(f)empowerment - TrendWatching

Transcrição

(f)empowerment - TrendWatching
NOVEMBRO 2015
América do sul e central TREND BULLETIN
(F)EMPOWERMENT
É hora de apoiar e empoderar mulheres
nas Américas do Sul & Central
INTRODUÇÃO
Se a sua marca não
se comunica direito
com mulheres, sua
marca perde.
Você perde a atenção e a confiança das
mulheres e desperdiça o incrível poder
Nos últimos meses (OK, anos), muitas marcas da
América do Sul e da América Central causaram
controvérsias e atraíram atenção do jeito errado,
com campanhas sexistas que levantaram várias
críticas nas redes sociais e em grupos de discussão.
Por muito tempo, países destas regiões – e indústrias
de todos os tipos – foram responsáveis por utilizar
estereótipos de gênero datados, ou por objetificar
mulheres para vender produtos e serviços.
de compra delas.
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2
Em Março de 2015, a marca de esmaltes
Risqué lançou “Homens Que Amamos”, uma
linha de produtos com nomes de atitudes de
homens que deveriam causar orgulho, frases
supostamente românticas, como “João disse
eu te amo”, “Fê mandou mensagem”, “André
fez o jantar”. Petisco, o blog da brasileira Julia
Petit, disse: “O que faz uma mulher feliz não
é um homem que pensa que fazer o jantar é
exceção, mas sim entender que esta é a tarefa
dele, assim como a tarefa dela também”.
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Uma peça publicitária distribuída pela
companhia de energia colombiana Codensa
em Março de 2015 irritou seus clientes nas
redes sociais. Na mensagem, veiculada em
um flyer inserido em algumas contas, havia a
frase: “Eu tenho que perguntar pro meu marido
o que ‘fundos insuficientes’ significa”, e junto
vinha uma imagem de uma mulher fazendo
compras. Depois de toda a controvérsia, a
empresa removeu os anúncios.
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Em Março de 2014, depois de muitas
reclamações de usuários do metrô, o Governo
de Porto Rico pediu que a marca de chicletes
Dentyne removesse todos os seus anúncios
dos vagões. O anúncio era ilustrado com
um homem sentado e dizia: “Não ceda seu
assento. Ofereça seu colo. Dentyne ICE:
Pronto pra qualquer ocasião”.
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Claro que, quando falamos de América Latina, a
publicidade de cerveja ainda é a mais ofensiva.
Em Fevereiro de 2015, a marca de cervejas brasileira
Skol lançou uma campanha de publicidade para
o Carnaval, com frases que mencionavam “perda
de controle”, do tipo “Eu disse sim antes de saber
qual era a pergunta”, e “Eu deixei o ‘não’ em casa”.
Depois da crítica nas redes sociais e na mídia, a Skol
removeu os anúncios.
A cerveja Conti fez um post sexista em sua página
de Facebook, que dizia “tenho medo de ir no bar
pedir uma rodada e o garçom trazer minha ex”, o que
acabou por gerar um pedido de suspensão e uma
advertência à agência responsável pela campanha.
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No Brasil, as mulheres ganham R$ 1,1 trilhão por
ano e são responsáveis por 85% das decisões de
compra.
(Data Popular, Setembro de 2014)
Mas mulheres destas
regiões estão cada vez
mais empoderadas...
... enquanto consumidoras, estudantes,
políticas, empreendedoras e mais.
No México, mais mulheres do que homens estão se
formando na universidade. A Asociación Nacional
de Universidades e Instituciones de Educación
Superior (ANUIES) mostra que as matrículas de
mulheres nos programas de graduação chegam
a 50,4%, enquanto que nas especializações as
mulheres somam 51%.
A participação de mulheres no mercado de trabalho
da América Latina e no Caribe teve o maior
aumento de todas as regiões do mundo – passou de
40%, em 1990, para 54%, em 2013.
