40 ANOS:
Transcrição
40 ANOS:
40 ANOS: O segredo do sucesso da Coamo Capitalização, estabilidade administrativa e apoio incondicional dos quadros social e funcional estão entre os alicerces básicos da cooperativa A história da Coamo Agroindustrial, cooperativa com sede em Campo Mourão, no Noroeste paranaense, começou a ser contada, oficialmente, no dia 28 de novembro de 1970. O projeto inicial foi endossado por 79 agricultores pioneiros, que, imbuídos pelo desejo de se fortalecerem enquanto produtores rurais, sobretudo garantir a armazenagem e comercialização das suas safras, gravaram os seus nomes na história viva da cooperativa. Hoje, quatro décadas depois, a Coamo celebra a consolidação de uma das maiores cooperativas agropecuárias do mundo. Trabalho, profissionalismo, honestidade e união são ações praticadas desde a fundação da cooperativa. Na Coamo, tudo é planejado visando agregação de valor à produção dos associados. O segredo de todo o sucesso está alicerçado em quatro fatores básicos: a política de capitalização, a estabilidade administrativa, o apoio incondicional dos cooperados e a harmonia existente entre a diretoria, cooperados e funcionários. “O firme propósito de consolidar cada vez mais os compromissos com a comunidade, seja ela interna ou externa, tem levado a Coamo a um caminho cada vez mais sólido de construir uma cooperativa capaz de enfrentar todos os desafios dos novos tempos”, afirma José Aroldo Gallassini, idealizador e diretor-presidente da Coamo. À frente da administração da cooperativa desde o seu início, Gallassini diz que a Coamo se transformou na grande força do homem do campo. PRODUTOS E SERVIÇOS – Com 113 entrepostos instalados em 63 municípios do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, a Coamo possui, hoje, 22,5 mil associados ativos. Por meio dessas unidades, a cooperativa oferece produtos e serviços de qualidade garantida, sobretudo no recebimento de produtos, distribuição de insumos, além de atendimento administrativo e financeiro. “Os entrepostos estão localizados de forma estratégica a propiciar ao quadro social maior facilidade no desenvolvimento de suas atividades”, diz Gallassini, considerando que a presença junto ao quadro social assegura o barateamento dos custos de transportes que integra os custos gerais de produção. RESULTADOS – Quatro décadas depois de constituída, a Coamo é, hoje, uma das maiores cooperativas da América Latina. Sozinha, ela responde por 3,5% de toda a produção nacional de grãos e fibras e 16% da safra paranaense. O forte relacionamento com o quadro social tem garantido à Coamo resultados cada vez mais expressivos. Em 2009, por exemplo, a cooperativa fechou o exercício com receitas globais de R$ 4,67 bilhões e sobras líquidas de R$ 289,61 milhões. “Esse resultado gerou tributos de R$ 207,62 milhões, propiciando a criação de empregos e divisas que contribuíram para o desenvolvimento do nosso país”, lembra o dirigente. ENCURTANDO CAMINHO – Entre as estratégias da Coamo para ganhar mercado e continuar crescendo está o projeto de transformação de grãos em produtos acabados voltados para o mercado consumidor. O complexo industrial da cooperativa possui estruturas de esmagamento e processamento de soja; refinaria de óleo de soja, indústrias de gordura hidrogenada e margarinas, moinho de trigo, fiações de algodão e torrefação de café. Em 2009 foi industrializado 1,96 milhão de toneladas de soja; 45,15 mil toneladas de trigo; 1,14 mil toneladas de café beneficiado e 7,66 mil toneladas de algodão em pluma. No mercado interno a comercialização de grãos totalizou 2,40 milhões de toneladas de produtos para a indústria de transformação e alimentos industrializados para o consumo final. E para o mercado externo o total de produtos negociados, nas modalidades CIF e FOB, foi de 1,81 milhão de toneladas, gerando uma receita de R$ 704,13 milhões. “Nestes 40 anos de trabalho o crescimento da Coamo foi constante, e conquistado com dedicação e perceverança. O desempenho do quadro social e dos colaboradores, cada qual dando o