Benita Applebum

Transcrição

Benita Applebum
VidaBosch
Opção Brasil Imagens
Maio | Junho | Julho de 2010 • nº 21
Os palcos da festa
Conheça o país e os
estádios que receberão
a Copa do Mundo
Truque de campeão
Como o ex-nadador
Gustavo Borges tenta ser
pontual no trânsito de SP
Entre no clima
No inverno, deixe
sua casa na
temperatura certa
editorial
Rumo ao hexa!
Um grande desafio
Presenciamos um desafio que envolve
todos os brasileiros: a Copa do Mundo. Nossa seleção foi à África do Sul
para tentar trazer o hexacampeonato. A VidaBosch, é claro, não poderia
deixar o assunto passar em branco. A
seção grandes obras trata do tema, ao
contar como o país, com o apoio de
organizações internacionais, se preparou para receber o evento esportivo
mais importante do ano.
Neste clima de torcida, você poderá
degustar nossa sugestão de viagem,
explorando uma pequena Europa brasileira, no norte de Santa Catarina.
Além das informações sobre o passeio, receberá dicas da Bosch para
manutenção do seu carro em climas
frios. E, por falar em carro, também
mostramos sistemas da Bosch que
facilitam a baliza.
Você poderá apreciar também as curiosidades que trazemos sobre a uva e três
deliciosas receitas para colecionar, em
saudável e gostoso; curtir o friozinho,
com dicas para aquecer sua casa, na
seção casa e conforto, que apresenta
a nova linha de ar-condicionado (que
também aquece) da Bosch.
Tudo isso e muito mais nesta edição de
VidaBosch – uma revista feita pra você.
Uma boa leitura e uma torcida de fé!
Carolina Hinz
Sumário
02 viagem | Tem clima da Europa e cenário da Europa, mas é Brasil
08 eu e meu carro | Gustavo Borges não larga o cronômetro nem fora das piscinas
10 torque e potência | Combustível rural move cada vez mais os ônibus urbanos
14 casa e conforto | Frio em casa, só na geladeira — mesmo no inverno
20 tendências | Estacionamento não precisa rimar com sofrimento
22 grandes obras | Conheça os palcos mais importantes do ano: os estádios da Copa
28 Brasil cresce | Construção civil enterra os efeitos de crise
34 atitude cidadã | Por que apostar nas mulheres é apostar no Brasil
38 aquilo deu nisso | As tecnologias que transformaram carroça em conforto
40 áudio | Inovações da era digital ditam o ritmo dos DJs nas pistas de dança
44 saudável e gostoso | Variedade de uvas é tão grande quanto seus benefícios
14
38
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e edição: Pri­maPagina (www.primapagina.com.
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• Jornalista responsável: Jaime Spitzcovsky
(DRT-SP 26479)
40
Destaques on-line | www.vidabosch.com.br
tendências
saudável e gostoso
Vídeo Entenda
como
funcionam
as máquinas
de
embalagem
da Bosch
Expediente
VidaBosch é uma publicação trimestral da Robert Bosch Ltda., desenvolvida pelo depto. de
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e Call Center (MKC). Dúvidas, reclamações ou
sugestões, fale com o SAC Bosch: (011) 21261950 (Grande São Paulo) e 0800-7045446 ou
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22
grandes obras
Vídeo Por que você
não precisa
mais se
preocupar
com a baliza
atitude cidadã
Site Navegue
pelas
soluções
da Bosch
para
eventos
esportivos
Site Clique aqui
para se
encantar com
as bonecas
do Grupo
Primavera
2 | VidaBosch |
viagem
| Por Hércules Lourenço
Fotomundo Fotografias
Um pedaço da
Europa no Brasil
Em Santa Catarina, 32 municípios formam o
Vale Europeu, com amplos traços culturais herdados
de imigrantes nascidos no Velho Continente
4 | VidaBosch |
viagem
P
ense na tão sonhada viagem à Europa, o Velho Continente, repleto de
história, artes, costumes e uma culinária
que segue normas rígidas e possui uma
qualidade de dar água na boca. Antes, é
preciso comprar passagens aéreas, pedir
o passaporte, negociar um pacote turístico
e preparar o bolso para gastos que serão
pagos, principalmente, em euros. Ainda
assim, a experiência é deliciosa. Mas também é possível sentir um pouco desse clima
dentro do Brasil. Traços culturais de países
como Alemanha, Itália, Polônia, Portugal
e Suíça foram trazidos e mantidos pelos
próprios imigrantes e seus respectivos
descendentes. Tudo bem pertinho de você.
Um desses pedacinhos do Velho Continente no Brasil é o Vale Europeu, região
turística de Santa Catarina formada por 32
municípios colonizados por filhos, netos,
bisnetos de europeus. A área fica entre o
litoral do estado, perto de praias badaladas como Balneário Camboriú e Penha –
onde está o Parque Beto Carrero World
–, e a parte serrana, cujas temperaturas
tradicionalmente caem muito, inclusive
Wagner Santos\kino.com.br
viagem | VidaBosch | 5
com formação de neve durante o inverno.
A capital desse vale de belezas é Blumenau, a maior cidade da região, com 299
mil habitantes. O município leva o nome do
médico Hermann Bruno Otto Blumenau,
um imigrante alemão que desembarcou
no Brasil há 159 anos. Foi ele quem deu o
pontapé inicial na história da colonização
local. Os traços deixados há décadas foram
cultivados de geração em geração. Basta
passear pela cidade para identificar as características da arquitetura alemã.
Uma opção é caminhar pela rua XV de
Novembro, que corta o centro de Blumenau.
Em uma das pontas da via está o prédio da
Prefeitura, na praça Victor Konder, ponto turístico obrigatório para um registro
fotográfico. O edifício foi construído no
estilo enxaimel, uma técnica que utiliza
madeiras entrelaçadas, com as paredes
preenchidas por tijolos ou pedras.
Andando um pouco mais está o Castelinho, prédio mais famoso da cidade. A
construção é recente, de 1978, mas a edificação é uma cópia da sede de uma das
prefeituras mais antigas da Alemanha, a do
município de Michelstadt (centro-oeste). O
prédio catarinense foi restaurado em 2008
e hoje abriga uma loja de departamentos.
Durante a caminhada pela XV de Novembro podem ser vistos os principais estabelecimentos da cidade. Na outra ponta
da rua fica o Biergarten, que é o jardim da
cerveja, onde, no início da colonização, a
população se encontrava. Ali funcionam a
Expresso Choperia e o Museu da Cerveja,
que mostra como é o processo artesanal de
fabricação da bebida típica alemã.
E por falar em cerveja, deve ter batido
aquela sede. Opções de qualidade não faltam. É no Vale Europeu que fica a maior
parte de outro atrativo catarinense, o Roteiro das Cervejarias. São 10 fábricas artesanais, que utilizam técnicas trazidas da
Alemanha. Dessas casas, oito estão no Vale
Europeu. A Bierland (www.bierland.com.
br), a Eisenbahn (www.eisenbahn.com.br)
e a Wunder Bier, as três de Blumenau, têm
bares dentro de suas respectivas fábricas.
O cliente degusta a bebida ao som de uma
bandinha alemã e ainda observa a cerveja
sendo preparada em grandes tanques. As
É no Vale Europeu que fica a maior
parte do Roteiro das Cervejarias,
com técnicas de produção da bebida
artesanais, trazidas da Alemanha
outras cervejarias ficam em Timbó, com
a Borck (www.borck.com.br), em Gaspar,
com a Das Bier (www.dasbier.com.br), em
Indaial, com a Heimat (www.choppheimat.
com.br), em Pomerode, com a Schornstein
(www.schornstein.com.br), e em Brusque,
com a Zehn Bier (www.zehnbier.com.br).
Oktoberfest
O auge do turismo na região ocorre em outubro, quando os visitantes são contemplados com a maioria das festas. A principal
delas é a Oktoberfest, em Blumenau, onde
cervejarias artesanais vendem os mais diversos tipos da bebida nos pavilhões do
Parque Vila Germânica. Marcas nacionais
e até internacionais são oferecidas aos foliões, que festejam a noite inteira ao som
de muita música tradicional alemã. Você
se sente como se estivesse na famosa Oktoberfest de Munique, na região da Baviera.
Marcelo Martins/Divulgação
Santur
Casas
em estilo
enxaimel
(à esq.)
estão entre
as mais fortes
características
da região,
assim como
festas
temáticas
ligadas ao
consumo de
cerveja (à dir.)
Moradores usam roupas típicas e os restaurantes oferecem pratos da gastronomia
local, como o marreco recheado, o eisbein
(joelho de porco) e o chucrute. A sobremesa mais famosa é o apfelstrudel, mas­
sa folhada recheada com creme de maçã.
Mas, se você for a Blumenau em outro
mês que não outubro, dê uma passadinha
no Parque Vila Germânica mesmo assim.
Funcionam no local, o ano inteiro, várias
lojinhas que vendem artesanato e produtos
da região, como as roupas típicas alemãs
e o copo para chope em metro.
A indústria têxtil é a principal fonte
de renda de Blumenau. Além de grandes
fábricas – algumas delas com mais de mil
funcionários–, existem várias pequenas
confecções espalhadas por todos os bairros. A industrialização trouxe muita gente
ao município, transformando-o em uma
cidade com grande diversidade étnica.
Mesmo assim, alguns recantos mantêm a
tradição e também fazem você se sentir
como se estivesse na Alemanha. Um deles
é a Vila Itoupava, situada a 25 quilômetros
do centro blumenauense. As casas são no
estilo enxaimel e a população conversa em
alemão. Então, willkommen (bem-vindo)!
Há outros locais onde dá para se aprofundar ainda mais nessa cultura. Um deles é
a cidade de Pomerode, considerada a mais
alemã fora do país europeu. No trevo de
entrada do município, a bandeira da Alemanha está hasteada junto com a brasileira.
É comum entrar em uma casa comercial e
ouvir as atendentes conversando em alemão
com os clientes, sobretudo os mais velhos,
que muitas vezes nem falam português.
A Festa Pomerana é o maior evento local. Nela, descendentes de imigrantes se
encontram para dançar, comer e tomar
cerveja. Para quem gosta da arquitetura
típica, a cidade criou uma rota com casas
enxaimel. A criançada também vai adorar o
zoológico, que fica bem no centro da cidade.
Refresco no verão
Caso você faça o passeio no verão, depois
de conhecer os municípios típicos alemães,
vá dar uma refrescada em Gaspar, uma das
cidades vizinhas. É onde estão cinco parques aquáticos com piscinas, toboáguas,
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viagem
viagem | VidaBosch | 7
Fotos Santur
trilhas e cascatas. Um dos mais conhecidos
é o Parque Cascanéia, no bairro Belchior
Central. Gosta de pescar? Gaspar tem farto
agroturismo, com cinco pesque-pagues.
Após respirar o ar puro da natureza de
Gaspar, com as energias recarregadas, há
ainda a opção do turismo de compras. O
município de Brusque é um polo catarinense
de confecções e tem vários shoppings com
produtos direto da fábrica. Em outubro, a
cidade promove a Festa Nacional do Marreco, evento em que o prato principal é o
marreco recheado, típico da Alemanha.
Brusque também fica perto de Botuverá, onde está a maior gruta da região sul,
com mais de um quilômetro. Os que gostam
de esportes radicais podem ir a Ibirama,
cidade cortada por dois rios, o Itajaí-Açu
e o Hercílio. Escolas de rafting se estabeleceram no local para oferecer novas formas de lazer aos visitantes mais corajosos.
Joinville
101
Pomerode
477
Gaspar
Blumenau
Ibirama
Brusque
470
Nova Trento
No Vale
Europeu, há
ainda opções
de turismo
religioso
(à esq.) e oferta
de esportes
radicais, como
o rafting
(à dir.)
SC - 481
Florianópolis
282
SC - 439
SC - 430
101
SC
Como chegar
O Vale Europeu é cortado pela BR-470,
que começa no litoral de Santa Catarina. É das praias que sai a maior
parte do público que visita a região.
O acesso é feito pela BR-101, entre Penha, onde está o Parque Beto
Carrero World, e Itajaí, importante
cidade portuária do Estado.
Da BR-101 até Blumenau, famosa
pela Oktoberfest e pelas casas em
estilo enxaimel, são 44 quilômetros,
que tomam cerca de uma hora de
viagem. Um pouco antes, fica o município de Gaspar.
Para ir a Pomerode é preciso passar
Blumenau, em sentido oeste, e pegar
à direita na SC-418. Já para seguir a
Brusque, há duas opções.
Se você estiver no litoral e quiser visitar primeiro a cidade, famosa pela
Festa Nacional do Marreco, o melhor
caminho é pegar a BR-486 em sentido oeste, na altura de Navegantes.
Agora, se você já está em Blumenau,
vá até a cidade vizinha de Gaspar e
pegue a SC-411, que também segue
até Brusque.
Onde ficar
Onde comer
Plaza
Como Blumenau é a maior cidade, talvez
você não consiga visitar tudo em um dia.
Uma opção de hospedagem é o Plaza
Blumenau Hotel (www.plazahoteis.com.
br/site2008/blumenau/blumenau.html),
no centro e perto de pontos turísticos.
Park Blumenau
Restaurante construído dentro do Parque
Vila Germânica, onde ocorre a Oktoberfest. Funciona o ano inteiro e foi feito
em arquitetura alemã. Oferece comida
típica alemã, mas também tem outras
opções, como churrasco e pizzas.
Fazzenda Park
Se o turista busca tranquilidade à noite,
a dica é o Fazzenda Park Hotel, localizado no interior de Gaspar (www.fazzenda.com.br), bem pertinho da natureza.
Além de vistas para lagos, montanhas e
árvores, ele também oferece boas opções de esportes, lazer e gastronomia.
Caféhaus
Uma das atrações do Vale Europeu são
os cafés coloniais típicos da região. Em
Blumenau, um dos mais conhecidos é
o Caféhaus, que fica no Hotel Glória
(www.hotelgloria.com.br/gloria_confeitaria.php), bem próximo ao centro da
cidade. A variedade é grande.
