Catálogo - Semana dos Realizadores

Transcrição

Catálogo - Semana dos Realizadores
PETROBRAS E RIOFILME APRESENTAM
VII SEMANA DOS
REALIZADORES
apresentam
VII SEMANA DOS
REALIZADORES
19 a 25 de novembro 2015
RIO DE JANEIRO
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É muito especial para nós, da Petrobras, ter a Semana dos Realizadores no conjunto de festivais
que patrocinamos anualmente, ampliando de modo singular a apresentação de novas linguagens
e produções brasileiras. Sobretudo neste ano em que celebramos duas décadas de apoio
ao cinema nacional.
Através das nossas ações de patrocínios culturais, fixamos nossa marca em mais de 500 produções
de filmes e anualmente participamos efetivamente de um conjunto de mais de 20 festivais de
cinema no país. Estamos vinculados ao fortalecimento das atividades cinematográficas, em todas
as linhas – produção, difusão, formação e memória –, as mesmas que espelham as áreas de atuação
do Petrobras Cultural, programa que define a abrangência e o modelo de seleção de projetos
patrocinados pela empresa para todos os segmentos culturais.
A Petrobras segue acreditando no cinema brasileiro e apostando na importância dos festivais como
espaço de difusão para a produção nacional, e aqui temos uma Semana muito esperada pelo
vigor das realizações que reúne a cada ano, tanto pelo nosso público como também por outros
programas de exibição no exterior.
Petrobras
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It is very special for us at Petrobras to have the Director’s Week among the festivals we sponsor
each year, expanding in a unique way the screening of new languages and Brazilian productions.
Especially this year, when we celebrate two decades of supporting national cinema.
Through our acts of cultural sponsorship, we put our brand in more than 500 film productions and
we effectively take part in a set of over 20 film festivals in the country every year. We are linked to
the strengthening of cinematographic activities in all fronts – production, distribution, training and
preservation; the same areas that compose Petrobras Cultural, a program which defines the scope
and selection of projects sponsored by the company in all cultural segments.
Petrobras continues to believe in Brazilian cinema and on the importance of festivals as
broadcast space for national production, and here we have a Week that is long awaited
for the vigor of the productions shown every year, both by our audience as well as
other festivals abroad.
Petrobras
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A RioFilme é uma empresa da Prefeitura do Rio de Janeiro vinculada à Secretaria Municipal de
Cultura. Nossa missão é fortificar o desenvolvimento da indústria audiovisual carioca, considerando
os vários elos de sua cadeia de valor, as diferentes plataformas de produção e exibição, e os
impactos econômicos e sociais do setor na cidade. O objetivo central é consolidar o Rio como
principal polo de audiovisual da América Latina.
Em 2009, a RioFilme passou a atuar como uma agência de desenvolvimento, voltada para o mercado
carioca e para o investimento em projetos capazes de combinar valor comercial e artístico.
Além da distribuição de filmes, a RioFilme apoia eventos, como festivais, mostras e feiras ligadas
ao mercado audiovisual, como o Festival do Rio, o Curta Cinema, RioContentMarket e o Anima
Mundi. Além de premiações e pré-estreias.
A Semana dos Realizadores mostra que já se consolidou como um dos principais espaços de discussão
e exibição do cinema nacional. O evento cresceu progressivamente, dando reconhecimento
à excelência artística e ao desempenho dos filmes realizados no Brasil. O foco no cinema
independente e a promoção dos trabalhos de nossos jovens cineastas são o grande destaque. E a
RioFilme se orgulha de patrocinar a Semana dos Realizadores.
Esse conjunto de ações, em sintonia com as políticas da Secretaria Municipal de Cultura, visa
estabelecer a cidade como polo latino-americano de cinema, televisão e novas mídias. E vamos
continuar trabalhando para isto.
Marcelo Calero
Secretário Municipal de Cultura
Mariana Ribas
Diretora-Presidente da RioFilme
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RioFilme is part of the Rio de Janeiro City Hall, connected to the Municipal Department of
Culture. Our mission is to fortify the development of Rio’s audiovisual industry, taking into
consideration the many links in the value chain, the different medias of production and exhibition
and the economic and social impacts of the sector in the city. The main objective is to consolidate
Rio as the most important hub of audiovisual in Latin America.
In 2009, RioFilme started its work as a development agency, turned to Rio’s market and to
investments in projects that combine commercial and artistic value.
In addition to the distribution of films, RioFilme sponsors events such as festivals and meeting
spaces connected to the audiovisual market, like Festival of Rio, Curta Cinema, RioContentMarket
and Anima Mundi; and also awards and premieres.
The Directors’ Week has clearly established itself as one of the main forums for discussion and
screening of Brazilian cinema. The event has grown steadily, giving recognition to the artistic
excellence and performance of films made in Brazil. The focus on independent cinema and the
promotion of the work of our young filmmakers are the highlight. And RioFilme is proud to
sponsor the Directors’ Week.
This set of actions, in line with the policies of the Municipal Department of Culture, aims to
establish the city as a Latin American hub of film, television and new media. And we will continue
working for this.
Marcelo Calero
Municipal Secretary of Culture
Mariana Ribas
CEO RioFilme
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Transbordar é preciso
“Como desafiamos as formas do mundo? Como desafiamos as formas de ver o mundo?”
A provocação de uma amiga condensa em palavras muito do desejo que nos move. Digo “nós”
pensando no coletivo complexo dos que se dedicam à arte como forma de criar deslocamentos,
embates, fissuras capazes de alterar o atual estado das coisas.
Se hoje o ideal de revolução (e com isso a ideia de uma arte revolucionária) parece em inevitável
desgaste diante de um sistema que trabalha constantemente para abafar as dissidências, é também
inegável que ainda assim os dissidentes dissidem, os subversivos subvertem e os resistentes
resistem à normatização da sociedade contemporânea.
Em um mundo inundado de imagens, filmes são potenciais atos de resistência. Gerando novas
percepções acerca da realidade, questionando padrões preestabelecidos, catalisando pensamentos
e sentimentos, provocando pequenas ou grandes transformações.
Sabemos ainda que a força dos filmes não reside apenas nas obras em si, mas no seu transbordamento,
que se dá na reverberação em cada espectador, nas trocas em conversas coletivas, na produção de
pensamento, no conjunto das obras que acompanham a transformação subjetiva de um artista ou
no diálogo direto e indireto de contemporâneos entre si e com as tradições com as quais dialogam.
Potencializar esse transbordamento é nosso desejo e objetivo: a Semana existe para gerar
encontros relevantes a partir da exibição de filmes, de conversas com realizadores, da abertura
de espaço para discussões aprofundadas de temas que permeiam nossa produção, com especial
atenção à abertura para novos olhares e reflexões.
Nesta edição, no espaço de uma semana teremos a chance de ver e discutir 50 filmes –
entre longas, médias e curtas-metragens –, quase todos apresentados presencialmente por
suas realizadoras e realizadores.
A mostra competitiva traz uma cuidadosa seleção de 20 filmes (seis longas, três médias e 11
curtas-metragens) finalizados em 2014 e 2015, inéditos na cidade do Rio em sua quase totalidade.
Programações especiais apresentam outros dos destaques do festival: a nova seção Semana
Convida apresenta mostras exibidas em outros festivais que admiramos e com os quais dialogamos
– nesta primeira edição, recebemos finas curadorias do Cine Esquema Novo (festival precursor
de uma geração de eventos composta pela Semana), Janela Internacional de Cinema do Recife,
Panorama Internacional Coisa de Cinema da Bahia e outros – e do Fronteira Festival, que tendo
realizado este ano sua segunda edição, já se firma (junto ao Olhar de Cinema de Curitiba) como
um dos mais relevantes espaços para o cinema internacional no Brasil.
A também a recém-criada mostra “Realizações do Rio” coloca em foco alguns dos mais interessantes
trabalhos produzidos por cineastas de cá, adensando e multiplicando os espaços de diálogo da
pulsante cena local.
7
Sessões especiais trazem longas e curtas-metragens aguardados e ainda inéditos na cidade, como os
novos filmes de André Novais de Oliveira (vencedor do prêmio de melhor longa-metragem na última
edição do festival), Maria Augusta Ramos (cuja retrospectiva realizamos em 2013), Julio Bressane e
Bruno Safadi (apresentando seu projeto Tela Brilhadora), entre outros.
Como cereja do bolo do conjunto de novidades deste ano, quatro videoinstalações realizadas por
artistas-cineastas estarão abertas à visitação, completando um movimento há muito delineado e
desejado por nós.
No ano em que vimos surgir no Rio de Janeiro o grupo Risco e os festivais Olho e Dobra, todos dedicados
a experiências que rompem convenções formais, há decerto muito que se conversar sobre o tema.
Debates acerca de temas relevantes completam a programação - uma mesa sobre a imagem em
movimento no cinema e arte contemporânea, e outra focada na construção e desconstrução do
feminino & masculino convidam à reflexão conjunta.
E assim chegamos à nossa sétima edição, com o susto e alegria de perceber o caminho percorrido,
e com a certeza de que há ainda muito o que percorrer.
Agradecemos profundamente às nossas patrocinadoras Petrobras e RioFilme, que mais uma vez
apostaram na Semana, garantindo sua continuidade e evolução.
Agradecemos ainda a todos os parceiros e apoiadores do festival, em especial à nossa equipe
apaixonada e às realizadoras e realizadores dessa VII Semana dos Realizadores!
Lis Kogan
Diretora e curadora
A sétima edição da Semana é dedicada a Rudá, Lino, Matias, Gal e sua irmãzinha, passarinhos
filhotes que desde cedo fazem parte do coração desse festival.
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Overflowing necesse est
“How do we challenge the world’s ways? How do we challenge the ways of seeing the world? “
A close friend’s provocation condenses in words much of the desire that drives us. I say “us”
considering the complex collective of those dedicated to art as a way of creating displacements,
conflicts and cracks; all of these able to change the status quo.
If today, the ideal of revolution (and thus the idea of a revolutionary art) appears in an
inevitable wear on a system that works constantly to stifle dissent, it is also undeniable that
dissidents will always dissent, subversives will subvert and resistants will resist the norms of
contemporary society.
In a world awash with images, films are potential acts of resistance. Either generating new
perceptions of reality, questioning established standards, catalyzing thoughts and feelings, or
causing minor/major changes.
We also know that the strength of films lie not only in the work themselves, but in their overflow,
which occurs in the reverberation on each viewer, on collective dialogues and exchanges, in the
thought production process, in the set of works that accompany the subjective transformation of
an artist or in the direct and indirect dialogue of contemporary creators among themselves and
with the traditions they dialogue with.
To highten this overflow is our desire and goal: Diretor’s Week exists to generate relevant
encounters through film screenings, talks with filmmakers, opening up a space for in-depth
discussions of issues that permeate our production, with special attention new ways of looking
and reflecting.
In this edition of the festival, within one week, we’ll have a chance to watch and discuss 50 films
- including features, medium and short films - almost all presented in person by their filmmakers
and directors.
The competitive showcase brings a careful selection of 20 films (6 features, 3 medium and 11
short films) finalized in 2014 and 2015, most of which will have their Rio de Janeiro premiere at
the Festival.
Special programmes will also highlight other films of the festival: the new section Director’s
Week Invites presents films shown at other festivals we admire and with whom we dialogue: in
this first edition, we received curatorial works from Cine Esquema Novo - a precursor festival
to a generation of events composed of Director’s Week , Janela Internacional de Cinema do
Recife, Panorama Internacional Coisa de Cinema da Bahia, among others - and from the Fronteira
Festival, which just its second edition and already has established itself (next to Olhar de Cinema
de Curitiba) as one of the most important spaces for international cinema in Brazil.
The also newly created showcase Rio Films brings into focus some of the most interesting works
produced by filmmakers from the city, thickening and multiplying the already pulsating local scene.
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Hors concours screenings will bring feature and short heavily awaited premieres, such as
the new works from Andre Novais de Oliveira (best feature film award at the last edition of
the festival), Maria Ramos (retrospective subject in 2013), Julio Bressane and Bruno Safadi
(presenting their project Tela Brilhadora), among others.
As an icing of the cake this year, four video installations made by artists-filmmakers will be open
to visitors, completing a long desired programming exploration by the festival.
In the year that we see the emergence in Rio de Janeiro of Grupo Risco and festivals like Olho
e Dobra, all three dedicated to experiences in breaking formal conventions, there is certainly
much to talk about this subject.
A roundtable on the moving image in film and contemporary art, and another focused on the
construction and deconstruction of female & male identites complete the programme.
And, amidst all these programming news, we approach our seventh edition, with the shock and
joy of perceiving the road traveled, and with the certainty that there is still a long way to go.
We wish to deeply thank our sponsors Petrobras and RioFilme, who once again supported
Director’s Week, ensuring its continuity and evolution.
We also thank all partners and supporters of the festival, especially to our passionate team and
the filmmakers and directors of this VII Directors Week!
Lis Kogan
Director and curator
The seventh edition of the Week is dedicated to Ruda, Lino, Matias, Gal and her little sister, little
birds that are already part of heart of this festival.
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sumário
table of contents
Abreviações ................................................................................... 13
Abbreviations
Curtas e médias-metragens em competição............................................. 15
Short and Medium-lenghts in Competition
Longas-metragens em competição ........................................................ 31
Feature Films in Competition
Realizações do Rio............................................................................ 39
Rio Films
Sessões especiais.............................................................................. 49
Specials Screenings
Semana convida: Cine Esquema Novo Expandido - Berlinale Forum 2015........ 62
Director’s Week Invites: Cine Esquema Novo Expanded - Berlinale Forum 2015
Semana convida: Fronteira Festival - Retrospectiva Sylvain George .................. 74
Director’s Week Invites: Sylvain George Retrospective
Júris e prêmios ............................................................................... 87
Juries and Awards
Atividades paralelas..........................................................................101
Parallel Activities
Índice por título.............................................................................. 108
Index by Title
Índice por realizador(a)........................................................................
109
Index by Director
Créditos e agradecimentos .................................................................110
Credits and Thank You Credits
Cartazes........................................................................................ 113
Posters
11
12
abreviações
abreviations
CP
companhia produtora production company
PE
produção executiva executive producer
P
produção producer
R
roteiro script
F
fotografia cinematography
S
som sound
DA
direção de arte art direction
Fig
figurino costume designer
M
montagem editor
ES
edição de som sound editor
TM
trilha musical music
Com
elenco cast
+
principais exibições e prêmios main exhibitions and awards
abreviações
abreviations
Curtas e médias-Metragens em competição
shorts and medium-length films in competition
Aluguel: o filme
Rent: The Movie
Lincoln Péricles
16 min. digital. 2015. SP.
A reunificação pacífica não acontecerá.
The peaceful meeting will not happen.
Lincoln Péricles
PE, P, F, M, ES: Lincoln Péricles
R: Bruno Marra, Lincoln Péricles
S: Bruno Marra
Com Felipe Terra, Lincoln Péricles
+
Festival Internacional de Curtas de São Paulo
2015;
Fronteira Festival 2015;
Festival de Cinema de Vitória 2015.
16
Contato: [email protected]
Nasceu e vive no Capão Redondo,
periferia de São Paulo. É diretor,
roteirista, montador, técnico
de som e professor de cinema.
Dirigiu filmes como Cohab (2012),
O trabalho enobrece o homem
(2013), Ruim é ter que trabalhar
(2015) e Filme dos outros (2015).
Foi montador do filme Mataram
meu irmão (2013), de Cristiano
Burlan, entre outros.
He was born and lives in Capão
Redondo, outskirts of São Paulo.
He is a director, screenwriter,
editor, sound technician and
film teacher. He directed films
like Cohab (2012), O trabalho
enobrece o homem (2013), Ruim
é ter que trabalhar (2015) and
Filme dos outros (2015). He edited
They Killed My Brother (2013), by
Cristiano Burlan, among others.
Corda
Rope
Pablo Lobato
7 min. digital. 2014. PA/MG.
Em desalinho com as regras do Círio de Nazaré
– procissão católica realizada em Belém do
Pará, Brasil, desde 1793 –, alguns promesseiros,
para garantir suas relíquias, cortam a corda que
conduz a berlinda pelas ruas da cidade.
In disarray with the rules of the Catholic procession
Círio de Nazaré (Belém, Brazil, since 1793), some
promisers, aiming to assure their relics, cut the
rope that leads the carriage throughout the city
streets.
CP: Pablo Lobato Studio
PE, P, F, M: Pablo Lobato
TM: Pablo Lobato, Anderson Guerra
ES: Anderson Guerra
+
Festival de Curta de Oberhausen 2015;
Festival de Ann Arbor 2015;
Cine Esquema Novo Expandido 2015;
Festival Internacional de Curtas de
São Paulo 2015;
Message to Man Film Festival 2015;
Festival de Riga 2015;
Prêmio LOOP/LOOP Award –
MACBA’s Foundation 2014.
Pablo Lobato
Nasceu em Bom Despacho, em
1976, e vive em Belo Horizonte.
Trabalha com diferentes meios,
como
cinema,
fotografia,
instalação e objeto. Foi bolsista
da Fundação John Simon
Guggenheim, NY. Dirigiu filmes
como Ventos de Valls (2013),
Queda (2010), Outono (2007),
Acidente (2006), Restos (2003),
Mira (2001) e Cerrar a porta
(2000).
Born in Bom Despacho, Brazil, in
1976. He lives and works in Belo
Horizonte, Brazil. He works with
different medias such as cinema,
photography, installations and
object. He got a fellowship from
the John Simon Guggenheim
Foundation, NY. He directed films
such as Ventos de Valls (2013),
Queda (2010), Outono (2007),
Acidente (2006), Restos (2003),
Mira (2001) and Cerrar a porta
(2000).
Contato: Pablo Lobato
[email protected]
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Digitaria Ex-Machina
Digitaria Ex-Machina
Gabraz
23 min. digital. 2015. RJ/MG.
“Hoje é sábado, todos meus amigos estão
mortos.” O filme traça um retrato afetivo duo
eletrônico Digitaria durante o lançamento de
seu segundo disco: Emotion/Simulation.
“This is a Saturday, all my friends are dead”. The
film meets Digitaria as they tour South America
releasing their second album: Emotion-Simulation.
CP: Eu morri em 1999
PE, R, F, M, ES: Gabraz
P, S: Gabraz, Digitaria
Com Daniela Caldellas, Daniel Albinati
+
FestCurtasBH 2015;
Doc n’ Roll Film Festival 2015;
Islantilla Cinefórum 2015;
Three Cities Festival 2015;
London International Documentary Film Festival
2015;
Bastrop Texas Film & Music Festival 2015.
Contato: Gabraz
18
[email protected]
Gabraz
Nasceu no Rio de Janeiro em 1981
e ainda criança se mudou para
Belo Horizonte, onde no início dos
anos 2000 começou a fazer alguns
filmes experimentais. É um artista
visual com forte inclinação para
o cinema experimental. Dirigiu
filmes como O estrangeiro (2004),
Arrebentação (2011), Oceanne
(2013) e Sonho de Sara (2014),
entre outros.
Gabriel Sanna, or Gabraz, was born
in Rio de Janeiro in 1981. As a child
he moved to Belo Horizonte, where
in the early 2000s began to produce
experimental films. He is a visual
artist with a strong inclination to
experimental cinema. He directed
films such as Stranger (2004),
Arrebentação (2011), Oceanne
(2013) and Dream of Sara (2014),
among others.
Entretempos
Entretempos
Frederico Benevides e Yuri Firmeza
7 min. digital. 2015. CE/RJ.
Um canto que evoca. Uma cidade que
desmorona. Um prédio que se ergue. Um povo
que embranquece. Uma família que convulsiona.
Um silêncio que corta.
A chant that evokes. A collapsing city. An uprising
building. People turning white. A convulsing
family. A cutting silence.
Frederico Benevides e Yuri Firmeza
PE, P, R, F, M, ES: Frederico Benevides, Yuri
Firmeza
S: Danilo Carvalho, Érico Paiva
+
Estreia em festivais / Festival Première.
Frederico é diretor e montador.
Professor substituto das disciplinas
de montagem do departamento
de cinema da UFF e mestre em
estudos de cinema e audiovisual
pela mesma universidade. Yuri
é professor do curso de cinema
e audiovisual da Universidade
Federal do Ceará e mestre em
poéticas visuais pela Escola
de Comunicação e Artes da
Universidade de São Paulo.
