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O PROCESSO DE EXPANSÃO DO SETOR SUCROENERGÉTICO NA
REGIÃO CENTRO-OESTE BRASILEIRA
EL PROCESO DE EXPANSIÓN DEL SECTOR DEL AZÚCAR Y DEL
ALCOHOL EN LA REGIÓN CENTRO-OESTE BRASILEÑA
Autora: Simone Oliveira dos Santos - UFRJ
Email: [email protected]
RESUMO
A cana- de açúcar é um dos principais produtos agrícolas do Brasil, sendo o país
o maior produtor de cana e também o primeiro no mundo na produção de açúcar e
etanol, tendo como destaque a região Centro-Oeste que se apresenta como a principal
região de expansão da cultura canavieira e que cresce em razão do aumento da demanda
por etanol. O estado de Goiás é o segundo maior produtor de etanol no Brasil, e na
última safra se tornou o segundo maior produtor de cana-de-açúcar do país,
ultrapassando Minas Gerais, ficando atrás somente de São Paulo. O estado de Mato
Grosso, embora não esteja entre os principais produtores de cana-de-açúcar, apresenta
uma importante área de concentração no eixo da BR-364, com usinas que se inseriram
na região no período do Programa Nacional do Álcool (Proálcool). A chegada da canade-açúcar, tanto em Goiás quanto em Mato Grosso, indicam mudanças no uso do solo.
Sendo assim, o objetivo deste artigo é entender a diferença entre a expansão canavieira
no sudoeste de Goiás e no sudoeste de Mato Grosso (eixo da BR-364), em comparação
com outros usos do solo. Vale destacar que há uma limitação da expansão do setor na
região de Tangará, sudoeste de MT, em razão do zoneamento agroecológico da cana-deaçúcar. O recorte espacial dessa pesquisa compreende o Sudoeste de Goiás, com
enfoque em dezessete municípios, região de grande expansão da cana, e a Chapada dos
Parecis, em Mato Grosso, onde o cultivo se concentra. Esta pesquisa se faz necessária
para entender o reordenamento espacial, que se desenvolve pela ocupação do solo entre
os diferentes setores do agronegócio e compreender como tais processos transformam o
espaço.
RESUMEN
VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA - VII SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA
1a. JORNADA DE GEOGRAFIA DAS ÁGUAS (ISBN 978-85-237-0718-7)
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La caña de azúcar es uno de los principales productos agrícolas de Brasil, siendo
el país el mayor productor de caña y sus derivados: azúcar y etanol. La región CentroOeste brasileña presenta la mayor expansión del cultivo de la caña, influenciada por la
creciente demanda de etanol. El estado de Goiás es el segundo mayor productor de
etanol en Brasil, se convirtiendo en la última zafra en el segundo mayor productor de
caña, detrás solamente de São Paulo. El estado de Mato Grosso, aunque no esté entre
los principales productores de caña de azúcar, presenta una importante área de
producción en la BR-364, con Usinas establecidas durante el Programa Nacional de
Alcohol-Proálcool.
La implantación de la caña de azúcar en el estado de Goías y Mato Grosso,
indican cambios en el uso del suelo. Por lo tanto, el objetivo de este trabajo es
comprender la diferencia entre la expansión de caña de azúcar en el Sudoeste de Goiás y
Sudoeste de Mato Grosso ( área espacial de la BR-364), y hacer una comparación entre
los tipos alternativos de uso del suelo. Cabe destacar que la expansión del sector
sucroenergético en la región de Tangará, sudoeste de Mato Grosso, ha sido limitada
debido
el
Zoneamiento
Agroecológico
de
la
caña
de
azúcar.
El recorte espacial investigado es el Sudoeste de Goiás, con énfasis en 17 municipios,
que hacen parte de la gran región de expansión de caña, y la Chapada dos Parecis, en
Mato Grosso, donde se concentran lãs plantaciones. Este estudo es fundamental para la
comprensión de la reorganizaión espacial que se desarrolla debido la apropiación del
suelo entre los diferentes sectores de la agroindustria y cómo esos procesos transforman
el espacio.
Palavras - chave: cana-de-açúcar, competição, substituição de culturas agrícolas.
Palabras – clave: caña de azúcar, competencia, la sustitución de los cultivos
agrícolas.