Monthez
Em Brusque são muitas lojas e shoppings
à disposição dos clientes. Se você for
fazer turismo de compras e negócios
e gosta de calma para as melhores escolhas, fique na cidade por uma noite
ou mais. O Hotel Monthez (www.monthez.com.br/index.php) está localizado
no alto de um morro com vista para o
resto da cidade. Vale a pena conferir.
Frohsinn
Uma dica de culinária típica alemã é
o restaurante Frohsinn (www.frohsinn.
com.br). Além de uma saborosa refeição,
você ainda contempla uma das vistas
mais bonitas da cidade. Ele está situado
no alto do morro do Aipim, de onde é
possível ver o rio Itajaí-Açu cortando o
centro de Blumenau, com seus tradicionais prédios turísticos em estilo alemão.
A Bosch na sua vida
Proteção para seu carro no frio
Na hora de enfrentar as baixas temperaturas da Serra Catarinense, tenha em
mente que o frio pode interferir no funcionamento do carro. Quem já teve modelos a álcool deve se lembrar das dificuldades de ligar o veículo nas manhãs
de inverno. Por isso, é importante fazer
revisões periódicas no seu carro.
Segundo Daniel Lovizaro, engenheiro de
assistência técnica da Divisão Automotiva de Autopeças da Bosch, grande parte desses problemas pode ser explicada
pela falta de manutenção preventiva. É
o caso da bateria, cujas falhas estão diretamente relacionadas a problemas no
sistema elétrico do veículo.
“Quando isso acontece, mostra que a falha já vem ocorrendo, como, por exemplo,
fuga de corrente, problemas no alternador
ou em algum outro componente que esteja sobrecarregando a bateria”, explica.
Esses problemas podem ser mascarados
no período de calor, já que as altas temperaturas aceleram as reações químicas
responsáveis pela geração de eletricidade
na bateria. Mas também podem agilizar a
corrosão interna, que, junto com outros
problemas, como os já descritos, só vai
ser sentida durante o inverno com a falha
da bateria, principalmente nas manhãs de
dias frios, durante a partida do veículo.
O ideal é fazer uma revisão em todo o
sistema elétrico, avalia Lovizaro. Os cuidados devem partir da bateria e suas conexões, seguir para o alternador, motor de
partida, sistema de iluminação e demais
consumidores elétricos do veículo. Devese verificar também as palhetas, itens
de segurança bastante exigidos em decorrência da neblina pesada das serras.
No caso do carro a álcool ou flex, é importante substituir periodicamente a gasolina do reservatório, abastecendo preferencialmente com aditivada, que tem
características que facilitam o momento
Arquivo Bosch
SC - 421
Já quem gosta de turismo religioso tem a
opção de Nova Trento, cidade batizada em
homenagem a Trento, que fica nos alpes
italianos. Foi na similar brasileira que viveu,
após ter imigrado da Itália, Madre Paulina.
Nascida em Vigolo Vattaro, na província
de Trento, ela chegou aqui ainda criança
e, mais tarde, fundou a Congregação das
Irmãzinhas da Imaculada Conceição.
O Vaticano reconheceu o trabalho que
ela fez com os doentes e com os pobres e
canonizou Madre Paulina em 2002. De lá pra
cá, milhares de pessoas vão à localidade de
Vigolo, em Nova Trento, onde foi erguido
um santuário para ela, que é considerada
a primeira santa do Brasil. Pelas ruas, os
postes são pintados nas cores da bandeira
da Itália: verde, branco e vermelho.
Então, o que você está esperando para
vivenciar essa aventura europeia em território brasileiro?
de partida em baixas temperaturas.
Para essas e outras revisões, como balanceamento e alinhamento das rodas, a
Bosch conta com uma linha completa de
equipamentos de manutenção. “Temos um
portfólio bem abrangente de equipamentos de testes para o carro”, diz Lovizaro.
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eu e meu carro
| Por Danielle Brant
Alexandre Schneider
8 | VidaBosch |
trabalhar. Mas não é sempre que a fórmula
dá certo. Enfrentar o congestionamento às
vezes se mostra tão difícil quanto era, nos
anos 90, disputar provas aquáticas palmo
a palmo com o russo Aleksander Popov.
“Tem dias em que está tudo parado, e
cada minutinho que passa do cálculo que
eu fiz já é suficiente para me irritar”, conta
Gustavo, que, desde que se aposentou das
piscinas, em 2004, enveredou pelo ramo
empresarial. Um dos maiores frutos dessa nova faceta do medalhista olímpico é a
Academia Gustavo Borges, que aposta no
aprimoramento individual de cada aluno
nas raias. Com essa metodologia, o ex-atleta
tenta passar um pouco da experiência que
o fez conquistar, além dos quatro pódios
olímpicos, 19 medalhas em Pan-Americanos e 31 em Copas do Mundo de Natação.
Quando o trânsito está parado, o rádio
do carro é fundamental para Gustavo, que
aprecia basicamente notícias, que, de vez
em quando, dão lugar a um CD de pop-rock.
Os vidros ficam sempre fechados — para
evitar assaltos — e também porque o exnadador gosta do ar-condicionado ligado.
Se a obstinação com tempo o ajudava na
natação e continua auxiliando-o nas ruas,
o mesmo não se pode dizer de outra característica importante para um nadador:
não é fácil para ele, com seus 2,03 metros,
encontrar um carro à sua altura. “O veículo precisa ser, principalmente, espaçoso e
confortável”, explica o agora empresário,
que atualmente dirige um Passat 2005/2006.
Carteira internacional
O início de sua relação com os automóveis
também está ligado à natação. Gustavo, que
nasceu em Ribeirão Preto, no interior paulista, começou a dirigir nos Estados Unidos. Não teve pressa. Enquanto algumas
pessoas mal conseguem esperar a hora
de completar 18 anos para tirar carteira
de motorista e comprar um carro, Gustavo nadou contra a maré. Nessa época, ele
morava em Jacksonville, na Flórida, onde estudava Economia, na Universidade
de Michigan, e treinava para se tornar um
dos grandes ídolos do esporte brasileiro.
“Como eu fazia muita coisa de ônibus lá,
nunca fiquei muito preocupado em com-
prar um carro”, conta. No entanto, no segundo ano de universidade, aos 19 anos,
decidiu que havia chegado a hora. “Era um
Mercury XR4, da Ford, com injeção eletrônica, e comprei com meu próprio dinheiro. Custou US$ 6 mil na época”, relembra.
O primeiro carro a gente nunca esquece? Pode ser, mas não foi esse o automóvel que conquistou o coração de Gustavo.
Dois anos depois de adquirir o Mercury,
trocou-o por um Ford Explorer, de duas
portas. “Gostava do design dele, e o veículo
era superconfortável e espaçoso”, explica.
Nesses quase 20 anos de carteira, o exatleta se orgulha de nunca ter passado por
situação complicada e de não ter sofrido
acidente ao volante. É um pouco sorte de
campeão, mas não só: o nadador tem uma
atitude muito cautelosa com seu automóvel.
“Sei trocar pneu, vejo o óleo e a água no
radiador. Também faço todas as revisões
no tempo certo”, conta. Claro que, mesmo
com tamanha prudência, alguma peça pode desgastar e fazer ruído. É hora, então,
de Gustavo levar o Passat ao mecânico —
de preferência, cronometrando o tempo.
Mergulhando
no trânsito de São Paulo
Após dedicar décadas
de sua vida às piscinas,
Gustavo Borges assume
faceta de empresário, mas
continua cronometrando
seu tempo para
evitar engarrafamentos
Q
uatro vezes medalhista olímpico —
prata em Barcelona (1992), prata e
bronze em Atlanta (1996) e bronze em Sidney (2000) —, o nadador Gustavo Borges,
de 37 anos, usa a paciência e o espírito de
superação que sempre demonstrou nas piscinas para encarar o trânsito de São Paulo,
cidade onde mora e conhecida por seus
longos e irritantes engarrafamentos diários.
A forma que encontra para tentar não
se incomodar com a lentidão do tráfego
paulistano — que frequentemente não se
limita aos horários de pico — tem muito a
ver com sua experiência como nadador.
“Meço a distância até a academia ou o escritório e calculo o tempo, sempre prevendo o trânsito”, explica o ex-atleta, que usa
o veículo basicamente para ir de sua casa,
em Moema (zona sul), para a academia e o
escritório, no Morumbi (zona oeste).
Gustavo cronometrou algumas vezes
e viu que o percurso demora, em média,
30 minutos. É, portanto, com meia hora de
antecedência que ele deixa sua casa para ir
Para não esquentar a cabeça nem o motor
Poucas coisas no dia a dia das grandes cidades irritam mais
que engarrafamento, como diz o medalhista olímpico Gustavo
Borges. E o problema principal nem é o exercício involuntário
de paciência, mas o risco de o carro superaquecer e deixar
você na mão — sobretudo se o condutor não for disciplinado
como o ex-atleta ao fazer manutenções periódicas. Para evitar isso e proteger o veículo, a Bosch possui um sistema de
gerenciamento térmico que é acionado à medida em que a
temperatura do automóvel supera os níveis de aquecimento
considerados não seguros, ou seja, quando há necessidade de
se refrigerar o motor através da água que passa pelo radiador.
Os produtos para gerenciamento térmico são fabricados no
Brasil e seguem o preceito de que possam ser aplicados globalmente em todos os veículos, explica o chefe de Engenharia
de Produtos da Bosch, Roberto Becker. “Houve também uma
preocupação ambiental. Os componentes foram elaborados
com materiais recicláveis, preservando o meio ambiente”,
acrescenta o executivo, que ainda revela que o sistema se
Arquivo Bosch
A Bosch na sua vida
destaca por sua resposta silenciosa e eficiente em qualquer
eventualidade. Além de reduzir a temperatura do radiador, o
sistema de gerenciamento térmico atua sobre níveis de pressão do ar-condicionado. Para isso, usa a tecnologia High-Efficiency Model (HEM), cujos componentes são conhecidos por
aumentarem a performance do carro, complementa Becker.
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torque e potência
| Por Manuel Alves Filho
Mais um
passinho
pra frente,
por favor
Vanguarda na adoção do biodiesel
no Brasil, setor de ônibus
urbanos pede avanços no uso
do combustível mais limpo
Maurício Mercer/Folhapress
N
a correria do dia a dia, talvez não sobre muito
tempo para você perceber mudanças nos ônibus
que cruzam a cidade. Mas há algo novo no ar, ou melhor,
no tanque. O setor de transporte urbano no Brasil, que
usa 2,9 bilhões de litros de óleo diesel por ano (7,1% do
consumo nacional), tornou-se um forte aliado do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB),
embora observe com cuidado a ampliação da presença
do biocombustível na matriz energética do país.
O biodiesel é um combustível derivado de fontes renováveis, que pode ser obtido por diferentes processos
químicos. Além das plantas oleaginosas (como mamona,
soja, girassol e palma), também o sebo bovino e o óleo
residual de cozinha servem de matéria-prima. Atualmente, algo como 80% do biodiesel produzido pelas
66 usinas instaladas no país é oriundo da soja. Juntas,
essas empresas geraram 1,6 bilhão de litros em 2009.
Em 2010, a produção deve atingir 2,3 bilhões de litros,
contra uma capacidade instalada de 4,7 bilhões de litros.
Ou seja, há espaço para o avanço do uso do produto.
De acordo com Marcos Bicalho, superintendente da
Associação Nacional das Empresas dos Transportes Urbanos (NTU), as companhias que atuam no sistema, com
frota de 105 mil ônibus e o deslocamento de cerca de 55
milhões de passageiros ao dia, assumiram a vanguarda
no uso desse combustível por entender que a medida
traria ganhos ambientais importantes, notadamente
aos grandes centros. “Os resultados preliminares, em
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torque e potência
torque e potência | VidaBosch | 13
Elena Elisseeva
Entidades do setor reivindicam
padrões mais rígidos para o
biodiesel, pois os testes revelam
crescimento no volume de
combustível fora das especificações
termos de redução de emissões de gases
poluentes, têm sido positivos”, avalia.
A chamada lei do biodiesel (11.097) foi
promulgada pelo presidente Luiz Inácio
Lula da Silva em 14 de janeiro de 2005. A
legislação previa que todo o diesel vendido no Brasil passaria a ter a adição obrigatória de biodiesel. Em 2008, foi adotada
primeiramente a meta de adicionar 2% do
combustível renovado ao derivado do petróleo. Logo em seguida, passou-se a 3%
e, em julho de 2009, a 4%. Por determinação do governo federal, o percentual de
5%, que deveria ser alcançado em 2013, foi
antecipado para janeiro de 2010.
Bicalho lembra que o transporte coletivo urbano começou a experimentar a mistura B5 (adição de 5% do biocombustível
ao diesel de petróleo) quando a legislação
determinava ainda o emprego da B2 (2%).
No Rio de Janeiro, onde a Bosch partici-
pou do projeto de desenvolvimento dos
ônibus, e em São Paulo, as viações estão
testando a mistura B20. Em Curitiba, já
há pelo menos seis veículos rodando com
100% de biodiesel no tanque.
A principal vantagem dessas iniciativas
é ambiental. O uso de 5% de biodiesel pode
reduzir as emissões de poluentes em 20%,
segundo Paulo Barddal, diretor de comunicação da Associação das Empresas de
Transporte Coletivo Urbano de Campinas
(Transurc), que representa as cinco permissionárias da cidade do interior paulista.
Segundo a entidade, que reivindica o
pioneirismo no emprego do biodiesel no
transporte coletivo urbano do país, com
experiência iniciada em 2005, o produto
usado para abastecer a frota campineira
(931 ônibus) é proveniente da mamona,
planta não comestível. O consumo é da
ordem de 2,7 milhões de litros ao mês, nos
quais já estão acrescidos os 5% de biodiesel.
O professor de Engenharia Química
Donato Aranda, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), afirma que
já há condições para que o Brasil adote a
fase B10, principalmente nas regiões me-
tropolitanas. “No Centro-Oeste, poderíamos partir inclusive para o B100 [biodiesel
puro], visto que lá o diesel é muito caro e
a região concentra a maior parte das matérias-primas que servem à produção do
biocombustível”, justifica.