Frederico is a director and editor
and a substitute editing teacher
at the film department of UFF, and
Master of Film and Audiovisual
Studies at the same university.
Yuri is a teacher at the cinema
and audiovisual course of Ceará
Federal University and Master
of Visual Poetry by the School
of Communication and Arts of
University of São Paulo.
Contato: Frederico Benevides
(21) 98091-0734
19
História de uma pena
Story of a Feather
Leonardo Mouramateus
30 min. digital. 2015. CE.
Um professor espera a chegada dos alunos
atrasados. Longe dali, um jovem casal acorda
entre as árvores. São dez e quinze da manhã.
“Eu sei com que fúria bate o teu coração.”
A teacher awaits the arrival of his delayed
students. Far from there, a young couple wakes
up in between trees. It`s fifteen a.m. “I know how
furiously your heart is beating.”
CP: Praia à Noite
PE: Leonardo Mouramateus, Clara Bastos,
Samuel Brasileiro
P: Clara Bastos, Leonardo Mouramateus
R: Leonardo Mouramateus
F: Juliane Peixoto, Filipe Acácio
Leonardo Mouramateus
S: Pedro Diógenes, Rodrigo Fernandes
ES: Érico Paiva
M:Tomás Von der Osten
Com Bio Falcão, Fátima Muniz, Renan Capivara,
Geane Albuquerque, Jesuíta Barbosa, Diego
Salvador, Clara Monteiro, Caetano Gotardo,
Carlos Victor
+
Festival de Locarno 2015;
Prêmio Especial do Júri/Special Jury Award –
Festival de Brasília 2015
Contato: Clara Bastos
20
[email protected]
Nasceu em Fortaleza em 1991,
e estudou cinema, primeiro na
Universidade Federal do Ceará e
depois em Lisboa. Dirigiu filmes
como Charizard (2012), Lição de
esqui (2013), A era de ouro (2014)
e A festa e os cães (2015).
Born in Fortaleza, Brazil, in 1991,
he studied film, first at the Federal
University of Ceará and then in
Lisbon. He directed films such
as Charizard (2012), Ski Lessons
(2013), A era de ouro (2014) and
The Party and the Barking (2015).
Imhotep
Imhotep
Leo Pyrata
12 min. digital. 2015. MG.
Imhotep é a materialização pedagógica do
desintegrar. A impossibilidade de permanência
dos pixels contrastada com o grande projeto de
civilização egípcio da antiguidade. Escorado pela
tábua de esmeraldas de Hermes Trimegisto é
um sigil que confirma a farsa dialética do tempo
espaço pela costura limitada da linguagem
inerte antes do hiperespaço.
Imhotep is the pedagogic materialization of
disintegrate. The impossibility of permanence of
pixels contrasted with the big project of ancient
Egyptian civilization. Anchored by Hermes
Trismegistus’ emerald board, it is a secrecy that
confirms the dialectical scam of time and space
by the limited sewing of inert language before
hyperspace.
Leo Pyrata
CP: El Reno Fitas
P, R, M, ES: Leo Pyrata
F: Leo Pyrata, Samuel Florindo, Deleo Gama
+
Fronteira Festival 2015;
Está em sua última encarnação
resistindo em Belo Horizonte
desde 28 de agosto de 1980.
Tenta levar a sério as pessoas,
a arte e o mundo, mas não tá
sendo fácil. Seu último refúgio
é o gif. É sócio e acionista da
El Reno Fitas. Dirigiu filmes
como Élégie à Rimbaud (2011) e
Cuauhtémoc (2012).
He is in his last incarnation,
resisting in Belo Horizonte since
August 28, 1980. He tries to
take people, art and the world
seriously, but it’s not easy. His
last refuge is gif. He is a partner
and shareholder of El Reno Fitas.
He directed films such as Élégie à
Rimbaud (2011) and Cuauhtémoc
(2012).
Mostra Wadafocus do Festival Internacional de
Curtas do Rio de Janeiro 2015.
Contato: Leo Pyrata
[email protected]
21
Mains propes
Washed Hands
Louise Botkay
8 min. digital. 2015. RJ.
Na era pós-colonial, os países pobres continuam
sujeitos aos mesmos grupos de nações que os
colonizaram. A Europa está em guerra, mas sem
alardes. Nas ruas das cidades, assim como no
campo, todos fingem não saber ou não lembrar
disso. Existem as cooperações internacionais
que “ajudam” os países mais pobres, deixando
no ar um perfume de infinita dependência. Este
filme fala dessa dependência e também do
desejo do “branco” em possuir a imagem clichê
da extrema pobreza africana.
In the post-colonial era, the poor countries are
still subject to the same group of nations that
colonized them. Europe is at war, but without
fanfare. On city streets, as well as in the field,
everyone pretends not to know or remember that.
There are international cooperation to “help” the
poorest countries, leaving the air a smell of infinite
dependency. This film is this dependency and also
about the desire of the “white” people in owning
the cliché image of the extreme African poverty.
Louise Botkay
PE: Cinesofia
P, R, F, M, S, ES: Louise Botkay
+
Estreia / World Première.
Contato: Louise Botkay
22
[email protected]
Nasceu no Rio de Janeiro em
1978. Estudou na Escola Nacional
de Cinema da França (La Fémis).
Dirigiu filmes como Vertières I,
II, III (2014), Super Freeze (2011),
Sève (2011), 4 portes (2009),
Mammah (2008) e Fofô Niamey
(2007).
Born in Rio de Janeiro in 1978.
She studied at the French
National Film School (La Fémis).
She directed films such as como
Vertières I, II, III (2014), Super
Freeze (2011), Sève (2011), 4
portes (2009), Mammah (2008)
and Fofô Niamey (2007).
Occidente
Occident
Ana Vaz
15 min. digital. 2014. Brasil/França.
Antiguidades tornam-se conjuntos de jantar
reproduzíveis, aves exóticas tornam-se uma
moeda de luxo, exploração torna-se turismo
de esportes extremos, monumentos tornamse dados terrestres. Um filme-poema de uma
ecologia de sinais traçando uma história colonial
que se repete: celebrações e relações de poder,
objetos e fetiches, raízes e troncos, poder e
classe numa busca para encontrar o seu lugar, o
seu lugar ao redor da mesa.
Antiques become reproducible dinner sets,
exotic birds become luxury currency, exploration
becomes extreme-sport-tourism, monuments
become geodata. A film-poem of an ecology of
signs tracing a colonial history repeating itself:
celebration and power relations, objects and
fetishes, roots and branches, power and class
relations in a struggle to find ones place, ones
sitting around a table.
EP: École Supérieure Nationale des Beaux Arts
de Lyon, Le Fresnoy – Studio National des Arts
Contemporains
P, R, F, M, ES: Ana Vaz
S: Louis Henderson
Com Lis Andrea de Melo, Silvia Caetano, Hugo
Costa, Gabriel Abrantes, Alexandre Abrantes
+
Festival de Nova York 2015;
Festival de Toronto 2015;
Grande Prêmio/Grand Prize – Media City Film
Festival 2015;
Prêmio principal/Main Prize – Fronteira Festival
2015;
Festival de Ann Arbor 2015;
Rencontres Internationales Paris/Berlin 2014.
Ana Vaz
Nasceu em 1986 em Brasília. É
artista visual e cineasta, graduada
pelo Royal Melbourne Institute
of Technology, em Melbourne,
Austrália; e mestre em cinema
e artes visuais pelo Le Fresnoy
– Studio national des Arts
Contemporains, em Tourcoing,
na França. Dirigiu filmes como
Sacris Pulso (2008), Les Mains,
Négatives (2012), A idade da pedra
(2013) e A Film, Reclaimed (2015).
Born in 1986, In Brasília. She is
a visual artists and filmmaker
graduated from the Royal
Melbourne Institute of Technology,
in Melbourne, Australia. She has a
master’s degree in film and visual
arts from Le Fresnoy – Studio
National des Arts Contemporains,
in Tourcoing, France. She directed
films such as como Sacris Pulso
(2008), Les Mains, Négatives
(2012), A idade da pedra (2013) and
A Film, Reclaimed (2015).
Contato: Ana Vaz
24 Rue Norvins, 75018, Paris
+33 778049112
23
Palace Hotel
Palace Hotel
Cao Guimarães
4 min. digital. 2015. MG.
José Oncinha, Zé Bão, Sancinho...
José Oncinha, Zé Bão, Sancinho...
Cao Guimarães
CP: Studio Cao Guimarães
M, F: Cao Guimarães
TM: O Grivo
+
Melhor montagem/Best Film Editing – Cine PE
2015.
Contato: Ralph Antunes
24
[email protected]
Nasceu em Belo Horizonte em
1965. Trabalha no limite entre o
cinema e as artes visuais, com
intensa produção desde o final
dos anos 1980. Dirigiu O homem
das multidões (2013), Otto (2012),
Ex-Isto (2010), Andarilho (2007),
Acidente (2006), A alma do osso
(2004), Da janela do meu quarto
(2004) e O fim do sem fim (2001),
entre outros.
Born in Belo Horizonte, in 1965. He
works on the crossing between the
cinema and the visual arts, with
intense production since the late
80s. He directed The Man of the
Crowd (2013), Otto (2012), Ex-It
(2010), Drifter (2007), Accident
(2006), The Soul of the Bone
(2004), From the Window of My
Room (2004) and The End of the
Endless (2001), among others.
Ritual Pam Pam Pam
Pam Pam Pam Ritual
Ramon Mota Coutinho
4 min. digital. 2014. BA.
No território Caiataia, tribos sociais se
organizam regularmente em rituais sonoros que
reproduzem o “Pam pam pam” ou “Canto dos
deuses furiosos”. Através de enormes caixas
de som em veículos automotores, milhares
de pessoas participam com danças e bebidas,
buscando elevar os prazeres carnais e espirituais.
At Caiataia territory, social tribes organize
themselves regularly in sounding rituals that
replicate the “Pam pam pam” or “Song of the
angry gods.” Through huge speakers in motor
vehicles, thousands of people take part, with
dances and drinks, trying to elevate the pleasures
of flesh and spirit.
CP: CUAL – Coletivo Urgente de Audiovisual
PE: Bianca Muniz, Carlos Baumgarten
P: Carlos Baumgarten, Francisco Gabriel de
Almeida, Luan S. Marques
R: Carlos Baumgarten, Francisco Gabriel de
Almeida, Ramon Coutinho, Marcus Curvelo, Luan
S. Marques F: Ramon Coutinho, Marcus Curvelo
Ramon Mota Coutinho
M, S, ES: Ramon Coutinho
+
Mostra do Filme Livre 2014;
Semana do Audiovisual Baiano Contemporâneo
2014;
Festival Cine Futuro 2015;
Festival Visões Periféricas 2015;
Cinecipó 2015;
Nasceu na Bahia em 1984 e
faz parte do CUAL – Coletivo
Urgente de Audiovisual. Além de
realizador, é crítico e desenvolve
ações cineclubistas com o Cine
Avuadora. Dirigiu filmes como
Papai Noel nos molestou (2013) e
O caminho mais próximo de casa
(2012), entre outros.
Born in Bahia in 1984, he took part
in CUAL - Audiovisual Collective of
Urgency. He is a director and also a
film critic and develops film clubs
with Cine Avuadora. He directed
film such as Papai Noel nos
molestou (2013) and O caminho
mais próximo de casa (2012),
among others.
Panorama Internacional Coisa de Cinema 2015.
Contato: Ramon Coutinho
(71) 8430-7690
[email protected]
25
São Paulo com Daniel
Daniel in the Lion’s Den
Deborah Viegas e Nicolas Thomé Zetune
30 min. 16 mm. 2015. SP.
O amor é confiança mútua no tempo presente.
Love means mutual trust in the presente time.
CP: Filmes de Amor, Fratura Filmes
PE: Nicolas Thomé Zetune, Pedro Geraldo,
Deborah Viegas, Samyr Aissami, Lucas Camargo
de Barros
P: Eduardo Pires
R: Lucas Camargo de Barros
F: Pedro Geraldo
M: Deborah Viegas, Nicolas Thomé Zetune
S: Rodrigo Lavorato, Naomi Roncari
ES: Samyr Aissami
Com João Paulo Bienemman, Silvio Restiffe,
Anapaula Csernik, Janaina Afhonso, Bruno
Ribeiro, Gabriela Ramos
+
Estreia / World Première.
Contato: Deborah Viegas
26
[email protected]
Deborah Viegas e Nicolas Thomé Zetune
Deborah nasceu em Minas Gerais
em 1993, e vive em São Paulo.
Nicolas nasceu em São Paulo,
também em 1993, e é graduando
em cinema pela FAAP. Ambos
são sócios da produtora Filmes
de Amor. Deborah dirigiu Kyoto
(2014). Nicolas é diretor de
Universo (2015), Takotsubo (2015)
e As madrugadas (2013).
Deborah was born in Minas Gerais
in 1993 and lives São Paulo. Nicolas
was born in São Paulo, also in 1993,
and is majoring in film from FAAP.
They are partners in the production
company Filmes de Amor. Deborah
directed Kyoto (2014) and Nicolas
directed Universo (2015), Broken
Heart Syndrome (2015) and As
madrugadas (2013).
Sem título # 2 : la mer larme
Untitled #2: La mer larme
Carlos Adriano
31 min. digital. 2009-2015. SP.
O mar à vista de atualidades do século XIX
(produzidas em 1891, 1895, 1897 e 1900, no Brasil,
Estados Unidos, França e Inglaterra) e à escuta
de uma canção (em francês, inglês, espanhol,
holandês e italiano). Da série “Apontamentos
para uma AutoCineBiografia (em regresso)”.
The sea taken by footages from XIX century
(produced in 1891, 1895, 1897 and 1900, in Brazil,
United States, France and England) and listened
from a song (in French, English, Spanish, Dutch
and Italian). From the series “Notes for a Self
Biopic (in Regress)”.
Carlos Adriano
CP: Babushka
PE, P, R, F, M, S, ES: Carlos Adriano
+
Prêmio da crítica: melhor curta-metragem /
Critic’s Prize: best short film – É Tudo Verdade
2015;
Festival Internacional de Cinema da Bienal de
Curitiba 2015.
Nasceu em São Paulo em 1966.
É cineasta, doutor em cinema
pela USP, pós-doutor em artes
pela PUC-SP e pós-doutorando
em cinema na USP. Dirigiu filmes
como O papa da pulp R. F. Lucchetti
(2002), Militância (2002), Das
ruínas à existência (2007) e Sem
título # 1 : Dance of Leitfossil (2014),
entre outros.
Born in São Paulo, in 1966. He is
a filmmaker, PhD in film studies
(USP), post-doctorate in arts
(PUC-SP) and currently a postdoctoral research in film at USP.
He directed films like O papa
da pulp R. F. Lucchetti (2002),
Militância (2002), Das ruinas a
existência (2007) and Sem título
# 1 : Dance of Leitfossil (2014),
among others.
Contato: Carlos Adriano
[email protected]
27
Soledad
Soledad
Flávia Vilela, Joana Gatis e Daniel Bandeira
22 min. digital. 2015. PE/SP/MG.
Um amor bandido. Uma paixão implacável. Um
fogo avassalador. Foi assim que começou a saga
de morte e vingança daquela a quem chamavam
de Soledad.
A thug love. A ruthless passion. A devastating fire.
Thus began the saga of death and revenge by the
one they called Soledad.
CP: Simio Filmes, Cinemat, ZQuatro
PE, P: Manoela Torres
R, M: Daniel Bandeira
R: Daniel Bandeira
DA: Dani Velela
Fig: Andrea Monteiro
F: Pedro Sotero
S: Guga Rocha
ES: Guga Rocha, Daniel Bandeira
Com Joana Gatis, Peter Ketnath, Thassia
Cavalcanti, Mauricea Conceição, Rita Carelli,
Albert Tenório, Maria Laura Herrero, Ithamar
Gonçalves, Betty Gatis, Anaíra Mahin, Freedom
Cavalcanti
+
Estreia/World Première.
28
Contato: (81) 99197-6756
Flávia Vilela, Joana Gatis e Daniel Bandeira
Flávia é jornalista e cineasta.
Estudou cinema na EICTV e
trabalha com audiovisual desde
2004 como assistente de direção.
Dirigiu filmes como Conquista
(2006) e Eleggua (2007). Joana
começou no cinema como
figurinista de filmes como Baixio
das bestas (2006), de Cláudio
Assis. Daniel trabalha com
audiovisual desde 2001. Dirigiu
filmes como Amigos de risco
(2007) e Tchau e bênção (2009).
Flávia is a journalist and filmmaker.
She studied film at EICTV and
works with audiovisual since
2004 as an assistant director. She
directed films such as Conquista
(2006) and Eleggua (2007).
Joana started in film as a costume
designer for films like Bog of
Beasts (2006), by Cláudio Assis.
Daniel works with audiovisual
since 2001. He directed films such
as Peer Pressure (2007) and Tchau
e bênção (2009).
Toré
Toré
João Vieira Torres e Tanawi Xucuru Kariri
15 min. digital. 2015. Brasil/França.
Há
o que vejo
o que me mostram
o que é proibido ver
o que não sou capaz de ver…
There is
what I see,
what is shown to me,
what I can’t see,
what I don’t see…
Sou convidado para filmar um ritual. Aquele
que pode ser visto pelos ”cabeças-secas”,
forasteiros como eu. Uma criança da tribo assiste
ao Fantasia da Disney na TV. O interrompem. Na
floresta, na dança, o que move a criança? O que
posso ver do que me mostram?
I was invited to film a ritual. One that can be
shown to foreigners, to “dried-heads” like me. A
child of the tribe watchs Disney’s Fantasia on TV.
He is interrupted. What the child lives when he
dances? What am I able to see from what is shown
to me?
P, R, F, S: João Vieira Torres
M, ES: Filipe Afonso, João Vieira Torres
Com Cayomy, Indiane, Saporan, Sapucai, Tanawi,
Tayna, Toué Aclá, Yaponã
+
Rencontres Internationales du Documentaire de
Montréal 2015;
João Vieira Torres e Tanawi Xucuru Kariri
João nasceu em Recife em 1981.
Vive e trabalha em Paris. Dirigiu
filmes como Aurora (2014), Os
amores antropófagos (2014) e Le
bain (2012), entre outros. Este
filme marca a estreia de Tanawi na
direção.
João was born in Recife in 1981.
He lives in Paris. He directed films
such as Aurora (2014), Os amores
antropófagos (2014) and Le bain
(2012), among others. This is
Tanawi’s first film as a director
Fronteira Festival 2015;
Melhor curta brasileiro/Best Brazilian Short –
Olhar de Cinema 2015;
FIDMarseille 2015.
Contato: João Vieira Torres
[email protected]
29
Longas-metragens em competição
Feature Films in Competition
TELA BRILHADORA
O espelho
The Mirror
Rodrigo Lima
64 min. digital. 2015. RJ.
Um homem é misteriosamente chamado à porta
de entrada de uma casa de campo abandonada.
Como se estivesse saindo de um espelho d’água,
uma mulher emerge da lama, do fundo de um
lago. Os dois se aproximam e um feitiço é lançado.
Juntos, eles experimentarão os encantos da
alucinação da memória e dos sonhos, enquanto
reflexos na água revelam segredos ocultos
na natureza da alma. Uma recriação do conto
homônimo de Machado de Assis.
A man is mysteriously called to the entrance gate
of an abandoned country home. As if she was
coming out of a water mirror, a woman emerges
from the mud at the bottom of a lake. As they
approach each other, a spell is cast. Together they
experience the enchantment of hallucination,
memory and dreams. Reflections in the water will
reveal secrets hidden in the nature of the soul. A
recreation of Machado de Assis’ eponymous tale.
CP: TB Produções
Rodrigo Lima
R, M: Rodrigo Lima
F: Pablo Hoffmann
DA: Eliane Soares de Azevedo
S: Uerlem Queiroz
TM: Guilherme Vaz
Com Ana Abbott, Augusto Madeira
+
Festival de Locarno 2015;
Mostra de São Paulo 2015.
Contato: Bruno Safadi
[email protected]
32
Nasceu no Rio de Janeiro,
em 1975, e graduou-se em
jornalismo. Começou no cinema
como editor de filmes como
Cleópatra (2007), Educação
sentimental (2013), de Julio
Bressane, e Luz nas trevas – A
volta do bandido da luz vermelha
(2010), de helena Ignze. Em 2009
dirigiu o curta Para Eva. Este é
seu primeiro longa-metragem
como diretor.
