TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS

Transcrição

TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
TREINAMENTO
TÉCNICO EM
BATERIAS
AUTOMOTIVAS
PRÊMIOS E CERTIFICAÇÕES
RESPEITO AO
MEIO AMBIENTE
RESPEITO AO
MEIO AMBIENTE
QUALIDADE DE
MONTADORA
As baterias da Johnson Controls são aprovadas pelas mais importantes normas de qualidade,
brasileira, americana, japonesa e da união européia, e possui as certificações ISO 9001, ISO 14000
e a ISOTS 16949.
As premiações são inúmeras: Autodata 2007 - Melhores do Setor Automotivo, Mais Diesel 2007 Melhor em baterias pela Editora Novo Meio na categoria Frotista, Jornauto Mérito Reconhecido 2007
- Melhor fornecedor de baterias para transportes de cargas e passageiros pelo terceiro ano consecutivo,
AGCO 2007 - Excelência em Qualidade, Entrega e Gerenciamento de Custos, Qualitas Awards 2007
- Oferecido pelo Grupo Fiat na categoria Elétrico, Excelência e Performance de Qualidade da Toyota,
entre outros prêmios que fazem as baterias Johnson Controls as mais premiadas do Brasil.
Prêmio Autodata 2007
Melhores do setor
Automotivo.
Prêmio AGCO 2007
Excelência em Qualidade, Entrega
e Gerenciamento de Custo
Melhor Fornecedor
Fiat dos últimos 5 anos.
Prêmio Mais Diesel 2007
O melhor em baterias pela
Editora Novo Meio na
categoria Frotista.
Qualitas Awards 2007
Oferecido pelo Grupo Fiat
na categoria Elétrico.
Autop of Mind
Marca mais lembrada
pelo consumidor final
da revista Novo Meio.
MANUAL DE TREINAMENTO BÁSICO - JOHNSON CONTROLS
Jornauto Mérito Reconhecido 2007
Melhor fornecedor de baterias para
transportes de cargas e passageiros
pelo terceiro ano consecutivo.
Excelência e Performance
de Qualidade da Toyota.
Qualidade no fornecimento
da série da Volkswagen.
A EMPRESA
Johnson Controls - Divisão de Baterias
América do Sul
No Brasil
Unidade Sorocaba - SP
Área: 630.000 m²
Capacidade instalada:
8.000.000 baterias/ano
MAIOR FABRICANTE MUNDIAL
A Johnson Controls, líder mundial na produção de baterias, mantém no interior do Estado
de São Paulo, na cidade de Sorocaba, a sua planta onde produz baterias automotivas e para
motocicletas.
Com a inauguração da nova unidade para baterias de motocicleta, a Johnson Controls amplia
a sua capacidade de produção anual para 8 milhões de baterias, sendo 6 milhões de baterias
automotivas e 2 milhões para motocicletas, consolidando assim a sua liderança no mercado.
A nova fábrica, com 2800 m2 eleva a área construída da empresa para 37000m2, em um
terreno de 631 mil metros quadrados e onde trabalham mais de 1000 funcionários.
No Brasil, a Johnson Controls atende as principais montadoras do país: Fiat, GM, Volkswagen,
Peugeot, Citroen, Volvo, Scania, Toyota, CNH, entre outras, e exporta para países da América
do Sul, Caribe, México e EUA.
No mercado de reposição, a rede de distribuição está presente em todo o território nacional,
atendendo mais de 120 mil pontos de venda.
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
1
ÍNDICE
Introdução......................................................................................3
A Bateria e seus Componentes ........................................................4
Instalação da Bateria no Veículo ....................................................11
Armazenamento de Baterias..........................................................12
Normas de Segurança ..................................................................13
Política de Meio Ambiente .............................................................15
Política de Garantia ......................................................................16
Sobrecarga ..................................................................................19
Procedimento de Recarga ..............................................................21
Análise do Sistema Elétrico ............................................................27
Para mais informações,
ligue para:
Johnson Controls
Divisão de Baterias - América do Sul
Av. Independência, 2757
Bairro Éden - Sorocaba - SP
CEP 18087-101
2
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
INTRODUÇÃO
Este Manual tem por finalidade orientar sobre os
procedimentos corretos para a melhor aplicação,
estocagem e manutenção de baterias automotivas.
Além da descrição dos principais procedimentos de testes
em baterias e veículos, este manual também apresenta as
condições para atendimento à garantia.
Trata-se, portanto, de uma importante ferramenta de
trabalho que busca, através da informação, a melhoria
constante do profissional na comercialização das baterias
automotivas fabricadas pela Johnson Controls.
Bom treinamento!
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
3
A BATERIA E SEUS COMPONENTES
A bateria automotiva é um
acumulador elétrico que acumula
energia sob a forma química, e
posteriormente a converte em
energia elétrica. Para que esse
processo funcione com eficiência,
é muito importante conhecer a
qualidade dos seus componentes
e o seu processo de fabricação.