Desafios
Alguns setores, porém, têm apontado problemas que precisam ser enfrentados. Segundo Marcos Bicalho, ficou constatado
em testes que o biocombustível vendido no
país registra grande variação de qualidade,
possivelmente por conta do uso de diferentes métodos de produção e da diversificação de matérias-primas. Das amostras
coletadas em março pela Agência Nacional
de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
(ANP), 5,2% estavam fora das especificações
(maior percentual em seis anos).
“Precisamos padronizar o produto”,
defende Bicalho. Ele também cita como
desafio a ser superado a redução do preço do biocombustível, em geral 8% maior
que o do petrodiesel.
Outra queixa tem sido em relação à manutenção. Tem sido mais frequente a troca
A Bosch na sua vida
Na vanguarda do ‘combustível verde’
A Bosch fez parte do projeto do governo brasileiro de diluir o biodiesel
no diesel comum. Em 2003, o governo convocou vários ministérios para
estudar a viabilidade da iniciativa. Ao
Ministério da Ciência e Tecnologia coube a tarefa de testar o funcionamento
do motor e do sistema de injeção com
o combustível modificado. Para isso,
o governo organizou uma comissão
técnica formada pela Bosch e outras
empresas do setor automobilístico.
Segundo Christian Wahnfried, chefe
do grupo de Ensaios e Validação da
Engenharia da Bosch de Curitiba, os
testes começaram com adição de 5%
de biodiesel, provenientes da soja e
da mamona. O segundo item acabou
relegado a segundo plano, já que o
preço do óleo de mamona no mercado internacional é muito maior que o
do próprio combustível.
Wahnfried conta que esses testes
foram importantes, pois o biodiesel
também possui características que
podem apresentar problemas para o
bom funcionamento do motor e do
sistema de injeção.
“Como é biodegradável, ele pode oxidar dentro do tanque ou sofrer essa
reação dentro do sistema de injeção.
Isso levaria à corrosão de equipamentos, e também ao acúmulo de depósito
no tanque, que pode travar componentes, entupir filtros e reduzir o fluxo
de combustível”, explica.
O especialista em combustíveis afirma ainda que, para evitar o problema,
é necessário que o biodiesel seja de
boa qualidade, isto é, que atenda às
normas brasileiras.
Atualmente, ainda segundo Wahnfried,
a Bosch trabalha em projetos que testam os motores a diesel para aceitar
uma maior porcentagem de biocombustível diluído, atendendo a propostas
como a da Prefeitura de Curitiba, de
utilizar combustível 100% renovável
nos ônibus de transporte público da
“linha verde”, como ficou conhecida a
avenida que ligará a cidade ao trecho
urbano da rodovia BR-116 (chamada
de Régis Bittencourt até São Paulo).
Arquivo Bosch
Cerca de 80%
do biodiesel
produzido
pelas usinas
do país é
proveniente
do óleo de
soja, plantada
também para
servir como
alimento
do filtro de combustível, em razão dos resíduos que gera, segundo Paulo Barddal.
Ele afirma que, antes, os veículos rodavam
até 30 mil quilômetros com uma peça. Hoje, a média é de 10 mil percorridos.
Os problemas elencados pelo setor de
transporte urbano são reafirmados pelos especialistas no tema. Eles entendem
que o Brasil ainda terá de superar alguns
obstáculos antes de chegar ao B100, como já faz a Alemanha em larga escala. O
mais complexo deles está justamente em
definir uma ou mais matérias-primas que
tornem o preço do produto competitivo
em relação ao do petrodiesel. “Ainda precisamos encontrar a ‘cana do biodiesel’”,
diz o especialista Univaldo Vedana, responsável pela implantação da primeira
fábrica brasileira do “combustível verde”,
abrangendo todo o processo produtivo.
“A concentração da produção com base
na soja pode ser vista como ponto sensível
do projeto de expansão. Um dado positivo
é que algumas ações voltadas à diversificação começam a ser tomadas, com o objetivo
de superar essa dificuldade. A Petrobras,
por exemplo, inaugurou recentemente uma
unidade de produção de biodiesel no Pará que utiliza o óleo de palma [dendê]”,
analisa Luso Martorano Ventura, diretor
das Comissões Técnicas da Sociedade de
Engenheiros da Mobilidade (SAE-Brasil).
Por sua vez, a ANP considera que a introdução progressiva do biodiesel na matriz energética brasileira foi uma decisão
acertada. A estratégia teria facilitado a
preparação da logística e a adaptação do
mercado à nova realidade. “A decisão do
governo de antecipar para janeiro de 2010 a
mistura de 5%, prevista para 2013, é a prova
de que estamos no caminho certo e de que
o combustível renovável veio para ficar.”
A ANP informa também que, além dos
ganhos ambientais, a utilização do biodiesel
tem proporcionado economia de divisas ao
Brasil. Somente em 2008, período em que
o petrodiesel continha a adição de 2% a 3%
do seu similar verde, o país teria deixado
de importar 1,1 bilhão de litros do combustível fóssil, ao valor de US$ 976 milhões.
Os desafios ainda são muitos. Mas é inegável que uma “revolução verde” passa todos
os dias diante de nossos olhos apressados.
Conteúdo exclusivo on-line I www.vidabosch.com.br
• Confira dicas para uma utilização segura do biodiesel
Sklep Spozywczy
14 | VidaBosch |
casa e conforto
| Por Maria Cecília Maciel
Deixe o
frio do lado
de fora
Como tornar sua casa ainda mais gostosa durante o inverno
16 | VidaBosch |
casa e conforto
casa e conforto | VidaBosch | 17
Fotos Shutterstock
Pantufas,
roupões e
chocolate são
opções baratas
contra o frio.
Toalheiro
elétrico
(à dir.) serve
ainda como
aquecedor
N
ão há lugar melhor do que a casa da
gente. No friozinho, então, ela parece ainda mais aconchegante. Como é bom
poder se enrolar em um cobertor macio no
sofá, com uma xícara de chá ou chocolate
quente, e assistir a um bom filme na TV.
Melhor ainda é chamar os amigos para um
queijo e vinho ou fondue, se divertir em
um joguinho de cartas ou simplesmente
deixar a conversa fluir.
Algumas estratégias mantêm esse “ninho” na temperatura ideal em pleno inverno. São recursos que ajudam a deixar a
casa quentinha e agradável, mesmo quando há sinais de que o frio está por perto.
Imagine, por exemplo, se aquele ventinho
incômodo insiste em entrar pela fresta da
janela. O que fazer?
Como é impossível controlar a temperatura do lado de fora, pequenos reparos
e mudanças na decoração são necessários
para garantir o clima ideal do lado de dentro.
Sempre é bom vedar os pontos suscetíveis
à entrada de correntes de ar, como portas,
janelas, caixas de persianas e fendas na
parede. No mercado, há muitos isolantes
próprios para isso, como espumas de poliuretano, juntas autocolantes de borracha
(em vários formatos para diversas aplicações), barras para os pés da porta, resinas,
silicone e espuma expansiva. Mas, se não é
do tipo “faça você mesmo”, deixe por conta
de um especialista, pois ele saberá qual o
produto indicado para cada caso.
“O vidro duplo é um bom isolante acústico
e térmico. E as cortinas de tecidos grossos
que vão até o chão também. Elas evitam a
entrada de ar pelas janelas e portas de correr de uma forma simples, sem reforma”,
orienta a decoradora Claudia S. M. Mello, da
empresa Arte & Jardim, de Franca (SP). Ela
explica que as cortinas e persianas devem
ser fechadas apenas à noite; de dia, a luz do
sol ajuda a manter o ambiente aquecido.
Embora seja importante vedar bem a
casa, também é necessário que ela esteja
É importante vedar bem a casa,
mas também é necessário que
ela esteja ventilada, para arejar
o ambiente. Por isso, abra as janelas
por pelo menos meia hora
ventilada. A renovação do ar evita a concentração de monóxido de carbono produzida
pela combustão de lareiras e aquecedores.
Trata-se de um gás perigoso, que chega a
ser letal em recintos fechados.
A falta de ventilação gera acúmulo de
umidade. Aquelas inocentes gotinhas no
vidro, formadas pela condensação no choque entre o quente (no interior) e o frio
(exterior), criam mofo, danificando roupas,
objetos, quadros e até a pintura da parede. “Para evitar que isso aconteça, abra
as janelas, de preferência no período da
manhã, por pelo menos 30 minutos, todos
os dias”, ensina Claudia.
O jardim e os vasos também merecem
cuidados. É natural que as plantas deixem
de crescer e germinar nessa época. Por isso,
não é preciso usar adubo químico. “Utilize
apenas composto orgânico ou húmus de
minhoca. E a rega não deve ser aumentada
só porque estamos na seca, pois a evaporação também é menor”, ressalta.
Além da entrada do ar frio, outro fator
determinante para o “clima” da casa é o piso. No inverno, os de madeira trazem uma
vantagem: retêm o calor, ao contrário dos
de cerâmica, de pedra e de porcelanato, que
não são chamados de piso frio por acaso.
Claro que, se em seu lar há esses tipos
de revestimento, você não precisa trocá-los
só por causa do inverno — eles são fáceis de
limpar e frescos no tempo quente, que no
Brasil predomina na maior parte do ano. É
verdade que pisar descalço sobre o chão
de mármore, por exemplo, depois de um
banho quente pode render uma semana
de cama e analgésicos. Logo, é melhor não
deixar faltar tapetes de tecidos encorpados,
que, além de decorar, protegem e aquecem.
Não há problemas até para os que possuem
dificuldades respiratórias: são muitas as
opções de materiais antialérgicos.
Essas estratégias para driblar o frio sem
implementar mudanças estruturais já estão
disponíveis até para as lareiras. Sim, não é
mais preciso construir uma chaminé para
tê-las em casa. Alguns modelos a gás não
precisam nem de tubulação, e os elétricos
são bem fáceis de instalar. Outra vantagem
é que dispensam a lenha — e também o trabalho de comprá-la e armazená-la, sem falar da fuligem e do excesso de fumaça, por
causa de uma má exaustão. Em uma casa
grande, isso pode não ser problema, mas
em um apartamento pequeno...
As lareiras elétricas são vendidas em
kits completos e precisam apenas de uma
cavidade, revestida de pedra, madeira ou
qualquer outro material refratário, além
de uma tomada. Já as novas versões a gás,
modernas e elegantes, vêm equipadas com
controlador de atmosfera e sistema que in-
terrompe a emissão do gás quando o nível
de oxigênio está abaixo do considerado
seguro. Existem, ainda, as biolareiras ou
linhas de fogo, equipadas com câmara de
combustão à base de álcool.
Para quem não abre mão do modelo
a lenha, não faltam opções: alvenaria,
pré-fabricadas, em chapa de aço, cobre
ou ferro fundido. Mas seu uso requer
cuidados, especialmente depois de um
longo período de inatividade. Antes de
acender o fogo, por exemplo, é bom dar
uma olhadinha na chaminé — pássaros,
abelhas e marimbondos costumam se estabelecer nesses lugares. A tela de proteção ou vidro cerâmico evita incêndios: a
lenha solta fagulhas que podem alcançar
grandes distâncias. Não se afaste do local
sem cobrir toda a cavidade.
Momento crítico
Ok: as frestas de ar estão controladas, o
chão está forrado de tapetes espessos, a
casa e conforto
Andresr
18 | VidaBosch |
casa e conforto | VidaBosch | 19
lareira passou por revisão e agora pode
ficar ligada... Mas como enfrentar aquela hora de sair do banho quente? Não há
muito segredo: deve-se regular bem a
temperatura do chuveiro, trocar as sandálias por um par de pantufas e a toalha por um roupão felpudo. Investindo
um pouco a mais, pode-se comprar um
toalheiro elétrico, que mantém as toalhas secas, quentinhas e ainda serve como aquecedor e desumidificador. Mais
consumo de eletricidade? Nem tanto: o
equipamento gasta em energia o equivalente a uma lâmpada.
Depois do banho, uma boa pedida pode
ser desfrutar da sala de TV. As mantas de
tecido natural — como lã, tricô e algodão
—, ao lado de confortáveis almofadas, no
sofá, são itens que embelezam e podem
ajudar a esquentar o espaço.
Se quiser ver televisão no quarto (que
delícia fazer isso no friozinho!), uma boa
notícia: os cobertores, que durante alguns
anos foram substituídos pelos volumosos
e pesados edredons, voltaram à cena repaginados. Estão mais leves, mais macios
e mais práticos, podendo ser lavados e
secados em casa, graças aos tecidos à base de poliéster.
Para esquentar o corpo e a alma
A chegada do inverno também destaca as
bebidas quentes e os pratos clássicos da
estação. Chega a hora de tirar do armário
a velha sopeira e ver se ainda tem vela sobressalente para o réchaud (suporte para
travessas que mantém os alimentos quentes à mesa) do jogo de fondue.
É importante conferir as xícaras e os
pratos fundos. Caso esteja precisando renová-los, pense na possibilidade de comprar
canecas e bowls (cuias) avulsos.
São peças curingas, que servem sopas,
caldos e bebidas quentes. E você não pre-
cisa correr para comprar um conjunto inteiro de louças.
Entre as bebidas, o clássico da estação
são os chás. Para degustá-los da maneira autêntica, como se faz no Oriente, é
preciso um pouco de paciência e alguns
utensílios especiais. Esqueça a xícara, o
pires, sachês instantâneos, adoçantes,
bolinhos e biscoitinhos, que roubam o
foco principal: as fragrâncias, cores e sabores que vão se alternando durante o
processo da feitura da bebida.
Assim como há quem use uma taça para
cada tipo de vinho, os orientais costumam
utilizar recipientes diferentes de acordo
com o sabor do chá.
Com esses apetrechos, cada vez mais
acessíveis no comércio popular, fica mais
charmoso sorver a bebida, olhar a fumaça
saindo dela e embaçando a vidraça. O frio
estará logo ali, do outro lado da janela,
mas parecerá tão longe...
A Bosch na sua vida
Nem frio, nem calor: conforto
Não há nada melhor do que o conforto de casa ou aquele
cantinho especial reservado para receber os amigos, reunir
a família ou simplesmente pensar na vida, em dias quentes
ou noites frias. Para isso, é essencial que o local seja aconchegante e acolhedor, principalmente no inverno.