Born in Rio de Janeiro in 1975, he
has a degree in journalism. He
started his career as an editor,
working on films such as Julio
Bressane’s Cleópatra (2007) and
Sentimental Education (2013) or
Helena Ignez’ Light in Darkness:
The Return of Red Light Bandit
(2010). In 2009, he directed his
first short film, Para Eva. This is his
first feature.
A morte diária
The Daily Death
Daniel Lentili
78 min. digital. 2015. RJ.
O fim daquela terra. O fim daquele tempo.
The end of that land. The end of that time.
CP: Dale Filmes, If You Hold a Stone
PE, R, S: Daniel Lentini
P: Daniel Lentini, Marianne Macedo Martins,
Gustavo Beck
F: João Atala
M: Ricardo Pretti
ES: Fábio Andrade
Com residentes do sul de Minas Gerais
Daniel Lentili
Nasceu em 1984 no sul de Minas.
Mudou-se para o Rio de Janeiro
aos 17 anos para estudar cinema.
Dirigiu filmes como Meu pai
morreu (2011), 24.° domingo do
tempo comum (2010) e Partida
(2008).
Born in 1984 in Southern Minas
Gerais. He moved to Rio de Janeiro
at age 17 to study cinema. He
directed films such as My Father
is Gone (2011), 24th Sunday of
Ordinary Time (2010) and Leaving
(2008)
+
Festival Visions du Réel 2015;
FIDOCS – Festival Internacional de Documentales
de Santiago 2015.
Contato: Danieal Lentini
[email protected]
33
Proxy reverso
Reverse Proxy
Guilherme Peters e Roberto Winter
87 min. digital. 2015. SP .
Davi Reis é um jovem técnico em informática que,
após perder seu emprego, acaba se envolvendo
com seu amigo Luis Pires num arriscado plano.
Luis, um jornalista independente narcisista e
obcecado pela fama, quer usar as habilidades de
hacker de Davi para vazar dados confidenciais
que comprovariam uma fraude nas pesquisas
de intenção de voto das eleições presidenciais
de 2014.
Davi Reis is a young computer technician who,
after losing his job, gets involved, alongside
his friend Luis Pires, in a risky business. Luis, an
independent journalist who is narcissistic and
obsessed with fame, wants to use David’s hacking
skills to leak classified data that would prove
fraud in the voting polls of the 2014 presidential
elections.
Guilherme Peters e Roberto Winter
P, R, F, M, S, ES: Guilherme Peters, Roberto
Winter
Com Leonardo França, Deyson Gilbert, Dani Cruz,
Ciça Winter, Débora Chodik, Guilherme Peters,
Roberto Winter
+
Estreia em festivais / Festival Première.
Contato: Guilherme Peters e Roberto Winter
[email protected]
34
[email protected]
Guilherme nasceu em São Paulo,
em 1987. É formado em artes
plásticas pela FAAP. Dirigiu Le
retour des sans-culotte (2014) e
Inimigo invisível (2010). Roberto
nasceu em São Paulo, em 1983.
Artista, formou-se Bacharel em
física pela USP em 2005. Dirigiu
Revolution
Institution
(2014),
Metanoia (2011) e Video (2005).
Guilherme was born in São Paulo in
1987. He graduated in fine arts from
the Armando Alvares Penteado
Foundation. He directed Le retour
des sans-culotte (2014) and Inimigo
Invisível (2010). Roberto was born in
São Paulo in 1983. He is an artist and
with a BA in physics from the University
of São Paulo. He directed Revolution
Institution (2014), Metanoia (2011) and
Vídeo (2005).
O que eu poderia ser se eu fosse
What I Could Be If I Were
Bruno Jorge
101 min. digital. 2015. SP.
Durante os meses precedentes ao parto de seu
primeiro filho, o cineasta Bruno Jorge registra o
cotidiano pessoal que constrói com sua esposa, a
fotógrafa Fernanda Preto. A partir de memórias
do passado, jornal íntimo e ansiedades do
presente, Bruno desenvolve com rigor formal,
um filme-processo singular e desprotegido.
In the months preceding the birth of his first
child, filmmaker Bruno Jorge records the personal
routine he builds with his wife, photographer
Fernanda Preto. From memories of the past,
an intimate diary and anxieties of the present,
Bruno develops with formal rigor a unique and
unprotected film-process.
Bruno Jorge
CP: João de Barro
PE, P, R, F, S, M: Bruno Jorge
ES: Niper Boaventura
TM: Lucas Mayer
Com Fernanda Prieto, Bruno Jorge, Malu Prieto
Nasceu em Recife, mas foi criado
em São Paulo, onde estudou
comunicação social. Morou entre
a França e a Bélgica, onde estudou
cinema e artes do espetáculo.
É diretor de filmes como Justiça
ao insulto (2005), Barões (2008),
Beco (2012), Contratempo (2013) e
Escola de meninos (2012).
Born in Recife, Brazil, but moved to
São Paulo at a very young age. He
studied communications through
a University program in Brazil
and Cinema in France/Belgium. He
directed films such as Justice to
Insult (2005), The Barons (2008),
Beco (2012), Contratempo (2013)
and Escola de meninos (2012).
+
Estreia / Wold Première.
Contato: Bruno Jorge
[email protected]
35
O touro
The Bull
Larissa Figueiredo
78 min. digital. 2015. PR.
Na Ilha de Lençóis, no Nordeste do Brasil, Dom
Sebastião fundou seu reino encantado. Ele
vagueia na forma de um touro negro, que tem
uma estrela na testa. Um dia, sua filha voltará à
ilha, empunhando uma espada dourada.
On the Lençois Island, in the Northeast of Brazil,
Don Sebastian founded his enchanted kingdom.
He wanders in the form of a black bull, which
bears a star on its forehead. One day his daughter
will return to the island, wielding a golden sword.
CP: Tu i Tam Filmes
PE: Rafael Urban
P: Ana Paula Málaga, João Castelo Branco, Larissa
Figueiredo
R: Larissa Figueiredo
F: João Castelo Branco
M: Larissa Figueiredo, Rafael Urban
S: Bruno Vasconcelos
ES: Fábio Baldo
Com Joana de Verona e Moradores da Ilha de
Lençóis – MA
+
Festival de Roterdã 2015;
Larissa Figueiredo
FILMADRID 2015;
Lima Independiente 2015 ;
Festifreak 2015;
Festival de Dhaka 2015;
Cachoeira Doc 2015;
Mostra CineBH 2015;
Mostra de São Paulo 2015;
Panorama Internacional Coisa de Cinema 2014;
FICBIC – Festival Internacional de Cinema da
Bienal de Curitiba 2014;
Encontro Nacional de Cinema e Vídeo dos
Sertões 2014.
Contato: Rafael Urban
[email protected]
36
Nasceu em 1988 em Brasília.
Estudou letras na UnB; teoria
do cinema na França e artes
visuais/cinema na Suíça, onde
teve aulas com artistas como
Miguel Gomes, Albert Serra e
Apichatpong Weerasethakul. É
diretora de A última das Minas
(2015), O rei (2014), The Waters
(2014) e Fui à Capadócia e lembrei
de vocês (2013).
Born in 1988 in Brasília. She
studied literature in Brazil; cinema
studies in France and visual arts/
cinema in Switzerland, where she
had classes with filmmakers such
as Miguel Gomes, Albert Serra and
Apichatpong Weerasethakul. She
directed The Last Vodunsi (2015),
The King (2014), The Waters
(2014) and I Went to Cappadocia
and I Thought of you (2013).
Tropykaos
Tropykaos
Daniel Lisboa
85 min. digital. 2015. BA.
O filme conta a saga de Guima, um jovem poeta
que acredita sofrer de “ultraviolência solar”
durante o verão mais quente dos últimos 50
anos em Salvador. A suposta doença é causada
pelo implacável calor que assola a cidade. Sob
o olhar marginal de Guima, em uma mistura
entre realidade e fantasia, o filme apresenta
uma Salvador tropical/caótica, oposta à cidade
estereotipada dos cartões-postais, numa viagem
em busca do ar-condicionado redentor que pode
livrar este anti-herói contemporâneo daquilo
que sufoca a sua existência.
The film tells the saga of Guima, a young poet who
believes he suffers from “solar ultra violence”
during the hottest summer in 50 years in Salvador.
The alleged disease is caused by the relentless
heat that hits the city. Under the marginal eyes
of Guima, in a mix of reality and fantasy, the film
presents a tropical/chaotic Salvador, as opposed
to the stereotypical city seen in postcards,
on a journey of a search for a redemptive air
conditioning that can rid this contemporary
antihero of what suffocates his existence.
CP: Cavalo do Cão Filmes
PE: Tenille Bezerra
P: Tenille Bezerra, Daniel Lisboa
R: Daniel Lisboa, Guilherme Sarmiento
F: Pedro Urano
S: Ana Luiza Penna
Daniel Lisboa
M: Eva Randolph, Daniel Lisboa
ES: Edson Secco
TM: Gilberto Monte, Lucas Santtana
Com Gabriel Pardal, Manu Santiago,
Fabricio Boliveira
+
Panorama Internacional Coisa de Cinema 2015;
Mostra de São Paulo 2015.
Nasceu em 1979 e é formado em
cinema e vídeo pela Faculdade
de Tecnologia e Ciências de
Salvador, BA. Dirigiu filmes
como O fim do homem cordial
(2004). O sarcófago (2010), A anti
performance (2012) e O sangue
de Jesus tem dendê (2015), entre
outros.
Born in 1979, he has a degree
in filmmaking and video from
the University of Technology
and Science of Salvador, BahiaBrazil. He directed films such as
The Cordial Man’s End (2004).
The Sarcophagus (2010), A anti
performance (2012) e O sangue
de Jesus tem dendê (2015),
among others.
Contato: Tenille Bezerra
(71) 9696-2809
[email protected]
37
38
realizações do rio
Rio Films
Being Boring
Being Boring
Lucas Ferraço Nassif
77 min. digital. 2015. RJ.
Musical de câmara. Elxs tiveram sua dança
delimitada numa frágil tentativa de encenação.
Considerando as dificuldades de seus lugares,
umx deveria estar sempre de pé enquanto x
outrx deveria estar sempre sentadx. Seus rostos
e seus corpos estão expostos: lidando com
esses lugares delimitados, acumulando em seus
movimentos desconforto e sucesso. Pra que
cantar canções se nunca nem vão te ouvir?
Chamber Musical. They had their dancing
delimited in a fragile attempt of staging. Minding
the difficulties of their places, one should be
always standing up while the other should be
always seated. Their faces and their bodies are
exposed: dealing with those delimited places,
accumulating in their movements discomfort
and success. What’s the point of singing songs if
they’ll never going to hear you?
Lucas Ferraço Nassif
F: Bárbara Bergamaschi
M, ES: Lucas Ferraço Nassif
TM: Felipe Norkus
Com Andrea Pech, Bráulio Cruz
+
Estreia / World Première.
Contato: Lucas Ferraço Nassif
40
[email protected]
Nasceu em 1989. Pesquisa
encenações e conceitos. Dirigiu
filmes como Eu (2015), O espelho
não é reflexo, é cintilância (2013) e
Reinforced Concrete (2013).
He was born in 1989. He researches
staging and concepts. He directed
films such as Eu (2015), O espelho
não é reflexo, é cintilância (2013)
and Reinforced Concrete (2013).
Glória iluminada
Enlightened Glória
Will Domingos
21 min. digital. 2015. RJ
Entre a urgência da fuga e a errância, Glória fazse existir na estranha pulsão da multidão dos
vivos e da noite.
Between the urgency of scape and the wander,
Glória makes herself be in the strange drive of the
crowd of the living and the night.
Will Domingos
CP: Farpa Filmes e OSSO OSSO
PE, P, R. ES: Will Domingos
F: Ana Galizia, Lucas Andrade
M: Leandro das Neves
S: Guilherme Farkas
Nasceu em 1991. É mestre em
cinema pela UFF. Além de diretor,
é também montador e fotógrafo.
Dirigiu Javaporco (2014), Trevas
(2013) e Amado (2013)
He was born in 1991. He has a
master’s in film from UFF. He
is as director, and also editor
and photographer. He directed
Warthog (2014), Marrow (2013)
and Beloved (2013).
Com Flávia Naves, Gunnar Borges, Andrêas
Gatto, Érida Castello Branco
+
Estreia / World Première.
Contato: Will Domingos
(21) 96903-0097
41
Mulher sem bandolim
Woman without Mandolin
Fabiano Mixo
5 min. 16 mm. 2015. Brasil/Alemanha.
Ela está absorta e é quase possível ouvir sua
respiração. De repente, ela parece despertar.
Nos encara profundamente, enquanto ela
mesma se transforma, se desfazendo e
refazendo em pedaços.
The face of a woman seems to be fluctuating in
space. She is absorbed and it is almost possible to
hear her breathing. Suddenly, she seems to wake
up. She gazes at us profoundly. Meanwhile she is
transforming herself, unravelling and recovering
herself piece by piece.
P, R: Fabiano Mixo
PE: Leonie Schäfer
F: Alex Bloom
M: Felix Trolldenier, Boris Seewald, Fabiano Mixo
TM: Simon Kummer
Fabiano Mixo
Com Miriam Goldschmidt
+
Lumen Prize Audience Award 2015
Cairo Video Festival 2015
Flensburger Kurzfilmtage 2015
IndieCork Film Festival 2015
Aurora Contemporary Art Exhibition 2015
Festival Internacional
Horizonte 2015
de
Curtas
de
Belo
Contato: www.womanwithoutmandolin.com
42
www.fabianomixo.com
Nasceu em 1987, no Rio de
Janeiro. É cineasta e artista
multimídia. Estudou cinema pela
PUC-Rio e concluiu seus estudos
em direção cinematográfica
na FilmArche em Berlim. Seus
trabalhos foram selecionados
para exibições de arte digital
e festivais de cinema como
Creative Tech Week (New York)
e Festival Internacional de Curtas
de Belo Horizonte.
Born in 1987 in Rio de Janeiro,
Brazil. He is a film director and
a multimedia artist. He studied
film at PUC-Rio and in Berlin
he concluded his studies in
filmmaking at FilmArche. His work
has been selected for digital art
exhibitions and international
film festivals such as Creative
Tech Week (New York) and Belo
Horizonte International Short Film
Festival.
Plutão
Pluto
Daniel Nolasco
21 min. digital. 2015. RJ.
Guia turístico do Centro do Rio de Janeiro.
Traveler’s guide to Rio de Janeiro’s Downton.
Daniel Nolasco
CP: Estúdio Giz
PE, R. F: Daniel Nolasco
M: Daniel Abib
S, ES: Thiago Yamachita
Com Eudes Freire, Junior Dantas, Michell Costa,
Samuel Colt, JP Dubois, Cássio Borges, Luciano
Torres, Rafael Pontes
Nasceu em 1983, em Catalão,
Goiás. Formou-se em cinema
e audiovisual na Universidade
Federal Fluminense e é bacharel
em história pela Universidade
Federal de Goiás. É diretor de
A febre da madeira (2005), A
felicidade chega aos 40 (2014),
Urano (2013), Os sobreviventes
(2013) e Gil (2012).
Born in 1983 in Catalão, Goiás. He
graduated in film and audiovisual
at Universidade Federal Fluminense
and has a BA in history from the
Federal University of Goiás. He
directed Wood Sickness (2005),
The Happiness Arrives at 40 (2014),
Uranus (2013), The Survivors (2013)
and Gil (2012).
+
Estreia / World Première.
Contato: [email protected]
43
Pra morrer basta tá vivo
To Die, You Only Need to Be Alive
Ian Capillé
21 min. digital. 2015. RJ.
Quando as empreiteiras do Rio cavam fundo
demais, despertam Murphy, soterrado vivo
há muito tempo. Agora, o fantasma vaga pela
Cidade Maravilhosa.
When contractors in Rio de Janeiro dig too deep,
they awake Murphy, who was burried alive many
years ago. Now, his ghost wanders the streets of
the Wonderfull City.
CP: Filmes Fantasma
PE: Rebeca Fortes, Ian Capillé
P: Rebeca Fortes
R,M: Ian Capillé
Ian Capillé
F: Carol Perdigão
S: Guilherme Farkas
ES: Raul Jooken, Guilherme Farkas
DA: Manu Libman
Com Rodrigo Abreu, Larissa Siqueira da Cunha,
Victoria Vasconcelos
+
Festival Internacional de Curtas de São Paulo
2015.
Contato: Ian Capillé
(21) 98251-4905
44
[email protected]
Nasceu no Rio de Janeiro e
estuda cinema na Universidade
Federal Fluminense. Em 2011 foi
aluno bolsista da Escola de Artes
Visuais do Parque Lage e, em
2012, entrou no curso de teoria
de teatro na Uni-Rio. Dirigiu Fioterra (2015) e Se (2014).
Born in Rio de Janeiro, he studies
film at Universidade Federal
Fluminense. In 2011, he received
a scholarship in the Visual Arts
School at Parque Lage, and in 2012,
he entered the theory of theatre
course at Uni-Rio. He directed
Earthwire (2015) and If (2014).
Satan Satie ou memórias de um amnésico
Satan Satie
Juruna Mallon e Lucas Parente
33 min. digital. 2015. Brasil/França.
Autorretrato fictício do compositor francês
Erik Satie (1866-1925). Baseado em seus
escritos, biografias, músicas e desenhos,
o filme se desdobra através de espaços e
tempos contíguos, que se tocam e se bifurcam,
formando um labirinto sensitivo.
CP: Lusco-Fusco
PE, R, M: Juruna Mallon, Lucas Parente
P: Daniel Correia
F: Daniel Correia, Guto Parente
S, ES: Juruna Mallon
DA: Flávia Memória
Com Guto Parente, Jules Labrousse,
Lucas Parente, Ornella Volta, Samba, Nabil
+
Estreia / World Première.
Fictional self-portrait of the French composer
Erik Satie (1866-1925). Based on his writings,
biographies, music and drawings, the film unfolds
through contiguous spaces and times that touch
and fork, forming a sensitive maze.
Juruna Mallon e Lucas Parente
Juruna fez mestrado em estudos
cinematográficos na Universidade Lille
3 e em documentário e antropologia
visual na Universidade Paris Ouest
Nanterre. Codirigiu filmes como
O sol nos meus olhos (2013). Lucas
é videasta e escritor. Seus filmes
atravessam gêneros e formatos
como vídeoarte e cinema fantástico.
Dirigiu filmes como Carta número 1
(2009) e Ararat (2015).
Juruna has a master’s degree
in film from Lille University 3,
and in documentary and visual
anthropology from University Paris
Ouest Nanterre. He co-directed
films such as The Sun Against My
Eyes (2013). Lucas is a video artist
and writer. His films cross genres
and formats as video art and
fantastic cinema. He directed films
such as Carta número 1 (2009) and
Ararat (2015).
Contato: (21) 2266-1067
[email protected]
45
Urutau
Urutau
Bernardo Cancella Nabuco
70 min. digital. 2015. RJ.
Fernando, um adolescente tímido e solitário,
vive confinado em um pequeno quarto na casa
de Josias desde a sua infância. Certa manhã,
enquanto abusa do menor, Josias sofre um grave
acidente. Atordoado, Fernando não sabe como
reagir diante da liberdade inesperada. Expondo
a complexidade do comportamento humano em
situações extremas, o filme pretende abordar a
questão da pedofilia.
Fernando, a young lonely teenager, lives in a small
room at Josia’s house since he was a child. One
morning, Josias suffers an attack while violating
the young man. Stunned, Fernando does not
know how to react in view of his unexpected
freedom. Exposing the complexity of human
behavior in extreme situations, the film aims to
discuss pedophilia issues.
PE: Bernardo Cancella Nabuco
P: Bernardo Cancella Nabuco, Bruna Boyd
R: Bernardo Cancella Nabuco, Leandro Bacellar
F: Fernando March
M: Helena de Andrade, Felipe Kusnitzki
S: Ricardo Mansur
ES: Ricardo Mansur, François Wolf
Com Nicolas Sambraz, Gerson Delliano
+
Estreia/World Première.
Contato: Bernardo Cancella Nabuco
(21) 99922-4477
46
[email protected]
Bernardo Cancella Nabuco
Nasceu em 1982, no Rio de
Janeiro, e trabalha como
advogado e cineasta. Primeiro,
obteve seu diploma em direito
pela UERJ. Depois disso,
formou-se também em direção
cinematográfica pelo Instituto
Brasileiro de Audiovisual – IBAV.
