Julho 2014 – Periódico Charles Spurgeon
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Julho 2014 – Periódico Charles Spurgeon
Pastor Douglas Marins Graça e paz da parte do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo! Espero que todos vocês estejam gostando dos periódicos que a Igreja Metodista no Jardim Belvedere tem disponibilizado para todos os membros e visitantes. Neste mês, a biografia é de Charles Haddon Spurgeon, um pastor que ficou conhecido como “príncipe dos pregadores”. Uma história envolvente que vai provocar em você uma reflexão. Spurgeon não se calou diante da oposição; pelo contrário, praticou o cristianismo como os apóstolos na igreja primitiva. Este servo de Deus passou pelo “vale” da enfermidade, que foi a depressão; mas, apesar disso, não abandonou o ministério. Até o último dia de pastorado, Spurgeon batizou 14.692 pessoas e ensinou que na vida devemos “respirar” as escrituras. Quero te convidar a “viajar” nesta biografia e, no final, pensar no que você gostaria de deixar registrado na sua história de vida cristã. Um abraço, Débora Corsi Coordenadora do Ministério de ensino Débora Corsi Dyanne Marins Claudio Ferreira Claudemir Dias Ricardo Sankler MATÉRIA Biografia de Charles Haddon Spurgeon Diálogo Pastoral Tema: Testemunho Cristão Este é um “canal” virtual que você pode utilizar para dialogar com seu pastor. O objetivo é esclarecer dúvidas e te auxiliar na caminhada cristã. Não fique fora dessa P A R T I C I P E! Introdução Charles Haddon Spurgeon, Ele é, sem sombra de dúvidas, o pregador mais citado de nossa época. Pastor, evangelista, mestre e mundialmente conhecido como o “príncipe dos pregadores”, Charles Haddon Spurgeon, mesmo há mais de um século após sua morte, é aclamado como uma das mentes mais célebres da história cristã. Caracterizado pelo seu amor pela vida e pelo conhecimento, além de seu profundo entendimento das Escrituras e inúmeras ilustrações, impactou e ainda impacta inúmeras vidas no dia de hoje. Houve época em que o simples fato de optar pela religião evangélica equivalia a colocar a cabeça a prêmio. No século 15, Carlos V, o imperador espanhol, queimou milhares de evangélicos em praça pública. Seu filho, Filipe II, vangloriava-se de ter eliminado dos países baixos da Europa cerca de 18 mil "hereges protestantes". Para fugir da perseguição implacável, outros milhares de cristãos foram para a Inglaterra. Dentre eles, estava a família de Charles Haddon Spurgeon (18341892), o homem que se tornaria um dos maiores pregadores de todo o Reino Unido. Os bisavôs de Charles eram cristãos devotos, assim como seu avô paterno e seu pai, James. Praticamente criado pelos seus avós paternos, devido ao número elevado de irmãos e à condição precária de seus pais, o pequeno Charles teve sua vida influenciada desde a infância por esses grandes exemplos de fé e amor ao Senhor e à Sua Palavra. Tendo pastoreado a mesma igreja por 54 anos, o avô de Charles um dia declarou: “Não passei nem uma hora triste com a minha igreja depois que assumi o cargo de pastor”! Seu pai, James era também um amado pastor em Stambourne. Com um desejo extraordinário pela leitura, Charles H. Spurgeon já era notável com pouca idade. Dentre seus títulos favoritos estavam “O Peregrino” de John Bunyan e “O Livro dos Mártires” de John Foxe, entre outros livros teológicos. É dito que, assim como Jesus, aos doze anos ele já era capaz de debater assuntos teológicos com anciões de seu tempo. HISTÓRICO Charles Haddon Spurgeon nasceu em 19 de Junho de 1834, como o primogênito de 16 irmãos, filhos de John Spurgeon e sua esposa Eliza Jarvis, em Keveldon, e foi batizado em 3 de agosto desse ano por seu avô, pastor congregacional, James Spurgeon. Recebeu o nome de ‘Charles’ de um tio de sua mãe. ‘Haddon’, foi o nome dado devido a um antigo amigo da família de Spurgeon, que os ajudou em hora de necessidade. Em agosto de 1835, seus pais mudaram para Colchester, e entregaram Charles aos cuidados de seu avô, com quem viveu até os 5 anos. Durante esse tempo, leu muitos livros, entre eles The Piligrems Progress, (em