Substâncias que destroem a camada de ozono

Transcrição

Substâncias que destroem a camada de ozono
MINISTÉRIO PARA A COORDENAÇÃO DA ACÇÃO AMBIENTAL
DIRECÇÃO NACIONAL DE AVALIAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
UNIDADE NACIONAL DE OZONO
MANUAL SOBRE AS SUBSTÂNCIAS
QUÍMICAS E A CAMADA DE OZONO
O buraco de ozono
Maputo, Maio 2008
Índice
Nº
Conteúdo
Abreviaturas
Introdução
Como está formada a atmosfera?
As principais camadas da atmosfera
O que é Ozono?
Como se forma o ozono?
O que é a camada de ozono?
Qual é a dimensão da camada de ozono?
A distribuição da camada de ozono na atmosfera.
Onde é usado o ozono?
Quais são as substâncias que destroem o ozono (SDO)?
A atmosfera como filtro da radiação solar.
O que é o buraco de ozono?
Qual é a origem dos raios ultravioletas?
Como são classificados os raios ultravioletas (UV)?
A radiação infravermelha.
Como são absorvidos os raios ultravioletas na atmosfera?
As regiões do globo mais afectadas pelos Raios Ultravioletas
O que é o buraco de ozono?
Quais são os efeitos resultantes da destruição da camada de ozono?
Papel dos CFCs no aquecimento global.
Existe uma relação entre a temperatura e a destruição da cama de ozono?
Existe uma relação entre as substâncias destruidoras de ozono (SDO) e as
mudanças climáticas?
Efeito estufa
Os gases com efeito de estufa (GEE)
Gases com efeito de estufa e o Protocolo de Quioto.
Alterações climáticas.
Consequências das alterações climáticas.
Tecnologia limpa
O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
História sobre substâncias destruidoras da camada de ozono (SDO).
Os fluidos de refrigeração
A indústria química e os CFCs.
Objectivos da Convenção de Viena.
Objectivos do Protocolo de Montreal.
Critérios para adoptar as emendas.
As emendas ao Protocolo de Montreal.
Obrigações para os países subscritores do Protocolo de Montreal
Sistema de controlo das substâncias destruidoras de ozono (SDO) em
Moçambique, Iniciou a 8 de Dezembro de 1993 com a ratificação da Convenção e
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Protocolo de Montreal.
Autoridade compete para implementação do Convenção e o Protocolo de Montreal
Quadro legal da implementação dos Acordos.
Organização interna.
Obrigações da Unidade Nacional de Ozono.
Mecanismos de implementação.
Sectores de utilização de cada grupo de substâncias .
Principio de funcionamento nos aparelhos de refrigeração e climatização
Sectores com alternativas já disponíveis aos Clorofluorcarbonetos (CFCs)
Quais são as medidas tomadas a nível mundial para evitar a degradação do
ozono?
Agentes poluidores
Recursos naturais
Como é que o ambiente afecta a Pobreza?.................................................................
Recursos naturais.........................................................................................................
Água e saneamento básico..........................................................................................
Crescimento populacional
A política de reciclagem e reutilização dos materiais
Formação de radicais livres na atmosfera.
Dissociação e ionização de partículas.
Formação de iões na atmosfera.
Energia de primeira ionização.
O que acontece com o nosso corpo após a exposição ao sol?
Tipos de pele Humana quanto a sensibilidade ao UV-B.
Índice Ultravioleta.
Penetração dos raios na pele.
Como diferenciar o câncro de pele?
O que é a pinta ou sinal?
Qual é o número normal de pintas nos adultos?
Quando é que devemos nos preocupar com pintas?
O que é Melanoma?
Porque reconhecer precocemente o câncro de pele?
Como é feita a remoção das pintas?
O que se pode fazer para evitar que as pintas virem Câncro de pele.
Sensibilidade à luz ultravioleta e tipos de pele
Patologias associadas ao sol
Prevenção contra os danos provocados pela radiação UV
Medidas preventivas
A importância do tomate os brócolos
Outras medidas preventivas
A cadeia alimentar
Transferência de tecnologia para a camada de ozono.
História sobre o ozono.
Ecossistema
Questionário para os oficiais das alfândegas.
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Questionário de segurança para oficias das alfândegas.
Função dos Oficias das alfândegas no cumprimento do Decreto 24/2008
Regulamento Sobre a Gestão das Substâncias que Destroem a Camada de Ozono
(SDO).
Avaliação do conhecimento
Fotografias sobre os danos causados pelos raios Ultravioletas (UV-B)
Lista das substâncias que destroem a camada de ozono.
Lista das substâncias alternativas.
Tabela sobre o consumo dos CFCs 1994-2007.
Tabela sobre o consumo de Brometo de metíl 1994-2007.
Fotografias dos recipientes dos refrigerantes.
Mapa sobre países que tem fronteira com a República de Moçambique.
Calendários para o banimento das substâncias que destroem a camada de ozono.
Efeitos das substâncias que destroem a camada de ozono.
Tempo de vida e potencial de destruição de ozono.
Lista dos países subscritores da Convenção de Viena e Protocolo de Montreal.
Bibliografia.
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Abreviaturas
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CFCs...........
CTC.............
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COP.............
DNAIA..........
GWP............
HCFCs.........
Halon...........
HFC.............
HC...............
HBFC...........
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HPMP.........
ISO..............
MB...............
MCF.............
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MICOA.........
MOP............
MF...............
MP...............
ODP.............
SDO.............
RMP.............
TPMP...........
UNEP...........
UNDP..........
UNO.............
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UNIDO.........
WB...............
WMO...........
WCO............
WTO............
Clorofluorcarbonetos.
Tetracloreto de carbono.
Conferência das Partes (países subscritores da convenção e
Protocolo de Montreal).
Direcção Nacional de Avaliação do Impacto Ambiental.
Potencial de Aquecimento Global.
Hidroclorofluorcarbonetos.
Halogenados.
Hidrofluorcarbonetos.
Hidrocarbonetos.
HidroBromofluorcarbonetos.
Plano de Gestão para a Eliminação Final dos
Hidroclorofluorcarbonetos.
Organização de Padrões Internacionais.
Brometo de metíl.
Clorofórmio de metíl.
Ministério para Coordenação da Acção Ambiental em
Moçambique.
Reunião das Partes do Protocolo de Montreal.
Fundo Multilateral.
Protocolo de Montreal.
Potencial de destruição de ozono.
Substâncias que destroem a camada de ozono.
Plano de Gestão para eliminação de Refrigerantes (CFCs).
Plano de Gestão das SDO e Eliminação Final dos (CFCs)
Programa das Nações Unidas para o Meio o Ambiente.
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
Unidade Nacional de Ozono.
Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento
Industrial.
Banco Mundial.
Organização Mundial de Meteorologia.
Organização Mundial das Alfândegas.
Organização Mundial do Comércio.
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Introdução
No século XX em particular na década de setenta os cientistas Mário Molina e F
Roaland, descobriram que os Clorofluorcarbonetos (CFCs), destruíam as
moléculas de ozono estratosférico e de lá para cá vários outros cientistas de
todos continentes foram constatando que algumas substâncias químicas
constituíam um perigo para as moléculas de ozono, ao exemplo dos
Clorofluorcarbonetos (CFCs); Brometo de metíl (CH3Br), Halogenados,
Tetracloreto de carbono (CCL4), os óxidos de nitrogénio entre outros.
É sabido que a maioria destas substâncias não só destroem a camada de
ozono, mas também fazem parte dos gases com efeito de estufa, causadores
das mudanças climáticas que assolam o planeta, devastando vidas e colheitas
em vários pontos do mundo e Moçambique é um dos países que tem sofrido
estes fenómenos naturais.
As insistentes informações sobre a destruição da camada de ozono que protege
a biosfera contra os raios ultravioletas, o processo de acidificação da atmosfera,
devido à queima desenfreada de combustíveis fósseis e a destruição de
florestas tropicais, são alguns dos principais problemas que demonstram a
universalidade das questões que envolvem a preservação do equilíbrio
ecológico.
Em todos anos torna-se cada vez mais claro que os recursos naturais estão
sendo dizimados em nome do desenvolvimento. Desta acção traz como
consequências as alterações na atmosfera, no solo, na água em suma
concorrem para as alterações no ecossistema.
É momento de reconhecer que a velocidade da transformação é tal que supera a
capacidade científica e institucional, para minimizar ou inverter o sentido das
suas causas e efeitos provocando os problemas ambientais a considerar;
•
•
•
•
A destruição da camada de ozono da estratosfera;
O aquecimento global da atmosfera;
A crescente contaminação da água, dos solos pelos derrames e
descargas de resíduos industriais e agrícolas;
A destruição da cobertura florestal e a extinção de espécies.
Hoje é possível afirmar que a camada de ozono tem um papel importantíssimo
para a existência de vida na Terra, sendo a sua destruição o maior problema
ambiental desde o século passado. Ainda que a reacção a este problema
comece a produzir resultados positivos, só dentro de 1 ou 2 séculos se poderá
atingir uma recuperação completa.
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São diversas as substâncias químicas que reagem com o ozono, destruindo-o. A
lista negra dos produtos danosos inclui óxidos nítricos e nitrosos expelidos pelos
escapes dos veículos e o Dióxido e monóxidos de carbono libertos pela
combustão do carvão e do petróleo. Mas em termos de efeitos destrutivos sobre
a camada de ozono, nada se compara ao grupo de gases designados por
Clorofluorcarbonetos, os conhecidos CFCs.
Todas as pesquisas confirmaram (desde 1974) que os denominados
Clorofluorcarbonetos (CFCs), são os grandes responsáveis pela destruição da
camada de ozono.
Em 1985, realizou-se a "Convenção de Viena" para a protecção da camada de
ozono. Foi assinada por 28 países, e continha promessas de cooperação em
pesquisa, bem como, a partilha de informação sobre produção e emissões dos
CFCs.
Deste modo, Moçambique através da Assembleia da República ratificou e
assinou a Convenção de Viena para protecção de ozono, o Protocolo de
Montreal para controlo da produção, importação e comercio das substâncias que
destroem a camada de ozono, na qual resultou a Resolução 8/93 do Boletim da
República nº 49 I Série e, no ano 2008, o Conselho de Ministro aprovou o
Decreto 24/2008, o Regulamento sobre a gestão das substâncias que destroem
a camada de ozono.
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PERGUNTAS
E
RESPOSTAS
Como é que a atmosfera está constituída?
A atmosfera, camada que protege a terra do excesso de radiações ultravioletas
e permite a existência de vida, é uma mistura gasosa de Nitrogénio, Oxigénio,
Hidrogénio, Dióxido de carbono, vapor de água, e de outros elementos
compostos e partículas de pó. Aquecida pelo sol e pela energia radiante da
Terra, a atmosfera circula em torno do planeta e modifica as diferenças térmicas.
No que se refere à água, 97% desta substância encontra-se nos oceanos, 2%
está em forma de gelo e o restante 1% representa a água doce dos rios, lagos,
águas subterrâneas, humidade atmosférica e do solo.
O solo é a cobertura fina da matéria que sustenta a vida terrestre. É produto do
clima, da rocha-mãe (do lodo arrastado pelas geleiras e das rochas
sedimentares), e da vegetação. De todos eles dependem os organismos vivos,
incluindo o homem.
As plantas se servem da água, do dióxido de carbono e da luz solar para
converter matérias primas em carbonatos, através da fotossíntese; a vida
animal, por seu lado, depende das plantas numa sequência de vínculos
interconectados conhecida como cadeia trófica.
O Evangelista Torriceli, no século XVII, que foi o primeiro a comparar a
atmosfera com os oceanos. Quando descobriu que a pressão atmosférica, é
resultado do peso da camada de ar que recobre o planeta, Torricelli visualizou
que na superfície do planeta, estamos perante um fundo de um oceano de ar
exactamente como um peixe em grandes profundezas que está no fundo de um
oceano de água.
No entanto, quando passamos a estudar a camada de ar que recobre o planeta
observa-se que em cada faixa de altitude a atmosfera tem um comportamento
físico diferente, especialmente no tocante à temperatura. Assim, dizemos que a
atmosfera tem cinco camadas, que são consideradas como as principais.
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Quais são as principais camadas existentes na atmosfera?
A atmosfera é constituída por cinco camadas principais nomeadamente a
Troposfera, Estratosfera, Camada de ozono, Ionosfera e Exosfera.
Troposfera
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•
É a camada da atmosfera que está em contacto com a superfície terrestre
e que contem o ar que respiramos;
Tem uma altitude de 0 a 10 km;
É a camada menos espessa mas é a mais densa;
O ar junto ao solo é mais quente, diminuindo de temperatura com a
altitude até atingir 20 0C a -60 0C;
A zona limite chama-se tropopausa. Aqui a temperatura é constante;
É nesta sub-camada onde se concentram os poluentes e ocorrem os
fenómenos de precipitação - como chuva, neve, ventos, calor. É
igualmente onde circulam os balões tripulados e aviões a jacto.
Estratosfera
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Situa-se entre 10 a 50 km;
É aqui onde começa a camada de ozono;
Nesta camada a temperatura aumenta de -60 0C a 0 0C. Este aumento
deve-se a interacção química e térmica entre as radiações solar e os
gases ai existente;
As radiações absorvidas são as ultravioletas (6.6 a 9.9 x 10-19 J);
A zona limite chama-se estratopausa. Aqui a temperatura mantém-se
constante,
Também chega até a esta camada os balões, os aviões supersónicos e
as nuvens geradas por explosões atómicas.
No entanto, aeronaves com asas não podem ir muito além disso, pois
densidades muito baixas do ar reduzem a força de sustentação e a quantidade
de oxigénio necessária na combustão das turbinas. Da mesma maneira que os
seres humanos, que respiram, para obter oxigénio necessário para queimar os
alimentos e produzir energia, os aviões queimam o oxigénio retirado da
atmosfera pelo seu movimento e o das turbinas.
Os aviões conseguem ir mais alto que os seres humanos porque os seus
movimentos através do ar compensam a concentração. Porém, o facto é que
nem os aviões com turbinas nem os seres humanos conseguem suportar as
condições atmosféricas aí existentes e os humanos ainda precisam do auxílio de
um cilindro de ar.
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Camada de ozono
•
•
•
Esta camada situa-se a partir dos 50 a 80 Km de altitude;
É nesta camada onde são filtrados os raios ultravioletas UV-B;
É a camada que protege os seres vivos contra a acção dos raios
ultravioletas.
Ionosfera
•
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•
Esta camada situa-se a partir dos 80 km de altitude;
Esta camada está composta por moléculas ionizadas, isto é, carregada
electricamente;
É nesta camada que as ondas de rádio são reflectidas de volta para
aterra;
Nesta camada ocorrem a desintegração dos meteoros provenientes do
espaço, é o que nós observamos como estrelas candentes.
Ao conjunto da mesosfera superior e da termosfera, dá-se o nome de
ionosfera, porque essa região existe muitas partículas carregadas
electricamente, como iões e electrões livres, produzidas por fotoionização dos
gases atmosféricos que arrancam electrões às moléculas desses gases.
Estes mantêm um equilíbrio dinâmico entre os fenómenos climáticos das
diferentes regiões da Terra.
Exosfera
•
•
É a camada mais externa, começa após os 500 km e continua até se
confundir com o espaço interplanetário,
Nesta camada, a densidade gasosa é ínfima, não se registando
fenómenos assinaláveis, a não ser a existência de dois cinturões de
partículas (Cinturões de Van-Hallen), o primeiro a 4 000 km, e o segundo
a 20 000 km de altitude
Nas últimas décadas muito se tem falado da camada de ozono e do perigo que o
planeta corre com a sua destruição.
O que é ozono?
Ozono (O3), é um gás composto de três átomos de oxigénio.
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Como se forma o Ozono?
O ozono é um gás que é produzido pela energia das descargas eléctricas, que
quebra as ligações entre os dois átomos do oxigénio molecular (O2), libertando o
oxigénio atómico (O) que fica livre para se ligar com uma molécula de O2,
formando-se, deste modo, a molécula triatómica que chamada ozono.
Outros exemplos de como se pode formar o ozono
O ar que respiramos é formado por 2 átomos de oxigénio (O2); Os raios
ultravioletas emitidos pelo Sol ao incidir na molécula de oxigénio, quebra as
ligações entre os dois átomos do oxigénio molecular (O2), libertando o oxigénio
atómico (O) que fica livre para se ligar com uma molécula de O2, formando-se,
deste modo, a molécula triatómica de ozono, como mostra os dois exemplos a
seguir (O2+O) = (O3).
O ozono em elevadas concentrações pode exercer um efeito tóxico nos
animais, originando problemas respiratórios e irritação ocular e um efeito
corrosivo em diversos materiais. Misturado com outros gases e partículas,
ele é responsável pela formação do smog (nevoeiro fotoquímico que cobre
os grandes centros urbanos e industriais, resultado da poluição atmosférica).
O termo smog resulta da junção de duas palavras inglesas: smoke (fumo) e
fog (nevoeiro) e, tal como o nome indica, é o resultado da mistura de um
processo natural (nevoeiro) com os fumos resultantes da actividade industrial
e queima de combustíveis fósseis, originando um tipo de nevoeiro que pode
ser altamente tóxico.
Suponhamos que temos um vazamento de alta tensão num determinado circuito
eléctrico hipotético (ou uma descarga atmosférica, por exemplo). No momento
da passagem do arco voltaico pelo ar temos uma libertação de energia. Logo:
O2 + energia → 2 [O]
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Traduzindo: Uma molécula de Oxigénio energizada é transformada em dois
átomos de Oxigénio livres.
Os átomos de Oxigénio livres na atmosfera são reactivos quimicamente, logo
deverão se combinar com moléculas próximas para se estabilizar.
Imaginemos que estejamos adjacentes aos átomos livres de oxigénio com
moléculas de oxigénio e outras quaisquer. Chamemos as segundas de M (de
molécula).
Logo teremos:
O + O2 + M → O3 + M
Traduzindo: Um átomo livre de Oxigénio com uma molécula de Oxigénio e uma
molécula qualquer são transformados em Ozono e uma molécula qualquer.
Aquela molécula qualquer não é consumida pela reacção, porém é necessária
para que se possa realizar. Na verdade M é um catalisador, pode ser no caso da
atmosfera da Terra o nitrogénio molecular (N2), onde M=N2, por exemplo.
Portanto, esta é uma das formas mais comuns de se produzir ozono. Outras
seriam fornos industriais, motores de automóveis entre outras que produzem o
gás. Na baixa atmosfera o ozono é reactivo e contribui para a poluição
atmosférica industrial, sendo considerado um veneno.
O que é a camada de ozono?
A camada de ozono é um termo usado para descrever a presença das
moléculas de ozono na atmosfera.
Esta camada funciona como um filtro da radiação solar, deixando passar as
radiações de energia mais baixa, absorvendo (retendo) as energia mais elevada.