Dirigiu o curta Iuri (2012). Este é
seu primeiro longa-metragem.
He was born in 1982, in Rio de
Janeiro, Brazil, and works as a
lawyer and a filmmaker. First,
he graduated in law at the State
University of Rio de Janeiro
– UERJ. After that, he also
graduated in film direction at the
Brazilian Institute of Audiovisual
– IBAV (Darcy Ribeiro Cinema
School). He directed the short film
Iuri (2012).
Vozerio
Uproar
Vladimir Seixas
98 min. digital. 2015. RJ.
Novas formas de insurgências e agitações
nos fragmentos das ações de alguns artistas
e ativistas. O registro de confronto encontra a
performance como sua expressão mais forte.
Vemos embates ecoando em uma série de
criação de imagens. O grito começa antes do
outro terminar.
New forms of insurgency and unrest on the
fragments of the actions of some artists and
activists. The recording of confrontation has its
strongest expression in the performance. We
see echoing clashes in a series of images. The cry
begins before the other ends.
CP: Couro de Rato
Vladimir Seixas
PE, R, M, ES: Vladimir Seixas
F, S: Coletivo
Com Adriana Facina, André Liohn, Apurinã,
Arthur Moura, Carlos Pronzato, Chapolim, Enric
Duran, Guilherme Chalita, Carlos Latuff, Luis
Carlos de Alencar, Patrick Granja, Rafucko, Silvio
Tendler, Virgínia Fontes, Coletivo AnarcoFunk,
Coletivo Coiote, Bloco Reciclato
+
Estreia/World Première.
Nasceu no Rio de Janeiro em 1981.
Formado em filosofia pela UERJ e
em direção cinematográfica pela
ECDR, teve seu curta de estreia
Hiato selecionado para festivais
nacionais e internacionais e
recebeu 12 prêmios. É diretor
de curtas como Ruído negro
(2009), Choque (2009) e do
longa documental Atrás da porta
(2010).
Born in Rio de Janeiro in 1981. He
graduated in philosophy from
UERJ and film directing from
ECDR. His first short, Hiatus
(2008), was selected for national
and international festivals and
received 12 awards. He directed
shorts as Black Noise (2009) and
Clash (2009) and the feature
documentary Behind the Door
(2010)
Contato: (21) 99304-2656
[email protected]
[email protected]
47
Sessões especiais
Special Screenings
Quintal
Backyard
André Novais Oliveira
20 min. digital. 2015. MG.
Mais um dia na vida de um casal de idosos
da periferia.
Another day in the life of an elderly couple from
the suburbs of Brazil.
CP: Filmes de Plástico
PE: Thiago Macêdo Correia
P: André Novais Oliveira, Gabriel Martins, Maurilio
Martins, Thiago Macêdo Correia
R: André Novais Oliveira
F: Gabriel Martins
S: Maurílio Martins
M: Thiago Ricarte
ES: Daniel Mascarenhas
TM: escolha das músicas por Thiago Ricarte e
André Novais Oliveira
Com Maria José Novais Oliveira, Norberto Novais
Oliveira, Ítalo Laureano, Marcos Dumont, Miriam
Ferreira, Geraldo Veloso, Nísio Teixeira, Roberta
Veiga
+
SESSÃO DE ABERTURA
Quinzena dos Realizadores em Cannes 2015;
Melhor filme, roteiro e atriz no Festival de Brasília 2015
/ Best Film, Screenplay and Actress - Festival de Brasília
2015;
Melhor roteiro, melhor filme pelo júri da crítica e
prêmio aquisição do Canal Brasil no Cine Ceará 2015 /
Best Screenplay, Critic’s Award and Canal Brasil Award
- Cine Ceará 2015;
Fronteira Festival 2015;
Janela Internacional de Cinema do Recife 2015;
Melhor filme / Best film - 30 Under 30 Festival – NY 2015;
New Horizons Film Festival Poland 2015;
entre outros / among others.
Contato: Filmes de Plástico
[email protected]
50
André Novais Oliveira
Nasceu em Belo Horizonte, Minas
Gerais, em 1984, é formado em
cinema e em história. Diretor
do longa-metragem Ela Volta
na quinta (2014) – Melhor filme
na Semana dos Realizadores de
2014 - e dos curtas-metragens
Fantasmas
(2010),
Domingo
(2011), Pouco mais de um mês
(2013) e Quintal (2015), tendo
sido os dois últimos selecionados
para Quinzena dos Realizadores,
em Cannes.
Born in 1984, in Belo Horizonte,
Minas Gerais, is graduated in both
Cinema and History. He directed
the feature film She Comes
Back on Thursday (2014) – Best
Picture at the 2014 edition of the
Director’s Week – and the short
films Ghosts (2010), Sunday
(2011), About a Month (2013)
and Backyard (2015), the last two
been selected for the Director’s
Fortnight, in Cannes.
Mais do que eu possa me reconhecer
Beyond My Reflection
Allan Ribeiro
72 min. digital. 2015. RJ.
Uma solidão de 800 metros quadrados, em que
o espelho já não lhe basta. Um artista plástico
descobre na videoarte uma companheira
inseparável. Darel não gosta de fazer cinema!
Eight hundred square meters of lonelyness.
The mirror is not enough. An artist finds an
inseparable company in video art. Darel doesn’t
like to make movies!
CP: Acalante Filmes
PE: Allan Ribeiro, Douglas Soares, Cavi Borges
P, R: Allan Ribeiro, Douglas Soares
F: Allan Ribeiro, Darel Valença Lins
S: Douglas Soares
M: Will Domingos, Allan Ribeiro
ES: Allan Ribeiro
TM: György Ligeti, Oliver Messiaen, Avicci, Camille
Saint-Saëns
Com Darel Valença Lins
+
Melhor filme da Mostra Aurora/Best Film in Aurora
Section – Mostra de Tiradentes 2015;
Melhor montagem/Best Film Editing – Festival de
Triunfo 2015;
Melhor direção/Best Director – Festival de Cinema
de Vitória 2015 ;
Mostra de São Paulo 2015
Festival de Brasília 2015;
Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba
2015;
VI CachoeiraDoc – Festival de Documentários de
Cachoeira 2015.
Contato: Allan Ribeiro
Allan Ribeiro
Nasceu no Rio de Janeiro e
formou-se em cinema pela
Universidade Federal Fluminense.
Dirigiu O clube (2014), Esse amor
que nos consome (2012), Com
vista para o céu (2011), Ensaio de
cinema (2009), O brilho dos meus
olhos (2006) e Papo de botequim
(2004), entre outros.
Born in Rio de Janeiro and
graduated in film from the UFF.
He directed The Club (2014), This
Love That Consumes (2012), With
a View to the Sky (2011), Film
Rehearsal (2009), The Twinkle
in my Eyes (2006) and Chat Bar
(2004), among others.
SESSÃO DE ABERTURA
Prêmio do público/Audience Award – Festival
Fronteira 2015;
(21) 2549-2704 | (21) 99702-9009
[email protected]
51
Porfírio
Porfírio
Henrique Borela
5 min. DCP. 2015. GO.
Lá nos cafundós de Goiás, nas encostas da
Serra Dourada, ao longo do Rio das Almas,
além dos Arraias de Uruaçu ou de
Formoso, o sertão era bruto e selvagem há
cerca de quinze anos.
CP: Barroca
PE: Marcela Borela
P: Camilla Margarida
R, M, S: Henrique Borela
F: Eugênio SIlva
ES: Belém de Oliveira
+
Inédito/World Première.
Contato:
[email protected]
52
[email protected]
In the backwoods of Goiás, on the slopes of
Serra Dourada, along the Rio das Almas, or the
Ribeirão das Trombas, beyond the rays of Uruaçu
or Formoso, the wilderness was raw and wild for
about fifteen years.
Henrique Borela
Nasceu em Goiânia, em 1990. É
realizador audiovisual, pesquisador,
curador e produtor cultural.
Formado em ciências sociais pela
Universidade Federal de Goiás,
atua como pesquisador na área
de antropologia e imagem, e
desde 2006 trabalha com cinema.
Atualmente, é um dos diretores
artísticos do Fronteira Festival.
Dirigiu filmes como Eu Kalunga
(2011) e Sob nossos pés (2015).
Born in Goiânia, in 1990. He is an
audiovisual director, researcher,
curator and cultural producer. He
graduated in social sciences from
the Federal University of Goiás.
He works as a researcher in the
field of anthropology and image,
and works with film since 2006.
Currently, he is one of the artistic
directors of Fronteira Festival. He
directed films such as Eu Kalunga
(2011) and Sob nossos pés (2015).
Seca
Seca
Maria Augusta Ramos
70 min. digital. 2015. RJ.
Como em um road movie, o filme acompanha um
caminhão pipa durante sua cruzada pelo sertão
nordestino. Entre a ficção e o documentário, o
motorista testemunha o esforço diário de uma
população em viver, enquanto palavras vazias
de políticos sobrevoam as terras áridas. Um
retrato coletivo que respeita a distância correta.
Com o patrocínio da Petrobras.
Like a road movie, the film accompanies a waterdelivery truck through the Brazilian landscapes of
the Sertão region, plagued by drought. Between
fiction and documentary, the driver’s trip bears
witness to a determined population endeavouring
to live out their daily lives, while the sterile words
of politicians seem to soar over the arid lands. A
collective portrait that respects the right distance.
Sponsored by Petrobras.
CP: Nofoco Filmes Produções Cinematográficas
P: Alexis Góis, Maria Augusta Ramos
R: Maria Augusta Ramos
F: Lucas Barbi
S: Felippe Mussel, Rodrigo Maia
M: Joana Collier, edt
ES: Bernardo Uzeda
Mix: Gustavo Loureiro
+
Visions du Réel 2015;
Doc Buenos Aires 2015;
Mostra de Cinema de São Paulo 2015;
Panorama Coisa de Cinema, Salvador 2015.
Contato: [email protected]
Maria Augusta Ramos
É uma diretora de cinema
reconhecida internacionalmente.
Seus filmes (Desi, Justiça, Juizo)
foram premiados em festivais
como: IDFA, Visions du Réel,
CPH:DOX,
Taiwan
Int.Doc
Festival, Dok Leipzig and Watch
Docs IFF. Morro dos Prazeres
recebeu os prêmios de melhor
direção, fotografia e som no 46.º
Festival de Brasília. Em 2014, a
diretora recebeu a Prêmio Marek
Nowicki outorgado pela Helsinki
Foundation of Human Rights pela
sua obra.
She is a well known filmmaker.
Her films (Desi, Justice, Behave)
won awards at festivals such as:
IDFA, Visions du Réel, CPH:DOX,
Taiwan int. Doc Festival, DokLeipzig and Watch Docs IFF. Hill
of Pleasures won best direction,
cinematography and sound at the
46th Brasília Film Festival. In 2014,
she received the Marek Nowicki
Prize awarded by the Helsinki
Foundation for Human Rights, for
her body of work.
53
TELA BRILHADORA
O prefeito
The Mayor
Bruno Safadi
70 min. digital. 2015. RJ.
O prefeito do Rio de Janeiro quer fazer história.
Para alcançar seu objetivo, ele decide separar a
cidade do resto do Brasil, fundando um novo país.
The Mayor of Rio de Janeiro wants to make
history. In order to do so, he decides to separate
his city from Brazil to found a new country.
CP: TB Produções
R: Bruno Safadi
M, TM: Ricardo Pretti
DA: Moa Batsow, Jade Mariani, Luiza Moura
F: Lucas Barbi
S: Edson Secco
TM: Guilherme Vaz
Com Djin Sganzerla, Nizo Neto, Gustavo Novaes
+
Festival de Locarno 2015;
Mostra de São Paulo 2015.
Contato: Bruno Safadi
54
[email protected]
Bruno Safadi
Nasceu em 1980, e estudou
cinema na Universidade Federal
Fluminense. Dirigiu O fim de uma
era (2014), O uivo da gaita (2013),
Éden (2012), Belair (2009), Meu
nome é Dindi (2007), Uma estrela
pra Ioiô (2004) e Na idade da
imagem ou projeção nas cavernas
(2002).
Born in 1980, he studied film at the
Universidade Federal Fluminense
in Rio de Janeiro. He directed The
End of an Age (2014), Harmonica’s
Howl (2013), Eden (2012), Belair
(2009), My Name is Dindi (2007),
A Star for Ioiô (2004) and In the
Age of Image or Projection in the
Cave (2002).
TELA BRILHADORA
Garoto
Kid
Julio Bressane
76 min. digital. 2015. RJ.
Inspirado no conto de Jorge Luis Borges, “O
assassino desinteressado Bill Harrigan”, Garoto
segue um jovem casal por um lugar encantado,
onde vive uma aventura amorosa e espiritual.
Tudo muda quando o jovem comete um crime
inesperado, que leva à separação dos dois. Mas
um inquietante evento irá uni-los mais uma vez...
Inspired by Jorge Luis Borges’ The Disinterested
Killer Bill Harrigan, Kid follows a young couple
who in an enchanted place where they experience
an amorous and spiritual adventure. Everything
changes when the young man unexpectedly
commits a crime leading to the couple’s breakup.
But an unsettling turn of events will reunite them
once again…
CP: TB Produções
R: Julio Bressane, Rosa Dias
M: Rodrigo Lima
DA: Moa Batsow
S: Uerlem Queiroz
TM: Guilherme Vaz
Com Josie Antello, Marjorie Estiano, Gabriel Leone
+
Festival de Locarno 2015;
Julio Bressane
Nasceu no Rio de Janeiro em
1946. É um dos mais importantes
representantes do cinema marginal
brasileiro e um dos maiores nomes
do cinema independente. Dirigiu
filmes como O anjo nasceu (1969),
Matou a família e foi ao cinema
(1969), O rei do baralho (1973),
Cleópatra (2007) e A erva do rato
(2008), entre muitos outros.
Born in Rio de Janeiro in 1946. He
is one of the main representatives
of the Brazilian Cinema Marginal
and one of the leaders of its
independent industry. He directed
films such as An Angel is Born
(1969), Killed the Family and
Went to the Movies (1969), The
King of Cards (1973), Cleópatra
(2007) and The Rat Herb (2008),
among many others.
Mostra de São Paulo 2015.
Contato: Bruno Safadi
[email protected]
55
TELA BRILHADORA
Origem do mundo
Origin Of The World
Moa Batsow
65 min. digital. 2015. RJ.
Através do olhar da cultura tradicional, do
folclore e das lendas, Origem do mundo busca
resgatar e revelar inscrições brasileiras préhistóricas. Um olhar sobre as origens do Brasil
contadas por velhos homens do campo, que
conservam a tradição oral de transmitir essas
histórias a pequenos e reclusos grupos. Com
textos de Bernardo Silva Ramos, um pioneiro na
descoberta e interpretação da arte pré-histórica.
Through the eyes of traditional culture, folklore
and legends, Origin of the World seeks to rescue
and reveal Brazilian pre-historic inscriptions.
It is a glance at the origins of Brazil’s history
as told by elder men in the countryside. They
have maintained the oral tradition passed on
throughout centuries in small, reclusive groups.
The texts are from Bernardo Silva Ramos, a
pioneer in the discovery and interpretation of prehistoric art.
Moa Batsow
CP: TB Produções
F: Jade Mariani, Moa Batsow
M: Quito Ribeiro
S: Justo Cesar
TM: Guilherme Vaz
Com Ana Abbott, Augusto Madeira
+
Festival de Locarno 2015;
Mostra de São Paulo 2015.
Contato: Bruno Safadi
[email protected]
56
Nasceu em 1972 e começou sua
carreira como fotojornalista no
final da década de 1980, para
depois se tornar fotógrafo e
produtor. Foi diretor de arte de
filmes como A erva do rato (2008)
e Meu nome é Dindi (2007). Este
é seu primeiro longa-metragem
como diretor.
Born in 1972, he started his career
as a photojournalist at the end of
the 1980s and went on to become
a still photographer and then a
production designer. He worked
as art director in films such as The
Rat Herb (2008) and My Name
Is Dindi (2007). This is his feature
film debut as a director.
Teobaldo morto, Romeu exilado
Tybalt Dead, Romeo in Exile
Rodrigo de Oliveira
118 min. digital. 2014. ES.
João é um músico de 32 anos que opta pelo
isolamento numa propriedade no interior do
Brasil após Flora, sua mulher grávida, romper
com ele. Depois de três meses, quando
finalmente parece estar pronto para reparar
seus erros junto a Flora e acompanhar o parto
de seu filho, João é surpreendido pela misteriosa
visita de Max, seu melhor amigo, há muitos anos
desaparecido e dado como morto.
João is a 32-years-old musician that opts for
the isolation of a farmhouse in the Brazilian
countryside after Flora, his pregnant wife, breaks
up with him. Three months pass and he’s finally
ready to make amends with his wife and follow
the birth of his son. But then João is surprised
by the mysterious appearance of Max, his best
friend, who’s been missing for years and was
thought to be dead.
CP: Pique-Bandeira Filmes, Galpão Produções
PE: Vitor Graize
Rodrigo de Oliveira
R: Rodrigo de Oliveira
F: Lucas Barbi
M: Luiz Pretti
DA: Manuela Curtiss
S: Pedro Diógenes, Hugo Reis
Com Alexandre Cioletti, Rômulo Braga, Sara
Antunes, Margareth Galvão, Erik Martíncues
+
Mostra de Cinema de Tiradentes 2015.
Nasceu em 1985 em Volta
Redonda, Brasil. É crítico,
roteirista, cineasta formado pela
Universidade Federal Fluminense
e redator da Revista Cinética.
Em 2010 Rodrigo organizou o
livro Diário de Sintra – Ensaios
sobre o filme de Paula Gaitán. É
corroteirista de Exilados do vulcão,
de Paula Gaitán. É diretor de As
horas vulgares (2012).
Born in 1985 in Volta Redonda, Brazil.
He is a film critic, screenwriter and
director graduated at Universidade
Federal Fluminense. He writes
for Cinética magazine. In 2010,
he organized the book Diário de
Sintra - Ensaios sobre o filme de
Paula Gaitán. He co-wrote Volcano
Exiles, directed by Paula Gaitán, and
directed The Vulgar Hours (2012).
Contato: Vitor Graize
(27) 99293-8085
[email protected]
57
Vertières I, II, III
Vertières I, II, III
Dir. Louise Botkay 10 min. digital. 2014. RJ.
Vertières é o nome do bairro na cidade de CapHaïtien onde, em 1803, ocorreu a grande batalha
que culminou com a expulsão do exército de
Napoleão do Haiti, o primeiro país do mundo
a conquistar sua independência frente às
potências colonialistas.
Vertières is the neighbourhood in the city of CapHaïtien where, in 1803, there was a battle that
culminated in Napoleon’s army being expelled
from Haiti. It was the first country to achieve its
independence in the face of potential colonialists.
vIdeoinstalação
Louise Botkay
Nasceu no Rio de Janeiro em
1978. Estudou na Escola Nacional
de Cinema da França (La Fémis).
Dirigiu filmes como Vertières I,
II, III (2014), Super Freeze (2011),
Sève (2011), 4 portes (2009),
Mammah (2008) e Fofô Niamey
(2007).
+
Melhor curta/ Best Short – Semana dos
Realizadores 2014
Contato: Louise Botkay
58
[email protected]
Born in Rio de Janeiro in 1978.
She studied at the French
National Film School (La Fémis).
She directed films such as como
Vertières I, II, III (2014), Super
Freeze (2011), Sève (2011), 4
portes (2009), Mammah (2008)
and Fofô Niamey (2007).
Não é sobre sapatos
It’s Not About Shoes
Gabriel Mascaro
14 min em loop. vídeo e fotografia. 2014. PE.
O trabalho mostra imagens filmadas por policiais
militares durante as manifestações de 2013. Em
tempos de faces anônimas, o que fazer com
os pés?
This work shows images shot by military police
duriing the protests in 2013. In times of anonymous
faces, what to do with our feet?
Gabriel Mascaro
Born in Recife in 1983. Between
film and visual arts, his works
have been shown at the São Paulo
Biennial, MACBA in Barcelona, and
MoMA, in New York. He directed
films such as Housemaids (2012),
August Winds (2014) and Neon
Bull (2015).
