Julho 2014 – Periódico Charles Spurgeon

Transcrição

Julho 2014 – Periódico Charles Spurgeon
Pastor Douglas Marins
Graça e paz da parte do nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo!
Espero que todos vocês estejam
gostando dos periódicos que a
Igreja
Metodista
no
Jardim
Belvedere tem disponibilizado para
todos os membros e visitantes.
Neste mês, a biografia é de
Charles Haddon Spurgeon, um
pastor que ficou conhecido como
“príncipe dos pregadores”. Uma
história
envolvente
que
vai
provocar em você uma reflexão.
Spurgeon não se calou diante da
oposição; pelo contrário, praticou
o cristianismo como os apóstolos
na igreja primitiva.
Este servo de Deus passou pelo
“vale” da enfermidade, que foi a
depressão; mas, apesar disso, não
abandonou o ministério.
Até o último dia de pastorado,
Spurgeon
batizou
14.692
pessoas e ensinou que na vida
devemos “respirar” as escrituras.
Quero te convidar a “viajar” nesta
biografia e, no final, pensar no que
você gostaria de deixar registrado
na sua história de vida cristã.
Um abraço,
Débora Corsi
Coordenadora do Ministério de
ensino
Débora Corsi
Dyanne Marins
Claudio Ferreira
Claudemir Dias
Ricardo Sankler
MATÉRIA
Biografia de Charles Haddon
Spurgeon
Diálogo Pastoral
Tema: Testemunho Cristão
Este é um “canal” virtual que você
pode utilizar para dialogar com
seu pastor. O objetivo é esclarecer
dúvidas e te auxiliar na caminhada
cristã.
Não fique fora dessa
P A R T I C I P E!
Introdução
Charles Haddon Spurgeon,
Ele é, sem sombra de dúvidas, o
pregador mais citado de nossa
época. Pastor, evangelista, mestre
e mundialmente conhecido como o
“príncipe dos pregadores”, Charles
Haddon Spurgeon, mesmo há mais
de um século após sua morte, é
aclamado como uma das mentes
mais
célebres
da
história
cristã.
Caracterizado pelo seu
amor
pela
vida
e
pelo
conhecimento,
além
de
seu
profundo
entendimento
das
Escrituras e inúmeras ilustrações,
impactou
e
ainda
impacta
inúmeras vidas no dia de hoje.
Houve época em que o simples
fato
de
optar
pela
religião
evangélica equivalia a colocar a
cabeça a prêmio. No século 15,
Carlos V, o imperador espanhol,
queimou milhares de evangélicos
em praça pública. Seu filho, Filipe
II, vangloriava-se de ter eliminado
dos países baixos da Europa cerca
de 18 mil "hereges protestantes".
Para
fugir
da
perseguição
implacável, outros milhares de
cristãos foram para a Inglaterra.
Dentre eles, estava a família de
Charles Haddon Spurgeon (18341892), o homem que se tornaria
um dos maiores pregadores de
todo o Reino Unido.
Os bisavôs de Charles eram
cristãos devotos, assim como seu
avô paterno e seu pai, James.
Praticamente criado pelos seus
avós paternos, devido ao número
elevado de irmãos e à condição
precária de seus pais, o pequeno
Charles teve sua vida influenciada
desde a infância por esses grandes
exemplos de fé e amor ao Senhor
e à Sua Palavra. Tendo pastoreado
a mesma igreja por 54 anos, o avô
de Charles um dia declarou: “Não
passei nem uma hora triste com a
minha igreja depois que assumi o
cargo de pastor”! Seu pai, James
era também um amado pastor em
Stambourne.
Com um desejo extraordinário
pela leitura, Charles H. Spurgeon
já era notável com pouca idade.
Dentre
seus
títulos
favoritos
estavam “O Peregrino” de John
Bunyan e “O Livro dos Mártires” de
John Foxe, entre outros livros
teológicos. É dito que, assim como
Jesus, aos doze anos ele já era
capaz
de
debater
assuntos
teológicos com anciões de seu
tempo.
HISTÓRICO
Charles Haddon Spurgeon nasceu
em 19 de Junho de 1834, como o
primogênito de 16 irmãos, filhos
de John Spurgeon e sua esposa
Eliza Jarvis, em Keveldon, e foi
batizado em 3 de agosto desse
ano
por
seu
avô,
pastor
congregacional, James Spurgeon.