melhor de si, resultou na excelência das nossas atividades. Desta forma, a cooperativa ficou mais forte, demonstrando que a Coamo é resultado da união e de esforços com objetivos comuns que consolidaram o seu crescimento sustentável”, conclui Gallassini. (box 1) Coamo em números Quadro social: 22.569 (data-base setembro de 2010). Mais de 100 mil pessoas – cooperados, funcionários e familiares -, recebem benefícios diretos do cooperativismo praticado pela Coamo; Receitas globais: R$ 4,671bilhões; Sobras líquidas: R$ 289,61 milhões; Capacidade estática de armazenagem: 4,03 milhões de toneladas; Recebimento da produção: 4,50 milhões de toneladas de produtos agrícolas; Participação na produção brasileira e paranaense: 3,3 % da produção agrícola do Brasil e 16% da produção paranaense; Exportação: US$ 704,13 milhões (terminal portuário em Paranaguá, no Paraná, Porto de Santos, em São Paulo, e porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina); Eventos realizados: 1.412 eventos técnicos, educacionais e sociais para o desenvolvimento de cooperados e familiares, totalizando 74.424 participantes; Recursos humanos: 5.148 funcionários diretos e 1.451 colaboradores (temporários e terceirizados, em setembro de 2010); Impostos, taxas e contribuições: R$ 207,62 milhões (contribuição para a sociedade brasileira, além da criação de riquezas, geração de empregos e divisas para o país). Fonte: Exercício de 2009 (box 2) HISTÓRIA: Dos “três ésses” aos dias atuais As primeiras lavouras cultivadas na região de Campo Mourão denotam do final da década de 1960. Nessa época, o cenário contemplava matas sendo derrubadas para extração de madeira e a chegada de agricultores vindos de outras regiões do Paraná e do Rio Grande do Sul, para estabelecer o início dos cultivos numa das últimas fronteiras de terras mecanizáveis a serem exploradas no Paraná. De textura argilosa e muito fértil, porém, com alta acidez, o solo da região carecia de correção. Por conta disso, o preço pago pelo alqueire de terra era baixo, o que significou, na época, pouco interesse na compra de novas áreas. “A região era conhecida como ‘Terra dos Três Ésses’ por causa do grande número de formigas saúva, e da presença de vegetações conhecidas como sapé e samambaias”, lembra o associado da Coamo Nelson Teodoro de Oliveira, que está entre os 79 pioneiros que assinaram a ata de constituição da Coamo. NOVO CICLO – O agrônomo José Aroldo Gallassini, que chegou a Campo Mourão em maio de 1968 para coordenar o escritório da Acarpa, hoje Emater – Empresa Paranaense de Extensão Rural -, foi o responsável pela organização dos produtores e a inserção deles no cooperativismo. Antes, várias foram as tentativas e experiências promovidas, visando organizar e fundar uma cooperativa. Todas, porém sem lograr êxito, devido a falta de um trabalho preparatório de conscientização dos futuros associados. O idealizador da Coamo também conduziu os primeiros experimentos de trigo na região de Campo Mourão, entre abril a setembro de 1969, com trabalho de pesquisa de variedades, adubação, calagem e época de plantio, e logo a seguir, a implantação da soja na região. Por sua vez, os agricultores sabiam que a mecanização agrícola era a solução para o desenvolvimento da agricultura, que aconteceu com o apoio decisivo da extensão rural através da Acarpa. ARMAZENAGEM E COMERCIALIZAÇÃO – Os problemas de infraestrutura para recebimento, a falta de insumos para o plantio e de opções de comercialização da safra motivaram a fundação da Coamo. “Comecei a reunir as lideranças e a fazer reuniões que culminaram com o projeto de constituir uma cooperativa”, afirma Gallassini. Após sete meses de trabalho com a conscientização e motivação dos agricultores da necessidade de criação e organização de uma cooperativa de atuação regional, o sonho tornou-se realidade. A sigla “Coamo”, de Cooperativa Agropecuária Mourãoense Ltda., foi sugerida pelo cooperado Gelindo Stefanuto, baseado no lema “Cooperativa com amor”. A histórica assembleia foi realizada na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) em