VIDEOINSTAlação
Nasceu em Recife em 1983. Entre
o cinema e as artes visuais, seu
trabalho já circulou em eventos
como a Bienal de São Paulo,
além do MACBA, em Barcelona
e o MoMA, em Nova York. Para
o cinema, dirigiu filmes como
Doméstica (2012), Ventos de
agosto (2014) e Boi neon (2015).
+
Bienal de São Paulo 2014.
Contato: [email protected]
59
Semana convida
Director’s Week Invites
SEMANA CONVIDA
DIRECTOR’S WEEK INVITES:
CINE ESQUEMA NOVO EXPANDIDO BERLINALE FORUM 2015
REALIZAÇÃO
62
CORREALIZAÇÃO
Como não ser pessoal? Em um festival como a Berlinale, com tanto a ser visto, foi no recorte
individual que o Cine Esquema Novo encontrou a sua curadoria, de portas abertas para as seções
Forum e Forum Expanded do Festival de Berlim.
Dois órgãos independentes dentro da programação alemã, capazes de gerar pulsões audiovisuais
com personalidade própria, e que foram a base da curadoria de Jaqueline Beltrame e Gustavo
Spolidoro, que resultou em um recorte de 13 filmes e videoinstalações, pinçados entre mais de 100
trabalhos assistidos. E que garantem a proposta do Cine Esquema Novo Expandido: dedicar-se a um
aspecto específico da transformação da imagem em movimento, intercalando-se em caráter bienal
com o festival Cine Esquema Novo que acontece em Porto Alegre desde 2003.
A itinerância dessa mostra chega ao Rio dentro da Semana dos Realizadores um pouco mais enxuta e
não menos potente: uma seleção de oito obras provenientes de matizes distintas, com significantes
e significados diversos, e que representam um panorama livre e expandido para a compreensão
e fruição do audiovisual a partir de duas seções da Berlinale nas quais experiências radicais de
imagem convivem próximas do ambiente mainstream de um dos maiores festivais do mundo.
Nosso recorte do Forum / Forum Expanded para a Semana passa pelo filme-pesadelo do canadense
Guy Maddin (The Forbidden Room); o documentário investigativo dos portugueses João Pedro
Rodrigues e João Rui Guerra da Mata (Iec Long); a curiosa homenagem da artista da Palestina
Basma Alsharif ao clássico gore Canibal Holocausto (A Field Guide to the Ferns); a “ficção real”
de La maldad, do mexicano Joshua Gil; o olhar dedicado ao universo das políticas migratórias da
israelense Silvina Landsmann (Hotline), Viventes, de Fred Benevides; e Je proclame la destruction,
de Arthur Tuoto (ganhador da Competição Brasil do Cine Esquema Novo 2014 com o filme-ensaio
Aquilo que fazemos com as nossas desgraças). O programa se completa com o trabalho do
consagrado artista libanês Akram Zaatari Twenty-Eight Nights and a Poem: um impressionante
ensaio visual que coloca um olhar refinado na simplicidade da vida de um velho dono de um
tradicional estúdio fotográfico no Líbano.
Sejam bem-vindos a esta volta ao mundo estética e geográfica, viabilizada em parceria com o
Goethe-Institut, a Prefeitura de Porto Alegre e a Semana dos Realizadores.
Cine Esquema Novo:
Alisson Avila, Gustavo Spolidoro, Jaqueline Beltrame e Ramiro Azevedo.
63
How not to be personal? In a festival like the Berlinale, with so much to be seen, it was in an
individual selection that Cine Esquema Novo found its program, with open doors to the Forum and
Forum Expanded sections of the Berlin Film Festival.
Two independent parts within the German program, capable of creating audiovisual drives with
its own personality, were the basis for curators Jaqueline Beltrame and Gustavo Spolidoro to
choose 13 films and video installations, pinched between more than 100 works. That reinforces
Cine Esquema Novo Expanded’s proposal: to engage in a specific aspect of the transformation of
the moving image, merging every two years with Cine Esquema Novo festival, that takes place in
Porto Alegre since 2003.
The roaming of this program arrives in Rio within the Director’s Week, a little leaner and not
less powerful: a selection of eight works from different shades, with diverse significations and
meanings, that represent a free and expanded panorama for the audiovisual understanding and
enjoyment from two sections of the Berlinale where radical image experiments stay close to the
mainstream of one of the greatest festivals in the world.
Our selection within Forum / Forum Expanded for the Director’s Week includes the nightmarish
film by Canadian Guy Maddin (The Forbidden Room); the investigative documentary by Portuguese
João Pedro Rodrigues and João Rui Guerra da Mata (Iec Long); the curious tribute of Palestinian
artist Basma Alsharif to the classic gore Cannibal Holocaust (A Field Guide to the Ferns); the “real
fiction” La Maldad, by Mexican Joshua Gil; the dedicated view of the world of migration policies
of Israeli Silvina Landsmann (Hotline); Viventes, by Fred Benevides; and Je proclame la destuction,
by Arthur Tuoto (winner of the Cine Esquema Novo 2014 competition with the film-essay What
We Make of Our Misfortunes). The program is completed by the work of renowned Lebanese artist
Akram Zaatari Twenty-eight nights and a poem: a striking visual essay with a refined view of the
simplicity of the life of an old owner of a traditional photographic studio in Lebanon.
Welcome to this aesthetic and geographical trip, that was made possible by a partnership with
Goethe-Institut, the Porto Alegre City Hall and the Director’s Week.
Cine Esquema Novo:
Alisson Avila, Gustavo Spolidoro, Jaqueline Beltrame e Ramiro Azevedo.
64
Iec Long
Iec Long
João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata
Desde o século XVIII, a ex-colônia portuguesa
de Macau é conhecida como um centro de
produção de fogos de artifício. A famosa IEC
Long, última sobrevivente desse patrimônio
industrial, hoje desmorona em ruínas. “Muitos
morreram aqui... Eu perdi muitos amigos. Estas
memórias me perseguem como um fantasma”
– conta um funcionário. O mais recente
trabalho de João Pedro Rodrigues e João Rui
Guerra da Mata marca o retorno dos cineastas
portugueses a Macau.
P: João Figueiras
R, F: João Pedro Rodrigues, João Rui Guerra da
Mata
M: João Pedro Rodrigues, João Rui Guerra da
Mata, Tomás Baltazar
Com Tio Kan, Casper, Nicolino, Daniel, Warick,
Wells, Tony
+
Festival de Berlim 2015;
Cinéma du Réel 2015;
Karlovy Vary 2015.
Contato: [email protected]
Since the 18th century, former Portuguese
colony Macao is known as a center of fireworks
production. The well-known IEC Long factory, the
last monument to the area’s industrial past, today
lies in ruins. “There were lots of dead people... I
lost many friends. These memories haunt me like
ghosts,” a former worker comments. The most
recent film by João Pedro Rodrigues and João Rui
Guerra da Mata is also their return to Macao.
João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata
João Pedro nasceu em Portugal
em 1966. Depois de estudar
biologia na Universidade de
Lisboa, frequentou a Escola
de Cinema de Lisboa. João Rui
nasceu em Lourenço Marques,
Moçambique, e vive em Lisboa.
É diretor de arte, roteirista e
diretor. Juntos dirigiram filmes
como O corpo de Afonso (2014),
A última vez que vi Macau (2012),
Alvorada vermelha (2011) e China
China (2007).
João Pedro was born in 1966 in
Portugal. After studying biology
at Lisbon University he attended
the Lisbon Film School. João
Rui, born in Lourenço Marques,
Mozambique, lives and works
in Lisbon. He is an art director,
scriptwriter,
and
director.
Together they directed films such
as O corpo de Afonso (2014), A
última vez que vi Macau (2012),
Alvorada vermelha (2011) and
China China (2007).
Sessão DE ENCERRAMENTO
CP: Blackmaria
31 min. digital. 2014. Portugal.
La maldad
La maldad
Joshua Gil
74 min. digital. 2015. México.
Um velho homem no campo quer fazer um
filme, toda uma vida contada através de 12
canções. A história de um amor perdido e
uma família dilacerada guiada pela lógica dos
sonhos. Apesar de ter o melhor roteiro do
mundo, não será fácil realizar seu projeto.
Talvez seu filme seja algo que ele já tenha
assistido. A saudade que sente está ali, nas
paisagens vazias e no fogo que não cessa. Um
retrato austero sobre envelhecer no campo.
An old man in the countryside wants to make a
movie, a whole life told through twelve songs.
The story of a lost love and a family torn apart
guided by the logic of dreams. Despite having the
world’s best script, it will not be easy to achieve
his project. Maybe his film is something he has
already seen. The longing he feels is there, in the
empty landscapes and the fire that never ceases.
A stark portrait about growing old in the field.
CP: Perro Negro Cine, Parábola
P: Fabiola de la Rosa, Joshua Gil
R: Joshua Gil
F: Cesar Salgado
M: León Felipe Gonzáles, Joshua Gil
TM: Galo Durán
ES: Sergio Díaz
Com Rafael Gil Morán, Raymundo Delgado Muñoz
+
Festival de Berlim 2015;
Festival Riviera Maya 2015.
66
Contato: [email protected]
Joshua Gil
Nasceu em Puebla, no México,
em 1976. Estudou cinema na
Escola Superior de Cinema e
Audiovisual da Catalunha em
Barcelona, Espanha. Este é seu
primeiro longa-metragem.
Born in Puebla, Mexico in 1976.
He studied cinematography at
the Escola Superior de Cinema i
Audiovisuals de Catalunya, Spain.
This is his first feature film.
The Forbidden Room
The Forbidden Room
Guy Maddin e Evan Johnson
130 min. digital. 2015. Canadá.
Um lenhador aparece misteriosamente em um
submarino em perigo, um neurocirurgião escava
profundamente o cérebro de um maníaco e
um assassino finge ser uma das vítimas de seus
próprios assassinatos – e um banho quente
parece ser a razão de tudo isso. Um emaranhado
de narrativas interligadas como em um pico de
febre. Um delírio anárquico.
In a submarine in distress, a lumberjack
mysteriously appears to the crew. A neurosurgeon
digs deeply into the brain of a manic patient;
a murderer pretends to be the victim of his
own killings; and a hot bath that seems to have
triggered the whole thing. Countless plotlines are
structured like the intertwined arms of a spiral
nebula. An anarchic frenzy.
P: Phoebe Greenberg, Penny Mancuso, Phyllis
Laing, David Christensen
R: Guy Maddin, Evan Johnson, Robert Kothk
F: Stéphanie Weber-Biron, Benjamin Kasulke
M: John Gurdebeke
Com Roy Dupuis, Clara Furey, Louis Negin, Céline
Bonnier, Karine Vanasse, Caroline Dhavernas,
Paul Ahmarani, Mathieu Amalric, Udo Kier, Maria
de Medeiros, Charlotte Rampling, Geraldine
Chaplin, André Wilms
+
Festival de Berlim 2015;
Sundance Film Festival 2015;
Karlovy Vary 2015;
Festival de Locarno 2015;
Festival de Toronto 2015;
Festival de Londres 2015;
Guy Maddin e Evan Johnson
Maddin nasceu em Winnipeg,
no Canadá, em 1956. É diretor,
roteirista, diretor de fotografia
e artista plástico. Johnson é
escritor, cineasta e desenvolve
trabalhos ao lado de Maddin
desde 2009. Juntos dirigiram
Bring Me the Head of Tim Horton
(2015), Cold (2014), Colours
(2014), Elms (2014) e Puberty
(2014).
Maddin was born in Winnipeg,
Canada, in 1956. He is an
installation artist, screenwriter,
cinematographer and filmmaker.
Johnson is a writer and filmmaker.
They work together since 2009.
Together they directed Bring Me
the Head of Tim Horton (2015),
Cold (2014), Colours (2014), Elms
(2014) and Puberty (2014).
CPH PIX 2015;
entre outros / among others
Contato: Mongrel International
67
A Field Guide to the Ferns
A Field Guide to the Ferns
Basma Alsharif
11 min. 16 mm. 2015. Estados Unidos.
Nas profundezas de uma floresta em
New Hampshire, a apatia e a violência são
escondidas. Um filme de horror e natureza se
desenvolve a partir da fusão de imagens de
Holocausto canibal, o “viceral e atemporal”
filme de horror de Ruggero Deodato, e
um estudo autorreferencial de tipos de
representações da violência, com este e outros
horrores igualmente distantes e, ao mesmo
tempo, muito próximos.
Deep in the woods of New Hampshire, apathy
and violence are blurred. A horror nature film
develops, as Basma Alsharif fuses images from
Ruggero Deodato’s “timeless slice of visceral
horror,” Cannibal Holocaust, a self-referential
study of sorts of the representation of violence,
with those of another horror, equally distant, yet
all too close.
Basma Alsharif
F, S: Basma Alsharif, Ben Russel
+
Festival de Berlim 2015.
Contato: Basmal Sharif
68
[email protected]
De origem palestina, nasceu
e foi criada como nômade,
desenvolvendo sua prática entre
Chicago, Cairo, Beirute, Amã,
Xarja e Faixa de Gaza. É mestre
em belas artes pela Universidade
de Illinois. Dirigiu filmes como
Deep Sleep (2014), Home Movies
Gaza (2013), The Story of Milk and
Honey (2011) e Everywhere Was
the Same (2007).
She is of Palestinian origin, born
and raised nomadically, and
developed her practice between
Chicago, Cairo, Beirut, Amman,
Sharjah, and the Gaza Strip. She
received an MFA in 2007 from the
University of Illinois in Chicago.
She directed films such as Deep
Sleep (2014), Home Movies Gaza
(2013), The Story of Milk and
Honey (2011) and Everywhere
Was the Same (2007).
Hotline
Hotline
Silvina Landsmann
100 min. digital. 2015. Israel/França.
As mulheres responsáveis pelo atendimento via
telefone de refugiados e imigrantes que chegam
a Tel Aviv trabalham contra o relógio. Elas
cuidam dos direitos de pessoas sem documento,
dão conselhos jurídicos, dão entrada em
documentos nos escritórios do governo em
nome dessas pessoas e militam por sua causa.
A câmera nos lança precisamente no centro
dessas ações, enquanto vagamos por estes
espaços através de várias configurações.
The women responsible for the telephone hotline
for refugees and immigrants arriving in Tel
Aviv work against the clock. They take care of
undocumented people rights, give legal advice,
check in documents in government offices on
behalf of these people and fight for their cause.
The camera launches us precisely into the center
of these action as we wander through these
spaces through various settings.
Silvina Landsmann
CP: Comino Films, Idéale Audience
R, F, P: Silvina Landsmann
M: Silvina Landsmann, Gil Schnaiderovich
ES: Yoss Apelbaum
+
Nasceu em Buenos Aires em
1965 e estudou cinema na
Universidade de Tel Aviv. Dirigiu
filmes como Bagrut Lochamim
(2012), Avo Ba-Mechilot (2007),
Machleket Yoldot (2004) e Collège
(1997).
Born in Buenos Aires, in 1965.
She studied film at Tel Aviv
University. She directed films such
as Bagrut Lochamim (2012), Avo
Ba-Mechilot (2007), Machleket
Yoldot (2004) and Collège (1997).
Festival de Berlim 2015;
BAFICI 2015;
Festival Internacional de Hong Kong 2015;
Melhor documentário israelense / Best Israeli
documentary – Festival de Jerusalém 2015.
Contato: [email protected]
69
Twenty-Eight Nights and a Poem
Twenty-Eight Nights And A Poem
Akram Zaatari
120 min. digital. 2015. Líbano/França.
Uma interpretação do arquivo do estúdio de
fotografia Sheherazade. O fotógrafo Hashem
el Madani abriu o estúdio em 1953, na cidade
libanesa de Saïda, depois de passar anos
fotografando pessoas na frente de suas lojas,
em praças públicas ou na praia, para satisfazer
seus desejos de posarem em frente à câmera.
An interpretation of the archive of the
Sheherazade photo studio. Photographer
Hashem el Madani opened the studio in 1953 in
the Lebanese city of Saïda after spending years
photographing people in front of their shops,
in public squares or at the beach to satisfy their
wish to appear before the camera.
P, R: Akram Zaatari
F: Akram Zaatari, Bassem Fayad, Mark Khalifeh
M: Jowe Harfouche
ES: Rana Eld
TM: Nadim Meshlawi
+
Prêmio Think: Film/Think: Film Award
Festival de Berlim 2015;
New Horizons Film Festival 2015.
Contato: MC Distribution
(21) 2549-2704 | (21) 99702-9009
[email protected]
70
[email protected]
Akram Zaatari
Nasceu em Saïda, no sudeste
do Líbano, em 1966. Estudou
arquitetura em Beirute e estudos
de mídia em Nova York. Dirigiu
filmes como Beirut Exploded
Views (2014), The End of Time
(2013), Tomorrow Everything Will
Be Alright (2010) e Al-Yaoum This
Day (2003).
Born in Saida, southern Lebanon
in 1966. He studied Architecture
in Beirut and Media Studies in
New York. He directed films
such as Beirut Exploded Views
(2014), The End of Time (2013),
Tomorrow Everything Will Be
Alright (2010) and Al-Yaoum This
Day (2003).
Viventes
Livings
Frederico Benevides
21 min. digital. 2014. RJ/CE.
Fortaleza é uma das muitas cidades brasileiras
passando por um processo de “Miamização”,
dando origem a uma área blindada e
impenetrável para a maioria de seus habitantes.
Moreira Campos foi um escritor de olhar
cirúrgico para as imagens transparentes das
formas de vida de seus habitantes que hoje
desaparecem sem deixar rastro. Esse trabalho
tenta tocar a transparência das imagens desses
habitantes e os impasses trazidos por esses
processos de formalização da vida.
Fortaleza is one of many cities in Brazil that is
going through a process of “Miamization”, which
raises an armored layer unsurpassable by most
of its inhabitants. Moreira Campos was a writer
who had a surgical eye for the specificities present
in the locals’ art of living, that now disappear
without a trace. His house was demolished to
build the thousandth shopping center parking lot
in the city.
Frederico Benevides
Video in exhibition for one day at Espaço Cultural
Olho da Rua.
+
He is a director and editor and
a substitute editing teacher at
the film department of UFF, and
master of film and audiovisual
studies at the same university.
He directed films such as Visita
ao filho (2014), As corujas (2009)
and Estado de Sítio (2007), among
others.
VIDEOINSTAlação
Vídeo instalado durante um dia no Espaço
Cultural Olho da Rua.
É diretor e montador. Professor
substituto das disciplinas de
montagem do departamento
de cinema da UFF e mestre em
estudos de cinema e audiovisual
pela mesma universidade. Dirigiu
filmes como Visita ao filho (2014),
As corujas (2009) e Estado de sítio
(2007), entre outros.
Festival de Berlim 2015.
Contato: Frederico Benevides
(21) 980910734
71
Je proclame la destruction
Je proclame la destruction
Arthur Tuoto 3 min. vídeo. 2014. SP.
Dois planos do filme Le diable probablement
(1977), de Robert Bresson, são repetidos em
um loop, criando um cíclico e interminável
raccord. A constante repetição da frase “Je
proclame la destruction” (Eu proclamo a
destruição) revela um mantra anarquista de
poder universal e atemporal.
Two shots from the movie The Devil, Probably
(1977), by Robert Bresson, are repeated in a
loop, creating a cyclic and endless raccord. The
constant repetition of the phrase “Je proclame
la destruction” (I proclaim destruction) reveals
an anarchist mantra of universal and timeless
power.
vIdeoinstalação
Arthur Tuoto
72
+
Festival de Berlim 2015;
Festival Images Contre Nature, Marselha 2015
Olhar de Cinema 2015;
Salão de Abril, Centro Cultural Banco do
Nordeste 2015.
Contato: [email protected]
Nasceu em 1986. Vive e trabalha
em São Paulo. Já teve seus
trabalhos expostos e exibidos em
eventos como Festival de Vídeo
Arte de Roma, FUSO – Anual de
Vídeo Arte de Lisboa, Mostra de
Cinema de Tiradentes, Olhar de
Cinema, entre outros. É diretor
de curtas como Dead Hands
(2012) e In September (2010).
Born in 1986. He lives and works
in São Paulo. His works have been
shown and displayed at events
such as Rome Video Art Festival,
FUSO - Annual Video Art in Lisbon,
Tiradentes Film Festival, Olhar de
Cinema Festival, among others.
He directed shorts such as Dead
Hands (2012) and In September
(2010).