Recebeu o nome de ‘Charles’ de
um tio de sua mãe. ‘Haddon’, foi o
nome dado devido a um antigo
amigo da família de Spurgeon, que
os
ajudou
em
hora
de
necessidade. Em agosto de 1835,
seus
pais
mudaram
para
Colchester, e entregaram Charles
aos cuidados de seu avô, com
quem viveu até os 5 anos.
Durante esse tempo, leu muitos
livros, entre eles The Piligrems
Progress, (em
português “O
Peregrino”) de John Bunyan, obra
que marcaria o resto de sua vida.
Também leu, da biblioteca de sua
avó, muitas obras de Puritanos,
como Richard Baxter e John Owen.
Aos seis anos, voltou a morar com
os pais, já devidamente instalados
em Colchester.
Aos 10 anos, um pastor chamado
Richar Knill impressionou muito ao
jovem
Charles
ao
declarar
que “esse menino pregaria o
Evangelho a grandes multidões”.
Esse fato marcou profundamente a
mente da jovem criança. Spurgeon
cursou
seus
estudos
em
Colchester até 1848, indo depois a
Newmarket para estudar numa
escola localizada na área de
Cambridgeshire
CONVERSÃO
De
1848
a
1850,
Charles
Spurgeon teve um período de
muitas dúvidas e amarguras.
Esteve sob grande convicção de
pecado. Ficou convicto que não
era um cristão de fato, mesmo
sendo criado em todo o ambiente
religioso de sua família e região, e
sob forte influência puritana e
não-conformista. Em janeiro de
1850, tendo como objetivo ir a
uma reunião matutina em uma
igreja
congregacional
em
Colchester, para buscar paz para
sua perturbada alma, se deteve
numa
capela
de
metodistas
primitivos em Artilley Stree; mais
em consequência da forte nevasca
que por vontade própria. Nessa
capela, o jovem juntou-se à
pequena congregação quando,
sem pregador para ministrar a
Palavra, um simples membro da
igreja subiu ao púlpito, mesmo
sem grande habilidade de orador,
e
repetiu
nervosa
e
constantemente o texto
de Isaías
45.22a: Olhai
para
mim e sereis salvos, vós todos
os termos da terra. Depois de
certo tempo, apelou aos presentes
que olhassem para Jesus Cristo.
Spurgeon olhou para Jesus com fé
e arrependimento, tendo Ele como
seu Salvador e substituto, e foi
salvo.
PRIMEIROS ANOS
Após a conversão, Spurgeon
voltou das férias em Colchester
para Newmarket. Foi batizado pelo
pastor batista da Igreja de
Islehan, W.W.Cantolw, no rio Lark,
em 3 de maio de 1850, e foi aceito
na
congregação
batista
de
Newmarket.
Depois,
Spurgeon
começou a distribuir folhetos nas
ruas e a ensinar a Bíblia na escola
dominical para
crianças.
Em
agosto,
mudou-se
para
Cambridge. Trabalhou na escola
dominical também. Nesse mesmo
ano,
pregou
seu
primeiro sermão em
Teversham.
Em
outubro
de
1851,
foi
convidado a pregar na Igreja
Batista de Waterbeach, ao norte
de Cambridge. A congregação
cresceu rapidamente. Em Janeiro
de 1852, Spurgeon aceitou o
pastoreado efetivo dessa Capela. A
fama de Spurgeon logo cresceu na
região,
como
um
potente
pregador.
Spurgeon pensou em cursar um
seminário em 1852, mas desistiu
da ideia. Em novembro de 1853,
Spurgeon falou na União das
Escolas Dominicais de Cambridge.
George Gould, diácono em Essex,
o ouviu, e contou sobre o jovem
pregador
a
Thomas
Olney,
diácono-chefe da Capela de New
Park Street, que o convidou a
pregar nessa Igreja em dezembro
de 1853. Em 1854, os membros
de New Parlk Street, sem pastor
efetivo desde 1853, convidaram
de novo o jovem para pregar e,
nessa ocasião, convidaram-lhe
para ser testado por seis meses
para assumir o pastoreado vago
da Igreja. Porém, em Abril de
1854, só dois meses depois, foi
eleito pastor e confirmado no
cargo,
o
qual
preencheu
efetivamente até 1891.