Estes fatores são determinantes
e diferenciam a qualidade entre
uma bateria e outra no mercado.
A fabricação das baterias da
Johnson Controls é altamente
automatizada, garantindo
a padronização dos seus
componentes, chegando ao
consumidor um produto com
padrões internacionais de
qualidade.
Função da Bateria no Veículo
• A principal função de uma bateria automotiva é fornecer energia
elétrica ao motor de partida e ao sistema de ignição do veículo.
• Alimentar todo o sistema elétrico do veículo quando o motor não
estiver em funcionamento.
• Auxiliar o alternador, na alimentação de todo o sistema elétrico do
veículo, por tempo determinado, se por algum motivo, o alternador
não conseguir fornecer a totalidade da corrente elétrica. Por
exemplo, em baixas rotações.
• Estabilizar a tensão do sistema elétrico como um todo.
4
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
INDICADOR
DE CARGA
PÓLO
NEGATIVO
PÓLO
POSITIVO
TAMPA
CONEXÃO
BLOCOS DE
PLACAS
ENVELOPE
SEPARADOR
ELETRÓLITO
PLACA
NEGATIVA
PLACA
POSITIVA
GRADE
CAIXA
(ácido sulfúrico)
SISTEMA DE
FIXAÇÃO
Caixa
A caixa de uma bateria é composta por vasos e tem função de
acomodar os blocos formados pelas placas. Normalmente uma
bateria automotiva é constituída por 6 vazos/elementos e cada um
apresenta 2,1 volts, que ligados em série totalizam 12,6 volts (no
caso da baterias totalmente carregadas).
A caixa das baterias da Johnson Controls é fabricada em
polipropileno injetado de alta resistência mecânica. Para garantir a
qualidade da caixa são realizados testes de alta tensão expondo a
caixa da bateria recém-fabricada, a uma tensão de 12mil volts.
Tampa
A tampa tem a função de manter os vasos selados, impedindo a
saída de eletrólito do interior da bateria para o ambiente externo ou
a entrada de substâncias estranhas.
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
5
As tampas podem ser ainda de dois tipos: convencionais ou seladas.
Tampas Convencionais
As tampas convencionais apresentam rolhas com orifício para saída
de gases gerados no interior da bateria e permitem acesso ao
eletrólito.
Tampas Seladas
Contêm câmara de condensação com saída de gases direcionada
através de respiros canalizados, rolhas estanques não removíveis,
pastilhas antichamas e indicador do estado de carga.
As baterias da Johnson Controls têm processo de selagem da tampa
com a caixa por meio de termofusão e passam por testes com ar
comprimido que garantem máxima selagem.
Pastilhas Antichamas
A pastilha antichamas permite a saída dos gases produzidos durante
o uso, protegendo-a contra a entrada de faíscas que causam danos
como a explosão.
As baterias da Johnson Controls contêm duas pastilhas antichamas,
garantindo maior segurança ao produto.
Indicador de Carga (Charge Eye)
O indicador de carga fica embutido na tampa e tem a função de
indicar o estado de carga em que a bateria se encontra.
Uma esfera que está dentro do indicador irá elevar-se de acordo
com a densidade do eletrólito, tornando visível no centro do indicador
um tom de cor, que poderá ser: verde, escuro ou claro, conforme o
estado de carga da bateria.
6
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
Bloco de Placas
O bloco de placas é formado pelo conjunto de placas positivas,
negativas e separadores que interligados por conexões fica
armazenado dentro dos vasos da bateria.
A composição de cada bloco produz 2,1volts em circuito aberto e
com plena carga, portanto, numa bateria de 6 vasos estes blocos
totalizam em média12,6 volts.
A formação dos blocos de placas das baterias da Johnson Controls
é totalmente automatizada, desde o envelopamento das placas,
agrupamento, até a solda das conexões.
A padronização deste processo rende melhor desempenho elétrico e
resistência mecânica ao produto.
Veja abaixo, separadamente, as características de cada componente
do bloco de placas.
Grade
As grades são feitas de liga de chumbo e possuem a função de
condução elétrica na bateria e suporte da massa ativa.
As grades das baterias da Johnson Controls são fabricadas com
liga de chumbo de alta pureza resultando numa grade mais
homogênea, diferencial que permite excelente condutividade elétrica
a uma bateria.
Na sua fabricação a grade recebe adição de cálcio e prata
em quantidades que realmente melhoram o rendimento elétrico,
a resistência às altas temperaturas do veículo e à corrosão,
promovendo menor taxa de auto-descarga e perda d´água
favorecendo a durabilidade do produto.
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
7
Massa Ativa
A massa é o material ativo responsável por armazenar a energia na
bateria. Quanto maior a quantidade de massa, maior a quantidade
de energia que a bateria pode armazenar. O material ativo da placa
positiva é o dióxido de chumbo (PbO2), e da placa negativa é o
chumbo puro esponjoso (Pb).
Placa
Chama-se placa o conjunto da grade mais a massa ativa.
As placas positivas e negativas têm composições diferentes e estão
intercaladas no bloco, separadas através de um material isolante
denominado “separador”.