português “O Peregrino”) de John Bunyan, obra que marcaria o resto de sua vida. Também leu, da biblioteca de sua avó, muitas obras de Puritanos, como Richard Baxter e John Owen. Aos seis anos, voltou a morar com os pais, já devidamente instalados em Colchester. Aos 10 anos, um pastor chamado Richar Knill impressionou muito ao jovem Charles ao declarar que “esse menino pregaria o Evangelho a grandes multidões”. Esse fato marcou profundamente a mente da jovem criança. Spurgeon cursou seus estudos em Colchester até 1848, indo depois a Newmarket para estudar numa escola localizada na área de Cambridgeshire CONVERSÃO De 1848 a 1850, Charles Spurgeon teve um período de muitas dúvidas e amarguras. Esteve sob grande convicção de pecado. Ficou convicto que não era um cristão de fato, mesmo sendo criado em todo o ambiente religioso de sua família e região, e sob forte influência puritana e não-conformista. Em janeiro de 1850, tendo como objetivo ir a uma reunião matutina em uma igreja congregacional em Colchester, para buscar paz para sua perturbada alma, se deteve numa capela de metodistas primitivos em Artilley Stree; mais em consequência da forte nevasca que por vontade própria. Nessa capela, o jovem juntou-se à pequena congregação quando, sem pregador para ministrar a Palavra, um simples membro da igreja subiu ao púlpito, mesmo sem grande habilidade de orador, e repetiu nervosa e constantemente o texto de Isaías 45.22a: Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os termos da terra. Depois de certo tempo, apelou aos presentes que olhassem para Jesus Cristo. Spurgeon olhou para Jesus com fé e arrependimento, tendo Ele como seu Salvador e substituto, e foi salvo. PRIMEIROS ANOS Após a conversão, Spurgeon voltou das férias em Colchester para Newmarket. Foi batizado pelo pastor batista da Igreja de Islehan, W.W.Cantolw, no rio Lark, em 3 de maio de 1850, e foi aceito na congregação batista de Newmarket. Depois, Spurgeon começou a distribuir folhetos nas ruas e a ensinar a Bíblia na escola dominical para crianças. Em agosto, mudou-se para Cambridge. Trabalhou na escola dominical também. Nesse mesmo ano, pregou seu primeiro sermão em Teversham. Em outubro de 1851, foi convidado a pregar na Igreja Batista de Waterbeach, ao norte de Cambridge. A congregação cresceu rapidamente. Em Janeiro de 1852, Spurgeon aceitou o pastoreado efetivo dessa Capela. A fama de Spurgeon logo cresceu na região, como um potente pregador. Spurgeon pensou em cursar um seminário em 1852, mas desistiu da ideia. Em novembro de 1853, Spurgeon falou na União das Escolas Dominicais de Cambridge. George Gould, diácono em Essex, o ouviu, e contou sobre o jovem pregador a Thomas Olney, diácono-chefe da Capela de New Park Street, que o convidou a pregar nessa Igreja em dezembro de 1853. Em 1854, os membros de New Parlk Street, sem pastor efetivo desde 1853, convidaram de novo o jovem para pregar e, nessa ocasião, convidaram-lhe para ser testado por seis meses para assumir o pastoreado vago da Igreja. Porém, em Abril de 1854, só dois meses depois, foi eleito pastor e confirmado no cargo, o qual preencheu efetivamente até 1891. NEW PARK STREET Localizada em uma área metropolitana, a Capela Batista da Rua de New Park, (New Park Street Chapel) em Southwak, outrora fora uma das maiores igrejas da Inglaterra. No entanto, naquele momento, o edifício, com 1.200 lugares, contava com uma platéia de 232 pessoas. No início, eu pregava somente a um punhado de ouvintes. Contudo, não me esqueço da insistência das suas orações. Às vezes, parecia que eles rogavam até verem a presença de Jesus ali para abençoá-los. Assim desceu a bênção, a casa começou a se encher de ouvintes e foram salvas dezenas de almas, lembrou Spurgeon alguns anos depois. Spurgeon logo causou muita agitação em Londres; alguns o criticavam pelo seu estilo de pregação (teatral demais para alguns; ‘caipira’ e vulgar para outros). Spurgeon era posto em dúvida até mesmo por seus colegas batistas. Alguns chegaram a publicar em jornais sobre suas dúvidas da real conversão do jovem Spurgeon. Mesmo com toda a