Colóquio Internacional sobre Violência Política no

Transcrição

Colóquio Internacional sobre Violência Política no
Colóquio Internacional sobre Violência Política no Século XX
Resumos das comunicações
Painel 1 – Repressão, trauma, memória: as marcas da violência
Iby Montenegro da Silva (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), “Dimensões da memória da repressão
política no campo”
[PT] O presente trabalho visa identificar e analisar a maneira como trabalhadores rurais, seus familiares e atores envolvidos
nos conflitos sociais no campo se lembram e narram as memórias sobre a repressão política que os atingiu durante a ditadura
civil-militar no Brasil (1964-1985). Esta reflexão vai se basear nos dados obtidos até o momento na pesquisa “Conflitos e
repressão no campo no estado do Rio de Janeiro (1946-1988)”, voltada para auxiliar os trabalhos da Comissão da Verdade do
Rio de Janeiro. A pesquisa realizada até o momento tem mostrado diferentes dimensões da memória da repressão política
contra os trabalhadores rurais durante o regime civil-militar: uma ausência de memória historiográfica sobre o tema; memórias
dos atores silenciadas por medos e traumas; memórias negadas devido a expulsão dos trabalhadores dos locais onde eles
viviam; memórias que dão destaque aos eventos da repressão; outras aos episódios de resistência; memórias reconfiguradas a
partir de mudanças na legislação; memórias ativadas por desejo de reparação; situações de “descaso” com a memória;
memórias herdadas por familiares. Neste trabalho vamos descrever e analisar essas dimensões das memórias a partir dos
dados obtidos e a luz do debate teórico-metodológico sobre o tema.
Marcos Tolentino (Universidade Estadual de Campinas), “Os testemunhos dos ‘sobreviventes dos centros clandestinos
de detenção’ no arquivo oral do Memoria Abierta”
[PT] O objetivo de nossa comunicação é analisar as memórias dos indivíduos que sobreviveram à passagem pelos centros
clandestinos de detenção que funcionaram durante a última ditadura civil-militar argentina (1976-1983). Partimos da
observação que há poucas análises e investigações empíricas acerca dos efeitos da repressão sobre suas trajetórias e memórias;
das formas encontradas por eles para reconstruir suas identidades arrasadas pela situação limite do sequestro, da tortura e do
desaparecimento; e das possibilidades de reinserir-se socialmente e politicamente, e de participar das iniciativas de memória,
verdade e justiça. Dessa forma, analisaremos um conjunto de testemunhos audiovisuais produzidos e arquivados pelo Archivo
Oral do Memoria Abierta, no qual encontramos para a consulta pública 192 testemunhos sob a categoria de “sobrevivientes de
centros clandestinos de detención”. Acreditamos que a importância desses testemunhos para as discussões em torno das
memórias de processos traumáticos e de violência está na busca da valorização da subjetividade do entrevistado. Logo os
testemunhos não se tornam apenas registros do terror vivido e conhecido nos centros clandestinos de detenção; mas
documentos importantes param se analisar os sentidos, dilemas, disputas e estigmas presentes na construção de um perfil de
vítima da ditadura.
Paula Godinho (Instituto de História Contemporânea – Universidade Nova de Lisboa), “Memórias de pedra na Galiza
e no norte de Portugal: usos do passado e o lugar do devir”
[PT] A guerra civil espanhola (1936-1939) foi um momento liminar, que alterou (e suprimiu) inúmeras vidas. Devido às
características inerentes ao processo político – longa ditadura (1936-1975) e transição pactuada, que impediu o confronto dos
campos políticos e que tornou irrecuperável a memória dos vencidos – prolongou o momento de crise, atrasando a
desprivatização de memórias. Esta longa liminaridade provocada pela guerra, como facto anti-social total, viria a ter vários
momentos de remate, encerrando esse longo intervalo no tempo, que estabeleceu uma fronteira entre um antes e um depois na
vida individual e coletiva. Nesta comunicação indago três momentos de evocação de passados tremendos, associados à
aposição de placas evocativas que pretendem deixar constância de acontecimentos dramáticos e de vidas interrompidas.
Pretendo interpelar os usos públicos do passado a partir de situações que contrariam os silêncios e omissões continuadas, e
que não são consensuais: (1) a placa colocada em Dezembro de 1996 na aldeia transmontana de Cambedo da Raia; (2) a
homenagem em Ourense e em Monção, com inauguração de um monumento com o nome das vítimas portuguesas do
franquismo na Galiza, em Maio de 2012; (3) o descerramento, em Junho de 2012, de uma placa de homenagem a três
trabalhadores portugueses que construíam o caminho-de-ferro entre Zamora e Ourense e que foram assassinados em 1936.
Rui Bebiano (Centro de Estudos Sociais – Universidade de Coimbra), “Párias ou resistentes? Memória, culpa e
silenciamento do Holocausto ao Gulag”
[PT] Boa parte da memória escrita dos sobreviventes dos campos de concentração, sejam eles de trabalho ou de extermínio,
impõe uma dimensão simbólica da irreversibilidade do passado: aqueles que os habitaram na condição de prisioneiros, e
sobreviveram para contar a sua experiência, jamais abandonaram de todo as rotinas e os condicionamentos impostos pelos
longos anos de uma vida sem lugar para a transgressão ou a esperança. Os testemunhos daqueles que foram empurrados para
os lagern nazis insistem nesse aspeto, denunciando a incapacidade absoluta para dizer aquilo que para eles se tornou indizível.
Conservaram sempre uma posição ambígua: como vítimas do horror e da violência mais extremos, mas culpados por lhe
terem sobrevivido a serem incapazes de «contar» de todo a sua experiência. Sob condições ao mesmo tempo diversas e
análogas, os sobreviventes dos campos do Gulag soviético partilharam idêntica dificuldade, com a agravante da propagação
da sua experiência se fazer em circunstâncias politicamente menos «consensuais» dos que a daqueles que sobreviveram ao
encarceramento em massa levado a cabo pelos nazis e pelos seus aliados. O objetivo desta comunicação é proceder, a partir de
uma leitura comparada de testemunhos de diverso tipo, a uma abordagem deste drama partilhado, mostrando como o universo
concentracionário toma conta do presente e do futuro daqueles que foram forçados a habitá-lo, condicionando a representação
da sua memória.
1
Painel 2 - Experiências de luta armada na América Latina
Carla Luciana Silva (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), “Tríplice Fronteira e lutas armadas na ditadura
brasileira”
[PT] A proposta desta comunicação é apresentar alguns resultados do projeto de pesquisa Ditadura no Oeste do Paraná
(CNPq), que abrange uma vasta área territorial compreendida como região da Tríplice Fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai).
Neste espaço observa-se uma forte presença da Ditadura Militar através de grupos de resistência armada. A pesquisa permite
avançar na compreensão das formas de repressão, que se dava tanto pela presença das Forças Armadas, pelo aprimoramento
das técnicas repressivas da Polícia. A análise dá conta da presença de grupos vinculados a movimentos sociais (Grupos dos
Onze) e organizações de resistência armada como VAR-Palmares, na cidade de Nova Aurora; MR8 (Movimento
Revolucionário 8 de outubro), na cidade de Medianeira; e VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), próximo a Foz do Iguaçu
(zona de fronteira direta). Buscamos, através da tomada de depoimentos orais e análise de documentos da época, recuperar a
história dos grupos tais como: formas de organização, contato nacionais e internacionais, treinamento de guerrilha, prisões,
torturas, coerção em locais de moradia e trabalho. Os depoimentos reunidos na pesquisa dão conta de em torno de duas
dezenas de militantes que relatam experiências vividas e o impacto que a repressão deixou em suas trajetórias. Além de
documentos provenientes de órgãos de repressão e (alguns de origem militantes), imprensa, usamos como fontes textos de
memória produzidos pelos próprios militantes.
Fabricio Teló (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), “Experiências de prática armada em áreas rurais: o
caso da VAR-Palmares na Gleba Nova Ribeira, Cachoeiras de Macacu/RJ, Brasil”
[PT] O presente trabalho tem por objetivo investigar a construção de uma experiência de formação de guerrilha rural na
localidade denominada Gleba Nova Ribeira, município de Cachoeiras de Macacu, Estado do Rio de Janeiro, Brasil, durante o
regime civil-militar (1964-1985), por iniciativa da organização Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares),
oriunda da fusão entre o Comando de Libertação Nacional (Colina) e a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), com a
participação de um grupo de camponeses locais. Busca-se apreender como se deu o processo de aproximação entre as
lideranças da referida organização e os camponeses, destacando o papel de mediação assumido pelo pároco local, Padre
Gerson da Conceição Almeida e problematizando sua própria adesão ao grupo. A intenção é entender o que convenceu essas
pessoas a se engajarem em uma forma de mobilização até então considerada imoral e condenável, ou seja, como as pessoas
passaram a reenquadrar as situações (a prática armada) de impraticáveis para praticáveis. A metodologia utilizada é a história
oral, com a realização de entrevistas com sobreviventes do grupo, como Rosalina de Santa Cruz e Geraldo Leite, e
camponeses com quem os integrantes do grupo conviviam, além da pesquisa em arquivos produzidos pelos órgãos de
repressão.
Gilberto Calil (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), “Revisionismo e embates em torno da memória: a
abordagem de Elio Gaspari sobre a repressão e a resistência à ditadura brasileira” / “Revisionism and conflicts about
the memory: Elio Gaspary`s approach on the repression and resistance to the Brazilian dictatorship”
[PT] Na última década há um intenso debate em torno das interpretações relativas à ditadura brasileira, em meio ao qual se
disseminou uma posição que caracterizamos como “revisionista”, pois promove a amenização da responsabilidade dos
repressores, oculta o sentido classista do Golpe de 1964 e da ditadura e responsabiliza os grupos de resistência armada pela
repressão desencadeada. A série de livros do jornalista Elio Gaspari, publicada entre 2002 e 2004 e relançada em versão
atualizada em 2014, destaca-se como expressão desta posição revisionista. Propomos analisar esta obra, com ênfase na forma
como é apresentada a repressão e a resistência à ditadura. Gaspari promove uma divisão entre os ditadores, distinguindo
“moderados” e “duros”, negando a responsabilidade dos primeiros pela repressão desencadeada e omitindo seu papel
fundamental na constituição do aparato repressivo. A repressão é atribuída ao suposto “descontrole” dos órgãos repressivos,
que em sua interpretação estariam agindo de forma autônoma. Complementarmente, a resistência armada é sumariamente
condenada, desconsiderando as condições concretas em que se deu a opção pela luta armada e muitas vezes reproduzindo
argumentos oriundos do próprio aparato repressivo. Propomos refletir sobre o sentido desta interpretação e sua conexão com
alguns movimentos historiográficos de reinterpretação da ditadura brasileira.
[EN] In the last decade, there was an intense debate about the interpretations of the Brazilian dictatorship, in which has been
disseminated a position that we characterized as “revisionist”, because it promotes a relief on the responability of repressors,
hides the classist meaning of the Coup of 1964 and dictatorship, blaming the armed resistance groups by the repression
unleashed. The book series by journalist Elio Gaspari published between 2002 and 2004, and rereleaser in 2014, stands out
as an expression of this revisionist stance. We propose to analyze this work, with an emphasis on how is presented the
repression and resistance to dictatorship. Gaspari promotes a division among dictators, by distinguishing “moderates” and
“hard”, denying the responsibility of the first by the repression unleashed and omitting their fundamental role in the
constitution of the repressive apparatus. We propose to reflect on the sense of this interpretation and its connection to some
historiographical movements of reinterpretation of the Brazilian dictatorship.
Pablo Baisotti (Università di Bologna), “La resistencia armada peronista: Montoneros” / “The peronist guerrilla’s
resistance: Montoneros”
[EN] The fall of argentine president Perón in 1955 provoked a fundamental shift in the political and social relationships with
devastating consequences: the rise of "resistance" groups and then, urban guerrilla groups that operated since the mid-sixties
to the late seventies. One of those guerrilla groups were the Montoneros, and its history is tied to one of the most terrible
pages of Argentina’s history: the coup d’etat of 1976.
2
Painel 3 – Violência política em Portugal na primeira metade do século XX
Albérico Afonso Costa Alho (Instituto de História Contemporânea – Universidade Nova de Lisboa), “Violência política
do Estado contra os ‘de baixo’ no contexto da I Guerra Mundial – Um aviso contra aos opositores à Guerra”
[PT] A banalização da utilização da pena de morte no quadro da guerra é um dos expoentes máximos da violência política por
parte do Estado contra os mais frágeis. Nesta comunicação pretende-se proceder à análise das circunstâncias em que foi
reintroduzida a pena de morte no nosso país, no quadro da participação de Portugal na I Guerra Mundial. Analisar-se-á,
igualmente, o julgamento do soldado João Almeida, o alvo desta condenação. Nessa análise, equacionar-se-á, se foram
cumpridos os requisitos mínimos de uma justiça substantiva, se foram concedidas garantias de defesa ao acusado, ou se
apenas se tentou recriar a coreografia elementar de um tribunal para uma sentença previamente delineada, anunciada e
proferida. Esta condenação à morte, a única ocorrida no Portugal abolicionista, pode configurar um crime em que o Estado é
autor. Os dados disponíveis indiciam podermos estar perante uma deliberação consciente de uma pena de morte a quem não
tinha cometido o crime pelo qual vinha acusado, a deserção, sendo que o caso em análise pode não se integrar propriamente
na galeria dos erros judiciais ainda que grosseiros, integrando antes a categoria do crime sopesadamente praticado para servir
de paradigma punitivo a quem efetivamente quisesse desertar. A correspondência trocada, os depoimentos produzidos, os
tempos processuais, as circunstâncias objetivas e subjetivas em que a pena é ditada e a condenação concretizada, apontam no
seu conjunto para um simulacro de justiça, uma farsa judicial, cujo primarismo permanece intacto quase cem anos depois da
sua ocorrência.
João Madeira (Instituto de História Contemporânea – Universidade Nova de Lisboa), “Legião Vermelha: radicalização
e violência política na crise da República”
[PT] Entre meados de 1922 e a queda da República em 1926, particularmente num contexto já de refluxo do movimento
operário, um conjunto de acções violentas começam a ser associadas pela imprensa, pelas polícias e pelos Governos a uma
organização secreta, de contornos imprecisos, mas de forte impacto social e político – a Legião Vermelha. Nesse período, a
Legião Vermelha estava longe de ser a única organização secreta, de cariz radical, que recorria a acções violentas – assaltos,
atentados, bombas, mas, a partir de certa altura, com ou sem fundamento, a maior parte desse tipo de acções foi-lhe atribuída.
O atentado a Sérgio Príncipe, antigo sindicalista e destacado dirigente da Confederação Patronal, em Setembro de 1922 e o
atentado ao tenente-coronel João Maria Ferreira do Amaral, comandante da Polícia Cívica de Lisboa, em Maio de 1925
balizam o essencial das ocorrências que lhe são imputadas. A repressão que sempre se exerceu e que se acentuou depois de
desta data, com grande número de prisões e deportações teria desarticulado e decomposto a organização num percurso que
acompanhou a decadência da República e a instauração da Ditadura Militar. Genericamente associada a anarquistas e a
sindicalistas revolucionários, os movimentos de diferenciação e de reconfiguração operados no seio do movimento operário
parecem apontar, para um processo de confluência mais complexo nas origens e nos fôlegos da Legião Vermelha.
Luís Farinha (Instituto de História Contemporânea – Universidade Nova de Lisboa), “‘A Noite Sangrenta’: crime e
castigo. Um desfecho possível para o ‘triénio trágico’ português do pós-guerra” / “‘The Bloody Night’: Crime and
punishment. A possible denouement to the tragic Portuguese post-war three-year period”
[PT] Na noite de 19 para 20 de Outubro de 1921, os ocupantes de uma “camioneta fantasma”, conduzida pelo Cabo Abel
Olímpio, o “dente de ouro”, e por praças do Exército, marinheiros e soldados da GNR, circulou por Lisboa e procedeu ao
assassínio de António Granjo (primeiro ministro afastado horas antes), Machado Santos, o “herói da Rotunda”, Carlos da
Maia, também herói do 5 de Outubro e ministro da Marinha de Sidónio Pais, Freitas da Silva, oficial da Armada e chefe do
gabinete do ministro da Marinha e Botelho de Vasconcelos, coronel e colaborador de Sidónio Pais. Cunha Leal, um ministro
da República que foi conduzido ao Arsenal da Marinha, foi também ferido gravemente. Integrando uma lista longa de nomes a
abater, estavam igualmente outros deputados e ministros da República e industriais como Alfredo da Silva, que se salvou da
morte, em Leiria, quando procurava ausentar-se do país. Os culpados materiais foram julgados e condenados em tribunal a
penas pesadas. Os responsáveis políticos foram despronunciados ou absolvidos durante o mesmo processo. O episódio foi
utilizado posteriormente do ponto de vista político para catalogar de horrendo o «triénio trágico» da República (1918-1921) e,
por extensão, toda a I República. Resta-nos hoje compreender o episódio de violência extrema e horror ocorrido em 19 de
Outubro de 1921. Mas sem abdicar de um juízo ético. Se não pudermos julgar a ação dos homens – de uma forma
compreensiva -, não diminuiremos o papel cívico da História e do seu ensino às sociedades vindouras?
[EN] In the night of 19th of October 1921, a “ghost-van” driven by Corporal Abel Olímpio, the “golden-tooth”, by Privates
from the Army and the Navy, and by GNR soldiers roamed through Lisbon and assassinated António Granjo (Prime-Minister,
which was deposed hours before), Machado Santos (“hero of the Roundabout”), Carlos da Maia (also a hero of the “5th of
October” and Minister of the Navy of Sidónio Pais’s government), Freitas da Silva (Army officer and head of Ministry of
Navy’s office) and Botelho de Vasconcelos (Colonel and collaborator of Sidónio Pais). Cunha Leal, minister of the Republic,
was driven to Arsenal da Marinha and seriously wounded. Other minsters of the Republic and industrials were also included
in a long list of names to kill. Alfredo da Silva was one of them, but he escaped from death, in Leiria, as he was running away
abroad. The perpetrators were judged and condemned in court, whereas the political responsibles were absolved during the
same process. This episode was later used politically to adjectivate as horrendous the Republic’s “tragic three-year period”
that followed the participation in the First World War (1918-1921). Nowadays, we can only try to understand this episode of
extreme violence and horror that occurred on the 19th of October 1921. But not without applying an ethical judgement to it. If
we do not judge the action of Men in a comprehensive way, will this not reduce the civic roll that History, and its teaching to
future generations, can have?
