGP e fosfatase alcalina de 192 U/L. Sorologias para hepatites virais foram negativas. FAN, anticorpos anti-mitocôndria e anti-músculo
liso foram negativos, porém os níveis de C3/C4 mostraram-se diminuídos e cANCA reagente.
Realizada biópsia hepática, que confirmou cirrose; nesta, a persistência de grânulos citoplasmáticos eosinofílicos após digestão por diastase foi conclusiva para DAAT. Foi indicada, então,
biópsia renal e obtida amostra de DNA do paciente para investigação dos alelos de SERPINA1
associados ao fenótipo hepático. Resultados: A biópsia renal revelou GNMP tipo I, com 30%
de esclerose glomerular e moderada fibrose intersticial. Imunofluorescência mostrou depósitos granulares difusos de IgM(2+) e C3(2+) em alças capilares. A partir da amostra de DNA,
as regiões de interesse foram amplificadas por reação em cadeia da polimerase, na pesquisa
dos alelos Malton (p.Phe75del), S (p.E264V) e Z (p.E366K). O seqüenciamento direto revelou
heterozigose para o alelo Z. Conclusões: GNMP quando associada a cirrose e na ausência
de lesão pulmonar é manifestação rara da DAAT, classicamente associada a homozigoze do
alelo Z. Em nosso caso, tal alelo foi identificado em heterozigoze, sugerindo que o paciente
apresente heterozigose composta com outro alelo patogênico não pesquisado. Apesar da
ausência de vasculite, a positividade de cANCA na DAAT também já foi descrita, podendo ser
atribuída à ação não antagonizada da proteinase-3
Palavras Chaves: Glomerulonefrite pós-infecciosa
Palavras Chaves: alfa 1 anti tripsina, alelo z
Glomerulonefrite difusa aguda em idoso. Relato de uma
manifestação atípica e breve revisão de literatura
Glomerulonefrite Rapidamente Progressiva associada
a Hanseníase Virchoviana: relato de caso e revisão da
literatura
CHRISTIANE AKEMI KOLJIMA, polyana souto lopes da silva, paulo cesar leite
santana, mary carla estevez diaz
hospital servidor publico municipal
Introdução: Glomerulonefrite difusa aguda (GNDA) é um processo inflamatório agudo que
envolve os glomérulos, de etiologia primária ou secundária a doenças sistêmicas. O protótipo
da GNDA é a glomerulonefrite que se segue a infecção pós-estreptocóccica, mais prevalente
em crianças após infecção de vias aéreas superiores ou impetigos, com resolução espontânea
benigna.É rara em adultos, com pior prognóstico e poucos relatos. Síndrome nefrítica de
evolução benigna é a forma de apresentação mais comum. Objetivos: relatar caso de paciente
idosa previamente hígida que evolui para insuficiência renal aguda (IRA) dialítica. Relato do
caso: MPJ, 72 a, feminina, parda, natural de São Paulo. Há 1 mês vinha apresentando episódios intermitentes e autolimitados de diarréia e posteriormente notou hematúria esporádica
e macroscópica e febre. Há 3 dias da internação, apresentou oligúria e edema corpóreo. Nega
afecção de vias aéreas, pele ou outras queixas. Exame físico inicial: BEG, descorada (+/4+),
hidratada, afebril, acianótica, anictérica, eupnéica, pulmões limpos, ritmo cardíaco regular em
2 tempos, sem sopros, abdome inocente, discreto edema bipalpebral e de membros inferiores,
anúrica. USG com rins normais, Urina 1 com >1.000.000 leucócitos e hemácias, proteinúria
3+, Cr=11,9/U=185/k=3,5/Hb=10,3. Submetida à hemodiálise, uma vez que continuava
anúrica e sem evidência de melhora da função renal, além de antibioticoterapia por suspeita
de infeção urinária e infecção de cateter. Investigação complementar: hipocomplementemia,
ASLO negativo. Foi submetida a biópsia renal que evidenciou GNDA. Recebeu metilprednisolona endovenoso em pulsos e corticóide oral, sem melhora clínica. Manteve quadro diarréico
durante internação, sendo submetida a colonoscopia e diagnosticada colite pseudomembranosa. Permanece anúrica, em esquema de diálise e imunossupressão. Discussão: Paciente
apresenta sintomas característicos de GNDA porém com evolução ruim. Inicialmente, por se
encontrar em faixa etária pouco comum para doença, sem história prévia de infecção, artralgias, pouco favorável. comorbidades reumatológicas aventamos outras hipóteses como vasculites, neoplasias, IRA pós-renal. Todas essas hipóteses foram excluídas. Investigação positiva para GNDA, poucos relatos em literatura da evolução em idosos. Conclusão: Importância
da investigação diagnóstica com exames laboratoriais, imagem e biópsia para apresentação
atípica de glomerulonefrite difusa aguda em idosos.
Palavras Chaves: glomerulonefrite, idoso
84
RAFAEL DINARDI MACHADO,VERONICA MARIA PEREIRA COSTA,MARCELO CARVALHO
NAVES RIBEIRO,BRUNO MARTINS TOKUDA,HEBERT HENRIQUE CAPUCI,MARIANA
SALOMÃO BRAGA,GABRIELA RODRIGUES DE SOUZA,FRANCISCO RAFAEL DO NASCIMENTO
ALMEIDA,RAFAEL AUGUSTO BORGES PAVANI,MARIANA DE MORAES FRANÇOSO,FABIANO
BICHUETTE CUSTÓDIO,ELBER RAFAEL GONÇALVES,BIANCA BARBOSA LEAL,FERNANDA
TOLEDO PIZA FERRAZ,HORACIO JOSE RAMALHO,FERNANDA CRISTINA GOMES CAMELO,IDA
MARIA MAXIMINA FERNANDES CHARPIOT
HOSPITAL DE BASE/ FAMERP
Introdução: A hanseníase no Brasil é considerada endêmica, sendo o segundo país com o
maior número de casos. O envolvimento renal na hanseníase é extremamente diverso, variando desde glomerulonefrites, amiloidose AA e nefrite túbulo-intersticial aguda até alterações de
concentração urinária. OBJETIVO: Relato de caso de glomerulonefrite rapidamente progressiva em paciente com diagnóstico recente de Hanseníase Virchoviana. Relato de Caso: Paciente
do sexo masculino, 56 anos, natural de Pernambuco, morador de rua, encaminhado da UBS
para investigação de lesões de pele de início há 6 meses. As lesões eram de distribuição universal, nodulares, com áreas de erosão associadas a infecção bacteriana secundária Exames
na admissão: Hb= 9,7, Ht=29%, Leucócitos= 10000 (sem desvio a esq), Plaquetas=410000,
creatinina=1,5, albumina=2,6, Urina I com hematúria, proteinúria e leucocitúria. Confirmado
o diagnóstico de Hanseníase Virchowiana através da biópsia de lesão nodular da pele e iniciado tratamento específico com Dapsona e Clofazimina, além de Clindamicina para infecção
secundária. O paciente evoluiu com piora rápida de função renal (creatinina inicial=1,5 e
após 8 dias creatinina=10,0) e realizado biópsia renal com diagnóstico de Glomerulonefrite
difusa aguda pós infecciosa, com 30% de crescentes. Paciente foi submetido a 3 pulsos com
Metilprednisolona, necessidade de 2 sessões de hemodiálise por hipervolemia, hipercalemia
e uremia e recebeu alta hospitalar com creatinina de 2,3, em uso de prednisona 20mg, Clofazimina e Dapsona, para acompanhamento ambulatorial. Paciente retorna após 3 dias sem
uso das medicações por questões sócio-econômicas, mantendo função renal estável porém
com hansenoma em glande obstruindo a saída da uretra. Realizado abordagem cirúrgica e
recebe alta novamente com as mesmas medicações. Discussão: A forma virchoviana da Hanseníase e a presença Eritema Nodoso Hansênico têm maior correlação com lesão renal e a
manifestações clínicas são variáveis desde assintomáticos até Síndrome Nefrótica. De acordo
com a literatura, as formas mais comuns de lesão renal são as glomerulonefrites, sendo a
proliferativa mesangial a lesão mais comum e a presença de crescente é rara.
Palavras Chaves: virchoviana
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
GLOMERULONEFRITE RAPIDAMENTE PROGRESSIVA: UMA FORMA DE
APRESENTAÇÃO NÃO-USUAL DA GLOMERULONEFRITE AGUDA APÓS
INFECÇÃO DE VIAS AÉREAS SUPERIORES
VILMAR DE PAIVA MARQUES, Precil Diego Miranda de Menezes Neves, Marlene
Antônia dos Reis, Juliana Reis Machado, Edson Luiz Fernandes, Itsuzi Fugikaha
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Introdução: A glomerulonefrite aguda pós-estreptocócica (GNAPE) é geralmente caracterizada por hematúria macroscópica, hipertensão arterial e edema, sendo rara a ocorrência
de insuficiência renal aguda fulminante. Desta forma, descrevemos um caso de GNAPE cuja
apresentação clínica inicial se deu na forma de uma glomerulonefrite rapidamente progressiva (GNRP) confirmada histologicamente e com resposta satisfatória à terapia imunossupressora instituída. Relato do caso: M.A.D., 14 anos, sexo feminino, branca, há 5 dias com
edema generalizado, mal-estar geral, oligúria, cefaléia, vômitos e epistaxes, precedido por
infecção purulenta de orofaringe há 20 dias. Ao exame físico: anasarca, hiperemia e hipertrofia de amígdalas, FC de 94 bpm e PA de 140x90 mmHg. Exames laboratoriais: uréia: 220
mg/dL; creatinina: 7,1 mg/dL; ASLO: 400 Ul/mL; urina I com hemáceas incontáveis, e 25 a
30 leucócitos/campo; proteinúria de 24 horas de 530 mg. A biópsia renal revelou quadro
de glomerulonefrite difusa aguda com a presença de crescentes em 85% dos glomérulos
analisados na amostra. A paciente foi tratada com esquema de diálise peritoneal intermitente
por 1 mês e pulsoterapia com Metilprednisolona EV (1 grama/dia) por 7 dias, seguido por
Prednisona VO (1 mg/Kg com desmame progressivo da dose) por 6 meses e Ciclofosfamida
VO (1 mg/Kg) por 4 meses, evoluindo com normalização da função renal ao final dos 6 meses
de tratamento e involução das crescentes confirmada por biópsia renal realizada 1 mês após
o início da terapia imunossupressora. Conclusão: A GNRP é uma forma rara de apresentação
clínica inicial da GNAPE, devendo ser suspeitada nos casos de GNAPE com insuficiência
renal aguda grave. A confirmação do diagnóstico por biópsia renal e a instituição precoce da
terapia imunossupressora adequada são fundamentais para a evolução clínica satisfatória do
paciente e a recuperação parcial ou total da função renal.
Palavras Chaves: Glomerulopatia,Infecção Via aérea
GLOMERULOPATIA MEMBRANOSA: RESPOSTA A ESQUEMA DE PONTICELLI
VS. OUTROS TRATAMENTOS
JULIANA BUSATO MANSUR, LAILA ALMEIDA VIANA, Marcus Taver Costa Dantas, Thais
Oliveira Claizoni, Gianna Mastroianni Kirsztajn
UNIFESP
A glomerulopatia membranosa (GNM) é uma das principais causas de síndrome nefrótica em
adultos. O curso da doença é variável podendo haver remissão espontânea ou evolução para
estágio 5 da doença renal crônica(DRC). Seu tratamento é motivo de controvérsias. Objetivo:
Avaliar perfil da população portadora de GNM, idiopática ou secundária ao lúpus eritematoso
sistêmico (LES), do ambulatório de Nefrites da UNIFESP, determinando desfechos clínicos e
laboratoriais de pacientes tratados com esquema de Ponticelli e outros imunossupressores
(IMS) ou não para GNM. Material e métodos: Análise transversal, retrospectiva, com base
na avaliação de prontuário de 62 pacientes com diagnóstico anatomopatológico de GNM
(acompanhamento mínimo de 6 meses). Considerou-se melhora clínica redução de 50% ou
mais na proteinúria de 24h (P24h) pré-tratamento; remissão parcial P24h < 1g e remissão
completa < 0,3 g. Resultados: 62 pacientes, sendo 31 mulheres, média de idade de 47 anos;
25 com GNM secundária ao LES sendo 7 homens. O tempo médio de sintomas até biópsia
foi 12,9 meses (14,8 meses em não LES e 10,8 em LES). O valor médio da creatinina sérica
inicial (Crsi) foi de 1,04 mg/dL (0,4 a 2,8mg/dL) nos pacientes com GNM secundária a LES e
1,40 mg/dL (0,5 a 2,8mg/dL) naqueles com GNM idiopática. O valor médio da P24h inicial
foi de 6g. Oito pacientes evoluíram para DRC estágio 5, sendo um lúpico. O esquema de
Ponticelli foi usado em 14 pacientes (8 LES). Entre estes, 84% (11) apresentaram melhora
clínica, 38% remissão parcial e 23% remissão completa. Em nenhum dos pacientes que
receberam Ponticelli houve aumento da Crs até o fim do tratamento. Entre os que realizaram
outro tipo de IMS ou nenhum IMS, 8% dobraram o valor da Crs em relação aos níveis iniciais.
Discussão e conclusão: Foram avaliados pacientes portadores de GNM idiopática ou 2ª LES
tratados com esquema Ponticelli vs. outros, observando-se que os lúpicos tiveram diagnóstico
da glomerulopatia mais precocemente e menor perda de função renal. O grupo que usou
Ponticelli teve maior redução da proteinúria e remissão mais freqüente. Boa resposta a esse
tratamento esteve presente em GNM idiopática e secundária ao LES. Sabe-se que até 30%
dos pacientes com GNM idiopática entram em remissão completa espontaneamente em 5
anos; enquanto na população aqui tratada com esquema de Ponticelli, 61% remitiram em
curto período de seguimento. Esse número pode ser ainda maior, pois resposta tardia à IMS
é comumente descrita em GNM.
Palavras Chaves: glomerulopatia membranosa, Ponticelli
mmHg, identificada previamente à gestação ou até a 20ª semana. Sabendo que a HAC pode
se sobrepor com casos de pré-eclâmpsia, a identificação precoce de proteinúrias significativas
é importante na tomada de decisões clínicas mais rápidas. Objetivo: Avaliar alterações urinárias em pacientes com HAC no ambulatório de gestação de alto risco. Material e métodos:
Análise de amostras urinárias (Urina I e razão proteína/creatinina em amostra isolada de
urina) de 94 mulheres com HAC, acompanhadas de Jan/2008 a Mar/2011 no ambulatório
de Ginecologia-Obstetrícia e que foram seguidas pelo Grupo de Nefrites da UNIFESP-EPM.
Resultados: O pH urinário (Ref: 5,0-7,0) variou de 5,0 a 9,0, sendo em 7 casos acima de 7,0.
A densidade (Ref: 1010 – 1030) variou de 1005 a 1030, em 4 casos, abaixo de 1010. A
proteinúria (Ref: < 0,05 g/L) variou de 0,13 a 3,2 g/L, sendo 14 casos com valores alterados
(14,8%). A glicosúria (Ref: < 4mg/L) estava elevada em 5 casos e variou de 414 a 2619
mg/L. A leucocitúria (Ref: < 10/campo) apresentou 54 resultados alterados, sendo 4 casos
> 100.000/ml. A hematúria (Ref: até 10/campo) foi detectada em 15 casos, sendo 4 casos
associados a leucocitúria> 100.000/ml, 4 casos com hematúria > 10.000/ml e 3 casos com
dismorfismo eritrocitário positivo ( pesquisado quando a contagem de hemácias era superior
a 10/campo). A relação proteinúria/creatininúria em amostra isolada (Ref: zero), avaliada
em 90 casos, estava alterada em 14 casos e variou de 0,09 a 3,0. Conclusão: Devido à
relevância da sobreposição da doença hipertensiva gestacional e HAC, que aumenta o risco de morbimortalidade materno-fetal, é extremamente importante a detecção precoce de
proteinúria (aqui presente em 14,8%), para tomada de decisão e seguimento mais próximo.
Neste estudo, encontramos várias outras alterações urinárias, cujas repercussões só poderão
ser estabelecidas através de um acompanhamento de longo prazo.
Palavras Chaves: ALTERAÇÕES URINÁRIAS, HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA
Influência do excesso de peso corporal sobre a excreção
urinária de proteínas
LEANDRO ZUCCOLOTTO CRIVELENTI1, SOFIA BORIN1, MÁRCIO ANTÔNIO BRUNETTO2,
TATIANA CHAMPION1, FÁBIO NELSON GAVA1, AULUS CAVALIERI CARCIOFI1, AUREO
EVANGELISTA SANTANA1
1 - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA (UNESP), CAMPUS DE JABOTICABAL
2 - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (FMVZ/USP)
Estudos recentes demonstraram a ocorrência de lesões renais e proteinúria em pacientes
humanos obesos, o que, com base em estudos precedentes, se pensava ser decorrente apenas
de diabetes mellitus. Glomerulopatia associada à obesidade já foi alvo de estudos experimentais em cães, ratos e coelhos. Perante tal possibilidade, buscou-se neste ensaio avaliar a razão
proteína creatinina urinária (UPC), em gatos naturalmente obesos, com o objetivo de identificar possível correlação entre proteinúria e obesidade em tal espécie, e de se estabelecer
um modelo experimental alternativo para compreensão da proteinúria em humanos obesos.
Foram utilizados 10 gatos obesos e, segundo o escore de condição corporal (ECC), sete hígidos para compor o grupo controle. Durante o estudo os animais foram mantidos em gaiolas
metabólicas e amostras de urina foram obtidas por micção espontânea para determinação
das concentrações de creatinina e proteína total. Os dados foram avaliados pelo teste de t
student, considerando-se o nível de significância de p<0,05. Os gatos obesos apresentaram
peso médio de 6,24±0,92 kg, estimativa morfométrica da porcentagem de gordura corporal
(EMPGC) de 37,57±3,95%; UPC de 0,13±0,06; circunferência abdominal de 45,93±3,37
cm e torácica de 41,84±2,99 cm. O grupo controle apresentou peso médio de 3,50±0,37
kg, EMPGC de 24,24±3,37%; UPC de 0,09±0,03 e circunferências abdominal e torácica de
32,07±2,45 e 32,50±1,79 cm, respectivamente. Foram observadas diferenças significativas
entre os dois grupos quanto ao peso (p<0,0001), EMPGC (p=0,0001) e circunferências abdominal e torácica (p=0,0001). Apesar de ter sido verificada maior UPC no grupo de animais
obesos, esta não foi considerada significativa (p=0,314). Existem evidências de que lesões
renais precoces ocorram na obesidade em decorrência da hiperfiltração, parcialmente mediada pelo aumento da atividade simpática, ativação do sistema renina-angiotensina, lipotoxicidade, inflamação e estresse oxidativo, o que favorece aumento da permeabilidade da
membrana glomerular e excreção de proteínas. Sendo assim, apesar deste estudo preliminar
não ter demonstrado aumento da UPC associada à obesidade em gatos, salienta-se que por
ser uma variável que pode ter sua sensibilidade prejudicada em amostras contendo baixos
níveis de proteína, estudos ulteriores que avaliem microalbuminúria poderão contribuir significativamente.
Palavras Chaves: Obesidade, Glomerulopatia
Lúpus Eritematoso Sistêmico Soronegativo
CLARA ÁLVARES PEREIRA Leão, Silvia Marçal Botelho, Jerusa Marielle Nunes
Seabra de Oliveira, Luciana Ximenes Salustiano, Viviane Campos Ponciano,
Ivana Sousa Nunes
SANTA CASA DE MISERICóRDIA DE GOIâNIA
HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA- AVALIAÇÃO DE ALTERAÇÕES
URINÁRIAS EM GRÁVIDAS DE SÃO PAULO
Silva GSJr1, Facca TA2, Moreira SR3, Nishida SK1, Sass N2, Mastroianni-Kirsztajn G1
1 - Setor de Glomerulopatias da UNIFESP, São Paulo-SP
2 - Departamento de Ginecologia-Obstetrícia da UNIFESP, São Paulo-SP
3 - Hospital do Rim e Hipertensão
Introdução: A gravidez tem como complicação mais comum a hipertensão arterial. Hipertensão arterial crônica gestacional (HAC) inclui casos com pressão arterial (PA) acima de 140x90
Introdução: Lúpus Eritematoso sistêmico (LES) é uma síndrome autoimune com uma prevalência na população de 14,6 a 50,8 por 10.000 habitantes. O diagnóstico da doença
é definido pelos critérios clínicos e laboratoriais estabelecidos pela American Rheumatism
Association. O fator antinuclear (FAN) pode ser negativo em 4 a 13% dos casos, chamados
soronegativos. Objetivos: Descrever um caso de LES soronegativo. Resultados: Paciente do
sexo masculino, E.A.C, 45 anos, proveniente de Natividade-TO, deu entrada na SCMG com
quadro de edema generalizado e hipertensão arterial sistêmica.Após 15 dias de internação
evoluiu com úlceras orais e lesões de pele acometendo membros, dorso e abdome, sugerindo
85
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
vasculite. Nega qualquer antecedente patológico. Função renal prévia com creatinina de 0,8
e uréia de 45. Exames iniciais (12/08): ur 34, creat 1,6 chegando a 1,8; proteínas totais de
3,8 e albumina de 1,2; TAP 43,7%; perfil lipídico alterado à custa do aumento de triglicérides
e LDL; enzimas hepáticas dentro da normalidade, assim como dosagem de complemento;
proteinúria de 4,0g; EAS com 3+ de proteínas, 87.500 leucócitos, +/4 hemoglobina (2000
hcs) e cilindros hialinos. Sorologias para HIV e hepatite B e C negativas; VDRL não reagente.
Pesquisa de anticorpos: anti-RO, anti-DNA nativo, anti-histona, anticoagulante lúpico, anticardiolipina e FAN não reagentes. Possuía USG de abdome mostrando ascite moderada
e rins de tamanho normais. RaioX de tórax com atelectasias subsegmentares e pequeno
derrame pleural. Após sete dias de tratamento sintomático houve melhora das lesões de
pele e controle parcial dos sintomas sendo submetido à biópsia renal que evidenciou 43 glomérulos exibindo alças capilares espessadas e vários microtrombos hialinos em glomérulos.
Imunofluorescência mostrava positividade para IgA, IgG, IgM, C3 e C1q. Foi instituída terapia
com pulsoterapia combinada (solumedrol + ciclofosfamida), seguido de prednisona 60mg/
dia por oito semanas. Mantêm acompanhamento no serviço em uso de 10mg de prednisona
oral e ciclofosfamida em forma de pulsos trimestrais com recidiva da proteinúria para 1,5g
e anticorpos ainda negativos. Conclusão: O relato de caso acima sugere um provável LES
tendo como critério diagnóstico úlceras orais, nefrite e serosite. Segundo a literatura ainda há
possibilidade do paciente surgir com outras manifestações clínicas do lúpus ou reativar algum
anticorpo confirmando a suspeita diagnóstica.
Palavras Chaves: Lúpus Eritematoso Sistêmico, Soronegativo
Micofenolato Mofetil como tratamento
Glomerulonefrite Membranosa Idiopática
primário
em
LILIAN DA SILVA SANTOS, ALICE PIGNATON NASERI, MIRNA LUCIA QUEVEDO ECHAGUE,
PATRICIA BENTO GUERRA, VINICIUS BORTOLOTE PETERLE, FERNANDA ZOBOLE PETERLE,
MARIA CARMEN L. S. SILVA SANTOS, LAURO VASCONCELLOS
HOSPITAL DAS CLíNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPíRITO SANTO
Objetivos Relatar caso clínico de portador de Glomerulonefrite Membranosa (GNM) e a resposta ao uso de Micofenolato Mofetil (MMF) como tratamento inicial. Material e Métodos
Relato de Caso: WFS, 75 anos, portador de Diabetes Mellitus tipo II (DM-II) há10 anos, coronariopatia e fibrilação atrial. Apresentou Síndrome Nefrótica (SN) em 2008, com hipertensão
arterial e proteinúria (PTU) de 12g em 24h, sendo diagnosticada nessa ocasião Doença Renal
Crônica (DRC) grau III. Em virtude da ausência de alterações na Fundoscopia que sugerissem
doença microvascular diabética e do quadro de DM leve, optou-se por realizar biópsia (Bx)
renal em 21/04/08, que mostrou discordância entre a MO e a IF (arteriolosclerose hialina
e imunodepósitos de C3 e IgG). Realizou investigação para outras doenças de base, negativa. Fez a 2ª Bx renal em 20/05/09, que confirmou o diagnóstico de GNM idiopática.
Além do tratamento com estatina, diuréticos, Captopril e Warfarin, optou-se pela terapia
imunossupressora, seguindo a classificação prognóstica de Cattran (PTU > 8g em seis meses
de observação). As drogas de escolha para tratamento, Clorambucil ou Ciclofosfamida (CFO),
associados a corticóide (Ponticelli e Ponticelli modificado) assim como Ciclosporina (CSA),
não foram liberadas pelo Centro Regional de Especialidades devido à DRC do paciente. Este
não fez uso de corticóide por causa do DM e de catarata. Iniciamos então tratamento com
MMF 2g/dia em agosto/09, com PTU 17g/24h e creatinina de 2,0 mg/dl. Resultados O paciente evoluiu com melhora progressiva da PTU, alcançando remissão parcial (2,28 g/24h)
em setembro de 2010. Nessa época recebeu diagnóstico de mielodisplasia, confirmado por
Bx de medula óssea. O MMF foi suspenso pela sua associação com mielossupressão. O paciente apresentou em dezembro de 2010 piora importante do quadro hematológico, com
sangramento e sepse graves, indo a óbito. Discussão A terapia imunossupressora da GNM
é controversa, mas não há recomendações de se iniciá-la com MMF, sendo este reservado
para casos refratários e quando há contraindicações à terapia convencional. A boa resposta
do nosso paciente ao tratamento com MMF levanta a hipótese de que este pode ser uma
alternativa de 1ª escolha à terapêutica convencional. Por outro lado, não se pode afastar
que o efeito colateral do MMF de mielossupressão teve impacto sobre o mau desfecho do
paciente, ou até mesmo que a melhora da PTU não tenha sido secundária à diminuição da
resposta imune pela mielodisplasia.
Palavras Chaves: GLOMERULONEFRITE MEMBRANOSA,MICOFENOLATO MOFETIL
Mutações no gene NPHS2 em pacientes com GESF familiar
Michelle Tiveron Passos1, Alexandre Costa Pereira2, Sonia K. Nishid1, Amélia
Rodrigues Pereira1, Gianna Mastroianni Kirsztajn1
1 - UNIFESP
2 - InCor
Introdução: O conhecimento das glomerulopatias de natureza hereditária é tema de extrema
relevância para a compreensão do desenvolvimento das doenças glomerulares, classificação,
prognóstico e escolhas terapêuticas bem fundamentadas. Ainda assim, pouco se sabe sobre
essas doenças, em função de sua raridade e necessidade de profissionais com experiênciana
área. O gene NPHS2 codifica a proteína podocina que possui um papel importante na ultrafiltração glomerular e no controle da permeabilidade da membrana basal. Mutações no
gene NPHS2 estão associadas à síndrome nefrótica córtico-resistente, sendo que a maioria
dos pacientes apresenta glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF) em biópsias de rim.
Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo avaliar pacientes com GESF familiar através
da pesquisa de mutações no gene NPHS2. Casuística e método: Foram incluídos no estudo 9
pacientes-índice com GESF familiar (definida como: pelo menos um paciente com diagnóstico
86
histológico de GESF e um parente com glomerulopatia proteinúrica). Amostras de sangue
periférico foram coletadas e o DNA foi extraído por técnica padrão. O material genético foi
amplificado pela reação em cadeia da polimerase (PCR) e analisado em gel de agarose. A
pesquisa de mutações foi realizada por sequenciamento automático. Resultados: Os indivíduos tinham 1-60 anos de idade, creatinina sérica de 0,5-3,3 mg/dL, proteinúria entre 0,0
e 7,79 g/24h. Todos os pacientes eram córtico-resistentes. Polimorfismos foram encontrados
em 6 dos 9 pacientes-índice. Foram observadas duas mutações de componente heterozigótico. A mutação R229Q, no éxon 5, foi encontrada em um paciente com início da doença em
idade adulta e a mutação G42R, no éxon 1, em uma criança com síndrome nefrótica córticoresistente congênita. Conclusão: Apesar da rígida seleção de casos com GESF familiar córticoresistente, mutações no gene NPHS2 foram encontradas apenas em 2 (e polimorfismos em
6) dos 9 pacientes desse grupo. Análises adicionais são necessárias para estudo de possíveis
mutações em outros genes e/ou polimorfismos eventualmente associados ao desenvolvimento desta doença glomerular.
Palavras Chaves: NPHS2, GESF
Nefrite lúpica (NL) vs Glomerulonefrite “lúpus like” (GN LESlike): são a mesma doença?
DANIELA LOSS MATTEDI, Roberto Savio Silva Santos, Janaina de Almeida Mota
Ramalho, Liliany Pinhel Repizo, Lectícia Jorge, Rui Toledo Barros, Viktoria
Woronik
FACULDADE DE MEDICINA DA USP
Pacientes que possuem lesões histológicas típicas mas que não preenchem o critérios diagnósticos de lúpus eritematoso sistêmico (LES) pelo Associação Americana de Reumatologia
representam um problema diagnóstico. O objetivo deste estudo foi comparar características
clinicas e patológicas de pacientes com NL e GN LES-like. Foram analisados de forma retrospectiva 10 pacientes com GN LES-like definido por: (1) imunofluorescência à microscopia
positiva para IgG, IgM, C3 e C1q glomerular (escala de 0 a 4+) e (2) anticorpo antinuclear
negativo (FAN) 1: 80 e anticorpo anti-DNA negativo. Os casos foram randomizados e pareados com 20 pacientes com NL classe IV, de acordo com clearance basal (MDRD forma
simplificada) e tempo de seguimento. O tratamento imunossupressor foi definido pelo médico
assistente. Os pacientes foram seguidos por 24 meses, sendo que aqueles com NL eram mais
jovens que os pacientes com GN LES-like (27 anos VS. 42 anos, p< 0,05), e apresentavam
mais crescentes nas biópsias renais (95% VS. 10% dos pacientes, p<0,05). A terapia imunossupressora não diferiu entre os grupos, e incluiu prednisona, ciclofosfamida e micofenolato. Ao final do segmento, um paciente no grupo GN LES-like e 2 pacientes no grupo NL
evoluiram para doença renal crônica com necessidade de diálise. As demais características
clínicas (proporção de sexo feminino, albumina sérica, proteinúria, hematúria, hemoglobina
e complemento) e histológicas (número de glomérulos e porcentagem de fibrose intersticial)
eram semelhantes entre os grupos. O ritmo de filtração glomerular (em mL/min) ao início do
seguimento de ambos os grupos era semelhante (LES-like 47,5 vs. NL 49,5), com melhora ao
longo do seguimento na mesma proporção (LES-like 75 vs. NL 72,6, p>0,05). Dessa forma,
encontramos que a GN LES-like é muito similar à NL, tanto em características clínico-histológicas quanto em resposta terapêutica e desfecho.
Palavras Chaves: Lúpus-like, nefrite lúpica
Nefrite Lúpica Membranosa como Manifestação Inicial do
Lúpus Eritematoso Sistêmico em Adulto Jovem
BRUNO ZAWADZKI, Fabrício Bino Guimarães, Ana Cláudia Fontes, Alvimar
Delgado, Maurilo Leite Jr
UFRJ
Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune predominante no
sexo feminino exibindo diversas formas de manifestações clínicas. Aproximadamente 50%
dos pacientes lúpicos, apresentam nefropatia secundária à doença. Em 10 a 20% das nefrites
lúpicas, a investigação histopatológica revela nefrite lúpica membranosa. Objetivos: Relatar
o caso de um paciente, desenvolvendo como manifestação clínica inicial do LES, uma síndrome nefrótica decorrente da nefropatia membranosa lúpica. Casuística e Métodos: R.A.R.N,
sexo masculino, 32 anos, solteiro, natural do RJ. Em 2008 começou a apresentar edema
de membros inferiores (MMII), aumento de volume abdominal e urina espumosa. Relatava
alopecia. Negava alteração do volume urinário, hematúria e outros sintomas. Internado em
abril de 2011 na enfermaria de nefrologia do HUCFF em anasarca (edema de MMII, edema
periorbitário, ascite e derrame pleural) e hipertenso, para investigação diagnóstica. Trazia
exames laboratoriais de maio de 2010 com sorologias negativas para hepatite B, C e HIV. C3
e C4 normais e FAN 1:1280 com padrão nuclear pontilhado grosso. Os exames admissionais
demonstravam leucopenia (3220 leucócitos), creatinina 1,0 mg/dL (Clcr estimado 93 mL/
min), hipoalbuminemia (alb 2,7 g/dL), hipercoleresterolemia e EAS com a presença de proteinúria, hematúria e piúria. A proteinúria de 24h foi de 4,1 g. O USG de vias urinárias foi
normal. Prescrito diurético de alça e enalapril, evoluindo com melhora da anasarca e controle
da pressão arterial. No início de maio de 2011 foi submetido à biópsia (Bx) renal percutânea
pela suspeita de nefropatia lúpica. Recebeu alta após procedimento para o ambulatório. Resultado: O fragmento renal obtido pela Bx foi representativo para a realização da microscopia
óptica (MO) e para a imunofluorescência (IFI). Na MO observou-se espessamento difuso da
membrana basal glomerular (MBG) com áreas típicas de formação de espículas, sem alterações significativas mesangiais. Na IFI havia a presença difusa de depósitos imune (C1q,
IgG e C3) ao longo da MBG. Mediante os achados clínicos e histopatológicos foi definido o
diagnóstico de nefrite lúpica membranosa. Conclusões: O LES é incomum no sexo masculino.
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
O acometimento renal é comum nesta patologia. A nefrite membranosa é uma das formas
de nefrite lúpica, podendo estar presente sem nenhuma outra manifestação clínica ou sorológica. O diagnóstico precoce e a definição da abordagem terapêutica é fundamental para
o prognóstico renal.
Palavras Chaves: Nefrite lípica membranosa, Síndrome nefrótica
Nefropatia IgA com Ateroembolismo Renal – relato de caso
FERNANDO SALES, Irene Faria Duayer,Raquel de Melo Silva, Daniela Loss Mattedi,
Lecticia Barbosa Jorge, Rui Toledo Barros,Viktoria Woronik
HOSPITAL DAS CLíNICAS - FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SãO PAULO
Introdução: Ateroembolismo renal é uma forma de lesão renal secundária à oclusão de vasos renais de menor calibre por cristais de colesterol originados de placas rotas de ateroma da aorta ou de outras artérias com maior calibre. Incidência da doença é desconhecida,
estando associada a mau prognóstico renal, com freqüente evolução com necessidade de
terapia renal substitutiva. Relato: VAL, 21 anos, masculino, branco, natural e procedente de
São Paulo-SP. Em maio de 2010, início de cefaléia frontal e latejante, com identificação de
picos pressóricos e diagnóstico de hipertensão arterial. Em novembro de 2010, realização de
exames laboratoriais em seguimento ambulatorial com presença de hematúria e proteinúria,
bem como função renal tocada (Cr 1,6 e Ur 50). Em dezembro de 2010, evolução com
edema de membros inferiores ascendente até raiz da coxa, ganho de cerca de 5 kg de peso
e presença de espuma na urina. Sem diminuição de débito urinário ou hematúria macroscópica. Negava episódios freqüentes de IVAS ou com relação temporal com o quadro descrito.
Previamente hígido e sem nefropatias na família. Exames de admissão hospitalar com piora
de função renal (Cr 2,19 e Ur 80). Biópsia renal em 04/04/2011 com 17 glomérulos, 10
totalmente fibrosados, com volume aumentado e hipercelularidade mesangial, epitelial e endotelial. Expansão segmentar de matriz mesangial com depósitos hialinos. Atrofia tubular e
intersticial difusas. Vasos renais com fibrose de íntima, endoarteriolite e arterioloesclerose
hialina. Presença de imagens negativas fendiformes sugestivas de cristal de colesterol na luz.
Imunofluorescência com depósitos granulares mesangiais de IgA (1+/3+), com padrão segmentar e focal. Conclusão diagnóstica de nefropatia da IgA, forma cronificada; tromboembolia por cristais de colesterol; e lesões vasculares consistentes com comprometimento renal na
hipertensão arterial sistêmica. Conclusões: O caso descrito demonstra rara associação entre
glomerulopatia com desenvolvimento de síndrome nefrótica e ateroembolismo de colesterol,
com prognóstico renal reservado.
Palavras Chaves: Nefropatia IgA, Ateroembolismo Renal
Nefropatia por cilindro com Mieloma Múltiplo – relato de
caso
FERNANDO SALES,Raquel de Melo Silva, Irene Faria Duayer, Daniela Loss Mattedi,
Lecticia Barbosa Jorge, Rui Toledo Barros, Viktoria Woronik
HOSPITAL DAS CLíNICAS - FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SãO PAULO
Introdução: Doença renal é um problema comum no Mieloma Múltiplo. A patologia é muito
heterogênea e pode envolver uma variedade de mecanismos diferentes. Rim do mieloma ou
nefropatia por cilindro do mieloma refere-se a insuficiência renal aguda ou crônica que resulta
da filtração de cadeias leves tóxicas, levando a lesão tubular e formação de cilindro e obstrução intratubular. Relato: VJS, 62 anos, masculino, pardo, natural e procedente de São Paulo-SP.
Em outubro de 2010, início de astenia, febre vespertina não aferida e inapetência. Em janeiro
de 2011, evolução com edema de membros inferiores e aumento dos níveis pressóricos.
Previamente hígido e sem nefropatias na família. Exames laboratoriais com presença de alteração da função renal (Cr 3,55 e U 79), hematúria (+100 eritrócitos/campo),proteinúria 24
horas 7g/vol, albumina 3,4, anemia (Hb 7,8) e aumento do VHS (140), complemento normal
e sorologias negativas. Hipótese inicial de Vasculite Renal e iniciado tratamento imunossupressor (pulso com metilprednisolona e ciclofosfamida endovenosa). Eletroforese de proteínas revelou pico monoclonal de gama, imunofixação sérica com paraproteinas IgG/Kappa e
imunofixação urinária revelou proteínas de Bence Jones Kappa. Biópsia renal em 07/04/2011
com 7 glomérulos, com celularidade normal, expansão mesangial segmentar discreta, espaço
de Bowman com sinéquias em até 10% dos glomérulos, túbulos atróficos focalmente com
esboço de reação gigantocelular e neutrófilos ao redor, com interstício com 50% de fibrose
focal. Mielograma (26/05/2011) revelou medula óssea hipercelularidade com 11,6% de plasmócitos anômalos. Conclusões: Mieloma Múltiplo com acometimento renal, habitualmente
não se apresenta com hematúria, mas sua presença torna a biópsia renal imprescindível no
diagnóstico diferencial de outras etiologias de síndrome nefrítica-nefrótica em idosos.
