Page 1 .., ) ) ¡ , ¡ • Page 2 Jf.lt110 Y`H\1.1r.l ,,`

Transcrição

Page 1 .., ) ) ¡ , ¡ • Page 2 Jf.lt110 Y`H\1.1r.l ,,`
..,
)
) ¡
, ¡
•
Jf.lt110 Y'H\1.1 r.l ,,'-rrqm 1!'. 1
~1 11 <l ~ r l r 5 .1 it J.1I 11llft. ~) u ll\ .ll u r s
il lJllll r nr l';'llhll J1ol}l'c
1!'l!,lII b!iOll JI (I~. r
h" ~ d 'U.l
9 1lbr rs on Z;¡ltuls!a S' ~.lrq;15
3hl5t1 tllto br ifl elllón;¡ e ~J .1t r iIll 6Il io
1!.,lbor.1tório be glltrolJologii1 e '~ r r¡ lIr o l o g i ¡l/Q.IJq J \t JL
Velot.15 - 1,€:>
2007
Ui\: I\' L1{SID.\DE FE DF IU I. DE PEI. O T .\ S
Reit or: Pro t. Antonio Cesar Gon ca lvc s Bo rgc »
r'ice-Reítor: Prof T clm o Pagan a Xuv ier
Pro -Reitorict de .·I d lll i l/islr{/(;ú o: Francisco C IrioS ( jnnlL'S l .uzzard i
l 'ro-Rcit ori a de Fxt ensáo e Cnlturo: 1' 101'. Viio r l Iugo Hurb u vl nnzkc
Pra -Rcit oria de Gr e: duacú o: l'r ol" Lliaua Povo as Pcrci ru Lsucln
Pro -Rei toriu .l« {'CSi/lI i.I·'1 C I'os- Gru cluucd o: 1'1"0 1. .v lci Fnima r I.occk
Pro -R eit ori a de l' ton ciumcrn« C {lc.\·t'I/I'o/1'ill/ t'II II': ¡':¡io Paulo l o llla
I:\ ST IlTTO DE C IF " C1.\ S HI ;\I\" ·\ ."
Diretor: Pro l'. l-ab io V c rgaru Ccrq u ci ru
r'icc-Dirc tor, Pro L Jabr llu s..cin Dccb H aj tim ur
GT HA/r\I\PlI l l
(G IWPO DE TR \ B \1.110 DE HhTl·)J{I .\ '-\ " TI ( ;.\ D\ A ssoCl\ C\ O :"/\CI O:"\I DE HI ST ÚHIA)
C oo rdel/u\ ·({(I.\uciIJl/u!:
A nd crs on Za k\l sk i Varg as (0 7/ 20 0 3 a 0 7120(5)
Ana Ter esa Marqu es C,o lH;ah cs (0 7/ 20 0S a 0 7120( 7 )
E DITOR.-\( .\O:
Chimcne Kuhn ;\oh re
C. \ PA:
Paulo Fabcr T uvarc s .1 unior
ISBN 9 7S-SS-(,O(,9S-0 1-0 lusutu to d e xlc num u e l' auim ónio IIVlp )
ISBN 97 :'; -85- 6069(,-0 [- 7 Lab o rut úrio de A nllOpolllgia e A rq uco lop ia I U ' I' .\ .·\ \{l yu r I'LI.I
Dad os d e ca lalog dl;Jo na ío ntc:
.·\ :- J 0 .\ nd rack de O li v c i rn C IU3 - I WXC;·¡
G93 4 Guer ra e p az no mundo antigo I organizadores Fábio
Ve rga ra Ce rqueira [et al.]. - Pelota s, RS :
Laborat orio de Ensino e Pesqui sa ern
An tropo logia e Arqueo logia - LEP AARO/UFP el;
Institut o de Me mo ria e Patrim onio . 200 7.
I I\L\ G Ei\1 DA CA PA
Mosaico de Alexandrc
291p .
Proveni éncia: Pomp éia, Casa do Fauno. VI. 1:2 . 2.
inventario I()()20 . (Museu Arqueológico Nac iona l
1. M undo antigo . 2 Historia antiqa . 3 Gue rras .
1. Ce rque ira , Fábio Ve rgara. Qi.9..c
11. T itulo.
ele Nápoles)
CDD 930
APIU:SE iVLH: .\O ... ..
.
.
.
PIU:F .\C10......
.
I:\TlWl)l( ,\O
11
J5
.
'.'
.
.
19
E;\TRE A P AZ [ A Cl ·LRIU: OS PREI'.\It\T1\OS iVI ILl T \ lt ES
o Trompeti sta, um Músico entre a Paz e a Gue rra
Fábi o Vergara
Cai] II('Í/'({.
.
29
.
Repensando a Violen cia dos Espet ácu los Romanos: O Caso dos Gladiadore s
Renata Scn na G or/'a (¡iJll i.
53
.
El Aporte de 1" Arqueolog ía para el Estudio del Abastecimiento Militar: ICI
Britannia Ronl<JI1"
Cés ar Carre ras e Pedro Pau!o A. Funari
(13
Exército, Disciplina e Barbarie no Baixo Imperio: Fl áv io Veg écio e a Dcfcsa das
Tradicóes Militares Romanas
Gilvan Ventur a da 5;¡IHI.. .......... .....................
E\I TDII'()S 1)[ Gl iERR": os
75
.
CO'\HW.'TOS B tLlco s E SEl S E FU ro .s
Kadcsh: Guerra. Paz e Legitimi dade
Julio Gralha
11 0
Re inado de Ram sés II
.
.... X9
Guerra. Stasis e Natureza Humana na Guerra dos Pelopon ésios e Aten ienses
de Tucid ides
Atulerson Zalewski I 'argas
99
Da Batalha de Ca rrha e no Periodo Severi ano: Querelas entre Romano s e Part os
.-l ila Teresa Marqu es Gonca lves
115
Cenas de Guerra : o Ex ército Romano e as Mocda s do Século IV
Cláudio Ump ierrc C arian,
. 129
E:\ l T D II'O S D r.
o Ba nqu ete do
P.\/.: E" T IU: .\ P OLíTI CA E \ DI\ 'FI{s.\O
Re i e a Po lítica nos Temp os Je Paz
A'ália Pozccr
.
..
139
De Algumas Formas Anlig<ls de Comunicacáo: ['oder e Espaco a part ir dos "telégrafos
luminosos" grcgos (s éc. v a.C")
1';,
Rajitt:! Furaco Bcntlricn.
Pluta rco e a Prátic a do Subo ruo na Aten as
d(~
P éricles
1X5
Ma ria Apurccida de Oli vcira Si lva .
lm agcn s de Ba nLj ue k Ro ma no : urna A n úlisc C om parat iva en tre o Discurso
Contemporáneo e o Amigo
.
Rey,illu jl /ar i" da C I/Il /h1 IJII.\/uI/WIl Ic'.... .... .
203
Peq ue no s hnp érios e Socicdade na Rom a Imperial
F ábio Favcrsani
.
A GU rI{\{ \ E .\ p\ Z \ .\ t\ '\ T J(;f' IO,\ J)E:
vrsó cs .\
')') '
.. . .. . .. . .... . .. . . . . . . .. . __ J
i\T J( ; '\ S 1: \IODrW\\S
As co ncepc óes de G ue rra e Paz na China Antiga
A ndr«
1J1I¿1l0. ..
..
..
..
24 1
A ntig üidad c e Mo de rn idude: o nascim en to de Ve rci ngei órix na esc rita da
1·1isi óri u fra ncesa <l PÓS I ?X'>
U/OI ·dw/I .l os.: ,1" Silv»¡
.. 257
..
/I, hist ória m i li t.n na Ro ma Anliga e o i estcmunh o de Amia no Maree lino
,I /urg " r i du /I /" r i" de Carvalho e Pedro I'onln Abren F III/uri...
.. ..... 28 I
o estudo da guerra, dos conflitos e dos ex érciros. no mundo antigo, km
longa tradic ño. A própria historiografía antiga surgiu paru tratar d;1 Guerra entre
Grcgos e Persas. co rn Heród oto. ou entre os próprios greg,)s, com Tu c ídidc-; O
moderno genero historiográfico, em busca do pussado "cumn propriameme
aco nteceu' ", tampouco descuide n de preocupar-se co m
de Her áclito e seu pll/I'III I1S
pater p<lll/Ul l
II
conllito b élico . na cstc ira
Atentos ans escritores antigos
1.'
iI
S U, I
atencño on ipresente ó guerra. a nascente historiogrulia cientifica retomava n gosro
náo s ó pelo tema. como pela rnaneira de tratar tais \ icissitudes. () estilo runkcano
lundava-se na inconcinnitus das descric ócs de hatalhas cm Tuciuides, Salusi io e
T ácito . A paz. corno interludio das contendas. aparece, tantas vczcs, como
epifen ómeno que prcnuncia a guerra. A muior liL' todas essas pausas, a P<I"
I\OIll<lIW.
ainda que circne. nao cm senño urna paz annad a, sempre a combater nas
frouteiras. na expectativa da explosño de hcl!« cillilij . Guerra e l'az, antinomias
aparentes. aparecern scmprc correlacionadas, panes dl' UIl1 continuum.
Nas últimas d écadas, rnultiplicaram-se as n ili"-;Is au:; modelos normativos
de estudo da sociedadc. no presente e no passado. /\ hornogcneidadc social marcada como modelo a ser imposto pelo estado nacional - foi dcsmuscurada pelo
multiplicar-se das identidades sociais e pelos con flito s resultantes. Surginuu no
ccnario social g éneros e classes sociais, grupos religiosos ou étnicos, cm lula
constante. Multiplicaram-se, por conseq üéncin. os cstudos de Sociología do
Conllito ou de Antropologia das Identidades. cm busca da compreensüo dessc
esfa ce lame nto dos modelos normativos. No estudo do passado , os cstudos sobre ;15
narrativas historiográficas tornaram-se comuns, cru
h USC, i
da dcscoustrucü« das
modernas intcrpretac ñcs sobre os amigos. O predominio da Itlnte escrita Ioi
I 1I"i,' es eigell /tic/¡ g,'lI '<'.I"l'II. na famo sa 1i1l -mll:a~':1o l l.: ¡..:ppold Von Rauk c. de I :Q .1 .
: Cl. ,\ n;;clp Tonclli . L rllclilll. Oe/l· ()rigil ll ' . tra .Iuz ion: " cifra di "/lIg" /" Tonclli,
1\ 1il;!o. Feltrinell i. 20 (1 5: 1'.1'..-\. lunari. Rcscnh a d.: .\ n;;d \l lon clli. l .rucl ii«.
0 1! (}X/ 20li ó . Tralls/Fonlll.-\,';i!l. v . 2'). 200 6. p. l ·n-I-l X.
; e l'. Res Gestuc Divn ! . l lIg lIsl i, 3. bella terr« ,' 1 nuni .ivili« <'YI" r lla' / II(' t ot«) in orl»:
tcrrarunt « ie¡«: gcssi.
17
16
questionado pelo reconhccimento da existenc ia de discursos materiais ou iró nicos
que nao apenas nao Se subnrdinavam
a tradicáo
literaria, como permitiam urna
discussáo internacional. Projetos de pesquisa
insiituicócs csuungciras.