(ONU, Abril de 2015)
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Isto não tem a ver apenas com ser “politicamente
Estas mudanças
socioeconômicas
ainda irão se refletir no
marketing que atinge
as mulheres.
Enquanto isso, vai aumentando a
distância entre a realidade da mulher
moderna (ou pelo menos a realidade
desejada) e como esta mulher é
retratada pelo marketing na América
correto” mas com se comunicar de forma eficaz
com uma imensa porção da sua base de clientes.
As mulheres não são um nicho de mercado – se a
sua marca não está falando com elas do jeito certo,
você está perdendo dinheiro.
É mais do que ser ruim para os negócios (está
cientificamente provado que sexo não vende!):
mensagens misóginas propagadas por marqueteiros
contribuem para uma sociedade mais desigual e
perigosa para as mulheres. Isto propaga uma cultura
que impacta o número de estupros, assassinatos e
violência doméstica – o Brasil, por exemplo, tem um
caso de estupro a cada 10 minutos (Anuário Brasileiro
de Segurança Pública, 2014).
Quando as marcas veiculam mensagens datadas, o
mal é muito maior do que apenas ferir sentimentos..
Latina.
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65% das mulheres no Brasil não se identificam com a
publicidade e com a forma como elas são representadas
em campanhas.
Data Popular e Instituto Patrícia Galvão, Agosto de 2013
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“Quando uma propaganda hipersexualizada de cerveja
objetifica uma mulher de forma tão agressiva, ela está
dizendo para as pessoas por todo o país que uma mulher é
um objeto. E um objeto tem um dono. Ele é o dono. E como
dono do objeto ele pode fazer o que quiser com ele. Você
pode até jogar fora, ou quebrar aquele objeto.”
Maria Guimarães, cocriadora da Cerveja Feminista
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DEFINIÇÃO
Já dissemos que espera-se que as marcas regionais
Na América Latina, as mulheres
estão lutando por igualdade na vida
pública e privada. As marcas que
não apenas evitam estereótipos
nocivos ou objetificação, mas
realmente apoiam as causas
femininas, comunicando-se melhor
com as mulheres modernas, serão
amadas.
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agora façam parte da questão social, que lutem as
mesmas lutas que as pessoas, enquanto grupos ou
indivíduos. A luta por igualdade de gêneros é uma
destas questões (na América do Sul e na América
Central e, logicamente, em todo lugar do mundo).
Cada vez mais, se uma marca não é parte da solução,
será vista como parte do problema. É hora de romper
com os estereótipos de gênero, de se comunicar
com as mulheres da forma como elas merecem, e
de empoderá-las para que elas vivam a vida que
desejam.
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As mulheres do mundo enfrentam desafios diferentes
em cada região. Mas estas mulheres compartilham de
POR QUE AGORA
uma paixão por mudança, e inspiram umas às outras
além das fronteiras.
1. Irmandade
Internacional
Em Junho de 2015, a campanha “Ni Una Menos”
alcançou 110 cidades na Argentina, no Chile, no Uruguai
e no México, levando as pessoas às ruas para protestar
A população digitalmente interligada está
compartilhando histórias de repressão e
(F)EMPOWERMENT da Índia ao Irã.
contra o feminicídio. No México, #NoAcosoCallejero
(“sem assédio nas ruas”) tomou as redes sociais e
as ruas. Em Porto Rico, após um oficial de polícia
ter criticado mulheres que andam sozinhas à noite,
foi criada no twitter a hashtag #andandolacallesola,
convidando mulheres a enviar fotos dos lugares por onde
passam. O objetivo era gerar uma reflexão de como as
mulheres rotineiramente mudam de caminho por causa
do medo de assédio.
Além disso, as mulheres estão se juntando para discutir
todos os assuntos acerca do sexismo. Em Janeiro de
2015, o documentário da campanha “Chega de Fiu Fiu”
(contra o assédio às mulheres nas ruas) no Brasil teve
sucesso na plataforma de crowdfunding Catarse. O país
também viu, em Julho, a criação da livraria pública Cora
Coralina, focada em assuntos femininos.