Palavras Chaves: Mieloma Múltiplo
Pacientes adultos com diagnóstico de nefropatia por IgA
acompanhados no ambulatório de glomerulopatias do
Hospital das Clínicas de Goiânia
ANA TEREZA AZEREDO BASTOS BRITO,Marilia Rodovalho Guimaraes,Edna Regina
S Pereira,Nayara Gomes S da Costa,Gustavo Guilherme Q Arimatéa,Talita
Clementino M Cunha,Bianca R Rodrigues Rebelo,Ciro Bruno Silveira Costa
HC-UFG
Introdução: A nefropatia por IgA (NIgA) corresponde a causa mais comum de glomerulonefrite primária, com pico de incidência na 2°e 3° décadas de vida. Clinicamente manifesta-se
como hematúria macroscópica única ou recorrente na maioria dos casos, em menor número
como hematúria microscópica ou proteinúria leve, raramente como insuficiência renal aguda
(IRA) ou síndrome nefrótica. A biópsia renal está indicada se proteinúria maior que 0,5 a 1g/d,
creatinina elevada ou hipertensão arterial. Na imunofluorescência observa-se depósito de IgA
em mesângio. Em microscopia óptica nota-se proliferação mesangial difusa e em microscopia
eletrônica os depósitos elétron-densos em mesângio. Objetivos: Descrever as características
clínicas e histológicas dos pacientes com NIgA acompanhados no ambulatório de glomerulopatias. Casuística e métodos: estudo retrospectivo com revisão de 12 prontuários de pacientes com NIgA acompanhados no ambulatório de glomerulopatias do Hospital das Clínicas da
Universidade Federal de Goiás, no período de janeiro de 2011 a junho de 2011. Resultados:
dos 12 pacientes avaliados 8 eram mulheres com média de idade de 29 anos (media=29 e
desvio padrão=13,66) ao diagnóstico. A apresentação mais comum foi proteinúria associada
à hematúria em 50% dos casos, síndrome nefrótica em 25% dos casos e 8% com hematúria
microscópica isolada, 8 %síndrome nefrítica e 8% hematúria macroscópica com HAS. A creatinina inicial variou de 0,7 a 2,7 (media=1,23 e dp=0,50) e a proteinúria de 0,45 a 8,33/24h
(media=2,19 e dp=2,19). Cinco pacientes evoluíram com piora da função renal, destes 3
tinham Cr inicial >1,4mg/dL, todos tinham proteinúria inicial >0,5g/24h, 2 com proteinuria
final >3g/dia(media=1,03 e dp=1,40) e 3 com remissão parcial. Todos com dislipidemia, persistência de hematúria micro e alterações na biópsia (esclerose glomerular,fibrose intersticial
ou alterações vasculares), 4 com HAS fora do alvo pressórico, 3 com sobrepeso e 1 diabético.
Conclusões: Os casos descritos diferem das formas mais comuns de apresentação clínica
da NIgA, provavelmente deve-se ao fato de serem referenciados a este serviço terciário os
pacientes mais graves, permanecendo os outros casos na atenção primária. A associação com
fatores de pior prognóstico classicamente descritos na literatura, explica a evolução clínica
desfavorável dos pacientes analisados apesar da terapêutica preconizada ter sido instituída.
Palavras Chaves: nefropatia por IgA
Padrão das Glomerulopatias no Hospital de Clínicas Gaspar
Vianna.Estudo retrospectivo de 9 anos de biópsias renais.
RENATA KELLY SOUSA PANTOJA, ANA CRISTINA DE LIMA FIGUEIREDO DUARTE, PAMELA
TOLENTINO DA SILVA
HOSPITAL DE CLíNICAS GASPAR VIANNA
Objetivo: Conhecer a prevalência das glomerulopatias no Hospital de Clínicas Gaspar Vianna.
Metodologia:Foram analisadas retrospectivamente,todas as fichas de biópsias renais realizadas no período de agosto de 2002 a junho de 2011.Avaliou-se 168 biópsias renais das
quais 79(47%) eram do sexo masculino e 89(53%) do sexo feminino.A média de idade dos
pacientes foi de 23anos(+- 18).O dado sobre raça estava ausente na maioria das fichas.No
momento da biópsia renal, 94(56%) apresentavam síndrome nefrótica,30(18%)hematúria
com proteinúria não nefrótica,27(16%) insuficiência renal,15(9%) síndrome nefrítica e em
2 casos (1%) a biópsia objetivava avaliar esquema terapêutico.Houve destaque para nefropatia lúpica em 47(26,6%) dos casos,seguido de GESF 42(25%),GNM 19(12%),GNLM
17(10%),IgA 8(4,8%),GNDA 5(3%),GNMP 3(1,8%), outras 8(4,8%) e em 19(12%) não
foi possível o diagnóstico histológico por material insuficiente ou inadequado. Conclusão:De
acordo com os relatos de literatura,nossos achados mostram predomínio da nefrite lúpica
sobre as demais doenças glomerulares secundárias.A GESF foi a lesão histológica mais encontrada nas formas primárias.A principal indicação para a realização de biópsia renal nesta
população foi a síndrome nefrótica.
Palavras Chaves: glomerulopatia, biópsia renal
Perfil clínico dos pacientes com glomerulopatia membranosa
em acompanhamento em um Hospital Universitário da Região
Centro-Oeste
ANA TEREZA AZEREDO BASTOS BRITO, Marilia Rodovalho Guimaraes, Edna Regina
S Pereira, Nayara Gomes S da Costa, Gustavo Guilherme Q Arimatéa, Talita
Clementino M Cunha, Bianca R Rodrigues Rebelo, Ciro Bruno Silveira Costa
HC-UFG
Introdução. A glomerulopatia membranosa (GM) é uma importante causa de síndrome nefrótica em adultos. Pode ser primária ou secundária e é caracterizada pelo espessamento difuso
e homogêneo da membrana basal glomerular na ausência de proliferação celular. A doença
pode ter um curso indolente com remissão espontânea da proteinúria ou piora progressiva da
função renal. A progressão está frequentemente associada com sexo masculino, maior idade,
raça branca, proteinúria superior a 8-10g/dia, creatinina sérica elevada, hipertensão arterial
sistêmica (HAS), e achados histológicos de alterações tubulointersticiais ou esclerose focal na
apresentação da doença. Objetivo. Determinar o perfil clínico-demográfico dos pacientes com
GM em acompanhamento no ambulatório de glomerulopatias. Métodos. Foram revisados os
prontuários de 6 pacientes com o diagnóstico de GM primária, atendidos entre janeiro a maio
de 2011 no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás e levantados os dados
demográficos, clínicos, laboratoriais e anatomopatológicos. Resultados. Foi demonstrado um
maior acometimento de homens, na proporção de 4 para 2 mulheres, com média de idade
de 46 anos (variando de 40 a 52). Ao diagnóstico, todos apresentaram quadro de síndrome
nefrótica com proteinúria média de 7,05g/24h, variando de 3,2-15,2g. Não foi detectada
alteração da função renal em nenhum paciente no momento do diagnóstico (creatinina sérica
média de 0,8mg/dL). Durante a evolução (tempo médio de acompanhamento=4 a 5 anos), 3
pacientes apresentaram essa complicação (creatinina sérica média de 1,7mg/dL), exatamente
aqueles com proteinúria inicial >7g/24h. Apenas 1 paciente não apresentava dislipidemia,
1 apresentava HAS e 50% com hematúria microscópica. À biópsia renal, 2 pacientes mostraram esclerose glomerular, 3 fibrose intersticial leve e 1 fibrose intersticial moderada com
alterações vasculares, o mesmo que apresentou proteinúria à admissão de 15,2g/24h. A proteinúria final variou entre 0,12 e 5,51g/24h (média de 2,15), sendo que 2 pacientes atingiram
87
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
remissão completa (<300mg/24h), 3 apresentaram remissão parcial (300mg-3,0g/24h) e 1
evoluiu com piora da proteinúria apesar da terapêutica proposta. Conclusão. Nesta casuística
os pacientes com GM são jovens, com uma evolução clínica favorável. Entretanto, aqueles
que apresentaram no momento do diagnóstico altos níveis de proteinúria e à histologia fibrose intersticial e alterações vasculares evoluíram com posterior disfunção renal
Palavras Chaves: Glomerulonefrite membranosa
Perfil dos pacientes submetidos à biópsia renal nos últimos
cinco anos num hospital universitário do interior de São
Paulo
VANESSA DOS SANTOS SILVA,Alessandra M Bales, Luis Felipe Betti Casagrande,
Rodrigo Hagemann, Rosa Marlene Viero
Faculdade de medicina de Botucatu- UNESP
Introdução: O HC de Botucatu é referência para uma grande região de habitantes do centrooeste paulista. Entre janeiro de 2006 e dezembro de 2010 foram realizadas 196 biópsias renais.
O objetivo deste estudo é caracterizar os pacientes desta amostra. Metodologia: Realizadas
196 biópsias renais no período e dados clínicos coletados das fichas de cadastro do registro
paulista de glomerulopatias. Resultados: Idade média 45±15anos, 100 homens, 5 orientais, 19
negros e o restante brancos ou pardos. Em 100 pacientes a indicação da biópsia foi síndrome
nefrótica, em 34 hematúria e proteinúria assintomáticas, e em 32 glomerulonefrite rapidamente
progressiva-GNRP. Os principais diagnósticos foram nefrite lúpica (17,2%), Glomerulonefrite
membranosa-GNM (15,1%), Nefropatia por IgA-NIgA (10,9%), Nefropatia crônica (10,4%),
GESF (9,9%), Nefroesclerose diabética (8,8%), Glomerulonefrite crescêntica (6,25%). Entre as
glomerulonefrites primárias, os principais diagnósticos foram GNM (32,9%), seguidas de GESF
e NIgA (ambas com 21,1%). Entre os 100 pacientes com indicação de biópsia por síndrome
nefrótico, 48 tinham glomerulonefrites idiopáticas, sendo 10% destes portadores de GESF, 25%
GNM, 4% lesões mínimas, 4% nefroescleroses hipertensivas e 2% NIgA. Dentre as causas secundárias de síndrome nefrótico, os pacientes lúpicos somam 19 deste grupo. Entre os pacientes
que tiveram GNRP como indicação de biópsia, 7(22%) eram nefrites lúpicas classe III ou IV,
11(34%) eram glomerulonefrites crescênticas pauciimunes, e duas (6%) doenças do anticorpo
anti-MBG. Entre os diabéticos, 20 (76%) tinham proteinúria nefrótica, a creatinina média era
3,26mg/dl, nove tinham hematúria e apenas dois tinham retinopatia diabética. 65% pacientes
tiveram o diagnóstico de nefropatia diabética na biópsia, 15% tinham GNM, e o restante Nefropatia Crônica. Esta amostra contém 33 pacientes lúpicos, sendo que 20 foram submetidos a
biópsia renal por síndrome nefrótico e 9 por GNRP. Os diagnósticos foram nefrite lúpica classe
IV em 42% dos pacientes, classe V em 33%, classe III em 6%, classe VI em 6%. Conclusão:
Neste serviço, os pacientes submetidos à biópsia eram adultos (45 anos) e a principal indicação
de biópsia renal foi síndrome nefrótico. Desta forma, o achado de glomerulopatia membranosa
como o principal diagnóstico de glomerulonefrites primárias, diferentemente de outros serviços,
é compatível com a indicação de biópsia deste serviço.
Palavras Chaves: glomérulo, registro
Purpura de Henoch-Schönlein em adulto
LILIAN DA SILVA SANTOS, MIRNA LUCIA QUEVEDO ECHAGUE,VINICIUS BORTOLOTE
PETERLE, PATRICIA BENTO GUERRA, MARIA CARMEN L. F. SILVA SANTOS, ALICE PIGNATON
NASERI, LAUDO VASCONCELLOS
HOSPITAL DAS CLíNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPíRITO SANTO
Objetivo: Relatar um caso de púrpura de Henoch-Schönlein ( PHS) diagnosticado em paciente adulto. Material e Métodos: Revisão de prontuário e relato do caso MPDPO, feminino,
45 anos, procurou o Serviço de Nefrologia do Hospital das Clínicas da UFES encaminhada
pelo hematologista, com história de púrpura recorrente há 15 anos em membros inferiores,
episódios de epistaxe espontânea, e há 2 meses hematúria macroscópica recorrente. Relatava ainda artralgia freqüente, lombalgia, mialgia generalizada, dor abdominal recorrente e
depressão. Já havia realizado biópsia de pele, cuja conclusão foi vasculite leucocitoclástica de
pequenos vasos, discreta, com exsudatos mistos, sem realização de Imunofluorescência (IF).
Foi internada no nosso Serviço para investigação, com hemograma normal, creatinina 0,9
mg/dl, sorologias para vírus B, C e HIV negativas, FAN e Anti-DNA negativos, complemento
sérico normal e p- ANCA e c-ANCA também negativos, sendo submetida então a biópsia
renal. Resultados: A microscopia de luz evidenciou lesões glomerulares com padrão de GESF,
e à IF comprovou-se depósitos de IgA em mesângio, confirmando a suspeita de PHS para
a paciente em questão. Em acompanhamento em conjunto com a Reumatologia, recebeu
o diagnóstico de sacroileíte, confirmada por Ressonância Magnética (em investigação de
Espondilite Anquilosante), e fibromialgia. Apesar da inexistência de proteinúria importante
que indicasse tratamento pela lesão renal, devido presença do quadro sistêmico a paciente
iniciou tratamento com Metilprednisolona. Conclusão: A PHS é uma vasculite sistêmica de
pequenos vasos que se caracteriza por depósitos teciduais de imunocomplexos contendo IgA,
e com um componente cutâneo exuberante. Acomete primariamente crianças, e a incidência
em adultos é muito menor, mas nestes as manifestações tendem a ser mais proeminentes e
mais graves. No caso de nossa paciente, o diagnóstico só foi possível após a ida ao nefrologista, e graças à biópsia renal, que demonstrou depósitos de IGA. O diagnóstico correto
dessa doença possibilita melhor prognóstico renal pois o tratamento da proteinúria, quando
presente, pode retardar a progressão para doença renal de estágio terminal. Além disso, nos
quadros em que, como na nossa paciente, não há comprometimento renal importante, mas
há comprometimento de outros sistemas, pode-se melhorar a qualidade de vida do paciente
e evitar complicações importantes relacionados a cada sistema específico.
Palavras Chaves: HENOCH-SCHÖNLEIN, NEFROPATIA POR IgA
88
Recorrência precoce de
infecciosa: Relato de Caso
glomerulonefrite aguda
pós-
HORáCIO LUIS FONTES GOES DE BARROS, Francisco Pessoa da Cruz Júnior, Tarcilo
Machado da Silva, Vítor Hugo Honorato Pereira, André Falcão Pedrosa
Costa,Flávio Teles
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
Introdução: A glomerulonefrite aguda pós-estreptocócica (GNPE) tem como uma de suas
principais características a resolução espontânea, na forma de um único episódio. A recorrência de GNPE é um evento considerado raro e seus mecanismos ainda não estão bem
estabelecidos. Objetivo: Relatar um caso de recorrência de GNPE. Casuística: Paciente do sexo
masculino, 14 anos, com edema em membros inferiores (MMII) e bipalpebral há 2 dias, associado a urina escura. Mãe informa que há 7 dias surgiram lesões cutâneas em MMII. Negava
episódios prévios semelhantes. Ao exame físico: lesões compatíveis com impetigo em MMII,
PA = 160x100mmHg, edema bipalpebral e de MMII ++/4. Exames complementares: ASLO =
400 mU/ml, C3 = 46(90-180), C4 = 18(10-40), CH50 = 50(60-144); EAS: pH = 5, densidade
= 1020, proteínas +/4 e 60 hemácias por campo, Na+ = 140 mEq/l, K+ = 4,0 mEq/l, Cálcio =
8,8 mg/dl, fósforo = 4,9 mg/dl, creatinina (Cr) = 1,0 mg/dl. Após 48h de internação a Cr teve
seu pico (1,9 mg/dl). Ultrassonografia (USG) com aumento de ecogenicidade renal. Fez uso de
penicilina benzatina em dose única, furosemida e amlodipina. Evoluiu com melhora de função
renal, do edema e da PA, obtendo alta. Trinta dias após alta, estava sem edema, com PA de
90 x 50mmHg e Cr = 0,7 mg/dl. Dois meses após o primeiro evento houve um novo episódio
de edema e elevação da PA. Ao exame físico apresentava foliculite em coxa esquerda, edema
de MMII ++/4 e PA = 140x90mmHg. Não utilizou antibiótico. Exames: ASLO = 400 mU/ml,
C3 = 23, C4 = 11, CH50 = 35. IgA sérica normal. EAS com pH = 5, densidade = 1025, proteinas +/4 e 48 hemáceas por campo. Cr = 1,2 mg/dl. USG com aumento de ecogenicidade
renal. Recebeu furosemida e amlodipina com boa evolução. Dez dias após a alta estava sem
edemas, PA = 90x50mmHg, Cr = 1 mg/dl e redução significativa da hematúria. Discussão:
A recorrência da GNPE é um evento raro. A maioria dos relatos ocorreu de 9 a 82 meses
após o primeiro evento. No caso descrito ocorreu de forma mais precoce (2 meses). Embora
o mecanismo exato que leve à repetição da GNPE ainda não seja determinado, sugere-se
que a terapia antimicrobiana no primeiro evento possa causar supressão da resposta imunológica contra as cepas nefrogênicas. Outra hipótese é uma falha na resposta imune natural
contra determinados antígenos. Conclusões: A recorrência de GNPE é rara, principalmente
com apenas 2 meses do primeiro evento. Outros diagnósticos diferenciais devem sempre ser
aventados, como a nefropatia da IgA.
Palavras
Chaves:
Recorrência
Glomerulonefrite
aguda
pós-estreptocócica,
REDUÇÃO DA PROTEINÚRIA EM PACIENTE COM DIABETES TIPO I
ATRAVÉS DO TRIPLO BLOQUEIO DO SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINAALDOSTERONA
LILIAN DA SILVA SANTOS, ALICE PIGNATON NASERI, EDGARD AUGUSTO VILLAS BOAS,
MIRNA LUCIA QUEVEDO ECHAGUE, PATRICIA BENTO GUERRA, VINÍCIUS BORTOLOTE
PETERLE, MARIA CARMEN L. F. SILVA SANTOS, LAURO VASCONCELLOS
HOSPITAL DAS CLíNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPíRITO SANTO
Objetivo: Relatar o resultado de bloqueio triplo do sistema renina-angiotensina-aldosterona
(SRAA) na redução da proteinúria (PTU) em paciente portadora de diabetes tipo I (DM-I).
Material e métodos: LPO, 21 anos, com DM-I desde os 9 anos e hipertensão arterial sistêmica (HAS) há 4 anos. Encontrava-se na 4ª gestação, tendo história de pré-eclâmpsia na 1ª
gravidez. Durante o acompanhamento pré-natal, devido edema de membros inferiores, realizou pela 1ª vez exame de urina de 24 horas, que mostrou uma PTU de 5,91g. Apresentava
fundoscopia com retinopatia diabética não-proliferativa, e Ultrassom renal normal. Com 37
semanas foi submetida a parto cesariano, sem complicações. Após o parto, foi encaminhada
ao nosso Serviço para acompanhamento. Na 1ª consulta (Nov/10) apresentava-se em anasarca e hipertensa. Nova PTU solicitada mostrou 9,8g. Iniciou uso de Losartan (25 mg/dia),
Furosemida e Espironolactona. A biópsia renal, realizada em novembro de 2009, confirmou
nefropatia diabética. A dose de Losartan foi progressivamente aumentada, chegando a 100
mg/dia, e foi associado Enalapril 10 mg/dia. A pressão arterial permaneceu elevada, sendo
associado Anlodipina 10 mg/dia. A dose de Furosemida foi aumentada até 240mg/dia. Em
maio de 2010, a paciente retornou com piora do edema. A nova PTU mostrou 11,96 g/24h.
Aumentamos o Enalapril para 20 mg/dia, e introduzimos Alisquireno na dose de 150mg/
dia. Resultados: Após a introdução do Alisquireno ocorreu redução progressiva da PTU. Em
seis meses a paciente apresentou PTU de 2,5 g/24 h, uma redução de 79% em relação à
apresentada no início do tratamento. Permanece desde então com este esquema terapêutico.
Conclusão: O Alisquireno pertence a uma nova classe de medicamentos que atuam no SRAA,
com ação anti-hipertensiva e anti-proteinúrica. Sua associação com outros fármacos que atuam no SRAA demonstrou sinergismo sem efeitos adversos adicionais.Tanto o BRA como os
inibidores da enzima conversora da angiotensina são reconhecidos pelo seu efeito renoprotetor, mas a combinação dos dois ainda é controversa devido ao potencial aumento de efeitos
adversos. Em pacientes que toleram bem a terapia combinada, a associação do Alisquireno
para realizar um triplo bloqueio do SRAA pode ser benéfico na redução da PTU. Entretanto,
são necessários mais estudos para a avaliação de sua eficácia e segurança.
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
Relato de caso: Vasculite Anca+
BURDELIS, REM;Betti, E;Suzuki, AYA;Previero, B.M
Hospital Estadual Mario Covas, Santo André/SP
ID: MRV, 66 anos, , aposentado, pardo, casado. HPMA: Paciente procurou o Hospital com
quadro de mialgia e fraqueza em MMSS iniciado há 2 meses, perda de 12 kg no período,
Há 1 mês apresenta febre vespertina Refere urina acastanhada com odor fétido. AP: Tb
pulmonar tratada há 39 anos; uso diário de diclofenaco por 6 meses. Exame Físico: REG,
emagrecido, descorado +/4+, hidratado, eupneico, afebril, normotenso P 60Kg (habitual
73Kg). - Exames: Hb 9,2 Ht 27,3%, Uréia 116mg/dL, Creatinina 5,93 mg/dL, Urina I com
proteinuria, leucocituria e hematuria. Urocultura negativa; Prot 6,0g/dL (alb 2,3; glob 3,7);
TGO 11 U/dL; TGP 11 U/dL; GGT 8 U/dL; FA 73 U/dL ; TP 11,5s; INR 1,00. Pesquisa de escarro:
3 BAAR negativos - TC de abdome sem alterações. Evolução: Paciente evoluiu com piora
progressiva da função renal ,indicado início de hemodiálise por sintomas urêmicos. Durante
a investigação, obteve-se: Cl Cr 11,9 ml/min; Fator Reumatóide ‹ 20,0 UI/mL; Sorologias para
Hepatites B ,C e HIV não reagentes; VDRL não reagente; FAN nuclear pontilhado fino 1/160;
C3 123mg/dL (VR 88-201); C4 27,1mg/dL (VR 13-45); C-ANCA não reagente; P-ANCA reagente 1/20. Indicado Biópsia renal que evidenciou: 25 glomérulos (4 esclerosados e 17 com
crescentes celulares). Presença de granulomas com necrose fibrinóide.Iniciado tratamento
para vasculite ANCA associada com corticóide e ciclofosfamida. Discussão: As vasculites de
pequenos vasos pauci imunes são associadas a circulação de antígenos citoplasmáticos de
neutrófilos (ANCA). O envolvimento renal é comum e tipicamente manifesta-se com GNRP,
evoluindo para IRC estágio 5 em mais de 40% dos casos em dois anos. Anca pode reagir
com constituintes citoplasmáticos(ANCA-C) ou com constituintes perinucleres (ANCA-P). Na
Glomerulonefrite de Wegener(GW) a frequência de ANCA-C é de 70%, ANCA-P 20% e ANCA
negativo de 10%. Sintomas constitucionais como febre, mialgia, perda de peso, são comuns
nas vasculites. Na GW há prdisposição pelos tratos respiratórios superior e inferior, além de
envolvimento renal com hematúria, proteinúria e rápida deterioração da função renal. Tratamento consiste na terapia de indução (TI) e terapia de manutenção. São utilizados coticóides
e diversos imunossupressores além de plasmaférese. Os marcadores de pior prognóstico são
hemorragia alveolar e grau de insuficiência renal no diagnóstico, ANCA-C positivo e grau de
fibrose intersticial na biópsia renal. No paciente relatado, ANCA-P positivo, embora menos
frequente é fator de melhor prognóstico, assim como ausência de fibrose intersticial renal e
hemorragia pulmonar.
Síndromes Hemolítico Urêmica e de Guillain-Barré:
apresentação clínica concomitante após quadro diarreico.
Relato de Caso
MONIQUE ISABEL SILVEIRA BECHARA, EDUARDO BARCELOS RACHED, VILMAR DE PAIVA
MARQUES, ALCINO REIS MENDES, PRECIL DIEGO MIRANDA DE MENEZES NEVES, MARLENE
ANTONIA REIS
Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Minas Gerais
Introdução: A (SGB) é uma polirradiculoneuropatia inflamatória desmielinizante. A Síndrome
Hemolítico Urêmica (SHU) é uma Microangiopatia Trombótica causada por toxinas. Tais doenças possuem em comum um antecedente infeccioso. Nosso objetivo é relatar um caso de
apresentação concomitante dessas síndromes após quadro diarreico. Relato de Caso: Paciente sexo feminino, 16 anos, iniciou quadro diarreico, acompanhada por febre e ascite. Após alta
hospitalar, iniciou com diminuição do volume urinário. À avaliação nefrológica inicial apresentava oligúria (660ml/24h), normotensa, sem edema, função renal preservada, urina 1 com
hematúria (16.000/mm3), proteinúria leve (561mg/dl), e discreto aumento de DHL (510mg/
dl). FAN, HBSAg, Anti-HCV e HIV negativos. Complemento normal. Foi iniciado uso de Furosemida e optado por acompanhamento clínico. Alguns dias após, retornou com quadro
de oligoanúria, ascite, picos febris isolados, porém normotensa. Os exames complementares
evidenciavam anemia (hemoglobina: 9,6mg/dl), plaquetopenia (100.000mm3), presença de
esquizócitos em esfregaço de sangue periférico, creatinina: 4mg/dl, DHL aumentado (801mg/
dl), e albumina: 2,29mg/dl. Foram colhidas culturas e iniciado antibioticoterapia. A paciente
foi submetida à biópsia renal e o resultado foi compatível com Microangiopatia Trombótica
por Síndrome Hemolítica Urêmica. Foi iniciado então suporte dialítico. Após uma semana, iniciou quadro de parestesia em membros superiores, seguida por plegia, parestesia e arreflexia
em membros inferiores, progressiva e ascendente. Procedeu-se à coleta de líquor, que evidenciava proteínas: 104 mg/dL e 3 células/mm3, sendo 2 hemácias e 1 leucócito/mm3, que conjuntamente ao padrão eletroneuromiográfico , caracterizaram a Síndrome de Guillain-Barré,
sendo a paciente tratada com imunoglobulina humana ,com melhora progressiva do quadro.
Após o tratamento, a paciente voltou a apresentar diurese, escórias estáveis, ficando sem
hemodiálise por 20 dias, porém com hipoalbuminemia mantida, evoluiu com novo quadro infeccioso, e óbito por quadro de choque séptico. Conclusão: Mesmo causadas por mecanismos
fisiopatológicos diferentes, as duas síndromes podem coexistir. Cabe ao médico estar atento à
apresentação dessas duas síndromes graves que se manifestam após quadro diarreico.
Palavras Chaves: Síndrome de Guillain-Barré, Síndrome Hemolítico
Urêmica
89
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
RESUMOS - SESSÃO POSTER
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Benefícios da angioplastia em paciente portadora de Rim
Atrófico à Direita e Oclusão severa à Esquerda
MENSURAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL EM HEMODIALISE:A IMPORTÂNCIA
DA TECNICA DE AFERIÇÃO
MARIA PAULA SANTOS FONTES, Ricardo Sofiatti Mesquita de Oliveira, Sonia Celina
Arantes Silva Andrade, Helena Hemiko Iwamoto
PAMELA DE ALENCAR FORTALEZA SOUSA,Marcos Kubrusly,Cláudia Maria Costa de
Oliveira,Rafael Matos Magalhães,Marcelo de Almeida Pinheiro Lima,Matheus
Bonfin de Carvalho Rocha
Hospital de Clinicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Trata-se de um estudo caso do ambulatório de prevenção de doenças renais do Hospital
Escola da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Paciente do sexo feminino, 81 anos,
aposentada, procedente da cidade de Uberaba/MG, portadora de hipertensão arterial sistêmica (HAS) fazendo uso de losartan 100 mg/dia e atenolol 50 mg/dia. Nos últimos dois meses
a mesma vinha apresentando HAS de caráter maligno, de aproximadamente ∆ PS180 mmHg
e ∆PD120 mmHg. Foram introduzidos outros anti-hipertensivos (clonidina 0,400 mg/dia, anlodipina 20 mg/dia), sem melhora da resposta terapêutica e com piora da função renal, apresentando clearance de creatinina de 24 horas = 56 ml/min, uréia de 83,4 mg/dl e creatinina
sérica de 1,28 mg/dl, o que caracterizava risco de desenvolver falência renal e futura indicação para terapia renal substitutiva (TRS). Pelo caráter maligno da HAS instalada, indicamos a
realização de ultrassonografia com Doppler de vasos renais que mostrou rim direito atrófico
e artéria renal esquerda com alteração severa de fluxo. A paciente foi internada e submetidaa
arteriografia renal. Neste exame houve a comprovação de oclusão de mais de 90% da artéria
renal esquerda, embora o rim esquerdo ainda estivesse perfundido. Foi realizada angioplastia
com implante de stent. Após 15 dias de evolução a paciente apresentou redução dos níveis
pressóricos, melhora da função renal fazendo uso de apenas 25mg de losartan ao dia, com
decréscimo dos níveis de uréia para 49,6 mg/dl e creatinina 0,95 mg/dl, e melhora da função
renal. O fato de investir na realização de angioplastia renal na tentativa de conter o curso de
uma doença que fatalmente levaria a falência renal foi uma estratégia de sucesso. E ainda,
o trabalho de equipe da nefrologia com a cirurgia vascular com a eficiência e a indicação
precisa desta última em tempo hábil dentro de uma instituição pública de ensino foram os
fatores determinantes para o sucesso deste caso. Portanto, em situações de risco de perda da
função renal associada aos riscos da idade da paciente e a mesma ser portadora de rim único
funcionante, a angioplastia da artéria renal se mostrou um procedimento de excelência para
o tratamento de hipertensão renovascular.
Palavras Chaves: hipertensão arterial, rim atrófico
FACULDADE CHRISTUS
Introdução: A acurácia na medição da pressão arterial (PA) em hemodiálise (HD) não tem
sido bem estudada. Objetivos:Avaliar a concordância na medição da PA segundo a mensuração usual (PA de rotina) e a padrão (Diretrizes Brasileiras). Metodos: Foram avaliados
pacientes com tempo de diálise > 3 meses e idade ≥ 18 anos. Sendo considerados hipertensos pacientes com PAS ≥ 140 mmHg e/ou PAD ≥ 90 mmHg. A medida da PA padrão
pré-HD foi realizada com manguito ajustado para a circunferência do braço. Foi realizada
análise de correlação (Pearson) e concordância (Bland-Altman) das aferições da PAS/PAD. Foi
considerado significante clinicamente a diferença na aferição da PA > 5 mmHg. Resultados:
Foram incluídos 124 pacientes (53 do sexo feminino) com idade média de 52,4 ± 15,6 anos.
A correlação entre as medidas de PAS e PAD foi significativa (PAS: r = 0,695, p < 0,001 e
PAD: r = 0,579, p < 0,001). A diferença média da PA usual em relação à PA padrão foi de
- 6 mmHg para PAS (limites de concordância: - 40,1 a 28 mmHg) e - 5,6 mmHg para a PAD
(limites de concordância: -33,1 a 21,8 mmHg) (p <0,001). Em 28,2% (n=35) dos pacientes,
o diagnóstico de HAS não foi concordante entre os métodos, sendo que 24 pacientes foram
falsos normotensos (19,3%) e 11 falsos hipertensos (8,9%) pela medição usual. Conclusão:
A mensuração da PA em HD, segundo as diretrizes brasileiras, deve ser incentivada, evitando
assim erros de diagnóstico e tratamento.
Palavras Chaves: Pressão Arterial,Hemodiálise
PESQUISA CLÍNICA DE DOENÇA ATEROSCLERÓTICA MULTIARTERIAL
SINTOMÁTICA EM PACIENTES COM HIPERTENSÃO RENOVASCULAR DE
MESMA ETIOLOGIA
VILMAR DE PAIVA MARQUES,Precil Diego Miranda de Menezes Neves,Arthur
Alberto de Oliveira e Oliveira,Marcela Cristina de Oliveira e Oliveira,Marco
Antônio Vieira da Silva,Helena Moisés Mendonça,Luiz Antônio Pertili Rodrigues
de Resende
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
INCIDÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL EM ALUNOS DE ESCOLA
PÚBLICA E PRIVADA NO MUNICÍPIO DE CAMPINAS-SP
CILLO, FB,DAMASCENO, BL,ZANETTI, CB,MONTEMOR, ML,MENDOZA, LVG,CILLO, ACP
PUC CAMPINAS - SÃO PAULO
Introdução: Considera-se, atualmente, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) como uma doença crônica e de caráter epidêmico, apresentando nas últimas décadas um rápido e significativo aumento em seus índices de prevalência por todo o mundo, não somente em populações
adultas, mas também entre crianças e adolescentes. A obesidade na infância e adolescência, por sua vez, esta intimamente associada a sua persistência na vida adulta, trazendo
consigo uma série de co-morbidades como dislipidemia, hipertensão arterial, alterações no
metabolismo da glicose e hiperinsulinemia, conjunto de alterações descrito como “Síndrome
Metabólica”. Tal entidade, apesar de amplamente discutida em populações adultas, ainda
apresenta poucas avaliações quanto a sua prevalência entre crianças e adolescentes, não
havendo consenso ou padronização internacional dos pontos de corte a serem utilizados no
estabelecimento do diagnóstico. Outro fator é a condição social de crianças e adolescentes
que pode influenciar direta ou indiretamente no desenvolvimento de hipertensão arterial ou
obesidade. Objetivos: Comparar a incidência de HAS e Obesidade entre alunos de escola
particular e escola pública do município de Campinas - SP. Casuística e Métodos: Foram avaliados 1046 alunos de 7 a 15 anos de escolas pública (renda familiar <3 salários mínimos) e
privada (renda familiar >10 salários mínimos) no período de Fevereiro a Julho de 2011, sendo
avaliados os seguintes parâmetros: Pressão Arterial , Circunferência Abdominal (CA) e Índice
de Massa Corpórea (IMC). Resultados: Dos 1046 alunos, 616 (58,89%) eram estudantes de
escola pública e 430 (41,11%) de escola privada. Encontramos os seguintes resultados: Escola Pública - HAS = 261 (42,3%), CA Aumentada = 10 (1,62%), IMC elevado = 46 (7,46%),
IMC + CA elevados = 24 (3,89%), IMC elevado + HAS = 44 (7,14%), CA elevado + HAS =
12 (1,94%), HAS + CA elevada + IMC elevado = 59 (9,57%), HAS isolada = 146 (23,7%);
Escola privada - HAS = 155 (36,04%), CA Aumentada = 6 (1,39%), IMC elevado = 26
(6,04%), IMC + CA elevados = 34 (7,90%), IMC elevado + HAS = 17 (3,95%), CA elevado
+ HAS = 1 (0,23%), HAS + CA elevada + IMC elevado = 83 (19,3%), HAS isolada = 54
(12,5%). Conclusão: Encontramos significativa alteração na pressão arterial nos dois grupos
estudados: 42,3% da escola pública versus 36,0% da escola privada, sendo que neste grupo
a HAS esteve mais presente quando em associação com outros fatores como IMC elevado e
aumento da CA.
Palavras Chaves: HIPERTENSÃO ARTERIAL, OBESIDADE
90
Introducao: A principal causa potencialmente curavel de hipertensao arterial secundaria e a
hipertensao renovascular (HRV), cuja principal etiologia e a aterosclerose, que e uma doenca
sistemica. O objetivo desse trabalho e identificar e caracterizar clinico-epidemiologicamente
os pacientes com HRV, avaliando fatores de risco cardiovascular e presenca de doenca aterosclerotica multiarterial sintomatica. Metodologia: Selecionou-se pacientes atendidos no
Ambulatorio de Nefrologia da UFTM entre 2000-2010, com diagnostico de HRV de etiologia
aterosclerotica. Foram avaliados dados epidemiologicos (genero, idade, etnia), fatores de risco para doenca cardiovascular (diabetes melitus - DM, hipercolesterolemia - HCO, hipertrigliceridemia - HTG, tabagismo, sindrome metabolica), informacoes relativas a hipertensao (HAS)
- (tempo de diagnostico, historia familiar, numero de medicamentos em uso), eventos cardiovasculares precios (infarto agudo do miocardio - IAM, acidente vascular encefalico isquemico
- AVEi, doenca arterial periferica - DAP). Estratificou-se os niveis pressoricos, risco cardiovascular global e Escore Framingham dos pacientes. Valores estatisticamente siginificativos para
p<0,05. Resultados: Casuistica de 30 pacientes, maioria feminina (73,3%), idade media: 66
anos, 86,67% brancos. Tempo medio de HAS: 19,94 anos, 89,28% sem historia familiar de
HAS, 13,8% com DM, 65,61% fumantes, 17,25% HTG, 62,06% HCO e 66,7% com sindrome
metabolica. Numero medio de medicamentos em uso: 3,26. Estenose de arteria renal mais
comum a direita (46,72%) e em terco proximal (56,7%). Cerca de 40% com alteracao nos
niveis de creatinina. Maioria estagio 2 de HAS (47%) e com alto risco cardiovascular global
(73,3%). Escore Framingham medio de 13% (Risco Medio). 66,7% apresentava doenca aterosclerotica em outro ditio, sendo IAM (53,3% dos casos), AVEi: 30%, DAP: 16,67%, IAM
+ AVEi: 30% dos casos e IAM + AVEi + DAP: 6,67% dos casos. 16,67% dos pacientes com
Insuficiencia Renal Cronica em tratamento convervador. 56,67% dos pacientes haviam sido
submetidos a cirurgia para correcao da HRV, havendo reducao significativa da Pressao Arterial
Sistolica (p<0,0001) e Pressao Arterial Diastolica (p<0,0001) pos-procedimento. Conclusao:
A doenca aterosclerotica multiarterial foi bastante frequente o que exige a busca de tais
fatores de risco cardiovascular em pacientes com HRV, para tomar-se condutas que previnam
danos futuros aos pacientes.