CO I1\
trnbalhos arqueo lógicos de campo conjun tos, livros publicados cm diversos países.
outra narrativa". Por fim. mas nao menos importante. os lemas can ónicos passaram
assim como art igos nas milis prestigiosas publicac ócs internacionais aicstam cssc
a ser tomados como constiruimes de um conjur to ma is amplo. nos quais o c ánone
amadurecimento". As pesquisas sobre a
nao tem posic áo de destaque, mas Se encontra no rucio de um turbilh<l05
acompanhar esse movimento. A part ir de quatro grandes eixus Il'l1\út icos,
O estudo da guerra, em geral, e da gue rra antiga. em particular, náo
de ixar de ser ateta dos
poderia m
por essas novas cond ic óes socia is e
epistemológicas de nossa época. Como ressa lia ll arry Sidebo tto m", os temas do
estud ioso interessado nas guerras amigas abrangem. hojeo as identidades dos
soldados. suas auto-defi nicóes sexuais, suas subjetivacóes como mernbros de
comun idades prcnhes de conllitos internos
l~
externos. Vieron Davis Hanson
aparece nao apenas corno grande estudioso do tema. autor de
l lll1
dos maiores best-
sellers so bre a guerra auriga de todos os tempos. mas tamb ém. ou mais que tudo.
como formulador das estrat égicas do Pentágono. com destaque para a G uerra do
lraque (a partir de 2003( A invencño do guerreiro ocidental, tema nada canónico.
está no centro dos estudos sobre a guerra na Antig üidade, assim como está a
logística, apenas apa rentemente tao distante. ern seus aspectos comezinhos, dos
grandes heróis e das grandes batalhas. De fato, nao se pode conceber Alexandre ou
Júlio Césa r scm sua preocupacáo com o abusrecimento, assim como nada seriam
sem a subj ctivacáo di¡ andrcia: ningu ém combare sern estar abastec ido no co rpo e
na alma,
É ncste con tex to que podemos entender l:ste v o lume. edi c áo conjunta do
l. aborat ório de Aurropologia e Arqucologia do ICH¡1JFPEL. e do Instituto de
Memoria
t:
Patrim ónio <1 i'vl P). A produc áo brasileira sobre a Aniigüidade amp liou-
se. de maneira exponencia l. nos últimos anos. destacando-se sua insercáo na
P.P.A. Funari: A. Zar'1I1kin: 1:. Stovcl, [lI l rn d ll l"/ j ¡)11. [ 11: P.P.!\ F UI1 ~)ri : 1\ . Zarankin: F..
SW\"l:1. (Urg.). <-,I(lbal .\ rchacological Thl'pr:- . ~ (I l a lorque: Sl'rinber. 200:í. l'.. p. \-9.
, Pedro P'llI lo ¡\ Fun,lI"i. Poder. I lisll'lria e \\ i sIl1 r i () ~ ra l i a cm lIIna pcr..; pcctil a critica
OI /07/2()()6. 111: ¡":.Iio Canlalicio Serpa: :Yl arlon Sa\o711o n. (Urg.). h eritas da Ilistúria:
cultura c polítil"l. (i o i~'lI1 i a: hlilora da I JCCi. 21111(" l'.. p. \ 75-1 iQ .
" .~ lI ci(,11/ If"ur/u r ,' O\l"Oi·ll. ()\ Iilrd 1:niversilv PI·l·";";. 2U()-L 1)(1::.I'illl
¡ (he Westc l"J{ /1 '( '.1 ' o( If"o:', I II /(IIIIIT Hallll! ill .( 'Iassicu l (;reo!ce. Alrrcd \ . Kn0I'L 1')XlJ.
s e L Pcdl"l' I'aulo .\ Flln'lri. (JUl'ITi) do Pl'lol" 1I1l·";0. 111: \k ml'lI io i\laglllll i. (Org.l.
/l istó r i" e/us ( ;lId· '·US. S{IO\'aulo: COnl C\¡o. 2UUh, \ '.. 11. \ X-4:í.
gUL'IT<I
e
nño dcixaram ele
,1 IX I:\
art iculam-se as discU5S0CS:
•
•
•
Em Tempos de Guerra : os Confrontes B éli cos L" scus Efeitos
•
A Guerra e a Paz na Antigüidade: visócs amigas e modernas
Entre a Paz e a Guerra: os Preparativos Militares
Em Tempos de Paz: entre a Pol ítica e a Diversño
Na esteira das quextóes ep istemol ógicas accnadas. S,I O abordados ternas
como a música. a violencia. a logística ou a contraposicñ« civilizacáo/bnrb áric.
como parte dos pr ucutnh ul« he/ti. Músicos e gladiadores.
It- g i ()n ~'tr i() s
e teóricos.
sao partes das narrati vas entre a paz e a guerra. Os confiontos b élicos apurcccm
relacionados a identidades religiosas e étnicas. assim como
á
administracño, Os
interludios pacífi cos englobam as subjetivacóes das hospitalidades. assim
COln O
da
semiótica. mas tamb ém a irrupcño da dinámica da guerra 11<1 gl:Sl;lO da vida p ública,
na fo r ma do pagamento de um so ldo cul cornunpcn dun). A
C(.JtTUp~· :iO
aparece
como narrativa de ourra época. mas que molda as percepcócs. Por íim. as
interacóes entre as narrativas modernas e antigas mlTL'L"L'm reflexócs que mostram a
importancia da desconstrucao historiográfica. Este vollime. surgido de
11111
coletivo. representa
,1
bC l11
os avances da historiogra fía hrasilcira sobre
l'5I\.>I\,0
gUL'IT:¡ na
Antig üidade.
Pedr o Pnlllo A F u na ri
Professor Titular ele Hislliria Antigu
Coordenador-Associado do Núcleo ele Estudos Estr<ltégieos'U\I \C!\:Yll'
Líder de Grupo de Pesquisa do C'J I'Cj
4
" CL Pedro Paulo i\ . ¡:UIl 'II"Í. l"Om reli:n:IlCi'I";. LUl"Cl pl';ln <Irl'h;le (l l o~y alld ¡ \lO Br,l/ iliall
(lrb prjll~ ' classiral mrh al'n l (lg~ ,md i1r\ hislurl . JI/I"'/h ll u/ LII"O! l('lI lI . ¡r d wc u! o.!.!l'.
!.(Ind rl·s. ' . 5. n . 2.1997 . p. Il7 - 14l\.
ji IIISTÓRIA i\lIL1TAR N .·\
ROi\L\ A:\' TI G\ E O TE STDIl:\'1I0 D E
Ai\IIA NO i\ IA RCE LI ~.;o
i\ 1" r~ari da i\ lar ia de
CIIY ;)lill) I " "
¡;c'dro Paul« Ahrcu Fllllari l 7"
Pr... rt."1uic111o:... IIL' Slt.' u r 'igfJ, tra tar. l' IJJ pritnvn»¡ IlIg o !', de 1I1gU IJU IS d is(,flss/it's
recentes sobr: a l lisu .ri« Xlilitur e, n« sn//i<'IIc/U , sulicntar /1111 cst uclo
.k: cuso rcteren tc 1; . I/Jl ig llielude Tardi«. l( JI cstu .io. di: rcspcn«. (/(1 testct nunlu: el,'
' /l lI i a Il O ,1Iurcclina. u ut o r do Sl'CU/" // . cl.t '.. '/ /1" /01 11I" III"r" el" r,,: rc/ /lJ llili /a r
ro ma no C, l'' !!' ('ssc nunivo. ./;/i utn« / e .l'Il 'II J/ III/ ld ocu lctr eÍe i Il ÚJiIC;'U,\' bu tulha»
cuvolvcn do gene r a is 11J 1/ h'r udol"t,s ' ·OIl li.111 0 S cou tr« os h l ;r l-"l ll' o S. Esu: ur/ (t:n innodu: (J
/t 'IIJ({ de ti/JI U pc sq ui.«: de nu iio r l'SCOP(I , .t quu! I"l 'SUi! f¡rÚ dd an al is« ( / 0 re /u/ti dcss :
.ut tor OC ('I'Cd das t'_\J-h' ( Ii~'¡¡cs mili /ares d o lmp cru d.»: .inluino.
Pl//tII'1'l/ \ '- c1UII 'I' : {;/le rr,, · l lisrar i« Xliliu» :
u nia n. , \/«;',','lill o
R e .\"UIIlO :
C/JiSh 'JII,,/,jgicas
Introducño
Ne sic
artigo,
trata mos.
cm
pru u cno
epistemo lóg icas rece ntes sob re a Hist ória mil itar
urn estudo de caso, refere nte
á
L',
lu ~ a l'.
das
d iscuss óes
cm seguida. apresen tamos
Aruig üidade Tan lin. f\ publicac ñ« recente dc'
urna obra de refe rencia sobre Historia das Guerra s (i\'I/\ Ci NO I.I.
~00 6 ) ,
um
g rande best-seller , demo nstra urn crcsce nte intercssc, pnr parte nao apenas el e
histori adore s e acadé micos.
111 as.
tamb ém. por parte do grande publico cm
gera l. Apre senrar emos. nestc arrigo . as d iscuss ócs so bre a CiUeIT<l na
Ant igüidade , campo de pesqu isa que se tern renovado.
o est ud o das gu<:rras antigns
I-I á lima narra ti v a do minante no cstu do das gUCIT<l S, fundadas no que
se convcnciouou denom inar de " maneira ocidcn t.il de lutar"
1\ \'C:->lt' 1'Il
Way 0 1'
War). Esse j e ito tem sido defini do como o dcsejo pela barulhu aberta e
1" '"
l' lll¡'essOr;\ de l listóri.r .\ Illig;¡ do Dcp.utumcut« dc' l li-róri.. 1fNLS¡ ' -
1'1 ; 1I1C',) "
'IT ·-
I lNIC/\:'vIP. p ós-doutonmda J o Dcparuuuc nto dc' f li,' l,')ria d;) 1',\ Il'. \ !\·I\' . soh supcrvi<ll)
do Prot. Pedro l'uulo Funari. Hob ist<l do C'\ l'q Ila calc'gl,ria /'¡j" Doutor. ul« .lúni or.
17" Pro tcsso r T itular de 1list óriu .'\ Illiga do Dcpart.uncuto de l li-aóri« ! t IN IC \ \ I\ ' e
Coo rdcnado r-..\ ssl)cidaJ o Jo " FE - 1:'\ ICX 'vIP,
.'' hist ori« m ilitar
110 /(O l llcJ
. ll1 lig u (' otcst cmunh o ele . un iun . » t/u l"c..l'/ iJJO
deci siva. visando a an iquil acáo do inimigo. cond uzida por infantarin ar mada
e ganha
pesadamente. lutundo em contaro direto . A b.ualha
pela coragem . cm
grande parte' re sultad o do trcinameru o e da discip lina, Em gcr<l l. diz-se que os
\/ur¡;<ll"id<l '/<lri<l d« Carvu lh» '" /',,'/ro /'<11//0 Ih /'''I/ Fnnuri
j usta causa (S IDE BOTTOM , 200..l j , O so ldado rin ha. pois . p leno dircito de
matar. quando cm batalha. algo que será confirm ado pelo pcnsarnenro crisrñ o
(cf SANTO AGOST I HO . Con tra
FUII.l/eJ .
22-75 ):
co m bare nres de vern ser tivres e proprietários. no c hamado mi l ita r ism o civico.
"Cum ..:rgll
Es sa ma ne ira ter ia sido inv ent ad a pe los gregos , he rdada pe los romanos ,
ren ascendo na Modcrnidade ate chega r ao irnper ialismo de IlOSSOS d ias. Do
non essc con tra Dc i pr.icccptum ccruun c'."l. 1'..:1 uuu m
sil. ccruun non cst. it.t ut Illrl a, .'c rcum rcgcm i'a Ci;tl
iniquiias impcr.md i. innoccntcm .uncm milircm
oSI..:ndal
urdo
scn icudi:
quuut«
lIlagi,;
in
nosso ponto de vista, trata-se ele uma narrati va. r.ño de urna real idadc objet iva
(contra H anson. 1989) .
