Diapositivo 1 - Biodivine.eu
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Diapositivo 1 - Biodivine.eu
Fórum anual VINIPORTUGAL Palácio da Bolsa, Porto, 28/11/2012 Biodiversidade funcional em viticultura no Douro Projectos em curso Cristina Carlos LIFE 09 NAT/FR/000584 2 Porquê o interesse pela Biodiversidade do Douro? • Preocupações económicas (qualidade uva) Viticultores e investigadores querem perceber de que forma podem fomentar a presença de inimigos naturais, em particular da traça da uva Biodiversidade em Viticultura | Biodiversity in Viticulture www.advid.pt Parasitóides da traça da uva (2002-2012) Elachertus affinis Brachymeria sp. Campoplex capitator Campoplex capitator Observação de fungos entomopatogénicos nas lagartas Larva e pupa de traça-da-uva contaminados com Beauveria bassiana (fungo entomopatogénico) Preocupações com a sustentabilidade vitícola Impacto da manutenção de habitats semi-naturais … • A UNESCO protegeu em 2001 a paisagem do Alto Douro Vinhateiro que contém uma área significativa não cultivada (matos/mortórios, floresta) • Qual o impacto da acção do viticultor no ecossistema vitícola? Projectos em curso na ADVID na área da biodiversidade IMPACTO DA PAISAGEM Projecto LIFE + Nature & Biodiversity IMPACTO DE PRÁTICAS CULTURAIS “ECOVITIS- Maximização dos serviços do ecossistema Vinha” PRODER – Medida 4.1 Cooperação para a Inovação Projecto BIODIVINE • Projecto LIFE + Nature & Biodiversity 2009 (LIFE09NAT/FR/000584) Vigência: 15/09/2010 – 31/12/2014 Organismo País Institut Français de la Vigne et du Vin (IFV) França Viticulture Transfert Innovation (VITINNOV) França Euroquality (EQY) França Instituto de Ciencias de la Vid y del Vino-Consejo Superior de Investigaciones Científicas Espanha (ICVV-CSIC) Institut Català de la Vinya y el Vino (INCAVI) Espanha Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID) Portugal As actividades relativas a este projecto estão a ser dinamizadas pela ADVID e decorrem em várias parcelas experimentais da Região Demarcada do Douro Empresas envolvidas no projecto Objectivos principais • Incrementar a biodiversidade funcional em viticultura através da paisagem (promover a biodiversidade vegetal /criar condições que fomentem e suportem a biodiversidade animal) • Demonstrar que, através dum plano de acção ecológico (boas práticas agrícolas), é possível conciliar eficientemente a actividade produtiva com a preservação da biodiversidade Acções de monitorização da Biodiversidade • Perceber o impacto da paisagem na biodiversidade (sentido lato) A presença de elementos naturais na paisagem (diversidade da paisagem) promove a biodiversidade dos seres vivos? Artrópodes Biodiversidade do solo (de uma forma global) (invertebrados) Plantas Mamíferos (início 2012) (início 2012) Aves (início 2012) Caracterização cartográfica das áreas em estudo (2012) Habitat (ha) raio 250m raio 500m vinha 53% 47% olivais 4% 3% sebe 1% 1% mato 10% 10% floresta 6% 10% ripisilva 1% 2% área_artificial (alcatrão/urbano) 10% 9% área_social (jardim/pomar) 1% 1% espaço libre 9% 8% rio 5% 9% Uma paisagem complexa e variável ao longo do rio Douro PRODER – Med. 4.1 Cooperação para a Inovação “ECOVITIS- Maximização dos serviços do ecossistema Vinha” PARCERIA parceiro parceiro promotor parceiro 2011-2014 Objectivos • Promover o desenvolvimento e incorporação de boas práticas agrícolas destinadas a incrementar a biodiversidade da vinha da R.D.D • Facultar simultaneamente um conjunto de serviços do ecossistema: - limitação natural de inimigos da cultura - manutenção e incremento da fertilidade do solo - redução da erosão - melhoria da qualidade da água - retenção do CO2 - valorização da paisagem vitícola Valorizar o produto final, o vinho 1- Concepção e implementação da rede de IEE Concepção e implementação de uma rede de InfraEstruturas Ecológicas (IEEs) multifuncional para a vinha da R.D.D., tendo como objectivo o incremento da actuação dos antagonistas dos inimigos da vinha Monitorização da Biodiversidade Funcional com impacto na limitação natural da traça (e noutras pragas) Artrópodes Plantas Répteis Micromamíferos Fungos Entomopatogénicos / solo Morcegos Aves Recolha de lagartas e prospecção parasitóides da traça da uva Quinta Carvalhas Elachertus affinis Masi. (Hym: Eulophidae) 37-40% parasitismo em 2011 (1ª G) 54,4 % parasitismo em 2012 (1ª G) Acções de