A montagem das placas das baterias da Johnson Controls é realizada
por empaste automático trazendo inúmeros benefícios ao produto.
Devido a homogenidade da massa e a uniformidade da sua
disposição nas grades, o produto apresenta melhor regularidade no
desempenho elétrico e menor incidência de desagregação.
Separadores
Os separadores têm a função de isolar as placas positivas das
negativas, impedindo o curto-circuito através do contato entre elas.
As baterias da Johnson Controls utilizam separadores de polietileno
de alto desempenho, tipo envelope, que oferecem maior resistência
mecânica às vibrações, menor resistência elétrica e maior proteção
a ações químicas do ácido.
8
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
Conexões
As conexões são responsáveis por interligar as placas de mesma
polaridade dentro de um mesmo bloco e de interligar cada bloco
com seu subseqüente, em série, formando as baterias de 12 volts.
Pólos Terminais
Os pólos das baterias são responsáveis pela entrada e saída da
energia acumulada na bateria, através da carga e descarga. Os
pólos são de extrema importância, já que fazem o contato final
da bateria com o sistema elétrico do veículo.
O processo de fabricação das buchas dos pólos das baterias da
Johnson Controls resulta numa superfície mais lisa e homogênea,
com menos porosidade. Este processo impede a migração de ácido
sulfúrico para fora da bateria, evitando o azinhavre.
Eletrólito
O eletrólito é uma solução de ácido sulfúrico com densidade que
varia conforme a sua aplicação. A faixa de variação* da massa
específica (densidade) do eletrólito de baterias para aplicação em
clima tropical deve ser de 1.240 a 1.260 g/l e para aplicação em
clima frio deve ser de 1.270 a 1.290 g/l.
* Variação com temperatura de referência de 27°C em baterias completamente carregadas.
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
9
CCA ou Corrente de Partida a Frio
A principal função da bateria é fornecer energia ao motor de
arranque e conseqüentemente fazer o motor principal do veículo
funcionar. Em baixas temperaturas, o sistema elétrico como um todo
requer maior energia nas partidas, ou seja, uma grande descarga
em ampères. O número CCA de uma bateria é a capacidade que ela
tem de fornecer uma determinada corrente de partida ao veículo, a
uma determinada temperatura, obedecendo a uma tensão final em
condição normalizada.
As baterias da Johnson Controls têm o maior arranque a frio do
mercado. Toda a linha é projetada com tecnologia para ser aprovada
pelos mais rigorosos testes de CCA exigidos pelas principais
montadoras do mundo (Norma SAE* e ABNT).
* A norma SAE mede a descarga em ampères que uma bateria totalmente carregada manterá, durante
30 segundos a uma temperatura de –18°C sem que a tensão entre os pólos caia abaixo de 7,2 volts.
10
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
INSTALAÇÃO DA BATERIA NO VEÍCULO
• Instalar apenas baterias boas e plenamente carregadas (maior que
12,3 volts).
• Aplicar somente o tipo de bateria recomendado para o veículo.
• Ao instalar a bateria, conectar primeiro o terminal positivo e depois
o negativo.
• Verificar se há bom contato entre os terminais dos cabos e os pólos
da bateria (não colocar graxa ou outro produto diretamente nos
pólos da bateria).
• Verificar se os seguintes itens do sistema elétrico do veículo estão
em conformidade com as especificações: Motor de Partida,
Alternador, Regulador de Voltagem e Fuga de Corrente, conforme
procedimentos descritos neste manual.
Precauções
• Antes de retirar ou instalar a bateria no veículo, leia o Manual do
Proprietário referente a cuidados e procedimentos específicos para
cada aplicação.
• Ao retirar a bateria usada, desligue todas as cargas possíveis
(lanternas, motor, rádio, etc.). A seguir, desconecte primeiro o cabo
negativo e depois o positivo.
• Ao instalar a bateria nova, verifique se não foram deixados objetos
na bandeja do veículo, como porcas, parafusos, etc.
• Coloque a bateria nova na bandeja e fixe-a corretamente.
• Conecte primeiro o cabo positivo ao pólo positivo da bateria
e depois o terminal negativo ao pólo negativo, fixando-os
firmemente.
• Evite curto-circuito com ferramentas ou cabos entre o terminal
positivo da bateria e a lataria do veículo (terra).
Checagem do Sistema de Fixação da Bateria
A fixação deficiente prejudica a vida útil de uma bateria, pois as
vibrações impostas são maiores do que o normal. O atrito da
caixa da bateria com as superfícies de fixação provoca desgaste do
material, ocasionando quebras ou vazamentos e também danos às
placas no interior da bateria.
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
11
ARMAZENAMENTO DE BATERIAS
A bateria deve ser armazenada sobre estrados de madeira, para
evitar danos a sua caixa, na posição horizontal (nunca inclinada ou
deitada). Deve permanecer em lugar seco, sem incidência de raios
solares e temperatura entre 10°C e 35°C.