A destruição da camada de ozono, pode causar desequilíbrio no clima,
resultando no efeito estufa, o que causaria o descongelamento das grandes
montanhas de gelo polares e a consequente inundação de muitos territórios que
actualmente se encontram em condições de habitação.
A camada de ozono, na atmosfera se estende a partir dos 50 a 80 Km sobre a
superfície da Terra. Nela se produzem concentrações de milhares de moléculas
de ozono.
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Medida de ozono
Qual é a dimensão do ozono?
Se todo o ozono fosse agrupado numa única camada gasosa, em torno da Terra
a sua espessura seria apenas de 3 mm!
O padrão de medição do ozono é feito de acordo com sua concentração por
unidade de volume que por sua vez recebe o nome de Unidade Dobson (UD).
No ano de 2005, no dia 07 de Outubro, uma medição realizada pelo Instituto
Europeu de Pesquisa (INPE), na Antárctica, constatou que a concentração de
ozono estava em torno de 160 UD, quando em época normal seria 340 UD (Esta
medida é considerada referencial).
Abaixo da medida de 220 UD já se pode considerar baixa densidade de ozono,
ou a formação do buraco que já causa danos ao meio-ambiente.
Distribuição do ozono na atmosfera
Troposfera: Nesta zona o Ozono é “mau”.
Porém, ao nível do solo, o ozono é um gás altamente poluente. É prejudicial aos
seres humanos (irrita os órgãos respiratórios), e até podem destruir o tecido dos
pulmões, afecta o crescimento das plantas e causa problemas em vários
materiais, por exemplo, a desintegração da borracha.
Estratosfera: Nesta zona o Ozono é “bom”. Protege a Terra das radiações
prejudiciais Ultravioletas do sol.
Onde é usado o ozono?
O Ozono podem ser usado para:
- Tratamento de músculo (atletas);
- Reduzir o excesso de gordura do corpo;
- Ozono para purificação de ar nos Hotéis, pensões e casas privadas;
- Nos ginásios e clubes, o ozono elimina odores causado pela transpiração;
- Mata vírus/bactérias;
- Elimina odores de álcool, cheiro forte de animais,
- Previne cheiros passados em roupas de cama,
- Serve para tratamento e purificação da água;
- Mantém produto como carne, fruta e flores por muito tempo fresca.
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Quais são as substâncias que destroem o ozono (SDO)?
As substâncias que destroem o ozono (SDO), são substâncias químicas que
causa a morte das moléculas de ozono na atmosfera quando reagem com elas.
Para o efeito, deu-se abreviatura (ODP), que significa Potencial de Destruição
de Ozono. A abreviatura anterior provem da tradução da língua inglesa o que
significa (Ozone Depleting Potential), e o CFC utiliza-se como a substância
padrão que tem um ODP de 1,0.
A ozonosfera ou camada de ozono, localiza-se na estratosfera e cerca de 90%
de ozono atmosférico, está entre 50 a 80 quilómetros de altitude, cerca de 20 km
de espessura. Os gases na ozonosfera são tão rarefeitos que, se os
comprimíssemos à pressão atmosférica ao nível do mar, sua espessura não
seria maior que alguns milímetros.
As radiações electromagnéticas emitidas pelo Sol trazem energia para a Terra,
entre as quais a radiação infravermelha, a luz visível e um misto de radiações e
partículas, muitas destas são nocivas.
Grande parte da energia solar é absorvida e reemitida pela atmosfera. Se
chegasse em sua totalidade à superfície do planeta, esta energia o esterilizaria.
A ozonosfera é uma das principais barreiras que nos protegem dos raios
ultravioletas. O ozono deixa passar apenas uma pequena parte dos raios (UV),
esta benéfica. Quando o oxigénio molecular da alta-atmosfera sofre interacções
devido à energia Ultravioleta proveniente do Sol, acaba dividindo-se em oxigénio
atómico; o átomo de oxigénio e a molécula do mesmo elemento se unem devido
à reionização, e acabam formando a molécula de ozono cuja composição é (O3).
A região, quando saturada de ozono funciona como um filtro onde as moléculas
absorvem a radiação Ultravioleta do Sol e, devido a reacções fotoquímicas, é
atenuado o seu efeito.
As ondas electromagnéticas são uma combinação de um campo eléctrico e de
um campo magnético que se propagam através do espaço transportando
energia. A luz visível é uma das partes da radiação electromagnética.
O conceito de ondas electromagnéticas primeiramente foram “vistas” por James
Clerk Maxwell e depois confirmadas por Heinrich Hertz. Uma de suas
principais aplicações são nas estações de rádio.
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Um outro exemplo de como são destruídas as moléculas de ozono
As reacções de formação e decomposição do ozono prosseguem (ou deviam
prosseguir) com igual velocidade, devido ao equilíbrio dinâmico que deveria
manter constante a concentração do ozono na atmosfera.
O* + O2 «----» O3 (equilíbrio químico)
Um exemplo de como são destruídas as moléculas de ozono. Os
Clorofluorcarbonetos ou simplesmente (CFCs), têm cloro na sua composição
química e quando atingem a camada de ozono, o cloro através dos raios
ultravioletas dissociam-se da composição química e reagem com as moléculas
de Ozono (O3), (O+O+O), quebrando a sua ligação, para ter uma molécula de
oxigénio e um átomo de oxigénio livre, destruindo assim a camada de ozono.
O átomo de cloro é um catalisador poderoso que destrui as moléculas de ozono,
permanecendo intacto durante todo o processo. Uma vez na alta atmosfera, o
cloro leva muitos anos para descer à baixa atmosfera. Nesse período, cada
átomo de cloro destroem milhões de moléculas de ozono.
A reacção de destruição do ozono é bastante simples, uma vez que esta
molécula é extremamente reactiva na presença da radiação UV e cloro.
Observemos:
O2 + Energia UV → 2 O
2 Cl (do CFC) + 2O3 → 2 ClO + 2 O2
2 Cl + 2 O (regenerando o Cl) + 2 O2
Logo, o resultante da Reacção é:
2 O3 → 3 O2
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Isto significa que tivemos três moléculas de oxigénio geradas e os átomos de
cloro foram regenerados para destruir mais duas moléculas de ozono de cada
vez, e assim por diante, até o cloro descer à baixa atmosfera.
Tal como outros sistemas naturais, o ciclo do ozono é bastante sensível à
mudanças externas. O maior problema, sem dúvida, é a emissão dos
Clorofluorcarbonetos (CFCs) na atmosfera. O elemento responsável pelo
desequilíbrio deste sistema é o cloro. Como já descrevemos anteriormente, em
sua forma atómica. Este, age como catalisador da reacção de desintegração do
ozono, sendo representado pelas seguintes equações químicas:
•
•
Cl(g) + O3(g) → ClO(g) + O2(g)
ClO(g) + O3(g) → Cl(g) + 2 O2(g)
Reacção global:
•
2 O3(g) → 3 O2(g)
Os CFCs, são substâncias químicas utilizadas nos aparelhos de refrigeração
(Geleiras, Congeladores, frigoríficos, morgues), ar condicionados, nos aerossóis
(sprays), comésticos, domésticos, tintas bem como para fins de limpeza dos
equipamentos electrónicos com circuitos muito pequenos.
Toma atenção aos produtos que vai comprar! Lê as embalagens, escolhe os
produtos amigos do ambiente!
Atenção, isto de que falamos não irá afectar só o futuro, com toda a certeza já
deste conta das alterações climáticas que temos vindo a sofrer e Moçambique é
vitima destes fenómenos naturais que ceifam vidas e colheitas em muitos pontos
do país.
Três por cento (3%), talvez mesmo cinco por cento (5%), do total da camada de
ozono já foi destruído pelos Clorofluorcarbonetos (CFCs). Outros gases, como o
óxido de azoto (NO) libertos pelos aviões na estratosfera, também contribuem
para a destruição da camada do ozono.
A não remoção e tratamento dos Clorofluorcarbonetos (CFCs), ainda presentes
nos equipamentos mais antigos, conduz à libertação para a atmosfera de 500
toneladas ou mais em muitos países do mundo.
Em meados da década de 90, pesquisadores alemães desenvolveram estudos
em que foi verificada a acção de microrganismos capazes de evitar a
degradação do ozono, decompondo os gases CFCs. O trabalho se intitula:
"Reductive Dehalogenation - its logics microbian", e foi publicado em 1997.
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A rarefacção da camada de ozono tornou-se num dos maiores problemas
ambientais do planeta. Ainda que a reacção a este problema comece a produzir
resultados positivos, só dentro de 1 ou 2 séculos se poderá atingir uma
recuperação completa.
São diversas as substâncias químicas que reagem com o ozono, destruindo-o. A
lista negra dos produtos danosos inclui óxidos nítricos e nitrosos expelidos pelos
escapes dos veículos e o Dióxido e monóxidos de carbono libertos pela
combustão do carvão e do petróleo. Mas em termos de efeitos destrutivos sobre
a camada de ozono, nada se compara ao grupo de gases designados por
Clorofluorcarbonetos, os conhecidos CFCs.
Desde a década de 80 todas as investigações têm demonstrado que a camada
de ozono tem vindo a diminuir (em 1998 cerca de 3-6% abaixo dos níveis de
1979).
Todas as pesquisas confirmaram (desde 1974) que os denominados
Clorofluorcarbonetos (CFCs), são os grandes responsáveis pela destruição e
diminuição da camada de ozono.
A atmosfera como filtro da radiação solar
As radiações absorvidas na parte superior da troposfera e na estratosfera são
radiações UV de energia compreendida entre 6,6 x 10-19 J e 9,9 x 10-19 J.
Os gases que absorvem estas radiações são, principalmente, o oxigénio (O2) e o
ozono (O3), podem também absorver estas radiações os Clorofluorcarbonetos
(CFCs), os compostos de bromo, os óxidos de azoto.
O que é o buraco de ozono?
Ouve-se falar com frequência do buraco do ozono, na verdade não se trata de
um verdadeiro buraco, mas sim de uma diminuição da espessura da camada,
que consiste na diminuição da concentração de moléculas de ozono, que
constituem a camada de ozono, permitindo desta forma, a emissão de raios
ultravioletos à terra, devido às substâncias químicas libertadas pelo homem para
a atmosfera.
Foi em 1985 que a revista britânica Nature alertou a comunidade internacional
sobre o problema do "buraco" do ozono sobre a Antárctica. Medições anuais
demonstraram que este "buraco" aparecia todas as primaveras e que a sua
extensão aumentava a uma velocidade alarmante.
13
Nota: Na figura acima observa-se a evolução do tamanho do buraco da camada
de ozono entre 1979 a 1999.
O "buraco" do ozono não é, na realidade, um buraco. É uma redução da camada
de ozono que ocorre anualmente nas regiões polares, na primavera, seguida de
uma recuperação durante o Verão.
Fala-se de "buraco" da camada de ozono desde que o valor da coluna
constituída por ozono seja inferior a 220 unidades Dobson (UD) - (unidade de
medida que descreve a espessura da camada de ozono numa coluna de ar em
condições padrão - temperatura 0 ºC e pressão normal - 300 UD equivalentes a
3 mm de espessura).
Até em 1987, O buraco de ozono, tinha uma dimensão de 25 milhões de Km2.
Em 2003, os cientistas da NASA revelaram que o buraco de ozono sobre o
Antárctico, naquele momento tinha uma área que ascende aos 15 milhões de
14
quilómetros quadrados, contra os 24 milhões que se verificaram nos últimos
anos.
A protecção da camada de ozono está, desde 1985, consagrada na Convenção
de Viena e o controle das substâncias que destroem a acamada de ozono
começou com a ratificação do Protocolo de Montreal aos 16 de Setembro de
1987.
A Agência de Protecção Ambiental norte-americana calcula que, se não houver
um controle na produção de Clorofluorcarbonetos (CFCs), haverá uma
diminuição de 40% do ozono estratosférico por volta do ano 2075.
A agência também concluiu que para cada 1% de diminuição do ozono, haverá
um aumento de 2% de radiação UV-B que alcança a superfície da Terra, o que
pode acarretar um aumento de 1 a 3% de novos casos de câncro de pele por
ano.
Apesar dos gases que prejudicam a camada de ozono serem emitidos em todo o
mundo, 90% dos quais provenientes do hemisfério norte, resultante
principalmente da actividade humana, é na Antárctica onde a falha na camada
de ozono é maior. A área do buraco de ozono é definida como sendo o tamanho
da região cujo ozono está abaixo das 200 Unidades Dobson (UD unidade de
medida que descreve a espessura da camada de ozono numa coluna
directamente acima das medições): 400 UD equivale a 4 mm de espessura.
Antes da Primavera na Antárctica, a leitura habitual é de 275 DUs.
A Organização Meteorológica Mundial (WMO), no seu relatório de 2006, prevê
que a redução na emissão de CFCs, resultante do Protocolo de Montreal, levará
uma diminuição gradual do buraco de ozono, com uma maior recuperação por
volta dos anos 2065.
Em 1985, os cientistas identificaram uma zona mais fina da camada do ozono
sobre a Antárctica durante os meses de Primavera que ficou conhecida como
“buraco do ozono”.
As provas científicas mostram que os compostos químicos de origem humana
são responsáveis pela criação do buraco do ozono Antárctico e são
provavelmente responsáveis pelas perdas globais de ozono (As substâncias
destruidoras de ozono/Ozone Depleting Substances ODS).
Pensa-se que a camada de ozono se está a degradar a uma quantidade de 5%
a cada 10 anos na Europa do Norte, com tendência para tal degradação a
estender-se para o sul do Mediterrâneo e ao sul dos EUA. Contudo, a
degradação do ozono nas regiões polares é a mais dramática manifestação do
efeito global.
15
Os níveis de ozono sobre o Ártico na Primavera de 1997 diminuíram 10% desde
1987. Apesar da redução da concentração de CFCs e outros compostos
industriais que destroem o ozono quando expostos à luz solar.
Luz solar
Prisma separando a luz
Luz solar no seu sentido mais amplo é o espectro total da radiação
electromagnética fornecida pelo Sol. Na Terra, a luz solar é filtrada pela
atmosfera terrestre, e a radiação solar é visível como a luz do dia quando o Sol
está acima do horizonte a água reflecte a luz solar no arco íris portanto a cor da
luz do sol são as cores do arco íris.
Halo Solar fenómeno formado devido à incidência da luz solar sobre nuvens
altas chamadas cirros, que são compostas por cristais de gelo, que fazem a
difracção da luz solar, como num prisma, formando um halo.
Qual é a origem dos raios ultravioletas e Infravermelhos?
A radiação solar
O sol emite uma ampla faixa de radiação electromagnética que inclui a radiação
infravermelha, a luz visível e a radiação Ultravioleta (UV). Os únicos
comprimentos de onda da radiação ultravioleta (UV), que alcançam a superfície
da Terra, estão na faixa que compreende dos UV-A e UV-B.
Da radiação solar que atinge a superfície da Terra, 45% corresponde ao
espectro visível (luz visível), 45% a radiação infravermelha e 10% a radiação
ultravioleta.
Uma maior intensidade desta última, seria incompatível com a vida na Terra.
Como são classificados os raios ultravioletas?
Os cientistas classificam os raios ultravioletas em três tipos nomeadamente:
Os UV-A, UV-B e UV-C.
A radiação solar mais conhecida é a faixa visível, mas duas outras faixas
importantes são a do ultravioleta e a do infravermelho. A faixa do ultravioleta é
16
subdividida em 3: UV-A (entre 400 e 320 nm), UV-B (entre 320 e 280 nm) e a
UV-C (entre 280 e 100).
A UV-A chega normalmente à superfície terrestre, não sendo absorvida
eficientemente por nenhum dos constituintes atmosféricos. Em excesso a
radiação UV-A pode trazer complicações à saúde. Porém, esta não tende a
aumentar a sua intensidade com o tempo, como a UV-B.
A UV-B é fortemente absorvida pela camada de ozono da atmosfera terrestre,
causando uma variação muito forte na intensidade da radiação medida na
superfície entre os limites de 280 e 320nm. Já o UV-C é totalmente absorvido
pela atmosfera terrestre.
A radiação ultravioleta mais merecedora de cuidados no dia-a-dia é a UV-B que
é afectada pela camada de ozono. Portanto, com a ausência ou diminuição da
camada de ozono não haveria a estratosfera, provocando grandes mudanças na
distribuição térmica e na circulação da atmosfera, havendo incidência directa da
radiação ultravioleta, que afectaria em muito à vida terrestre.
Os raios ultravioletas UV-A (com comprimentos de onda variam de 320 a 400
nanómetros (nm), este tipo de radiação é cerca de mil vezes menos efectivo que
a radiação UV-B para provocar eritema (vermelhidão de pele).
Os raios ultravioletas UV-B (com comprimentos de onda variam de 290 a 320
nm), esta radiação é uma luz altamente energética que origina do sol, o qual tem
tido vários impactos negativos sobre saúde humana e no ambiente etc.
Os raios ultravioletas UV-C (com comprimentos de onda variam de 10 a 290
nm), os efeitos desta radiação na superfície da terra, é quase nulo, por isso que
muitos dos cientistas afirmam que estes raios são filtrados totalmente pela
camada de ozono.
Os cientistas afirmam que no período de verão, 60% da radiação UV-B que
alcança a superfície da Terra diariamente, chega entre 10 h as 14 h.
17
Raios ultravioletas em excesso, principalmente na faixa do UV-B (290 a 320
nanómetros de comprimento de onda), que atinjam a superfície terrestre, podem
acarretar sérios prejuízos à saúde humana e ao meio ambiente em geral.
Se a camada de ozono desaparecesse, a radiação Ultravioleta do Sol
esterilizaria a superfície do globo e aniquilaria toda a vida terrestre.
As radiações absorvidas na parte superior da troposfera e na estratosfera são
radiações UV de energia compreendida entre 6,6 x 10-19 J e 9,9 x 10-19 J.
A radiação infravermelha
A radiação infravermelha (IV) é uma radiação não ionizante na porção invisível
do espectro electromagnético que está adjacente aos comprimentos de onda
longos, ou final vermelho do espectro da luz visível. Ainda que em vertebrados
não seja percebida na forma de luz, a radiação IV pode ser percebida como
calor, por terminações nervosas especializadas da pele, conhecidas como
termoreceptores.
A radiação infravermelha foi descoberta em 1800 por William Herschel, um
astrónomo inglês de origem alemã. Hershell colocou um termómetro de mercúrio
no espectro obtido por um prisma de cristal com a finalidade de medir o calor
emitido por cada cor. Descobriu que o calor era mais forte ao lado do vermelho
do espectro, observando que ali não havia luz. Esta foi a primeira experiência
que demonstrou que o calor pode ser captado em forma de imagem, como
acontece com a luz visível.