Sérgio Rezendes (Universidade dos Açores), “Os deportados políticos nos Açores na I metade do século XX”
[PT] “Os Açores não são África” seria o repto lançado pelo mais antigo jornal português, o Açoriano Oriental, a 24 de agosto
3
de 1918 perante a possibilidade de estar a chegar a São Miguel mais uma embarcação com prisioneiros políticos. Ilhas com
tradição de degredo, os Açores constituem uma área do território português muito mal conhecida no que concerne à Violência
Política na I metade do Século XX. A apresentação versará um projeto em construção uma vez que se trata da organização de
cerca de catorze anos de compilação de material visando a concretização de um Pós-doc. Basicamente, versará a época
compreendida entre 1896 e 1945, desde a chegada do terceiro imperador dos Vátuas, Gungunhana até ao final da II Guerra
Mundial, altura em que ainda se mantêm alguns poucos prisioneiros nas ilhas. O objetivo passará por entender as diferentes
formas de prisão nas ilhas, durante os diferentes ciclos políticos do final da monarquia, I República e Estado Novo (em recinto
ou na ilha); o sistema de vigilância aos deportados; a saída rumo ao Tarrafal em Cabo Verde; a sua dispersão pelo arquipélago;
os problemas sociais despoletados, o grau de aceitação ou mesmo a herança partilhada; as divergências entre as diferentes
fações políticas aprisionadas e as publicações clandestinas; a violência sofrida e o esquecimento/degredo a que estavam
devotos. Procurar-se-á também entender o ciclo inverso: o envio de degredados africanos para o arquipélago, ainda hoje
lembrados no imaginário coletivo das populações que os receberam, assim como a criação de Tribunais especiais e de toda a
envolvência ou particularidades militares que envolveriam não só os diferentes campos de prisioneiros como a interajuda entre
as diferentes autoridades.
Painel 4 – Violência política em Portugal antes e depois do 25 de Abril
Ana Sofia Ferreira (Instituto de História Contemporânea – Universidade Nova de Lisboa), “4ª Frente de Combate:
luta armada em Portugal (1970-1974)”
[PT] A guerra colonial portuguesa iniciou-se em Fevereiro de 1961, em Angola, estendendo-se rapidamente à Guiné, em
Janeiro de 1963 e a Moçambique, em Agosto de 1964, arrastando-se, depois, no tempo, sem fim à vista. Ao longo dos anos 60
e até 1974, a guerra colonial constituiu o principal factor de radicalização na luta contra o regime. No seio da oposição iniciase um longo debate acerca da via para o derrube da ditadura, colocando-se a hipótese do recurso à luta armada, abrindo em
Portugal uma nova frente de combate, a 4ª frente, que serviria para desgastar o regime e ajudar a luta dos movimentos de
libertação. É neste contexto que surgem as primeiras organizações de luta armada portuguesas (a LUAR, a ARA e as BR), que
consideram que a luta anti-colonial e a luta anti-fascista eram indissociáveis. Estas organizações vão levar acabo um conjunto
de acções armadas contra o aparelho de guerra e o aparelho repressivo do Estado Novo. Agora já não era apenas a luta armada
nas colónias, esta tinha chegado ao continente. O que se pretende com esta comunicação será analisar como a guerra colonial
foi um factor de radicalização da contestação ao Estado Novo; compreender como a exigência do fim da guerra se coaduna,
nas organizações de esquerda portuguesa, com a defesa da abertura de uma nova frente de combate em Portugal e com a
realização de acções armadas; e, como é que esta radicalização da luta contra o regime terá contribuído para o apressar do
golpe militar do 25 de Abril de 1974.
Constantino Piçarra (Instituto de História Contemporânea – Universidade Nova de Lisboa), “A violência política em
torno da reforma agrária, 1975-1976”
[PT] No seguimento da primeira grande vaga de ocupações que ocorre na zona do latifúndio durante o mês de Junho de 1975,
o que leva os grandes proprietários do Alentejo, em exposição enviada ao ministro da Agricultura, datada do final do mês, a
ameaçarem com a constituição de “um sistema de justiça privada” que os defenda do processo de ocupações, a violência
instala-se nos campos do Sul. Este agudizar das tensões sociais em torno da concretização da reforma agrária leva a que que o
sector capitalista da agricultura, organizado na ALA (Associação Livre de Agricultores) no pós 25 de Abril de 1974, se alie
aos elementos mais conservadores da aristocracia agrária e aos grandes intermediários agrícolas, o que dá corpo a um
movimento que, com a ajuda de milícias armadas, se dispõe a defender a propriedade da terra, de que é exemplo bem
ilustrativo o confronto armado que ocorre na herdade de Sousa Sé, junto a Évora, em 15 de Julho de 1975, do qual resultam
dois feridos. Do ponto de vista da organização dos grandes proprietários, o alastrar da violência nos campos do Sul
corresponde ao esboroamento da ALA, associação confinada apenas ao Alentejo, de cujos escombros surge a APA
(Associação de Produtores Agrícolas), estrutura de vida efémera que anuncia o que será a CAP (Confederação dos
Agricultores de Portugal), uma espécie de frente nacional em oposição a qualquer tentativa de alteração da estrutura fundiária
do Sul país. Tendo como pano de fundo este contexto histórico e como balizas cronológicas a formação do IV Governo
Provisório (26 de Março de 1975) e a demissão de Lopes Cardoso de ministro da Agricultura do I Governo Constitucional (3
de Novembro de 1976), pretende-se com esta comunicação inventariar e analisar as principais manifestações de violência
política que ocorrem nos campos do Sul neste período, integrando-as num movimento mais vasto de contra reforma agrária,
onde a tomada de posse de António Barreto como ministro da Agricultura representa um dos marcos importantes.
Manus McGrogan (University of Portsmouth), “Power at the end of a gun? The question of armed struggle in the
exchanges between Portuguese and British radicals during the Carnation Revolution”
[EN] The idea of military solutions to the Portuguese crisis of 1974-75 was omnipresent, from the April 1974 coup that
brought down Caetano, to the clampdown against the MFA & left in November 1975. These were moments of antagonism
between various sections of the regime and army, initially precipitating and later dampening mass popular participation.
Certainly the images of Portuguese people swarming around army tanks, linking arms with smiling soldiers after April 25
inspired radicals across the world, not least in Britain. There, sections of the far left began to speak of Portugal as the
‘cornerstone of the [coming] European revolution’, and sent their members to link up with Portuguese radicals. Yet, in the
wake of the Chilean coup, a general fear persisted that reaction would return, underlined by the abortive military putsches of
September ‘74 and March ‘75. It was this that led sections of the Portuguese far left to consider armed struggle ‘from below’,
in alliance with the workers’ movement. One such group was the Partido Revolucionário do Proletariado -Brigadas
Revolucionárias (PRP-BR), with its slogan of 'Unite, organise and arm'. Insights provided in the testimony of former activists
4
of the International Socialists (IS), then visiting in solidarity, demonstrate the PRP's lure to armed struggle, as well as the
divergence between IS and PRP when it came to the strategy for workers' power. Furthermore, the ultimate absence of a
popular, left insurrection and the ‘normalisation’ of Portuguese politics after 1975 appeared to show the bankruptcy of armed
struggle solutions, and led the IS to revise its outlook for revolution in the 20th century.
Márcio Matos (Universidade Nova de Lisboa), “A organização da clandestinidade política: da ditadura militar ao 25 de
Abril de 1974” / “Organization of Political Underground: the Military Dictatorship to April 25, 1974”
[PT] O longo período ditatorial na História de Portugal no século XX teve na sua génese ideológica a extinção de qualquer
forma de oposição política legal com a supressão de partidos e sindicatos livres. No entanto, a oposição política, num primeiro
momento, à Ditadura Militar e, posteriormente, ao Estado Novo aconteceu, em parte, sob o formato de organizações políticas
clandestinas que atuaram de forma contínua no período compreendido entre 1926 e 1974. Como organizações clandestinas
políticas são consideradas aquelas cujo partido possua um aparelho de oposição política que esteja organizado de forma a
exercer a sua atividade de forma contínua. O surgimento de formas de oposição partidária remetida à clandestinidade ao longo
do período ditatorial português surge na sequência da ausência um dos direitos fundamentais do Homem que é a liberdade de
opinião e expressão. Face às restrições a que os cidadãos portugueses estiveram submetidos, esta proposta de comunicação
pretende demonstrar de que forma as organizações políticas remetidas à clandestinidade se criaram, organizaram e
cimentaram, tendo em conta a existência de formas de repressão ditatorial que contava com uma polícia política que teve
como seu objeto principal a destruição das oposições à ditadura. Não diminuindo a importância que a emergência de um novo
aparelho partidário organizado clandestinamente afeto ao MRPP teve nos anos finais da Ditadura do Estado Novo, esta
comunicação irá debruçar-se sobre a organização clandestina do PCP que foi capaz de se manter ao longo de todo o período
ditatorial, mesmo que este tenha tomada várias formas organizativas.
[EN] The long dictatorial period in the history of Portugal in the twentieth century had its ideological origins in the extinction
of any form of legal political opposition to the abolition of parties and free trade unions. However, the political opposition, at
first, the Military Dictatorship and later the Estado Novo happened, in part, in the form of clandestine political organizations
that operated continuously during the period between 1926 and 1974. As a clandestine political organizations are considered
those whose party has a political opposition apparatus that is organized so as to exert its activity continuously. The emergence
of forms of opposition parties sent into hiding along the Portuguese dictatorship period follows the absence of the
fundamental human rights that is the freedom of opinion and expression. Given the constraints that Portuguese citizens were
submitted, this proposed notice is intended to show how the political organizations sent underground were created, organized
and cemented, taking into account the existence of forms of dictatorial repression that had a political police had as its main
object the destruction of the opposition to the dictatorship. Not diminishing the importance of the emergence of a new party
apparatus organized clandestinely affection to MRPP had in the final years of the dictatorship of the Estado Novo, this
communication will look up on the clandestine organization of the PCP that was able to maintain throughout the dictatorial
period, even though it has taken several organizational forms.
Painel 5 – La violencia política a través del discurso
David Vale (Universidade de Santiago de Compostela), “ETA y Transición: reflexiones sobre el proceso que condujo a
la democracia” / “ETA and Transition: reflections on the process leading to democracy”
[ES] La Transición política española habitualmente se explica como un proceso pacífico y de consenso entre clase política y
población. El objetivo de esta comunicación, a través de la aproximación a la historia de la organización vasca Euskadi Ta
Askatasuna (ETA) y la contestación de esta ante unas supuestas medidas represivas del Estado español, es establecer un
debate un torno al proceso que ayude a clarificar en mayor medida el amplio despliegue de violencia política acontecido. A
qué responde ese uso, por qué se aplica en tal dimensión y hasta qué punto fue posible una respuesta de igual magnitud,
misma dirección pero distinto sentido son algunas de las cuestiones sobre las que reflexionaremos a continuación.
[EN] The Spanish political transition usually explained as a peaceful process and consensus among politicians and
population. The purpose of this communication, through the approach to the history of the Basque organization Euskadi Ta
Askatasuna (ETA) and answering this before some alleged repressive measures of the Spanish State, is to establish a debate
about the process to help further clarify the widespread deployment of political violence occurred. Which responds that use,
why not apply in this dimension and to what extent it was possible a response of equal magnitude, same address but different
sense are some of the issues on which we will reflect below.
Guillermo Gracia Santos (Universidade de Santiago de Compostela), “La transnacionalización de la violencia.
Transmisión y aceptación del modelo tupamaro en las organizaciones armadas europeas”
[ES] A mediados de los años sesenta, el MLN-Tupamaros surge en Uruguay con un modelo operativo que desafiaba las teorías
foquistas que, hasta entonces, se habían desarrollado en América Latina. El éxito de sus principales acciones propagandísticas
generó un elevado interés a nivel internacional. Su variación en la comprensión y utilización de la violencia así como el
desarrollo en el medio urbano, provocó que organizaciones armadas nacientes en Europa tomaran a los Tupamaros como
principal referencia. En el panel se expondrá cómo, por qué y en qué momento el modelo de la guerrilla tupamara se hace
plausible en la radicalización europea.
Javier Colodrón Valbuena (Universidade de Santiago de Compostela), “La adaptación del discurso libertario a la
nueva realidad postcolonial cubana”
[ES] Tras años de moderar su discurso para poder liderar dentro de la legalidad colonial el movimiento obrero cubano y
después de participar incluso en un conflicto bélico que suponía para muchos un paso adelante hacia la conquista de la ansiada
5
emancipación obrera, los anarquistas cubanos se vieron frente a una nueva realidad sociopolítica: la República de Cuba. Esta
situación requirió la adaptación del discurso libertario dentro de un insólito ambiente de libertad que impulsó el crecimiento
de nuevas fuerzas socialistas que amenazaron la hegemonía ácrata dentro de la lucha obrera cubana.
[EN] After years of moderating his speech to lead into the legality colonial Cuban labor movement and after participating in
a war even posed for many a step towards the achievement of the desired working emancipation , Cuban anarchists were
against a new political reality: the Republic of Cuba . This situation required the adaptation of libertarian discourse within an
unusual atmosphere of freedom that fueled the growth of new socialist anarchist forces that threatened the hegemony within
the Cuban workers' struggle.
José Manuel Ágreda Portero (Universidade de Santiago de Compostela), “La creación del Comité de Solidaridad con
la Revolución Sandinista en Zaragoza, España, 1978‐1981”
[ES] La segunda mitad de la década de los setenta supuso una reactivación del conflicto revolucionario en Nicaragua. Las
acciones llevadas a cabo por el Frente Sandinista de Liberación Nacional tuvieron una gran repercusión internacional, lo que
se plasmó en la creación de Comités de Solidaridad con Nicaragua por toda Europa. En 1978, un grupo de nicaragüenses
residentes en la ciudad de Zaragoza, España, crearon el comité. La propuesta que se plantea a continuación es exponer cómo
se llevó a cabo esta creación, la inclusión de españoles, las relaciones con el FSLN y la organización de las redes nacional e
internacional de solidaridad. Por medio de fuentes orales, hemerográficas y los fondos del propio archivo del Comité, esta
propuesta tiene como objetivo principal desentrañar cómo un proceso revolucionario acaecido en otro continente influye en la
movilización social de una ciudad española.
Patricia Calvo González (Universidade de Santiago de Compostela), “El M26J y el discurso mediático y
propagandístico: un caso de justificación pública del ejercicio de violencia”
[ES] En la Cuba de la década de los cincuenta del siglo XX existían dos opciones para buscar una solución al conflicto
nacional: las urnas o las armas. El Movimiento 26 de Julio (M26J) se alzó como abanderado del levantamiento insurreccional,
entendiendo que otro tipo de vía solo serviría para alcanzar una componenda, no para un cambio general que vehiculara el
descontento poblacional con la clase política cubana. Para ello utilizaron la tribuna pública de los medios de comunicación y
crearon órganos propios de difusión con el objetivo de persuadir y sumar seguidores a sus planes insurreccionales.
[EN] In the Cuba of the fifties there were two options for finding a solution to the national conflict: elections or weapons. The
26th of July Movement (M26J) emerged as champion of insurrectional uprising, understanding that other way would only
serve to reach a compromise, not a general change required to pass the population dissatisfied with the Cuban political class.
They used the public gallery of the media and created own broadcasting agencies in order to persuade and add followers to
their insurrectionary plans.
Painel 6 – Pacifismo, antimilitarismo e resistências à guerra
Carlos Ángel Ordás (Centre d’Estudis sobre les Èpoques Franquista i Democràtica – Universitat Autònoma de
Barcelona), “Inicios y desarrollo del movimiento antimilitarista español (1975-1984)”
[ES] Entre finales de la década de los setenta y comienzo de los ochenta en España se creó un heterogéneo y potente
movimiento antimilitarista. Como ocurriera en países como Francia e Italia, la vertebración de este movimiento surgió de la
resistencia al servicio militar obligatorio. No obstante, el incipiente movimiento español pronto estuvo determinado por dos
cuestiones concretas: la entrada de España en la OTAN y el protagonismo del estamento militar, antes y durante el proceso de
transición. El objetivo de esta comunicación sería explicar la formación y evolución del movimiento antimilitarista español de
finales de los setenta y principios de los ochenta, así como los motivos de su rápido crecimiento y fortaleza. Para esto será
necesario atender el papel de los militares durante el proceso de transición, la represión sufrida por lo refractarios al servicio
militar, así como la herencia de injerencia política y social del estamento militar en la historia contemporánea de España. Para
la elaboración de la comunicación me basaré en las fuentes originadas por el propio movimiento antimilitarista, desde los
documentos propios de organizaciones como el Movimiento de Objeción de Conciencia, a publicaciones periódicas como la
revista La Puça i el General, del Grup Antimilitarista de Barcelona. Además del uso de la bibliografía existente al respecto.
Gonçalo Graça (Centro de Estudos de História Religiosa – Universidade Católica Portuguesa), “Resistências à
instrução militar no escutismo português (1913-1926)” / “Resistance towards militar instruction on portuguese scouting
movement (1913-1926)”
[PT] O presente artigo aborda o período inicial do escotismo português, quando as várias associações componentes adotaram
diferentes posições políticas acerca da sua natureza estrutural. O debate em torno das suas finalidades torna-se o cerne desta
problemática e materializa-se no objeto argumentativo no diálogo interassociativo, ao ponto de passar as fronteiras grupais,
com alguns dos periódicos generalistas da época a posicionarem-se do lado adverso ao militarismo escotista.
This paper analises the portuguese scouting movement on first years, when several associations adopted diferent political
postures about the nature of scouting structure. The debate among the inner gols becomes the main matter of this complexity,
and it materializes on the arguement between associations, reaching a peculiar situation when some general press of these
decades decided to support the anti-military scouting side.