Para melhor conservação da bateria, siga o procedimento chamado
FIFO (First in First out), ou seja, a primeira bateria a entrar no estoque
deverá ser também a primeira a sair.
O empilhamento máximo permitido deve ser:
• Baterias leves (até 90 Ah) ............................................ 5 baterias
• Baterias pesadas (acima de 90 Ah) .............................. 3 baterias
Cuidados na Armazenagem de Baterias
Verifique as condições de carga periodicamente, medindo a tensão
das baterias em estoque, principalmente as de baixa rotatividade.
As baterias com tensão menor que 12,3 V para densidade de clima
tropical (1250 g/l) e 12,65 V para densidade de clima frio (1280 g/l)
devem ser recarregadas seguindo os procedimentos descritos neste
manual.
12
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
NORMAS DE SEGURANÇA
Para sua segurança, ao manusear a bateria, certifique-se dos
cuidados a serem tomados.
Descrição dos símbolos de advertência:
CORROSIVO: Ácido
Sulfúrico. Pode causar
cegueira e queimaduras
graves. Evite contato com
as roupas. Não virar.
Evite faíscas, chamas,
fumar próximo ou virar.
Pode causar explosão.
MANTENHA FORA
DO ALCANCE DAS
CRIANÇAS.
Leia as instruções no
Certificado de Garantia.
Preencha corretamente
todos os campos do
certificado de garantia.
CONTATO COM OS OLHOS
OU PELE: Lave imediatamente
em água corrente. Se ingerido,
beba muita água e procure
socorro médico urgente.
PROTEJA OS OLHOS:
Gases explosivos podem
causar cegueira ou ferimentos.
RECICLAGEM OBRIGATÓRIA.
Devolva esta bateria ao
revendedor no ato da troca.
ATENÇÃO! Ácido Sulfúrico
O ácido sulfúrico é um líquido corrosivo que pode causar
queimaduras ou irritações na pele e nos olhos, podendo também
danificar roupas.
Cuidados
• Sempre empilhe as baterias de forma correta para evitar quedas.
• Use óculos de segurança ao manusear baterias.
• Lave sempre as mãos após manusear baterias.
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
13
Ações de Emergência
• Em contato com a pele ou olhos, lave imediatamente a área
afetada com água corrente.
• Em caso de ingestão, beba grande quantidade de água ou leite.
Em seguida beba leite de magnésia ou ovos batidos.
• Para todos os casos, procure um médico imediatamente.
• Em caso de derramamento de eletrólito (ácido sulfúrico), isole a
área e neutralize com uma solução de bicarbonato de sódio 10%
(1 litro de água + 100g de bicarbonato).
Riscos de Curto-Circuito
Os terminais da bateria podem sofrer curto-circuito provocado por
faíscas de objetos de metal ou cabos conectores.
• Nunca coloque ferramentas sem isolação sobre a bateria.
• Na recarga, nunca conecte o pólo positivo ao pólo negativo de
uma mesma bateria ou de uma mesma série.
• Certifique-se de que o carregador esteja desligado para conectar
ou desconectar a bateria.
• Certifique-se de conectar o cabo positivo do carregador ao
pólo positivo da bateria, e o cabo negativo ao pólo negativo,
respectivamente.
Gases Explosivos
O gás (hidrogênio) liberado pela bateria quando está em recarga
é explosivo. Cigarros, chamas e faíscas próximas à bateria podem
causar explosão.
• Ao manusear a bateria, proteja os olhos e a face. Utilize óculos
de segurança.
• Sempre efetue recarga de baterias em local bem ventilado.
14
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
POLÍTICA DE MEIO AMBIENTE
DEVOLVA SUA BATERIA USADA
Pensando na preservação do meio ambiente e na qualidade de
vida, a Johnson Controls investe em equipamentos e filtros, para
garantir que seus produtos sejam produzidos sem agressão ao meio
ambiente, e atua junto à rede de distribuição e comercialização
de baterias para que seja garantido o cumprimento da lei do
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº 257 de 30
de Junho de 1999.
Obrigações referentes à disposição das baterias
esgotadas ou inservíveis.
Diante da legislação específica,
o fabricante passou a ser
obrigado a proceder a coleta
das baterias de chumbo-ácido
esgotadas ou inservíveis, com o
intuito de dar uma destinação
ambiental adequada a esses
produtos.
Constatado
o
esgotamento da bateria, o
usuário deverá entregá-la em
qualquer estabelecimento em
que o produto é comercializado
ou, então, à rede de
assistência técnica autorizada
pelo
fabricante,
sendo
todos obrigados a aceitá-la,
independentemente de terem
ou não comercializado a
bateria em questão.
Assim, perante a legislação
atual, os comerciantes são
obrigados a recolher as
baterias com capacidade
de consumo esgotadas ou
inservíveis, além de aceitar
o seu recebimento através
da entrega por seus próprios
clientes, pelos consumidores
finais ou quaisquer outros
terceiros, com o propósito
único de encaminhá-las ao
fabricante.