A radiação IV está dividida segundo seus efeitos biológicos, de forma arbitrária,
em três categorias: radiação infravermelha curta (0,8-1,5µm), média (1,5-5,6µm)
e longa (5,6-1.000µm). Os primeiros trabalhos com os diferentes tipos de
radiação IV, relatavam diferenças entre as formas de acção biológicas do
infravermelho curto e médio/longo (Dover et al 1989). Acreditava-se que a
radiação curta penetrava igualmente na porção profunda da pele sem causar
aumento marcante na temperatura da superfície do epitélio, enquanto que a
maior parte da energia do infravermelho médio/longo era absorvida pela camada
superior da pele e frequentemente causasse efeitos térmicos danosos, como
queimaduras térmicas ou a sensação de queima.
Como são absorvidos os raios ultravioletas na atmosfera?
A terra tem um sistema de compensações de temperatura, pressão e humidade,
que mantém um equilíbrio dinâmico natural, em todas as suas regiões.
As camadas superiores do planeta reflectem em cerca de 40% da radiação
solar. Destes, aproximadamente 17% são absorvidos pelas camadas inferiores
sendo que o ozono interage e absorve os raios ultravioletas. O Dióxido de
18
carbono e o vapor de água absorvem os raios infravermelhos. Restam 43%
da energia, esta alcança a superfície do planeta. Que por sua vez reflecte 10 %
das radiações solares de volta. Além dos efeitos descritos, existe ainda a
influência do vapor de água e sua concentração variável.
Estes, juntamente com a inclinação dos raios solares em função da latitude,
agem de forma decisiva na penetração da energia solar, que por sua vez tem
aproximadamente 33% da energia absorvida por toda a superfície atingida
durante o dia, sendo uma parte muito pequena desta re-irradiada durante a
noite. Além de todos os efeitos relatados anteriormente, existe ainda a influência
e interacção dos oceanos com a atmosfera em sua auto regulação. Estes
mantêm um equilíbrio dinâmico entre os fenómenos climáticos das diferentes
regiões da Terra.
Todos os mecanismos relatados acima, actuando em conjunto, geram uma
transição suave de temperaturas em todo o planeta.
Um dos maiores determinantes na distribuição do calor e Humidade na
atmosfera é a circulação do ar, pois esta activa a evaporação média, dispersa as
massas de ar quente ou frio conforme a região e o momento. Por consequência
caracteriza os tipos de climas.
À esta circulação de ar, quando na horizontal, chama-se vento, que é definido
como o movimento do ar paralelo à superfície da Terra. Quando o deslocamento
é na vertical, denomina-se corrente de ar. Aos movimentos verticais e
horizontais de superfície, somam-se os fluxos de jacto (jet streams) e os
deslocamentos de massas de ar, que determinam as condições climáticas do
planeta.
As regiões do globo mais afectadas pelos Raios Ultravioletas
Os pólos são as zonas mais afectadas pelo buraco na camada de ozono. A
razão para esse facto está relacionada com as condições meteorológicas
especiais existentes nessas zonas do globo, especialmente o Pólo Sul
(Antárctica). Durante o Inverno quando os raios solares não atingem esta região
do planeta, as temperaturas são baixíssimas, formando-se umas nuvens de
Constituição diferente das que costumamos observar. Isto vai criar uma
conversão mais rápida e fácil dos CFCs em radicais de cloro destrutivos de
ozono. Como as massas de ar circulam em camadas sobrepostas, dos Pólos
para o Equador e no sentido inverso, estas têm a capacidade de transportar
poluentes para milhares de quilómetros de distância de onde estes foram
emitidos.
Na região Antárctica a circulação é interrompida, formando-se círculos de
convenção exclusivos daquela área que levam as moléculas como cloro para a
estratosfera. Estes poluentes trazidos pelas correntes no Verão permanecem na
19
Antárctica até nova época de circulação. Ao chegar a Primavera, com os seus
primeiros raios de sol, as reacções químicas que destroem o ozono são
estimuladas. Em Novembro, o ar que chega de outras regiões permite uma
recomposição parcial do escudo de ozono; o buraco diminui de tamanho, mas
não fecha completamente.
Quais são os principais efeitos resultantes da destruição da camada de
ozono?
A destruição da camada de ozono, permite a passagem dos raios ultravioletas
provenientes do sol, chega directamente a terra e são responsáveis por vários
danos.
Os raios ultravioletas são os responsáveis pelos seguintes danos:
Efeitos na saúde humana:
Câncro de pele;
Lesões nos olhos;
Catarata dos olhos;
Envelhecimento precoce;
Desidratação;
As pessoas tornam-se mais vulneráveis a doenças infecciosas;
Queimaduras solares profundas;
Enfraquecimento do sistema imunitário.
Efeitos no reino vegetal:
Diminuição das colheitas (para algumas plantas);
Redução das espécies piscícolas;
Diminuição da produtividade florestal;
Redução do fitoplâncton superficial;
Destruição das cadeias alimentares marinha devido à redução de
fitoplâncton.
Efeitos na poluição atmosférica:
Aumento das substâncias ácidas;
Aumento do smog fotoquímico;
Efeitos nos materiais:
Degradação de plásticos e pinturas exteriores.
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Efeitos nos animais:
Danos sobre DNA que resulta na modificação genética e aumento de
mutações em muitos micro organismos;
Diminuição do crescimento de micro organismos;
Aumento das doenças oculares em algumas espécies;
Diminuição das espécies aquáticas sensíveis à radiação ultravioleta;
Efeitos no aquecimento global:
Aceleração do aquecimento devido à menor capacidade de o oceano
retirar Dióxido de carbono da atmosfera através do fitoplâncton;
Acção dos CFCs como gases de efeito de estufa;
Qualquer alteração na camada de ozono pode modificar drasticamente o
clima.
Para que a camada de ozono não diminua teremos de deixar de produzir gases
que a destroem. Mesmo com uma acção persistente e activa, seriam
necessários, segundo os especialistas, cerca de 75 anos para que a camada de
ozono atingisse os níveis de 1980. E seriam necessários 100 anos para que a
camada de ozono atingisse os níveis de 1950.
É necessária uma efectiva cooperação internacional para a prevenção dos
graves problemas ambientais que afectam o nosso planeta. Para reduzir a
concentração dos poluentes atmosféricos são necessárias tanto medidas
preventivas como correctivas.
Os países desenvolvidos concordam com a necessidade de proibir ou ao menos
limitar, o uso dos gases CFCs para evitar que os seus efeitos destruam o
equilíbrio térmico da Terra.
De salientar, no entanto, que em quantidades adequadas (muito pequenas), as
radiações ultravioletas são salutares, contribuindo para a produção de vitamina
D, indispensável ao normal desenvolvimento dos ossos.
A maior parte da radiação ultravioleta é, então,
absorvida pela camada de ozono, mas mesmo a
pequena fracção que atinge a superfície é
potencialmente perigosa para quem a ela se expor por
períodos prolongados. A Agência Norte-Americana de
Protecção Ambiental estima que a redução de apenas
1% na espessura da camada de ozono é suficiente
para cegar 100 mil pessoas por cataratas e
desencadear um aumento de 5% no número de casos de cancro de pele.
21
Está provado também que a exposição prolongada a radiação ultravioleta pode
afectar as defesas imunológicas do Homem e de outros animais, permitindo o
desenvolvimento de doenças infecciosas. A supressão de respostas locais e
sistémicas a uma grande variedade de antigenes pode mesmo ser a causa para
o desenvolvimento de diversos tipos de carcinomas.
Mas os seres humanos não são os únicos afectados pelos raios ultravioletas,
pois a sua intensificação interfere em muitos processos biológicos e químicos
dos ecossistemas terrestres. As alterações provocadas pelas radiações
prendem-se com as modificações no material genético das células dos
organismos, o que se traduz na perturbação de diversas funções, como o
metabolismo e a produção de bio massa. Porém, mais do que alterarem
indivíduos, as radiações alteram as relações entre eles, nomeadamente as
relações de competição entre plantas superiores, a extensão da herbívora pelos
insectos e a susceptibilidade a elementos patogénicos, quer na agricultura, quer
em ambiente natural. Acredita-se mesmo que níveis altos de radiação podem
diminuir a produção agrícola, com a consequente redução na produção
alimentar.
Sabe-se, igualmente, que as radiações ultravioletas
afectam os micro organismos, embora não se tenha
noção da extensão de tais alterações. Este é um
fenómeno preocupante, já que estes organismos
participam em tarefas tão relevantes, em termos
ecológicos, como a decomposição de resíduos, intervindo
no ciclo dos nutrientes e interagindo com plantas e
animais em forma de agentes patogénicos ou simbióticos.
Do mesmo modo, nos ecossistemas aquáticos, a intensificação das radiações
ultravioletas provoca problemas inquietantes, pois interfere no crescimento, na
fotossíntese e na reprodução do plantão. São estas plantas e animais
microscópicos que se encontram na base das cadeias alimentares e que são
responsáveis por grande parte da produtividade de oxigénio do planeta e
absorção do Dióxido de carbono, actuando como um tampão contra o
aquecimento global do planeta.
Ao intervir em todas as escalas dos ecossistemas, a radiação ultravioleta afecta,
igualmente, os ciclos bioquímicos, como o ciclo do carbono, do azoto e o ciclo
dos nutrientes minerais, entre outros, lesando globalmente toda a biosfera do
planeta.
Papel no aquecimento global
A eficiência do cloro como catalisador é bastante elevada, chegando a quebrar
100 000 moléculas de ozono em um ano. Como o bom ozono (da estratosfera)
absorve grande quantidade de radiação solar no ciclo ozono-oxigénio, a sua
degradação pode intensificar em grande medida o efeito estufa. Por isso os
22
CFCs são considerados um gás com efeito de estufa (GEE), porque a sua acção
por mas que seja indirecta. O Global Warming Factor (GWF) dos CFCs é 5 000
a 14 000, o que significa que é de 5 000 a 14 000 vezes mais eficiente que o
CO2 na intensificação do efeito de estufa. Porém, não há grande preocupação na
comunidade científica internacional quanto a estes compostos, devido a dois
factores: a concentração deles na atmosfera é menor que 1 ppb e, com o
Protocolo de Montreal, sua produção e utilização estão sendo diminuídas a
valores muito baixo.
Existe uma relação entre a temperatura e a destruição da cama de ozono?
As constantes temperaturas frias do Inverno que se sentem no Pólo Sul
contribuem para a formação de nuvens polares estratosféricas que incluem
moléculas contendo cloro e bromo.
Quando a Primavera polar chega (Setembro), a combinação da luz solar com
aquelas nuvens leva à formação de radicais de cloro e bromo que quebram as
moléculas de ozono, com consequente destruição da camada do ozono.
Quanto mais frio é o Inverno antárctico mais afectada é a camada do ozono. Em
2002, as dimensões sofreram um decréscimo e o “buraco” foi mesmo dividido
em duas partes distintas, devido a uma vaga de calor sem precedentes na
região. Este foi o menor buraco do ozono desde 1988.
Com efeito, no ano 2000, as dimensões do “buraco” da camada de ozono
atingiram um valor máximo de 27 a 28 milhões de km2, devido a um Inverno
particularmente frio.
Tudo isto leva-nos a crer que, enquanto anteriormente se pensava que este
fenómeno era totalmente independente das emissões dos gases com efeito de
estufa, tais como o Dióxido de carbono, os dois fenómenos podem, de facto,
estarem relacionados. Isto porque o aquecimento climático é acompanhado de
um arrefecimento da alta atmosfera em altitude, o que pode acelerar a
destruição da camada de ozono.
Anteriormente à descoberta da possível correlação entre estes dois fenómenos
estimava-se que a recuperação da camada de ozono não deveria começar a
ocorrer antes de 2010-15, e que a recuperação completa dessa mesma camada
só poderia começar a ser esperada cerca de 2050-60.
A eventual correlação entre os dois fenómenos poderá resultar na revisão, para
mais longe, destas expectativas, a menos que o Protocolo de Kyoto venha a ter
resultados positivos em breve, sobre a diminuição das emissões de gases com
efeito de estufa.
23
O buraco do ozono persiste normalmente até Novembro/Dezembro, quando as
temperaturas regionais aumentam. O tempo exacto e amplitude do buraco de
ozono na Antárctica dependem de variações meteorológicas regionais.
Existe uma relação entre as substâncias destruidoras de ozono (SDO) e as
mudanças climáticas?
A resposta é sim, mas para uma melhor compreensão vamos descrever um
pouco a origem dos gases com efeito de estufa.
Efeitos de alterações ambientais
As alterações que têm ocorrido na atmosfera desde o início do século XX
não se verificaram nos componentes maioritários (azoto e oxigénio), mas em
componentes vestigiais. O dióxido de carbono, o metano, o ozono e os CFCs
são exemplos desses componentes. Durante séculos, foram produzidos e
consumidos na Terra, mantendo-se um equilíbrio entre a sua emissão para a
atmosfera e a sua retirada da mesma. Quando a velocidade de emissão é
superior à velocidade de retirada, os gases vestigiais tornam-se poluentes.
Há dois tipos de causas que explicam o aumento da concentração destes
gases na atmosfera: as naturais, nas quais se incluem a actividade vulcânica
e a própria biosfera, e as antropogénicas, que resultam da actividade
humana. Entre estas últimas encontram-se a desflorestação, os incêndios
florestais, a indústria, a agricultura, a circulação automóvel, e a produção de
energia eléctrica através da queima de combustíveis fósseis.
Efeito estufa
Desde 1896 sabe-se que o Dióxido de carbono ajuda a impedir que os raios
Infravermelhos escapem ao espaço, mantendo, assim, uma temperatura
relativamente quente em nosso planeta.
Efeito estufa, termo que se aplica ao papel que desempenham certos gases
como o Dióxido de carbono, o Metano, o Óxido nitroso, os
Clorofluorcarbonetos (CFCs), Hidrocarbonetos (HC), presentes na
atmosfera, no aquecimento da superfície terrestre e outros (Aquecimento
Global).
Esses gases formam uma camada que impede a dispersão no espaço das
radiações solares reflectidas pela Terra, num efeito semelhante ao que produz o
vidro das estufas destinadas ao cultivo de plantas exóticas.
O conteúdo na atmosfera de Dióxido de carbono e outros gases que contribuem
para o efeito estufa está aumentando, como consequência da acção dos seres
humanos e alguns fenómenos naturais. O efeito concreto destes incrementos
24
poderia ser um aumento global da temperatura, estimado em 2 a 6°C nos
próximos 100 anos.
Os gases com efeito de estufa (GEE)
Os gases com efeito de estufa (GEE) são substâncias gasosas que absorvem
parte da radiação infravermelha, emitida principalmente pela superfície terrestre,
e dificultam a sua passagem para o espaço. Isso impede a perda demasiada de
calor para o espaço, mantendo a Terra aquecida.
O efeito estufa é um fenómeno natural. Esse fenómeno acontece desde a
formação da Terra e é necessário para a manutenção da vida no planeta, pois
sem ele a temperatura média da Terra seria 33ºC mais baixa impossibilitando a
vida no planeta, tal como conhecemos hoje. O aumento dos gases com efeito de
estufa na atmosfera têm potencializado esse fenómeno natural, causando um
aumento da temperatura (fenómeno denominado mudança climática).
Concentração na atmosfera (ppm) dos cinco gases responsáveis por 97% do
efeito de estufa antropogénico (período 1976-2003).
A atmosfera é uma camada que envolve o planeta, constituído de vários gases.
Os principais são o Nitrogénio (N2) e o Oxigénio (O2) que, juntos, compõem
cerca de 99% da atmosfera. Alguns outros gases encontram-se presentes em
pequenas quantidades, incluindo os conhecidos como gases de efeito estufa
(GEE). Dentre estes gases, estão o Dióxido (CO2), o Metano (CH4), o óxido
nitroso (N2O), Perfluorcarbonetos (PFC's) e também o vapor de água.
Nos últimos 100 anos, devido a um progressivo incremento na concentração dos
gases com efeito de estufa, a temperatura global do planeta tem aumentado. Tal
incremento tem sido provocado pelas actividades humanas que emitem destes
gases.
25
A potencialização do efeito de estufa poder ter consequências sérias para a vida
na Terra no futuro próximo. Ecólogos sugerem que o aquecimento global deve
alterar o clima a uma velocidade maior que a capacidade de adaptação dos
organismos.
O efeito pode ser devastador para a biodiversidade e ecossistemas do mundo
inteiro (Ricklefes, 1996; Romanini, 2003). Outros cientistas questionam essa
hipótese e acreditam que as consequências do aumento de CO2 na atmosfera
levariam a uma maior produção vegetal, particularmente nas regiões onde o
clima e os nutrientes do solo não são factores limitantes para a fotossíntese
(Ricklefs, 1996). Nesse contexto, a atenção dos cientistas têm sido
direccionadas às florestas tropicais, por serem possíveis sumidouros naturais de
CO2. Dentre as florestas tropicais, a Floresta Amazónica destaca-se por ser a
maior floresta tropical do mundo.
Entre os gases com efeito de estufa que estão aumentando de concentração o
(CO2), o CH4 e o N2O são os mais importantes. Os CFC's também têm a
capacidade de reter a radiação infravermelha emitida pela Terra. Contudo, as
acções para diminuir suas emissões estão num estágio bem mais avançado,
quando comparado com as emissões dos outros gases. Historicamente, os
países industrializados têm sido responsáveis pela maior parte das emissões
globais de gases com efeito de estufa. Contudo, na actualidade, vários países
em desenvolvimento, entre eles China, Índia e Brasil, também se encontram
entre os grandes emissores. No entanto, numa base per capita, os países em
desenvolvimento continuam tendo emissões consideravelmente mais baixas do
que os países industrializados.
Na fonte da emissão também pode se observar um padrão global. Enquanto a
maior parte das emissões decorrentes da queima de combustíveis fósseis (75%
das emissões globais de CO2) provém dos países industrializados, as emissões
decorrentes das mudanças no uso da terra (25% das emissões globais de CO2)
tem como seus maiores responsáveis os países em desenvolvimento.
Mecanismo de redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE) como o
sequestro de carbono estão sendo feitos no contexto do mercado de carbono
(estabelecido pelo Protocolo de Kyoto e por outros acordos).
Gases com efeito de estufa e o Protocolo de Quioto
O Protocolo de Quioto determina seis gases cujas emissões devem ser
reduzidas:
•
•
•
•
CO2 - Dióxido de Carbono
N2O - Óxido nitroso
CH4 - Metano
CFCs – Clorofluorcarbonetos
26
•
•
•
HFCs - Hidrofluorcarbonetos
PFCs - Perfluorcarbonetos
SF6 - Hexafluoreto de enxofre
Alterações climáticas
Apesar dos países industrializados serem os grandes emissores de gases com
efeito de estufa responsáveis pelas alterações climáticas a nível global, nos
últimos anos tem-se vindo a registar um aumento das emissões dos países mais
pobres, que poderão vir a ultrapassar os países ricos nos próximos anos. Tal
deve-se ao facto do crescimento económico dos países pobres, só que este
crescimento em muitos países em desenvolvimento está sendo suportado por
uma actividade industrial poluente responsável por elevadas emissões de
poluentes para a atmosfera.