José Manuel Lopes Cordeiro (Universidade do Minho), “A imprensa dos Comités de Desertores e o combate à guerra
colonial”
[PT] Desde o início da guerra nas colónias portuguesas de África, em Fevereiro de 1961, muitos milhares de jovens
recusaram a incorporação no exército colonial ou abandonaram-no na fase da recruta, exilando-se em diversos países
6
estrangeiros, principalmente europeus, para não serem obrigados a combater numa guerra que consideravam injusta. A opção
pela deserção não foi, contudo, uma questão pacífica no seio da Oposição portuguesa. O Partido Comunista Português
defendia que os seus militantes deviam trabalhar para estimular e organizar as deserções mas eles próprios não deviam
desertar. Não obstante esta posição, que também defendia que os membros daquele partido deveriam “ir tão longe quanto
possível, inclusive até às frentes de batalha, sempre com o objectivo de esclarecer os outros soldados”, foram inúmeras as
deserções de militantes do PCP, o que levou a sua direcção a publicar uma resolução sobre o assunto, para além de inúmeros
esclarecimentos nos seus diversos órgãos de imprensa. Outros sectores da Oposição, principalmente o marxista-leninista,
defendiam uma posição antagónica, incentivando os jovens a desertar, após a fase da recruta, colocando-se apenas a questão
de desertar com ou sem armas. Foi, precisamente, este sector que nos anos finais do regime fascista constituiu em diversos
países europeus vários comités de desertores, com o objectivo de auxiliar os jovens desertores e refractários a legalizarem a
sua situação, a instarem-se e a procurarem emprego. Simultaneamente, desenvolviam uma intensa actividade de informação e
esclarecimento, através de vários jornais, que nalguns casos tinham também distribuição no interior do país. Esta comunicação
procura analisar a imprensa dos comités de desertores, apresentando a sua orientação e as principais questões que na mesma
eram debatidas.
Pere Solà Gussinyer (Universitat Autònoma de Barcelona), “Medios y fines: violencia política y pacifismo en los rangos
ácratas mundiales durante la primera mitad del siglo XX”
[ES] El imaginario del siglo XX abunda en temas como la violencia revolucionaria anarquista "a sangre y fuego", visceral y
arbitraria, como forma de “acción directa”. Però no parece que el análisis historiográfico confirme totalmente este cliché.
¿Qué oxímoron o contradictio in terminis, real o aparente, permite asociar una propuesta antropológica radicalmente pacifista
con la repetida acusación de primacía de la violencia política y social? Sería conveniente, antes de responder a esta pregunta,
referirse a las enseñanzas que nos ofrecen discursos contemporáneos sobre la violencia política y social, referidos a fases
diferentes de la evolución del liberalismo político y del capitalismo económico. A continuación, se trataría de ver cómo se
planteó el tema de la violencia y el terror en la familia anarquista internacional de principios del siglo XX. El anarquismo
como ideología política de la soberanía individual perseguía erradicar la agresión y coacción estatales (policial, castrenseejércitos permanentes-, económica, etc.) contra el movimiento obrero y liquidar el capitalismo estableciendo comunas
federadas. Se basaba dicha doctrina en que nadie puede atentar contra la vida, la libertad y la propiedad personal o colectiva
honestamente obtenida...
Painel 7 – Culturas políticas da violência
Ainhoa Campos Posada, Óscar Sainz de la Maza (Universidad Complutense de Madrid), “Bautismo de fuego: reflexión
sobre vieja y nueva violencia en la Gran Guerra (1914-1918)”
[ES] La avalancha de producción académica que ha acompañado el 100 aniversario de la Primera Guerra Mundial demuestra
que el tema no sólo está muy presente en la conciencia colectiva de Europa, sino que todavía da pie a numerosas reflexiones,
revisiones y obras historiográficas en general. De este modo, proponemos formular las siguientes preguntas en relación con
aquel conflicto que marcó el siglo: ¿Introdujo la PGM nuevos tipos de violencia, militar o social? Si es así, ¿cómo impactaron
en el europeo medio, acostumbrado al paisaje de violencias heredado de finales del XIX? Y finalmente, ¿llegó todo ello a
influir en la construcción de las nuevas realidades políticas en la inmediata posguerra? Comparando la “mecánica de la
violencia” que regía desde 1854 a 1914 con aquellas expresiones, más novedosas, que emergen durante los cuatro años de
conflicto, buscamos responder a las cuatro preguntas atendiendo además a la condición de clase, edad y sexo de los sujetos
analizados. Un retrato de aquellos que fueron al tiempo víctimas y ejecutores de las nuevas formas de violencia, así como de
los resultados políticos de este experimento militar atroz.
Alessandro Saluppo (Fordham University, New York), “Violence and identity: practices and imaginary constructs of
destructiveness in Squadrismo”
[EN] Drawing on the phenomenological program of social science violence research and on studies in the anthropology of
violence, the paper focuses on the performative and expressive-symbolic dimension of fascist paramilitary violence and its
effects on bodies and social subjectivities. Moving from the exact description of the acts of violence, this paper shows how
the fascist destruction of the embodied/cultural worlds (buildings, flags, emblems etc.), which marked the distinctiveness of
socialist communities, reflected a spatial project of identity stabilization through the erasing of the territorial presence of the
Other. At the same time, it investigates how fascist forms of bodily violence served to extract “categorical certainty” through
the infliction of terror, pain and suffering on bodies of individuals, who became metamorphosed into abstractions of chaos,
degeneracy and evil. Accordingly, the paper concentrates on reconstructing the mythico-historical narratives, cultural and
symbolic schemes and “representations collectives” that informed the actualization of fascist violence as well as its encoding
in rituals of destruction and death.
Inmaculada Villa Gil-Bermejo (Universidad Pablo de Olavide, Sevilla), “Becoming political. Peasant’s violence and
everyday struggles in Spain (XIX-XX centuries)”
[EN] The present study focuses on new approaches of rural and peasants’conflictivity in many municipalities of Spain at the
end of the XIX and the begining of the XX centuries. Despite the ongoing debate about the nature of this type of “difusse”
violence, and its consideration –or not- as a political behavior, there are many stories that still have a romantic image of the
unrelenting peasants movements. New historic paradigms, multidisplicinary views of this topic, as well as the emerging value
of the local level as a focus of study, are promoting a better understanding of rural violence, within the context of new
academic debates. We would like to propose three of these new debates (from our case studies in the agrarian region of
7
Andalucia, Spain). The first one, looks at conflict as indicator of biophysical changes and their connection with political
decisions. The second, deals with politics and violence, providing an extended framework from which to understand better the
sociopolitical context. Finally, we argue that there is a connection between certain political violence in rural communities
during that period of history, and the democratization movements within restrictive political systems. In summary, we argue
that there is a need to reflect upon dogmatic definitions that have been used to write the Political History.
Matteo Millan (Oxford University), “‘We are living dreadful times: it is not an agricultural strike, but true bolshevism’.
Emotions, practices and political cultures of agrarian middle-classes in the Po Valley (1900-1921)”
[EN] In the aftermath of the First World War, Italy lived violent social conflicts that caused deep fears and anxiety among
broad sections of the economic and social élites. This paper aims to analyse these conflicts from the point of view of the
agrarian middle-classes of the Po Valley, outlining the complex relationships between their emotions, political cultures and
practices. Emotions like anxiety, fear, anger, insecurity, but also hope and resoluteness, as they can be found in both private
and public sources, played a central role in escalating violent practices as a reaction against uncertainty, and in legitimizing
new political cultures. These outlooks and feelings had often their origin in previous experiences, which will be examined in
the first part of the paper. The aims of the paper are twofold: examining the emotions of agrarian middle-classes, and in
particular the fear of an incoming social revolution and analysing the performative functions of these widespread feelings and
relating them with the emergence of self-defence practices and subversive political strategies. Analysing fears and hopes of
agrarian middle-classes from 1900s to the early 1920s allows us to understand the mass support, which the fascism was able
to gain.
Painel 8 – La naturaleza represiva del franquismo: nuevos agentes, nuevas preguntas
Alejandro Pérez-Olivares (Universidad Complutense de Madrid), “¿La ciudad de Franco? Madrid y la cuestión del
orden público en la naturaleza represiva de la dictadura” / “The City of Franco? Concerning Madrid, Public Order and
Dictatorship's Repressive Nature”
[ES] La ocupación militar de Madrid, a finales de marzo de 1939, significó la puesta en práctica de una serie de reflexiones
acaecidas en el Cuartel General de Franco durante la guerra civil acerca del modelo de orden público que se pretendía
imponer. El final del conflicto coincidió con la conquista de los grandes núcleos de población donde se iba a ensayar ese
mismo modelo, por lo que la capital del nuevo Estado es un observatorio privilegiado para analizar su despliegue. Ante el
anonimato característico de las grandes ciudades, la estrategia de ocupación apuntó directamente a los barrios. Estaba claro
que para dominar un núcleo tan importante como Madrid había que controlar las células mínimas de sociabilidad, una
maniobra en la que despuntó el Tribunal Especial de Porteros e Inquilinos. Creado por la Auditoría de Guerra con el objetivo
de encontrar responsabilidades políticas, fue una herramienta de control social de primera magnitud mediante la capilarización
de la represión. Desde estos presupuestos, esta comunicación pretende ofrecer una reflexión sobre la naturaleza represiva del
régimen desde la plasmación del orden público dominante durante la dictadura. Para ello se elige un espacio de singular
importancia, la capital, y un momento concreto, la inmediata posguerra, desde los cuales recoger la importancia de un aspecto
casi olvidado en los estudios punitivos del franquismo.
[EN] By the end of March 1939, the military occupation of Madrid put up some reflections about public order model that had
been planned during the years of conflict inside Franco's Headquearters. The war concluded at the same time that most
important spanish cities were been conquered, so the New State capital means a first order example to analyse the deployment
of this model. This occupation strategy aimed at neighborhoods straightaway, in order to face the big cities' characteristic
anonymity. In this effort, the Tribunal Especial de Porteros e Inquilinos emerged as a main tool of social control plan. It was
created by the Francoist War Justice Office, known as Auditoría de Guerra, at the end of the Spanish Civil War with the order
of establishing political responsabilities, but also ruled further the Francoist repression. This paper tries to give a different
explanation about repressive nature of Francoist regime by considering all of these premises as the beginning of public order
that was expanded on the late years of Dictatorship.
Daniel Oviedo Silva (Universidad Complutense de Madrid), “El enemigo a las puertas: porteros, violencia política y
prácticas acusatorias en la posguerra madrileña”
[ES] La prolongación de la Guerra Civil Española y la experiencia bélica en el frente norte convencieron a los sublevados de
la necesidad de articular mecanismos óptimos para la ocupación y el dominio de las grandes urbes. Según su criterio,
garantizar la estabilidad y el establecimiento del nuevo estado implicaba emprender un profundo proceso de depuración social
que extendiese de forma efectiva los resortes de control a las unidades mínimas de sociabilidad. En este empeño, tuvo un peso
específico el tratamiento de la figura del portero, potencial infractor susceptible de ser procesado pero a la vez formidable
fuente de información y posible protagonista de prácticas acusatorias. Esta comunicación aspira a analizar la densa red de
prácticas violentas que gravitan en torno a las porteras y los porteros en la inmediata posguerra a través de las declaraciones
que las autoridades franquistas les obligaron a emitir. El estudio de estos fenómenos se plantea como mirilla desde la que otear
las complejas relaciones sociales construidas en torno a las relaciones de poder y prácticas violentas desplegadas en la
posguerra situándose en un marco de comprensión diacrónico que atiende a la trascendencia de un sustrato cultural previo
relativo al control en el mundo urbano moderno.
Enrique Tudela Vázquez (Universitat de Barcelona), “Buscar la vida: la violencia política como causa de las
migraciones internas en la posguerra española. Granada y Barcelona, 1940-1950” / “Search for life: Political violence
as a cause of internal migrations in Spanish Postwar. Granada-Barcelona, 1940-1955”
[ES] La propuesta de comunicación que presento, trata de contribuir a integrar la violencia política como causa de las
8
migraciones interiores españolas durante los primeros años de la dictadura franquista. La historiografía enfocada a este
periodo, tradicionalmente ha relacionado el fenómeno de las migraciones interiores, principalmente de origen rural y
campesino con destino a las grandes ciudades industriales, como Madrid o Barcelona, con motivaciones económicas y
culturales. Sin embargo, el trabajo con fuentes orales ha permitido acceder a otro tipo de motivaciones, entre las cuales
destaca, en el caso de la provincia andaluza de Granada, el impacto que la violencia política tuvo en muchas de sus comarcas,
de donde surgieron grandes oleadas migratorias a partir de la década de 1960. Resulta importante interrogarnos sobre cuales
fueron las circunstancias políticas que animaron a los primeros emigrantes, los de las décadas de 1940 y 1950, a abandonar
sus lugares de origen y trasladarse a contextos muy diferentes. Este enfoque puede ayudarnos a comprender mejor el impacto
que la guerra y sus violentas consecuencias tuvieron en el mundo del trabajo y en la estructura de la vida de las comunidades
rurales, de donde emigraron multitud de individuos dispuestos a comenzar una nueva vida.
[EN] The present paper intends to contribute to the integration of political violence as a cause of the Spanish internal
migration during the early years of Franco´s dictatorship. The historiography focused on this period has traditionally linked
the phenomenon of internal migration -mainly from rural and peasant origin- towards great industrial cities like Madrid or
Barcelona, with underlying economic and cultural motivations. However, the approach of oral history has allowed access to
other type of motivations, such as -in the case of the Andalusian province of Granada-, the impact that political violence had
in many of its districts, from where large migratory waves arose since the 1960´s. It is important to ask ourselves about what
were the political circumstances that encouraged early migrants -during the 1940s and 1950s-, to leave their homes and move
to very different scenarios. Through the bibliographic review and the analysis of a number of testimonies collected in the
Granadian districts of Loja and Alhama, we achieved a better understanding of the impact of war and its violent
consequences on the world of labor and life structure in rural communities, from where they migrated in big crowds to start a
new life.
Miguel Ángel Melero Vargas (Universidad de Málaga), “Los abajo firmantes: deconstrucción de la violencia
republicana y colaboración en la franquista. Los procesos militares y sus actores”
[ES] La desmitificación historiográfica del modelo de sociabilidad implantado por el propio régimen franquista, simplista,
dicotómico y estereotipado de vencedores/vencidos, verdugos/víctimas o España/Anti-España ha permitido, no solo la
valoración de toda una cromática de actitudes hacia el Régimen, sino la profundización en el análisis de los “otros actores”
que, al margen de los tradicionalmente ligados al Poder y en un difícil contexto de país auto-vigilado y para-policial,
intervinieron en su proceso represivo. Aquellos que establecieron el inicio de su relación con el Nuevo Estado en base a
comportamientos mayoritarios de delación, denuncia y señalamiento sobre los vencidos, y en base a variables que fluctuaron
desde la venganza por los sufrimientos padecidos previamente –persecución, represión, violencia-, ajuste de cuentas por
rencillas personales anteriores a la guerra, formas de acceso a una casta de vencedores que allanara su futuro y garantizara su
prosperidad social y económica, o la mera supervivencia, señalando otros culpables como forma de propia exculpación,
contribuyendo a potenciar una verdadera onda expansiva de represión, y alterando en definitiva los códigos de
comportamiento dentro de una comunidad, sobre todo en lo que respecta al torpedeamiento de los principios de solidaridad
como consecuencia de una guerra que lo cambió todo. Por ello este trabajo descansa sobre la necesidad de enriquecer estos
nuevos enfoques y líneas de investigación desde el empleo de fuentes, completas como aún infrautilizadas, como son las que
conforman los procesos incoados desde la Justicia Militar franquista desde los primeros meses de 1937, y a partir del ejemplo
de la provincia de Málaga. Un análisis que permitirá superar el aspecto meramente cuantitativo de la represión, para dilucidar
un poco más sobre el papel de los diferentes intervinientes, con el objetivo de alcanzar un mejor conocimiento del proceso
represivo franquista, pero en su estrecha relación con la etapa republicana, a través de su visión demonizadora de ésta, como a
una reconstrucción sesgada de su violencia atribuida, desde abril de 1931 y hasta el final de la guerra civil.
Painel 9 – Ditadura, democracia e tradições autoritárias no Cone Sul
Ana Marília Menezes Carneiro (Universidade Federal de Minas Gerais), “Em Câmara Lenta: literatura, testemunho e
censura na ditadura militar” / “Em Câmara Lenta: literature, testimony and censorship in the Brazilian military
dictatorship”
[PT] O texto busca traçar alguns aspectos da dinâmica censória concebida pra controlar a produção e circulação de
determinadas obras literárias na ditadura militar brasileira a partir do processo de censura do romance Em Câmara Lenta,
publicado por Renato Tapajós em 1977. Um exemplar da chamada literatura de testemunho, a obra Em Câmara Lenta é
considerada a primeira publicação nacional a realizar uma reflexão crítica sobre a guerrilha e a denunciar as práticas de tortura
executadas pelos órgãos de repressão do regime militar. Este evento mostra-se privilegiado para refletirmos sobre as
contradições e complexidades relacionadas à dimensão do controle cultural em regimes autoritários, uma vez que o processo
de censura resultou na perseguição e prisão do autor e na proibição da sua obra em 1977, um momento considerado sob os
auspícios do processo de redemocratização e da chamada “abertura política” anunciada no governo do general Ernesto Geisel.
[EN] The article traces some aspects of censorship activity designed to control the production and circulation of certain
literary works in the Brazilian military dictatorship from the process of censorship of the novel, Em Câmara Lenta, published
by Renato Tapajós in 1977. An exemplar of the so-called testimony literature, the book Em Câmara Lenta is considered the
first national publication to make a critical reflection on the guerrillas and to denounce the torture performed by the military
regime repression agencies. This event appears to be privileged to reflect on the contradictions and complexities related to the
cultural dimension control in authoritarian regimes, since the process of censorship resulted in the persecution and
imprisonment of the author and the prohibition of his work in 1977, a moment considered under the auspices of the
democratization process and the so-called “political opening” announced by the general Ernesto Geisel´s government.
9
Janaína Martins Cordeiro (Universidade Federal Fluminense), “Coerção e consentimento durante os ‘anos de chumbo’
da ditadura no Brasil” / “Coercion and consent during Brazil ‘years of lead’”
[PT] O período compreendido entre os anos de 1969 e 1974 no Brasil são lembrados pela memória coletiva nacional como os
anos de chumbo da ditadura civil-militar. Governado pelo terceiro general-presidente desde 1964, Emílio Garrastazu Médici,
este é o momento em que os órgãos de repressão alcançaram eficiência máxima no combate e eliminação dos inimigos do
regime. Não obstante, este também é o período de maior popularidade da ditadura desde 1964. É o momento do chamado
Milagre Brasileiro, quando a economia atingia níveis elevados de crescimento e falava-se na época em um “renascimento do
sentimento nacional”. Esta comunicação propõe analisar este período problematizando os silêncios e os não-ditos de
determinada memória coletiva, por vezes vitimizadora da sociedade, e busca compreender este momento a partir de sua
complexidade. Transcendendo explicações que enxergam na propaganda oficial, supostamente “toda poderosa”, as razões do
triunfo da repressão, este trabalho pretende compreender como os mecanismos de coerção e de consentimento andaram juntos
neste período e foram, ambos, essenciais para a manutenção do regime.