É dever de todos contribuir
para o atendimento da
legislação vigente.
A Johnson Controls incentiva a reciclagem, oferecendo ao
mercado uma bateria com mais de 90% dos seus componentes
reciclados.
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
15
POLÍTICA DE GARANTIA
A política de garantia da Johnson Controls tem como objetivo definir
critérios justos e adequados para o atendimento das garantias dos
produtos comercializados através da nossa rede de distribuidores,
revendedores e montadoras.
Prazo de Garantia
Prazo e condições de garantia estão descritos no Certificado de
Garantia que acompanha o produto.
Forma de Garantia
Em caso de troca no período de garantia, a segunda bateria
complementará o prazo de garantia da primeira, por um período
nunca inferior a 90 dias.
No prazo de garantia serão gratuitas tanto as reposições quanto a
instalação da bateria, desde que sejam atendidas todas as normas
de garantia.
Normas de Garantia
• Para o mercado de reposição é indispensável a apresentação
do Certificado de Garantia da Bateria preenchido corretamente
e sem rasuras, para que o cliente tenha direito à garantia
contratual.
• Qualquer reclamação sobre garantia da bateria somente será
considerada mediante a apresentação deste Certificado, cuja
numeração deve coincidir com o código gravado na tampa da
bateria.
• Para montadoras, é indispensável a apresentação do Manual de
Garantia do Proprietário e/ou nota fiscal de compra do veículo.
A garantia é válida somente quando aplicada em veículos
automotores, conforme especificação do fabricante.
16
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
Garantia Improcedente
A substituição de baterias em garantia “NÃO” será autorizada
diante das seguintes condições:
• Pólo com sinais de batidas, curto-circuito ou derretido por mau
contato.
• Bateria simplesmente descarregada.
• Caixa ou tampa com sinais de maus tratos (batida, furo, queda),
ou se o número gravado na tampa da bateria não coincidir com o
número do Certificado de Garantia.
• Número do Certificado de Garantia rasurado ou modificado.
• Certificado não preenchido, incorreto ou incompleto.
• Data da venda/substituição rasurada ou modificada.
• Bateria danificada por uso incorreto (solta no suporte, aplicação
incorreta, etc).
• Bateria com sobrecarga (nível baixo de eletrólito ou charge-eye na
cor clara).
Baterias convencionais (com acesso ao eletrólito):
• Bateria com eletrólito contaminado.
• Se a bateria apresentar, após a recarga, eletrólito com alta
densidade devido à adição de ácido ou com baixa densidade
devido à substituição do eletrólito por água.
• Bateria com placas sulfatadas em um ou mais elementos.
• Bateria sem eletrólito ou quando o nível estiver abaixo das placas.
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
17
Importante
1. Para proceder o atendimento de garantia, a bateria com problema
deverá ser testada de acordo com procedimento de análise da
bateria, seguindo os fluxogramas anexos no final desta apostila.
2. Em caso de danos provocados durante o transporte, o ônus será
de total responsabilidade da transportadora. Portanto, confira
a mercadoria no ato do recebimento e informe possíveis danos
imediatamente.
3. Na hora da venda, confira se a numeração do certificado
corresponde ao gravado na bateria.
4. Oriente os clientes sobre a importância de manter o Certificado de
Garantia junto aos demais documentos do veículo, para evitar o
extravio e conseqüente perda da garantia contratual.
5. Recomende ao seu cliente que faça revisões periódicas do sistema
elétrico do veículo.
18
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
SOBRECARGA
A sobrecarga é um efeito que ocorre quando se tem uma corrente
alta passando por um longo período de tempo pela bateria, seja
este período contínuo ou com interrupções.
As reações químicas têm uma velocidade. Ao aumentar a
corrente de carga em uma bateria, aumenta-se a velocidade das
reações químicas em função do aumento da temperatura. A um
determinado ponto, a energia excedente é transformada em calor.
As baterias automotivas apresentam uma alta resistência térmica,
porém, o calor gerado nas placas durante o processo de recarga
tem uma certa dificuldade em se dissipar, provocando o aumento
da temperatura interna da bateria.
A temperatura elevada leva à queima dos elementos químicos que
constituem a massa ativa (elementos que fazem parte da reação de
carga e descarga).
A elevação da temperatura, além de provocar um ataque
químico às grades, levando-as a corrosão, também as solicita
mecanicamente, ou seja, as entorta, provocando ainda a queima
dos separadores resultando na destruição da bateria.
A sobrecarga é causada por vários motivos. Um deles é o mau
funcionamento do regulador de tensão do veículo. O regulador
deve executar o gerenciamento da tensão (voltagem) que é enviada
pelo alternador para a bateria e o sistema elétrico do veículo.
A bateria tem, por sua vez, a função de armazenar a carga para
posterior consumo.
Em geral, a tensão admissível deve encontrar-se entre 13,5 V e
14,5 V. Toda vez que o limite de 14,5 V é ultrapassado tem-se o
início de um superaquecimento na bateria originando uma possível
sobrecarga.