Manter o ambiente com a temperatura agradável não é uma
questão de luxo, mas de bem-estar e conforto. E se pudéssemos reunir, em um único aparelho, a qualidade de proporcionar um ambiente sempre com a temperatura equilibrada
e ainda reduzir o consumo de energia? É o que faz o Split
Hi-Wal Eco-Logic Inverter, da Bosch, condicionador de ar
do tipo split — aquele dividido em duas unidades: uma fica
dentro do imóvel (o ventilador propriamente dito) e outra
fora (o condensador).
Esse produto consegue equilibrar a temperatura ambiente
sem desligar e ligar quando são identificadas mudanças de
temperatura, o que diminui os picos de consumo de eletricidade e ajuda a reduzir o gasto de energia em até 30%,
segundo a Bosch. Além disso, conta com a função Sigame, que direciona a temperatura para o local onde está o
controle remoto.O tempo esquentou? É só regular o con-
Arquivo Bosch
Flavio Massari
Além de ajudar na decoração, tapetes encorpados e mantas de tecido natural podem aquecer o ambiente
dicionador de ar, para ele evitar aquele calorão.
Choveu e esfriou? O Split Hi-Wal Eco-Logic Inverter aquece
o ambiente para você não passar frio. É ideal, portanto, naqueles dias de outono e inverno em que todas as estações
do ano parecem se revezar em menos de 24 horas.
O aparelho funciona com o gás R 410 A, que é ecológico e
não prejudica a camada de ozônio (que protege a Terra dos
raios ultravioleta). Ou seja: garante conforto não só para sua
casa, mas também para o meio ambiente.
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• Quer aproveitar o inverno sem passar frio? Visite o site e conheça a ampla linha de aquecedores da Bosch
tendências
Há vagas
Com dispositivos
desenvolvidos pela indústria
automobilística, a temida
baliza já não precisa
ser estorvo para ninguém
V
ocê passa meia hora procurando uma
vaga na rua até finalmente encontrála. Emparelha o carro, aciona a marcha-ré,
vira o volante, solta a embreagem, pisa no
acelerador e… erra a manobra. Atrás, a fila
de motoristas impacientes se forma. Alguém buzina. Você respira fundo. Tenta
de novo. Assim que embica na vaga, o motorista diretamente atrás de você perde a
paciência e resolve passar a um milímetro
do seu para-choque. É uma luta até conseguir estacionar. Mas a fila de motoristas é
implacável e não se importa: você tomou
oito minutos do dia deles e, é claro, vai ter
de ouvir buzinas por esse desatino.
A baliza é uma das coisas mais marteladas na cabeça dos alunos de autoescolas,
mas nem por isso se torna fácil — e quanto
mais pressão (e buzinas), mais complicado
fica. Para piorar, há um errinho bobo, que
a maioria comete antes mesmo de começar
a manobrar, segundo o piloto de provas e
testes César Urnhani: não avaliar corretamente o tamanho da vaga e não regular os
espelhos do carro adequadamente. O chamado “ponto cego” existe mesmo – não é
desculpa de motorista ruim de braço, não.
Ele varia de carro para carro, segundo Urnhani, mas é possível minimizar o problema. Basta deixar os espelhos laterais o mais
abertos possível.
O fato, no entanto, é que a tarefa de
estacionar parece ser tão desagradável
para algumas pessoas, ou tão intrincada, que originou um mercado voltado
a aliviar esse esforço ou a minimizar os
estragos provocados pela imperícia dos
menos habilidosos.
Um deles é o de proteção para pilastras e paredes. Alguns estabelecimentos
comerciais e mesmo prédios residenciais
recorrem a esse artifício para poupar os
estragos nas garagens. Outro nicho de mercado alimentado pelo estorvo da baliza é o
de manobristas. O setor emprega cerca de
13 mil funcionários registrados, segundo
o Sindicato dos Empregados em Estacionamentos e Garagens do Estado.
Mas esse número não leva em conta os
muitos empregados de forma irregular,
sobre os quais não há nem estimativa. A
maioria dos informais trabalha nos valets,
os serviços de estacionamento com motorista, disponíveis principalmente em restaurantes e casas noturnas.
É claro que a dimensão desse setor também é fortemente influenciada por outros
fatores, principalmente nas grandes cidades brasileiras. Muitas vezes, ainda que o
motorista seja um aficionado por manobras, terá de colocar o carro em estacionamento, seja porque prefere se proteger
contra furtos, seja porque as vagas na rua
são poucas para o volume transbordante
de veículos.
Tecnologia
O fenômeno não passou despercebido pela
indústria automobilística. Com o aumento
do número de carros nas ruas e a consequente disputa maior por vagas, o setor
percebeu que havia demanda por novos
dispositivos. Um deles é a direção hidráulica, que ajuda na tarefa de esterçar para
um lado, depois para outro, e para outro
novamente.
O primeiro automóvel a ter um sistema desse tipo foi um Chrysler, no início da
década de 50. Basicamente, o que ocorre
é que a tarefa de mexer no volante para
virar as rodas é auxiliada por um fluido.
Antes opcional, hoje a direção hidráulica
é item de série mesmo em alguns carros
compactos. Nos grandões, quase não se
pode imaginar como viver sem ela.
Desde o final da década de 90, há automóveis equipados com um sistema mais
sofisticado, a direção eletro-hidráulica, em
que a injeção do fluido é feita por meio de
um motor elétrico, portanto de modo mais
estável e controlado. Manobrar vira quase
um prazer.
Os próprios retrovisores ajudam nas
balizas. O espelhinho do lado do motorista e o interno existem há mais tempo; o do
lado direito, que começou a se disseminar no Brasil na década de 80, não surgiu
só para auxiliar a estacionar, mas é uma
ferramenta bastante útil para isso. Com
a entrada dos automóveis importados, o
mercado brasileiro também foi aos poucos
recebendo um avanço nessa área: os retrovisores controlados eletronicamente. Um
botão posicionado muito próximo à mão
do motorista permite ajustar a posição dos
espelhos, facilitando a tarefa de encaixar
o carro numa vaga apertada.
Um dispositivo moderno cada vez mais
utilizado nessa área é o sensor de estacionamento. Até pouco tempo atrás, o equipamento só estava disponível para automóveis
sofisticados. Hoje, pode ser instalado em
qualquer modelo, mesmo os populares.
O sensor é colocado no para-choque.
Ele emite um sinal de ultrassom que vai
até o obstáculo mais próximo e volta (como
um eco). O tempo entre a emissão do sinal
e seu retorno permite calcular a distância
entre o carro e o objeto.
Quando a distância começa a diminuir,
o dispositivo emite uma sequência de bips.
Quanto mais próximo estiver o obstáculo,
menor o intervalo entre os bips. Quando
estiver bem perto, a sequência vira um
sinal contínuo.
“O sensor de estacionamento atua como
os olhos na aproximação dos obstáculos”,
resume Urnhani. Alguns dispositivos mais
avançados não se limitam a fazer o papel
dos olhos. Eles também esterçam e desesterçam o volante automaticamente.
Daqui a pouco, com o avanço da tecnologia, será possível realizar manobras
até de olhos fechados e braços cruzados...
Arquivo Bosch
| Por Lia Melo
Sistemas de auxílio ao estacionamento são o avanço mais recente para ajudar o motorista a fazer baliza
A Bosch na sua vida
Manobrista eletrônico
Para auxiliar os motoristas que têm dificuldades com a baliza, a Bosch desenvolveu o Park Steering Control (PSC).
Com o auxílio de sensores ultrassônicos,
esse sistema ajuda em dois momentos.
Primeiro, a encontrar a vaga mais apropriada, mensurando a distância entre
os obstáculos e comparando-a com as
medidas do carro. Depois, ele faz todo
o trabalho de esterçar, deixando o motorista responsável apenas pelo controle do acelerador, do freio e da marcha.
Além disso, avisa sobre o quão próximo
está dos obstáculos, o que permite que
o motorista saiba o quanto pode se deslocar na vaga.
“O sistema faz com que o condutor es-
tacione de forma segura, confortável e
rápida mesmo em vagas bastante apertadas, eliminando transtornos em áreas
com trânsito intenso e pouca disponibilidade de vagas”, explica o engenheiro de
vendas Alexandre Tedeschi, da Divisão
Automotive Electronics da Bosch.
Atualmente, o PSC funciona para estacionar na horizontal, como na rua. Nos próximos anos, o sistema contará com funções
adicionais, como a manobra automática
para sair da vaga e o estacionamento
na vertical (como em supermercados).
A Bosch dispõe de outro sistema baseado em sensores ultrassônicos, o Side
View Assist, que detecta obstáculos nos
pontos cegos do carro em movimento.
O dispositivo ajuda a evitar acidentes que
Arquivo Bosch
20 | VidaBosch |
podem ocorrer quando o motorista muda de faixa sem perceber que havia
outro veículo nessa área – o sistema
dá alertas visual e acústico nesses casos. Por enquanto, os dois sistemas são
equipamentos de série em automóveis
importados. A previsão é de que eles
estejam presentes em carros nacionais
a partir de 2016.
Conteúdo exclusivo on-line I www.vidabosch.com.br
• Quer ver como o sistema de sensores da Bosch funciona? Assista ao vídeo
22 | VidaBosch |
grandes obras
| Por Fernando Prandi
Por trás das arquibancadas da Copa
Raphael Christinat
Em dez palcos de luxo, futebol coloca a África do Sul como centro da atenção mundial
Arquibancada do Green Point, na Cidade do Cabo
24 | VidaBosch |
grandes obras
grandes obras | VidaBosch | 25
Michael Jung
Jbor
À esq., o
Moses Mabhida
Stadium, em
Durban, que
custou cerca
de R$ 710
milhões. À dir., o
Soccer City, em
Joanesburgo,
que será palco
da grande final
B
erço de um povo alegre e festivo, a
África do Sul assumiu uma grande
responsabilidade: realizar a primeira Copa
do Mundo em solo africano. Mas preparar
a casa para receber 3,2 milhões de pessoas
nas arquibancadas durante a maior festa
do futebol mundial não foi tarefa fácil. O
desafio sul-africano foi proporcional ao
de bater o pênalti decisivo em uma final.
Para ser um anfitrião à altura do evento, o país se transformou. Na construção e
condicionamento dos dez estádios escolhidos para sediar a competição, superou
os estereótipos atrelados a um continente
pobre e derrotou o fato de que o período de
preparação atravessou uma das mais fortes crises financeiras da história mundial.
Metade das arenas foi construída para
a 19ª edição da Copa, elevando ainda mais
números que, por si só, já são superlativos.
Os investimentos representaram cerca de
R$ 8 bilhões entre construção e reforma
dos estádios e obras de infraestrutura para
melhoria no setor de transportes, principalmente aéreo, e em acomodações hoteleiras, telecomunicações e segurança.
Os estádios ficaram com quase metade
desse montante, que foi pago em sua maior
parte pelo poder público. O valor chega a
ser superior ao gasto apenas com arenas
pela Alemanha (R$ 4,15 bilhões para o último Mundial, em 2006). No caso do Brasil,
que será a sede do evento em 2014, valores
bem maiores são esperados: R$ 17 bilhões,
contabilizando estádios e infraestrutura.
Em segurança, as autoridades sul-africanas investiram cerca de US$ 20 milhões
no treinamento de 55 mil novos policiais.
Câmeras de vídeo nas cidades-sedes e a mo-
dernização do aparelhamento dos agentes
também foram providenciadas. Os aeroportos passaram por reformas, e dois deles, na Cidade do Cabo e em Joanesburgo,
receberam novos terminais internacionais
que os transformaram nos dois maiores do
continente africano.
Ao todo, 32 seleções disputam, em 64
jogos, a taça mais importante do esporte
mundial. Além dos milhões esperados nas
arquibancadas, a África do Sul previu a chegada de cerca de 400 mil estrangeiros, com
bilhões de pessoas acompanhando ainda
a competição pela TV, com transmissões
para mais de 200 países.
Ruído entre montanhas e o oceano
Localizado na Cidade do Cabo, capital
legislativa do país e sexta cidade mais
bonita do mundo, segundo lista de 2010
da revista Forbes, o estádio Green Point
foi o que precisou de mais investimento:
R$ 1,15 bilhão, valor que chegou a su­
pe­rar em quatro vezes o previsto pelos
organizadores do Mundial.
Com capacidade para 69 mil especta-
dores, o Green Point fica em um local estratégico, entre as imponentes montanhas
da cidade e o Oceano Atlântico, fazendo
desse cenário um dos mais bonitos da história dos Mundiais.
Os gastos começaram a aumentar quando
moradores locais reclamaram dos possíveis impactos ambientais da construção e
do barulho que as obras causariam. Como
o estádio fica perto de um hospital e será
palco de shows após a Copa, ele ganhou
uma peculiar cobertura para isolar os ruídos durante jogos e espetáculos.
Os dez estádios da Copa
Ellis Park
Soccer City
Free State
Green Point
Loftus Versfeld
Mbombela
Moses Mabhida
Nelson Mandela Bay
Peter Mokaba
Royal Bafokeng
Cidade Joanesburgo
Capacidade 62.500
Jogos Argentina x Nigéria,
Eslovênia x EUA,
Eslováquia x Itália,
Brasil x Coreia do Norte,
Espanha x Honduras,
Oitavas de final e
Quartas de final.
Cidade Joanesburgo
Capacidade 88.460
Jogos África do Sul x México,
Argentina x Coreia do Sul,
Gana x Alemanha,
Holanda x Dinamarca,
Brasil x Costa do Marfim,
Oitavas de final,
Quartas de final
e Final.
Cidade Bloemfontein
Capacidade 45.000
Jogos França x África do Sul,
Grécia x Nigéria,
Japão x Camarões,
Eslováquia x Paraguai,
Suíça x Honduras,
Oitavas de final.
Cidade Cidade do Cabo
Capacidade 68.000
Jogos Uruguai x França,
Inglaterra x Argélia,
Camarões x Holanda,
Itália x Paraguai,
Portugal x
Coreia do Norte,
Oitavas de final,
Quartas de final
e semifinal.
Cidade Pretória
Capacidade 50.000
Jogos África do Sul x Uruguai,
EUA x Argélia,
Sérvia x Gana,
Camarões x Dinamarca,
Chile x Espanha
e Oitavas de final.