[EN] The period between the years 1969 and 1974 in Brazil are remembered by the national collective memory as the leaden
years of civil-military dictatorship. Governed by the third general president, Emílio Garrastazu Médici, this is the time when
the organs of repression reached maximum efficiency in combating and eliminating enemies of the regime. However, this is
also the period of greatest popularity of dictatorship since 1964. It is time the so-called Brazilian miracle, when the economy
reached high levels of growth and there was talk at the time in a “revival of national sentiment.” This paper aims to analyze
this period questioning the silences of certain collective memory, sometimes victimizing society, and seeks to understand this
time from its complexity. Transcending explanations that see the official propaganda, supposedly "almighty", the reasons for
the triumph of repression, this study aims to understand how the mechanisms of coercion and consent walked together in this
period and were both essential for the maintenance of the system.
Lívia Gonçalves Magalhães (Universidade Estadual de Montes Claros), “Violência em campo: resistência e
colaboração futebolística nas ditaduras civil-militares do Cone sul”
[PT] Argentina, Brasil, Chile e Uruguai compartilham a paixão pelo futebol, que é um importante elemento da identidade
nacional nos quatro países. Durante as últimas ditaduras civil-militares que ocorreram no Cone sul, o futebol também foi um
espaço de ação do autoritarismo e da resistência aos regimes. Apesar da tradicional visão dos jogadores como “alienados”,
muitos tiveram atuações distintas a partir de seu lugar como atleta. Por um lado, alguns jogadores aproveitaram o destaque
que recebiam para se posicionar contra as ditaduras; por outro, alguns se tornaram agentes da repressão e atuaram diretamente
vinculados ao Estado. A proposta deste trabalho é analisar alguns casos específicos nos países citados, considerando atitudes
que tiveram destaque no mundo esportivo e no político. A ideia é a partir do esporte compreender algumas questões das
sociedades sul-americanas e suas relações com os autoritarimos, questionando a dicotomia apoio/resistência como forma de
análise dos períodos em questão. O futebol é tradicionalmente visto como um espaço de identidade e união nacional, porém
aqui será trabalhado como lugar de tensões. Ao mesmo tempo, é também uma forma para pensar de maneira comparada tais
ditaduras, assim como questionar relações entre as mesmas.
Weder Ferreira da Silva (Université Paris-Est Marne-la-Vallé e Universidade Federal Fluminense), “Na antessala do
golpe civil-militar: a UDN e o processo de desestalibização política brasileira (1945-1964)”
[PT] No dia 7 de setembro de 1945, durante a ditadura do Estado Novo, surgiu no Brasil a União Democrática Nacional,
composição política que faria rija oposição tanto ao governo de Getúlio Vargas, quanto aos outros governos de experiência
democrática de viés trabalhista que o sucederam na presidência da República. Neste sentido, este trabalho pretende apresentar
as estratégias da UDN no processo de desestabilização política brasileira entre 1945 a 1964. Portanto, será nosso objetivo
central apresentar a atuação da UDN como elemento desestabilizador da política brasileira, que marcou de forma indelével o
contexto político nacional, sobretudo durante o suicídio de Vargas (1954) e, posteriormente, com o apoio dado pelo partido ao
golpe que instalou a ditadura civil-militar de 1964, momento em que o país passaria a experimentar uma das fases mais
violentas de sua história política.
Painel 10 – História e memória da violência política na América Latina
Annagesse de Carvalho Feitosa (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), “Desenvolvimento ou repressão? O
padrão dos processos de expulsão das terras em disputa no município de Paraty – RJ”
[PT] Pouco se sabe sobre o que foi a repressão no meio rural durante a vigência do regime militar (1964-1985). Há vários
registros de violência contra posseiros durante este período, aqueles que lutavam para permanecer na terra, acuados pela
especulação em torno das áreas em que viviam. O Litoral Sul do Rio de Janeiro sofre as consequências do que se
convencionou chamar de desenvolvimento, através da inserção de novos agentes na região, como a White Martins S/A, por
intermédio de empreendimentos, como a construção da rodovia Rio-Santos. Um novo cenário social se formou a partir dos
interesses de empresas privadas que contribuíram para forjar o espaço regional. Várias localidades são marcadas por conflitos
fundiários e casos de violência durante os processos de expulsão dos trabalhadores, os chamados despejos. Considerando o
exposto, o que se apresenta como questão central deste trabalho é apresentar o padrão dos processos de invasão e expulsão das
terras em Paraty - RJ, analisando as formas de ação empregadas, neste caso, pela White Martins S/A, para obter as terras em
disputa. A pesquisa foi realizada através da análise da documentação contida no Núcleo de Pesquisa, Documentação e
Referência sobre Movimentos Sociais e Políticas Públicas no Campo do CPDA/UFRRJ e, procedeu-se à realização de
entrevistas com os moradores de Paraty - RJ.
10
Lucia Grinberg (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), “Violação de direitos políticos: a repercussão das
cassações de mandatos parlamentares na grande imprensa (Brasil, 1964)” / “Political rights violations: major media
reaction to the removal from office of members of parliament (Brazil, 1964)”
[PT] Nesta comunicação pretendo analisar a repercussão das cassações de mandatos parlamentares na grande imprensa em
1964 com o objetivo de investigar os sentidos atribuídos às violações de direitos políticos pelos atores envolvidos nos
processos históricos. O estudo se fundamenta na compreensão de que uma democracia representativa consolida-se através de
um processo histórico de institucionalização de suas regras pelas partes envolvidas, políticos e cidadãos. Cabe notar,
igualmente, que a democracia representativa não é necessariamente uma consequência lógica da mobilização dos indivíduos,
mas o resultado do trabalho de mobilização feito por políticos profissionais e por intelectuais, como jornalistas. Os meios de
comunicação são, portanto, fundamentais para a legitimidade da atividade política, no sentido de divulgar uma sensibilidade a
respeito do que sejam “direitos políticos”, podendo desqualificar ou reforçar a identidade entre políticos e cidadãos. O tema
das cassações de mandatos parlamentares permite uma aproximação do problema da percepção da violência política no campo
da política institucional através do estudo da cobertura jornalística que compreende relatos dos acontecimentos, apresentação
de argumentos elaborados para justificar as cassações, assim como indica reações distintas como o silêncio, a indiferença e as
denúncias.
[EN] This paper analyzes the reaction by major media to the removal from office of members of parliament in 1964, with the
purpose of investigating how the violation of political rights was construed by the actors involved in these historical
processes. The study is based on the understanding that representative democracy becomes entrenched through a historical
process during which its rules are institutionalized by the parties involved, that is, by politicians and citizens. Concomitantly,
it must be remembered that representative democracy is not necessarily a logical consequence of the mobilization of
individuals but rather a product of the mobilizing efforts of professional politicians and intellectuals, such as journalists. By
conveying an understanding of what constitutes “political rights” and by either challenging or reinforcing identification
between politicians and citizens, the media are vital in lending legitimacy to political activity. Exploration of the topic of
removal from office affords a window onto how political violence is perceived in the field of institutional politics, while the
study of media coverage—like reports on events themselves and on the arguments devised to justify this particular government
action—reveals diverse reactions, from silence to indifference to denunciations.
Pâmela de Almeida Resende (Universidade de São Paulo), “A ‘volta aos quartéis’: sentidos, consensos e dissensos da
abertura lenta, gradual e segura (1974-1985)”
[PT] Esta comunicação tem como objetivo analisar algumas questões e memórias cristalizadas em boa parte da opinião
pública e também nos meios acadêmicos acerca do período da chamada “abertura lenta, gradual e segura”. Parte-se do
pressuposto de que, essa visão de um grande pacto em torno da saída dos militares do poder desconsidera pelo menos três
aspectos de extrema relevância: a construção da figura do presidente Ernesto Geisel como “moderado” e as intencionalidades
presentes nesse tipo de discurso; a presença central de diversos atores sociais e o processo de concessões e conquistas que
tomaram conta da esfera pública naquele momento; a atuação do chamado “terrorismo de direita”, mas também a
continuidade da violência política em grande parte legitimidade pelo alto escalão da corporação militar. Trata-se de buscar
elementos que nos faça compreender como a concepção de uma transição totalmente controlada pelos militares acaba por
obliterar todas essas questões e a atuação e os espaços ocupados por diferentes sujeitos, incluindo uma oposição cada vez mais
articulada em suas demandas e na pressão pelo fim da ditadura.
Samantha Viz Quadrat (Universidade Federal Fluminense), “As representações da violência política das ditaduras do
Cone Sul nos livros didáticos”
[PT] Esta comunicação tem como objetivo central analisar as representações da violência política nos livros didáticos
adotados por escolas da Argentina, Brasil e Chile do retorno à democracia aos dias atuais. Para isso, teremos três eixos
condutores, a saber: a forma como a violência é apresentada nos livros, levando em conta a idade dos alunos; a comparação de
como a repressão foi tratada pelos manuais escolares no período da transição à democracia e como é abordada hoje e a
inclusão ou não dos debates sobre políticas de memória, reparação e justiça empreendidas pelos países citados. Reconhecemos
que o livro didático não é o único material utilizado pelos professores ou ainda a única forma dos jovens estudantes entrarem
em contato com a história recente do seu país. No entanto, o livro didático ainda é um dos principais instrumentos de apoio à
construção do conhecimento no ambiente escolar e hoje integram importantes políticas públicas de análise da sua qualidade e
compra/distribuição por parte dos governos federais. Nesse sentido, ao analisar de maneira comparada os livros didáticos da
Argentina, Brasil e Chile será possível discutir como a memória do passado traumático é tratada e fazer uma reflexão sobre o
ensino das ditaduras na América Latina.
Painel 11 – As várias feições da repressão nas ditaduras do Cone Sul
Abel Guillén Ruiz (Universidad de Murcia), “El terrorismo de Estado en Uruguay (1973-1985)” / “State terrorism in
Uruguay (1968-1985). An approach through two representative cases and an evaluation of the current situation”
[ES] En las décadas del 60, 70 y 80 del siglo pasado, las fuerzas armadas, con el respaldo de Estados Unidos y la connivencia
de algunos poderes políticos, realizaron golpes militares en toda América Latina con el objetivo de exterminar los ideales
izquierdistas que se habían propagado con fuerza desde la revolución cubana. Como han demostrado las investigaciones
realizadas sobre los archivos estadounidenses desclasificados u otros documentos estatales, así como los miles de relatos de
las víctimas y algunos de los verdugos, en estas décadas, las dictaduras de la Seguridad Nacional (política que el departamento
de Washington implementó para su “patio trasero” en el contexto de la Guerra Fría) practicaron con gran intensidad y como
herramienta de control y sometimiento sobre sus poblaciones el terrorismo de Estado. Uruguay fue uno de los países que
11
sufrió este trauma impuesto por un engranaje represivo estatal que se venía perfeccionando desde la década del cincuenta de la
mano del asesoramiento norteamericano. A través de dos casos representativos donde el Estado practicó el terror se intenta
enmarcar el tema en su contexto internacional y regional, resaltar sus particularidades, rescatar los relatos de sus víctimas y
señalar el impacto que la memoria del trauma generó en su población.
[EN] In the decade of the 60’s, 70’s and 80’s of the last century the Uruguayan Armed Forced backed by EEUU and some
political powers made several military coups in Latin America in order to eradicate the ideals of the leftist that had been
spread considerably since the Cuban Revolution. As demonstrated by the investigations on declassified US Government files
and other state documents, as well as the thousands of testimonies told by the victims and some of the executioners, in these
decades, the dictatorships of national security (Policy conducted by the Washington department for its “backyard” in the Cold
War context) practiced the state terrorism with fierceness as a tool of control and subjugation over their population. Uruguay
was one of the countries that suffered the trauma imposed by a repressive state gear mechanism which was improving since
the decades of the fifties with the help and advice of North America. Through two representative cases where the state
practiced the Terror, the following attempts to define this matter in its international and regional context, highlights its
peculiarities, regain the testimonies of it victims and note the impact that the trauma generated in their population.
Adrianna Setemy (Universidade Federal do Rio de Janeiro), “Em defesa das fronteiras ideológicas: a diplomacia
brasileira e o esquema de coordenação repressiva anticomunista entre os países do Cone Sul”
[PT] Pesquisas históricas tem apontado o papel da diplomacia brasileira junto ao aparato repressivo das ditaduras militares do
Cone Sul que na década de 1970 culminou em um velado esquema de coordenação repressiva denominado de “Operação
Condor”. Afirma-se correntemente que o esquema “Condor” contou com a participação de autoridades diplomáticas
brasileiras para realizar operações que variaram desde a observação e vigilância, até o seqüestro, o assassinato e o
desaparecimento de pessoas que deixavam o país supondo estar a salvo e em segurança nos países vizinhos. Nesta
comunicação, contudo, pretende-se apresentar e discutir os resultados da pesquisa a documentos diplomáticos, produzidos em
um período que inclui as três décadas que antecederam o golpe militar de 1964 no Brasil, que permite afirmar que o
monitoramento das atividades de brasileiros no Uruguai e na Argentina por representantes do Itamaraty antecedeu o
estabelecimento das ditaduras no Cone Sul, bem como a instalação do esquema “Condor”, constituindo-se numa prática
contínua ao longo do século XX, que ganhou maior intensidade e sistematicidade à medida que o comunismo deixava de ser
um problema de ordem social para tornar-se um problema de segurança nacional.
Flamarion Maués (Universidade de São Paulo), “Livros contra a tortura, livros contra a ditadura: a denúncia da
violência política da ditadura brasileira no exterior, anos 1970”
[PT] A partir do fechamento político decorrente do Ato Institucional nº 5 (dezembro de 1968), a ditadura brasileira constituiu
um forte aparelho repressivo para combater os que se opunham ao regime, em particular os grupos armados. A tortura de
presos políticos passou a ser um dos principais métodos utilizados para a intimidar os opositores e obter informações. A partir
do início da década de 1970 começaram a surgir no exterior livros que denunciavam o uso indiscriminado da tortura pela
repressão brasileira, mostrando os métodos usados, como funcionavam os órgãos repressores, quem eram os torturadores e
suas vítimas. Em geral, o conteúdo dos livros resultava de informações provenientes dos presos torturados. Localizei livros de
denúncia da violência política no Brasil editados na Venezuela e França (1970), Chile (1971), México (1972), Portugal (1974
e 1976) e Itália (1975). Esta comunicação tratará de alguns desses livros, analisando seu processo de elaboração e edição, seus
editores e autores, seus canais de circulação e o papel que tiveram na denúncia da ditadura brasileira no exterior.
José Vieira da Cruz (Universidade Federal de Alagoas), “Da Lei Suplicy ao AI-5: a ditadura brasiliera e a legislação
repressiva às instituições estudantis, 1964-1968” / “The suplicy law until AI-5: the dictatorship and the repressive
legislation to Brazilian student institutions, 1964-1968”
[PT] Após golpe civil-militar de março de 1964, os estudantes universitários se defrontaram com a Lei 4.464/1964, a chamada
Lei Suplicy – dispositivo jurídico elaborado em razão de não existir uma legislação intervencionista que pudesse ser aplicada
às instituições estudantis. Esta lei possibilitou tornar sem efeito o dispositivo do Decreto nº 37.613/1955, que não permitia a
intervenção nos diretórios acadêmicos; iniciar uma política de controle quanto ao funcionamento dessas instituições; e,
colocar para os estudantes a decisão de resistir a sua implantação, sofrer intervenção ou assistir o fechamento de suas
entidades. Reparado e ampliado pelo Decreto Lei 228/1967, essa legislação tinha por objetivo colocar um fim na autonomia
das entidades representativa dos estudantes, subordinando-as às instituições de ensino superior; criminalizar a relação dos
órgãos de representação estudantil com os partidos políticos, assim como as mobilizações estudantis. Dentro dessa
perspectiva, esse texto visa apresentar uma discussão a respeito da reação estudantil à Lei Suplicy, em 1968, até a decretação
do Ato Institucional nº 5 (AI-5), em 1968, quando a legislação tornou-se ainda mais rígida em relação aos estudantes e suas
entidades estudantis no Brasil.
[EN] After civil-military coup of March 1964, college students were faced with the Law 4.464 / 1964, called Law Suplicy legal device designed as it does not exist an interventionist legislation that could be applied to the student institutions. This
law allowed to void the Decree of the device No. 37.613/1955, which did not allow intervention in academic directories; start
a control policy on the functioning of these institutions; and place for students to resolve to resist its implementation, suffer
intervention or watch the closing of its entities. Repaired and expanded by Decree Law 228/1967, that legislation was
intended to put an end to the autonomy of the representative bodies of students and puts them at higher education institutions;
criminalize the relationship of the student representative bodies with political parties, as well as the student demonstrations.
Within this perspective, this paper aims to provide a discussion of student reaction to Suplicy Law in 1968 until the enactment
of the Institutional Act nº 5 (AI-5), in 1968, when the legislation became even more rigid relative students and their student
organizations in Brazil.
12
Lisandro Cañón (Universidad Nacional de Mar del Plata), “Conformación de una maquinaria de guerra estatal
contrarrevolucionaria, Argentina 1955-1976”
[ES] El objetivo de esta comunicación es reflexionar sobre el desarrollo de la legislación y la infraestructura represiva del
Estado argentino entre 1955 y 1973. Nuestra hipótesis es que el aumento de la coerción y de los dispositivos para controlar
seguir y reprimir, ocurrido a partir de la Revolución Libertadora (1955-1958), supuso el inicio de la conformación de una
maquinaria de guerra estatal contrarrevolucionaria. Desde 1955 la coacción se ejerció en formas cada vez menos disimuladas
e indirectas, hasta llegar a las medidas de policía propiamente dichas, a los sucesivos golpes de Estado, al recurso de la
violencia estatal persecutoria. De allí se deriva otro aspecto: la construcción de un enemigo contra el que se pensó y se
proyectó la violencia. Esto último nos pone en contacto con los discursos sociales, las políticas estatales y los medios
empleados para construir a ese enemigo. Reconstruiremos la estrategia contrarrevolucionaria y la idea de peligrosidad y
negativización del otro, particularmente la que se proyectó sobre los estudiantes del ciclo medio de enseñanza, cuyas edades
oscilan entre los 13 y 18 años.