A Guerra, na Antig üidade. ludo abrang ia.. cu ltura, g énero . indi viduo.
udm ini strationc hcll u ru m inn occ ruisximc di vc r.cuur. qu i
O inimigo bárbaro é este reo tipado . de sorganizado. feroz , de sordenado . Iace ,i
Deo iuhcntc bC'liigl'l'al. qU":1l1 m.rlc ul iquid iubcrc noll
pOSSL:. ncmo qiu ..:1 SCI'\Il Iglloral.
t áxis das fileiras militares g regns e romana s, lsso rica claro . por exem plo.
q ua ndo co mparamo s a dcs c ricño dos germa nos ern T ácito . duran":
" Ass uu , qu an do um \ ;lf ¡1P justo. pur acaso . milit « soh ~ )
co man do de: 1I111 SOhc'l'allll san ik go, pode prlll..:g..:1'. de:
Ionna CD ITc'la. a par púhlica ; 111 combut cr soh scu
cunuuulo. se rcc cber urna ordcm que 11;'111 .'c.ia l'Onlr;lria
il lci dc rJcux. ou - cju . algll dUI'ido .'lI - cm CUjll "\Sil
pode ser que a ordcm pccalll inlh(! ":11\ olvu a uutoridudc
na culpa. cuq uunro o l'a¡1l' 1 xuhurd in.ulo ,111 silllpk.'
suldudn 11 1:17 inol '..: nl..:, Tuntu lIlai ~ SeTo'l illo..:cnlc 11
cnl'ol\'illlcnlo C'lllll .1 ~ ue: I Ta pllr parlc do ,' quc' IUI;t1ll
pclocLl lllando dc' Ilc u,,; quc'. conw lodos quc' ';c'l'I'c'nl-l" l
sah":lIl , n;io plld..: IlrcL'n,l1' nada quc' scja c'l'rado ,"
(1
Princ ipado. corn aq ue la de Amia no Marcelino. representa nte da tradic áo
ideol ógica romana:
" Pare s cnim quod.nn modo coivcrc CUJll paribu «.
Ala m.uui i ruhuxt i c'l cclsiorc-, miIilc:s USlI nimio
doci les : ¡¡ji I<:r i ct turhic!i. hi q uict i ct caut i : aui rni s ¡st i
J'idc'nlc's. gr,lIldissimi" ilJi corpl1rihus I¡'c'li,"
..( ls gl'r m'lIw .' li nhalll a
1 an lagc'JIl da ¡(In;a c' do
lanwnlHl . <'s rolllano s do tl\:in,¡Illl'nlo c' da disciplinQ ,
l.'ns cralll sch ¡¡gcns c tu rhulenlo ,:, os ou tros
o rg ~ln i l.a dos (' ci.lll h: lo .... p s. l )s 1l(l :' S( I ~ L'1I1l1a\ (1111
(' (l ln
~ ll\l
cLlragc'm . os inillli glls colll Sl'lI J'i , iuI a ' ¡lI1 la j,ldo"
'
(,\i'dl ..\ N () r-- L\ /zCI', I.I :\(), ~V l. 12--171
A impor[;incia da ordem ('sta\'a tanto
enC]uanto UIlHl repr ('scnta<;: ¡10 , Por um Jado,
LIS
11(1
Sua pr¡'¡tica erL' tiva, C(1 mo
e\ác ilc1 S antig (1s, em gL' ral. e o
romano em part icular. fUllcla \'a m-se IlLl m,l logistica deta lhaLl ,¡ (' ac urac!<i :
estradas , "i as de c o muIJi C ¡i ~' a O m¡¡ ritima (' lluvi ill. r('cks de aba stecimc' nlCl
( UII II O// U) ,
todo um conj untLl de a~'oes coorde lladas, Por outrLl I,¡do. para ak m
vir iu stu-. , ,i torre suh rvgc hominc Cli ,lI11
sucri lcg» militct. rc'l'lc P" Sc'il illo iuhc'nl..: hcl lurc
civ icac pacis ord incm , ..: rl"II IS: cui quod iuhctur. vcl
t\ goslinho, cun lU do , continu a llma Irad¡\i1o anlig", poi..;
II
L'mh¡¡ lt:
imperial roi mtlitas vaes cons iderado co mo tima lUla pc l" imposi\ au da
ordl.' m
f¡
desllrd l.'m , Nos histor iadores mi lilal·es. isso
ap¡¡rl~L'l:, Ill tl i t¡l ~
vo('s,
COIllO uma versan elos costum l.'s desconl.'\ os il \a\onOi)l ia rollla na. como
denota a e\ pressa o
tDE NC H, 2005: SO).
in!L"pI'c/Ul iu 1'IJ/lIlIIIU
((1', T!\C l'rO,
lit'''''lliniu,
('ste estttdo. centran:m<h nossa alen\all no
G J:;Ll
-l3--l'+l
clL' ttlll
historia dor tardio belll inserido na tradi;;ao hisloriogrúlíc" antiga . no seu
tratamento de Ulll gOI't'I'Il¡l nte ,m i g ,,"t'I'is : Juliano,
de ssa e1'etivicbe\(' prát ica, ha\ 'ia a repre se n t il~a() da ordt'm social nos
dt'stacamt'tltos mil it<! rL's, ac¡¡mpamentl's, nas b¡ltalhas, Essa ordel1l nao podt'
o
ser desvt:ncilh¡¡c!a da ma sculinidadt'. cllldrei cl. lIil'ws . ¡¡mbas der ivadas . em
Antigii itlatlc Tanlia: o I 11I (lt:ratlor ,Ju lia no,
lI.'s tc lIIlIn ho
tlt:
'\11I ia
no
Ma l'l'c lillO so h re'
;1
Hi storia
i\'I ¡lil a r
na
grego e latim, de " músc ulo", Ta mpo uc(1 poelo.: SL' r cl issoe iada d¡¡j ust i\ a, pois a
Diante do ('\posto. notamos que a hihl iogratia n:i'L'rl.'ntL' ;1 Il islúria
guerra era decl arad a, av isada (le.\' de illdicelld(l hel/ (I) e r('parat;l\es pt'didils
Milita r ele Roma é \ asta e vem se desenvo l\'cndo aCl.' ntuadal1lent (' COlll o
,1 "it (¡ria ('ra tomad a co mo s ina l do ¡¡po io dos dl.'u ses ¡Xml a
passar do tl.'l11pO , No que diz respe ilo il Antigüidadt' Tardia . ressaltal1l os o
(I' C/'I IIJI I' ''pe lilio l,
(;/1 1.'/," 0 ('
/'<1:: 1/(1 ,1//ll/d" III/ ig"
.', liisto ri« m iliu u
l~ -l
I1c/ NUI1/tI . ' " l ig o ('
(J
tcs tctnnnl n»dt!. 1niiau« .\/ar c elillo
.\ Iu/'garidu .lIu/'iu de Carvalho ,1,', I'cdro l' aulo
2X5
Fuuar¡
. / />/' l' /I
testemunho ele Amian o Marcel ino sob re as pan icipac óes do s impcra dores nas
acontecimentos vivenc iado s e ass istidos pe lo autor. cuj o arco cro no l ógico 0 de
gu erras e10 per íodo . Nesse relato. alguns como Valente (365 .- 378 d.C) sño
354 d.e. a 37 8 d.C
depreciados. outros co mo .1 uliano (36 1 - 363 d.C ) s,10 hcro ificados . Assim
notamos q ue ent re lodos os princ ipes e itados. .1 uliano 0 urn dos
Sabemos arravés ele Lib ánio que Amia no fina lizou sua obr. cm 392
111'1 is
d.C. e. logo dep ois. reali zo u a leitura de seus disc ursos par a um peq Ul'n o
e log iados.
De ssa form a. leudo sun obra , verificamos a possibilidad e el e
s équito da elite ro mana. Em a lgun s momentos. no decorrer da leirura de suu
re nte. A rn iano da a entender que 0 pro venien te de fami lia nobre e que l oi
desenv o lviment o do terna estrategia e heroi li cacüo: o re lato de Am ia no
desig nado por Co nstanc ia I I ao s /u/l"usual de Urs ic ino --- IllUgi.l"/t'r cq uit utn -
Maree lino so bre as expedi cóe s mil itares do hupcrador Juliano e. assim.
do O riente. Em 356 d.C .. ou v iu fal ur de Jul iano como Cesa r de Co nst áncio. o
ressaltamo s ¡¡S passagens e as prim e iras interpre tac óes acerc a dos li\TOS do
qua l esta va real izando feit os co ntra
05
cstrange iros nas rcg i ócs das G álias
autor an tioq uiano qu e:' j ust ificam a po ssibilidade de dcscn vol vimcnt o do tema
romana s. Am iano atuou no ex ércit c romano de 356 a 363 d.C. . qu .m do nesse
esco lhido .
Anal isare rno s. po rtante , a o bra Res
ú ltimo ano integrou -se ao ex érc ito do lmperador Jul iano co mo o fic ial de
UCS ({( t'
ou Hist orias do autor
arti lharia . Ressaltamos que nesse mom en to .i<i se cncontrava incl uso no círc ulo
pagño Amiano Marcelino. na qua l es se escritor constr ói um retrato e log ioso
de profiss ionais de confianca desse Príncipe. Assim seudo. combaten.
do lrnperador Juliano . inser ido nos padre es culturá is da soc icd ade roma na do
lado . ern in úme ras batalhas contra os gau lescs e contra os persas, assistindo
século IV eLC . períod o incl uso no arco crono lóg ico da Anti gliidade Ta rdía . [~
em urna dessas últimas. no O riente.
miste r ressa ltar q ue ess a épo ca
d.Ci). Ap ós a eutonac áo de Joviano. retirou-se da vida m ilitar inicia ndo sua
é
de transic ño. em q ue. apesnr de
perma nen cias. registr am -se mudancas qu e conduzirum o homcm a con struir
Am iano Maree lino. autor pagiío pro venient e ele Antioq uia. rem ete-
seu
mort e do lmperador (d ezcrn br o de 363
vid a literaria.
Em toda sua obra ,
urn no vo ideario mor al.
ú
¡lO
é
mareante suu interp rctacüo pessoal sobre o valor
dos reinos. da id éia que possu ía ele Rom a. sobre scu passado e seu momen to
I Hl I,' ~1 0
nos. nessa c itac ño suprac iiada. as liuhas históricas das lutas do ex érc ito
presente . Por ruc io da an álise da
ro mano - che fiado por .I ul iano -- co ntra os cstrange iros fronre irico s q ue
de Estado atrelada ú quest ño mili tar. ele protec ño ás froutciras do hu p éri o.
estava m invad indo as G úl ias e. ta ll1 he m. co ntra ()~ persas (os m<li ore s inim igos
enfirn. de governo e de go vernan te. Essa noc ño inserc-sc numa ideo logía 17:
dos roma no s ). respe ctivamen te. no s anos de 35 7 d.C e 363 e1 ,e.
trad icional próp ria do sécu lo IV el.C, LI ma ideo logia cujo
O au to r antioq ui¡¡ no escrl'veu a ob ra Res GL's/u e ou His/líl'i(/s ,
compo stas
por
3 1 ¡!" ros.
no
pe riodo
denom inado
de
Renasc imen to
R es 0 <'s /(/c,
conseguimos percebcr sua
S iS I l' I1"i ~l
de valores
busco u ¡¡po io nas 101'<;as de conSerVa¡;30, pois !\miano parecia ter I'e ceio das
tra nsft)rma¡;oes ocolTida s dentro do próp rio
ex~rl'i to
e da penctr,wiío de
T e odo s i :m o l ~l . O s trele prim eiro s ¡ivros. cujos t':J tos reb tados eram ele 96 d.C
elementos estl'angei ros no mesmo - fato que llCOITeu ele ttll'llla cnntinua após a
a
entrada do Imperador Constantino. o que para ele atingia a integridade do
353
d.e ..
encllnt ram-se
perdidos.