Cidade Nelspruit
Capacidade 46.000
Jogos Austrália x Sérvia,
Itália x Nova Zelândia,
Coreia do Norte x Costa
do Marfim,
Honduras x Chile.
Cidade Durban
Capacidade 70.000
Jogos Alemanha x Austrália,
Holanda x Japão,
Portugal x Brasil,
Espanha x Suíça,
Oitavas de final
e semifinal.
Cidade Port Elizabeth
Capacidade 46.082
Jogos Coreia do Sul x Grécia,
Eslovênia x Inglaterra,
Alemanha x Sérvia,
Costa do Marfim x
Portugal,
Chile x Suíça,
Oitavas de final, Quartas
de final e decisão de terceiro e quarto lugar.
Cidade Polokwane
Capacidade 45.000
Jogos França x México,
Grécia x Argentina,
Argélia x Eslovênia e
Paraguai x Nova Zelândia.
Cidade Rustemburgo
Capacidade 48.000
Jogos México x Uruguai,
Inglaterra x EUA,
Gana x Austrália,
Dinamarca x Japão,
Nova Zelândia x
Eslováquia
e Oitavas de final.
26 | VidaBosch |
grandes obras
grandes obras | VidaBosch | 27
Jbor
Aliás, investir na diminuição do barulho realmente é uma boa pedida. Além de
requebrar em danças animadas nas arquibancadas, os torcedores sul-africanos costumam fazer um ruído ensurdecedor com
as famosas vuvuzelas (cornetas de plástico) durante as partidas. Eles “incomodam”
tanto que a Fifa se viu obrigada a responder às reclamações de atletas e treinadores estrangeiros contra o uso do objeto.
Mas o coro internacional não ecoou na
entidade máxima do futebol mundial, que
optou pela manutenção do que chamou de
“símbolo da África do Sul”. Assim, materiais para atenuar o barulho, além de medidas para assegurar a proteção sísmica
local (contra tremores), contribuíram para
aumentar os gastos em R$ 250 milhões logo no começo das obras. Outro problema
foram as greves no setor da construção
civil em julho de 2009, quando, segundo
os organizadores da paralisação nacional,
cerca de 70 mil trabalhadores teriam cruzado os braços pedindo aumento salarial
de cerca de 15%. Resolvido o impasse, a
correria para a conclusão dos estádios foi
grande. Mas tudo acabou bem. Tanto que
mais de 25 mil operários foram premiados
com ingressos para a assistir à Copa nas
arenas que ajudaram a “levantar”.
Glórias e tragédias
O maior de todos os estádios do evento
e palco da abertura e da decisão fica em
Joanesburgo, cidade sul-africana mais populosa, com 3,88 milhões de habitantes e
centro financeiro do país.
Comportando 88.640 torcedores, o Soccer City Stadium custou R$ 755 milhões para ser reformado, e seu projeto exterior
foi inspirado na imagem do vaso artesanal
africano calabash (cabaça). O apelo estético
ganha ainda mais impacto com iluminação
noturna. Foi no estádio que Nelson Mandela
fez seu primeiro comício após 26 anos de
prisão política, em 1990. Quatro anos depois, ele se tornaria presidente da nação.
Outra arena de Joanesburgo que vai receber a Copa, o Ellis Park, possui capacidade para 62.500 pessoas e também foi palco
importante do processo de pacificação racial. Em 1995, a África do Sul conquistou o
título mundial de rúgbi, depois de vencer
a grande favorita Nova Zelândia. O então
presidente Nelson Mandela levantou a taça.
Esse título inspirou o filme “Invictus”, de
Clint Eastwood e protagonizado por Morgan Freeman, no papel de Mandela.
Na ocasião, com o objetivo de aproximar
negros e brancos, divididos mesmo depois
do fim do apartheid, que durou 42 anos e
dava direitos de cidadão apenas aos brancos,
Mandela colocou como prioridade vencer
a competição na qual a África do Sul não tinha nenhuma chance, segundo os críticos.
A meta foi alcançada com o povo se unindo
na equipe, na torcida e na comemoração.
Mas infelizmente não foi apenas de glórias que viveu o Ellis Park. Em 2001, ele foi
cenário da maior catástrofe do esporte sulafricano, quando 43 morreram esmagados
em um clássico local, por superlotação.
Tecnologia e modernidade
Se você é fã de inovações e modernidade,
a opção certa é o Moses Mabhida Stadium,
em Durban, que custou R$ 710 milhões.
Possui a segunda maior capacidade (70
Nelson
Mandela Bay
Stadium,
localizado em
Port Elizabeth,
com capacidade
para 48 mil
espectadores
mil lugares) entre as arenas da Copa e foi
escolhido pela torcida local como “nova
maravilha” da humanidade. O principal
atrativo é um arco que passa sobre o campo.
E isso a uma altura de 100 metros, com os
visitantes tendo uma vista privilegiada em
uma cabine. O maior problema da construção foi justamente o arco, que consumiu
2,6 mil toneladas de aço S355. Na crise, o
preço da liga metálica também foi às alturas.
Outro ícone da modernidade é o Nelson
Mandela Bay Stadium, em Port Elizabeth.
A arena foi a primeira a ficar pronta para o
Mundial. Um dos cinco novos estádios do
país, com capacidade para 48 mil espectadores, tem em seu design o formato da
flor símbolo da África do Sul, a protea, e
sua cobertura foi projetada especialmente
para suportar os fortes ventos da região.
Todos os outros estádios também conse-
guiram se preparar a tempo. Alguns deles
eram palcos de jogos de rúgbi. Ex-colônia
inglesa e holandesa, a África do Sul tem essa
modalidade, espécie de futebol americano,
como a mais popular entre seus habitantes.
Resta saber o impacto que o esporte mais
popular do planeta ainda terá no país após
a Copa, porque, definitivamente, as marcas
deixadas pelos sul-africanos no futebol já
podem ser sentidas.
Arquivo Bosch
A Bosch na sua vida
Sistemas de
segurança
(à esq.) e
ferramentas
elétricas (à dir.)
são soluções
da Bosch para
estádios e arenas
Som, segurança e economia nos estádios
A Bosch conta com uma ampla gama de
produtos para os estádios. Um exemplo
é a linha de sonorização implantada em
nada menos do que nove dos dez palcos
da Copa. Além de ser dimensionada para
impedir ao máximo que o som saia da
arena, também precisa garantir que, internamente, hinos nacionais e informações
sejam ouvidos de forma compreensível.
Isso é importante, por exemplo, no caso
de uma evacuação do estádio, como em
um jogo do Real Madrid em 2004. “Em
menos de 10 minutos, o Santiago Bernabéu (estádio da equipe) estava vazio.
E foi um sistema de evacuação nosso”,
conta Marcos Menezes, gerente de vendas e marketing da divisão de Sistemas
de Segurança da Bosch. Algumas arenas investiram também em outras soluções da empresa, como sistemas de vídeo (CFTV) e de detecção de incêndio.
Para ajudar a economizar energia, a Bosch
também oferece a linha de painéis solares e geradores de água quente (marca
Buderus), que podem ser usados para
aquecimento e climatização de ambientes
À esquerda,
geradores de
energia e água
quente. À direita,
cobertura retrátil
em arena e rampa
de acesso a
cadeirantes
como vestiários, academias, piscinas e
restaurantes. Um dos equipamentos dessa
linha é a Unidade de Cogeração Loganova,
que combina a geração de energia elétrica
e água quente ao mesmo tempo, através
do aproveitamento térmico. A eficiência
energética da Loganova fica em 91%; um
gerador convencional soma 54%. O sistema trabalha com gás natural ou diesel.
Na parte de ferramentas elétricas, o nível
laser rotativo GRL 150HV e o medidor
de distância DLE 70 podem ser usados
para o nivelamento do gramado e das
arquibancadas e também no dimensionamento do campo e dos assentos. Outro
equipamento é a parafusadeira/furadeira
GSR 14,4 V-LI, útil na hora de interligar
as várias estruturas que compõem os es-
tádios, e que funciona com bateria de
lítio, eliminando a dependência elétrica.
Outra solução do Grupo Bosch, da marca
Rexroth, são os sistemas que controlam
abertura e fechamento da cobertura das
arenas, com motores hidráulicos de alto
torque. Unidades hidráulicas da empresa
são usadas ainda em rampas e elevadores
de acesso a portadores de deficiência.
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28 | VidaBosch |
brasil cresce
Pá de cal na crise
Elisanth
Construção civil recupera fôlego e se prepara para crescer 8% em 2010,
mais do que a economia do país como um todo
| Por Adriana Chaves
30 | VidaBosch |
brasil cresce
brasil cresce | VidaBosch | 31
AGphotographer
Andresr
Setor trabalha
forte com a
expectativa de
crescer 8% ao
ano até 2016
A
expressão mercado imobiliário esteve presente em quase todos os
de­bates sobre a mais recente crise econômica mundial, impulsionada em 2007.
Afinal, a história começou com uma bolha
que atingiu o setor nos Estados Unidos.
Mas com a mesma velocidade com que
o problema se estendeu mundo afora,
áreas de atuação relacionadas, como a
da construção civil, não só mostram que
recuperaram o fôlego no Brasil como se
preparam para um 2010 ainda melhor.
Segundo a Fundação Getulio Vargas
(FGV), a construção civil deve crescer 8%
no país em 2010, mais do que a economia
nacional como um todo (5% a 6%, segundo
a maioria das previsões). As eleições do
segundo semestre, programas de infraestrutura e habitação, além de mudanças institucionais e facilidades de financiamento
ajudam a explicar essa tendência.
Considerando apenas o subsetor de materiais de construção, o desempenho deve
ser ainda melhor. “Só no primeiro trimes­tre
de 2010 tivemos um crescimento de 19,9%,
mas isso comparado com o mesmo período
de 2009, que foi o mais fraco. Mesmo assim,
prevemos fechar 2010 com um aumento de
15,8%”, afirma o presidente da Associação
Brasileira das Indústrias de Material de
Construção (Abramat), Melvyn Fox.
Ainda de acordo com o executivo, as
projeções – baseadas no estudo encomendado à FGV – apontam para um desenvolvimento substancial até 2016, com média
de crescimento de 8% ao ano.
Além dos investimentos privados, as
perspectivas levam em conta gastos que
o Brasil deverá fazer para sediar a Copa
do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de
2016. Também são considerados impactos
de projetos de infraestrutura, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC),
e de habitação, como o Minha Casa Minha
Vida, que entram em uma segunda etapa,
com novos aportes do governo federal.
Para a coordenadora de estudos da
construção civil do Instituto Brasileiro
de Economia da FGV, Ana Maria Castelo,
uma das responsáveis pelo levantamento,
a estabilidade financeira, o aumento da
renda e a queda na taxa de juros também
influenciaram o setor, que passou a registrar um crescimento maior a partir de 2004,
consolidado no ano seguinte.
“Ocorreram ainda mudanças institucionais, como a lei do patrimônio de afetação [um mecanismo que permite separar
da contabilidade da construtora receitas
e despesas do empreendimento] e o fato
de o Banco Central obrigar os bancos a oferecerem financiamento de crédito imobiliário”, diz a coordenadora.
O economista Eduardo Zaidan, do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), também
ressalta o momento favorável. “Quando a
economia cresce, a construção civil cresce.
Se, por exemplo, o governo resolve inves-
tir em saúde, abrindo um novo posto de
saúde, precisa construí-lo antes”, destaca.
Passado distante
Mas nem tudo foi sempre assim. “Com a
extinção do Banco Nacional da Habitação, em 1986, passamos por um período
de estagnação no setor até 2005. O déficit chegou a 7 milhões de unidades para
moradia. Recentemente foram tomadas
algumas medidas para facilitar na parte jurídica, evitando que construtoras ficassem
paradas”, relata o presidente da Abramat.
Segundo o executivo, entre 2005 e 2006
foram disponibilizados mais recursos para
financiamento. Nesse período, o governo
federal também anunciou a redução permanente do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para cerca de 40 itens
da construção civil. A decisão por mais um
novo abatimento, desta vez temporário (até
o fim de 2010), foi tomada para manter a
economia aquecida.
Com a chegada da crise financeira mundial, após o estouro da bolha imobiliária
nos EUA, no fim de 2008, o desempenho
do mercado de materiais de construção
acabou sendo influenciado negativamente no ano seguinte. De maio a outubro de
2008, até ser afetado pela recessão, esse
comércio viveu seu melhor momento. A
produção de materiais de construção cresceu 10% no período, enquanto as vendas
da indústria se expandiram em 27%. Um
aumento de vendas superior à produção
indica uma rápida saída de estoques.
Esses produtos ficaram acumulados nos
depósitos e canteiros de obras. Isso porque
o comércio e as construtoras formaram
estoques, temendo desabastecimento.
O comércio sentiu de forma imediata o
enxugamento de crédito para o consumo
no auge da crise e, em novembro de 2008,
as vendas diminuíram 8,7%. A recuperação
do crédito só viria em fevereiro de 2009,
mês em que o comércio varejista de ma-
teriais havia acumulado queda de 32,2%
em relação a outubro de 2008.
Desde julho de 2009, há sinais claros
de recuperação e, em outubro, as vendas
da indústria já estavam em patamar elevado, equivalente ao de meados de 2008. A
produção da indústria de materiais também se recupera, e o índice verificado em
outubro de 2009 é 6,7% superior à média
do primeiro semestre de 2008. As vendas
reais no varejo estão apenas a 4 pontos
percentuais do máximo verificado antes
do agravamento da crise. No acumulado do
ano, até outubro, a produção da indústria
de materiais de construção encontra-se
em um nível 9% inferior ao verificado no
mesmo período de 2008.
Mais emprego, pouca formalidade
O ritmo forte do setor influencia diretamente o mercado de trabalho. De acordo
com o estudo da FGV, o PAC 2 e o Minha
Casa Minha Vida 2 devem gerar 984 novos
32 | VidaBosch |
brasil cresce
brasil cresce | VidaBosch | 33
Fotos Arquivo Bosch
A Bosch na sua vida
Precisão e segurança
As previsões para a construção civil são as melhores possíveis, com
expectativa de crescimento de 8,8%
para o setor em 2010. Um dos fatores responsáveis por esse aumento significativo é a prorrogação do
desconto no IPI na compra de material de construção até dezembro.
