deficiência de iodo - DAB

Transcrição

deficiência de iodo - DAB
Deficiência de Iodo
II Mostra de produção em Saúde da Família
01 a 03 de junho de 2004
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Deficiência de Iodo
• A deficiência de iodo é a causa mais comum e
prevenível do retardo mental e danos cerebrais no
mundo.
Crianças com deficiência de iodo podem crescer
apáticas, com retardo mental, incapazes de se
movimentar normalmente, podem desenvolver surdomudez e cretinismo; Redução de 10 a 15 pontos de QI
Grávidas pode causar nascimento de natimortos e
crianças com baixo peso.
Adultos - bócio
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Deficiência de Iodo
• O iodo é um mineral essencial para o crescimento e
desenvolvimento do corpo humano, sua principal
função no organismo é a síntese dos hormônios
tireoidianos.
• A tireóide é uma glândula em forma de borboleta
que fica localizada no pescoço.
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Deficiência de Iodo
• Grávidas -
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Deficiência de Iodo
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Deficiência de Iodo
• No mundo
• Dezenas de milhões de crianças são afetadas em
mais de 100 países.
• Iodação do sal exemplo clássico de fortificação
bem sucedida no mundo.
• ‚1.6 bilhões de pessoas estão em risco
• ƒDoenças por deficiência de iodo afetam 50
milhões de crianças
• „100 mil cretinos nascem todos os anos.
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Deficiência de Iodo
• O “Iceberg” dos distúrbios associados a
deficiência de iodo (adaptado de ICCIDD newsletter, 2001).
•
Figura 1 (cretinismo, algum grau de dano cerebral, perda de energia devido
ao hipotireoidismo)
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Deficiência de Iodo
• Impacto sócio-econômico
•
Além da elevação das despesas com o
atendimento de saúde das populações carentes, a
deficiência de iodo pode levar a altas taxas de
repetência e evasão escolar, baixa capacidade
produtiva no trabalho e produção animal reduzida
(baixa fertilidade das matrizes, engorda
insuficiente, baixa produção de ovos, leite e lã).
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Antes (1978)
Depois (1986)
80%
4,5%
11%
Nenhum novo caso
14a
3a
Taxa de reprovação
na escola
>50%
2%
Valor da produção
agrícola ($ Yuans)
19.000
180.000
Rendimento per
capita ($ Yuans)
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550
Incidência de Bócio
Prevalência de
cretinismo
Posição relativa da
escola (entre as 14
no distrito)
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Deficiência de Iodo
• Deficiência → Ingestão menor que a recomendação.
• Fenômeno natural que ocorre em muitas partes do
mundo → causas geográficas, inundações.
• Avanço e disponibilidade de técnicas de avaliação da
deficiência →Não determinismo das condições
geográficas.
• Onde a deficiência pode ocorrer:
- Onde a prevalência de bócio – palpação é normal
- Regiões costeiras
- Grandes cidades
- Países desenvolvidos
- Países onde a deficiência de iodo foi considerada
eliminada, e que dotaram programas profiláticos e
mudanças gerais na dieta.
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Estratégia brasileira para prevenir a
deficiência de iodo
• Usando sal iodado diariamente
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A Importância da Iodação do Sal para o
Controle do Bócio Endêmico no Brasil
Gestantes recomendação diária 200mcg
Alimento fonte
Quantidade em relação à
porção usual de uma
gestante padrão
Medida caseira
aproximada
Peixes de água doce De 2,4 a 4,8 mcg
1 pedaço médio (120g)
Camarão
1 porção (90 g)
De 21 a 37 mcg
Peixe de água
De 36 a 360 mcg
1 pedaço médio (120g)
salgada
Sal Iodado (40 a 100ppm) – Em uma alimentação normossódica
(6g/dia de sal). Conterá 200 a 500 mcg de iodo
Fonte: mahan & Escot-Stump, 1998; MS1999(26,44)
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A Importância da Iodação do Sal para o
Controle do Bócio Endêmico no Brasil
• O organismo necessita de uma colher de chá de
iodo durante toda a vida, porém como o iodo não
pode ser estocado pelo organismo, ele deve ser
ofertado em pequenas quantidades e de forma
continuada. Por isto o sal é indicado como efetivo
agente veiculador de iodo, primeiro por ser
consumido
continuamente
e
em
pequenas
quantidades, e depois o iodo pode ser introduzido
ao sal aplicando tecnologia simples.
• Qualquer relaxamento no consumo de iodo pode
acarretar o retorno das doenças causadas por sua
deficiência.
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.
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A Importância da Iodação do Sal para o
Controle do Bócio Endêmico no Brasil
• Se estes níveis não forem atingidos em uma dada
região, um amplo espectro de alterações funcionais
pode ocorrer. Apesar destas manifestações serem
evidentes em regiões de carência importante de
iodo, onde encontramos bócio e cretinismo como
manifestações extremas, a prevalência de
alterações mais sutis como baixo rendimento
escolar, aumento da mortalidade perinatal e
infantil e estagnação socioeconômica, tende a ser
sub-avaliada quando a deficiência é leve ou
moderada.