73
SEMANA CONVIDA
DIRECTOR’S WEEK INVITES:
FRONTEIRA FESTIVAL RETROSPECTIVA SYLVAIN GEORGE
REALIZAÇÃO
74
Prefigurações do olhar
Eu sou o poeta do corpo e sou o poeta da alma,
as delícias do céu estão em mim
e os horrores do inferno estão em mim:
o primeiro eu enxerto e amplio ao meu redor,
o segundo eu traduzo em nova língua.
Walter Whitman (Songs of Myself)
Os filmes de Sylvain George são variações em torno de um tema. Sylvain parece continuar a
remontar e reconstruir seu olhar, sua “poesia”, seu mundo, consciente de que são fragmentos
mutáveis, transitórios, de que na verdade nem existe um tema, mas antes, uma necessidade
de se imbrincar no mundo, de se colocar na fronteira desse universo específico, para antes,
entender a si mesmo e sua maneira de relacionar-se.
Sylvain está sempre partindo de sua subjetividade, partindo de si para realizar seus filmes.
Nesta mostra retrospectiva do cineasta, que retorna ao Brasil depois de ocorrer em Goiânia
no II Fronteira – Festival Internacional do Filme Documentário e Experimental em agosto deste
ano, através do convite da Semana dos Realizadores, tem-se a oportunidade de conhecer como
os registros dos encontros do cineasta com imigrantes do Porto de Calais na França por mais
de 10 anos gerou uma obra pessoal e definitiva sobre as fissuras e cicatrizes da crise mundial
contemporânea e suas raízes colonialistas.
Com curadoria de Rafael Castanheira Parrode e Toni D’Angela, a Mostra Retrospectiva Sylvain
George teve uma série de ensaios dedicados à reflexão do conjunto de filmes exibidos. Os textos
estão no catálogo do II Fronteira (disponível em PDF no www.fronteirafestival.com), alguns
deles escritos pelo próprio cineasta.
É muito interessante observar como Sylvain se propõe a abstrações significativas para as
experiências da vanguarda, de um cinema poético. Em No Border, os zooms em câmera lenta
nos rostos perdidos na multidão de manifestantes (seu primeiro filme): as feições; o grão da
imagem. Em L’Impossible, o fogo dá forma à imagem, confere-lhe calor (e cor) ao preto e
branco áspero dos encontros com os imigrantes. Em Les éclats, a abstração das imagens, o
ritmo jazzistico, o som, a música. Em Qu’ils reposent en révolte, o único filme onde a dureza do
cotidiano dos imigrantes se impõe à estética do filme - um filme, contudo, no qual Sylvain insere
a dimensão do corpo em primeiro plano (o corpo como inscrição da violência e da história). Em
Vers Madrid, o encontro com a dissonância e a resistência, uma abertura para a contradição,
um vislumbre do futuro.
Há um processo quase que whitmaniano, no qual o olhar do realizador é remodelado pelas
transformações do tempo e do espaço, impossibilitando que tudo permaneça: um olho dinâmico
da vida. Não é preciso olhar para tudo para perceber o mundo. Nos filmes de Sylvain existe
um processo de alteridade visceral e de descobertas íntimas a partir do contato com o outro.
Os planos subjetivos, o preto e o branco contrastados (quase sempre), a textura esgarçada e
75
granulada do digital são construções que fazem de seus filmes retratos expressionistas (quase
barrocos?), de problemas urgentes da imigração na Europa.
O que torna a cinematografia de Sylvain tão interessante é sua militância política, tomada como
eixo central, abertura para uma poética do engajamento. Fortemente influenciado pelos filmes
mais políticos de Ken Jacobs e a relação com espaço, profundidade e aproximação (Capitalism:
Slavery, Capitalism: Child Labor); Gianikian e Ricci Lucchi (Trilogia da Guerra) e a reinscrição
da história, possibilidade de inventar novos sentidos, ressaltar as contradições, conferir nova
plasticidade às imagens históricas oficiais; Pasolini (La r abbia) e a pedagogia poética e crítica de
Pialat (L’amour existe); a constatação cíclica do tempo, de que tudo se repete, de que tudo está
suspenso em Gianvito (Protif Motif and Whispering Wind). Em todos, a ideia de encontrar beleza
e poesia diante de coisas miseráveis e contraditórias, numa tentativa de (re)humanizar o mundo.
Neste convite da Semana dos Realizadores há uma imensa felicidade pelo reencontro com a
obra e o artista. Para nós, oportunidade de contribuir com a difusão de parte significativa da
cinematografia de Sylvain, que impressiona seus espectadores, iluminada pelo olhar do mundo
que oferece.
Henrique Borela, Marcela Borela e Rafael C. Parrode
Diretores Artísticos
FRONTEIRA - Festival Internacional do Filme Documentário e Experimental
76
Prefiguration of the eye
I am the poet of the Body and I am the poet of the Soul,
the pleasures of heaven are with me
and the pains of hell are with me:
the first I graft and increase upon myself,
the latter I translate into a new tongue.
Walter Whitman (Songs of Myself)
Sylvain George’s films are variations on one theme. Sylvain seems to continuously go back and
rebuild his gaze, his “poetry”, his world, aware that they are mutable fragments, transient, that
actually there is not a theme, but rather a need to imbricate oneself in the world, to put oneself
on the border of that particular universe, to first understand oneself and one’s way of relating.
Sylvain always starts from his subjectivity, from himself to his films. This retrospective of his
works returns to Brazil after been shown in Goiânia at the II Fronteira - International Documentary
& Experimental Film Festival, in August this year, by invitation of the Directors’ Week. We have
the opportunity to learn how the recording of the filmmaker’s encounters with immigrants from
the Port of Calais, in France, for over ten years, has created a personal and definitive work on
the cracks and scars of contemporary global crisis and its colonial roots.
Curated by Rafael Castanheira Parrode and Toni D’Angela, the Sylvain George Retrospective
generated a series of essays dedicated to reflecting on the selection of films shown. The articles
can be found in the catalogue of the II Fronteiras Festival (available on PDF in the website www.
fronteirafestival.com), some of which were written by the filmmaker himself.
It is very interesting to notice how Sylvain proposes significant abstractions to the experiences
of the vanguard, of a poetic cinema. In No Border, the zooms-in in slow motion on the lost faces
in the crowd of protesters (his first film): the features; the grain of the image. In L’Impossible,
fire forms the image, it gives warmth (and color) to the rough black and white of the encounters
with the immigrants. In Les éclats, the abstraction of the images, the jazzy rhythm, the sound,
the music. In Qu’ils reposent en révolte, the only film where the hardness of the daily lives of
immigrants imposes itself in the aesthetics of the film - a film, however, in which Sylvain puts
the dimension of the body in the foreground (the body as sign of violence and history). In Vers
Madrid, his meeting with dissonance and resistance, an opening to the contradiction, a glimpse
of the future.
There is an almost whitmanian process in which the director’s gaze is remodeled by the
transformations of time and space, precluding everything to remain: a dynamic look on life.
There is no need to look at everything to see the world. In Sylvain’s films there is a process of
visceral otherness and intimate discoveries from the contact with each other. The subjective
shots, the contrasted black and white (almost always), the ragged and grainy texture of digital,
are constructions that make his films expressionist portraits (almost baroque?), of pressing
problems of immigration in Europe.
77
What makes Sylvain’s cinematography so interesting is its political militancy, taken as central
axis, opening to a poetic of engagement. Highly influenced by Ken Jacobs’ more political films and
the relationship with space, depth and approach (Capitalism: Slavery, Capitalism: Child Labor);
Gianikian and Ricci Lucchi (War Trilogy) and the reinstatement of history, making it possible to
create new meanings, to highlight contradictions, to give new plasticity to the official historical
images; Pasolini (La rabbia) and the poetic and critical pedagogy of Pialat (L’amour existe);
the cyclical findings of time, that everything repeats itself, that everything is suspended in
Gianvito (Protif Motif and Whispering Wind). In all, the idea of finding beauty and poetry in face
of miserable and con tradictory things, in an attempt to (re)humanize the world.
There is a huge happiness in this invitation by the Directors’ Week for the reunion with the work
and the artist. For us, it is the opportunity to contribute to the dissemination of a significant
portion of Sylvain’s cinematography, impressing viewers, enlightened by the look of the world
it offers.
Henrique Borela, Marcela Borela and Rafael C. Parrode
Artistic Directors
Fronteira - International Documentary & Experimental Film Festival
78
2014 Vers Madrid – The Burning Bright
2012 Les nuées
2011 Les éclats (mas gueule, ma révolte, mon nom)
The Out-Bursts (My Mouth, My Revolt, My Name)
2010 Qu’ils reposent en révolte (des figures de
guerres I)
2009 L’Impossible – pages arrachées
2008 No Border (Aspettavo che scendesse la sera)
2008 N’entre pas sans violence dans la nuit
2007 Un homme idéal (Fragments K.)
2006 Europe année 06 (Fragments Ceuta)
Sylvain George
Nasceu em 1968, na França. Estudou filosofia,
ciências políticas e direito antes de se tornar
cineasta aos 38 anos. No contrafluxo do
imediatismo que a tecnologia digital permite,
Sylvain levou cerca de 20 anos entre a ideia e a
realização de seu primeiro trabalho audiovisual.
E talvez seja justamente nesse tempo de reflexão
que grande parte da força do seu cinema reside.
Born in 1968 in France. He studied philosophy,
political science and law before becoming a
director at the age of 38. In contrast to the
immediacy allowed by digital technology, Sylvain
took around 20 years between the idea and
making his first audiovisual project. And it is
perhaps in all that time of reflection where part of
the strength of his filmmaking lies.
O até então assistente social revelou-se no meio
cinematográfico em 2009, quando estreou seu
primeiro longa no FIDMarseille, L’impossible.
No ano seguinte, no mesmo festival, apresenta
Qu’ils reposent en révolte (2010), no qual
desenvolve um trabalho já experienciado em
curtas anteriores: um retrato em preto e branco
em alto do contraste do porto de Calais, onde
imigrantes de toda a África encontram-se na
esperança de cruzar o Canal da Mancha e chegar
ao Reino Unido.
Once a social worker, he was born for
contemporary cinema in 2009 when he presented
his feature, L’impossible, at FID Marseille.
The following year, ate the same festival, he
presented Qu’ils reposent en révolte (2010),
which developed a theme that was present in his
previous film: a portrait, in high-contrast black
and white, of Calais, where immigrants from all
over Africa joined up in the hope of crossing the
English Channel and reaching the United Kingdom.
Distante do usual sentimentalismo acrítico
empregado ao cinema social, o trabalho de
George combina a militância a um voo de
realismo documental. Aliando o olhar reflexivo
dos realizadores que muito refletem antes de
pegar a câmera, com a violência e a urgência
de alguém que sabe que a posição da câmera é
muito semelhante à uma arma preste a disparar,
Sylvain traz em seus filmes uma vitalidade
esmagadora e surpreendente.
Far removed from any ‘tics’ of social cinema
loaded with uncritical sentimentalism, George’s
work combines militancy with a flight from
documentary realism. Combining the reflective
gaze of someone who has thought a lot before
picking up the camera, with the violence and
urgency of someone who knows that the position
of the camera is very similar to that held by
someone shooting a weapon, Sylvain shows ins his
films an overwhelming and surprising vigor.
79
Vers Madrid
Vers Madrid – The Burning Bright
Sylvain George
106 min. vídeo e 16 mm. 2014. França.
Rumo à Madri é um noticiário experimental
que atesta as experiências políticas e poéticas
implementadas por milhares de pessoas em
Madri, em 2011, 2012... Os 15 milhões é o primeiro
“movimento” de envergadura do século XXI
conhecido nas sociedades ocidentais, e que dão
origem aos vários “Occupy” em todo o mundo.
CP: Noir Production
R, F, M, S: Sylvain George
Com Valérie Dréville
+
Festival de Veneza 2012;
DocLisboa 2012;
Viennale 2012;
Festival de Turim 2012;
Festival da Riviera Maya 2013;
BAFICI 2013;
Festival de Milão 2013;
Lima Independiente 2013;
Festival de Hamburgo 2013;
entre outros/among others.
80
Vers Madrid – The Burning Bright is an
experimental newsreel which certifies the
political and poetic experiences implemented by
thousands of people in Madrid in 2011, 2012… M
15 is the first “movement” of the XXI century scale
in western societies, which give rise to the various
“Occupy” worldwide.
Qu’ils reposent en révolte (des figures de guerres I)
Qu’ils reposent en révolte (des figures de guerres I)
Sylvain George
153 min. digital. 2010. França.
Composto por fragmentos que remetem
a outros e misturam-se uns com os outros,
criando assim vários jogos de temporalidade e
espacialidade, este filme mostra as condições
de vida de pessoas migrantes em Calais durante
um período de três anos (julho de 2007 a janeiro
de 2010). Como as políticas empregadas por
polícias do Estado se estendem além da lei e
causam áreas cinzentas e espaços indistintos
entre a regra e a exceção.
Composed of fragments that refer back and
become mixed up with each other, thus creating
multiple games of temporality and spatiality,
this film shows the living conditions of migrant
persons in Calais over a period of three years (July
2007 to January 2010). It shows how the policies
engaged by police States extend beyond the
law, and cause gray areas and indistinct places
between the rule and the exception.
CP: Noir Production
R, F, M, S: Sylvain George
Com Valérie Dréville
+
Prêmio FIPRESCI/FIPRESCI Award – BAFICI 2010;
Menção Honrosa/Special Mention – Festival de Pesaro
2011;
Prêmio do Júri/Jury Award – Valdivia 2010;
FIDMarseille 2010;
DocLisboa 2010;
Festival de Turim 2010;
Viennale 2010;
Melhor documentário/Best documentary – Festival de
Turim 2011;
Festival de Milão 2013.
81
No Border (Aspettavo che scendesse la sera)
No Border (Asspettavo che scendesse la sera)
Sylvain George
23 min. 8 mm. 2008. França.
Paris, cidade aberta. Comemorações de tontura.
Ruínas. Ventos. Marés. Jovens migrantes
iraquianos, afegãos, iranianos vagam pelas ruas
entre as cozinhas comunitárias e os campos.
Consequentemente, eles põem em crise a ordem
das coisas e a sociedade burguesa. Ocorre uma
emancipação, profunda melancolia, elegíaca:
redefinindo o conceito de revolução por um
novo conceito de história.
CP: Noir Production
R, F, M, S: Sylvain George
TM: Arvo Part, Ligeti, Schnittke
+
Lima Independiente 2013;
Festival de Milão 2013;
entre outros/among others.
82
Paris, Open City. Dizziness commemorations.
Ruins. Winds. Tides. Young migrants Iraqis,
Afghans, Iranians roam the streets between soup
kitchens and camps. Consequently, they put in
crisis the order of things and bourgeois society. An
emancipation occurs, deeply melancholy, elegiac:
redefining the concept of revolution by a new
concept of history.
L’impossible – pages arrachées
L’impossible – pages arrachées
Sylvain George
104 min. 16mm e 8 mm. 2009. França.
Sob os auspícios de Rimbaud, Lautréamont,
Dostoiévski e Benjamin, free jazz e punk, este
filme procura testemunhar políticas injustas que
moldam o nosso tempo, o caráter “infernal”
de algumas vidas políticas ou corpos-escravos
(um de migrantes/imigrantes, trabalhadores,
desempregados, estudantes).
Under the auspices of Rimbaud, Lautréamont,
Dostoïevski, Kafka and Benjamin, feez jazz and
punk, this film testifies to the iniquitous policies
that have shaped our time, the “hellish” character
of some political lives or enslaved-bodies (those of
migrants/immigrants, workers, the unemployed,
student).
CP: Noir Production
R, F, M, S: Sylvain George
Com Lionel Soukaz, Tripak
+
FIDMarseille 2009;
CPH:DOX 2009;
Viennale 2010;
BAFICI 2010;
Festival de Avignon 2011;
Lima Independiente 2013;
Festival de Milão 2013;
entre outros/among others.
83
Les éclats (Ma gueule, ma révolte, mon nom)
The Out-Bursts (My Mouth, My Revolt, My Name)
Sylvain George
84 min. digital. 2011. França.
Fragmentos de vozes, riso e raiva; trechos
de palavras, imagens e memória; as palavras
de perto e de longe, de ontem, de hoje; a
respiração do vento, o gesto do sol ao se pôr, os
reflexos vermelho sangue; os ataques da polícia,
guerreiros de procissões, tribunal da injustiça...
Para um mapa da violência infligida sobre os
imigrantes, a repetição do colonialismo e a
recusa em aceitar o mundo como ele é.
CP: Noir Production
R, F, M, S: Sylvain George
TM: Diabolo
Com Valérie Dréville
+
Melhor documentário/Best Documentary – Festival de
Turim 2011;
DocLisboa 2011;
Viennale 2011;
BAFICI 2011;
Festival de Roterdã 2012;
Lima Independiente 2013;
Festival de documentário de Salerno 2013;
Festival de Milão 2013;
entre outros/among others.
84
Fragments of voices, laughter and rage; snatches
of words, images and memory; the words near
and far, from yesterday, from today; the breathe
of the wind, the gesture of the sun at the sunset,
the reflections red-blood; the raids of the police,
processions warriors, court of injustice… For
a map of the violence inflicted on migrants,
the repetition of the colonialism, and the
unacceptability of the world as it is.
85
JÚRI e prêmios
Juries and Awards
Marcela Borela
É realizadora audiovisual, pesquisadora, curadora e gestora com experiência em diferentes áreas
do cinema desde 2004. Formou-se em comunicação social (UFG/2006), fez especialização em
história cultural (UFG/2008) e mestrado em história (UFG/2010), investigando temas de história da
arte brasileira (modernismo e modernidade), história visual e cultural, inserida na linha de pesquisa
“Fronteiras, identidades e culturas de migração”. Foi diretora e coprogramadora do Cine Cultura
– Sala Eduardo Benfica em Goiânia, entre 2011 e 2013. Uma das responsáveis pelo Cinealmofada
– cinema ao ar livre – como membro da Associação dos Amigos do Cine Cultura, é também
colaboradora de outros projetos através da Barroca, produtora de audiovisual independente. Como
diretora e roteirista, Marcela realizou curtas e um média-metragem, Mudernage, DOCTV exibido na
rede pública brasileira de TV, em países da América Latina e na China. Neste momento está em
processo de montagem de seu primeiro longa-metragem, Taego Ãwa, uma codireção com Henrique
Borela. É uma das criadoras e diretoras artísticas do Fronteira – Festival Internacional do Filme
Documentário e Experimental realizado em Goiânia e no interior de Goiás desde 2014.
Marcela Borela is an audiovisual director, researcher, curator and manager, with experience in different
fields in cinema since 2004. She graduated in social communication (UFG/2006), specialized in cultural
history (UFG/2008) and has a master’s degree in history (UFG / 2010), investigating subjects in Brazilian
art history (modernism and modernity), visual and cultural history, inserted in the research “borders,
identities and migration cultures.” She was a director and co-programmer of Cine Cultura - Eduardo
Benfica Cinema in Goiânia between 2011 and 2013. She was one of the people that created Cinealmofada
- outdoor cinema, as a member of the Association of Friends of Cine Cultura. She is also a collaborator
in other projects through Barroca, an independent audiovisual production company. As a writer and
director, Marcela was responsible for some shorts and one medium-length film, Mudernage (52 ‘),
DOCTV broadcast in the Brazilian public TV network, in Latin America and China. She is currently in
the process of editing her first feature, Taego Ãwa, co-directed with Henry Borela. She is one of the
creators and artistic directors of Fronteira - International Documentary and Experimental Film Festival,
held in Goiânia and in the countryside of Goiás since 2014.
88
Bernardo José de Souza
É curador independente, professor universitário e colaborador de publicações sobre cultura visual.
Foi curador do Espaço na 9.ª Bienal do Mercosul (Porto Alegre, 2013), coordenador de cinema, vídeo
e fotografia da Secretaria de Cultura da Prefeitura de Porto Alegre (2005 a 2009) e colaborador
da revista Vogue e do jornal Folha de S.Paulo. Bacharel em comunicação social pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul e especialista em fotografia e moda pelo London
College of Fashion, é membro dos conselhos curadores do Museu de Arte Contemporânea do Rio
Grande do Sul e da Fundação Vera Chaves Barcellos. Nos últimos dez anos, vem desenvolvendo uma
série de projetos em parceria com instituições como o KW Institute for Contemporary Art (Berlim,
Alemanha), o Instituto Goethe (Porto Alegre, Brasil) e o Instituto Inhotim (Brumadinho, Brasil). Foi
curador de cinco edições do projeto Videoarte nos Jardins do DMAE. Como curador independente,
realizou as exposições Ponto de Fuga na Galeria de Arte da Fundação Ecarta (Porto Alegre, 2011), Guy
Bourdin (2011) e Mutatis Mutandis (2013), ambas no Largo das Artes (Rio de Janeiro), entre outras.