É a oportunidade que milhares de
brasileiros buscam para construir e
reformar suas casas, e também um
ótimo momento para empresários investirem na construção civil.
Visando sempre maior precisão durante o trabalho e segurança, foi
apresentada, na Feira Internacional
da Indústria da Construção (Feicon)
de 2010, a nova linha de serras circulares da Skil, marca do grupo Bosch.
São três modelos: 5401, com potência de 1.400 watts; 5601, com 1.600
watts; e 5801, com 1.800 watts. To-
dos são equipados com sistema de
eliminação do pó com conexão para
aspirador, botão de segurança que
evita o acionamento involuntário, guia
de corte posicionado em dois pontos, permitindo maior visualização,
e tecnologia de guia laser integrada.
A maior novidade fica por conta do
novo sistema de LED, presente no
modelo 5801, que ilumina a linha de
corte e melhora a visão de quem está executando o trabalho. O usuário
terá total segurança e conseguirá realizar todas as atividades com maior
facilidade. As serras circulares Skil
contam com revestimento Soft Grip
nas empunhadeiras auxiliar e principal, garantindo um agarre mais seguro, e são indicadas para instaladores
de cozinhas, armários e banheiros,
marceneiros, carpinteiros, eletricistas,
encanadores, empreiteiros, telhadistas e construtores em geral.
Arquivo Bosch
Com crescimento do setor, mão de obra qualificada está sendo disputada intensamente pelas empresas
postos na construção civil de 2011 a 2014.
Serão mais 450 milhões de vagas em áreas
de atuação próximas. Mas nem todas as
notícias são boas. De acordo com os números da Abramat, do total de 6 milhões de
empregados na construção civil, um terço
tem carteira assinada.
Já de acordo com a pesquisa mensal do
Sinduscon-SP e FGV, o nível de emprego
na construção civil aumentou 1,55% em
fevereiro em comparação com janeiro, o
que equivale à contratação de mais 39.058
trabalhadores com carteira assinada. Com
isso, apenas no acumulado dos dois primeiros meses de 2010, o nível de emprego no
setor cresceu 4,14%, com a contratação de
mais de 101.813 trabalhadores formais. É um
recorde de 2,558 milhões de funcionários
com carteira na construção civil brasileira
– o mais alto patamar da série histórica.
O estudo da FGV concluiu também que
os investimentos até 2014 em construção
têm efeitos intensos sobre toda a economia
no curto e longo prazos. De acordo com
os dados, seriam necessários, por ano, R$
11,7 bilhões para a recuperação e expansão da malha rodoviária, R$ 6,8 bilhões
em geração e transmissão de energia, R$
6 bilhões na ampliação do acesso à água
e ao esgoto e R$ 10,2 bilhões na redução
do déficit habitacional e no financiamento
da habitação social.
Mas engana-se quem pensa que os desafios param por aí. Para o presidente da
Abramat, um dos principais entraves para
um maior desenvolvimento da construção
civil é o processo burocrático, que se segue
da aprovação da planta até o “habite-se”.
“Pode haver prazos e custos reduzidos,
sem mexer na legislação, apenas melhorando a eficiência.”
Já segundo a economista Ana Maria,
a mão de obra qualificada já é disputada
e cada vez mais necessária se o segmento quiser continuar com o ritmo forte. “O
setor precisa ainda ampliar as fontes de
recursos de habitação. Hoje elas são provenientes basicamente do FGTS e da poupança, é preciso ir atrás de outros fundos,
incorporar outras fontes.”
Com a construção civil em franca expansão, fica um recado aos que pretendem
investir ou trabalhar no setor: mãos à obra!
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cesse o site para saber mais sobre a tecnologia e o conforto
proporcionados pela nova linha de serras circulares da Skil
34 | VidaBosch |
atitude cidadã
| Por Bruna Buzzo
Q
uando voltava do trabalho, o personagem Fred, do desenho animado
“Os Flintstones”, avisava aos berros que
havia entrado em casa: “ Wilma, cheguei!”.
Logo era recebido com todo tipo de regalias
preparadas pela dona de casa. Cenas como
essa tendem a parecer cada vez mais saídas da idade da pedra. Hoje, Fred poderia
abrir a porta e descobrir que a esposa ainda
não chegou da empresa em que trabalha,
e que ele mesmo faria o jantar e colocaria a filha Pedrita para dormir. Afinal, os
avanços femininos nos níveis de instrução
e no acesso ao mercado de trabalho têm
sido expressivos, no Brasil e no mundo.
Por aqui, o número de mulheres em cargo
de presidente de empresa ou equivalente
cresceu de 10,39% em 1996/1997 para 21,43%
no período 2008/2009, segundo pesquisa
da consultoria Catho Online com 89.075
empresas. Aumentou também a parcela
delas na vice-presidência (de 10,82% para
17,47%) e em cargos de diretoria (de 11,60%
para 26,29%).
Esses números podem dar a impressão
de que as mudanças se restringem às faixas
de renda mais elevada. Engano. A tendência abrange todos os grupos. A proporção
de mulheres que trabalham ou batalham
por um emprego superou 50% em 2008.
E tudo isso sem deixarem de lado tarefas
que ainda são tradicionalmente atribuídas à figura feminina, como cuidar dos
filhos, cozinhar ou planejar as refeições
e organizar a limpeza da casa — é a famosa
dupla jornada.
No governo federal, as funcionárias em
cargos comissionados — que geralmente
envolvem profissionais de qualificação
mais elevada — são 42,8% do total. Porém,
na elite do funcionalismo (os cargos denominados DAS 6), elas são apenas 20,6%.
Ministras são quatro. Dos 528 secretários
estaduais, 87 são mulheres, de acordo com
levantamento feito pela campanha Por
Mais Mulheres no Poder. Nas prefeituras
das capitais, elas ocupam a chefia de 20%
das secretarias estaduais.
A presença feminina na política também tem crescido. O Brasil conta com dez
senadoras, 45 deputadas federais, 123 deputadas estaduais e 6.511 vereadoras, se-
gundo levantamento do Centro Feminista
de Estudos e Assessoria. No Poder Executivo, são três governadoras e 505 prefeitas.
Se elas ocupam cada vez mais assentos em cargos importantes da iniciativa
privada ou do serviço público, é porque
ocuparam antes assentos nas escolas. No
Brasil, as mulheres têm mais instrução do
que homens — em média, elas estudaram
9,2 anos e eles, 8,3, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad),
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Movimentos feministas
Esses resultados foram influenciados pela
luta dos movimentos feministas, que nasceram no século 19, em contraposição a
teorias médicas que, para tentar manter
as mulheres em posição subalterna, diziam que o cérebro feminino era menor, e
por isso impróprio ao exercício de certas
atividades. “Foram usados argumentos
biológicos para impedir o acesso da mulher à vida cultural, política e educacional”, diz a professora Margareth Rago, do
Agora é que são elas
Fotos Shutterstock
Mulheres ocupam cada vez mais cargos de relevo na iniciativa privada e no setor público
36 | VidaBosch |
atitude cidadã
Departamento de História da Unicamp e
especialista em feminismo.
Ela avalia que, no Brasil, dois períodos
foram especialmente importantes na luta feminina por igualdade: as décadas de
1920 e 1970. “Nos anos 20, o Brasil viveu
sua primeira onda de feminismo. Foi um
momento de grande criatividade cultural
e artística e também de muita luta política.
Tanto que em 1932, como resultado disso,
as mulheres ganharam o direito de voto
em nosso país”, afirma.
Houve um período de refluxo nas décadas
seguintes, e, em 1970, o feminismo voltou
com força. “E tem crescido muito de lá pra
cá, com importantes conquistas”, analisa
a professora. Segundo ela, os movimentos
sociais femininos vêm transformando o
imaginário social, político e cultural no
país. “Antigamente não se lutava contra
os machismos, isso não era denunciado.”
atitude cidadã | VidaBosch | 37
Yuri Arcurs
Em alguns programas de renda,
como o Bolsa Família, são as
mulheres que respondem
pelo recebimento do dinheiro
Mesmo sendo
minoria entre
as pessoas
com mais anos
de estudo,
proporção
de homens
em cargos de
liderança é
25% maior
Embora o Brasil tenha forte presença
feminina nos movimentos sociais, isso
ainda não se refletiu adequadamente na
esfera política, avalia a professora Teresa Sacchet, do departamento de Ciência
Política da USP, especialista na relação
das mulheres com a política. A proporção de deputadas no Congresso Nacional
(8,9%), por exemplo, ainda é muito baixa
— na Argentina, são 38%. As cotas adotadas em 1996, que estabelecem que pelo
menos 30% dos candidatos de um partido
sejam de um sexo e no máximo 70% sejam
de outro, não emplacaram, avalia. “É uma
cota de gênero, mas ela não é cumprida,
não há punições. Deveria ser chamada
de recomendação. A média de candidatas tem sido de apenas 13%.” Mas Teresa
acredita que a situação deve melhorar com
a aprovação de uma medida que exige o
cumprimento dessa cota política já nesta
eleição. “Agora, os partidos serão obrigados a preencher 30% de suas listas de
candidatos com mulheres.”
Programas sociais
Em outras áreas, tem avançado o número
de projetos que preveem algum tipo de
apoio às mulheres. Programas de transferência de renda (como o Bolsa Família)
entregam o dinheiro para a mulher, o que
ajuda as mais pobres a enfrentar as desigualdades de gênero. Márcia Lima Bandeira, coordenadora de monitoramento
e avaliação de projetos da Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento
Social do Estado de São Paulo, diz que essa
é uma técnica usada para conter abusos
por parte dos maridos, “para evitar que
eles gastem todo o dinheiro com álcool,
por exemplo”. “Preferimos entregar o benefício para as mulheres, pois elas sabem
valorizá-lo. A mulher tem dupla jornada
de trabalho e quer ver o filho alimentado,
ela sabe o quanto é difícil.”
Para Amelinha Teles, coordenadora da
União de Mulheres de São Paulo, é fundamental reconhecer que ainda existem
diferenças, para que possam ser combatidas. “A mulher ainda é alvo de violência
só porque é mulher. Não adianta esconder
discriminação ou falar em igualdade se
você não fala em desigualdade. As mulheres vivem em condições de vida injustas, é preciso reconhecer essa realidade e
criar ações no sentido de mudar a cultura
patriarcal e machista que existe de banalizar a discriminação contra a mulher.”
Arquivo Bosch
A Bosch na sua vida
Grupo
Primavera
confecciona
bonecas
e oferece
aprendizado
e diversão a
meninas da
periferia
Mobilização social
A organização da sociedade civil é fundamental na luta pela
igualdade de gênero. É nisso que acreditam dois projetos apoiados pelo Instituto Robert Bosch, que auxiliam as mulheres
em duas etapas de sua vida: na periferia de Campinas (SP), o
Grupo Primavera forma meninas de 8 a 18 anos; já em Curitiba, mulheres de 45 a 72 anos se reuniram na Cooperativa das
Costureiras da Vila Verde para enfrentar problemas de saúde.
Formando o amanhã
Fundado em 1981 por três voluntárias que atendiam seis meninas, o Grupo Primavera conta hoje com cerca de 100 voluntárias e 50 funcionários que atendem 324 jovens em sua sede,
no Jardim São Marcos. As meninas são divididas em grupos
de acordo com a faixa etária e participam, durante meio período, de atividades como dança, música, teatro, inglês, espa-
nhol, informática, comunicação e expressão, raciocínio lógico
e trabalhos manuais, entre outras.
A diretora pedagógica do projeto, Ruth Maria de Oliveira, explica
que as jovens frequentam as atividades, fazem refeições e, antes
ou depois, vão à escola. O critério de seleção é socioeconômico.
“São avaliadas a renda e a vulnerabilidade da menina. Se ela ficaria sozinha em casa, por exemplo, tem prioridade.” Além das
oficinas, que seguem o lema do grupo, “formando as mulheres
de amanhã”, a entidade promove também o PACTO, curso preparatório para colégios técnicos que é aberto à comunidade.
O Grupo Primavera tem o apoio financeiro e estratégico do Instituto Robert Bosch desde 1991. “É uma grande parceria”, conta
Ruth. Além de doações, a instituição também se mantém com a
venda de bonecas de pano, fabricadas por funcionárias, em uma
loja aberta há 2 anos em espaço cedido pelo Galeria Shopping,
também em Campinas. Se você quiser ajudar, também pode
doar suas notas fiscais sem CPF para o grupo utilizá-las no programa Nota Fiscal Paulista Solidária, que converte os benefícios
da Nota Fiscal Paulista para a instituição que recebe a doação.
Costurando saúde
A Cooperativa das Costureiras da Vila Verde nasceu em 2001
por iniciativa do médico da comunidade, que via que muitas
mulheres mais velhas tinham problemas de saúde por não
saírem de casa. A presidente da cooperativa, Julieta Maria
Cerris, de 63 anos, conta que o doutor procurou apoio da
Bosch, que doou as primeiras máquinas para montar a cooperativa e também chamou um voluntário que deu um cur-
so de cooperativismo para as 13 participantes da iniciativa.
Dona Julieta conta que nenhuma das cooperadas tinha a saúde em
dia. “Era uma cooperativa de mulheres doentes”, brinca. “Quando não trabalhávamos aqui, ficávamos em casa sem fazer nada,
e isso nos deixava doentes. Aqui nos sentimos úteis”, reforça.
Os trabalhos geralmente são realizados das 7h às 18h, mas,
dependendo da exigência, elas ficam das 6h às 22h. Os lucros
(quando há) são divididos entre as cooperadas, de acordo com
as horas trabalhadas por cada uma, garantindo um salário que
fica na casa dos R$ 350,00.
Dona Julieta destaca que parceiros como o Instituto Robert
Bosch são importantes para manter as atividades do grupo.