Eixo de inscrição do trabalho: 6. Modernização da Agropecuária e Reestruturação
Produtiva
Introdução
A lavoura e a produção da cana-de-açúcar têm se expandido significativamente
no Brasil, sendo este produto uma importante commodity agrícola da pauta de
exportações brasileiras. Em Goiás a produção vem apresentando avanço significativo a
partir de 2008, principalmente no Sudoeste Goiano. De acordo com os dados da
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CONAB, o estado é o segundo maior produtor de etanol no Brasil, e na safra 2012/2013
se tornou o segundo maior produtor de cana-de-açúcar do país, ultrapassando Minas
Gerais, com uma produção significativa de 52,7 milhões de toneladas, isto é, 16% a
mais do valor de 45,2 milhões da safra 2011/2012, ficando atrás somente de São Paulo.
Esta produção apresentou um crescimento significativo a partir de 2008 no Sudoeste
Goiano, porém, no que se refere especialmente ao estado de Goiás, a expansão do
cultivo de cana-de-açúcar tende a entrar em conflitos com outros setores agrícolas por
áreas, já que essa região se destaca pela produção de pecuária bovina detendo grandes
extensões de terras.
Além da pecuária, outras culturas apresentam dinamismo nessa região, como a
soja e o milho, voltados para a cadeia carne/grãos, em função do clima favorável, da
topografia plana e da grande extensão territorial. Por sua significativa produção de
grãos, o estado de Mato Grosso vem se destacando como o maior produtor do país;
segundo estimativas da CONAB, a área cultivada de grãos obteve um incremento para
safra 2012/13 e se espera um crescimento de 698,1 mil de hectares. Entretanto, o cultivo
da cana-de-açúcar é uma atividade que, devido ao aumento da demanda por seus
subprodutos, o açúcar e o etanol, vem avançando no estado em áreas limítrofes às
cultivadas com soja. O estado de Mato Grosso, embora não se situe entre os principais
produtores de cana-de-açúcar, apresenta uma importante área de concentração no eixo
da BR-364, com usinas que se inseriram na região no período do Programa Nacional do
Álcool (Proálcool). A expansão da cana-de-açúcar, tanto em Goiás quanto em Mato
Grosso, vem revelando diferentes estratégias de mudanças no uso do solo. Sendo assim,
o objetivo deste artigo é entender as diferenças entre a expansão canavieira no Sudoeste
de Goiás e o avanço no eixo da BR-364, em Mato Grosso, considerando o uso do solo,
suas possibilidades e limites.
O recorte espacial dessa pesquisa compreende o Sudoeste de Goiás, com
enfoque em dezessete municípios, região de grande expansão da cana, e a Chapada dos
Parecis, em Mato Grosso, onde o cultivo se concentra. Para dar conta desta proposta
trabalhamos com as noções de espaço e técnica (Santos, 1996, Bernardes, 2005), regiões
produtivas (Santos,1985), regiões competitivas (Castillo, 2009). Para tal, foram
utilizados dados secundários, retirados do IBGE, MAPA, ÚNICA, CANASAT e
CONAB. Também foram utilizados, os dados primários obtidos do trabalho de campo
realizado pelo grupo de pesquisa NUCLAMB – UFRJ, no primeiro semestre de 2011 e
2013 em Goiás, e em Mato Grosso no primeiro semestre de 2011, com realização de
entrevistas para obtenção de dados e identificação do cenário espacial produtivo dos
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segmentos envolvidos. Este trabalho está em andamento e como resultados preliminares
é possível observar que a expansão do setor sucroenergético, no que se refere aos outros
usos e ocupação do solo nas duas regiões caminha de formas distintas. No Sudoeste de
Goiás o discurso aponta que expansão do setor está direcionada para áreas de pastagens
degradadas, porém, não podemos confirmar essa tendência, já que essas áreas não
seriam a opção necessariamente mais vantajosa, pois se verifica a presença de áreas de
outras culturas anuais na região, o que poderia resultar numa intensa competição entre
os atores envolvidos. Esse cenário também é observado na região de Mato Grosso,
entretanto ele vem associado a um fator limitante do zoneamento agroecológico da
cana, com vistas à consolidação da cadeia carne/grãos nessa região.