Palavras Chaves: Hipertensão Renovascular, Aterosclerose
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
RESUMOS - SESSÃO POSTER
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA
Análise das interconsultas realizadas pelo Serviço de
Nefrologia do Hospital das Clínicas-UFES
MIRNA LUCÍA QUEVEDO ECHAGUE, Alice Pignaton Naseri, Lilian Silva Santos,
Mariana Pin de Andrade, Aedra Kapitzky Dias, Abraão Ferraz Alves Pereira,
Patricia Bento Guerra, Vinicius Bortoloti Péterle, Fernanda Zobole Péterle,
Lauro Monteiro Vasconcellos
Universidade Federal do Espirito Santo
OBJETIVO: Análise das interconsultas realizadas pelo nosso serviço, no período de agosto de
2009 a junho de 2011. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo retrospectivo do tipo série de casos.
A análise foi realizada através de formulário próprio do serviço, 371 casos. As variáveis estudadas foram idade, sexo, etiologia, comorbidades, creatinina inicial, recuperação da função
renal, classificação da Lesão Renal Aguda (LRA), necessidade de terapia renal substitutiva
(TRS), mortalidade geral, mortalidade em TRS. As informações estatísticas foram tabuladas
e analisadas pelo programa SSPS 19.0. RESULTADOS: Dentre os 371 pacientes 57,1% eram
do sexo masculino e 42,9% feminino. Idade media dos pacientes foi 56,8 anos. As principais
etiologias encontradas foram sepse 40,7%, doença renal crônica (DRC) agudizada 10,2%,
Síndrome Cardiorrenal 8,4%, glomerulopatia 7,5%, uropatia obstrutiva 6,2%, desidratação/
hipovolemia 7,3%, cirrose hepática 3,8%, nefrotoxicidade por drogas e contraste 5,4%. A
maioria dos atendimentos foi proveniente do Pronto Socorro 49,9%, Centro de Terapia Intensiva (CTI) geral 13,5%, CTI cirúrgica 8,6%, Enfermarias Clínicas 13,7%, Enfermaria Cirurgica
5,9%, Urologia 4,3% e Ginecologia/Obstetrícia 2,4%. As comorbidades mais prevalentes
foram hipertensão arterial 49,3%, diabetes melitus 21,8%, DRC 15,6%, Doenças Cardiovasculares (DCV) 22,1%. A creatinina média no inicio do acompanhamento foi 3,2mg/dl.
Na chamada do nefrologista por LRA, 45% alcançaram o estágio III da classificação Acute
Kidney Injury Network (AKIN), 15,6% AKIN II e 16,4% AKIN I. Dos pacientes que evoluíram
com LRA, 23,7% recuperaram totalmente a função renal, 24,3% recuperaram parcialmente e
46,9% não apresentaram recuperação. A TRS foi necessária em 37,5% dos pacientes, destes
94,9% foram submetidos a hemodiálise e 5,1% a diálise peritoneal, sendo que a mortalidade
neste grupo foi de 55,3%. A mortalidade geral foi de 37,2%. CONCLUSÃO: concluímos que
o perfil dos pacientes avaliados na interconsulta se assemelha aos dos dados da literatura
de outros serviços, com discreta diminuição no índice de mortalidade em pacientes em TRS,
que no nosso serviço foi de 55,3% e a principal diferença em relação aos dados literários foi
uma maior incidência de Glomerulopatias, DRC agudizada e Uropatia Obstrutiva eumamenorincidênciarelativadesepse.
Palavras Chaves: interconsulta
Avaliação da função renal após nefrostomia percutânea em
pacientes com nefropatia obstrutiva por neoplasia no período
de fevereiro de 2010 a fevereiro de 2011.
MARCIA REGINA DE CASTRO RODRIGUES, Meire Lopes Magalhães Carneiro, Jailson
Silva Alves, Alzira Carvalho Paula de Souza, Maria de Jesus Rodrigues de
Freitas, Kelly Amaral Santos, Gracilene Lobato Cardoso Guimarães, Ana Paula
Monteiro Rodrigues, Vanessa Correa Pantoja
Avaliação do potencial reparador da terapia celular com
células tronco mesenquimais (CTMs) na lesão renal induzida
por radiação ionizante (RI), em modelo animal.
Longo, VM, Razvickas, CV, Almeida, WS, Segreto, HRC, Schor, N
ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA/ UNIVERSIDADE FEDERAL DE SãO PAULO
Introdução: A RI causa morte celular dependendo da dose total, do volume irradiado e de fatores biológicos inerentes ao órgão. O tecido renal apresenta resposta lenta à radiação, com alterações funcionais e histológicas, que podem ser observadas
ao longo do tempo. Contudo, é comum a presença da lesão renal aguda num momento inicial. Neste estudo, avaliamos o
efeito da terapia com CTMs sobre a lesão induzida pela RI.
Objetivo: Avaliar o potencial terapêutico das CTMs obtidas da medula óssea, sobre a lesão
renal secundária a RI, em ratas Wistar. Métodos: CTMs foram obtidas de ratos Wistar machos
e caracterizadas por citometria de fluxo. Formamos grupos de 9 animais cada: Grupo controle (CTL); Grupo veículo (V); radioterapia ionizante (RI) do rim unilateral direito, em dose
única de 8Gy; Grupo tratado com RI e terapia celular 1X106, por via caudal (RI+CTMs). Em
seguida, as ratas foram colocadas em gaiola metabólica, para coleta de sangue e urina 24
horas, para análise deCreatS (mg/dL),clearance de creatinina (Clcreat, ml/min) eproteinúria
(mg/24h), no 20o e no 40o dia após o tratamento. Resultados: Na primeira avaliação (20º
dia), ao compararmos os grupos RI e CTL, verificamos um aumento da CreatS e a redução
do Clcreat, (0,96±0,19 vs 0,34±0,02; 0,36±0,14 vs 1,19±0,08; p<0,05, respectivamente).
Diferentemente ocorre em relação ao grupo RI, quando comparado com o RI+CTMs, pois observamos diminuição da CreatS e elevação do Clcreat (0,96±0,19 vs 0,42±0,04; 0,36±0,14
vs 0,79±0,12; p<0,05, respectivamente). Na segunda avaliação, no 40o dia,o grupoRI apresentou aumento da proteinúria, quando comparado ao CTL e ao RI+CTM (31,3±5,07 vs
10,8±0,08 e 13,4±1,69; p< 0,05), indicando que o processo de perda de função renal
persistiu no grupo tratado apenas com RI. Além disso, houve a manutenção das diferenças
nos níveis de CreatS e Clcreat,anteriormente verificadas, no grupo RI quando comparado
ao RI+CTM e ao CTL (1,36±0,04vs 0,41±0,04 e 0,39±0,03; 0,47±0,08 vs 1,01±0,13 e
1,06±0,20; p<0,05, respectivamente). Assim, além de reduzir a proteinúria, as CTMs mostraram ser eficientes na melhoria dos níveis das CreatS e do Clcreat. Conclusão: Estes dados
preliminares sugerem que a terapia com CTMs apresentou efeito benéfico sobre a lesão renal
induzida por RI, neste modelo experimental.
Palavras Chaves: lesão renal, células tronco mesenquimais
Balanço Negativo de Cálcio Induzido pela Anticoagulação
Regional com Citrato em Terapias Contínuas de Substituição
Renal
Sato, VAH;,Caires, RA;,Marques, IDB;,Pontelli, R;,Goldenstein, PT;,Burdmann,
EA;,Costa, MC;,Moyses, RMA;
Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo
Introdução:Uropatia obstrutiva é a obstrução ao fluxo de urina em qualquer nível do trato
urinário, da pelve renal até o meato uretral. Essa obstrução pode ser parcial ou completa, unilateral ou bilateral, aguda ou crônica, congênita ou adquirida.Dentre as causas de uropatias
obstrutivas adquiridas temos as neoplasias, que levam à compressão extrínseca. Nefrostomia
percutânea (NP) é um método de intervenção realizado para desviar urina nos casos de
obstrução urinária. Objetivo:Avaliar a recuperação da função renal após desobstrução urinária através da realização de nefrostomia percutânea no período de fevereiro de 2010 a
fevereiro de 2011.Método: A pesquisa realizada foi do tipo transversal, retrospectiva, através
da análise das fichas de acompanhamento da Interconsulta da Nefrologia já instituidas no
Serviço de Nefrologia do Hospital Ophir Loyola (HOL) e pelo preenchimento do protocolo
de pesquisa elaborado pelos autores. Foram incluídos neste estudo todos os pacientes internados neste Hospital com diagnóstico histopatológico de neoplasia, que evoluiram com
Insuficiência Renal Aguda (IRA) de causa obstrutiva, confirmada por exame radiológico de
imagem (Tomografia abdominal sem contraste), através do qual foi observado sinais de obstrução das vias urinárias e submetidos à desobstrução através de nefrostomia percutânea.
Estes pacientes foram avaliados e acompanhados pela Nefrologia no período de fevereiro
de 2010 a fevereiro de 2011. Realizou-se uma análise descritiva individualmente cada uma
das variáveis e em um segundo momento uma análise inferencial com o uso do teste ChiQuadrado para independência, com um nível de significância de 5%. Resultados: A amostra
obtida foi de 51 pacientes, sendo 78,4% do sexo feminino e 21,4% masculino. Dentre as
causas da IRA obstrutiva, a principal foi neoplasia de colo uterino com incidência de 78,4%.
Dos 51 pacientes, 92,2% foram submetidos à hemodiálise. A maioria dos pacientes (N=22)
foram submetidos a desobstrução das vias urinárias através de nefrostomia em um período
de até 20 dias entre o diagnóstico e a desobstrução com uma creatinina média de 1,8 com
64% obtendo alta dialítica. Conclusão: A nefrostomia é um bom método para desobstrução
das vias urinárias em pacientes com nefropatia obstrutiva, com significativa incidência de alta
dialítica, quando realizada em um período de até 40 dias após o diagnóstico.
Introdução: Os métodos contínuos de substituição renal que utilizam anticoagulação regional com citrato são comumente empregados em pacientes com lesão renal aguda (LRA) e
instabilidade hemodinâmica, especialmente quando há risco de sangramento. Entretanto,
este método pode causar um balanço negativo de cálcio e ocasionar piora da instabilidade
hemodinâmica dos pacientes. Objetivo: definir o balanço de cálcio em métodos contínuos de
hemodiálise com citrato, bem como os aspectos de controle e segurança desta terapia em
pacientes críticos. Métodos: Foram avaliadas 10 sessões de hemodiálise venovenosa contínua
realizada com dialisato sem cálcio, utilizando anticoagulação regional com citrato. A dose
de diálise e o fluxo de dialisato foram constantes e pré-determinados, enquanto a reposição
endovenosa de cálcio foi ajustada pelos níveis de cálcio iônico, de acordo com protocolo. Os
resultados foram expressos em média ± desvio padrão ou mediana de acordo com a distribuição da amostra. Para análise estatística foram usados teste t, qui-quadrado e coeficiente
de correlação de Pearson. Resultados: Características clínicas dos pacientes estudados foram:
sete eram do sexo masculino, idade 66±11anos, 6 com LRA, débito urinário de 0,3L(variação
0; 2,4L). Não houve eventos adversos, como arritmias ou coagulação do sistema, durante o
procedimento. Os parâmetros bioquímicos basais e ao término do procedimento estão expressos a seguir: cálcio iônico (mg/dL) 4,7±0,4 x 4,2±0,4, fósforo (mg/dL) 5,6±2,6 x 3,1±0,6
e PTH (pg/mL) 140±110 x 69±3, com p<0,05 para todas as variáveis. O balanço médio de
cálcio foi de -372mg (variação, -855; 290mg), sendo negativo em 8 pacientes. A ultrafiltração
(UF) efetiva média obtida foi de 6,3±1,9L. O balanço de cálcio tem tendência à correlação
negativa com a UF (R=-0,58; p=0,09). Curiosamente, a despeito de balanço negativo de
cálcio, os níveis de PTH diminuíram após 24h de terapia. Conclusões: Este estudo mostra que
ocorre balanço negativo de cálcio em pacientes críticos submetidos a métodos contínuos de
hemodiálise, o qual não é compensado por elevação de PTH, provavelmente pela gravidade
e ambiente inflamatório em que se encontram estes pacientes. Nossos resultados sugerem
que é necessária uma monitoração mais rigorosa dos níveis séricos de cálcio iônico durante
a realização de métodos contínuos de hemodiálise, especialmente em pacientes que necessitam de altas taxas de UF.
Palavras Chaves: INSUFICIENCIA RENAL AGUDA
Palavras Chaves: hemodiálise contínua, balanço de cálcio
HOSPITAL OPHIR LOYOLA
91
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
Características clínicas e mortalidade de pacientes com
injúria renal aguda (IRA) em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
submetidos à hemodiálise (HD)
Silva OFLLO,Belúcio-Neto J, Moysés-Neto M, Lopes PC, Basile-Filho A, Dantas M,
Nicolini EA, Romão EA
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP
Em pacientes críticos vários fatores estão envolvidos com a alta mortalidade, incluindo a classificação de RIFLE para IRA, a sobrecarga de volume, escore de APACHE II, número de órgãos
em falência e outros. OBJETIVOS: avaliar fatores relacionados à mortalidade de pacientes
críticos com IRA. MÉTODOS: dentre 190 pacientes críticos submetidos à HD, avaliaram-se retrospectivamente 67. A gravidade foi avaliada pelo escore APACHE II. A sobrecarga de volume
foi calculada pela equação: (Balanço hídrico acumulado/peso)x100. Dias no mesmo RIFLE:
número de dias no mesmo estádio de RIFLE até a HD. Diálise precoce: 0 a 3 dias de mesmo
RIFLE. RESULTADOS: idade 55 anos (18-86), gênero masculino 33, feminino 34; dias de internação na UTI 11 (2-9); dias de internação hospitalar 24 (5-124); comorbidades: hipertensão
arterial 22, diabetes 13, hepatopatia 15. Etiologia da admissão na UTI: infecciosa 36; insuficiência respiratória 11; cardíaca 6; neurológica 5; pós-PCR 4; cirúrgica emergência:eletiva 2:1;
outras 2. 49 (73,1%) pacientes apresentaram choque (séptico 39, distributivo não-séptico
6, cardiogênico 2, misto 2). 47 (70%) pacientes foram a óbito. O tempo de internação até o
óbito foi de 11 (2-62) dias. A causa do óbito foi: choque séptico 33, pneumonia 6, outras 8. O
balanço hídrico acumulado foi 3975 (-1100 a 28200) mL. Não houve diferença entre o grupo
de pacientes que foi a óbito e o que sobreviveu em relação à sobrecarga de volume (> ou <
10%) (p=0,8), diálise precoce (p=0,1), número de sessões de hemodiálise (p=0,5), tempo de
permanência em ventilação mecânica (p=0,36). Todos os pacientes que dialisaram estavam
no estádio F de RIFLE, exceto dois dos sobreviventes que estavam no estádio 2. Número de
dias de mesmo RIFLE: 2 (0-7). A sobrevida foi semelhante entre aqueles que tiveram mais ou
menos dias no mesmo RIFLE (p=0,5). O APACHE dos pacientes que foram a óbito (29; 11-42)
foi significativamente maior que o APACHE dos sobreviventes (23; 16- 33) p< 0,01. O mesmo
ocorreu para o número de órgãos em falência (2,1 ± 0.2 x 2.9 ± 0.1) (p<0,01). Não houve
diferença entre o APACHE dos pacientes com diálise precoce ou tardia (p=0,62). CONCLUSÃO: a principal causa de óbito foi choque séptico e associaram-se à maior mortalidade o
escore de APACHE e o número de órgãos em falência. A sobrecarga de volume e a indicação
mais tardia de diálise não se associaram à redução da sobrevida, o que pode ser justificado
pela limitação amostral.
Palavras Chaves: IRA, UTI
Caracterização de doentes que desenvolveram insuficiência
renal aguda na Unidade de Terapia Intensiva
Silva ADL1, Freitas AA1, Waters C1, Cardoso LGS1, Chiavone PA2
1 - FACULDADE DE CIêNCIAS MéDICAS DA SANTA CASA DE SãO PAULO
2 - IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO
Introdução: A Insuficiência Renal Aguda (IRA) ocorre em grande parte dos doentes internados
em UTI devido a fatores como a gravidade da doença, necessidade de exames diagnósticos
contrastados ou uso de medicamentos potencialmente nefrotóxicos. Objetivos: Identificar o
perfil epidemiológico e clínico dos doentes internados na UTI e caracterizar aqueles que desenvolveram IRA. Método: Estudo prospectivo, descritivo e quantitativo realizado nas UTIs de
um hospital de ensino no município de São Paulo. Os dados foram coletados após aprovação
do Comitê de Ética em Pesquisa, dos prontuários dos doentes por um período de 45 dias,
entre os meses de fevereiro e março de 2011, e acompanhados até o desfecho hospitalar.
Foram considerados doentes com IRA aqueles com diagnóstico médico no prontuário, desenvolvida durante o tempo de internação na UTI. Analisadas as seguintes variáveis: sexo,
idade, tipo de internação, desfecho na UTI e na enfermaria e tempo de internação. Para os
doentes com IRA foi verificada a necessidade de Terapia Renal Substitutiva (TRS). Resultados:
Foram incluídos 186 doentes, sendo 114 (61,3%) do sexo masculino e 72 (38,7%) do sexo
feminino. A idade variou de 21 a 87 com média de 54,8 anos. Quanto ao tipo de internação,
93 (50,0%) foi cirúrgica eletiva, 26 (14,0%) cirúrgica de urgência e 67 (36,0%) clínica. O
tempo de internação na UTI variou de 1 a 39 dias com média de 6,97 dias. Quanto ao desfecho na UTI, 151 (81,2%) foram transferidos para a enfermaria, 33 (17,7%) foram a óbito
e 2 (1,1%) tiveram outros desfechos. Dos doentes transferidos para a enfermaria, o principal
desfecho foi a alta hospitalar com 116 doentes (76,8%), seguido do óbito com 21 (13,9%) e
14 (9,3%) reinternações na UTI. Dos 186 doentes, 18 (9,7%) tiveram diagnóstico médico de
IRA durante a internação na UTI. Desses, 12 (66,7%) eram homens, com média de idade de
64,5 anos. Quanto ao tipo de internação, 10 (55,6%) era cirúrgica eletiva, 1 (5,5%) cirúrgica
de urgência e 7 (38,9%) clínica. Foram submetidos à TRS 13 (72,2%) doentes. O principal
desfecho da UTI foi a transferência para a enfermaria, com 10 (55,6%) doentes, seguido do
óbito com 8 (44,4%). Dos doentes transferidos para a enfermaria, 5 (50,0%) foram a óbito,
4 (40,0%) tiveram alta hospitalar e 1 (10,0%) reinternou na UTI. Conclusão: Predominou
doentes do sexo masculino, submetidos a cirurgias eletivas. A idade média e a mortalidade
(UTI e enfermaria) foram maiores entre os doentes que desenvolveram IRA.
Descrição de caso de nefrotoxicidade por pigmento associado
à anemia hemolítica macroangiopática.
Janaina Padula Picotti, DIOGO DA ROCHA VINAGRE, Paula Carbone Diaz, João
Egídio Romão Junior, Irene de Lourdes Noronha, Maria Regina de Araujo, Dino
Martini Filho, Hugo Abensur
Clinica de Nefrologia - Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo
Objetivo: Relatar caso de nefrotoxicidade por hemossiderina associado à anemia hemolítica
92
macroangiopática por escape valvar periférico de prótese biológica mitral. Relato do caso:
Paciente de 82 anos, sexo feminino, branca, evoluiu com quadro de insuficiência cardíaca
descompensada, piora da função renal e urina acastanhada. Antecedentes prévios: Valvulopatia mitral há 30 anos, com quatro cirurgias de intervenção nesta válvula, sendo a última
troca por prótese biológica em 2002, Acidente Vascular Encefálico hemorrágico há 10 anos,
Hipertensão Arterial Sistêmica há 20 anos, Fibrilação Atrial crônica há 10 anos, Doença Renal
Crônica estágio IV (creatinina basal – 1,25 mg/dl). Exames laboratoriais: hemoglobina 6,9 g/
dL, leucócitos – 12.200/mm3, plaquetas – 202.000/mm3, creatinina de 1,9 mg/dL (clearance de creatinina: 16 ml/min), bilirrubinas totais 2,7 mg/dL, DHL: 4162 mg/ dL, esquizócitos
presentes, haptoglobina <8 g/L, reticulócitos de 8%, urina I com hemoglobina presente, sem
proteinúria ou hematúria. USG de Rins - rins reduzidos de tamanho, relação córtico-medular
preservada. Ecocardiograma transesofágico visualizou presença de insuficiência periprotetica importante e central moderada na prótese biológica mitral. Realizada biópsia renal que
evidenciou interstício com fibrose em 20% da amostra, túbulos conservados com grande
quantidade de pigmento granular de hemossiderina no citoplasma de suas células. Paciente
evoluiu com piora progressiva da função renal com necessidade de terapia renal substitutiva
e transfusões frequentes. Devido à instabilidade da paciente foi optado pela equipe cirúrgica
não intervir em prótese mitral e paciente faleceu 30 dias após início do quadro. Discussão:
O mecanismo de hemólise intravascular em pacientes com disfunção de prótese valvar é resultado de trauma mecânico aos eritrócitos liberando hemoglobina no plasma que após uma
série de reações a mesma é incorporada ao túbulo proximal, podendo causar injúria renal
aguda por 3 mecanismos: hipoperfusão renal, citotoxicidade direta e cilindros intratubulares
formados pela interação de proteínas Heme com proteínas de Tamm-Horsfall. Concluímos
que injúria tubular secundária ao Heme deve ser considerada como causa de disfunção renal
em todos os pacientes com doença cardíaca valvar ou prótese.
Palavras Chaves: nefrotoxicidade, hemólise
Diferentes padrões em uma coorte de pacientes com a forma
grave de leptospirose (Doença de Weil): Efeitos de um programa
educacional em uma área endêmica
PEDRO ERNESTO BEZERRA LIMA1, Geraldo Bezerra da Silva Junior2, Rosa Maria
Salani Mota3, Hermano A.L. Rocha4, Krasnalhia Lívia Soares de Abreu4, Adller
G.C. Barreto4,Eanes D.B. Pereira4, Sônia Maria Holanda Almeida Araújo4,
Alexandre Braga Libório5, Rafael S.A. Lima6, Elizabeth De Francesco Daher4
1 - UNIVERSIDADE DE FORTALEZA- UNIFOR
2 - Departamento de Medicina Clínica, Universidade Federal do Ceará; Curso de Medicina, Centro
de Ciências da Saúde, Universidade de Fortaleza
3 - Departamento de Estatística, Universidade Federal do Ceará
4 - Departamento de Medicina Clínica, Universidade Federal do Ceará
5 - Curso de Medicina, Centro de Ciências da Saúde, Universidade de Fortaleza
6 - Serviço de Nefrologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
Introdução: A forma grave de leptospirose (Doença de Weil) é caracterizada pela tríade de
lesão renal aguda (LRA), icterícia e fenômenos hemorrágicos, sendo endêmica no Brasil. O
objetivo deste estudo é investigar as mudanças ocorridas no perfil clínico e nas medidas
terapêuticas em pacientes com LRA associada à leptospirose após a implementação de um
programa educacional em uma área endêmica do Brasil. Metodologia: Foi realizado estudo
retrospectivo com 318 pacientes com Doença de Weil internados em hospitais terciários no
período de maio de 1985 a dezembro de 2010. Os pacientes foram divididos em dois grupos
de acordo com o ano de admissão: grupo I (1985-1996) e grupo II (1997-2010). Foi instituído
um programa educacional em meados da década de 1990, com o objetivo de padronizar o
atendimento dos pacientes com LRA e reduzir a mortalidade. A análise estatística foi feita
pelo programa SPSS 17,0. Resultados: Houve 94 pacientes no grupo I e 224 no grupo II. Os
pacientes no grupo I tiveram maior frequência de arritmias (20% vs. 11,6%, p=0,04) e necessidade de diálise (75% vs. 24%, p<0,0001). O número de pacientes com oligúria foi maior
no segundo grupo. A mortalidade foi significativamente maior no grupo I (20%) que no grupo
II (12%), p=0,039. Os fatores associados ao óbito foram idade avançada, pressão arterial
diastólica abaixo de 60mmHg, arritmia e oligúria. Conclusão: A leptospirose está ocorrendo
em uma população mai velha, com maior gravidade. A mortalidade está diminuindo, podenso
ser atribuída em grande parte a uma melhor abordagem destes pacientes.
EFEITO DO POTENCIAL DE REPARAÇÃO DAS CÉLULAS-TRONCO
MESENQUIMAIS (CTMS) NA INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA (IRA)
INDUZIDA PELO ACICLOVIR (AC) EM RATAS.
JOELMA SANTINA CHRISTO, Lopes PGM, Simões MDJ, Reis LA, Schor N
UNIFESP/EPM,Departamento de Medicina
INTRODUÇÃO:O Acilovir AC é um fármaco antiviral utilizado no tratamento por herpes simples tipo 1 e 2 e da varicela zoster, distribui-se amplamente em todos os tecidos do organismo, sendo muito elevado nos rins o que pode induzir nefrotoxicidade. Essa nefrotoxicidade
é caracterizada por uma lesão aguda, com o esperado aumento da creatinina e da uréia
decorrentes da redução da, filtração glomerular e tem como substrato anatomo-patológico
a necrose tubular aguda. As CTMs tem capacidade de auto-regeneração. OBJETIVO: Nesse estudo avaliamos os efeitos de reparação das CTMs na IRA induzida por AC em ratas.
MATERIAL E MÉTODOS: As CTMs foram coletadas da tíbia e fêmur de ratos adultos Wistar
machos. Em experimentos anteriores, as CTM foram caracterizadas por citometria de fluxo e
também diferenciadas em adipócitos e osteócitos. Em seguida, as ratas Wistar fêmeas foram
tratadas com AC na dose de 80mg/kg/dia intraperitoneal durante 5 dias e o grupo controle
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
(CTL) recebeu a mesma dose de PBS. Ao final destes tratamentos administramos1X106 de
CTMs em 200μl de PBS via veia caudal e foram avaliados após 48 e 72 horas. Foram coletadas amostras de sangue e urina para a determinação da creatinina, uréia, Os resultados
foram expressos como média ± EP; e analisados pelo método One-Way ANOVA. Resultados
significantes quando P< 0,05. Resultados: Após 5 dias de tratamento com AC observamos
aumento (P<0,05) dos níveis de creatinina (1,7± 0,1 mg/dl) e uréia (174,5±0,2 mg/dl) séricas comparados aos animais do grupo CTL( 0,7±0,01 e 56,0±0,1 mg/dl)..Após 48 e 72
horas da administração das CTMs observamos melhora da função renal caracterizada pela
normalização desses parâmetros(Cr 1,3±0,1 AC vs AC+CTM 0.9±0,2 e uréia 143,5±0,2 vs
AC+CTM 89,2±0,2, P< 0,05) 48 horas e ( Cr 1,7±0,1 Ac vs AC+CTM 1,0±0,11 e uréia
174,5±0,2 AC vs AC+CTM 112,9±0,01, P< 0,05) 72 horas quando comparados aos animais
que receberam somente AC e aos animais do grupo CTL . A análise morfológica revelou uma
congestão glomerular com dilatação tubular nos animais tratados com AC durante 5 dias no
entanto nos animais tratados com AC+CTM durante 48 e 72 horas esse efeito foi amenizado.
Conclusão: Os resultados preliminares sugerem um potencial efeito de reparação das CTMs
na injúria renal aguda induzida pelo AC tanto na função como na morfologia.
pacientes, três foram contaminados por indistinguíveis cepas de P. aeruginosa isoladas em
dois diferentes sítios de infecção. Além disso, dois destes três pacientes apresentaram cepas
genotipicamente distintas em outro local de infecção, com uma semelhança abaixo de 68,5%
e 62% com outras isoladas do mesmo paciente. Finalmente, os três outros pacientes apresentaram cepas originadas de um mesmo clone isoladas de sítios diferentes, sendo que dois
destes apresentaram contaminação por linhagens com níveis de similaridade acima de 80%.
Conclusão: Os resultados demonstram que um mesmo clone de P. aeruginosa contaminou um
mesmo paciente em diferentes sítios, sugerindo que os cuidados a esses pacientes devem ser
melhorados a fim de se evitar a contaminação entre sítios distintos. Também, o isolamento de
linhagens com alta similaridade genotípica de diferentes pacientes sugere que ocorreu uma
possível contaminação cruzada no ambiente hospitalar.
Palavras Chaves: células tronco
BICHUETTE-CUSTODIO F, SOUZA GR,ALMEIDA FRN,GONÇALVES ER, FRANÇOSO MM,
MACHADO RD, PAVANI RB, BAPTISTA MASF, RAMALHO HJ, LIMA EQ
FATORES PREDITIVOS DA EVOLUÇÃO A LONGO PRAZO DE PACIENTES
APÓS LESÃO RENAL AGUDA
DISCIPLINA DE NEFROLOGIA - FACULDADE DE MEDICINA DE SãO JOSé DO RIO PRETO
GERMANA ALVES DE BRITO, JULIANA MARIA GERA ABRAO, DANIELA PONCE, ANDRE LUIZ
BALBI
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA BOTUCATU-SP
Introdução: A Lesão Renal Aguda (LRA) é síndrome associada a elevadas taxas de mortalidade intra-hospitalar. No entanto, dados de sobrevida a longo prazo são escassos e controversos. Este estudo teve como objetivos avaliar a evolução a longo prazo de pacientes após
episódio de LRA por necrose tubular aguda (NTA)e identificar fatores de risco associados ao
óbito. Metodologia: Estudo tipo coorte prospectivo que avaliou a evolução de pacientes que
sobreviveram a episódio de LRA, por um período mínimo de 12 meses, de outubro de 2004
a maio de 2011. As variáveis analisadas foram idade, sexo, classificação da NTA (isquêmica,
nefrotóxica ou mista), comorbidades (diabetes, hipertensão e doença renal crônica), etiologia
da internação (doença cárdio-vascular, sepse, pós operatório, hepatopatias e outras), necessidade de terapia renal substitutivas (TRS) e creatinina (Cr) após 12 e 36 meses de seguimento. Foi realizada análise descritiva da população com os resultados apresentados como
média±desvio padrão ou mediana e considerado significância estatística quando p<0,05.
Para identificação dos fatores preditivos de óbito foi realizada análise univariada com construção de curvas de sobrevida utilizando Kaplan Meyer e teste de log rank, e posteriormente
a análise multivariada com o modelo de regressão de Cox utilizando stepwise. Resultados:
Foram seguidos 212 pacientes, dos quais 34,4% eram diabéticos, 39,1% tinham doença renal pré-existente, 38,6% apresentavam doença cardiovascular. A média de idade foi 59±16,1
anos e o tempo de seguimento 26,7 meses (18,4-43,1). Ao fim do seguimento foi observado
mortalidade de 24,5%, 4,7% dos pacientes necessitaram de TRS e 19,3% perderam o seguimento. Na análise univariada, foram encontrados como fatores associados ao óbito: idade
(RR 1,05, p<0,0001); doença cardiovascular (p=0,01); doença renal crônica (p=0,008); Cr
após 12 meses de seguimento (RR 1,43, P=0,015) e Cr após 36 meses de seguimento (RR
1,58, p=0,004). Na análise multivariada foram identificados como preditores independentes
de óbito, idade (RR 6,4, IC95%=1,2-34,1 e p<0,02) e Cr após 12 meses de seguimento (RR
2,1, IC95%=1,14-4,1 e p=0,017). Conclusão: Este estudo mostra que idade e Cr após 12
meses de seguimento são fatores preditivos independentes de mortalidade após NTA, sendo
necessário o seguimento a longo prazo dos pacientes. Estudos futuros são necessários para
explorar a relação entre sobrevida e marcadores de mortalidade após a LRA.
Palavras Chaves: injuria renal aguda
Genotipagem de cepas isoladas de Pseudomonas aeruginosa
de pacientes em terapia renal substitutiva
VIVIANE FERREIRA1, ROBERTO MARTINEZ1, MIGUEL MOYSES NETO1, JAQUELINE PASSAGLIA2,
FáBIO CAMPIONI2, JULIANA PFRIMER FALCÃO2, JOSé ABRãO CARDEAL DA COSTA1
1 - FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRãO PRETO – USP
2 - FACULDADE DE CIêNCIAS FARMACêUTICAS DE RIBEIRãO PRETO – USP
Introdução: Frequentemente pacientes atendidos em situações de urgência podem desenvolver lesão renal aguda (LRA) evoluindo com necessidade de terapia renal substitutiva
(TRS) o que favorece uma incidência elevada de infecção e altos índices de mortalidade. A
Pseudomonas aeruginosa é uma bactéria gram-negativa, que permanece como um dos mais
prevalentes agentes de infecções hospitalares em todo o mundo. Seu ambiente de origem
é o solo, mas sendo capaz de viver mesmo em ambientes hostis, sua ocorrência é comum
em outros ambientes. É um patogênico oportunista, ou seja, que raramente causa doenças
em um sistema imunológico saudável, mas explora eventuais fraquezas do organismo para
estabelecer um quadro de infecção. Essa característica, associada à sua resistência natural a
um grande número antibióticos e anti-sépticos a torna uma importante causa de infecções
hospitalares. Objetivos: Comparar linhagens isoladas de um mesmo paciente portador de
LRA isoladas em diferentes sítios e comparar as linhagens de diferentes pacientes. Metódos:
Um total de 14 cepas de Pseudomonas aeruginosa foi isolado de diferentes locais em seis
pacientes diferentes. A diversidade genotípica foi assegurada por PFGE. Foi utilizada a enzima XbaI. Os dados foram analisados por Bionumerics 5.1 e faixas entre 48,5 e 533,5 bp de
tamanho foram incluídas na análise de PFGE. O dendrograma de similaridade foi construído
pelo método UPGMA através do coeficiente de similaridade DICE. Resultados: Do total de seis
Palavras Chaves: TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA, PSEUDOMONAS AERUGINOSA
Glomerulonefrite Rapidamente Progressiva ANCA-relacionada
em Paciente Portador de Blastomicose
Introdução: Em pacientes com Injúria Renal Aguda (IRA) associada a hematúria e proteinúria o diagnóstico de glomerulonefrite rapidamente progressiva (GNRP) deve ser considerado, dentre elas as GNRP-ANCA relacionadas. Infecções virais, bacterianas e fúngicas já foram descritas na literatura como gatilhos da cascata inflamatória que culmina com a lesão vascular.
Objetivo: Relato de caso de paciente portador crônico de blastomicose que desenvolveu IRA
por GNRP-ANCA. Relato de Caso: Paciente masculino, 62 anos, histórico de Blastomicose
traqueal há 10 anos, tratada na ocasião com Itraconazol, com critérios de cura. Sorologias
para PB micose de 1 ano antes foram negativas. Admitido por febre com duração de 8
dias e queda do estado geral. Vinha em uso de Levofloxacino por suspeita de infecção
pulmonar. Há 10 meses evoluindo com perda ponderal (9 kg) e episódios de “pneumonia”.
Exames à admissão: creatinina 6,2 mg/dl, urina tipo 1 com traços de proteína e hematúria
(155.000/mm3). US rins e vias urinárias normais. Creatinina basal 1,2 mg/dl (9 meses antes
da admissão). Sorologias para vírus hepatite B, C e HIV negativas Complemento sérico C3
= 103 C4 = 24 (normais). Paciente evoluiu com redução progressiva da diurese, edema pulmonar e piora de função renal. Iniciado hemodiálise, realizada biópsia renal, e pulsoterapia
de 3 dias com Metilprednisolona. Biópsia: extensa vasculite, com crescentes fibrocelulares
em 30% dos glomérulos, 50% esclerosados. Resultado do ANCA solicitado na admissão:
P-ANCA + , 1/320. Paciente permaneceu dependente de HD, evoluiu com pneumonia e
choque séptico, sendo transferido para UTI, não sendo possível uso de Ciclofosfamida pela
infecção grave. Evoluiu para óbito 04 dias após. Discussão: As vasculites ANCA relacionadas
são importantes causas de IRA e vários são os gatilhos imunológicos descritos. Na literatura
há relatos de 2 outros casos (pacientes de 16 e 69 anos) com diagnostico de blastomicose
que desenvolveram vasculites ANCA relacionadas, ambos c-ANCA +. Mesmo pela correlação
atemporal apresentada em nosso caso ( 10 anos entre o diagnóstico da blastomicose e a
injuria renal aguda) a associação com a blastomicose não pode ser descartada como o fator
desencadeante da vasculite
Palavras Chaves: GNRP-ANCA, BLASTOMICOSE
INCIDÊNCIA DE INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM PACIENTES CRÍTICOS
E SUA ASSOCIAÇÃO COM ESTADO NUTRICIONAL E MORTALIDADE
Pontes DP, Araújo RG, Barbosa MSS, Luz Neto LM, Silva JE
HOSPITAL DAS CLíNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
A insuficiência renal aguda (IRA) pode ser definida como perda da função renal, de maneira
súbita, e potencialmente reversível independentemente da etiologia ou mecanismos, provocando acúmulo de substâncias nitrogenadas (uréia e creatinina), acompanhada ou não da
diminuição da diurese. As Unidades de Terapia Intensiva (UTI) têm uma incidência elevada
de IRA, podendo, em alguns casos, chegar a 23%. A mortalidade é alta, especialmente nos
casos em que há necessidade de diálise, com índices que variam de 37% a 88%. As causas
mais frequentes de incidência de IRA são choque séptico, hipovolemia, aminoglicosídeos,
insuficiência cardíaca e uso de contrastes para Raio X. Além disso, outros fatores de risco
são importantes no desenvolvimento da IRA como: idade avançada, doença hepática, nefropatia pré-existente e diabetes. O objetivo do presente estudo foi avaliar a incidência de
IRA em pacientes críticos e associá-la ao estado nutricional e a mortalidade. Foi realizado
um estudo restrospectivo com todos os pacientes com idade acima de 18 anos, de ambos os
sexos, internados na UTI do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco no
período de junho de 2010 a junho de 2011, onde foram coletadas das fichas de avaliação
nutricional, informações sobre sexo, estado nutricional, utilizando o Índice de Massa Corporal
(IMC) como indicador e dividindo os pacientes em 3 grupos: baixo peso, eutrofia e excesso de
peso, incidência de IRA e desfecho clínico (alta ou óbito). Todos os dados foram analisados
no software estatístico SPSS versão 18.0. Foram avaliados 109 pacientes, dos quais 58 eram
do sexo feminino (53,2%). A incidência de IRA foi observada em 51 pacientes (46,8%). Dos
pacientes que apresentaram IRA, 39 (76,5%) foram a óbito, enquanto 12 (23,5%) foram
de alta, apresentando diferença estatisticamente significativa (p=0,001). O IMC de eutrofia
foi prevalente (41,2%), seguido de baixo peso (37,3%) e excesso de peso (21,6%). Como
conclusão, observou-se uma alta incidência de IRA na UTI estudada e uma maior ocorrência
de óbito nestes pacientes. Além disso, foi verificado que não houve correlação do estado
nutricional com a incidência de IRA e desfecho clínico.