NEW PARK STREET
Localizada
em
uma
área
metropolitana, a Capela Batista da
Rua de New Park, (New Park
Street Chapel) em Southwak,
outrora fora uma das maiores
igrejas da Inglaterra. No entanto,
naquele momento, o edifício, com
1.200 lugares, contava com uma
platéia de 232 pessoas.
No início, eu pregava somente a
um
punhado
de
ouvintes.
Contudo, não me esqueço da
insistência das suas orações. Às
vezes, parecia que eles rogavam
até verem a presença de Jesus ali
para abençoá-los. Assim desceu a
bênção, a casa começou a se
encher de ouvintes e foram salvas
dezenas
de
almas,
lembrou
Spurgeon alguns anos depois.
Spurgeon logo causou muita
agitação em Londres; alguns o
criticavam pelo seu estilo de
pregação (teatral demais para
alguns; ‘caipira’ e vulgar para
outros). Spurgeon era posto em
dúvida até mesmo por seus
colegas batistas. Alguns chegaram
a publicar em jornais sobre suas
dúvidas da real conversão do
jovem Spurgeon. Mesmo com toda
a oposição, atraiu a atenção de
tantos que, em certos periódicos,
foi citado que “desde os tempos
de George
Whitefield e John
Wesley Londres não era tão
agitada
por
um
reavivador.” Diversas caricaturas
foram
publicadas;
algumas
elogiando, e outras debochando de
sua pregação.
TABERNÁCULO
METROPOLITANO
Nos anos que se seguiram, o
templo,
antes
vazio,
não
suportava a audiência, que chegou
a dez mil pessoas, somada á
assistência de todos os cultos da
semana. O número de pessoas era
tão grande que as ruas próximas à
igreja se tomaram intransitáveis.
Tentou-se ampliar a Capela de
New Park Street, em 1858, mas
logo viu-se a necessidade de um
local ainda maior. Portanto, foi
construído o grande Tabernáculo
Metropolitano, em Newington, com
capacidade para 12 mil ouvintes, e
aberto em 25 de março de 1861.
Mesmo assim, de três em três
meses,
Spurgeon
pedia
às
pessoas,
que assistiram aos
cultos naquele período, que se
ausentassem a fim de que outros
pudessem estar no templo para
conhecer a Palavra.
No começo de seu ministério,
Spurgeon,
um
ardoroso calvinista desde o início
de sua conversão, teve que se
defender da acusação de ser mais
pendente ao arminianismo do que
os demais batistas particulares deve-se notar que um dos
predecessores de Spurgeon no
pastoreado de New Park Street foi
o pastor e teólogo John Gill, que
em muitas ocasiões era um
ferrenho
hipercalvinistas.
Em
diversas
ocasiões,
Spurgeon
pregou sermões que provavam
que seus acusadores estavam
equivocados.
Com o passar do tempo, Charles
Haddon Spurgeon se tornou uma
celebridade
mundial.
Recebia
convites para pregar em outras
cidades da Inglaterra, bem como
em
outros
países
como França, Escócia, Irlanda, Paí
s
de
Gales, Holanda e Estados
Unidos (foi convidado a pregar
em Nova York, mas recusou o
convite). Spurgeon pregava não só
em reuniões ao ar livre, mas
também nos maiores edifícios, de
8 a 12 vezes por semana.
Segundo uma de suas biografias,
o maior auditório em que pregou
continha,
exatamente,
23.654
pessoas. Esse imenso público lotou
o The Crystal Palace, de Londres,
no dia 7 de outubro de 1857, para
ouvi-lo pregar por mais de duas
horas.
Casou-se em 20 de setembro de
1856 com Susannah Thompson e
teve dois filhos, os gêmeos nãoidênticos
Thomas
e
Charles.
Fazíamos
cultos
domésticos
sempre; quer hospedados em um
rancho nas serras, quer em um
suntuoso quarto de hotel na
cidade. E a bendita presença do
Espírito Santo, que muitos crentes
dizem ser impossível alcançar, era
para nós a atmosfera natural.