De facto, alguns países pobres têm apresentado um grande crescimento
económico à custa de um desenvolvimento industrial, maioritariamente baseado
em tecnologia obsoleta e poluente.
Como consequências das alterações climáticas são esperados vários impactes,
cuja gravidade será maior para os países pobres, uma vez que estes têm
maiores dificuldades em prevenir e adaptar-se.
Consequências das alterações climaticas
Em muitos países pobres, a população vive em regiões costeiras dedicando-se à
pesca. Estas regiões poderão vir a serem afectadas pela subida do nível do mar,
e pela consequente salinização dos terrenos agrícolas deterioração da qualidade
de água para consumo humano e destruição de casas.
A subida da temperatura da água do mar será responsável pela redução de
muitas espécies de peixes, fonte de rendimento da população das zonas
costeiras.
Os ventos extremos como tsunamis, ciclones, trovoadas, secas, e cheias
poderão tornar-se mais frequentes, levando ao aumento do número dos
chamados refugiados ambientais, população que tem de procurar novas terras
devido a desastres naturais. Como por exemplo, refere-se o facto de cerca de 30
milhões de pessoas no Bangladesh terem já abandonado as suas casas e terras
devido à subida do nível do mar associado às alterações climáticas.
Tecnologia limpa
No âmbito do Protocolo de Quioto, e com o objectivo de reduzir as alterações
climáticas, os países industrializados comprometeram-se a reduzir as suas
emissões de gases com efeito de estufa até 2012.
27
O Protocolo prevê várias formas de alcançar este objectivo a nível global,
prevendo que os países ricos possam investir em projectos de redução de
emissões de gases com efeito de estufa nos países pobres, através dos
designados Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL).
A partir de projectos de MDL, os países em desenvolvimento recebem apoio
tecnológico e/ou financeiro de países industrializados para a redução das
emissões de gases com efeito de estufa. As emissões evitadas são “creditadas”
aos países industrializados que investiram nestes projectos, sendo utilizadas
para atingir as metas impostas pelo Protocolo de Quioto.
O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
Os projectos de MDL têm como objectivo apoiar os países pobres que são
vulneráveis às alterações climáticas. Estes projectos permitem a modernização
de indústria obsoleta e poluente dos países pobres, permitindo ainda a redução
da pobreza através do investimento na electrificação de aldeias remotas,
tratamento de água, esgotos e resíduos, etc.
Os Projectos de MDL podem incluir:
•
•
•
•
•
•
Adopção de tecnologias mais limpas;
Aumento da eficiência energética;
Substituição de combustíveis fósseis por fontes renováveis de energia;
Promoção de sumidouros e reservatórios de gases com efeito de estufa;
Utilização de praticas agrícolas sustentáveis, de forma a reduzir as
emissões de NOx (gases com efeito de estufa) provenientes dos
fertilizantes químicos;
Uma correcta gestão dos resíduos sólidos.
A cadeia alimentar
Fitoplâncton e Zooplâncton
Zonas da vida oceânica
A zona nerítica, o mar aberto sobre a plataforma continental, é a área mais
produtiva. Na zona epipelágica ou superficial do oceano, concentram-se o
fitoplâncton (vegetal) e o zooplâncton (animal). Entre a zona epipelágica e os
1000 m de profundidade, está a zona mesopelágica (de penumbra). Os peixes,
invertebrados e mamíferos marinhos da zona epipelágica se alimentam nela. As
zonas batipelágicas e abissais são áreas gélidas e sem luz, habitadas por peixes
e invertebrados muito modificados. Nas comunidades animais muito
especializadas que rodeiam as aberturas hidrotermais, as bactérias autótrofas
assumem o papel das plantas fotossintéticas e são a base da cadeia alimentar.
28
As medições das populações desses organismos microscópicos sob o raio de
acção do buraco da camada de ozono demonstraram uma redução de 25%
desde o começo do século XXI até o ano de 2003, nas águas marinhas
antárcticas.
A morte destes micro organismos causa uma redução da capacidade dos
oceanos em extrair o Dióxido de carbono da atmosfera, contribuindo para o
aquecimento global. Com a morte do fitoplâncton, o zooplâncton não sobrevive.
Sem zooplâncton, o krill deixa de existir, diminuindo a população dos peixes dos
oceanos e assim por diante. Logo, a ozonosfera é primordial para que haja vida
no planeta Terra.
Transferência de tecnologia para a camada de ozono
Nos princípios dos anos 1800, o gelo natural era armazenado e utilizado no
estado do tempo morno para a conservação dos produtos alimentares;
A primeira refrigeração de alimentos perecíveis era realizada em cavernas
porões, poços e casa de frio;
O primeiro ar condicionado foi alcançado com a circulação de água fria ou por
vapor de água fria sobre as superfícies porosas;
No princípio dos anos 1900 utilizou-se as caixas de gelo para a conservação dos
produtos tiveram sucesso em comparação com as geleiras eléctricas com
refrigerantes tóxicas e inflamáveis;
As caixas de gelo eram mais seguras mas apresentavam fraca capacidade no
controle de temperatura fria para conservar os alimentos;
As vezes o gelo era contaminado por poluição de água, o gelo não tinha
capacidade de manter a comida gelada ou fria durante 24 horas;
As geleiras eléctricas eram mais convenientes, mas também traziam novos
riscos tais como: fogo, explosão, exposição às substancias tóxicas;
Os alimentos eram contaminados pelos derrames dos refrigerantes, os derrames
dos refrigerantes eram um prejuízo para saúde humana devido aos danos que
causavam em caso de contacto directo.
Nas geleiras eléctricas era comum a ocorrência as falhas técnicas, vibração e
acidentes que provocavam o descongelamento.
29
História sobre o ozono
Bases Cientificas
1839: Foi o ano em que o cientista C. F. Schönbein descobriu o Ozono enquanto
observava descargas eléctricas na atmosfera.
1850: O Ozono demonstrou ser uma parte natural constituinte da atmosfera.
1857 Werner von Siemens desenvolve o primeiro gerador de ozono.
1880: Experiências mostram que o ozono absorve muito bem os raios
Ultravioletas (UV) solares.
1893 Ousbaden, Holanda, descobre a primeira planta de ozono para tratamento
de água no mundo e que é comissionada em 3 000 municipalidades de todo o
mundo.
1900 Nikola Tesla, forma a Tesla, Ozono companhia e começa a vender
máquinas de ozono a médicos, Doutores.
1902 JH Clarke, de Londres, descreve no seu livro, um Dicionário de Matéria
Medica prático para o uso próspero de água ozonada, tratando anemia, câncro,
diabete, gripe, veneno de morfina e tosse;
1913: Houveram provas que demonstraram que a maior parte do ozono da
atmosfera está localizado na Estratosfera.
1920: G M B Dobson (Um cientista da Oxford) aperfeiçoou um instrumento para
monitorar quantitativamente o Ozono atmosférico.
1926 Dr. Otto Warburg do Kaiser Instituto em Berlim anuncia a causa de raiz de
todo o câncro como a falta de oxigénio ao nível celular no corpo.
1929 E.U.A Um livro publicado pelas principais cabeças dos hospitais
americanos, Ozono e sua Acção Lista Terapêutico de 114 doenças e como tratálas com ozono.
1932, o dentista suíço E.A. Fisch usa ozono em odontologia e apresenta isto ao
cirurgião alemão Erwin Payr.
1953 Dr. Hans Wolff usa ozono na sua prática e escreve o livro, ' Ozone' Médico.
Ele treinou muitos doutores em terapia de ozono.
1972 A Sociedade Médica de Ozono é formada por Wolff e Hänsler.
30
1996 o fundador da estância termal de Kleerzone começa com Pesquisa e
Desenvolvimento na aplicação de tecnologias de ozono.
1999 África do Sul. O Kleerzone produz o primeiro produto de ozono de protótipo
para seu mercado.
História sobre substâncias destruidoras da camada de ozono (SDO).
1910-1930 Refrigerantes naturais substituíram o gelo.
A história sobre as substâncias destruidoras da camada de ozono, (SDO),
começou em 1928, com a descoberta dos Clorofluorcarbonetos (CFCs), por
serem substâncias quimicamente estáveis, não tóxicas, não inertes, não
corrosivas e não inflamáveis, utilizados nos aparelhos de refrigeração e
climatização, sprays, misturas nas tintas, desodorizantes, cosméticos bem como
para fins de limpeza. Só que mais tarde os cientistas descobriram que estas
substâncias destroem a camada de ozono. Foi por esta razão que vários
estados ratificaram e assinaram a Convenção de Viena para a protecção da
camada de ozono e o Protocolo de Montreal, sobre as substâncias que
destroem a camada de ozono.
Os fluidos de refrigeração
Até ao ano 1920 o fluido utilizado para aquecimento e resfriamento era a amónia
ou Dióxido de enxofre, gases venenosos e que causam um cheiro desagradável.
o fluido utilizado para aquecimento e resfriamento era a amónia ou Dióxido de
enxofre, gases venenosos, em caso de esvaziamento ou derrames poderiam
causar envenenamento aos trabalhadores do sector de refrigeração.
É por esta razão que iniciou então a pesquisa para encontrar um gás que
pudesse substituir Dióxido de enxofre e que fosse líquido em condições ideais,
circulasse no sistema de refrigeração e, em caso de esvaziar, não causasse
danos ao ser humano.
A indústria química e os CFCs
Ozono e CFCs
As pesquisas da indústria química voltada à refrigeração deviam identificar um
gás que não fosse venenoso, inflamável, oxidante, não causasse irritações nem
queimaduras, não atraísse insectos. Em suma, deveria ser um gás estável e
perfeito.
31
Nas pesquisas foram testados diversos gases, tendo sido escolhida uma
substância que se chamaria de Clorofluorcarbonetos (CFCs), no dia 30 de
Agosto de 1928, os CFCs foram patenteados e com todos requisitos solicitados.
Os CFCs podem ser compostos de um ou mais átomos de carbono ligados a
átomos de cloro e/ou flúor.
Os CFCs passaram a constituir os equipamentos de refrigeração, ar
condicionados, como propelentes de sprays, solventes industriais, espumas
isolantes, produtos de utilização na Microeletrónica e na e electrónica, etc. A
seguir pode-se ver um exemplo de CFC:
F
|
Cl-C-Cl
|
F
No final da década de 1960 eram liberadas cerca de um milhão de toneladas de
CFCs por ano. As formas de libertação do gás são diversas, a mais conhecida é
pelos aerossóis que utilizam o CFC como propelente.
Para salvar a camada de ozono as Nações Unidas no dia 22 de Março de 1987,
ratificaram e assinaram a Convenção de Viena.
Objectivos da Convenção de Viena
Os objectivos eram:
Protecção da camada de ozono,
Primeiro acordo de investigação cientifica sobre processos atmosféricos e
troca de informação sobre a produção de substâncias destruidoras de
ozono (SDO).
No dia16 de Setembro de 1987, foi ratificado e assinado o Protocolo de Montreal
Objectivos do Protocolo de Montreal:
Controlar as substâncias que destroem a camada de ozono;
Elaborar um plano de actividades com cronograma, para alcançar as
metas desejadas
Estabelecer estratégia de redução e eliminação total das emissões das
Substâncias que Destroem a Camada de Ozono(SDO);
Apresentar a lista de produtos derivados e equipamentos que funcionam
com recurso a SDO;
32
Para complementar as medidas tomadas no Protocolo de Montreal, são
ratificadas e assinadas emendas.
Critérios para adoptar as emendas.
As emendas, são ratificadas e assinadas na medida em que vão sendo
descobertas novas substâncias que destroem a camada de ozono (SDO), para
serem incluídas na lista das substâncias controladas, correcções das medidas
constantes no Protocolo, emendas anteriores bem como a introdução de novas
medidas para melhor controle de produção, comércio e consumo das
substâncias que destroem a camada de ozono (SDO).
As emendas ao Protocolo de Montreal:
Emenda de Londres 1990;
Emenda de Copenhaga em 1992;
Emenda de Montreal em 1997 e
Emendas de Beijing 1999.
Obrigações para Estados subscritores do Protocolo de Montreal
Cada estado membro deve:
Produzir regulamentos específicos;
Ratificar as emendas ao Protocolo de Montreal,
Criar Unidade Nacional de Ozono, para atender actividades do Protocolo
de Montreal,
Controlar as exportações e importações de produtos, equipamentos e
tecnologias que dependem de SDO;
Qualquer comercialização das Substâncias que Destroem a Camada de
Ozono (SDO) para um estado não membro é proibida;
Sistema de controlo das substâncias destruidoras de ozono (SDO) em
Moçambique, Iniciou a 8 de Dezembro de 1993 com a ratificação da:
Convenção de Viena;
Protocolo de Montreal;
33
Emenda de Londres e
Copenhaga.
Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental, autoridade
competente para coordenar as acções junto das seguintes instituições:
Ministérios de Indústria e Comércio(MIC), Finanças (Alfândegas),
Agricultura (MINAG), Saúde (MISAU), Interior, Ciências e Tecnologia.
Quadro legal da implementação dos Acordos
Reunião das partes (MOP),
Conferência das partes (COP),
Reuniões do grupo africano,
Reunião de países da expressão francesa,
Reunião conjunta (expressão inglesa e francesa),
O Secretariado Regional de Ozono, tem a sua sede em Nairobi, na
República de Quénia.
Organização interna
Unidade Nacional de Ozono (coordena as acções);
Representações provinciais (fazem levantamento de dados e reportam a
nível central);
Comité inter-sectorial que faz deliberações
Moçambique nas reuniões internacionais.
da
participação
de
Obrigações da Unidade Nacional de Ozono
1. A primeira tarefa da Unidade Nacional de Ozono, consiste na criação do
G-Ozono;
2. Desenvolver um Programa Nacional para a eliminação progressiva das
importações e consumo das substâncias que destroem a camada de
ozono (SDO);
3. Cumprir com as obrigações decorrentes da ratificação da Convenção de
Viena e do Protocolo de Montreal.
34
4. No programa deve constar calendário para eliminação progressiva das
substâncias que destroem a camada de Ozono;
5. Elaborar um sistema legislativo que consiste em regulamento sobre a
gestão das substâncias que destroem acamada de ozono (SDO) e
controle das importações e exportações das SDO;
6. Formação de formadores para a capacitação dos técnicos de refrigeração
e climatização em novas técnicas do sector de refrigeração e climatização
nível nacional;
7. Formação de oficiais das alfândegas, policias e fiscais com objectivo de
identificar e controlar as importações das substâncias que destroem a
camada de ozono e os equipamentos que dependem das SDO;
8. Elaboração de um programa de incentivos para estimular a conversão de
equipamentos que dependem das SDO para as alternativas;
9. Implementar um programa de sensibilização pública.
10. Identificação as principais empresas utilizadores de Brometo de metíl a
nível nacional;
11. Identificação as principais empresas utilizadores de halogenados;
Realizar o levantamento de dados sobre o consumo das substâncias
destruidoras de ozono (SDO),
Produzir relatórios dos níveis de consumo das substâncias destruidoras
de ozono (SDO) e submeter semestralmente ao Secretariado de Ozono e
ao Secretariado do Fundo Multilateral das Nações Unidas,
Cumprir com os prazos referente a redução gradual e a eliminação total
de cada tipo das substâncias que destroem a camada de ozono (SDO).
Mecanismos de implementação
Programa de capacitação institucional;
Plano Nacional de Gestão de refrigerantes; Brometo de metíl e outras
substâncias destruidoras de ozono (SDO);
Criar o Comité Nacional do Protocolo de Montreal (G-Ozono);
Plano de Acção;
35
Projectos;
Custos.
Projectos específicos.
Sectores de utilização de cada grupo de substâncias
O consumo de Clorofluorcarbonetos (CFCs), é utilizado nos aparelhos de
refrigeração e climatização, aerossóis, tintas, etc.
Principio de funcionamento nos aparelhos de refrigeração e climatização
O gás é injectado no compressor e este pela sua vez comprime este fluido em
todo o sistema de frio (condensador), este principio de funcionamento é igual em
todos aparelhos de refrigeração e climatização.
Para além dos sectores mencionados é utilizado também para o fabrico de
acetona, medicina, cosméticos e limpeza de pequenos circuitos electrónicos.
Os Hidroclorofluorcarbonetos (HCFC), são utilizados no sector de refrigeração e
climatização,
O Brometo de metíl (CH3Br), é uma substância utilizada no sector de agricultura
para tratamento de solos, paletes e fumigação nas plantas e limpeza de
embarcações (barcos) etc.
OS Halogenados são substâncias utilizadas no sector de combate ao incêndio
(Bombeiros). Em Moçambique estas substâncias estão sob o controle do
Ministério do Interior através da (Direcção Nacional de Serviços de Bombeiros).
Sectores com alternativas já disponíveis aos Clorofluorcarbonetos (CFCs)
Hoje em dia já é possível encontrar substâncias alternativas nos sectores abaixo
mencionados:
•
Indústria de refrigeração;
•
Indústria de climatização;
•
Indústria farmacêutica;
•
Indústria electrónica;
•
Indústria de espumas para o combate aos incêndios etc.
36
Quais são as medidas tomadas a nível mundial para evitar a degradação do
ozono?
Com efeito, cerca de dois anos após a descoberta do buraco do ozono sobre a
atmosfera da Antárctica, os governos de diversos países, entre os quais a
maioria dos países da União Europeia, assinaram em 1987 um acordo, chamado
Protocolo de Montreal, com o objectivo de reconstituir a concentração de ozono
na alta atmosfera.
O único método conhecido de protecção da camada do ozono é limitar a
emissão dos produtos que o danificam e substitui-los por outros mais amigos do
ambiente.
Assim sendo, mais de 60 países comprometeram-se a reduzir em 50% o uso de
CFCs até finais de 1999, com o Protocolo de Montreal, com o objectivo de
reconstituir a concentração de ozono na alta atmosfera.
Este acordo entrou em vigor em 1989 e visa reduzir, progressivamente, as
emissões dos gases que provocam a degradação do ozono.
Na Conferência de Londres, em 1990, concordou-se em acelerar os processos
de eliminação dos CFCs, impondo a paragem total da produção até ao ano de
2000, tendo sido criado o Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal, para
apoiar aos países em desenvolvimento a redução do consumo das substâncias
que destroem cama de ozono.