Campo Mourão, reunindo um grupo de 79 agricultores que depositaram suas esperanças no cooperativismo para o sucesso das suas atividades. O PRIMEIRO PRESIDENTE – Fioravante João Ferri, um madeireiro que teve conhecimento de cooperativas ainda no Rio Grande do Sul, foi o primeiro presidente da Coamo. Pioneiro, de prestígio na comunidade e de intocável idoneidade, ‘seo’ Ferri tinha suas atividades em Campina do Amoral, onde se dedicou à extração de madeira. Era conhecido seriedade nos negócios e pela busca do desenvolvimento da região e pelas causas humanitárias. Ele aceitou o convite com a condição de que Gallassini fosse gerente geral. No entanto, após os primeiros anos de funcionamento da cooperativa, de maneira inesperada, Ferri faleceu. Para cumprimento do mandato da diretoria, assumiu no final daquele ano o vice-presidente Gelindo Stefanuto, que ficou no cargo até janeiro de 1975, quando em assembléia geral foi eleita a nova diretoria tendo como presidente José Aroldo Gallassini. “Formei uma chapa de produtores autênticos que compartilhavam com o ideal de uma cooperativa forte e competitiva”, lembra o presidente, que desde então, pelo seu trabalho e confiança dos associados, tem sido reeleito sucessivamente a cada quatro anos de mandato. A PRIMEIRA SAFRA – Em 1971, A Coamo recebeu a sua primeira safra de trigo. A cooperativa alugou armazéns para recepcionar a colheita da cultura, que foi uma das principais no início da Coamo. A primeira safra foi grande e com ela vieram os primeiros problemas com a demora na recepção e a falta de armazéns. Para resolver a situação e prevendo o aumento de área e produtividade a diretoria promoveu em 06 de novembro de 1971 a sua primeira Assembleia Geral Extraordinária (AGE) com o objetivo de obter autorização para contratação de financiamento junto ao BRDE para a construção de um armazém de fundo plano com 2.250 metros quadrados, além de escritório, secadores e balança. Foi também em 1971 que a Coamo obteve o registro como produtora de semente na Comissão Estadual de Sementes de Trigo (Cest-PR) e na Comissão Estadual de Sementes de Soja (Cessoja-PR), objetivando atender as necessidades dos associados. Isso permitiu produzir 20.163 sacas de semente de trigo IAS-51 e BH-1146. CRESCIMENTO – Desde os primeiros anos, tem sido prática constante da Coamo a ampliação da capacidade de armazenagem para atender as necessidades dos seus cooperados. Foi assim com a aprovação da construção do primeiro armazém graneleiro, em Campo Mourão, com capacidade para 500 mil sacas, que entrou em funcionamento em 1973. E com o avanço na área de ação, em março de 1974 foi aprovada a construção do primeiro entreposto da Coamo, em Engenheiro Beltrão, com capacidade para 700 mil sacas. E em junho desse mesmo ano, os cooperados também aprovaram o entreposto em Mamborê, cuja capacidade abrigava 700 mil sacas. E em seguida, com o avanço nos volumes de recebimento e participação dos associados à cooperativa instalou entrepostos em dezenas de municípios em regiões com grande concentração dos produtores para facilitar a movimentação no abastecimento dos insumos e na entrega da produção. Atualmente, a Coamo está presente em 63 municípios do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, atendendo os seus cooperados em 113 unidades.
Documentos relacionados
relatório da gestão - 2013
no atendimento dos associados, bem como ampliação do parque industrial e renovação e ampliação da frota de veículos, a Coamo investiu o montante de R$ 431,55 milhões. As melhorias foram realizadas ...
Leia maisBrasil - aimfr
Visita de Estudo - Jovens dos 7º e 8º anos da Associação Casa Familiar Rural Antônio Carlos de Oliveira Jovens dos 7º e 8º anos da Associação Casa Familiar Rural Antônio Carlos de Oliveira de IRETA...
Leia maisA OCB e o SESCOOP Profissionalizando o
em especial da região de Campo Mourão, onde está localizada a COAMO, que exemplifica o que DELGADO (1985), descreve enquanto um cooperativismo agrário que acompanhou este processo de modernização d...
Leia mais