Vivíamos e respirávamos nEle,
relatou,
certa
vez,
Susannah. Thomas
Spurgeon chegou
a
pastorear
o Tabernáculo Metropolitano dois
anos após a morte de seu pai.
SERMÕES
A importância de Charles Haddon
Spurgeon como pregador só
encontra parâmetros em seus
trabalhos impressos. Spurgeon e
seu amigo John Passmore, um
editor e membro de New Park
Street, começaram, em 1855, a
publicar semanalmente sermões
impressos, vendidos a baixos
preços. Em 1850, era uma prática
muito comum a publicação e a
distribuição de sermões escritos
pelos
maiores
pastores
não
conformistas,
tanto
na Inglaterra como
nos Estados
Unidos. Spurgeon publicou seu
primeiro sermão em Cambridge,
num seminário avulso e, em 1855,
surgiu a ocasião da publicação
semanal. Os sermões pregados
por Spurgeon domingo de manhã
eram publicados na quinta-feira
seguinte (e revisados pelo próprio
Spurgeon) e os sermões pregados
domingo à noite e quinta-feira à
noite eram reservados para futura
publicação. Tais sermões e mais
alguns escritos por Spurgeon
quando doente formaram um
acervo que garantiu a publicação
semanal até o ano de sua morte até essa data, 2241 publicados e
dos outros até 1917, totalizando
3.653
sermões
publicados
divididos em 63 volumes; acervo
esse maior que a Enciclopédia
Britânica e até hoje abrangendo a
maior
quantidade
de
textos
escritos por um único cristão em
toda a história do cristianismo. O
sermão nº 537, “A Regeneração
Batismal” pregado em 1864, foi o
que mais vendeu individualmente
quando Spurgeon era vivo, sendo
que a demanda chegou a 300.000
impressões em uma semana. Em
1892, os sermões de Spurgeon já
eram traduzidos para cerca de 9
línguas diferentes.
Muitos sermões de Spurgeon eram
enviados via telegrafo aos Estados
Unidos e republicados lá. Depois
de 1865, muitos deles foram
censurados, pelo fato de Spurgeon
ser totalmente contra a escravidão
dos
negros
africanos
(Nessa
época,
ocorreu
Guerra
Civil
Americana, também conhecida
Guerra de Secessão).
Também escreveu e editou 135
livros durante 27 anos (1857-
1892) e editou uma revista mensal
denominada A
Espada
e
a
Espátula. Seus vários comentários
bíblicos ainda são muito lidos. (O
seu “Tesouro de Davi”, uma
compilação de comentários sobre
os Salmos, levou mais de 20 anos
para serem concluídos).
Em conexão com esse trabalho,
surgiu
uma
associação
de
colportores,
responsáveis
pela
evangelização e distribuição de
material evangelizador e teológico.
Mais tarde, a esposa de Spurgeon,
Sussana, abriu um fundo de para
distribuição de literatura para
pastores e um fundo de ajuda aos
pastores pobres.
OBRAS
ASSISTENCIAIS
COLÉGIO DO PASTOR E
OBRA EVANGELISTA
Spurgeon, desde o início de seu
pastoreado, começou a treinar
alguns jovens que ele cria terem o
chamado para obra evangelística e
pastoreado. Seu primeiro aluno foi
Thomas Medhurst, em 1856. Com
o
tempo,
muitos
jovens
começaram
a
requerer
de
Spurgeon instrução. Ele, junto
com o congregacionalista George
Rogers, abriu, em 1856 o “Colégio
do Pastor”, e Rogers foi colocado
como diretor. Nos primeiros anos,
o Colégio funcionou na casa de
Rogers e Spurgeon o bancava com
as despesas dos alunos e com o
lucro da venda de seus livros e de
seus sermões. Depois de certo
tempo e do aumento dos alunos,
as aulas eram dadas na antiga e
desocupada Capela de New Park
Street e, posteriormente, na parte
inferior
do
Tabernáculo
Metropolitano. Várias Conferências
foram realizadas nesse colégio.