Palavras Chaves: Lesão renal aguda, Mortalidade
93
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
INCIDÊNCIA DE INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM PÓS OPERATÓRIO DE
CORREÇÃO DE CARDIOPATIA CONGÊNITA
CILLO, FB, DAMASCENO, BL, ZANETTI, CB, MONTEMOR, ML, MENDOZA, LVG, ANTONIALI,
F, CILLO, ACP
PUC CAMPINAS, SÃO PAULO
Introdução: A insuficiência renal aguda (IRA) pode ser definida como a alteração aguda da
função renal caracterizada por elevação dos níveis de creatinina sérica superior a 30% dos
valores basais. Entre as causas de IRA em crianças estão as submetidas à correção de cardiopatia congênita associadas à insuficiência cardíaca secundária e a outros fatores, como, por
exemplo, tempo de cirurgia e tempo de circulação extra corpórea (CEC). Objetivos: analisar a
incidência de IRA no pós-operatório de crianças submetidas à correção de malformação cardíaca na unidade de terapia intensiva pediátrica do Hospital e Maternidade Celso Pierro - PUC
CAMPINAS. Casuística e métodos: foram avaliadas 77 crianças, de ambos os sexos submetidas
à correção cirúrgica , no período de janeiro de 2009 a abril de 2011, sendo avaliados: tipo de
malformação cardíaca, tempo de isquemia intra operatória, CEC e função renal. Foi critério de
exclusão crianças com patologia renal prévia. Resultados: De 77 pacientes, foram excluídos 13
(16,88%). Dos 64 pacientes (54 utilizaram CEC), sendo 35 (54,68%) do sexo feminino e 29
(45,31%) do sexo masculino, com idade que variou de 15 dias a 12 anos (média de idade de
26,4 meses). 44 pacientes não apresentaram alteração da função renal: 5 (11,36%) com Tetralogia de Fallot, 4 (9,09%) Comunicação Interventricular (CIV) + Comunicação Inter atrial (CIA),
13 (29,54%) CIA, 4 (9,09%) Persistência do Canal Arterial (PCA), 4 (9,09%) Defeito do Septo
Atrioventricular (DSAV), 7 (15,90%) CIV, 5 (11,36%) Coartação da Aorta, 1 (2,27%) Estenose
Aórtica e 1 (2,27%) Dupla Saída de Ventrículo Direito. Os 22 (34,37%) pacientes restantes
desenvolveram IRA: 5 (22,7%) Transposição de grandes vasos, 4 (18,1%) tinham Tetralogia de
Fallot, 4 (18,1%) CIV, 3 (13,6%) CIA, 1 (4,54%) PCA, 2 (9,09%) DSAV, 2 (9,09%) Coartação de
Aorta e 3 (16,3%) outras patologias (Shunt Arteriovenoso Sistêmico, Estenose Mitral e Atresia
Pulmonar). Em relação ao tempo de isquemia cirúrgico dos 22 pacientes que desenvolveram
IRA, 7 (31,81%) não realizaram CEC, 7 (31,81%) tiveram tempo de isquemia <90 min e 8
(36,36%) tiveram tempo de isquemia >90 min. Conclusão: Concluímos que a IRA é patologia
freqüente nas cirurgias cardíacas pediátricas (34,37%), parecendo estar mais associada à patologia de base do que ao tempo de isquemia.
Palavras Chaves: CREATININA, CARDIOPATIA CONGÊNITA
Insuficiência renal aguda após acidente por picada de aranha
do gênero Loxosceles
Bignardi, JH1, Franco, RTH2,Bezerra, DA3
1 - HOSPITAL NOVO ATIBAI
2 - UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
3 - HOSPITAL NOVO ATIBAIA
Relato de caso HSX, feminina, branca, 08 anos e seis meses, moradora da zona rural da
região de Atibaia, deu entrada no PS com história de picada de aranha em hálux pé direito,
4 horas após o acidente devido intensa dor local (a paciente viu a aranha e a família relatava
a existência das mesmas no local do acidente – ficavam escondidas embaixo do degrau de
madeira na área externa da casa e a criança ao pisar no degrau soltou a madeira e expôs
a aranha que foi prensada pelo dedo ferido). Foi avaliada e liberada a seguir com apenas
medicamento analgésico. Cerca de 15 horas depois retorna ao PS em choque com isuficiência respiratória, necessitando de suporte ventilatório, urina avermelhada e sangramento em
mucosas. Foi imediatamente admitida na UTI. Apresentava-se ao exame admissional uréia
em 57 mg/dl e creatinina em 1,7 mg/dl, mostrando alteração da função renal na entrada do
paciente à UTI. Estava com a hemoglobina em 16,1g/dl TGO de 4662 U/L e TGP de 1864 U/L.
ACPK total dosada apenas no dia seguinte e estava em 266.300 U/L, Urina I com proteínas
+++ sem hematuria. Após todo suporte necessario, hidratacão adequada e alcalinização
da urina com bicarbonato, entrando em contato com o Instituto Butantan foi optado por
iniciar soro anti aracnídeo (10 ampolas). Por se tratar de um hospital privado foi necessário
a solicitação à outra instituição pública da cidade e só pôde ser realizado após 30 horas do
acidente. Evoluiu com piora progressiva da função renal chegando à anúria. Iniciou tratamento dialítico no terceiro dia após internaçao. Manteve-se em hemodiálise diária por 14 dias e
por mais três sessões em dias alternados, até completar 17 sessões. Evoluiu bem e recebeu
alta após 28 dias de internação com diurese de 1350 ml/24 horas e exames laboratoriais em
normalização com ureia em 63mg/dl e creatinina em 1,2mg/dl, estando 05 dias sem realizar
mais hemodiálise. Retorna ambulatorialmente após 13 dias do acidente com função renal
normal (uréia de 17mg/dl e creatinina de 0,5mg/dl). Um fator agravante ao caso era que a
paciente chegou a uma hemoglobina de 5,2g/dl; mas por motivos pessoais não foi permitido
a transfusão sanguínea.
Palavras Chaves: insuficiência renal aguda, Loxoscelismo
IRA OLIGÚRICA APÓS CRISE CONVULSIVA
IVANA SOUSA NUNES, CLARA ALVARES LEAO, MYLLENA ALVES VIEIRA, FERNANDO
ANTONIO COSTA ANUNCIAÇÃO, SIMONE DE PAULA AMORIN, LIGIA MARIA DE FARIA
VIEIRA, LUCIANA XIMENES
SANTA CASA DE MISERICORDIA DE GOIANIA
Introdução: Rabdomiólise é uma importante causa de insuficiência renal aguda (IRA), sendo
responsável por cerca de 5% a 7% dos casos de IRA não traumática e 25% de todos os casos
de necrose tubular aguda (NTA). Objetivos: Descrever um caso de IRA oligoanúrica secundária a crise convulsiva. Material e método : Entrevista e revisão do prontuário de um paciente
internado na Santa Casa de Misericórdia de Goiânia (SCMG) de Fevereiro a Março de 2009.
94
Relato do caso (resultados): J.R.S., masculino, 47 anos, proveniente de Pires do Rio/GO, internou com quadro de “desmaio” a esclarecer. Antecedente patológico de trauma cranioencefálico grave com reconstituição facial há três anos, tendo apresentado crises convulsivas desde
então com avaliação tomográfica de crânio sem alterações. Na internação atual houve redução do volume urinário, queda do estado geral, sintomas urêmicos e anemia. Leucometria de
11.100mm3 com desvio a esquerda; uréia de 203mg/dl, creatinina 10mg/dl; K 5,5mEq/l; CPK
6700 U/l; TGO/TGP 2206/485 UI/l; EAS: proteínas 100mg/dl, 30.000 leucócitos por campo,
hemoglobina - 4+/4 (7.000 hemáceas por campo) e cilindros granulosos 3+/4. Foi submetido
à terapia hemodialítica. Ultrassonografia (USG) do aparelho urinário demonstrou dilatação
das pirâmides renais bilateralmente e ausência de hidronefrose, sugerindo nefropatia aguda.
Foi submetido à biópsia renal que revelou rim com alterações tubulares: achatamento do
epitélio tubular, necrose, sinais de regeneração e material avermelhado no interior de túbulos,
que pode corresponder a mioglobina. Durante internação, apresentou nova crise convulsiva tônico-clônica generalizada, que respondeu ao tratamento clínico. Paciente recebeu alta
após 2 meses, com recuperação da função renal, diurese satisfatória, sendo mantida terapia
anticonvulsivante e antihipertensiva. Conclusão: Trata-se de um caso de rabdomiólise possivelmente causado por crises convulsivas de repetição, que levaram a IRA oligoanúrica. O caso
descrito demonstra que o diagnóstico e terapêutica precoce da rabdomiólise, tornam possível
reverter o quadro de insuficiência renal e evitar sua cronicidade.
Palavras Chaves: crise convulsiva,insuficiência renal aguda
Leptospirose grave (Síndrome de Weil) complicada com infarto
agudo do miocárdio: relato de caso
Elizabeth F. Daher1, Pedro Ernesto B. Lima2, Irineu Moreno de M. Sobrinho2,
Nubyhélia M. N. de Carvalho2, Leandro L. Carvalho2, Itálita F. Linhares2, Diego S.
Almeida2, Alexandre B. Libório2, Geraldo B. Silva Júnior2
1 - SERVIÇO DE NEFROLOGIA, HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA; DEPARTAMENTO DE MEDICINA CLÍNICA,
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ. FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL
2 - CURSO DE MEDICINA, CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, UNIVERSIDADE DE FORTALEZA. FORTALEZA, CEARÁ,
BRASIL
Introdução: A leptospirose é uma doença infecciosa, caracterizada por um amplo espectro de
manifestações clínicas que incluem desde infecções inaparente até doença fulminante fatal.
São comuns as infecções secundárias, em decorrência dos múltiplos procedimentos invasivos
a que são submetidos os pacientes em tratamento da leptospirose. As infecções urinárias
ocorrem mesmo em pacientes não submetidos a cateterismo vesical. Já os sintomas (icterícia,
hipotensão, insuficiência renal, febre, dor abdominal) podem ser atribuídos à própria leptospirose. Objetivos: Relatar o caso de um homem com diagnóstico Leptospirose associado a
Insuficiência renal aguda( IRA). Casuística e métodos: Paciente do sexo masculino, com 33
anos, procedente de Iracema-ce.Paciente foi internado em setembro de 2008 no Hospital
Geral de Fortaleza (HGF) com diagnostico de Lepstospirose, vindo transferido do Hospital
de Limoeiro do Norte, foi internedato com febre diária , mialgia generalizada, adinamia,
dor retro-orbitaria,vômitos freqüentes, hematuria microscopia, pequena redução do debito
urinário edema de membros inferior, aumento do volume abdominal, o paciente evoluiu com
quadro de forte dor em região torácica inferior associada a hipotensão arterial PA=60/40 ,
sendo realizado EGC que evidenciou supradesnivelamento de ST sugerindo infarto agudo do
miocárdio. sendo então constatado elevação das escorias nitrogenadas. Foi tratado com medicação sintomática. Resultados: Hb=10.6 Leu : 9.300 (8928 segmentados e 279 linfócitos),
plaq:57000, Cr=4.6, Ur=112, Cr=4.6, Ur=112, C3=108mg/dl (90-180), C4=27.5(10-40)
PCR=45, Sorologia para Hepatites B, C e anti hiv não reagentes, Sorologia para leptospirose reagente, Vhs=46, US abdominal: Rins tamanho normal medindo RD= 11.8* 4.7 cm
córtex=1.5cm RE= 12.3*5.6 cm córtex =1.8cm Conclusões: A leptospirose é uma doença
endêmica em nosso meio, sendo uma causa importante de IRA. Alterações cardíacas são raramente descritas, sendo neste caso o IAM uma complicação importante. A avaliação cardíaca
deve fazer parte do acompanhamento dos pacientes com leptospirose.
Palavras Chaves: Leptospirose, Lesão renal aguda
Lesão renal aguda em crianças com leishmaniose visceral de
acordo com o critério pRIFLE
Michelle J.C. Oliveira2, Natália de Albuquerque Rocha2, Irineu Moreno de Melo
Sobrinho1, Alexandre Braga Libório1, PEDRO ERNESTO BEZERRA LIMA1, Luiz F.L.G.
Franco2, Graziela B.R. Aguiar2, Rodrigo S. Pimentel2, Krasnalhia Lívia Soares de
Abreu2, Geraldo Bezerra da Silva Junior1,2, Elizabeth De Francesco Daher1
1 - CURSO DE MEDICINA, UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
2 - DEPARTAMENTO DE MEDICINA CLÍNICA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Introdução: Não existem muitos estudos sobre o envolvimento renal em crianças com leishmaniose visceral (LV). O objetivo deste estudo é investigar a incidência de lesão renal aguda
(LRA) em crianças com LV utilizando o critério pRIFLE e determinar os fatores de risco para
LRA. Metodologia: Foi realizado estudo retrospectivo com 146 pacientes menores de 14 anos
com diagnóstico confirmado de LV internados em um hospital terciário de Fortaleza, Ceará
entre dezembro de 2003 e dezembro de 2010. Foram investigadas as manifestações clínicas
e os exames laboratoriais durante a internação. LRA foi definida de acordo com o critério
pRIFLE. Análise univariada e multivariada foi realizada para a investigação dos fatores de
risco para LRA. A análise estatística foi feita pelo programa SPSS 17.0. Resultados: A media de
idade foi de 5±4,0 anos, sendo 53,4% do sexo masculino. LRA foi observada em 67 pacientes
(45,9%). A distribuição de acordo com o critério p RIFLE foi: “Risk” 45 (67,2%), “Injury” 21
(31,3%) e “Failure” 1 (1,5%). Os pacientes com LRA eram mais jovens (p<0,001), tinham
icterícia (p=0,028) e infecções secundárias (p=0,001) com maior frequência, em comparação
com os pacientes sem LRA. O grupo com LRA também apresentou níveis mais baixos de
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
sódio (p=0,03), potássio (p=0,009), albumina (p=0,001), níveis mais elevados de globulinas
(p=0,04) e tempo de protrombina mais alargado (p=0,001) na admissão. Os fatores de risco independentes para LRA foram: infecções secundárias (OR: 3,65, IC 95%: 1,426-9,358,
p=0,007), hipoalbuminemia (OR: 1,672, IC 95%: 1,065-2,114, p=0,019) e hipergamaglobulinemia (OR: 1,35, IC 95%: 1,031-1,779, p=0,029). Conclusões: A LRA é uma complicação
frequente em crianças com LV. Os fatores de risco para LRA foram infecções secundárias,
hipoalbuminemia e hipergamaglobulinemia.
diminuiram. O paciente recebeu alta hospitalar após 30 dias. Os achados laboratoriais no
momento da alta foram: níveis séricos de uréia 161mg/dL, creatinina 2.8mg/dL e CK 251IU
/ L. Conclusões:Pacientes com rabdomiólise são frequentes nos serviços de emergência. A
terapia inicial com reposição volêmica é essencial para prevenir o desenvolvimento de IRA.
Uma vez estabelecida a IRA, deve-se iniciar diálise precocemente. O prognóstico costuma ser
bom desde que terapia de suporte adequada seja instituída.
Palavras Chaves: Lesão renal aguda, Rabdomiólise
Palavras Chaves: Leishmaniose visceral, RIFLE
Lesão Renal Aguda induzida por Acidentes Ofídicos no Ceará
ELIZABETH DE FRANCESCO DAHER5, GERALDO BEZERRA DA SILVA JÚNIOR4,5, MARIA
DO SOCORRO BATISTA VERAS1, CAROLINE BARBOSA LIMA3, JULIANA BARBOSA LIMA2,
POLIANNA LEMOS MOURA MOREIRA ALBUQUERQUE1
1 - INSTITUTO DR. JOSÉ FROTA
2 - HOSPITAL GERAL WALDEMAR DE ALCÂNTARA
3 - FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
4 - CURSO DE MEDICINA, UNIVERSIDADE DE FORTALEZA. FORTALEZA, CEARÁ
5 - DEPARTAMENTO DE MEDICINA CLÍNICA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Introdução: A Lesão Renal Aguda (LRA) por serpentes peçonhentas é uma complicação comum nos acidentes ofídicos, sendo um sério problema de saúde pública dada sua incidência,
morbidade e mortalidade. Há quatro gêneros de serpentes venenosas envolvidos: Bothrops,
Crotalus, Lachesis e Micrurus. O objetivo deste estudo é investigar a ocorrência destes acidentes no Ceará. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo incluindo pacientes admitidos no Instituto Dr. José Frota, serviço de referência em acidentes por animais peçonhentos do
estado, entre Janeiro de 2003 a Dezembro de 2011. Resultados: Um total de 233 pacientes
vítimas de acidentes ofídicos por serpentes peçonhentas foram incluídos. A maior parte destes
pacientes é do sexo masculino 83,2%, procedente da área rural 85,4%, sendo o membro
inferior a área mais afetada (62,2%). A prevalência de LRA foi de 10,3%. A principal serpente
foi a Bothrops sp (62% dos casos). A idade média do grupo LRA foi de 42 ± 20 anos, enquanto a do grupo não- LRA foi de 33 ± 21 anos (P=0,04). O tempo para atendimento médico foi
maior no grupo LRA (23 ± 24 horas) do que no grupo não- LRA (14 ± 17 horas) (P=0,02).
O tempo decorrido entre a mordedura e administração do soro antiofídico também foi maior
no grupo LRA (24 ± 24 horas) do que no grupo não- LRA (13 ± 15 horas) (P=0,001). A creatinina na admissão foi de 2,0 ± 1,2mg/dl no grupo LRA enquanto a do grupo não- LRA foi
de 0,9 ± 0,3mg/dl (P=0,0001), o que definiu uma disfunção renal precoce nos pacientes que
desenvolveriam LRA. O sódio sérico no grupo LRA foi de 134 ± 6,9mEq/l, enquanto no grupo
não- LRA foi de 139 ± 4,8mEq/l (P=0,0001). O tempo de internamento no grupo LRA foi de
14 ± 12,5 dias, e no não- LRA foi de 3,3 ± 2,2 dias (P=0,0001). A LRA nos acidentes ofídicos
estudados foi oligúrica (54,2%), com creatinina média da alta 3,3 ± 3,3mg/dl, evoluindo para
cura em 50% dos casos e 50% para seqüela. Não houve nenhum óbito no grupo LRA, tendo
29,1% necessitado de hemodiálise. Conclusão: LRA é uma importante complicação dos acidentes ofídicos e está associada a seqüelas. O tempo de atendimento médico e o decorrido
entre a picada e administração do soro antiofídico foram diferentes entre os grupos LRA e
não-LRA, o que deve orientar as medidas de saúde a serem implantadas.
Palavras Chaves: acidente ofídico ,lesão renal aguda
Lesão renal aguda por rabdomiólise secundário à ingestão
de álcool e agressões físicas
Elizabeth F. Daher1,2, Neiberg A. Lima3, Irineu Moreno de M. Sobrinho3, Leandro
L. Carvalho4, Nubyhélia M. N. de Carvalho4, Pedro Ernesto B. Lima3, Itálita F.
Linhares3, Rafael S. A. Lima5, Pedro Henrique O. Filgueira1, Meissa Kretzman1,
Ticiano A. S. Sindeaux1, Geraldo B. Silva Júnior1,4
1 - SERVIÇO DE NEFROLOGIA, HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA. FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL
2 - DEPARTAMENTO DE MEDICINA CLÍNICA, FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ,
FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL
3 - SERVIÇO DE NEFROLOGIA, HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA. FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL
4 - CURSO DE MEDICINA, CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, UNIVERSDADE DE FORTALEZA. FORTALEZA, CEARÁ,
BRASIL
5 - SERVIÇO DE NEFROLOGIA, HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE RIBEIRÃO PRETO, UNIVERSDADE DE SÃO PAULO.
RIBEIRÃO PRETO, SÃO PAULO, BRASIL
Introdução:Rabdomiólise é definida como uma lesão no músculo esquelético, com posterior
liberação dos constituintes celulares para o líquido extracelular e na circulação, sendo a insuficiência renal aguda (IRA) uma das principais complicações.Relatamos o caso de um homem
com diagnóstico de rabdomiólise associado a manifestações respiratórias e renais. Relato do
caso: Paciente de 48 anos, sexo masculino, foi admitido na emergência com dispnéia, edema
de membros inferiores, fraqueza, oligúria e urina marrom escuro. Foi agredido fisicamente
quatro dias quatro dias antes da internação, depois de ingerir quase 2,5 litros de cerveja. Os
achados clínicos foram mialgia intensa e diminuição da produção de urina durante o dia após
o evento e evoluiu para as pernas progressivo edema e dispnéia. Foi avaliado no dia anterior
em outro hospital, onde traumatismo craniano e outras fraturas ósseas foram descartados.
Negou o uso de outras drogas e não rotineiramente tomar outros medicamentos. O exame
físico mostrou sinais de agressão por todo corpo. Havia equimoses e escoriações em MMII,
além de edema nos mesmos. Sua pressão arterial foi 190x100mmHg e as taxas cardíacas e
respiratórias foram 92bpm e 24rpm, respectivamente. Achados laboratoriais na admissão:
níveis séricos de uréia 275mg/dL, creatinina 14.6mg/dL, 7.9mEq de potássio / L, creatina
quinase (CK) 184.376 UI / L, AST 1910IU / L, ALT 3050IU / L, pH 7,24 e HCO3 10.8mEq / L.
Havia anormalidades no eletrocardiograma devido à hipercalemia. Hemodiálise de urgência foi iniciada devido a anúria, hipercalemia refratária e hipercatabolismo. Após 14 sessões
de hemodiálise, o volume de urina começou a aumentar, e os níveis de uréia e creatinina
Meio condicionado de células tronco mesenquimais (CTMs)
protegem células tubulares proximais humanas (HK2) das
lesões por Gentamicina (GENTA) e LPS.
JéSSICA SULLER GARCIA, MARCELO ANDERY NAVES, FERNANDA TEIXEIRA BORGES,
NESTOR SCHOR
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SãO PAULO - UNIFESP/EPM
Estudos recentes salientam a contribuição das CTMs na regeneração induzida após lesão
renal aguda (LRA). As CTMs atenuam os danos e/ou aceleram o reparo, provavelmente por
processos parácrinos. Essa proteção envolve o meio condicionado (MC) que potencialmente
contém fatores solúveis ou microvesículas (MVs). Estudamos o efeito parácrino das CTMs em
modelos in vitro de LRA tóxica e na sepse, provocadas respectivamente por aplicação de GENTA e LPS em culturas celulares. Células HK2 foram cultivadas e tratadas por 24-96 h com LPS
(100mg/ml), GENTA (2mM) com ou sem MC de CTMs. As CTMs também foram tratadas com
Actinomicina (Actino, 0,01mg/ml), bloqueador da transcrição e replicação do DNA, por 24 h
antes do experimento. Viabilidade celular foi avaliada pela Acridina Orange e apoptose por
Hoechst,a proliferação celular pelo ensaio com MTT. Observamos diminuição significativa na
apoptose (13,1±2,5 % vs. 30,2 ± 4,5 %, p<0,05) e necrose (17,4±4,7 % vs. 52,6 ± 5,3 %,
p<0,05) entre o grupo MC+LPS comparado com o grupo apenas tratado com LPS. A administração de Actino bloqueiou este efeito, sendo que o grupo LPS+Actino apresentou resultados semelhantes ao grupo LPS isolado na indução da apoptose (43,7±6,7% vs. 52,6±5,3%,
p<0,05) e necrose (30,9±3,1% vs. 30,2±4,5%, p<0,05). Adicionalmente, os MCs de CTMs
estimularam a proliferação nas células expostas ao LPS e GENTA (LPS+MC: 0,15 ± 0,02 DO
e GENTA+MC= 0,14 ± 0,02 DO) em comparação aos grupos somente tratados com as drogas (LPS: 0,06±0,002 DO e GENTA: 0,09±0,01 DO). Estes resultados preliminares sugerem
que o MC de CTMs exerce efeitos protetores através do estímulo da inibição da apoptose e
necrose celular via fatores parácrinos, além de estimularem a proliferação celular nos grupos
tratados com as drogas e o MC simultaneamente. Estes resultados podem indicar que é possível minimizar a LRA induzida por sepse ou drogas sem a introdução de células tronco mas
apenas com seus MCs, evitando potenciais efeitos deletérios da administração de células.
CNPq,FAPESP,CAPES,FOR
Palavras Chaves: células tronco mesenquimais, meio condicionado
Melhora da função renal em camundongos tratados com
Ácidos Graxos de Cadeia Curta submetidos à lesão de isquemia
e reperfusão
Andrade-Oliveira V, Correa-Costa M, Amano TM, Moraes-Vieira PM, Hiyane
MI,Silva-Cunha C, Vinolo MA, Curi R, Câmara NOS
Imunologia/Universidade de São Paulo
A insuficiência renal aguda (IRA) acomete 6-19% dos pacientes internados, com mortalidade
entre 40-70%, é caracterizada pela deterioração da função renal em um curto período de
tempo, sendo que a lesão de isquemia e reperfusão (IR) está entre as suas principais causas.
Esta lesão desencadeia um processo inflamatório importante que contribui para o surgimento/estabelecimento da IRA e, quando persistente, está associado à doença renal crônica. Os
ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) como butirato, propionato e acetato são produtos
finais liberados após a fermentação de carboidratos pela microbiota intestinal. Recentemente
tem sido atribuído papéis anti-inflamatórios para os AGCCs. O objetivo deste trabalho é verificar se o tratamento com os AGCCs é capaz de melhorar a função renal em camundongos
submetidos à lesão de IR, e se está melhora está relacionada a uma diminuição da inflamação. Camundongos (n=5) machos, C57BL/6 foram submetidos à modelo de IR bilateral por 45
minutos. O tratamento com os AGCCS foi realizado, intraperitonealmente, 30 minutos antes
da isquemia e no momento da reperfusão na dose de 200 mg/kg de cada AGCC ou com uma
combinação dos três AGCCs, na mesma dose. Após 24h, ocorreu o sacrifício dos animais e
foi realizado a dosagem de creatinina e uréia sérica, além de citocinas e quimiocinas no soro.
Para análise de comparação entre os grupos foi empregado o teste t de student e p<0,05
foi considerado como significante. Foram observado níveis reduzidos de creatinina e uréia
séricas após o tratamento com os AGCCs, tanto em combinação (média creatinina (mg/dL)
grupo IR: 2,87 vs 1,40 grupo tratado p<0,05; média da uréia grupo IR: 376 vs 181 grupo
tratado p<0,01). No tratamento individual também foi possível observar melhora da função
renal tanto através dos níveis de uréia (media uréia (mg/dL): média Grupo IR: 376 vs Grupo
Butirato: 326, Grupo Propionato: 241 e Grupo Acetato: 120), quanto de creatinina (média
creatinina Grupo IR: 2,87 vs Grupo Butirato: 1,32, Grupo Propionato: 1,56 e Grupo Acetato:
0,52) para todos os tratamentos, sendo que o tratamento com acetato foi o que mais protegeu. Na análise das citocinas nos soros dos animais tratados com acetato (maior proteção) foi
observado menores níveis de citocinas pró-inflamatórias, sugerindo uma diminuição da inflamação, sistemicamente. Em conclusão, os AGCCs melhoram a função renal após IR, podendo
ser esta melhora atribuída, em parte, por uma diminuição da inflamação. Apoio:FAPESP
Palavras Chaves: ácidos graxos de cadeia curta, lesão de isquemia e
reperfusão
95
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
O EFEITO DAS CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS (CTM) DA MEDULA
ÓSSEA OU DE SEU MEIO CONDICIONADO (MC) NA LESÃO RENAL AGUDA
(LRA) INDUZIDA PELO LIPOPOLISSACÁRIDE (LPS)
1 - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
2 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
3 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO
REIS LA, BORGES FT, SIMOES M de J, SCHOR N
Introdução. lesão renal aguda (LRA) é um importante problema clínico em decorrência de sua
grande incidência no ambiente hospitalar e de suas altas taxas de morbidade e mortalidade.
A lesão de isquemia e reperfusão I/R é o principal fator etiológico da LRA. Dados recentes
vêm mostrando cada vez mais a importância do processo inflamatório no qual participa a
IL-1β, neste tipo de lesão. Objetivo. O objetivo deste trabalho foi estudar os componentes
do complexo inflamassoma que são responsáveis pela secreção da forma ativada da IL-1β
num modelo já bem estabelecido de I/R renal. Material e Métodos. Animais C57BL6 selvagens (WT) e nocautes (KO) para caspase-1, ASC e Myd88 foram submetidos a 45min de
isquemia e 24h de reperfusão. Amostras de Sangue e tecidos renais foram coletadas para
analises histológicas, bioquímicas, de expressões gênicas e de proteínas. Resultados. Animais
WT submetidos a I/R, como esperado, apresentaram altos índices de creatinina (3,1 ± 0,4mg/
dl), uréia (189,3 ± 23,54mg/dl) e necrose tubular aguda (NTA) (73%) 24h após reperfusão.
Interessantemente, animais KO para caspase-1, ASC e Myd88 apresentaram importante proteção da função renal, com seus índices de uréia e creatinina séricas e de NTA muito próximo
dos valores normais. Além disso, as células destes animais sofreram menos hipóxia quando
avaliadas por hipoxiprobe e menores índices de apoptose avaliados pela caspase-3 e maior
expressão gênica do gene antiapoptótico BCL-2. Ainda analisamos as expressões gênicas
das citocinas pró-inflamatórias TNF-α, IL-1β e IL-6, sendo que nos WT estavam bastantemente aumentadas enquanto que nos KO a expressão foi muito parecida aos dos seus respectivos
sham. Os níveis séricos destas proteínas corrolaboraram com a expressão gênica, sendo portanto elevados nos WT e normais nos diferentes KO. Conclusões. Com isso concluímos que da
mesma maneira que a produção da IL-1β via os diferentes Tolls que apresentam como molécula adaptadora o Myd88, o complexo inflamassoma que envolve caspase-1 e a molécula
adaptadora ASC é muito importante para o desencadeamento da resposta inflamatória, uma
vez que esse complexo é necessário para converter pre-IL-1β na sua forma ativa durante a
LRA decorrente do processo de I/R. Sendo assim importantes alvos terapêuticos capazes de
modificar o desfecho tão desfavorável da LRA.
Disciplina de Nefrologia, UNIFESP/EPM
A sepsis é caracterizada por uma severa resposta inflamatória, sendo a LRA uma complicação
que pode ser fatal. A LRA induzida pelo LPS está associada com áreas de danos tubulares
muito semelhantes em humanos. Em estudos anteriores, observou-se que as CTM podem
atuar nos níveis de reparação tecidual em diversos modelos de doenças, e esse mecanismo
pode ser por ação das próprias CTM com as células residentes ou por efeito parácrino. O
objetivo deste estudo é avaliar se as CTM ou seu MC pode reparar a LRA causada pelo LPS
em ratos. As CTM foram obtidas de fêmur e tíbia de ratos Wistar machos, caracterizadas por
citometria de fluxo e diferenciadas em adipócitos e osteócitos, respectivamente. Ratas Wistar
fêmeas receberam LPS (10mg/Kg/peso) (LPS) ou veículo (CTL) em uma única dose i.v. (N=10).
Após 24 ou 72 hr, as ratas receberam injeções i.v. de CTM (1X106) ou MC (500µl), 1 ou 3
doses diárias na veia caudal. Amostras de sangue e urina 24 horas foram coletadas para
análise da creatinina (Cr) e FENa. Os rins foram removidos para análise do HE, KI67, caspase
3 e cromossomo Y. Houve um aumento da Cr (1,7±0,04; 2,2±0,04) e uma diminuição da
FENa (0,7±0,03; 0,6±0,02) nos grupos LPS24ou72h quando comparadas ao CTL24,72h ;
Cr(0,6±0,04; 0,7±0,08; p<0,05) FENa(2,6±0,02; 2,5±0,01; p<0,05). Nos animais tratados
com CTM ou o MC, a Cr diminuiu significativamente (0,9±0,01; 1,1±0,03) seguido de uma
elevação da FENa (1,7±0,04; 2,0±0,03). Não houve diferença na Cr(0,9±0,01 vs. 0,9±0,03
) e na FENa (1,7±0,04 vs. 2,2±0,02) entre os grupos LPS+CTM e LPS+MC, respectivamente.
Entretanto o efeito protetor apresentado nesses grupos foi intensificado quando as doses foram aplicadas 3 vezes Cr(0,8±0,01; 0,7±0,1; p<0,05), FENa(2,5±0,04; 2,2±0,02; p<0,05);
respectivamente. Nos grupos LPS, os rins apresentaram uma pequena marcação para o KI67
e uma intensa marcação para a caspase 3 quando comparado aos CTLs. Houve uma intensa
marcação para o KI67 e pouca expressão da caspase 3 nos grupos LPS+BMSC e LPS+CM.
Esses resultados corroboram com a ausência da NTA nesses grupos. Houve a presença do
cromossomo Y nos animais tratados com LPS+CTM, sugerindo um possível efeito parácrino
das CTM com as residentes. Esses dados sugerem que as CTM ou o MC podem minimizar a
LRA neste modelo de sepsis. Este efeito terapêutico tem um impacto sobre a sua aplicação
nesta situação patológica de alta morbi-mortalidade.
Palavras Chaves: nefrotoxicidade, células tronco mesenquimais
O EFEITO DO MEIO CONDICIONADO (MC) DERIVADO DAS CÉLULAS
TRONCO MESENQUIMAIS (CTM) DA MEDULA ÓSSEA NA LESÃO RENAL
AGUDA (LRA) INDUZIDA PELA GENTAMICINA.
REIS LA1, BORGES FT1, SIMOES M de J2, SCHOR N1
1 - DISCIPLINA DE NEFROLOGIA, UNIFESP/EPM
2 - DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA, UNIFESP/EPM
As CTM secretam uma variedade de citocinas e fatores de crescimento que atuam na autoregeneração. Em estudos anteriores, autores demonstraram que as microvesículas de RNA
estão envolvidas nesse processo de regeneração celular. Por tanto, o objetivo deste estudo
foi avaliar efeito do MC das CTM na LRA induzida pela G. Ratas Wistar fêmeas receberam
G (40mg/Kg/peso, i.p., dia) ou veículo (CTL) durante 15 ou 20 dias (N=10/grupo). No 10º
dia de G, os animais receberam uma única dose de MC (500µl, e.v.) (CTM cultivadas por
24 hr com DMEM) ou MC+TPS (CTM cultivadas por 24hr com DMEM+tripsina, 100ug/ml)
ou MC+RNAse (CTM cultivadas por 24h com DMEM+RNAse, 40 μg/ml). Sangue e urina
24 hr foram coletados para análise da creatinina (Cr) e FENa. Citocinas (IL10, TNFα e INTγ)
foram analisadas nesses grupos. Os rins foram avaliados para HE, KI67 e caspase 3. Houve um aumento significativo da Cr (2,9±0,04; 3,4±0,08 vs. 0,7±0,02; 0,5±0,03; p<0,05)
e FENa (1,7±0,03; 2,1±0,04 vs. 0,5±0,01; 0,6±0,02; p<0,05) nos grupos G15,20d respectivamente, quando comparadas ao CTL. Esse efeito foi minimizado quando esses animais receberam o MC nesses grupos Cr(0,9±0,03; 0,9±0,01; p<0,05) e FENa (0,7±0,04;
1,2±0,04; p<0,05). Os animais tratados com RNAse+G+MC apresentaram um aumento na
Cr(3,1±0,03; p<0,05) e na FENa (1,4±0,03; p<0,05) seguido de uma elevação das citocinas pró-inflamatórias e diminuição da IL10. Entretanto no grupo LPS+TPS+MC, esse efeito
não foi observado Cr(1,0±0,01; p<0,05) e FENa (1,2±0,02; p<0,05). Os grupos G15ou20d
apresentaram necrose tubular aguda (NTA), aumento da apoptose e pouca marcação do
KI67. Surpreendentemente, o grupo MC não apresentou NTA e marcou pouco para a caspase
3 e intensamente para o KI67. A associação do MC e RNAse bloqueou o efeito protetor do
MC quando administrado sozinho. Nos grupos G15,G15+RNAse10 e G15+TPS10 causaram
um aumento das citocinas pró-inflamatórias seguido de uma diminuição da citocina IL10,
quando comparado ao grupo G15+MC10. Esses resultados sugerem que o MC poderia atuar
via parácrina, provavelmente pela liberação de fatores (como o mRNA e RNA) que ativam as
células residentes. O MC minimizou a resposta inflamatória e a LRA induzida pela G, indicando que o MC é uma potencial ferramenta para modificar a nefrotoxicidade.
Palavras Chaves: meio condicionado de celula tronco mesenquimal,
nefrotoxicidade
O PAPEL DA IL-1β E DOS COMPONENTES DO COMPLEXO INFLAMASSOMA
(CASPASE-1 E ASC) NA LESÃO RENAL AGUDA DESENCADEADA PELA
ISQUEMIA E REPERFUSAO
GONÇALVES GM1, CORREA-COSTA M1, CASTOLDI A2, BRAGA T1, REIS MA3, ZAMBONI D4,
PACHECO-SILVA A2, CAMARA NOS2
96
4 - UNIVERSIDADE DE SAO PAULO- RIBEIRÃO PRETO
Palavras Chaves: LESÃO DE ISQUEMIA E REPERFUSÃO, INFLAMASSOMA
O papel do meio condicionado de células-tronco mesenquimais
na morte celular induzida in vitro em células tubulares
proximais renais
Maculan, F.D.; Cenedeze, M.A.; Pacheco-Silva, A; Camara, N.O. , Semedo, P.