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• Fique por dentro do trabalho social desenvolvido pelo Grupo Primavera com mais de 300 jovens
38 | VidaBosch |
aquilo deu nisso
| Por Ulysses Lima
Mircea Bezergheanu
Terekhov Igor
Câmbio automático
Os controles
do painel
viveram uma
autêntica
revolução, e
hoje oferecem
incontáveis
funções
ao alcance
da mão
A evolução do conforto
Uma viagem no tempo
mostra como experiência
de dirigir ficou ainda
mais agradável graças à
tecnologia
O
s primeiros registros de experimentos datam do século 18. Mas
eram somente os passos iniciais de uma
invenção que mudaria a vida do homem.
As carroças da época evoluíram, e, com o
passar do tempo, ganharam a cara do que
hoje chamamos de carro. Mas o veículo
que atualmente conhecemos não foi desenvolvido por uma única pessoa, em uma
data definida. A história mostra o avanço
dessa máquina pelo mundo.
Comodidade e performance ainda não
eram um sonho. Os passageiros ficavam totalmente expostos. Sol forte, todos derretiam de calor. Chovia, ficavam ensopados.
As dores no corpo, que absorvia todos os
solavancos do caminho, eram parte do pacote
das viagens, pois os bancos não ofereciam
conforto algum, muito menos segurança.
No início do século 20, no entanto, o carro
já começou a tomar forma, com uma carroceria com capota, passageiros abrigados,
motor sob o capô, direção e rodas.
Quando se fala em Brasil, podemos definir o início da indústria automobilística,
ou ao menos o que deu partida ao parque
industrial que existe hoje, como sendo a
década de 50, mais especificamente em
1956, sob a batuta do governo de Juscelino
Kubitschek. Nessa época, o engatinhar da
indústria nacional era alimentado com modelos já produzidos nas matrizes de fábri-
cas recém-instaladas em nosso território.
Os carros que foram introduzidos então no mercado eram os mais adequados
para o país, diz Ricardo Bock, professor
do curso de mecânica automobilística da
Faculdade de Engenharia Industrial (FEI).
A indústria cresceu, o brasileiro tomou
gosto pelo automóvel e as vendas bateram
um recorde atrás do outro. Esse volume se
reflete diretamente no trânsito das grandes cidades, tornando-o lento. Situação
que levou a avenidas congestionadas e os
motoristas a ficarem muito tempo no carro.
Mas com o passar dos anos e a natural evolução da indústria, muitos itens de
conforto surgiram para tornar cada minuto ainda mais agradável dentro do veículo. O ar-condicionado, que hoje em dia se
tornou acessório indispensável, teve a sua
primeira versão automobilística em 1938.
Foi somente em 1954 que o aparelho foi
aparecer da forma como o conhecemos
hoje, com controles no painel e o mecanismo alojado no compartimento do motor.
Não é mais preciso usar almofada
para dirigir numa posição alta. Para
isso, os bancos têm ajustes elétricos
Maleabilidade
Na origem do automóvel, os ocupantes
sentavam em bancos duros, absorvendo
todos os solavancos das... bem, vamos chamar de estradas, só para simplificar. Hoje,
os assentos têm uma série de ajustes, elétricos ou manuais, também para o encosto.
O Drive Dynamic Seat (DDS), da Bosch,
por exemplo, é um assento que contém sistema integrado para oferecer conforto e
firmeza ao dirigir. Se acionada a opção esportiva, um mecanismo eletro-pneumático
infla as almofadas laterais, levando a um
banco do tipo “concha”, que vemos com
frequência em carros esportivos.
A intensidade e a direção com que o carro entra na curva influenciam no quanto
cada almofada vai inflar. Elas podem ser
esvaziadas, para dar mais espaço interno.
O DDS inclui ainda a função massagem, que
atua na lombar do motorista.
Já a direção hidráulica teve seus primeiros experimentos em 1920. Muitos sabem
o drama que é manobrar um veículo sem
direção assistida. É de fazer o motorista
suar a camisa. Foi somente em 1951 que o
sistema passou a ser usado em escala comercial. No Brasil, na década de 70, poucos
dispunham dele. Atualmente, até carros
pequenos vêm equipados com o dispositivo.
Muitos ainda lembram como era difícil achar a posição certa para dirigir. Os
bancos não ofereciam muitas regulagens,
quando muito iam um pouco para frente
e para trás, e o encosto tinha um sistema
de ajuste muito pouco funcional. Para os
de estatura mais baixa, que precisavam
de uma posição mais elevada no banco, a
solução caseira entrava em ação: usava-se
um travesseirinho ou uma almofada.
Os brasileiros, como os europeus, sempre
preferiram o câmbio manual, mas, com a
nova safra de carros que chegou com a abertura das importações, a partir de 1990, o
câmbio automático aos poucos começou
a cair no nosso gosto. Desde 1903 há registros de experimentos com a transmissão
automática, mas foi somente em 1948 que o
modelo Odsmobille saía da linha de montagem com um câmbio automático de fato.
Atualmente, alguns fabricantes oferecem
modelos que proporcionam a mudança de
marchas no modo manual ou automático:
pela alavanca, da forma tradicional, ou por
“borboletas” na direção, como um autêntico carro de Fórmula 1. Nos dias de trânsito
com anda-e-para, os joelhos agradecem.
Todos os itens de que falamos realmente
tornam a vida ao volante muito mais prazerosa, mas tem um que é muito difícil dissociar do prazer de dirigir. Se não o temos,
parece que estamos sós no carro. Sim, ele,
o som. É o acessório que serve para nos
transmitir as notícias do trânsito, tocar a
música que embala os namoros, rodar a
trilha sonora de uma viagem ou passeio.
E foi vendo um pôr do sol com as namoradas que dois inventores tiveram a ideia do
autorradio. Em certo momento, uma delas
comentou que seria muito mais romântico
se eles tivessem música no carro. E lá se
foram Willian Lear e Elmer Wavering desmontar um rádio caseiro, alimentado por
energia elétrica, para adaptar ao veículo.
Superados problemas de interferência
elétrica, em 1930 nascia o primeiro rádio
para carro. Hoje, as opções são muitas, desde
as mais simples, com as funções de rádio
e tocador de CD ou de mp3, às mais hightech, que tocam músicas a partir de mídias
distintas, reproduzem DVD e sintonizam
TV em tela sensível ao toque, com GPS.
O resto é história.
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•S
aiba mais sobre o modo
de funcionamento do
sistema DDS da Bosch
40 | VidaBosch |
áudio
| Por Eduardo Hiraoka
No embalo da era digital
Alexey Lysenko/Shutterstock
DJs deixam cada vez mais os vinis de lado e partem para as novas mídias
iscos de vinil, agulha e pick-up. Houve
uma época em que esses costumavam ser os termos básicos do vocabulário
de qualquer DJ (disc jockey, profissional
que seleciona e reproduz músicas variadas). Para animar uma festa ou balada, esses itens eram indispensáveis. E, acima de
tudo, era necessário saber manuseá-los com
rara habilidade. Pelo menos até os anos 90.
Vieram, então, CDs e inovações da era
digital. Mais algum tempo e entraram em
cena internet, downloads e mp3. Duas décadas depois, o mundo já estava completamente mudado. As pistas de dança também.
Grande parte do público que frequenta
baladas e casas noturnas pode não notar a
diferença. Porém, ser DJ nos dias de hoje
não é mais como nos primórdios da cultura
hip-hop e da música eletrônica, lá nos idos
da década de 1970. Torna-se cada vez mais
rara aquela cena típica do DJ controlando
manualmente a rotação do disco no tocador (muitas vezes, mais de um ao mesmo
tempo), para criar efeitos improvisados.
Pick-ups (reprodutores de vinil especiais
para discotecagem) já são itens difíceis de
encontrar, assim como os vinis, que hoje se
restringem a lojas especializadas.
O novo cenário se configura pelo predomínio das mídias digitais e o constante
surgimento de novas tecnologias que facilitam e automatizam o trabalho do DJ. Para
alguns profissionais, até o CD já é coisa do
passado. Não é incomum encontrarmos
DJs tocando apenas com o auxílio de um
laptop. “A era digital trouxe uma revolução ao mundo, que nos atingiu em cheio”,
afirma o experiente DJ Memê, que aos 11
anos de idade já se aventurava na profissão.
Hoje, ele encara a realidade com mais
entusiasmo. Apesar de ainda não utilizar
computadores para discotecar, ele defende
que qualquer desenvolvimento tecnológico é bem-vindo. “O computador dispõe de
programas e efeitos que potencializam a
música e, se o DJ souber usá-los, pode obter
um resultado bem estimulante na pista.”
No entanto, há quem ainda prefira conservar as tradições, como o músico, apresentador e também DJ Kid Vinil, que se diz
da old school (velha escola, em português).
“Não tenho nada contra essa era tecnológica nem contra o som digitalizado, porém,
áudio | VidaBosch | 43
acho mais autêntico discotecar com vinil
ou CDs. Tem DJ que já chega com seu setlist pronto e isso não tem graça”.
Entre os dois opostos, a DJ Lisa Bueno,
do grupo feminino de hip-hop Applebum,
prefere conciliar passado e presente. “Toco com todos os tipos de mídia. Acho interessante usar o digital com o analógico.”
Tecnologia não é tudo
O conjunto de transformações no modo
de discotecar acabou por provocar um fenômeno curioso. A profissão de DJ, que
na época dos “bolachões” era reservada a
profissionais intensamente treinados, donos de técnicas manuais apuradas, passou
a se popularizar rapidamente nos últimos
anos. Ganha cada vez mais novos adeptos
e oferece oportunidades para os amadores
também se destacarem. Tudo graças à controversa tecnologia, que conseguiu tornar
quase tudo mais acessível. “Ficou mais fácil,
Foi-se o tempo das habilidades
técnicas. Os programas de
computador invadem as pistas,
facilitando – e automatizando – o
trabalho de profissionais da música
da mesma forma como qualquer um pode
ter sua própria banda, gravar seu disco
e colocar na internet”, observa Kid Vinil.
Entre os novos adeptos, encontramos
inclusive nomes conhecidos que fizeram
sua fama em outras áreas e agora se arriscam no comando das pistas de dança. Um
deles é o apresentador do Vídeo Show, na
TV Globo, André Marques que, desde 2004,
se divide entre o programa e sua paixão por
música eletrônica. Apesar do curto tempo
de carreira, ele já conseguiu se firmar na
nova profissão, tendo até sido citado como um dos 100 melhores DJs brasileiros,
em ranking de uma revista especializada.
Mesmo assim, esse fenômeno da popularização da atividade não deixa de causar
polêmica. “Hoje, até ex-BBB pode atacar
de DJ. Basta ficar rebolando”, satiriza Kid
Vinil. Apesar de entusiasta da tecnologia,
DJ Memê também ressalta que o fácil acesso
à música e à parte técnica da discotecagem
tornou tudo fácil demais. “Daí surgem os
bicões”, alerta ele. Por isso, ao contratar
esses profissionais, é preciso ficar atento
e observar sua experiência e performance.
O ex-piloto de automobilismo Raul Boesel é outro que resolveu se aventurar na
área. Em 2007, ele decidiu migrar de pista. Comprou os equipamentos de áudio e
estudou durante oito meses, até sua primeira apresentação. “Hoje, encaro a minha
nova profissão com o mesmo entusiasmo,
dedicação e profissionalismo com que via
minha carreira de piloto”, afirma. Boesel
concorda com a tese de que a era digital
facilitou a vida do DJ, mas faz uma importante ressalva. “A tecnologia ajudou sim,
Com a ampla
democratização
do acesso ao
mundo dos DJs,
as mulheres
ganharam mais
espaço na área
Com a democratização do acesso ao mundo
dos DJs, as mulheres ganharam mais espaço
nesse território que, historicamente, sempre foi mais masculino. O projeto “Hip Hop
de Salto” é um bom exemplo que indica a
mudança. Idealizado pelo grupo Applebum,
das DJs Lisa Bueno, Mayra, Simmone, Tati
Laser e Vivian Marques, é uma iniciativa
social que tem como meta dar apoio ao público feminino que sonha em aprender a
arte da discotecagem. Por isso, desde o fim
de 2009, elas começaram a oferecer oficinas de DJ gratuitas para mulheres. Mesmo
com a grande procura pelos cursos, Lisa
conta que o predomínio masculino ainda
existe. A própria formação do Applebum
foi motivada, segundo ela, pelo baixo número de mulheres no meio do hip-hop.
Memê acredita que esses preconceitos e
diferenciações devem ser deixados de lado.
“Essa profissão não tem sexo ou preferência sexual, mas exige talento e, quanto
mais pessoas de talento interessadas, melhor
para a profissão”, define o experiente DJ.
Arquivo Bosch alto, com manutenção da
clareza da voz”, explica o engenheiro de
vendas da Bosch Robert Klesser. Essa combinação é ideal para boates e danceterias
que apostam na qualidade do sistema de
som para fazer sucesso.
A Electro-Voice também criou outros componentes essenciais para uso em casas
noturnas, os subwoofers, que são caixas
acústicas que reproduzem as frequências
mais baixas, utilizadas por instrumentos
como o baixo.
“Os subwoofers da família Phoenix são altamente sensíveis, e precisam de menos
potência de amplificação para gerar um
maior volume”, acrescenta Klesser.
Essa linha de produtos promete uma performance ideal em boates e danceterias,
ficando no meio termo entre as famílias
XArray, usadas em shows que exigem maior
potência de som, e QRX, com volume um
pouco menor que o da Phoenix.
As caixas de som Phoenix são fáceis
de transportar e de montar, além de
terem sido elaboradas para reproduzir
com fidelidade uma vasta gama de ritmos, que passam pelo rock, o pop e o
dance. Tanta qualidade é fundamental
para ajudar os DJs a consolidarem seu
sucesso noite afora.
só que o DJ tem que saber como usá-la.”
E, nesta opinião, o ex-piloto não parece sozinho. Memê explica que, de fato, a
discotecagem com mídias digitais requer
menos habilidade técnica. Esses programas possuem ferramentas que auxiliam a
sincronizar o tempo de uma música com
o da seguinte, detalhe que sempre foi o
ponto mais complicado da técnica do DJ.
Contudo, ele observa que existe algo
primordial que o sistema digital não simula:
“O talento para entender a pista e botar a
música certa na hora exata”. Segundo ele,
o trabalho não é apenas tocar um hit após
o outro, pois isso faria com que todos tivessem setlists iguais. Partilhando da mesma
opinião, André Marques é categórico. “O
feeling de pista é o mais importante.”