Depois da morte de Spurgeon, em
sua homenagem, o Colégio foi
renomeado
de
Spurgeon
College (ou, Universidade
Spurgeon), e existe até hoje
sendo
uma
instituição
de
preparação de pastores para o
ministério.
Quando
Spurgeon
chegou a
Londres, a Capela de New Park
Street mantinha uma casa, desde
a época do pastoreado de John
Rippon, no século XVIII, destinada
ao cuidado das viúvas pobres e
necessitadas. Nessa localidade,
elas viviam gratuitamente. Depois
de 1861, foi construído um novo
prédio,
instalado
perto
do Tabernáculo Metropolitano.
O
Orfanato
Stockwell
para
meninos nasceu em 1866, de uma
reunião
de
oração,
quando
Spurgeon sentiu o desejo de fazer
mais da Obra do Senhor aos
necessitados.
Uma
volumosa
oferta lhe chegou em mãos, e
Spurgeon a recusou, até mesmo
sugerindo que se doasse o
dinheiro
para
o
famoso
irmão George Muller, conhecido
por manter uma grande obra
social
em Bristol.
Porém,
a
ofertante insistiu que Spurgeon
tocasse esse projeto. Assim, teve
para si que era reposta à oração
feita anteriormente e abriu o
orfanato, em Stockwell. Em 1876,
foi aberto outro orfanato, esse
para meninas.
Depois de 1861, e com o grande
aumento do Tabernáculo, também
foi aberto um fundo de ajuda aos
necessitados da igreja. Outros
grupos de senhoras tinham uma
associação de benfeitoras. Além
disso, uma sociedade para ajudar
moças
pobres
grávidas
foi
inaugurada. Diversas outras obras
de
cunho
assistencial
foram
abertas com o fim de ajudar os
necessitados de Londres.
LUTA E OPOSIÇÃO
Spurgeon
enfrentou
muita
oposição no fim de seu ministério.
No período de 1887-1888, ele foi
envolvido na luta chamada “A
controvérsia do declínio”, quando
Spurgeon
criticou
duramente
muitos
membros
da
União
das Igrejas
Batistas
da
Inglaterra (das quais ele era
afiliado) que estavam afrouxando
a
sua
pregação
diante
do
liberalismo teológico e da Alta
crítica (movimento que invocava a
ideia
de
ser
uma
acurada
investigação da historicidade da
Bíblia, mas que na prática negava
a Infalibilidade e a Inerrância da
Palavra de Deus). Spurgeon foi
duramente criticado e taxado de
antiquado. Muitos deixaram de
contribuir com as obras sociais e
com
os
missionários
do
Tabernáculo
metropolitano.
É
certo para muitos que essas
controvérsias,
travadas
em
sermões, reuniões e editoriais,
desgastou ainda mais a debilitada
saúde de Spurgeon, que por fim se
desligou (ele e o Tabernáculo) da
União
Batista
em
1887.
Posteriormente, a congregação
batista voltou a se associar à
União;
mas
desde
que Peter
Master assumiu
o
pastoreado
do Tabernáculo Metropolitano, em
1970, ela rompeu novamente com
a União Batista.
ÚLTIMOS DIAS
Até o último dia de pastorado,
Spurgeon
batizou
14.692
pessoas. Nesse meio tempo,
Spurgeon
teve
sua
saúde
grandemente debilitada. Spurgeon
desenvolveu, por volta dos 25
anos, Gota e Reumatismo,
além
de grandes ataques de depressão,
principalmente depois de 1857,
quando
um
culto
realizado
em Surrey Garden foi organizado
para cerca de 10.000 pessoas e,
devido a um tumulto provocado
por um falso alarme de incêndio, 6
pessoas foram mortas. Quanto
mais a idade avançava, mais essas
enfermidades o debilitavam. Pelo
que foi registrado em suas
Biografias, ele teve uma melhora
da Gota, mas mesmo dessa forma,
nunca esteve em pleno vigor
novamente. Sua mulher também
tinha graves problemas de saúde,
e isso agravava mais ainda a
situação. Por diversas vezes,
Charles teve que se ausentar de
seu púlpito por recomendação
médica. Chegou a passar um
período de férias em 1864
(quando viajou até a Itália), e
depois, muitas vezes, sempre no
fim
do
ano,
se
hospedava
em Menton, Sul da França, por
apresentar clima mais quente que
o da Inglaterra, também por
recomendação médica. Depois de
1887, foram cada vez mais
constantes
essas
viagens,
chegando a passar meses em
retiro.