OBJETIVOS: Analisar se fatores tróficos secretados pelas células-tronco mesenquimais humanas (CTMs) seriam capazes de modular a apoptose em modelos in vitro de lesão em células
tubulares proximais renais.METODOLOGIA: As células-tronco mesenquimais humanas foram
isoladas seguindo o método de aderência ao plástico. As CTMs foram obtidas através de
doação do GRAACC, com consentimento aprovado pelo CEP 0464/09. Para a separação da
fração mononuclear da medula óssea, o material foi submetido ao protocolo do Histopaque
(Sigma). Na quarta passagem, as CTMs foram caracterizadas imunofenotipamente para os
anticorpos de superfície CD45 (BD), CD34 (BD), CD73 (BD), CD105 (BD) e CD 90 (BD). O meio
condicionado das CTMs foi obtido entre as 3ª e 4ª passagens, através da privação de soro
fetal bovino no meio, durante 4 dias. Após isso, o meio foi coletado e armazenado à -80°C
até ser utilizado. Células tubulares proximais renais imortalizadas (HK-2) foram submetidas
a estresse oxidativo pelo uso de peróxido de hidrogênio (4mM) ou a hipóxia química pelo
bloqueio da cadeia respiratória pela incubação com antimicina A (5uM) por 2h. Após as 2h, as
células foram incubadas por 22h com meio condicionado de CTM ou meio normal de cultivo,
D-KSFM. Necrose e apoptose foram avaliadas por marcação com 7-AAD (BDPharmingen) e
posterior análise em FACSCanto flow cytometer (BD Biosciences). PCR real time para moléculas apoptóticas e anti-apoptóticas, tais como HO-1, Bax e Bcl-2, foram analisadas nas células
HK-2 submetidas a lesão, tratadas ou não com o meio condicionado das células-tronco mesenquimais. RESULTADOS:A análise por citometria de fluxo das células HK-2 marcadas com
7-AAD mostrou um aumento na morte celular e aumento de expressão de Bax após hipóxia
química ou estresse oxidativo. Entretanto, ao tratarmos as HK-2 com o meio condicionado
das CTMs houve redução da morte celular induzida in vitro, com menor expressão de Bax
e aumento na expressão de Bcl-2 e HO-1. CONCLUSÃO: O papel regenerativo das CTMs
envolve a secreção de fatores tróficos presentes no meio de cultura. Tais fatores apresentam
propriedades pró sobrevivência. CEP 0464/09 Ministério da Saúde, CNPq (573815/2008-9),
FAPESP (2009/06416-9).
Palavras Chaves: meio condicionado, célula-tronco mesenquimal
O PAPEL DOS RECEPTORES INTRACELULARES NOD-1 E -2 E DA MOLÉCULA
DAPTADORA DOS TLR, MYD88, EXPRESSOS NO TECIDO RENAL APÓS
LESÃO DE ISQUEMIA E REPERFUSÃO
Gonçalves GM1, Correa-Costa M1, Castoldi A1, Braga T2, Zamboni D3, PachecoSilva A1, Camara, NOS1
1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
2 - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
3 - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO- RIBEIRÃO PRETO
Introdução. Lesão de isquemia e reperfusão (I/R) é o principal fator etiológico da lesão renal
aguda (LRA). Recentes dados mostram a importância dos receptores da imunidade inata do
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
tipo Toll na I/R. Ainda mais recente, foi descoberto outra família de receptores da imunidade
inata presente no compartimento intracelular, o Nod-like receptor (NLR). O Papel dos NOD/
NLR no rim é menos claro, mas evidências de seu envolvimento em doenças renais vêem sendo relatadas. Objetivos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a participação dos TLR através
da molécula adaptadora comum a todos os Tolls, exceto o TLR-3, Myd88 e dos receptores
citosólicos Nod-1 e Nod-2 na lesão renal desencadeada pela I/R renal. Material e métodos.
Animais selvagens (WT) e KO para Myd88, Nod-1, Nod-2 e Rip-2 e duplo KO para Nod-1/2
foram submetidos a 45 minutos de I/R. Amostras de sangue e tecido foram coletadas para
análises bioquímicas, histológicas, protéicas e expressão gênica em diferentes tempos após
I/R. Resultados. A expressão de RNAm de Nod-1, Nod-2 e de Myd88 nos animais WT submetidos a I/R em diferentes tempos nos mostrou que estes genes apresentavam expressões
bastante aumentadas. Então, submetemos animais WT e KO a 24h de I/R e observamos que
enquanto animais WT apresentavam altos índices de uréia e creatinina séricas e de NTA os
KO apresentavam estes índices próximos dos valores normais. Analise de hipóxia através de
hipoxiprobe e expressão gênica de HIF-1α mostrou mais uma vez que as células dos animais
WT sofreram mais com a hipóxia se comparadas com as células dos animais KO. Além disso,
esses animais WT tiveram maiores índices de apoptose, avaliados através de caspase-3, e
menores expressões do gene antiapoptótico BCL-2. Mais interessante ainda, foi quando analisamos o perfil pró-inflamatório através da expressão gênica e níveis séricos de proteínas de
diversas citocinas e quimiocinas e observamos que enquanto os animais WT apresentavam
um acentuado processo de inflamatório renal os animais KO para Nod-1, Nod-2, Rip-2 duplo
KO não apresentaram tecidos renais inflamados, sendo bastante semelhantes aos seus respectivos sham. Conclusões.Com isso concluímos que além dos TLR, os sensores intracelulares
Nod-1 e Nod-2 iniciam um importante papel na patogênese da lesão renal aguda isquêmica
por diferentes mecanismos que resultam numa exacerbação do processo inflamatório e numa
grave disfunção renal. Sendo, portanto, importantes alvos terapêuticos desta patologia.
palmente, através da secreção de fatores tróficos pelas CTMs. A literatura vem demonstrando
que a concentração de várias citocinas pró-inflamatórias, como TNFa e IFNg, são essenciais
para ativar as CTMs que apresentarem receptores para tais citocinas. O presente trabalho
buscou analisar o papel reparador e imunomodulador das CTMs deficientes de receptor para
IFNg em modelos renais agudos. Metodologia: As CTMs de animais nocautes para receptor
de IFNg (IFNg KO) e de animais selvagens (controle/ C57/Bl6) foram isoladas do tecido adiposo. Essas células foram caracterizadas por imunofenotipagem e diferenciação em adipócitos
e osteócitos. A lesão renal aguda foi obtida através do clampeamento dos pedículos renais
de camundongos machos C57/Bl6, por 45 min. Após 4hs da lesão isquêmica, as CTMs IFNg
KO e CTMs controles foram administradas intraperitonealmente, e 24hs após a cirurgia os
animais foram sacrificados. Resultado: O tratamento com CTMs selvagens apresentou significativa redução dos níveis de uréia e creatinina sérica, o que não foi observado em animais
tratados com CTMs IFNg KO. Com relação à análise da resposta inflamatória do rim, os dados
demonstram que a expressão de RNAm de IL-6 é maior nos animais tratados com CTMs
IFNg KO quando comparada ao tratamento com CTMs selvagens, porém os dois tratamentos
apresentam expressão reduzida em comparação aos animais não tratados. Já a expressão de
RNAm de IL-10 é maior em animais tratados com CTMs em comparação aos não tratados,
e em relação aos tratados com CTMs IFNg KO. Ainda, os animais tratados com CTMs selvagens apresentam maiores índices de necrose tubular aguda quando comparados aos animais
tratados com CTMs IFNg KO. Estudos in vitro demonstraram que as CTMs IFNg tem menor
capacidade proliferativa do que as CTMs selvagens. Conclusão: Nota-se que os animais tratados com CTMs IFNg KO apresentam uma pequena melhora dos sintomas de IRA, portanto
a presença de receptor de IFNg não é essencial para a reparação do tecido, mas a capacidade reparadora, via imunomodulação, é reduzida. Mais pesquisas são necessárias para uma
melhor compreensão do papel do receptor de IFN para ativação e resposta das CTMs e sua
implicação na terapia celular.CEP 0635/10
Palavras Chaves: Lesão de isquemia e reperfusão, Nod-like receptors
Palavras Chaves: Células tronco, Transplante
O Peptídeo mimético 4F da apolipoproteína AI (4F) atenua a
lesão no rim, no coração e a disfunção endotelial na sepse.
Perfil clínico- epidemiológico da interconsulta do serviço de
Nefrologia da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna
no período de janeiro a junho 2010
Roberto Souza Moreira, Maria Irigoyen, Maria Heloisa M. Shimizu, Niels Olsen
saraiva Camara, Rildo A. Volpini, Antonio C. Seguro, LÚCIA DA CONCEIÇÃO
ANDRADE
RENATA KELLY SOUSA PANTOJA,Amandha Luysa Martins Leal Bittencourt,ana
Cristina de Lima Figueiredo Duarte
FACULDADE DE MEDICINA DA USP
HOSPITAL DE CLíNICAS GASPAR VIANNA
O Peptídeo mimético 4F da apolipoproteína AI (4F) atenua a lesão no rim, no coração e
a disfunção endotelial na sepse. Na sepse, a lesão renal aguda, cardíaca e a alteração da
permeabilidade vascular induzidas por liberação de citocinas acarretam em aumento da morbidade e mortalidade. Sabe-se que a 4F diminui a inflamação na sepse aumentando os níveis
séricos de HDL. Nos propomos a estudar a participação da 4F na função renal, cardíaca e na
permeabilidade vascular em ratos sépticos no modelo de ligadura e punção cecal (CLP). Ratos
Wistar foram divididos em três grupos: controle, CLP e CLP+4F (10mg/kg, ip, 6 h após a CLP).
Foi avaliado a função cardíaca através de ecocardiograma e de medida invasiva da pressão
diastólica final de ventrículo esquerdo (PDFVE, mmHg); pressão arterial média (PAM); frequência cardíaca (FC); sensibilidade do barorreflexo; LDL (mg/dl); HDL (mg/dl); função renal
através de clearance de inulina (Clin, ml/min/100g), bem como expressão proteica (Western
blotting) em tecido renal para proteínas do endotélio vascular (Slit2, Robo4, eNOS). Foram
também dosados por Luminex os níveis de IL-6, IL-10 e IL-18 em soro. Dados em média±SEM.
O uso de 4F preveniu a lesão cardíaca, demonstrada pelo débito cardíaco (mL/min, C: 73±2,3
vs. CLP: 50±6,2 vs. CLP+4F: 77±8,1, p<0,05), pela fração de ejeção (%, C: 75±2,7 vs.
CLP: 67,6±2,8 vs. CLP+4F: 79±2,0, p<0,05) e pelo índice de performance miocárdica (C:
0,45±0,04 vs. CLP: 0,64±0,02 vs. CLP+4F: 0,37±0,03, p<0,001). A PDFVE foi restabelecida
com o tratamento (C: 7,5±0,5 vs. CLP: 4,6±0,4 vs. CLP+4F: 7,9±0,6, p< 0,001). 4F diminuiu
os níveis de LDL (C: 11±1,4 vs. CLP: 18±2,7 vs. CLP+4F: 8±2, p<0,05) e aumentou os níveis
de HDL (C: 42±2,3 vs. CLP: 19±1,7 vs. CLP+4F: 34±2,9, p<0,001). Embora não tenha havido
diferença na PAM entre os grupos, a FC foi significantemente maior em CLP comparada com
o grupo C e CLP+4F. A sensibilidade dos barorreceptores estava alterada no grupo CLP e foi
restaurada no grupo tratado. O uso de 4F protegeu a função renal, demonstrada pelo Clin
(C: 0,8±0,03 vs. CLP: 0,5±0,06 vs. CLP+4F: 0,8±0,06, p<0.01). Os níveis de citocinas diminuíram significantemente com o tratamento. CLP reduziu a expressão de Slit2, Robo4 e eNOS
em 30%, 40% e 60%, respectivamente e o tratamento restaurou a expressão. Demonstramos
que 4F, através de via dependente de HDL, melhora a função cardíaca e renal, inibe a resposta
inflamatória, e restabelece a permeabilidade vascular.
Os rins são órgãos fundamentais para a manutenção da homeostase do organismo humano e
da mesma forma alvo de patologias de acometimento sistêmico além das próprias do sistema
genitourinário. Presume-se que em hospitais de grande porte que sirvam de referência para
pacientes portadores de patologias sistêmicas, além da referência específica em nefrologia,
este órgão seja comumente afetado, de forma direta ou indireta. Objetivos: Identificar o perfil
clínico-epidemiológico dos pacientes atendidos pela interconsulta da Fundação Hospital de
Clínicas Gaspar Vianna no período de janeiro a junho de 2010, com ênfase nos pacientes
internados na unidade de terapia intensiva (UTI) que tiveram como diagnóstico nefrológico
insuficiência renal aguda (IRA). Casuística e método: Estudo descritivo observacional retrospectivo, incluindo todos os pacientes atendidos pela interconsulta do serviço de nefrologia do
Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, no período de janeiro a junho de 2010. Os dados foram
coletados através da revisão das Fichas da Interconsulta (FI) e complementados através de
revisão de prontuários. Os dados foram organizados em uma planilha e posteriormente
analisados usando o programa EPI INFO 3.5.2. Resultados: Foram avaliados 240 pacientes,
com maioria do sexo masculino, com média de idade de 57,4 anos, 75,12% foram avaliados
nos primeiros sete dias de internação, 71,27% eram portadores de disfunção renal crônica.
Quando analisados somente os pacientes da UTI, 77,5% apresentavam IRA, grupo que teve
mortalidade de 52,5%; 50% dos pacientes IRA/UTI foram avaliados segundo o sistema RIFLE
no estágio FAILURE. Conclusões: Este estudo não teve como objetivo testar hipóteses e sim
conhecer algumas características da população atendida pela equipe de nefrologia da FHCGV
e levantar alguns questionamentos, servindo de estímulo para estudos futuros. Chama a
atenção que metade dos pacientes UTI/IRA sejam atendidos em um momento de disfunção
renal severa, quando a principal conduta foi iniciar hemodiálise.
Palavras Chaves: Apolipoproteína, Insuficiência Renal Aguda
PAPEL DO IFNg NA RESPOSTA REPARADORA DAS CELULAS-TRONCO
MESENQUIMAIS EM MODELOS RENAIS AGUDOS
Priscilla Barbosa Costa1, Marina Burgos Silva1, Patricia Semedo1, Denise
M.A.C.Malheiros2, Álvaro Pacheco e Silva Filho3, Niels Olsen Saraiva Camara4
1 - DISCIPLINA DE NEFROLOGIA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
2 - DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
3 - IIEP, HOSPITAL ALBERT EINSTEIN
4 - DEPARTAMENTO DE IMUNOLOGIA – UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Introdução: A terapia com células-tronco para a insuficiência renal aguda (IRA) vem surgindo como uma terapia alternativa. O processo regenerativo das células-tronco mesenquimais
(CTMs) já foi demonstrado em modelos experimentais para vários órgãos que decorre, princi-
Palavras Chaves: Interconsulta, IRA
Perfil dos pacientes com insuficiência renal aguda na UTI
do Hospital Ophir Loyola no período de fevereiro de 2010 a
fevereiro de 2011.
MARCIA REGINA DE CASTRO RODRIGUES, Meire Lopes Magalhães Carneiro, Kelly
Amaral Santos, Jailson Silva Alves, Alzira Carvalho Paula de Souza, Vanessa
Correa Pantoja, Maria de Jesus Rodrigues de Freitas, Gracilene Lobato
Cardoso Guimarães, Ana Paula Monteiro Rodrigues
HOSPITAL OPHIR LOYOLA
Introdução: A Insuficiência Renal Aguda (IRA) é uma síndrome caracterizada por deterioração
súbita da função renal resultando na incapacidade do rim em excretar as escórias nitrogenadas e manter o equilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico. Tais alterações podem ocorrer em
até 7 % das internações hospitalares e em até 30 % dos pacientes internados em unidade
de terapia intensiva. Objetivo: Avaliar o perfil dos pacientes que evoluíram com Insuficiência
Renal Aguda (IRA) internados na UTI do Hospital Ophir Loyola no período de fevereiro 2010 a
fevereiro 2011. Método: Trata-se de uma pesquisa do tipo transversal, retrospectiva de variáveis quantitativas pela análise das fichas de acompanhamento da Interconsulta de Nefrologia
já instituídas no Serviço do Hospital Ophir Loyola através do preenchimento do protocolo de
97
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
pesquisa, elaborado pelos autores. Entrarão no estudo os pacientes avaliados pela nefrologia
internados na UTI deste hospital no período de fevereiro de 2010 a fevereiro de 2011. Serão
incluídos neste estudo todos os pacientes internados na UTI que desenvolveram IRA deste
período. Como critérios de exclusão têm-se a presença de pacientes que possuam diagnóstico prévio de Insuficiência Renal Crônica. Resultados: A amostra obtida foi de 56 pacientes,
sendo 51,8 % do sexo feminino. A média de idade dos pacientes foi de 58,25 anos, valor de
creatinina basal antes da IRA de 1,35 mg/dl, creatinina na admissão da nefrologia de 4,60
mg/dl, tempo entre a admissão da nefrologia e o início da hemodiálise de 0,71 dias, tempo
em hemodiálise de 6,89 dias. Quanto a doença de base neoplasia do aparelho digestivo e
colo uterino apresentaram os maiores percentuais com 19,6% e 17,9% respectivamente. O
principal motivo de pedido de avaliação da nefrologia foi elevação de escórias com 46,4%.
A causa de IRA de maior percentual foi Pré-Renal com 50%. Observou-se que dos 45 óbitos
(80,35% dos pacientes) 34 tiveram o tempo entre a admissão e o inicio da hemodiálise
menor que 1 dia, ou seja, a faixa do tempo entre a admissão e o início hemodiálise não
influenciou na evolução dos pacientes. Conclusão:Conclui-se que em sua grande maioria os
pacientes atendidos pela nefrologia são oncológicos, com prognóstico reservado e com alta
taxa de mortalidade. E que o atraso no acionamento da nefrologia demonstrado pelo elevado
valor da creatinina na admissão, resulta em pouca ou nenhuma chance de intervenção quanto a função renal e, portanto quanto a evolução destes pacientes.
Palavras Chaves: INSUFICIENCIA RENAL AGUDA, UTI
Perfil epidemiológico dos pacientes com insuficiência renal
acompanhados pela interconsulta no Hospital da Clínicas da
UFPE
MIRELLA CAVALCANTI LINS DE MELO, GISELLE VAJGEL FERNANDES, ANDRÉA C.E.P. VALENÇA,
MARIA CAROLINA N.R. NEVES, LUCILA MARIA VALENTE, SANDRA NEIVA COELHO
HOSPITAL DAS CLÍNICAS UFPE
Introdução: A incidência de insuficiência renal aguda (IRA) aumenta em até 11% ao anoe
sua prevalência em pacientes internados pode variar de 10,8- 100%. Sabe-se que o grau de
IRA é diretamente proporcional ao aumento da mortalidade e pequenas alterações na função
renal têm impacto no prognóstico. Objetivo: Demonstrar o perfil epidemiológico dos pacientes acompanhados pela interconsulta da nefrologia durante internamento no Hospital das
Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Métodos: Neste estudo descritivo foram coletados dados prospectivamente em questionário padronizado durante o acompanhamento
da interconsulta da nefrologia no período de fevereiro a junho de 2011. Resultados: Noventa
e dois pacientes foram avaliados, tendo a média de idade 46 anos (±19), sendo 47,8% do
sexo masculino. A UTI foi o setor que mais solicitou avaliação da nefrologia (25%), seguida
da clínica médica (13%) e cardiologia (9,8%). Os motivos do atendimento foram: IRA (66%),
DRC dialítica (14%), DRC conservador (12%) e outros (8%). A IRA clínica foi a mais frequente, representando 57% dos casos. Sua etiologia foi isquêmica (50%), glomerular (27%),
nefrotóxica (21%) e nefrite intersticial (2%). As doenças mais frequentemente associadas
aos pacientes com IRA foram: HAS (27%), neoplasias (12%) e DM (11%). De acordo com a
classificação RIFLE, os estágios encontrados foram: 33% estavam no estágio de Risco, 23%
Injúria e 44% como Falência. Trinta e três por cento dos pacientes com IRA necessitaram de
terapia substitutiva renal, dos quais 76,1% foram avaliados inicialmente no estágio F. Conclusão: O trabalho mostrou que os pacientes acompanhados pela interconsulta da nefrologia
apresentavam principalmente IRA do tipo isquêmica, eram provenientes frequentemente da
UTI e tiveram avaliação em sua maioria no estágio F do RIFLE.
Palavras Chaves: INSUFICIENCIA RENAL AGUDA
Pressão Intra-Abdominal como Preditor de Injúria Renal
Aguda no Pós-Operatório de Cirurgias Abdominais
Luís Cuadrado Martins, Amanda Aparecida Petek, Hugo Hyung Bok Yoo, Aline
Roberta Danaga, Regina Moura, Juan Llanos, Danielle Vital, Juliana Rigotto
Grejo, Fábio Akio Yamaguti, Meire Cristina Novelli e Castro, Cibele Taís Puato
de Almeida, Ana Carolina dos Santos Demarchi
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP
Introdução: A medida da PIA (Pressão intra-abdominal) através da pressão intra-vesical é
uma forma indireta de medir a pressão abdominal, no entanto, é considerada ´´padrão-ouro``.
Apenas recentemente começaram a reconhecer os efeitos do aumento da pressão intra-abdominal sobre a função renal. Não está plenamente estabelecido um valor crítico de PIA que
possa predizer o desenvolvimento de Injúria Renal Aguda em pacientes de terapia intensiva.
Além do mais, poucos trabalhos nacionais abordam o tema. Objetivo: Avaliar qual o valor de
pressão intra-abdominal é fator preditivo para Injúria Renal Aguda (IRA) em pacientes no
pós-operatório de cirurgias abdominais em uma unidade de terapia intensiva (UTI) do interior
paulista. Método: Foi realizado estudo prospectivo no qual foi aferida a PIA dos pacientes
durante todo período de internação na UTI, até a alta ou óbito, bem como acompanhamento
da função renal pelo mesmo período. Injúria renal aguda foi definida pelo critério Acute
Kidney Injury Network (AKIN). Foram traçadas curvas ROC para determinação do poder discriminatório e do melhor ponto de corte associado ao desenvolvimento posterior de IRA. Resultados: Foram avaliados 61 pacientes consecutivos no período de um ano. A PIA média das
primeiras 24 h de pós-operatório teve um poder discriminatório estatisticamente significante
em relação ao desenvolvimento de IRA nessa população: área sob a curva ROC: 0,64 IC 95%
0,502-0,787; p=0,047. O Melhor ponto de corte para o desenvolvimento de IRA foi 8,3 mm
Hg, considerando a PIA média diária, com uma sensibilidade de 81% de uma especificidade
de 50%. Conclusão: A pressão intra-abdominal foi capaz de prever o desenvolvimento de IRA
o que valida seu uso na predição de IRA no pós-operatório de cirurgias abdominais. Um valor
98
de 8,3 mm Hg, pouco acima do considerado normal e bem abaixo da definição de hipertensão intra-abdominal foi preditivo de IRA.
Palavras Chaves: Pressão Intra-abdominal
PROFILAXIA RENAL TRIPLA PARA NEFROPATIA POR CONTRASTE
IODADO
EDUARDO DE PAIVA LUCIANO1, ANDRÉ LUIZ PINTO2, JULIANA GRASSI2, PAULO SÉRGIO
LUCONI1, REJANE MARIA SPINDOLA FURTADO1, SANDRA FERREIRA S . REIS1, PATRICIA
FERREIRA ABREU1
1 - HOSPITAL REGIONAL DE TAUBATÉ – SP
2 - UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ – SP
INTRODUÇÃO: A administração de contraste iodado para exames cardiológicos intervencionistas pode causar insuficiência renal aguda principalmente em grupos de risco como diabéticos e renais crônicos. OBJETIVO: este estudo propõe analisar a eficiência de um esquema
profilático para pacientes em risco para nefropatia por contraste iodado (NCI) que foram
submetidos à cateterismo cardíaco para diagnóstico e/ou tratamento coronariano MÉTODOS:
Foram estudados 28 pacientes do Centro Estadual de Tratamento de Doenças Renais do
Vale do Paraíba, região leste do estado de São Paulo( CETDRVP – SP), que tinham indicação
para cineangiocoronariografia. Os pacientes foram internados 24hs antes do procedimento
para inicio do protocolo de profilaxia renal com Soro Fisiológico 0,9% a 1ml/Kg/h; N acetil
cisteína na dose de 1200mg, via oral, 12/12hs; Bicarbonato de sódio 8,4% 150mEq diluídos
em 850ml de soro glicosado a 5% infundidos a 3ml/Kg/h com inicio uma hora antes do procedimento , mantido em infusão continua durante o procedimento e por mais 4 horas após
o procedimento. Em 3 pacientes (10,7%) não foi utilizado o bicarbonato de sódio devido
importante déficit ventricular e alto risco para congestão pulmonar . Utilizou-se contraste OptRay® de baixa osmolaridade , não iônico e com baixo volume (evitou-se a ventriculografia).
Dosamos a creatinina (SCr1) pré cate, 48 horas pós Cate (SCr2) e 6 meses após o cateterismo
(SCr3). Foi considerado nefropatia por contraste um aumento em 25% no valor da creatinina
basal.RESULTADOS: idade média de 57,8 ± 9 anos ; 67,9% do sexo masculino ; 82,1% da
raça branca; 53,6% diabéticos; 60,7% no estágio 3 da DRC (64,3% com MDRD entre 70-30
ml/min/1,73m²); 17,9% de tabagistas; somente 25% não tiveram lesões significativas coronarianas sendo que em 32,1% foi colocado 1 stent, 10,7% 2 stents e 21,4% foram indicados
para RM. Em 2 pacientes (7,1%) foi diagnosticado NCI revertida em 72hs.Dos pacientes
com NCI 100% tinham mais que 3 lesões no CATE e não foi utilizado o esquema triplo de
profilaxia (p 0,08). A SCr1 = 1,63 ± 0,47 ; a SCr2 = 1,49 ± 0,5 (p0,01) e a SCr = 1,59 ±
0,58 . Não houve diferença significante entre os pacientes diabéticos e não diabéticos para
NCI, numero de lesões após exame;CONCLUSÃO: o esquema triplo profilático em pacientes
de alto risco para nefropatia por contraste mostrou-se eficaz com baixa prevalência (7,1%)
desta patologia
Palavras Chaves: NEFROPATIA POR CONTRASTE
Recuperação das manifestações extra-renais e evolução
renal na Síndrome Hemolítico-Urêmica atípica (SHUa) tratada
com plasmaferese
Crabi GV, Lopes AGG, Gushi LC, Vidal MJA, Martini Filho D, Abensur H
Clínica de Nefrologia - Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo
Objetivo: mostrar recuperação da função renal em paciente com diagnóstico de SHUa após
tratamento com plasmaferese. Relato de caso: paciente de 67 anos, sexo feminino, branca,
evoluiu em julho de 2010 com pico febril isolado (38°C), anúria, sonolência e aparecimento
de petéquias pelo corpo. Antecedentes: Mastectomia à esquerda há 20 anos por carcinoma
de mama; Hipertensão Arterial Sistêmica há 15 anos; Doença arterial coronariana com revascularização miocárdica e troca valvar aórtica em maio de 2010, complicada com acidente
vascular encefálico isquêmico (AVEi) durante abordagem e infecção de sítio de safenectomia.
Medicamentos em uso: hidralazina, anlodipina, sustrate, sinvastatina. Exame físico: regular
estado geral, PA 160x90 mmHg, hipocorada 2+/4+, sonolenta, hemiparesia à direita (seqüela
do AVEi), afebril, edema de membros inferiores +/4+, petéquias no corpo. Exames laboratoriais evidenciaram hemoglobina de 9,7 g/dl, leucócitos 10300/mm3(bastões 7/ segmentados
65), plaquetas 33.000/mm3 , creatinina 4,8 mg/dl (basal:1,3 mg/dl–maio/2010), uréia 148
mg/dl, potássio 6,3 mEq/L, DHL 2280 U/L, esquizócitos 3+, reticulócitos 3,4%, haptoglobina
< 8 mg/dL, D-dímero 3100 ug/L, C3 0,09 mg/dl, C4 0,02 mg/dl, coombs negativo, bilirrubina
indireta, TTPa e TP normais, sorologias e provas reumatológicas negativas. Ultra-Som de rins
e vias urinárias normal, Ecocardiograma: fração ejeção de 83%, prótese biológica aórtica
com insuficiência discreta, sem vegetações. Iniciado hemodiálise devido anúria e hipercalemia
refratária. Realizado biópsia renal que mostrou glomérulos com extensa área de necrose
fibrinóide; necrose tubular aguda moderada e aterioarterioloesclerose renal moderada. Estabelecido o diagnóstico, foi iniciado plasmaferese baseado em evidências na literatura favoráveis à essa terapêutica nos casos de SHU em adultos que evoluem com oligoanúria. Durante
tratamento paciente permaneceu em hemodiálise, apresentando aumento gradual do volume
urinário, redução de DHL, melhora da trombocitopenia e estabilização das escórias em níveis
não dialíticos. Recebeu alta hospitalar com creatinina de 1,7 mg/dL. Últimos exames de setembro de 2010 mostram creatinina de 1,14 mg/dL. Conclusão: embora uso de plasmaferese
em SHUa permaneça controverso, estudos observacionais sugerem vantagens desta terapêutica com o aumento da sobrevida dos doentes. Neste caso apresentado, o benefício da
plasmaferese foi evidente na recuperação da função renal e manifestações extra-renais.
Palavras Chaves: hemolítico-urêmica
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
Relationship between inulin clearance and serum creatinine
continuous plot using spline cubic interpolation
USO DO CRITÉRIO RIFLE EM UTI GERAL PARA AUXILIAR O DIAGNÓSTICO
E ACOMPANHAMENTO PRECOCE NA LESÃO RENAL AGUDA
Morais.C.A,Razvickas
C.M,Monte.M.C.J
EDUARDO DE PAIVA LUCIANO1, CAMILA S PINOTTI2, OTAVIO AUGUSTO DE LARA LEITE1,
REJANE MARIA SPINDOLA FURTADO1, SANDRA FERREIRA S REIS1, PATRICIA FERREIRA
ABREU1, PAULO SÉRGIO LUCONI1
V.
C,Semedo
P,Tristão
R.V,Durão
S.M
Jr,Batista
UNIFESP
Background. Once Acute kidney injury (AKI) is established, many clinicians rely directly on
serial measurements of[Cr] as an indicator of glomerular filtration.This reliance is misplaced
because cr levels may still rise even while filtration is recovering.The purpose of this study was
to compare the relationship among serum cr, inulin clearance (GRF), morphological changes
and molecular markers of cellular process throughout acute kidney injury. Methods.We performed a cubic interpolation to estimate the (continuous) plasma cr concentration and inulin
clearance at time t = to + nΔt where n=1,2,and Δt=0.01days(Matlab function interp1).Histopathological and immunohistochemistry evaluation was made at day 1, 3, 6 and 8. Cellular
process was characterized by using vimentin for regeneration, e-cadherin for epithelization,
cdc2 for proliferation and Bad/Bcl2 ratio for apoptosis. Results. Inulin clearance interpolation
graph shows the minimum point between day 2 and 3 when serum cr concentration is still at
half way from the maximum point.This suggests that the deterioration in fact ends just 2 days
after onset of AKI .At this time we don´t see any major cellular process as proliferation, apoptosis or regeneration by surrogates markers for these processes and immunohistochemistry.
There is, however, a 5-day stabilization period before the GFR starts to return to normal.
During stabilization period we observed increased of mRNA expression of markers for proliferation, apoptosis and regeneration. Conclusion. The present study has provided intriguing
insights into timing of cellular process during acute kidney injury.Deterioration is more easily
identified than the onset of recovery. Recognizing the end of deterioration and onset of recovery is important because it affects medical decision making.
Palavras Chaves: Clearance, Inulina
Síndrome hemolítico-urêmica em transplante de pâncreas
isolado
Lopes AGG, Crabi GV,Abensur H
Clínica de Nefrologia - Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo
Objetivo: relatar caso de síndrome hemolítico-urêmica (SHU) em paciente transplantado de
pâncreas isolado de possível etiologia viral ou medicamentosa (Tacrolimus). Relato de caso:
paciente de 45 anos, sexo masculino, branco, evoluiu no pós-operatório 6 anos e 10 meses
de transplante de pâncreas isolado derivação vesical, com quadro de fraqueza e escapes
glicêmicos, associados a plaquetopenia (58000/mm³) e piora da função renal. Antecedentes
prévios: quadro viral recente, Diabetes Mellitus tipo 1 há 24 anos, retinopatia e neuropatia
periférica. Ultrassonografia de enxerto pancreático: normal. Exames laboratoriais evidenciaram Hb de 11,5g/dL em queda chegando a 7,7g/dL, leucócitos 6500/mm³, plaquetas 39000/
mm³, glicemia 144mg/dL, DHL 892U/L, amilase 36U/L , lipase 16U/L, creatinina 1,6mg/dl
(creatinina basal: 1,1mg/dL), pesquisa de esquizócitos positiva, haptoglobina menor que
7mg/dL, bilirrubinas totais 0,4mg/dL, hemoculturas e uroculturas negativas, antigenemia
para citomegalovírus negativa. Endoscopia digestiva alta mostrou pangastrite erosiva plana
leve com áreas sugestivas de metaplasia intestinal no antro, pesquisa de Helicobacter pylori
negativa e biópsia negativa para citomegalovírus. Feito hipótese diagnóstica de síndrome
hemolítico-urêmica e realizado troca do Tacrolimus por Ciclosporina, manutenção do Micofenolato de sódio e aumentado dose de Prednisona, além de cinco sessões de plasmaferese
e administração de plasma fresco congelado por doze dias. Paciente evoluiu com melhora
do quadro clínico e laboratorial, reduzindo a anemia, retornando a função renal de base e
normalizando plaquetas, DHL, haptoglobina e glicemia. Conclusão: No transplante de órgãos
sólidos, síndrome hemolítico-urêmica como doença primária é rara. Neste caso apresentado,
a SHU provavelmente é resultado da toxicidade ao imunossupressor (Tacrolimus) ou secundária à infecção viral. Foram estabelecidos como terapêutica a mudança de imunossupressão
associada a infusão de plasma e plasmaferese, que conforme a literatura tem alcançado
algum sucesso.
1 - HOSPITAL REGIONAL DE TAUBATÉ – SP
2 - UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ – SP
INTRODUÇÃO: A lesão renal aguda (LRA) é importante causa de morbimortalidade em paciente criticamente enfermo. Nas ultimas décadas tem-se aumentado esforços para o diagnóstico precoce incluindo a utilização de critérios com o RIFLE. OBJETIVO: analisar as características clinico laboratoriais dos pacientes graves e que desenvolveram LRA segundo critério
de RIFLE. MÉTODOS: 38 pacientes na UTI do HRVP e que desenvolveram LRA classificados
segundo o critério RIFLE. Foram analisados segundo a creatinina na admissão hospitalar
(Cr1), creatinina na admissão na UTI (Cr2), creatinina na chamada do nefrologista (Cr3), uso
ou não de diurético, diagnóstico de base, etiologia da LRA, uso de drogas vasoativas (DVA),
necessidade de terapia renal substitutiva (TRS), modalidade da TRS, dias de internação hospitalar, desfecho geral como óbito < 60 dias , óbito > 60 dias e não óbito; desfecho nefrológico
como recuperação da função renal, não recuperação ou permanência em DRC, dias em TRS,
infecção e sítios de acessos venosos, caracteristicas laboratoriais na admissão; foi utilizado
o teste t – student e ANOVA multifatorial para análise estatística. RESULTADOS: 81,1% do
sexo masculino; Cr1 (mg/dl) média 1,57 ± 1,05 ; Cr2 =2,01 ± 1,36 mg/dl ; 40,9± 47 dias de
internação. Hb (g/dl) 9,8 ± 2,1; K 4,7 ± 1,03 mEq/L; uréia de 137,3 ± 61,6 mg/dl; 48,6%
de pacientes em pós operatório; 56,8% com critério de Risco para LRA e 29,7% classificados
como falencia renal á admissão na UTI. O diurético de alça foi utilizado em 64,9% (24)
mas não esteve associado com aumento na mortalidade ou necessidade de TRS. Sepse foi
responsável por 64,9% (24) da etiologia da LRA; 97,2% necessitaram de DVA; 78,4% necessitaram de TRS sendo a modalidade mais utilizada a SLED (48,6%). Quanto ao desfecho
observamos 64,9% de óbitos < 60 dias e apenas 27% de pacientes com recuperação da
função renal; 67,6% dos pacientes não tiveram infecção do acesso vascular sendo a via de
acesso preferencial a femoral. Houve correlação estatisticamente significante para creatinina
na admissão da UTI e recuperação da função renal (p0,001); aumento de óbitos < 60 dias
quanto maior a creatinina na admissão UTI (p0,001) e finalmente houve correlação positiva
entre classificação RIFLE e aumento de mortalidade (total; p 0,003) CONCLUSÃO: o critério
RIFLE é importante arma para o diagnóstico de lesão renal aguda e na população estudada
foi capaz de estratificar a população de risco para esta patologia.
Palavras Chaves: RIFLE
Palavras Chaves: hemolítico-urêmica, transplante
99
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
RESUMOS - SESSÃO POSTER
LIGAS
A informatização como aliada na adesão da população a ações
e eventos pontuais de promoção e de prevenção em saúde
CAIO FRANCISCO DE ARAÚJO CAVALCANTI, Horácio Luis Fontes Goés de Barros,
FIRMINO ELIAS DE ALBUQUERQUE NETO, Lucas Nascimento Tavares, André Falcão
Pedrosa Costa, FLAVIO TELES
FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS
Introdução: Um dos grandes motivos para a não adesão da população a ações e eventos pontuais de promoção e prevenção em saúde é a espera pelo serviço. A LANU - Liga Acadêmica
de Nefrologia da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas – desenvolvendo
um protocolo de atividade informatizado para maximizar a eficiência e agilidade, além de
facilitar o armazenamento de dados e posterior utilização em estudos. Objetivos: Reduzir o
tempo de espera dos transeuntes que procuram informação nos estandes das campanhas e
ações ligadas a saúde. Reduzir o numero de desistências na busca pela orientação nas campanhas de massa. Facilitar a organização de dados e sua posterior utilização. Métodos: Foi
elaborada uma planilha eletrônica na plataforma Excel baseada na ficha de coleta de dados
da Campanha Previna-se da Sociedade Brasileira de Nefrologia. A flexibilidade da planilha
é total, podendo ser adaptada de acordo com o público, tipo de evento ou necessidade de
informações a serem coletadas. Os dados são organizados seguindo uma seqüência que
facilite o preenchimento e direcione a entrevista. Há a necessidade de energia no local e de
notebooks. Por se tratar da fase que demanda mais tempo, a entrevista e coleta de dados
deve concentrar o maior numero de participantes possíveis. Resultados: A planilha facilitou a
coleta de dados e direcionou a entrevista, facilitando e tornando mais rápido o atendimento.
Sua utilização ocorreu nos 3 eventos realizados pela LANU em 2011 e proporcionou o atendimento de mais de 500 pessoas. Com os dados diretamente armazenados em formato de planilha eletrônica todo o processo de análise torna-se mais rápido. Conclusão: Com a planilha
e a metodologia elaborada economiza-se tempo na coleta dos dados e em sua análise. Esse
método mostrou-se eficiente e poderá ser seguido para melhorar o atendimento em eventos
pontuais de promoção e prevenção em saúde.