Os
c1 eLoito
rl' st:lIlk S reve lam
lmpério, O Império roma no em sun conce pt;Jo deveria ser Illalltido sob a ég ide
li l i\ !.! uisa ,k aLk ndo. esclarecemos qu,' :\mí,lIw f\ la1'l','iino ¡(Ji Ulll LToni sta. p:lrticipc
do [ .,,¿reito Romano :lIL; a ':poca l'lll que o Imperador .l uliano pLTm ~111c ccu 11ll pOlkr.
l\ mialw linha o COsllIll1L' llo: Ir,ln SLTL'I','r o scu cotidiano nas hatalhas qUL' cni";',·nlou.
Durantc us anos do reinadu du imperador Tcudúsiu. compilllu S U ~ h narralil as quc
rorJm publicadas c divulgadas nessa ';1'0,,;1.
(;1/"1"1"0 ('
I ',,~ l/ U
.\ II/I/clo .·l lII igo
17: EntendenlOs por ide%giu a ci':neia da 1'0rll1 ,1I;;ill das i d ~ i ~lS. tratandu das id~ ia s ,'m
alblratll uu L'umo un] cunjuntu articulado ,k idc'ia..;. \ ,dores. upinii'L" ;. cr"Il<;;JS qUl'
c'\prCSS:Inl e n:l'nr<;a m as rela<;L1es LJue conl<:relll uuidade a delcrminadu glup" sm·ia!.
arlieulado a um sislcma ¡w litico seja qual I,'r o gr,1l1 ,k L'ullsci':llci;¡ que dis, " IL'llham
sells purladures.
(;ltl!""" e P,c J1n .\ /tole/O IlItigo
,./ histori« inilitctrnu NUII/" . l //l ig a (' u te S /('I III II/J¡O d,' .Lnnun«. Xtarccln« ,
de um ex érc ito formad o, esseucialmeute. po r rc mau os t.: diri gid o por um
autentico general ro mano, lit: preler éncia tcndo
'1
testa um lmperador que
valorizasse os cosrumc s e a tradicáo mi litar. O imperado r por ele idealizad o náo
deveria rompe!' co m o equi librio das írontc iras e da idcntida de roman as
recupera dos co m dificuldade ap ós um longo periodo de instah ilidade po lítica e
\/a rga r il!" I/uria
d.. Carvalho c\' Pedro / 'u u /,,/ hr (,1I rlll/uri
2X7
aprovacáo: caso " "111 r,'¡rio tcri.un g"lpe'adll s,'us cscudo-,
C"I11 suas 1 :1I) ~' a s l , Foi maruv ilh"so :¡S ..;iSlir que'. com
mu iio j úhi l«, qu;¡, ,' lod", I h ~" I d a d o, .rprovur.un a
escolhu dé Jul iano ,'0:11" . '\ U~us l" e', corn a dcvida
adm ira~·:¡ lI. xaudan un o l 'ae'sar rcl uzcutc rum o hrilho da
púrpura imp.:rial"' I.\ \ IL\:":I) .\1\1{l'U ,INI), X V : X-15)
mi litar proporcionada pela s circun st áncias delineadas durante o sécu lo IJI d.C.
Dessa for ma. na visáo de Amiano Marc elino. como ramb ém na de
qua lquer mitr o a uto r de discursos no século IV d,C.
fund amental im portanc ia do lmperador como
Ulll
17
',
sobress ai-se a
chefe mi litar exe mplar que
vai defender as Ironieiras do Imp ér io e que ma ntera um ap arato militar
ampliado con stru indo nova s estra t égias militare s - con dic ño b ásica para a
pre servacüo do Imperio contra out ros ataq ues es trci ég icos .
ln úmeras s ño as desc ric óes de A mian o Maree lino sobre os feitos
glorio sos de Ju liano como C ésar e A ug usto , Nos livros XV, X V I e XV I I. h á
relatos sobre suas investidos co ntra os alama nos . sua me mo r ávcl vit ória ern
Estrasburgo. as conseqü éncias de seu sucesso (c omo. po r cxempl o. as intrigas
feitas na corte de Con st áncio) e as ca mpanhas con tra os s árma tas . Nos livros
X V 111 e X IX. há re latos sobre seus em prce nd imento s nas g uerras, livrando os
romanos de Sapor (re i do s Persas l,
Podemo s ilu strar a lgumas passagens que
de ll1o n s tr ~lI11
a pai :-; iio de
All1iano j'l'1 arcelinn pelo .lulian o m ilita r:
"Ne'mll post hacc i"imila re'licuil. , ,'d militaré' llmlle',
h"rrélldl> frag:l1ré scul,¡ ge'nihu,; illi,kll!l'S lqulld éSI
J1rll ~pe' ri1ati ~ indiéiulll pknum: nall ('IlJ1lra e'um hasli,
clipéi li.: riuntur. iraé d"cum<.:n1um <.: ,1 e't dol"ri , ¡
immallé lju" <]uanlllque' gúudio parclcr daucos, Augusli
prob,1I'ere indiciulll c ac ~arllmq Ue' admirali"né digna
~ usc i p i c b a n l. impnat"ri muricis i"ul gorc' FI ,lgran!l'Ill "
"Lkp oi ~ qUé e',1e' di":e'ur,.:" 1érmillou. nill gu ~l1l licllU
qUié1ll: lUdo, 11'; sokb dos agitados de 11.'I'I11a rl'CC" , a,
b:li.\aram , <': lh éscudl>s all' o,.: jo e l h (t~ Isin,ll de cl1mpkl a
" Cuiu s
óculos CUI1l
0 , discurso,;. lléS>i1 ~ po c .1. k gilim,lI11 o poder politiL'o do Imp<.: rad..r L'tl llh' n Cl'lltro
d il~
atl'IH;C>éS, 11 ,1\cr~1 uma pl'lllik ra~',i (l , 1.11110 por parte' de autore':, p'lgiloS como de'
eristiios. da pro du~· .i o d( I'alll'girico,; - d" cumclllo I'0lilico LJu,' L' \a lu ou dClligre' a
ligura do ImpL'rador como um chef\: poIi1 ico-lllilitar.
(;// el'l'll ('
/'(e l/O ,I / ul/d o .·II/ I/go
cnusr.uc tcrti hili.
I
ultumq uc
iduo ccn soru m ""':':'., -u nt
;lcl'lillalae'. 11"11 militum "
"Filando SéUS o lho -,. . -cri.un c ntc e' 10llgal1le'IllC, 'lo
mc sm« tcmpo :' \.'\ e' r ",'~ chc iox ,k ';,scini". '" c,di/ad" ,
numa I;lce' ~ e' d ll " ' ra d"l;ld.l ,Je- UIlU I'jl'acid;"k
inco mum . cles pr" l\:ti /;¡\,alll que ,'slirpl' dé IHlI11,'m
Juliano seria: corno sc e"e'rtllillass<':1ll livrox all l i g "~ cllja
lci turu dl'~ "e'l a~ '<.: ,illai .' das qllalidad<.:s illlrin Se'ca~ da
alma pelos Ira~' ''s d" c" rl' o. I'ondc rando qu e ele pudcri u
ser cons iderado l'om muior rc-pc ito. e'k ~ n.lo "
cxulturam .ilcm da contu. muiro 1ll1'1l0S da medida
adcquada: portumo suas palal ras lur.uu al',i1iadas ((IIIHl
se i"ossém dé eéll,p !'l', " Il :¡.. e'Pillo p.tI 'l' ra, dé simplc-,
soldados" (: \í'vIJ.,\ :":( ) .\I.\Rl'J:I ,!N(), X V · X-I (»).
O autor pagiio reveluu o L]uanto Julianu lutou contra os a l,1I11<111OS e a«
tI'ibas ge rmiin icas, niio sú par a con sol ida r o
Ii Ill CS,
mas. sohrctut!o, para
reco nstruir e fo n ifica r as cida des roman as l'lllre I\ g ripina e A rgenlora to
(AM IANO MA RC ELl NO, XV I: J -I ~) ,
Percebem us que o escrito r ant ioquiano poss ui ITill; OCS mora is típica s,
co mun s aos homens do século IV u,c.. q uancJo [rata do s deveres uo soberano
e do c idadao, celebrando a vinude roman a. Reconhece que n bom governante ,
o homem sóbrio, deve ter tempera n<,:a, co ragem e eq ui librio . Dcssa forma .
louva o Imperildor .lulia no o qua/. pa ra ele' , eril de tempe ramento s<"io e
enérg ico como todo homem de Estad o deveria
¡;;
I
exciuuu s gr.uum. .liu muluunquc cu n tuc ntc s. qui
Iuturu s sil co ligvbau t I clut scriu uis vctcrib u-, libru s.
quorum lc ctio pcr corp oru m Sigll,l p.uulit .m im o rum
irucrua. "UlllqUé 11 11 1 puliori re verencia xcrv.uc tur. nc c
supra modum lnudub.uu. ncc uur.rqu.un dcccb .u, .uquc
St,T.
Amiilno par-.:ce ser sens íve l
JS qua lidades do ser soc iill: admira o IlO mL'm cult o, ti lóso l'u c <.:ducado .
Com ",nta que Juliano possuía um emi nelll e grau de cunes ia
t'
uma cJo<; ura
na tura l (AM IANO MARC ELl NO . XXIV: 1-3 ). Ob servamos , litm bém, qu e
( ;//I/ /,/,O
e Po:: uo ,1/1I1/{/" . /m ig o
. ! hi.,,,íri,, mi litar
11" NO/JlII.·ll1 (igo
l'
O u-stcmunho dc . ll1I ill110
,\ / t ll"L'(' Ii Il V
2X')
I/"I" ga r ida vl.uia de ( ',I/T a //1O t\. r ed r o l'aulo ' />1"<'11 lunari
em nenh uma passagvm de sua obra e le cr itica a organ izac ño de sua soc icdade.
interessanre averig uar que o autor luia con tra o tempo que pode destru ir e
É fie l
aniqui lar a lembra nca dos atos heroicos (k Ju liano. Sua narrati va L·sl.i repleta
á
monarqui a impe rial. O Estado pol ítico pre sente 0. sern contestac ño. o
me lhor a seus ol hos, superior mesmo as antigas instituic óes republica nas.
de digress óes e parci a lidade s. De vemos prestar aie nc ño em sua;; cxprcss ócs,
Tudo ind ica que Ami auo, acha ndo-se urn bom so ldado. vinculou-se ,1
pessoa do soberano. Para ele.
fund ava
<1
<1
leg u imidadc de, pode r detido por um Prínc ipe
subm iss áo e o respeiro q ue deveriam ser
<1
e le conced idos .
j
a
passagem seg uinte. o auto r comc ntou que:
... c nuq uil o que co nc ernc w i,; kil o,;. 11;1 0 OCOITcr,'¡ culp a
nu r ig idu inv c s l i g ~ I\; ~io do,; pro rvdi m cui os dL' quulqu cr
hOI11L'm de bOI11 SCI1SO. "'-'0 Ih: g ¡lI11 11 '; que a L':--j,;t':lleia
de um Príncip e Ieg ílimo. o defensor e () g uard iño dns
hOI11L'n s bon s e. uun bcm. 1..' 111 qu cm os outro s t érn
co nfi anca. dev c ser pro icg ida pcla dil igencia dl' lodos
os homc ns. a Iin: dc asscg ura r m nis Iortc mcntc q ue sua
maj cstadc . ( .lS0 scju viulada. Sl'j,l pruicg idu: as lcis de
Coml' liD 11,10 iSCI1 I,lIl1 llingul'll1. qll ~ tlqu LT quc " 'j;l o
1l1ll1i, o. da 1lIrt ur¡l mCSlllO l"(lm dl'IT,II11,II11cnlo dL'
sangul'" (:\ r'vl\!\ N n \ \.-\ RCU .INO . .\ 1.\ : 12·1 7).
inferimos na nar rativa
apropriar-se de le. o aut or nño csca pou
¡¡
um mom ento da Hist óri» e para
, !l IS
frutos de sua imag, in,](;.10
uti lizando-se de urna linguage rn que re fo rca o mito do hom govern.uu c mi litar
inserido em sua ideologia de born go verno .
ct iuq uisiuun ir lace ncgotia Ioriius. I1C I1H' qui
qu idcm rec te sapiat reprehender ncc cnin ahnuirnu s
sa lntcrn Icgitimi principi s, propuguutori-. ho uoru m el
dckl1soris. une sulu-: quacriru r ali -. ( ol1:'ol" ialll <tud io
muniri dcbcrc cuntoru m: cuius rc incud.rc cau sa validus.
urhi 1ll ~li l' ,;ta s puls.u.r dvlcnditur. ;1 quacstionihu« vc l
cruc ntis : nullam cornc liac k gl'S cxc mcrc tortun .un
Portanto
na sua retórica e perc eber que para dar vida
que o
g (1\"e rn ~l n tt.'