Os Estados Unidos, Canadá, Suécia e Japão anteciparam essa data para 1995
e a UE decidiu parar com a produção até Janeiro de 1996. Segundo a
Organização Meteorológica Mundial, o Protocolo de Montreal, tem dado bons
resultados, uma vez que foi registada uma lenta diminuição da concentração de
CFCs na baixa atmosfera após um máximo registado no período de 1992/1994.
Em Fevereiro de 2003, cientistas neozelandeses anunciaram que o buraco na
camada de ozono sobre a Antárctica poderá estar fechado em 2050, como
resultado das restrições internacionais impostas contra a emissão de gases
prejudiciais.
Sem a forte adesão ao Protocolo de Montreal, os níveis de substâncias
prejudiciais para o ozono seriam cinco vezes maiores do que são hoje. Mesmo
assim, a luta pela restauração da camada de ozono tem de continuar, pois
aquelas substâncias têm um tempo de vida longo. Os cientistas prevêem que o
aparecimento anual do buraco do ozono no Pólo Sul dure ainda vários anos.
37
O êxito do Protocolo de Montreal, evidencia o sucesso da cooperação entre
países e organizações internacionais para um fim comum. Só o cumprimento
integral e continuado das disposições do Protocolo por parte dos países
desenvolvidos e dos países em desenvolvimento poderá garantir a recuperação
total da camada de ozono.
Agentes poluidores
Agentes poluidores, é um conjunto de produtos que provocam poluição,
geralmente originada dos processos de transformação industrial ou de seu
consumo pela sociedade. Estão classificados em três grandes grupos: os do ar,
das águas e do solo.
A poluição do ar é causada por duas categorias de poluentes: os primários,
liberados directamente na atmosfera e os secundários, formados por
combinações físico-químicas entre diferentes elementos na atmosfera. Os
principais exemplos são o Dióxido de enxofre (SO2), Hidrocarbonetos (HC),
partículas em suspensão (PS) e o óxido de Nitrogénio (NO). Um caso especial é
o dos Clorofluorcarbonetos (CFCs), que provocam os “buracos” na camada de
ozono. O Dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, dando lugar, por sua vez, a
um aumento da temperatura global da Terra.
A poluição das águas deve-se a um grupo restrito de poluentes: as substâncias
tóxicas (ST), óleos e graxas (OG), material em suspensão (MS) e substâncias
destruidoras do processo de oxigenação natural da lâmina de água, que causa a
demanda biológica de oxigénio (DBO).
A poluição do solo é provocada pelos resíduos químicos derivados dos insumos
agrícolas e pelos resíduos sólidos vindos do lixo.
Outros males importantes causados pelo ser humano ao meio ambiente são o
uso de pesticidas que contaminam regiões agrícolas e interferem no
metabolismo do cálcio das aves; a erosão do solo, que está degradando terras
cultiváveis, a perda das terras virgens, o crescente problema mundial do
abastecimento de água, como consequência do esgotamento dos aquíferos
subterrâneos, assim como pela queda na qualidade e disponibilidade da água e
a destruição da camada de ozono, entre outros.
Recursos naturais
Uma correcta gestão dos recursos naturais é importante para a redução da
pobreza, uma vez que a sobrevivência de cerca de 75% da população dos
países pobres depende da produção de mel, tabaco, resina, cogumelos, nozes,
algodão, café, chá, cacau, entre outros.
38
Se por um lado estes sectores económicos são muito vulneráveis às alterações
climáticas, por outro, os países pobres têm dificuldades em retirar benefício
económico da venda destes produtos. Além de terem de competir com a
qualidade dos produtos dos países ricos com melhores condições de produção,
transporte e conservação, os produtos dos países pobres chegam ao mercado
internacional com preços elevados, devido aos subsídios praticados nos países
ricos.
Graças aos subsídios à produção e à exportação, os países ricos conseguem
vender os seus produtos a preços abaixo do custo de produção. Uma vez que os
países pobres não conseguem competir com preços tão baixos, são obrigados a
abandonar certas actividades económicas que deixam de ser rentáveis e a
importar dos países ricos. Com o objectivo de aumentar o seu rendimento, os
países pobres procuram aumentar a sua produção, muitas vezes à custa da
grande exploração dos recursos naturais. Assim, é comum registarem-se níveis
elevados de pesticidas nos recursos hídricos, nomeadamente na água utilizada
para consumo humano, devido a práticas agrícolas incorrectas.
Os países pobres têm assistido à destruição das suas florestas, muitas vezes
devido a práticas ilegais de extracção de madeira para venda aos países
industrializados. Além disso, a madeira é uma matéria muito procurada uma vez
que a sua queima constitui uma das principais fontes de energia das habitações,
que não têm electricidade nem gás.
A exploração dos recursos piscatórios dos países pobres pelos países ricos,
conduz muitas vezes à depleção destes recursos, e ao aumento de pobreza das
famílias que dependem da pesca.
As frotas europeias de pesca industrial no Senegal são responsáveis pela
depleção de muitas espécies de peixes.
ROMA — O Papa Bento XVI pediu no ano 2007, uma maior cooperação
internacional na protecção ao meio ambiente, com o objectivo de preservar a
natureza para as gerações atuais e futuras.
39
“Ao longo das últimas décadas, graças a uma cooperação internacional entre
política, ciência e economia, foram obtidos importantes resultados em benefício
das gerações atuais e futuras”, afirmou o Papa, evocando o 20º aniversário da
adopção do Protocolo de Montreal sobre as substância nocivas para a camada
de ozono.
“Desejo uma intensificação da cooperação, por parte de todos, para promover o
bem comum, o desenvolvimento e a salvaguarda do que tem sido criado,
reforçando a aliança entre o homem e o meio ambiente”, afirmou Bento XVI
após a benção do Angelus, celebrada em Castel Gandolfo, a residência de
verão dos Papas nos arredores de Roma.
A protecção do meio ambiente é um tema que Bento XVI aborda com frequência
em seus discursos.
Como é que o ambiente afecta a Pobreza?
Vários aspectos ambientais contribuem para a vulnerabilidade da população
mais pobre. Por exemplo, a poluição da água e do ar conduz ao aparecimento
de doenças, que tornam a população enfraquecida para trabalhar e usufruir de
rendimento.
Além disso, as condições ambientais são um factor determinante no rendimento
de muitas comunidades pobres que dependem da pesca, da agricultura e da
exploração de florestas, sectores bastante vulneráveis às alterações climáticas e
às associadas secas, cheias e temperaturas elevadas.
Água e saneamento básico
O grande crescimento populacional nos países pobres representa uma maior
produção de esgotos e de resíduos que geralmente são lançados no meio
ambiente sem tratamento, levando à contaminação do solo, lençóis freáticos e
rios. Além disso, a necessidade de água para satisfazer uma população
crescente conduz muitas vezes à grande exploração dos recursos hídricos.
Crescimento populacional
Cerca de 60 % da população mundial não tem saneamento básico, sendo os
esgotos lançados no solo e nos cursos da água.
1.8 milhões de pessoas morrem anualmente devido a diarreias associadas a má
qualidade da água, das quais 1.6 milhões são crianças com menos de 5 anos.
O combate à pobreza e a conservação ambiental são dois dos maiores desafios
que a Humanidade enfrenta actualmente, sendo considerados elementos-chave
para atingir um desenvolvimento sustentável.
40
De uma forma geral, nos países pobres registam-se elevados níveis de
degradação ambiental. A falta de recursos financeiros para investimento no
tratamento de resíduos sólidos e esgotos e em tecnologias pouco poluentes,
conduzem à contaminação dos rios, dos solos e do ar. Por outro lado, os
problemas ambientais, como as alterações climáticas, são responsáveis pelo
aumento da pobreza ao colocarem em risco muitas das actividades económicas
de que as comunidades mais pobres dependem, como as pescas e a
agricultura.
Uma das formas utilizadas para a caracterização da pobreza no Mundo é
através da Linha de Pobreza. A Linha de Pobreza actual é de 1 dólar/dia,
correspondendo ao valor mínimo necessário para se adquirir um conjunto de
bens essenciais à sobrevivência. Trata-se de um valor simbólico que deve ser
recalculado para cada país tendo em conta o respectivo nível de vida.
O conceito Pobreza tem vindo a alterar-se ao longo do tempo, passando de uma
definição meramente monetária, que apenas tem em conta o rendimento da
população, para um conceito que engloba uma série de aspectos necessários à
melhoria da qualidade de vida: acesso ao ensino, aos serviços de saúde, a água
com qualidade e ao tratamento de esgotos.
A pobreza mundial tem vindo a diminuir ao longo dos últimos 25 anos devido,
principalmente, ao grande crescimento económico de países como a China e
como a Índia. A nível regional, a África sub-sariana constitui a situação mais
preocupante, onde a pobreza duplicou entre 1981 e 2001 devido a guerras e
doenças, como a SIDA.
A política de reciclagem e reutilização dos materiais
Como proteger o ambiente e salvar as futuras gerações dos danos à saúde
humana e ao ambiente causados pelas actividades do homem?
Certamente que até a pessoa mais desatenta a estas questões ambientais
conhece as vantagens da reciclagem. Com a implementação da política de
reciclagem evita a depauperação dos nossos recursos naturais, poupa energia,
diminui o consumo de água, promove a qualidade do ambiente, cria postos de
emprego, etc.
Se for uma pessoa mais informada até já recicla o seu papel, coloca as garrafas
num recipiente apropriado e pensa em levar aquele saco enorme de pilhas
usadas que tem vindo a guardar para um lugar criado para o efeito. No entanto,
sempre que vai às compras continua a trazer para casa uma quantidade enorme
de produtos, embalagens, fios, sacos, papéis de embrulho. A reciclagem e o
reutilização são apostas muito importantes, mas a redução no acto de compra é
uma outra solução.
41
Ao comprar um produto, opte pelos de natureza biodegradável e reciclável.
Escolha aqueles que apresentam uma maior durabilidade e longevidade. Estará
assim, a contribuir para um melhor ambiente e a poupar os nossos recursos
naturais. Tenha ainda atenção se o produto apresenta um excesso de
embalagem ou se esta pode ser reutilizada. Por vezes os fabricantes, para
tornar o seu produto mais atraente, optam por embalagens mais sofisticadas
mas impossíveis de reaproveitar. Sempre que possível compre produtos
embalados em papel em vez de plástico, uma vez que a reciclagem dos
primeiros é mais eficiente.
Quando for às compras, utilize sacos de pano ou volte a usar o cesto que tinha
posto de parte em entretenimento dos sacos de plástico. No caso das bebidas,
utilize produtos embalados em materiais com retorno e/ou recicláveis e coloqueos no contentor apropriado de reciclagem.
Nos detergentes para a casa compre aqueles que sejam livres de fosfatos e
biodegradáveis.
Ao escolher os electrodomésticos leia atentamente as indicações e compare os
consumos de água e energia.
Estes são apenas alguns conselhos que podem torná-lo um melhor amigo do
ambiente.
Formação de radicais livres na atmosfera
•
as dissociações de moléculas que ocorrem por acção da luz chamam-se
fotólises ou reacções fotoquímicas.
•
Estes tipos de reacções acontecem, principalmente, na parte de cima da
troposfera e na estratosfera.
•
A dissociação de uma molécula é o mesmo que quebrar as suas ligações.
É como um chocolate que partimos a metade: seria a dissociação de um
chocolate.
•
Destas dissociações saem partículas muito reactivas chamadas radicais.
Dissociação e ionização de partículas
•
Energia de dissociação.
•
É a energia necessária para quebrar as ligações de uma molécula.
42
Exemplo: A energia de dissociação da molécula de oxigénio (O2) é 8,3x10-19J.
Se a radiação incidente
tiver energia igual a
8,3x10-19J.
A molécula separa-se
em radicais livres (O),
que não têm energia
cinética.
Se a radiação incidente
tiver energia inferior a
8,3x10-19J.
Há
apenas
efeito
térmico.
A
energia
cinética da partícula
aumenta.
Se a radiação incidente
tiver energia superior a
8,3x10-19J.
A molécula separa-se
em radicais livres (O),
que possuem energia
cinética.
Formação de iões na atmosfera
•
A energia solar é absorvida para extrair um electrão.
•
Se a radiação tiver energia superior à energia de primeira ionização
consegue retirar um ião à partícula e ionizá-la.
•
Como as energias de ionização são relativamente elevadas, as
ionizações são mais frequentes na termosfera (ionosfera).
•
Também podem ocorrer dissociações seguidas de ionizações.
Energia de primeira ionização
•
É a energia necessária para tirar um electrão a uma molécula ou átomo.
•
Exemplo: A energia de primeira ionização da molécula de oxigénio (O2) é
1,9x10-18J.
Se a radiação incidente
tiver energia igual a
1,9x10-18J.
A molécula é ionizada e
torna-se O2+.
Se a radiação incidente
tiver energia inferior a
1,9x10-18J.
Há
apenas
efeito
térmico.
Se a radiação incidente
tiver energia superior a
1,9x10-18J.
A molécula é ionizada e
torna-se O2+ e fica com
energia cinética.
O que acontece quando expormo-nos excessivamente
ao sol?
A exposição excessiva ao sol pode trazer graves
consequências, para a nossa pele, para o nosso sistema
imunológico. Os nossos olhos também são lesados pela
exposição contínua e excessiva ao sol, levando à formação
de catarata em idade mais avançada.
43
A nossa pele é formada por queratinócitos (células existentes nas camadas mais
superficiais da pele, que servem de protecção às camadas mais internas),
melanócitos (células produtoras de melanina, o pigmento responsável pela cor
da pele) e vasos sanguíneos e linfáticos, entre outros componentes. Na
epiderme, a radiação UV pode provocar alterações nos queratinócitos e
melanócitos e mudanças funcionais nas células de Langerhans e linfócitos
(células do sistema imunológico). Até mesmo baixas doses de UV-B podem
reduzir a resposta imunológicas.
A epiderme exposta com frequência ao sol torna-se espessa, chegando a ter o
dobro da espessura da pele protegida e é desorganizada, podendo aparecer
manchas claras ou escuras, ou regiões que "descamam".
Os melanócitos são as células envolvidas na fotoprotecção da pele, devido à
produção de melanina, que actua como um fotoprotector natural. Na epiderme
danificada pelo sol, o número destas células aumenta. Elas migram para níveis
mais altos da epiderme e aumentam a produção de melanina, que absorve UV,
não deixando que os raios alcancem o DNA das células.
O eritema, ou queimadura solar, é causado pela vasodilatação dos vasos
sanguíneos da derme. O eritema chamado de imediato, que ocorre nas
primeiras 6 a 12 horas de exposição ao sol, pode ser bloqueado por antiinflamatórios não-esteróides. Porém, estes agentes anti-inflamatórios não
podem inibir o eritema tardio, que acontece cerca de 24 horas após exposição
ao sol por mecanismos distintos do eritema imediato.
Bronzeado é o termo aplicado ao aumento de melanina induzido pela exposição
à radiação UV. A pigmentação da pele pode ser imediata, causada por uma fotooxidação dos pigmentos de melanina já existentes, e tardia, causada pelo
aumento da multiplicação dos melanócitos e pelo aumento da produção de
melanina por estas células.
A pigmentação protege as células da pele contra os danos causados em seu
DNA pelos raios UV, mas não protege contra o eritema. O bronzeado, apesar de
bonito, é um estado de alerta do corpo contra os danos causados pela
exposição excessiva ao sol, que podem provocar o câncro.
A radiação UV-B pode exercer acções biológicas adversas na pele humana que
não estiver protegida.
Evidências médicas indicam claramente que a pele humana pode sofrer danos
severos quando exposta à radiação UV-B natural do sol. Os efeitos mais citados
na literatura são o câncro de pele e a supressão do sistema imunológico.
A pele humana tem uma importante função relativa à actividade imunológica, e a
radiação UV-B pode interferir com o sistema imunológico humano através da
44
pele. A supressão da capacidade imunológica enfraquece o sistema de defesa
contra o câncro de pele, e debilita a defesa contra doenças infecciosas.
Tipos de pele Humana quanto a sensibilidade ao UV-B
Muitos dermatologistas realizaram experiências em relação a interacção da
radiação UV-B com o meio ambiente, especialmente com a pele humana, sendo
capazes de prognosticar o número de minutos que o paciente pode expor-se ao
sol sem queimar a pele. Através dessas experiências definiram 4 tipos de pele
humana, de acordo com a sensibilidade ao raio UV-B.
A queimadura da pele é algo indesejável porque, em geral, representa dano à
pele, o que deve ser evitado.
Índice Ultravioleta
Com as siglas I-UV ou UV Índice, é um parâmetro criado para definir a
intensidade de radiação a que o paciente está exposto, como no caso do sol na
faixa UV-B. Existem 15 degraus de intensidade, sendo que o índice 15
corresponde ao mais intenso (pico do verão - meio dia).
A tabela acima indica de 0 a 15 os intervalos de tempo em minutos, para
exposição sem perigo de queimaduras, para os pacientes sensíveis ou menos
sensíveis.
Vários países como Canadá, Estados Unidos, Alemanha, e outros, divulgam um
índice de UV-B para informar e auxiliar sua população aos cuidados com a pele,
modificando a atitude das pessoas em relação ao sol. Em muitos países em
desenvolvimento, como é o caso de Moçambique, ainda não tem esse benefício.
45
O índice de UV-B é um índice numérico que indica a intensidade da radiação
UV-B. Aprendendo a usar o índice, como se fosse a temperatura ou a previsão
de chuvas, a população teria melhores condições de programar o seu dia-a-dia,
e desfrutar do sol sem prejudicar sua saúde.
A variação diurna do sol deve implicar numa intensidade máxima perto do meiodia, com intensidades mínimas ao amanhecer e no pôr-do-sol, entre estes
extremos, com valores intermediários.
Penetração dos raios na pele
Os raios UV são quase totalmente absorvidos pelas primeiras células
epidérmicas. A luz visível é bem mais penetrante, atravessando integralmente
0,6 mm da pe\1le. Os infravermelhos (IR) calóricos são mais penetrantes, porém
perdem gradualmente esta propriedade a medida que aumenta a longitude de
onda.
A radiação penetra na pele de maneira irregular, pois a mesma possui muitas
camadas que também são dispostas irregularmente.
A penetração da radiação vai depender também de factores individuais de cada
pessoa, como a raça, as regiões do corpo afectadas, a cor e outros. A
espessura da camada córnea representa um factor muito importante e explica o
comportamento da pele da planta dos pés e da palma das mãos em relação a
radiação solar.
Fora da atmosfera terrestre, a exposição directa a luz solar seria fatal à vida,
devido a enorme energia radiante que emana das radiações termonucleares do
sol. Porém, estamos protegidos pela acção filtrante do oxigénio. As ondas de
menos de 240 nm (UV-C) convertem o oxigénio em ozono, e este absorve os
raios UV-B.