oposição, atraiu a atenção de tantos que, em certos periódicos, foi citado que “desde os tempos de George Whitefield e John Wesley Londres não era tão agitada por um reavivador.” Diversas caricaturas foram publicadas; algumas elogiando, e outras debochando de sua pregação. TABERNÁCULO METROPOLITANO Nos anos que se seguiram, o templo, antes vazio, não suportava a audiência, que chegou a dez mil pessoas, somada á assistência de todos os cultos da semana. O número de pessoas era tão grande que as ruas próximas à igreja se tomaram intransitáveis. Tentou-se ampliar a Capela de New Park Street, em 1858, mas logo viu-se a necessidade de um local ainda maior. Portanto, foi construído o grande Tabernáculo Metropolitano, em Newington, com capacidade para 12 mil ouvintes, e aberto em 25 de março de 1861. Mesmo assim, de três em três meses, Spurgeon pedia às pessoas, que assistiram aos cultos naquele período, que se ausentassem a fim de que outros pudessem estar no templo para conhecer a Palavra. No começo de seu ministério, Spurgeon, um ardoroso calvinista desde o início de sua conversão, teve que se defender da acusação de ser mais pendente ao arminianismo do que os demais batistas particulares deve-se notar que um dos predecessores de Spurgeon no pastoreado de New Park Street foi o pastor e teólogo John Gill, que em muitas ocasiões era um ferrenho hipercalvinistas. Em diversas ocasiões, Spurgeon pregou sermões que provavam que seus acusadores estavam equivocados. Com o passar do tempo, Charles Haddon Spurgeon se tornou uma celebridade mundial. Recebia convites para pregar em outras cidades da Inglaterra, bem como em outros países como França, Escócia, Irlanda, Paí s de Gales, Holanda e Estados Unidos (foi convidado a pregar em Nova York, mas recusou o convite). Spurgeon pregava não só em reuniões ao ar livre, mas também nos maiores edifícios, de 8 a 12 vezes por semana. Segundo uma de suas biografias, o maior auditório em que pregou continha, exatamente, 23.654 pessoas. Esse imenso público lotou o The Crystal Palace, de Londres, no dia 7 de outubro de 1857, para ouvi-lo pregar por mais de duas horas. Casou-se em 20 de setembro de 1856 com Susannah Thompson e teve dois filhos, os gêmeos nãoidênticos Thomas e Charles. Fazíamos cultos domésticos sempre; quer hospedados em um rancho nas serras, quer em um suntuoso quarto de hotel na cidade. E a bendita presença do Espírito Santo, que muitos crentes dizem ser impossível alcançar, era para nós a atmosfera natural. Vivíamos e respirávamos nEle, relatou, certa vez, Susannah. Thomas Spurgeon chegou a pastorear o Tabernáculo Metropolitano dois anos após a morte de seu pai. SERMÕES A importância de Charles Haddon Spurgeon como pregador só encontra parâmetros em seus trabalhos impressos. Spurgeon e seu amigo John Passmore, um editor e membro de New Park Street, começaram, em 1855, a publicar semanalmente sermões impressos, vendidos a baixos preços. Em 1850, era uma prática muito comum a publicação e a distribuição de sermões escritos pelos maiores pastores não conformistas, tanto na Inglaterra como nos Estados Unidos. Spurgeon publicou seu primeiro sermão em Cambridge, num seminário avulso e, em 1855, surgiu a ocasião da publicação semanal. Os sermões pregados por Spurgeon domingo de manhã eram publicados na quinta-feira seguinte (e revisados pelo próprio Spurgeon) e os sermões pregados domingo à noite e quinta-feira à noite eram reservados para futura publicação. Tais sermões e mais alguns escritos por Spurgeon quando doente formaram um acervo que garantiu a publicação semanal até o ano de sua morte até essa data, 2241 publicados e dos outros até 1917, totalizando 3.653 sermões publicados divididos em 63 volumes; acervo esse maior que a Enciclopédia Britânica e até hoje abrangendo a maior quantidade de textos escritos por um único cristão em toda a história do cristianismo. O sermão nº 537, “A Regeneração Batismal” pregado em 1864, foi o que mais vendeu individualmente quando Spurgeon era vivo, sendo que a demanda chegou a 300.000 impressões em uma semana. Em 1892, os sermões de