[EN] The aim of this paper is to reflect on the development of repressive legislation and infrastructure of the Argentine State
between 1955 and 1973. We hypothesize that increased coercion and control devices monitor and repress happened after the
Revolution Liberation (1955-1958), marked the beginning of the formation of a state machinery counterrevolutionary war.
Since 1955 coercion exercised less and less hidden and indirect forms, reaching police measures themselves, successive coups
Resource of persecutory state violence. From there arises another aspect: the construction of an enemy that thought and
violence was planned. The latter puts us in touch with the social discourses, state policies and the means employed to build
that enemy. Rebuild the counterrevolutionary strategy and the idea of danger and negativization other, particularly the one
projected onto a middle school student teaching, aged between 13 and 18 years.
Painel 12 – Novas formas de violência política: da extrema direita à jihad
Alejandro Adán Pascual, Roberto López Torrijos (Instituto de Seguridad Global), “Terrorismo off-shore (claves
empresariales en las organizaciones yihadistas) y acciones comunicativas informales en el terrorismo nacionalista” /
“Off-shore terrorism (business keys in jihadist organizations) and informal actions of communication in nationalist
terrorism”
[ES] Esta exposición consta de dos partes. El objetivo de la primera de ellas pretende entender el fenómeno del terrorismo
yihadista en la medida que se relaciona con los modernos patrones organizativos de las startups y las estrategias y
comportamientos típicamente emprendedores de la Globalización, y cuenta con dos digresiones referidas a la relación del
reclutamiento de occidentales por el ISIS con la Cultura de la Violencia y al concepto de héroe. La segunda parte considera la
organización terrorista como el trasunto de la acción comunicativa de grupo. Para este propósito se servirá de la Teoría de la
Comunicación de Habermas a través de dos breves ejemplos procedentes del terrorismo nacionalista (separatismos quebequés
y vasco).
[EN] This presentation has two parts. The goal of the first of them seeks to understand the phenomenon of Jihadist terrorism
as it relates to the modern, organizational patterns of startups companies and entrepeneurial behaviours and strategies of the
Globalization, and two dissociation about the link between the recruitment of Western young people by ISIS and the ‘Culture
of Violence’ and the concept of hero. The second part considers the terrorist organization as the result of communicative
actions of a group. For this purpose, Habermas’ theories of the communication will be helpful through two brief samples from
the nationalist terrorism (Québécois and Basque separatism).
José J. Sanmartín (Universidad de Alicante), “La extrema derecha europea, sus intelectuales y la cuestión de la
violencia como política (1986-2014)”
[ES] El problema de la violencia política ha sido una constante entre los pensadores de la Extrema Derecha y de la
denominada Nueva Derecha Radical. La búsqueda de formas de integrar ideológicamente la violencia como forma de
expresión política ya estuvo en el vocabulario del nazi-fascismo clásico. Sin embargo, las mutaciones sufridas tras el fracaso
del "terrorismo negro" en los años setenta y primeros años ochenta, forzó a señalados pensadores ultraderechistas a reformular
la función de la violencia dentro de sus movimientos. De hecho, las afirmaciones violentas fueron socializadas ("expulsadas")
hacia el exterior, al tiempo que se pasaba de un discurso ofensivo a otro más enfocado a lo defensivo, a la protección de una
sociedad aparentemente vulnerable ante "enemigos" que la Extrema Derecha se disponía a salvaguardar. La aparente
transversalidad de intelectuales como Alain de Benoist, por ejemplo, aportó una dimensión social y “metapolítica” que
afirmaba el carácter abierto, poroso, de los nuevos movimientos radicales, donde la violencia debía estar tasada y al servicio
del interés general. Este paper explorará el discurso agresivo de la Extrema Derecha en relación a una violencia a la que no
pueden renunciar, y las estratagemas para simular una actitud moderada o “constructiva”... que no es así.
Ottavio D’Addea (Università di Bologna), “Instabilità geopolitica dopo la guerra fredda: la strategia di al Qaeda dagli
anni novanta agli attacchi dell’11 settembre”
[EN] Fifteen years after the attacks of September 11, we can provide an historical context that fits this new terrorism in the
end of the Cold War, but is influenced by the course of US policy in the twentieth century and the rise of asymmetric warfare
and new media. The September 11 attacks offer a new challenge to historical thought because they provide new types of
documents and a new collective memory based on the use of the web.
13
Painel 13 – Legitimidades e impacto da violência política no segundo pós-guerra europeu
Eloisa Betti (Università di Bologna), “Gendering the history and memory of political violence and imprisonment in Cold
War Italy. The case of ‘Red’ Bologna”
[EN] The paper will investigate an as yet hidden aspect of the massive political violence against Left-wing activists that took
place in Italy during the harshest period of Cold War concerning the role of women. Bologna is as interesting case study, as
political violence peaked in the city in the 1948-1956 period. Bologna represented a peculiar case of “local Communism”,
being governed by the PCI from the end of World War Two to the fall of the Berlin Wall, and thus the privileged target of antiCommunist measures promoted by Minister of Interior and later by Prime Minister Mario Scelba in those years. The influence
of the “inner Cold War”, according to the definition given by Donatella Della Porta and Gerard Reiter, at urban level left its
mark on almost 14,000 trials, with 773 people injured in police clashes and thousands of workers being dismissed for political
reasons. Left-wing Bolognese women, as well as men, experienced various forms of repression: from 1951 to 1954, 1,982
women were put on trial just for handing out flyers, mimosas and newspapers, 1,212 were sentenced to 182 years of prison
overall and almost 6.5 million lire in fines. Thanks to archival sources, coeval press and court trial documents of the
Committee of Democratic Solidarity, my paper will reconstruct the contours of political violence against women both in the
city and in the provinces of Bologna, where thousands of farming women were arrested during strike action and one, Maria
Margotti, was even killed, becoming one of the main symbols of political violence in that area as well as an icon for Left-wing
women. Moreover, my paper will analyse women’s memory of political violence and imprisonment, thanks to memoirs,
correspondence and oral sources. Women’s gendered memories unveil a mixture of private (i.e. family and female solidarity
networks) and public (i.e. political engagement) in terms of narratives on political violence and imprisonment, as well as the
reaction of 1950s Italian society to women’s political engagement and their imprisonment.
Mirco Dondi (Università di Bologna), “La violenza che legittima, la violenza que delegittima”/ “Legitimising violence
and violence that undermines”
[IT] La relazione che si intende presentare mira a individuare alcuni tratti del dibattito sulla violenza successiva alla
liberazione in Italia. Si tratta di un dibattito lungo e inteso che parte nel 1946 e attraversa, con variazioni di tono e momenti di
pausa, quasi tutti i 70 anni successivi alla liberazione. Più ci si allontana dal contesto di quegli eventi, e più il dibattito è
piegato alle esigenze politiche del momento, con l’aggiunta di nuovi significati. La relazione che si propone, intende
individuare gli 8 momenti cardine del dibattito e le loro principali caratteristiche tematiche. La violenza post bellica eseguita
dai partigiani in Italia vive fasi diverse e divergenti. Le uccisioni seguite alla liberazione non trovano, nella seconda metà del
1945, aperte condanne da parte delle istituzioni e dei prefetti. Queste azioni vengono viste come figlie del contesto, una
prosecuzione fisiologica di un conflitto che non si può arrestare all’istante. Nel corso del tempo questa violenza subisce varie
forme di condanna e percezioni diverse: 1 - le azioni di regolamento di conti non sono più accettabili nel 1946; 2 - le azioni
armate hanno cominciato in alcuni casi a interessare anche i non fascisti; 3 – la guerra fredda, resa evidente dallo scioglimento
della coalizione ciellenista, porta a condannare la violenza post bellica come violenza di matrice comunista, viene accresciuta
nelle dimensioni e utilizzata come minaccia incombente sulla democrazia. Questo accade soprattutto nella prima e più acuta
fase della guerra fredda (1947 – 1955) dove la condanna della violenza non si esaurisce soltanto in una campagna di stampa,
ma in una precisa operazione politica che porta a processare oltre 1.600 partigiani per azioni compiute durante la guerra e
dopo la guerra. Nascono in questo momento alcune formule evocative molto efficaci: triangolo della morte, Emilia = Messico
d’Italia, terra di pistoleri. Comincia una non risolta guerra di cifre sugli uccisi. La prima stima che si diffonde parla di 300.000
morti. Anticomunisti e fascisti danno corpo alla campagna. 4 – la campagna contro la violenza mette in secondo piano anche
la stessa Resistenza, la stessa idea di antifascismo che in Italia, fino al 1960, fatica a trovare una dimensione legittimante. 5 –
la ripresa pubblica del valore della Resistenza e dell’antifascismo dopo il luglio 1960 non si associa a una riflessione
storiografica sui giorni del 1945. 6 – con l’inizio degli anni Settanta, i movimenti a sinistra del Pci riprendono il tema della
violenza nella Resistenza, leggendo questo momento come occasione mancata. Legittimazione delle azioni resistenziali: la
Resistenza è rossa, non è democristiana. Esiste un mito della violenza rivoluzionaria, che più di ogni altro, è ripreso nel saggio
di Cesare Bermani, La volante rossa. 7 – Dopo il crollo del muro di Berlino si riapre il tema della violenza post bellica nella
Resistenza. Il presidente dell’Istituto Cervi, Otello Montanari, lancia il suo “chi sa parli”. In realtà il dibattito sulla violenza
post bellica sta assumendo una direzione volta a delegittimare il Pci (poi il suo primo erede il Pds), per chiudere
definitivamente un’esperienza e rendere inservibile un’eredità. Negli anni Novanta si avvia la prima vera stagione di
riflessione storiografica sul tema. 8 – Anni Zero: il tema mantiene una forte attualità in conseguenza del grande successo del
libro di Gian Paolo Pansa, Il sangue dei vinti, che ripropone vecchi schemi anni Cinquanta usati durante la guerra fredda. La
novità è che l’autore proviene dalla sinistra. Il tema finisce per essere usato come strumento per altre finalità inserendosi
pienamente nel più generale dibattito di revisione della Resistenza, di parificazione delle due parti in lotta durante la guerra
civile (fascisti contro partigiani), di definitiva condanna e isolamento della violenza comunista. Il libro, al quale ne seguono
diversi altri del suo autore sullo stesso tema, mira anche a chiudere la stagione dell’antifascismo aprendo una nuova fase
politica e culturale. Non fosse che il libro di Gian Paolo Pansa più che libro storico è un pamphlet, con tutti i limiti scientifici
che questa forma presenta.
Patrícia Fernandes (Universidade do Minho), “War is peace, freedom is slavery, ignorance is strength – O poder
violentador da palavra”
[EN] From a philosophical point of view I argue that language can be seen as a source of violence. My framework is the
study of language developed by Wilhelm von Humbold, especially the dynamics between our native language and language as
parole: the former can be seen as oppressive in relation to thought; and the latter can react to that oppression in a violent
way. It is possible, I argue, to apply this scheme of thought to discourses of power, as the one provided by neoliberalism since
the 70s or the one of the latest form of neoliberalism: the austerity policies. If its narrative intend to make people think in a
14
certain way by using certain kind of words or expressions or phrases, then what way out do we have? Philosophers like
Humbold, Heidegger, Barthes and Rorty advocate that we can react by modifying the final vocabulary used by that narrative.
Only stepping out of the vocabulary’s system can we present a true alternative to the political situation.
Pau Casanellas (Instituto de História Contemporânea – Universidade Nova de Lisboa), “Violencia política: entre
legitimidad y legalidad. ‘Terrorismo’ y estigmatización de la contestación” / “Political violence: between legitimity and
legality. ‘Terrorism’ and the criminialization of protest”
[ES] En las últimas décadas, el ejercicio de la violencia política al margen de los cauces de la soberanía ha sufrido un
creciente proceso de estigmatización, del que a menudo se ha derivado también una criminalización de la protesta. Mientras
que la utilización extensiva de la noción de violencia referida a situaciones coercitivas —reflejada por concepciones como las
de violencia estructural o violencia simbólica— ha sido por lo general relegada de los ámbitos académicos, exactamente lo
contrario ha sucedido, muy especialmente en el plano político y jurídico, con la concepción de violencia política, cuyos
contornos han ido ensanchándose de manera notoria. Este proceso, cuyas raíces cabe situar en los años iniciales de la Guerra
Fría, vivió en los años setenta del siglo XX uno de sus momentos culminantes en varios países del mundo occidental. Como
parte de esa tendencia, se ha ido generalizando una utilización abusiva del término terrorismo para hacer referencia al
cuestionamiento del monopolio de la violencia física legítima consignado por Max Weber. Esta comunicación intenta analizar
todos esos aspectos, y lo hace acudiendo a los orígenes de la diferenciación entre fuerza (considerada legítima) y violencia
(carente de legitimidad). Para ello, son consideradas de especial interés las reflexiones sobre poder y soberanía de dos autores
de signo ideológico tan dispar como Walter Benjamin y Carl Schmitt. Igualmente, se hace un somero repaso crítico a las
principales perspectivas adoptadas en el estudio de la violencia política desde el ámbito académico y, al mismo tiempo, se
señalan posibles vías alternativas para una mejor comprensión del fenómeno.
[EN] In the last decades, the use of political violence beyond the borders of sovereignty has suffered an increasing process of
stigmatization, which often led to a criminalization of protest too. The extensive use of the idea of violence referred to
coercion — reflected by conceptions as symbolic or structural violence — has been generally relegated from academic
discourses, while, on the contrary, the idea of political violence has been extensively widened, especially as regards politics
and law. This process, which began in the first years of the Cold War, reached one of its climaxes in the 1970s in many
different countries. As a part of this trend, there has been an abusive use of the term terrorism to refer to the questioning of the
monopoly of legitimate use of physical force — as defined by Max Weber. This paper tries to analyse all these aspects,
focusing on the origins of the differentiation between force (considered legitimate) and violence (illegitimate). With that aim,
the reflections on power and sovereignty of Walter Benjamin and Carl Schmitt — authors with very different ideas — are
particularly taken into account. Likewise, the paper intends to briefly — and critically — review the main academic
approaches to the study of political violence and, at the same time, point out some alternative paths to a better comprehension
of this phenomenon.
Painel 14 – Cine, literatura y medios de comunicación: representaciones de la violencia
Carlos Pulpillo Leiva (Universidad Rey Juan Carlos, Madrid), “Luis María de Lojendio, cronista de la guerra civil
española”
[ES] Los medios de comunicación fueron uno de los canales más importantes en la transmisión de los hechos de la guerra.
Son importantes debido a que a través de ellos la población asume los hechos de una manera u de otra. En el caso concreto del
bando sublevado hay dos personajes que destacan en esta labor por encima de todos como fueron Manuel Aznar y Víctor Ruiz
Albéniz (conocido como Tebib Arrumi), sin embargo hay otros que también tuvieron una cierta preponderancia en el
conocimiento posterior de la guerra como Manuel Sánchez del Arco o Alberto Martín Fernández –dos último que Aznar
destaca como muy importante-. Muchos de ellos dedicaron posteriormente sus crónicas para dar cuerpo a una publicación que
fuese el resumen y la muestra de este trabajo. Dentro de ellos, un personaje desconocido en esta labor fue Luis María de
Lojendio, pero el ser desconocido no significa que su labor no fuese importante, Posiblemente en el desarrollo de crónicas
hacia el exterior fue de todos el más destacado, por tanto el que mayor proyección exterior tuvo gracias a su participación en
una fuente que fue fundamental para el primer franquismo como el Noticiero de España. El Noticiero de España era una
publicación destinada a las embajadas exteriores de la España de Franco durante la guerra con el objetivo de mostrar las ideas
oficialistas del Estado ya que esta se hacía en la misma Jefatura del Estado en Burgos. Lojendio era el encargado de la sección
de Operaciones Militares de la misma. Con ello, el objetivo de la comunicación es mostrar la importancia de Lojendio en esta
labor y la visión que él aportó de las campañas bélicas.
Igor Barrenetxea (Universidad del País Vasco / Euskal Herriko Unibertsitatea), “Cine, cárcel y represión franquista en
Estrellas que alcanzar (2010), de Mikel Rueda” / “Francoist repression in Izarraren argia (Estrellas que alcanzar)
(2010), from Mikel Rueda”
[ES] El fenómeno de la recuperación de la memoria histórica, que ha tenido tanto impacto en la sociedad española, muy
rápidamente tuvo su reflejo en el cine. Filmes como El lápiz del carpintero, Las 13 rosas, La buena nueva, La voz dormida o
Estrellas que alcanzar, por citar algunos, no solo nos han conducido a revelar episodios del pasado de interés sino a codificar
una memoria audiovisual del marco histórico de la represión franquista desde diversos ángulos y perspectiva de su actuación y
caracterización. Así, la memoria, el cine y la historia se integran en esta revisión de unos hechos pretéritos que han seguido
interesando y condicionando a la sociedad española y vasca hasta la actualidad. Esta comunicación pretende mostrar como
Estrellas que alcanzar, que se desarrolla en la cárcel de Santurrarán (Gipuzkoa), se integra en esta cuestión. Sus claves
históricas (cómo se representa a los perdedores de la guerra, a los vencedores, cuáles fueron las políticas de la venganza, etc.)
y fílmicas son claves para entender el imaginario de la sociedad actual acerca de este fenómeno socio-histórico.
15
[EN] The historic memory recovery´s phenomenon, which had so much impact on the Spanish society, very quickly had its
mirror image in cinema. Films such as El lápiz del carpintero (The carpenter´s Pencil), Las 13 rosas (13 roses), La buena
nueva (The good news), La voz dormida (The sleeping voice) o Izarraren argia (Estrellas que alcanzar) (Stars to wish upon), to
name some, have not only led us to reveal past incidents of interest, but also to code an audio-visual memory of Franco´s
regime´s repression historical frame from several points of view and perspectives of its conduct and portrayal. Thus, memory,
cinema and History are integrated in this revision of past facts which have continuously impacted and determined Spanish
and Basque society until currently. This communication intends to show how Izarraren argia (Estrellas que alcanzar) (Stars to
wish upon), which carries out in Santurrarán´s jail (Gipuzkoa), fits in this matter. Its historical keys (how the loser from war,
or the victors are represented, which were the payback policies, etc.) and the filmic ones are key to understand current
society´s imaginary about this socio-historical phenomenon.