Esta tensão varia conforme a temperatura no compartimento do
motor, como descrito a seguir.
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
19
O regulador de tensão também executa outra importante ação:
toda vez que a temperatura no compartimento do motor aumentar,
o regulador de tensão deve realizar a compensação térmica
desse aumento da temperatura, diminuindo a tensão de carga e
conseqüentemente a corrente que está sendo enviada à bateria,
evitando que a temperatura máxima admissível seja ultrapassada
(50°C).
A utilização por longos períodos de tempo de componentes
elétrico/eletrônicos do veículo com o motor desligado também pode
provocar uma sobrecarga, uma vez que a bateria profundamente
descarregada passa a receber carga em alta corrente, até o limite
do alternador.
A repetição constante desta prática leva a bateria a uma condição de
sobrecarga, a qual denominamos: sobrecarga provocada por mau
uso.
As características mais freqüentes de uma bateria que sofreu
sobrecarga são:
•
•
•
•
•
•
•
•
bateria com caixa estufada;
rótulos queimados;
consumo elevado de água;
pigmentação marrom escuro nas rolhas e/ou eletrólito;
derramamento de eletrólito pelos respiros da bateria;
indicador de estado de carga na cor amarela ou em tom claro;
placas tortas e/ou trincadas;
encolhimento ou queima dos separadores.
As baterias da Johnson Controls são fabricadas com tecnologia JCI
de liga cálcio-prata que oferece melhor desempenho elétrico
e resistência à sobrecarga.
Devido a causa da sobrecarga estar associada a uma situação
externa (sistema elétrico defeituoso ou uso indevido) não é
considerado um defeito de fabricação e, portanto, não é coberto
pela garantia.
20
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
PROCEDIMENTO DE RECARGA
Análise Prévia das Baterias
• Analise visualmente as baterias, para detectar se existem danos
nas caixas, tampas ou pólos.
• Baterias danificadas deverão ser separadas e não incluídas
no processo de recarga.
Preparo do Circuito de Carga
• Posicione as baterias com um espaçamento mínimo
de 20 mm entre as mesmas.
• Coloque no mesmo circuito somente baterias de mesma
capacidade e no mesmo estado de carga (Isso evitará que as
baterias pouco descarregadas sofram sobrecarga, quando ligadas
no mesmo circuito de uma bateria que necessite de maior tempo
de recarga).
• A capacidade de uma bateria é um número expresso em Ah
(ampère hora) e está impresso na etiqueta da caixa da bateria.
Pode-se também obter esta característica no catálogo de
aplicação.
As baterias podem ser ligadas:
Em série
(figura somente como ilustração)
Ou seja, o pólo positivo de uma bateria deve estar ligado ao pólo
negativo da bateria vizinha, ficando sempre aberto o pólo positivo da
primeira e o pólo negativo da última bateria.
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
21
Em paralelo
(figura somente como ilustração)
Todos os pólos positivos devem estar interligados entre si, formando
um circuito e todos os pólos negativos também interligados entre si
formando outro circuito.
Todas as baterias para recarga deverão ter a sua densidade e/ou
tensão em abertas checadas, de modo que seja possível classificar
as baterias em grupos (estado de carga), para que estas sejam
colocadas em um mesmo circuito no processo de recarga.
Atenção
• Nunca conecte o pólo positivo ao pólo negativo de uma mesma
bateria ou da mesma série, pois ocasionará curto-circuito.
• Verificar se as conexões (cachimbos) estão com bom contato,
aplicando uma pequena torção nos mesmos, pressionando-os
contra o pólo.
Acompanhamento de Carga
Durante o processo de recarga, deverão ser acompanhadas:
• densidade (quando aplicada);
• temperatura do eletrólito quando possível;
• corrente / tensão;
• tempo de recarga.
22
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
Baterias Não Seladas
Os tempos de recarga variam de acordo com o estado de carga das
baterias. O estado de carga pode ser avaliado através da densidade
ou da tensão.
No caso de medir o estado de carga via tensão, é necessário retirar
a tensão de excitação da bateria através de um dos métodos a
seguir: aguardar aproximadamente 60 minutos com a bateria sem
ser carregada ou dar uma descarga de 200 A por 15 segundos na
bateria.
Após um destes procedimentos, ler a tensão em vazio da bateria.
As tensões de referência do estado de carga das baterias e tempos
correspondentes necessários para recarga serão descritos a seguir.
A temperatura das baterias durante o processo de recarga deverá
ser mantida no máximo até 50°C. Sempre que a temperatura exceder
50°C, desligue o carregador, voltando a ligá-lo quando todas as
baterias do circuito atingirem valor inferior a 45°C.
Carga com Tensão Constante
Neste método de carga, a corrente imposta à bateria deve ser
limitada a 25 A e a tensão a 16 V. Neste tipo de carga com tensão
constante, conforme a bateria vai carregando, a corrente irá
diminuindo.