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A América Latina é líder em representação política
POR QUE AGORA
feminina.
2. FEMPRENEURS e
exemplos seguidos
A região tem Cristina Kirchner na Argentina, Dilma
As mulheres têm posições de poder cada
vez mais altas.
Rousseff no Brazil, Michelle Bachelet no Chile. Nas
ONGs, Relinda Sosa (do Peru) e Sandra Ramos (da
Nicarágua). No mundo dos negócios, María Mercedes
Cuéllar (presidente da Federación Latinoamericana de
Bancos - Felaban), Paula Santili, VP Senior e Gerente
Geral da PepsiCo Mexico, e Luiza Trajano, do Magazine
Luiza.
As mulheres não precisam esperar que homens de
negócios satisfaçam suas necessidades atuais.
Elas podem começar seus próprios negócios.
(Plataformas de crowdfunding como Catarse, Idea.Me
ou Fondeadora fazem com que isto seja mais fácil do
que nunca.)
Quer um exemplo das mulheres ganhando mais
poder na América Latina? De acordo com a última
pesquisa “Empreendedorismo e Gênero” do Ministério
da Economia do Chile (Março de 2015), 38% dos
microempreendedores no Chile são mulheres, e 40.8%
delas são chefes de família.
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POR QUE AGORA
3. Impotência
institucional
As tradições e as regras sociais estão sendo
desafiadas ou ignoradas em muitas sociedades. Os
Os consumidores não deixam mais que as
empresas ditem como eles devem viver
suas vidas.
indivíduos estão formando suas próprias definições
do que buscam para suas vidas. Entidades formais
(governos, organizações) estão menos capazes de
impor valores ou expectativas.
O sucesso e o status foram redefinidos em termos
pessoais. Os consumidores estão menos abertos
para que a mídia ou uma marca ditem quem são e
como devem se comportar. De sua sexualidade até
suas escolhas de carreira, não cabe aos outros decidir.
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POR QUE AGORA
Nas Américas do Sul e Central, pense nos BRAND
4. BRAND STANDS
estão se sentindo empoderadas para fazer mudanças
Os consumidores apoiarão marcas que se
Em Março de 2015, o Festival de Cannes apresentou
posicionem sobre os assuntos que lhes
a categoria “The Lion For Change” para premiar
STANDS (posicionamentos de marca): as pessoas
interessam, como o sexismo
por si mesmas, e querem que as marcas deem um
passo à frente e também se posicionem.
ações que desafiem estereótipos de gênero. De 18
nomeações, 3 são da América Latina. No Brasil, está
crescendo o interesse em repensar a forma como as
mulheres são retratadas na publicidade. Em Agosto
de 2015, a Escola Superior de Propaganda e Marketing
(ESPM) em São Paulo lançou o curso “Publicidade e
Mulheres: um novo jeito de fazer publicidade para
mulher”, para profissionais que queiram aprender
mais sobre as expectativas das mulheres com a
propaganda.
Anos atrás, o marketing usava fraquezas para
vender produtos e serviços. Hoje, você deve oferecer
empoderamento para atrair consumidores.
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INOVAÇÕES EM DESTAQUE
1. CHAME A ATENÇÃO
Denuncie a opressão, destaque a
desigualdade de gêneros
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A percepção de que existe sexismo no Brasil é quase
unânime entre jovens de 16 a 24 anos de idade – 96%
dizem que há sexismo no país.