Espaço para elas
A Bosch na sua vida
Som potente e de qualidade na noite
Quem sai à noite para dançar e se
divertir espera, entre outras coisas,
encontrar DJs experientes e equipamentos de som de primeira categoria
e em linha com as novas tecnologias,
capazes de amplificar os hits do momento e atrair todos para a pista. Foi
pensando nisso que a Electro-Voice,
empresa do grupo Bosch, criou a linha
Phoenix de alto-falantes, voltada a boates e danceterias, mas que também
pode ser usada em shows ao vivo em
outros ambientes.
A linha é formada por uma série de caixas
acústicas capazes de reproduzir altos
níveis de pressão sonora – em outras
palavras, um som potente – sem comprometer a inteligibilidade, ou seja, a
forma como o ouvido percebe os sinais
sonoros. “Isso significa um volume muito
Arquivo Bosch
D
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42 | VidaBosch |
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• Mais informações sobre esse sistema de som você pode encontrar no site da Electro-Voice
44 | VidaBosch |
saudável e gostoso
| Por Walterson Sardenberg Sº
Sangue bom
Está comprovado:
as uvas agem a favor do
“colesterol bom”
e afugentam o “colesterol
ruim”. O coração agradece
Pinchuk Alexey/Shutterstock
Q
uis a história, a lenda ou a traiçoeira
serpente, que Adão e Eva experimentassem a maçã. A esse episódio muita
gente atribui os males que assolam a humanidade. Vale perguntar: quais seriam os
desdobramentos se, no lugar da maçã, o
primeiro casal tivesse provado um suculento e inocente cacho de uvas? Alguém pode
invalidar a hipótese, com o argumento de
que nada indica a existência de videiras no
Paraíso — embora o Velho Testamento faça
146 citações ao vinho. Pois vale retrucar:
de onde, então, Adão retirou aquela folha
de parreira, que usava como traje social?
Se não há outras evidências de videiras
no Paraíso, sabe-se que as uvas são anteriores à chegada do homem ao planeta. Assim
garantem os arqueólogos, com o atestado
de fósseis do doce vegetal provenientes de
remotas épocas geológicas. Quanto ao encantamento dos seres humanos pela fruta
das parreiras, acredita-se que date de 18
séculos antes de Cristo.
Evidentemente, àquela altura nossos
ancestrais não sabiam cultivar videiras,
uma das culturas frutíferas mais exigentes
e delicadas. Apenas por volta de 600 anos
antes de Cristo os rudes rapazes aprenderam a técnica da poda. Sem ela, os vinhedos
enfraquecem com rapidez. Quando bem
cuidados, podem se estender a 150 anos de
vida gloriosa. O engraçado é que os asnos
— sim, os animais — teriam um papel fundamental nessa história. Segundo a tradição,
o homem só descobriu que as parreiras
rendiam melhores frutos e mantinhamse vivas depois de incluídas com voracidade no cardápio desses quadrúpedes de
poucos recursos intelectuais. Era a poda.
As primeiras videiras foram plantadas
deliberadamente na Ásia, na região onde
hoje estão a Armênia, a Geórgia e parte da
Turquia. Escavações na cidade turca de
Kannish revelaram vasos sagrados com
menções ao cultivo de uvas. As peças datam de 3.500 anos antes de Cristo. De lá, o
cultivo seguiu para a Grécia e daí para toda
a Europa, já então decididamente com vistas à produção de vinho. Esse passo etílico
deve-se à facilidade de proceder à fermentação da uva, dadas as qualidades suculentas e à alta concentração de açúcares. Os
egípcios não costumam ser tratados por
sommeliers — especialistas em vinhos — e
produzem agora tintos intragáveis. Foram
eles, no entanto, os primeiros a inscrever
nas jarras informações relativas à vinha
de origem e à safra. Um brinde aos faraós.
Os egípcios de hoje não têm culpa do
fraco desempenho nas vinícolas. Produzir
vinhos para a apreciação de enólogos — es-
tudiosos no assunto — não é mera questão
de atitude mas, sobretudo, de latitude. As
uvas destinadas a esse ofício, por questões
climáticas, crescem em duas regiões do globo. No hemisfério norte, o privilégio cabe à
área entre as latitudes 50 e 40, onde estão
Napple Valley (Estados Unidos), o Douro
(Portugal), La Rioja (Espanha) e Bordeaux
(na França). Já no hemisfério sul, a regalia
se restringe ao trecho entre as latitudes
30 e 40, contemplando Chile, Argentina,
África do Sul e Austrália.
No nosso Nordeste, em pleno Vale do
Rio São Francisco, um bem engendrado
sistema de irrigação resultou em produção
caprichadíssima, embora a tradição das
regiões serranas gaúchas, com sua geografia mais propensa ao cultivo, permaneça à
frente em matéria de excelência.
Benefícios à saúde
Segundo a nutricionista Heloisa Piccinato,
formada pela Universidade de São Paulo (USP) e especializada em Fisiologia do
Exercício, o consumo de uva deve ser estendido a toda a população. Ela abre só
uma exceção: indivíduos com problemas
renais. “Já pessoas com diabetes ou que
queiram emagrecer devem consumir com
moderação”, alerta. Heloisa destaca o fato
de a uva ser rica em carboidratos. “Além da
vitamina C, contém pequenas quantidades
de vitaminas do complexo B”, informa. “Ela
fornece minerais como potássio, cálcio,
fósforo, magnésio, cobre e iodo. Também
46 | VidaBosch |
saudável e gostoso
saudável e gostoso | VidaBosch | 47
Fotos Daniel Sviech/Imagem Ideal
A ação do suco de uva no combate
ao entupimento das artérias
surpreendeu até cientistas da
Universidade de Wisconsin (EUA)
tem alto teor do componente pectina, que
auxilia o bom funcionamento do intestino.”
Os benefícios vão além. “A uva verde
tem propriedades antibacterianas e antivirais”, lembra Heloisa. “Já a roxa ou rosada
possui alto teor do antioxidante quercetina. A casca contém resveratrol, flavonoide
capaz de evitar o ‘colesterol ruim’, o LDL,
que leva à formação de placas nas paredes
das artérias, enquanto a semente aumenta
o ‘bom’, o HDL. Para ajudar a circulação
sanguínea, basta tomar um copo de suco
de uva ou uma taça de vinho ao dia.”
Um santo e delicioso remédio. A ação
do suco de uvas contra o entupimento das
artérias foi testada por pesquisadores da
Universidade de Wisconsin, em Madison,
nos Estados Unidos. Eles ficaram pasmos
com a rapidez dos resultados. Quinze pa-
cientes com sinais clínicos de doença cardiovascular, incluindo artérias entupidas,
foram instruídos a beber um copo de suco de uva por dia. Duas semanas depois,
imagens de ultrassonografia revelaram
que, ainda que com gradações distintas,
havia mais fluidez na passagem do sangue
dos analisados. Para nossa sorte, a uva
mais consumida no Brasil, a Isabel (Vitis
labrusca), combate os radicais livres —
moléculas que causam o envelhecimento
precoce e os problemas cardiovasculares.
A variedade de uvas é tamanha que
exigiria a produção de um livro, em vez de
uma reportagem. Mesmo porque, a cada
dia, os produtores desenvolvem inéditos
cruzamentos de castas, criando híbridos.
A rigor, as uvas são divididas em dois grupos principais de Vitis (a nomenclatura
científica da fruta): as finas e as rústicas.
No mais, a uva é conhecida pela cor — as
brancas, roxas, verdes e assim por diante —, com quase todas recomendáveis à
alimentação humana.
A alta culinária vem recorrendo cada
vez mais às uvas em saladas e pratos principais. Um dos entusiastas é Carlos Roberto
Madalosso, 31 anos, dono do restaurante
Famiglia Fadanelli, em Curitiba. Ele utiliza,
em especial, o suco de uvas, que faz vir de
Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, leva à
panela e cozinha até chegar ao ponto que
os gastrônomos tratam por “redução” — a
quantidade mais encorpada. “No Chile, experimentei salmão no suco de uva. Depois,
criamos nossa própria receita”, confessa.
A redução também é utilizada em uma
salada da casa. No caso de outro prato do
restaurante, o agnolotti vicenza, um tipo
de massa, insere-se uma porção de uva do
tipo itália para incrementar o molho. “É o
que mais pedem”, celebra Madalosso. “Foi
criado pelo chef paulistano Luís Cintra e
copiado por vários concorrentes.”
Tão tentadores quanto a maçã do Paraíso,
os pratos com uvas podem ser a perdição
dos gourmets, mas estão longe de causar
mal à humanidade. Muito pelo contrário.
Frutas e alimentos limpos e mais seguros
Por mais saudável que um produto seja, especialmente frutas e alimentos caseiros, é importante observar suas características de embalagem e armazenamento.
Mesmo um inocente cacho de uvas pode apresentar riscos à saúde se não estiver
bem protegido de ameaças externas. Para quem consome alimentos de fabricação
caseira, observar se há ou não entrada de ar e sujeira nos produtos é fundamental.
Para evitar problemas como esses, a máquina seladora B-550 da Bosch, recémlançada no Brasil, permite que pequenos produtores ofereçam alimentos hermeticamente fechados aos seus consumidores, de forma limpa, segura e profissional.
A máquina, de pequeno porte, fecha as embalagens com a mesma qualidade de
uma seladora industrial, permitindo que o produtor caseiro embale produtos segundo os mais rígidos critérios de higiene. Uma melhor embalagem também permite
o transporte dos alimentos em maiores distâncias, com a garantia de que o lacre
não vai se romper no caminho. Com o equipamento, a produção caseira pode se
profissionalizar. O funcionamento da máquina é simples: basta colocar os alimentos nos saquinhos e depois posicioná-los na esteira da B-550 para que eles saiam
hermeticamente fechados do outro lado. Na hora de consumir uva passa ou uva
in natura embaladas pela nova máquina da Bosch, a tranquilidade é maior. A B-550
adequa a selagem de acordo com as exigências do produto a ser armazenado, algo
que a maioria das máquinas de pequeno porte disponíveis no mercado não oferece.
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• Quer ter mais detalhes sobre o funcionamento da máquina seladora B-550? Assista ao vídeo
Salada verde com crocante de parmesão e calda de uva
destaque para colecionar
Arquivo Bosch
A Bosch na sua vida
Ingredientes
1 litro de suco de uva integral
1 pedaço de canela em pau
5 cravos
5 cardamomos
5 aniz estrelados
5 pimentas-do-reino pretas inteiras
50 gr de parmesão ralado
Folhas verdes rasgadas (escarola, alface lisa,
crespa e alface americana, especialmente –
menos a roxa)
Modo de preparo
Em uma panela, despeje o suco de uva com as especiarias: canela,
cravo, cardamomo, aniz e a pimenta-do-reino. Deixe no fogo até o
líquido reduzir de 1 litro para 200 ml. O resultado será uma calda
encorpada. Deixe esfriar e acrescente azeite de oliva e sal a gosto.
Lave as folhas e rasgue-as em pedaços pequenos. Reserve. Em uma
frigideira antiaderente, salpique o parmesão ralado (quase cobrindo
todo o fundo da frigideira) e leve ao fogo baixo até começar a dourar.
Retire do fogo e mantenha sobre uma colher grande. Se quiser,
disponha em forminhas com desenhos diferentes, para criar sua
própria estética. Deixe então o queijo, transformado em casquinha
crocante, esfriar. Monte as folhas rasgadas em um prato branco.
Regue com o molho de uva e decore com a casquinha de parmesão.
48 | VidaBosch |
saudável e gostoso
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Ingredientes
Salmão
50 ml da redução de suco
de uva, preparada como na
receita anterior
20 gr de manteiga
1 posta de salmão
Risoto de dill
20 gr de manteiga
20 gr de cebola picada
1 xícara de chá de arroz
arbóreo
Caldo de peixe suficiente
para cozinhar o arroz
(pode ser em tablete)
Um pouco de dill picado
Suco de ½ limão siciliano
Raspas de limão siciliano
Cebolete picada
Meia xícara (de chá) de
parmesão ralado para finalizar
1 colher de sopa de
manteiga gelada
Meia xícara (de chá)
de vinho branco seco
ou vinho tinto
Modo de preparo
Salmão
Coloque a redução de suco de uva
para aquecer. Agregue a manteiga
e mexa até ficar brilhante. Grelhe o
salmão com sal e pimenta-do-reino
em uma frigideira antiaderente com
um fio de azeite de oliva. Mantenha
no forno pré-aquecido.
Risoto de dill
Em uma panela, coloque a manteiga
para derreter, junte a cebola ralada e
deixe murchar. Junte o arroz arbóreo,
adicione o vinho, deixe evaporar e vá
colocando o caldo de peixe quente aos
poucos até cozinhar o arroz.
Adicione o dill picado e o suco de
limão. Acerte a quantidade de sal e
finalize com o parmesão e a manteiga
gelada. Monte o prato, agregando
o risoto, lado a lado com o salmão
grelhado.
Regue a posta do peixe com o molho
de uva. É importante não exagerar na
quantidade de molho. Permita que o
salmão apareça.
Agnolotti vicenza
Ingredientes
Massa do tipo agnolotti recheada
com queijo ementhal
100 gr de manteiga
1 litro de leite
100 gr de farinha de trigo
200 gr de parmesão ralado
500 gr de creme de leite fresco
30 gr de uva itália sem semente,
cortadas ao meio
20 gr de amêndoas
Modo de preparo
Antes de cozinhar a massa, torre as
amêndoas na manteiga e corte-as em
lâminas. Reserve. Prepare o molho
bechamel, derretendo a manteiga
e adicionando aos poucos a farinha
de trigo. Deixe cozinhar um pouco,
mexendo com colher de pau. Junte
o leite morno vagarosamente, ainda
sem parar de mexer. Cozinhe em
fogo brando por meia hora. Só então
acrescente o creme de leite e deixe
cozinhar mais um pouco. Acrescente
200 gr de parmesão e espere que
derreta. Finalize com uvas e amêndoas.
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Salmão ao molho de uva com risoto de dill

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