46
Como não existe nenhum meio nos países em desenvolvimento que permita
sabermos as doses exactas de UV-A e UV-B que estão sendo transmitidas em
determinadas horas do dia, podem se tornar muito mais lesivos, causando
maiores possibilidades de moléstias, se não fosse a acção dos raios
infravermelhos, que tem grande poder calórico. Isso pode se tornar um factor
protector, pois o indivíduo ao não suportar o imenso calor, se esconde do sol,
protegendo-se um pouco mais.
A melanina é um pigmento fotoprotector, que tem grande importância no
mecanismo de absorção e reflexão da luz solar. A quantidade e distribuição da
melanina influenciam muito na resposta cutânea diante da luz solar.
A melanina actua como um verdadeiro filtro, absorve as radiações
transformando-as em calor (decomposição térmica); capta a energia e estabiliza
os radicais livres originados pela radiação.
No organismo humano, a pele é o órgão que efectua o maior aproveitamento
desta energia radiante. A resposta cutânea à radiação solar se caracteriza pela
formação de eritema, melanogênese, incrementando o número de queratinócitos
e da espessura da camada córnea, com formação do estrato lúcido na parte
mais profunda.
O eritema é o mais simples dos acidentes cutâneos provocados pelo sol. É um
processo inflamatório que se manifesta pela presença de cor avermelhada na
pele.
É uma resposta normal e transitória que se deve a reacções originadas na
camada espinhosa epidérmica e na derme quando os átomos de energia
(radiação de forma intermitente) atravessam a camada córnea.
O grau de eritema que pode ser apresentado depende da raça e características
de cada indivíduo. Porém, o eritema solar é condicionado a partir dos raios UVB.
A pigmentação cutânea ou bronzeado deve-se a neoformação de melanina.
Também se observa uma maior produção de queratinócitos.
Já o infravermelho causa uma vasodilatação que se evidencia por um eritema
precoce, imediato, que desaparece rapidamente.
As queimaduras da pele são causadas pelos raios ultravioletas. As zonas de
queimadura solar se apresentam com um quadro inflamatório, em que
predominam o eritema, sensação de calor acompanhada de dores.
A pele fica com aspecto arroxeado e quente, tornando-se tensa e dolorida.
Existe vasodilatação com aumento do fluxo sanguíneo e aumento da
47
permeabilidade cutânea. Qualquer pequena exposição ao sol se torna
intolerável. Depois de alguns dias, a epiderme descama e retorna a
pigmentação.
Como diferenciar o câncro de pele?
O que é a pinta ou sinal?
Normalmente são chamadas de pintas as lesões denominadas pelos
dermatologistas de nevos melanocíticos. Pintas ou nevos são lesões planas ou
elevadas, cuja coloração pode variar da cor da pele ao negro. Podem ser
congénitos (quando presentes ao nascimento) ou adquiridos (quando surgem
após o nascimento). Alguns ainda podem apresentar pêlos.
Os nevos podem ser pequenos, puntiformes ou até gigantes, aqueles que
atingem grandes áreas do corpo.
A grande maioria dos nevos é benigno, porém alguns deles podem se
transformar em câncro de pele. Portanto é importante sempre examinar as
pintas. O conceito de que pintas de nascença são benignas nem sempre é
verdadeiro, principalmente nos nevos gigantes.
Quando é que as pintas adquiridas começam a aparecer?
Geralmente as pintas começam a aparecer na infância, tendem a aumentar em
número até a meia-idade, quando podem diminuir. Predisposição genética e
exposição ao sol são os factores que fazem com que algumas pessoas tenham
mais pintas do que outras.
Qual é o número normal de pintas nos adultos?
O número de pintas varia muito, mas a maioria dos adultos possuem entre 10 a
40 pintas na pele, mas existem pessoas que tem até mais de 100 pintas!
Quando é que devemos nos preocupar com pintas?
Devemos ficar atentos quando uma pinta começa a apresentar variações de:
•
•
•
•
Coloração – Se numa mesma pinta começam a surgir várias cores como
preto, azul, cinza, esverdeada, vários tons de marrom;
Tamanho – Se a pinta vem crescendo ou diminuindo;
Bordas – Observar se as bordas estão ficando irregulares;
Assimetria? Se antes a pinta era redondinha e agora está ficando
assimétrica.
48
Esses critérios deram origem a regra do ABCD.
O que é a regra do ABCD
É um método que utiliza algumas características das lesões da pele para dar
nota à pinta e assim chamar atenção das possibilidades de malignidade. Quanto
maior a nota maior o risco.
O que é Câncro da Pele?
O câncro da pele é um crescimento descontrolado e anormal das células que
compõe a pele. Existem diferentes tipos de câncro, dependendo do tipo de
célula que se prolifera, Os mais comuns são os Carcinomas basocelulares,
espinocelulares e melanomas.
O câncro da pele é o mais frequente entre todos os tumores existentes.
O que é Melanoma?
É o mais agressivo e maligno de todos os tumores da pele.
O melanoma na maioria das vezes se parece a uma pinta (nevo), sarda ou
mancha de nascença. Porém, ele cresce rápido, pode ter alteração de cor,
espessura e até pode perder a cor, a pinta pode ainda sangrar. É muito
importante o seu reconhecimento precoce pois em seus estágios iniciais ele
pode ser curado.
Alguns sinais de suspeita de melanoma são quando as pintas, sardas ou
manchas aumentam de tamanho, ficam elevados ou mudam de cor. Para isto,
se utilizam regras do ABCD para ajudar a identificar as lesões de risco.
Porquê reconhecer precocemente o câncro de pele?
Porque quanto mais cedo for reconhecido, maiores serão as possibilidades de
cura através de procedimentos simples.
Um exame muito simples feito no consultório do dermatologista pode
diagnosticar o melanoma com até 99% de certeza, mesmo em estágios iniciais,
é a dermatoscopia digital. Ele se baseia nos critérios do ABCD, dá uma nota
às pintas e dependendo da nota a pinta será considerada benigna,
potencialmente maligna ou maligna, sendo então encaminhada para retirada ou
acompanhamento clínico. Além disso as pintas são fotografadas e se monta um
arquivo do paciente para seu acompanhamento.
49
Como é feita a remoção das pintas?
As pintas que forem suspeitas, isto é, aquelas que tem potencial de virar um
câncro de pele, devem ser removidas através de uma pequena cirurgia.
Primeiramente é feita uma anestesia local e então, com um bisturi, o
dermatologista retira a pinta, envia para exame (anatomopatológico).
Geralmente fica uma pequena cicatriz no local.
As sardas podem virar câncro de pele?
Na verdade as sardas são lesões benignas, que não oferecem risco de virar
câncro de pele. Mas como elas estão relacionadas a exposição solar excessiva,
frequentemente atingem pessoas de pele clara sendo mais um sinal de alerta
para se aumentar a protecção solar.
O que se pode fazer para evitar que as pintas virem Câncro de pele.
Na verdade não podemos evitar todos os tipos de câncro de pele, mas devemos
evitar a exposição solar excessiva em pessoas de pele clara e com muitas
pintas.
É muito importante usar filtro solar de factor de protecção 15 ou mais e que ele
seja reaplicado a cada 2 horas. O ideal é aplicar o protector na pele 30 minutos
antes da exposição solar. Além disso, evitar o sol entre 10:00 e 16:00 horas.
Importância de auto exame
O auto exame é método para você examinar regiões do corpo de difícil
visualização. É recomendado que se faça o auto exame a cada 3 meses.
Com a ajuda de um espelho de mão e um outro de parede você pode examinar
o corpo todo, ou pedir a ajuda de um amigo ou parente para auxiliá-lo.
De qualquer forma, o auto exame vai auxiliar a visualização de lesões, porém é
fundamental que pelo menos uma vez ao ano suas pintas sejam avaliadas por
um dermatologista.
Sensibilidade à luz ultravioleta e tipos de pele
A sensibilidade à radiação UV pode ser influenciada por características
genéticas, factores relacionados à idade, e o uso de alguns medicamentos.
Factores significativos que influenciam a susceptibilidade à radiação UV incluem
raça, grupo étnico, cor dos olhos e dos cabelos, e a tendência para formação de
sardas.
50
A idade de um indivíduo pode ser correlatada com factores que influenciam a
susceptibilidade à radiação UV. Estes incluem diferenças estruturais na pele
relacionadas à idade (as crianças são mais susceptíveis do que os adultos),
diferenças de comportamento (por exemplo, as actividades dos adolescentes
costumam levar à maior exposição ao sol) e, hipoteticamente, diferenças
imunológicas relacionadas à idade.
Patologias associadas ao sol
O sol, além de induzir modificações na nossa pele e no sistema imunológico,
também pode causar uma série de Patologias, a maioria localizada na pele.
A exposição contínua e excessiva ao sol também pode levar à formação de
catarata em idade mais avançada.
No entanto, dentre todas as Patologias associadas ao sol o câncro é a mais
perigosa. O carcinoma de células basais, o tipo mais comum de câncro de pele
em pessoas de pele muito clara, é achado principalmente em áreas expostas
continuamente ao sol, como a cabeça e pescoço. Além disso, as pessoas com
cor muito clara são mais susceptíveis ao câncro de pele induzido pelo sol e a
incidência de câncro de pele aumenta em regiões de menor latitude e de maior
exposição ao sol.
Em geral, o aparecimento do câncro de pele é precedido por danos no DNA das
células da epiderme, inflamação, hiperplasia e displasia da epiderme.
Experiências em animais indicam que a radiação UV-B é muito mais efectiva
que a radiação UV-A para causar câncro de pele. Não obstante, a radiação UVA
pode induzir danos no DNA celular, eritema, câncro de pele em animais de
laboratório.
Prevenção contra os danos provocados pela radiação uv
Existem várias formas de proteger a pele e os olhos dos efeitos danosos da
exposição excessiva à radiação UV.
O uso de roupa apropriada, de cor clara e de tecidos como o algodão e o linho,
uso de chapéus, bonés e óculos de sol de qualidade, que oferecem protecção
adequada contra os raios UV.
É preciso lembrar, na hora de comprar óculos de sol, de verificar se o fabricante
garante protecção contra UV, pois os óculos escuros comuns não protegem
contra os raios UV e podem até ser nocivos.
51
É importante ressaltar que os óculos escuros e bonés não devem ser usados
apenas na praia, por banhistas e surfistas, mas em qualquer actividade exercida
sob o sol, como soltar papagaios e jogar bola.
Um outro desporto, muito praticado em países de clima frio, que necessita de
protecção adequada para os olhos é o esqui. A neve, assim como a areia da
praia, reflecte os raios UV, podendo cegar uma pessoa sem protecção
adequada.
Uma redução significativa de certos tipos de danos causados pela radiação UV
solar pode ser alcançada pelo uso apropriado de fotoprotectores com factor de
protecção 15 ou mais alto. Embora a maioria dos protectores de sol no mercado
hoje é apropriado para a protecção contra UV-B, protectores solares efectivos
contra UV-B e pelo menos parte do espectro de UV-A são preferíveis.
Os protectores de sol impermeáveis devem ser seleccionados por nadadores e
pessoas que soam muito. Os praticantes do desporto como o surfe e o voleibol
de praia também devem aplicar protectores de sol antes de exposição, com
reaplicações frequente depois disso. O uso diário é recomendado para as partes
normalmente expostas ao sol (como rosto e braços) durante o verão,
especialmente em pessoas muito brancas.
Tão importante quanto o uso apropriado de protectores, bonés e óculos, é a
consciencialização das pessoas para não se exporem ao sol nos períodos
críticos do dia.
Estima-se que cerca de 50% da exposição de um indivíduo à radiação UV
acontece por volta dos 18 anos de idade. Então, a educação do comportamento
das crianças com relação a exposição ao sol é importante.
Horários modificados para actividades ao ar livre em escolas, acampamentos,
ou praia deveriam ser considerados sempre que possível, para minimizar a
exposição aos raios ultravioletas.
O horário do dia e a estação do ano tem um impacto fundamental na extensão
da exposição à radiação UV.
Os adultos e crianças deveriam limitar a sua exposição durante este período de
pico de radiação UV. O uso de barracas de praia diminui a incidência directa da
radiação UV, mas não impede a reflexão dos raios UV pela areia. Assim,
pessoas muito brancas devem se proteger com filtros solares mesmo estando
sob uma barraca.
As pessoas devem ainda estar sempre atentas a medicamentos e substâncias
químicas fotossensibilizadores porque é conhecido que estes podem exacerbar
os efeitos de exposição à radiação UV.
52
Há uma necessidade crítica de educar o público sobre estes factores,
consideração que mostrará que as estratégias de diminuição dos riscos
descritas acima são compatíveis com uma vida activa normal.
Medidas Preventivas
1) Filtro Solar
- O Filtro Solar tem um número que determina o seu factor de protecção solar
(FPS). É importante que ele seja de amplo espectro e que proteja contra as
radiações UVA e UVB. O factor mínimo que se deve usar é o 15.
- Em peles mistas ou oleosas utilizar as fórmulas oil free com textura gel ou
loção para evitar a formação de acne.
- Para peles normais e secas usar formulações em creme. A sua aplicação deve
ser feita 30 minutos antes da exposição solar e ser repetida a cada 2 horas ou
sempre após cada mergulho ou sudorese intensa.
- Utilizar produtos resistentes à água. Aplicar o produto no corpo, rosto, orelhas,
pescoço, nuca e peito do pé. Devem ser usados protectores para os lábios
evitando assim o ressecamento e o aparecimento do herpes, queimaduras ou
fissuras.
- Os cabelos quando expostos ao sol tornam-se ressecados por perda da
proteína (queratina). Devem ser protegidos com filtros solares para cabelos
somente nos fios e não nas raízes.
2) Uso de chapéus.
3) Óculos de boa qualidade com lentes que filtram os raios solares. — Evitar
comprá-los quando estiverem expostos ao sol pois a curvatura das lentes fica
modificada.
4) Evitar o horário de 10 às 16 horas pela grande incidência de raios UVB.
Cuidados
Ingerir líquidos para manter-se hidratado
Banhos mornos com sabonete glicerinado
Utilizar hidratantes corporais a base de azuleno, aloé
vera, calêndula, camomila, vitamina C, óleo de uvas, etc.
53
Alimentação a base de vegetais ricos em vitamina C (a laranja, limão), vitamina
E (brócolos, espinafre, cereais integrais) e betacaroteno (cenoura, beterraba e
abóbora); carnes magras.
Utilize essas informações durante as férias, descanse e aproveite o verão. Não
deixe o sol te transformar de amigo a vilão!
Uma das importâncias do tomate
Comer tomates protege a pele dos raios ultravioleta do sol
O tomate é rico em procolágeno
Uma pesquisa conduzida por especialistas britânicos sugere que duas refeições
diárias à base de tomate podem ajudar na prevenção contra os efeitos maléficos
do sol.
Os cientistas da Universidade de Manchester e Newcastle fizeram uma
experiência com dez voluntários que, durante três meses, consumiram
diariamente 55 gramas de massa de tomate misturadas a 10 gramas de azeite.
Outros dez participantes tomaram apenas as 10 gramas de azeite.
Ao fim dos três meses, os especialistas britânicos fizeram exames de pele nos
participantes e perceberam que os que haviam comido a massa de tomate
tiveram a protecção contra os raios solares ultravioleta aumentada em 33%,
além de maiores níveis de procolágeno.
O procolágeno é uma molécula que dá estrutura à pele e a mantém firme,
ajudando na prevenção contra rugas.
"A dieta à base de tomate aumentou o nível de procolágeno na pele
significantemente, podendo retardar o envelhecimento da pele", disse a
professora Lesley Rhodes, dermatologista na Universidade de Manchester.
54
"E nem é preciso comer muito da fruta. A quantidade administrada aos
voluntários é equivalente à encontrada em algumas refeições à base de tomate",
disse a pesquisadora.
O estudo, apresentado na Sociedade Britânica de Dermatologia Investigava,
acredita que o antioxidante licopeno - que dá a cor avermelhada ao tomate esteja por trás das propriedades benéficas da fruta.
Este componente, encontrado em grande concentração quando o tomate é
cozido, também é conhecido por seus benefícios contra o câncro de próstata.
Os especialistas advertiram que a protecção oferecida pelo tomate contra os
raios ultravioleta deve ser encarada como uma "ferramenta a mais" contra os
efeitos do sol e não como um substituto do protector solar.
O brócolos ajuda a combater efeitos dos raios ultravioleta
Brócolos: protege a pele da radiação, mas não substitui
o protector solar.
O consumo de brócolos não só é bom para a saúde em geral, mas também
combate os efeitos da radiação ultravioleta, revelou um estudo divulgado pela
revista "Proceedings of the National Academy of Sciences".
Cientistas da Universidade Johns Hopkins disseram que o extracto das
sementes dessa verdura, chamado sulforafane, reduz o avermelhar da pele e as
lesões dérmicas ao aumentar a produção de enzimas que protegem as células
da radiação.
Até agora se sabia que o brócolos tem um alto conteúdo de carboidratos,
vitamina C, vitamina A, potássio, ácido fólico, cálcio e ferro, todos os quais
ajudam a combater uma longa lista de doenças.
Também contém antioxidantes e fibras para impedir o aumento do colesterol e
ajudam a regular o açúcar e a insulina no sangue.
O grupo de cientistas administrou o extracto a seis pessoas para provar
diferentes doses em vários sectores da pele expostos a radiação ultravioleta e
compararam o estado de pele com regiões não tratadas.
55
Segundo indicaram, em suas doses mais altas, o extracto reduziu o avermelhar
e a inflamação em uma média de 37%, a qual variou de 8% a 78%, segundo a
origem étnica dos participantes. "Isto é importante, porque demonstra que (o
extracto da semente de brócolos) tem bons resultados nos seres humanos",
disse o doutor Paul Talalay, chefe do grupo, que lembrou que esses efeitos já
tinham sido confirmados em animais.
Talalay acrescentou que o extracto pode proteger da radiação ultravioleta
especialmente pessoas com problemas em seu sistema imunológico e que
correm mais perigo de sofrer câncro de pele.
No entanto, o cientista esclareceu que o vegetal não substitui os protectores
solares, que impedem que a radiação penetre nas células da pele.
De toda a radiação que atinge a Terra, cerca de 45% corresponde aos espectros
de luz visível. Uma maior intensidade da radiação Ultravioleta, seria incompatível
com a vida na Terra.
O ozono encontra-se essencialmente nas camadas superiores da atmosfera
(estratosfera), a cerca de 15 Km da superfície, e constitui um filtro para os raios
Ultravioletas (V-B), e escudo para os raios Ultravioletas (V-C), esta camada tem
20 a 30 Km de espessura.
Esta camada é a única forma de protecção da Terra para filtrar os raios
ultravioletas do Sol, permitindo assim a existência de vida no planeta.