Abordagem Teórica
O processo de expansão do setor sucroenergético será analisado segundo um
ponto de vista sobre as relações entre agentes hegemônicos, técnica e competição por
territórios. A técnica é a principal forma de relação entre o homem e o meio. Através da
técnica, o homem cria e transforma o território. (SANTOS, 1996). Nessa concepção a
técnica é considerada por Santos como envolvendo “formas de produzir energia, bens e
serviços, formas de relacionar os homens entre eles, formas de informação, formas de
discurso e interlocução” (SANTOS, 2006, p.115). Assim, os sistemas técnicos inovam e
modernizam o espaço; esses sistemas movem a expansão do setor sucroenergético; essa
expansão é comandada por agentes hegemônicos (as empresas), e por isso esse sistema
técnico responde principalmente aos interesses desses agentes.
O território é um conceito fundamental para este trabalho, arena das relações de
poder em que se envolvem os atores hegemônicos. Santos (2002) entende que o
território configura-se pelas técnicas, pelos meios de produção, pelos objetos e coisas,
pelo conjunto territorial e pela dialética do próprio espaço (SANTOS, 2002). Deste
modo para o autor “o espaço reúne a materialidade e a vida que a anima” (1991;51),
formado por sistemas de objetos e sistemas de ações que interagem – os objetos que
movem o processo produtivo e as ações sociais que condicionam a produção (SANTOS
1996). Vale ressaltar que o setor sucroenergético, é o segmento da economia
responsável por produzir açúcar. Muitas usinas podem produzir, além de açúcar e/ou
álcool, energia elétrica, cujo excedente pode ser vendido ao sistema nacional de
distribuição dessa energia. “As épocas se distinguem pelas formas de fazer, isto é, pelas
técnicas” (SANTOS 1996).
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Outra noção de grande importância para este trabalho é o de regiões
competitivas que nos permite maior entendimento sobre a dinâmica dessas regiões do
agronegócio no Centro-Oeste e as possíveis mudanças que ocorreram com a expansão
da cana-de-açúcar nas regiões de estudos, resultando ou não em novas configurações do
espaço produtivo. A região competitiva é “Um compartimento geográfico caracterizado
pela especialização produtiva obediente a parâmetros externos (em geral internacionais)
de qualidade e custos. Nela reconhecemos as idéias de competitividade e
vulnerabilidade territoriais e, por isso, a região funcional aos mercados internacionais
pode ser adjetivada como competitiva” (Castillo, 2008, p.20). Assim, a competitividade
não é mais apenas um atributo de agentes particulares, mas um atributo de uma região –
que inclui vários agentes. Essas noções aplicadas à expansão do setor sucroenergético
em Goiás e Mato Grosso, ajudam na análise do território em duas regiões competitivas
do agronegócio.
Expansão do setor sucroenergético no Centro-Oeste
A expansão da produção de cana-de-açúcar no Brasil vem se intensificando. De
acordo com dados da Conab para safra 2012/2013, a área de cana em todos os estados
do Brasil obteve crescimento de 1,5%, ou seja, um acréscimo de 123 mil hectares em
relação à safra anterior. Na região Centro-Oeste, em 2011 havia 1.421.238 hectares
plantados de cana, segundo dados do IBGE-SIDRA. Dentre as quatros unidades
federativas que formam a região Centro-Oeste - Mato Grosso do Sul, Mato Grosso,
Goiás e o Distrito Federal - o estado de Goiás ocupa liderança na expansão do setor
sucroenergético, e dispõe de 34 usinas em operação, e o volume de cana processada foi
de 52.726.898 milhões de toneladas na última safra em 2012/13 de acordo com a Sifaeg.
É importante destacar, a abundância de recursos naturais dessa região, como a
topografia plana, a fertilidade do solo e a disponibilidade hídrica - com isso, há boa
expectativa do rendimento dos talhões de plantio de cana. Somados ao alto preço das
terras em São Paulo, e à proximidade com esse estado – que é o principal centro
consumidor e de exportação, além de fornecedor de equipamentos para as usinas e sede
dos escritórios das grandes empresas do setor – esses são elementos de atração e,
portanto, os atores hegemônicos do setor expandem a produção canavieira para esta
região.