Spurgeon já eram traduzidos para cerca de 9 línguas diferentes. Muitos sermões de Spurgeon eram enviados via telegrafo aos Estados Unidos e republicados lá. Depois de 1865, muitos deles foram censurados, pelo fato de Spurgeon ser totalmente contra a escravidão dos negros africanos (Nessa época, ocorreu Guerra Civil Americana, também conhecida Guerra de Secessão). Também escreveu e editou 135 livros durante 27 anos (1857- 1892) e editou uma revista mensal denominada A Espada e a Espátula. Seus vários comentários bíblicos ainda são muito lidos. (O seu “Tesouro de Davi”, uma compilação de comentários sobre os Salmos, levou mais de 20 anos para serem concluídos). Em conexão com esse trabalho, surgiu uma associação de colportores, responsáveis pela evangelização e distribuição de material evangelizador e teológico. Mais tarde, a esposa de Spurgeon, Sussana, abriu um fundo de para distribuição de literatura para pastores e um fundo de ajuda aos pastores pobres. OBRAS ASSISTENCIAIS COLÉGIO DO PASTOR E OBRA EVANGELISTA Spurgeon, desde o início de seu pastoreado, começou a treinar alguns jovens que ele cria terem o chamado para obra evangelística e pastoreado. Seu primeiro aluno foi Thomas Medhurst, em 1856. Com o tempo, muitos jovens começaram a requerer de Spurgeon instrução. Ele, junto com o congregacionalista George Rogers, abriu, em 1856 o “Colégio do Pastor”, e Rogers foi colocado como diretor. Nos primeiros anos, o Colégio funcionou na casa de Rogers e Spurgeon o bancava com as despesas dos alunos e com o lucro da venda de seus livros e de seus sermões. Depois de certo tempo e do aumento dos alunos, as aulas eram dadas na antiga e desocupada Capela de New Park Street e, posteriormente, na parte inferior do Tabernáculo Metropolitano. Várias Conferências foram realizadas nesse colégio. Depois da morte de Spurgeon, em sua homenagem, o Colégio foi renomeado de Spurgeon College (ou, Universidade Spurgeon), e existe até hoje sendo uma instituição de preparação de pastores para o ministério. Quando Spurgeon chegou a Londres, a Capela de New Park Street mantinha uma casa, desde a época do pastoreado de John Rippon, no século XVIII, destinada ao cuidado das viúvas pobres e necessitadas. Nessa localidade, elas viviam gratuitamente. Depois de 1861, foi construído um novo prédio, instalado perto do Tabernáculo Metropolitano. O Orfanato Stockwell para meninos nasceu em 1866, de uma reunião de oração, quando Spurgeon sentiu o desejo de fazer mais da Obra do Senhor aos necessitados. Uma volumosa oferta lhe chegou em mãos, e Spurgeon a recusou, até mesmo sugerindo que se doasse o dinheiro para o famoso irmão George Muller, conhecido por manter uma grande obra social em Bristol. Porém, a ofertante insistiu que Spurgeon tocasse esse projeto. Assim, teve para si que era reposta à oração feita anteriormente e abriu o orfanato, em Stockwell. Em 1876, foi aberto outro orfanato, esse para meninas. Depois de 1861, e com o grande aumento do Tabernáculo, também foi aberto um fundo de ajuda aos necessitados da igreja. Outros grupos de senhoras tinham uma associação de benfeitoras. Além disso, uma sociedade para ajudar moças pobres grávidas foi inaugurada. Diversas outras obras de cunho assistencial foram abertas com o fim de ajudar os necessitados de Londres. LUTA E OPOSIÇÃO Spurgeon enfrentou muita oposição no fim de seu ministério. No período de 1887-1888, ele foi envolvido na luta chamada “A controvérsia do declínio”, quando Spurgeon criticou duramente muitos membros da União das Igrejas Batistas da Inglaterra (das quais ele era afiliado) que estavam afrouxando a sua pregação diante do liberalismo teológico e da Alta crítica (movimento que invocava a ideia de ser uma acurada investigação da historicidade da Bíblia, mas que na prática negava a Infalibilidade e a Inerrância da Palavra de Deus). Spurgeon foi duramente criticado e taxado de antiquado. Muitos deixaram de contribuir com as obras sociais e com os missionários do Tabernáculo metropolitano. É certo para muitos que essas controvérsias, travadas em sermões, reuniões e editoriais, desgastou