Avon/Instituto Patrícia Galvão, Dezembro de 2014
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INOVAÇÕES DE DESTAQUE: CHAME A ATENÇÃO
Everlast
Marca esportiva chama a mãe de “stalkers”
para repreendê-los
Em Novembro de 2014, a Everlast fez uma parceria
com a ONG peruana Paremos El Acoso Callejero,
observatório latino-americano contra assédio nas ruas,
para a campanha “Sibale a tu Madre”. A marca esportiva
contatou mães de homens que frequentemente fazem
piadas de mau gosto com mulheres nas ruas. As mães
estavam disfarçadas com roupas e perucas e foram
levadas para andar perto de seus filhos, ouvindo com
um fone dicas de Natália Málaga, treinadora da equipe
peruana feminina de voleibol. Quando seus filhos diziam
algo tentando chamar sua atenção, as mães gritavam,
dizendo que eles não podiam fazer aquilo com mulheres.
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INOVAÇÕES DE DESTAQUE: CHAME A ATENÇÃO
Nunca Más a Mi Lado
Projeto usa literatura para denunciar a
violência contra mulheres
Em Junho de 2015, o projeto literário colombiano “Nunca
Más a mi Lado” foi criado na Argentina para registrar e
denunciar de forma poética o abuso e a violência que
as mulheres sofrem no país. O site tem cerca de 120
histórias reais, recebidas anonimamente e reescritas.
Cada história expõe de forma profunda e literária,
mas verdadeira, em relação aos fatos, abusos verbais,
psicológicos e sexuais sofridos pelas personagens.
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INOVAÇÕES DE DESTAQUE: CHAME A ATENÇÃO
Carefree/Johnson &
Johnson
Site da marca promove conversas para
discutir as inseguranças das mulheres
Carefree, marca da Johnson & Johnson’s, apresentou em
Julho de 2015 a campanha digital chamada “Desabafo
Entre Amigas”, para promover discussões que façam
com que as mulheres se sintam mais seguras consigo
mesmas. Em 10 episódios no YouTube, garotas discutem
sobre inseguranças no universo feminino, falando sobre
padrões de beleza, autoestima, sexismo etc.
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INOVAÇÕES DE DESTAQUE: CHAME A ATENÇÃO
Ramona
Restaurante brasileiro chama a atenção para
a questão da desigualdade salarial usando
um cardápio com preços diferentes para
homens e mulheres
Em Abril de 2015, o restaurante Ramona, em São Paulo, fez
a ação (de um dia) chamada “Menu Injusto”, para chamar
a atenção das pessoas sobre a diferença salarial entre
homens e mulheres – no Brasil, mulheres ganham 30%
menos do que homens, em média. No menu, o prato para
homens custava 30% mais do que figurava no cardápio.
Quem se aborrecia e chamava o gerente para explicações
recebia do garçom um papel que explicava a ação.
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INOVAÇÕES DE DESTAQUE: CHAME A ATENÇÃO
Instituto Maria da Penha
ONG faz campanha interativa para
denunciar a violência doméstica
Em Julho de 2015, a ONG Instituto Maria da Penha
lançou “Marcas Escondidas”, uma campanha interativa
no YouTube usando quadrados (como se fossem postits) com mentiras para cobrir machucados, sinais de
violência que as mulheres haviam sofrido. Depois, estes
quadrados desapareciam e as marcas se tornavam
visíveis.
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Experience the
trends LIVE
WORKSHOPS
PRESENTATIONS
More info: trendwatching.com/LIVE
RECENT ENGAGEMENTS:
INOVAÇÕES DE DESTAQUE
2. COMO FALAR COM MULHERES
Esqueça os estereótipos.
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Ao retratar mulheres, a inteligência é a principal
característica que as brasileiras gostariam de ver na
publicidade (85,8%), seguida pela independência (72,3%).
Think Olga, Agosto de 2015
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“Na publicidade mexicana, as mulheres têm sido
mostradas como objetos (em campanhas de cerveja,
usando biquínis) ou em seu papel doméstico (como donas
de casa). Agora, elas estão começando a ser representadas
em seus momentos com amigos, rindo de garotos, lutando
por seus sonhos como indivíduos e não dentro de suas
famílias é uma novidade. Inteligente e forte é o novo sexy.”