Mapas 1 e 2: Áreas Produtoras de Cana - de - açúcar no Brasil mos anos 2000 e
2011.
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Fonte: SIDRA/IBGE (2012) – Elaboração: Wanderson Silva.
Os mapas acima mostram as áreas produtoras de cana-de-açúcar no Brasil na
última década, é possível observar que em 2000 as áreas de maior produção desta
gramínea se situavam no Centro-Sul e com áreas de média e alta produção no Nordeste
e no Centro-Oeste. Em 2011, o destaque está na expansão do setor canavieiro em
direção ao Centro- Oeste com áreas de alta concentração, embora, o eixo de maior
consolidação seja o Centro-Sul, que inclui o Sudeste, Sul e Centro-Oeste, o crescimento
dessas áreas vem associado à implantação de novas usinas na região do Centro-Oeste,
apresentando como uma das causas o aumento da demanda por etanol como alternativa
energética, além da importância do país, como primeiro produtor mundial de açúcar. É
importante destacar, a abundância de recursos naturais dessa região, como a topografia
plana, a fertilidade do solo, a disponibilidade hídrica, a expectativa do rendimento dos
talhões, proximidade da lavoura com a usina, elementos favoráveis receptores de
atração para os atores hegemônicos do setor em expandir a produção canavieira para
está região. Contudo, a região que apresenta os maiores estados produtores da cultura
canavieira é o Centro-Sul, que de acordo com a Conab para safra 2012/13 teve um
acréscimo de área em 2% ou 146,31 mil hectares, área por excelência de maior
expansão do setor.
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Mapa 3: Expansão da cana no Centro-Sul do Brasil, por município, safras 2003/4 a
2012/13.
Fonte: CANASAT (2012) /SIDRA - IBGE (2012) – Elaboração: Lourenço Moreira
O mapa acima mostra a variação da área plantada com cana-de-açúcar por
hectare no período indicado na região Centro - Sul do Brasil. Dados que foram retirados
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do IBGE e do Canasat em âmbito municipal. É importante observar que as áreas que
houve maior expansão da cana se destacam os municípios de São Paulo, Goiás, Minas
Gerais, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, os outros municípios em escala de cor cinza
essa expansão foi nula. O que demonstra a importância do eixo Centro-Sul na expansão
do setor canavieiro, que se move para está região em função das vantagens em
infraestrutura, além da proximidade com o principal estado produtor.
Avanço da lavoura canavieira em Goiás
O cultivo da cana-de-açúcar avançou significativamente em Goiás. Este estado
se tornou o segundo maior produtor desta gramínea, ficando atrás somente de São
Paulo. De acordo com dados da Sifaeg e Sifaçúcar para safra 2012/20113 – esse estado
é o segundo maior produtor de etanol, segundo de bioeletricidade e quarto maior
produtor de açúcar entre os estados produtores. Em relação a safra anterior, observou-se
também um aumento da área plantada em Goiás para safra de 2012/2013 com 850 mil
hectares, crescimento associado a investimentos do setor na renovação dos canaviais. É
importante destacar que 90% da colheita da cana-de-açúcar é mecanizada, em razão da
legislação ambiental que proíbe a pratica das queimadas a partir de 2017, neste caso, a
cana só poderá ser cortada crua. Segundo levantamentos da Conab para a mesma safra
2012/13 houve em Goiás um aumento de 8,55% (725,91 mil hectares) em área cultivada
em relação a safra anterior.
Goiás opera com 34 usinas nessa última safra, com processamento somado de
52.726.898 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 17% em relação à
safra 2011/2012, segundo dados Sifaeg (2013). O crescimento da cana-de-açúcar
também é resultado da demanda pelos seus derivados, o açúcar e o etanol, sendo este
último de grande importância para o mercado interno, principalmente a partir de 2003,
ano de entrada dos carros flex fluel no Brasil. Alguns elementos que movem a expansão
do setor são os fatores edafoclimáticos, referente às – condições de solo e clima – a
topografia, a logística, infraestrutura e prioridade por áreas ocupadas pelos grãos em
detrimento das pastagens degradadas.