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
23
O tempo de recarga varia de acordo com o estado de carga da
bateria, conforme tabela abaixo:
Tensão da bateria em vazio (Volts)
Tempo de recarga (Horas)
12,00 a 12,20
4,5
11,80 a 11,99
7,0
11,50 a 11,79
9,0
11,00 a 11,49
11,0
baterias profundamente descarregadas
15,0
A temperatura da bateria não deverá ultrapassar 50º C durante o
processo de recarga.
Carga com Tensão Constante
Corrente
Tensão
28,00
16,0
24,00
15,0
16,00
13,0
12,00
Corrente (A)
Tensão (V)
20,00
14,0
12,0
8,00
11,0
10,0
00:00
4,00
0,00
05:00
10:00
Tempo (h)
15:00
20:00
Carga com Corrente Constante
A bateria deve ser recarregada com uma corrente equivalente a 10%
do valor da capacidade nominal da bateria.
Exemplo:
Bateria de 45 Ah
Corrente de Recarga: 45 x 0,1 = 4,5 A
(10% da capacidade nominal da bateria)
O tempo de recarga varia entre 6 e 15 horas, dependendo do estado
de carga da bateria. Bateria levemente descarregada necessita de
menor tempo de recarga, enquanto que uma bateria profundamente
descarregada necessita de um tempo maior.
24
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
A tabela a seguir contém o tempo necessário de recarga,
com corrente constante de 10% da capacidade nominal:
Tensão da bateria em vazio (Volts)
Tempo de recarga (Horas)
12,00 a 12,20
6 a 12
11,80 a 11,99
10 a 16
11,50 a 11,79
16 a 20
11,00 a 11,49
20 a 24
baterias profundamente descarregadas
24 a 30
A temperatura da bateria não deverá ultrapassar 50º C durante
o processo de recarga.
Nota
• Colocar sempre a quantidade de carga necessária para a bateria.
Tempos prolongados de carga, principalmente com corrente
constante, podem levar a bateria a um estado de sobrecarga,
ocasionando perda de água, desnecessária no processo.
• Evitar cargas rápidas sem controle de temperatura, corrente ou
tensão e tempo.
Normalmente, não é recomendada carga rápida para baterias
chumbo-ácido, devendo ser utilizada somente em situações de
emergência. Neste caso, recomendamos a recarga com corrente
constante de 30% da capacidade nominal, limitando a tensão ao
máximo de 16 Volts e a temperatura do ácido a 50°C. O tempo de
recarga deve ser:
Tensão da bateria em vazio (Volts)
Densidade (g/cm³)
Tempo de recarga (Horas)
11,80 a 12,20
1,130 a 1,200
1,5
11,00 a 11,79
1,000 a 1,120
2,0
V < 11,00
< = 1,000
3,0
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
25
Baterias com Indicador de Carga
• Nunca recarregue baterias com indicador de carga incolor. Isso
pode causar explosão.
VERDE
PRETO
INCOLOR
Estado de
carga
Acima de 65%
Abaixo de 65%
Nível baixo de
eletrólito
Ação
Bateria em
condições de
teste.
Verificar a
carga da
bateria antes
do teste. Se
necessário,
carregar. A
cor escura
não significa
que a bateria
apresenta
defeito.
Bateria sem
condição de
uso. Verifique o
sistema elétrico
do veículo.
INDICADOR
DE CARGA
26
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
ANÁLISE DO SISTEMA ELÉTRICO
Motor de Partida
O motor de partida é normalmente o
responsável pelo maior consumo de
energia no veículo. Ele determina algumas
características elétricas importantes da
bateria. Em outras palavras, a bateria de
cada veículo é dimensionada eletricamente
tendo como principal referência o motor de
partida.
Teste do Motor de Partida
Instale o equipamento de análise do sistema elétrico no veículo,
conforme indicado na figura abaixo. Zere o amperímetro do
equipamento de teste. Em seguida dê a partida no veículo e meça a
corrente de partida.
Caso esteja fora de especificação, procure por buchas ou rolamentos
gastos, mau contato na fiação ou na malha de terra e se as
escovas não estão desgastadas. Verifique também se a potência é a
especificada para o veículo. Caso observe algum destes problemas,
corrija-o e continue o teste.
F
G
E
_
+
D
Alicate
Amperímetro
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
27
Alternador
O alternador é o equipamento que transforma a
energia cinética em energia elétrica, através do
movimento de rotação do seu eixo. Esta energia
é utilizada para suprir a necessidade dos
equipamentos elétricos do veículo e recarregar a
bateria.
Teste do Alternador
Ainda com o equipamento de análise do sistema elétrico instalado,
(conforme indicado na figura abaixo), eleve a rotação do motor para
uma rotação média (3.000 rpm aproximadamente). Compare a
corrente medida com o especificado na carcaça do alternador, cujo
valor medido não poderá ser inferior a 90% da corrente gravada no
alternador.