O grande problema é que esta camada de protecção está a destruir-se. O
buraco de ozono foi descoberto em 1985 por uma equipa de investigadores
British Antartic Survey que estavam a trabalhar na Baía de Halley, na Antárctica.
Afirma-se que a camada de ozono tem um papel importantíssimo para a
existência de vida na Terra, sendo a sua destruição o maior problema ambiental
desde o século passado.
A 13 de Novembro de 1979, aconteceu a "Convenção de Genebra". Esta
convenção, teve como tema principal «a poluição transfronteiriça a longa
distância», ou seja, cuja origem física está parcialmente compreendida numa
zona submetida à jurisdição nacional de um estado e que exerce os seus efeitos
nocivos numa zona submetida à jurisdição de um outro estado.
Ambas as partes que constituíram esta convenção estavam decididas a proteger
o Homem e o meio ambiente contra a poluição atmosférica, limitar e diminuir
gradualmente e evitar a poluição transfronteiriça.
A convenção de Genebra não foi a única a tentar optimizar este problema, mais
tarde em 1985, realizou-se a "Convenção de Viena" para a protecção da
camada de ozono. Foi assinada por 28 países, e continha promessas de
56
cooperação em pesquisa, bem como, a partilha de informação sobre produção e
emissões de CFCs, e aprovação de protocolos de controlo, se e quando,
necessários. Ainda no mesmo ano mas a 14 de Julho, aconteceu o "Protocolo
para a redução das emissões de Enxofre", o qual visava a redução, por parte
dos Estados, das emissões de enxofre e dos seus fluxos transfronteirriços em
pelo menos 30%.
Existiram ainda outras convenções, em que todas tinham como principal
objectivo combater a destruição desta camada.
A nível pessoal todos nós podemos lutar contra esta destruição, utilizando
sempre que possível os transportes públicos; desligando as luzes, a televisão ou
o computador, sempre que não estiverem a ser utilizados; plantando uma
árvore; utilizando papel reciclado ou até mesmo tentando utilizar os produtos
que têm a etiqueta de "amigo do ozono". Tal e qual como eu, todos os
habitantes deste planeta agradecem a sua contribuição para evitar esta
destruição.
Se ninguém comprar estes produtos, as indústrias hão-de usar outros sistemas
sem esperar por uma possível proibição dos governos.
Os CFCs podem ser substituídos com vapor aquoso na maioria das bombas de
spray e dos sistemas de ar condicionado. Mas a mudança decisiva deve
manifestar-se em primeiro lugar nos hábitos dos consumidores.
A questão não se refere somente aos desodorizantes ou às produtos para os
cabelos mas também a pinturas e detergentes que deveram ser menos
poluentes e não têm necessidade nenhuma de serem vendidos sob a forma de
aerossol.
Durante muitos anos os CFCs foram usados em frigoríficos e na indústria
electrónica. No entanto, não nos podemos esquecer que, apesar de no futuro se
produzirem máquinas sem estes gases, as que hoje usamos ainda os têm.
Seria bom que existisse um mecanismo de recolha desses electrodomésticos e
outras máquinas para recuperar e reconverter os CFCs.
6 Regras de ouro para o uso dos sprays
Os desodorizantes e outros produtos estão à venda também em outras
confecções que não são sprays;
Ao comprar um spray deve-se controlar que o produto não contenha
substâncias poluentes;
Na maioria das vezes usa-se uma quantidade de produto que supera 1/3
a 1/5 o necessário;
57
Se a maioria dos consumidores deixasse de comprar os sprays, as
indústrias deixariam de produzi-los;
É nosso dever informar amigos e parentes a respeito do problema da
camada de ozono, falando com eles sobre este assunto;
"A quantidade de CFCs que eu uso é mínima e não pode fazer diferença
alguma" é a resposta típica de quem não quer enfrentar o problema.
Deve-se a esse tipo de ressacinio que o futuro do planeta está deveras
comprometido.
Medidas preventivas
•
•
•
•
•
Medir e conhecer a concentração dos poluentes no ar;
Definir as fontes poluentes;
Definir a qualidade do ar;
Analisar os valores limite;
Observar a evolução da qualidade do ar;
•
Planificar as acções que promovam uma melhor qualidade do ar, tais
como: reordenar actividades sócio-econômicas, localizar fontes poluentes,
alterar o percurso rodoviário e reduzir as emissões de poluentes atmosféricos.
Para reduzir a concentração dos poluentes atmosféricos são necessárias tanto
medidas preventivas como correctivas, assumindo a informação um papel
fundamental na mobilização dos cidadãos. Entre os principais meios de
intervenção disponíveis contam-se:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Estabelecimento de limites de qualidade do ar ambiente;
Definição de normas de emissão;
Licenciamento das fontes poluidoras;
Incentivo à utilização de novas tecnologias;
Utilização de equipamento de redução de emissões (por exemplo os
catalisadores nos automóveis e a utilização de equipamento de
despoluição de influentes gasosos nas indústrias);
Controle dos locais de deposição de resíduos sólidos, impedindo os fogos
espontâneos e a queima de resíduos perigosos;
Utilização de redes de monitorização da qualidade do ar;
Incentivo à permanência de florestas naturais;
Estabelecimento de Planos de Emergência para situações de poluição
atmosférica grave;
Criação de serviços de informação e de auxílio às populações sujeitas ou
afectadas pela poluição atmosférica;
Medidas que cada um pode tomar
Os primeiros passos, e mais importantes, são a procura de informação:
devemos todos estar informados sobre o problema e o que o causa, utilizando
como fontes de informação: publicações, escolas, bibliotecas públicas, Internet,
58
etc. Como já foi referido, a única maneira de reparar a camada de ozono é parar
a libertação de CFCs e outros gases que destroem o ozono troposférico (SDO).
A legislação tem como objectivo, através da substituição das substâncias que
destroem a camada de ozono por alternativas viáveis disponíveis, e onde tais
alternativas não estejam disponíveis restringir o uso destas substâncias tanto
quanto possível.
Apesar disto, há diversas iniciativas práticas que podem ser aplicadas a nível
individual para ajudar a proteger a camada do ozono:
•
•
•
•
•
•
•
•
Tentar usar produtos rotulados como “amigos do ozono”;
Assegurar que os técnicos que reparam os frigoríficos e aparelhos de arcondicionado recuperam e reciclam os velhos CFCs de modo a que estes
não sejam libertados para a atmosfera;
Verificar regularmente os aparelhos de ar-condicionado das viaturas,
residências e escritórios sobre eventuais fugas;
Pedir para mudar o refrigerante dos aparelhos de ar-condicionado nos
sectores acima mencionados, caso necessite de uma grande reparação;
Retirar o refrigerante dos aparelhos de refrigeração e desumidificadores
antes de os deitar fora;
Ajudar a criar um programa de recuperação e reciclagem dos
refrigerantes nas residências;
Trocar extintores que usem “halogenados” por outros que usem
compostos alternativos (ex. dióxido de carbono ou espuma);
Sugerir actividades escolares com o objectivo de aumentar a consciência
cívica do problema e fomentar a acção local.
Funcionamento
Ecossistema
Ecossistema (grego oykos, casa + σύστηµα) designa o conjunto formado por
todos os factores bióticos e abióticos que atuam simultaneamente sobre
determinada região. Considerando como factores bióticos as diversas
populações de animais, plantas e bactérias e os abióticos os factores externos
como a água, o sol, o solo, o gelo, o vento. São chamados agroecossistemas
quando além destes factores, atua ao menos uma população agrícola. A
alteração de um único elemento costuma causar modificações em todo o
sistema, podendo ocorrer a perda do equilíbrio existente. Todos os
ecossistemas do mundo formam a
A base de um ecossistema são os produtores que são os organismos capazes
de fazer fotossíntese ou quimiossíntese. Produzem e acumulam energia através
de processos bioquímicos utilizando como matéria prima a água, gás carbónico
e luz. Em ambientes afóticos (sem luz), também existem produtores, mas neste
59
caso a fonte utilizada para a síntese de matéria orgânica não é luz mas a
energia liberada nas reacções químicas de oxidação efectuadas nas células
(como por exemplo em reacções de oxidação de compostos de enxofre). Este
processo denominado quimiossíntese é realizado por muitas bactérias terrestres
e aquáticas.
Dentro de um ecossistema existem vários tipos de consumidores, que juntos
formam uma cadeia alimentar, destacam-se:
Consumidores primários:
São os animais que se alimentam dos produtores, ou seja, são as espécies
herbívoras. Milhares de espécies presentes em terra ou na água, se adaptaram
para consumir vegetais, sem dúvida a maior fonte de alimento do planeta. Os
consumidores primários podem ser desde microscópicas larvas platónicas, ou
invertebrados bentônicos (de fundo) pastadores, até grandes mamíferos
terrestres como a girafa e o elefante.
Consumidores secundários:
São os animais que se alimentam dos herbívoros, a primeira categoria de
animais carnívoros.
Consumidores terciários:
São os grandes predadores como os tubarões, orcas e leões, os quais capturam
grandes presas, sendo considerados os predadores de topo de cadeia. Tem
como característica, normalmente, o grande tamanho e menores densidades
populacionais.
Decompositores ou biorredutores
São os organismos responsáveis pela decomposição da matéria orgânica,
transformando-a em nutrientes minerais que se tornam novamente disponíveis
no ambiente.
Os decompositores, representados pelas bactérias e fungos, são o último elo da
cadeia trófica, fechando o ciclo. A sequência de organismos relacionados pela
predação constitui uma cadeia alimentar, cuja estrutura é simples, unidireccional
e não ramificada.
A Terra
A Terra é um planeta do sistema solar, sendo o terceiro em ordem de
afastamento do Sol e o quinto em diâmetro. É o maior dos quatro planetas
telúricos. Entre os planetas do Sistema Solar, a Terra tem condições únicas:
60
mantém grandes quantidades de água, tem placas teutónicas e um forte campo
magnético.
A atmosfera interage com os sistemas vivos. A ciência moderna coloca a Terra
como único corpo planetário conhecido que possui vida da forma a qual
conhecemos. Alguns cientistas como James Lovelock consideram que a Terra é
um sistema vivo chamado Gaia.
O planeta Terra tem aproximadamente uma forma esférica, mas a sua rotação
causa uma deformação para a forma elipsoidal (achatada aos pólos). A forma
real da Terra é chamada de Geóide, apresenta forma muito irregular, ondulada,
matematicamente complexa.
Características Físicas
Estrutura da Terra
O interior da Terra, assim como o interior de outros planetas telúricos, é dividido
por critérios químicos em uma camada externa (crosta) de silício, um manto
altamente viscoso, e um núcleo que consiste de uma porção sólida envolvida por
uma pequena camada líquida.
Esta camada líquida dá origem a um campo magnético devido a convenção de
seu material, electricamente condutor.
O material do interior da Terra encontra frequentemente a possibilidade de
chegar à superfície, através de erupções vulcânicas e fendas oceânicas. Muito
da superfície terrestre é relativamente novo, tendo menos de 100 milhões de
anos; as partes mais velhas da crosta terrestre têm até 4,4 mil milhões de anos.
Camadas terrestres, a partir da superfície:
•
•
•
•
•
•
Litosfera (de 0 a 60,2km)
Crosta (de 0 a 30/35 km)
Manto (de 60 a 2900 km)
Astenosfera (de 100 a 700 km)
Núcleo externo (líquido - de 2900 a 5100 km)
Núcleo interno (sólido - além de 5100 km)
Tomada por inteiro, a Terra possui aproximadamente seguinte composição em
massa:
•
•
•
•
34,6% de Ferro
29,5% de Oxigénio
15,2% de Silício
12,7% de Magnésio
61
•
•
•
2,4% de Níquel
1,9% de Enxofre
0,05% de Titânio
O interior da Terra atinge temperaturas de 5.270 K. O calor interno do planeta foi
gerado inicialmente durante sua formação, e calor adicional é constantemente
gerado pelo decaimento de elementos radioactivos como urânio, tório, e
potássio. O fluxo de calor do interior para a superfície é pequeno se comparado
à energia recebida pelo Sol (a razão é de 1/20k).
Núcleo
A massa específica média da Terra é de 5,515 toneladas por metro cúbico,
fazendo dela o planeta mais denso no Sistema Solar. Uma vez que a massa
específica do material superficial da Terra é apenas cerca de 3000 quilogramas
por metro cúbico, deve-se concluir que materiais mais densos existem nas
camadas internas da Terra (devem ter uma densidade de cerca de 8.000
quilogramas por metro cúbico). Em seus primeiros momentos de existência, há
cerca de 4,5 biliões de anos, a Terra era formada por materiais líquidos ou
pastosos, e devido à acção da gravidade os objectos muito densos foram sendo
empurrados para o interior do planeta (o processo é conhecido como
diferenciação planetária), enquanto que materiais menos densos foram trazidos
para a superfície. Como resultado, o núcleo é composto em grande parte por
ferro (80%), e de alguma quantidade de níquel e silício. Outros elementos, como
o chumbo e o urânio, são muitos raros para serem considerados, ou tendem a
se ligar a elementos mais leves, permanecendo então na crosta.
O núcleo é dividido em duas partes: o núcleo sólido, interno e com raio de cerca
de 1.250 km, e o núcleo líquido, que envolve o primeiro. O núcleo sólido é
composto, segundo se acredita, primariamente por ferro e um pouco de níquel.
Alguns argumentam que o núcleo interno pode estar na forma de um único
cristal de ferro. Já o núcleo líquido deve ser composto de ferro líquido e níquel
líquido (a combinação é chamada NiFe), com traços de outros elementos.
Estima-se que realmente seja líquido, pois não tem capacidade de transmitir
certas ondas sísmicas. A convenção desse núcleo líquido, associada a agitação
causada pelo movimento de rotação da Terra, seria responsável por fazer
aparecer o campo magnético terrestre, através de um processo conhecido como
teoria do dínamo. O núcleo sólido tem temperaturas muito elevadas para manter
um campo magnético (veja temperatura Curie), mas provavelmente estabiliza o
campo magnético gerado pelo núcleo líquido.
Evidências recentes sugerem que o núcleo interno da Terra pode girar mais
rápido do que o restante do planeta, a cerca de 2 graus por ano.
62
Tanto entre a crosta e o manto como entre o manto e o núcleo existem zonas
intermediárias de separação, as chamadas descontinuidades. Entre a crosta e o
manto há a descontinuidade de Mohorovicic.
Manto
O manto estende-se desde cerca de 30 km e por uma profundidade de 2900 km.
A pressão na parte inferior do mesmo é da ordem de 1,4 milhões de atmosferas.
É composto por substâncias ricas em ferro e magnésio. Também apresenta
características físicas diferentes da crosta. O material de que é composto o
manto pode apresentar-se no estado sólido ou como uma pasta viscosa, em
virtude das pressões elevadas. Porém, ao contrário do que se possa imaginar, a
tendência em áreas de alta pressão é que as rochas mantenham-se sólidas,
pois assim ocupam menos espaço físico do que os líquidos. Além disso, a
constituição dos materiais de cada camada do manto tem seu papel na
determinação do estado físico local. (O núcleo interno da Terra é sólido porque,
apesar das imensas temperaturas, está sujeito a pressões tão elevadas que os
átomos ficam compactados; as forças de repulsão entre os átomos são vencidas
pela pressão externa, e a substância acaba se tornando sólida.)
A viscosidade no manto superior (Astenosfera) varia entre 1021 a 1024 pascal
segundo, dependendo da profundidade. Portanto, o manto superior pode
deslocar-se vagarosamente. As temperaturas do manto variam de 100 graus
Celsius (na parte que faz interface com a crosta) até 3500 graus Celsius (na
parte que faz interface com o núcleo).
Crosta
A crosta (que forma a maior parte da litosfera) tem uma extensão variável de
acordo com a posição geográfica. Em alguns lugares chega a atingir 70 km, mas
geralmente estende-se por aproximadamente 30 km de profundidade. É
composta basicamente por silicatos de alumínio, sendo por isso também
chamada de Sial.
Existem doze tipos de crosta, sendo os dois principais a oceânica e a
continental, sendo bastante diferentes em diversos aspectos. A crosta oceânica,
devido ao processo de expansão do assoalho oceânico e da subducção de
placas, é relativamente muito nova, sendo a crosta oceânica mais antiga datada
de 160 Ma, no oeste do pacífico. É de composição basáltica e é cobertas por
sedimentos pelágicos e possuem em média 7km de espessura.
A crosta continental é composta de rochas félsicas a ultramáficas, tendo
composição média granodiorítica e espessura média entre 30 e 40km nas
regiões tectonicamente estáveis (crátons), e entre 60 a 80km nas cadeias
montanhosas como os Himalaias e os Andes. As rochas mais antigas possuem
até 3,96 Ma e existem rochas novas ainda em formação.
63
A fronteira entre manto e crosta envolve dois eventos físicos distintos. O primeiro
é a descontinuidade de Mohorovicic (ou Moho) que ocorre em virtude da
diferença de composição entre camadas rochosas (a superior contendo
feldspato triclínico e a inferior, sem o mesmo). O segundo evento é uma
descontinuidade química que foi observada a partir da obdução de partes da
crosta oceânica.
Formação do planeta Terra
O planeta teria se formado pela agregação de poeira cósmica em rotação,
aquecendo-se depois, por meio de violentas reacções químicas. O aumento da
massa agregada e da gravidade catalisou impactos de corpos maiores. Essa
mesma força gravitacional possibilitou a retenção de gases constituindo uma
atmosfera primitiva. Os processos de formação do planeta Terra são a acresço,
diferenciação e desintegração radioactiva.
O envoltório atmosférico primordial actuou como isolante térmico, criando o
ambiente no qual se processou a fusão dos materiais terrestres. Os elementos
mais densos e pesados, como o ferro e o níquel, migraram para o interior; os
mais leves localizaram-se nas proximidades da superfície. Dessa forma,
constituiu-se a estrutura interna do planeta, com a distinção entre o núcleo,
manto e crosta (litosfera). O conhecimento dessa estrutura deve-se à
propagação de ondas sísmicas geradas pelos terramotos. Tais ondas, medidas
por sismógrafos, variam de velocidade ao longo do seu percurso até a
superfície, o que prova que o planeta possui estrutura interna heterogénea, ou
seja, as camadas internas possuem densidade e temperatura distintas.
A partir do resfriamento superficial do magma, consolidaram-se as primeiras
rochas, chamadas magmáticas ou ígneas, dando origem a estrutura geológica
denominada escudos cristalinos ou maciços antigos. Formou-se, assim, a
litosfera ou crosta terrestre. A liberação de gases decorrente da volatilização da
matéria sólida devido a altas temperaturas e também, posteriormente, devido ao
resfriamento, originou a atmosfera, responsável pela ocorrência das primeiras
chuvas e pela formação de lagos e mares nas áreas rebaixadas. Assim, iniciouse o processo de intemperismo (decomposição das rochas) responsável pela
formação dos solos e consequente início da erosão e da sedimentação.