.luliano é
Portante ,
é
pr incipa lmente nos livr os de núme ros X V a XXV que
identifi camos o co nce ito de estra r égia mi l itar de A m iano atri b u ído a Juliano e
suu vincu lac áo á sua heroi ficac ao. Entendemos. a priori. que se pode defin ir o
conce ito de estra tegia com o urna arte militar de planejar e cxccutar
mov imentos e operac óes de trop as dL' inlant.ui a L' cava laria visando a nlcancar
ou man tcr pos ic óes re lativas e potcn cia is bclicos favo rávci s a futuras acñ cs
r áticas territ ori ais e, conscq üentemenre. de ámbito pol ítico . 1\
0
mesrno tern po.
pod emos defin ir estrat ég in com o urna arte militar onde se deve cscol hcr o
loca l. o perí odo e co m q uais armas tra var um combate co m o inim igo,
almejaudo dessa mane ira seus fins espec íficos: para tamanho alcance. de ve
haver a presen ca marcan te de bons che fes mi lilares.
Ne sse sentido. é important e ck tel"larnlOS lal co nceilo den lro dos
parame lros do descnvo lvimento iJ islóricll mi litar do pn)pr in sécuin IV eI .e.
que , co mo sabemos. é um peri odo postu l.ldo por Ul ll leque de transform a¡;:cles
con sidemelo co mo o Princep s Ideal. O eli sc'lIrso el e Am i;lno po:;sui ingredientes
de gra nde abnI nge nc ia que term ina por redefinir os valores
trad iciona listas, mo ral izant es. os quai s faLcm part e dL' Ulll reperlórin de
político- imperia l rom an<l .
re s ,, ~ dl a
rat ific<ldo pela tradic; ilo secular. O Príncipe deve ser virtuo so. cleme nte. ju sto e
Amia no.
piedoso .
delinea ndo suas conc epc; óes de govcrna nlc. govc mo c Eslado .
.I uliano
pe las
SU <lS
q ua 1¡dades
COIllO
Ilome lll de
[ stado.
esc rever a sua obra.
a fig ura do Illlperador Juliano
SU;}S
preocupa<;oes com o tellla m ilitar. Dessa maneira destacamos as obras de Eun;ípio.
Vegéc io e Zósimo (esse último localizaelo temporalmente cm ·-198 e1.e. l. assim
funda menta lmente pUl' ler s icl o Ulll g r;ll1 de cherc Illilitar.
Percebem os que a própri a hostilidade de Am iann ;ws es trange iros
'l O
Outros aulores conlempor áneos a :\ miano também demonstram
Dentro dessa trnd i(," ao. Amiano - nos livro s XX IV e XXV - faz
a
unidadL'
É nesse co ntexto de [ranSfOi"lll a<; lJes. cn mo d L'lll on slram o~ . que
e.\elllpJos co nstruido no passado. resgata nd o .luliano no presente e plenam ent e
honra s
d ~l
e
um aspe cto de SU<l de resa do s va lores tradicio na is. Para tmlar mais
como os teslcmuniJos do próprio lmperael ,)r .l uliano, ou seja . •IS cana s escritas nas
Gálias. llíria. Constantinop la e Antioqu ia ' ·' .
prec isame nte a ideolog ía ele go \"erno e gOl'ern ünte de Ami anIJ. tc'rna-se
1' .
ressa:; obra,; és l ~ln ek nl"adas na,; i<l'/<!r él/t"/I/s Nih/i0.l!rlÍ/i cl/ s 110 fill al lk ';Sl' 'lrligo.
Gua ,."
<' / 'a~
111/ ,1/lll1d"
. /II/ igo
. 1 hist úria m ilitar
Em relacño
f¡
JI" Rinn« . l l11 ig"
(' () / (' .1'/('111111 11/0 de .·Imiemfl .1/" r".,IiJlCl
estrutura da obr a de Arn iano Marccl ino, identificamos
Lino XV ao XX IV o autor cstab elece urna narrativa de
que do
aco ntec ime nto s militare s e heroicos sobre o lm pera do r.
2')\
vtargarid« .I /" r iel de Carvalho & Pedro /'''11/'' tbrc u lunari
Conco rdamos co m R oger C hart ic r (C I IART IER, 19(j(J : 17 ) qu ando
afi rma que :
o livro XXV. último
d .C. - ]95 d.C. l, época nn q ual vario s
percep(,:llL'S , uL'i,lis (do sociu l ) n úo SCH' ¡i>rmas
neu tras de discur-.«. ( h discurslls pruduzcm L'slralL'gias
e práucus (sociai, . c-cul .nvx, ¡Jlllílieasl que tcndcm a
impor urna .un ori dadc ;"1 cUSla de .uuro- ; po r L'ks
munopnl iz.ulo s. ,1 kgililllar UIIl proielll rc torm .rdor (HI a
j ustiücur para oS p'·... prios imlivid uox as suas cSL'llll1as e
cu uduuis' (CI L\ lnl/ :R. I ')l)O : 171.
escritores po ssu em o intu ito de esc rever so bre os fc itos mi litares do s g ra ndes
Assim senda. os docum entos que dc screvcm as a¡¡oes simbólicas do
imperadores e a Histori a de Rom a. Suas fide lidades as trad ic óes da moral e da
pas sado n50 sao textos inocentes e transpare ntes. Ioram escritos por autores
cultura rom ana defin em bern suas linha s hist órico-literúrias co mo pertencenr es
com diferentes inr enc óes e estratégias L" elevemos. ent ño, criar outras
ded icado
f¡
" 1\5
pes soa ele Juliano. o escrito r pagiio red ige um panegírico mai s
ainda elogioso que. co mo nao poderl a de ixa r de se r. segue um padrñ o da
retóri ca da época .
A
R (!.\' G(!S{{f('
de Amiano insere-se no periodo que se deno mina
Ren asci mento Te od os iano
(~ 79
~I um nov o c lassicismo. É claro q ue como todo romano cu lto. so fre as
infl uenc ias de auto res como Sal ústio. Tácit o. Tito Livio e outro s Segundo
estra t égias
para le-lo s. como apo nra Hunt (1 II INT. 1995 : 1S).
Levando
ern
todas as
cont a
consideracócs
ac una
expostus.
Font aine (f ON TA INE. 1% 9: -119), a posicño crono l ógica da obra de Arniano
declaramos que os discursos sej arn quais 1( )I'C l11 os seus tipos e cm qua rs
merec e urna uvaliac ño cuida dosa daqu ilo que se eleve co mpr ccnder como
épocas forern escritos, mascaran: iutcrc sscs po líticos e cu lrurai s. que s ó
neoc lass ici sm o.
podem ser
Amiano possui. diant e dos fatos narrados. urna atitude moralizante.
ati va e obje tiva em se us j uizos sobre os hom cns. seus sucessos e fracassos.
Tres eram. pelo menos . as raz óes para ta is atitu cles (PAS TO R, 1992 : 1(7): a
trad icño historiogr áfi ca romana por ele respeit ada: a co nremp orune idade dos
aco ntccime ntos . cm grande parte. vividos pe lo pr óprio e a Ii delidade ao se u
espirito criti co.
Partin do dessa prem issa acred itilmos que pode mos cont rib uir com o
enr iq uec imel1to dil
int er pret a~' 5 0
histó rica, pois entend emo s que as anfllises
\ingúistica s e se m<inlicas dos discur sos podem nos cond uzir a uma
eletermin<ldil concep¡;50 sobre co mo milsc¡¡rar ou nao Ull1 il determ inilda
desvelados,
avaliados
e
corn preendidos
atrav és
de
sua
desc on snu c ño !" . Destac amos. ern especial. " scg uinte ci tac ño:
..... a qualidadc L' ¡¡ rccundidudc de: lIlll discur:« : tulvcv
se: mee.un pelo r i ~ llr cru ic« C,'111 LJU L' se: l' ell s~ 1 es,a
rclacño COIll a 1Ii:;l,'llia da I11L'larisiea e os conccitox
hcrdudos, Tnua-sc de: uma rclac,:üll critica com a
linguugcm dus Ci':' lle ia~ IIuI11 ,1I1 aS L' de UIll ,I
rcsponsabilid.ulc 1,lIllb-:111 críuvn COIl1 II discurs». TI,tl,!se de: cquucion.u c.'l'ressa L' sisrcnuuicumcntc o
pnlh!C:l11a do eSlatulo tk um discursll que \a i bU.;car a
Ull li.l hcrall~' a 1) :-\ r ~.:c ll r s ( )s IH:L"L' ss ~'Lriu s ~t d C scllll slnl~· i.l()
dL"sla
111
L'SIl1 , 1 I1cr'lll\·'I. ·· ( f) ERI{ IU.\ . .;.el.:
Por meio elil It: iluril (' aná lise
d~s
1( 7) .
ubras so bre Histór ia Milit ar dos
autores suprn mencio naJos, ¿ poss ívelu tilizarlllos essa no¡¡ao e1 c: c1 escon strlll,'iio
situa¡¡iio política, ou seja, ,i fOIl11il como elil é construida . pereebida e pass3c1 il
par<l compreender lllos o que vem a ser heroifica¡;ao e eSlrat¿gi ca nil concep¡;,\o
a posteridade .
Nao ha dúv id<l s de qu e estamos nos refer indo . também, aos
do hOlll elll do século IV d.e. A partir daí pC:l"cebelllos as preoc up<l<;oes dos
grupos soc ia ls qu e 10 1"l11am esse discurso. No CilSO. identifíc<lmo s All1iano
amore s com questoes relac ionadas as rronle irils, idenli clade, unidade c
íVlarcelino e .luliano como provenie ntes de umil mes ma el ite que revela a
eli vers idade 11 0 Illlpér io RomJ l1 o.
maneira co mo est;1 a¡m:ende ndo e se re l'c rillllo ,is tran sfo rm<1 l;üéS pol íticas.
militares e culturais.