I (A)
GRÁFICO ALTERNADOR
70
60
50
40
30
20
10
0
0
200
400
600
800
1000 1200 1400 1600 1800 2000 2200
RPM do MOTOR
28
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
Se o valor estiver fora desta faixa, verifique:
• se a correia que liga o motor ao gerador não está frouxa;
• se as escovas não estão gastas;
• se os rolamentos ou buchas não estão gastos;
• se os diodos de retificação e de excitação estão em bom estado;
• se não existe(m) mau(s) contato(s) entre os cabos e o gerador;
• se não existe(m) mau(s) contato(s) entre a bateria e os cabos.
Regulador de Tensão
Com o motor ligado, aguarde até que a corrente esteja abaixo de
5A. Leia então a tensão indicada no aparelho de teste. Esta tensão,
deve estar entre 13,5 V e 14,5 V. Se o valor obtido no aparelho de
teste estiver fora desta faixa, o regulador deve ser trocado.
F
G
E
_
+
D
Alicate
Amperímetro
Nunca troque uma bateria com o veículo em funcionamento, pois
ao retirar a bateria do veículo, o alternador poderá enviar uma
carga de 180 V à ponte retificadora, podendo queimar os diodos de
retificação.
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
29
Equilíbrio Elétrico
Excesso de acessórios elétricos instalados no veículo prejudica o
seu equilíbrio elétrico, descarregando a bateria sem dar chance ao
alternador de repor sua carga.
Teste do Equilíbrio Elétrico do Veículo
Ligue o equipamento de teste nos pólos da bateria. Coloque o alicate
amperímetro “abraçando” todos os cabos elétricos que saem do pólo
positivo. Observe a polaridade do alicate amperímetro.
IMPORTANTE: O lado positivo do alicate deve sempre ficar ao lado
do pólo positivo da bateria e o lado negativo do alicate ao lado do
pólo negativo da bateria, e nunca ao contrário. Se não for possível
“abraçar” todos os cabos que saem do pólo positivo, conecte o
alicate amperímetro ao cabo que está preso ao pólo negativo da
bateria, conforme figura abaixo.
Amperímetro
(+)
A
(-)
Motor de
Partida
P
G
Alternador
Consumidores Elétricos:
• Faróis
• Injeção Eletrônica
• Alarme
• Som
• Máquina de acionar vidros
etc
Deixe o motor em marcha lenta. Ligue todos os equipamentos
elétricos, menos o limpador de pára-brisas, o pisca-pisca e o piscaalerta. Observe o amperímetro do equipamento de análise do
sistema elétrico. Nestas condições a corrente deverá ser 0 (zero)
ou (+) positiva.
30
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
Caso a leitura seja negativa, significa que o alternador não está
conseguindo suprir os equipamentos nesta condição. Isto pode
ocorrer porque o motor está com a marcha lenta muito baixa,
ou pelo excesso de acessórios elétricos. Regule a marcha lenta do
motor segundo as especificações do veículo. Caso o problema
não desapareça, retire o excesso de equipamentos.
Fuga de Corrente ou Stand-by
No veículo, mesmo quando desligado, existem alguns equipamentos
que permanecem em constante funcionamento. É o caso de
alarmes, memórias de rádio e injeção eletrônica ou da ignição,
computador de bordo, etc. Isto provoca o consumo de energia da
bateria. O consumo pode ainda ser provocado por uma falha na
parte elétrica do veículo, como a luz do porta-luvas ou porta-malas
acesa por problemas no interruptor. Este consumo em excesso, pode
descarregar a bateria em pouco tempo. Para evitar descargas na
bateria, verifique a fuga de corrente.
Consumo máximo por equipamento:
Computador de Bordo
05 mA
Alarme
10 mA
Central de Levanta Vidros
05 mA
Central de Ignição
05 mA
Central de Injeção
05 mA
Relógio Digital
03 mA
Rádio com Sistema e Código
03 mA
Relógio Analógico
07 mA
A fuga de corrente máxima para veículos leves são:
até 20 mA para baterias até 45 Ah
até 40 mA para baterias entre de 50 Ah à 70 Ah
até 70 mA para baterias entre de 75 Ah à 90 Ah
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS
31
A fuga de corrente máxima para caminhões e ônibus é de
aproximadamente 280 mA em função dos equipamentos instalados:
Consumo máximo por equipamento:
Tacógrafo
100 mA
Rastreador via Satélite
120 mA
Anjo da Guarda
40 mA
Catraca Eletrônica
20 mA
Até 280 mA para baterias entre 100 Ah à 200 Ah.
Para medir a fuga de corrente:
• Ligue o amperímetro entre o pólo negativo e o cabo de terra do
veículo, com todos os consumidores elétricos desligados.
• Nunca meça fuga de corrente utilizando uma lâmpada ligada em
série no circuito.
Esperamos que você tenha tido um excelente curso.
Continue atualizando seus conhecimentos com a
Johnson Controls e se tiver dúvidas, entre em contato
com nosso SAC pelo 0800-161644 ou encaminhe
para o email [email protected].
32
TREINAMENTO TÉCNICO EM BATERIAS AUTOMOTIVAS

Documentos relacionados