Abraham Espinosa, Planejador Estratégico Sênior na d expósito &
Partners NYC, e blogueiro do urbanstalkers.com
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INOVAÇÕES DE DESTAQUE: COMO FALAR COM MULHERES
Las Cachás Grandes
Restaurante oferece conforto para mulheres
amamentarem seus bebês
Para oferecer conforto a mulheres que precisem
amamentar seus filhos, em Agosto de 2015 o restaurante
Las Cachás Grandes, no Chile, colocou um anúncio
na frente do restaurante, que dizia: “se você quiser
amamentar seu bebê, não precisa pedir permissão. Peça
um chá grátis, se quiser. Não precisa comprar nada.”
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INOVAÇÕES DE DESTAQUE: COMO FALAR COM MULHERES
Budweiser
Em vez de mulheres de biquíni, marca
de cerveja chama lutadora da UFC para
publicidade no Brasil
Em Julho de 2015, a Budweiser escolheu Ronda Rousey
como o rosto da marca no Brasil, e também começou
a patrociná-la. A maior atleta do UFC estrela uma
campanha de TV para a marca com uma mensagem
inspiradora de resiliência, força e coragem para vencer,
provando que uma mulher pode estar em um anúncio de
cerveja sem ser objetificada.
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INOVAÇÕES DE DESTAQUE: COMO FALAR COM MULHERES
Chirimbote
Editora chilena lança livros “antiprincesas”
Em Agosto de 2015, a editora chilena Chirimbote
lançou “Antiprincesas”, uma coleção de livros infantis.
Cada livro mostra uma mulher latino-americana como
protagonista (como Frida Kahlo, Violeta Parra e Juana
Azurduy), com o objetivo de quebrar velhos estereótipos
de gênero nas primeiras leituras de meninas.
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INOVAÇÕES DE DESTAQUE: COMO FALAR COM MULHERES
Avon
Marca cria site e campanha sobre o
empoderamento feminino
Em Julho de 2015, Avon lançou “Beleza Que Faz Sentido”,
uma campanha e um site que reúnem conteúdo sobre
empoderamento feminino, como uma lista de palavras
relacionadas ao assunto, artigos, vídeos e dados sobre o
processo de igualdade de gênero. E em Março de 2015,
a Avon criou a Linha 180, uma linha de maquiagem com
produtos vazios, com o mesmo nome do número da Central
de Atendimento à Mulher. As embalagens estavam vazias
para mostrar que a violência não pode ser maquiada. A linha
não estava à venda, mas foi criada para a campanha. A marca
também criou uma revista, como a tradicional da Avon, mas
com produtos informando cada tipo de violência doméstica e
como a lei protege as vítimas e pune os agressores. A revista
foi distribuída por representantes Avon, mulheres em quem
as consumidoras confiam e que têm acesso às suas casas,
lugares em que às vezes nem a polícia pode entrar.
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“Sou consumidora da Avon desde pequena, e esse tipo
de campanha me estimula ainda mais a comprar dessa
marca, por mostrar que entende o ambiente em que está
inserida. O oposto também vale: a campanha sexista
da marca de esmaltes Risqué me faz querer boicotar a
empresa, pois eu não quero comprar de uma marca que
não entende a realidade de sua consumidora!”
Nayara Moia, gerente de marketing da Acaju do Brasil
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INOVAÇÕES DE DESTAQUE: COMO FALAR COM MULHERES
Sephora
Campanha da marca mostra que mulheres
não usam cosméticos para satisfazer
homens
Em Setembro de 2015, a Sephora do Brasil lançou uma
campanha para promover uma coleção do batons, com
83 opções de cores. A chocante mensagem diz “Mulheres
se arrumam para agradar os homens”. Abaixo, está
escrito: “Você acha que eu tenho 83 batons para agradar
quem não sabe a diferença entre bordô e vinho?”.