Outro fator que estimula os usineiros a se moverem para esta região é o valor da
terra – o custo do arrendamento é favorável para os produtores, é baixo comparado ao
estado de SP. Contudo, nesse estado a pecuária detém grande importância – a
bovinocultura é uma das principais atividades em Goiás, somada a outras atividades,
como o cultivo da soja e do milho, muito importantes para o agronegócio goiano. A
entrada da cana-de-açúcar resultou em uma reorganização do território principalmente
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no Sudoeste de Goiás, nos municípios de Rio Verde, Quirinópolis, Jataí, Montividiu,
Mineiros, Serranópolis, Perolândia, Chapadão do Céu, Aporé, Portelândia, Aparecida
do Rio Docê, Paranaiguara, Caçu, São Simão, Itarumã, Itajá e Cachoeira Alta – são
esses os municípios de grande expansão da cana em Goiás.
Gráfico 1: Área Plantada (ha) com cana-de-açúcar no estado de Goiás
Goiás
800000
700000
600000
500000
400000
Goiás
300000
200000
100000
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Anos
Fonte: IBGE – Produção Agrícola Municipal (2013)
O gráfico 1 mostra o crescimento quase contínuo da área planta com cana-deaçúcar na última década. Essa expansão está muito associada à implantação de novas
usinas do setor sucroenergético no estado – ao todo eram 51 usinas agosto de 2011,
dentre as quais 34 usinas estavam em operação, e as demais em processo de
implantação ou em projeto, de acordo com dados da Sifaeg (2013).
Gráfico 2: Área Plantada com cana-de-açúcar no Sudoeste de Goiás
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9
60000
50000
40000
30000
Serranópolis
São Simão
Rio Verde
Quirinópolis
Portelândia
Perolândia
Paranaiguara
Montividiu
Mineiros
Jataí
Itarumã
ha
Itajá
2009
Chapadão do Céu
0
Caçu
2008
Aporé
10000
Cachoeira Alta
2007
Aparecida do Rio Doce
20000
2010
2011
Fonte: IBGE – Produção Agrícola Municipal (2013)
O gráfico 2 destaca a área plantada na microrregião do sudoeste de Goiás no
período entre 2007 e 2011. Essa área em grande parte desses municípios cresceu
consideravelmente, principalmente no município de Quirinópolis que nesses últimos
anos obteve altos valores de área plantada de cana. Assim, a expansão da cana-deaçúcar nesta região pode resultar em uma nova reorganização espacial e provocar
competição pelo uso do solo, uma vez que tal região se destaca pela tradicional
produção pecuária e o importante setor de grãos – principalmente a soja e o milho, que
além de serem commodities fundamentais na pauta de exportação do país, são
importantes componentes utilizados na ração para alimentação dos bovinos – esse é o
elo da cadeia carne/grãos.
A atividade sucroenergética em Mato – Grosso
O cultivo da cana - de - açúcar no estado de Mato Grosso começa ganhar
destaque na sua produção no início do século XX, inicialmente as usinas produziam
somente açúcar, com os incentivos do Governo passou a produzir também álcool,
principalmente a partir da criação em 1975 do Programa Nacional de Álcool do
Governo Federal – Proálcool. Que visa o estimulo da produção de etanol, como
biocombustível para uma alternativa energética para o mercado interno em função da
crise do petróleo que se iniciou naquele período. Vale ressaltar que a plantação por
hectares de cana tem um retorno elevado para os agricultores, sendo está cultura muito
lucrativa. De acordo com dados da Conab, para a safra 2012/13 apresenta valores de
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área de 235, 500 (ha), representou uma variação de 7% em relação a safra anterior. A
atividade sucroenergética presente nesta região é formada por usinas tradicionais, cujo
grande maioria se moveram para Mato-Grosso no período do Proálcool (década de 70),
o setor se concentra na grande região de Tangará da Serra, sudoeste de Mato-Grosso,
formado pelos municípios de Barra do Bugres, Campo Novo do Parecis, Denise, Nova
Olímpia e Tangará da Serra.