ainda mais a debilitada saúde de Spurgeon, que por fim se desligou (ele e o Tabernáculo) da União Batista em 1887. Posteriormente, a congregação batista voltou a se associar à União; mas desde que Peter Master assumiu o pastoreado do Tabernáculo Metropolitano, em 1970, ela rompeu novamente com a União Batista. ÚLTIMOS DIAS Até o último dia de pastorado, Spurgeon batizou 14.692 pessoas. Nesse meio tempo, Spurgeon teve sua saúde grandemente debilitada. Spurgeon desenvolveu, por volta dos 25 anos, Gota e Reumatismo, além de grandes ataques de depressão, principalmente depois de 1857, quando um culto realizado em Surrey Garden foi organizado para cerca de 10.000 pessoas e, devido a um tumulto provocado por um falso alarme de incêndio, 6 pessoas foram mortas. Quanto mais a idade avançava, mais essas enfermidades o debilitavam. Pelo que foi registrado em suas Biografias, ele teve uma melhora da Gota, mas mesmo dessa forma, nunca esteve em pleno vigor novamente. Sua mulher também tinha graves problemas de saúde, e isso agravava mais ainda a situação. Por diversas vezes, Charles teve que se ausentar de seu púlpito por recomendação médica. Chegou a passar um período de férias em 1864 (quando viajou até a Itália), e depois, muitas vezes, sempre no fim do ano, se hospedava em Menton, Sul da França, por apresentar clima mais quente que o da Inglaterra, também por recomendação médica. Depois de 1887, foram cada vez mais constantes essas viagens, chegando a passar meses em retiro. Nessa época, foi diagnosticado de doença de Bright, uma doença degenerativa e crônica, sem cura. Muitos sermões seus eram lidos, e outros escritos e enviados ao Tabernáculo para leitura, de modo a suprir a falta do pastor. Em 1891, sua condição se agravou mais, forçando Spurgeon a convidar o pastor presbiteriano Arthur Pierson dos Estados Unidos para assumir temporariamente a função principal no Tabernáculo; e Spurgeon ficou em Menton até 31 de janeiro de 1892, quando, depois de alguns dias de melhora de seu estado, houve uma grande deterioração de sua saúde, levando ao óbito nessa data, aos 57 anos. O corpo de Spurgeon foi trasladado da França para Inglaterra. Na ocasião de seu funeral – 11 de fevereiro de 1892 – muitos cortejos e cultos foram organizados em Londres e seis mil pessoas leram diante de seu caixão o texto de sua conversão, Isaías 45.22a: Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os termos da terra. Spurgeon está sepultado no cemitério de Norwood, com uma placa que diz:” Aqui jaz o corpo de CHARLES HADDON SPURGEON, esperando o aparecimento do seu Senhor e Salvador JESUS CRISTO.” Spurgeon pregando em 1858 “Em nenhuma parte das Escrituras se diz que prover entretenimento às pessoas é uma função da Igreja.” “Enquanto Roma queimava, Nero tocava música. Assim são alguns pregadores que, enquanto as almas se perdem, ficam falando coisas secundárias.” “Não deixe aquilo que é urgente tomar o lugar daquilo que é importante em sua vida.” “Você pode ocultar sua fraqueza de seu melhor amigo, mas não a esconderá de seu pior inimigo.” “A recondução de um pastor, que caiu em pecado de imoralidade, só deve ocorrer quando o seu arrependimento for tão gritante quanto seu pecado” “Não é a quantidade de sua fé que o salvará. Uma gota de água é tão verdadeira água como o oceano inteiro.” Aqueles que mergulham no mar das aflições trazem pérolas raras para cima.” “Perdoe e esqueça. Quando você enterra um cão raivoso, nunca deixa a cauda dele para fora.” “A Bíblia, toda a Bíblia e nada mais do que a Bíblia, é a religião da igreja de Cristo.” SUAS FRASES “A melhor água benta: lágrimas de arrependimento.” “Em geral, jamais veremos muita melhoria em nossas Igrejas, enquanto a reunião de oração não ocupar o lugar mais elevado na estima dos crentes.” “A repreensão não deve ser um balde de água fria para congelar o irmão, nem água fervente para queimá-lo.” “A verdade é uma torre forte que não tem necessidade de ser apoiada pelo erro.” “A vida é uma caminhada. Cada dia damos passos. Nosso amanhã é determinado pelos passos que damos hoje.” “Batize seu