conservação - Boas práticas agrícolas • Promoção do enrelvamento espontâneo da entrelinha • Promoção do revestimento natural de taludes • Restauração de muros de pedra • Aplicação de métodos de protecção não químicos (confusão sexual) Redução dos pesticidas Controlo da erosão Controlo biológico de pragas e doenças Incremento matéria orgânica Paisagem Promoção do enrelvamento da entrelinha - Em zonas de agricultura intensiva, os cobertos vegetais concentram cerca de 80% da biodiversidade da exploração; - Os cobertos vegetais disponibilizam alimento vegetal (néctar, pólen), animal (presas alternativas) e água aos inimigos naturais das pragas (ex. parasitóides da traça); - Funcionam como abrigo para alguns insectos, e pequenos mamíferos que são a base da cadeia alimentar das aves e mamíferos (ratos, coelhos) e funcionam como corredores ecológicos permitindo a passagem de um habitat a outro; - Incrementam a matéria orgânica do solo e mitigam o efeito da erosão; Enrelvamento natural ou espontâneo (sempre que possível) • Vegetação herbácea autóctone da RDD – relação com insectos Implantação de sebes - As sebes são abrigos naturais para fauna variada e está provado que a sua instalação alarga o leque de animais presente na parcela: - Oferecem condições de vida diversificadas num reduzido espaço físico. (Ex: uma combinação de arbustos espinhosos + árvores/arbustos com bagas + plantas herbáceas fornecedoras de pólen + plantas rasteiras + mulching restos de ramos triturados + pedras de xisto) podem ser atractivos para muitas aves insectívoras, répteis, insectos polinizadores, predadores e parasitóides de pragas. - Funcionam como abrigo intermediário entre a floresta e as zonas rurais e abrigam animais de ambos os habitats; - Criam efeito “barreira” à deriva de tratamentos fitossanitários e ao vento - A presença de sebes embeleza a paisagem vitícola (valor estético); Plantas / Arbustos autóctones Rosa sp. (Roseira brava) Lavandula stoechas (rosmaninho) Cistus salvifolius (estevinha) Lonicera sp. (madressilva) Plantas / Arbustos autóctones Espinheiro- Crataegus monogyna Medronheiro - Arbutus unedo Azinheira - Quercus rotundifolia Esteva - Cistus ladanifer Plantas / Arbustos autóctones Sabugueiro - Sambucus nigra Silva - Rubus ulmifolius Urze branca – Erica cinerea Preservar endemismos Dianthus lusitanus Preservar endemismos Linaria aeruginea Sebes espontâneas Zonas possíveis para instalação de sebes Outras infra-estruturas com impacto na biodiversidade O chasco-preto (“Melro buraqueiro) nidifica em zonas rochosas Foto: André Carapeto 2- Adaptação do método da confusão sexual da traça à RDD Desenvolvimento de um novo processo de confusão sexual contra a traça-da-uva, através do uso de um tipo de difusor e técnica de aplicação adaptados à região (clima, orografia, estrutura fundiária…). Recurso à confusão sexual da traça - Portugal é o 6º maior consumidor de pesticidas da Europa (vinha é a cultura responsável pelo maior consumo) – Fonte: Eurostat, 2003 - Utilização de um meio de protecção contra a traça “amigo do ambiente” - A não aplicação de insecticidas fomenta o aparecimento da fauna auxiliar 3- Divulgação Contribuição para a projecção nacional e internacional da região do Douro e implementação de soluções destinadas a divulgar a R.D.D. através de: a) b) c) d) e) f) dias “abertos à biodiversidade” vídeos promocionais um site interactivo brochuras wokshops, exposições e conferências de imprensa publicação dos resultados em revistas da especialidade Divulgação BIODIVINE http://www.biodivine.eu/ Como criar valor com biodiversidade? “Green labels” Explorações vitícolas em Portugal: - FINAGRA S.A. Herdade de Esporão - Herdade do Pinheiro - Duorum é pioneira no Norte do País Foto: Armando Caldas, 2009 Outras iniciativas África do Sul Biodiversity & Wine Initiative (BWI) Protecção do Cape Floral Kingdom Parceria entre a South African Wine Industry e o sector Instituto de Conservação da Natureza na África do Sul Multifuncionalidade das explorações Caça Apanha de cogumelos Apicultura Produção de azeite / azeitona Produção de produtos “gourmet” (compotas de frutos silvestres, chás, pastas) Actividades de Ecoturismo (ex. Birdwatching) Criar atractividade para o território da Região Demarcada do Douro 41 Obrigada pela Vossa atenção! Biodiversidade em Viticultura | Biodiversity in Viticulture www.advid.pt