Nessa época, foi diagnosticado de
doença de Bright, uma doença
degenerativa e crônica, sem cura.
Muitos sermões seus eram lidos, e
outros escritos e enviados ao
Tabernáculo para leitura, de modo
a suprir a falta do pastor. Em
1891, sua condição se agravou
mais,
forçando
Spurgeon
a
convidar
o
pastor
presbiteriano Arthur
Pierson dos
Estados Unidos para assumir
temporariamente
a
função
principal
no
Tabernáculo;
e
Spurgeon ficou em Menton até 31
de janeiro de 1892, quando,
depois de alguns dias de melhora
de seu estado, houve uma grande
deterioração
de
sua
saúde,
levando ao óbito nessa data, aos
57 anos. O corpo de Spurgeon foi
trasladado
da
França
para
Inglaterra. Na ocasião de seu
funeral – 11 de fevereiro de 1892
– muitos cortejos e cultos foram
organizados em Londres e seis mil
pessoas leram diante de seu
caixão
o
texto
de
sua
conversão, Isaías 45.22a: Olhai
para mim e sereis salvos, vós
todos os termos da terra.
Spurgeon
está
sepultado
no
cemitério de Norwood, com uma
placa que diz:” Aqui jaz o corpo
de
CHARLES
HADDON
SPURGEON,
esperando
o
aparecimento do seu Senhor e
Salvador JESUS CRISTO.”
Spurgeon pregando em 1858
“Em nenhuma parte das Escrituras
se diz que prover entretenimento
às pessoas é uma função da
Igreja.”
“Enquanto Roma queimava, Nero
tocava música. Assim são alguns
pregadores que, enquanto as
almas se perdem, ficam falando
coisas secundárias.”
“Não deixe aquilo que é urgente
tomar o lugar daquilo que é
importante em sua vida.”
“Você pode ocultar sua fraqueza
de seu melhor amigo, mas não a
esconderá de seu pior inimigo.”
“A recondução de um pastor, que
caiu em pecado de imoralidade, só
deve ocorrer quando o seu
arrependimento for tão gritante
quanto seu pecado”
“Não é a quantidade de sua fé que
o salvará. Uma gota de água é tão
verdadeira água como o oceano
inteiro.”
Aqueles que mergulham no mar
das aflições trazem pérolas raras
para cima.”
“Perdoe e esqueça. Quando você
enterra um cão raivoso, nunca
deixa a cauda dele para fora.”
“A Bíblia, toda a Bíblia e nada mais
do que a Bíblia, é a religião da
igreja de Cristo.”
SUAS FRASES
“A melhor água benta: lágrimas de
arrependimento.”
“Em geral, jamais veremos muita
melhoria em nossas Igrejas,
enquanto a reunião de oração não
ocupar o lugar mais elevado na
estima dos crentes.”
“A repreensão não deve ser um
balde de água fria para congelar o
irmão, nem água fervente para
queimá-lo.”
“A verdade é uma torre forte que
não tem necessidade de ser
apoiada pelo erro.”
“A vida é uma caminhada. Cada
dia damos passos. Nosso amanhã
é determinado pelos passos que
damos hoje.”
“Batize seu coração em devoção
antes de avançar a correnteza dos
afazeres diários.”
“Preguem o evangelho tendo em
vista unicamente a glória de Deus,
ou então, segurem suas línguas.”
“ Confessar que você estava
equivocado ontem é tão somente
reconhecer que você está um
pouco mais sábio hoje.”
“Deus escreve com uma pena que
nunca borra, fala com uma língua
que nunca erra, age com uma mão
que nunca falha.”
“Há algumas virtudes suas que
jamais seriam descobertas se não
fossem as provações pelas quais
você passa.”
“Pecado e inferno estão casados, a
não ser que o arrependimento
anuncie o divórcio.”
PARTICIPE!