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A Importância da Iodação do Sal para o
Controle do Bócio Endêmico no Brasil
• Legislação
• Em 14 de agosto de 1953 foi promulgada a Lei no
1.944 que determinava obrigatória a iodação do sal
para consumo humano nas áreas de bócio endêmico.
• O Decreto no 39.814 de 17 de agosto de 1956
delimitava as áreas de bócio
endêmico,
determinava a abrangência da iodação em todo
território nacional e o Ministério da Saúde se
torna responsável pela importação do iodato.
• Parceria com o Setor Produtivo (assume a iodação)
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A Importância da Iodação do Sal para o Controle
do Bócio Endêmico no Brasil
• A Lei no 6.150 de 1974 revoga a lei 1.944 (1953),
determina a obrigatoriedade para a iodação de todo o
sal para consumo humano e animal produzido no país,
segundo a lei cada Kilograma de sal deveria conter de
10 a 30mg de iodo metalóide.
• Em março de 1999, através da Portaria No 218, o
Ministério da Saúde estabelece, que somente será
considerado próprio para consumo humano o sal que
contiver teor igual ou superior a 40 (quarenta)
miligramas até o limite de 100 (cem) miligramas de iodo,
por quilograma de produto.
• Em fevereiro de 2003 feita nova adequação
faixa de 20 a 60 ppm.
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A Importância da Iodação do Sal para o
Controle do Bócio Endêmico no Brasil
• Inquéritos Nacionais de Prevalência de Bócio no
Brasil
• è O limite aceito internacionalmente é de 5%.
Data
Prevalência
Idade
1955
20,7%
6 a 14 anos
1975
14,1%
6 a 14 anos
1995
1,3%
6 a 14 anos
2000
1,4%
6 a 14 anos
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A Importância da Iodação do Sal para o
Controle do Bócio Endêmico no Brasil
• SAL para gado
• Nos 641 domicílios visitados, encontrou-se 8% (51
amostras) do sal sem iodo.
• Destas amostras inadequadas, 51% delas foram
encontradas na zona rural e 98% é de uso exclusiva para
consumo animal (embalagem de 25kg).
• Na zona rural, o consumo de sal animal é de 70%, sendo
que 93% não tinha iodo nenhum.
• Na maioria dos casos de sal refinado com teor de iodo
igual a zero, o produto estava mal acondicionado.
• Tocantins – Consolidação dos dados Palmas 19% sal para
gado – no interior do Estado 40%
• Entorno rural do DF 19% sal para gado destes 100% 0
ppm
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Fortificação e legislação do sal para consumo humano
e a prevalência de bócio no Brasil – Uma experiência
bem sucedida.
Fortificação de sal com iodo – Estratégia de
sucesso
• Comissão Interinstitucional para Prevenção dos
Distúrbios por Deficiência de Iodo.
• Parceria: governo/ indústria
• Educação e Orientação nutricional
• Legislação – Iodação obrigatória
• Ação em revisão (adequação com a Norma Operacional)
Rotulagem do sal animal – Proibido consumo
por humanos.
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Fortificação e legislação do sal para consumo humano
e a prevalência de bócio no Brasil
- Parceria com Unicef (Vitamina A, ferro e
iodo) – álbum seriado para ACS, cartilha
para profissionais de grau superior e spots
de rádio para a população
• Programa Nacional de Inspeção Sanitária dos
Estabelecimentos
Beneficiadores
de
Sal
destinado ao Consumo Humano (2000).
• Projeto Nacional de Prevenção dos Distúrbios
Causados pela Deficiência de Micronutrientes
(Vitamia A, ferro e Iodo)
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A Importância da Iodação do Sal para o Controle
do Bócio Endêmico no Brasil
• Pontos importantes
• Consumo do sal para gado
na zona rural
• Armazenamento adequado:
– Rótulo – produto iodado
– Temperos prontos ou caseiros (umidade)
– Prazo de validade
– Armazenamento local fresco e seco
(umidade/ calor)
– Colher molhada, geladeira, potes abertos
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Ministério da Saúde
Secretaria de Atenção à Saúde
Departamento de Atenção Básica
Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição
Supervisora técnica
Maria de Fátima Carvalho
Coordenadora de Promoção da Alimentação
Saudável/micronutrientes
Anelise Rízzolo
Equipe de micronutrientes
Ana Maria Cavalcante
Gracy Heijblom
Juliana Amorim Ubarana
Patrícia Chaves Gentil
Tel (61) 448448-8040 Fax (61) 448448-8231
[email protected]
www.saude.gov.br/alimentacao
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