Luis M. Calvo Salgado (Universität Zürich), Moisés Prieto (University of Oxford), “La mediatización del atentado
través de tres ejemplos del siglo XX: 1914-1944-1963” / “The Mediatization of the Assassination Attempt through three
Examples from the 20th Century: 1914, 1944 and 1963”
[ES] A lo largo de los últimos decenios, el atentado ha sido abordado por diferentes disciplinas. Menos interés ha suscitado, en
cambio, la mediatización del atentado o su tratamiento a través de la imagen y de la imagen en movimiento. Partiendo de un
tríptico aplicable a los tiranicidios del siglo xix, articulado en la imagen de la ejecución del asesinato, la detención del autor y,
finalmente, su castigo, se procurará verificar en qué medida este patrón puede aplicarse a los atentados del siglo xx. Para ello
se consideraran tres atentados clave de esta época: primero, el asesinato del archiduque Francisco Fernando de Austria el 28
de junio de 1914 en Sarajevo, perpetrado por un grupo de extremistas serbios y que desencadenaría la Primera Guerra
Mundial; segundo, el atentado del 20 de julio de 1944 contra Adolf Hitler en la Wolfsschanze, complot fallido en el que estaba
involucrado un gran número de oficiales de la Wehrmacht. Por último, analizaremos el atentado contra el presidente
estadounidense John F. Kennedy en Dallas, el 22 de noviembre de 1963, supuestamente por manos de Lee Harvey Oswald.
[EN] During the past decades, the assassination attempt has been treated from different disciplines. Nevertheless, the
mediatization of the assassination attempt or its treatment in images and audio-visual media has been widely neglected.
Starting from a triptych applicable to 19th century tyrannicides and articulated by the assassination performance, the
perpetrator’s arrest and finally his punishment, we aim at verifying to what extent this model fits in 20th century assassination
attempts. For this reason, three key assassinations will be considered. First, the assassination of Franz Ferdinand, Archduke
of Austria, in Sarajevo on 28 June 1914, perpetrated by Serbian nationalists, and which would lead to WWI. Second, the
failed attempt on 20 July 1944 against Adolf Hitler in the Wolfsschanze; a plot in which many high rank officers of the
Wehrmacht were involved. As third example, we will focus on John F. Kennedy’s assassination in Dallas, on 22 November
1963, reputed to Lee H. Oswald.
Moisés Prieto (University of Oxford), “The Swiss TV news and the Francoist violence (1969-1975)”
[EN] The last years of the Franco regime faced an increase of social and political conflicts. The dictatorship answered with
exceptional ruthlessness to the claims of the Spanish working class. The declaration of the state of exception in early 1969, the
military trial of Burgos in December 1970, the executions in 1974 and 1975 show this dramatic development. While scholars
have mainly studied the perception of Francoism and the Spanish transition in the press, electronic media (cinema, radio, and
TV) have largely been neglected, with some exceptions. Of particular interest is the analysis of those foreign media settled in
countries, whose relation to the Spanish regime was particularly strong. Under this perspective the Swiss TV news might
provide an outstanding example. While the Swiss Confederation maintained very good relations with Spain (immigration,
trade and investments) and masses of Swiss tourists spent their holidays in Spain, the TV newsreel began in the late 1960s to
report the repressive policies in the caudillo’s country. The paper purposes to analyze the treatment of Spanish news by the
Swiss TV newsreel considering different repressive events between 1969 and 1975.
Painel 15 – La dura posguerra española: la articulación de la represión política
Josep Màrius Climent, Antonio Calzado (Universitat de València), “Represión y control social en el primer
franquismo: los avales”
[ES] La dictadura franquista se asentó paulatinamente a lo largo de la década de los cuarenta sobre los pilares de una extensa
violencia basada en la construcción de un edificio legal; la discrecionalidad de las autoridades locales (ayuntamientos,
Jefaturas falangistas) y la presión social contra los vencidos y sus familiares. Esta violencia estuvo acompañada por diversos
mecanismos que aseguraban su perpetuación y consolidación en el tejido social. En uno de ellos, la obtención del
imprescindible aval por parte del poder municipal local y Falange Española Tradicionalista para conseguir limitar o escapar de
la oleada represiva, se centra esta comunicación, desde una perspectiva microhistórica (la comarca valenciana de la Vall
d’Albaida), dado que facilita la profundización en la obtención y tratamiento de fuentes documentales y orales. En los años
centrales de la represión franquista, especialmente en las zonas rurales, tuvo lugar un amplio y perverso juego entre
franquistas y los familiares de los vencidos en el que, además de consolidar (o recuperar) espacios locales de poder por parte
de las élites más o menos desterradas de sus tradicionales ámbitos de control del municipio, el mercado de trabajo o sus
posiciones hegemónicas en las microsociedades rurales durante la Segunda República, el franquismo se aseguraba la sumisión
tanto de los represaliados como de sus familiares. De esta manera, se ampliaba el control socio-político de las víctimas
directas de la represión franquista a sus núcleos familiares, siempre con la amenaza latente de un cambio en los informes
políticos que conllevase el retorno al bucle represivo.
16
Miguel Ángel Melero Vargas (Universidad de Málaga), “Nuevos enfoques en torno a la represión sobre la resistencia
guerrillera antifranquista en Andalucía. Actitudes ciudadanas desde la resiliencia a la épica”
[ES] En la presente comunicación pretendemos poner de manifiesto varios aspectos relacionados con el fenómeno de la
represión resistencia guerrillera antifranquista en la región española de Andalucía, comenzando por las dificultades
historiográficas y el oscurantismo informativo como motores de búsqueda de la misma, y que por ejemplo nos llevan a la
complejidad de poder establecer una cuantificación de las víctimas definitiva, entre otras cosas porque en la misma deben
considerarse aquellos que actuaron como “guerrilleros del Llano”, esto es, los enlaces. Pero en nuestro texto no queremos
centrarnos exclusivamente en una mera cuantificación de represaliados -guerrilleros y enlaces-, a pesar de que realicemos un
desglose detallado de las causas y disposición cronológica de las muertes, o de la gradación de las penas impuestas por la
“justicia” militar franquista, sino de las actitudes ciudadanas ante la resistencia de unos y la represión de otros. Actitudes
analizadas fundamentalmente desde la óptica de los enlaces, y de sus comportamientos, desde la resiliencia a la épica, pero
que no buscaban sino el mantenimiento de su identidad de grupo, y a ser posible el fortalecimiento de sus afinidades e
intereses comunes, sobre todo el de protección de una comunidad y sus miembros.
Santiago Vega Sombría (Universidad Complutense de Madrid), “Los orígenes siniestros de la Brigada Político Social”
[ES] En contra de lo que se había apuntado anteriormente sobre la cronología del origen de la Brigada Político Social, se ha
comprobado que, ya con esa denominación, entra en Madrid el 29 de marzo de 1939 bajo el mando de Andrés Fernández
Benbibre. En el complejo engranaje del Ejército de Ocupación multitud de instituciones se reparten cometidos específicos que
se complementan perfectamente con un único objetivo: la eliminación de los adversarios políticos, una multitud, derrotada,
pero muy numerosa, en la capital del No Pasarán. Entre ellas, destaca la Brigada Político Social como encargada de
desmantelar organizaciones políticas y sindicales y perseguir a los que pretendieran su reorganización. La Brigada Político
Social dependiente de la Jefatura del Servicio Nacional de Seguridad, a las órdenes del coronel José Ungría, se instala en los
bajos del ministerio de la Gobernación, en la madrileña Puerta del Sol, pero también aprovecha unas instalaciones policiales
republicanas, en un chalet a las afueras de la capital, en el número 108 de la calle Serrano. En ambas ubicaciones se han
constatado 11 muertes de detenidos en sus dependencias, concretamente 6 en Serrano y 5 en la Puerta del Sol, en apenas cinco
meses (entre el 20 de abril y el 20 de septiembre de 1939). Aunque esos asesinatos quedaron impunes, sí hay expedientes
judiciales militares que trataron de investigar las circunstancias que ocasionaron esas muertes. Quedan constatadas numerosas
irregularidades, así como el maltrato y las agresiones de los policías a los detenidos. Ninguno de los expedientes llegó a juicio
ni a que hubiera algún tipo de sanción para los torturadores.
Víctor Peñalver (Universidad de Murcia), “Violencia en los espacios punitivos: la prisión de Caravaca de la Cruz y el
centro de detención de La Encomienda de Calasparra. Un estudio de caso en el noroeste de Murcia” / “Violence in
Punitive Spaces. The Prison of Caravaca de la Cruz and the ‘La Encomienda’ Detention Centre in Calasparra. A Case
Study from the North-western Municipalities of the Murcia Region”
[ES] La violencia franquista de posguerra contó con dos espacios esenciales para su ejecución: las cárceles y los centros de
detención. Esta comunicación aborda el funcionamiento y tipología particular de la Prisión de Partido de Caravaca y del
centro de detención “La Encomienda” (Calasparra), municipios pertenecientes a la Comarca del Noroeste -Murcia-. Las
diversas fuentes históricas utilizadas nos describen con detenimiento las distintas modalidades de violencia física y simbólica
ejercidas tanto al colectivo de derrotados como a sus familiares en estos espacios punitivos. La acción represiva no quedó
encerrada y limitada por los muros carcelarios, sino que trascendió al exterior determinando todos los aspectos de la vida
pública en el ámbito regional seleccionado para el estudio. La información permite definir cómo funcionó esa violencia, qué
métodos utilizó el franquismo para castigar, y cómo la percibieron los republicanos derrotados en este territorio rural español;
así como conocer el día a día- el ritual represivo-, marcado por la venganza, tanto hacia los presos políticos como a los “presos
gubernativos”. La Prisión de Partido de Caravaca y el centro de detención “La Encomienda” constituyen una parte de esas
heterotopías creadas por el franquismo que permanecen ocultas para los ciudadanos.
[EN] Francoist violence during the post-war period was exercised essentially in two main spaces: prisons and detention
centres. This paper analyses the particular nature and functioning of the Prison of the Caravaca Judicial District and the “La
Encomienda” detention centre (Calasparra), placed in some municipalities of the North-western Administrative Division of
the Murcia Region. During this research, several historical sources have thoroughly described the multiple methods of
physical and symbolic violence exercised within these punitive spaces, both towards the defeated as well as their relatives.
Repressive measures were not locked up inside the prison walls, but went beyond them to the outside world, having a major
influence over all the aspects of public life at the particular administrative division selected for this study. The information
collected herein makes it possible to explain how that violence worked, which punishment methods were used by the Franco’s
regime and how those were perceived by the defeated republicans in this rural area of Spain. Likewise, this information gives
us some insight on the daily lives –the repressive ritual– of “government prisoners” and political prisoners, a reality marked
by vengeance. The Prison of the Caravaca Judicial District and the “La Encomienda” detention centre are both a part of
those heterotopies created by the Francoism which still remain hidden away from the citizens.
Painel 16 – Nuevas perspectivas económicas de la violencia franquista: explotación laboral y apoyos sociales
Estefanía Langarita (Universidad de Zaragoza), “Responsabilidades Políticas y la construcción de la dictadura:
represión económica y apoyos sociales” / “Political responsabilities and construction of the dictatorship. Economic
repression and social support”
[ES] El estudio de la construcción de la dictadura franquista y de sus apoyos sociales tiene que atender necesariamente a la
naturaleza y articulación de las relaciones socioeconómicas en los primeros años del régimen. El nuevo Estado, por medio de
17
diversas disposiciones y medidas, como la Ley de Responsabilidades Políticas de 9 de febrero de 1939, hizo peligrar las
condiciones materiales de existencia de muchas personas, colocándolas en una situación de enorme vulnerabilidad social,
cuando no de exclusión severa. Por obra de la citada Ley, las personas tenidas por desafectas quedaban expuestas a sufrir una
multa económica, la inhabilitación laboral o el destierro, además de ver sus bienes embargados o sacados a pública subasta. La
violencia socioeconómica y patrimonial conllevó asimismo la apropiación de lo desposeído y su traspaso a otras manos, ya
fueran las de particulares, las de otras empresas o las del Estado. Las políticas del régimen sellaron así la que era una desigual
distribución de la precariedad y del dolor. En definitiva, a la hora de abordar la construcción de la dictadura no basta con
atender a su función punitiva y de control social. Será preciso conocer también sus mecanismos de legitimación y su red de
apoyos sociales. Unos apoyos que aprobaron, sostuvieron y, en último término, se beneficiaron del ejercicio de esa violencia.
[EN] Besides the physical destruction amongst republicans and the militants of the leftist parties, behind the lines or by
military tribunals, Francoist violence also covered many other acts such as imprisonment, economic repression, forced labour,
professional purges or social and moral control. The economic repression carried out under the Law of Political
Responsabilities, which was enacted in 1939, by the end of the civil war. This legal frame settled the conditions to punish
political opponents and the defeated by plundering and fines, and because of this, their life became harder and uncertain.
Furthermore, Franco’s government didn´t work alone. The dictatorship encouraged their social and political basis to
denounce their neighbours. Social support to the “New State” contributed to the construction of the Dictatorship from below.
And whereas most of the inhabitants were forced to survive, other groups gained profits and impunity.
Juan Carlos García Funes (Universidad Pública de Navarra), “Trabajos forzados para los prisioneros de guerra:
estudio del territorio castellano-leonés (1937-1942)”
[ES] En el marco de guerra originado tras el golpe de Estado militar del 18 de julio de 1936, en España se desarrollaron
modalidades de trabajo forzado con diferentes orígenes y funcionamientos. Desde 1937 los militares sublevados elaboraron un
sistema de aprovechamiento de prisioneros de guerra para realizar algunas de las obras más peligrosas en los frentes y
aquellas de más premiosa necesidad para el desarrollo de la contienda bélica. Las obras podían tener una finalidad
estrictamente militar o una proyección civil, aunque muchas de las primeras, en posguerra, tendrán un uso civil también.
Según caían los frentes, el acopio de prisioneros se incrementaba por miles y los depósitos y campos de concentración se
desbordaban de milicianos antifascistas, militares leales a la República y movilizados al frente por la misma. Este sistema
perduró hasta 1945. Por él pasaron decenas de miles de prisioneros considerados desafectas o afectos dudosos a la sublevación
militar. Con nuestra aportación, realizamos un breve recorrido por las últimas investigaciones que han abordado las diferentes
modalidades de trabajo forzado en España entre 1936 y 1945 y presentamos los primeros resultados de una investigación
realizada en las nueve provincias de la actual comunidad autónoma de Castilla y León.
[EN] In the context of war originated after the military coup of July 18, 1936, in Spain developed modalities of work forced
with different backgrounds and performances. Since 1937 the military revolt developed a system of exploitation of prisoners of
war to perform some of the most dangerous works on the fronts and those of most premiosa necessity for the development of
the war conflict. The works could have a strictly military purpose or a civil projection, although many of the first, in the postwar period, will also have a civilian use. According to fell the fronts, the collection of prisoners increased by thousands and
deposits and concentration camps are overflowed anti-fascist, military militia loyal to the Republic and mobilized to the front
by the same. This system lasted until 1945. For him it took tens of thousands of prisoners considered to be disaffected or
dubious affections to the military uprising. With our contribution, we make a brief tour of the latest research that have
addressed different modalities of forced labour in Spain between 1936 and 1945 and present the first findings of an
investigation carried out in the nine provinces of the current autonomous community of Castilla y León.
Josep Màrius Climent (Universitat de València), “Los Batallones de Trabajadores en la posguerra y el proceso de
imposición de una dictadura militar en España. 27 Batallón Disciplinario de soldados trabajadores, 1940-1942” / “The
battalions of workers in the post-war period and the process of the imposition of a military dictatorship in Spain. 27
disciplinary battalion of soldiers workers”
[ES] Los Batallones de Trabajadores forman parte del sistema represivo con el que el Franquismo se impuso por la fuerza,
destruyendo la primera experiencia democrática habida en España, en el siglo XX. Con la propuesta de estudio de uno de
estos batallones durante todo el periodo de su existencia en la posguerra, tratamos de entender el significado y los objetivos
que sus organizadores se proponían con este instrumento de castigo sobre los soldados vencidos del Ejército republicano. A
partir del análisis de los elementos que formaron parte del mismo: como el número de internos, quien dirigió el batallón o el
trato que dispensaron a los prisioneros, nos aproximamos al impacto real que el uso del trabajo forzado tuvo sobre sus
víctimas; así como las consecuencias sociales derivadas del mantenimiento por la violencia del régimen político surgido de la
Guerra Civil.
[EN] The battalions of workers are part of the repressive system that the Francoism was imposed by force, destroying the first
democratic experience in Spain, in the 20th century. With the proposal of study of one of these battalions during the entire
period of its existence in the post-war period, we try to understand the meaning and objectives that its organizers were
proposed with this instrument of punishment on the defeated soldiers of the Republican Army. Based on an analysis of the
elements that formed part of it: as the number of inmates, who led the battalion or the treatment dispensed to the prisoners,
we approach the real impact that the use of work forced had on their victims; as well as the social consequences of the
maintenance by the violence the political regime emerged from the Civil War.
18
Painel 17 – Violencia política, represión y exilio en los ámbitos ibérico y americano: una mirada desde la Diáspora (1)
Iker Arranz (University of California), “Pessoa, poetry and violence: an impossible dialogue”
[EN] Badiou states that “if Pessoa represents a singular challenge for philosophy, if his modernity is still ahead of us,
remaining in many respects unexplored, it is because his thought-poem inaugurates a path that manges to be neither Platonic
nor anti-Platonic” (Badiou, Handbook of Inaesthethics, p. 38). Hence, Pessoa is living the crucial future-anterior naturally
reserved for philosophers in one hand, and inscribing the impossibility of any agreement in social, political and philosophical
terms in the other, in the moment he is located in the midst of an impasse. Describing any poetical activity as the antilanguage militancy for salvation of language itself, Pessoa relocates the debate of violence and impossible dialogue as the
moment (and site) for the irreducible presence of a truth. Therefore, this violent truth describes the singularity of a whole
Western philosophical tradition that is undressed in the poems of Pessoa, lacerated and consummated as the singularity that
provoked the entire sequence: a truth. The corruption of a truth is the ethical question that emanates from within and
emancipates violence for the burden of the ethical judgment.