(;lI err" (' / ' ,,~ 1/' ) .\ /1111.10 . 1111 igo
1, - ()u.:relll\l' dizer CUlll c1" .,,,·ol/s/ r ll ,'clo oU dC:Sc~l llil ur~W;-lo llU. ainda. inle"prel,l\;;'IO de:
l1alT"liva llU re:l,',r!ea de Jiscursll. h¡¡se:¡¡lldll - ' L' 1l. 1'; e, plica\'l>L" cOI1L'L'iluai:; de t leL] ues
Derrida el11 .-1 I:-.' /rll/ II/"( /. o Sigl/o e () .In,!:" /In /)is' ·I" ·.' " c/c1 ( ·ic;/I, ·it IS 1I III/lcIl WS. / '. III1 ,1 123.
(;ue,.,. a
l'
1\ 1: Jln .\ / IIJldrJ .-ln fig ()
,,1 h isturi« nrilitar /}(/
NOIl ' t ( .
111 I ig"
e () /( 'S I !'IlI I1I1/¡o
ell' ,· 111/( (( 110 .\!a l'(:clinv
Assim . con sidera mos que o interess e por parte do s historiadores
especializados cm H ist ória Contemporá nea Anug üidadc Class ica e Tardía .
ern torno da Historia Militar e de Históricos relacio nados ,1 mov imento s
imperi alistas. v érn cresceudo ace ntuadame ntc " ". denotando . inclusive. a
necessidade de lima Histó ria co mpar ativa e ma is diná mica, n50 considerando
os aco ntecimen ros do passado como e leme nto s in.jucstio n ávcis e iso lados .
vr«
¡(CL l .cs lnst in n ions Ifi /i/ o ir es . /1/: NIS .'\I{ I J, :-" 1. 1org . l. Anuni cu \ l.uc cl li u.
Iorn andc s. Froru in. V':gc'ee, rl. l ode ~lu s . l'uris: Firmiu IJidol Fré rcs, 1XC>'J ,
VE(j I ~CJO , . 1 .tru: ,\ f i /i /l/ r . Sao Paulo : I'uum upc . 1'N :' .
7.USI:vn-:. Histoirv !\ ou vetlc, Paris : l.cs rk l k~ l .cu rc s, I'ni .
OBIU S Gr:RAI S
ALFÜ DI. Andrc « . . 1 Coutlict u f ldea» in tl« : / ,1/, '
N U I/ le " /
r :lII p ir e,
\\'e ~lp ()rt
C onnect icut : Grcenwood Pre ss Puhli shcrs. 1I ')--1
ALFe')ol. (iba, .·1 Hist oria Social de Rcnn«. l.i ~bo ,r l'rcsenca. IlJXlJ.
Agradecim en tos
Agrad ecem os a Césa r Ca rre ras. A na Teresa Gonca lves, Dem étr io
Magnol i e Gilvan Ventura da Si lva , Devemos menciona r. ainda, o apoio
institucio na l do C NPq . FA PES P. do N úcleo de
Est udos
Estratégicos
(NEE /UN ICA/'VI P) e do Dep artament o de Histor ia da UN ICAI\·1P e da UNES P
(Franca l. A rcspo nsabilidade pelas id éi as restringe-se
¡lOS
autores.
REFERít.~ CIA S BIBLlOCl{j.\F1C\ S
DOCU;\,\[I\TA<,.:':\O TEXTUAL Ji\II'RESSA
A:\ I/Yllf\Nl!S \!1:\ RCT Ll.I:\ l.:S. Res Gcstuc, With an Eng lish l ra nsl.uion bl Joh n
C'.R"IJe. Cambridge . \I a,;sachusell:i : ll arva rd University Prc ss. Lond on: \" illian
ll cin crn ann LT D. I (IR2 . .Iv. (Thc l.ocb C I¡¡ssica l l.i brarví .
f: \o[MJEN ;V¡:.\R ~'EL! N. Hist oire, Livre s .\ IV-XL\ . T:,te ':la hli ct tradui t para Edu¡lrd
Ga llciicr et ( ¡ U) So hbuh . Paris: LL's lkJles l.curcs, 1'16X-1 97U. 21.
H 'NAI'I l! S, (J L1'1\ II' I(J UOR li S. I' RISC I 'S and 1\ 1!\I. CI Il 'S. t i : F/'l/ !.?lIIeJl/al'1'
C /as,l'i c is iJlg l list oriaus u( '/¡e 1-0/<'1' /?UlII clJl DU/Jil''' , r e, \. T r<l n s l a ~i () n all~1
1lisloriogr<lph ical Nok's bl R.L'.Blockkl'. s.d.. 1.2.
J ULIANO . ('(JIl/I'O /0 .,'- (;a li/e os . ¿'<lrl ;ls y Fragm entos. Te ~t il1loni(ls. Lc'l s.
Introdul'c iún, " r~l d ll e c i ú n :. :'\"lns 1'('1' .1 (''':' ('<lreia Blanco) Pilar Ci imL'nCl' (j¡ vai)" .
Madrid : Edito rial Gredos. 19X2.
JULIANO . D isc uI'so s . Inlr" dul'e iún. Tr <l ducc iún e Nolas por .los': (j¡ u'C in I3hlllc'o .
Mad rid: Edilori al ( ' rn los. 197').
.IULlE N. Oeu1 ·I',·S C UlIIl'!<" le s. D iscolll's de .luliL'JI { [ ill/',,/'e Ul' , Tc'''1 re l Ile c'l Irad uil par
.l. Bide z el (¡ abriel RncheJ'"r\. Paris: Les lkl / L'~ Lctlrc'S, 1'124- 1964, 21.
.I ULlA NUS. T/w II'Or!,,1 ul 1:'lII/ )L'1'1I1' .Ju{i u JI. \\ '¡lh <l1l Lndish T rallslati ull 1"
\\ C.
\\'right. LOlldun: "'iIhall I kinelllallll, 19 I3. I().jl). :;l. l'Jill'~Loc' b Classical I.ih~an ".
L1B.-\:'\11 !S. . l u /o h i ug m / ){¡y (///{{ ,',c!cc l ed /_(,'/I !!l's . ' ·.d il.:d :lJld Tr;]llsb liUIl ¡,,' .. \.1-',
:'\orlllan. Call1 hridg.:, \ 'Ia ssnchu :ic'l lS. I.olldoll: I lan ard I :n il cTsill ' J'rL'SS. 1992. ~I .
(1 he Lo.:b CIa ", ieal Lib rar) l.
.
1',;
vlargarid« ' fo rio de Carva lho '" l' rdr,¡ l'u ul« .t brcu lunari
Vide o ilL' l1l Nej(-n;lI cius Bih /io gl'lifió l.I' e,\ ppSlll IllI linal (lessc' ¡1I'\ i ~ ll.
( j·IIi.'I''' {/ t.'
¡'a:
!l O
.' ful/do .. JI/l ig o
AR CE. Javier. Estudios sobre el FIII/ Il'mdu!' tl. ('!. .luliuno. Fuentes l .ircruria-;
Epigrafia, Num ism ática. i\ ladrid : Consejo Superior ,le- illve:·;[igdciollc''; Cicntilic.t-; 1')X4.
B1SCAR DI. Arnaldo. Cultura e ..vnticontonn ismo d i tiiuli ano 1·'-\p(l..;lal;1, , lc-c lI d ellll (¡
Ronianist ica C ost antin ia na .·I lI i /11 Co nvcg¡« . /lI ll 'r ll lci ol lc¡{e. I'l'I'u;li;I ·TI·L'I'i Gu aldo
Tad in(l 1.ihrcria L nivcrs itariu. 1979. (2R scttcmbrc- I" ociobrc. 1977 1.
BLOC KLEY. R, C. C onsuuu ius <,allus alld Juli un a", l.' ae ~ar ~ 01 C OIl ~lall l iu s 11.
1-01011111.1'. B ruxcllcs. 1'01.31. 1972. p.4.B-4(,X.
BLU C K LI ~Y , le c. Am miauus und Cícero : 'lh c I :pil' );lUl' o lt hc I lislory as a I.ilerar)
Suu emenr, f' h O(;II i.Y, \' 01. :'2 . 11. 314. 19lJX. 1'. 305 -J I ~ .
BLOCK !.F\', R. C. Auunianus \-larcell illus on Ihc' Pcrxian l nvnsion oC ,\ .IJ. 35'J.
P It U(; J1I\. 101. 42. n. J, 19XX, p. 244 -260 .
BLOC KLEY. R. C. The Dale of' thc Burburi an Con" piracy. Britn nni«: 101. I 1. I ')XII.
1'.223 -225.
BLOC KI.!::Y. R. C. Anunianu s Marc cllinus un thc l luulc 01' Slrash ur;lo: :\ 1'1 and
Analy sis iu thc l listn ryP ho ónix. vo l. .' 1. Id . l'n 7. p.2 IX-2J I,
BUI Il:C'. Yu nn l .c. Tit e ltup criu! Ronian Annv. l .ondon : I ~ ; n s l 'u r d . 1()'J4.
H O:'\¡:/\~TE. I.ari' sa Warrcn . l. rup cror. god ;ll1li 111 ;11 1 in IhL' I V ccnuuy . Jul i.m lht:
apusuuc and ,\ 11111 1iunus i\ larccl l inus. l.a / ' CI/'(I / d dvl l 'ussa. l». Nupol i: (i ael;IIHl
\ b eehiaro li Ediiorc. Fa:ieicolu XC IX. 1% 4, p, .j0 1-·127
BlIRKE. Pctcr. ;\ I list ória como \km úria Sociu l. In: () ,1/lIJ/{fo ,' 1111111 'l cutro. Fstuck»:
d e . ~ II/ropo{u¡; ia JJi,l,,¡r ico . Lisboa : Dik l. 1')92h. p. 2J:, ., 2:' l .
BI IRKF. Peler & !'ORTER. Roy (nrg .) I.illg/lO,'.!CIII , { lI d i l' id /lo l ' SlI ciedclde. S;',o I'aul o:
UN ES !'. 1<Jl)3 .
HURKI ,:. !'d .:r. . 1 F SCI'i la d,l /Ji.l'lcil' ill,' N" l as I'er.';pc'c'lil·as. S¡lo !'a ulo: l ':-':I·:SI'. 1')l)2a.
C..\ \t1FR( J:'\. .-\Iall. l'ag ani sl1l and l.i ll'ralurc ill ' .ate F' ll'lh ( 'cl1lury l{llIne. {II ,'
RF VERDIN. 0 1il'ier (o rl!, l. ( '!tris/i{lll islllc ,'/ /-'orl/le.l' f.i1l ''1'Clli'L·.I' de f. '. l lI l i(/ IIi I(;
TlIrd i n ' 1'11 O cc id t'JII: Valllloeu\Tes. (jen ':le. FOIllLllion Ilardl. 1')76. p. I-4lJ (i':nlreliens
Cla ~ s ique s , l. X\I [J).
REVEI{DIN. Ulilicr (nrl!,), Tile Roman FriellLls ol .\ l11l11 ianus. .IN.\'. 101. :'4. p. 1:i-2X. 1<)(,·1.
C-,\ I\IERO:'\. AI'eril. T/;L' f.u/ a ROIl/ Cl l / F lIlfl ir c . 1 ,IIldol1: FOlllalla h e,,,,,;. I '¡()3 .
C\\'¡¡.IS. Pierre-\·Iaríe . .·l lII lII iell .1{Clrcc {/ill . -';'lII" ill ele ( '11/11'(/11 / 1',1 ( 'II /UII " ' {s e/
ReJi:; ieux ti {'l.lit l de n' L'/He, S¡';c!". Par is: ¡ .es Ik lle ~ I.d lr.:.;. I 'J67.