Palavras Chaves: INFORMATIZAÇÃO
Introdução: A promoção da saúde implica em uma redefinição da saúde e seus objetos. A
saúde passa a ser compreendida como resultado de vários fatores relacionados à qualidade
de vida, ultrapassando o enfoque na “doença” e incluindo questões como habitação, alimentação, educação e trabalho. Para tanto é necessária a atuação polivalente do médico por de
concepções como a intersetorialidade, a qual é definida, na Declaração de Santa Fé, como:
“[...] o processo, no qual, objetivos, estratégias, atividades e recursos de cada setor são considerados segundo suas repercussões e efeitos nos objetivos, estratégias, atividades e recursos
dos demais setores [...]” (OPAS, 1992). Dessa forma, estaremos realizando benefícios profícuos e duradouros. Objetivos: Promoção da saúde por meio de uma demonstração prática de
intersetorialidade entre uma liga acadêmica e a iniciativa pública. Casuística e métodos: Foi
feita uma sondagem de iniciativas que dessem suporte à esse tipo de trabalho por meio de
diálogos informais com diferentes conhecedores dessas atividades e de acordo com a nossa
capacidade. Encontramos então o Socorro Cidadão que é uma ação inter e multisetorial a
fim de tornar acessível à população, os direitos garantidos pelo Município de Nossa Senhora
do Socorro no Estado de Sergipe. No dia do evento, aferimos a pressão arterial, glicemia
capilar, circunferência abdominal, IMC, triagem de fatores de risco para doença renal crônica
(DRC), além de orientação sobre DRC e outros assuntos que pudéssemos fazê-lo. Resultados
e conclusão: Foi notória a aproximação da comunidade e a possibilidade de uma interação
desta com a coisa pública, o que permite a realização de atividades dos mais diversos tipos e
amplia a força de mudança e de participação da população, facilitando a ação do médico. No
entanto, sentimos falta de atividades semelhantes em nosso Estado.
Palavras Chaves: INTERSETORIALIDADE
ATENDIMENTO EM GRUPO NO AMBULATÓRIO DA LIGA DO RIM E DA
HIPERTENSÃO ARTERIAL DE BOTUCATU
MARCOS ANTONIO MARTON FILHO, Edwa Bucuvic, Cíntia Mitsue Pereira Suzuki,
Juliana Rodrigues Matsuguma, Miguel Hernandes, Vanessa Santos Silva,
Gabriela Bruzos, Jacqueline Costa Teixeira Caramori
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU,Hospital das Clínicas de Botucatu
Analise do nível de conhecimento em estudantes da rede
pública e privada de Vassouras-RJ sobre a Doença Renal
Crônica
Pereira SL, Baumgarten R, Teixeira APSF, Mota VMR, Amaral JP, Costa FS
Universidade Severino Sombra Rio de Janeiro
Introdução: A doença renal crônica (DRC) consiste em lesão renal e perda progressiva e irreversível da função dos rins; constitui hoje em um importante problema médico e de saúde
pública. O conhecimento e a prevenção da doença são essenciais tanto para se evitar a
doença quanto para o seu diagnóstico precoce e a instituição de diretrizes apropriadas para
retardar sua progressão, prevenir suas complicações ereduzir o sofrimento dos pacientes e os
custos financeiros associados. Objetivo: Identificar o grau de conhecimento e informação dos
estudantes de ensino básico e secundário das redes pública e privada da cidade de VassourasRJ em relação à DRC, e quais medidas preventivas e cuidados estão sendo utilizados, fazendo
uma análise estatística do quantitativo das informações coletadas e comparando os resultados. Metodologia: O estudo descritivo foi realizado por meio de questionários aplicados no
período de março a novembro de 2010, nas escolas de ensino básico e secundário da rede
pública e privada do município de Vassouras-RJ. Com 1.147 alunos de faixa etária entre 10
e 19 anos de idade, com perguntas a respeito da DRC, seus fatores de risco e medidas preventivas adotadas. Foi feita uma análise estatística dos dados obtidos, buscando identificar o
grau de instrução da população em estudo em relação à DRC e doenças de base como fator
desencadeador e agravante da DRC em nosso meio. Resultados: A amostra foi constituída por
1.147 alunos, sendo 618 do sexo feminino e 529 do sexo masculino. A maioria, 1.081 estudantes (94,24%) desconhecem a DRC assim como seus fatores de risco, suas complicações
e medidas preventivas; 54 estudantes (4,72%) já ouviram falar sobre DRC, desconhecendo
seus fatores de risco, suas complicações e medidas preventivas; e apenas 12 estudantes
(1,04%) apresentaram algum conhecimento sobre DRC, seus fatores de risco, suas complicações e medidas preventivas. Conclusão: A proposta do estudo foi fazer uma pesquisa de
campo, caracterizada por ser descritiva, levando-se em consideração: O nível de conhecimento dos estudantes entre 10 a 19 anos de idade com relação à DRC, seus fatores de risco, suas
complicações e medidas preventivas adotadas. Os resultados demonstram que a maior parte
da população desconhece a DRC e principalmente, não adotam nenhuma medida preventiva;
sendo fundamental: Campanhas de esclarecimento, prevenção e orientação das prioridades
de ações para atenção básica à saúde, com a finalidade de diminuir o crescimento da DRC.
Aplicação da intersetorialidade em atividades de promoção a
saúde da LANU em comunidade carente de município da grande
Aracaju.
FIRMINO ELIAS DE ALBUQUERQUE NETO, HORÁCIO LUIS FONTES GOÉS DE BARROS, CAIO
FRANCISCO DE ARAÚJO CAVALCANTI, VíTOR HUGO HONORATO PEREIRA, BRUNO DE JESUS
COELHO, André Falcão Pedrosa Costa, FLAVIO TELES
FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS
100
Introdução: O atendimento em grupo é uma possibilidade de atender maior número de pacientes. É uma proposta diferenciada para dar inicio ao diagnóstico e informação sobre Doença
Renal Crônica -DRC e suas principais causas, além de oferecer ao aluno ligante contato com
pacientes portadores de doenças crônicas, suas dificuldades e desafios. Objetivos: Descrever
a metodologia do atendimento em grupo para pacientes triados em feiras de saúde. Métodos:
Em feiras de saúde, quando identificados dois ou mais fatores de risco ou proteinúria, o paciente é orientado a procurar o ambulatório da Liga do Rim e da Hipertensão Arterial, no qual
é recepcionado com atendimento em grupo. Nessa abordagem inicial, a equipe, com roteiro
previamente definido, recebe o grupo de pessoas e seus acompanhantes. Todos se sentam em
círculo, com um quadro negro a disposição. Têm inicio as colocações, preferencialmente sem
interrupções. I. Apresentação pessoal, seguida da opinião sobre “o que eu faço de bom para
minha saúde?”. II. O que eu faço ou tenho que faz mal para o meu rim. Anotações dos itens
relevantes, por membro da equipe, no quadro negro. III. Síntese após as falas para permitir
destaque para os fatores de risco ressaltando no quadro negro: hipertensão, diabetes, familiar
com doença renal, doença do coração e a idade avançada. IV. No final do atendimento em
grupo é agendada consulta individual e são solicitados exames (creatinina, perfil lipídico,
glicemia e outros que o preceptor julgue necessários). Resultados: Foram realizados cinco
atendimentos em grupo que revelaram à equipe grande desconhecimento sobre riscos de
DRC. O rim foi relacionado à dor nas costas de qualquer natureza, independente de calculose
renal. A grande maioria da população investigada mostrou desconhecimento dos fatores de
risco hipertensão e diabetes, para DRC, entretanto outros fatores foram relacionados por
eles como problemas para o rim como suco de limão, tomate, acidentes, tomar muito leite e
trabalhar agachado. Para os alunos foi possível observar a importância na atividade da liga,
sobretudo por permitirem discutir diagnóstico e tratamento de doenças tão prevalentes por
colocá-los em contato com as dificuldades de adesão do paciente. Conclusões: Atendimento
em grupo é uma oportunidade que merece ser explorada para informar sobre a DRC, oferece
segurança e autoconfiança à equipe, permite desenvolver técnicas que podem ampliar o
potencial psicológico na superação da atenção dos envolvidos.
Palavras Chaves: atendimento em grupo, educação em saúde
COMPARAÇÃO DO NÍVEL DO CONHECIMENTO SOBRE CREATININA ENTRE
AMOSTRAS DISTINTAS DA POPULAÇÃO: UNIVERSITÁRIOS, CLIENTES DE
POSTOS DE SAÚDE E USUÁRIOS DE RODOVIÁRIA
PAULO ROBERTO SANTOS1, Salles-Jr LD1, Vieira EB2, Ponte HA2, Carvalho RM2, Rocha
ARM2, Vieira CB2, Apolônio NAM2, Silva-Filho AH2, Cavalcanti JU2
1 - Faculdade de Medicina de Sobral, Universidade Federal do Ceará
2 - Liga de Nefrologia da Faculdade de Medicina de Sobral, Universidade Federal do Ceará
Introdução: A doença renal crônica deve ser detectada nos estágios iniciais. Para isso é importante o conhecimento da população sobre a creatinina, principal marcador da função renal.
Objetivo: Identificar se o conhecimento sobre a creatinina difere entre amostras distintas da
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
população. Casuística e Métodos: Durante os meses de abril e junho de 2011, foi realizada
Campanha de Prevenção da Doença Renal em Universidades, postos de saúde e rodoviária na cidade de Sobral, CE. De acordo com esses locais classificamos os participantes, respectivamente, como Universitários, Clientes e População Geral. Todos os participantes eram
solicitados a responder a pergunta “Você sabe o que é creatinina?”. Em caso de resposta
afirmativa, o participante era questionado sobre a fonte do seu conhecimento. Resultados:
Foram entrevistados 200 Universitários, 170 Clientes e 84 da População Geral. Entre os Universitários: 9% sabiam o que é a creatinina, tendo como fonte de conhecimento os professores da faculdade (50%) e médicos (17%). Entre os Clientes: 7% sabiam, tendo como fonte de
conhecimento médicos (50%) e professores (17%). Entre os classificados como da População
Geral, 15% sabiam, tendo como principais fontes de conhecimento profissionais da saúde
(31%) e professores (31%). Conclusões: O nível de conhecimento foi baixo entre Universitários e Clientes, o que indica necessidade de campanhas localizadas em instituições de
ensino e postos de assistência médica com o objetivo de aumentar o nível de conhecimento
sobre o principal marcador da função renal, e consequentemente incrementar na população
o interesse por saber como vão seus rins.
quando se fazia necessário. A análise estatística foi realizada utilizando o programa EpiInfo (versão 3.5.2).RESULTADOS: A amostra foi constituída de 110 indivíduos, sendo a idade
49,9+12,1(X+DP) anos, dos quais 73,60% (81/110) eram mulheres e 26,40% (29/110) homens. A frequência de hipertensos foi de 51,40% (57/110) e 78,20% (86/110) dos pacientes
possuíam algum familiar com HAS. Observou-se que 68,20% (75/110) dos entrevistados
eram sedentários; 45,87% (50/110) tinham sobrepeso e 32,11% (35/110) eram obesos. Em
relação à circunferência abdominal, 91,78% (67/81) das mulheres e 92,30% (24/29) dos
homens possuíam valores acima do limite normal.CONCLUSÕES:Observou-se predominância
de indivíduos do sexo feminino, hipertensos e com frequente historia familiar da doença.Além
disso, a maioria era sedentária, com aumento da circunferência abdominal e acima do peso.
A ação da LINEHAL foi de extrema importância para a identificação de grupos de riscos no
ambiente do HUPAA, mostrando a relevância social da campanha realizada.
Determinação do perfil do ângulo de fase como indicador
do estado nutricional e progressão da doença renal crônica
não dialítica: dados preliminares
Bispo, RKA, Fernandes, RRO, Rocha, MS, Oliveira, SBA, Uchôa, JVM, Cardoso, SB,
Pinheiro, ME
Thalita de Moura Santos Braga1, Tatiana Martins Aniteli2, Hugo Abensur1,
Roberto Zatz2, Victor A. H. Sato1, Renato A. Caires1, Bárbara Nogueira Palmieri3,
Eloisa Massaine Moulatlet3, Fernanda Neres Ribeiro de Lima3, Viviane Kim3
Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença que atinge 30% dos brasileiros em idade adulta e pode matar 300 mil pessoas anualmente no Brasil por suas complicações e lesões em órgãos-alvo. Dessa forma, se fazem necessários programas que visem à
prevenção e promoção da saúde nos indivíduos portadores dessa patologia, evitando tantas
mortes de brasileiros e também diminuindo os gastos do Ministério da Saúde com a doença. Objetivos: Realizar dois eventos de prevenção e promoção à saúde ligada à HAS, assim
como colher dados dos pacientes para identificação dos principais fatores de risco para tal
doença. Casuística e Métodos: Foram desenvolvidas duas campanhas, ambas pelo período da
manhã, em dias diferentes: 26 de abril de 2011 no Hospital Universitário Professor Alberto
Antunes (HUPAA) e 22 de maio de 2011 à beira da praia de Ponta Verde, na orla marítima
de Maceió. Os eventos foram organizados pelos membros da Liga Acadêmica de Nefrologia
e Hipertensão de Alagoas (LINEHAL) e contou com uma equipe multidisciplinar de profissionais, como nefrologista, nutricionista e educador físico. Foram feitas entrevistas com pessoas
que visitavam o local, preenchendo uma ficha que investigava os principais fatores de risco
para HAS, havendo aferição da pressão arterial, medição da altura, peso e circunferência
abdominal, assim como cálculo de IMC e investigação do histórico familiar da doença. Houve
também o fornecimento de informações pertinentes sobre a doença a tais cidadãos, através
da conversa com profissionais e estudantes e panfletos. Resultados:Durante as duas campanhas foram avaliados um total de 182 pacientes, sendo 106 mulheres e 76 homens. Houve
um maior número de pacientes avaliados na campanha do HUPAA, com total de 110 fichas,
apesar do mesmo período de duração das campanhas. Além do preenchimento das fichas,
teve relevância as orientações fornecidas à população, fortalecendo a informação e educação
em saúde, dando-se ênfase aos hábitos de vida saudáveis como o principal fator protetor
para HAS e morbidades nefrológicas, além da visita regular ao médico para o diagnóstico
precoce. Conclusões: A realização das campanhas foi uma experiência enriquecedora e única,
que produziu efeitos positivos tanto para os acadêmicos, que puderam aplicar na prática
seus conhecimentos teóricos e coletar dados epidemiológicos da população assistida a fim
de trabalhá-los; como para a comunidade, que se beneficiou destas ações de prevenção e
promoção à saúde.
1 - HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
2 - FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
3 - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Introdução: O baixo consumo alimentar somado aos distúrbios metabólicos e endócrinos
da doença renal crônica (DRC) podem levar à depleção muscular, uma complicação grave
na doença avançada. A bioimpedância elétrica (BIA) é um método de avaliação do estado
nutricional pouco utilizado em estudos com pacientes renais não dialíticos. Entre os valores
dielétricos fornecidos pelo equipamento, o ângulo de fase (AFº) vem sendo considerado o
melhor indicador de evolução clínica. Objetivos:Avaliar o perfil de pacientes com DRC quanto
a função renal, variáveis dietéticas, antropométricas e o valor do AFº. Métodos:Pacientes
pertencentes à Liga de Doença Renal Crônica, atendidos em 4 consultas nutricionais ao ano
foram submetidos a medidas de peso e estatura. Realizou-se recordatório alimentar habitual
para cálculo do consumo de energia (En) e proteína (Ptn) pelo software NutWin®. Exames
bioquímicos de sangue e urina foram realizados pelo Instituto Central do HCFMUSP. Utilizouse monitor TBW Biodynamics® modelo 450, obtendo-se o valor de AFº. Resultados: Doze
pacientes com idade média de 61±12 anos (7 homens), com depuração de creatinina de
39,6±12,5 ml/min/m² e classificados entre os estágios II a IV da DRC foram incluídos no estudo. A média do Índice de Massa Corporal (IMC) foi 29,2±4,4 kg/m², com equivalência entre
os valores iniciais e finais do acompanhamento, classificando a maioria em pré-obesidade
(41,6%). O consumo médio de En foi de 63,2% e de Ptn 142,7% das recomendações segundo K/DOQI, com média de 19,0±4,4 kcal/kg e 0,8±0,3 g de Ptn/kg de peso ideal. O valor
do AFº variou de 3,7º a 7,4º (média e desvio padrão 5,9±1,0º). Conclusões: Os valores de
IMC concordam com evidências recentes de presença de pré-obesidade e obesidade nessa
população. O consumo alimentar insuficiente em energia e excedido em proteína pode ser
explicado por baixa adesão as orientações nutricionais ou por reminiscência no inquérito
alimentar (IA). Estudos são necessários para averiguar a associação de AFº com progressão
da DRC e alterações no estado nutricional, uma vez que as classificações por IMC e dados de
IA podem não representar a realidade dessa população.
Palavras Chaves: doença renal crônica, ângulo de fase
DIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE À HIPERTENSÃO ARTERIAL:
ATUAÇÃO DA LIGA DE NEFROLOGIA E HIPERTENSÃO DE ALAGOAS
(LINEHAL) NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES
(HUPAA), MACEIÓ-AL.
Uchôa JVM, Pinheiro CCS, Bispo RKA, Presídio GA, Fernandes RRO, Neto JGA,
Pinheiro ME
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES, UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS, ALAGOAS
INTRODUÇÃO: A prevalência estimada de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) no Brasil hoje
é de 35% da população acima de 40 anos. A HAS é uma doença multifatorial, desencadeada
de forma isolada ou associada ao agravamento de outras doenças, pelo seu caráter crônico e
incapacitante. O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, comemorado
em 26 de abril, visa alertar a população a respeito dos perigos da HAS. OBJETIVOS: Identificar
grupos de risco para as doenças cardiovasculares além de promover a conscientização de
pacientes atendidos no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA) sobre a
importância do diagnóstico e tratamento precoce da HAS.CASUÍSTICA E MÉTODOS: A Liga
de Nefrologia e Hipertensão de Alagoas (LINEHAL), com a participação de 13 acadêmicos de
Medicina, desenvolveu uma ação educativa em comemoração ao Dia Nacional de Prevenção
e Combate à Hipertensão Arterial no HUPAA, Maceió- AL, em 2011. Para coleta de dados foi
utilizada a Ficha Unificada de Atendimento “Previna-se” da Sociedade Brasileira de Nefrologia. Foram coletados: sexo, idade, medida da pressão arterial, circunferência abdominal,
peso, altura e IMC. Os alunos também forneciam informações quanto ao desenvolvimento
da doença, diagnóstico e tratamento, além de encaminharem o paciente para atendimento
Palavras Chaves: hipertensão
EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DE MEDICINA EM CAMPANHAS DE
CONSCIENTIZAÇÃO SOCIAL: COMBATE À HIPERTENSÃO EM DOIS
ESPAÇOS SOCIOECONÔMICOS DE MACEIÓ-AL, 2011
Hospital Universitário Professor Alberto Antunes,Universidade Federal de Alagoas, Alagoas
Palavras Chaves: Promoção, Saúde
Liga Acadêmica de Nefrologia da Uncisal e Dia Mundial do
Rim: Relato de Experiência
Caio Francisco de Araújo Cavalcanti, Horácio Luis Fontes Goes de Barros,
Firmino Elias de Albuquerque Neto, BRUNO DE JESUS COELHO, LUCAS RAFAEL COSTA
CORTEZ, André Falcão Pedrosa Costa, Flávio Teles
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
Introdução: O dia mundial do rim (World Kidney Day) foi comemorado em Maceió no dia 16
de março de 2011, com uma ação no centro da cidade enfocando e prevenção da hipertensão, diabetes e doenças do coração. Contanto com a participação da LANU – Liga acadêmica
de nefrologia da Uncisal – da LINEHAL – Liga acadêmica de nefrologia e hipertensão arterial
de Alagoas – da AAAHD – Associação Alagoana de Assistência ao Hipertenso e ao Diabético – e da Central de transplantes de Alagoas, entre outros órgãos. Objetivos: Promover o
conhecimento dos pacientes hipertensos e não hipertensos a respeito da importância da
hipertensão e do diabetes e suas conseqüências a saúde do indivíduo; Promover entre a
população a nefrologia como especialidade; Chamar a atenção para as doenças ligadas ao
rim e coração e suas conseqüências. Métodos: A atribuição de tarefas e a distribuição dos
membros foi realizada visando facilitar o atendimento. Havendo, inicialmente, aferição da
pressão arterial (PA), glicemia e medidas antropométricas. O atendimento seguia com orientações e entrevista utilizando uma planilha eletrônica desenvolvida pela liga que facilitava o
trabalho dos estudantes e agilizava o atendimento. Pacientes com alterações significativas na
PA e/ou Glicemia eram encaminhados para uma equipe de médicos nefrologistas presente no
evento. Resultados: Passaram pelo local cerca de 350 pessoas, das quais 191 (102 mulheres
e 89 homens) realizaram todo o processo. 39,3% dos atendidos possuíam diagnóstico de
hipertensão arterial sistêmica e 17,2% eram diabéticos. Entre as pessoas com alterações
pressóricas, 32 não tinham o diagnóstico de HAS e foram orientadas sobre a necessidade de
procurar atendimento médico para uma avaliação mais fidedigna. Entre os atendidos, havia
101
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
17 (8,9%) pessoas com glicemia acima de 200, destes, 15 possuíam diagnóstico prévio de
diabetes mellitus e 2 (1,04%) informaram não ter diagnóstico de DM. Os pacientes com PA
e/ou glicemia alterada foram atendidos pelos nefrologistas no local. Conclusão: A iniciativa
atingiu suas metas no que diz respeito à prevenção por meio de orientações e aferição pontual de PA e glicemia, e considera-se bastante satisfatório o resultado alcançado. Mesmo atividades pontuais, como a que foi desenvolvida, têm sua importância na educação em saúde
junto à população – atitude que estimula as Ligas a realizá-las mais vezes.
Palavras Chaves: Liga Acadêmica de Nefrologia
com modelos de ablação renal em ratos. Conclusão: A liga atua de forma decisiva na formação acadêmica dos seus membros dando-lhes: condições de trabalhar em grupo e de forma
interdisciplinar, permitindo o intercâmbio científico e associativo com outras instituições ligadas à nefrologia, promovem os estudos e pesquisas científicas. Uma de suas funções mais
importante é prestar assistência à comunidade agindo na prevenção de saúde.
LIGA ACADÊMICA DE NEFROLOGIA E HIPERTENSÃO DE ALAGOAS
(LINEHAL): AMPLIANDO CAMINHOS NA FORMAÇÃO MÉDICA
LIGA ACADÊMICA DE NEFROLOGIA DA UNCISAL: AVALIAÇÃO
EMERGENCIAL DOS INDICADORES DE SAÚDE ENTRE AS VÍTIMAS DAS
ENCHENTES DE 2010 NO MUNICÍPIO DE RIO LARGO-AL.
Uchôa JVM, Barbosa AWG, Cardoso SB, Bispo RKA, Neto JGA, Pinheiro CCS,
Andrade ANVF, Pinheiro ME
HORáCIO LUIS FONTES GOES DE BARROS, Firmino Elias de Albuquerque Neto, BRUNO
DE JESUS COELHO, Caio Francisco de Araújo Cavalcanti, André Falcão Pedrosa
Costa
INTRODUÇÃO: A Liga Acadêmica de Nefrologia e Hipertensão de Alagoas (LINEHAL) foi fundada no ano de 2008 e tem como objetivos inserir o aluno nas áreas de ensino, pesquisa
e extensão em Nefrologia, possibilitando uma formação complementar ao currículo da graduação médica. OBJETIVOS: Descrever e analisar as ações desenvolvidas pela LINEHAL em
ensino, pesquisa e extensão, destacando sua importância na formação dos acadêmicos de
Medicina, além de apresentar atividades que serão desenvolvidas para o segundo semestre
de 2011. CASUÍSTICA E MÉTODOS: A LINEHAL realiza todos os anos um Curso Introdutório
para seleção de novos membros, que são submetidos a um prova com os principais temas
da nefrologia. Nas reuniões quinzenais, os alunos apresentam artigos científicos da área e
participam de discussão de casos clínicos, sob supervisão dos professores. Há também incentivo à organização de campanhas educativas em comemoração ao Dia Mundial do Rim e
Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. Além disso, seus membros são
estimulados a desenvolver projetos de iniciação científica. No segundo semestre de 2011, serão iniciadas visitas a serviços de hemodiálise e acompanhamento de cirurgias de transplante
renal, gerando mais cenários de aprendizagem para o aluno. RESULTADOS: A liga proporciona
um incremento na formação médica, suprindo os déficits de ensino da universidade, além de
incentivar os estudantes a terem iniciativas inovadoras, desenvolvendo projetos de pesquisa,
artigos e ações educativas de prevenção e promoção da saúde junto a comunidade. A relação
médico-estudante se faz presente nas atividades da liga e permite troca de experiências,
estimulando no aluno o aprimoramento do pensamento clínico sobre as diferentes situações
da prática médica. CONCLUSÕES: A importância da LINEHAL está em inserir o estudante de
medicina em âmbitos complementares à formação acadêmica, possibilitando aproximação à
prática científica e a atividades de ensino e extensão, como também aos aspectos profissionais e sociais da profissão médica.
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
Introdução: O atendimento regionalizado, hierarquizado e integral são premissas do SUS.
Em junho e julho de 2010 vinte três municípios alagoanos foram atingidos pelas cheias
dos rios Paraíba e Mundaú, causando mortes e desabrigando milhares de famílias. Ocorreu
total desestruturação da rede de atenção à saúde; e uma nova realidade: uma população
albergada vivendo sob condições insalubres. A possibilidade do surgimento de surtos das
doenças de veiculação hídrica; a baixa acessibilidade à assistência gerou uma preocupação,
sobretudo na detecção precoce de sinais e sintomas que pudessem auxiliar na implantação
de ações de promoção, prevenção e encaminhamento precoce à rede de saúde de maior
resolutividade. Objetivos: Avaliar com celeridade os indicadores de saúde de pessoas vivendo
em abrigos, para auxiliar o Sistema de Saúde a traçar uma política racional de assistência.
Métodos: Foi elaborada uma planilha eletrônica, onde eram identificados: o obrigo, os membros da família desabrigada, dados sócio-demográficos, semiológicos, antropométricos e de
imunização. Membros da Liga Acadêmica de Nefrologia da Uncisal e estudantes voluntários receberam treinamento; grupos foram organizados por atividade: estudantes de séries
iniciais desempenhavam função de digitação em leptops pessoais; os de séries avançadas
realizavam, sob orientação, exame físico e checavam os dados antropométricos. A avaliação
era feita simultaneamente num ambiente específico. As condições sanitárias do abrigo eram
catalogadas durante a visita. Pacientes com: febre, tosse, diarréia, cefaléia, hipertensão, dispnéia ou hiperglicemia eram encaminhados imediatamente à consulta médica. Resultados:
12 abrigos foram visitados e 907 pessoas foram avaliadas durante a ação. Qualificou-se e
quantificaram-se os principais indicadores de saúde e realizou-se recadastro das famílias.
Detectaram-se, precocemente, casos de desidratação infantil, sintomáticos respiratórios, diabéticos e hipertensos descompensados e portadores de síndrome febril. O relatório detalhado foi elaborado e entregue à Secretaria Municipal de Saúde. Conclusão: A informação é
capital para a racionalidade da política de atenção à saúde. No caso de catástrofes, o uso de
tecnologia da informação, de forma multidisciplinar, mostrou-se muito eficaz na organização
da atenção, na detecção precoce de doenças e de agravos; devendo ser um instrumento, pelo
baixo custo e fácil reprodutibilidade, utilizado em situações semelhantes.
Palavras Chaves: Liga Acadêmica
Liga Acadêmica de Nefrologia da Uncisal: Relato de
Experiência
LUCAS RAFAEL COSTA CORTEZ, Horácio Luis Fontes Goes de Barros, Firmino Elias
de Albuquerque Neto, Caio Francisco de Araújo Cavalcanti, BRUNO DE JESUS
COELHO, Flávio Teles, André Falcão Pedrosa Costa
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
Introdução: Em novembro de 2008, sete estudantes de medicina unidos pelo interesse em
comum pela área de nefrologia, resolveram criar a Liga Acadêmica de Nefrologia da Uncisal
(LANU). A Liga é fruto da busca dos alunos por conhecimento e do interesse pela pesquisa e
extensão, aplicadas a uma área tão fascinante da medicina. Objetivos: Congregar acadêmicos
do curso de medicina interessados no aprendizado e no desenvolvimento técnico-científico
da nefrologia e temas relacionados; contribuir para a formação médica de seus membros
durante o curso de graduação; promover estudos e pesquisas científicas; manter intercâmbio
científico e associativo com outras escolas médicas e outras instituições ligadas à nefrologia;
realizar atividades de prevenção e promoção da saúde junto à população; popularização da
nefrologia. Métodos: A LANU é composta de vinte e dois membros discentes, do 2º ao 5º ano,
dois orientadores docentes, o Professor Doutor André Falcão Pedrosa Costa e o Professor
Doutor Flávio Teles de Farias Filho além de professores colaboradores. As reuniões ocorrem
quinzenalmente com apresentação de seminários, casos clínicos e artigos científicos. As atividades práticas são realizadas em dupla, uma vez por semana no 1º Centro de Saúde Noélia
Lessa, Santa Casa de Misericórdia de Maceió e Uroclínica, e abordam o acompanhamento de
pacientes desde o diagnóstico até terapias de substituição renal. A liga atua na comunidade
promovendo palestras em reuniões do HiperDia com temas relacionados à saúde e atividades pontuais com distribuição de material informativo, orientação e difusão de atitudes que
promovam saúde e a qualidade de vida. Resultados: A LANU realizou diversas atividades de
prevenção em saúde, em 2010 realizou triagem para doenças renais em pacientes atendidos
no programa HiperDia. Com as atividades práticas os membros tiveram a oportunidade de ter
a experiência do contato direto com pacientes nefropatas e com a realidade do sistema de
saúde. A liga produziu eventos científicos e realiza pesquisas epidemiológicas e experimentos
102
Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, Universidade Federal de Alagoas, Alagoas
Palavras Chaves: formação,médica
Níveis de vancocinemia persistentemente elevados agravando
a nefrotoxicidade da vancomicina em paciente oncológico
Rubuski FB1,Oliveira MT1,Hamamoto RHF1, Andrade R1, Saragiotto H1, Marques
IDB2, Imanishe MH2, Soeiro EMD1, BENEDITO JORGE PEREIRA1,2
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO.SÃO PAULO, SP1
HOSPITAL AC CAMARGO, SÃO PAULO, SP2
Os níveis séricos e tempo de uso da vancomicina são importantes na gravidade de sua nefrotoxicidade. Objetivo: relatar caso de nefrotoxicidade pela vancomicina com níveis séricos
persistentemente elevados mesmo após suspensão da droga. Caso clínico: paciente 50 anos,
feminino, natural e residente em São Paulo, portadora de carcinoma espinocelular fossa nasal,
submetida a retirada cirúrgica do tumor com maxilectomia medial direita, ressecção de infraestruturas anterior bilateral, sinusectomia etmoidal bilateral e osteotomia do assoalho frontal,
permanecendo internada por 11 dias. Retornou 27 dias depois com osteomielite de região de
ossos da face, iniciando tratamento com ciprofloxacina e 2 dias depois substituído por vancomicina (2g/dia) e drenagem cirúrgica da osteomielite. Após 28 dias de uso da Vancomicina
domiciliar (Home care) e com queixas de vômitos pós-prandiais teve internação no hospital
com quadro de náuseas e vômitos sendo identificado alteração da função renal, com U=74
mg/dl, Cr=4,36 mg/dl e vancocinemia =54 mg/dL. Feito hipótese diagnóstica de síndrome
urêmica com lesão renal aguda induzida pela vancomicina, sendo suspenso esse antibiótico.
Evoluiu com redução do volume urinário e piora progressiva da função renal, sendo necessário iniciar o tratamento dialítico por 24 dias. Mesmo após suspensão da vancomicina os níveis
séricos persistiram elevados, atingindo em 3 dias após suspensão, valor máximo de 129,1mg/
dL e em 15 dias de hemodiálise convencional intermitente mantiveram-se elevados, com
queda para 24,6mg/dL a partir desse momento. Nesse período para descartar a hipótese de
nefrite intersticial aguda realizou a pesquisa de eosinófilos na urina que foi negativa e Cintilografia com Gálio também negativa. Após 32 dias do início da lesão renal aguda foi realizado
uma biópsia renal percutânea guiado por Ultrassonografia, sendo identificado a presença de
necrose tubular aguda sem a presença de infiltrado inflamatório intersticial. Após 25 dias do
inicio do tratamento dialítico apresentou melhora progressiva da função renal até receber alta
hospitalar com 40 dias de internação e encaminhada ao tratamento ambulatorial onde foi
reavaliada e apresentava função renal recuperada (U=30mg/dL; Cr=1,3 mg/dL). Conclusões:
a nefrotoxicidade da vancomicina está ligada aos níveis séricos elevados persistentes, sem
redução com hemodiálise de baixo fluxo e com a presença de necrose tubular aguda. Os
mecanismos dessa lesão precisam ser melhor estudados.
Palavras Chaves: nefrotoxicidade de vancomicina,insuficiência renal
aguda
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
PREVALÊNCIA DE DOADORES DE ÓRGÃOS ENTRE UNIVERSITÁRIOS,
CLIENTES DE POSTOS DE SAÚDE E POPULAÇÃO GERAL EM CIDADE DO
INTERIOR DO NORDESTE
Cavalcanti JU1, PAULO ROBERTO SANTOS2, Silva-Filho AH2, Apolônio NAM2, Vieira
CB2, Rocha ARM2, Carvalho RM2, Ponte HA2, Vieira EB2, Salles-Jr LD1
1 - FACULDADE DE MEDICINA DE SOBRAL, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
2 - LIGA DE NEFROLOGIA DA FACULDADE DE MEDICINA DE SOBRAL, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Introdução: O aumento de casos de doença renal crônica exige que haja na comunidade conhecimento e motivação quanto à
doação de órgãos. Objetivo: Identificar se a proporção de doadores de órgãos difere entre amostras distintas da população.
Casuística e Métodos: Durante os meses de abril e junho de 2011, foi realizada Campanha
de Prevenção da Doença Renal em Universidades, postos de saúde e rodoviária na cidade de
Sobral, CE. De acordo com esses locais classificamos os participantes, respectivamente, como
Universitários, Clientes e População Geral. Todos os participantes eram solicitados a responder a pergunta “Você é doador de órgão?”. Resultados: Foram entrevistados 200 Universitários, 170 Clientes e 84 da População Geral. Havia 28% de doadores entre os Universitários,
11% entre os Clientes e 23% entre os da População Geral. Conclusões: A menor proporção
de doadores entre os clientes de postos de saúde indica que é necessário realizar campanhas
nestes locais com engajamento de profissionais de saúde em atividades contínuas de esclarecimento e estímulo à doação de órgãos.
VOCÊ SABE O QUE É CREATININA? – UMA ENQUETE EM CIDADE DO
INTERIOR DO NORDESTE
PAULO ROBERTO SANTOS1, Cavalcanti JU2, Silva-Filho AH2, Apolônio NAM2, Vieira
CB2, Rocha ARM2, Carvalho RM2, Ponte HA2, Vieira EB2, Salles-Jr LD1
1 - Faculdade de Medicina de Sobral, Universidade Federal do Ceará
2 - Liga de Nefrologia da Faculdade de Medicina de Sobral, Universidade Federal do Ceará
Introdução: A doença renal crônica deve ser detectada nos estágios iniciais. Para isso é importante o conhecimento da população sobre a creatinina, principal marcador da função renal.
Objetivo: Identificar a proporção de pessoas que sabem o que é creatinina e as principais
fontes desse conhecimento. Casuística e Métodos: Durante os meses de abril e junho de
2011, foi realizada Campanha de Prevenção da Doença Renal em Universidades, postos de
saúde e rodoviária na cidade de Sobral, CE. Os participantes eram solicitados a responder a
pergunta “Você sabe o que é creatinina?”. Em caso de resposta afirmativa, o participante
era questionado sobre a fonte do seu conhecimento. Resultados: Foram entrevistadas 454
pessoas, 279 (61,5%) homens e 175 (38,5%) mulheres, 51% com idade entre 15 e 25 anos,
21% entre 25 e 35 anos, 10% entre 35 e 45 anos e 18% acima de 45 anos. Quanto ao nível
de escolaridade, 37% possuíam ensino superior incompleto, 18% ensino médio completo,
16% fundamental completo, 10% superior completo e o restante distribuídos em médio incompleto (9%), fundamental completo (6%) e analfabetos (4%). Quatrocentos e onze (91%)
participantes responderam que não sabiam o que é creatinina. Entre os 43 (9%) que sabiam,
as fontes de conhecimento foram: professores de faculdades e escolas (44%), médicos (30%)
e outras fontes: internet, revistas, colegas de trabalho (26%). Conclusões: Mesmo em amostra com bom nível de escolaridade, houve poucas pessoas que sabiam o que é a creatinina.
Instituições de ensino e médicos foram a principal fonte de conhecimento. Concluímos que:
1) é necessário realizar campanhas constantes de educação sobre doença renal crônica e o
marcador da função renal creatinina; 2) nessas campanhas devem estar engajados profissionais de saúde e educadores dos vários níveis de ensino.
103
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
RESUMOS - SESSÃO POSTER
MULTIPROFISSIONAL (I Encontro Multiprofissional em Nefrologia)
A Adesão do Portador de Insuficiência Renal Crônica ao
Tratamento Hemodialítico
ROSIMEIRE BALOG WANCELOTTI
A prática profissional do assistente social sob o olhar de uma
recém graduada inserida no Programa de Aprimoramento
Profissional “Serviço Social em Diálise”
INSTITUTO DE HEMODIALISE SOROCABA - IHS
KAREN SUSANNE E SOUZA, TATIANE GRANATTO LOPES
O tratamento da Insuficiência Renal Crônica (IRC) acarreta restrições físicas e psicossociais,
comprometendo a qualidade de vida do portador da doença. O presente estudo teve como
objetivo levantar os principais fatores que interferem na adesão do paciente ao tratamento
hemodialítico, bem como buscar estratégias para ajudá-lo a melhorar a adesão. Foi utilizado
como instrumento o levantamento bibliográfico de material escrito por outros autores de
diferentes abordagens. Foram consultados os principais acervos, publicações e referências
existentes sobre o tema, utilizando como fonte: livros, jornais, periódicos, teses, dissertações,
anais de congressos, sites científicos dentre outros. Após leitura dos vários autores, foi possível concluir que é preciso levar em consideração os aspectos inerentes ao próprio tratamento,
que envolve mudança importante em todas as esferas da vida do indivíduo, impondo-lhe
nova rotina obrigatória, da qual não pode isentar-se. É preciso levar em conta, também os
fatores relacionais tanto exógenos quanto endógenos, ou seja, a capacidade de enfrentamento e adaptação do indivíduo às adversidades e a participação de sua rede de apoio,
principalmente a familiar e a própria equipe técnica.