Marcela Lucci (Pontificia Universidad Católica Argentina), “El ‘otro’ opresor. La influencia de la violencia política
española en el programa del catalanismo separatista de Buenos Aires. 1910-1940” / “The 'other' as an oppressor. The
influence of the Spanish political violence in the program of separatist catalanism of Buenos Aires. 1910-1940”
[ES] La interrelación española con Europa y el continente americano -destinos por excelencia del flujo migratorio peninsular
durante los siglos XIX y XX- hace necesaria la reflexión sobre el alcance de categorías que delimitan el marco teórico de los
estudios hispánicos. Pretendemos indagar en las representaciones de la violencia política del “otro” español en la cosmovisión
del catalanismo radical de Buenos Aires, centrando el foco en la elaboración de su discurso político. Para ello tendremos en
cuenta la influencia de las diferentes culturas y coyunturas políticas que condicionaron la evolución de su pensamiento
durante las primeras décadas del siglo XX. Así, analizaremos la percepción de la violencia vinculada a la historia política
catalana en lo que hace a la legitimación dialéctica de su militancia. Estudiaremos asimismo la manera en que integró aspectos
de la coyuntura española contemporánea en su cosmovisión del “otro” español para diseñar sus estrategias de influencia sobre
la opinión pública del colectivo catalán asentado en tierras americanas y para diseñar su propaganda separatista. Finalmente,
también examinaremos la evolución del papel que el catalanismo de Buenos Aires otorgó a la violencia política como
herramienta de presión y persuasión para la consecución de sus objetivos políticos.
[EN] The Spanish interrelation with Europe and the American continent -destinies by excellence of the peninsular migratory
flow during the 19th and 20th centuries- makes necessary the reflection on the scope of categories that define the theoretical
framework of Hispanic studies. We intend to reflect on the representations of the political violence of the 'other' Spanish in the
worldview of radical catalanism in Buenos Aires, centering the focus on developing its political discourse. To do this, we will
consider the influence of different cultures and political situations that conditioned the developing of his thinking during the
first decades of the 20th century. Thus, we will analyze the perception of violence linked to the Catalan political history about
the dialectic legitimization of the American catalanism political action. Also, will study how they integrated aspects of
contemporary Spanish juncture in their worldview of the 'other' Spanish for designing strategies in order to influence public
opinion in the Catalan community settled on American soil, and to design their separatist propaganda. Finally, we will also
examine the changing role of the Buenos Aires catalanism granted to political violence as a tool of pressure and persuasion to
achieve their political objectives.
María Eugenia Cruset (Universidad Nacional de La Plata), “Exiliados y resistencia: el rol de la mujer” / “Exiles and
resistance: the role of women”
[ES] Desde comienzos de la década de 1990 los estudios migratorios se han visto enriquecidos con la introducción de la
mirada transnacional, donde los migrantes actúan de forma activa -aunque desigual- tanto en destino como en origen. Este
enfoque, aplicado al fenómeno de los exilios, permite quitarle a los sujetos de estudio la actitud pasiva de víctimas y darles un
sentido más complejo a su experiencia migratoria, donde se suman variables como la resistencia y la acción política activa. En
este contexto es particularmente interesante estudiar el rol de la mujer En primer lugar, porque parecería que por su condición
su actitud es aún más pasiva -cosa que queremos estudiar si es correcto- y, en segundo lugar, porque culturalmente tiene una
fuerte experiencia de resistencia basada en acuerdos y compromisos. Esto es lo que nos proponemos estudiar teniendo como
objeto de estudio las mujeres vascas llegadas a la Argentina.
[EN] Since the early 1990s migration studies have been enriched with the introduction of transnational view: migrants act in
an active way- although unequal- both in destination as in origin. This focus, applied to the phenomenon of the exiles, permits
to take away the subjects under study the passive attitude of victims and give a more complex sense to their migratory
experience, where variables such as resistance and active political action are added. In this context, it is particularly
interesting to study the female role. In the first place, because it would seem that because of their female condition, their
attitude should be even more passive -a thing that we would like to study to discover -, and secondly because culturally they
have a strong resistance experience based on agreements and commitments. This is what we propose to study focusing on
basque women that have arrived to Argentina.
Óscar Álvarez Gila (Universidad del País Vasco / Euskal Herriko Unibertsitatea), “Voces contra la Cruzada. Crítica y
propaganda contra la dimensión religiosa de la Guerra Civil española desde el exilio vasco”
[ES] En esta comunicación analizaremos un aspecto vinculado a los procesos de propaganda internacional y “lucha
ideológica” relacionados con un conflicto interno, en este caso la Guerra Civil española, y más concretamente la actitud
tomada por amplios sectores de la derecha católica del País Vasco (vinculados al partido nacionalista) de apoyar la legalidad
del gobierno de la República Española frente a la insurrección militar del general Franco, apoyada por Alemania e Italia, y que
había encontrado una base ideológica en su declaración como “cruzada en defensa de la religión católica” por parte de la
19
jerarquía de la Iglesia en España, así como en el mismo Vaticano. A fin de contrarrestar esta imagen, y como modo de
justificación en el mundo de la opinión pública católica de los países mas influyentes de su entorno, las instituciones políticas
vasca, y especialmente el recién creado Gobierno autonómico, desarrollarían una campaña propagandística a todos los niveles,
centrado en la década de 1940 en los Estados Unidos.
Painel 18 – Violencia política, represión y exilio en los ámbitos ibérico y americano: una mirada desde la Diáspora (2)
Álvaro Ramírez Calvo (Universidad del País Vasco / Euskal Herriko Unibertsitatea), “Repetición, acumulación,
¿solución? Los medios vascos ante la disipación de la violencia política” / “Repetition, accumulation, solution? Basque
media in the face of the dissipation of the political violence”
[ES] El clima de violencia política vivido en el País Vasco durante las últimas décadas ha sido una fuente constante de
noticias. La actividad de ETA y otros agentes, la actuación de instancias policiales y judiciales o las variadas formas de acción
colectiva por parte de distintos sectores sociales han resultado irresistibles para los medios de comunicación. Sin embargo, con
la finalización de la actividad armada por parte de ETA en 2011, y la progresiva normalización de la vida cotidiana, los
medios tienen la oportunidad de cubrir algunos acontecimientos inéditos que visibilizan otros aspectos de la situación. Se
destacan aquí tres: el anuncio de la iniciativa Glencree (2012), que ponía en conjunto a víctimas de ETA, los GAL, grupos
irregulares de extrema derecha y fuerzas policiales; la derogación de la doctrina Parot (2013), considerada como un destacado
elemento de la política penitenciaria española; y la manifestación en favor de los presos vascos (2014), que supuso, entre otras
cosas, una unión ad hoc de las dos principales comunidades nacionalistas del País Vasco. ¿Qué importancia atribuyen los
periodistas vascos a estos hechos para la desaparición total de la violencia política en Euskadi?
[EN] The climate of political violence experienced in the Basque Country during the last decades has been a constant source
of news. The activity of ETA and other perpetrators, the intervention of police and judicial agencies or the varied means of
collective action from different social sectors have been irresistible for mass media. Nevertheless, since the end of the armed
activity declared by ETA in 2011 and the progressive normalisation of daily life, media have had the chance to report on other
aspects of the situation in order to make them visible. In this paper, three of these events are highlighted: the announcement of
the Glencree Initiative (2012), that gathered victims from ETA, GAL, extreme right wing groups and police forces; the
abolition of the 'Parot Doctrine' (2013), considered as a prominent element of the Spanish penitentiary policies; and the
demonstration in favour of the Basque prisoners (2014) that implied, among other things, an ad hoc union of the two main
nationalist communities of the Basque Country. What level of importance do Basque journalist attribute to these occurrences
towards the complete disappearance of the political violence in the Basque Country?
Angélica M. Nieto García, Nathalia Martínez (Corporación Universitaria Minuto de Dios), “Desenterrando la
memoria. Importancia e implicaciones de la apertura de fosas para la memoria individual y colectiva en Colombia y
España”
[ES] Las luchas por la memoria pasan por el reconocimiento de graves violaciones a los derechos de las personas, sus familias
y las comunidades. Este reconocimiento es tan importante para los sobrevivientes individuales, como para la sociedad en su
conjunto, no solamente por el consabido recordar para no repetir, sino como ejercicio de develamiento de los orígenes y los
promotores de la violencia. De otro lado - y por esto es una lucha - existe una permanente inclinación de los perpetradores por
ocultar sus crímenes, con el fin de evadir la justicia, y de alguna manera, de perpetuar los efectos de la violencia contra sus
víctimas, ya que la imposibilidad de conocer lo sucedido a las personas desaparecidas, así como de realizar los ritos de paso,
impiden que se efectúe la elaboración del duelo, tan importante para mitigar el dolor de las víctimas sobrevivientes. Según el
Registro Único de Víctimas - RUV, entre 1985 y 2012, se reportaron 25.007 casos de desaparición forzada en Colombia,
mientras que en España la Asociación por la Recuperación de la Memoria Histórica calcula en 88.000 el número de personas
desaparecidas durante la Guerra Civil (1936 - 1939) y la dictadura de Francisco Franco (1939-1975). En ésta ponencia,
pretendemos indagar sobre la importancia y las implicaciones, individuales y colectivas, que tiene la apertura de fosas en
Colombia y España. Dicha indagación se realizará a partir de la relación entre memoria, poder y desaparición forzada y de la
revisión de las estrategias de los perpetradores y de las víctimas sobrevivientes, para ocultar o para develar lo “enterrado en
las fosas” en los dos países.
Xabier Insausti (Universidad del País Vasco / Euskal Herriko Unibertsitatea), “Violencia política. Algunas reflexiones
teóricas”
[ES] Hablar sobre violencia quiere decir investigar las condiciones de una sociedad sin violencia. La filosofía investiga el
marco social y político en el que tiene sentido hablar de paz y no violencia. Kant es el filósofo más importante cuando
hablamos de política “deliberativa”. Este modelo pretende estar fundar la política en la razón y la naturaleza. Los filósofos de
la ilustración presentan un punto de vista optimista de la capacidad social, y ven la violencia como un fenómeno arcaico que
no pertenece a la naturaleza humana. Toda forma de hostilidad puede ser erradicada gracias al desarrollo de la sociabilidad. Su
proyecto humanista tiende a defender un punto de vista idealizado de la sociabilidad humana. Pero es muy importante
entender que la crítica a la ilustración no constituye una traición al moderno proyecto democrático. Hegel es el primer crítico
del modelo kantiano. Hegel critica el carácter hegemónico de un posible consenso y la inerradicable violencia que ello
implica. Defendemos la necesidad de las diferencias cognoscitivas y la imposibilidad de una reabsorción completa de la
alteridad. La democracia deliberativa enfatiza la imparcialidad y el consenso racional (por ejemplo el último Habermas, es
decir, el Habermas pragmatista contra el primero, el hegeliano dialéctico). Estos defienden un modelo universalista de moral.
Pero es necesario formular, en el campo de la política, el elemento de decisión. Y este es lo que no existe en la mayor parte de
los filósofos que defienden un acercamiento particularista a la política. Y estas decisiones conllevan siempre un elemento de
fuerza y violencia que nunca se elimina completamente. Es decir, necesitamos una reflexión sobre lo que es la política ante de
20
hablar de violencia. Algunos hablan de una vuelta de lo politico. Se trata de una tercera posición, una especie de silogismo,
cuyo primer elemento es el punto de vista universalista y el segundo es uno particularista. El tercer elemento diría que también
el segundo de vista debe ser superado.
Xabier Irujo (University of Nevada), “Gernika. Los bombardeos aéreos sobre Euskal Herria en 1936-1937”
[ES] En julio de 1936 una serie de mandos del ejército español se sublevaron contra el gobierno republicano con el apoyo de
la práctica totalidad de la jerarquía eclesiástica española. Ello dio lugar al inicio de una guerra que, a pesar de haber sido
denominada civil y española fue un conflicto internacional. Prueba de ello es que el 89% de la aviación al servicio del bando
nacional era de origen alemán o italiano. La guerra en Euskadi, fundamentalmente a partir de la ofensiva de la primavera de
1937, estuvo marcada por los bombardeos de terror. Especialmente cruentos fueron los episodios de Otxandio, Durango y
Gernika, pero en el breve plazo de tres meses de guerra en Euskadi se registraron al menos entre dos y tres bombardeos
diarios, muchos de ellos dirigidos contra la población civil. La campaña de bombardeos de terror dirigida por el coronel
Wolfram Richthofen con el fin de minar la moral de la población y de las milicias vascas constituye uno de los episodios
menos estudiados de este conflicto bélico.
Painel 19 – La Segunda República española en guerra: espacios y agentes de la violencia
Ainhoa Campos Posada (Universidad Complutense de Madrid), “Vivir y sobrevivir en una ciudad asediada: la justicia
republicana y el abastecimiento en Madrid”
[ES] En una guerra como la civil española, en la que la retaguardia se convirtió en una suerte de segundo frente de batalla,
mantener el control de la misma resultó primordial en términos estratégicos. El grave problema del desabastecimiento que
afectó a la retaguardia republicana en general, pero de forma especial a Madrid, ciudad sitiada durante la práctica totalidad del
conflicto, puso en entredicho este objetivo. Conocedoras del impacto que podía tener la privación de todo tipo de bienes de
primera necesidad en la moral de los madrileños, las autoridades republicanas intentaron poner solución a los problemas de
abastecimiento de la ciudad de muy diversas formas. Una de ellas fue la persecución de todos aquellos delitos relacionados
con las subsistencias; pero también lo fueron los intentos de contener las críticas hacia la situación de escasez. A través del
estudio de la represión del mercado negro y de otras prácticas delictivas como el derrotismo se pueden desvelar importantes
claves del funcionamiento de la retaguardia y del comportamiento tanto de las autoridades como de otros tipos de centros de
poder, así como de los ciudadanos, durante la guerra civil.
Jaume Valentines-Álvarez (Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia – Universidade Nova de
Lisboa), “The struggle between technologies of surviving within the total violence. Self-managed and state civil defense
during the Spanish Civil War (1936-1939)”
[EN] When dealing with extreme political violence, many studies overlook three relevant features in history: first, the wideranging role of the attacked, wounded or disfranchised beyond the dichotomy between the passiveness of the victim and the
direct violent response; second, the relevance of the old and small technologies beyond the new and large engineered systems
(specially, of killing); finally, the tension through which scientific experts and counter-experts participate in the conflict. This
paper will problematize these points focusing on the case of Barcelona during the Spanish Civil War: a key laboratory or
“labscape” of the forth-coming War World II devoted to test new conceptions and objects of making war aimed at “as
wholesale an annihilation of the enemy” (as W. G. Sebald pointed out). Drawing on previous research on the visual culture of
science and war (particularly, the photographic archive of the Junta de Defensa Passiva de Catalunya/Catalonia Board of
Civil Defense, 1937-1939), the paper will highlight the two quite opposite ways of managing survival and confronting the
total violence in midst of the military and the social struggle: the new scientifically-mediated state practices and the
decentralized, self-managed, feminized, old and poor shelters.
José Luis Ledesma (Universidad Complutense de Madrid), “Agents and Forms of ‘Popular Justice’ in the Republican
rearguard in the Spanish Civil War (1936-37)”
[EN] According to the dominant narrative in literature on the Spanish Civil War, violence in the republican zone was the mere
result of the collapse of the State and its judiciary institutions. This paper argues that relationships between justice and
violence were more complex. Revolution and violence at the onset of the Civil War were not only the result, but also
determined the Republican state collapse. Republican authorities tried soon to reconstruct a justice system that should replace
illegal revolutionary violence; but “legal republican justice” and “illegal revolutionary violence” were not totally
dichotomist phenomena. Firstly, they coexisted during the first months of the war. Secondly, many political and trade-unionist
actors, organizations and powers were involved in both. Thirdly, there was not just a ‘revolutionary violence’ nor an
institutional justice, but many different concepts about both of them –about what/how/who shall be their nature, actors,
strength, targets. These variations make extremely difficult to determine where the border between “justice” and “violence”
was during the opening months of the Spanish Civil War. Finally, even the most radical revolutionary counter-powers claimed
that they were implementing a “new justice”, the “People’s Justice”. Beyond the fact that these claims justified atrocities and
purge of the rearguard, I argue that these arguments are to be taken seriously. In sum, the purpose of this paper is to explore
the relationships and contradictions between the practices of violence and justice that sparked and cohabited in 1936-37
revolutionary Spain.
Queralt Solé (Universitat de Barcelona), “Un campo para desertores en el Ampurdán de Josep Pla. El campo de
prisioneros para desertores del Ejército de la República española de La Pelosa”
[ES] La comunicación focalizará su atención en el análisis del campo de prisioneros de la playa de La Pelosa en Rosas, en la
21
comarca del Ampurdán de Cataluña. En él, se privó de libertad a unos 100 soldados del Ejército republicano acusados de
faltas diversas durante el año 1938, siendo la principal acusación la deserción. A partir de documentación localizada en
diversos archivos, se presentará y analizará el perfil de éstos soldados y se examinará la cuestión de la deserción por parte de
los brigadistas internacionales, puesto que algunos de los prisioneros eran extranjeros y formaban parte de estas unidades.
Para realizar este estudio serán fundamentales las cartas que los penados escribieron para poder acogerse a una amnistía que la
república publicó en agosto de 1938, localizadas recientemente. Así mismo, se estudiará el campo de prisioneros en sí: forma
de funcionar, trabajos que llevaron a cabo los prisioneros, gastos, fugas… Para poder realizar de esta manera el estudio global
de un campo hasta ahora del todo desconocido por la historiografía.
Romina De Carli (Universidad Pública de Navarra), “La persecución del clero vasco por razones políticas durante la
Guerra Civil de 1936-1939”
[ES] Cuando se habla de persecución religiosa durante la guerra civil, se suele hacer referencia a la violencia anticlerical
perpetrada contra sacerdotes, religiosos y obispos en los territorios quedado bajo el control del Gobierno republicano. Para la
Iglesia católica, aquellos sacerdotes, religiosos y obispos se han convertido desde el primer momento en “mártires de la fe” de
una guerra civil que fue calificada como una cruzada en contra de la barbarie comunista y en defensa de la civilización
cristiana. Todavía poco estudiadas es, por el contrario, otra persecución religiosa: la llevada a cabo por el Gobierno del bando
nacional desde las primeras fases de la guerra civil y a lo largo de la dictadura contra aquellos sacerdotes que, desmarcándose
de la teología política oficial, fueron perseguidos por el régimen por razones exclusivamente políticas. El caso de los
sacerdotes nacionalistas vascos es el más conocido por el “caso Múgica” y porque, entre otras razones, a lo largo del mes de
octubre de 1936 sobre todo una veintena de ellos fueron encarcelados y fusilados, sin pasar por algún tipo de juicio o
interrogatorio y, sobre todo, negándole el calificativo de “mártires de la fe” ya que habían sido condenados por su profesión
política. Tomando como punto de partida esto hecho, la comunicación analizará y explicará el proceso negociador llevado a
cabo en la Diócesis de Vitoria entre la autoridad militar y la autoridad eclesiástica para depurar el clero vasco del elemento
nacionalista. Limitando el estudio al período agosto de 1936-julio de 1937, se pretende destacar la politización de la religión
por parte de aquel sector de la Iglesia católica que apoyó casi incondicionadamente la causa nacional; demostrar que hubo un
propósito de depuración del clero vasco en el seno de un sector de la Iglesia española; contextualizar dichas negociaciones
para poder explicar la posición adoptada por la Santa Sede al respecto.