CA , ' 0 :\ (1. .1 ,\1. et alli . Tcocrac ia y ley : I.a Illlagc'l1l de la Reale/a ell .Iuliallo L,I
Apo stala . !tI: l o /II Wg L'11 ele {o RL'o {e:o <'/1 {u , /nt ('!e d o cf 1\I;¡drid: I' dilor ial Col'·'LJuio.
19XR. p. 165-11\9.
29-1
.:/ histori« lII i1i/O,.1I0 1<011I0 . 1m igo (' o trstcntunho dc .' I IIII(I//{! .\ /o ,.celiIlP
C ·\ RRERA S :v!ONFURT. C': sar. & FI ::,\¡\RJ. l'cdro Paul« A. /J,.i /{// 1I1io l' el
Estudios slIbrl' ,'1 aba stcc im icnt« lle accirc b ét ic« \ afric ill1¡1 en
Vritannia, Burcclonu: I ;nil crsitut lle Harcclonu. I<¡()~; .
.
C I-IA I.I'vll':RS. Walicr R. l .unupius. Am m iunus I\la 'cellinus .1JJd /. lIsill1 uS un Julianx
Pcrsian Expcditiun . C(j. 101. l O. u. 2. I ()(,O. p. 1:'2-160
C l lARl lER. Roger. .1 l list ori« Cn h nra]. Entr e I'rúlicas " Reprcs" llt<l\·<les. 1.isbll:¡:
Dire l. 1')<iO.
C HARTlER. R('g er. '1cxtos, lmprc-sá«. l.cituru s. 111. I H ' N'I . L~ nn ( org .) . .-1 ,\ Ol'l l
Histori« Cuh urul. Sáo Pau to: :vl a rtin ~ lo ntc s, 199:' . 1'.21 J-2 3X.
CI IASTACí NOL. André. Le pro sopographic. m éthodc de Rcc he rc hc sur lhistoire de
Has Empire . . 11I1I" l cs. Paris. IlJ70. p. 1229-12 35
CI IASTAG NOL. A nd ré . L '/\ o l ll /i o ll l'oliuqu«. .'·/)( iol" ct { 'col/ olll i<]ue du s lonik:
Rotua in. De Diocletien <Í Julicu . l "lr i ~: Sedes. 19X5.
C HA L;VOT. A. Rcpréscnuuious du Barbaricunt chcz les Barb arL's au sen ice de
l' Em pire .IU IV e s icc!c apr,'s .1
I\ /C III" . Stra sbour]. n. 'J. Il)X-I . p. 1-1 5-157.
CI IR ISTOL. Michcl el a lli, Inst iu uions. Socictc ct ViL' Pol itiquc dan s I' Fmpirc
Roiua in au IV" Sicclc 'l p. .l. C. .'le/, 's d e la tubl« Ron.l: aU/OII,. ck: Focuvri: d ·.llId,.J
Chastagn o}. Rornc: I\ <lle Fran,'a ise de Rornc ( I'a bi s Farncse ). )992.
C HR ISTU L. ,\-lichcl el alii. L 'l'tat rolllai n ... 1 In eri se d... IT lllpirc. /. 'l ll / ;JI'IIIOri o ll
llis/oriqll e. I'aris. \'. 44. 11. -l. 1()X2 . p. ¡ :'(,· (,3.
DA NDO -l"()L1 . I:'\S. SlL'phc n. .- / /.egi l/ o d e C,:sa r . :\ saga <'p ica da dé'cima kgiJll da
e1ile de .Ililio C':sa r l' do ,; c., é'rc ilos de' Roma . S¡i o I'< u iln: I\'lad r.¡s. 2()(l6.
DAV IES. E. l. . B. \1. :'\"Ies oll /\mm ianus Marcelli nus. ('(J. \"('1. ~ 2. n.:1 /-I. I'J-IR. p. 11 :1 .
DI·:.\-IU I !( iEU I. L L'i nlilgc OmCiL'l k du ba rbare da ns 1'Elllpirc Ronla in d ' /\ugu sle :l
Th<'ndo sc . /.:/<'lIIa . Slrasbourg. n. (). p. 123- 1-1:1 . I 'JX·1.
DE NC H. Elllllla. NO//l uI IlS ' .1 .1'1'/ 1111I . R" lllilll Idenlili l' S frolll lhe ,·\ge n I" :\k." lnd... r l<l
Ihe r\!!e 01" I ladrian. (h for d. ( h fo rd l 'ni\ er Sil\ I'rl' ,;,;. 200 5.
DFI'I~\·ROT. (ieorges. l.e s Co ndi lio lb Nallll"e lles au B'ls-Fmpirc' 1Z"lllai n. NI/ I'aris.
\0 1. 58:-> (0.1). l'Jt)3. p. 337 -378 .
DERRIDA. hl cq ues . ,\ eslr utura. o sigilO e ojogo no d isc urso da s L'ié'lll"ia,; bUlllanas.
111: .1.·1" ('. Estrul ura lisnlll - ,\ nlo iog ia de lL' ,tos !L'cni cos . S¡io !'aulll: Lin ar ia 1\ 1¡¡rlins
Follles. ...d. I'orlugal ia. 11(J-- I. p. 1(1 1 - 123.
IT R RI L. A. . ¡ q//e do do llll/ Já io lÚJIlIt /III) . Rill dc .I anl,il"\ ': Jorge' la llilr. Il)X9 .
FL ETCl IER. ( i.B. ,\, Nt)leS on Alllmi 'lnus 1\ larcl'¡¡¡nus. <'(J . V<ll. 24. n. 310.1. 1Y3 0. p.
193- 197.
FO:'\T.'\ I:'\E . .¡acquc,;. AmmiL'n I'v la re... 11 in. hisl<lriell semantiquc'. li. IC;lJ. Paris. 1.2X.
1% 9. P -117··135.
FU R ARA Charks W. .Iulian· s I'...rsian 1':'l: Pl'd ilion in 1\ lll m i ~l n us al1ll /. <ls illlus. .111,'1.
1'01. 111. I ')l) 1. 1'. 1-1 :' .
FOL;SSr\RD. J. C. .Iulien I'h ilo sophe. 111: BR,\l 'N. Ren': 8.. RI<..'I I[R. .leall.
L ElllfiCl"eur Julie/). D e / '!l is/ oi r l' Ú 1<1 l ege ll d l' /331-1 ;-15). l'ari s: I.es Bclk s I.ettres.
1918. 101. 1. p. J ¡¡<)-212 .
FO \\'DE :'\. G;lnh . Thl' Pagan I l o l ~ 1\ Jan in l.ale .- \ ntiqul' S ocie l~ . J I/S. l.ondon. 102.
J 98 2. p. 33-59 .
FRA KES. R.:'\. Cro ss-refc rcnce s In lhe los b')<l J.:> 01' !\mmianus ,\ larcellinus. I' !JU t;II i.\ .
101. 49 . n. 3. 199:' . p. 232 -2-1 6.
,\ l ecli /('f' /"(;lI co :
.-c.
(; 1fL'I T (/ t' I '(/~ 110 .\ / lIlld o . 1J1 1¡,-!.~n
.\ /ll"gar ida ,I /" ,.ia de (','1"\,,,11,,,
1"
Pcdn) l' a ulo i brcu lunan
~ 1) 5
FR/\:'\K . Richard 1. Ammianu s on ¡{ol11an lux. uion. fil e . ' lI ler Íl ·111l Journal 01
l 'Iiilulog», vul . 93. 11. 1. 1972 . p. (,t).. Xb.
Fl ::\¡\ IU. Pedro Paulo ..\ . C ontutu-; C ultur.u-, na Fronlcir:L tv lilil:L r Romana n'l
Hritanniu . [11: lTRQl T IRA. F úhi« V cr~ar .l. (0 1',".1. lroutciru x e J-:tllicidadc no i\lundo
1\ llligI1. . tnuis clo / . ('ollgre.ü o d« Soc i,'Ju d e /I,.d l·¡¡" Ú·u .k : Esnu l.» t Iússic,»: I'L'lol as:
(iUWA e IIF I' F\.. 211m .
(i ,\R/.Y 1\ . Antonio. Rctori pagalli e impcra tori cllSliillli e rl'lor i cri-aiani in scu o lc
profane . !JI: Xloudo ( "/l /s.,i, 'u <' cri stiu uvsinto. lu sututo dcl lu lnciclopcdi., Italianil. I<)X2 .
liE R V ,\ S . vlu uucl .l. Rodríguez . ['ml l<lg il ll d l l l 'olitica .l ' opi nion púhlicu, l .n IllS
panegíricos lalillos del Ib jo lmp ério. l .nivcrs ida.l dc Salillllanca. 11) 1) l.
GU:,\('i\ \. VFS . . \11 .1 Tcrcs: \ /. . / fi:<.:U I"U " ti (}I'I III II .\' Prin ccps 110 .1' c " I/II 't.:Il t1i " s d"
Histo riu ROIIIUIIO prodlt:::i"os 110 // . .\( ;cll lo .l.t ' iVlolu>g ralia sub m ctida no corpo
docen te do Ir-C'S/l iF R.1 co rno parle d" s reqlli.silO' Il"l'cssúr i" , :1 obicn c áo do grau lk
Bac harc l cm l l ist úri a. Rio de Janciro. 11)9 1 t mim co t.
CiUi\ RINFI.LO. Norbe rto l.uiz. Mcm órin Cul cu v» C l lisuui u C ic nrificu . 111. I<II I /. Súo
f'a lllll. n02'). Ill<).\' p. I XIl- 193 .
11:\ OJlN IC( IL\ I I. 1\ \ Iacell lllll. l.icu dc-u] de L' Empcrcur Iu licn. lt vzmnion.
B rux cl les. n11. 2 1. I (i:' l . 1'.1 :'-22 .
I /.\:'\SU:'\. Víctor D'll ies. Th" W" sl cm II'd l' ti! 11 '01'. NL' I" York . l-:nopL I ')Xl) .
1IE.·\ T III.:R. 1'. T b<: harbar ian in \.ale .'\ Illiq\lit\ 111.' tv ll l.l ·:S. le (1-:.1.1 ('oll.I /l"IIc/ il/ g
ide /1/i /ies ill LI/e . 111 /iq uil l'. /"olldllll: ROlllkdgL'. 11) 1) 1) . 1) . 2.)-1-2:'X .
fl DU K. S\' dnl' \ . () I/cn ;i 1111 I fis/ ¡iri: l. I{io dL' .I ¡IIIL'inl : I.a"<lr. 1l)(,2.
11 11":'\1". \.~· n n (·or!!.). . 1 Xm'ul fis /(;I'iu ( ·ltltltl'''/. S¡i o l'.lul<l : Ma rtin " Folllcs. IIN 5.
I-1 l IS KIN SO:\. ]~IlL't. Img). E r/ J<'l' iellc l lI.!.: NOIIJc' . l.·ullure·. Idl'llIidy a11<1 Po" er ill lhe
R'llll<lll Elllpirc. l .ondllll: I{lllllk dgc. 21100 .
.IO NE S. .-\. 11. i\1. Tite /. ,I/CI' NOIIIUII /-."/III ,i r " i2X-I·!J112l. \' 0 1. l. 2. I ), ford: Basi l
Blackl\'l'i l. 1lJ(,-I .
LlI T I'\\'¡\ K. F. . :'\. I .u g l"<ll!l /e s/I'd /cgiu (/" II'h /I" 'I"' ¡ NO/l/I /l IO. \ 1i 1.111(> : 1\ 111". 21 11 13 .
\ IIICK ,\ 11.. .1. \\ '.. \ Illlllian\ls \ larcc llill\ls.. mS. 101. 111. I'IXi. p. "¡/I-I --1 I1X .