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INOVAÇÕES DE DESTAQUE
3. MÃO NA MASSA
Mulheres modernas exigem produtos e serviços
que satisfaçam suas necessidades e seus
gostos, modernos como elas.
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INOVAÇÕES DE DESTAQUE: MÃO NA MASSA
M’Ana - Mulher Conserta
para Mulher
Empresa de reparos domésticos se dedica a
serviços para mulheres
Em Agosto de 2015, após sofrer assédio de um homem
fazendo serviços em sua casa, Ana Luisa Correard criou
a M’Ana, uma empresa de reparos domésticos dedicada
a serviços para mulheres. Ela e sua parceira fazem todos
os tipos de reparo, de pintura de paredes até a parte
elétrica.
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INOVAÇÕES DE DESTAQUE: MÃO NA MASSA
Cerveja Feminista
Bebida desperta discussões sobre o
machismo na publicidade de cerveja
Em Março de 2015, um grupo de publicitárias brasileiras
lançou uma red ale chamada Cerveja Feminista. Para
encorajar as agências a discutir como as mulheres
são retratadas na publicidade de cerveja e também a
falta de mulheres no cargo de direção criativa no Brasil,
o rótulo tinha o símbolo da igualdade de gêneros. As
mulheres que criaram o rótulo também fundaram um
grupo de ativismo chamado 65|10 – nome inspirado
por dois fatores: 65% das brasileiras não se sentem
representadas em anúncios; apenas 10% dos criativos
das agências de publicidade no Brasil são mulheres.
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INOVAÇÕES DE DESTAQUE: MÃO NA MASSA
Nike
Marca esportiva cria um clube de
experiência de esportes para mulheres
Em Agosto de 2015, a Nike lançou na Cidade do México
um clube esportivo para mulheres (exclusivamente para
aquelas que usam o app da marca, Nike+). O local oferece
um guia para tamanhos de sutiã, tem treinadores, análise
da pisada e sessões de ginástica. Cada mulher é encorajada
por especialistas a passar por novos desafios e traçar
objetivos, não importando seus níveis de habilidade ou de
condicionamento físico. O design das paredes do clube
é inspirado na arte mexicana, para mostrar a beleza e
a intensidade das mulheres do país, e é assinado por
artistas locais como Lourdes Villagomez e Paola Delfin.
Para exaltar o poder feminino, o espaço é decorado com
imagens de atletas mexicanas como Paola Longoria
(jogadora de squash), Nayeli Rangel (futebolista), Jessamyn
Saucedo (heptatleta), Alejandra Orozco and Paola Espinosa
(mergulhadoras).
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INOVAÇÕES DE DESTAQUE: MÃO NA MASSA
Minha Melhor Semana
Clube de assinatura tem produtos que
ajudam as mulheres no período menstrual
Criada em Maio de 2015, no Brasil, “Minha Melhor
Semana” é um clube de assinaturas para o ciclo
menstrual, com produtos para cuidados íntimos
femininos (e chocolate!). A empresa envia uma caixa
para o período menstrual da mulher antes que ele
comece, para sua conveniência. As mulheres podem
escolher o que querem receber, desde absorventes até
sabonetes faciais, sempre acompanhados de lencinhos
e chocolates. A empresa entende a dor das mulheres
e diz oferecer a elas a chance de relaxar e não se
preocupar durante estes dias tão duros.
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INOVAÇÕES DE DESTAQUE: MÃO NA MASSA
Ladies Rock Camp
Evento empodera mulheres por meio
da música
Em Julho de 2015, a cidade de Sorocaba, no Brasil, teve
a primeira edição do Ladies Rock Camp, um programa
de empoderamento de mulheres através de música. O
evento é a versão “adulta” do Girls Rock Camp, que é
um acampamento de férias onde as meninas aprendem
a tocar instrumentos, criam bandas e fazem atividades
ligadas à autoestima, desinibição e trabalho em grupo.