Organizou o seminário RODA – Rodadas de Debates Sobre Arte (Porto Alegre, 2012).
Independent curator, university professor and collaborator with publications on visual culture. He
curated Espaço at the 9th Mercosur Biennial (Porto Alegre, 2013), served as coordinator of Film,
Video and Photography at the Secretariat for Culture of the Porto Alegre City Hall (2005 to 2009) and
collaborated for Vogue magazine and newspaper Folha de S.Paulo. The holder of a baccalaureate in
Social Communication from the Pontifical Catholic University of Rio Grande do Sul and a specialization
in Photography and Fashion from the London College of Fashion, and is a member of the boards of
curators of the Contemporary Art Museum of Rio Grande do Sul and Fundação Vera Chaves Barcellos.
For the past ten years, he has been working on several projects in partnership with organizations like
the KW Institute for Contemporary Art (Berlin, Germany), Goethe Institut (Porto Alegre, Brazil) and the
Inhotim Institute (Brumadinho, Brazil). He curated five editions of the Videoarte nos Jardins do DMAE
(Video Art on the DMAE Gardens) project. As independent curator, he curated the shows Ponto de
Fuga at Fundação Ecarta’s Art Gallery (Porto Alegre, 2011), Guy Bourdin (2011) and Mutatis Mutandis
(2013), both at Largo das Artes (Rio de Janeiro), among others. He organized the art seminar RODA –
Rodadas de Debates Sobre Arte (Porto Alegre, 2012).
89
João Luiz Vieira
Professor Titular do Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense. Doutor
em Cinema Studies - New York University (1984), com bolsa Fulbright e CNPq e com pós-doc (bolsista
CAPES) no Department of Film and Television Studies da Universidade de Warwick, Inglaterra
(1997). Autor de inúmeros textos, críticas, ensaios e livros publicados no Brasil e no exterior
como D.W. Griffith and the Biograph Company (1984), Cinema Novo & Beyond (NY: MoMA, 1998) e
Câmera-faca: o cinema de Sérgio Bianchi (Portugal, 2004). Seus textos mais recentes apareceram em
capítulos de livros como The International Movie Musical (2012) e The Brazilian Road Movie: Journeys
Into (Self) Discovery (2013). Curador, pesquisador e conferencista, pesquisa no momento a chegada
dos formatos panorâmicos no Brasil e a experiência de Redenção (1958, de Roberto Pires), filmado
no pioneiro sistema IgluScope.
Professor at the Department of Film and Video of the Universidade Federal Fluminense. PhD in Cinema
Studies - New York University (1984), with Fulbright and CNPq scholarship and post-doc (CAPES
scholarship) in the Department of Film and Television Studies at the University of Warwick, England
(1997). Author of numerous articles, critics, essays and books published in Brazil and abroad, like D.W.
Griffith and the Biograph Company (1984), Cinema Novo & Beyond (NY: MoMA, 1998) and Câmerafaca: o cinema de Sérgio Bianchi (Portugal , 2004). His most recent articles were featured in chapters
of books as The International Movie Musical (2012) and The Brazilian Road Movie: Journeys Into
(Self) Discovery (2013). Curator, researcher and lecturer, he is currently researching the arrival of
panoramic formats in Brazil and the experience of Redenção (1958, by Roberto Pires), filmed on the
pioneer system IgluScope.
90
PREMIAÇÃO JÚRI OFICIAL
OFICIAL JURY AWARD
O júri da VII Semana dos Realizadores indicará cinco destaques entre os longas, curtas e médiasmetragens em competição. Dois prêmios são fixos – os de melhor filme e o prêmio especial do
júri, que deverão obrigatoriamente ser destinados a obras de formatos diferentes (um longa e
um curta ou média-metragem). Outros três prêmios serão indicados pelo júri de acordo com sua
avaliação, podendo destacar aspectos técnicos ou estéticos que se sobressaiam no conjunto das
obras apresentadas.
Os premiados serão agraciados com troféus-imagens da artista Clara Moreira e, ainda, com as
seguintes premiações oferecidas por parceiros do festival:
The jury of the VII Directors’ Week will select five highlights among the features, shorts and mediumlength films in competition. Two awards are set - Best Film and the Special Jury Prize, which have to
be designated to works in different formats (one feature and one short or medium length). Three
other awards will be given by the jury according to their assessment, which may highlight technical or
aesthetic aspects that stand out in the set of works presented.
PRÊMIO DE FINALIZAÇÃO AFINAL FILMES
AFINAL FILMES - POST PRODUCTION AWARD
A Afinal Filmes concederá apoios aos cinco filmes premiados pelo júri oficial. Os agraciados com
os prêmios de Melhor Filme e Prêmio Especial do Júri receberão um apoio de finalização de até 30
horas de serviço de correção de cor para uma nova produção. Os demais premiados receberão como
apoio um vale de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para utilização em serviços de finalização na casa.
Afinal Filmes will provide support to the five films chosen by the official jury. The recipients of the
awards for Best Film and Special Jury Award will receive a post-production support of up to 30 hours of
color correction services for a new film. The other winners will receive a support of R$ 5 thousand worth
in post-production services provided by the company.
91
PRÊMIO-AQUISIÇÃO E APOIO DE MÍDIA CANAL CURTA!
CANAL CURTA! – ACQUISITION AND MEDIA SUPPORT AWARDS
O Canal Curta! oferecerá, pela primeira vez, dois prêmios a filmes da mostra competitiva da Semana
dos Realizadores:
. Prêmio-aquisição no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para filmes de até 24 minutos, R$ 7.000,00
(sete mil reais) para filmes de 25 a 69 minutos, e R$ 15.000,00 (15 mil reais) para filmes a partir de 70
minutos. Ao menos um filme será agraciado com o prêmio.
. Prêmio de apoio de mídia para lançamento de longas-metragens em circuito comercial em mídia
veiculada no Canal Curta! ou em inserções de chamadas no Canal. Ao menos um longa-metragem
será agraciado pelo prêmio.
Ambos os prêmios serão determinados pela equipe de programação do Canal.
For the first time, Canal Curta! will offer two awards to films in the competitive section of the Directors’
Week:
. Acquisition Award: R$ 5 thousand to films up to 24 minutes; R$ 7 thousand to films with 25-69 minutes;
and R$ 15 thousand to films longer than 70 minutes. At least one film will be awarded.
. Media Support Award to help the commercial release of a feature film in media aired on Canal Curta! or
commercials in the channel. At least one feature film will be awarded.
Both awards will be determined by the channel’s programming team.
PRÊMIOS DOS PROGRAMADORES PARCEIROS
PROGRAMMING PARTNERS AWARDS
O longa-metragem vencedor do prêmio de Melhor Filme ou Prêmio Especial do Júri será
automaticamente convidado para exibição no Festival Cinematográfico Internacional del Uruguay, e
terá ainda proposta para distribuição em salas independentes do México pelo Cine Tonalá.
The feature film winner of the award for Best Film or the Special Jury Prize will be automatically invited
to screen at the Festival Cinematográfico Internacional del Uruguay, and will receive a proposal to be
distributed in independent cinemas in Mexico by Cine Tonalá.
92
PRÊMIO EDT. RICARDO MIRANDA – MONTAGEM DE
INVENÇÃO (CURTA E LONGA)
Ricardo Miranda edt. Award – Invention Editing
Pelo segundo ano consecutivo, a edt. – Associação de Profissionais de Edição Audiovisual do Rio de
Janeiro irá premiar a montagem de filmes da Semana dos Realizadores. O prêmio foi criado em 2014
em homenagem a Ricardo Miranda que, além de grande montador e professor, foi mestre de inúmeros
profissionais que atualmente dão continuidade às suas ideias sobre montagem cinematográfica.
Unindo gerações e refletindo sobre essa etapa tão importante na construção dos filmes, a edt. terá
nesse ano um júri composto por Marta Luz, Cezar Migliorin e Mariana Sussekind.
For the second consecutive year, edt. - Audiovisual Editing Professionals Association of Rio de Janeiro
- will award the editing of films of the Directors’ Week. The award was created in 2014 as a tribute to
Ricardo Miranda, who was not only a great editor and teacher, but also a master for a great number of
professionals who continue to develop his ideas on film editing. Uniting generations and reflecting on this
important stage in the construction of films, edt. will have this year a jury consisting of Marta Luz, Cezar
Migliorin and Mariana Sussekind.
Marta Luz
Montadora, iniciou na profissão no final dos anos 1970 trabalhando com Luiz Rosemberg Filho e
Glauber Rocha. Sua formação segue o padrão tradicional da época, quando atuou como assistente de
montagem e montadora de curtas. O primeiro longa que montou foi Muito prazer, do diretor David
Neves, com quem estabelece uma parceria em mais dois longas. Seu último prêmio foi no CINE PE
2013 com o filme Vendo ou alugo, da diretora Betse de Paula. Foi professora do curso de montagem da
Escola de Cinema Darcy Ribeiro de 2008 a 2011.
She is an editor and began her career in the late 1970s working with Luiz Rosemberg Filho and Glauber
Rocha. Her training follows the traditional pattern of the time: she worked as an assistant editor and
editor for short films. The first film she edited was Muito prazer, directed by David Neves, with whom
she established a partnership in two other features. Her latest award was at the CINE PE 2013 for Vendo
ou alugo, directed by Betse de Paula. She was an editing teacher at the Darcy Ribeiro Film School from
2008 to 2011.
93
Cezar Migliorin
É professor de cinema e membro do Programa de Pós-Graduação em comunicação na UFF. Durante
10 anos atuou como montador com diretores como Carla Camurati, Lucia Murat e Arthur Omar.
Organizador do livro Ensaios no real: o documentário brasileiro hoje (2010), autor do livro de ficção A
menina (2014) e Inevitavelmente cinema: educação, política e mafuá (2015) – todos editados pela Ed.
Azougue – e do livro Cartas sem resposta (2015), pela Ed. Autêntica.
He teaches film and is a member of the Post-Graduate Program in communication at UFF. For ten years he
worked as an editor with directors such as Carla Camurati, Lucia Murat and Arthur Omar. He organized
the essay book Ensaios no Real: o documentário brasileiro hoje (2010), wrote the fiction book A menina
(2014) and Inevitavelmente cinema: educação, política e mafuá (2015) - all published by Ed. Azougue - and
the book Cartas sem resposta (2015), published by Ed. Autêntica.
Mariana Sussekind
É montadora de cinema, vídeo e TV há 14 anos. Dirigiu o curta experimental Estado de emergência e
os documentários O espaço do preso e Amadores. Formada em comunicação visual pela PUC-Rio, pósgraduada em fotografia (UCAM) e cinema documentário (FGV). No momento desenvolve pesquisa
de mestrado sobre fotosequências na ECO-UFRJ. Foi professora de teoria e prática de montagem na
Escola Darcy Ribeiro e do curso de animação na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Atualmente
é vice-presidente da edt.
She has been a film, video and TV editor for 14 years. She directed the experimental short Estado de
emergência and the documentaries O espaço do preso and Amadores. She graduated in visual
communication from PUC-Rio, and has post-grad degrees in photography (UCAM) and documentary film
(FGV). At the moment, she develops her master’s research on Fotosequences at ECO-UFRJ. She was a
teacher of theory and practice of editing at the Darcy Ribeiro Film School and animation at the School of
Visual Arts of Parque Lage. She is currently vice-president of edt.
94
PRÊMIO ABD-RJ
ABD-RJ Award
A ABD-RJ Audiovisual Independente reúne, há mais de 40 anos, realizadores, técnicos e agentes da
cadeia audiovisual fluminense. A associação premiará dois filmes nesta VII Semana dos Realizadores
– melhor longa e melhor curta ou média-metragem, de acordo com o júri composto pela associação.
ABD-RJ Independent Audiovisual brings together for more than 40 years, filmmakers, technicians and
agents of Rio audiovisual chain. The association will award two films at the VII Directors’ Week - best
feature and best short or medium length, chosen by a jury comprised by member of the association.
Daniela Broitman
É cineasta e jornalista, com mestrado da Universidade da Califórnia – Berkeley. Foi repórter nos
jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo, onde ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo pelo
Caderno Zap!. É diretora de filmes como A voz da ponta - A favela vai ao Fórum Social Mundial. Em
2008, lançou Meu Brasil. Vencedora da fellowship da Fundação Guggenheim de NY, a cineasta
dirigiu, roteirizou e produziu o documentário Marcelo Yuka no caminho das setas, que foi exibido em
mais de 25 festivais no Brasil e no exterior e ganhou diversos prêmios.
She is a filmmaker and journalist, with a master’s degree from California University – Berkeley. She was a
reporter for newspapers Folha de S. Paulo and O Estado de S. Paulo, where she won the Esso Journalism
Award for the Zap! Section. She directed films such as Voices From the Edge: the Favela Goes To the
World Social Forum. In 2008, she presented Meu Brasil. A recipient of a fellowship of the Guggenheim
Foundation in NY, the filmmaker directed, wrote and produced the documentary Marcelo Yuka no
Caminho das Setas, shown in more than 25 festivals in Brazil and abroad and winner of many awards.
95
Renata Saraceni
E sócia da produtora Cinema Mundo Produções. Como principal atividade, destaca-se as cinco
edições do Festival Internacional de Cinema de Itu. Foi jurada em festivais como É Tudo Verdade,
entre outros. Estudou cinema na FAAP, direito na Universidade Paulista e iniciou sua carreira como
assistente de direção dos filmes de Paulo Cezar Saraceni. Realizou diversas oficinas, com destaque
para o curso de introdução à crítica cinematográfica e mostra-homenagem ao escritor Julio Cortazar,
ambas na Oficina Cultural Grande Otelo em Sorocaba.
She is a partner in the production company Cinema Mundo Produções. As its main activity are the five
editions of the Itu International Film Festival. She took part on juries in festivals like It’s All True, among
others. She studied film at FAAP, law at Universidade Paulista and began her career as an assistant
director in films by Paulo Cezar Saraceni. She held several workshops, among which can be highlighted
the introductory course to Film Critic and a tribute to writer Julio Cortazar, both at the Oficina Cultural
Grande Otelo in Sorocaba.
Manuela Castilho
Desenvolve, desde 2008, oficinas de audiovisual no estado do Rio de Janeiro voltadas para meio
ambiente e patrimônio. Participou da equipe de diversos curtas-metragens, como Queimado,
de Igor Barradas, e Resistir, de Caco Souza. Atualmente, está em fase de pré-produção de seu
documentário LSN. É membro do Fórum Mundial U40 da Convenção da UNESCO sobre a proteção
e promoção da diversidade das expressões culturais e integrante do Cineclube Mate com Angu.
She develops workshops of audiovisual in Rio de Janeiro focusing on its environment and real estate
since 2008. She participated in the team of several shorts, such as Queimado, by Igor Barradas, and
Resistir, by Caco Souza. She is currently in pre-production phase of her documentary LSN. Is a member
of the U40 World Forum of the UNESCO Convention on protecting and promoting the diversity of
cultural expressions and integrant of the club of movies Mate com Angu.
96
Prêmio de parceiros programadores
Programming partners Awards
Festival Cinematográfico Internacional del Uruguay
The Festival Cinematográfico Internacional del Uruguay
“O Festival Cinematográfico Internacional del Uruguay foi criado em 1981 pela Cinemateca Uruguaia.
Desde aquele modesto festival que exibiu 14 filmes em apenas uma sala até a sua edição atual em
que se exibem mais de 250 filmes em sete salas, além de em espaços itinerantes, se passaram 33
anos e centenas de descobertas, homenagens, retrospectivas e mostras paralelas. Nessa trajetória,
o Festival se transformou em um espaço privilegiado para o cinema de qualidade da América Latina
e de todo o mundo.”
Neste quinto ano como parceiro, o Festival exibirá o filme indicado como melhor longa-metragem,
de acordo com o júri oficial da VI Semana dos Realizadores.
O Festival Cinematográfico Internacional del Uruguay acontecerá entre 22 de março e
3 de abril de 2016.
“The Festival Cinematográfico Internacional del Uruguay was created by the Uruguayan cinemateque
in 1981. From that modest festival, which screened 14 films in only one movie theater, to its current
edition, featuring over 250 films in seven movie theaters as well as travelling screenings, 33 years of
discoveries, tributes, retrospectives and parallel film exhibitions have gone by. In this journey, the
festival has become a privileged place for high quality Latin American and world cinema.”
In this fifth year as a partner, the Festival will screen the winner of the Best Feature Film awarded by the
6th Directors’ Week official jury.
The Festival Cinematográfico Internacional del Uruguay will take place between march 22 and
april 3th, 2016.
97
IndieLisboa (Portugal)
IndieLisboa
“O Festival de cinema internacional que, desde 2004, acontece anualmente em Lisboa, o Indielisboa
exibe filmes de todos os gêneros e formatos. A programação se assenta em critérios de originalidade,
qualidade e atualidade das obras de autores de todo o mundo que, através do festival, chegam
pela primeira vez ao público e aos profissionais do setor. O Indielisboa acontece em vários espaços
culturais de Lisboa, promovendo a dinâmica urbana, quer de espaços culturais, quer na circulação de
públicos e na apropriação da cidade, fato responsável pelo crescimento e diversificação do público
desde a primeira edição. Em 2014, o festival recebeu a inscrição de mais de 4 mil títulos vindos de
todo o mundo.”
Em seu terceiro ano como parceiro da Semana dos Realizadores, o IndieLisboa irá exibir, em sua
programação, um dos filmes em competição, escolhido por sua equipe de curadoria.
“IndieLisboa is an international film festival held annually in Lisbon since 2004. It features films from
all genres and formats. Its program includes films by national and foreign directors, whose selection
is based on originality, quality and relevance. These films reach the general public and the industry
professionals for the first time through the festival, which takes place in several Lisbon cultural centers,
promoting urban dynamics of these cultural centers, that is, circulation of people and appropriation of
the city. These have been the cause of the audience growth and diversification since its first edition. In
2014, the festival had a record number of entries: 4.000 titles, including short and feature films from
around the world.
In this third year as a partner of Directors’ Week, IndieLisboa will screen one of the competing feature
films, selected by its curatorial staff.”
98
Tonalá (México)
Tonalá
“ Tonalá é uma rede de cinemas com salas na Cidade do México, em Bogotá e em Tijuana, a ser inaugurada
nos próximos meses. Focado em mostrar o novo cinema independente mexicano e internacional, o Tonalá
iniciou recentemente um trabalho de distribuição de filmes para salas de cinema do México e da Colômbia,
ampliando o circuito para os filmes exibidos.”
Em seu quarto ano como parceiro da Semana, o Cine Tonalá exibirá o filme indicado como melhor
longa-metragem da Semana dos Realizadores, segundo o júri oficial, e o distribuirá em outras salas
de cinema do México.
“Tonalá is a movie theater located in Mexico City that screens mainly the new Mexican and international
independent cinema. Recently it started to distribute films to other movie theaters in the country,
expanding their circuit.”
In this fourth year as a partner of Directors’ Week , Cine Tonalá will screened The Directors’ Week Best
Feature Film, according to the official jury, and will be distributed to other movie theaters in Mexico.
* O usufruto dos prêmios de distribuição ficará a critério dos filmes contemplados a partir do acerto
direto com as distribuidoras. No caso dos filmes abrirem mão da possibilidade, outros títulos exibidos
pela Semana serão escolhidos diretamente pelos distribuidores.
*The use of the distribution awards is up to the winners, they should reach an agreement with the
distributors. In case they choose not to use the award, other titles, exhibited in Directors’ Week, will be
selected by the distributors.
99
ATIVIDADEs PARALELAS
PARAllel ACTIVITIES
101
Master Class de Sylvain George
Master Class with Sylvain George
Rebelião e emancipação estão no centro dos filmes de Sylvain George. E a verve do realizador
acompanha o tom da paixão e da urgência de sua obra.
No Brasil a convite da Semana dos Realizadores e do Consulado Francês, o diretor ministra a
Master Class Memória que Queima, explanação conduzida anteriormente dentro da programação
do Fronteira Festival.