Testemunho Cristão
“Mas recebereis a virtude do
Espírito Santo, que há de vir sobre
vós; e ser-me-eis testemunhas
tanto em Jerusalém como em toda
Judéia e Samaria e até os confins
da terra”. At. 1.8
MORTE, RESSURREIÇÃO E
APARIÇÃO
Após a morte do Senhor
Jesus, o desânimo, a tristeza e a
falta de esperança se abateram
sobre os seus discípulos. Contudo,
logo depois da sua ressurreição e
da sua aparição, o quadro foi
mudado, e eles voltaram a
alimentar
aqueles
sonhos
acalentados por cerca de três anos
e meio.
No capítulo primeiro do
Livro de Atos dos Apóstolos, o
Mestre já estava se despedindo
deles, visto que precisava retornar
à sua casa celestial. Mas o Senhor
teve o cuidado de lhes recomendar
que não se ausentassem de
Jerusalém, antes de receberem a
concretização da promessa do Pai,
e serem revestidos de poder.
Naquele momento, os que
estavam reunidos não perderam a
oportunidade e o interrogaram se
a
promessa
do
Pai
seria
acompanhada do restabelecimento
do Reino de Israel, uma vez que a
nação continuava sendo dominada
pelo
Império
Romano.
Jesus,
por
sua
vez,
retrucou-lhes que não estivessem
preocupados com "os tempos e as
estações que o Pai estabeleceu
pelo próprio poder". Em outras
palavras,
eles
não
deveriam
desviar a sua preocupação com
questões políticas e temporais,
afinal de contas, a comunidade a
ser formada estaria voltada para
os
interesses
espirituais.
UM CHAMADO DIVINO
Logo em seguida, Jesus
retomou sua linha de pensamento
e disse-lhes: "Mas recebereis a
virtude do Espírito Santo, que há
de vir sobre vós; e ser-me-eis
testemunhas, tanto em Jerusalém
como em toda a Judéia e Samaria,
e até aos confins da terra." (Atos
1.8).
Jesus Cristo deixou bem
claro qual deve ser o objetivo
principal de sua Igreja: ser
Testemunha Dele. Cada Cristão
deve testemunhar de Cristo tanto
em
sua
comunidade,
como
também,
avançando
até
atingirmos os mais longínquos
lugares da terra.
Na visão do apóstolo Paulo,
a vida de cada cristão é uma carta
escrita, aberta, viva, e lida por
todos os homens cf. II Co. 3.2. A
nossa vida e as nossas atitudes
devem refletir a imagem do
Senhor Jesus cf. Cl. 1.5, e como
dizem por ai: “Nós somos a Bíblia
que o ímpio lê”.
METODISMO HISTÓRICO
Por entender esse Chamado
Divino, de sermos Testemunhas
do Senhor, a Igreja Metodista se
fundamenta
nos
PRINCÍPIOS
abaixo, e espera que seus
membros
sejam
Testemunhas
Fiéis de Jesus, preservem a
tradição, e sejam: (Cânones
2012-2016; Cap. II COSTUMES,
págs. 49 e 50).
Que você entenda
Chamado e viva por ele.
- moderados nos divertimentos;
- modestos no trajar;
- abstêmios do álcool como
bebida;
- empenhados no combate aos
vícios;
- observadores do Dia do Senhor,
especialmente dedicados ao culto
público;
- observadores dos preceitos da
Igreja, participando dos ofícios
divinos e da Ceia;
- praticantes do jejum e da oração
individual e em família;
- honestos nos negócios;
- fraternais nas relações de uns
para com os outros;
- tolerantes e respeitadores das
ideias e opiniões alheias;
- praticantes de boas obras;
- benfeitores dos necessitados;
- defensores dos oprimidos;
promotores
da
educação
religiosa;
- e operosos na obra de
evangelização.
Douglas Marins
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Creio que antes de falarmos
aos ouvidos das pessoas devemos
falar aos olhos. Nesse ponto
devemos ser como o espelho –
MUDO. O espelho que você tem
em casa não conversa com você,
ele não emite sons, não fala aos
seus ouvidos, mas fala aos seus
olhos. Da mesma forma, que a
nossa vida, as nossas atitudes, a
nossa conta nas redes sociais,
preferências e escolhas, sejam o
nosso mais belo sermão.
Que Jesus te abençoe!
Seu pastor e amigo,
esse

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