HOSPITAL DAS CLINICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP
A assistência de enfermagem ao transplantado renal e o
cuidado integral
RENATA BUENO, Adriana Michelone
Faculdade de Medicina de Marília
O trabalho em equipe multiprofissional é de extrema importância para o êxito do transplante
renal. A enfermagem, como parte desta equipe, precisa ser muito bem treinada, capacitada e
atualizada, buscando suprir as necessidades básicas de um transplante, considerando o grau
de complexidade envolvido neste tratamento. Com relação à assistência de enfermagem,
almeja-se nos dias atuais um cuidado integral, visando à valorização do ser humano enquanto ser indivisível que não pode ser explicado, separadamente, por seus aspectos físicos,
psicológicos ou sociais apenas. O objetivo desse estudo foi o de analisar como se desenvolveu
a assistência de enfermagem, ao longo do tempo, no sentido de promover o cuidado integral
aos pacientes transplantados renais. Trata-se de um trabalho de revisão bibliográfica, de caráter histórico, com rastreamento de publicações na base de dados LILACS. Foram incluídos
artigos científicos sem limite de data, país de publicação ou idioma. Excluiu-se as demais
publicações como teses, livros e outros. Foram encontrados 26 artigos, dos quais 11 foram
analisados por contemplar o propósito deste estudo. Na análise dos artigos, verificou-se que
o profissional enfermeiro esteve presente desde o início dos transplantes renais. Analisou-se
que a assistência de enfermagem teve transformações, passando de uma assistência focada
principalmente no aspecto biológico do paciente, para uma mais crítica, reflexiva e integral.
Concluiu-se, por fim, que houve, ao longo dos anos, uma progressiva conscientização a respeito da importância de uma abordagem integral no cuidado aos transplantados renais.
Palavras Chaves: Transplante de rim,Cuidado de enfermagem
Introdução: Criado pelo Decreto Estadual nº 13.919 de 1979, o Programa de Aprimoramento Profissional (PAP) é uma modalidade de formação e capacitação profissional na
área da saúde, que adota uma metodologia de aprendizagem com ênfase no treinamento
em serviço, sob supervisão. O Serviço Social está exclusivamente em quatro áreas: criança
e adolescente, diálise, saúde mental e pública. Objetivo: Socializar a experiência da atuação do assistente social na saúde, mais precisamente do PAP “Serviço Social em Diálise”.
Justificativa: A escolha de trabalhar com pacientes renais crônicos terminais nos remete a
lidar diariamente com questões de dor física, psíquica e social, bem como perdas constantes; portanto, se pensamos na prática social de forma multiprofissional, verificaremos que
ela vem apresentando-se como uma possibilidade de atenção integral ao individuo. No
período de graduação já verificamos que o processo saúde-doença não se limita somente
ao aspecto biológico, mas envolve todo o contexto social, político e cultural do indivíduo.
O PAP estimula o desenvolvimento de uma visão crítica e abrangente do Sistema Único de
Saúde (SUS), orientando sua ação para a melhoria das condições de saúde da população.
Método: O PAP “Serviço Social em Diálise” iniciou em 2007 e configura uma modalidade
de treinamento em serviço que favorece a reciprocidade entre intervenções técnicas especificas e interações profissionais. A prática profissional se desenvolve em um ano com
carga horária semanal de 40 horas de atividades, 80% das quais são práticas e 20% em
aulas e seminários,etc. O programa coloca o profissional em contato direto com os desafios
da realidade, tanto aquelas advindas da assistência integral ao paciente e sua família,
bem como os desafios impostos pela própria profissão. Conclusão: É claro que a prática
profissional do assistente social fortalece todo o sistema de apoio ao paciente, pois é um
profissional que detém um saber imprescindível e uma capacidade de escuta e leitura da
realidade social. Tal constatação permite concluir que o assistente social “é um profissional
que trabalha permanentemente na relação entre estrutura, conjuntura e cotidiano, e é no
cotidiano que as determinações conjunturais se expressam e ai é que se coloca o desafio
de garantir o sentido e a direção da ação profissional” (Martineli, 2004:4).
Palavras Chaves: assistente social, Unidade de Diálise
A prevalência do tabagismo em pacientes renais crônicos
submetidos à hemodiálise.
LUCIANA ALVES MOREIRA, FERNANDA CRISTINA RIBEIRO NISIHARA, RONALDO ROBERTO
BÉRGAMO
TRS
Introdução e objetivos: A insuficiência renal crônica (IRC) cursa com perda progressiva e
irreversível das funções renais, gerando alterações fisiológicas e funcionais causadas pela
diminuição da atividade física, fraqueza muscular, anemia, alterações metabólicas, bem como
acarreta prejuízo na qualidade de vida. O exercício físico se apresenta como recurso terapêutico na prevenção e reversão destas alterações. Este estudo procurou investigar as taxas de
sedentarismo dos pacientes antes e após o início do tratamento em hemodiálise, bem como
os principais motivos alegados para o sedentarismo. Metodologia: Participaram do estudo 46
pacientes em programa regular de hemodiálise e diabéticos, com idade entre 42 e 81 anos.
Foi aplicado questionário estruturado para caracterizar os sujeitos, identificar a prevalência
do sedentarismo e a prática de atividades físicas nesta população. Resultados: Dos pacientes
entrevistados, 52% praticavam algum tipo de atividade física antes do inicio do tratamento
por hemodiálise, este índice apresentou redução significativa após o inicio da terapia renal
por hemodiálise, apenas 17% dos pacientes praticam atividade física atualmente. Os dois
principais motivos alegados para a não pratica da atividade foram, fraqueza e dor nos membros tanto superior quanto inferior (38%), seguido de alguma impossibilidade física (31%).
Conclusão: Podemos considerar que conforme a literatura, programas de reabilitação física
são benéficos para a melhoria do estado geral e qualidade de vida de pacientes renais crônicos, entretanto há necessidade de maiores estudos para melhor quantificar a intensidade
dos exercícios para esta população, para que sejam sugeridos programas neste sentido aos
centros de diálise.
INTRODUÇÃO: Atualmente, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo
é considerado a principal causa de morte evitável no mundo. Já foi comprovado que a nicotina presente no cigarro é uma droga que causa dependência, e há evidências que essa
dependência é também a maior causa de morbidade evitável. Porque algumas pessoas se
envolvem com uma droga mesmo sabendo de todos os seus riscos? Um dos mecanismos de
funcionamento mental que podem justificar isso é o “Principio do Prazer”, descrito por Freud.
Estudos demonstram que diante do medo da morte muitos tabagistas abandonam o cigarro.
Entretanto, há uma parcela que mantém o vício. Pesquisas atuais demonstram que algumas
doenças graves podem colaborar para a redução do vício. No entanto, a incidência é variável
de acordo com o diagnóstico. OBJETIVO: Avaliar a prevalência de tabagistas em programas de
hemodiálise. Assim como, discutir o motivo da redução do número de tabagistas nesse microcosmo. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram avaliados 325 pacientes com diagnóstico de doença
renal crônica em tratamento hemodiálitico. Desses, 190 eram do sexo masculino. A pesquisa
abrangeu três clínicas de São Paulo englobando pacientes particulares e outros atendidos
pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O estudo foi transversal prospectivo. Foram excluídos
os pacientes menores de 18 anos e aqueles que não apresentavam capacidade cognitiva de
responder o questionário. Aplicação de um questionário objetivo e quantitativo. A entrevistadora foi a mesma em todas as clínicas, evitando diferenças no interrogatório. Foi avaliado
o número de pacientes fumantes, ex-fumantes e os que nunca fumaram. E, no grupo de
ex-fumantes, o motivo pelo qual eles pararam. RESULTADOS: Dos pacientes avaliados 9,5%
continuam fumando; 42,5% pararam de fumar e 48% nunca fumaram. Dos ex-fumantes,
84% decidiram parar por problemas de saúde. CONCLUSÃO: Pacientes com doença renal crônica em hemodiálise apresentam menor prevalência de manutenção do tabagismo quando
comparado à outras doenças crônicas como diabetes, insuficiência coronariana e neoplasias.
O medo da morte foi fator determinante na grande maioria dos casos devido à freqüência
de óbitos no meio em que convivem (sala de hemodiálise). Além disso, a presença de equipe
multiprofissional constante corrobora para melhor aderência ao tratamento.
Palavras Chaves: ATIVIDADE FISICA, HEMODIALISE
Palavras Chaves: Tabagismo, Hemodiálise
A prática da atividade física de pacientes com insuficiência
renal crônica e diabetes mellitus submetidos à hemodiálise.
PAULETE MARIA DOSSENA GRANDO1, PAULA BALDRIGUI1, Maria Auxiliadora V.P. Lima2,
CLAUDIA PAULETTO2
1 - CENTRO NEFROLOGICO DE CUIABÁ
2 - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VARZEA GRANDE
104
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM
AMBULATÓRIO DE TRANSPLANTE RENAL
Pontes DP, Maia KS, Araújo RG, Pimentel MM, Peixoto JEC, Galvão MH, Monteiro
EC, Santos AS
HOSPITAL DAS CLíNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
A doença renal crônica tem se tornado um problema de saúde pública devido ao crescente
número de portadores com esta morbidade. Em seu estágio avançado é necessário que o
indivíduo submeta-se a terapia renal substitutiva (TRS). O transplante renal é uma forma de
tratamento e requer um amplo acompanhamento à saúde, com o envolvimento de diversos
profissionais. A saúde não é competência de um único especialista, mas tarefa multiprofissional e interdisciplinar. O termo equipe multiprofissional refere-se a um grupo de profissionais
que atuam de forma interdependente, buscando resultados por meio da somatória de conhecimentos específicos, experiências e estudos que focalizem a qualidade de vida dos pacientes. A educação em saúde ajuda estes pacientes a lidar adequadamente com sua doença,
torna-os mais aptos a desenvolver atitudes de auto-cuidado. Nesse sentido, disponibilizar
informações que viabilizem a participação do paciente, família e cuidador e proporcionar ao
paciente um cuidado individualizado no decorrer do tratamento não constituem somente
uma responsabilidade da equipe, mas são atitudes de humanização do cuidado. Este trabalho
tem como objetivo, relatar atividades de educação em saúde sobre a temática pré e póstransplante com intuito de informar e desmistificar o tratamento, desenvolvido a partir da
vivência dos residentes multiprofissionais em ambulatório de um hospital referência em transplante renal do estado de Pernambuco devido ao déficit de informação dos pacientes referente à temática. Foi elaborado um álbum seriado pela equipe multiprofissional de residentes
contendo informações sobre a logística do transplante renal, orientações sobre autocuidado,
recomendações nutricionais, farmacêuticas e direitos sociais. Com este instrumento, foram
realizadas as intervenções de educação em saúde aos pacientes e acompanhantes durante as
consultas ambulatoriais. Foi percebida uma positiva aceitação e apreensão das informações
pelos pacientes, devido a sistematização do volume de informações em um instrumento de
fácil visualização e compreensão. Percebe-se que o processo de educação em saúde é essencial para a adesão dos pacientes ao tratamento e subsequente sucesso do transplante. Desta
forma, a equipe multiprofissional possui um papel relevante atuando com diferentes saberes,
agindo como agente multiplicador no processo saúde-doença.
Palavras Chaves: Transplante Renal, Equipe Multiprofissional
Associação entre parâmetros psicológicos e nutricionais nos
pacientes em diálise peritoneal
Juliana Cristina Nunes Marchette1, Cassiana Regina de Goes2, Cristiane Lara
Mendes Chiloff3, Milene Peron Rodrigues Pinto4, Ana Teresa de Abreu Ramos
Cerqueira3, Jacqueline Costa Teixera Caramori1, Pasqual Barretti1
1 - Unidade de Diálise - Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP
2 - Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP
3 - Hospital das Clínicas - Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP
4 - Serviço Técnico de Nutrição e Dietética - Hospital das Clínicas - Faculdade de Medicina de
Botucatu – UNESP
A incidência e prevalência da insuficiência renal crônica terminal (IRCT) têm atingido proporções epidêmicas no Brasil e em todo o mundo, com elevada mortalidade. Nesses pacientes o
comprometimento nutricional associa-se com pior qualidade de vida (QV) e saúde, havendo
poucos estudos sobre o tema no Brasil.. Objetivo: verificar a associação entre parâmetros
psicológicos e nutricionais em pacientes submetidos à diálise peritoneal. Realizou-se estudo
retrospectivo com 45 pacientes da Unidade de Diálise do Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina de Botucatu (UNESP):, 58% mulheres, idade média de 53.5 anos, em tratamento
dialítico por pelo menos seis meses, 69% em modalidade automática e 63% não diabéticos.
Na avaliação cognitiva foi utilizado o Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e para avaliação da QV o SF-36; para a avaliação nutricional foram tomadas medidas antropométricas e
bioquímicas, recordatório alimentar e a bioimpedância elétrica. Utilizando-se a correlação
de Pearson, verificou-se que a pontuação no MEEM correlacionou-se positivamente com a
ingestão alimentar calórica e protéica e porcentagem de água intracelular; e negativamente
com o clearance de creatinina e idade; albumina correlacionou-se positivamente com domínios da QV: capacidade funcional, estado geral de saúde, vitalidade, saúde mental e aspectos
físicos, sociais e emocionais, estado inflamatório, medido pelo PCR, correlacionou-se negativamente com aspectos físicos e estado geral de saúde. Na análise multivariada o ângulo de
fase correlacionou-se positivamente com capacidade funcional, dor, aspectos emocionais e
saúde mental. As associações encontradas entre aspectos psicológicos e nutricionais, tornam
possível reafirmar a importância dos cuidados nutricional e psicológico e a necessidade de
assistência multiprofissional para esta população.
Avaliação da completude e da existência do preenchimento
da ficha do HiperDia em uma unidade básica do nordeste do
Brasil
FIRMINO ELIAS DE ALBUQUERQUE NETO, Horácio Luis Fontes Goés de Barros, Caio
Francisco de Araújo Cavalcanti, André Falcão Pedrosa Costa, Flavio Teles
FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE ALAGOAS
Introdução: O número de pacientes catalogados no sistema informatizado de cadastramento
e acompanhamento de hipertensos e diabéticos (HIPERDIA) foi sugerido em 2005, pelo Ministério da Saúde como indicador suplementar do Pacto de Indicadores da Atenção Básica.
Pois esse sistema gera informações para os agentes locais, gestores das secretarias municipais, estaduais e Ministério da Saúde, através de uma ficha padrão. Nas unidades de saúde da
família, todo paciente diagnosticado, ao se cadastrar nesse sistema, tendo sua ficha padrão
preenchida, a primeira via deve constar no prontuário individual e a segunda via encaminhada para a secretaria municipal de saúde do município para ser arquivada no SisHiperDia.. O
correto preenchimento e a constante atualização dessa ficha é fundamental para o funcionamento integral do HiperDia. Além do mais, a presença da primeira via no prontuário e a
disponibilidade da mesma para análise é um indicador básico de funcionamento do sistema.
Objetivos: Avaliar o preenchimento da ficha do HiperDia em pacientes cadastrados nesse
programa em uma Unidade Básica de Saúde. Casuística e métodos: Estudo observacional
analítico, não intervencionista, de caráter retrospectivo em uma comunidade de baixo estrato
socioeconômico assistida pelo programa HiperDia de uma Unidade de Saúde da Família
localizada na área urbana da periferia do município de Maceió, Alagoas, cuja população
estimada é de 24.2 mil habitantes. Para tanto, foi realizado um questionário padrão preenchido a partir dos prontuários, tendo como base a análise da existência ou não da ficha do
hiperdia nos mesmos. Em seguida, os dados relevantes foram analisados no Epi info 3.5.2.
Resultados: Foram avaliados 85 prontuários, desses, apenas 61.17% possuíam a ficha do
hiperdia. Dentre estes, 34.6% estavam indevidamente preenchidos com um ou mais campos
em branco. Quanto aos campos de fatores de risco e complicações, 11.53% das fichas estavam com ambos em branco. Nos campos dos tratamentos medicamentosos, observou-se uma
lacuna de 30.76%. Conclusão: Na Unidade de Saúde da Família avaliada é preocupante a
quantidade de prontuários de pacientes cadastrados sem a devida ficha do HiperDia.Quanto
ao percentual da completude das fichas do Hiperdia é inadequado para efetuar um controle
desses importantes agravos à saúde da população.
Palavras Chaves: HIPERDIA, PREENCHIMENTO
Avaliação do uso de curativo com cobertura antimicrobiana
em pacientes em uso de cateter venoso central para
hemodiálise, em um centro de referência no interior do
Estado de São Paulo
NATALIA CRISTINA FERREIRA, ANIELA NASCIMENTO PIVOTTO, MICHELY D. C. BRITO, ARIANE
CORTI, ELDA GARBO PINTO, MIRELA MARIA ALLONSO
HOSPITAL ESTADUAL BAURU
Introdução:A infecção relacionada a Cateter Venoso Central (CVC) em doentes renais crônicos em hemodiálise, representa um obstáculo frente às ações de enfermagem buscando sua
prevenção, repercutindo sobre o tratamento e representando a principal causa de morbimortalidade. No cenário do estudo observa-se um grande número de usuários em uso de cateter venoso central representando quarenta e sete por cento do total de acessos vasculares.
Diante dos altos índices de infecção relacionada ao uso de cvc, houve a necessidade de uma
avaliação dos curativos utilizados. Casuística e Métodos: Trata-se de uma análise da base de
dados, onde foram avaliados pacientes portadores de cateter venoso central, de ambos os
sexos, faixa etária de 18 a 89 anos, independentemente do período de tratamento, em uso de
curativo convencional e curativo com cobertura antimicrobiana, no período de julho de 2008
a dezembro de 2010. Resultados e Conclusões: Os curativo convencional é realizado com
gaze estéril, utilizando-se gluconato de clorexedine e o curativo com cobertura antimicrobiana é realizado com filme transparente de poliuretano semipermeável associado à espuma
em forma de disco, feita de poliuretano hidrofílico absorvente, com gluconato de clorexidine
impregnada de liberação equilibrada, permite a monitorização contínua do sítio de inserção
sem a remoção do curativo, com intervalo de troca de sete dias reduzindo assim o risco de
trauma devido ao excesso de manipulação, o tempo de assistência de enfermagem e o custo
hospitalar, quando comparado ao curativo convencional que deve ser trocado em todas as
sessões, média de três vezes na semana. Com a utilização do curativo com a proteção antimicrobiana houve uma redução das infecções significativamente, quando comparados ao mesmo período com uso do curativo convencional. Observou-se também que no período onde o
curativo não estava disponível, houve um aumento na incidência de infecção confirmando um
melhor efeito protetor quando comparado ao curativo convencional.
Palavras Chaves: cateter venoso central, curativo
CASOS CLÍNICOS - CUIDADOS COM ÚLCERAS ISQUÊMICAS NA UNIDADE DE
DIÁLISE DO HOSPITAL REGIONAL DO VALE DO PARAÍBA – TAUBATÉ - SP
EDUARDO DE PAIVA LUCIANO,JEANE FLORA FERREIRA E SILVA,ELAINE C. DOS SANTOS
ARANTES,LETICIA YUMI SAKAMOTO,MARIA DE FÁTIMA P. SANTOS,SANDRA HELENA L. S.
CARDOSO,FABIO JUNIOR G OLIVEIRA,WELINGTON CARLOS DE SOUSA,LUCRECIA MARIA
LOPES
HOSPITAL REGIONAL DE TAUBATÉ - SP
INTRODUÇÃO: O paciente renal crônico apresenta importantes fatores de risco para isquemia
periférica e consequentemente lesões tróficas em leitos distais; seja pela doença de base
como Diabetes mellitus ou por riscos não tradicionais como a calcificação extra óssea. METODOS: Realizamos cuidados de efermagem com curativos após as sessões de hemodiálise
de dois pacientes em nossa unidade ; a orientação dos curativos foi feita em conjunto com
a comissão de curativo do hospital. RESULTADOS: Caso 1 P.A, masculino, 66 anos, branco,
casado, natural e procedente de Cruzeiro – SP; paciente diabético e renal crônico dialítico
evoluiu com lesão trófica no pé direito há 16 meses; em Agosto de 2010 foi submetido à
amputação transmetatarseana em pé direito após 3 meses em tratamento com Meronem ; no
quinto mês de pós operatório iniciou lesão trófica infectada , na região lateral do pé direito ,
infectada e sangrante; optamos por tratamento clinico e avaliação da comissão de curativo
do HRVP; os curativos foram realizados 3x semana após a sessão de hemodiálise com soro
fisiológico, AGE, papaína gel a 10% e SAF-GEL™; as fotos mostram a boa evolução da ferida
com cicatrização adequada. Caso 2 : A.V ; feminino, 77 anos , branca , viúva , natural e proce105
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
dente de Taubaté; paciente diabética tipo 2 e hipertensa , renal crônica dialítica há 14 meses
evolui com lesão e edema em membro inferior esquerdo há 2 meses .Internada em maio
,com uma hemocultura(06/05) positiva na 1ª amostra ( acinetobacter multi sensivel) e uma
cultura positiva ( pseudomonas multi sensível) da secreção da lesão; iniciou-se tratamento
tópico com soro fisiológico ; AGE ; Hidrogel com Alginato3x semana no final das sessões de
hemodiálise ; houve importante melhora evolutiva após 6 semanas de tratamento. CONCLUSÃO: os pacientes renais crônicos dialíticos apresentam diversos fatores de risco tradicionais
e não tradicionais para lesões distais isquêmicas e devem receber cuidados de enfermagem
para profilaxia e tratamento destas lesões na unidade de diálise
Palavras Chaves: ULCERA
Colonização nasal dos pacientes em hemodiálise portadores
de cateter venoso central e o risco de infecção.
MICHELY DAYANE CAMPOS BRITO, ARIANE CORTI, NATALIA CRISTINA FERREIRA, MIRELA
MARIA ALLONSO, ANIELA NASCIMENTO PIVOTTO, ALINI CORREA HORTOLANI
HOSPITAL ESTADUAL BAURU
Introdução:A colonização nasal de pacientes com cateter venoso central (CVC) tem se tornado um problema de saúde pública, especialmente quando se reconhece sua complexidade,
riscos e custos. As infecções associadas a cateter correspondem a 20% de todas as complicações dos acessos vasculares, sua incidência é alta e grave, levando a retirada e troca deste.
Objetivos:Avaliar a ocorrência de infecções em pacientes em hemodiálise portadores de CVC
com colonização nasal e comparar a microbiota bacteriana encontrada nas narinas com a do
orifício de saída desses cateteres,,e os fatores de risco.Casuística e Métodos:Este estudo foi
desenvolvido no serviço de Nefrologia do Hospital Estadual Bauru/SP.O grupo estudado foi de
40 pacientes com faixa etária de 18 a 82 anos submetidos a hemodiálise com acesso tipo CVC,
no período de setembro a novembro de 2010. Os dados foram coletados por meio de cultura de
secreção por swab e ponta de cateter.Resultados e Conclusões:Os resultados obtidos totalizam
um índice de infecção nasal média de 25,83% por Staphillococcus aureus. Nas culturas de
ponta de cateter e secreção de orifício do CVC média de 16,66% por Staphillococcus aureus.
Concluimos que em nossa instituição existe elevada proporção de infecção por Staphillococcus
aureus, acarretando uma alta taxa de internação, uso prolongado de antibióticos e debilidade
ainda maior destes pacientes.Os fatores de risco identificados foram: a falta de comprometimento e cuidados com cateter e higiene do paciente, número de sessões de hemodiálise, tempo
de permanência do cateter, inserção do CVC, diabetes, uso de drogas intravenosas, número de
punções e hipoalbuminemia facilitam a contaminação. É necessário um melhor orientação e
acompanhamento a partir do implante do CVC para evitar internações e reinternações, existindo
a necessidade de trabalho educativo com pacientes e toda equipe multiprofissional a fim de
manter a integridade do acesso e qualidade do tratamento.
Palavras Chaves: colonização, cateter venoso central
ETIOLOGIA E SUSCEPTIBILIDADE ANTIMICROBIANA DE AGENTES DE
INFECÇÃO EM RENAIS CRÔNICOS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO
TâMARA TRêLHA GAUNA1, ANA MARIA MELLO MIRANDA PANIAGO2, ELIZETE OSHIRO2,
NÁDIA C.P. CARVALHO3, FERNANDO AGUILAR LOPES3, MARILENE RODRIGUES CHANG3
1 - HOSPITAL UNIVERSITáRIO MARIA APARECIDA ROSA PEDROSSIAN
2 - Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, MS
3 - Departamento de Farmácia, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul,MS
A infecção é uma complicação séria e comum em pacientes que utilizam cateter venoso
central para hemodiálise. O controle desta complicação é um desafio para a equipe de saúde,
dado o risco infeccioso do procedimento invasivo, manipulação constante durante as sessões
de hemodiálises e a debilitação imunológica desses pacientes. Os objetivos deste estudo
foram: identificar os agentes de infecção e avaliar a susceptibilidade dos mesmos frente aos
antimicrobianos em pacientes renais crônicos submetidos a hemodiálise em uso de cateter
duplo lúmen em um hospital-escola de Campo Grande/MS, de abril/2010 a junho/2011. De
um total de 60 pacientes em tratamento hemodialítico foram acompanhados 30 desde a
inserção do cateter por 3 meses em média. Durante as hemodiálises foram inspecionados os
sítios de inserção e monitorados sinais e sintomas de infecção, além de coleta e/ou acompanhamento de hemoculturas/culturas de ponta de cateter e pesquisa em prontuários. As
infecções predominaram em pacientes masculinos (56,7%), mediana de idade de 60,5 anos
(5-85 anos). Houve um paciente com atendimento exclusivamente ambulatorial. Houve em
média 25 sessões de hemodiálises por paciente. Dos pacientes, 66,7% apresentaram hipoalbuminemia, 30% tinham história de cirurgia recente e 46,6% tinham diabetes mellitus.
A inserção do cateter foi dificultosa em 60% dos casos. Sinais e sintomas predominantes
durante as hemodiálises incluíram: tremores (86,6%), calafrios (83,3%), hiperemia (60%) e
febre (50%). No período de estudo utilizaram-se 59 cateteres (1 a 5 por paciente). Sítios de
inserção predominantes: jugular direita (48,3%) e jugular esquerda (25,9%). De 84 culturas
realizadas, 51 (60,7%) microrganismos foram isolados: 28 Gram negativos, 20 Gram positivos e 03 leveduras. Quanto a espécime clínica, 33 (49,2%) de hemoculturas e 10 (58,8%) de
ponta de cateter. Em 6 (37,5%) isolados de ponta de cateter foi identificado o mesmo agente
da hemocultura, configurando infecção relacionada ao cateter. Entre os agentes etiológicos
identificados citam-se: Staphylococcus aureus (23,5%), Pseudomonas aeruginosa (9,8%) e
Burhlkolderia cepacia (9,8%). O predomínio de Gram negativos e não fermentadores isolados
sugere infecção relacionada a assistência a saúde. Dessa forma a prática diária do serviço
de diálise deve ser revista. Espera-se com os resultados obtidos contribuir com o serviço
de atendimento ao doente renal crônico com implementação de medidas de prevenção e
controle de infecção.
Palavras Chaves: INFECÇÃO, HEMODIÁLISE
106
EXPOSIÇÃO AO ÁCIDO PERACÉTICO UTILIZADO NO REPROCESSAMENTO
DE DIALISADORES
RENATO FINOTTI JUNIOR,REGINA TERRA
FUNDAÇÃO SERVIÇOS DE SAÚDE MS - HRMS
Introdução: No mundo moderno, tempo e segurança são palavras de ordem para todo e qualquer procedimento. Mecanismos de desinfecção e esterilização a frio têm sido utilizados em
larga escala nos últimos anos. No entanto, uma nova ordem em termos de esterilização surge
no início do século XXI : o ÁCIDO PERACÉTICO. Manipulado com veículo estabilizante, ele é
considerado, atualmente, a forma mais adequada de desinfecção de alto grau e esterilização
a frio. O ácido peracético tem como característica ser, bactericida, micobactericida, fungicida,
esporicida, viruscida, ter atividade na presença de matéria orgânica, ativo na presença de
soro, sangue, fluidos corpóreos e gorduras e favorecer a retirada de resíduos orgânicos das
superfícies dos artigos, por isso principal produto atualmente utilizado em reprocessamento
de dialisadores e linhas para hemodiálise. Objetivos: Através do estudo, levantar quais os índices de ocorrência de acidentes por intoxicação pela exposição ao ácido peracético no HRMS
(Hospital Regional de Mato Grosso do Sul). Apresentar os cuidados para se evitar acidentes
com o ácido peracético. Demonstrar o que foi feito com o intuito de se manter a manipulação
segura para o colaborador. Casuística: Foi realizada uma análise retrospectiva sobre o período
de funcionamento do setor de nefrologia do HRMS, isto é, de outubro de 2004 a dezembro
de 2010 para levantamento de registros de ocorrências de acidentes com ácido peracético.
Resultados: No período estudado, houve registro de um único caso de acidente com ácido
peracético no setor de nefrologia do HRMS. Conclusões: Diante do que foi levantado durante
o estudo, ações simples, mas efetivas, foram responsáveis pelo baixo índice de acidentes
no setor de nefrologia do HRMS, tais como: educação continuada constante (treinamentos
efetivos), acompanhamento do uso de EPI’s (equipamento de proteção individual), bem como
manutenção de estoque e disponibilidade dos mesmos; avaliação freqüente do sistema de
exaustão instalação de ducha lava-olho dentro da Unidade de Nefrologia, transferência da
sala do Farmacêutico Responsável, para dentro da Unidade, afim de melhor acompanhar os
procedimentos de diluição/preparo da solução de ácido peracético e realizar esclarecimentos
de forma imediata aos colaboradores que trabalham diretamente com o produto.
Palavras Chaves: Ácido Peracético, Reprocessamento
FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS, CLÍNICOS, SINTOMAS DEPRESSIVOS, E
AUTO AVALIAÇÃO DE SAÚDE DE PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTE
RENAL
Paduan VC, Carvalho, MFC, Andrade, LGM, Cerqueira, ATAR
Faculdade de Medicina de Botucatu
INTRODUÇÃO: A doença renal crônica terminal exige que o paciente realize algum tipo de diálise, ou seja submetido ao transplante. O transplante renal proporciona melhor qualidade de
vida (QV) aos pacientes, se comparado às terapias de substituição renal como diálise ou hemodiálise, porém a QV dessas pessoas pode sofrer influência de aspectos psicológicos como
a depressão. OBJETIVO: Descrever aspectos sociodemográficos, clínicos, e a auto avaliação
de saúde de adultos transplantados renais, estimar a prevalência de depressão e sintomas
depressivos e estudar sua associação com os parâmetros citados. MÉTODO: Foram avaliados
155 pacientes nas faixas etárias de 18-39, 40-59, e 60 anos ou mais, com diferentes tempos
de transplante (0-6, 7-36, e 37 meses ou mais), acompanhados no ambulatório de pós transplante renal de um Hospital de Clínicas do interior de São Paulo, utilizando o Inventário de
Depressão de Beck, e um formulário sociodemográfico e clínico. RESULTADOS: Dos pacientes
avaliados, 61% eram homens, 36% tinham entre 18 e 39 anos, 37% entre 40 e 59 anos, e
27% tinham 60 anos ou mais. Apresentavam menos de quatro anos de escolaridade 21%, e
39% tinham renda per capita inferior a um salário mínimo. Estavam em licença médica, ou
eram aposentados, pensionistas, ou recebiam auxílio doença 62%. A maioria realizou terapia
renal substitutiva prévia (94%), predominantemente hemodiálise (82%). Em relação ao tempo de transplante 29% tinham de zero a seis meses, 30% de 7 a 36 meses, e 41% mais de 3
anos. O enxerto foi proveniente de doadores vivos em 48% dos casos, 77% não foram internados nos últimos seis meses, 25% relataram algum efeito colateral da medicação imunossupressora e 89% apresentavam alguma comorbidade (hipertensão, diabetes ou problemas
cardíacos ou vasculares). Quanto à auto avaliação de saúde, 17% dos pacientes avaliaram-na
como ruim ou regular, e 83% como boa ou muito boa. A prevalência de depressão foi de
12%, e de sintomas depressivos 35%. Depressão associou-se significativamente, de forma
positiva, com tempo de transplante (p<0,05) e com pior auto avaliação de saúde do paciente
(p<0,05). CONCLUSÃO: A alta prevalência de depressão e de sintomas depressivos sugere
que deve haver atenção da equipe para esta condição de saúde, e propostas terapêuticas,
bem como ações preventivas, devem fazer parte do acompanhamento desses pacientes.
Palavras Chaves: depressão, transplante renal
Implantação do Gerenciamento de Riscos na Sistematização
do Trabalho do Setor de Psicologia em Clínica de Diálise –
Nefron - Contagem/MG, 2011
DENISE HELENA CAMARGO, PHILIPE HENRIQUE A. CÂNDIDO
NEFRON LTDA
INTRODUÇÃO: O atendimento psicológico aos pacientes dialíticos transcende o tratamento.
Agregado à rotina terapêutica, o sujeito apresenta um contexto familiar, social, cultural e
religioso arraigado de sentimentos e acontecimentos. A experiência clínica demonstra que as
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
ferramentas de trabalho utilizadas pela psicologia tais como acolhimento, entrevista inicial,
avaliação anual e atendimentos pontuais quando solicitados pela equipe, são eficazes aos
pacientes que não demandam um acompanhamento mais criterioso e rigoroso. Por outro
lado, observa-se a necessidade de um monitoramento mais efetivo para aqueles pacientes
cuja demanda envolve não somente os setores internos, mas externos. OBJETIVO: Descrever o
gerenciamento de risco utilizado como ferramenta de monitoramento da atenção psicológica
prestada aos pacientes. CASUÍSTICA E METODOS: Foram estabelecidos 3 níveis de escores
de risco a partir de entrevistas não dirigidas e psicodiagnóstico. A amostra foi composta
por 300 pacientes e classificada considerando características afetivas, físicas e intelectuais.
RESULTADOS: Através da implantação do gerenciamento de risco percebemos melhora no
controle do desenvolvimento do trabalho da psicologia. Foi possível ter uma visão macro da
amostra que simultaneamente alude ao trabalho subjetivo e possibilita elaborar um plano de
ação individualizado focado na melhoria continua da assistência prestada aos pacientes em
terapia renal substitutiva. Os resultado da classificação apontaram que 51 pacientes (16%)
demandaram monitoramento mais efetivo da psicologia. CONCLUSÃO: O estudo sugere que
a revisão da sistematização do trabalho da psicologia é relevante para o aprimoramento e segurança da cadeia terapêutica, isto é, a integração dos diferentes saberes e responsabilidades
na utilização dos recursos terapêuticos possíveis ao tratamento. A criação do gerenciamento
de riscos pode possibilitar um perfil quantitativo dos pacientes, porém o profissional não
deve perder o olhar e a escuta subjetiva inerente a cada sujeito.
Palavras Chaves: PSICOLOGIA, GERENCIAMENTO
INDICE PROGNÓSTICO NA LESÃO RENAL AGUDA: UMA COMPARAÇÃO
ENTRE O APACHEII E SOFA.
LUCIANA APARECIDA REIS, ARAUJO G de O,AZEDO FA,PINHEIRO KHE
Pós-graduação UNASP
A lesão renal aguda (LRA) tem sido definida como uma perda abrupta, geralmente reversível
da função renal e frequentemente com incidência elevada durante a internação na UTI. As
causas são variadas, mas quando associada à sepsis, tem alta morbi-mortalidade. Os índices
prognósticos utilizados nesses pacientes são imprecisos, o que requer avaliar uma população distinta ou as práticas de cuidados intensivos. O objetivo deste estudo foi realizar uma
comparação entre os índices prognósticos APACHE II e SOFA nos pacientes com diagnóstico
de LRA induzida pela sepsis ou choque séptico. Metodologia: Realizou-se uma análise retrospectiva de 66 prontuários no período de agosto a dezembro de 2010 na UTI do Hospital
Servidor Público Estadual de São Paulo, nos pacientes com diagnóstico de LRA, sepsis e
choque séptico. Resultados: 66 pacientes avaliados, 35 (53%) são do sexo feminino e 31
(47%) do sexo masculino. A idade média variou de 34 a 89 anos. A incidência de LRA por
choque séptico foi de 18 (45%) e 22 (55%) de sepsis. O índice prognóstico APACHE II variou
de 2 a 30, média de 15% e risco de mortalidade de 24%; o SOFA variou de 2 a 10, média de
5,1%. A mortalidade nos pacientes com LRA por sepsis e no choque séptico foi de 6 (15%)
e 22 (55%), respectivamente. O tempo médio de internação foi de 12 dias. Conclusão: Esses
dados sugerem que o índice prognóstico APACHE II foi melhor instrumento de avaliação do
prognóstico dos pacientes com LRA e o choque séptico ainda prevalece como a maior prevalência de mortalidade nesses pacientes.
vitalidade do questionário. Não observamos associações significantes das variáveis com os
outros domínios. Conclusão: As alterações na força muscular respiratória, força muscular periférica e independência funcional, influenciam a percepção de qualidade de vida de pacientes
portadores de DRC em hemodiálise (domínios: funcionamento físico, dor e vitalidade). Estas
informações podem indicar a necessidade de inclusão de estratégias de reabilitação física que
vão influenciar na condição clínica destes pacientes.
O PAPEL DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NO CONTROLE DA HIPERTENSÃO
ARTERIAL
EDUARDO DE PAIVA LUCIANO1, LETICIA YUMI SAKAMOTO1, MARIA DE FÁTIMA PEDROSA
DOS SANTOS1, JEANE FLORA FERREIRA E SILVA2, ELAINE CRISTINA DOS SANTOS ARANTES2,
WELINGTON CARLOS DE SOUSA2, FABIO JUNIOR .G. OLIVEIRA2, SANDRA HELENA .L. SOARES
CARDOSO2, LUCRECIA MARIA LOPES2
1 - CENTRO ESTADUAL DE TRATAMENTO DE DOENÇAS RENAIS DO VALE DO PARAÍBA – TAUBATÉ – SP
2 - HOSPITAL REGIONAL DO VALE DO PARAÍBA - TAUBATÉ – SP
INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial está associada a um aumento da incidência de pacientes portadores de doença renal crônica, sendo um enorme desafio de saúde pública. O
tratamento engloba, terapia farmacológica, terapia nutricional, redução de peso corporal,
reduzir a ingestão de sódio, restringir o consumo de bebida alcoólica, abandono do tabagismo e mudança dos hábitos de vida.A importância da abordagem multiprofissional promove
a qualidade da assistência, tornando-se imprescindível a atuação e o empenho cada vez
maior da equipe, gerando qualidade nas intervenções e aderência do paciente ao tratamento.