Oferecido gratuitamente, o encontro conjuga-se com uma retrospectiva essencial de seus filmes
como elemento-chave para se entender e refletir sobre algumas das crises do nosso tempo e
sobre o papel do audiovisual nestas pautas
Rebellion and emancipation are central to Sylvain George’s films. And the director’s verve goes
along with the passion and urgency of his work.
Invited to Brazil by the Directors’ Week and the French Consulate, the director will hold a
Master Class entitled Burning Memory, an explanation that took place previously within the
programming of the Fronteira Festival.
MASTER CLASS
Free to the audience, the talk will be held alongside an essential retrospective of his films as
a key element to understand and reflect on some of the crisis of our time and on the role of
audiovisual on those issues.
102
Construção e desconstrução do
feminino/ masculino no cinema brasileiro
contemporâneo
Como a construção de personagens e narrativas no cinema brasileiro contemporâneo pode
desafiar os estereótipos de gênero? Como cada um(a) pode colaborar para a complexidade da
representação – e representatividade – feminina e masculina nos filmes?
O movimento mundial por equidade de gênero na indústria cinematográfica ganha contornos
cada vez mais claros também no Brasil, onde mulheres começam a se organizar para discutir a
participação da mulher na concepção, produção e pensamento acerca da produção atual.
Dentro de um vasto universo de discussões que se desenrola à medida que nos questionamos,
escolhemos ressaltar nesse encontro a importância do fim do aprisionamento dos conceitos de
ideal feminino amplamente explorado no audiovisual, a busca por representações mais profundas
e complexas da mulher, e, ao mesmo tempo, problematizar as representações do masculino e
suas subjetividades.
Debatedoras confirmadas: Anita Rocha da Silveira (realizadora de filmes como Mate-me, por
favor), Maeve Jinkings (atriz de filmes como O som ao redor e Boi neon) e Ilana Feldman (Doutora
em cinema pela USP e pós-doutoranda pela UNICAMP).
Mediação: Amanda Gabriel (preparadora de elenco)
DEBATES
103
Construction and deconstruction
of feminin/masculin identities in
contemporary brazilian cinema
How can character and narrative construction in contemporary Brazilian cinema challenge
sexual identity stereotypes? How does one collaborate to the complexity of female and male
representation - and representativeness - in films?
he global movement for gender equality in the film industry is becoming increasingly more
outlined in Brazil, where women begin to organize themselves for the discussion of their
participation in creating, producing and thinking the current production body of work.
Within a vast universe of discussions that unfolds as we question ourselves, we chose to
emphasize, in this debate, the importance of the end of the imprisonment of the feminine
concept ideal, widely exploited in audiovisual works; as well as the search for deeper and more
complex female representations, and at the same time, to question male representations and
their subjectivities.
Confirmed debaters: Anita Rocha da Silveira (diretor of Kill Me, Plase), Maeve Jinkings
(actress of films such as Neighboring Sounds and Neon Bull) and Ilana Feldman (PhD in Cinema
by USP and post-PhD in UNICAMP).
DEBATES
Mediation: Amanda Gabriel (acting coach)
104
A imagem em movimento no cinema e
na arte contemporânea – contaminações
e potências
Propomos uma conversa entre realizadores/artistas, programadores e curadores para pensar os
usos, formas e funções da imagem em movimento no cinema e na arte contemporânea.
Neste momento em que a imagem em movimento já não tem o cinema como arena central de
discussão, da perspectiva da produção parecer cada vez mais indefinida da fronteira entre os
campos da arte e do cinema. Categorias como cinema expandido, videoarte, instalação ou cinema
experimental soam um tanto datadas, portadoras de uma crença talvez um pouco romântica de
que os meios se (re)inventavam preservando sua essência: o cinema. Este sim expandia-se,
experimentava, instalava-se, aproximava-se da arte, mas permanecia sendo cinema.
Hoje, parece-nos, não é apenas a forma ou a proposta dos filmes realizados por artistas e
cineastas que assemelha-se – na verdade, ambas têm cada vez mais em comum as tradições
com as quais dialogam. Se artistas apropriam-se de formas do cinema para mediar seu interesse
por outras disciplinas ou para promover uma discussão geral sobre o estatuto da imagem na
contemporaneidade, cineastas há muito já não se veem presos a convenções de gênero ou
formato para mostrar seus filmes. Não se trata mais da história da arte de um lado e da história
do cinema de outro, mas de um encontro entre ambas, de uma contaminação.
Gostaríamos, neste primeiro de – esperamos – muitos outros encontros, de pensar a produção de
imagem em movimento para além dos lugares estabelecidos, arriscando imaginar que existe um
lugar que se deixa sonhar e inventar por cada obra, por cada artista.
Debatedores confirmados: Fred Benevides (realizador e artista presente nesta edição do
festival com os filmes Entretempos, na mostra competitiva, e Viventes, exibido na mostra Cine
Esquema Novo Expandido), Carlos Adriano (cineasta e artista presente na competição deste
festival com o curta Sem título #2: la mer larme) e Gustavo Spolidoro (realizador, curador e
programador do Cine Esquema Novo).
Mediação de Patricia Mourão, pesquisadora e curadora de cinema.
DEBATES
105
Moving image in contemporary cinema
and art – Contaminations and potencies
We propose a conversation between directors / artists, programmers and curators to think about
the uses, ways and roles of moving image in film and contemporary art.
At a time when the moving image has no longer cinema as a central arena of debate, from
the point of view of production, the boundary between art and cinema seems more and more
vague. Categories such as expanded cinema, video art, installation and experimental cinema
sound somewhat dated, bearing a kind of romantic belief that the means (re)invent themselves
preserving its essence: cinema. Cinema, on the other hand, expanded, experimented, installed,
approached art, but remained cinema.
Nowadays it seems that it is not just the shape or the proposal of films made by artists and
filmmakers that resemble - in fact, both have increasingly in common the traditions with which
they dialogue. If artists appropriate themselves of film forms to mediate their interest in other
subjects or to promote a general discussion on the status of the image in contemporary society,
filmmakers have for a long time no longer seen themselves tied to gender or format conventions
to show their films. It is no longer about the history of art on one side and the history of movies
on the other, but a mix of both, a contamination.
We would like, in this first of - we hope - many other meetings to reflect on the production of
moving image beyond the established places, taking the risk to imagine that there is a place that
allows itself to dream and create by each work, by each artist.
Confirmed participants of this talk: Fred Benevides (director and artist shown in this festival
the shorts Entretempos , in competition, and Livings, in Cine Esquema Novo Expanded), Carlos
Adriano (filmmaker and artist shown in this festival the short Untitled #2: La mer larme, in
competition), Gustavo Spolidoro (director, curator, programmer of Cine Esquema Novo).
DEBATES
Mediated by Patricia Mourão, film researcher and curator.
106
Videoinstalações
Video-installations
Em sua sétima edição, a Semana dos Realizadores expande sua abordagem formal sobre cinema
para alcançar as artes visuais, uma vontade antiga da programação.
O resultado é uma exposição no Espaço Cultural Olho da Rua, que durante três dias recebe
quatro vIdeoinstalações, duas delas vindas da Berlinale Forum Expanded 2015: Viventes, de
Frederico Benevides e Je proclame la destruction, de Arthur Tuoto.
A exposição conta ainda com Não é sobre sapatos, investigação de Gabriel Mascaro sobre
abordagem policial a manifestantes e o registro e transmissão via celular exibida. O trabalho
integrou a seleção da última Bienal de São Paulo.
Para fechar a seleção, Vertières I, II, III, de Louise Botkay, volta à programação em novo suporte
e fruição após vencer a Semana dos Realizadores 2014 na categoria curta-metragem.
In its seventh edition, Directors Week expands its formal approach to cinema to reach the visual
arts, an old wish of the programming team.
The result is an exhibition at the Espaço Cultural Olho da Rua which will, for three days, show
four video installations, two of them coming from Berlinale Expanded’s 2015 selection: Livings,
by Frederico Benevides, and Je proclame la destruction, by Arthur Tuoto
The exhibition comprises also of Is Not About Shoes , Gabriel Mascaro’s research on police
approach in demonstrations and smartphones recording and transmission of events. This work
was included in the selection of the last Bienal de São Paulo.
To close the selection, Louise Botkay’s Vertières I, II, III, is back at the festival’s programme in
a new support after winning the short film category at Directors Week in 2014.
VIDEOINSTALAÇÕES
107
índice por título
index by title
Aluguel: O filme 16
Origem do mundo 56
Being Boring 40
Palace Hotel 25
Corda 17
Plutão
Digitaria Ex-Machina 18
Porfírio 52
Entretempos 19
Pra morrer basta tá vivo 44
Espelho, O 32
Prefeito, O 54
Field Guide to the Fern 66
Proxy reverso 34
Garoto 55
Qu’Ils reponsent en révolte (Des figures de
guerres I) 77
Glória iluminada 41
História de uma pena 20
Hotline 67
Iec Long 63
Imhotep 21
Je proclame la destruction 70
L’Impossible – pages arrachées 79
La maldad 64
Les éclats (ma gueule, ma revolte, mon nom)
80
Quintal
50
Ritual Pam Pam Pam
24
São Paulo com Daniel 27
Satan Satie ou memórias de um amnésico 45
Seca
53
Sem título #2: la mer larme 26
Soledad 29
Teobaldo morto, Romeu exilado 57
Tropykaos
37
Mains propes 22
The Forbidden Room 65
Mais do que eu possa me reconhecer 51
Toré
Morte diária, A 33
Touro, O 38
Mulher sem bandolim 42
Twenty-Eight Night and a Poem 68
Não é sobre sapatos 59
Urutau
No Border (Aspettavo che scendesse la sera)
78
Vers Madrid 76
O que eu poderia ser se eu fosse você 35
Occidente 22
108
43
36
46
Vertières I, II, II 58
Viventes 69
Vozerio 47
índice por realizador(a)
index by director
Akram Zaatari 68
João Pedro Rodrigues 63
Allan Ribeiro 51
João Rui Guerra da Mata 63
Ana Vaz 23
João Vieira Tores 29
André Novais Oliveira 50
Joshua Gil 64
Arthur Tuoto 70
Julio Bressane 55
Basma Alsharif
66
Juruna Mallon 45
Bernardo Cancella Nabuco 46
Larissa Figueiredo 36
Bruno Jorge 35
Leo Pyrata 21
Bruno Safadi 54
Leonardo Mouramateus 20
Cao Guimarães 24
Lincoln Péricles 17
Carlos Adriano
Louise Botkay 22, 58
27
Daniel Bandeira 28
Lucas Ferraço Nassif 40
Daniel Lentini 33
Lucas Parente 45
Daniel Lisboa 37
Maria Augusta Ramos 53
Daniel Nolasco 43
Moa Batsow 56
Deborah Viegas
Evan Johnson
26
65
Nicolas Thomé Zetune
26
Pablo Lobato 17
Fabiano Mixo 42
Ramon Mota Coutinho 25
Flávia Vilela 28
Roberto Winter 34
Frederico Benevides 19, 69
Rodrigo de Oliveira 57
Gabraz 18
Rodrigo Lima 32
Gabriel Mascaro 59
Silvina Landsmann 67
Guilherme Peters 34
Sylvain George 72
Guy Maddin 65
Tanawi Xucuru Kariri 29
Henrique Borela 52
Vladimir Seixas 47
Ian Capillé 44
Will Domingos 41
Joana Gatis 28
Yuri Firmeza 19
109
créditos
credits
LIS KOGAN
Direção Direction
ALESSANDRA CASTAÑEDA
Coordenação Executiva / Executive Coordination
PATRICIA FRÓES
Assistência de Direção / Direction Assistency
Coordenação Editorial / Editorial Coordination
FÁBIO SAVINO
Coordenação de Produção / Production Manager
Tráfego de Cópias / Print Production
FABIO ANDRADE e DANIEL QUEIROZ
Comissão de pré-seleção de longas / Feature film
pre-selection Commitee
ISABEL VEIGA, KAREN BLACK, SAMUEL LOBO,
DANIEL QUEIROZ e LIS KOGAN
Comissão de pré-seleção de Curtas / Short Film
pre-selection Commitee
RAFAEL CASTANHEIRA PARRODE e TONY D’ANGELA FRONTEIRA FESTIVAL
Curadoria Retrospectiva Sylvain George / Curatorship Sylvain George Retreospective
JAQUELINE BELTRAME e GUSTAVO SPOLIDORO CINE ESQUEMA NOVO EXPANDIDO
Curadoria Cine Esquema Novo Expandido /
Curatorship Cine Esquema Novo Expanded
JOÃO CÂNDIDO ZACHARIAS
Coordenação de Receptivo / Guest Service
Coordinator
NATALIA MENDONÇA e CAROLINE MOREIRA
Assistência de Produção Executiva / Executive
Production Assistance
ANELE RODRIGUES
Assistência de Produção / Production Assistance
KAREN BLACK
Coordenação Vinhetas / Teasers Coordination
110
FERNANDO SECCO
Coordenação Projeção Digital / Digital Projection
Coordination
MARUAN SIPERT E THAINA FARIAS
Monitoria Monitors
AMANDA GABRIEL, LIS KOGAN e PATRICIA MOURÃO
Elaboração das mesas de debate / Discussion
panels coordinator
ARTE EM VIAGENS
Agência de Viagens / Travel Agency
::CATÁLOGO E ARTE::
CLARA MOREIRA
Identidade Visual / Arte Identity, Art and Design
ISABEL W. DE NONNO
Design e Diagramação / Graphic Design
JOÃO CÂNDIDO ZACHARIAS
Tradução de textos / Translation
RACHEL ADES
Revisão de textos / Revision
::COMUNICAÇÃO::
PEDRO DE LUNA e JULIANA SAMPAIO (assistente/
assistent)
Assessoria de Imprensa / Press Agency
RUBENS TAKAMINE
Redes sociais / Social media
LUCAS MARTINS
Programação / Site Website
RODRIGO GOROSITO
Cobertura fotográfica / Photo coverage
FELIPE DREHMER
Making-of
agradecimentos
thank you credits
Agradecimentos especiais
Special Thanks
Adhemar de Oliveira, Arndt Roskens, Paule Maillet, Thomas Sparfel, Matthieu Thibaudault, Marcela
Borela, Patricia Mourão, Amanda Gabriel, Eduardo Valente, Juliano Gomes, Sylvain George, Ana
Dulce Coutinho, Mariana Ribas, Isabel Veiga, Samuel Kogan, Lili Monteiro
Agradecimentos
Thanks
Alejandra Trelles, Alexandre Romano, Alisson Avila, Anita Rocha da Silveira, Antônio Breves, Atelier
de Dissidências Criativas, Bianca Bernardo, Bibiana de Sá, Bruno Zaca, Camilla Margarida, Carlos
Adriano, Carolina Rodrigues - SEC RJ, Cintia Parcias, Clarice Saliby, Daniel Real, Danilo Romeiro,
Elise Leite Ribeiro, Eliza Gurgel, Fatima Paes, Felipe Lopes, Flavia Cavalcante, Flavio Helder, Fred
Benevides, Gabriel Mascaro, Gustavo Beck, Gustavo Scofano, Gustavo Spolidoro, Henrique Borela,
Ilana Feldman, Jaque Beltrame, José Carlos Secco, Juan Pablo Bastarrachea, Juliana, Leo Nabuco,
Leonardo Gomes, Lívia Diniz Livia Vreuls, Lucas Romano, Luciana Maciel, Luiz Roque, Maeve
Jinkings, Maria Luiza de Carvalho, Maria Thereza Jorand, Mariana Santarelli, Miguel Valverde, Nuno
Sena, Rachel Daisy Ellis, Ramiro Azevedo, Raphael Parrode, Ricardo Prema, Rosangela Real, Susana
Guardado, Tiene Andrade, Tony D’Angela
111
112
cartazes
POSTERS
114
115
o espelho
COM
ana abbott
E
augusto madeira
RODRIGO LIMA FOTOGRAFIA E CÂMERA PABLO HOFFMANN MÚSICA GUILHERME VAZ DIREÇÃO DE PRODUÇÃO FERNANDA ROMERO JURA CAPELA
DIREÇÃO DE ARTE ELAINE SOARES DE AZEVEDO FOTÓGRAFA ASSISTENTE TAÍS NARDI MAQUINÁRIO E ELÉTRICA DAVID NASCIMENTO RENAN RICHARD
SOM DIRETO UERLEM QUEIROZ FIGURINO ANTONIO MEDEIROS EDIÇÃO DE SOM E MIXAGEM DAMIÃO LOPES FINALIZAÇÃO BRUNO KEUSEN
RADIOGRÁFICO | PEDRO GARAVAGLIA OLIVIA FERREIRA LEANDRO DAS NEVES PRODUTORES ASSOCIADOS JURAF ILMES NOA BRESSANE LUISA LIMA
TELA BRILHADORA JULIO BRESSANE BRUNO SAFADI RODRIGO LIMA MOA BATSOW
DIREÇÃO, ROTEIRO E MONTAGEM
PROJETO GRÁFICO
TELA BRILHADORA
116
PRODUÇÃO
COPRODUÇÃO
APOIO
117
118
119
   
apresenta
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um filme de  
“ B”
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assistência de direção  
direção de fotografia   
assistência de fotografia   
som direto  
edição     
correção de cor   
edição de som  
mixagem de som     
design gráfico  
ilustrações  
produção
www.tuitamfilmes.com
120
121
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123
124
125
126
GAROTO
MARJORIE ESTIANO
GABRIEL LEONE
JOSIE ANTELLO
ROTEIRO E DIREÇÃO JULIO BRESSANE DIREÇÃO DE PRODUÇÃO FERNANDA ROMERO DIREÇÃO DE ARTE MOA BATSOW
FOTOGRAFIA PEPE SCHETTINO SOM DIRETO UERLEM QUEIROZ FIGURINO MARIA APARECIDA GAVALDÃO
MÚSICA GUILHERME VAZ MONTAGEM RODRIGO LIMA COLABORAÇÃO NO ROTEIRO E MONTAGEM ROSA DIAS EDIÇÃO DE SOM E MIXAGEM DAMIÃO LOPES
PROJETO GRÁFICO RADIOGRÁFICO | DIREÇÃO DE DESIGN PEDRO GARAVAGLIA OLIVIA FERREIRA DESIGN LEANDRO DAS NEVES
TELA BRILHADORA JULIO BRESSANE BRUNO SAFADI RODRIGO LIMA MOA BATSOW
PRODUÇÃO
COPRODUÇÃO
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127
O PREFEITO
UM FILME DE
BRUNO SAFADI
NIZO NETO
DJIN SGANZERLA
GUSTAVO NOVAES
ROTEIRO E DIREÇÃO BRUNO SAFADI DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA LUCAS BARBI MONTAGEM RICARDO PRETTI
DESENHO DE SOM EDSON SECCO EDIÇÃO DE SOM JULIA TELES PRODUÇÃO EXECUTIVA CAVI BORGES FERNANDA ROMERO
DIREÇÃO DE ARTE, FIGURINO E MAQUIAGEM MOA BATSOW JADE MARIANI LUIZA MOURA SOM DIRETO UERLEM QUEIROZ
PROJETO GRÁFICO RADIOGRÁFICO | DIREÇÃO DE DESIGN PEDRO GARAVAGLIA OLIVIA FERREIRA DESIGN LEANDRO DAS NEVES
ASSISTENTE DE DIREÇÃO INÁCIO HORTA SAFADI TELA BRILHADORA JULIO BRESSANE BRUNO SAFADI RODRIGO LIMA MOA BATSOW
PRODUÇÃO
TELA BRILHADORA
128
COPRODUÇÃO
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PEDRO
PEREGRINO
LEO
BITTENCOURT
CAMILA
FREITAS
UM FILME DE MOA BATSOW
DIREÇÃO MOA BATSOW REALIZADO POR MOA BATSOW E JADE MARIANI MONTAGEM QUITO RIBEIRO, EDT. TRILHA SONORA GUILHERME VAZ
EDIÇÃO DE SOM JUSTO CÉSAR PRODUÇÃO MOA BATSOW, JADE MARIANI E DURVAL LEAL FILHO PRODUÇÃO DE FINALIZAÇÃO BRUNO KEUSEN
PROJETO GRÁFICO RADIOGRÁFICO | DIREÇÃO DE DESIGN PEDRO GARAVAGLIA OLIVIA FERREIRA DESIGN LEANDRO DAS NEVES
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TELA BRILHADORA
129
patrocínio
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promoção
apoio
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