Vale destacar, que esta região é por excelência de consolidação e expansão dos
grãos, sobretudo soja e milho, o estado se destaca nestas produções e ocupa liderança a
nível nacional na produção desta commoditie. A soja é o carro chefe da pauta de
exportações do país, alçando elevado crescimento nas cotações com o mercado
internacional, Segundo dados da Conab, a área estimada nacional de soja é de 27,65
milhões de hectares, ou seja, 10,4% a mais que os 25,4 milhões de hectares na safra
anterior 2011/2012, Cujo maior crescimento dessa área é observado no estado de Mato
Grosso, onde se estima um aumento de 837,7 mil hectares, superando os 6,98 milhões
de hectares da safra passada 2011/2012, para 7,82 milhões na atual safra, 2012/2013. O
estado Mato-grossense ocupa o primeiro lugar em produção na segunda safra de milho
2012/13, com valores de área em 3.306,8 mil/ha de acordo com dados da Conab.
A área de cana em Mato Grosso se concentra no sudoeste e a sua expansão tem
limitações com as áreas de grãos que estão consolidadas e apresentam crescimento
contínuo em sua área de produção, somado ao zoneamento agroecológico da cana-deaçúcar - ZAE, projeto de lei (PL) 6.077 de 2009, que proibia o cultivo nos biomas
Amazonas, Pantanal e Bacia do Alto Paraguai, sendo esta última localizada próximo á
área de concentração da cana em Mato Grosso, onde estão 70% da área plantada com
cana, cerca de 160 mil hectares de acordo com dados do (Sindalcol/MT). Contudo este
projeto sofre alteração a partir da aprovação de novo projeto de lei (PLS 626/2011),
aprovado em maio/2013 e que admite o plantio da cana na Amazônia Legal, nas áreas
desmatadas e nos biomas Cerrado e Campos Gerais, porém o plantio só poderá ocorrer
em 20% das áreas desmatadas autorizadas pelo Código Florestal. Este novo projeto visa
o desenvolvimento da produção de biocombustiveis pela cana nesta região.
Gráfico 3: Área Plantada (ha) com soja nos municípios de estudo no período de
2007 – 2011.
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350000
300000
250000
Barra do Bugres
200000
Denise
Nova Olímpia
150000
Campo Novo do Parecis
100000
Tangará da Serra
50000
0
Soja
2007
2008
2009
2010
2011
Fonte: IBGE – Produção Agrícola Municipal
Gráfico 4: Área Plantada (ha) com milho nos municípios de estudo no período de
2007 –2011.
120000
100000
80000
Barra do Bugres
Denise
60000
Nova Olímpia
Campo Novo do Parecis
40000
Tangará da Serra
20000
0
Milho 2007
2008
2009
2010
2011
Fonte: IBGE – Produção Agrícola Municipal
Nos gráficos 3 e 4 podemos observar a área plantada com milho e soja nos
últimos cinco anos nos municípios de estudo. Com exceção de Campo Novo do Parecis
que é o quarto maior produtor de soja e milho dentro do estado e do município de
Tangará da Serra, que apresenta um crescimento contínuo na área de soja e variações
quanto ao crescimento na área de milho que em 2009 teve redução de sua área, tendo
como uma das causas a crise econômica internacional. Contudo a partir de 2010 volta a
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crescer a área plantada com milho, resultado do aumento da exportação deste grão para
o mercado externo. Os outros municípios não se destacam nesse setor de grãos,
apresentam pequena área plantada desses cultivos, quando não nula. A atividade
sucroalcooleira em Mato Grosso exerce bastante influência para os municípios que as
usinas estão presentes, pois o setor gera empregos e aquece a economia de seus
municípios com a participação em arrecadação. Muitos municípios em Mato Grosso não
sobreviveriam se a usina fechasse. No sudoeste de Mato Grosso a atividade
sucroenergética para aumentar sua área de expansão seria necessário adentrar em outras
áreas consolidadas de outros setores, seja a dos grãos ou de pecuária.
Gráfico 5: Rebanho e áreas de Pastagens em Mato Grosso
Fonte: Fomato/Imea – Grupo de estudos em Bovinocultura de corte (Gebov/UFMT).
No gráfico acima que destaca o rebanho e a área de pastagens no período de
2005 a 2010 no estado de Mato Grosso, podemos observar que a área de pastagem
pouco se altera de um ano para o outro, se destaca pela continuidade. Enquanto o
rebanho se destaca por um salto significativo do seu número de cabeças, o que nos
indica que embora a área não esteja em crescimento o efetivo de rebanho não está se
alterando, uma das técnicas utilizada pelo pecuarista é o confinamento, o que pode ser
uma alternativa para liberar está área para arrendamento de outra cultura agrícola. A
expansão da cana em Mato Grosso pode gerar conflitos entre os atores hegemônicos
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envolvidos pelo território e resultando num novo ordenamento territorial para aquela
região.