Painel 20 – Franquismo y violencia simbólica: cuerpos, género, sexualidad
Aintzane Rincón Díez (Universidad del País Vasco / Euskal Herriko Unibertsitatea), “Las huellas corporales de la
violencia simbólica a través de Función de noche (1981). Una visión subjetiva desde el cine de la transición”
[ES] En esta comunicación se propone un estudio de la violencia simbólica ejercida durante el franquismo en el terreno de la
feminidad. Para ello, recurriré al análisis crítico de la película Función de noche (Josefina Molina, 1981). El film nos acerca al
testimonio reflexivo de Lola Herrera, en el que se cuestiona las dimensiones que le sirvieron de guía identitaria durante el
franquismo y que en su presente, el de la transición, son puestas en cuestión. El estudio, que prestará una particular atención a
la dimensión corporal y sexual, nos sirve para trazar un mapa subjetivo sobre una experiencia femenina, la de Lola Herrera,
extensible a otras mujeres de su generación.
Carmen Guillén (Universidad de Murcia), “Violencia legal durante el franquismo: prostitución y Patronato de
Protección a la Mujer. Un estudio de caso de la ciudad de Murcia (1939-1956)” / “Legal violence during Franco:
prostitution and ‘Patronato de Protección a la Mujer’. A case study of the city of Murcia (1939-1956)”
[ES] Esta comunicación tiene como objetivo principal resaltar la importancia de la historia prostitucional como medio de
aproximación al orden público, la moralidad y la represión sexual y legal femenina durante la primera etapa franquista. El
estudio del fenómeno en la capital murciana permite acercarnos la prostitución en una de las provincias donde fue más
duramente castigada. La estrecha relación entre prostitución y la institución del Patronato de Protección a la Mujer, convierten
a sus memorias en fuente cardinal para este estudio. El Patronato publicaba periódicamente estas memorias, como termómetro
de la moralidad pública, en las que la prostitución aparece como problema fundamental, y sobre su origen, causas y posibles
soluciones, se diserta ampliamente en cada uno de sus informes. El estudio de estas memorias ayuda a comprender, además
del fenómeno prostitucional, todo el aparato legislativo-represivo y de adoctrinamiento moral que la dictadura quiso imponer
a la sociedad y, muy especialmente, a la mujeres acusadas de prostitución. Ellas quedaron sometidas a una violencia legal que
generó situaciones de enorme vulnerabilidad y de verdadero acoso social, como se demuestra en esta investigación.
[EN] This paper's main objective is to highlight the importance of the history of prostitution as a means of approach to public
order, morality and female sexual repression during the first Franco era. The study of the phenomenon in Murcia city
approach allows prostitution in one of the provinces where it was hardest hit. The close relationship between prostitution and
the institution of the ‘Patronato de Protección a la Mujer’ make his reports in cardinal source for this study. ‘Patronato’
regularly was publishing these reports, as a thermometer of public morality, in which prostitution appears as a fundamental
problem. About its origin, causes and possible solutions are widely speaks at each of its reports. The study of these reports
helps to understand also the phenomenon of prostitution, all the repressive apparatus that the dictatorship wanted to impose
on society and, especially, to prostitutes. They were subject to a legal violence that generated situations of vulnerability and
social harassment, as demonstrated in this research.
Maialen Altuna Etxeberria (Universidad del País Vasco / Euskal Herriko Unibertsitatea), “La violencia simbólica como
base del sistema de género franquista. Una aproximación desde el análisis del cuerpo y la sexualidad”
[ES] El objetivo de esta comunicación es analizar cómo se establecía la violencia simbólica en el primer franquismo mediante
22
la utilización del sentimiento de culpa para crear unas identidades basadas en el autocontrol y la obediencia. Para ello, el
trabajo se centrará en los discursos relacionados con la sexualidad y la contención del cuerpo viendo cómo estos discursos
influían en la construcción de una identidad femenina sumisa. Además, se verá cómo los discursos sobre el cuerpo de las
mujeres y la sexualidad eran utilizadas como metáforas en el intento de establecer una sociedad tradicional. Por último, el
interés se centrará en ver cómo funcionaba el mecanismo de la culpa en el ritual de confesión a la hora de crear identidades
afines al régimen. El objetivo es vincular la dictadura política con la violencia simbólica, analizando cómo se utilizó este tipo
de violencia para la reestructuración de un sistema de género concreto.
[EN] The aim of this paper is to analyze how the symbolic violence was established in the early francoism through the use of
guilt to create identities based on self-control and obedience. For this reason, the focus will be on the discourses related to
sexuality and body, looking at how these discourses influenced the construction of a submissive female identity. In addition, I
will analyse how discourses on women's bodies and sexuality were used as metaphors in an attempt to establish a traditional
society. Finally, I will focus on how the mechanism of guilt worked in the ritual of confession by creating identities related to
the regime. The aim is to link the political dictatorship to symbolic violence, analysing how such violence was used to
restructure a particular gender system.
Painel 21 – Espaços coloniais: luta armada, repressão, descolonização, memória
Anabela Silveira (Instituto de História Contemporânea – Universidade Nova de Lisboa), “Muito os unia, tanto os
separava. O encontro impossível entre o MPLA e a UPA: das fundações à guerrilha” / “So much had brought them
together, much more had pushed them apart. The impossible encounter between the MPLA and UPA: from the
foundations to the guerrillas”
[PT] Se a vontade da independência, a defesa de negociações com o governo de Lisboa e, na falha destas, a afirmação da luta
armada poderiam ter unido o MPLA e a UPA contra o domínio colonial, os processos conducentes à fundação dos dois
movimentos nacionalistas, os grupos étnicos de origem, as correntes ideológicas que pareciam perfilhar, que os colocariam em
lados opostos da geopolítica internacional marcada pela Guerra Fria, separaram-nos indelevelmente. Mas, se aos objectivos
pessoais de Holden Roberto, um homem de mão dos americanos, acrescentarmos o carácter peculiar das lideranças,
facilmente se percebe como lhes foi impossível delinearem uma estratégia comum de combate. Quando, a 15 de Março de
1961, o noroeste de Angola despertou ensanguentado com os massacres atribuídos a guerrilheiros da UPA, já a 4 de Fevereiro
Luanda branca tinha amanhecido em sobressalto e o braço pesado da repressão caía sobre os musseques e os bairros populares
da capital. Longe dos centros urbanos, na quase esquecida Baixa de Cassange, a greve e a revolta dos trabalhadores
algodoeiros, que se prolongara desde finais de 1960 até quase meados de Março do ano seguinte, tinham sido musculadamente
dominadas. Ora, nos três levantamentos, em que foram afloradas técnicas de guerrilha, estiveram implicados militantes de um
e do outro movimento. Porém, mais do que analisar o percurso de cada um deles durante os 13 anos de Guerra Colonial,
importa perceber as suas dinâmicas, os poucos encontros e fundamentalmente os muitos desencontros que na segunda metade
da década de cinquenta do século XX marcaram não só a história do nacionalismo angolano, mas o devir de Angola.
[EN] The will for independence, the option for negotiations with the government of Lisbon and, in the failure of these, the
vindication of armed struggle could have united the MPLA and the UPA against colonial rule. However, the processes leading
to the foundation of the two nationalist movements, their ethnic origin and different ideological currents placed them on
opposite sides of an international geopolitics defined by the Cold War. If to the personal objectives of Holden Roberto - one of
the USA's hand man - we add the peculiar character of both movements' leaderships, the impossibility to devise a common
strategy of anti-colonial combat becomes clearer. When, on March 15th 1961, the northwest of Angola awoke covered in
blood by the massacres attributed to the UPA's guerrilla, the white Luanda had already dawned on February 4th with the
heavy arm of repression that fell on the slums and poor neighborhoods of capital. Far from urban centers, in the almost
forgotten Baixa de Cassange, the strike and the revolt of the cotton workers, which had lasted from late 1960 until almost midMarch of the following year, had been dominated by force. While testing guerrilla techniques, militants of one and the other
movement were involved in the three rebellions. But, more than analyze the history of UPA and MPLA in the 13 years of
colonial war, it is important to understand its dynamics, the few meetings and the tensions in the second half of the fifties of
the twentieth century that marked not only the history of the Angolan nationalism, but also the future of Angola.
Filipa Lopes (Universidade do Porto), “O silenciar da oposição ao Estado Novo na questão de Goa (1954)” / “The
muzzling of the opposition in the case of Goa (1954)”
[PT] A mudança do paradigma colonial no pós-guerra, fruto da Carta das Nações Unidas e o avanço do movimento
independentista no território indiano, determina que o problema do colonialismo para a oposição e para o regime seja
recolocado. Após a proclamação da independência da Índia, o Governo da União Indiana, em 1950, solicita ao Governo
Português que comecem as conversações quanto ao futuro das colónias portuguesas no Indostão. A intransigência do regime
português em não aceitar negociações para a questão de Goa intensifica o número de ações, a que o Governo responde com
uma forte repressão policial. A “Nota Oficiosa do Movimento Nacional Democrático sobre o problema de Goa, Damão e
Diu”, subscrita pelos membros da Comissão Central (CC) do Movimento Nacional Democrático (MND) e enviada a vários
jornais provoca a detenção de Albertino Macedo, Virgínia Moura, Ruy Luís Gomes, José Cardoso Morgado Júnior e, mais
tarde, António Lobão dando origem a um dos mais duros julgamentos políticos ao longo de 24 sessões. Num momento em que
é reclamado o diálogo para o caso de Goa, Salazar ativa o seu aparelho repressivo não só contra o MND mas também contra o
Movimento da Paz e o MUD Juvenil.
[EN] In postwar the colonial paradigm change, which was the result of the UN Charter and the advancement of the Indian
independence movement in the territory, determined the reattachment of the problem of colonialism for the opposition and of
the regime of Salazar. In 1950 after the proclamation of the independence of India, the Government of the Indian Union
23
requested the Portuguese government to start talks on the future of the Portuguese colonies in Hindustan. The Portuguese
regime intransigence in not accept the negotiation in the case of Goa increased the number of actions, which the Government
replied with a strong police repression. The “Nota Oficiosa do Movimento Nacional Democrático sobre o problema de Goa,
Damão e Diu”, subscribed by the members of Central Commission of the National Democratic Movement (MND) and sent to
the newspapers, caused the arrest of Albertino Macedo, Virgínia Moura, Ruy Luís Gomes, José Cardoso Morgado Júnior, and
later António Lobão, began one of the harshest political trials, over 24 sessions. In the moment that the opposition claimed
the dialogue for the case of Goa, Salazar activated the repressive apparatus not only against the MND but also against the
Peace Movement and the Youth Movement of Democratic Unity (MUD Juvenil).
Marta Silva (Centro de Estudos Sociais – Universidade de Coimbra), “Estruturas de violência estatal sobre os cidadãos
palestinianos de Israel” / “Structures of state violence over the Palestinian citizens of Israel”
[PT] O status da minoria palestiniana a habitar em Israel é, desde a criação do Estado judaico, ambígua: embora tenha sido
concedida a cidadania israelita, os seus membros vivem em pleno estado de marginalização política, social e económica até à
atualidade. Este estado de permanente exclusão é reproduzido nas mais diversas esferas da vida quotidiana, mas é sobretudo a
partir do próprio Estado que emergem e são reforçadas as estruturas discriminatórias: através de legislação repressiva, que
limita de forma substancial o acesso à cidadania e restringe a representação e atividade política da minoria, assim como de um
discurso político de reforço do caráter judaico e exclusivo do Estado, passando pelo controlo das estruturas educativas e
consequente estrangulamento económico. Oferecendo uma análise crítica dos procedimentos legislativos e práticas do Estado
de Israel até à atualidade, pretende-se contribuir para o debate sobre o verdadeiro impacto das políticas multiculturais que
opõem Estados cívicos a Estados nacionalizadores, expor a natureza violenta da legislação israelita sobre a sua minoria e
perceber qual o seu impacto na democracia israelita.
[EN] The status of the Palestinian minority of Israel has been ambiguous since the creation of the Jewish state: Although its
members have been granted Israeli citizenship, they live in a permanent state of political, social and economic
marginalization. This state of continuous exclusion is reproduced in the various dimensions of their daily lives, but the
discriminatory structures have emerged and been reinforced by the state: through repressive legislation, which substantially
restricts the access to citizenship as well as the political representation and activity of the minority, but also through a
political discourse which reinforces the Jewish and exclusionary character of the state and through the control of the
education structures and economic strangling. By offering a critical analysis of the legislative procedures and practices of the
state of Israel up to the present, the goal is to make a contribute for the debate on the true impact of multicultural policies,
which have opposed civic and nationalizing states, to expose the violent nature of the Israeli legislation over its minority and
to understand their impact on Israeli democracy.
Raquel Ferrão (Universidad Autónoma de Madrid), “Porquê ficar na UNITA? Sofrimento e participação na rebelião”
[PT] Porque é que as pessoas se unem a algo tão arriscado como uma rebelião tem sido a pergunta dominante no campo da
análise dos conflictos bélicos. Este paper sugere que no caso da rebelião da UNITA, durante a guerra civil angolana, tão
importante como identificar o que levou os indivíduos a juntar-se ao movimento, é perceber o que fez com que estes se
mantivessem nele durante tanto tempo. A longevidade dos vínculos entre estes indivíduos e o movimento é uma característica
da sua participação que tem sido ofuscada na imagem de rebelião oportunista, movida por diamantes, que se veio colando à
UNITA, tanto no imaginário popular como na literatura especializada. Com base em trabalho de campo realizado junto de excombatentes, o paper analiza a interacção de factores que geram a lealdade individual ao movimento. Mostra-se como as suas
narrativas desafiam tanto as visões simplistas que a atribuem a supostos benefícios económicos auferidos no curso do
conflicto, como aquelas explicações alternativas onde o ênfase recai nos agravos históricos que moviam a estes indivíduos, ou
então na força dos processos de socialização organizacional engendrados pela elite rebelde. Ainda que integrando estes
factores, o foco é colocado essencialmente nas dinâmicas geradas durante guerra e, em particular, nas suas experiências de
sofrimento, entendida enquanto experiência social. Desta forma, uma das contribuições do paper é introduzir também o papel
do Estado na produção da lealdade ao movimento rebelde.
Painel 22 – La violencia política en el País Vasco: del franquismo a nuestros días
Antonio Rivera (Universidad del País Vasco / Euskal Herriko Unibertsitatea), Javier Gómez Calvo (Centro de
Investigação e Estudos de Sociologia – Instituto Universitário de Lisboa), “Siempre se recuerda lo que nunca ocurrió:
represión franquista y memoria colectiva en el País Vasco”
[ES] La evocación colectiva de lo que supusieron la guerra civil, el franquismo y la represión en el País Vasco está en la
trastienda del nacimiento de la organización terrorista ETA (Euskadi ta Askatasuna) en 1959. Tras su primer atentado mortal,
en 1968, la dictadura franquista desplegaría una fortísima represión sobre todo “lo vasco”, que llevaría a extender la idea de
un continuum represivo surgido ya en el final de la contienda. En realidad, se trataba de una desfiguración de la memoria
colectiva, pues por diversas razones el País Vasco había sido cuantitativa y cualitativamente de las regiones menos castigadas
durante la guerra e inmediata postguerra. De manera que la represión del tardofranquismo se proyectaba hacia el pasado,
consciente e inconscientemente. En esta comunicación pretendemos analizar la realidad de la represión ligada a la guerra civil
en el País Vasco, su memoria posterior y la proyección de esta a la hora de explicar/justificar el recurso a la violencia terrorista
en la fase final de la dictadura, una elección casi inédita en el resto de España.
24
Irene Moreno (Universidad del País Vasco / Euskal Herriko Unibertsitatea), “La coordinadora Gesto por la Paz de
Euskal Herria y la visibilización de la violencia en el País Vasco: la violencia de persecución” / “Gesto por la Paz of
Euskal Herria and the visibility of the violence in the Basque Country: violence of persecution”
[EN] This communication pretends a first approach to the Coordinadora Gesto por la Paz. They were the first pacifist group in
the Basque Country to protest against political violence. They have been working for more than 25 years, ceasing its activity
in 2013. Gesto por la Paz could approximately be translated as Gesture for Peace because what they did was to organise
demonstrations to express rejection to assassinations and so they considered their demonstrations were a “Gesture for
Peace”. Then, I shall move towards the concept of violence of persecution, which was coined by Gesto por la Paz in order to
refer to the hidden daily violence society was subdued to. Although assassination was the most shocking and visible part of
violence, there were also other types of violence less visible. Gesto defined Violence of Persecution as a “Systematic use of
street violence, harassment, threat, and assault or other violent methods including murder in order to hound, annoy and
isolate certain people only because the ideological approaches they defended” and identified a series of common victims for
the Violence of Persecution. This communication pretends to analyze their work and the use of the violence of persecution as a
political violence strategy.
Juan Andrés García Martín (Universidad Rey Juan Carlos, Madrid), “La crítica al terrorismo en la prensa
democrática española durante el tardofranquismo y la transición”
[ES] Durante la transición de España a la democracia, uno de los fenómenos que mayor preocupación suscitaron al gobierno y
sociedad española fue el terrorismo, tanto de los sectores nacionalistas como de los grupos extremistas de izquierda y derecha.
En este contexto, la prensa intervino informando y valorando y siendo ella misma víctima por parte de grupos terroristas. El
tema de la comunicación que presento es precisamente el desarrollo de la crítica y valoración por parte de la prensa hacia la
cuestión terrorista. El estado de opinión de los medios evolucionó desde el tardofranquismo hasta la transición, pasando de la
tibieza y justificación en determinados en los comienzos, a la crítica abierta debido al boicot que suponía que el terrorismo
suponía para el proceso democrático. En la elaboración de este documento, hemos contado con los testimonios escritos y
orales de varios protagonistas del periodo, desde periodistas hasta políticos cualificados.
25