No ambulatório do Centro Estadual de Tratamento de Doenças Renais do Vale do Paraíba,
região leste do estado de São Paulo( CETDRVP –SP) a equipe multiprofissional é constituída
por médico, enfermagem, nutricionista, psicóloga, assistente social e serviço de apoio.OBJETIVO: Descrever o fluxo de atendimento e as atividades desenvolvidas junto aos pacientes
hipertenso renais crônicos pela equipe multiprofissional de saúde. MÉTODO: Acompanhamos
1280 pacientes, no período de março a junho de 2011; os pacientes que apresentaram a
pressão maior que 120x80 mmHg, foi entregue folder informativo, orientado e explicado
sobre a importância do uso correto das medicações prescritas, adoção de hábitos saudáveis,
avaliação nutricional e psicológica, solicitado controle de PA residencial e participação no
grupo de orientação ao paciente renal crônico que ocorre a cada 15 dias.RESULTADOS: Foram
acompanhados 1280 pacientes com tempo de seguimento médio de 360 dias; analisados
no periodo de 4 meses subseqüentes com idade média de 64,4± 14,6 anos ; 507(39,5%)
pacientes estavam no estagio 3 da DRC ; 51,4% sexo feminino; 83,6% raça branca, 37,9%
eram diabéticos e 42,5% eram hipertensos. Encontramos que 68,3% (1119) se encontravam
normotensos; 18,2% (299) hipertensos no estágio 1 ; 127 pacientes (7,7%) hipertensos
no estágio 2 e 2,6% (44) apenas no estagio 3 da HAS (com PA acima de 180x110 mmHg)
CONCLUSÕES: Os pacientes renais crônicos independente da causa devem ser monitorados
para o adequado controle da pressão arterial; a atividade de uma equipe multidisciplinar se
mostrou essencial e eficaz nesta monitorização
Palavras Chaves: HIPERTENSÃO ARTERIAL
Palavras Chaves: indice prognostico, lesão renal aguda
Influência da independência funcional e da força muscular
na percepção de qualidade de vida de pacientes portadores de
doença renal crônica (DRC) em programa de hemodiálise
DANIELA BARROS BONFIM COLUCCI, Paula Romero Pelegrino Hidalgo, Christiane
Karam, Adriano Luiz Ammirati, Maria Claudia Cruz Andreoli, Fellype de
Carvalho Barreto, Thais Nemoto Matsui, Ilson Jorge Iizuka, Fabiana Dias
Carneiro, Bento Fortunato Cardoso dos Santos
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN
Introdução: Os portadores de DRC apresentam frequentemente, algumas alterações decorrentes da inabilidade em manter o equilíbrio hidroeletrolítico e a excreção de catabólitos corporais. Estas alterações apresentam impacto desfavorável na condição clínica e na qualidade
de vida destes pacientes. Objetivo: Avaliar a influência da medida de independência funcional (MIF), pressão inspiratória máxima (Pimax), pressão expiratória máxima (Pemax) e força
muscular periférica, na percepção de qualidade de vida de pacientes portadores de DRC em
programa de hemodiálise. Casuística e Métodos: Estudo transversal em um Centro de Diálise
de hospital privado. Instrumentos/Medidas: Kidney Disease and Quality of Life - Short Form
(KDQOL-SFTM1); MIF, avaliação da força muscular respiratória através da manuovacuômetria,
teste de cinco repetições máximas para bíceps braquial, flexores de ombro, quadríceps e flexores de quadril. Os dados demográficos e clínicos foram coletados no prontuário de cada paciente e os resultados foram expressos em média e desvio padrão. Utilizado correlação linear
de Pearson e regressão linear simples para analisar a influência das variáveis na qualidade de
vida. Considerado p<0,05. Resultados: Incluídos 30 pacientes (idade 75,5 ±15,8 anos; índice
de massa corpórea: 25,9 ±3,35 Kg/cm2). Encontrou-se Pimax média: -59,4 ±-32,3 cmH20
(63% do previsto); Pemax média: 66,8 ±23,4 cmH20 (70,6% do previsto); pontuação média
da MIF: 65,6 ± 18,9. Observamos associação linear da pontuação da MIF (r=0,54 p=0,005),
da força de bíceps braquial (r=0,54 p=0,01), flexores de quadril (r=0,34 p=0,01) e quadríceps (r=0,36 p=0,04) com o domínio funcionamento físico. Além disso, houve associação entre a pontuação da MIF (r=0,54 p=0,008) e da força de quadríceps (r=0,45 p=0,001) com o
domínio dor; e da força muscular de quadríceps (r=0,40 p=0,0001), Pemax (r=0,44 p=0,01),
flexores de ombro (r=0,39 p=0,0001) e bíceps braquial (r=0,38 p=0,0001) com o domínio
Perfil de infeção de corrente sanguínea em clientes
portadores de cateter venoso central para hemodiálise no
Hospital Estadual Bauru
NATALIA CRISTINA FERREIRA, MICHELY DAYANE CAMPOS BRITO, ARIANE CORTI, MIRELA
MARIA ALLONSO, ANIELA NASCIMENTO PIVOTTO, ALINI CORREA HORTOLANI
HOSPITAL ESTADUAL BAURU
Introdução: A doença renal crônica tem aumentando progressivamente no Brasil e no mundo
acarretando a necessidade do tratamento hemodialitico, quando ocorre a perda irreversível
da função renal. Faz-se necessário a utilização de acesso, através de cateteres ou fístula
arteriovenosa. Os cateteres vasculares centrais (CVC) predispõem ao aparecimento de infecções locais e sistêmicas representando um desafio para prevenção e controle. Objetivos:
Identificar a incidência e fatores de risco de Infecção de corrente sanguínea em pacientes
com cateter venoso central para hemodiálise e os respectivos micro-organismos isolados na
corrente sanguínea desses pacientes. Casuística e Métodos: Estudo retrospectivo, realizado
no Centro de Terapia Renal Substitutiva do Hospital Estadual Bauru/SP. Os dados foram obtidos através do prontuário eletrônico e dados locais entre maio de 2010 a maio de 2011.
Resultados e Conclusões: Foram avaliadas todas as hemoculturas positivas, no período o que
resultou em 47,23% de Staphylococcus Aureus, 19,4% Staphylococcus Aureus Coagulase
Negativa, 11,11% Enterobacter Aerogenes, 5,55 % Acinetobacter Baumannii e outros totalizando 16,62%. Concluímos que existem vários fatores de risco relacionados à infecção do
cvc como: idade menor que um ano e maior que sessenta, sexo feminino, uso de antibioticoterapia e imossupressores, infecção de pele, tempo de hospitalização prévia, realização e
técnica asséptica no curativo utilizado, duração do uso e localização do sítio de inserção do
cateter. Destacamos que papel do enfermeiro é de extrema importância, na adoção de técnicas adequadas na manipulação do cateter, e também na orientação e supervisão da equipe
de enfermagem e pacientes, realização de educação continuada a toda equipe profissional
focando na prevenção e controle, além da padronização de protocolos para que haja melhor
eficácia do tratamento.
Palavras Chaves: infecção da corrente sanguínea, cateter venoso
central
107
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
PREDITORES DE QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE:
UMA REVISÃO NA LITERATURA
REIS LA,LAMARCA P
PÓS-GRADUAÇÃO UNASP
A doença renal crônica (DRC) é definida como uma perda progressiva e irreversível da função
renal que culmina com uma fase terminal conhecida como doença renal crônica terminal
(DRCT) sendo necessário a depuração artificial do sangue através da diálise peritoneal (DP),
hemodiálise (HD) ou transplante renal (TX). Durante o processo de HD os pacientes apresentam-se fadigados psiquicamente ou fisiologicamente, o que afeta a sua qualidade de vida
(QV). Em estudos anteriores, observou-se que o exercício físico pode atenuar esses sintomas.
Investigar os preditores que afetam a QV nos pacientes portadores de DRCT que estejam
em HD, bem como o efeito do exercício físico nesses pacientes. Realizou-se uma revisão na
literatura utilizando a base de dados do LILACS e SCIELO, do ano de 2001 a 2011, utilizando
as seguintes palavras chave: hemodiálise, qualidade de vida e doença renal crônica. Foram
avaliados 42 estudos que envolviam pacientes em HD e DP. Observou-se que 25 (59,5%) dos
estudos apontaram as co-morbidades como o Diabetes Mellitus e a doença vascular versus
15 (35,8%) para a depressão e 2 (4,7%) incluíram a idade avançada, o sexo masculino e a
ausência de ocupação regular como os maiores preditores da QV nesses pacientes. Observouse ainda que em 10 (4%) estudos, o exercício físico causou uma melhora significativa do
quadro clínico nesses pacientes; 6 (2,4%) a educação em saúde realizada pelos enfermeiros
durante a HD trazem benefícios nos hábitos cotidianos do paciente dialítico. As evidências
demonstradas neste estudo é que o exercício físico e a educação em saúde realizada pelo
enfermeiro durante ou após a HD trazem benefícios na QV desses pacientes. Sendo assim, é
de suma importância a aplicação de medidas intervencionais realizadas pelo enfermeiro para
a minimização desses efeitos.
Palavras Chaves: PREDITORES DE QUALIDADE DE VIDA ,HEMODIÁLISE
Projeto de Dança para a Promoção da Qualidade de Vida aos
Colaboradores de uma Clínica de Diálise, BH, 2011
DENISE HELENA CAMARGO,MELISSA LUCIANA DE ARAUJO,JULIANA C. ROQUE
CENEMGE
INTRODUÇÃO: Com a implantação da gestão de qualidade nas Instituições de Saúde observamos mudanças significativas quanto à satisfação de clientes internos e externos. Em
comemoração à semana da enfermagem e da semana interna de prevenção de acidentes de
trabalho (SIPAT) realizamos palestras aos clientes internos para discutir a temática: “Cuidarse para poder cuidar”. Com o apoio da administração, vislumbramos a possibilidade de parcerias com empresas de promoção da saúde, a fim de viabilizar a melhoria da qualidade de
vida através do lazer, da cultura e socialização.OBJETIVO: Descrever o projeto “Cuidar-se
para poder cuidar” e viabilizar o resgate da autoestima dos colaboradores do CENEMGE.
CASUÍSTICA E METODOS: Elaboração do projeto pelos setores de psicologia, nutrição, administração, apresentação à Diretoria da Clínica e parceria firmada com a Academia Pé de
Valsa. Divulgação do evento através de mural, triagem do número de interessados no evento,
sorteio de convites e levantamento de dados do número de participantes. RESULTADOS: Dos
66 colaboradores, inscreveram-se para o sorteio 28 (42,42%)e foram sorteados 15 (22,72%)
convites. Destes, 5 (33,33%) não compareceram, mas cederam os convites aos colegas. Das
pessoas que adquiriram o ingresso com 50% de desconto concedido pelo parceiro “Pé de
Valsa”, somam-se 9 (13,63%) participantes. Em relação aos colaboradores que foram sorteados 19 compraram ingressos para seus acompanhantes. Ao final obtivemos 40 participantes
sendo que 19 (47,5%) do sexo feminino, 21 (52,5%) do sexo masculino e com idade entre 21
e 52 anos. O evento foi realizado nas dependências da “Academia Pé de Valsa” com duração
de 4 horas e participação de 10 monitores de dança. Por ocasião da divulgação do projeto,
percebemos a repercussão através do entusiasmo e expectativa dos colaboradores. Durante
a sua realização a alegria, descontração e animação foram pontos altos do evento. Posteriormente, foi notório o impacto físico e emocional dos participantes através dos comentários e
do bom humor ao verem o mural de fotos. CONCLUSÃO: O projeto evidencia a importância
e necessidade das Instituições de Saúde em estabelecer redes de parcerias com empresas
relacionadas à promoção de saúde. Este olhar cuidadoso e diferenciado poderá proporcionar
aos clientes internos a melhoria da qualidade de vida, minimizando os riscos de doenças e
afastamentos relacionados às atividades laborativas.
Palavras Chaves: PROMOÇÃO À SAUDE, COLABORADORES INTERNOS
Reeducação alimentar como proposta de melhoria da
qualidade de vida dos colaboradores de uma clínica de
doenças renais em Contagem/MG.
PRISCILA SILVA GOMES, Alessandra Cristina da Cruz Dias
CLINICA NEFRON
Introdução: Tendo em vista a realidade da prevalência da obesidade no Brasil e suas complicações, sentiu-se a necessidade da criação de um programa de reeducação alimentar, visando
à melhoria da qualidade de vida dos colaboradores internos.Objetivo: Incentivar mudanças
de hábitos alimentares com conseqüente diminuição dos riscos de doenças associadas.Casuística e Métodos: Foi realizada a pesagem e cálculo do IMC de todos os colaboradores da
clínica e aqueles que apresentaram sobrepeso ou obesidade foram convidados a participar
de um programa de reeducação alimentar em forma de concurso. No momento da inscrição
108
cada participante informou, através de formulário, seu hábito alimentar para adequações
dietéticas e posteriormente receberam o plano alimentar individual. Resultados: A amostra
foi composta por 22 participantes, sendo 86% do sexo feminino e 14% do sexo masculino,
com idade entre 18 e 55 anos, acompanhados no período de Janeiro a Maio de 2011. Após
o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), 06 participantes foram classificados dentro do
Peso Ideal, 09 em Sobrepeso, 06 em Obesidade grau I e 01 em Obesidade grau II. No primeiro mês, obtivemos total adesão dos participantes que somaram 32,7 quilos de perda. No
segundo mês, houve uma perda de mais 8,3 quilos entre os participantes, totalizando 41,1
quilos de perda. Entre o terceiro e quarto mês observou-se desistência de alguns participantes
e até mesmo o ganho de peso.Conclusão: Considera-se que o tratamento para obesidade
requer a adoção não só de um plano alimentar que restringe o consumo de calorias, mas
também de uma mudança de hábitos que exige a participação ativa do participante.Entretanto, observamos a melhoria dos índices de massa corporal, sendo importante destacar que a
colaboradora classificada como Obesidade grau II passou para Obesidade grau I. Outros dois
colaboradores classificados em Obesidade grau I passaram para Sobrepeso e uma participante que se encontrava em Sobrepeso atingiu o seu Peso Ideal.Apesar dos outros colaboradores
permanecerem classificados como Sobrepeso, houve redução do Índice de Massa Corporal
(IMC), melhora na autoestima, disposição para as tarefas cotidianas e da qualidade de vida
dos participantes.
Palavras Chaves: Saúde, Ocupacional
RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
COM ATUAÇÃO NA ENFERMARIA DE NEFROLOGIA DE UM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DA CIDADE DO RECIFE
Pontes DP, Maia KS, Araújo RG, Pimentel MM, Peixoto JEC, Galvão MH, Monteiro
EC, Santos AS
HOSPITAL DAS CLíNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
A Doença Renal Crônica (DRC) consiste em uma síndrome clínica que exige do seu portador mudança de hábitos para o seu controle e tratamento, acarretando limitações, perdas e
mudanças em âmbito biopsicossocial, interferindo na sua qualidade de vida com angústia
pelo adoecimento, alterações na imagem corporal, restrições dietéticas e hídricas, e perda do
emprego. Estudos evidenciam a importância do acompanhamento do portador de DRC por
uma equipe multiprofissional integrada, com impacto positivo nas condições clínicas e na
qualidade de vida desses pacientes. As políticas públicas de atenção ao portador de doença
renal, especialmente a que trata a portaria n.º 1168 de 15 de junho de 2004, prevêem esta
questão, contemplada nos princípios da integralidade e da humanização do Sistema Único
de Saúde brasileiro. Portanto, uma abordagem multiprofissional é adequada e necessária e
visa proporcionar ao paciente uma assistência eficaz na resolução e enfrentamento dessas
questões. Este estudo tem como objetivo descrever a vivência resultante da atuação multiprofissional dos residentes da área de concentração em nefrologia do Programa de Residência
Multiprofissional Integrada em Saúde do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de
Pernambuco na enfermaria de Nefrologia do hospital supracitado. Foi desenvolvido por meio
da sistematização do processo de trabalho e registros de campo durante o ano de 2010.
Foi percebida boa aceitabilidade da equipe multiprofissional pelos pacientes, assim como
valorização da sua forma de atuação. A equipe pôde se beneficiar da troca de saberes, além
de proporcionar uma assistência mais individualizada, ao se apropriar das demandas biopsicossociais de cada paciente, trabalhando então com o conceito ampliado de saúde. A atuação
multiprofissional integrada possibilitou maior resolutividade no atendimento das necessidades de saúde dos pacientes. O atendimento multiprofissional, prestado de forma integrada,
figura entre as primeiras tentativas de atendimento organizado ao paciente com doença renal
no nosso meio. Seu valor reside na abordagem global do paciente por diversos profissionais
que, familiarizados com a patologia, formulam planos de cuidado em suas respectivas áreas
de atuação de forma compartilhada e contributiva, permitindo uma ação terapêutica mais
completa, adequada e resolutiva.
Palavras Chaves: Humanização da Assistência, Doença Renal Crõnica
RELATOS DE PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM A RESPEITO DAS
ORIENTAÇÕES ALIMENTARES PARA PACIENTES EM HEMODIÁLISE
José Abrão Cardeal da Costa, Renata Moneda A. Santos, FABíOLA PANSANI
MANIGLIA
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
Introdução: A relação entre a equipe de enfermagem e os pacientes em tratamento hemodialítico, muitas vezes caracterizada por grande sensibilidade e empatia, permite que estes
profissionais reconheçam os principais problemas enfrentados por estes indivíduos para sua
adesão ao tratamento. Objetivo: verificar a opinião dos profissionais da equipe de enfermagem a respeito dos aspectos relacionados à alimentação de pacientes em hemodiálise
e à aderência. Métodos: um questionário com 10 perguntas relacionadas às orientações
alimentares e à aderência do paciente às mesmas foi aplicado por nutricionista à equipe de
enfermagem de uma unidade de diálise. Resultados: houve unanimidade em afirmar que a
alimentação pode influenciar no tratamento do paciente em diálise, no entanto 70% dos participantes responderam acreditar que a maioria dos pacientes não segue as recomendações
alimentares. A dificuldade dos pacientes em mudar hábitos de vida foi apontada por 40%
dos entrevistados como o fator de maior limitação à aderência, seguida da baixa escolaridade
(35%). 75% dos entrevistados afirmaram que não conseguiriam seguir com facilidade as
orientações alimentares feitas ao paciente em diálise. Todos já foram alguma vez questionados a respeito da alimentação por algum paciente, embora 35% dos participantes respon-
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
dessem as questões com base no seu conhecimento e 65% comunicassem o nutricionista
para a resolução da dúvida. Os alimentos fonte de fósforo a serem evitados pelos pacientes
renais crônicos apareceram como a questão mais frequente feita à equipe de enfermagem.
Itens fundamentais para uma boa evolução do tratamento do paciente renal crônico em
hemodiálise, como: acompanhamento médico, uso correto de medicamentos, apoio familiar,
alimentação e atividade física adequadas, ocuparam diferentes posições em uma escala de
importância de acordo com os participantes. 60% dos profissionais de enfermagem acreditam poder contribuir na adesão do paciente à dieta reforçando as orientações alimentares,
porém somente 3 entrevistados citaram a necessidade de um maior conhecimento da equipe
para informar adequadamente. 15% dos participantes apresentaram o incentivo e o encorajamento como formas mais apropriadas de melhorar a adesão do paciente às orientações
alimentares. Conclusão: a colaboração da equipe de enfermagem pode auxiliar na melhoria
da adesão dos pacientes à dieta.
Palavras Chaves: influência na adesão, orientações alimentares
SENTIMENTOS CONFLITANTES E LIMITAÇÕES VIVENCIADAS POR
FAMILIARES/CUIDADORES DE PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA
EM DIALISE PERITONEAL AUTOMATIZADA
VIVIANY ABREU DE SOUZA,CAMILA NOGUEIRA SUNDERHUS
HUCAM
A família compreende o seio de afetividade do ser humano, portanto estudá-la é um desafio,
visto os constantes desequilíbrios emocionais e no estado de saúde enfrentados na convivência cotidiana. Buscando conhecer com mais detalhes os sentimentos relacionados a convivência com paciente renal foi realizado um estudo que teve como objetivo traçar o perfil dos
pacientes atendidos o Ambulatório de Dialise Peritoneal e também descrever os sentimentos
conflitantes e limitações vivenciados pelos familiares durante a convivência com paciente em
diálise peritoneal. Trata-se de um estudo exploratório descritivo, com abordagem qualitativa
que foi desenvolvido no Serviço de Nefrologia do HUCAM-Vitória/ES no período de Julho a
Outubro de 2010, com 06 familiares/cuidadores, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa.Os dados foram coletados através do Inventário de Caracterização do Familiar/cuidador
e do paciente renal e pela descrição dos sentimentos conflitantes. Para análise das variáveis
qualitativas foi utilizada a análise do Discurso de Sujeito Coletivo. Os resultados demonstraram que a maioria dos familiares entrevistados foram do sexo feminino, filhas, na faixa
etária de 45 a 60 anos, pardas, casadas, evangélicas e do lar, procedentes da Grande Vitória.
Quanto a caracterização do paciente portador de DRC em diálise peritoneal, 50% eram do
sexo feminino e o restante masculino, a maioria na faixa etária compreendida entre 60 e 80
anos, casados, apresentando Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial como doença de Base,
e apenas 33,3% tiveram experiência de hemodiálise como primeira terapia renal de substituição, além do tempo de diagnóstico da doença e tratamento superior a 2 anos, apesar do
período médio de acompanhamento em diálise peritoneal ser de 12 meses. Embora a maioria
dos familiares relatarem que os pacientes mantinham pouca dependência do cuidador, após
agrupamento de falas foram notados diversos sentimentos relacionados a convivência, tais
como: perdas; danos e conquistas; danos e problemas de saúde; enfrentamento de conflitos; mudança de rotina; dúvidas; doação contínua, dentre outros. Considerando os desafios
enfrentados diariamente pelos familiares/cuidadores de renais crônicos na busca por uma
melhor qualidade de vida de seus entes queridos, acreditamos que o Enfermeiro necessita
criar maiores estratégias para garantir uma assistência integral também aos cuidadores, os
verdadeiros executores do cuidado.
Palavras Chaves: FAMILIA, DIALISE
Trajetória da Sistematização de Atendimento Integrado do
NAP(Nutrição, Assistente Social e Psicologia) - CLINEMGE - MG,
2011
RENATA COSTA LANA E SOUZA, MELISSA LUCIANA DE ARAÚJO, MARIO ANTONIO MAFRA
MACEDO
CLINICA NEFROLóGICA DE MINAS GERAIS
INTRODUÇÃO: O paciente dialítico apresenta uma complexidade no tratamento associada a
comorbidades e mudanças na sua estrutura de vida. A demanda em relação ao médico e à
maquina supõe um saber, uma responsabilidade sobre a vida e a morte. A psicanálise, neste
contexto, vem para tratar a demanda de um outro lugar, onde “a demanda não é demanda se
não for subjetiva, se não houver sujeito, será apenas um pedido”, num resgate daqueles que
se “ligam à máquina” e que, sem perceberem, desligam-se da vida e do mundo. OBJETIVOS:
Demonstrar a trajetória de sistematização de atendimento integrado do NAP (1998 a 2011).
CASUÍSTICAS E MÉTODOS: Cadernos de pedidos da nutrição e psicologia, formulários de
solicitação de atendimento da psicologia e do NAP, registro em ata dos atendimentos realizados em equipe com pacientes e ou familiares e histórico do indicador do NAP: Percentual
de nível de atendimento integrado do NAP. RESULTADOS: À partir de 1998 os setores de
nutrição, psicologia e serviço social foram implantados na CLINEMGE.Em 1999 o setor de
psicologia passa a realizar atendimentos em consultório, após realização de um trabalho de
criação de demanda. Em 2005 inicia-se o processo de qualidade e em 2006 a psicologia cria
o indicador:Percentual de aceitação dos pacientes ao pedido de tratamento. Em 2007 ocorre
a elaboração dos formulários de solicitação de atendimento da psicologia e, posteriormente,
do NAP e passaram a ser registrados em caderno de ata os atendimentos realizados com a
equipe, pacientes e familiares. Em 2008 os setores de nutrição e serviço social passam a realizar os atendimentos pré-agendados em consultório, como vinha sendo feito pela psicologia.
Em 2010 o NAP cria seu indicador: Percentual do Atendimento Integrado do NAP.CONCLUSÕES: A necessidade de adaptação a uma rotina terapêutica imposta, onde os pacientes são
dependentes de uma máquina, deixa-lhes uma ilusão de não serem mais senhores de si:
tornam-se objetos e a máquina sujeito. O NAP deve trabalhar no sentido de romper a fusão
homem-máquina na reconstituição desse indivíduo.O atendimento ambulatorial integrado
proporciona um “movimento” por parte dos envolvidos. Na doença, certas atitudes conscientes e inconscientes ligadas à dependência, à regressão e à passividade tornam-se mais
freqüentes. Este trabalho do NAP busca o equilíbrio da relação clínica-equipe-paciente, trabalhando com a demanda em direção à vida e não, simplesmente, à “sobrevivência crônica”
destes pacientes.
Palavras Chaves: atendimento, integrado
Variações do pH salivar em pacientes com insuficiência renal
crônica.
MARCIA ELAINE ZEUGNER BERTOTTI, ANDRÉ LUÍS BALBI, JACQUELINE COSTA TEIXEIRA
CARAMORI, LUÍS CUADRADO MARTIN, PASQUAL BARRETTI, LUIZ ANTONIO DE LIMA
RESENDE
Disciplinas de Neurologia e de Nefrologia da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP
Introdução: A composição salivar é diferenciada, contendo íons cálcio, fosfato, bicarbonato,
fluoreto, sódio e potássio, e substâncias orgânicas como glicoproteínas, enzimas digestivas,
glicose e uréia; além de restos alimentares, microorganismos, produtos do metabolismo bacteriano, células descamadas do epitélio oral, muco da cavidade nasal e faringe, fluído transudato da mucosa e exsudato dos sulcos gengivais. A saliva tem como funções a limpeza,
proteção e manutenção do pH bucal, sendo esta última denominada capacidade de tamponamento salivar, mantendo o pH em torno de 6,8. Na literatura encontramos que pacientes
com insuficiência renal crônica (IRC) apresentam pH salivar mais alcalino, devido a maior concentração de uréia presente na cavidade bucal, cuja decomposição pelas ureases produzidas
pela microbiota, produz amônia, que contribui na elevação do pH bucal. Objetivo: Determinar
o pH da saliva no início e término da sessão de hemodiálise em pacientes com IRC. Métodos:
Foram coletadas amostras de saliva espontânea de 21 pacientes urêmicos no início e no final
da sessão de hemodiálise. Com o uso de tiras “Merck” e “J. Prolab” indicadoras, foi determinado o pH da saliva no início e final da sessão. A análise estatística foi realizada pelo teste
t pareado. Resultados e conclusões: O pH da saliva apresentou-se mais alcalino no início da
sessão de hemodiálise, com média de 6,68 (SD= 0,69) tornando-se mais ácido ao final da
sessão, com média de 6,09 (SD= 0,82), com diferença estatística significante de p< 0,004. O
pH da saliva apresentou-se mais baixo no final da sessão de hemodiálise, quando comparado
ao início da sessão. No entanto, a média do pH no início da sessão apresentou-se próxima do
normal descrito na literatura.
Palavras Chaves: pH salivar, uremia
NEFROLOGIA CLÍNICA
ABSCESSOS HEPATICOS E PULMONAR SINCRONICOS EM PACIENTE
RENAL CRÔNICO EM HEMODIALISE
FRANCISCO RAFAEL DO NASCIMENTO ALMEIDA1, ELBER RAFAEL GONCALVES2, FABIANO
BICHUETTE CUSTODIO2, MARIANA DE MORAES FRANÇOSO2, RAFAEL DINARDI MACHADO2,
RAFAEL AUGUSTO BORGES PAVANI2, VERONICA MARIA PEREIRA COSTA2, MARCELO
CARVALHO NAVES RIBEIRO2, BRUNO MARTINS TOKUDA2, HEBERT HENRIQUE CAPUCI2,
MARIANA SALOMAO BRAGA2, GABRIELA RODRIGUES DE SOUZA2, BIANCA BARBOSA
LEAL2, FERNANDA TOLEDO PIZA FERRAZ2, FERNANDA CRISTINA GOMES CAMELO2, IDA
MARIA MAXIMINA FERNANDES CHARPIOT2, HORACIO JOSE RAMALHO2
1 - ACULDADE DE MEDICINA DE SAO JOSE DO RIO PRETO
2 - FAMERP
Introdução: pacientes renais crônicos em hemodialise são particularmente sensíves a infecções bacterianas. Abscessos extra-renais são formas raras de infecção nesta população especifica. Objetivo: relatar o caso de um paciente renal crônico em hemodialise com abscessos
hepáticos e pulmonar sincrônicos. Metodologia: relato de caso. Resultado: apresentamos o
caso de um paciente de 52 anos, diabético, renal crônico dialitico, em tratamento de infecção relacionada a cateter venoso central para hemodialise. Apesar do tratamento correto
com vancomicina por 14 dias e troca do acesso, manteve febre intermitente e episódios
recorrentes de hipoglicemia. Evoluiu com dor abdominal em hipocôndrio direito, alteração
de enzimas hepáticas e tosse produtiva. Us de abdome revelava imagens cisticas no figado
sugestiva de abscessos e rx de torax evidenciando lesão escavada em apice do pulmão direito.
Hemocultura e cultura de lavado bronco-alveolar evidenciaram a presença de staphylococcus
aureus com mesmo perfil de resistência , sendo este semelhante ao que estava sendo tratado
no quadro infeccioso prévio. Levantado a hipótese diagnóstica de abscessos hepaticos e
pulmonar secundários a infecção de cateter venoso central, sendo indicado drenagem cirurgica aberta das lesões presentes no fígado. Confirmada a hipótese durante o ato cirurgico,
o tratamento antimicrobiando foi mantido, com o paciente apresentando melhora clinica. A
cultura da peça cirurgica foi positiva para o mesmo microorganismo encontrado nas hemoculturas e cultura de lavado bronco-alveolar previas. Conclusão: apesar da raridade, abscessos
extra-renais devem ser considerados no diagnóstico diferencial, em pacientes renais crônicos
dialiticos, apresentando quadro infeccioso sistêmico.
Palavras Chaves: ABSCESSOS,SINCRONICOS
109
Anais do XVI Congresso Paulista de Nefrologia
AMILOIDOSE RENAL APRESENTANDO-SE COM INSUFICIÊNCIA RENAL
AGUDA PROGRESSIVA NA AUSÊNCIA DE SINDROME NEFRÓTICA E COM
DEPÓSITOS AMILOIDES PREDOMINANDO EM VASOS
NAYARA GOMES SILVEIRA DA COSTA1, ANA TEREZA AZEREDO BASTOS BRITO1, GUSTAVO
GUILHERME QUEIROZ ARIMATEIA1, EDNA REGINA SILVA PEREIRA1, VALÉRIA PIGOZZI
VELOSO1, MAURI FELIX DE SOUSA1, Siderley Carneiro de Souza1, Rafaella Marques
Barbosa1, Talita Clementino Moraes e Cunha2
1 - HOSPITAL DAS CLÍNICAS, UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIÂNIA
2 - HOSPITAL DE URGENCIAS DE GOIANIA
Introdução: Amiloidose caracteriza-se pelo depósito extracelular de proteínas amiloides em
tecidos e órgãos. As proteínas amilóides mais comuns são as de cadeia leve na amiloidose
sistêmica primária (AL) e amiloide A na forma secundária. Objetivos: Descrever uma apresentação incomum de amiloidose renal. Casuística e métodos: Descrição de um caso clínico
da enfermaria de clínica médica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás.
Resultados: F.M., 66 anos, masculino, procedente de Goiânia-GO, há 4 meses com quadro
dispéptico, náuseas, inapetência e perda de 8Kg. Evoluiu com edema de membros inferiores
e dispnéia aos médios esforços. Pressão arterial na internação de 140x90 mmHg. Apresentou
piora progressiva da função renal com creatinina sérica variando de 1,31 a 8,59 mg/dl num
período 2 meses e necessidade de hemodiálise. Manteve diurese 1 a 2L/dia. Proteinúria de
24h de 550 mg. Exame de urina com proteína 1+, sem leucocitúria ou hematúria. Sorologias
virais, eletroforese de proteínas, imunofixação de proteínas séricas e urinárias, mielograma
e biópsia de medula óssea, todas normais. Biópsia renal evidenciando à microscopia óptica
depósitos de amilóide em vasos, corado pelo vermelho congo. A imunofluorescência foi negativa para cadeias leves kappa e lambda. A imuno-histoquímica foi negativa para amilóide A,
P e beta. Discussão: Este caso difere da apresentação mais comum da amiloidose renal que
é de síndrome nefrótica com alteração discreta da função renal e evolução lenta para doença
renal crônica. O paciente apresentou perda rápida de função renal com necessidade de hemodiálise e sem recuperação da função renal. É descrito que amiloidoses hereditárias podem
apresentar doença tubulointersticial e quando os depósitos são predominantemente vasculares a apresentação é de insuficiência renal progressiva, como evidenciado neste paciente.
Nos pacientes em que o diagnóstico de amiloidose não pode ser concluído pelas técnicas de
imuno-histoquímica, a análise genética deve ser realizada para investigar amiloidose hereditária. Conclusão: Depósito de amiloide predominantemente em vasos é pouco comum e neste
caso apresentou-se associado a quadro clínico de insuficiência renal aguda progressiva sem
síndrome nefrótica. Diante da apresentação clínica, da imunofluorescência negativa para AL
e, excluídas as causas secundárias, a etiologia hereditária deve ser aventada
Palavras Chaves: AMILOIDOSE
AVALIAÇÃO DOS FATORES DE RISCO PARA NEFROPATIA DIABÉTICA EM
PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO II EM ACOMPANHAMENTO
AMBULATORIAL
ROSA MARIA PORTELLA MOREIRA, MAURICIO DAVID PADILLA DELGADO, PATRICIA MATTOS
VIEIRA DO PAÇO, DANIELE MAIA DE JESUS
UNIRIO-RJ
Introdução: A (ND) Nefropatia Diabética é uma das principais complicações crônicas do
(DM2) Diabetes Mellitus tipo 2. A progressão para nefropatia diabética é multifatorial, e
envolve fatores riscos bem estabelecidos, como a (HAS) hipertensão arterial sistêmica, hiperglicemia, dislipidemia e tabagismo. Objetivo: Comparar os fatores de risco, não genéticos,
para ND em pacientes com DM2, na admissão do acompanhamento ambulatorial e após 12
meses, realizando inicialmente medidas de orientação dietéticas e estimulo a realização de
exercícios e tratamento destes fatores de risco. Casuística e Métodos: A amostra foi composta
por pacientes com DM2, do ambulatório de nefrologia do Hospital Universitário Gaffrèe e
Guinle, no período de abril de 2006 até abril de 2011. Realizado levantamento dos dados dos
prontuários da proteinuria de 24 hrs, colesterol total, pressão arterial sistólica e diastólica,
(IMC) índice de massa corpóral, glicemia de jejum. Bem como a presença de doenças micro e
macrovasculares. A análise estatística foi feita pelo teste de Wilcoxon. ResultadoS: A amostra
foi composta por 121 pacientes com media de idade de 61,4 ± 10,3. O tempo médio de
diagnóstico da DM2 foi de 9,92 ± 7,4 anos. O tempo de observação foi de um período médio
de 35,1 ± 12,4 meses. Na comparação dos fatores de riscos pré e pos mostrou um redução
significativa da pressão arterial média, da glicemia de jejum, colesterol total e o clearance de
creatinina estimado (todos com p-valor < 0,0001) e o triglicerídeos com (p-valor = 0,0005).A
proteínuria de 24 h obteve uma redução não significativa (p-valor = 0,4785) e o IMC (p-valor
= 0,6266) e a creatinina (p-valor = 0,4197) se mantiveram estáveis. Conclusões: O controle
dos fatores de risco não genéticos é de grande importância para a prevenção da ND bem
como o retardo da sua evolução. O IMC é um fator de risco de difícil controle nos pacientes
com DM2, mas a orientação a mudança do estilo de vida deve ser reforçada pois mesmo não
conseguindo controle a estabilização do IMC já favorece ao retardo da ND. A conscientização
e atuação do medico na atenção primaria, no diagnostico precoce e no controle dos fatores
de risco não genéticos para ND, leva a um beneficio considerável na evolução da mesma e
suas complicações.
Palavras Chaves: Nefropatia Diabética,Fatores de Risco
Avaliação Metabólica em Nefrolitíase
NATáLIA BARALDI CUNHA,Patrícia Capuzzo Garcia Damasio, João Luiz Amaro,
Carmen Regina Petean Ruiz Amaro
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina/UNESP Botucatu
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Introdução e Objetivo: A nefrolitíase é uma doença caracterizada por alta recorrência e comprometimento familiar de 40 a 60% nos parentes em primeiro grau. Está associada à elevada
taxa de morbidade e freqüentes hospitalizações. Vários fatores estão relacionados à sua predisposição como raça, sexo, idade, hábitos alimentares, hereditariedade, aspectos climáticos
e alterações metabólicas. O objetivo do presente estudo foi diagnosticar as alterações metabólicas dos pacientes portadores de nefrolitíase do Ambulatório de Metabolismo do Setor
de Litotripsia do HC-FMB de Botucatu. Pacientes e Métodos: Foram atendidos 867 pacientes
portadores de litíase renal no período de Fevereiro de 2000 a Junho de 2011. Destes, 577
foram submetidos ao protocolo de investigação completo. Foram incluídos na avaliação somente pacientes com os critérios para análise metabólica: história clínica ou exame comprobatório de no mínimo 2 cálculos, clearance de creatinina ≥ 60ml/min e urocultura negativa. O
protocolo consistiu da coleta não simultânea de 2 amostras de urina 24 horas para dosagens
de: Ca, P, AcU, Na,K, Mg, Ox e Ci e dosagens séricas de: Ca, P, AcU, Na, K, Mg, CI, PTH e
pH urinário em jejum. Resultados: Dos 577 pacientes estudados encontramos 288 (49,9%)
com hipercalciúria, 212 (36,7%) com hipomagnesúria, 176 (30,5%) com hipocitratúria, 141
(24,4%) com hiperuricosúria, 73 (12,6%) com hiperoxalúria, 9 (1,5%) com hiperparatireoidismo primário, 2 (0,3%) com hiperparatireoidismo secundário, 4 (0,6%) com ATR distal e
35 (6,0%) com cálculo coraliforme.Conclusão: A alta freqüência dessas alterações justifica
o estudo metabólico como ferramenta diagnóstica para o acompanhamento e tratamento
medicamentoso e dietético, como objetivo de reduzir a recorrência desta patologia.
Palavras Chaves: nefro

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