Diferenças da expansão canavieira entre Goiás e Mato – Grosso
A expansão canavieira que se desenvolve no estado de Goiás se moveu pela
onda de expansão do setor sucroenergético em direção ao Centro-Oeste. Sendo
motivado por diversos fatores, como proximidade com o estado de São Paulo que é o
maior produtor e também centro consumidor, preço da terra, os solos férteis favoráveis
para a plantação da cana, infraestrutura de escoamento, proximidade dos canaviais com
as instalações das usinas.
A tendência da expansão canavieira para Goiás inicialmente visava ocupar ás
áreas de pecuária, contudo, as pastagens degradas são áreas que necessitam correção do
solo e requer mais investimentos para recuperação. A expansão do setor sucroenergético
tende a gerar em uma reorganização no estado pelo uso do solo, somada a outras
culturas presentes no território. Já que, estamos trabalhando num território que
apresenta três atividades de grande importância para o agronegócio: havia ali um
circuito espacial que era o da pecuária, cujas terras estavam em fase avançada de
degradação, o da produção de cana-de-açúcar, que teve como proposta inicial entrar em
Goiás para ocupar as terras de pastagens, ou seja, a conversão de áreas de pecuária em
produção de cana. Porém existia ali mais outro circuito que é o da soja e do milho, cujas
terras eram as melhores, o que propiciou competição entre os atores responsáveis por
esses usos do território. Cabe destacar que, nas áreas degradadas, a tendência é fazer
confinamento e ocupar menos áreas, em outras a atividade passa a ser semi-extensiva,
ocorrendo mudança quanto ao uso dessas áreas, que são beneficiadas com melhorias e
correções para recuperação do solo, com isso obtendo pastagens melhoradas.
Contudo, o que se percebe é a tendência da expansão da cana se mover em áreas
de soja, com topografia plana, em melhores solos, já preparadas, com maior facilidade
de obtenção de maior produtividade, levando à disputa com o segmento cadeia
carne/grãos. A cana-de-açúcar por ser uma cultura semi-perene – o que dificulta a
rotação de culturas e o arrendamento para culturas permanentes. O arrendamento em
Goiás é um fator de atração para os usineiros, pois o valor do arrendamento das terras
no estado é baixo, o contrato deve contemplar o mínimo de cinco safras ou cinco cortes,
podendo o contrato ser ampliado para dez a vinte anos. O arrendamento é diferenciado,
em geral o contrato com os sojicultores o tempo é menor, em média seis anos e o
contrato feito com os pecuaristas são maiores, em torno de quinze anos, a diferença no
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tempo de vigência dos contratos evidencia a cautela e insegurança da usina quanto o
preço dos grãos no mercado externo.
Outro fator que influência o preço do arrendamento, é a diferença de distância
do canavial com a usina, não podendo ultrapassar um raio aproximadamente de 40 a 50
quilômetros para que a cana não perca o teor de sacarose. Outros elementos que
motivaram a expansão do setor para o estado foram os programas públicos implantados
na região, como Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste – FCO que
visa contribuir para o desenvolvimento econômico e social, voltados para programas no
setor rural e empresarial que fosse favorável ao mercado externo. Além dos fatores já
mencionados acima que foram focos de atração para os usineiros moverem sua
produção para Goiás, as áreas de expansão são as mesmas das outras culturas e
atividades já consolidadas na região, que são as áreas de soja, milho e de pecuária. O
que tende a ocasionar uma série de conflitos pelos atores hegemônicos pelo uso do solo,
contudo, essa onda de expansão do setor sucroenergético rumo ao estado de Goiás ainda
é intenso, onde as áreas são bastante vantajosas para os usineiros e região de estratégia
para consolidação do setor no eixo Centro-Sul.