\ 'l¡\ l'\I L \. LL:'\. Ralllsay. /.e IN c l i ll "l ' I<(l/ li l <'/ /11 ( 'ul'l"II/, /iulI dU I "''''' /1' \'ar i,; k s
Ikl k s Lenrcs. 1')t) l .
\1 /\ l' \Il ;U J:::'\ . Ralllsay. Soldia <llId ( 'i"iiiu lI ill /h e IUIL'/" /<0 1111111 !-.'IIII ' il" '. I lar\ ard :
I lar\'<l rd {'Ili\'nsil\' I'rc s,;. IIJ')X.
\ L\ ENCI II·:":'\ -l lIi FI':N. (¡Ull .l. Thl' I)all' or \ iIlilli¡IIllIS \I arcc llil1lh I'h l Hook ,;. i li l'
. /I I/l' r iCa l/ .I"lI l'11u l o/Phil"l" g\ ·. \"( ,1. 7<>. n.-I . 11)5:;. p. 3X-I -39 1) .
\1¡\CiNOL. 1. Ikmé'l·rill. /Ii.\"/ú ¡:ia du .\" (;ua l"t/s. :':\tl I'au lo: CtllIlC 'l tl. 2(1(J(,.
\ 'I¡\TTI II·:WS. .1. Th c origill 01' !\ Illlllianu.-; (\i. yol. -1-1 . n. l . 19'1·L 1'. 252..2(lt).
NOR:v1,\ N. :\. 1:. f\la,"nlls ill l\ lllllliallus. 1:lIllal'ilh . alld /. llsiIllUS : :'\l'''' h ·idcl1l·c. ( 'C}.
\'0 1. 7. n. 3/-1 . Il}:' 7. p. 12'1- 133.
f'¡\C K. Roge r. ,\ Illllliallus \1a rccl linu s and litL' Cur ia 01' ;\ Illioch. ( 'I'It. I·l>!. ·IX. 11. 2.
1953. p. XO -S5.
PAS TOR . i\ larcel n \ '1. . I/JI i a llo I/or cel il/ o. " .'a i /or I"tlIl IUJlO d el s,;c ul" 11 : I'LT l'il
Lilerárin. r·:c lú". ()r~ ano lk la SlIcic',[¡¡d esp ¡¡il lll¡¡ de ESlúdill" CI¡'¡ ,;ico,;. \Iadrid. Insl.
Sa n .losé' de C<¡[ asa ll~ dc f'l'da'-!o!!ia. TOill<13-1 . 11. j0 2. 1l)()2. p. 'JI -II ·\.
RICUE l IR. I' aul. Lu .\ l e /lÍp h ,,; ·e~1 ·Íl ·<' . Paris: ¡':d ililli¡s du SL'u il. ItJ7X
RI)I. FI·:. .l. C. 011 ¡\ Illmianus \ Iarceliillu, . :\ \1 11. 3.<). Tlt e ' /II/l -rin lll .f "1I1'1101 o/
I 'lt i l ol o,'. .', l ·. vo!. 57. n. 2. It>3 6. p. 137- 139.
( i Ut'/H I <' 1',,::: /10 .111I1Ido . /m igo
." l1i.wíricll1I ili/ur
11(/
R"/II o , III/ ig (/
"fI
/<'.1/ 1'//(/1/1110
el,' .unian« I Io n clin»
RU LF E. J. C. SUl11l' :"ull',; (In Ammianus Mnrcclli nu -; I. // 'h:1. I o] . 70. Il).l l ). p. .' ~ 2 ­
-'5 1
RL ( iCi INI. Lc llia Crucco. 1'(llilici lutcll ctuuli d i RUlll a rr ~1 1\ ' c 1/1 sl'colo:
Connotazion i i, k (llogiche dclla cultura g rccu in Oci dc utc. . II/i de// ·. ls s,,::ia::iolle d i
S/lIdii tard oant ichi a cura dc CU:\C A. lahri zio. Ci l.:i\L.I\ ND R I. Isab clh & LU ZZ A
Giu seppc, Collcctuncn n.7. :\¡Ipo li: D 'Auriu. I'N3 . p. -I 1· 5X.
Si\ BB, \ 11. ( J . De la Rhcror ique ~I la Co m municution pohtiquc : le,; 1'¡lIlcg. \ riquc-. latins.
H.IGH. Paris, t.-I-' (-1 ), IlJX·1. p. -,ó3--' XX.
S,\ ID, Edw ard \\ '. CIIITUI'l/ e hnpcrialismo S:io Pau io: Co mpan hia das l. cua s. 2005.
SL'\Ci ER. Robin.. lnunianns .\ /l/ I"CI' /IiIll IS. S t'l'I'1I Suulu:» on liis /. l/ lIg l/ ag e atu!
Thought. Co lumb iu: 1Ini vcrxir; 01'\ l issour i l 'rc ss, 1()X6.
S!DE BOTT O \ 1. Il a r r~ . . incicnt // ·u l"f" I"e . (l "I'(lrd. O.\I'lI:·d I : n i \ e r , i t ~ l'rcss. 20U-I.
TH Of\IPSO N. E. 0\ . Thc ltist oricul worl. o ¡ . 1//I /II i II/ I/S s l arccl linu» . Groni ngcr:
Boum us Bockhui s N.Y. Pu hlish ers. 1<}(,9 .
T I IOf\·II'S O:\. E. 1\ . AI11Ill; ¡lIluS M urccl linu-, .ind thc RO l11all ' . GN. IU\. 11, n.33. I ')·Q .
p. 130-13-1.
V¡\L E:\SI. Louis. (jl/ellf ll l'S rcllcxions S//I" k: ' }lI// ! oir i/ I//, "I"ill/ ,{'ol "" '", . III//IIie ll
.l/urce/lin B,\CiB . Pari-; 1.4. n. I«. 1')57. p. (,2- 1(17.
\V AR\I INGT O N. B.l l. Anuuiunu - Marc cllin u« and thc lics ul \k lrod(ll'lh . ('!J, \ ol.
3 1, 11 . 2. Il)g l . p. -I(,-I· -I6X.
WEB STER. Gra ham. Thc R OII/'I// //II/ I,'r¡' '¡ .·'/n Hl ·. Okluhom«: l.:IlÍl'l'i', ily 01' Ok lahorna
Prcss, 1998
WI LLl A:'1S. M,lr~ Fruncc«. Four Mutinic s : Tacitus. .·IIII /(//.I 1. 1(,-30: 1.3 1--1 '1 and
Amrn ianus Murccl linu» Res Gcsnu: 20.<J .9·2 U.5.7: 2-1 .3. I-X. l'ltocuix, I ol. :\ 1. n, 1.
l lJ97 . p. ,.j4-H
WOO DS. Da vid. Ammianu s ami , U I1J~ 'lri b un i Sch ul.rru m l'alatinarum e \ .D . 35 .1-h-l.
C'(J. vol . -1 7. n. 1. I(N7 . p. 26') - 2'11 .
.Ó:
íNDEX DOS PE R iÓ D ICOS UT ILI Z A DOS
13;\( iB -Bullcrin dc lA sso ci.uio n G uilla unc Bu,le'. l'ari- , l.c Bcl k s l.curc-.
~i on - B ~ z.uui on: Revuc lnrcm .u iona lc dcs ¡':Iude,; B~ z.uu inc -. Hruxcllc«.
C Ph -Clussicnl l'hilolugy, C hicugo. 111. [ 'n i\'CJ'si ly lIr Ch il'ag,o 1'1'.
-Clussicul Vu a rl el~ ' . Oxford , Ox lord 1:ni\ cr ,;il ~ I' r.
Hanl -l lispania Ánliqua : R evi , l ~l de I lisln ria I\ nligua. Valladol id. l lnivcrsid ad de
Valladoli d.
!l islori a · lli .>loria: I.cilsc hrili tú r I\ ltc (j .;: ,;chichtc . \\ icsbadcn. Stc illl.' r
.II-1S -Journal uf 1klkn ic Slud il'S. Lu ndun . S llci cl ~ rnr Ihe I'rollllltilln u r I k llcnir
Studic, .
.I RS -Jou rna l u l' ROlllan Studic ,;. I.undun. Soc iely ror lhe I'rollllll ion 01' RUlllan Studics.
Kt':llla -K1l'llla: Ci l ili,aliun, de L ·Olient. de la (i r':cl.' l'l dl' ROllle allliques .
Slrasbourg , Cenlrl.' dc Rl'sc h. sur le I'r" c]¡l'-O r;l'lll .:1 la (jré'Cc .\ nl iqul.' 1.'1 Guu pc d.:
Rl'eh~ree d ' ll islllirc RUll1 ai nc.
Laloll1 us -L ltOIl1 U, Rt'l ul' d ' I~IUd L" Latin.:s. 13ru 'l'IIe, . Soc oLatunlll';.
t\ lne l1111" 'n L'-f\ l n': Ill11'~ nl': Bihliotl'ca CI~I,;,;ic,1 Bata , a. Le iden. Brill
l' alla, -I\li b s: RnU l' d ' l~ tlI d e '; .-\ nliq ul's.., olll<,U';,... I'IC';';':, dl' 1'1 :ni.. lTSil,; d u t\ lirail.
ru
(jUl'rru (' / '<1:: l/ O .\ I II/ /(/u .III/igo
\lorg"I"id" ,1I" I"i(/ de
Carvalho c\' l 'cdro 1'(/111" . 11>1",,11 F ' !I/ul"i
I'huc1ll'i -Thc l'hocnix : the I ourna ] 01' thc Ci. h s ie,¡J \ , ,;,,eial iol1 ,,1' Clllad:1. Tnroni o.
Ont .. University 01' Foronto PI'.
n I 'CC -O uadcru i l lrb iuat: di Cultur.: C b s, il'¡l. ROill ,1. (il-:l,
RH - Rcvue l listorique. I\ lris. I'ressc s Univcrsiiai rc«
'1'.. \1'11/\ -T ransaction s ami Pn 1 ceeding,,; 01' thc
Dccu tur. Ga, Scholars l' r.
vmcricun I'hii ,'gi l'al t\ ssll,·ialillll.
-t bstract: This articlc is uu uc c! u/ d<'ulillg witl¡ .1(1/11, ' I"CCL'II/ cp i sh' /I/II ! " g icu / cliscussions
about Xliliturv Hist orv..,1 ('(1.1'<' SI1/(!\' l'I.: g([l'dillg tlrc . /II l'Í" 1I1 . Im i q u i n· is I II' I's<'lI /c<I.
Such .I/ U' {¡' I'l' (t'I'S / 0 a tcst itnonv o] ..I /l liu II US ,\ /u /'c clill l/.I. author "{¡(I<' l t ' Cl'lI//II T . 1. /) ..
wl io \I'a.l' a 11/('1111> ('1' II(/h<, Rom u n Xlilitcnv . I !'IIll' "li d <,oll.l'<'I/I/l'/III1 ' II'I/S.1/1 e l cwit ncss
o( innu mcr ous bcutlcs il/\ 'O/Fi ll g !?II IIW II (¡ellel"o / {é1ll!1('1'1II".1 IIgaill.l / / 11, ' Burhariuus.
Tlns aniclc introduce» tlu: subjcct II{" I>l'tl,,, /e/' I'I.' .I ('II/'C/i. wiuclt I'('S/lIT.I· .fi-'IIII ,/1<'
ana lvsis II{ ¡{ /(// aut lror's I"<'/JO/" in 1'<,/<,1'<'11"" In /fI L' niilit.trv e.' i"''/il il J/I,\· otth« t-.'III/JCI"UI'
.11/ / 1<1/1.
/( ".1'1l'1J1't!.\·:
// '''1" .. .\ lili turv I listorv - . 1111111 icnu1.1' ,\ tanclinus