Tipos de Ecossistemas Aquáticos
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Tipos de Ecossistemas Aquáticos
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS INTERDISCIPLINA FENÔMENOS DA NATUREZA II Tipos de Ecossistemas Aquáticos Dr. Cleber Palma Silva Dra. Edélti Faria Albertoni Lab. Limnologia Para classificar os ambientes aquáticos a princípio é possível identificar 3 tipos principais Ambiente Oceânico Ambiente estuarino Ambientes Aquáticos Continentais Vamos ver as principais características de cada um Ambiente Oceânico Normalmente com salinidade acima de 30 ‰ Seus contato com os continentes normalmente formam praias arenosas ou costões rochosos. Apresentam grandes correntes características, por exemplo, corrente do Brasil, corrente do Golfo, etc. Apresenta grande variação de profundidade, que são habitadas por espécies adaptadas as diferentes condições. Ambientes costeiros apresentam uma grande biodiversidade, com muitas espécies de peixes, moluscos, crustáceos, aves e por vezes mamíferos marinhos Ambientes Aquáticos Continentais Podem ser subdivididos em: Ambientes lóticos (rios, riachos, córregos, arroios, etc) Ambientes lênticos (lagos, lagoas, açudes, reservatórios, etc) Ambientes de Terras úmidas (banhados, brejos, etc) s) Estes ambientes em uma mesma área geográfica de escoamento formam as bacias hidrográficas. Ambientes lóticos São os rios, riachos, córregos, arroios, etc A característica principal é a presença de corrente horizontal Normalmente surgem de pequenas nascentes e vão aumentando de volume de água e largura com novas contribuições de afluentes Desta forma apresentam uma zonação marcante desde o local de surgimento até o local de desaguar no oceano Por serem normalmente extensos e heterogêneos apresentam uma grande biodiversidade que incluem peixes, crustáceos, moluscos, insetos, aves, mamíferos, etc Ambientes lênticos São lagos, lagoas, açudes, reservatórios, etc São ambientes que não apresentam correntes horizontais, exceto algumas superficiais provocadas pelo vento. Mesmo em ambientes continentais algumas lagoas podem apresentar valores muito alto de salinidade. Normalmente são os sistemas mais sensíveis a poluição Normalmente no sul do Brasil não são muito profundos, principalmente na região costeira onde são tipicamente rasos Apresentam grande biodiversidade de aves, anfíbios, plantas aquáticas, insetos , peixes, répteis, moluscos, mamíferos, etc Ambientes de Terras úmidas São banhados, brejos, etc São dominados em grande parte pela presença de plantas aquáticas enraizadas no sedimento e que ficam acima do nível da água. Muitos são associados as margens de ambientes lóticos e ou lênticos Muitos foram transformados em campos de produção agrícola. Ambiente importante para aves, mamíferos, insetos, répteis, plantas aquáticas, etc. Ambiente estuarino São encontrados nas regiões onde as águas provenientes do deságue dos rios se encontram com as águas e movimentos de maré oceânicos. Apresentam águas salobras, com valores de salinidade entre 0 e 35 ‰ Importantes para várias espécies marinhas de valor comercial Apresentam habitats como os mangues, e que no nosso estado são substituídos pelos banhados salgados (marismas) A sua biodiversidade é marcada por espécies de peixes, mamíferos, répteis, crustáceos, aves, mamíferos, etc. Bibliografia consultada Cain, M.L., Bowman, W. D., Hacker, S.D. 2011. Ecologia. Editora Artmed, Porto Alegre, 640p. Esteves, F.A. (Coord.) 2011. Fundamentos de Limnologia. 3ª ED. Interciência, Rio de Janeiro, 790p. Dajoz, R. 2003. Princípios de ecologia. 7º ED. Artmed Editora, Porto Alegre, 519p. Miller, G.T. 2007. Ciência Ambiental. 11º ED. Thomson, São Paulo, 499p. Odum, E.P., Barrett, G.W. 2007. Fundamentos de Ecologia. Thomson Learning, São Paulo, 612p. Ricklefs, R.E. 2011. A Economia da Natureza. 6º ED. Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 546p. Seeliger, U., Odebrecht, C., Castello, J.P. 1998. Os Ecossistemas Costeiro e Marinho do Extremo Sul do Brasil. Editora EcosScientia, 326p. Seeliger, U., Cordazzo, C., Barcellos, L. 2004. Areias do Albardão. Editora EcosScientia, 96p. Tundisi, J.G., Tundisi, T.M. 2008. Limnologia. Oficina de Textos. São Paulo, 631p.