coração em devoção antes de avançar a correnteza dos afazeres diários.” “Preguem o evangelho tendo em vista unicamente a glória de Deus, ou então, segurem suas línguas.” “ Confessar que você estava equivocado ontem é tão somente reconhecer que você está um pouco mais sábio hoje.” “Deus escreve com uma pena que nunca borra, fala com uma língua que nunca erra, age com uma mão que nunca falha.” “Há algumas virtudes suas que jamais seriam descobertas se não fossem as provações pelas quais você passa.” “Pecado e inferno estão casados, a não ser que o arrependimento anuncie o divórcio.” PARTICIPE! Testemunho Cristão “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda Judéia e Samaria e até os confins da terra”. At. 1.8 MORTE, RESSURREIÇÃO E APARIÇÃO Após a morte do Senhor Jesus, o desânimo, a tristeza e a falta de esperança se abateram sobre os seus discípulos. Contudo, logo depois da sua ressurreição e da sua aparição, o quadro foi mudado, e eles voltaram a alimentar aqueles sonhos acalentados por cerca de três anos e meio. No capítulo primeiro do Livro de Atos dos Apóstolos, o Mestre já estava se despedindo deles, visto que precisava retornar à sua casa celestial. Mas o Senhor teve o cuidado de lhes recomendar que não se ausentassem de Jerusalém, antes de receberem a concretização da promessa do Pai, e serem revestidos de poder. Naquele momento, os que estavam reunidos não perderam a oportunidade e o interrogaram se a promessa do Pai seria acompanhada do restabelecimento do Reino de Israel, uma vez que a nação continuava sendo dominada pelo Império Romano. Jesus, por sua vez, retrucou-lhes que não estivessem preocupados com "os tempos e as estações que o Pai estabeleceu pelo próprio poder". Em outras palavras, eles não deveriam desviar a sua preocupação com questões políticas e temporais, afinal de contas, a comunidade a ser formada estaria voltada para os interesses espirituais. UM CHAMADO DIVINO Logo em seguida, Jesus retomou sua linha de pensamento e disse-lhes: "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra." (Atos 1.8). Jesus Cristo deixou bem claro qual deve ser o objetivo principal de sua Igreja: ser Testemunha Dele. Cada Cristão deve testemunhar de Cristo tanto em sua comunidade, como também, avançando até atingirmos os mais longínquos lugares da terra. Na visão do apóstolo Paulo, a vida de cada cristão é uma carta escrita, aberta, viva, e lida por todos os homens cf. II Co. 3.2. A nossa vida e as nossas atitudes devem refletir a imagem do Senhor Jesus cf. Cl. 1.5, e como dizem por ai: “Nós somos a Bíblia que o ímpio lê”. METODISMO HISTÓRICO Por entender esse Chamado Divino, de sermos Testemunhas do Senhor, a Igreja Metodista se fundamenta nos PRINCÍPIOS abaixo, e espera que seus membros sejam Testemunhas Fiéis de Jesus, preservem a tradição, e sejam: (Cânones 2012-2016; Cap. II COSTUMES, págs. 49 e 50). Que você entenda Chamado e viva por ele. - moderados nos divertimentos; - modestos no trajar; - abstêmios do álcool como bebida; - empenhados no combate aos vícios; - observadores do Dia do Senhor, especialmente dedicados ao culto público; - observadores dos preceitos da Igreja, participando dos ofícios divinos e da Ceia; - praticantes do jejum e da oração individual e em família; - honestos nos negócios; - fraternais nas relações de uns para com os outros; - tolerantes e respeitadores das ideias e opiniões alheias; - praticantes de boas obras; - benfeitores dos necessitados; - defensores dos oprimidos; promotores da educação religiosa; - e operosos na obra de evangelização. Douglas Marins CONSIDERAÇÕES FINAIS Creio que antes de falarmos aos ouvidos das pessoas devemos falar aos olhos. Nesse ponto devemos ser como o espelho – MUDO. O espelho que você tem em casa não conversa com você, ele não emite sons, não fala aos seus ouvidos, mas fala aos seus olhos. Da mesma forma, que a nossa vida, as nossas atitudes, a nossa conta nas redes sociais, preferências e escolhas, sejam o nosso mais belo sermão. Que Jesus te abençoe! Seu pastor e amigo, esse
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