No fim, as participantes fizeram uma apresentação
musical (da música que compuseram) para amigos e
família. O Ladies Rock Camp, para mulheres a partir
de 21 anos, tem o mesmo objetivo da versão infantil:
encorajar a colaboração entre mulheres, empoderar e
promover a autoestima.
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39
A SEGUIR
O empoderamento de mulheres vai impactar a
arena do consumo – e também a sua marca!
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40
A SEGUIR
Garotas no poder
Com a crescente participação das mulheres
no mercado de trabalho da América Latina,
a renda delas também cresceu, o que levou
a uma mudança no que elas desejam. Estas
mulheres empoderadas não querem seguir
os padrões europeus ou norte-americanos,
mas reafirmar a sua própria identidade – o
que, no campo do consumo, significa que a
diversidade vai atrair mais do que os antigos
padrões estéticos.
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41
A SEGUIR
Uma olhada nos
independentes
Muitas das inovações que listamos aqui
são feitas por “grupos independentes” ou
pequenas empresas, o que significa que
há uma oportunidade para que as marcas
atinjam estes grupos. Olhe os consumidores
que rodeiam estas inovações e ajude-os a
atingir seus objetivos. Voce também pode
trabalhar junto a ONGs que já fazem um
bom trabalho de (F)EMPOWERMENT. Veja a
campanha da ONG Instituto Maria da Penha
contra violência doméstica.
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42
A SEGUIR
Mais que beleza
De um tempo para cá, vimos campanhas
ressaltando a beleza feminina, e marcas
falando sobre o empoderamento feminino
por meio da aceitação de seus corpos, de
sua beleza – ou sendo empoderadas ao
cuidar da casa sozinhas, sem um homem,
e ainda assim serem divas (como a recente
campanha da Bombril que criou controvérsia
no Brasil). Mas é hora de dar um passo além.
Que outros assuntos a sua marca pode
abordar para empoderar mulheres?
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A SEGUIR
Humor x Machismo
Você não precisa ser mal humorado ou
ranzinza no seu marketing. Tentar não ferir
os sentimentos das pessoas ou deixar de
lado velhos estereótipos não acaba com o
humor da sua mensagem. Você só precisa
ser mais criativo. Topa? ;)
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44
A SEGUIR
Campo aberto
O feminismo tem a ver com dar ESCOLHA para
as mulheres – escolha para que elas sejam
o que quiserem ser. O que quer que seja. É
hora de as marcas oferecerem mais escolhas
para as mulheres e consumidores em geral –
em vez de se ater a uma imagem de marca,
uma celebridade que os consumidores – e as
mulheres – deveriam aspirar a ser. Cada vez
mais consumidores esperam que as marcas os
ajudem, os capacitem – capacitem a fazer algo
e/ou a encontrar seu verdadeiro potencial. Hoje
em dia a marca é muito mais um canal para
ajudar os consumidores a atingir algo do que
um ícone em si mesma.
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45
“Aplaudimos campanhas que não retratam como
‘diferentes’ as atitudes que podem não ser mainstream.
Por exemplo, imagens de um homem que lava louça e
canta melodias mais ligadas a mulheres & campanhas
que retratam atitudes que podem não ser convencionais
como ‘diferentes’.”
Ana Laura Ramírez Ramos, da La Cabaretiza A.C., organização mexicana
que criou a campanha contra a violência de gênero Las Publivíboras
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46
Agora é com você!
Como as mulheres são representadas
na comunicação da sua marca? Que
produtos você pode criar para satisfazer as
necessidades destas mulheres empoderadas?
Como você vai contribuir com a igualdade de
gêneros? Faça um brainstorming com estes
assuntos na sua empresa e crie suas próprias
inovações a partir deles. As latino-americanas
vão amar você!
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