As partículas minerais que compõem os solos, transportados pela água,
dirigiram-se, ao longo do tempo, para as depressões que foram preenchidas
com esses sedimentos, constituindo as primeiras bacias sedimentares (bacias
sedimentares são depressões da crosta, de origem diversa, preenchidas, ou em
fase de preenchimento, por material de natureza sedimentar), e, com a
sedimentação (compactação), as rochas sedimentares. No decorrer desse
processo, as elevações primitivas (pré-cambrianas) sofreram enorme desgaste
pela acção dos agentes externos, sendo gradativamente rebaixadas. Hoje,
apresentam altitudes modestas e formas arredondadas pela intensa erosão,
64
constituindo as serras conhecidas no Brasil como serras do Mar, da Mantiqueira,
do Espinhaço, de Parima, Pacaraíma, Tumucumaque, etc, e, em outros países,
os Montes Apalaches (EUA), os Alpes Escandinavos (Suécia e Noruega), os
Montes Urais (Rússia), etc. Os escudos cristalinos ou maciços antigos
apresentam disponibilidade de minerais metálicos (ferro, manganês, cobre),
sendo por isso, bastante explorados economicamente.
Nos dobramentos terciários podem haver qualquer tipo de minério. O carvão
mineral e o petróleo são comummente encontrados nas bacias sedimentares. Já
os dobramentos modernos são os grandes alinhamentos montanhosos que se
formaram no contacto entre as placas teutónicas em virtude do seu
deslocamento a partir do período Terciário da era Cenozóica, como os Alpes
(sistema de cordilheiras na Europa que ocupa parte da Áustria, Eslovénia, Itália,
Suíça, Liechtenstein, Alemanha e França), os Andes (a oeste da América do
Sul), o Himalaia (norte do subcontinente indiano), e as Rochosas.
Biosfera
A Terra é o único local onde se sabe existir vida. O conjunto de sistemas vivos
(compostos pelos seres e pelo ambiente) do planeta é por vezes chamado de
biosfera. A biosfera provavelmente apareceu há 3,5 biliões de anos. Divide-se
em biomas, habitados por fauna e flora peculiares. Nas áreas continentais os
biomas são separados primariamente pela latitude (e indirectamente, pelo
clima). Os biomas localizados nas áreas do pólo norte e do pólo sul são pobres
em plantas e animais, enquanto que na linha do Equador encontram-se os
biomas mais ricos. O estado da biosfera é fundamentalmente o estudo do seres
vivos e sua distribuição pela superfície terrestre. A biosfera contém inúmeros
ecossistemas (conjunto formado pelos animais e vegetais em harmonia com os
outros elementos naturais).
Atmosfera
A Terra tem uma atmosfera relativamente fina, composta por 78% de nitrogénio,
21% de oxigénio e 1% de argónio, mais traços de outros gases incluindo dióxido
de carbono e água. A atmosfera age como uma zona intermediária entre o
espaço e a Terra. Suas camadas, troposfera, estratosfera, mesosfera,
termosfera e exosfera, têm dimensões variáveis ao redor do planeta e de acordo
com a estação do ano.
65
Geografia
•
•
A área total da Terra é de aproximadamente 510 milhões de km², dos
quais 149 milhões são de terras firmes e 361 milhões são de água.
As linhas costeiras (litorais) da Terra somam cerca de 356 milhões de km.
Hidrosfera
A Terra é o único planeta do Sistema Solar que contém uma superfície com
água. A água cobre 71% da Terra (sendo que disso 97% é água do mar e 3% é
água doce mas grande parte destes 3% encontram-se nos calotes polares e nos
lençóis freáticos). A água proporciona, através de 5 oceanos, a divisão dos 7
continentes. Os factores que combinaram para fazer da Terra um planeta líquido
são: órbita solar, vulcanismo, gravidade, efeito estufa, campo magnético e a
presença de uma atmosfera rica em oxigénio.
A Terra no Sistema Solar
Movimento de rotação da Terra
O movimento de rotação da Terra em torno de seu eixo dura 23 horas, 56
minutos e 4,09 segundos, o que equivale a um dia sideral. Nesse período a
Terra completa uma volta em torno de um eixo que une o Pólo Sul ao Pólo
Norte. Já o movimento de translação da Terra, efectuado ao redor do Sol, leva
365 dias e 6 horas solares médios - o que equivale a um ano sideral. A Terra
tem um satélite natural, a Lua, que completa uma volta em torno do planeta a
cada 27,3 dias.
O plano de órbita da Terra e seu plano axial não são necessariamente
alinhados: o eixo do planeta é inclinado por cerca de 23 graus e 30 minutos em
66
relação ao plano perpendicular à linha Terra-Sol. Essa inclinação é responsável
pelas estações do ano. Já o plano Terra-Lua é inclinado por cerca de 5 graus
em relação ao plano Terra-Sol - se não fosse, haveria um eclipse a cada mês.
A esfera de influência gravitacional (esfera da Hill) da Terra tem raio de
aproximadamente 1,5 Gm, dentro do qual a Lua orbita confortavelmente.
Note que, como uma rotação da Terra em torno de seu eixo dura menos que um
dia médio solar (23h 56m 4,09 s= 0,99727*24h), o movimento de translação da
Terra, efectuado ao redor do Sol, corresponde a 366,2564 rotações
(365,2564/0,99727). Ou seja, embora um ano tenha aproximadamente 365 dias,
a Terra efectua 366 rotações num ano, por causa dos graus extra que tem que
fazer cada dia, entre dois «meio-dia solares».
Órbita da Terra (animação). Note que a excentricidade da órbita, que é quase
circular, está muito exagerada, por razões de ordem estética e para frisar essa
mesma excentricidade.
Como a Terra está em movimento em volta do Sol, não basta uma rotação
completa para o Sol voltar a ficar no zénite. Como a Terra mudou de posição e
«avançou» uns 2500 milhares de quilómetros o planeta ainda tem que rodar
alguns graus extra para que o Sol apareça de novo na mesma posição.
Como a velocidade da Terra é maior quando ela está mais próxima do Sol
(periélio) e menor quando ela está mais distante (afélio), o número de graus
extra necessários é maior no Inverno (Hemisfério Norte) do que no Verão
(Hemisfério Norte). Ou seja, os dias solares são mais compridos no Inverno (do
Hemisfério Norte, Verão, no Hemisfério Sul). No Inverno, o dia solar é superior a
24 horas (o dia médio solar) e, no verão, inferior a 24 horas.
As datas em que ocorrem o periélio e o afélio mudam de ano para ano, e uma
tabela com as datas deste evento entre 2000 e 2010 pode ser conferida aqui.
67
Questionário para os oficiais das alfândegas
O exame inicial dos documentos deveria ser a primeira instância onde se
poderia constatar discrepâncias.
Comparar a lista de pacote, bill de entrada e o país de origem para
assegurar que eles partiram.
Assegurar aos alfandegários código de entrada e descrição da
factura.
Comparar a factura e o bill de chegada ao manifesto externo dos
navios.
Verificar o país de origem, se faz parte do Protocolo de Montreal e
se tem as emendas ratificadas.
Verificar se o importador e o lugar de realização de negócio actual
existem.
Contactar a autoridade competente (agência) de licenciamento,
para verificar se o importador está licenciado para importar as
substâncias /equipamentos em causa.
Anotar a quantidade, origem e designação das substâncias que
destroem a camada de ozono. Este exercício servirá como um sinal
importante que poderá providenciar indicador para proibir as
importações ilegais.
Verificar se o número do contentor actual existe. Tentar descobrir
se existe números de contentores fictícios que podem concorrer
para o desfecho de comércio ilegal.
Revisão de todos os documentos necessários, se há algo que não
se fez, isto poderia ser uma embarcação ilegal.
Inspeccionar mercadorias.
Controlar embalagens, tamanhos, forma e rotulas do contentor.
Identificar o nome e descrição dos químicos, em toda a papelada.
Confiscar a mercadoria caso o importador não tenha licença de
importação/exportação.
Coordenar esta confiscação com os oficiais das alfândegas,
agência ambiental, e agência de julgamento. Qualquer
envolvimento com a confiscação poderia ser chamada para
testemunhar no tribunal, por tanto tomar boas notas.
Questionário de segurança para oficias das alfândegas
•
Observar o regulamento nacional e procedimentos recomendados pela
indústria para o manuseamento, transporte e armazenagem dos
refrigerantes virgens, recuperados, reciclados ou contaminados.
68
•
Usar roupa de protecção à saúde e segurança incluindo óculos de
protecção, luvas isoladoras de frio quando manusear refrigerantes. Os
refrigerantes podem causar muito frio e outros efeitos danosos para os
olhos e a pele.
•
Equipar na cárea de armazenagem com extintores apropriados contra
incêndio para reduzir o risco de fogo. Os refrigerantes CFCs não são
combustíveis mas produzem irritação ou soltam fumos tóxicos em fogo.
•
Deve usar um leque de detector electrónico para inspeccionar as áreas
de armazenagem e ter acesso as válvulas para derrames.
•
Inspeccionar os contentores dos cilindros de refrigerantes usando o
método de temperatura/pressão ou identificador electrónico de
refrigerantes. Mas com a condição de estar treinado para o efeito e
autorizado pelo regulamento local.
•
Inspeccionar as válvulas de acesso as fugas. As anilha deverão prevenir
danos as válvulas. As ODS devem estar armazenados numa área segura
e assegurar que só pessoal autorizado tem acesso e que estejam
protegido contra o roubo.
•
As substâncias que destroem a camada de ozono devem estar
devidamente armazenadas, ter as etiquetas apropriadas e terem os
avisos necessários.
•
Armazenar todas as ODS confiscadas até posterior acção legal que
determinará o que será feito com as substâncias. Essas substâncias
deverão estar bem rotuladas e seguramente armazenadas. O manual e o
Regulamento sobre as substâncias que destroem a camada de ozono
deverão detalhar requisitos de armazenamento para as SDO confiscada.
•
Deve se desligar rede eléctrica. E em caso de veículo a motor desligue o
motor
•
Tem inspeccionado os requisitos nacionais e padrões para a pressão do
recipiente de refrigerantes de baixa e alta pressão? Em muitos países a
inspecção da segurança é obrigatório.
•
Deve armazenar e transportar cuidadosamente os cilindros das
substâncias que destroem a camada de ozono e devem estar na posição
para cima. Este procedimento não é aplicável aos cilindros da ISO.
69
Cuidados a ter em conta:
•
•
•
•
•
•
•
•
Não comer, tomar qualquer líquido, não fumar nas áreas de
armazenagem ou perto dos produtos/equipamentos;
Não liberte para atmosfera as substâncias que destroem a camada de
ozono (SADO), conscientemente;
Exigir o reuso, armazenamento adequado ou métodos aprovados para a
destruição;
Não manusear ou armazenar as SDO em locais confinados, que
apresentam escasso de ventilação; algumas SDO podem aumentar o
risco de inalação e podem causar sufocação resultando em doença. Use
equipamentos adequados para a respiração;
Não armazenar os cilindros de SDO directamente na luz do sol ou perto
da superfície quente, pois, estes podem arrebentar;
Não leve amostras de SDO, as amostras devem ser levadas por técnicos
treinados e autorizados ou pessoal de laboratório acreditados pelo
governo;
Não use chamas abertas em áreas de armazenamento ou perto de
refrigeração e sistema de ar condicionado para reduzir o risco de fogo;
Não manusear substâncias químicas sem treinamento para o efeito e
familiarizado com as precauções de segurança necessárias.
Função dos Oficias das alfândegas no cumprimento do Decreto 24/2008
Regulamento Sobre a Gestão das Substâncias que Destroem a Camada de
Ozono(SDO).
•
Cumprir com o sistema de licenciamento das substâncias que destroem a
camada de ozono (SDO);
•
Treinar os oficiais das alfândegas na identificação dos produtos baseados
nas substâncias que destroem a camada de ozono (SDO);
•
Implementar a consciencialização dos importadores e exportadores em
relação ao Regulamentos Sobre a Gestão das Substâncias que Destroem
a Camada de Ozono;
•
Controlar e inspeccionar as embarcações de camiões e navios;
•
Detectar o comércio ilegal de produtos baseados em substâncias que
destroem a camada de ozono (SDO);
•
Usar os equipamentos de análise e identificadores de refrigerantes;
•
Cooperar com outros intervenientes envolvidos na monitorização sobre o
comércio das substâncias que destroem a camada de ozono (SDO);
70
•
Submeter relatórios de comércio legal; ilegal bem como o fisco das
substâncias a Unidade Nacional de Ozono;
•
Confiscar as importações ilegais incluindo armazenados e venda;
•
Apoiar outras agências de cumprimento providenciando evidências dos
casos em tribunal;
•
Atribuir aos oficiais das alfândegas um questionário para a identificação
das substâncias que destroem a camada de ozono e produtos baseados
em SDO.
Avaliação do Conhecimento
Capitulo 1
1.
O que é a camada de ozono?
2.
Por que é que a camada de ozono é importante?
3.
Quais são os efeitos da destruição da camada de ozono?
4.
O que é o buraco de ozono?
5.
O que são substâncias que destroem a camada de ozono?
6.
Quais são os usos comuns das Substâncias que destroem a camada de
ozono?
Capitulo 2
1. O que é Protocolo de Montreal?
2. O que é calendário de eliminação das substâncias que destroem a camada de
ozono para os países do Artigo 5 (Países em desenvolvimento).
3. Qual é a diferencia entre as substâncias que destroem a camada de ozono e
produtos das substâncias que destroem a camada de ozono?
4. O que são insecções de uso e a produção das substâncias que destroem a
camada de ozono?
5. Quais são os limites para o comércio das substâncias que destroem a
camada de ozono para as partes do Protocolo de Montreal?
71
Exemplos de danos causados pelos raios Ultravioletas (UV-B).
Catarata dos olhos.
72
Câncro de pele.
73
Câncro de pele.
74
Câncro de pele.
75
Câncro de pele
76
Câncro de pele.
77
Substâncias que destroem a camada de ozono (SDOs).
Nome/Grupo
nome químico
Fórmula
Nome comercial
Só para
refrigerantes
Anexo A, Grupo I (CFCs)
CFC-11
Triclorofluorcarbonetos
CFCl3
R-11
CFC-12
Diclorodifluorcarbonetos
CF2Cl2
R-12
CFC-113
Triclorotrifluorcarbonetos
C2F3Cl3
R-113
CFC-114
Diclorotetrafluorcarbonetos
C2F4Cl2
R-114
CFC-115
Cloropentafluorcarbonetos
CClF2CF3
R-115
Halon-1211
Bromoclorodiflurcarbonetos
CF2BrCl
R-12B1
Halon-1301
Bromotrifluorcarbonetos
CF3Br
R-13B1
Halon-2402
Dibromotetrafluorcarbonetos
C2F4Br2
R-114B2
CFC-13
Clorotrifluorcarbonetos
CF3Cl
R-13
CFC-111
Pentaclorofluorcarbonetos
C2FCl5
R-111
CFC-112
Tetraclorodifluorcarbonetos
C2F2Cl4
R-112
Anexo A, Grupo II (Halons)
Anexo B, Grupo I (Outros
CFCs)
26
78
Anexo B, Grupo II
Tetraclorometano ou
tetraclororeto de carcbono
CCl4
Anexo B, Grupo III
1,1,1-tricloroetano ou Cloroformio de metil
C2H3Cl3
R-140a
Anexo C, Grupo I (HCFCs)
HCFC-22
Clorodifluorcarbonetos
CHF2Cl
R-22
HCFC-123
Diclorotrifluorcarbonetos
C2HF3Cl2
R-123
HCFC-124
Clorotetrafluorcarbonetos
C2HF4Cl
R-124
HCFC-141
Diclorofluorcarbonetos
C2H3FCl2
HCFC-141b
1,1-dicloro-1-fluorcarbonetos
CH3CFCl2
HCFC-142
Clorodifluorcarbonetos
C2H3F2Cl
HCFC-142b
1-cloro-1,1-difluorcarbonetos
CH3CF2Cl
Bromodifluorcarbonetos
CHF2Br
Anexo C,
Grupo III
Bromoclorometano
Anexo E,
R-142b
Grupo II (HBFCs)
HBFC-22B1
Anexo C,
R-141b
CH2BrCl
Grupo I
Brometo de metil
CH3Br
ODS contendo misturas
(Refrigerantes)
R-500
CFC-12 / HFC-152a
R-500
R-502
HCFC-22 / CFC-115
R-502
27
79
Substâncias alternativas
Nome químico
Nome/Grupo
Nome comercial
Só para refrigerantes
Formula
Hydrofluorcarbonetos (HFCs)
HFC-134a
1,1,1,2-Tetrafluorcarbonetos
CF3 CH2F
R-134a
HFC-152a
1,1-Difluorcarbonetos
CHF 2CH3
R-152a
HFC-125
Pentafluorcarbonetos
CF3 CHF 2
R-125
HFC-143a
1.1.1-trifluorcarbonetos
CF3 CH3
R-143a
HFC-32
Difluorcarbonetos
CH2 F2
R-32
HFC-23
Trifluorcarbonetos
CHF 3
R-23
Misturas de Hidrofluorcarbonetos
(HFCs)
R-404A
R143a/125/134a
R-404A
R-507A
R143a/125
R-507A
R-407A
R32/125/134a
R-407A
R-407B
R32/125/134a
R-407B
R-407C
R32/125/134a
R-407C
R-410A
R32/125
R-410A
R-508A
R23/116
R-508A
R-508B
R23/116
R-508B
28
Refrigerantes livres de Halogenados
R-717
Amónia
NH3
R-717
R-600a
I so-But ano
C4H10
R-600a
R-290
Propano
C3H8
R-290
29
80
28
30
28
26
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
18.1
20.3
24
21.7
21.5
19
16.5
15
14.9 13.8 13.8 15.7
15.8
CFC
7.2
Ba
se
l in
e(
to n
1 9)
94
19
95
19
96
19
97
19
98
19
99
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
Q u a n t id a d e ( t o n )
Consumo de CFCs em Moçambique desde 1994-2007
Ano
81
Consumo de Brometo de Metíl em Moçambique 1994 a 2007
Quantidades(ton)
12.6441
10.5 10.5
8.4 8.4
8.4294
5.7
4.2147
3.4 3.4
6
6
6
4.8
2.7
1.4
0
0
Ba
se
lin
e
19
94
19
95
19
96
19
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19
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19
99
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
0
Ano
82
Uma foto tirada a um compressor de um equipamento de refrigeração (Geleira).
83
Recipientes de Brometo de metíl.
37
84
A botija da substância alternativa está entre as duas
das substâncias que destroem a camada de ozono.
R-12, R-134a e R- 22
36
85
Mapa sobre países que tem fronteira com a República de Moçambique
86

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