Os fatores climáticos, pedológicos, infraestrutura, também foram elementos
favoráveis para entrada e permanência do setor canavieiro em Mato grosso. Contudo, a
expansão no estado mato-grossense se desenvolveu de forma bem distinta da ocorrida
no estado de Goiás. As usinas que se instalaram lá são antigas e foram para Mato
Grosso movidas por ações e política implantadas pelo governo, como o programa
nacional do álcool - Pró-álcool (1975), em substituição a gasolina que naquele período
se encontrava com preços elevados em função da crise do petróleo (1973), o que
motivou o governo nacional a investir em políticas favoráveis ao incremento e produção
do álcool. Nesse contexto, podemos observar que o setor sucroenergético presente no
estado de Mato grosso, concentrado nos municípios de Barra do Bugres, Denise, Nova
Olímpia, Campo Novo do parecis e Tangará da Serra é um setor tradicional dessa região
e cujo as usinas detém importante influência econômica para os municípios. A expansão
que estava avançando em áreas limítrofes as cultivadas com soja e milho resultou em
disputas territoriais entre os setores envolvidos. Ao se territorializar, o setor
sucroenergético tende a adentrar em áreas agrícolas e assim como Goiás o estado matogrossense também ganha espaço em áreas pelas vantagens do arrendamento.
Os canaviais aumentam o preço das terras, o arrendamento de um hectare para
cana - de - açúcar vale em torno de – 25 sacas de soja, enquanto que o arrendamento do
mesmo hectare para soja está em torno de 15 sacas de soja por ano. Esse tipo de
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contrato beneficia os donos das terras que lucram mais arrendando para a cana e
prejudica os produtores de grãos, já que perdem concorrência por áreas com as usinas
que podem pagar mais. Contudo, atualmente a expansão por áreas de cana nessa região
está reduzida. Em função das áreas prioritárias de grãos que se concentram na Chapada
dos Parecis e que destacam grande importância econômica para o estado, na pauta de
exportações no mercado internacional, ou seja, os maiores investimentos na região estão
direcionados para a cadeia de carne e grãos, além de questões referentes ao zoneamento,
que embora a nova lei (PLS 626/2011) regulamente a expansão do setor, tal expansão é
limitada devendo ocorrer em 20% nas áreas desmatadas autorizada pelo Código
Florestal. O que seria um fator de repulsão para entrada de novas usinas na região ou
expansão das antigas usinas concentradas nesse eixo.
Considerações Finais
A área de expansão da cana-de-açúcar no Sudoeste de Goiás e no Sudoeste de
Mato grosso (BR-364) mesmo que de formas diferenciadas em seu processo de
expansão, demonstra que o avanço tem reorganizado as áreas do agronegócio, buscando
compreender de que forma vem se desenvolvendo a organização e mudanças do avanço
da cana-de-açúcar para áreas agrícolas e de pecuária ali já estabelecida. Embora a
tendência de expansão da cana-de-açúcar na região de Goiás estivesse programada para
a recuperação das áreas de pastagens, o circuito espacial da produção do segmento
bovino não foi totalmente alterado por essa atividade, sofrendo alterações internas ao
ampliar o confinamento, já que as áreas de pecuária em função das condições de solos
degradados e pouco fértil, o que influencia no custo de implantação da lavoura
canavieira, em função da maior quantidade no uso de insumos agrícolas para correção
do solo.
Neste caso, o setor sucroenergético, priorizou em buscar áreas que atendessem
melhor suas necessidades, que eram exatamente as utilizadas com soja e milho, que
exigiam menos investimentos e de fácil mecanização. Ao se territorializar, o setor
sucroenergético vem modificando as territorialidades já estabelecidas pelo setor soja,
fazendo com que os interesses de diferentes grupos se enfrentem na disputa territorial.
Embora a expansão da cana, na região de Mato grosso, possivelmente pudesse
ocupar as áreas de soja e milho, que são áreas que exigiam menos investimento e de
fácil mecanização, isso pouco ocorreu, resultado da importância econômica desse setor
para esta região. A tendência foi a diminuição das áreas de pastagens nos últimos anos,
o que nos sugere que possivelmente a cana se expandiu para as áreas de pecuária. Além
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da limitação da cana, devido a mudanças quanto ao projeto de lei do zoneamento
agroecológico nessa região, somado a força de outras commodities, essa expansão ficou
estacionada.
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